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ESCAIOLA versus MARMORINO Estudo comparativo na

1. sl TIT Elen i DATIEIEiL 5 Figura 35 Identifica o em planta baixa dos altares da capela Fonte Departamento de Projetos da SCMP 2006 apud PERES 2008 p 57 I A ECT PS HO db ALIITIIEL EEC dmn gil mal Inicialmente registramos e analisamos minuciosamente os dois altares Figura 36 cujo revestimento da verdadeira escaiola no sentido de encontrar alguma manifesta o patol gica como descolamento de material para que pudesse ser realizada a coleta b Figura 36 Altar da esquerda a e direita b da Capela da Santa Casa de Pelotas RS Fonte autora 2011 85 Estas an lises se deram atrav s de processo de observa o visual e ao toque na altura de observa o permitida pela autora Assim que no altar esquerdo n o constatamos nenhum ponto fr gil J no altar direito feitas as mesmas observa es foi encontrado um ponto com descolamento do revestimento na base direita deste conforme imagens registradas nas Figuras 37 38 e 39 Foram utilizados bisturi e equipamentos odontol gicos esp tulas e talhadeira chave de fenda e martelinho para retirada de amostra da escaiola do painel de
2. A SALA DO PIANO Parede de retirada das amostras 1 e 2 Coluna da circula o retirada da amostra 3 Figura 29 Detalhe em planta da circula o com identifica o do local de retirada das amostras 1 2 e 3 As Figuras de 30 e 31 identificam as amostras coletadas do marmorino Na figura 30 observam se as imagens das amostras 1 e 2 Foram coletadas duas amostras da parede desta circula o identificadas em planta da Figura 29 ambas possuem a capa do marmorino e o revestimento da argamassa da base do estuque o que se denominou de amostra 1 a e amostra 2 b conforme Figura 30 81 ta 2 b Figura 30 Amostra 1 a e amostra 2 b de marmorino na Casa Eliseu Maciel Pelotas RS Fonte autora 2011 A terceira amostra refere se a um fragmento lasca de marmorino que estava na base de um dos pilares da circula o identificadas em planta da Figura 29 onde se denominou amostra 3 conforme Figura 31 Na Figura 31 id
3. 90 4 4 1 Amostras de escalola ciuuniirri 90 4 4 2 Amostras de marmorino iiiii 91 4 2 IDENTIFICA O DAS AMOSTRAS au ll alla iaia 94 4 2 1 Identifica o das escaiolas 1211errrrreeiiiiiiiiiiii 94 4 2 2 Identifica o dos marmorinos iii 95 4 3 INTERPRETA O DAS AMOSTRAS POR DRX i 95 4 3 1 An lise dos resultados 1rrrrrrieesee iii 96 4 3 1 1 Ocorr ncia das minerais encontrados nas amostras 96 4 3 1 2 An lises dos resultados das escaiolaS eenean 97 4 3 1 3 An lise dos resultados dos Marmorinos 100 5 AN LISE E INTERPRETA O DOS RESULTADOS 105 6 GONCEUSOES slariialilalil A 111 7 CONSIDERA ES FINAIS severseseceeie ie vizio eezio sevizio nezionenio 109 8 REFER NCIAS BIBLIOGRAFICAS scecererrererenieieneneo 111 1 INTRODU O No in cio do s culo XIX a atividade de produ o do charque no Rio Grande do Sul atingiu seu ponto ureo nas margens do Canal S o Gon alo e Arroio Pelotas dando origem ao munic pio de Pelotas que se desenvolveu gra as ao capital oriundo desta atividade Por volta de 1870 construtores italianos consolidaram o estilo ecl tico das constru es mais ricas deste per odo Peres 2008 p 25 quando se refere evo
4. 4 2 IDENTIFICA O DAS AMOSTRAS As amostras foram encaminhadas pela autora ao Laborat rio de Difra o de Raios X do Instituto de Geoci ncias na Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS em 11 11 2011 com a seguinte identifica o a amostra 1 escaiola b amostra 2 escaiola c amostra 3 escaiola d e amostra 2 marmorino amostra 1 marmorino f amostra 3 marmorino 4 2 1 Identifica o das escaiolas As amostras foram assim denominadas a amostra E1 Escaiola cinza do interior da Capela da Santa Casa base do altar direito b amostra E2 Escaiola cinza do interior da Capela da Santa Casa superior do altar esquerdo c amostra E3 Escaiola rosa do interior da Capela da Santa Casa base da coluna do altar esquerdo 95 4 2 2 Identifica o dos marmorinos As amostras foram assim denominadas a amostra M1 Marmorino do interior da Casa Eliseu Maciel parede interna da circula o b amostra M2 Marmorino do interior da Casa Eliseu Maciel parede interna da circula o c amostra M3 Marmorino do interior da Casa Eliseu Maciel coluna da circula o As massas totais passantes e retidas de cada amostra est o descritas na Tabela 2 Estas massas totais enviadas foram reduzidas pois segundo orienta o do Laborat rio de Difratometria de Raios X estas deveriam ter massa de no m nimo 1g portanto a maioria delas foram enviadas c
5. o de aditivos Somente no per odo barroco e rococ quando na Europa e na It lia se afirmou o uso do estuque base prevalentemente de gesso como material fundamental em complexas decora es pl sticas onde se destacavam artistas estucadores que mantinham em segredo truques t cnicos Nos manuais do s c XVIII encontram se receitas descritas por Rondelet 1817 apud Arcolao 1998 p 14 da fam lia dos irm os Albertoli artes os ativos na It lia entre o s c XVIII e o s c XIX 2 5 1 Argamassas de gesso e ou p de m rmore para rebocos e estuques Nas argamassas de gesso e ou p de m rmore para rebocos e estuques segundo Arcolao 1998 p 47 as misturas que constitu am as decora es pl sticas e rebocos podem ser principalmente de a mistura a base de gesso queimado gua com eventual adi o de aditivos ligantes org nicos e cargas de v rios tipos b mistura a base de cal p de m rmore ou travertino mais raramente areia c mistura a base de cal gesso queimado com ou sem inerte com eventual adi o de aditivo 52 d mistura a base de gesso queimado e mais raramente gesso cru gua e ligante prot ico cola animal Este gesso ao qual se referem estas fontes mesmo n o sendo especificado da forma semi hidratado CaS04 1 2H 0 gesso queimado ou gesso para modeladores obtido do cozimento a cerca de 128 do sulfato de c lcio bi hidratado CaSO4 2H gt 0 gesso cru Desta que
6. RS Pelotas 2008 PERES R M Levantamento e identifica o de manifesta es patol gicas em pr dio hist rico Porto Alegre 2001 142f Disserta o Mestrado Programa de P s Gradua ao em Engenharia Civil Universidade Federal do Rio Grande do Sul PERES R M Legado da tecnologia construtiva de imigrantes italianos ao patrim nio arquitet nico de Pelotas Porto Alegre 2008 300f Tese Doutorado Programa de P s Gradua ao em Engenharia Civil Universidade Federal do Rio Grande do Sul PERONI R Mineralogia estudo dos minerais Artigo 5 Mineralogia 2003 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Engenharia de Minas 10p ROJAS 1 G Artes de la cal Minist rio de Cultura Instituto de Conservaci n y Restauraci n de Bienes Culturales Instituto Espa ol de Arquitectura Universidad de Alcala de Henares Madrid 1994 382p ROJAS 1 G Arte de los yesos yeserias y estucos Instituto Espa ol de Arquitetura MRRP Universidad de Alcala Editorial Munilla Ler a Maio 1999 SAMPAIO J A ALMEIDA S L M de Calc rio e dolomito Cap tulo 15 Comunica o T cnica elaborada para Edi o do Livro Rochas e Minerais Industriais Usos e Especifica es Centro de Tecnologia Mineral CETEM Minist rio da Ci ncia e Tecnologia 2005 p 327 331 SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA SECULT Lei Municipal 4568 2000 Prefeitura Municipal de Pelotas SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA SECULT Lei Mun
7. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Programa de P s Gradua o em Arquitetura e Urbanismo Disserta o ESCAIOLA versus MARMORINO Estudo comparativo na Capela da Santa Casa e na Casa Eliseu Maciel Pelotas RS Pelotas 2012 MARTA REGINA PEREIRA NUNES ESCAIOLA versus MARMORINO Estudo comparativo na Capela da Santa Casa e na Casa Eliseu Maciel Pelotas RS Disserta o apresentada ao Programa de P s Gradua o em Arquitetura Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas como requisito parcial obten o do t tulo de Mestre em Qualidade e Tecnologia do Ambiente Constru do Orientadora Prof Rosilena Martins Peres Arq Dr pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul Pelotas 2012 Dados de catalogacao na fonte Maria Fernanda Monte Borges CRB 10 1011 N972e Nunes Marta Regina Pereira Escaiola versus Marmorino estudo comparativo na Capela da Santa Casa Eliseu Maciel Pelotas RS Marta Regina Pereira Nunes orientadora Rosilena Martins Peres Pelotas 2013 118f il Disserta o Mestrado em Arquitetura e Urbanismo Programa de P s Gradua o em Arquitetura e Urbanismo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal de Pelotas Pelotas 2012 1 Estuques 2 Escaiolas 3 Marmorinos Peres Rosilena Martins orient Il T tulo CDD 720 724 9 MARTA REGINA PEREIRA NUNES ESCAIOLA versus MARMORINO Estudo comparativo na Cape
8. Em rela o s cores segundo Sisi et al 1998 p 46 devem ser assim definidas como cor branca se deve empregar exclusivamente a pr pria cal que al m disso serve para rebaixar a satura o das cores puras os amarelos se obt m dos ocres ou de seu substituto artificial o amarelo xido de ferro amarelo Marte e do denominado amarelo de N poles Com a calcina o dos ocres amarelos se conseguem as terras vermelhas o vermelho xido de ferro vermelho Marte um pigmento qu mico Os verdes s o fornecidos pelas terras verdes e o verde xido de cromo Entre os azuis sint ticos deve se evitar o azul ultramar j que n o est vel aos cidos As cores pardas se obt m das terras Sombra Siena e xidos de ferro pardo e marron A cal admite uma gama maior de pretos o preto de humo o preto de osso ou marfim e o preto xido de ferro Estes pigmentos usados para realizar toda esta policromia como j dito eram naturais provenientes de terras e xidos onde segundo Breymann 1885d apud Peres 2008 p 118 120 utilizavam se as seguintes cores para o reboco de imita o ao m rmore a preto preto de Francoforte ou da Alemanha Desejando se uma tinta muito intensa se adiciona um pouco de anil b vermelho laca de Viena vermelho da Inglaterra ocra queimada ocra um tipo de terra fina que cont m argila e xido de ferro hidratado e que apresenta v rias tonalidades pardacentas tirantes a amarelo ou a vermelho c
9. es cr ticas sobre os ensinamentos de Vitr vio atrav s de tratados e manuais respondendo e reorganizando de forma documental o que ainda hoje se busca como modo tradicional de construir a um saber original acrescido da verdadeira hist ria Essas argamassas s o descritas conforme o uso e materiais empregados e especificamente as destinadas para rebocos s o analisadas em rela o aos ingredientes s misturas e ao modo de elabora o bem como s t cnicas de aplica o e acabamento Entre eles Arcolao 1998 p 4 identifica as argamassas com cal e areia bem como as pedras e tijolos como os materiais mais antigos e dur veis utilizados pelo homem nas constru es Para as argamassas os ingredientes eram a cal a gua e os inertes Segurado 1732 p 57 58 salienta que os materiais que entram na composi o do estuque s o a cal a areia e o gesso mas este em pequena quantidade pois unicamente a sua a o a de apressar o endurecimento ou evitar a abertura de fendas ou instala es Para facilitar a compreens o do tema abordado fez se necess rio esclarecer os materiais constituintes dos revestimentos visto que influem nos resultados obtidos e contribuem na interpreta o das investiga es 36 2 3 1 Os inertes Arcolao 1998 p 9 quando se refere aos inertes ou cargas define que s o materiais de diferentes consist ncias que mesclados com o ligante d o argamassa uma estrutura pr pr
10. escaiola A verdadeira escaiola mais rara de se encontrar Estes dois tipos de revestimento foram objetos deste estudo 1 1 CARACTERIZA O DO PROBLEMA Os que costumam apreciar a constru o como arte sabem que se de um lado t m se edifica es que atravessam s culos testemunhando bom gosto 14 e t cnica de bem construir de outro existem edifica es que chocam pela forma com que se degradam em curto espa o de tempo Somente impedir a destrui o destas edifica es n o basta como forma de preservar o patrim nio cultural de uma sociedade necess rio torn las integradas economia da regi o PERES 2001 p 1 No sentido de resgatar a mem ria das t cnicas construtivas ainda existentes executada pelos profissionais italianos no s c XIX com seus respectivos materiais e que sobreviveram ao tempo em nossa regi o torna se de fundamental import ncia o estudo da recupera o deste patrim nio e seu registro para que n o se percam a riqueza e os detalhes da execu o dessas t cnicas ao longo da hist ria Tem se car ncia de especifica es sobre o modo de execu o dos revestimentos em paredes observados em Pelotas especificamente a alta incid ncia de marmorino nos pr dios projetados e ou constru dos no s c XIX Al m disso faz se necess rio esclarecer a quest o da nomenclatura com rela o ao termo escaiola que foi denominado por muito tempo para as duas t cnicas de acabamento marmor
11. livre de degrados ou de transforma es que o descaracterizem A preven o contra esses danos objetiva prolongar a vida do bem cultural Esses conceitos e documentos elaborados ao longo do tempo podem identificar que h uma preocupa o de em qualquer etapa de interven o desde o diagn stico at a sua consolida o ainda mais deva atuar de maneira segura e com conhecimento no sentido de salvaguardar o bem cultural e principalmente atuar somente quando for amplamente pesquisado e conhecido o estilo as t cnicas e materiais da poca de sua constru o N o s devemos restaurar mas tamb m garantir a integridade do bem cultural Em Pelotas existem v rias iniciativas preservacionistas que retratam um dos maiores acervos de arquitetura ecl tica do pa s possuindo o invent rio municipal 1189 pr dios cadastrados regulamentado pela Lei n 4568 00 Esses pr dios identificam se no Manual do Usu rio de Im veis Inventariados da Prefeitura Municipal de Pelotas 2008 p 14 16 sendo 6 seis tombados em n vel federal 1 um em n vel estadual e 12 doze em n vel municipal Os bens tombados dever o ser preservados integralmente n o podendo ser demolidos nem descaracterizados Esses exemplares arquitet nicos podem sofrer obras de melhoria desde que 25 acompanhados por profissionais especializados o que significa a garantia de perman ncia de suas caracteristicas internas e externas Em janeiro de 2001 foi criada a Se
12. micos a O _ ap s as an lises mineral gicas os constituintes dos marmorinos e das escaiolas n o deixaram d vidas corroborando o que foi encontrado na bibliografia consultada Os minerais foram compat veis com a composi o utilizada a partir do s culo XVII n o s na It lia mas em parte da Europa por influ ncia do renascimento italiano e que foram trazidas pelos construtores para nossa regi o no s c XIX Este fato se comprovou atrav s dos pr dios analisados nesta pesquisa em rela o aos componentes das escaiolas conforme an lise das receitas descritas pelos autores entre eles Arcolao 1998 observa se que para mistura da pasta bolo utilizava se cola por exemplo a cola de Fiandra ou cola de peixe e pigmentos inorg nicos naturais terras e xidos A an lise detectou a composi o dos minerais cristalinos onde n o se incluem outros componentes que n o possuam estas caracter sticas Como a amostra foi triturada n o foi poss vel separar os pigmentos e cola cuja adi o destes componentes proporcionalmente muito pequena Entende se que estes elementos possam ser tratados em pesquisas posteriores com rela o aos marmorinos seus constituintes s o os mesmos descritos na bibliografia e confere com os resultados das an lises mineral gicas Acredita se que s o compostas por finas camadas base de cal e p de m rmore No caso dos marmorinos foi poss vel eliminar a camada super
13. o carbonatados Estes autores afirmam que embora calcita e dolomita possam ser igualmente utilizadas em v rias aplica es em certos casos as suas caracter sticas qu micas s o essenciais A composi o qu mica da rocha mais importante que a mineral gica e ainda devem ser conhecidos os teores de carbonato de c lcio CaCO3 carbonato de magn sio MgCOs e a quantidade m xima de impurezas que pode ser tolerada Segundo Sampaio e Almeida 2005 p 335 na Comunica o T cnica elaborada para Edi o do Livro Rochas e Minerais Industriais entre as propriedades f sicas da calcita sua cor comumente apresenta se branca ou sem cor hialino transparente ou aspecto de vidro e coloridas quando cont m impurezas A similaridade entre as propriedades f sicas dos minerais carbonatados dificulta a identifica o ou melhor a distin o entre eles Os autores recomendam que em decorr ncia disso utilizem se recursos adicionais de identifica o al m do uso convencional das propriedades f sicas desses minerais e ou rochas Outra quest o analisada pelos autores e que refor a esta an lise de que a aragonita CaCOs possui mesma composi o qu mica da calcita entretanto difere na estrutura cristalina Trata se de um mineral metaest vel cuja altera o resulta na calcita sua forma mais est vel Pode se observar na Tabela 3 que a calcita apresenta composi o predominante nas amostras M1 M2 e M3 o que identifica a pres
14. o transversal da argamassa de base e camada de acabamento do marmorino da amostra Figura 32 Coluna e detalhe do pilar de retirada da amostra 3 Figura 33 Amostra 3 com a face de acabamento do marmorino Figura 34 Instrumentais utilizados na limpeza das amostras do marmorino Figura 35 Identifica o em planta dos altares da capela Figura 36 Altar da esquerda e direita da capela da Santa Casa de Pelotas Figura 37 Coleta de amostra no altar direito da capela da Santa Casa Figura 38 Coleta da amostra encontrada na base do altar direito Figura 39 Dimensionamento da cavidade deixada ap s a retirada da amostra da base do altar direito Figura 40 Coleta de amostra da escaiola na coluna do altar lateral esquerdo Figura 41 Sequ ncia da retirada da amostra de escaiola da coluna do altar laterahesquerdO cs assados is Ananias A EAE do faia raia Figura 42 Identifica o e limpeza ap s retirada da amostra na coluna do altar IalCraleSQUuErdO er aaa ul oi ia ao Figura 43 Amostras dos dois altares i Figura 44 Pesagem das amostras dos dois altares da Capela da Santa CI Figura 45 Retirada do pigmento do marmorino das amostras 1 e 2 63 64 65 65 66 70 80 80 81 81 82 82 83 84 84 85 86 86 87 87 88 88 90 91 Figura
15. rmore a partir da segunda metade do sec XVI denominava se argamassas a base de cal e argamassa a base de gesso onde as primeiras receitas para esta t cnica ream da poca romana Para obten o de boas misturas de revestimentos superficiais Vitruvio e Pl nio indicavam que se utilizasse o esplendor e o brilho do 51 m rmore opus albarium Nestas misturas a base de cal a rea e p de m rmore ou de outra pedra branca desaconselhava se a utiliza o do gesso pois poderia tornar os manufaturados facilmente deterior veis e assim menos dur veis Ent o o uso do estuque como revestimento de acabamento teve a partir do Renascimento novos impulsos o que com isto se pretendia trazer de volta a imagem da arquitetura antiga Na poca Giorgio Vasari e Pirro Ligorio utilizavam a palavra estuque para identificar o reboco cl ssico a base exclusivamente de cal e p de m rmore ou travertino utilizado para realizar incrusta es que parecessem de m rmore ou para modelar os diversos componentes dos organismos arquitet nicos tais como cornijas paraste pilar portante parcialmente saliente de uma parede capit is m ssulas cassetoni per soffiti quadros reentrantes decorativos de tetos Deste mesmo per odo outros autores como Pietro Cataneo utilizavam o vocabul rio estuque independente do tipo de reboco que conforme o caso poderia ser composto somente de cal e p de m rmore ou de cal e gesso com eventual adi
16. 14 Detalhe de parede interna Jaguar o RS e detalhe de hall interno Pelotas RS ed ia SS a Figura 15 Limpeza da cavidade do chumbador do corrim o Figura 16 Reconstitui o das camadas de base nn Figura 17 Reconstitui o do marmorino ana Figura 18 Marmorino passo a passo errar Figura 19 Acabamento do extrato interno e externo do marmorino Figura 20 Estratigrafia do Afresco Tradicional n Figura 21 Estratigrafia de Pintura a Seco ii P gina 29 29 30 30 30 33 33 34 34 38 45 47 50 59 60 60 60 61 62 62 63 Figura 22 Estratigrafia tipica de Jornada afresco nn Figura 23 Etapas da confec o da escaiola n Figura 24 Sequ ncia do polimento da escaiola rnense Figura 25 Processo de polimento da escaiolas da Escola de Minas Figura 26 Escaiolas do Centro de Havana hoje Conservat rio de Dan a Figura 27 T cnicas de imita o de Pedras Ornamentais Figura 28 Circula o na planta baixa do1 pav da Casa Eliseu Maciel Figura 29 Detalhe em planta da circula o com identifica o do local de retirada das amostras arenas Figura 30 Amostra 1 a e 2 b de marmorino na Casa Eliseu Maciel Figura 31 Sec
17. 1433 C Gypsum Ca SO4 H20 2 Y 16 10 d x by 1 WL 1 5406 Monoclinic Vic PDF 1 7 S Q 81 1 101 072 0916 C Anhydrite Ca SO4 Y 3 96 d x by 1 WL 1 5406 Orthorhombic Vic PDF 1 8 S Q 18 9 Figura 54 Gr fico da amostra E3 Picos dos minerais encontrados Os dados obtidos das amostras E1 E2 e E3 da escaiola demonstram que os picos dos minerais ou seja os valores de d foram proporcionais quantitativamente nas tr s amostras onde o gipso sulfato de c lcio hidratado atingiu pico m ximo a anidrita Sulfato de c lcio atingiu pico intermedi rio e apenas na amostra E apresentou vest gios de celestita sulfato de estr ncio e em E2 fraca propor o de calcita carbonato de c lcio e E3 n o foi detectado a presen a de nenhum destes minerais 4 3 1 3 An lise dos resultados dos marmorinos Analisando os resultados das tr s amostras do marmorino do interior da Casa Eliseu Maciel paredes da circula o e coluna identificou se que O gr fico apresentado na Figura 55 que apresenta o resultado da amostra M1 onde poss vel verificar o pico dos minerais onde o carbonato de c lcio calcita apresenta propor o de 84 e aragonita na propor o de 14 Estes minerais e ou fases cristalinas s o identificados atrav s das dist ncias interplanares que no difratograma s o definidos pelos valores de d e das intensidades relativas 101
18. 2002 INSTITUTO DO PATRIM NIO HIST RICO E ART STICO NACIONAL Cartas patrimoniais 2 ed Rio de janeiro IPHAN 2000 384p KANNAN M i Manual de conserva o e interven o em argamassas e revestimentos base de cal IPHAN Programa Monumenta Bras lia DF 2008 KOHLSDORF M E Patrim nio cultural e preserva o da identidade dos lugares 1976 Dispon vel em lt http NWW arquiteturarevista unisinos br include imprimir artigo inc php e 2 amp a 7 gt Acesso em em 05 06 2012 MASCARENHAS A Ornatos restaura o e conserva o Cole o Artes e Of cios Rio de Janeiro In F lio 2008 108p MOTTA E V Caracteriza o de argamassas de edifica es hist ricas de Santa Catarina Florian polis 2004 114f Disserta o Mestrado Programa de P s Gradua o em Engenharia Civil Universidade Federal de Santa Catarina NASCIMENTO C B Deteriora o de forro em estuque refor ado com ripas vegetais o caso Vila Penteado S o Paulo 2002 244f Disserta o Mestrado Departamento de Engenharia Civil Universidade de S o Paulo NASCIMENTO H A Edifica o neo renascentista em Pelotas no s c XIX a Santa Casa de Miseric rdia Tese de Concurso para Livre Doc ncia de Hist ria da Arte UFPEL 1975 30p 112 PAPPI A Curso de Restauro de Elementos Decorativos Conte do de Aula Instituto Italo Latino Americano IILA e Centro Federal de Educa o Tecnol gica de Pelotas CEFET
