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Educação em Tecnologias de Apoio para Utizadores Finais

1. 31 2 2 5 Gest o de um relacionamento eficaz com os assistentes pessoais 32 2 2 6 Aconselhamento de pares issi sirs uniter a E S E N 33 DEFINI O DE OBJECTIVOS E M TODOS sssssssssssssssssssssssssssssssnsnsnsnsnsnsssssnsnsse 35 3 1 M TODOS DE TRANSFER NCIA DE CONHECIMENTOS RELACIONADOS COM AS TA 35 3 1 1 Processo de transfer ncia de conhecimentos res 35 3 1 2 Compet ncia t cnica vs iniciativa eeeeeeeeeeeereereeerneerreeaneeaa 36 3 1 3 Dimens o do alvo vs rela o com o alvo eres 37 3 14 Processos educacionais asssnts niie tno piai cobias a detento BU nbas Sud o 38 3 1 5 Libertar a mola a motiva o eeereereeeeeeeeneerreeneereeaneeaa 39 3 2 ESTRUTURA O DAS ACTIVIDADES EDUCACIONAIS cccceeeeeeeeeeereeeeneeeenees 42 3 2 1 Dar o peixe ou a cana de pesca Enfoque nas atitudes activas 42 3 2 2 Tipos de actividades educacionais e eereeeereeereerneerreraneeaa 44 3 2 3 Factores cr ticos no processo educativo ieeeerneerreeaneeas 47 ORGANIZA O DE INICIATIVAS EDUCATIVAS cceeereeneeeereeeseeeresereersoa 51 4 1 DEFINI O DE CONTE DOS rr reeeeeeeeeeeeeeerereeeenecenena re reeeeeeaeanaa 51 4At Om delo HEAR E inenten E A docs Sand d Se ns sl a di sda 51 q l2 Componentes T cnicas scr sis aistacenaesiieasniioaraoansossa sab asaas estica esti dead a as 54 4 1 3 Compo
2. eee eee 8 1 1 3 A quem se destinam estas Linhas de Orienta o ra 9 1 1 4 Como utilizar estas Linhas de Orienta o eres 10 1 2 NAVEGANDO PELAS LINHAS DE ORIENTA O sssseseseeeseseessrsessseeeseserersereessrreessrreeee 11 12 1 O Processo de Prepara o siok Ti EEEak a ek i aey ll 12 2 O Processo de Formata o eee isver ki siepe riai 12 T23 OProcesso da Aplica o sascun n Nen a dp E E EEE ga oa doa 13 12 4 O Processo de Previs o dos resultados o on 13 CONCEITOS B SICOS niisiis 15 2 1 PALAVRAS CHAVE its tisicese iiesosesicnpsesiroibde asini dea ESRAR eA Ke ANRE ASRA Na 15 Zd Tecnologias de APOIO sneren ne oeii oi E do usado da R a 15 2 1 2 Presta o de Servi Os sssrin eiiaoe ane a eiT E E E AE 17 Bild Deficiencia iaa a a a a a a a ia 19 214 Qualidadede vida ns sas tese ie UERR e E E E E 21 Z133 AULONOMIA aracin noiai oa Plugs HU Entao da asda EU asa a do ra Ta LN asa aqua sta ddiSaa Donas 23 21 6 C pacia o nesies e E EE a E EE aes 24 2 2 A CAPACITA O EM TERMOS DE TECNOLOGIAS DE APOIO ssssssssssseeseseeeteretssrreesseeee 26 Didi Paciente versus Consumidor evolu o do papel do utilizador final 26 2 2 2 De que modo as TA contribuem para a autonomia 27 2 2 3 De que forma o conhecimento das TA pode contribuir para a capacita o 29 2 2 4 Qual o n vel de conhecimento a que o utilizador final deve aspirar
3. x THEMAS APPLICATIONS COMMISS O EUROPEIA DG XIII Programa de Aplica es Telem ticas Sector Deficientes e Idosos Educa o em Tecnologias de Apoio para Utizadores Finais Linhas de Orienta o para Formadores projecto DE 3402 EUSTAT Deliverable D06 3 LIES mpowering U Sers Through Assistive Technology RESUMO Este livro as Linhas de Orienta o EUSTAT foi concebido para pessoas que organizem e levem a cabo programas de forma o em Tecnologias de Apoio para utilizadores finais ou seja para pessoas portadoras de defici ncia Foi desenvolvido pelo Cons rcio EUSTAT no mbito do Programa de Aplica es Telem ticas da Comiss o Europeia e o resultado de um trabalho interdisciplinar do referido Cons rcio reflectindo as compet ncias e o conhecimento espec fico de cada parceiro nesta rea A escolha de uma tecnologia de apoio uma mat ria que pode afectar significativamente a vida do seu utilizador Os utilizadores finais devem ser encarados como os protagonistas principais e aqueles que t m a ltima palavra a dizer nessa escolha mesmo nos casos em que seja necess ria a interven o ou assist ncia de um profissional especializado Contudo para evitar que a utiliza o de termos tais como tomadores de decis o ou fazer equipa com profissionais se tornem palavras sem significado e sem qualquer implica o tang vel importante que aos utilizadores finais sejam dadas oportuni
4. casa de banho quando necess rio e a disponibilidade de zonas de repouso num curso residencial a melhor solu o quando os alojamentos e as salas de trabalho est o situados no mesmo edif cio Por ltimo mas n o menos importante o aspecto est tico do local Uma sala de aula atravancada com material ou informa o ex com um n mero excessivo de cartazes nas paredes que dispersam a aten o ou pintada de cores berrantes pode n o ser um ambiente de aprendizagem ideal Um ambiente n o feito apenas do espa o t cnico mas tamb m da express o que evoca sentimentos de aceita o intimidade interesse e apre o Actividades sociais complementares A exist ncia de tais actividades pode ser importante para facilitar a participa o promover o relacionamento com os colegas e formadores e criar um clima de bem estar A acessibilidade das instala es e dos transportes p blicos pode colocar um problema grave para as pessoas com mobilidade reduzida A incerteza sobre a presta o de assist ncia sa da do comboio ou sobre a acessibilidade real do quarto e da casa de banho face s necessidades particulares de cada um podem desencorajar a participa o Assim a assist ncia em rela o s desloca es e alojamento sempre bem vinda Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 69 As refei es e bebidas no local evitam que as pessoas percam tempo durant
5. o ISO classifica o standard dez categorias investiga o em TA baseada na classifica o recursos de informa o Sexta 12 6 98 Te rica 3 Escolha de TA necessidades individuais recursos locais que permitem ao individuo tomar decis es Pr tica 1 Apresenta o e demonstra o de ajudas para o computador adaptadas s diferentes incapacidades E gt 2d Pr tica 2 Apresenta o e pr tica com a Internet base de dados HANDYBASE Sexta 19 6 1998 Te rica4 Sess es de metade de grupo em apartamentos adaptados tanto para a defici ncia visual como para a defici ncia motora aspectos psicol gicos da autonomia pessoal dentro da comunidade e da sociedade diferen a entre autonomia e independ ncia aceita o das TA Pr tica 3 Sess es de metade de grupo em apartamentos adaptados tanto para incapacidades visuais como para a defici ncia motora Testes comparativos da TA utilizadas durante as actividades da vida di ria an lise das diferen as entre modelos Sexta 26 6 1998 Te rica5 Aspectos socio econ micos das TA custos das TA aspectos financeiros e legais subs dios da defici ncia motora Demonstra o de TA por um fornecedor DO Pr ticas O Ancerramento O Semin rio ANLH T picos 10 00 Introdu o e Apresenta o do Programa EUSTAT e EPIL e Apresenta o do Manual do Utilizador EUSTAT 11 00 Li o e Apresenta o de um servi o de aconselhamento e Diferentes tipos de profissionais
6. o para formadores para aprender como promover uma atitude positiva perante a perspectiva de mudan as pessoais Motiva o para aprender Enquanto que no passado muitos te ricos de educa o pensavam que a motiva o era apenas uma das ferramentas da aprendizagem e que podia ser induzida atrav s de refor os positivos hoje em dia a maioria acredita que a aprendizagem pode ser considerada uma actividade motivadora em si mesma Passou portanto a ser dada grande import ncia ao papel da descoberta pessoal e da curiosidade individual Outros investigadores referem tamb m a import ncia da motiva o para o sucesso pessoal Todas estas facetas centradas na realiza o nas tarefas ou na pr pria pessoa coexistem provavelmente em cada indiv duo e interactuam entre si Assim cada uma delas deve ser estimulada em fun o do processo de transfer ncia de conhecimentos em causa e das atitudes individuais do formando As vertentes da motiva o centradas nas tarefas e centradas na pr pria pessoa s o provavelmente as mais importantes no mbito das actividades de ensino dado que o objectivo consiste em aprender conte dos Em contrapartida o refor o positivo quando correctamente utilizado pode revelar se extremamente til no treino em que a experimenta o individual constitui um elemento essencial o refor o pode ser dado n o s pelo formador mas tamb m pelos progressos reais sentidos pelo formando A sat
7. Antecedentes e mbito O ponto de partida o utilizador final Quem s o os utilizadores finais das Tecnologias de Apoio TA Quando falamos de utilizadores finais referimo nos principalmente a pessoas com defici ncias ou idosos que t m dificuldades em resolver aspectos pr ticos da vida quotidiana No entanto o termo utilizadores finais pode por vezes abranger tamb m outras pessoas do n cleo b sico do indiv duo como familiares ou assistentes pessoais sempre que as TA s o utilizadas em conjunto com a assist ncia pessoal ou como instrumento para facilitar essa assist ncia Neste documento feita uma distin o entre utilizadores finais e outros agentes ex profissionais da reabilita o prestadores de servi o de TA etc que podem tamb m ser considerados como utilizadores em sentido lato na medida em que usam as TA como instrumento para a sua actividade profissional na rea da defici ncia Estes ltimos utilizadores ser o descritos por meio de outros termos como fabricantes fornecedores ou consultores de TA de acordo com a sua fun o O processo que conduz o utilizador final da identifica o de uma necessidade pessoal aquisi o de uma ajuda t cnica raramente linear envolvendo uma s rie de passos que podem exigir a tomada de decis es cr ticas A exist ncia de um conhecimento adequado facilita a abordagem dos v rios passos a defini o de objectivos a tomada de decis es e o planeamento
8. Mr Franco Cortesi GIHP parceiro Groupement pour Vinsertion des personnes handicapees physiques Bordeaux France Mr Christian Berard DC parceiro Danish Centre for Technical Aids for Rehabilitation and education Taastrup Danmark Ms Maria Holm Mrs Lilly Jensen CAPS parceiro Centro de An lise e Processamento de Sinais Instituto Superior T cnico Lisboa Portugal Mr Luis Azevedo Mrs Margarida Nunes da Ponte PRIS parceiro Centro Studi Prisma Belluno Italy Mr Beppe Porqueddu Mr Angelo Paganin Os contribuintes principais para a compila o deste livro foram Renzo Andrich e Serenella Besio Lu s Azevedo e Margarida Nunes da Ponte contribuiram tamb m para diversas sec es Todos os parceiros do EUSTAT contribu ram activamente com ideias e sugest es Angelo Paganin Beppe Porqueddu Christian Berard Cleon Angelo Anne Catherine Jooris and Franco Cortesi organizaram as avalia es no terreno dos conte dos deste livro atrav s de cursos organizados nos locais de valida o e descritos no cap tulo 6 O Cons rcio EUSTAT quer tamb m agradecer aos revisores externos que deram uma contribui o fundamental atrav s das suas cr ticas construtivas bem como ao Sr Jeff Earp que ajudou a rever a vers o inglesa A vers o portuguesa foi traduzida por Benedita Soares Franco e Margarida Nunes da Ponte tendo a revis o t cnica sido efectuada por Luis Azevedo Como obter este Relat rio C pias deste Relat rio
9. Outro crit rio pragm tico utilizado por numerosos organizadores consiste em escolher professores com uma experi ncia comprovada ou pertencendo at mesma organiza o de modo a garantir a transmiss o fiel dos objectivos da iniciativa educacional e a execu o das tarefas atribu das a cada um Um outro crit rio cuja adop o ultimamente tem vindo a aumentar consiste em escolher professores que sejam eles pr prios pessoas com defici ncia sendo a t nica colocada nos seguintes aspectos e na experi ncia pessoal de defici ncia que podem oferecer aos formandos sendo deficientes e na sua vasta experi ncia relativamente a problemas enfrentados pelas pessoas com defici ncia sendo representantes dos deficientes ou e na sua compet ncia espec fica num determinado assunto sendo deficientes com conhecimentos espec ficos O facto de o pr prio professor ter uma defici ncia n o s acrescenta experi ncia pr tica e assim credibilidade s no es transmitidas como tamb m pode dar origem a experi ncias de modela o que refor am a motiva o dos formandos para aprender e mudar Em qualquer dos casos a selec o dos docentes deveria estar intimamente ligada aos m todos did cticos adoptados Como ser discutido mais adiante as Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 63 4 2 2 metodologias did cticas devem ser compat veis com o objectivo d
10. es comerciais Consequentemente estes utilizadores dependem fortemente das propostas dos vendedores e podem ficar muito desfavorecidos se viverem numa rea mal servida Em contrapartida uma pessoa viajada que visita exposi es fala uma l ngua estrangeira afirmativa com os vendedores e pede para ser regularmente informada pode obter uma imagem mais realista do mercado das TA ter provavelmente condi es para avaliar a qualidade dos produtos e dos fornecedores e analisar uma gama mais alargada de ofertas sempre que tiver de tomar uma decis o Os servi os de aconselhamento contribuem de forma decisiva para que os utilizadores adquiram uma perspectiva mais alargada do mercado aparente e o adaptem ao mercado real Uma vez que o objectivo dos distribuidores consiste em vender a sua mercadoria n o prov vel que prestem o tipo de informa o imparcial esperada de um centro de aconselhamento sobre meios t cnicos de apoio Deste modo o problema pode ser em certa medida ultrapassado incentivando os utilizadores de TA a procurarem uma opini o independente antes de decidirem Paralelamente o mago do problema consiste em formar utilizadores para se tornarem consumidores respons veis informados e conhecedores do mercado 5 Andrich R Ferrario M Cost outcome analysis for assistive technology case studies Del 3 TIDE CERTAIN Project Brussels European Commission 1996 104 Educa o em tecnologias de apoio para utiliza
11. informa o difundem as novidades por uma vasta audi ncia de pessoas interessadas o ensino e o treino s o essenciais para aumentar o conhecimento e compet ncia das pessoas em determinados t picos e o aconselhamento frequentemente a chave para a solu o de problemas individuais espec ficos Cada processo produz assim uma fun o um objectivo um contributo espec fico para favorecer a capacita o dos utilizadores finais As campanhas de sensibiliza o podem ser encaradas como um processo de fundo dirigido mais a um p blico vasto e gen rico do que aos utilizadores finais individuais Chamam a aten o para quest es espec ficas com o prop sito de influenciar as atitudes em rela o s mesmas frequentemente atrav s de t cnicas publicit rias bem concebidas No campo da defici ncia tais campanhas visam muitas vezes combater preconceitos incidindo assim em t picos gerais por exemplo para alterar a imagem ultrapassada das pessoas 36 3 1 2 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores com defici ncia como indiv duos pobres fracos que necessitam de ajuda e assist ncia podem mostrar se v deo clips apresentando pessoas com defici ncia a executar actividades quotidianas de uma forma independente com a ajuda de tecnologias de apoio de aspecto agrad vel trabalhando ajudando outras pessoas em dificuldades e sendo indispens veis em certas situa es H
12. normal supor que estivessem preparados para uma vasta utiliza o de TA contudo isto nem sempre acontece Um quest o que os formadores devem ter presente e transmitir aos formandos O que que o ambiente em que vivo me permite ou me obriga a fazer Factores de apoio social A comunidade local disp e frequentemente de instala es servi os e meios para ajudar os indiv duos a fazerem uma escolha informada respons vel e eficaz em termos de TA No entanto este apoio social por vezes n o existe Consoante a situa o os formadores poder o ter de ensinar os formandos a aproveitar o melhor poss vel os apoios existentes ou inclusivamente a agir na falta dos mesmos Factor Palavras chave recursos para deficientes aconselhamento de pares Assist ncia pr tica na implementa o de iniciativas representa o gest o individuais Servi os de sa de reabilita o Servi os de profissionais de sa de reabilita o qualificados na comunidade local Sistema de presta o de servi os Legisla o procedimentos lista fixa dos dispositivos que podem ser prescritos influ ncia do utilizador na decis o recurso Financiamento p blico Financiamento integral financiamento substancial financiamento reduzido aus ncia de financiamento 96 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Servi os de informa o Se o conhecimento abre o caminho pa
13. referir se tamb m ao conjunto da rede prim ria em que se insere a pessoa com defici ncia n o estando limitado apenas ao indiv duo uma vis o sist mica da autonomia pode estar indicada em muitos casos em que as TA influenciam toda a rede de rela es prim rias O objectivo ltimo das TA frequentemente descrito em termos de palavras chave de ndole social como qualidade de vida integra o social e vida independente No entanto estas realiza es devem ser encaradas como fruto de uma s rie de factores e circunst ncias um dos quais representado pelas TA Como exemplos de outros factores podem referir se a acessibilidade do meio a assist ncia pessoal disposi es sociais uma legisla o afirmativa a aceita o cultural da diversidade na comunidade o apoio financeiro etc Com efeito o conhecimento das TA n o o nico instrumento de capacita o uma pessoa com defici ncia que tenha um excelente conhecimento destas t cnicas e plena capacidade para efectuar escolhas correctas mas n o tenha acesso a meios ou ajudas financeiras ou sistemas de presta o de servi os p blicos que respeitem as suas escolhas muito dificilmente poder encarar um projecto de vida independente Contudo o papel do indiv duo n o deve ser preterido face a factores meramente sociais As conquistas efectuadas a n vel de qualidade de vida integra o social e autodetermina o exigem a plena participa o do indiv duo com defic
14. sico ex escolha de uma sala de aulas pr ximo das casas de banho e de uma sala de repouso desempenha tamb m um importante papel na optimiza o da utiliza o da energia pessoal Capacidade cognitiva N o existe um n vel standard de capacidade cognitiva uma vez que cada pessoa diferentemente dotada em termos de aten o capacidade de participar cognitivamente concentra o capacidade de compreender e mem ria capacidade de recordar No entanto existe um consenso geral sobre o que pode ser considerado como aten o concentra o e mem ria m dias veja se a capacidade mn sica das crian as e dos idosos Em termos desta m dia as presta es cognitivas podem por vezes apresentar se reduzidas devido a fadiga ou a factores biol gicos relacionados com a Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 87 5 1 3 patologia espec fica ex esclerose m ltipla ou esclerose lateral amiotr fica ou com consequ ncias secund rias da defici ncia ex incapacidade de comunicar verbalmente Um estilo de ensino interactivo pode ajudar a obter um feedback atempado sobre a participa o do formando na aprendizagem As atitudes individuais perante a defici ncia A motiva o para aprender est intimamente ligada aceita o ou rejei o da defici ncia Podem ser identificados tr s factores que influenciam a motiva o individual para receb
15. tamb m campanhas com fins bastante diferentes como a angaria o de fundos que s o frequentemente realizadas em conjunto com importantes eventos dos mass media para atingirem o seu objectivo exploram muitas vezes o impacte emocional na audi ncia correndo por vezes o risco de agudizar preconceitos sociais em vez de os combater Por ltimo algumas campanhas t m por objectivo espec fico publicitar um acontecimento Atrav s de um processo de informa o s o transmitidas no es importantes aos utilizadores finais de modo a permitir lhes aumentarem a sua compet ncia t cnica numa dada rea Nesta ptica a informa o dirige se em princ pio a uma vasta audi ncia as apresenta es de produtos exposi es artigos nos meios de comunica o panfletos cat logos websites na Internet reas de discuss o na Internet confer ncias no caso destas serem espor dicas e n o se inserirem num conceito de ensino ou forma o etc s o meios t picos de transmiss o de informa o O aconselhamento uma rela o de ajuda individual atrav s da qual um conselheiro ajuda um cliente a esclarecer necessidades solu es eventuais e perspectivas de ac o essencialmente um apoio resolu o de problemas espec ficos O ensino e o treino s o os nicos processos que podem ser descritos como educacionais no sentido restrito da palavra Visam especificamente o crescimento pessoal pelo que neste livro ser o freque
16. vel em certa medida formar e melhorar as atitudes o que significa que recomend vel incluir alguma forma o sobre aconselhamento de pares em programas educacionais Uma outra fun o de apoio semelhante ao aconselhamento mas baseada numa rela o de confian a pessoal mais prolongada o do chamado mentor O conceito de mentor evoca a ideia de uma pessoa sensata e de confian a que pode servir de guia ao longo de um processo de adapta o como por exemplo principiar a viver de forma independente Em rela o s TA um utilizador perito nestas tecnologias pode servir de mentor quando ajuda um novato a tirar o m ximo partido de um novo dispositivo Apesar da fronteira entre os dois conceitos ser um pouco indefinida podemos afirmar que o processo de aconselhamento entre pares visa essencialmente facilitar a escolha ao passo que o de mentor favorece a adapta o s consequ ncias das escolhas ou a forma o para retirar o m ximo benef cio das mesmas importante clarificar estes termos aconselhamento de pares e mentor devem ser usados quando o apoio prestado a uma pessoas nas mesmas condi es com base na experi ncia pessoal e n o com base num n vel superior de conhecimentos na rea Por exemplo um consultor de TA com defici ncia deve ser considerado como um conselheiro profissional estando neste caso os conhecimentos profissionais em primeiro plano nos contactos com o cliente Educa o em tecnol
17. A classifica o que se segue visa identificar estes factores orden los e descrev los por meio de uma terminologia consistente de modo a dotar o organizador de uma checklist dos aspectos a considerar Embora partida n o seja poss vel estabelecer qualquer hierarquia intr nseca pode definir se uma s rie de passos que conduzem prefigura o de uma necessidade de aprendizagem no esp rito do organizador O mago do conhecimento identificado como uma resposta a uma necessidade e convertido num instrumento de capacita o do utilizador final Seguindo este percurso poss vel identificar os factores que exercem influ ncia em cada fase agrupando os assim em quatro categorias principais factores de posicionamento factores relacionados com a transfer ncia de conhecimentos para o grupo factores relacionados com a recep o de conhecimentos pelo indiv duo factores relacionados com a transforma o de conhecimentos em iniciativa 48 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Factores de posicionamento Normalmente ao conceber uma iniciativa educacional o organizador pensou j uma pol tica que define mesmo que em termos muito gerais e as necessidades de aprendizagem que pretende cobrir e o alvo a que tipo de pessoas se dirige a iniciativa Pequenos grupos ou grandes grupos e o n vel de estrutura o e o mbito dos conhecimentos a facultar qua
18. Atinge tamb m pessoas an ncio pode perder se nteressadas que a entre os outros organiza o ainda n o dificuldade em controlar ol onhece rigor da informa o dispendioso em caso de an ncios pagos r dio e televis o asto e gen rico consoante Forte impacte na audi ncia exige capacidade de o hor rio e o formato ransmiss o do conte do atrav s do meio para evitar al entendidos bem definido no mbito difus o f cil e r pida da f a mensagem pode ser dos grupos de discuss o e informa o pouco vis vel na web not cias custo muito reduzido n o ainda um mass imprevis vel a n vel da alcance mundial medium em alguns pa ses orld Wide Web 66 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Procedimento de selec o dos participantes Quando essencial maximizar a participa o a fim de difundir ao m ximo a mensagem e n o h limita es quanto ao n mero de participantes a admiss o aberta pode ser a melhor op o significando que todos s o bem vindos Neste caso os organizadores t m de estar preparados para lidar com uma vasta gama de expectativas e motiva es ou mesmo com pessoas que n o compreendem claramente o tema Este ltimo problema pode ser evitado com uma publicidade clara e espec fica A recolha in loco de informa o sobre os participantes ex um question rio junto com o formul rio de inscri o po
19. Em 1988 o programa de forma o foi alargado de modo a incluir um curso de n vel 2 intitulado Defici ncia e Sociedade Promovendo uma vida independente no qual os participantes s o encorajados a actuar como 112 6 1 2 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores promotores da vida independente nas suas comunidades Antes de serem admitidos neste curso os participantes dever o ter completado o curso de n vel 1 At ao ano de 1998 quatro edi es foram levadas a cabo participadas por 89 pessoas com defici ncia e 75 assistentes pessoais Ambos os cursos s o inteiramente organizados dirigidos e efectuados por uma equipa de pessoas especializadas elas pr prias portadoras de defici ncia V rios professores sem defici ncia foram convidados a fazer parte do grupo de formadores estendendo se assim a forma o s suas reas de especializa o O conceito de autonomia a ideia principal nestes cursos e as TA t m aqui um papel fundamental Viver independente visto como uma forma de abordar a vida e de lidar activamente com a defici ncia na base de que ningu m completamente independente todos de uma forma ou de outra dependemos uns dos outros Os formandos s o alertados para o valor da sua experi ncia pessoal a serem capazes de a utilizar perante a resolu o de problemas do dia a dia e da possibilidade de fazerem uso desse seu conhecimento na ajuda e
20. a capacita o Cooper A Distance learning and management education Media in Education and Development vol 18 n 1 1992 Ver tamb m Kaye A Rumble G eds Distance teaching for higher and adult education London Crom Helm 1981 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 77 4 3 2 Ferramentas e estrat gias Factor pedag gico Palavras chave Estilo de ensino Question rios interactividade discuss o exemplos da vida A E Auxiliares de ensino folhas de trabalho audiovisuais Tecnologia de Informa o e a a a gt gt t cnicos Residencial imers o total distribui o temporal programa o aleat ria docentes equipa progressos aus ncia de coordena o Conhecimentos a adquirir Os conhecimentos te ricos e processuais s o principalmente adquiridos atrav s de meios simb licos como prelec es ao passo que os conhecimentos pr ticos e know how podem exigir a manipula o concreta de objectos e experi ncias de reprodu o e experimenta o ou de tentativa e erro Para se obter o panorama completo deve igualmente ter se em conta o denominado conhecimento do ser que interessa a dimens o interior do indiv duo e consubstancia as restantes formas de conhecimento conferindo lhes significado pessoal Dois exemplos podem ajudar a clarificar este conceito Jo o Carlos uma pessoa com defici ncia que se desloca em u
21. a uma unanimidade improdutiva que empobrece a experi ncia educacional Em contrapartida um grupo heterog neo pode acarretar uma maior carga em termos organizativos ex gest o da acessibilidade alojamento rela es e exigir uma discuss o mais gen rica dos t picos No entanto a variedade de experi ncias pode gerar um manancial de ideias debate e compara es que constitui um desafio para os participantes e enriquece o processo educacional Idade A idade dos participantes um factor decisivo na escolha do conte do m todos estilo contexto de aprendizagem e ambiente f sico O inqu rito realizado no mbito do Projecto EUSTAT verificou que as iniciativas educacionais existentes se dirigem sempre a um nico grupo et rio de cada vez Estas n o s o definidas em termos de intervalos et rios espec ficos mas antes como resposta quest o Qual o termo que melhor define o grupo em forma o A maioria das iniciativas existentes dirige se a adultos No entanto existem tamb m algumas experi ncias envolvendo idosos crian as ou adolescentes que diferem significativamente das concebidas para adultos A linguagem e estilo did ctico utilizados devem no m nimo ser adaptados ao grupo et rio espec fico A experi ncia com grupos mistos reduzida ou inexistente sendo geralmente considerada inadequada pelos organizadores Contudo as potencialidades de interc mbio entre diferentes gera es actualmente um valor s
22. apropriado contextual e consonante para si em cada situa o um processo educacional deveria tentar explorar esta potencialidade Pode ser boa ideia levar o utilizador a aprender a ler as caracter sticas dos contextos em que se insere a sua vida Para efeitos de refer ncia tais ambientes ou meios poderiam ser classificados como uma s rie de inv lucros desde o inv lucro interno o corpo at v rios inv lucros externos que v o gradualmente expandindo a esfera das rela es sociais e o espa o pessoal o espa o ao alcance das fun es corporais potenciadas pelas TA e o espa o dom stico ou familiar o espa o b sico em que a pessoa se sente sempre segura e o espa o circundante o contexto das rela es sociais prim rias est veis incluindo o trabalho ou a escola e o espa o social o contexto da vida social normal e o mundo qualquer outro contexto cada um destes espa os representa para cada indiv duo simultaneamente um espa o geogr fico e psicol gico Um problema espec fico causado pela defici ncia pode assumir diferentes formas nos v rios contextos exigindo assim diferentes tecnologias de apoio Em cada contexto qualquer solu o tem pontos fortes e fracos sendo portanto aconselh vel que a pessoa esteja preparada para op es alternativas por exemplo se o dispositivo depender da electricidade deve prop r se uma solu o de baixa tecnologia como back u
23. atribuir tarefas aos formandos o professor deve ponderar cuidadosamente as dificuldades das mesmas e encontrar o chamado desafio ptimo a tarefa n o deve ser demasiado exigente para n o desencorajar o formando nem demasiado simples para n o ser subestimada e n o causar sentimentos de descontentamento aborrecimento e perda de motiva o A satisfa o resulta dos desafios que n o s s o enfrentados com xito mas tamb m s o os ideais para o formando nesse momento neste caso verifica se um refor o positivo que por sua vez inicia um feedback eficaz que favorece novas abordagens explora es e mudan as Os formadores nunca devem esquecer que toda a tarefa de aprendizagem est inseparavelmente ligada a componentes emocionais e motivacionais E que para conseguirem a mudan a pretendida t m de ajustar as caracter sticas das actividades educacionais em causa s caracter sticas cognitivas e emocionais de todos os formandos 42 3 2 3 2 1 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Estrutura o das Actividades Educacionais Dar o peixe ou a cana de pesca Enfoque nas atitudes activas O inqu rito EUSTAT sobre as experi ncias educacionais em curso na Europa no dom nio das TA revelou uma profus o de iniciativas algumas incipientes e outras j consolidadas Em particular as que foram levadas a efeito por associa es de utilizadores parecem ter
24. classificado como Lorentsen O Hem G K Critical factors and general outcomes of assistive technology Deliverable 1 TIDE CERTAIN study Brussels European Commission 1995 45 Tb 90 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores consonante com o indiv duo Um pessoa pode atribuir grande import ncia est tica de um dispositivo de apoio ao passo que para outra essa est tica n o passa de um obst culo funcionalidade Esta varia o encontra se frequentemente ligada a opini es e valores socialmente aceites e pode depender em larga medida da cultura local uma rea que apresenta uma enorme variabilidade em toda a Europa A falta de expectativas nestes dom nios pode prejudicar a explora o de todo o potencial das TA Opostamente a exist ncia de expectativas irreais pode causar frustra o e descontentamento quando as mesmas n o s o atingidas O fracasso de um dispositivo de apoio constitui frequentemente o resultado de uma m experi ncia relacionada com o mesmo Os formadores devem prestar aten o a estes aspectos avaliar o n vel das expectativas individuais e transmitir ao utilizador a no o de que uma TA apropriada pode ajudar a concretizar as suas expectativas neste campo Expectativas no mbito das actividades quotidianas Como j foi referido as TA t m tamb m de ser competentes e contextuais por outras palavras devem permitir atingir os ob
25. compet ncia e iniciativa tendo o treino iniciativa uma t nica ligeiramente mais forte na segunda Capacidade Por exemplo um indiv duo com limita es de mobilidade pode obter v rias ideias sobre poss veis solu es edlica o vendo cat logos visitando uma exposi o navegando na Internet e assistindo a apresenta es de produtos Fica assim informado o que significa que estar mais predisposto do que antes a tomar a iniciativa No entanto a escolha da solu o mais eficaz e til que tamb m implica investir tempo e dinheiro alterar estilos de vida etc pode n o ser assim t o simples A informa o n o tudo pelo que pode ser vantajoso procurar um aconselhamento adequado Mediante este processo o indiv duo pode obter ajuda em adaptar o seu esp rito ideia de por exemplo uma cadeira de rodas electr nica Isto levanta quest es tais como a maneira como esse dispositivo vai alterar a vida pessoal e a organiza o familiar qual o n vel de forma o necess rio quais as adapta es requerida poss veis desvantagens cl nicas ou t cnicas no es b sicas de utiliza o e manuten o da ajuda outras alternativas equivalentes quais as fontes de financiamento dispon veis etc Todas esta no es em conjunto favorecem a tomada de uma decis o que frequentemente tem um impacto consider vel na vida do indiv duo Compet ncia T cnica Contudo se o indiv duo teve oportunidade de parti
26. consolidada no campo da psicologia em que a rela o entre o assistente e o cliente se encontra claramente definida bem como os objectivos e as fun es dos intervenientes Em contrapartida o aconselhamento efectuado com base na experi ncia pessoal e limitado a aspectos da vida que s o comuns aos dois intervenientes ex experi ncia da defici ncia ou da utiliza o de TA em rela o s quais ambas as pessoas podem ser consideradas pares denominado aconselhamento de pares International Round Table for the Advancement of Councelling Proceedings of the 16 IRTAC Congress Vienna AUVA 1987 34 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores A forma o sobre TA deve ter em conta que cada utilizador final um candidato potencial ao papel de conselheiro na medida em que a sua experi ncia pode ser til aos outros No entanto o conhecimento de um t pico n o significa necessariamente ter capacidade para transmitir esse conhecimento aos outros necess rio desenvolver algumas atitudes pessoais como capacidade de escutar empatia capacidade de explicar aquilo de que os outros precisam e n o tudo quanto sei sobre o assunto etc um facto que tais atitudes est o mais desenvolvidas em algumas pessoas do que em outras h que admitir que certas pessoas t m mais predisposi o do que outras para exercerem a fun o de conselheiros No entanto poss
27. cursos foram elaborados com um determinado alvo e com objectivos de aprendizagem bem definidos foi importante assegurar a participa o de formandos apropriados O processo de selec o foi estabelecido e uma pessoa internamente referida como filtro foi contratada para a sua implementa o A pessoa filtro entrevistou os candidatos pelo telefone preenchendo um impresso confidencial dividido em duas partes uma de informa o geral sobre o candidato e outra de arquivo As tarefas principais da pessoa filtro foram 1 recolher informa o essencial sobre o candidato defici ncia contexto em que vive autonomia etc 2 fornecer ao candidato toda a informa o poss vel acerca do curso 3 compreender quais os motivos que levaram o candidato a inscrever se no curso 4 certificar se de que o candidato leu cuidadosamente o programa do curso e se apercebeu que o curso era em regime residencial 5 fornecer detalhes sobre as acomoda es e descobrir se o candidato estava interessado em compartilhar o quarto com outros 6 dar conhecimento da impossibilidade dos organizadores oferecerem assistentes pessoais durante o curso pelo que no caso de ser necess rio os candidatos deveriam trazer os seus pr prios assistentes pessoais 7 aperceber se de alguma necessidade espec fica por parte do participante incluindo alguma necessidade m dica que implicasse cuidados de sa de de primeira necessidade A pessoa fil
28. de ac es Ser um utilizador final capacitado significa entre outras coisas ser capaz de tomar decis es informadas e respons veis sobre TA O presente livro um produto do Estudo EUSTAT da Comiss o Europeia cujo objectivo principal consistiu em identificar formas e m todos de transferir conhecimentos sobre TA directamente para os utilizadores finais Para o efeito o estudo procurou desenvolver material did ctico para a auto forma o do utilizador final e directrizes e ferramentas para os que realizam iniciativas educacionais orientadas para a capacita o das pessoas com defici ncia ajudando as a tomarem decis es informadas adequadas e respons veis sobre as TA Integrado no Programa de Aplica es Telem ticas da Comiss o das 1 1 2 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Comunidades Europeias o EUSTAT foi concebido simultaneamente com uma vertente social e uma vertente tecnol gica partindo da no o de que as pessoas com defici ncia deveriam ser capacitadas para participarem como principais intervenientes e parceiros activos no processo decis rio sobre TA considerou se que a transfer ncia de conhecimentos para os utilizadores finais poderia promover a igualdade de oportunidades introduzir um controlo directo dos consumidores sobre a qualidade dos servi os e produtos das TA e melhorar a efic cia de utiliza o destas t cnicas Para al m deste livro
