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1-Tese dout toda versão Novembro 2007

1. isoladas ou em sequ ncia ainda importante fazer se uma distin o entre imagem est tica que produzida em determinado suporte ou material pelo que n o instant nea e imagem figurativa que n o est na natureza mas sim na mente Qualquer imagem envolve sempre um primeiro grau de associa o e de montagem uma estrutura o pr pria forma corresponde j a um certo grau de elabora o e a uma organizac o material da obra pois as refer ncias significativas fazem parte do imagin rio Francastel 1983 20 Os reflexos e as sombras definidas por Plat o 21 Existem v rias unidades de inten o social consistente 22 Os gr ficos s o uma representa o visual racional 78 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Tendo por base a materialidade da Imagem existem tr s categorias de imagens Villafa e 1992 Villafa e amp M nguez 1996 1 Imagens mentais S o imagens com um conte do sensorial baseado num referente que partem de modelos da realidade em muitos casos bastante abstractos n o requerendo a presen a de nenhum est mulo f sico para se produzirem Isto acontece porque o conte do da imagem est interiorizado de natureza ps quica e n o precisa da presen a de um est mulo f sico para se formar Este tipo de Zzagez varia de acordo com a sua natureza e o modo de produ o subdividindo se em Imagens semiconscientes que se formam entre a vig lia e o sonho e
2. 3 Defini o de Hip teses de Investiga o As hip teses principais a ser testadas no estudo emp rico relacionam se com os objectivos apresentados tendo sido formuladas com base em fundamentos te ricos e emp ricos que provam que o uso de programas de treino interactivos com alunos com dificuldades de aprendizagem permite uma melhoria no desempenho de compet ncias perceptivas relativamente a alunos que usam programas de treino tradicionais Outro aspecto importante que contribuiu para a defini o de outras hip teses de investiga o prende se com o facto de os alunos com Dificuldades de Aprendizagem DA apresentarem frequentemente problemas de Percep o Visual PV Estes problemas contribuem para as dificuldades que os alunos com DA apresentam na aprendizagem da leitura escrita ou aritm tica e referidas por diversos autores Frostig 1963 Frostig amp Horne 1964 Hammill et al 1993 Frostig et al 1994 Nesta ordem de ideias foram levantadas tr s hip teses de investiga o Hip tese 1 Os resultados obtidos pelos alunos com Dificuldades de Aprendizagem que fazem o treino da Percep o Visual recorrendo ao Programa de Treino da Percep o Visual Interactivo s o significativamente superiores aos obtidos pelos alunos que fazem o treino da Percep o Visual utilizando o Programa de Treino da Percep o Visual Tradicional 21 INTRODU O Hip tese 2 Os alunos com Dificuldades de Apr
3. 436 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Despacho Conjunto n 891 99 II S rie N 244 de 19 de Outubro de 1999 pp 15566 15568 Despacho Normativo n 1 2005 P S rie B N 3 de 5 de Janeiro de 2005 Deutsch M 1963 The Disadvantage Child and tbe Learning Process in Education in Depressed Areas New York Ed A H Passow Teacher College Press Dias M M 1995 A Imagem no ensino de crian as com Necessidades Educativas Especiais Implica es na compreens o oral do deficiente mental Tese de Mestrado n o publicada Universidade do Minho Braga Dias M M 1996 O treino da Percep o Visual na Defici ncia Mental In Actas do II Congresso Galaico Portugu s de Psicopedagogia Braga Universidade do Minho 68 73 Dias M M 1999 A Imagem no Ensino de Crian as com Necessidades Educativas Especiais Braga Edi es Casa do Professor Dias M M amp Chaves J H 2000 Percep o Visual e Dificuldades de Aprendizagem Um estudo com alunos do 1 ciclo do Ensino B sico Revista Galego Portuguesa de Psicoloxta e Educaci n Actas do V Congreso Galego Portugu s de Psicopedagogia n 4 vol 6 Ano 4 2000 Coru a Universidade da Coru a amp Braga Universidade do Minho 389 398 Dias M M amp Chaves J H 2001 a A Imagem no programa de treino da Percep o Visual In Silva B D amp Almeida L Eds Actas do VI Congresso Galaico Portugu s de Psicopedagogia Braga Portuga
4. Disglosias labiais provocadas por les es na l ngua l bio leporino paralisia facial feridas labiais Disglosias mandibulares provocadas por les es no maxilar Disglosias dentais provocadas pelo uso de pr teses dent rias 279 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM Disglosias linguais quando h les es na l ngua glossectomia paralisia da lingua Disglosias do palato provocadas pot fenda palatina palato em ogiva ou curto etc Disartrias que correspondem a altera es relacionadas com perturba es da articula o e da palavra devidas a les es no sistema nervoso central que afectam a articula o de todos os fonemas em cuja emiss o interv m a zona lesionada C Altera es da flu ncia verbal 58 Altera es no ritmo da fala e da comunica o caracterizada por uma s rie de repeti es e bloqueios espasm dicos durante a fala que podem ser subdivididas em tr s categorias 1 Aspectos lingu sticos relacionados com o abuso de sin nimos discurso incoerente ou desorganiza o entre o pensamento e a linguagem 2 Aspectos comportamentais que se manifestam em mutismo ansiedade bloqueios ou fugas conversa 3 Aspectos corporais e respirat rios em que se verificam tiques espasmos altera es respirat rias ou rigidez facial D Altera es da linguagem que s o mais globais e se subdividem em 1 Mutismo que corresponde a um total desaparecimento da lingua
5. v Dunne vii HII RR IE Ix A uL A M LUE xiii ndice ded Ja eod eT ose Saga xv ndice de tiia tud All D d eee eee xvii INTRODU O ais qan caet bte ule gba rain i dn Evae npe techn tT d 19 1 Gontextualizacao do estudo ana RR tas 21 2 Obijectivos dojestudo scere terere pera e i epe repete pip oes 25 3 Defini o e Hipoteses de Investigacion cd ret iaa Ada ii 27 4 Defini o de Termos COnCeltoS ette tete tereti erste aso o oon rst Tere 29 5 Organiza o do Estudo siria anni 37 CAP TULO IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA eere eene nennen nennen nnns 41 TOU E Oa a dooCOOOPCOBO COO UDOOU CDU OCIO RUBEPCUBPODGODDGAC DOG 43 1 1 Tecnologia Educativa e Aprendizagem ssssseeeeeeeeene entente 45 1 1 1 Processos de Xprendizagens e aetate esten ete ii 48 1 1 1 1 A Aprendizagem sob o Behaviorismo sse 49 1 1 1 2 A Aprendizagem como Processo Construtivo sss 54 1 1 3 Tecnologia Educativa e Aprendizagem sss 57 1 1 4 A Comunica o Visual na Investiga o em Tecnologia Educativa 61 VISA MASON ias 69 1 2 1 Caracteriza o da Imagem vviiriniinnanan iaa ttes rires 71 1 2 2 Classifica o das Imagens rim ari cis 78 1 2 3 COMO VEMOS AS Imagens ct tte In b d ans Edu e heb Pieces 81 13 A Pefcepeao Visual topan RIAS 87 1 3 1 Como se desenvolve a Percep o Visual sss 88 1 3 2 As gr
6. 1991 Neste sentido ao longo deste cap tulo faz se a caracteriza o dos alunos com NEE s o apresentadas as condi es especiais do acompanhamento escolar de que estes alunos necessitam e s o caracterizados os servi os de Educa o Especial que durante muitos anos foram o suporte do desenvolvimento escolar destes alunos O conceito de inclus o que defende que os alunos com NEE devem frequentar as escolas regulares inseridos nas turmas de alunos sem problemas embora beneficiando de apoios especializados indispens veis sua progress o na aprendizagem tamb m abordado neste cap tulo 52 Estes s o apoios complementares de que os colegas normais n o necessitam 144 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS 2 1 Conceito e evolu o da Educa o Especial A Educa o Especial desempenhou desde a sua exist ncia uma fun o muito importante nos Sistemas Educativos de grande n mero de pa ses tendo suscitado em diversos campos das Ci ncias da Educa o experi ncias inovadoras e percursoras O seu papel ainda fundamental na reabilita o de pessoas que t m um deficiente desenvolvimento evolutivo sensorial e da linguagem na reabilita o de pessoas com dificuldades de aprendizagem e de adapta o social que dificultam a sua independ ncia pessoal econ mica e social bem como a sua integra o educativa laboral e social Cabada Alvarez 1991 De um modo geral os servi os de
7. 5 Habilidade para utiliza o de instrumentos tecnol gicos pois o uso da calculadora e do computador podem ajudar muito nas aprendizagens matem ticas 6 Conhecimento de frac es e decimais Esta uma actividade a realizar num n vel avan ado devendo ser iniciada na fase infantil de um modo concreto pois importante que se compreendam as rela es entre as partes e o todo e a equival ncia entre frac es e decimais 7 Conhecimento das medidas e das no es geom tricas O conhecimento das diferentes unidades de medida longitude latitude medidas de peso superf cie volume sistema monet rio deve fazer parte das situa es quotidianas dos alunos e ser inserido no curr culo dos primeiros anos Citoler 1996 S o diversos os autores que analisam o modo de processamento das aprendizagens matem ticas e aritm ticas sendo de salientar alguns dos que desenvolveram diferentes teorias de aprendizagem 313 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 1 Thorndike 1922 cit Citoler 1996 Este autor atrav s da sua teoria de aprendizagem tipo associacionista e da sua lei do efeito considera que as aprendizagens elementares da matem tica devem ser feitas a partir da pr tica e do exerc cio atrav s da repeti o de associa es est mulo resposta e de uma acumula o de partes isoladas com refor o da memoriza o 78 2 Brownell 1935 cit Citoler 1996 Este autor ao contr rio considera que
8. Ajuriaguerra amp Auzias 1981 classificam a Disgrafia com base em diferentes crit rios 1 A partir das diversas formas como se apresenta podendo ser classificada como Disgrafia relacionada com uma escrita r gida que se apresenta crispada tensa para cima inclinada direita e angulosa crian a est em alto grau de tens o muscular e quando tem de escrever rapidamente f lo de forma mais irregular desorganizada e impulsiva sem qualquer controlo Disgrafia relacionada com uma escrita d bil que se apresenta irregular desorganizada e negligente 173 Quando h um problema na convers o de fonemas em grafemas s sendo usada a via l xica 174 Quando s usada a via fonol gica porque a via l xica e ortogr fica est o lesionadas 175 Em que h dificuldades tanto em palavras irregulares como nas pseudo palavras 302 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM Disgrafia relacionada com uma escrita impulsiva sem preocupa o com a qualidade deslocando se de um lado a outro da p gina com formas imprecisas Disgrafia relacionada com uma m escrita que se apresenta com formas pesadas desproporcionadas irregulares emendadas e mal distribu das pela p gina Disgrafia relacionada com uma escrita lenta que se apresenta precisa e cuidada na forma 2 De acordo com as cansas que lhe deram origem podendo considerar se tr s categorias Disgrafia com base af sica em que a linguagem n o est
9. Com base nos dados apresentados em 2002 pelo Observat rio dos Apoios Educativos do Departamento de Educa o B sica do Minist rio da Educa o pode afirmar se que a percentagem de alunos com NEE matriculados nos estabelecimentos de ensino com apoio educativo face popula o escolar em geral de 6 A maioria dos alunos com NEE apoiados encontra se no 1 ciclo do EB 53 seguindo se o 2 ciclo 148 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS do EB 18 5 o 3 ciclo do EB 17 2 e o Pr escolar 8 5 A maior parte dos alunos com NEE e com apoio educativo s o considerados de car cter prolongado em todos os n veis excepto no 3 ciclo do EB 54 sendo de considerar as NEE de car cter cognitivo 38 4 as NEE provocadas por problemas de sa de f sica 3 4 problemas de vis o 2 7 e de audi o vis o 0 2 Assim pode concluir se que nessa data cerca de 10 a 12 da popula o escolar estimada dos zero aos 16 anos apresentava NEE embora s 28 6 destes alunos recebesse apoio A assist ncia educativa em escolas especiais e outros tipos de estrutura era apenas de 20 4 enquanto que a maioria numa percentagem de 79 6 recebia assist ncia em escolas inclusivas Correia amp Serrano 2002 Os ltimos dados dispon veis do Minist rio da Educa o relativos ao ano lectivo 2004 2005 permitem concluir que o Ensino Especial se reporta s necessidades educativas especiais de car cter perman
10. DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM que se usa ao contar uma s rie de objectos o que indica o n mero de objectos desse conjunto Compreens o da abstrac o que consiste em saber quais os objectos que s o enumer veis e que princ pios anteriores se aplicam a diferentes grupos de objectos independentemente das suas caracter sticas ou qualidades fixas Conhecimento da irrelev ncia da ordem que est relacionada com o car cter arbitr rio da associa o de um n mero a um objecto j que a posi o do objecto numa sequ ncia n o importante 2 Habilidade para o c lculo e execu o de algoritmos O seu desenvolvimento exige uma aprendizagem das combina es num ricas b sicas a partir de experi ncias informais e formais de contagem seguidas da aprendizagem de uma s rie de conceitos aritm ticos b sicos que se descrevem de seguida Adi o a capacidade para somar mentalmente n meros pequenos aumentando se a quantidade de forma gradual a partir de experi ncias informais Inicialmente utiliza se a contagem dos dedos ou de objectos que depois s o substitu dos por combina es num ricas b sicas por algoritmos de c lculo escrito e por estrat gias e regras de c lculo mental apoiadas na composi o e decomposi o de n meros Subtrac o entendida como a opera o que permite tirar um n mero a outro em que as crian as inventam tamb m procedimentos informais utiliza
11. 1990 Houve sempre a preocupa o de conciliar a mensagem sem ntica com a mensagem est tica o plano da express o e o do conte do A mensagem sem ntica considerada como o conjunto de varia es da mensagem que sujeita Gestalt e que permanece identific vel Assim cada signo pode permitir toler ncias relativamente ao seu car cter de normalidade Moles 1981 e estabelecer uma dial ctica entre o que bvio e a novidade dando ent o origem mensagem integral Dias 1995 1999 Teve se ainda em considera o que a mensagem audiovisual tem de representar e transcrever a realidade pois tanto no que respeita sua selec o como sua manipula o importante ter em aten o um certo n mero de regras baseadas essencialmente na economia de significa o Esta mensagem audiovisual deve tornar a opera o de reconhecimento simples sem dar lugar a ambiguidades para que as no es a adquirir possam ser abordadas separadamente e a an lise da mensagem seja relacionada com a experi ncia j adquirida S assim o aluno poder perceber o que se lhe apresenta de novo Dieuzeid 1965 Dias 1995 1999 355 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL 4 A qualidade dos conte dos Procurou se inserir no PTPV os conte dos mais adequados ao fim em vista que era a realiza o de treino da PV utilizando se uma informa o correcta actual e estruturada com base
12. As DA embora n o sendo causadas por factores ambientais de certo modo est o relacionadas com uma disfun o neurol gica intr nseca ao indiv duo mas relacionada com o processo educacional Berlin 1887 cit Fonseca 1984 No entanto pode afirmar se que as crian as com DA n o possuem uma les o pois n o se pode confundir uma les o cerebral com dificuldades de aprendizagem al m disso uma les o cerebral nem sempre afecta a aprendizagem podendo as DA ser ainda causadas por muitos outros factores Orton 1937 cit Garc a 1995 Deste modo uma crian a tem les o cerebral quando revela grande disparidade nos processos psicol gicos relacionados com a educacao a ponto de ser necess rio fazer se uma adapta o dos processos acad micos de acordo com a natureza e o n vel do seu processo de desenvolvimento desviante Gallagher 1966 A crian a tem disfun o cerebral m nima quando apresenta uma intelig ncia pr xima da m dia uma intelig ncia m dia ou uma intelig ncia acima da m dia podendo dizer se que s o crian as que j possu am certas dificuldades na aprendizagem e no comportamento associadas a desvio de fun es do SNC Clements 1966 Nesta classifica o podem inserir se crian as cujo potencial intelectual est dentro dos valores normais face s crian as da mesma idade cronol gica podendo apresentar uma les o cerebral ou uma disfun o percept
13. DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 2 Fase de aquisi o em que o aluno pratica a tarefa durante o tempo que for necess tio at esta estar dominada 3 Fase de automatiza o em que o aluno realiza a tarefa automaticamente sem esfor o consciente Esta fase desenvolve se em tr s etapas Laberge amp Samuels 1974 cit Citoler 1996 Etapa da n o adequa o em que se d o muitos erros no reconhecimento das palavras Etapa da adequa o em que se reconhecem correctamente as palavras custa de grande esfor o de aten o Etapa autom tica em que se realiza o reconhecimento sem necessidade de aten o refor ada Relativamente automatiza o das actividades de leitura e de escrita tamb m se podem considerar tr s fases Frith 1985 cit Citoler 1996 1 Fase Ideogr fica em que as palavras s o reconhecidas e escritas globalmente 2 Fase Alfab tica em que s o aplicadas as regras de correspond ncia embora surjam mais cedo na escrita do que na leitura 3 Fase Ortogr fica quando j n o preciso aplicar s as regras gerais mas tamb m poss vel ler e escrever facilmente palavras de ortografia irregular 4 1 4 1 Modo de processamento da leitura Ler enunciar ou percorrer com a vista um texto impresso ou manuscrito compreendendo o ou seja interpretando o que est escrito atrav s da decifra o de sinais gr ficos tirando deles pensamento Almeida Costa amp Sa
14. Por outro lado ao clicar em cinco reas sens veis obt m se resposta imediata do software educativo multim dia o que desperta de certo modo o desejo de explorar o documento para ver o que se vai encontrar Este controloque proporcionado ao utilizador sobre o conte do pode lev lo a querer procurar mais e porventura a saber mais Carvalho 1999 No entanto para que o Software Multim dia possa provocar aprendizagem t m de ser considerados tr s factores que se condicionam mutuamente Carvalho 2005 19 qualidade cient fica pedag gica e t cnica dos Software Educativos Multim dia familiaridade do utilizador com o sistema inform tico e com o conte do motiva o do aluno para aprender O aparecimento dos sistemas multim dia abriu novas perspectivas de utiliza o das tecnologias e obrigou a uma reflex o sobre as potencialidades de utiliza o dos meios inform ticos em contexto educativo Dias et al 1998 concluindo se que os sistemas multim dia permitem optimizar o processo de ensino aprendizagem e revolucionar a forma de encarar o processo did ctico Dias et al 1999 Nesta ordem de ideias os documentos Hiperm dia caractetizam se por um elevado grau de interactividade e por uma organiza o n o linear da informa o permitindo o acesso a grandes quantidades de informa o nas suas diversas formas texto imagem est tica e animada v deo e som de uma forma diversif
15. concep o de que a educa o dos alunos com NEE deve ser feita no meio o menos restritivo poss vel 6 Despacho n 173 91 de 23 de Outubro Este documento regulamenta as condi es e os procedimentos necess rios aplica o do Decreto Lei 319 91 sendo de salientar os seguintes aspectos cit Dias 1995 1999 s medidas educativas s o de aplica o individualizada podendo os alunos beneficiar de mais do que uma em simult neo Os procedimentos previstos para que se possa aplicar as medidas educativas passam pela elabora o de um Plano Educativo Individual onde conste um programa educativo que dever ser elaborado por uma equipa multidisciplinar Esta nova concep o teve consequ ncias muito positivas obrigando a transforma es substanciais no Sistema Educativo Portugu s Estas mudan as permitiram a integra o de grande parte dos alunos com NEE nas classes do ensino regular levando a que as pr prias escolas se tornassem melhores para toda a gente pelo facto de serem obrigadas a mudar os seus m todos de ensino e a ter servicos de apoio para as NEE o que revertia em benef cio n o s das crian as deficientes bem como de todas as outras 162 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS 7 Despacho conjunto n 105 97 Em que se regulamenta o enquadramento normativo dos apoios educativos atrav s da cria o de um conjunto de medidas que constituam uma resposta articulada
16. necess rio inicialmente apreender alguns conceitos matem ticos e adquirir uma capacidade de racioc nio antes de se poder passar pr tica Assim para que os alunos assimilem as rela es entre eles torna se necess rio come ar o ensino da matem tica pela significa o e compreens o dos conceitos e converter os conceitos abstractos em concretos 2 Brunner 1960 Vygotsky 1962 Ausubel 1963 Gagn 1965 Estes autores por sua vez preocuparam se bastante com a an lise dos processos cognitivos internos relacionados com a aprendizagem da matem tica entendendo que este deve ser realizada a partir da an lise de estrat gias de aprendizagem e de pensamento Na actualidade considera se que a compet ncia matem tica deve ser adquirida atrav s de um processo de constru o lento e gradual que parte do concreto e do espec fico para o abstracto e geral Por conseguinte a base das aquisi es matem ticas est relacionada com a realiza o de actividades concretas e com a manipula o de objectos A compet ncia matem tica elementar pode decompor se ainda numa s rie de compet ncias interm dias sendo de distinguir a numera o O c lculo a resolu o de problemas a pondera o o conceito de medida e algumas no es de geometria Citoler 1996 178 N o sendo necess rio que se conhe am os princ pios subjacentes a essa pr tica nem a estrutura dos conhecimentos a aprender 314 DIFICULDADES
17. o Skinner 1954 usa a express o existo logo penso 4 A aprendizagem resulta das experi ncias que o sujeito adquire na interac o com o meio ambiente defini o baseada no ambientalismo Cooper 1993 5 O conhecimento implica actividade pelo que o aprendiz deve fazer e experimentar por tentativas e erros O aprendiz n o absorve passivamente o conhecimento do mundo que o rodeia mas tem de desempenhar um papel activo em todo o processo Skinner 1968 5 6 A aprendizagem o resultado de conex es entre os est mulos de instru o e as respostas do aluno defini o apresentada pelos conexionistas Vignaux 1991 Burton et al 1996 7 Existe uma rela o funcional entre o est mulo que precede a resposta antecedente o est mulo que segue a resposta consequ ncia e a resposta comportamento operante em si Cooper 1993 Burton et al 1996 8 As mudan as de comportamento e a aprendizagem promovem se atrav s do refor o imediato dos comportamentos desejados Thompson et al 1996 A partir da transfer ncia destes pressupostos para o processo de ensino aprendizagem surge um modelo de ensino em que h uma ordem natural nos conte dos a 5 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA ensinar sequenciados numa progress o lenta em que a aprendizagem se processa passo a passo medida que o sujeito vai ultrapassando cada um dos elos das sequ ncias de comportamentos que c
18. o behaviorista concebe uma teoria para o design de instru o que fica conhecida por CRI Criterion Referenced Instruction e constitui o exemplo mais paradigm tico de aplica o de uma teoria de aprendizagem concep o e implementa o de programas educativos para a instru o individualizada envolvendo uma verdade de diferentes media livros videogramas ensino assistido por computador e outros 52 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 4 Bandura 1971 Defende a aprendizagem por observa o de modelo que realizada atrav s de um processo de visualiza o da execu o dos comportamentos por parte dos modelos e das consequ ncias associadas aos respectivos comportamentos Entre a observa o do modelo a sua adop o e reprodu o h uma media o de processos cognitivos importantes que devem existir na concretiza o da aprendizagem processos de aten o de reten o de produ o de respostas incluindo os pr prios processos motivacionais 5 Prawat 1989 Considera que a aprendizagem com sucesso envolve o conhecimento as estrat gias ou as compet ncias de aprendizagem e a disposi o que diz respeito tanto realiza o como mestria De um modo geral a teoria behaviorista permitiu o desenvolvimento da mais poderosa tecnologia da instru o at data utilizada tendo estado na base de inova es marcantes na poca como as m quinas de ensinar o ensino assistido
19. o das tecnologias multim dia interactivas ao processo educacional Dias 1992 60 De acordo com Torres 1999 os sistemas Hiperm dia facultam o ambiente adequado a uma aprendizagem que se deseja mais significativa proporcionando a cria o de situa es que provocam conflito cognitivo nos alunos e ajudando os a questionar as suas pr prias concep es Estas caracter sticas coadunam se com a perspectiva construtivista da aprendizagem em que o aluno tra a os seus pr prios percursos de aprendizagem construindo assim o seu pr prio conhecimento Deste modo ao integrar diferentes m dia na representa o da informa o o software educativo multim dia permite captar a aten o dos sentidos do utilizador sobretudo da vis o e da audi o exigindo interac o f sica e intelectual do sujeito o que se torna apelativo para ele Carvalho 2005 V rios autores t m criado programas interactivos para utiliza o em v rias reas de aprendizagem o que permite melhorar a capacidade de pensar e o desenvolvimento cognitivo dos alunos podendo ser tamb m muito til o recurso a programas id nticos no que respeita percep o visual Nesta ordem de ideias importante lembrar que a actividade cognitiva da percep o tem caracter sticas muito particulares tendo a sua origem nos dados sensoriais captados pela vis o atrav s dos processos de discrimina o an lise selec o identifica o e armazenamento dos est
20. o visual que devem ser treinados pelos alunos com problemas de percep o visual em especial pelos que t m DA devido aos seus problemas de orienta o espacial dificuldades em discriminar aspectos essenciais das imagens que lhes s o apresentadas bem como problemas na organiza o da informa o Neste cap tulo s o ainda desenvolvidos aspectos relacionados com o treino da Percep o Visual com base em estudos realizados sobre a implementa o de programas deste tipo em v rios pa ses o qual deve ser feito de modo sistem tico e organizado recorrendo a programas atraentes que motivem os alunos para a tarefa a realizar Finalmente apresentada a descri o dos dois Programas de Treino da Percep o Visual desenvolvidos modelo tradicional e modelo interactivo dando se especial relevo forma como foram elaborados no mbito da Imagem e da Tecnologia Educativa Na segunda parte apresenta se o estudo emp rico realizado junto de 57 alunos com problemas de PV e DA associadas em dois cap tulos um relacionado com a metodologia utilizada e o segundo referente apresenta o an lise e discuss o de resultados Assim no sexto cap tulo faz se a descri o do estudo e dos procedimentos experimentais efectuados bem como a caracteriza o do plano de investiga o e dos instrumentos de avalia o utilizados no estudo S o ainda caracterizados os sujeitos da amostra 39 INTRODU O apresentados os crit r
21. 1995 Sistemas Multimedia In J L R Di guez e O S Barrio Coord Tecnologia Educativa Nuevas Tecnolog as Aplicadas a la Educaci n pp 165 186 Alcoy Editorial Marfil Garc a J N 1995 Manual de Dificultades de Aprendizaje Lenguaje Lecto Escritura y Matem ticas Madrid Nancea Garc a Albea J E 1986 Percepci n y Computaci n Madrid Pir mide Gelman R amp Gallistel C R 1978 The Child s Understanding of Number Cambridge MA Harvard University Press Gentry C 1991 Educational Technology A Question of Meaning In Gary Angling Ed Instructional Technology Past Present and Future pp 1 9 Colorado Englewood Libraities Gesell A 1967 Vida escolar e imagen del mundo del ni o de 5 a 16 a os Buenos Aires Editorial Paid s Getman G N 1965 The visuo motor complex in the acquisition of learning skills In Hellmuth J Ed Learning Disorders vol 1 Seattle Special Child Giacomantonio M 1986 Os meios audiovisuais Lisboa Edi es 70 Gibson J J 1966 The Senses Considered as Perceptnal Systems Boston Hougthon Mifflin Gibson J J 1979 The Ecological Aproach to Visual Perception Boston Houghton Mifflin Gibson J J amp Gibson E 1955 What is learned in Perceptual Learning A reply to Professor Postman Psychological Review 62 447 450 Ginsburg H 1977 Children Arithmetic The Learning Process New Cork Van Nostrand Gin C
22. 326 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL 3 Desenvolvimento do racioc nio 88 em que prop em exerc cios que permitem o seu desenvolvimento sendo as respostas dadas pelos alunos analisadas em conjunto e discutidas estrat gias de resolu o mais eficazes semelhantes ver figura 5 3 Figura 5 3 Desenvolvimento do Racioc nio Almeida amp Morais 1990 cit Dias 1995 147 1999 235 Os programas de treino cognitivo ajudam ainda as crian as a acreditar nas suas capacidades e a desenvolv las pois grande parte do insucesso escolar est na dificuldade que muitos alunos t m em organizar os conhecimentos e em sistematizar estrat gias de resolu o de problemas Dias 1995 1999 Deste modo a realiza o de uma actividade cognitiva depender do tipo quantidade e otganiza o da informa o retida na mem ria assim como da velocidade e facilidade de acesso a essa informa o podendo estes dois ltimos aspectos depender dos primeiros Assim importante contar com a experi ncia anterior do sujeito relativamente tarefa a realizar sendo muito frequente o recurso a peritos no estudo do processamento da informa o e na resolu o de problemas Chi et al 1982 Kail amp Pellegrino 1985 Os mecanismos b sicos da cogni o t m sido analisados por v rios autores tais como Pellegrino amp Glaser 1979 e Sternberg 1981 que deram especial relevo aos pr
23. A 10 t cnicos que se foram progressivamente introduzindo nas salas de aula precisamente neste contexto geral que nasce a Tecnologia Educativa TE embora s tenha vindo a ser assim baptizada anos mais tarde em 1977 pela Association for Educational Communications Technology AECT 10 Retroprojector projector de slides gravador udio v deo e mais tarde o computador 57 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Relativamente a este aspecto Davies 1978 considera que j antes da 4 revolu o a que se refere Ashby 1967 cit Davies 1978 se podia falar da exist ncia de tecnologias educativas na opini o da generalidade dos autores que sobre isto escreveram Saettler 1968 1990 Davies 1978 Dieuzeide 1965 Assim havia certa preocupa o pelo rumo que a implementa o da 4 revolu o estava a tomar no terreno da educa o Esta revolu o foi iniciada atrav s de um movimento inicialmente chamado de visual e depois de audiovisual em que a primazia dada aos equipamentos pois acreditava se que a sua simples introdu o na aula seria condi o suficiente para a promo o do ensino e sua actualiza o A base desta tecnologia era constitu da pelos meios audiovisuais cinema imagem fixa registos de som r dio que se tinham desenvolvido progressivamente desde o final da 1 Grande Guerra e que irromperam no ensino carregados de uma ideologia concreta que
24. AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NEE e a recorrer a m todos pedag gicos modernos com recurso a material t cnico No Boletim da UNESCO s o ainda referidas as pol ticas nacionais a adoptar em mat ria de Educa o Especial orientadas no sentido de assegurar a igualdade de acesso educa o e a integra o de todos os cidad os na vida econ mica e social da comunidade Assim os objectivos da Educa o Especial devem ser semelhantes aos da Educa o Geral devendo permitir o m ximo desenvolvimento individual das capacidades intelectuais escolares e sociais Para se atingir estes objectivos fundamental o estabelecimento de planos educativos individuais e a adapta o dos programas a cada caso atrav s do recurso a medidas preventivas e correctivas apoiadas num estudo em profundidade dos alunos e de todos os aspectos do seu desenvolvimento afectivo social e psicol gico UNESCO 1973 cit Dias 1995 1999 2 1 2 1 A evolu o da educa o especial em Portugal Em Portugal a Educa o Especial come a a ser estruturada e minimamente organizada desde a segunda metade do s culo XIX tendo sofrido transforma es ao longo dos anos tanto no que respeita sua concep o como estrutura o dos servi os que a suportam podendo considerar se quatro fases distintas 1 PRIMEIRA FASE que se inicia na 2 metade do s culo XIX e caracterizada pela cria o de Asilos ou Institui es para deficientes de
25. Cruz V 1999 Dificuldades de Aprendizagem Fundamentos Porto Porto Editora D Hainaut L 1977 Des fins aux objectifs de l ducation Bruxelles Labor D Hainaut L 1980 Educa o Dos fins aos objectivos Coimbra Almedina Davies I 1978 Educational Technology Archetypes Paradigms and Models In D P Ely P Donald amp Tjeerd Plomp Coord Classic Writings on Instructional Technology pp 15 29 Englewood Colorado Libraries Unlimited Inc Decreto Lei n 538 79 P S rie N 300 de 31 de Dezembro pp 3478 265 267 Decreto Lei n 319 91 P S rie A N 193 de 23 de Agosto de 1991 pp 4389 4393 Decreto Lei n 6 2001 I S rie A N 15 de 18 de Janeiro de 2001 pp 258 265 Decreto Lei n 74 2004 I S rie A N 73 de 26 de Mar o de 2004 pp 1931 1942 De La Orden A 1981 Que pretende ser La Tecnologia Educativa Bordon Revista de Orientaci n Pedag gica n 238 Mayo Junio Madrid 235 243 Denis M 1984 Las Im genes Mentales Madrid Siglo XXI Denis M amp Carfantan M 1990 Enchancing People s Knowledge about Images In P J Hampson D F Marks amp J T E Richardson Eds Imagery Current Developments pp 197 222 London Routledge Despacho n 173 ME 91 I S rie de 23 de Outubro de 1991 pp 10602 Despacho n 7520 98 II S rie de 17 de Abril de 1998 Despacho Conjunto n 105 97 II S rie N 149 de 30 1 de Julho de 1997 pp 7544 7547
26. METODOLOGIA 5 Definir um desenho experimental com tr s momentos de avalia o Pr teste P s teste e Follow np219 Ap s a etapa organizativa do estudo foram planificados os seguintes procedimentos experimentais 1 Avaliar os problemas de PV do conjunto de alunos do 1 ano do 1 Ciclo do Ensino B sico de escolas do concelho de Braga 2 Avaliar as dificuldades escolares das crian as que t m problemas de PV de acordo com as reas e ou dimens es avaliadas na prova de aptid o perceptiva coordena o culo manual c pia rela es espaciais posi o no espa o figura fundo lacunas visuais velocidade visual motora e const ncia da forma 3 Verificar a exist ncia de eventuais diferen as nas reas perceptivas em crian as que apresentam DA 1 e em as crian as que n o apresentam DA 2 como pode observar se no quadro 6 2 Alunos do 1 ano do 1 ciclo avaliados Erro 2 DE Criangas com Problemas de PV Criangas sem Problemas de PV ComDA 1 SemDA 2 Quadro 6 2 Esquema explicativo do modo como foi feita a an lise inicial dos sujeitos 4 Desenvolver uma an lise comparativa entre as crian as que t m problemas de PV e DA associadas e as que t m problemas de PV mas n o apresentam DA para verificar se h alguma rela o entre problemas de percep o visual e DA 5 Definir os objectivos do estudo e as hip teses a testar apresentadas no in cio deste cap tulo 6 Esqu
27. afectada mas n o permite ainda a pr tica da escrita Disgrafia com d fice auditivo ou visual e disgrafia com altera es motoras ou apraxia 3 De acordo com diferentes dist rbios de ordem gen rica classificados como Desordens de organiza o motora em que h uma debilidade motora lentid o e atraso motor Desordens da organiza o do gesto e do espa o em que h altera es som tico espaciais com problemas no conhecimento representa o e utiliza o do corpo e problemas de representa o do espa o Problemas na express o gr fica da linguagem transtornos de comportamento e casos particulares como dificuldades ligadas surdez etc 4 De acordo com diferentes desordens neurol gicas tais como d fices de linguagem disfun o visuo perceptiva problemas auditivos altera es motoras e expressivas e combina o de duas ou mais das causas referidas 5 De acordo com perturba es relacionadas com problemas motores e ou verbais Fonseca 1984 em que se distinguem 303 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM Disgrafia relacionada com altera es no sistema visuo motor em que o indiv duo pode falar e ler correctamente mas apresenta um d fice de integra o motora 76 Disgrafia relacionada com problemas de revisualiza o que afectam a mem ria visual pois o indiv duo l mas n o capaz de escrever espontaneamente um texto ou n o consegue fazer ditado
28. integrativa ou expressiva Estas desordens verificam se quando os alunos revelam dificuldades em entender o que lhes dito em integrar e manipular s mbolos e em se expressar oralmente 117 Que composto pelos sons de uma linguagem e pelas regras lingu sticas de combina o de sons 118 Que formado pelas regras lingu sticas que regem a estrutura das palavras e a constru o da forma das palavras a partir dos elementos b sicos com significado 9 A EN 119 Que composto pelas regras lingu sticas que regem a ordem e a combina o das palavras para formar frases e a rela o dos elementos dentro da frase 120 Que s o as desordens mais comuns 234 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 3 3 1 2 Problemas de Mem ria Estes problemas est o relacionados com dificuldades em codificar processar e guardar informa o sendo insepar veis do funcionamento intelectual e da aprendizagem Kirk amp Chalfant 1984 Fonseca 1984 Mercer 1994 A mem ria corresponde a um complexo sistema de processamento da informa o ue inclui um registo sensorial a mem ria de curto prazo a mem ria de trabalho e a gt gt mem ria de longo prazo Kirby amp Williams 1991 No que diz respeito mem ria de longo prazo podem considerar se tr s subsistemas de mem ria que permitem o armazenamento de um determinado tipo de informa o Kirk et al 1993 1 A mem ria quinest
29. no meio de ver e compartilhar o significado num certo n vel de universalidade previs vel idem 205 atrav s dela que os indiv duos conseguem compreender determinado sistema de representa o e s o capazes de se expressar atrav s do mesmo Cloutier 1975 distingue quanto vis o duas linguagens com uma sintaxe diferente a linguagem do objecto real e a da imagem fixa afirmando que o estudo da grafia visual permitir analisar as vari veis da imagem que constituem uma linguagem a um segundo n vel visto que enquanto objecto a imagem responde s regras gerais da percep o visual as que dizem respeito ao ngulo de vis o luz dist ncia e enquanto cone tem regras pr prias que lhe permitem representar o mundo vis vel naturalmente a tr s dimens es Cloutier 1975 119 Consequentemente faz sentido falar de uma gram tica da imagem 5 que trate das leis de coordena o dos elementos pl sticos Assim deve partir se do elemento individual cor linha textura propor o averiguar a sua significa o e no final chegar s t cnicas de composi o das mesmas unidades conferindo lhes novos significados 15 Esta gram tica constitui um processo de alfabetiza o pois trata da sintaxe e da sem ntica ou seja das rela es entre os elementos e do significado dessas rela es que passam ent o a ser encaradas como signos constru la elaborar um sistema b sico que permite id
30. o de dois ou mais objectos em rela o consigo mesmos e dos mesmos em rela o uns com os outros 207 tamanho a posi o dos elementos etc 346 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEPC O VISUAL Com estes exetc cios pretende se desenvolver a compet ncia para ligar pontos e reproduzir padr es visuais apresentados tendo a crian a que ligar tra ando linhas uma s rie de pontos de acordo com o modelo ver figura 5 15 Figura 5 15 Rela es Espaciais 6 Completamento Visual que a capacidade para reconhecer figuras est mulo que foram desenhadas de forma incompleta Com estes exerc cios pretende se desenvolver a compet ncia para seleccionar a figura exactamente igual apresentada e que foi desenhada de forma incompleta ver figura 5 16 Figura 5 16 Fechamento Visual 7 Velocidade Visual motora que a capacidade para desenhar marcas espec ficas e previamente apresentadas em figuras geom tricas durante tempo determinado ver figura 5 17 Hb bo ooo gt PSD e Do PSD odo bd gt VDDD OD YD Y Figura 5 17 Velocidade Visual motora 347 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL 8 Const ncia da Forma que a capacidade que permite perceber que um objecto tem propriedades invari veis como forma posi o e tamanho apesar da variabilidade da sua i