19. Estratigrafia de Pintura a Seco Fonte TIRELLO 2001 p 71 ADA NOVA UMIDA JORNADA SECA Estratigrafia T pica de Jornada de Afresco pr E Aurea MS re o asand aa rota LEGENDA a PAREDE I Suporte 2 I EMBOCO 2 PRIMEIRO REBOCO 3 SEGUNDO REBOCO 4 MASSA FRESCA 5 PIGMENTOS DESTEMPERADOS EM GUA Quando um trecho de pintura sobre a massa fresca termina ou deve ser al da desempenadeira at a retomada do trabalho no dia seguinte Antes de interrompido corta se a massa no sentido obliquo com a l reiniciar a pintura do trecho deve se molhar e raspar a rea do corte para que a pintura do dia feita em massa fresca adira parte j seca de modo que n o se note as divis es Figura 22 Estratigrafia t pica de Jornada afresco Fonte TIRELLO 2001 p 72 Segundo Rojas 1999 p 190 a escaiola tamb m apresenta suas fases desde o amassamento at o polimento e est identificada nas Figuras 23 24 e 25 A sequ ncia de prepara o da escaiola em teste de mesa define se na Figura 23 onde em 23 a obt m se a mistura da massa em 23 b e 23 c a pigmenta o em 23 d a prepara o do bolo e em 23 e o polimento com acabamento final 64 Figura 23 Etapas da confec o da escaiola Fonte ROJAS 1999 p 190 6 Na Figura 24 identifica se com detalhes a sequ ncia de polimento de a a g de uma pe a de escaiola Na Figura 25 pode se acompanhar
20. alisamento grosseiro com pedras ligeiramente abrasivas como a pedra pomes ou a pedra aren tica uma terceira fase de alisamento com p muito fino geralmente p de Tripoli nome de uma rocha sedimentar silicosa e fri vel que fornece um p empregado na limpeza e no polimento de metais m rmores vidros gemas etc a qual se podiam aplicar nos pontos mais dif ceis como cornijas nichos etc uma raspella provavelmente uma pequena escova para umedecer antes do 57 uso a Ultima fase ainda de polimento podia ser realizada de duas formas a primeira consistia na aplica o da peneira de uma camada de gua e sab o seguida por outra de leo de linho aplicado muito rapidamente com um peda o de feltro A segunda ao contr rio previa uma primeira aplica o de leo de linho e uma sucessiva feita de um composto de cera e leo de terebentina resina flu da que se extrai de v rias con feras e ap s a destila o se extraem produtos usados na medicina e nas ind strias de cores de vernizes de goma laca colorida aplicados com um pano de l ou de seda A fase na qual se encontram algumas diferen as aquela relativa limpeza e polimento com as v rias pedras sobretudo em rela o ao tipo de pedra a utilizar As mais aconselhadas eram progressivamente mais duras constitu das por elementos arenosos ent o mais abrasivos a pedras mais compactas de natureza sil cia Breymann 1885 apud Arcolao 19
21. cor acinzentada com dimens es aproximadas de 50mm x 150mm Figura 37 Coleta de amostra no altar direito da Capela da Santa Casa a b c e d localiza o de manifesta o patol gica encontrada Fonte autora 2011 86 a b Figura 38 Coleta da amostra encontrada na base do altar direito a retirada b amostra e c cavidade ap s a retirada Fonte autora 2011 a Figura 39 Dimensionamento da cavidade deixada ap s a retirada da amostra base do altar direito Fonte autora 2011 Como a inten o era de retirar uma amostra de cada cor tomando se o cuidado de n o deteriorar o bem e visto que n o foi detectado nenhum descolamento da escaiola de cor rosa nestes pontos de observa o combinou se com a respons vel pela capela que em uma pr xima agenda ser colocado uma escada no sentido de se fazer uma investiga o at o capitel de cada coluna mais detalhada entre o forro e o altar no sentido de encontrar se alguma manifesta o patol gica que possibilite a retirada de amostra Julgou se no primeiro momento que o material coletado seria insuficiente O retorno para dar continuidade ao levantamento deu se em mais dois encontros nos dias 18 e 21 de maio de 2011 onde se obteve condi es de acesso atrav s de escada Ap s minuciosa investiga o detectou se no altar da esquerda uma manifesta o patol gica pr xima base da segunda coluna da lateral esquerda Figura 39 As amostras
22. da amostra M3 Picos dos minerais encontrados Os dados obtidos das amostras M1 M2 e M3 do marmorino demonstram que os picos dos minerais ou seja os valores de d foram proporcionais quantitativamente nas tr s amostras onde a calcita carbonato de c lcio atingiu pico m ximo a aragonita carbonato de c lcio atingiu pico intermedi rio e apenas na amostra M1 apresentou vest gios de quartzo di xido de sil cio e em M2 e M3 n o foi detectado a presen a de nenhum destes minerais A partir dos resultados dos picos das fases cristalinas precisou se estabelecer par metros comparativos para auxiliar na interpreta o semiquantitativa dos minerais identificados Na Tabela 3 re nem se os resultados da an lise difratom trica Foi utilizada a mesma terminologia de Konow 1997 apud VEIGA 2004 em formato de sinal de que traduz apenas de uma forma aproximada as propor es relativas dos diferentes compostos mineral gicos Foram estipuladas faixas de percentagem permitindo a classifica o neste formato As faixas consideradas em ordem decrescente obt m os seguintes par metros 104 a composto predominante de 100 a 70 Db propor o relativa elevada de 69 a 50 c d e vtg vest gios 09 a 01 propor o m dia de 49 a 40 existe em fraca propor o 39 a 10 n o detectado Tabela 4 Composi o mineral gica d
23. e posteriormente as tr s ltimas camadas de espessuras muito finas totalizando aproximadamente 4mm sendo que os tra os em volume adotados foram a primeira camada cal hidr ulica e areia grossa 1 2 b segunda camada cal hidr ulica e areia grossa 1 2 c terceira camada cal hidr ulica e areia fina 1 2 60 Ap s executou se a primeira camada do marmorino a primeira camada com pasta de cal e p de m rmore 1 1 5 b segunda camada com pasta de cal e p de m rmore 1 1 c terceira e ltima camada com pasta de cal e p de m rmore 1 5 1 A seguir com a massa levemente mida aplicou se os pigmentos a base de xidos com pincel fino para execu o do fundo e dos veios do marmorino Ap s a secagem de no m nimo 24 horas que levou em considera o as condi es clim ticas referentes umidade do ar foi realizado o polimento com cera incolor micro cristalina Nas Figuras 15 16 e 17 a seguir observa se o registro das etapas de restauro deste marmorino Figura 17 Reconstitui o do marmorino Fonte autora 2007 61 Cabe salientar que esta experi ncia permitiu observar alguns fatores importantes entre eles destaca se o tra o utilizado e as condi es clim ticas que influenciam para que o processo seja considerado satisfat rio Isto precisa se atentar para o tempo de cura de cada camada visto que a umidade relativa do ar pode interferir principalmente na l
24. em grande quantidade com o gesso prejudicam a solidez e a consist ncia da fundi o N o conveniente por m para dar cor ao gesso juntar lhe pequenas doses de tintas minerais como o ocre o ultramar o almagre tipo de argila de cor avermelhada etc Para a imita o do m rmore se misturam as tintas com gua de grude juntando lhe depois o p de gesso Enfim segundo Segurado 1732 p 9 o gesso suporta muito bem a cal em pequena quantidade Mas n o se devem empregar mais do que a d cima parte do seu volume para n o retardar o seu endurecimento 2 3 4 Pigmento Na pr tica de pintura definida por Aguiar 2002 p 298 chamam se pigmentos as subst ncias colorantes finamente divididas insol veis no ve culo 41 parte liquida da tinta onde a pigmenta o estar dispersa Na aus ncia de pigmentos o ve culo constitui o que se chama de verniz e sua principal fun o a forma o da pel cula que as integra fornecendo cor s superf cies sobre as quais forem aplicadas Rojas 1994 p 107 salienta que devemos levar em conta que toda cor aplicada sobre um suporte interv m o pigmento o ve culo o solvente e outros elementos auxiliares N o confundir pigmentos com corantes estes se generalizaram a partir das anilinas descobertas no s c XIX A classifica o dos distintos tipos de pigmentos segundo Aguiar 2002 p 299 pode ser estabelecida em fun o de sua origem natural ou sint tica e ainda c
25. muito desde o branco alterado para os tons como o cinzento encarnado amarelo verde e mesmo estas cores combinadas com branco formando com elas tiras e manchas necess rio pelo aquecimento extrair da rocha a gua que cont m o gesso o que se faz a uma temperatura muito abaixo da cor rubro cor da cereja em geral um pouco acima de temperatura da ebuli o da gua O gesso o calc rio sulfatado hidratado n o se decompondo pela a o do calor mesmo atingindo o rubro No cozimento o gesso perde uma grande quantidade de gua tornando se opaco quando anteriormente era transparente e muito tritur vel e solto e possu a solidez e dureza O gesso cozido absorve muito a gua torna a endurecer e passa por um processo de cristaliza o pouco perfeito e nesta propriedade que se estabelece a sua aplica o na forma o de objetos pl sticos e nas edifica es Segurado 1732 p 2 afirma que pela an lise qu mica o gesso natural cont m a 32 54 partes de cal b 45 51 partes de cido sulf rico c 20 95 partes de gua cristalizada O gesso cozido misturado com uma pequena por o de gua endurece quase instantaneamente e quanto maior for quantidade de gua necess rio mais tempo para ocorrer presa ou a pega ato de curar Com gua em demasia o gesso tamb m endurece mas depois se torna brando e fica poroso pois como j dito ocorre sua cristaliza o Todas as subst ncias misturadas
26. nicos 41 Tabela 2 Quadro das massas passantes e retidas realizadas no Laborat rio de Solos do Curso de Edifica es IFSUL Rio grandense Pelotas 95 Tabela 3 Fases cristalinas identificadaS aa 96 Tabela 4 Composi o mineral gica das amostras 104 SUMARIO P gina BANCA EXAMINADORA asso aaa ss eps RT soda 2 DEDIGATORIA croca a 3 AGRADEGIMENTOS 3 biliardi 4 pien e E E E 5 ABSTRAGI LR 6 LISTA DE FIGURAS oanet a an aree arin aranana a skaai s sita aica dani canada dice caadade cn 7 LISTA DE TABELAS phi dll 10 1 INTRODU O ili 13 1 1 CARACTERIZA O DO PROBLEMA n 13 1 2 JUSTIFICATIVA DO TEMA riali 17 1 3 OBJETO DE PESQUISA ii ssia isdi aid terdi mito din dinda ilimitadas 18 1 4 PREMISSAS E HIPOTESES DE PESQUISA ini 20 15 OBJETIVO Selice 21 1 5 1 0bjetivo geral lira pela RE RN E RR PER 21 1 5 2 Objetivos ESpec ficos sacana qianicaesiramisnnan eoiaaisaean enicanasai 21 2 REVIS O BIBLIOGRAFICA cscrerereeeieeererereri rire nininiene 23 2 1 PRESERVA O DO PATRIM NIO ARQUITET NICO 23 2 2 HISTORICO DOS PREDIOS nnee ee 26 2 2 1 Santa Casa de Miseric rdia de Pelotas 27 2 2 1 1 Hist rico da capela da Santa Casa de Pelotas 27 2 2 2 Casa Elise
27. obter uma consist ncia pl stica P de m rmore MAGRO Cal apagada GRASSO FINO 1 P de m rmore 4 Cal apagada 6 gua Pigmento Pigmento em p bem fino usado somente para estuque ornamental Figura 19 Acabamento do extrato interno e externo do marmorino Fonte adaptado de MASCARENHAS 2008 p 61 Tirello 2001 p 70 73 tamb m ilustra as camadas que comp em o marmorino desde o revestimento da base at o pigmento com suas etapas de execu o e diferentes tipos de pintura quer seja a fresco a seco ou na interrup o da jornada de trabalho respectivamente conforme as Figuras 20 21 e 22 04 1 2 3 SUPORTE SISTEMA DE MASSAS PREPARATORIAS COR 5 PIGMENTOS Estratigrafia de Afresco Tradicional LEGENDA 0 PAREDE Suporte I 1 EMBO O 2 REBOCO Sistema de massas preparat rias 3 REBOCO FINO 4 MASSA FRESCA A Massa fresca e os pigmentos destemperados simplesmente em gua ap s carbonata o formam um nico estrado de cor fixa o por Coes o Figura 20 Estratigrafia do Afresco Tradicional Fonte TIRELLO 2001 p 70 63 Estratigrafia de Pintura a Seco LEGENDA 0 PAREDE I Suporte 1 EMBO O I 3 REBOCO 3 MASSA FINA DE Estratos preparat rios REGULARIZA O 4 IMPRIMADURA 5 TINTA Estrato de tinta Cor PIGMENTOS X MEDIUM fixa o por ADES O 6 VERNIZ Acabamento Figura 21
28. popularmente como rvore da goma ar bica ARCOLAO 1998 p 48 nestes revestimentos salientava se a dificuldade de conserva o dos manufaturados que continham gesso especificamente quanto a sua fraca resist ncia umidade onde se procurava compensar com a adi o de p de tijolos mo dos ou pozzolana material inorg nico mistura de cal a rea e de p vulc nico que contribufa para o endurecimento da cal e para torn la resistente gua e com aplica es sobre o manufaturado seco de leite de cal leite caseinato de c lcio leo e gua de cola Estas 53 subst ncias tinham o objetivo de ligar com mais firmeza os cristais de sulfato de c lcio b rebocos comuns j para a realiza o dos rebocos comuns com argamassa a base de gesso e ou cal e p de m rmore Arcolao 1998 p 49 descreve que se utilizavam as mesmas misturas das decora es pl sticas No entanto a diferen a n o era nos ingredientes e sim na maior ou menor liquidez do composto conforme descrito a seguir rebocos com gesso estes rebocos na It lia do final de settecentos s c XVIII eram ainda difusos que se confirmavam pelas informa es de que s foram recuperados dos manuais franceses traduzidos pelos italianos Destes Ant nio Cantalupe 1862 extraiu dos textos de Claudel e Larroque apud Arcolao 1998 p 51 que aconselhavam o emprego de rebocos a base de gesso dissolvido em gua para chapisco com a fun o de tornar a s
29. pr dios foram projetados e constru dos dentro de uma est tica peculiar ao per odo e com t cnicas trazidas pelos italianos onde se destaca o arquiteto Giuseppe Isella no projeto e constru o da Capela da Santa Casa de Pelotas Na Casa Eliseu Maciel n o tem comprova o da autoria de Isella embora apresente caracter sticas construtivas e de decora o semelhantes s de sua arquitetura segundo Chevallier 2002 p 184 e 132 27 2 2 1 Santa Casa de Miseric rdia de Pelotas Segundo Peres 2008 p 53 55 a ideia de constru o do hospital teve origem quando da Revolu o Farroupilha Com a guerra houve a necessidade de tratar os feridos e atender as mol stias e desnutri o consequentes dos anos de luta A necessidade de um ambiente adequado e aparelhado para atendimentos cl nicos e cir rgicos destinava se tanto para a popula o de Pelotas quanto para moradores das cidades vizinhas Segundo Nascimento 1975 p 17 atrav s da ata n 143 Livro de Termos da Santa Casa 1863 1875 poss vel verificar o emprego de materiais importados chegados em navios e conduzidos por iate gratuitamente do Rio Grande para Pelotas Nessas embarca es foram desembarcados no porto pelotense 700 ladrilhos de m rmore 12 barricas de cimento romano 10 t buas de canela de peroba Nascimento 1975 p 16 tamb m descreveu que a m o de obra constitu a se de oper rios livres sentenciados quando dispensados dos servi os da cade
30. principalmente no que se refere aos pain is de parede e colunas com acabamento que fingiam ser pedras ornamentais como o m rmore sob a forma de pinturas murais ou revestimentos coloridos com tecnologias e materiais caracter sticos O principal objetivo destas t cnicas era substituir o m rmore e obter um revestimento imperme vel Entre estas destacam se nos pr dios objeto deste estudo o revestimento do tipo marmorino o qual foi denominado popularmente e por muitos anos por escaiola e a verdadeira escaiola que mais raro de ser encontrado Procura se esclarecer a nomenclatura adotada para estas t cnicas e comprovar a terminologia buscando o conhecimento atrav s da hist ria Tamb m se procura resgatar os materiais e t cnicas construtivas ainda existentes pois estes revestimentos possuem riqueza de detalhes e muitas contribui es a serem exploradas Mas para que estes possam ser recuperados n o basta impedir sua destrui o deve se ainda defender uma restaura o menos traum tica A caracteriza o mineral gica dos materiais utilizados nestas t cnicas pretende contribuir para defini o dos materiais a serem utilizados em futuras restaura es de forma adequada ao bem a ser recuperado Palavras chave estuques escaiolas marmorinos ASBTRACT NUNES Marta Regina Pereira Stucco marble versus marble coating comparative study at the Santa Casa chapel and at the Eliseu Maciel s house Pelotas 2
31. que se pagasse a ltima presta o CHEVALLIER 2002 188 1881 Cuidava se de concluir a capela internamente e continuar as instala es hospitalares Na reuni o do dia 19 de novembro de 1881 com a presen a de Giuseppe Isella foi decidido que a obra da capela seria conclu da 1882 Isella contratado para terminar a capela Altar mor constru do em Porto Ceresio cidade do Como na It lia pelo escultor Giovanni Andreoletti provavelmente por influ ncia de Giuseppe Isella que era desta regi o 1884 A capela estava conclu da em 1 de junho de 1884 Em 12 de julho de 1884 inaugurou se a capela da Santa Casa de Miseric rdia cujo patrono era S o Jo o Batista Em 13 de julho de 1884 o Correio Mercantil de Pelotas escreveu Todo trabalho do novo templo esteve sob a dire o e na parte mais dif cil executa pelos habilitad ssimos artistas Jos Izella e Guilherme Marcucci cabendo a parte principal ao primeiro um distinto escultor verdadeira notabilidade em sua arte Ao fundo de cada uma das galerias laterais encontra se um altar o da esquerda com a imagem de S o Jo o um altar bel ssimo mandado fazer as expensas do distinto cavalheiro Sr Capit o Jo o Jacinto de Mendon a e Silva o da direita tamb m elegante com a invoca o de S Jos oferecido pelos respectivos construtores Izella e Marcucci CHEVALLIER 2002 p 100 1920 A Baronesa do Arroio Grande custeou elementos decorativos pa
32. sticas tamb m se destacam os estuques em relevo mas para auxiliar no entendimento do tema do presente estudo tratar se somente dos estuques de acabamento marm reo Os quais s o assim definidos a rebocos marm reos coloridos em pasta podiam ser executados de dois modos Segundo as indica es de Rondelet 1817 apud Arcolao 1998 p 57 se separava um pouco de qualquer cor preparada se dissolvia em gua e com esta se misturava o gesso fresco ent o se aplicava todo sobre a superf cie a rebocar com acabamento marm reo Para Breymann 1885 apud Arcolao 1998 p 57 ao contr rio se devia aplicar primeiro uma camada de argamassa mais grosseira obtida misturando gesso areia fina e gua de cola A este fundo depois de completamente seco uniam se as bolas coloridas e veiadas Desta mistura colorida eram cortados peda os que imersos rapidamente em gua eram aplicados esfregando com a colher de pedreiro mida sobre a camada de fundo Depois de aplicadas as misturas coloridas com esp tulas e colher de pedreiro se passavam ao acabamento a seco Este acabamento era feito atrav s do esfregamento com pedras e p s de consist ncia diversa Diferente desta por m a etapa de limpeza e polimento marm reo previa um n mero maior de opera es que podiam ser subdividido em quatro fases uma primeira fase de alisamento com pialletti e appianatoi plainas e aplainadores para eliminar as maiores desigualdades uma segunda fase de
33. 012 118f Dissertation Mater Architecture and Urbanism Post Graduation Program Federal University of Pelotas The present work has developed in order to rescue the memory of still existing building techniques executed by Italian professionals in the 19 century with the respective materials which survived time in the city of Pelotas RS From the architecture of this period the ornamental stucco is highlighted and is found in fa ade relief ornamentations and internal coatings in ceilings and walls The decorative finishes are rich in details mainly concerning the walls and columns panels with finishes which pretended being ornamental stones such as marble in the form of wall paintings or colored coatings with characteristic materials and technologies The main purpose of these techniques was to replace marble and reaching water proof coating Among these we highlight in the buildings object of this study the marmorino coating type which was commontly called for many years as stucco marble and the true stucco marble that is seldom found The purpose is to clarify the nomenclature adopted by these techniques and prove the terminology pursuing the knowledge through history The idea is also to rescue the still existing building materials and techniques as these coatings are rich in details and many contributions can be explored But in order to do so preventing its destruction is not enough It is also necessary def
34. 1976 nas quais o conceito de monumento e ao entorno de sua implanta o enfatizaram seu car ter hist rico est tico e econ mico Segundo Peres 2001 p 7 n o basta impedir a destrui o da obra de interesse ao patrim nio hist rico valendo se apenas da premissa de que esse patrim nio preserva valor hist rico cultural mas essencial que essas se integrem 24 tamb m economia urbana de forma a potencializar a ind stria do turismo e lazer com o prop sito de incrementar as atividades produtivas da regi o ou localidade onde estes est o inseridos Com rela o ao desempenho destas edifica es hist ricas como em qualquer edifica o deve se ter a capacidade de garantir a sua atualiza o sem que haja descaracteriza o comprometendo o seu valor hist rico ou est tico A obsolesc ncia t cnica pode ser controlada atrav s de bons cuidados com a manuten o enquanto que a tentativa de amenizar a obsolesc ncia funcional n o pode ser respons vel pela perda da identidade do pr dio ou justificativa para a destrui o de componentes que identifiquem sua hist ria PERES 2001 p 33 Em arquitetura o conceito geral de conserva o envolve v rios tipos de procedimentos que buscam salvaguardar edifica es s tios ou centros hist ricos Entre eles est o a manuten o a consolida o o reparo e atos de refor o e estabiliza o A conserva o de um edif cio implica em manter seu estado original
35. 2 situado na Pra a Piratinino de Almeida n 53 com revestimento em escaiola que mais raro e segundo Peres 2008 p 59 encontra se no seu interior nos altares laterais desse pr dio hist rico A pretens o deste trabalho foi o resgate dos materiais atrav s das t cnicas construtivas ainda existentes que sobreviveram ao tempo para que esse patrim nio n o se perca no curso da hist ria Esses revestimentos possuem riqueza de detalhes e muitas contribui es a serem exploradas Dessa forma avan ar no estudo dessas t cnicas se tornou primordial para que n o passassem despercebidas Tem sido crescente o esfor o de pesquisadores em torno das quest es de durabilidade e reparo em restaura o de edifica es com proposi o de novos materiais para substitui o das partes deterioradas e ou faltantes Por m as edifica es hist ricas imp em restri es ao uso de materiais t cnicas e detalhes pela incompatibilidade gerada com os materiais e t cnicas antigas o que leva os t cnicos a preocuparem se cada vez mais com a investiga o minuciosa no sentido de encontrar uma solu o adequada para que essas interven es sejam menos traum ticas ao bem restaurado Ainda segundo Peres 2008 p 34 36 quando o restaurador se ocupa da conserva o dos bens de valor hist rico indispens vel o conhecimento ligado tecnologia construtiva em virtude da sua conota o projetual que requer por sua vez uma bagagem indisp
36. 3 a utiliza o da cal a rea em pasta favorece naturalmente a plasticidade das argamassas desde que n o sejam utilizadas quantidades excessivas de gua o que tem efeitos particularmente nefastos no processo de seu endurecimento podendo provocar fendilha o generalizada dos revestimentos bem como afetar negativamente a estrutura porosa e a sua resist ncia mec nica Para evitar esta pr tica os autores antigos insistiam na necessidade de mexer longa e vigorosamente as argamassas de cal utilizando um m nimo de gua Existem tamb m muitas refer ncias hist ricas defendendo a utiliza o da cal em pasta ao longo do tempo de matura o a qual facilitaria este trabalho pois se consegue com menos esfor o obter a plasticidade e trabalhabilidade necess rias 2 3 3 Gesso Segundo Segurado 1732 p 1 3 o gesso considerado ainda hoje como sendo o material indispens vel para se conseguir exprimir fielmente as formas e dar a c pia exata das mesmas a ele devemos as reprodu es e a vulgariza o de infinitas obras de incontest vel valor hist rico e art stico de todas as pocas desde as mais antigas at as contempor neas O gesso tem certa semelhan a com a cal e obtido como ela atrav s das rochas calc rias mais ou menos transparente e apresenta certa dureza encontrando se em camadas em massas lenticulares alternando com o calc rio a argila e xistos 40 A cor do gesso no seu estado natural varia