29. de rodas el ctrica insere se sem d vida na rea da mobilidade No entanto existem alguns t picos cuja inclus o numa ou noutra rea pode ser um tanto ou quanto arbitr ria Assim o caso por exemplo do t pico posicionamento que est classificado dentro da rea da mobilidade dada a sua clara import ncia como pr requisito no estudo das ajudas para a mobilidade O conhecimento sobre este assunto est muitas vezes ligado a aspectos puros da mobilidade No entanto o posicionamento tamb m um pr requisito para muitas actividades de comunica o tais como o acesso a computadores ou a tarefas de manipula o como por exemplo as actividades da vida di ria Nestes casos temos uma abordagem pragm tica esses t picos s o classificados dentro dos temas onde habitualmente s o analisados com maior profundidade As componentes humanas e s cio ec nomicas podem ser consideradas como aspectos horizontais por se referirem a qualquer tipo de Tecnologias de Apoio devendo por isso ser consideradas de uma forma global A Figura 4 4 esquematiza este conceito HUMANAS SOCIO ECONOMICAS T CNICAS Fig 4 4 Componentes de Forma o em Tecnologias de Apoio HEART 1995 Cada uma destas componentes ser analisada nas sec es seguintes de forma a fornecer aos formadores um guia de identifica o dos t picos mais apropriados para cada iniciativa educativa agrupando os e organizando os num programa adequado ao
30. de uma forma experimental e permitindo ilustrar um processo Os exemplos incluem a simula o de uma sess o de planeamento de uma aula ou a negocia o das rela es empregador empregado Pode simular se uma situa o problem tica para incentivar os ouvintes a encontrarem as melhores solu es estas podem em seguida ser representadas de modo a evidenciar os respectivos pr s e contras A simula o uma t cnica bastante complexa que requer um l der com experi ncia espec fica e a vontade de participar das pessoas envolvidas As vari veis em jogo devem ser claramente explicadas evitando a interfer ncia de elementos secund rios e impedindo a dispers o A metodologia possui um forte poder de atrac o e de promo o da aprendizagem Faz de conta s cio drama Trata se de um tipo especial de simula o em que se representam as rela es entre as pessoas O role playing tem por objectivo verificar o modo como os papeis desempenhados pelos intervenientes numa rela o humana podem influenciar o tipo e a qualidade da pr pria rela o Esta t cnica foi desenvolvida no mbito da psicologia cl nica e organizacional tendo sido largamente usada nestas reas mais recentemente tem sido tamb m aplicada no campo da educa o e da forma o empresarial No mbito das TA o role playing pode por exemplo simular uma rela o profissional entre uma pessoa com defici ncia e o seu assistente pessoal que
31. devices Journal of Rehabilitation Research amp Development vol 27 4 pp 425 436 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 105 Actualmente todos estes aspectos tendem a ser encarados como parte de uma boa concep o dos produtos Al m disso foi recentemente introduzido o conceito de usabilidade e engenharia da usabilidade para identificar o conjunto global de atributos que proporcionam ao produto uma forte aceita o dos consumidores como efic cia efici ncia seguran a comodidade etc Um outro factor importante embora seja ponderado em termos subjectivos a est tica Os formadores devem sensibilizar os utilizadores para este aspecto visto que as tecnologias de apoio s o frequentemente objectos que fazem parte integrante da imagem corporal ou do mobili rio de casa devendo portanto reflectir o gosto e personalidade do seu utilizador Qualidade do fornecimento A hist ria n o termina com a escolha de uma ajuda t cnica o utilizador deve estar preparado para enfrentar muitos outros problemas A escolha de um bom fornecedor pode por vezes ser mais dif cil do que a escolha do pr prio dispositivo O mesmo dispositivo frequentemente vendido por diferentes firmas cujos pre os e condi es de assist ncia s o muito vari veis e a afirma o de que quanto mais pr ximo o fornecedor melhor a assist ncia nem sempre verdadeira A capacidade de
32. e quando interv m e Legisla o e aspectos financeiros e Armadilhas a evitar e dicas pr ticas e Como os utilizadores finais podem ter autonomia de escolha 14 00 Exemplos Dois utilizadores apresentam a sua pr pria experi ncia em TA hist ria da selec o o porqu da escolha da ajuda t cnica problemas encontros entre pessoas e especialistas finan as utiliza o de TA ganhos provenientes das TA se os ul utilizadores tomariam a mesma decis o no caso de terem de escolher de novo 15 00 Discuss o de testemunho de utilizadores 16 00 Avalia o do Semin rio 124 6 2 4 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Prosseguimento dos cursos Sendo uma iniciativa limitada o semin rio organizado pela ANLH est suficientemente claro no programa acima descrito No entanto considera se importante fornecer informa o mais detalhada acerca do curso O programa do GIHP compreendeu tr s tipos de sess es e te rica defini es palavras chave classifica o recursos de informa o aspectos psicol gicos e socio econ micos procedimentos de escolha e pr tica testes comparativos exposi o de material computadores adaptados e introdu o Internet e discuss o mesas redondas e estudos de casos As sess es foram desenvolvidas ao longo de um m s para permitir aos formandos e formadores terem algum tempo de elabora o O leque de t picos po
33. e ser assim um factor de desmotiva o Tal facto influencia a predisposi o para receber forma o sobre as TA Para qu ralar me se a situa o vai piorar de qualquer maneira e requer uma aten o especial dos formadores H que dar o devido valor manuten o da autonomia que n o de modo algum um suced neo menor da melhoria da autonomia Experi ncia anterior com TA As pessoas com experi ncia anterior de utiliza o de TA tendem a ser consumidores destas tecnologias muito mais informados e exigentes do que os utilizadores novatos que procuram frequentemente delegar as op es em profissionais Os utilizadores altamente experientes podem at ter mais conhecimentos neste campo do que os profissionais dado que vivem com as TA vinte e quatro horas por dia e n o apenas durante as horas de trabalho As pessoas sem qualquer experi ncia de TA podem necessitar de aprender aspectos que s o bvios para pessoas experientes mesmo auxiliares t cnicos simples como uma tala podem n o ser correctamente compreendidos se a Andrich R Ferrario M Cost outcome analysis for assistive technology case studies Del 3 TIDE CERTAIN Project Brussels European Commission 1996 86 5 1 2 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores t cnica de utiliza o n o for ilustrada ao m nimo pormenor Num curso pode ser vantajoso promover o interc mbio entre pessoas com
34. es gratuitas podem implicar despesas de desloca o e assist ncia pessoal que sobrecarregam os eventuais participantes com problemas financeiros neste sentido a experi ncia n o de modo algum gratuita Quando as fontes de financiamento externo dispon veis n o abrangem a totalidade dos custos pode ser aplicada uma inscri o reduzida inscri o simb lica para cobrir o saldo Alguns organizadores preferem mesmo cobrar uma inscri o simb lica por quest es de pol tica pois as taxas de desist ncia e a falta de motiva o s o mais elevadas entre os que participam gratuitamente do que entre os que suportam custos A alternativa consiste em cobrar uma inscri o que cubra integralmente os custos ou que permita at obter um certo lucro se tal for compat vel com a natureza do organizados Esta modalidade tem a vantagem de libertar inteiramente o curso de fontes exteriores e das condicionantes que da derivam mas o montante da inscri o pode ser t o elevado que se torna apenas acess vel para uma pequena elite A oferta de bolsas cobrindo na totalidade ou em parte as inscri es dos bolseiros constitui uma solu o sensata implicando por m a defini o de crit rios de elegibilidade e exigindo um esfor o da organiza o em termos de avalia o das candidaturas 70 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Aspectos relacionados com a im
35. nas presentes Linhas de Orienta o Em primeiro lugar o termo tecnologia n o indica apenas objectos f sicos como dispositivos ou equipamento mas antes se refere mais genericamente a produtos contextos organizacionais ou modos de agir que encerram uma s rie de princ pios e componentes t cnicos Uma tecnologia de acesso a transportes p blicos por exemplo n o consiste apenas numa frota de ve culos acess veis ex autocarros com plataforma elevat ria mas engloba toda a organiza o dos transportes incluindo controlo de tr fego implanta o das paragens informa es e procedimentos de emiss o valida o de bilhetes servi o de clientes forma o do pessoal etc Sem uma organiza o deste tipo o simples ve culo n o ofereceria qualquer transporte p blico Em segundo lugar o termo de apoio aplicado a uma tecnologia quando a mesma utilizada para compensar uma limita o funcional facilitar um modo de vida independente e ajudar os idosos e pessoas com defici ncia a concretizarem todas as suas potencialidades Algumas destas tecnologias se bem que n o especificamente concebidas para pessoas com defici ncia podem ser ajustadas por forma a preencherem a fun o de apoio quando necess rio Em qualquer dos casos falamos de Tecnologias de Apoio TA Esta abreviatura ser extensamente usada nas presentes Linhas de Orienta o devendo ser entendida como produtos ou servi os das tecnologias
36. ncia quase total dos mesmos ou quando estes existem s o pouco qualificados Caso n o existam servi os adequados na comunidade em que vive o utilizador este pode ser ajudado a contactar com servi os de qualidade situados em outro local A dist ncia pode ser um problema mas ter alguma coisa longe muito melhor do que n o ter nada perto saber que existe algu m pronto a ajudar do outro lado do fio faz uma grande diferen a Em certos pa ses s o frequentes os servi os de aconselhamento sobre ajudas t cnicas que prestam informa o orienta o e aconselhamento a utilizadores finais individuais familiares profissionais de reabilita o e t cnicos que cuidam de pessoas com defici ncias Estes servi os est o por vezes situados nos departamentos de reabilita o de hospitais ou servi os da comunidade ou constituem centros independentes criados por organismos p blicos empresas de seguros ou associa es de utilizadores A cobertura e n vel de compet ncia que proporcionam s o muito vari veis dependendo da dimens o e qualifica o do pessoal dos recursos informativos utilizados bases de dados cat logos etc e da possibilidade de observa o e experimenta o dos meios t cnicos em exposi o permanente Em alguns centros o pessoal exclusivamente constitu do por t cnicos de informa o com forma o b sica em TA Outros possuem uma equipa interdisciplinar de profissionais cl nicos e t cnicos capazes de
37. o EUSTAT produziu outros tr s documentos p blicos que s o resumidamente descritos no Anexo Porqu estas Linhas de Orienta o Actualmente as associa es de deficientes defendem firmemente uma abordagem centrada no utilizador na qual o utilizador final o principal protagonista e o decisor em quest es que afectam a sua vida Segundo esta perspectiva os servi os prestados pelos profissionais s o ainda reconhecidos como extremamente importantes mas tendem por m a ser encarados como op es e n o como vias obrigat rias oferecidas pela comunidade e que o indiv duo livre de aceitar com vista a favorecer o seu processo de reabilita o integra o social e participa o plena Os servi os profissionais mais avan ados partilham esta perspectiva e a este n vel n o raro ouvir termos como parceria com os utilizadores finais em clara oposi o a um conceito de total depend ncia das decis es dos prestadores de servi os de TA mais t pico de uma corrente de pensamento do passado No entanto para evitar que termos como decisor ou parceria se transformem em lugares comuns desprovidos de qualquer implica o tang vel importante conceder aos utilizadores finais a possibilidade educacional de se tornarem consumidores informados exigentes e respons veis em mat ria de TA As presentes linhas de orienta o descrevem v rias formas poss veis de p r em pr tica essa educa o Ao colocar disposi o
38. o tem de obedecer simultaneamente a condi es de significado e viabilidade Factores relacionados com a transfer ncia de conhecimentos para o grupo de formandos As actividades educacionais s o geralmente dirigidas a grupos de pessoas H que estabelecer crit rios para definir a participa o no grupo ex qualquer interessado os que partilham uma situa o em comum grupos muito espec ficos H que tomar decis es sobre aspectos como o conte do os m todos de transfer ncia de conhecimentos a organiza o pr tica etc As escolhas feitas nesta fase t m influ ncia na efic cia da transfer ncia de conhecimentos para o grupo de formandos e por sua vez para o formando individual S o identific veis quatro categorias de factores e factores pedag gicos e factores relacionados com o conte do e factores relacionados com o alvo e factores de gest o organiza o Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 49 Factores relacionados com a recep o de conhecimentos pelo indiv duo Um formando individual pode n o receber ou interiorizar o conjunto de conhecimentos que transmitido ao grupo da mesma forma ou com a mesma amplitude que outro formando O interesse pelos t picos apresentados a percep o da sua import ncia e o n vel de aten o ou concentra o podem ser afectados por factores pessoais podendo tamb m a capacidade de aprendizagem ser condicio
39. outras barreiras na comunidade que n o est o relacionadas com a arquitectura mas com a organiza o dos servi os p blicos N o nos referimos s pe as em falta no puzzle das disposi es sobre acessibilidade como a cl ssica casa de banho acess vel cuja chave ningu m encontra uma situa o que em termos gerais pode ser considerada uma barreira arquitect nica Referimo nos sim a pessoas e procedimentos 94 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Qualquer servi o como um sistema de presta o de TA ou um servi o social municipal que presta assist ncia pessoal ter pouca utilidade se n o for 7 Po EAB facilmente acess vel aos que dele necessitam A complexidade pode constituir uma barreira inicial quando as pessoas t m dificuldade em perceber onde e a quem se dirigir ou t m de bater a muitas portas e apenas recebem respostas cr pticas em linguagem burocr tica Uma segunda barreira pode ser representada pelos custos incluindo n o s os encargos reais por cada conjunto de servi os mas tamb m quaisquer custos humanos tempo gasto esfor o despendido em viagens etc e materiais transporte para aceder ao centro de assist ncia etc suportados pelo utilizador Podem existir barreiras de coordena o entre as v rias etapas de um esquema de presta o de servi os entre os diversos profissionais que interv m no processo ou entre serv
40. para formadores Avalia o e prosseguimento Na sess o de despedida foi dado aos formandos um certificado de presen a Houve uma discuss o geral na qual cada participante expressou publicamente as suas impress es sobre o curso Um question rio final foi tamb m distribu do preenchido e recolhido A informa o recebida foi ent o usada pela equipa para avaliar n o s da efectividade do curso mas tamb m da organiza o da actividade educacional Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 119 6 2 6 2 1 Os casos GIHP e ANLH Contexto Desde 1979 que o GIHP Aquitaine Agrupamento para a Inser o de Pessoas com Defici ncia Motora uma associa o de pessoas com defici ncia com base em Bord us Fran a tem vindo a desenvolver cursos individuais para pessoas com defici ncia que desejam aumentar a sua autonomia na vida di ria O primeiro curso destinou se a pessoas com defici ncia visual e posteriormente foram criadas acomoda es tempor rias e servi os de apoio domicili rio para pessoas com defici ncia motora Durante os ltimos anos um servi o de alojamento acess vel e um servi o de forma o em computadores foi tamb m adicionado Para assegurar a efectividade desses servi os a associa o contratou uma equipa de profissionais com compet ncias em integra o social e no mundo do trabalho Gra as ao estimulo dos s cios fundadores estes
41. pessoas da mesma regi o O conhecimento das barreiras econ micas existentes na comunidade pode igualmente levar o organizador a dedicar mais espa o no curr culo da forma o a aspectos menos relevantes para formandos que vivem em locais onde a presta o de servi os de TA excelente Em termos gerais poss vel identificar cinco categorias de factores e factores ambientais e factores de apoio social e factores de mercado e factores sociais Podem apresentar se muitos exemplos sobre a interac o de todos estes factores na concep o de uma iniciativa educacional Por exemplo uma Associa o de utilizadores programa uma s rie de confer ncias sobre introdu o geral s TA A ideia encerra j algumas decis es respeitantes aos factores de posicionamento uma necessidade de aprendizagem as pessoas 50 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores devem saber os conceitos b sico das TA um alvo todas as pessoas com defici ncia ou interessadas em TA na comunidade e um formato confer ncia que mais apropriado para divulgar compet ncias do que aptid es e pode ir ao encontro das expectativas de uma audi ncia potencialmente vasta e n o determinada Contudo antes de prosseguir a associa o reconhece que as atitudes sociais face defici ncia factores ambientais nessa comunidade s o inadequadas a uma reac o positiva iniciativa prevista
42. podem ser obtidas contactando SIVA Publications Service via Capecelatro 66 1 20148 Milano Italy tel 39 02 40308443 email books Osiva it fax 39 02 40090157 http www siva it Uma vers o deste documento pode ainda ser obtida atrav s da Internet no endere o http www siva it research eustat Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 3 SUM RIO EXECUTIVO O objectivo do Pacote de Trabalho 06 do Projecto EUSTAT foi desenvolver um conjunto de linhas de orienta o para educadores e organizadores de iniciativas educacionais para utilizadores finais em Tecnologias de Apoio TA Essas linhas de orienta o fazem parte do presente documento o qual de utiliza o p blica Este resultado de um trabalho conjunto interdisciplinar dentro do Cons rcio EUSTAT para o qual os v rios parceiros contribuiram com a sua compet ncia espec fica conhecimento e rea de experi ncia As linhas de orienta o foram inicialmente delineadas no Documento D06 1 Estrutura das linhas de orienta o desenvolvidas no Documento D06 2 Proposta de Linhas de Orienta o e posteriormente testadas em tr s locais de valida o na It lia Belgica e Fran a no decorrer de cursos de forma o para pessoas com defici ncia Finalmente foram modificadas de acordo com as recomenda es feitas pelos locais de valida o e segundo o processo de revis o elaborado pelos re
43. pr tica e a data limite para a fase de lan amento foi estabelecida O local escolhido foi uma est ncia de f rias nas Montanhas de Dolomite a 1 200 metros acima do mar Este complexo totalmente acess vel a pessoas com defici ncia mas aberto ao p blico em geral O local foi o mesmo anteriormente utilizado noutros cursos dado que se provou ser muito Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 113 satisfat rio em termos de conforto geral acessibilidade alojamento e casas de banho acess veis para al m de ser um local arejado e saud vel Os pre os das acomoda es foram negociados de modo a serem mais favor veis e o pre o da inscri o individual de cada formando foi calculado de modo a cobrir alguns dos custos do curso Publicidade Os cursos foram largamente publicitados por meio de panfletos enviados para as moradas existentes na base de dados do Centro Prisma por publica o de artigos em jornais especializados propaganda na televis o local e no caso do curso n vel 2 contactando todos aqueles que tinham participado em anteriores sess es de cursos do n vel 1 Os panfletos foram tamb m enviados para organiza es de voluntariado centros de informa o sobre ajudas t cnicas centros de reabilita o assim como distribu dos em congressos e exposi es A informa o foi tamb m divulgada conversas informais Selec o de formandos Dado que os
44. principal do director foi assegurar a coer ncia do curso coordenar todos os assuntos relacionados com o ensino e tomar algumas decis es 116 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores organizativas e financeiras Este coordenou tamb m as reuni es da equipa assistiu a todas as aulas e com a ajuda dos outros professores preparou materiais educativos apontamentos a distribuir e materiais para o trabalho de grupo Encarregou se tamb m de assegurar que em todos os aspectos houvesse uma coer ncia com a miss o abordagem e estilo do Centro Studi Prisma Com esta finalidade os directores das v rias edi es ao longo dos anos foram pessoas que por sua vez j tinham sido formandos em ambos os cursos n vel 1 e n vel 2 depois coordenadores de trabalho de grupo e possivelmente tamb m professores Uma forte coordena o demonstrou ser extremamente importante para o sucesso do curso Aulas A maior parte das aulas foram em forma de li o Pediu se aos professores para usarem linguagem simples para incluir muitos exemplos utilizarem muitas transpar ncias slides apresenta o de v deo e computador Em cada aula foram distribu dos apontamentos relacionados com os principais conceitos tratados na aula facilitando uma melhor compreens o e memoriza o sobre os assuntos e como prepara o para o trabalho de grupo a ser desenvolvido durante a tarde Interactividade di
45. profissionais terapeuta ocupacional assistente social psic logo educador e um instrutor em locomo o Braille e actividades de vida di ria desenvolveram uma experi ncia consider vel no suporte a pessoas no seu ambiente de vida di ria Este apoio teve sempre em linha de conta os v rios aspectos complementares de autonomia aspectos psicol gicos relacionados tanto com a pr pria pessoa como com a sua fam lia aspectos socio econ micos e aspectos t cnicos relacionados com o aumento de autonomia nas actividades da vida di ria Este ltimo factor relaciona se directamente com o uso de TA como um instrumento de autonomia As actividades do GIHP foram na sua maioria organizadas em forma de trabalho individual focando necessidades individuais baseando se numa abordagem multidisciplinar coordenada Em 1998 integrado no Projecto EUSTAT o GIHP Aquitaine decidiu organizar um curso sobre Tecnologias de Apoio para um grupo de pessoas com defici ncia Isto constituiu uma experi ncia muito inovadora para a Associa o ao juntar profissionais e utilizadores num processo comum De uma forma semelhante a ANLH em Bruxelas tamb m levou a cabo a organiza o de uma nova iniciativa educacional para utilizadores finais na B lgica A miss o principal da ANLH a Associa o Nacional para o Alojamento de Pessoas com Defici ncia promover a integra o social das pessoas com defici ncia motora providenciando alojamento e ambientes para
46. profissional organiza es de utilizadores e fontes de informa o tais como revistas artigos sobre Tecnologias de Informa o e Comunica o TIC e exposi es Adicionalmente ganhou se pr tica na utiliza o de fontes de informa o especialmente a Internet e atrav s de jogos de simula o de casos reais As ajudas para o ensino e materiais educativos utilizados durante o curso inclu ram quadro branco projector de transpar ncias v deos publica es e apontamentos V rios m todos foram usados para transmitir conhecimentos sobre TA para pessoas com defici ncia Foi dado nfase cria o de uma troca din mica e construtiva para que ap s a forma o se originassem efeitos positivos na vida di ria dos participantes O contributo de algumas pessoas com defici ncia que s o simultaneamente profissionais e utilizadores di rios de TA contribuiu para alcan ar esta mensagem O trabalho de grupo pareceu mais adequado e til do que o trabalho individual adoptado em iniciativas de forma o anteriores Consequentemente este curso n o foi desenhado com o objectivo de apenas resolver os problemas individuais mas antes pelo contr rio de ajudar os participantes a situarem se numa posi o de meta no que se relaciona s TA e ao apoio di rio que podem dar ao processo de autonomia Testemunhos pessoais deram uma contribui o enorme nesse sentido No fim do curso pediu se aos participantes a sua opini o acerca do
47. profissional visto os seus objectivos serem muito diferentes Os formadores devem compreender o valor das duas formas de aconselhamento e tentar ensinar os formandos a tirarem o m ximo partido de ambas e a colaborarem com eles na medida do poss vel Servi os de representa o gest o Estes servi os visam ajudar os utilizadores a executar os procedimentos envolvidos na resolu o de um problema Este apoio pode passar pela defesa dos direitos dos utilizadores juntos dos organismos competentes ou pela sua representa o em assuntos complexos procedimentos administrativos opera es de expedi o e manuseamento advers rios agressivos etc com vista a uma implementa o total da iniciativa do indiv duo Com efeito os servi os de representa o e gest o contribuem para superar as barreiras organizacionais existentes na sociedade que representam uma grave amea a s capacidades dos utilizadores Tais servi os s o por vezes oferecidos por empresas numa base comercial em que o utilizador paga uma subscri o peri dica ou honor rios individualizados No entanto s o mais frequentemente assegurados por associa es de utilizadores sem fins lucrativos empenhadas na capacita o de pessoas com defici ncias em termos pol ticos e sociais Os formadores devem estar a par dos servi os de representa o existentes e incentivar os formandos a entrar em contacto com os mesmos Educa o em tecnologias de apoio para ut
48. que os participantes t m oportunidade de tratar de temas que correspondem s suas expectativas Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 91 individuais mas pode tamb m exigir estrat gias que favorecem a redefini o das expectativas Expectativas no mbito das rela es exteriores Um outro aspecto da contextualidade a realidade humana das actividades de cada pessoa Muitas das actividades di rias n o t m significado em si pr prias sendo apenas instrumentos para estabelecer rela es com outras pessoas Deste modo as expectativas individuais sobre o mbito valor e profundidade das rela es exteriores determinam em certa medida as expectativas relacionadas com as actividades bvio que os tr s dom nios est o intimamente relacionados um sistema dispositivo de comunica o aumentativa para escrever e falar actividade pode exercer uma influ ncia dr stica na auto estima interior e motivar o indiv duo a assumir um papel activo na comunidade exterior uma fun o social por sua vez pode despoletar a necessidade de outras actividades ex mobilidade que previamente tinham despertado pouco interesse Muitas vezes uma tecnologia de apoio conduz a actividades que primeira vista parecem n o ter nada a ver com o objectivo do mesmo Os formadores devem estar alertados para a exist ncia destes tr s dom nios e para a correla o existente
49. que se situa Consequentemente para a forma o em tecnologias de apoio s o consideradas tr s grandes reas de forma o aqui referidas como rea de componentes t cnicas humanas e socio econ micas HUMANA T CNICA S CIO ECONOMICA Figura 4 1 reas de Forma o e Treino em Tecnologias de Apoio 52 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Tal como referido no estudo HEART Um modelo de forma o e treino em tecnologias de apoio deve ser baseado num modelo de desenvolvimento humano que tenha em considera o os problemas que as pessoas com defici ncia apresentam quando tentam adaptar se a um ambiente adverso As pessoas com defici ncia podem experimentar dificuldades que poder o ser ultrapassadas com a ajuda das tecnologias de apoio Considera se a exist ncia de uma desvantagem handicap quando h um fosso entre as capacidades do individuo e as necessidades impostas pelo ambiente f sico e social em que est inserido Este conceito est esquematizado na figura 4 2 abaixo Desvantagem As solicita es do contexto excedem as capacidades funcionais da pessoa com def SOLICITA ES DO CONTEXTO CAPACIDADES DO INDIV DUO Fig 4 2 Defini o de desvantagem handicap HEART 1995 A desvantagem pode ser diminu da quer reduzindo as solicita es impostas pelo ambiente quer aumentando o n
50. reabilita o de obst culos psicol gicos aceita o da verdade ou por vezes de se estar perante doen as raras cujas implica es n o se encontram ainda bem documentadas A quest o das TA vai frequentemente ao mago dos problemas relacionados com a defici ncia Uma vez que a aceita o destas tecnologias implica a aceita o da pr pria defici ncia algumas pessoas podem sentir se constrangidas em falar deste assunto sempre que o mesmo coloca quest es relacionadas com a sua situa o real Os formadores devem ter presente que a escassez de conhecimentos exp e as pessoas a eventuais reac es psicol gicas negativas e estar portanto preparados para lidar com essa realidade Familiariza o com a tecnologia Independentemente do n vel educacional ou dos antecedentes culturais h pessoas que se sentem intimidadas pela tecnologia e outras que se sentem vontade ou at entusiasmadas com a mesma Um exemplo comum um computador encarado como um amigo por alguns e temido como um inimigo por outros Uma vez que TA tecnologia e por vezes at tecnologia de ponta extremamente importante ajudar as pessoas tecnof bicas a familiarizarem se com a mesma Tais pessoas podem precisar por exemplo de 4l Enders A Hall M Assistive Technology Sourcebook Washington D C Resna Press 1990 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 85 e utili
51. se de uma necessidade real realista tentar satisfaz la Nesta fase todo o conjunto de conhecimentos sobre TA que foram adquiridos se torna til os que sabem est o numa posi o bastante favor vel em rela o aos que n o sabem Podem tamb m ser aplicadas considera es semelhantes aos restantes passos mas quanto mais o processo evolui mais espec fico se torna o conhecimento necess rio Por outras palavras os que conseguem definir uma necessidade determinar que a mesma pode ser satisfeita de uma forma realista e decidir iniciar o processo venceram j a primeira e mais frustrante depend ncia deixar que outras pessoas decidam qual a necessidade Uma necessidade n o um atributo objectivo da pessoa E uma constru o UTILIZADOR X Representa o da situa o actual Z Representa o da perspectiva da ac o Y Representa o da situa o esperada osznzh aHEZOO X Representa o da Z Representa o da po Y Representa o da Situa o esperada individual ou social da UTILIZADOR CAPACITADO realidade O que uma necessidade para um indiv duo numa dada comunidade pode ser considerado um disparate por outros ndiv duos ou outras comunidades Uma coisa individualmente entendida como necessidade quando sentida uma lacuna entre a situa o presente e uma situa o melhor eventual e se pensa que poderia ser feita algum
52. situa o financeira oportunidades culturais etc Um dispositivo de apoio permite frequentemente ao seu utilizador alcan ar novas compet ncias embora n o signifique necessariamente uma melhoria na sua qualidade de vida Com efeito os economistas costumam distinguir efic cia consecu o dos objectivos programados de utilidade valor atribu do a tais objectivos pelo DeRuyter F Evaluating outcomes in assistive technology do we understand the commitment Assistive Technology 1995 7 3 16 22 5 Ib Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores utilizador e esta distin o tem se revelado muito til na avalia o dos resultados das TA Em termos gerais qualidade de vida deve ser entendida como um conceito multi dimensional que descreve uma forma agrad vel de estar na vida a qual pode abranger diferentes aspectos como estado f sico e capacidades funcionais estado psicol gico e bem estar interac es sociais situa o econ mica ou profissional e situa o religiosa ou espiritual evidente que as TA podem produzir altera es positivas em qualquer destes sectores e que a aceita o individual das mesmas por sua vez influenciada pela maneira como o indiv duo se sente em cada um deles tamb m evidente que as vari veis pessoais atitudes educa o conhecimento sobre as TA etc sist micas e ambientais t m todas elas influ ncia
53. sobre as altera es sentidas na qualidade de vida Assim a quest o correcta n o se coloca em termos de quantificar a melhoria da qualidade de vida produzida pelas TA mas antes de identificar os aspectos da qualidade de vida em que as TA produzem melhorias Os investigadores ainda n o chegaram a um consenso geral sobre a resposta mais correcta sem d vida aceite que as TA t m pouco a ver com a sa de em sentido biol gico o que n o o caso por exemplo das tecnologias dos cuidados de sa de O dom nio das capacidades funcionais tamb m parece ser insuficiente na ptica do utilizador para descrever o impacte ltimo das TA embora seja um facto que a maioria das TA aumentam as capacidades tendem a ser consideradas pelos utilizador como um meio para atingir 7 Z 15 objectivos pessoais e n o como objectivos em s mesmas Para uma pessoa com defici ncia a capacidade pessoal de definir perseguir e atingir uma determinada meta parece ser mais importante do que o m todo usado para o efeito sem apoios com assist ncia pessoal com TA com um misto de TA e assist ncia pessoal ou do que o n vel de depend ncia f sica de terceiros que o m todo escolhido implica No estudo EUSTAT esta capacidade pessoal foi escolhida como um indicador de qualidade de vida que as TA podem melhorar especificamente e identificada com o termo autonomia Persson J Brodin H Prototype tool for assistive
54. tanto dos utilizadores finais como dos formadores um conjunto completo de material did ctico aplic vel em numerosos pa ses esta publica o procura satisfazer uma necessidade que h muito se fazia sentir Embora nos ltimos anos tenha sido produzido abundante material did ctico destinado a profissionais tanto na rea cl nica como t cnica em forma o acad mica b sica ou em exerc cio pouco ou nada foi feito com uma perspectiva internacional especificamente orientada para as necessidades educacionais das pessoas com defici ncia que diariamente utilizam as TA Uma das causas desta situa o reside no facto de as abordagens tradicionais s TA encararem habitualmente os utilizadores finais como receptores passivos de produtos e servi os na sua maioria fornecidos por organismos financiadores mediante prescri o cl nica Os m todos de ministrar forma o em TA s o praticamente infinitos e variam Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 9 1 1 3 em fun o do n vel e extens o dos conhecimentos a transmitir aos utilizadores finais das caracter sticas da popula o de formandos do contexto envolvente etc A ideia for a deste estudo que deve ser dado a cada utilizador final o m ximo de conhecimento sustent vel e til Este objectivo pode parecer bastante sensato mas coloca a quest o de saber o que sustent vel e til para cada indiv duo e qu
55. teminologia consistente e a tomarem decis es sobre prioridades e factores cr ticos Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Cap tulo Quatro Organiza o de Iniciativas Educacionais aborda a organiza o das iniciativas educacionais incluindo a estrutura o do processo a selec o de t picos a serem tratados m todos pedag gicos e estilos e assuntos de ordem pr tica Cap tulo Cinco Adapta o Audi ncia discute os factores que devem ser levados em considera o na escolha dos formandos assegurando se que os conhecimentos que lhes ir o ser transmitidos ser o teis no contexto da sua vida di ria Cap tulo Seis Estudos de Casos descreve estudos de caso que podem ser teis como exemplos concretos de actividades educacionais para utilizadores finais S o baseados em experi ncias concretas levadas a cabo pelos tr s parceiros do EUSTAT na B lgica Fran a e It lia Para al m do Portugu s o presente documento est tamb m dispon vel em Ingl s Dinamarqu s Flamengo Franc s e Italiano Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 5 Index 1 5 RESUMO DAS LINHAS DE ORIENTA O creemeemermeeerseeenenerseeerseeerseeneense 7 11 ANTECEDENTES E AMBITO cronan iseenese 7 111 Oponto de partida o utilizador final eee 7 112 Porqu estas Linhas de Orienta o
56. um curso Muitas revistas nem sequer cobram os an ncios pois consideram essa informa o atraente para os leitores e preferem portanto publicar um artigo de fundo descrevendo detalhadamente o curso Grande parte destas revistas n o publicada com muita frequ ncia pelo que importante chegar a um acordo sobre a publica o com bastante anteced ncia de modo a garantir que ao verem as not cias os leitores ainda estejam a tempo de decidir participar Os jornais s o publicados com mais frequ ncia e atingem uma audi ncia mais vasta no entanto o an ncio corre o risco de ficar soterrado na massa de not cias passando assim desapercebido A r dio e em maior grau a televis o t m obviamente um tremendo impacte potencial O efeito sobre a audi ncia depende do hor rio de transmiss o do formato do programa do poder da mensagem e da capacidade dos que a transmitem Dado que a televis o evoca um visionamento emocional importante recordar que s o sempre transmitidas de uma forma consciente ou n o v rias mensagens secund rias associadas mensagem central as quais podem ter efeitos positivos e negativos Estes aspectos devem ser cuidadosamente controlados corre se o risco de suscitar m s interpreta es de passar mensagens culturais conflituosas e de receber milhares de chamadas de pessoas que na realidade n o est o interessadas A Internet assume um papel cada fez mais destacado nesta rea poss vel transmi
57. uma hist ria comum com um per odo de pioneirismo pleno de esperan as e por vezes de entusiasmo contagiante em torno da intui o inicial e um per odo de maturidade durante o qual se acumulam experi ncias se aperfei oam os m todos se desenvolvem materiais educativos adequados e se estabelecem contactos a n vel regional nacional ou internacional para partilha de opini es com outras associa es cong neres Na maioria dos casos a intui o inicial baseada nos conhecimentos reais dos utilizadores finais n o se perde mas antes explorada medida que a associa o vai adquirindo experi ncia Sem uma intui o correcta corre se o risco de as necessidades de aprendizagem dos utilizadores finais n o serem devidamente apreendidas o que pode levar ao fracasso da iniciativa educacional mesmo quando concebida por uma institui o experiente Esta intui o est geralmente relacionada com o pressuposto de que o conhecimento promove a capacita o Nesta ptica n o basta transmitir no es aos que ainda as desconhecem falando metaforicamente dar o peixe a quem tem fome Esse peixe mesmo que fresco e apresentado da melhor maneira apenas alimenta e satisfaz uma vez D cadas de experi ncia educacional dirigida a grupos social ou etnicamente desfavorecidos sugerem que os processos eficazes s o os que produzem mudan as na hist ria individual e social das pessoas lhes permitem manter se pelos seus pr pri