31. o visual pelo que se continuou a investigar em sites da WEB inclusivamente de universidades americanas e outras tendo se encontrado o DTVP 2 de Hammill et al 1993 que permitia uma avalia o mais completa das compet ncias de percep o visual e que apresentava provas de confiabilidade e validade para a popula o americana 380 METODOLOGIA Dadas as caracter sticas do DTVP 2 que uma prova que envolve mais aspectos visuais normalizados do que lingu sticos n o pareceu importante realizar a aferi o do teste para a popula o portuguesa apesar de se saber que seria bom realiz la No entanto n o existiam meios dispon veis materiais e humanos para realizar uma tarefa desta envergadura Al m disso se fosse feita a aferi o n o haveria possibilidade de realizar o estudo pretendido no espa o de tempo necess rio para responder quest o problem tica inicial bem como aos objectivos propostos para o estudo Outro dado importante que trouxe alguma tranquilidade relativamente n o aferi o do teste foi o Estudo piloto realizado por Fonseca em 1982 numa Escola de Lisboa em que foi utilizado o Teste de Desenvolvimento da Percep o Visual DTVP de Frostig 1963 no qual se baseia o DTVP 2 de Hammill et al 1993 220 Este estudo foi realizado no mbito de um projecto que envolveu al m deste autor mais tr s psic logos do COOMP Centro de Observa o e Orienta o M dico Pedag gica cujos
32. 1966 Percepcionamos como fixo aquilo que a retina regista como constantemente m vel Hall 1966 1986 82 83 pois a configura o do aspecto percebido tomada espontaneamente para incorporar a estrutura do objecto total Arnheim 1988 1974 107 Com base no referido anteriormente podem considerar se dois princ pios b sicos da percep o visual 108 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 1 O princ pio da probabilidade m xima definido por Helmholtz em 1910 e referido pot Hochberg 1966 1964 que faz com que as mensagens sensoriais n o se apresentam isoladamente mas sob a forma de padr es complexos Depois de reagirmos aos tra os primitivos do cen rio analisamo los de modo a ver o objecto como uma figura em que as partes parecem pertencer umas s outras destacando se do seu fundo Em seguida determina se o que o objecto tendo de apreender se a figura que emerge do processo de an lise e comparar os seus tra os com os dos objectos da nossa mem ria visual at se encontrar uma correspond ncia o que diz respeito ao reconhecimento de um padr o Gleitman 1999 2 O princ pio da percep o selectiva Em que n o dado o mesmo peso a todos os aspectos do est mulo Gleitman 1999 pois em cada instante o sujeito reage apenas a uma parte desses est mulos44 A Percep o Visual depende tamb m de v rios factores uns de car cter individual e ou s cio cultural e outro
33. 1976 1 1 1 1 A Aprendizagem sob o Behaviorismo Nas d cadas de 50 e 60 do s c XX sobretudo nos EUA todo o processo de ensino aprendizagem foi influenciado pelo pensamento behavioristad que se baseia no princ pio de que a instru o deve ser concebida de forma a desencadear no aluno ac es comportamentos observ veis e quantific veis Thompson et al 1996 A abordagem behaviorista considera que a mat ria a ser transmitida deve ser dividida em partes devendo cada uma delas ser apresentada de forma sequencial e partir da componente mais simples para a mais complexa sem que exista a preocupa o de contexto Fosnot 1996 O termo behaviorismo est intimamente associado ao psic logo americano Watson 1878 1958 que a partir de estudos feitos sobre o comportamento humano rejeita conceitos como mente esp rito ou pessoalidade por n o serem suscept veis de observa o objectiva e mensur vel Tavares amp Alarc o 1985 Os fundamentos desta 4 Este autor atribui um papel muito importante aos factores sociais e culturais face aos factores relacionados com caracter sticas inatas ou heredit rias 5 A explora o e descoberta s o sempre realizadas pelo aluno 6 H uma certa organiza o fornecida pelo professor ou pelos manuais mas o pr prio aluno que faz a compreens o pr via necess ria memoriza o ou integra o dos conhecimentos j adquiridos ou a adquirir E o aluno que in
34. 42 favorecendo a separa o visual e a configura o simples nomeadamente a simetria o que contribui para o equil brio f sico ibidem 65 42 Que torna poss vel uma percep o que permite ver paredes rvores ou outros objectos sem que pare a que v o cair existindo tanto na natureza como nas cria es do homem 107 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 3 Lei da pregn ncia da forma Embora muito semelhante anterior Hochberg 1966 1964 esta lei pode definir se como a tend ncia para que a estrutura perceptiva seja o mais definida poss vel Arnheim 1988 1974 83 4 Lei da semelhan a Desde que se mantenha tudo constante tendemos a agrupar as figuras de acordo com a sua semelhan a por exemplo a cor e a orienta o Gleitman 1999 283 5 Lei do bom prolongamento O nosso sistema visual parece preferir contornos que continuam suavemente as linhas de origem Este um poderoso factor organizativo Gleitman 1999 284 6 Lei do fechamento enci u unas Temos tend ncia a completar as figuras e apresentam lacunas Os contornos perceptivos s o produzidos por um fen meno semelhante ao fechamento que consiste em ver contornos mesmo quando n o os h Gleitman 1999 285 7 Lei da const ncia da forma e do tamanho Apesar das deforma es projectivas vemos os objectos de acordo com a sua forma material objectiva pois eles permanecem constantes Hochberg 1964
35. 445 Quadro 6 5 Escolas onde foi realizado o estudo o 93 o Escola rural n 5 o S ei As escolas Urbana n 1 e Urbana n 2 s o duas das maiores escolas da cidade sendo frequentadas por alunos residentes na rea de implanta o das escolas e ou residentes noutras zonas meio urbano e rural mas com pais a trabalhar nas proximidades A escola Urbana n 1 era frequentada na altura em que se realizou o estudo por cerca de 400 alunos distribu dos pelos v rios anos de escolaridade a funcionar em regime duplo havendo 3 turmas do 1 ano a funcionar da parte da tarde e uma da parte da manh onde funcionavam muitos projectos que envolviam actividades variadas sendo duas delas a M sica e o Clube de Ci ncia Viva inseridas nos tempos lectivos uma hora semanal para cada actividade Perante esta realidade foi feito um calend rio de aplica o do teste que n o pfejudicasse a presen a dos alunos nos referidos projectos nem as aprendizagens escolares em curso Al m disso a sala de inform tica disponibilizada para o trabalho fica num espa o junto do recreio e um pouco distante das salas de aula o que implicava certa paragem entre a aplica o de um teste e outro Nesta escola foram aplicados testes aos 96 alunos do 1 ano com e sem dificuldades de aprendizagem o que corresponde ao universo da Escola relativamente ao ano de escolatidade escolhido 387 METODOLOGIA A escola Urbana n 2 era frequenta
36. C H 1971 Imagery Ability and Visual Perception of Verbal and Nonverbal Stimuli Perceptnal Psychology 10 429 432 Papert S 1983 Mindstorms Children Computers and Powerful Ideas New York Basic Books Pardo A P 1981 La Did ctica Hoy Burgos H S R Editorial Santiago Rodriguez S A Pascual P 1988 La Dislalia Madrid CEPE Pearce J M 1987 An Introduction to Animal Cognition Hillsdale New Jersey Lawrence Erlbaum Associates Peirce C S 1978 crits sur le Signe Paris Editions du Seuil Pellegrino J W amp Glaser R 1979 Cognitive Correlates and Components in the Analysis of Individual Differences Intelligence 3 187 214 Pereira D C 1993 A Tecnologia Educativa e a Mudan a Desej vel no Sistema Educativo Revista Portuguesa de Educa o Universidade do Minho 6 3 19 36 Pereira D C 1994 A Reforma Perspectivada Segundo as Novas Tecnologias Revista de Educa o IV 1 2 153 162 P rez J A 1989 Fracaso Escolar Diagn stico e Intervenci n una Perspectiva Neuropsicol gica Madrid General Pardifias P rez Cota M V zquez N ez F amp Rodriguez Dami n A 1997 Metodologia de Desarrollo de Aplicaciones Multimedia Vigo Universidad de Vigo Perfetti C A 1986 Continuities in Reading Acquisition Reading skill and reading disability Remedial and Special Education 7 11 21 Perfetti C A amp McCutchen D 1987 Schooled Language Co
37. Concluindo pode afirmar se que o sistema interactivo multim dia assume actualmente uma import ncia crescente em todos os sectores da actividade humana que dependem de uma comunica o eficaz Segundo Pouts Lajus amp Rich Magnier 1998 estes sistemas marcam uma etapa importante na hist ria da inform tica educativa que adv m do facto destes sistemas perspectivarem novas formas de comunicar por meio do computador e novas maneiras de abordar essa comunica o Isto acontece fundamentalmente devido representa o multiformato do conhecimento que apela em simult neo aos m ltiplos sentidos da percep o humana e facilita a assimila o e reten o da informa o Gallego amp Allonso 1995 Os documentos interactivos facultam ainda uma abordagem construtivista ao permitirem m ltiplas perspectivas sobre um assunto ao exigirem uma maior participa o e responsabilidade do utilizador no processo de aprendizagem e ao serem mais flex veis nas actividades de aprendizagem pelo que deve haver especial cuidado na estrutura o do assunto e sua implementa o num ambiente interactivo Carvalho 2005 51 Formato em que a informa o apresentada no mesmo documento sob m ltiplos formatos imagem som texto 140 CAP TULO II AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Partindo do princ pio de que todos os alunos precisam ao longo da sua vida escolar de
38. Fala 1 Conhecimento da linguagem cta faculdade da linguagem que visual mente como pode expressar Quadro 4 3 Modelo Tr s Aspectos da Linguagem Heaton amp Winterson 1996 cit Cruz 1999 134 270 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM Escrever assenta na e interage ESCRITA com a fala FALA Falar Assenta na e interage com a faculdade da linguagem FACULDADE DA LINGUAGEM Quadro 4 4 Rela o entre as Fases da Linguagem Heaton amp Winterson 1996 cit Cruz 1999 134 A partir dos modelos apresentados podem considerar se quatro n veis de linguagem linguagem interior linguagem anditiva on falada linguagem visual ou escrita e linguagem quantitativa que ser o descritas adiante Todas estas linguagens t m a sua g nese na experi ncia que incorporada atrav s da linguagem interior135 Johnson amp Myklebust 1983 1967 Fonseca 1984 Estes n veis de linguagem s o a base da leitura que funciona como um processo que recebe a linguagem a partir da representa o lingu stica superficial codificada por um escritor mas com um significado que o leitor constr i Rebelo 1993 Nesta ordem de ideias a leitura est dependente do modo como age a linguagem e o leitor s entender o significado das palavras utilizando a linguagem em interac o com o est mulo gr fico e com a mudan a do c digo para a mensagem o que acaba por envolver de novo linguagem e pensamento
39. Gollash 1982 4 1 2 Desenvolvimento e Fun es da Linguagem A linguagem pode ser considerada um sistema de s mbolos que permite a comunica o entre organismos ou membros de uma esp cie sendo ainda uma capacidade que permite representar expressar e comunicar ideias ou sentimentos atrav s de um 155 Que corresponde ao primeiro est dio da linguagem 271 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM conjunto ordenado de sinais ac sticos ou gr ficos linguagem verbal intr nseca ao ser humano e insepar vel da comunica o Rondal 1982 Rebelo 1993 Deste modo pode afirmar se que o desenvolvimento da linguagem no seu conjunto envolve aspectos compreensivos ou receptivos e aspectos expressivos ou produtivos A vertente compreensiva est relacionada com a compreens o da linguagem oral e ou da linguagem escrita e a vertente produtiva diz respeito tanto linguagem oral ou fala como escrita Citoler 1996 Assim a crian a compreende o que ouve depois de ter apreciado o que v ou em fun o daquilo em que mexe e experimenta A linguagem esta ainda relacionada com a percep o e com a conceptualiza o da realidade envolvente pelo que o terceiro grau da linguagem humana a linguagem oral Assim para que a fala se desenvolva normalmente h que ter em conta tr s etapas de desenvolvimento Fonseca 1984 1 Fase de rememora o informa o ou l xico que a fase da express o espont
40. METODOLOGIA Sub teste 7 Velocidade visual motora em que a crian a tem de desenhar marcas espec ficas e previamente apresentadas em duas figuras geom tricas durante um minuto Os tra os t m de ser devidamente desenhados e localizados nas figuras Sub teste 8 Const ncia da forma em que a crian a tem que descobrir numa s rie de figuras com fundo distractor a figura geom trica apresentada Este teste permite ainda medir a percep o visual global nota global a que o autor chama GVP General Visual Perception e que corresponde soma dos scores standard dos 8 subtestes e os factores principais VMI Visual Motor Integration que corresponde soma dos scores standard de 4 subtestes coordena o olho m o c pia rela es espaciais e velocidade visual motora e o MRP Motor Reduced Visual Perception que corresponde soma dos scores standard dos restantes 4 subtestes posi o no espa o figura fundo fechamento visual e const ncia da forma ainda importante referir que na primeira edi o do DTVP Frostig et al 1964 tentaram construir uma bateria de cinco sub testes que medissem cinco diferentes aspectos da percep o visual Quatro desses sub testes foram denominados de acordo com o tipo de medida de percep o visual const ncia da forma figura fundo posi o no espa o e rela es espaciais O 5 sub teste coordena o culo motora foi assim denominado mais de acordo com as modalidades
41. Mem ria auditiva que muito importante no desenvolvimento da linguagem oral tanto receptiva como expressiva Assim quando h d fices neste campo podem sutgir dificuldades em identificar sons e ru dos j ouvidos anteriormente em associar significado s palavras e ou nomes de algarismos e em fazer conceptualiza es podendo surgir falhas 236 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM na leitura devido a dificuldades de associa o dos sons dos fonemas aos s mbolos escritos ou ainda haver problemas na memoriza o de opera es matem ticas 2 Mem ria visual que fundamental no reconhecimento e relembran a das letras impressas do alfabeto e dos n meros bem como no desenvolvimento da soletra o e da escrita 3 Mem ria motora que est relacionada com o armazenamento reten o e reprodu o de padr es ou sequ ncias de movimentos e que quando deficit ria poder originar dificuldades na aprendizagem de capacidades como vestir despir atar sapatos dan ar usar equipamentos e escrever 3 3 1 3 Problemas de Percep o Os problemas de percep o est o relacionados com o reconhecimento a discrimina o e a interpreta o sensorial Mercer 1994 apenas nas opera es cerebrais que exigem interpreta o e organiza o dos elementos f sicos dos est mulos n o incluindo os aspectos simb licos Mart n 1994 Desde sempre que os especialistas em DA t m dado muita import ncia
42. NCIAS BIBLIOGR FICAS Fonseca V da 1996 Assessment and treatment of Learning Disabilities in Portugal Journal of Learning Disabilities 29 114 117 Fontao M P 1998 La significatividad de la capacidad de imagen en aprendizaje Revista de Ciencias de la Educaci n 175 309 318 Fontana D 1995 Psychology for Teachers London Macmillan Press Ltd amp The British Psychological Society Fosnot C 1996 Construtivismo e Educa o Teoria perspectivas e pr tica Lisboa Instituto Piaget Colecc o Horizontes Pedag gicos Fox D 1969 The Research Process in Education Holt R nehart and Winston Inc Fox D 1987 El Proceso de Investigaci n en Educaci n 2 edi o Pamplona Ediciones Universidad de Navarra S A Francastel P 1983 L Image la vision et I imagination Paris Editions Den el Gonthier Freire A 1967 O pensamento de Plat o Braga Colec o Filosofia Publica es da Faculdade de Filosofia de Braga Livraria Cruz Frostig M 1963 Frostig Development Test of Visual Perception Palo Alto California Ed Consulting Psychologist Press Frostig M 1965 An approach to the treatment of children with learning disorders Leaming Disorders volume 1 Seattle J Hellmutt Spec Child Pub Frostig M 1966 Developmental Test of Visual Perception Palo Alto California Consulting Psychologists Press Frostig M 1972 Frostig Movement Skills Test Batter
43. O Apoio Educativo dado aos alunos com mais dificuldades escolares feito nas escolas tendo em vista duas vertentes diferenciadas e de amplitude diversa Minist rio da Educa o 1997 2 a saber uma actua o mais restrita focalizada nos passos de aprendizagem pr prios de cada aluno e nos instrumentos que favore am o seu desenvolvimento e reequil brio Minist rio da Educa o 1997 2 e uma actua o de maior amplitude que consiste num apoio regulador indirectamente ligado aprendizagem mas indispens vel motiva o e constru o que o pr prio aluno faz no que respeita ao sentido atribu do sua vida na escola de ordem mais social Minist rio da Educa o 1997 4 Este apoio educativo deve realizar se dentro da sala de aula atrav s da organiza o e gest o de um trabalho cooperativo entre o professor de apoio e o professor da turma ou fora da sala de aula sempre que poss vel em pequenos grupos de professores da escola para que se rentabilizem os recursos e se promova o di logo e a reflex o conjunta Minist rio da Educa o 1997 6 em articula o com os rg os de gest o e coordena o da escola ou agrupamento de escolas idem 4 No entanto todos os agentes educativos existentes nas escolas devem ser agentes de apoio educativo sendo de salientar que tanto a fam lia como as equipas de Coordena o dos Apoios Educativos e outras estruturas ou servi os
44. Os resultados obtidos pelos sujeitos neste momento de avalia o podem ser analisados no quadro 7 3 que apresenta as medidas de P s teste nas vari veis perceptivas GVP MRP VMI relativamente aos dois grupos experimentais e ao grupo de controlo e os resultados da vari vel Aprendizagem Escolar M dia Desvio Padr o GE1 GE2 GC GE1 GE2 GC GVP 77 84 118 05 56 42 14 08 7 78 9 66 MRP 39 26 60 11 26 32 8 72 3 08 4 66 VMI 38 58 57 95 30 11 7 78 5 47 6 55 Aprendizagem 1 78 1 75 1 75 0 43 0 27 0 44 Quadro 7 3 Medidas de P s teste das vari veis GVP MRP VMI e Aprendizagem no grupo experimental 1 n 19 grupo experimental 2 n 19 e grupo de controlo n 19 226 Aplicac o do PTPV de forma individual com cada um dos 57 alunos que constitu ram a amostra durante oito semanas consecutivas uma sess o por semana 409 APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS 7 2 3 Momento 3 Avalia o Follow up O quadro 7 4 apresenta os valores do Follow up nas vari veis perceptivas GVP MRP VMI relativamente aos dois grupos experimentais e ao grupo de controlo e os resultados da vari vel Aprendizagem Escolar M dia Desvio Padr o GE1 GE2 GC GE1 GE2 GC GVP 93 11 117 10 59 36 9 14 7 78 11 40 MRP 47 58 59 21 27 05 5 38 3 17 5 42 VMI 45 52 57 89 31 78 5 65 5 77 6 58 Aprendizagem 1 93 1 89 1 77 0 48 0 30 0 38 Quadro 7 4 Medidas de Follow up das vari veis GVP MRP VMI e Aprendizagem no
45. S aprendendo a ler e a construir imagens podemos expressar nos comunicar e ensinar atrav s delas Calado 1994 18 124 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 1 5 Imagem em Educa o Num mundo em que as imagens s o uma constante preocupante o facto de serem dadas t o poucas oportunidades s crian as para exprimirem em imagens a sua interioridade as suas emo es e a sua criatividade As viv ncias e os afectos s o filtrados pela sensibilidade e marcados pela idiossincrasia enquanto que o mundo sens vel percebido de forma diferente originando distintas experi ncias resultantes das opera es elaboradas anteriormente com base na percep o e no real Deste modo o mundo interpretado e percebido segundo a cultura OS interesses e os projectos de cada um pois falar do mundo falar de si La Borderie 1979 167 Neste sentido torna se fundamental perguntar se a escola que no tempo das civiliza es orais ensinou a falar e a escutar e que nas civiliza es escritas ensinou a ler e a escrever n o deveria hoje ensinar a ver e a mostrar Pinto 1988 30 Assim nunca demais ressaltar que vivemos num mundo de imagens e que os nossos educandos s o alunos da grande escola dos mass media Assim se queremos comunicar com eles temos de aprender a linguagem visual e ensinar atrav s dela tirando partido das suas in meras potencialidades Taddei 1976 Pode dizer se que
46. armazenamento de conhecimentos e posterior aplica o em novas situa es Al m disso esta compet ncia facilita a aprendizagem da leitura da escrita da ortografia das opera es aritm ticas e permite desenvolver as demais capacidades necess rias ao sucesso nas tarefas escolares Dias amp Chaves 2000 Nesta ordem de ideias fundamental que se promovam programas que permitam desenvolver as fun es sens rio motoras a linguagem a percep o auditiva visual e 9 gt 192 6 processo visual como escal o perceptivo dominante depende de um mecanismo de ajuste culo motor de um complexo processo de transdu o e transmiss o dos est mulos visuais e de uma an lise e s ntese dos mesmos Getman 1965 329 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEPC O VISUAL quinest sico t ctil a capacidade de pensar aprender e recordar a adapta o e o comportamento emocional Frostig 1979 No entanto pata se ter a certeza que estes problemas existem e que tipo de compet ncias de PV afectam torna se necess rio fazer a avalia o perceptivo motora dos alunos atrav s de testes perceptivo motores pois com base nos resultados da sua aplica o que se podem prescrever programas de treino Salvia amp Ysseldyke 1991 Este tipo de avalia o da percep o visual come ou a ser utilizado pelos psic logos da Gestalt que definiram os princ pios da organiza o percep
47. arqu tipos imut veis Para se entender a diferen a entre o mundo das formas e o mundo f sico Plat o afirma que devido ao mundo das formas temos a concep o de um c rculo perfeito totalmente redondo e composto por uma s rie de pontos que apresentam exactamente a mesma dist ncia do ponto central No entanto essa figura n o vista no mundo f sico e os c rculos nunca s o desenhados perfeitamente Por m a ideia de c rculo existe e imut vel s podendo ser conhecida pela raz o e n o pela experi ncia do c rculo perfeito no mundo f sico Por conseguinte as nossas mentes est o escravizadas a imitacoes que desta maneira confundimos com a realidade 5 Mais recentemente Kant 1724 1804 defende que o conhecimento n o pode advir apenas dos dados sensoriais sendo necess ria a presen a de certas categorias pr existentes 6 a partir das quais o material sensorial seria organizado e estruturado Assim afirma que a percep o da realidade se consegue em fun o dessas categorias a priori pelo que o papel da experi ncia fornecer os dados sensoriais com que se estruturam essas categorias Tanto as pr prias categorias como a forma como estruturam a informa o sensorial s o consideradas por este autor como inatas cit Gleitman 1999 O mesmo autor considera ainda que a percep o recebe conte dos da experi ncia que a sensibilidade organiza racionalmente segundo a forma do espa o e do tempo
48. comprovam a hip tese inicial de que o treino sistem tico da percep o visual permite melhorar as compet ncias perceptivas dos alunos com DA Esta conclus o vem de encontro ao afirmado por Mart nez et al 1993 e Frostig et al 1994 que as capacidades de PV devem ser trabalhadas e treinadas se poss vel ainda antes de se revelarem como problema ou ent o logo ap s a detec o do problema como forma de o corrigir devendo treinar se separadamente as diferentes capacidades de PV Neste sentido entende se que a implementa o do PTPV programa de treino da percep o visual desenvolvido e avaliado poder beneficiar tanto as aprendizagens dos alunos com DA como as dos alunos em geral que t m problemas de percep o visual pois tal como acontece com os sistemas Multim dia tamb m o PTPV Interactivo permite uma utiliza o n o linear e uma interactividade aluno computador que vai fazer aumentar os n veis de percep o e uma posterior melhoria no seu desempenho escolar O PTPV interactivo pode ainda vir a ser muito til no desenvolvimento das capacidades de Percep o Visual que cada crian a deve dominar antes de entrar no 1 ciclo do Ensino B sico podendo ser tamb m utilizado junto de crian as do Jardim de Inf ncia e ou do 1 ano do 1 Ciclo do EB sem dificuldades de aprendizagem mas com problemas na rea da Percep o Visual Deste modo as crian as que apresentam problemas nas tarefas perceptiv
49. constitu do por 19 sujeitos que foram submetidos ao programa de interven o tradicional desenvolvido em papel e realizado pelos alunos com o recurso a um l pis normal 2 O GE2 grupo experimental 2 tamb m com 19 sujeitos foi sujeito ao programa de interven o interactivo desenvolvido em computador no programa OMicrosoft PowerPoint e realizado pelos alunos com recurso ao rato para sinalizar as respostas certas em todos os exerc cios de treino foram colocados bot es de som para indicar o certo e o 377 METODOLOGIA errado com sons adequados ao significado pretendido e para aceder ao programa O Microsoft Paint atrav s dos bot es de hiperliga o a outros programas para conseguir executar tra os nos itens de coordena o visual motora e outros 3 O GC grupo de controlo tamb m com 19 sujeitos serviu de controlo aos dois grupos experimentais GE1 e GE2 e n o foi sujeito a nenhum tratamento espec fico O treino perceptivo foi realizado nas escolas que as crian as frequentam sempre na mesma sala num local calmo sem interfer ncias nem elementos de distrac o Foram realizadas com cada um dos sujeitos 8 sess es individuais 2 vezes por semana durante um m s consecutivo Em cada sess o eram explicados os exerc cios sendo os alunos acompanhados na execu o dos mesmos e dadas as ajudas indispens veis correcta realiza o dos exerc cios bem como feitas as devidas correc es para q
50. ctico Aveiro Departamento de Did ctica e Tecnologia Educativa da Universidade de Aveiro Moderno A S 1993 A Comunica o Audiovisual na Escola Portuguesa Revista Portugnesa de Ednca o Universidade do Minho 6 3 11 18 Moles A 1969 La Sociodynamique de la Culture Paris Mouton Moles A 1973 La Communication et Les Mass Media In Les Dictionaires Marabout Verviers Universit Moles A 1975 La Comunicaci n y los Mass Media Bilbao Mensajero Moles A 1981 L Image Communication Fonctionelle Tournai Casterman Moles A 1987 La Visualisation Th matique du Monde Triomphe du Structuralisme Appliqu Cahiers Internationaux de Sociologie volume 82 147 175 Moles A 1990 Arte e Computador Porto Edi es Afrontamento Monedero C 1989 Dificultades de Aprendizaje Escolar Una Perspectiva Nenropsicol gica Madrid Ediciones Pir mide SA Monet D 1996 O Multim dia Lisboa Instituto Piaget Moote P amp Fitz C 1993 Gestalt Theory and Instructional Design Technical Writing and Communication 23 2 137 157 Morais M F 1996 Intelig ncia e Treino Cognitivo Um Desafio aos Educadores Braga S H Sistemas Humanos e Organizacionais Lda Moran J M 1996 As Tecnologias de Ponta e a Comunica o Professor aluno In Simp sio Brasileiro de Comunica o e Educa o Comunica o e Plano Decenal de Educa o Rumo ao ano 2003 Bras lia MEC 44
51. do atrav s de certos sistemas inerentes ao s mbolo lembrando que a representa o que o leitor faz dos m dia sempre codificada por um sistema de s mbolos e que este pode afectar a aprendizagem de v rias maneiras Assim estes leitores destacam em primeiro lugar aspectos diferentes de conte do em segundo lugar uma varia o em rela o facilidade de codifica o em terceiro lugar os elementos espec ficos de codifica o em quarto lugar os sistemas de s mbolo que diferem em rela o quantidade de transforma o que exigem ou permitem em quinto lugar os sistemas de s mbolo que diferem em rela o aos tipos de processos mentais que actuam sobre a codifica o e elabora o 65 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA O autor explora ainda sistematicamente as caracter sticas dos sistemas usando o s mbolo filme como um exemplo que ilustra o seu ponto principal e definindo os diferenciais e as exig ncias de utiliza o de habilidades mentais em interac o com os meios de comunica o usando dados de inqu ritos espec ficos sobre cinema e TV Conclui ainda que a televis o exige menos processamentos mentais de leitura e que os significados de visualiza o de televis o tendem a ser menos elaborados do que os provenientes da leitura embora considere que o significado extra do de um determinado meio depende do aluno Os seus estudos realizados em Israel em 1971 revelaram tamb m que os elementos si
52. em que se verificam altera es espec ficas de leitura formal e de leitura compreensiva 3 Disl xicos com altera o espec fica de leitura compreensiva 4 Disl xicos com altera es de soletra o om ortografia em que se verifica um atraso conjunto de leitura e soletra o ou um atraso isolado de soletra o B Classifica es que se baseiam na etiologia relacionadas com a exist ncia de dislexias PERGIT a J SA 5 7 gen ticas dislexias emocionais e outras dislexias provocadas por defici ncias de estimula o Estas classifica es apresentam duas concep es gerais de Dislexia 170 Derivadas de disfun o cerebral m nima 296 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 1 Concep es tradicionais que predominaram at aos anos setenta do s culo XX e apresentam um enfoque visuo perceptivo motor defendendo que a leitura uma habilidade visual complexa cuja principal actividade consiste apenas em diferenciar e reconhecer os est mulos visuais Estas concep es foram defendidas por v rios autores que caracterizam a Dislexia sob diferentes pontos de vista De acordo com problemas relacionados com o funcionamento do c rebro Hinshelwood 1917 cit Torgesen 1991 considera a exist ncia de uma cegueira cong nita para as palavras Orton 1937 cit Kirk Gallagher amp Anastasiow 1993 que atribui a dislexia falta de domin ncia lateral o que leva invers o dos s mbo
53. emocionais e ind cios neurol gicos o que permite concluir ser necess rio caracterizar estes problemas de uma forma mais alargada e pormenorizada 3 3 1 1 Problemas cognitivos e psicolingu sticos Os problemas cognitivos e psicolingu sticos est o relacionados entre si mas por quest es metodol gicas devem ser analisados separadamente 1 Problemas cognitivos Estes problemas influenciam todas as aprendizagens simb licas como a leitura a escrita ou o c lculo estando relacionados com processos de conte do conte do verbal e n o verbal processos sensoriais e processos de hierarquiza o da aprendizagem Lyon 1985 Outros autores como Kirk amp Chalfant 1984 e Fonseca 1984 afirmam que os indiv duos com DA t m mais dificuldades nos conte dos verbais do que nos n o verbais enquanto que Rourke 1989 1990 e Garc a 1995 consideram que as dificuldades existem tanto nos aspectos verbais como nos n o verbais Por conseguinte os indiv duos com DA apresentam problemas cognitivos nos processos sensoriais tanto a n vel intra sensorial com uma s modalidade como a n vel inter sensorial em que duas ou tr s modalidades aparecem em simult neo como acontece com a escrita em que est o envolvidos sentidos como a vis o a audi o e o sentido t ctilo quinest sico Johnson amp Myklebust 1967 1983 Nesta e noutras aprendizagens simb licas encontram se v rios exemplos de sis
54. es La Grand Didactique cap XX cit Bourrissoux amp Pepel 1992 Esta tradi o antiga de utiliza o da imagem para ensinar tem continuidade at aos nossos dias pela cria o de uma iconografia escolar mais ou menos utilizada conforme as disciplinas sob a forma de pranchas did cticas ou de documentos integrados nos manuais S o imagens que tomam rapidamente a forma de documentos verbo ic nicos sendo o texto que acaba por sublinhar as caracter sticas da imagem presentel Bourrissoux amp Pepel 1992 Apesar da imagem ter perdido o car cter transcendente que possu a noutras pocas mant m ainda forte presen a e influ ncia a n vel da pregn ncia ideol gica no campo social do s c XX Eco 1964 Moles 1969 La Borderie 1972 Aumont 1990 Assim este reencontro com as imagens promovido pela facilidade de multiplica o e difus o deu origem generaliza o da formula o de que nos encontramos perante uma civiliza o da imagem Aumont 1990 Este autor chama ainda a aten o para as caracter sticas de um mundo onde a quantidade as modalidades e o interc mbio de imagens s o cada vez mais numerosos As passagens de um tipo de imagem a outro s o 14 j nos finais do s c XIX abundante a produ o destas pranchas did cticas 70 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA tamb m cada vez mais facilitadas pelo avan o tecnol gico o que nos permite ver por exemplo o cinema na
55. estat stica dos resultados lan amento dos dados no programa SPSS e correc o dos cap tulos relacionados com o tratamento estat stico e an lise e discuss o dos resultados Aos participantes neste estudo alunos de quinze escolas do ensino b sico do 1 ciclo do concelho de Braga agrade o a sua disponibilidade e interesse nas sess es realizadas tanto de testagem como de treino da Percep o Visual Aos professores dos alunos envolvidos no estudo das quinze escolas onde foi realizado e aos Directores das mesmas pela aceita o disponibilidade interesse e simpatia demonstrada durante os meses em que passei pelas suas escolas minha colega e amiga Dr Isabel Lima por todo o incentivo e carinho demonstrado durante estes anos ajudando me a nunca desanimar Ao meu marido J lio companheiro de 35 anos que Deus quis tirar do nosso conv vio durante a realiza o deste trabalho por todo o carinho apoio e incentivo sempre demonstrado e pela preciosa colabora o na aplica o dos testes de avalia o e programa de treino em suporte tradicional Como gostaria que acompanhasse este momento embora sinta que continua presente no dia a dia pois s assim tive incentivo para terminar a obra come ada Aos meus filhos Carla Pedro e Joao por todo o carinho incentivo compreens o e paci ncia durante o desenvolvimento deste trabalho Aos meus netos Joana Jos Pedro Jo o e Margarida pela alegria e compreen
56. gico ou no dom nio da compreens o leitora 166 Muitas vezes os disl xicos apresentam dificuldades de predomin ncia auricular 292 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 7 Problemas auditivos sendo os mais frequentes os problemas de s ntese auditiva e de completamento auditivo e as dificuldades nos aspectos morfol gicos sint cticos e sem nticos 8 Problemas de vocabul rio e flu ncia verbal relacionados com dificuldades em encontrar palavras pronunciadas oralmente palavras para nomear objectos ou pessoas e lentid o na realiza o destas tarefas 9 Outros problemas mem ria aten o motiva o e equil brio emocional que est o relacionados com dificuldades em memorizar palavras tanto a n vel auditivo como visual e pouca motiva o pata estas aprendizagens devido ao frequente insucesso De um modo geral para designar as dificuldades espec ficas de leitura e escrita s o utilizadas express es como dislexia dist rbios de leitura dificuldades espec ficas de leitura e dist rbios de leitura e escrita que t m sido definidas por v rios autores ao longo dos anos de formas diversas 4 1 5 1 A Dislexia O termo dislexia refere se a dificuldades nos mecanismos espec ficos de leitura apresentadas por indiv duos n o t m d fice intelectual Citoler 1996 Este problema est relacionado com disfun es neurol gicas que provocam dificuldades na mem ria de detalhes e problemas visuo motore
57. habilidades b sicas de leitura c lculo racioc nio ou soletra o Uma discrep ncia severa verifica se quando o rendimento da crian a numa ou mais reas desce at ou abaixo dos 50 do n vel do rendimento esperado desde que tenham sido tidas em considera o a idade e as experi ncias pr vias USOE 1976 52405 cit Hammill 1990 Esta defini o foi reformulada e acrescentada em 1977 sendo afirmado que uma crian a tem Dificuldades de Aprendizagem quando se verificam as seguintes condi es 195 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 1 N o consegue resultados proporcionais aos seus n veis de idade e capacidade numa ou mais das reas espec ficas express o oral compreens o auditiva express o escrita capacidade de leitura b sica compreens o da leitura c lculo matem tico e racioc nio matem tico 2 Apresenta uma discrep ncia significativa tal como afirma Bateman 1964 entre a realiza o escolar e a capacidade intelectual numa ou mais das reas referidas atr s Nos ltimos tempos a defini o cient fica de DA mais aceite pela maioria dos investigadores a apresentada pelo National Joint Commitee on Learning Disabilities NJCLD dos EUA 1981 1994 cit Shaw et al 1995 que afirma que a express o Dificuldades de Aprendizagem gen rica e engloba um grupo heterog neo de desordens que se manifestam por dificuldades significativas na aquisi o e no uso de apt
58. hip teses de composi o para expressar um mesmo conte do 2 Globalidade dado que a leitura dos signos ic nicos n o se faz de forma sucessiva e linear como na escrita mas faz se de forma global e imediata mobilizando todo um conjunto de capacidades cognitivas e afectivas 122 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Eco 1970 afirma que a imagem enquanto sistema de representa o ou de linguagem se chama imagem material porque n o se pode confundir com o pr prio objecto e enquanto sistema de representa o lida segundo regras pr prias No entanto as imagens materiais n o aparecem apenas de forma isolada pois grande parte das vezes surgem em sequ ncia o que confere imagem rela es pr prias da linearidade temporal diacr nica dos textos narrativos Isto porque uma s rie de imagens em sequ ncia permite uma leitura longitudinal enquanto que uma s rie heterog nea obriga a uma leitura transversal Ao apresentar se aos leitores imagens em sequ ncia origina se o aparecimento de um processo mental conhecido sob o nome de third effect chamado por Tardy 1973 3 troisi me signifiant Esta nova significa o surge no esp rito do leitor atrav s da associa o do contraste ou da oposi o Thibault Laulan 1973 pelo que cada significa o atribu da a uma imagem pelo seu autor ser sempre alterada quando a mesma imagem for precedida ou sucedida por uma outra Giacomantonio 1986
59. micos e escalares que d o lugar s estruturas espacial temporal e de rela o da imagem No entanto a qualifica o da ordem visual s poss vel a partir de um conjunto de elementos espec ficos sintacticamente ordenados com base na necessidade de se dispor de elementos espec ficos da representa o ic nica para modelar e qualificar a realidade e de que tais elementos devem estar organizados de acordo com algum sistema de ordem Villafa e amp M nguez 1996 O significado de uma imagem tamb m se manifesta atrav s da express o ic nica pois as imagens n o se representam de forma directa por meio de objectos mas sim por meio de opera es materiais e perceptivas bem como por meio de regras gr ficas e tecnol gicas devendo ter se em conta a sua rela o directa com a representa o Vilches 1992 Toda a imagem possui uma significac o pl stica que pode ser analisada formalmente a partir de categorias especificamente ic nicas pois mesmo que se esque a o sentido que uma imagem possa ter ocasionalmente ela produzir sempre uma significa o pr pria resultante da inter rela o dos seus elementos pl sticos independentemente do seu n vel de realidade Esta significa o pl stica a forma espec fica de significa o das imagens isoladas mas a sua an lise requer tamb m categorias formais espec ficas Villafa e M nguez 1996 Pode ainda afirmar se que a imagem tem uma exist ncia aut noma
60. muitas vezes em Congressos onde os mesmos especialistas proferiam Confer ncias Assim destacamos os 368 METODOLOGIA contactos realizados com o Professor Doutor V tor da Fonseca o Professor Doutor Lu s Miranda Correia a Professora Doutora In s Sim Sim o Professor Doutor Paulo Dias o Prof Doutor Pedro Albuquerque e o Professor Doutor Leandro Almeida entre outros Contactos com especialistas estrangeiros muitas vezes atrav s do correio electr nico de que se salientam o Professor Doutor Alfredo Campos da Universidade da Corufia e a Professora Doutora Marjorie Montague da Universidade de Miami Encontro informal com o respons vel da Mediateca de Psicologia do Instituto de Educa o e Psicologia para obter autoriza o de consulta dos testes ali existentes Encontros com elementos da Equipa de Coordena o dos Apoios Educativos de Braga no mbito do Centro de Coordena o da Ac o Educativa do Distrito de Braga com a finalidade de obter informa es sobre o modo de funcionamento da Educa o Especial no distrito de Braga assim como do tipo de alunos com NEE que frequentam escolas inclusivas do Concelho de Braga Reuni es formais com Directores de v rias Escolas do 1 ciclo do Ensino B sico do Concelho de Braga urbanas e rurais no sentido de obter informa es relativas aos alunos das suas escolas hor rio desenvolvido poss vel ades o dos professores e encarregados de educa o par
