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Anais - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem

1. aquele que l bastante se informa busca al m da sala A gradua o e especializa o somente auxiliam Numa minoria existe sim Pela postura pela exposi o de trabalhos e projetos pelo amor e dedica o ao trabalho 142 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP B Equipe t cnica Ideal Real Ser capaz de exercer sua profiss o com qualidade compet ncia formal e pol tica Existe em parte H bons profissionais atuando em p ssimas condi es de trabalho Os que est o atuando s o bons profissionais S o aqueles que j t m certo caminho percorrido experi ncia tem que buscar e ir atr s de algo mais pois as universidades n o d o suporte para trabalhar com a realidade de hoje Poucos consideram a sala de aula um laborat rio O professor que se compromete com o contrato pedag gico o professor est ali para ministrar aula e o aluno para receber estes conhecimentos o bom professor aquele que est disposto a ministrar aula Profissional preparado disposto a encarar desafios repensar constantemente sua pr tica utilizar estrat gias m ltiplas N o existe o profissional ideal por m imprescind vel que ele esteja disposto a atualizar seus m todos e com responsabilidade coloc los em pr tica Ter voca o amor a profiss o deveria trabalhar somente 20 horas e ganhar bem para ter tempo e dinheiro para fazer curs
2. 179 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP No estatuto da literatura infantil daquela poca a tradi o pedag gica reinava com plenos poderes seguindo a tend ncia ditada pelo modelo europeu segundo a qual os textos infantis serviam para transmitir s crian as os valores caros aos adultos al m de formar cidad os em conformidade com os ditames da sociedade Embora Monteiro Lobato represente um divisor de guas entre a literatura infantil puramente doutrinadora e pedag gica da poesia de Olavo Bilac e das hist rias de J lia Lopes de Almeida e o encantamento dos personagens do S tio do Picapau Amarelo o escritor de Taubat fez de muitos de seus livros verdadeiras aulas de geografia matem tica hist ria ou mitologia Lajolo amp Zilberman apontam para o car ter escolar da obra de Lobato em geral Com efeito as terras de Dona Benta sob certas circunst ncias desempenham a fun o de uma escola sendo a propriet ria a professora ideal e os alunos os moradores do s tio ouvintes atentos e interessados que como sempre polemizam os temas quando n o decidem viv los in loco abandonando temporariamente o lugar improvisado das aulas O s tio metamorfoseia se numa escola paralela refor ando a avers o do escritor pela institui o tradicional de ensino cujas disposi es f sica e psicol gica o desagradavam Trata de substitu las dando lhe um arranjo diferente ao mesmo tempo antigo
3. Estas duas pe as Figura 6 tamb m s o confeccionadas pelos servidores da Funda o Catarinense de Educa o Especial FCEE localizada no munic pio de S o Jos SC F Figura 6 Pe as Especiais Quadro de desenho em relevo com caneta adaptada e Kit Geom trico Fonte http www fcee sc gov br 4 5 Braimateca A Braimateca figura 7 um m todo para o ensino de Matem tica a deficientes visuais desenvolvido pela professora Antonieta Aparecida Gon alves Pereira Kanso bacharel em F sica pela Unicamp e especialista em Matem tica pela mesma universidade 215 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Figura 7 Braimateca Fonte http styx nied unicamp br 8080 imagens fotos acess 011 jp g v iew A Braimateca cujo nome vem da jun o de Braille com Matem tica composta por pe as imantadas com c digos e s mbolos do alfabeto Braille formados com alfinetes e uma chapa met lica As que representam n meros s o quadradas e aquelas que representam letras s o retangulares assim o cego consegue distingui las apenas pelo toque KANSO 2007 Assim segundo a mesma autora 2007 p 39 atrav s deste recurso o deficiente visual resolve passo a passo uma equa o colando as pe as imantadas na chapa met lica Ele pode fazer a leitura de qualquer linha corrigir poss veis erros Al m da Matem tica outras disciplinas como Qu mica e F sica tamb m podem faz
4. Se meu professor ensinasse como a senhora a tal gram tica at virava brincadeira Mas o homem obriga a gente a decorar uma por o de defini es que ningu m entende Ditongos fonemas ger ndios LOBATO 1970 p 7 A viagem a alternativa para fugir daquela fila de explica es e passar a vivenciar a l ngua de uma maneira mais divertida Angl polis Portug lia Gal polis e Castel polis s o algumas das cidades que abrigam as palavras conforme a sua origem Sintaxe classes gramaticais v cios de linguagem entre outros assuntos s o abordados pelo autor em meio curiosidade de Pedrinho e Narizinho s traquinagens de Em lia e a cientificidade de Visconde Os dois planos da hist ria o mundo m tico do s tio e a n o fic o encontram se perfeitamente concatenados e afinam se mutuamente A postura inquiridora de Em lia n o censurada ao contr rio toda a sua curiosidade fica contemplada com a reforma ortogr fica feita pela boneca no final da viagem O projeto pedag gico de Monteiro Lobato encerra se em 1941 com a obra A reforma da natureza No entanto esse segmento da literatura infanto juvenil que associa diretamente arte e ci ncia n o teve uma continuidade direta desde Lobato at que passou a abarcar uma parcela significativa das publica es destinadas crian a a partir da d cada de 90 Em contrapartida a maneira como a crian a recebe a informa o tamb m deve ser levada em conta quando
5. tem sido centrado muito mais na pr tica dos adultos do que nas pr ticas das crian as N o estamos dizendo que um deva se sobrepor ao outro mas sim que devemos incluir em nossas reflex es sobre educa o infantil um aspecto fundamental os direitos das crian as de serem consultadas e ouvidas de exercerem sua liberdade de express o e opini o e o direito de tomarem decis es em seu proveito BATISTA et al 2004 p 3 O movimento de interrogar se sobre os modos como as crian as viviam as brincadeiras contribuiu para romper com uma atitude do adulto como aquele que apenas constata a brincadeira e que a concebe somente como um processo de imita o da realidade Nesta perspectiva Corsaro 2002 p 114 afirma que a produ o de cultura de pares n o se fica nem por uma quest o de simples imita o nem por uma apropria o directa do mundo adulto As crian as apropriam se criativamente da informa o do mundo adulto para produzir a sua pr pria cultura de pares Tal apropria o criativa na medida em que tanto expande a cultura de pares transforma a informa o do mundo adulto de acordo com as 268 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP preocupa es do mundo de pares como simultaneamente contribui para a reprodu o da cultura adulta A medida que os adultos aproximam se das cria es simb licas das crian as simultaneamente t m a possibilidade de rever e ampliar seus conhe
6. Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP etc que v o interferir na escolha dos objetos significativos Assim a educa o permite compreender a articula o entre cultura e desenvolvimento individual Esta outra alternativa de suporte para as a es pedag gicas desenvolvidas tanto nas escolas quanto nos museus Nas situa es supramencionadas sejam construtivistas ou s cio interacionistas trata se de retomar o tema crian a objeto do conhecimento ou cultural Por m h tamb m a possibilidade de centrar os trabalhos em uma outra abordagem a psicanal tica que introduz o conceito de objeto libidinal O objeto libidinal prov m das percep es da crian a origin rias de sua intera o repetida com as figuras significativas m e em especial ou sua substituta O di logo entre m e nesse caso objeto e crian a ter influ ncia grande na evolu o ps quica da mesma necess rio pensar que a estrutura interna e a motiva o da crian a trabalham no sentido de facilitar o relacionamento entre o que ele aprende com o que j sabe A abordagem psicol gica psicanal tica vai al m dos objetos percebidos e comunicados pelo meio Ela envolve tamb m os seus significados Como os objetos concebidos e expostos por Lygia Clark decorrentes de suas viv ncias psicanal ticas E ent o b sico considerar o desenvolvimento afetivo cognitivo a linha social e cultural do desenvolvimento quando se p
7. a antropologia descobre hoje que v rias disciplinas recentemente improvisadas semidisciplinas e sociedades militantes de estudos de g nero da ci ncia dos homossexuais da m dia tnicos p s coloniais etc livremente agrupados como insulto final sob o r tulo de estudos culturais se amontoam no terreno que ela t o rdua e corajosamente desbravou limpou e passou a cultivar GEERTZ 2001 p 07 08 interessante observar que a partir dessa plataforma de id ias que lembram fluidez de fronteiras e invas o de diferentes modos de pensar Clifford Geertz vai reafirmar a sua identidade Sou da cabe a aos p s um etn grafo que escreve sobre etnografia e n o construo sistemas GEERTZ 2001 p 08 E um pouco adiante em seu escrito dir amos quase como uma decorr ncia afirma acreditar que as respostas a nossas indaga es mais gerais por que como o que onde devem ser buscadas se que existem nos pequenos detalhes da vida vivida GEERTZ 2001 p 09 Considera es assim preparam o caminho para que se investigue quest es mais diretamente ligadas aos temas educa o e cultura a mobilidade atual do ltimo conceito a etnografia o cotidiano e os estudos culturais Como esquecer este ltimo Pode se discordar dos chamados Estudos Culturais sendo esse coro de vozes bastante expressivo Questiona se at se seria um movimento ou uma rede Mas n o poss vel negar a sua import nci
8. a parte mais ampla e significativa do comportamento do ser humano conforme Barreto 1999 p 49 a unidade b sica do movimento conhecido como estruturas psicomotoras Nos afirmam Gallahue 2001 Mattos e Neira 2005 Rabinovich 2007 e Sanders 2005 que as estruturas de movimentos s o divididos em tr s categorias locomo o manipula o e equil brio que interagem com a organiza o do esquema corporal estrutura o espacial e orienta o temporal Na inf ncia os movimentos b sicos das crian as s o denominados habilidades espont neas ou naturais que s o correr andar saltar saltitar lan ar rolar rastejar engatinhar trepar rolar flexionar e outros movimentos Por meio dos movimentos a crian a desenvolve suas aptid es perceptivas espaciais e temporais A educa o infantil um espa o privilegiado para garantir crian a a explora o de seus movimentos durante o processo de aprendizagem Fica muito mais f cil de aprender quando vivenciado pelo corpo no espa o N o se pode pensar em desenvolvimento integral da crian a sem a inser o do corpo A educa o infantil esqueceu que o corpo o primeiro brinquedo A integra o entre o corpo o movimento o espa o e os brinquedos ou brincadeiras que movimentam o corpo fundamental para a educa o da crian a pequena KISHIMOTO 2001 p 10 Na brincadeira a crian a aprende a agir numa esfera cognitiva e este movimento contribui para o s
9. conspira o entre aquele que narra e aquele que escuta respirar junto b No que diz respeito voz maiores possibilidades expressivas e intera o l dica flexibilidade e independ ncia c A presen a a narra o somente se concretiza no encontro pleno com o receptor d A imagina o exerc cio de evocar imagens na aus ncia das figuras A hist ria contada com o uso do livro por sua vez permite que a crian a tenha contato com um produto cultural materializado no suporte livro visualizando o tipo de papel letras o colorido das ilustra es etc A ilustra o contempor nea nos livros infantis n o ocupa o papel de reproduzir o que est escrito mas agu am o senso est tico do leitor para outro tipo de leitura que a leitura da imagem No caso das crian as pequenas muitas vezes as ilustra es colaboram para criar hip teses para o que est escrito isto a imagem possibilita a antecipa o do sentido do texto Como destacado em texto anterior tanto o ato de ler como o de contar requer do professor um conhecimento pr vio do texto e um planejamento que conquiste o leitor para o momento de troca entre o narrar e o ouvir Essa atividade exige um determinado n mero de estrat gias que viabilizem a cumplicidade entre o narrador e o leitor ouvinte O professor deve estar sensibilizado para sensibilizar seduzido para seduzir da que a escolha da hist ria a ser narrada tem que apaixonar primeiramen
10. o O seu ingresso no mercado de trabalho delega a fun o de gerenciamento do lar ocupada pela dona de casa at ent o a outras inst ncias da sociedade As tarefas dom sticas j eram exercidas nas fam lias de maior renda pelas escravas que depois de 1888 passaram gradualmente a serem remuneradas Tamb m apareceu no in cio do s culo a figura da governanta que n o raro tinha origem estrangeira e era encarregada de adequar a rotina da casa e a educa o dos filhos aos padr es europeus Foi na metade do s culo XX aproximadamente que come aram a surgir as profissionais do lar A partir da entrada da mulher no mercado de trabalho tornou se premente a transfer ncia das tarefas exercidas por esta a uma outra inst ncia Surge tamb m com isso uma escola que atendia seu p blico antes da chamada idade escolar 6 anos Estava transferida portanto grande parte da tarefa dos pais na educa o dos filhos a institui es especializadas que acolhem os pequenos j desde os primeiros meses de vida Todos esses fatores v m contribuir assim para a intensifica o do papel da escola como formadora do indiv duo na medida em que diminui a atua o da fam lia em termos de tempo dispon vel A tarefa de transmiss o do conhecimento de forma oral e informal exercida pelos pais e av s em pocas anteriores al m de perder se com o surgimento do r dio da televis o e mais adiante dos brinquedos eletr nicos e do computado
11. o memoriza o dessas informa es como papel do aluno sustentado por uma concep o de comunica o baseada estritamente em processos de codifica o e decodifica o Com base nessa concep o papel do aluno decodificar a mensagem transmitida nas aulas e provar que essa decodifica o foi retida como um fax s mile por meio em exerc cios ou provas Todavia defendo o argumento de que a cogni o opera por infer ncias Uma infer ncia um c lculo mental que decorre das pistas do ambiente ou da pr pria cogni o Desse modo todas as informa es que os professores transmitem na sala de aula funcionam como pistas para que as crian as infiram conclus es a partir dessas informa es Na ling stica foi Grice 1957 1967 quem primeiro construiu um modelo te rico para dar conta desses c lculos inferenciais Fundamentada no trabalho pioneiro de Grice a Teoria da Relev ncia de Sperber e Wilson 1986 1995 defende que a cogni o humana opera com base na busca da relev ncia entendida como uma equa o positiva entre efeitos cognitivos e esfor o de processamento Nesta comunica o defendo a tese de que a Teoria da Relev ncia pode ajudar a constituir pr ticas pedag gicas mais adequadas no ensino infantil e fundamental Nesse sentido apresento argumentos e exemplos aplic veis ao ensino aprendizagem em favor dessa perspectiva pragm tica de comunica o Palavras chave Teoria da relev ncia Ensino Infantil
12. Instituto Benjamin Constant Como tudo come ou Rio de Janeiro 2005 Dispon vel em lt http www ibc gov br catid 13 amp blogid 1 amp itemid 89 gt Acesso em 14 abr 2008 KANSO Antonieta Aparecida Gon alves Pereira Braimateca Facilitando a aprendizagem da matem tica pelo deficiente visual Campinas 2007 Dispon vel em lt http www1 sp senac br hotsites arquivos materias braimat eca pdf gt Acesso em 5 abr 2008 MANTOAN M T E Ensino inclusivo educa o de qualidade para todos Revista Integra o 20 p 29 32 Bras lia MEC SEESP 1998 MARINA Neida Biografia de Louis Braille Rio de Janeiro 2003 Dispon vel em lt http www nossosaopaulo com br Reg SP Educacao Louis20Braille ht m gt Acesso em 3 abr 2008 MARINHO Sandro Nogueira SAMBATTI A hist ria do sorob 2004 Dispon vel em lt http pessoal sercomtel com br sandroeshirlei soroba html gt Acesso em 15 mai 2008 218 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP MAZZONI TORRES A percep o dos alunos com defici ncia visual acerca das barreiras existentes no meio ambiente universit rio e seu entorno Revista Benjamin Constant Ed 30 abr 2005 Dispon vel em lt http www ibc gov br gt Acesso em 23 mar 2008 Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Bras lia MEC 1996 Secretaria de Estado da Educa o Ci ncia e Tecnologia Funda o Catarinense de Educa o Especial Pol tica de ed
13. Na segii ncia as alunas foram organizadas em grupos que escolheram as escolas e as turmas de 3 e 4 anos para observar as aulas e aplicar os question rios aos alunos A entrevista aos professores seguiu o objetivo que havia sido proposto para o desenvolvimento da pesquisa isto analisar as metodologias de ensino que os professores utilizavam nas aulas de geografia Para tra ar um paralelo procurou se comparar o trabalho de ensino realizado por ge grafos e pedagogos verificando se h maior nfase na memoriza o do que na compreens o por parte de um e de outro Na coleta de dados foram entrevistados aproximadamente 06 pedagogos 3 ge grafos e 30 alunos de 3 e 4 ano de escolas municipais de Imbituba 2005 b 96 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Na entrevista com os alunos percebeu se que normalmente as suas aulas est o associadas aos livros did ticos ou a textos copiados do quadro seguidos de leitura e exerc cios Esse resultado reflete a tend ncia na educa o brasileira de que a maioria das estrat gias de aula est centrada no professor gr fico 01 A metodologia de aula expositiva conforme aponta Vasconcellos do ponto de vista pedag gica seu alto risco de n o aprendizagem em fun o do baixo n vel de intera o sujeito objeto de conhecimento realidade o grau de probabilidade de intera o significativa muito baixo Pode acontecer do aluno ouvir uma e
14. es com o qual a crian a tem contato a r gua Nada mais justo adapt la para que o aluno cego tamb m possa fazer uso desse recurso nas aulas de Matem tica bem como em outras disciplinas A fita m trica adaptada outro instrumento que pode auxiliar o deficiente visual na identifica o do sistema de medidas Atrav s do transferidor adaptado o estudante que possui defici ncia visual tamb m poder medir ou tra ar ngulos E para uma aula realmente eficaz do conte do de geometria de suma import ncia que o aluno utilize o esquadro O estudante cego pode fazer uso desse material de forma adaptada para que tamb m tenha acesso medi o de ngulos retos e linhas perpendiculares temas imprescind veis nas aulas de Matem tica Todos estes recursos Figura 3 s o confeccionados pelos servidores da Funda o Catarinense de Educa o Especial FCEE localizada no munic pio de S o Jos SC com pontos em auto relevo para que o deficiente visual possa tocar e assim fazer a leitura das medidas e ngulos encontrados Figura 3 R gua Fita m trica Transferidor e Esquadro adaptados Fonte Autoras do trabalho 212 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP 4 3 2 Calculadora Certamente a calculadora um instrumento muito utilizado nas aulas de Matem tica para a resolu o de diversos problemas Agora atrav s da calculadora sonora figura 4 o aluno cego tem a possibilidade de realiz
15. es liter rias que raramente est o escritas em uma linguagem acess vel aos alunos desse per odo de escolariza o Schmidt e Cainelli 2004 p 24 ao exemplificar o papel do ensino de hist ria hoje afirmam que As transforma es da sociedade contempor nea bem como as novas perspectivas historiogr ficas como as rela es entre hist ria e mem ria t m estimulado o debate sobre a necessidade de novos conte dos e novos m todos de ensino de Hist ria A esses pressupostos inclui se a nfase realidade hist rica local e 19 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP regional E nesse per odo escolar que o aluno apreende conceitos hist ricos que ser o retomados constantemente ao longo dos anos s ries restantes do Ensino Fundamental Como se apresenta o ensino de Hist ria no munic pio de Tubar o O ensino de Hist ria nas s ries anos iniciais do Ensino Fundamental nas escolas p blicas do munic pio de Tubar o SC tem se regido em sua quase totalidade por dois documentos norteadores oriundos de seus sistemas de ensino Na rede p blica estadual a Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina enfatiza as considera es gerais sobre o Ensino Fundamental a inser o de pesquisas hist ricas em fontes documentais que sirvam de apoio formula o de conceitos essenciais para a compreens o do conhecimento hist rico 1998 165 afirma o mesmo texto que partindo da realid
16. es sobre o assunto arte afirmando que esta n o se ajusta ou n o se ajusta bem ao estilo de racionalidade que t o valorizado pela escola Na verdade a arte diz mais respeito a sentimentos e emo es Da ser importante que com essa carga real e simb lica manifesta es art sticas estejam presentes neste livro o livro did tico entre outras coisas j ditas como uma forma de atenuar o clima de racionalidade cient fica do mundo escolar No entanto ainda est o aparecendo outras coisas interessantes no horizonte como a obra A racionalidade do sentimento o papel das artes na educa o O autor David Best que escreveu cotejando os caminhos da arte como entretenimento e como elemento educativo Devo sublinhar que o potencial educativo das artes n o deve ser limitado de modo nenhum ao sistema de educa o formal e talvez a sua caracter stica mais importante seja a de que se pode aprender com e atrav s das artes Best 1996 p 7 FIORI LUNARDON 2005b p 16 O ensinamentos de Best 1996 um professor universit rio ingl s evidenciam uma meta que o livro did tico Santa Catarina de todas as gentes hist ria e cultura sempre teve presente com a arte se aprende e com a arte se pode ensinar Refer ncias bibliogr ficas BEST David A racionalidade do sentimento o papel das artes na educa o Lisboa Edi es Ase 1996 Cole o Perspectivas atuais 288p BROUGERE Gilles Brinquedos
17. o entre o aluno e os saberes constitu dos Para a presente proposta partir se de uma explana o sobre os contornos flex veis que a id ia de verdade assume hoje em nossa sociedade num retorno contribui o de Arist teles no campo da l gica depois segue se s heran as deixadas ao ensino pela pedagogia escol stica at um per odo relativamente mais recente a era Vargas A proposta a partir desta retrospectiva desafiar o professor a p r em quest o postulados at ent o considerados como reflexo fiel da realidade problematizando essa realidade em seus recortes limites cronologia unidades coerentes enfim em suas rela es homog neas que apontam para uma nica forma de se ver o mundo Enfim um desafio que assusta o sujeito pelo reconhecimento que j tem de si a partir dos discursos postos obrigando o s releituras sobre as condi es ideol gicas de manuten o ou de transforma o social 27 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP OS SENTIDOS DA DOC NCIA NA CONCEP O DA COMUNIDADE ESCOLAR DE UNIDADES DE ENSINO DA REDE ESTADUAL DE FLORIANOPOLIS Andr ia Maria Wollinger de Souza UNISUL Este trabalho analisa a concep o de doc ncia de sujeitos da comunidade escolar de unidades de ensino da rede estadual de Florian polis Partindo da compreens o de que tamb m e n o somente no processo de forma o que a identidade do trabalho docente se constitui na medida em q
18. suporte te rico a esta proposta o sociointeracionismo Tamb m estava pautada na proposta a fun o social da escola como cita a Constitui o no art 205 e a LDB no art 2 que o de promover o pleno desenvolvimento da crian a Os eixos norteadores da proposta pouco ou nada trazem sobre pr ticas educativas relacionadas ao movimento na educa o infantil Considerando que o movimento na escola de Educa o Infantil o meio de express o fundamental das crian as logo temos todos os educadores a obrigatoriedade de compreender esse movimento muito al m de um olhar biol gico ou fisiol gico o corpo que corre cresce e sua o mesmo que sente conhece e se expressa As pesquisas s o claras as crian as n o desenvolver o h bitos ativos e saud veis sem nossa ajuda por isso ao ensinarmos as crian as a usarem suas mentes devemos tamb m ensin las a usar seus corpos STANLEY e PORTMAN apud SANDERS 2005 p 22 Portanto uma compreens o mais cient fica desse movimento faz se necess ria aquele que educa atrav s dele 66 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Segundo L Boulch 1983 p 33 encontram no movimento a mais pura forma de manifesta o humana a verdadeira conquista da identidade e do conhecimento de si como ser aut nomo e independente Neste sentido foi abordado como tema da forma o continuada O Movimento na Educa o Infantil para compreender melhor esse m
19. 2 ed Porto Alegre EDIPUCRS 1999 SPERBER Dan WILSON Deirdre Relevance communication amp cognition 2nd ed Oxford Blackwell 1995 1st ed 1986 110 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP ALGUMAS REFLEXOES SOBRE A GEST O PEDAG GICA NOS CURSOS DE GRADUA O DA UNISUL M rcia Fernandes Rosa NEU Resumo O presente resumo buscou relatar uma experi ncia de constru o do Projeto Pedag gico de um curso de gradua o e a sua gest o pedag gica Sabe se que escrever bons projetos pedag gicos at relativamente f cil diante do desafio de realizar a es constantes para que ele realmente venha a modificar o fazer pedag gico e concretizar o perfil do egresso proposto pelo curso Considera se o Projeto Pedag gico dos cursos PPC como um documento norteador das atividades pedag gicas e pode ser entendido como um instrumento para o fazer universit rio produzido coletivamente no mbito da Institui o do Ensino Superior Nesses projetos al m de a es relacionadas ao ensino deve estar presentes direcionadores da pesquisa e da extens o para impulsionar as a es docentes e discentes Sabe se que a elabora o dos projetos pedag gicos implica atender ao car ter plural da sociedade e ao mesmo tempo garantir a identidade da Universidade e do perfil do profissional a ser formado No entanto entre projetar e executar existe uma lacuna muito grande por isso algumas a es devem ser efetivada
20. 41 A linguagem do mundo m gico minha vida escolar cantada e contada em versos e prosas a pr e lioa aa a A a EA a EA SiS 42 Os museus as crian as como protagonistas e os projetos pedag gicos d gualidade namnen e e a E EEE E aE 43 A rob tica na educa o as ssstooarettro i e E EEES 44 O processo de inclus o do aluno com defici ncia intelectual nas s ries iniciais do ensino fundamental rea 45 Metodologias e recursos para o ensino de matem tica ao deficiente VISUAL OEE P ESAE A TTA 46 RESUMOS DE P STERES seeseseesoe0sseesseoosoosocosseesseeosseoessorsseesseessees ST Alfabetiza o planejamento estudos e pr ticas pedag gicas 49 A literatura infantil com a tem tica africana e afro brasileira em uma escola p blica de florian polis projeto malungo 50 Mem ria e oralidade recolhendo e recontando hist rias na comunidade de Imbituba erre erererererereees 51 O menino maluquinho de Ziraldo e o di logo com as m ltiplas linguagens caminhos para uma inf ncia feliz Era uma vez uma aventura no mundo do era uma vez Programa escola em a o transformando a educa o peate 12 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Circuito cultural uma experi ncia de est gio nas s ries iniciais do ensino fundamental s eeen eeen scosbiesonat sol EEEE E EEEE dao EERE ni 56 A image
21. Manuel J CERISARA Ana Beatriz orgs Crian as e Mi dos perspectivas sociopedag gicas da inf ncia e educa o Porto Portugal Edi es ASA p 9 34 274 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP NDICE DE AUTORES Adriana Brasi esses lisas sda id R a a 29 Adriana da Silva Rodrigues Schlickmann n 60 Adriana MedeiroS a iarestsra sis ars sides Petro CELA URANO E IA a alo e PEDE oa EON Eoas agi 53 Alba da Rosa VICITA seres siso re dis bs aaa O UGA A dr dada a de ea da 42 Alzira Isabel da Rosa s eres rrerreneaasssreereareaasaas eG 18 65 Ana Sueli Ribeiro Vandresen seseeesesesesesererererererererererererererererererererereres 24 Andr a Sim es Rivero erre errei 17 263 Andr ia da Silva Dalto eee reerererrrreees 27 120 Andr ia Maria Wollinger de Souza 28 132 ngela Maria Scalabrin Coutinho meme 17 263 Carla GATCIA cs ua dai Eis AR ea EEE EP 29 Cintia Correa FONSECA suas res eta Da AOS RT Pe ERA 257 Cintia Rosada Silyano ts passa ca e Ela SSD CSS E e ES 21 Cl udia Rinaldi nanen aa Dio e e E a TO OS 29 Claudina Mendes A a a a ae ae casa Ee EE 29 Cristiane Gon alves Dagostim errar 38 Deisi Scunderlick Eloy de Farias era 23 Edin ia Aparecida Chaves de Oliveira 39 Eliane Santana Dias Debus a 50 51 52 223 231 Elika da SiV ass esses s
22. Marilete Severo Sandra Pereira Domingues Credenciamento e recep o Alessandra Mara Rotta de Oliveira Carla Karnoppi Vasques Cl sia da Silva Mendes Zapelini Leonete Luzia Schmidt Elizabeti Ferreira de Aguiar Elisa F tima Stradiotto Marcos Edgar Bassi Maria Ana Pires de Oliveira Roberto Pacheco Rosa Batista Rosandra S Hiible Ros nia Campos Rosmeri Schardong Sandra Pereira Domingues Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Organiza o dos intervalos culturais Alessandra Mara Rotta de Oliveira Luciane Pandine Simiano Maril ia Mendes Goulart Cl sia da Silva Mendes Zapelini Rosa Batista Rosandra S H ble Ilza B Laportta Certifica o N dia Maria Soares Sandrini Secretaria Patr cia Garcia de Souza Greicy Bathke Vanessa Sombrio Herdt Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA Reitoria Gerson Luiz Joner da Silveira Vice Reitoria e Pr Reitoria Acad mica Sebasti o Sal sio Herdt Pr Reitoria de Administra o Marcos Vin cius An tocles da Silva Ferreira Secretaria Geral da Diretoria Fabian Martins de Castro Diretor dos Campi de Tubar o e Ararangu Valter Alves Schmitz Neto Diretor dos Campi da Grande Florian polis e Norte da Ilha Ailton Nazareno Soares Pr reitoria Acad mica Adjunta S nia Hickel Probst Diretoria de Ensino
23. Porto Alegre Artmed 2005 SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Educa o e do Desporto Proposta Curricular de Santa Catarina educa o infantil ensino fundamental e ensino m dio disciplinas curriculares Florian polis COGEN 1998 THIOLLENT M Metodologia da pesquisa a o 4 Ed S o Paulo editora Cortez 2005 VYGOTSKY Lev S A forma o social da mente S o Paulo Martins Fontes 1999 WALLON Henri A psicologia da crian a Rio de Janeiro Andes 1961 A evolu o psicol gica da crian a Lisboa Persona Martins Fontes 1995 15 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP 76 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A FORMA O DE PROFESSORES E SEU PAPEL MOTIVADOR DE NOVAS PR TICAS METODOS E T CNICAS PARA O ENSINO DE HIST RIA LOCAL E REGIONAL NAS S RIES ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL P BLICO NO MUNIC PIO DE TUBAR O Marcelo N Mendes Resumo O presente estudo resulta de uma pesquisa realizada no ano de 2007 com 86 professores que atuam nas s ries anos iniciais do Ensino Fundamental em 24 escolas das redes p blicas de ensino no munic pio de Tubar o SC Seu objetivo principal investigar as condi es pedag gicas da a o docente no tocante ao ensino de Hist ria nas s ries anos iniciais do Ensino Fundamental tendo como foco a hist ria local e regional Objetiva se ainda conhecer as motiva es a respeito das pr ticas doc
24. Puis isso Um home feito o nhor seu pai ainda t o mo o num havera de fic vi vo nesses tanto de tempo haver de arruma uma cumpanheira m de acarm o facho SOFFREDINI 2005 p 20 Est uma cena forte mas atrav s de cenas fortes que a televis o prende a aten o do p blico o sensibiliza o emociona e desperta nele sentimentos de tristeza de revolta de compaix o Percebe se assim que a TV tenta conquistar o p blico misturando fatos da realidade com os da fic o Na comunica o televisiva as mensagens s o planejadas e expedidas de modo persuadir o telespectador REZENDE 2002 p 29 Essas cenas s o mais uma mostra do porqu a miniss rie em quest o n o recomendada para menores de doze anos Assim a miniss rie mostra para o adulto uma realidade dura de forma a tentar conscientizar para que tais fatos sejam banidos da inf ncia Afinal a viol ncia do desenho animado n o choca tanto quanto a cenas reais que tocam as 251 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP pessoas mais profundamente deixando impress es mais fortes duradouras Pereira 2002 relata que a tradi o human stica praticamente desapareceu do mundo dos desenhos Eles s o representados na maior parte por personagens irreais talvez pelo fato de que estes choquem bem menos Os desenhos animados refletem o mundo fant stico da crian a ao contr rio das cenas que demonstram o real Atrav s d
25. a 2006 S o dois recursos pedag gicos um tradicional de transmiss o geracional outro contempor neo baseado nas chamadas novas tecnologias P4 Em que consiste o projeto O que o Museu das Crian as do Brasil Como estou elaborando a Rede do Imagin rio Infantil De que trata a Trupe da Mem ria Tentarei explicar em r pidas palavras O Museu das Crian as um espa o cultural educativo e criativo que tenta engajar as crian as em experi ncias l dicas atrav s das quais elas podem aprender de modo divertido e prazeroso No Brasil o Museu ter por miss o contribuir para a viv ncia da hist ria da cultura das artes e do meio natural em crian as de tr s a 14 anos consideradas como sujeitos de a o e de reflex o Meu projeto sugere a instala o de v rias c lulas museol gicas espalhadas em todo o Pa s e a protot pica ser sediada em Pomerode Santa Catarina onde j existe um espa o f sico a ela destinado Pretendo a criar c lulas museol gicas em v rios munic pios onde houver reduto de determinada etnia descend ncia com o intuito de enfatizar a especificidade cultural numa perspectiva intercultural b ampliar os conhecimentos da crian a sobre a fam lia escola comunidade Estado sua gente e suas culturas imagin rio tradicionais c iniciar o p blico jovem nas riquezas do patrim nio de suas origens abrindo as portas sobre as outras culturas d defender uma pol tica inclusi
26. a linearidade positivista que se det m nos fatos como uma sucess o em respeit vel ordem cronol gica Al m desse aspecto a Nova Hist ria valoriza a vida cotidiana e o viver do homem simples aspectos muito importantes ao dar se a organiza o do livro did tico ou seja no ato de centralizar se analiticamente sobre as popula es da regi o a que se destina A publica o Santa Catarina de todas as gentes hist ria e cultura constitui se em um estudo intimamente relacionado com o processo educativo tanto o Livro do Aluno quanto o Manual do Professor No decorrer da elabora o dessas obras situadas no campo da educa o as autoras necessitaram fazer s rias incurs es pelos campos da hist ria e da cultura encarados como pilares b sicos de sustenta o do pensamento rumo ao livro did tico que precisava ser escrito Educa o e cultura Para muitos os assuntos que envolvem educa o e cultura podem ser qualificados como situa o n o resolvida Essa rela o n o se 7 Obra aprovada pelo Minist rio da Educa o e que integra o Plano Nacional do Livro Did tico PNDE do ano 2007 Esta ilustrada com mais de 300 imagens 163 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP apresenta sem tens es como talvez inicialmente se poderia pensar o enfrentamento da quest o conceitual no que diz respeito express o cultura tem sido considerado delicado O assunto foi bastante estud
27. formados ou em forma o pela institui o privada de ensino superior em an lise Embora recorra a fontes documentais escritas para me apropriar de informa es hist ricas sobre a institui o e o Curso de Letras o meu foco central a pessoa do professor a voz do professor 42 D E 2 Delegacia de Ensino S o Leopoldo hoje 2 CRE Coordenadoria Regional de Educa o 152 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP dar voz e vez ao professor considerando sua pr pria reflex o sobre seu saber e o seu saber fazer acreditar que de sua fala e de sua hist ria pode emergir uma riqueza de experi ncias que indiquem alternativas de forma o do fazer pedag gico voltado s transforma es de que tanto precisamos na educa o Moraes 1996 p 1 No mbito dos estudos sobre forma o de professores s a partir da d cada de 80 que esse foco passa a ter relev ncia marcando uma viragem nas pesquisas e na pr pria concep o de ci ncia colocando em causa a objetividade e os m todos para produzi la A subjetividade passa a se constituir na id ia nuclear no conceito articulador das novas formula es te ricas e das propostas que realimentam a rea de forma o do educador Neste estudo atrav s de narrativas autobiogr ficas colhidas por entrevistas semi estruturadas foi poss vel recuperar n o s a hist ria de forma o do Curso de Letras de
28. m a import ncia do contato entre as crian as e de se legitimar a produ o de conhecimentos que proveniente da intera o entre os pares Contudo deve se chamar a aten o para o fato de que a perspectiva que fundamenta tal compreens o tinha como princ pio a concep o desenvolvimentista o que impunha abordagem uma concep o gen rica de inf ncia Coaduna se a esse movimento a crescente produ o na rea da Sociologia da Inf ncia e da Antropologia em rela o aos modos de ser crian a e viver a inf ncia em diferentes contextos culturais bem como o expressivo debate em torno das culturas infantis Contudo no campo da antropologia ainda encontra se resist ncias em rela o a legitimidade das vozes infantis pois segundo Nunes 1999 p 37 a crian a inclu da em alguns trabalhos antropol gicos por m raramente como categoria preponderante na condu o das investiga es Ela aparece nas mais diversas situa es espalhada pelos dados etnogr ficos dos mais atentos pesquisadores mas dificilmente considerada como relevante em qualquer an lise que a partir destes se fa a Metodologicamente a contribui o desses campos incontest vel tendo em vista que a observa o participante procedimento amplamente utilizado nas ci ncias sociais tem se mostrado como o procedimento que mais nos permite conhecer as crian as j que para isso nos parece pouco prov vel que n o seja necess rio interagir
29. mas sim educar e levar a crian a a conhecer elementos da nossa cultura divertindo ao mesmo tempo Esta vers o conforme Caparelli 1986 atingiu um numeroso p blico os ndices ficaram em torno de 70 a 80 Sendo que a segunda vers o j com o aux lio do v deo tape foi produzida e exibida pela Rede Globo com o apoio do Centro Brasileiro de Televis o Educativa do Rio de Janeiro ll Esta segunda vers o do S tio do Pica Pau Amarelo transmitida em 1979 marca uma nova fase da televis o brasileira O novo S tio do Pica Pau Amarelo aproveitava as id ias dos bonecos de Vila S samo mandando fabricar alguns deles nos Estados Unidos e possu a tamb m uma preocupa o educacional CAPARELLI 1986 p 77 HA Globo teve sua concess o outorgada para a R dio Globo no governo de Juscelino Kubitschek em julho de 1957 no comando do jornalista Roberto Marinho e em 26 de abril de 1965 foi cedido o canal 4 do Rio de Janeiro para o funcionamento da TV Globo 239 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Segundo Caparelli 1986 o S tio n o era uma aula mas tinha conte do pedag gico dilu do no enredo Nesta segunda fase do S tio do Pica Pau Amarelo e da televis o brasileira j se visava venda de produtos como os bonecos do S tio e a obten o do lucro com os mesmos o que n o se tinha na primeira vers o produzida pela Tupi A segunda vers o do s tio recebeu da UNESCO em 1979 o pr mio de mel
30. o ajudar quando n o souber N o muito bravo nem muito liberal passar atividades conversar como se fizesse parte da fam lia ensina fica junto Ensina D aula ensina Ensina cuida D Para os pais e ou respons veis ser professor Al m de ensinar dar amor cuidar Amar o que faz Educa passa mat ria explica cobra a ordem Ensina com amor Passa mat ria explica fica no lugar da m e Ensina quem n o sabe Educa com amor e dedica o Ensinar Ensina Al m de ensinar ter um v nculo com a fam lia aquele que se formou e estudou para ser professor brincar ser atenciosa brigar s quando realmente precisar H a considerar que a imagem que o aluno e seus pais respons veis t m dos professores condizem com a pr tica pedag gica recente na qual geralmente os alunos descrevem seus professores atuais e os pais relembram quando eram alunos relacionando a imagem do professor a sua pr tica Destacando que os alunos os entrevistados responderam aos question rios descrevendo a professora atual do ano em que estavam matriculados omitindo talvez respostas que pudessem compromet los ou at prejudic lo Com rela o ao questionamento sobre qual seria o perfil ideal e real de um professor bem formado preparado para atuar nas s ries iniciais do ensino fundamental obtivemos as seguintes respostas 141 Anais do I Simp sio
31. o das Diretrizes para a Gradua o na Unisul e o relat rio de avalia o do projeto pedag gico EHRENSPERGER 2006 No entanto a preocupa o com a elabora o do PPC levou a Diretoria de Gradua o a construir uma Matriz para elabora o e reformula o dos projetos pedag gicos dos cursos que serviu como apoio metodol gico e roteiro para a apresenta o dos PPCs Em 2002 foi realizada uma pesquisa na Universidade sobre a utiliza o do projeto pedag gico como instrumento de gest o pedag gica A finaliza o do trabalho conduziu s seguintes conclus es os projetos pedag gicos s o vistos mais como produto acabado do que como um processo em constru o EHRENSPERGER 2006 Os encaminhamentos realizados ap s essa pesquisa geraram diversas propostas de interven o Entre elas destacam se capacita o gerencial dos gestores com destaque no pedag gico elabora o de uma metodologia de implementa o do PPC instala o de um F rum do Projeto Pedag gico Institucional cria o de suporte pedag gico aos coordenadores por meio da Assist ncia Pedag gica e redimensionamento do Programa de Capacita o Docente Assim foi constru do entre 2002 a 2005 ouvindo os coordenadores e demais seguimentos da Universidade a Matriz para implementa o dos PPCs cuja constru o se deu principalmente porque entre as quest es que t m se apresentado como desafiadoras para a garantia de melhor qualidade d
32. o h significados nas discuss es apresentadas e as informa es s o repassadas descontextualizadas do conhecimento pr vio dos alunos Dessa maneira as discuss es deste trabalho s o importantes para gerar reflex es sobre o ensino de geografia nos anos iniciais da educa o b sica e contribuir na forma o do profissional pedagogo Palavras chave Ensino de geografia Forma o do pedagogo Concep o tradicional 91 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP 1 Introdu o O presente artigo se prop e a discutir o ensino da geografia nos anos iniciais da educa o b sica Sabe se que a ci ncia geogr fica como as demais ci ncias possui diversas concep es que ao longo do tempo v o se redefinindo A concep o tradicional uma das mais antigas procura apenas descrever os fatos geogr ficos mas que diante da complexidade da sociedade atual n o alcan a mais seus objetivos Para evitar esses problemas importante aos professores conhecer os conceitos b sicos dessa ci ncia Milton Santos afirmou sistematicamente em toda sua obra que o objeto principal da geografia o espa o geogr fico isso significa dizer que se trata das rela es entre os seres humanos na paisagem Neste conceito central a geografia se define como um ramo do saber cient fico que se dedica ao estudo das rela es entre a sociedade e a natureza ou da melhor forma como a sociedade organiza o espa o terrestre com o obje
33. sendo que este meio de comunica o entraria nos lares trazendo conhecimento atrav s dos olhos e ouvidos das pessoas Nos primeiros anos os patrocinadores determinavam os programas que deveriam ser produzidos e transmitidos muitos deles vinham do exterior e tinham o nome da empresa patrocinadora um exemplo disso o Rep rter Esso Neste mesmo ano vai ao ar o primeiro programa infantil a primeira vers o do S tio do Pica Pau Amarelo produzida no Brasil e transmitida pela Tupi baseada na obra infantil de Monteiro Lobato Conforme Caparelli 1986 o programa permaneceu no ar at 1963 Est primeira vers o do S tio do Pica Pau Amarelo foi produzida em uma fase em que a televis o dispunha de pouca tecnologia quem estava frente da adapta o e organiza o do programa era Tatiana Belinky que o teatralizou Nas palavras de Caparelli A autora teve algumas facilidades Uma delas era conhecer n o s as obras de Lobato mas igualmente ter conhecido o pr prio escritor e de saber o que era o famoso esp rito lobatiano a intelig ncia e a cultura a servi o da crian a numa literatura que brincando e rindo ensina a viver desenvolve a personalidade e o intelecto 1986 p 75 Esse programa n o era de cunho pedag gico mas tinha como objetivo divertir educar e levar cultura e o folclore ao povo brasileiro Um dos pontos positivos nesta poca era que os produtores n o visavam a venda de produtos e a busca do lucro
34. tica O pior disso tudo que o pr prio professor ora v tima ora o vil o da hist ria o depreciador de sua pr pria imagem Enquanto n s professores n o pararmos de procurar culpados pelo caos em que se encontra a educa o e a imagem do professor o problema s tende a se agravar existe um efeito circular de culpas culminando no caos educacional existente onde o Ensino Superior culpa o Ensino M dio este o Ensino Fundamental o Ensino Fundamental o Ensino Infantil o Ensino Infantil a fam lia e por fim a fam lia retorna a culpa ao sistema Educacional E assim ningu m toma para si a responsabilidade de resolver tal problem tica reduzindo a universidade a um segundo grau melhorado Segundo Vasconcellos 1996 p 27 133 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Nesta perspectiva o levantamento de dificuldades problemas da pr tica o libi ideal para gerar justificativas at o ano 2010 Esta pode ser inclusive uma forma sutil de resist ncia fica se discutindo eternamente os problemas e nunca se entra no estudo de formas poss veis de enfrentamento e supera o passa se certa imagem de sujeito cr tico garantindo o eterno imobilismo grifo do autor Quando nos deparamos com a quest o que trata da forma o e pr tica docente percebemos que os profissionais da rea professores e equipe t cnica acreditam que n o basta s ter fundamenta o te rica gradua o
35. 13 No livro did tico Santa Catarina de todas as gentes hist ria e cultura muitas situa es podem ser relacionadas com os Estudos Culturais n o sob a forma de projeto de pesquisa ou mesmo de uma proposta no sentido de desenvolvimento efetivo de um estudo de natureza etnogr fica Mas o esp rito dos Estudos Culturais permitiu que no livro did tico se mesclassem contribui es de diversos campos de conhecimento e que os produtos culturais pudessem ser interpretados como dotados de uma natureza dual JOHNSON 2004 p 56 Os brinquedos infantis como produtos culturais O livro did tico tinha entre suas metas mediante o seu conte do colaborar para que se atenuasse a racionalidade que domina o ambiente escolar Nesse sentido um caminho percorrido envolveu brinquedos e brincadeiras infantis analisados al m da simples descri o e funcionalidade mas como um assunto relacionado com a cultura Desejava se enfim animar o Manual do Professor com o entendimento de que os produtos culturais apresentam uma natureza dual Trata se de uma interpreta o que n o exclui a import ncia dos meios materiais de produ o e da organiza o capitalista do trabalho mas paralelamente a essa dimens o entende que existe espa o para um estoque de elementos culturais j existentes extra dos do reservat rio da cultura vivida ou dos campos j publicados de discurso JOHNSON 2004 p 56 Essa forma de percebe
36. 229 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Este texto apresenta os resultados do projeto Quem conta um conto aumenta um ponto tecendo os fios da hist ria atrav s da recolha de narrativas da oralidade apresentado na modalidade PUIC Projetos em Disciplina tendo se integrado s atividades da disciplina Literatura Infantil N cleo Orientado e realizado com alunos da 6a fase do Curso de Pedagogia da Universidade do Sul de Santa Catarina UNISUL Unidade de Imbituba no segundo semestre de 2006 Na tentativa de resguardar e manter vivas as narrativas tradicionais este projeto teve como foco central a recolha de narrativas oriundas da oralidade atrav s de entrevista com pessoas com mais de 60 anos de idade Essas narrativas poderiam ser causos contos lendas mitos parlendas cantigas de roda cantigas de ninar enfim todos os g neros discursivos advindos da linguagem oral Sabe se que contar hist rias uma das atividades mais antigas que permeia as rela es humanas na d cada de 30 do s culo XX por m o historiador alem o Walter Benjamin refletia sobre a extin o da arte de narrar pois segundo ele a faculdade de intercambiar experi ncias estava aos poucos definhando No entanto percebe se que o exerc cio de contar hist rias no espa o educativo que contempla em especial as crian as de O a 6 anos est cada vez mais forte Este fato talvez se deva ao novo olhar Educa o I
37. 92 M rcia A EO e a ee A E EC EE e PENA 29 Mari Margarete dos Santos Forster erre 151 Maria Ana Pires de Oliveira sinensis iiini ii iroi his 33 Maria Helena Pereira da Silva de Aguiar es 59 Maria Leonor Eyng Della Giustina 57 239 Maria l iza Orlandi seis creio radar caninos Ideas e add fara CEC a aa dad 29 Marileia Mendes Goulart erre ererees 29 Maristela SINIADO ds sina ii Ta SE ER ADE OO 29 Mois s Laudo a o areas pa cares ae E De CORO nE ETES ande 19 Nacim Miguel Francisco J nior errar 44 Neide Almeida Fiori terii itii ies 36 163 164 Od cia Almeida de SoU a i css centros santo osso cones bas inda n ass cons ssisdnho ass dna iei 23 Patricia Eiman ocetne es Eder ai ENEE EEEE orar EEEE 29 Ran zy Borges Neves Oliveira re 46 207 Rosa B F1 A R E ERER EOE E E EAEE EEE EEE 17 263 Rosandra S Hu ble nnn n A E E a i s 29 R siclerSchafaschek r sorie teases nat e n a e aa eiaei 32 Rosmeri Schardong eseeseseeseessssssessseesseessressressressressresseesse 30 56 58 59 Simone Athayde Floriano da Silva ra 37 Sirler daSilva MatelS asas anann a e asa ds dia a tdo 55 Vera L cia Chacon Valen a rr 43 195 Wesley K Carvalho asas ente tado casados class cando gi Tea ruas N CTA a state EE 41 276
38. Amiralian 1986 p 15 atrav s do Renascimento Cultural e Comercial nos s culos XV e XVI a pessoa com defici ncia come ou a ser vista como um ser digno capaz e com os mesmos direitos que um cidad o dito normal Esse pensamento foi refor ado ent o durante os s culos XVIII e XIX gra as aos avan os na Medicina bem como por meio da Revolu o Industrial Estudos mais aprofundados sobre as causas de algumas defici ncias foram realizados nesse per odo devido inven o de diversos tipos de m quinas e equipamentos Em se tratando especificamente da cegueira um grande avan o foi datado no ano de 1784 com a funda o da primeira escola do mundo destinada educa o de pessoas cegas o Instituto Real dos Jovens Cegos de Paris criado por Valentim Ha y Em seguida atrav s da Declara o Universal dos Direitos Humanos passou se a pensar na inclus o do deficiente no ensino regular sendo criados projetos educacionais que favorecessem essa integra o LOWENFELD 1974 apud FRANCO DIAS 2005 206 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Acredita se que o processo de integra o que busca normalizar a pessoa com defici ncia e atribuir lhe a responsabilidade de adequa o ao meio social n o prop e conforme constata Mantoan 1998 nenhuma mudan a na estrutura social vigente cabendo ao indiv duo a responsabilidade de se adequar ao sistema Entretanto as pr ticas integr
39. Discursiva e t picos de Ling stica Textual a an lise de um exemplar de texto discurso produzido pelo sujeito acad mico do 4 semestre do Curso de Matem tica Tal produ o que se efetivou em duas etapas uma de escritura outra de reescritura levou nos a evidenciar que pouco foi o progresso do acad mico quando s o comparadas as duas produ es Ou seja se antes da abordagem dessas teorias em sala de aula demonstraram se defici ncias em rela o tanto coes o quanto coer ncia essas praticamente permaneceram A an lise dos resultados indica que se faz necess ria uma pr tica cont nua de produ o o que imp e um entendimento de que um texto discurso n o se d como um produto acabado mas como um produto em processo 37 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP G NERO CHARGE ESTRAT GIA PARA A LEITURA E PRODU O TEXTUAL NO CONTEXTO ESCOLAR Cristiane Gon alves Dagostim UNISUL A Teoria da An lise de Discurso em uma defini o geral pretende compreender a linguagem e seu funcionamento no interior da sociedade Esta atividade ling stica pressup e a intera o homem l ngua mundo E segundo Orlandi 2001 a linha francesa entende o sujeito a linguagem e os sentidos como partes de um todo interacional e indissoci vel O sujeito clivado e dividido entre o eu e o outro nisso o discurso se configura como a rela o entre sujeitos e sentidos entendidos como a
40. Ensino Fundamental Introdu o Se perguntarmos ao leigo o que comunica o ele provavelmente dir que comunicar equivale a transmitir e receber mensagens Cabe ao falante escritor transmitir uma mensagem e ao ouvinte leitor receb la Desse modo os atores da comunica o se reduzem a emissores e receptores das mensagens comunicadas 101 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Essa vis o quando pensada no ambiente escolar vai eleger o professor como transmissor e os alunos como receptores privilegiados Se ao professor espera se a transmiss o dos conte dos escolares por interm dio de um c digo aos alunos se espera a decodifica o dessas mensagens tal como um fax s mile por meio de exerc cios provas e demais atividades Contudo h evid ncias de que os seres humanos se comunicam basicamente por infer ncias Baseada na tradi o de Grice 1957 1967 a teoria da relev ncia de Sperber e Wilson 1986 1995 postula que a cogni o humana opera com base na relev ncia entendida como uma equa o entre esfor o de processamento e efeitos cognitivos Nesta comunica o defendo a tese de que a teoria da relev ncia pode fundamentar uma reflex o que sustente pr ticas pedag gicas mais adequadas em sala de aula Assim argumentos e exemplos s o apresentados em favor de uma perspectiva pragm tica de comunica o Decodifica o e infer ncia A codifica o e a decodifica o fundam
41. Humberto Mariotti e Lia Diskin S o Paulo Palas Athena 2004 MELLO M rio Vieira de O conceito de uma educa o da cultura com refer ncia ao estetismo e cria o de um esp rito tico no Brasil Rio de Janeiro Paz e Terra 1986 VRIES Josef de Idealismo In BRUGGER Walter Dicion rio de filosofia S o Paulo Herder 1969 173 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP 174 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A LITERATURA E O CONHECIMENTO CONTANDO HIST RIAS PARA ENSINAR Gabriela Hardtke B hm Resumo O contexto familiar e a escola sofreram muitas modifica es nas ltimas d cadas Na esteira dessas constata es surgiu no mercado editorial voltado para as crian as um tipo de publica o que atende a interesses que n o os estipulados pelo estatuto da literatura infantil ora vigente O livro que associa a literatura ao conhecimento tem ganhado espa o nas listas de material escolar e nas aquisi es de pais preocupados em atender necessidades das crian as Para tanto foi feito um levantamento entre obras de n o fic o publicadas nos ltimos anos com o objetivo de mapear as rela es entre o conhecimento cient fico hist rico entre outras reas com recursos liter rios presen a de narrador tempo personagens espa o Este estudo detectou a exist ncia de pelo menos tr s graus de rela es a n o fic o propriamente dita a n o fic
42. Qualidade pedag gica Inclus o Para que ocorra uma participa o mais efetiva das crian as nos museus necess rio consider las como sujeitos psicol gicos isto saber como elas aprendem a conhecer as modalidades de intera o que utilizam Essas informa es ajudam a organizar as exposi es de modo a interess las Significa dizer que necess rio conhecer o seu funcionamento ps quico 193 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP e as suas possibilidades de aprendizagem Al m disso informa es sobre o ambiente social a que pertencem s o fundamentais na sele o das a es pedag gicas a elas dirigidas Na conflu ncia crian a objeto desenvolvem se as a es educativas que s o culturais e traduzem a op o did tico pedag gica dos museus As atividades propostas s crian as tanto nas escolas quanto nos museus s o auxiliadas pelas teorias psicol gicas que subsidiam os programas pedag gicos Nos Museus das Crian as a metodologia interativa A rela o crian a objeto sugere uma reflex o sobre cada um dos termos que est o envolvidos nos projetos pedag gicos De que crian a e de qual objeto eu falo O que pode ser compreendido sobre a intera o crian a objeto Refiro me crian a ativa e competente tal qual aparece na maioria das abordagens psicol gicas No que diz respeito ao objeto embora ele tenha surgido segundo Spitz 1998 nos laborat rios de psicologi
43. Sirlene Pereira Schlickmann Presidente Prof Ms Rosa Batista Prof Dra Eliane Santana Dias Debus Prof Dra Ros nia Campos Prof Dra Alessandra Mara Rotta de Oliveira Prof Ms Jorge Alexandre Nogared Cardoso Prof Ms Maria S nia Pl cido Silva COMISS O CIENT FICA Prof Dra Eliane Santana Dias Debus UNISUL Prof Dra ngela Bal a vora Portugal Profa Emeritus Leonor Scliar Cabral UFSC Profa Dra Ot lia Lizete de O M Heinig FURB Profa Dra Maril ia Reis UNISUL Prof Dra Ros nia Campos UNISUL Prof Dra Ana Margarida Ramos AVEIRO Portugal Prof Dra Maria Marta Furlanetto UNISUL Prof Dra Eloisa Ac res Candau Rocha UFSC Prof Dra Jussara Bitencourt de S UNISUL Prof Dr Gilvan Luiz Machado Costa UNISUL Prof Dra Adarzilze Mazzuco Dallabrida UNISUL Prof Dra Maria Ester Moritz UNISUL Prof Dr Sandro Braga UNISUL Prof Dra Carla Karnoppi Vasques UNISUL Prof Dra Let cia Carneiro Aguiar UNISUL Prof Dr Marcos Edgar Bassi UNISUL Prof Dra Roselane Campos UNISUL Prof Dr Cl vis Nicanor Kassick UNISUL Prof Dra Leonete Luzia Schmidt UNISUL Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP COMISS O EXECUTIVA Divulga o Andr ia da Silva Dalto Jorge Alexandre Nogared Cardoso Lenoir Steiner Becker Luciane Pandine Simiano M rcia Fernandes Rosa Neu Maria Sirlene Pereira Schlickmann Maria S nia Pl cido Silva Maril ia Reis
44. a elas destinados no Pa s e fora dele Algumas pesquisas ser o armazenadas na referida Rede entre as quais Valores cultural est tico predominantes em crian as catarinenses de diferentes etnias J a Trupe da Mem ria formada por um grupo de idosos da comunidade que foram participantes da pesquisa Mem rias da Inf ncia Aqueles que demonstrarem interesse poder o participar das atividades de transmiss o geracional explicitando seus saberes e fazeres para aos grupos de crian as Valen a 2008 A minha perspectiva de educa o inclusiva garantindo atividades para as crian as portadoras de direitos especiais e idosos Al m disso a inspira o dos trabalhos de educa o intercultural me pareceu sedutora considerando a riqueza tnica e a cultura hibrida Canclini 1998 do Brasil 202 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP evidente que n o poss vel aos educadores garantir o sucesso de uma exposi o mas existe a obriga o de dominar algumas quest es te ricas e seguir algumas normas estabelecidas pelos especialistas no assunto tamb m desej vel que se tenha conhecimento a respeito dos curr culos escolares para melhor estabelecer as parcerias entre escola e museu De acordo com Faria 2005 necess rio que ambos se adaptem s recentes formas de divulga o do conhecimento e da informa o Entre elas os meios de comunica o social a internet os multim dia que tendem a incl
45. ainda com esta coloca o Pedro Demo 1993 afirma que a quest o dos professores complexa incluindo pelo menos dois planos mais relevantes valoriza o profissional e compet ncia t cnica O problema de qualidade formal e pol tica Enquanto os professores n o agirem de maneira profissional desmistificando o papel rom ntico da segunda m e n o poder o exigir o reconhecimento profissional tanto mencionado nas entrevistas j que a categoria massa de manobra do jogo pol tico que prefere uma popula o inculta e sem consci ncia para poder ser facilmente manipuladas e por isso n o se interessa em valorizar a profiss o docente nem suas condi es de trabalho Essa conscientiza o fundamental para que a universidade encontre solu es para seus alunos especialmente para o pedagogo a imagem que se tem de um professor n o ocorreu aleatoriamente mas est inscrita na hist ria na estrutura social na forma o pol tica a imagem das Institui es Superiores Privadas foi criada por um sistema pela estrutura social pelas pol ticas p blicas da educa o no Brasil O que os dados de pesquisa demonstraram Em se tratando de nossas an lises seria importante explicitar aos leitores as condi es de produ o de onde foram coletados os dados para a pesquisa visto que elas determinam quem fala de onde fala e para quem fala A pesquisa portanto permitiu verificar como o trabalho docente concebido i
46. alternativa Conforme a teoria da relev ncia o objetivo da comunica o a modifica o do ambiente ou contexto cognitivo de um interlocutor Por contexto define se o conjunto de suposi es enquanto conjuntos estruturados de conceitos que manifesto a um indiv duo em determinado momento Suposi es s o premissas ou informa es representadas mentalmente que s o utilizadas para interpretar enunciados Um contexto deve incluir informa es a do ambiente f sico b da mem ria de curto prazo e c da mem ria enciclop dica conhecimento de mundo Para a teoria um contexto de suposi es compartilhadas se organiza no curso da conversa o Nesse curso algumas suposi es se tornam mais manifestas para os interlocutores Se elas se tornam manifestas mutuamente constr i se um ambiente cognitivo m tuo Quando o docente perguntou sobre a composi o da gua la gua referia se gua em estado qu mico puro gua destilada ou gua que ele lecionou em seu ambiente cognitivo A resposta 2a sugere que os ambientes cognitivos de professor e alunos possam ser equivalentes a resposta 2b sugere diverg ncia na atribui o de refer ncia ao item lexical gua Na corre o essa resposta torna manifesta que o aluno compreendeu gua enquanto gua de torneira Isso gera reflex es Primeiramente n o conclusivo que em la tenha sido manifesto no ambiente cognitivo do aluno que gua se refe
47. antigamente a crian a n o tinha seu espa o pr prio na sociedade Ela apenas dividia um espa o que era do adulto A crian a era t o insignificante t o mal entrada na vida que n o se temia que ap s a morte ela voltasse para importunar os vivos ARIES 1981 p 57 Vale lembrar que as pessoas nesta poca eram muito supersticiosas Outro fato que ressalta a insignific ncia da crian a est marcado na arte medieval do S culo XII na qual a crian a retratada como um adulto em miniatura Ari s destaca que n o havia lugar para a inf ncia nesse mundo interessante destacar que em seus estudos Ari s 1981 menciona que o sentimento de inf ncia n o significa necessariamente afei o pelas crian as e sim a consci ncia da particularidade desta fase que difere a crian a do adulto Nas palavras de Rousseau estamos sempre procura do adulto que existe em cada crian a e nos esquecemos do que ela antes de se tornar adulta Neste sentido a concep o de inf ncia que temos hoje bem diferente da que t nhamos por volta do s culo XVI no qual a crian a n o era muito valorizada O que se percebe que este modo de ver a crian a FERRREIRA Manuela org et al Educa o Sociedade e Culturas Revista da Associa o de Sociologia e Antropologia da Educa o Porto Alegre Afrontamento n 789 p 186 2002 246 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP sofreu v r