58. unicamente conceder lhes oportunidades de capacita o Como j foi referido a aptid o para escolher TA representa um importante factor de capacita o para as pessoas com defici ncias n o podendo ser conseguida apenas atrav s da aquisi o de informa o e de no es Se a capacita o o objectivo ltimo a forma o em TA deveria promover o crescimento pessoal dos utilizadores finais de modo a permitir lhes identificar as suas pr prias necessidades definir os seus objectivos estabelecer planos para os atingir e realizar quaisquer ac es conducentes sua concretiza o As pessoas que possuem esse n vel de autonomia podem ser consideradas consumidores informados exigentes e respons veis de TA As necessidades objectivos planos e ac es n o podem ser padronizados cada indiv duo nico no que se prende com o estabelecimento dos seus valores prioridades e escolhas vivendo num ambiente humano cultural e f sico diferente Os programas formativos eficientes dever o ter em conta esta especificidade 26 2 2 2 2 1 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores A capacita o em termos de Tecnologias de Apoio Paciente versus Consumidor evolu o do papel do utilizador final Um termo frequentemente ouvido na presta o de Servi os de TA prescri o um facto que quando uma entidade financia directamente um dispositivo
59. vel funcional do indiv duo Neste caso as tecnologias de apoio poder o desempenhar um papel fundamental Por conseguinte o conhecimento aprofundado sobre o uso das tecnologias de apoio pressup e por um lado a compreens o dos seus aspectos mais t cnicos componentes t cnicas e por outro um conhecimento profundo do ser humano que utilizar a tecnologia componentes humanas assim como das necessidades apresentadas pelo ambiente f sico e econ mico em que este se insere componentes socio econ micas Qualquer modelo de forma o dever por isso integrar estas tr s componentes tal como esquematizado na figura seguinte Figura 4 3 Tecnologias de Apoio T A Redu o da Desvantagem Fosso T A Redu o das solicita es do contexto Componentes Componentes S cio econ micas T cnicas CAPACIDADES DO INDIVIDUO OLICITA ES DO CONTEXTO Componentes Humanas T A Aumento das capacidades funcionais do individuo Fig 4 3 Modelo de Forma o em Tecnologias de Apoio HEART 1995 3 HEART ib Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 53 Nas componentes t cnicas quatro reas principais de forma o s o identificadas com igual import ncia e comunica o e mobilidade e manipula o e orienta o A maior parte dos t picos relacionados com as tecnologias de apoio inserem se num destes temas ex a mobilidade atrav s da cadeira
60. viver adaptados s suas necessidades Com este objectivo em vista a ANLH estabeleceu um conjunto de servi os chamados AVJ actividades da vida di ria onde pessoas com defici ncia motora grave podem optar por um estilo de vida aut nomo nas suas pr prias casas apoiadas por um servi o de assist ncia pessoal dispon vel a qualquer hora e durante os 77 dias da semana Em 1998 de acordo com o interesse de v rios servi os de AVJ o ANLH desenvolveu uma iniciativa de forma o para utilizadores e profissionais em simult neo Tinha dois objectivos providenciar os conhecimentos necess rios 120 6 2 2 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores s pessoas com defici ncia de modo a conseguirem encontrar a sua pr pria forma de vida independente tanto na vida di ria como no emprego e treinar os assistentes pessoais na melhor maneira de apoiar um estilo de vida independente Intitulado EPIL este projecto de forma o foi subsidiado pelo programa de emprego Horizon da Direc o Geral da Comiss o das Comunidades Europeias DG5 Os temas relacionavam se com a defici ncia em geral centrando se em 5 assuntos chave e AT e acessibilidade problemas de comunica o Servi os de AVJ e actividades da vida di ria Legisla o Emprego Foi decidido distribuir a forma o por cinco semin rios cada um dos quais com a dura o de dois ou tr s dias a serem rep
61. Cap tulo Tr s Defini o de objectivos e m todos ajuda os organizadores de programas educacionais a definirem objectivos expressos de acordo com uma terminologia consistente e a tomarem decis es sobre prioridades e factores cr ticos O Cap tulo Quatro Organiza o de iniciativas educacionais aborda a organiza o de iniciativas educacionais incluindo o processo de concep o a selec o de temas a incluir m todos e estilos pedag gicos e aspectos pr ticos O Cap tulo Cinco Adapta o audi ncia discute os factores a ter em conta para ir ao encontro do ritmo de aprendizagem dos formandos e garantir que os conhecimentos transmitidos ser o teis no contexto do seu quotidiano O Cap tulo Seis apresenta estudos de casos que podem ser teis como exemplos concretos de actividades educacionais para os utilizadores finais Estes casos baseiam se nas experi ncias realizadas por tr s dos parceiros do EUSTAT na B lgica Fran a e It lia Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 11 1 2 1 2 1 Navegando pelas Linhas de Orienta o O Processo de Prepara o Antes de passar concep o de qualquer iniciativa educacional o organizador deve ter ideias claras sobre alguns conceitos b sicos relacionados com a defici ncia e as TA O primeiro conceito chave obviamente Tecnologia de Apoio 2 1 1 A forma o em TA tem de considerar necessa
62. Confrontada com este factor cr tico a associa o pode por exemplo utilizar t cnicas de publicidade apropriadas factores de gest o organiza o escolher oradores interessantes factores pedag gicos ou encarar mesmo a reformula o da ideia factores de posicionamento Nesta ltima hip tese a associa o pode decidir organizar em vez da confer ncia um curso dirigido a um grupo restrito de pessoas com probabilidades de exercer fun es de l deres deficientes na comunidade factores relacionados com o alvo O m todo de forma o factores pedag gicos escolhido de modo a abranger os factores predisponentes de cada formando enquanto que o programa educativo factores relacionados com o conte do em princ pio se mant m inalterado Este apenas um exemplo Nos cap tulos que se seguem iremos aprofundar o tema de modo a ajudar o organizador a tomar decis es relativamente aos factores cr ticos Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 51 4 Organiza o de iniciativas educativas Este cap tulo aborda a estrutura o conte do a metodologia e a organiza o de iniciativas educativas S o analisados os factores cr ticos relacionados com a transfer ncia de conhecimentos a grupos de formandos fornecendo um guia de tomada de decis es importantes acerca desses factores a fim de poder dar uma estrutura correcta a uma iniciativa educacional 4 1 D
63. P foi destinada dimens o socioecon mica envolvendo leis custos e procedimentos de aceita o das TA Desta forma foi poss vel discutir as dimens es econ micas das TA trocar pontos de vista sobre a inadequa o dos sistemas correntes e compreender as diferen as entre o sistema existente pensando na melhor maneira de o utilizar e sobre qual seria o sistema mais apropriado Um dos objectivos desta abordagem foi o de ajudar os formandos a terem a no o da realidade e a serem construtivos Associando estes conhecimentos b sicos ao uso de instrumentos existentes formadores e formandos elaboraram um processo de investiga o din mico Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 125 Foi particularmente importante identificar procedimentos a partir de iniciativas individuais baseadas em necessidades que levariam ao uso satisfat rio e confiante das TA Isto levantou quest es fundamentais tais como e Quais s o as variadas fases deste processo e quais as suas caracter sticas e Que instrumentos podem assegurar um bom resultado final O processo envolveu aspectos humanos de resolu o de problemas come ando por uma necessidade concreta avaliando a situa o pesquisando informa o encontrando algu m e estabelecendo um relacionamento desenvolvendo testes e investiga es e tomando decis es Um invent rio dos recursos existentes foi elaborado real ando know how
64. a Em princ pio a maioria das pessoas com defici ncia n o necessita de servi os de reabilita o a menos que o seu estado cl nico especificamente o exija No entanto pode ser necess rio manter o contacto com equipas de reabilita o nos pa ses em que o acesso s TA financiadas pelo Estado se processa atrav s de prescri es m dicas Os formadores devem ajudar o formando a avaliar a compet ncia dos profissionais em termos de TA e a escolher sempre que poss vel os servi os de n vel mais elevado A melhor arma contra a ignor ncia dos outros o conhecimento e a informa o os utilizadores informados exigentes seguros e respons veis podem enfrentar os servi os p blicos e exigir respostas adequadas contribuindo assim para a melhoria a longo prazo desses Servi os Sistema de presta o de servi os de TA Os utilizadores finais t m muito interesse em receber informa es sobre os sistemas a que t m acesso Em cursos frequentados por pessoas de v rios pa ses com diferentes Sistema de Presta o de Servi os SPS poucos formandos se mostram particularmente interessados em outros sistemas preferem concentrar se no SPS que v o utilizar como um autom vel que vale a pena apreender a conduzir na perfei o por este motivo que a forma o sobre SPS deve ser adaptada aos contextos em que os formandos vivem O SPS assenta na legisla o e o formando deve estar a par se n o dos detalhes pelo men
65. a coisa para alterar o estado das coisas Assim a percep o de uma necessidade resulta da interac o entre a Bourgeois E L analyse des besoins de formation dans les organisations Mesure et Evaluation en ducation 1991 14 1 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 31 2 2 4 percep o de uma situa o presente a percep o de uma situa o esperada e a perspectiva de ac o A aquisi o de novos conhecimentos altera cada uma das percep es proporcionando ao utilizador final mais poder para esclarecer as suas necessidades A transfer ncia de conhecimentos n o deve contudo limitar se a uma mera transmiss o de no es mas representar uma injec o de aptid es para 1 clarificar e ampliar cada uma das tr s vertentes e 2 melhorar as respectivas interac es Tais aptid es constituem uma componente importante da autonomia e a sua aquisi o deve representar uma ambi o b sica dos formadores Cumprido este pressuposto poss vel afirmar que o conhecimento favorece a capacita o Qual o n vel de conhecimento a que o utilizador final deve aspirar Em princ pio todo o conhecimento necess rio deveria estar na posse da pessoa interessada Contudo em termos pr ticos isto pode ser por vezes irrealista Nesse caso os elementos de conhecimento em falta podem ser encontrados no interior da rede prim ria ou procurados junto de conselhe
66. a decis es de profissionais que o utilizador final considere erradas Financiamento p blico A riqueza nem sempre traz felicidade mas a falta de dinheiro tamb m n o A disponibilidade de financiamento p blico das TA faz toda a diferen a para as pessoas que n o possuem uma bolsa recheada Deste modo as considera es econ micas assumem uma import ncia crescente medida que o sistema se afasta de um financiamento total ou substancial para cen rios em que o mesmo reduzido ou at inexistente Nos contextos mais favor veis a aten o deve centrar se sobretudo nos procedimentos de SPS que podem por vezes ser muito complexos e exigir o apoio de um servi o de representa o mas que finalmente asseguram a implementa o da tecnologia pretendida Nos contextos menos favor veis h que privilegiar as melhores maneiras de avaliar a rela o custo benef cio de um dispositivo e estabelecer quais os dispositivos que s o uma prioridade absoluta e os que s o teis mas n o necess rios Em qualquer dos casos a quest o do custo benef cio deve ser devidamente considerada na forma o sobre TA Com um financiamento total ou substancial presume se que os servi os profissionais est o aptos a avaliarem a rela o custo benef cio do dispositivo a ser financiado Contudo a aprecia o do utilizador pode por vezes colidir com a opini o profissional Quanto mais o utilizador reflectir em termos de custos benef cios mais fo
67. a imagem da defici ncia positiva e equilibrada pode oferecer um meio muito favor vel a qualquer iniciativa que a pessoa pretenda tomar para resolver os seus problemas Os formadores devem ter no o das atitudes sociais que aguardam os formandos quando regressam a casa podendo prepar los para eventuais impactes desagrad veis atrav s de exerc cios educacionais Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 93 Barreiras arquitect nicos A acessibilidade ambiental uma condi o pr via para o sucesso de qualquer ac o As barreiras arquitect nicas existentes na comunidade podem n o apresentar um problema insuper vel na medida em que h normalmente solu es t cnicas dispon veis para as ultrapassar No entanto podem exigir dispendiosos sistemas de TA e assist ncia pessoal que n o s o acess veis a toda a gente Quanto maiores forem as barreiras maior ser o n vel de depend ncia a que as pessoas s o expostas o que exige delas elevadas capacidades de resolu o de problemas As pessoas que vivem num meio acess vel podem nem sequer ter de considerar por exemplo a largura total de uma cadeira de rodas ao passo que outras que enfrentam diariamente curvas degraus portas estreitas carros mal estacionados etc encaram cada desloca o ao exterior como uma esp cie de safari na selva em que podem ficar presas ou encontrar se em perigo em qualquer parte Es
68. a miss o que lhe foi confiada assegurando que cada formando persegue os objectivos de aprendizagem programados com o m ximo das suas capacidades A recep o individual dos conhecimentos pode ser influenciada por v rios factores como factores de predisposi o 5 1 1 factores relacionados com a defici ncia 5 1 2 atitudes individuais perante a defici ncia 5 1 3 e expectativas individuais 5 1 4 No entanto um curso sobre TA completamente isolado do mundo n o faria sentido O principal indicador do sucesso de um curso a capacidade por parte dos formandos de depois do curso utilizarem os conhecimentos adquiridos na vida real A adapta o das no es ao contexto vivencial dos utilizadores finais um enorme desafio para os formadores Isto significa basicamente ter em 14 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores conta factores relacionados com o ambiente quotidiano 5 2 1 com servi os da comunidade que prestam apoio social 5 2 2 com o mercado das TA 5 2 3 e com o contexto social gt 5 2 4 em que se insere o indiv duo Por vezes uma iniciativa educacional pode n o ter xito Pode fracassar previsivelmente ou pode fracassar mesmo quando partida parecia satisfat ria assist ncia elevada presen a de oradores famosos cobertura do acontecimento pelos media porque os conhecimentos transmitidos aos formandos se revelaram de apli
69. aconselhamento a outras pessoas com defici ncia O programa do curso de n vel 1 foca principalmente as componentes t cnicas da forma o em TA no entanto s o tamb m abordados alguns assuntos das componentes humanas e socio econ micas O curso de n vel 2 foca exclusivamente temas das componentes humanas e s cio econ micas abordando assuntos tais como combater preconceitos sociais no que se relaciona defici ncia e TA De uma forma global os cursos promovem uma forma o abrangente das TA ajudam a formatar as atitudes dos utilizadores para controlarem a sua pr pria vida Estrutura e Organiza o Planeamento Em 1998 o Centro Studi Prisma promoveu a 14 edi o do curso n vel 1 em simult neo com a 10 edi o do curso n vel 2 No in cio do ano foi feito um an ncio preliminar contendo informa o sobre os objectivos gerais do curso o local de realiza o a dura o e as datas Estes aspectos tinham sido decididos no Ver o anterior na altura da conclus o do curso anterior Em Mar o a equipe do Centro Studi Prisma reuniu se para planear a operacionalidade dos cursos e sua organiza o Nessa reuni o um determinado n mero de responsabilidades foram atribu das entrevistas incluindo um coordenador do curso director pessoal docente quatro peritos cinco coordenadores de trabalhos de grupo um gestor administrativo e o secretariado Foi elaborado um programa final definidos assuntos de ordem
70. ada a actividades educativas Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 79 Auxiliares de ensino Qualquer que seja a metodologia preferida a maioria dos professores recorrem a auxiliares para apoiar o seu trabalho Alguns oradores n o utilizam material confiando plenamente na sua capacidade de cativar a assist ncia contudo se n o possu rem o dom da palavra podem n o conseguir catalisar devidamente a aten o dos ouvintes Na maioria dos casos recomendado o emprego de auxiliares de ensino no quadro que se segue apresentam se os mais correntes Folhas soltas Equipamento audiovisual Ferramentas inform ticas retroprojectores diapositivos etc ipo de aulas Essencialmente pr ticas Essencialmente te ricas Ambas Modelo relhas e tabelas a teor conciso gr ficos texto imagens preencher gr ficos a suporte gr fico alguma anima o dispon vel tiliza o praticar em aulas pr ticas promover a escuta promover a escuta memorizar no es salientar o fio condutor daf atrair a aten o adicionar informa o apresenta o exemplificar representar promover a escuta i ontos a ter em aten o com deficientes visuais com deficientes visuais com deficientes visuais tilizar vers es em Braille jutilizar material em Braille jutilizar material em Braille se poss vel se poss vel tipos grandes e se poss vel tipos grandes e com p
71. ade de outros utilizadores de TA que podem ser considerados como modelos Quando voltar para casa v ver como o n o sei quantos organizou o apartamento e o potencial de cada formando se tornar consciente ou inconscientemente um modelo na sua comunidade 110 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 111 6 6 1 6 1 1 Estudos de caso Este cap tulo apresenta tr s estudos de caso de iniciativas educacionais para utilizadores finais levados a efeito durante o ano de 1998 em It lia B lgica e Fran a Muitos dos conceitos discutidos neste livro reflectem se nestas experi ncias O caso italiano PRISMA consiste num par de cursos residenciais enquanto os casos Belga ANLH e Franc s GIHP podem ser classificados respectivamente como um semin rio e um curso O caso PRISMA Contexto O Centro Studi Prisma foi fundado em Belluno It lia em 1984 como sendo uma associa o interdisciplinar destinada a informa o e investiga o dos aspectos t cnicos e sociais sobre o viver independente independent living e a integra o social das pessoas com defici ncia uma associa o cultural composta por pessoas de toda a It lia que est o profissionalmente ou pessoalmente envolvidas na rea da defici ncia sendo elas mesmas na sua maioria pessoas com de
72. ador de defici ncia n o necessita de ter em conta a opini o de terceiros casos em que decide partilhar a vida com outros casos em que est envolvido um grupo de maiores dimens es e casos ainda em que os utilizadores finais de TA s o os assistentes Por sua vez pode haver casos em que a tecnologia bem aceite pelo indiv duo mas n o pelo seu c rculo prim rio casos em que a tecnologia est orientada mais para apoio da fam lia do que para o indiv duo com defici ncia e casos em que a tecnologia oferece simultaneamente apoio directo ao indiv duo e apoio indirecto atrav s do c rculo prim rio Alguns aspectos do projecto de vida do indiv duo dificilmente s o dissoci veis do projecto de vida da fam lia Da rela o com o c njuge podem derivar v rias expectativas por sua vez este pode ter outras necessidades e aspira es que passam a ser partilhadas pelo parceiro A introdu o de TA na fam lia pode exigir altera es pessoais entre os seus membros Pode tamb m exigir transforma es na organiza o da assist ncia pessoal e por conseguinte uma altera o nas atitudes e h bitos dos assistentes pessoais O xito da mesma Lorentsen O Hem G K Critical factors and general outcomes of assistive technology Deliverable 1 TIDE CERTAIN study Brussels European Commission 1995 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 107 tecnologia prestada mesma pessoa
73. ais naturais Nestes casos as tecnologias de apoio podem permitir a essas pessoas comunicar com compet ncia Desenvolvimentos tecnol gicos recentes em reas tais como telecomunica es inform tica e electr nica possibilitaram um n mero enorme de aplica es t cnicas que podem ser teis para resolver ou ultrapassar as limita es funcionais na comunica o A tabela seguinte identifica alguns t picos poss veis relacionados com este assunto COMUNICA O Comunica o sistemas de comunica o com e sem ajuda interpessoal dispositivos de baixa tecnologia tais como quadros de comunica o quadros de comunica o din micos alta tecnologia sa da de voz fala gravada e fala sintetizada t cnicas de selec o directa varrimento e codificada t cnicas de aumento de velocidade de comunica o e de predi o t cnicas de leitura e de escrita pr teses auditivas amplificadores de voz auxiliares pticos Acesso a interfaces de controlo man pulos joystick track ball computador interfaces teclados alternativos expandidos reduzidos do utilizador teclados e emuladores de teclados ratos e emuladores de rato crans t cteis ponteiros de cabe a e de boca Telecomunica es r dios telefones port til texto v deo beepers sistemas de e mail Internet e WWW HEART Ib 32 Orelove F P Sobsey D Educating children with multiple disabilities a multidisciplinary approach Balt
74. aneamente um servi o de aconselhamento de modo a oferecer a cada utilizador final a oportunidade de obter orienta o relativamente s implica es respeitantes ao seu caso espec fico Por ltimo para dar aos utilizadores finais a maior autonomia poss vel em termos de utiliza o eficaz do novo sistema a associa o pode organizar Cursos educacionais em que as pessoas certas ensinam aos utilizadores aspectos do novo sistema e treinam atrav s de exerc cios ou simula es as solu es mais frequentes Cada curso exige entre outras coisas uma escolha criteriosa da composi o e das dimens es do grupo de formandos a defini o de objectivos de aprendizagem a selec o de m todos pedag gicos a decis o do calend rio e no caso de ap s conclus o do curso ser passado um certificado a determina o da respectiva aplica o Processos educacionais O ensino e o treino s o actividades educacionais no sentido exacto do termo A fronteira entre ambos bastante indistinta pelo que os mesmos podem at ser Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 39 3 1 5 encarados como diferentes estilos de educa o Com efeito ambos coexistem frequentemente numa mesma actividade educacional O ensino proporciona um n vel global de compreens o compet ncia e capacidade de resolu o de problemas num determinado assunto ou tema de conhecimento O treino e
75. aprendem ambos a reconhecer e resolver dificuldades ou mal entendidos Esta t cnica n o pode ser improvisada devido aos sentimentos intensos e realistas que pode despertar nos actores e na audi ncia deve portanto ser usada com grande precau o e sob a orienta o de um perito Aprendizagem pr tica etodologia educacional que principia pela pr tica e pela resolu o de Defini o problemas passando em seguida teoriza o e representa o de roporcionar aprendizagem real que nesta ptica significa um misto de eoria e pr tica Descri o S o organizadas experi ncias pr ticas bem programadas e bem estruturadas nas quais o formando tem oportunidade de executar coisas e em seguida formular hip teses e fazer avalia es o exame te rico e geral dos problemas apenas tem lugar nessa fase Dura o Vari vel segundo o tipo de actividade Defini o cnica educacional baseada no tipo de relacionamento entre os formadores e cada formando no mbito dum grupo Utilizada como t cnica adicional quase subliminar em qualquer iniciativa educacional ropor um modelo de comportamento e racioc nio considerado positivo e que justifica ser imitado Descri o de conte dos como na sugest o de comportamentos e modos de pensar etc Exige uma experi ncia consider vel no campo da educa o Iternativamente durante um trabalho de grupo baseado em estudos de asos um l der deficiente torna se model
76. ara promover um conhecimento rec proco atrav s de uma apresenta o pessoal ou outro tipo de introdu o semelhante H que ter contudo um certo cuidado pois algumas pessoas ficam embara adas ao falarem em p blico e outras podem ter defici ncias a n vel da fala que exijam auxiliares de comunica o ou apenas mais tempo e esfor o para se exprimirem Cabe ao moderador avaliar rapidamente a situa o decidir como facilitar o processo e intervir quando necess rio A supera o das dificuldades iniciais ajuda a estabelecer uma comunidade de aprendizagem efectiva Embora a coordena o dos professores seja essencialmente uma quest o pedag gica sendo portanto discutida posteriormente importante que os formandos tenham consci ncia da sua exist ncia Isto passa por uma compatibilidade entre conte do e estilo educativo a fim de evitar repeti es contradi es e terras de ningu m e contribuir tamb m para estabelecer rela es positivas entre os docentes que d o uma imagem de coes o e coopera o Uma forma de atingir este objectivo consiste em reunir os professores num grupo de trabalho de modo a desenvolver uma metodologia educacional comum Idealmente o grupo deve reunir com regularidade durante o curso bem como durante a prepara o e avalia o final Esta por exemplo a estrat gia adoptada pelo Centro Studi Prisma It lia Os professores re nem se entre si e com os formandos durante os curso
77. aria menos importantes mas que t m maior utilidade para o primeiro Deste modo o utilizador pode oferecer resist ncia ao tratamento de reabilita o concebido pelo m dico N o s o raras as situa es em que os programas de TA geram conflitos entre o utilizador e os profissionais ou mesmo cis es no seio da comunidade profissional Esta ltima situa o pode dever se a diferen as nos antecedentes profissionais aos diferentes organismos envolvidos a falta de coordena o ou mesmo a falta de conhecimentos A fim de estar preparado para tal situa o importante que o utilizador tenha uma atitude positiva em rela o aos profissionais e compreenda a dificuldade objectiva de identificar a verdade em situa es complexas em que coexistem diferentes verdades Pela mesma ordem de ideias nunca deve aceitar em absoluto que todos os profissionais conhecem a fundo as TA Por outras palavras os utilizadores devem ser incentivados a assumirem se como protagonistas activos na sua reabilita o Expectativas do c rculo exterior Por ltimo mas n o menos importante conv m referir que as TA s o em muitos casos afectadas em certa medida pela comunidade local em que a pessoa vive A reintegra o na comunidade pode envolver a reorganiza o de servi os como transportes adapta o ao meio em que a pessoa com defici ncia vive ex log stica fluxo de trabalho rela es no local de trabalho e modela o de atitudes soc
78. as Pelo contr rio a presen a de pessoas com v rios tipos de incapacidade ex cegueira defici ncias motoras etc enriquece o grupo e alarga as perspectivas quanto mais horizontal for a forma o melhor se adaptar a uma s rie de experi ncias de incapacidade diferentes Neste caso necess rio por m tomar as devidas precau es para evitar a cria o de barreiras aos mais desfavorecidos como sejam pessoas com problemas de comunica o ou d fices cognitivos observam se por vezes formas de segrega o involunt ria em grupos heterog neos pelo facto destes problemas serem descurados e do curso n o estar ajustado ao ritmo de todos Barreiras Uma outra perspectiva consiste em constituir o grupo de formandos segundo problemas comuns sentidos em sociedade sem considerar sequer o tipo de incapacidade Existe uma perspectiva mais social que incide na acessibilidade do ambiente na capacidade de utiliza o dos servi os dispon veis na comunidade e na tecnologia adaptada que relaciona a pessoa com o ambiente Dado que tais problemas se prendem com experi ncias muito concretas do quotidiano das pessoas portadoras de defici ncia alguns participantes podem ter tend ncia a encarar os temas atrav s da sua experi ncia pessoal muito espec fica com a esperan a de encontrar solu es no mbito do curso Isto coloca aos professores o desafio de manter a orienta o do curso aproveitando simultaneamente as experi ncias pessoa
79. as experi ncias com utilizadores iniciantes de modo a facilitar a capacita o destes no que diz respeito s TA 128 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Factores cr ticos que envolvem a educa o de utilizadores finais em rela o s Tecnologias de Apoio T tulo original Critical Factors involved in end users education in relation to Assistive Technology Dispon vel apenas em Ingl s O termo factores cr ticos refere se a qualquer aspecto que mere a uma considera o cuidada quando se aborda a transfer ncia de conhecimentos para utilizadores finais com o objecto de os capacitar ou lan ar as bases para essa capacita o Este relat rio identifica descreve e analisa tais factores cr ticos e d origem a uma estrutura conceptual para o desenvolvimento de iniciativas educativas O foco deste documento o processo que se desenrola a partir da express o de uma necessidade at escolha da TA O Cap tulo Um introduz a filosofia do Projecto EUSTAT clarifica tr s conceitos b sicos autonomia TA factores cr ticos e descreve o conte do e a metodologia adoptada O Cap tulo Dois trata do relacionamento entre as TA e os utilizadores finais e descreve a transfer ncia de conhecimentos como um factor chave para fazer a ponte entre eles No Cap tulo Tr s dada uma classifica o sistematizada dos factores cr ticos Esta baseada num modelo do proc
80. as ac es de um indiv duo independentemente da maneira como conseguida A tabela seguinte apresenta alguns t picos poss veis que se relacionam com este tema COMPONENTES T PICOS Controlo de ambiente unidades de controlo de ambiente UCA Interfaces de controlo do utilizador reconhecimento de voz ultra som man pulos Actividades da vida cuidados pessoais higiene incontin ncia sexualidade vestu rio di ria trabalhos de casa cozinhar limpar seguran a dispositivos de alarme e de sinaliza o Rob tica manipuladores e bra os de controle robots para actividades de escrit rio virador de p ginas robots de alimenta o Pr teses e ort teses ort teses do membro superior pr teses do membro superior estimula o electro funcional do membro superior Recreio e desporto ajudas para jogos gin stica desporto fotografia ca ar e pescar brinquedos adaptados instrumentos musicais ferramentas para trabalhos manuais desporto e lazer Orienta o A orienta o a capacidade de um indiv duo em se localizar em rela o s dimens es de tempo e de espa o tamb m a capacidade de receber est mulos de diversas vias sensoriais vis o audi o cheiro tacto assimilar essas informa es e providenciar uma resposta apropriada 7 A tabela seguinte apresenta alguns dos poss veis t picos relacionados com este tema 35 HEART ib 36 Cook A Hussey S ib 31 HEART
81. assa tino aei i o eieaa 9 9 209 Facioreside mercado as iara dsprior de usina desapa Todo ea ne Era Ee cotas densas doa AES EES is 91 5 2 4 Factores SOCIAIS x ssenei as ques essasere es isie cs usado da retento tine ds EVER a EKEK IENE EEES ad 91 6 ESTUDOS DE CASO ccereeeerernerernernecesrernecesresnecesaesne cosa oras cosa nai iE 91 6 1 ZO CASO PRISMA eneren a E A eos caso fa Si uso ia E E RE 91 Olido CONTEXTO irene ae da a Bana E E doa Sha sb DO caca STO E N eT 91 6 1 2 Estrutura e Organiza o rE EEE EERE E EE 9 6 1 3 O 2 107181 EEE E 9 6 1 4 Prosseguimento do CUFSO ssessessseeeseeeseseeeeseeeserreerssresrsserrreseseesresreersserereseseent 9 6 2 OSCASOSGHP EANLH ieie e e aeea eono E E E ar EEE SEE EE 91 6 2 1 Contento nea ae EE E A AE ORE A A AT EKERN OETA N SE eoi S 91 6 2 2 Estrutur e Organiza o sssi eramos seachssesantme ipacadi sai arae iki cicero iiaia 91 0253 OPrOgTAMA von e TE dO AOL a Oui Sta DENSO SUS DIS us A ADRs Tres OS LISSURSS COS das qa 91 6 2 4 Prosseguimento dos cursos eee eeeeereeerererererareeereeraeenaeeraeeaneeaa 91 ANEXO PRP AA 91 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 7 1 11 1 1 1 Resumo das linhas de orienta o Este cap tulo define os objectivos e a tem tica da presente publica o e oferece uma perspectiva geral do seu conte do orientando o leitor ao longo dos cap tulos seguintes
82. av s dos inqu ritos uma descri o dos sete programas visitados localmente e 87 programas analisados na base dos question rios A Segunda Parte apresenta os dados obtidos de uma forma tanto num rica como gr fica Para mais informa o visite o web site do EUSTAT em www siva it research eustat
83. ca o pr tica reduzida Em contrapartida iniciativas que produzem excelentes resultados para os formandos podem n o parecer relevantes aos olhos dos media As actividades educacionais dirigidas aos utilizadores finais t m provavelmente um perfil mais discreto do que as dirigidas a profissionais dado que os organizadores s o com frequ ncia pequenas associa es de utilizadores dotadas de poucos recursos financeiros ou organizativos e os destinat rios s o mais dispersos De qualquer forma os resultados de uma iniciativa educacional devem ser essencialmente medidos em termos da capacita o que promoveram em cada participante Os factores cr ticos referidos nestas orienta es foram escolhidos em fun o deste objectivo preciso Se todos eles forem abordados de forma satisfat ria existem excelentes raz es para acreditar no sucesso da iniciativa educacional Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 15 2 2 1 2 1 1 Conceitos b sicos O presente cap tulo clarifica alguns conceitos b sicos e palavras chave relacionados com a defici ncia e as tecnologias de apoio que devem ser do conhecimento dos formadores e organizadores de iniciativas educacionais destinadas a utilizadores finais Palavras chave Tecnologias de Apoio importante ter partida uma no o clara do termo Tecnologias de Apoio TA visto tratar se de uma express o chave predominante
84. cias s o melhores e mais corajosas que as outras Hales G The educational experience of disabled people irresistible force or immovable object Milton Keynes Open University 1987 Ver tamb m Nelson J A The disabled the media and the information age Westport London Greenwood Press 1994 Ver tamb m Finkelstein V Attitudes and disabled people issues for discussion Washington World Rehabilitation Fund 1985 88 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Aceita o da diferen a A defici ncia afecta alguns aspectos da minha vida Preciso da ajuda de algu m para abrir uma lata dar comida ao peixe ou tomar um duche Posso executar algumas actividades utilizando a tecnologia de uma forma inteligente Uso o elevador quando h escadas quando viajo de comboio organizo as coisas com anteced ncia Por vezes esta situa o n o especialmente boa outras vezes n o muito m afinal n o acontece o mesmo com toda a gente Autodetermina o Sou uma pessoa com defici ncia e tenho consci ncia disso Esta situa o n o nem melhor nem pior do que as outras mas sem d vida diferente N s os deficientes temos necessidades especiais e podemos ter de procurar apoio para obter as solu es certas Alguns de n s podem precisar de tecnologia outros de assist ncia pessoal e h ainda outros que apenas t m de alterar a sua atitude pe
85. cipar em iniciativas educacionais sobre TA a sua capacidade de lidar com problemas e solu es aumenta extraordinariamente Um n vel de conhecimento elevado sobre aspectos b sicos e espec ficos das TA alarga as perspectivas de vida desenvolve aptid es para identificar necessidades e formular estrat gias para as satisfazer e ajuda a procurar os recursos informativos e de aconselhamento mais adequados Em termos metaf ricos a informa o mostra os peixes ao passo que o aconselhamento indica o peixe e a educa o d a cana de pesca e ensina a arte de pescar 3 1 3 Dimens o do alvo vs rela o com o alvo Os quatro processos podem assumir perspectivas diferentes em fun o da rela o com o grupo alvo e a sua dimens o 38 formal estruturada Rela o informal s estrutura 3 1 4 aconselhamento pequen especif Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores O aconselhamento envolve uma rela o claramente definida e estruturada entre um conselheiro profissional ou colega e um cliente o utilizador final Por sua vez a rela o entre os produtores e os destinat rios de informa o n o obedece a normas espec ficas sendo assim mais informal Nas actividades educacionais essa rela o pode ser mais ou menos estruturada consoante a abordagem adoptada sendo por m mais formal estruturada do que na informa o e mais infor
86. confirmou que os utilizadores finais e muitas vezes tinham um conhecimento limitado sobre alternativas t cnicas eficazes e tinham dificuldade em utilizar as TA que lhes s o propostas devido a retic ncias psicol gicas dificuldades t cnicas ou problemas funcionais e n o sabiam onde procurar informa o sobre adapta es manuten o e repara es Como resultado desta sess o de brainstorming foi elaborado um question rio e enviado a cada formando em conjunto com um convite para participar no semin rio A resposta ao question rio era volunt ria e os formandos foram convidados a partilhar a sua experi ncia pessoal como ajuda para completar a an lise de necessidades Um conjunto de especifica es foi ent o elaborado identificando as TA utilizadas e delineando os contextos humanos e elementos socio econ micos a serem abordados no semin rio Isto serviu organiza o do curso como guia de orienta o no planeamento das actividades di rias e na defini o dos aspectos pedag gicos dos conte dos e dos resultados expect veis A estimativa inicial de atendimento era de 12 pessoas por regi o mas n o foi posto nenhum limite no n mero de inscri es se verificasse que o n mero de candidatos era superior seria organizado um dia suplementar Os formandos eram pessoas com defici ncia na maior parte utilizadores dos servi os AVJ nas tr s regi es Bruxelas Val nia e Flandres Este evento foi isento d
87. curso qualidade de ensino e contributo pessoal Foi interessante verificar em que medida esta experi ncia influenciou perspectivas individuais e colectivas Uma avalia o posterior foi planeada sob a forma de uma outra reuni o levada a cabo seis meses depois do curso terminar 126 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 127 ANEXO Outros documentos p blicos produzidos no mbito do Projecto EUSTAT VAMOS A ISTO Manual de Ajudas T cnicas para o Utilizador Final T tulo original Go for it A User Manual on Assistive Technology Dispon vel em Ingl s Dinamarqu s Flamengo Franc s Italiano e Portugu s Este Manual pretende ser um pacote de forma o b sica a ser utilizado directamente por utilizadores finais para forma o pr pria ou como livro de texto para iniciativas educacionais Est dividido em seis cap tulos que conduzem progressivamente o leitor desde um conhecimento b sico sobre TA a como saber seleccion las e como procurar aconselhamento mais profundo sobre as implica es das TA tanto a n vel individual como social Desta forma o Manual til tanto para utilizadores iniciandos como mais avan ados Tamb m pode ajudar os leitores n o s de uma maneira mais individual proporcionando lhes um conhecimento mais profundo que lhes permitir aumen