61. ncias matem ticas iniciais s o a base do desenvolvimento posterior de outros conhecimentos mais complexos Citoler 1996 A aprendizagem da matem tica torna se assim um processo lento e construtivo no qual os conhecimentos se v o integrando parcial e gradualmente at se conseguir a compet ncia global facto que nem sempre conseguido pelos alunos devido a causas diversificadas Os problemas graves de aprendizagem da matem tica est o muito relacionados com o c lculo pelo que se utiliza o termo Discalculia quando essas dificuldades s o graves 307 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 4 2 1 Como se processa a aprendizagem da matem tica O ensino aprendizagem da matem tica processa se normalmente com base em sete concep es fundamentais Citoler 1996 1 Aquisi o dos conhecimentos matem ticos A aquisi o desta compet ncia conseguida trav s de um processo de constru o activo e n o uma mera assimila o passiva por parte do sujeito O indiv duo deve estabelecer rela es entre os conceitos para ser capaz de fazer as sucessivas elabora es e reestrutura es do conhecimento que lhe permitam atingir as representa es cognitivas adequadas 2 Conhecimentos pr vios Estes constituem o aspecto mais importante pois permitem a aquisi o e compreens o de novos conhecimentos O conhecimento informal deve ser feito a partir de experi ncias quotidianas fora da escola e funcionar como
62. o ndio scripto visual simult nea e exerce um impacto maior sobre o indiv duo facilitando a reten o mnem nica do percebido tanto no dom nio das l nguas como das ci ncias Al m disso as tecnologias interactivas permitem ainda que cada indiv duo possa ir construindo os seus conhecimentos a partir dos esquemas cognitivos que j possui sendo a aprendizagem facilitada a partir dos erros que v o sendo cometidos emprego de estrat gias de ensaio erro o que se comprova pela forma como os alunos reagiram utiliza o do PT PV interactivo aceitando bem o aviso de que errou e procurando sempre corrigir at acertar Deste modo pode afirmar se que o Programa de Treino da Percep o Visual PTPV interactivo pode ser considerado uma mais valia para uma melhoria das compet ncias de percep o visual de todos os alunos que t m problemas nesta rea quer tenham DA ou n o Outro aspecto importante a referir que o facto de se ter desenvolvido um programa de treino em que as diferentes compet ncias de percep o visual coordena o culo manual posi o no espa o c pia figura fundo rela es espaciais completamento visual velocidade visual motora e const ncia da forma s o treinadas separadamente foi mutito vantajoso permitindo uma melhoria dos resultados globais GVP ap s o treino 420 CONCLUS ES GERAIS Este estudo permite ainda comprovar o afirmado por Frostig 1963 Chalfant amp Schef
63. o Distribu da e Aprendizagens Flex veis e Colaborativas na Web Revista Portuguesa de Educa o vol 13 1 141 167 Dias P Gomes M J amp Correia A 1998 Hiperm dia e Ednca o Braga Edi es Casa do Professor Dias P Gomes M J amp Correia A P 1999 Disorientation in Hypermedia Environments Mechanisms to Support Navigation Educational Computing Research vol 20 2 93 117 Dieuzeide H 1965 Les Techniques Andio visuelles dans I Enseignement Paris PUF Dondis D A 1973 4 Primer of Visual Literacy Massachusetts The Massachusetts Institute of Technology Dondis D A 1988 La Sintaxis de la Imagen Introducci n al Alfabeto Visual 7 edi o Barcelona Gustavo Gili Dondis D A 1990 Sintaxe da linguagem visual 3 edi o S o Paulo Martins Fontes Douet B 1990 La Th orie de P Apprentissage Mediatis Presentation de la Th orie et de ses Aplications dans le Programme d Enrichissement Instrumental Revista Portuguesa de Educa o 3 1 45 61 Drouet R C 1990 Dist rbios de aprendizagem S Paulo Editora tica S A DSM IV 1996 Manual de Diagn stico e Estat stica das Perturba es Mentais Lisboa CLIMEPSI Editores Duffy T amp Cunningham D 1996 Constructivism Implications for the design and delivery of instruction In D Jonassen Ed Handbook of Research for Educational Communications and Technology pp 170 198 New York Mac
64. para serem usadas directamente nas situa es mas s o constru das no momento com base em modelos mentais flex veis evocados pelo contexto O construtivismo passou a impor se na segunda metade do s c XX assentando basicamente em dois pressupostos Morrison amp Collins 1995 54 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 1 A realidade subjectiva 2 A aprendizagem resulta da constru o que o sujeito faz daquilo que o rodeia Esta uma Teoria sobre o conhecimento e a aprendizagem que descreve o conhecimento como tempor rio subjectivo constru do internamente e mediatizado social e culturalmente considerando a aprendizagem como um processo auto regulador do conflito entre o conhecimento pessoal do mundo e as novas perspectivas com que o indiv duo se vai deparando Fosnot 1996 Pode afirmar se que a abordagem construtivista se fundamenta no racionalismo realismo e idealismo pois considera que no acto de conhecer existe uma rela o sujeito objecto muito din mica e interactiva e que o conhecimento n o est no objecto nem criado dentro do sujeito sendo antes constru do por ele atrav s da interac o com o objecto Por isso o significado que corresponde verdade e ao conhecimento n o pode ser simplesmente objectivo nem pode ser simplesmente subjectivo Le Moigne 1995 70 As ra zes mais profundas do construtivismo est o relacionadas com a psicologia e a
65. que Johnson amp Myklebust 1967 subdividem em cinco tipos de problemas espec ficos Dislexia auditiva Dislexia visual Dislexia provocada por desordens de compreens o Dislexia provocada pot problemas na produ o da escrita Discalculial39 dado que os problemas de aprendizagem da Matem tica podem ser causados tamb m por dificuldades lingu sticas ou problemas de leitura 3 Dificuldades no rendimento individual que muito inferior ao esperado para a idade n vel de escolaridade ou n vel intelectual nas provas habituais de leitura escrita ou aritm tica podendo considerar se quatro grandes categorias de DA relacionadas com determinadas dificuldades ou s ndromes espec ficos DSM IV 1996 Perturba es na leitura verificando se um baixo rendimento na leitura tanto no reconhecimento de palavras como na velocidade ou compreens o leitora em rela o ao n vel esperado face idade capacidade intelectual ou n vel de escolaridade Esta uma dificuldade que interfere de forma significativa no rendimento escolar ou nas actividades da vida quotidiana Estes sintomas podem aparecer logo no in cio da escolaridade b sica sendo imprescind vel uma identifica o e uma interven o precoces 157 Devido a problemas no hemisf rio direito do c rebro 138 Estes tipos de dislexia ser o desenvolvidos adiante O A a 3 T 3 139 Este problema da discalculia sera mais desenvolvido adiante 250
66. rios 98 tendo a crian a que descobrir numa s rie de figuras com fundo distractores a figura apresentada Frostig 1963 prop e ainda a realiza o de outros exerc cios figura 5 6 em que a crian a ter de reconhecer todos os quadrados e todos os c rculos indicando os ou sublinhando os Figura 5 6 Const ncia da forma Frostig 1963 Dias 1995 140 1999 226 4 Posi o no espa o que a capacidade que permite perceber as rela es de posi o do objecto no espa o relativamente ao observador ou seja permite relacionar o espa o de um objecto com o observador e discriminar revers es e rota es de figuras evitando se assim uma confus o global e uma desorienta o espacial Quando a crian a n o tem esta capacidade desenvolvida torna se confusa e hesitante nos seus movimentos E uma capacidade fundamental no desenvolvimento perceptivo motor e de grande import ncia no dom nio da actividade simb lica para al m de constituir uma esp cie de eixo integrado entre a linguagem interior e a linguagem falada Para desenvolver esta compet ncia devem ser feitas actividades de tonicidade equil brio e exerc cios de orienta o no espa o que ajudem a crian a a organizar o seu esquema corporal como distinguir cima baixo dentro fora perto longe esquerda direita Frostig 1963 prop e ainda a realiza o de outros exerc cios figura 5 7 em que numa fase inicial a crian a ter
67. s correntes te ricas Teorias da Comunica o Teoria 58 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Geral de Sistemas e Teorias Behavioristas cujo contributo vir a marcar de forma definitiva a ess ncia e o rumo da TE a partir desse momento Coutinho 2003 De facto com o r pido desenvolvimento das tecnologias inform ticas TIC e o acesso a redes globais de computadores correio electr nico bases de dados bibliotecas virtuais CD ROM e outtos o uso do computador cada vez mais uma constante como auxiliar do processo ensino aprendizagem Com o uso de computadores nas salas de aula bibliotecas e salas de estudo o aluno ocupar um lugar central no processo ensino aprendizagem o seu ritmo ser mais respeitado e poder desenvolver uma aprendizagem mais s lida e eficaz O aproveitamento optimizado destas novas tecnologias implica uma mudan a radical na forma de ensinar e de aprender O uso de textos imagens v deos e sons tem de revolucionar os processos de ensino aprendizagem podendo permitir que o papel do aluno seja mais relevante e que possa fazer uma aprendizagem mais pessoal e mais rica Isto porque o audiovisual deixou de ser nos nossos dias um mero auxiliar de ensino para interferir na pr pria pedagogia O audiovisual fomenta uma pedagogia de observa o proceder interpreta o a partir da observa o colectiva ao longo da qual se assiste confronta o de observa es individuais corrigindo
68. sees 372 Quadro 6 4 Etapas do Estudo emp rico sssssssseeeeeenee ertet 375 XV Quadro 6 5 Escolas onde se realizou o estudo sees tnter 383 Quadro 6 6 reas de comportamento abrangidas pela EIDA sitter 392 Quadro 6 7 Modelo Neurol gico da EIDA sse tentent tenentes 393 Quadro 7 1 Medidas de Pr teste e resultados do teste de Student para amostras independentes das vari veis GVP MRP VMI e aprendizagem no grupo experimental 1 n 19 comparando com o Grupo de COMO MELIA ad A denies 406 Quadro 7 2 Medidas de Pr teste e resultados T teste para amostras independentes das vari veis GVP MRP VMI e aprendizagem no grupo experimental 2 n 19 comparando com o Grupo de Controlo n 10 tarotista Da DOO OUI De DOCU O OO OD BD ep adbdas initanabisada 406 Quadro 7 3 Medidas de P s teste das vari veis GVP MRP VMI e Aprendizagem no grupo experimental 1 n 19 grupo experimental 2 n 19 e grupo de controlo N 19 wees 407 Quadro 7 4 Medidas de Follow up das vari veis GVP MRP VMI e Aprendizagem no grupo experimental 1 n 19 grupo experimental 2 n 19 e grupo de controlo N 19 wees 408 Xvi NDICE DE GR FICOS Gr fico 5 Gr fico 5 Gr fico 5 Gr fico 5 Gr fico 5 Gr fico 6 Gr fico 6 Gr fico 6 1 An lise resultados estudo de Braga face aos resultados estudo de Fonseca 395 2
69. sendo essencialmente mental e consequentemente um sistema de compreens o pelo facto de ficar a meio caminho entre o real e o imagin rio Ela n o faz parte apenas do campo da informa o sendo tamb m cria o intencional embora de forma restrita e reflectindo um esfor o da vontade n o sendo mero dep sito de elementos 75 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Assim qualquer capta o de imagem feita pela nossa vis o baseada no desenvolvimento de uma actividade mental orientada numa dupla direc o pois a imagem sendo formada por elementos toma determinado sentido logo que estabelecemos uma rela o combinada entre os signos materiais Al m disso os elementos espaciais assim constitu dos s possuem realidade pelo facto de reflectirem conhecimentos e valores que se encontram no dom nio da mem ria ou do imagin rio Francastel 1983 O conceito de imagem compreende outros mbitos que v o mais al m que os produtos da comunica o visual e da arte implica tamb m processos como o pensamento a percep o a mem ria em suma a conduta portanto um conceito mais amplo que o de representa o ic nica pelo que conv m analisar as origens do mesmo para tentar uma explica o do fen meno Villafa e 1992 29 A caracteriza o da imagem pode ainda ser feita com base nos seus elementos constituintes considerando se que a unidade da imagem a mancha composta por espa o e cor e quando v
70. sica que um tipo de mem ria inconsciente e que serve para manter o conhecimento dos movimentos do corpo 2 A mem ria epis dica que engloba toda a hist ria pessoal ou autoconhecimento que os indiv duos possuem atrav s do armazenamento das suas experi ncias nicas e pessoais 3 A mem ria sem ntica que corresponde a um tipo de mem ria que agrega todo o conhecimento aprendido na escola e uma aprendizagem em grande parte realizada atrav s do ensino e das experi ncias com a informa o Os alunos com DA t m por norma d fices de mem ria deste tipo com incid ncia na codifica o cataloga o armazenamento e ou relembran a da informa o Kirby amp Williams 1991 Deste modo pode afirmar se que as dificuldades de leitura se devem essencialmente a um armazenamento disfuncional a n vel da mem ria de curto prazo e a uma lembran a inadequada da informa o do sistema lingu stico e raramente est o relacionadas com a mem ria de longo prazo Vellutino 1979 Por conseguinte as dificuldades ao n vel da mem ria nos indiv duos com DA est o mais relacionadas com problemas interactivos entre os v rios componentes do 235 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM processamento do que com o mau funcionamento em apenas um dos componentes Swanson amp Cooney 1991 Ao fazer se uma abordagem mais abrangente deste problema verifica se ainda que os indiv duos com DA apr
71. sico porque permite a identifica o precoce e a preven o do insucesso escolar Esta escala baseia se numa perspectiva de desenvolvimento psicobiol gico envolvendo aspectos de matura o do Sistema Nervoso Central SNC e de matura o org nica e p e em jogo o papel da motricidade no desenvolvimento cognitivo e no ajustamento social e emocional Fonseca 1984 conforme pode ver se no quadro 6 7 A Escala de Identifica o de Dificuldades de Aprendizagem EIDA permite ainda identificar crian as que se desviam do conceito de normalidade dependente de uma relatividade cultural problemas de comportamento problemas metab licos les es cerebrais m nimas etc A EIDA por conseguinte um instrumento de cariz pedag gico terap utico que permite mostrar ao professor que deve ser feita uma interven o de tipo dial ctico entre rela o pedag gica e compet ncia cient fica 396 METODOLOGIA INPUT ASSOCIA O integra o OUTPUT a tecep o express o Compreens o Compreens o e ur ee jua a E mem ia Contar Formula o UNGUAGEM COMPREENS O significado x Discu es BIg rages de AUDITIVA E das Instru es na Informa o E E verbal Hist rias PFa FALADA palavras Aula ES gt Aprecia o Orienta o Aprecia o Pprecia o Condena mis P ORIENTA O Ego Espacial de de a Equilibrio rasis er ESP CIO TEMPORAL Tempo Rela es Dire
72. 1 Perturba es de hiperactividade com d fice de aten o tipo combinado S o perturba es que os indiv duos manifestam atrav s de um comportamento inquieto movendo se quando n o est o sentados n o permanecendo quieto quando se espera que o fa a correndo ou saltando excessivamente em situa es em que inadequado faz lo revelando dificuldades em brincar em dedicar se a actividades de lazer e ou falando em excesso 2 Perturba es de hiperactividade com d fice de aten o tipo hiperactivo impulsivo Os indiv duos com estas perturba es manifestam impaci ncia dificuldades em adiar respostas dificuldades em esperar pela sua vez interrompendo ou interferindo 243 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM frequentemente com os outros ao ponto de provocat problemas em situa es sociais escolares ou laborais fazendo coment tios inadequados etc 3 Perturba es de hiperactividade com d fice de aten o tipo desatento Verificadas em indiv duos que n o d o aten o suficiente aos pormenores ou cometem erros por descuido nas tarefas escolares ou noutras actividades Kirk amp Chalfant 1984 apresentam tamb m uma classifica o relacionada com problemas de hiperactividade com d fice de aten o agrupando os do seguinte modo 1 Hiperactividade apesar de considerarem que nem todos os indiv duos com DA s o hiperactivos nem todos os indiv duos com hiperactividade t m
73. 110 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA percep o cria formas inexistentes O olho em determinadas circunst ncias estabelece rela es entre objectos visuais aos quais est subjacente uma for a de atrac o lei do agrupamento Assim vemos a forma quadrangular inexistente quando estamos numa situa o em que se nos apresentam quatro pontos equidistantes e distribu dos em dois planos paralelos Kipman 1987 Por exemplo quando olhamos para o c u vemos formas de constela es onde apenas est o vis veis pontos luminosos dispersos 5 Outros factores que influenciam a percep o Kipman 1987 como a dist ncia a que o observador se encontra do objecto percepcionado o tempo de exposi o de uma imagem e as propriedades dos m dia usados A este prop sito Dondis 1988 1973 refere a exist ncia de tr s n veis de intelig ncia visual o input de s mbolos m ltiplos a representa o baseada no contorno e na diferencia o e a composi o elementar abstracta que a mensagem visual pura algo a que poderia chamar se vis o global 111 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 112 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 1 4 ALeitura da Imagem Muitas vezes se diz que uma imagem vale mais do que mil palavras raz o pela qual se pode afirmar que o recurso imagem fundamental no processo de ensino aprendizagem de qualquer crian a como j referimos No entanto pata que a sua utiliza o s
74. 1953 cit Kirk 1962 Vellutino 1979 258 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Assim a partir deste conjunto de teorias Mart n 1994 agrupa as causas que provocam o aparecimento de DA em tr s grupos DA provocadas por falhas na recep o da informa o adequada DA provocadas por falhas na produ o adequada da informa o e DA provocadas por conte dos irrelevantes contidos na informa o a interiorizar que desorientam os alunos e os impedem de efectuar uma codifica o adequada Ainda a partir das teorias referidas acima s o apresentados tr s tipos de classifica es que procuram esclarecer melhor as causas geradoras de DA A Classifica o de Drouet 1990 Esta classifica o baseada em factores intr nsecos e extr nsecos aos indiv duos que classifica as causas de DA de acordo com factores inerentes ao indiv duo e factores externos relacionados com o meio envolvente 1 Causas f sicas que est o relacionadas com perturba es som ticas transit rias ou permanentes resultantes de qualquer perturba o do estado f sico geral do indiv duo 2 Cansas sensoriais que se relacionam com dist rbios que atingem os rg os dos sentidos respons veis pela percep o que o indiv duo tem do meio exterior 3 Causas nenrol gicas que ocorrem no sistema nervoso nomeadamente no c rebro no cerebelo na medula ou nos nervos 4 Causas emocionais relacionadas com dist rbios psicol
75. 47 Vellutino F R 1979 Dyslexia Theory and Research Cambridge MA MIT Press Vignaux G 1991 As Ci ncias Cognitivas Lisboa Instituto Piaget Colec o Horizontes Pedag gicos 455 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Vilches L 1992 La Lectura de la Imagen 4 edicto Barcelona Ediciones Paid s Ib rica S A Villafa e J 1992 Introducci n a la Teor a de la Imagen 4 edicto Madrid Ediciones Pir mide S A Villafa e J amp M nguez N 1996 Principios de Teor a General de la Imagen Madrid Ediciones Pir mide S A Vygotsky L S 1962 Thought and Language Cambridge MA MIT Press Vygotsky L S 1993 Pensamento e Linguagem S Paulo Martins Fontes Wallon H 1968 L Evolution Psychologique de I Enfant Paris Ed A Colin Warnock H M 1978 Special Education Needs Report of the Committee of Enquiry into the Education of Handicapped Children and Young People London Her Majesty s Stationery Office Warnock H M 1987 Encuentro sobre Nexesidades de Educaci n Especial Revista de Educaci n n mero extraordinario cap I 45 73 Watkins A 2001 Tecnologias de Informa o e Comunica o TIC nas Necessidades Educativas Especiais Middelfart Ag ncia Europeia para o Desenvolvimento em Necessidades Educativas Especiais A S Modersmalets Trykkeri Wepman J M 1964 The Perceptual Basis for Learnig Meeting Individual Differences in Reading Chic
76. 9 418 CONCLUS ES GERAIS Neste cap tulo s o apresentadas as conclus es gerais do estudo tendo como ponto de partida os resultados dos testes de hip teses e a discuss o dos resultados apresentados no cap tulo anterior Estas conclus es constituem ainda uma reflex o sobre toda a problem tica em estudo e suas implica es no desenvolvimento das capacidades dos alunos com dificuldades de aprendizagem DA S o ainda referidas as limita es do estudo e apresentadas sugest es para estudos posteriores As conclus es que aqui se apresentam procuram reflectir sobre os resultados do estudo emp rico interpretados e ponderados atrav s dos aspectos te ricos resultantes da pesquisa bibliogr fica efectuada em torno das problem ticas da tecnologia educativa tecnologias interactivas e imagem das dificuldades de aprendizagem e do treino de compet ncias de percep o visual Neste sentido espera se ter contribu do para o aprofundamento do conhecimento sobre o modo como os problemas perceptivos podem afectar a aprendizagem dos alunos com DA e sobre as vantagens da utiliza o de programas de treino da percep o visual indispens vel a uma melhoria das compet ncias de percep o visual dos alunos com DA e ou dos alunos sem DA mas com problemas de percep o visual Relativamente ao estudo emp rico em que foram utilizados dois tipos de Programa de Treino da Percep o Visual PTPV com recurso imagem um desenvo
77. A Giannotti S o Paulo EdUSP Wittgenstein L 1987 Tratado L gico filos fico Investiga es Filos ficas Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian Yaguello M 1981 Alice au Pays du Langage Pour Comprendre la Linguistique Paris Seuil Zakia R 1997 Perception and Imaging Boston Focal Press Zigmond N 2007 Delivering Special Education is a Two person Job a Call for Unconventional Thinking In J B Crockett M M Gerber amp T J Landrum Eds Achieving the Radical Reform of Special Education Essays in Honour of James M Kauffman pp 115 137 Mahwah NJ Lawrence Erlbaum Associates 457 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS 458 ANEXOS ANEXOS 460 ANEXOS Anexo 1 Programa de Treino da Percep o Visual vers o tradicional suporte papel 461 ANEXOS 462 ANEXOS Anexo 2 Manual de Utiliza o do Programa de Treino da Percep o Visual Print Screen de todos os ecr s do PowerPoint 463 ANEXOS 464 ANEXOS Anexo 3 CD ROM com o Programa de Treino da Percep o Visual Interactivo 465 ANEXOS 466
78. D 1990 Leaming Disabilities Basic Concepts Assessment Practices and Instructional Strategies Austin Library of Congress Cataloging in Publication Myklebust H M 1954 Auditory Disorders in Children New York Ed Grune amp Stratton Myklebust H M 1968 Learning Disabilities Definition and Overview In H Myklebust Ed Progress in Learning Disabilities volume 1 New York Ed Grune e Stratton Myklebust H M 1978 Toward a Science of Dyslexiology In H Myklebust Ed Progress in learning Disabilities volume 4 New York Ed Grune e Stratton Nieto M 1990 Retardo del Lenguaje Madrid CEPE Nikolas P 1997 A Rep blica de Plat o Lisboa Edi es 70 Nunes M 1946 A Assist ncia s Crian as Anormais em Portugal A Crian a Portuguesa 5 1 449 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Ortega Carrilho J 1997 Comunicaci n Visual y Tecnologia Educativa Granada Grupo Editorial Universitario Otto W Chester R Mcneil J Meyers S 1974 Focused Reading Instruction Machassussetts The Massachusetts Institute of Technology Paivio A 1971 Imagery and Verbal Processes New York Holt Rinehart and Winston Paivio A 1983 The Empirical Case for Dual Coding In J C Yulle Ed Imagery Memory and Cognition pp 307 332 Hillsdale NJ Erlbaum Paivio A 1986 Mental Representations a Dual Coding Approach New York Oxford University Press Paivio A amp Ernest
79. Disgrafia relacionada com problemas na formula o adequada do pensamento em que o indiv duo n o consegue formular verbalmente o seu pensamento com as estruturas sint cticas adequadas embora escreva um texto ditado As Disgrafias podem muitas vezes aparecer associadas a dislexias pois est o relacionadas com uma altera o verbal de base mais comprometida com o hemisf rio esquerdo apesar de poderem aparecer isoladas e n o apresentarem esta inferioridade verbal Monedero 1989 Dado que a sintomatologia das Disgrafias muito variada encontrando se omiss es confus es e repeti es id nticas s existentes nas dislexias torna se muito dif cil precisar se as Disgrafias est o relacionadas com um problema instrumental ou com um conflito emocional provocado pela dificuldade de aprendizagem Monedero 1989 4 1 5 3 A Disortografia A base para uma boa aquisi o da ortografia de cada l ngua consiste num bom conhecimento das diferen as fon ticas e numa boa capacidade de percep o e mem ria visual Monedero 1989 Assim para ser poss vel compreender as dificuldades existentes no campo da ortografia conv m relembrar que a crian a come a por realizar uma escrita de fonemas em que tem que estabelecer uma correspond ncia entre os fonemas e os seus signos gr ficos o que s poss vel atrav s de uma aprendizagem de tipo visual em que se atribui a diferentes signos gr ficos sons iguais ou an logos 17
80. Fiputa 5 5 Percep o figura fundo as ssansensanaana nantes ir 330 Figura 5 6 Const ncia da FOMA iiinis io i rera eoe cias 331 Figura 5 te Posi o no BSpaco intet eite ree te dado pude ree eee nee be e Ree e canada 332 Fipura5 9 Relacoes de espacOsctecueec eren ti 332 Figura 5 9 Reoteanizaca perceptive June A eiecit e eed 333 xiii Figura 5 Figura 5 Figura 5 Figura 5 Figura 5 Figura 5 Figura 5 Figura 5 Figura 5 10 Esquematizacao perceptiva ico isis dnd 333 11 Exerc cio de Coordenac o culo Manual erret tentent totiens 343 12 Exercicio de Posi o No Espa o eee ettet rtt eite teens 343 195 Exerc cio de COPIA na a A O e e Ch enden 344 14 Exerticio de Figura Pruna 344 15 Exerc cio de Rela es Espaciais oococcconinnnnannnnenconencnncanincnnoncnncnonnnnnon conan oncononcnn oran caian 345 16 Exerc cio de Fechamento Visual eese eerte netten 345 17 Exerc cio de Velocidade Visual motota eere 345 18 Exeretcio de Constancia da Forma tea eti eee tette 346 Xiv NDICE DE QUADROS Quadro 1 1 Quest es essenciais numa perspectiva da Tecnologia Educativa wees 60 Quadto T 2 forma o da Mage oae edo tee AAA Ae haie 80 Quadro 1 3 Modelo geral de descodifica o visual ii sse 99 Quadro 1 4 Determinantes de uma unidade visual definidos por Palmer oo 100
81. Lachman et al 1979 O treino cognitivo vem progressivamente adquirindo espa os pr prios ou mais intencionais no seio da escola pelo facto de na sociedade actual ser muita a informa o e os suportes t cnicos para o seu armazenamento serem cada vez mais potentes Assim a escola em vez de estar centrada na aquisi o e reten o de informa o deve capacitar os alunos em termos individuais e de grupo para o acesso a essa informa o e pata o seu uso na resolu o dos problemas Almeida 1993 1996 5 1 1 O Treino Cognitivo Os programas de treino cognitivo ou de treino para pensar est o relacionados com dois referenciais te ricos da cogni o os trabalhos na linha do processamento da informa o e os trabalhos da rea do desenvolvimento da intelig ncia Nos primeiros h que falar em processos de apreens o codifica o compara o e organiza o da informa o input em processos de reten o evoca o categoriza o e relacionamento processamento e em processos de avalia o decis o e resposta output Almeida 1993 1996 O recurso a programas de promo o cognitiva tem por finalidade dar resposta a alguns problemas identificados em contextos escolares nomeadamente a exist ncia de alunos com dificuldades de aprendizagem DA de alunos que n o sabem estudar de alunos deficientes que t m problemas ao n vel da capta o compreens o e express o da informa o etc Tais problemas
82. Littlejohn 1978 5 e uma situa o em que se estabelece uma rela o entre pessoas de tal modo que as iniciativas intencionais de uma possam chegar ao conhecimento das outras Trindade 1990 293 O acto comunicativo assemelha se a um Hipertexto ou seja a um conjunto de unidades de informa o interligados numa rede associativa suportada pot computadores que o sujeito explora de forma n o sequencial de acordo com os seus interesses e necessidades e em que o produto final n o pode ser determinado partida Assim cada leitura depende da forma como o sujeito procura e relaciona activamente a informa o na rede hipertextual criando os seus pr prios percursos Mucchielli 1998a 1998b 11 Psicologia teoria curricular ci ncias da educa o epistemologia 61 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Num texto uma palavta ou uma imagem podem remeter para outro texto ou outro multim dia que um seu coment rio Quando clicamos sobre a palavra ou a imagem em quest o a sua explica o aparece sobre o cran Este coment rio tamb m ele composto de elementos multim dia que se podem reenviar para outras explica es e coment rios e assim indefinidamente Mucchielli 1998b 207 A comunica o de massa contribui para enriquecer o c rebro de cada um com conhecimentos mosaicos semantemas fornecendo o material de nossas associa es de ideias e construindo eventualmente noss
83. PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL treino realizado em programa interactivo produzia melhores resultados que o treino realizado em papel O Programa de Treino da Percep o Visual PTPV criado pela investigadora baseia se em estudos realizados sobre a implementa o de programas deste tipo em v rios pa ses nomeadamente nos Estados Unidos tendo se procurado ter tamb m em aten o a opini o de investigadores e cl nicos Chalfant amp Scheffelin 1969 Gabbard 1992 Frostig 1963 que defendem que todas as compet ncias de percep o visual podem ser teoricamente distintas umas das outras Conforme o referido anteriormente devem ser aplicados programas espec ficos de treino com aparentes objectivos de avalia o de diferentes compet ncias de percep o visual apesar de se saber que na pr tica elas est o inseparavelmente interligadas nos indiv duos Dias amp Chaves 2000 O PTVP desenvolvido destina se a alunos dos 6 aos 10 anos por ser uma fase et ria em que as crian as fazem as aquisi es de leitura escrita e aritm tica sendo por isso vantajoso melhorar os seus problemas de percep o visual o mais precocemente poss vel O programa de treino PTPV constitu do por 8 m dulos de exerc cios agrupados em 8 diferentes mas interrelacionadas categorias de compet ncias de percep o visual e visuo motoras tendo todos os m dulos a mesma estrutura embora com uma gradua o cresce
84. Processing An Introduction Hillsdale N J Lawrence Erlbaum Associate Lamb A 1992 Multimedia and the Teaching Learning Process in Higher Education In M J Albright amp D Graf Ed Teaching in the Information Technology Age The Role of Educational Technology pp 33 42 San Francisco Jossey Bass Pub Launay C L amp Borel Maisonny S 1989 Trastornos del Lenguaje la Palabra y la Voz en el Nino Barcelona Masson Le Moigne J L 1995 Les Epist mologies Constructives Paris Collections Que Sais Je Presses Universitaires de Paris Lencastre J A amp Chaves J H 2003 A Imagem Art stica como Mediadora da Aprendizagem In CHALLENGES 2003 III Confer ncia Internacional sobre Tecnologias de Informa o e Comunica o na Educa o 5 SITE Simp sio Internacional em Inform tica Educativa 403 414 Lerner J 1989 Learning disabilities Theories Diagnosis and Teaching Strategies Boston Houghton Mifflin Comp Levie W H 1987 Research on Pictures a Guide to Literature In D M Willows amp H A Houghton Ed The Psychology of Illustration Basic Research volume 1 pp 1 50 New York Springer Verlag Levie W H amp Lentz R 1982 Effects of Text Illustrations A Review of Research Educational Communication and Technology Journal 30 195 232 Levinson B M 1980 The Child and His Pet A World of Nonverbal Communication In S A Corson amp E O Corson Eds Ethol
85. Quadro 1 5 Escala simplificada de graus de iconicidade sss 127 Quadro 2 1 Problemas associados s NEE esee tntntntntntntntn tren tntnnt 178 Quadro 2 2 Tipos de NEE permanentes ss erret in onera 180 Quadto 2 3 Tupos de NEE tempot tias ss otto E manos 182 Quadro 3 1 Interac o dos Factores da Aprendizagem Humana see 189 Quadro 5 2 Modeloide OS COG ete te uote etuer quens 202 Quadro 3 3 Modelo de Dificuldades de Aprendizagem de Myklebust sss 204 Quadro 3 4 Modelo perceptivo motor de Kephart sss 210 Quadro 3 5 Princ pios para uma defini o de D A 222 Quadro 4 1 Modelo da Hierarquia da Linguagem sse 267 Quadro 4 2 Adapta o do Modelo em Cascata da Hierarquia da Linguagem 268 Quadro 4 3 Modelo Tr s Aspectos da Linguagem seen 268 Quadro 4 4 Rela o entre as 3 Fases da Linguagem eene 269 Quadro 4 5 Tipos de Dislexia Jr pedra niadapeabindo o srdsindadadedbina nda podia pte tot ob tinus 297 Quadro 5 1 Mediadores da aprendizagem favorecidos pela imagem eset 335 Quadro 6 1 Testes que avaliam algumas compet ncias de Percep o Visual 367 Quadro 6 2 Esquema explicativo da an lise inicial dos sujeitos sss 371 Quadro 6 3 Esquema do Desenho Experimental
86. Visuels Paris Presses Universitaires de France Tavares J amp Alarcao I 1985 Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Coimbra Almedina Terrace H S 1984 Animal Learning Ethnology and Biological Constraints In P Marler amp H S Terrace Eds The Biology of Learning pp 15 46 New York NY Springer Verlag Thibault Laulan A M 1973 Image et Langage In Pottier Bernard Ed Le Langage Paris Centre d Etude et de Promotion de la Lecture Thompson A Simonson M amp Hardgrave C 1996 Educational Technology A Review of the Research Washington DC AECT Publications Torgesen J K 1977 The Role of Non Specific Factors in the Fast Performance of Learning Disable Children A Theoretical Assessment Journal of Learning Disabilities 10 27 34 454 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Torgesen J K 1991 Learning Disabilities Historical and Conceptual Issues In Bernice Y L Wong Ed Learning About Learning Disabilities pp 3 37 New York Academic Press Inc Torres B 1999 Um Contributo Hiperm dia para o Processo de Alfabetiza o Visual Tese de Mestrado n o publicada Instituto de Educa o e Psicologia Universidade do Minho Tower R B 1983 Imagery it s Role in Development In Sheikh A A Ed Imagen Current Theory Research and Application pp 222 251 New York John Wiley amp Sons Treisman A 1986a Features and Objects in Visual Processing
87. a leitura e a escrita95 Assim considerava a afasia como uma desordem que dificulta o uso de s mbolos de linguagem problema este existente nascen a mas s detectado no momento em que se verifica que a crian a n o consegue compreender a linguagem falada96 ou n o consegue exprimir verbalmente o que compreende embora seja frequente a sua coexist nciaSS Definiu ainda mais dois tipos de afasia um que impede um indiv duo de compreender e utilizar a linguagem como meio de express o do seu pensamento8 e outro que torna dificil a transmissao de ideias e conceitos pelo que o individuo embora conheca a palavra que tenta relembrar n o consegue evoc la quando deseja 0 Kirk amp Chalfant 1984 Casas 1994 Myklebust foi o primeiro autor a quantificar as DA comparando o potencial esperado das crian as com o seu n vel de realiza o actual porque as crian as com DA t m um potencial de aprendizagem norma mas n o tiram proveito disso desperdi ando as oportunidades educacionais triviais Pode dizer se que t m dificuldades na actualiza o do seu potencial pelo que o crit rio de defini o dever ter presente que possuem uma integridade geral embora com defici ncia na aprendizagem como se pode observar no quadro 3 3 85 Que eram consideradas formas superiores da capacidade lingu stica 86 1 fasia receptiva ou sensorial 87 a fasia expressiva ou motota 88 A fasia receptivo
88. a aprendizagem mesmo em bons contextos de ensino Nesta categoria incluem se os problemas de dislexia disortografia e discalculia Mercer 1991 apresenta uma classifica o das DA baseada na pr tica educativa agrupando as em seis grandes grupos 1 Dificuldades acad micas de aprendizagem relacionadas com problemas de leitura compreens o da leitura escrita matem tica c lculo e racioc nio matem tico 145 Como conflitos conjugais div rcios grande n mero de filhos atitudes de desleixo desinteresse pelo progresso escolar pobreza lingu stica e cognitiva em casa 144 Relacionadas com um ensino inadequado s potencialidades caracter sticas e condi es ambientais dos indiv duos sem se atender maturidade ou prepara o anterior 253 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Segundo esta autora os problemas de leitura s o bastante frequentes estando ligados a dificuldades de discrimina o interpreta o ou reten o de s mbolos auditivos ou visuais pelo que se torna fundamental realizar uma interven o com recurso imagem Por outro lado os problemas de escrita est o ligados a dificuldades na revisualiza o de palavras e na percep o da sua grafia correcta devendo fazer se treino com imagens de objectos cujo nome come a pelo fonema que lhe apresentado e depois passar a exerc cios com palavras e com imagem 2 Problemas de racioc nio que t m grande implica o nas apre
89. a base l gica que o originou O primeiro cap tulo do Manual apresenta uma breve descri o dos processos perceptivos sendo primeiramente discutidas algumas ideias gerais sobre percep o e apresentado o modelo de tr s n veis para representar as capacidades de recep o Em segundo lugar s o descritos os tipos de capacidades de percep o visual mencionados com mais frequ ncia na literatura cl nica e de investiga o Em Zerceiro lugar s o debatidas as quest es da independ ncia das capacidades de percep o visual e sua relev ncia para a pr tica cl nica Os tipos gen ricos de percep o visual que foram operacionalizados no DTVP 2 s o a Const ncia da Forma que envolve o reconhecimento das caracter sticas dominantes de certas figuras ou formas quando aparecem em diferentes tamanhos sombreados texturas e posi es a Figura fundo que envolve o reconhecimento de figuras inseridas num fundo 393 METODOLOGIA sensorial comum a Posi o no Espa o que envolve a discrimina o das revers es e rota es de figuras e as Rela es Espaciais que envolvem a an lise de formas e padr es em rela o a um corpo e a um espa o A base l gica subjacente escolha destes tipos particulares de percep o no conte do do DTVP 2 fundamenta se tanto na experi ncia profissional dos autores como nas descobertas de investigadores como Cruickshank et al 1976 e Chalfant amp Scheffelin 1969 que consideram v
90. acad micas da crian a com DA era uma es o cerebral embora nem todos concordassem que na defini o de DA se utilizasse a express o disfun o cerebral minima por entendem que o recurso a esta express o acentuava apenas os aspectos patol gicos das mesmas esquecendo os aspectos relacionados com o comportamento Dadas as dificuldades referidas face caracteriza o das crian as com DA torna se fundamental encontrar uma forma de esclarecimento desta problem tica recorrendo a v rios estudiosos que h v rios anos v m abordando este problema Grande parte deles consideram que as DA devem ser caracterizadas de acordo com a disciplina a modalidade sensorial atrav s da qual a aprendizagem prejudicada e o n vel de envolvimento da percep o e do simb lico Assim considera se que a crian a com DA tem padr es e processos de aprendizagem diferentes dos da generalidade das crian as da mesma idade exigindo o recurso a materiais espec ficos 108 e apresentados de maneiras diferentes A express o Dificuldades de Aprendizagem gen rica servindo para caracterizar um grupo heterog neo de dist rbios que se manifestam sob a forma de dificuldades 107 N o entanto nem todas as crian as que possuem uma discrep ncia entre o seu potencial e a sua realiza o acad mica t m DA 108 Auditivos visuais ou t cteis 226 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM significativas na aquisi o e no desenvol