37. 4 existem muitas formas de proceder documenta o das diversas fases de um trabalho de conserva o e restauro evidente que essas formas de documenta o devem corresponder diretamente aos objetivos espec ficos a alcan ar Os ensaios a realizar assim como as t cnicas a empregar para an lise in loco e para extra o das amostras devem ser cuidadosamente definidos previamente j que determinam os requisitos das amostras em particular as quantidades necess rias Deve se sempre aplicar o 75 princ pio de destrui o m nima do edif cio principalmente em se tratando de edif cios hist ricos definindo limites claros para a extra o das amostras e para a realiza o de ensaios destrutivos ou semidestrutivos As propor es extra das devem ser evidentemente as m nimas necess rias sem preju zo do rigor e da representatividade Com as amostras recolhidas poder se analisar e registrar a composi o das argamassas Os requisitos da amostra a recolher podem variar com o tipo de ensaio a realizar e com o respectivo objetivo No caso espec fico da amostragem para caracteriza o e identifica o de revestimento deve se levar em conta ainda os seguintes aspectos qual a metodologia a aplicar para os objetivos anteriormente definidos qual o tipo de ensaios qu micos f sicos mec nicos levando se em considera o principalmente a representatividade da amostra Segundo Veiga et al 2004 p 32 a amostra deve ter um
38. 4 tais como pinc is lixas G 342 esp tulas esculpidoras e bisturi para que fossem delicadamente extra das as amostras 83 Figura 34 Instrumentais utilizados na limpeza das amostras do marmorino pinceis a lixas b esp tulas c e bistur Fonte autora 2011 3 2 COLETA DE MATERIAL DA CAPELA DA SANTA CASA Em contato com a provedoria da Santa Casa obteve se autoriza o para que fossem feitos os registros in loco sendo assim no dia 04 de maio de 2011 foi realizado a primeira coleta do material e levantamento fotogr fico A Figura 35 mostra a planta baixa do 1 Pavimento da Santa Casa de Pelotas identificando os altares laterais de onde foram extra das as amostras 84 T ca pme sir I IA UL LA ET va o a d Lug Pi pa TI ITTE Altar lateral direito la Nave central J Altar lateral esquerdo i
39. 46 Amostras 1 e 2 em processo de limpeza do marmorino e do substrato de Dase e ereraaerararararaaaaaaa a Figura 47 Finaliza o da limpeza da amostras 1 2 e 3 Figura 48 Pesagem das amostras 1 e 2 ap s a limpeza Figura 49 Pesagem das amostras antes da tritura o tritura o em c psulas de porcelana e socadas com almofariz Figura 50 Massa mo da e passada por peneira Figura 51 Pesagem do material passante e retido das amostras da escaiola E al OR Os SAR AR ARR TARRA TIC II AIAR TI Figura 52 Gr fico da amostra E1 Difratometria de Raios X a Figura 53 Gr fico da amostra E2 Picos dos minerais encontrados por Difratometria de Raios X iss s iss sceeeeeeeeeaaanana Figura 54 Gr fico da amostra E3 Picos dos minerais encontrados por Difratometria de Raios Xeon iaia iii Figura 55 Grafico da amostra M1 Picos dos minerais encontrados por Difratometria de Raios X ra Figura 56 Grafico da amostra M2 Difratometria de Raios X Figura 57 Gr fico da amostra M3 Difratometria de Raios X ra D Q O 02 Q O q 3 gt D D q D gt Q O gt et D Q O Qu O 92 92 92 93 93 94 98 99 100 101 102 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Tipos de pigmentos inorg nicos e org
40. 586 Calcite syn CaCO3 Y 1 87 d x by 1 WL 1 5406 Rhombo R axes lc PDF 2 S Q 11 4 Figura 53 Gr fico da amostra E2 Picos dos minerais encontrados O gr fico apresentado na Figura 53 com o resultado da amostra E3 onde poss vel verificar os picos dos minerais onde o sulfato de c lcio hidratado gipso apresenta propor o de 81 o sulfato de c lcio anidrita na propor o de 19 Estes minerais e ou fases cristalinas s o identificados atrav s das dist ncias interplanares que no difratograma s o definidos pelos valores de d e das intensidades relativas dos picos correspondem ao seguinte resultado gipso d 7 622 anidrita d 3 498 100 500 A d 4 287 8 8 I d 7 622 ipso Lin Counts d 3 066 d 2 875 Anidrita y 3 803 gt 8 li d d 3 498 1 900 1 812 1 780 d 2 220 E d 2 085 Esso t d d 3 174 d 2 787 d 2 594 d 2 496 d 2 328 2 143 6 d 1 992 d 1 620 d 1 582 1 438 1 399 d 1 366 1 339 d maq d 1 665 d 2 di d F d 4 AAMA A t fi E af 0 TELIT RARI O RR RR O CO E E TI O RAS a a 2 10 20 30 40 50 60 70 2 Theta Scale MARTA UFPEL File AM3 ESCAIOLA RAW Type 2Th Th locked Start 2 000 End 72 000 Step 0 020 Step time 1 s Temp 25 C Room Time Started 2 s 2 Theta 2 000 Theta 1 000 Phi 0 00 Aux1 Operations Import m 01 074
41. 89 p 58 em particular aconselha estabelecer a sucess o testando arranhar as pedras entre elas e utilizar por ltimo no polimento aquela que n o fosse arranhada pela outra b em rebocos de acabamento marm reo coloridos na superf cie o estuque podia como j dito ser colorido tamb m em superf cie com pigmentos de afresco dissolvidos na gua de cal ou com cores a leo A primeira indica o encontrada para tal colora o descrita em um manuscrito an nimo do s c XVI que previa a colora o do estuque realizado com cal e p de m rmore ou de travertino com cores a leo aplicadas sobre um ensopado de biacca carbonato de chumbo de cor branca usado pelos pintores dissolvida em gua de cal em rebocos de estuque brilhoso ap s a superf cie ser desengrossada e alisada pelas t cnicas apresentadas anteriormente podia sim ser lustrada n o s com pedra e leo para acabamento marm reo mas tamb m a quente ou a frio com solu es sapon ceas e cera obtendo assim o chamado estuque brilhoso J Albert 1485 apud Arcolao 1989 p 59 falava de um reboco que possu a lustro como espelho se uma vez seco fosse recoberto com um composto de cera mastique uma resina vegetal e leo uma vez untado deste modo era aquecido com brasas para facilitar a absor o e enfim polido 58 Em geral as outras fontes descrevem duas diferentes solu es sapon ceas suscet veis de polimento seja a quen
42. Esp tulas e ferros de acabamento Fonte SEGURADO 1732 p 21 Os estucadores tamb m precisam para seu of cio de compassos esquadros n vel e r guas Tamb m fazem parte dos utens lios do estucador as broxas e os pinc is de diversos tipos e as peneiras de arame e de seda por onde o material passado antes de ser empregado A massa de que se comp e o estuque amassada em cima de uma prancheta a que chamam est ncia est colocada horizontalmente sobre cavaletes em altura que facilite a manipula o Deve ficar em cima do andaime e perto do lugar onde houver maior exig ncia de trabalho costume cobrir a est ncia com uma camada de gesso de 1 a 2cm de altura para ficar lisa 2 4 MASSAS PARA ESTUQUE Al m dos instrumentos de manipula o tamb m o modo de prepara o das massas devem ser especificados pois dele depende a qualidade dos estuques Destas massas destacam se os inertes areias p de m rmore ligantes cal o gesso e os pigmentos Estas massas segundo Arcolao 1998 p 10 35 eram assim preparadas a argamassas comuns a receita de Vitruvio da argamassa de cal e areia prescrevia uma rela o entre inerte e ligante de um para tr s se a areia fosse de mina e de um para dois se areia fosse de rio ou de mar No 48 final do s c XVI Philibert Delorme foi o primeiro a prescrever propor es diferentes daquela proposta por Vitruvio onde n o expressa o local de origem da areia e sim a qual
43. a o patrimonial atrav s do contato direto com os propriet rios Desde ent o existe um n mero expressivo de im veis inseridos no processo de recupera o e conserva o onde a cada ano crescente o n mero de propriet rios que solicitam o benef cio Manual do Usu rio de im veis inventariados PMP Secretaria Municipal de Cultura Pelotas 2008 p 16 Deve se ter consenso na inten o de preservar principalmente se o objeto em quest o for de conhecimento da comunidade quando essa identificar o patrim nio cultural como seu Assim oportuniza se que a popula o tenha uma identidade e orgulho do passado expresso nesses bens Segundo Peres 2008 p 25 26 pesquisas internacionais no campo do restauro t m fornecido subs dios metodol gicos para as investiga es quanto natureza dos materiais originais constituintes e quanto s t cnicas construtivas de sua aplica o O que justifica o aprofundamento da pesquisa em laborat rio em rela o prepara o dos compostos e dos materiais de base a necessidade de 26 recuperar o saber fazer visto que podemos dessa forma avangar na qualidade das interven es e na descoberta dos materiais originais utilizados nas obras de interesse hist rico O que hoje se faz de forma emp rica deve ser feito atrav s do resultado da pesquisa cient fica as solu es que garantam a preserva o do patrim nio respeitando a integridade das obras de restauro O resgate do le
44. a apresenta propor o de 8 carbonato de c lcio aragonita na propor o de 12 e difere das anteriores pela presen a de sulfato de c lcio hidratado gipso na propor o de 8 Estes minerais e ou fases cristalinas s o identificados atrav s das dist ncias interplanares que no difratograma s o definidos pelos valores de d e das intensidades relativas dos picos correspondem ao seguinte resultado calcita d 3 034 aragonita d 3 399 e gipso d 7 570 103 d 3 034 alcita Lin Counts I d 2 286 1 Aragonita 1 Gipso A 100 pi d 7 570 d 3 858 d 3 399 d 3 264 d 2 873 d 2 698 d 2 495 d 2 371 d 2 096 d 1 911 d 1 876 d 1 626 d 1 604 d 1 585 d 1 977 a E L525 E J 4 270 d 1 473 d 1 442 d 1 420 2 10 20 30 40 50 60 70 2 Theta Scale Marta UFPEL File AM3 Marmorino RAW Type 2Th Th locked Start 2 000 End 72 000 Step 0 020 Step time 1 s Temp 25 C Room Time Started 2 s 2 Theta 2 000 Theta 1 000 Phi 0 00 Aux1 Operations Import 00 005 0586 Calcite syn CaCO3 Y 14 12 d x by 1 WL 1 5406 Rhombo R axes I lc PDF 2 S Q 80 4 00 024 0025 D Aragonite CaCO3 Y 1 03 dx by 1 WL 1 5406 Orthorhombic Vic PDF 1 S Q 11 7 01 074 1433 C Gypsum Ca SO4 H20 2 Y 1 16 d x by 1 WL 1 5406 Monoclinic ic PDF 1 7 S Q 7 9 opm E Figura 57 Gr fico
45. a amostra sobre um porta amostra plano que faz girar em torno de um 78 eixo Este m todo permite obter informa o qualitativa e quantitativa neste ltimo caso quando se disp e de padr es da composi o dos materiais constituintes das amostras Em amostras de argamassas antigas esta t cnica que amplamente utilizada permite obter informa es sobre o tipo de ligante utilizado e detectar a exist ncia de materiais pozol nicos e de produtos de altera o A grande desvantagem que esta t cnica apresenta a de confirmar se como uma t cnica destrutiva e de n o fornecer informa es sobre as rela es espaciais entre os componentes das argamassas Segundo Veiga et al 2004 p 44 na an lise mineral gica por difratometria de raios X DRX os registros obtidos permitem a identifica o dos compostos presentes na amostra podendo ser efetuada de forma autom tica a partir de sua compara o com registros de compostos puros existentes numa base de dados de difra o de raios X Esta opera o no entanto n o dispensa a interven o do operador na interpreta o dessa informa o 3 METODOLOGIA No desenvolvimento da pesquisa foi adotado o m todo quantitativo de levantamento local dos revestimentos com coleta de amostras para andlise As t cnicas empregadas foram baseadas em documenta o indireta que envolvem pesquisa bibliogr fica e documenta o direta abrangendo levantamentos de imagens fotogr ficas r
46. a animal dilu da com o objetivo de provavelmente aumentar a resist ncia mec nica da camada superficial 50 Os instrumentos para aplica o das camadas internas mais grosseiras eram com colher de pedreiro para obter uma superf cie mais spera para suportar as camadas seguintes ver Figura 13a Depois de emparelhar com a sparviere ou nettatoio esp cie de desempenadeira composta de uma plataforma de madeira muito lisa com uma impunhadura ver Figura 13b Com este instrumento se passava e repassava o reboco metido mido com um pincel cheio de gua J Breymann 1853 apud Arcolao 1998 p 13 aconselhava repassar a terceira e ltima camada de reboco com uma desempenadeira de carpino madeira de pinho madeira dura e lisa recoberta com feltro branco a b Figura 13 a Tipos de colheres de pedreiro b Fratachos e talochas de diversos modelos Fonte SISI et al 1998 p 35 Giovanni Curioni 1864 e Achille Lenti 1881 apud Arcolao 1998 p 35 36 sugeriram em vez de utilizar para o alisamento do reboco as tradicionais desempenadeiras de madeira substitu las por um fratacho de metal ou pedra muito lisa 2 5 ARGAMASSAS COM GESSO E OU CAL E P DE M RMORE Arcolao 1998 p 46 47 ressaltou que o termo stucco estuque era utilizado para identificar os elementos decorativos em relevo ou simplesmente para refinar uma parede plana Indicados para os rebocos para as bases de cal a rea e p de m
47. a d cada de 90 pouco evolu ram no que se refere investiga o t cnico cient fica dos materiais dos agentes e dos mecanismos de deteriora o das edifica es quer seja pela pouca divulga o entre o meio t cnico de uma metodologia adequada ou pelo custo de execu o Muitas vezes as edifica es antes de serem restauradas n o passam por an lises de materiais mais detalhadas ocasionando danos posteriores que aceleram a degrada o do bem importante ressaltar que o interesse da autora pelo tema teve origem na participa o em importantes cursos de qualifica o profissional na rea de restauro ministrados pelo NUCOR N cleo de Conserva o e Restauro no Curso de Edifica es do CEFET RS hoje IFSUL Campus Pelotas Entre os cursos oferecidos pelo CEFET RS o curso de restaura o de elementos decorativos promovido em conjunto com Instituto Italo Latino Americano IILA e cujas aulas pr ticas de marmorino foram ministradas pela Prof Franca Camboratto oportunizou maior experi ncia nesta t cnica com o restauro dos marmorinos no hall do Lar D Concei o situado Rua Jo o Manoel n 251 em Pelotas RS Salienta se ainda que a t cnica do marmorino j havia sido vivenciada atrav s da pr tica profissional do denominado constructor uruguaio Profeto Nufes pai desta autora que trabalhou na constru o civil no per odo de 1920 a 1980 em Bag RS e era conhecida por escariola Base
48. a dimens o razo vel com uma quantidade m nima de 1g necess ria para fazer sua caracteriza o completa Para argamassas ser da ordem da 40g embora com menos material seja poss vel cumprir muitos dos objetivos da caracteriza o Existe um grande n mero de t cnicas f sico qu micas que podem ser aplicados ao estudo da composi o de argamassas antigas no entanto deve se atentar para as quest es relativas amostragem salientando se as vantagens e desvantagens das t cnicas de que dispomos Se utilizado m todos de an lise qu mica por via mida com cidos t m se limita es pois n o podem ser aplicados em casos de argamassas antigas visto que estas s o compostas por areias ou p s de pedra de natureza calc ria o que n o apresentariam resultados satisfat rios j que todos os carbonatos s o dissolvidos pelo ataque cido Dentre os v rios m todos o de microscopia ptica foi o primeiro instrumento que tornou poss vel a observa o da microestrutura dos materiais apesar de existirem atualmente outras t cnicas mais sofisticadas Este mais utilizado e vers til na identifica o dos minerais e rochas atrav s das propriedades ticas que estes materiais apresentam Estas an lises segundo Veiga et al 2004 p 34 44 s o realizadas atrav s de observa o a lupa binocular observados a baixas amplia es em geral lt 100 x onde detecta a presen a de materiais de origem vegetal ou exist
49. ais estudadas e que poderia ser importante a retomada de seu fabrico e sobretudo o seu ensino No seu trabalho o autor salienta que em face ao quase completo desaparecimento destas artes de estuques e por surgirem em Portugal como influ ncia direta das culturas italiana e espanhola entende se ser necess rio proceder s pesquisas e um contato direto com algumas experi ncias de forma o nestes dom nios Para tal valeu se de algumas t cnicas e receitas de autores que apresentam uma compila o com o resultado obtido feitas a partir da observa o direta de demonstra es pr ticas Em rela o s escaiolas Arcolao 2008 p 47 59 no cap tulo dedicado s argamassas de gesso e ou cal e p de m rmore trata tamb m dos acabamentos marm reos e dos polidos Descreve que as pinturas sobre rebocos com acabamentos que imitam os veios e o aspecto brilhoso dos m rmores ou seja finto marmo s o tamb m denominadas principalmente no sul do Brasil de escaiola E que escaiola segundo IGDA 2007 apud PERES 2008 p 112 a t cnica de estuque muito difundida na regi o da Emilia na It lia nos s culos XVI a XVIII que misturava o gesso a corantes tentando imitar o brilho do m rmore ou outras pedras duras Evidencia se entretanto que estas t cnicas eram tamb m de dom nio de outros autores havendo identidade em suas defini es Nos rebocos de acabamento marm reo a colora o do estuque mediante pigmentos constitui o e
50. ando se nessas justificativas o trabalho apresenta a caracteriza o microestrutural dos materiais utilizados nos revestimentos de marmorino e da escaiola a fim de contribuir no resgate hist rico e fornecer subs dios para os restauradores que se deparam com essas t cnicas Al m da caracteriza o dos materiais apresenta uma revis o bibliogr fica de tais t cnicas de revestimentos de paredes 1 3 OBJETO DE PESQUISA Baseado nos objetivos propostos nos conceitos hist ricos estudados e nos exemplares que possuem esses revestimentos em nossa regi o pretende se aprofundar este estudo para que nas futuras interfer ncias possam ser aplicadas as 19 t cnicas e os materiais apropriados no sentido de recupera o e restauro da forma adequada Deve se salientar que investigar a autenticidade dos materiais e a dosagem dos componentes n o suficiente Tal procedimento requer tamb m bom senso do restaurador para saber interferir adequadamente de acordo com o bem a ser restaurado e o local em que este se encontra Em s ntese no objeto de pesquisa ser o trabalhados a a autenticidade dos revestimentos de marmorinos e escaiolas destacando suas poss veis origens terminologias e t cnicas construtivas b an lise e coleta de materiais dos pr dios em estudo c an lise de laborat rio para caracteriza o dos componentes das amostras Nesta pesquisa pretende se seguir a necessidade descrita por Aguiar 2002 p 258 qua
51. arenhas 2008 p 66 era a imita o perfeita do m rmore usa principalmente o gesso e n o emprega o p de m rmore Esta t cnica identifica se na Figura 27 b c e a verdadeira escaiola que utiliza o mesmo material da anterior pasta de gesso ou gesso e pasta de cal pigmento e cola onde simulava os embutidos de pedra N o tinha base de estuque e sim as massas eram coloridas em uma bancada e aplicadas dando o contraste de tons na imita o da rocha desejada Esta t cnica identifica se na Figura 27 c a b c Figura 27 a stucco lustro marmorino b stucco marmo c verdadeira escaiola Fonte MASCARENHAS 2008 p 65 67 11 A seguir destacam se notas de Aguiar 2002 p 563 sobre os estuques e as t cnicas do stucco lustro marmorino do stucco marmo e da scagliola em Portugal Quanto aos saberes mais eruditos ao n vel t cnico e art stico que t m como expoente o stucco lustro o stucco marmo e a scagliola conhece se ainda pouco a forte influ ncia da escola italiana em Portugal Sabe se que essa influ ncia marcada pela oportuna vinda para o territ rio luso de Giovanni Grossi o qual depois do terremoto teve in meras oportunidades de trabalho No stucco marmo as diferentes cores e veios das pedras eram conseguidos misturando diversas massas pigmentadas em diferentes cores depois cortadas em fatias finas e comprimidas sobre as paredes A sua finaliza o bastante mais com
52. argamente usadas como gemas e pedras ornamentais um dos principais constituintes das rochas cidas Mineral presente nas areias Estes minerais e ou fases cristalinas s o identificados nos gr ficos dos resultados atrav s da medida das dist ncias interplanares valores de d e das intensidades relativas dos picos nos difratogramas que correspondem aos valores m ximos atingidos Os minerais identificados na an lise total apresentam se comparados com padr es do banco de dados do computador PDF2 e indicado referenciado sobre o pico mais importante e diagn stico do mineral As an lises s o interpretadas atrav s do programa DIFFRAC US em que os picos s o indexados no difratograma Finalmente salienta se que o m todo dificilmente identifica estruturas cristalinas que ocorram em quantidades a 3 5 na amostra analisada 4 3 1 2 An lise dos resultados das escaiolas A partir das an lises de Diratometria de Raios X das amostra E1 E2 e ES retiradas dos altares laterais das escaiolas da Capela da Santa Casa de Pelotas obteve se os seguintes resultados O gr fico apresentado na Figura 52 com o resultado da amostra E1 onde poss vel verificar os picos dos minerais onde o sulfato de c lcio hidratado gipso apresenta propor o de 82 e sulfato de c lcio anidrita na propor o de 15 e sulfato de estr ncio celestita na propor o de 03 Estes minerais e ou fases cristalinas s o identificados atr
53. as compondo esquemas decorativos 20 policromaticos executados com massa de gesso ou gesso e pasta de cal coloridas com diferentes pigmentos e colas elaborando um contraste de cores As massas eram previamente recortadas em uma base e preenchidas com massas coloridas que se consideram as que mais se adequam s t cnicas apresentadas neste estudo e descritas pelos autores pesquisados destacando se Aguiar 2002 p 258 Embora as duas t cnicas imitem o m rmore a diferen a entre elas identificada pelo modo de execu o onde o marmorino aplicado em camadas finas de estuque liso e posteriormente com acabamento em pintura e polido J a escaiola um estuque executado com uma massa densa onde se adiciona a colora o com pigmentos e colas recortadas e aplicadas sob uma base e moldando se imitando a rocha desejada Ap s a secagem eram lixadas e polidas por ex com pedra pome rocha vulc nica porosa leve muito dura que serve para polir 1 4 PREMISSAS E HIP TESES DE PESQUISA A necessidade da pesquisa nas interven es do patrim nio arquitet nico quer sejam de manuten o conserva o e restauro baseia se em uma minuciosa investiga o que come a pelo levantamento hist rico e t cnico identificado nos materiais utilizados na poca de sua constru o O desenvolvimento dos trabalhos nesta rea de conhecimento bastante restrito e com base nessa dificuldade os estudos referentes aos marmorinos