88. d ctico bem elaborado e t cnicas de ensino activas para manter o formando atento e evitar o desperd cio de energias 7 activar processos cooperativos e aproveitar positivamente o esp rito de competi o para objectivos comuns 8 utilizar actividades metacognitivas como esquemas de planifica o tabelas resumo discuss es orientadas que permitam a cada formando verificar a sua aprendizagem refor ando assim a sua motiva o para continuar Motiva o para mudar A motiva o para mudar est intimamente ligada com a experi ncia anterior de cada indiv duo incidindo sobre as ideias j estruturadas que uma pessoa tem relativamente sua pr pria capacidade de aprender e de mudar Este tipo de motiva o assume especial relev ncia no caso da aprendizagem de car cter social Uma pessoa que j tenha acumulado um n mero consider vel de fracassos ao longo da sua vida pode ter opini es pessimistas que resultam numa falta de motiva o para enfrentar novas tarefas ou perspectivas diferentes Por exemplo uma pessoa com defici ncia que tenha tido durante anos interac es negativas ou frustrantes com o ambiente pode sentir falta de interesse em explorar novas propostas e em lutar por elas A motiva o para mudar muito importante no mbito da educa o das TA devido ao grande impacte das mesmas na vida do utilizador final Um bom professor deve conseguir promover atitudes positivas em rela o a tais mudan as Ao
89. dade ambiental e TAs para facilitar a tarefa dos assistentes e apoiar a assist ncia pessoal N o existe qualquer receita sobre a forma de classifica o das TA Esta depende do objectivo cataloga o ensino partilha de informa o organiza o de servi os de aconselhamento etc O importante ter uma no o clara do significado do termo TA e qual o objectivo para que as mesmas foram criadas Presta o de Servi os Na rea das TAs o termo sistema de presta o de servi os SPS utilizado para identificar o conjunto de facilidades procedimentos e processos que actuam como intermedi rios entre estruturas do mercado de TA e os utilizadores finais de modo a facilitar o acesso das pessoas com defici ncia a estas tecnologias atrav s de ajuda financeira compet ncia profissional informa o forma o etc Cada pa s tem um SPS diferente e em muitos deles existe mais do que um sistema pelo que seria imposs vel descrever o seu funcionamento em termos gerais Em fun o da estrat gia social global subjacente a cada legisla o nacional ou regional podem existir procedimentos SPS v lidos para todo um pa s como acontece nos pa ses que t m um Servi o Nacional de Sa de ou procedimentos espec ficos aplic veis a sectores limitados da popula o como o caso dos Sistemas de Seguran a Social Sectoriais Al m disso os procedimentos dos SPS sofrem altera es frequentes acompanhando a evolu o p
90. dade vantagens nconvenientes Recomenda es estudo educacional reve e ligeira ouco exigente em informal tilizar quando a semin rios ermos de tempo e n o fi vel rela o com a organiza o dificuldade em gerir audi ncia se encontra os coment rios j firmemente negativos estabelecida dificuldade em envolver pessoas midas ou com limita es de omunica o Discuss o orientada Qualquer i pode aparentar um Tentar congregar as por um moderador i ontrolo excessivo opini es em torno das quest es chave apenas parcialmente fideias chave aberta aos pedidos da dominantes 38 Amietta P L Valutare la formazione problemi aperti e problemi da chiudere In Infelise L ed La formazione in impresa nuove frontiere in Europa Milan Franco Angeli 1994 Ver tamb m Amietta P L Amietta F Valutare la formazione Milan Unicopli 1989 Ver tamb m Calonghi L Valutazione Brescia La Scuola 1976 72 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Question rio final ursos especialmentej metodologia exig ncias de tentar evitar as residenciais s ries consolidada labora o do quest es abertas se o de semin rios possibilidade de question rio e an lise grupo for numeroso an lise quantitativa dos dados fi vel anonimato processo bastante permite a ompara o como f as quest es abertas question rio s o dif ceis de ntrodut rio s
91. dade mais simples na ptica da organiza o o curso realizado num centro ou por outras palavras nas instala es do organizador ou num centro alugado para o efeito com sess es programadas dentro do hor rio laboral de modo a que os formandos possam regressar a casa ou ao seu hotel Os cursos itinerantes realizados in loco nas v rias comunidades em que os utilizadores vivem evitam que as pessoas tenham de se deslocar pedir autoriza o para se ausentarem do trabalho ou tomar disposi es complexas sobre assist ncia pessoal Contudo podem apresentar dificuldades de organiza o e os formandos podem perder a oportunidade de encontrar colegas de ambientes ou culturas diferentes e partilhar experi ncias com eles A forma ltima de localiza o o curso a domic lio em que os formandos recebem forma o no seu pr prio ambiente A forma o pode ser individualizada extensiva aos membros da fam lia ou colegas de trabalho ou at s pessoas nas mesmas condi es ex numa resid ncia comunit ria Podem adoptar se tamb m solu es mistas em que o curr culo inclui uma s rie de m dulos cada um realizado num local diferente ex uma s rie de semin rios num centro seguida de um curso residencial com a dura o de uma semana o qual completado por uma sess o domicili ria de seguimento follow up 68 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Ambient
92. dades educacionais que os tornem em consumidores informados exigentes e respons veis em Tecnologias de Apoio Este o desafio que se coloca aos formadores quer estes sejam eles mesmos pessoas com defici ncia ou profissionais As Linhas de Orienta o EUSTAT t m como objectivo prestar apoio aos formadores para vencerem aqueles desafios oferecendo assim uma contribui o se bem que limitada rea espec fica das Tecnologias de Apoio para ac es de forma o que tenham como objectivo principal a capacita o das pessoas com defici ncia O Centro de An lise e Processamento de Sinais do Instituto Superior T cnico parceiro portugu s do Projecto Europeu EUSTAT ao promover no mbito deste Projecto a tradu o e adapta o para Portugu s destas Linhas de Orienta o pretende responder a lacunas sentidas no nosso Pa s no dom nio da Forma o de pessoas com defici ncia em Tecnologias de Apoio Renzo Andrich L der do Projecto EUSTAT Mil o 15 de Mar o de 1999 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores AGRADECIMENTOS Este Estudo foi realizado pelo Cons rcio EUSTAT SIVA parceiro principal Fondazione Don Carlo Gnocchi ONLUS IRCCS Milano Italy Mr Renzo Andrich project leader Ms Serenella Besio ANLH parceiro Association Nationale pour le Logement des personnes handicap es Bruxelles Belgium Mr Cleon Angelo Mrs Anne Catherine Jooris
93. de em certa medida contribuir para um melhor ajustamento audi ncia Quando a iniciativa educacional se destina a uma audi ncia espec fica com objectivos de aprendizagem bem definidos importante assegurar uma certa selec o e neste caso o convite uma op o poss vel Esta modalidade apenas pratic vel quando o organizador conhece as pessoas que preenchem os requisitos evidente que esta op o concede poucas oportunidades s pessoas que poderiam em princ pio ser bons candidatos mas que n o pertencem ao n cleo restrito Uma solu o interm dia consiste em publicitar amplamente o curso e estabelecer crit rios de selec o espec ficos idade n vel de educa o etc que permitam uma verifica o simples da elegibilidade isto pode ser conseguido atrav s do preenchimento de um formul rio uma entrevista ou certificados Uma abordagem deste tipo pode representar um compromisso satisfat rio entre a necessidade de controlar a consist ncia do grupo e a necessidade de limitar o esfor o despendido no processo de selec o No entanto os crit rios de elegibilidade por si s podem n o ser suficientes para garantir a consist ncia real do grupo O m todo mais seguro provavelmente uma entrevista individual ap s a verifica o da elegibilidade Esta abordagem permite obter um maior conhecimento dos antecedentes e motiva es do formando ajuda a identificar antecipadamente eventuais problemas
94. de apoio algu m em nome da mesma tem de assumir a responsabilidade de decidir se o investimento corresponde necessidade do cliente leg timo e preenche os requisitos de elegibilidade Em muitos pa ses esta responsabilidade sobretudo considerada do foro m dico enquanto que noutros est repartida por uma s rie de profissionais em fun o do tipo de TA ex m dicos terapeutas ocupacionais enfermeiros assistentes sociais etc apesar das profiss es cl nicas ainda deterem a parte de le o Da a tradi o de definir esta decis o com um termo retirado do sector cl nico que exactamente prescri o O termo bastante categ rico evoca a ideia de uma ordem dada por um m dico para o bem estar do doente sendo geralmente bem aceite quando se aplica a um tratamento m dico ou medicamento Pode tamb m ser bastante apropriado em rela o a alguns tipos de TA com fortes implica es m dicas como equipamento de sobreviv ncia ex ventiladores port teis ou de substitui o de fun es perdidas ex pr teses Com efeito a hist ria das TA principiou exactamente como equipamento prot sico estando assim profundamente enraizada no contexto m dico No entanto medida que as TA evoluem de equipamento relacionado com o corpo para dispositivos ou adapta es ambientais relacionados com actividades as considera es de ordem m dica tendem a perder influ ncia em favor de aspectos t cnicos individuais e soc
95. de apoio O conceito de TA deve ser sempre considerado em conjunto com outro n o menos importante o chamado desenho universal ou desenho para todos Isto indica a adapta o do meio popula o ou mais precisamente produtos e servi os destinados ao p blico em geral de modo a poderem ser tamb m utilizados por idosos e pessoas com defici ncias O conceito da Desenho para todos tende a tornar se cada vez mais um elemento da ergonomia geral e a EC DG13 TIDE Workplan Bruxelles European Commission 1995 16 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores aplicar se n o s ao mundo real mas tamb m ao mundo virtual ex aplica es de software concebidas para poderem ser utilizadas por qualquer pessoa Complementarmente TA refere se ainda ao ajustamento individual entre a pessoa e o meio e como tal s tecnologias que permitem ultrapassar obst culos aos servi os normais ou compensar limita es funcionais espec ficas de modo a facilitar ou possibilitar as actividades da vida quotidiana Em fun o do objectivo podem utilizar se v rios sistemas para classificar as TA A classifica o mais generalizada a Classifica o de Ajudas T cnicos da ISO 9999 EN 29999 orientada para os produtos e agrupa os dispositivos de apoio em 10 classes cada uma dividida em subclasses que por sua vez est o divididas em sec es com base no seu objectiv
96. de n o se encontrarem directamente envolvidas na estrutura o de iniciativas educacionais trabalham no campo da reabilita o e integra o social das pessoas com defici ncias Foi adoptada uma perspectiva orientada para o utilizador baseada tanto na experi ncia directa como nos estudos realizados pelos investigadores do EUSTAT Este documento ajuda a reflectir na defini o de prioridades identifica o de objectivos e clarifica o do papel das TA no processo de capacita o dos utilizadores finais Sugere tamb m uma terminologia comum para descrever conceitos chave que s o frequentemente utilizados na Europa com diferentes sentidos Pelas mesmas raz es os autores acreditam que os profissionais e fornecedores de TA encontrar o nele informa o til que os ajudar a perceber melhor o enquadramento de que os utilizadores das TA necessitam para maximizar a utiliza o destas t cnicas Como utilizar estas Linhas de Orienta o O Cap tulo Um Resumo das linhas de orienta o esclarece os objectivos do documento e a sua chave de leitura Apresenta tamb m uma perspectiva geral dos conceitos explorados nos outros cap tulos por forma a poder ser utilizado como checklist pelos organizadores de iniciativas educacionais O Cap tulo Dois Conceitos b sicos clarifica alguns termos b sicos relacionados com a defici ncia e as TA que os formadores deveriam saber antes de levar a efeito qualquer iniciativa educacional O
97. de vida dos formandos nas suas comunidades Se o objectivo de capacita o for bem adaptado ao processo educacional pode ser satisfatoriamente atingido ajudando o indiv duo a aplicar eficazmente no seu quotidiano os conhecimentos adquiridos Definir a aprendizagem Factores de predisposi o Podem ser identificados cinco factores que influenciam o n vel individual de compreens o dos conhecimentos transmitidos ao grupo Factor Palavras chave superior incapacitante individual Familiariza o com a tecnologia Tecnofilia vs tecnofobia Antiguidade da defici ncia In cio recente vs defici ncia prolongada Experi ncia anterior com TA Experi ncia nula experi ncia limitada experi ncia acentuada N vel de educa o Tornar se um utilizador proficiente e apto de TA n o depende certamente do n vel educacional no entanto bvio que a profundidade das no es e a linguagem usada na transfer ncia dos conhecimentos deve ser adaptada aos antecedentes educacionais dos formandos Em certos casos podem ser necess rias condi es pr vias de aprendizagem No entanto a experi ncia demonstra que estas n o est o relacionadas com a forma o propriamente dita mas antes com a utiliza o que os formandos v o fazer dessa mesma forma o Por exemplo se o aconselhamento por pares for o objectivo pode ser requerida uma certa experi ncia pr via a fim de assegurar que o formando consegue estabelecer rela es a
98. dequadas com os clientes 84 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Quando o grupo de formandos inclui pessoas de diferentes n veis de educa o h que ter cuidado em evitar situa es que excluam os de extracto inferior tarefas de aprendizagem excessivamente exigentes ou os de extracto superior aborrecimento devido falta de desafio As formas de lidar com este problema incluem e acompanhamento formativo opcional ou cursos preliminares e sess es separadas para um estudo mais aprofundado em determinadas fases do curso ou e explicita o partida da abordagem e linguagem que ser o utilizadas Nesta ltima hip tese cada participante avalia aquilo que acess vel para si pelo que irrelevante que alguns aspectos n o sejam apreendidos ou o que j sabe e que pode encarar como uma consolida o de conhecimentos ou como uma oportunidade de identificar reas em que poder ser til a pessoas menos qualificadas Conhecimento Compreens o do diagn stico O conhecimento do progn stico e das implica es da patologia ou da situa o cl nica subjacente s defici ncias de cada um pode ter um efeito consider vel na predisposi o para conseguir autonomia ou utilizar TA Em alguns casos este conhecimento pode ser escasso em consequ ncia das limita es cognitivas do utilizador da m qualidade da informa o recebida de profissionais de sa de e de
99. deria ter se estendido com mais sess es te ricas mas o GIHP preferiu dar prioridade s sess es pr ticas de modo a maximizar a interactividade e envolver todas as pessoas no trabalho Foi sentida a necessidade de focar os aspectos fundamentais da defini o de defici ncia tais como ICIDH e IDH 2 e de relacionar a defici ncia com os contextos humanos f sicos e da comunidade As TA foram abordadas em conjunto com o conceito de autonomia a utiliza o das TA e as v rias classifica es existentes especialmente a classifica o ISO foram discutidas Estes conceitos tamb m foram explorados com sess es de experimenta o para os v rios tipos de TA Foram executados testes comparativos para ajudar a reflectir sobre a import ncia de cada caracter stica Os formandos tamb m assistiram a uma exposi o comercial sobre ajudas t cnicas e discutidas as respectivas vantagens desvantagens limites e contextos de utiliza o apropriados Seguiu se uma sess o de discuss o sobre o relacionamento entre fornecedores e utilizadores finais As TA foram tamb m estudadas em rela o a facetas psicol gicas de cada indiv duo e foram real adas as dificuldades inerentes ao processo de prescri o e aceita o e uso das TA Simultaneamente foi dado devido realce em como uma comunidade aberta tolerante e bem informada incluindo a comunidade de profissionais pode encorajar a aceita o e o uso das TA Uma grande parte do curso do GIH
100. do o modelo HEART 4 1 1 integram componentes t cnicas 4 1 2 componentes humanas e componentes s cio econ micas 4 1 3 Cada componente inclui uma s rie de temas que os organizadores dos cursos podem decidir utilizar para elaborar programas de forma o Em seguida h que dar forma e implementar a iniciativa educacional A concep o desenvolve se em tr s fases uma fase de planeamento gt 4 2 1 em que s o tomadas decis es sobre o grupo de formandos e a equipa de formadores uma fase de lan amento 4 2 2 em que a iniciativa divulgada e os formandos seleccionados uma fase de organiza o 4 2 3 orientada para os aspectos pr ticos e uma fase de avalia o 4 2 4 que permite aferir dos resultados e do xito da iniciativa O processo de transmiss o de conhecimentos deve ter em conta quest es pedag gicas como os m todos did cticos 4 3 1 e os instrumentos e estrat gias de ensino 4 3 2 Embora todos os factores cr ticos devam ser tidos em linha de conta no processo de concep o os factores referentes transfer ncia de conhecimentos ao grupo de formandos assumem especial relev ncia nomeadamente conte do pedagogia destinat rios e gest o organiza o Estes factores determinam o car cter geral da iniciativa educacional e o mbito de ac o de cada educador O Processo de Previs o dos resultados Ap s a concep o do programa a tarefa do formador consiste em desempenhar
101. dores finais linhas de orienta o para formadores financiamento e exerc cio de influ ncia a n vel do mercado em vez de infrut feras discuss es sobre o elevado custo das TA Assim mais correcto falar e encorajar os formandos a falar em termos relativos como insignificante acess vel inacess vel do que em termos absolutos como custo reduzido m dio elevado Uma pessoa muito rica pode encarar o pre o de um dispositivo dispendioso como um custo insignificante mesmo que tenha de o suportar integralmente Por outro lado mesmo que 90 do custo desse dispositivo sejam financiados pelo Servi o Nacional de Sa de o remanescente pode ainda representar um custo inacess vel para uma pessoas de fracos recursos Por ltimo os utilizadores devem ser ajudados a avaliar o pre o real de compra que pode diferir dos n meros indicados nos tarif rios dos fornecedores O termo custo real refere se ao dispositivo instalado e pronto a servir a autonomia da pessoa o que pode incluir custos de avalia o despesas de expedi o e manuseamento instala o montagem personaliza o e por ltimo mas n o menos importante o custo da forma o necess ria para a sua utiliza o correcta Por outras palavras custo real o custo da resolu o do problema Custo de manuten o O custo de manuten o frequentemente subestimado Assim se os formadores decidirem abordar a quest o dos custos dever o ter presente que
102. dores finais linhas de orienta o para formadores real Passando do indiv duo para o grupo uma outra dimens o do problema consiste em promover iniciativas dos consumidores de modo a conseguir uma melhoria na gama real do mercado Estas considera es colocam desafios interessantes aos formadores Factores de concep o dos produtos A efic cia e utilidade das TA dependem n o s de uma escolha apropriada do programa individual das mesmas mas tamb m da qualidade t cnica dos pr prios produtos Os dispositivos que se avariam com frequ ncia que exigem um esfor o excessivo do utilizador ou que s o incompat veis com o meio ou com outros dispositivos podem gerar mais problemas do que aqueles que resolvem Mais ainda podem n o permitir que o utilizador atinja os objectivos esperados causando frustra o e perda de autonomia Assim importante compreender o n vel de qualidade que pode ser esperado e requerido dos produtos Na sua acep o popular a qualidade n o entendida em termos absolutos mas em rela o ao contexto espec fico de utiliza o mais do que a qualidade do dispositivo a qualidade da solu o que interessa o utilizador No entanto as caracter sticas de concep o do produto s o muitas vezes indispens veis a uma solu o de qualidade em particular num ambiente dif cil basta pensar numa cadeira de rodas electr nica para um pessoa que viva num local com declives acentuados Existem muito
103. e aprendizagem Um m todo apenas eficaz quando tratado por professores que sabem aplic lo Se o objectivo for por exemplo uma mudan a de comportamento deve procurar se um professor capaz de orientar t cnicas relacionais e de grupo discuss es de grupo simula es etc Se por outro lado o objectivo visa ensinar como utilizar um dispositivo deve preferir se um professor capaz de formar activamente os participantes exerc cios experimenta o sess es pr ticas A fase de lan amento Esta fase inclui actividades de publicidade e recrutamento dos formandos Devem considerar se os seguintes factores organizativos Factores organizativos Palavras chave Folhetos panfletos imprensa especializada jornais r dio TV Internet Processo de selec o de Admiss o aberta por convite verifica o da elegibilidade exame formandos individual Processo promocional Uma boa publicidade fundamental para assegurar uma compreens o adequada do tema e dos objectivos do curso cativar a audi ncia pretendida e determinar a atitude das pessoas em rela o ao curso Na actual sociedade da imagem a escolha do meio as mensagens transmitidas e a qualidade da apresenta o desempenham um papel essencial para assegurar a compreens o da iniciativa educacional e a sua diferencia o entre a imensid o de mensagens que recebemos diariamente O estudo EUSTAT revelou que a maioria das organiza es envolvidas em iniciativas
104. e os intervalos As pessoas com mobilidade reduzida t m com frequ ncia de despender mais tempo e esfor o do que as outras nas desloca es entre v rios locais Se forem tomadas disposi es adequadas os intervalos para refei es e bebidas podem criar excelentes oportunidades para a promo o de rela es e partilha informal de experi ncias Para al m de elementos de descontrac o os eventos culturais e recreativos podem ser utilizados para criar uma atmosfera mais acolhedora podem ainda representar uma ptima oportunidade de conv vio entre formandos e organizadores e de relacionamento com a comunidade em que o curso se realiza Uma sess o de boas vindas ajuda a quebrar o gelo entre o participante e os seus colegas frequentemente desconhecidos sendo tamb m a ocasi o indicada para prestar informa es pr ticas sobre o in cio do curso Uma sess o de despedida promove a reflex o e a discuss o entre os participantes sobre os resultados obtidos e contribui para fomentar atitudes positivas dur veis relativamente experi ncia preparando o terreno para novos contactos Financiamento A modalidade de financiamento dos custos tem um grande impacte sobre a qualidade do curso e sobre a participa o Caso se disponha de financiamento adequado de qualquer proveni ncia o sistema gratuito certamente o que oferece a melhor oportunidade de participa o para todos No entanto conv m recordar que mesmo as manifesta
105. e qualquer pagamento e a ANLH providenciou servi os tais como os transportes e assist ncia pessoal de acordo com as necessidades expressas num cup o especial preenchido e devolvido por cada um dos candidatos A forma o tamb m estava aberta aos assistentes da AVJ que quisessem participar acordos com as entidades patronais foram feitos previamente de modo a 122 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores decidir se e em que medida a sess o de forma o seria considerada como tempo de trabalho Para conseguir obter a forma o especializada necess ria foram contactados na rea local tr s centros especializados CRET Centro de Readapta o SAPH Servi o de Apoio s Pessoas com Defici ncia um afiliado da Cruz Vermelha e o LBSP Liga Belga de Esclerose em Placas A natureza multidisciplinar da equipe de forma o incluindo utilizadores de TA foi muito importante para conseguir abranger as variadas reas relacionadas com TA Foi absolutamente essencial ser uma forma o de ordem pr tica dado que muitos formandos descreveram se a si pr prios como tendo pouca ou nenhuma experi ncia em TA Formandos e Formadores No final do processo de selec o o grupo de formandos no curso do GIHP era formado por dez pessoas de idades compreendidas entre os 35e os 60 alguns com incapacidade visual e outro com defici ncia motora A equipa de formadores consistiu num te
106. e repara es se existem contratos de manuten o e qual o seu custo Por ltimo vale a pena saber o procedimento a seguir se o dispositivo se tornar obsoleto antes de atingir o fim da sua vida til ou seja se pode ser reciclado para reutiliza o por outros Poder tamb m justificar se explorar a possibilidade de 106 5 2 4 58 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores aluguer quando a TA se destina a utiliza o tempor ria sobretudo tratando se de equipamento dispendioso Factores sociais O c rculo prim rio que envolve o utilizador fam lia amigos e outros com um papel relevante influencia sem d vida a concep o e implementa o do programa individual de TA Nesta ptica devem considerar se quatro factores Factor Palavras chave Expectativas da fam lia c rculo Entusiasmo vs resist ncia mudan a incentivar vs prim rio restringir a independ ncia Expectativas dos profissionais Consist ncia das TA vs inconsist ncia com o programa RR de reabilita o do indiv duo Expectativas da fam lia c rculo prim rio Os programas de TA t m impacto n o s no indiv duo mas tamb m em todo o sistema de rela es prim rias No mbito deste sistema as fun es e peso dos v rios membros em termos de problemas de defici ncia e TA divergem de caso para caso podendo mesmo variar ao longo do tempo H casos em que o indiv duo port
107. e TA como experi ncias escola educacionais Do Tarde Trab de grupo No 2 e Levara experi ncia da defici ncia escola Quarta 5 8 98 Rela es humanas Lani de am e din mica de grupo Tarde Trab de grupo No 3 Quinta 6 8 98 Manh T cnicas de e Papel dos conselheiros e mentores organiza o e Forma o de servi os de informa o em TA Trab de grupo No 4 e Organiza o de iniciativas educacionais TR 7 8 98 Manh Imagem social da Cria o de mensagens defici ncia O arde rap de grupo Nor 5 S bado 8 8 98 Estabelecendo e Promo o da autonomia em comunidades locais liga es Do Tarde Sess o de despedida e Avalia o do curso Hor rio do curso 9 00 1030 11 00 1300 1600 1730 1800 2000 2130 Aula Caf Aula Almo o Trab grupo Caf Discuss o Jantar Programa ou aula ou aula social 6 1 4 Prosseguimento do curso Coordena o e gest o Como os cursos foram realizados em regime residencial foi dada grande aten o aos assuntos relacionados com a acomoda o distribui o de quartos tempo necess rio de manh para as pessoas estarem prontas etc A coordena o educativa envolveu todo o pessoal director professores e coordenadores do trabalho de grupo que participaram em duas reuni es de progresso agendadas na segunda feira e na quinta feira s 9 30 e na reuni o de avalia o final levada a cabo na manh de Domingo entre as 9 00h e as 13 00h A tarefa
108. e analisar as quest es de escolha m ltipla podem n o revelar as opini es reais dos participantes Na ptica dos organizadores as opini es dos participantes em conjunto com a auto avalia o s o sempre teis para identificar erros que podem ter sido cometidos em qualquer fase A reflex o sobre estas quest es constitui um auxiliar importante quando se procuram identificar ac es correctivas ou melhoramentos eventuais a implementar em futuras edi es da mesma iniciativa educacional Avalia o dos resultados Na rea da educa o a avalia o dos resultados actualmente considerada da m xima import ncia embora represente um grande desafio n o se chegou ainda a um consenso sobre os aspectos centrais da avalia o o timing ou os instrumentos a utilizar Contudo em reas espec ficas como a forma o em TA torna se por vezes mais f cil identificar pelo menos dos indicadores fi veis dos resultados e Os objectivos de aprendizagem foram atingidos e O conhecimento adquirido introduziu altera es positivas reais em termos de capacita o na vida dos participantes O primeiro aspecto aprendizagem de novos conhecimentos pode ser avaliado mediante formul rios ou question rios distribu dos ap s conclus o da iniciativa educacional Esta avalia o indiscutivelmente essencial no caso de iniciativas certificadoras que em certas circunst ncias podem at exigir um exame formal Por
109. e escolha e como tal indispens vel em qualquer programa educacional no entanto o objectivo ltimo n o apenas possuir conhecimentos mas antes tirar partido dos mesmos na vida quotidiana Para compreender o tipo de conhecimento necess rio podemos encarar a adop o de um dispositivo de apoio como a fase final de um processo pessoal constitu do por quatro passos identifica o de uma necessidade estabelecimento de um objectivo defini o de um plano e finalmente um conjunto de ac es Para conseguir completar tal processo a pessoa deve aprender a compreender as necessidades definir objectivos encontrar solu es e tomar decis es Pode haver casos em que um indiv duo poder ter dificuldade em manter se totalmente independente ao longo deste processo No entanto sempre poss vel maximizar a sua independ ncia ensinando o por exemplo a identificar fontes de informa o ou procurar conselho junto dos servi os apropriados 30 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Definir Objectivos Tomar decis es O primeiro passo consiste na identifica o da necessidade N o um passo trivial muito pelo contr rio frequentemente o mais importante Cada indiv duo com defici ncia enfrenta continuamente novas necessidades ao longo da sua vida e confrontado com a sua resolu o tendo de responder com decis es estrat gicas ex trata
110. e estabelece uma rela o pessoal com cada formando Em vez de uma entrevista no sentido exacto do termo pode optar se por uma conversa introdut ria que permite um grau de avalia o mais informal Em qualquer dos casos uma entrevista implica esfor os a n vel da organiza o e exige pessoas competentes para levarem a cabo a delicada tarefa de avaliar candidatos Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 67 4 2 3 A fase organizativa A organiza o real do curso exige uma abordagem adequada quer dos factores pedag gicos quer dos factores de organiza o gest o Os primeiros ser o analisados mais adiante sendo os segundos apresentados no quadro que se segue Factores Palavras chave organizativos Ambiente f sico Acessibilidade instala es t cnicas assist ncia pessoal no local comodidades zonas de repouso est tica Assist ncia em termos de viajem alojamento refei es bebidas eventos complementares culturais recreativos sess es de boas vindas despedida custos bolsas Local A escolha do local tem um grande impacte na efic cia e no alcance do curso Um curso residencial favorece as rela es pessoais entre os participantes mas exige que as pessoas se desloquem o que pode ser dispendioso No entanto um curso deste tipo representa por vezes a nica solu o poss vel quando os participantes v m de locais afastados Uma modali
111. e f sico A qualidade do ambiente f sico em que decorre o curso muito importante para a qualidade da escuta e da participa o O requisito b sico a acessibilidade face s defici ncias dos participantes o que significa n o s a aus ncia de escada mas tamb m instala es sanit rias e mobili rio acess veis etc O conforto f sico constitui outra condi o ambiental importante que pode contribuir para a manuten o de n veis de aten o e evitar um cansa o indevido pode ser obtido atrav s de um cuidado atento prestado s condi es dos lugares ac stica redu o do ru do de fundo e do eco ilumina o e ao ar condicionado O material did ctico e o estilo de ensino podem exigir equipamento t cnico como um sistema de som auscultadores para tradu o simult nea circuitos ac sticos projectores e retroprojectores quadros leitor de v deo computadores sistemas de v deo confer ncia v deo projectores etc importante efectuar um teste antes do in cio do curso e designar algu m para operar ou supervisionar a utiliza o do equipamento durante as sess es Quando uma sess o educacional se baseia em equipamento electr nico uma avaria t cnica pode causar o fracasso completo da mesma Outros aspectos a considerar s o a possibilidade de se contar com os assistentes pessoais no local de modo a permitir que as pessoas com defici ncias graves participem na discuss o mudem de posi o ou v o
112. e que uma TA apropriada pode ser um instrumento para a liberdade um instrumento que explora a personalidade do seu utilizador um apoio que alivia a fam lia ou os que prestam assist ncia da sobrecarga f sica e da depend ncia psicol gica por forma a permitir uma rela o humana mais intensa e equilibrada com os mesmos Isto significa algo mais do que dizer As TA s o maravilhosas uma frase simplista e sem sentido tem a ver com uma aprecia o sincera da TA de cada um como algo a ser aproveitado ou para usar uma palavra mais forte a ser amado exactamente como qualquer pessoa pode aprender a amar o seu pr prio corpo Nestas condi es poss vel falar de utilizadores finais informados consumidores exigentes e respons veis com opini es s lidas sobre a escolha das TA que as utilizam de uma forma eficaz e criativa que exigem dispositivos e servi os de boa qualidade apreciam uma boa concep o e procuram est tica e funcionalidade De que forma o conhecimento das TA pode contribuir para a capacita o Dado que as TA s o fundamentais para a resolu o dos problemas do dia a dia o seu conhecimento um factor de capacita o quando contribui para criar capacidades de resolu o de problemas e tomada de decis es Para este efeito a mera informa o t cnica sobre TA n o suficiente Esta indiscutivelmente importante para a capacita o sem ela n o seria poss vel conhecer os termos d
113. ece assim ser um crit rio relevante para constituir um grupo destinado a receber forma o em TA Paralelamente a partilha de opini es apenas com pessoas que sofrem da mesma patologia pode oferecer uma perspectiva muito redutora das TA e desviar a aten o para assuntos meramente cl nicos Em contrapartida a presen a de pessoas com patologias diversificadas alarga a perspectiva evita que as pessoas identifiquem a experi ncia da defici ncia apenas com a sua patologia e ajuda a concentrar a aten o em factos pr ticos do dia a dia que s o os que com mais propriedade se relacionam com as TA Crit rios de selec o de docentes O xito de uma iniciativa educacional frequentemente o resultado do perfil dos formadores incluindo a sua compet ncia capacidade de exposi o conhecimento dos m todos did cticos adoptados e capacidade de captar os sentimentos dos formandos A escolha de um docente com base na sua compet ncia em termos de conte do e aspectos pedag gicos e relacionais em certa medida um pr requisito de sucesso Este facto foi confirmado pelo estudo EUSTAT segundo o qual a compet ncia constitui o principal crit rio adoptado pela maioria dos organizadores das iniciativas em curso H no entanto outros aspectos que se aliados compet ncia podem contribuir para o sucesso Um deles a reputa o do docente em termos dos seus conhecimentos ou capacidade de entretenimento o que atrai audi ncia
114. ecimentos exclusivamente te ricos ex os princ pios de fabrico de uma cadeira de rodas como os conhecimentos exclusivamente pr ticos ex capacidade de conduzir cadeiras de rodas isoladamente podem n o ser suficientes para assegurar a resolu o pelo utilizador final de qualquer situa o quotidiana relacionada com a escolha ou utiliza o de TA cada indiv duo confrontado diariamente com 32 2 2 5 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores problemas bastante diferentes Deste modo podem tamb m ser importantes alguns conhecimentos processuais o algoritmo de resolu o de problemas ou seja como resolver todas as poss veis situa es e know how as aptid es estrat gicas desafio que se coloca ao formador consiste precisamente em saber dosear os conhecimentos a transmitir ao utilizador Gest o de um relacionamento eficaz com os assistentes pessoais As pessoas com defici ncias graves necessitam frequentemente de assist ncia pessoal a qual pode ser prestada segundo um esquema contratual por assistentes formais seguidamente denominados assistentes pessoais ou informais familiares amigos colegas O recurso assist ncia formal ou informal pode ser uma quest o de op o cultura grau e complexidade da assist ncia exigida recursos financeiros disponibilidade de servi os ou sistemas p blicos de assist ncia etc Em alguns pa ses a assist ncia
115. educacionais atribuem grande import ncia publicidade mantendo frequentemente bases de dados com moradas de pessoas e organiza es potencialmente interessadas ou enviando lhes at newsletters comunica es informativas peri dicas Dedicam ainda grandes esfor os divulga o da informa o oralmente ou atrav s de folhetos distribu dos em congressos ou exposi es previsivelmente frequentados pelas pessoas interessadas O m todo mais tradicional e por vezes ainda mais eficaz o folheto ou panfleto que fornece toda a informa o necess ria de uma forma exacta e exaustiva f cil de distribuir ou de enviar pelo correio e pode ser composto de modo a aumentar o seu impacte Os custos de impress o e envio s o frequentemente muito elevados consoante a qualidade de impress o pretendida e a gramagem do papel utilizado Os computadores pessoais disp em actualmente de potente software de desktop publishing edi o electr nica o que permite praticamente a qualquer pessoa elaborar folhetos de alta qualidade evitando assim o dispendioso processo da composi o 64 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores tipogr fica profissional No entanto a diferen a entre estes dois tipos de folheto ainda patente A imprensa especializada como revistas de organiza es de utilizadores revistas tem ticas etc frequentemente um bom suporte para publicitar