91. alargado dificultando assim uma conclus o mais abrangente No entanto apesar dos contributos significativos para a compreens o da tem tica em estudo prevalecem ainda quest es a explorar futuramente A valida o dos programas de treino da percep o visual PTPV desenvolvidos a realizar em escolas de diferentes regi es do pa s poder constituir um projecto a desenvolver posteriormente desde que surjam os apoios humanos e monet rios necess rios para realizar tal tarefa Outro projecto que seria interessante desenvolver futuramente relaciona se com a verifica o dos dados percentuais relativamente ao n mero de alunos com problemas de percep o visual existentes a n vel do pa s Este constitui um projecto demasiado ambicioso devido falta de meios para abarcar uma amostra significativa de alunos de diferentes regi es pelo que s seria poss vel com a ajuda dos rg os ligados ao Minist rio da Educa o Al m destes projectos faria todo o sentido tentar rentabilizar em especial o PTPV interactivo o que s seria poss vel atrav s da divulga o do programa e da forma o de professores para a sua utiliza o Em s ntese final pode afirmar se que a teoria e a investiga o contribu ram para um aprofundamento e esclarecimento das quest es iniciais do estudo permitindo a conclus o do estudo com xito e dados importantes para o desenvolvimento do processo aprendizagem dos alunos com Dificuldad
92. as recorrendo a mecanismos de planeamento supervis o e avalia o educacional para pessoas com NEE tamb m importante o encorajamento e a facilita o da participa o dos pais comunidades e organiza es de pessoas com NEE no planeamento e na tomada de decis es nesta rea Assim de um modo geral as escolas inclusivas devem praticar uma pedagogia centrada na crian a ben fica para todos os alunos e favorecer um ambiente prop cio 150 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS igualdade de oportunidades e plena participa o A aprendizagem deve ser sempre adaptada s necessidades da crian a e nunca ser a crian a a adaptar se s concep es predeterminadas pelo sistema escolar Estas escolas devem ainda adaptar se aos v rios estilos e ritmos de aprendizagem recorrendo a curr culos adequados a uma boa organiza o escolar a estrat gias pedag gicas inovadoras utiliza o de recursos adequados e a uma coordena o com as respectivas comunidades Por conseguinte a pol tica educativa a todos os n veis local e nacional dever permitir que a crian a com NEE frequente a escola do seu bairro ou seja a que frequentaria se n o tivesse NEE Tamb m a legisla o dever reconhecer o princ pio da igualdade de oportunidades para as crian as os jovens e os adultos com NEE na educa o prim ria secund ria e complementar sempre que poss vel em contextos integrados Para tal devem adoptar se m
93. caracteriza o do plano de investiga o e da descri o dos procedimentos experimentais efectuados Foram ainda definidos e analisados os instrumentos de avalia o a utilizar no estudo experimental e que contribuiram tamb m para a selec o da amostra No cap tulo seguinte ser o apresentados os resultados do estudo ser feita a an lise e tratamento estat stico dos dados obtidos bem como ser realizada a discuss o dos resultados 399 METODOLOGIA 400 CAP TULO VII APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS Se a experi ncia tiver sido correctamente planeada ent o poss vel que os resultados obtidos aumentem n o s a nossa compreens o da realidade em estudo mas tamb m sirvam de base para a previs o de novos comportamentos ainda n o investigados Pinto 1990 73 402 APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS Introduc o Os resultados apresentados referem se s an lises estat sticas dos dados recolhidos organizados de modo a dar resposta s quest es de investiga o testando as hip teses formuladas Antes de se iniciar a apresenta o dos resultados recordamos de modo sum rio os aspectos mais relevantes do estudo realizado com uma amostra de 57 sujeitos com dificuldades de aprendizagem e dificuldades de percep o visual associadas seleccionados de um conjunto de 445 alunos iniciais de diferentes escolas d
94. com est mulos n o simb licos e com propriedades concretas medida cor forma textura ou som pertencem percep o enquanto que os processos que envolvem pensamento linguagem com significado ou resolu o de problemas pertencem cogni o Myers amp Hammill 1990 Assim pode concluir se que a Percep o Visual ocorre em tr s n veis n vel da realidade sens vel que proporciona os est mulos n vel da percep o que aquilo que os sentidos nos permitem captar e n vel do imagin rio que est relacionado com a actividade mental de cada um de n s e que engloba a imagem Francastel 1983 Neste sentido a percep o visual antes de mais o resultado da interac o dos dois tipos de processo referidos manifestando se atrav s de movimentos de orienta o e explora o em praticamente todas as capacidades perceptivas Al m disso os mecanismos que conduzem do perceptivo ao cognitivo s o largamente inspirados na psicologia da forma Gestal e no princ pio de que o aparelho perceptivo semiotiza Como complemento das ideias anteriores faz sentido falar se de um modelo geral de descodifica o visual em que s o fundamentais os conceitos de tipo repert rio e feedback O repert rio definido como um sistema de tipos uma tipoteca e ele que confere estatuto de conformidade ao objecto da percep o encontrando se em permanente reconstitui o devido ao fen meno do feedback Este constitui a
95. complementares Gregory 1968 Arnheim 1988 1974 N o esquecendo a import ncia que os contornos assumem na percep o foi usada a satura o crom tica para estabelecer contraste evitar ambiguidades e indefini o da forma Moles 1990 354 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL esquematiza o como mecanismo essencial do pensamento foi a estrat gia usada na elabora o do documento para aumentar a compreens o do mesmo procurando se contudo n o descaracterizar os elementos trabalhados porque se pressup e serem do dom nio cultural dos alunos considerando os como uma redund ncia suplementar devida nossa cultura e ao nosso conhecimento sobre a liga o de signos tendo em aten o a imagem mental que evocam Dondis 1990 Os conte dos relevantes da mensagem foram comunicados de modo a evitar a ambiguidade por meio de factores perceptivos como simplicidade de configura o agrupamento ordenado e distin o de figura e fundo Aumont 1990 Tendo em aten o o processamento da informa o procedemos depura o das imagens reduzindo o n mero de atributos dos objectos e procurando integrar apenas elementos pertinentes para a compreens o da mensagem Fontao 1998 As imagens foram assim despojadas de elementos acess rios para ao funcionarem como esquemas representativos do conte do a apresentar serem facilitadoras da reten o Dondis
96. componentes identificadas por este autor ao n vel da realiza o ao n vel da aprendizagem e do controlo da realiza o 8 aparecem integradas no programa e s o analisados detalhadamente pelos autores Dias 1995 1999 Seguidamente s o apresentados alguns exemplos de itens deste programa de Promo o Cognitiva em que a imagem preponderante e utilizada com objectivos pedag gicos bem definidos Almeida amp Morais 1990 Dias 1995 1999 1 Desenvolvimento da perspectiva o temporal em que s o apresentadas aos alunos quatro imagens ver figura 5 1 que ter o de ordenar em sequ ncia l gica verbalizando o 8 gu gt q gt gt racioc nio subjacente estrat gia de resolu o implementada Figura 5 1 Perspectiva o espacio temporal Almeida amp Morais 1990 cit Dias 1995 145 1999 234 2 Organiza o perceptiva da informa o em que o treino se faz nos processos de organiza o perceptiva quer bidimensional quer tridimensional Assim s o propostos v rios exerc cios ver figura 5 2 em que se apresenta a primeira imagem e se exemplifica a resolu o do exerc cio para em seguida serem realizados os restantes exerc cios sem ajuda Figura 5 2 Organiza o perceptiva da informa o Almeida amp Morais 1990 cit Dias 1995 146 1999 234 186 Codifica o relacionamento infer ncia aplica o justifica o e resposta Sternberg 1977 187 Metacomponentes
97. concluir se que as crian as com DA t m caracter sticas muito pr prias e muito diferenciadas apresentando dificuldades cujo diagn stico tardio por serem pouco vis veis antes da entrada na escola Mesmo quando h problemas de linguagem que s o vis veis mais cedo nem sempre lhes dada a devida import ncia por se pensar que s o resultantes apenas de falta de maturidade e de que tudo se resolve com o tempo Por conseguinte sempre que h d vidas face s dificuldades da crian a fundamental observar o seu desenvolvimento durante a primeira inf ncia e verificar se h discrep ncias relativamente a outras crian as da mesma idade embora se tenha sempre em aten o que h algumas que t m um desenvolvimento mais lento que outras No entanto sempre que esta discrep ncia ultrapassa o razo vel h que intervir e fazer uma observa o mais t cnica recorrendo a t cnicos diversificados de acordo com o observado informalmente 224 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Nesta ordem de ideias torna se fundamental analisar as principais caracter sticas das crian as com DA que s o diversas e podem existir isoladamente ou agrupadas variando ainda de caso para caso embora seja conveniente ter em aten o que ao longo dos tempos nem sempre foi utilizada a express o dificuldades de aprendizagem apesar de grande parte dos autores se referirem a essas dificuldades mas com express es e termos fora de uso
98. da comunidade autarquias educa o sa de trabalho e solidariedade social t m um papel importante neste apoio Minist rio da Educa o 1997 4 gt O apoio concreto aos alunos com NEE devera ser feito tendo em conta a sua especificidade pelo que nos casos de especificidades culturais ritmos de trabalho diversos ou de alunos que exijam flexibilidade curricular e metodologias de pedagogia diferenciada o apoio educativo deve ser preferencialmente assumido pelos professores da turma Minist rio da 174 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Educa o 1997 7 embora noutras situacdes S poder o professor de apoio trabalhar directamente com o aluno durante um per odo de tempo previamente concertado entre os v rios docentes No caso de alunos com dificuldades transit rias nas aprendizagens instrumentais de leitura escrita e c lculo dever o professor de apoio ou outro professor do aluno ministrar lhes um apoio complementar intensivo designadamente para al m do tempo lectivo 68 z s Ze dica Y Ls A yw Acesso ao curr culo introdu o de t cnicas ou linguagens alternativas ou quando necess rio equipamento espec fico defici ncias visual auditiva motora ou multi defici ncia 175 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS 176 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS 2 2 Caracterizac o dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais Conforme foi referido ant
99. de Broca sobre afasia conclui que o hemisf rio esquerdo controla a fala e que a sua les o normalmente causa afasia Este autor considera ainda a exist ncia de uma rela o entre linguagem e intelig ncia pelo que melhorou a sua especializac o no estudo dos hemisf rios tendo conclu do que existem diferentes tipos de afasiz 99 que incluem a perda das habilidades da fala escrita e leitura s quais apelidou de desordens do pensamento simb lico Head 1926 cit Togersen 1991 Garc a 1995 influenciado por Jackson demonstrou a sua discord ncia face s posi es de Broca e Wernicke ao considerar o c rebro como uma cadeia neuronal complexa de que pouco se sabia passando a atribuir maior import ncia aos comportamentos resultantes das les es do que s pr prias les es Assim para melhor estudar estes comportamentos desenvolveu v rios testes e t cnicas espec ficas de observa o tendo conclu do que les es existentes em diferentes reas do c rebro produzem diferentes desordens e que les es espec ficas da regi o posterior do c rebro t m como consequ ncia a incapacidade para lembrar nomes e express es Actualmente v rias correntes te ricas se baseiam nestas premissas considerando ser mais importante a descri o de comportamentos do que rotular a crian a ou tentar diagnosticar o tipo e a localiza o de uma les o cerebral 77 Disc pulo de Broca 78 Embora considerasse que em c
100. de forma inconsciente a letra atrai a aten o estabelece o estilo e tom de um documento P rez Cota et al 1997 Marques 1995 213 A cor faz com que o programa seja mais amistoso e a sua aprendizagem mais efectiva devem utilizar se cores consistentes com as conven es culturais pois com isso consegue se que o tempo de aprendizagem seja menor por exemplo as cores de um sem foro podem indicar o grau de acerto numa resposta verde passa li o seguinte vermelho estudar de novo o cap tulo Marqu s 1995 350 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL criado em suporte papel impresso tendo se no entanto acrescentado um cat logo completo de recursos necess rios para cada cena imagem som texto etc assim como o diagrama de fluxo a seguir na apresenta o Boix 1983 Marqu s 1995 P rez Cota et al 1997 A partir desta fase foi seleccionada a ferramenta de desenvolvimento em fun o do software que se possu a e das ferramentas conhecidas e dominadas pela investigadora214 pelo que ap s pondera o de pr s e contras se optou pelo O PowerPoint pelas raz es que se apontam adiante Houve ainda grande preocupa o com o desenho da interface pois as interfaces b sicas de usu rio s o aquelas que incluem coisas como menus janelas teclado rato os bits e alguns outros sons que o computador faz em geral todos aqueles canais pelos quais se permite
101. de riscar a figura que est orientada diferentemente das restantes e nos seguintes dever seleccionar a figura igual ao modelo 198 Tamanho posi o ou sombreado 333 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL Figura 5 7 Posi o no Espa o Frostig 1963 Dias 1995 141 1999 227 5 Percep o das rela es espaciais que a capacidade que permite perceber a posi o de dois ou mais objectos em rela o consigo mesmo e dos mesmos em rela o uns com os outros Esta rea interrelaciona as anteriores combinando as e interligando as com base nesta capacidade que a crian a percebe as sequ ncias das letras numa palavra e das palavras numa frase Para desenvolver esta compet ncia s o realizados exerc cios em que se ligam pontos e se reproduzem padr es visuais apresentados como modelo e outros exerc cios de coloca o de objectos alternando a ordem Frostig 1963 prop e ainda outros exerc cios figura 5 8 em que a crian a ter de copiar na estrutura espacial de pontos da direita os tra os que ligam os pontos apresentados na estrutura da esquerda Figura 5 8 Rela es de espa o Frostig 1963 Dias 1995 142 1999 228 6 Reorganiza o perceptiva que a capacidade que permite reorganizar mentalmente um padr o ou modelo de est mulo sem agir fisicamente sobre ele E este processo que utilizamos na revers o da figura e
102. de tal modo que exista uma rela o directa entre as vari veis independentes e dependentes directa no sentido de que seja razo vel pensar que as diferen as entre as vari veis dependentes depois de feita a experimenta o se possam de facto atribuir ao efeito da independente Fox 1987 p 511 E tamb m atrav s da experimenta o que poss vel identificar a causa ou causas prov veis da ocorr ncia de um determinado fen meno devendo o registo dos factos ser totalmente preciso imparcial e isento de quaisquer erros de medida ou avalia o Pinto 1990 p 74 it licos do autor O estudo foi realizado com cinquenta e sete sujeitos de entre 445 que apresentavam simultaneamente dificuldades de percep o visual DPV e dificuldades de aprendizagem DA a frequentar escolas do 1 ciclo do Ensino B sico do concelho de Braga Os 57 sujeitos foram distribu dos aleatoriamente em tr s grupos com 19 sujeitos cada sendo formados dois grupos experimentais o Grupo Experimental 1 GE1 e o Grupo Experimental 2 GE2 e um Grupo de Controlo GC Os dois grupos experimentais foram expostos vari vel independente realiza o do treino da percep o visual sendo utilizado o Programa de Treino da Percep o Visual PTPV criado para esta finalidade Neste sentido o GE1 foi treinado com o PTPV na sua forma tradicional desenvolvido no programa de computador OMicrosoft Word e impresso em papel tendo os 36
103. din mica um acto de intelig ncia um processo multi dimensional e uma apreens o de padr es estruturais com significa o resultante de tr s opera es distintas e sucessivas descritas por Aumont 1990 1 Opera es pticas Em que os raios luminosos provenientes de uma fonte o sol por ex atingem o objecto que deles reflecte uma parte em todas as direc es O padr o de luz que se confronta com o olho o dispositivo ptico Hochberg 1966 1964 pode variar em intensidade24 em comprimento de onda predominante e em pureza 6 2 Opera es qu micas imagem retiniana uma etapa do processamento da luz pelo sistema visual pois o fundo do olho revestido pela retina onde se encontram muitos reflectores de luz 3 Opera es nervosas O sistema visual n o se contenta em copiar a informa o mas processa a em cada etapa O olho reage aos fluxos luminosos pelo que quando esse fluxo aumenta o n mero de c lulas retinianas atingidas maior as reac es de decomposi o da rodopsina produzem se em maior quantidade e o sinal nervoso torna se mais intenso 24 Quantidade da energia f sica existente na luz 25 Dist ncia entre a crista de uma onda e a crista da seguinte quando se toma em considera o os aspectos ondulat rios da energia luminosa 26 Gru de predom nio de um dos comprimentos de onda em que ela pode ser separada atrav s do prisma 84 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Ten
104. discrimina o h ptica quando h dificuldades na realiza o de tarefas motoras finas que provocam dificuldades na escrita na manipula o da calculadora ou de objectos pequenos Na discrimina o figura fundo quando o indiv duo tem dificuldades em orientar se perante est mulos visuais auditivos ou h pticos relevantes em presen a de outros est mulos que interferem com aqueles 2 Assim podem surgir tamb m dificuldades na audi o das informa es do professor enquanto a crian a est a escutar os colegas a brincar no p tio da escola ou outros sons na sala de aula 2 Problemas de completamento Estes problemas est o relacionados com dificuldades em reconhecer um todo quando faltam uma ou mais partes desse todo Estes problemas verificam se em diferentes n veis que se apresentam a seguir Completamento visual quando o indiv duo revela dificuldades em inferir uma informa o visual a partir da forma que v e reconhece o que pode provocar lhe dificuldades na leitura na escrita e no desenho 121 movimentos din micos do tronco bra os pernas dedos ou l ngua 122 m ne Que correspondem a figura 123 Que constituem o fundo 238 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Completamento auditivo quando o indiv duo revela dificuldades em inferir uma informac o auditiva um som ou uma palavta a partir do som que ouve e reconhece o que pode provocar dificuldades na l
105. do aluno ensino excessivamente t cnico ensino pouco eficaz ou sequencializa o muito r pida o que impede que o aluno assimile adequadamente os conhecimentos por falta da necess ria aplica o ou mesmo por falta de pr tica Monedero 1989 No entanto h outro tipo de problemas que causam dificuldades nas condutas num ricas baseados em problemas neuropsicol gicos de que se descrevem os mais importantes Monedero 1989 315 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 1 Problemas verbais que s o vetific veis nos casos em que o n mero surge como signo lingu stico e que provocam afasias sensotiais ou afasias motoras 80 2 Problemas visno espaciaisi l que provocam altera es da imagem num rica e altera es no reconhecimento espacial do n mero 3 Problemas pr xicos182 que provocam altera es dos gestos motores 2 4 Problemas conceptuaisl83 que provocam a perda do conceito de n mero 5 Problemas de planifica o 84 que provocam dificuldades na planifica o da resolu o de problemas num ricos e dificuldades na planifica o da resolu o de problemas espaciais Assim as dificuldades de aprendizagem do c lculo s o o resultado da altera o de instrumentos neurol gicos podendo falar se tamb m em problemas de Dzsaueua Evolutiva Os sintomas caracter sticos da discalculia mais referenciados est o relacionados com uma m forma o dos s mbolos num ricos uma incapacidade pa
106. dos resultados obtidos pelos tr s grupos nos tr s momentos de avalia o Relembra se que de acordo com as directrizes dos autores do teste DTVP 2 s foram considerados com problemas de Percep o Visual os alunos cujos resultados no GVP foram inferiores a 55 pontos 225 0 grupo de controlo o mesmo para os dois grupos experimentais 407 APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS 7 2 1 Momento 1 Avalia o Pr teste Para avaliar a poss vel exist ncia de diferengas significativas entre os tr s grupos GE1 GE2 e GC no Pr teste foram utilizados testes t de Student para amostras independentes com um intervalo de confian a de 95 comparando cada grupo experimental GE1 e GE2 com o grupo de controlo GC que comum aos dois grupos experimentais No quadro 7 1 podem analisar se as medidas de Pr teste e os resultados do Teste de Student nas vari veis GVP MRP VMI e Aprendizagem Escolar comparando o GE1 com o GC M dia Desvio Padr o Graus de Valor t p signific ncia Liberdade GE1 GC GE1 GC GVP 47 37 51 42 8 99 5 45 36 1 68 0 10 MRP 22 58 24 32 4 92 3 44 36 1 25 0 21 VMI 25 74 27 11 4 72 4 18 36 0 94 0 35 Aprendizagem 1 52 1 59 0 35 0 37 36 0 52 0 6 Quadro 7 1 Medidas de Pr teste e resultados do teste t de Student para amostras independentes das vari veis GVP MRP VMI e aprendizagem do Grupo Experimental 1 n 19 comparando com o Grupo de Controlo n 19 No quadr
107. e aprendizagem feita atrav s de numa abordagem multidisciplinar visto serem distintas as origens e a natureza dos campos de conhecimento envolvidos O presente trabalho pretende contribuir para uma melhoria das capacidades de percep o visual dos alunos com dificuldades de aprendizagem atrav s da utiliza o de Programas de Treino da Percep o Visual No sentido de verificar as vantagens do recurso a um programa de treino interactivo face a um programa de treino tradicional foram desenvolvidos dois Programas de Treino da Percep o Visual PTPV um elaborado em papel e outro em suporte inform tico Nos dois programas a imagem tem um papel preponderante por ser um meio que favorece a aquisi o de informa o a assimila o e a reten o de conhecimentos bem como permite um melhor e mais organizado armazenamento da informa o Myers amp Hammill 1990 Salvia amp Ysseldyke 1991 Fontao 1998 V Este estudo pretende dar resposta a dois objectivos gerais testar uma metodologia de interven o com recurso a programas interactivos criados em suporte inform tico e testar a efic cia de uma interven o na rea da Percep o Visual em contexto escolar com alunos com Dificuldades de Aprendizagem O estudo desenvolveu se em tr s momentos No Pr teste realizado no in cio do estudo foi avaliado o universo de alunos do 1 ano do 1 ciclo de escolas do concelho de Braga num total de 445 alunos em rela o
108. e integrada aos problemas e necessidades sentidas pelas escolas de acordo com um conjunto de ptinc pios orientadores Por conseguinte este despacho introduz uma mudan a significativa no mbito dos apoios a crian as com NEE criando as condi es que facilitem a diversifica o das pr ticas pedag gicas e uma mais eficaz gest o dos recursos especializados dispon veis dada ainda clara prioridade coloca o de pessoal docente e de outros t cnicos nas escolas que permitam a integra o e o sucesso de todos os alunos e criada uma retaguarda t cnico cient fica que funcione como um espa o de reflex o de partilha de saberes de coordena o de interven es e de articula o de recursos Importa ainda salientar neste Despacho a proposta de dinamiza o dos apoios educativos diversificados necess rios para a integra o das crian as com NEE e o reconhecimento da import ncia primordial da actua o dos professores com forma o especializada Neste Despacho s o ainda apresentadas normas relativas ao funcionamento dos apoios educativos afirmando se que devem abranger todo o sistema de educa o e ensino n o superior desenvolvendo se com base na articula o dos recursos e das actividades de apoio eee m PES i especializado existentes nas escolas devem ser inseridos nos projectos educativos das escolas contribuindo para a igualdade de oportunidades de suc
109. e n metos 3 Dificuldades na figura fundo que est o relacionadas com dificuldades na aten o selectiva e na focagem pelo que n o feita a identificac o de figuras ou letras sobrepostas em fundos comuns 4 Dificuldades na const ncia da forma que est o relacionadas com dificuldades em reconhecer uma forma principalmente quando ocorrem varia es na posi o tamanho cor ou textura 5 Dificuldades na rota o de formas no espa o que consistem na identifica o das formas quando s o apresentadas invertidas ou rodadas no espa o 24 124 Por exemplo d p b q 6 9 240 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 6 Dificuldades na associa o e integra o visnal que est o relacionadas com dificuldades na organiza o da informa o visual e na associa o imagem palavra 7 Dificuldades na coordena o visuo motora que est o relacionadas com dificuldades em coordenar a vis o com os movimentos do corpo ou da m o tanto na recep o como no envio de objectos e ou na execu o de tarefas de papel e l pis Apesar da maior relev ncia dada aos problemas de percep o visual importantes real ar os problemas de percep o auditiva que est o relacionados com dificuldades na discrimina o auditiva na identifica o fon tica na s ntese auditiva em seguir direc es na integra o 2 e na express o 26 Assim de acordo com Fonseca 1984 podem considerar se as se
110. em duas categorias 278 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 1 Disfonia que corresponde a uma altera o da voz em qualquer das suas caracter sticas intensidade altura ou timbre e devida a perturba o org nica ou a incorrecta utiliza o da voz 2 Afonia em que h uma aus ncia total de voz embora tempor ria B Altera es na articula o que se subdividem em tr s problemas espec ficos 1 Dislalias que correspondem a perturba es na articula o de um ou mais fonemas com substitui o omiss o acrescentamento ou distor o dos sons e podem subdividir se em Pascual 1988 Dislalia evolutiva ou fisiol gica que surge quando os rg os intervenientes na articula o ainda n o atingiram suficiente matura o neuromotora para permitir pronunciar os diferentes fonemas at aos 4 anos Dislalia auditiva provocada por problemas auditivos em especial na discrimina o dos sons Dislalia org nica que provocada por uma articula o deficiente devida a malforma es nos rg os da fala Dislalia funcional que corresponde a uma altera o provocada pelo mau funcionamento dos rg os articulat rios embora n o exista nenhuma causa org nica 2 Disglosias que s o perturba es na articula o dos fonemas substitui es omiss es distor es acrescentamentos provocadas por les es f sicas ou malforma es nos rg os perif ricos da fala
111. esquerdo 830 que permitiria melhorar a leitura e a linguagem 202 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 3 2 2 Fase de transic o 1930 1963 Esta fase apesar de se basear nos estudos anteriores dominada por trabalhos levados a cabo por psic logos e educadores que desenvolveram programas teis no diagn stico e recupera o de dist rbios apresentados por algumas crian as durante o processo de aprendizagem Rebelo 1993 Casas 1994 Come am ent o a ser estudados os problemas das crian as com necessidades educativas especiais NEE pois todos os investigadores da fase anterior conclu ram que os programas reeducativos s o fundamentais desde que se tenha em conta as necessidades espec ficas de cada crian a Apesar de tudo os principais autores desta fase ainda n o se preocuparam com a globaliza o do problema tendo continuado a debru ar se sobre as reas espec ficas nas quais se sentiam mais especializados de acordo com tr s tipos de desordens 1 Desordens da Linguagem Falada No campo das desordens da linguagem falada s o de salientar v rios autores que d o continuidade aos estudos anteriores relacionados com afasias e outros problemas de linguagem oral Strauss amp Lehtinen 1947 cit Correia 1991 a partir de estudos efectuados com crian as caracterizadas como deficientes mentais cujos problemas de aprendizagem tinham a ver com les es do c rebro provocadas por acidentes com
112. estudo emp rico foi orientado no sentido de dar resposta a dois objectivos gerais Testar as vantagens de uma metodologia de interven o com recurso Imagem e s Tecnologias Interactivas no treino da percep o visual de alunos com dificuldades de aprendizagem DA Testar a efic cia do recurso a programas de treino da Percep o Visual PTPV na melhoria das compet ncias de percep o visual dos alunos com DA e sua influ ncia nas aprendizagens escolares Para dar respostas a estas quest es gerais foram definidos cinco objectivos espec ficos 1 Avaliar a efic cia do recurso Imagem e s Tecnologias Interactivas na elabora o de um programa de treino da percep o visual a utilizar com alunos com DA 2 Avaliar as vantagens do uso de um programa interactivo de treino da percep o visual relativamente a um programa de treino tradicional na melhoria das compet ncias de percep o visual de alunos com Dificuldades de Aprendizagem de escolas do 1 ciclo do Ensino B sico 25 INTRODU O 3 Avaliar a efic cia da interven o em termos de mudan a no desempenho escolar dos alunos com DA em actividades que envolvem capacidades de Percep o Visual 4 Avaliar os ganhos obtidos no treino interactivo e no treino em suporte tradicional comparando os 5 Avaliar a manutenc o dos ganhos obtidos nas duas modalidades de treino ap s seis meses de tratamento 26 INTRODU O
113. expressiva 89 a fasia central 90 a fasia amn sica 205 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DIFICULOADES QE APRENDIZAL EM Cesintepra o da Experi ncia Fun es Intersensoriais Fun es intra senseriais Quinest sico D fices Psiconeurol gicos Quadro 3 3 Modelo de Dificuldades de Aprendizagem de Myklebust Fonseca 1984 48 Wepman 1964 foi outro autor que desenvolveu um modelo semelhante ao anterior para examinar as desordens da linguagem falada entendendo que o SNC processa informa o de duas formas pela transmiss o da linguagem e atrav s da integra o das transmiss es apreendidas anteriormente Assim considera que a teoria do processamento da informa o deve ser entendida como uma liga o directa entre o input recep o da informa o e o outpuf sa da da informa o Este modelo contribuiu para o desenvolvimento de terapias orientadas para a reeduca o dos processos atr s referidos de transmiss o e integra o que se julga serem respons veis pelas desordens da linguagem Este autor criou ainda testes de discrimina o auditiva Kirk 1962 tamb m se dedicou ao estudo das dificuldades de linguagem e procurou esclarecer o problema das altera es da linguagem em crian as com DA tendo conclu do que as altera es da aprendizagem resultam de atraso evolutivo nos processos psicolingu sticos Com base em t cnicas baseadas no treino lingu
114. filosofia do in cio do s c XX atrav s dos trabalhos de Dewey 1916 1938 cit Duffy amp Cunningham 1996 de Piaget 1956 cit Pereira 1993 que refere a epistemologia gen tica de Wittgenstein 1968 como a filosofia da linguagem Wittgenstein 1987 Duffy amp Cunningham 1996 de Bachelard 1971 cit Pereira 1993 que cria a teoria da epistemologia de Vygotsky 1962 cit Duffy amp Cunningham 1996 criador da teoria da zona de desenvolvimento pr ximo de Bruner 1960 cit Jonassen 1991 que defende o construtivismo e prop e a no o de apoio ou conceito de andaime e de Ausubel 1963 cit Ausubel et al 1980 1978 com a sua teoria da aprendizagem significativa Bachelard 1971 destaca a necessidade de se substituir um saber est tico por um conhecimento din mico real ando o papel da contradi o e do erro na constru o do conhecimento Piaget 1978 1973 consegue estabelecer definitivamente as bases epistemol gicas do construtivismo salientando o processo din mico e auto regulador do equil brio que 55 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA oscila entre dois p los a assimila o e a acomoda o Segundo ele a ac o precede o pensamento pois o conhecimento uma experi ncia cognitiva uma constru o que ocotre ao longo da vida e atrav s do qual o sujeito se adapta ao meio numa permanente interac o com o objecto a conhecer Com esta interac
115. fundo no qual dependendo do arranjo visual dos elementos s o vistas formas diferentes 334 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEPC O VISUAL Para treinar esta capacidade Piaget 1956 prop e um conjunto de desenhos ambiguos figura 5 9 que requerem a reorganiza o perceptiva para que se percebam todas as figuras poss veis no desenho et X M d Figura 5 9 Reorganiza o perceptiva Piaget 1956 Dias 1995 143 1999 229 7 Esquematiza o perceptiva que a capacidade que permite organizar as pattes e o todo de tal modo que ambos retenham as suas identidades peculiares sem perderem no entanto a sua independ ncia Para reconhecer que determinada figura um homem feito de TEC frutos a crian a precisa de reconhecer que uma mesma forma redonda pode representar tanto uma ma como uma cabe a No plano cognitivo o mesmo que reconhecer que uma pessoa pode pertencer a duas classes ao mesmo tempo As crian as mais novas do Jardim de inf ncia identificam somente as partes as da pr prim ria e do primeiro ano do Ensino B sico EB s o todo e as do segundo ano do EB em diante v m o todo e as partes em combina o Para treinar esta capacidade Piaget 1956 prop e ainda outros exerc cios figura 5 10 em que surgem figuras completas feitas de partes com significados diferentes Figura 5 10 Esquematiza o perceptiva Piaget 1956 Dias
116. gicos ligados s emo es aos sentimentos e personalidade dos indiv duos 5 Causas intelectnais ou cognitivas relacionadas com capacidades de conhecer e compreender o mundo envolvente de raciocinar sobre o que est sua volta e de estabelecer rela es 6 Causas educacionais relacionadas com o tipo de educa o recebido na inf ncia e que pode provocar dist rbios de origem educativa na adolesc ncia ou na idade adulta 7 Causas socio econ micas que t m origem no meio social e econ mico 259 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM B Classifica es de Monedero 1989 P rez 1989 e Mart nez et al 1993 tamb m baseadas em factores intr nsecos e extr nsecos aos indiv duos que agrupam as causas das DA tendo em conta diversos tipos de factores 1 Factores biol gicos que est o relacionados com a matura o do sistema nervoso Monedero 1989 com altera es sensoriais da vis o e da audi o com encefalopatias Mart nez et al 1993 e altera es neurofuncionais P rez 1989 2 Factores psicol gicos que se relacionam com altera es da personalidade perturba es afectivas e emocionais 4 Mart nez et al 1993 factores cognitivos como percep o mem ria e aten o factores verbais Monedero 1989 factores de tipo psicol gico 47 inadapta o escolar altera es de personalidade 48 e conflitos educativos P rez 1989 3 Factores pedag gicos que
117. implica a an lise de um detalhe fino enquanto que na zona vista como fundo implica uma an lise mais grosseira apropriada percep o de reas mais vastas Julesz 1975 As forma es figura fundo revers veis mostram que o mesmo padr o proximal pode originar diferentes organiza es perceptivas o mesmo acontecendo a partir do fen meno semelhante do agrupamento perceptivo Por exemplo ao olhar para um conjunto de pontos podemos perceber o padr o de v rias maneiras conforme o agrupamento que fazemos dos pontos como um conjunto de filas colunas ou diagonais pelo que a organiza o da figura muito diferente apesar do est mulo proximal ser sempre o mesmo 1 3 4 2 A percep o da profundidade H mais de trezentos anos que a quest o da percep o da profundidade se coloca pois fil sofos e cientistas questionam se como poss vel ver o mundo a tr s dimens es se s duas dessas dimens es s o fornecidas pela imagem que chega ao olho Assim foi necess rio procurar ind cios de profundidade que indicam a que dist ncia o objecto est do observador ou dos outros objectos do mundo O facto de termos dois olhos permite nos um ind cio de profundidade muito importante a disparidade binocular porque cada olho v o mundo a partir de uma posi o diferente Quanto mais longe do observador estiver o objecto menos pronunciada ser esta 105 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA disparidade Por isso a dispar
118. import ncia s pr ticas educacionais do que s cl nicas Isto porque tanto pais como especialistas estavam mais conscientes de que as tarefas e os ambientes educacionais deveriam ser alterados para se possibilitar crian a uma melhor aprendizagem Actualmente numa perspectiva educacional a express o DA aceite por todos embora necessite de um tratamento espec fico conforme o ponto de incid ncia linguagem falada linguagem escrita ou processos perceptivo motores Correia 1991 Muitos investigadores se t m debrucado sobre as dificuldades de aprendizagem embora nem sempre usassem esta nomenclatura Assim o conceito de DA sofreu uma evolu o gradual ao longo do tempo de que se salientam quatro per odos ou fases Rebelo 1993 Casas 1994 Garc a 1995 3 2 1 Fase de Funda o ou Inicial 1800 1930 Esta fase tem como principais investigadores m dicos em especial neurologistas que se basearam essencialmente em observa es cl nicas de pacientes com algum tipo de les o cerebral causada por acidentes ou doen as e que a partir do relacionamento dessas les es com perdas ou dist rbios da linguagem da fala e da aprendizagem formularam os seus princ pios te ricos sobre DA Rebelo 1993 Casas 1994 Garc a 1995 Os primeiros investigadores desta fase interessavam se essencialmente pelo estudo da linguagem falada e escrita mas no in cio do s c XX muitos debru aram se tamb m sobre as perspectivas
119. m ltipla ou de c pia c pia de uma grava o Quadro 1 2 A forma o da imagem Villafa e amp M nguez 1996 55 80 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 1 2 3 Como vemos as Imagens A vista chega antes das palavras A crian a olha e v antes de falar A vista aquilo que estabelece o nosso lugar no mundo que nos rodeia explicamos o mundo com palavras mas as palavras nunca podem anular o facto de estarmos rodeados por ele Berger 1972 1987 11 porque ver um acto volunt rio Nunca olhamos para uma s coisa de cada vez estamos sempre a ver a rela o entre as coisas e n s pr prios idem 12 Pode afirmar se que a vista o mais especializado de todos os sentidos humanos e ocupa um lugar de destaque dado que os olhos s o o receptor sensorial que capta maior n mero de informa es do exterior A nossa vis o est em constante actividade sempre em movimento sempre captando coisas num c rculo sua volta constituindo aquilo que nos presente tal como somos Berger 1987 13 1972 Quando vemos fazemos muitas coisas simultaneamente Vemos perifericamente um campo enorme vemos atrav s de um movimento de cima para baixo e da esquerda para a direita Impomos quilo que abarcamos no nosso campo visual n o somente eixos impl citos para ajustar o equil brio mas tamb m um mapa estrutural para representar e medir a ac o dessas for as de composi o que s o
120. m ap s o tratamento concluiu se atrav s da realiza o do Follow up seis meses ap s o P s teste que estes se mantiveram sendo at superiores a m dio prazo relativamente aos que n o fizeram treino Al m das an lises descritivas j explicitadas foi necess rio confirmar estatisticamente as diferen as entre os tr s grupos do estudo GE1 GE2 e GC utilizando testes estat sticos que permitiam comparar os resultados dos tr s grupos nas tr s medidas avaliadas nota global GVP General Visual Perception e notas parciais MRP Motor Reduced Perception e VMI Visual Motor Integration Para verificar as diferen as entre os tr s grupos do estudo GE1 GE2 e GC em cada uma das medidas referidas GVP MRP e VMI foi utilizada uma ANOVA227 MISTA op o relacionada com o facto de existirem tr s grupos a comparar dado que a principal aplica o da ANOVA an lise de vari ncia a compara o de m dias oriundas de grupos diferentes tamb m chamados tratamentos com recurso ao procedimento GLM General Linear Model pata medidas repetidas 228 Como pode ser observado nos gr ficos 7 1 7 2 e 7 3 as diferen as entre os tr s grupos surgem no momento P s teste mantendo se no Follow up em rela o ao GVP F 773 876 p 0 000 ao MRP F 446 801 p 0 000 e ao VMI F 415 986 p 0 000 Verifica se que nas 3 medidas avaliadas GVP MRP e VMD o grupo de controlo n o apresenta diferen as significativas ao longo dos 3
