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ESPORTES NA NATUREZA: estratégias de ensino do Canionismo

1. is 53 Revista Geogr fica Universal 1989 serranas 54 Roupa de Neoprene ksenia ER EREE a E da E as 57 OT 1E i E E E ES 57 Codornas pn a OT ERT 57 Fechamento da fivela de seguran a eeesseeeeesessessresessersessrrsesrreserreserreeseeees 57 Lons Dupl o isa a o Aaaa aa 58 Modelos de MosquetOES enii ienien eiia aeai 59 Freio Olors hiene a aa a a se Prado cia E ARS 60 ASCENSOTES PARRA RR PERO e aa PRO DR RENDER RE 60 6 E per E a 60 Mochilas e Sacos EStTANQUES qc asaliia as dessa ente ira Raica 61 Corda ESTACA nenesie paola a a E Ea sir A E nad dr 62 Composi o da corda str sas learn tada aaa COS ER E ais Ds aaa ab 62 Eitaside SC OUranCA as rossi nas ga lie sai ie esc ia mas 63 Equipamentos para ANCOrAg NS ussinanaenisiasaticscasamasteassaead ace dan ucaSecenanbapcagadiaiad 64 DONAS sp nda ss iai nie a aaa E comu Dans ainda 64 Parte da Equipe de professores em treinamento i 74 Mont semdas alasin Ann eA eroi dd a at pa 76 Explica o das atividades uu ressent asr Goa adia GO T1 Reconhecimento do equipamento eee 78 Representa o de um mosquet o e freio acoplados 19 Coloca o da cadeininha sanar dia O Lea Eno soldado 81 Coloca o dos equipamentos de seguran a sesssssesesseesessrsssrssrssseeseeessesss 81 Monitora vendada ssssiasasiasoeissecesaniasiaaacdanassasenosaaden akase Tes snes rea aiaa iaai 82 Ed catiyo Jodo BODO aeaa e a
2. eeeseeeeesseseeseesreseesrrsresrrsresrrsresresreses 113 Aluno cego explorando a maquete atrav s do tato ssseeeeeeeeeeeeeeeeeeeeesreseesee 113 rea de acampamento e rancho da fazenda 116 Equipe reunida antes da aproxima o para o C nion 117 Ponto de sa da da segunda cachoeira ssassmass esostegaras dels nina da sapotoineisaaaso dead 118 Professores transmitindo informa es sobre o C nion 119 Monitora acompanhando a transposi o da terceira cachoeira 120 19 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ABC nion CEP CINDEP DV EMA FEF GEAMA GPS IBSA LAMA SBE UIAA UNICAMP Associa o Brasileira de Canionismo Comit de Etica em Pesquisa Centro de Integra o dos Deficientes de Paul nia Deficiente Visual Expedi o Mata Atl ntica Faculdade de Educa o F sica Grupo de Estudos em Atividade Motora Adaptada Sistema de Posicionamento Global International Blind Sports Federation Laborat rio de Atividade Motora Adaptada Sociedade Brasileira de Espeleologia Uni o Internacional de Associa es de Alpinistas Universidade Estadual de Campinas SUM RIO T bjao o LI TES GRADE IR CUMPS PI pa RD UNIR 2 PME E a aE ra RR DR PER 25 PA OLA ALI RA A E E D EE it ad 28 3 Capitulo 1 Educa o F sica e o Esporte na natureza s00 0sesese0seses sesse 29 3 1 A educa o F sica adaptada seat o a a nad 29 3 2 2 De
3. Curso Institui o Ano de ingresso Endere o Bairro Cidade Telefone Res Com Cel Recados CAMPI NAS FACULDADE DE EDUCA O F SICA DADOS PESSOAIS RA Idade RG Per odo diurno CEP Estado E mail Falar com OUTRAS INFORMA ES Possui algum problema de sa de Qual Possui algum tipo de alergia contra indica o Especifique Utiliza algum tipo de medicamento Qual Com que freq ncia noturno Desde quando voc participa do Projeto de Atividade Motora Adaptada O que o levou a participar dele 143 Data Assinatura Ficha elaborada pela Professora Dra Mey de Abreu Van Munster LAMA Laborat rio de Atividade Motora Adaptada 144 AP NDICE D Ficha para Relat rio de Aulas SA Faculdade de Educa o F sica a GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada UNICAMP Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data Elaborado por Monitores presentes Alunos presentes Relat rio das atividades desenvolvidas 145 AP NDICE E Of cios KY Faculdade de Educa o F sica FEF me A Av Erico Ver ssimo 701 CP 6134 aus CEP 13083 851 Campinas SP ci Fone 19 3788 6604 Prezado Senhor Prof Dr Carlos Roberto Fernandes Dirijo me a vossa senhoria para verificar a possibilidade de utiliza o do Gin sio Multidisciplinar das 18 00h s 20 00h do dia 05 05 2003 com a finalidade de des
4. de extrema import ncia lembrar que os mosquet es apesar de suportarem cargas elevadas s o acima de tudo pe as extremamente sens veis a quedas e tra es em sentidos n o recomendados pelo fabricante Figura 9 Modelos de Mosquet o 5 4 7 Descensores Freios Blocantes e Ascensores Os freios assim como os mosquet es tamb m s o pe as constru das em duralum nio com as mesmas caracter sticas de resist ncia e leveza Estes descensores como o pr prio nome diz s o equipamentos utilizados para a realiza o de descidas atrav s da t cnica denominada de rapel conectados a uma ou duas cordas Em geral os freios costumam funcionar atrav s do atrito da corda com o aparelho controlando a velocidade das descidas O descensor mais utilizado e vers til para a pr tica de canyoning o freio oito que dependendo da coloca o e manobra empregada tamb m pode ser utilizado para fazer ascens o pela corda em caso de necessidade Fig 10 Ascensores s o equipamentos essenciais para o caso de um auto resgate ou especificamente para auxiliar na montagem de sistemas de i amento ou tensionamento de cordas tirolesa Os mais conhecidos s o pe as grandes popularmente chamados de Jumar Este material se prende capa das cordas atrav s de uma pequena pe a met lica recoberta de 60 pequenos dentes que deslizam quando empurrados para cima por m travando firmemente quando tracionado em sentido oposto
5. n s alunos construir um mapa mental bem minucioso Parab ns pela iniciativa Ela revela uma vez mais a sensibilidade e criatividade metodol gicas de professores e monitores Tomara que essa id ia seja sempre concretizada Quanto aos problemas Bem n o comprometeram de modo algum a meu ver o bom andamento da viagem Da pr xima vez quem sabe poderemos providenciar sanit rios a mais m o quebrada a menos Por fim quero tentar sintetizar em adjetivos ou melhor tra ar um perfil com meu pincel impressionista minhas impress es a respeito das pessoas que participaram desse memor vel passeio Obrigado a todos e em especial ao meu amigo Artur que tira coelhos desafios e alegrias de sua cartola m gica Amigos queridos muito mais que tantos lugares que conhecemos e descobrimos juntos voc s s o inesquec veis Artur realizador e criativo M rcio doutor escoteiro Marcel brincalh o Papal o ecol gico Ac cio did tico Henrique gil inteligente Marcos Irm o do Artur incans vel Massaru engra ado Thiaguinho curioso irrequieto Gavi o mago imprescind vel Dani Eiko travessa proativa Mariana simp tica Larissa expl cita espont nea Regina log stica organizada Gabi l dica Liana atenta Camila aut ntica Andr ia divertida Dani sorridente viva Ciro perspicaz e ir nico Mateus paciente Sales humorista artista J nior investigativo Gilson exato observador Dirceu ligado Devanir discreto Edgar
6. o dos padr es de ensino de qualquer atividade fundamental para o desempenho positivo da pessoa com defici ncia Notamos que os exerc cios desenvolvidos podem desempenhar um papel importante tamb m no ensino do Canyoning para pessoas videntes Apesar de n o ter sido o objetivo principal deste trabalho os resultados demonstraram que a metodologia empregada transformou se em uma via de m o dupla na qual descobrimos que poder amos utilizar as mesmas atividades para solucionar dificuldades de aprendizagem com videntes O recurso de vendar os olhos poderia ser utilizado para facilitar o processo de enfrentamento da altura durante o rapel Em tempos onde tanto se fala em inclus o notamos atrav s deste trabalho que os conhecimentos adquiridos com pessoas cegas ou com baixa vis o podem ser empregados tamb m com sucesso em videntes Acreditamos que o processo inclusivo seja poss vel atrav s destas trocas sem evidenciar apenas a defici ncia Conclu mos que a Educa o F sica exerce papel fundamental no processo de ensino e aprendizagem de quaisquer atividades f sicas e habilidades motoras enquanto disciplina capaz de proporcionar est mulos para o desenvolvimento dos seres humanos tanto f sica ps quica e socialmente Para tanto acreditamos na necessidade de mudar os paradigmas da Educa o F sica em uma sociedade moderna e em constante transforma o Pudemos concluir tamb m que para haver mudan as significativas na intr
7. Duas m os fechadas uma em cima da outra Corda Duas m os fechadas uma ao lado da outra j j Figura 28 Sinaliza o visual no Canionismo Adapta o baseada em SALAMERO 2001 Stop Parar Bra os cruzados em cima com as m os abertas N o avan ar necess rio reconhecer primeiro Stop Parar Outra forma de dizer para parar Bra o levantado com a palma da m o virada para os companheiros Chamar aten o Bra o levantado e separado do corpo com a m o abrindo e fechando ininterruptamente Pode saltar Uma m o faz o sinal de OK e a outra indica o local Profundidade da gua Sinalizar com a m o junto ao corpo a profundidade do local A partir de 2 metros indicar o n de metros com os dedos das m os R pido Antebra o para baixo m o fechada e com movimentos laterais Dire o horizontal Bra o horizontal com palma da m o aberta A 90 Recuperar corda Movimento de h lice com bra o para cima m o fechada e indicador levantado Dar corda Movimento de h lice com bra o para baixo uma m o fechada e indicador levantado Cortar a corda M o realizando movimentos de serra sobre a palma da outra m o aberta e virada para cima Obst culo na gua As duas m os formam um telhado pontiagudo N o saltar ou indicar local para onde n o se deve saltar Perigo aqu tico Golpear com a palma da m o na superf cie da gua Indicar alguma dificuldade co
8. Figura 21 Explica o das atividades Toda as atividades realizadas na pesquisa de campo foram registradas sistematicamente atrav s de relat rios de aula por monitores as em v deo e fotografia digital tendo aproximadamente algo pr ximo de mil imagens arquivadas importante salientar que a TV universit ria documentou toda a pesquisa durante dois anos e meio com a finalidade de produzir um programa document rio e divulgar tanto no meio acad mico quanto comercial 78 6 4 2 Explorando o Pr prio Corpo Para ensinar ao grupo de deficientes visuais o que era especificamente o canyoning optamos por desenvolver as atividades de forma pedag gica e gradativa considerando os n veis de complexidade Ap s a etapa de explica es verbais sobre o tema iniciamos as aulas com base no reconhecimento dos materiais e equipamentos pessoais que s o utilizados na pr tica do canyoning Pensando em facilitar a compreens o dos alunos e causar maior intera o no grupo inclusive entre os monitores exploramos atividades nas quais os alunos tinham que utilizar o pr prio corpo formando figuras que corresponderiam ao equipamento a ser utilizado nas aulas subsequentes Antes por m todos tinham acesso ao equipamento para senti lo e tate lo para o reconhecimento Fig 22 Figura 22 Reconhecimento do equipamento Geralmente divid amos o grupo em dois subgrupos a fim de poder gerar uma competi o entre eles e assim tornar a proposta ma
9. Tentei me inspirar me espelhar engolir aquela ansiedade dor de barriga frio fome inseguran a Tive um momento de reflex o e um brainstorm de emo es At que a minha hora A minha primeira vez chegou Nossa me sentia t o pequena insignificante Mas quando comecei a descer com o Artur ao meu lado parecia que estava desafiando algo muito maior que eu uma for a um poder fora do meu alcance Durante a descida minhas pernas e bra os tremiam muito Deixei as pessoas pensarem que era frio quando na verdade estava experimentando uma das maiores descargas de adrenalina da minha vida Quando olhei para o lado e vi toda aquela gua caindo ouvi atentamente o barulho de toda uma cachoeira de mais de 40 metros sobre minha cabe a e meu corpo presos por algumas cordas e outros equipamentos percebi que aquela pessoa ao meu lado era mais que um guia era a minha prote o um anjo um her i ou apenas algu m que podia compartilhar comigo a presen a mais pr xima talvez de Deus assistindo nosso show pronto para nos salvar se algo desse errado Pensando nesse relato me emociono muito ao saber que um dia quando estiver preparada como meu guia poderei dividir com uma das pessoas do GEAMA esse tipo de sensa es porque experi ncia como essas v o al m do que nosso lobo occipital configura atrav s da vis o elas abalam o sistema l mbico de emo es e dependem apenas de como cada um pode senti las Obrigado guias obrig
10. es com a bengala utilizada na locomo o di ria relatando que o bast o transmitia tanta seguran a quanto ferramenta que estavam habituados por m com uma diferen a Com o bast o o trabalho tinha que ser realizado em grupo e as possibilidades de deslocamento eram maiores como correr Figura 37 Corrida com o Bast o Guia Al m das aulas de explora o e desenvolvimento para locomo o em um ambiente imprevis vel que realizamos em nossos espa os de pesquisa tivemos a oportunidade de levar os alunos para passar tr s dias em uma fazenda localizada em uma pequena cidade do interior de S o Paulo Ap ndice F 105 Al m dos momentos de descontra o tamb m pudemos elaborar atividades levando em conta as condi es naturais oferecidas no local como grandes reas livres de obst culos permitindo maior liberdade de locomo o lago e piscina para treinamento aqu tico e trilhas na mata e nas planta es de milho para realiza o de caminhadas em locais de dif cil deslocamento Tamb m procuramos elaborar jogos que permitiram maior integra o entre as pessoas do grupo Reservamos intencionalmente para a primeira noite a realiza o de um grande jogo chamado Ca a ao Vanster que tinha como principais objetivos desenvolver a capacidade de alunos e professores trabalharem em equipe associa o com as atividades j aprendidas como caminhar em locais com muitos obst culos e trabalhar com as emo es e o c
11. mas me adaptei ao lugar Chegando na pousada tinha cabanas fog o a lenha A comia era muito gostosa feita pelo cozinheiro Gui ele gostava de fumar cachimbo O chuveiro era a g s Sexta feira de manh come ou a tortura Tomamos caf e sa mos para uma longa triagem Para minha alegria pegamos o rumo da praia onde havia um lugar chamado cost o e pared o L havia uma mina de gua cristalina mas para chegar l t nhamos de atravessar um rio onde a gua batia em nossas canelas Em um ouro lugar havia v rias pedras onde habitava v rios peixes Eu tinha de passar o dede para conhecer os bichinhos havia mariscos tamb m Artur colocou em minhas m os um bichinho que come ou a andar e eu comecei a chorar e a gritar mas n o acaba por a Prosseguimos nosso passeio continuo de nibus Descemos em um lugar muito bonito onde Jaime e Cristian narraram para n s toda a funda o de Picinguaba moinho de farinha de mandioca manual 186 Come amos nossa trilha onde Jaime foi narrando para n s onde a minha monitora narrou tudo para mim onde havia muitos bichos Principalmente cobras e borrachudos Havia muitas subidas e muitos tombos e lama Tiramos muitas fotos em uma cachoeira maravilhosa Ouvi o canto do p ssaro Tangar Toquei em muitas plantas principalmente a planta chamada Brom lia Terminando a nossa trilha depois de quase 1h30 de ida onde eu pude tocar em uma rvore chamada Jatob que ali reside a mais de 100 anos
12. o n o estava por conta da transposi o das grandes cachoeiras pelos alunos cegos mas sim com os de baixa vis o e alguns videntes Descrevemos ainda nos cap tulos dois e tr s alguns sub temas que podem auxiliar na compreens o pela busca crescente dos esportes na natureza ou de aventura e os fatos hist ricos do canionismo no Brasil e no mundo juntamente com as t cnicas empregadas e os equipamentos utilizados respectivamente H diversas informa es importantes sobre a sistematiza o para a pr tica do Canyoning nestes cap tulos que procuramos seguir fielmente na metodologia deste trabalho No cap tulo quatro demonstramos gradativamente todas as atividades exerc cios e a log stica das viagens nas quais fundamentamos a metodologia com base em Lakatos 2001 classificada como documenta o direta na qual o levantamento de dados ocorre no pr prio local onde os fen menos ocorrem Isto chamado de Pesquisa de Campo do tipo Explorat ria Durante todo o processo de constru o das aulas notamos que os educativos elaborados e a sistematiza o das t cnicas do canionismo atrav s das ferramentas pedag gicas da Educa o 123 F sica foram necess rias para a perfeita compreens o da proposta pelos participantes no decorrer do programa Acreditamos que poss vel ampliar ainda mais o programa elaborado neste trabalho se transportado para outros tipos de defici ncia servindo ainda como base te rica para o ensino de div
13. Agrade o tamb m pela dedica o e alegria que demonstrou em todas as atividades com o grupo de pessoas cegas e por acreditar que realizar este trabalho era poss vel Ao amigo e companheiro da p s gradua o Ciro Winckler por todo o apoio log stico e cient fico que dedicou a esta pesquisa pelas incont veis fotos que constituem o banco de imagens deste trabalho e principalmente pelo empenho em procurar e sugerir o c nion ideal para a realiza o da atividade no munic pio de Botucatu Ao Prof de Educa o F sica e jud Alexander Denareli pelos longos anos de amizade e conhecimento transmitidos atrav s de sua intermin vel paci ncia tal qual os mestres orientais cultuam Ao casal Breda san e Larissa san pela amizade e carinho que tenho por voc s Pela trangiiilidade confian a e seguran a que voc s me passam Obrigado por nossas sa das e churrascos que me ajudavam a descontrair nos momentos de stress com a pesquisa e nas dificuldades vividas A todos os funcion rios e professores da FEF especialmente o Geraldinho pela amizade que vem desde a Gradua o em 1994 M rcia da P s Gradua o pela paci ncia e aten o nos momentos finais e dif ceis que antecederam a defesa de um Mestrado e bibliotec ria Andr a pela aten o e ajuda com as refer ncias bibliogr ficas e corre es das normas e padr es que um trabalho cient fico determina Ao propriet rio da Fazenda Pavuna Sr Jos Adauto pela hospitalidade
14. Canionismo como uma atividade maior uma atividade vamos dizer guarda chuva De tudo o que se relaciona a acidente geogr fico c nion gargantas ravinas tudo coisa que a gente vem tentando conceituar dentro da atividade do canionismo Dividimos em canyoning que a explora o de c nion e gargantas inundadas molhadas diferentemente do cascading muito usado na parte comercial na parte de turismo de aventura na parte que atrai porque tem o rapel a t cnica de rapel nas cachoeiras que seria um canyoning pontual Depois os grandes verticais em cachoeiras que a gente vai tentar conceituar como grandes cachoeiras porque tamb m se utilizam as t cnicas equipamentos e procedimentos diferentes para fazer grandes rapeis Uma coisa muito t cnica bastante complicado tamb m diferente do canionismo do cascading Mas ainda dentro do canyoning porque o ambiente grandes cachoeiras Artur Dentro da quent o do canyoning do esporte em si Voc t m uma divis o desses obst culos uma vis o dos nomes terminologias Por exemplo o cascading de certa forma uma fase que se preocupa com cachoeiras Quantas fases encontramos dentro de um c nion Zaith muita coisa Desde o perigo real das guas vivas com todo tipo de armadilha que se esconde por baixo do leito de gua formando sumidouros redemoinho drozagens uma s rie de obst culos pr prios do leito de rio acidentado que pode mudar completamente de poca em poca como nos tempos de chu
15. Canyoning considerado um esporte anf bio pois a presen a de gua predominante durante todo o percurso podendo haver tamb m trechos secos Pode se dizer que um 50 esporte completo que mescla as t cnicas verticais do alpinismo e da espeleologia explora o de cavernas tendo afinidade com esportes aqu ticos como o rafting a canoagem e o aqua raid As dificuldades e t cnicas empregadas nesta modalidade s o in meras variando muito de acordo com o ambiente e as regi es exploradas que podem ser desde locais pr ximos a reas urbanas como lugares in spitos nunca antes visitados pelo homem As t cnicas mais comuns e fregiientes s o Rapel positivo negativo e guiado saltos nata o floating flutua o em corredeiras tobog s escorregadores tirolesas travessia a rea por corda e water trekking caminhada em guas rasas Para a pr tica do canyoning preciso fazer a aproxima o entrada explora o do leito do rio e sa da do c nion e Cascading atividade de rapel em cachoeiras Consiste apenas em descer de rapel em cachoeiras retornando ao topo da mesma normalmente por uma trilha para realizar uma nova descida No cascading n o h a explora o do leito do rio em sua totalidade e Grandes Cachoeiras este um termo novo dentro do canionismo que tem como finalidade explorar grandes quedas d gua com mais de 100 metros de altura A prepara o e as t cnicas para este tipo de atividade s o inf
16. cnica de montagem do rapel que deve estar sempre presente em todas as formas de rapel Desta forma poss vel realizar a descida de uma pessoa por cima a partir do ponto de ancoragem ou seja o controle feito pelo instrutor e n o pelo praticante Isto geralmente ocorre em situa es de resgate Este dentro do canionismo um dos procedimentos mais importantes relacionado seguran a Nata o Muito utilizada em trechos profundos e calmos dos rios 88 8 Floating T cnica de nata o em corredeiras baseado nos procedimentos do Rafting Em pontos de corredeiras existem muitas pedras submersas e para evitar que se bata o corpo de encontro s mesmas deve se descer o rio em dec bito dorsal com uma das pernas extendidas como prote o e outra flexionada pr ximo ao corpo Os bra os devem ser utilizados para manter o equil brio na superf cie da gua 9 Tobog Tamb m conhecido popularmente como escorregador Podem existir trechos em que h a forma o de lages de pedra muito lisa na qual poss vel descer escorregando at um po o ou lago em seguran a 10 Salto Em locais onde a altura relativamente pequena e desde que exista a possibilidade de saltar em seguran a evita se montar um rapel por quest es de tempo e desgaste f sico necess rio antes de tudo que seja verificado se a profundidade do local suficiente e se n o h obst culos submersos como troncos e galhos de rvores 11 Wat
17. es como prazer medo e a sensa o de liberdade como a maioria das pessoas descreve quando praticam um esporte integrado natureza O explorador de montanhas Reinhold Messner que o primeiro homem a escalar todas as montanhas com mais de 8000 metros de altitude e tamb m o Everest sem oxig nio descreve bem estas sensa es de contato com a natureza em sua c lebre frase que os montanhistas bem conhecem Mas os dias que estes homens passam nas montanhas s o os dias em que realmente vivem Quando as cabe as se limpam das teias de aranha e o sangue corre com for a pelas veias Quando os cinco sentidos recobram a vitalidade e o homem completo se torna 43 mais sens vel e ent o j pode ouvir as vozes da natureza e ver as belezas que s estavam ao alcance dos mais ousados MESSNER apud BECK 1995 Cardoso 1987 descreve em seu livro a capacidade que o homem tem de literalmente amontoar pessoas em pequenos espa os com seguran a de abastecimento e relativo grau de seguran a em rela o a doen as ou seja somos capazes de criar condi es favor veis para nos estabelecermos Contudo o autor destaca que a mente e a alma dos seres humanos t m sido menos protegidas De fato os consult rios de psiquiatras e psic logos est o cheios em fun o do estilo de vida que o sistema nos imp e Parece que ningu m est a salvo deste mal moderno Bill Gates dono da Microsoft costuma dizer que o mundo todo opera
18. o do corpo no espa o todos os presentes apresentaram boa percep o precisando de pequenos toques sujeito 23 sujeito 17 e sujeito 5 Exerc cios 1 de locomo o desloca p direito frente junta esquerdo retorna iniciando novamente com o p direito Bra os se estendem ao deslocar ao parar colocar os bra os na cintura Varia o deslocando lateralmente os bra os segue o mesmo processo Apresentaram dificuldades sujeito 2 sujeito 21 sujeito 5 e sujeito 17 Exerc cio 2 agacha bate as m os no ch o levanta pulando e batendo tr s palmas e grita No final junta tudo Todos apresentaram motivados apesar de quaisquer dificuldades Atividade espec fica coloca o da cadeirinha relembrando a ltima aula Os alunos se adequaram ou melhor assimilaram bem a coloca o 168 Na segii ncia foi introduzido um novo equipamento o mosquet o Houve o tateamento de diferentes tipos de mosquet es j os colocando na cadeirinha Foi feita uma explica o oral dos cuidados e da utilidade do material Exerc cio 3 os alunos foram divididos em tr s grupos receberam uma corda com o objetivo de desenhar no ch o o formato de um mosquet o forma o da imagem Primeiramente eles tinham de montar em minutos o que lembravam usando uma corda Depois tatear e organizar novamente usando duas cordas Observa es sujeito 7 tem facilidade na organiza o de esquemas mentais Exerc cio 4 reformula o dos grupos para que apenas d
19. o me fez pisar em um monte bem grande de coc fedido Engra ado Pois o pior que a sensa o foi interessante N o sei parecia lama E o cheiro Bom melhor deixar pra l Esse cidad o sem querer fez com que meu olfato se tornasse um pouco mais apurado A partir da comecei a sentir o cheio das plantas de flores do barro se esfregando na minha roupa Comecei a prestar mais aten o nos sons tamb m as pedras caindo em cima de mim os avisos do meu guia que me deixou muito segura por sinal At que ouvi o barulho de gua caindo e conforme o barulho aumentava parecia que a cachoeira era mais alta As pessoas sempre diziam que os cegos tinham essa percep o super apurada mas eu n o imaginava que podia visualizar criar uma imagem do lugar t o perfeitamente como eu fiz Quando tirei a venda achei o lugar incr vel mas mais incr vel ainda foi ver por onde passei sem enxergar eu estava t o segura na trilha que nem parecia que havia passado por lugares 192 t o ngremes apertados e escorregadios A nica coisa em que prestava aten o era nas instru es que meu guia me passava Ao mesmo tempo pensava n o ser capaz de guiar algu m t o confiantemente pois na volta j sem venda o percurso foi muito mais dif cil J para fazer o rapel canyoning sem venda foi emocionante do mesmo jeito vi a coragem daquelas pessoas a minha volta e as diferentes maneiras de se reagir a est mulos como estes
20. principalmente as reas de orienta o e mobilidade importante lembrar que o trauma da cegueira causa inicialmente um desequil brio emocional levando o indiv duo a uma perda da consci ncia corporal Dentro do processo de desenvolvimento motor a locomo o segundo Cruickshank amp Johnson apud Seabra 1995 p 08 representa uma das mais s rias restri es impostas aos deficientes visuais na sua capacidade de mover se livremente no espa o A Educa o F sica uma das disciplinas que possui condi es de reverter esta situa o De acordo com Almeida 1995 A Educa o F sica pode pois atrav s de estrat gias adequadas exercer papel importante no desenvolvimento dos deficientes visuais aproveitando ao m ximo os res duos visuais de que disp e acrescentando assim id ia de atuarmos sobre as dificuldades e tamb m sobre as potencialidades da Pessoa Portadora de Defici ncia Visual Almeida 1995 p 14 33 A Educa o F sica n o apenas pode como deve apresentar a estas pessoas o significado de cada movimento os m sculos e articula es trabalhados e toda a beleza contida em cada gesto e em cada passo dado Devemos mostrar lhes que seus corpos presentes no mundo s o sens veis e inteligentes sendo estes capazes de sobreviverem a todas as dificuldades e preconceitos impostos por uma sociedade que ainda n o enxerga suas potencialidades Para Sacks 1995 a pessoa cega pode construir um
21. rr reeererereeeeenaa 60 5 4 9 Apito Canivete Lanterna e Cantil sereias 61 5 5 Equipamentos de Prote o Coletiva 62 5 5 1 Cordas Est ticas hhi e esteira ainasso lua fada fo RN o e en AAE EN S 62 5 5 2 Ffas a e PREPARO aa a EAr AEE EPE PDDE 63 5 5 3 M scaras de Mer Sho aaa A a a 63 21 5 5 4 Batedores Spits e Plaquetas de Amarra o i 63 555 Polas A E SOAR A EE AAA 64 6 Cap tulo 4 Canionismo para Deficientes Visuais Uma Proposta 65 Metodol gica k n a an a a a aae A EEE E Eaa 6 1 Aspectos Pedag gicos isssuisinisssaitisiossadodo pondalagotanisi tolas e dadia tada ade caiatan os 65 6 2 Caracteriza o dos Participantes da Pesquisa iiiii 71 6 3 Caracteriza o dos Participantes da Pesquisa 00eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeererreereee T2 6 4 Prepara o para Implanta o do Programa Pedag gico 75 6 4 1 Elabora o da Aulas a ara a E 75 6 4 2 Explorando o Pr prio Corpo erre 78 6 4 3 Exerc cios e Atividades L dicas de Prepara o 79 6 5 Aspectos T cnicos do Canyoning recereeeeeeeeereeeareceranea 85 6 5 1 Sistemas de Comunica o re eereereerereaaas 88 6 6 Treinamento das T cnicas Verticais i ie 91 6 0 1 Rapel ss ss pes ns Sola a Vai das A E UU E Doi Ari Li E 91 6 6 1 1 Rapel no Plano Horizontal e
22. A Educa o F sica n o deve perder de vista que tem como uma de suas fun es mais importantes o desenvolvimento integral do indiv duo oferecendo a ele situa es novas e imprevis veis existentes nas atividades praticadas em meio selvagem Sendo assim este trabalho prop e justamente uma orienta o para a adaptabilidade a imprevistos atrav s da aprendizagem do canionismo sendo que as habilidades motoras aprendidas nesta modalidade podem ganhar uma nova conota o quando transportadas para o meio dom stico enfrentado diariamente 37 4 Cap tulo 2 O Esporte na Natureza A aventura para gente que sonha Se voc se permitir sonhar e realizar vai ficar com a impress o de que pode realizar tudo o que pretende pois nada imposs vel no sonho Bachelard Apud Costa 2000 p 78 4 1 Aventura ou Viagem A palavra aventura tem sua origem no latim adventura e significa o que rompe a rotina dos dias e provoca espanto surpresa Pressup e a es humanas que transformam o imposs vel no poss vel Para Costa 2000 p 78 do ponto de vista filos fico a aventura inerente natureza humana aparecendo em todas as culturas e pocas De fato o homem e a aventura sempre andaram juntos desde os prim rdios temos buscado incessantemente por novos desafios a cada dia hora por necessidade de sobreviv ncia e em outras vezes por puro prazer O homem uma criatura contradit ria Atrav s de sua hist ria e
23. Aluno cego explorando a maquete atrav s do tato 114 6 8 4 A Viagem A log stica para a realiza o da viagem t o esperada talvez tenha sido t o complexa quanto o programa pedag gico constru do durante a pesquisa Eram quarenta e cinco pessoas para serem transportadas at o munic pio de Botucatu e que passariam duas noites na Fazenda Pavuna Todos ficariam acampados em um lugar simples e r stico que dispunha de dois banheiros e dois chuveiros e um rancho para as refei es Todas as despesas da viagem como transporte comida e acampamento foram custeadas com patroc nio de empresas privadas de modo que os volunt rios da pesquisa e monitores pudessem participar sem qualquer nus Para isso fizemos camisetas para o grupo com as logomarcas das empresas que contribu ram de alguma forma impressa na parte posterior das mesmas Dias antes da partida fizemos uma ltima reuni o para defini o de fun es de cada um dos professores e monitores tamb m para fechar o cronograma com os hor rios das atividades relembrar todos os procedimentos de seguran a e principalmente definir quais seriam os alunos e monitores selecionados para a descida do c nion Para isso tivemos que adotar alguns crit rios em conformidade com o Comit de tica em pesquisa para a escolha da equipe No caso dos monitores seguimos os seguintes tens para os que participariam do canyoning e Estar disposto a fazer parte da atividade proposta de livre e espont
24. Jaime disse que ali reside 350 esp cies de plantas no Brasil Voltamos a trilha de volta onde o pessoal parou para nadar de sunga e biqu ni Trilhamos de volta para casa A noite fomos jantar e depois doar sangue para os borrachudos S bado fomos a um passeio diferente a tortura foi a maior descemos o rio para chegarmos perto de algumas plantas que conhecemos L tinha uma plana chamada Mangue Os caranguejos se alimentam dela Nessa parte levei um susto e chorei muito Continuamos nosso passeio onde nad vamos muito mas mesmo assim n o perdi o medo de nadar Nos divertimos bastante Algumas pessoas voltaram a p Eu subi a margem de bote e chegamos ao final do nosso passeio voltamos para casa almo amos e fomos para a praia onde a tortura foi maior pois tinha medo do mar mas mesmo assim entrei no mar Domingo amanheceu um belo dia e fomos todos para a praia L descobrimos um lago quente e passamos a tarde inteira l Enfim voltamos para casa almo amos arrumamos a mala e partimos para casa Vivi esta hist ria com o Artur Gavi o e toda a galera Obrigado senhor Jesus e meu Deus 187 w Faculdade de Educa o F sica kai GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada UNICAMP Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 10 11 2002 Elaborado por Relat rio das atividades desenvolvidas Adorei ter participado mais uma vez dessa experi ncia nica ainda mais que estou no meio ausente
25. Obrigado Ao Sr Carlos Campos da Organiza o de Cegos da Espanha ONCE por ter me presenteado com um livro de Canionismo que n o existe no Brasil Gracias minha querida amiga Dani Trakinas pela amizade e especialmente por sua constante presen a nas aulas com os DVs com sua incans vel disposi o e alegria e principalmente por seu total empenho em todas as viagens que realizamos Especialmente na viagem para Botucatu em que assumiu in meras responsabilidades Valeu Dani voc indispens vel Ao amigo M rcio Morato V i por sua simplicidade e alegria mineira que s voc tem Valeu companheiro de m gicas Aos bolsistas Marcel e Adriana que tanto contribuem para o andamento do nosso laborat rio Um especial agradecimento Adriana por ter me ajudado com os patrocinadores e por ter me acompanhado literalmente batendo de porta em porta nos supermercados em busca de apoio A Elieti secret ria do Gavi o sempre alegre gentil e pronta para ajudar a resolver as quest es burocr ticas que aparecem no caminho de um trabalho como este Cris pelo carinho dedica o e pelas muitas horas trabalhadas nesta pesquisa auxiliando nas corre es ortogr ficas nas tradu es do ingl s para portugu s e nas transcri es dos relat rios e entrevista Agrade o tamb m pela paci ncia e por me ajudar a enxergar um novo caminho em minha vida 10 s minhas queridas amigas Tha s Helena e Aletha Caetano que vem acompa
26. SP Os dados coletados contribuir o na localiza o das cartas topogr ficas da regi o e na elabora o de croquis do c nion existente na mesma propriedade Desenvolvemos atividade de pesquisa com o Grupo de Atividade Motora Adaptada em Defici ncia Visual GEAMA DV que composto por alunos deficientes visuais e alunos de Gradua o e P s Gradua o da Faculdade de Educa o F sica da Unicamp que fregiientam as aulas do projeto de extens o Tal atividade neste caso a pr tica do canyoning explora o de canyons faz parte da pesquisa de Mestrado do Professor Artur Jos Squarisi de Carvalho sob a orienta o do Professor Dr Jos J lio Gavi o de Almeida da Faculdade de Educa o F sica Atenciosamente Campinas 16 de abril de 2004 154 w Faculdade de Educa o F sica kai GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 18 09 2002 Elaborado por Mar lia Coelho Monitores presentes Henrique Jana na Bia Carolzinha Larissa Dani Carol Luciana Veio Regina M Andr ia Deva Gabi C ntia e Adriana Alunos presentes sujeito 15 sujeito 2 sujeito 20 sujeito 10 sujeito 4 sujeito 17 Sujeito 9 sujeito 18 sujeito 19 sujeito 8 e sujeito 23 Relat rio das atividades desenvolvidas Todos foram reunidos em uma das quadras da FEF Rapidamente o Gavi o conduziu um aquecimento As pessoas foram separadas em cinco grupos formando cin