116. efectuarem uma avalia o completa incluindo muitas vezes inspec es domicili rias e fazerem portanto recomenda es detalhadas sobre programas individuais de TA Outros centros ainda desempenham um papel de porteiros na presta o de servi os de TA na medida em que s o 98 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores respons veis por prescrever programas individuais de TA instalar e adaptar dispositivos formar os utilizadores e assegurar a manuten o Os centros de recursos sobre defici ncia representam outro valioso servi o em que oferecido s pessoas com defici ncias um amplo espectro de informa es cobrindo TA legisla o benef cios servi os existentes na comunidade turismo acess vel eventos e iniciativas literatura etc Devido sua abrang ncia estes centros proporcionam obviamente uma assist ncia menos especializada do que os servi os de meios t cnicos de apoio constituem por m pontos de orienta o iniciais extremamente teis Outro servi o eventualmente dispon vel o aconselhamento por pares informal ou formalmente estruturado a n vel de grupo ex grupos de auto ajuda ou de auto ajuda m tua e individual utilizadores com experi ncia em TA dispon veis para discutir poss veis formas de resolu o de problemas com principiantes O aconselhamento por pares n o deve ser considerado uma alternativa ao aconselhamento
117. efici ncia escolhidas pela sua experi ncia compet ncia e responsabilidade assim como por terem Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 117 participado em anteriores edi es de cursos No curso de n vel 1 os participantes foram divididos em cinco grupos de trabalho tr s deles compostos por pessoas com defici ncia oito por grupo e os outros dois pelos seus assistentes pessoais nove por grupo Os grupos de participantes com defici ncia eram heterog neos em termos de defici ncia idade sexo e lugar de origem Os grupos de assistentes pessoais eram heterog neos no que se refere ao papel que representam membro da fam lia amigo volunt rio profissional etc idade sexo e lugar de origem No final de cada sess o de trabalho de grupo todos os grupos apresentaram os resultados do seu estudo numa sess o plen ria Informa o sobre TA e aconselhamento pessoal Durante os intervalos no curso do N vel 1 um profissional especializado em TA sendo ele pr prio uma pessoa com defici ncia e membro da equipa do Prisma estava dispon vel por marca o pr via para discutir assuntos pessoais individuais que poderiam ser resolvidos com TA O local escolhido considerado adequado para esse fim estava equipado com um computador para navegar pelo CD ROM da SIVA a base de dados italiana sobre tecnologias de apoio Uma exposi o com ajudas t cnicas seleccionadas f
118. efini o de conte dos 4 1 1 O modelo HEART Os grupos alvo assim como os objectivos das iniciativas educativas em AT para utilizadores finais podem ser t o diversificados que qualquer tentativa de definir um curr culo standartisado seria in til ou at mesmo imposs vel Consequentemente pretende se neste cap tulo identificar t picos espec ficos que possam vir a ser considerados perante a organiza o destas iniciativas de forma o Tal como foi anteriormente mencionado na defini o do termo tecnologias de apoio existem v rios modelos para classificar as Tecnologias de Apoio alguns deles especificamente para fins educativos O modelo aqui considerado pelos investigadores do EUSTAT como sendo o mais apropriado para a forma o dos utilizadores finais baseado com algumas modifica es no modelo HEART Este foi originalmente desenvolvido para a forma o de profissionais em TA no mbito do Programa TIDE da Uni o Europeia Considerando como objectivo principal das tecnologias de apoio o uso de tecnologias que ajudem a ultrapassar as limita es funcionais dos seres humanos num contexto social de extrema import ncia identificar n o s os aspectos puramente tecnol gicos mas tamb m os aspectos relacionados com os factores humanos e socio econ micos A forma como as TA ser o utilizadas ser largamente influenciada tanto pelas caracter sticas do utilizador como pelo ambiente f sico e social em
119. elacionado com a pessoa e uma desvantagem representa um impedimento sofrido por um dado indiv duo resultante de uma defici ncia ou incapacidade que lhe limita ou lhe impede o desempenho de uma actividade considerada normal para esse indiv duo tendo em aten o a idade o sexo e os factores s cio culturais sendo portanto um conceito social Este processo pode ser visualizado do seguinte modo Doen a ou gt Incapacidade gt Defici ncia gt Desvantagem Perturba o l A ICIDH OMS 1980 Por exemplo um indiv duo que nasceu sem as duas extremidades superiores incapacidade pode n o ser capaz de escrever ou executar normalmente tarefas de cuidados pessoais defici ncia Se na comunidade em que essa pessoa vive tal defici ncia a impedir de participar na escola ou de obter um emprego surge uma desvantagem No entanto apesar da incapacidade este indiv duo pode realizar actividades di rias servindo se dos p s ou da boca ou utilizando dispositivos de apoio que permitem ultrapassar a sua situa o de desvantagem World Health Organisation International Classification of Impairment Disability and Handicap Geneva WHO 1980 20 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores De acordo com estas defini es uma desvantagem n o uma caracter stica de uma pessoa trata se de uma descri o da rela o entre essa pessoa e o meio Relativamente
120. elo organizador Aprendizagem a palavra chave de um curso por sua vez renova o aprofundamento e actualiza o s o palavras chave t picas dos semin rios 46 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Workshops Os workshops t m algumas caracter sticas em comum com os semin rios como dura o especificidade e esporadicidade A diferen a reside no facto de os primeiros serem iniciativas t picas de treino e n o de ensino Um workshop incide essencialmente em aspectos pr ticos com o objectivo de que cada participante adquira uma s rie de aptid es Por exemplo um workshop t pico sobre um tema como sistemas de entrada alternativos para computadores pode incluir sess es pr ticas com dispositivos relevantes discuss es das vantagens e inconvenientes relat rios sobre experi ncias de utiliza o etc O tema frequentemente introduzido atrav s de um enquadramento te rico que indispens vel para uma compreens o adequada da experi ncia pr tica subsequente ou anterior Um workshop dirige se a um alvo bem definido de pessoas interessadas Ao contr rio dos semin rios pode exigir um n mero limitado de participantes que seja control vel nas sess es pr ticas e discuss es Um professor prelector introduz o tema por vezes com a colabora o de orientadores e fornece as explica es adicionais que sejam necess rias durante as sess es Os re
121. em decide isso Se existisse uma resposta simples este estudo n o teria raz o de ser Com efeito parece n o existir uma resposta nica A transmiss o de conhecimentos um processo que envolve um alvo m vel na medida em que as pessoas mudam em resposta ao conhecimento abrem se novos horizontes criam se novas necessidades surgem novos desafios Por isso o problema n o pode ser resolvido simplesmente atrav s da divulga o de um conjunto de no es e informa o Requer uma abordagem educacional para apoiar as pessoas no seu processo de mudan a Na primeira parte do Estudo EUSTAT foi identificada uma s rie de factores cr ticos que necessitam ser considerados na concep o dos processos educativos O know how j adquirido em programas europeus anteriores como o HELIOS e o HEART representa uma base s lida As presentes orienta es pretendem desafiar o leitor a examinar uma s rie de factores cr ticos e tomar decis es sobre eles Ainda no mbito do Projecto EUSTAT foi realizado um inqu rito a n vel internacional que p e em evid ncia o manancial de experi ncia acumulada neste campo em toda a Europa mas que tamb m revela as enormes diferen as em termos de abordagem m todo e at terminologia Este estudo constituiu uma oportunidade nica de descobrir e relacionar as experi ncias em curso neste campo colhendo sinais de sabedoria de cada uma e identificando boas pr ticas e eventuais abordagens comuns Muitas da
122. emplo um curso para l deres deficientes organizado em 1997 pelo Dublin Centre for Independent Living Irlanda abordava quest es gerais como V rios modelos de defici ncia ou Direitos dos cidad os com defici ncia ao passo que um curso para conselheiro de pares organizado no mesmo ano pelo ISP em Erlangen Alemanha tinha por tema espec fico O Aconselhamento por Pares bases para conduzir uma reuni o de aconselhamento Um curso pode ser ministrado por um ou v rios professores Pode incluir actividades de treino como sess es pr ticas nas quais os participantes t m oportunidade de experimentar as no es que aprenderam nas aulas Esta vertente especialmente importante nos Cursos sobre TA dado que os dispositivos de apoio necessitam de ser tocados experimentados desmontados e ajustados a fim de se obter um controlo absoluto dos mesmos De acordo com os recentes progressos registados nas ci ncias pedag gicas a forma tradicional de dar aulas tende actualmente a ser substitu da por metodologias did cticas mais activas em que os formandos s o interpelados a construir o conhecimento em conjunto Esta abordagem cria um contexto relacional e educativo din mico que permite uma aprendizagem mais individualizada e duradoura Na maioria dos casos um curso dirige se a um alvo seleccionado em termos de n mero e caracter sticas dos formandos Quando o grupo de formandos 28 Education 2000 Dictionnaire ac
123. ensorial auditiva visual motora Desafios Orienta o independ ncia f sica mobilidade emprego integra o social Fun o Pessoa com defici ncia assistente conselheiro Diagn stico Homogeneidade vs heterogeneidade da situa o incapacitante Factores pedag gicos Palavras chave Crit rios de selec o de Membro do pessoal da organiza o n vel de experi ncia reputa o docentes pessoa c def com experi ncia espec fica representante de pessoas c def Grupos homog neos ou heterog neos A decis o sobre a homogeneidade ou heterogeneidade de um grupo de formandos relativamente a cada factor alvo pode ter um impacte substancial sobre a concep o de uma iniciativa educacional Cada uma das op es tem os seus pr s e contras al m disso podem existir aspectos adicionais a considerar como sexo origem da mesma comunidade local vs de todo o mundo situa o profissional ou interesse pessoal que determinam a caracter stica homog nea ou heterog nea de um grupo 60 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Regra geral um grupo homog neo mais f cil de gerir tem a vantagem de partilhar em certa medida experi ncias s cio culturais de sa de ou psicol gicas criando assim condi es favor veis abordagem em profundidade de t picos espec ficos Reduz por m as hip teses de comparar perspectivas diferentes e pode conduzir
124. ente nestes cursos mais exigentes que assumem particular significado algumas metodologias emocionalmente intensas como o role playing e a simula o 44 3 2 2 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Tipos de actividades educacionais As actividades educacionais podem assumir numerosos formatos com nomes diferentes nos v rios Pa ses ou meios culturais Para uma maior precis o importante utilizar uma terminologia consistente Neste livro ser o usados quatro termos para distinguir os diversos tipos de iniciativas educacionais Et A 2829 cursos semin rios workshops e confer ncias Cursos O termo Cursos significa neste contexto iniciativas educacionais visando proporcionar aos formandos uma perspectiva abrangente e um dom nio satisfat rio do tema escolhido O objectivo b sico consiste na aprendizagem dos formandos relativamente a um conjunto de conhecimento e aptid es sendo portanto o tipo de actividade educacional mais completo Um curso pode ter uma dura o apreci vel em termos de n mero de horas ou aulas e estas podem ser concentradas num per odo curto como alguns dias ou uma semana cursos intensivos ou abranger um per odo mais prolongado ex alguns meses ou at anos de modo a promover uma aprendizagem gradual O tema pode ser bastante geral ou muito espec fico O estudo EUSTAT encontrou v rios exemplos das duas modalidades Por ex
125. entre eles Esta classifica o pode ser utilizada como um instrumento para ter uma no o das expectativas dos participantes e para reflex o pr pria A motiva o um dos factores chave da aprendizagem Por um lado as expectativas existentes podem ser utilizadas como um poderoso meio para maximizar a aprendizagem e por outro os participantes podem ser motivados no sentido de alterareem essas expectativas e de gerarem expectativas orientadas para aspectos que anteriormente n o tinham sido considerados ou de as ajustarem a n veis realistas As prelec es e discursos podem apenas aumentar a consciencializa o e conhecimento das expectativas mas n o ger las dentro das pessoas Por outro lado imposs vel obter se excelentes resultados promovendo rela es entre os participantes que conduzam a uma compara o das diferentes expectativas ou at cria o de experi ncias de modela o um determinado colega que resolveu problemas que eu considero importantes pode representar um modelo para mim 47 Tb 92 5 2 5 2 1 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Preparar os formandos para a ac o Factores ambientais Quando os formandos voltam para a sua comunidade come a o desafio chegou a altura de p r em pr tica os conhecimentos adquiridos No entanto a comunidade pode apoiar ou dificultar a busca de autonomia e a adop o de TA pelo i
126. er os conhecimentos que s o transmitidos ao grupo Factor Palavras chave Imagem individual da defici ncia rotulagem subestima o super homem aceita o autodetermina o Imagem individual das TA aumento das capacidadesl ferramenta para viver carga necess ria estigma de defici ncia Percep o individual da autonomia Desejo de independ ncia vs depend ncia A imagem individual da defici ncia A forma como uma pessoa encara a sua defici ncia pode ter um impacto substancial na sua predisposi o para utilizar TA Os formadores devem estar sensibilizados para o leque de poss veis atitudes as quais podem ser agrupadas em torno de cinco conceitos paradigm ticos Rotulagem rejei o da diferen a Fui rotulado de diferente porque me falta qualquer coisa N o sou uma pessoa completa O meu r tulo diz que sou fraco e dependente Gostaria de ser v lido e forte como as outras pessoas mas isso imposs vel Sub estima o nega o da diferen a As pessoas olham para mim como se eu fosse diferente mas est o enganadas N o sou diferente A diferen a existe apenas nos seus olhos N o tenho quaisquer problemas especiais Super homem diferen a extraordin ria A minha defici ncia existe e tenho orgulho nela um desafio O ano passado escalei a montanha mais alta da Europa e agora estou me a preparar para subir sem ajuda ao Everest Quero provar que as pessoas com defici n
127. es existem j em alguns pa ses sistemas de financiamento alternativo como esquemas de pagamento directo em que concedido ao utilizador um or amento geral com o qual o mesmo pode tomar qualquer decis o em termos de TA e de assist ncia pessoal ou procedimentos em que s o emitidas recomenda es em vez de prescri es sendo o utilizador incentivado a conceber projectos individuais para obten o de financiamento Os organizadores de actividades educacionais devem ter pleno conhecimento desta evolu o cultural Ela abre grandes oportunidades de capacita o desde que sejam oferecidos aos utilizadores finais conhecimentos oportunidades para assumirem as suas fun es e possibilidades para trabalhar nas suas pr prias necessidades e objectivos em associa o com profissionais quando seja requerida compet ncia espec fica De que modo as TA contribuem para a autonomia Tal como anteriormente referido as TA devem ser consideradas como um instrumento para a autonomia o que significa tamb m um instrumento para a rela o Nesta perspectiva as TA t m excelentes hip teses de xito se forem apropriadas ou seja eficazes em rela o s tarefas previstas realizam o que delas se espera contextuais bem adaptadas ao meio e contexto de utiliza o e consonantes consistentes com o modo de vida e personalidade do utilizador Seria redutor efectuar as escolhas sobre TA com base numa mera an lise de tarefas recursos pess
128. es pr ticas Muito usadas em actividades de forma o atribu da a pequenos grupos uma tarefa definida a ser executada num empo preestabelecido devendo os resultados ser apresentados numa sess o plen ria As tarefas dos grupos podem ser comuns ex testar um nstrumento e referir os resultados de modo a elaborar uma lista de pr s e ontras ou diferentes e complementares ex desenvolver parcelas de um projecto A constitui o dos v rios grupos de trabalho pode decorrer da agrega o olunt ria dos participantes ou da defini o do l der da iniciativa Se o trabalho de grupo for uma componente importante do projecto ducativo que prestar especial aten o forma o de grupos quilibrados se o objectivo consistir em proporcionar oportunidades de exerc cio pr tico n o necess ria qualquer supervis o especial A exist ncia de um coordenador de grupo pode contribuir para favorecer a discuss o resolver d vidas submeter diferendos aprecia o do l der ou simplesmente apresentar os resultados finais ari vel de uma a quatro horas xemplos Exerc cios de equipa jogos empresariais exerc cios pr ticos aprendizagem em equipa trabalho partilhado etc Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 75 Actividades de grupo especiais Simula es Trata se de um tipo de exemplifica o especial que representa a realidade reproduzindo a
129. esp rito aberto a nova informa o Por exemplo Antes de apresentar uma aula sobre Tecnologias de Apoio Comunica o o professor pode pedir aos formandos para fazerem uma lista de todos as ajudas que j conhecem utilizam ou viram utilizar Esta lista poder servir de base comum para a aula pode conter lacunas erros ou imprecis es que revelam ao professor a qualidade e tipo dos conhecimentos dos formandos A aula servir ent o para confirmar as no es certas e corrigir as erradas tendo os participantes mais facilidade em memorizar os conhecimentos adquiridos As perguntas visam envolver todos os ouvintes ao passo que a discuss o tem por objectivo um envolvimento mais geral sendo cada um livre de contribuir ou n o O enfoque da discuss o segue habitualmente o fluxo do debate Nota Uma discuss o pode tornar se cativante especialmente se os t picos abordados forem actuais e interessantes e os interlocutores forem habilidosos Se a discuss o apenas tiver lugar no final da sess o pouco prov vel que introduza uma interactividade real no processo educativo No entanto permite dar explica es finais e recolher as opini es dos participantes Alguns docentes gostam de utilizar muitos exemplos da vida real a fim de reter a aten o dos ouvintes Esta pr tica adequada para ilustrar as implica es pr ticas da informa o te rica transmitida sendo particularmente til quando a audi ncia est pouco habitu
130. esso educativo que envolve a sequ ncia de passos l gicos pelos quais um conjunto de conhecimentos 1 toma forma na mente de algu m que organiza uma iniciativa educacional 2 transmitida aos utilizadores finais e 3 gradualmente os vai capacitando O Cap tulo Quatro fornece uma lista de literatura de apoio e inclui tamb m tamb m uma revis o de manuais de TA seleccionados como podendo ser teis na educa o de utilizadores finais Programas de Educa o em Tecnologias de Apoio para utilizadores finais na Europa T tulo original Programs in Assistive Technology education for end users in Europe Dispon vel apenas em Ingl s Este livro o resultado de um vasto inqu rito internacional com o fim de identificar classificar e descrever os programas em TA para pessoas com defici ncia e pessoas idosas O inqu rito foi levado a cabo a n vel internacional utilizando principalmente um question rio que foi elaborado de acordo com os resultados obtidos no Documento D03 anteriormente descrito Contudo foram tamb m efectuadas visitas a locais espec ficos onde se desenvolvem iniciativas educacionais em TA para utilizadores finais com o fim de obter informa o adicional de um determinado n mero de programas em curso que utilizam abordagens diferentes Este livro est dividido em duas partes A Primeira Parte destinada an lise de programas educativos existentes em TA Cont m uma discuss o detalhada dos dados obtidos atr
131. essoas com bem definidos contraste bem definidos contraste mobilidade reduzida preto e branco evitar o uso preto e branco evitar o uso tilizar vers es de canetas ou desenhos de canetas ou desenhos nform ticas suportes pormenorizados ler os pormenorizados ler o alternativos assist ncia diapositivos em voz alta onte do em voz alta Algumas formas recentemente introduzidas de Tecnologia de Informa o e Comunica o TIC oferecem possibilidades adicionais como liga o em tempo real ou ass ncrona com pessoas e grupos distantes videoconfer ncias aprendizagem dist ncia consulta de bases de dados remotas visionamento de material em sites da World Wide Web e acesso on line a determinados materiais utilizando motores de busca da Internet Material Did ctico Um material did ctico bem concebido pode contribuir para aumentar a riqueza e interesse das iniciativas educacionais e logo a sua efic cia Por vezes este material n o especificamente concebido para fins educativos mas um professor talentoso pode transform lo numa eficiente ferramenta did ctica Os materiais mais generalizados s o e material impresso como folhas soltas folhetos listas e direct rios e publica es relat rios brochuras manuais e software vers es electr nicas de material impresso apresenta es multim dia demonstra es CD ROMs tem ticos e ajudas t cnicas nos cursos sobre TA os dispositivos t cnicos que
132. etidos em tr s localidades diferentes Bruxelas Val nia e Flandres Isto significa que o m dulo de TA esquematizado com base no modelo EUSTAT consistiu num semin rio de um dia a decorrer em tr s localidades diferentes com tr s grupos diferentes de formandos e em dois idiomas diferentes Franc s e Flamengo O t tulo escolhido para este semin rio foi Das Ajudas T cnicas ao Processo de Decis o Estrutura e Organiza o GIHP O GIHP decidiu destinar esta iniciativa somente para pessoas com defici ncia apesar de no in cio ter sido discutido que tamb m poderia ser til a muitos outros grupos tais como a familiares ajudantes e profissionais com um interc mbio muito rico e diversificado entre estes quatro grupos Foi enviada uma carta a 900 pessoas que no passado tinham j beneficiado dos servi os do GIHP A carta continha a apresenta o do projecto o n mero de um telefone para mais informa es e um formul rio de inscri o a enviar dentro de uma data limite Os candidatos foram tamb m contactados para expressarem quais os motivos pessoais para participarem nos semin rios e tamb m para avaliar da reac o espont nea a um programa t o inovador Por raz es pedag gicas foi decidido limitar o n mero de participantes a doze por cada edi o dos semin rios dado que trabalhar com um grupo maior poderia ser menos eficaz sobretudo quando estavam envolvidos trabalhos pr ticos ou sess es de interc mbio O re
133. fici ncia Com uma abordagem baseada na interdisciplinaridade o Centro Studi Prisma tem como objectivos a promo o da cultura da informa o e conhecimento no que se relaciona com todos os aspectos da reabilita o integra o social e do viver independente A ideia subjacente que o conhecimento base fundamental para ajudar a ultrapassar barreiras sociais culturais e t cnicas que impedem a participa o plena das pessoas com defici ncia na sociedade em que se encontram Tendo em conta que a experi ncia vivida diariamente pelas pessoas com defici ncia fazem com que estas sejam os principais protagonistas na sua integra o social o Centro Studi Prisma tem desenvolvido cursos de forma o todos os Ver es desde 1985 originariamente intitulados de Defici ncia e vida di ria Educa o direccionada para uma vida independente s o agora designados cursos de primeiro n vel n vel 1 Destinam se a adultos de v rias idades incluindo pessoas idosas com defici ncia motora ou outras com prefer ncia na heterogeneidade Os cursos destinam se tamb m aos assistentes pessoais que participam na totalidade do mesmo programa com a excep o das sess es de trabalho de grupo nas quais eles participam separadamente dos participantes com defici ncia At ao ano de 1998 o curso do n vel 1 foi participado por 274 pessoas com defici ncia e 243 assistentes pessoais de toda a parte da It lia e do estrangeiro
134. gisto das chamadas telef nicas dos candidatos foi compilado incluindo o tipo de informa o pedida e se eventualmente o candidato se tinha inscrito Foram aplicados dois crit rios de selec o e motiva o pessoal e data de chegada do pedido de inscri o Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 121 A equipe de formadores inclu a duas terapeutas ocupacionais um assistente pessoal um psic logo dois formadores em computadores pessoas com defici ncia e fornecedores de TA O misto de profissionais e de utilizadores foi sentido necess rio para assegurar uma ampla gama de diferentes pontos de vista sobre as TA Algumas pessoas com defici ncia foram envolvidas como profissionais e outras pelo papel que desempenham na associa o Foi tamb m considerado que o contributo das terapeutas ocupacionais assistente social e psic logo seria indispens vel e que o t cnico de computadores era essencial no apoio ao computador e na utiliza o de dados de informa o e comunica o Os organizadores consideraram que o contacto directo e o di logo com os fornecedores de TA durante o per odo de testagem e exibi o dos materiais seriam de extrema utilidade ANLH A an lise de necessidades de forma o foi o primeiro passo no plano operacional Isto consistiu numa sess o de brainstorming participada pelos coordenadores de AVJ administradores e utilizadores finais que
135. grupo de utilizadores finais e aos objectivos educativos a atingir Os formadores dever o ter consci ncia que as v rias componentes assim como os v rios t picos relacionados com essa componente n o s o independentes uns dos outros antes pelo contr rio eles interpenetram se dado que se referem a reas funcionais do ser humano 54 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 4 1 2 Componentes T cnicas Comunica o A comunica o a capacidade de gerar emitir receber e compreender mensagens interagindo com outros indiv duos na sua presen a ou dist ncia 431 num particular contexto social A comunica o um processo complexo de transfer ncia de informa o usado por pessoas para influenciar o comportamento de outras Implica a transmiss o de mensagens pensamentos e sentimentos ideias e desejos de uma pessoa para outra cujos participantes se influenciam mutuamente durante este processo As capacidades comunicativas s o cr ticas no desenvolvimento e manuten o das rela es sociais na aprendizagem do viver em comunidade e para a satisfa o em geral de quase todas as necessidades humanas Por isso a comunica o um processo cont nuo que ocorre ao longo de todas as actividades di rias Muitas das pessoas com dificuldades de comunica o podem n o conseguir comunicar com efic cia utilizando os meios de comunica o humanos m
136. i o do assunto ensino e na segunda os mesmos s o divididos em pequenos grupos para forma o pr tica sob a orienta o de um formador e cursos ou semin rios dedicados ao ensino seguidos de uma s rie de workshops pr ticos Conv m especificar que a forma o pode estar relacionada com o desenvolvimento n o s de capacidades manuais mas tamb m de capacidades organizacionais relacionais ou psicol gicas sendo alguns m todos mais adequados do que outros para atingir este objectivo Este aspecto particularmente importante numa ptica de capacita o que requer atitudes apropriadas em rela o s TA e quest o da defici ncia em geral Libertar a mola a motiva o Hoje em dia consensualmente aceite entre os t cnicos de educa o que um dos principais factores de aprendizagem a motiva o Esta pode ser encarada de duas perspectivas motiva o para aprender e motiva o para mudar N o poss vel introduzir conhecimentos nas pessoas como se estas fossem garrafas a encher ou sandu ches a rechear Quando por um qualquer motivo a garrafa tem uma rolha ou a sandu che est cheia de mais esses conhecimentos ou informa o perdem se O aumento est vel dos conhecimentos do formando coloca um desafio ao formador como o envolver no processo de aprendizagem Como despertar e alimentar a sua motiva o 40 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta
137. i ncia como principal interveniente na defini o dos seus objectivos e projectos e principal protagonista na implementa o de ac es que permitam obter solu es Tal como um rel gio mec nico que exige a presen a de todas as engrenagens mas que apenas funciona se a mola estiver em carga tamb m a pessoa precisa de uma mola interior feita de motiva o capacidade de identificar e formular necessidades decis es ou objectivos e vontade para concretizar projectos Esta mola aqui descrita pelo termo autonomia A autonomia pode ser definida como a capacidade de planear a sua pr pria vida entrar em rela o com os outros e em conjunto com eles participar k E 17 activamente na constru o da sociedade 17 Andrich R Porqueddu B Educazione all autonomia esperienze strumenti proposte metodologiche Europa Medicophyisica Vol 26 n 3 1990 pp 121 145 Torino Minerva Medica 1990 24 2 1 6 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Esta defini o estabelece uma equa o do tipo autonomia rela o que por sua vez inclui tr s tipos de rela o com o pr prio com os outros e com o meio A autonomia pode portanto ser encarada como um n vel de bem estar relacional evidente que tal conceito se aplica a qualquer pessoa independentemente da sua sa de ou estado f sico ou ps quico Uma pessoa sem defici ncia pode ser n o aut noma se tiver dific
138. i os interligados ex presta o de servi os de TA e assist ncia pessoal requisitos t cnicos impostos s TA que s o obsoletos em rela o aos padr es de mercado correntes regulamentos sobre a assist ncia pessoal que est o em conflito com a legisla o laboral etc Verificam se frequentemente barreiras de continuidade em servi os cuja organiza o est mais ajustada s necessidades do pessoal do que s do utilizador os utilizadores podem constatar que o servi o se encontra indispon vel no preciso momento em que dele precisavam Por ltimo mas n o menos importante conv m ter presente que os servi os s o realizados por pessoas funcion rios profissionais de sa de assistentes sociais etc cuja atitude em rela o aos utilizadores pode variar afectando assim em grande medida a qualidade dos primeiros Na ptica do utilizador as barreiras de atitude s o frequentemente uma das principais causas de inefic cia dos servi os Deste modo tendem a adoptar a atitude de fazer barulho para obter o que lhes devido mas por outro lado talvez se sentam intimidados pelo facto de o poder estar precisamente nas m os das pessoas que representam a barreira A Forma o dos utilizadores para obterem o m ximo dos servi os e o desenvolvimento de capacidades para vencer essas barreiras representam um importante objectivo para os formadores 48 HEART Improving service delivery systems for assistive technology a Euro
139. ia A sua filosofia experimental veio dar nova subst ncia ao sentimento da solidariedade humana e salientar a import ncia social da educa o a experi ncia a interac o entre o ser humano e o meio sendo portanto social por natureza Se tentarmos desvendar os segredos destes e de outros grandes pedagogos encontraremos como tra o comum uma aten o especial prestada indu o de atitudes activas nos alunos atrav s do exemplo concreto da adop o ou constru o de novos instrumentos do desempenho de diferentes papeis ou at da implementa o cuidadosa de metodologias experimentais As atitudes passivas de sofrer sem reagir estar presente sem participar estar fisicamente mas n o em esp rito etc s o inimigas da aprendizagem Tal facto parece ter sido confirmado pelo estudo EUSTAT em que v rias associa es afirmaram prestar especial aten o a actividades que envolvem activamente os participantes ou estarem descontentes com Cursos baseados apenas em aulas acad micas convencionais As ci ncias da educa o disp es de uma vasta gama de metodologias para promover a aprendizagem activa exemplos experimenta o exerc cios role playing e muitas outras t cnicas que podem contribuir para colocar os alunos no caminho certo deix los testar uma nova situa o e conseguir a sua participa o e envolvimento totais Os pedagogos sugerem que um pluralismo de m todos sempre melhor que o monismo e deste modo nu
140. iais A escolha da maneira de organizar a pr pria cozinha mais uma quest o de estilo de vida do que de patologia e a de uma plataforma elevat ria para ultrapassar um lance de escadas requer sem d vida um t cnico especializado e n o um profissional de sa de Assim a ideia de doente ou paciente inteiramente dependente das decis es de profissionais est hoje em dia a ser cada vez mais rejeitada pelas pessoas com defici ncias pelo menos no que respeita s TA Em virtude da evolu o dos conceitos de reabilita o integra o social autodetermina o e da tremenda evolu o das TA que veio colocar disposi o do mercado uma s rie de dispositivos que permitem s pessoas com defici ncia escolher o seu pr prio estilo de vida sem desistir de atingir O HEART European service delivery systems in rehabilitation technology Hoensbroek IRV 1994 2 HELIOS II Social Integration and Independent Living Bruxelles European Commission 1995 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 27 2 2 2 objectivos pessoais a imagem das TA tem vindo assim a desviar se e de equipamento relacionado com a sa de para ferramentas para viver e de dispositivos m dicos para bens correntes e de escolha determinada pelo profissional para escolha determinada pelo utilizador e do estatuto de doente ou paciente para o estatuto de consumidor Como sinal desta mudan a de atitud
141. iais Por exemplo a elimina o de barreiras arquitect nicas para integrar uma pessoa com defici ncia numa escola ir facilitar a integra o de outras no futuro tanto em termos pr ticos como culturais Por outras palavras a presen a vis vel na comunidade de membros com defici ncias determina uma mudan a cultural Em comunidades em que vulgar ver pessoas com defici ncias tomarem parte na vida social em p de igualdade a reintegra o pode ser mais f cil para aqueles que n o s o pioneiros natos O termo expectativas pode ser usado para definir as consequ ncias pr ticas das atitudes sociais perante a defici ncia Numa comunidade integrada as pessoas podem n o achar nada de estranho em encontrar um invisual a andar sozinho pela rua com um dispositivo de apoio ou a tomar a iniciativa de pedir ajuda a um transeunte que satisfaz esse pedido com a maior boa vontade Nessas comunidades gestos como oferecer o lugar no autocarro a uma pessoa mais velha ou ajudar um colega de trabalho deficiente a almo ar ou ir casa de banho tendem a ser apenas considerados como o comportamento civilizado que seria de esperar de uma pessoa normal bem educada Opostamente muitas pessoas de outras comunidades n o esperariam ver um utilizador de TA deslocar se sozinho e sentir se iam embara adas e sem saber o que fazer se interpeladas por essa pessoa Podem pensar que a responsabilidade pela assist ncia compete apenas aos servi os
142. ib Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 57 ORIENTA O Sistemas de navega o amp bengalas orienta o ajudas para a orienta o e mobilidade guias Sonoros adapta es do ambiente Cogni o ajudas de compensa o de mem ria ajudas de suporte a no es de espa o e tempo Conclus o muito importante que este agrupamento em quatro reas seja compreendido como um guia a ser adoptado pelos organizadores tendo em vista a forma o t cnica N o dever ser considerada como uma solu o definitiva e certamente n o dever ser restrita apenas aos t picos aqui real ados Na tabela seguinte apresentam se todas as componentes t cnicas e todos os t picos que at aqui foram focados COMPONENTES TECNICAS Interfaces do utilizador Acessibilidade Rob tica _ _ J o y O Telecomunica es transportes privados Pr t ort tese membro sup Leitura e escrita transportes p blicos desporto e recreio i O DO Pr ton tese membroinf o o DO Posicionamento po o O 4 1 3 Componentes humanas e socio econ micas Componentes Humanas Este grupo de componentes de forma o inclui t picos relacionados com o impacto causado pela defici ncia no ser humano As no es adoptadas pelas ci ncias biol gicas pela psicologia e pelas ci ncias sociais podem ajudar na compreens o das transforma es da pessoa e como esta se re
143. ica etc que s o irrelevantes para pessoas menos motivadas Um dos desafios dos formadores consiste em promover atitudes positivas em rela o s TA quando estas ainda n o existem A percep o individual da autonomia H pessoas que se esfor am por assumir pleno controlo da sua vida e outras que n o se sentem suficientemente motivadas para tomar a iniciativa nos Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 89 5 1 4 44 aspectos da sua vida em que ainda dependem psicol gica t cnica ou financeiramente de outros Esta atitude pode estar ligada a factores como idade temperamento hist ria e experi ncia anteriores e rela es existentes no circulo prim rio A percep o individual da autonomia um processo din mico que evolui com o tempo a forma o sobre TA est frequentemente inserida num processo formativo mais abrangente respeitante autonomia As TA e a autonomia est o interligadas o conhecimento das primeiras facilita a consecu o da segunda e esta por sua vez aumenta o interesse por aquelas Os grupos de formandos incluem muitas vezes pessoas com um forte desejo de independ ncia e outras em que este desejo reduzido ou nulo pessoas com pleno controlo sobre as suas vidas e pessoas sem qualquer controlo A diversidade de atitudes deve constituir um aspecto a ter em conta pelos formadores As expectativas individuais As expectativas em term
144. ilizador final pessoas da fam lia amigos ajudantes colegas etc Foca tamb m as vantagens e desvantagens dos diferentes modelos de presta o de servi os assim como do papel dos fabricantes fornecedores as suas preocupa es e perspectivas A tabela seguinte apresenta uma selec o de poss veis t picos no mbito deste tema SOCIO ECON MICA no es b sicas de AT defini o e classifica o de TA a classifica o ISO 9999 outros modelos de classifica o HEART HAAT MPT universal conceitos de acessibilidade e usabilidade emprego o mercado de trabalho e respectiva legisla o adapta es do posto de trabalho perspectivas do trabalho na sociedade de tele trabalho etc presta o de servi os legisla o relacionada com o fornecimento de TA procedimentos para obten o ou financiamento de TA processos de negocia o de TA com fabricantes e fornecedores procedimentos de manuten o normaliza o qualidade avalia o tecnol gica para TA investiga o e desenvolvimento em TA normas de acessibilidade normas de TA legisla o economia legisla o nacional relacionada com a defici ncia evolu o dos processos de TA a n vel internacional an lise de custo para TA tend ncias de mercado Recursos de informa o base de dados em TA recursos de Internet em TA cat logos revistas e outras publica es exposi es e informa o de eventos cen