54. as amostras Baseado em KONOW 1997 apud VEIGA 2004 p 51 Escaiolas Marmorinos Compostos cristalinos identificados amostras amostras E1 E2 E3 M1 M2 M3 Gipsita Sulfato de C lcio Hidratado Ca S04 H 0 RA ni te LO Anidrita Sulfato de C lcio Ca SO z Celestita Sulfato de Estr ncio SrSO4 vtg Calcita Carbonato de C lcio CaCOs HH Aragonita Carbonato de c lcio CaCOs Quartzo Di xido de Sil cio SiO2 E vtg 5 AN LISE E INTERPRETA O DOS RESULTADOS Para interpreta o dos resultados da Difratometria de RX DRX fez se necess rio conhecer a composi o qu mica dos elementos e classifica o mineral gica dos minerais obtidos nas amostras das escaiolas e marmorinos Tabela 3 identificando sua caracter stica qu mica f sica e ou sua origem Para interpreta o das amostras das escaiolas utilizou se as defini es dos ge logos Ant nio Sobrinho Ant nio Amaral Jos Robinson Dantas e Eng de Minas Jos Orlando Dantas todos do 4 Distrito do Departamento Nacional de Produ o Mineral Superintend ncia em Pernambuco DNPM PE que afirmam ser a gipsita um mineral abundante na natureza que se origina em bacias sedimentares por evapora o da fase l quida um sulfato de c lcio hidratado cuja f rmula qu mica Ca SO H gt 0 gt Trata se de um mineral muito pouco resistente que sob a a o do calor em torno de 160 C desi
55. as e as restri es previstas no projeto causando agravantes futuros que dificultem o seu uso evidente a barreira que se forma frente s tentativas de manuten o dessas edifica es quando se opta por resguardar o existente Tal restri o muitas vezes pode resultar no agravamento das manifesta es patol gicas principalmente aquelas originadas por falta de manuten o podendo at mesmo ser provocadas por restri es legais de ocupa o O tempo entre a interven o da obra at sua ocupa o e ou restaura o poder vir ser causa da maior degrada o Nesses casos o tempo para sua ocupa o fator determinante para o sucesso da interven o e restaura o 17 O trabalho de andlise dos materiais possui a inteng o de contribuir na restaura o das t cnicas dos marmorinos e escaiolas com subs dios concretos para a veracidade da obra 1 2 JUSTIFICATIVA DO TEMA Esta pesquisa tem como objetivo de estudo a an lise e a coleta de material para caracteriza o dos componentes dos revestimentos internos dos altares da Capela da Santa Casa de Pelotas e de paredes da Casa Eliseu Maciel contribuindo portanto para o regate das t cnicas construtivas tamb m utilizadas em outras edifica es caracterizando uma heran a da cultura italiana no S c XIX Esses pr dios s o tombados e fazem parte do patrim nio hist rico cultural da cidade de Pelotas Atrav s dos v rios documentos que tratam sobre o restauro e pr
56. ateriais das t cnicas da elabora o das massas dos revestimentos e materiais de acabamento Espera se que esta pesquisa possa contribuir na recupera o e restauro dos v rios exemplares destas t cnicas que at ent o n o apresentavam estudos e comprova o cient fica relativos ao tema Muito se tem a investigar mas este pode ser o primeiro passo de muitos que ainda temos para avan ar 7 CONSIDERA ES FINAIS Os revestimentos de marmorinos e escaiolas aplicavam se basicamente em paredes internas como acabamento e tinham como objetivo obter uma superf cie lisa e imperme vel que fosse semelhante ao m rmore Muitas vezes o resultado superava o acabamento do pr prio m rmore quando aplicado em paredes pois n o possu am juntas Al m disso o m rmore era importado da Europa com meio de transporte e custos que limitavam seu uso Verificou se que estes revestimentos de estuque t m efeito pl stico semelhante mas apresentam caracter sticas e t cnicas diversas conforme definido ao longo do trabalho Os pr dios analisados estavam em condi es f sicas diferenciadas As escaiolas dos altares da capela da Santa Casa estavam em bom estado de conserva o j os marmorinos da Casa Eliseu Maciel estavam com parte deste revestimento desagregado e em fase de restauro No processo de remo o das amostras que sempre algo destrutivo a retirada de material limitou se menor quantidade poss vel mas suficiente pa
57. av s das dist ncias interplanares que no 98 difratograma s o definidos pelos valores de d e das intensidades relativas dos picos correspondendo a gipso d 7 611 anidrita d 3 499 e celestita d 2 872 gt 800 500 m Pi I J 400 i S J g 5 il 5 a j 3 E 5 Gipso e O 300 A E Celestina a a 1 3 200 i 1 TE Anidrita 3 E A si a 8 lt il 3 e Ni o 100 2 bi Sms cd Is l o S g S Ss sh S a SUO na o DS Si Li il g di 2 10 20 30 40 50 60 70 2 Theta Scale IMARTA UFPEL File AM1 ESCAIOLA RAW Type 2Th Th locked Start 2 000 End 72 000 Step 0 020 Step time 1 s Temp 25 C Room Time Started 6 s 2 Theta 2 000 Theta 1 000 Phi 0 00 Aux1 Operations Import 01 074 1433 C Gypsum Ca SO4 H20 2 Y 24 58 d x by 1 WL 1 5406 Monoclinic lIc PDF 1 7 S Q 82 2 01 072 0916 C Anhydrite Ca SO4 Y 4 70 d x by 1 WL 1 5406 Orthorhombic Ile PDF 1 8 S Q 14 9 01 073 0529 C Celestine SrSO4 Y 1 04 d x by 1 WL 1 5406 Orthorhombic Vic PDF 2 S Q 2 9 Figura 52 Grafico da amostra E1 Picos dos minerais encontrados O grafico apresentado na Figura 53 com o resultado da amostra E2 onde possivel verificar os picos dos minerais onde o sulfato de calcio hidratado gipso a
58. bretudo se empregado como revestimento de fachada ao ataque dos cidos para evitar a forma o de efloresc ncias concentra o de sais sol veis cristalizados nas superf cies dos materiais revestimentos e ornamentos Tamb m descrevem Sisi et al 1998 p 45 que at o s c XVIII o pintor s tinha ao seu alcance as chamadas terras e ocres pigmentos inorg nicos naturais terras e xidos frutos da eros o de minerais de ferro A qualidade e o tom do pigmento variavam segundo a situa o geogr fica da rocha at o ponto de que algumas terras identificavam se pelo local de sua explora o como a Terra Siena e a Terra Sombra do Chipre O produto das minas era lavado para eliminar as impurezas e posteriormente era mo do ao tamanho de micra 1 micra equivale a 0 0001mm Alguns pigmentos se submetiam al m da calcina o para obter uma colora o diferente das quais por exemplo as terras vermelhas eram obtidas ao elevar o ocre amarelo a mais de 180 C Sisi et al 1998 p 46 especificam que objetivamente s pode confirmar se que aplicando pigmentos naturais a pintura adquire tonalidades mais mates e terrosas do que com o uso de pigmentos sint ticos Quando escolhidas as cores deve se levar em conta de forma geral que todas as cores clareiam ao secar e s alcan am a tonalidade definitiva passadas tr s semanas da aplica o Al m disso a adi o de argamassa de cal em pinturas ou de cal em pasta em massas de estu
59. cal hidratada ou simplesmente cal Sob a forma de pasta a cal apagada endurece lentamente em contato com o ar Esse endurecimento deve se gradual evapora o da gua da pasta e a uma carbonata o por combina o com o di xido de carbono do ar formando se de novo o carbonato de c lcio correspondendo seguinte rea o Ca OH CO gt CaC03 H20 aproximadamente 42 5 calorias Dessa rea o resulta o carbonato de c lcio quimicamente similar ao material de partida mas agora com propriedades substancialmente diferentes das da rocha original O quadro esquem tico do ciclo da cal apresenta se na Figura 10 segundo Sisi et al 1998 p 12 piedra caliza cal hidratada o apagada hidrato de cal e ridos Figura 10 Ciclo da cal Fonte SISI et al 1998 p 12 39 Conforme o grau de pureza pode se definir os seguintes tipos fundamentais das cais a reas cal gorda cal magra e cal magnesiana que segundo Souza Coutinho 1998 apud Veiga et al 2004 p 2 descreve a a cal gorda resulta de calc rios muito puros com teores de carbonato de c lcio CaCOs n o inferiores a 99 b a cal magra a que resulta de um calc rio que cont m entre 1 e 5 de impurezas c a cal magnesiana aquela cujo teor de xido de magn sio da cal fabricada excede os 20 cal obtida da calcina o de rochas calc rias que cont m uma percentagem significativa de dolomita Segundo Aguiar 1999 apud Veiga et al 2004 p
60. centrar se em atributos fundamentais manuten o de sua identidade sem impedir as transforma es solicitadas pelo processo social medida que o uso irrestrito do bem cultural pode auxiliar na forma o da cidadania e suprir as car ncias da mem ria popular que muitas vezes ignora a hist ria possibilita liga es afetivas incorporando assim a sua hist ria pessoal de maneira que provoque interesse de zelar por esse patrim nio KOHLSDORF 1976 Segundo o mesmo autor a preserva o do patrim nio cultural no Brasil recente No entanto a sensibilidade ao tema na humanidade antiga nasceu na Europa do s c XV e se consagrou a partir de 1820 na Fran a p s revolu o onde firmam se seus principais pensadores John Ruskin Viollet le Duc Camillo Boito e Alois Riegl No Brasil a cria o do Servi o do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional SPHAN data de 1937 com a fun o de proteger a hist ria e os bens culturais brasileiros Nas quatro primeiras d cadas do SPHAN referia se a monumentos isolados e definidos segundo crit rios est ticos pouco expl citos Somente na d cada de 1970 intensificaram se as discuss es sobre a natureza e os crit rios de sele o dos bens a serem preservados quando a maioria de nossas cidades j havia sofrido relevante destrui o de sua mem ria cultural Contribui es decisivas para o tratamento da quest o patrimonial devem se as cartas de Veneza 1964 e de Naer bi
61. cret ria Municipal de Cultura SECULT rg o respons vel pelas pol ticas de preserva o no municipio que se constituem em a es fundamentais para a efetiva o do processo de resgate do patrim nio hist rico da cidade A SECULT vem dedicando aten o especial inclusive com avalia o financeira do munic pio quanto participa o no projeto de revitaliza o do patrim nio hist rico cultural atrav s do Programa Monumenta encerrado desde 2011 Esse programa foi uma iniciativa do governo federal e tinha por objetivo a preserva o de reas priorit rias do patrim nio hist rico e art stico urbano do pa s incluindo espa os p blicos e edifica es de forma a garantir sua conserva o permanente e a intensifica o de seu uso pela popula o Pelotas uma das 26 cidades que participaram do programa e sua inclus o deveu se a sua representatividade cultural em n vel nacional Tamb m existe a legisla o municipal desde 2002 n 5146 05 que incentiva a conserva o dos pr dios pelos seus propriet rios com a isen o anual de taxas de IPTU Esse benef cio concedido aos propriet rios de im veis inventariados com o objetivo de promover a conserva o ou restaura o dos pr dios reconhecidos como patrim nio arquitet nico pelotense O conjunto dessas iniciativas que tem levado a popula o a adquirir consci ncia de preservar cada vez mais sua mem ria cultural o que possibilita tamb m a es de educ
62. deste trabalho 33 Figura 7 Exterior da Casa Eliseu Maciel Fonte autora 2011 Peres 2008 p 69 apresentou as t cnicas construtivas e materiais identificados na Casa Eliseu Maciel Nos elementos verticais de paredes identificou a t cnica construtiva de rebocos com acabamento marm reo Em todas as etapas nas quais o pr dio foi recuperado n o foram contemplados os revestimentos de parede com acabamento marm reo os quais apresentavam estado de degrada o crescente conforme visita realizada pela autora no ano de 2008 antes da restaura o emergencial ver Figuras 8 e 9 O fato de o pr dio ter ficado fechado e desocupado comprometeu grande parte de seu patrim nio 34 E N Q md N gt Co 17 07 2008 tg E Mi Figura 9 Revestimento de marmorino no interior do hall da Casa Eliseu Maciel Fonte autora 2008 2 3 MATERIAIS CONSTITUINTES DOS REVESTIMENTOS NOS PR DIOS HISTORICOS As argamassas de revestimento segundo a ABNT NBR 13529 1995 s o definidas como uma mistura homog nea de agregados s mi do s aglomerante s inorg nico s e gua contendo ou n o aditivos ou adi es com propriedades de ader ncia e endurecimento Segundo Motta 2004 p 5 o aglomerante da argamassa pode ser a reo proveniente da cal hidratada que endurece pela rea o com o anidrido carb nico CO2 presente no ar e a umidade e ou hidr ulico tal como o cimento Portland que
63. dos picos correspondem ao seguinte resultado calcita d 3 33 aragonita d 3 395 700 A 600 9 J 8 8 E 3 500 7 Calcita Y 400 Es Q 2 300 4 o N E E fo 200 6 J Aragonita E y ia J EE J 5 E N 3 38 J E d 3 341 2 8 mE 100 ini Si A N 44 3 q 8 y q 3 TS si q 29 sl 8 Si Su e A SS 8 q a q x 3 UI SA Y 3 z i 43 z q P hi 4 Jim ii 0 E a a I De Resi RR O RN e e e ei e e e e ei te e e E ea ER GR a aa E 2 10 20 30 40 50 60 70 2 Theta Scale WMarta UFPEL File AM1 MARMORINO RAW Type 2Th Th locked Start 2 000 End 72 000 Step 0 020 Step time 1 s Temp 25 C Room Time Started 2 s 2 Theta 2 000 Theta 1 000 Phi 0 00 Aux Operations X Offset 0 017 Import E 00 005 0586 Calcite syn CaCO3 Y 17 80 dx by 1 WL 1 5406 Rhombo R axes I lc PDF 2 S Q 83 5 1 00 024 0025 D Aragonite CaCO3 Y 1 53 d x by 1 WL 1 5406 Orthorhombic lc PDF 1 S Q 14 4 1 00 033 1161 D Quartz syn SiO2 Y 0 81 dx by 1 WL 1 5406 Hexagonal I lc PDF 3 6 S Q 2 1 Figura 55 Gr fico da amostra M1 Picos dos minerais encontrados O gr fico apresentado na Figura 56 que apresenta o resultado da amostra M2 onde poss vel verificar o pico dos minerais onde o carbonato de c lcio calcita apresenta propor o de 89 e carbonato de c lcio aragonita
64. drata se parcialmente originando um semi hidrato conhecido comercialmente como gesso CaS041 2H50 Desta forma poss vel afirmar que o gesso est presente nas amostras da escaiola E1 E2 e E3 Os termos gipsita gipso e gesso s o frequentemente usados como sin nimos mas a denomina o gipsita reconhecidamente mais adequada ao mineral em estado natural enquanto gesso o termo mais apropriado para o produto calcinado Segundo Sobrinho et al 2001 p 1 este mineral geralmente encontrado em granula o fina e m dia estratificada ou maci a colora o em tons claros de amarelo e marrom constituindo as denominadas rochas gips feras Destas fazem parte tamb m outros minerais eventuais e sempre em quantidades subordinadas entre os quais se incluem a anidrita e a calcita Pode se identificar a presen a em m dia propor o de anidrita nas amostras de escaiola E1 E2 E3 e de calcita na amostra E2 Na interpreta o dos resultados das amostras dos marmorinos utilizou se afirma es do engenheiro de minas Dr Sc Jo o Alves Sampaio e do engenheiro metarlurgico Dr Salvador Matos de Almeida na publica o do Centro CETEM onde definem que a calcita CaCOs o principal constituinte mineral gico dos calc rios e m rmores com elevada pureza Na classifica o mineral gica das rochas calc rias deve ser considerada a varia o nas propor es de calcita dolomita bem como dos 106 componentes n
65. e escaiolas nos levam a pesquisar referenciais em outros m todos de execu o por exemplo os voltados s argamassas antigas j que os materiais s o compat veis Dessa forma buscou se obter uma base documental que contribu sse na recupera o desses revestimentos Consideram se premissas desta pesquisa a semelhan a visual entre as duas t cnicas que deu margem denomina o de terminologia err nea sob o ponto de vista t cnico em Pelotas e regi o b pouca difus o do conhecimento da t cnica das escaiolas devido ao pequeno n mero de exemplares deste tipo de revestimento 21 c a inexist ncia de registro das t cnicas construtivas e dos materiais utilizados nos pr dios em estudo a serem aplicados em futuras interven es em pr dios que possuam esses revestimentos v rios pr dios hist ricos existentes em Pelotas e regi o poder o beneficiar se pela contribui o que esta pesquisa trar para a recupera o dos mesmos Baseado nessas premissas estabeleceram se as seguintes hip teses a considerando que as t cnicas de marmorinos e escaiolas surgiram em Portugal por influ ncia direta das culturas italianas e espanholas segundo Aguiar 2001 p 265 acredita se que outros construtores europeus tamb m tenham se utilizado desses conhecimentos b os ensaios de caracteriza o dos materiais empregados na investiga o ir o comprovar que as t cnicas construtivas adotadas s o semelhantes s enc
66. e cuocerlo in um forno caldissimo La cottura del gesso ottimale quando al suo interno vi sono ancora delle particelle brillanti Pestare il gesso in un mortaio di metallo e setacciarlo finemente Sciogliere il gesso in aqua di colla di Fiandra Colorate lo stucco di gesso com pigmenti da afresco Stemperare i pigmenti colorati in acqua e colla e formare delle piccole palle Sciogliere un pezzo di queste piccole palle nell acqua Impastare il gesso con questa acqua colorata Stendere nelle forme desiderate Pulire con 1 pietra pomice e pietra cotem 2 tripoli 3 feltro Lucidare impregnando con 1 acqua e sapone 2 solo olio Fregare bene per evitare che la superficie rimanga opaca TRADU O autora 2012 Receita RN 19 Jean Rondelet 1802 1817 apud Arcolao 1998 p 143 144 ARGAMASSA DE GESSO E COLA PARA FINTO MARMO Composi o aplica o Livro quatro Murazione pp 102 102 ARGAMASSA PARA ESTUQUE DE GESSO Utilizar estuque de gesso somente no interior e em locais secos 115 Escolher o melhor gesso e cozinhe em forno quente A cozedura do gesse melhor quando no seu interior as particulas s o ainda brilhantes Esmagar o gesso em um almofariz de metal e peneir lo finamente Dissolver o gesso em gua de cola de Fiandra Colorir o estuque de gesso com pigmentos afresco Misturar em gua os pigmentos coloridos e a cola e formar pequenas bolas Dissolver um peda
67. ecido com brasas para facilitar a absor o e enfim polido O termo scagliola era empregado por Cantalupi 1862 apud Peres 2008 p 118 para o gesso de Bolonha o qual recomendava seu uso no lugar do estuque para as cornijas e trabalhos internos Considerava este gesso como especial pois era cozido de modo especial para depois ser mo do e pulverizado Era dissolvido na gua e com cola de fiandra era empregado diretamente na superf cie ou fundido em f rma para ent o ser utilizado em decora es diversas Em alguns casos pode se encontrar est ncil aplicado sobre o reboco Esta t cnica era obtida com desenhos vazados em papel parafinado que servia de molde para outras reprodu es Os pigmentos usados para realizar esta policromia eram naturais provenientes de terras e xidos Ap s aprecia o e an lise de v rios autores europeus onde destacam como refer ncia a aplica o dos compostos de marmorinos confirma se a semelhan a na tecnologia e materiais adotados independente do pa s de origem dos mesmos 2 7 AN LISES DE LABORAT RIO O objetivo do estudo de caracteriza o manuten o consolida o repara o ou substitui o diagn stico de anomalias ou ainda de levantamento e registro hist rico devem estar bem definidos para que n o tenham implica es no tipo de amostragem a efetuar pois esta fase vai condicionar irremediavelmente todo o processo de caracteriza o Segundo Veiga et al 2004 p 23 2
68. en a de m rmore As rochas como o calc rio dolomito e m rmore em alguns casos s o usadas como rochas ornamentais ou decorativas sendo utilizados os m rmores em maior extens o Calc rio e dolomito apresentam usualmente colora o cinza todavia s o encontradas nas cores branca amarela bronzeada ou preta A calcita pura a composi o b sica do m rmore branco Nesta interpreta o dos resultados da Difratometria de Raios X DRX tamb m foi realizada consulta ao ge logo Dr Ricardo Decker da Cruz que trabalha na empresa Mineral do Brasil em 16 de dezembro de 2011 Sua interpreta o confirma o que foi abordado por Almeida e Sampaio 2005 p 335 ou seja 95 da calcita e aragonita s o minerais presentes no p de m rmore presen as predominantes nas amostras M1 M2 e M3 Cabe tamb m salientar que segundo Cruz a calcita e aragonita possuem a mesma composi o qu mica por m com estruturas cristalinas diferentes polimorfos do mesmo composto O mesmo confirma se para a gipsita e anidrita que foram identificados pelo ge logo como 107 sendo mesmo mineral o gesso presengas predominantes das amostras E1 E2 e E3 Com estas interpreta es foi poss vel obter os seguintes resultados a na composi o do substrato de escaiola E1 a presen a de minerais de sulfato de c lcio hidratado Ca SO 4 H gt 0 gt ou gipsita sulfato de c lcio Ca SO ou anidrita evidenciam a presen a de gesso b na comp
69. ending a less traumatic restoration The mineralogical characterization of the materials used in these techniques is to contribute for the definition of the materials to be used in future restorations properly for the good to be restored Key words stucco stucco marble marble coating LISTA DE FIGURAS Figura 1 Desenho de Giuseppe Isella para a capela da Santa Casa de Miseric rdia de Pelotas e imagem atual eessen Figura 2 Desenho de Giuseppe Isella para o interior da capela da Santa Miseric rdia de Pelotas e imagem em 2011 Figura 3 Altares laterais da capela com revestimento em escaiola Figura 4 Escaiola dos altares laterais da capela n Figura 5 Detalhes da escaiola dos altares laterais da capela Figura 6 Exterior da Casa Eliseu Maciel PelotaS n Figura 7 Exterior da casa Eliseu Maciel Figura 8 Revestimento de marmorino no interior do hall da Casa Eliseu Maciel castani Matia sala ati NR RSRS NU RR Figura 9 Detalhe do revestimento de marmorino no interior do hall da Casa Elise MACIO sai a a a a a Fig ra os cio da calenas e lilla ai Figura 11 Ferramentas de estucador ira Figura 12 Esp tulas e ferros de acabamento n Figura 13 Tipos de colheres de pedreiro e fratachos e talochas de diversos IMODCIOS arte diana a E a a RR Figura
70. endurece mais rapidamente reagindo com a gua mas ambos conferem argamassa a capacidade de endurecimento e ader ncia Dentre os constituintes as caracter sticas mais comuns e importantes das argamassas antigas faz se necess rio lembrar que a determina o do tipo de z aglomerante muito importante para se compreender o comportamento da 35 argamassa e seu mecanismo de desgaste s vezes essa determina o f cil e direta Mas quando se trata de aglomerantes base de cal que s o quimicamente compostos de carbonato de c lcio CaCOs ou tamb m carbonato de magn sio MgCOs se o agregado for de um material tamb m constitu do de carbonato de c lcio como calc rio m rmore dolomito conchas marinhas ou mesmo restos de reboco antigo triturados em forma de areia torna se mais dif cil identificar as fra es do aglomerante e do agregado com a mesma natureza qu mica Determinar as caracter sticas dos agregados das argamassas antigas fundamental j que influenciar o v rias propriedades tais como resist ncia textura porosidade e cor S o importantes entre os par metros a serem caracterizados a determina o do tipo de agregado e aglomerante o tamanho e a distribui o granulom trica bem como a forma e a cor No que se refere aos revestimentos de argamassas obteve se como refer ncia Arcolao 1998 p 9 que trata das argamassas rebocos e estuques empregados na lt lia do s c XV ao XIX com edi
71. ens vel e minuciosa Al m do conhecimento dos materiais utilizados e suas fontes de extra o necessita tamb m estudo da organiza o do canteiro hist rico e dos oper rios envolvidos visto que s o os fatores primordiais e determinantes para um eficiente trabalho de conserva o priorizando a riqueza e complexidade dos detalhes existentes Recuperar e renovar o saber t cnico abandonado nas ltimas d cadas tarefa dif cil pois necessita interdisciplinaridade de coliga o entre as informa es das fontes escritas os detalhes formais e materiais resultantes do diagn stico f sico qu mico mineral gico e mec nico que caracterizam o artefato Essas considera es relevantes refor am a realiza o deste trabalho para que com o resultado de an lises em laborat rio at ent o inexistentes e por vezes com execu o de restaura es emp ricas possam contribuir de forma consciente A produ o do conhecimento atrav s das pesquisas pode contribuir e formalizar subs dios para as informa es necess rias investiga o e recupera o da 16 edifica o a ser restaurada Quanto mais se preserva um bem no seu estado original mantendo sua integridade f sico material mais garantida ser sua autenticidade valorizando e resgatando a cria o de uma sociedade em determinado momento de sua hist ria A compatibiliza o dos materiais a reversibilidade e a valoriza o da autenticidade do objeto s o as premissa