48. apresentam caracter sticas b sicas em seu comportamento afetivo cognitivo e motor sendo o movimento uma necessidade a ser oportunizada para seu crescimento e desenvolvimento onde os est mulos relacionados aos movimentos involunt rios que se manifestam mais tarde em movimentos volunt rios ampliando seu referencial de mundo Atrav s dos trabalhos elaborados na proposta pedag gica da rede municipal de ensino de Tubar o 2008 o setor da educa o infantil manifestou se em organizar forma o continuada para fundamentar a pr tica pedag gica nos centros de educa o infantil Trata se de um relato de experi ncia com um grupo de 250 professoras separadas por idade de atendimento as crian as iniciando estudo dirigido ao tema em quest o Os conte dos da forma o continuada foram referendados pela proposta curricular da rede uma vez que ao avaliar a rela o teoria e pr tica percebeu se a necessidade de discuss o sobre o espa o e tempo do movimento na educa o infantil Possibilitou se uma reorganiza o dos planejamentos j constru dos mas que n o contemplavam o tema discutido Os temas abordados foram a prepara o do ambiente para crian as de O a 6 anos diferentes formas de linguagem traduzidas no contexto das percep es sensoriais e atividades de aprendizagem com enfoque no desenvolvimento da motricidade Fazendo os profissionais refletirem como est o oportunizando o tempo e espa o do movimento na educa o infant
49. circundante e privilegia situa es gerais e abstratas que pouco dizem de si mesmas A pesquisa realizada na escola visa compreender como a geografia trabalhada nas aulas da educa o b sica pois entende se que somente a partir do conhecimento da realidade escolar que pode se garantir aos nossos acad micos um diferencial na sua forma o A proposta do curso foi a organiza o da metodologia dial tica seguindo a proposta de Vasconcellos 2002 ou seja partir do conhecimento pr vio dos alunos s ncrese estabelecer an lise e finalizar com a s ntese Dessa forma resumidamente iniciou se o trabalho pedag gico pela s ncrese ou seja pelo conhecimento pr vio dos alunos sobre a ci ncia geogr fica Conforme descrito anteriormente procurou se compreender como a geografia era vista pelos pr prios universit rios A seguir planejou se a an lise que por meio da pesquisa de campo e das leituras realizadas fundamentando o novo conhecimento dos estudantes A finaliza o da pesquisa foi por meio da s ntese com a tabula o e apresenta o dos resultados da pesquisa 3 2 Metodologia e an lise dos dados A pesquisa proposta consistiu em uma pesquisa de campo com question rios e entrevistas a estudantes e professores pedagogos e ge grafos As equipes pesquisadoras delimitaram cinco escolas para o desenvolvimento do projeto Paralelo a esta foi realizada uma pesquisa bibliogr fica para respaldar o trabalho do grupo
50. como os livros a m sica tamb m tem sua vantagem quando articulada ao enredo das miniss ries Ter uma m sica inclu da na trilha de qualquer trama da Globo pode at duplicar as vendas do disco de um artista PEREIRA 2002 p 94 Nas duas temporadas da miniss rie Hoje dia de Maria encontra se a forte presen a da m sica erudita de Vila Lobos que de certa forma caracterizou o povo Nordestino Observa se que o autor da miniss rie apresenta ao p blico principalmente o adulto a magia das inf ncias E bastante interessante o fato de terem dilu do no enredo aspectos dos contos de fada que normalmente fascinam as crian as e os adultos sendo que na crian a a intensidade do fasc nio maior neles que as crian as encontram subs dios que as auxiliam a resolver seus conflitos internos O conto de fada mais expl cito nesta miniss rie o da Cinderela dos irm os Grimm Percebe se isso por exemplo pelo fato de que como Cinderela Maria obrigada pela madrasta a fazer todo o trabalho dom stico Al m das imagens a miniss rie mostra isso na fala da madrasta Deu conta de tudo Entonce xispa faz a janta que Joaninha t verde de fome SOFFEDINI 2005 p 32 O autor Bettelheim 1980 afirma que os contos de fada contribuem de forma positiva para o crescimento interno da crian a V se portanto que est uma trama da qual se buscou demonstrar o fant stico mundo da crian a algo bem presen
51. comunica o entre os pares Este modo de conceber a pr tica pedag gica para as crian as pequenas emerge sobretudo da contribui o de estudos de reas como a sociologia da inf ncia a antropologia e a educa o em que as crian as e os adultos s o vistos como part cipes como atores sociais ativos nos processos educativos Esta olhar para a educa o da inf ncia exige que se rompa com o modelo de educa o tradicional e que a partir da aproxima o das professoras aos jeitos de ser das crian as sejam constru das pr ticas pedag gicas que ampliem os repert rios culturais infantis a partir das suas produ es simb licas nas brincadeiras nas diferentes linguagens e no encontro com os pares Para tanto preciso que as institui es de educa o infantil constituam se em espa os de forma o no sentido de se estabelecer momentos de an lise das produ es simb licas infantis e elabora o de propostas pedag gicas Refer ncias BATISTA Rosa CERISARA Ana Beatriz OLIVEIRA Alessandra MARA Rotta de RIVERO Andr a Sim es 2004 Partilhando olhares 272 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP sobre as crian as pequenas reflex es sobre o est gio na educa o infantil In 120 Encontro Nacional de Pr tica de Ensino ENDIPE Curitiba Conhecimento Local e Conhecimento Universal CD Room BECCHI Egle BONDIOLI Anna 2003 Avaliando a Pr escola uma trajet ria de forma
52. comunica o intitulada Metodologias e recursos para o ensino de Matem tica ao deficiente visual apresenta como objetivo conhecer os recursos e metodologias dispon veis para o ensino de Matem tica a deficientes visuais discorrendo sobre as leis e normas que regem a pol tica de inclus o no Brasil Cabe s institui es governamentais e n o governamentais a execu o desse projeto possibilitando assim que todos os indiv duos com necessidades especiais tenham acesso aos mesmos direitos e deveres no meio social exercendo assim sua cidadania O professor em sua forma o dever estar capacitado a lidar com o aluno deficiente buscando atrav s de pr ticas pedag gicas a inclus o e inser o do mesmo em sala de aula Esse trabalho de car ter bibliogr fico Teve como principais autores Constitui o Federal e do Estado de Santa Catarina Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Sassaki Bueno Freire Amiralian Mazzota Venturini e Rossi Conde entre outros 46 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP RESUMOS DE P STERES 47 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP 48 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP ALFABETIZA O PLANEJAMENTO ESTUDOS E PRATICAS PEDAGOGICAS K tia Fernandes Machado Ludimar Teresa de Oliveira F bia Barbosa Pedro Secretaria Municipal de Educa o de Tubar o SC A Rede Municipal de Ensino de Tubar o desen
53. crian a estar compreendendo a fun o da escrita e ao mesmo tempo desenvolvendo a linguagem verbal Na Educa o Infantil a crian a se aproxima das diferentes formas de express o oferecendo espa os para a comunica o nas v rias linguagens deixando de priorizar apenas a linguagem escrita mas sobretudo considerando todas as demais Corporal pl stica oral musical matem tica liter ria teatral dan a e outras pois por meio delas que a crian a pode expressar se e comunicar se com prazer e ludicidade ampliando seu referencial de mundo No programa de atividades motoras adequadas ao desenvolvimento para a pr escola a responsabilidade do professor criar um ambiente situa es desafios e atividades que permitam s crian as desenvolverem suas habilidades f sicas e aprenderem sobre o seu potencial para o movimento SANDERS 2005 p 57 Segundo Gallahue 2001 o desenvolvimento motor um processo cont nuo e demorado que ocorre em fases e est gios e depende da matura o e do meio ambiente Nesse processo de desenvolvimento 71 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP cont nuo ordenado e segiiencial deve se considerar que a segii ncia do desenvolvimento igual para todas as crian as sendo que a velocidade de progress o que varia e est relacionada matura o s experi ncias e s diferen as individuais Harrow 1983 e Gallahue 2001 baseando se na segii ncia do
54. da Hist ria pelo menos em dois sentidos na possibilidade de se ver mais de um eixo hist rico na hist ria local e na possibilidade da an lise de micro hist rias pertencentes a alguma outra hist ria que as englobe e ao mesmo tempo reconhe a suas particularidades Tamb m nesse sentido a autora aponta a possibilidade do uso de diferentes linguagens e vers es contribuindo para que o aluno construa sua consci ncia hist rica As abordagens sobre o estudo do cotidiano t m alcan ado relativo interesse nos ltimos anos e nesse sentido Bittencourt 2004 164 registra que A associa o entre cotidiano e hist ria de vida dos alunos possibilita contextualizar essa viv ncia em uma vida em sociedade e articular a hist ria individual a uma hist ria coletiva Entretanto pensar o cotidiano em um outro tempo n o uma mera seqii ncia de fatos passados mas a constru o das sociedades atrav s do esfor o coletivo de seus formadores Para que se possa captar o interesse dos alunos nessa particularidade o caminho ideal o de valer se da hist ria oral e da mem ria coletiva O trato desses assuntos exige do professor m todos e t cnicas voltados pesquisa de hist rias oral e da mem ria popular como fonte complementar aos textos did ticos A motiva o para o manejo desses assuntos conte dos est relacionada direta ou indiretamente com a forma o dos professores e para grande maioria n o lhes foi oportunizado conhecim
55. da an lise das rela es entre o conhecimento e a literatura infanto juvenil Sabemos que a aprendizagem na crian a apresenta varia es pois depende de processos biol gicos e psicol gicos b sicos ligados fam lia ao meio social ao grupo tnico e cultura de uma forma mais ampla a que o indiv duo pertence BEE 1996 Conhecimento em rede Para Bock 1995 as concep es de aprendizagem basicamente est o divididas entre os te ricos do condicionamento e os cognitivistas Para os primeiros o conhecimento forma se pelas consegii ncias 181 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP comportamentais da aprendizagem e as condi es ambientais representam as for as propulsoras desse mecanismo Nessa linha de pensamento o est mulo e a resposta mant m ativo o processo de aprendizagem Os cognitivistas por sua vez definem a apropria o do conhecimento como um sistema de rela es do sujeito com o mundo externo e que tem consegii ncias no plano da organiza o interna do conhecimento organiza o cognitiva ou seja o conhecimento prov m de uma comunica o com o mundo e se acumula sob a forma de uma riqueza de conte dos cognitivos Existem no entanto tr s pontos de conflito entre essas duas linhas de pensamento Primeiramente com respeito ao que aprendido e de que maneira isso ocorre Enquanto que para os partid rios do condicionamento o que aprendemos s o h bitos associa es
56. deixaram morrer suas cren as religi es costumes artes e outros Constata se que O projeto Malungo de grande benef cio tanto para a escola como para a comunidade pois o conhecimento das ra zes do povo africano encanta os alunos que s o na sua maioria afrodescendentes enriquecendo e ampliando seus horizontes neste contexto a literatura infantil teve fun o importante na valoriza o da cultura africana e afro brasileira assim como a identifica o das crian as com as personagens das hist rias lidas A literatura tem uma participa o em nossas vidas que invade o nosso imagin rio apresenta se como uma linguagem a ser conhecida pois 225 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP nela conhecemos e reconhecemos lugares e personagens que nos fascinam A narrativa liter ria para o leitor principalmente jovem influencia muito seu imagin rio como um espa o de sonhos emo es e a imagina o Acreditamos que o objetivo da Lei 10 639 03 MEC trazer para as institui es escolares uma tem tica que durante muito tempo ficou exclu da das discuss es de forma expl cita embora sempre latente Para isto necess rio que o educador tenha o conhecimento e a consci ncia da import ncia do ensino de hist ria e cultura africana e afro brasileira e ir atr s de subs dios e informa es que lhes permitam formar conhecimentos n o baseados em preconceitos e assim poderem construir juntos com s
57. desenvolvimento colocam que o dom nio motor ocorre atrav s dos movimentos reflexos que s o os movimentos involunt rios habilidades b sicas que s o movimentos volunt rios e que v o servir de base para a aquisi o de tarefas complexas futuras habilidades espec ficas que s o movimentos mais complexos e com objetivos espec ficos e a comunica o n o verbal que permite ao indiv duo expressar se atrav s do corpo A fase que vai do nascimento at aproximadamente 6 anos de idade corresponde a um per odo de aquisi o de aprendizagem e ap s os 6 anos h um refinamento e combina o desses padr es Metodologia Este trabalho desenvolveu se a partir das caracter sticas apresentadas por uma pesquisa a o que segundo M Thiollent 1984 apud BARROS e LEHFELD 2000 p 77 a pesquisa a o um tipo de pesquisa social com base emp rica e que concebida e realizada em estreita associa o com uma a o ou com a resolu o de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes da situa o ou do problema est o envolvidos e de modo cooperativo ou participativo Este tipo de pesquisa bastante usado no mbito da pesquisa educacional onde existe um amplo debate a respeito da dita oposi o entre a tend ncia quantitativa baseada na estat stica e as tend ncias qualitativas baseadas nas diversas filosofias Indica se que a oposi o entre quantitativismo e qualitativismo frequentemente um
58. dessa linha de publica es e hoje poss vel classificar os diversos n veis de entrosamento entre literatura e ci ncia Este pois um caminho natural Por m como educadores e estudiosos das ci ncias humanas que t m no di logo seu princ pio de trabalho n o poderemos esquecer do papel que desempenham na forma o dos indiv duos duas inst ncias muito importantes a pura literatura pautada na frui o do leitor e na arte do escritor e a fam lia que interlocutora primeira da crian a possibilita lhe a abertura para os questionamentos do mundo e da vida Os livros de n o fic o cabe recordar surgiram num espa o aberto pelo excesso de conhecimento e tamb m pelas m ltipas tarefas da escola Por isso dir amos nosso desejo que algumas dessas obras se tornem dispens veis medida que a fam lia for retomando seu lugar nessa conversa Por fim caber um alerta Todas as obras analisadas neste breve estudo est o catalogadas nas livrarias virtuais e nos cat logos de editoras 190 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP como Literatura infanto juvenil Em tempos de forma o acad mica docente reduzida fragmentada por vezes preciso que o educador tenha plena clareza dos seus objetivos quando solicita ou indica a leitura de uma obra com esse r tulo Este trabalho identificou que as velhas enciclop dias hoje v m disfar adas nas mil e uma noites e esse hibridismo a
59. deveria Por isso voltar o olhar hoje para a sala de aula valorizando sobremaneira o trabalho do professor e suas oportunidades de se preparar para o ensino pesquisa necessidade singular de uma universidade que se preocupa com o papel pol tico social que exerce na sociedade em que est inserida Considera es finais A ci ncia trangiuilizou durante muito tempo o homem em suas inquieta es de saber O relato dos acontecimentos sob a lente da c mera da verdade parece causar a impress o de se conhecer quase tudo sobre a hist ria humana presa no arquivo dos registros como b lsamo da ang stia 128 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP do n o saber O conhecimento cient fico munido de dados estat sticos n meros causas e consegii ncias previs veis forneceu e ainda fornece respostas a tais inquieta es Longe de uma concep o est tica de realidade a ci ncia deve hoje questionar justamente o car ter homog neo como o mundo significado a partir de um trabalho de investiga o das interrup es das diversidades das contradi es desse bloco homog neo afinal a fixidez t o oportuna e tranquila ao pensamento humano agora relativizada pelas perturba es que o afligem nesse intervalo que a figura do professor e consegientemente do aluno adquirem um papel decisivo uma nova posi o no processo de ensino pesquisa agora ambos n o s o mais uma figura exterior que apen
60. e condicionado pelas circunst ncias s cio econ micas e culturais O estudo conclui que os professores entrevistados embora conscientes dos limites da profiss o encaram a doc ncia com entusiasmo acreditam ter recebido uma boa forma o acad mica e reivindicam o papel de protagonistas do processo educativo n o s para si como para seus alunos A intensifica o de di logos academia escola escola academia mais uma vez se imp e como contribui o fecunda para a qualifica o da forma o de professores 35 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP MANUAIS ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL PARADIGMAS TE RICOS DA DENUNCIA POLITICA A INTERPRETA O CULTURAL Neide Almeida Fiori UNISUL A presente comunica o como primeiro objetivo enfoca a literatura acad mica que analisou os manuais escolares ou livros did ticos no campo do Ensino Fundamental Em seus tempos iniciais d cada de 1970 os paradigmas te ricos dessas an lises encaminhavam se em duas dire es principais a semi tica incluindo a as chamadas mensagens subliminares e a teoria marxista em vers o althusseriana endossando se como grande meta a den ncia do conte do ideol gico dos livros escolares Nos tempos atuais essas an lises se caracterizam por duas facetas que se apresentam de forma complementar a pedag gica e a cultural Nesse ltimo sentido predominam referenciais que situam essa literatura como parte da hi
61. e a forma o docente dos profissionais de Letras formados por uma institui o privada de ensino superior b Problematizar a forma o docente contrapondo os espa os de forma o academia escola c Apontar perspectivas para a forma o de docentes da rea de Letras L ngua Portuguesa e Literatura Justifico o interesse desta investiga o em privilegiar como campo de estudo uma institui o privada de ensino superior e de forma especial a 150 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Licenciatura de Letras e por ser egressa desse Curso e por acreditar que ouvindo profissionais formados pela institui o pude compreender melhor esse espa o de forma o e contribuir cada vez mais com sua qualifica o Z Meu objeto de estudo conforme j anunciado a forma o de professores e procuro analis la de uma forma compreensiva Para tanto utilizo o enfoque metodol gico qualitativo inspirado no paradigma fenomenol gico interpretativo por acreditar que o mesmo serve para desvelar esse objeto com propriedade Compreender tomar o objeto a ser investigado na sua inten o total ver o modo peculiar espec fico do objeto existir Machado 1997 p 36 Essa investiga o mais do que explicar o objeto de estudo procura aprofundar o entendimento do mesmo A fenomenologia significando discurso esclarecedor a respeito daquilo que se mostra por si mesmo enquanto uma pr xis ou
62. e cultura 5 ed S o Paulo Cortez 2004a BROUGERE Gilles Brinquedos e companhia S o Paulo Cortez 2004b CRESPI Franco Manual de Sociologia da cultura Lisboa Portugal Editorial Estampa 1997 ESCOSTEGUY Ana Carolina Estudos Culturais um introdu o In SILVA Tomaz Tadeu da org O que afinal Estudos Culturais 3 ed Belo Horizonte Aut ntica 2004 p 133 166 172 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP FIORI Neide Almeida LUNARDON Ivone Regina Santa Catarina de todas as gentes hist ria e cultura Curitiba Base 2005a FIORI Neide Almeida LUNARDON Ivone Regina Manual do professor Santa Catarina de todas as gentes hist ria e cultura Curitiba Base 2005b GEERTZ Clifford Obras e vidas o antrop logo como autor Rio de Janeiro Editora UFRJ 2002 GEERTZ Clifford Nova luz sobre a antropologia Rio de Janeiro Jorge Zahar 2001 GEERTZ Clifford A interpreta o das culturas Rio de Janeiro LTC 1989 HALL Stuart Da di spora identidades e media es culturais Belo Horizonte Editora UFMG Bras lia Representa o da UNESCO no Brasil 2003 JOHNSON Richard O que afinal Estudos Culturais In SILVA Tomaz Tadeu da org O que afinal Estudos Culturais 3 ed Belo Horizonte Aut ntica 2004 p 07 131 MATURANA Humberto R VERDEN Z LLER Gerda Amar e brincar fundamentos esquecidos do humano do patriarcado democracia Trad
63. em um processo fundado em objetivos claros com m todos de decis o e de trabalho dos dispositivos de acordo um calend rio Para isso as compet ncias individuais e coletivas precisam se manifestar pois a gest o de projetos constru da fregientemente por ocasi o de processos anteriores THURLER 2001 p 123 Thurler 2001 afirma que o processo de projeto n o um fim em si mas um dos componentes que contribui para tornar os professores atores da constru o do sentido da mudan a e de sua aplica o THURLER 2001 p 123 Al m disso o processo de projeto por si mesmo cont m um componente de voluntarismo como afirma Thurler 2001 p 123 mas n o pode ter xito sem recursos materiais e institucionais sem trabalho constante de elabora o conceitual e de reflex o Por isso o acompanhamento externo imprescind vel para a corre o dos desvios que podem ocorrer na sua execu o 116 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A consolida o dos projetos de curso s pode ocorrer se forem projetos mais ou menos claros e consensuais entre o grupo e se fizerem parte da hist ria e das representa es dos professores e dos coordenadores representando a an lise que estes fazem do contexto sociopol tico do meio social pr ximo e da pol tica da Universidade Segundo Thurler 2001 todos esses elementos se s o pensados podem complicar a partida do processo de projetos mas p
64. entre um est mulo e uma resposta adquiridos atrav s da pr tica para os cognitivistas aprendemos a rela o entre id ias conceitos atrav s da abstra o das experi ncias cotidianas Em segundo lugar no que se refere manuten o do conhecimento para os primeiros isso acontece atrav s das cont nuas respostas mas para os cognitivistas o que mant m um comportamento s o os processos cerebrais centrais tais como a aten o e a mem ria Por ltimo para os te ricos do condicionamento solucionamos uma nova situa o evocando h bitos j aprendidos e que sejam apropriados para o novo problema Para os cognitivistas isso depender da forma como ele for apresentado a qual permitir ou n o a forma o de uma estrutura perceptual que levar ao insight isto compreens o interna das rela es essenciais do caso A abordagem cognitivista de aprendizagem faz ainda mais sentido quando pensamos nos atuais estudos de Pierre L vy 1993 acerca do funcionamento da intelig ncia humana e dos mecanismos de apreens o dos fatos e informa es pela mente L vy representa atualmente o ponto de discuss o mais forte da id ia da met fora do conhecimento como rede de significados O estudioso franc s baseou seus estudos nas extens es naturais da oralidade e da escrita representadas pelas tecnologias inform ticas atrav s das quais reinterpreta a constitui o dos universos de significados O soci logo sugere que a imagem m
65. examina documentos que recuperam a hist ria da universidade e do Curso de Letras Aponta como principais resultados que a os saberes que servem de base para o ensino n o se reduzem a saberes cognitivos mas s o simultaneamente existenciais sociais e pragm ticos b a institui o universit ria um espa o privilegiado da forma o te rico epistemol gica mas n o o nico c as diferentes fases da carreira influenciam diferentemente as a es dos professores os primeiros anos da carreira s o cruciais para a perman ncia ou n o na profiss o a experi ncia docente permite aproxima es do ideal ao real d o profissional se constr i em contato com o universo de trabalho e condicionado pelas circunst ncias s cio econ micas e culturais O estudo conclui que os professores entrevistados embora conscientes dos limites da profiss o encaram a doc ncia com entusiasmo acreditam ter recebido uma boa forma o acad mica e reivindicam o papel de protagonistas do processo educativo n o s para si como para seus alunos A intensifica o de di logos academia escola escola academia mais uma vez se imp e como contribui o fecunda para a qualifica o da forma o de professores Mestre em Educa o UNISINOS Doutora em Letras PUCRS e Assistente Pedag gica UNISUL 3 Orientadora PPGEdu UNISINOS 149 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Palavras chave Professores Forma o L
66. explicar como os processos sociais se reproduzem no n vel individual e como a a o individual e grupal interv m na transforma o dos processos sociais por meio de mecanismos cognitivos e s cio culturais A partir dessas representa es que s o constru das socialmente as pessoas possivelmente orientem suas a es 2000 p 116 Os principais participantes do estudo s o professores de L ngua Portuguesa da Rede P blica Estadual de S o Leopoldo RS egressos ou em forma o na institui o privada de ensino superior De um total de 83 professores atuando de 5 a 8 s rie 16 participaram do estudo sendo 12 licenciados e 4 em forma o Considerei tamb m para efeitos de amostra o tempo de doc ncia assim distribu do a in cio de carreira at dois anos 4 professores licenciados e 1 professor em forma o b meio da carreira de 3 a 10 anos 4 professores licenciados e 2 em forma o 155 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP c fim de carreira pr ximo aos 25 anos 4 licenciados e 1 em forma o Essa decis o sobre o tempo de doc ncia est sustentada em Huberman apud N voa 1992 p 31 que aponta a diversidade de caracteriza o dos docentes em diferentes fases da carreira Huberman um dos cl ssicos nos estudos das fases da carreira docente Seu estudo realizado na Fran a pa s que tem inclusive um per odo de doc ncia diferente do Brasil Fran a 4
67. facilidade em percorrer todas as nuances conceituais dessa ci ncia 4 Considera es A geografia se fundamenta como geografia escolar seguindo a tend ncia educacional de cada poca por isso a concep o tradicional a mais utilizada ainda hoje na sua reprodu o em sala de aula Isso faz com que a maioria dos alunos n o perceba a real import ncia do conhecimento geogr fico na sua forma o e principalmente nos anos iniciais do ensino fundamental Dessa forma fundamental para os professores refletir sobre o papel desta ci ncia na forma o dos futuros cidad os articulando e atribuindo ao conhecimento geogr fico significado para compreender a vida em sociedade Al m disso utiliza o de projeto de ensino nas aulas proporciona ao aluno fazer parte do processo de ensino e de aprendizagem Corre se menos risco da n o aprendizagem como Vasconcellos nos lembra pois n o ficamos somente em repassar informa es e os alunos produzem conhecimento Dessa forma garante se o papel da Universidade e no caso espec fico da UNISUL contribui se para que a Miss o Vis o e Valores aconte am na sala de aula Refer ncias bibliogr ficas CARLOS Ana Fani Orgs A geografia em sala de aula 3 ed S o Paulo Contexto 2001 99 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP CARVALHO Maria Inez Fim do S culo A escola e a Geografia Iju Ed Iju 1998 CASTROGIOVANI Antonio Carlos CALLAI Hele
68. falso debate Segundo Thiollent 1984 p 45 50 quando seus excessos forem adequadamente criticados nos ser poss vel articular os aspectos qualitativos e quantitativos do conhecimento dando conta do real Participaram do processo de forma o continuada 250 profissionais diretores professores auxiliares dos CEIs da Rede Municipal de Ensino de Tubar o sendo divididos em cinco grupos caracterizando as faixas et rias de atendimento s crian as dois grupos de O a 3 anos dois grupos de 4a 5 anos e um grupo de 5 a 6 anos 12 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Os conte dos discutidos foram todos relacionados ao processo de desenvolvimento humano desenvolvimento motor educa o infantil tempo e espa o e aprendizagem motora onde a busca do ideal nas diversas situa es reais O mesmo autor refere se que dentro de uma concep o do conhecimento que seja tamb m a o podemos conceber e planejar pesquisas cujos objetivos n o se limitam a descri o ou avalia o no contexto da constru o ou da reconstru o do sistema de ensino n o basta descrever e avaliar Precisamos produzir id ias que antecipem o real ou que delineiem um ideal Sendo consideradas algumas situa es como papel indispens vel na pesquisa a o no contexto da reconstru o do sistema escolar Neste sentido os pesquisadores definem novos tipos de exig ncias e de utiliza o do conhecimento para contribu rem para a transf
69. forma de a o opera atrav s do m todo que investiga a experi ncia no sentido de compreend la e n o de explic la Machado 1997 p 35 A possibilidade de interroga o constante faz da atitude fenomenol gica mais do que um m todo uma abordagem de pesquisa que auxilia no desvelamento da forma o docente na sua complexidade Sem pretender dar conta desse fen meno na sua totalidade por inconcluso que creio que essa abordagem de pesquisa auxilia na busca de algumas respostas s quest es apontadas neste estudo Pesquisar segundo Joel Martins 1997 p 24 quer dizer ter uma interroga o e andar em torno dela em todos os sentidos sempre buscando mais sentido mais dimens es e outra vez A interroga o se mant m viva porque a compreens o do fen meno n o se esgota nunca Segundo Masini 1991 p 66 esse enfoque fenomenol gico de recome ar incessante recusando cristaliza o em sistemas acabados e fechados tem sido criticado como trabalho n o conclu do ou por se completar Segundo os pr prios fenomen logos o inacabamento n o constitui sinal de fracasso ou indefini o mas sim uma maneira da fenomenologia mostrar se em sua verdadeira tarefa e fertilidade Concordo com a afirma o e justifico minha escolha epistemo metodol gica sustentada nessa abordagem n o s por identificar me com ela como por acreditar no seu potencial de aprofundamento de quest es cruciais para a
70. hoje A Gr cia antiga j se preocupava em estudar uma ci ncia capaz de disciplinar o pensamento estabelecendo crit rios de validade e veracidade das proposi es Assim pautados pela l gica formal os pensadores procuravam explicar luz da raz o racioc nios como garantias de verdade Ao se debru ar sobre os estudos da l gica por condi es de verdade Arist teles organizou se primeiramente no que denominou de l gica anal tica uma ci ncia pr pria para tratar das ci ncias formais Esse car ter consistiria numa completude capaz de mostrar n o somente que um determinado fato era verdade mas tamb m a raz o por que era verdade Neste percurso o fil sofo prop s a base do racioc nio dedutivo cuja condi o de resultado de verdade pressup e um escopo legitimado como verdade Ou seja para de dizer que 1 Os planetas giram em torno do sol 2 A Terra um Planeta logo 3 A Terra gira em torno no sol necess rio partir da id ia de que a premissa maior 1 senten a uma verdade inquestion vel Acontece por m que Arist teles investigou outras possibilidades de saber cient fico cujos objetos n o poderiam ser apreendidos nos limites da verificabilidade pois n o se limitavam an lise da bipolaridade verdadeiro falso Com isso o fil sofo acaba desestabilizando certos confortos cient ficos da poca cuja trangiilidade repousava no paradigma do demonstr vel indagando se At que ponto a raz o
71. infantil possam refletir sobre a brincadeira atrav s das representa es dos pap is sociais presentes no faz de conta Os pap is sociais aparecem em v rios contextos no espa o da educa o infantil na literatura infantil na m sica nos desenhos gr ficos criados pelas pr prias crian as nas rela es das crian as com outras crian as com os adultos que envolvem seu dia a dia como educadoras merendeiras serventes diretores coordenadores enfim as rela es sociais est o presentes e as crian as internalizam todos os dias suas a es e rea es e as transportam para as brincadeiras a sua maneira luz da sua interpreta o 257 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Como pesquisadora estive pr xima as crian as participando das brincadeiras sentada no ch o na areia do parque brincando de casinha sendo a visita que chegou para o anivers rio e entrando na cena montada pelas crian as Fiz parte destas brincadeiras das hist rias e pude perceber que os pap is sociais representados n o s o apenas imita es mas interpreta es em que a crian a recria a sua maneira pela sua intelig ncia e criatividade o momento da imagina o criadora das m ltiplas linguagens se manifestarem sendo que cada crian a realiza a sua maneira a constru o destas brincadeiras No faz de conta ela canta as can es aprendidas na escola no r dio na televis o ela ensina outras crian as brincando d
72. inten o comunicativa Isso ocorre atrav s do reconhecimento m tuo manifestabilidade m tua da inten o informativa Desse modo cada enunciado possui duas propriedades intr nsecas ser um comportamento ostensivo do comunicador e gerar um comportamento inferencial do ouvinte Para ser relevante a informa o que ela transmite deve se combinar com as suposi es do ouvinte sobre o mundo levando ent o a uma nova suposi o Assim a informa o nova P inscreve se no contexto de suposi es C informa es velhas o que implica a contextualiza o de P em C Essa altera o constitui os efeitos cognitivos contextuais que 105 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP podem ser a por implica o contextual b pelo fortalecimento ou enfraquecimento de suposi es e c pela elimina o de suposi es contradit rias Al m dos efeitos cognitivos para definir relev ncia necess rio considerar tamb m o esfor o de processamento Logo duas condi es s o necess rias para a aplica o do princ pio de relev ncia a uma suposi o relevante em um dado contexto quando seus efeitos contextuais nesse contexto s o amplos e b uma suposi o relevante em um dado contexto quando o esfor o necess rio para process la nesse contexto pequeno Para Sperber e Wilson se o comunicador quer que sua inten o informativa seja otimamente processada deve escolher o enunciado est mulo
73. jornais deste per odo em que a imprensa catarinense se estabelecia divulgaram v rios artigos tratando da educa o os quais eram direcionados especialmente a duas institui es a fam lia e a escola Buscou se compreender os fatores que criavam a necessidade de educa o o que movia os homens p blicos da cidade a propagar a instru o p blica quais os problemas enfrentados e as propostas aventadas Os jornais analisados s o de tend ncia liberal conservadora e religiosa e embora tenham propagado imparcialidade estavam estritamente vinculados ao poder p blico e aos partidos pol ticos que se definiam naquela d cada A par da an lise de como se pensava e discutia a educa o escolar observa se o intento de controle e moraliza o exercido pelo pr prio jornal e a busca e envolvimento dos pais no ato de formar o cora o A fam lia assim como os professores estavam sendo chamados a desempenhar um importante papel social na conforma o do Estado Nacional altamente elitizado e centralizado Percebeu se uma constante refer ncia a necessidade de civiliza o vigil ncia e cr tica aos costumes considerados imorais ou ultrapassados Os h bitos da grande maioria alheia ao projeto civilizador eram recha ados e sofriam um processo de inferioriza o diante do paradigma europeu O tema educacional se apresentava cindido em educa o e instru o sendo o primeiro relacionado forma o geral do indiv duo e o segundo a aqu
74. livros pois contam todos os detalhes das obras com uma express o de contentamento Durante as narrativas teve uma crian a que ao falar da hist ria da Menina bonita do la o de fita de Ana Maria Machado diz ela negra igual eu Debus 2006 afirma que a obra liter ria exerce no leitor um poder positivo ou negativo neste caso foi positivo pois a crian a ao falar sobre a hist ria reconhece sua cultura e identifica se com a personagem do livro Em v rios momentos as crian as falavam da frica e da cultura africana destacando como a cultura dos afrodescendentes importante assim como sua identifica o com os personagens e amplia o do conhecimento de sua cultura Antes da aplica o do question rio com os alunos da 4 s rie foi retomado em conversa informal sobre o que eles lembravam do Projeto Malungo relacionados com a literatura africana e afro brasileira de 15 alunos 10 se manifestaram sobre o projeto com bastante entusiasmo 224 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Depois da conversa fomos assistir ao v deo document rio onde eles aparecem relatando suas experi ncias com a literatura infantil africana e afro brasileira proporcionando assim um momento de resgate do que eles vivenciaram durante o projeto para que eles relembrassem melhor o projeto Das crian as que apareciam no v deo document rio tinha 5 que eram desta turma os outros sa ram da escola ou estudam no outro
75. na 4 s rie do Ensino Fundamental 87 0 encontram alguma dificuldade em trabalhar os temas propostos nas listagens curriculares Os dados revelados nos par grafos acima com ndices elevados de dificuldades no trato com o ensino de hist ria em mbitos local regional e estado s o indicadores de uma necessidade premente do curso de Pedagogia ou da licenciatura em Hist ria prestarem atendimento s redes de ensino p blicas como uma atividade de extens o Sobre as condi es de apoio pedag gico adequado ao prepararem os conte dos de Hist ria para os anos s ries iniciais 94 0 afirmaram encontrarem dificuldade Este ndice revela que a crescente car ncia apontada anteriormente tamb m est ligada necessidade de um maior apoio pedag gico para o trato com os conte dos Na sess o seguinte procurou se averiguar a percep o dos professores sobre a metodologia de trabalho com o ensino de Hist ria nos anos s ries iniciais Entre os professores participantes 83 4 realizam pesquisa com os alunos na biblioteca da escola sobre os conte dos de hist ria Ao serem questionados sobre a frequ ncia com que realizam pesquisas na comunidade cidade sobre os conte dos valendo se da hist ria local 89 0 afirmaram que realizam por m 71 0 destes realizam algumas vezes Em se tratando de hist ria regional 73 0 tamb m realizam algumas vezes Ao investigar sobre as refer ncias ao meio onde vivem os alunos nas atividades com o e
76. ncia 4e A gua em seu estado qu mico puro composta de Hidrog nio e Oxig nio i 4f A gua destilada composta de Hidrog nio e Oxig nio i Onde Hidrog nio e Oxig nio i complemento do elemento el ptico Q lt A forma l gica 4e e 4f podem ser agora consideradas como proposicionais visto que se pode atribuir condi es de verdade por isso que o docente pode atribuir acerto ou erro resposta Por m vale relembrar aqui que n o h qualquer garantia de que os alunos de fato explicaram o item lexical gua como gua em seu estado qu mico puro ou gua destilada mas simplesmente ecoaram a resposta das aulas Logo nada garante que eles fa am essa distin o ou compreendem a quest o dessa forma Esse o problema central de quem confia na codifica o decodifica o confia se numa resposta em eco como se essa resposta fosse um fiel perfeito da compreens o Logo falhas de compreens o s o excelentes para o docente Quando ele obt m respostas como 2a Aluno A gua composta de Hidrog nio Oxig nio e Cloro verificar que a primeira interpreta o consistente com o princ pio de relev ncia de seu enunciado por parte do aluno ocorreu da seguinte forma 4g A guai da torneira i composta de Hidrog nio Oxig nio e Cloro j Onde guai da torneira i atribui o de referente ao item lexical gua Hidrog nio Oxig nio e Clorolj co
77. ncia do movimento na educa o infantil Nesta faixa et ria as crian as apresentam caracter sticas b sicas em seu comportamento afetivo cognitivo e motor sendo o movimento uma necessidade a ser oportunizada para seu crescimento e desenvolvimento onde os est mulos relacionados aos movimentos involunt rios que se manifestam mais tarde em movimentos volunt rios ampliando seu referencial de mundo Atrav s dos trabalhos elaborados na proposta pedag gica da rede municipal de ensino de Tubar o 2008 o setor da educa o infantil manifestou se em organizar forma o continuada para fundamentar a pr tica pedag gica nos centros de educa o infantil Trata se de um relato de experi ncia com um grupo de 250 professoras separadas por idade de atendimento as crian as iniciando estudo dirigido ao tema em quest o Os conte dos da forma o continuada foram referendados pela proposta curricular da rede uma vez que ao avaliar a rela o teoria e pr tica percebeu se a necessidade de discuss o sobre o espa o e tempo do movimento na educa o infantil Possibilitou se uma reorganiza o dos planejamentos j constru dos mas que n o contemplavam o tema discutido Os temas abordados foram a prepara o do ambiente para crian as de O a 6 anos diferentes formas de linguagem traduzidas no contexto das percep es sensoriais e atividades de aprendizagem com enfoque no desenvolvimento da motricidade Fazendo os profissionais refletirem co
78. o com recursos ficcionais e a n o fic o com predom nio da ilustra o sobre o texto Em verdade essa pesquisa n o constata algo novo Apenas amplia o olhar sobre um recurso j utilizado por Monteiro Lobato nos anos 20 do s culo passado Al m disso a proposta dos autores de obras desse g nero encontra se em conson ncia com a abordagem cognitivista da aprendizagem e com as id ias de Pierre L vy Logo a quest o da interpreta o do conhecimento em si e da leitura do mundo passam necessariamente pelo fato de que atribuir sentidos significa ligar um texto numa acep o bem abrangente a outros textos e essas liga es que diferenciam uns sujeitos leitores de outros Nada mais l gico portanto do que associar dois campos culturais que atendem a uma necessidade crescente de saber Arte e ci ncia unem se entre si e esse elo comunica se por sua vez com os mais diversos setores do conhecimento Palavras chave Literatura infantil Conhecimento Interdisciplinaridade Desde as primeiras not cias que temos sobre a cria o de hist rias ficcionais para crian as cont las foi uma pr tica que sempre reuniu entretenimento e educa o A arte liter ria infantil tamb m constituiu se no decorrer dos s culos por uma literatura feita por adultos mas para 175 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP crian as definida portanto a partir do seu destinat rio Apesar dessas constantes ao l
79. o de professoras Campinas SP Autores Associados BROUGERE Gilles 1998 A crian a e a cultura l dica In KISHIMOTO Tizuko Morchida O brincar e suas teorias S o Paulo Pioneira p 19 32 CERISARA Ana Beatriz 1998 De como Papai do C u o Coelhinho da P scoa os anjos e Papai Noel foram viver juntos no c u In KISHIMOTO Tizuko Morchida O brincar e suas teorias S o Paulo Pioneira p 123 138 CORSARO Willian A 2002 A reprodu o interpretativa do brincar ao faz de conta das crian as In Educa o Sociedade e Culturas n 17 p 113 134 COUTINHO Angela Maria Scalabrin 2002 Cria es e manifesta es das culturas infantis In __ As crian as no interior da creche a educa o e o cuidado nos momentos de sono higiene e alimenta o Florian polis SC Disserta o de Mestrado Universidade Federal de Santa Catarina p 103 137 CRUZ Maria Hllesheim 2004 Os materiais como suporte para as brincadeiras Florian polis texto n o publicado FERREIRA Manuela 2003 Os estranhos lt lt sabores gt gt da perplexidade numa etnografia com crian as em Jardim de Inf ncia In CARIA Telmo H org Experi ncia etnogr fica em Ci ncias Sociais Porto Edi es Afrontamento p 149 166 2004 Do avesso do brincar ou as rela es entre pares as rotinas da cultura infantil e a constru o da s ordem ens social ais instituinte s das crian as no Jardim de Inf nci
80. o qu registrar como registrar para que registrar Foi ficando mais claro que o foco da pesquisa eram as crian as e suas produ es culturais seus processos criativos e imaginativos 2 A pesquisa na creche Joaquina Maria Peres O exerc cio de interpreta o dos registros resultou na delimita o das produ es simb licas das crian as nos momentos de brincadeira como foco de pesquisa na creche Joaquina Maria Peres e na defini o das primeiras quest es orientadoras das observa es Que elementos culturais est o presentes nas brincadeiras Que brincadeiras as crian as criam Que rela es as crian as estabelecem durante a brincadeira Que suportes materiais e imateriais promovem as produ es simb licas das crian as Atuar como observadores das pr ticas das crian as partilhando impress es sobre a realidade captada foi um exerc cio vivido ao longo da pesquisa que permitiu algumas reflex es sobre suas brincadeiras Esse processo desencadeou uma maior sensibiliza o em rela o s manifesta es e cria es das crian as durante as brincadeiras em decorr ncia disto as observa es reflex es e an lises dos registros ocorreram com maior regularidade e aprofundamento As profissionais envolvidas na pesquisa iam se compreendendo como sujeitos de seu processo de forma o medida que assumiam o papel de observadoras e investigadoras das produ es simb licas das crian as no contexto da creche Ao atuarem como
81. observadoras das pr ticas das 265 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP crian as partilhavam suas impress es sobre a realidade captada descobrindo diferentes olhares sobre uma mesma situa o formulando diferentes proposi es para ampliar os repert rios culturais das crian as de forma individual e coletiva Ao registrar essa experi ncia uma das professoras da creche envolvida na pesquisa relata que medida que o grupo foi construindo v nculos de confian a estes encontros come aram a ser muito verdadeiros e os professores aprenderam a comentar suas pr ticas apontando os seus limites A cada reencontro novos desafios desafios em rela o ao trabalho com as crian as e tamb m quanto necessidade que os professores sentiam na constru o de seus conhecimentos MEKSENAS 2003 p 1 A reflex o e a an lise dos registros realizados pelas professoras observadoras internas foram o foco central dos encontros subsequentes A riqueza dos registros realizados por elas a respeito das brincadeiras do grupo de crian as provocou muitas interroga es n o apenas sobre as brincadeiras em si mas tamb m sobre a organiza o do tempo e do espa o sobre a l gica de organiza o dos brinquedos e materiais sobre o papel do a professor a no contexto das brincadeiras sobre o planejamento e a amplia o dos repert rios de brincadeiras das crian as Tal fato determinou a necessidade de um aprofu
82. pais e alunos t m dos professores e que eles t m de si pr prios Segundo Freire 2006 p 58 Estar no mundo sem fazer hist ria sem por ela ser feito sem fazer cultura sem tratar sua pr pria presen a no mundo sem sonhar sem cantar sem musicar sem pintar sem cuidar da terra das guas sem usar as m os sem esculpir sem filosofar sem pontos de vista sobre o mundo sem fazer ci ncia ou teologia sem assombro em face do mist rio sem aprender sem ensinar sem id ias de forma o sem politizar n o poss vel E na inconclus o do ser que se sabe como tal que se funda a educa o como processo permanente Mulheres e homens se tornaram educ veis na medida em que se reconheceram inacabados N o foi a educa o que fez mulheres e homens educ veis mas a consci ncia de sua inconclus o que gerou sua educabilidade tamb m na inconclusa de que nos tornamos conscientes e que nos inserta no movimento permanente de procura que se alicer a esperan a Dentro das respostas coletadas observamos que o problema n o s o apenas as condi es de trabalho mas conforme um dos entrevistados a in rcia pol tica destes professores que na maioria das vezes fazem um jogo individualista do capitalismo sem a m nima no o do poderoso aspecto das demandas educacionais contribui para a manuten o desta situa o prec ria 137 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Corroborando
83. per odo Depois de assistirmos o document rio pedi para que eles respondessem o question rio As dificuldades foram grandes para a compreens o das quest es assim como para responder o que eles estavam pensando em v rios momentos pediram a minha ajuda teve 5 alunos que n o interagiram com a turma eles ficavam o tempo todo fazendo goza es sobre o que os outros falavam estes cinco alunos tem idade de 10 a 15 anos acredito que eles n o gostariam de estar na sala de aula naquele momento O objetivo principal desta pesquisa foi investigar como a Literatura infantil com tem tica africana e afro brasileira est presente nas escolas da rede p blica Estadual em especial numa escola de Florian polis j que a literatura no espa o escolar deve contribuir para uma rela o construtiva da crian a com o livro para a forma o leitora e da identidade da crian a Percebe se que a literatura um instrumento de muito valor nas m os do educador com a pesquisa realizada conclui se que poss vel atrav s de um projeto de qualidade que tenha o compromisso da democracia assim como o respeito as diferentes culturas existentes levar os alunos a se conhecerem reconhecerem se contribuindo para uma rela o construtiva da crian a com o livro Essas crian as que participaram do Projeto Malungo s o crian as que sabem do valor de sua cultura que cheia de luta e garra de um povo que sempre lutou para garantir seus direitos mas nunca
84. postura positivista a rigidez nas datas de recebimentos dos trabalhos a dificuldade de controlar a sala quando da avalia o em equipe a vis o conteudista sem levar em considera o as individualidades dos educandos valoriza o da aula expositiva e o m todo de avalia o centrado nos aspectos cognitivos Desta fase observamos que embora haja uma consider vel literatura disposi o dos professores eles ainda privilegiam este tipo de ensino possuindo algumas vezes mesclas de um ensino modernizado ensaiando querer ser diferente mas sentindo uma profunda dificuldade de desvencilhar se desses v cios Da escola nova o professor herdar a dificuldade do equil brio j que esta teoria ao contr rio da escola tradicional privilegia o conte do centrado no aluno utilizando o professor apenas como facilitador da transmiss o do conhecimento neste sentido que se encontra o grande conflito pois sendo o aluno o ponto culminante da aprendizagem o 132 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP professor ter que exercer uma nova postura dando maior liberdade ao aluno para que atrav s da sua pr pria experi ncia possa construir o seu conhecimento Essa liberdade que tinha por objetivo conforme Aranha 1996 p 168 estimular a responsabilidade e a capacidade de criticar e estabelecer a disciplina volunt ria exigia uma nova postura do professor voltada n o mais para o conte do mas s quest
85. projeto se elas reconhecem a import ncia da literatura com essa tem tica e se elas se identificam com as personagens destes livros Metodologicamente o trabalho se constitui atrav s de pesquisa de campo a coleta de dados ocorreu atrav s de tr s fontes 1 entrevistas com16 alunos entre 08 e 15 anos que est participando a dois anos do projeto 2 recolha de depoimentos do v deo document rio sobre o projeto Malungo e 3 entrevista com a professora Rute Albuquerque coordenadora do projeto O referencial te rico levou em conta estudiosos que tratam da especificidade da literatura infantil e juvenil Perrotti 1997 Zilberman 1990 bem como daqueles que j analisaram a produ o infantil sob a tica tnico racial Debus 2007 Gouveia 2000 Constatou se que o projeto apresentou as crian as v rios t tulos liter rios e que o conhecimento das ra zes do povo africano seduziu os alunos que s o na sua maioria afro descendente enriquecendo e ampliando os conhecimentos em rela o identidade negra Palavras chave Literatura infantil Leitura Cultura africana e afro brasileira Projeto malungo 221 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP O livro quer ser livre como livre o p ssaro que inventa o seu caminho Thiago de Mello A reflex o do autor Thiago de Mello abre caminho para este trabalho que tem por objetivo investigar como a Literatura infantil com tem tica africana e afro brasileira e
86. que essencial que o professor da educa o infantil compreenda o movimento das crian as como linguagem possibilitando lhe a metamorfose de um ser da natureza para um sujeito da cultura Desta forma preciso estar atento ao corpo e aos movimentos pois na inf ncia o corpo e suas express es s o as falas das crian as Fica dif cil pensar em educa o concreta quando o corpo considerado um intruso e sem viver concretamente corporalmente as rela es espaciais e temporais de que a cultura infantil repleta fica dif cil falar em educa o concreta em conhecimento significativo em forma o para autonomia FREIRE 1989 p 14 69 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A crian a deve ser livre para agir em um ambiente intencionalmente organizado pelo adulto mas que lhe propicie a oportunidade de transformar adaptar criar interagir e integrar se desenvolvendo seu potencial como ser humano e transformador do meio em que vive Batista 1997 ao analisar a rotina no dia a dia da creche entre o proposto e o vivido conclui que a rotina est merc de toda uma organiza o burocr tica de preceitos adultos de ordem de uma sociedade capitalista que imp e regras e modos de rela o pautados na competi o E a crian a como fica em meio a tantas determina es O movimento como forma de linguagem O movimento humano constru do em fun o de necessidades biol gicas e
87. que os espa os utilizados na creche para a brincadeira livre sem os educadores orientarem se limitam ao parque e a quadra de esportes que ficam ao ar livre Na sala de aula as crian as realizam atividades dirigidas pela educadora e atividades do cotidiano da creche como sono alimenta o higiene pessoal Brincar dentro da sala somente em dias de chuva Espa os da creche como parque e quadra de esportes s o utilizados para desenvolver atividades como brincadeiras jogos teatrinhos m sica A creche deve ser o espa o de explora o de m ltiplas linguagens para o desenvolvimento da intelig ncia e da rela o com o corpo Mesmo com espa os limitados para brincadeiras livres as crian as utilizam a brincadeira de faz de conta em v rios momentos e espa os mesmo em sala de aula modelando as massinhas pintando com l pis colorido desenhos ou construindo os conforme sua imagina o as representa es sociais est o n o somente no ato das brincadeiras em espa os livres mas no desenho nas can es que cantam na atividade de sucata nos livros de literatura infantil dispon veis em sala de aula enfim em muitos espa os e m ltiplas linguagens encontramos na interpreta o e a representa o social desta pela crian a Esta pesquisa est aberta para reflex es considera es e outras formas de pensar sobre inf ncia e brincadeira Considera es finais Este tema foi escolhido para que futuros educadores da educa o
88. ria local fam lia comunidade e munic pio e a hist ria regional regi o e estado como ponto de partida antecedendo aos estudos sobre a Hist ria do Brasil e demais contextos da hist ria universal Bittencourt 2004 p 113 ao tratar das propostas curriculares para os diferentes n veis e enfocando o ensino de hist ria para os alunos de primeira quarta refor a a necessidade de iniciar se pela hist ria local Conforme a autora Os estudos de Hist ria t m como base o desenvolvimento intelectual do educando e da a recomenda o de introduzir o conte do a ser estudado por um problema situado no tempo presente buscando em tempos passados as respostas para as indaga es feitas Esta concep o de hist ria local para a mesma autora alia se ao conhecimento do cotidiano que sob a vers o hist rica d visibilidade a pessoas que de alguma forma contribu ram para a constru o de suas sociedades Schmidt 2004 p 113 ao reportar se ao valor da hist ria local pelos historiadores aponta que esta ultrapassou da discuss o acad mica para os Par metros Curriculares Nacionais onde a nfase se d ao estudo do meio como proposta renovadora do ensino Embora apontando para o risco de valoriza o do senso comum e das interpreta es pessoais a autora enfatiza que O estudo da localidade ou da hist ria regional contribui para uma 81 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP compreens o m ltipla
89. s avessas produ o de conhecimentos e pol ticas de forma o docente Rio De Janeiro DP amp A 2003 p 85 87 TEIXEIRA An sio Educa o no Brasil S o Paulo Nacional 1969 VASCONCELLOS C dos S Para onde vai o professor Resgate do professor como sujeito de transforma o S o Paulo Libertad 1996 Cole o Subs dios Pegag gicos do Libertad v 1 VIEIRA ngela As transforma es necess rias para o profissional da educa o frente s compet ncias para ensinar Novum Milenium Manaus v2 p 56 58 2004 148 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP PROFESSORES DE L NGUA PORTUGUESA a TRAJETORIAS E PERSPECTIVAS DE UMA FORMA O Elo sa Silva Moura Mari Margarete dos Santos Forster Resumo Esta disserta o compreende um estudo sobre a forma o de professores de L ngua Portuguesa examinando a a partir de narrativas autobiogr ficas de docentes que atuam na rede p blica de ensino de S o Leopoldo RS Brasil e ou na Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS em diferentes fases da carreira formados ou em forma o nesta Universidade Analisa as influ ncias dos saberes da forma o acad mica e dos saberes profissionais de experi ncia na decis o de perman ncia qualificada na carreira docente Utiliza o enfoque metodol gico qualitativo inspirado no paradigma fenomenol gico interpretativo Realiza entrevistas semi estruturadas com 16 professores ouve 4 pessoas fontes e
90. s do Brasil com base em Scliar Cabral 20034 b nas compet ncias te rico metodol gicas de docentes das s ries iniciais do ensino fundamental no que diz respeito a estrat gias de ensino aprendizagem sobre a rela o n o biun voca entre a codifica o e descodifica o dos grafemas e e o Entende se como correspond ncia biun voca aquela em que um elemento de um conjunto corresponde a apenas um elemento de outro conjunto ou seja de um para um a correspond ncia entre os elementos em ambas as dire es LEMLE 2006 p 17 Para dar conta deste objetivo ser ministrado um curso em regime de forma o continuada a nove professores que atuam nas s ries iniciais do ensino fundamental da rede municipal de Imbituba SC O referido curso ser constitu do de tr s est gios aplica o de um pr teste que se caracteriza como uma atividade diagn stica sobre as estrat gias utilizadas pelos docentes no ensino aprendizagem do fen meno em quest o desenvolvimento do curso e reaplica o de um p s teste mesmo teste ao t rmino do curso para avalia o do progresso ou n o na forma o do professor em rela o ao objeto em estudo Na an lise dos dados coletados com base em Scliar Cabral 2003a b ser o considerados os conhecimentos apontados pelo professor antes e depois do curso 34 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP PROFESSORES DE L NGUA PORTUGUESA TRAJETORIAS E P
91. se enriquece e maior ser a sua capacidade de expressar seu pensamento importante ter em vista o desenvolvimento de diferentes habilidades e compreens o que permitam a crian a interpretar e integrar o que ouve e l sendo capaz de fazer da leitura de mundo um instrumento de prazer e esclarecimento necess rio para seu desenvolvimento Com esta pesquisa buscou se construir na imagina o significados a partir de diferentes estrat gias metodol gicas incentivando as aprendizagem a novos vocabul rios e ampliando o seu acesso ao mundo letrado 42 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP OS MUSEUS AS CRIAN AS COMO PROTAGONISTAS E OS PROJETOS PEDAGOGICOS DE QUALIDADE Vera L cia Chacon Valen a UNISUL Esta comunica o apresenta o Museu das Crian as como espa o criativo alternativo e complementar educa o formal e ressalta as caracter sticas de um projeto com qualidade pedag gica para o atendimento do p blico infantil sem o que as atividades do Museu ter o os seus objetivos comprometidos Destaca a metodologia interativa como sendo fundamental nas exposi es realizadas para as crian as e busca contribuir para a inclus o social n o s das crian as mas de adultos e em especial de idosos da comunidade atrav s de dois recursos pedag gicos a Rede do Imagin rio e a Trupe da Mem ria constitu da por idosos da comunidade A Rede do Imagin rio instrumento virtual armazenar um ace
92. seja a de unir o til ao agrad vel usando o conhecido chav o a ado o de obras de n o fic o acaba mostrando ao aluno somente a fun o instrumental pragm tica da literatura infanto juvenil e desconsidera a leitura por prazer por frui o al m de anular o direito de livre escolha do leitor N o fic o com predom nio da ilustra o sobre o texto A terceira e ltima categoria presente na literatura infanto juvenil dos ltimos dez anos a que abrange as obras com nfase na ilustra o sobre o texto informativo nos livros dirigidos ao leitor iniciante predominam a ilustra o e as frases simples muitas vezes em tom imperativo como o caso de Dinossauros salvem a Terra 1997 de Marc Brown e as publica es de Anna Claudia Ramos Ar Pra que serve o ar e gua Pr que serve a gua ambos de 1997 Mesmo n o visando crian a em idade escolar essas obras j procuram direcion la para os conhecimentos que ser o sistematizados mais adiante A ilustra o nesse caso exerce um papel importante na medida que por seu interm dio que acontece a identifica o com o leitor e consegiientemente a conquista do p blico de menor idade Dos exemplos citados os livros de Marc Brown destacam se pelo bom humor das situa es retratadas que exemplificam o que est sendo dito no texto Anna Claudia Ramos utiliza um tra o semelhante ao dos 189 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SI
93. ser humano e a sociedade n o v isso apenas o enxerga como um simples transmissor de conhecimento coisa que qualquer pessoa pode fazer Parece jarg o mas infelizmente ainda prec rio rede p blica e estadual em termos de espa o f sico adequado a cada faixa et ria ambientes mais atrativos l dicos N o somos valorizados com certeza a marginalidade proposta imposta politicamente ao longo dos anos fez com que o ensino aqui no Brasil perca cada vez mais status quo N o o local nem o tipo de material que impedem uma educa o de qualidade mas sim a falta de considera o de respeito de valoriza o da sociedade e dos governantes pela profiss o Acredito que o pr prio professor n o se deu o devido valor tem vergonha de ser professor fala critica cobra por m n o age Como vai modificar a situa o positivamente N s que formamos esta sociedade e fizemos parte dela Condi o de desvaloriza o Antigamente o professor era o senhor professor hoje ele s o professorzinho ou a tia l do pr eles n o v em a nossa import ncia o nosso valor O professor estuda tanto trabalha tanto e ganha t o pouco Cada escola tem sua realidade em nossa escola a APP ajuda muito todos colaboram claro que o governo poderia investir mais por m n o vamos deixar de fazer o nosso trabalho esperando por eles Tem muitos professores que tem que tirar do bolso para compr