145. ilizadores mas tamb m direitos como trabalhadores Por outras palavras os utilizadores finais deveriam aprender a assumir uma responsabilidade id ntica dos empregadores para com os seus empregados A situa o pode ser diferente e mais delicada no mbito da assist ncia informal em que pode ser inadequado falar de organiza o de trabalho obriga es e direitos visto tratar se mais de uma experi ncia de vida partilhada No entanto h que tomar precau es apropriadas para assegurar uma rela o de respeito dur vel que seja positiva para ambas as partes Estes aspectos n o devem ser subestimados Os formadores podem contribuir de forma decisiva para ajudar as pessoas com defici ncias a estabelecer uma rela o eficaz e gratificante com os seus assistentes pessoais Aconselhamento de pares Uma pessoa com defici ncia que adquiriu um conhecimento e experi ncia apreci veis na utiliza o das tecnologias de apoio pode revelar se uma ajuda preciosa para outras pessoas com defici ncia na procura de solu es para as suas necessidades Pode ajudar a uma melhor compreens o da situa o individual dar informa o promover a motiva o e servir de modelo A ajuda prestada a outra pessoa para esclarecer necessidades e abrir melhores perspectivas de vida frequentemente designada por aconselhamento O aconselhamento profissional i e realizado com base em compet ncia profissional como o nome indica uma t cnica
146. ilizadores finais linhas de orienta o para formadores 99 Servi os de sa de reabilita o Os profissionais dos servi os de sa de e de assist ncia social t m adquirido recentemente uma maior compreens o do papel das TA apesar de em muitos pa ses esta mat ria quase n o constar da sua forma o acad mica O conhecimento profundo das TA deve ser uma componente essencial de uma boa equipa de reabilita o constitui uma condi o pr via de compatibilidade entre estas t cnicas e a tomada de decis es terap uticas o estilo de vida e prioridades do indiv duo e os recursos econ micos Muitos servi os de reabilita o possuem protocolos que privilegiam as TA terapeutas ocupacionais com s lida experi ncia em TA t cnicos especializados como prot sicos ou engenheiros de reabilita o servi os de informa o sobre ajudas t cnicas programas educacionais para utilizadores finais servi os de aconselhamento por pares etc Em contrapartida a actividade de muitos outros centros incide em aspectos puramente m dicos sendo a interven o das TA considerada como algo exterior responsabilidade da equipa Neste caso o utilizador final pode receber apenas uma receita sendo for ado a recorrer a um fornecedor comercial de TA que trate de facto do seu problema N o raro encontrar utilizadores cujos problemas n o recebem a devida aten o simplesmente porque a compet ncia do prescritor em termos de TA era inadequad
147. imore Paul Brooks 1993 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 55 Leitura Escrita livros adaptados com s mbolos gr ficos em CD ou em cassete computadores com leitores de cran e fala sintetizada dispositivos com sa da em Braille software espec fico dispositivos de amplifica o ptica m quinas de leitura por reconhecimento de caracteres displays t cteis m quinas e impressoras Braille Mobilidade A mobilidade a capacidade de um individuo em executar distintas actividades associadas sua desloca o dentro do ambiente em que se insere A mobilidade fundamental qualidade de vida de cada indiv duo e necess ria actua o em reas funcionais tais como cuidados pessoais trabalho ou escola assim como o brincar e o divertir As limita es da mobilidade funcional tal como na comunica o podem ser ultrapassadas ou diminu das pelo uso das Tecnologias de Apoio Na tabela seguinte est o identificados alguns dos poss veis t picos relacionados com este tema da mobilidade MOBILIDADE Mobilidade manual cadeiras de rodas manuais bengalas canadianas andarilhos bicicletas e triciclos cadeiras de transporte elevadores manuais e ajudas de transfer ncia Mobilidade el ctrica cadeiras de rodas el ctricas ajudas el ctricas de transfer ncia interfaces de controlo para cadeira de rodas bra os de rob
148. iros externos N o existe qualquer regra fixa quanto localiza o da componente espec fica de conhecimento os factores relacionados com a idade cultura patologia e disponibilidade dos servi os sociais t m certamente influ ncia na extens o e profundidade da informa o t cnica suscept vel de ser directamente transferida para o utilizador final Tamb m verdade que o utilizador final n o necessita for osamente de se tornar um especialista em TA essa fun o cabe a outras pessoas como os t cnicos de reabilita o e os fornecedores de tecnologias Algumas pessoas com defici ncia gostam de dominar completamente as quest es t cnicas ao passo que a maioria dos utilizadores finais pode ficar satisfeita apenas com uma no o geral mais pormenorizada em rela o TA espec fica aplic vel sua defici ncia individual Esta situa o aceit vel no caso de tais pessoas terem possibilidade de recorrer a profissionais qualificados ou conselheiros quando necess rio Refira se uma vez mais que capacita o n o significa fazer tudo sozinho mas ser actor e protagonista no processo Isto pode envolver por vezes a coopera o com profissionais a decis o de seguir os seus conselhos e de encontrar o compromisso mais aceit vel em caso de barreiras financeiras insuper veis mas n o significa de forma alguma depender completamente da decis o de profissionais Os formadores devem ter presente que tanto os conh
149. is linhas de orienta o para formadores 103 solu o de TA Por exemplo uma cadeira de empurrar apenas faz sentido se empurrada por um assistente pessoal frequentemente dif cil calcular tais custos em termos monet rios dado que incluem essencialmente horas homem que podem ser pagas ou n o consoante se utilize um assistente formal ou informal Em qualquer dos casos as horas nhomem s o um recurso bastante utilizado pelo que h um custo a considerar Gama de produtos dispon veis As escolhas de TA s o necessariamente limitadas pela gama dos produtos e servi os dispon veis no mercado No entanto h que fazer uma distin o entre a gama te rica do mercado i e a gama completa de produtos dispon vel numa determinada parte do mundo num determinado per odo a gama real que inclui produtos efectivamente acess veis a uma dada pessoa que vive num dado local e a gama aparente i e o que o utilizador pensa que est dispon vel A extens o da gama de mercado aparente n o depende apenas da rede de distribuidores de TA existente no territ rio mas em larga medida da capacidade da pr pria pessoa de examinar as v rias possibilidades e contactar um fornecedor Para os que sempre viveram no mesmo s tio e t m pouca experi ncia do mundo exterior a gama de mercado pode limitar se aos tr s ou quatro distribuidores da sua cidade cujas decis es sobre os dispositivos a encomendar ou a expor s o orientadas por considera
150. is dos formandos como oportunidade educacional Fun o A perspectiva a partir da qual as TA s o encaradas varia em fun o da situa o do participante ou seja se se trata de uma pessoa com defici ncia que pretende tirar o m ximo partido das TA para a sua independ ncia pessoal um auxiliar algu m que utiliza as TA de outra pessoa ou as utiliza para facilitar a assist ncia ou uma pessoa com defici ncia que deseja utilizar a sua experi ncia pessoal para ajudar os outros a fazer escolhas conselheiro ou mentor Os organizadores podem decidir ministrar cursos orientados para um destes grupos apenas ou para v rios grupos em simult neo aproveitando assim a partilha de diferentes experi ncias Diagn stico O crit rio de homogeneidade em rela o a uma patologia ou de um modo mais geral a uma situa o de defici ncia est frequentemente presente em centros de reabilita o ou em grupos de auto ajuda por m mais raro em iniciativas educacionais de TA dado que a maioria destas t cnicas visa preferencialmente a resolu o de problemas e n o quest es de car cter f sico ou sanit rio 62 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Uma patologia em particular quando progressiva pode causar v rias incapacidades e defici ncias em fun o da sua gravidade e da sua evolu o cl nica exigindo assim diferentes tecnologias em diferentes alturas N o par
151. isfa o de ter sido capaz inicia um c rculo virtuoso relativamente a novas situa es de aprendizagem Em situa es de grupo a que ocorre com mais frequ ncia nas actividades educacionais o professor tem por vezes dificuldade em prestar a devida aten o s motiva es opini es e necessidades pessoais de cada formando Este problema pode ser solucionado atrav s de material did ctico interessante e de t cnicas pedag gicas adequadas ex explica o dos objectivos antes do in cio da sess o resumo das quest es seguintes incentivo das reflex es metacognitivas etc Por outro lado a situa o de grupo apresenta algumas vantagens significativas precisamente a n vel da motiva o um grupo pode ser cooperativo por natureza ou revelar atitudes de emula o e competi o situa es que podem ser utilizadas como um factor positivo de aprendizagem Nesta ptica os formadores devem portanto assegurar que os objectivos da tarefa s o expl citos e partilhados verificar se os formandos est o completamente empenhados na tarefa incentivar o xito de todos contrariar atitudes desmotivadoras manter um equil brio ptimo entre os desafios colocados pela nova informa o introduzida as novas capacidades exigidas e o conhecimento anterior de cada formando Alda oo bois Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 41 6 utilizar material di
152. ist ncia pessoal incentiva a capacidade de descobrir como estabelecer caso a caso um equil brio ptimo entre dispositivos de apoio e ajuda humana em fun o da depend ncia existente em rela o a cada um deles Ora os assistentes pessoais n o s o m quinas s o seres humanos todos diferentes uns dos outros Quais s o ent o os aspectos fundamentais a incluir na forma o dos utilizadores finais relativamente assist ncia pessoal em 23 Malglaive G Enseigner des adultes Paris PUF 1990 2 Andrich R Ferrario M Moi M A model of cost outcome analysis for Assistive Technology Disability and Rehabilitation 1998 vol 20 n 1 1 24 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 33 2 2 6 particular quando a mesma prestada num enquadramento formal Basicamente s o dois Em primeiro lugar se os utilizadores t m de aprender a utilizar as suas TA devem tamb m aprender a formar o seu assistente pessoal E em segundo a rela o com uma pessoa n o exactamente igual interac o com uma m quina n o se trata apenas de dominar uma t cnica para fazer coisas mas sobretudo de gerir uma rela o humana e uma organiza o de trabalho Os utilizadores finais devem ser encorajados a estabelecer um contrato claro e uma rela o de respeito com os seus assistentes pessoais em que estes tenham deveres espec ficos como instrumento para a autonomia dos ut
153. jectivos operacionais no contexto em que fazem sentido Isto depende claramente do n vel de expectativas do utilizador relacionado com cada actividade do quotidiano o qual pode depender por sua vez da idade educa o cultura defici ncia estilo de vida antes do acontecimento incapacitante etc A import ncia de algumas actividades b sicas como os cuidados pessoais ou um emprego indiscut vel para toda a popula o No entanto um facto que cada indiv duo atribui prioridades diferentes s actividades di rias para uma pessoa ser independente na cozinha e na lida da casa pode ser uma prioridade m xima ao passo que para outras a coisa mais importante pode ser um passatempo ou uma actividade social Estas diferentes maneiras de encarar as actividades significam que cada indiv duo presta mais ou menos aten o a um ou outro aspecto apresentado pelos formadores como se observasse as TA atrav s de culos de filtrar Ao entrevistar os participantes depois de um curso sobre uma vasta gama de t picos relacionados com TA as respostas pergunta Qual o aspecto que achou mais interessante em geral cobrem a maioria dos t picos um indicador de que existe tamb m um vasto leque de n veis de expectativas Os formadores devem ter presente que a import ncia que atribuem aos v rios t picos pode n o corresponder perspectiva de cada participante Isto exige uma abordagem pedag gica de aprendizagem activa em
154. l o n vel de compet ncias qual o n vel de aptid es As decis es tomadas em rela o a estes factores determinam a miss o da iniciativa podendo portanto ser classificados como factores de posicionamento O conceito de posicionamento retirado da terminologia econ mica na qual indica em termos estrat gicos a audi ncia a que se destina um dado produto de facto embora na maioria dos casos as iniciativas educacionais sejam propostas fora de qualquer contexto comercial podem tamb m ser entendidas como produtos dirigidos a uma audi ncia Os diagramas apresentados nas sec es 2 1 2 e 2 1 3 ilustram por exemplo a forma como as iniciativas educacionais podem ser posicionadas relativamente aos eixo iniciativa compet ncia e estrutura o alvo A identifica o de uma necessidade de aprendizagem constitui o ponto de partida de todo o processo No entanto pode haver uma lacuna ou um desvio entre as necessidades de aprendizagem que deveriam ser abordadas e as que o organizador decide abordar Isto depende da estrat gia global da institui o organizadora da experi ncia do organizador e de condicionantes ambientais Podem igualmente existir limita es externas em rela o aos outros factores de posicionamento na vida real um organizador raramente est em condi es de fazer o que gostaria ou o que necess rio para satisfazer a necessidade A defini o da miss o uma fase bastante delicada uma miss
155. laciona com o espa o em que vive como resultado de uma defici ncia e como que as tecnologias de apoio podem facilitar a autonomia dessa pessoa A tabela seguinte apresenta uma selec o de poss veis t picos que podem ser pertinentes no que se refere s Tecnologias de Apoio HUMANA COMPONENTES T PICOS t picos sobre a patologias defici ncia incapacidade defici ncia desvantagem e ICIDH 2 reabilita o e integra o social autonomia e capacita o aceita o de AT imagem social da defici ncia imagem social das Tecnologias de Apoio compreens o da diversidade e das culturas 58 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores selec o de AT an lise de necessidades e defini o de objectivos adequa o da pessoa tecnologia o processo de selec o factores que levam ao sucesso ou fracasso da AT aconselhamento de AT conceitos b sicos de aconselhamento e de supervis o entre pares desenvolvimento de atitudes de aconselhamento entre pares desenvolvimento de qualidades de chefia assist ncia pessoal gest o de rela es com os assistentes pessoais Componentes S cio econ micas Este grupo de componentes de forma o concebido como facilitador da no o de que o providenciar de uma tecnologia pode afectar as interac es dentro do contexto social envolvendo todas as pessoas e relacionamentos com impacto no ut
156. lo Gnocchi Http www siva it Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 97 Web Esta iniciativa que est ainda a ensaiar os primeiros passos dever evoluir rapidamente em direc es que de momento s o dif ceis de prever Por ltimo as exposi es comerciais realizadas regulamente em cada pa s desempenham um papel importante na divulga o da informa o sobre TA Servi os de aconselhamento Os servi os de orienta o e aconselhamento oferecem uma valiosa oportunidade para as pessoas com defici ncias podendo facultar conhecimentos e experi ncia espec ficos na tomada de decis es sobre TA ou simplesmente prestar esclarecimentos em caso de necessidade Os formadores devem estar conscientes de que praticamente imposs vel dotar os formandos de capacidades para resolver todos os seus problemas de TA apenas atrav s de um programa educativo As necessidades evoluem com o tempo os horizontes mudam a tecnologia desenvolve se e a situa o cl nica ou o estado de sa de podem sofrer altera es pelo que o indiv duo tem de fazer novas escolhas e tomar novas decis es todos os dias Deste modo ao concluir um processo educacional importante ajudar o formando a identificar servi os locais e pessoas a quem se dirigir sempre que precise de orienta o Algumas regi es da Europa est o bem dotadas destes servi os enquanto que em outras se regista uma car
157. logias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 19 2 1 3 Defici ncia As TA e os SPS existem como resposta a uma necessidade O termo mais utilizado para indicar as raz es de tal necessidade defici ncia Neste campo s o por m utilizados outros termos como incapacidade e desvantagem que se prestam a mal entendidos quando usados indiscriminadamente da m xima import ncia ter um perfeito conhecimento do significado exacto de cada termo e uma no o bem definida da rela o das TA com os mesmos poss vel dizer em s ntese que um dispositivo de apoio pode ser concebido para uma determinada incapacidade com vista resolu o de problemas associados a uma defici ncia espec fica com o fim ltimo de evitar ou superar desvantagens por forma a que uma pessoa com defici ncia ou uma pessoa idosa consiga uma melhor qualidade de vida De acordo com a Classifica o Internacional ISO International Classification of Impairments Disabilities and Handicaps ICIDH e incapacidade corresponde a qualquer redu o ou falta resultante de uma defici ncia de capacidades para exercer uma actividade de forma ou dentro dos limites considerados normais para o ser humano sendo portanto um conceito relacionado com o corpo e a mente e uma defici ncia representa qualquer perda ou anormalidade da estrutura ou fun o psicol gica fisiol gica ou anat mica sendo portanto um conceito r
158. m a dura o de um dia ou mais raramente v rios pode ser independente ou complementar de um curso ou enquadrar se no mbito de uma s rie de semin rios O tema do semin rio normalmente escolhido entre v rios assuntos quentes ex novos progressos nas adapta es de ve culos para condu o independente por pessoas com incapacidade grave em geral o p blico n o previamente seleccionado pelo organizador salvo se exigido por condicionalismos pr ticos uma vez que este tipo de iniciativas atrai pessoas que est o interessadas nas mesmas Ao contr rio dos cursos o principal objectivo de um semin rio n o promover uma aprendizagem mas antes oferecer aos interessados uma oportunidade de renovar aprofundar ou actualizar os seus conhecimentos no assunto Daqui resulta que as metodologias did cticas s o essencialmente tradicionais como prelec es apoiadas por meios audiovisuais ou materiais educativos Os participantes s o por vezes interpelados a participarem em actividades mais activas como o trabalho de equipa ou breves sess es pr ticas mas de uma forma muito limitada A chave do sucesso de um semin rio reside efectivamente na qualidade do prelector Quando organizada uma s rie de semin rios em torno de um dado assunto e neles participa sempre a mesma audi ncia os limites entre o conceito de semin rio e curso podem tornar se pouco claros A diferen a depende do projecto educacional pensado p
159. m t cnico que conhece os aspectos cadeira de rodas h mais de 20 anos Deste modo mec nicos das cadeiras de rodas adquiriu sem d vida alguma habilidade manual e possuindo portanto os conhecimentos certos truques que lhe permitem obter um n vel de te ricos Est igualmente a par dos conforto satisfat rio este o seu know how No requisitos pr ticos do Jo o em termos entanto o Jo o possui tamb m alguns conhecimentos da cadeira de rodas e das suas processuais instru es de utiliza o da cadeira de necessidades espec ficas pelo que rodas fornecidas pelo fabricante manuais t cnicos possui tamb m conhecimentos normas de seguran a etc embora n o tenha pr ticos Por ltimo tem necessariamente os conhecimentos te ricos para lidar conhecimentos processuais manuais com aspectos de ordem t cnica como os t cnicos procedimentos normalizados funcionamento da bateria o comando electr nico o em caso de avarias etc motor etc Uma pessoa pode possuir conhecimentos sobre um assunto sem dominar necessariamente as quatro dimens es No entanto qualquer ac o visando a transfer ncia de conhecimentos para o utilizador final deveria incluir estas dimens es procurando integr las eficazmente ver Cap tulo 2 2 4 78 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Estilo de ensino O estilo de ensino depende em grande medida das qualidades e ex
160. ma iniciativa educacional a utiliza o de uma mistura de m todos prefer vel ao emprego de um nico No entanto um envolvimento activo exige precau o paci ncia e experi ncia Tarefas como dividir os participantes em grupos pedir lhes para elaborarem resultados tang veis do trabalho de grupo ex um relat rio escrito ou uma interven o oral organizar sess es de role playing em que uma pessoa tenta representar o papel de outra ex o papel de um rival na vida ou simplesmente pedir para expressarem uma opini o em p blico exp em os indiv duos uns aos outros o que para algumas pessoas pode ser embara oso ou at assustador em certas ocasi es Os formadores devem controlar constantemente a temperatura emocional de cada pessoa e prestar lhe aten o pedag gica e psicol gica simultaneamente devem ser acess veis e divertidos protectores e inovadores nenhum dos formandos deve sentir se obrigado exposto ou envergonhado Muitos destes riscos podem ser evitados se o organizador conseguir criar uma atmosfera global de harmonia bem estar e confian a Estas considera es s o sobretudo aplic veis a cursos prolongados em que h tempo suficiente para as pessoas se conhecerem e estabelecerem rela es significativas al m disso apenas estes cursos prolongados se prestam em geral implementa o de metodologias como a simula o e o role playing que s o emocionalmente exigentes E precisam
161. mal desestruturada do que no aconselhamento Os quatro processo tamb m diferem no tipo e n mero de pessoas que abrangem enquanto que o aconselhamento se dirige essencialmente a um indiv duo a informa o pode envolver um p blico numeroso e indeterminado As actividades educacionais ocupam mais uma vez uma posi o interm dia educa o No mbito de um programa global visando promover a capacita o cada 2 um destes processos absolutamente essencial prestando se tamb m a uma integra o com os restantes Vejamos por exemplo o caso de uma Associa o de utilizadores que pretende preparar os utilizadores finais para uma altera o recente que ocorreu no sistema nacional de presta o de servi os de TA Essa associa o pode come ar por prestar informa o sobre os novos conceitos do sistema as suas principais diferen as em rela o ao anterior e a gama de TA abrangidas Para o efeito pode compilar e distribuir folhetos espec ficos com uma linguagem e um formato adequados Paralelamente pode levar a efeito uma campanha de sensibiliza o nos mass media a fim de chamar a aten o e transmitir a mensagem central ex algo mudou saiba o qu Outras iniciativas informativas podem consistir em confer ncias abertas aos interessados em que participem peritos respons veis pelas pol ticas e oradores com vista a descrever e clarificar a nova situa o A associa o pode organizar simult
162. na ptica dos utilizadores este aspecto muito importante Um dispositivo ou um conjunto de dispositivos de apoio para um determinado objectivo serve o utilizador por um certo per odo durante o qual s o necess rios recursos para manuten o Alguns SPS cobrem a manuten o mas mais frequente que o utilizador tenha de a assegurar mesmo no caso de o dispositivo ter sido adquirido com dinheiros p blicos As considera es atr s referidas s o igualmente aplic veis aos custos de manuten o pelo que mais uma vez incorrecto falar de custos reduzidos m dios elevados as categorias insignificante acess vel inacess vel t m mais significado A manuten o um custo corrente que inclui aspectos relacionados com a tecnologia e aspectos relacionados com a assist ncia humana A limpeza electricidade repara es pe as sobressalentes etc s o custos relacionados com a tecnologia que s o despendidos continuamente ou a intervalos regulares a fim de assegurar o funcionamento correcto da TA durante toda a sua vida til Alguns dispositivos podem tamb m envolver servi os associados por exemplo o transporte de uma cadeira de rodas volumosa numa viagem de longo curso pode implicar o aluguer de um servi o de transportes especial Os custos relacionados com a assist ncia referem se natureza e volume de recursos humanos necess rios para o correcto funcionamento da Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores fina
163. nada por factores relacionados com antecedentes pessoais privados Tais factores t m de ser devidamente ponderados na fase de concep o exigindo por vezes um ajustamento das op es metodol gicas e organizacionais Se descurados podem comprometer toda a efic cia da iniciativa educacional e factores predisponentes e factores relacionados com a defici ncia e atitudes individuais face defici ncia e expectativas individuais Factores relacionados com a transforma o de conhecimentos em iniciativa Quando os formandos regressam ao seu ambiente quotidiano ser o os protagonistas da sua vida e das suas escolhas Cada um deles tem de lidar com oportunidades e obst culos existentes na comunidade local tais como os servi os dispon veis ex informa o e aconselhamento e as barreiras f sicas e organizacionais que dificultam o acesso aos mesmos A liberdade de escolha pode ser dificultada por falta de disponibilidade de produtos encargos financeiros atitudes culturais ou pelo contr rio exercida gra as a sistemas de presta o de servi os de boa qualidade servi os de fornecimento de produtos excelentes legisla o afirmativa etc O organizador deve tamb m ter presentes as diferen as do meio em que vivem os formandos por exemplo a forma o de um grupo de pessoas de v rios pa ses com diferentes extractos socio culturais pode envolver op es organizacionais ou metodol gicas diferentes das aplic veis a um grupo de
164. ncluem factores ambientais e pessoais Os primeiros s o extr nsecos exteriores ao indiv duo podendo incluir as atitudes da sociedade as caracter sticas arquitect nicas do ambiente ou o sistema legal Os segundos que ainda n o se encontram classificados na vers o actual da ICIDH 2 incluem aspectos como sexo idade aptid o estilo de vida educa o profiss o experi ncia passada e presente todos eles com influ ncia no modo como sentido esse IMPEDIMENTO Esta nova Classifica o vem refor ar o papel das TA ao reconhecer que os dispositivos de apoio podem permitir uma participa o mais adequada das pessoas com defici ncia nas actividades sociais educativas e profissionais Entre os poss veis exemplos do que acabamos de referir conta se a defini o de Auxiliares de mobilidade pessoal aparelhos concebidos para aumentar a capacidade de mobilidade da pessoa permitindo uma maior participa o em actividades sociais profissionais e ou educativas e Auxiliares de comunica o dispositivos para promover o processo de comunica o Qualidade de vida Outra das palavras chave frequentemente ouvidas Qualidade de vida habitual dizer se que as TA contribuem para a qualidade de vida o que um facto mas qual o significado exacto do termo qualidade de vida Existem numerosos factores que contribuem para a qualidade de vida dos indiv duos e das suas comunidades como um ambiente saud vel a
165. ndiv duo H que considerar quatro factores relacionados com aspectos humanos f sicos e organizacionais Factor Palavras chave imagem da defici ncia na rotulagem subestima o super homem aceita o comunidade autodetermina o Barreiras arquitect nicas Ambiente arquitect nico acess vel inacess vel de servi os da comunidade atitude grupo alojamento apoiado Imagem da defici ncia na comunidade As v rias atitudes que as pessoas manifestam perante a sua defici ncia encontram se com frequ ncia tamb m presentes na comunidade Embora cada membro da comunidade tenha uma imagem individual existe frequentemente uma atitude geral opini o p blica na comunidade local em consequ ncia de uma heran a cultural experi ncia anterior de pessoas com defici ncias abertura humana e opini o dominante nos media A forma como as TA s o encaradas faz parte desta atitude dado que regra geral a opini o p blica as relaciona directamente com defici ncia Deste modo pessoas com defici ncias que desenvolveram uma atitude positiva e activa t m frequentemente de enfrentar preconceitos e assumir uma posi o pioneira rumo a atitudes mais civilizadas Essa posi o pode fazer com que se sintam s s e pouco vontade com o papel p blico indesejado que t m de representar na comunidade o que pode causar embara o e o desejo de desistir lutar cansativo Em contrapartida uma comunidade em que
166. negociar condi es favor veis com um fornecedor uma quest o importante que justifica a devida considera o dos formadores Implica estar a par do que s o boas pr ticas de fornecimento dos produtos e dos problemas potenciais que podem ocorrer em qualquer fase da cadeia de fornecimento assist ncia Oferecer um teste pr compra constitui um indicador seguro de qualidade o potencial comprador pode evitar muitas armadilhas testando o dispositivo antes de o comprar Este servi o nem sempre est dispon vel especialmente quando o vendedor uma pequena empresa que por exemplo importou um equipamento dispendioso No entanto sempre poss vel avaliar a vontade que a empresa tem de servir o cliente e n o apenas de vender artigos com base na impress o inicial As condi es de venda podem conter algumas surpresas como sobretaxas referentes a acess rios obrigat rios acondicionamento e entrega que o cliente pode facilmente evitar se tiver aprendido a identificar previamente todas as componentes do custo Nesta fase o utilizador dever negociar eventuais sistemas de pagamento alternativos ex leasing e condi es de servi o p s venda como a garantia O utilizador dever ainda ser inteirado de quaisquer necessidades de forma o de quem ir assegurar essa forma o e se a mesma envolve custos adicionais Devem procurar obter se do fornecedor informa es claras sobre a manuten o prevista o que fazer em caso d
167. nentes humanas e socio econ micas eee 57 4 25 ORGANIZA O O EIE E ta nt ind oa dO A E esse TROS SNS da Pesa Cu rea EDU EPE E 59 4 2 1 Af sede planeamento ss isisisi eiaei Ei eSEE REEE TEE 59 4 2 2 Afase de lan amento scrret ea casi pos aea a aE 63 ADI A TAS OTFANIZALIVA suas ist ss soda i nt sc OSUt op saga N R E ag DOS E aE S 67 4 24 Afasede avalia o nnne snn na nR de regra dl ado Do cuuBaa dE abate do pus sta isolado Dos 71 4 3 QUEST ES PEDAG GICAS njn ns e a r E EER 74 4 31 M todos did CHCOS cs sisassiria rare sipssaoiiiicant sipsapaiiia loga tasis Akoa EEEE SESE REES 74 4 3 2 Ferramentas e estr t gids sening entin n aE A E E 77 ADAPTA O AUDI NCIA ssesssssssssesssesssesesssssesssssssesesesssesssennsnsnsnsnsssnsssssssssssssssss 83 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 9 1 DEFINIR A APRENDIZAGEM jsssciseibossivotoiseoseinecoiosapaiene shoes asi iparanas Saeusi keisara 83 S L Factoresde predisposi o annenin aa 83 5 1 2 Factores relacionados com a defici ncia eres 86 5 1 3 As atitudes individuais perante a defici ncia es 87 5 1 4 Asexpectativas individuais se a a e E E ESA 89 5 2 PREPARAR OS FORMANDOS PARA A AC O sessssssessseseeeseessreeessrreessreesereessereessrreesseeet 91 5 2 Factores ambientais usasse e E E EA E i iet 9 5 2 2 Factores de poio SOCIAL sassasaiioaicesestiasrrsrricaados
168. nta o para formadores 65 pessoas sejam informadas atrav s de canais locais como a r dio e a TV cartazes e folhetos O estilo de apresenta o um aspecto importante As mensagens devem ser concisas compat veis com o tipo de iniciativa conter toda a informa o necess ria e ser cuidadosamente revistas antes da sua transmiss o Um outro aspecto cr tico o timing Os candidatos potenciais devem receber a informa o nem demasiado cedo para evitar esquecimentos nem demasiado tarde em rela o data do evento em quest o Quem n o tem experi ncia publicit ria tende a subestimar o tempo requerido pela idealiza o composi o revis o de provas impress o expedi o e distribui o de um folheto Um bom programa publicit rio utiliza geralmente v rios meios para dosear a mensagem em v rias alturas O quadro que se segue apresenta um breve resumo destes conceitos vantagens Inconvenientes Folhetos panfletos vasto informa o precisa e ustos elevados de tanto gen rico exaustiva mpress o e envio em congressos etc como adequado para fun o da qualidade bem definido mailing distribui o e envio pretendida e da gramagem pode ser atractivo Imprensa da especialidade Bem definido e atinge uma audi ncia exige um acordo com especializado bastante anteced ncia com a informa o pode ser os editores detalhada e exaustiva atinge apenas um n cleo restrito de pessoas asto e gen rico
169. ntemente referidos em conjunto pelo termo educa o evidente que a informa o o aconselhamento e as campanhas de sensibiliza o podem por vezes produzir mais valias educacionais embora na maioria dos casos devam ser considerados como oportunidades que podem contribuir para a educa o e n o processos educativos em si mesmos Compet ncia t cnica vs iniciativa O aconselhamento treino ensino e informa o podem assumir posicionamentos diferentes consoante privilegiem a iniciativa ou a compet ncia t cnica dos utilizadores finais O diagrama que se segue apresenta uma imagem simplificada da complementaridade dos quatro processos Os dois extremos opostos s o ocupados pela informa o e pelo aconselhamento Atrav s da transmiss o de no es a informa o aumenta a compet ncia t cnica do utilizador final embora isso n o signifique que o mesmo est apto a utiliz la para tomar a iniciativa e resolver um problema pessoal Em contrapartida o aconselhamento Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 37 ajuda essencialmente o utilizador final a resolver um problema pode envolver a transmiss o de alguns elementos de compet ncia t cnica mas estes s o estritamente adaptados s necessidades do utilizador e s o fulcrais para o objectivo principal apoiar a iniciativa A educa o ocupa o espa o interm dio Apresenta um enfoque equilibrado entre ER e AR
170. nto esta premissa s verdadeira em certas condi es O organizador deve ponderar duas quest es Em que medida as TA contribuem para a autonomia 2 2 2 e Em que medida o conhecimento das TA contribui para a capacita o 2 2 3 O terceiro factor consiste na quantidade abrang ncia e n vel de conhecimentos a transferir para os utilizadores finais 2 2 4 uma considera o importante para a qual n o existe uma resposta nica no entanto uma reflex o sobre os diferentes tipos de conhecimento que podem ser transmitidos te rico pr tico processual bem como know how pode contribuir para um melhor ajustamento dos programas educacionais s necessidades dos formandos No ensino das TA necess rio incluir com frequ ncia alguns t picos que em si mesmos s o exteriores a estas mas que apresentam uma estreita rela o com o sector Dois destes t picos cuja inclus o nas iniciativas educacionais est recomendada s o a gest o das rela es com os assistentes pessoais 2 2 5 e o aconselhamento entre pares gt 2 2 6 No primeiro caso obt m 12 1 2 2 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores se de facto solu es para problemas da vida quotidiana atrav s de um misto de assist ncia pessoal e TA pelo que pode ser necess rio o recurso forma o para se conseguir estabelecer um equil brio correcto caso a caso Quanto ao segundo tema os u
171. o em resultado da abordagem ognitiva especial que prop e ao grupo as alternativas que pondera e os todos de resolu o de problemas que apresenta 76 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Aprendizagem cooperativa Defini o Indica a metodologia em que a aprendizagem se baseia na colabora o de rios indiv duos num projecto comum Objectivo Demonstrar que os resultados que podem ser obtidos por um grupo devidamente constitu do e orientado s o diferentes e superiores soma dos resultados conseguidos por cada um dos seus elementos individuais desenvolver ideias em coopera o e representar situa es complexas envolvendo m ltiplas vari veis Especialmente indicada para desenvolver a capacidade metacognitiva de aprender a aprender Descri o Estrat gias de trabalho de grupo baseadas numa s lida planifica o de projectos o coordenador geral do projecto desempenha o dif cil papel de ediador moderador na aprendizagem global do grupo A aprendizagem adquirida atrav s de discuss es e actividades de grupo que s o sempre moderadas e supervisionadas xemplo A aprendizagem cooperativa pode ser implementada no mbito da apacita o para a autonomia criando um grupo de formandos conduzido por um l der experiente cuja tarefa consiste em elaborar um programa ducacional ideal na rea das TA Os participantes orientados pelo oderador devem discuti
172. o de iniciativas de car cter educacional e os quais designaremos por factores cr ticos Neste contexto o termo cr tico n o utilizado como sin nimo de positivo negativo ou problem tico significa apenas que justifica considera o e exige decis es O xito de uma iniciativa educacional depender de tais decis es No nosso contexto o termo de refer ncia para avalia o do sucesso ser o grau de aquisi o por parte dos utilizadores finais da compet ncia necess ria para fazerem escolhas de TA informadas eficazes e satisfat rias de TA A maioria dos factores Necessidades Educacionais cr ticos se guidamente descritos encontra se Factores de posicionamento correlacionada As decis es tomadas em rela o a um deles podem reflectir se em muitos outros pelo que a Factores relacionados com a transfer ncia S aoi a de conhecimento para o grupo concep o de uma iniciativa Factores relacionados com a recep o do conhecimento pelo individuo tenta considerar todos os factores procurando por Individuo dentro do VEZES chegar tamb m x um grupo compromisso satisfat rio educacional frequentemente Grupo de formandos um processo iterativo que Factores relacionados com a transforma o p Cabe ao org anizador de conhecimentos em iniciativa estabelecer as prioridades e tomar as decis es em fun o apacita o os do contexto espec fico