27. a gente tem versatilidade E essa a inten o mesmo A minha inten o vendo do ponto de vista pessoal fazer com que o m ximo de pessoas tenha experi ncia conhe am o que o esporte o que o ambiente do c nion Artur Obrigado pelas informa es 6 2 Aspectos Pedag gicos O canionismo enquanto esporte ainda uma atividade muito nova n o chegando a trinta anos de exist ncia Por esta raz o encontrar material bibliogr fico sobre o tema praticamente uma aventura T cnica e historicamente temos muitas publica es estrangeiras como livros peri dicos e boletins mas voltado a uma abordagem pedag gica pode se dizer que totalmente 12 inexistente No Brasil a Associa o Brasileira de Canionismo ABC nion vem tentando atrav s de encontros anuais com seus associados estabelecer um padr o de normas para a modalidade Levar este esporte ao conhecimento de pessoas com defici ncia visual e ensin las como praticar esta atividade foi o grande desafio desta pesquisa j que al m de desenvolvermos uma pedagogia para o ensino do canyoning tamb m se fez necess rio treinar uma grande quantidade de pessoas em sua maioria formada por professores as e monitores as de Educa o F sica para dar todo suporte necess rio ao projeto Assim tivemos a chance de trabalhar as possibilidades e potencialidades de pessoas cegas e com baixa vis o sob a tica da Educa o F sica na pr tica dos esportes na
28. c rculo Variedades coopera o competi o orienta o espacial deslocamento e diferencia o linear e aumento do n mero de pegadores Como o material para o Canyoning essencial a cadeirinha ser realizada v ria atividade utilizando a Entregaram a cadeirinha e n o falaram o que era eles teriam que explorar o material e descobrir utilidades para esse material Informaram sobre a utilidade da cadeirinha e ensinaram a coloc la com o aux lio dos instrutores Informa es sobre como fech la na cintura Artur divis o do grande grupo em tr s 157 menores quatro alunos Dv em cada tendo um modelo em cada grupo os parceiros deste dever o 1 Aquec lo 2 Em colunas deslocar o 1 elemento de cada coluna mais frente da mesma para pegar a 1 cadeirinha que l estar com um instrutor Referencial atrav s de informa o auditiva sinal tica Retornar com a cadeirinha em m os para que os parceiros o vistam Repetir a atividade mais duas vezes uma vez que existir o tr s cadeirinhas para cada grupo e que ser o vestidas no mesmo modelo uma de cada vez Observa es A composi o da cadeirinha complexa em fun o da v rias e diferentes fitas que a comp e O entendimento do fechar a cadeirinha na cintura apesar de certa especificidade t cnica foi absorvido rapidamente pelos alunos Competi o entre grupos que de dever o transportar um bast o com um elemento do grupo presa neste por
29. cada passo em cada acerto e em cada erro tamb m De volta base come aram as hist rias e as aventuras de cada um que ainda s o contadas at hoje em nossos encontros O restante da noite e o dia seguinte deixamos livre para que pudessem descansar e aproveitar as belezas que a fazenda tinha a oferecer como uma grande pedreira desativada com um grande lago onde puderam nadar mergulhar e descansar No final da tarde retornamos a Campinas mais uma vez sem registro de qualquer tipo de problema 121 Considera es Finais No transcorrer dos quatro cap tulos desta pesquisa procuramos desenvolver de forma progressiva os temas relacionados ao esporte na natureza denominado Canyoning e a metodologia constru da no ensino desta modalidade para pessoas com defici ncia visual A Educa o F sica Adaptada em especial para grupos com necessidades especiais visuais foi descrita no primeiro cap tulo no qual demonstramos a import ncia de uma an lise cr tica dos crit rios terminol gicos conceituais e das classifica es existentes na organiza o das atividades para pessoas cegas ou com baixa vis o Alguns autores como Oliveira Filho 2003 e Munster apud Almeida 2002 destacam a necessidade de adequa o das atividades motoras s pessoas com defici ncia em especial as de baixa vis o que costumam ser menos ou mal estimuladas A Motricidade Humana que um termo criado por Cunha 1991 nos leva a refletir sobre o verdadeiro pape
30. da sa da no rapel vertical 2 E conveniente lembrar que em atividades como esta priorizamos incondicionalmente a seguran a de cada participante utilizando al m dos equipamentos de seguran a espec ficos tamb m colch es para prote o e treinamento dos professores e monitores para cada situa o 95 A introdu o da altura a partir deste ponto faria apenas com que pudessem sentir e entender a finalidade de um rapel j que a t cnica em si n o diferente do que aprenderam no plano horizontal e inclinado A descida de Rapel deve ser sempre executada com muita tranq ilidade procurando estar atento quanto ao posicionamento do bra o guia respons vel em parte pelo equil brio tamb m no controle na libera o da corda pela m o que controla o freio e finalmente no posicionamento dos p s de apoio no contato com a parede se existir No Rapel deve haver sempre um indiv duo que chamado de seguran a Este deve estar sempre localizado no final de um rapel segurando a corda com a finalidade de dar prote o para o praticante Suas principais a es s o monitorar e intervir na descida de qualquer pessoa em caso de necessidade que pode ser desde impedir que o esportista bata contra as pedras at mesmo em uma eventual perda de consci ncia A pessoa que faz a seguran a capaz de executar a mesma fun o da m o de frenagem do praticante apenas com o ato de esticar ou afrouxar a corda Podendo assim desc lo sem r
31. de guas vivas Um dos brinquedos que possibilitou treinarmos de forma muito pr xima realidade encontrada em um rio foi a piscina de correnteza na qual pudemos exercitar a flutuabilidade e as posi es de descida em corredeiras com facilidade 6 8 Canyoning em Botucatu No processo de ensino do Canyoning para deficientes visuais durante dois anos t nhamos a preocupa o de encontrar um local adequado para a finaliza o da pesquisa de campo que possibilitasse a execu o da atividade com seguran a Alguns dos c nions mais conhecidos e utilizados no Brasil geralmente ficam em locais muito distantes do estado de S o Paulo em regi es de dif cil acesso Pesquisamos em v rias cidades com potencial para exist ncia de c nions e detectamos no munic pio paulista de Botucatu um local ideal para a pr tica do canionismo pois a cidade est situada sobre a forma o de Cuestas Bas lticas de origem vulc nica 109 As Cuestas tamb m s o conhecidas como forma o em degraus pois no curso dos rios da regi o existem grandes desn veis que formam pequenas e grandes cachoeiras em seqii ncia parecendo uma escada de propor es gigantescas Percorremos v rios rios da regi o e achamos que o mais adequado estava localizado na Fazenda Pavuna pois al m de possuir um c nion em condi es favor veis tal qual busc vamos tamb m possu a uma estrutura m nima para abrigar um grande n mero de pessoas
32. disposto Marcos introspectivo Nat lia gentil am vel Saiuri interessada colaborativa Carol cordial esperta Tha s presente L irreverente talentosa Colontai extrovertida Ana Carol sens vel Jana na delicada Gisele t mida atenciosa Neno privilegiado por ter tantos amigos especiais E eu Artur honrado por fazer parte deste grupo 13 CARVALHO Artur Jos Squarisi de Esportes na natureza Estrat gias de ensino do canionismo para pessoas com defici ncia visual 2005 192f Disserta o Mestrado em Educa o F sica Faculdade de Educa o F sica Universidade Estadual de Campinas Campinas 2005 RESUMO Este estudo tem como principal objetivo desenvolver uma proposta metodol gica para o ensino de um esporte praticado na natureza denominado Canyoning voltado a pessoas com defici ncia visual adotando como base os princ pios pedag gicos de uma Educa o F sica moderna de acordo com os preceitos de Parleb s 1987 Por interm dio do conhecimento da divis o que o autor faz do espa o f sico em meio selvagem e meio dom stico elaboramos um programa de atividades que contemplasse a compreens o das diferen as existentes entre eles atrav s da oportunidade de se estabelecer contato com um universo at ent o desconhecido para um grupo de pessoas cegas e com baixa vis o Analisamos os esportes na natureza sob v rios aspectos classificando as poss veis causas de sua forte ascens o na ltima d c
33. do grupo de quarta em fun o de outro compromisso Para mim foi muito bom este reencontro com todos mais uma vez e cada dia l foi muito especial Eles puderam participar tanto da organiza o de algumas etapas arrumaram mantimentos barracas etc como das atividades pentearam os cavalos tiraram leite etc alguns at comentaram que se sentiram muito teis diante dessas experi ncias Al m disso das brincadeiras e atividades recreativas futebol Vanster Todos adoraram pois s ouvimos elogios durante as estadias l e mesmo depois quando diziam que estavam j com saudade daquele fim de semana Al m do trabalho que realizamos no grupo quarta noite este trabalho realizado fora como as viagens e excurs es s o muito importante tanto para os Dvs quanto para n s monitores pois o dia dia as dificuldades apresentadas e detectadas s o ensinamentos para ambos acordando juntos passando por todas as etapas do dia dia de um cego um verdadeiro aprendizado Vamos al m das atividades f sicas e recreativas Entramos no quesito atividades da vida di ria orienta o e mobilidade Devemos estar atentos a cada detalhe a cada um deles pois tudo isso faz parte da nossa ampla comunica o com este p blico especial Muitos l nunca haviam andado cavalo tirado leite de uma vaca dormido fora de casa com os amigos Tudo isso enriquecedor como experi ncia de vida e vit ria para cada um deles 188 Acho que estamos
34. em intervalos de cinco minutos Estamos vivendo na era da informa o na qual o importante estar ligado em tudo o que se passa ao nosso redor N o se pode perder tempo com nada preciso estar conectado vinte quatro horas Infelizmente somos praticamente obrigados a entrar no ritmo e nem percebemos o que estamos deixando para tr s como divers o fam lia amigos viagens pr tica de esportes lazer entre outras coisas que podem ser os melhores mecanismos de controle do stress O que n o considerado uma doen a j que uma rea o instintiva ao perigo real e imagin ria ou a uma situa o de desafio Mas o stress n o necessariamente apenas uma rea o negativa Para Andrews 2003 pode ser desencadeado em fun o de um desafio e isso visto como algo positivo podendo despertar o que h de melhor nas pessoas Os horm nios liberados em nosso corpo estimulados pelo stress podem fazer com que um atleta supere marcas e limites em uma competi o importante como uma Olimp ada e Paraolimp ada ou servir de ingrediente para a pr tica de esportes na natureza O principal horm nio do stress conhecido como adrenalina que al m de provocar sensa es de prazer durante as aventuras tamb m respons vel por in meras modifica es fisiol gicas em nosso organismo Quando praticamos determinados esportes na natureza especialmente aqueles que envolvem um risco aparente como o canyoning j que normalmente as ativid
35. falta de vis o como a falta de est mulos o baixo repert rio motor o sedentarismo e a obesidade entre outros Entender essas caracter sticas fundamental para o desenvolvimento do processo de aprendizagem com nossos alunos Oliveira Filho 2003 p 24 Neste trabalho que tem como principal objetivo a elabora o de uma metodologia de ensino do Canyoning para pessoas cegas e com baixa vis o optamos pela classifica o sob o aspecto Esportivo fundamentado nas regras da Internacional Blind Sports Association IBSA 1993 apud Almeida 1995 p 13 B1 nenhuma percep o de luz em qualquer dos olhos at a percep o de luz mas incapacidade de reconhecer o formato de uma m o a qualquer dist ncia ou em qualquer dire o B2 da capacidade de reconhecer o formato de uma m o at a acuidade visual de 2 60 p s e ou campo visual menor que 5 graus B3 da acuidade visual acima de 2 60p s at a acuidade visual de 6 60 e ou campo visual de mais de 5 graus e menos de 20 graus Os deficientes visuais volunt rios deste projeto foram classificados em Bl B2 e B3 A metodologia foi desenvolvida de maneira a atender aos tr s subgrupos de forma que os sujeitos da pesquisa tivessem a chance de atingir o objetivo final em condi es de igual conhecimento t cnico Durante a elabora o das atividades tomamos alguns cuidados para que os alunos com baixa vis o n o fossem subestimados e tamb m n o levassem qualque
36. ferramenta que voc vai oferecer Artur As pessoas que est o trabalhando que precisam se adequar Zaith Exatamente Tem de ser mudado o conceito O ponto de vista outro 70 Artur Quem seriam as pessoas habilitadas a trabalhar com canyoning no Brasil Zaith Atualmente s o as pessoas que eu tenho conhecimento que tenho contato direto que s o alguns canionistas do Rio Grande do Sul de Santa Catarina Goi s de Minas Gerais e da Bahia S o pessoas que tenho contato direto Fora esses n o ponho minha m o no fogo Artur Que caracter sticas e conhecimento essas pessoas tem de ter para atuar em um c nion Zaith Um grande conhecimento em camping acampamento deslocamento por terrenos selvagens como o trekking orienta o excursionismo de pouco impacto escalada em rochas conhecimento das t cnicas verticais primeiros socorros e uma lista a mais Mas essas coisas s o inerentes j tem de ter isso como ponto de partida depois as t cnicas espec ficas de c nion mesmo Artur Com rela o s pessoas com necessidades especiais Voc j atuou diretamente com alguma Zaith Atuei muito pouco Mas j tive alguma experi ncia com pessoas portadora de defici ncia nos membros inferiores principalmente mas j tive com visual tamb m No Adventure Camping tinha um casal de defici ncia visual que participavam das etapas um casal que forma uma equipe com outras duas pessoas que s o poderia dizer considerados nor
37. finalidade de explorar nossa criatividade e recri las isto tornar se independente para criar e n o se ficar prisioneiro de manuais Pensando justamente em novas perspectivas procuramos no segundo cap tulo situar os esportes de aventura e suas in meras terminologias e conceitos atrav s de um breve hist rico sobre o tema e suas rela es com as quest es sociais e culturais que t m impulsionado a populariza o destas atividades como as condi es negativas e positivas do stress no dia a dia e nos esportes de aventura condi es mercadol gicas para o profissional de Educa o F sica como rea de atua o e o esporte na natureza para pessoas cegas e com baixa vis o levantando a quest o do direito de se correr riscos obviamente controlados diante de uma nova possibilidade O terceiro cap tulo trata especificamente da modalidade proposta nesta pesquisa para pessoas cegas e com baixa vis o conhecida como Canyoning ou canionismo a fim de descrever a modalidade com mais profundidade pois al m de ser um esporte complexo do ponto de vista t cnico e ainda ser pouco conhecido pelas pessoas tamb m disp e de muita informa o hist rica 27 que vai desde a sua cria o Franco Espanhola at seu surgimento no Brasil no final da d cada de 80 e seu conseq ente desenvolvimento Ap s o detalhamento do canionismo e de suas caracter sticas promissoras enquanto esporte no cap tulo quatro descrevemos a metodolog
38. natureza sobretudo as t cnicas do canionismo e suas sub atividades Durante a realiza o do V Encontro Brasileiro de Canionismo 2004 que ocorreu na Chapada dos Veadeiros em Goi s canionistas de todo o Brasil e alguns da Europa ficaram impressionados ao descobrirem que um grupo de deficientes visuais havia praticado canionismo Confirmando assim que jamais se teve noticias no mundo de tal empreitada Os esportes na natureza n o devem ser restritos a grupos espec ficos de pessoas como o de aventureiros famosos ou de pessoas que possuam um perfil imposto pelo padr o social como sendo os nicos capazes de realizar proezas ou simplesmente pela m dia Atrav s de uma proposta pedag gica e de uma metodologia estruturada poss vel fazer com que outros grupos como o de pessoas com defici ncias de qualquer natureza bi tipos diferenciados ou at com problemas de ordem psicol gica consigam ter acesso a estes esportes modernos podendo desfrut los com seguran a e com os mesmos direitos de se expor ao risco imagin rio 6 3 Caracteriza o dos Participantes da Pesquisa Esta pesquisa foi realizada na Faculdade de Educa o F sica da UNICAMP de mar o de 2002 a maio de 2004 junto ao Projeto de Extens o de Atividade Motora Adaptada sob a orienta o do Prof Dr Jos J lio Gavi o de Almeida e em parceria com o Centro de Integra o dos Deficientes de Paul nia CINDEP com o apoio do presidente da institui o Benedito Leal
39. nea vontade e Prefer ncia para os mais antigos e experientes no grupo e Ter um bom controle emocional e Bom conhecimento na identifica o e manuseio dos equipamentos b sicos do canionismo Na escolha dos alunos deficientes visuais adotamos os mesmos crit rios descritos abaixo e mais alguns que julgamos importantes e Estar disposto a fazer parte da atividade proposta de livre e espont nea vontade e Ter um bom controle emocional e Bom conhecimento na identifica o e manuseio dos equipamentos b sicos do canionismo e Desempenho e dom nio das t cnicas b sicas do canionismo e Os sujeitos da pesquisa dever o apresentar boas condi es de sa de 115 e Ter participado integralmente de todo o programa sem interrup es longas e Capacidades de Orienta o e Mobilidade bem desenvolvidas e locomo o segura Fechamos a equipe em cinco deficientes visuais dos quais tr s eram cegos e dois com baixa vis o Para cada um deles destacamos um monitor que seriam seus parceiros e guias do in cio da atividade at o final no retorno ao acampamento importante salientar que os alunos e monitores que n o puderam ser escolhidos tamb m foram para a viagem contribuindo na organiza o e participando de outras atividades paralelas A apenas um dia da data de partida descobrimos um grande problema A Fazenda Pavuna estava sem energia el trica e assim ficaria pelos pr ximos dias Para resolver a quest o alugamos um gerado
40. nos meus ideais e me incentiva a continuar escalando os obst culos que a vida oferece Como forma de agradecimento a toda equipe do GEAMA DV que participou ativamente do projeto e essencialmente da viagem a Botucatu pe o permiss o ao Neno que atuou durante todo o processo mais como professor do que como aluno para utilizar como forma de agradecimento seu relato sobre a viagem no qual sintetiza em adjetivos o perfil de cada um de n s e tudo o que vivemos juntos Benedito Leal Filho Neno A viagem para a Fazenda Pavuna no munic pio de Botucatu realizada pelos integrantes do grupo de Esporte de Aventura FEF UNICAMP foi em minha opini o uma das melhores at hoje O ambiente r stico e mesmo a precariedade no fornecimento de energia el trica constitu ram se em empecilhos facilmente contornados com bom humor e esp rito de equipe Outro aspecto muito importante foi a divis o de atividades por grupo de interesse possibilitando a participa o de todos seja no rapel seja nas trilhas Isso demonstra uma preocupa o em atender as diferentes expectativas e aptid es Gostei tamb m da sess o cultural que apresentou timas performances com alegria e descontra o marcas registradas de um grupo que leva a brincadeira muito a s rio O lugar escolhido extremamente agrad vel e adequado A prop sito a confec o da maquete foi uma id ia genial a qual ajudou a dar uma boa no o acerca do espa o tornando poss vel a 11
41. o j que a modalidade surgiu nesta regi o do continente europeu Tamb m s o provenientes destes pa ses os rg os internacionais respons veis pelo desenvolvimento do esporte e regulamenta o de sua pr tica como a Federa o Francesa de Espeleologia e o Comit Europeu de Canionismo No Brasil existe desde outubro de 2000 a Associa o Brasileira de Canionismo ABC nion respons vel pela organiza o da modalidade no pa s 5 2 Hist rico do Canyoning Este breve hist rico est baseado nos manuais das escolas espanhola Salamero 2001 francesa 1999 e no autor Ayasse 1991 No in cio do s culo XX come aram as explora es dos c nions Inicialmente as nicas pessoas que se arriscavam a entrar nestes c nions eram os pescadores mais ousados por m eles entravam apenas nos mais acess veis C nions e cavernas sempre foram lugares misteriosos e secretos por isso eram associados a uma mitologia que fascinavam os homens diante dos locais desconhecidos m gicos e profundos na busca por uma cosmologia universal Em 1888 o hidroge logo douard Alfred Martel considerado o pai da espeleologia e criador da primeira associa o de espele logos da Fran a realizou a travessia da caverna de Bramabiau que pode ser comparada a um c nion De certa forma Martel que explorava e pesquisava cavernas nem imaginava que ao percorrer trechos do leito de rios dentro e fora de cavernas estava criando um novo esporte chamado atualmen
42. o local explorado aos alunos cegos notamos que realizavam na da mesma forma em termos de deslocamento por m com mais tranqiiilidade Apenas reproduziam os movimentos guiados por nossas instru es e os indicativos de medo que n o desapareciam por completo eram bem menos expressivos e aparentes O que nos fez concluir que a falta de vis o neste caso caracterizou se como uma vantagem na pr tica de atividades que envolvem altura Fato este que n o se confirmou com os sujeitos de baixa vis o pois conseguiam captar informa es sobre o local e a atividade que iriam realizar Tinham capacidade de reconhecer a altura 4 4 Risco Este costuma ser um tema complexo quando se fala de esportes na natureza j que pressup em a possibilidade de estar jogando com a pr pria vida A partir do momento em que nascemos e somos apresentados ao mundo estamos sujeitos aos problemas e contratempos que a vida oferece ou seja correr riscos uma condi o inerente a qualquer ser vivo Ao longo do tempo a concep o de risco sofreu modifica es de acordo com o pensamento da poca com a cultura e principalmente com a rela o de depend ncia dos homens com a natureza 45 o futuro era percebido como uma quest o de sorte ou resultado de varia es aleat rias do ambiente O clima era a vari vel que mais provocava surpresas pelo menos at as Cruzadas As no es de risco que conhecemos hoje em dia n o se aplicavam a essa poca BERNST
43. o presentes no Arvorismo Outro item muito exigido em ambas as atividades a resist ncia e a for a Um percurso sobre as rvores pode at n o ser t o longo por m pode se levar at uma hora para conseguir atravessar do in cio ao fim Considerando a falta do recurso visual o tempo para se realizar o mesmo percurso pode aumentar consideravelmente Montamos uma estrutura simples com aproximadamente seis passagens ou esta es em um bosque localizado em uma rea da Faculdade de Educa o F sica A atividade tamb m permitiu associarmos algumas t cnicas j treinadas anteriormente como o Rapel e a Tirolesa dentro deste percurso Figura 33 Arvorismo 100 Em cada ponto de transi o havia um professor preparado para passar instru es e dar a seguran a necess ria Os alunos eram orientados com informa es sobre o percurso antes de iniciarem a subida at a copa da primeira rvore Dali para adiante em cada ponte de corda pela qual passavam deveriam tentar encontrar por si mesmos a melhor maneira transpor cada obst culo Recebiam ajuda apenas em caso de extrema necessidade Pass vamos os problemas e eles tinham que tentar resolv los com as informa es que haviam aprendido em todas as aulas anteriores Muitos coment rios surgiram desta atividade relacionados a v rios aspectos como desgaste f sico sensa es de medo e seguran a em pontos espec ficos e a oportunidade de estar pela primeira vez na copa de u
44. ponto de apoio E a terceira maneira pedir para que todos os alunos deitem no ch o em dec bito dorsal de forma intercalada com as orelhas encostadas umas nas outras ou seja um deita com o corpo estendido pra um lado e o outro deve deitar ao lado mas com o corpo no sentido contr rio cabe a com cabe a Quando todos estiverem apostos o professor pede para que levantem os bra os e posicionem as m os em forma de bandeja para que o peso do colega que ser transportado seja dividido entre todos O escolhido dever ser passado de m o em m o at o fim da ponte Esta atividade e suas varia es trabalham diretamente com o equil brio sobre um apoio inst vel 84 trabalha tamb m a coordena o e principalmente o esp rito de equipe e companheirismo essenciais dentro da explora o de um c nion Atividade 6 Escalaminhada Esta uma atividade que acreditamos ser importante principalmente no desenvolvimento da locomo o dos alunos pois procuramos fazer uma caminhada explorando todos os tipos de obst culos encontrados em um caminho que pode ser delimitado previamente ou executado de forma aleat ria As dificuldades encontradas no percurso a serem vencidas variavam desde subir em rvores equilibrar sobre troncos ca dos no ch o subir em alambrados fazendo deslocamento horizontal pendurar em aparelhos de gin stica como a barra at subir e saltar de muros Podemos neste exerc cio desenvolver al m do condicionamen
45. por Gabriela Monitores presentes Artur Larissa Malu Nat lia Ciro Gavi o Jana na M rcio Henrique e Veio Alunos presentes sujeito 2 sujeito 10 sujeito 20 sujeito 23 sujeito 9 sujeito 8 sujeito 1 sujeito 15 e sujeito 5 Relat rio das atividades desenvolvidas O Gavi o puxou um alongamento e depois todos foram fazer caminhada e corrida de acordo com a prefer ncia de cada um na pista do campo de futebol Depois os Dvs colocaram a cadeirinha o mosquet o e o freio 8 O Artur explicou que hoje eles v o terminar o trabalho com o freio 8 que come ou na semana passada e que hoje vai ter um vertical O Artur prop s fazer um Ja bob e demonstrou como fazer com os monitores O grupo se dividiu em tr s com quatro integrantes cada um e os monitores se dividiram entre um grupo para explicar a atividade para os Dvs Todos os Dvs fizeram Jo o bobo Depois os tr s grupos foram passar pela horizontal cordas amarradas no poste para vivenciar o funcionamento do freio 8 andando de costas pelo ch o Os monitores ficaram na ponta das cordas para fazer a seguran a Os monitores que ficavam no come o da corda dando as instru es instru ram os Dvs a n o frear somente o monitor que estava na seguran a poderia frear Foi feita uma competi o onde os Dvs tinham que recuperar duas fitas que foram deixados no ch o no percurso que eles teriam que abaixar e procurar a fita na hora que o monitor que estava na seguran a travass
46. principalmente da fragmenta o dos exerc cios e t cnicas do canyoning que englobam o conhecimento das atividades verticais de alpinismo espeleologia explora o de cavernas e atividades aqu ticas Para a realiza o desta pesquisa foram necess rios formar dois grupos distintos um de professores graduados e p s graduados em Educa o F sica capacitados para desenvolver e atuar nas atividades propostas e outro composto por pessoas com defici ncia visual que foram volunt rios na participa o dos exerc cios pedag gicos e t cnicos elaborados para esta proposta de ensino Antes de iniciarmos a pesquisa submetemos o projeto ao Comit de tica em Pesquisa para avalia o do mesmo e pedido de aprova o do termo de consentimento formal direcionado aos alunos volunt rios Ap ndices A e B Foram necess rios dois anos de atividades com um encontro semanal e eventualmente nos finais de semana durante as viagens para explora o de reas rochosas pontes cachoeiras e trilhas e atividades em fazenda e um parque aqu tico Com a finalidade de documentar todo o projeto coletamos informa es atrav s de relat rios das aulas e das viagens Ap ndices D e G tanto por parte dos professores envolvidos quanto dos sujeitos da pesquisa Tamb m pudemos contar com as equipes de televis o universit ria e comercial na grava o de depoimentos no momento em que as atividades eram realizadas possibilitando assim avaliar a efic cia das
47. quase que integralmente em meio aqu tico tornando se necess rio a adapta o s condi es do ambiente As situa es a serem superadas podem ser as mais variadas como trechos de nata o flutua o correnteza forte refluxos 106 corredeiras redemoinhos sumidouros entre outras Os pontos mais turbulentos do rio s o conhecidos como guas vivas e aqui que se encontram os verdadeiros limites deste esporte Para o evento final deste trabalho procuramos escolher um local que n o oferecesse um grau de complexidade elevado relativa parte aqu tica ou seja sem trechos de guas vivas Mesmo assim considerando a proposta da pesquisa de elaborar um m todo para o ensino do canionismo para D Vs elaboramos as atividades pensando nas poss veis situa es existentes em v rios tipos de rio Os treinamentos principais foram divididos em tr s momentos O primeiro foi em uma piscina semi ol mpica situada nas depend ncias da faculdade de Educa o F sica da Unicamp Nosso objetivo em um primeiro momento foi realizar uma adapta o dos alunos ao meio l quido j que pelo menos seis alunos tinham dificuldades com atividades que envolviam gua Procuramos deix los vontade nas primeiras aulas passando apenas alguns jogos e brincadeiras como forma introdut ria ao espa o No in cio de cada aula tamb m tivemos a oportunidade de participar de aulas de hidrogin stica ministrada por professores da faculdade Estes e
48. que tenhamos seu consentimento Solicitamos a gentileza de preencher o termo de responsabilidade de participa o fornecendo nos qualquer informa o ou indicando cuidados especiais que considere necess rio no verso desta autoriza o Prof Artur celular 19 9112 5086 casa 19 3273 5281 Prof J lio Gavi o 19 9603 3576 Desde j agradecemos a compreens o e colocamo nos disposi o par maiores esclarecimentos Atenciosamente Prof Artur Jos Squarisi de Carvalho AUTORIZA O Eu portador a do RG Assumo a responsabilidade de minha participa o na Fazenda Nossa Senhora da Sa de PAVUNA situada no munic pio de Botucatu interior de S o Paulo que compreende os dias de 30 de abril 01 e 02 de maio de 2004 Autorizo ainda a utiliza o do direito de imagem tanto para fotografia quanto para v deo Ass do aluno maior de 18 anos ou respons vel legal Campinas 2004 153 AP NDICE G Relat rios das Aulas e Viagens SA Faculdade de Educa o F sica ms GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada Prezado Senhor Prof Dr Archimedes Perez Filho Dirijo me a vossa senhoria para verificar a possibilidade de empr stimo e utiliza o de um aparelho GPS Sistema de Posicionamento Global do Instituto de Geoci ncias da Unicamp nos dias 20 21 e 22 de abril com a finalidade de realizar um levantamento sobre a localiza o da Fazenda Nossa Senhora da Sa de PAVUNA em Botucatu
49. realiza o da atividade final deste trabalho a travessia de um c nion com quatro grandes cachoeiras T nhamos uma preocupa o especial com o ensino desta t cnica em fun o da potencialidade dos riscos de se trabalhar em alturas elevadas ainda mais envolvendo um grande n mero de pessoas dentre elas alunos professores e monitores Para que esta etapa fosse realizada com sucesso decidimos n o demonstrar a t cnica na forma completa logo de in cio Dividimos o rapel em tr s partes ou momentos 6 6 1 1 Rapel no Plano Horizontal O rapel na sua forma original utilizado em um plano inclinado e na vertical exclusivamente Contudo como nosso objetivo primeiramente era deixar claro a forma de funcionamento desta pr tica criamos ent o o rapel horizontal Para executar este treinamento utilizamos as quadras externas da Faculdade de Educa o F sica por ter o solo totalmente plano Nas laterais das quadras havia grandes postes de ilumina o nos quais fixamos v rias cordas para que os alunos pudessem vivenciar os primeiros movimentos de um rapel Com todos devidamente equipados as cordas eram esticadas de cada ponto fixo em dire o ao centro do local de treino Ped amos para que se deslocassem caminhando para tr s atrav s do freio preso corda controlando a velocidade e fazendo algumas paradas Al m da simples execu o dos movimentos espec ficos tamb m sugerimos algumas brincadeiras como estafetas e tarefas de pe
50. rio das atividades desenvolvidas Primeira parte da aula foi feito aquecimento no campo depois divis o em dois grupos um para caminhada e outro para corrida Na quadra externa c rculo e atividade de abrir o n Ap s terem dado as m os sem sequ ncia abrir em c rculos Depois da coloca o da cadeirinha todos colocaram alguns sozinhos outros com a ajuda dos monitores Divis o de em dois grupos duas cordas amarradas no poste um aluno em cada corda andando de costas deslocamento com a cadeirinha com um monitor fazendo a seguran a no final da corda frear travar de repente durante o deslocamento do aluno Depois o mesmo exerc cio s que desta vez de frente com o monitor fazendo a seguran a tencionando e travando a corda frear Rapel em uma rvore os alunos v o ter que subir em uma cadeira alta e ser clipado corda presa na rvore na rvore e com o aux lio de uma segunda corda com roldana mais acima Sujeito 1 teve um pouco de medo ao ser presa corda ainda com os p s na cadeira Quando desceu acabou jogando o peso do corpo para tr s e ficou de cabe a para baixo dificultando a libera o da corda 164 Sujeito 2 foi tranquilo na descida Sujeito 3 teve um pouco de medo mas desceu bem Sujeito 4 tamb m foi bem Sujeito 5 desceu com as pernas muito esticadas mas foi tudo bem embora ter colocado o mosquet o de forma incorreta Sujeito 6 n o teve problemas Sujeito 7 tamb m desceu corretamente sujeito
51. sobre as dimens es do local e do trem quanto nos cuidados com a seguran a que foi passada detalhadamente em reuni es e relembradas antes de iniciarmos as atividades importante destacar que est vamos com um grupo de aproximadamente trinta e cinco pessoas sob e sobre a ponte A organiza o geral da equipe estava sendo testada como pr requisito para a pr tica do canionismo no in cio de 2004 onde a log stica seria muito mais complexa e com um n mero maior de integrantes Como era de costume envi vamos uma equipe de instrutores na frente para preparar a montagem dos equipamentos Ap s familiariza o do local explica es t cnicas e sobre a seguran a iniciamos as descidas de cada aluno sempre acompanhado de um monitor que tinha como fun o principal transmitir as informa es necess rias como posicionamento do corpo velocidade de descida explica es sobre o ambiente que os cercava e principalmente informar em intervalos de tempo a que dist ncia estava do solo Para a maioria das pessoas esta foi a primeira experi ncia em um local de grandes propor es Figura 35 Instrutor e aluno trocando informa es 102 Al m do rapel simples e do rapel guiado tamb m aproveitamos a oportunidade para montarmos uma tirolesa Esta t cnica tamb m treinada em aula extremamente complexa para ser montada mas que proporciona sensa es muito intensas Especialmente neste local que por ter um grande desn vel as descida