94. sobre Forma o de Professores SIMFOP A Professores Ideal Real N o est s preparado com os conhecimentos te ricos mas principalmente gostar do que faz Sim Existem muitos professores que trabalham h mais tempo j tem certa experi ncia e acompanham estes problemas est o mais preparados pois preciso a pr tica para entender a teoria Tem que estar consciente de sua fun o ter interesse a teoria difere da pr tica Existe por m s o raros Atrav s do comprometimento pontualidade interesse responsabilidade com sua fun o Sim a partir do momento que ele pare de estudar buscando solu es plaus veis ao planejar o dia a dia letivo Existem muitos professores bem formados o que n o existe uma base formada para amparar seu trabalho Um professor que tenha de fato vivido esta situa o durante sua jornada acad mica de forma consistente Existem por m s o poucos um professor comprometido com sua pr tica educativa est sempre atualizado e pondo em pr tica o que aprendeu e sempre buscando mais conhecimentos experimentando errando e aprendendo com seus erros Infelizmente conhe o pouqu ssimo A forma o dos professores de 1 4 s rie de p ssima qualidade muitos foram obrigados a buscar uma forma o de n vel superior e os fizeram dist ncia deixando muito a desejar buscaram s o diploma e n o o conhecimento
95. tendo como objetivo principal tra ar um panorama geral do ensino ao investigar as condi es pedag gicas com que se d a a o docente tendo como foco a hist ria local e regional presentes nos curr culos escolares Objetivou tamb m conhecer as motiva es e ou entraves por parte dos professores sua pr tica docente e perceber as rela es que est o estabelecidas entre a forma o te rico metodol gica recebidas para essa rea do curr culo e a efetiva articula o com as propostas curriculares utilizadas pelos professores em suas respectivas escolas o Projeto Pol tico Pedag gico da Escola a Proposta Curricular da Rede Municipal de Ensino de Tubar o e a Proposta Curricular de Santa Catarina A etapa subsequente realizou discuss es tendo como foco a an lise dos dados da pesquisa no tocante s quest es curriculares e consegiiente pr tica docente dentro da mesma tem tica compatibilizando as com a realidade em que atuam na busca de alternativas de a es para superarem as dificuldades detectadas nessa primeira fase Os resultados da primeira etapa entre outros dados relevantes t m demonstrado que uma parcela expressiva dos docentes n o obteve preparo tanto te rico como metodol gico para o desenvolvimento da tem tica ao afirmarem nunca terem fregiientado cursos semin rios encontros e ou outro acompanhamento sistem tico para o trato desses conte dos nesta disciplina o que implica tanto num lastro te rico
96. uso da criatividade e de processos pr prios da arte ficcional tais como ritmo rima ambigiiidade e jogo sonoro N o soa muito distante o refr o Melhoral Melhoral melhor e n o faz mal onde a rima facilitava a memoriza o do versinho e garantia a popularidade do medicamento Bem mais antiga a quadrinha que circulava nos bondes de Porto Alegre Veja ilustra passageiro o belo tipo faceiro que o senhor tem a seu lado No entanto acredite quase morreu de bronguite salvou o Runcreozotado O ritmo e as rimas da quadrinha podem n o ter garantido a perman ncia no mercado farmac utico do medicamento mas sem d vida o texto manteve se na mem ria daqueles que utilizavam os bondes como meio de transporte A obra infanto juvenil que poderia ser enquadrada como n o fic o atende a faixas et rias que abrangem desde o p blico n o alfabetizado at os jovens O estudo de Bamberger 1995 j mencionado dedica uma pequena se o a essas publica es O autor observa com base em pesquisas realizadas que as obras de n o fic o s o geralmente utilizadas como complemento ao trabalho do professor como forma de intensificar o interesse por determinado assunto e encorajar o aprendizado independente inclusive ap s o per odo escolar Bons livros de n o fic o certamente atingir o esses alvos No entanto Bamberger ressalta que essas publica es podem suscitar alguns problemas tais como a abordagem superficial do conhecimen
97. vistos na maioria das vezes como produtos acabados No entanto medida que fica pronto cumpre se uma etapa e inicia se outra a gest o pedag gica desse projeto Para isso cabe lembrar que quanto maior participa o dos sujeitos na constru o desse documento coletivo maior facilidade na sua implementa o Percebe se no cotidiano dos cursos que nas congrega es em houve maior participa o na elabora o dos PPCs mais f cil ser a sua gest o pois uma equipe de professores conhece o Projeto e participou efetivamente de sua elabora o passa a incorpor lo em sua pr tica pedag gica Para realizar o planejamento das a es do curso sugere se que a Congrega o e os coordenadores elaborem planos estrat gicos discriminando metas e a es anuais Nesse planejamento deve constar a divulga o e dissemina o do projeto pedag gico do curso elabora o e distribui o de manuais aos alunos aos setores de apoio e aos professores novos e veteranos Al m disso importante tamb m incluir no planejamento anual estrat gias de operacionaliza o inter campus principalmente no que diz respeito elabora o de programas de disciplinas evitando assim projetos t o diferentes na mesma Institui o embora do mesmo curso A gest o pedag gica dos PPCs precisa ser gerar novas formas de avalia o e acompanhamento na execu o dos programas de disciplina e 115 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Profe
98. vive dentro de cada um Pensando nisso foram articulados ao enredo da miniss rie os contos de fadas dando maior nfase no da Cinderela que como mencionado no decorrer deste trabalho trata dos conflitos familiares o que se pode perceber nitidamente ao longo do enredo Os contos de fadas fascinam a crian a e tamb m o adulto atrav s das suas tem ticas e dos elementos irreais do fant stico A televis o pode abordar temas profundos e chocantes de maneira po tica sem ser espreme que sai sangue sensacionalista Percebe se que a miniss rie mais cultural do que comercial apesar de promover tais elementos que est o presentes nas vendas dos livros do qual a miniss rie baseada e de promover as m sicas que fazem parte do seu enredo A miniss rie Hoje dia de Maria tem no seu enredo um repert rio bem rico 252 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP em estilos musicais sendo que estes d o mais emo o s cenas a segunda temporada mais musical do que a primeira engloba as musicas de Villa Lobos C mara Cascudo Mario de Andrade e can es in ditas de Luiz Fernando Carvalho Sendo que as m sicas de Villa Lobos est o mais presentes nas duas temporadas Refer ncias ARIES Philippe Hist ria Social da Crian a e da Fam lia Rio de Janeiro Editora LTC 1981 BALOGH Maria Anna O Discurso Ficcional na TV S o Paulo Editora da Universidade de S o Paulo 2002 BUCHT Cath
99. 0 0 dos professores das escolas da rede p blica municipal orientam se pelo Projeto Pedag gico das escolas e 74 0 dos professores da rede p blica estadual orientam se pela Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina Deste total de professores de ambas as redes uma pequena parcela utiliza tamb m os Par metros Curriculares Nacionais como documentos orientadores de sua a o pedag gica Em ambas as redes p blicas acima de 90 0 afirmaram conhecerem os objetivos do ensino de Hist ria para as anos s ries iniciais do Projeto Pol tico Pedag gico do munic pio e da Proposta Curricular do estado de Santa Catarina 85 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Ao serem questionados sobre o grau de dificuldade com que se deparam ao preparar os conte dos de Hist ria voltados ao ensino da hist ria local 94 0 responderam encontrar algumas dificuldades Considerando que em ambas as propostas pedag gicas norteadoras a nfase a hist ria local uma constante esse grau de dificuldades com que se deparam os professores merecedor de uma aten o especial nos sistemas de ensino a que se vinculam Em se tratando da hist ria regional 93 0 encontram alguma dificuldade Essas duas situa es reveladas pelos professores se revestem de uma necessidade premente em atender essas car ncias que se fazem constante entre os docentes No tocante ao ensino da Hist ria do estado de Santa Catarina focada principalmente
100. 0 anos Brasil 25 anos por m isso n o invalida a op o de olhar a trajet ria de nossos docentes da rea de Letras fundamentados nas fases da carreira do professor propostas pelo j referido autor As fases da carreira segundo esse autor s o entrada estabiliza o diversifica o serenidade e desinvestimento Tardif tamb m nos auxilia na compreens o de que o tempo faz diferen a e modifica o trabalhador uma vez que trabalhar remete a aprender a trabalhar ou seja a dominar progressivamente os saberes necess rios realiza o do trabalho 2000c p 210 O autor nos mostra como as marcas dos primeiros anos docentes s o fortes pois a que se adquire o sentimento de compet ncia e onde se estabelecem as rotinas de trabalho estruturando a pr tica profissional Foram tamb m sujeitos neste trabalho investigativo pessoas que chamei fontes que ocupam ou j ocuparam cargos administrativos ou acad micos na institui o e que foram formados pelo Curso de Letras Interessou me recuperar com eles a historia da institui o privada de ensino superior e do Curso de Letras bem como sua trajet ria pessoal e profissional Ao chegar ao final deste trabalho posso afirmar que vi renovado em mim o desejo de ser professora Ao ouvir meus entrevistados dei me conta de que me ouvia Em muitos momentos encontrava me na historia de cada um Ao perguntar o que mantinha qualificadamente o professor de Letra
101. 1 14 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP RESUMOS DAS COMUNICA ES ORAIS Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP 16 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A PR TICA PEDAG GICA NA EDUCA O INFANTIL E AS PRODU ES SIMBOLICAS DAS CRIAN AS Andr a Sim es Rivero UNISUL NUPEIN UFSC ngela Maria Scalabrin Coutinho UNIVALI NUPEIN UFSC Rosa Batista UNISUL NUPEIN UFSC Esta comunica o apresenta parte de um processo de pesquisa cujo prop sito buscar indicadores para a forma o de professores e para a pr tica pedag gica nos contextos de educa o da pequena inf ncia A an lise dos modos de produ o simb lica das crian as a partir da observa o registro e an lise de seus modos de ser e viver objeto deste trabalho que toma como base a interface da produ o te rica e metodol gica dos campos de conhecimento da Educa o e da Sociologia da Inf ncia Articuladamente an lise dos modos de produ o simb lica das crian as buscou se construir e promover uma forma o em servi o das profissionais das institui es envolvidas na pesquisa considerando a amplia o do conhecimento em torno dos mundos sociais educacionais e culturais da inf ncia e das crian as em creches e pr escolas A pesquisa foi desenvolvida em duas institui es de educa o infantil de uma Rede Municipal de Educa o do Brasil sendo que os dados or
102. 119 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A verdade parece abrigar um espa o de conforto ao ser humano Em seu nome as institui es se legitimam afinal a verdade de Deus a verdade da Justi a a verdade da escola a verdade da fam lia De forma secular como se a verdade ocupasse lugar inv lucro de absolutismos que impedem quaisquer questionamentos poss veis a respeito de sua supremacia Variando se os objetos cient ficos esse par metro tamb m varia com isso algumas reas acabam sendo privilegiadas em rela o a outras em termos de verificabilidade As ci ncias exatas por exemplo gozam de um status preciso e confi vel na comunidade acad mica Mesmo assim as ci ncias humanas embora questionadas em sua objetividade tamb m n o deixam de assumir objetos de an lise de maneira a alcan ar o status cient fico poss vel Deseja se ent o abordar neste artigo a maneira como o aluno j na universidade relaciona se com esses saberes postos sobre o mundo e sobre si apontando se para a singular tarefa que assume o ensino superior na rela o entre o aluno e os saberes constitu dos O saber cient fico como garantia de verdade Para se constituir um saber cient fico necess rio um m todo que determine o que verdadeiro para por conseguinte invalidar o que falso Nesse sentido o verdadeiro est intrinsecamente ligado ao verific vel ao prov vel prov vel aqui com
103. 13 narrativas Curiosamente todas as hist rias recolhidas fazem parte do repert rio de assombramentos hist rias de medo e quebrantos Walter Benjamin Gilka Girardello e Celso Sisto orientaram teoricamente a pesquisa A atividade provocou o encontro do presente com o passado as alunas fizeram um exerc cio de escuta e valorizaram a hist ria do outro neste caso espec fico o de uma pessoa da terceira idade Por outro lado desenvolveu a sensibilidade para a arte de ouvir e contar hist rias bem como possibilitou a constru o de um acervo de narrativas orais que poder ser utilizado pelas estudantes em sua pr tica docente 51 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP O MENINO MALUQUINHO DE ZIRALDO E O DI LOGO COM AS MULTIPLAS LINGUAGENS CAMINHOS PARA UMA INFANCIA FELIZ Angelina dos Anjos Silva Nogaredo UNISUL Eliane Santana Dias Debus UNISUL O presente trabalho tem como tema a literatura infantil brasileira contempor nea em especial o livro infantil O Menino Maluquinho de Ziraldo bem como a sua divulga o a partir de outras linguagens que n o o formato de livro como filme dvd m sica cd gibi O objetivo geral desta pesquisa realizar uma an lise cr tica que tenha como centro a personagem do livro O Menino Maluquinho na tentativa de destacar que inf ncia o autor desenha no seu livro verificando a sua aceita o na sociedade contempor nea apresentando e fazendo um paralelo entre a in
104. 999 p 32 quando esses r tulos ou endere os s o processados d o acesso a informa es que s o classificadas como a entradas l gicas de car ter computacional trata se de um conjunto finito pequeno e constante de regras dedutivas que se aplica s formas l gicas das quais s o constituintes b entradas enciclop dicas de car ter representacional consistem de informa es sobre a extens o ou denota o do conceito objetos eventos e ou propriedades que a instanciam que variam ao longo do tempo e de indiv duo para indiv duo e c entradas lexicais de car ter representacional consistem de informa es ling sticas sobre a contraparte em linguagem natural do conceito informa o sint tica e fonol gica Sperber e Wilson v o defender que o mecanismo dedutivo opera por regras dedutivas de elimina o especialmente pela a regra de elimina o do e que prediz que se duas proposi es conjuntas s o verdadeiras cada uma isolada verdadeira e b regra do modus ponens que prediz que quando uma proposi o implicada por outra quando a primeira verdadeira a segunda verdadeira Vejam se exemplos 107 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Input P amp Q N meros pares s o divis veis por 2 e 4 um n mero par Output P N meros pares s o divis veis por 2 Input P5 Q Se 4 um n mero par ent o 4 divis vel por 2 Gi P 4 um n mero par
105. A entrevista com as crian as teve como instrumento um question rio com 8 quest es relacionadas ao Projeto Malungo e a literatura 223 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP infantil africana e afro brasileira A entrevista com a coordenadora do projeto foi efetivada atrav s da utiliza o de gravador O referencial te rico utilizado na pesquisa levou em conta estudiosos que tratam da especificidade da literatura infantil e juvenil Perrotti 1997 Zilberman 1990 Lima 2005 bem como daqueles que j analisaram a produ o infantil sob a tica tnico racial Debus 2007 Gouveia 2000 Considera es at o momento Ao realizar a pesquisa de campo que contou com o apoio de um v deo document rio com a fala de 15 crian as sobre os livros de literatura infantil africana e afro brasileira e um question rio realizado com os alunos da 4 s rie do Ensino Fundamental contando com 15 alunos percebe se que a literatura com a tem tica africana e afro brasileira est bem presente em suas mem rias considerando que o Projeto Malungo iniciou se no ano de 2006 tendo continuidade em 2007 e no presente ano at o momento da pesquisa o projeto ainda estava em fase inicial No v deo document rio as crian as s o filmadas individualmente fora da sala de aula elas contam s hist rias dos livros que elas mais gostaram de conhecer durante o projeto impressionante as crian as contando as hist rias dos
106. DEHO Adriana Brasil UNISUL DEHO Cl udia Rinaldi UNISUL DEHO Maria Luiza Orlandi UNISUL DEHO Claudina Mendes UNISUL DEHO Gladys Floriano UNISUL DEHO Maristela Simiano UNISUL DEHO Carla Garcia UNISUL DEHON Patr cia Lima UNISUL DEHON Geruza Umbelina UNISUL DEHON ZZ zZ Z Z Z Z S N N N e N N N S N S O presente trabalho resultado de um projeto realizado em 2007 com as s ries iniciais do ensino fundamental do Col gio Dehon Partindo do problema O que fazer para que as nossas crian as tenham sonhos projetos de vida e saibam encontrar os caminhos para realiz los desenvolvemos o projeto intitulado Inf ncia tempo de come ar a sonhar que teve como objetivos incentivar a crian a a sonhar ter projetos de vida e auxili las a encontrar caminhos para realiz los diferenciar desejos de sonhos identificar os sonhos realiz veis projetos de vida e imagin rios fantasia e refletir sobre a participa o positiva ou negativa dos educadores pais e professores na realiza o dos sonhos das crian as Nas ltimas d cadas a oferta de produtos voltados ao p blico infantil aumentou muito e com isso a publicidade que visa criar o desejo de consumir tamb m Crian as e jovens querem muito mas se satisfazem pouco Ap s a realiza o de seu desejo a felicidade da crian a dura at o pr ximo lan amento ou novidade Diante desta realidade fam lia e escola precisam desde cedo orienta
107. ERSPECTIVAS DE UMA FORMA O Elo sa Silva Moura UNISINOS Esta disserta o compreende um estudo sobre a forma o de professores de L ngua Portuguesa examinando a a partir de narrativas autobiogr ficas de docentes que atuam na rede p blica de ensino de S o Leopoldo RS Brasil e ou na Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS em diferentes fases da carreira formados ou em forma o nesta Universidade Analisa as influ ncias dos saberes da forma o acad mica e dos saberes profissionais de experi ncia na decis o de perman ncia qualificada na carreira docente Utiliza o enfoque metodol gico qualitativo inspirado no paradigma fenomenol gico interpretativo Realiza entrevistas semi estruturadas com 16 professores ouve 4 pessoas fontes e examina documentos que recuperam a hist ria da universidade e do Curso de Letras Aponta como principais resultados que a os saberes que servem de base para o ensino n o se reduzem a saberes cognitivos mas s o simultaneamente existenciais sociais e pragm ticos b a institui o universit ria um espa o privilegiado da forma o te rico epistemol gica mas n o o nico c as diferentes fases da carreira influenciam diferentemente as a es dos professores os primeiros anos da carreira s o cruciais para a perman ncia ou n o na profiss o a experi ncia docente permite aproxima es do ideal ao real d o profissional se constr i em contato com o universo de trabalho
108. Federal 1988 DIAS M C M Corpo e constru o do conhecimento uma reflex o para a educa o infantil Revista Paulista de Educa o F sica S o Paulo supl 2 p 13 15 2000 FREIRE Jo o Batista Educa o de corpo inteiro teoria e pr tica da educa o f sica S o Paulo Scipione 1989 GALLAHUE D L OZMUN J C Compreendendo o Desenvolvimento Motor beb s crian as adolescentes e adultos S o Paulo Phorte 2001 HARROW A J Taxionomia do dom nio psicomotor Porto Alegre Globo 1983 14 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP KISHIMOTO T M A LDB e as institui es de educa o infantil desafios e perspectivas Revista Paulista de Educa o F sica S o Paulo supl 4 p 7 14 2001 LE BOULCH Jean A educa o pelo movimento a psicocin tica na idade escolar 3 ed Artes M dicas 1983 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCA O NACIONAL Lei n 9393 de 20 de dezembro de 1996 DOU de 23 de dez 1996 MATTOS MAURO GOMES de NEIRA MARCOS GARCIA Construindo o movimento na escola S o Paulo Phorte Editora 2005 PIAGET Jean Problemas de psicologia gen tica Lisboa 1983 PROPOSTA Curricular da Rede Municipal de Ensino de Tubar o 2008 RABINOVICH S B O espa o do movimento na educa o infantil forma o e experi ncia profissional S o Paulo Phorte Editora 2007 SANDERS Stephen W Ativo para a vida programas de movimento adequado ao desenvolvimento da crian a
109. Goodson 1988 Huberman 1988 Pinar 1988 e N voa 1991 1992 v m escrevendo sobre hist rias de vida narrativas mem rias pedag gicas e nos t m mostrado seu potencial n o s como m todos de investiga o como tamb m fen menos que se investigam A esse prop sito Connelly amp Clandinin dizem que 154 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A raz o principal do uso das narrativas na pesquisa em educa o que os seres humanos s o organismos contadores de hist rias organismos que individual e socialmente vivem vidas contadas por isso o estudo das narrativas s o o estudo da forma como os sujeitos experimentam o mundo Connelly amp Clandinin 1995 p 11 Esse potencial humano do sujeito contador de hist rias tem sido usado cada vez mais fregientemente pela investiga o qualitativa resultando num conhecimento sistematizado Quando uma pessoa relata os fatos vividos por si mesmos percebe se que reconstr i a trajet ria percorrida dando lhe novos significados Assim a narrativa n o a verdade literal dos fatos mas antes a representa o que deles faz o sujeito e dessa forma pode ser transformadora da pr pria realidade Como se sabe a palavra representa o admite diferentes significados Segundo Pereira O conceito de representa o designa uma no o que se encontra no cruzamento de conceitos oriundos da Psicologia e Sociologia buscando
110. MFOP desenhos infantis A capa dura e o pouco volume de p ginas muito coloridas e com pequenas frases facilitam a identifica o com o pequeno leitor O tema das publica es foge do cientificismo proposto pelos t tulos e aborda mais o universo da crian a constituindo se em v rias respostas poss veis para a pergunta t tulo tais como Pra encher o pulm o Pra encher bola bal o e b ia Pro ventilador fazer vento Pra soltar pipa sempre usando um tom coloquial pr ximo da linguagem oral Obedecendo mesma estrutura com primazia da ilustra o sobre o texto alguns dos volumes publicados exercem papel auxiliar na parte da forma o do indiv duo que cabe aos pais por natureza Assuntos como organiza o higiene boas maneiras sexualidade sa de conflitos familiares na forma de no es b sicas com pouco aprofundamento s o tratados de forma alegre e divertida por Marc Brown e Babette Cole A fun o que tais obras exercem vem na verdade complementar e auxiliar o trabalho da fam lia na educa o infantil Considera es finais A associa o entre os recursos ficcionais e a transmiss o do conhecimento n o pode ser vista como um fen meno negativo visto que ela cumpre um papel social de transmiss o do saber e al m disso projeta se como um est gio avan ado da produ o editorial voltada para o p blico infanto juvenil Em tempos n o muito distantes a hist ria da literatura infantil disp s somente
111. Output Q 4 divis vel por 2 Voltando ao exemplo Postas essas quest es pode se agora dar uma explica o para as respostas 2a e 2b da quest o la Vale apenas fazer a ressalva de que esse exemplo apenas opera com o n vel da explicatura Reveja se a pergunta do docente la Docente A gua composta de Na interpreta o a forma ling stica se acomoda numa forma l gica n o proposicional ou seja uma proposi o para a qual n o se pode ainda atribuir valor de verdade 4a ser composto x y 4b A gua composta de Para o docente t cito que manifesto para todos os alunos que gua se refere gua em seu estado qu mico puro ou gua destilada porque foi isso que ele lecionou Tanto dessa forma que ele omite ou deixa impl cita essa refer ncia pois acredita que os alunos ser o capazes de atribu la corretamente Na teoria da relev ncia diz se que essa informa o ficou no n vel da explicatura 4c A guai em seu estado qu mico puroJi composta de 4d A guaj destilada j composta de Onde guai em seu estado qu mico puroji e guaj destilada equivalem atribui o de referentes ao item lexical gua 108 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Os alunos que acertam a quest o explicam a vari vel y como Hidrog nio e Oxig nio pois foi a primeira suposi o consistente com o princ pio de relev
112. Pesquisa e Extens o Regina Gubert Ehresperger Coordena o de Ensino Albertina Felisbino Coordena o de P s gradua o Peter Johann Biirger Coordena o do Curso de Pedagogia Maria Sirlene Pereira Schlickmann Jorge Alexandre Nogared Cardoso Florian polis Maria S nia Pl cido Silva Ararangu Coordena o do Mestrado em Educa o Maria da Gra a Bohlmann Coordena o do Mestrado em Ci ncias da Linguagem F bio Jos Rauen Curso de Pedagogia Avenida Jos Ac cio Moreira 787 CEP 88704 900 Tubar o SC 55 48 3621 3000 www unisul br Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP APRESENTA O O Curso de Gradua o em Pedagogia da Universidade do Sul de Santa Catarina UNISUL com o apoio dos seus Programas de Mestrado em Educa o e em Ci ncias da Linguagem vem se consolidando como um espa o privilegiado de ensino pesquisa e extens o cujos debates envolvem as quest es de Pol ticas P blicas para Educa o e Forma o de Professores A relev ncia dessas quest es no cen rio atual se justifica a partir do momento em que a forma o de professores ganha mais visibilidade com a recente aprova o das Diretrizes Curriculares Nacionais Num continente marcado pela hist rica deteriora o das condi es de trabalho dos profissionais da educa o decorrente dos sempre escassos investimentos p blicos discut
113. Santa Catarina 23 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP TEORIA DA RELEV NCIA E EDUCA O REFLEX O SOBRE O RITUAL DE PASSAGEM DA SOCIEDADE MODERNA A TRANSPOSI O DA 4 PARA A 5 SERIE Ana Sueli Ribeiro Vandresen FAPI Faculdade de Pinhais Muito se tem falado sobre a import ncia da universaliza o da educa o Entretanto sabe se que n o basta promover o acesso de todos educa o preciso que se d condi es para aqueles que nela se inseriram permane am usufruindo de seus ensinamentos A transposi o da quarta para a quinta s rie se constitui num estrangulamento dessa perman ncia apresentando se como momento onde novos elementos complexificam as pr ticas vivenciadas por alunos e professores Esta passagem foi identificada por um grupo de professores integrantes do Programa de Desenvolvimento Educacional PDE da Secretaria de Educa o do Paran SEED como um dos fatores da evas o e reprova o na quinta s rie Esse grupo constitu do de doze professores titulados integraram via PDE no N cleo da rea Metropolitana Norte o projeto SUPERA O da SEED visando diminuir os ndices de evas o e repet ncia das escolas Posto isto neste trabalho busca se refletir sobre esse momento da vida do estudante para se propor n o somente um olhar diferenciado para esses alunos mas tamb m a ado o de novas pr ticas pedag gicas e posturas docente re significadas co
114. TICA PEDAG GICA NA EDUCA O INFANTIL E AS PRODU ES SIMBOLICAS DAS CRIAN AS Andr a Sim es Rivero ngela Maria Scalabrin Coutinho Rosa Batista Resumo Esta comunica o apresenta parte de um processo de pesquisa cujo prop sito buscar indicadores para a forma o de professores e para a pr tica pedag gica nos contextos de educa o da pequena inf ncia A an lise dos modos de produ o simb lica das crian as a partir da observa o registro e an lise de seus modos de ser e viver objecto deste trabalho que toma como base a interface da produ o te rica e metodol gica dos campos de conhecimento da Educa o e da Sociologia da Inf ncia Articuladamente an lise dos modos de produ o simb lica das crian as buscou se construir e promover uma forma o em servi o das profissionais das institui es envolvidas na pesquisa considerando a amplia o do conhecimento em torno dos mundos sociais educacionais e culturais da inf ncia e das crian as em creches e pr escolas A pesquisa foi desenvolvida em duas institui es de educa o infantil de uma Rede Municipal de Educa o do Brasil sendo que os dados ora apresentados dizem respeito apenas a uma das institui es Na referida institui o procurou se mapear e analisar especificamente os repert rios de brincadeiras das crian as tema central desta comunica o Participaram da pesquisa professoras que actuavam junto aos grupos de crian as envolvid
115. a 123 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Por fim a disputatio torna se uma pr tica estimulada pela ordem religiosa com a fun o de refor ar o dogmatismo permitindo se cr ticas internas Todavia em seguida ela torna se mais sistem tica a partir dos sofistas e como os alunos acabaram se interessando muito por esse jogo dial gico a autoridade religiosa reage e no s culo XIV imp e leis da disputatio para restringir os inconvenientes questionamentos Se no s culo XII a pergunta era reconhecimento de incompet ncia do sujeito no s culo XIII ela j representava um embara o que talvez fosse a manifesta o da vontade do sujeito Nessa perspectiva a determina o religiosa do s culo XII d lugar a uma determina o institucional pedag gica fase transit ria que se destina a transmitir impor conhecimentos a um sujeito estreitamente enquadrado pela ordem religiosa Todavia essa determina o institucional cede lugar a uma determina o individual que justamente a emerg ncia de um sujeito pol tico jur dico e ling stico mais do que nunca respons vel por suas a es e id ias a respeito do mundo Com o enfraquecimento da ordem religiosa Reforma e os avan os do Direito as imperfei es do discurso deixam de ser marca exclusiva da fala divina e tendem a tornar se um problema de l ngua novamente sob a responsabilidade dos usu rios Isso redefine uma nova forma de assujeitament
116. a In Sarmento Manuel J CERISARA Ana Beatriz orgs Crian as e Mi dos perspectivas sociopedag gicas da inf ncia e educa o Porto Portugal Edi es ASA p 55 104 GANDINI Lella GOLDHABER Jeanne 2002 Duas reflex es sobre a documenta o In GANDINI L EDWARDS C orgs Bambini a abordagem italiana educa o infantil Porto Alegre ArtMed p 150 169 MEKSENAS Mariza Aparecida 2003 Creche Joaquina Maria Peres s ntese do processo de forma o Florian polis texto n o publicado 273 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP MOSS P DAHLBERG PENCE A 2003 Documenta o Pedag gica Uma pr tica para a reflex o e para a democracia In MOSS P DAHLBERG G PENCE A Qualidade na educa o da primeira inf ncia perspectivas p s modernas Tradu o de Magda F Lopes Porto Alegre ArtMed p 189 208 NUNES ngela 1999 A sociedade das crian as A uwe xavante por uma antropologia da crian a Temas de Investiga o n 8 Lisboa Instituto de Inova o Educacional Minist rio da Educa o ROCHA Elo sa Acires Candal 2004 Crian as e Educa o caminhos da pesquisa In Sarmento Manuel J CERISARA Ana Beatriz orgs Crian as e Mi dos perspectivas sociopedag gicas da inf ncia e educa o Porto Portugal Edi es ASA p 245 256 SARMENTO Manuel Jacinto 2004 As culturas da inf ncia nas encruzilhadas da segunda modernidade In Sarmento
117. a Pesquisa realizada entre agosto de 2007 e agosto de 2008 255 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP objetivos fez se a escolha pela metodologia de pesquisa que trabalha a abordagem qualitativa pois segundo Chizzotti 2006 atrav s deste m todo podemos estudar o comportamento humano e social com uma metodologia pr pria em oposi o ao m todo experimental atrav s do m todo hist rico antropol gico que captam os aspectos espec ficos dos dados e acontecimentos no contexto em que acontecem Para conhecer melhor o objeto de estudo foi realizado um trabalho de campo em uma creche no munic pio de Florian polis durante dez semanas com crian as de quatro anos Este m todo de pesquisa e o referencial te rico coletado foram importantes para a compreens o da brincadeira sendo usados recursos de registro como fotografia filmagem di rio de campo e entrevistas A relev ncia desta pesquisa est ancorada nos estudos da linguagem e inf ncia na educa o infantil para que profissionais e futuros educadores possam compreender o ser crian a e a inf ncia que temos hoje Como graduanda de Pedagogia busco atrav s do estudo e da pesquisa comprereender a linguagem da inf ncia para que minha pr tica seja livre de preconceitos e de explica es imediatistas CHIZZOTTI 2006 p 82 Uma vez compreendida a inf ncia e a crian a com quem se trabalha muitos curr culos e planos de ensino podem ser modificados as
118. a experimental com o passar dos tempos a psicologia passou a fazer refer ncia a outro tipo de objeto o objeto permanente piagetiano que tem uma hist ria sens rio motora e gradualmente constru do na mente do indiv duo A consecu o desse objeto est ligada experi ncia em particular a o motora Com o passar anos as a es v o se tornando cada vez mais abstratas A pr tica pedag gica muse stica de car ter construtivista ir colocar as crian as como centro das atividades Acredita se que os educandos elaboram um ju zo pr prio e descobrem o porqu dos fen menos e isso deve ser incentivado e respeitado pelos programas A crian a ent o o principal art fice de sua aprendizagem pois sua a o tanto material como intelectual que lhe permite transformar a realidade medida que elabora novos significados poss veis Piaget sugere que o centro da aten o para a atividade seja a pr pria crian a concebida como algu m que pode enfrentar os problemas formular hip teses reorganizar os dados de acordo com seu n vel evolutivo estabelecer liga es entre as coisas e explica las Com a sua l gica claro Na perspectiva do psic logo sovi tico Vygotsky por outro lado o desenvolvimento pessoal da crian a resulta da apropria o da cultura do seu grupo social E o conceito de cultura engloba os m ltiplos aspectos como conceitos explica es racioc nios valores interesses sentimentos 194
119. a paradoxalmente a es que promoveriam a anula o da autonomia intelectual do proletariado nas escolas p blicas O projeto pedag gico do Estado trazia como discurso oficial um Projeto Nacional para atender s necessidades de educa o da classe trabalhadora deliberando programas uniformes de ensino para os cursos fundamental e secund rio A l ngua nacional torna se ve culo para a propaga o desse discurso e dentre as instru es pedag gicas que deveriam nortear o ensino das disciplinas escolares uma das glosas previa o professor dever tirar o m ximo de proveito da leitura ponto de partida de todo ensino n o se esquecendo que al m de visar fins educativos ela oferece um manancial de id ias que fecundam e disciplinam a intelig ncia prevendo maiores dificuldades nas aulas de reda o e estilo Basta que o estudante se familiarize com as partes essenciais da proposi o desprezados por in teis os pormenores e subentendidos que fazem perder tempo e nada adiantam a que aprende um idioma Aos professores e instrutores de qualquer esp cie bem como a todos os que se consagrem tarefa de cuidar da inf ncia e da juventude cumpre esfor arem se por difundir o sentimento da nacionalidade e o amor p tria ABREU 1963 Estes recortes ilustram como a educa o formal assumiu um papel de correspond ncia aos interesses do Estado sugerindo que os professores trabalhassem id ias que fecundam e
120. a propaganda na televis o Lembre se o caso da boneca Barbie que embora talvez poucos saibam nasceu no in cio da d cada de 1950 com o nome de Lili uma boneca alem destinada ao p blico adulto os leitores de um jornal informativo Pouco tempo depois ap s ocorrer a compra de direitos autorais e outras negocia es essa boneca aparece nos Estados Unidos com o nome de Barbie apresentada ao p blico no ano de 1954 Logo conheceu o sucesso o que muito se deve ao fato de ter sido divulgada em programas infantis como os de Walt Disney que contavam com a audi ncia cativa da meninada N o cabe aqui aprofundar mais esse assunto Almejou se apenas ilustrar uma situa o de brinquedo de sucesso no qual a publicidade foi um instrumento essencial Enfim um produto industrial plenamente inserido na l gica do capitalismo e que apesar dos anos que correm tem se mantido presente nos mercados internacionais A Barbie de nossos tempos uma boneca moderna capaz de viver diversos pap is femininos Barbie no trabalho Barbie rom ntica etc Al m disso trata se de uma boneca que se pode considerar como rica pois os acess rios que a cercam exigem poder aquisitivo vestidos bolsas banheira luxuosa para a higiene pessoal e at cavalo e autom vel FIORI LUNARDON 2005b p 27 28 No livro destinado ao professor desejando salientar a import ncia do ato de brincar colocou se em evid ncia o fato de var
121. a teatro e m sica A experi ncia foi extremamente significativa para as crian as bem como para as estagi rias que vivenciaram diferentes express es art stico culturais fundamentais na forma o das crian as e das futuras educadoras 56 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A IMAGEM DA CRIAN A E DA INF NCIA NO ENREDO DA MINISS RIE HOJE DIA DE MARIA Maria Leonor Eyng Della Giustina UNISUL O presente trabalho intitulado A imagem da crian a e da inf ncia no enredo da miniss rie Hoje Dia de Maria tem como objetivo perceber como a inf ncia foi apresentada no enredo da miniss rie Hoje Dia de Maria veiculada pela Rede Globo Para alcan ar tal objetivo utilizou se como fundamenta o te rica uma breve hist ria da televis o no mundo e no Brasil e como as novelas e as miniss ries ganham for a no cen rio brasileiro Logo em seguida tratar se da crian a e a televis o e da inf ncia e sua imagem Para isso ser o utilizados os seguintes autores Anna Maria Balogh Luiz Costa Pereira Junior Ana L cia M De Rezende e Nauro Borges De Rezende Catharina Bucht e Cec lia Von Feilitzen Silvana Gontijo Muniz Sodr Isabela Maria Benfica Barbosa Catarina Bucht e Cec lia von Feilitzen Manuela Ferreira O que se pode perceber com a an lise da miniss rie que h uma constante tentativa de roubar esse momento que inf ncia 57 Anais do I Simp sio sobre Forma
122. a apresentados dizem respeito apenas a uma das institui es Na referida institui o procurou se mapear e analisar especificamente os repert rios de brincadeiras das crian as tema central desta comunica o Participaram da pesquisa professoras que atuavam junto aos grupos de crian as envolvidos na investiga o al m das diretoras e coordenadoras pedag gicas das duas institui es bem como professores de diferentes universidades A pesquisa realizada traz como indicativos a necessidade de que se rompa com o modelo de educa o tradicional e que a partir da aproxima o das professoras aos jeitos de ser das crian as s produ es simb licas nas brincadeiras nas diferentes linguagens e no encontro com os pares sejam constru das pr ticas pedag gicas que ampliem os repert rios culturais infantis Para tanto preciso que as institui es de educa o infantil constituam se em espa os de forma o no sentido de se estabelecer cruzamentos f rteis entre as an lises das produ es simb licas infantis e elabora o de propostas pedag gicas 17 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP O MOVIMENTO NA EDUCA O INFANTIL FORMA O CONTINUADA NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE TUBARAO Luciane Lara Acco UNISUL Alzira Isabel da Rosa UNISUL Partindo do princ pio onde as pesquisas nos confirmam que o movimento toda forma de express o de um corpo este relato nos leva a tematizar a import
123. a da investiga o n o uma constante na sala de aula por isso a proposta que ou a palavra ensino aglutine o exerc cio de pesquisa ou seria necess rio buscar a pr tica do ensino pesquisa em que ambos se pressup em n o alternativamente mas simultaneamente Para Anastasiou a educa o pela ci ncia e para a ci ncia fundamenta o processo educacional centrado no pr prio progresso do indiv duo e da universidade 2005 p 46 por isso o princ pio da coopera o que rege a busca pelo saber num relacionamento de horizontalidade Felizmente um significativo n mero de iniciativas faz com que hoje o ensino rompa com uma metodologia tradicional Os professores cada vez mais conscientizam se de que n o existe ensino que n o pressuponha pr tica contextualiza o e questionamentos Tamb m compreendem estes professores que precisam investir em sua pr pria forma o para corresponder aos tantos desafios pelos quais passa a educa o no Pa s pois o aprendizado permanente tanto n o se encerra para o aluno quanto para o professor 127 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Z Isso n o simples sem d vida Dificultando o trabalho do professor e uma poss vel emancipa o intelectual do aluno est a sociedade das vitrines O extremo valor ao material envolve as pessoas num cotidiano desenfreado de rel gios prazos consumos e prazeres o que vende a id ia de uma sociedade mais e
124. a est vel Estas mensagens deixam transparecer certo tom de preconceito De acordo com Caparelli 1986 a segunda 5 FERREIRA Manuela org et al Educa o Sociedade e culturas Revista da Associa o de Sociologia e Antropologia da educa o Porto Alegre Edi es Afrontamento n 789 p 187 245 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP vers o do Sitio do Pica Pau Amarelo foi recusada pelo governo da Angola por ser considerada racista 1 1 2 A Fam lia e a inf ncia A fam lia o segmento que exerce um papel de fundamental import ncia na sociedade em rela o educa o das crian as Pois ela ou deveria ser o porto seguro no qual as crian as recebem seus primeiros ensinamentos e afetos A fam lia antigamente assim como a inf ncia n o era vista como a conhecemos hoje Nesse sentido que Ari s 1981 enfatiza que a fam lia por volta do S culo XVII n o estava incumbida da educa o dos filhos que permaneciam longos per odos fora de casa em semi internatos Os pais j discutiam nesta poca qual seria a melhor a educa o dos filhos em casa com a fam lia e com o aux lio de um preceptor Percebe se portanto a mudan a do sentimento da fam lia em rela o educa o dos seus filhos que at ent o nas palavras deste autor n o era considerada importante dentro do seio familiar Havia tamb m nesta poca um grande n mero de mortalidade infantil Pode se dizer que
125. a hist ria de preconceitos equ vocos e d vidas sobre a capacidade dessas pessoas 3 Forma o do professor No Brasil a quest o de forma o de professores tem sido objeto de estudos debates e infinitas interroga es em rela o ao aperfei oamento do educador para o trato com o aluno deficiente Os futuros docentes ao inv s 207 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP de aprenderem a levantar quest es em rela o aos diferentes m todos did ticos t cnicas de pesquisa e teorias da Educa o s o direcionados em aprender o como fazer e o que funciona como afirma Giroux 1997 Sabe se que o professor ainda n o recebe em sua forma o acad mica o preparo necess rio para trabalhar com alunos que possuam algum tipo de defici ncia N o lhe s o ensinadas as pr ticas pedag gicas necess rias para um contato menos traum tico com esses educandos Dessa forma o docente obrigado a encontrar m todos para o ensino de seu conte do sem discriminar o deficiente procurando assim contribuir para a inclus o e inser o do mesmo no processo ensino aprendizagem A LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educa o n 9394 96 reafirma esta tend ncia sobretudo no Cap tulo V exclusivo da Educa o Especial O fato de figurar em um cap tulo espec fico uma inova o geralmente interpretada como discrimina o positiva Mas apesar das conquistas e avan os na nova LDB a Edu
126. a para crian as menores de 12 anos O que nos leva a crer que uma s rie produzida e levada ao ar com o intuito de mostrar aspectos importantes da inf ncia brasileira ao p blico adulto Como a quest o do abuso sexual contra crian as praticado muitas vezes pelo pr prio pai a explora o do trabalho infantil a pobreza que faz parte da parte de um grande n mero de crian as A nfase maior na miniss rie a inf ncia Ela aborda outras tem ticas importantes que fazem parte da cultura brasileira Como por exemplo os v rios tipos de inf ncia a inoc ncia desta fase a fome os mitos e lendas do povo brasileiro a poesia as m sicas folcl ricas entre outras Figura 1 Maria brincando na fazenda A miniss rie Hoje dia de Maria traz em seu primeiro cap tulo cenas que enchem os olhos do p blico pois mostra a realidade de uma menina que vive no contexto rural Como podemos perceber na Figura 1 Maria est brincando no seu balan o cantarolando feliz A m sica folcl rica brasileira aparece de forma significativa ao longo da miniss rie indicando o estado de humor da personagem vivida por Carolina de Oliveira A m sica tamb m mostra o lugar social e geogr fico dos personagens Na primeira fase como a trama ocorre num contexto rural Maria como todos os outros personagens expressam seus sentimentos com m sicas referentes ao folclore nordestino Na segunda temporada as m sicas refletem o contexto do meio u
127. a pois deles se ocupam estudos universit rios peri dicos e encontros acad micos Entretanto n o se configura como uma disciplina acad mica sendo um campo de estudos 166 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP onde diversas disciplinas se interseccionam no estudo de aspectos culturais da sociedade contempor nea ESCOSTEGUY 2004 p 137 Os Estudos Culturais em seu movimento original tem sido considerados como uma proposta mais pol tica do que anal tica Recorde se todavia que desde as suas primeiras fases para muitos tem estado evidente que os Estudos Culturais mesmo tendo suas ra zes no pensamento marxista n o se harmonizavam com tons estalinistas posi o que vai se desdobrar em cr ticas dirigidas ao chamado economicismo Como aponta Stuart Hall em Da di spora identidades e media es culturais em nenhum momento os estudos culturais e o marxismo se encaixaram perfeitamente em termos te ricos 2003 p 203 Em harmonia com essas posi es os Estudos Culturais atribuem cultura um papel que n o totalmente explicado pelas determina es da esfera econ mica postura que leva a contesta es dirigidas ao modelo base estrutura e que entende que a cultura deve ser percebida como gozando de um espa o de autonomia relativa ESCOSTEGUY 2004 p 144 Nesse sentido a cultura n o pode ser entendida como reflexo nem dependente das rela es econ micas embora se cons
128. abriela Hardtke B hm UNISUL O contexto familiar e a escola sofreram muitas modifica es nas ltimas d cadas Na esteira dessas constata es surgiu no mercado editorial voltado para as crian as um tipo de publica o que atende a interesses que n o os estipulados pelo estatuto da literatura infantil ora vigente O livro que associa a literatura ao conhecimento tem ganhado espa o nas listas de material escolar e nas aquisi es de pais preocupados em atender necessidades das crian as Para tanto foi feito um levantamento entre obras de n o fic o publicadas nos ltimos anos com o objetivo de mapear as rela es entre o conhecimento cient fico hist rico entre outras reas com recursos liter rios presen a de narrador tempo personagens espa o Este estudo detectou a exist ncia de pelo menos tr s graus de rela es a n o fic o propriamente dita a n o fic o com recursos ficcionais e a n o fic o com predom nio da ilustra o sobre o texto Em verdade essa pesquisa n o constata algo novo Apenas amplia o olhar sobre um recurso j utilizado por Monteiro Lobato nos anos 20 do s culo passado Al m disso a proposta dos autores de obras desse g nero encontra se em conson ncia com a abordagem cognitivista da aprendizagem e com as id ias de Pierre L vy Logo a quest o da interpreta o do conhecimento em si e da leitura do mundo passam necessariamente pelo fato de que atribuir sentidos signif
129. acionistas demonstraram que as pessoas com defici ncias n o precisam e nem devem ser exclu das socialmente 2 Exemplos de pol ticas p blicas voltadas ao deficiente O amparo s pessoas que possuem algum tipo de defici ncia passou a fazer parte das normas brasileiras a partir da Constitui o Federal de 1988 A partir de ent o foram criados dispositivos legais em reas como educa o trabalho assist ncia social e acessibilidade f sica no intuito de garantir a inclus o social dos deficientes FCEE 2006 Entre as pol ticas p blicas estabelecidas tem se a reserva de cotas nas universidades para os deficientes assim como nas empresas p blicas A planifica o de espa os abertos as adequa es dos meios de transportes e dos meios de comunica o tamb m est o asseguradas em lei MAZZONI TORRES 2005 Na rea do trabalho a Conven o 159 da Organiza o Internacional do Trabalho OIT assegura a reabilita o profissional e oportunidades de emprego para todas as pessoas com defici ncia e o artigo 93 da lei N 213 91 obriga as empresas a contratar um n mero m nimo de deficientes que seja proporcional quantidade total de seus trabalhadores FCEE 2006 A legisla o brasileira apresenta grandes avan os em rela o inclus o social das pessoas com defici ncia mas ainda haver muita dificuldade para que as leis sejam implementadas pois a aplica o das mesmas enfrenta barreiras decorrentes de um
130. acordo com Marina 2003 em 1826 aos 19 anos Braille torna se oficialmente professor passando a lecionar ent o as disciplinas de gram tica geografia aritm tica e m sica Mas somente em 1843 quando a Institui o Real para Jovens Cegos foi transferida para um novo pr dio o alfabeto Braille obteve aceita o p blica e passou a ser utilizado de fato A partir da ocorreu uma expans o do sistema por toda a Europa Durante o per odo de dificuldades enfrentadas para que suas realiza es fossem aceitas Braille tamb m teve de lutar contra uma enfermidade Aos 20 anos teve a confirma o que estava com tuberculose e ent o passou a contar com cuidados m dicos di rios Lecionou at 1850 quando solicita sua demiss o por n o haver mais condi es f sicas suficientes para estar em sala de aula Venturini e Rossi 1978 destacam que Braille continuou apenas com as aulas de piano Todavia um ano depois sua sa de fica muito comprometida obrigando o a permanecer acamado at o dia de sua morte Em seis de janeiro de 1852 apenas dois 209 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP dias ap s ter completado 43 anos Louis Braille n o consegue mais resistir sua doen a e falece Figura 1 Alfabeto Braille Fonte http www senai br psai braille material asp 4 2 Sorob Muitos autores t m registrado a incerteza do local onde o Sorob foi inventado uma vez que v rias vers es s o conheci
131. ade de transformar o aluno em um cidad o mutante produtivo aspirante ao trabalho e tolerante nos momentos em que se encontra sem emprego ou seja operar no imagin rio social uma invers o por meio da qual os problemas econ micos s o atribu dos a falta de preparo educacional sendo assim a crise educacional em vez de decorr ncia hist rica transformou se em causa respons vel pela exclus o social Segundo Shiroma e Evangelista 2003 p 87 O governo Fernando Henrique Cardoso ao assumir em 1994 lidou com a crise educacional delineada no governo Collor retirando dela os insumos necess rios para desencadear a reforma educacional caracterizando um tipo de interven o estatal que imprimiu forte car ter privatista e flex vel s pol ticas oficiais como no caso da Lei das Diretrizes e Bases da Educa o Nacional LDBEN Os documentos produzidos pelo governo federal apresentavam uma particular leitura da crise educacional nela distinguindo dois p los um relativo pr tica e seus correlatos livro did tico sistema de avalia o gest o 135 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP escolar material pedag gico curr culo rela o professor aluno e outro relativo forma o docente A atribui o de centralidade ao professor bastante referida nas reformas principalmente com rela o forma o docente produzindo uma inflex o importante na pol tica de
132. ade pr xima como a rua o bairro a crian a vai tomando consci ncia de todos os aspectos da vida cotidiana e de outros tempos presentes em nosso dia a dia No tocante a 3 e 4 s ries a mesma proposta faz refer ncia a uma anterior de 88 91 que define um conjunto de temas que enfocam a hist ria local e regional Nesse mesmo texto os as autores as esclarecem que os professores n o est o instrumentalizados para conduzirem o processo pedag gico uma vez que para tal exigiria um preparo te rico metodol gico que somente as licenciaturas em Hist ria seriam capazes de fornecer Diz o texto Deve se ressaltar a impossibilidade dos professores destas s ries trabalharem os conte dos hist ricos da especialidade do professor de hist ria e mais afirma o texto As dimens es metodol gicas e historiogr ficas necess rias n o est o dispon veis na forma o do professor generalista Mesmo diante dessa constata o no par grafo seguinte h uma recomenda o Prop e se deste modo que nas s ries referidas o estudo da Hist ria se fixe na recupera o hist rica do Munic pio e do Estado no presente e que as dimens es pret ritas sejam referidas por estudos do meio do patrim nio cultural e de grupos tnico culturais atrav s da hist ria oral da fotografia ou mesmo de documentos escritos V se assim que essas coloca es presentes no texto ao mesmo tempo em que explicitam indicadores curriculares afi
133. ado constitui a educa o j feita n o tarefa f cil A cultura que estava por se fazer nos pa ses da Europa dos primeiros s culos dependia naturalmente da educa o j feita dos gregos a cultura que estava para se fazer nos pa ses do Novo Mundo dependia da educa o j feita dos europeus MELLO 1986 p 57 preciso todavia lembrar que as coloca es de M rio Vieira de Mello n o pretendem solucionar a quest o que ao que tudo indica continua em aberto Mas algumas pondera es parecem oportunas Por um lado quanto a quest es relacionadas com a cultura sabe se que a ess ncia do conceito passa por uma fase de ebuli o e neste estudo foi visto um pouco dessa busca por novos rumos Por outro lado no que diz respeito educa o o conceito parece manter a sua ess ncia isto a caracter stica idealista que assinala s id ias ao ideal e por conseguinte ao esp rito a posi o dominante no conjunto do ser VRIES 1969 p 215 De onde derivou essa percep o De um fato que se expressa nas bibliografias e nos estudos mais considerados pela rea da educa o onde predominam conceitos idealistas Estes com forte suporte no mundo das id ias indicam perceber a educa o num certo sentido como um caminho necess rio para a constru o de um mundo melhor que h de vir Uma postura dessa ordem segundo o meu entendimento cria um clima de facilidades para que se interprete a educa o como a
134. ado por Clyde Kluckhohn que em Mirror for Man chegou a relacionar uma gama de defini es de cultura como 1 o modo de vida global de um povo 2 o legado social que o indiv duo adquire do seu grupo 3 uma forma de pensar sentir e acreditar 4 uma abstra o do comportamento 5 uma teoria elaborada pelo antrop logo sobre a forma pela qual um grupo de pessoas se comporta realmente 6 um celeiro de aprendizagem em comum GEERTZ 1989 p 04 Esse assunto tamb m foi tratado por Clifford Geertz em A interpreta o das culturas relembrando o conceito cl ssico do ingl s Edward Tylor que considerava cultura como aquele conjunto de elementos que inclui conhecimentos cren as arte moral leis usos e quaisquer outras capacidades e costumes adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade TYLOR apud CRESPI 1997 p 26 Reconhece a for a criadora desse conceito que foi muito importante para os rumos da Antropologia Mas Geertz afirma tamb m que h uma busca por um conceito de cultura mais limitado mais especializado pois o elaborado por Tylor parece ter chegado ao ponto em que confunde mais do que esclarece GEERTZ 1989 p 03 Um pouco depois o autor explicita a sua posi o pessoal Acreditando como Max Weber que o homem um animal amarrado a teias de significados que ele mesmo teceu assumo a cultura como sendo essas teias e a sua an lise 1989 p 04 Nesse se
135. ais adequada no caso da comunica o que incorpora tecnologias inform ticas seria a de uma rede com pontos n s e segmentos conex es A imensa rede dos universos de significa es constitui um hipertexto Retomando se a an lise da associa o entre o conhecimento e a literatura infanto juvenil a partir das no es sobre a abordagem 182 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP cognitivista da aprendizagem e das id ias de L vy podemos concluir que a quest o da interpreta o do conhecimento em si e da leitura do mundo passam necessariamente pelo fato de que atribuir sentidos significa ligar um texto numa acep o bem abrangente a outros textos e essas liga es que diferenciam uns sujeitos leitores de outros Nada mais l gico portanto do que associar dois campos culturais que atendem a uma necessidade crescente de saber Arte e ci ncia unem se entre si e esse elo comunica se por sua vez com os mais diversos setores do conhecimento O empr stimo de conceitos e recursos pr prios da arte liter ria a outras reas do conhecimento n o fen meno recente H muito se discute as rela es entre a Hist ria e a Literatura e os te ricos j afirmam que o entendimento da primeira passa pelo estudo do imagin rio assim como o entendimento da literatura passa pelo estudo do processo hist rico CHIAPINL 1990 p 474 De modo semelhante a publicidade muito antes da Hist ria fez
136. aisagem mas a ess ncia o foco de an lise ou seja O espa o geogr fico 3 Geografia escolar A geografia a hist ria e a l ngua nacional foram introduzidas nos curr culos escolares tornaram se instrumentos poderosos nas m os de uma classe preocupada com suas fronteiras demarcadas pela tradi o e pela l ngua PEREIRA 1999 Assim a geografia escolar iniciou sua trajet ria para consolidar com as fun es capitalistas na sociedade Desde o s culo XIX com seu ressurgimento na Alemanha esta ci ncia tem servido para a descri o da paisagem para a memoriza o das atividades econ micas de um pa s e muitas vezes sem ir al m das apar ncias Mas para que serve todo este conhecimento Como Lacoste nos lembra serve para reproduzir a sociedade que est e garantir que um saber estrat gico como o da geografia n o ficasse nas m os de alguns No entanto a escolariza o desta ci ncia nos mostra que a geografia escolar est mais ligada s fun es da mem ria do que propriamente da reflex o cr tica sobre o espa o geogr fico da humanidade A geografia tradicional ainda permanece como uma concep o predominante entre os professores embora v rios livros did ticos procurem uma abordagem mais ligada concep o cr tica Essa an lise n o pode estar desvinculada das condi es de trabalho dos professores e da infra estrutura das escolas Nesse sentido pesquisou se diversos pedagogos que atuam nos anos
137. alto ndice de consci ncia e de percep o quanto import ncia dessa rea do conhecimento No tocante contribui o do ensino de hist ria para uma forma o pol tica e social dos alunos 86 0 dos entrevistados sempre consideram os conte dos de Hist ria como uma contribui o para o conhecimento dos fatos e mudan as que ocorrem na sociedade local e regional Ainda quando da an lise da quest o da abordagem pol tica e social no trabalho com Hist ria os professores demonstraram ter um elevado n vel de consci ncia de seu desempenho Este se eleva no tocante ao trato com a realidade de vida uma vez que ao serem questionados sobre o ensino de Hist ria como um instrumento que poder contribuir para o conhecimento do meio onde vivem os alunos e seus familiares 86 0 deles sempre consideram em suas pr ticas Tamb m nesse quesito os professores demonstram uma a o pedag gica voltada s expectativas e necessidades do meio As contradi es se revelam em seguida ao serem questionados como preparam os conte dos de hist ria em sua pr tica cotidiana apenas 23 3 afirmaram que preparam com muita satisfa o os demais preparam com o mesmo entusiasmo dos outros conte dos revelando n o darem aten o especial ao ensino de Hist ria Como as redes p blicas do munic pio de Tubar o possuem escolas vinculadas aos sistemas estadual e municipal de ensino e em cada uma dessas redes h documentos norteadores espec ficos 9
138. am A Bruxa J lia amassou e recortou folhas de revista e fez a cabe a Olhou para a boca da Bruxa e disse _ a boca deu risadinha Pegou o papel celofane verde e colou na cabe a estava pronto o cabelo J lia Anna Paula e Paola falaram Bruxa malvada Anna Paula fez os bra os e as pernas e com a ajuda da Paola colou as cabe a J lia disse O bra o na cara E em seguida d uma risadinha Falei para as meninas onde deveriam colocar os bra os e as pernas J lia disse A Bruxa minha da Paola e da Anna Paula Depois Rebeca disse Eu quero escrever o nome me d a tua caneta Ela desenhou a Bruxa e algumas letras pegou a fita adesiva e colou a folha ao lado da Bruxa Registro da professora Ana Alice Dias 29 10 2004 A situa o descrita explicita um movimento das professoras em acolher as id ias das crian as possibilitando a concretiza o das suas inten es seus desejos numa rela o de pares na qual o ponto de vista do outro a intera o permite que as crian as ressignifiquem e produzam suas culturas As Melhor se compreendem assim as crian as como produtoras activas dos seus mundos de crian as ou seja como capazes de elaborar uma ordem social infantil que uma vis o intersubjectiva do mundo e o modo de estar no mundo constru do social e culturalmente nas intera es rela es sociais e din micas de socialibilidade pr prias no contexto do JI a que decorrentes da ad
139. ansformaram o saber em principal moeda A tarefa de forma o do cidad o de responsabilidade direta dos pais e da escola mas esta ltima que vem assumindo de modo mais concreto essa fun o As circunst ncias sociais que envolvem o provimento da subsist ncia e o atendimento das necessidades infantis cada vez mais delegam essas atribui es a outras institui es visto que a atividade profissional absorve a maior parte do tempo dos genitores J desde muito pequenas as crian as s o atendidas em ber rios e creches ou ficam sob os cuidados de bab s ou da empregada da fam lia As institui es de educa o infantil absorvem cada vez mais cedo esse contingente de aprendizes em potencial acumulando fun es que pertenciam inicialmente aos familiares principalmente aos do sexo feminino que agora exercem uma atividade profissional fora do ambiente dom stico Revisando o papel da crian a na fam lia ao longo dos tempos pode se constatar tr s momentos distintos A concep o de crian a vigente na sociedade anterior ao s culo XVII era a de um adulto em miniatura Os nascimentos eram muitos mas a taxa de mortalidade infantil era alta uma vez que a falta de cuidados adequados e at mesmo a aus ncia de uma liga o afetiva com os pais eram os empregados ou outros adultos os respons veis diretos pelas crian as favoreciam as mortes Os pequenos participavam dos eventos naturais do cotidiano da sociedade tais como m