121. na crian a se faz de forma gradativa pois esta na sua primeira c pia com papel e l pis revela como est diferenciando os detalhes um por um fora de uma massa disforme Gesell 1967 Por isso quando uma crian a de tr s anos de idade tenta copiar um quadrado faz tra os toscamente circulares que podem ou n o fechar se Aos quatro anos pode tra ar um c rculo ou produzir uma forma toscamente circular onde um lado recto como um D ou pode tamb m executar um ngulo correctamente e o restante ser uma forma vaga Aos cinco anos pode desenhar com correc o tr s ngulos aos seis anos o seu quadrado ter quatro lados e quatro ngulos correctos Por conseguinte ela vai identificando e diferenciando os detalhes da forma a pouco a pouco partindo daquilo que inicialmente era uma massa vaga Este processo de identifica o das caracter sticas das massas globulares prossegue muito rapidamente Gesell 1940 cit Dias amp Chaves 20012 Nesta ordem de ideias a crian a partindo da forma globular diferencia um elemento ap s o outro at compor um grande n mero de elementos capazes de caracterizar uma determinada forma esta diferencia o de elementos dimens es qualidades ou caracter sticas das formas globulares n o ocorre de repente mas adquirida gradualmente medida que as caracter sticas individuais s o observadas e diferenciadas a partir da massa De um modo geral pode afirmar se que h grandes difer
122. na infer ncia visual Johnson amp Myklebust 1967 2 Dist rbios de aprendizagem acad mica Kirk amp Chalfant 1984 Rourke 1989 Mercer 1991 1994 Estes problemas correspondem a uma inibi o significativa ou a um bloqueio na aprendizagem da leitura escrita e c lculo que podem ser observados nos alunos em idade escolar e acontecem devido discrep ncia existente entre o potencial cognitivo dos alunos e a sua realiza o acad mica Kirk amp Gallagher 1987 Clements 1966 ao observar e testar crian as com DA identificou noventa e nove caracter sticas diferentes considerando as seguintes como mais frequentes hiperactividade problemas perceptivo motores instabilidade emocional d fices gerais de coordena o problemas de aten o impulsividade desordens de mem ria e do pensamento dificuldades de aprendizagem espec ficas leitura escrita soletra o e aritm tica desordens na audi o e na fala e sinais neurol gicos difusos 12 De todas estas caracter sticas as mais referidas por grande parte dos autores Johnson amp Myklebust 1967 Kirk amp Chalfant 1984 Myers amp Hammill 1990 Mart n 1994 Mercer 1994 s o as que se relacionam com problemas cognitivos psicolingu sticos de mem ria de percep o de hiperactividade com d fices de aten o problemas 112 Como irregularidades electroencefalogr ficas e outras 229 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
123. nea em que se elabora o discurso a partir da selec o das palavras e da sua mobiliza o activa no discurso Quando isto n o acontece surgem dificuldades em lembrar ou evocar palavras e em designar objectos 2 Fase de formula o de frases que a fase em que necess rio recorrer sintaxel Quando h problemas nesta rea h dificuldades em planificar e organizar palavras para expressar ideias e frases completas em utilizar correctamente os verbos e outras formas gramaticais que interferem com a estrutura da linguagem 3 Fase de articula o que a fase que permite a produ o dos padr es motores necess rios fala associa o entre palavras e padr es motores e respectivos motores expressivos Quando h problemas neste campo surge uma dificuldade de controlo motor no acto da articula o que n o tem nada a ver com problemas de voz ou de bloqueio 156 Que est relacionada com os padr es as frases e os per odos onde as sequ ncias das palavras s o constru das 272 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM As v rias fases da linguagem podem ainda originar outros tipos de linguagem 1 A Linguagem Interior que utiliza o significado das palavras antes destas serem usadas como tal Vygotsky 1993 1962 Para que uma palavra tenha significado necess rio que represente determinada unidade de experi ncia e que esta seja transformada em s mbolos verbais e n o verbais atrav s dos pro
124. necess ria para uma aprendizagem com sucesso da leitura e da escrita facilitando ainda a assimila o de fonemas de palavras da ortografia bem como a realiza o de opera es aritm ticas e demais compet ncias escolares Frostig et al 1994 A avalia o das dificuldades perceptivas geralmente feita atrav s de testes perceptivo motores com os quais se pode verificar quais os problemas existentes e que capacidades perceptivas est o diminu das pois com base nos resultados da sua aplica o que se podem prescrever programas de treino adequados conducentes a um trabalho organizado e produtivo Salvia amp Ysseldyke 1991 Neste sentido s se torna poss vel a aplica o de programas de treino na reabilita o dos alunos a pattir do estudo da forma como os mesmos percepcionam e da detec o dos problemas existentes Os Programas de Treino da Percep o Visual PTPV devem ser aplicados o mais cedo poss vel e de forma sistem tica nunca se esperando que os problemas 31 INTRODU O sejam resolvidos por si pois a crian a precisa de ter certa maturidade perceptivo visual quando come a a fazer aprendizagens escolares Frostig 1972 Frostig et al 1994 Estes programas s o ainda uma ajuda importante no desenvolvimento das fun es sensoriais e motoras da linguagem da percep o visual cinest sica e t ctil e das capacidades de pensar aprender e relembrar Frostig 1979 Na elabora o do
125. ngulo independentemente dos elementos que o comp em aquilo a que muitos chamam de transposi o de forma ou padr o Gleitman 1999 A psicologia da Gestalt afirma que a organiza o algo b sico a toda a actividade mental Assim uma forma vivida perceptivamente como uma Gestalt n o sendo somente a soma das suas pattes tr s tri ngulos isolados n o formam um tri ngulo do mesmo modo que dois olhos uma boca e um nariz n o chegam para formar um rosto A forma a via principal para a identifica o de objectos Muitos investigadores est o convencidos que o processo de reconhecimento de uma forma come a com a resposta a certos tra os primitivos com base interna que servem de unidades elementares da percep o visual V rias c lulas do c rebro actuam como detectores de tra os que reagem a elementos particulares da forma visual ou a linhas ou a arestas ou a orienta es especiais Por exemplo algumas c lulas corticais s o sens veis disparidade binocular Outras c lulas reagem ao movimento direccional respondendo quando uma linha se desloca numa direc o mas n o respondem quando a linha se desloca na direc o oposta Hubel amp Wiesel 1970 Ferster 1981 Por isso importante compreender se determinado tra o um tra o primitivo que serve de bloco de constru o para a percep o da forma Segundo Treisman 1986 a 1986 b 1988 determinado atributo pode considerar se um
126. no Estudo eee 389 6 4 1 Teste de Desenvolvimento da Percep o Visual sse 391 6 4 2 Escala de Identifica o de Dificuldades de Aprendizagem 393 6 4 3 Programa de Treino da Percep o Visual sss 395 6 5 Tratamento Estat stico dos Dados iniciadas tiende eee ord 397 CAP TULO VII APRESENTA O E DISCUSS O DE RESULTADOS 399 Introdu o asno RR HERBRERRERRRRERORERRERRRERRRERRRRERREN 401 7 1 Resultados da primeira fase do Estudo Emp rico sse 403 7 2 Apresenta o e Discuss o dos Resultados do Estudo sse 405 7 2 1 Momento 1 Avalia o Pr teste rera iaaa aa ataa ARAA AAAA A AAA 406 72 2 Momento 2 Avalia o POSTE id 407 7 2 3 Momento 3 Avalia o Follow up cecccescsssecsssecsssessssecssessssesssscensssssssesnsseessseenssesnsseansss 408 7 2 4 Resultados dos Testes de Hip teses sss 408 13 Discussao dos Resultados eter a 413 CONCLUS ES GERAIS iia 415 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS enemies 427 P2 olx CPR RE 457 PAN ato O jo ster ESAE ain ann 459 JATIeXOUA Getestet et dank AAA AAA dada NT Et t utu 461 WATER A cM AMA EE LU A AM AM ec PURE SR ER ORA E TEN 463 xii NDICE DE FIGURAS Figura 1 1 O que salta vista na procura visual eene 104 Figura 1 2 Lei da proximidade rettet
127. nova informa o que permite reconstruir conceitos e sentidos intervindo nos mecanismos de descodifica o visual e sendo t o mais activo quanto o repert rio de tipos poderoso e estruturado Edeline et al 1992 112 Analisando o quadro 1 3 pode concluir se que o processo de constru o de conceitos e sentidos se desenvolve em tr s etapas o n vel das sensa es o n vel da percep o e o n vel dos processos cognitivos Assim os processos est o representados por setas comentadas e os produtos por rect ngulos Edeline et al 1992 98 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA PERCEP O CONCEITOS Lidal rave rie Quadro 1 3 Modelo geral de descodifica o visual Edeline et al 1992 98 No 7 n vel est o as sensa es a est mulos visuais exteriores textura cor e forma que iniciam o processo e que s o obtidas por varrimento do campo No 2 nivel surgem os processos perceptivos em que se verifica a selec o dos est mulos que por compara o com os modelos que a esse n vel existem no repert rio pessoal s o considerados pertinentes fazendo se de seguida a sua integra o em figuras tamb m elas confrontadas com o repert rio Estes processos levam transforma o simplificadora dos produtos provenientes do primeiro sendo eliminadas no sentido da estabiliza o e da abstrac o as particularidades n o pertinentes Ao 3 n vel correspondem os processos cognitivos e
128. novos materiais pedag gicos audiovisuais e inform ticos cada vez mais integrados os Multim dia o que leva a TE a equacionar sempre novas problem ticas procurando nos conhecimentos 60 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA cient ficos dispon veis das v rias ci ncias pr ximas as bases te ricas que lhe possibilitassem o re encontrar novas solu es para os problemas educativos Winn 1989 e da a justa pretens o de ser uma tecnologia educativa ou da educa o Coutinho 2003 1 1 3 A Comunica o Visual na Investiga o em TE Como fen meno social total a comunica o est presente em quase todos os aspectos da vida humana na medida em que esta se caracteriza pela cria o de la os entre ec os membros da comunidade sob a forma de trocas A comunica o acaba por ser um modo de preencher e realizar a intencionalidade da consci ncia Reis 1990 42 Deste modo para que se realize a comunica o tem de incorporar uma linguagem de significa es mais ou menos expl citas e mais ou menos un vocas porque o acto comunicativo inerente ao ser humano sendo uma necessidade vital t o essencial como a fome na ordem fisiol gica Gusdorf 1960 cit Mucchielli 1984 36 Neste sentido a comunica o fundamentalmente a transmiss o de informa es ideias emo es compet ncias etc pela utiliza o de s mbolos palavras imagens figuras gr ficos etc
129. o Visual Conforme j referido a percep o visual PV a capacidade de reconhecer e discriminar os est mulos visuais e de os interpretar associando os a experi ncias anteriores pelo que se torna muito importante que a crian a com dificuldades de aprendizagem DA tenha estes problemas solucionados ou pelo menos minimizados o mais precocemente poss vel 91 pois as capacidades perceptivas influenciam tanto a aquisi o de compet ncias como de conceitos Frostig 1963 Recorde se que uma crian a apresenta DA quando tem um atraso no desenvolvimento perceptivo ou dificuldade em reconhecer os objectos e as suas rela es entre si no espa o dado percebendo o mundo de maneira distorcida pelo que este lhe aparece inst vel e imprevis vel Esta deforma o e confus o com que interioriza os s mbolos visuais dificulta a sua aprendizagem escolar tornando se fundamental realizar programas preventivos o mais cedo poss vel sem ficar espera que os problemas se resolvam por si Frostig et al 1994 90 4 d PF 190 Como por exemplo analogias completamento de s ries etc Ed B B H 1910 per odo normal de desenvolvimento m ximo da percep o visual situa se entre os 3 anos e meio e os 8 anos Frostig 1963 328 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL A actividade cognitiva da percep o tem caracter sticas muito particulares pois a sua origem est nos dados
130. o cognitiva o sujeito toma conhecimento do objecto organiza o mundo e ao mesmo tempo elabora as suas estruturas mentais ou intelig ncia Ausubel 1976 reconhece a import ncia dos conhecimentos pr vios na constru o do saber distinguindo alguns factores da estrutura cognitiva que tornam poss veis as aprendizagens significativas disponibilidade discriminabilidade e estabilidade das ideias Vygotsky 1962 1993 centra se na dial ctica entre o indiv duo e a sociedade particularmente nos efeitos da interac o social da linguagem e da cultura na aprendizagem Nesta ordem de ideias Le Moigne 1995 70 87 definiu os princ pios fundamentais do construtivismo baseando se em diversos pressupostos 1 Uma hip tese fenomenol gica Que defende a presen a conjunta do objecto e do sujeito e termina com o debate dos paradigmas rivais quem tem a primazia o sujeito ou o objecto 2 Uma hip tese teleol gica ou finalista Que considera a constru o do conhecimento como um acto intencional do sujeito 3 Um princ pio da modeliza o sist mica baseado na Teoria Geral de Sistemas TGS Que se contrap e ao modelo anal tico do m todo positivista considerando que o ec H 55 2 A 2 ec bi A 55 construtor do conhecimento o sujeito que numa media o permanente sobre o acto e n o sobre a coisa procura identificar funcionamentos e finalidades que ajudem a com
131. o e que vai n o s originar uma associa o com outros dados sensoriais como orden los de uma forma l gica Por outro lado a sensa o visual fornece ao sistema 203 por exemplo a medida a cor a forma a textura ou o som 204 Como o contorno a orienta o o comprimento a largura etc 339 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL nervoso um conjunto de dados hip teses elementos a testar e a comparar atrav s de uma complicada ac o de escrut nio e de etiqueta que nos permite distinguir por exemplo o d do 7 o a do p o u do n e o fdo 7 No entanto n o se trata apenas de ver bem ou de ver correctamente dado que o problema da Percep o Visual transcende a acuidade visual sendo mais importante a interpreta o ou seja a an lise e a s ntese dos est mulos visuais que acontecem no c rebro e n o na retina Frostig et al 1964 340 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL 5 2 O Programa de Treino da Percep o Visual Tendo em vista os objectivos e as hip teses definidas para o estudo emp rico da tese de disserta o houve necessidade de criar um Programa de Treino da Percep o Visual PTPV dado que o programa de desenvolvimento da Percep o Visual PV mais completo que se encontrou foi o de Frostig 1994 que de acordo com o referido anteriormente n o abarca todos os aspe
132. o estes princ pios que permitem afirmar que em condi es iguais os est mulos que formam uma boa figura ter o tend ncia a serem agrupados Wertheimer 1960 48 A interpreta o de imagens faz se a pattir do agrupamento dos objectos em padr es com base nos princ pios j referidos de proximidade similaridade continuidade fechamento e simetria Estes princ pios s o muito importantes para se conceptualizar o que deve fazer a pessoa que v as imagens para organizar os clementos dos grupos visuais que vai vendo tendo em vista escolher a forma mais correcta de os agrupar Zakia 1997 120 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA realidade de forma criadora imaginativa inventiva perspicaz e bela Arnheim 1988 1974 A Teoria da Gestalt defende ainda que a ideia de forma est associada de contorno porque na percep o do mundo o observador articula a em diversas formas hierarquizando deste modo e ao mesmo tempo o material estimular que percebe O espa o encerrado dentro dos contornos constitui a figura zona endot pica o resto constitui o fundo zona exot pica Villafafie 1992 58 Al m dos aspectos referidos sobre a leitura de imagens torna se importante real ar mais dois aspectos da leitura de imagens referidos por Metz 1970 1 O princ pio que diz respeito s configura es significantes especificamente ic nicas e afirma que na leitura de uma imagem se deve come ar pelo dom nio do a
133. objectivos principais foram aplicar o DTVP de Frostig 1963 na referida escola Numa fase inicial o teste foi utilizado apenas com finalidades pedag gicas mas numa segunda fase Fonseca 1982 procurou valorizar o diagn stico perceptivo na rea visual em especial de crian as com DA e detectar problemas perceptivo visuais que t m rela o com as aprendizagens simb lico visuais leitura escrita e c lculo O material usado por cada crian a foi constitu do por um caderno de DTVP um l pis n 2 e quatro l pis de cor vermelho azul verde e castanho No final do estudo foram comparados os resultados do DTVP com os resultados de um inqu rito lan ado aos professores sobre dados anamn sicos e pedag gicos A amostra deste estudo foi formada por 40 crian as do sexo masculino 10 de cada classe com idades m dia assim distribu das 1 ano 7 7 2 ano 8 7 3 ano 9 7 e 4 ano 10 7 de uma escola oficial da zona de Lisboa com base numa selec o arbitr ria feita pelos professores das turmas 220 Apesar de ser uma bateria com 8 sub testes e o de Frostig apresentar apenas cinco sub testes 381 METODOLOGIA 6 2 1 2 Modo de desenvolvimento do Estudo O desenvolvimento do estudo obedeceu aos seguintes procedimentos experimentais 1 Numa primeira fase foi aplicado o Developmental Test of Visual Perception DTVP 2 Hammill Pearson amp Voress 1993 que procura medir diferentes capacidades de perc
134. os estados a oferecerem programas educacionais para as crian as com DA e a melhorar substancialmente os servi os de Educa o Especial atrav s da cria o de sistemas de avalia o e de interven o adequados Esta lei estabelecia ainda que toda a crian a com necessidades educativas especiais NEE devia ser educada num meio o mais normal poss vel e que o curr culo a utilizar se devia basear no prescrito pelo programa de interven o definido no plano educativo individualizado A rea das Dificuldades de Aprendizagem come a ent o a atrair um grande grupo de indiv duos com diversas experi ncias m dicos educadores psic logos terapeutas nutricionistas pais e outros todos eles empenhados no estudo de processos que correspondam s necessidades educativas das crian as cujos comportamentos n o s o compat veis com uma aprendizagem norma Correia 1991 Casas 1994 Todas estas mudan as acontecem a partir da grande nfase dada ao desenvolvimento perceptivo motor preconizada principalmente por Frostig 1965 mas a partir de 1970 passa a dar se mais import ncia ao processamento da linguagem e aos d fices de aten o o que permite compreender melhor a problem tica das DA no seu todo Assim na implementa o de programas educacionais passa se a utilizar t cnicas de modifica o de comportamento recorrendo se ao estudo da rela o entre o comportamento e o meio ambiente considerado fundamental para uma melh
135. os quais destacamos as Tecnologias da Informa o ou a Inform tica no Ensino ambos relacionados com as Novas Tecnologias de Informa o e Comunica o e frequentemente confundidos como equivalentes do dom nio da TE As TIC Tecnologias de Informa o e Comunica o ao serem introduzidas nos sistemas educativos de diversos pa ses constituem um enorme potencial na Educa o possibilitando uma capacidade de produ o de documentos de base inform tica com incorpora o e articula o entre texto e imagem com constru o de situa es simuladas que permitem ampliar a aprendizagem experimental com cria o de novas iconografias e 1 A express o tecnologia educativa foi acrescentada pela autora pata uma especifica o inicial da sigla TE 8 e 29 INTRODU O formas de representa o e com o desenvolvimento de novas situa es de interac o aluno meio a partir de novos canais de recep o e transmiss o Jaquinot 1992 Deste modo a nfase deve ser dada rela o entre o aluno e a base do conhecimento transformando se assim os meios tecnol gicos em recursos inteligentes com os quais o aluno colabora cognitivamente na constru o do conhecimento Este modelo de ensino centrado no aluno e orientado para o auto controlo da aprendizagem concretizado no paradigma desenvolvido em torno da base do conhecimento tecnol gico inter racional e que emerge gradualmente atrav s da aplica
136. ouvido visto ou experimentado Dist rbios de aten o Kirk amp Chalfant 1984 Estes correspondem a problemas relacionados com a capacidade de seleccionar alguns de entre muitos est mulos que se imp em pessoa o tempo todo dado que a aten o selectiva ajuda a limitar o n mero de est mulos que processamos a todo o momento Pode dizer se que a crian a distra da quando atende e responde a muitos est mulos ao mesmo tempo assim o dist rbio de aten o tem de ser relacionado com um atraso na capacidade de empregar e manter a aten o selectiva Ross 1976 111 Auditivos visuais t cteis quinest sicos 228 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Dist rbios perceptivo motores Quir s amp Schrager 1978 Bakker 1984 Lyon 1985 Estes est o relacionados com uma dificuldade de descodifica o visual com uma lentid o na resposta ao significado de gravuras ou de n meros com dificuldades em compreender os absurdos em gravuras engra adas e em compreender o que visto Kirk amp Gallagher 1987 No entanto h tamb m muitos factores do meio ambiente com que uma crian a deste tipo n o consegue lidar como a percep o de objectos no ambiente ou a sua rela o com eles Os alunos com este problema t m normalmente dificuldades na orienta o na orienta o espacial na imagem corporal na aprendizagem motora 5 esquerda direita na montagem de quebra cabe as e
137. palavras escritas sendo produzida a mensagem previamente planificada Finalmente entram em ac o os processos grafo motores que permitem a execu o de uma caligrafia leg vel os processos sint cticos os processos l xicos e sem nticos os processos textuais e contextuats 3 Processos que permitem avaliar o texto em execugao at se chegar forma definitiva que s o processos de revis o em que se vai avaliar o texto j escrito e verificar se o mesmo 161 chamado l xico ortogr fico ou grafol gico 162 autor de um texto guarda na sua mem ria conhecimentos relevantes para esse efeito 163 Em que se faz a busca de ideias e de informa o 290 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM atinge os objectivos previstos Estes processos podem levar reedi o do texto atrav s de acrescentos supress o de palavras e ou de ideias Quando as pessoas j dominam os mecanismos de escrita o processo de transmiss o de mensagens gr ficas passa pelas seguintes fases Lerner 1989 1 Fase de pr escrita em que o escritor ordena as ideias recolhe informa es delimita o assunto e procura imaginar o seu p blico de leitores 2 Fase da produ o inicial do texto em que se fazem as primeiras redac es ordenando se com l gica clareza e correc o a mensagem a comunicar e escolhendo se a forma estil stica mais apropriada ao destinat rio de acordo com os objectivos propostos 3 Fase d
138. pois a aprendizagem depende sobretudo das experi ncias visuais de um indiv duo e da integra o subjectiva de novos dados nos conhecimentos anteriormente adquiridos Moderno 1993 Assim torna se importante utilizar com frequ ncia estes meios no ensino dos nossos alunos dado que permitem variar a forma de desenvolver determinado conte do e evitar a rotina A sua utiliza o permite ainda ultrapassar as paredes da sala de aula convidando observa o de outros materiais que facilitam a aprendizagem atrav s da 128 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA estimula o da receptividade dos alunos Tudo isto favorece o di logo e a comunica o com os outros colegas e professores evitando a aprendizagem puramente memor stica Aparici 1987 Para que a imagem possa ser verdadeiramente til no campo educativo fundamental que o educador aprenda a ensinar com a linguagem da imagem respeitando acima de tudo a liberdade do educando Taddei 1976 O professor dever estar realmente empenhado em setvir se da imagem e do som com rigor em conformidade com as suas inten es e projectos sem permitir que ela o escravize Fauquet amp Strasfogel 1975 10 Neste sentido a utiliza o da Imagem na educa o dos alunos com DA deve ser utilizada da forma mais eficaz sendo essencial ter presente a classifica o da imagem Pardo 1981 de acordo com 1 O seu conte do desde a reprodu o realista qu
139. pois a impress o global obtida pelo primeiro golpe de vista centra se nos diferentes n cleos de interesse H uma primeira impress o global em que se destaca o tema principal e posteriormente focaliza se a aten o de forma fragmentada e com uma cad ncia que dependente da quantidade de atrac o que a imagem cria relativamente ao tipo de interesses de quem a l Moore amp Fitz 1993 Neste sentido uma forma visual sempre um conjunto no qual podemos detectar as suas partes constituintes e que se modificarmos uma s dessas partes modificamos o todo a parte ou alguns dos elementos podem mudar mas o essencial a Gestal mant m se Assim a concep o de uma forma visual sempre uma vis o de conjunto no qual se podem detectar as suas partes constituintes mas que se modificarmos uma s dessas partes o todo tamb m se alterar As experi ncias dos te ricos da Gestal procuram demonstrar que a apar ncia de qualquer elemento depende do seu lugar e da sua fun o num padr o total visto que a vis o n o funciona como um registo mec nico de elementos sensoriais mas sim capta a To objectivo desta escola foi determinar os princ pios que determinam e organizam a nossa percep o ou seja o modo como estruturamos a realidade a um conjunto mais do que a soma das partes que o constituem b a forma a melhor poss vel nas condi es presentes princ pio da boa forma ou pregn ncia S
140. por computador o ensino para a mestria ou o design de instru o Burton et al 1996 O design de instru o behaviorista tornou se ainda muito til na aprendizagem de conte dos em reas do conhecimento muito espec ficas em especial quando se trabalha com alunos que t m dificuldades de aprendizagem permitindo um melhor desempenho em ambientes estruturados e orientados para objectivos bem definidos Saettler 1968 1990 Thompson et al 1996 Burton et al 1996 Pode acrescentar se ainda que as teorias behaviotistas como seria de esperar se interessam muito pelos media no ensino integrando os rapidamente como fonte adicional de est mulos a ministrar ao sujeito Isto poss vel porque as teorias behavioristas se baseiam num princ pio bastante simples de que o organismo reage a um est mulo externo e a aprendizagem acaba por ser um melhoramento progressivo das ac es do sujeito atrav s das consequ ncias dos seus actos Coutinho 2003 53 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 1 1 1 2 A aprendizagem como processo construtivo Os construtivistas consideram a aprendizagem como um processo activo de construit conhecimento atrav s de conflitos cognitivos existentes entre aquilo que o sujeito sabe e os novos desafios lan ados a partir de novas tarefas ou problemas Assim o objectivo do processo de instru o ajudar a essa constru o n o tendo a ver com mera transmiss o de conhecimentos o aluno que tem o
141. programa n o permite desenvolver um treino perceptivo que abranja todas as compet ncias de PV a desenvolver Hammill et al 1993 Deste modo foi necess rio criar de ra z um Programa de Treino da Percep o Visual PTPV apesar de baseado nos programas existentes e na revis o da literatura realizada O PTPV desenvolvido baseia se ainda em estudos emp ricos realizados sobre a implementa o de programas deste tipo em v rios pa ses nomeadamente nos Estados 3 Resultantes da aplica o de um teste de desenvolvimento da Percep o Visual 34 INTRODU O Unidos tendo se procurado ter tamb m em aten o a opini o de investigadores e cl nicos gt 8 que defendem que todas as compet ncias de percepc o visual podem ser teoricamente distintas umas das outras Chalfant amp Scheffelin 1969 Gabbard 1992 Frostig 1963 O programa foi desenvolvido em duas vers es semelhantes mas em suportes diferentes o primeiro em suporte tradicional papel impresso e o segundo em suporte interactivo programa de computador tendo em vista atingir os objectivos definidos para o estudo Recorde se que o objectivo principal do estudo comparar o desempenho perceptivo dos dois grupos de alunos com DA que constituem o grupo experimental 1 GE1 que fez treino com o PTPV tradicional e o grupo experimental 2 GE2 que fez treino com o PTPV interactivo Assim pretende se comprovar que os resultados do GE2 s o signifi
142. que evidenciam a imagem e o recurso a programas de treino interactivos s o mais bem aceites pelos alunos que os tradicionais e permitem a obten o de resultados mais positivos e consistentes o que poder ser provado nos cap tulos seguintes de Metodologia da Investiga o e de An lise e discuss o dos resultados do estudo 218 As instru es de utiliza o mais detalhadas podem ser observadas no Anexo II conforme j foi referido 359 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL 360 CAP TULO VI METODOLOGIA METODOLOGIA A experimenta o tem um papel crucial na investiga o cient fica e constitui um dos seus passos mais representativos Pinto 1990 p 74 5 5 A experi ncia a observa o objectiva de fen menos que s o for ados a ocorrer numa situa o rigorosamente controlada e em que um ou mais factores s o manipulados enquanto os restantes s o controlados ou mantidos sob condi es constantes Zimney 1961 citado em Pinto 1990 p 74 362 METODOLOGIA Introduc o O estudo emp rico foi desenvolvido em escolas do 1 ciclo do Ensino B sico consideradas pela Declara o de Salamanca como inclusivas por serem frequentadas por todo o tipo de alunos com e sem dificuldades de aprendizagem DA Numa primeira fase foi aplicado de forma individual o Developmental Test of Visual Perception DTVP 2 Hammill Pearson am
143. que se v e o que se ouve Collins et al 1997 Cada um dos m dia ou formatos de apresenta o da informa o assume uma personalidade pr pria e desempenha um papel espec fico e de destaque no processo de aprendizagem Gallego amp Alonso 1995 Aparici 1996 O texto um dos formatos de apresenta o da informa o mais utilizados contribuindo para o m ximo de inteligibilidade da informa o clareza dos conceitos e rigor formal Gallego amp Alonso 1995 50 Este um elemento indispens vel para que o conhecimento possa ser negociado e testado 138 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA imagem est tica ou animada um dos formatos de apresenta o da informa o privilegiados no contacto entre o aluno e a informa o uma vez que permite ver concretizar visualmente evocar sugerir e simbolizar Gallego amp Alonso 1995 O som poder desempenhar um papel importante ao n vel da motiva o e imprimir um maior realismo situa o de aprendizagem Ele cria o ambiente d ritmo movimento e apela ao sentimento e emo o Gallego amp Alonso 1995 Neste sentido importante que as aplica es disponibilizem diferentes tipos de apresenta o da informa o desde as mais pr ximas do concreto s mais simb licas passando pelas ic nicas Estas diferentes apresenta es dever o estar integradas de forma a facilitar a aprendizagem nas suas inter rela es Gomes am
144. quer nos objectivos quer na organiza o estrutural que lhe deve servir de suporte Esta lei bastante inovadora pois responsabiliza o Minist rio da Educa o pela Educa o Especial cria um Instituto de Educa o Especial capaz de orientar e coordenar a n vel central e regional os servi os de Educa o Especial e defende o princ pio da integra o das crian as com NEE no sistema regular de ensino sempre que poss vel cit Dias 1995 1999 5 Decreto Lei n 319 91 um documento em que se revoga o anterior decreto sobre Educa o Especial e que surge devido s profundas transforma es verificadas no Sistema Educativo Portugu s decorrentes da publica o da Lei de Bases do Sistema Educativo em que se recomenda o acesso dos alunos com NEE ao sistema regular de ensino 161 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS As principais linhas orientadoras deste decreto s o cit Dias 1995 1999 A substitui o da classifica o dos alunos deficientes baseada em decis es de foro m dico pelo conceito de alunos com Necessidades Educativas Especiais baseado em crit rios pedag gicos crescente responsabiliza o da escola regular pelos problemas dos alunos com Dificuldades de Aprendizagem abertura da escola a alunos com Necessidades Educativas Especiais numa perspectiva de escola para todos Um maior reconhecimento do papel dos pais na orienta o educativa dos seus filhos
145. recurso ao procedimento GLM para medidas repetidas 10 Nesta altura foi tamb m aplicado o DTVP 2 com alunos da mesma idade e do mesmo n vel escolar mas que n o tinham problemas de DA nem tinham sido submetidos aplica o do programa de treino embora no Pr teste tivessem demonstrado problemas de PV Ap s esta aplica o verificou se que estes alunos obtiveram resultados semelhantes aos dos alunos que apresentavam DA e tinham sido submetidos ao treino 11 Cerca de um ano depois da aplica o do P s esfe foi feita nova aplica o do DTVP 2 que constituiu o Follow up com a finalidade de se verificar se a melhoria dos resultados obtida no P s teste face ao Pr teste n o se devia nem ao n vel et rio nem ao facto de terem sido feitas novas aprendizagens mas era devida apenas realiza o do tratamento realizado com o PTPV Programa de Treino da Percep o Visual com os mesmos alunos implicados no estudo Deste modo pode afirmar se que o momento Follow up de uma investiga o corresponde a um terceiro momento da investiga o emp rica que pode ser conveniente realizar pelos motivos referidos acima Assim este um momento mais long nquo ou diferido no tempo e pretende verificar a estabilidade ou a perman ncia dos efeitos do tratamento follow up Esta avalia o particularmente realizada em interven es dirigidas modifica o de comportamento ou facilita o de mudan as e aprendizagens pe
146. regras Vilches 1992 16 Nesta ordem de ideias pode falar se em linguagem visual que apresenta as seguintes caracter sticas principais 1 Espacialidade dado que a imagem material est situada no espa o 2 Globalidade porque a imagem permite receber muitas informa es em simult neo que s o percebidas sob a forma de conjunto da E IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 3 Estruturalidade embora n o seja propriamente uma caracter stica da imagem mas do olho que a percepciona Bertin 1970 4 Complexidade visto haver um n mero quase ilimitado de hip teses de composi o pata expressar um mesmo conte do A imagem percepcionada como um todo e n o como uma cadeia de sucess es pelo que as unidades visuais n o podem comparar se s unidades lingu sticas Thibault Laulan 1973 A linguagem visual formada a partir de tr s vari veis homog neas e ordenadas as duas dimens es do plano x e y e uma vari vel de terceira dimens o o ponto de vista que imposto a quem v pelo campo de vis o angular As regras de constru o levam pois o redactor a utilizar as duas dimens es do plano de uma forma homog nea rectil nea e ortogonal e a utilizar em terceira dimens o uma vari vel ordenada o tamanho O valor ou a textura Bertin 1967 13 a alfabetidade visual que nos pode ajudar a ver o que vemos e a saber o que sabemos Dondis 1988 31 e nos permite compreender tornando se
147. rias manchas se relacionam surge uma unidade interm dia ou mancha englobante o suporte superf cie ou fundo e uma imagem menor a imagem englobada19 Bertin 1970 Estas unidades m nimas da imagem s o elementos espaciais e de colora o que formam um estrato isot pico que vai dar ao texto visual uma coer ncia m nima Esta isotopia formada pelo suporte visual antes de ser transformado em cone a um n vel puramente pl stico e pr significativo No entanto existe uma varia o significativa na rela o de duas manchas como acontece nos conceitos alto baixo direita esquerda o que justifica as diferen as entre mancha e mancha englobada Vilches 1992 Nesta ordem de ideias pode afirmar se que a dificuldade para discriminar cores e agrupar algumas manchas de uma cor numa figura identifica a presen a de uma deficiente vis o das cotes Sempre que olhamos para um campo visual heterog neo vemos nele um objecto a que chamamos figura que sempre vista em contraste com algum fundo O primeiro grau da percep o a distin o figura fimdo Muitas vezes f cil ver a figura em contraste com o findo outras vezes n o Zakia 1997 3 it lico do autor C zx ERA z D 13 Que s vis vel atrav s do recurso a sub diferen as de cor branco e negro valor tonalidade e mat ria gr o Bertin 1970 76 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA A figura e o fun
148. rios aspectos da vida humana apresentados no quadro 5 1 Processamento Indutivo det p RACIOC NIO Dedutivo Assimila o Lembran a MEM RIA Anal gico Quadro 5 1 Mediadores da aprendizagem favorecidos pela imagem Fontao 1998 310 A capacidade de criar imagens quando estas constituem uma representa o figurativa de estados sensoriais ou perceptivos201 tem se estudado em todos os aspectos em que se relaciona com a actividade perceptiva Pa vio amp Ernest 1971 Peterson amp Graham 1974 Deste ponto de vista a constru o do sistema de representa es em imagens depende da constru o dos esquemas perceptivos ainda que tamb m se possa admitir que ap s o per odo de constru o s o as mesmas estruturas cognitivas que interv m nas actividades perceptivas Fontao 1998 Formar imagens de palavras objectos e acontecimentos um processo muito importante para a reten o de conhecimentos apesar de existirem grandes varia es inter individuais nesta capacidade de formar imagens Al m disso este processo permite fixar a aten o em aspectos distintos mantendo um grande n mero de unidades informativas agregadas num conte do unificado facilitando ainda o controle e a interioriza o dos componentes informativos Fontao 1998 De facto muitos conte dos s o mais f ceis de compreender quando se recorre forma o de imagens pois muitas ideias expressam se e compreendem se melhor at
149. riter 107 Figura 1 3 Lei infra l gica da proximidade sse 115 Figura T 4E ber da similaridade ze te ne tttm eee tm ete re e e Phe india 115 Figura 5s ber da continuidade iaa 115 Figura PG Lerdo de chanta ette ia 116 Figura 1 7 Lei da segrega o figura fundo sss 116 Figura 1 8 A ilustra o do texto tem a fun o de motivar para a sua leitura meme 129 Figura 1 9 Imagem que ajuda a caracterizar o tipo de arco existente no claustro sss 130 Figura 1 10 Imagem para facilitar a compreens o da necessidade do uso de luz artificial 131 Figura 1 11 Imagem para verbalizar sobre um tipo de constru o desconhecida 132 Figura 1 12 Imagem que permite ver as camadas interiores da Terra sss 132 Figura 1 13 Imagem que refor a a percep o verbal do conceito de chuva mes 133 Figura 1 14 Imagens que servem apenas para tornar a p gina atraente e captar a aten o 133 Figura 5 1 Perspectiva o Espacio tempotal ssssssseeeeeeeeetenttetetetntnntnnns 324 Figura 5 2 Organiza o perceptiva da InforMagiO mmconconecocnecnncinconeno cnn conecnocanicnn eno ronncnnrin cono rene cinco 324 Figura 5 3 Desenvolvimento do Racioc nio sentent tenentes 325 Figura 5 4 Coordena o Visual Motora essent netten tenentes 329
150. sensoriais captados pela vista 92 atrav s dos processos de discrimina o an lise selec o identifica o e armazenamento dos est mulos visuais que posteriormente s o associados a experi ncias sens rio motoras anteriores Frostig 1963 Dias 1995 1996 1999 Estas opera es s o guiadas inicialmente por esses dados de forma a tornar expl cita e determinada a informa o e tendem a ser autom ticas r pidas eficazes e restritas Isto acontece devido ao tipo espec fico de informa o que utilizam para tratar os dados e fazer infer ncias ao contr rio do que acontece com as opera es guiadas cognitivamente que tendem a mostrar caracter sticas opostas e disp em em princ pio de toda a informa o resultante do sistema cognitivo geral Estas ltimas opera es contribuem tamb m para o resultado perceptivo final integrando o no sistema geral de conhecimento e tornando o apto a ser utilizado no processamento cognitivo posterior Garc a Albea 1986 Dias amp Chaves 20012 Por isso as tarefas perceptivas podem ser rapidamente diferenciadas da sensa o como acontece com a acuidade visual e a sensibilidade auditiva e das tarefas do processamento cognitivo tais como a ac o de escutar e a compreens o de leitura Frostig 1963 Quando a PV n o est adequada ao n vel et rio da crian a vai limit la no seu desenvolvimento intelectual em particular no que respeita aquisi o reten o