52. tema de esportes de aventura que encontra se em fase de conclus o j qualificado e aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa CEP As avalia es m dicas foram realizadas pela Faculdade de Ci ncias M dicas da Unicamp atrav s do Departamento de Oftalmologia sob a coordena o da Profa Dra Keila Carvalho Monteiro Ressaltando que os alunos deficientes visuais em sua grande maioria j avaliados s o os mesmos que participam desta pesquisa Os novos ser o submetidos aos mesmos procedimentos atrav s da parceria existente entre o departamento de Atividade F sica Adaptada DEAFA e o Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Ci ncias M dicas da Unicamp FCM Os volunt rios estudados participar o de um programa atrav s de aulas que ser o desenvolvidas durante um per odo de 12 semanas propondo atividades f sicas diversas como jogos atividades l dicas atividades que envolvam equil brio gin stica ol mpica atividades aqu ticas e terrestres de escalada b sica e t cnicas do canionismo visando desenvolver as capacidades de cada indiv duo suas percep es na rela o com o ambiente e estimular o vocabul rio motor e o potencial criativo As aulas ser o realizadas na Faculdade de Educa o F sica FEF UNICAMP uma vez por semana com dura o de 2 horas e tr s atividades externas que ser o informadas com anteced ncia e com as devidas autoriza es Estou ciente de que para a realiza o de todos os procedime
53. tratar de um per odo de poucas chuvas ideal para a pr tica do canionismo em que os rios est o com o n vel das guas mais baixo Como sempre fazemos em todas as atividades uma equipe de instrutores saiu na frente para preparar as instala es na entrada do c nion Com todos devidamente equipados fizemos uma ltima checagem de seguran a e transmitimos as instru es finais Deste momento em diante todos tinham uma tarefa a cumprir de igual responsabilidade Todos os conhecimentos trabalhados em dois anos de aulas e treinos dos quais procuramos detalhar cuidadosamente estariam agora unidos em um nico esporte o Canyoning 117 s o ARL Figura 46 Equipe reunida momentos antes da aproxima o para o C nion Nossa maior preocupa o estava relacionada ao tempo de travessia Permitimos que no trecho mais lento onde encontravam se as maiores cachoeiras 20 pessoas entrassem no c nion Al m dos instrutores e monitores dentro do rio tamb m pudemos contar com uma equipe de apoio em terra que acompanhou nosso deslocamento pelas trilhas que margeavam o c nion juntamente com os alunos que n o puderam participar da primeira etapa Esta equipe deveria nos encontrar em uma das reas de escape ap s vencermos as tr s primeiras grandes quedas com dez trinta e quarenta metros de altura respectivamente com o objetivo de transportar parte da comida materiais de primeiros socorros e os bast es guia para a segunda etap
54. um certo conforto com rela o for a da gua que cai sobre o canionista 57 Figura 4 Roupa de Neoprene Figura 5 Capacete 5 4 4 Cadeirinha Ficar pendurado em um abismo por uma corda certamente n o uma situa o das mais confort veis Na tentativa de minimizar os riscos e facilitar o trabalho em altura criou se um dos equipamentos mais importantes para a pr tica de esportes em altura a cadeirinha que um conjunto de fitas convenientemente costuradas constitu das de duas partes um cinto largo que envolve o quadril tendo em uma de suas extremidades uma fivela de alta resist ncia e as perneiras que est o interligadas com o cinto Estes equipamentos s o fabricados com material sint tico com capacidade para suportar em torno de duas a tr s toneladas dependendo do modelo O mais importante a respeito das cadeirinhas saber como elas devem ser utilizadas enfatizando sempre os procedimentos de seguran a como o fechamento das fivelas Fig 7 Figura 6 Cadeirinha Figura 7 Fechamento da fivela de seguran a 58 5 4 5 Longe Dupla A longe dupla um equipamento indispens vel para qualquer pessoa que tenha inten o de praticar canyoning Tem como fun o principal proporcionar seguran a ao praticante em locais onde h risco de queda Tamb m utilizada para auto resgate ou resgate de terceiros Deve ser montada em corda din mica de 9mm e acompanhadas de dois mosquet es com trava em cada ext
55. um martelo e tem a mesma fun o contudo os batedores foram projetados especificamente para fun o de coloca o dos spits nas rochas S o buchas confeccionadas em a o e servem para a instala o de fixadores de Plaquetas de amarra o nas rochas para a montagem das ancoragens artificiais As Plaquetas de amarra o podem ser de a o 64 ou em duralum nio e possuem grandes capacidades de suportar cargas T m a importante fun o de ligar os mosquet es e cordas s rochas ou seja aos pontos de ancoragem WE Figura 17 Equipamentos para ancoragens 5 5 5 Polias S o pequenas pe as altamente resistentes e com in meras fun es No Canyoning s o empregadas principalmente em tracionamento das cordas em opera es de resgate e em descidas por uma tirolesa Quando trabalhamos com v rias polias poss vel montar sistemas de desmultiplica o de for as o que facilita no trabalho de i amentos e de auto resgates Figura 18 Polias 65 6 Cap tulo 4 Canionismo para Deficientes Visuais Uma Proposta Metodol gica 6 1 Aspectos Metodol gicos Neste cap tulo descreveremos a metodologia utilizada no programa de ensino do canyoning para pessoas com defici ncia visual Com base em Lakatos 2001 este trabalho foi classificado como pesquisa de campo do tipo explorat ria na qual procuramos elaborar atividades sistematizadas envolvendo elementos dos jogos de coopera o da gin stica ol mpica do atletismo e
56. 24 5 LEGENDA lin Ancoragem Hatural ncoragem Artificial Descida Positiva com Obst culos Descida Positiva com Pontas Vivas 300m 600m 900m 1200m 1500m 1500m Figura 42 Perfil esquem tico croqui do C nion da Fazenda Pavuna 112 Antes de levarmos o grupo de deficientes visuais para a atividade final fomos para o munic pio de Botucatu cinco vezes e percorremos o leito do rio em duas oportunidades mapeando e observando detalhadamente cada cachoeira profundidade reas de escape e pontos de risco Tamb m fizemos o trabalho importante de fixa o das ancoragens artificiais que incluem perfura o da rocha e instala o das plaquetas de amarra o Uma das informa es de extrema import ncia para o sucesso da atividade era prever o tempo que levar amos para percorrer o trajeto de aproximadamente dois mil metros e com um desn vel de cento e oitenta metros da entrada at a sa da do rio Em nossa segunda explora o do c nion j com a presen a dos monitores procuramos simular as condi es da falta de vis o do in cio ao fim com alguns deles para que pud ssemos ter uma estimativa do tempo que gastar amos em condi es normais Com pouco mais de vinte pessoas conseguimos cumprir o percurso em sete horas at o retorno ao acampamento Por quest es de seguran a nosso planejamento foi para que conclu ssemos a tarefa antes do anoitecer 6 8 3 Maquete Quando retornamos da viagem com os monitores da fazen
57. 6 8 1 Treinamento dos Monitores Em todas as atividades que program vamos para o grupo estudado sempre lev vamos os monitores primeiro para um treinamento espec fico para o reconhecimento do local e coleta de informa es necess rias para a elabora o das atividades que seriam aplicadas aos deficientes visuais nas aulas Elabor vamos os exerc cios e organiz vamos as viagens nas reuni es de planejamento na qual decid amos a viabilidade das propostas antes de partirmos para as tarefas de campo No treinamento dos monitores utiliz vamos sempre a estrat gia de vendar os olhos de alguns volunt rios com o objetivo de coletar dados sobre as dificuldades encontradas Enquanto uns podiam treinar a melhor forma de orientar uma pessoa com tal defici ncia os que estavam vendados experimentavam a sensa o da falta do recurso visual e forneciam detalhes importantes a respeito das dificuldades na execu o do exerc cio Este recurso de vendar tornou poss vel uma melhor elabora o do conte do das aulas e na minimiza o de falhas O conhecimento pr vio dos locais onde levar amos o grupo de deficientes visuais tamb m foi de extrema import ncia nos momentos de planejamento e distribui o das fun es para cada um dos professores e monitores Figura 40 Monitores no C nion da Fazenda Pavuna 110 6 8 2 Levantamento de Dados do C nion Depois da escolha do c nion levantamos o maior n mero de informa es poss veis sobre o loc
58. 8 desceu tranquilamente sujeito 9 desceu corretamente Para finalizar Dani conversou com o grupo e programando as pr ximas atividades no Pico das Cabras e ponte da Rodovia dos Bandeirante 165 w Faculdade de Educa o F sica kai GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada UNICAMP Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 13 03 2003 Elaborado por Mar lia Coelho Monitores presentes Jana na Zambelli M rcio Larissa Dani C ntia Andr a Luciana Artur Gavi o e Gabi Alunos presentes sujeito 2 sujeito 24 sujeito 10 sujeito 4 sujeito 23 sujeito 3 Sujeito 7 sujeito 9 sujeito 8 sujeito 21 sujeito 1 sujeito 13 sujeito 15 sujeito 11 Sujeito 22 e sujeito 5 Relat rio das atividades desenvolvidas Apresenta o do Zambelli explica es do Artur sobre o trabalho no ano Gavi o falou do objetivo do trabalho Gavi o puxou o aquecimento Fez uma coisa interessante Os Dvs estavam de frente para ele e ele pedia para que os Dvs mudassem sua frente Ent o o Gavi o mudou de lugar e come ou a dar os comandos Estavam atr s deles Alguns perceberam a mudan a do Gavi o outros n o identificar o imediatamente Passou um exerc cio interessante de equil brio com pontos de apoio bastante esquisito exigindo outras tonicidades musculares Artur levou o grupo para correr e caminhar na pista de atletismo Sujeito 8 e sujeito 4 foram na frente sozinhos Sujeito 9 e sujeito 22 iam u
59. 9 soltou seus famosos IUHUU Sujeito 2 n o resistiu e fez o rapel guiado Sujeito 4 desceu o rapel guiado como Tarzan Logo depois sujeito 23 repetiu a fa anha 176 w Faculdade de Educa o F sica ai GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada UNICAMP Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 9 08 2002 Elaborado por Sujeito 17 Relat rio das atividades desenvolvidas Neste lindo dia cheguei a uma maravilhosa fazenda cujo dono muito respeitado por todos n s seu nome Julio Conhecemos pelo famoso Gavi o uma pessoa importante para n s todos e tamb m devemos nosso respeito a essa pessoa t o atenciosa meiga chamado Artur Tamb m dedico ao respeito a outro amigo tal qual viveu uma experi ncia de ser um de ver por algumas horas se sentir como n s somos Devo a esse carinho a esse amigo maravilhoso que se chama Veio o que mais me marcou que jamais vou me esquecer viver esta experi ncia a noite na fazenda tamb m gostei muito de andar a cavalo charrete do passeio na cidade N o podemos esquecer duas pessoas que fizeram parte a n s Tuca e Francisca que serviram o caf da manh e a nossa alimenta o No s bado nos divertimos bastante Devo tamb m um imenso carinho a essa amiga t o atenciosa e cuidadosa que n o deixou de cuidar de mim dando os meus rem dios na hora certa qual seu nome Andr a Fiquei muito emocionada com a serenata ao amanhecer na janela do m
60. AIN apud COSTA 2000 p 90 Nos dias de hoje temos condi es de prever alguns problemas que aterrorizavam as civiliza es antigas e at modific los como a cura de algumas doen as que dizimavam milhares de vidas Este risco ainda existe com o surgimento de epidemias ou de doen as como a AIDS Contudo estes problemas n o colocam a sobreviv ncia de nossa esp cie em uma condi o de risco extremo e devem ser resolvidos pelo coletivo Nossa real preocupa o di ria est centrada em outras quest es como no enfrentamento de problemas relacionados preserva o f sica e moral de si mesmo Tamb m a competi o e a luta pela sobreviv ncia na sociedade ao mesmo tempo nos atraem e nos atemorizam e percebemos que delas n o podemos fugir Percebemos ent o que o risco um companheiro do cotidiano e que precisamos conhec lo calcul lo control lo Costa 2000 p 90 Isso fica mais evidente na pr tica de esportes na natureza j que as pessoas podem escolher at que ponto est o dispostas a correr determinados riscos baseadas em seus valores pessoais Como vimos o risco pode apresentar se como um fator altamente subjetivo diante da realidade a ser analisada Quando as pessoas procuram as pr ticas esportivas que envolvem riscos n o est o procurando com isso tornarem se suicidas em potencial Na verdade est o em busca de valores que possam ser traduzidos em prazer e conquistas No ntimo certamente cada
61. EM 18 05 05 H OBJETIVOS Contribuir na forma o profissional dos estudantes de Educa o F sica e na elabora o de novos conte dos para cursos de Educa o F sica atrav s de atividades esportivas de aventura ou de integra o com a natureza para pessoas com defici ncia visual Propor um modelo de aprendizagem nos padr es da defici ncia visual HI SUM RIO A popula o a ser estudada ser formada por de 15 deficientes visuais sendo oito cegos e sete com baixa vis o por professores de educa o f sica e alunos de gradua o e p s gradua o da FEF UNICAMP na rea de Educa o F sica Adaptada e que j fazem parte do Projeto de Atividade Motora Adaptada como monitores das atividades A faixa et ria do grupo de deficientes varia de 15 a 45 anos de idade entre homens e mulheres J o grupo volunt rio composto por pessoas de faixa et ria de 20 a 40 anos entre homens e mulheres Todos os sujeitos envolvidos participar o de todas as etapas da pesquisa com exce o da explora o do c nyon de Botucatu onde ser realizada uma sele o dos mais aptos da modalidade tanto de alunos deficientes visuais como de monitores Os dados coletados atrav s de relat rios das aulas entrevistas filmagem das atividades de campo etc ser o analisados e interpretados em carat s qualitativo e descritivo de acordo com a metodologia adotada IV COMENT RIOS DOS RELATORES A descri o e caracteriza o d
62. Fig 11 Figura 10 Freio Oito Figura 11 Ascensores Figura 12 Shunt O bloqueador mais utilizado por canionistas o shunt que tem por finalidade principal dar seguran a de bloqueio durante uma descida de rapel solit rio Em caso de pane bloqueia automaticamente s pelo ato de solt lo Fig 12 5 4 8 Mochilas e Sacos Estanques As mochilas e Sacos estanques s o fabricados em borracha grossa e resistente a abras o projetadas para depois de fechadas n o permitirem a entrada de gua em seus compartimentos Assim pode se manter secos os equipamentos fotogr ficos ou de filmagem comida medicamentos primeiros socorros e o que mais for necess rio Uma grande vantagem destas mochilas que depois de fechadas com ar dentro tornam se flutuadores que servem como b ias para os canionistas Tamb m existem mochilas que t m a fun o inversa estanque S o 61 projetadas com aberturas pequenas para que a gua apenas passe por elas e n o fiquem muito pesadas S o utilizadas para carregar as cordas molhadas Figura 13 Mochilas e Sacos Estanques 5 4 9 Apito Canivete Lanterna e Cantil Apito um objeto pequeno e simples por m indispens vel no sistema de comunica o dentro dos c nions Para isto existe um c digo internacional de utiliza o do apito em casos de emerg ncia ou por falta de comunica o visual ou verbal Canivete ou faca pequena t m por finalidade cortar algum objeto que posso enroscar
63. Filho Tamb m tivemos o suporte do GEAMA DV Grupo de Estudos em Atividade Motora Adaptada e Defici ncia Visual composto por professores e alunos do curso de gradua o e p s gradua o da FEF e tamb m por convidados de outros cursos e institutos como Educa o Instituto de Artes e Cepre Unicamp 13 O grupo de deficientes visuais que foi convidado a participar deste projeto voluntariamente formado por alunos que integram o Projeto de Extens o existente desde 1991 promovendo atividades esportivas recreativas e de sociabiliza o integradas pesquisa O n mero de alunos deficientes visuais participantes durante a pesquisa variou entre 14 e 18 pessoas Destes apenas cinco foram escolhidos de acordo com crit rios que ser o descritos mais adiante para a pr tica final em um c nion na cidade de Botucatu Contudo todos os participantes sem exce o tiveram a oportunidade de participar de todas as aulas atividades externas e viagens que a pesquisa proporcionou O grupo possu a caracter sticas bem heterog neas sendo a principal e comum a todos os alunos a condi o de deficiente visual A maior parte do grupo era constitu da de pessoas cegas sendo que os demais tinham baixa vis o As faixas et rias variavam entre 12 e 50 anos de idade entre homens e mulheres Todos os alunos possu am locomo o ou seja todos tinham experi ncia motora b sica anterior o que possibilitou a explora o de exerc cios preparat rio
64. Meus pais s o do interior Eu morei numa ch cara na zona norte de S o Paulo em plena capital era uma ch cara que tinha pomar planta o de verduras e legumes era um lugar super grande eu sempre gostei Pendurava nas rvores fazia balan a tirolesa Depois comecei a sair mesmo Com 14 ou 15 anos ia acampar e procurar lugares se existia uma dificuldade ou cachoeira O que era isso Cavernas O que era isso Onda achar isso a A agente saia pelo mundo procurando Artur onde voc nasceu Zaith Nasci na capital Artur E morou sempre l Zaith morei a vida inteira num lugar s at aos 40 anos L vi toda a transforma o do bairro que tinha v rzeas nascentes gua limpa peixinhos girinos caranguejos vi desaparecer tudo e dar lugar a concreto Artur Como e quando voc conheceu o canionismo 67 Zaith O canionismo ele vem a partir de uma s rie de informa es que obtive dentro da espeleologia Eu tive a espeleologia como hobby de 81 a 89 Em 89 eu peguei essa hist ria do canyoning que era assim como aqui Na Europa na Fran a e Espanha ele surge atrav s de espele logos mesmo o moderno canionismo e na Europa tem haver com Eduardo Alfred Martel que era considerado o pai da espeleologia Ele tamb m era um canionista Artur Pode se dizer que o canionismo surge dentro da espeleologia mas hoje tem uma identidade pr pria Zaith Exatamente A partir da d cada de 70 final de 70 para 80 com a moderniza o da
65. Presente trabalho tem como uma de suas fun es mais importantes o desenvolvimento integral das pessoas com defici ncia visual atrav s de atividades realizadas na natureza e tamb m por um programa de atividades motoras adaptadas desenvolvendo assim suas habilidades e capacidades fundamentais Objetivo Espec fico Este trabalho que tem como principal objetivo a elabora o de uma metodologia de ensino do Canyoning para pessoas cegas e com baixa vis o 29 3 Cap tulo 1 Educa o Fisica Adaptada e o Esporte na Natureza A vis o sem a o n o passa de um sonho A a o sem vis o s um passatempo A vis o com a o pode mudar o mundo BAKER 2005 3 1 A Educa o F sica Adaptada A Educa o F sica enquanto ci ncia talvez n o tenha ainda conquistado o devido reconhecimento e valoriza o que lhe cabe As pessoas que optaram por esta profiss o interdisciplinar muitas vezes n o d o conta do universo de op es que ela oferece e a Atividade F sica Adaptada uma delas Quando voltamos nossos olhares para este campo de atua o descobrimos que existem pessoas com necessidades especiais nesta rea e no esporte adaptado e aprendemos que estas necessidades n o s o apenas para pessoas com defici ncias mas para todos Educa o F sica Adaptada designa um programa individualizado de aptid o f sica e motora habilidades e padr es motores fundamentais e habilidades de esportes aqu ticos e dan a al m de
66. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE EDUCA O F SICA ARTUR JOSE SQUARISI DE CARVALHO ESPORTES NA NATUREZA estrat gias de ensino do Canionismo para pessoas com defici ncia visual Campinas 2005 ARTUR JOSE SQUARISI DE CARVALHO ESPORTES NA NATUREZA estrat gias de ensino do Canionismo para pessoas com defici ncia visual Disserta o de Mestrado apresentada P s Gradua o da Faculdade de Educa o F sica da Universidade Estadual de Campinas para obten o do t tulo de Mestre em Educa o F sica Orientador Jos J lio Gavi o de Almeida Campinas 2005 ETOMBO BUCL 504 proc fo RE FICHA CATALOGR FICA ELABORADA BIBLIOTECA FEF UNICAMP Carvalho Artur Jos Squarisi de C253e Esportes na natureza Estrat gias de ensino do canionismo para pessoas com defici ncia visual Artur Jos Squarisi de Carvalho Campinas SP s n 2005 Orientadora Jos J lio Gavi o de Almeida Disserta o Mestrado Faculdade de Educa o F sica Universidade Estadual de Campinas 1 Esportes 2 Esportes radicais 3 Aventuras 4 Esportes natureza 5 Defici ncia visual 6 Educa o f sica 7 Pedagogia Almeida Jos Julio Gavi o de Il Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Educa o F sica Ill T tulo ARTUR JOS SQUARISI DE CARVALHO ESPORTES NA NATUREZA estrat gias de ensino do Canionismo para pessoas com defici ncia visua
67. a 118 Figura 47 Ponto de sa da da segunda cachoeira com grande volume de gua Ambas as equipes estavam em contato o tempo todo atrav s de cinco r dios de comunica o de m dio e longo alcance e mais um no acampamento com mais dois integrantes do grupo para um eventual caso de emerg ncia Na segunda fase os grupos se encontraram e seguiram caminhando rio abaixo com os bast es guia e vencendo os desafios como pequenas corredeiras pontos de estreitamento do rio provocando um forte fluxo de gua e alguns trechos mais profundos O material que desenvolvemos chamado de bast o guia mostrou se muito eficiente nesta parte do trajeto agilizando nosso deslocamento Nos relat rios dos alunos todos manifestaram que este 119 equipamento proporcionou grande seguran a durante a caminhada especialmente nos pontos com muitas pedras escorregadias Tomamos o cuidado para que a atividade n o se transformasse apenas na conquista de um c nion pura e simplesmente Pedimos aos monitores que passassem a maior quantidade de informa es poss veis para os alunos a respeito de tudo o que os rodeava Nosso objetivo maior era fazer com que percebessem toda a natureza em que estavam inseridos Que pudessem detectar as caracter sticas e desafios daquele meio selvagem que estavam explorando Passar por um caminho cheio de pedras com gua corrente e mata fechada pode ser encontrado em muitos lugares de aceso relativamente f cil Mas compreende
68. a aumentando o n mero de pessoas formando um c rculo em volta do companheiro que est ao centro Desta forma ele poder ser empurrado para todas as dire es Para melhor entendimento dos objetivos desta atividade refazemos a mesma brincadeira s que 85 desta vez preso ao equipamento Seguro a uma corda o aluno lan ado de um lado para o outro Desta forma fica claro para o aluno que no momento em que estiver na vertical preso corda n o poder fechar as pernas para n o virar um Jo o Bobo de encontro parede Nenhum aluno errou mais neste procedimento depois desta brincadeira Esta atividade importante para trabalhar n o apenas um procedimento t cnico de forma divertida mas tamb m para desenvolver o equil brio nos alunos pois quando os colocamos em uma situa o vertical a forma de controle do corpo totalmente diferente das condi es de equil brio no plano horizontal De acordo com relato dos sujeitos desta pesquisa este educativo proporcionou uma sensa o muito pr xima da realidade de quando se est no plano vertical apenas seguro por uma corda Figura 27 Educativo Jo o Bobo 6 5 Aspectos T cnicos do Canyoning O Canyoning um esporte completo que re ne em uma nica modalidade atividades na gua e na terra atrav s das t cnicas do alpinismo da espeleologia estudo de cavernas e de alguns esportes aqu ticos como rafting As explora es de c nions podem envolver in mer
69. a amostra est o adequadas Os crit rios de inclus o as adequa es da metodologia e das condi es de realiza o est o claras Os Termo de 135 Consentimento Livre e Esclarecido ap s corre es est o adequados Foi apresentado conforme solicitado pela plen ria um seguro para os participantes V PARECER DO CEP O Comit de tica em Pesquisa da Faculdade de Ci ncias M dicas da UNICAMP ap s acatar os pareceres dos membros relatores previamente designados para o presente caso e atendendo todos os dispositivos das Resolu es 196 96 e complementares bem como ter aprovado o Termo do Consentimento Livre e Esclarecido assim como todos os anexos inclu dos na Pesquisa resolve aprovar sem restri es o Protocolo de Pesquisa supracitado O conte do e as conclus es aqui apresentados s o de responsabilidade exclusiva do CEP FCM UNICAMP e n o representam a opini o da Universidade Estadual de Campinas nem a comprometem VI INFORMA ES COMPLEMENTARES O sujeito da pesquisa tem a liberdade de recusar se a participar ou de retirar seu consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penaliza o alguma e sem preju zo ao seu cuidado Res CNS 196 96 Item IV 1 f e deve receber uma c pia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido na integra por ele assinado Item IV 2 d Pesquisador deve desenvolver a pesquisa conforme delineada no protocolo aprovado e descontinuar o estudo somente ap s an lise das raz es da desc
70. a caminhada pelo leito do rio totalmente coberto por pequenas pedras escorregadias seria um problema no deslocamento de um grupo grande T nhamos o conhecimento que para realizar uma travessia era preciso ter planejamento para utilizar o menor tempo poss vel N o se pode correr o risco de ficar preso em locais de dif cil acesso como no caso destes ambientes Precis vamos encontrar uma forma de caminhar pelo leito do rio com os deficientes visuais sem lentid o a fim de n o causar problemas e nos colocarmos em situa es de risco real Para isso constru mos um equipamento no qual chamamos de Bast o Guia Para caminhar em locais confinados e que promovem grande desgaste f sico devemos evitar o excesso de peso Portanto na introdu o do novo implemento procuramos utilizar um material que fosse leve resistente e que pudesse ser descartado na natureza em caso de necessidade sem afetar o meio ambiente Fizemos alguns testes com v rios tipos de madeira mas sempre encontr vamos algum problema como quebravam com facilidade oferecendo risco aos participantes alguns mais resistentes n o tinham o tamanho ideal ou eram pe as muito caras de acordo com o tipo de madeira A solu o estava na utiliza o de bambus que foi sugerido por um dos professores Eles podiam ser cortados na medida que precis vamos eram muito leves e resistentes e podiam ser descartados na mata caso perdessem a utilidade para o grupo Os segmentos de bambu for
71. a e se expandisse por todos os cantos do pa s Todo este novo e promissor movimento tamb m acabou gerando a necessidade de se criar uma legisla o ambiental nacional que considerada uma das mais completas e bem elaboradas do mundo Infelizmente tamb m uma das menos respeitadas e mal aplicadas em fun o de interesses pol ticos 4 3 Stress um mal necess rio Vivemos em um mundo em constante muta o que evolui e transforma se a uma velocidade assustadora Criamos e desenvolvemos uma sociedade moderna e tecnologicamente evolu da mas que ao mesmo tempo tornou se dependente e escrava de suas pr prias inven es O modelo de vida assoberbado que adotamos na era contempor nea coloca o ser humano num estado permanente de busca e descobertas que nem sempre produzem como resultados algo que represente qualidade de vida s pessoas e menos ainda condi es de preserva o do mundo em que vivemos Muitas vezes na tentativa de encontrar solu es acabamos gerando novos problemas principalmente no que diz respeito s quest es ambientais Felizmente um movimento de despertar dos seres humanos para estas quest es parece crescer ainda que lentamente no in cio deste novo s culo E na tentativa de fugir dos grandes centros urbanos as pessoas t m procurado como ref gio o meio rural e os esportes praticados neste ambiente visando minimizar um progressivo distanciamento de suas rela es com a natureza Esta vis vel necessida
72. a identidade baseada em seu problema levando uma vida como qualquer outro indiv duo na sociedade Para ele os cegos podem sua maneira construir um mundo completo e suficiente ter uma identidade cega completa e nenhum sentimento de incapacidade ou inadequa o e que o problema de sua cegueira e o desejo de cur la por conseguinte nosso e n o deles A orienta o funcional da educa o motora tem como objetivo principal fazer do corpo um instrumento perfeito de adapta o do indiv duo ao seu meio f sico e social n o podendo desconsiderar jamais as condi es de organiza o do meio ambiente em que vivem Conforme estabelece Locke e Lambdin apontados por Almeida 1995 o confronto coopera o entre aluno e meio conforme a sincronia das conquistas poder possibilitar espa os para uma maior participa o do aluno e inclusive maior autonomia quanto ao seu desenvolvimento motor Para Merleau Ponty 1971 p 241 falar de percep o falar do corpo como ele afirma meu corpo a textura comum de todos os objetos e ele pelo menos em rela o ao mundo percebido o instrumento geral de minha compreens o O mundo percebido o conjunto dos caminhos de meu corpo O deficiente visual mais do que qualquer indiv duo compreende o mundo ao seu redor atrav s de seu corpo Com os ajustes necess rios e a estimula o adequada poss vel criar uma metodologia de ensino para in meras ativ
73. a o alcance do objetivo maior da Educa o F sica e de todo o processo educativo a forma o global do aluno Almeida 1995 p 157 Temos ainda outros objetivos nesta pesquisa como observar e compreender alguns dos motivos que levam as pessoas a buscarem as atividades de aventura contribuir para que os esportes praticados na natureza passem a ter maior aten o e interesse como campo de atua o da Educa o F sica e finalmente demonstrar o potencial que as pessoas cegas e com baixa vis o podem ter praticando o canionismo e demais atividades esportivas que comp em esta modalidade Este estudo se desenvolve em quatro cap tulos No primeiro procuramos descrever a import ncia da pedagogia que nos permite transcender os modelos e m todos de aprendizagem que n o satisfazem mais nossas exig ncias e menos ainda as necessidades de pessoas que possuem algum tipo de defici ncia Na velocidade em que as informa es chegam n o mais poss vel trabalhar e desenvolver a Educa o F sica e o Esporte Adaptado baseados em receitas prontas necess rio oferecermos novas possibilidades para as pessoas com defici ncia e tamb m s n o deficientes Como Freire 1994 p 99 acreditamos que a Educa o F sica sem d vida uma disciplina que oferece recursos extremamente abrangentes aos profissionais da rea atrav s da pedagogia que preciso mais do que simplesmente aplicar as atividades mas acima de tudo compreend las com a
74. a participa o na viagem ao N cleo Ambiental Picinguaba Praia da Fazenda situado no munic pio de Ubatuba Litoral Norte de S o Paulo nos dias 12 13 14 e 15 de dezembro de 2002 Autorizo ainda a utiliza o do direito de imagem tanto para fotografia quanto para v deo Ass do aluno maior de 18 anos ou respons vel legal Campinas 2002 151 AUTORIZA O Atividade Externa Rapel na Ponte da FEPASA Srs Alunos e ou respons veis O Projeto de Atividade Motora Adaptada desenvolvido na Faculdade de Educa o F sica da UNICAMP sob a coordena o do Prof Dr Jos J lio Gavi o de Almeida estar realizando uma atividade externa denominada de rapel em ponte situado no munic pio de Campinas Ponte da FEPASA pr ximo Rodovia dos Bandeirantes no dia 15 de junho de 2003 das 8 00h s 17 00h Tal atividade tem como objetivo refor ar alguns conte dos desenvolvidos no programa de extens o e pesquisa mestrado FEF UNICAMP e proporcionar momentos de lazer aos mesmo Gostar amos de poder contar com sua participa o nesta atividade rapel em ponte Para tanto necess rio que tenhamos seu consentimento Solicitamos a gentileza de preencher o termo de responsabilidade de participa o fornecendo nos qualquer informa o ou indicando cuidados especiais que considere necess rio no verso desta autoriza o Prof Artur Fones 19 9112 5086 casa 19 3273 5281 Desde j agradecemos a compreens o e co
75. ada suas terminologias e a viabilidade para grupos com necessidades especiais Descrevemos em detalhes a evolu o e os conceitos do canionismo no mundo e no Brasil suas t cnicas e materiais necess rios sua pr tica Elaboramos uma proposta de ensino com base no desmembramento da modalidade escolhida atrav s das exig ncias e de suas necessidades f sicas considerando sempre o desenvolvimento integral dos indiv duos oferecendo aos mesmos situa es novas e assegurando os direitos de se correr os riscos imagin rios dos esportes na natureza e reais que a vida nos imp e a cada dia Palavras Chaves Defici ncia Visual Aventura Canionismo Canyoning Esportes na Natureza Estrat gias de Ensino e Pedagogia 15 CARVALHO Artur Jos Squarisi de Nature sports Strategies of canionism teaching for visual impaired people 2005 192f Disserta o Mestrado em Educa o F sica Faculdade de Educa o F sica Universidade Estadual de Campinas Campinas 2007 ABSTRACT The purpose of this study is to develop a methodological proposal for the teaching of a practiced sport called Canyoning for visual impaired people by adopting basic pedagogical principles of a modern Physical Education according to the Parleb s concepts 1987 Through the knowledge of the physical space the author does in both wild environment and domestic environment we have elaborated an activity program that contemplates the comprehension of the exis
76. ada grupo e todo o universo que conspirou para que tudo desse certo
77. ades devem ser feitas com seguran a a sensa o de estar a v rios metros do ch o preso apenas por uma corda sob muita gua gelada desencadeia uma s rie de rea es qu micas que partem do hipot lamo e 44 descem pelo tronco encef lico e medula iniciando o processo de alarme atrav s da libera o do horm nio conhecido como adrenalina A partir deste momento tudo muda o cora o e a respira o aceleram a press o sangu nea se eleva as pupilas se dilatam os intestinos praticamente param e os m sculos recebem oxig nio muito acima do normal fazendo com que a energia do corpo pare a triplicar Todas estas rea es resultam em uma emo o muito conhecida de todo ser humano o medo Poder experimentar esta sensa o sempre que poss vel sem correr o risco real de morte um dos fatores que move as pessoas na busca pelos esportes na natureza De acordo com relatos de alguns sujeitos cegos durante a pesquisa ter o conhecimento pr vio da atividade a ser submetido como informa o da altura em que estavam ponto de sa da em rela o ao solo ponto de chegada os graus de dificuldade das sa das de cada rapel os tipos de piso em que se encontravam liso ou spero eram fatores que criavam uma expectativa muito grande fazendo com que a sensa o de medo estivesse sempre presente pois tinham conhecimento das potencialidades do esporte Quando d vamos apenas informa es t cnicas sobre a atividade e poucos detalhes sobre