72. entificam se imagens da sec o transversal da amostra 1 a da argamassa de base estuque e camada de acabamento da amostra 1 b ambas apresentam o mesmo aspecto visual b Figura 31 Sec o transversal da argamassa de base a e camada de acabamento do marmorino b da amostra 1 Fonte autora 2011 Na Figura 32 observa se o local de onde foi extra da a amostra 3 A mesma foi retirada da coluna da circula o a A Figura 32 b presenta o detalhe com substrato externo do marmorino 82 b Figura 32 Coluna a e detalhe do pilar b onde foi retirado a amostra 3 Fonte autora 2011 Na Figura 33 observam se as imagens com a face e acabamento do marmorino a e posterior b com residuo da argamassa de base b Figura 33 Amostra 3 com a face de acabamento do marmorino a e posterior b com residuo da argamassa de base Fonte autora 2011 Nesta visita houve a presen a das respons veis t cnicas pela obra a Arq Simone Delanoy da Prefeitura Municipal de Pelotas e Arq M rcia Rotta da Universidade Federal de Pelotas Estas amostras de marmorinos passaram por limpeza no dia 25 de maio de 2011 no Laborat rio do Curso de Edifica es do Instituto Federal Sul Rio grandense Este procedimento foi realizado pela autora e pela bolsista Bruna Rolan estudante dos Cursos de Qu mica e Edifica es do IFSUL Pelotas Utilizaram se instrumentais de odontologia conforme identifica o na Figura 3
73. eriores AGUIAR 2002 p 562 importante acrescentar que segundo este autor depois do Renascimento a principal origem destas t cnicas a It lia que durante os s culos XVII e XVIII exportava para toda Europa o saber dos seus stuccatori os quais para os interiores tinham gradualmente substitu do as t cnicas da cal pelas t cnicas conjuntas da cal e 72 do gesso dando origem ao stucco lustro ao stucco marmo e s escaiolas na execu o dos elementos decorativos dos edif cios monumentais Para Aguiar 2002 p 262 alguns autores como Jacopo Sansovino por exemplo descrevendo receitas de estuques carregados na massa com pigmentos anunciavam preferirem a estas as t cnicas alternativas mas substancialmente menos dur veis de pintura em stucco lustro pois o stucco marmo e as escaiolas possuiriam cores menos vivas do que aquelas obtidas quando os estuques eram pintados Os estuques podem ser coloridos com cores mo das e secas pigmentos mas n o s o t o vivos como se fossem pintados depois Estes pigmentos eram corantes naturais a base de xidos Deduz se que as cores eram menos vivas pela aplica o dos corantes na massa fresca que ap s a secagem perdiam parte da tonalidade deixando as mais claras j as que eram coloridas ap s em estuque a fresco ou n o produziam tons mais intensos sem serem absorvidos pelo estuque que era essencialmente liso e com os poros totalmente imperme veis Como se ob
74. es italianos no s culo XIX Trata se de um revestimento decorativo de paredes que imita o m rmore possuindo tamb m desenhos geom tricos sombreados que proporcionam ilus o de tica e volume identificado na Figura 14 a e 14 b de Mascarenhas 2008 p 65 Era muito usada pois substitu a o m rmore que na poca tinha alto custo 59 b Figura 14 a Detalhe de parede interna Jaguar o RS b Detalhe de hall interno Pelotas RS Fonte MASCARENHAS 2008 p 65 Segurado 1732 p 76 afirma que o m rmore foi sempre considerado uma pedra estimada para as constru es luxuosas Mas ao mesmo tempo como um material dispendioso pela sua raridade o que levou a muitas experi ncias para substitu lo por qualquer processo artificial A imita o do m rmore foi chamada de escaiola e resultou em uma perfeita semelhan a com os m rmores naturais Neste trabalho foram estudados v rios autores e utilizados os conhecimentos adquiridos no Curso de Restauro de Elementos Decorativos ministrado no IFSUL em conv nio com o Instituto talo Latino Americano no ano 2007 Nestes estudos da t cnica do marmorino o conhecimento pr tico foi vivenciado atrav s de aula pr tica de recupera o do marmorino no Hall do Lar D Concei o em Pelotas RS conforme demonstrado a seguir na Figura 15 A t cnica de reconstitui o deste marmorino iniciou com a camada de base executada com argamassa de cal e areia aplicada em tr s camadas
75. eserva o das edifica es hist ricas que se estabelecem as premissas das pesquisas no sentido de avan ar na busca de solu es sem comprometer o bem essa preocupa o que os restauradores devem ter por objetivo ou seja de resgatar a concep o original da obra de forma a respeitar o material original devendo se sempre usar t cnicas nas interven es cientificamente aprovadas Nesse sentido a aplica o de tecnologia adequada de recupera o e restaura o dos v rios tipos de acabamentos deve utilizar recursos e ferramentas apropriadas Segundo Motta 2004 p 3 existe na Europa estudos t cnico cient ficos que utilizam ferramentas modernas de caracteriza o microestrutural dos materiais constituintes de edifica es hist ricas onde s o comuns a Difratometria de RX as An lises T rmicas e a Microscopia Eletr nica de Varredura etc J no Brasil ainda s o pouco aplicadas essas metodologias mas s o fundamentais para que se possam caracterizar os materiais constituintes e assim formular um material de restauro compat vel com o original Nascimento 2002 p 102 114 nas an lises de forro de estuque Motta 2004 p 24 69 nas an lises de argamassas e Veiga et al 2001 p 29 56 utilizaram se dessa metodologia para obten o dos resultados de caracteriza o desses revestimentos 18 De acordo com Nascimento 2002 p 7 as atividades de restauro em edifica es hist ricas no Brasil at meados d
76. estuque dependendo do esquema de cores podem caracterizar a arquitetura FORTI 1997 p 37 e AGUIAR 1999 apud VEIGA et al 2004 p 1 Genericamente Aguiar 2002 p 258 caracteriza os estuques sob o ponto de vista de sua t cnica e de sua utiliza o enquanto superf cies arquitet nicas segundo tr s grandes grupos a OS revestimentos executados com pasta de cal ou com argamassa de cal com p de m rmore t cnica dos guarnecimentos terminados na cor natural ou depois pintados com distintos tipos de acabamento final desde o brunido ao acabamento a ferro quente b os revestimentos de argamassas compostas de gesso e cal deixados cor natural ou pintados c os revestimentos de gesso de gesso e cal ou de pasta de cal que s o carregados na pr pria massa com pigmentos e por vezes aditivados com colas org nicas depois submetidos a um cuidadoso desbaste e polimento Partindo destas t cnicas base desenvolveram se procedimentos decorativos de imita o de espa os e materiais mais nobres em trompe l oeil ou golpe de vista o que se observa na representa o da pintura com sombras defini o de relevos etc que recorriam s pr ticas decorativas de fingimentos de 69 pedras valiosas como alguns tipos de m rmore e de brechas e ainda simula o dos embutidos incrusta es t cnicas que se tornaram extraordinariamente populares por toda a Europa sobretudo a partir de meados do s culo XVII E
77. etirada de amostras das duas t cnicas in loco e encaminhamento an lise dos materiais em laborat rio Posteriormente os dados obtidos foram confrontados a fim de obter a compara o entre marmorinos e escaiolas Atrav s da an lise em Laborat rio buscou se determinar a composi o dos materiais de cada amostra atrav s de analise empregando a Difratometria de Raios X que permitiu definir os minerais e sua estrutura A partir da realiza o destes procedimentos os levantamentos foram registrados e posteriormente analisados 3 1 COLETA DE MATERIAL NA CASA ELISEU MACIEL Atualmente o pr dio da Casa Eliseu Maciel passa por restaura o executada pela empresa Marsou Engenharia Em entrevista com a art fice M rcia de Pauli a mesma declarou que a recupera o dos marmorinos passam por execu o nesta etapa dos acabamentos Observou se que grande parte destes revestimentos estava bastante comprometida Segundo a art fice M rcia de Pauli os marmorinos foram revestidos com pain is de madeira como prote o Para dar prosseguimento a pesquisa foi realizado levantamento fotogr fico in loco com posterior coleta de material no dia 03 de maio de 2011 O local definido para coleta de material foi circula o do 1 pavimento e est identificado nas Figuras 28 e 29 As amostras s o apresentadas nas Figuras 30 31 32 e 33 80
78. festa es patol gicas causadas pela umidade tanto no exterior quanto no interior em geral originadas por falta de manuten o Atualmente sua restaura o est em fase de conclus o 2 2 2 1 Hist rico da Casa Eliseu Maciel Dados cronol gicos da Casa Eliseu Antunes Maciel atualizada 1878 Data registrada nos ornatos da fachada como conclus o da sua constru o Mandada construir por Eliseu Antunes Maciel para seu filho Conselheiro Francisco Antunes Maciel Projeto atribu do por Chevallier 2002 p 234 a Giuseppe Isella 1931 Foi morada tamb m da fam lia de seu filho Francisco Antunes Maciel Jr cuja vida pol tica no Partido Liberal o fez acompanhar Get lio Vargas na poca da revolu o de 1930 Foi Ministro da Justi a at 1934 Durante sua perman ncia no Rio de Janeiro a casa permaneceu fechada e mobiliada servindo de morada apenas quando os familiares visitavam Pelotas 1955 Foi alugada para ser sede do Quartel General do 8 Batalh o de Infantaria at final de 1973 Durante os 18 anos desta ocupa o o pr dio recebeu v rias obras de manuten o entre elas a substitui o das telhas calhas e rufos 32 1975 Foi ocupado pela Superintend ncia do Desenvolvimento da Regi o Sul SUDESUL 1978 Foi desocupado para ser alugado sob regime de comodato para a Prefeitura Municipal de Pelotas 1983 Em reforma para manuten o do pr dio foi decidido que os front es do 2 pavimen
79. ficial de pigmentos Tamb m eles elementos podem constituir objeto de estudo em futuras investiga es Estas t cnicas de estuques marmorizados entraram em desuso e aplicam se somente no restauro de edifica es hist ricas e segundo Mascarenhas 2008 p 68 com o baixo custo dos m rmores a facilidade de transporte tecnologia de corte e as t cnicas de refor o contribu ram para a redu o na demanda Por serem t cnicas completamente manuais exigem do estucador muitas horas de trabalho Na Europa o custo por metro quadrado chega a ser quatro vezes maior do que o do m rmore comum 8 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ABNT NBR 13529 Associa o Brasileira de Normas T cnicas Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorg nicas 1995 AGUIAR J Cor e cidade hist rica estudos crom ticos e conserva o do patrim nio Porto 2002 650p ARCOLAO C Le ricette del restauro malte intonaci stucchi dal XV al XIX secolo Venezia Marsilio Editore 1998 284p CHEVALLIER C Vida e obra de Jos Isella Arquitetura em Pelotas na segunda metade do s culo XIX Pelotas Ed Livraria Mundial 2002 325p DONADIO Fabio Cadernos oficios pintura Ouro Preto FAOP 2008 72p FOGLIATA M SARTOR M L L arte dello stucco storia T cnica Metodologie della Tradizione Veneziana Antilia 2004 363p GUIMAR ES J E P A cal fundamentos e aplica es na engenharia civil 2 Ed S o Paulo PINI
80. foram coletadas com auxilio de chave de fenda e martelinno e devidamente limpas com pincel para retirada do p e pesadas conforme se apresenta na sequ ncia Figuras 40 41 42 e 43 87 Figura 41 Sequ ncia a b c da retirada da amostra de escaiola da coluna do altar lateral esquerdo Fonte autora 2011 88 b Figura 42 Identifica o e limpeza ap s retirada da amostra na coluna do altar lateral esquerdo Fonte autora 2011 As imagens da Figura 43 ilustram em a conjunto das amostras em b amostra 1 de escaiola rosa em c amostra 2 e no c rculo a amostra 3 de escaiola cinza Fonte autora 2011 b Figura 43 Amostras dos dois altares Fonte autora 2011 3 3 AN LISE POR DIFRATOMETRIA DE RAIOS X DRX O m todo de investiga o adotado para caracteriza o das escaiolas e marmorinos empregado neste estudo foi o de Difra o de Raios X definido em fun o dos objetivos do trabalho de caracteriza o dos componentes levando se em considera o que os pr dios possuem valor hist rico e arquitet nico Este m todo utiliza amostras com massa de aproximadamente 1g de material n o necessitando portanto amostras com teor de massa elevada Cabe salientar que o processo de remo o das amostras sempre algo destrutivo devendo se limitar a extra o de amostras menor quantidade poss vel mas suficiente para obter os resultados desejados Estudou se as formas de extra o bist
81. gado das tecnologias construtivas existentes nas obras em Pelotas ampliar as perspectivas de xito das futuras interven es de conserva o manuten o e restaura o Dessa forma refor a se a proposta desta pesquisa que de aprofundar o conhecimento dos materiais empregados nas t cnicas de marmorino e da escaiola trazidas pelos imigrantes italianos Para viabilizar a pesquisa de an lise e caracteriza o dos componentes desses revestimentos Kannan 2008 p 37 se refere investiga o de argamassas antigas salientando a import ncia de saber que n o poss vel responder a todas s quest es da investiga o com um nico m todo de an lise mas sim por meio da combina o de m todos e das informa es recolhidas sobre o bem Ainda que as investiga es de laborat rio possam ajudar a identificar componentes e caracter sticas das argamassas antigas nem sempre poss vel obter toda a informa o que se deseja ter como por exemplo os m todos de prepara o e de aplica o das argamassas que foram utilizados no passado O mesmo se pode questionar em rela o aos revestimentos de acabamento 2 2 HIST RICO DOS PR DIOS Os dois pr dios em estudo tiveram grande import ncia no s c XIX e atualmente por se tratar de edifica es que marcaram esta poca que apesar de terem usos distintos mant m suas principais caracter sticas arquitet nicas que justificam o interesse de diversos pesquisadores Ambos os
82. gidos definidas por Aguiar 2002 p 559 e outros autores portugueses tais como Segurado 1732 p 58 mantiveram se constante desde o per odo romano e foram essencialmente t cnicas a base da cal Desta forma poder se ia dizer em termos muito resumidos que os revestimentos eram e s o executados segundo uma t cnica multicamada ou multiestrato cujo conjunto recebia o nome de stucco Esta t cnica inclu a tr s fases principais trullisatio arenatum marmoratum termos em latim descritos por Vitr vio nos Dez Livros de Arquitetura p 164 559 Sobre uma camada de regulariza o da parede trullisatio aplicavam se tr s camadas de reboco arenatum Destas o primeiro estrato ou rinzaffo era composto de cal e inertes com uma granulometria elevada ou em alternativa Utilizava se o coccio pesto do opus signinum aumentando a hidraulicidade das argamassas Sobre esse extrato aplicavam se mais duas camadas de reboco de cal e areia opus arenatum Finalizando o reboco executava se o acabamento marmoratum aplicando tr s camadas de um guarnecimento feitas com uma argamassa de cal e p de m rmore o Opus Marmoratum com uma granulometria cada vez mais fina Para tal se utilizavam peneiras com redes de diferentes malhas selecionando o p de m rmore A ltima camada desse acabamento era feita com cal e p de m rmore mais fino resultando numa superf cie normalmente de cor branca opus albarium muito similar cor do m rm
83. ia a fim de compensar o seu destacamento na fase de liga Outra caracter stica na mistura tem fun o exclusivamente passiva cargas inorg nicas simples ou reagir quimicamente com o ligante cargas inorg nicas hidr ulicas As cargas inorg nicas simples s o geralmente extra das de dep sitos naturais areia ou obtidas de materiais lapidados por trabalho mec nico por exemplo p de m rmore 2 3 1 1 Areias Tamb m Arcolao 1998 p 9 em rela o s areias relata que Vitr vio recomendava que fossem retiradas de minas e que podiam ser negras brancas vermelhas ou vermelhas escuras podendo ser extra das de rios peneirando os pedregulhos ou das praias nas margens dos mares Mas segundo os autores essas faziam pega lenta n o retinham a carga e tendiam a desagregar as misturas soltando salinidade Portanto deveriam ser evitadas J as areias de minas p de m rmore ao contr rio obtinham pega mais rapidamente nas paredes e sustentavam o peso do entorno principalmente se tivessem sido retiradas a pouco tempo 2 3 1 2 P de m rmore O p de m rmore ou areia de m rmore utilizado na imita o do m rmore segundo receitas de Sisi et al 1998 p 120 era utilizado no acabamento do estuque em conjunto com a pasta de cal em tr s granulometrias a primeira camada possu a 1 2mm de areia de m rmore a segunda 0 8mm de areia de m rmore e a ltima de 350 micras 1 micra equivale a 0 0001mm com o p de m r
84. ia e de escravos cedidos pelos charqueadores nos per odos de entressafra da produ o do charque Segundo Moura e Schille 1988 p 66 apud Chevallier 2002 p 188 a descri o da Capela da Santa Casa a seguinte contrastando com a simplicidade do corpo do hospital a Capela de S o Jo o Batista finalizado por Giuseppe Isella em 1884 o bloco mais significativo e de maior beleza pl stica Toda a fachada foi valorizada atrav s da aplica o de elementos ornamentais relacionados com a tradi o cl ssica e com a f crist Sob a platibanda h um grande front o curvo contendo no centro o emblema do Brasil imp rio e duas est tuas de lou a s mbolos da f e da caridade 2 2 1 1 Hist rico da Capela da Santa Casa de Pelotas Dados cronol gicos da Capela da Santa Casa PERES 2008 p 53 55 com base na publica o de Nascimento 1975 Moura e Schlee 1988 apud Peres 2008 e Chevallier 2002 p 188 1861 In cio das constru es 1872 Inaugurada a parte baixa do hospital com a b n o da capela e enfermarias prosseguindo as obras paulatinamente 28 1877 Em 29 de agosto de 1877 Jos Isela e Guilherme Marccuti foram contratados para a constru o dos alicerces e paredes da capela Chevallier 2002 p 188 1878 Capela j coberta No dia 14 de abril de 1878 a obra contratada para a capela se achava concluida na conformidade do contrato respectivo pelo que foi deliberado
85. icipal 5146 2005 Prefeitura Municipal de Pelotas SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA SECULT Manual do Usu rio de Im veis Inventariados Prefeitura Municipal de Pelotas Pelotas 2008 104p SEGURADO J E dos S Manual do formador e estucador Lisboa 1732 191p SISI M M CONESA O G MOR N F A Guia pr ctica de la cal y el estuco Leon Editora de los Oficios 1998 213p SOBRINHO A C P de L AMARAL A J R do DANTAS J 0 C DANTAS J R A Gipsita Departamento Nacional de Produ o Mineral Superintend ncia em Pernambuco Artigo do Balan o Mineral Brasileiro DNPM PE 2001 23p TIRELLO R A O restauro de um mural moderno na USP o afresco de Carlos Magano S o Paulo Comiss o de Patrim nio Cultural Pr Reitoria de Cultura e Extens o Universit ria da Universidade de S o Paulo CPC PRCEU USP 2001 204p 113 VEIGA M do R AGUIAR J SILVA A S CARVALHO F Conserva o e renova o de revestimentos de paredes de edif cios antigos Laborat rio Nacional de Engenharia Civil 2004 Lisboa Divis o de Edi es e Artes Gr ficas 126p 114 ANEXO RECEITAS DE MARMORINO E ESCAIOLA Riccetta RN 19 Jean Rondelet 1802 1817 apud Arcolao 1998 p 143 144 MALTA DI GESSO E COLLA PER FINTO MARMO Composizione applicazione Libro quarto Murazione pp 102 102 MALTA PER STUCCO DI GESSO Utilizar lo stucco di gesso solo all interno e nei luoghi asciutti Scegliere il gesso migliore
86. idade V rios testes foram feitos e no sec XVIII assumiu se uma posi o intermedi ria que n o abandona a receita vitruviana mas reconhece a dificuldade de encontrar uma cal t o boa a fim de permitir uma rela o de areia e cal de um para tr s e propunham para as argamassas comuns propor es diferentes Como exemplo especifica as receitas de Grisselini 1775 e de Francesco Milizia 1781 apud Arcolao 1998 p 10 que reportam s palavras de Vitruvio junto s indica es baseadas n o na qualidade da areia mas da cal Milizia afirmou que n o poss vel atestar uma rela o constante da areia com a cal mas que em geral isto depende da qualidade da cal porque quanto melhor a cal melhor deve ser a qualidade da areia a se misturar Jean Rondelet 1817 apud Arcolao 1998 p 10 afirmou que n o se pode fazer uma prescri o relativa s melhores propor es entre inerte e ligante pois conseguir uma boa argamassa dependia tanto de uma boa manipula o quanto da qualidade dos ingredientes A partir da seguiam os te ricos citados as indica es as indica es vitruvianas por n o terem a disposi o uma cal de boa qualidade que permitisse uma rela o inerte ligante de dois para um Nos testes italianos do s c XIX n o eram mais relatadas indica es absolutas relativas s propor es dos ingredientes e sim de dosagens referentes qualidade espec fica da cal e da areia utilizando se materiais e manufaturas pr
87. ido que era comparar marmorinos e escaiolas extra dos especificamente dos pr dios da Capela da Santa Casa e Casa Eliseu Maciel na cidade de Pelotas 4 1 PREPARA O DAS AMOSTRAS As amostras foram preparadas no Laborat rio de Solos do Curso de Edifica es do Instituto Federal Sul Rio Grandense IFSUL campus Pelotas RS Participaram destes procedimentos as estagi rias Bruna Rolan e Bruna Cruz As amostras ficaram embaladas em potes pl sticos hermeticamente fechadas adquiridos exclusivamente para este fim e armazenadas em local seco 4 1 1 Amostras de escaiola As amostras de escaiola 1 2 e 3 foram pesadas em balan a de precis o marca GEHAKA BG 4001 do Laborat rio de solos do Curso de Edifica es do Instituto Federal Sul Rio grandense Campus Pelotas para registrar a quantidade de material resultante e detectar se seriam suficientes para an lise Figura 44 A amostra 1 possu a massa de 4 6g na amostra 2 massa de 2 4g e na amostra 3 massa de 1 0g Figura 44 Pesagem das amostras dos dois altares da Capela da Santa Casa Fonte autora 2011 91 Posteriormente todas as amostras foram embaladas individualmente em potes pl sticos e devidamente fechados e armazenadas em presen a de s lica ficando conservadas em ambiente seco para que mantivessem suas caracter sticas inalteradas O m todo utilizado para extra o e prepara o das amostras do marmorino e da escaiola foi definido pela au
88. ima dependem as caracter sticas da mistura e esta fase mesmo para muitos autores entre os quais Rondelet 1817 apud Arcolao 1998 p 47 serviria para pesquisarem se os poss veis segredos dos estucadores mais h beis Para as camadas de prepara o era maior a quantidade de gesso em rela o cal e da areia enquanto que para as camadas de acabamento de maior espessura se exclufam o uso do gesso aconselhando se misturas de cal e p de m rmore em propor es iguais Estas argamassas segundo Arcolao 1998 p 48 eram aplicadas em a decora es pl sticas sempre que o objetivo era retardar o tempo de pega e tornar o composto mais adesivo e resistente muitos autores aconselhavam misturas base de gesso queimado e colas animais Nos compostos a base de sulfato de c lcio semi hidratado o uso de ligantes proteicos tinham a fun o de torn lo male vel por muito mais tempo A adi o desta cola inibia a forma o de germes de cristaliza o e diminu a a solubilidade do gesso permitindo reduzir a gua de mistura aumentando a dureza do produto final Francesco Griselini sobre isto recomendava unir ao gesso gua quente contendo colla de Fiandra cola forte obtida da fervura em gua de retalhos de pele osso e cartilagem bovina e cola de peixes obtida do cozimento das ves culas natat rias de quase todos os peixes sem escama ou cola ar bica resina exsudada por algumas spp Africanas do g nero ac cia conhecidas