140. ante a desvendar os significados e de quebra colocam no a par do fen meno da divis o celular sem mencion lo diretamente Outro exemplo bem sucedido da associa o entre fic o e ci ncia Tra a que tra a tra a 2003 H uma estrutura narrativa bem montada 188 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP com um narrador em primeira pessoa Tracilda uma tra a que n o gosta de livros velhos mas foi para em um sebo A personagem antes de devorar qualquer livro l a obra deixando assim um espa o para pequenas li es o significado de um verbete a anatomia do olho humano Por m o autor lida de forma sutil com esses conceitos tornando poss vel que o leitor se divirta com as reflex es da protagonistas e seus conflitos com Xupit o um cupim e o caruncho Alain Berger Associados direta ou indiretamente aos conte dos ministrados pelas disciplinas escolares as obras de n o fi c o objetivam complementar e refor ar os conhecimentos transmitidos pela escola al m de auxiliar a crian a no conv vio com as mais diversas situa es A geografia a hist ria os direitos humanos a sexualidade os conflitos familiares e as religi es do mundo s o alguns dos temas abordados por essas publica es O efeito pedag gico evidencia se desde os volumes destinados a crian as n o alfabetizadas ou em fase inicial de leitura at obras que exigem um leitor mais exigente Embora a inten o dos professores
141. antes da rede estadual 89 0 declararam nunca terem frequentado 85 0 da rede municipal tamb m se encontram na mesma situa o Nesse aspecto os ndices s o altos alcan ando propor o superior aos da hist ria local Com rela o participa o nos eventos encontros semin rios sess es de estudo sobre a hist ria regional 96 0 da rede estadual nunca frequentou sendo que o mesmo se d com os da rede municipal 92 0 Os mesmos ndices correspondem ao ensino de hist ria de Santa Catarina tanto no tocante fregii ncia de cursos com a participa o em eventos Objetivando contribuir para a discuss o sobre o preparo docente para o ensino de Hist ria nas s ries iniciais o estudo apresentado nos remete a algumas considera es finais Entre elas a pesquisa realizada talvez n o se apresente de forma original mas com certeza ela levanta dados que poder o contribuir n o somente para Tubar o mas para o estado de Santa Catarina e outras regi es do Brasil sobre as condi es com as quais se deparam os professores quanto ao ensino de Hist ria nos anos s ries iniciais a relev ncia da pesquisa nesta primeira fase consiste em demonstrar claramente uma defasagem no que se prop e nos documentos oficiais como embasamento te rico voltado a a o pedag gica ainda que no outro extremo essa mesma a o revela elevadas defici ncias na operacionaliza o do conte do dos mesmos O pr prio sistema estadual e
142. ao Brasil de 1800 a hist ria criada serve apenas de moldura para informa es sobre os negros ou os escravos A pr pria busca das informa es feita pelas personagens deve se necessidade de elabora o de um trabalho escolar Al m de erros de linguagem o uso de express es em franc s e em alem o com a presen a de um vocabul rio ao p da p gina s refor a o car ter exclusivamente pedag gico da obra 187 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Uma aventura nas Miss es 1997 utiliza a mesma estrutura narrativa que Monteiro Lobato criou para suas obras A n o fic o encaixa se na fic o atrav s da conta o de hist rias de v Hilde Os personagens que parecem ser fixos desde as primeiras narrativas da autora s o dados como conhecidos para o leitor e n o gozam de nenhum tipo de apresenta o ou descri o pormenorizada Isso significa que o leitor que est diante dessa obra e n o conhece outros livros publicados pela autora fica sem saber o porqu de um general lton viver na fazenda outra semelhan a com Lobato o ambiente rural e a origem de seres m gicos como a boneca Rita e o dinossauro Dad A proposta de Uma aventura nas Miss es boa mas peca na execu o Os cap tulos pequenos e a aus ncia de trechos descritivos tornam a hist ria r pida econ mica demais agravada pelas mudan as bruscas de cen rio num mesmo cap tulo poupando o esclarecimento de circunst
143. apresentar algumas ilustra es visuais Como resolver isso Com fotografias de crian as brincando A solu o encontrada foi em outra dire o e no livro did tico figuraram imagens que unem brincadeiras infantis e arte o ato de brincar representado em telas da pintora Salet Lifiera sempre retratando alunos de escolas p blicas catarinenses Concretizou se dessa maneira um encontro feliz pois entre as metas da publica o em an lise estava valorizar a arte em suas variadas formas de manifesta o O que se desejava em termos educativos Aspirava se por um lado que as crian as aprendessem a apreciar cria es art sticas e que esse conhecimento as ajudasse a estudar a hist ria e cultura da terra catarinense Desejava se ainda que os alunos fossem capazes de situar as cria es art sticas no tempo compreendendo as como manifesta es culturais de uma poca o tempo do artista que as pintou ou o tempo a que se referem as imagens FIORI LUNARDON 2005b p 16 No ltimo caso o tempo representado nas telas recentemente citadas remete vida escolar nos intervalos entre as aulas com equipamentos muito modestos as crian as conseguiam brincar ora fazendo 171 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP bolinhas de sab o ora jogando em grupo com pequenas bolas de vidro as conhecidas bolinhas de gude Nessa linha de pensamento o livro destinado ao professor apresenta outras considera
144. ar material Antigamente ramos valorizados por m era outra sociedade hoje ela n o respeita mais ningu m 145 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP B Equipe t cnica um grande desafio as condi es f sicas sociais s o complexas por m as condi es n o impedem o professor de desenvolver um bom trabalho Somos pouco valorizados antigamente o professor era muito valorizado hoje n o se tem a mesma valoriza o ser professor sofrer chacota uma piada em programas de TV As condi es s o as piores poss veis voc trabalha com materiais de primeira gera o o que mais velho chega escola falta papel livros computadores televis o pois o m nimo para tornar as aulas mais atrativas Uma gama da sociedade ainda valoriza muito o professor outra n o A profiss o est se adequando ao tempo As condi es s o inadmiss veis O descaso com a educa o imenso N o h condi es de realizar um trabalho que d conta minimamente das necessidades do mundo contempor neo e das novas crian as N o h estrutura f sica e material adequado s condi es para que os profissionais possam aperfei oar e preparar atividades diferenciadas A sociedade n o valoriza mas por um lado o professor n o mais o dono da verdade como era antigamente talvez por isso n o seja t o valorizado mas h tamb m a quest o pol tica de desvaloriza o da profi
145. ar suas opera es aritm ticas fora do sorob O som emitido cada vez que uma tecla selecionada Para realizar a adi o 3 8 11 por exemplo o aluno apertar na tecla correspondente a cada n mero e a calculadora falar o nome do algarismo da opera o do sinal de igual e do resultado Ela dir tr s mais oito igual onze Figura 4 Calculadora sonora Fonte Autoras do trabalho 4 4 Jogos e pe as especiais 4 4 1 Jogos Arvore Matem tica Brincando com N meros e Some e Vire Um exemplo de recurso que o professor pode utilizar para ensinar Matem tica tanto ao vidente pessoa dotada de vis o como ao deficiente visual garantido assim a inclus o conhecido como rvore Matem tica Como objetivos deste material podem ser destacados a amplia o e a estimula o do conceito de n mero a explora o das opera es de adi o e subtra o bem como o est mulo do racioc nio l gico do aluno FCEE 2006 Outro recurso l dico que o docente da rea de Matem tica tem a sua disposi o para o ensino de deficientes visuais o jogo Brincando 213 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP com n meros atrav s do qual o aluno cego poder estabelecer rela es dos n meros com a quantidade correspondente dos objetos que o professor colocar dentro das sacolas de cada algarismo FCEE 2006 O jogo Some e vire possibilita o des
146. arina FEILITZEN Von Cec lia Perspectiva sobre a crian a e a m dia Bras lia Unesco Sedh Minist rio da justi a 2002 CAPARELLI S rgio Televis o programas infantis e a crian a In ZILBERMAM Regina org et al A produ o cultural para a crian a Porto Alegre Mercado Aberto 1986 FERREIRA Manuela org et al Educa o Sociedade e Culturas Revista Associa o de Sociologia e Antropologia da educa o Porto Alegre Afrontamento n 789 2002 FILHO Jos Martins DIAS Trist o Fernanda Carolina dias Trist o org et al Crian a pede respeito Temas em educa o infantil Porto Alegre Media o 2005 FIUZA Almeida De Regina S lvia org Dicion rio da TV Glogo Programas de dramartugia e entretenimento Ed Jorge Zahar Rio de Janeiro 2003 FREITAS De Cezar Marcos org et al Hist ria social da inf ncia no Brasil 6 ed S o Paulo Cortez 2006 GONTIJO Silvana O livro de ouro da comunica o Rio de Janeiro Ediouro 2004 p 414 415 GENTILE Paola Liguem a TV Vamos estudar Nova escola Abril janeiro Fevereiro 2006 MARCILIO Luiza Maria In FREITAS Marcos de Cesar org et al Historia Social da Inf ncia no Brasil S o Paulo Cortez 2006 dh Miniss rie Hoje Dia de Maria Dispon vel em http redeglobo globo com blog 0 4875 00 html Acesso em 15 dez 2007 253 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP NICOLAU Machado L cia e DIAS Mo
147. arvalho 7 O lobisomen Hist ria recolhida pela aluna Lucimar F da Silva Oliveira Relato de Nildete Carvalho de Oliveira 66 anos natural de Tubar o SC 8 O mist rio do Boitat Hist ria recolhida pela aluna Lucimar F da Silva Oliveira Relato de Jo o Joaquim da Silva 69 anos natural de Imbituba SC 9 O navio encalhado Hist ria recolhida pela aluna Talita Gisele Pereira Relato de Acedi lio Pereira morador da Vila Alvorada Imbituba 10 Hist rias de bruxa Hist ria recolhida pela aluna Maria Concei o Ramildes Ferreira 232 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Relato de Vald rio Joaquim Ramildes 73 anos natural de Imbituba 11 Eu vi o boitat Hist ria recolhida pela aluna Adriana Costa Cassales Relato de Constantina Soares 82 anos moradora de Imbituba 12 Hist ria do boitat Hist ria recolhida pela aluna de Mislene Silva da Rosa Relato de Maria 63 anos moradora de Imbituba 13 Um tal de seu Peru Hist ria recolhida pela aluna Carla Relato de Manoel Figueiredo 67 anos Conclus es Acreditamos que o trabalho tenha sido produtivo pois provocou o encontro do presente com o passado em que as alunas fizeram um exerc cio de escuta e valorizaram a hist ria do outro neste caso espec fico o de uma pessoa da terceira idade Os textos reunidos est o recebendo um tratamento cuidadoso de revis o e encaminhadas para serem ilustrados uma il
148. as CRUZ 2004 p 1 Foi ficando cada vez mais evidente a necessidade de conhecer os repert rios das brincadeiras das crian as com intuito de valorizar suas cria es simb licas e ampli las Todavia para analisar e interpretar tais repert rios foi preciso estudar a tem tica da brincadeira a partir de algumas produ es te ricas e isso foi feito simultaneamente ao processo de elabora o de registros 2 1 As produ es simb licas das crian as na creche Joaquina Maria Peres Durante o processo de produ o de registros tornou se evidente a necessidade de mapear os repert rios das brincadeiras realizadas pelas crian as desse grupo As professoras destacaram algumas brincadeiras que a seu ver ocorriam com maior regularidade a brincadeira de casinha de mam e e filhinha de caminh o de lixo de bombeiro de supermercado Rosa de Lobo Mau de pista de carro e de pescar Ao discorrer sobre essas brincadeiras percebeu se que n o bastava saber do que aquelas crian as brincavam de modo gen rico era necess rio conhecer como elas constru am suas brincadeiras e os poss veis significados contidos nas mesmas N o era suficiente portanto afirmar que as crian as brincavam de casinha de lobo de mam e e filhinha pois isso n o traduzia o que ocorria durante essa brincadeira Tratava se de procurar conhecer as significa es produzidas por aquelas crian as naquele contexto social isso exigia rever os
149. as contempla os fatos na suma ess ncia da lente de uma verdade mas que se posiciona criticamente diante do conhecimento A proposta p r em quest o postulados at ent o considerados como reflexo fiel da realidade problematizando essa realidade em seus recortes limites cronologia unidades coerentes enfim em suas rela es homog neas que apontam para uma nica forma de se ver o mundo A partir do momento em que se questiona como as coisas s o representadas para o ser humano n o se entra numa quest o somente de buscar a verdade dos fatos entra se num terreno de investiga o sobre a porosidade dos saberes constitu dos que traduzem o mundo e isso impede ou n o a entrada dos sujeitos Abrir a porta de Drummond pela qual passa apenas sempre meia pessoa e pela qual apenas meia verdade volta portanto um desafio que assusta o sujeito pelo reconhecimento que j tem de si a partir dos discursos postos Vale saber se mesmo entendendo se como metades sujeito e conhecimento podem oferecer lugar s releituras sobre as condi es ideol gicas de manuten o ou de transforma o social Refer ncias Bibliogr ficas ABREU Alysson Leis do ensino secund rio e seus coment rios Porto Alegre Ed Queiroz 1963 ALTHUSSER Louis Aparelhos ideol gicos de estado Rio de Janeiro Graal 1985 129 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP ANASTASIOU Lea das Gra as Camargos ALVES Leonir Pessa
150. as a es educacionais desenvolvidas pela Unisul situa se a implementa o dos Projetos Pedag gicos dos Cursos de Gradua o MATRIZ PARA IMPLEMENTA O DE PPC 2005 Sabe se que os cursos elaboram projetos com propostas inovadoras e que remetem para bons resultados com educa o de qualidade e inovadora coerentes com o Projeto Pedag gico da Institui o No entanto o curr culo em a o n o responde na maioria das vezes ao prescrito em seus Projetos Pedag gicos MATRIZ PARA IMPLEMENTA O 2005 114 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A Pr reitoria Acad mica coordenou um diagn stico com pesquisa qualitativa na qual detectou necessidades de a o No documento considerado um guia est o descritas as a es essenciais para a implementa o dos Projetos Pedag gicos dos Cursos Constitui se em metodologia com a es delimitadas mas que permite flexibilidade para outros procedimentos adicionais que ajudam a consolidar o objetivo a qual a mesma se prop e MATRIZ PARA IMPLEMENTA O 2005 Percebe se que h prepara o para que um projeto pedag gico seja constru do e executado mas fica ainda algumas reflex es Como fazer para que um Projeto Pedag gico seja compreendido como processo Como as a es do cotidiano da sala de aula podem ser referenciadas nos Projetos Pedag gicos 2 2 A gest o pedag gica dos cursos de gradua o Os projetos pedag gicos dos cursos s o
151. as em fundos documentais nem sempre espec ficos sobre a instru o p blica o que requer maior tempo e disponibilidade de recursos para a investiga o Na trajet ria analisada evidenciou se a presen a do poder p blico da Igreja especialmente dos jesu tas e de particulares no oferecimento da instru o secund ria mocidade desterrense O ensino secund rio oferecido destinado aos meninos livres e sadios das camadas favorecidas caracterizou se pela cultura cl ssico liter ria necess ria ao ingresso nos cursos superiores e prerrogativa de distin o aos que o cursavam 30 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP PRIMERIAS INICATIVAS DE FORMA O DE PROFESSORES EM SANTA CATARINA 1830 1860 Leonete Luzia Schmidt UNISUL O presente trabalho resulta de uma pesquisa realizada com o objetivo de conhecer a organiza o inicial das escolas de primeiras letras assim como quem eram os professores que atuavam nestas escolas e quais os processos de forma o oferecidos e ou pensados pelos dirigentes da prov ncia da poca Foram analisados documentos oficiais como relat rios do presidente da Prov ncia do diretor geral de Instru o P blica do diretor do Liceu Provincial entre outros fundamentais para o entendimento da din mica que se implantava sobre o ser professor na escola de instru o elementar em Santa Catarina nas primeiras d cadas do per odo imperial A an lise desses materiais po
152. as etc Outros museus em fun o dos recursos recebidos de ind strias e empresas desenvolvem instala es que s o uma r plica das grandes empresas Marcas como Nestl Coca 199 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Cola Lego Mac Donalds promovem algumas exposi es e t m garantido suas propagandas em v rios espa os museol gicos Ai encontra se um risco com rela o indu o ao consumo Percebe se que tem havido um interesse cada vez maior em atender ao p blico de crian as menores de quatro anos Coube ao Boston Children s Museum nos anos de 1960 realizar a grande mudan a com rela o preocupa o com o p blico mais jovem A idade m dia dos visitantes caiu e foram constru das reas para os beb s onde os pequenos podiam brincar livremente e aprender explorando todos os sentidos Jeri Robinson 1998 vice presidente do Early Childhood Programs of The Children s Museum explica do que se trata essa inova o O projeto do Boston Children s Museum foi iniciado em 1981 para dar suporte s fam lias dos beb s Al m do Playspace o museu de Boston ainda oferece Manh na Pr escola a Classe de Informa o aos Pais M sica e Movimento Educa o de Pais Colabora o Comunit ria Consultas e Programas de Apoio fam lia Percdebe se um interesse em levar tamb m os familiares ao museu criando para eles atividades espec ficas O Museu das Crian as do Brasil construindo u
153. as principais variedades de peixes do pantanal Z Outro diferencial da obra dessa obra a associa o entre o comportamento de alguns animais e algumas express es da l ngua portuguesa tais como boi de piranha abra o de tamandu e jacar choca com os olhos Outros exemplos ainda ajudam a esclarecer como se comporta essa primeira linha de a o Brasil 500 anos de esperan a 2000 elabora um breve resumo da hist ria do nosso pa s abordando superficialmente diversos acontecimentos como a chegada dos portugueses a escravid o o fim da monarquia e a ditadura A inten o da obra parece ser a de mostrar ao leitor que apesar dos percal os na trajet ria do Brasil preciso ter esperan a de mudar o rumo da hist ria A fonte utilizada para o texto ampla e as estruturas sint ticas repetitivas objetivando atingir um leitor iniciante preciso lembrar que a presen a de trechos narrativos n o determina o enquadramento de um determinado texto na categoria de obras que unem fic o e n o fic o No caso em quest o trata se de uma caracter stica comum nas obras relacionadas Hist ria As biografias de pintores e m sicos constituem um ramo muito f rtil dessa primeira categoria de publica es infanto juvenis A cole o Mestres da m sica publicada pela editora Moderna possui t tulos sobre Tchaikovsky Beethoven Mozart e Bach onde o bom texto de linguagem acess vel s crian as est com
154. ativas orais na e da comunidade de Imbituba por meio de depoimentos de pessoas com mais de 60 anos de idade Juntamente buscou se fazer uma contextualiza o da origem das pessoas entrevistadas para reconstituir a poss vel origem das narrativas As narrativas foram ouvidas gravadas e posteriormente transcritas Nessa transcri o as alunas receberam orienta o para reescrever a hist ria sem perder o tom de oralidade que comp e a origem destas narrativas A turma composta de 12 alunas reuniu um total de 13 narrativas Curiosamente todas as hist rias recolhidas fazem parte do repert rio de assombramentos hist rias de medo e quebrantos Walter Benjamin Gilka Girardello e Celso Sisto orientaram teoricamente a pesquisa A atividade provocou o encontro do presente com o passado as alunas fizeram um exerc cio de escuta e valorizaram a hist ria do outro neste caso espec fico o de uma pessoa da terceira idade Por outro lado desenvolveu a sensibilidade para a arte de ouvir e contar hist rias bem como possibilitou a constru o de um acervo de narrativas orais que poder ser utilizado pelas estudantes em sua pr tica docente Palavras chave narrativa oralidade mem ria literatura A pessoa que conta e escuta uma hist ria compartilha da mesma clareira imagin ria durante os minutos que dura a narra o Ainda que as imagens mentais sejam nicas para cada um entre elas vibra a centelha de um sentido comum Gilka Girardello
155. avaliativo na perspectiva dos educandos O que eles pensam e entendem sobre este processo Processo do qual s o as pe as fundamentais e muitas vezes as nicas que sofrem as consegii ncias negativas A pesquisa realizada visando analisar as percep es que os educandos das s ries iniciais de uma escola p blica do munic pio de Garopaba possuem sobre o processo avaliativo foi de car ter explorat rio baseada em levantamento bibliogr fico sobre o tema e question rios realizados com dezesseis educandos das s ries iniciais Os resultados evidenciaram que os educandos n o possuem clareza de como s o avaliados e que o processo avaliativo est bastante restrito a provas e notas Ou seja preciso mudar uma cultura escolar que valoriza a nota o produto e n o o processo o aprender 59 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A TELEVIS O NO PROCESSO DE ALFABETIZA O A CONTRIBUI O DOS PROGRAMAS INFANTIS Adriana da Silva Rodrigues Schlickmann UNISUL N o se pode mais negar que a televis o enquanto tecnologia deve estar presente no processo educativo O presente trabalho tem ent o como tema A televis o no processo de alfabetiza o a contribui o dos programas infantis Parte das seguintes quest es de que maneira poss vel no contexto escolar que os programas infantis de televis o sejam utilizados pelos professores como instrumento no processo de alfabetizar letrando Sendo a
156. ca o Especial persiste como ap ndice ou subsistema apartado da concep o de uma educa o inclusiva Cabe assim a todos os envolvidos no processo de ensino a busca por novos recursos e metodologias que visam facilitar a aprendizagem dos alunos deficientes 4 Recursos para o ensino de matem tica ao deficiente visual 4 1 O sistema braille O Sistema Braille um m todo de leitura realizado atrav s do tato desenvolvido com o intuito de possibilitar aos deficientes visuais o acesso a um material impresso como livros revistas jornais etc Recebeu esse nome em homenagem a seu idealizador o franc s Louis Braille Louis Braille nasceu no dia quatro de janeiro de 1809 na cidade de Coupvray localizada a 45 km de Paris Para tentar perfurar um peda o de couro na oficina de seu pai Louis utilizou um objeto pontiagudo que acabou ferindo seu olho esquerdo causando uma hemorragia muito grave Devido ao limitado conhecimento m dico da poca n o foi poss vel encaminh lo a um tratamento adequado e dessa forma a infec o acabou se transferindo para o outro olho Com apenas cinco anos o menino teve perda total de sua vis o VENTURINI ROSSI 1978 208 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Mas Braille surpreendeu a todos com sua intelig ncia e dedica o aos estudos apesar das dificuldades causadas pela defici ncia Segundo Venturini e Rossi 1978 devido a essa supera o Louis Braille rec
157. ca o b sica Sabe se que a ci ncia geogr fica como as demais ci ncias possui diversas concep es que ao longo do tempo v o se redefinindo A concep o tradicional uma das mais antigas procura apenas descrever os fatos geogr ficos mas que diante da complexidade da sociedade atual n o alcan a mais seus objetivos Para evitar esses problemas importante aos professores conhecer os conceitos b sicos dessa ci ncia Milton Santos afirmou sistematicamente em toda sua obra que o objeto principal da geografia o espa o geogr fico isso significa dizer que se trata das rela es entre os seres humanos na paisagem Neste conceito central a geografia se define como um ramo do saber cient fico que se dedica ao estudo das rela es entre a sociedade e a natureza ou da melhor forma como a sociedade organiza o espa o terrestre com o objetivo de explorar e dispor dos recursos naturais No entanto essa compreens o da geografia se perde na transposi o did tica que permeada por planejamento inadequado acaba utilizando os livros did ticos como subs dios de suas aulas Nesse sentido a geografia escolar est mais ligada s fun es de mem ria do que propriamente da reflex o o que de fato distancia a escola da forma o cidad pois Os estudantes n o ter o posicionamento cr tico diante dela Na maioria das aulas de geografia os textos s o copiados do quadro ou lidos do livro did tico trazendo riscos aprendizagem pois n
158. cante a instrumentaliza o dos docentes autores t m se debru ado em quest es te rico metodol gicas sobre o ensino de hist ria nas s ries iniciais mas ao observar o cotidiano no espa o escolar e o uso dos meios dispon veis nos levam a pensar que os professores se deparam com textos redigidos por uma l gica de autores adultos a serem transmitidos por professores adultos e que na maioria das vezes exigem dos alunos respostas similares ao racioc nio de ambos ou seja uma percep o adulta A essa dificuldade em acompanhar o texto se soma necessidade nem sempre presente de decodifica o dos textos em termos de aprofundar o significado de termos e express es neles contidos e que representa um entrave compreens o dos mesmos Nesse sentido Weber 2000 p 75 ao tratar de quest es te ricas e metodol gicas da Hist ria afirma que As quest es sobre teoria e metodologia da Hist ria t m sido negligenciadas nas discuss es dos historiadores Essa neglig ncia acentua a dificuldade de discutirmos aqui o problema do ensino de teoria e metodologia da hist ria nos cursos de gradua o Ainda n o temos um know how para realizar essas discuss es Para a autora a forma o para o ensino de Hist ria n o deve ater se apenas a formar professores mas professores pesquisadores cuja especificidade o trato com a temporalidade A pesquisa a forma o de professores e seu papel motivador de novas pr ticas m todos e t c
159. cessamento Nesta comunica o defendo a tese de que a Teoria da Relev ncia pode ajudar a constituir pr ticas pedag gicas mais adequadas no ensino infantil e fundamental Nesse sentido apresento argumentos e exemplos aplic veis ao ensino aprendizagem em favor dessa perspectiva pragm tica de comunica o 25 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP ALGUMAS REFLEX ES SOBRE A GEST O PEDAG GICA NOS CURSOS DE GRADUA O DA UNISUL M rcia Fernandes Rosa Neu UNISUL O presente resumo buscou relatar uma experi ncia de constru o do Projeto Pedag gico de um curso de gradua o e a sua gest o pedag gica Sabe se que escrever bons projetos pedag gicos at relativamente f cil diante do desafio de realizar a es constantes para que ele realmente venha a modificar o fazer pedag gico e concretizar o perfil do egresso proposto pelo curso Considera se o Projeto Pedag gico dos cursos PPC como um documento norteador das atividades pedag gicas e pode ser entendido como um instrumento para o fazer universit rio produzido coletivamente no mbito da Institui o do Ensino Superior Nesses projetos al m de a es relacionadas ao ensino deve estar presentes direcionadores da pesquisa e da extens o para impulsionar as a es docentes e discentes Sabe se que a elabora o dos projetos pedag gicos implica atender ao car ter plural da sociedade e ao mesmo tempo garantir a identidade da Universidade e d
160. cimentos acerca de seus universos de vida o estudo das crian as a partir de si mesmas permite descortinar uma outra realidade social que aquela que emerge das interpreta es infantis dos respectivos mundos de vida O olhar das crian as permite revelar fen menos sociais que o olhar dos adultos deixa na penumbra ou obscurece totalmente Assim interpretar as representa es sociais das crian as pode ser n o apenas um meio de acesso inf ncia como categoria social mas as pr prias estruturas e din micas sociais que s o desocultadas no discurso das crian as SARMENTO PINTO 1997 p 25 A compreens o da import ncia da brincadeira a partir da observa o das experi ncias das crian as como espa o de reprodu o produ o cultural conduziu portanto decis o de planejar os espa os os suportes materiais com a inten o de ampliar o conhecimento acerca das produ es simb licas como tamb m a amplia o dos repert rios culturais das crian as Uma das professoras reflete sobre o processo de planejamento a partir das an lises dos registros das brincadeiras das crian as Pensando sobre a forma de planejar a partir de indicativos das crian as e tamb m dos diversos olhares iniciamos algumas a es em rela o ao espa o f sico e amplia o de conte dos oferecidos s crian as Constru mos m dulos de madeira e as crian as pintaram para servir de divis rias ao mesmo tempo tais m dulos s
161. com as mesmas De acordo com Rocha 2004 p 253 estas contribui es t m indicado para a pedagogia a necessidade de tomar como ponto da partida da ac o educativa o conhecimento sobre a crian a para al m daqueles definidos como padr es de desenvolvimento atrav s da observa o das crian as o como brincam e sobre o que brincam o cruzamento que estabelecem entre fantasia e realidade as express es do seu imagin rio e como interpretam temas da vida cotidiana Resulta isto em reconhecer que investigar sobre os contornos do ser crian a e 264 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP os processos de constitui o da inf ncia e da sua educa o implica considerar a crian a como agente cultural e informante qualificado Nosso desafio tem sido interpretar os indicativos das crian as de forma mais fidedigna poss vel pois mesmo tendo claro que sempre estaremos interpretando aquilo que as crian as comunicam ouvi las e compreend las exige que tenhamos agilidade no registro e sensibilidade no olhar COUTINHO 2002 A visualiza o de registros de pr ticas sociais das crian as possibilitou tamb m refletir sobre nossas pr ticas de registro ainda muito centradas nas pr ticas dos adultos Esta experi ncia possibilitou a constru o de uma unidade de sentidos e significados acerca do papel do registro como instrumento de pesquisa GANDINI GOLDHABER 2002 DAHLBERG MOSS PENCE 2003
162. como numa educa o do olhar hist rico sobre a sua pr pria realidade aliado a um prec rio suporte bibliogr fico sobre o tema em foco Considera se relevante esse estudo uma vez que poss vel reafirmarmos a import ncia de uma consistente discuss o sobre o papel das licenciaturas em Historia e do curso de Pedagogia no tocante a sua inser o na realidade local e ou regional e de seus fazeres pedag gicos tanto no preparo como no desempenho de docentes pesquisadores Quest es motivadoras da investiga o sobre o ensino de Hist ria nas s ries iniciais O ensino da disciplina de Hist ria nas s ries anos iniciais do Ensino Fundamental nem sempre tem sido alvo de devida aten o e ou 78 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP discuss es nos f runs educacionais sobre quest es did ticas e ou curriculares Para muitos professores vinculados a ANPUH o ensino de Hist ria inicia se na 5 s rie do Ensino Fundamental est gio esse em que a maioria das listagens curriculares priorizam o ensino de Hist ria do Brasil Por outro lado cursos de licenciaturas em Hist ria nas universidades preparam professores para atuarem nas s ries complementares e no Ensino M dio No tocante inicia o aos estudos hist ricos cabe sua abordagem s remanescentes escolas de magist rio de Ensino M dio Magist rio Superior e aos cursos de Pedagogia nas universidades Nas recentes reformula es curriculares que d
163. compreens o da geografia se perde na transposi o did tica que permeada por planejamento inadequado acaba utilizando os livros did ticos como subs dios de suas aulas Nesse sentido a geografia escolar est mais ligada s fun es de mem ria do que propriamente da reflex o o que de fato distancia a escola da forma o cidad pois Os estudantes n o ter o posicionamento cr tico diante dela Na maioria das aulas de geografia os textos s o copiados do quadro ou lidos do livro did tico trazendo riscos aprendizagem pois n o h significados nas discuss es apresentadas e as informa es s o repassadas descontextualizadas do conhecimento pr vio dos alunos Dessa maneira as discuss es deste trabalho s o importantes para gerar reflex es sobre o ensino de geografia nos anos iniciais da educa o b sica e contribuir na forma o do profissional pedagogo 22 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A ELABORA O DE LIVRO P RA DID TICO COMO MEIO PARA EDUCA O PATRIMONIAL Deisi Scunderlick Eloy de Farias UNISUL M rcia Fernandes Rosa Neu UNISUL USP Od cia Almeida de Souza UNISUL O conhecimento cient fico elaborado nas universidades tem dificuldade de ser absorvido no ambiente escolar quer seja pelo distanciamento f sico e estrutural dos cientistas quer seja pela dificuldade de meios de divulga o desse conhecimento A transposi o did tica para professores e estudantes deve pre
164. con forma o do professor A controv rsia na reforma torna se expl cita enquanto por um lado visa provocar a autocr tica da forma o docente mas por outro conduz a anula o da criticidade dos docentes quanto a sua pr pria exist ncia O Decreto 3 276 99 n o almejava apenas uma mudan a do l cus da forma o docente SHIROMA EVANGELISTA 2003 A pr xima quest o analisada trata das condi es de trabalho e da valoriza o social da profiss o Nossos entrevistados relataram que as condi es de trabalho s o prec rias falta est mulo investimento por parte dos governantes sal rios justos os materiais s o de p ssima qualidade infra estrutura prec ria com pr dios antigos salas superlotadas viol ncia e stress constantes poucos cursos oferecidos para aperfei oamento profissional e quando estes s o oferecidos n o podem ser cursados por serem nos hor rios de trabalho Colaborando com o resultado da pesquisa Vasconcellos em seu livro Para onde vai o professor 1996 p 23 relaciona alguns aspectos crucias em rela o ao professor a Falta de condi es de trabalho p ssima remunera o necessidade de sobrecarregar a jornada de trabalho muitas aulas v rias escolas muitos alunos Falta de tempo para estudo para prepara o das aulas para confec o do pr prio material did tico para reciclagem falta de materiais de apoio etc Falta de recursos para aquisi o de livros e revistas o
165. cultura que ainda est por se fazer como pontuado pelo fil sofo Vieira de Mello A verdade que as reflex es que envolvem antropologia cultura quase sempre acabam nos conduzindo para o campo da Filosofia Palmilhando os Estudos Culturais O antrop logo Chifford Geertz come a seu livro Nova luz sobre a Antropologia relembrando caminhos do passado as disciplinas antropologia e filosofia voltadas para tudo o que se refere vida e ao pensamento humano Mesmo assim considera que as suas fronteiras 165 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP disciplinares n o se confundem embora n o sejam claramente demarcadas e que seus interesses n o divergem pois ambas se revelam ambiciosas parecendo mesmo que nada delas consegue escapar No caso da filosofia trata se de uma hist ria t o antiga como conhecida do desmembramento da ci ncia revelando lutas por crescente independ ncia de determinados campos do conhecimento desejosos de instituir se como ci ncias aut nomas e espec ficas a matem tica a f sica a biologia a psicologia e mais recentemente at a l gica e a epistemologia est o aspirando reconhecimento como reas disciplinares Continuando sua argumenta o Geertz ainda aponta que essa situa o embora de forma menos severa e contundente tamb m enfrentada pela antropologia que a partir do s culo XIX conquistou um lugar especial no que diz respeito ao estudo da cultura Todavia
166. darmos as quest es que envolviam os procedimentos metodol gicos a serem empregados e desenvolvidos nesta investiga o a fim de capacitar todos os envolvidos em especial os formadores os observadores externos e internos Neste sentido foi organizada a oficina Construindo um olhar sens vel cujo eixo central de discuss o foi a observa o participante o registro escrito f lmico v deo e fotogr fico das cria es simb licas das crian as no contexto da institui o de educa o infantil Partimos do pressuposto que mais do que olhar para observar preciso escutar para compreender o que elas as crian as grifo nosso nos dizem a partir da ausculta o da sua voz onde a escuta das e com as crian as reclama sobretudo ensaiar uma nova atitude epistemol gica a da escuta sens vel BARBIER 1993 que sup e uma invers o da aten o Antes de situar uma pessoa no seu lugar come a por reconhec la no seu ser na sua qualidade de pessoa complexa FERREIRA 2002 p 153 263 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A constru o de um olhar sens vel s viv ncias das crian as nos espa os das institui es de educa o infantil deve se em parte ao contributo de outros campos de conhecimento Da psicologia que ao pesquisar as rela es vivenciadas nesses espa os apontou a crian a enquanto foco importante de observa o Nesta perspectiva apontou tamb
167. das Segundo Marinho e Sambatti 2004 a China foi o primeiro pa s do oriente a ter contato com o Sorob E de l o instrumento foi levado ao Jap o pelo professor Kambei Moori ainda com o nome de Suan Pan Ap s conhecer o completo funcionamento do aparelho de c lculo Moori escreve um livro em 1622 intitulado Embri o do Sorob A partir dessa data os orientais em geral tiveram acesso m quina perpetuando assim seu uso s demais gera es muito fregiente nos dias de hoje o ensino do Sorob j nas escolas prim rias desses pa ses De acordo com Marinho e Sambatti 2004 no ano de 1908 os imigrantes japoneses trazem o aparelho ao Brasil uma vez que julgavam imprescind vel a utiliza o do baco na resolu o de c lculos matem ticos 210 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Contudo somente em 1956 o instrumento divulgado no pa s com o aux lio do professor Fukutaro Kato Ap s ter acesso ao aparelho utilizado pelos japoneses o professor Joaquim Lima de Moraes escreve o livro Sorob aparelho de c lculo para cegos disponibilizando ent o queles que n o dispunham mais da vis o um rico material para a aprendizagem da Matem tica O Sorob passa ent o a desempenhar um papel imprescind vel no ensino de Matem tica ao deficiente visual e Joaquim Lima de Moraes inicia a partir desse momento um per odo de divulga o do novo recurso de aprendizage
168. de conhecimento da rea espec fica movimento humano uma vez que a sua forma o profissional n o contemplou essas reas de conhecimento Ressalta se um momento de grande import ncia na constru o desta pr tica pedag gica a fala de grande parte do grupo mas movimento n o com a gente com o professor de educa o f sica e n s n o temos j estamos cansados de solicitar reflete se a o problema apresentado neste artigo O movimento na educa o infantil faz parte de todo desenvolvimento humano sendo oportunizado em todas as linguagens 67 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP das propostas de educa o infantil desta forma este conte do n o prioridade apenas da educa o f sica mas sim uma necessidade vital O espa o e o tempo do movimento na educa o infantil As crian as de O a 6 anos apresentam caracter sticas b sicas em seu comportamento afetivo cognitivo e motor relacionadas ao movimento como uma necessidade a ser oportunizada no seu crescimento e desenvolvimento onde os est mulos relacionados aos movimentos involunt rios que se manifestam mais tarde em movimentos b sicos ampliando seu referencial de mundo Acredita se que poss vel estabelecer o encontro do corpo com a mente dentro da mesma sala de aula e que se pode aceitar o corpo da crian a de maneira mais harmoniosa concordando que os pequenos no in cio da escolariza o organ
169. de que o mesmo impede a concentra o e a aten o das crian as ou seja prejudica sua aprendizagem O movimento deve estar vinculado a a es cognitivas e afetivas em que a crian a se veja obrigada a pensar e planejar sua movimenta o vivendo cada movimento n o s com os m sculos nervos e tend es mas tamb m e principalmente com o cora o e com a cabe a MATTOS e NEIRA 2005 p 17 Para Vygotsky 1993 apud SANTA CATARINA 1998 p 24 o movimento sempre uma rea o do organismo vivo a qualquer excita o que atue sobre ele a partir do meio externo ou que surge de seu pr prio organismo Para crian a se desenvolver de forma integral precisa ter oportunidade de espa o e tempo para se expressar livremente sem regras ou interfer ncias pr estabelecidas pelos adultos o momento de respeito ao seu tempo e espa o de ser crian a A crian a poder realizar uma brincadeira no p tio e depois represent la no papel por meio de desenho pintura colagem recorte e outra forma Na realiza o desta atividade a crian a recorre transi o do real pr tica para o simb lico representa o A educa o infantil n o apenas um lugar com fun es assistencialistas de cuidar e dar prote o s crian as mas uma institui o respons vel em promover grande n mero de experi ncias ampliando o conhecimento e construindo uma identidade pessoal e social WALLON 1995 p 29 Rabinovich 2007 diz
170. dealizado e avaliado pela pr pria comunidade escolar O que ser professor Esse questionamento n o inovador t o pouco esgotado de estudo e pesquisa Nesta pesquisa realizada as respostas em torno dessa quest o assumiram diversas naturezas para uma melhor compreens o do leitor as mesmas foram classificadas e categorizadas de acordo com os sujeitos e com as perguntas que lhes foram apresentadas no processo de entrevista e interpreta o luz de um referencial te rico V rios questionamentos foram realizados com os sujeitos da comunidade escolar das seguintes escolas Escola de Educa o B sica A pertencente a um bairro de Florian polis Esta escola foi fundada em 1950 e conta hoje com um quadro funcional de 48 funcion rios sendo destes 26 professores e 7 administradores pedag gicos para um contingente de 610 alunos distribu dos em 22 turmas do pr escolar ao 9 ano de ensino fundamental 138 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A Escola de Educa o B sica B pertence a um bairro nobre de Florian polis Esta escola foi fundada em 1970 e constam de seu quadro funcional 45 funcion rios sendo 25 professores e 6 administradores pedag gicos para uma popula o de 560 alunos distribu dos em 20 turmas do pr escolar ao 9 ano de ensino fundamental A Escola de Educa o B sica C tamb m pertence a um bairro de Florian polis tendo sido fundada em 1952 Encontramos um n mero me
171. dessas narrativas Onde se descrevem os resultados A turma era composta de 12 alunas cada uma fez uma recolha sendo que a aluna Lucimar F da Silva Oliveira trouxe duas narrativas totalizando 13 narrativas Curiosamente todas as hist rias recolhidas fazem parte do repert rio de assombramentos hist ria de medo e quebrantos 231 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP boitat s voadores e enamorados bruxas que embruxavam crian as ba s de tesouros escondidos pessoas castigadas por desobedecerem guarda de dias religiosos Vejamos os t tulos das narrativas recolhidas e suas autoras 1 A ca ada Hist ria recolhida pela aluna Jandara Relato de D Santina 73 anos moradora deste munic pio de Imbituba natural de Jaguaruna SC Os fatos contados aconteceram no munic pio de Imbituba por volta da d cada de 1930 2 O castigo da Sexta feira Santa Hist ria recolhida pela aluna Ros ngela Vieira Relato de Firmina Bernardina de Medeiros 80 anos moradora de Imbituba 3 O fantasma da noite Hist ria recolhida pela aluna Dulcemar Abreu de Freitas Lessa Hist ria contada por Manoel Egidio de Freitas 83 anos 4 Alma do al m Hist ria recolhida pela aluna Rosane Relato de Alice Nunis 88 anos moradora de Paulo Lopes 5 Da coragem ao desespero Hist ria recolhida pela aluna Reasilvia Gomes Ribeiro 6 De rezas e bruxas Hist ria recolhida pela aluna Fernanda C
172. di UNISUL UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA 1 24M OP Simp sio sobre Forma o de grope inf ncias e linguagens em debate Tubar o de 29 a 31 de julho de 2008 ANAIS Realiza o Apoio F F Felagogia Mestrado Ci ncias aa guagem Refleti o desenvolvimento h Educa o Lingu Editora Unisul Tubar o 2008 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Anais do I SIMFOP Simp sio sobre Forma o de Professores Inf ncias e Linguagens em debate ORGANIZADORES Eliane Santana Dias Debus F bio Jos Rauen Maria Sirlene Pereira Schlickmann Rosa Batista Diagrama o F bio Jos Rauen Ficha Catalogr fica Simp sio sobre Forma o de Professores Inf ncias e Linguagens S62 em Debate 1 2008 jul 29 31 Tubar o SC Anais do Simp sio sobre Forma o de Professores Inf ncias e Linguagens em Debate organizadores Eliane Santana Dias Debus F bio Jos Rauen Maria Sirlene Pereira Schlickmann Rosa Batista Palho a Ed Unisul 2008 276 p 21 cm ISBN 978 85 86870 77 4 1 Professores Forma o 2 Educa o de crian as 3 Linguagem e l nguas I T tulo II Universidade do Sul de Santa Catarina CDD 21 ed 371 12 Elaborada pela Biblioteca Universit ria da UNISUL Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP COORDENA O E COMIT ORGANIZADOR DO SIMP SIO COORDENA O GERAL Prof Ms Maria
173. disciplinam a intelig ncia que o aluno desprezasse os pormenores e subentendidos para que o sentimento da nacionalidade e o amor p tria legitimassem um discurso de domina o Para Zandwais idem p 20 estas metodologias consideradas adequadas opacificam as reais condi es em que se produz o conhecimento descontextualizando o dos fins para os quais serve num processo de subservi ncia intelectual e de aliena o social N o h de se estranhar a necessidade dessas posturas autorit rias e aparentemente compromissadas com a educa o de um pa s afinal seria a escola segundo Louis Althusser em Aparelhos ideol gicos de estado 1985 o melhor espa o de reprodu o das rela es de poder do Estado Enfim seria este o 125 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP lugar para o qual deveriam ser levados principalmente os revoltosos a fim de disciplin los a uma sociedade pac fica A universidade e o desafio do ensino pesquisa Diante da pergunta do que fazer para constituir se parte de um mercado agressivo de competitividade muitas universidades investem em provid ncias tomadas em curto espa o de tempo para manterem seus cursos em funcionamento Mas na verdade diante de cursos que abrem suas portas dia sim dia n o o diferencial est justamente naquilo que o ensino superior se prop e a fazer um ensino que se efetive pelo vi s da pesquisa cuja articula o en
174. ditora UNIMEP 1997 PEREIRA Julio E D As licenciaturas e as novas pol ticas educacionais para a forma o Educa o amp Sociedade Campinas n 68 p 109 125 dez 1999 PIAGET Jean Piaget Today United Kingdom Laurence Erlbaum Associates 1987 RIOS Terezinha Azeredo Compreender e ensinar por uma doc ncia de melhor qualidade S o Paulo Cortez 2001 SANTOS Boaventura de Sousa Pela mao de Alice o social e o pol tico na pos modernidade S o Paulo Cortez 1995 SCHMELKES Sylvia Hacia uma mejor calidad de nuestras escolas Washington OEA 1994 Cole o Interarmer n 32 159 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP TARDIF Maurice Os professores enquanto sujeitos do conhecimento subjetividade pratica e saberes do magist rio In CANDAU Vera M Org X ENDIPE Did tica Curr culo e Saberes Escolares Rio de Janeiro DP amp A 2000c 160 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP MANUAIS ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL PARADIGMAS TE RICOS DA DENUNCIA POLITICA A INTERPRETA O CULTURAL Neide Almeida Fiori Resumo A presente comunica o como primeiro objetivo enfoca a literatura acad mica que analisou os manuais escolares ou livros did ticos no campo do Ensino Fundamental Em seus tempos iniciais d cada de 1970 os paradigmas te ricos dessas an lises encaminhavam se em duas dire es principais a semi tica incluindo a a
175. do e Aprendendo Hist ria S o Paulo E P U Editora Pedag gica e Universit ria Ltda 1985 PINKY Jaime e PINKY Carla Bassanezi Por uma hist ria prazerosa e consequente in Hist ria na Sala de Aula conceitos pr ticas e propostas S o Paulo Contexto 2004 ROCHA Ubiratan Hist ria Curr culo e Cotidiano Escolar S o Paulo Cortez 2002 SANTA CATARINA Proposta Curricular de Santa Catarina Secretaria da Educa o e do Desporto Florian polis COGEN 1998 SCHMIDT Maria Auxiliadora Moreira dos Santos e GARCIA T nia Maria F Braga A forma o da consci ncia hist rica de alunos e professores e o cotidiano em aulas de hist ria in Ensino de Hist ria novos horizontes Cadernos Cedes vol 25 n 67 set dez 2005 S o Paulo Cortez Campinas CEDES 2005 SCMIDT Maria Auxiliadora e CAINELLI Marlene Ensinar Hist ria S o Paulo Scipione 2004 TUBAR O Proposta Curricular da Rede Municipal de Ensino de Tubar o Tubar o Copiart 2008 WEBER Beatriz Teixeira Teoria e metodologia da Hist ria propostas e pr ticas de ensino In Quest es de Teoria e Metodologia da Hist ria P Alegre Editora da Universidade UFRGs 2000 90 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP O ENSINO DE GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DO QUADRO E DO GIZ A LEITURA DE MUNDO M rcia Fernandes Rosa Neu Resumo O presente relato se prop e a discutir o ensino da geografia nos anos iniciais da edu
176. do que a novela a invas o no texto do merchandising pol tico social e o comercial Fiuza 2003 afirma que as miniss ries ao contr rio das novelas t m seu enredo j definido pelo autor antes do in cio da produ o Inf ncia e inf ncias A no o de inf ncia nem sempre foi assim como hoje Por volta do s culo XII havia um grande n mero de crian as abandonadas e alto ndice de mortalidade infantil De acordo com Freitas 2006 o papa Inoc ncio III chocado com o n mero de beb s achados mortos criou o hospital de Santa Maria in Saxia 1201 1204 As crian as eram deixadas nas rodas de expostos que tiveram origem na Idade M dia na It lia esta roda era o lugar onde as pessoas abandonavam seus filhos e a igreja cat lica assumia a responsabilidade de cuidar destas crian as e encaminha las para a ado o Percebe se portanto que nem sempre as crian as foram educadas por sua fam lia de origem A pr tica de criar filhos alheios sempre em todos os tempos foi amplamente difundida e aceita no Brasil Inclusive s o raras as fam lias brasileiras que mesmo antes de existir o estatuto da ado o n o possu am um filho de cria o MARCILIO 2006 p 70 A crian a durante muito tempo foi vista como um adulto em miniatura Conforme Kramer 1986 a crian a era tida como ser ing nuo e desprotegido entidade do vir a ser Esta autora tamb m ressalta que no S culo XI os corpos de crian as eram e
177. e J Henningar Shuh dos museus da Nova Esc cia no Canad que sugere v rias etapas de observa o O objeto escolhido foi uma lata de Coca Cola e foram analisados 40 itens explorados agrupados nos seguintes t picos a O objeto f sico aproxima o primeira vis o contacto descri o geral Apreens o e compreens o do objeto materiais tamanho forma cor e decora o b O contexto social sua necessidade pr via na sociedade o desenho o processo de fabrica o e comercializa o a economia o uso os modos sociais a sociedade refletida em sua cultura material ou uma cultura material pr pria de cada sociedade reflex o sobre o que estamos fazendo agora c As dimens es tempo e espa o sua influ ncia na rela o objeto uso sociedade O tempo v rias formas de perceb lo O espa o a evolu o e as mudan as nas sociedades e culturas Esse exemplo demonstra a riqueza de oportunidades que um objeto pode proporcionar as descobertas que podem surgir e a riqueza de informa es poss veis de captar Usados como recursos did tico pedag gicos das aprendizagens os objetos podem ser do cotidiano E ter o significa o para as crian as se tiverem sido selecionados a partir de alguns crit rios o desenvolvimento psicol gico do grupo ao qual se destina e os aspectos culturais Esses dois elementos podem naturalmente estar associados e a supremacia de um sobre o outro define a postura psicol gica do m
178. e Professores SIMFOP almejar por novos rumos o fato vai se relacionar com a chamada Nova Esquerda brit nica que ent o surge Em termos de cultura agora se buscava um conceito antropol gico no qual os significados e as defini es fossem considerados como socialmente constru dos e pass veis de transforma o no decorrer do processo hist rico e este foi o entendimento b sico que permitiu o surgimento dos Estudos Culturais Ap s um per odo inicial e de consolida o que j foi abordado de forma breve os Estudos Culturais entram de meados da d cada de 1980 at aos tempos atuais em uma fase de internacionaliza o V o ocorrendo tamb m mudan as de posi o Nos seus primeiros tempos esses Estudos apresentavam se muito ligados a projetos pol ticos e em seu horizonte se colocavam nitidamente os interesses por cultura popular e por movimentos sociais Na fase posterior a dimens o pol tica continua existindo mas se apresenta mais fragilizada O conceito de cultura que agora se busca deve afastar se de uma concep o elitista do termo e ser capaz de agasalhar as experi ncias de vida as atividades e os significados constru dos pelo viver das pessoas comuns Em suas andan as internacionais com perfis espec ficos nos diversos pa ses os Estudos Culturais se aglutinam inicialmente ao redor de Louis Althusser e depois em torno de Antonio Gramsci este ltimo autor sendo um l dimo exemplo de varia es que podem ocorre
179. e a ordena o dos dados para que haja correla o l gica entre as investiga es e as conclus es constituem se em material explicativo importante Esse tipo de descoberta explora o dos objetos ocorre nos museus que n o possuem acervos N o seria dessa experi ncia que estou falando nos Museus N o seria necess rio compreender que h v rios n veis de intera o 197 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Os objetos expostos e as informa es sobre eles abrem caminho para que as crian as descubram Isso funciona muito bem nos Museus das Crian as como deixou claro Lancastre 1998 Nesse tipo de museu afirma ela o acervo a pr pria crian a Fica claro ent o que para que as exposi es sejam significativas preciso que os educadores conhe am um pouco sobre o p blico para poder se comunicar com ele evidente que n o poder o antecipar tudo e por isso mesmo alguns cuidados podem ser tomados como por exemplo ter conhecimento did tico sobre a mat ria das exposi es sobre os curr culos escolares Imprescind vel constituir uma equipe interdisciplinar composta por pedagogos arte educadores antrop logos muse logos v rios especialistas inclusive em automa o e inform tica No que diz respeito ao tipo de pedagogia muse stica recomendada h de acordo com Homs 2004 duas alternativas a examinar as exposi es e atividades organizadas no contexto museal numa tenta
180. e dos registros das a es das crian as foi dando visibilidade para os seus modos pr prios de representa o do mundo suas cria es sua est tica suas produ es culturais De acordo com Sarmento 2004 p 21 as culturas da inf ncia possuem antes de mais dimens es relacionais constituem se nas interac es de pares entre crian as e adultos estruturando se nessas rela es formas e conte dos representacionais distintos As culturas da inf ncia exprimem a cultura societal em que se inserem mas fazem no de modo distinto das culturas adultas ao mesmo tempo em que veiculam formas especificamente infantis de inteligibilidade representa o e simboliza o do mundo Uma das situa es registradas provoca a pensar sobre as formas representacionais pr prias das crian as seus modos de ser e estar na rela o com seus pares e com os adultos Perguntei s crian as _ O que mais poder amos fazer para enfeitar a sala A Rebeca disse A Bruxa E come ou a rasgar pap is amass los e col los com fita adesiva Em seguida Rebeca pede ajuda para uma das professoras Me ajuda Maria a fazer a cabe a eu quero bem grande 270 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Rebeca colou as pernas na cabe a da Bruxa com muita fita e depois fixou a mesma na porta da sala Na mesma mesa estavam J lia Anna Paula e Paola iniciando algo Questionei sobre o que estavam fazendo e elas responder
181. e escolinha de levar a filha para passear no parque de dar comidinha de dar banho quando modela as massinhas a crian a elabora personagens da televis o como monstros carrinhos e bonecas Brincar para crian a um direito e o dever fica sob responsabilidade dos profissionais envolvidos na educa o e no cuidado das crian as pequenas de proporcionar espa os diversificados na creche para a realiza o de brincadeiras e n o apenas o parque e o momento destinado a ele Para Rosseti Ferreira 2008 apud HORN 2004 p 15 n o basta a crian a estar em um espa o organizado de modo a desafiar compet ncias preciso que ela interaja com esse espa o para viv lo intencionalmente Isso quer dizer que essas vivencias na realidade estruturam se em uma rede de rela es e expressam se em pap is que as crian as desempenham em um contexto no qual os m veis os materiais os rituais de rotina a professora e a vida das crian as fora da escola interferem nessas viv ncias Santos 2001 afirma que o brincar para crian a algo que foge a compreens o racional dos adultos a causa de tamanha entrega envolvimento das crian as o prazer o divertimento que o brincar proporciona a elas Por isso este trabalho se fez importante o conhecimento direto dessas a es na creche A realiza o do trabalho de campo segundo Cruz apud MINAYO 2002 o tipo de pesquisa que aproxima o pesquisador daquilo que deseja conhece
182. e moderno Antigo porque o modelo a escola grega conforme a filosofia hel nica a divulgou um sistema de ensino que evolui atrav s do di logo sem solu es pr fabricadas ou conclus es previstas por antecipa o Al m disso n o sup e um espa o predeterminado fixo de antem o e classificado como sala de aula A modernidade dessa pr tica pedag gica adv m dos instrumentos procedentes da atualidade usando a ci ncia e a tecnologia e vendo as como os principais objetivos a alcan ar Dessa maneira o escritor apresenta alternativas de a o ao ensino que afundado no tradicionalismo dos m todos e projetos fossiliza se de modo crescente Sua cr tica mesmo quando indireta se resolve por uma conduta renovadora Apoiando se no di logo como metodologia de ensino e no amor ao conhecimento como finalidade aponta um caminho pedag gico para a sociedade contempor nea arejando a com as id ias que motivam a atitude do ficcionista LAJOLO ZILBERMAN 1999 p 76 77 Tomemos como exemplo a obra Em lia no pa s da gram tica de 1934 que apresenta a l ngua portuguesa como um pa s visitado pelas 180 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP crian as do S tio por sugest o de Em lia j que Pedrinho est tomando li es do assunto com Dona Benta A cr tica institui o escolar j aparece logo no primeiro cap tulo pela boca do personagem Pedrinho Ah assim sim dizia ele
183. e toda literatura fant stica infantil ou adulta a porta do encantamento se abre para alguns eleitos durante um certo tempo transporta os para experi ncias imposs veis na vida real e desenvolve os vida real de prefer ncia mais s bios PACHECO 1998 p 99 Maria vive intensas emo es durante as duas temporadas deste programa que buscou v rios elementos do imagin rio infantil com o intuito de tocar o adulo que tamb m vive este sentimento s que com menos intensidade Pode se constatar que ela engloba no seu enredo v rios tipos de inf ncias e como estas s o vistas sendo que cada crian a vive uma inf ncia nica e ao mesmo tempo plural pois est aprendendo a se comportar em sociedade na rela o com seus familiares e as outras pessoas das quais ela tem contato outro fator que interfere no tipo de inf ncia esta relacionado a regi o onde elas moram No meio rural a crian a vive num contexto mais familiar ajuda nas tarefas dom sticas j na cidade elas permanecem dentro de suas casas de seus apartamentos n o tem tanto contato com outras crian as como no meio rural onde elas s o mais livres para brincar podendo viver mais intensamente esta fase t o importante na vida de cada crian a O adulto muitas vezes n o compreende esta fase talvez porque deixou a crian a dentro de si adormecer Um dos objetivos desta miniss rie justamente o de fazer com que o adulto reflita sobre a sua inf ncia e busque a crian a que
184. ebe aos 10 anos uma bolsa de estudos na Institui o Real para Jovens Cegos em Paris Nesse centro educacional Louis entra em contato com o complexo m todo de leitura feito de letras em relevo criado por Valentin Ha y fundador da Institui o Mesmo com todas as dificuldades existentes Braille d prosseguimento a seus estudos de forma excepcional destacando se tamb m nas aulas de m sica cl ssica que o tornaram um grande pianista VENTURINI ROSSI 1978 Conforme relato de Venturini e Rossi 1978 nesse per odo surge no Instituto um novo modelo de escrita criado pelo capit o da artilharia do ex rcito franc s Charles Barbier de la Serre Era um c digo de pontos e tra os em relevo destinado comunica o noturna entre os soldados durante a guerra Todavia medida que o novo sistema era explorado na escola alguns problemas foram detectados Ent o ap s diversos c lculos experi ncias e revis es no m todo de Barbier que exigiram de Louis muito esfor o e dedica o por per odos prolongados um novo alfabeto havia sido criado com apenas seis pontos e alguns pequenos tra os horizontais Atrav s de 63 combina es dispostas em duas colunas o alfabeto Braille trazia a representa o de todas as letras acentos pontua es e s mbolos matem ticos Aos 15 anos de idade o garoto cego de Coupvray criava um m todo Figura 1 que proporcionaria muito mais depend ncia e liberdade aos deficientes visuais De
185. ectuais A metodologia utilizada para a coleta de dados foi um roteiro de entrevista contendo cinco perguntas abertas e um roteiro para an lise do Projeto Pol tico Pedag gico da Escola Os dados coletados foram tabulados e analisados em tr s categorias Categoria A Os alunos interpretados como deficientes intelectuais pela escola Categoria B A compreens o dos professores sobre o processo de inclus o dos alunos com defici ncia intelectual e Categoria C O processo de adapta o curricular da escola para a inclus o escolar da pessoa com defici ncia intelectual A an lise dos dados foi orientada pela fundamenta o te rica adotada que buscou discutir a defini o de inclus o a diferen a entre integra o e inclus o escolar as pol ticas e legisla o da educa o especial o que defici ncia intelectual e como incluir o aluno com defici ncia intelectual no ensino regular Essa fundamenta o utilizou autores como Goffman 1988 Stainback 1999 Em s ntese a pesquisa de campo permitiu verificar que a inclus o acontece de forma parcial pois na vis o dos pr prios professores os alunos com defici ncia simplesmente s o colocados na sala de aula 45 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP METODOLOGIAS E RECURSOS PARA O ENSINO DE MATEMATICA AO DEFICIENTE VISUAL Fernanda Martins de Bona Porton UNISUL Josiane dos Santos Martins UNISUL Ran zy Borges Neves Oliveira UNISUL Esta
186. educa o 151 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Tr s grandes movimentos foram empreendidos para procurar responder ao meu problema de investiga o O primeiro deles acercamento documental foi subdividido em tr s eixos quais foram a b c Contatos com a 2 D E com a finalidade de identificar o n mero de professores licenciados em Letras bem como o n mero de professores em forma o que estavam atuando nas Escolas Estaduais de S o Leopoldo e os locais em que os mesmos estavam lotados E Contatos com setores de Registro Acad mico Curr culos e Assessoria Acad mica da institui o privada de ensino superior bem como a coordena o do Curso de Letras para obten o de documentos acerca da hist ria da institui o e do pr prio Curso de Letras como atas grades curriculares pareceres di rios oficiais Revis o bibliogr fica e de pesquisas sobre a tem tica da forma o do educador O segundo movimento acercamento do contexto institucional subdividiu se em dois eixos a b Contatos com pessoas fontes atuantes na institui o privada de ensino superior e com forma o na rea de Letras na pr pria institui o Contatos com equipes diretivas de escolas estaduais O terceiro movimento escuta atenta de professores envolveu basicamente entrevistas com professores as da rede p blica estadual em diferentes momentos da carreira docente