173. o orador fala geralmente em frente da audi ncia um semin rio ou workshop pode envolver uma disposi o informal como por ex um arranjo circular em determinadas fases As sess es pr ticas podem exigir um trabalho em pequenos grupos funcionando lado a lado ou realizado em sil ncio Os grupos de trabalho que Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 81 se dedicam ao planeamento e a tarefas inventivas podem beneficiar dos chamados cantos de conversa o que promovem a intimidade e a privacidade Coordena o do processo docente As iniciativas educacionais que envolvem um nico professor n o necessitam obviamente de qualquer coordena o No entanto quando interv m uma equipa docente a designa o de um coordenador representa o n vel b sico de coordena o Em geral o coordenador pertence organiza o pelo que em princ pio conhece a miss o e sabe transmitir as motiva es organizacionais te ricas e pedag gicas da mesma Compete ao coordenador supervisionar o contacto entre os v rios docentes elaborar os programas e hor rios e tomar decis es em quest es log sticas Deve tamb m ter capacidade para definir claramente o enquadramento educacional de modo a aconselhar os professores sobre os conte dos a transmitir os m todos did cticos e os estilos de ensino O coordenador tem ainda por miss o fornecer aos professores qualquer informa o disp
174. o principal mobilidade actividades dom sticas etc Auxiliares de tratamento e treino Pr teses e Ort teses Ajudas para cuidados pessoais e de higiene Ajudas para a mobilidade Ajudas para cuidados dom sticos Mobili rio e adapta es para habita o e outros locais Ajudas para comunica o informa o e sinaliza o Ajudas para manuseamento de produtos e mercadorias Ajudas e equipamentos para melhorar o ambiente ferramentas e m quinas Ajudas para recrea o Esta classifica o largamente usada em todo o mundo em bases de dados e cat logos pelo que o seu conhecimento um imperativo para qualquer pessoa interessada na rea No entanto a ISO EN n o cobre servi os TA al m disso a sua estrutura anal tica pode n o ser a mais indicada para a estrutura o de programas formativos Para este efeito poss vel recorrer a outras classifica es que n o s o essencialmente orientadas para produtos ou servi os mas antes orientadas para os conhecimentos como a classifica o HEART utilizada nestas Linhas de Orienta o Essa abordagem permite congregar os Ae sobre TA em torno de componentes t cnicas humanas e sociais Esta perspectiva tamb m partilhada por um importante trabalho recentemente publicado com vista forma o acad mica de profissionais de TA em que as TA s o descritas como os capacitadores extr nsecos do indiv duo em oposi o a capacitadores intr nsecos como controlo mot
175. oais vs actividade a realizar como se os indiv duos estivessem isolados do mundo com efeito o contexto do uso desempenha um papel fundamental visto definir o mundo de rela es do indiv duo Eis alguns exemplos O controlo da incontin ncia para um parapl gico pode exigir solu es de TA diferentes quando se fica uma tarde em casa se vai elegantemente vestido estreia de uma pe a de teatro ou quando se viaja ao estrangeiro durante uma semana Uma sofisticada cadeira de rodas electr nica pode ser absolutamente inapropriada para um Africano que regressa sua cidade natal pela simples raz o de n o existirem pe as sobressalentes nessa localidade A utiliza o do dispositivo pode implicar uma revolu o t o profunda no estilo de vida da pessoa que pode colidir com os seus valores pessoais ou sociais 2 Mainini M L Ferrari A Zini M T La nascita relazione madre padre bambino Proceedings of the USL 4 Childhood Service Conference pp 69 102 Parma USL 4 1982 2 Andrich R Consigliare gli ausili Milano SIVA 1998 28 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores O indiv duo pode ser t o tecnof bico que se sente intimidado pela tecnologia preferindo solu es de baixa tecnologia ao passo que outros podem admirar a alta tecnologia e retirar excelente partido da mesma O utilizador final o melhor candidato para avaliar o que mais
176. ogias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 35 3 3 1 3 1 1 Defini o de objectivos e m todos Este cap tulo aborda os v rios tipos de processos de transfer ncia de conhecimentos que podem ser orientados para os utilizadores finais e esclarece quais deles devem ser considerados educacionais Salienta tamb m alguns factores importantes que influenciam a efic cia do processo educacional como motiva o e m todos de ensino sugerindo uma terminologia consistente para classificar as iniciativas educacionais M todos de transfer ncia de conhecimentos relacionados com as TA Processo de transfer ncia de conhecimentos J foi dito que deve ser facultado ao utilizador final o m ximo de conhecimentos sustent veis e teis Mas na pr tica o que significa sustent vel e til E como deve processar se essa transfer ncia de conhecimentos com vista capacita o Comecemos por identificar cinco processos diferentes atrav s dos quais pode verificar se a transfer ncia de conhecimentos sobre TA e aconselhamento e ensino e treino e informa o e campanhas de sensibiliza o Embora de mbito diferente estes processos s o complementares podendo ser considerados como fases de uma evolu o cont nua e como tal levados a efeito simultaneamente As campanhas de sensibiliza o preparam o terreno para uma modifica o das atitudes gerais do p blico as actividades de
177. oi tamb m organizada no ltimo dia do curso N vel 1 em colabora o com alguns fornecedores de TA Para al m de poderem ver os produtos em demonstra o os participantes foram convidados a partilhar as suas experi ncias pessoais em TA adapta es em casa ajudas inven es dicas sobre autonomia etc e ilustr las com slides fotografias ou coisas do g nero Programa Social Apesar de serem actividades opcionais os acontecimentos sociais foram pensados de modo a serem consistentes com a miss o do curso O programa social do curso de n vel 1 consistiu em quatro reuni es noite e v deos sobre os assuntos tratados nas aulas durante o dia Segunda e reuni es com representantes das organiza es de utilizadores da regi o Quarta e reuni o com um representante da autoridade local Sexta e festa de despedida organizada pelos pr prios participantes S bado Para al m disso um passeio nas montanhas Dolomites foi organizado na Quinta feira tarde incluindo visitas a lugares interessantes um passeio ao cimo da montanha num carro cabo acess vel e tempo livre para compras e lazer Esta sa da foi na sequ ncia das aulas da manh sobre a mobilidade de exterior o lazer e o desporto Foi uma oportunidade de refor ar as rela es entre os participantes e para muitos a descoberta de que a natureza pode ser acess vel 118 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o
178. ol tica o desenvolvimento da legisla o ou modifica es da disponibilidade Andrich Ambiente di vita In Una societ per tutte le et La persona anziana risorsa per mondo unito Roma Citt Nuova 1997 HEART Line C Rehabilitation technology service delivery C 4 Report 2 Rehabilitation technology service delivery systems in Europe Bruxelles European Commission 1994 18 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores No entanto podem ser identificadas em todos os SPS sete fases b sicas nomeadamente e a iniciativa que leva ao contacto inicial entre o utilizador final e o SPS e a avalia o que significa a identifica o das necessidades e a identifica o da tipologia da solu o ou seja o tipo de TA que satisfaz as necessidades e a selec o do conjunto espec fico de dispositivos e servi os de apoio e a autoriza o por parte da entidade financiadora e a oferta real de TA ao utilizador incluindo esta fase tamb m a instala o personaliza o e forma o e e os acompanhamentos posteriores Para os utilizadores finais de TA indispens vel ter um conhecimento completo dos SPS que lhes s o aplic veis conhecer os direitos da pr pria pessoa e a informa o sobre onde se dirigir e a quem e saber quem est habilitado a decidir o qu em cada fase do processo constituem componentes inalien veis da capacita o Este assunto deve
179. on vel sobre os formandos Compete lhe avaliar se a iniciativa segue os par metros previstos consistente e exaustiva e em caso negativo discernir se deve intervir directamente ou orientar os professores no sentido de tomarem as medidas apropriadas As tarefas de coordena o podem ser apoiadas ou por vezes mesmo assumidas por uma equipa docente que re ne regularmente para avaliar em conjunto os progressos antecipar eventuais problemas e ajustar a iniciativa educativa Esta equipa particularmente til no caso de uma iniciativa exigente de longa dura o e implicando rela es intensas entre os participantes A organiza o de iniciativas educacionais sem coordena o extremamente arriscado O investimento de recursos na coordena o demonstra ser uma boa garantia de sucesso 82 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 83 5 5 1 5 1 1 Adapta o audi ncia O presente cap tulo analisa os factores que influenciam a recep o por parte do formando individual dos conhecimentos transmitidos a um grupo Os formadores podem abordar estes factores de m ltiplas formas com vista a maximizar o volume de conhecimentos transmitidos a cada pessoa em fun o do seu ritmo pessoal de aprendizagem S o tamb m apreciados os factores relacionados com o modo
180. or percep o 2 Tb HEART Line E Rehabilitation technology training E 2 1 Report on job profile and training requirements for rehabilitation technology specialists and other related professions Bruxelles European Commission 1994 Cook A M Hussey S M Assistive Technologies Principles and Practice Saint Louis Mosby 1995 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 17 2 1 2 cogni o etc que constituem componentes humanas Por sua vez esses podem ser divididos em capacitadores gerais sistemas de posicionamento interfaces de controlo computadores outputs electr nicos e capacitadores relacionados com reas espec ficas de performance comunica o mobilidade manipula o fun es sensoriais Existem tamb m classifica es menos sistem ticas orientadas para a actividade como a MPT Matching Persons and Technology que encara as TA na ptica das v rias tarefas da vida quotidiana Actividades dom sticas Manuten o da sa de Lazer Cuidados pessoais Emprego Comunica o Mobilidade Vis o Audi o Cogni o Leitura Escrita e Aprendizagem Uma outra maneira informal de classificar as TA seria com base no seu contexto de aplica o TAs criadas para substituir uma fun o pr tese ou apoiar uma fun o ausente ort tese TAs para aumentar as capacidades na vida quotidiana auxiliares t cnicos TAs para aumentar a acessibili
181. ordagem as pessoas que t m problemas em lidar com a sua defici ncia por exemplo podem considerar uma rela o intensa com os seus pares psicologicamente dif cil e necessitar de algum apoio Por outro lado a situa o residencial revela se frequentemente ideal para incentivar uma aprendizagem est vel e fortalecer uma mudan a pessoal Embora o curso residencial se baseie numa viv ncia em conjunto e na partilha de actividades recreativas na modalidade de imers o total o envolvimento do grupo apesar de intenso e exigente limita se apenas s horas de trabalho O seu poder pedag gico reside na concentra o que requerida aos participantes geralmente num per odo de curta dura o As iniciativas com uma distribui o temporal alargada ou mesmo com uma programa o aleat ria podem ser monogr ficas variando a audi ncia em fun o do tema ou incluir uma sequ ncia de eventos educacionais dirigidos ao mesmo grupo Qualquer que seja o contexto a acessibilidade e disponibilidade de auxiliares de ensino s o factores que requerem a maior aten o tal como outros aspectos ambientais que favorecem o bem estar f sico e ps quico como o controlo da ilumina o e da temperatura e a comodidade da mob lia tanto para os participantes cadeiras mesas para tomar apontamentos como para os oradores O arranjo das salas depende do tipo de actividade formativa e do m todo did ctico utilizado enquanto que numa confer ncia
182. os meios e lhes proporcionam os instrumentos necess rios para prosseguirem elas pr prias o seu crescimento pessoal em resumo lhes oferecem a cana de pesca e as ensinam a pescar Mas como activar este processo V rios pedagogos famosos encontraram uma maneira L Milani It lia 1923 67 por exemplo provocou uma revolu o nos m todos de ensino ao substituir as li es tradicionais por actividades ao vivo relacionadas com o pensamento decis o e escolha Nas suas escolas cada no o tinha de ser compreendida ponderada analisada de v rias perspectivas investigada de diferentes fontes e se poss vel discutida com os protagonistas Na sua opini o a aprendizagem devia ocorrer atrav s da sua aplica o pr tica na vida real Conta se que C Freinet Fran a 1896 1966 virou as velhas carteiras de madeira e os tinteiros de pernas para o ar transformou a aula numa tipografia e ensinou os seus alunos a manusearem tipos de chumbo at conseguirem compor um texto Os professores que acreditavam no valor educacional desta experi ncia iniciaram o chamado Movimento para a Tipografia na Escola Para J Dewey USA 1859 1952 conhecido como o l der da escola de pedagogia activista o pensamento principia com a ac o e desencadeia a Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 43 ac o qualquer evolu o do pensamento representa uma nova organiza o da experi nc
183. os da filosofia abordagem e futura evolu o Numa altura 100 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores em que a legisla o social alvo de uma reforma de fundo importante para os utilizadores finais saberem o que muda e porqu Devem ser informados dos principais meios para acompanharem essa mudan a ou seja os mass media e fontes de informa o espec ficas como bases de dados legislativas on line especializadas sobre o tema da defici ncia Se a legisla o indica o que poss vel fazer os procedimentos indicam como fazer Os procedimentos encontram se descritos em documentos oficiais mas para muitas pessoas a linguagem burocr tica usada incompreens vel mais importante adquirir experi ncia pr tica atrav s de exemplos e estudos de casos que e descrevem situa es de resolu o de problemas e demonstram que os fracassos por vezes n o se devem aos procedimentos em si mas aos respons veis pela sua implementa o e desafiam os formandos a superar os obst culos Um outro assunto importante a abordar a lista fixa dos dispositivos que podem ser prescritos caso o SPS integre alguma de modo a poder prever a probabilidade de xito de um eventual pedido Por ltimo importante conhecer o n vel de influ ncia do utilizador permitido por tais procedimentos e como utilizar esse direito incluindo os meios de recurso se poss vel contr
184. os de TA representam outro factor predisponente que influencia a vontade individual de aprender Uma vez que autonomia pode ser descrita como o n vel de bem estar relacional consigo pr prio com o meio e com os outros n o se compadece com uma defini o absoluta Prende se com as prioridades e personalidade do indiv duo na mesma situa o uma pessoa pode considerar se aut noma enquanto que outra pode sentir se limitada Uma pessoa pode tamb m experimentar os dois sentimentos em alturas diferentes da vida em consequ ncia do seu crescimento pessoal O que faz a diferen a nestes casos o n vel das expectativas pessoais Este termo pode referir se vida no seu todo satisfa o ou descontentamento gerais com a vida no entanto neste contexto pretendemos centrar nos em objectivos concretos que a pessoa deseja estabelecer para si pr pria Factor Palavras chave Expectativas no mbito das auto estimal afirma o capacidade de resolu o de rela es interiores problemas actividades quotidianas cada pessoa s actividades quotidianas rela es exteriores desejados pelo indiv duo Expectativas no mbito das rela es interiores As expectativas no mbito das rela es interiores prendem se com aspectos como auto estima aceita o da defici ncia afirma o perseveran a e capacidade de tomada de decis es e resolu o de problemas Um dispositivo de apoio que satisfa a expectativas deste g nero pode ser
185. ot para cadeira de rodas Acessibilidade ajudas para acessibilidade interior e exterior adapta es de casas Transportes privados controles especiais para condu o assentos especiais rampas e plataformas Transportes p blicos adapta o de ve culos p blicos rampas e plataformas elevadores Pr teses e ort teses ort teses do membro inferior pr teses do membro inferior cal ado ortop dico estimula o electro funcional Posicionamento dispositivos de controlo postural componentes dos sistemas de posicionamento almofadas anti escaras 3 HEART ib 34 Cook A Hussey S ib 56 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Manipula o Manipula o a capacidade de um indiv duo em controlar o ambiente f sico sua volta com o objectivo de executar uma actividade Tamb m se refere habilidade para regular mecanismos de controle usando qualquer tipo de ferramenta independentemente da parte do corpo utilizada para esse fim e A manipula o um dos resultados das actividades executadas pelas pessoas com defici ncia Os mesmos autores tamb m chamam a aten o para o facto de que a um n vel muito b sico a manipula o refere se muitas vezes quelas actividades normalmente alcan adas atrav s do uso dos membros superiores especialmente dos dedos e das m os A manipula o considerada como o objectivo final d
186. p Por ltimo para que possam contribuir para a autonomia as TA t m de ser aceites A aceita o das TA representa por vezes um passo importante e dif cil na vida da pessoa podendo assumir v rias formas desde uma aceita o entusiasta at uma resigna o passiva Favorecer a aceita o e incentivar a motiva o devem ser um objectivo b sico de qualquer formador e os resultados dependem em larga medida da maneira como apresentada a imagem das TA at os pr prios formadores t m por vezes atitudes negativas Com efeito podem existir situa es em que prestada informa o t cnica valiosa sobre as TA mas em que os formadores apresentam uma perspectiva inadequada ou desequilibrada suscept vel de criar expectativas irrealistas o mito das TA como panaceia para o problema da defici ncia Por outro lado e nalguns casos a sensa o com que o formando fica que as TA s o objectos 3 Andre J M Technical aids environmental control devices for rehabilitation Trends needs and challenges Proceedings 1 Europeans conference on Biomedical engineering Nice 17 20 2 91 Pp 70 72 Revue Europeenne de Technologie Biomedicale n 1 91 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 29 2 2 3 estranhos e inc modos que tornam a defici ncia ainda mais vis vel ou que excluem o toque humano dos assistentes pessoais Os formadores devem transmitir a mensagem d
187. pean strategy Brussels European Commission 1995 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 95 5 2 2 Meio em que se vive O meio em que a pessoa normalmente vive proporciona oportunidades mas ao mesmo tempo coloca limita es quilo que o utilizador pode fazer em termos de TA Em princ pio os utilizadores que habitam na sua pr pria casa podem fazer o que querem dado que s o propriet rios do espa o onde o equipamento ser usado ou instalado A situa o diferente no caso de uma habita o alugada em que todas as instala es ou adapta es devem em regra ser feitas por forma a poderem ser retiradas quando o ocupante sai Um exemplo de uma situa o em que as decis es do utilizador est o fortemente condicionadas aos outros a institui o onde em princ pio o mesmo apenas pode usar sua discri o equipamento port til ou m vel e desde que este n o incomode os outros residentes ou o pessoal Outros tipos de ambiente correntemente utilizados na Europa pelas pessoas com defici ncias que desejam viver de forma independente s o os andares para pequenos grupos onde v rios utilizadores vivem em conjunto ou o alojamento apoiado em que os utilizadores vivem sozinhos ou com as suas fam lias mas podem contar com um servi o de assist ncia permanente para as necessidades b sicas Dado que estes alojamentos s o concebidos para pessoas com defici ncia seria
188. peri ncia pr via de cada professor A apresenta o de uma aula pode ser definida como bem estruturada quando o seu conte do segue um desenvolvimento l gico claro para os alunos Podem utilizar se esquemas gr ficos para ajudar os ouvintes a acompanhar a linha de desenvolvimento e memorizar o conte do Recomenda se o emprego de uma linguagem simples mas interessante A adop o de um discurso evocativo ilustrativo e por vezes ir nico pode ser til embora deva estar sempre adaptado ao extracto s cio cultural dos participantes O interesse da aula pode ser refor ado pelo emprego de instrumentos e material did cticos Nota O xito da aula pode ser determinado por outros factores como o tom de voz do orador a riqueza do seu vocabul rio as suas atitudes corporais gestos e express es faciais De quantos professores nos lembramos devido monotonia do seu tom de voz monoc rdico Quantos insucessos escolares n o atribu mos a um mau relacionamento humano com o professor Uma atmosfera de interactividade e coopera o no seu do grupo de aprendizagem pode tornar a aula mais animada e favorecer a concentra o e a aten o Os professores que recorrem frequentemente a perguntas por exemplo estabelecem uma grande interactividade interpelam os participantes com perguntas escutam as suas opini es e promovem uma partilha interpessoal Ao colocar as quest es certas ajudam os ouvintes a recordar no es e a tornar o seu
189. pessoal desde h muito objecto de aten o dos servi os p blicos ao passo que noutros nem sequer considerada pelos servi os sociais sendo ainda encarada como um assunto exclusivamente privado As presentes Linhas de Orienta o n o constituem o local indicado para uma disserta o sobre assist ncia pessoal O que se pretende nesta fase reflectir sobre a rela o entre TA e assist ncia pessoal A assist ncia pessoal representa por vezes uma alternativa s TA um apoio de fundo para a pessoa deficiente na medida em que esta n o tem outra hip tese mesmo com os dispositivos mais sofisticados a assist ncia pessoal e a TA s o frequentemente complementares Embora primeira vista esta afirma o possa chocar o leitor correcto dizer que em termos gerais a Assist ncia Pessoal pode ser considerada uma tecnologia Isto compat vel com as considera es atr s feitas sobre tecnologias de apoio em que tecnologia significa basicamente uma maneira de fazer as coisas e n o tem uma conota o redutora para os Assistentes Profissionais visto n o significar que os mesmos tenham de ser considerados como dispositivos O nico objectivo desta abordagem consiste em salientar a estreita liga o entre TA e Assist ncia Pessoal o que torna necess rio considerar tamb m o tema da assist ncia pessoal nos programas de forma o sobre TA A discuss o sobre a import ncia relativa das TA e da ass
190. plementa o Existem pelos menos tr s outros aspectos que t m importantes consequ ncias em termos de organiza o recolha de informa o dos participantes a sess o inaugural e a coordena o dos docentes Qualquer que seja o processo de selec o dos participantes sempre boa ideia proceder recolha de informa o sobre os participantes Um formul rio de inscri o pode ser o m todo mais simples poss vel colocar nesta fase quest es relacionadas com o extracto cultural profiss o idade proveni ncia etc desde que se observem os preceitos legais sobre a protec o da privacidade Em alguns casos pode ser adequado entregar um question rio introdut rio ou efectuar uma entrevista visando obter dados sobre as expectativas dos participantes os seus conhecimentos pr vios sobre os temas agendados e qualquer outro aspecto considerado importante para adaptar os conte dos e m todos did cticos s caracter sticas dos formandos Uma vez conclu da a iniciativa educacional estes dados podem ser arquivados ou armazenados na base da dados da organiza o para utiliza o posterior Mesmo nos casos em que n o esteja prevista uma sess o de acolhimento espec fica deve prestar se aten o sess o inaugural a primeira manifesta o plen ria em que os participantes se encontram Come ar com o p direito d mais confian a a formandos e formadores e cria a atmosfera certa A sess o inaugural pode ser utilizada p
191. pode variar em fun o do c rculo prim rio em que esta se insere Em todos estes casos os membros do c rculo prim rio podem influenciar a escolha e utiliza o das TA Podem apoiar ou resistir s mudan as de estilo de vida resultantes da introdu o das mesmas podem representar incentivos ou desmotiva es em termos de independ ncia e liberdade de escolha N o se trata de ter bons ou maus companheiros na vida mas sim de reconhecer que nem todas as pessoas consideram a mudan a de h bitos e de modo de vida uma coisa agrad vel Os formadores devem ajudar os utilizadores das TA a preparar se para conflitos potenciais Simultaneamente devem ensinar o c rculo prim rio a respeitar as opini es dos outros ser afirmativos na prossecu o de objectivos essenciais promover a mudan a de atitudes e a aguardar pacientemente os resultados Expectativas dos profissionais Nem sempre as expectativas dos profissionais de reabilita o e dos fornecedores de TA correspondem s do indiv duo O que os primeiros consideram como o melhor para si geralmente encarado por um utilizador informado de TA como uma opini o respeitada uma sugest o abalizada a ponderar mas n o a nica op o Os bons profissionais de reabilita o est o conscientes de que devem desempenhar uma fun o de educadores e ajudar o utilizador a descobrir novos horizontes ou perspectivas na vida que geralmente s o inesperados quando uma pessoa es
192. podem ser utilizados pelo formador para explicar conceitos e modos de execu o e pelos pr prios participantes para experimenta o pr tica 80 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Por exemplo Se a iniciativa visar a forma o de docentes especializados na rea da defici ncia podem utilizar se alguns folhetos publicit rios como material did ctico para an lise cr tica Uma publica o sobre dispositivos de apoio compilada para fins informativos pode igualmente ser utilizada como instrumento de trabalho durante uma aula para avaliar o seu conte do e apresenta o Contexto de aprendizagem A escolha do contexto de aprendizagem nunca independente de decis es superiores embora certos aspectos log sticos tenham influ ncia no processo de aprendizagem ou sejam at essenciais para os objectivos perseguidos Um curso em regime residencial exige um esfor o organizativo apreci vel S o necess rios locais j adaptados para o efeito como hot is ou estabelecimentos de ensino com salas de confer ncias que favore am a concentra o e promovam o relacionamento entre os participantes A dura o habitual destes cursos varia entre um fim de semana e uma semana ou mesmo quinze dias A realiza o de um curso em regime residencial requer a exist ncia de um s lido grupo de trabalho dotado de um forte esp rito de coopera o e flexibilidade Numa primeira ab
193. profissionais e admiram a pequena Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 109 minoria de santos que se sentem vontade com pessoas deficientes mesmo quando n o s o pagas para cuidar delas importante que os utilizadores sejam incentivados a compreender as expectativas da sociedade em rela o a cada um deles de modo a estarem preparados para as situa es embara osas em que podem vir a encontrar se Tal como sucede com o c rculo prim rio tamb m aqui o utilizador pode agir como formador da comunidade e promover altera es a n vel das expectativas Modela o Neste contexto a modela o pode ser descrita como a auto identifica o de um utilizador de TA com um seu igual que manifestamente conseguiu resolver com xito problemas considerados importantes Gosto da maneira como ela ele enfrenta a situa o Gostaria de ser assim um coment rio t pico feito por uma pessoa com defici ncia que toma outro utilizado de TA por modelo Ver exemplos vivos do que o utilizador considera ser uma situa o melhor representa um poderoso instrumento n o s de motiva o e interpela o mas tamb m de identifica o de necessidades ocultas Os formadores podem abordar a modela o sob tr s perspectivas diferentes a presen a entre o pessoal docente ou o grupo de formandos de pessoas com caracter sticas de modelo a presen a na comunid
194. ptabilidade est tica fornecimento manuten o reciclagem aluguer Custo de compra Uma vez que as TA abrangem uma vasta pan plia de produtos e servi os com custos muito vari veis imposs vel abordar este tema em termos gerais Alguns produtos s o acess veis a todos gratuitamente ex software de dom nio gr tis ao passo que outros custam muitos milhares de Euros ex uma cadeira de rodas electr nica sofisticada ou um comando de computador activado pelo olhar Visto n o fazer sentido definir custos em termos absolutos os mesmos devem ser encarado na perspectiva do utilizador final O custo do dispositivo pode n o corresponder ao pre o de compra real mas apenas ao montante que o utilizador tem de desembolsar Por exemplo o utilizador pode considerar um dispendioso dispositivo inteiramente pago pelo estado como custando zero Deste modo a quest o do custo deve ser abordada em termos da situa o do indiv duo que depende do tipo de tecnologia envolvida dos recursos do utilizador potencial da situa o do mercado e das modalidades de SPS existentes no pa s ou regi o em causa No mbito de um programa educacional o t pico dos custos deve ser tratado em termos de defini o de estrat gias de t Persson J Brodin H Prototype tool for assistive technology cost and utility evaluation Deliverable 2 TIDE CERTAIN Project Brussels European Commission 1995 102 Educa o em tecnologias de apoio para utiliza
195. que utilizado este termo apresenta conota es pol ticas ou sociais No contexto das presentes Linhas de Orienta o pretendemos centrar nos na perspectiva individual e considerar a capacita o como um processo de crescimento pessoal que conduz a pessoa com defici ncia a uma maior autonomia Em Psicologia Educativa pode definir se capacita o como a modifica o das vari veis cognitivas que servem de base avalia o pr pria das ac es necess rias para atingir um objectivo Em termos pr ticos uma ac o educacional visando n o s transmitir informa o no es e conceitos mas antes a capacidade de os utilizar eficazmente num estilo de vida mais rico e completo pode ser considerada como uma ac o de capacita o Tal ac o alarga igualmente o leque de escolhas da pessoa revelando novos desafios e novas oportunidades A capacita o n o pode portanto ser gerada unicamente 8 Thomas K M Velthouse B A Cognitive elements of empowerment an interpretative model of intrinsic task motivation Academy of Management Review 1990 p 666 681 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 25 por agentes externos o resultado de um processo de crescimento pessoal que utiliza tamb m mas n o s a transmiss o de informa o Seria contradit rio usar o verbo capacitar de forma transitiva os formadores n o podem capacitar os formandos podem
196. quisitos log sticos s o em certos casos muito espec ficos incluindo salas para grupos paralelos espa o para ensaios equipamento multim dia de apresenta o etc Confer ncias As confer ncias e mesas redondas uma mesa redonda pode ser considerada como uma modalidade especial de confer ncia em que os oradores confrontam as suas opini es inserem se basicamente na categoria de actividades informativas Podem contudo estar por vezes integradas em estrat gias educacionais quando organizadas no seguimento de cursos semin rios ou workshops ou enquadradas numa s rie de confer ncias O seu objectivo principal consiste em informar um vasto p blico sensibilizar para um certo tema e por vezes introduzir temas que ser o desenvolvidos posteriormente no mbito de cursos semin rios ou workshops Uma confer ncia dura em geral algumas horas e termina frequentemente com um debate p blico Os oradores nem sempre s o peritos t cnicos e algumas vezes o tom dado por respons veis ou por declara es de pol tica N o raro que uma confer ncia ou mesa redonda tenham lugar no encerramento de um curso ou de um conjunto de semin rios Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 47 3 2 3 Factores cr ticos no processo educativo Na posse dos conceitos abordados at agora podemos tentar identificar e classificar os principais factores a ter em conta na concep
197. r o conte do em quest o e chegar a um consenso geral sobre a sua apresenta o dividir o tema principal em quest es escolher metodologias seleccionar alvos etc As implica es te ricas e pr ticas de cada fase s o examinadas de uma forma mais pormenorizada do que se o projecto fosse analisado individualmente Aprendizagem dist ncia Defini o Indica uma situa o em que professores e alunos podem encontrar se Ss Ru pa 39 fisicamente distantes e separados mas est o ligados de v rias formas E frequentemente mediada pelo emprego de tecnologia Objectivo Poupar esfor os financeiros e organizativos e atingir um p blico mais asto geralmente adoptada quando o orador uma figura eminente quando a iniciativa cobre algo relevante ou para ligar organiza es ong neres pertencentes mesma iniciativa ideoconfer ncias c rculos de aprendizagem etc Descri o As videoconfer ncias s o frequentemente adoptadas para transfer ncia de onte dos num formato de prelec o Outras t cnicas baseadas na omunica o dist ncia como os chamados c rculos de aprendizagem s o ais complexas a metodologia mais comum a aprendizagem cooperativa Observa es A aprendizagem dist ncia apresenta vantagens adicionais para as pessoas om defici ncias que em alguns casos t m dificuldades de transporte a participa o num evento educacional mesmo dist ncia pode ser um ncentivo para tentar atingir
198. r precau es no sentido de evitar quaisquer sugest es sobre os aspectos de mudan a em que est o particularmente interessados 74 4 3 4 3 1 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Quest es pedag gicas M todos did cticos Em educa o podem ser utilizadas numerosas metodologias did cticas as quais s o identificadas com diferentes termos consoante os diferentes pa ses Descrevem se seguidamente as metodologias aplic veis s TA Factor pedag gico Palavras chave M todo did ctico Prelec o trabalho de grupo simula o faz de conta aprendizagem pr tica modela o aprendizagem cooperativa aprendizagem dist ncia Prelec o Defini o O m todo de ensino mais t pico em que um orador transmite um onte do a uma audi ncia Objectivo ransferir elementos de conhecimento ao p blico Descri o O orador pode utilizar auxiliares de ensino ou material did ctico para atrair a aten o dos ouvintes concentrar as suas ideias nos pontos principais e acompanhar as implica es l gicas mais complexas Dura o ma hora a hora e meia as prelec es mais prolongadas exigem um ntervalo ou a execu o de actividades que prendam a aten o sess es pr ticas trabalho ou discuss o de grupo Trabalho de grupo Defini o onjunto de poss veis metodologias com destaque para actividades baseadas na experi ncia e incluindo sess
199. ra a compreens o das TA a informa o permite aos utilizadores acompanharem os desenvolvimentos do mercado e usarem portanto os seus conhecimentos tamb m no futuro Uma vez que capacita o significa n o s ter o peixe mas tamb m a cana de pesca um aspecto fundamental da forma o em TA consiste em habilitar as pessoas a por si pr prias encontrarem informa o ou utilizarem os recursos informativos existentes Isso implica um conhecimento completo das fontes de informa o facilmente acess veis ao utilizador Existem Bases de dados de TA numa s rie de pa ses incluindo a B lgica Fran a Alemanha Gr Bretanha e It lia Nem todas foram essencialmente concebidas para os utilizadores finais mas uma pessoa com forma o b sica em TA n o ter grande dificuldade em compreender a informa o nelas contida O programa Handynet da Comiss o Europeia parte do projecto DG5 Helios 1988 96 a maior iniciativa europeia dedicada at data a informa o sobre TA A base de dados Handynet produzida em CD ROM at 1997 mas deixou de estar dispon vel no entanto os padr es de classifica o e descri o que gerou foram desde ent o adoptados pela maioria das bases de dados do sector o que torna bastante mais f cil a interpreta o de dados ao passar de uma base para outra Os cat logos s o o m todo comercial mais corrente de informa o sobre os produtos Os cat logos impressos continuam a
200. rante a defici ncia Algumas pessoas com defici ncia tomam me por modelo porque lhes pare o animado e activo Dizem que sou um l der talvez seja O que sei que embora possa necessitar sempre de ajuda dos outros sou definitivamente aut nomo e gosto de levar uma vida independente A imagem individual das TA A imagem individual das TA outro factor que influencia a predisposi o para aprender e utilizar estas t cnicas Em geral est intimamente ligada imagem da defici ncia mas nem sempre h casos em que a defici ncia aceite mas em que a pessoa n o est devidamente informada sobre as TA as quais s o filtradas atrav s de paradigmas culturais As TA podem ser encaradas de forma positiva como um meio de aumentar a capacidade permitem me aproveitar ao m ximo as capacidades que j possuo Podem tamb m ser encaradas de forma positiva mas com menos entusiasmo como uma ferramenta para viver como qualquer outra pessoa uso uma caneta para escrever S que a minha tem um cabo maior Numa abordagem menos positiva as TA podem ser encaradas como algo necess rio mas desagrad vel Sou for ado a deslocar me numa cadeira de rodas ou at como um sinal exterior um estigma que me recorda que nunca serei uma pessoa v lida Estou confinado a uma cadeira de rodas Em fun o da sua auto imagem o utilizador pode prestar aten o a aspectos das TA ex est tica qualidade t cn
201. rapeuta ocupacional assistente social psic logo t cnico de computadores algumas pessoas com defici ncia e fornecedores de TA A equipa foi chefiada por um coordenador de forma o No semin rio da ANLH foram envolvidos 72 formandos 51 pessoas deficientes com idades compreendidas entre os 20 e os 60 anos com defici ncia motora grave ex tetraplegia paraplegia distrofia muscular polio e esclerose m ltipla e 21 assistentes pessoais com idades compreendidas entre os 18 e os 40 todos empregados nos servi os de AVJ O grupo de pessoas com defici ncia envolveu 21 pessoas de Bruxelas 22 de Val nia e 8 da Flandres enquanto o grupo de assistentes pessoais envolveu nove pessoas de Bruxelas 5 da Val nia e 7 da Flandres Havia tr s formadores para cada local um educador e um terapeuta ocupacional da LBSP e um especialista em presta o de servi os do Minist rio da Sa de Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 123 6 2 3 O programa Curso GIHP Sess o Sexta 5 6 1998 Introdu o Introdu o dos formadores formandos explica o da motiva o e objectivos do programa de forma o apresenta o do projecto EUSTAT question rio de avalia o pr pria Te rica 1 Conceitos gerais defini o de desvantagem de acordo com a defini o WHO TA como suporte s situa es de desvantagem e para a vida independente Te rica 2 Defini o de TA classifica