78. adr o uma investiga o sistem tica para determinar a origem do problema a ser corrigido 56 Os materiais utilizados no canyoning s o divididos em equipamentos de prote o individual e equipamentos de prote o coletiva descritos abaixo conforme normatiza o da Associa o Brasileira de Canionismo ABC nion 5 4 1 Equipamentos de Prote o Individual S o equipamentos que t m como objetivo principal dar suporte e prote o individual aos praticantes 5 4 2 Roupa de Neoprene O material que comp e esta roupa resultante de uma chapa de borracha expandida sob alta press o e temperatura revestida com tecido ou outros materiais atrav s do processo de vulcaniza o Tem como objetivos proporcionar prote o t rmica evitando que o praticante entre em hipotermia e prote o mec nica contra impactos e raspagens em pedras Tamb m permite ao canionista ter boa flutuabilidade em guas profundas As espessuras podem variar de 2 a 8 mm Fig 4 5 4 3 Capacete Assim como os demais equipamentos o capacete tem a importante fun o de proteger os praticantes de Canyoning apesar de ainda negligenciado por pessoas inexperientes O principal objetivo de utiliz lo evitar que o esportista seja atingido por objetos que descem o leito dos rios atrav s da for a das guas como pequenas pedras galhos de rvores e at equipamentos que podem cair acidentalmente Outra importante fun o do capacete proporcionar
79. aina Jana e ao Ricardo pelo excepcional trabalho na constru o da maquete que rendeu muitos elogios de todo o grupo Agrade o demais pelo empenho com que assumiram esta tarefa e pela rapidez na execu o de todo o processo Voc s s o demais Ao M rcio pelo companheirismo em todas as aulas e nas montagens dos equipamentos para as atividades verticais Pela for a na constru o dos Bast es Guia e nas id ias durante todo o processo A Liana e sua fam lia pela grande ajuda em nosso churrasco de comemora o da explora o do c nion em Botucatu Prof Dr Mey de Abreu Van Munster pela amizade e pelos anos os quais tive a oportunidade de trabalhar ao seu lado em sua Tese de Doutorado que contribu ram para ampliar meus conhecimentos neste maravilhoso universo da Defici ncia Visual Ao Tiago Sales que mesmo com pouco tempo no grupo sua presen a e seus conhecimentos em canionismo foram de extrema import ncia para o crescimento e valoriza o da etapa final deste trabalho Ao Sr Carlos Zaith pela inestim vel aten o pelas informa es hist ricas sobre Canyoning no Brasil e no mundo e principalmente pela colabora o te rica e t cnica Bia pelos anos de carinho e contribui o com esta pesquisa ajudando na capta o de bibliografias e pela participa o direta nas atividades de campo e no laborat rio LAMA Por fim por ter participado da hist ria ajudando na constru o do GEAMA DV e em minha vida
80. ais realizaram a atividade com relativa tranq ilidade 174 w Faculdade de Educa o F sica kai GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada UNICAMP Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 05 06 2003 Elaborado por Larissa Galatti Monitores presentes Artur Larissa Dani C ntia Malu Nat lia Andr a Luciana Ciro Gavi o Jana na Carol Gabi Regina M rcio Henrique L Vanessa e Veio Alunos presentes sujeito 10 sujeito 4 sujeito 23 sujeito 9 sujeito 8 Sujeito 1 sujeito 15 e sujeito 2 sujeito 7 Relat rio das atividades desenvolvidas Descri o do ginasi o local da aula de hoje Reconhecimento do gin sio atrav s de caminhadas corridas e sons no o de distancia Sujeito 4 e sujeito 1 guiaram sujeito 10 Gavi o ensinou sujeito 23 a correr Sujeito 14 deu canseira na Carolzinha na corrida Ciro organizou corrida em velocidade guiada por palmas e som de chaves cerca de 25 m A seguir foi feita a 661499 mesma corrida mas ao sinal do j o aluno tinha que por as duas m os no ch o levantar se e dar continuidade a corrida Agora ao sinal de j o aluno deveria fazer um giro de 360 graus e continuar a corrida na dire o do sinal vem Atividade principal rapel e Rapel guiado primeiro os alunos vestiram os equipamentos sempre relembrando os procedimentos de seguran a Segundo rapel Guido A sa da dos alunos deveria ultrapassar
81. al como localiza o geogr fica geologia da regi o medi o da altura das cachoeiras e da dist ncia total a ser percorrida e avalia o do desn vel total entre a entrada e a sa da do rio Para a coleta dos dados precis vamos de um equipamento chamado GPS Sistema de Posicionamento Global que um pequeno computador que recebe e envia sinais via sat lite capaz de processar informa es como altitude em rela o ao n vel do mar latitude longitude indicando a posi o geogr fica do medidor e as imagens de sat lite com a topografia da regi o S o Paulo SF 22 Z B VI 3 SO Articula o compat vel com a escala DS 125 000 IBGE O GPS um aparelho muito caro especialmente o modelo prova d gua como era de nossa necessidade Enviamos um pedido atrav s da Faculdade de Educa o F sica ao Instituto de 111 Geoci ncias da universidade juntamente com uma descri o do projeto e da utiliza o do aparelho Ap ndice E Atrav s da colabora o entre os referidos institutos obtivemos autoriza o para o empr stimo e ainda pudemos contar com a assessoria de um aluno do curso de Geografia para operar o GPS e no fornecimento das imagens de sat lite com a topografia da regi o e na confec o do perfil esquem tico do c nion da Pavuna atrav s dos dados obtidos CROQUI DO C NION FAZENDA PAVUNA MUNIC PIO DE BOTUCATU COORDENADAS UTM Geogr ficas 22K 0755276 548 30 45 4 7471991 wW22 50
82. al conhecimento de causa considerando os objetivos tra ados e a totalidade do projeto 122 Discorrer a cerca de quest es como defici ncia tratar das diferen as daqueles que fogem ao padr o estabelecido pela maior parcela da sociedade De maneira geral notamos que os seres humanos demonstram certa incoer ncia quando apontam para temas como igualdade Diferenciamos nossos semelhantes e n o conseguimos definir com exatid o o que ser normal poss vel que pessoas com defici ncia sejam capazes de realizar tarefas que outras em uma mesma situa o n o consigam Tivemos alguns exemplos disso neste trabalho quando alguns alunos cegos n o se importavam ou n o eram ao menos atrapalhados pela quest o da altura para fazer rapel nos abismos Acreditamos que este fato se constitua em uma vantagem sobre os videntes como no caso de monitores que ficavam aparentemente surdos e completamente at nitos quando eram submetidos s mesmas condi es de altura Estes acontecimentos em princ pio se apresentaram diante do grupo como um paradoxo Sacks 1995 destaca que este tipo rea o pode ocorrer com pessoas deficientes o paradoxo da doen a est antes de tudo em seu potencial criativo na forma como ela pode revelar formas de vida e adapta es nunca antes imaginadas numa esp cie de rea o positiva sua devasta o Durante a explora o do c nion no munic pio de Botucatu nossa maior preocupa
83. am cortados com dois metros de comprimento para que at tr s pessoas pudessem caminhar juntas sem que um atrapalhasse o passo do outro Determinamos que na dianteira do bast o sempre haveria um guia ou seja uma pessoa vidente O centro que era o local mais est vel estava destinado a um sujeito cego ou com baixa vis o e na ltima posi o poderia ser outro monitor ou at mesmo um aluno com baixa vis o com capacidade de ajudar na locomo o Em cada uma das posi es havia uma fita de tecido resistente presa ao bast o para que pudessem fixar uma das m os como refer ncia e n o soltar o mesmo Por outro lado 104 tomamos o cuidado de n o prendermos totalmente esta m o para que em caso de necessidade pudessem se desvencilhar rapidamente do equipamento Procuramos testar o bast o guia de in meras maneiras at encontrarmos a melhor forma de utiliz lo Fizemos grandes caminhadas pelo campus da universidade e pelas ruas adjacentes procurando transpor todos os obst culos poss veis pelo trajeto como planos inclinados terrenos acidentados locais com pedras grandes escadarias diferentes tipos de solo e at em cima de pequenos muros testando o equil brio Em cada sa da procur vamos por caminhos e dificuldades diferentes aumentando gradativamente o est mulo para os alunos No retorno das caminhadas busc vamos coletar informa es sobre a efici ncia do novo equipamento e sobre poss veis modifica es Alguns fizeram compara
84. aran no Sul do Brasil Em mar o de 2003 foi realizada a 5 edi o da maior corrida de aventura do pa s a Expedi o Mata Atl ntica EMA que atrai corredores e telespectadores de v rios pa ses E em agosto de 2004 em sua 6 edi o S o Paulo sediou mais uma vez a Adventure Sports Fair que j a maior feira de esportes de aventura da Am rica Latina e est entre as maiores do mundo em sua categoria O objetivo principal deste trabalho desenvolver e descrever as adapta es metodol gicas e as estrat gias que dever o ser adotadas no ensino do canionismo explora o do leito de rios dentro de c nions para pessoas cegas e com baixa vis o Tamb m procuramos estimular a locomo o dos deficientes visuais atrav s de uma proposta pedag gica adequada das atividades no meio selvagem que imp em de certa forma um ajuste s novidades e orienta o para a adaptabilidade frente a imprevistos Parleb s 1987 p 14 caracterizando o desenvolvimento de subs dios educativos modalidade proposta o Canyoning e tendo como base grupos especiais Refor ando esta id ia Almeida 1995 p 157 acredita que as atividades motoras praticadas no meio selvagem t m fundamental import ncia para pessoas portadoras de defici ncias visuais como ele mesmo descreve Oferecendo pois s Ps Ps Ds Vs atividades motoras em meio selvagem acreditamos que devidamente conduzidas estar o 26 concorrendo par
85. as fases e t cnicas As fases s o divididas em quatro 86 1 Aproxima o Este um momento que pode parecer ser o mais tranq ilo de todos por m as aproxima es de c nions de dif cil acesso costumam exigir muito dos esportistas em fun o da grande quantidade de equipamentos que precisam carregar at o ponto de entrada Contudo tamb m existem os que se localizam dentro de fazendas onde os acessos est o pr ximos e s o de f cil locomo o 2 Entrada Ap s a realiza o da aproxima o passa se para a fase de entrada no c nion que exige muito cuidado e per cia Os canionistas devem estudar as melhores rotas e chegar a um consenso com a equipe antes de seguir em frente Um dos principais fatores a serem observados antes de iniciar esta etapa s o as condi es meteorol gicas N o se deve prosseguir com a entrada existindo a possibilidade de chuvas por mais remota que seja 3 Transposi o Uma vez dentro dos c nions os objetivos est o centrados em transpor cada obst culo natural como cachoeiras corredeiras piscinas naturais pequenos e grandes desn veis entre as paredes de rochas entre outros necess rio ter uma boa equipe com materiais espec ficos para cada situa o j que as reas de escape para casos de emerg ncia costumam ser raras ou em determinados lugares inexistentes 4 Sa da Depois de explorar o leito de um rio que corta um vale e caracteriza a forma o de um c nion transpondo s
86. as em rela o Ao percurso Ainda bem que temos pessoas corajosas no grupo pois toparam arriscar Isso foi muito bom pois eu estava menosprezando a capacidade de nossos alunos que foram muito bem mesmo Deram um baile em muitos daqueles monitores que a primeira vez fizeram uma simula o com vendadas inclusive eu Foi muito interessante o uso da maquete antes da viagem pois em v rios momentos sujeito 23 tentava relacion la com o percurso que realiz vamos na pr tica At citou que algumas coisas estavam faltando Por falar em sujeito 23 achei sua desenvoltura em realizar a tarefa muito boa ele n o apresentou muitas dificuldades na descida da cachoeira pelo contr rio naquele do rapel guiado desceu at mais r pido que alguns monitores na trilha pelo rio ele foi muito bem N o apresentou cansa o ou muito frio fato que nos preocupava anteriormente ele foi muito bem na trilha terrestre o nico problema que devido sua ansiedade excessiva sempre queria passar na frente de quem estava guiando n o tinha paci ncia 184 Achei que todos fizeram o percurso proposto com muita trangiilidade talvez por terem tido j uma leve experi ncia com o projeto da Mey e tamb m com toda a prepara o realizada nas aulas da Unicamp todas as quintas feiras Os monitores estavam bem organizados e era um grupo harm nico deu muito certo aquele grupo de apoio para a galera que desceu a cachoeira e a turma da trilha Tudo fica mais f cil q
87. astrais Alunos e Monitores e rreeereeeeenreceenea 139 Ficha Cadastral Alunos com Defici ncia Visual iio 139 Ficha Cadastral MOnMOteS usa eniia a rd cassio ra 142 Apendice Ds si ODESSA SSD SA Td dl 144 Ficha para relat rio das Aulas caes pila anotei ash gana daje 144 Ap ndic E cos o o LS A AD 145 CODICI OS us trinta ci AN RR So S GO ra a Era 145 Ap ndice Rss ss rasta a AUS do E LR RS 149 JAO gV raio E E O ad a Ge 149 ADendIC Coro E RR E E cd E da 153 Relat nos das Aulas NIADONS guetos strncas o bandas gad ill E aaa EEEE nah 153 23 25 1 Introdu o A experi ncia adquirida durante anos trabalhando com esportes de aventura tem demonstrado cada vez mais que nem a idade sexo biotipo ou defici ncias de qualquer natureza s o fatores limitantes ou de impedimento pr tica destas atividades Estas modalidades esportivas v m conquistando adeptos em todos os cantos do mundo a cada ano em especial no Brasil que possui em praticamente todo territ rio nacional locais prop cios pratica destes esportes e condi es clim ticas favor veis o ano todo As atividades praticadas em contato com a natureza podem ser consideradas um fen meno do esporte mundial nas duas ltimas d cadas Como prova deste r pido crescimento em 1997 oitocentos atletas de cinco continentes participaram da primeira edi o dos Jogos Mundiais da Natureza realizados na costa oeste do estado do P
88. atividade foi correr individualmente na diagonal da quadra de um ponto para outro O Gavi o e a Bia ficavam de seguran a e chamando as pessoas Elas tinham que correr o m ximo que podiam Todos foram muito bem Cada um com suas particularidades Depois o Gavi o deu um bambol para cada um Todos bambolearam bastante Interessante perceber que por exemplo o sujeito 23 tem uma boa coordena o auditiva mas por ter monos idade n o necessariamente por isso possui uma menor coordena o motora Mas possui uma facilidade para aprender as coisas O Gavi o disse que por isso que nessa fase muito importante ensinar o m ximo de coisas poss veis No fim foi feito um c rculo para fechar o trabalho feito 156 w Kad UNICAMP Faculdade de Educa o F sica GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 20 03 2003 Elaborado por C ntia e Gavi o Monitores presentes Henrique Carolzinha Larissa Dani Zambeli Carol Veio e Regina Alunos presentes sujeito 15 sujeito 2 sujeito 20 sujeito 10 sujeito 4 sujeito 17 Sujeito 23 sujeito 8 sujeito 3 e sujeito 21 Relat rio das atividades desenvolvidas Fizemos um alongamento dos membros superiores e inferiores Come ou pela Carolzinha Henrique e finalizou com a sujeito 10 Fizeram um c rculo A elegeram uma pessoa que seria o pegador que ficar por fora e o pega que corria para o
89. ci Fone 19 3788 6604 Prezado a Senhor a Dirijo me a vossa senhoria para verificar a possibilidade de contar com o apoio desta empresa junto ao desenvolvimento da pesquisa com o Grupo de Atividade Motora Adaptada em Defici ncia Visual GEAMA DV que composto por alunos deficientes visuais e alunos de Gradua o e P s Gradua o da Faculdade de Educa o F sica da Unicamp e do Centro de Integra o dos Deficientes de Paul nia CINDEP que frequentam as aulas do projeto de extens o Tal pesquisa O Desenvolvimento Metodol gico para o Ensino Aprendizagem de Esportes de Aventura para Pessoas Portadoras de Defici ncia Visual neste caso a pr tica do canyoning explora o de canyons e suas cachoeiras atrav s do rapel faz parte da pesquisa de Mestrado do Professor Artur Jos Squarisi de Carvalho sob a orienta o do Professor Df Jos J lio Gavi o de Almeida da Faculdade de Educa o F sica da Unicamp e necessita de doa o em forma de alimentos para caf da manh e lanches de trilha produtos e quantidades em anexo A atividade ser finalizada na cidade de Botucatu na Fazenda Nossa Senhora da Sa de Pavuna nos dias 30 de abril 01 e 02 de maio com uma equipe de aproximadamente 50 pessoas Estamos confeccionando camisetas com a logomarca de todas as empresas que contribu rem com este projeto de modo a proporcionar m dia indireta tanto escrita jornal quanto televisa Rede Globo que j foram contatados Des
90. co colunas com as pessoas enfileiradas Foi distribu da uma bola para cada grupo O Gavi o passou as atividades passar a bola por baixo da perna e voltar por cima e saltitar com a bola no meio das pernas A equipe que sentasse primeiro seria a campe Outra atividade foi uma pessoa de cada equipe ficava do outro lado da quadra pegava a bola e corria para sua coluna e trocava com outra pessoa Como todos batiam palmas para chamar a aten o dos Dvs eles se confundiam e iam para outra dire o e n o de sua coluna No mesmo esquema de colunas o Gavi o passou uma outra atividade interessante Cada equipe se dividiu ficando metade de um lado da quadra e a outra metade do outro lado Eles tinham que correr ao encontro do resto da sua equipe Ent o as equipes tinham que dar sinais para que os Dvs se orientassem e chegassem ao devido lugar mas durante a corrida uma pessoa da equipe dava outro sinal sonoro e a pessoa que estava correndo mudava o movimento executado Interessante perceber como os cegos costumam correr com o centro de gravidade mais embaixo e muitos j possuem uma boa coordena o auditiva e com ela 155 Captam o espa o atrav s dos sons emitidos parando a corrida sem bater na pessoa que estava chamando O Gavi o passou esse mesmo exerc cio para os videntes vendados e eles n o possu am essa no o espacial apenas pelos sons ent o ou eles paravam muito antes ou muito depois da pessoa que o chamava A pr xima
91. correm os mesmos riscos que qualquer outro ser humano est sujeito se n o alguns mais Existir por si s talvez seja o maior de todos os riscos como nos mostra o poema a seguir Correr o risco de viver A vida a isso obriga desde o in cio ajudado por aqueles que aprenderam a trazer nos socorro Depois ela mostra muito r pido que n o existe verdadeiramente nenhum lugar seguro especialmente se n o nos contentamos somente a ver a vida passar Se somos homens para seguir a vertente da vida a direito temos antes de mais de nos por de p Depois necess rio n o parar de subir Mais alto que o ber o sobre o qual passava o c u o cimo das rvores e as caras familiares Mais alto do que o pequeno homem em que nos tornamos Mais alto que as sombras do medo Mais alto que a imagem de n s mesmos cada dia mais constru da Mais alto que o olhar dos outros Mais alto no sentido das alturas do mundo onde viver cada dia correr o risco de n o mais viver PETZL 2000 p 05 49 5 Cap tulo 3 Canyoning um Esporte Anf bio 5 1 Conceitos sobre Canionismo H muita confus o ainda quando se fala de canionismo no Brasil Como as atividades realizadas no meio natural v m se difundindo rapidamente de se esperar que algumas informa es sejam transmitidas erroneamente em fun o de fatores como falta de conhecimento hist rico e t cnico das modalidades e pelo fato de a maior parte dos dados virem de livros peri d
92. da S o Jo o Srs Alunos e ou respons veis O Projeto de Atividade Motora Adaptada desenvolvido na Faculdade de Educa o F sica da UNICAMP sob a coordena o do Prof Dr Jos J lio Gavi o de Almeida estar realizando uma viagem para a Fazenda S o Jo o situada no munic pio de Campina do Monte Alegre interior de S o Paulo no per odo de 09 a 11 de agosto de 2002 Tal viagem tem como objetivo refor ar alguns conte dos desenvolvidos no programa de extens o e pesquisa mestrado FEF UNICAMP favorecendo a integra o de seus participantes comunidade e alunos da FEF UNICAMP e proporcionar momentos de lazer aos mesmos Gostar amos de poder contar com sua participa o nesta viagem Para tanto necess rio que tenhamos seu consentimento Solicitamos a gentileza de preencher o termo de responsabilidade de participa o fornecendo nos qualquer informa o ou indicando cuidados especiais que considere necess rio no verso desta autoriza o Prof Artur Fones 19 9112 5086 casa 19 3273 5281 Desde j agradecemos a compreens o e colocamo nos disposi o par maiores esclarecimentos Atenciosamente Prof Artur Jos Squarisi de Carvalho AUTORIZA O Eu portador a do RG Assumo a responsabilidade de minha participa o na viagem para Fazenda S o Jo o situada no munic pio de Campina do Monte de Alegre interior de S o Paulo nos dias 09 10 e 11 de agosto de 2002 Autorizo ainda a utiliza o do di
93. da em Botucatu t nhamos como passar uma boa no o do que teriam pela frente atrav s dos relatos e da experi ncia adquirida Mas ainda havia uma lacuna entre todo o processo pedag gico vivido pelos deficientes visuais e a compreens o do todo Por sugest o dos pr prios alunos constru mos uma maquete do c nion da Fazenda Pavuna com os dados que hav amos coletado Desta forma foi poss vel reproduzir em placas de isopor todo o leito do rio a ser percorrido de maneira muito pr xima realidade Com a id ia aprovada pelo grupo alguns monitores com experi ncia em constru o de maquetes se reuniram no Laborat rio de Atividade Motora Adaptada com os dados fornecidos pelo GPS e iniciaram a constru o O resultado final foi a reprodu o fiel do local a ser explorado pelo sujeitos da pesquisa com riqueza de detalhes do local como a quantidade de cachoeiras as dist ncias entre elas e altura a forma o geol gica os pontos de ancoragens com as cordas e com o tipo de t cnica de rapel a ser utilizada caracteriza o do rio e do tipo de rocha e o desenho do tra ado do rio 113 Figura 43 Maquete em isopor do C nion Pavuna Este material alternativo teve um papel fundamental no entendimento e visualiza o da proposta e seus objetivos A maquete se tornou uma ferramenta muita rica no processo de aprendizagem j que possibilitou a todos conhecer o local e suas caracter sticas atrav s das m os e do toque Figura 44
94. de cada vez ficasse sobre a mochila enquanto pux vamos a toda velocidade como um esqu aqu tico trabalhando a capacidade de equil brio Figura 39 Treinamento aqu tico com os equipamentos do Canyoning 108 O segundo momento foi a organiza o de uma viagem praia da Fazenda localizada na cidade litor nea de Ubatuba norte de S o Paulo Ap ndice F Nesta praia encontra se o N cleo Ambiental Picinguaba que uma reserva de estudos com instala es que pertencem ao governo do estado O acesso ao n cleo somente autorizado para grupos que tenham vincula o com pesquisas acad micas A praia assim como a fazenda foram dois locais importantes em rela o s possibilidades que o espa o proporcionava aos alunos deficientes Nos relatos descrevem uma incr vel sensa o de liberdade pelo fato de poderem caminhar sem receio de esbarrar em obst culos Tamb m tiveram a oportunidade de experimentar o mar que para alguns era a primeira vez Apesar de ter a oportunidade de executar atividades espec ficas como treinamento para o canionismo procuramos dar a esta viagem um car ter mais descontra do e de passeio sem a sistematiza o de outros momentos O terceiro e ltimo momento deixamos para o in cio de 2004 quando programamos uma aula em um parque aqu tico na regi o de Campinas Avaliamos que o parque possu a atra es que simulavam algumas condi es semelhantes s encontradas em um c nion como tobog s e trechos
95. de de um 42 reencontro com as origens faz com que os homens comecem a fazer o caminho inverso mesmo que apenas por breves momentos para tentar atenuar os efeitos estressantes do dia a dia A viol ncia urbana a polui o de todos os tipos o tr nsito infernal a falta de tempo problemas financeiros problemas familiares cargas hor rias exaustivas condi es desumanas de trabalho s o apenas alguns dos fatores causadores de rea es emocionais fisiol gicas e f sicas que nos colocam em estado de alerta diante de situa es de perigo real ou imagin ria conhecida como estresse que de acordo com o Dicion rio de Educa o F sica e Esporte significa Qualquer situa o pela qual o equil brio homeost tico do corpo perturbado pode ter a forma de dor infec o adversidade alguma for a deteriorante ou ainda v rios estados anormais que tendem a perturbar o equil brio fisiol gico normal do corpo homeostase Barbanti 2003 p 241 Especialistas explicam que o stress o mecanismo que p e em alerta as fun es corporais e prepara a pessoa para a a o Em pequenas doses melhora o desempenho e aumenta a produtividade Quando o stress persiste e se torna cr nico pode ter efeitos devastadores para a sa de e o bem estar Talvez o stress seja um dos principais fatores que v m motivando as pessoas a buscarem lugares que possam proporcionar divers o e relembrar que ainda s o capazes de sentir e lidar com emo
96. de j agradecemos pela aten o Campinas 16 de abril de 2004 Prof Dr Jos J lio Gavi o de Almeida Mestrando Pesquisador Respons vel Diretor Associado da FEF UNICAMP Artur Jos Squarisi de Carvalho Campinas SP 148 a Faculdade de Educa o F sica FEF S da Av rico Ver ssimo 701 CP 6134 Ca CEP 13083 851 Campinas SP PT Fone 19 3788 6604 Prezado Senhor Prof Dr Carlos Roberto Fernandes Dirijo me a vossa senhoria para verificar a possibilidade de utiliza o do Gin sio Multidisciplinar das 18 30h s 20 30h do dia 22 de abril de 2004 com a finalidade de desenvolver uma atividade de pesquisa com o Grupo de Atividade Motora Adaptada em Defici ncia Visual GEAMA DV que composto por alunos deficientes visuais e alunos de Gradua o e P s Gradua o da Faculdade de Educa o F sica da Unicamp que frequentam as aulas do projeto de extens o Tal atividade neste caso a pr tica do rapel como exerc cio preparat rio para o Canyoning faz parte da pesquisa de Mestrado do Professor Artur Jos Squarisi de Carvalho sob a orienta o do Professor Dr Jos J lio Gavi o de Almeida da Faculdade de Educa o F sica Desde j agradecemos pela aten o Campinas 15 de Abril de 2004 Prof Artur J S Carvalho Prof Dr Jos J lio Gavi o de Almeida Mestrando Diretor Associado da FEF Unicamp Campinas SP 149 AP NDICE F Autoriza es AUTORIZA O Viagem para fazen
97. de praticantes no Brasil e tamb m no mundo comparado a outras atividades Zaith N o Ainda n o um esporte novo bastante t cnico arrojado J foi dito que um esporte de minoria mas uma minoria crescente Est sempre sendo divulgado e sempre despertando o interesse mas sempre ser um esporte para poucas pessoas 69 Artur Voc acha poss vel populariz lo Zaith N o No Brasil n o Artur Por que Zaith Porque um pa s de terceiro mundo No pa s de primeiro mundo eu que lido com turismo a gente recebe muitos Europeus gente da Alemanha ustria Su a e It lia Onde o esporte poderia ser extremamente popular e n o Essas pessoas jamais se conceberam fazer alguma coisa assim e acabaram fazendo alguma coisa aqui no Brasil Ent o mesmo l com toda facilidade de estrutura cultura de montanhas que remonta a quase dois s culos as pessoas ainda n o se conceberam fazendo isso quanto mais aqui que tem necessidades b sicas Artur Acidentes nesses esportes s o comuns Zaith S o Justamente pela falta de informa o Pela novidade que a coisa ainda as pessoas acabem se machucando ou at vindo a falecer mesmo Artur Mas n o d pra afirmar que uma atividade perigosa por natureza Zaith Isso vai ser sempre uma polemica uma atividade perigosa porque o terreno onde praticado muito inst vel incomum Tem presen a de gua corrente locais extremamente escorregadio e com pedras soltas Ent
98. e predominante no canyoning e aprender a perceber melhor as rea es do corpo na gua Al m destas atividades tamb m buscamos nos jogos recreativos e cooperativos uma forma descontra da de aprender determinados movimentos e ao mesmo tempo manter o alto astral de todo grupo O desenvolvimento da parte espec fica que envolve a aprendizagem dos elementos do canionismo que implicam desde o conhecimento dos equipamentos at o treinamento das t cnicas empregadas na supera o dos obst culos foram os momentos mais trabalhosos em Ti fun o da montagem dos exerc cios por m eram tamb m os mais divertidos e esperados por todos As aulas foram realizadas nas depend ncias da Faculdade de Educa o F sica na maior parte do tempo por m tamb m foi necess rio explorar reas descampadas do campus universit rio bosques pra as e o Gin sio Multidisciplinar Os encontros aconteciam todas as quintas feiras das 18 00h s 20 00h tendo como ponto de encontro e de partida para as atividades a lanchonete da Faculdade de Educa o F sica As aulas tinham em m dia uma hora e quarenta e cinco minutos de dura o podendo chegar a duas horas dependendo da atividade As aulas sempre come avam com a forma o de uma roda seguida de uma breve descri o da programa o e com o aquecimento que poderia ser desde um alongamento est tico ou din mico ou at com brincadeiras de pega ou estafetas comandadas pelos monitores as
99. e a corda No momento da execu o sujeito 17 caiu mas ela n o se importou deu risada no momento que caiu e n o se machucou Levantou e continuou Sujeito 8 teve um 173 pouco de dificuldade na primeira vez ele tentava olhar para tr s para pegar a fita e n o corria a corda Depois foi feito o mesmo jogo s que o mosquet o nas costas para correr de frente pela corda Sujeito 9 correu bastante e at caiu levantou e continuou correndo bem depressa O Artur explicou depois da brincadeira que isso foi feito para eles verificarem que tem perigo de cair com a seguran a pois travava a corda e n o dava para continuar Os Dvs concordaram O Artur explicou as duas esta es que iam ser feitas depois do jogo Uma para vivenciar um rapel na vertical com a corda amarrada na base da costa de basquete e outra na escada dos bosquinho para vivenciar a sa da da descida do rapel Os monitores explicavam para controlar a descida com a m o de freio na esta o da descida na vertical Enquanto isso na outra esta o Artur explicava para n o fazer o mesmo que na brincadeira de Jo o bobo ou seja abra as pernas Sujeito 1 teve bastante medo e quis parar no meio do come o da descida Artur continuou explicando para ela o que fazer mas s duplas que outro monitor segurou a por baixo que ela se sentiu segura e foi sem dificuldades Todos passaram pelas duas esta es Observa o s relatei os sujeitos que tiveram dificuldades os dem
100. e confian a em nosso trabalho Agrade o tamb m ao Seu Z e Dona Terezinha que nos receberam com muito carinho nas depend ncias da fazenda Funda o Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior CAPES pelo suporte financeiro Aos patrocinadores da viagem para Botucatu Amigos e Parentes L gia Erbetta Silvana Malatesta Aparecida Maria de Carvalho M rcia S S glio Concei o Salman Liana GEAMA M riam Empresas Academia Corpo Integrado Pontiac Funilaria Bilhar Ula Jura Varej o Oba Cindep Paul nia Belmari confec es AACC acessoria cont bil Spelaion turismo de aventura Toda Terra natureza e aventura English Conversation Course e FEF UNICAMP Aos amigos aventureiros Ac cio Bode pelo apoio amizade e divers o que proporcionou ao grupo em todos os momentos ao Gilson Mestre Tofu por acreditar neste trabalho e pelas in meras imagens captadas por sua super c mera fotogr fica n o a toa que japon s e principalmente por seu senso humor e carinho que contagiou todo grupo Ao Instituto de Geoci ncias da UNICAMP pelo empr stimo do aparelho de GPS e pelas contribui es a este trabalho E ao grande amigo Allan Calux do mesmo instituto e aluno do curso de Geografia que operou o GPS para n s e forneceu tantas informa es valiosas para a complementa o da pesquisa Obrigado Allan pela paci ncia pois foram tantas as vezes que precisei dos seus conhecimentos da rea Jan
101. e e ieseeererrereeeeas 92 6 6 1 2 Rapel no Plano Inclinado n e ireereerereereereererns 92 6 6 1 3 Rapel no Pl nio Vertical essas orders ais Sa a E de da 93 6 6 2 Rapel Guiado e Tirolesa ss rerrrerrereeereeereaeeaeanos 96 6 6 3 ATVOT S MO pira speed aaa sa nara sas ads 98 6 6 4 Treinamento em Ponte rece eeree enero 100 6 7 Treinamento das T cnicas de Travessia tiii 103 6 7 1 Constru o e Utiliza o do Bast o Guia 103 6 7 2 Treinamento AQU LICO asian seusiasenangabges us iade de pratas anaangada adega ata 105 6 8 Canyoning em Botucatu en erre rrerereeeeeacereraerenerenenos 108 6 8 1 Treinamento dos Monitores e rerecerererereeaea 109 6 8 2 Levantamento de Dados sobre o C nion lls 110 6 8 3 MAQUELE asda EA AA EET ARR E E a 112 OBA A VIAS o n n O EO E E EE ERE R ETE 114 Considera es Finais eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeseesestsrssesteersestsestereststsstsesesestssesreresesesee 121 ALICE A T E E E E E EE 125 Er CE i T E E E E A 127 Refer ncias enota a a LR SO A ANA a ak 129 22 AN aL CI UO o O E aU AS AA CA DO CR Aa A 133 eL CI TU Se CA aa E A AA A SR a O DO gd 134 Parecer do Comit de tica em Pesquisa UNICAMP 134 Ap ndice PANDA raa UERR MR CCR NR q PRN NTS 136 Termo de Consentimento Pora sait ag 136 Ap ndic 2 sopra PO o 139 Fichas Cad
102. e identificar e realizar o maior n mero de acertos Os alunos que tinham baixa vis o foram vendados nesta e em algumas outras atividades a fim de nivelarmos todos e n o causarmos desvantagens a ningu m Atividade 4 Cabo de Guerra Esta uma atividade muito conhecida desde a inf ncia por todos e que optamos por aplic la para que todos pudessem conhecer as cordas que s o empregadas na pr tica do rapel A textura e resist ncia destas cordas s o muito diferentes das cordas comuns Ent o realizamos o cabo de guerra com uma corda est tica para dar algumas explica es t cnicas aos alunos sobre este material Atividade 5 Ponte Humana A Brincadeira da ponte humana pode ser realizada de v rias formas e com materiais alternativos A primeira varia o consiste em colocar duas fileiras de pessoas dispostas uma de frente para a outra de forma que os alunos formem pares ou seja um companheiro de frente para o outro Em seguida estes mesmos parceiros v o segurar um no bra o do outro como se estivessem fazendo uma cadeirinha para carregar algu m No in cio da fila um aluno ajudado por um monitor dever caminhar pela ponte humana pisando nos bra os dos companheiros e usando a cabe a dos mesmos como corrim o at o final do percurso A segunda forma de se fazer esta atividade utilizando uma corda dupla com n s intermitentes formando assim al as para os companheiros segurarem O aluno que passar pela ponte ter os n s como
103. e real O perigo est sempre espreita e exige aten o permanente Com a populariza o de tais pr ticas e do acesso facilitado a materiais e equipamentos espec ficos o n mero de acidentes tem subido assustadoramente Isso fruto de um crescimento desordenado e sem direcionamento Muitos lojistas est o preocupados apenas em lucrar com a venda dos equipamentos sem se importarem com as consegii ncias que acabam por prejudicar a todos No final de 2004 a m dia relatou dois acidentes fatais na pr tica de Cascading rapel em cachoeira em duas cidades paulistas famosas pela pr tica de esportes na natureza Em ambos os casos a falha foi humana Estatisticamente n o h dados sobre acidentes causados por falha de equipamentos espec ficos e homologados para estas atividades Talvez seja por este fato que as pessoas se submetem s condi es de risco que os esportes oferecem por depositarem sua confian a nos aparelhos de seguran a Mas esquecem de verificar quem os opera 47 Correr riscos como j mencionamos anteriormente algo insepar vel das pessoas mas tamb m no sentido de escolha um direito E como esta pesquisa trata de um esporte de aventura voltado para deficientes visuais acredito que estas pessoas tenham direito de correr riscos tanto quanto qualquer outro indiv duo Que possam ter a chance de escolher e sua maneira descobrirem os significados do risco real e do imagin rio Se s o pessoas antes de tudo