151. servem para desenvolver defini es operacionais que s o fundamentais em termos pr ticos Kavale et al 1991 189 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM No entanto apesar de muitas tentativas a definic o de DA tem sido conseguida apenas em termos conceptuais e n o em termos operacionais o que dificulta a generaliza o a partir de estudos emp ricos Adelman 1971 Mesmo assim Kirk amp Gallagher 1987 conseguem apresentar uma defini o mais cabal que se pode considerar a mais consensual de todas ao afirmar que uma crian a tem DA quando apresenta algumas das seguintes caracter sticas 2 Revela atraso em come ar a falar Tem dificuldades em comunicar N o desenvolve uma percep o visual ou auditiva normal Revela grande dificuldade em aprender a ler soletrar escrever ou calcular N o receptiva linguagem embora n o seja deficiente auditiva N o capaz de perceber visualmente embora n o seja deficiente visual N o aprende atrav s de m todos comuns de ensino apesar de n o ser deficiente Kirk 1962 foi o primeiro investigador a usar a express o dificuldades de aprendizagem definindo as como um processo educativo que privilegia as caracter sticas de aprendizagem de cada crian a e as suas necessidades espec ficas Isto tornou mais evidente a rela o critica existente entre a linguagem e as dificuldades de aprendizagem Este autor conceptualizou o process
152. sobre as quais o indiv duo tem pouco controlo Imagens on ricas que se produzem durante o sonho t m car cter alucinat rio embora possam parecer reais Imagens eid ticas que consistem numa evoca o muito sentida de uma experi ncia visual tida durante certo tempo em que o sujeito v o objecto como se estivesse mesmo presente S o imagens que surgem num n vel de realidade excepcional Imagens do pensamento que t m uma fun o referencial em que se restitui uma experi ncia visual presente ou passada e uma fun o de elabora o na qual o indiv duo reconstitui uma experi ncia a partir de nova confirma o dos elementos j existentes Estas imagens podem ser reprodu es situa es j conhecidas ou antecipa es situa es n o percebidas anteriormente 2 Imagens naturais Estas imagens s o extra das das coisas que nos rodeiam quando h condi es de luz para as ver S o as imagens da percep o ordin ria O seu suporte natural e org nico a retina que pode mediatizar o resultado visual ao mesmo tempo que o resto dos componentes do sistema ptico humano Neste sentido implicam uma manipula o de 79 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA utens lios e materiais e t m um suporte visual sens vel S o imagens com um maior n vel de realidade e um grande grau de iconicidade j que t m identidade total com o seu referente e s se formam na sua presen a 3 Imagens cria
153. surge como uma parcela da tecnologia em geral que aplica as suas leis e princ pios ao campo educativo Silva et al 1998 239 Imagem e Tecnologias Interactivas que se t m desenvolvido na educa o essencialmente pela necessidade de se encontrarem novas formas de ensino e de aprendizagem pois neste dom nio a evolu o tecnol gica p s disposi o do professor meios suficientes para trazer at ao aluno um mundo at h pouco ainda distante Moderno 1992 12 Assim o conjunto de tecnologias que se concentram em torno das Tecnologias da Informa o e Comunica o TIC s o sem d vida a inova o que mais influenciou o desenvolvimento da vida social nos finais do s culo XX pois a tecnologia est em tudo a 424 CONCLUS ES GERAIS toda a hora em qualquer lugar Moran 2005 As novas tecnologias interactivas baseadas no computador tanto servem de suporte ao processamento de informa o como interv m nos mais diversos processos de comunica o Ponte 1997 Por conseguinte pode concluir se que o uso da imagem atrav s do recurso s tecnologias referidas acima se torna um meio poderoso de incentivo aprendizagem dos alunos permitindo lhes ainda uma melhor apreens o e assimila o dos conte dos escolares Programas de Treino da Percep o Visual fundamentais para o desenvolvimento de compet ncias de percep o visual tanto nos alunos com DA como nos alunos sem DA a
154. t o vitais pata o conte do e portanto para o input e o output da mensagem Tudo isto acontece ao mesmo tempo que descodificamos muitas classes de s mbolos Dondis 1973 1988 30 it lico do autor A vis o uma actividade criadora da mente humana Arnheim 1974 1988 39 que inclui algo mais que o acto f sico de ver ou de que se nos mostra algo Ela parte integrante do processo de comunica o que engloba todas as considera es das belas artes das artes aplicadas da express o subjectiva e da resposta a um prop sito funcional Dondis 1988 20 1973 O processo da vis o engloba a estimula o retiniana que origina a projec o dos raios luminosos sobre a retina sendo a partir daqui que o processo electroqu mico se vai completar no c rebro2 e originar o esquema visual A vis o na sua ess ncia um sentido espacial embora tamb m seja afectada por factores temporais Aumont 1990 podendo referir se as seguintes caracter sticas 1 Os est mulos visuais variam em dura o mas produzem se sucessivamente 23 Mais precisamente no c rtex visual 81 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 2 Os nossos olhos est o em constante movimento o que permite variar a informa o recebida no c rebro 3 pr pria percep o n o um processo instant neo porque h est dios da percep o mais r pidos e outros muito mais lentos 4 O processamento da informa o faz se sempr
155. tarde num total de 35 alunos a escola Utbana n 5 com duas turmas num total de 33 alunos uma de manh e outra de tarde e a escola Urbana n 6 com uma turma do 1 ano a funcionar de manh num total de 23 alunos As Escolas Rurais tinham turmas nicas do 1 ano a funcionar de manh 8 escolas e de tarde 2 com um total de 126 alunos No gr fico 6 3 pode analisar se o modo como os 57 sujeitos da amostra experimental est o distribu dos pelas diferentes escolas agrupadas por po urbano e tipo rural e no gr fico 6 4 a sua distribui o por escola 388 METODOLOGIA Gr fico 6 3 Distribui o dos alunos da amostra por tipo de escola Percentagem de alunos por escola T Urbana 1 BUrbana DUrbana3 Urbanas OUrbana5 E Urbana 6 B Rural 1 D Rural 2 E Rural 3 E Rural 4 D Rural 8 E Rural 8 B Rural 6 Gr fico 6 4 Distribui o dos sujeitos do estudo por escola 389 METODOLOGIA 390 METODOLOGIA 6 4 Caracteriza o dos Instrumentos utilizados no estudo O estudo experimental desenvolvido tem como objectivos fundamentais mostrar que o treino da Percep o Visual ajuda os alunos com dificuldades de aprendizagem DA a melhorar as diferentes compet ncias de percep o visual e consequentemente pode facilitar as suas aprendizagens pois um desenvolvimento perceptivo motor adequado um importante pr requisito para o desenvolvimento de capacidades acad micas P
156. tens o nervosa ao ficarem frustrados com as suas dificuldades na aprendizagem reagindo de forma brusca apresentando baixo auto conceito e pouca auto estima o que conduz a muitos e repetidos fracassos aumentando ainda mais a dificuldade inicial Mercer 1994 Nesta ordem de ideias pode afirmar se que os problemas emocionais ou socioemocionais surgem a maior parte das vezes como consequ ncia de dist rbios cognitivos e de repetidos fracassos que os indiv duos com DA t m nas actividades escolares Kirby amp Williams 1991 AT A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 3 3 1 6 Ind cios neurol gicos Estes ind cios s o descritos por v rios autores que afirmam que os indiv duos com DA t m muitas vezes antecedentes de afec es cerebrais sendo de salientar Monedero 1989 e Mart n 1994 que os agrupam em duas categorias 1 Sinais neurol gicos severos que incluem comportamentos evidentes e est veis no indiv duo tais como afasia mn sica 133 alexia 34 distor es visuais etc 2 Sinais neurol gicos ligeiros ou m nimos que incluem comportamentos de lentid o e debilidade motora 35 transtornos na lateralidade e nos movimentos assim tricos reflexos patol gicos etc No entanto s os sinais neurol gicos ligeiros ou m nimos a que muitos chamam disfun o cerebral m nima podem ser considerados no caso das DA Monedero 1989 Mart n 1994 Estes sinais s o tamb m
157. tra o visual primitivo quando ao verificar se uma diferen a nesse atributo se faz uma descoberta imediata de modo que o item que diferente salta imediatamente vista Este efeito foi demonstrado por uma tarefa de procura visual onde os sujeitos t m de indicar se determinado exemplar est ou n o presente num quadro apresentado durante breves instantes como pode ver se na figura 1 1 103 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Figura 1 1 O que salta vista na procura visual Gleitman 1999 278 A letra O situada no meio de um arranjo de letras V salta logo vista Neste caso o sistema visual n o precisa de procurar uma a uma todas as figuras para determinar se tem ou n o as propriedades relevantes que definem o O Em vez disso realiza uma pesquisa paralela inspeccionando todos os itens simultaneamente Treisman amp Gelade 1980 Treisman amp Souther 1985 cit Gleitman 1999 Nesta ordem de ideias a cor a curvatura a orienta o e outros atributos parecem ser tra os primitivos processados automaticamente apesar de os objectos percebidos sejam formados pot mais do que um tra o visual A folha de uma rvore d origem a um conjunto de diferentes tra os visuais a cor a curvatura a orienta o e se o vento balan a o movimento Treisman e os seus colaboradores demonstraram que esta combina o de tra os n o ocorre imediatamente sendo alcan ada numa fase posterior do proces
158. vel intelectual baixo leitura hesitante ou vagarosa abaixo do n vel escolar e leitura e escrita do leitor relutante com caracter sticas de irregularidade Otto et al 1974 Rebelo 1993 Assim pode afirmar se que as dificuldades de leitura e escrita resultam da falta de satisfa o de determinadas condi es essenciais sua aprendizagem pois sem os pr requisitos indispens veis a aprendizagem n o tem lugar porque um dos factores que contribui para a aprendizagem est relacionado com as capacidades que o indiv duo possui antes de iniciar qualquer nova aprendizagem Gagn 1965 267 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM A aprendizagem da leitura e da escrita tal como qualquer outra aprendizagem condicionada por factores internos ao indiv duo e por factores externos do meio envolvente A Factores internos ao indiv duo relacionados com a prepara o e maturidade do indiv duo pata executar tarefas com o desenvolvimento sens rio motor lingu stico e cognitivo que s o aspectos inerentes ao seu modo de funcionar e que influenciam a aprendizagem apesar de poderem ser modific veis Bloom 1981 B Factores externos ao indiv dno que est o relacionados com o funcionamento das institui es escolares com os curr culos os m todos os materiais did cticos e com o ambiente familiar e social em que o aluno cresce e aprende Rebelo 1993 Deste modo as dificuldades de aprendizagem da leitur
159. verbalmente o assunto Recorre se a esta fun o quando se quer transmitir algo aos alunos que dif cil de verbalizar por ser um conte do originariamente n o verbal ou por ser dif cil de traduzir verbalmente com a necess ria precis o uma fun o a utilizar com vantagem em disciplinas como a Hist ria ou a Hist ria de Arte dado que facilita a compreens o e memoriza o dos conte dos principalmente dos alunos com DA Pode verificar se esta fun o ao analisar a imagem da figura 1 9 Figura 1 9 Imagem que ajuda a caracterizar o tipo de arco existente no claustro Dias amp Chaves 2003a 353 131 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 3 Fun o de Catalisadora de Experi ncias Esta fun o da imagem no ensino facilita a verbaliza o de um assunto concreto permitindo a compreens o a an lise e a rela o entre os fen menos uma fun o da imagem em que a comunica o n o directamente atribu da linguagem oral Esta fun o permite organizar o real procurando se uma organiza o da realidade que facilite a verbaliza o de um aspecto concreto e delimitado ou que provoque a an lise de informa es em imagens com uma sequ ncia ou ordena o pr pria para as mesmas o que pode verificar se ao ver a figura 1 10 Os alunos com DA e com problemas de abstrac o compreens o e linguagem podem beneficiar muito do recurso a esta fun o da imagem Figura 1 10 Imagem para facilitar a co
160. vindo a aumentar tendo por base as normas emanadas da Declara o de Salamanca e dos documentos legislativos publicados a partir de 1991 de que se salienta o Decreto Lei n 319 91 de 23 de Agosto e outros diplomas legislativos que ser o referidos adiante 2 1 2 2 Legisla o e Documentos Normativos De acordo com o referido anteriormente a Educa o Especial em Portugal tem sofrido transforma es ao longo dos anos tanto no que respeita sua concep o como estrutura o dos servi os At aos anos 70 do s culo XX houve pouca legisla o emanada do Governo No entanto a partir de 25 de Abril de 1974 come am a surgir diversos documentos legislativos referentes educa o dos alunos com NEE e pol tica de integra o que s o substitu dos periodicamente por outros decretos ou despachos normativos Lopes 2007 Nesta ordem de ideias torna se importante referir os diferentes documentos legislativos publicados ao longo dos anos acompanhados de uma s ntese explicativa pois estes permitem compreender melhor o modo como a Educa o Especial se foi desenvolvendo ao longo dos ltimos 30 anos 1 Programa de Pol tica Econ mica e Social Do IL Governo Provis rio Este documento preconiza a remodela o do Sistema de Educa o Especial e a transfer ncia para o MEC dos estabelecimentos de Ensino Especial que estavam integrados no Minist rio de Assuntos Sociais cit Dias 1995 1999 61
161. 0 98 Este Despacho regulamenta o apoio a crian as e jovens surdos tendo em conta que a escola deve ser democr tica e de qualidade capaz de garantir a todos o direito educa o e uma efectiva igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolares S o tamb m esclarecidos aspectos essenciais do trabalho com surdos pelo que se torna fundamental assegurar a n vel de ensino um processo que d acesso ao dom nio da l ngua gestual portuguesa como forma de comunica o privilegiada e ao dom nio do portugu s escrito como forma de alargamento da comunica o e instrumento de aprendizagem A educa o dos alunos surdos dever ser feita preferencialmente em ambientes bilingues que possibilitem o dom nio da l ngua gestual portuguesa e o dom nio do portugu s escrito e eventualmente falado Para tal a escola deve reger se por princ pios que orientem o ensino da l ngua gestual portuguesa e do portugu s escrito e eventualmente falado do primeiro ao ltimo ano de escolaridade competindo lhe contribuir para o crescimento lingu stico dos alunos surdos estimulando lhes o desenvolvimento da l ngua gestual e promovendo a aquisi o das compet ncias lingu sticas que n o decorrem do processo natural de aquisi o 9 Despacho Conjunto n 891 99 Este Despacho regulamenta os aspectos relacionados com a interven o precoce junto de crian as com defici ncia ou com atraso grave de
162. 12 No caso de alunos com DA esta fun o muito importante pois prendem se facilmente com pormenores secund rios e esquecem os principais Figura 1 12 Imagem que permite ver as camadas interiores da Terra Dias amp Chaves 2003a 355 6 Fun o de Facilita o Redundante E uma fun o que permite que a imagem sirva para ilustrar uma mensagem j expressa claramente por via verbal permitindo assim um refor o perceptivo do simbolismo verbal do texto o que pode verificar se na figura 1 13 Esta uma fun o que facilita a 133 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA aten o e a memoriza o em que o recurso imagem refor a a compreens o da mensagem pelos alunos com DA Figura 1 13 Imagem que refor a a percep o verbal do conceito de chuva Dias amp Chaves 2003a 355 7 Fun o Est tica Esta fun o utilizada quando h apenas necessidade de alegrar uma p gina de dar cor composi o e de romper com a monotonia Esta fun o da imagem permite uma intensifica o simb lica que se caracteriza pela nfase criativa duma mensagem conforme se verifica na figura 1 14 Os alunos com DA cansam se facilmente e t m uma aten o pouco est vel pelo que a imagem pode ajud los a estar atentos Al m disso o facto de lhes aparecer um texto ilustrado e colorido vai apelar mais sua leitura O anivers rio do Pai No dia seguinte o pai fazia anos e o Pedro fez lhe uma surpre
163. 1633 seguiu esta orienta o abrindo a primeira classe de surdos em Paris No s culo XVIII De L Ep e 1784 associando se a Valentin H ay 1745 1822 decidiu fazer o mesmo com os cegos fundando uma institui o em Paris onde estes podiam ler recorrendo a letras m veis feitas de madeira Poucos anos depois Lu s Braille 1806 1852 um aluno desta institui o inventou o alfabeto que tem o seu nome por esta altura que surge em 1798 num bosque de Aveyron Fran a o chamado selvagem de Aveyron que foi acompanhado por Itard com objectivos bem definidos tendo em vista adapt lo vida social de forma gradual dado que anteriormente s sabia comer dormir estar sem fazer nada ou vaguear pelos campos Assim procura despertar lhe a sensibilidade nervosa tendo os seus sentidos muito pouca sensibilidade sendo incapaz de chorar mesmo quando muito contrariado e pressionado gostando at de estar chuva e ao frio quase nu Seguidamente procurou criar lhe novas necessidades levando o a contactos sociais com maior n mero de pessoas e compreens o da palavra atrav s de exerc cios conducentes necessidade de entender as palavras mais importantes para o seu 153 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS dia a dia Isto porque o seu ouvido s estava preparado para perceber os sons com que convivera at ali Mais tarde procurou instru lo durante algum tempo relativamente aos objectos das suas necessi
164. 1986 Gin 1987 A express o NEE apresenta ainda alguns atributos principais Jim nez 1991 Galhardo amp Gallego 1993 referidos de seguida 1 uma express o ampla geral e prop cia integra o escolar 2 A sua caracter stica principal a relatividade conceptual 3 As suas implica es educativas s o meramente positivas 4 Faz eco das necessidades educativas permanentes ou tempor rias dos alunos 5 Refere se s necessidades educativas do aluno 6 As causas das dificuldades do desenvolvimento podem ser pessoais escolares ou sociais 7 Est relacionada com o curr culo normal e um sistema educativo geral 8 Fomenta adapta es curriculares individualizadas com base no curr culo escolar normal Estas caracter sticas est o relacionadas com um modelo de Escola para Todos em que o respons vel pela pr tica educativa o professor da sala No entanto este professor dever recorrer ajuda de professores de apoio e de outros servi os da escola ou da comunidade sempre que necess rio Assim deve haver colabora o m tua entre os v rios 180 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS t cnicos implicados na educa o para que o apoio ao aluno seja feito no meio o menos restritivo poss vel 2 2 1 1 Tipos de NEE Conforme o referido anteriormente o grau de modifica o curricular vari vel em fun o da problem tica de cada aluno com NEE pelo que estas podem agrupar se em duas g
165. 1987 El Retraso en el Desarrollo una Respuesta Educativa Infancia y Aprendizaje 39 40 83 93 441 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Glaser R 1962 Training Research and Education Pittsburg University Press Gleitman H 1999 Psicologia Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian Gollash F V 1982 Language and Literacy The Selected Writings In Kenneth S Goodman Process Theory Research vol 1 Boston Routledge e Kegan Goldsmith E 1984 Research into illustration An Approach and Review Cambridge Cambridge University Press Gomes M C A amp Duarte M J 1994 Os Modelos Educativos e a Concep o de Programas Educativos Actas do II Congresso Ibero Americano de Inform tica na Ednca o Lisboa vol 2 247 252 Gonz lez M T 1981 La Escuela Ordinaria ante el Ni o con Necesidades Especiales Madrid Santillana S A de Ediciones Elfo Gregory R L 1968 Eye and Brain The Psychology of Seeing New York McGraw Hill Book Co Gregory R L 1968 A Psicologia da vis o O olho e o c rebro Porto Editorial Inova L da Gusdorf G 1960 R flexions sur la civilisation de 1 Image Recherches et D bats 33 11 36 Guerra M A 1984 Imagen y Educaci n Madrid Ediciones Anaya S A Hall E T 1966 The Hidden Dimension New York Doubleday amp C Hall E T 1986 A Dimens o Oculta Lisboa Rel gio d gua Hallahan D P amp Cruickshank W 1973 Psycho Educationa
166. 1994 afirma sobre as novas tecnologias de comunica o e informa o com uma forte predomin ncia da imagem considerando que elas s o j parte integrante do mundo envolvente e inundam o campo social com grande n mero de mensagens Moles 1969 1975 321 enriquecendo os report rios individuais e promovendo a economia e efic cia do acto comunicativo Neste sentido quando a imagem utilizada em programas educativos interactivos o utilizador sente se ainda mais envolvido na explora o do seu conte do navegando ao seu ritmo e acedendo a uma parte da informa o de cada vez Carvalho 2005 o que se comprova ao longo deste estudo pelo facto de se terem obtido resultados muito significativos ap s a realiza o do treino realizado com programas de treino da percep o visual em que a imagem tem um papel preponderante 421 CONCLUS ES GERAIS No que respeita s vantagens do treino da percepc o visual PV na melhoria de compet ncias de percep o visual conclui se que os alunos implicados no estudo que fizeram treino da PV melhoraram substancialmente o seu desempenho perceptivo Neste estudo tamb m se evidencia que o treino das compet ncias perceptivas permite uma diminui o das dificuldades verificadas aquando da aplica o do teste de percep o visual Myers e Hammill 1990 Witt et al 1988 Salvia e Ysseldyke 1991 Os resultados obtidos ap s o treino com o recurso s tecnologias referidas acima
167. 1995 144 1999 231 Assim importante recordar que a capacidade perceptiva constitu da por uma s rie de processos que s o na sua maioria inconscientes ainda que os resultados finais se 335 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL tornem conscientes Do ponto de vista funcional as restri es externas procedentes do est mulo e as restri es internas pr prias do sistema s quais est sujeita a percep o s o mais importantes do que a sua dimens o consciente inconsciente Por isso a percep o acaba por ser o resultado da interac o dos dois tipos de processo sendo antes de mais uma actividade do sujeito que se manifesta atrav s de movimentos de orienta o e explora o em quase todas as capacidades perceptivas Ela acima de tudo interna e de car cter nitidamente computacional pois o seu campo de ac o incide sobre representa es que ultrapassam a mera actividade sensorial Marr 1982 Deste modo a aus ncia de experi ncias perceptivo visuais pode comprometer as aprendizagens escolares da resultando a import ncia do ensino pr prim rio para todas as crian as Tem se verificado que grande parte das crian as que entram para o 1 ano de escolaridade apresentam um inadequado desenvolvimento perceptivo motor o que muitas vezes vai provocar dificuldades na aprendizagem da leitura da escrita e at do c lculo Frostig 1963 Dias 1995 19
168. 2 Sendo assim torna se importante abordar alguns aspectos da percep o visual que devem ser treinados pelos alunos em especial pelos que t m dificuldades de aprendizagem 321 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL devido aos seus problemas na orientac o espacial s dificuldades em discriminar aspectos essenciais das imagens que lhes s o apresentadas e ainda problemas na organiza o da informa o O treino da percep o visual deve ser realizado de modo sistem tico e organizado tornando se necess rio recorrer a programas que motivem os alunos pata a tarefa a realizar de acordo com estudos desenvolvidos sobre a implementa o de programas deste tipo em v rios pa ses nomeadamente nos Estados Unidos dos quais se salienta os de Marianne Frostig 1963 1965 1966 1972 322 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL 5 1 O Desenvolvimento de Programas de Treino O recurso a programas educativos interactivos em suporte inform tico de acordo com o referido anteriormente permite ajudar os alunos a pensar e a aumentar a sua capacidade cognitiva pelo que v rios autores t m criado programas para utiliza o em v rias reas de aprendizagem Al m disso a f cil interactividade com o computador permite aos alunos um ambiente de aprendizagem inteiramente novo E de facto basta ver alunos a trabalhar co
169. 2003 Percursos da Investiga o em Tecnologia Educativa em Portugal Uma abordagem tem tica e metodol gica a publica es cient ficas 1985 2000 Tese de Doutoramento n o publicada Universidade do Minho Braga Coutinho C P 2004 Percursos da investiga o em Tecnologia Educativa em Portugal Uma abordagem tem tica e metodol gica a publica es cient ficas 1985 2000 Braga CIEd Universidade do Minho Coutinho C P 2005 Construtivismo e investiga o em Hiperm dia aspectos te ricos e metodol gicos expectativas e resultados In Baralt J Callaos N amp Sanch z B Eds Actas da Confer ncia Ibero americana em Sistemas Cibern tica e Inform tica 4 2005 Orlando FL S 1 International Institute of Informatics and Systemcis 2005 vol 1 68 73 435 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Critchley M 1970 The Dyslexic Child Springfield IL Charles C Thomas Critchley M amp Critchley E A 1978 Dyslexia Defined London Heineman Medical Cruickshank W M 1961 A Teaching Method from Brain injured and Hyperactive Children Syracuse Ed Syracuse Univ Press Cruickshank W M 1972 Some issues facing the field of Learning Disability Journal of Learning Disabilities 5 380 388 Cruickshank W M Bice H V amp Wallen N E 1976 Teaching Children with Learning Disabilities Personal Perspectives In Kauffman amp Hallahan Eds Columbus Ohio Charles E Merrill
170. 2005 Os Multim dia ao caracterizarem se pela n o linearidade pela interactividade e por serem multicanal parecem aumentar os n veis de percep o estimular a aten o e facilitar o armazenamento da informa o contribuindo para que possa ocorrer uma aprendizagem significativa Todas as experi ncias conhecidas refor am a hip tese de que a percep o udio scripto visual simult nea exerce um impacto maior sobre o indiv duo facilitando a reten o mnem nica do percebido tanto no dom nio das l nguas como das ci ncias Moderno 1992 122 De acordo com Pouts Lajus amp Rich Magnier 1998 67 o multim dia marca uma etapa importante na hist ria da inform tica educativa A gest o simult nea sob a forma digital da imagem fixa e animada do texto e do som feita pelos computadores abre novas perspectivas de utiliza o das tecnologias No entanto o documento did ctico multim dia n o pode ser apenas o suporte de diferentes m dia constituindo ainda um universo de conhecimentos que compreende em primeiro lugar a sua propria totalidade e simultaneamente a de cada um dos seus elementos Aparici 1996 384 137 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Neste sentido um software pode ser considerado educativo quando os contextos de aprendizagens por ele gerados permitem uma actividade situada e significativa Fino 1998 2003 4 que estimule o desenvolvimento cognitivo e permita a a
171. 221 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Defini o a curto e longo prazo dos objectivos comportamentais Estabelecimento dos planos de recupera o ideais a curto e longo prazo Determina o dos recursos de recupera o Desenvolvimento de um plano de recupera o realista Comprova o da conex o avalia o interven o neuropsicol gica 222 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 3 3 Caracter sticas das Dificuldades de Aprendizagem De acordo com o referido anteriormente muito dif cil caracterizar as Dificuldades de Aprendizagem DA devido s discrep ncias conceptuais existentes entre os varios autores que as definem e analisam No entanto com base em v rios estudos desenvolvidos torna se poss vel caracterizar as DA de modo mais consensual e generalizado podendo afirmar se que o indiv duo com Dificuldades de Aprendizagem apresenta Significativa discrep ncia entre o seu potencial intelectual estimado e seu actual n vel de realiza o Desordens b sicas no processo de aprendizagem Dificuldades perceptivas disparidades em v rios aspectos de comportamento e problemas no processamento da informa o quer ao n vel receptivo quer integrativo e expressivo Torgesen 1991 Fonseca 1984 acrescenta ainda que os indiv duos com DA podem ou n o apresentar uma disfun o do SNC e n o revelam sinais de defici ncia mental de priva o
172. 4 Dias 1995 1999 Teve se ainda presente que atrav s de uma boa organiza o das formas das cores e dos movimentos definidos inequ voca e concentrada no essencial que o todo se organiza para se ajustar ao conte do Assim procurou se desenvolver um documento em que a comunicabilidade n o estivesse dissociada da expressividade que pretend amos imprimir sequ ncia de ecr s A redund ncia dos signos em rela o s significa es foi integrada e gerida como factor de inteligibilidade da mensagem Moles 1990 Pela articula o forma cor procurou se ainda criar pontos de tens o que funcionassem como elementos din micos capazes de captar e manter a aten o assim como se teve em aten o as fun es est tica e emp tica da cor quer como factor emotivo quer como factor evocativo Sobretudo esteve sempre presente a grande for a da cor para expressar e intensificar a informa o visual Gregory 1968 Em algumas situa es a cor foi usada com o valor de sinal e como elemento de convic o perceptiva Moles 1981 sendo neste sentido que se procurou manter a cor conhecida dos elementos visuais j pertencente ao report rio cultural dos alunos A utiliza o da cor como significante e como refor o emergiu como factor determinante na conten o do uso da mesma j que as cores que reconhecemos com seguran a e facilidade raramente ultrapassam o n mero de 6 sublinhando se a for a das prim rias e das
173. 5 METODOLOGIA sujeitos que utilizar um l pis para a realiza o dos exerc cios o GE2 foi treinado com o PTPV interactivo realizado no programa de computador OMicrosoft PowerPoint tendo os sujeitos que utilizar o rato do computador para marcar as respostas certas nos bot es de som com um s mbolo para o certo e outro pata o errado bem como de carregar nos bot es de hiperliga o ao programa de desenho OMicrosoft Paint para a realiza o de tra os nas sub escalas que o exigiam e o GC foi sujeito apenas aos tratamentos escolares habituais standard tendo servido de controlo aos dois grupos experimentais GE1 e GE2 As vari veis do estudo foram estudadas em fun o das quest es de investiga o e das hip teses anteriormente formuladas que recordamos em seguida As quest es de investiga o formuladas no Cap tulo da Introdu o s o as seguintes O recurso a programas de treino em que s o utilizadas as Tecnologias Interactivas com utiliza o da Imagem face a programas de treino tradicionais tamb m com utiliza o da Imagem permite um melhor desempenho perceptivo dos alunos com DA utiliza o de programas de treino da Percep o Visual permite que crian as com dificuldades de aprendizagem DA e problemas de percep o visual PV melhorem as suas compet ncias de Percep o Visual Melhores compet ncias de Percep o Visual dos alunos com DA facilitam a aprendizagem escolar Com
174. 6 verificam se dificuldades na realiza o dos padr es motores de escrever e copiar 304 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM No entanto s quando os alunos come am a ler e a escrever verificam que nem todos os sons iguais se escrevem da mesma maneira porque n o existe correspond ncia exacta entre fonemas e grafemas Por isso quando a crian a fala n o nos apercebemos que desconhece as letras que comp em as palavras mas quando escreve a realidade outra pois surgem mais dificuldades em superar os erros ortogr ficos quando h maior semelhan a na composi o fon tica de letras diferentes Por conseguinte um indiv duo tem Dysortografia quando revela perturba es nas opera es cognitivas de formula o e sintaxe n o conseguindo organizar nem expressar os seus pensamentos segundo regras gramaticais apesar de ser capaz de comunicar oralmente de conseguir copiar revisualizar palavras e escrev las quando ditadas Fonseca 1984 A Disortografia pode ser ainda considerada um problema geral de express o escrita pois afecta a cria o de ideias a formula o e a produ o de texto e uma dificuldade na execu o dos processos cognitivos subjacentes composi o isto na planifica o tradu o ou produ o de texto e sua revis o Deste modo a disortografia vis vel atrav s do aparecimento de erros que n o s o disgr ficos e se manifestam ap s a aquisi o dos mecanismos da leitura e da e
175. 8 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Moran J M 2005 As M ltiplas Formas do Aprender Actividades amp Experi ncias do Grupo Positivo dispon vel em http www eca usp br prof moran textos htm consultado em 03 03 06 Morato P 1983 Alguns Aspectos da Forma o de Professores para a Educa o Especial Tese de Mestrado n o publicada Lisboa ISEF Mortis C 1946 Signs Language and Behaviour New York Prentice Hall reimpress o de George Braziller Inc Morrison D amp Collins A 1995 Epistemic Fluency and Constructivist Learning Environments Educational Technology 35 5 39 45 Moyer R 1973 Compating Objects in Memory Evidence Concerning an Internal Psychophysics Perception and Psychophisixs 13 180 184 Mucchielli R 1984 Communication et Reseaux de Communications Paris Les Ed ESEF Mucchielli A 19982 Les Mod les de la Communication In Phillipe Cabin Coord La Communication Etat des Savoirs pp 65 78 Auxerre Editions Sciences Humaines Mucchielli A 1998b L Approche Communicationelle In Phillipe Cabin Coord La Communication Etat des Savoirs pp 207 219 Auxerre Editions Sciences Humaines Muntanet J 1991 Reforma Educativa y Educaci n Especial Revista de Educaci n Especial 8 11 24 Salamanca Arco Itis Myers P L amp Hammill D D 1969 Methods for Learning Disorders New York Ed John Wiley amp Sons Myers P I amp Hammill D
176. 91 desenvolve se atrav s dos seguintes processos psicol gicos b sicos Entrada da informa o no sistema 219 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Breve reten o da informa o na mem ria de trabalho enquanto a informa o examinada de acordo com a sua relev ncia Selec o de alguma desta informa o para futuro processamento 4 Armazenamento dos resultados deste processamento na mem ria de longo prazo de forma mais ou menos permanente Seguidamente com base na coordena o da informa o previamente aprendida e da informa o actual que entra no sistema preparada a resposta ac o Todos estes processos s o realizados sob a direc o e controlo de um programa ou plano de ac o Kirby amp Williams 1991 Cruz 1999 As teorias do procesamento da informa o consideram que as DA s o provocadas por defici ncias nas fun es do processamento psicol gico podendo considerar se que t m DA as crian as que apresentam altera es num ou mais dos processos b sicos referidos acima e que consequentemente t m problemas na aquisi o e integra o de novas informa es exigidas pelas aprendizagens escolares Rebelo 1993 Esta perspectiva do processamento da informa o a mais bem aceite pela maioria dos investigadores embora a abordagem comportamentalista tamb m tenha muitos adeptos 3 Perspectiva neuropsicol gica Os defensores da perspect
177. 954 adaptada por V tor da Fonseca 1984 foi estabelecida a rela o entre os dois factores resultados do teste todos os alunos com uma pontua o global inferior a 55 pontos e caracteriza o dos alunos com DA Na sequ ncia desta avalia o no conjunto dos 445 alunos submetidos ao DTVP 2 foram detectados 57 alunos com dificuldades de percep o visual DPV e dificuldades de aprendizagem DA em simult neo 382 METODOLOGIA 5 Com o grupo dos 57 sujeitos foi feita uma selec o aleat ria dos mesmos para serem formados os dois grupos a ser sujeitos ao tratamento experimental o Grupo Experimental 1 19 alunos e o Grupo Experimental 2 19 alunos e o grupo que n o seria sujeito ao tratamento o Grupo de Controlo 19 alunos 6 Os dois grupos experimentais GE1 e GE2 foram sujeitos ao tratamento uso do Programa de Interven o que consistiu na aplica o do Programa de Treino da Percep o Visual PTPV criado para o efeito em dois tipos de suporte programa tradicional em papel e programa interactivo em computador que foram descritos e caracterizados no cap tulo anterior Estes grupos foram formados de modo aleat rio conforme j foi referido Os alunos dos dois grupos experimentais frequentavam escolas diversas do concelho de Braga j caracterizadas anteriormente O treino da percep o visual tratamento foi realizado individualmente na escola frequentada pelos alunos numa sala calma sem i
178. 96 1999 Nesta ordem de ideias torna se necess rio que a crian a atinja certa maturidade perceptivo visuall para conseguir satisfazer as necessidades que surgem quando tem de fazer aprendizagens escolares pois a falta de estimula o adequada p e em risco essas aprendizagens Frostig 1963 Frostig amp Horne 1964 5 1 3 O Recurso Imagem no Treino da PV Os primeiros referentes conhecidos sobre a capacidade de criar imagens baseiam se nos conte dos subjectivos existentes na consci ncia do indiv duo Mais tarde esta capacidade passou a interpretar se como uma manifesta o consciente com incid ncia em processos de representa o mais profundos Por isso quando as distintas situa es requerem manipula o da informa o200 as imagens podem ser utilizadas ora 99 z A J f istae y NA 199 Quando a PV n o est adequada ao seu n vel et tio vai limit la no desenvolvimento intelectual em particular no que respeita aquisi o reten o armazenamento de conhecimentos e posterior aplica o em novas situa es Dias amp Chaves 2001 a 200 Como calcular dist ncias mover se em lugares desconhecidos etc 336 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL espontaneamente ora ap s a indu o de uma ordem ou set ainda usadas intencionalmente Fontao 1998 Nesta ordem de ideias pode afirmar se que a capacidade de criar imagens interv m nos v
179. 990 19 t m um problema f sico sensorial intelectual emocional social ou a combina o de uma ou mais destas problem ticas que afecta a aprendizagem ao ponto de serem necess rios acessos especiais ao curr culo recurso ao curr culo especial ou modificado ou a condi es de aprendizagem especialmente adaptadas para que o aluno possa receber uma educa o apropriada Tal necessidade educativa pode classificar se de ligeira ou severa e pode ser permanente ou manifestar se durante uma fase de desenvolvimento do aluno Brennan 1988 36 Por conseguinte a crian a com NEE tem direito a um programa de educa o p blico adequado e gratuito o mais apropriado poss vel que responda s suas necessidades educativas ao seu ritmo e estilo de aprendizagem A escola deve estar preparada para dar esta resposta educativa ao aluno 179 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS A implementa o desta nova concep o obedece aos seguintes crit rios 1 A nfase esta nas necessidades educativas especiais como continuum das mais gerais s mais particulares e espec ficas 2 O conceito de NEE est relacionado com as ajudas pedag gicas ou servi os educativos que determinados alunos possam necessitar ao longo da sua escolariza o para conseguir o maior crescimento pessoal e social as quais devem constar de recursos pessoais materiais e t cnicos provenientes do sector educativo em geral Ruiz amp Gin
180. 999 e podem levar nos a compreender as coisas de forma diferente se a sua estrutura permitir Arnheim 1988 1974 forma percepcionada constitu da tanto pela projec o retiniana num dado momento como pela totalidade das experi ncias visuais que j tivemos do mesmo objecto ou seja um investimento do registo mnem nico Kipman 1987 72 3 S cio culturais Estes factores fazem se sentir quando condicionam o modo de ver dos membros de uma mesma cultura O indiv duo ocidental consegue ver objectos tridimensionais em representa es bidimensionais porque capaz de descodificar o elemento simb lico chamado perspectiva No entanto certos povos como os abor genes que n o l em a perspectiva interpretam na n o como uma forma de tratamento do espa o bidimensional mas como uma forma estranha Goldsmith 1984 Calado 1994 Ao observar o tridente de Escher Goldsmith 1984 148 sentimos id ntica sensa o pois a aprendizagem que fizemos da perspectiva leva nos espontaneamente a v lo como um objecto tridimensional 4 Expectativas percep o de um objecto influenciada pelo contexto Arnheim 1988 1974 93 pois o reconhecimento de padr es implica frequentemente processos descendentes que come am pelas unidades superiores que depois influenciam as unidades de ordem inferior Gleitman 1999 45 Efeitos de contexto como acontece com as figuras amb guas Gleitman 1999 288