202. ria portanto ser considerado como um imperativo por qualquer pessoa que organize iniciativas educacionais Um SPS proporciona enormes benef cios visto poder compensar a falta de compet ncia t cnica e de recursos financeiros dos utilizadores No entanto pode tamb m provocar depend ncia t cnica e financeira evidente por exemplo que o mercado europeu de TA n o pode ser descrito como impulsionado pelo utilizador face ao enorme peso dos SPS no estabelecimento da procura Dadas as enormes diferen as existentes nos v rios pa ses da Europa o modo de ministrar forma o sobre os SPS deveria ser ajustado ao grupo alvo e contexto espec ficos particularmente importante dar a chave para a compreens o do funcionamento do SPS e de quaisquer evolu es eventuais Nesta an lise podem ser teis os seis par metros a seguir indicados e acessibilidade em que medida acess vel para os que dele necessitam e compet ncia em que medida apresenta solu es competentes e coordena o uma estrutura nica em vez de um conjunto de decisores isolados e efici ncia em termos de economia qualidade e oportunidade flexibilidade capacidade de responder a diferen as individuais e e influ ncia do utilizador em que medida respeita a opini o dos utilizadores 7 HEART Improving service delivery systems for assistive technology a European strategy Bruxelles European Commission 1995 8 Ib Educa o em tecno
203. riamente as caracter sticas dos sistemas de Presta o de Servi os gt 2 1 2 que actuam como intermedi rios entre o mercado de TA e os utilizadores finais No entanto torna se mais f cil compreender a rela o entre as TA e o utilizador final no mbito do enquadramento geral proposto pela Organiza o Mundial de Sa de a Classifica o ICIDH cujas palavras chave s o Incapacidade Defici ncia Desvantagem Actividade e Participa o 2 1 3 Embora os resultados das TA possam ser descritos de m ltiplas formas tr s termos parecem ser especialmente apropriados para descrever o impacte global destas tecnologias no utilizador final Qualidade de vida gt 2 1 4 Autonomia 2 1 5 e Capacita o 2 1 6 Estes termos carecem de uma defini o adequada a fim de evitar poss veis mal entendidos decorrentes dos diferentes significados que os mesmos podem ter em contextos culturais diferentes Para que uma iniciativa educacional cumpra o objectivo de capacitar os utilizadores finais o organizador deve ter presentes outros factores O primeiro a altera o de uma abordagem m dica para uma abordagem social em que os utilizadores finais j n o se consideram a si pr prios como doentes mas sim como consumidores 2 2 1 O n o reconhecimento desta perspectiva exclui a iniciativa do mbito da capacita o O segundo que as TA contribuem para a autonomia e o conhecimento deste facto contribui para a capacita o No enta
204. rte ser a sua Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 101 5 2 3 posi o negocial com os profissionais Nos casos em que a disponibilidade de financiamento reduzida ou nula o utilizador suporta as consequ ncias econ micas directas da sua escolha pelo que mais uma vez a an lise custos benef cio assume uma relev ncia primordial A an lise de custos n o deve limitar se aos custo de aquisi o investimento do dispositivo de TA mas incluir tamb m os custos relacionados com a manuten o servi os associados e assist ncia pessoal requerida Como base de compara o os formadores devem apresentar o custo de n o possuir a ajuda t cnica Factores de mercado A exist ncia de um mercado de TA operacional em certa medida uma condi o essencial da liberdade de escolha Os formadores devem conhecer o funcionamento desse mercado por forma a orientarem os formandos na negocia o de condi es favor veis com os fornecedores de TA Tal como se ilustra abaixo existem cinco factores de mercado que influenciam o acesso dos utilizadores finais s TA Factor Palavras chave Custo de compra Insignificante acess vel inacess vel Custo de manuten o Insignificante acess vel inacess vel Gama de produtos dispon veis Limitada vs extensa seguran a normaliza o certifica o ergonomia robustez produtos performance compatibilidade ada
205. s abordagens anteriores a classifica o ICIDH transfere a desvantagem do indiv duo para o meio apresentando assim uma perspectiva importante da fun o das TA na redu o dos efeitos das defici ncias Mais ao descrever desta forma os indiv duos com defici ncias salienta os resultados funcionais em vez de insistir nas limita es refor ando portanto o contributo das TA para um funcionamento satisfat rio das pessoas com defici ncias Nas duas d cadas que se seguiram a 1980 obteve se uma experi ncia apreci vel com o uso da ICIDH a n vel mundial considerando se necess ria uma revis o Consequentemente a Organiza o Mundial de Sa de OMS levou a efeito uma iniciativa mundial envolvendo diversos parceiros a fim de chegar a um consenso sobre uma nova classifica o mais consistente com os recentes desenvolvimentos culturais e t cnicos do sector A nova classifica o ICIDH 2 ainda em projecto estruturada em tr s vertentes Incapacidades I Actividades A e Participa o P Trata se de uma tentativa para estabelecer uma abordagem multi dimensional e multi valencial aos fen menos relacionados com a defici ncia de modo a proporcionar as bases para desenvolver modelos e estudar os v rios aspectos de tais fen menos Este conceito ilustrado no esquema que segue Estado de sa de perturba o doen a A Incapacidade p Actividade q y Participa o Factores Contextuais a Ambien
206. s de uma variedade de patologias algumas delas progressivas Algumas pessoas tinham tamb m incapacidades de comunica o verbal 6 1 3 O programa E r do feso o T picos S r e Acessibilidade a de apoio raa ie ooi Jo Defini o deatonomia TT e e Higiene pessoal e cuidados com o corpo Tarde Trab de grupo No 2 e Adapta o da casa s necessidades do posicionamento e Sistemas de posicionamento O e Regulamenta o em TA e acessibilidade TA para desporto e lazer Passeio pelas montanhas Dolomite a 31 7 98 Manh Comunica o e TA para a comunica o e Controle de ambiente e dispositivos de telecomunica es e Aspectos corporais corpo comunica o sexualidade Do Tarde Trab de grupo No 3 O individuo fam lia e sociedade Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 115 e Exposi o de ajudas t cnicas Oo r Recursos de inform Rede de informa o da SIVA Centro Studi Prisma Redes da Comunidade Europeia Nome Sessiode Despedida e Avalia o do curso Curso do N vel N vel 2 e Sess o T picos SOS picos ER 2 8 98 Chegada acomoda o Do Noite Noite Sess o de boas vindas Sess o de boas vindas boas vindas ma 3 8 98 Manh Imagem social da ERC a e TA nos mass media defici ncia An lise de conte do nos media Trab de grupo No 1 An lise de mensagens a 4 8 98 Manh A defici ncia e a Defici ncia
207. s iniciativas educacionais referidas naquele inqu rito apresentavam um largo espectro abrangendo reas como autonomia vida independente acesso a servi os etc No entanto as TA sempre desempenharam um papel relevante Embora estas linhas de orienta o incidam exclusivamente nas TA apresentam tamb m uma perspectiva abrangente que pode contribuir para divulgar a riqueza cultural existente nesta rea beneficiando as iniciativas existentes ou promovendo novas A quem se destinam estas Linhas de Orienta o Os primeiros destinat rios destas orienta es s o aqueles que organizam ou pretendem organizar programas educacionais para utilizadores finais de TA como sejam associa es de consumidores grupos de auto ajuda servi os sociais ou de reabilita o organiza es mistas de utilizadores e profissionais ou prestadores de servi os de TA A perspectiva europeia n o sendo portanto espec fica de qualquer pa s Deste modo a maioria dos t picos s o tratados de uma forma bastante geral deixando aos leitores a tarefa de idealizarem poss veis aplica es no seu contexto local Estas orienta es pretendem ser aplic veis em toda a Europa estando assim abertas a adapta es culturais ou regionais 10 1 1 4 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores Os autores pensam tamb m que esta publica o poder ter interesse para muitas outras pessoas que apesar
208. s par metros que afectam a qualidade t cnica do dispositivo Os formadores esfor am se por ajudar os utilizadores finais a efectuarem a sua pr pria avalia o da qualidade do produto e a entender o significado das etiquetas de certifica o apostas nos produtos Isto n o significa que os utilizadores necessitem de saber os complexos pormenores t cnicos ligados normaliza o o que de facto importante saber que quando um dispositivo m dico como uma cadeira de rodas apresenta a etiqueta EC isso garante que se encontram preenchidos alguns requisitos de seguran a pelo que o fabricante respons vel por qualquer dano corporal ou material sofrido pelo utilizador devido a falha t cnica Outros aspectos que devem ser considerados incluem ergonomia i e a adapta o do produto s caracter sticas e capacidades do utilizador robustez e performance compatibilidade i e adequa o a condicionantes do meio e a combina o com outros dispositivos de apoio e capacidade de actualiza o i e a possibilidade de modificar aumentar ou melhorar o dispositivo em resposta altera o das necessidades do utilizador pensemos num sistema de assento para crian as ou a progressos tecnol gicos 5 HEART Line A New and more efficient standardisation for users with disabilities Brussels European Commission 1994 Batavia A Hammer G Towards the development of consumer based criteria for the evaluation of assistive
209. s residenciais assistem s aulas uns dos outros sempre que poss vel e mant m reuni es regulares de avalia o dos progressos a fim de verificarem a aprendizagem dos Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 71 formandos ajustar o curso a acontecimentos inesperados eventuais e avaliar a efic cia do mesmo 4 2 4 A fase de avalia o O inqu rito sobre iniciativas educacionais na Europa j referido por v rias vezes e realizado tamb m no mbito do EUSTAT revelou que a maioria das organiza es que desenvolvem iniciativas educacionais manifestaram grande interesse pela fase de avalia o mas raramente utilizaram instrumentos de avalia o sistem tica O feedback da audi ncia foi essencialmente registado de maneira informal atrav s de discuss es dedicadas troca de opini es pessoais ou mesmo de conversas privadas No entanto este m todo pode n o dar uma imagem fidedigna do xito da iniciativa existem outros processos que permitem uma maior compreens o da satisfa o dos participantes avalia o do xito e dos efeitos a longo prazo avalia o dos resultados 2 Avalia o do sucesso Existem diversas metodologias de estudo para an lise da satisfa o dos participantes que revelam os aspectos que os mesmos apreciaram o que gostariam de alterar e o que pensam ter aprendido O quadro que se segue resume estes m todos Metodologia de ipo de activi
210. scuss o fazer para aprender e boa apresenta o foram as quatro palavras chave utilizadas pelos professores para descrever os estilos de ensino por eles preferidos As li es tiveram como objectivo a introdu o de conceitos b sicos problemas e solu es relacionados com o viver diariamente com uma defici ncia as TA foram algumas vezes apresentadas e demonstradas Sempre que poss vel todo o pessoal docente assistiu a cada li o de forma a assegurar um feedback s lido no seguimento da aula e evitar repeti es ou lacunas Isto n o limitou a liberdade de cada professor a escolher o seu estilo de ensino visto que as diferen as de estilo foram muito apreciadas e consideradas de grande valor O desenvolvimento de t picos dentro de cada aula foi muitas vezes ordenado come ando ao n vel do corpo depois gradualmente expandido para outros espa os de vida tais como a pessoa a casa a vizinhan a a cidade e o mundo Cada professor foi seleccionado segundo a rea da sua compet ncia e experi ncia para o tema em quest o No caso de habilita es iguais a prefer ncia foi dada aos candidatos com defici ncia sendo capazes de falar por dentro da defici ncia maturidade sendo capazes de falar por fora da defici ncia e a capacidade de comunicar de uma forma positiva Trabalho de Grupo Cada sess o de trabalho de grupo foi chefiada por um coordenador de trabalho de grupo Todos os coordenadores eram pessoas com d
211. ser o meio mais familiar e atractivo de acesso a informa o sendo com efeito o nico meio acess vel a pessoas que n o usam um computador Os centros de investiga o servi os de informa o e at algumas empresas produzem excelentes guias que oferecem uma perspectiva geral sobre t picos relacionados com as TA ex escolha de uma cadeira de rodas obten o de financiamento do Sistema de Presta o de Servi os etc Em alguns pa ses existe tamb m uma s rie de publica es fi veis bem concebidas e de f cil compreens o pelos utilizadores Infelizmente tais recursos n o est o dispon veis em todos os pa ses e nem toda a gente consegue ler ingl s ou franc s as l nguas em que produzida a maioria das publica es neste dom nio Parte da informa o acima referida pode ser encontrada na Internet sob a forma de web sites sobre defici ncia bases de dados online acess veis a partir de WWW ou cat logos e guias on line Existe agora uma tend ncia internacional popularmente designada Worldwide AT Information Network que pretende ligar os v rios sistemas de informa o existentes na World Wide VLIBASE CD ROM Leuven Copyright VLICHT Katolieke Universiteit Leuven 5 HANDYBASE Paris Copyright CNLH Http www handybase fr 5I REHADAT CD ROM Cologne Copyright Institut der Deutschen Wirtschaft Http www rehadat de DLFBASE Http www dlf org uk 5 SIVA CD ROM Milan Copyright Fondazione Don Car
212. st mais orientado para um conhecimento pr tico facultando aptid es e t cnicas para lidar melhor com o assunto em quest o Vejamos por exemplo o caso de uma Associa o de utilizadores que decide proceder forma o de assistentes pessoais Em primeiro lugar h que definir as necessidades de aprendizagem Em segundo lugar para garantir que os formandos atinjam um n vel satisfat rio de compet ncia e aptid o podem ser estabelecidos crit rios de certifica o envolvendo um exame A pol tica de certifica o pode tamb m incluir aspectos exteriores Associa o como seja a acredita o por outras institui es de Forma o ou organismos governamentais Por ltimo estruturado um conjunto apropriado de sess es de ensino e sess es de treino As primeiras definem o enquadramento e oferecem uma vis o global de um determinado t pico ex bases m todos e implica es em fun o das v rias situa es de defici ncia de ajudar uma pessoa com limita es motoras graves na passagem da cama cadeira de rodas ao passo que as segundas permitem ao formando utilizar esses conhecimentos na vida real ex experimentar um elevador de transfer ncia com pessoas reais numa situa o domicili ria simulada Existem numerosos m todos que associam ensino e treino tais como e sess es te ricas e pr ticas separadas mas coordenadas e sess es nicas em que na primeira parte participam todos os formandos para defin
213. t mergulhada em problemas f sicos e psicol gicos No entanto devem tamb m estar conscientes de que cada indiv duo tem as suas pr prias prioridades na vida pelo que as regras de ouro na pr tica da reabilita o devem ser encaradas n o como uma verdade absoluta mas como orienta es que necessitam de ser ajustadas s prioridades reais do indiv duo Podem portanto existir lacunas entre as perspectivas do profissional e as do utilizador o qual deve ser alertado para esta eventual discrep ncia Os utilizadores devem tirar partido das potencialidades oferecidas por esta lacuna em termos de interpela o reflex o sobre quest es n o exploradas e cria o de um di logo e de uma parceria com os profissionais Os profissionais est o sensibilizados para aspectos como preven o de complica es m dicas reabilita o funcional objectivos educacionais ou vocacionais etc sendo a sua abordagem s TA norteada em termos da sua efic cia na consecu o destes objectivos O utilizador pode privilegiar outros Andrich R Ferrario M Wessels R DeWitte L Persson J Oberg B Oortwijn W VanBeekum T Lorentsen O Assessing outcomes of Assistive Technology products and services the EATS instrument Deliverable 3 2 2 Telematics EATS project Brussels European Commission 1998 108 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores aspectos que o profissional consider
214. tais b Pessoais ICIDH 2 WHO 1998 Enquanto que o termo desvantagem desaparece e a palavra defici ncia ainda usada para indicar restri es de actividade a ICIDH 2 introduz um novo termo abrangente IMPEDIMENTO Disablement para definir uma situa o que resulta de uma interac o em qualquer caso uma rela o complexa entre o estado de sa de do indiv duo e os factores contextuais Esta interac o 10 http www who ch icidh Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 21 2 1 4 din mica envolve todos os factores ao mesmo tempo e funciona nos dois sentidos Por exemplo um indiv duo pode e ter incapacidade sem ter qualquer limita o de actividade ou defici ncia por exemplo uma desfigura o incapacidade provocada por lepra pode n o causar qualquer limita o de actividade e ter limita es de actividade defici ncia sem ter qualquer incapacidade por exemplo realiza o deficiente das actividades quotidianas devido a uma doen a e ter problemas de participa o sem incapacidade ou limita es de actividade por exemplo um seropositivo pode sentir se exclu do pela incompreens o das outras pessoas e sentir um determinado grau de influ ncia em sentido oposto por exemplo a inactividade dos m sculos pode causar atrofia a institucionaliza o pode levar perda de aptid es sociais Por sua vez os factores contextuais i
215. tar a sua autonomia pessoal como tamb m ajudar outros actuando como conselheiros de pares O Cap tulo Um Selec o e Obten o de TA apresenta m todos para an lise pessoal das actividades da vida di ria de cada indiv duo com o fim de identificar reas onde as TA podem ser teis Tamb m real a aspectos que o utilizador deve ter em aten o quando procura aconselhamento externo ou se dirige a um sistema de presta o de servi os O Cap tulo Dois Pessoas e TA apresenta algumas hist rias de sucesso que ilustram como as TA podem resolver problemas na vida real O Cap tulo Tr s Conhecendo as TA fornece uma descri o abrangente sobre servi os e TA existentes numa linguagem simples simultaneamente com v rios exemplos pr ticos ilustrados por figuras O Cap tulo Quatro Recursos de informa o e aconselhamento pessoal em TA descreve ferramentas de informa o locais de informa o e outros recursos poss veis de aconselhamento que podem ser utilizados quando se seleccionam as TA No Cap tulo Cinco TA e Sociedade o foco parte de uma perspectiva individual para uma perspectiva social para que o utilizador final entenda o impacto das TA na Sociedade para que comunique melhor com os profissionais e outros actores e se possa manter actualizado Finalmente o Cap tulo Seis O pr ximo desafio de utilizador a conselheiro de pares sugere ideias m todos e dicas para os utilizadores mais avan ados que quiserem partilhar as su
216. tas pessoas precisam de estar preparadas para a selva o que as obriga a ter maior experi ncia seguran a determina o expediente e criatividade do que os afortunados que vivem numa comunidade civilizada Na maioria dos pa ses estas barreiras s o ilegais ou existem pelo menos disposi es que incentivam a sua elimina o Neste caso um bom meio de capacita o o conhecimento de tais direitos legalmente estabelecidos e das formas ou procedimentos para accionar a interven o das autoridades competentes Por ltimo os pioneiros que se movem com confian a em p blico apesar das barreiras podem ver se involuntariamente transformados em figuras p blicas As suas iniciativas atraem o interesse p blico como s mbolos vivos dos defeitos da sociedade Como j foi referido nem todas as pessoas gostam de se ver repentinamente projectadas para uma actua o deste tipo e algumas podem n o resistir tenta o de sair de cena Contudo os formadores podem contribuir para transformar este problema num desafio insistindo em que s a presen a activa de pessoas com defici ncia na sociedade pode formar a cultura social Muitos formandos est o dispostos a aceitar o desafio a avan ar n o s no seu pr prio interesse mas tamb m para moldar a atitude p blica e preparar um futuro melhor para si e para outras pessoas com defici ncia Barreiras organizacionais utiliza o de servi os da comunidade Podem existir
217. technology cost and utility evaluation Del 2 TIDE CERTAIN Project Bruxelles European Commission 1995 Spilker B Introduction In Spilkert B ed Quality of Life and Pharmacoeconomics in Clinical Trials Philadelphia Lippincot Raven Publishers 1996 Andrich R Ferrario M Wessels R DeWitte L Persson J Oberg B Oortwijn W VanBeekum T Lorentsen O Assessing outcomes of Assistive Technology products and services the EATS instrument Deliverable 3 2 2 Telematics EATS project Bruxelles European Commission 1998 Scherer M Living in the state of stuck how technology impacts the lives of people with disabilities Cambridge Brookline Books 1996 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 23 2 1 5 Autonomia No nosso contexto o termo autonomia n o apenas sin nimo de independ ncia uma atitude perante a vida e de uma certa forma uma caracter stica pessoal que o indiv duo pode adquirir e desenvolver O conceito de autonomia n o significa necessariamente fazer as coisas sem ajuda nem se limita s pessoas com plena capacidade cognitiva Mesmo as pessoas que est o dependentes de terceiros em v rios aspectos da vida devido a incapacidade intelectual limita es cognitivas fragilidade doen a ou simplesmente velhice ou inf ncia podem atingir autonomia relativamente s suas expectativas e ao meio em que vivem Este conceito pode por vezes
218. tilizadores finais experientes podem desempenhar uma ac o crucial em termos de facilitar a escolha aceita o e utiliza o de TA pelos utilizadores finais que iniciam a sua pr tica O Processo de Formata o O segundo passo consiste em decidir o objectivo formato e caracter sticas da iniciativa educacional Nesta fase podem revelar se teis alguns conceitos derivados das ci ncias educativas poss vel identificar cinco tipos de processos de transfer ncia de conhecimentos 3 1 1 aconselhamento forma o ensino presta o de informa o e campanhas de sensibiliza o Cada um deles possui a sua especificidade pr pria e pode ser tratado de forma diferente em fun o do nfase colocado na compet ncia t cnica vs iniciativa gt 3 1 2 ou na abrang ncia vs rela o com o utilizador 3 1 3 Processos educacionais 3 1 4 s o por defini o aqueles cujo objectivo essencial consiste na aprendizagem e como tal apenas incluem ensino e forma o A aprendizagem o resultado de uma s rie de factores sendo um deles a motiva o 3 1 5 que por sua vez inclui a motiva o para aprender e a motiva o para mudar Numa ptica de capacita o os processos educativos podem ser metaforicamente descritos como dando a cana de pesca e ensinando a arte de pescar em oposi o a oferecer o peixe a solu o de um problema espec fico pelo utilizador final Isto implica um enfoque nas atit
219. tir a informa o com facilidade e rapidez e praticamente sem custos a qualquer pessoa em qualquer parte do mundo que tenha acesso ao correio electr nico grupos de discuss o ou de not cias ou ao World Wide Web O problema a visibilidade da mensagem na rede um factor que depende em larga medida da import ncia do site e da forma como est escrita a sua linguagem descritiva de modo a permitir a respectiva localiza o pelos motores de busca A escolha do canal publicit rio depende do alvo a atingir Alguns media como cartazes de parede afixados em certas zonas da cidade s o apropriados para um alvo alargado e gen rico ao passo que outros como os an ncios em revistas da especialidade podem ser prefer veis quando o alvo espec fico Mesmo em mass media como a TV o alcance pode ser diferenciado atrav s de uma coloca o correcta dentro da grelha os programas cient ficos atraem uma audi ncia direccionada e restrita enquanto que os chamados programas de actualidades atingem uma audi ncia vasta e gen rica O tipo de organiza o que promove a iniciativa educacional pode igualmente ser um factor importante se a organiza o for conhecida na comunidade cient fica natural que apare a informa o sobre as suas iniciativas nas publica es cient ficas se se tratar de uma organiza o de utilizadores finais mais prov vel que as Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orie
220. tro teria a obriga o de falar pessoalmente com cada candidato No entanto isso n o foi poss vel em todas as situa es devido a alguns 114 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores candidatos terem problemas graves de comunica o que os impossibilitava de ter uma conversa telef nica Consequentemente foi necess rio por vezes falar com familiares assistentes ou at com os profissionais de reabilita o que propuseram o curso aos seus clientes A informa o recolhida durante esta fase foi essencial n o s na admiss o dos participantes mas tamb m para outras finalidades incluindo 1 organiza o log stica acomoda o segundo os v rios n veis de independ ncia problemas de mobilidade necessidades espec ficas h bitos dificuldades acompanhantes 2 composi o de grupos de trabalho estabelecidos antes do in cio do curso de modo a separar as pessoas com defici ncia dos seus assistentes pessoais e formando cada grupo o mais heterog neo poss vel em rela o a idades origem geogr fica patologia e defici ncia 3 ajustamento de conte dos e estilos educativos de acordo com o n vel cultural dos participantes e n vel de autonomia No final deste processo foram seleccionadas 26 pessoas com defici ncia e 27 assistentes pessoais para os dois cursos As idades eram compreendidas entre os 18 e os 75 com m dia de 40 As defici ncias s o proveniente
221. tros de informa o suporte de profissionais para a selec o de TA Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 59 4 2 4 2 1 Organiza o A fase de planeamento Uma vez definido o tipo de iniciativa educacional curso semin rio etc e o respectivo conte do h que tomar decis es sobre e grupo alvo tipo e n mero de participantes e a equipa de formadores crit rios de selec o de professores n mero de professores coordena o e responsabilidades e publicidade e recrutamento dos participantes e aspectos organizativos como local log stica dura o programa o ou or amento custos e m todos de avalia o e aspectos pedag gicos como sequ ncia de t picos m todos did cticos estrat gias e instrumentos de ensino Na discuss o destes aspectos ser o considerados todos os factores cr ticos que ocorrem em cada fase do processo de concep o relacionado com a transfer ncia de conhecimentos para o grupo de formandos No cap tulo 4 foram j abordados os factores de conte do pelo que iremos debru ar nos sobre os factores relacionados com a fase de planeamento os quais se prendem com a selec o dos dois principais intervenientes no processo educativo os formandos factores alvo e os formadores crit rios de selec o de docentes Factores alvo Palavras chave Crian as adolescentes adultos idosos Incapacidade Cognitiva s
222. tuel de education 2eme edition Montreal Guerin 1993 UNESCO Thesaurus Paris UNESCO Publishing 1983 Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 45 relativamente pequeno e o n mero de horas de ensino ou forma o elevado poss vel tirar partido dos aspectos relacionais da aprendizagem Nos cursos residenciais nomeadamente as rela es estabelecidas entre os participantes t m uma influ ncia importante no xito ou fracasso finais devendo ser consideradas pelos organizadores e professores Uma atmosfera de conforto bem estar e coopera o n o s gratificante como tamb m indispens vel para os objectivos educacionais Os aspectos organizacionais e log sticos desempenham igualmente um papel importante na cria o dessa atmosfera Semin rios O termo semin rio tem a sua origem na tradi o universit ria em que identifica actividades de ensino complementares das aulas como por exemplo sess es em que os alunos podem ouvir um perito de renome que apresenta pormenores e conceitos actualizados sobre um tema que apenas aflorado no curso normal Num contexto mais gen rico pode ser definido como uma rea especial da educa o frequentada por pessoas que est o especificamente interessadas nesse tema concreto e que se distingue pela qualidade das no es apresentadas pela sua actualidade e pela qualidade do prelector Regra geral um semin rio te
223. ubestimado em particular nos pa ses ocidentais poderiam oferecer um desafio interessante para o desenvolvimento de m todos educativos inovadores Incapacidade Em fun o do tema espec fico do curso e da extens o das no es abrangidas informa o gen rica vs conhecimentos pormenorizados a incapacidade dos participantes pode representar um crit rio para definir a constitui o do grupo de formandos As pessoas com defici ncias visuais por exemplo podem estar interessadas em saber pormenores sobre uma determinada tecnologia auxiliares de leitura computorizados pouco relevantes para indiv duos parapl gicos Os cursos em que o objectivo do conhecimento das TA se limita a aumentar a autonomia pessoal podem aprofundar consideravelmente tecnologias espec ficas se o grupo for homog neo Em contrapartida nas iniciativas que tamb m visam explorar a experi ncia individual da defici ncia para ajudar os outros aconselhamento de pares pode ser necess rio incluir um espectro mais largo de no es relacionadas com m ltiplos tipos de incapacidade Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 61 No caso de grupos muito homog neos ex pessoas com les es na coluna vertebral com esclerose m ltipla etc poss vel abordar em profundidade a defici ncia espec fica a qual pode representar o ponto de partida para o estabelecimento de actividades de auto ajuda bem definid
224. udes activas 3 2 1 de modo a preparar os formandos para a tomada de decis es e a resolu o de problemas Nesta ptica podem ser identificados quatro tipos principais de iniciativas educacionais 3 2 2 cursos semin rios workshops e ciclos de confer ncias A decis o sobre a modalidade mais apropriada para cada caso individual e o modo como deve ser estruturada depende de uma s rie de factores cr ticos 3 2 3 e factores de posicionamento e factores relacionados com a transfer ncia de conhecimentos para o grupo e factores relacionados com a recep o dos conhecimentos pelo indiv duo e factores relacionados com a transforma o dos conhecimentos em iniciativas As sec es seguintes destas linhas de orienta o analisam cada um destes factores a fim de ajudar o organizador a tomar a decis o certa A disserta o ilustrada com tr s estudos de casos incluindo cursos ministrados em tr s pa ses diferentes Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 13 1 2 3 1 2 4 O Processo da Aplica o De posse dos princ pios e conceitos atr s enumerados podemos passar fase de concep o de uma iniciativa educacional Em primeiro lugar h que definir conte dos As TA podem constituir o nico t pico abordado ou apenas um de v rios inclu dos numa iniciativa abrangente As presentes orienta es centram se exclusivamente nas TA que segun
225. uldades em um ou mais dos dom nios de rela o em contrapartida uma pessoa portadora de defici ncia grave que dependa consideravelmente da assist ncia pessoal pode sentir se bem em todos os dom nios relacionais acima referidos A ocorr ncia de uma defici ncia produz uma altera o na vida pelo que para recuperar uma situa o de autonomia o indiv duo necessita de uma reestrutura o pessoal que significa construir uma nova rela o consigo com os outros e com o meio Qual ent o a rela o entre as Tecnologias de Apoio e autonomia Gostamos de dizer que as TA t m de ser entendidas como um instrumento para a autonomia e como tal para o relacionamento Esta afirma o pode parecer uma contradi o relativamente ao que foi dito no cap tulo anterior mas na realidade n o o As TA s o sem d vida um meio t cnico para atingir objectivos pessoais e n o s o o nico Tamb m verdade por m que um dispositivo de apoio bem escolhido completa em certa medida o seu utilizador final tornando se frequentemente um prolongamento do pr prio corpo ou um c mplice que aumenta a capacidade pessoal de relacionamento consigo com os outros e com o meio Capacita o O termo capacita o sugere um processo atrav s do qual uma pessoa adquire mais poder n o em termos de estatuto formal mas sim de liberdade para fazer escolhas sensatas e perseguir os objectivos por si determinados Em fun o do contexto em
226. uma experi ncia s lida e pessoas inexperientes Factores relacionados com a defici ncia Pode parecer contradit rio encarar as defici ncias neste contexto como uma quest o a considerar Contudo existem dois factores relacionados com a defici ncia que influenciam a capacidade individual de receber os conhecimentos que s o transmitidos ao grupo ambos justificam a aten o do formador em termos de ajustamento do timing linguagem e disposi es log sticas Factor Palavras chave Toler ncia ao esfor o f sico Resist ncia curta vs prolongada Capacidade cognitiva aten o concentra o mem ria Toler ncia ao esfor o f sico Algumas incapacidades derivam de uma patologia ou situa o cl nica que limita a resist ncia aos esfor os f sicos Em tais casos as aulas excessivamente prolongadas ou os intervalos excessivamente curtos podem impedir que a pessoa escute participe e aprenda eficazmente Em geral as pessoas com defici ncias graves necessitam de dedicar energia adicional a tarefas como tomar notas ou falar atrav s de um comunicador durante as aulas deslocar se casa e banho e utilizar a sanita durante os intervalos e arranjarem se de manh Isto pode tornar o dia muito esgotante em termos f sicos reduzindo assim a energia dispon vel para as actividades educacionais Estes aspectos podem ser tidos em linha de conta atrav s de uma planifica o cuidada paralelamente o arranjo adequado do ambiente f
227. vezes esta avalia o tamb m importante na perspectiva da pessoa que referencia o participante Por exemplo uma pessoa deficiente que paga a forma o do seu assistente pessoal pode estar interessada em saber qual o efeito dessa forma o Neste caso a avalia o poderia ser efectuada atrav s de um contacto pessoal com o remetente no qual lhe seria pedido para preencher um formul rio ou apresentar um relat rio especificando se a aprendizagem correspondeu s necessidades educacionais O segundo aspecto De que forma a aprendizagem contribuiu para a capacita o particularmente interessante mas dif cil de analisar A capacita o constitui um processo de crescimento e reabilita o pessoais que apenas pode ser experimentado e avaliado pela pr pria pessoa Educa o em tecnologias de apoio para utilizadores finais linhas de orienta o para formadores 73 Algumas sugest es Os instrumentos mais apropriados neste caso s o metodologias de estudo baseadas no contacto pessoal como entrevistas e conversas com as pessoas envolvidas Os participantes podem expressar a sua opini o sobre os resultados que atribuem forma o recebida e sobre os aspectos da sua vida que foram afectados pela mesma Pode ser til usar um gui o previamente elaborado para compara o directa das diferentes opini es mas deve tamb m permitir se que os entrevistados revelem as suas opini es mais pessoais Os entrevistadores devem toma
228. visores externos As linhas de orienta o est o tamb m elaboradas com base noutros documentos pr viamente produzidos pelo Estudo EUSTAT D03 2 Factores cr ticos relacionados com os utilizadores finais e D04 2 Experi ncias de utilizadores finais educa o em Tecnologias de Apoio na Europa Para al m disso s o consistentes com o Manual do utilizador do EUSTAT Documento D05 4 VAMOS A ISTO Manual de Ajudas T cnicas para o Utilizador Final o qual foi desenvolvido simultaneamente como um manual de ensino espec fico para utilizadores finais e como material educacional para cursos Apesar destes documentos serem uma leitura recomendada s pessoas que procurem um conhecimento mais aprofundado deste assunto eles n o representam um pr requisito das linhas de orienta o Este documento est dividido em seis cap tulos Cap tulo Um Resumo das Linhas de Orienta o define os objectivos deste livro e apresenta uma vis o global dos conceitos explorados nos outros cap tulos e por isso pode ser utilizado como uma checklist para organizadores de iniciativas educacionais Cap tulo Dois Conceitos B sicos define alguns termos b sicos relacionados defici ncia e TA que os educadores dever o saber antes de desenvolverem qualquer iniciativa educacional Cap tulo Tr s Defini o de Objectivos e M todos ajuda os organizadores de programas educacionais a definirem os objectivos classific los segundo uma
229. zar e praticar o emprego da tecnologia com mais frequ ncia do que outras e aconselhar se com colegas que s o utilizadores experientes de TA e aprender atrav s de exemplos pr ticos H pessoas que nunca ser o boas utilizadoras da tecnologia No entanto por mais enraizada que esteja a tecnofobia pode sempre ser atenuada ou vencida ajudando essas pessoas a verem para l da tecnologia e a centrarem se nos benef cios que a sua utiliza o pode proporcionar Um indiv duo pode n o gostar de sofisticadas cadeiras de rodas electr nicas mas ficar certamente mais inclinado a usar uma depois de experimentar o aumento de rapidez seguran a ou conforto que a mesma proporciona Antiguidade da defici ncia Em termos gerais prov vel que quanto mais longa for a experi ncia pessoal de defici ncia maiores ser o os conhecimentos da pessoa sobre as suas implica es pr ticas e lados ocultos na vida quotidiana Quanto mais tempo tiver decorrido desde o in cio da defici ncia maior a probabilidade de conclus o do processo de adapta o pessoal Por outras palavras quem possui uma experi ncia pessoal mais longa poder estar mais habilitado a saber o que melhor para si Este pressuposto pode n o se aplicar a pessoas com patologias evolutivas que envolvem uma progress o gradual da doen a Cada agravamento conduz a uma situa o nova e desconhecida que pode implicar o recome o de todo o processo de adapta o

Educação em Tecnologias de Apoio para Utizadores Finais

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