89. inabro mineral de massas granulares de cor vermelho vivo de origem hidrotermal constitu do de sulfeto de merc rio o mineral mais importante do merc rio na It lia se encontra sobre o monte Amiata e vermelho do cobre c amarelo ocra amarela amarelo de cromo claro e escuro amarelo mineral d azul anil azul da Pr ssia azul mineral do mar e bruno terra de Cassel terra d ombra pigmento conhecido no fim da pr hist ria em toda rea mediterr nea facilmente encontrado in natura obtido pela simples macera o e lavagem da mat ria prima se trata de 44 uma composi o de xido silicato de ferro e xido de mangan s Tem um timo poder de cobertura e pode se utilizar com qualquer t cnica como afresco t mpera encausto e a leo tamb m conhecido por terra fina da Turquia e por sombra da It lia encausto uma t cnica de pintura utilizada na antiguidade cl ssica que consiste em manipular as cores com cera fundida e em aplic la depois a quente sobre a superf cie a pintar utilizada para polir madeira f verde escuro composto de terra verde de ocra amarela de anil e de preto vegetal Segundo o mesmo autor as composi es das principais qualidades de estuque marm reo s o as seguintes a m rmore verde claro a cor de fundo composta de azul da Pr ssia e de amarelo de cromo os veios se fazem com amarelo de cromo e com laca de Viena b m rmore verde escuro a cor de f
90. ino e escaiola Ambas imitam o m rmore que era considerado sin nimo de poder econ mico pela qualidade est tica deste material e por ser importado O transporte era mais dif cil e tendo consequentemente seu custo elevado Dessa forma esses revestimentos apresentavam riqueza no acabamento dando perfeita semelhan a aos m rmores naturais e valorizando esses pr dios Apresentadas as considera es pertinentes o presente estudo pretende relatar e identificar as t cnicas construtivas e os materiais empregados nos marmorinos e escaiolas resgatar a tecnologia construtiva desses revestimentos utilizada por imigrantes italianos entre outros em obras existentes na cidade de Pelotas Grande parte de exemplares do revestimento denominado marmorino encontra se em v rios pr dios que comp em o patrim nio hist rico da cidade de Pelotas RS Dois exemplares significativos desta poca foram escolhidos para ser objeto deste estudo devido ao ineg vel valor hist rico e est tico que tais constru es apresentam Tamb m salienta se a import ncia e impon ncia desses pr dios bem como a caracter stica significativa dos revestimentos em estudo S o eles a Casa Eliseu Antunes Maciel pr dio constru do em 1878 situado na Pra a Cel Pedro Os rio n 8 centro hist rico da cidade de Pelotas que possui diversas paredes revestidas com marmorino 15 b Capela da Santa Casa de Miseric rdia de Pelotas pr dio constru do em 188
91. ipsita Sulfato de C lcio 82 76 81 08 Hidratado CaSO4 H20 Anidrita Sulfato de C lcio CaSo4 15 142 19 Celestita Sulfato de Estr ncio Sr SO4 03 Calcita Carbonato de C lcio Ca COs 12 84 89 80 Aragonita Carbonato de C lcio CaCOs 14 11 12 Quartzo Di xido de Sil cio SiO2 02 4 3 1 1 Ocorr ncia dos minerais encontrados nas amostras Segundo Peroni 2003 p 1 estes minerais encontrados nas amostras identificam se como a gipsita CaSO4 H20 usado principalmente na produ o de gesso sua ocorr ncia de um mineral comum amplamente distribu do nas rochas sedimentares muitas vezes em camadas espessas b celestita SrSO4 empregado na prepara o de nitrato de estr ncio para fogos de artif cio e balas tra adoras Encontra se no calc rio ou arenito 97 ou em ninhos e cavidades revestidas nessas rochas associada com a calcita dolomita gipso halita enxofre fluorita c calcita CaCOs usado na fabrica o de cimento Ocorre em massas rochosas sedimentares enormes e espalhadas amplamente sendo o nico mineral presente em certos calc rios d aragonita CaCOs possuem caracter sticas similares calcita por m cristalizando se no sistema ortorr mbico Encontra se depositada em fontes termais associadas a camadas de gipso e dep sito de min rio de ferro e quartzo SiO2 o quartzo tem muitos e variados usos Suas formas coloridas s o l
92. iram entre os autores pesquisados S o da mesma poca variando portanto a regi o de aplica o Destaca se ainda a origem de influ ncia do Renascimento italiano ROJAS 1994 p 179 Tamb m se utilizou das informa es de Aguiar 2002 e Segurado 1732 principalmente para esclarecer a terminologia esclarecida entre os estuques dos marmorinos e das escaiolas apresentados claramente nas defini es de stucco lustro para o marmorino que eram feitas sobre estuques lisos stucco marmo para a t cnica onde se incorporavam o pigmento na pr pria massa e a verdadeira scagliola que simulava os embutidos de pedra com esquemas decorativos policromados e aplicados sobre uma camada base preenchendo com distintas massas coloridas A semelhan a visual entre os acabamentos das t cnicas que possibilitou o uso do mesmo termo para t cnicas diferentes As interpreta es dos minerais e fases cristalinas identificadas atrav s da Difratometria de Raios X permitiram a an lise comparativa entre os marmorinos e escaiolas O pr prio resultado define a compara o entre os dois revestimentos onde se obteve por aproxima o semiquantitativa a identifica o dos minerais presentes nas amostras ou seja gesso nas escaiolas e o p de m rmore nos marmorinos Esta afirma o vem de encontro com todo o processo e receitas levantadas na bibliografia que comprovam a autenticidade dos marmorinos e escaiolas atrav s do uso e aplica o dos m
93. istente Com esta mistura se realizavam as focacce bolos ou plastas ou pallottole schiacciate bolas amassadas que eram dispostas uma sobre a outra colocando lhe uma quantidade maior daquelas de cor dominante no m rmore o segundo procedimento descrito por Rondelet 1817 apud Arcolao 1998 p 52 que descreveu as mesmas indica es de Albertolli e Breymann 1885 Estes procedimentos previam a forma o de pequenas misturas com p de gesso finamente amassado e peneirado e cola de Fiandra dilu da na qual se adicionavam pigmentos para affresco afresco m todo de pintura mural que consiste em aplicar cores dilu das em gua sobre um revestimento da argamassa ainda fresco de modo a facilitar o embebimento da tinta da cor do m rmore a imitar Com esta pasta colorida se formavam as bolotas mais grossas do que as cores de fundo e menores que as outras que se ordenavam por tonalidade de cores Algumas destas misturas eram amassadas com uma salsa molho uma mistura formada ainda por gesso e gua de cola que servia para obter as striature estrias mais claras ou mais escuras semelhantes aos veios do m rmore 56 2 5 1 2 T cnicas de aplica o e acabamento Estas t cnicas segundo Arcolao 1998 p 52 eram aplicadas nas decora es pl sticas em estuques podiam ser executadas na obra ou fora dela valendo se de ambas as t cnicas ao mesmo tempo Dentre os estuques de decora es pl
94. la da Santa Casa e na Casa Eliseu Maciel Pelotas RS BANCA EXAMINADORA Prof Ariela da Silva Torres UFPel Eng Civil Dr pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul Brasil Prof Carlos Alberto Santos UFPel Licenc Educa o Art stica Dr pela Universidade Federal da Bahia Brasil Prof Rosemar Gomes Lemos UFPel Arq Dr pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul Brasil Dedico este trabalho mem ria de meu pai Constructor Profeto Nufies e minha m e Elcy Pereira Nunes com 96 anos pelo exemplo de luta e sabedoria AGRADECIMENTOS A Rosilena minha orientadora que faz parte de minha trajet ria no restauro h alguns anos e que com dedica o e muito incentivo tornou poss vel a realiza o deste trabalho Desta competente profissional levo um grande aprendizado Aos meus filhos Tiago e Diego pelo apoio e aten o neste per odo de trabalho e que principalmente esta conquista possa servir de exemplo Aos meus irm os Magda e Jos Ant nio pelo incentivo e por entenderem a minha aus ncia principalmente aos cuidados com nossa m e CAPES pela bolsa e ao PROGRAU UFPEL pelo apoio e recurso disponibilizado com as an lises de laborat rio Ao IFSUL Campus Pelotas Curso de Edifica es Laborat rio de Solos pela disponibiliza o na prepara o das amostras empresa Marsou Engenharia e respons veis pelas obras da Casa Eliseu Maciel pelo franco acesso ao pr di
95. lao 1998 p 249 250 ARGAMASSA DE CAL COM GESSO E P DE MARMORE Composizione lavorazione Vol Ill Voce Gesso curata dall ing G Capacci p 1118 RECEITA ESQUEM TICA ESTUQUE PARA EMBOCO 1 camada Misturar cal areia fina peneirada gua o suficiente para fazer uma pasta densa Coloque esta mistura na bancada despeje a gua e adicione o gesso peneirado em quantidades suficiente para absorv lo Misturar os duas massa para obter uma massa homog nea nica Utilize este composto para as camadas de prepara o e embo os CAMADAS DE ACABAMENTO 2 camada Misturar massa de cal 3 partes massa de gesso Parte 1 LTIMA ESTRATO MARMORINO 3 camada Misturar cal virgem 1 Parte p de m rmore 1 parte gua Aplicar este composto com uma esp tula sobre o embo o Molde a massa na forma desejada Em lugares midos n o usar pasta de cal gorda substituir por cimento ou cal eminentemente hidr ulica 117 Ricetta RN 14 Jean Rondelet 1802 1817 apud Arcolao 1998 p 140 141 MALTA DI CALCE E POLVERE DE MARMO PER DECORAZIONI PLASTICHE Composizione lavorazione Libro quarto Murazione p 98 Ricetta schematica MALTA PER STUCCO Prendere la calce migliori bianca e bem cotta Verificare se la pietra cotta percossa restituisce un suono chiaro Temperare la calce nell acqua prima di meterla nel bacino di spegnimento Aggiugere l acq
96. lemento caracter stico da t cnica dos revestimentos de imita o do m rmore A colora o podia vir na mistura ou com a aplica o das cores sobre a superf cie j realizada J nos rebocos de estuque brilhoso as misturas s o as mesmas do estuque que imita o m rmore e do marmorino mudando somente a metodologia executiva e alguns acabamentos superficiais at tornar o brilho do m rmore ou imitar seus veios O estuque de acabamento marm reo podia como j dito ser colorido tamb m em superf cie com pigmentos de afrescos dissolvidos na gua de cal ou com cores a leo A primeira indica o encontrada para tal colora o descrita em um manuscrito an nimo do s culo XVI que previa a colora o do estuque realizado com cal e p de m rmore ou de travertino com cores a leo aplicadas sobre um ensopado de biacca carbonato de chumbo de cor branca usado pelos pintores e envernizadores dissolvida em gua de cal A superf cie do estuque desengrossada e alisada por meio das t cnicas supra descrita podia enfim ser lustrada n o s com pedra e leo para acabamento 74 marm reo mas tamb m a quente ou a frio com solu es sapon ceas e cera obtendo o assim chamado estuque brilhoso J Albert 1945 apud Arcolao 1998 p 59 fala de um reboco que possu a lustro como espelho se uma vez seco era recoberto com um composto de cera mastique uma resina vegetal e leo e que uma vez untado deste modo era aqu
97. lu o da arquitetura pelotense no final do s culo XIX e in cio do s culo XX salienta que se encontram numerosas obras projetadas ou executadas por construtores ou descendentes de italianos na cidade de Pelotas Dentre os quais destaca se Giuseppe Isella que segundo Chevallier 2002 p 234 o autor do projeto e construtor da Capela da Santa Casa em parceria com Guilherme Marcucci Quanto Casa Eliseu Maciel segundo Chevallier 2002 p 132 n o h comprova o de ter sido constru da por Giuseppe Isella pois os projetos n o foram encontrados embora apresente caracter sticas de constru o e decora o semelhantes s executadas por este arquiteto Da arquitetura deste per odo destacam se os estuques ornamentais os quais se apresentam atrav s de ornatos em relevo de fachadas e revestimentos internos de forros e paredes Estes acabamentos decorativos t m uma riqueza de detalhes significativa principalmente no que se refere aos pain is de paredes com acabamentos que fingiam as pedras ornamentais Encontram se em paredes e colunas sob a forma de pinturas murais ou revestimentos coloridos com tecnologias e materiais caracter sticos O principal objetivo destas t cnicas era de substituir o m rmore e obter um revestimento imperme vel as quais foram muito difundidas em nossa regi o Entre elas destacam se diversos exemplares com revestimentos do tipo marmorino os quais foram denominados popularmente e por muitos anos por
98. massa ou ap s a superf cie pronta Este estuque tem grande destaque nas fontes examinadas que dedicam grande espa o aos com colora o na fase de mistura na massa S o denominados escaiola chamada mescla ou seja mistura de gesso cozido com uma solu o de cola animal misturado a pigmentos e a eventuais aditivos As colas especificadas geralmente eram duas a de Fiandra e a cola de peixe cuja recomenda o de n o us las muito fracas pois para a primeira haveria muito afastamento das part culas de gesso impedindo a compacta o e para o uso da segunda n o obteria liga o suficiente Desta forma a experi ncia imprescind vel e segundo Rondelet o uso faz conhecer as condi es que conv m a cada esp cie de gesso segundo o autor est a o prov vel segredo de cada estucador d rebocos de estuque brilhoso estes rebocos tem a mesma mistura do estuque que imita o m rmore e do marmorino diferenciando se apenas a metodologia executiva e alguns acabamentos superficiais para obter o brilho do m rmore e ou imitar os veios 2 5 1 1 Prepara o das massas Na prepara o das massas ap s o cozimento a fase considerada mais importante era de macera o e do gesso operada com diversos instrumentos conforme a granulometria desejada O objetivo segundo Vicenzo Scamozzi 1615 apud Arcolao 1998 p 51 era chegar se a um p com a consist ncia fina semelhante farinha Na prepara o da argamas
99. more 2 3 2 A cal A cal um aglomerante que permite a troca de umidade com o ar eventualmente presente no interior das paredes ou rebocos 37 Segundo Donadio 2008 p 41 ao contr rio do que se pensava a cal um dos materiais construtivos mais nobres muito utilizada por culturas antigas eg pcios romanos chineses indianos maias e incas Tamb m utilizada na atualidade pela ind stria metal rgica e t xtil para purifica o do a car e da gua e at mesmo pela ind stria farmac utica Em arquitetura a cal se faz presente na restaura o de edif cios hist ricos pois a fidelidade dos materiais constituintes do bem deve ser mantida Nos ltimos cem anos a cal perdeu espa o para os cimentos e resinas que possibilitam constru es mais r pidas mas que todavia prejudicam imensamente os edif cios hist ricos Segundo Guimar es 2002 p 61 62 os dep sitos rochosos formados pela cal na crosta terrestre formaram dep sitos detr ticos sedimentares metam rficos e at gneos Quando nos dep sitos formados predominam carbonatos de c lcio e ou carbonato de c lcio carbonato de magn sio com pequena participa o de outros compostos ou elementos qu micos as rochas recebem o nome de rochas carbonatadas calco magnesianas A calcita carbonato de c lcio CaCOs o mineral mais importante e caracter stico dessas rochas Sua origem atribu da precipita o de solu es contidas nos carbo
100. na propor o de 11 Estes minerais e ou fases cristalinas s o identificados atrav s das dist ncias interplanares que no difratograma s o definidos pelos valores de d e das intensidades relativas dos picos correspondem ao seguinte resultado calcita d 3 034 aragonita d 3 395 102 700 600 t0 9 8 E i J 500 a Calcita de E 5 400 Q o e 300 J 200 J Aragonita 4 qq si 3 El o 1 n 2 25 J ne J 3 E si si 100 a q ai i oJ D 9 I al E sa 8 8 5 EE o q SN 3 4 5 si Gi 7 Iy 3o yy 2 ao ss 3 a Se 3 NR 4 n 1 sim ai fx d a Var 0 CETTE TEC Er Er Er I E T TT T T 2 10 20 30 40 50 60 70 2 Theta Scale Marta UFPEL File AM2 Marmorino RAW Type 2Th Th locked Start 2 000 End 72 000 Step 0 020 Step time 1 s Temp 25 C Room Time Started 2 s 2 Theta 2 000 Theta 1 000 Phi 0 00 Aux1 0 Operations X Offset 0 042 Import 00 005 0586 Calcite syn CaCO3 Y 19 16 d x by 1 WL 1 5406 Rhombo R axes I lc PDF 2 S Q 88 8 j00 024 0025 D Aragonite CaCO3 Y 1 21 d x by 1 WL 1 5406 Orthorhombic lc PDF 1 S Q 11 2 Figura 56 Gr fico da amostra M2 Picos dos minerais encontrados O gr fico da Figura 57 que apresenta o resultado da amostra M3 onde poss vel verificar o pico dos minerais onde o carbonato de c lcio calcit
101. natos por mudan as f sico qu micas e tamb m por processos org nicos Possui diversidade estrutural mineral gica alabastro pis lito m rmore e outras Pela terminologia de Guimar es 2002 p 322 as rochas carbonatadas por for a das liga es gen ticas est o intimamente associadas com as defini es da cal principalmente quando constitu das basicamente por carbonato de c lcio CaCO na forma mineral de calcita e ou aragonita carbonato de c lcio e magn sio CaCOs MgCOs na forma mineral de dolomita e carbonato de magn sio MgCOs na forma mineral de Magnesita Os principais constituintes das rochas carbonatadas s o os minerais calcita CaCOs aragonita CaCOs dolomita CaCOs MgCOs e Magnesita MgC03 2 3 2 1 Ciclo da cal Segundo Aguiar 2002 p 201 o ciclo de transforma o da cal a rea verdadeiramente extraordin rio a rocha calcinada torna se cal e a cal depois de apagada e misturada com diversos tipos de agregados torna se uma nova rocha artificial o carbonato de c lcio a calcite das rochas calc rias Depois de calcinado 38 at pr ximo dos 900 quando a pedra atinge o rubro cor da cereja transforma se em xido de c lcio comumente designado por cal viva libertando di xido de carbono Quando se combina a cal viva com gua produz se uma forte rea o exot rmica transformando se o xido de c lcio em hidr xido de c lcio vulgarmente chamado cal apagada
102. ncia da 76 aplicag o de diferentes camadas A grande desvantagem desta t cnica quanto sua baixa resolu o b com microsc pio petrogr fico baseia se na observa o por luz transmitida Neste modo de observa o a amostra observada a uma amplia o que pode variar entre 40 x e 50 x CHIARY et al 1992 TEUTONICO 1998 apud VEIGA et al 2004 p 34 As limita es desta t cnica s o de que al m de exigir pessoal t cnico muito especializado dispendiosa em rela o aos custos de equipamento e de tempo de execu o e estar limitada a uma resolu o de 1um O e finalmente o m todo de Difra o de RX t cnica tamb m sofisticada e muito usada para caracterizar os componentes mineral gicos dos revestimentos antigos principalmente por tratar se de uma an lise n o evasiva que requer amostras com massas bem inferiores n o comprometendo e causando danos ao bem Al m disso obt m se resultados de an lise quantitativa ou semiquantitativa o que facilita a compara o entre as diversas amostras e t cnicas em estudo Outras t cnicas de an lises de revestimentos com base de cal podem ser adotadas mas como j especificado depende dos objetivos que se pretende atingir Veiga et al 2004 p 340 citam os m todos desenvolvidos pelo Laborat rio Nacional de Engenharia Civil LNEC Lisboa dentre os quais se destacam a as an lises t rmicas utilizadas para identifica o e determina o do
103. ndo se refere inexist ncia de estudos aprofundados destas t cnicas e sobretudo compara o entre marmorinos e escaiolas e identifica o e caracteriza o de seus componentes permitindo seu reconhecimento Os materiais utilizados ser o revistos e detalhados ao longo do trabalho n o s no que se refere a descri o mas tamb m sua aplica o em receitas encontradas nos autores pesquisados tal como Arcolao 1998 p 73 185 p 186 252 A compreens o das t cnicas no que se refere nomenclatura poder ter criado confus o ao longo do tempo gerando v cios de express o quanto terminologia Mas como poss vel observar n o trazem d vidas em rela o pr tica e aplica o dos materiais nas diferentes t cnicas Ou seja a metodologia executiva que apesar de possuir alguma similaridade levou defini o da terminologia adotada neste trabalho a marmorino o termo utilizado para estuque lustro estuque liso e polido o termo adotado por Aguiar 2002 p 258 que imita pedras como o m rmore pintado posteriormente na t cnica do afresco ou n o e feita sobre estuques lisos de argamassa de cal e areia fin ssima ou de pasta de cal com p de m rmore ou tamb m sobre argamassa de gesso e cal ap s pintados e cuidadosamente acabados e polidos podendo levar acabamentos finais como cera ou verniz b escaiola o termo utilizado para estuques com revestimentos ornamentais que simulam as pedr
104. nidas nos objetivos do trabalho ou seja caracterizar a composi o mineral gica das t cnicas analisadas de marmorinos e escaiolas por atribuir se como condicionante a retirada m nima de material de forma n o destrutiva sem comprometer o patrim nio 2 7 1 Difratometria de Raios X DRX Segundo Veiga et al 2004 p 35 36 a t cnica baseada na difra o dos raios X pela mat ria cristalina permite a partir da an lise do diagrama obtido ap s essa interfer ncia determinar as caracter sticas estruturais e geom tricas das estruturas cristalinas e assim identificar as fases minerais ou mesmo a sua quantifica o no material em an lise A partir das t cnicas investigadas optou se por utilizar a difra o de raios X pois segundo Veiga et al 2004 p 35 36 dentre os diversos m todos experimentais mais utilizados na identifica o de materiais s lidos cristalinos o denominado m todo dos p s Neste m todo considera se que um material poli cristalino formado por diminutos cristalitos que em principio se consideram distribu do aleatoriamente em todas as poss veis dire es Se um feixe monocrom tico de radia o X incidir no p haver sempre cristalitos numa posi o adequada para refletir os raios X de acordo com a lei de Bragg Segundo estes autores a difratometria de raios X DRX que atualmente a t cnica de difra o de raios X mais empregue baseia se simplificadamente na coloca o d
105. o dessas pequenas bolas na gua Misturar o gesso com esta gua colorida Estender nas formas desejadas Dar acabamento com 1 com pedra pome e pedra de amolar 2 tripoli rocha 3 feltro Polir impregnando com 1 gua e sab o 2 apenas leo Esfregar bem para evitar que a superf cie permane a opaca Receita PA 1 Raffaele Pareto 1878 1898 apud Arcolao 1998 p 249 250 MALTA COM GESSO CALCE E POLVERE DI MARMO Composizione lavorazione Vol Ill Voce Gesso curata dall ing G Capacci p 1118 Ricetta schematica STUCCO PER ABBOZZO Impastare calce sabia fine setacciata acqua quanto basta per un impasto denso Disporre questo impasto sopra uma tavola versare l acqua e aggiungere il gesso setacciato in quantit suficiente per assorbirla Impastare le due malte insieme per ottenere um solo impasto omogeneo Utilizzare questo composto per gli strati di preparazione e gli abbozzi STRATI DI FINITURA Impastare malta di calce 3 parti malta di gesso 1 parte 116 ULTIMO STRATO MARMORINO Impastare calce viva 1 parte polvere di marmo 1 parte acqua Aplicare questo composto com uma spatola sopra all abbozzo Modellare l impasto nelle forme volute Nei luoghi umidi utilizzare al posto della calce grassa del cemento o calce eminentemente idraulica senza TRADU O autora 2012 Receita PA 1 Raffaele Pareto 1878 1898 apud Arco