181. A EDUCATIVA 0000000 OOO 0009000 0000000 Figura 1 3 Lei Infra l gica da proximidade Moore amp Fitz 1993 2 Lei da Centralidade que permite substituir a hierarquia l gica tratando se de uma divis o espacial e permite distinguir o centro da periferia atribuindo maior import ncia ao que est no centro 3 Lei da Similaridade que considera que tendemos a agrupar impress es com base na sua semelhan a pois elementos da mesma forma cor ou tamanho s o mais facilmente vistos como pertencentes a uma mesma forma de conjunto Aumont 1993 71 00000 00400 OQAAAO AAAAA 00000 Figura 1 4 Lei da similaridade Moore amp Fitz 1993 4 Lei da Continuidade que considera que percepcionamos a mudan a lenta e gradual de um est mulo como um est mulo nico pois existe uma tend ncia natural para continuar de modo racional determinada forma se ela n o estiver acabada idem 71 Figura 1 5 Lei da continuidade Moore amp Fitz 1993 116 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 5 Lei do Fechamento ou Completamento Visual Visual closure que afirma que v rios est mulos iguais formam padr es significativos pois se uma figura est incompleta a nossa mente preenche a nas partes que faltam como acontece com v rios pontos que criam a ilus o de linhas ou reas Pettersson 1993 Figura 1 6 Lei do fechamento Moore amp Fitz 1993 6 Lei do Contraste que afirma que ten
182. A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Perturba es na escrita quando a capacidade para escrever est substancialmente abaixo do n vel esperado em fun o da idade cronol gica das capacidades cognitivas e do n vel escolar interferindo significativamente no rendimento acad mico e nas actividades do quotidiano Estas dificuldades podem ser de tipo caligr fico resultantes de problemas na coordena o visuo motora ou relacionadas com problemas na composi o de textos escritos Aparece normalmente associada a problemas de leitura Ajuriaguerra amp Auzias 1981 Perturba es do c lculo quando o rendimento no c lculo ou no racioc nio matem tico est o muito abaixo do esperado face idade cronol gica s capacidades cognitivas ou ao n vel de escolaridade Esta dificuldade interv m no rendimento acad mico nas actividades da vida quotidiana que requerem capacidades para o c lculo estando ainda relacionada com a diminui o de compet ncias lingu sticas 140 perceptivas 14 de aten o 142 4 Perturba es n o espec ficas que incluem problemas das tr s reas anteriores de leitura escrita e c lculo e que interferem no rendimento escolar Citoler 1996 B Classifica o das DA em fun o de defici ncias no processamento cognitivo Esta classifica o feita a partir da aplica o de v rios testes sobre os diferentes processos cognitivos testes de mem ria aten o p
183. A estas imagens sequenciais com caracter sticas de linearidade podem ser aplicadas an lises de tipo lingu stico e matem tico Relativamente sua leitura h que referir que s o poss veis diversos n veis leitura narrativa leitura longitudinal ou dieg tica e leitura transversal ou matricial Thibault Laulan 1973 Outro aspecto importante da leitura das imagens sequenciais a redu o do sentido visto que o trajecto narrativo funciona como um ancoradouro de sentido para uma imagem tal como a legenda ou o coment rio verbal que associamos s imagens Deste modo a produ o de um texto visual pode realizar se de acordo com diversos n veis Vilches 1992 1 N vel de produ o material da imagem express o visual em que a produ o da imagem se limita manipula o de materiais visuais como cores tons linhas e formas n o significantes Este n vel corresponde manifesta o material de um texto visual antes de se conseguir produzir uma forma concreta de leitura da imagem 123 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 2 N vel dos elementos diferenciais da express o em que se consideram j os tra os desenhados os c digos de reconhecimento das matcas sint cticas e gr ficas tais como o ponto a linha o c rculo o tri ngulo Corresponde em geral a modifica es est veis de formas reconhec veis ainda que incompletas e anteriores coer ncia que confere a unidade textual 3 N veis sintagm tic
184. AGRADECIMENTOS Ao meu otientador Professor Doutor Jos Henrique Chaves agradeco todo o apoio confian a ensinamentos e amizade que marcaram todo o processo de desenvolvimento pessoal cient fico e profissional que constituiu a realiza o deste trabalho Ao Professor Doutor Pedro Albuquerque agrade o a simpatia e o interesse com que me apoiou no momento da defini o do desenho experimental do estudo e nos esclarecimentos sobre e desenvolvimento das compet ncias de Percep o Visual Ao Professor Doutor Leandro Almeida agrade o todo o apoio e incentivo ao longo deste tempo bem como a ajuda prestada no momento da defini o da an lise estat stica e m todos estat sticos a utilizar na an lise dos resultados Ao Professor Doutor Paulo Dias e ao Prof Doutor Bento Silva pela compreens o e incentivo continua o do trabalho Prof Doutora Ana Serrano pelo apoio prestado na selec o de bibliografia sobre dificuldades de aprendizagem e pela disponibilidade demonstrada na leitura e aprecia o dos cap tulos relacionados com esta problem tica minha colega e amiga Prof Doutora Clara Coutinho pela disponibilidade em escutar e dar sugest es s d vidas surgidas e por ter tido sempre uma palavra de incentivo nos momentos de maior desalento Ao Prof Doutor Pedro Dias meu filho e amigo por todo o incentivo dado ao desenvolvimento do meu trabalho e pela ajuda incontest vel no que respeita an lise
185. Aprendizagem Princ pios e Pr ticas Educacionais S Paulo EDUSP Jonassen D 1991 Objectivism Vs Constructivism Do we need a new Philosophical Paradigm Educational Technology Research and Development 39 3 5 14 443 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Jorm A F 1983 The Psychology of Reading and Spelling Disabilities London Grune and Stratton Julesz B 1975 Experiments in the Visual Perceptions of Textures Scientific American 232 34 43 Kail R amp Pellegrino J 1985 Human Intelligence Perspectives and Prospects New York Wiley Kass C E amp Myklebust H R 1969 Learning Disability An Educational Definition Joumal of Learning Disabilities 2 377 379 Kauffman G 1985 A theory of symbolic representation in problem solving Journal of Mental Imagery 9 2 51 70 Kavale K A Forness S R amp Lorsbach T C 1991 Definition for Definitions of Learning Disabilities Learning Disability Quarterly 14 Fall 257 266 Kephart N C 1960 The Slow Learner in the Classroom 1 edi o Ohio Charles Merrill Books Kephart N C 1986 O Aluno de Aprendizagem Lenta Porto Alegre Artes M dicas Sul L Kepes G 1961 Language of Vision Chicago Paul Th obald and Co Kinsbourne M amp Caplan P J 1979 Children s Learning and Attention Problems Boston Ed Allyn and Bacon Inc Kipman S D 1987 La Perception Piag e par la Pens e Paris Scienc
186. CIAS BIBLIOGR FICAS Simons P R 1993 Constructive Learning the Role of the Learner In T M Duffy J Lowyck D Jonassen amp T M Welsh Eds Designing Environments Constructive Learning pp 291 313 Berlin Springer Verlag Skinner B F 1954 The Science of Learning and the Art of Teaching Harvard Edncational Technology Review 24 2 86 97 Skinner B F 1968 The Technology of Teaching New Jersey Englewood Cliffs Prentice Hall Stemler L K 1997 Educational Characteristics of Multimedia A Literature Review Journal of Educational Multimedia and Hypermedia 6 3 4 339 359 Stenberg R J 1977 Intelligence Information Processing and Analogical Reasoning Hillsdale NJ Erlbaum Associates Stenberg R J 1981 The Evolution of Theories of Intelligence Intelligence 5 209 230 Stenberg R J 1985 Implicit Theories of Intelligence Creativity and Wisdom The Journal of Creative Behaviour 20 134 141 Stenberg R J 1986 Intelligence Applied Understanding and Increasing your Intellectual Skills San Diego Harcourt Brace Jovanovich Swanson H L amp Cooney J B 1991 Learning Disabilities and Memory In Bernice Y L Wong Ed Learning about Learning Disabilities New York Academic Press Inc 103 127 Taddei N S 1976 Educar com a Imagem volume I e IL S Paulo Edi es Loyola Tardy M 1973 Le Professeur et les Images Essai sur l Initiation aux Messages
187. Children D Teste de Mem ria para Desenhos E Teste de DesenvoM mento da Integra o Visual Motora F Exame Perceptivo Motor de Purdue G Visual Organization Test H Progressive Matrices and Vocabulary Scales l Test of Nonverbal Intelligence Witkin Otman Raskin amp Karp Charles Golden Graham amp Kendall 1960 Roach amp Kephart 1966 Raven 1938 Brown Sherbenson amp Johnson E formado por um conjunto de padr es gpom tricos estruturados e complicados em que se tem de encontrar a figura escondida Pretende medr habilidades anal ticas do indiv duo exigindo se a an lise de um todo complexo dando relevo informa o importante e desprezando a inelevarte Nota os indiv duos altamente anal ticos s o independentes de campo altamente diferenciados e menos pr pensos interfer ncia Consta de uma folha com o nome cas cores vermelho verde impressas em dez colunas e dez filas sendo todas as palavras impressas em tinta de cor mas com cores diferentes das indicadas pela palavra de outra folha com pequenos rect ngulos de cor e de uma terceira com o nome das cores impresso a preto Nota verifica se que a identifica o de cores sempre mais lenta que aleitura dos nomes das cores Permite identificar crian as de alto risco atrav s da avalia o da matura o perceptivo motora utilizando padr es com diferentes graus de complexidade e v rios principio
188. Conceito de Dificuldades de Aprendizagem A concep o de Dificuldades de Aprendizagem DA tal como j foi referido tem sido atribu da a uma popula o muito heterog nea de alunos o que tem originado grande confus o conceptual e defini es diversificadas do problema muitas vezes contradit rias S o v rios os autores que apresentam defini es de Dificuldades de Aprendizagem dando nfase a aspectos particulares de acordo com o seu ponto de vista individual Kirk 1962 considera que s poss vel uma compreens o deste conceito atrav s do conhecimento das reas fortes e das dreas fracas da crian a num contexto educativo n o devendo haver grandes preocupa es com os factores do sistema nervoso central que possam estar subjacentes aos problemas encontrados pois as crian as com Dificuldades de Aprendizagem revelam de um modo geral um atraso desordem ou imaturidade num ou mais processos da linguagem falada da leitura da ortografia da caligrafia ou da aritm tica resultantes de uma poss vel disfun o cerebral e ou dist rbios de comportamento e n o dependentes de uma defici ncia mental de uma priva o cultural ou de um conjunto de factores pedag gicos Kirk 1962 263 Bateman 1964 1992 al m de considerar as DA relacionadas com problemas educacionais afirma tamb m a exist ncia de uma discrep ncia significativa entre o seu potencial intelectual estimado e o seu n vel actual de r
189. Constructivist Framework In B G Wilson Ed Constructivist Learning Environments Case Studies in Instructional Design pp 135 148 Englewood Cliffs NJ Educational Technology Publications Schallert D L 1980 The Role of Illustrations in Reading Comprehension In R J Spiro B C Bruce amp W F Brewer Eds Theoretical Issues in Reading Comprehension pp 503 524 Hillsdale NJ Erlbaum Schrock S A 1991 A Brief History of Instructional Development In G Anglin Ed Instructional Technology Past Present and Future pp 11 18 Englewood Librairies Unlimited Shulman L 1989 Paradigmas y Programas de Investigaci n en el Estudio de la Ensefianza Una Perspectiva Contemporanea In M Wittrock Ed La Investigaci n a la Ensenanza I Enfoques Teor as y M todos 1 ed pp 9 75 Barcelona Ediciones Paidos Serrano A M 1994 Criando Oportunidades de Interac o Social entre Crian as com Necessidades Educativas Especiais e Crian as Normais em Idade Pr escolar Revista Portuguesa de Educa o 7 3 73 83 Shaw S F ullen J P McGuire J M amp Brinkerhoff L C 1995 Operationalizing a Definition of Learning Disabilities Journal of Learning Disabilities 28 9 586 597 Silva B D 1998 Educa o e Comunica o Uma An lise das Implica es da Utiliza o do Discurso Audiovisual em Contexto Pedag gico Braga CEEP IEP Universidade do Minho 453 REFER N
190. Directores das escolas visitadas no sentido de confitmar se os pais concordaram com a participa o dos filhos no estudo bem como para combinar a data da primeira entrevista com os respectivos professores e alunos 6 1 1 3 Organiza o da informa o recebida Na posse de todos os elementos resultantes da pesquisa efectuada e dos procedimentos iniciais estavam criadas as condi es necess rias para organizar toda a informa o tendo em vista responder s quest es iniciais que formulamos a partir de factos emp ricos que j possu amos Assim foram definidos alguns pressupostos que nos pareceram os mais l gicos e pass veis de nos permitir a concep o do estudo que apresentamos em seguida a H crian as que apresentam problemas de Percep o Visual PV b H crian as com Dificuldades de Aprendizagem DA que t m problemas de PV 372 METODOLOGIA A compet ncia de PV estando bem desenvolvida influencia positivamente a aprendizagem de um modo geral mas quando est pouco desenvolvida pode limitar as aprendizagens escolares d O treino da PV fundamental no desenvolvimento da aprendizagem da crian a em especial se tem DA e Quando a PV est afectada esse treino deve ser ainda mais sistem tico devendo ser realizado o mais precocemente poss vel de forma organizada e sequencial f Conhecemos programas de treino cognitivo que resultam isto que ajudam os alunos a melh
191. E Quadro 3 4 Modelo perceptivo motor de Kephart Fonseca 1984 21 Barsh 1962 cit Fonseca 1984 baseou o seu trabalho numa perspectiva de padr es espaciais do movimento que considera serem as bases fisiol gicas da aprendizagem Com base nestas ideias criou uma teoria movigen tica cujos componentes s o a for a muscular o equil brio din mico a consci ncia espacial a consci ncia corporal a din mica visual a din mica auditiva a din mica t ctilo quinest sica a bilateralidade o ritmo a flexibilidade e a planifica o motora Frostig 1964 cit Frostig amp Horne 1964 considera tal como Kephart que o desenvolvimento perceptivo antecede o conceptual pelo que quando h problemas de percep o surgem problemas de aprendizagem Esta autora entende ainda que grande parte da aprendizagem se processa visualmente e que uma disfun o neurol gica poder estar na base de muitas das dificuldades na aprendizagem Frostig juntamente com Maslow Lefever e Whinttlesey desenvolveu um instrumento de avalia o visuo perceptivo o Developmental Test of Visual Perception DTVP Frostig amp Horne 1964 que foi o primeiro teste de desenvolvimento da Percep o Visual PV criado sendo muito utilizado at meados dos anos 70 Este teste que tinha como principal prioridade facilitar o diagn stico precoce de defici ncias na PV abrange cinco reas correspondentes a outras tantas capacidades espec ficas de P
192. E APRENDIZAGEM uma leitura vagarosa e soletrada com muitas auto correc es Bakker 1979 cit Rebelo 1993 e dislexia relacionada com d fice de percep o visual nas aptid es de integra o visuo motora e espaciais Lyon et al 1982 2 De acordo com aspectos lingu sticos a dislexia pode ser classificada como dislexia de tipo lingu stico que se relaciona com dificuldades na rea sem ntica em que os indiv duos apresentam uma leitura r pida mas com muitos erros elimina o de palavras e grupos de palavras e com substitui o por sin nimos ou feita uma leitura por adivinha o Doehring amp Hosko 1977 Bakker 1979 cit Rebelo 1993 3 De acordo com dist rbios de linguagem relacionados com problemas de express o de compreens o oral e de distin o de sons Mattis et al 1975 deficientes compet ncias audioverbais e com linguagem fraca em oposi o a capacidades visuo perceptivas e visuo espaciais boas Petrauskas amp Rourke 1979 cit Rebelo 1993 a dislexia pode ser classificada como dislexia relacionada com d fices lingu sticos sequenciais mistos que correspondem a deficiente mem ria de frases fraca mem ria visuoespacial e pobre flu ncia verbal comparativamente a aptid es cinest sicas sem nticas e de racioc nio normais Boder 1973 Petrauskas amp Rourke 1979 cit Rebelo 1993 dislexia relacionada com d fices de linguagem expressiva e d fices psicomotores provocados por problemas n
193. E TECNOLOGIA EDUCATIVA da que palavras e imagens podem ser utilizadas em conjunto para ajudar os alunos a compreender a mensagem did ctica de forma eficaz 5 Paivio 1983 Defende ser mais prov vel que o modelo de codifica o dupla possa acontecer com imagens do que com palavras da a superioridade pict rica que o autor verificou na memoriza o de imagens comparativamente com a de palavras Assim os sujeitos de situa es experimentais apresentavam n veis de evoca o superiores quando expostos a processos de aprendizagem envolvendo palavras e imagens em simult neo do que quando a aprendizagem ocorria num nico sistema de codifica o 6 Salomon 1984 O estudo realizado por Salomon na Universidade de Stanford em 1984 representa o nico e o mais comum ente referenciado em trabalhos desta natureza Este autor realizou v rios estudos em que provou que a utiliza o de filmes melhora de forma significativa aptid es espec ficas das crian as tais como relacionar a parte com o todo mudar de ponto de vista e ou adquirir uma certa autonomia Com estes estudos procura demonstrar que al m do efeito do sistema simb lico do m dium sobre o sujeito a ele exposto tamb m a estrutura cognitiva caracter stica de um determinado grau de desenvolvimento pode intervir sobre o sistema simb lico lendo o de forma diferente Segundo afirmou na sua obra cada m dia capaz de transmitir conte
194. EDUCATIVAS ESPECIAIS 3 Dificuldades de relac o problemas emocionais e de comportamento 4 Problemas de desenvolvimento cognitivo e art stico acima da m dia que requerem uma interven o educativa especial no sentido da total valoriza o desse riqu ssimo potencial criancas sobredotadas Warnock 1978 2 2 1 O conceito de necessidades educativas especiais NEE O conceito de NEE um conceito relativo empregando se quando uma crian a tem uma dificuldade na aprendizagem significativamente maior que a maioria das crian as da sua idade ou quando sofre de uma incapacidade que dificulta o uso das instala es educativas disposi o dos restantes colegas da sua idade Hegarty 1986 A partir desta defini o de NEE o termo defici ncia passou a ser menos usado utilizando se antes a express o problemas graves de aprendizagem deixando de dar se tanta import ncia ao problema intr nseco da crian a para se apostar mais na resposta educativa da escola Jim nez 1991 Nesta ordem de ideias Gin 1987 define as NEE em fun o dos fins gerais da educa o e dos servi os de ajuda educativa de que certos alunos necessitam para alcan ar esses fins Segundo ele uma crian a tem necessidades especiais quando apresenta uma dificuldade na aprendizagem que requer uma medida educativa especial ou seja quando apresenta durante a sua escolariza o um problema de aprendizagem significativo que exige uma aten o mais
195. ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 4 2 2 A Discalculia O termo Discalculia significa etimologicamente uma alterac o da capacidade do c lculo mas usado de um modo mais amplo e relacionado com as altera es que se podem observar no manejo de n meros Monedero 1989 A Discalculia corresponde a uma discrep ncia entre o rendimento esperado e o que de facto se vetifica em todas as actividades relacionadas com a capacidade de c lculo sendo uma dificuldade independente de qualquer problema sensorial intelectual ou de escolariza o DSM IV 1996 Pode dizer se que o c lculo mental utiliza uma linguagem num rica relacionada com uma capacidade para a leitura e escrita de n meros pelo que quando h problemas neste campo as condutas num ricas s o afectadas e pode surgir a Discalculia O n mero um signo lingu stico cujo conte do sem ntico alude quantidade e ordem pelo que quando a componente visuoespacial est alterada haver uma desorganiza o da imagem num rica e do reconhecimento espacial do n mero Monedero 1989 De um modo geral as causas da Discalculia podem estar relacionadas com dois tipos de problema 1 Problemas inerentes ao indiv duo que devem ser analisados com base em duas perspectivas a perspectiva neurol gica e a perspectiva cognitiva 2 Problemas exteriores ao indiv duo que est o relacionados com o tipo de ensino das matem ticas desde vocabul rio inadequado para o n vel
196. Especial Desde 1991 com a publica o do Decreto Lei n 319 91 surgem em Portugal altera es estruturais no plano da cultura pedag gica principalmente pelo facto dos alunos com NEE passarem a ser inseridos em muito maior n mero nas escolas do ensino regular Deste modo o novo conceito de escola inclusiva veio refor ar 67 Muitos pa ses t m procurado avan ar modelos de organiza o de recursos humanos e materiais para apoiar n o s alunos com defici ncia mas tamb m alunos categorizados como apresentando NEE Entre estes pa ses destacam se o Canad o Reino Unido e a Dinamarca 171 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS o direito de todos os alunos frequentarem o mesmo tipo de ensino na medida em que preconiza que os objectivos educacionais e o plano de estudos s o os mesmos para todos independentemente das diferen as individuais de natureza f sica psicol gica cognitiva ou social que possam existir Minist rio da Educa o 1997 1 As op es de coloca o dos alunos com NEE nas escolas regulares abrange um leque que vai de contextos de aprendizagem normais a inclus o total a contextos fortemente restritivos e especializados como hospitais e institui es Bateman 2007 No que respeita inclus o h um consenso generalizado de que para muitos alunos com problemas apropriado estarem nas salas de aula pelo menos uma parte do dia Zigmond 2007 Passa ent o a dar se
197. Essa organiza o espa o temporal dos objectos do conhecimento inata universal e necess ria 33 Neste sentido considera se que conhecer ou aprender recordar aquilo que est obscurecido na alma 34 As formas mant m a ordem enquanto que a estrutura das ideias mant m o mundo pois o conhecimento derivado da raz o e n o da experi ncia 35 Plat o considera que os objectos concretos que nos cercam s o apenas c pias imperfeitas e menos reais de formas imut veis e eternas Essas formas s o as realidades permanentes ideais e originais a partir das quais s o constru das c pias concretas imperfeitas e corrupt veis Por exemplo cada cadeira em nosso familiar mundo de objectos meramente uma imita o ou sombra da cadeira ideal Essas cadeiras e escrivaninhas ideais segundo Plat o n o s o fantasias elas s o de fato mais reais que suas imita es materiais porque s o mais perfeitas e universais Entretanto como os nossos sentidos corrompidos t m sido sempre enganados somos cegos para o mundo dos ideais Freire 1967 36 o tempo o espa o e a causalidade Kant considera as categorias como dados a priori e consequentemente inerentes ao esp rito ou seja ao sistema nervoso usando uma terminologia mais actual Gleitman 1999 94 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Neste sentido a forma da sensibilidade que nos permite ter percepc es pois sem a forma n o pode haver percep o dado que p
198. L S amp Morais M F 1990 Promo o cognitiva Barcelos Didalvi Alonso M E amp Matilla J L 1990 Im genes en Acci n Madrid Ediciones Akal Aparici R M 1987 La Imagen I y II Madrid Universidad Nacional de Educaci n a Distancia Aparici R M 1996 El Documento Integrado In Roberto Aparici coord La Revoluci n de los Medios Audiovisuales Educaci n e Nuevas Tecnolog as pp 373 387 Madrid Ediciones de Las Torres Aparici R M amp Garc a Matilla A 1989 Imagen v deo y educaci n M xico Fondo de Cultura Econ mica 430 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Arnheim R 1974 Art and Visual Perception The new version Los Angeles The Regents of the University of California Arnheim R 1988 Arte e Percep o Visual Nova vers o 4 edi o S Paulo Livraria Pioneira Editora Association for Educational Communications and Technology AECT 1977 The definition of Educational Technology a summary In D Ely T Plomp Coord Classic Writings on Instructional Technology pp 55 79 Englewood Colorado Librairies Unlimited Inc Association for Educational Communications and Technology AECT 1996 Educational Media amp Instructional Design Gainesville University of Florida Aumont J P 1990 L Image Paris Editions Nathan Aumont J P 1993 A Imagem S o Paulo Papirus Editora Ausubel D P 1963 The Psychology of Meaningful Verbal L
199. Minist rio da Educa o e Cultura 160 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS 2 Constitui o da Rep blica Portuguesa de 1976 O artigo n 71 da Constitui o confere a todos os cidad os o pleno gozo dos direitos e o cumprimento dos deveres nela consignados Assim atribu da ao Estado a responsabilidade de efectivar uma pol tica nacional de preven o tratamento reabilita o e integra o de pessoas com NEE e de desenvolver uma Pedagogia que sensibilize a sociedade quanto aos deveres de respeito e de solidariedade para com os mesmos Ap s a Revis o Constitucional o teor integral do artigo mant m se acrescentando se no n 73 que todos t m direito educa o e cultura e no artigo n 74 que todos t m direito ao ensino com garantia do direito igualdade de acesso e xito escolar cit Dias 1995 1999 3 Decreto 538 79 Este documento determina que o ensino b sico universal obrigat rio e gratuito e que no que se refere aos alunos com NEE o Estado dever assegurar o cumprimento da escolaridade dos que care am de ensino especial para o que promover uma cuidada despistagem dessas crian as expandir o ensino b sico especial e o apoio s respectivas escolas e intensificar a forma o dos correspondentes docentes cit Dias 1995 1999 4 Lei de Educa o Especial n 66 79 Neste documento s o definidos os princ pios orientadores da Educa o Especial
200. NCLUS ES GERAIS significativos pata os dois grupos experimentais GE1 e GE2 relativamente ao grupo de controlo GC Quanto terceira quest o de investiga o relacionada com uma melhoria na aprendizagem escolar dos grupos que foram sujeitos ao tratamento GE1 e GE2 pode afirmar se que os resultados estat sticos obtidos por estes grupos comparados com os resultados obtidos pelo grupo de controlo no factor Aprendizagem n o foram significativos No entanto observando os resultados de modo comparativo atrav s de an lise descritiva verificam se ligeiras melhorias nos dois grupos experimentais face ao grupo de controlo onde tamb m houve progressos na aprendizagem Uma poss vel explica o para esta situa o que constitui uma das limita es do estudo remete pata a pouca informa o sobre o rendimento escolar dos alunos fornecida pelos professores dos alunos tanto presencialmente como nas fichas de avalia o do per odo lectivo Isto acontece porque os alunos com quem foi realizado o estudo frequentavam o 1 ano do 1 ciclo do Ensino B sico e n o eram conhecidos dos professores pelo que a primeira avalia o do 1 per odo que coincidiu com o momento de Pr teste foi bastante vaga talvez por considerarem que os alunos ainda n o estivessem bem adaptados escola e turma Nos per odos lectivos seguintes j foi realizada uma avalia o mais exigente e mais adequada a todos os alunos embora sempre uma av
201. PTPV criado pata o estudo teve se em aten o a opini o de Salvia amp Ysseldyke 1991 que afirmam ser fundamental a integra o da imagem nestes programas por esta favorecer a aquisi o de informa o assim como a assimila o e a reten o de conhecimentos reduzindo a carga mn sica no tratamento da informa o e permitindo uma melhor organiza o e armazenamento da informa o Fontao 1998 A investiga o realizada ao longo de v rios anos na rea das Dificuldades de Aprendizagem DA permite constatar que os alunos das nossas escolas com estas dificuldades est o mais afectados no seu desenvolvimento global do que os alunos normais apresentando dificuldades acad micas gerais bem como problemas na memoriza o de est mulos auditivos e visuais na compreens o no racioc nio e na percep o em especial no campo visual Os alunos com Dificuldades de Aprendizagem apresentam de um modo geral problemas diversificados salientando se os relacionados com o desenvolvimento perceptivo e motor que se caracteriza por respostas motoras limitadas e imprecisas dificuldades em estabelecer uma adequada coordena o olho m o dificuldades em reproduzir formas geom tricas em termos grafo motores dificuldades de orienta o espacial com objectos quer nas suas posi es quer nas suas inter rela es desintegra o ou ruptura entre os componentes perceptivos de input e os componentes motores de output do c
202. Percentagem de alunos com e sem dificuldades de Percep o Visual 399 3 Amostra An lise da Idade dos alunos sse 401 4 Distribui o dos alunos da amostra por tipo de escola sss 403 5 Distribui o dos sujeitos do estudo por escola sse 403 1 M dias de GVP dos GE1 GE2 e GC nos tr s momentos de avalia o 426 2 M dias de MRP dos GE1 GE2 e GC nos tr s momentos de avalia o 427 3 M dias de VMI dos GE1 GE2 e GC nos tr s momentos de avalia o 427 Xvii xviii INTRODU O INTRODU O A mudan a no ambiente educativo ter um efeito sobre a experi ncia educativa de todos os alunos O desafio relativamente s TIC nas NEE consiste em assegurar que todas as poss veis vantagens oferecidas pelas mudan as estejam dispon veis para cada aluno com necessidades educativas especiais As TIC qualquer que seja a sua forma devem estar disposi o de cada aluno de forma a apoiar as suas dificuldades na aprendizagem Ag ncia Europeia para o Desenvolvimento em Necessidades Educativas Especiais 2001 18 20 INTRODU O 1 Contextualiza o do estudo O presente estudo pretende real ar a import ncia do recurso Imagem e s Tecnologias Interactivas no desenvolvimento de Programas de Treino da Percep o Visual PTPV bem como testa
203. Percep o Visual com recurso ao DTVP 2 Hammill et al 1993 Destes alunos foram seleccionados 57 que apresentavam em simult neo problemas de percep o visual e dificuldades de aprendizagem e foram constitu dos dois grupos experimentais o GE1 e o GE2 e um grupo de controlo GC que serviu de controlo aos dois grupos experimentais Os dois grupos experimentais foram sujeitos aos programas de treino criados para o efeito o GEI fez o treino da percep o visual com o PTPV tradicional o GE2 fez o treino com o programa interactivo e o GC n o foi sujeito a qualquer treino Ap s o treino os sujeitos foram novamente avaliados com o DTVP 2 P s teste O Follow up toi realizado seis meses ap s a realiza o do P s teste para verificar se os resultados se mantinham Ap s a recolha de dados os mesmos foram lancados numa base informatizada e processados no programa de computador OSPSS Statistical Program for Social Sciences vers o 15 0 Analisados os resultados do Pr teste foram realizados lestes de Student para grupos independentes comparando cada grupo experimental com o grupo de controlo Verificou se que os grupos se revelaram semelhantes n o sendo verificadas diferen as significativas nem em rela o vari vel GVP que constitui um score global de PV nem relativamente aos ndices parciais MRP e VMI No P s teste para verificar as diferen as de resultados entre os tr s grupos do estudo GEI GE2 e GC em cada um
204. ROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 4 Estar frequentemente a fazer mudan as passando de uma actividade incompleta para outta iniciando ainda uma terceira antes de completar qualquer uma das anteriores 5 Estar frequentemente a pensar noutras coisas que n o responde quando algu m se lhe dirige directamente Os problemas de hiperactividade foram inicialmente descritos por Strauss amp Lehtien 1947 cit Kirk amp Chalfant 1984 Correia 1991 tendo em vista caracterizar os indiv duos com problemas motores e de aten o a partir da refer ncia a problemas particulares como a hiperactividade que se caracteriza pela realiza o de movimentos motores excessivos a Distractibilidade que se verifica quando os indiv duos se orientam para est mulos irrelevantes e apresentam dificuldades em manter a aten o a Desinibi o que se verifica quando h tend ncia para responder ora a distractores externos ora a distractores internos e a persevera o que vis vel quando os indiv duos repetem com frequ ncia comportamentos que j n o s o adequados situa o Os problemas de hiperactividade com d fice de aten o t m sido classificados de v rias maneiras tendo se encontrado classifica es apresentadas por v rios autores de que se salientam as mais significativas O DSM IV 1996 apresenta uma classifica o em que s o referidas perturba es relativas ao tipo de aten o do indiv duo
205. S ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM Introduc o Dado que no cap tulo anterior foram desenvolvidos os aspectos mais gerais relacionados com a problem tica das dificuldades de Aprendizagem DA sem grandes preocupa es em as relacionar com a escolaridade neste cap tulo feita a an lise das Dificuldades Espec ficas de Aprendizagem DEA relacionadas com problemas mais espec ficos na aprendizagem e que v o influenciar todo o percurso escolar destes alunos As dificuldades espec ficas de aprendizagem DEA muitas vezes s s o vis veis quando a crian a come a a frequentar o 1 ciclo do Ensino B sico altura em que se inicia a aprendizagem da leitura e escrita As DEA est o directamente relacionadas com a aprendizagem escolar e foram assim designadas por dizerem respeito a problemas em tr s grandes reas b sicas do processo de ensino aprendizagem a leitura a escrita e o c lculo Al m disso s o compet ncias indispens veis vida futura dos indiv duos tanto a n vel de progress o na aprendizagem escolar como na sua vida familiar social e profissional Deste modo as DEA s o dificuldades de aprendizagem muito particulares pois os indiv duos que as revelam t m um desenvolvimento psicossocial normal face ao n vel et rio ou escolar Por outro lado as DEA s s o vis veis quando aparecem dificuldades de leitura escrita aritm tica ou v rias em simult neo principalmente na fase de aquisi o dessas compe
206. S NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS diferentes n veis de limita es funcionais relacionados com a pessoa e o seu meio ambiente para referir o estatuto funcional da pessoa expressando os aspectos negativos da interac o entre um indiv duo com problemas de sa de e o seu meio f sico e social em substitui o do termo defici ncia 04 e por isso mais restritivo e menos convergente com o modelo social que perfilhamos Reconhecendo se que a defici ncia ainda o termo de refer ncia predominante entre n s optou se pela utiliza o simult nea dos termos incapacidade e defici ncias de forma a estabelecer uma transi o e indiciar um caminho para a adop o da nova terminologia evitando se assim hiatos neste processo Este Plano n o est a ser bem aceite pelos acad micos que se insurgem contra o uso da Classifica o Internacional de Funcionalidade Incapacidade e Sa de CIF um instrumento t cnico direccionado para adultos e que confunde defici ncia com NEE Al m disso desde a publica o do Relat rio Warnock 1978 que consensualmente aceite que existe uma diferen a de natureza entre Defici ncia e Necessidade Educativa Especial NEE As NEE manifestam se como o seu nome indica no mbito educativo e sabe se que quem tem uma condi o de Defici ncia pode n o ter NEE e vice versa ou seja as NEE n o ocorrem s em pessoas com condi es de defici ncia Assim usar uma
207. Scientific American 254 n 11 114 125 Treisman A 1986b Properties Arts and Objects In K Boff L Kaufman amp J Thomas Ed Handbook of Perception and Human Performance Volume 2 Chapter 35 pp 1 70 Wiley Treisman A 1988 Features and objects The Fourteenth Bartlett Memorial Lecture Quarterly Journal of Experimental Psychology 40 A 2 201 237 Treisman A amp Gelade G 1980 A Feature Integration Theory of Attention Cognitive Psychology 12 97 136 Treisman A amp Schmidt H 1982 Illusory Conjunctions in the Perception of Objects Cognitive Psychology 14 107 141 Trindade A R 1990 Introdu o Comunica o Educacional Lisboa Universidade Aberta Tyler R W 1949 Basic Principles of Curriculum and Instruction Chicago amp Londres The University Chicago Press UNESCO 1973 Situation Actuelle et Tendances de la Recherche dans le Domaine de Education Sp ciale Quatre Etudes Suede et Autres Pays Scandinaves Union des R publiques Socialistes Sovi tiques Etats Unis d Am rique Uruguay Paris UNESCO UNESCO 1994 Educa o para todos Declara o de Salamanca Area das Necessidades Educativas Especiais Salamanca UNESCO Valet R E 1980 Dyslexia A neuropsychological approach Belmont Ed Fearon Pitman Vellutino F R 1977 Alternative Conceptualizations of Dyslexia Evidence in Support of a Verbal Deficit Hypothesis Harvard Edncational Review
208. Vilches 1992 No entanto a reprodu o do real n o deve excluir a abstrac o porque dentro do mbito figurativo muitos estilos de imagens limitam se a retratar as coisas naturais com poucos tra os estruturais Esta modalidade sumamente abstracta predomina nos est dios iniciais da arte quer dizer na obra das crian as e dos primitivos mas tamb m em certos aspectos do estilo bizantino da arte crist da arte moderna ocidental e da arte dos esquizofr nicos Arnheim 1988 134 1974 Relativamente a este ponto Moles 1981 ressalta duas ideias principais 1 A imagem materializa s pelo facto de ser uma representa o de objectos ou ideias tornando se ela pr pria um objecto na medida em que assume a forma concreta e vis vel que lhe dada pelo suporte onde se inscreve ou pelo material de que feita No entanto n o a podemos confundir com o pr prio objecto 2 As imagens reproduzem imitam ou mimam um objecto real embora com maior ou menor grau de abstrac o como se fossem um objecto artificial algo que fazemos e constru mos como um quadro feito por um pintor 73 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Neste sentido a imagem n o mental mas concreta e a sua reflex o apoia se na mec nica na pintura na fotografia Villafa e 1992 As imagens radicam sempre em experi ncias mais ou menos pr ximas da percep o visual da podermos falar em imagens indutivas e em imagens figurati
209. Yaguello 1981 Por consequ ncia a Denota o equipara se descri o das imagens e a Conota o est ligada interpreta o das mesmas Moderno 1984 A conota o um sistema e s pode definir se em termos de paradigma a denota o ic nica um sintagma ela associa elementos sem sistema os conotadores descont nuos s o ligados actualizados falados atrav s do sintagma da denota o o mundo descont nuo dos s mbolos mergulha na hist ria da cena denotada como num banho lustral de inoc ncia Barthes 1964 50 Nesta ordem de ideias Rodr guez Di guez 1978 42 afirma que a forma mais usual socialmente falando de transmiss o verbo ic nica define se no contraste entre o facto de uma imagem ter uma carga conotativa alta e a linguagem verbal ter uma orienta o predominantemente denotativa Genericamente falando a imagem tem mais polissemia que a palavra A leitura de imagens pode ser feita com base no n cleo sem ntico da linguagem visual que Bullaude 1969 considera como sendo a zona de maior significado da imagem Al m disso numa imagem podemos distinguir o que nuclear e o que acess rio Para tal pode traduzir se a imagem em palavras e interpret las de acordo com o universo mental de cada indiv duo Guerra 1984 As duas perspectivas de leitura da imagem a denotativa e a conotativa devem estar sempre presentes quando se utiliza a imagem sobretudo em contexto escolar porqu
210. a comunica o entre o homem e o computador Marques 1995 Assim o PTPV foi realizado tendo como ponto de partida de acordo com Marqu s 1995 a defini o dos objectivos mais comuns para o desenvolvimento de interfaces de programas educativos interactivos que se enunciam de seguida 1 Oferecer ao usu rio caminhos directos para realizar as suas tarefas 2 Facilitar o manejo de objectos em vez de obrigar a realizar comandos com as teclas 3 Recorrer a conceitos e analogias familiares para reduzir o tempo de aprendizagem 4 Ser consistente consigo pr prio e com outras aplica es tanto no campo conceptual como no campo lingu stico no campo visual e no campo funcional 5 Ter um aspecto agrad vel O Manual de Utiliza o deste PTPV foi criado no sentido facilitar o trabalho de alunos e professores sendo apresentado de forma sucinta no Anexo II Neste anexo s o tamb m apresentados os Print Screen de todos os ecr s do PowerPoint em que se pode verificar ainda a indica o da anima o personalizada criada para cada um deles 214 Em virtude de o projecto em desenvolvimento n o ter sido subsidiado por nenhuma entidade 351 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL 5 2 1 3 Modo de desenvolvimento do PTPV em suporte interactivo O PTPV em suporte computador um programa interactivo tendo sido desenvolvido no programa PowerPoint que apresenta boas p