187. ei E A E a A 119 Os sentidos da doc ncia na concep o da comunidade escolar de unidades de ensino da rede estadual de Florian polis 131 Professores de l ngua portuguesa trajet rias e perspectivas de uma TOLMA O e ee ae eaen Ea R Er lota a E E ops sais eaa e Ea enit 149 Manuais escolares do ensino fundamental paradigmas te ricos da den ncia pol tica interpreta o cultural eeeeeeeeeeeeeeeeeeeereresreereeee 161 A literatura e o conhecimento contando hist rias para ensinar 175 Os museus das crian as e os projetos pedag gicos de qualidade 193 Recursos e metodologias para o ensino de matem tica ao deficiente VISUAL mato EA ns Dn su even a ma co go ea Ea aa 205 A literatura infantil com a tem tica africana e afro brasileira em uma escola p blica de Florian polis projeto malungo 221 13 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Mem ria e oralidade recolhendo e recontando hist rias na comunidade de Imbituba errar 229 Reflex es sobre a miniss rie Hoje dia de maria a presen a da inf ncia na EVsies so sedass a e e a iia eieaa e iaaa iaa e 237 Representa es sociais na brincadeira de faz de conta e suas m ltiplas linguagens aen enea a e R e 255 A pr tica pedag gica na educa o infantil e as produ es simb licas das OrraNGaS setero ei regte RE EEN AEE EAEE RE E E Eea tita 26
188. eizou se e burocratizou se a editora o compartimentando se os textos por cole es com padr es r gidos de linha editorial e principalmente aspecto gr fico n mero de p ginas n mero de cores formato O fato que foi criada uma nova fun o para o livro infantil a de servir ao curr culo de l ngua portuguesa e gram tica e se poss vel seduzir o aluno para a leitura Como simples objeto de lazer a ser adquirido em livrarias atrav s da livre escolha o livro teria uma trajet ria possivelmente t o modesta quanto a dos livros de fic o para adultos A tenta o de ocupar espa o e atingir sucesso econ mico pode abalar o compromisso com a qualidade do trabalho e principalmente com o leitor crian a confundido com o leitor aluno Textos apressados hist rias cheias de inten es enredos pouco originais tendem a substituir nestas circunst ncias os caminhos inventivos que exigem tempo e entrega O livro infantil ostenta as marcas de uma dupla identidade Por um lado estimulado pelas expectativas de especialistas procura se configurar como arte como literatura voltado para compromissos com a criatividade e a originalidade preocupado enfim com a qualidade liter ria do seu texto Por outro lado seguindo as pegadas de outras manifesta es culturais como a televis o lan a m o de f rmulas bem sucedidas caminhos j consagrados disfar ando o velho com macetes modernosos Enfim tanto um quanto outro s o
189. entam modelos tradicionais de comunica o SHANON WEAVER 1949 JAKOBSON HALLE 1956 JAKOBSON 1961 Nesses modelos o falante emissor transmite informa es mensagens sobre algo referente por meio de uma m dia ou meio canal a um ouvinte receptor Na ess ncia do modelo emissor e receptor devem compartilhar uma mesma linguagem c digo O emissor codifica a mensagem convertendo pensamentos em sinais codificados o receptor decodifica a mensagem converter esses sinais em pensamentos Emissor Canal Receptor Pensamento gt Mensagem gt gt Mensagem gt Pensamento E Sinal Ac stico De Ay Codifica o Decodifica o Em n vel de senso comum essa concep o que d fundamento a express es como Eu n o acho as palavras para te dizer isso ou N o consigo tirar essa id ia da cabe a ou express es escolares como Professora me deu um branco ou Voc precisa p r suas id ias na reda o 102 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Essa concep o tamb m est na base de pr ticas onde o docente apresenta o conte do codificando o e o aluno compreende esse conte do decodificando o Na avalia o basta inverter o processo Veja se o exemplo la Docente A gua composta de 2a Aluno A gua composta de Hidrog nio e Oxig nio A resposta 2a ser considerada correta Se o professor lecionou a composi o q
190. entes e perceber as rela es estabelecidas entre a forma o te rico metodol gica recebidas para essa rea do curr culo e a efetiva articula o com as propostas curriculares utilizadas pelos professores em suas respectivas escolas Os resultados dessa primeira etapa entre outros dados relevantes t m demonstrado que uma parcela expressiva dos docentes n o obteve preparo tanto te rico como metodol gico para o desenvolvimento da tem tica Para tanto considera se relevante esse estudo uma vez que necess rio atribuir forma o docente o car ter motivador de novas pr ticas m todos e t cnicas que aliados s propostas curriculares utilizadas nas redes poder o oferecer subs dios para uma consistente discuss o sobre o seu papel na aten o fazeres pedag gicos que contemplem a realidade local e ou regional apresentada no cotidiano escolar Palavras chave Forma o de professores S ries iniciais Ensino de hist ria Hist ria local Uma introdu o Na busca de compreender o processo pelo qual se d o ensino nos anos s ries iniciais uma pesquisa foi realizada em 2007 com 86 professores que atuam nas s ries anos iniciais do Ensino Fundamental em 24 escolas 11 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP das redes p blicas de ensino estadual e municipal no munic pio de Tubar o SC Numa primeira etapa a pesquisa teve car ter explorat rio e foi realizada de forma censit ria
191. entos suficientes sobre a hist ria local e regional em seus cursos de forma o de magist rio nem recursos did ticos voltados ao embasamento dos temas propostos nos curr culos muito menos metodologia de pesquisa adequada para a busca de elementos junto hist ria oral e a mem ria local Pinsky 2004 p 22 ao defender a valoriza o do docente frente responsabilidade social do ensino de Hist ria afirma que o professor necessita al m da informa o ser portador de uma bagagem cultural e que se traduza em conhecimento sobre o conte do a ser trabalhado Afirma o autor Um professor mal preparado e desmotivado n o consegue dar boas aulas nem com o melhor dos livros ao passo que um bom professor pode at aproveitar de um livro com falhas para corrigi las e desenvolver o velho e bom esp rito cr tico entre seus alunos refor a o autor que necess rio portanto que o ensino de Hist ria seja revalorizado e que os professores dessa disciplina conscientizem se de sua responsabilidade social perante os alunos preocupando se em ajud los a compreender e esperamos a melhorar o mundo em que vivem Mas para isso n o basta somente a boa vontade por parte dos docentes se os condutores dos sistemas de ensino n o 82 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP estimularem a forma o e colocarem disposi o dos mesmos meios para que possam construir conceitos pr ticas e propostas No to
192. envolvimento de v rias compet ncias do aluno Atrav s dessa din mica tanto a coordena o motora quanto a habilidade t til para o reconhecimento dos n meros poder o evoluir al m do aumento da no o para classificar e conceituar n meral e quantidade Todos estes recursos Figura 5 s o confeccionados pelos servidores da Funda o Catarinense de Educa o Especial FCEE localizada no munic pio de S o Jos SC atrav s de materiais como tecidos E V A velcros palitos Figura 5 Jogos rvore Matem tica Brincando com N meros e Some e Vire Fonte http www fcee sc gov br 4 4 2 Pe as Especiais Quadro de desenho em relevo com caneta adaptada e Kit Geom trico O quadro de desenho em relevo com caneta adaptada confeccionado atrav s de uma pe a retangular emborrachada revestida com velcro J a caneta adaptada com um dispositivo para encaixar um carretel de l Assim durante o desenvolvimento da atividade a l ir se fixando no velcro e o aluno poder tocar aquilo que foi feito FCEE 2006 214 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP O Kit Geom trico composto por quinze formas geom tricas feitas de espuma e revestidas de tecido em diferentes tamanhos FCEE 2006 O aluno cego conhecer tamb m atrav s do toque as principais figuras estudadas dentro da geometria e assim poder estabelecer as semelhan as e diferen as entre elas
193. envolvimento profissional e do saber docente Procura relacionar essas contribui es com a situa o dos educadores em nossas escolas hoje levando em conta os dados de pesquisa obtidos a partir das entrevistas realizadas no ano de 2007 com professores gestores escolares alunos pais e respons veis de tr s escolas p blicas Os resultados apontaram que a concep o da comunidade escolar sobre o sentido do ser e do fazer docente ainda est enraizada numa concep o tradicional da profiss o E mesmo que os docentes tenham a consci ncia e o preparo t cnico para exercer a profiss o muito prevalece na defini o do sentido de sua profiss o a influ ncia de uma forma o acad mica que o prepara para uma atua o idealizada Palavras chave Professor Pr tica Docente Forma o Profissional Introdu o O s culo XX nasce sob o impacto das id ias escolanovistas mas a educa o tradicional continua existindo em grande parte das escolas convivendo com diversas outras tend ncias ARANHA 1996 p 162 O s culo XXI inaugura uma fase em que se encontram entrela adas v rias 131 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP tend ncias deixando o professor merc dos objetivos da organiza o na qual trabalha Quando falamos do perfil do professor percebe se que devemos partir da indaga o sobre o que determina o desempenho do professor na pr tica pedag gica e como se realiza o at
194. er uso da Braimateca apenas adaptando alguns s mbolos e letras que s o espec ficos a cada conte do abordado 4 6 Materiais produzidos em thermoform O Instituto Benjamin Constant possui uma escola realiza consultas oftamol gicas popula o capacita profissionais da rea da defici ncia visual assessora escolas e institui es reabilita produz material especializado impressos em Braille e publica es cient ficas Uma dessas 216 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Z publica es a Revista Benjamin Constant distribu da pelo MEC que agrupa uma s rie de artigos de diversas reas do conhecimento voltados educa o de deficientes visuais INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT 2005 Dentre os materiais que s o produzidos pelo Departamento T cnico Especializado do Instituto podem ser destacados alguns espec ficos da rea de Matem tica que s o reproduzidos a partir de uma matriz num equipamento chamado Thermoform Rela o Circunfer ncia e Di metro Fixo Cartesiano Reta Numerada e Formas Geom tricas Planas Figura 8 C D 3 14 m 3 14 combo Z o sa va sa me ws se sy sein Anania di ai Conto Da 6 05 4 A A A O Figura 8 Materiais em Thermofhorm Fonte Autoras do trabalho 5 Considera es finais Este trabalho demonstrou que apesar de escassos existem metodologias e recursos interessantes que devem ser incorporados pelos professore
195. eria proposto a quest o nos moldes das alternativas 1b ou 1c A Teoria da Relev ncia A teoria da relev ncia uma abordagem pragm tico cognitiva que visa descrever e explicar a compreens o humana A tese central a de que os seres humanos prestam aten o a est mulos que s o relevantes ou seja aqueles que de certa maneira satisfazem a seus interesses ou se ajustam s circunst ncias do momento Trata se do princ pio cognitivo de relev ncia Relev ncia um conceito cognitivo que contrabalan a efeitos cognitivos e esfor o de processamento Para Sperber e Wilson um ato de ostens o acompanhado de uma garantia impl cita de relev ncia princ pio comunicativo de relev ncia Para eles todo ato de comunica o ostensiva comunica uma presun o de sua pr pria relev ncia tima 1986 p 198 Um ato de ostens o solicita a aten o do ouvinte e o leva a desencadear as infer ncias pretendidas Assim o comunicador espera que sua inten o informativa seja relevante ao ouvinte ao produzir um enunciado est mulo e o ouvinte concentra sua aten o no que relevante originando suposi es e infer ncias Assim um enunciado uma evid ncia direta ou ostens o da inten o informativa do falante Ao atingir a aten o do ouvinte inten o comunicativa ele conduz constru o e manipula o de representa es Para haver uma inten o informativa essa inten o informativa deve elevar se
196. ertar o a aten o de crian as e de adultos A hist ria uma narrativa que se baseia no imagin rio de uma cultura As f bulas os contos as lendas s o organizadas de acordo com o repert rio de mitos que a sociedade produz Quando estas narrativas s o lidas ou contadas crian a abre se a oportunidade para descoberta de outros mundos outros tempos outras possibilidades Desta forma pensando neste mundo de possibilidades que a hist ria tem para oferecer desenvolvemos a Oficina Pedag gica de Conta o de Hist rias visando a expans o deste projeto para al m dos espa os propostos Possibilitar o resgate da conta o oral de hist rias Ampliar a fantasia a imagina o e a curiosidade existente em cada ser humano Incentivar os educadores para a conta o de hist rias A es as conta es de hist rias disponibilizaram momentos de lazer e encantamento atrav s do conto em diversos espa os da cidade como Museu Casa da Cidade Centros de Educa o Infantil escolas da Rede P blica e Privada entidades filantr picas APAE e Secretaria Municipal de Educa o envolvendo um grupo de contadores de hist rias formado por professores diretores contadores e equipe do departamento de ensino da Secretaria Municipal de Educa o A oficina pedag gica aconteceu em forma de capacita o para educadores contemplando fundamenta o te rica e 53 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP at
197. erviram para guardar objetos e ou como suporte de algumas brincadeiras Combinamos que a partir das brincadeiras de lobo mau ampliar amos o repert rio de hist rias Conversamos sobre a import ncia de contar ler dramatizar hist rias no cotidiano A partir das observa es j existentes em rela o s proposi es das crian as os adultos organizaram materiais como toquinhos de madeira materiais de sucata Cds musicais diversos e um acervo maior de hist rias infantis Esta organiza o dos materiais permitiu novos enredos de brincadeiras _ de fadas 269 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP bruxas navio pescaria carros de transporte _ e a produ o de novos instrumentos musicais MEKSENAS 2004 p 2 Ent o a partir da an lise e interpreta o de registros de brincadeiras das crian as as professoras propuseram se a ampliar os repert rios das crian as como relatam no registro a seguir O movimento de registro e reflex o de nossas a es e das a es das crian as nos remeteu a considerar situa es que vinham ocorrendo no grupo de crian as em rela o fantasia e a imagina o A partir das brincadeiras de Lobo Mau decidimos apresentar outros elementos buscando diversificar os repert rios das crian as como hist rias de bruxas fadas duendes rei rainha castelos Registro escrito realizado pelas professoras Ana Alice Dias e Maria H da Cruz em 09 12 2004 A an lis
198. es hist ria e cultura poder ser aqui designado simplesmente como livro did tico visando assim facilitar a comunica o 162 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP divulga o Al m de aspectos dessa ordem que embora importantes aparentam simplicidade fez se necess rio tamb m tomar decis es de ordem pol tica e te rica como ainda ser enfocado Neste momento quem aqui escreve est constatando que o conhecimento adquirido a partir da experi ncia na situa o em pauta dif cil de ser transmitido ao leitor por envolver viv ncias que foram amplas e multi facetadas Numa separa o que se situa muito no mbito do did tico pode se dizer que esse tipo de conhecimento n o se caracteriza por ter como principal fonte os livros embora como n o poderia deixar de ser com eles se relacione intimamente E afirma se mais ainda al m de experi ncias e bibliografias a elabora o dessa obra did tica manteve sempre uma forte rela o com o pensamento te rico No que diz respeito ao campo da Hist ria o Minist rio da Educa o aponta aos autores que o paradigma a ser seguido o da Nova Hist ria O caminho come a assim a aclarar se aos que desejam escrever a partir da compreens o de que a Nova Hist ria tem como apoio filos fico o entendimento de que a realidade social ou culturalmente constitu da hist ria e cultura come am a entrela ar se Caracteriza se por n o endossar
199. es psicol gicas de seus alunos Por m vestir essa nova roupagem tornou se um tanto quanto dif cil e o conhecimento ficou comprometido por uma postura confusa entre a inten o de ser novo e a falta de preparo psicol gico para exercer tal fun o com compet ncia Observamos tamb m que a concep o de professor entre os grupos entrevistados professor equipe t cnica alunos e pais respons veis difere muito principalmente em quest o ao n vel de forma o dos entrevistados Para os professores e equipe t cnica as respostas giram em torno de conhecimentos adquiridos em sua forma o ele visto como educador gestor mediador formador palavras novas que traduzem o perfil do professor ideal de hoje por m bem distante da realidade nacional de muitas de nossas escolas p blicas J para alunos e pais as respostas condizem com a pr tica pedag gica recente geralmente os alunos descrevem seus professores atuais e os pais relembram quando eram alunos relacionando a imagem do professor sua pr tica para este grupo o professor aquele que ensina repassa conhecimento possui uma miss o voca o assume o papel da fam lia cuida e educa n o briga passa as tarefas as mat rias explica ajudam como se fosse a nossa m e chama aten o d disciplina uma pessoa boa constituindo assim especificidades do ser professor Este conceito tem mais rela o com a forma de como o professor desenvolve sua pr
200. esenvolvimento da tem tica Para tanto considera se relevante esse estudo uma vez que necess rio atribuir forma o docente o car ter motivador de novas pr ticas m todos e t cnicas que aliados s propostas curriculares utilizadas nas redes poder o oferecer subs dios para uma consistente discuss o sobre o seu papel na aten o fazeres pedag gicos que contemplem a realidade local e ou regional apresentada no cotidiano escolar 20 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP O PAPEL DA LINGUAGEM TECNOL GICA NA FORMA O DO PROFESSOR E NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM Cintia Rosa da Silva UNISUL Jeanine Ferreira dos Anjos Costa UNISUL Nesta comunica o destacamos o papel da inclus o das diversas linguagens dentro do ambiente escolar Umas das linguagens mais difundidas hoje pela sociedade contempor nea a linguagem tecnol gica uma vez que amplia os horizontes do conhecimento e facilita atrav s da media o intera o a aquisi o do conhecimento formal elaborado e adquirido na escola O contato com a linguagem tecnol gica permite aos docentes uma socializa o de conte dos e informa es Essa socializa o contribui para que ocorra a transmiss o de conhecimento aos educandos pelo vi s da tecnologia Neste sentido destacamos a import ncia da escola inserir a linguagem tecnol gica como um recurso favor vel no desenvolvimento e na constru o das mais variadas habilidades N
201. esse uma preocupa o com a inova o Mas os anos 80 90 deram novas fei es ao quadro da produ o cultural dirigida s crian as e o mercado editorial passou a atender uma demanda de conhecimento s antes suprida pelo livro did tico A quantidade atual de publica es j n o permite uma an lise profunda e detalhada de todas as obras por isso detendo nos nas edi es lan adas entre 1995 e 2004 analisamos uma amostra que acreditamos possa esbo ar os rumos atuais dos livros de n o fic o escritos para crian as brasileiras O contexto familiar As rela es entre adultos e crian as sempre pressup em a influ ncia daqueles sobre estes Aos pais cabe essa tarefa naturalmente visto que s o os respons veis diretos pela forma o do futuro adulto No entanto no conv vio di rio a crian a estabelece liga es de diversos graus com as gera es mais velhas pelas quais perpassa a preocupa o com o 176 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP bem estar a educa o e a forma o em geral desse pequeno ser A crian a por natureza um aprendiz permanente cuja tarefa n o se extingue com o passar dos anos pois ao adulto incutida a necessidade do constante aprendizado tanto pelo car ter evolutivo do ser humano como por uma exig ncia de aprimoramento e revis o do pr prio conhecimento pr pria desse in cio de s culo em que a velocidade da informa o e as altas tecnologias tr
202. estaria sujeita a condi es de verificabilidade A verificabilidade seria condi o de verdade Haveria outro tipo de l gica capaz de analisar as ci ncias que n o s o formais Arist teles percebeu que a l gica n o se garantia apenas no espa o do verific vel pois n o se limitava ao campo te rico simplesmente era te rica e pr tica ao mesmo tempo neste sentido que para Arist teles os racioc nios l gicos considerados como v lidos deveriam corresponder a necessidades pr ticas da sociedade e isso coloca a verdade atrelada a situa es concretas Foi a partir dessas considera es que Arist teles tra ou o caminho da l gica dial tica levando a palavra verdade para o plural atrelada a situa es hist rico sociais 121 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Voltando ao cen rio atual segundo Anastasiou 2004 p 23 24 hoje na universidade os elementos da l gica formal tamb m devem ser superados pela l gica dial tica n o por rejei o mas por incorpora o Para a autora a l gica dial tica supera o isolamento dos conceitos oferecendo ao pensamento um espa o de a o significativa pois tem a reflex o como condi o b sica do processo de ensinagem o processo de reflex o mediatiza a apreens o da realidade devendo se considerar que o momento de chegada ao s mbolo etapa final do ensino baseado na l gica formal se torna ponto intermedi rio do processo de apree
203. esvinculam os Estudos Sociais a metodologia de inicia o ao ensino de hist ria no curso de Pedagogia passou a constar de 90 horas aula com o respectivo est gio pr tico Essas exig ncias recentemente implantadas configuram uma tentativa de resgatar uma lacuna que j se faz hist rica na forma o de professores para as s ries anos iniciais no ensino de Hist ria Por certo o ensino de hist ria tem suas especificidades e uma delas a leitura da sociedade em que vivem os alunos tanto no tempo presente como num passado pr ximo ou remoto Essa mesma leitura exige dos docentes uma constante aten o s transforma es que ocorrem no campo econ mico social pol tico e cultural pelas quais passam a vigorar em seus contextos de vida de cunho local ou nacional ou seja uma inser o no cotidiano das comunidades onde vivem e ou atuam Heller 2000 65 ao estabelecer a rela o entre indiv duo e comunidade afirmava que a vincula o do indiv duo com a sociedade coincide com a vincula o do indiv duo com a comunidade Esse processo exige do professor aten o redobrada ao que se passa no interior do territ rio comunit rio para poder realizar as devidas conex es com os demais territ rios na regi o no espa o e no tempo Quando da falta de material did tico espec fico para trabalhar o professor ainda tem de buscar suporte na micro hist ria atrav s n o s da mem ria e hist ria oral como de monografias e outras produ
204. eu desenvolvimento Pois segundo Vygotsky 1999 n o a a o que dirige a representa o mas a representa o que dirige a a o Pode se dizer que na educa o infantil a 70 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP crian a vive um est gio de explora o do mundo por meio do movimento de seu corpo Querer reprimir seu entusiasmo exigindo imobilidade sil ncio e empobrecimento de atividades l dicas significa privar a crian a de seu meio de desenvolvimento mais aut ntico A crian a desde o nascimento usa v rias linguagens para se comunicar e compreender o mundo a sua volta A linguagem corporal musical teatral pl stica liter ria e outras linguagens n o verbais quando trabalhadas de maneira l dica na Educa o Infantil possibilitam crian a a apropria o da identidade cultural e aquisi o de conhecimentos significativos O contato com essas linguagens expressivas do movimento favorece tamb m situa es de comunica o de intera o e consequentemente o desenvolvimento da linguagem oral e escrita A aprendizagem das habilidades motoras considerada s vezes simplesmente o produto de alguma forma de atividade preparada para melhorar o desempenho motor das crian as dando se pouca aten o aos processos envolvidos Tal vis o incompleta e limitada GALLAHUE 1995 apud SANDERS 2005 p 57 Portanto fazendo uso da linguagem po tica pl stica liter ria ou musical a
205. eus alunos a es de respeito e cidadania Acredito que o grande desafio da educa o nos dias atuais conseguir desenvolver conte dos que levem a uma constru o cr tica dos alunos proporcionando a este n o s o aprendizado acad mico mas sim os levando a refletir sobre suas atitudes para serem pessoas cr ticas participativas solid rias em suas sociedades para isto acontecer democraticamente necess rio levar em conta as diferentes culturas existentes na forma o de uma sociedade Para que isto ocorra todos os profissionais da educa o tem que estar envolvidos tem que ter conhecimentos precisa estar sempre se atualizando e capacitando se em todas as reas da educa o s assim a escola conseguir ser um espa o de intera o Segundo Leite e Rodrigues 2000 Uma sociedade que em virtude da mobilidade das popula es e dos fen menos de globaliza o se torna cada dia mais multicultural exige uma escola que recontextualize os seus conte dos e estrat gias de ensino de forma a ser capaz de reconhecer a diversidade das culturas e de valorizar processos de interac o que gerem enriquecimentos m tuos p 12 Refer ncias bibliogr ficas AZEVEDO Silmara B Poema retrato In Oro Obinrin Rio de Janeiro Criola 1998 AUR LIO Buarque de Holanda Ferreira e J E M M LTDA Novo dicion rio da l ngua portuguesa 1986 ed Nova Fronteira S A Rio de Janeiro 226 Anais do I Simp sio sobre Forma
206. evestidas de um alto grau de verossimilhan a tornando se dif cil de questionar 241 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Novelas e miniss ries Neste t pico ser o abordadas as novelas preciso que se compreenda como se estrutura este g nero produzido especialmente para a televis o sua for a no cotidiano nossa programa o e como ele vem conquistando um p blico bastante significativo no Brasil A Rede Globo ao longo dos anos vem ocupando mais espa o na vida do povo brasileiro sendo que em 1979 passa a produzir S ries Brasileiras em substitui o s estrangeiras devido abertura pol tica associando nesta fase a realidade nacional com a fic o Desta forma a emissora se fortaleceu significativamente se tornando uma grande pot ncia nacional e em 1980 devido ao contexto pol tico e ao apogeu da Globo a TV Tupi encerra o seu departamento de teledramartugia e a Globo se fortalece ainda mais De acordo com Balogh 2002 a emissora de Roberto Marinho deu mais nfase na fic o criando um trio de novela no hor rio nobre novela das seis das sete das oito e meia e transmitido o jornal Nacional s 20h um dos poucos espa os concedidos s not cias Conforme o mesmo autor as novelas nos dias atuais ocupam o hor rio nobre na Rede Globo sendo exibidas diariamente exceto aos domingos O melodrama o g nero caracter stico das novelas brasileiras As miniss ries surgem conforme Ba
207. f ncia do menino descrito por Ziraldo e a inf ncia de hoje Para atingir tal objetivo organizou se um projeto de interven o para uma turma do 3 Ano de uma escola p blica do munic pio de Tubar o realizado no per odo de maio a junho de 2008 totalizando oito encontros de 2 horas O referencial te rico que norteia a pesquisa se constitui de te ricos da sociologia da inf ncia e da literatura infantil Constatou se que Ziraldo constr i um personagem que vive integralmente o ser crian a e que as crian as leitoras se identificam com essa personagem em especial pelas suas traquinagens e alegria de viver 52 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP ERA UMA VEZ UMA AVENTURA NO MUNDO DO ERA UMA VEZ Adriana Medeiros F bia Barbosa Pedro Ludimar Teresa de Oliveira K tia Fernandes Machado Secretaria Municipal de Educa o de Tubar o Tubar o SC Este projeto surgiu em 2002 da necessidade da cria o de espa os que possibilitassem momentos de lazer na Semana da Crian a sendo que nos anos posteriores expandiu se para outras datas pois houve a necessidade do atendimento de um n mero maior de crian as Brincando e interagindo com crian as e adultos percebemos que a hist ria passa a fazer parte do imagin rio dos seres humanos atrav s de fadas bruxas pr ncipes lobo sapos e muitos outros personagens Hist rias que podem ser contadas a qualquer momento porque sempre despertaram e desp
208. fico o principal objeto de estudo da geografia O conceito remete ao espa o produzido onde a primeira natureza espa o f sico transformada pelo homem para a obten o dos bens necess rios subsist ncia constitui a base material da sociedade e condi o concreta da exist ncia social dos homens A primeira natureza por si s n o constitui o espa o geogr fico mas elemento essencial para sua exist ncia Os elementos naturais s o incorporados ao arranjo espacial atrav s do trabalho social Este por sua vez determina a segunda natureza conceito elaborado por Marx para definir o espa o produzido atrav s do trabalho que resulta das rela es dos homens entre si no ato de produzir Assim torna se evidente o v nculo entre a forma o espacial e o processo de produ o que gerou a forma o s cio espacial e se confunde com a pr pria forma o econ mica A geografia por m parece ter se interessado sempre mais pela forma das coisas do que pela sua forma o Seu dom nio n o era o das din micas sociais que criaram e transformam as formas mas o das coisas cristalizadas imagem invertida que impede de apreender a realidade se n o se faz intervir a Hist ria Santos 1982 A consagra o do modo dualista de encarar o homem e a natureza t o marcante tanto nas aulas como nos manuais de geografia decorre da minimiza o das rela es sociais e rela es homem natureza Esta perspec
209. hist ria do Brasil como em todo mundo est repleta de buscas por novidades principalmente em rela o com as imagens e ao entretenimento O cinema no Brasil teve a sua primeira sess o em 1902 Conforme Gontijo 2004 quatro anos depois j existiam salas de exibi o nas principais cidades brasileiras sendo que eram os pr prios donos que produziam a maior parte do material De acordo com Zilberman 1986 antigamente as matin s faziam parte do lazer das 237 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP pessoas Muitos dos filmes produzidos n o eram direcionados ao p blico infantil mas mesmo assim as crian as iam ao cinema com seus gibis Esta associa o se caracterizou como crian a matin gibi marcando as d cadas de 1940 50 O brasileiro segundo Gontijo 2004 tem esp rito novidadeiro Assim mais tarde surge o fen meno chamado televis o mudando a sociedade e a organiza o da fam lia pois esta antes se concentrava na cozinha e depois com o novo aparelho em casa passou para a sala A TV pauta nossas conversas dita nossa hora de dormir a decora o de nossas casas a qualidade do que comemos e sabemos PEREIRA 2002 p 15 A televis o tamb m est presente nas conversas realizadas na fam lia no trabalho e em v rios lugares sociais Influenciando nossas conversas cotidianas O ser humano depois de muitas tentativas realizou em 1920 as primeiras transmiss es da televis o O
210. hist ria relatada mesmo que n o corresponda a uma vis o cient fica da mesma carregada de emo o Uma narrativa sempre desperta curiosidade Cabe aos professores processarem a filtragem daquilo que essencial para a tem tica em estudo e os aspectos de menor relev ncia Ao avaliar a pesquisa realizada com 86 professores que participaram da mesma e que representou 58 5 do universo de professores que atuam nas s ries iniciais dos sistemas p blicos do munic pio de Tubar o constatou se inicialmente que 89 5 possuem curso superior completo sendo que destes 70 9 possuem curso de especializa o o que demonstra que o quadro docente das escolas p blicas no munic pio de Tubar o no que se refere forma o docente para o exerc cio do magist rio nos anos s ries iniciais tem um excelente n vel Ao serem questionados sobre a percep o sobre a qualidade do Ensino Fundamental nas escolas p blicas do munic pio a quase totalidade deles consideram timo e bom o que representa uma avalia o positiva dos sistemas onde atuam apontando entre os principais motivos dessa satisfa o a qualifica o do corpo docente a proposta pedag gica das escolas e ao desempenho do corpo docente Esse dado reflete que a satisfa o com o ensino tamb m corresponde ao n vel de forma o Deste total de professores que participaram da pesquisa 67 4 deles se consideram satisfeitos com seu trabalho com os conte dos de Hist ria nas ano
211. hor programa daquele ano Est foi vers o que alcan ou maior audi ncia permanecendo at 1986 A crian a e a televis o A televis o est presente na maioria dos lares fazendo parte do dia a dia das pessoas e influenciando as Segundo Rezende 2002 este abrangente meio de comunica o um fen meno social de suma import ncia em nosso s culo Sendo comparado at com a prensa de Gutenberg Conforme dados do IBGE o pa s v em m dia 3 9 horas de TV ao dia Este poderoso meio de comunica o est se tornando uma atividade cada vez mais comum na vida das pessoas e principalmente das crian as Elas segundo Sampaio 2002 s o junto com os adolescentes o p blico que apresenta uma m dia nacional elevada de exposi o TV cerca de 4 horas di rias De acordo com Pereira 2002 as crian as entre 6 e 11 anos passam em m dia entre 21 a 33 horas semanais Ldiante do televisor Enquanto o tempo passado na escola o de 25 horas por semana Um estudo realizado h dois anos pelo programa de p s gradua o em educa o da Universidade Federal de Santa Catarina constatou que assistir a televis o era uma atividade mais marcante na rotina de todos os contextos sociais GENTILE 2006 p 44 Diante desse alto ndice que trata do tempo em que a crian a e os adolescentes brasileiros passam em frente ao aparelho de televis o a Unilever fabricante do OMO preocupada em obter informa es referentes como as cr
212. i ncia come ou a ser formulado atrav s de estudos cient ficos isso proporciona ao deficiente ser detentor de direitos e deveres como qualquer outro indiv duo 205 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP 1 Hist ria da defici ncia Vivemos numa sociedade em que o preconceito algo constante na vida das pessoas e a inclus o daquelas que possuem alguma defici ncia n o vis vel ao meio social O deficiente rotulado na maioria das vezes como incapaz de superar suas limita es e de viver entre as pessoas consideradas normais sendo impedido de ter os mesmos direitos e deveres que todo cidad o possui Desde os tempos primitivos era n tido o preconceito com o deficiente uma vez que ele era totalmente exclu do do conv vio social Isso era vis vel em algumas tribos onde qualquer pessoa que fosse acometida de algum tipo de defici ncia era abandonada ou morta Em Atenas por exemplo os rec m nascidos eram atirados de um precip cio sobre pedras pontiagudas pelos pr prios pais J para os hebreus uma pessoa com defici ncia era considerada indigna e possu da por esp ritos malignos Dessa forma quase n o existiam deficientes na sociedade antiga LOWENFELD 1974 apud FRANCO DIAS 2005 Somente a partir de 1260 a defici ncia deixou de ser algo dos dem nios para se tornar um meio de ganhar os c us A partir de ent o come ou a se formar um novo conceito em rela o ao deficiente Segundo
213. iadas disciplinas se ocuparem com o assunto sendo que os psic logos em seus estudos sobre o desenvolvimento infantil foram pioneiros no sentido de analisar a forma de brincar das crian as Broug re 2004 Nos tempos atuais a Educa o a Pol tica a Antropologia a Sociologia se ocupam em estudar as rela es entre cultura e mundo l dico 170 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP infantil Mas tamb m bi logos como Humberto Maturana e Gerda Verden Z ller no livro Amar e brincar fundamentos esquecidos do humano analisam as bases da condi o humana que permeiam o afetivo e o l dico FIORI LUNARDON 2005b p 27 28 Arte e brincadeiras infantis Como um fio condutor esse mundo l dico e afetivo que est envolvido no ato de brincar esteve presente em outros momentos do livro did tico mas agora envolvendo o cotidiano da vida escolar e as brincadeiras de crian as comuns Nessa oportunidade todavia as reflex es n o tiveram o mesmo tom daquelas que cercaram a boneca Barbie Agora seguia se uma rota que se desviava de an lises referentes m dia e ao capitalismo O que se almejava era apenas apresentar o ato de brincar em sua espontaneidade e bem pr ximo do cotidiano da vida infantil Desejava se enfim reconstituir um mundo l dico com o qual as crian as facilmente se identificassem e nesse momento da elabora o do livro as autoras entenderam claramente que era muito oportuno
214. ian as ocupam o seu tempo em que n o est o na escola realizou uma pesquisa em dez pa ses europeus A inten o era saber o quanto as crian as brincam fora de casa e se sujam De acordo com Pellegrini 2003 conforme a pesquisa 82 das m es responderam que as 2 PEREIRA COSTA JUNIOR LUIZ org et al A vida com a TV o poder da televis o no cotidiano S o Paulo Editora SENAC S o Paulo 2002 8 PELLEGRINI Denise Televis o versus brincadeira 2003 p lde2 Dispon vel em http revistaescola abril com br preview shtml Acesso em 09 ago 2007 240 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP crian as assistem TV com fregii ncia e 73 se preocupam com o fato de seus filhos brincarem pouco tempo fora de casa E preciso ressaltar que as pr prias estruturas dos grandes centros urbanos contribuem para este processo pois as crian as cada vez mais est o presas dentro de seus pr prios apartamentos e ou casas Mas Se a crian a n o for estimulada a fazer outras atividades vai ficar mesmo doze horas por dia frente da TV diz a supervisora de cria o do Disney Club Anna Muylaert PEREIRA 2002 p 47 O fato que a televis o a companhia de muitas crian as fora do hor rio da escola Todavia se torna fundamental que os pais e os professores sejam auxiliadores na forma o de um telespectador ativo visto que o avan o tecnol gico sem precedentes permite que v rias imagens e
215. ias transforma es pois a partir do s culo XIX iniciaram se movimentos de prote o inf ncia No s culo XX surgiram movimentos que defendem a autenticidade infantil Mas ainda sentimos o reflexo do passado no que se refere a maneira de ver a crian a como um adulto em miniatura Essas s o discuss es que nos levam a refletir sobre a inf ncia no Brasil Nas palavras de Bucht 2002 na maioria dos pa ses da sia frica Austr lia Am rica Latina Am rica do Norte etc poucos programas de televis o s o produzidos para o p blico infantil sendo que a maioria deles vem de fora do pa s Nesta abordagem o que se percebe que apesar da m dia valorizar a crian a pelo fato desta desempenhar o papel de consumidora como j mencionado neste trabalho anteriormente ainda se investe pouco em programas direcionados a este p blico A miniss rie Hoje dia de Maria A miniss rie Hoje dia de Maria foi extra da da obra de Carlos Alberto Sofferedini adaptada por Luiz Alberto de Abreu e Luiz e Luiz Fernando Carvalho7 um projeto de 12 anos que s foi ao ar na comemora o dos 40 anos da Rede Globo Esta uma miniss rie que segundo Luiz Fernando de Carvalho diretor e um dos escritores tem como principal foco a inf ncia brasileira Re nem se nesta obra f bulas populares retirados do imagin rio brasileiro compiladas por pesquisadores como M rio de Andrade C mara Cascudo e Silvio Romero os per
216. ica ligar um texto numa acep o bem abrangente a outros textos e essas liga es que diferenciam uns sujeitos leitores de outros Nada mais l gico portanto do que associar dois campos culturais que atendem a uma necessidade crescente de saber Arte e ci ncia unem se entre si e esse elo comunica se por sua vez com os mais diversos setores do conhecimento 40 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP O ENSINO DA B BLIA PARA CRIAN AS PERIGOS E PROPOSTAS Wesley K Carvalho UNISUL O Brasil principalmente pelas representa es cat lica e protestante um pa s predominantemente crist o Pela for a da f o povo permite se ser regido pelos magnos valores do cristianismo em especial os contidos no seu livro sagrado a b blia Dentre os muitos g neros textuais as narrativas do Antigo Testamento destacam se como os textos preferidos de seus leitores principalmente quando se deseja que os princ pios crist os sejam repassados s crian as que pela imaturidade apresentam dificuldades em absorver outros g neros textuais da b blia como carta prov rbio poesia ou lei O ponto em quest o que um fluxo muito grande de crian as nos ambientes eclesi sticos escolares ou familiares crescem escutando narrativas b blicas que destacam dentre as muitas o triunfo dos her is que mataram seus inimigos inclusive mulheres e crian as espada Certamente o impacto desses relatos podem fo
217. idade Falar em forma o qualificada de professores significa pensar uma forma o de melhor qualidade que se coloca sempre frente como algo a ser constru do e buscado pelos sujeitos que a constroem Schmelkes nos diz que qualidade um conceito relativo e din mico N o se pode definir em termos absolutos E sempre poss vel pretender mais qualidade um movimento de busca de qualidade por esta raz o um processo que uma vez iniciado nunca termina 1994 p 31 Minha investiga o considerou essa no o de qualidade em constru o que n o se adquire de uma vez por todas mas a partir mesmo da pr xis e que se amplia na partilha de experi ncias de reflex o Nesse contexto acredito que o m todo de narrativas autobiogr ficas apresenta se como op o alternativa para fazer media o entre as a es e a estrutura ou seja entre a hist ria individual e a hist ria social O nosso sistema social encontra se integralmente em cada um de nossos atos em cada um de nossos sonhos del rios obras comportamentos E a hist ria deste sistema est contida por inteiro na hist ria de nossa vida individua Ferrarotti 1988 p 26 Constr i se qualidade em conjunto refletindo se sobre as experi ncias de cada um e entendendo as em um contexto s cio hist rico Lima 1988 Soares 1991 Kenski 1994 Cunha 1998 entre outros educadores brasileiros baseados em contribui es estrangeiras tais como
218. idere como evidente que sofre as consequ ncias das rela es pol tico econ micas Por sua vez recorrendo agora ao pensamento de Louis Althusser registre se que existem v rias for as determinantes a econ mica a pol tica e a cultural competindo e em conflito entre si compondo aquela complexa unidade que a sociedade 2004 p 144 As primeiras incurs es dos Estudos Culturais na d cada de 1950 ocorreram no mbito da cr tica liter ria e pouco depois no campo da Hist ria situa es que n o cabe aqui aprofundar Em virtude de sua import ncia entretanto quase imposs vel n o fazer refer ncia a Edward Thompson e sua obra de 1963 A forma o da classe oper ria inglesa Considerado como um cl ssico da historiografia dos movimentos sociais das classes trabalhadoras apresenta a Hist ria n o mais analisando as classes altas mas se ocupando com o operariado Todos esses estudos oriundos da vertente liter ria e da vertente hist rica estavam insuflados pelo esp rito de cr tica t pico do marxismo tradicional A situa o vai se alterar em fun o de um fato que ocorre no ano de 1956 os tanques sovi ticos entraram em Budapeste calando assim os protestos do povo h ngaro contra uma ocupa o que vinha desde o t rmino da 2 Guerra Mundial Constatava se dessa inesperada maneira o desmantelamento de certo modelo de projeto pol tico e muitos passaram a 167 Anais do I Simp sio sobre Forma o d
219. il enquanto uma necessidade vital crian a Palavras chave Tempo espa o movimento educa o infantil 65 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Introdu o Desde a implanta o do Curso de Educa o F sica na Universidade do Sul de Santa Catarina em Tubar o vem se discutindo sobre as pr ticas pedag gicas na disciplina de Educa o F sica Infantil em rela o ao movimento nos CEIs Foram feitos alguns estudos atrav s de Trabalhos de Conclus o de Curso a fim de investigar se havia profissional de educa o f sica atuando na educa o infantil dos CEIs do munic pio de Tubar o e quais eram as pr ticas pedag gicas relacionadas ou oportunidades de ensino do movimento Os resultados nos mostraram que n o havia nenhum profissional da rea do movimento humano ministrando aulas na rede e as pr ticas pedag gicas estavam carentes de atividades espec ficas relacionadas ao desenvolvimento do movimento Depois de mais de tr s anos refletindo e estudando uma forma de abrir as portas junto a rede municipal e fazer um trabalho conjunto nos CEIs a Secretaria de Educa o do munic pio solicita uma consultoria de parceria com o Curso de Educa o F sica para com os profissionais dos CEIs ministrando um Curso de Forma o Continuada para os 250 professores dos 24 CEIs do munic pio de Tubar o Analisando a Proposta Pedag gica do Munic pio 2008 percebemos que a concep o de aprendizagem que d
220. inda que tenha seu espa o n o pode passar despercebido Refer ncias bibliogr ficas BAMBERGER Richard Como incentivar o h bito da leitura 6 ed S o Paulo tica 1995 BARBOSA Ely Viagem fant stica ao Brasil de 1800 o imp rio S o Paulo Paulus 1999 BEE Helen A crian a em desenvolvimento 7 ed Porto Alegre Artes M dicas 1996 BERUTTI Fl vio Brasil 500 anos de esperan a Belo Horizonte RHJ 2000 BOCK Ana M Bahia et alii Psicologias uma introdu o ao estudo de psicologia 7 ed S o Paulo Saraiva 1995 BRANCO Samuel Murgel Pantanal mato grossense S o Paulo Moderna 1997 BROWN Marc Dinossauros salvem a Terra Rio de Janeiro Salamandra 1997 CHIAPINI Ligia Literatura e hist ria da literatura na hist ria e da hist ria na literatura literatura fazendo sendo hist ria In 2 Congresso da Associa o Brasileira de Literatura Comparada Anais Belo Horizonte 1990 COLE Babete Fedelho manual do propriet rio S o Paulo tica 2004 GRIMSHAW Caroline Constru es S o Paulo Callis 1999 KHALED Maria Luiza Uma aventura nas Miss es Porto Alegre Acad mica 1997 L VY Pierre As tecnologias da intelig ncia Rio de Janeiro Ed 34 1993 LOBATO Monteiro Em lia no pa s da gram tica 9 ed S o Paulo Brasiliense 1970 MASON Antony Artistas famosos Picasso S o Paulo Callis 1998 191 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Profe
221. informa es de diversas culturas invadam nossos lares e sendo assistidas pelas crian as Em muitos pa ses europeus e na Am rica do Norte no Jap o e na Austr lia bastante comum que as crian as tenham todas as formas poss veis e imagin veis de tecnologia de m dia em suas casas Elas possuem n o apenas um aparelho de televis o mas s vezes dois ou tr s na mesma casa dos quais um muitas vezes se localiza no pr prio quarto da crian a BUCHT p 47 2002 Os meios de comunica o v m ao longo dos anos se aperfei oando tornando se mais acess veis a todas as classes sociais Desta forma a crian a tem maior acesso aos diversos tipos de tecnologia ficando exposta a v rios tipos de fatos informa es e imagens dos quais cria seus pr prios conceitos sobre a realidade Elvira Souza Lima pesquisadora na rea de neuroci ncias aplicada m dia de S o Paulo explica que a linguagem que a TV usa imagens e movimento coloridas trabalhadas com cortes e fus es e envolvidas em trilha sonoras especialmente escolhidas mobiliza o sistema l mbico estrutura do c rebro respons vel pelas emo es GENTILE 2006p 46 O que se mostra que a linguagem utilizada pela televis o disp e de v rios recursos com objetivo de influenciar de mobilizar as pessoas Conforme Rezende 2002 as informa es oferecidas ao telespectador em geral e principalmente ao p blico infantil mais vulner vel repletas de mensagens r
222. ingl s John Logie Baird atrav s do sistema mec nico baseado no invento de Nipkow Segundo Rezende 2002 este ve culo se tornou no s culo XX um fen meno da maior import ncia Mas para se tornar o que hoje a televis o passou por v rios processos de transforma o A televis o chega ao Brasil Em 1948 o dono da cadeia de jornais e emissoras Di rios Associados Assis Chateaubriandl viajou aos Estados Unidos para adquirir equipamentos de televis o Dois anos depois em 1950 a TV estr ia no Brasil sendo o quarto pa s a implantar esta tecnologia De acordo com Pereira 2002 Assis Chauteabriand importou 20 televisores que foram espalhados em locais como o Viaduto do Ch Cine Metro e Pacaembu O objetivo era que este meio de comunica o pudesse ser apreciado em S o Paulo e posteriormente se expandir para os demais estados O Brasil vivia uma poca desenvolvimentista com crescimento industrial urbaniza o e progresso pessoal e coletivo Ainda segundo Pereira 2002 a televis o nesta poca era anunciada como uma Janela 10 Assis Chateaubriand implantou a TV no Brasil como um subproduto do r dio por j possuir experi ncia e pessoal para trabalhar nesta rea E em uma d cada o povo brasileiro substituiu o r dio pela TV GONTIJO Silvana O livro de ouro da comunica o Rio de Janeiro Ediouro 2004 p 414 415 238 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP para o mundo
223. iniciais do ensino fundamental durante a disciplina de Metodologia do ensino de geografia para as s ries iniciais do ensino fundamental desenvolvida no curso de pedagogia da Unidade de Imbituba em 2005 b A pesquisa teve seu in cio com uma enquete na pr pria sala de aula onde se percebeu que entre os acad micos do curso de Pedagogia havia o desconhecimento da linguagem geogr fica Quando questionados 94 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP sobre o que a geografia e para que serve responderam ser um conhecimento importante para a localiza o das pessoas Como esta reposta foi praticamente un nime as aulas seguintes trataram de desconstruir esse conhecimento simplista e reducionista da ci ncia geogr fica Sabe se que a geografia tem uma linguagem pr pria Assim necess rio alfabetizar o aluno em geografia para que ele se aproprie da linguagem geogr fica facilitando seu entendimento do mundo N o basta apenas a nossa exist ncia para que passemos a entend lo Assim como saber ler letras ou n meros n o nos transforma em cidad os cr ticos KAERCHER 1999 A simples descri o da paisagem enfatiza a memoriza o al m disso verificou se ser esta a forma mais utilizada nas aulas de geografia Este fato garante que este saber estrat gico fique nas m os de alguns poucos e n o privilegie a reflex o nem a forma o integral do cidad o Assim na maioria das vezes a geografia traba
224. intercalada com fotografias dando um car ter expositivo e informativo sua linguagem al m de n o possu rem na maior parte dos casos os exerc cios de final de cap tulo Al m disso o livro did tico aborda v rios assuntos conforme o programa da disciplina O livro de n o fic o desse primeiro grupo ocupa se somente de um tema tratado geralmente de forma mais aprofundada do que nos comp ndios escolares Vejamos o exemplo da obra Pantanal mato grossense 1997 O livro assemelha se ao did tico tanto no que se refere ao assunto tratado conte do da disciplina de Geografia no ensino fundamental quanto ao uso de uma linguagem puramente referencial e utiliza o de fotografias e mapas na ilustra o No entanto ao contr rio dos comp ndios escolares que d o conta dos diversos temas que constituem o programa da disciplina esse tipo de obra infanto juvenil com o intuito de complementar os estudos 185 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP curriculares e at mesmo de servir como material de pesquisa trata de um nico assunto e por isso aprofunda o melhor semelhan a do did tico predominam em Pantanal mato grossense a divis o em cap tulos as frases curtas e a abund ncia de enumera es sinalizadas em sua maior parte por marcadores Essa caracter stica acaba diminuindo o espa o para o texto cont nuo e coeso al m de facilitar a pesquisa para o aluno que procura por exemplo
225. ional e consequentemente o pr prio processo de ensino aprendizagem A rob tica vem ampliando os recursos do ensino criando propostas mais atrativas s aulas e permitindo possibilidades antes n o imaginadas no espa o escolar 44 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP O PROCESSO DE INCLUS O DO ALUNO COM DEFICIENCIA INTELECTUAL NAS SERIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Etieni Rohden da Silva UNISUL Essa pesquisa se caracteriza como uma pesquisa do tipo explorat ria de campo com enfoque qualitativo formatada como estudo de caso Partindo do problema como est ocorrendo inclus o escolar do aluno com defici ncia intelectual nas s ries iniciais do ensino fundamental essa pesquisa objetivou analisar a inclus o dos alunos com defici ncia intelectual nas s ries iniciais do ensino fundamental no sentido de contribuir com as discuss es para a constru o de uma educa o formal voltada diversidade Nesse sentido estabeleceu tr s objetivos espec ficos identificar na escola p blica regular alunos interpretados como deficientes intelectuais verificar como o professor compreende o processo de inclus o destes alunos e levantar as adapta es curriculares que est o sendo discutidas e ou implementadas pela escola para a promo o da inclus o A pesquisa de campo foi realizada na cidade de Bra o do Norte em Santa Catarina envolvendo os professores dos alunos interpretados como deficientes intel
226. ir forma o de professores com qualidade bem como discutir dimens o praxiol gica do trabalho docente torna se uma tarefa rdua mas necess ria Com o objetivo de fomentar este debate o I Simp sio sobre Forma o de Professores inf ncias e linguagens em debate I SIMFOP oportunizar a forma o continuada dos profissionais da educa o em geral possibilitando diferentes interc mbios num espa o privilegiado tanto para discuss o de novas pesquisas quanto para retomada de fen menos ainda n o esgotados ou pouco explorados na rea Assim o evento prop e a interlocu o entre as diferentes reas do conhecimento tais como Educa o Psicologia Antropologia Hist ria Sociologia da Inf ncia e Arte nas seguintes atividades confer ncias mesas redondas palestras minicursos e comunica es cient ficas orais e p steres Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP 10 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP SUM RIO RESUMOS DAS COMUNICA ES ORAIS ceceeeeeseresersermseeses 15 A pr tica pedag gica na educa o infantil e as produ es simb licas das CrIan aS eii ereot ener bagesh pobres aE E n EE o E O EEEN 17 O movimento na educa o infantil forma o continuada na rede municipal de ensino de Tubar o 18 Ludicidade e aprendizagem conceitos predominantes na pr tica de professores das s ries iniciais e
227. isi o do conhecimento escolar No estabelecimento da escola p blica percebe se a discuss o e propostas de um ensino diferenciado no qual maioria caberia uma forma o geral civilizadora mantenedora da ordem enquanto a instru o se restringiria aos poucos inclu dos na sociedade 32 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP NOVOS RUMOS PARA O CIVISMO ESCOLAR 1964 1985 Maria Ana Pires de Oliveira UNISUL O estudo aborda as bases legais e salienta a import ncia da escola como parte das estrat gias de reprodu o ideol gica na qual se inseriam as disciplinas Estudos dos Problemas Brasileiros EPB no ensino superior brasileiro Organiza o Social e Pol tica do Brasil OSPB no ensino de segundo grau e Educa o Moral e C vica EMC no ensino de primeiro grau Nesta ltima se introduz festas e eventos reveladores de pr ticas do civismo t pico desse per odo de governo autorit rio 33 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A IMPORT NCIA DA CONSCI NCIA FONOL GICA NA ALFABETIZA O UM ESTUDO DE CASO SOBRE AS LETRAS E E O Lucimar Ferreira da Silva Oliveira UNISUL Este trabalho aborda a import ncia do desenvolvimento da consci ncia fonol gica como principal facilitador da aprendizagem da leitura e da escrita pela crian a Tem como objetivo verificar a influ ncia de um curso de forma o sobre os princ pios do sistema alfab tico do portugu
228. iso assar els eps se e RS Es assa co SS Sassi 50 223 Eloisa Silva MOUIA sacred rss a variada Casqeare E Eas 35 151 Eten Rohden da Silva sis sieceriairider assentes iiiaeer EEEE EEEE EEEa o 45 F bia Barbosa Pedro as us pessimista saio ii E USE sadias 49 53 F bio Jos Ralen a susana sn ara na ada apa dedo 25 102 Fernanda Martins de Bona Porton erre 46 207 Gabriela Hardtke B hm erre rrreerereeees 40 177 Geriza bmbelina sst casaria Cin ero Ertd o E E EEE 29 Gladys Florianos reee er aiea ae ad vo des ESC e oa Poesia SS 29 Jeanine Ferreira dos Anjos Costa renas 21 Josiane dos Santos Martins eeeeeereaereeeaereneneneaenea 46 207 Juana de AbreU a bnini E E dna Sad nn iss e nba dada Los 58 K tia Fernandes Machado ss ss seseseseseseseseseneneananananaas 49 53 Leonete L zia Schmidt xr cases eeii EEE EE Dis nica ma cesta dire a 31 Luciane Lara CCO ssa issindere si ladii es oeenn e E A E E oea Ee La da 18 65 Lucimar Ferreira da Silva Oliveira sesesesesesesesererererererererererererererererereres 34 Ludimar Teresa de Oliveira i esseseesercescressesseccessosseeccscrosseseesssrersseesss 49 53 Marcelo N Mendes sa asas e NASA RS ENGANA DRE AESA SEE 78 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Marcelo Nascimento Mendes eee rrerererereeees 20 M rcia Fernandes Rosa Neu eeseeereaereaeaeaea 22 23 26
229. itos desse processo possibilitando cruzamentos f rteis entre os conhecimentos advindos da experi ncia vivenciada na institui o e a produ o te rica da rea Neste trabalho abordaremos especificamente o processo vivenciado em uma dessas institui es a Creche Joaquina Maria Peres A partir de crit rios demarcados no projeto definiu se o grupo de crian as e as respectivas professoras que participariam da pesquisa Entretanto essa escolha foi realizada com a equipe pedag gica da institui o e submetida aos demais profissionais que aprovaram a decis o O grupo que fez parte desta investiga o era constitu do de dezesseis crian as com idades entre dois anos e seis meses a tr s anos completos As crian as permaneciam aproximadamente dez horas di rias na creche em per odo integral e residiam na sua maioria no bairro Itacorubi bairro urbano residencial e de com rcios de pequeno porte localizado pr ximo Universidade Federal de Santa Catarina UFSC e ao Centro da cidade O projeto de pesquisa foi apresentado e discutido com as fam lias das crian as com o intuito de obter a aprova o das mesmas para a realiza o da investiga o N o s obtivemos sua aprova o mas tamb m a indica o de que os registros produzidos fossem partilhados no decorrer da mesma pois estes permitiriam s fam lias uma aproxima o as viv ncias das crian as na creche As duas professoras que atuavam respectivamente como profe
230. ividades pr ticas de conta o de hist rias Em s ntese pode se dizer que este projeto veio ao encontro da necessidade de resgatar o prazer pelo universo da leitura e oralidade atrav s de hist rias que vem de gera o em gera o e est o guardadas no interior de cada ser humano transformando assim o real em imagin rio 54 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP PROGRAMA ESCOLA EM A O TRANSFORMANDO A EDUCA O PEATE Sirlei da Silva Mateus Secretaria Municipal de Educa o de Tubar o Tubar o SC O Programa Escola em A o Transformando a Educa o PEATE visa a participa o do aluno nas atividades oferecias no contra turno bem como integrar escola e comunidade atrav s das oficinas de inform tica viol o pintura desenho teatro dan a flauta coral banda r dio escolar e clube de m es realizadas nas unidades escolares da Rede Municipal de Ensino Objetivos Estimular e oportunizar a participa o da fam lia nas oficinas do PEATE buscando alternativas para a gera o de renda atrav s de atividades pr ticas Ampliar a perman ncia do aluno na escola oferecendo atividades no contra turno Propiciar maior integra o entre escola e comunidade OFICINAS OBJETIVOS Pintura Desenho Ampliar o universo expressivo atrav s de atividades Dan a Teatro pr ticas Viol o Flauta Promover o conhecimento da educa o musical Banda Coral estimulando a cria
231. izado as crian as trocam correspond ncia com alunos de uma escola de Angola O projeto Malungo no ano de 2007 esteve estruturado em outro trip que artes literatura e apropria o da cidade Esta pesquisa busca refletir sobre a literatura de tem tica africana e afro brasileira que est presente em uma escola da rede p blica de Florian polis para identificar e analisar como as crian as v m se Malungo Do quimb Ma luga companheiro S m 1 Camarada companheiro 2 T tulos que os escravos africanos davam queles que tinham vindo da Africa no mesmo navio 3 Br s Irm o cola o ou irm o de cria o AURELIO 1986 p 1073 222 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP apropriando dessa literatura infantil buscado focalizar se as crian as que participaram ou participam do Projeto Malungo reconhecem a import ncia da literatura infantil com a tem tica africana e afro brasileira e se elas se identificam com os personagens destes livros Para uma escola ser realmente democr tica um espa o onde todos possam exercer sua cidadania com dignidade tem que ser um espa o onde n o existam posturas de preconceito e discrimina o onde a diversidade que nosso pa s tem possa servir de exemplo e orgulho para nossas crian as Neste contexto a literatura infantil ocupa um importante espa o principalmente na contemporaneidade em que as narrativas apresentam personagens africanos e afro bra
232. izam seus pensamentos por meio dos movimentos n o aprendem a ler e a escrever antes de conhecerem o mundo e sentirem necessidade de relacionar com os outros e s se apropriam da realidade a partir da a o concreta FREIRE 1989 p 83 Z O movimento para crian a sua primeira linguagem o corpo o primeiro instrumento de pensamento no seu di logo com o mundo dos adultos um importante instrumento para a constru o de v nculos afetivos DIAS 2000 p 13 A diversidade pedag gica que contempla o universo da educa o Infantil reflete diferentes concep es em rela o aos objetivos e fun o do movimento no cotidiano escolar A id ia de movimento na educa o infantil est relacionada apenas como ato motor mover se pelo simples fato de se locomover dentro de um espa o O movimento mais que um simples ato de deslocamento do corpo e dos membros o que nos afirma Rabinovich 2007 p 33 o movimento um importante elemento para o desenvolvimento da cultura humana Sendo este toda forma de manifesta o de um corpo a fun o da educa o infantil n o apenas querer que as crian as aprendam a fazer mas que aprendam a fazer e compreender o que est o fazendo e o porqu de cada a o ampliando a sua consci ncia corporal 68 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP E fundamental tratar a quest o do movimento atrelado constru o do universo infantil rompendo com a id ia