106. o e aos oper rios provedoria da Santa Casa de Miseric rdia de Pelotas por disponibilizarem o acesso e pesquisa na Capela Ao Ge logo Dr Ricardo Decker da Cruz no aux lio e interpreta o dos resultados das an lises de laborat rio A todos os amigos e colegas do IFSUL Campus Pelotas que sempre me incentivaram e principalmente em mais esta etapa s estagi rias Bruna Rolan e Bruna Cruz pelo apoio na prepara o das amostras Ao restaurador e amigo F bio Galli pela bibliografia compartilhada Ao t cnico Renato do Laborat rio de Difra o de Raios X da UFRGS que n o mediu esfor os em dirimir minhas d vidas sempre que solicitado RESUMO NUNES Marta Regina Pereira Escaiola versus marmorino estudo comparativo na Capela da Santa Casa e na Casa Eliseu Maciel Pelotas 2012 Pelotas 2012 118f Disserta o Mestrado Programa de P s Gradua o em Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal de Pelotas Este trabalho desenvolve se no sentido de resgatar a mem ria das t cnicas construtivas ainda existentes executadas pelos profissionais italianos no s culo XIX com seus respectivos materiais que sobreviveram ao tempo na cidade de Pelotas RS Da arquitetura deste per odo destacam se os estuques ornamentais os quais se apresentam atrav s de ornatos em relevos de fachadas e revestimentos internos de forros e paredes Os acabamentos decorativos t m uma riqueza de detalhes significativa
107. o processo de polimento da escaiola com pedra natural ou sint tica da Escola de Minas J na figura 26 observa se a t cnica no antigo Centro de Havana hoje Conservat rio de Dan a um excepcional pal cio com bel ssimas escaiolas vista da escada imperial e detalhes das colunas possivelmente foram realizados por italianos ROJAS 1999 p 125 65 b d e f 9 Figura 24 Sequ ncia do polimento da escaiola de a a g Fonte ROJAS 1999 p 192 b c Figura 25 Processo de polimento da escaiola em a b e c da Escola de Minas Fonte ROJAS 1999 p 244 245 66 CAPA Figura 26 Escaiolas do antigo Centro de Havana hoje Conservat rio de Dan a Fonte ROJAS 1999 p 125 No estudo destas t cnicas foram analisados alguns autores e utilizados os conhecimentos adquiridos no Curso de Restauro de Elementos Decorativos ministrados no Centro Federal de Educa o Tecnol gica de Pelotas em conv nio com o Instituto talo Latino Americano no ano de 2008 Neste curso as aulas pr ticas foram ministradas pela Prof Franca Gamboratto oportunizando maior experi ncia nestas t cnicas com o restauro dos marmorinos no hall do Lar D Concei o situado Rua Jo o Manoel n 251 em Pelotas e em testes de mesa com o Prof Andrea Papi Nesta pesquisa adotaram se para as duas t cnicas os termos marmorino e escaiola por concluirmos ser esta nomenclatura mais usada pelos diversos a
108. om base na sua natureza qu mica org nica ou inorg nica Os principais tipos destes pigmentos est o definidos na Tabela 1 Tabela 1 Tipos de pigmentos inorg nicos e org nicos Fonte AGUIAR 2002 p 299 Pigmentos Inorg nicos Pigmentos Org nicos Naturais Sint ticos Naturais Sint ticos Cores Cores Cores Cores Cores Cores terra minerais terra minerais vegetais animais Em Com grande uso Em Em franco desaparecimento nas tintas atuais desaparecimento progresso s o as muito r pido por ex nas de forma muito cores do futuro tecnologias dos acelerada silicatos Segundo Sisi et al 1998 p 45 os pigmentos s o part culas microm tricas que aglutinadas com a cal atribuem cor a ela Segundo sua origem podem classificar se em pigmentos minerais e pigmentos org nicos Em ambas as categorias se diferenciam entre os obtidos de forma artificial em laborat rio e os que s sofrem calcina o ou mo do por encontrar se em estado puro na natureza Todos eles devem resistir a o dos raios solares e permanecerem inalterados o maior tempo poss vel Al m disso a cal por ser uma subst ncia fortemente alcalina n o deve ser empregada aos pigmentos cidos porque seriam atacados por ela O melhor pigmento para trabalhar com a cal em pinturas afrescos ou estuques ser 42 aquele que permane a est vel aos lcalis luz e a o dos agentes atmosf ricos e so
109. om massas superiores ao solicitado Tabela 2 Quadro das massas passantes e retidas Massa total Massa Massa Massa Massa Amostra g 100 passante g passante retida g retida E1 2 7 1 0 37 50 1 7 69 95 E2 1 0 0 5 50 00 0 5 50 00 E3 4 3 1 9 44 19 2 4 55 81 M1 3 4 1 7 50 00 1 7 50 00 M2 7 5 2 4 32 00 5 1 68 00 M3 4 5 1 4 31 12 3 1 68 89 4 3 INTERPRETA O DAS AMOSTRAS POR DRX As amostras foram submetidas Difra o de Raio X pelo qu mico Renato Figueira da Silva t cnico do Laborat rio de Difratometria de Raios X da Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS O m todo do p utiliza amostras de aproximadamente 1g de material pulverizado ou desagregado e s o depositadas em um sulco de l mina de vidro procurando se preservar a desorienta o das part culas chamada an lise total ou do p onde todos os minerais ou estruturas cristalinas s o analisados 96 4 3 1 An lise dos resultados Amostra do P Mineralogia e Fases Cristalinas Identificadas a ordem de cima para baixo dos minerais e fases cristalinas identificadas indica a quantidade decrescente sendo que os valores assinalados s o considerados por aproxima o semi quantitativa As propor es das fases cristalinas est o descritas na tabela 3 abaixo Tabela 3 Fases cristalinas identificadas Escaiolas Marmorinos Compostos cristalinos identificados Amostras Amostras E1 E2 E3 Mi M2 M3 G
110. ontradas nas receitas dos autores pesquisados c os resultados das an lises mineral gicas para comprovar a composi o dos materiais dos marmorinos e das escaiolas at ent o desconhecidos podem ser utilizados nas futuras interven es de restauro bem como na pr tica do ensino dessas t cnicas 1 5 OBJETIVOS 15 1 Objetivo geral Caracterizar os materiais e t cnicas dos revestimentos de parede marmorino e escaiola utilizados pelos profissionais italianos no s c XIX na cidade de Pelotas RS analisando os comparativamente e contribuindo para execu o ou recupera o destes revestimentos bem como para o ensino da pr tica destas t cnicas 1 5 2 Objetivos espec ficos a resgatar hist rica e comparativamente as t cnicas dos marmorinos e escaiolas tendo por base a caracteriza o e an lise mineral gica dos materiais avaliados 22 b esclarecer a terminologia de marmorino e escaiola ligadas as suas respectivas t cnicas c fornecer subs dios para a restaura o dos marmorinos e escaiolas com base no estudo dos materiais e das t cnicas originais 2 REVIS O BIBLIOGR FICA 2 1 PRESERVA O DO PATRIM NIO ARQUITET NICO Considerando se que os lugares t m natureza social submetidos portanto as mudan as e s intera es com as pr ticas di rias e mesmo quando s o bens reconhecidos na mem ria dos povos pelo seu valor hist rico ou art stico as a es de preserva o devem
111. ore mais precioso camada que se constitu a tamb m em uma tima superf cie para aplica o de cores No caso das paredes interiores depois de acabadas aplicavam se ceras e leos que asseguravam a prote o e o lustro das superf cies Este tipo de acabamento marmoratum como era feito com p de m rmore deu mais tarde origem ao termo popular marmorino Aguiar 2002 p 560 68 Em portugu s Portugal o acabamento com pasta de cal e p de pedra corresponde ao termo guarnecimento ou barramento O que se observa neste estudo que os portugueses tamb m adotaram a t cnica dos italianos no que diz respeito aos acabamentos que imitavam as pedras O que diferencia a influ ncia dos lusos e italianos nos marmorinos e escaiolas apenas o modo de prepara o o que n o descaracteriza a t cnica j que os pr prios italianos como Arcolao 1998 e Fogliata 2004 t m diversas receitas dos tratados e manuais da poca 2 6 1 Caracteriza o destas t cnicas Veiga et al 2004 p 1 utilizam se da defini o dos romanos para conceituar os revestimentos a base de cal que usavam o termo gen rico de stucco O termo parece provir da antiga palavra lombarda stuhhi que indicava crosta ou pele Uma pele que protegia e revestia de forma esteticamente adequada a estrutura mur ria como esclarece Giorgio Forti como a pele e a roupa do homem que podem caracteriz lo com seus tons crom ticos e assim como o gesso e o
112. osi o do substrato de escaiola E2 a presen a de sulfato de c lcio hidratado Ca SO4 H20 2 ou gipsita e Sulfato de C lcio Ca SO4 ou anidrita evidenciam a presen a de gesso e a uma propor o m dia de carbonato de c lcio CaCO3 calcita evidencia a presen a de cal e p de m rmore c na composi o do substrato de escaiola E3 constitu da por sulfato de c lcio hidratado Ca SO4 H gt 0 gt ou gipsita e sulfato de c lcio Ca SO4 ou anidrita identifica a presen a de gesso na amostra d na composi o do substrato de marmorino M1 constitu da por minerais de carbonato de c lcio CaCOs ou calcita e aragonita identificam a presen a de cal e p de m rmore com fraca propor o de di xido de sil cio SiO2 ou quartzo evidenciando a presen a de vest gios de areia e na composi o do substrato de marmorino M2 constitu da por minerais de carbonato de c lcio CaCOs ou calcita e aragonita identificam a presen a de cal e p de m rmore f na composi o do substrato de marmorino M3 constitu da por minerais de carbonato de c lcio CaCOs ou calcita e aragonita identificam se cal e p de m rmore com fraca propor o de minerais de sulfato de c lcio hidratado Ca SO H gt 0 gt ou gipsita identificam a presen a de gesso 6 CONCLUS ES A partir da bibliografia consultada confirmaram se os resultados encontrados nas an lises pois as descri es citadas em rela o aos marmorinos e escaiolas coincid
113. ovenientes da regi o dos autores rebocos as argamassas de cal e areia para reboco s o id nticas s prescritas para alvenarias e v m geralmente tratadas das fontes referenciando a qualidade de cal a ser utilizadas e s granulometrias dos inertes A areia torna se um elemento fundamental para criar revestimentos limpos e sem rugosidade devido excessiva retirada do ligante Em geral aconselha se areia muito fina e peneirada onde as propor es e granulometria variam na sucess o das camadas mais speras para as primeiras e muito finas com consist ncia quase de p para as ltimas Rondelet 1817 apud Arcolao 1998 p 10 recomendava para a primeira camada uma argamassa gorda Isto uma argamassa 49 com mais cal que areia e para a segunda camada previa aplicac o de argamassa magra adicionando certa quantidade de areia ao primeiro reboco e finalmente para a terceira camada recomendava a aplicag o de somente leite de cal muito diluida e sem adig o de inerte Na realiza o das massas de reboco estas fontes recomendavam a utiliza o dos melhores materiais a cal particularmente deve ser colocada para macerar por muito tempo antes do seu emprego Rondelet 1817 apud Arcolao 1998 p 11 indicava dez ou doze meses de intervalo de tempo m nimo que devia transcorrer antes do seu emprego pois se ficasse qualquer n dulo pouco cozido nos fornos seria extinto atrav s da longa macera o Tamb m na
114. plexa do que a do stucco lustro pois implica um grande desbaste seguido de um cuidadoso desgaste com lixa com acabamento final assegurado por um polimento com pedra de polir e aplica o de ceras AGUIAR 2002 p 563 Observa se que existe uma t nue diferen a entre o estuque marm reo stucco marmo e a verdadeira escaiola scagliola onde o limite est na t cnica final de aplica o da colora o dada na massa Entende se que atrav s destas defini es de Aguiar 2002 p 258 consegue se desmistificar as d vidas at ent o criadas em torno destas t cnicas Segundo este autor em Portugal e na Espanha perdeu se o significado original do termo escaiola que derivava da scagliola italiana e que nos ltimos dois s culos por corrup o ou por simplifica o passou a designar sem o ser a t cnica do stucco lustro e at por vezes do stucco marmo situa o que leva algumas confus es terminol gicas propagadas at os nossos dias Entre n s muito frequente chamar escaiolas a todo o tipo de fingimentos de pedra sejam estes feitos com pintura ou com a cor dada na massa como se pode comprovar consultando escaiola nos dicion rios de Belas Artes dos s culos XIX e XX O termo scaglioula que em portugu s traduz se como escaiola surgiu originalmente na Italia definindo uma camada muito fina obtida atrav s da calcina o de cristais de gesso muito usada para se obter acabamentos particularmente delicados int
115. prepara o das argamassas tinha grande import ncia qualidade e a quantidade da gua das massas Cuja indica o era aquela que fosse l mpida pura e doce e a quantidade aconselhada diferi a das receitas de Vitruvio e de Pl nio que n o atribu am import ncia determinante e sucessivas identificadas na longa manipula o e na reduzida quantidade de gua na massa o segredo das argamassas e dos rebocos antigos 2 4 1 T cnicas de aplica o e acabamento Sobre as t cnicas de aplica o e acabamento Arcolao 1998 p 12 descreve o reboco comum segundo Vitruvio como um revestimento composto de uma primeira camada de reboco muito spero dito sgrossatura o qual se sobrepunha seis camadas de argamassa sendo tr s de argamassa de cal e areia e tr s de argamassa de p de m rmore J as fontes posteriores recomendavam pelo menos tr s camadas de reboco sendo que as nicas diferen as eram as terminologias das v rias camadas mais externas dos revestimentos de paredes A partir do s c XVIII e XIX Alberti 1485 apud Arcolao 1998 p 12 aconselhava o uso do p de m rmore ou de uma pedra branca como inerte na ltima camada e indicava como ltimo revestimento o embranquecimento ou scialbatura com cal muito dilu da identificado como leite de cal ou gua de cal Ap s Quartrem re de Quincy 1832 apud Arcolao 1998 p 13 recomendou sobrepor uma quarta camada como refor o ou raffozzonatura composta de col
116. presenta propor o de 76 sulfato de c lcio anidrita na propor o de 12 e carbonato de c lcio calcita na propor o de 12 Estes minerais e ou fases cristalinas s o identificados atrav s das dist ncias interplanares que no difratograma s o definidos pelos valores de d e das intensidades relativas dos picos correspondendo ao seguinte resultado gipso d 7 606 anidrita d 3 498 calcitaita d 3 064 99 350 340 330 320 310 300 290 280 270 260 250 240 230 220 210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 d 4 282 ipso d 3 064 d 7 606 Calcita santa Lin Counts d 2 872 d 2 683 Anidrita d 3 800 70 60 50 d 3 498 Q d 2 494 d 3 165 d 2 787 d 2 594 42 404 d 2 328 d 1 898 d 1 665 d 1 621 d 1 438 d 1 364 d 1 324 30 20 10 AAA AA OA A todo O O O O O A DO Ri F xi 3 ma d 1 582 d 1 532 n 10 20 30 40 50 60 70 2 Theta Scale MARTA UFPEL File AM2 ESCAIOLA RAW Type 2Th Th locked Start 2 000 End 72 000 Step 0 020 Step time 1 s Temp 25 C Room Time Started 2 s 2 Theta 2 000 Theta 1 000 Phi 0 00 Aux1 Operations Import 8 01 074 1433 C Gypsum Ca SO4 H20 2 Y 10 54 d x by 1 WL 1 5406 Monoclinic lc PDF 1 7 S Q 76 3 01 072 0916 C Anhydrite Ca SO4 Y 1 79 d x by 1 WL 1 5406 Orthorhombic lc PDF 1 8 S Q 12 3 8 00 05 0
117. que rebaixa consideravelmente a intensidade da cor pura A quantidade de pigmento necess ria para colorir uma massa de estuque ou uma mescla de pintura se reduz a 1 3 ou a 5 a incorpora o de uma maior propor o de cor provoca a satura o da pintura e torna se empoeirada e mancha a superf cie um erro portanto economizar com o custo do material As melhores cores asseguram um pigmento de granulometria fina e uniforme sem impurezas de grande poder de cobertura Segundo Aguiar 2002 p 300 o poder de cobertura de uma pintura define se como a capacidade do sistema pigmento ligante formar uma barreira opaca penetra o da luz Ser sempre de maior cobertura o pigmento que numa determinada dispers o no ligante e em paridade de espessura com qualquer outro sistema deixa transparecer menos o fundo de um determinado substrato Quanto ao pigmento a sua capacidade de cobertura depende diretamente da dimens o de 43 suas part culas e de seu ndice de reflet ncia Quanto menor forem essas part culas e quanto maior seu ndice de reflet ncia mais elevado ser seu poder de cobertura O elevado poder colorante de alguns pigmentos a principal raz o que explica a popularidade de alguns produtos tradicionais como as terras exploradas na regi o de Proven a Fran a ocres ou as c lebres Terras de Siena na It lia ocres amarelos exportadas para muitos pa ses desde h muitos s culos AGUIAR 2002 p 301
118. ra obter os resultados desejados principalmente nas escaiolas Este foi um dos fatores fundamentais para determinar o tipo de an lise a ser adotado aliado ao objetivo desejado da caracteriza o dos componentes Por isso procuraram se formas de extra o que causassem poucos danos aos im veis tomando se alguns cuidados com o processo de retirada que evitasse a contamina o das amostras tanto no recolhimento como no transporte e armazenamento Da coleta de material at a defini o do tipo e em qual laborat rio seriam feitas as an lises foi percorrida uma jornada com tentativas frustradas em contatos e visitas a v rios laborat rios No entanto persistindo com o prop sito as amostras foram encaminhadas para o Centro de Estudos em Petrologia e Geoqu mica Laborat rio de Difratometria de Raios X da Universidade Federal do Rio Grande do Sul O objetivo do trabalho foi alcan ado com a identifica o da composi o mineral gica das escaiolas e marmorinos atrav s da an lise de Difratometria de Raios X recorrendo se bibliografia para complementar as informa es quanto aos demais componentes destes revestimentos 110 O m todo utilizado veio de encontro com os objetivos do trabalho no que diz respeito identifica o dos minerais presentes nas amostras dos marmorinos pasta de cal e p de m rmore e escaiolas gesso A bibliografia pesquisada possibilitou a identifica o de outros componentes qu
119. ra a capela O altar mor foi reformado pelo escultor Angelo Giusti V rios pesquisadores escreveram sobre a capela da Santa Casa de Miseric rdia e todos foram un nimes em afirmar que a constru o esteve responsabilidade de Giuseppe Isella e Gugliermo Marcucci Alguns apontaram como projetista Giuseppe Isella reafirmando esta hip tese Segundo Chevallier 2002 p 100 que atrav s de contato com a fam lia do arquiteto recuperou a fachada e um esbo o interno da capela desenhado por Giuseppe Isella ressaltou que o projeto da fachada tem somente a sua assinatura e que o esbo o do seu interior igual ao 29 aspecto atual A autora conclui que Isella participou n o apenas da fachada da capela mas da concep o total da obra A seguir nas Figuras 1 a 5 incluem se as imagens do interior e exterior do pr dio obtidas nas refer ncias bibliogr ficas e pela autora deste trabalho onde se observam a semelhan a dos desenhos de Giuseppe Isella e das imagens atuais a E E a a b Figura 1 a Desenho de Giuseppe Isella para o exterior da Capela da Santa Casa de Pelotas Fonte CHEVALLIER 2002 p 180 b fachada atual da capela Fonte autora 2011 b Figura 2 a Desenho de Giuseppe Isella para o interior da capela da Santa Casa de Pelotas Fonte CHEVALLIER 2002 p 184 b interior da capela Fonte autora 2011 30 Peres 2008 p 59 identificou as t cnicas construtiva
120. rmente na Figura 33 Figura 48 Pesagem das amostras 1 e 2 ap s a limpeza Fonte autora 2011 93 As amostras retiradas foram preparadas conforme dados a seguir a data da prepara o das amostras 09 11 2011 b per odo das 16h45min s 17h20min c local Laborat rio de Solos do Curso de Edifica es IFSUL Rio grandense Pelotas RS No laborat rio as amostras das escaiolas e marmorinos foram trituradas em c psulas de porcelana e socadas com almofariz conforme fig 49 b com exce o da amostra 3 da escaiola que foi substitu da por m o de gral recipiente mais resistente para tritura o No intervalo de tritura o de cada amostra os instrumentos foram esterilizados com lcool et lico hidratado a 92 8 aplicado com bucha de algod o De cada amostra depois de finamente mo da e passada por peneira 0 075 mm ABNT ou 200 USS ASTW Figuras 49 50 e 51 obtiveram se os materiais passantes e retidos separados os quais foram pesados e armazenados em embalagens pl sticas e lacradas em presen a de s lica b Figura 49 a Pesagem das amostras antes da tritura o b tritura o em c psulas de porcelana e socadas com almofariz Fonte autora 2011 Figura 50 Massa mo da e passada por peneira 0 075 mm ABNT ou 200 USS ASTW Fonte autora 2011 94 BG 4001 ET OD gt Ligar d Figura 51 Pesagem do material passante e retido das amostras da escaiola e marmorino Fonte autora 2011
121. s e materiais usados na construg o da Capela da Santa Casa de Miseric rdia de Pelotas No que se refere aos elementos verticais e revestimentos internos identificou as t cnicas construtivas com rebocos de acabamento marm reo o marmorino nas colunas da nave central revestimento das paredes com m rmore rosado e nos altares laterais a verdadeira escaiola o d i Ni 4 std 1 WE E T 5 aiin Figura 3 Altares laterais da capela com revestimento em escaiola Fonte autora 2011 Figura 5 Detalhes da escaiola dos altares laterais da capela Fonte autora 2011 31 2 2 2 Casa Eliseu Antunes Maciel A Casa Eliseu Antunes Maciel situa se na Pra a Coronel Pedro Os rio n 8 O propriet rio na poca da constru o era Eliseu Antunes Maciel e atualmente da Universidade Federal de Pelotas Trata se de um exemplar significativo da fase de desenvolvimento econ mico da cidade na segunda metade do s culo XIX originada pela atividade de produ o do charque Nessa poca construtores italianos consolidaram o estilo ecl tico nas constru es mais importantes desse per odo Seu interior ricamente decorado com pinturas sobre rebocos do tipo finto marmo ou seja imitando m rmore em diversas tonalidades e forros em estuque com ornatos em relevo nos mais variados desenhos Na poca dos levantamentos de Peres 2001 p 119 a edifica o com mais de um s culo de idade apresentava uma s rie de mani
122. s que devem ser respeitadas no campo da conserva o e da restaura o do patrim nio arquitet nico Em obras de conserva o e restauro arquitet nicas realizadas no Brasil observa se a inexist ncia de m o de obra especializada o que pode resultar em interven es aqu m do que defendido pelos te ricos como restauro Essas obras na maioria das vezes caracterizam se como reformas que comprometem e descaracterizam o bem causando muitas vezes impactos irrevers veis A necessidade de intensificar a forma o e especializa o de profissionais para que atuem de maneira sintonizada com crit rios e princ pios de bases s lidas reconhecidas e comprovadas cientificamente leva nos a pesquisar esses revestimentos Desse modo a interven o de restaura o e conserva o ser baseada no saber fazer experimental e ser capaz de melhor salvaguardar o patrim nio arquitet nico existente em nossa regi o A recupera o dessas obras o avan o nas pesquisas e obten o de resultados anal ticos mais precisos e compat veis com os materiais da poca em que esse patrim nio arquitet nico foi constru do torna se primordial visto que existem restri es quanto ao uso de materiais e t cnicas atuais pela incompatibilidade com as originais Para garantir a conserva o e manuten o dessas obras de valor hist rico necess rio que no decorrer da restaura o evite se tomar decis es que possam modificar todas as hierarqui
123. s veios com vermelho de cobre m granito amarelo a cor de fundo com ocra amarela contendo pedacinhos de mica e de alabastro os veios com mesma cor um pouco mais intensa Antes de trabalhar com cor Sisi et al 1998 p 46 recomendam que fundamental comprovar a qualidade e resist ncia dos materiais realizando uma s rie de provas simples para verificar se o pigmento n o perde a intensidade em contato com a cal e que n o se descolori ao ser exposto aos raios ultravioletas Na escolha da cor adequada deve se levar em conta que como regra geral todas as cores clareiam ao secar e s alcan am a tonalidade definitiva ap s tr s semanas da aplica o da argamassa de cal em pinturas ou cal em pasta em massas de estuque diminuindo consideravelmente a intensidade da cor pura 2 3 5 Ferramentas e utens lios para trabalhos em estuque As ferramentas usadas pelos estucadores para a execu o dos seus trabalhos simples e de pouca variedade A Figura 11 demonstra os tipos mais vulgares segundo Segurado 1732 p 59 ia Figura 11 Ferramentas de estucador Fonte SEGURADO 1732 p 59 46 1 colher a ordin ria de pedreiro ou trolha que se emprega para misturar a massa e estend la na parede O seu tamanho depende da propor o do trabalho a fazer assim como a ponta que pode ser arredondada ou em bico conforme a sua aplica o Para estender a massa de estuque e desempenar as paredes emprega se a