104. ea a E aaae 85 Sinaliza o visual utilizada no canionismo esssessssssesesessssesssrssresseesssessessse 89 Treinamento da sa da no rapel vertical ssssespapsrsisoagrasaticdeisetomes uisanaisboadoban o 94 Figura 30 Figura 31 Figura 32 Figura 33 Figura 34 Figura 35 Figura 36 Figura 37 Figura 38 Figura 39 Figura 40 Figura 41 Figura 42 Figura 43 Figura 44 Figura 45 Figura 46 Figura 47 Figura 48 Figura 49 18 SECUEAN A HO tapel seeen ans EAE ae AA AREE iara 95 Treinamento de rapel no plano vertical a 96 Rapel Guiado com aux lio do instrutor assesssessarsssisshetosaessioabass resatiatipiotuasatad o 98 ATIVOS MO eer e a cout teta auto E E aoa aaa ahaS onde T e e AAi 99 Treinamento de rapel em ponte estrada de ferro 100 Instrutor e aluno trocando informa es is irerereeren 101 Descida eim Liro sd esti aii da SS Las ano A onda 102 Corrida com o Bast o QUIA sp te iate Sais E ia a 104 Educativos e viv ncias no meio HiQUIdO aasissians asma sr atarastasis iss sdisigcagada 106 Treinamento aqu tico com os equipamentos do Canyoning 107 Monitores do C nion da Fazenda Pavuna rea 109 Imagem de sat lite com as coordenadas do C nion da Pavuna 110 Perfil esquem tico Croqui do C nion da Fazenda Pavuna 111 Maquete em isopor do C nion Pavuna
105. eguran a 162 Os Dvs foram vivenciando o exerc cio e os monitores Artur Japa Dani Larissa e Gavi o iam dando as seguintes explica es manter as pernas abertas posicionar corretamente as m os destro canhoto Sujeito 10 monitorou sujeito 1 auxiliando ela durante todo o exerc cio Sujeito 10 fez seguran a na ponta da corda para sujeito 1 Sujeito 7 estava ajudando sujeito 4 na seguran a e para travar a corda mantendo o oito no mosquet o Cada aluno passou de duas a tr s vezes pela corda O Artur chamou todos os alunos para fazer uma roda e explicou qual era a posi o do corpo no momento da descida fazendo eles vivenciarem a posi o sentados no ch o com as pernas semi flexionadas e imaginar que no p s h uma parede Sujeito 15 perguntou se quando n o tem parede quando a descida livre a posi o do corpo era a mesma O Artur respondeu dizendo que sim Para finalizar o Artur elogiou a iniciativa de alguns alunos que ensinaram os novos alunos a fazer o exerc cio 163 w Faculdade de Educa o F sica kai GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada UNICAMP Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 15 05 2003 Elaborado por Regina Monitores presentes Jana na Zambelli M rcio Larissa Dani Henrique Vanessa Gilson e Malu Alunos presentes sujeito 2 sujeito 6 sujeito 10 sujeito 4 sujeito 23 sujeito 3 Sujeito 7 sujeito 9 sujeito 11 e sujeito 5 Relat
106. entes Quantos Escolaridade Profiss o Local Outras atividades Pai M e Observa es DEFICI NCIA VISUAL Classifica o B1 B2 B3 Acuidade Visual Olho direito Olho esquerdo Causa da defici ncia 139 140 H outro caso na fam lia H quanto tempo possui J investigou a possibilidade de melhoria da AV Utiliza aparelhos corretivos Quais Frequentou curso de Orienta o e Mobilidade Sim N o Onde Quando Avalia o Funcional Percebe luz Distingue formas vultos A que dist ncia Identifica cor Consegue ler impresso Utiliza o Braille Utiliza bengala p locomo o OUTRAS INFORMA ES Possui algum problema de sa de Qual Possui algum tipo de alergia contra indica o Especifique Utiliza algum tipo de medicamento Qual Com que frequ ncia Como ficou sabendo do Projeto de Atividade Motora Adaptada Desde quando voc participa dele O que o levou a frequentar as aulas Por quais atividades possui maior interesse 141 Por quais atividades possui menor interesse J praticou alguma atividade f sica Qual Onde Quando Data da entrevista Feita por Atualizada em Por Atualizada em Por Ficha elaborada pela Professora Dra Mey de Abreu Van Munster LAMA Laborat rio de Atividade Motora Adaptada 142 NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE aT UNICAMP FICHA CADASTRAL MONITORES Nome Data de Nascimento Local de Nascimento
107. envolver uma atividade de pesquisa com o grupo de pessoas Deficientes Visuais que frequentam aulas de extens o na FEF Tal atividade o rapel faz parte da pesquisa do Mestrando Prof Artur Jos Squarisi de Carvalho sob orienta o do Prof Dr Jos J lio Gavi o de Almeida da Faculdade de Educa o F sica da UNICAMP Desde j agrade o pela aten o Campinas 05 de junho de 2003 Prof Dr Jos J lio Gavi o de Almeida 146 K Faculdade de Educa o F sica FEF me A Av rico Ver ssimo 701 CP 6134 aus CEP 13083 851 Campinas SP ici Fone 19 3788 6604 Prezada Senhora Denise Tuka a Dirijo me vossa senhoria para verificar a possibilidade de utiliza o do Gin sio Multidisciplinar das 18 00h s 20 00h do dia 12 de junho de 2003 quinta feira com a finalidade de desenvolver uma atividade de pesquisa com um grupo de pessoas Deficientes Visuais que frequentam aulas de extens o na Faculdade de Educa o F sica Tal atividade o rapel faz parte da pesquisa de Mestrado do Professor Artur Jos Squarisi de Carvalho sob a orienta o do Prof Dr Jos J lio Gavi o de Almeida da Faculdade de Educa o F sica da UNCAMP Desde j agrade o pela aten o Campinas 10 de junho de 2003 Prof Dr Jos J lio Gavi o de Almeida Diretor Associado da FEF UNICAMP 147 K Faculdade de Educa o F sica FEF me A Av rico Ver ssimo 701 CP 6134 aus CEP 13083 851 Campinas SP i
108. er Trekking Caminhada pelo leito do rio geralmente em guas rasas 6 5 1 Sistemas de Comunica o Os sinais sonoros embora limitados t m sido a forma de comunica o mais utilizada no canionismo quando a troca de informa es atrav s da verbaliza o dif cil e imprecisa Comparada forma gestual apresenta a vantagem de poder ser utilizada mesmo quando n o seja poss vel o contato visual entre as pessoas A Associa o Brasileira de Canionismo com o objetivo de facilitar e tornar mais segura a comunica o adotou o sistema europeu como padr o nacional para a pr tica do Canyoning Sendo assim fica evidente que o apito um instrumento indispens vel que todo canionista deve carregar consigo em local acess vel Al m do padr o adotado tamb m permitido que os grupos criem novas combina es se houver necessidade e concord ncia Segue abaixo a descri o dos sinais sonoros apito utilizados para a pr tica do Canionismo e Um apito Parar fim da manobra parar de dar corda e Dois apitos Livre corda livre para o pr ximo iniciar sua descida e Tr s apitos Dar corda corda curta ou debrear rapel por cima pois companheiro encontra se bloqueado 89 e Quatro apitos Retesar recolher corda corda muito longa ou algum problema com a mesma e Segii ncia de tr s apitos curtos mais tr s longos e mais tr s curtos semelhante a c digo Morse significa socorro necessito de ajuda perig
109. era o ou comunica o motora na qual os esportes na natureza se enquadram perfeitamente j que neste caso a 35 caracter stica destacada a coopera o com pelo menos um participante na inten o de atingir um objetivo comum O outro crit rio descrito por Parleb s 1987 e que tem uma rela o comum e direta com o tema dos esportes na natureza o da incerteza promovido pelo meio f sico I que compreendido por meio est vel e meio Inst vel Neste ltimo podemos utilizar como exemplo de atividades a escalada a canoagem o canyoning cascading rafting entre outros Para Parleb s 1987 p 14 o educador poder ent o utilizar cada exerc cio e cada atividade com total conhecimento de causa tendo em vista seu projeto educativo Conferindo ao meio f sico na sua rela o com o praticante ao tratar da diferencia o entre meio dom stico sup e gestos sem surpresas automatizado programado e meio selvagem requer um ajuste s novidades e uma orienta o para a adaptabilidade frente a imprevistos o que implicaria em novas observa es Complementando Parleb s afirma que nas atividades realizadas em meio e selvagem o praticante mant m um constante di logo com o espa o percebe ind cios trata de adivinhar os obst culos de antem o e est permanentemente alerta Esta exig ncia l gica interna solicita a compet ncia de informa es por parte do indiv duo em a o
110. ersas modalidades como outros tipos de esportes integrados natureza 125 Publica o CARVALHO Arthur Jose Squarisi de ALMEIDA J J G OLIVEIRA FILHO C W MATSUI R A inicia o do atletismo para pessoas cegas e com baixa vis o Lecturas educacion fisica y deportes Buenos Aires v 75 p 01 08 2004 Palavras chave Atletismo Defici ncia Visual Educa o F sica Desenvolvimento Motor Cego Baixa Vis o Areas do conhecimento Educa o F sica Setores de atividade Forma o permanente e outras atividades de ensino inclusive educa o dist ncia e educa o especial Outros Refer ncias adicionais Argentina Portugu s Meio de divulga o Meio digital Home page www efdeportes com 127 Conclus es Acreditamos que a partir de propostas como o desenvolvimento desta pesquisa o profissional de Educa o F sica ter mais um instrumento para atuar na rea dos esportes na natureza bem como com pessoas com necessidades especiais As discuss es levantadas a cerca das atividades na natureza como p blico a que se destina por exemplo podem contribuir significativamente para a difus o destes esportes em especial o canionismo que considerado uma pr tica ainda recente no Brasil Foi justamente este fato que nos levou a uma reflex o sobre a possibilidade de pessoas com defici ncia terem acesso a este universo de atividades ainda novo para eles Entendemos que a compreens o e a adequa
111. esp rito humano Tudo o que interessa que o homem seja capaz de abrir algumas delas A aventura o impulso de abri las Para cada um de n s esta palavra chamada aventura ganha um significado especial e singular Imaginem o que para uma pessoa com defici ncia visual estar em plena Avenida Paulista em hor rio de pico e sem conhecer o local Esta pode se tornar a pior aventura de sua vida se antes de mais n o houver um planejamento detalhado de onde se vai partir e em que ponto se quer chegar procurando de antem o conhecer os prov veis obst culos a serem vencidos no percurso Ou ainda fazer com que um uma pessoa cega des a por uma cachoeira de cingiienta metros de altura atrav s de cordas e equipamentos do canionismo sem uma boa estrat gia preparada para dar os subs dios necess rios pr tica Se a vida na horizontal para um deficiente visual j demasiada complexa experimentar um plano novo e at ent o desconhecido como o mundo vertical das cachoeiras abismos e montanhas chega a ser no m nimo assustador Planejar e testar as id ias s o fatores fundamentais para o sucesso da empreitada E uma pessoa que faz este tipo de an lise com muita propriedade Amyr Klink que possui caracter sticas peculiares como sua capacidade excepcional de estrategista e especialidade em log stica Para ele tudo deve ser planejado visto e revisto quantas vezes forem necess rias como cita em seu livro Paratii 1992 p 87 O ri
112. esponsabilidade dos alunos em participar das atividades Atividades corrida e treinamento de for a No in cio da aula depois das demais atividades programadas para a pesquisa para atividade de prepara o para o Canyoning Preocupa o de repetir determinados conte dos para cuidar da seguran a devido chegada de novos alunos que n o tiveram contato com o Cascading e equipamentos utilizados na atividade Sujeito 15 troca com o projeto da Unicamp onde os mais beneficiados s o os Dvs e tentar contribuir para fazer o melhor poss vel despertando nos alunos vontade de ter um repert rio motor Praticar atividades esportivas Goalball bola da vez o projeto pode gerar cr ticas mas se voc participa tem que se sentir bem e tem o direito de expressar a sua opini o e ter o compromisso de participar se for prazeroso 161 Pergunta se a expectativa de alguns est no fato de que todos que est o participando das atividades se todos v o descer a cachoeira assumindo um compromisso Segundo Gavi o a quantidade de monitores tem um grau de import ncia formar recursos humanos para a Educa o F sica Adaptada Dar oportunidade para que todos participem cada um a seu tempo n o significando que todos v o descer a cachoeira para n o correr riscos desnecess rios e preocupa o com oi que os alunos est o esperando as expectativas do grupo com rela o ao projeto O objetivo do trabalho a participa o do
113. eu quarto Achei que era um sonho mas era realidade Foi a parte que mais marcou em minha vida Beijos a todas as meninas que participaram da serenata Que Deus continue nos aben oando e nos d muita paz amor e uni o 177 SA Faculdade de Educa o F sica aus GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 14 08 2002 Elaborado por Edgard Relat rio das atividades desenvolvidas Acho que toda vivencia junto com a natureza muito boa para n s deficientes j que passamos a ter contato com coisas diferentes do nosso cotidiano urbano Assim al m de conhecer coisas novas adquirimos confian a por exemplo quando andamos a cavalo E o mais importante foi a integra o entre n s alunos deficientes com os monitores mas n o uma integra o falsa apenas por obriga o mec nica mas sim uma rela o de amizade realmente Isso o que me agrada mais no grupo e espero que aumente mais e mais 178 w Faculdade de Educa o F sica kai GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada UNICAMP Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 14 08 2002 Elaborado por Janaina gt gt Relat rio das atividades desenvolvidas O que posso dizer o lugar lindo e as pessoas maravilhosas Acho importante passarmos esta informa o para os Dvs mas para tanto o que percebi ao estar vendada e ao estar guiando que precisamo
114. fici ncia Visual Conceitos e Defini es 30 3 3 A Educa o F sica para Deficientes Visuais iii 32 3 3 1 Atividades no Meio Selvagem eee 34 4 Capitulo 2 O Esporte na Natureza e rereereereeeaaes 37 4 1 Aventura ou Viagem sra ae CASS AG P CAGE PN Ta 37 4 2 Esportes na Natireza sc snisssasatesin atire mes itisa paid antas dnisda ns dana aa tour ta nda dele diana 40 4 3 Stress um mal necess rio ece err rereerecereerreerererererrcererereereeeeeaeerceracereos 41 AE RISCO po a E OR A E E AE 44 5 Cap tulo 3 Canyoning Um Esporte Anf bio ss si srreeees 49 5 1 Conceitos sobre o Canionismo n eee 49 5 2 Hist rico do Canyonine ir irceeeerereeeeereraaeeaeada 51 5 3 Canyoning no Brasil ssssuaraaeriiaa sara anta cade eua aonde qa aaa 53 5 4 Equipamentos Utilizados no Canyonineg ia 55 5 4 1 Equipamentos de Prote o Individual 0000eeeoeeeeeseeeesseesesseesesseesesseese 56 5 4 2 Roupa de Neoprene erre eerereereereeaneeeceaeereenaerene 56 5 43 Capacete tas is as Sd RD Ae ah 56 SACADAS netaa GADO GD 57 5 4 5 Longe Duplice tira aa e a da 58 D d 6 NBOSQUELOES ria dae a a a e 58 5 4 7 Descensores Freios Blocantes e Ascensores cciisiiststterreee 59 5 4 8 Mochilas e Sacos Estanques
115. fo e aventureiro Carlos Zaith considerado o pai do canionismo no Brasil Formado em Belas Artes mas sob forte influ ncia da fam lia desde crian a vive uma estreita rela o com a natureza de onde surgiu seu grande interesse por lugares como cavernas matas e cachoeiras E O Figura 2 Carlos Zaith Difusor do Canyoning no Brasil Entre 1981 e 1989 explorou e fotografou as mais belas cavernas brasileiras como espele logo Dentro deste mesmo per odo que compreende os anos de 88 a 91 assumiu atribui es dentro da Sociedade Brasileira de Espeleologia SBE onde obteve acesso a boletins estrangeiros que tratavam da explora o de cavernas na Europa Percebeu ent o em algumas fotos que os espele logos come avam a aparecer vestidos com roupas de borracha nos trechos de rios e cachoeiras e utilizando se de t cnicas espec ficas para transpor obst culos naturais como vemos na Fig 3 Carlos Zaith e outros espele logos experientes demonstraram interesse pela nova modalidade e criam um grupo chamado H2Omem que passou a desenvolver e difundir a modalidade no Brasil como um esporte A partir de ent o se percebeu um distanciamento do Canyoning da Espeleologia adquirindo identidade pr pria enquanto pr tica e organiza o 54 Figura 3 Revista Geogr fica Universal 1989 Reconhecido internacionalmente o canionismo se espalha pelo mundo atrav s de associa es e grupos que estudam e desenvolvem este esporte criand
116. gar objetos dispostos aleatoriamente pelo percurso sem que isso atrapalhasse o entendimento dos movimentos e posturas corretas Este exerc cio tamb m foi importante para demonstrar o posicionamento ideal das pernas como j foi descrito na atividade do Jo o Bobo no item 6 4 3 na p g 85 e ainda explicar a fun o do sujeito que chamamos de seguran a que est descrito no tema Rapel no Plano Vertical 6 6 1 2 Rapel no Plano Inclinado As atividades propostas no ensino do rapel horizontal foram assimiladas e compreendidas pelos alunos sem muitos problemas Passamos ent o a nos concentrar nos exerc cios em um plano inclinado 93 Escolhemos alguns pontos estrat gicos dentro do campus da universidade que ofereciam as condi es necess rias para o desenvolvimento desta atividade de forma que tiv ssemos controle total da situa o j que pela primeira vez est vamos trabalhando com altura Os locais escolhidos tinham eleva es que variavam entre cinco e sete metros com inclina o bem acentuada o que nos permitiu trabalhar v rios aspectos como e comportamento dos alunos frente a situa es que envolviam altura e consequentemente o risco imagin rio e real e a transposi o de um plano no qual estavam habituados horizontal para um plano completamente novo e sem refer ncia inclinado e corre o do posicionamento do corpo em rela o nova condi o espacial e corre es posturais devido ao sol
117. giram descri es como senti uma grande sensa o de liberdade ou parecia que estava voando por alguns segundos 6 6 3 Arvorismo Este um esporte relativamente novo no Brasil e sua cria o ainda controversa A teoria mais aceita que bi logos que necessitavam pesquisar a fauna e a flora na copa das rvores 99 montavam estruturas com cordas e cabos de a o formando passarelas nas quais podiam transitar com seguran a h v rios metros do ch o Os esportistas da natureza adaptaram a id ia acrescentando v rios tipos de obst culos atrav s de um caminho a ser percorrido sobre as rvores Esta atividade proporciona uma explora o intensa da percep o corporal do equil brio da for a e tamb m do racioc nio j que os obst culos s o dispostos pelo percurso em forma de pontes inst veis feitas com cordas t buas bast es e at pneus preciso escolher a melhor forma de transpor cada etapa do Arvorismo para evitar as quedas Durante todo o caminho o praticante est sempre preso a cabos de seguran a evitando acidentes O Arvorismo apresentou se como uma atividade muito completa para trabalharmos com o grupo de deficientes visuais Vimos neste esporte a possibilidade desenvolver exerc cios que simulavam algumas condi es de deslocamento que se aproximavam de situa es que ocorriam no Canyoning Caminhar pelo leito de um rio coberto por pedras um jogo constante de equil brio e desequil brio t
118. ia utilizada no programa de ensino para pessoas com defici ncia visual caracterizando a primeira fase da pesquisa de campo denominada pesquisa de campo do tipo explorat ria Lakatos 2001 na qual pudemos contar com a participa o volunt ria de um grupo de pessoas cegas e com baixa vis o e de monitores alunos de gradua o e p s gradua o do curso de Educa o F sica da Unicamp participantes do Projeto de Extens o de Atividade F sica Adaptada e com o apoio do Grupo de Estudos em Atividade Motora Adaptada Defici ncia Visual GEAMA DV coordenado pelo Professor Dr Jos J lio Gavi o de Almeida Nesta etapa do processo buscamos na participa o de todos os envolvidos os meios mais eficientes para o desenvolvimento de cada aula e de cada viagem atrav s de jogos de coopera o atividades envolvendo elementos da gin stica ol mpica de atletismo e principalmente da fragmenta o dos exerc cios e t cnicas do canyoning que englobam o conhecimento das atividades verticais de alpinismo espeleologia explora o de cavernas e atividades aqu ticas A segunda e ltima fase da pesquisa de campo tratou da realiza o de relat rios e coleta de depoimentos por interm dio das equipes de televis o universit ria e comercial sendo a primeira respons vel por cobrir o projeto do in cio ao fim com o intuito de transformar todo o material adquirido em um programa para o canal da universidade 2 Objetivos Objetivo Geral O
119. icos e boletins estrangeiros com in meras vers es vindas de escolas diferentes por m tradicionais como a escola francesa de espeleologia estudo de cavernas e espanhola descenso de barrancos Mas o principal est relacionado aos interesses mercadol gicos que quase sempre atropelam todas as normas e ignoram as ra zes dos esportes na natureza S o muito comuns as ag ncias de aventura que vendem cursos de canyoning quando na verdade est o oferecendo viv ncias ou cursos de cascading que na pr tica apenas uma das fases do canyoning que compreende as descidas em cachoeiras atrav s da t cnica de rapel descida por corda com freio Para melhor situar os verdadeiros conceitos sobre este esporte descrevemos a seguir quais s o as terminologias que v m sendo discutidas e aceitas no Brasil e no mundo Fig 1 e Canionismo Atividade esportiva que consiste na explora o de canyons ou c nions que podem ter ou n o a presen a de gua A explora o pode ser realizada a p em c nions secos ou mesmo com gua atrav s de embarca o como botes caiaques ou at mesmo b ias em c nions cortados por rios com corredeiras grandes Enfim todas as formas de transpor os obst culos dos c nions s o considerados canionismo podendo ser dividido em Canyoning Cascading e explora o de Grandes Cachoeiras sendo este ltimo o mais recente dos termos e Canyoning Consiste na explora o do leito dos rios e seus acidentes geogr ficos O
120. idades esportivas destinadas s pessoas com defici ncia visual Winnick 2004 p 182 cita uma frase de um atleta chamado Tim Willis que resume com propriedade o que estamos buscando com este trabalho N o enxergar n o significa falta de vis o Com base nisto percebemos que o grande desafio dos professores est no planejamento adequado e coerente na forma de ensinar para que as pessoas cegas e com baixa vis o possam participar ativamente das aulas de Educa o F sica e de outras pr ticas poss veis como os esportes na natureza De acordo com Winnick 2004 as atividades de aventura como ele costuma chamar voltada para pessoas com defici ncia teve in cio por volta de 1971 e apresentou um crescimento 34 consider vel nos ltimos 30 anos Nesta poca j se acreditava que tais atividades poderiam estimular o desenvolvimento de confian a individual e coletiva coopera o confian a coragem independ ncia e compet ncia Winnick 2004 p 472 Por m os esportes oferecidos quase sempre n o ofereciam grandes dificuldades em termos de sistematiza o Os que envolviam um risco aparente como os que s o realizados em altura eram considerados pela maioria dos professores como esportes n o ortodoxos para grupos especiais Hoje sabemos que poss vel oferecer atividades de aventura para pessoas com defici ncia visual atrav s de programas estruturados com base nas ferramentas pedag gicas que a Educa o F sica di
121. initamente mais complexas do que em um cascading MA CANIONISMO CANYONING CASCADING Figura 1 Sub divis es do Canionismo A tradu o da palavra Canyon do ingl s para o portugu s significa canh o e recebe este nome em fun o das caracter sticas dos rios que cortam os canions pois geralmente s o estreitos e aprisionados por grandes paredes rochosas ou pela mata isto assim como um canh o que vai 51 afunilando ou estreitando ao longo de seu comprimento os c nions seguem o mesmo princ pio De acordo com o Dicion rio da L ngua Portuguesa Aur lio Buarque de Holanda Ferreira 1985 p 341 canh o tamb m quer dizer garganta sinuosa e profunda cavada por um curso de gua Contudo acreditamos que tenha prevalecido o termo em ingl s para identificar o esporte por quest es est ticas em rela o pronuncia da l ngua portuguesa j que a palavra canh o n o ficaria bem empregada A modalidade de explorar o leito dos rios nos canions recebe o nome de Canyoning Em pa ses europeus e nos Estados Unidos recebe outras denomina es como Descenso de Barrancos Descenso de Ca ones ou Barranquismo Espanha Torrentismo It lia e Canyoning na Alemanha Estados Unidos e Fran a onde tamb m se usa Canyonisme A maior for a do canionismo encontra se na Fran a e Espanha em fun o da grande quantidade de canions que existem nestes pa ses e pela tradi
122. is tamb m participaram ativamente deste trabalho professores as e monitores as do curso de gradua o e p s gradua o da Faculdade de Educa o F sica do Instituto de Artes e do Instituto de Geoci ncias da Unicamp totalizando 35 pessoas Figura 19 Parte da equipe de professores em treinamento Boa parte destes profissionais j havia trabalhado em um projeto de monografia denominado Estrat gias de Ensino para a Aprendizagem do Cascading por Pessoas Deficientes Visuais em 1999 e em um projeto de doutorado denominado Esportes na Natureza e as Possibilidades para Pessoas com Defici ncia Visual de 2001 a 2002 com a professora de Educa o F sica Adaptada Mey de Abreu Van Munster entendendo com isso que estes profissionais possu am experi ncia suficiente para auxiliar e conduzir esta pesquisa Todos estes participantes tamb m foram devidamente cadastrados no mesmo laborat rio LAMA com a finalidade de registrar informa es sobre os mesmos pertinentes seguran a de todos e principalmente no que se refere s quest es de sa de 15 6 4 Prepara o para Implanta o do Programa Pedag gico Uma das metas iniciais deste trabalho foi a de divulgar o trabalho e captar mais alunos com defici ncia visual junto s institui es especializadas em Campinas e regi o como Centro Louis Braille Pr Vis o Cepre Unicamp Instituto dos Cegos Trabalhadores Cindep de Paul nia e Funcamp Na primeira etapa da
123. is din mica e divertida Nestes exerc cios foram montadas as figuras que correspondiam aos mosquet es freios e cadeirinhas que s o os materiais de uso e seguran a pessoais mais importantes Portanto o entendimento e compreens o desta etapa foram de fundamental import ncia no aprendizado e manuseio t cnico destas pe as Os alunos acharam que estes exerc cios ajudaram bastante na visualiza o do funcionamento do conjunto freio mosquet o e cadeirinha especialmente os alunos cegos pois tinham executado as a es com o pr prio corpo Fig 23 79 Estas atividades trouxeram ainda mais confian a ao grupo em fun o da sensibiliza o que a atividade permitiu At mesmo os monitores e alguns alunos com baixa vis o aprovaram a brincadeira pois nunca tinham experimentado aprender sobre um determinado objeto assumindo as formas estruturais do mesmo E melhor ainda fazendo com que estes funcionassem Neste aspecto deixamos que os grupos liberassem ao m ximo sua criatividade e imagina o na solu o de como fariam e cumpririam a tarefa Figura 23 Representa o de um mosquet o e freio acoplados 6 4 3 Exerc cios e Atividades L dicas de Prepara o Atividade 1 Brincadeira de Vestir a Cadeirinha Montamos duas equipes divididas em duas colunas dispostas uma ao lado da outra Alguns metros frente havia dois monitores um frente a cada coluna Cada aluno tinha em suas m os uma cadeirinha de escalada Ao sinal do p
124. isco at um local seguro Figura 30 Seguran a no rapel Com a finalidade de enfatizar o treinamento vertical e suas vari veis pedimos atrav s de of cio Ap ndice E a libera o do Gin sio Multidisciplinar da Unicamp que foi gentilmente cedido para que tiv ssemos um local apropriado e de f cil acesso para a continua o da pesquisa 96 Em algumas das paredes internas do gin sio montamos todos os sistemas poss veis de rapel como positivo negativo guiado e debreado Figura 31 Treinamento de rapel na vertical Ap s alguns meses explorando as possibilidades existentes no local procuramos investigar quais as maiores dificuldades que encontraram neste processo Descobrimos pelos depoimentos que todos estavam muito seguros no que estavam realizando e que os educativos propostos at aquele momento haviam contribu do plenamente para o perfeito entendimento e execu o da t cnica trabalhada Notamos ainda que os sujeitos cegos sentiam se mais tranquilos e durante os processos que envolviam altura Questionados sobre este fato todos responderam que n o se preocupavam muito com este item j que a falta do recurso visual os impedia de observ la Assim estavam mais preocupados com as informa es passadas exclusivamente J com os sujeitos de baixa vis o tanto comportamento quanto os depoimentos divergiam um pouco do primeiro grupo Os que tinham ainda algum resqu cio visual e podiam de alguma forma perceber a que a
125. jogos e esportes individuais e coletivos um programa elaborado para suprir as necessidades especiais dos indiv duos Winnick 2004 p 04 No caso de pessoas que apresentam defici ncia visual muitas vezes s o privadas destes programas de atividades f sicas em fun o de estimula o incorreta ou at mesmo pela aus ncia total de est mulos A oportunidade de acesso ao esporte e de intera o com o meio deve ser um direito garantido a todos Contudo importante que a a o seja feita da forma mais adequada 30 poss vel visando explorar as potencialidades de cada indiv duo e respeitando suas necessidades e limita es Utilizando esta conceitua o como base elaboramos nesta pesquisa uma metodologia para o ensino do esporte na natureza denominado Canyoning descrita no cap tulo quatro 3 2 Defici ncia Visual conceitos e defini es Quando se pesquisa os conceitos de defici ncia visual logo se percebe que h uma confus o terminol gica que varia de um pa s para outro ou da rea que a classifica de acordo com suas necessidades como no caso da escolar na rea m dica ou esportiva Somente na Fran a encontramos mais de sessenta e cinco defini es de cegueira A maior parte das defini es apresentadas t m sido analisadas atrav s de medidas da acuidade visual e restri o do campo visual Segundo Cruickshank amp Johnson apud Seabra 1995 p 04 a cegueira usualmente definida com base em duas caracter
126. l Este exemplar corresponde reda o final da Disserta o de Mestrado defendida por Artur Jos Squarisi de Carvalho e aprovada pela Comiss o julgadora em 25 02 2005 Orientador Jos J lio Gavi o de Almeida O Campinas 2005 8 O COMISS O JULGADORA a o A Pa e me e Nami meme Prof Dr Edison Duarte RR po Prof Dra Maria Teresa Krahenbuhl Leit o Dedicat ria Dedico este trabalho s pessoas que me ensinaram a enxergar a vida com entusiasmo coragem de ir em frente e sensibilidade Meus Pais Tadeu e Miriam Ao meu irm o e cunhada Marcos e Meris E especialmente a uma princesinha que trouxe vida e muita alegria para toda a fam lia com seu nascimento Aquela que tem um sorriso t o doce quanto o significado do seu nome Melissa Agradecimentos Agrade o ao meu orientador Professor Dr Jos J lio Gavi o de Almeida pelos ensinamentos pela amizade e principalmente pela confian a Seu Jeito alegre espont neo e incans vel de ser funciona como um im atraindo pessoas fant sticas que tive o privil gio de conhecer A diferen a entre os p ssaros e os homens inteligentes que os p ssaros voam com suas pr prias asas para uma determinada dire o E os homens inteligentes voam para todas as dire es com as asas de suas aspira es Rumi A realiza o deste trabalho s foi poss vel pelo envolvimento de uma grande q
127. l da Educa o F sica em uma sociedade moderna N o podemos mais imaginar o ser humano em partes separadas de um todo Se assim fosse as pessoas que t m algum tipo de defici ncia e por se tratar da falta de algum membro ou inefici ncia de algum rg o sensorial n o deveriam fazer qualquer tipo de atividade f sica ou intelectual Felizmente n o somos como uma m quina repleta de engrenagens que quando uma delas falha compromete definitivamente seu funcionamento Esta era a id ia cartesiana na concep o de Descartes descrita no livro de Capra 1994 no qual o homem era visto de forma mec nica Felizmente a Educa o F sica que conhecemos hoje n o segue esta linha de pensamento N o separamos mais corpo e mente mas trabalhamos com a infinita complexidade e pluralidade dos seres humanos Este trabalho n o seria poss vel se fosse imaginado somente em partes Foi necess rio compreendermos o conjunto para que tudo funcionasse de maneira harmoniosa Utilizamos como base para o desenvolvimento das atividades e ou tarefas no ensino do canionismo para deficientes visuais os crit rios de l gica interna de Parleb s 1987 no qual o autor confere ao meio f sico ambiente um elevado grau de import ncia na rela o com o praticante ao tratar da diferencia o entre meio selvagem e meio dom stico Desta maneira compartilhamos com a id ia do autor de que o educador poder ent o utilizar cada exerc cio e cada atividade com tot
128. le procura freneticamente seguran a bem estar e abund ncia E no entanto quando consegue alcan ar estas gra as ele logo se torna inquieto e descontente Fundo na sua natureza existe um anseio pela estrada dura e perigosa pelas dificuldades e perigos que testam sua per cia e coragem Eric Shipton Beck 1995 Este experiente escalador de montanhas conhecido como Eric Shipton traduz bem em uma de suas mais famosas frases o conflito intermin vel dos seres humanos em busca de seguran a e conforto que ao mesmo tempo provoca sua inquietude diante do mundo ainda desconhecido N o preciso escalar uma montanha para compreender o que a aventura ou mesmo sair pelo mundo sem rumo em busca dela Est presente em nossas vidas desde o momento do 38 nascimento e vai nos acompanhar at o fim de nossa jornada preciso olhar com aten o e aproveitar as boas aventuras que a vida nos oferece ou pelo menos senti las nas realiza es de nossos dolos Quem j leu os livros de Amyr Klink um dos maiores navegadores do mundo e de Jon Krakauer alpinista experiente e jornalista sabe o que experimentar uma grande aventura de forma indireta mas nem por isso menos emocionante Viajamos juntos nos sonhos destas pessoas que nos fazem descobrir recompensas e realiza es em feitos menores como navegar em uma pequena represa ou at subir em uma simples parede de escalada artificial Para Cardoso 1987 p 77 H muitas janelas para o
129. locamo nos disposi o par maiores esclarecimentos Atenciosamente Prof Artur Jos Squarisi de Carvalho AUTORIZA O Eu portador a do RG Assumo a responsabilidade de minha participa o na atividade de rapel na ponte da FEPASA situada no munic pio de Campinas Ponte da FEPASA pr ximo Rodovia dos Bandeirantes n dia 15 de junho de 2003 das 8 00h s 17 00h Autorizo ainda a utiliza o do direito de imagem tanto para fotografia quanto para v deo Ass do aluno maior de 18 anos ou respons vel legal Campinas 2003 152 AUTORIZA O Viagem para Botucatu Srs Alunos e ou respons veis O Projeto de Atividade Motora Adaptada desenvolvido na Faculdade de Educa o F sica da UNICAMP sob a orienta o do pesquisador respons vel Prof Artur Jos Squarisi de Carvalho mestrando e a coordena o do Prof Dr Jos J lio Gavi o de Almeida estar realizando uma viagem Fazenda Nossa Senhora da Sa de PAVUNA situada no munic pio de Botucatu interior de S o Paulo que compreende os dias de 30 de abril 01 e 02 de maio de 2004 Tal viagem tem como objetivo refor ar alguns conte dos desenvolvidos no programa de extens o e pesquisa mestrado FEF UNICAMP favorecendo a integra o de seus participantes comunidade e alunos da FEF UNICAMP e proporcionar momentos de lazer aos mesmos Gostar amos de poder contar com sua participa o nesta atividade viagem Para tanto necess rio