233. la a verdadeira aprendizagem p e em cheque a id ia de ensino com m todos exclusivamente expositivos que concebiam o professor e o aluno a crian a e o monitor como simples transmissores e receptores de conhecimento A valoriza o das experi ncias e a expans o da educa o comunidade foi defendida por muitos pedagogos entre os quais os da pedagogia ativa Mais uma vez necess rio estarmos alertas para o significado da express o experi ncia reducionista a postura segundo a qual a palavra corresponda a apenas tocar com as m os usar o tato Oportuno lembrar a fun o da mente nas aprendizagens raz o pela qual a associa o Hands On agregou ao slogan a palavra Mente revendo assim alguns resqu cios de posturas te ricas ultrapassadas Como criar exposi es interessantes para as crian as O que em ltima inst ncia significa exercer a a o mediada para que aprendam Quest es dessa natureza precisam ser respondidas com clareza sob risco de comprometer os programas pedag gicos dos museus Quando os programas n o apresentam um objetivo claro e concreto as exposi es correm o risco de ca rem num ativismo med ocre O processo para descobrir e interpretar os objetos envolve v rios passos a observa o e a descri o na busca de respostas para as quest es O qu Como De qu Por qu Para qu Para quem Onde e Quando As contesta es s respostas encontradas para essas perguntas a sele o
234. lhada de forma distante da realidade do aluno Descrevem se apar ncias sem analisar a ess ncia do conhecimento geogr fico Na realiza o da geografia escolar privilegia se a memoriza o e a descri o Dessa forma o aluno e o professor ficam muito distantes da an lise do espa o geogr fico e n o se percebe import ncia que a geografia tem para a forma o cidad Vale destacar que toda a sociedade cria institui es que permitem a sua afirma o por isso a escola n o foge a essa regra Assim correto afirmar que a escolariza o em massa serve como instrumento de reprodu o por outro como ela n o est isolada do contexto social pode desenvolver em seu interior lutas e contradi es Pereira 1999 lembra que os conte dos ensinados pela geografia revestem se de uma aparente neutralidade e a pr pria sociedade fiscalizada passa a ser vista como uma comunidade em que h harmonia Lacoste destacou que esta forma de trabalhar a geografia enfadonha e n o corresponde organiza o humana do espa o porque n o considera que o arranjo espacial cont m em si rela es sociais 3 1 O Ensino da geografia do quadro e giz leitura do mundo O ensino da geografia carregado de aspectos meramente descritivos acaba por determinar a hegemonia da abstra o seguindo por este caminho a geografia ignora os in meros problemas sociais do mundo 95 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP
235. livros infantis produtos culturais para crian as Cabe aos 184 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP pais e professores intermedi rios entre a cria o e o consumo identificar a qual dos grupos os livros pertencem PINSKI 1993 p 104 110 A forma das obras de n o fic o dirigidas s crian as em geral liter ria pois apresentam se em versos com a utiliza o de rima e ritmo ou possuem caracter sticas pr prias do texto art stico em prosa tais como personagens narrador espa o ficcional e tempo simulado enfim criam uma situa o po tica ou narrativa que tem como objetivo transmitir determinada informa o H contudo livros que se det m exclusivamente na exposi o de determinado assunto n o aproveitando os recursos liter rios Examinando se mais detidamente algumas publica es dos ltimos dez anos poss vel constatarmos v rias linhas nas quais se inserem as obras de n o fic o de acordo com a utiliza o ou n o dos elementos da arte ficcional N o fic o propriamente dita Um primeiro grupo poderia ser composto por obras infanto juvenis de n o fic o que transmitem o conhecimento sem a utiliza o de elementos da fic o e visam principalmente complementa o dos conte dos escolares S o obras t cnicas porque se aproximam do livro did tico pela sua inten o e pelo car ter informativo por m podem lan ar m o de recursos como a ilustra o
236. logh 2002 com o objetivo de tirar a programa o da mesmice sendo exibida ap s as dez da noite com um p blico mais seleto do que as novelas pois este programa tem o objetivo de levar ao brasileiro uma programa o mais alegre As miniss ries s o consideradas obras de n vel cultural mais alto Ao contr rio das novelas que podem ser longas com uma m dia de 180 cap tulos podendo variar conforme a sua audi ncia As miniss ries Conforme Fiuza 2003 entram no ar na d cada de 1980 e s o portanto produ es mais recentes Geralmente s o exibidas em poucos cap tulos s 22h hor rio antes destinado s novelas A Globo que se sobressai na produ o e transmiss o deste g nero As miniss ries coroam com fregii ncia estrat gias de programa o festiva diferenciada no mbito da TV como as famosas e consagradas miniss ries dos vinte anos da Globo O Tempo e o Vento Grande Sert o Veredas e Tenda dos Milagres BALOGH 2002 p 124 As miniss ries retratam aspectos importantes da nossa cultura ou seja elementos reais mas como o p blico brasileiro tem dificuldade em 242 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP acompanhar uma hist ria mais elaborada acaba se incorporando elementos da fic o pois o brasileiro j est habituado a eles por interm dio das novelas Segundo Gentile 2006 a rela o entre o real e o imagin rio atrai os telespectadores O verdadeiro objetivo das minis
237. ltura reflex es sobre uma experi ncia na VII Jornada de Hist ria da Educa o Campo Grande UNIDERP 2007 161 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Este estudo apresenta e exp e ao debate id ias relacionadas elabora o do livro did tico Santa Catarina de todas as gentes hist ria e cultura que tem como autoras Ivone Regina Lunardon e Neide Almeida Fiori e se destina a alunos da 3 s rie do Ensino Fundamental N o se pretende realizar uma s ntese do livro em an lise assim sendo ser o enfocados alguns aspectos assumidos como reflex es sobre uma experi ncia Com esta ltima frase por certo come a a ser palmilhado um caminho com riscos de estar minado a partir do que pensam do termo e dos fil sofos identificados com essa terminologia algumas correntes do pensamento pedag gico A express o reflex es sobre uma experi ncia lembra uma postura de oposi o a caminhos t picos do idealismo que v o desembocar em dualismos que se expressam em formas como corpo 39 29 99 2299 mente apar ncia realidade sujeito objeto Neste momento o percurso ser diferente e se busca relatar uma viv ncia uma maneira de falar que de certa forma remete a John Dewey Mas haver mesmo o risco de o caminho estar minado Como se sabe nas d cadas de sessenta setenta e oitenta uma renova o atingiu o velho pensamen
238. m base na Teoria da Relev ncia de Sperber e Wilson 1986 1995 24 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP TEORIA DA RELEV NCIA E QUEST ES DE ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCA O INFANTIL E FUNDAMENTAL F bio Jos Rauen UNISUL O ensino mais tradicional que concebe a transmiss o de informa es como papel do professor e a recep o memoriza o dessas informa es como papel do aluno sustentado por uma concep o de comunica o baseada estritamente em processos de codifica o e decodifica o Com base nessa concep o papel do aluno decodificar a mensagem transmitida nas aulas e provar que essa decodifica o foi retida como um fax s mile por meio em exerc cios ou provas Todavia defendo o argumento de que a cogni o opera por infer ncias Uma infer ncia um c lculo mental que decorre das pistas do ambiente ou da pr pria cogni o Desse modo todas as informa es que os professores transmitem na sala de aula funcionam como pistas para que as crian as infiram conclus es a partir dessas informa es Na ling stica foi Grice 1957 1967 quem primeiro construiu um modelo te rico para dar conta desses c lculos inferenciais Fundamentada no trabalho pioneiro de Grice a Teoria da Relev ncia de Sperber e Wilson 1986 1995 defende que a cogni o humana opera com base na busca da relev ncia entendida como uma equa o positiva entre efeitos cognitivos e esfor o de pro
239. m da crian a e da inf ncia no enredo da miniss rie hoje dia d maria sesinin arein ni i a i ii ase 57 O processo de avalia o na vis o e na pr tica de educadores das s ries iniciais do ensino fundamental 58 A percep o dos educandos das s ries iniciais do ensino fundamental sobre o processo avaliativo ni rereeerareraneranos 59 A televis o no processo de alfabetiza o a contribui o dos programas infantis q 25 2l seas lo sip ccusp a ete a at oni asma as Sabias 60 TRABALHOS COMPLETOS sssussanesesosossespocnssessessntuiucannstesspetisassonssvo dos O3 O movimento na educa o infantil forma o continuada na rede municipal de ensino de Tubar o a 65 A forma o de professores e seu papel motivador de novas pr ticas m todos e t cnicas para o ensino de hist ria local e regional nas s ries anos iniciais do ensino fundamental p blico no munic pio de Lubar o seene sais cd E AA T E ana elo aa e pedra a ea 11 O ensino de geografia nos anos iniciais do ensino fundamental do quadro e do giz leitura de mundo 91 Quest es de ensino aprendizagem e teoria da relev ncia 101 Algumas reflexoes sobre a gest o pedag gica nos cursos de gradua o da Unisul kart rss cemesnssararsttadanearos ae ea e sopra e E aae 111 O ensino pesquisa na universidade uma condi o de re leitura dos SADETES POSLOS eanne oeni e de RR E e
240. m nunca terem fregiientado Destes 85 na rede estadual e 63 0 na rede municipal Embora registrando um percentual levemente inferior os professores da rede municipal confirmam terem sido melhor atendidos nesse aspecto No detalhamento a seguir sobre o preparo espec fico para o ensino de hist ria local comunidade e ou cidade para os anos s ries iniciais 89 0 declararam nunca terem frequentado curso espec fico de forma o para essa atividade enquanto que 75 0 da rede municipal tamb m nunca frequentou Al m dos cursos espec ficos 89 0 dos professores da rede estadual declararam nunca terem participado de encontros semin rios sess es de estudo sobre o ensino de hist ria local e 83 0 dos docentes da rede municipal tamb m nunca frequentaram Em ambas as situa es demonstradas fica evidente o despreparo dos professores para o desempenho de atividades referentes ao ensino de hist ria local e que est presente nas listagens curriculares de ambos os sistemas e a neglig ncia dos administradores das redes de ensino em proporcionar os conhecimentos necess rios para o trato com essa rea do curr culo 87 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Na abordagem seguinte a pesquisa buscou averiguar a fregii ncia com que os professores freqientaram cursos de prepara o para o ensino de hist ria regional munic pio e ou regi o para o ensino nas s ries anos iniciais Entre os professores particip
241. m para o cego MINIST RIO DA EDUCA O 2006 O Sorob Figura 2 composto por eixos verticais divididos por uma barra horizontal chamada de r gua de numera o ou barra central ou barra zero que apresenta um ponto em relevo de tr s em tr s eixos que se destinam a separar as classes dos n meros unidade dezena centena milhar etc Os eixos inferiores possuem quatro contas bolinhas cada e os superiores apenas uma As contas da parte de baixo da r gua de numera o valem uma unidade e as de cima representam cinco unidades Contudo essas contas somente t m valor no momento em que est o apoiadas na haste central TEJ N 2007 Figura 2 Sorob Fonte http es geocities com abacosoroban Para ser utilizado o Sorob deve estar posicionado em uma superf cie horizontal Segundo Tej n 2007 as contas inferiores s o movimentadas para cima com o dedo polegar e o dedo indicador as afastar da barra horizontal e tamb m mover as contas superiores Atrav s deste instrumento o deficiente visual ter condi es de resolver problemas envolvendo adi o subtra o multiplica o divis o potencia o radicia o exponenciais logaritmos M M C M D C trigonometria etc TEJ N 2007 211 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP 4 3 Adapta es 4 3 1 R gua Fita m trica Transferidor e Esquadro Na maioria das vezes o primeiro instrumento utilizado para pequenas medi
242. m projeto pedag gico A sociedade contempor nea sem sombra de d vidas diferente complexa Ela apresenta entre suas caracter sticas principais a tecnologia e exige que tenhamos uma percep o integrada entre aspectos te ricos pol ticos sociais econ micos etc Castells 2007 p 2 chama nossa aten o para o fato de que entramos em um mundo realmente multicultural e interdependente que s poder ser entendido transformado a partir de perspectiva m ltipla que re na identidade cultural sistemas de redes globais e pol ticas multidimensionais A rela o do museu com a sociedade tamb m foi transformada atrav s dos tempos Hoje a nfase dada a o participativa dos sujeitos sociais adultos ou crian as Os t cnicos consideram como fundamental a apropria o e re apropria o do patrim nio cultural Os projetos educativos mais bem sucedidos procuram envolver os jovens levando os a uma participa o direta e efetiva na 200 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP formula o dos problemas na sele o e no uso de tipos de m dias como meios potenciais para resolver o problema torn lo conhecido ou mesmo express lo em termos mais compreensivos Arnaldo 2002 p 449 esse o contexto da minha proposta de cria o do Museu das Crian as do Brasil para a qual criei a Rede do Imagin rio Infantil virtual e a Troupe da Mem ria constitu da por idosos da comunidade Valen
243. m ser superados e s o argumentos desta origem que nos levam a refletir sobre a inf ncia e toda a tem tica que envolve a crian a nesta fase Estamos presenciando v rias mudan as inclusive em rela o aos meios de comunica o que nos proporcionam o acesso a informa es permitindo nos compreender diversas realidades e modificar nossos equivocados conceitos sobre a inf ncia A inf ncia deve ser vista como uma fase exclusiva segundo Rousseau em pref cio do seu livro Em lio a inf ncia tem seus modos de ver pensar e sentir espec ficos Assim n o correto substituir seus modos de ser pelos nossos O que se busca com essa reflex o compreender como vemos a inf ncia E os motivos pelos quais as crian as est o precocemente adentrando e participando no mundo adulto Outro aspecto de suma import ncia s o as mensagens contidas nos desenhos animados Segundo Rezende 2002 os desenhos animados como He man transmitido pela rede Globo no programa da Xuxa e atualmente pela Record aos domingos de manh um pr ncipe alto loiro com os cabelos cortados estilo Guilherme Tel Cabe ressaltar que assim como o He man a Barbie tamb m em muitos de seus desenhos uma princesa loira alta e bonita Nestes dois desenhos os personagens principais s o combatentes do mal No que se refere aos desenhos cabe enfatizar que a maioria deles traz como protagonistas crian as bonitas de pele branca com uma situa o financeir
244. m sua Proposta Curricular editada em 1998 alertava para uma situa o j detectada em 1988 sobre o despreparo dos professores Para a operacionaliza o dos conte dos de hist ria local e regional pouco se fez nesses 20 anos para que os professores recebessem maior aten o quanto ao ensino da hist ria nos anos s ries iniciais no tocante s dimens es metodol gicas e historiogr ficas dos professores generalistas como aponta o referido documento na p 165 complementando a informa o anterior o sistema de ensino p blico no munic pio de Tubar o vem negligenciando quanto instrumentaliza o dos docentes para essa rea do curr culo enfatizada nos documentos oficiais que se originam no seio dos mesmos sistemas OS cursos superiores tanto na licenciatura em Hist ria como a Pedagogia n o est o atendendo suficientemente as demandas sobre a 88 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP necessidade de adequar suas disciplinas de metodologia do ensino de Hist ria realidade local e regional e que a presente pesquisa poder contribuir para um repensar de suas propostas de extens o a pesquisa tamb m revela a urg ncia em preparar professores pesquisadores de sua pr pria realidade seja no mbito local regional ou de estado voltados a um ensino focado nas realidades e nas adequa es dos temas curriculares Pretende pois a pesquisa em suas fases contribuir para as percep es
245. mais veloz cujas necessidades s o vendidas e resolvidas full time on line Assim o aparentemente discurso de que tempo dinheiro apaga mais do que valores morais e ticos apaga a iniciativa dos envolvidos em tentar pensar a sociedade como est e consegiientemente em suas necess rias mudan as Este mundo atrativo acaba se tornando algo com o qual se concorre N o poss vel alcan ar um espa o de aprendizagem dial tica na universidade ou seja um espa o de reflex o se muitas leituras s o feitas apenas sob a press o de um fichamento ou de uma prova A falta de tempo uma justificativa compreens vel por m o investimento intelectual que se necessita empreender no ensino superior pressup e uma dedica o imperiosa ao mundo dos livros De outra maneira hist rica a falta de valoriza o do profissional da educa o Desde a id ia de cham lo de tia e tio para que o sal rio n o fosse o nico pagamento professores ainda hoje n o t m seu lugar de merecimento social Ultrapassando horas de trabalho enfrentam jornadas triplas e dividem seu tempo com a fam lia entre pilhas de atividades extras De qualquer maneira necess rio rever a qualidade e a efetividade do pr prio tempo de trabalho em sala de aula pois acredita se que pelo vi s da pesquisa o trabalho de ensino possa realmente significar mudan a suficiente para que o trabalho docente possa ser ent o realmente valorizado como
246. mentar terr veis conflitos psicol gico sociais na forma o da crian a crist Dessa forma esse trabalho se prop e a analisar alguns m todos de leitura b blica e a prepara o m nima dos educadores pai m e professores religiosos crist os 41 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A LINGUAGEM DO MUNDO M GICO MINHA VIDA ESCOLAR CANTADA E CONTADA EM VERSOS E PROSAS Alba da Rosa Vieira UNISUL A literatura e a m sica infantil constituem se linguagens que oferecem uma porta de entrada para o universo de descobertas e com o tempo oportunizam nos momentos agrad veis com o mundo que nos cerca Na ludicidade privilegia se o dom nio do conhecimento que atrav s de textos e melodias oportuniza as crian as a incorpora o dos personagens hist ricos vivenciados na atualidade com imagina o Sabe se que as diferentes aprendizagens ocorrem atrav s da troca de experi ncias entre pares ou seja entre parceiros mais experientes com os menos experientes ou entre crian as e adultos Nesta comunica o objetiva se conhecer n o s geograficamente qual a posi o da crian a no mundo mas construir historicamente a rela o e espa o que elas ocupam nas institui es escolares Quanto mais a crian a adquirir a capacidade de expressar se pelas diversas linguagens verbais e n o verbais como fala gestos escrita e procurar compreender a linguagem do outro mais o seu pensamento se organiza e
247. mo est o oportunizando o tempo e espa o do movimento na educa o infantil enquanto uma necessidade vital crian a 18 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP LUDICIDADE E APRENDIZAGEM CONCEITOS PREDOMINANTES NA PRATICA DE PROFESSORES DAS SERIES INICIAIS Mois s Laurindo UNISUL Z O objetivo geral desta pesquisa estudar a import ncia da ludicidade na pr tica de professores de Escolas P blicas como facilitadora da cidadania a partir das viv ncias l dicas Como objetivos espec ficos t m se entender o l dico enquanto uma cultura necess ria na escola de ensino fundamental detectar o papel da ludicidade na forma o do professor identificar as viv ncias l dicas dos professores do ensino fundamental os conceitos pessoais e finalmente a percep o dos professores sobre a ludicidade A ludicidade neste trabalho considerada como atividade cultural na perspectiva das contribui es de Broug re As reflex es com os professores se far o a partir de questionamentos sobre as suas viv ncias l dicas buscando associ las s suas pr ticas presentes Trata se de pesquisa qualitativa com delineamento do tipo estudo de caso Participar o da pesquisa 20 professores de 4 escolas estaduais e municipais da rede de ensino de Tubar o cuja a pr tica alvo principal da investiga o As escolas estaduais Escola de Educa o B sica Prof Alda Hulse Escola de Educa o B sica Sagrado Cora
248. modos como tradicionalmente aprendeu se a olhar para as a es sociais das crian as entre elas as brincadeiras 267 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Discutiu se que a constru o de um outro olhar em dire o s crian as se d na rela o com elas na medida em que nos propomos a olhar atentamente e a ouvir o que t m a dizer Nessa perspectiva buscou se construir junto s professoras pr ticas de observa o e registro que permitissem captar detalhadamente as a es das crian as no desenvolvimento das suas brincadeiras Esse processo foi desencadeando um movimento de aproxima o e estranhamento em rela o aos modos como as crian as brincavam Contudo registrar com essa inten o diferenciava se do modo como costumava se registrar o cotidiano Assim a aprendizagem desse outro modo de documentar as a es das crian as deu se no pr prio exerc cio de registrar os movimentos os gestos as falas os usos que as crian as faziam dos objetos dos tempos e espa os A descri o detalhada das situa es vividas pelas crian as possibilitou uma outra rela o com os universos de brincadeira que at ent o pareciam conhecidos e naturais Entretanto a reflex o coletiva sobre estes registros foi evidenciando o n o saber dos adultos a respeito das produ es simb licas daquele grupo O reconhecimento deste n o saber possibilitou tamb m repensar que o foco de nossas reflex es
249. mp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP O ENSINO PESQUISA NA UNIVERSIDADE UMA CONDI AO DE RE LEITURA DOS SABERES POSTOS Andr ia da Silva Dalto Resumo O presente artigo abordar a forma como o aluno na universidade relaciona se com o mundo do conhecimento e de que maneira essa rela o se distancia e ou se aproxima de um processo de ensino que proporcione ao acad mico uma poss vel emancipa o intelectual e cidad Palavras chave ensino pesquisa conhecimento cient fico releitura Introdu o A porta da verdade estava sempre aberta mas s deixava passar meia pessoa de cada vez Assim n o era poss vel atingir toda a verdade porque a meia pessoa que entrava s trazia o perfil de meia verdade E a segunda metade voltava igualmente com meio perfil E os meios perfis n o coincidiam Carlos Drummond de Andrade A hist ria do homem no mundo confunde se com seu pr prio desejo de dominar o conhecimento sobre este mundo e na busca por tal poder o saber cient fico abriga uma esp cie de garantia de verdades e de certezas Professora de L ngua Portuguesa e Assistente Pedag gica da Unidade de Gest o Acad mica Educa o Express o e Comunica o UNISUL Especialista em Ling stica aplicada ao ensino de L ngua Portuguesa UNISUL Mestre em Ci ncias da Linguagem UNISUL Doutoranda em Estudos da Linguagem An lises Textuais e Discursivas do Programa de P s Gradua o em Letras UFRGS
250. mplemento do elemento el ptico 8 109 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP resposta 4g tamb m se podem atribuir condi es de verdade Contudo 4g desvia se da resposta esperada Um professor consciente da fragilidade da concep o de comunica o exclusivamente baseada em codifica o decodifica o pode ficar alerta e usar esse desvio enquanto reflex o sobre sua pr tica pedag gica Refer ncias bibliogr ficas GRICE H P Querer dizer In LIMA J P de Org Linguagem e ac o da filosofia anal tica ling stica pragm tica Lisboa Apaginastantas 1983 O 1957 Logic and conversation In COLE MORGAN Eds Syntax and semantics v 3 speech acts New York Academic Press 1975 O 1967 JAKOBSON R Linguistics and theory of communication In Proccedings of Symposia in applied mathematics v 12 Structure of language and its mathematical aspects American Mathematical Society Rhode Island 1961 __ Ling stica e comunica o 12 ed S o Paulo Cultrix 1985 HALLE M Fundaments of language Haia Mouton 1956 LAGO Samuel R MEIRELLES Erica Ci ncias S o Paulo Lago IBEP 1997 Cole o Vit ria R gia Ci ncias SHANNON C WEAVER W The mathematical theory of communication Urbana University of Illinois 1949 SILVEIRA Jane Rita Caetano da FELTES Helo sa Pedroso de Moraes Pragm tica e cogni o a textualidade pela relev ncia
251. mpre por m h tempo para o tempo de contar hist rias e fazer com que esta arte n o se perca no tempo Nas palavras do escritor e contador de hist rias Celso Sisto Ser ouvinte de uma hist ria assumir uma condi o especial Especial se considerarmos que este tamb m um momento de revela o E o que o ouvinte espera do narrador neste momento que haja entre eles uma correspond ncia direta de emo es e sensa es SISTO 2004 p 87 Assim este projeto teve como objetivo geral realizar levantamento de narrativas orais na e da comunidade de Imbituba SC por meio de depoimentos de pessoas com mais de 60 anos de idade Os objetivos espec ficos contavam com a proposta de desenvolver a sensibilidade para a arte de ouvir e contar hist rias e de construir um acervo de narrativas orais que pudessem ser utilizadas posteriormente pelas estudantes em sua pr tica docente A partir da constata o da import ncia do registro das narrativas orais cada aluno fez o levantamento de uma narrativa com uma pessoa com mais de 60 anos independente de sexo credo ou etnia buscando se ainda fazer uma contextualiza o da origem das pessoas entrevistadas para reconstituir a poss vel origem das narrativas As narrativas foram ouvidas gravadas e posteriormente transcritas sendo que para essa transcri o as alunas receberam orienta o para reescrever a hist ria sem perder o tom de oralidade que comp e a origem
252. n 10 639 03 Cole o educa o para todos 2005 Edi es MEC BID UNESCO SILVA Ana C lia A desconstru o da discrimina o no livro did tico In Superando o racismo na escola 2 edi o revisada kabengele Munanga organizador Bras lia Minist rio da Educa o Secretaria de educa o Continuada Alfabetiza o e Diversidade 2005 SISTO Celso A pretexto de se escrever publicar e ler bons textos In O que qualidade em literatura infantil e juvenil Com a palavra o escritor Org Ieda de Oliveira 1 ed S o Paulo DCL 2005 THEODORO Helena Buscando caminhos nas tradi es In Superando o racismo na escola 2 edi o revisada kabengele Munanga organizador Bras lia Minist rio da Educa o Secretaria de educa o Continuada Alfabetiza o e Diversidade 2005 ZILBERMAN Regina A literatura infantil na escola 11 ed rev e ampl S o Paulo Global 2003 228 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP MEM RIA E ORALIDADE RECOLHENDO E RECONTANDO HISTORIAS NA COMUNIDADE DE IMBITUBA Eliane Santana Dias Debus Resumo A presente pesquisa PUIC Projeto em disciplina foi realizada com alunas da 6a fase do Curso de Pedagogia da UNISUL Imbituba 2006 2 e integrou se s atividades da disciplina Literatura Infantil N cleo Orientado Na tentativa de resguardar e manter vivas as narrativas tradicionais o objetivo geral foi o de realizar levantamento de narr
253. na Geografia em Sala de Aula Porto Alegre UFRS 1999 CASTROGIOVANI Antonio Ensino da geografia pr ticas e textualiza es no cotidiano 2 ed Porto Alegre Media o 1999 KAERCHER Nestor Andr A geografia o nosso dia a dia In CASTROGEOVANI Antonio Orgs Geografia em Sala de aula pr tica e reflex es 2 ed Porto Alegre UFRGS AG amp B LACOSTE Yves A geografia isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra 7 ed Trad Maria Cec lia Fran a Campinas SP Papirus 1988 MOREIRA Ruy O que geografia 10 ed S o Paulo brasiliense 1985 NEU M rcia Fernandes Rosa De arma o Baleeira a porto carbon fero UNISUL 2003 PEREIRA Raquel Maria Fontes do Amaral Da geografia que se ensina g nese da geografia moderna 3 ed Fpolis Ed UFSC 1999 SANTOS Milton Novos Rumos da Geografia Brasileira 2 ed S o Paulo Hucitec 1988 SANTOS Milton Territ rio e Sociedade 2 ed S o Paulo Funda o Perseu Abramo 2000 UNGLER Nancy Mangabeira O encantamento do Humano Ecologia e espiritualidade S o Paulo Loyola 1991 VASCONCELLOS Celso dos S A constru o do Conhecimento em sala de aula 14 ed S o Paulo Libertad 2002 100 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP QUEST ES DE ENSINO APRENDIZAGEM E TEORIA DA RELEVANCIA F bio Jos Rauen Resumo O ensino mais tradicional que concebe a transmiss o de informa es como papel do professor e a recep
254. ncias que renderiam maiores condi es de ambienta o da hist ria no imagin rio criativo do leitor A descri o e os pormenores dariam um maior poder de sugest o narrativa que n o ficaria presa somente linguagem referencial H ainda trechos um tanto incoerentes apesar do uso da magia sem qualquer explica o uma personagem passa a falar fluentemente o guarani Na primeira ocasi o em que se encontram Sep Tiaraju e o general h necessidade de um int rprete pois o militar n o entende a l ngua do ind gena mas quando do resgate dos meninos os dois v o sozinhos e se entendem muito bem apesar da men o comunica o atrav s de gestos O grande n mero de assuntos tratados e a sua abrang ncia n o permitem esse tipo de comunica o A autora fez parecer tudo poss vel quando se usa o recurso m gico na narrativa infanto juvenil e pecou na verossimilhan a dos fatos O projeto que poderia ser uma boa obra de n o fic o ficou s na repeti o dos modelos lobateanos que mais de 50 anos depois j n o cabem mais H por m publica es infanto juvenis de n o fic o que conseguem unificar a parte ficcional do texto de forma satisfat ria encadeando bem personagens narrador e assunto a ser tratado Em A hist ria da Ameba 2002 as ilustra es amplas e coloridas chamam a aten o do leitor primeira vista A narrativa em versos e um texto curto em cada p gina em fonte grande auxiliam o leitor inici
255. ndamento das discuss es sobre os materiais produzidos pelas professoras e as possibilidades de planejamento de um cotidiano que favorecesse a imagina o a fantasia o faz de conta Isto evidenciado na reflex o feita pela mesma professora encontramos dificuldades em rela o organiza o dos registros notamos que muito do que falamos sobre as ocorr ncias com o grupo de crian as se perde no momento do planejamento e por falta de uma sistematiza o das atividades desenvolvidas Por outro lado a possibilidade de pensar e falar sobre estes limites do trabalho que nos permite repensar o ato de planejar e tamb m o desenvolvimento do mesmo MEKSENAS 2004 p 1 Promover pr ticas de planejamento do trabalho pedag gico a partir da observa o registro e reflex o das brincadeiras das crian as era um dos objetivos gerais desta pesquisa que ao longo do processo de reflex o 266 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP sistem tica acerca dos registros foi se tornando cada vez mais uma necessidade das professoras como indica uma das observadoras internas a professora auxiliar do grupo Planejar o trabalho para as crian as e com elas sem d vida fundamental e indiscut vel Pensamos ent o na organiza o do espa o e de novos materiais de maneira que estes pudessem desencadear novas possibilidades de elabora o para as experi ncias das crian as e suas significa es nas brincadeir
256. ndo conex es da resposta com outras informa es O livro dialoga com o leitor e o texto apresenta se em blocos conforme a pergunta inicial de cada um N o fic o com recursos ficcionais Uma segunda se o dentro da categoria que une o conhecimento literatura diz respeito s obras infanto juvenis informativas que utilizam elementos ficcionais Esse recurso o mais empregado pelos autores Revestindo temas como cadeia alimentar reprodu o humana vida nos desertos morte racismo florestas tropicais ou o sol com os atrativos pr prios da literatura infanto juvenil tais como ilustra o narrador personagens e predomin ncia do discurso narrativo sobre o dissertativo as edi es visam a atingir a seus objetivos pedag gicos de forma mais prazerosa e interessante para o leitor As formas liter rias utilizadas podem ser tanto a prosa como Viagem fant stica ao Brasil de 1800 1999 como a poesia A hist ria da ameba 2002 De um modo geral nessa categoria encontram se textos constru dos de duas formas Em primeiro lugar personagens uma situa o espa o temporal e a presen a do narrador s o meros pretextos para a transmiss o das informa es desejadas pelo autor O que deveria ser a preocupa o do autor numa obra liter ria o tratamento da linguagem fica em segundo plano ou at mesmo desaparece pelo uso de uma linguagem totalmente referencial e pela import ncia dada ao conte do Em Viagem fant stica
257. nfantil enquanto espa o constitutivo de momentos significativos para a forma o da crian a quer seja intelectiva quer seja emotiva Quem conta um conto aumenta um ponto diz o ditado popular da tradi o narrativa Ao contar um conto uma narrativa um causo sem d vida aumenta se um ponto Um ponto na costura da sensibilidade da emo o do encantamento que existe na troca entre o ouvir e o narrar Comunh o entre aquele que se aventura nas aventuras de contar e aquele que encantado aconchega a concha do ouvido mais perto para deliciar se com a narrativa do outro que traz pela oralidade um mundo novo DEBUS 2006 Quem de n s n o se lembra com carinho das narrativas ouvidas na inf ncia Que curiosidade nos levava a ouvir as conversas dos mais velhos Que interesses tantos nos relatos das visitas Quantas e tantas bruxas fadas lobos boitat s povoaram nossas noites nossos dias nossas vidas de crian a Como educadores n o podemos deixar findar a arte de contar hist rias Se findaram as rodas em torno da fogueira do fog o lenha nas 230 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP noites enluaradas de ver es long nquos n o feneceu a sedu o do contar e ouvir hist rias Precisamos restituir seu espa o Vivemos numa corrida contra o tempo Os pais ocupados com seus afazeres profissionais ou despreparados e a escola com um curr culo pragm tico n o privilegiam o contar hist rias Se
258. ngua portuguesa Falar sobre Forma o de Professores implica ainda e mais uma vez percorrer v rios caminhos Embora essa tem tica j venha sendo estudada enfaticamente nas ltimas d cadas este o desafio que me propus neste trabalho trilhando e sonhando um futuro mais qualificado para essa Forma o Ao ingressar no Mestrado em Educa o um duplo questionamento me acompanhava Por um lado a necessidade de entender o porqu da insatisfa o e desmotiva o docente com sua profiss o e por outro o porqu do grande n mero de professores que ainda procurava o magist rio como carreira docente Essas duas quest es me permitiram atrav s do di logo com diferentes te ricos circunscrever com mais clareza o meu objeto de estudo Pretendi com este trabalho investigativo responder ao seguinte questionamento Quais as influ ncias da carreira e dos saberes de forma o e de experi ncia na decis o de permanecer qualificadamente professor de L ngua Portuguesa Para tanto procurei olhar o que est acontecendo com essa forma o nos espa os da academia universidade e da atua o escolar Examinei essa quest o luz da minha trajet ria como aluna do Curso de Letras Portugu s Literatura e como professora de Portugu s no Ensino Fundamental da Rede P blica Estadual no Rio Grande do Sul Entre os objetivos dessa investiga o destaco a Analisar e compreender como se vem constituindo a carreira
259. nicas para o ensino de hist ria local e regional nas s ries anos iniciais do ensino fundamental p blico no munic pio de Tubar o SC Horn e Germinari no livro O Ensino de Hist ria e seu Curr culo alertam para a necessidade de uma educa o do olhar sobre a realidade social que o ensino da hist ria local poder proporcionar ao aluno Segundo os autores 2006 p 124 Uma nova perspectiva para o ensino de Hist ria n o pode ficar limitada a uma concep o de hist ria que apenas destaque os segmentos dominantes da sociedade No contexto da hist ria local os fatos ou momentos mais expressivos na constru o das sociedades est o vinculados s fam lias que ali vivem ou viveram e que na oralidade e no resgate da mem ria individual ou coletiva v o costurando lembran as e dando vida e express o aos cotidianos de hoje e de ontem seja num passado recente ou remoto Ainda conforme os autores para ensinar Hist ria a partir da experi ncia de vida do aluno necess rio uma perspectiva te rico 83 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP metodol gica que fale da vida das pessoas que destaque por exemplo as festas familiares e festas coletivas as mem rias e lembran as dos sujeitos de todo os segmentos sociais preciso dar voz s hist rias das mulheres das crian as pobres trabalhadores enfim fazer falar sujeitos que sempre estiveram exclu dos dos conte dos ensinados Uma
260. nifica ser professor em nossa sociedade obtivemos as seguintes afirma es A Para os professores entrevistados ser professor significa Miss o ser de tudo um pouquinho cumprir o papel que da fam lia Mediador estimulador agente de transmiss o de valores Voca o gostar ser comprometido repassar conhecimentos conte dos atrav s de sua experi ncia 139 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Voca o chamado instintivo ser imperioso transmissor de conhecimento Ter o comprometimento de formar Desenvolver aptid es ampliar conhecimentos despertar a consci ncia cr tica tudo formador educador tudo na vida da crian a Dividir problemas encontrar solu es Aprender todos os dias conscientizar ensinar valores Transmissor de conhecimentos por m deixamos de ser um transmissor de conhecimentos e assumimos pap is que cabem fam lia Transmiss o do conhecimento por m assumimos outras fun es como a de fam lia Antigamente eram uma miss o hoje um comprometimento A pergunta 1 teve como resposta predominante a afirma o de que para ser professore primordial ter voca o uma miss o um comprometimento Essa afirma o nos parece ser uma vis o rom ntica e tradicional do docente B Para a equipe t cnica ser professor significa Um gestor da aprendizagem Mediador transformador da
261. nor do que nas escolas anteriores seu quadro funcional composto por 26 funcion rios sendo 16 professores e 3 administradores pedag gicos para atender 230 alunos distribu dos em 13 turmas do pr escolar ao 5 ano de ensino fundamental Foram entrevistados de cada escola 3 professores 3 administradores pedag gicos 3 alunos e 3 pais respons veis chegando ao total de 12 entrevistados por escola Com o intuito de analisar como os sujeitos da comunidade escolar compreendiam alguns dos aspectos diretamente relacionados ao nosso objeto de estudo os sentidos da doc ncia Aspectos estes que s o subdivididos em concep o e fun o do professor forma o e pr tica docente ideal e real Condi es de trabalho e valoriza o social da profiss o Vale salientar ainda que os dados demonstrados fazem parte de uma sele o seguindo um crit rio qualitativo de pesquisa cujos fragmentos selecionados apresentam marcas comuns nas respostas expostas pelos pesquisados Desta forma o que demonstramos apenas uma parte das muitas leituras que fizemos dos enunciados coletados procurando na medida do poss vel sermos isentos de influ ncias ideol gicas objetivando um estudo que esteja o mais pr ximo da realidade A seguir passaremos a demonstrar algumas perguntas e as respostas por categorias de entrevistados e an lises respectivamente Quanto ao questionamento sobre conceitua o da profiss o docente e sobre o que sig
262. ns o pela l gica dial tica necess rio realizar todo um caminho de volta do s mbolo ao ser confrontado com a realidade para a teoria existente idem p 23 Este entendimento coloca em xeque algumas quest es o conhecimento restrito ao mundo dos livros os resultados que esperam nos laborat rios um expressivo valor de mercado a discuss o pol tica que se limita a salas de intelectuais enfim as monografias disserta es e teses que se enclausuram num debate dogm tico sem considerar sua contribui o social num mundo real Filia es hist ricas que distanciam sujeito e conhecimento Os saberes dados pela humanidade abrigam se na materialidade da palavra e n o deixa de ser um conforto pensar esta palavra em sentidos un vocos precisos cujos significados sejam inquestion veis Todavia compreender as palavras como un vocas consegiientemente os sentidos dos discursos que rondam uma sociedade pressupor esta mesma sociedade como est tica e ordenadamente previs vel Vale saber que a palavra apenas simboliza a ordem do real cuja apreens o nunca ser plena ser sempre parcial pois est fadada toda e qualquer palavra a dimens es valorativas t o distintas quantas forem as situa es em que aparecer Tal entendimento relativiza consideravelmente a veracidade daquilo que ser ou poder ser encontrado no mundo dos livros No entanto estes impressos ainda gozam do prest gio de constitu rem se fontes de
263. nsar o futuro H um acumulo de impasses e problemas historicamente constru dos e acumulados que precisam ser enfrentados Este enfrentamento n o poder ser feito apenas ao n vel de decretos e normas sob pena de repetirmos mais uma vez um comportamento recorrente em nossa historia educacional e pouco produtivo como mostram os fatos Ele devera ser feito sobretudo no cotidiano da vida escolar e para isto nossa criatividade esta sendo desafiada Gatti 1997 p 89 Hoje posso ao realizar esta investiga o com a contribui o dos professores entrevistados e com auxilio de v rios estudiosos afirmar que a as fontes pr profissionais fam lia trajet ria pessoal e escolar tem uma influencia decisiva na carreira docente b as institui es formadoras precisam ousar para alem do legal do t cnico instrumental c a l gica disciplinar aplicacionista ainda predomina na forma o docente d existem saberes que s o pr prios ao oficio docente e o objeto de trabalho docente s o seres humanos 157 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP f os saberes docentes s o plurais heterog neos personalizados situados e temporais g os primeiros anos da carreira docente s o cruciais para perman ncia ou n o na profiss o h a estabiliza o e a consolida o da carreira fase em que o professor investe e e reconhecido nela est o circunscritas aos acontecimentos constitutivo
264. nsino de Hist ria 98 0 confirmaram que o fazem Na mesma dire o foi questionada a fregii ncia com que levam seus alunos a conhecerem pontos de refer ncia hist rica na comunidade e cidade 86 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP nas atividades de ensino de hist rias local e regional 86 0 confirmaram que levam seus alunos Outro bloco da pesquisa tratou de verificar a percep o dos professores de como os alunos reagem frente aos conte dos de Hist rias nos anos s ries iniciais onde atuam Para 90 0 dos professores os alunos se portam de maneira interessada sobre os conte dos As atividades que despertam maiores interesses s o leitura de textos diversos pesquisa na Internet pesquisa em livros Mas o dado mais relevante do estudo e propositalmente foi deixada para a parte final da pesquisa trata do preparo dos professores para o desempenho com os conte dos de hist ria tanto no mbito local regional ou estadual N o obstante os percentuais acima descritos em alguns momentos registrarem ndices relevantes quanto s satisfa es com o trabalho com os conte dos de Hist ria para as s ries iniciais os dados que seguem procuram perceber as condi es de forma o e preparo dos docentes Os caminhos se mostram sinuosos pois ao serem questionados sobre sua fregii ncia em algum curso de prepara o para o ensino de Hist rias nas anos s ries iniciais do Ensino Fundamental 70 0 respondera
265. nte a capa dura de um livro impresso ainda impede o aluno de entrar em suas p ginas Apesar de um discurso de liberdade a postura tradicional de apenas dar aulas perpetua uma rela o unilateral em que o professor em sua autoridade legitimada plasma as demais vozes porque abrigado estaria pelos saberes considerados suficientes a uma forma o acad mica Trata se de uma metodologia que se preocupa mais em oferecer certezas do que abrir espa os para d vidas Frases como li num livro tirei de um site deu no jornal achei um resumo do livro etc acabam tomando o espa o de sala de aula como informa es suficientes e aceitas sem questionamentos Somadas a isso contribuem posturas metodol gicas que tratam de repetir o livro exercit lo a partir de si mesmo e cobr lo em provas que medem apenas a reprodu o Ou seja o aluno n o pode sentir que a vantagem em estar diante de um professor e n o de um computador por exemplo abriga se em ter algu m que l o conte do antes e o organiza esquematicamente Desvinculado da pesquisa o ensino promove a repeti o a decoreba e o esquecimento depois da prova A forma fat dica como isso se apresenta numa sala de aula impede que os alunos se motivem pela descoberta n o s pela descoberta do novo mas pela pr pria descoberta de se sentirem com possibilidades de questionar os saberes cristalizados Ao se considerar que existe ensino com ou sem pesquisa a pr tic
266. ntido a cultura n o se situa no mbito da ci ncia experimental em busca de leis mas deve ser entendida como uma ci ncia em busca de significados em outras palavras uma ci ncia interpretativa O antrop logo Kluckhohn como visto acima indica que a cultura pode tamb m ser entendida como um celeiro de aprendizagem em comum Essa frase sem d vida aproxima fatos educacionais e culturais E harmoniza se com a afirmativa de que numa fase cl ssica as duas realidades educa o e cultura estiveram representadas em um nico conceito mas isso n o mais ocorre nos tempos atuais O assunto tratado por M rio Vieira de Mello no livro O conceito de uma educa o da cultura com refer ncia ao estetismo e cria o de um esp rito tico no Brasil onde o autor esclarece que com o passar do tempo 8 TYLOR Edward B Primitive culture London John Murray 1871 p 01 164 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP a cultura passou a significar a educa o que j estava feita e a educa o a cultura que ainda estava por se fazer por isso que atualmente nos encontramos em uma situa o em que a educa o s pode ser apreciada dentro de um determinado contexto da cultura A cultura que ainda est por se fazer deve naturalmente levar em considera o a educa o que j est feita A complexidade do mundo contempor neo entretanto de tal natureza que saber o que num pa s cs determin
267. o o que importa fazer se entender e n o compreender Assim a l ngua passa de herm tica e inintelig vel na ordem religiosa para aparentemente clara e fluida no aparelho jur dico o que constitui um dos imperativos necess rios para a expans o econ mica da poca No Brasil essa concep o de ensino trazida pelos jesu tas que se interessavam pela gram tica e pelo discurso no que diziam respeito ao aspecto institucional que assegurasse e refor asse a subordina o do sujeito l ngua da na o Mais tarde a instala o de um Governo Provis rio no Brasil em 1930 configurou segundo Zandwais 2004 p 3 4 n o somente a tomada do poder por estrat gias governamentais que legitimassem suas for as hegem nicas mas tamb m a inscri o de pr ticas pol ticas que fortificassem a condi o totalit ria do governo de Get lio Vargas a fim de tornar a condi o superestrutural do Estado visivelmente forte e aut noma aos olhares internacionais Algumas a es como a funda o do Minist rio da Educa o e da Sa de P blica a cria o do Conselho Nacional de Educa o de Comiss es de Ensino do Plano Nacional de Educa o legitimaram o aparelho estatal em suas pr ticas tais como a incorpora o de institui es universit rias 124 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP secund rias e extra escolares ao governo al m das pr ticas pol ticas de sedu o da classe prolet ri
268. o aquilo mesmo que pode ser provado Seria a condi o de verificabilidade que daria ao conhecimento sobre o mundo o status de fazer parte de um corpo cient fico seria ainda o conhecimento a partir de provas concretas que acalentaria o homem na sua natural ang stia de conhecer e quem sabe lev lo ia a abrir a porta de que fala Drummond no in cio destes escritos Essa supremacia da verdade surge a partir do momento em que num trabalho de separa o entre o que verdadeiro e o que falso o conhecimento parece dar se de forma un voca e transparente Provas documentos dados concretos verifica es positivadas confirmam este entendimento sobre o mundo da maneira mais objetiva poss vel Todavia da aceita o de que a Terra era quadrada possibilidade de se clonar um animal talvez j um ser humano muitos questionamentos t m problematizado os saberes cient ficos at pouco tempo inquestion veis 120 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Essa realidade implica uma nova posi o diante do conhecimento diante dos fatos diante da hist ria Se motivos pol ticos religiosos ou econ micos subordinaram durante muito tempo o homem aos saberes postos hoje n o h mais espa o para a in rcia intelectual diante dos livros da leitura e da produ o de sentido a respeito H de se pensar nas heran as A l gica formal ocupa singular destaque no meio acad mico o que n o privil gio de
269. o de Jesus com entrevista 10 professores As escolas municipais Escola Municipal de Ensino Fundamenta Francelino Mendes e Escola Municipal de Ensino Fundamental Bom Pastor com entrevista 10 professores 19 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A FORMA O DE PROFESSORES E SEU PAPEL MOTIVADOR DE NOVAS PR TICAS METODOS E T CNICAS PARA O ENSINO DE HIST RIA LOCAL E REGIONAL NAS S RIES ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL P BLICO NO MUNIC PIO DE TUBAR O Marcelo Nascimento Mendes UNISUL O presente estudo resulta de uma pesquisa realizada no ano de 2007 com 86 professores que atuam nas s ries anos iniciais do Ensino Fundamental em 24 escolas das redes p blicas de ensino no munic pio de Tubar o SC Seu objetivo principal investigar as condi es pedag gicas da a o docente no tocante ao ensino de Hist ria nas s ries anos iniciais do Ensino Fundamental tendo como foco a hist ria local e regional Objetiva se ainda conhecer as motiva es a respeito das pr ticas docentes e perceber as rela es estabelecidas entre a forma o te rico metodol gica recebidas para essa rea do curr culo e a efetiva articula o com as propostas curriculares utilizadas pelos professores em suas respectivas escolas Os resultados dessa primeira etapa entre outros dados relevantes t m demonstrado que uma parcela expressiva dos docentes n o obteve preparo tanto te rico como metodol gico para o d
270. o de Professores SIMFOP BAL A gela A promo o de uma educa o multicultural atrav s da literatura infantil e juvenil In L ngua materna e literatura infantil elementos nucleares para professores do Ensino B sico Fernando Azevedo org Lisboa Porto Lidel 2006 Crian as do Mocot elaboram m scaras africanas de argila A not cia Santa Catarina sexta feira 18 8 2006 DEBUS Eliane Santana Dias A representa o do negro na literatura para crian as e jovens nega o ou constru o de uma identidade In A Crian a a L ngua o Imagin rio e o Texto Liter rio Centro e Margens na Literatura para Crian as e Jovens Actas do II Congresso Internacional Braga Universidade do Minho Instituto de Estudos da Crian a 2006 DEBUS Eliane Festaria de Brincan a a leitura liter ria na educa o infantil S o Paulo Paulus 2006 ELIAS Marisa Del Cioppo C lestin Freinet Uma pedagogia de atividade e coopera o 3 ed SP Vozes 1997 GOUV A Maria Cristina Soares de Imagens do negro na literatura infantil brasileira an lise historiogr fica Texto apresentado no Congresso do ISCHE International Society Conference of History of Education 23 2000 Alcal de Henares Espanha Acess vel em http www scielo br LAJOLO Marisa ZILBERMAN Regina Literatura infantil brasileira hist ria amp hist rias 6 Ed S o Paulo tica 1990 LEITE Carlinda RODRIGUES Maria de Lurdes Contar um conto ac
271. o de Professores SIMFOP O PROCESSO DE AVALIA O NA VIS O E NA PR TICA DE EDUCADORES DAS SERIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Juliana de Abreu Rosmeri Schardong UNISUL O presente trabalho teve como principal objetivo analisar o processo de avalia o na vis o e na pr tica de educadores das s ries iniciais do Ensino Fundamental Para alcan ar este objetivo realizou se a pesquisa de campo em uma escola da rede p blica estadual do munic pio de Garopaba onde foram realizadas observa es em sala de aula e entrevista estrutura com quatro educadores das s ries iniciais Al m da pesquisa de campo foram analisados o Projeto Pol tico Pedag gico da escola pesquisada documentos e leis dos sistemas estadual e nacional de educa o al m de leituras te ricas de autores como Luckesi Hoffmann Vasconcellos e Esteban Constatou se que os educadores analisados de modo geral desconhecem o verdadeiro sentido da avalia o limitando se a avaliar atrav s de provas e testes medindo o conhecimento dos educandos e classificando os 58 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A PERCEP O DOS EDUCANDOS DAS S RIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE O PROCESSO AVALIATIVO Maria Helena Pereira da Silva de Aguiar Rosmeri Schardong UNISUL Existe uma gama enorme de obras que abordam a quest o da avalia o poucas por m s o as que se dedicam mais especificamente a analisar a quest o do processo
272. o mais relevante poss vel para que o ouvinte o processe com um m nimo esfor o a fim de obter o m ximo de efeito Assim o ouvinte pode crer que o comunicador lhe apresentou o est mulo mais relevante Se o ouvinte n o partir desse princ pio n o far nenhum esfor o Assim se o ouvinte presta aten o informa o que lhe relevante o comunicador quando chama sua aten o d garantias de relev ncia Nessa l gica h uma presun o de relev ncia tima determinada por dois fatores Condi o de grau 1 uma suposi o relevante para um indiv duo na medida em que os efeitos contextuais alcan ados quando ela otimamente processada s o amplos Condi o de grau 2 uma suposi o relevante para um indiv duo na medida em que o esfor o requerido para process la otimamente pequeno Um indiv duo ao produzir um enunciado requisita a aten o do ouvinte e sugere que o enunciado relevante o suficiente para merecer a aten o Ao receptor cabe apresentar um comportamento cognitivo apropriado prestando aten o ao est mulo ostensivo Assim todo ato de comunica o ostensiva automaticamente carrega uma presun o de relev ncia Isso indica que mutuamente manifesto que o comunicador pretende tornar manifesto para o ouvinte que a escolha do est mulo foi a mais relevante no sentido de revelar suas inten es Pode se agora estabelecer o conceito de Presun o da Relev ncia tima 106 Anai
273. o pedag gico escolar ou seja o ser e o fazer Durante a investiga o podemos constatar atrav s de entrevistas e das observa es realizadas no cotidiano escolar das escolas campo de pesquisa que a concep o do ser e do fazer docente est muito enraizado no passado os sujeitos fontes possuem plena consci ncia de como deve ser o professor da atualidade ideal por m na a o surge tona o professor do passado tradicional que n o condiz com a realidade da educa o atual Neste ponto o de despir se dos v cios advindos da sua forma o a ditadura a escola tradicional a escola nova a tend ncia tecnicista as teorias construtivistas e as teorias progressistas estaria o maior confronto do educador Da ditadura o professor traz os medos de enfrentar o novo de assumir desafios bem como a falta de humildade de fazendo uma auto avalia o reconhecer suas falhas e buscar uma solu o vi vel para a situa o vivida pois as salas de aula do curso superior apresentam uma diversidade consider vel de educandos tanto no que se refere ao intelecto como forma o cultural idade etnias objetivos exigindo do educador uma perspic cia e um preparo inestim vel para utilizar as estrat gias adequadas demonstrando seguran a no conte do e a coragem de ousar Da escola tradicional onde a maior parte dos educadores teve sua forma o identificamos os v cios das cadeiras arrumadas em fileiras a
274. o perfil do profissional a ser formado No entanto entre projetar e executar existe uma lacuna muito grande por isso algumas a es devem ser efetivadas para gerir pedagogicamente os cursos e efetivando assim o planejamento proposto Para essa reflex o resgatou se diversos documentos produzidos pela Diretoria de Gradua o da Unisul principalmente a Matriz para implementa o de Projetos Pedag gicos dos cursos Al m disso a Universidade do Sul de Santa Catarina preocupada com a execu o desses projetos pedag gicos criou em 2005 um programa de Assist ncia Pedag gica para dar apoio pedag gico aos coordenadores de curso Dessa maneira as discuss es deste trabalho s o importantes para gerar reflex es sobre a gest o pedag gicas e os desafios na implementa o dos projetos pedag gicos de curso 26 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP O ENSINO PESQUISA NA UNIVERSIDADE UMA CONDI AO DE RE LEITURA DOS SABERES POSTOS Andr ia da Silva Dalto UNISUL O presente artigo discorre sobre a forma como o aluno na universidade relaciona se com o mundo do conhecimento e de que maneira essa rela o se distancia e ou se aproxima de um processo de ensino que proporcione ao acad mico uma poss vel emancipa o intelectual e cidad pelo vi s da linguagem A id ia perceber a rela o que se estabelece com os saberes postos sobre o mundo apontando se para a singular tarefa que assume o professor na rela
275. o rural na primeira temporada e a urbana na segunda Em sua trama traz ainda um modelo de fam lia o patriarcal Organizada em bases hier rquicas de tipo feudal nas quais atua o pai como uma esp cie de senhor ou monarca SODR 1994 p 48 O pai de Maria vi vo e se torna alco latra depois de ter perdido a esposa passando a atormentar os filhos que acabam indo embora Maria a exce o A ca ula de oito anos que permanece em casa com o pai e atrav s da sua f tenta compreender as atitudes deste que a espanca quando se encontra sobre o efeito da bebida alco lica No in cio do primeiro cap tulo o pai vai al m dos maltratos habituais chegando ao extremo de tentar abusar sexualmente da menina em meio a uma ro a de milho onde Maria trabalha para ajudar no sustento da casa violento tentando beij la Tome tenencia que eu s seu pai Mi obede a si Mariquinha Eu s seu dono SOFFREDINI 2005 p 18 O pai impedido de concretizar o ato por um estranho p ssaro que proporciona a menina a oportunidade de sair correndo Depois de fugir de seu pai Maria encontra uma mulher representada por Fernanda Montenegro com sua filha Joaninha A menina tem a idade de Maria A personagem de Fernanda Montenegro j vem observando a vida da menina h alguns dias Nesse momento do enredo a consola a oferecendo lhe mel Se aproveitando da ingenuidade de Maria a madrasta diz em determinado momento da narrativa
276. ofessores SIMFOP A LITERATURA INFANTIL COM A TEM TICA AFRICANA E AFRO BRASILEIRA EM UMA ESCOLA PUBLICA DE FLORIANOPOLIS PROJETO MALUNGO Elika da Silva UNISUL Eliane Santana Dias Debus UNISUL Esta comunica o tem como objetivo socializar os resultados parciais da pesquisa de TCC Pedagogia Unisul Pedra Branca que tem como foco a literatura infantil de tem tica africana e afro brasileira e a sua apropria o no espa o escolar dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental Para tal realizou se uma pesquisa de campo em uma escola da Rede Estadual de Ensino de Florian polis que vem a tr s anos realizando o Projeto Malungo no qual apresenta aos estudantes entre v rios produtos da cultura africana e afro brasileira a literatura Interessa nos verificar a apropria o leitora das crian as que est o ou estiveram inseridas no projeto se elas reconhecem a import ncia da literatura com essa tem tica e se elas se identificam com as personagens destes livros Metodologicamente o trabalho se constitui atrav s de pesquisa de campo a coleta de dados ocorreu atrav s de tr s fontes 1 entrevistas coml6 alunos entre 08 e 15 anos que est participando a dois anos do projeto 2 recolha de depoimentos do v deo document rio sobre o projeto Malungo e 3 entrevista com a professora Rute Albuquerque coordenadora do projeto O referencial te rico levou em conta estudiosos que tratam da especificidade da literatura infantil e juvenil Perr
277. ongo de mais de tr s s culos de fic o infanto juvenil ocidental as tend ncias do g nero foram as mais variadas No in cio desse s culo por exemplo ressurgiu com grande xito a magia e o encantamento dos bruxos que na maioria dos contos de fadas figurou como antagonista Na esteira de Harry Potter certamente vir o outros personagens capazes de resgatar o maravilhoso e o m gico com criatividade e inventividade Uma forte tend ncia tanto na literatura infantil nacional como na produzida na Europa e nos Estados Unidos o casamento entre fic o e n o fic o Os livros infanto juvenis reivindicam seu lugar nas listas de material escolar introduzindo conte dos das disciplinas li es de boas maneiras de higiene e de cidadania em textos narrativos e po ticos As causas do surgimento dessa linha editorial ao longo dos tempos v o desde a modifica o dos modelos familiares at a necessidade de uma escola cada vez mais completa no que concerne ao tratamento de conte dos e forma o de profissionais para o futuro A associa o entre literatura infanto juvenil e conhecimento leg tima e segue uma tradi o que remonta s origens do g nero No Brasil Monteiro Lobato configurou se como o renovador da fic o dirigida s crian as e soube criar um projeto pedag gico para sua obra sem deixar de lado a criatividade a divers o e a alegria de aprender Depois de Lobato os modelos foram se repetindo sem que houv
278. onte dos direcionados ao tema proposto Movimento na Educa o Infantil foram trabalhados na forma o continuada junto aos professores da rede municipal de ensino de Tubar o onde elencaram como prioridade a oportunidade de atividades e ou propostas pedag gicas que possibilitassem as v rias linguagens do movimento humano conforme a realidade de cada contexto Quest es norteadoras foram levantadas onde gerou uma reflex o e iniciou se uma perspectiva de mudan a em rela o a rotina e as pr ticas pedag gicas Em um segundo momento priorizou se tamb m n o s a forma o continuada atrav s de cursos mas a oportunidade de obter um maior conhecimento junto a cursos de p s gradua o nas reas espec ficas atrav s de conv nios com a universidade Firmou se um compromisso de uma continuidade do trabalho dos pesquisadores consultores e profissionais da educa o infantil com visitas in loco para acompanhamento e avalia o da pr tica pedag gica de acordo com a realidade de cada contexto onde teoria e pr tica se complementam numa vis o de produ o de conhecimento Refer ncias bibliogr ficas BARRETO Sidirley de Jesus Psicomotricidade educa o e reeduca o Blumenau Editora Acad mica 1999 BARROS A J S Fundamentos da metodologia cient fica 2 Ed S o Paulo Editora Pearson Education do Brasil 2000 BRASIL Constitui o 1988 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia DF Senado