124. sa para a base de gesso a manipula o deveria ser breve pois a massa endurecia rapidamente podendo ser inutilizada Rondelet 1817 apud Arcolao 1998 p 52 recomendava continuar a mistura de argamassa de cal e areia fina com gua sobre uma tavoletta tabuleta esp cie de bandeja que o estucador utilizava Sobre ela o operador devia dispor a argamassa como uma esp cie de bacino bacia onde era distribu do o gesso at absorver toda a gua da argamassa obtendo se uma massa uniforme pronta para aplica o Outros 55 procedimentos indicam o uso de bacias ou mastelli masseiras ou misturadores que ficavam pr ximas ao operador onde era adicionada argamassa o gesso e gua conforme a necessidade Ant nio Cantalupi 1862 apud Arcolao 1998 p 52 afirmou que ap s o emassamento sua consist ncia deveria ser testada na colher de pedreiro teria de ficar presa com uma camada de no m nimo 2mm Estas massas eram utilizadas em a rebocos de acabamento marm reo colorido em pasta que se indicava na elabora o das massas de imita o do m rmore e s o definidas de dois tipos O primeiro descrito por Francesco Griselini 1768 1775 apud Arcolao 1998 p 52 entre outros que consistia em diluir sob forma de pigmentos minerais do m rmore que se desejava imitar em alguns vasos de vidro contendo uma solu o de gua e cola quente na qual se adicionava uma quantidade de gesso suficiente para formar uma mistura cons
125. serva entre as artes do estuque destaca se em It lia a partir do Cinquecento s c XVI e in cio do Seicento s c XVII a t cnica da scagliola dita mischia ou mista ou ainda em tavolini que consistia na incorpora o de pigmentos na massa de cal ou de cal e gesso o que resultavam simula es extraordin rias de pedras nobres compondo esquemas decorativos similares aos dos embutidos Aguiar 2002 p263 afirma que ainda se sabe muito pouco sobre a hist ria das t cnicas e das pr ticas de execu o dos estuques a cal ou a gesso e cal n o se conhecendo nenhum estudo comparativo entre o legado deixado pelo contato com os italianos e o surgimento de pr ticas contextualizadas Observa se que na pouca bibliografia produzida entre n s surge frequentemente a confus o j aqui apontada tamb m na regi o sul entre a t cnica do stucco lustro e do stucco marmo e entre o stucco marmo e a scagliola que segundo Aguiar 2002 p 263 artisticamente tinha objetivos similares as composi es decorativas com a simula o de materiais nobres como os m rmores mas que tecnicamente exigiam saberes e pr ticas muito diferenciadas o stucco lustro era essencialmente uma t cnica dos pintores enquanto que o stucco marmo e a escaiola eram t cnicas essencialmente de estucadores Quando Aguiar 2002 p 630 631 descreve que as t cnicas do stucco marmo e da scagliola eram frequentes em Portugal recomenda que ambas sejam 73 m
126. sobre os guarnecimentos de cal com compostos especiais que permitiam um cuidadoso polimento final obtendo se superf cies extraordinariamente brilhantes o que tamb m se conseguia com a passagem de ferros quentes de bordos arredondados Esta t cnica segundo Mascarenhas 2008 tamb m denominada de escaiola que uma t cnica semelhante ao stucco lustro sendo em algumas localidades consideradas como a mesma A grande diferen a est em utilizar no lugar da prancha aquecida uma esp cie de colher de pedreiro especial cazzuola arredondada nas bordas usada para dar polimento e brilho desejados nas superf cies 70 Ambas as t cnicas tem o mesmo objetivo de imitar as pedras ornamentais mas identificam se algumas semelhan as e diferen as na sua confec o conforme se esclarece e define se a seguir a o stucco lustro ou escaiola era uma pintura marmorizada Segundo Mascarenhas 2008 p 65 em algumas localidades eram consideradas as mesmas onde a base era executada sobre estuque branco liso denominado marmorino e pintadas posteriormente A diferen a entre elas estava no acabamento final onde na escaiola em vez de usar a prancha aquecida usava se a cazzuola Esta t cnica identifica se na Figura 27 a b o stucco marmo tamb m era uma pintura marmorizada a diferen a estava na base do estuque onde eram incorporados os pigmentos colorindo a mesma Utilizava se somente pasta de gesso e ou pasta de cal Segundo Masc
127. stes revestimentos decorativos produzem resultados visuais semelhantes o que diferenciam s o os materiais e ou as t cnicas utilizadas em cada uma delas Para Aguiar 2002 p 258 as principais destas pr ticas s o definidas como a O stucco lustro stuccolustro que imitando pedras ornamentais como os m rmores ou as brechas atrav s da pintura a fresco ou seco feita sobre estuques lisos de argamassa de cal e areia fin ssima ou de pasta de cal com p de m rmore ou tamb m sobre argamassa de gesso e cal no fim pintados e cuidadosamente acabados por vezes com pinturas brunidas a ferro quente e depois polidas podendo levar acabamentos finais com cera ou verniz b o stucco marmo por vezes tamb m erroneamente designado na nossa literatura t cnica e art stica como scagliola ou escaiola uma outra t cnica decorativa onde a simula o se conseguia incorporando pigmentos nas pr prias argamassas utilizando se massas de gesso e ou pasta de cal c e ainda a verdadeira scagliola que prop e revestimentos ornamentais simulando os embutidos de pedra compondo esquemas decorativos policromos que se executam com massa de gesso ou gesso e pasta de cal carregadas com diferentes pigmentos e colas jogando com os contrastes das cores recortando os espa os necess rios numa camada base e preenchendo os com distintas massas coloradas AGUIAR 2002 p 258 A t cnica do stucco lustro era muito popular pois consistia na pintura
128. talocha que uma pequena t bua com uma face bem lisa de forma retangular aproximadamente de 18cm de largura por 25cm de comprimento tendo do lado oposto uma ou duas travessas para refor ar e n o deixar empenar a madeira assim como uma asa ou punho para agarrar e facilitar o seu emprego 2 colherim semelhante colher mas mais curta servindo para alisar e brunir a massa do estuque 3 ferro de canto 4 ferro de corte 5 ganchetas ferros delgados com as pontas em forma de ganchos de variados feitios e colocados em cabos de madeira 6 picadeira serve para picar o estuque antigo afim de se colocar o novo opera o que se chama aferroar 7 r gua de cantos feita de madeira rija de 1 a 1 5cm de espessura e de 20 a 25cm de comprimento Os topos s o obl quos tendo em um deles uma folha de metal m vel e segura por dois parafusos Os extremos desta chapa de metal t m a forma das arestas da r gua de um lado curvo e do outro reto e assim poder ser aplicado conforme for o desenho da moldura curvil neo ou retil neo Os aperfei oamentos do estuque s o feitos com esp tulas e ferros de diversos tipos como os empregados nos acabamentos dos modelos de gesso conforme a Figura 12 tamb m especificado por Segurado 1732 p 21 Estes instrumentos podem ser de ferro e melhor ainda se forem de a o bem afiados para cortar outros dentados ou tamb m na forma de teques 47 Figura 12
129. te ou a frio A primeira descrita por De Cesare 1855 apud Arcolao 1989 p 59 era composto s de gua e sab o de Genova para aplicar sobre estuque simples de gesso para o interior e de p de pedra branca para o exterior n o ainda completamente enxuto e para comprimir mediante ferros quentes A segunda descrita por Breymann era composta de cera amarela ou branca para trabalhos brancos sab o e cremor di t rtaro t rtaro de vinho sal cido de pot ssio que se forma no interior das garrafas utilizado provavelmente para facilitar o espalhamento da cera O polimento neste segundo caso acontecia a frio antes com uma pele fina branca e sucessivamente com a parte plana da colher de pedreiro Ainda em rela o ao acabamento marm reo encontram se outros autores que o denominam marmorino considerado o estuque cl ssico de revestimento dentre eles destaca se Aguiar 2002 258 2 6 MARMORINO E ESCAIOLA Em todas as t cnicas de imita o do m rmore muitos exemplos foram deixados desde o renascimento italiano e o barroco centro europeu chegando muitas vezes a superar a pr pria pedra e conseguindo efeitos imposs veis de realizar com o m rmore natural desde a aus ncia de juntas molduras cores etc SISI et al 1998 p 123 As t cnicas de revestimento interno denominadas popularmente de escaiola s o de marmorino ou finto marmo de escaiola que a aut ntica escaiola ambas utilizadas pelos construtor
130. teor dos v rios constituintes que est o presentes nas argamassas antigas b a microscopia eletr nica de varredura MEV permite a observa o e caracteriza o de materiais heterog neos org nicos e inorg nicos e de superf cies de uma amostra registra uma correspond ncia ponto a ponto entre a imagem e a regi o observada da amostra Pode vir associado e complementado com a microan lise de raios X por dispers o de energia EDS muito utilizada na caracteriza o dos materiais constituintes como auxiliar no diagn stico dos processos de deteriora o em edif cios hist ricos e ainda no controle da efic cia dos tratamentos de limpeza consolida o e de prote o aplicados 77 c a pesquisa de compostos org nicos por espectrofotometria de infravermelho por transformada de Fourier FTIR natureza dos compostos org nicos presentes Neste estudo tamb m Veiga et al 2004 p 340 ressalta que o do m todo mido de an lise qu mica dissolu o por cido para determinar as fra es do aglomerante e do agregado n o pode ser aplicado neste caso pois importante lembrar que a cal depois de curar de reagir com o CO se transforma quimicamente em carbonato de c lcio CaCO gt devido a este fato tanto o aglutinante como agregado seriam dissolvidos n o sendo poss vel distinguir os dois componentes Por esta raz o estes m todos n o foram adotados visto n o atenderem a uma das expectativas defi
131. tima camada que receber a pintura A t cnica colorida na massa tamb m chamada de scagliola ou stucco marmo foi realizada em aula pr tica em teste de mesa ministrada pelo Prof Andrea Pappi tamb m do IILA em 2008 Ent o deve se considerar principalmente que investigar a autenticidade dos materiais e a dosagem dos componentes n o suficiente pois tal procedimento requer bom senso do restaurador para saber interferir adequadamente de acordo com o bem a ser restaurado e o local em que o mesmo se encontra Alguns autores como Mascarenhas 2008 p 59 descrevem a t cnica do marmorino passo a passo conforme esquema das Figuras 18 e 19 e de anota es de aula de Fanco Fogliata em Veneza durante o Curso de Especializa o em Conserva o de Estuque Ornamental em 2001 onde o autor define o extrato interno sendo a base do marmorino e o extrato externo como a ltima camada do marmorino apresentado na Figura 18 Uso da cera no polimento Torna a superficie mais lustrosa polida Cria uma pel cula de prote o impermeabilizante s guas fortes de chuvas Cria superf cies brilhantes Espessura de 1 5cm a 2 0cm Figura 18 Marmorino passo a passo Fonte MASCARENHAS 2008 p 59 SUPORTE SUBSTRATO O stucco como executado na Italia 62 ACABAMENTO POLIMENTO EXTRATO EXTERNO EXTRATO INTERNO Areia Cal apagada Areia fina 3 Cal apagada 2 gua O necess rio para
132. to deveriam voltar forma original ou seja em duas guas sem os beirais e com platibandas 2000 Em meados deste ano a justi a desocupou o em processo judicial executado pela fam lia alegando falta de condi es de seguran a 2005 Devido a uma a o do Minist rio P blico o munic pio ficou intimado a executar uma obra emergencial que contou com recursos do Instituto Nacional do Patrim nio Hist rico e fiscaliza o da Secretaria Municipal de Cultura IPHAN tendo sido executado subtelhado met lico e prospec o arqueol gica valas de esgotamento das guas pluviais nos compartimentos do por o consolida o de diversos forros de estuque e a recupera o de revestimentos de argamassa da fachada 2007 A casa foi adquirida pela Universidade Federal de Pelotas encontra se cercada com tapume e aguarda aprova o do projeto de restaura o pelo IPHAN para o rein cio das Obras 2009 O pr dio passou por restaura o emergencial em seu interior tendo seu in cio em 27 10 2009 e t rmino em 24 02 2010 Fonte UFPEL Arq M rcia Rotta em 16 05 2011 2011 Inicio da restaura o aprovada pelo IPHAN executada pela empresa Marsou Engenharia no dia 14 03 2011 Fonte Marsou Engenharia 02 05 2011 2012 Restaura o em fase de conclus o do interior e exterior A seguir nas Figuras 6 a 9 incluem se as imagens do interior e exterior do pr dio obtida nas refer ncias bibliogr ficas e pela autora
133. tora 4 1 2 Amostra de marmorino Nas amostras do marmorino retirou se primeiro o pigmento do substrato de acabamento com lixa fina n 342 tomando se cuidado para n o comprometer este revestimento conforme figura 45 A seguir virou se a pe a na bancada e protegeu se esta face com buchas de algod o para efetuar a limpeza posterior do substrato da argamassa conforme Figura 46 a limpeza do marmorino com lixa b prote o do substrato e c limpeza do substrato da base Posteriormente efetuou se a finaliza o da limpeza delicadamente com esp tula fina de forma a n o comprometer a camada do marmorino identificado na Figura 39 que identifica a finaliza o da limpeza Figura 45 Retirada do pigmento do marmorino das amostras 1 e 2 Fonte autora 2011 92 Figura 46 Amostras 1 e 2 em processo de limpeza do marmorino a e do substrato de base b e c Fonte autora 2011 b Figura 47 Finaliza o da limpeza das amostras 1 2 e 3 Fonte autora 2011 Ap s a limpeza das duas faces efetuou se a pesagem em balan a de precis o de cada amostra 1 e 2 para registrar a quantidade de material resultante e detectar se seriam suficiente para an lise Registrou se na amostra 1 massa de 14 6g e a amostra 2 massa de 29 99 Figura 48 A amostra 3 identificada na Figura 47 c n o precisou passar por este processo visto que na retirada j estava sem o substrato da base conforme apresentado anterio
134. u Maciel casais sun esteiras ei a o ii a a a a a a id 31 2 2 2 1 Hist rico da Casa Eliseu Maciel etc 31 2 3 MATERIAIS CONSTITUINTES DOS REVESTIMENTOS NOS PREDIOS HISTORICOS amais ari a ai 34 rA OS inertes cc 36 20 As alla Alain ia ai Na a aaa 36 231 2 PO EMA iii ira 36 232 Adler 36 Z0 2 1L Gicio dartalic panca 37 23 3 GESSO 39 2 34 Pigmento a aaae aa a aaae aa a aa Ea a e eea ie 40 2 3 5 Ferramentas e utens lios para trabalhos em estuque 45 2 4 MASSAS PARA ES TUQUES RR 47 2 4 1 T cnicas de aplica o e acabamento 49 2 5 ARGAMASSAS COM GESSO E OU CAL E P MARMORE 50 2 5 1 Argamassas de gesso e ou p de m rmore para rebocos e estuques 51 2 5 1 1 Prepara o das MaSssas iii 54 2 5 1 2 T cnicas de aplica o e acabamento 56 2 6 MARMORINO E ESCAIOLA ch lA E a 58 2 6 1 Caracteriza o das t cnicas iiiiiii 68 2 7 ANALISES DE LABORATORIO eee 74 2 7 1 Difratometria de Raios X DRX iii 77 g METODOLOGIA 79 3 1 COLETA DE MATERIAL NA CASA ELISEU MACIEL 79 3 2 COLETA DE MATERIAL NA CAPELA DA SANTA CASA 83 3 3 ANALISE POR DIFRATOMETRIA DE RAIOS X DRX 88 4 RESULTADOS OBTIDOS ibi rai 90 4 1 PREPARA O DAS AMOSTRAS
135. ua a poco a poco quando comincia a fumare Rimescolare per facilitare la fusione Diluire la calce in moita acqua per filtrarla oppure macinaria su di una lastra di marmo Lasciare riposare la calce por quatro a cinque mesi L ingrediente migliore da mescolare con la calce per fare lo stucco la polvere de marmo di Carrara In mancanza di polvere di marmo Carrara si possono utilizzare la polvere di pietra Tonnere la creta di Champagne alabastro in polvere la scagliola Realizzare l impasto solo al momento dell utilizzo Realizzare lo stucco vero e proprio con polvere di marmo 1 parte calce 1 parte Se si adopera una polvere diversa da quella del marmo la quantit di calce pu variare Mescolare questo impasto con una cazzuola e con uno strumento di ferro fino a quando ne esca pulito come dice Vitruvio Lo stucco non si attaca al ferro quando grasso al contrario vi si attacca quando magro e non contiene una quantit suficiente di calce TRADU O autora 2012 Ricetta RN 14 Jean Rondelet 1802 1817 apud Arcolao 1998 p 140 141 ARGAMASSA DE CAL E P DE M RMORE PARA DECORA O PL STICA Composizione lavorazione Libro quarto Murazione p 98 118 RECEITA ESQUEMATICA MASSA PARA ESTUQUE Pegar a melhor cal branca e bem cozida Verificar se a pedra cozida percutida apresenta um som claro brilhante Adicionar a cal na gua antes de coloc la no tanque de e
136. undo se obt m com ocra amarela anil e preto da Alemanha os veios se formam com preto da Alemanha e com um pouco de anil as manchas brancas com pedacinhos de alabastro c p rfido verde a cor de fundo verde e consiste de terra verde de um pouco de anil de um pouco de preto da Alemanha e de um pouco de ocra amarela tamb m se espalha um pouquinho de gesso acinzentado e pedacinhos de alabastro d m rmore acinzentado composto de preto da Alemanha e granito acinzentado preto da Alemanha com um pouco de cobre e pedacinhos de alabastro f m rmore preto preto da Alemanha com um pouco de anil os veios se fazem com ocra amarela e com um pouco de amarelo de cromo e os veios brancos com gesso g m rmore azul lapislazzul azul da Pr ssia com um pouco de anil os veios dourados com limas de lat o que n o deveriam absolutamente conter part culas de ferro h m rmore vermelho laca de Viena e vermelho da Inglaterra i p rfido bruno a cor de fundo se obt m com vermelho de cobre misturado com um pouco de anil e misturados com pedacinhos de alabastro 45 j granito bruno a cor de fundo composta de metade de vermelho de cobre e metade de vermelho da Inglaterra adicionando se pedacinhos de gesso acinzentado e de mica k m rmore amarelo claro a cor de fundo se obt m com ocra amarela e os veios se fazem com vermelho da Inglaterra e com verde escuro m rmore amarelo escuro a cor de fundo com ocra amarela e o
137. uperf cie de alvenaria regular antes de aplicar o encrespado tamb m em argamassa de gesso O autor tamb m descreveu um reboco para superf cie linear chamado leitoso com gesso dilu do em muita gua e aplicado com colher de pedreiro rebocos com p de m rmore como o p de m rmore constitu do sobretudo de carbonato de c lcio ele exerce duas fun es nos rebocos com argamassa de cal retardar a carbonata o e consequentemente o tempo de pega e endurecimento da mistura melhorando a estabilidade e aumentando a plasticidade natural V rias receitas s o prescritas com p de m rmore entre as quais destacam se de Vitruvio apud Arcolao 1998 p 51 que aconselhava a aplica o das argamassas com cal e p de m rmore para completar a superf cie de alvenaria e Albert 1485 apud Arcolao 1998 p 51 ao contr rio que especificava a argamassa com p de m rmore como ltima camada devendo ser compactada e alisada com a colher de pedreiro Geralmente todas as receitas para reboco com p de m rmore previam na dosagem dos ingredientes o aumento na quantidade de ligante na camada mais externa Como consequ ncia os revestimentos realizados com esta t cnica apresentam fendas na superf cie externa 54 c rebocos de acabamento marm reo este estuque caracteriza se pela sua colora o com pigmentos elemento este que identifica a t cnica de imita o do m rmore Esta colora o podia vir na
138. uri ponteiro etc de modo a danificar o m nimo poss vel o im vel de forma n o evasiva e consequentemente em propor es que n o comprometam o bem tamb m tomou se alguns cuidados com o processo de retirada para evitar a 89 contamina o e a degrada o das amostras tanto na recolha como no seu transporte este procedimento encontra se detalhado no Cap tulo 4 deste trabalho Esta an lise de Difra o de Raios X baseou se na mat ria cristalina permitindo a partir da an lise do diagrama obtido e ap s essa interfer ncia determinar as caracter sticas estruturais cristalinas e assim identificando as fases minerais ou mesmo a qualifica o no material analisado Esta an lise foi realizada no Laborat rio de Difratometria de Raios X da Universidade federal do Rio Grande do Sul UFRGS A condi o anal tica adotada foi atrav s de equipamento de difrat metro SIEMENS BRUKER AXS D5000 com goni metro 8 0 A radia o Ka em tubo de Cobre nas condi es de 40KV e 25mA A velocidade e o intervalo de varredura do goni metro para an lise do p a seguinte Amostra do P 2 segundos para 0 02 de degrau do goni metro de 2 a 72 20 4 RESULTADOS OBTIDOS O resultado dos ensaios de raios X que geram sinais caracteristicos dos elementos com informa es qualitativas e quantitativas da composi o elementar de cada amostra possibilitou confrontar os resultados para que se chegasse ao objetivo pretend
139. utores pesquisados entre eles Aguiar 2002 e Arcolao 1998 V rios outros autores como italianos portugueses e espanh is tamb m identificam a t cnica com propriedade pois estabelecem historicamente o termo utilizado pelos italianos ou seja finto marmo ou falso m rmore para os marmorinos e o termo escaiola ou scagliola e tamb m identificada como sendo a t cnica original Tamb m Rojas 1993 p 179 esclarece que as t cnicas de imita o do m rmore descritas em G Gili 1960 sobre a obra do arquiteto Karl Lade e do mestre estucador Adolf Winckler que o processo de realiza o destes estuques apareceu na Alemanha no s culo XVII por influ ncia do renascimento italiano e as considerou quase desaparecidas A seguir ser o apresentados os conceitos e justificativas de cada um dos autores estudados 67 Aguiar 2002 p 200 refere se ao termo fingido para definir os acabamentos que imitavam as pedras e eram aplicados sobre alvenarias de tijolo burro tijolo maci o com dimens es 23x11x7cm o que lhe permite dispor de v rias formas e revestidos por reboco Destaca se neste contexto a amplitude deste recurso no que se refere aos revestimentos pois era para formalizar uma arquitetura civil de gosto monumental mas feita numa conjuntura econ mica dif cil Desta forma Aguiar define que nesse contexto entre a cidade de Veneza e Vicenza Palladio 1570 foi um dos arquitetos que mais fingiu As t cnicas de fin
140. xtin o Adiciona gua pouco a pouco at come ar a sair fuma a Mexer para facilitar a fus o Diluir a cal em muita gua para filtr la ou moer sobre uma placa de m rmore Deixe repousar por 4 a 5 meses O melhor ingrediente a ser misturado com a cal para fazer estuque o p de m rmore de Carrara Na aus ncia do p de m rmore de Carrara podem ser usados p de pedra Tonnere a argila Champagne alabastro em p lascas de pedra Fazer a massa somente no momento de utiliza o Realizar o estuque verdadeiro apenas com p de m rmore 1 parte cal 1 parte Se voc estiver usando um p diferente de m rmore a quantidade de cal pode variar Misturar esta pasta com uma colher e com um instrumento de ferro at que ele saia limpo como diz Vitr vio O estuque n o ataca o ferro quando a cal gorda ao contr rio s ataca quando magra e n o cont m uma quantidade suficiente de cal

ESCAIOLA versus MARMORINO Estudo comparativo na

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