130. locidade at o ponto de frenagem que pode ser a pr pria gua do lago das cachoeiras ou por um sistema com cordas Para facilitar o entendimento do que uma Tirolesa comparamos esta t cnica a um Telef rico Rapel positivo T cnica de descenso proveniente do Alpinismo utilizada para transposi o de m dios e grandes desn veis O esportista desce deslizando por uma ou duas cordas controlado por um sistema de frenagem Recebe a denomina o de rapel positivo em fun o de haver contato dos p s com a rocha ou parede Rapel Negativo Segue as mesmas caracter sticas da t cnica anterior diferenciando se apenas por n o haver o contato ou apoio para os p s Rapel Guiado Este uma jun o de duas t cnicas rapel e tirolesa Tem como fun o principal fazer com que o praticante des a em seguran a quando n o h condi es de se realizar um rapel normal Isto pode ocorrer em diversas situa es como pedras soltas no percurso vertical que podem atingir tanto o descensor quanto pessoas que est o na fun o de seguran a rochas muito lisas fluxo de gua muito intenso nas cachoeiras e locais de dif cil sa da para os abismos Nesta t cnica realiza se o rapel como j foi descrito por m prende se o sujeito a uma segunda corda Tirolesa de modo que medida que o mesmo vai descendo ao mesmo tempo vai se afastando da rocha cachoeira ou qualquer obst culo que posso oferecer risco aparente Rapel Debriado Esta uma t
131. ltura estavam do solo demonstravam mais dificuldade e preocupa o com a atividade a ser realizada 6 6 2 Rapel Guiado e Tirolesa No momento em que observamos o total dom nio da t cnica mais empregada nas descidas de c nions por parte dos alunos e na seguran a dos professores e monitores em acompanhar os 97 procedimentos seguimos com a programa o aumentando continuamente os n veis tanto de dificuldade quanto t cnicos Aproveitando ainda as condi es existentes no gin sio citado anteriormente montamos o chamado Rapel Guiado que tem como finalidade principal dar seguran a aos praticantes de canionismo quando se encontram em situa es de dif cil transposi o como cachoeiras com fluxo de gua extremamente elevado ou em locais que haja risco de pedras ca rem enquanto se faz o rapel Durante a pr tica desta atividade alguns alunos encontraram dificuldade num primeiro momento em fun o da necessidade de ter um bom dom nio corporal durante a descida pois n o h apoio para os p s fazendo com que as pessoas fiquem desequilibradas Alguns sujeitos relataram inicialmente que pareciam estar soltos no ar n o conseguindo encontrar uma posi o est vel Fizemos algumas sugest es de como deveriam posicionar o corpo passando algumas refer ncias como indica o de onde poderiam segurar com uma das m os e reposicionamento das pernas Tamb m pedimos para alguns monitores passarem informa es durante a descida para que
132. m pouco frente do Gavi o Sujeito 2 foi ao lado da Dani Sujeito 15 e sujeito 23 foram ao lado do Artur Os outros estavam sendo guiados As pessoas que foram caminhando n o paravam de falar nenhum minuto Alguns gostavam de ouvir suas hist rias e outros gostavam de contar as suas talvez os mais velhos A cada momento que passavam por mim estavam falando de um assunto diferente 166 O sujeito 4 correu o tempo todo e sempre que passava por mim gritava meu nome Depois de correr sete voltas correndo Sujeito 15 sujeito 23 e sujeito 22 pararam e fizeram um alongamento Sujeito 9 na oitava volta saiu correndo bem frente do Gavi o Depois continuou com o Zambelli As pessoas foram chegando aos poucos Terminou com o Grito de Guerra 167 w Faculdade de Educa o F sica kai GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 27 03 2003 Elaborado por Jana na Monitores presentes Zambelli Breda Larissa Dani C ntia Andr a Luciana Luiza e Gabi Alunos presentes sujeito 2 sujeito 24 sujeito 10 sujeito 4 sujeito 23 sujeito 3 Sujeito 7 sujeito 9 sujeito 8 sujeito 21 sujeito 1 sujeito 13 sujeito 15 sujeito 6 Sujeito 177 e sujeito 5 Aquecimento corrida reconhecendo espa os do gin sio largura comprimento e circundu o Alongamento exerc cios descritos oralmente podemos observar assim a no o que os alunos tem da localiza
133. ma rvore N o t nhamos dado conta at ent o que a id ia do formato de uma rvore para alguns se resumia em um simples tronco A chance de estar l em cima acrescentou novas informa es na compreens o do mundo que os cercava 6 6 4 Treinamento em Ponte Para finalizar todo o processo de treinamento vertical avaliamos que o grupo estava pronto para passar por um grande desafio Colocar em pr tica todos os procedimentos apresentados at aquele momento Em junho de 2003 levamos toda a equipe para passar o dia todo em uma ponte com 30 metros de altura localizada s margens da Rodovia dos Bandeirantes em Campinas Ap ndice F Figura 34 Treinamento de rapel em ponte Estrada de Ferro 101 Esta atividade serviu tamb m como uma forma de teste tanto para alunos quanto professores pois havia in meras situa es para serem analisadas e de cuidados espec ficos Planejamos cuidadosamente a execu o deste exerc cio j que sobre esta ponte existia uma linha f rrea ativa por onde passam trens de carga muito extensos T nhamos que ficar nos corredores laterais destinados aos pedestres de onde part amos para as descidas de rapel e tirolesa Todas as precau es foram tomadas pois conhec amos as potencialidades de risco oferecidas pelo local Entre o trem e o espa o destinado s pessoas do grupo n o havia prote es Assim a aten o de todos durante o deslocamento dos vag es era fundamental tanto para dar explica es
134. mais N o davam muito problema n o os que enxergavam davam mais Artur Que atividade voc trabalhou com eles Zaith O Cascading Artur E para voc h alguma diferen a em trabalhar com eles alguma dificuldade Zaith N o Exige uma aten o maior um tempo maior tamb m nada al m disso Artur Alguma informa o a mais Algum cuidado espec fico Zaith Claro como disse exige um pouco mais de cuidado respeito tamb m Neste sentido muda uma serie de coisas a linguagem o n vel de instru o Uma s rie de coisas mas ainda sou pouco experiente nisso Artur E o sistema de comunica o com essas pessoas Zaith E completamente diferente Se for para deficiente visual auditivo e bem diferente Para cada um deve ser desenvolvida conduta pedag gica diferentes Artur para um deficiente f sico voc teve de fazer alguma adapta o por exemplo para fazer essa pessoa transpor da horizontal para o vertical no rapel Zaith Na verdade n o houve muito problema porque quando as pessoas v m fazer pela primeira vez sem querer ser rude elas s o como as pessoas que tem defici ncia f sica principalmente nos membros superiores Elas ficam t o tensas que se movimentam como gente que tem defici ncia f sica costas duras pernas bra os travados Ent o n o tem tanta diferen a 71 Artur Nesse caso a pessoa que voc trabalhou tinha defici ncia f sica nos membros inferiores Zaith Tinha nas pernas Tinha
135. mesmas em rela o ao objetivo principal o ensino do canyoning para pessoas cegas e com baixa vis o 66 Com a finalidade de compreendermos o canionismo em sua origem passando pelos fatos hist ricos at a evolu o e consolida o da modalidade enquanto esporte sabendo ainda que o material bibliogr fico a respeito desta atividade no Brasil praticamente inexistente optamos pela elabora o de uma entrevista com o fot grafo e canionista Carlos Zaith considerado o grande respons vel pela introdu o do Canyoning no Brasil Os informa es obtidas na entrevista e os procedimentos adotados na organiza o do trabalho est o descritos a seguir Entrevista concedida em 22 de setembro de 2004 Artur Nome Completo Zaith Carlos Alberto Oliveira Na verdade Zaith um pseud nimo uma homenagem a mim mesmo e quer dizer Oliveira em Hebraico Artur Qual a sua idade Zaith 45 anos Artur Qual a sua profiss o Zaith Fot grafo Sou formado em Belas artes em desenho artes pl sticas e artes visuais em geral Artur Pode se dizer que voc um fot grafo que virou aventureiro ou um aventureiro que virou fot grafo Zaith N o sei separar as coisas junto Sempre gostei de mato mas sempre tive a preocupa o em fazer uma documenta o com uma qualidade pra poder mostrar para os outros Artur O que lhe atraiu a buscar essas atividades ou mesmo o meio rural o meio do mato Zaith talvez influencia da fam lia
136. mo corrente forte Nadar Imitar movimento de nata o com os bra os Dire o Vertical Punho fechado com indicador estendido Realizar movimentos com o bra o para acentuar a dire o A terceira forma de comunica o t o importante quanto o apito e a sinaliza o visual a utiliza o de r dios port teis de longo alcance Esta a maneira mais precisa na troca de 91 informa es entre os praticantes pela capacidade do equipamento Os c nions podem ter grandes dist ncias a serem vencidas e alguns de seus obst culos fazem com que as pessoas fiquem muitas vezes distantes umas das outras e nestas situa es o r dio pode ser a melhor ferramenta na tomada de decis es Por m nenhuma das alternativas mencionadas anteriormente deve ser subestimada ou negligenciadas Est claro que neste esporte sem comunica o sua pr tica torna se imposs vel e inevitavelmente perigosa No transcorrer deste trabalho tanto o grupo de professores quanto dos alunos deficientes visuais receberam treinamento sobre sistemas de comunica o quase que em todas as aulas O grupo de pessoas cegas e com baixa vis o recebeu especial aten o neste item em rela o forma de ensino dos sinais Foram passados os gestos essenciais que um aluno deve saber para garantir sua seguran a e conseguir se comunicar com os instrutores Para isso foram necess rias explica es verbais associadas s t teis para a compreens o dos movimentos e seus
137. na n o se preocupe muita coisa e n o tem como voc me passar todas as informa es Continuei tentando fala o m ximo de detalhes poss veis mas relaxei um pouco Quanto aos tr ceps j que at eu trope ava ta na hora O mais legal de tudo que ningu m ali tinha mais import ncia que ningu m fazendo ou n o o canyoning O pessoal de apoio e de trilha tiveram papel fundamental 191 w Faculdade de Educa o F sica kai GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada UNICAMP Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 04 04 2004 Elaborado por Mariana Relat rio das atividades desenvolvidas Dizem que a primeira experi ncia sempre inesquec vel Pois este um adjetivo que poderia qualificar grosseira e genericamente o que eu senti nesta viagem Para come ar nunca havia acampado Isso j foi no m nimo interessante porque dormi com mais tr s pessoas numa barraca super pequena N o pensem que achei ruim Era para ser segredo Mas isso meu mais seguran a para me acostumar com altas doses de espinefrina que embebedariam meu sangue mais tarde Pela manh iniciava se o processo psicol gico hormonal e aventureiro que me levaria ao contato mais pr ximo que para mim um ser humano pode ter com a natureza Decidi ir vendada No in cio fiquei completamente sem no o de espa o e dire o Ouvia vozes pessoas me apertando beliscando at que um determinado cidad
138. ndicar onde cada um ficaria no formato Ao t rmino os dois grupos conseguiam simbolizar de uma maneira n o completa do encaixe O grupo 1 alegou que estavam em desvantagem devido o n mero de pessoas pois a Carolzinha e a Vanessa estavam monitorando ativamente o grupo Foi proposto em seguida a pr xima atividade a escalaminhada que foi uma caminhada pela faculdade Ao sairmos da quadra caminhamos paralelo cerca em dire o ao bosquinho algumas pessoas como o sujeito 23 sujeito 17 e sujeito 7 tentaram subir pela barra de flex o Todos passaram pelas barras segurando na parte 171 mais alta Sujeito 5 foi somente uma parte depois s acompanhou o trajeto da barra Subimos os degraus da pequena arquibancada e descemos pelo lado oposto pulando Algumas pessoas pularam direto outras precisaram de ajuda e sujeito 17 n o pulou Sujeito 7 andou tranq ilamente no muro pr ximo cerca andou at de costas para o alambrado Sujeito 20 sujeito 17 e Gabi ficaram para tr s Os obst culos artificiais da escalaminhada foram quadra lateral bosquinho barra de flex o arquibancada trilha no bosquinho local para treino de saltos trepa trepa zigue zague cerca buraco cano com equil brio muro ao lado do alambrado barranco 172 w Faculdade de Educa o F sica kai GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada UNICAMP Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 08 05 2003 Elaborado
139. nhando os trabalhos de aventura com os alunos com defici ncia visual desde 1999 Tamb m pela amizade e carinho Regina Matsui por tanto tempo de amizade e troca Pelos tempos de Pangea onde a verdadeira aventura come ou Sou muito grato a voc j que foi a principal respons vel pela uni o de cinco amigos do curso de Educa o F sica da Unicamp para formar um dos primeiros grupos de aventura na mesma faculdade Tamb m foi uma das maiores incentivadoras Talvez eu n o estivesse aqui hoje escrevendo este trabalho se n o fosse por voc Obrigado Regina voc uma pessoa muito especial Ao CINDEP Centro de Integra o do Deficiente de Paul nia pela parceria de tantos anos com a FEF UNICAMP e pelo apoio constante a este projeto e aos seus participantes TV UNICAMP pelo apoio ao projeto e pela especial aten o dada ao tema desta pesquisa transformando a em um document rio para a TV universit ria Luciana Luluzinha por ter acompanhado este trabalho por 3 longos anos filmando e registrando boa parte dos momentos mais importantes Sempre com alegria e humor incompar veis Obrigado L pelo carinho persist ncia e determina o para que este projeto do document rio fosse realizado Carolzinha companheira de trabalho nos eventos da ABDC e nas aulas e viagens do grupo Obrigado pelo aux lio na montagem das aulas e das atividades recreativas nas viagens Agrade o ainda a toda minha fam lia que sempre acreditou
140. no freio como cabelo roupas e fitas Tamb m podem ser utilizados para o corte da corda em caso de resgate Lanternas s o importantes por dois motivos alguns c nions na medida em que se aprofunda tornam se escuros pela impossibilidade de penetra o da luz solar O segundo motivo que dependendo do tempo que se leva para atravessar o c nion pode ser necess rio passar a noite dentro do mesmo E finalmente um cantil que tem como finalidade armazenar gua ou qualquer outro tipo de bebida hidratante para manter o equil brio h drico do nosso organismo 62 5 5 Equipamentos de Prote o Coletiva 5 5 1 Cordas Est ticas As cordas est ticas s o utilizadas em v rias atividades como t cnicas verticais e Canyoning j que s o cordas de baixa elasticidade entre 1 e 2 pr prias para suportar grandes cargas em m dia tr s toneladas Fig 14 S o fabricadas com fibras sint ticas extremamente resistentes As cordas s o divididas em duas partes distintas capa e alma Fig 15 A alma composta por longos filamentos grande quantidade de pequenas cordas entrela adas sem emenda sendo esta a respons vel pela alta resist ncia das cordas J a capa tem a importante fun o de proteger a alma As cordas utilizadas para o Canyoning s o de 9 a 10mm de espessura e podem ainda ser tratadas com subst ncias como o silicone ou teflon capazes de repelir a gua tornando as imperme veis e flutuantes Contudo o mais importa
141. no 10 n 779 p 01 07 dezembro de 2004 SACKS Oliver W Um antrop logo em marte sete hist rias paradoxais Tradu o Bernardo Carvalho S o Paulo Companhia das Letras 1995 SARAMAGO Jos Ensaio sobre a Cegueira Ed Cia das Letras S o Paulo 1995 SALAMERO Enrique Manuel de descenso de barrancos 2 ed Zaragoza Prames 2001 SEABRA J NIOR Manuel Osmar Proposta de avalia o motora para portadores de defici ncia visual em coordena o equil brio e orienta o espacial Campinas 1995 Disserta o Mestrado UVINHA Ricardo Ricci Juventude lazer e esportes radicais S o Paulo Manole 2001 WINNICK Joseph P Educa o f sica e esportes adaptados Tradu o de Fernando Augusto Lopez Barueri SP Manole 2004 AP NDICES 133 AP NDICE A Parecer do Comit de tica em Pesquisa UNICAMP 134 FACULDADE DE CI NCIAS M DICAS COMITE DE ETICA EM PESQUISA gt lt Caixa Postal 6111 13083 970 Campinas SP m 0 19 3788 8936 FAX 0 19 3788 8925 O www fem unicamp br pesquisa etica index html 2 cep afem unicamp br CEP 18 05 04 Grupo HT PARECER PROJETO N 077 2004 LIDENTIFICA O PROJETO A FORMULA O DE RECURSOS HUMANOS EM EDUCA O F SICA ADAPTADA UMA ABORDAGEM PEDAG GICA DO CANYONISMO PARA PESSOAS COM DEFICI NCIA VISUAL PESQUISADOR RESPONS VEL Artur Jos Squarisi de Carvalho INSTITUI O FEF UNICAMP APRESENTA O AO CEP 13 02 2004 APRESENTAR RELAT RIO
142. no caminho certo quando pensamos em proporcionar o m ximo de oportunidades poss veis para eles em rela o a diferentes situa es de vidas diferente cotidiano Nossa recompensa s o sempre os sorrisos os depoimentos como o caso do depoimento do sujeito 15 no nibus o do sujeito 3 um pouco antes da ida at a cidade enfim a recompensa maior saber o quanto somos importantes na vida de algu m 189 w Faculdade de Educa o F sica kai GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada UNICAMP Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 01 05 2004 Elaborado por Nat lia Relat rio das atividades desenvolvidas Durante o canyoning eu guiei o Sujeito 13 e n o tivemos grandes problemas A experi ncia com ele naquele tipo de ambiente j que ele morou muitos anos em s tio facilitou bastante o percurso Por isso na trilha me preocupei mais em passar as caracter sticas do ambiente do que dos obst culos no ch o Na gua j mudei um pouco as informa es pois as pedras lisas s o muito propicias a acidentes Nas cachoeiras o maior empecilho foi o frio Na terceira cachoeira h uma parte em que caiu muita gua e dificultou bastante Na hora fiquei com um pouco de medo de ter aquela responsabilidade de guia e de fazer alguma coisa errada Foi naquele momento que eu percebi que antes de nos preocuparmos com seguran a dos Dvs temos de nos preocuparmos com a nossa seguran a pois se algo e
143. nte a saber sobre este material que estas cordas foram projetadas especificamente para modalidades esportivas de aventura sendo impratic vel e altamente perigoso a utiliza o de qualquer outro tipo de corda como as que s o utilizadas para amarrar cargas em caminh es Atitude esta que pode causar les es irrevers veis ou at mesmo a morte Figura 14 Corda Est tica Figura 15 Composi o da corda 63 5 5 2 Fitas As fitas s o parte integrante e indispens vel do equipamento de Canyoning por sua versatilidade e seguran a Podem ser tubulares ou simples e costuradas Fita anel confeccionadas em nylon de alta resist ncia As fitas t m ampla utiliza o servindo normalmente para a montagem das ancoragens amarra es estribos e como dispositivo de seguran a pessoal auto fixa o com a fita solteira Figura 16 Fitas de seguran a 5 5 3 M scara de Mergulho As m scaras de mergulho s o importantes principalmente quando se realiza a conquista de um c nion pois em alguns po os com potencial para saltos se faz necess rio uma verifica o da profundidade e de poss veis obst culos como pedras submersas Tamb m pelo fato do leito dos rios estarem em constante modifica o o que altera as condi es da calha dos mesmos As m scaras podem ainda ser de grande valia quando se precisa verificar turbilh es refluxos e sumidouros 5 5 4 Batedores Spits e Plaquetas de Amarra o Um batedor como
144. ntos acima mencionados despenderei algumas horas semanais sabendo que para a realiza o desta pesquisa as despesas monet rias ser o de responsabilidade da institui o Os benef cios que obterei como volunt rio neste projeto de pesquisa incluem experienciar e aprender atividades esportivas de aventura bem como ter a possibilidade de viajar e conhecer locais at ent o inacess veis deficientes visuais sem custos financeiros Acesso aos resultados da avalia o de minha condi o f sica geral bem como avalia o auditiva e visual As atividades ser o desenvolvidas em condi es controladas por pessoas qualificadas e experientes no tema proposto de forma que os riscos ser o m nimos aos sujeitos desta pesquisa Contudo estou ciente que quando que se trabalha com atividades em altura como rapel preciso ressaltar que um acidente nestas condi es pode ser fatal Para os participantes da atividade canyoning os respons veis pelo projeto providenciar o um seguro de vida espec fico pra atividades ecol gicas 138 Estou ciente ainda de que as informa es obtidas durante as avalia es ser o mantidas em sigilo e n o poder o ser consultadas por pessoas leigas sem minha devida autoriza o Contudo as informa es assim obtidas poder o ser usadas para fins de pesquisa cient fica desde que minha privacidade seja sempre resguardada Li e entendi as informa es precedentes sendo que eu e os respons veis pelo projet
145. ntos de metodologia cient fica S o Paulo Atlas 2003 MANUAL T CNICO DE DESCENSO DE CANONES Manuales Desn vel cole Fran aise de Descente de Canyon y F d ration Fran aise de Speleologie 1999 1 edici n em castellano mayo 2001 MELO C P Pessoas deficientes algumas coisas que preciso saber S o Paulo Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa Deficiente 1986 MERLEAU PONTY Maurice Fenomenologia da Percep o F Bastos RJ 1971 MIRANDA E E de COUTINHO A C Coord Brasil Visto do Espa o Campinas Embrapa Monitoramento por Sat lite 2004 Dispin vel em http www cdbrasil cnpm embrapa br Acesso em 20 jan 2005 MUNSTER Mey de Abreu Van Apud ALMEIDA Jos J lio Gavi o Metodologia aplicada ao deficiente visual In Curso de professores multiplicadores em educa o f sica adaptada Bras lia Minist rio da educa o 2002 OLIVEIRA FILHO Ciro Winckler Atividade f sico esportiva para pessoas cegas e com baixa vis o In Duarte Edison e LIMA S nia Maria Toyoshima Atividades f sicas para pessoas com necessidades especiais experi ncias e interven es pedag gicas Rio de Janeiro Editora Guanabara 2003 PARLEB S Pierre Perspectivas para una Educaci n F sica moderna Espanha Unisport and Andalucia 1987 PETZL Cat logo de equipamentos Fran a 2000 131 RODRIGUES Leonel Antonio Ferreira Braz Praxiologia motora e efeitos educativos Efdeportes Buenos Aires a
146. o Apesar da grande import ncia na utiliza o do apito a sinaliza o visual mais um recurso na comunica o entre os praticantes E tamb m mais completa e consequentemente complexa em fun o do grande n mero de gestos que devem ser aprendidos O sistema gestual deve respeitar uma conven o internacional para que n o ocorram erros de entendimento durante a explora o dos c nions e cavernas O desconhecimento destes sinais ou interpreta es err neas podem levar as pessoas a cometerem erros fatais A sinaliza o pode ser largamente utilizada de forma segura em locais em que as pessoas tenham um bom contato visual certificando se sempre que a dist ncia permita a compreens o de cada sinal Os gestos foram elaborados tendo como base a nfase em movimentos de grande amplitude dos bra os a fim de diferenciar e garantir a efic cia durante a comunica o Demonstraremos na figura abaixo alguns dos sinais visuais mais importantes e utilizados na pr tica do Canyoning Sim Tudo bem M o fechada com polegar levantado N o Movimento de limpa p ra brisas com a m o fechada e indicador levantado Socorro SOS De p com bra os estendidos e abertos Auto seguran a M o fechada e movimento semi circulat rio de cima para o anel da cadeirinha Dar corda Debrear Num rapel debre vel passar a descer o companheiro Grandes movimentos circulares com um bra o Utilizar a corda
147. o n o um lugar hospitaleiro claro que t m locais e locais Tem locais mais trang ilos mais acess veis a uma maior parte de interessados e tem lugares absolutamente imposs veis Tanto imposs vel que est sendo descoberto nesse momento Artur Qual o rg o nacional e internacional que representa a modalidade Zaith Nacional tem Associa o Brasileira de Canionismo ABC nion desde 2000 que formada por canionistas de v rias partes do pa s No mundo se t m na Fran a os franceses praticando dentro da Federa o Francesa de Espeleologia Na Espanha est ligado ao montanhismo e existe tamb m o Comit Europeu de canionismo que vem desenvolvendo t cnicas e vem funcionando como uma esp cie de certificador Artur Do ponto de vista t cnico h um consenso internacional Zaith Mais ou menos Como um esporte novo est mais ou menos dentro de alguns par metros Esses par metros s o ditados principalmente pela Fran a e Espanha que s o os maiores praticantes Artur Voc acredita que poss vel que qualquer pessoa possa praticar o canionismo Zaith Dentro dessas condi es sim De ser mapeado os lugares e a pessoa for fazendo um passo a passo degrau por degrau sim tem lugares bastante acess veis Artur E em rela o pessoa portadora de defici ncia ou de necessidades especiais Zaith Acredito sim aquilo que voc mesmo disse o que vai mudar o n vel de aten o que voc d a pessoa a
148. o irregular com alguns buracos e pedras no caminho que deveriam ser tateados com muito cuidado pelos sujeitos cegos e observados pelos baixa vis o Pudemos observar num primeiro momento alguns problemas de lateralidade equil brio est tico e din mico e dificuldades de orienta o espacial Por m estes detalhes n o foram considerados como complicadores para o andamento da proposta visto que os sujeitos da pesquisa tiveram as mesmas dificuldades que qualquer novato na modalidade independente da defici ncia apresentada Como em todas as etapas procuramos esgotar todas as possibilidades de erros e d vidas por parte dos alunos e professores Resgatamos sempre alguns exerc cios j praticados nas fases mais simples e reaplicamos nos momentos mais complexos a fim de testar a efic cia das atividades pedag gicas e facilitar o entendimento t cnico como por exemplo execu o de estafetas tamb m no plano inclinado considerando as devidas propor es Desenvolver a atividade no plano inclinado tamb m foi de extrema import ncia para a compreens o de uma das fases mais importantes e cr ticas do rapel conhecida como sa da que veremos em detalhe no item 3 Rapel no Plano Vertical 6 6 1 3 Rapel no Plano Vertical Para iniciar a descida propriamente dita antes preciso passar por uma fase em que as pessoas mais t m receio O instante em que devem se lan ar gradativamente para tr s preso apenas por um nico ponto freio es
149. o j discutimos todos os riscos e benef cios decorrentes deste onde as d vidas futuras que possam vir a ocorrer poder o ser prontamente esclarecidas bem como o acompanhamento dos resultados Comprometo me como volunt rio a nesta pesquisa na medida das minhas possibilidades a colaborar para um bom desempenho do trabalho cient fico dos respons veis por este projeto e reconhe o que posso abandon lo a qualquer momento caso seja de minha vontade sem preju zos minha pessoa Faculdade de Educa o F sica UNICAMP Campinas de de 2004 Sr Volunt rio e ou Respons vel Legal Mestrando Pesquisador Respons vel Artur Jos Squarisi de Carvalho Orientador Prof Dr Jos J lio Gavi o de Almeida O volunt rio poder ser encontrado no seguinte telefone FC Os respons veis pelo Projeto podem ser encontrados nos seguinte telefone F 19 3788 6602 Em caso de d vidas ou reclama es entrar em contato com o Comit de tica em pesquisa da FCM UNICAMP 19 3788 8936 AP NDICE C Fichas Cadastrais Alunos e Monitores w UNI VERSI DADE ESTADUAL DE aF knots CAMPI NAS FACULDADE DE EDUCA O F SICA FICHA CADASTRAL ALUNOS COM DEFICIENCIA VISUAL DADOS PESSOAIS Nome Data de Nascimento Idade Local de Nascimento RG Endere o Bairro CEP Cidade Estado Telefone Res Com Cel Recados Falar com Estado Civil Solteiro Casado Divorciado Mora com algu m Quem Possui depend
150. o suas regras e at equipamentos espec ficos O Brasil est hoje entre os dez pa ses com maior n mero de praticantes do mundo e entre os primeiros em consumo de equipamentos espec ficos O Cascading que representa apenas uma das muitas fases do Canyoning tem sido o principal respons vel pela difus o explosiva da modalidade no pa s Certamente em fun o da nossa exuberante natureza e pela relativa facilidade de acesso a locais potenciais temos um mercado consumidor que figura entre os mais fortes do mundo como avaliam as principais entidades e publica es da rea de esportes na natureza O pa s ideal para a pr tica do canionismo j que possui uma topografia rica em rios cachoeiras gargantas e c nions Os mais conhecidos s o a Serra do Cip MG a Aparados da 55 Serra RS Brotas e Altin polis SP Parque Nacional da Chapada Diamantina BA Chapada dos Veadeiros GO e a Chapada dos Guimar es MT 5 4 Equipamentos utilizados no Canyoning A pr tica do Canyoning exige de seus praticantes o dom nio das t cnicas verticais que implicam na utiliza o de alguns equipamentos do alpinismo e da espeleologia Com o crescimento e diversidade destas modalidades de esportes na natureza surge a necessidade de se desenvolver materiais espec ficos para cada atividade em especial como o caso do Canyoning que j possui equipamentos espec ficos para essa finalidade Os equipamentos em sua maioria s o importados da Euro
151. odu o de pessoas com defici ncia na pr tica de esportes na natureza preciso criar e desenvolver novos padr es de ensino baseados na pedagogia no desenvolvimento motor nas particularidades de 128 cada um e principalmente na mudan a no modo de enxergar dos profissionais da Educa o F sica No livro Ensaio Sobre a Cegueira SARAMAGO 1995 deixa claro que uma mudan a dr stica na sociedade pode levar as pessoas a perceberem que existem outras formas poss veis de se viver baseadas em novos padr es aos quais nunca estivemos habituados fazendo com que revisemos os conceitos de igualdade e normalidade necess rio tratarmos as diferen as com igualdade sem ignorar evidentemente as dificuldades de cada um respeitando as diferen as independentemente das apar ncias e limita es sejam elas motoras mentais ou comportamentais 129 Refer ncias ALMEIDA Jos J lio Gavi o de Estrat gias para a aprendizagem esportiva uma abordagem pedag gica da atividade motora para cegos e deficientes visuais Campinas 1995 Tese Doutorado Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Educa o F sica 1995 ALMEIDA Jos J lio Gavi o de Metodologia Aplicada ao deficiente visual In curso de capacita o de professores multiplicadores em educa o f sica adaptada Bras lia Minist rio da Educa o 2002 ANDREWS Susan Stress a seu favor como gerenciar sua vida em tempos de crise Brasil Editora Ag
152. ogava sempre muito fraco Larissa corrige seu movimento e sujeito 3 passou a jogar um pouco mais alta ms em compara o com os outros do grupo continuava Jogando fraco No exerc cio de abdominal com as bolas de medicine acima da cabe a Sujeito 21 teve bastante dificuldade para se levantar No deslocamento sapinho nos arcos sujeito 8 sujeito 4 e sujeito 1 realizaram o movimento sem dificuldade Sujeito 21 n o conseguiu entender inicialmente qual era o movimento a ser feito Depois de explicado ela encontrou dificuldade em realiz lo pois n o conseguia ficar na posi o de sapinho com os joelhos dobrados e sentada nos p s e pernas A esta o onde era realizada a massagem com as bolas n o observei em nenhum dos grupos nem deslocamento para a esta o das cordas Na esta o com as cordas observei sujeito 20 sujeito 2 sujeito 13 sujeito 23 sujeito 15 e sujeito 10 Sujeito 21 e sujeito 2 inicialmente pegaram cordas individuais para pular sujeito 2 pulou batendo a corda para frente e pra tr s Sujeito 20 viu sujeito 2 pulando para tr s e tentou fazer como ela Depois de duas tentativas desistiu As monitoras propuseram sujeito 16 que pulasse a corda grande que elas estavam batendo com a m sica um homem bateu em minha porta e eu abri senhoras e senhores Poe a m o no ch o Senhoras e senhores pule num p s Senhoras e senhores d uma rodadinha e v pro olha da rua sujeito 16 pulou a m sica inteira Sujeito 20 ten
153. ois sentados em c rculos interligados por cordas Um monitor segura uma das pontas da corda e outra segura a outra Um monitor coloca um mosquet o e os alunos v o ter que pass los pela corda at o outro monitor Tr s tipos diferentes de mosquet es d D e p ra e eles teriam de identific los Somente o monitor poderia ajud los e quem tem baixa vis o tem que fechar o olho Foram usados nove mosquet es tr s de cada tipo Exerc cio 5 foram colocadas fitas nas cadeirinhas e nestas presas os mosquet es os alunos posicionados em duas filas uma frente da outra Objetivo achar o par e se conectar ao outro Transformando se emitindo som em um animal pr determinado Depois cada par tem de se conectar a outro par tamb m j pr determinado ao final todos estar o conectados num s grupo Ap s todos se conectarem deveram sentar e se desconectar Os animais eram Dinossauro elefante urso c o pato loro e grilo Exerc cio 6 com o auxilio dos equipamentos de gin stica todos os alunos passaram pela suspens o na cadeirinha Eles mesmos prendiam o mosquet o Passos 1 pr ximo ao ch o barra assim trica menor 2 elevando em v rias alturas progressivamente barra assim trica maior 3 em balan o argola Observa o sujeito 21 disse ao passar pelo balan o Ai voltei a ser crian a 169 w Faculdade de Educa o F sica kai GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada UNICAMP Relat
154. omo as palavras radical ou de risco s o facilmente vend veis pela m dia para o p blico leigo que em geral desconhece estas atividades Alguns canais de televis o s vezes anunciam de forma sensacionalista o feito de algum aventureiro exaltando o mesmo como praticante do esporte da morte E isto n o reflete a verdade Desta forma pressup em se que estas modalidades s o para poucos para pessoas que querem desafiar a vida ou que possuem habilidades especiais que os diferenciam de outras pessoas A palavra radical que significa extremo amplamente utilizada por Uvinha 2001 p 21 em seu livro enquadrando todas as modalidades classificadas em a reas aqu ticas e terrestres neste conceito de esporte radical que do ponto vista social me parece um tanto excludente O autor toma como base o esporte Skate pr tica predominantemente urbana e seus praticantes denominados Skatistas que utilizam a palavra radical em suas g rias o tempo todo para expressar manobras de dif cil execu o especialmente quando n o est o utilizando equipamentos de seguran a adequados Nestas condi es o risco aparente aumenta e se apresenta como um ingrediente a mais para os praticantes em busca de uma aventura equivocada 40 Na maioria dos esportes que envolvem altura gua e velocidade n o h espa o para erros e muito menos para desprezar equipamentos de seguran a j que a vida uma s Tenho convic o de