279. op o do confronto e contraponto ordem adulta e ou entre os pares emergem rotinas regras e princ pios de ac o no interior do grupo de crian as os quais apropriados na interac o social s o por elas usados como conhecimentos e compet ncias sociais para participarem no mundo adulto e ao mesmo tempo para se afirmarem perante ele FERREIRA 2004 p 61 proposi es das professoras constituem se em suportes estruturantes das novas experi ncias e da constru o de conhecimentos 271 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP pelas crian as Os artefatos culturais que s o disponibilizados a elas permitem que correlacionem o que j sabem e pensam com aquilo que est o tendo a oportunidade de conhecer Pensar que a base da cria o a realidade provoca a necessidade de oferecer espa os e tempos diversificados que propiciem a amplia o dos mundos culturais das crian as Essas experi ncias permitem que os adultos se aproximem dos processos de significa o realizados pelas crian as Na fala de uma das professoras legitimar as a es das crian as amplia os nossos pr prios repert rios culturais MEKSENAS 2004 p 2 3 Indica es para uma pedagogia da inf ncia O processo de pesquisa vivido reafirma a constitui o de uma Pedagogia da Inf ncia const tuida por rela es educativas apoiadas na manifesta o cultural na cria o nas express es na troca e na
280. orma o da situa o Isto exige que as fun es sociais do conhecimento sejam adequadamente controladas para favorecer as condi es de seu uso efetivo Tal orienta o contribuiria para o esclarecimento das micro situa es escolares e para a defini o de objetivos de a o pedag gica e de transforma es mais abrangentes paralelamente a esta pesquisa tamb m e no decorrer dos trabalhos haveria produ o de material did tico gerada pelos participantes e pelos pesquisadores Discuss o Muito se discute de como ensinar e o que ensinar s crian as da faixa et ria de O a 6 anos quanto as necessidades apresentadas na rea da educa o infantil uma vez que a crian a j se apresenta com comportamentos inatos referentes a express o de seu corpo tendo o movimento como uma necessidade vital v rias s o as preocupa es de profissionais que estudam e pesquisam o movimento humano e a rela o da motricidade onde todas as pesquisas de autores da rea nos remetem que o corpo e o c rebro n o se separam mas se complementam em busca de um desenvolvimento integral onde o movimento caracterizado como meio e facilitador das atividades cognitivas Na verdade nenhuma forma de express o s corpo ou s c rebro mas ambas se fundamentam entre si constituindo a grande maravilha das percep es intr nsecas e extr nsecas do ser humano 13 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Conclus o Os c
281. ortes doen as duelos enforcamentos rituais de inicia o religiosa festas de colheita e casamentos O diferencial em rela o aos dias atuais de que ela n o exercia nenhum papel especial nem era poupada de determinada cena Sua presen a ou aus ncia era indiferente aos acontecimentos Sua fun o era quase que exclusivamente a de manuten o da esp cie e no caso da nobreza de preserva o do sistema de linhagens A partir do momento em que a burguesia foi se estabelecendo como classe dominante na Europa do XVII a postura da crian a no espa o familiar foi se modificando a fim de atender s necessidades de valoriza o da fam lia e de garantia da m o de obra prolet ria Ao contr rio da fase anterior o papel dos pais tornou se fundamental medida que eram os cuidados da m e principalmente que garantiam a vida dos 177 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP pequenos Suas necessidades primordiais assim como sua educa o receberam aten o especial e procuraram alcan ar sobretudo a forma o religiosa e moral do indiv duo Ao pai cabia a fun o de sustenta o financeira do lar associada principalmente atividade comercial ZILBERMAN MAGALHAES 1987 A fam lia no atual desenho em que se apresenta come ou a formar se no in cio do s culo XX a partir das conquistas sociais femininas do aproveitamento da m o de obra da mulher e do crescimento do seu grau de escolariza
282. os na investiga o al m das directoras e coordenadoras pedag gicas das duas institui es bem como professores de diferentes universidades A pesquisa realizada traz como indicativos a necessidade de que se rompa com o modelo de educa o tradicional e que a partir da aproxima o das professoras aos jeitos de ser das crian as s produ es simb licas nas brincadeiras nas diferentes linguagens e no encontro com os pares sejam constru das pr ticas pedag gicas que ampliem os repert rios culturais infantis Para tanto preciso que as institui es de educa o infantil constituam se em espa os de forma o no sentido de se estabelecer cruzamentos f rteis entre as an lises das produ es simb licas infantis e elabora o de propostas pedag gicas 261 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Palavras chave Sociologia da Inf ncia Culturas Infantis Brincadeira Forma o de Professores 1 Situando a experi ncia de pesquisa Ao longo de tr s anos realizamos um processo de pesquisa em duas institui es de educa o infantil da Rede Municipal de Florian polis Santa Catarina Esta pesquisa procurou valorizar os pontos de vista de profissionais dessas institui es a respeito do trabalho desenvolvido junto s crian as e refletir sobre suas interroga es e concep es Tivemos a inten o de desenvolver um trabalho que auxiliasse as profissionais a se reconhecerem como suje
283. os comprometidos Destaca a metodologia interativa como sendo fundamental nas exposi es realizadas para as crian as e busca contribuir para a inclus o social n o s das crian as mas de adultos e em especial de idosos da comunidade atrav s de dois recursos pedag gicos a Rede do Imagin rio e a Trupe da Mem ria constitu da por idosos da comunidade A Rede do Imagin rio instrumento virtual armazenar um acervo constitu do por produ es culturais das crian as de pesquisadores e de pessoas da comunidade idosos em particular Acumular dados sobre o patrim nio imaterial e material universal e local e possibilitar um interc mbio entre espa os culturais infantis do Brasil e do mundo criando comunica o entre as crian as os idosos e seus pares A Trupe da Mem ria ser constitu da por um grupo de idosos da comunidade que foram sujeitos da pesquisa e autorizaram que seus relatos registrados atrav s do m todo de Hist ria Oral sobre Mem rias da Inf ncia constituam parte do acervo do Museu Eles devem demonstrar interesse em dialogar com as crian as e seus pares no mbito do museu ou realizarem interc mbios nacionais e internacionais Espera se que a Trupe da Mem ria realize um trabalho de consolida o entre os idosos e as crian as de v rias etnias e classes sociais possibilitando as transmiss es intergeracionais numa perspectiva de educa o intercultural Palavras chave Museu das Crian as Interatividade
284. os e dar uma aula de qualidade Existem por m poucos E aquele que d uma aula de qualidade Estar constantemente atualizado e atento s transforma es da sociedade sempre frequentando cursos Se ele n o existisse haveria um caos na educa o S o aqueles que est o se atualizando 143 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP C Alunos Ideal Real O professor tem que estudar fazer faculdade e continuar estudando Todos os professores que eu tive foram bem preparados porque me ensinaram muito bem Tem que estudar bastante para n o ensinar errado e principalmente ter voca o Pela intelig ncia pela moral que eles d o para gente se eles n o tivessem moral eles n o iriam conseguir dar aula Tem que estudar para poder ensinar Se ele n o estudar n o vai conseguir ensinar Tem que estudar sen o n o vai saber dar aula Alguns s o muito bravos e eu n o consigo aprender D Pais e ou Respons veis Ideal Real Tem que ser bem formado n o adianta ter s curso de professor tem que fazer sempre cursos S o raros o professor reclama faz greve aquele comprometido com o que faz faz com amor Tem que ter voca o n o adianta fazer muitos cursos e n o passar para o aluno Existe quando o professor n o faz nada de bom O estudo n o tudo tem que ter criatividade conhe o muito com
285. ossas reflex es evidenciam a linguagem tecnol gica como ferramenta facilitadora no processo de ensino aprendizagem Ressaltamos que essa pode despertar o interesse dos educandos e ampliar o dom nio pelos mais variados recursos tecnol gicos 21 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP O ENSINO DE GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DO QUADRO E DO GIZ A LEITURA DE MUNDO M rcia Fernandes Rosa Neu UNISUL O presente relato se prop e a discutir o ensino da geografia nos anos iniciais da educa o b sica Sabe se que a ci ncia geogr fica como as demais ci ncias possui diversas concep es que ao longo do tempo v o se redefinindo A concep o tradicional uma das mais antigas procura apenas descrever os fatos geogr ficos mas que diante da complexidade da sociedade atual n o alcan a mais seus objetivos Para evitar esses problemas importante aos professores conhecer os conceitos b sicos dessa ci ncia Milton Santos afirmou sistematicamente em toda sua obra que o objeto principal da geografia o espa o geogr fico isso significa dizer que se trata das rela es entre os seres humanos na paisagem Neste conceito central a geografia se define como um ramo do saber cient fico que se dedica ao estudo das rela es entre a sociedade e a natureza ou da melhor forma como a sociedade organiza o espa o terrestre com o objetivo de explorar e dispor dos recursos naturais No entanto essa
286. otti 1997 Zilberman 1990 bem como daqueles que j analisaram a produ o infantil sob a tica tnico racial Debus 2007 Gouveia 2000 Constatou se que o projeto apresentou as crian as v rios t tulos liter rios e que o conhecimento das ra zes do povo africano seduziu os alunos que s o na sua maioria afro descendente enriquecendo e ampliando os conhecimentos em rela o identidade negra 50 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP MEM RIA E ORALIDADE RECOLHENDO E RECONTANDO HISTORIAS NA COMUNIDADE DE IMBITUBA Eliane Santana Dias Debus UNISUL A presente pesquisa PUIC Projeto em disciplina foi realizada com alunas da 6a fase do Curso de Pedagogia da UNISUL Imbituba 2006 2 e integrou se s atividades da disciplina Literatura Infantil N cleo Orientado Na tentativa de resguardar e manter vivas as narrativas tradicionais o objetivo geral foi o de realizar levantamento de narrativas orais na e da comunidade de Imbituba por meio de depoimentos de pessoas com mais de 60 anos de idade Juntamente buscou se fazer uma contextualiza o da origem das pessoas entrevistadas para reconstituir a poss vel origem das narrativas As narrativas foram ouvidas gravadas e posteriormente transcritas Nessa transcri o as alunas receberam orienta o para reescrever a hist ria sem perder o tom de oralidade que comp e a origem destas narrativas A turma composta de 12 alunas reuniu um total de
287. ou especializa o al m disso o professor tem que gostar do que faz e ser comprometido com sua fun o J para os pais e alunos o professor al m desses requisitos primordial que tenham voca o Uma coisa ficou bem clara o professor precisa e deve ser bem formado e bem preparado para atuar A literatura sobre os problemas educacionais extensa e mostra com clareza a baixa qualidade da educa o Ent o como os professores podem estar bem preparados e prepararem bem Para Pedro Demo 1993 p 28 29 A qualidade educativa da popula o entende se acesso universalizado a conhecimento b sico educativo capaz de garantir a todos condi es de participar e produzir Para resumir numa express o trata se de desenhar a forma o b sica necess ria e que deveria estar ao alcance de todos sobretudo via universaliza o do 1 grau Neste sentido constitui o patrim nio mais precioso e seguro que a educa o proporciona sobre tudo na linha do aprender a aprender numa era em que capacidade de formar se e de reciclar se coincide Em 2004 uma pesquisa divulgada pela UNESCO sobre o perfil dos professores brasileiros identificou que al m de outros problemas com a educa o o acesso tecnologia restrito onde 60 dos professores do ensino fundamental e m dio de escolas p blicas e particulares nunca tiveram acesso internet Dos pesquisados 81 dos pais dos alunos n o possuem educa o b
288. ovimento e como esse movimento deve ser trabalhado As ra zes do racioc nio l gico ter o que basear se na coordena o das a es a partir do n vel sens rio motor cujos esquemas tem import ncia fundamental desde o in cio Desde pequenina a crian a estrutura sua bagagem cognitiva agindo sobre o objeto do conhecimento assim a nica forma de aprender situa se na a o da a import ncia do movimento na constru o do conhecimento PIAGET 1983 p 72 Desta forma a atividade do sujeito um importante aspecto da forma o da consci ncia admitindo igualmente que a imagina o como todas as fun es da consci ncia surge originalmente da a o Vygotsky 1989 apud SANTA CATARINA 1998 J Wallon 1961 p 147 afirma que o espa o motor e o espa o mental se sup em de tal maneira que a perturba o de arrumar os objetos no espa o se associa a de ordenar as palavras na frase Num primeiro momento a realidade apresentada pelo contexto da rede municipal de ensino de Tubar o rea de educa o infantil os professores estavam necessitando de uma reflex o e de uma mexida quanto ao referido assunto pois mesmo compreendendo e valorizando a import ncia do movimento na educa o Infantil verificou se pelas suas falas que as suas pr ticas pedag gicas se limitam a momentos reduzidos com enfoque recreativo de comando de exerc cios e de experimenta o corporal restrita e ao mesmo tempo as queixas pela falta
289. p s e n o fazem nada de bom Existe quando vejo meu filho fazendo os deveres ou trabalhando sozinho Gostar do que faz estudar sempre e ser humilde Existe pelo menos os que deram aula para o meu filho sempre foram E aquele que est sempre estudando e buscando coisas diferentes Acredito que exista muitos professores assim Foi quase un nime nas respostas dos entrevistados que o professor precisa e deve ser bem formado e bem preparado para atuar A literatura sobre os problemas educacionais extensa e mostra com clareza a baixa qualidade da educa o por esse motivo a consci ncia dos entrevistados em torno do questionamento 144 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Com rela o indaga o referente a quais condi es de trabalho o professor est exercendo sua profiss o e se a sociedade valoriza a profiss o docente as respostas obtidas foram A Professores Condi es s o prec rias falta est mulo investimento por parte governamental tanto financeira como estrutura f sica Hoje n o somos mais valorizados quase ningu m quer ser professor A profiss o sofreu muitas modifica es com a pr pria situa o s cio econ mico do pa s a profiss o virou um bico Em grande maioria os professores tem que fazer grandes milagres para exercer a profiss o Infelizmente a profiss o e muito desvalorizada pois ela lapida a personalidade do
290. plementado por ilustra es divertidas que aumentam o interesse da crian a pelo assunto e transp em situa es cotidianas da poca para os dias de hoje dando uma no o aproximada de como era a vida do artista A reprodu o de telas assim como a descri o de suas caracter sticas no caso dos livros que abordam a vida dos pintores enriquecem as obras medida que provocam a sensibilidade do leitor A cole o Artistas famosos publicada pela Callis apresenta textos mais densos abrangendo toda vida dos pintores e demonstrando a evolu o de sua arte Os livros s o divididos em pequenos cap tulos sempre muito ilustrados e com farta reprodu o dos trabalhos dos grandes mestres da pintura Outro diferencial s o as sugest es de atividades que aproveitam 186 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP t cnicas usadas pelos pintores e que podem ser executadas pelo leitor Uma esp cie de legenda orienta o leitor para as dimens es aproximadas das obras de arte Os livros prestam se bem para o aux lio na disciplina de Educa o Art stica ou para a introdu o dos jovens no estudo das artes O sistema de perguntas e respostas outra modalidade de texto que dispensa o uso dos recursos ficcionais embora o n mero de obras desse tipo seja bem menor em rela o s demais Com ilustra es que alternam fotografia e desenhos Constru es 1999 de Caroline Grimshaw utiliza o recurso do hipertexto faze
291. potencialidade em capacidade ser personagem honesto com tica fazer acontecer mudan a pensamento e postura Pessoa que est tentando resgatar alguns valores que se perderam na fam lia Faz de tudo assume v rios pap is al m de educar Forma o humana integral criar estrat gias interagir com os alunos Um ato de coragem Ser a ferramenta na qual os educando ser o capazes de aparar suas pr prias arestas Mediador transformador Ser um idealista viver em fun o dos seus ideais Est meio sem uma fun o definida por m sua fun o resume se em repassar conhecimentos transformar Educar para viver em sociedade ser mediador orientador da aprendizagem Observamos que a escolha da palavra transformador pela equipe t cnica bem representativa demonstrando a imagem t o massificada de que o professor tem que ser criativo din mico e arrojado trazendo ao seu imagin rio a vis o do professor que o encantava nas s ries iniciais uma vez 140 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP que nelas a palavra de ordem encantar o aluno para que ele sinta se estimulado a aprender C Para os alunos ser professor Ensina passar deveres trabalhos provas e gosta da gente ensinar n o brigar ajudar passar a mat ria ensinar educar ser bom ser atencioso passar mat ria dar aten o carinho Dar mais aten
292. projetos al m de a es relacionadas ao ensino deve estar presentes direcionadores da pesquisa e da extens o para balizar a constru o do perfil dos discentes A elabora o dos projetos pedag gicos precisa atender ao car ter plural da sociedade e ao mesmo tempo garantir a identidade da Universidade e do perfil do profissional a ser formado Z Sabe se que a execu o dos PPCs complexa principalmente porque exige um constante acompanhamento Entretanto a Universidade possui alguns instrumentos que comp em o que denominamos de gest o pedag gica e que podem auxiliar na implementa o desses Projetos Pedag gicos Para essa reflex o resgatou se alguns documentos produzidos pela Diretoria de Gradua o da Unisul principalmente a Matriz para implementa o de Projetos Pedag gicos dos cursos Al m disso a Universidade do Sul de Santa Catarina preocupada com a execu o desses projetos pedag gicos criou em 2005 um programa de Assist ncia Pedag gica para dar apoio pedag gico aos coordenadores de curso Dessa maneira as discuss es deste trabalho s o importantes para gerar reflex es sobre a gest o pedag gicas e os desafios na implementa o desses projetos 2 Os cursos de gradua o e a constru o de projetos pedag gicos A constru o de Projetos Pedag gicos nas universidades brasileiras algo recente O X encontro de Pr reitores de Gradua o ForGRAD em 1997 Goi nia deu prioridade ao debate sob
293. quilo que coloca o ling stico em articula o com a hist ria com a ideologia Desta forma este trabalho tendo como pressuposto a teoria da An lise do Discurso procura demonstrar como o g nero charge poder subsidiar as aulas de L ngua Portuguesa Por meio da compreens o e do funcionamento das charges o educador conseguir seduzir o educando transformando o em leitor cr tico e agu ando o gosto pela leitura e escrita de textos em l ngua materna A aplica o da Teoria da An lise de Discurso na linguagem visual ou seja na charge tendo como objeto espec fico os trabalhos veiculados no jornal Di rio Catarinense no ano de 2008 mostra se uma tentativa de entendimento mais abrangente de uma dimens o do uso da linguagem Com isso espera se que este estudo contribua para o aumento do conhecimento sobre a Teoria da An lise do Discurso e do discurso selecionado e de que forma ela poder guiar a comunica o na sociedade e a forma o de verdadeiros leitores 38 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A IDENTIDADE FEMININA NO G NERO TEXTUAL M SICA FUNK Edin ia Aparecida Chaves de Oliveira UNISUL O presente trabalho analisa a representa o da identidade feminina em uma selec o de vinte e quatro m sicas da terceira gera o funk ano 2000 em diante pensando que esta uma etapa do movimento que se caracteriza como er tica A pesquisa baseou se na ACD An lise Cr tica do Discurso como
294. r n o encontrou substituto nesse novo modelo familiar Vale lembrar que nas origens da literatura infantil os contos de fadas eram hist rias narradas por adultos com o objetivo de transmitir os valores burgueses ticos e religiosos e conformarem a crian a e o jovem a exercerem seu papel social ZLILBERMAN 1994 A escola portanto portadora de uma tarefa que vem se mostrando cumulativa ao longo dos tempos Ademais o conhecimento que essa institui o deve transmitir ao aluno ganha um car ter cada vez mais abrangente na medida em que passou da simples capacidade de ler e escrever para reas do conhecimento mais diversas Se o saber 178 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP transformou se em maior capital que o homem possa acumular escola cabe prover essa necessidade da melhor forma poss vel Richard Bamberger numa obra cl ssica sobre leitura publicada nos anos 70 j apontava para a necessidade da educa o permanente A leitura e os livros t m hoje um novo significado e j n o basta uma pessoa completar sua educa o escolar O progresso da ci ncia e da tecnologia se processa num ritmo tal que a instru o que hoje ministramos ser considerada insuficiente amanh A tarefa do futuro a educa o permanente melhor ainda a auto educa o permanente BAMBERGER 1995 p 12 O contexto escolar Atendendo demanda de conhecimento armazenada pela escola o livro apresenta
295. r a crian a enfatizar seus sonhos e ponderar seus desejos Ao t rmino do projeto realizamos um encontro com os pais dos alunos para expor os dados de uma pesquisa que foi realizada com alunos e pais e refletir sobre a tem tica com os mesmos 29 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A INSTRU O P BLICA SECUND RIA EM DESTERRO SANTA CATARINA 1750 1883 Rosmeri Schardong UNISUL O presente trabalho resulta de pesquisa realizada com o objetivo de conhecer e analisar o processo de institucionaliza o da instru o p blica secund ria em Desterro Santa Catarina 1750 1883 Tendo em vista a car ncia de estudos sobre a tem tica essa pesquisa constitui se naquilo que Saviani denomina de Monografia de Base ou seja um trabalho de levantamento an lise e ordena o das fontes dispon veis sobre o ensino secund rio num dado per odo hist rico a fim de possibilitar posteriores s nteses hist ricas A empiria coligida para a elabora o da pesquisa constitui se em sua maioria de fontes oficiais expressando a voz de determinado grupo social sendo tomada como ind cio de uma realidade a ser compreendida A pesquisa de campo evidenciou que h uma grande quantidade de material emp rico in dito at a ser explorado demandando novas investiga es Muitas fontes que permitem confrontar dados e enriquecer a an lise evidenciando diferentes perspectivas n o apenas a fala oficial encontram se dispers
296. r e analisar foi apresentada aos docentes tendo como ponto central de reflex o a boneca Barbie por ser entendida como capaz de expressar a natureza dual que apresentam os produtos culturais Mas para chegar a esse tipo de entendimento foi necess rio perceber os brinquedos e mesmo as brincadeiras infantis como parte das manifesta es culturais da sociedade assunto que foi assim tratado no Manual do Professor Os brinquedos e as brincadeiras das crian as s o importantes e como j vimos podem ser percebidos como manifesta es culturais Fato muito bem apontado por Gilles Broug re em seu livro Brinquedo e cultura quando afirma considerar o brinquedo como o produto de uma sociedade dotada de tra os culturais espec ficos 2004a p 7 169 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Muitos desses brinquedos e brincadeiras provavelmente n o est o mais presentes com tanta intensidade na vida das crian as catarinenses Os tempos s o outros Os brinquedos agora se tornaram uma produ o cultural destinada a crian as de um mundo globalizado Dessa forma as imagens e os textos deste livro poder o ser um caminho para mostrar de que maneira se brincava no passado bolinha de gude cabra cega bolinha de sab o pipa e pandorga festa junina Atualmente h grandes empresas envolvidas com a fabrica o e a comercializa o de brinquedos cuja coloca o no mercado depende cada vez mais d
297. r e estudar mas tamb m de criar novos conhecimentos partindo da realidade presente no campo 258 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Por isso quando a crian a realiza a brincadeira o educador pode observar como as crian as constroem essas rela es cotidianas para entender a l gica do pensamento da crian a e desmistificar nossas cren as adultoc ntricas de que o melhor para elas tem que ser do nosso jeito Esta pesquisa o come o de muitas quest es e reflex es que se abrem em muitos momentos nos referencias te ricos e Refer ncias bibliogr ficas CHIZZOTTI Antonio Pesquisa em ci ncias humanas e sociais S o Paulo Cortez 2006 HORN Maria da Gra a Souza Sabores cores sons aromas a organiza o dos espa os na educa o infantil Porto Alegre Artmed 2004 MICHALISZYN Mario Sergio TOMASINI Ricardo Pesquisa orienta es e normas para elabora o de projetos monografias e trabalhos cient ficos 4 ed rev e amp Petr polis RJ Vozes 2008 MINAYO Maria Cec lia de S Pesquisa social 21 ed Petr polis RJ Vozes 2002 SANTOS Vera Lucia Bastos B Promovendo o desenvolvimento do faz de conta na educa o infantil IN CRAIDY Carmen M KAERCHER Elise P S Educa o Infantil pra que te quero Porto Alegre Artmed 2001 259 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP 260 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A PR
298. r nas formas de apropria o do pensamento entendido como fazendo parte do marxismo ortodoxo na It lia Gramsci vai ter seu pensamento difundido no Brasil como situado no mbito do marxismo heterodoxo Sobre o assunto como afirma Richard Johnson ainda existem longas discuss es sobre quem no mbito dos Estudos Culturais continua ou n o marxista 2004 p 12 No entanto ser mais interessante alterar a dire o da an lise e investigar o espa o que o pensamento marxista ocupa nos Estudos Culturais o que segundo esse autor pode ser aglutinado em torno de tr s premissas principais A primeira premissa refere se ao entendimento de que os processos culturais apresentam ntima vincula o com as rela es sociais de modo especial com as rela es e as forma es de classe com as divis es sexuais com as opress es que recaem nas diversas faixas de idade com a estrutura o racial das rela es sociais A segunda premissa firma o entendimento de que a cultura envolve a quest o do poder colaborando para que se produzam assimetrias nas capacidades dos indiv duos e dos grupos sociais para definir e satisfazer as suas necessidades A terceira premissa que se deduz das anteriormente gt enfocadas entende que a cultura n o um campo aut nomo nem 168 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP externamente determinado mas um local de diferen as e de lutas sociais JOHNSON 2004 p
299. r os recursos e metodologias dispon veis para o ensino de Matem tica a deficientes visuais discorrendo sobre as leis e normas que regem a pol tica de inclus o no Brasil Cabe s institui es governamentais e n o governamentais a execu o desse projeto possibilitando assim que todos os indiv duos com necessidades especiais tenham acesso aos mesmos direitos e deveres no meio social exercendo assim sua cidadania O professor em sua forma o dever estar capacitado a lidar com o aluno deficiente buscando atrav s de pr ticas pedag gicas a inclus o e inser o do mesmo em sala de aula Palavras chave Educa o Matem tica Educa o Inclusiva Forma o do Professor Constitui o Metodologias e Recursos para cegos Introdu o O Minist rio da Educa o e Cultura determina que os sistemas de ensino devem possuir um setor respons vel pela educa o especial dotado de recursos humanos materiais e financeiros que viabilizem e d em sustenta o ao processo de constru o da educa o inclusiva Por problemas de preconceito o deficiente f sico ainda julgado incapaz de viver como uma pessoa sem defici ncia e dessa forma acaba sendo exclu do da sociedade e at mesmo privado dos seus direitos de cidad o Isso ocorre desde os tempos antigos onde nada se entendia a respeito da defici ncia o que conduzia a pessoa que possu sse qualquer defeito ao abandono ou morte O conceito formal em rela o defic
300. rais Marina orgs Oficinas de sonho e realidade na forma o do educador da inf ncia SP Papirus 2003 PACHECO Dias Elza Televis o crian a imagin rio e educa o S o Paulo Papiros 1998 PELLEGRINI Denise Televis o versus brincadeira Dispon vel em http www revistaescola abril com br preview shtl 2003 Acesso em 09 ago 2007 PEREIRA Junior Lu z Costa A vida com a TV O poder da televis o no cotidiano S o Paulo SENAC 2002 REZENDE Ana L cia M De REZENDE Nauro Borges DE A Tev e a crian a que te v 5 ed S o Paulo Cortez 2002 SOFFREDINI Alberto Carlos In ABREU Alberto de Lu s CARVALHO Fernando Luis org et al Hoje dia de Maria S o Paulo Globo 2005 ZILBERMAM Regina org et al A produ o cultural para a crian a Porto Alegre Mercado Aberto 1986 254 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP REPRESENTA ES SOCIAIS NA BRINCADEIRA DE FAZ DE CONTA E SUAS MULTIPLAS LINGUAGENS ed A 18 C ntia Corr a Fonseca Resumo Este artigo tem como tema as representa es dos pap is sociais na brincadeira de faz de conta e suas rela es no espa o da educa o infantil resultado da pesquisa realizada entre agosto de 2007 e julho de 2008 pelo PUIC Esta pesquisa se realizou pelo m todo qualitativo que abrange o comportamento humano e social e me permitiu ir a campo para coleta de dados em uma creche municipal da cidade de Florian polis pesquisar a
301. rbano A m sica de Vila Lobos 248 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Rosa Amarela cantada por Maria na primeira temporada da miniss rie para se despedir do pai enquanto rega a sua roseira demonstra o estado de tristeza que ela se encontra A mula se afasta No alpendre a MADRASTA e JOANINHA abanam com a m o MARIA para a rega da rosinha para tamb m abanar com a m o Depois que o pai some no estrad o MARIA volta a regar a rosinha SOFFEDINI 2005 p 29 As brincadeiras musicais infantis s o universais encontradas em todas as culturas ao longo da hist ria do homem N o por acaso que sempre existiram pois s o as primeiras manifesta es de criatividade musical o ritmo est presente em todas elas proporcionando crian a o exerc cio f sico mental e emocional simultaneamente NICOLAU 2003 p 77 78 Desta forma na miniss rie em an lise a trilha sonora faz parte de todo o texto conta parte da hist ria No programa a m sica indica por exemplo a faixa et ria da personagem em que local ela esta inserida Como na vida na miniss rie a m sica ajuda a indicar estados de humor A m sica e o brincar s o maneiras que a crian a encontra para desenvolver a sua criatividade de se entrosar com seus pares com o adulto As brincadeiras envolvendo a m sica s o universais sendo que se diferenciam uma das outras pelo fato de que cada regi o cada pa s tem a sua cultura as
302. re efetivamente gua em seu estado qu mico puro ou gua destilada Assim acertos em provas n o provam o que justamente pretendem provar que acertos decorrem de compreens o efetiva Mesmo que todos os alunos tivessem acertado a quest o isso n o evidencia que todos tomaram o item lexical gua em seu sentido correto Ou seja eles podem ter compreendido gua como aquela que fez parte da aula sem se darem conta que o item lexical gua pode ser compreendido como gua de torneira gua do rio gua do mar Paradoxalmente justamente porque a resposta 2b emerge que a falha pode ser detectada o erro que torna manifesto ao docente que h uma atribui o de refer ncia ao item lexical gua que n o havia sido pensada O problema justamente esse se o professor compreende educa o como codifica o decodifica o a resposta 2b est errada e toda a riqueza dessa reflex o se perde caso diverso ele pode tomar a diverg ncia como uma grande oportunidade para a revis o da mat ria 104 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Em ess ncia a falha de compreens o do aluno s se torna manifesta ao docente em fun o da resposta que aparece no exerc cio justamente no processo da comunica o que a suposi o de que a palavra gua na proposi o do exerc cio poderia ser tomada por gua de torneira se torna manifesta Se isso tivesse sido antecipado o docente t
303. re Projeto Pedag gico e Curr culos para os cursos de gradua o Nesse mesmo ano foi aprovada pela ForGrad a implanta o de Projetos Pedag gicos nas Institui es de 112 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Ensino e nos cursos de Gradua o o que auxiliaria a indissociabilidade entre ensino pesquisa e extens o a flexibilidade curricular a forma o integral do futuro cidad o a interdisciplinaridade e a articula o entre teoria e pr tica ForGRAD 1999 A discuss o dessas proposi es subsidiou a elabora o do Plano Nacional de Gradua o PNG em 1999 no XII F rum Nacional O Plano constitui se em uma refer ncia qualificada para as Universidades quando da constru o do Projeto Pedag gico dirigido Gradua o ForGRAD 1999 Considera se o Projeto Pedag gico como um documento norteador das atividades pedag gicas e segundo a ForGRAD 1999 pode ser entendido como um instrumento para o fazer universit rio produzido coletivamente no mbito da Institui o O Projeto Pedag gico embora esteja centrado no ensino e no papel social das universidades deve contemplar igualmente a pesquisa e a extens o 2 1 Projetos Pedag gicos de cursos na Unisul A UNISUL j em 1993 elaborou seu primeiro Planejamento Estrat gico com a defini o e elabora o do Projeto Pedag gico Institucional e dos Projetos Pedag gicos dos cursos de gradua o Nesse momento constatou se q
304. reciso superar as dificuldades iniciais e detalhar o Projeto Pedag gico Tra ar a partir dele metas a serem atingidas que acordado com a equipe de professores devem ser executadas Fora desse contexto os professores ficam isolados permanecendo arraigados cultura do individualismo THURLER 2001 p 170 3 Considera es Elaborar dos projetos pedag gicos implica atender ao car ter plural da sociedade e ao mesmo tempo garantir a identidade da Universidade e do perfil profissional a ser formado No entanto entre projetar e executar existe uma lacuna muito grande por isso algumas a es devem ser efetivadas para gerir pedagogicamente os cursos e efetivar o planejado Por isso a gest o pedag gica algo que exige constante acompanhamento e reordenamento dos gestores do curso esta gest o que garantir a qualidade e o diferencial nos cursos de gradua o Al m disso como processo prop e se que ao final de cada semestre se organize relat rio das a es executadas na qual professores e coordenadores poder o refletir sobre suas atividades durante o semestre Essa atividade se justifica quando se percebe que a sistematiza o das pr ticas do semestre poder levar a inova es e tamb ao redirecionamento de pr ticas pedag gicas que n o condizem com o referenciado nos PPCs Assim acredita se que somente o trabalho em equipe dos professores e coordenadores na gest o pedag gica do curso poder fomentar a e
305. relacionadas a forma o de professores e seu papel motivador de novas pr ticas m todos e t cnicas para o ensino de hist ria local e regional nas s ries anos iniciais do ensino fundamental p blico no munic pio de Tubar o SC E desta forma vincular os processos formadores constantes na instrumentaliza o metodol gica pass vel de aperfei oamento oportunizada pelos cursos de pedagogia e a licenciatura em hist ria Refer ncias bibliogr ficas BARROS Jos D Assun o O Campo da Hist ria especialidades e abordagens Petr polis RJ Vozes 2004 BITTENCOURT Circe Maria Fernandes Ensino de Hist ria S o Paulo Cortez 2004 Org O Saber Hist rico na Sala de Aula S o Paulo Contexto 1998 BONDIOLI Anna org O Tempo no Cotidiano Infantil S o Paulo Cortez 2004 FONSECA Selva Guimar es Caminhos da Hist ria Ensinada Campinas SP Papirus 1993 GUAZZELLI C sar Augusto e outros org Quest es de Teoria e Metodologia da Hist ria P Alegre Editora da Universidade UFRGS 2000 HELLER Agnes O Cotidiano e a Hist ria 6 S o Paulo Paz e Terra 2000 HORN Geraldo Balduino e GERMINARI Geyso Dongley O Ensino de Hist ria e seu Curr culo Petr polis RJ vozes 2006 KARNAL Leandro Hist ria na Sala de Aula conceitos pr ticas e propostas S o Paulo Contexto 2004 89 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP NEVES Maria Apparecida Mamede Ensinan
306. rescentar um ponto Uma abordagem intercultural na an lise da literatura para inf ncia Lisboa Instituto de Inova o Educacional 2000 LIMA Heloisa Pires Personagens negros Um breve perfil na literatura infanto juvenil In Superando o racismo na escola 2 edi o revisada Kabengele Munanga organizador Bras lia Minist rio da Educa o Secretaria de educa o Continuada Alfabetiza o e Diversidade 2005 MINIST RIO DA EDUCA O Diretrizes Curriculares Nacionais para a educa o das rela es tnico raciais e para o ensino de hist ria e cultura afro brasileira e africana Bras lia Minist rio da Educa o out 2004 MOURA Gl ria O direito diferen a In Superando o racismo na escola 2 edi o revisada kabengele Munanga organizador Bras lia Minist rio da Educa o Secretaria de educa o Continuada Alfabetiza o e Diversidade 2005 221 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP MUNANGA Kabengele Apresenta o In Superando o racismo na escola 2 edi o revisada kabengele Munanga organizador Bras lia Minist rio da Educa o Secretaria de educa o Continuada Alfabetiza o e Diversidade 2005 PERROTTI Edmir O texto sedutor na literatura infantil S o Paulo Ed cone 1986 SANTOS Sales Augusto A lei n 10 639 03 como fruto da luta anti racista do Movimento Negro In Educa o anti racista caminhos abertos pela Lei Federal
307. retende construir uma proposta pedag gica de qualidade para as crian as Insisto em um ponto a perspectiva psicol gica n o a nica a ser usada na descoberta do objeto A Cultura Material de acordo com Blanco 1994 percebe o objeto como um documento Ele transmite informa o e tamb m uma mensagem Quando o museu possui acervo pr prio como ocorre com o Brooklyn Children s Museum nele se realiza a educa o patrimonial Entram em cena os muse logos que s o especialistas no assunto A Cultura Material que est constitu da por qualquer objeto que seja portador de uma informa o em si mesmo explorada e os objetos t m valor de documentos nos assegura Blanco 1994 Os objetos materializam atos ou fatos individuais e sociais e s o fi is e objetivos universais no espa o e tempo Informam sobre as classes ou grupos sociais para o que ele deve ser apresentado dentro de um contexto As exposi es interativas apresentam objetos que podem ser art sticos ou n o O importante que sejam do interesse das crian as para isso uma das condi es que estejam apresentados dentro de um contexto significativo para elas 195 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Cabe aqui um exemplo para que o leitor perceba as possibilidades de observa o de um objeto e a import ncia de sua escolha para uma exposi o Blanco 1994 p 30 31 especialista em did tica muse stica cita as sugest es d
308. rmam que os professores n o est o capacitados para conduzirem o processo Conforme se percebe na 80 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP leitura dos dados da pesquisa a situa o constatada continua inalterada ap s 10 anos do lan amento da Proposta Na Proposta Curricular da Rede Municipal de Ensino de Tubar o 2008 recentemente lan ada seguindo uma tend ncia das ltimas reformas de ensino pauta a introdu o aos estudos hist ricos nos anos s ries iniciais Embora nos pressupostos te ricos que embasam o ensino de Hist ria no Ensino Fundamental pouca refer ncia traz sobre enfoque local e regional O texto afirma que A pr tica pedag gica deve se fundamentar em uma concep o que permita o entendimento da sociedade em suas diferentes diversidades hist rico culturais compreendendo a maneira como o ser humano se organiza e se relaciona nas diferentes pocas e espa os de modo a introduzir dimens es de classe social pap is sociais e os interesses antag nicos 2008 78 Para tanto o documento prop e que o professor oriente pesquisa realize atividades voltadas ao estudo do meio e promova debates Em ambas as propostas preconizam que a inicia o aos estudos hist ricos partam de realidades pr ximas ao educando em dire o a conte dos mais complexos e que exijam amadurecimento para a compreens o dos mesmos Neste sentido as listagens que precedem os textos te ricos enfatizam a hist
309. rrar 19 A forma ao de professores e seu papel motivador de novas pr ticas m todos e t cnicas para o ensino de hist ria local e regional nas s ries anos iniciais do ensino fundamental p blico no munic pio de Fubar o sei icon e aosis orago ne sddass asa lisa E E a e E aa TEs 20 O papel da linguagem tecnol gica na forma o do professor e no processo ensino aprendizagem errar 21 O ensino de geografia nos anos iniciais do ensino fundamental do quadro e do giz leitura de mundo 22 A elabora o de livro p ra did tico como meio para educa o patrimonial s 2u 2ssecdgrio n eiei gas SENTeSo e AT Leads 23 Teoria da relev ncia e educa o reflex o sobre o ritual de passagem da sociedade moderna a transposi o da 4 para a 5 s rie 24 Teoria da relev ncia e quest es de ensino aprendizagem na educa o infantil e fundamental s sescemas pazesstogairss asas anopnasaiaa UISaLicoaagueR asas antes 25 Algumas reflex es sobre a gest o pedag gica nos cursos de gradua o da UMSU Ansero ceee eiie eee e eE a E E a E Ea 26 O ensino pesquisa na universidade uma condi o de re leitura dos SADETES POSLOS n areira r e E go EE E E E EA AEE E ETE astra 27 Os sentidos da doc ncia na concep o da comunidade escolar de unidades de ensino da rede estadual de Florian polis 28 Inf ncia tempo de come ar a sonhar 29 A ins
310. rvo constitu do por produ es culturais das crian as de pesquisadores e de pessoas da comunidade idosos em particular Acumular o dados sobre o patrim nio imaterial e material universal e local e possibilitar um interc mbio entre espa os culturais infantis do Brasil e do mundo criando comunica o entre as crian as os idosos e seus pares A Trupe da Mem ria ser constitu da por um grupo de idosos da comunidade que foram sujeitos da pesquisa e autorizaram que seus relatos registrados atrav s do m todo de Hist ria Oral sobre Mem rias da Inf ncia constituam parte do acervo do Museu Eles devem demonstrar interesse em dialogar com as crian as e seus pares no mbito do museu ou realizarem interc mbios nacionais e internacionais Espera se que a Trupe da Mem ria realize um trabalho de consolida o entre os idosos e as crian as de v rias etnias e classes sociais possibilitando as transmiss es intergeracionais numa perspectiva de educa o intercultural 43 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A ROB TICA NA EDUCA O Nacim Miguel Francisco J nior UNISUL O presente texto trata da rob tica na educa o mostrando os efeitos causados por essa tecnologia na educa o e outros setores Trata se de um estudo te rico que aborda entre outros a rob tica educacional como recurso capaz de promover maior interatividade entre alunos e professores potencializar e enriquecer o ambiente educac
311. s cap tulos no primeiro contextualizamos a hist ria da televis o sua chegada no Brasil e o surgimento dos programas infantis No segundo cap tulo ressaltamos a import ncia do uso da televis o como instrumento para alfabetizar letrando No terceiro seguindo a linha da pesquisa a o desenvolveu se um projeto de interven o em uma turma de 1 s rie do 60 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Ensino Fundamental onde por meio da observa o registro e question rio com os alunos pais e professora envolvidos na pesquisa opinaram sobre a utiliza o dos programas infantis no processo de alfabetiza o Conclu mos que a partir dos programas infantis poss vel sim alfabetizar letrando as crian as de 1 s rie do Ensino Fundamental 61 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP 62 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP TRABALHOS COMPLETOS 63 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP 64 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP O MOVIMENTO NA EDUCA O INFANTIL FORMA O CONTINUADA NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE TUBARAO Luciane Lara Acco Alzira Isabel da Rosa Resumo Partindo do princ pio onde as pesquisas nos confirmam que o movimento toda forma de express o de um corpo este relato nos leva a tematizar a import ncia do movimento na educa o infantil Nesta faixa et ria as crian as
312. s ries levar ao p blico brasileiro fatos importantes da nossa hist ria que acabam sendo deturpados em prol do Ibope As miniss ries s o exibidas em poucos cap tulos normalmente de 4 a 60 para um p blico mais exigente Todavia as miniss ries brasileiras s o mais longas que as estrangeiras que possuem de quatro a dez epis dios temos condi es de produ o diversas com a maior parte da m o de obra presumilvemente mais barata e um p blico imensamente maior Assim as nossas miniss ries tendem a n o fazer jus ao nome s o bem mais longas do que as cong neres estrangeiras BALOGH 2002 p 126 As miniss ries s o elabora es mais complexas cujo objetivo principal levar a cultura s pessoas E segundo Balogh tirar a programa o da mesmice rotineira pois ela resgata o ir ao cinema ou ao teatro No Brasil a emissora pioneira na produ o das miniss ries a Globo pois s o produ es caras que necessitam um alto investimento condizente somente com o poderio global Segundo o depoimento de Dias Gomes dizem que as miniss ries n o d o lucro s preju zos apenas um produto de luxo para mais ou menos livrar a cara da televis o J Pereira 2002 enfatiza que as miniss ries s o um chamariz de vendas no mercado editorial Segundo este autor a miniss rie Os Maias n o foi bem no Ibope teve em m dia 15 pontos de audi ncia No entanto esvaziou os estoques da editora tica q
313. s venham para dentro da academia n o como espectadores mas como sujeitos que tem o que dizer A reflex o de todos sobre as praticas de 158 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP ensino empreendidas com certeza contribuir para a qualifica o de todas as licenciaturas Refer ncias bibliogr ficas CUNHA Maria Isabel O professor universit rio na transi o de paradigmas Araraquara JM Editora 1998 FERRAROTTI Franco Sobre a autonomia do m todo biogr fico In NOVOA Antonio FINGER Mathias Orgs O m todo auto biogr fico Lisboa Minist rio de Sa de Departamento de Recursos Humanos da Sa de Centro de Forma o e Aperfei oamento Profissional 1988 p 17 34 GATTI Bernadete Angelina Forma o de professores e carreira problemas e movimentos de renova o S o Paulo Autores Associados 1997 HUBERMAN M O ciclo de vida profissional dos professores In NOVOA Antonio Org Vida de professores Porto Porto Editora 1995 p 31 62 MACHADO Ozeneide Ven ncio de Mello Pesquisa Qualitativa Modalidade Fen meno Situado In BICUDO Maria Aparecida Viggiani ESPOSITO Vitoria Helena Cunha A pesquisa qualitativa em educa o um enfoque fenomenol gico Piracicaba Editora UNIMEP 1997 p 35 46 MARTINS Joel In BICUDO Maria Aparecida Viggiani ESPOSITO Vitoria Helena Cunha A pesquisa qualitativa em educa o um enfoque fenomenol gico Piracicaba E
314. s brincadeiras de faz de conta realizadas no espa o da educa o infantil Esta pesquisa pretendeu verificar os pap is sociais representados na brincadeira de faz de conta e as m ltiplas linguagens existentes nestas representa es N o busco solu es ou respostas prontas mas uma reflex o sobre a rela o da brincadeira e das representa es sociais impl citas ou explicitas no faz de conta Introdu o O jogo o brinquedo e a brincadeira dizem muito do universo da crian a e principalmente como ela v o mundo composto por atores sociais como fam lia escola m dia As representa es sociais est o presentes na brincadeira de faz de conta e atrav s delas n s educadores podemos conhecer como a crian a interpreta e entende o mundo em que ela vive Esta pesquisa foi poss vel ser realizada na minha participa o no PUIC e tem como objetivo estudar as diversas teorias que fundamentam as representa es sociais e as m ltiplas linguagens inseridas no contexto da brincadeira de faz de conta entender melhor como ela representa suas brincadeiras e por ltimo diagnosticar que pap is sociais aparecem nas brincadeiras das crian as no espa o da creche Para alcan ar estes 8 Graduada em Ci ncias Sociais pela UFSC 2003 especialista em Psicopedagogia Escolar e Cl nica pela Univille 2006 e atualmente acad mica do quinto per odo de Pedagogia pela Unisul Virtual turma 2006 1 Programa Unisul de Inicia o Cient fic
315. s chamadas mensagens subliminares e a teoria marxista em vers o althusseriana endossando se como grande meta a den ncia do conte do ideol gico dos livros escolares Nos tempos atuais essas an lises se caracterizam por duas facetas que se apresentam de forma complementar a pedag gica e a cultural Nesse ltimo sentido predominam referenciais que situam essa literatura como parte da hist ria da educa o e ou da cultura escolar Esse novo rumo que pode ser entendido 1 luz da atual predomin ncia dos paradigmas culturais no campo da teoria social 2 e como relacionado abertura de caminhos pioneiros de interpreta o quando pesquisadores brasileiros passaram a investigar as rela es entre educa o e cultura divulgando os resultados desses estudos Como um segundo objetivo complementar esta comunica o analisa tamb m a crescente presen a dos livros escolares como objeto de estudo em comunica es acad micas recentes Os documentos referentes ao encontro anual da Associa o Nacional de P s Gradua o e Pesquisa em Educa o ANPEd ano 2007 e ao Congresso Luso Brasileiro de Historia da Educa o ano 2008 constituem se nas principais fontes de informa o Palavras chave Manuais escolares Livro did tico Paradigma anal tico dos manuais escolares guisa de introdu o 5 Vers o inicial apresentada sob o t tulo Escrevendo o livro did tico Santa Catarina de todas as gentes hist ria e cu
316. s de Matem tica em sala de aula no intuito de facilitar a aprendizagem para aqueles alunos que apresentem alguma defici ncia e assim o processo de inclus o seja realmente vivenciado em nossas escolas O que realmente acreditamos que n o basta apenas apontarmos os erros e problemas existentes nos m todos utilizados para o ensino de pessoas com necessidades especiais necess rio e imprescind vel tomarmos uma posi o frente realidade de leis regulamentadas por m 217 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP inoperantes em nosso pa s E que como profissionais da rea de educa o lutemos sim por um presente e futuro dignos de nossos alunos sendo eles deficientes ou n o Refer ncias bibliogr ficas AMIRALIAN M L T M Psicologia do excepcional S o Paulo EPU 1986 BRASIL Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o Especial A Constru o do Conceito de N mero e o Pr Soroban Bras lia 2006 Dispon vel em lt http portal mec gov br seesp arquivos txt pre soroban txt gt Acesso em 24 abr 2008 FRANCO Jo o Roberto DIAS T rcia Regina da Silveira A pessoa cega no processo hist rico um breve percurso Revista Benjamin Constant Rio de Janeiro v 30 abr 2005 Dispon vel em lt http www ibc gov br gt Acesso em 12 abr 2008 GIROUX Henry A Os professores como intelectuais Rumo a uma pedagogia cr tica da aprendizagem Porto Alegre Artes M dicas 1997
317. s do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP a o est mulo ostensivo relevante o suficiente para merecer o esfor o do destinat rio para process lo e b o est mulo ostensivo o mais relevante compat vel com as habilidades e prefer ncias do comunicador Segundo a teoria da relev ncia a interpreta o governada pelo crit rio de consist ncia com o princ pio de relev ncia Assim a suposi o mais acess vel a ser adotada na interpreta o ser aquela que for consistente com a presun o de que o est mulo ostensivo merece ser processamento e foi o mais relevante com as habilidades e prefer ncias do falante Para descrever e explicar o processo de compreens o Sperber e Wilson postulam tr s n veis representacionais a o n vel da forma l gica na depend ncia da decodifica o ling stica b o n vel da explicatura em que a forma l gica desenvolvida atrav s de processos inferenciais de natureza pragm tica e c o n vel da implicatura que parte da explicatura para a constru o de infer ncias pragm ticas Conforme a teoria na interpreta o de um enunciado opera um sistema dedutivo n o trivial que sem seguir as regras da l gica formal toma como input um conjunto de suposi es e dele deduz todo um conjunto de conclus es Suposi es s o conjuntos de conceitos formulados dentro de uma forma l gica Conceitos por sua vez s o r tulos ou endere os Para Silveira e Feltes 1
318. s efetivas que consolidem o trip no qual esta fundamentada a Universidade ensino pesquisa e extens o 117 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Refer ncias bibliogr ficas CHAUI Marilene Escritos sobre a universidade S o Paulo Editora Unesp 2001 EHRENSPERGER Regina Matriz para elabora o de Projeto Pedag gico dos cursos Unisul 2006 FORGRAD Plano Nacional de Gradua o Um projeto em constru o maio de 1999 GRECO Milton Educa o superior para a constru o de projetos de vida S o Paulo Editora Salesiana 2002 MORAIS Regis A sala de aula que espa o esse Campinas SP Papirus 1986 PERRENOUD Philippe A pr tica Reflexiva no of cio do professor profissionaliza o e raz o pedag gica Trad Cla dio Schilling Porto Alegre Artmed Editora 2002 RUE Joan O que ensinar e por qu Elabora o e desenvolvimento de projetos de forma o Tradu o B amp C Revis o de Textos Ltda coordena o Ulisses F Ara jo S o Paulo moderna 2003 SANTOS Boaventura de Sousa Pela m o de Alice o social e o pol tico na p s modernidade 10 edi o S o Paulo Cortez 2005 THURLER M nica Gather Inovar no interior da escola Trad Jeni Wolff Porto Alegre Artmed editora 2001 UNISUL Matriz para implementa o dos projetos pedag gicos dos cursos de gradua o da Unisul Tubar o 2005 UNISUL Projeto Pedag gico Institucional 2003 118 Anais do I Si
319. s no exerc cio de sua fun o estava perguntando me sobre minha escolha profissional e a minha perman ncia nesse oficio Dei me conta como Santos 1995 p 50 de que todo o conhecimento e autoconhecimento e portanto autobiogr fico 156 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Estudar a forma o de professores tem se tornado nos dias de hoje um desafio n o s porque a produ o sobre a tem tica tem sido intensa mas porque as novas pol ticas educacionais t m atropelado e invertido o que se vinha defendendo como forma o de qualidade Aligeiramento improvisa o e desregulamenta o tem sido a t nica Por outro lado a racionaliza o e a privatiza o do ensino e a proletariza o do professorado vem agravando a crise identit ria profissional Penso que sem considerarmos e compreendermos esse contexto n o podemos vislumbrar novos caminhos para a educa o e para a forma o de professores Este estudo procurou a luz desses condicionantes hist rico sociais ouvindo professores de Letras recuperar a historia de sua forma o e de sua carreira docente Ao mesmo tempo pretendeu examinar as influencias dessa carreira e dos conhecimentos adquiridos na academia na decis o desses profissionais de permanecerem professores Acredito como Gatti 1997 que as quest es de forma o de professores precisam ser enfrentadas no dia a dia da escola anunciando o nosso compromisso de pe
320. s para gerir pedagogicamente os cursos e efetivando assim o planejamento proposto Para essa reflex o resgatou se diversos documentos produzidos pela Diretoria de Gradua o da Unisul principalmente a Matriz para implementa o de Projetos Pedag gicos dos cursos Al m disso a Universidade do Sul de Santa Catarina preocupada com a execu o desses projetos pedag gicos criou em 2005 um programa de Assist ncia Pedag gica para dar apoio pedag gico aos coordenadores de curso Dessa maneira as discuss es deste trabalho s o importantes para gerar reflex es sobre a gest o pedag gicas e os desafios na implementa o dos projetos pedag gicos de curso Palavras chave Gest o Pedag gica Projeto pedag gico dos cursos Assist ncia pedag gica 111 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP 1 Introdu o O presente artigo buscou relatar uma experi ncia de constru o do Projeto Pedag gico de um curso de gradua o e a sua gest o pedag gica Sabe se que escrever bons projetos pedag gicos at relativamente f cil diante do desafio de realizar a es constantes para que ele realmente venha a modificar o fazer pedag gico e concretizar o perfil do egresso proposto pelo curso Considera se o Projeto Pedag gico dos cursos PPC como um documento norteador das atividades pedag gicas e pode ser entendido como um instrumento para produzido coletivamente no mbito da Institui o do Ensino Superior Nesses
321. s que marcam a trajet ria profissional incluindo as condi es do exerc cio da profiss o i o professor real revisa a concep o de professor ideal e de aluno ideal com o passar dos anos com a pratica docente j a delimita o de compet ncias e de territ rio de atua o do professor s e adquirida ao longo da experi ncia de trabalho Em suma a os saberes que servem de base para o ensino n o se reduzem a saberes cognitivos mas s o a um s tempo existenciais sociais e pragm ticos b e apenas ao cabo de certo tempo que o eu pessoal em contato com o universo do trabalho vai se transformando e se tornando o eu profissional Caberia ainda talvez uma pergunta qual a contribui o efetiva deste trabalho para os Cursos de Letras Acredito que se a academia olhar o sujeito professor como protagonista como algu m que reflete que aprende e ensina e se mantiver cada vez mais um dialogo com o professor profissional e com a escola ela poder qualificar o seu trabalho A fundamenta o te rico epistemologica que e sua fortaleza e que e reconhecida por todos como fundamental precisa ser preservada mas penso ser necess rio intensificar pesquisas com o intuito de identificar os saberes profissionais dos professores tais como esses os utilizam e mobilizam no seu cotidiano Isso significa que os professores universit rios trabalhem em colabora o com os professores das escolas e que esse
322. s s ries iniciais sendo que a principal motiva o corresponde adequa o da proposta pedag gica s exig ncias e a adequa o do ensino ao contexto atual Tamb m a reside uma percep o que corresponde ao n vel de forma o e qualidade do ensino em geral Quanto motiva o para o desempenho com os conte dos de hist ria nas s ries anos iniciais aproximadamente 40 0 responderam que trabalham com entusiasmo porque gostam de trabalhar com esses conte dos e os demais afirmaram que trabalham no mesmo plano dos demais conte dos Nesse particular os professores demonstraram uma contradi o ao dado anterior quando afirmaram que estavam satisfeitos com seu trabalho com o ensino de Hist ria N o obstante essas pondera es 97 0 consideram os conte dos de Hist ria t o importantes quanto aos demais Por m serem investigados quanto a uma ordena o de 84 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP prefer ncia para com o trato dos conte dos na organiza o da rotina di ria na escola a ordem de prefer ncia coloca a L ngua Portuguesa como primeira prefer ncia Uma mesma propor o considera Matem tica a segunda prefer ncia seguida de Hist ria como a terceira e Geografia como a quarta prefer ncia No que diz respeito ao ensino de Hist ria nos anos s ries iniciais 97 0 consideram os conte dos muito interessantes e t o importantes quanto os demais para os alunos o que reflete um
323. saber subordinando a participa o do leitor numa rela o de inferioridade e de submiss o Muitos dos discursos que organizam a sociedade abrigam se nesta ilus o de unicidade de sentidos para melhor subordinar os sujeitos 122 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Z manuten o do poder O desejo considerar a palavra im vel presa a significados que perpetuem interesses de certos grupos que numa sociedade organizada hierarquicamente s o investidos de maior for a que outros Esta forma como o sujeito enredado s id ias que lhe s o passadas revela o quanto essa sujei o o impede de contribuir para pensar o mundo e conseq entemente as mudan as de que este mundo precisa Mesmo no ensino superior quando se busca predominantemente conquistar uma certa autonomia diante do saber as leituras ainda s o concebidas mais como forma de contempla o das id ias de autores do que como reflex o sobre essas id ias A pr pria dissemina o da informa o numa era que se diz da comunica o enreda os leitores numa pr tica de apenas engolir o que os sites de buscas devolvem em lapsos de segundos Se o impresso do livro respeitado pela inseguran a de um posicionamento cr tico a tela do computador igualmente n o questionada Numa retrospectiva pode se levantar certas ra zes impregnadas no ensino at hoje Na pedagogia medieval o sujeito se colocava diante dos saberes em
324. sculpidos em escala reduzida de homens adultos Ao longo dos tempos as concep es sobre a crian a foram interpretadas sob ticas diferentes Na atualidade temos v rias pesquisas sobre a inf ncia mas ainda vemos pessoas que perguntam para a crian a o que ela pretende ser quando crescer Nesta perspectiva preciso conhecer melhor a crian a Mas conhecer a crian a pens la n o apenas numa perspectiva evolutiva et ria Conhecer a crian a pens la como um ser social determinado historicamente Conhecer a crian a pens la interagindo dinamicamente 244 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP influenciando Conhecer a crian a pens la como um ser de rela es que ocorrem na fam lia na sociedade na comunidade E conhec la em casa na escola na igreja na rua no clube em seus grupos sociais nas peladas enfim em todas as suas atividades PACHECO 1998 p 32 Conhecer melhor a crian a vai al m de v la como um ser que est passando por uma fase da qual ela n o tem muito conhecimento Esse tipo de pensamento reflexo de um passado do qual a crian a era considerada como um ser que n o possu a cultura que n o produzia hist ria O reflexo desta ideologia ainda est presente de forma impl cita em perguntas como a que citamos anteriormente e que tamb m encontramos no livro da autora Soares 1998 O que voc quer ser quando crescer Tais pensamentos precisa
325. se como principal aliado do professor no seu trabalho Na base do relacionamento escola livro encontra se o livro did tico hoje dispon vel em toda a rede de ensino fundamental por meio de programas de distribui o gratuita patrocinados pelo governo federal Al m dos conte dos obrigat rios alguns autores j inserem em seus volumes uma rede de informa es que parte do tema visto sugerindo a procura de outras fontes em diversos tipos de material com o fito de complementar o estudo e ampliar o conhecimento do aluno Nesse novo espa o aberto pelo livro did tico e pela pr pria variedade de temas tratados aparece um tipo de publica o que ocupa um lugar cada vez maior nas prateleiras das livrarias Partindo do pressuposto de que a literatura infanto juvenil por sua natureza o tipo de leitura voltada especialmente para os interesses da crian a em idade escolar surge o livro que associa a literatura ao conhecimento til aos pequenos Contudo esse surgimento nada mais do que uma redescoberta da associa o j feita por Monteiro Lobato no in cio do s culo XX Seu primeiro livro Narizinho Arrebitado publicado em 1921 tinha como subt tulo Segundo livro de leitura para uso das escolas prim rias O prop sito de Lobato ao embrenhar se na escritura de livros infantis foi o de escrever hist rias para crian as numa linguagem que as interessasse A f rmula funcionou e Narizinho Arrebitado constituiu se num sucesso de vendas