155. onseguir pegar a bola ap s t la jogando no ch o Ela pega a bola com as duas m os fazendo um movimento interrompido Veio continua explicando Veio continua explicando a ela como fazer mas ela n o chega a realizar o drible cont nuo pois ela troca de esta o Sujeito 15 e sujeito 10 demonstraram ter experi ncia no drible de bola e realizaram v rios exerc cios propostos pelo Veio Eles driblaram a bola em deslocamento frente de costas e para as laterais A realiza o do abdominal e flex o se procedia sem maiores problemas e n o fiquei observando muito No deslocamento pulando de um lado para o outro da corda observei sujeito 23 sujeito 17 e sujeito 3 Sujeito 23 se deslocava com facilidade Ele tateava a corda com a perna antes de pular para verificar a sua localiza o e pulava sem dificuldade Sujeito 3 pulava com um 181 intervalo bem grande entre um pulo e outro batia os p s bem forte no ch o na hora de cair pulava bem pesado Sujeito 9 pulava muito r pido um pouco afobado se distanciando demais da corda e n o tateava entre um pulo e outro para localizar a corda Sujeito 3 pulou bem devagar e para pular n o dava impulso com os dois p s juntos saia com um p de cada vez Na esta o da medicine ball observei sujeito 3 sujeito 21 sujeito 08 sujeito 04 e sujeito 1 No exerc cio proposto pela Larissa para jogar a bola para o alto com a extens o do bra o usando a for a do tr ceps Sujeito 3 j
156. ontinuidade pelo CEP que o aprovou Res CNS Item III 1 z exceto quando perceber risco ou dano n o previsto ao sujeito participante ou quando constatar a superioridade do regime oferecido a um dos grupos de pesquisa Item V 3 O CEP deve ser informado de todos os efeitos adversos ou fatos relevantes que alterem o curso normal do estudo Res CNS Item V 4 E papel do pesquisador assegurar medidas imediatas adequadas frente a evento adverso grave ocorrido mesmo que tenha sido em outro centro e enviar notifica o ao CEP e Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria ANVISA junto com seu posicionamento Eventuais modifica es ou emendas ao protocolo devem ser apresentadas ao CEP de forma clara e sucinta identificando a parte do protocolo a ser modificada e suas justificativas Em caso de projeto do Grupo I ou Il apresentados anteriormente ANVISA o pesquisador ou patrocinador deve envi las tamb m mesma junto com o parecer aprovat rio do CEP para serem juntadas ao protocolo inicial Res 251 97 Item III 2 e Relat rios parciais e final devem ser apresentados ao CEP de acordo com os prazos estabelecidos na Resolu o CNS MS 196 96 VII DATA DA REUNI O Homologado na V Reuni o Ordin ria do CEP FCM em 18 de maio de 2004 Profa pra Ceni Sia Bertuzzo PRESIDENTE DO COMIT D TICA EM PESQUISA FCM UNICAMP 136 AP NDICE B Termo de Consentimento Formal Termo de Consentimento do Projeto de Pesquisa Espor
157. ontrole do medo j que a brincadeira aconteceria em um local ainda desconhecido pela maioria e sob escurid o total Podiam utilizar apenas lanternas para se guiar Dividimos os grupos em dois menores e o jogo durou aproximadamente duas horas Tudo ocorreu de forma muita intensa e disputada entre os grupos por m ao final as express es no rosto de cada um transmitiam uma sensa o diferente Uns pareciam muito cansados outros um pouco assustados mas todos felizes com suas roupas imundas sugerindo a aventura que passaram O objetivo dos grupos nesta atividade era encontrar o tem vel monstro alien gena Vanster e elimin lo Para isso as equipes receberam instru es atrav s de uma breve hist ria com as regras do jogo e tinham que encontrar cinco pessoas que estavam escondidas em v rios pontos da fazenda portando cada qual uma pista que formaria um enigma a ser decifrado Buscamos acrescentar elementos sonoros nesta atividade para que os sujeitos cegos pudessem ajudar sua equipe a encontrar os monitores escondidos Cada um emitia um som ou ru do diferente como forma de sinalizar sua posi o Esta foi a atividade que mais apareceu nos relat rios de campo descritos pelos alunos e professores Outro detalhe importante foram os relatos de alguns professores que sentiram dificuldade em caminhar no escuro necessitando em alguns momentos do auxilio dos alunos cegos 6 7 2 Treinamento Aqu tico Basicamente a pr tica do Canyoning ocorre
158. ora 2003 AYASSE Hubert Canyon Apprendre Comprendre Collection SOLO Fran a Ed Glenat 1991 BACHELARD G O novo esp rito cient fico In Os Pensadores S o Paulo Abril Cultural 1984 BAKER Joel Aprenda a se comunicar com sinais Dispon vel em http www vezdavoz principal frame html Acesso em 25 de outubro de 2004 BARBANTI Valdir J Dicion rio de educa o f sica e esporte Barueri SP Manole 2003 BECK S rgio Com unhas e dentes O mundo da escalada S o Paulo s e 1995 CAPRA F O ponto de muta o a ci ncia a sociedade e a cultura emergente S o Paulo Cultrix 1994 CARDOSO Athos Eichler O que Aventura Cole o Primeiros Passos Editora Brasiliense 1987 CUNHA Manuel S rgio Vieira Educa o f sica ou ci ncia da motricidade humana Campinas Papirus 1991 CARVALHO Artur Jos Squarisi Estrat gias de ensino para aprendizagem do Cascading por pessoas deficientes visuais Monografia de Gradua o Campinas Unicamp 1999 130 COSTA V L M Esportes de aventura e risco na montanha um mergulho no imagin rio S o Paulo Manole 2000 FERREIRA Aur lio B H Dicion rio da L ngua Portuguesa Rio de Janeiro Ed Nova Fronteira 1985 FREIRE Jo o Batista Educa o de corpo inteiro teoria e pr tica da Educa o F sica S o Paulo Scipione 1994 KLINK Amyr Paratii entre dois p los S o Paulo Companhia da Letras 1992 LAKATOS Eva Maria Fundame
159. os no ch o Na outra esta o foi feito exerc cio de massagem com bolinhas de t nis e o deslocamento era correndo ou andando e tateando com a perna ema corda estendida a altura da batata da perna A ltima esta o trabalhava com cordas individuais e de grupo para os alunos vivenciarem exerc cios de pelar corda O deslocamento que ia par a primeira esta o descrita era feita sobre bast es de madeira dispostos no ch o para os alunos passarem sobre eles em posi o de quadr pede como se estivessem subindo uma escada e os bast es fossem os degraus A seguir descrevo algumas observa es gerais de somente alguns alunos os quais foi poss vel fazer o acompanhamento durante a realiza o dos exerc cios propostos nas esta es Lembrando que as quatro esta es aconteciam ao mesmo tempo com grupos diferentes Os alunos foram divididos em quadro grupo e que para registrar a passagem de todos nas quatro esta es seria necess rio quatro observadores Na esta o de abdominais flex o e drible de bola observei que sujeito 1 sujeito 21 sujeito 15 e sujeito 10 driblando a bola Sujeito 1 tem relativa facilidade para driblar a bola n o foi proposto a ela que se deslocasse ent o ela driblou somente parada no mesmo local Sujeito 21 come a jogando a bola em seu pr prio p Veio explica para ela que deveria Jogar a bola um pouco mais frente e a auxiliou a fazer o exerc cio Depois de algumas tentativas sujeito 21 come ou a c
160. pa onde existem os fabricantes mais antigos e tradicionais como Petzl e Camp Nos Estados Unidos existe a Black Diamond e New England e no Brasil a Kailash sendo esta a primeira marca nacional a conseguir certifica o internacional As equipes que trabalham de forma consciente procuram utilizar somente equipamentos homologados pela UIAA Uni o Internacional de Associa es de Alpinismo com sede em Genebra Su a que tem como principal objetivo congregar as federa es do mundo todo regulamentando e organizando a escalada e demais modalidades existentes Desta forma os equipamentos homologados por esta institui o devem vir com a marca UIAA gravados nos mesmos o que significa que os equipamentos foram testados e seguem um padr o internacional rigoroso Outro selo de comprova o o CE que uma marca de conformidade do Mercado Comum Europeu A marca Petzl que uma das mais conceituadas e conhecidas no mercado internacional al m do selo UIAA possui ainda o ISO 9001 e um laborat rio de testes pr prio onde se desenvolveu a margem de seguran a Tr s Sigma que um m todo de c lculo estat stico que permite determinar a um produto um valor de resist ncia que ser v lido para todo um lote de pe as produzidas Quando se detecta um defeito em fun o da frequ ncia ou da import ncia separam se as unidades defeituosas e se interrompe a produ o Em qualquer caso procedimento p
161. pesco o outros vestiram no bra o e alguns at chegaram perto de acertar Ap s nova explica o todos compreenderam com o aux lio de monitores as as fun es daquele emaranhado de fitas costuradas Outro item de extrema import ncia era com rela o ao fechamento das fivelas de seguran a que foram repassadas com cada aluno in meras vezes at que todos tivessem conhecimento suficiente para a auto equipagem inclusive fazendo a confer ncia das cadeirinhas dos colegas Quando relembraram o in cio da atividade todos riram muito de suas primeiras impress es e tentativas pois haviam imaginado que aquelas fitas costuradas aparentemente de forma aleat ria teriam qualquer utilidade menos a de se prender na cintura e nas pernas para dar seguran a durante um rapel A partir deste exerc cio todas as aulas os alunos colocavam seus equipamentos sozinhos e eram apenas revisados pelos instrutores para garantir a seguran a dos participantes Figura 24 e 25 Coloca o da cadeirinha e dos equipamentos de seguran a Muitos outros exerc cios foram criados por mim e pelos as professores as sempre com a finalidade de facilitar o entendimento por parte dos alunos sempre de forma pedag gica e sem esquecer da ludicidade Contudo n o era nosso objetivo montarmos um manual de exerc cios como uma receita para o ensino e pr tica de um esporte na natureza Buscamos sim explorar a 82 criatividade de professores e alunos para que a propos
162. pesquisa tivemos a preocupa o de n o entrar diretamente nas atividades espec ficas voltadas para a aprendizagem do canionismo mas criar subs dios de informa es com a finalidade de expandir primeiramente o vocabul rio motor dos alunos especialmente dos novos Isto tamb m serviu para que n o queim ssemos etapas no processo respeitando assim as limita es e necessidades de cada um o que nos permitiu avaliar o grau de habilidade e capacidade para a realiza o das atividades que seriam aplicadas no futuro Tamb m pudemos avaliar e estimular a locomo o de cada indiv duo Os alunos tiveram acesso aos mais variados tipos de atividades e esportes durante o ano de 2002 como ciclismo nata o hidrogin stica atletismo karat atividades de habilidades com materiais diversos arcos cordas bolas atividades circenses malabares e andar no fio dan a de sal o e dan as de roda e aulas de condicionamento f sico atrav s de circuitos 6 4 1 Elabora o das Aulas No in cio de 2003 foi apresentada aos participantes do grupo de estudos GEAMA DV a inten o de se desenvolver o canionismo para os alunos com defici ncia visual com a finalidade de construir uma proposta de ensino desta modalidade In meras id ias e sugest es surgiram desta primeira reuni o que come ariam a ser concretizadas assim que o programa fosse apresentado ao grupo de deficientes visuais e aceito pelos mesmos Antes de iniciarmos as aulas pr
163. pudessem se guiar pela voz dos mesmos e obter uma refer ncia da altura e da dist ncia restante do percurso As descidas subsegiientes ocorreram sem maiores problemas para os alunos cegos Por m alguns que tinham baixa vis o novamente apresentaram mais dificuldade na realiza o desta tarefa em virtude da altura que podiam perceber aliada ao descontrole corporal Nestes casos tivemos que trabalhar de forma mais lenta e com o aux lio de um professor mais pr ximo do aluno a fim de transmitir seguran a e contribuir na compreens o e percep o do corpo no espa o 98 5 6 2003 Figura 32 Rapel Guiado com aux lio do instrutor O treinamento do Rapel Guiado tamb m foi importante como prepara o para a Tirolesa que parecido com a atividade anterior por m sem a t cnica do Rapel Neste exerc cio os alunos n o t m controle algum sobre o equipamento dependendo exclusivamente dos profissionais que fazem a seguran a As cordas foram fixadas em dois pontos eq idistantes sob muita tens o e com grau de inclina o elevado para que pudessem descer atrav s de polias com grande velocidade Quando atingiam determinada altura em rela o ao piso da quadra dois instrutores acionavam o sistema de frenagem descendo a pessoas em seguran a Todos quiseram passar pela Tirolesa repetidas vezes j que esta atividade lembrava mais um brinquedo para divers o do que uma t cnica do canionismo propriamente dita Nos relat rios de aula sur
164. que ningu m busca os esportes na natureza com a finalidade de extirpar a pr pria vida Acreditamos que a utiliza o de um termo mais abrangente para estes esportes seja imprescind vel para o desenvolvimento e difus o das modalidades e principalmente para servir de ferramenta de acesso capaz de criar as condi es necess rias a todos Por isso o termo adotado neste trabalho ser esportes na natureza j que o esporte em quest o canyoning como todos os outros s o dependentes dos ambientes em que s o praticados e estes ambientes podem ser acess veis a qualquer um inclusive s pessoas com defici ncias f sicas mentais ou sensoriais como o caso desta pesquisa que voltada para pessoas cegas e com baixa vis o E dentre os esportes na natureza podemos realizar viagens e por que n o ter algumas aventuras 4 2 Esportes na Natureza Os esportes na natureza surgem espontaneamente por volta da d cada de 60 e se desenvolvem dos anos 70 em diante em meio a novos valores sociais que surgiam na poca em uma sociedade p s moderna Pode se dizer que os esportes na natureza surgiram na ruptura das pr ticas esportivas convencionais provenientes de modalidades ol mpicas Na atualidade os esportes na natureza t m desempenhado um papel tanto social como educacional e t m proporcionado algumas mudan as como e Ocupa o do tempo livre em uma sociedade tecnologicamente desenvolvida e consequentemente cada vez mais est
165. r de energia para que todos pudessem ao menos contar com gua quente nos chuveiros j que a gua do rio era muito fria O que poderia causar al m do desconforto problemas de sa de aos participantes j que a atividade promovia grande desgaste f sico No dia 30 de abril de 2004 uma equipe com seis pessoas partiu algumas horas antes dos demais participantes do grupo a fim de verificar a estrutura preparar as instala es e organizar a alimenta o Ap ndice F Toda a equipe composta por 45 pessoas quando chegou Fazenda Pavuna no final da noite fizeram inicialmente o reconhecimento do local procurando identificar os banheiros a rea de alimenta o e o espa o para a montagem do acampamento como mostra a figura 45 Ap s a montagem das barracas reunimos o grupo para passar informa es sobre as regras de uso da propriedade e principalmente sobre a programa o do dia seguinte no qual come ar amos a descida do c nion no in cio da manh Tamb m relembramos as fun es de cada um e a import ncia do trabalho em equipe nos esportes na natureza 116 Figura 45 rea do acampamento e rancho na fazenda No primeiro s bado de maio de 2004 todos acordaram cedo e come aram a se organizar para a descida Nos tr s dias que antecederam a viagem observ vamos os relat rios meteorol gicos na expectativa de que n o chovesse E este foi o ltimo final de semana com sol e clima quente antes do inverno Escolhemos esta data por se
166. r isso A aluna sujeito 3 estava com muito medo de descer e foi a que mais demorou tomar coragem por m quando conseguiu se emocionou bastante chegando a chorar e foi cumprimentada por todos Ela demonstrou uma felicidade muito grande por ter conseguido 159 O aluno sujeito 23 era o mais empolgado querendo descer v rias vezes A sujeito 3 e a sujeito 1 fizeram a descida dupla Foi realizada tamb m a atividade de descida pela tirolesa e alguns alunos participaram A aluna sujeito 3 ficou um pouco nervosa e precisou se sentar um pouco depois de descer pela corda que estava presa na escada da arquibancada rea onde havia um trecho de descida apenas com a corda sem parede para o apoio 160 w Faculdade de Educa o F sica a GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada UNICAMP Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 24 04 2003 Elaborado por Regina e Gabi Monitores presentes Jana na Ciro Zambelli M rcio Gabi Larissa Dani C ntia Henrique Mar lia Vanessa Gilson e Batavo Alunos presentes sujeito 15 sujeito 2 sujeito 24 sujeito 10 sujeito 4 sujeito 17 Sujeito 3 sujeito 23 sujeito 8 sujeito 1 sujeito 14 sujeito 9 sujeito 7 sujeito 11 Sujeito 16 e sujeito 5 Relat rio das atividades desenvolvidas Retomada do planejamento das atividades enfatizando os objetivos e finalidades do projeto o professor Gavi o falou tamb m da import ncia do grupo e sobre a r
167. r que estavam dentro de um c nion e identificar suas formas e as belezas que l se escondem era talvez nosso maior desafio Figura 48 Professores transmitindo informa es sobre o C nion Nos depoimentos e nos relat rios as compara es e rela es com a maquete foram inevit veis De maneira geral desde a textura da maquete at s curvas do rio foram percebidas em riqueza de detalhes pelos alunos Tatear o material que confeccionamos e depois fazer o mesmo no c nion contribuiu para que constru ssem uma imagem real do lugar por onde passaram Desde as fases mais simples s mais dif ceis sempre com o aux lio dos monitores que transmitiam seguran a e informa es precisas 120 4 j AN Figura 49 Monitora acompanhando a transposi o da terceira cachoeira No final da tarde felizmente ainda com a luz do sol iluminando nosso caminho descemos a ltima cachoeira com 20 metros de altura que terminava em um grande lago profundo onde tivemos que nadar um pequeno trecho at atingirmos a margem do rio onde come a a trilha de retorno ao acampamento Ap s nove horas percorrendo os caminhos irregulares daquele c nion nosso maior pr mio foi poder ver nos rostos de cada um as express es de cansa o e ao mesmo tempo de alegria traduzidas na sensa o da miss o cumprida Para alguns talvez tenha sido uma grande aventura para outros uma grande viagem mas o importante que todos realizaram um sonho que se construiu em
168. r vantagem em rela o aos cegos Apesar das in meras classifica es existentes a escolha da Classifica o Esportiva atendeu s necessidades da modalidade proposta neste trabalho Os exerc cios elaborados foram aplicados a todos os indiv duos com as devidas modifica es e adapta es de acordo com a condi o de cada participante na inten o de que os est mulos aplicados fossem relevantes e adequados 32 As conceitua es e terminologias a cerca da defici ncia visual sempre foi carente de uma reflex o cr tica e merecedora de uma investiga o mais profunda e coerente Neste sentido MUNSTER 2001 apud ALMEIDA 2002 traz tona uma nova vis o s ria e consistente fornecendo subs dios aos profissionais que atuam diretamente com pessoas cegas e com baixa vis o A autora destaca as in meras incoer ncias terminol gicas existentes entre pessoas com baixa vis o e pessoas cegas meramente por falta de informa o As a es educativas dependem exclusivamente da constru o e organiza o de bases te ricas fortes fandamentadas nos estudos mais recentes elaborados por profissionais das m ltiplas reas de interesse comum com a responsabilidade de rever os paradigmas no contexto da defici ncia visual 3 3 A Educa o F sica para Deficientes Visuais Grande parte das pessoas com problemas visuais tendem a n o desenvolver habilidades essenciais vida em raz o do comprometimento na capacidade de enxergar afetando
169. reito de imagem tanto para fotografia quanto para v deo Ass do aluno maior de 18 anos ou respons vel legal Campinas 2002 150 AUTORIZA O Viagem para Picinguaba Srs Alunos e ou respons veis O Projeto de Atividade Motora Adaptada desenvolvido na Faculdade de Educa o F sica da UNICAMP sob a coordena o do Prof Dr Jos J lio Gavi o de Almeida estar realizando uma viagem ao N cleo Ambiental Picinguaba Praia da Fazenda situado no munic pio de Ubatuba Litoral Norte de S o Paulo no per odo de 12 a 15 de dezembro de 2002 Tal viagem tem como objetivo refor ar alguns conte dos desenvolvidos no programa de extens o e pesquisa mestrado FEF UNICAMP favorecendo a integra o de seus participantes comunidade e alunos da FEF UNICAMP e proporcionar momentos de lazer aos mesmos Gostar amos de poder contar com sua participa o nesta atividade viagem Para tanto necess rio que tenhamos seu consentimento Solicitamos a gentileza de preencher o termo de responsabilidade de participa o fornecendo nos qualquer informa o ou indicando cuidados especiais que considere necess rio no verso desta autoriza o Prof Artur Fones 19 9112 5086 casa 19 3273 5281 Desde j agradecemos a compreens o e colocamo nos disposi o par maiores esclarecimentos Atenciosamente Prof Artur Jos Squarisi de Carvalho AUTORIZA O Eu portador a do RG Assumo a responsabilidade de minh
170. remidade As duas pontas devem ser de tamanhos diferentes sendo uma longa e uma curta A longe deve estar presa malha r pida da cadeirinha Figura 8 Longe Dupla 5 4 6 Mosquet es Mosquet es s o pe as de extrema import ncia para a realiza o do Canyoning e de outras modalidades de aventura Os mais modernos s o fabricados com uma liga de duralum nio o que torna os mosquet es al m de pe as muito leves tamb m extremamente resistentes De maneira geral estas pe as t m como principais fun es montar ancoragens estabelecer a conex o da cadeirinha com os demais equipamentos e acima de tudo garantir a seguran a dos praticantes Historicamente os mosquet es surgiram da necessidade que os primeiros escaladores com seus materiais rudimentares tinham de fixarem suas cordas e equipamentos de maneira segura No princ pio foram adaptados elos de grandes correntes que tinham uma pequena abertura em uma de suas hastes Com a evolu o tecnol gica os mosquet es foram sendo aperfei oados com materiais cada vez mais leves e resistentes ganhando tamb m alguns tens imprescind veis como a trava de seguran a gatilho e os diversos formatos com finalidades espec ficas e com diferentes capacidades de carga 59 Existe uma grande variedade de mosquet es sendo os mais utilizados o mosquet o P ra com grande abertura no gatilho oval D assim trico e D sim trico que s o de resist ncia elevada
171. ressante e Revitaliza o de reas rurais antes em completa decad ncia e O despertar de interesses pol ticos e financeiros em todo o mundo levando cria o de leis que regulamentam o acesso e utiliza o dos variados ambientes O tempo livre uma express o dos tempos modernos que reflete claramente o modo de vida das pessoas que tentam encontrar lacunas em suas vidas em busca de algo que se distancie das responsabilidades cotidianas E elas v m descobrindo nos esportes na natureza formas r pidas de sentir novas sensa es que aliviam de certo modo os sintomas do stress f sico e 41 mental A velha express o eu tenho a vida inteira pela frente j n o serve mais como refer ncia nos dias de hoje preciso gerenciar o tempo Outro fator importante dos esportes na natureza est relacionado com a revitaliza o de locais como fazendas e pequenas cidades interioranas antes em completa decad ncia Algumas regi es do Estado de S o Paulo por exemplo ao longo dos anos tiveram suas terras supervalorizadas em fun o da expans o urbana pela demanda de espa o e isto levou seus propriet rios fal ncia pois criar animais e a agricultura j n o eram mais interessantes e suficientes para o sustento das fam lias e das propriedades O que antes era desprezado pelos propriet rios como trilhas e cachoeiras de repente tornou se a maior fonte de renda destes locais fazendo com que o turismo rural ganhasse for
172. rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 03 04 2003 Elaborado por Dani Tani Monitores presentes Zambelli Artur Larissa Dani C ntia Andr a Luciana Luiza Ciro Aletha Jana na Carol Carolzinha Gabi Ot vio Regina M rcio Henrique L Vanessa e Veio Alunos presentes sujeito 2 sujeito 24 sujeito 10 sujeito 4 sujeito 23 sujeito 3 Sujeito 7 sujeito 9 sujeito 8 sujeito 21 sujeito 1 sujeito 13 sujeito 15 sujeito 6 Sujeito 17 sujeito 20 e sujeito 5 Relat rio das atividades desenvolvidas Iniciamos a aula com a chamada depois o M rcio e a Vanessa se apresentaram ao grupo Larissa fez a leitura do texto que sujeito 17 escreveu sobre a viagem de Picinguaba Carolzinha puxou o alongamento posteriormente a Larissa realizou o aquecimento com a atividade pega corrente Foi pedido para uma pessoa vidente ficar com um Dv As duplas eram Videntes Dys Andr a sujeito 17 L sujeito 2 Vanessa sujeito 20 Artur sujeito 15 Ma sujeito 4 Zambelli sujeito 7 Adriana sujeito 8 Lu za sujeito 6 Carolzinha sujeito 23 Carol sujeito 13 Henrique sujeito 1 M rcio sujeito 10 170 A L e sujeito 2 come aram pegando aonde com o sinal sonoro de um apito ela ia atr s das pessoas juntamente com sujeito 2 aos poucos foi se formando uma grande corrente de acordo com que as duplas iam sendo pegas tinham que dar as m os para formar uma corrente Todos sentados em c rculo foi explicado qual o in
173. rofessor o primeiro da coluna deveria se deslocar at o monitor e vesti lo corretamente com a cadeirinha e sentar se atr s dele Em seguida o pr ximo da fila deveria executar o mesmo procedimento colocando outra cadeirinha no mesmo monitor o que se tornava cada vez mais complicado em fun o do ac mulo de cadeirinhas A equipe que terminasse primeiro e com todas as cadeirinhas devidamente fechadas seria a 80 vencedora Nesta brincadeira buscamos treinar a capacidade dos alunos na coloca o do equipamento em um colega aprendendo a manuse lo e com n veis de dificuldade progressiva Atividade 2 Estafeta na Cadeirinha Nesta atividade dividimos o grupo e trios e todos j equipados com as cadeirinhas Acrescentamos a este exerc cio um bast o de madeira de aproximadamente um metro e meio de comprimento que serviria de apoio para o transporte do participante Os trios deveriam prender um dos integrantes atrav s de uma fita presa cadeirinha no centro do bast o Ao sinal do professor os outros dois parceiros deveriam carregar o colega segurando as extremidades do bast o e atravessar a quadra de jogos at o outro lado L chegando deveriam trocar o parceiro por outro realizando o retorno at que todos tenham participado igualmente da atividade Neste exerc cio al m do trabalho de condicionamento f sico que a atividade exigia tamb m trabalhamos o uso do equipamento em uma condi o muito pr xima da realidade As cadeirinhas
174. s com grau de complexidade elevado Os bi tipos tamb m n o seguiram nenhum padr o pr estabelecido j que a finalidade da pesquisa era a de criar as condi es necess rias para o ensino e aprendizagem de um esporte na natureza conhecido como canyoning O que por si s reflete um paradoxo aos olhos dos leigos Desta forma se a falta de vis o n o era um problema ent o os diferentes bi tipos tamb m n o podem ser traduzidos como empecilho pratica N o estamos discutindo nesta pesquisa o n vel que se pode alcan ar mas sim a possibilidade de realizar Os alunos que j participavam do Projeto de Extens o estavam devidamente cadastrados no Laborat rio de Atividade Motora Adaptada LAMA atrav s de uma anamnese com informa es sobre a etiologia de cada aluno com rela o defici ncia visual grau de comprometimento visual problemas de sa de como asma ou problemas card acos medica es de uso constante como col rios e hist rico de atividades f sicas e cursos como de orienta o e mobilidade e leitura braile Anexo 2 Os alunos novos passaram pelo mesmo processo de cadastramento tendo ainda que apresentar documenta o hist rico e atestado m dico contendo as informa es necess rias e os diagn sticos sobre a etiologia do problema visual Estas informa es foram de extrema import ncia para avaliar a condi o de cada aluno em rela o atividade proposta 74 Al m do grupo de deficientes visua
175. s o constru das com um centro de gravidade programado para deixar o indiv duo sentado enquanto est na vertical E esta brincadeira contemplou a fun o do material Atividade 3 Balan o com cadeirinha p ndulo Este exerc cio muito simples por m muito eficiente para se compreender a sensa o de estar pendurado pela cadeirinha al m de muito prazeroso a todos Assim como em um balan o amarramos uma corda em uma rvore e prendemos o aluno pela cadeirinha a uma altura segura em rela o ao solo Em seguida o balan amos em todas as dire es para que sintam as sensa es de se ficar suspenso no ar Muitos relatam uma sensa o de liberdade enquanto est o imaginariamente voando Usamos tamb m como um segundo recurso o aparelho de argolas da gin stica ol mpica As cadeirinhas que s o fundamentais para a execu o de atividades que envolvem altura em um primeiro momento um objeto estranho at para quem enxerga j que constitu da de v rias fitas largas costuradas e flex veis n o tendo um formato fixo quando fora do corpo Identificar suas e partes coloc las corretamente um trabalho que requer pr tica As distribu mos para os alunos sem maiores explica es sobre o material Apenas dissemos que tentassem vesti las da melhor forma que encontrassem Como esperado tatearam e exploraram na ao m ximo sem muito entender do que se tratava e muito menos de como se utilizava Alguns 81 colocaram no
176. s t cnicas de prote o e corda tanto para a espeleologia quanto para a escalada rocha e o canyoning se favorece disso e surge como algo impar Nos Estados Unidos diferente a origem pode ser atribu da hist ria de explorar c nion grandes c nions est associada ao rafting a embarca es N o associado como na Europa com t cnicas verticais ao uso de cordas Essas coisas todas Um outro ramo uma outra hist ria que a gente tamb m tem que respeitar Artur como o canyoning chegou ao Brasil e como foi sua difus o Zaith Ent o nessa poca entre 88 at mais ou menos 91 estava ligado diretamente dire o da Sociedade Brasileira de Espeleologia e cuidava da biblioteca mapoteca correspond ncia muitos boletins estrangeiros Nestes boletins come aram a surgir espele logos vestidos com roupas de borrachas e percorrendo canyoning Artur E a surge seu primeiro interesse pelo canyoning Zaith Surge A gente passou a enxergar isso e ver que era uma coisa diferente Come amos em 89 mas j acompanh vamos essas coisas bem antes At que a coisa ent o se distanciou mesmo e passou a ser um esporte aut nomo Hoje com t cnicas e equipamentos pr prios Cada vez mais distante da espeleologia Artur Descrevendo especificamente o canyoning O que este esporte Zaith O canyoning voc percorrer rios acidentados rios de montanhas rios com grandes desn veis rios extremos Artur Rios com grandes obst culos Zai
177. s alunos e a condi o de avaliar quem poderia ou n o participar do Canyoning Quem est entrando agora pode descer uma cachoeira n o significando que vai obrigar algu m a descer Sujeito 177 falou sobre os dvs n o sentirem medo frio na barriga porque n o v a altura e o Artur completou dizendo que o medo um mecanismo de defesa do ser humano e que todos sentem O Gavi o puxou um alongamento Depois pediu para os Dvs elaborarem exerc cios e explic los a todos de acordo com o que ele pedia ou alongamento Dividiu se o grupo em duas equipes e foi jogado um cabo de guerra foi distribu dos s cadeirinhas e os mosquet es para que os alunos se preparassem Os alunos novos receberam a explica o para conhecer o equipamento O Artur explicou a atividade que tem quatro esta es iguais Explicou a utilidade do freio oito a posi o das m os para a frenagem e os perigos de prend la no equipamento caso esteja mal posicionada Sujeito 17 perguntou onde a corda presa quando est na cachoeira e o Artur explicou que no ponto de ancoragem que t m mais de um ponto e que n o representa risco de estourar Falou tamb m da capacidade de carga do equipamento Dividiram o grupo em quatro equipes e foram para as esta es O Artur falou tamb m sobre a pessoa que faz seguran a na ponta abaixo da corda Os Dvs demonstraram bastante curiosidade sobre a seguran a no momento da descida na cachoeira preocupa o com a s
178. s na tirolesa atingiam grandes velocidades Figura 36 Descida em Tirolesa Um fato inesperado que ocorreu neste dia foi a decis o de um dos sujeitos da pesquisa com baixa vis o e que sempre demonstrou grande dificuldade nas atividades relacionadas com altura em realizar a descida da ponte Montamos um esquema maior em termos de acessoria com dois professores na sa da e mais dois na descida a fim de proporcionar todas as condi es poss veis para a concretiza o de uma supera o pessoal Este foi um momento importante para todo o grupo j que ningu m esperava que esta pessoa tivesse em algum momento vontade de fazer o rapel e especialmente em um lugar t o alto Mas essencialmente transmitiu a todos do grupo uma forte capacidade de supera o que foi reproduzida nos relat rios de campo de cada um Pode se dizer que este foi um dos pontos altos da pesquisa na qual conseguimos enxergar claramente a jun o de todos os detalhes trabalhados durante dois anos sintetizados em um breve momento 103 6 7 Treinamento das T cnicas de Travessia 6 7 1 Constru o e uso do Bast o Guia Dentro da proposta metodol gica buscamos em v rias atividades descritas at aqui poss veis solu es para a constru o do conhecimento sobre o Canyoning e a forma mais segura de pratic lo Mesmo com todo o aparato tecnol gico de equipamentos de escalada de primeira linha para transpor os grandes obst culos de um c nion observamos que
179. s transmitir tranquilidade se n o as preocupa es ser o onde estou pisando e o que h na minha frente Ao ser guiada achei muito importantes as informa es t teis transmitidas acompanhando o bra o do guia at encontrar as m os do mesmo Senti tamb m mais seguran a nas trilhas principalmente em ser acompanhada por dois guias um a frente e outro atr s Caminhei sempre agachando e tive muitas informa es sobre apoios para os p s e m os No rio acho importante sempre pedir para o Dv procurar se equilibrar sozinho n o se apoiando sempre no guia pois n s tamb m corremos riscos de bons escorreg es assim evita se de dois irem para o ch o Gostei de ser acompanhada Poe dois guias pois s o duas refer ncias de ajuda e dire o Acho importante atentarmos para o frio observando se os Dvs est o suportando porque os o neg cio bravo As camisetas sobressalentes s o essenciais 179 w Faculdade de Educa o F sica kai GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada UNICAMP Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 11 09 2002 Elaborado por Monitores presentes Henrique Jana na Bia Carolzinha Larissa Dani Carol Luciana Veio Regina M Andr ia Deva Gabi C ntia S lvia Artur Mar lia Batavo Aletha Cris e Adriana Alunos presentes sujeito 15 sujeito 2 sujeito 20 sujeito 10 sujeito 4 sujeito 17 Sujeito 9 sujeito 18 sujeito 19 sujeito 1 sujeito 21 sujei
180. sci ncia Por volta de maio de 1991 um grupo formado por escaladores franceses e canionistas organizaram uma s rie de atividades e encontros sobre o tema que resultou na realiza o do primeiro Curso de Monitores de Canionismo Durante os per odos de estudo para a montagem deste curso neste mesmo ano estabeleceu se as primeiras regras e recomenda es da modalidade que foram amplamente difundidas pelo Minist rio da Juventude e Esportes da Fran a em 1992 Este passou a ser o primeiro documento oficial que regulamentava a atividade de canionismo A partir de 1994 criam se comiss es t cnicas que aplicam as primeiras provas de acesso para forma o de instrutores federais Em 1995 lan ou se uma campanha de preven o de acidentes com a elabora o de cartazes explicativos Na Escola Francesa de Canionismo da Federa o Francesa de Espeleologia uma pessoa que deseja tornar se um instrutor de canyoning precisa passar por treinamento de tr s anos antes de come ar a atuar As regras na Europa para se atuar com esta modalidade s o extremamente rigorosas chegando a ponto de ser proibido a pr tica de canionismo comercial como ocorre na 53 It lia permitida apenas a pr tica esportiva para grupos de canionistas A transgress o destas leis em casos de acidentes s o punidas com a pris o dos respons veis 5 3 Canyoning no Brasil O Canyoning come ou a surgir no final da d cada de 80 e in cio dos anos 90 atrav s do fot gra
181. sco maior era dif cil explicar estava em terra nas pranchetas de desenho na qualidade das pe as no cuidado da montagem na capacidade de se preparar na coragem de fazer e refazer at que tudo ficasse como eu queria Perfeito Com base nestes preceitos Klink ainda nos presenteia com uma nova vis o conceitual sobre Aventura diferenciando a mesma das Viagens 39 as viagens n o as aventuras come am muito antes da data de partida em lugares muitas vezes estranhos engra ados ou mesmo desagrad veis Klink 1992 p 87 Compartilhamos da id ia de Klink de que as aventuras acontecem dentro das viagens pois mesmo tendo a certeza de encontrar in meras dificuldades em tudo o que nos propomos fazer ainda que minuciosamente planejado devemos estar sempre atentos aos fatores imprevis veis que caracterizam a verdadeira aventura Como vimos a palavra aventura pode assumir in meros significados Nos ltimos vinte anos em especial ganhou novas conota es atrav s dos esportes que romperam com o tradicional e com as regras pr estabelecidas gerando novas modalidades conhecidas por in meras denomina es como esportes radicais de aventura na natureza esportes outdoor eco esporte esportes de a o esporte de alto risco entre outros Todos estes nomes s o empregados muitas vezes de forma equivocada considerando principalmente interesses comerciais Os termos mais fortes c
182. significados 6 6 Treinamento das T cnicas Verticais Vimos no item que trata dos m todos pedag gicos p g 79 que adotamos para ensinar ao grupo de deficientes visuais o que era o Canyoning como utilizar seus equipamentos enfatizando o reconhecimento de seus respectivos formatos e fun es Depois de cumprida esta etapa demos in cio proposta de ensino das t cnicas necess rias para transpor obst culos no meio selvagem 6 6 1 Rapel O rapel uma t cnica muito antiga de descida por corda originada inicialmente do alpinismo por m passou a ser amplamente empregada em outras modalidades como espeleologia e no Canyoning para a transposi o das cachoeiras e abismos O aumento do n mero de adeptos pratica do rapel nas grandes cidades tem levado forma o de tribos urbanas denominada de rapeleiros Este movimento vem propagando rapidamente a atividade mesmo que de maneira desordenada elevando a modalidade ao status de esporte Fato este que boa parte dos especialistas em esportes na natureza discorda plenamente Uma vis o restrita sobre esta t cnica faz com que as pessoas procurem conhecer apenas a forma de execu o e n o os detalhes mais importantes que passam despercebidos aos olhos de um leigo resultando muitas vezes em acidentes fatais 92 O ensino das t cnicas de rapel de forma fragmentada e extremamente detalhada para o grupo composto por pessoas cegas e com baixa vis o era imprescind vel para a
183. sofrido um acidente de carro e tinha perdido o movimento das pernas andava com muletas Artur Como realizou a sa da Zaith N o teve diferen a Artur Conseguia se manter em p Zaith Nesse caso sim Artur O aluno tinha estabilidade Zaith Sim Ele n o conseguia levantar o p e trocar passos sem ter a ajuda de muletas Artur Realizou a sa da preso pelas cordas como qualquer pessoa Zaith Ele n o usou a muleta foi amparado pela gente mas conseguia se manter em p e arrastar o p deslizando o p como as pessoas fazem quando a primeira vez As pessoas normais tamb m n o conseguem levantar os p s trocar passos com desenvoltura Ent o neste caso n o houve muita diferen a ele fez a atividade normalmente O grande problema que eu vejo no caso do canyoning o acesso Se for um lugar muito acidentado o acesso pra se chegar na cachoeira e depois pra sair da rea confinada do c nion s o os maiores problemas pra quem tem defici ncia f sica Sobretudo dos membros inferiores das pernas o grande problema porque uma vez dentro do c nion todo mundo se movimenta com dificuldades Artur No momento em que voc teve contato pela primeira vez com a pessoa que tinha uma necessidade especial ao t rmino da atividade teve alguma realiza o Ou alguma coisa especial ara voc pessoalmente de ter conseguido realizar a atividade Zaith Sim claro Isso mostrou que a gente consegue se desdobrar em pouco mais que
184. sp e 3 3 1 Atividades no Meio Selvagem Na rela o entre as condi es da pessoa e as condi es do meio ambiente Parleb s 1987 estabelece Tr s Crit rios de L gica Interna e que conferem s pr ticas motrizes suas maiores propriedades S o eles arela o do praticante com o meio f sico a intera o motriz de coopera o aintera o motriz de oposi o De acordo com Rodrigues 2004 a combina o destes tr s crit rios permite caracterizar toda e qualquer situa o motora na qual ele definiu pela sigla CAT C atende ao crit rio de intera o relativa presen a ou aus ncia de companheiros e A para advers rios I considera o espa o de a o levando em conta a presen a ou aus ncia de incerteza devido ao meio f sico O autor subdivide a intera o com os outros CA em Psicomotoras as atividades s o realizadas em solit rio ou seja n o requer a presen a de companheiros ex salto em dist ncia e em S cio motoras que se caracteriza pela intera o entre pessoas Rodrigues 2004 prop e ainda que esta subdivis o pode ser diferenciada em tr s tipos situa es de coopera o ou comunica o motora situa es de oposi o ou contra comunica o motora ex jogo de t nis a esgrima etc e situa es de coopera o oposi o ex futebol voleibol handebol etc Contudo o nico tipo que interessa para nossa an lise s o as situa es de coop
185. sticas a acuidade visual e o campo de vis o O indiv duo considerado cego quando a vis o corrigida do melhor olho de 20 200 ou menos isto se ele pode ver a 20 p s 6 metros o que uma pessoa de vis o normal pode ver a 200 p s 60 metros ou uma limita o tal nos campos de vis o que o maior di metro do campo visual subentende uma dist ncia angular n o superior a 20 graus ainda que sua acuidade visual neste campo possa ser superior a 20 200 Os dotados de vis o parcial ficam entre 20 70 a 20 200 no melhor olho ap s corre o A defici ncia visual pode ent o ser definida como um impedimento total ou a diminui o da capacidade visual decorrente de imperfei o no rg o ou no sistema visual SE CEMP 1993 apud ALMEIDA CONDE 2002 Devido exist ncia de tantas terminologias baseadas em estudos cl nicos podemos ainda classificar a Defici ncia Visual de acordo com os objetivos propostos a fim de oferecer os subs dios necess rios ao desenvolvimento dos indiv duos Desta maneira encontraremos as pistas necess rias para determinar quais caminhos e a es devem ser seguidos na elabora o de um trabalho consciente Tomar como refer ncia apenas as classifica es n o suficiente para uma interven o eficaz no processo de ensino das atividades f sicas para grupos com necessidades especiais visuais No entender de Oliveira 2003 31 importante observar os fatores secund rios associados
186. stiver errado com a gente n o teremos como ajudar se eles estiverem em alguma dificuldade ou algum equipamento mal colocado Naquele momento entramos juntos uma solu o gritar rir e brincar para espantar o medo e aproveitarmos para liberar o estresse e as coisas ruins Foi muito legal Durante o percurso no rio fizemos uma parte sem e outra com o bast o a Jana na ajudou muito a gente O mais engra ado foi que era o sujeito 13 que ajudava a gente a n o cair e n o o contr rio Eu e a Jana na tentamos passar bastante as caracter sticas ambientais mas neste momento a descri o do solo era muito importante Vimos que o bast o foi muito til com algu m que n o possu sse a experi ncia e facilidade que ele tinha pois a quantidade de informa o acaba sendo menor 190 A ltima cachoeira tamb m foi um pouco complicado por causa da pedra muito lisa Mesmo com as informa es que eu passava sujeito 13 escorregou algumas vezes Acho que isso tirou um pouco a concentra o e a confian a de n s dois acho que isso uma coisa que deveria ter sido trabalhado antes Pela trilha na volta guiei sujeito 10 Criamos alguns c digos para facilitar pois o caminho era mato disforme Neste momento percebi que a gente se preocupa tanto com eles que n o nos damos conta que um trope ozinho ou outro normal at para os videntes Quando sujeito 10 trope ava eu ficava ai desculpa desculpa desculpa E a ela falava Imagi
187. strumento que ser trabalhado no dia freio 8 Formou se dois grupos para que eles Dvs tateassem o instrumento para conhecer ou rever Carolzinha explicou que existe mais tipos de freios e aproveitou para rever os nomes dos mosquet es Logo sujeito 2 come ou a falar que existe o Dez o e o Dezinho al m da p ra que Carolzinha comentou O Artur explicou que a pr xima atividade seria realizar o desenho do freio com o pr prio corpo deitados no ch o O grupo 2 com o aux lio da Carolzinha conseguiu realizar corretamente o formato j o grupo 1 conseguiu tamb m realizar corretamente mas ao t rmino do tempo estipulado Depois foi passado o mosquet o p ra para os dois grupos e pediu se para esquematizar com o pr prio corpo O grupo 2 quase conseguiu realizar o formato da forma correta por m ainda n o ficou totalmente Sujeito 23 e sujeito 13 tatearam para ver se estava correto No grupo 2 sujeito 2 fez o reconhecimento e disse que parecia uma reta mas na verdade estava num formato oval cumprido Foi dado mais um minuto para tentarem arrumar ficou mais pr ximo por m n o exato Foi dado um mosquet o com freio 8 encaixados O grupo 2 realizou rapidamente o formato com o pr prio corpo e sujeito 10 com a Carolzinha ficaram como se fossem a argola menor do freio oito simbolizando o encaixe dessas duas pe as freio 8 mais mosquet o O grupo 1 teve um pouco de dificuldade para se organizar A Andr a coordenava o grupo para i
188. ta de ensino cumprisse seu papel ou seja fornecer o m ximo de informa es para o aluno com defici ncia visual para que eles tenham condi es desenvolver suas capacidades e autonomia A participa o dos alunos deficientes visuais na elabora o modifica o e na coloca o de sugest es baseados na falta do recurso visual sempre foi um fator essencial para o sucesso no desenvolvimento das aulas e do projeto O recurso de vendar foi muito utilizado em todas as atividades especialmente com os monitores as para que pudessem al m de vivenciar a experi ncia da falta de vis o tamb m contribu ssem com informa es sobre a complexidade dos exerc cios Figura 26 Monitora vendada Ainda com o trabalho de reconhecimento conhecer os equipamentos e suas formas n o eram suficientes Mosquet es por exemplo possuem uma enorme quantidade de tipos de formatos diferentes com nomes e fun es espec ficas Foi preciso aprender cada um deles e como manuse los Fizemos uma atividade na qual passamos longas cordas em volta do corpo dos alunos que se encontravam sentados em uma disposi o aleat ria A corda fazia um grande caminho passando por seus abdomens Em uma das pontas um monitor liberava a cada cinco segundos um mosquet o com um formato diferente e os integrantes do grupo tinham que 83 identific los pelos nomes Para dificultar fizemos duas equipes na mesma condi o de modo que a equipe vencedora deveria ser capaz d
189. tando os dois p s apoiados na beirada do abismo sobre uma 94 quina da rocha ou de parede Seguramente este o momento de maior tens o em um rapel que exige muita aten o por parte de todos para evitar sustos desnecess rios O momento da sa da no rapel para os deficientes visuais foi treinado exaustivamente N o s por ser a etapa em que se faz a transi o do plano horizontal para o vertical mas essencialmente pela sincronia que deve existir entre aluno e instrutor O maior n mero de informa es a serem transmitidas acontecem neste instante Por isso a aten o deve ser redobrada e as sinaliza es t teis e verbais devem ser precisas O aluno cego em especial orienta se basicamente pela voz do instrutor e pelas informa es que lhe transmitida J os que tem baixa vis o se valem dos mesmos recursos por m contando ainda com o recurso visual ainda que limitado Para o treinamento das sa das optamos mais uma vez pelo trabalho gradativo e fragmentado Iniciamos em locais baixos com pouco mais de um metro de altura para que pud ssemos ficar o mais pr ximo poss vel de cada aluno e monitorar cada movimento Tamb m fizemos com que enquanto uma pessoa realizasse o exerc cio outras tocassem partes do seu corpo para melhor compreens o da postura correta e dos movimentos na seq ncia O objetivo deste treinamento era simular com exatid o e realidade para se come ar um rapel completo a Pai Figura 29 Treinamento
190. te de canyoning A partir de ent o se 52 passou a explorar os c nions mais expostos dos pa ses Bascos que compreende a regi o oeste da Fran a e comum Espanha nas gargantas de Ehujarre e de Kakouetta A garganta de Hol arte Olhaduby com seus obst culos naturais e cachoeiras n o puderam ser vencidas por serem dif ceis de serem superadas com o material que dispunham na poca A corajosa equipe de Martel se lan ava nas gargantas rochosas com pesados equipamentos como cordas de espeleologia barcos que tinham que ser atravessados pelas matas e um material extremamente rudimentar se comparado aos dias de hoje A primeira descida completa do grande Canyon do Verdon foi realizada por Martel e Janet em 1905 em 4 dias com seus pesados equipamentos Em 1906 Martel e Armand Janet percorrem a fenda de Daluis no Vale do Var dentre os Alpes Mar timos Em 1928 foi percorrida pela primeira vez a c lebre fenda de Aiglun no Vale de Esteron por Jacques Moreau em duas etapas uma rio acima e outra rio abaixo anteriormente ignorada por Martel Por volta de 1985 o canionismo passa a ter um irrevers vel crescimento despertando os interesses de espele logos e alpinistas que passam a adaptar suas t cnicas e conhecimentos ao meio aqu tico Isso fez com que a atividade ganhasse ao longo dos anos muitos adeptos pelo mundo todo que passaram a lan ar se em rios encachoeirados e outros obst culos atrav s de t cnicas e conhecimentos no limite da incon
191. tes na Natureza Estrat gias de Ensino do Canionismo para Pessoas com Defici ncia Visual Alunos com Defici ncia Visual Orientador Jos J lio Gavi o de Almeida Pesquisador Artur Jos Squarisi de Carvalho Local da Pesquisa Laborat rio de Atividade Motora Adaptada LAMA Faculdade de Educa o F sica da Universidade Estadual de Campinas UNICAMP Eu 3 anos de idade portador do RG n residente na cidade volunt rio concordo em participar do projeto acima mencionado que ser detalhado a seguir de meu total conhecimento que este projeto ser desenvolvido em car ter de pesquisa cient fica e tem como objetivo desenvolver uma metodologia para o ensino aprendizagem do canyoning para pessoas com defici ncia visual Estou ciente de que antes do in cio das atividades espec ficas ser o aplicadas pelo pesquisador respons vel e pelos monitores do Laborat rio de Atividade Motora Adaptada da Faculdade de Educa o F sica da UNICAMP avalia es como anamnese e avalia es f sicas e serei submetido a avalia o m dica sem a utiliza o de drogas medicamentosas ou procedimentos evasivos realizada por um m dico que atestar minhas condi es para a 137 participa o na atividade de canyoning Estas avalia es m dicas e seus respectivos dados cl nicos j foram obtidos em conseq ncia do desenvolvimento do trabalho de Doutorado da Profa Mey de Abreu Van Munster tamb m com o
192. th Exatamente Quanto mais obst culos mais interessante Artur Voc comentou que se busca criar uma diferencia o entre Canyoning C nion e Cascading Porque Zaith Muita gente n o se preocupa com isso o Europeu um que n o se preocupa Pra ele tudo canyoning assim como para o Franc s tudo espeleologia O Franc s como j tem uma tradi o muito antiga pra ele tudo espeleologia ms pra gente n o serve isso Fica complicado ent o a espeleologia a gente conseguiu colocar um ramo que o cavernista o Caving que para as pessoas atuarem dentro de uma caverna com muito menos atribui es principalmente atribui es cient ficas e diminuir um pouco o preconceito tamb m da parte dos acad micos em rela o n o admitir que uma pessoa que entrou pela primeira ou segunda vez em uma caverna seja um espele logos um estudioso em cavernas Artur No Brasil h v rios c nions que s o diferentes dos Europeus Voc acha que poss vel diferenciar esse canyoning em n veis com rela o quest o t cnica 68 Zaith poss vel O Europeu varia de autor pa autor essa coisa de cota o de n veis de dificuldades Eles cotam n o chegaram a um consenso dos n veis de dificuldades para determinados c nions para ver quem est apto ou n o para fazer esse percurso Isso ainda n o um consenso mas poss vel sim Acho que uma das coisas que a gente ta tentando fazer aqui dar essa conceitua o de canionismo
193. ticas o projeto foi submetido ao Comit de tica em Pesquisa CEP da FCM UNICAMP fazendo com que esta pesquisa estivesse em conformidade com a resolu o 196 96 do Conselho Nacional de Sa de Ap ndice A Baseados neste crit rio foram elaborados dois termos de consentimento formal Ap ndice B Um para o grupo de alunos cegos ou com baixa vis o e outro para os profissionais participantes do projeto j que a atividade proposta envolvia riscos aos sujeitos volunt rios Para os menores de 18 anos o consentimento deveria ser dado pelos pais ou respons vel legal 76 Todos os conte dos elaborados para as aulas tiveram como base o desmembramento da modalidade atrav s de uma an lise das exig ncias e necessidades f sicas impostas pela pr tica do canionismo Figura 20 Montagem das aulas A partir da tivemos que desenvolver cada etapa tentando fazer um paralelo com atividades que trabalhavam de forma direta e indireta as capacidades f sicas dos indiv duos como equil brio agilidade velocidade e for a sem esquecer do trabalho de estimula o da percep o j que estas pessoas n o podem contar com o recurso visual total ou parcial Para tanto buscamos estes desenvolvimentos nas atividades de gin stica ol mpica para o equil brio percep o e dom nio corporal em elementos do atletismo trabalhando com caminhadas r pidas corridas e saltos na nata o para proporcionar uma melhor adapta o ao meio l quido qu
194. ting differences between both of them through the opportunity of establishing a contact with an unknown universe up to now for either a group of blind people or with low vision We have analysed nature sports under many aspects by classifying the possible causes of its strong growth in the last decade its terminologies and the viability for the groups with their special needs We have described with details the evaluation and the concepts of the Canionism around the world and in Brazil its techniques and needed materials to its practice We have elaborated a teaching proposal based upon separation of the chosen modality through the demand and its physical needs always considering the whole development of people by offering them new situations and assuring their rights of running the imaginable and real risks in nature sports that life provides every day Keywords Visual impairment Adventure Canionism Canyoning Sports Teaching Strategies and Pedagogy Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura 13 Figura 14 Figura 15 Figura 16 Figura 17 Figura 18 Figura 19 Figura 20 Figura 21 Figura 22 Figura 23 Figura 24 Figura 25 Figura 26 Figura 27 Figura 28 Figura 29 1 LISTA DE FIGURAS Subdivis es do COTAS O asas bs SR UR GOD La CAR So 50 Carlos Zaith difusor do Canyoning no Brasil
195. to 9 sujeito 3 sujeito 8 Sujeito 23 e sujeito 13 Relat rio das atividades desenvolvidas Inicialmente foi feito um alongamento com todos sentados em roda Cada monitor propunha um exerc cio a ser feito Foi proposto por um dos monitores que todos se organizassem em duplas e se sentassem de costas com os bra os entrela ados e p s apoiados no ch o para tentar levantar utilizando o apoio das costas do parceiro As varia es desde exerc cio ficaram por conta do n mero de pessoas por grupo Inicialmente eram duplas depois foram trios quartetos grupos maiores 6 a 8 por ltimo todos juntos Todos os alunos realizaram o alongamento e o exerc cio acima descrito sem maiores problemas O Artur come ou a explicar o circuito pelo qual os alunos teriam que passar na aula Esse circuito era composto de quatro esta es e tinha tarefas a serem realizadas no deslocamento de uma esta o para outra Em uma esta o metade dos alunos realizava abdominais e flex es enquanto a outra metade vivenciava a drible de bolas com pesos e tamanhos diferentes No deslocamento para a pr xima esta o os alunos pulavam de um lado a outro de uma corda estendida altura da batata da perna 180 A esta o seguinte trabalhava exerc cio com a medicine ball exerc cio para desenvolvimento de for a principalmente dos bra os O deslocamento desta esta o era atrav s do movimento que imita ao pular de um sapo dentro de arcos dispost
196. to f sico as habilidades de locomo o dos indiv duos em terrenos com relevo irregular Esta uma atividade de vital import ncia j que a id ia era levar este grupo de deficientes visuais para locais de dif cil deslocamento como matas fechadas trilhas bem acidentadas e principalmente para explorar o leito de um rio forrado de pedras roli as e escorregadias Atividade 77 Brincadeira do Jo o Bobo Esta atividade foi utilizada em minha pesquisa de monografia que consistia no ensino do cascading para pessoas com defici ncia visual O exerc cio acabou se mostrando muito eficaz para a transmiss o do conceito de posicionamento e equil brio na vertical isto quando se fica preso por uma corda na vertical o ato de juntar os p s faz com que nos tornemos um verdadeiro brinquedo de Jo o Bobo na parede Fazer esta brincadeira permitiu um melhor entendimento para os deficientes visuais como prepara o para o plano vertical Inicialmente esta atividade pode come ar em trios na qual dois colegas ficam um de frente para o outro enquanto o terceiro participante ficar entre os dois com os p s juntos deixando seu corpo pender para frente e para tr s sendo sustentado pelos colegas que o empurram de um lado para o outro A confian a a base desta atividade Fazemos tamb m com que a pessoa que est no meio seja pendulada em outras dire es colocando a de lado para os colegas que executam os mesmo movimentos Podemos variar aind
197. tou mas s conseguiu at a metade da m sica Depois sujeito 13 tentou no come o teve bastante dificuldade em coordenador o movimento do bra o com o pulo Ap s v rios pulos cont nuos As monitores pediram para os alunos baterem corda Sujeito 13 e sujeito 2 foram bater corda Sujeito 13 realizava o movimento do bra o corretamente mas um pouco devagar e a corda n o ficava firme fazendo com que as 182 monitores errassem Sujeito 20 sem falar nada entrou a frente do sujeito 13 e o substituiu batendo corda com sujeito 2 No final todos passaram pelos quatros esta es 183 w Faculdade de Educa o F sica kai GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada UNICAMP Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 00 00 2000 Elaborado por Tha s Helena Relat rio das atividades desenvolvidas Mais uma vez uma viagem especial com a galera do GEAMA e Dvs Achei muito bem organizada em fun o da grande quantidade de pessoas e dos imprevistos acontecidos foi preciso at alugar um gerador mas como sempre tudo terminou bem e com muito sucesso As escalas para a galera da alimenta o caf almo o churrasco deram muito certo n o sobrecarregou ningu m Antes de iniciarmos a atividade pr tica das trilhas e cachoeiras pensei se galera D viria aguentar mesmo pois na semana do treinamento com os monitores achei que seria muito dif cil para eles at dei a sugest o de mudarmos algumas cois
198. uando existe gente interessada e respons vel trabalhando junto A parte onde senti que sujeito 23 apresentou maior dificuldade foi na decida da ltima cachoeira pois as pedras estavam bem escorregadias mas mesmo assim deu tudo certo Outro fator legal dessa viagem foi a integra o do pessoal esta parte social acho muito importante pois senti que os Dvs neste momento se sentem bem vontade participam uma verdadeira inclus o social desde os pequenos momentos no nibus com brincadeiras no churrasco na bagun a das barracas enfim foi uma viagem que vai ficar guardada num lugar no cora o de cada um Obrigado por oportunizar este momento inesquec vel 185 w Faculdade de Educa o F sica kai GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada UNICAMP Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 12 12 2002 Elaborado por Sujeito 17 Relat rio das atividades desenvolvidas Chagamos na Unicamp 05h50 da manh para partir para uma longa viagem com destino a Picinguaba Chegamos l as 15h30 Mas antes de chegarmos ao destino fizemos v rias brincadeiras no nibus A mais legal foi a do Gavi o que brincamos de chocolate no canto da boca Foi multo legal Fomos barrados na estrada o motorista se chamava Edson Ele era muito legal Dormi bastante na estrada n o v amos a hora de chegar no local mas quando cheguei l e vi o lugar quase voltei para casa Murmurei bem baixinho que lugar frio
199. uantidade de pessoas que direta e indiretamente contribu ram com suas experi ncias pessoais Ao Prof Dr Edison Duarte pelo suporte acad mico e pelos conselhos que contribu ram no rumo deste trabalho A Prof Dr Maria Teresa K Leit o por sua inestim vel aten o e pelas orienta es e valiosas sugest es no Exame de Qualifica o Ao Sr Benedito Leal Filho Neno vice presidente da Associa o Brasileira de Desportos para Cegos pela s lida amizade pelo carinho conhecimento empenho s pessoas com defici ncia visual e pelo exemplo de vida que para todos n s Aos Amigos da ABDC Presidente David Farias Costa Vanessa e Jonas pela amizade e oportunidade de conhecer e atuar cada vez mais no universo do Paradesporto nacional e internacional Os conhecimentos adquiridos nas competi es nos ltimos cinco anos foram muito importantes no processo de constru o deste trabalho e no meu crescimento pessoal A rela o que constru mos que se consolida em cada evento em cada partida e em cada encontro ser eterna As amigas Andr a e L gia pela amizade pelos anos de trabalho ao meu lado e principalmente pela paci ncia e compreens o nos momentos em que precisei me ausentar Ao grande amigo companheiro e s cio do grupo Toda Terra Reginaldo R gis pelas aventuras e viagens vividas desde 1995 e pelo inestim vel apoiou t cnico nas atividades de campo sem o qual seria quase imposs vel a realiza o deste trabalho
200. uas dificuldades naturais finaliza se todo o processo com a sa da preciso checar e recolher todos os equipamentos e retornar base de apoio atrav s de uma trilha ou estrada Todo o percurso desde a aproxima o at a sa da pode levar desde algumas horas at poucos dias para ser completado dependendo do grau de dificuldade e da dist ncia a ser percorrida A quantidade de t cnicas empregadas para vencer os obst culos s o muitas e podem variar de acordo com o local a ser explorado As mais utilizadas ser o descritas a seguir e s o as que se destacam na caracteriza o do esporte por evidenciar os procedimentos de outras modalidades j mencionadas que deram origem ao Canyoning 1 Ancoragens As ancoragens s o fundamentais para a pr tica deste esporte Elas exigem conhecimentos t cnicos para fixa o dos chumbadores e geol gicos para avalia o dos 7 87 tipos de rochas Tamb m necess rio ter bom conhecimento na confec o de n s e principalmente ter tica no momento de criar novas ancoragens evitando assim a polui o dos c nions com excesso de pe as met licas nas pedras Preferencialmente deve se optar por ancoragens naturais como grandes rvores ou fixadores m veis Tirolesa Travessia entre dois pontos com grande diferen a altura Uma ou mais cordas devem ser tencionadas de um ponto com grande eleva o para outro de baixa O canionista prende se corda atrav s de uma polia e desce em ve
201. um tem suas raz es para gostar dos esportes na natureza e de vivenciar as sensa es de riscos 46 reais e imagin rios Le Breton apud Costa 2000 p 98 fala que a incerteza dos acontecimentos a mat ria do risco Por mais t cnica e conhecedora de uma atividade que envolva o perigo as pessoas sempre vivenciam momentos de incerteza e se questionam ser que o equipamento vai resistir justamente esta incerteza que produz a sensa o de medo e de enfrentamento da morte de forma simb lica De acordo com Costa 2000 p 99 Ultrapassando a morte o indiv duo ganha mais for a no seu modo de viver Ele reconstr i um gosto especial pela vida um sentimento de identidade e de poder renovados Os esportes na natureza podem ser considerados como uma forma l dica de vivenciar tais sensa es de risco O autor ressalta ainda que estas atividades funcionam como est mulo ou atrativo para vivenciar estes enfrentamentos manifestam uma aud cia para poder desencadear este risco autorizada pela id ia confiante de serem capazes de lan ar se no espa o na profundidade na imers o na luta contra os obst culos da natureza associada a um excitante e reconfortante prazer de realizar vertigem e de t lo feito com muita compet ncia Costa 2000 p 99 preciso deixar claro que a pr tica dos esportes na natureza de maneira geral exigem muita prud ncia para que a experimenta o do risco imagin rio n o se torn
202. uma cadeirinha onde ficar suspenso Chegou uma nova aluna sujeito 5 houve tempo para que ela aprendesse a vestir a cadeirinha Coment rio no final da aula sobre compromissos como hor rios 158 SA Faculdade de Educa o F sica Yam GEAMA Grupo de Estudo de Atividade Motora Adaptada UNICAMP Relat rio de aula pr tica atividade de extens o DV Data 12 06 2003 Elaborado por Luciano Monitores presentes Malu Jana na Ciro Zambelli M rcio Gabi Veio e Regina Alunos presentes sujeito 15 sujeito 2 sujeito 20 sujeito 10 sujeito 4 sujeito 17 Sujeito 3 sujeito 1 sujeito 14 sujeito 9 sujeito 7 Edinho sujeito 23 sujeito 8 Sujeito 12 e sujeito 5 Relat rio das atividades desenvolvidas Aula realizada no Gin sio multidisciplinar da Unicamp visando um treinamento para a atividade de rapel ser realizado no domingo Primeira parte da aula aquecimento exerc cios de subida e descida das arquibancadas do Gin sio Iniciou se pedindo para que os participantes subissem pelos degraus pequenos de arquibancada e depois descessem pelos degraus grandes Depois se pediu para que subissem pelos degraus grandes e descessem pelos pequenos A atividade foi realizada com bom humor por parte de todos Ap s o aquecimento come aram se as descidas pela parede das arquibancadas do Gin sio Observa o a aluna sujeito 1 que normalmente tem muito medo conseguiu descer muito bem pela parede e ficou muito feliz po
203. uma grade de mais ou menos 1 20m e posicionar se para a sa da o in cio no rapel terminando no rapel guiado estando um monitor M rcio recepcionando o aluno Sujeito 7 pareceu bastante trang ilo sujeito 20 demonstrou inseguran a em rela o ao equipamento mas quando percebeu que ela que controlava sua pr pria descida o fez com tranquilidade Sujeito 2 estava machucada e n o participou da aula Sujeito 1 demonstrou muito medo chorou e disse que n o queria fazer e se agarrou ao Artur O Artur orientou 175 a equipe na opera o de descida e conversou com sujeito 1 que concordou descer acompanhada do Gavi o No in cio sujeito 1 relatou dores Gavi o ent o p s as m os nas costas do sujeito 1 e ap s muita conversa iniciou a descida No percurso ficou muito contra da e come ou a chorar muito com medo de virar de ponta cabe a como j havia acontecido na cachoeira Mesmo pr xima ao ch o com monitores j segurando a ela chorava bastante Quando chegou chorou bastante Gavi o e Carolzinha foram acalm la Logo que encontrou sujeito 15 foi abra lo e ele foi bastante carinhoso com ela e explicou para sujeito 23 e para sujeito 1 que cada um tem seus medos e que n o havia problema algum em chorar Sujeito 2 tamb m foi acalm la Todos queria fazer rapel guiado sujeito 14 rodou e come ou a errar as t cnicas de descida soltando o freio Com a instru o do Artur conseguiu corrigir se e concluir corretamente Sujeito
204. vas E depois o pr prio desnivelamento do terreno Artur Mas esse deslocamento pelo leito do rio possui t cnicas especificas para transposi o como os saltos por exemplo Voc poderia enumerar as principais t cnicas Zaith bastante coisa Tem desde o rapel nas quedas d gua o salto onde poss vel pular onde h piscinas com profundidade adequadas tobog que s o cachoeiras tamb m s que inclinada trechos de nata o lugares com sif o onde voc pode ou n o mergulhar Se for segura voc usa isso com mais um acr scimo na brincadeira ou ent o voc desvia completamente porque s o lugares potencialmente perigosos Tem tamb m lugares estreitos onde voc tem de passar usando o corpo entalado como a gente chama trecho em voc passa desescalando trechos em que tem de escalar Uma s rie de t cnicas de varias modalidades diferentes Artur Em rela o ao canyoning voc acredita que pode ser acess vel a todas as pessoas considerando esses n veis do canionismo Zaith Eu acredito sim Se cada um tiver a dimens o exata do esporte e do terreno ele pode ser acess vel sim a maior parte das pessoas Mas tem de ter essa consci ncia essa informa o O inadmiss vel uma pessoa entrar num leito confinado de um rio que um lugar potencialmente perigoso e chegar l e falar o que que estou fazendo aqui Se ele tiver a consci ncia do que vai encontrar poss vel sim Artur Esse esporte tem um numero expressivo
205. xerc cios foram importantes na prepara o de todos pois al m de proporcionar momentos de descontra o tamb m possibilitou maior intera o entre os participantes Figura 38 Educativos e viv ncias no meio l quido 107 Ap s esta fase de prepara o iniciamos os trabalhos espec ficos enfatizando exerc cios de nata o e flutua o posicionamento do corpo em corredeiras posi o dos saltos na piscina e utiliza o dos equipamentos de escalada empregado em diversas situa es Para o treino dos saltos os monitores se posicionavam nas reas mais profundas da piscina segurando um arco na superf cie da gua Os alunos ap s receberem as informa es necess rias para executar a atividade com seguran a como dist ncia da borda forma como deveriam saltar e posicionamento recebiam um sinal para efetuar o salto entrando com o corpo ereto por dentro do arco com os bra os junto ao peito de forma cruzada Assim o material escolhido tinha como fun o principal determinar a maneira correta de entrada na gua com seguran a Montamos ainda pontes de corda que atravessavam por sobre a piscina para que pudessem tentar atravess la sem cair na gua Neste momento come vamos a unir os materiais espec ficos da modalidade com os treinos aqu ticos como na utiliza o das mochilas flutuantes para a transposi o de trechos profundos Nesta atividade amarramos uma grande corda em cada mochila e pedimos para que um aluno

ESPORTES NA NATUREZA: estratégias de ensino do Canionismo

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