326. sica e 15 n o possuem qualquer instru o formal Shiroma e Evangelista 2003 questionam a forma de acesso informa o pelos professores e o como permitir aos professores acesso s 134 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP informa es e ao conhecimento necess rio para produzir mais e melhor e simultaneamente assegurar o controle sobre eles Os autores ainda questionam em como administrar uma for a de trabalho qualificada e competente transformando a num coletivo inofensivo Ainda segundo Shiroma e Evangelista 2003 p 85 No mbito das propostas para equacionar esses problemas o discurso articulado por tais ag ncias assim como pelo governo FHC projetou uma reforma educacional de largo espectro no interior da qual se contribuiu tanto a no o de crise educacional quanto a de sua auto solu o ou seja uma educa o que se redimiria a si pr prio A rigor no campo do discurso a reforma n o inova Tal como em outros momentos hist ricos o projeto de forma o docente tomado como elemento importante para recomposi o da hegemonia dominante Mais uma vez est em jogo o controle sobre a maior fra o do contingente de servidores p blicos professores a quem se reserva a responsabilidade de formar novas gera es At pouco tempo cabia ao professor a tarefa de educar para o trabalho hoje dele se espera mesmo que vedado seu acesso ao conhecimento a tarefa a capacid
327. sileiros em uma postura mais digna Metodologia Metodologicamente este trabalho se constituiu atrav s de Pesquisa de campo em uma escola p blica estadual de Florian polis verificando como esta vem trabalhando com a quest o tnico racial tendo como instrumento a literatura infantil dentro de um trabalho chamado Projeto Malungo A coleta de dados ocorreu atrav s de entrevistas com uma turma da 4 s rie do Ensino Fundamental num total de 15 alunos entre 08 e 15 anos que est participando a dois anos do projeto Tamb m foi entrevistada a professora Rute Miriam Albuquerque coordenadora do projeto em 2007 Tamb m se recorreu a duas entrevistas realizada pela professora Eliane Debus no ano 2006 com a coordenadora do projeto professora Rute Miriam Albulquerque e com a professora Viviane Ribeiro Corr a que trabalha na gest o da escola pesquisada nos serviu de apoio Outro recurso para a coleta de dados foi os bastidores gravados e que n o foram utilizados no v deo document rio final sobre o Projeto Malungo onde aparecem s crian as apresentando seus relatos sobre a literatura infantil que deu suporte ao projeto este v deo document rio nos serviu como instrumento de observa o e reflex o sobre como os alunos se apropriaram da literatura africana e afro brasileira Por ltimo mas n o menos importante recorreu se observa o do acervo de literatura africana e afro brasileira utilizado para o projeto
328. sim como a pr tica pedag gica e a rela o do educador com a crian a podem ser trabalhados atrav s da observa o investigativa sem comprometer a especificidade da cultura MICHALISZYN 2008 Compreender a crian a como indiv duo com suas especificidades vocabul rio e atitudes pr prias trabalhar com a crian a de hoje e n o com a idealizada para o futuro dentro de uma vis o adultoc ntrica Neste artigo apresento na introdu o os dados do estudo explicando e avaliando alguns resultados previamente adquiridos durante a pesquisa e algumas considera es te ricas que fundamentam minha pesquisa Resultados do estudo A pesquisa de campo foi conclu da em dez semanas entre agosto e outubro de 2007 No momento faz se o relat rio de pesquisa ltima parte deste trabalho A realiza o deste relat rio proporciona a an lise dos dados obtidos no trabalho de campo e de todo material te rico coletado ao longo de um ano de pesquisa e estudo 256 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP As crian as observadas que fizeram parte deste estudo na poca segundo semestre de 2007 tinham por volta de quatro anos quatro anos e meio de idade sendo vinte e duas crian as no total no per odo vespertino A creche municipal com diversas realidades sociais mas que tem em comum a conviv ncia di ria e acesso ao espa o escolar e brincadeiras Percebi durante os dez dias que realizei a observa o
329. sonagens atravessaram essas hist rias origin rias de diversas regi es do pa s Hoje Dia de Maria usa uma linguajem cheia de met foras que requer algum tipo de esfor o para ser compreendida Isto causou estranheza por parte do p blico que n o est acostumado com este tipo de linguagem Sua produ o obedeceu a uma l gica artesanal que aproximou cinema e arte Os atores tiveram aulas de express o corporal canto e pros dia Assistiram a um workshop com um psiquiatra para captar o sentido mitol gico da s rie A miniss rie Hoje Dia de Maria Traz tona na TV a hist ria de uma menina chamada Maria com toda a sua inoc ncia na inf ncia e na maturidade toda a sua sensualidade Traz luz tamb m aspectos da antiguidade da cultura popular brasileira da f que impulsiona as pessoas a irem a busca do que acreditam 247 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Esta miniss rie foi ao ar em duas temporadas contendo oito epis dios no primeiro e cinco no segundo A primeira temporada foi ao ar de ter a a sexta no hor rio nobre das 22h30minutos entre os dias 11 e 21 de janeiro de 2005 A segunda foi ao ar na semana da crian a de 11 a 15 de outubro do mesmo ano tendo como fio condutor a epop ia nordestina A personagem Maria vivida inf ncia por Carolina de Oliveira e na fase adulta por Let cia Sabatella Vale destacar que a classifica o indicativa da miniss rie inadequad
330. spor dos recursos naturais FONTES 1999 54 Portanto somente se explica a compreens o pelo ge grafo da natureza se ela est relacionada com a as rela es humanas sobre um territ rio Ent o estudar o espa o f sico sem demonstrar essa din mica ver apenas parte do processo Gr fico 02 IMPORT NCIA DA GEOGRAFIA NAS S RIES INICIAIS Localiza o do Espa o F sico Rela es da Natureza 80 Fonte Pesquisa de campo 2005 Entrevista aos professores pedagogos Imbituba Quanto import ncia da geografia nas s ries iniciais os professores respondem que ela garante a no o de localiza o do espa o f sico 809 e a minoria 20 relata tratar se de uma disciplina importante porque 98 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP trabalha com as rela es da natureza Este fato pode ser explicado principalmente porque a geografia carrega o estigma de ser uma disciplina te rica enquanto que na verdade todas as suas a es est o ligadas diretamente com a vida das pessoas com o seu cotidiano Essa vis o se consolida com a sistematiza o da ci ncia geogr fica na Alemanha do s culo XIX quando Karl Ritter e Alexander Von Humboldt afirmaram a id ia de totalidade para qualquer abordagem geogr fica No entanto para permear por todos os conceitos e suas aplica es na vida social exige mais do que conhecer os conceitos geogr ficos exige antes de tudo
331. ss o condi es dignas de trabalho e remunera o adequada Muitas vezes em condi es dif ceis exerce se uma jornada de trabalho muito longa para conseguir um sal rio que possa suprir suas necessidades N o somos valorizados nem mesmo pelos pr prios professores Em primeiro lugar o professor tem que realmente se empenhar em suas fun es como educador depois claro os materiais os cursos pois as escolas passam hoje por processo um complexo de mudan a Acho que a valoriza o ainda ocorre sim talvez de uma forma torta prova disso s o as escolas funcionando por m o que falta s o programas de conscientiza o Nossos entrevistados relataram que as condi es de trabalho s o prec rias falta est mulo investimento por parte dos governantes sal rios justos os materiais s o de p ssima qualidade infra estrutura prec ria com pr dios antigos salas superlotadas viol ncia e stress constantes poucos cursos oferecidos para aperfei oamento profissional e quando estes s o oferecidos n o podem ser cursados por serem nos hor rios de trabalho N o foi por um descuido que a Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional de 1996 inverteu os termos da Constitui o Federal de 1988 A 146 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP educa o um dever da fam lia e do Estado fazendo com que a fam lia venha antes do Estado e o privado anteceda o p blico carac
332. ssibilitou perceber que os professores teriam que comprovar sua conduta moral e religiosa frente s autoridades e demonstrar um m nimo de compet ncia em leitura e escrita isto porque a cultura escolar catarinense desse per odo girava em torno da forma o de valores como obedi ncia religi o cat lica e s institui es do Estado Como a Prov ncia n o contava com uma Escola Normal no ano de 1841 Francisco Jos das Neves um dos professores de primeiras letras da Capital foi escolhido pelos dirigentes da prov ncia para habilitar se na Escola Normal do Rio de Janeiro tendo as despesas pagas pelos cofres p blicos e o compromisso de no seu retorno passar seus conhecimentos aos demais professores o que ocorreu no ano de 1843 quando o ent o presidente da prov ncia convocou todos os professores de primeiras letras para se habilitarem na 1 Escola da Capital que passou a ser regida pelo Professor Normalista Francisco Jos das Neves 31 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP EDUCAR PARA CIVILIZAR E INSTRUIR PARA PROGREDIR ANALISE DE ARTIGOS PUBLICADOS NOS JORNAIS DE DESTERRO NA DECADA DE 1850 Rosicler Schafaschek UNISUL Este trabalho resulta de uma pesquisa que teve como objetivo investigar a quest o educacional num per odo de g nese da instru o p blica catarinense Foram analisados todos os artigos com o tema educa o publicados na d cada de 1850 em Desterro atual Florian polis Os
333. ssora e professora auxiliar do grupo de crian as assumiram a fun o de observadoras internas A formadora e a observadora externa faziam parte do N cleo de Estudos e Pesquisas da Educa o da Pequena Inf ncia NUPEIN da Universidade Federal de Santa Catarina 262 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A op o por um observador externo e um observador interno para a realiza o da pesquisa residiu na complementaridade destas duas posi es ou seja o observador externo em virtude de n o estar presente cotidianamente junto ao grupo de crian as tinha uma maior possibilidade de estranhar o que ali acontecia favorecendo a formula o de perguntas sobre as a es sociais das crian as O observador interno em fun o de sua atua o regular e sistem tica junto s crian as reunia elementos diversos sobre o contexto de vida das crian as Os dados obtidos por esses dois sujeitos com olhares e perguntas diferenciadas a respeito das cria es simb licas das crian as favoreceram a amplia o do conhecimento acerca das mesmas Ao formador cabia captar as diferentes contribui es advindas dos observadores e articul las buscando novos elementos para a constru o da pr tica pedag gica a partir da an lise de registros das experi ncias das crian as 1 1 A constru o de um olhar sens vel Durante o percurso de discuss es e reflex es do grupo de pesquisadores emergiu a necessidade de aprofun
334. ssores SIMFOP NETROVSKI Arthur Hist rias de av e av S o Paulo Cia da Letrinhas 1998 PINSKI Mirna Literatura infanto juvenil e qualidade In V Jornada Nacional de Literatura 1993 Passo Fundo RS Anais Passo Fundo UPF Prefeitura Municipal de Passo Fundo 1993 PONTES Hildebrando Tra a que tra a tra a 3 ed S o Paulo Mercuryo 2003 RAMOS Anna Claudia Ar Pra que serve o ar S o Paulo Dimens o 1997 gua Pr que serve a gua S o Paulo Dimens o 1997 ROBB Jackie STRINGLE Samantha A hist ria da ameba S o Paulo tica 2002 VENEZIA Mike Peter Tchaikovsky S o Paulo Moderna 1999 ZILBERMAN Regina e LAJOLO Marisa Literatura infantil brasileira hist ria e hist rias S o Paulo tica 1999 O estatuto da literatura infantil In __ amp MAGALH ES Ligia C Literatura infantil autoritarismo e emancipa o S o Paulo tica 1987 _ A literatura infantil e a escola S o Paulo Global 1994 192 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP OS MUSEUS DAS CRIAN AS E OS PROJETOS PEDAG GICOS DE QUALIDADE Vera L cia Chacon Valen a Resumo Esta comunica o apresenta o Museu das Crian as como espa o criativo alternativo e complementar educa o formal e ressalta as caracter sticas de um projeto com qualidade pedag gica para o atendimento do p blico infantil sem o que as atividades do Museu ter o os seus objetiv
335. ssores SIMFOP consequente registro no di rio de classe Ao lado desse trabalho tamb m necess rio a socializa o das pr ticas pedag gicas que podem servir de refer ncia para outras pr ticas Sugere se ainda a realiza o de avalia o de desempenho dos docentes pelos discentes sobre os trabalhos desenvolvidos no semestre Essa avalia o ser a base para elaborar anualmente um relat rio sobre as a es que dever o nortear o curso e auxiliar na implementa o do Projeto Pedag gico do Curso retomando os registros dos aspectos positivos e negativos registrados pela Congrega o para posterior discuss o e planejamento Entretanto apesar dessas orienta es existirem h mais de 4 anos percebe se poucas altera es na forma de gest o pedag gica Na maior parte das vezes o coordenador envolvido na resolu o de problemas administrativos que na sua atua o di ria s o essenciais para o andamento do curso mas demandam mais tempo do que a gest o pedag gica Dessa forma os PPCs ficam de fato arquivados como documentos prontos e acabados n o s o vistos como um plano em execu o como algo din mico constru do e reconstru do todos os dias Para fazer emergir um projeto pedag gico necess rio um conjunto de a es inovadoras ainda assim corre se o risco de andar em c rculos de cair no ativismo e esvaziar se progressivamente de seu sentido principalmente se o projeto n o se transformar
336. st presente nas escolas da rede p blica Estadual em especial numa escola de Florian polis j que a literatura no espa o escolar deve contribuir para uma rela o construtiva da crian a com o livro para a forma o leitora e da identidade da crian a Sabe se que o atual mercado editorial brasileiro vem investindo forte na produ o liter ria para crian as por m como destaca Debus 2006 algumas publica es editoriais est o mais preocupadas em veicular os conte dos escolares e fortalecer o pacto de venda do que com a qualidade est tica das obras que veiculam p 107 A partir das exig ncias promovidas pela Lei n 10 639 MEC de 09 de janeiro de 2003 que institui a obrigatoriedade do ensino de hist ria e cultura afro brasileira e africana no curr culo escolar do ensino fundamental a literatura infantil foi convidada a participar deste movimento no espa o escolar Sendo assim escolhi como campo de pesquisa a Escola de Educa o B sica Jurema Cavallazzi do Maci o do Morro da Cruz localizada no munic pio de Florian polis Santa Catarina que atende cerca de 600 alunos em sua maioria moradora do Morro da Queimada O que me levou a escolha desta escola como objeto de estudo foi o Projeto Malungo O projeto Malungo come ou a ser idealizado no final de 2005 e implantado na escola a partir de 2006 Este projeto tem como bases a arte literatura e interc mbio Com rela o ao ltimo foco do trabalho real
337. st ria da educa o e ou da cultura escolar Esse novo rumo que pode ser entendido 1 luz da atual predomin ncia dos paradigmas culturais no campo da teoria social 2 e como relacionado abertura de caminhos pioneiros de interpreta o quando pesquisadores brasileiros passaram a investigar as rela es entre educa o e cultura divulgando os resultados desses estudos Como um segundo objetivo complementar esta comunica o analisa tamb m a crescente presen a dos livros escolares como objeto de estudo em comunica es acad micas recentes Os documentos referentes ao encontro anual da Associa o Nacional de P s Gradua o e Pesquisa em Educa o ANPEd ano 2007 e ao Congresso Luso Brasileiro de Historia da Educa o ano 2008 constituem se nas principais fontes de informa o 36 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP UMA PR TICA DE PRODU O TEXTUAL EMBASADA EM T PICOS DE LINGUISTICA DISCURSIVA E T PICOS DE LINGUISTICA TEXTUAL Simone Athayde Floriano da Silva UNISUL A presente pesquisa cujo prop sito fosse o de n o apenas teorizar mas ainda desenvolver uma pr tica envolvendo acad micos visto ser esse um p blico que necessita numa disciplina ou noutra com mais ou com menos intensidade ocupar n o s o lugar de sujeito leitor mas tamb m o de produtor de textos O presente trabalho constitui se de duas partes uma teoriza o com nfase em t picos de Ling stica
338. suas especificidades A crian a age de acordo com a cultura da qual ela est inserida Nesta perspectiva Filho 2005 fala da variedade de viv ncias e contextos s cios culturais das crian as que nos conduzem a falar de inf ncias que s o m ltiplas e plurais Ou seja os soci logos e isto provavelmente v lido tamb m para os antrop logos e para os psic logos consideram habitualmente que a inf ncia uma fase da vida que inculca mecanismos preparat rios no comportamento da crian a Speier 1970 apud FERREIRA 2002 p 194 A crian a brinca e ao mesmo tempo reflete neste brincar aspectos do contexto do qual ela se encontra principalmente do grupo familiar que a base na forma o do seu car ter Neste sentido a crian a imita o mundo adulto para compreend lo para resolver seus conflitos internos De acordo com o que vimos anteriormente a miniss rie uma obra cujo seu texto fechado ou seja s vai ao ar depois de pronta Isso a deixa menos propicia a invas o do merchandising Entretanto ela ainda utilizada com o objetivo de vender mercadorias Segundo Pereira 2002 as miniss ries promovem as vendas dos livros das quais elas s o baseadas 249 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Z Um exemplo a miniss rie o Primo Bas lio de E a de Queiros A produ o televisiva foi ao ar pela Rede Globo O livro teve sua venda triplicada em vista ao ano anterior Assim
339. te Joinville SC UNIVILLE 2005 ARIST TELES Organon T picos Vol V De Pinharanda Gomes Lisboa Guimar es 1987 BARTHES Roland Aula S o Paulo Cultrix 1978 HAROCHE Claudine Fazer dizer querer dizer S o Paulo Hucitec 1992 ZANDWAIS Ana Diretrizes Curriculares sobre o Ensino M dio no Brasil resson ncias interdiscursivas entre os Planos Nacionais de Educa o dos governos Vargas e FHC UFSCAR 2004 130 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP OS SENTIDOS DA DOC NCIA NA CONCEP O DA COMUNIDADE ESCOLAR DE UNIDADES DE ENSINO DA REDE ESTADUAL DE FLORIANOPOLIS Andr ia Maria Wollinger de Souza Resumo Este trabalho analisa a concep o de doc ncia de sujeitos da comunidade escolar de unidades de ensino da rede estadual de Florian polis Partindo da compreens o de que tamb m e n o somente no processo de forma o que a identidade do trabalho docente se constitui na medida em que nele s o colocadas em discuss o as quest es relativas ao ser ao saber e ao fazer docente procurou se tamb m compreender como o trabalho docente escolar est sendo avaliado e a qual a influ ncia da forma o na sua pr tica profissional Traz contribui es de autores que se dedicam ao estudo da forma o e do trabalho docente especialmente os que focalizam os temas da precariza o da profiss o docente da desvaloriza o da imagem social do professor das pol ticas educacionais do des
340. te nas duas temporadas da miniss rie Esses elementos irreais aparecem em personagens cen rios como o pr ncipe o p ssaro nas figuras dos sete diabos na corda que vira cobra nos quadros de Portinari nas crian as sem sombra nos animais e alguns personagens mais presentes na segunda temporada que s o representados em forma de marionetes Os cen rios tamb m representam isso com clareza Al m da vida de Maria a miniss rie tamb m ressalta outros tipos de inf ncias vividas por outras crian as como a de Joaninha filha da madrasta que aparece sempre com os cabelos amarrados com vestidos bonitos e at a boneca que ela tem comprada bem arrumada Por outro lado a boneca da Maria feita de palha Mais uma vez a hist ria de Cinderela referenciada j que joaninha como as irm s de Cinderela uma menina que bem vestida e possui brinquedos caros Esta miniss rie reflete aspectos importantes da inf ncia e do imagin rio que a crian a tem nesta etapa da sua vida Mostra toda a 250 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP inoc ncia que faz parte do mundo infantil Mostra a inf ncia roubada da crian a pelo diabo que se transforma em v rios personagens para aprisionar a sombra dos pequeninos Trata se de uma met fora para representar a crueldade do adulto que rouba essa inf ncia atrav s do trabalho infantil e por meio de outros tipos de viol ncia Retrata a diferen a da inf ncia do mei
341. te o narrador A escolha do texto a ser narrado ou lido n o deve obedecer a uma vis o utilitarista moralista em que fique expl cita a moral da hist ria ou a sua mensagem DEBUS 2006 Refer ncias bibliogr ficas BENJAMIN Walter Magia e T cnica Arte e Pol tica ensaios sobre literatura e hist ria da cultura 7 ed Trad S rgio P Rouanet S o Paulo Brasiliense 1994 234 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP DEBUS Eliane Festaria de brincan a a leitura liter ria na Educa o Infantil S o Paulo Paulus 2006 BELLO S rgio Carneiro Quem conta um conto a narra o de hist rias na escola e suas implica es pedag gicas 2004 Disserta o Mestrado em Educa o CED UFSC Santa Catarina BENJAMIN Walter Reflex es a crian a o brinquedo a educa o Trad Marcus V Mazzari 4 ed S o Paulo Summus 1984 BUSATTO Cl o Contar e encantar Pequenos Segredos da narrativa Petrop lis Vozes 2003 GIRARDELLO Gilka org Ba s e chaves da narra o de hist rias Florian polis SC SESC Milbocas 2004 235 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP 236 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP REFLEX ES SOBRE A MINISS RIE HOJE DIA DE MARIA A PRESEN A DA INFANCIA NA TV Maria Leonor Eyng Della Giustina Resumo Este trabalho busca refletir como est sendo retratada a inf ncia nos programas de
342. tegoria massa de manobra do jogo pol tico que prefere uma popula o inculta e sem consci ncia para poder ser facilmente manipuladas e por isso n o se interessa em valorizar a profiss o docente nem suas condi es de trabalho 147 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Refer ncias bibliogr ficas ARANHA Maria L cia Arruda Filosofia da educa o 2 ed S o Paulo Moderna 1996 BRASIL Congresso Nacional Lei n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 Disp e sobre as Diretrizes e Bases da Educa o Nacional DEMO Pedro Desafios modernos da educa o 2 ed Petr polis Vozes 1993 FACCI Maria Gon alves Dias Valoriza o ou esvaziamento do trabalho do professor Um estudo cr tico comparativo da teoria do professor reflexivo do professor construtivismo e da psicologia vigotskiana S o Paulo Autores Associados LTDA 2004 FREIRE Paulo Pedagogia da Autonomia saberes necess rios a pr tica educativa S o Paulo Paz e Terra 1996 cole o leitura LUCKESI et al Fazer universidade Uma proposta metodol gica 13 ed S o Paulo Cortez 2003 MINIST RIO DA EDUCA O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacional O perfil dos professores brasileiros o que fazem o que pensam o que almejam S o Paulo Moderna UNESCO 2004 SHIROMA Eneida Oto EVANGELISTA Olinda Um fantasma ronda o professor a m stica da incompet ncia In MORAES Maria C lia Marcondes et al Iluminismo
343. televis o atualmente um dos meios de comunica o preferidos pelas crian as quais podem ser os programas infantis preferidos pelas crian as da 1 s rie do Ensino Fundamental Utilizando a programa o infantil da televis o no processo de alfabetizar letrando que atividades podem ser planejadas e desenvolvidas com os alunos da 1 s rie do Ensino Fundamental da escola Margarida Como os programas infantis de televis o podem ser transformados em instrumentos no processo de alfabetiza o quais os conceitos e conte dos podem ser trabalhados pelo professor na sala de aula com alunos da 1 s rie do Ensino Fundamental Tem como objetivos identificar quais s o os programas infantis de televis o preferidos pelas crian as das s ries iniciais do Ensino Fundamental planejar atividades utilizando a programa o infantil da televis o e desenvolv las com os alunos da 1 s rie do Ensino Fundamental identificar quais os conceitos e conte dos podem ser trabalhados a partir de um programa infantil com os alunos da 1 s rie do Ensino Fundamental e analisar quais conceitos e conte dos foram aprendidos pelas crian as da 1 s rie do ensino fundamental com a atividade desenvolvida a partir do programa infantil de televis o A fundamenta o te rica baseia se em Pacheco 1985 1998 Napolitano 2003 Chiappini amp Citelli 2000 Hoineff amp Silva 1998 Rego 2004 Tfouni 2004 Bencini 2002 Para tanto est organizada em tr
344. televis o identificando e analisando que mensagens est o impl citas ou explicitas nos programas de TV Para efetivar esse prop sito escolheu se a miniss rie Hoje Dia de Maria tendo como objetivo geral perceber como a inf ncia foi veiculada no seu enredo Esta uma miniss rie que busca resgatar a inf ncia n o tendo como foco principal a venda de produtos e sim valoriza o da crian a que aos poucos ganha mais espa o nos programas de T V A inf ncia uma fase de suma import ncia que deve ser respeitada por este poderoso meio de comunica o Cabe analisar tamb m que este n o um programa recomendado para menores de doze anos mas a segunda temporada foi ao ar no m s de outubro enfatizando o dia das crian as Percebe se no entanto que a miniss rie tem como foco mostrar ao p blico adulto e os elementos que fazem parte desta fase t o importante na vida das crian as Palavras chave Inf ncia televis o miniss rie linguagem Uma caixinha m gica chamada televis o A televis o um importante e abrangente meio de transmiss o de informa es de id ias e ideais que est presente no dia a dia dos indiv duos Conforme Valim 1998 a id ia de trabalhar com imagens est ligada hist ria das civiliza es pois o homem j nos tempos primitivos utilizava os desenhos para deixar suas impress es e assim observ las e deixar marcas para gera es posteriores Partindo desta id ia observou se que a
345. teoria de suporte Em termos metodol gicos foram utilizadas duas categorias anal ticas da Ling stica Sist mica Funcional Primeiro o conceito de metafun es ideacional interpessoal e textual atrav s do qual observamos como as escolhas l xico gramaticais representam nossas experi ncias quais s o as rela es sociais mantidas atrav s dessas e como esses textos s o estruturados em termos de coer ncia Essas categorias mostraram como os processos verbais s o usados para criar um espa o social de inferioriza o feminina como a voz masculina sempre representada como superior a feminina e como o homem det m o poder nessas representa es Segundo o conceito de registro campo rela o e modo que permitiu identificar tra os do contexto da situa o na qual essas m sicas s o criadas circulam e s o consumidas A an lise macro e micro textual indicou que as m sicas analisadas representam uma mulher a disposi o sexual do homem cuja imagem um produto de venda para o Funk Os resultados evidenciam a no o de que linguagem veicula e dissemina ideologias e que os valores mis ginos e sexistas que circulam de forma naturalizada numa comunidade como a funkeira se refletem nas m sicas a produzidas assim como essas m sicas ajudam a naturalizar essas mesmas representa es 39 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A LITERATURA E O CONHECIMENTO CONTANDO HIST RIAS PARA ENSINAR G
346. terizando assim a famosa cena crist do ato de lavar as m os Considera es finais Acreditamos que a imagem do professor implica em muitos fatores por m o ideal que juntos possamos al m de melhorar esta imagem temos que legitim la positivamente tornando a mais forte e mais intensa do que ela pr pria H uma lacuna muito grande ao compararmos a vis o que pais e alunos t m dos professores e que eles t m de si pr prios Enquanto os pais e alunos v em os professores como um membro da fam lia algu m que educa em seu lugar os professores se negam a desempenhar este papel Dentro das respostas coletadas observamos que o problema n o s o apenas as condi es de trabalho mas conforme um dos entrevistados a in rcia pol tica destes professores que na maioria das vezes fazem um jogo individualista do capitalismo sem a m nima no o do poderoso aspecto das demandas educacionais contribui para a manuten o desta situa o prec ria Corroborando ainda com esta coloca o Pedro Demo 1993 afirma que a quest o dos professores complexa incluindo pelo menos dois planos mais relevantes valoriza o profissional e compet ncia t cnica O problema de qualidade formal e pol tica Enquanto os professores n o agirem de maneira profissional desmistificando o papel rom ntico da segunda m e n o poder o exigir o reconhecimento profissional tanto mencionado nas entrevistas j que a ca
347. tiva de aprofundar as descri es do que se prop e aos visitantes b analisar o contexto museal que aponta para certos padr es de a o de uso em detrimento de outras a es A capacidade did tica dos objetos das exposi es de per si muito importante O museu precisa tamb m favorecer ao professor o sabor do encontro com as crian as com as exposi es e o de ele pr prio desfrutar delas Entre as chaves dos c digos de comunica o usados pelos museus alguns s o fundamentais entre os crit rios expositivos Assim os objetos precisam a ter alguma finalidade expressa b essa finalidade precisa ser entendida A pr tica pedag gica muse stica inclui um cuidado especial com o departamento de educa o no que diz respeito forma o e fun es dos educadores A forma o dos educadores segundo Homs 2004 inclui a capacita o para conhecer o p blico e comunicar se com ele 198 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP b conhecimento did tico e sobre a mat ria das exposi es Se as visitas forem feitas na companhia dos professores estes podem realizar observa es como lembra Blanco 1994 sobre a o pr prio processo de descobrimento b as rela es entre os conhecimentos rec m adquiridos e os pr existentes c as conclus es coletivas de uma ordem mais geral d as conex es do tema estudado com situa es atuais e daquelas do entorno pr ximo A
348. tiva dificulta o entendimento da constru o do espa o geogr fico como fruto das contradi es ao longo do processo hist rico No entanto ao longo da hist ria dessa ci ncia as concep es foram se integrando de acordo com o tipo de escola e de sociedade Desde a sua sistematiza o como ci ncia aparece a concep o tradicional que como afirmou Santos 1982 est mais preocupada com a descri o das imagens cristalizadas sem compreens o da realidade A base para esta abordagem a descri o do quadro natural f sico humano e econ mico Com grande destaque para o espa o f sico Com a interfer ncia de outras reas de conhecimento surge nos EUA e Europa a concep o da geografia quantitativa subsidiada por modelos matem ticos Destaca se que esta concep o auxilia a compreens o do espa o geogr fico mas que isoladamente n o passa de dados estat sticos J a concep o da geografia human stica ou comportamental se vale da percep o das teorias da psicologia para compreender o ser humano no espa o 93 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A concep o da geografia cr tica traz a abordagem da an lise do espa o produzido pelo homem volta a integrar o espa o geogr fico sob diferentes aspectos naturais a o humana a forma o dos diferentes espa os as quest es ambientais Nessa abordagem a apar ncia ponto inicial da compreens o do planeta a descri o da p
349. tividade e a expressividade do aluno R dio Escola Divulgar as atividades educativas e culturais da escola e da comunidade favorecendo aos envolvidos o exerc cio do direito de express o Clube de m es Possibilitar a integra o e alternativas de gera o de renda entre as participantes Inform tica Integrar a comunidade escolar com o meio tecnol gico As atividades envolveram aproximadamente 1 500 pessoas entre pais e alunos Consideramos que com o PEATE houve maior integra o entre escola e comunidade bem como a valoriza o do espa o escolar e seus integrantes 55 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP CIRCUITO CULTURAL UMA EXPERI NCIA DE EST GIO NAS SERIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Rosmeri Schardong UNISUL O presente trabalho foi realizado durante a disciplina de Est gio Supervisionado VIII do curso de Pedagogia da Unisul Unidade de Garopaba no ano de 2007 O objetivo do projeto Circuito Cultural foi oportunizar momentos e atividades que propiciassem o desenvolvimento cultural art stico liter rio musical e imagin rio das crian as das s ries iniciais do Ensino Fundamental Celso dos Santos Vasconcellos e Juracy Assmann Saraiva foram os principais autores que fundamentaram o trabalho desenvolvido O projeto foi efetivado em tr s escolas p blicas do munic pio de Garopaba incluindo salas oficinas de poesia conta o de hist rias pintura cinem
350. tivo de explorar e dispor dos recursos naturais No entanto essa compreens o da geografia se perde na transposi o did tica que permeada por planejamento inadequado acaba utilizando os livros did ticos como subs dios de suas aulas Nesse sentido a geografia escolar est mais ligada s fun es de mem ria do que propriamente da reflex o o que de fato distancia a escola da forma o cidad pois os estudantes n o ter o posicionamento cr tico diante dela Na maioria das aulas de geografia os textos s o copiados do quadro ou lidos do livro did tico trazendo riscos aprendizagem pois n o h significados nas discuss es apresentadas e as informa es s o repassadas descontextualizadas do conhecimento pr vio dos alunos Dessa maneira as discuss es deste trabalho s o importantes para gerar reflex es sobre o ensino de geografia nos anos iniciais da educa o b sica e contribuir na forma o do profissional do professor 2 A ci ncia geogr fica concep es e abordagens A geografia enquanto ci ncia recente sistematizada na Alemanha no s culo XIX como forma de expans o territorial Sua presen a nas escolas esta associada conforme Pereira 1999 ao ideal iluminista quando as escolas deixaram de ser de uma elite para auxiliar na transforma o de s ditos em cidad os concretizando o modo de produ o capitalista 92 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP O espa o geogr
351. to feita na obra ou at mesmo o seu aproveitamento feito pelo professor O livro infanto juvenil de n o fic o revela se pois uma faca de dois gumes Se por um lado atende s necessidades de um leitor em forma o assumindo para si a tarefa de tratar temas caros ao universo do 183 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP jovem e da crian a de outro devido a esse mesmo aspecto torna se instrumento de abordagem de conte dos escolares que o professor atrav s da ado o das obras endossa como pr tica leg tima Mirna Pinski numa an lise sobre a qualidade das obras infanto juvenis feita no in cio dos anos noventa aponta para as origens desse comprometimento da fic o voltada para as crian as com a escola e o professor No in cio dos anos 80 as editoras descobriram o port o das escolas Na entressafra do did tico o livro infantil passou a ser trabalhado junto aos professores pelos mesmos profissionais da divulga o Esse novo esquema que atuava com vistas a um mercado imprimiu suas marcas no conte do dos livros aconselhados pelos professores alguns editores passaram a elencar temas a serem desenvolvidos os folhetos de divulga o passaram a classificar os livros a partir do curr culo das v rias mat rias de cada ano guisa de refor o de est mulo de leitura que passou a ser a nova cruzada da escola a visita do autor do livro adotado era oferecida como brinde homogen
352. to pragmatista que deixou adormecida no passado a experi ncia como era antes entendida passando agora o termo a situar se mais como express o de comportamento ling stico Ocorreu tamb m uma verdadeira revolu o filos fica geral expressa nos neos e p s dos tempos atuais Todas essas s o quest es que n o se pretende responder at porque n o o tema deste estudo Apresentar um relato de experi ncia faz se oportuno esclarecer relaciona se com o desejo de socializar um conhecimento espec fico e submeter ao debate que foi gerado por muitos meses de atividade intensa a partir de um conv vio que se imp s como necess rio envolvendo pessoas coisas e situa es para que o livro did tico pudesse ser escrito Os assuntos eram os mais diversos e por vezes apresentavam se inesperadamente no momento em que uma determinada Unidade do livro estava sendo escrita Dessa maneira ao elaborar a Unidade Popula es de Origem Africana inicialmente as lutas e os sofrimentos da escravid o foram bem enfocados Todavia desejava se evidenciar ainda que com o passar do tempo ocorreu o processo de assimila o sociedade nacional Surge ent o uma quest o onde encontrar uma fam lia de afro descendentes que como ilustra o visual desse processo de assimila o se dispusesse a fornecer suas fotografias e em documento de autoriza o permitisse a O livro did tico Santa Catarina de todas as gent
353. tr s situa es que definem bem sua submiss o palavra s o elas a lectio a quaestio e a disputatio Segundo Haroche 1992 at o s c XII a pedagogia escol stica consistia no exerc cio de ler textos a lectio N o se comentava n o se interpretava n o se questionava o texto que designava exatamente a escritura sagrada a b blia Era um exerc cio que compreendia o texto como transparente un voco intelig vel tanto no plano formal quanto doutrinal Mais tarde a quaestio permitia um certo questionamento mas tratava de imputar ao sujeito a responsabilidade pelas falhas de interpreta o Como leitor o sujeito paga o nus da ignor ncia da imperfei o assim qualquer interpreta o contradit ria confusa sua culpa uma vez que a b blia a perfeita express o da verdade sagrada Ou seja o texto sagrado ainda era infal vel e se o mestre permitisse aos alunos perguntas para levantar diferentes pontos de vista era s para submet los ao reconhecimento de sua incompet ncia interpretativa Entre os s culos XII e XIII muda a rela o do sujeito com o texto A palavra texto perde seu car ter exclusivamente sagrado e passa a assumir um sentido mais geral designando qualquer texto sagrado ou profano No s culo XII a interpreta o era nica exclusiva e n o poderia jamais ser feita por qualquer um no s culo XIII descobre se a interpreta o contudo ela n o era livre mas restrita e codificad
354. tre teoria e pr tica leve investiga o e inquieta o diante dos conhecimentos seculares dados como prontos Essa inquieta o n o poderia ser melhor descrita sen o por Barthes em uma de suas aulas H uma idade em que se ensina o que se sabe mas vem em seguida outra em que se ensina o que n o se sabe isso se chama pesquisar Vem talvez agora a idade de uma outra experi ncia a de desaprender de deixar trabalhar o remanejamento imprevis vel que o esquecimento imp e sedimenta o dos saberes das culturas das cren as que atravessamos 1978 p 47 Mesmo assim ainda hoje se nega a finalidade do trabalho em sala de aula relacionando se apreens o do conhecimento com subservi ncia intelectual Desse modo de bibliotecas queimadas democratiza o do saber os alunos parecem entrar mais ou menos no mundo do conhecimento cient fico sentindo se mais ou menos preparados ou mais ou menos em condi es de question lo Seja pelo controle da Igreja seja pelo controle do Estado seja pelo controle da educa o tradicional a posi o do sujeito diante da formaliza o dos saberes n o deixa de denunciar ainda hoje uma submiss o letra Nas palavras de Althusser 1985 trata se de um mecanismo de sujei o em que o sujeito se reconhece num lugar determinado pelas for as sociais no caso de rela es de produ o 126 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Infelizme
355. tru o p blica secund ria em Desterro Santa Catarina 1750 1683 anana a LoLASa NOS oa a inia 30 Primerias inicativas de forma o de professores em Santa Catarina 1830 1860 Fraser srs di NA danca ndo Dr stada cal a Ro CnRadd e Qro ea toa sou adaga gama da da 31 1 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Educar para civilizar e instruir para progredir an lise de artigos publicados nos jornais de Desterro na d cada de 1850 Novos rumos para o civismo escolar 1964 1985 A import ncia da consci ncia fonol gica na alfabetiza o um estudo de caso sobre as letras e e o n aient errar 34 Professores de l ngua portuguesa trajet rias e perspectivas de uma TOLMA O EEE o A A E A di di od aonde end 35 Manuais escolares do ensino fundamental paradigmas te ricos da den ncia pol tica interpreta o cultural ii 36 Uma pr tica de produ o textual embasada em t picos de lingu stica discursiva e t picos de lingu stica textual i 37 G nero charge estrat gia para a leitura e produ o textual no Contexto esColar e css cesrin doca adere sa dEUS e degli EE Cage ata de 38 A identidade feminina no g nero textual m sica funk 39 A literatura e o conhecimento contando hist rias para ensinar 40 O ensino da b blia para crian as perigos e propostas
356. u mica da gua codificando a como Hidrog nio e Oxig nio Logo a resposta 2a um fax s mile do conte do da aula Portanto o aluno compreendeu a mat ria Todavia imagine a seguinte resposta para a mesma quest o 2b Aluno A gua composta de Hidrog nio Oxig nio e Cloro 2 A presen a de Cloro respeit vel na gua fornecida em nossas torneiras Trata se de uma resposta alternativa vi vel O professor pode achar isso um absurdo atribuir erro ou mesmo acerto parcial Entretanto o exemplo reflete um problema de comunica o Talvez a pergunta devesse ser 1b A gua em seu estado qu mico puro composta de lc A gua obtida pelo processo de destila o composta de Op es 1b e 1c parecem salvar a no o de que comunicar e compreender s o quest es exclusivas de codificar e decodificar mensagens No entanto era de se esperar que o aluno compreendesse que a pergunta pela composi o da gua referia se a seu estado qu mico puro quela obtida pela destila o ou pelo menos quela que foi lecionada e n o gua de torneira Por m admitir isso sugere admitir que a mensagem codificada n o suficiente para transmitir tudo o que se quer dizer h elementos que podem estar impl citos Logo compreender implica mais do que codificar e decodificar 103 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP Fundamentos de uma perspectiva
357. u participa o em cursos de atualiza o profissional b Forma o deficit ria dificuldade de articular teoria e pr tica a teoria que disp e de modo geral abstrata desvinculada da pr tica e por sua vez a abordagem que faz da pr tica superficial imediatista n o cr tica c Falta de clareza e de defini o de uma concep o e postura educacional fundamentos princ pios fins da educa o Aus ncia de compreens o de como se d o conhecimento d Inseguran a receio de mudar medo do novo resist ncia Preocupa o em ser problema para a dire o em ser 136 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP taxado de n o ter controle sobre a turma especialmente se a escola for particular e Desesperan a descr dito na educa o acomoda o descompromisso falta freq ente Clima necr filo de deixa disto voc n o ganha para isto etc Falta de companheirismo e de tica profissional N o engajamento em lutas pol ticas e at sindicais ou por outro lado fechamento corporativista f Dificuldade em nadar contra a corrente conflito de valores vis es de mundo Acreditamos que a imagem do professor implica em muitos fatores por m o ideal que juntos possamos al m de melhorar esta imagem temos que legitim la positivamente tornando a mais forte e mais intensa do que ela pr pria H uma lacuna muito grande ao compararmos a vis o que
358. uca o especial no Estado de Santa Catarina proposta Coordenador Sergio Otavio Bassetti S o Jos FCEE 2006 TEJ N Fernando Manual para uso do baco japon s Soroban Tradu o de Raimundo Viana Ponferrada Espanha 2007 Dispon vel em lt http es geoc ities com abacosoroban gt Acesso em 18 jun 2008 VENTURINI Jurema Lucy ROSSI Teresinha Fleury de Oliveira e Louis Braille sua vida e seu sistema 2 edi o S o Paulo Funda o para o Livro do Cego no Brasil 1978 219 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP 220 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP A LITERATURA INFANTIL COM A TEM TICA AFRICANA E AFRO BRASILEIRA EM UMA ESCOLA PUBLICA DE FLORIANOPOLIS PROJETO MALUNGO Elika da Silva Eliane Santana Dias Debus Resumo Esta comunica o tem como objetivo socializar os resultados parciais da pesquisa de TCC Pedagogia Unisul Pedra Branca que tem como foco a literatura infantil de tem tica africana e afro brasileira e a sua apropria o no espa o escolar dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental Para tal realizou se uma pesquisa de campo em uma escola da Rede Estadual de Ensino de Florian polis que vem a tr s anos realizando o Projeto Malungo no qual apresenta aos estudantes entre v rios produtos da cultura africana e afro brasileira a literatura Interessa nos verificar a apropria o leitora das crian as que est o ou estiveram inseridas no
359. ue at ent o n o havia sa do da primeira edi o do livro Outro exemplo o Memorial de Maria Moura obra de 1985 que vendia mil exemplares por m s Por causa da TV pulou para 12 mil exemplares por m s E assim muitas outras como A muralha O Auto da compadecida Mem rias de um gigol A com dia da vida privada etc Cabe ressaltar que se a TV perde por um lado recompensada por outro As miniss ries s o adapta es de obras liter rias nacionais preferencialmente o romance De acordo com Napolitano 2002 este um tipo de teledramaturgia que possui aspectos da novela pois se mant m dentro de um eixo narrativo e desenvolve um tema central embora a tens o esteja concentrada em poucos cap tulos Outra caracter stica da miniss rie que neste tipo de teledramaturgia n o h preocupa o com as prefer ncias emergentes do p blico Ao contr rio do que ocorre com a 14 BALOGH Maria Anna O Discurso Ficcional Na TV S o Paulo Editora da Universidade de S o Paulo 2002 p 124 243 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP novela que vai sendo elaborada e re elaborada ao longo de sua exibi o e em conson ncia com as rea es do p blico espectador a miniss rie s veiculada ao espectador depois de pronta BALOGH 2002 p 128 Nesta perspectiva este tipo de teledramaturgia tem a sua estrutura fechada Conforme este autor esse tra o fechado a deixa menos prop cia
360. ue n o havia ainda uma efetiva integra o articula o nem orienta o das a es pedag gicas comprometendo de certa forma a obten o de mais qualidade na forma o dos alunos Dessa forma a Universidade criou um grupo de apoio t cnico elabora o dos projetos com a fun o de coordenar e dar suporte ao desenvolvimento dos trabalhos No mesmo ano em 1994 os gestores da Universidade foram chamados a discutir os grandes par metros do Projeto Pedag gico Institucional e do projeto pedag gico dos cursos de gradua o Os gestores discutiram conceito de educa o perfil do profissional a ser formado pela Universidade perfil do docente desejado al m de concep es e sistem tica de avalia o de aprendizagem EHRENSPERGER 2006 No mesmo ano houve a instala o de um Programa de Capacita o Did tico pedag gica iniciando se assim a forma o continuada para os docentes na Unisul em todas as reas Alguns anos mais tarde em 1998 a Unisul lan ou o projeto de Acompanhamento e avalia o dos projetos pedag gicos dos cursos de gradua o da Unisul com os seguintes 113 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP objetivos promover uma reflex o de base conceitual sobre o sentido o significado e o papel dos cursos de gradua o discutir e explicitar as diretrizes gerais para os cursos de gradua o e avaliar os seus projetos pedag gicos O resultado desse trabalho foi a organiza
361. ue nele s o colocadas em discuss o as quest es relativas ao ser ao saber e ao fazer docente procurou se tamb m compreender como o trabalho docente escolar est sendo avaliado e a qual a influ ncia da forma o na sua pr tica profissional Traz contribui es de autores que se dedicam ao estudo da forma o e do trabalho docente especialmente os que focalizam os temas da precariza o da profiss o docente da desvaloriza o da imagem social do professor das pol ticas educacionais do desenvolvimento profissional e do saber docente Procura relacionar essas contribui es com a situa o dos educadores em nossas escolas hoje levando em conta os dados de pesquisa obtidos a partir das entrevistas realizadas no ano de 2007 com professores gestores escolares alunos pais e respons veis de tr s escolas p blicas Os resultados apontaram que a concep o da comunidade escolar sobre o sentido do ser e do fazer docente ainda est enraizada numa concep o tradicional da profiss o E mesmo que os docentes tenham a consci ncia e o preparo t cnico para exercer a profiss o muito prevalece na defini o do sentido de sua profiss o a influ ncia de uma forma o acad mica que o prepara para uma atua o idealizada 28 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP INF NCIA TEMPO DE COME AR A SONHAR Marileia Mendes Goulart UNISUL DEHON Rosandra S Hi ble UNISUL DEHON M rcia Niero UNISUL
362. uir zonas vastas do mundo em que vivemos Transformar em ferramentas pedag gicas esses instrumentos imprescind vel para evitar o isolamento das duas institui es escola e museu e ainda assegurar um m nimo de qualidade aos programas pedag gicos dos museus Refer ncias bibliogr ficas ARNALDO Carlos A favor ou contra a educa o In CARLSSON Ula e VON FEILITZAN Cec lia orgs A crian a e a m dia imagem educa o participa o S o Paulo Cort s Bras lia UNESCO 2002 p 439 449 BLANCO ngela Garcia Did tica del Museo El descobrimiento de los objetos Madrid Ediciones de la Torre 1994 CANCLINI Nestor Culturas Hibridas estrat gias para entrar e sair da modernidade S o Paulo Edusp 1998 CARVALHO Roseane Maria Rocha de As transforma es da rela o museu e p blico sob a influ ncia das tecnologias da informa o 2006 Dispon vel em www marketing e cultura com br website pratica b php cod_artigo 31 Acesso em 26 jun 2007 CASTELLS Manuel A Sociedade em rede S o Paulo Paz e Terra 2007 DYENS Ollivier A arte da rede In DOMINGUES Diana org Arte e vida no s culo XXI tecnologia ci ncia e criatividade S o Paulo Ed UNESP 2003 p 265 271 FARIA Margarida Lima de Museus e Educa o Instituto de Inova o Educacional Centro de Etnologia Ultramarina Departamento de Ci ncias Etnol gicas e Etno museol gicas Instituto de Investiga o Cient fica Tropical j
363. ulho 2000 Dispon vel em 203 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP http www rpmuseus pt org PT cont artigos html Acesso em 12 de maio 2005 HOMS Maria Inmaculada Pastor Pedagogia muse stica nuevas perspectivas y tend ncias actuales Barcelona Ed Ariel S A 2004 JOHNSON Steven Cultura de interface como o computador transforma nossa maneira de criar e comunicar Tradu o Maria Luiza X de A Borges revis o t cnica Paulo Vaz Rio de Janeiro Jorge Zahar 2001 LANCASTRE Margarida de Opening Words In Reference Book Hands On Europe INTERNACIONAL CONFERENCE of CHILDREN S MUSEUM Lisboa associa o Acordar Historia Adormecida 1998 p 13 16 MACHADO Ger nimo A Rede do Imagin rio Infantil vivendo a vida com arte embalando a hist ria com a cultura e construindo a mem ria com o Museu das Crian as do Brasil II CIPA Salvador 2006 VALEN A Vera L cia Chacon A cria o do Museu das Crian as em Santa Catarina uma experi ncia em andamento Perspectiva Florian polis v 24 n 1 jan jul 2006 p 220 238 O museu das Crian as a experi ncia piloto no Brasil Recife Ed UFPE 2008 204 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP RECURSOS E METODOLOGIAS PARA O ENSINO DE MATEMATICA AO DEFICIENTE VISUAL Josiane dos Santos Martins Ran zy Borges Neves Oliveira Fernanda Martins de Bona Porton Resumo O artigo apresentou como objetivo conhece
364. uma institui o privada de ensino superior mas da carreira de professores a formados ou em forma o Colocando em quest o essa forma o no confronto com a pr tica profissional examinando possibilidades e limites procurei entender quais as influ ncias da carreira e dos saberes da forma o e de experi ncia nas decis es de perman ncia ou n o qualificada ou n o dos professores de Letras formados pela j referida institui o na sua profiss o Falar em uma forma o de qualidade implica reafirm la procedente e inquestion vel Entretanto como o significado de qualidade guarda em sua compreens o uma m ltipla e complexa gama de elementos cabe esclarecer em que sentido a estou empregando Para tanto fundamento qualidade em Rios quando diz comum utilizarmos o conceito de qualidade como se ele j guardasse uma conota o positiva dizemos que algo de qualidade querendo dizer que bom Entretanto a qualidade um atributo essencial da realidade H boa e m qualidade nos seres com que nos relacionamos nas situa es que vivenciamos Trata se assim de qualificar a qualidade de refletir sobre a significa o de que ela se reveste no interior da pr tica educativa 2001 p 21 153 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP N o estamos portanto falando aqui na perspectiva da Qualidade Total na qual as palavras de ordem s o efici ncia controle e competitiv
365. useu construtivista s cio interacionista etc A a o dos sujeitos sobre os objetos vale lembrar corresponde rea o dos objetos configurando propriamente uma intera o entre sujeito objeto Os objetos devem despertar na crian a a curiosidade e o desejo da descoberta fundamental a realiza o de atividades que explorem os sentidos n o s o tato embora a manipula o dos objetos seja muito valorizada particularmente nos museus mais antigos E f cil perceber que n o h unanimidade quanto aos conceitos de aprendizagem educa o interatividade experi ncia etc entre os 196 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP educadores E como consegii ncia os projetos pedag gicos podem expressar diferentes tend ncias te ricas Nos EEUU por exemplo havia inicialmente uma tend ncia de considerar a aprendizagem como o resultado da transmiss o de conhecimentos atrelado intera o do visitante com as pe as do museu numa perspectiva de reten o das informa es Atualmente os conceitos s o outros prevalecem as id ias de que o ser humano tem condi es de selecionar processar assimilar interpretar conferir significa es aos est mulos e configura es substituindo aquela aprendizagem de um ser humano moldado e dirigido a partir do exterior Atualmente os museus enfatizam mais os aspectos da comunica o com o p blico do que pr pria mente o das cole es Tamb m na esco
366. ustra o por narrativa Tem se como prop sito final reunir os texto em formato de livro e encaminh lo para publica o pois acreditamos que al m de contribuir para a perman ncia dessas narrativas no repert rio liter rio da comunidade servir como material liter rio a ser utilizados nas escolas da Regi o O livro poder ser trabalhado em todas as faixas et rias e n veis de ensino Dessa forma cumprimos um dos nossos objetivos espec ficos que buscava construir um acervo de narrativas orais que pudessem ser utilizadas posteriormente pelas estudantes em sua pr tica docente Provavelmente muitos inclusive voc j devem ter escutado ou lido sobre d vidas em rela o s estrat gias de trabalho com a narrativa como o questionamento do que seria melhor ou mais importante narrar oralmente ou ler oralmente a hist ria Existiria um fazer melhor que o outro As crian as aceitariam uma pr tica em detrimento da outra E os professores Gilka Girardello 2004 destaca que a hist ria contada com o uso do livro uma pr tica legitimada pela literatura especializada enquanto a hist ria contada sem o uso do livro s vezes compreendida como mero 233 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP passatempo A partir dessa reflex o seu olhar investigativo recai sobre o segundo tipo de narra o levantando seus aspectos positivos a A narra o oral sempre uma forma dial gica
367. va para a educa o estabelecendo possibilidades de conviv ncia entre crian as de todas as classes 201 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP sociais etnias e caracter sticas pessoais Algumas atividades devem visar o acesso de crian as com direitos especiais portadoras de d ficits visuais auditivos motores mentais e divulgar v rios tipos de produ o art stica e dar acesso s obras de arte de artistas artes os locais e internacionais f possibilitar a cria o da Trupe da Mem ria envolvendo adultos da terceira idade da comunidade g criar uma Rede do Imagin rio Infantil estabelecida entre as v rias c lulas museol gicas previstas para serem fundadas em diversos munic pios do Pa s onde predomine determinada etnia descend ncia h estimular a cria o de uma po tica tecnol gica imagin rio tecnol gico i propiciar est gios a alunos universit rios de v rios cursos e n veis acad micos e estimular pesquisas A Rede do Imagin rio e a Trupe da Mem ria conforme j mencionado s o dois recursos pedag gicos que d o sustenta o ao projeto pedag gico Inspirados simultaneamente nas contribui es de Piaget e de Vygotsky os referidos recursos funcionar o com instrumentos de aprendizagem No caso da Rede ela armazenar produ es culturais para e da inf ncia Pretende ainda como afirma Machado 2006 estabelecer um interc mbio entre as crian as e os espa os
368. valoriza o da intera o como m todo desencadeante da constru o de conhecimento n o se limita aprendizagem escolar como se pode constatar Os museus est o em expans o no mundo todo e s o uma alternativa vi vel de educa o n o formal Vi vel porque eles podem apresentar muitos perfis dos mais simples aos mais sofisticados Poss veis porque trabalham de prefer ncia com uma equipe interdisciplinar Envolventes e abertos por estabelecerem uma troca permanente com a comunidade E ainda sens veis situa o da inf ncia oferecendo lhes uma alternativa de complementa o da educa o escolar atrav s de uma educa o n o formal prazerosa Os Museus das Crian as lidam com as aprendizagens mas n o necessariamente com o ensino H por m alguns espa os que desenvolvem atividades de ensino o caso da Cit des Enfants que tem as Classes de la Villete Presenciei algumas dessas atividades como exemplo uma aula sobre eletricidade que culminou com uma diploma o de crian as de quatro anos que demonstraram ter aprendido onde n o deveriam tocar para evitar riscos de choques el tricos No caso de possu rem um acervo de arte natural que neles haja uma educa o patrimonial o caso do Children s Brooklyn Museum que foi fundado a partir da heran a de um acervo art stico menos valioso do museu do Brooklyn Os acervos dos museus podem ser compostos por objetos como brinquedos jogos bonec
369. ver formas significativas de divulgar esse conhecimento Nesse sentido a Educa o Patrimonial discute metodologias que possam levar resultados das recentes pesquisas s comunidades cujo patrim nio arqueol gico subsidiaram esse conhecimento Afinal s se preserva aquilo que se valoriza Assim buscando realizar a es que ampliem a educa o patrimonial e divulguem as recentes pesquisas arqueol gicas de Santa Catarina os pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Educa o Patrimonial e Arqueologia da Unisul Tubar o associados a profissionais da Associa o Cultural de Maracaj com apoio financeiro do BESC produziram um livro para did tico aos estudantes da rede de ensino do Munic pio Esse p ra did tico foi baseado no livro Maracaj pr hist ria e Arqueologia produzido em 2005 tamb m pelo GRUPEP mas com objetivo de apoiar as pesquisas dos professores e estudantes em n vel m dio e superior do Munic pio Percebeu se que apesar dessa fonte de pesquisa havia ainda dificuldades em transpor conhecimentos cient ficos para crian as das primeiras s ries da Educa o B sica A partir dessa constata o optou se por produzir um material que realizasse um intenso di logo com o pequeno leitor e permitisse a esse refletir e valorizar o patrim nio da sua comunidade A produ o desse material tem um significado especial para o GRUPEP que h mais de 10 anos busca aprimorar os meios para se fazer educa o patrimonial no Sul de
370. volve desde 2006 o projeto Alfabetiza o Planejamento Estudos e Pr ticas Pedag gicas que atende os alunos do 1 ano oferecendo refor o escolar no contra turno Este projeto surgiu da necessidade de acompanhamento dos alunos que apresentavam dificuldades na apropria o dos conhecimentos espec ficos do per odo de alfabetiza o Para tanto foram contratados educadores com carga hor ria de 30 horas para atuar nas classes de alfabetiza o Melhorar a qualidade de ensino no 1 ano do Ensino Fundamental diminuindo o ndice de reprova o nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Tubar o Capacitar os professores que atuam no 1 ano do Ensino Fundamental oportunizando reuni es para estudos planejamento e socializa o de trabalhos pedag gicos Os professores de 1 ano atuam por 30 horas semanais distribu das da seguinte forma 8 horas para atendimento individual ou em pequenos grupos de alunos no contra turno 4 horas mensais para planejamento na unidade escolar e 4 horas para planejamento coletivo na Secretaria de Educa o Concluindo a Secretaria Municipal de Educa o juntamente com os diretores assessores pedag gicos das unidades escolares e educadores do 1 ano perceberam a melhoria da qualidade de ensino oportunizada atrav s do atendimento aos alunos no contra turno bem como diminui o consider vel do ndice de reprova o nas classes de alfabetiza o 49 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Pr
371. xposi o e de fato aprender Sim mas a probabilidade muito pequena VASCONCELLOS 2002 26 Gr fico 01 Como s o realizadas a maioria das aulas de geografia 1 21 E E c pia de textos 42 E aula expositiva LI pesquisa em livros O sa das de campo 36 Fonte Pesquisa de campo 4 semestre Pedagogia 2005 B Unidade de Imbituba alunos dos anos iniciais do ensino fundamental de Imbituba No gr fico 02 os professores foram entrevistados e questionados sobre a import ncia da geografia para as s ries iniciais Responderam que serve para que eles possam se localizar Essa resposta demonstra a id ia do senso comum sobre a ci ncia geogr fica A localiza o utilizada pela 97 Anais do I Simp sio sobre Forma o de Professores SIMFOP geografia como forma de representar o espa o geogr fico mas ele em si n o o objeto da geografia Diversos autores dentre eles Milton Santos afirmaram sistematicamente que o objeto principal da geografia o espa o geogr fico isso significa dizer que se trata das rela es entre os seres humanos na paisagem Num conceito que demonstra a din mica da Geografia Nesse sentido Fontes 1999 afirma que a geografia se define como um ramo do saber cient fico que se dedica ao estudo das rela es entre a sociedade e a natureza ou da melhor forma como a sociedade organiza o espa o terrestre com o objetivo de explorar e di

Anais - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem

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