211. a o da imagem em programas inform ticos de Desenho e Pintura tamb m muito importante para o desenvolvimento global dos alunos com dificuldades de aprendizagem DA no que respeita apreens o de muitos dos conte dos escolares em especial dos mais complexos Dias amp Chaves 2003 a verificando se que os alunos conseguem desenhar pintar e resolver pequenos problemas aritm ticos de forma mais criativa e agrad vel Chaves et al 1993 Dias 1995 1999 43 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Com base na experi ncia de mais de 30 anos de trabalho com alunos com NEE e DA pode afirmar se que o recurso imagem na ilustra o de textos frases ou voc bulos permite que os alunos com dificuldades de aprendizagem melhorem a compreens o do que querem comunicar e do que necessitam aprender O recurso imagem no trabalho com os alunos com DA tamb m facilitador da aprendizagem da leitura e da escrita e de outras disciplinas do curr culo escolar Dias 1995 Dias 1999 Deste modo a Escola deve proporcionar a estes alunos regras de interpreta o que os levem a extrair da imagem toda a sua for a comunicativa e toda a ajuda que a mesma possa dar na diminui o das suas dificuldades na aprendizagem No entanto quando a imagem utilizada em programas educativos interactivos o utilizador sente se ainda mais envolvido na explora o do seu conte do navegando ao seu ritmo e acedendo a uma parte da informa o de cada ve
212. a o entre o professor e o aluno O multim dia torna a aprendizagem estimulante atractiva e divertida Lamb 1992 33 Deste modo a escola pode set vista como uma comunidade de aprendizagem n o s numa petspectiva auto centrada mas como comunidade de aprendizagem aberta comunidade Silva 1998 173 Este um novo paradigma que substitui o paradigma tecnol gico tradicional e permite uma expans o do di logo para al m dos limites f sicos da sala de aula devido inser o das tecnologias multim dia interactivas nas redes de comunica o e da cria o de uma infinidade de comunidades virtuais em que o saber se constr i de modo colaborativo Pereira 1993 Dias 1993 2000 Estas considera es fazem nos reflectir em algumas quest es essenciais que se mant m imut veis e est o sempre relacionadas com a responsabilidade da TE dentro das Ci ncias da Educa o esquematizadas no quadro 1 1 Campuzano 1997 cit Coutinho 2003 Para qu a EDUCA O QUE meios necessitamos PARA QUE os queremos COMO os devemos usar Como se APRENDE gt Que MEIOS existem Quadro 1 1 Quest es essenciais numa perspectiva da Tecnologia Educativa Coutinho 2003 348 Nesta ordem de ideias pode afirmar se que a TE nasceu e desenvolveu se como um campo de estudo dentro das Ci ncias da Educa o pois medida que as tecnologias de informa o e comunica o se iam desenvolvendo tamb m foram criados
213. a informa o porque os bons programas t m em conta as caracter sticas iniciais dos alunos a quem se dirigem desde o desenvolvimento cognitivo capacidades interesses e necessidades at aos progressos que v o realizando Cada sujeito constr i os seus conhecimentos sobre os esquemas cognitivos que j possui utilizando determinadas t cnicas Boix 1983 9 Fomento da iniciativa e da auto aprendizagem Produziu se um documento que permite potenciar o desenvolvimento da iniciativa e a aprendizagem aut noma dos alunos facilitando a escolha individual das tarefas a realizar e o auto controlo do trabalho no sentido de aproveitar ao m ximo o seu potencial de aprendizagem Neste sentido facilitada a aprendizagem a partir dos erros emprego de estrat gias de ensaio erro sendo monitorizadas pelo pr prio programa as ac es dos 8 gt 357 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL alunos e explicados e n o s mostrados os erros que v o sendo cometidos Boix 1983 10 Enfoque pedag gico actual Procurou se que o PTPV fosse um documento din mico que permitisse uma interac o entre o aluno e o computador fomentando uma actividade mais din mica e activa pois a aprendizagem um processo activo no qual o sujeito tem que realizar uma s rie de actividades para assimilar os conte dos informativos que recebe Segundo repita reproduza ou relacione os conhecime
214. a a qualifica o inicial dos alunos tamb m estabelecido o crit rio da transversalidade da educa o para a cidadania e da valoriza o da l ngua e da cultura portuguesas em todas as componentes curriculares valorizando se em especial a aprendizagem das tecnologias da informa o e comunica o atrav s da introdu o da disciplina de Tecnologias da Informa o e Comunica o S o igualmente definidos aspectos como o objecto as modalidades e os efeitos da avalia o enquanto processo regulador das aprendizagens orientador do percurso escolar e certificador das aquisi es realizadas pelos alunos 166 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS 12 Portaria n 550 A 2004 Com esta Portaria pretende se materializar a execu o dos princ pios orientadores da organiza o e gest o do curr culo bem como da avalia o e certifica o das aprendizagens do n vel secund rio de educa o aplic veis aos diferentes percursos do n vel secund rio de educa o enunciados no Decreto Lei n 74 2004 de 26 de Mar o S o ainda definidas as regras de organiza o funcionamento e avalia o dos cursos tecnol gicos oferta profissionalmente qualificadora e orientada para a inser o no mercado de trabalho Esta portaria particularmente importante para os alunos com NEE referindo se que os candidatos com necessidades educativas especiais devidamente comprovadas prestam em cada curso a
215. a associa o de ideias e a criatividade permita a pr tica de novas t cnicas a redu o do tempo e do esfor o necess rios para aprender facilitando assim aprendizagens mais completas e significativas Boix 1983 356 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL 7 A capacidade de motiva o Pretendia se desenvolver um documento que fosse agrad vel e fomentasse a aquisi o das compet ncias de percep o visual com base nos conhecimentos anteriormente adquiridos noutras actividades pois para que a aprendizagem seja significativa necess rio que o conte do seja potencialmente significativo para o aluno e que este tenha vontade de aprender significativamente relacionando os novos conte dos com o conhecimento armazenado nos seus esquemas mentais Boix 1983 Assim pata motivar o aluno neste sentido as actividades do PTPV permitem manter a curiosidade e o interesse dos usu rios pela tem tica do seu conte do sem provocar ansiedade evitando que os elementos l dicos interfiram negativamente nas aprendizagens 8 Adequa o ao ritmo de trabalho dos usu rios Procurou se criar um programa que por visar alunos com DA que apresentam problemas de ordem cognitiva e perceptivo visual permitisse uma aprendizagem realizada de acordo com o ritmo individual com paragens e avan os determinados pelos pr prios de acordo com as necessidades de assimila o e reorganiza o d
216. a consiste em codificar ou converter significados e sons em sinais escritos pelo que pode ser considerada um processo inverso ao da leitura A escrita al m do mais gr fica e linear sendo considerada um processo de codifica o da linguagem por meio de sinais convencionais Durante a escrita devem ser encontradas prontamente as inten es sem nticas a sintaxe adequada e itens lexicais vatiados Tal como a leitura a escrita desenvolve se em diferentes fases de aprendizagem desde o ordenamento e jun o de letras para formar palavras relev ncia dada acentua o pontua o e aplica o de regras ortogr ficas No entanto a escrita implica algo mais pois est relacionada com os movimentos motores o que faz com que os alunos gastem bastante tempo a copiar as letras e a controlar os movimentos at conseguirem reproduzir de mem ria grafismos convencionalmente aceites No entanto o desenvolvimento da escrita dependente da leitura sendo a sua acompanhante natural e correspondendo a uma codifica o atrav s de sinais gr ficos 288 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM Aprender a escrever requer ainda capacidades motoras de motricidade fina relativamente desenvolvidas concretizadas no acto de segurar o l pis e de o movimentar actividades controladas pela coordena o olho m o Rebelo 1993 O desenvolvimento da escrita processa se gradualmente atrav s de uma variedade de elementos pod
217. a das medidas referidas GVP MRP e VMD foi utilizada uma ANOVA Mista com recurso ao procedimento GLM General Linear Model para medidas repetidas Os resultados permitem nos verificar que a implementa o dos programas de treino da percep o visual em especial do programa assente em Tecnologias Interactivas permitiu que os alunos estudados melhorassem as suas compet ncias de PV e que esses ganhos se tivessem mantido seis meses ap s o treino A principal conclus o do estudo aponta para a relev ncia da avalia o e treino de compet ncias de Percep o Visual fundamentalmente em crian as que apresentam dificuldades de aprendizagem O recurso s Tecnologias Interactivas revela se particulamente vantajoso neste contexto sugerindo se que as suas potencialidades sejam aplicadas mais frequentemente no desenvolvimento de instrumentos de interven o educativa A tese de doutoramento que aqui se apresenta encontra se organizada em duas partes uma primeira parte exposto o enquadramento te rico sobre as tem ticas em estudo tecnologia educativa tecnologias interactivas imagem dificuldades de aprendizagem problemas de percep o visual e programas de treino da percep o visual bem como apresentado o estado da arte relativamente aos temas tratados Numa segunda parte apresentado o estudo emp rico metodologia an lise de resultados e sua discuss o e conclus es gerais vi Utilization of Image and Interactive Tec
218. a de sinais gr ficos pelo que se torna fundamental analisar os principais modelos de linguagem definidos por Myklebust 1968 Fonseca 1984 e Heaton amp Winterson 1996 A Modelo de Hierarquia da Linguagem Myklebust 1978 Este modelo tem como ponto de partida a experi ncia assimilada atrav s da linguagem interior 53 que tem continuidade na linguagem faladal4 e d origem linguagem escrita conforme se pode verificar no quadro 4 1 LINGUAGEM VERBAL Auditiva e Visual LINGUAGEM VISUAL EXPRESSIVA Escrita LINGUAGEM VISUAL RECEPTIVA Leitura E GUAGEM AUDITIVA EXPRESSIVA Fala LINGUAGE M AUDITIVA RECEPTIVA Compreens o LINGUA GEM INTERIOR N o ver bal e verbal EXPERI NCIA Evolu o cognitiva Quadro 4 1 Modelo da Hierarquia da Linguagem Myklebust 1978 cit Fonseca 1984 241 4 Sistemas pr estruturados Processo Cagnitivo B Modelo em Cascata da Hierarquia da Linguagem Fonseca 1984 O modelo apresentado por Fonseca tem por base o modelo de Myklebust em que se distinguem diferentes categorias de linguagem come ando pela linguagem interior seguida da linguagem falada e mais posteriormente da linguagem escrita linguagens n o verbais culminando na linguagem quantitativa que j conceptual Estes sistemas de linguagem 153 Que Myklebust considera o primeiro est dio da aquisi o da linguagem 154 Que pode subdividir se em dois tipo
219. a e da escrita est o relacionados com dois tipos de problema 1 Problemas gerais que s o resultantes de situa es adversas aprendizagem normal e s o provocados por factores exteriores ao indiv duol e por factores intr nsecos ao individuo resultantes da ocort ncia de uma ou mais defici ncias declaradas 2 Problemas espec ficos que se situam a n vel cognitivo e neurol gico apesar de n o haver uma explica o evidente para os mesmos Alguns autores afirmam que estes problemas prov m de uma condi o patol gica outros consideram que s o resultantes de um atraso ou dist rbio de desenvolvimento de alguns centros cerebrais e outros ainda afirmam que s o resultantes de disfun es cerebrais m nimas Os problemas espec ficos de leitura e escrita s o limitadores de aprendizagens posteriores produzindo efeitos a longo prazo no desenvolvimento de capacidades cognitivas sociais afectivas e motivacionais z 152 Relacionados com as caracter sticas do edif cio escolar a organiza o do ensino uma pedagogia e did ctica deficientes a aus ncia ou abandono escolar a desestabiliza o familiar ou rela es familiares e sociais perturbadas e meio s cio econ mico ou culturalmente desfavorecido 268 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 4 1 1 A Linguagem como base da Leitura A leitura e a escrita s o compet ncias intimamente relacionadas com a linguagem apesar de se apresentarem sob a form
220. a essencial de toda a figura o pois segundo afirma Plat o na Rep blica em primeiro lugar surgem as sombras depois os reflexos que se v em nas guas ou na superf cie dos corpos opacos polidos e brilhantes e por fim todas as representa es semelhantes cit Freire 1967 Nikolas 1997 69 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Mais tarde na Idade M dia a Imagem considerada como algo que est em lugar de outra coisa apelando ja para aquilo que pode ser fabricado e n o encontrado na natureza sendo afirmado que a imagem algo que se utiliza para representar uma outra coisa na sua aus ncia Desde o in cio do s c XVII que alguns pedagogos defendem a utilizac o da imagem como suporte did ctico tendo Com nius 1592 1670 referido j o interesse da imagem como meio de ensino considerando que todo o Homem nasce apto para adquirir conhecimento das coisas porque imagem de Deus Tudo o que se pode fazer e aprender n o deve ser somente reproduzido a partir daquilo que os ouvidos recebem mas tamb m tendo em conta o que impresso na imagina o por interm dio dos olhos Podemos quando nos faltam os objectos servir nos das imagens que os representam isto dos modelos ou dos desenhos feitos especialmente para o ensino imita o do que fazem os professores de bot nica de zoologia de geometria de geologia e de geografia que introduziram o h bito de adicionar figuras s suas descri
221. a flu ncia verbal mem ria de frases e coordena o olho m o apesar de existirem aptid es adequadas na correspond ncia visual liga o de sons e sem ntica Petrauskas amp Rourke 1979 cit Rebelo 1993 dislexia relacionada com d fice de sequencia o auditiva e visuoespacial resultante de problemas de compreens o da linguagem com d fices ligeiros na liga o de sons nomea o e percep o visual Lyon et al 1982 3 De acordo com defici ncia fonol gica Doehring amp Hosko 1977 cit Rebelo 1993 a dislexia pode ser classificada como dislexia relacionada com dist rbios fon ticos em que h dificuldades ao n vel das compet ncias verbais e da liga o de sons e existem erros de discrimina o auditiva que revelam confus es e altera es dos sons Boder 1973 Dislexia relacionada com dist rbios de articula o e grafo motores que se devem a problemas de elocu o e coordena o olho m o Mattis et al 1975 dislexia de tipo auditivo linguistica em que se verificam erros relacionados com a descodifica o fonol gica e as correspond ncias 300 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM grafema fonema Rayner 1987 Pirozzolo amp Rayner 1988 cit Citoler 1996 dislexia relacionada com d fice fon tico e d fice perceptivo mistos e com d fice auditivo lingu stico em que h resultados fracos na liga o de sons no completamento gramatical e nas compet ncias perceptivo espaciais probl
222. a leitura a escrita o racioc nio matem tico e reas tem ticas de conhecimento 2 Dificuldades de Aprendizagem de n vel IT ou discrep ncia intr nseca ao pr prio indiv duo que abrangem tanto as disfun es do sistema nervoso central como os problemas de processamento da informa o que est o relacionados com compet ncias do n vel I 3 Dificuldades de Aprendizagem de n vel III ou aspectos relacionados que est o relacionadas com capacidades psico sociais f sicas e sensoriais que podem ser considerados problemas associados s DA mas nunca elementos constituintes das mesmas 4 Dificuldades de Aprendizagem de nivel IV ou explica es alternativas das DA que englobam crit rios de exclus o ou poss veis explica es alternativas de DA relacionados com tr s aspectos fundamentais dificuldade prim ria generalizada influ ncias ambientais culturais ou econ micas e ensino inapropriado ou inadequado 255 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 256 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 3 5 Etiologia das Dificuldades de Aprendizagem De um modo geral a principal causa que origina Dificuldades de Aprendizagem DA defendida por diversos autores consiste numa perturba o neurol gica que afecta as fun es cerebrais espec ficas necess rias para a execu o de determinadas tarefas Togersen 1991 embora isto seja dif cil de explicar No entanto Citoler 1996 considera
223. a linguagem tendo verificado que estes pacientes apesar de serem incapazes de usar as palavras apropriadas sabiam como usar os objectos a que estas palavras se referiam e que os mesmos pacientes para al m de n o compreenderem ou usarem as palavras correctamente eram incapazes de as recordar quando as liam ou escreviam Assim medida que recuperavam a capacidade de compreender palavras melhoravam gradualmente a fala e a capacidade de leitura Este autor concluiu ainda que a perda da capacidade lingu stica era o resultado de uma les o em determinadas reas do l bulo temporal que provavelmente estariam neuronalmente ligadas s reas frontais descritas por Broca As teses de Wernicke foram mais tarde anatomicamente comprovadas pelo que a dificuldade em compreender a fala passou a denominar se afasia receptiva A desordem nas 76 Continuador da tese de Gall 199 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM liga es neurais entre a rea de Wernicke e a rea de Broca hoje denominada afasia de condu o e a dificuldade em relembrar a palavra correcta chama se afasia amn sica Kirk amp Chalfant 1984 Garc a 1995 Os estudos de Broca e Wernicke foram muito importantes pois serviram de base comprova o da enorme rela o que existe entre o processamento da linguagem a leitura e a escrita Togersen 1991 Jackson 1915 cit Fonseca 1984 Togersen 1991 continuando os estudos
224. a mente do homem nascen a equivale a uma t bua rasa e nela que a experi ncia vai consequentemente imprimir as suas marcas Os empiristas ingleses do s c XVIII de que se salienta Berkeley 1685 1753 e Helmholtz 1850 referem a exist ncia de uma 92 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA discrep ncia entre o que nos dado pelo est mulo proximal e o que realmente vemos entendendo que a informa o sensorial dada por aquele est mulo n o possui muitas das qualidades que se considera caracterizarem o objecto exterior a que se refere essa informa o 1 Deste modo as sensa es podem ser consideradas as mat rias primas sobre as quais devemos posteriormente construir o nosso conhecimento pois a uma sensa o associa se outra j experimentada e quando duas sensa es ocorrem simultaneamente o n mero suficiente de vezes uma delas acabar por evocar a ideia de outra esta liga o associativa que cimenta e junta uns aos outros os elementos separados do mundo perceptivo Gleitman 1999 2 A abordagem sint tica Esta abordagem refere ser poss vel procurar correspondentes da percep o do mundo visual num est mulo nico visto que ec a imagem ptica na retina cont m toda a informa o necess ria percep o dos objectos no espa o j que o nosso sistema visual est suficientemente equipado para process la nesse sentido Aumont 1993 1990 54 Esta abordag
225. a percep o se desenvolve segundo duas modalidades de est mulo perceptivo Garc a Albea 1986 1 A estimula o distante que corresponde ao aspecto da realidade circundante que participa na g nese do est mulo pr ximo e que sem necessidade de actuar directamente sobre o receptor acaba por se converter no referente do acto perceptivo 2 A estimula o pr xima que corresponde ao padr o concreto de energia que actua directamente sobre o receptor sensorial e que produz neste um efeito f sico qu mico imediato e uma reac o f sico qu mica determinada 1 3 2 As grandes abordagens da Percep o Visual Desde o s c XVIII que s o discutidas e analisadas as quest es mais complexas da percep o visual que tocam inevitavelmente na pr pria concep o que se tem do vis vel do visual e da rela o de um com o outro a que se chama percep o 30 Dimens es cor peso 91 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA A Percep o Visual explicada com base em duas grandes abordagens explicativas 1 A abordagem anal tica Baseia se numa an lise da estimula o do sistema visual pela luz procurando fazer com que os componentes assim isolados correspondam a diversos aspectos da experi ncia perceptiva real Esta tend ncia foi entre outras refor ada pela pesquisa sobre a estrutura do c rebro que p s em evid ncia a exist ncia de c lulas especializadas nas fun es elementares como a perce
226. a por factores psicol gicos O comprimento de onda o elemento que vai condicionar a percep o da cor pois a luz que nos chega dos objectos reflectida por eles pois a cor n o est nos objectos mas sim na nossa percep o Uma pessoa com vis o crom tica normal consegue distinguir sete milh es de matizes diferentes de cor pelo que o termo tonalidade tem um significado muito pr ximo ao atribu do correntemente palavra cor Neste sentido a tonalidade pode ser considerada uma propriedade das chamadas cores crom ticas vermelho e azul por exemplo mas n o se aplica s cores acrom ticas preto branco e cinzentos interm dios neutros O brilho vari vel tanto nas cores crom ticas como nas acrom ticas A dimens o do brilho bastante til quando consideramos apenas as cores acrom ticas porque elas s diferem nesta dimens o enquanto que as cores crom ticas tamb m variam em tonalidade A satura o outro aspecto importante que est relacionado com a pureza da cor isto com o grau de afastamento da acromaticidade Quanto mais cinzento preto ou branco se misturar com uma cor menor ser a sua satura o Gleitman 1999 A distribui o da lux no espa o uma caracter stica que permite que o olho perceba os limites espaciais dos objectos isto as suas bordas A borda visual estabelece a fronteira entre duas superf cies de ilumina o diferente relativamente a um ponto
227. a que o sujeito tem de realizar justamente encontrar o est mulo distante a partir do est mulo pr ximo Garc a Albea 1986 Gleitman 1999 Dias amp Chaves 20012 A an lise anterior permite nos concluir que o nosso organismo tem uma enorme capacidade para converter a interac o energ tica em informa o em conhecimento em experi ncia bem como pata permitir a apreens o dos objectos das suas propriedades em suma do mundo que nos rodeia 28 Correspondente a um objecto ou acontecimento do mundo exterior como a rvore referida distal porque se encontra geralmente a certa dist ncia do sujeito Gleitman 1999 202 29 A estimula o proximal funciona como um padr o de energia luminosa de alta ou baixa intensidade para o olho Hochberg 1966 1964 31 89 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA No entanto a PV acaba por ser tamb m em si mesma um problema para o organismo mesmo quando este se resolve t o normalmente como j foi referido porque as figuras n o existem num vazio nem s o apresentadas num fundo homog neo aparecendo encaixadas em fundos que s o eles pr prios uma colec o de elementos Garcia Albea 1986 Dias amp Chaves 20014 Outro aspecto importante a referir que a percep o n o se processa do mesmo modo ao longo da vida havendo diferen as entre a percep o das coisas feita por uma crian a ou por um adulto Pode afirmar se que o desenvolvimento da percep o
228. a revis o do texto em que se introduzem pequenas ou grandes altera es como seja ordenar melhor alguns conceitos descrev los reestruturar frases corrigir imprecis es 4 Fase da divulga o do texto em que o escritor se o desejar faz a publica o do texto procurando assim receber o feedback que o leitor lhe possa dar Face ao exposto pode afirmar se que a aprendizagem da escrita se desenvolve em diversos n veis que v o do per odo pr escolar at idade adulta embora se adquira e seja desenvolvida essencialmente durante o per odo de escolariza o Terminado este primeiro per odo o desenvolvimento e o aperfei oamento da escrita n o param principalmente se a sua utiliza o for acompanhada de uma avalia o do desenvolvimento lingu stico Rebelo 1993 Al m disso a escrita corresponde ao mais elevado e complexo processo da comunica o sendo a ltima compet ncia lingu stica a ser aprendida por integrar aprendizagens e experi ncias anteriores escrita como a elocu o e a leitura Este aspecto o principal causador do aparecimento de problemas significativos em comunicar atrav s da escrita que os alunos com DA apresentam Lerner 1989 291 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 4 1 5 Perturba es de Leitura e Escrita Estudos realizados por v rios autores sobre as perturba es da leitura e da escrita permitem afirmar a exist ncia de v rios tipos de problemas de
229. ade com d fice de aten o est o muitas vezes associados actividade motora psicomotora e emotividade pelo que Mart n 1994 apresenta a seguinte classifica o 1 Hiperactividade que considera a forma mais comum de transtorno motor e que se caracteriza pelos seguintes sintomas Movimento continuo em que os indiv duos se movem conforme o impulso do momento aparentemente sem controlo ou inibi o Incapacidade para estar quietos durante um breve per odo de tempo mexendo sempre os p s remexendo se no assento mexendo com o l pis etc Aten o dispersa com distrac es frequentes Mem ria deficiente que leva ao esquecimento das tarefas e das indica es do professor Grande emotividade reagindo aos est mulos com choro com birras etc Baixo conceito de si mesmos Problemas de coordena o visuo motora 2 Hipoactividade que se manifesta quando os indiv duos t m pouca actividade motora apresentam um comportamento demasiado tranquilo passam sempre despercebidos e s o ap ticos 3 Falta de coordena o verificando se lentid o f sica e falta de integra o motora Esta perturba o vis vel atrav s dos seguintes comportamentos 245 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Mau desempenho em actividades que requerem muita coordena o motora como correr saltar agarrar e atirar bolas etc Mau desenvolvimento de actividades como escrever desenhar
230. ade dos aspectos sobre que as mesmas incidem Citoler 1996 A Classifica o das DA em fun o do padrao acad mico que feita a partir dos resultados de testes de leitura escrita e c lculo aritm tico e da observa o cl nica das dificuldades espec ficas dos alunos Boder 1973 Rourke 1993 e subdivide se em diferentes tipos de dificuldades 1 Dificuldades em adquirir compet ncias acad micas que se agrupam em dois grandes subtipos de Dificuldades de Aprendizagem Rourke 1989 Dificuldades de grupo R S reading spelling relacionadas com compet ncias lingu sticas deficientes de leitura e escrital36 apesar das capacidades de organiza o visuoespacial t ctilo perceptiva e resolu o de problemas n o verbais serem normais Rourke 1993 Garcia 1995 Dificuldades de grupo NLD non verbal leaming disabilities que se relacionam com d fices nas compet ncias visuo espaciais na organiza o e na s ntese dificuldades na 136 Devido a problemas no hemisf rio esquerdo do c rebro 249 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM matem tical 7 apesar das compet ncias psicolingu sticas serem normais e eficientes e haver boa aprendizagem mec nico verbal regular emparelhamento fonema grafema boa quantidade de output verbal normal classifica o verbal e bons n veis no reconhecimento de palavras Rourke 1993 Garcia 1995 2 Dificuldades de leitura dislexias 138
231. ago Ed Univ Chicago Press Wertheimer M 1960 Principios de Organizaci n Perceptual Buenos Aires Ediciones Tres Westman J C Ownby R L amp Smith S 1987 An Analysis of 180 Children Referred to a University Hospital Learning Disabilities Service Child Psychology and Human Development n 17 275 282 Wiener N 1954 The Human Use of Human Beings Cybernetics and Society 2 edi o revista Houghton Mifflin Doubleday Anchor Wiener N 1993 Cibern tica e Sociedade o Uso Humano de Seres Humanos S Paulo Ed Cultrix Wilson B G Teslow J amp Osman Jouchoux R 1995 The Impact of Constructivism and Postmodernism on ID Fundamentals In B B Sells Ed Instructional Design Fundamentals A Reconsideration pp 137 156 Englewood New Jersey Educational Technology Publications Winn W D 1989 The Design and Use of Instructional Graphics In Mandl amp J R Levin Eds Knowledge Acquisition from Text and Pictures pp 125 144 North Holland Elsevier 456 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Winn W D amp Snyder D 1996 Cognitive Perspectives in Psychology In D Jonassen Ed Handbook of Research for Educational Communications and Technology pp 112 141 New York Macmillan USA With J Elliot S Gresham F amp Kramer J 1988 Assessment of Special Children Boston Scott Foreman Wittgenstein L 1968 Tractatus Logico philosophicus Tradu o de J
232. al m de frequentes s o muitas vezes assumidos como inultrapass veis por parte dos professores e criam nos alunos baixas expectativas de sucesso e um consequente des nimo face a um futuro sucesso escolar Assim os programas de treino permitem fornecer aos educadores ideias e formas de interven o facilitadoras do desenvolvimento das capacidades cognitivas dos alunos 324 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL Assim quando os alunos n o desenvolvem de forma positiva as suas aprendizagens escolares ou desenvolvem as capacidades cognitivas de forma mais incipiente tem se a ideia que os mesmos acumulam igualmente discursos e imagens pessoais tamb m pouco favor veis Barros 1991 neste sentido que os programas de treino cognitivo incluem nos seus objectivos mudan as nos padr es de atribui o causal nas expectativas e nas percep es pessoais de compet ncia Nos programas de treino cognitivo s o tamb m inclu dos outros processos de ordem superior nomeadamente a metacogni o 8 em paralelo com as componentes mais centradas na realiza o cognitiva Flavell 1979 Sternberg 1985 Evidentemente que as componentes as meta componentes e o respectivo treino servem tanto os objectivos da promo o cognitiva como os da facilita o da aprendizagem escolar Mayer 1987 Deste modo o desenvolvimento intelectual pode assumir se como um processo de interac o social
233. alia o qualitativa que dificultou a compara o estat stica dos dados No sentido de ser ultrapassada esta limita o teria sido importante utilizar outros meios que permitissem uma avalia o da aprendizagem mais concreta e objectiva facilitadora da compara o dos resultados dos tr s grupos do estudo nos tr s momentos de avalia o Mais concretamente tal poderia ser conseguido com mais tempo de observa o directa dos alunos avalia o dos trabalhos di rios e de outros elementos e com a realiza o de avalia es Follow up mais alargadas no tempo no sentido de confirmar poss veis mudan as mais significativas no rendimento escolar No entanto o tempo dispon vel para o estudo e as condicionantes existentes n o permitiram a realiza o destas avalia es 426 CONCLUS ES GERAIS Outra limita o do estudo prende se com a popula o estudada 57 alunos com DA e PPV apesar do conjunto inicial ser de 447 alunos avaliados cuja amostra n o permite uma generaliza o de resultados popula o escolar do pa s Deste modo uma amostra mais significativa e mais diversificada no que respeita rea de interven o que se centrou apenas no concelho de Braga poderia levar a outras conclus es mais pertinentes e generalizadas No entanto a falta de meios quer materiais quer pessoais n o permitiu conseguir apoio de agentes externos com capacidade para levar a bom termo esta tarefa em territ rio mais
234. amento 9 A 2 3 149 se surgiu antes do nascimento pode estar relacionada com o consumo de lcool ou drogas pela m e durante a gravidez ou a defici ncias nutricionais e infec es como a rub ola a toxoplasmose etc a 150 se surgiu durante o nascimento pode dever se a anoxia prematuridade e les es devido ao uso de instrumentos m dicos durante o parto parto prolongado partos induzidos ou baixo peso nascen a 151 se surgiu ap s o nascimento pode dever se a traumatismos ou acidentes como traumatismo craniano ou a doen as infecciosas como meningites encefalites sarampo ou escarlatina 261 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 2 Factores socioculturais de que se salienta os factores relacionados com m nutri o priva o 2 gt de experi ncias precoces c digos lingu sticos familiares restritos e estrat gias educativas inadequadas 3 Factores institucionais que est o relacionados com as condi es materiais em que se desenvolvem os processos de ensino aprendizagem as metodologias de ensino e o grau de adequa o do programa s caracter sticas do aluno que Citoler 1996 relaciona com dois tipos de problemas Defici ncias nas condi es materiais do processo ensino aprendizagem devido a classes com n mero excessivo de alunos a condi es f sicas da sala de aula inadequadas e a falta de meios e de materiais adequados mobili rios ou did cticos Inadequado planeamen
235. amento de informa o em tr s dimens es 1 O canal de comunica o que est relacionado com a escrita fala e o ver fazer 2 O processo psicolingu stico que permite receber organizar e expressar informa o 72 Apesar de se verificar que em todas crian as com DA h uma discrep ncia entre capacidade e desempenho Kirk amp Gallagher 1987 73 Atrav s do reconhecimento das suas reas fortes e reas fracas 190 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 3 O n vel de organiza o que se relaciona com o pensamento autom tico e representacional Relativamente analise da problem tica das DA nunca demais lembrar que a Escola uma institui o essencialmente reveladora dos problemas da crian a esquecendo com frequ ncia que a crian a tamb m tem capacidades e compet ncias No entanto deve sublinhar se que nos ltimos tempos a Escola tem come ado a abrir se a um maior n mero de crian as inserindo no seu meio as crian as com NEE e consequentemente as crian as que apresentam DA o que tem feito aumentar bastante as taxas de escolariza o Esta abertura provocou por vezes o aparecimento de processos de inadapta o pelo facto de serem utilizados m todos que apenas eram eficazes para a maioria n o servindo para uma parte dos alunos Assim para que seja conseguido sucesso na integra o destes alunos importante que a escola se debruce mais criticamente sobre os
236. andes abordagens da Percep o Visual sse 91 1 35 Da Sensa o a COMI O testate tete e Pe I REIR DRUEPHRIEREE ERR EE E R R 96 1 3 4 Processos Sensoriais inerentes Percep o Visual sse 100 1 3 4 1 A Perc p o da Forma vinimos noni 102 1 3 4 2 A Percep o da Profundidade ii sees 105 ix 1 3 5 Ac orpanizacao percepiva asar mas A Rana edid Aa RET dee tage 106 LA Ac bert tada magenta oae dee a ARD aaa na eade eA 113 1 5 A Imagem em Educa o sisi 125 1 6 Os Sistemas Multim dia na Educa o aenn RRR AARE EERIE E EREN 137 CAP TULO Il AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS 141 Haja o e LE o o ORE Renee L H 143 2 1 Conceito e Evolu o da Educa o Especial seen 145 2 1 1 Caracteriza o da Educa o Especial eee trece pesi eee eene 147 211 1 DeclaracaG de Salam tc eet EAN EE eerte eter etel eerte ettet evene etes ets 149 2 1 2 Evolu o Hist rica da Educa o Especial sess 152 2 1 2 1 A evolu o da educa o especial em Portugal eects 156 2 1 2 2 Legisla o e Documentos Notmativos seen 160 2 1 2 3 Organiza o dos Servi os de Educa o Especial cece 171 2 2 Caracteriza o dos alunos com Necessidades Educativas Especiais sss 177 2 2 1 O conceito de necessidades educativas especiais NEE cece 178 2 2 1 1 Tipos de NEE tette deve i re
237. ando h dificuldades graves como o caso da Dislexia Disgrafia Disortografia e Discalculia os alunos ter o muitas dificuldades em progredir na aprendizagem 317 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM Estas dificuldades relacionadas com problemas na aprendizagem da leitura da escrita e do c lculo s o consideradas de acordo com o referido anteriormente Dificuldades Espec ficas de Aprendizagem DEA por estarem relacionadas com problemas na aprendizagem escolar e incidirem em aspectos fundamentais da aprendizagem em reas que v o influenciar n o s todo o percurso escolar como toda a vida futura dos alunos 318 CAP TULO V A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL A f cil interactividade com o computador permite aos alunos um ambiente de aprendizagem inteiramente novo E de facto basta ver alunos a trabalhar com um computador para observar evidentes sinais de entusiasmo delibera o debate e concentra o intensa Ponte 1992 127 320 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL Introdu o A Imagem e as Tecnologias Interactivas s o fundamentais na concep o e desenvolvimento de Programas de Treino da Percep o Visual PTPV Neste sentido os PTPV devem apresentar aspectos originais bem diferen
238. ando se mostram as coisas tal como s o at reprodu o simb lica ou abstracta 2 O seu uso funcional desde o material n o project vel fotografias e outros ao material project vel diapositivos e outros e quando se necessita de recorrer a mecanismos de projec o 3 O seu uso did ctico desde o material de informa o quando a imagem fala por si mesma ao material de ilustra o quando a imagem torna mais compreens veis as explica es do professor ou do texto escrito Por outro lado conv m ter presente que a informa o est representada no sistema de mem ria de acordo com dois tipos de representa es a verbal e a imagin ria que t m a ver com a hist ria pessoal de cada um relativamente a objectos concretos e a acontecimentos Quanto maior for o grau de concretiza o de um est mulo mais prov vel ser o aparecimento de um c digo de mem ria imagin rio Cada palavra ou acontecimento concreto est representado na nossa mem ria atrav s dos dois c digos referidos o imagin rio e o verbal enquanto que uma palavra de natureza abstracta estar apenas representada pelo c digo verbal por isso que listas de figuras s o mais facilmente recordadas do que listas de palavras com um n vel imagin rio inferior Pa vio 1971 129 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA A imagem tem imensas fun es no ensino sendo de salientar como mais importantes a jun o informativa e a fun o simb lica em q
239. aos problemas de percep o Kirk amp Chalfant 1984 estudaram estes problemas tendo analisado um conjunto muito acentuado de problemas perceptivos que subdividem em v rias categorias 1 Problemas de discrimina o que se situam em diversos n veis Na discrimina o visual quando os problemas se relacionam com d fices na discrimina o de caracter sticas como a forma tamanho dist ncia profundidade e outros o que vai provocar dificuldades no reconhecimento e uso de letras impressas n meros e palavras na leitura e na aritm tica Na discrimina o auditiva quando o indiv duo falha na discrimina o de consoantes similares de vogais de s labas ou de palavras o que vai provocar dificuldades na aprendizagem na compreens o da linguagem oral e ou problemas na express o oral 237 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Na discrimina o t ctil quando o indiv duo apresenta uma diminui o da sensibilidade t ctil Na discrimina o quinest sica quando n o obtida informa o acerca do corpo em movimento 21 das posi es est ticas do corpo e dos movimentos lineares e rotativos do corpo A falta desta informa o provoca dificuldades na recolha de dados sobre a localiza o dos objectos no espa o e em rela o ao corpo dificuldades na aprendizagem de padr es motores dificuldades na aquisi o de posturas est ticas e do controlo da motricidade geral do corpo Na
240. apacidade s o capazes de extrair diferentes tipos e quantidades de informa o pois os efeitos observados n o s o uniformes 66 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Neste sentido a informa o s ser captada se a estrutura cognitiva estiver predisposta para a procurar 7 Goldsmith 1984 Realizou um estudo com alunos do ensino secund rio que permitiu verificar que o uso de imagens comentadas verbalmente facilita a aprendizagem de conte dos de bot nica e um desempenho superior dos alunos medido atrav s de um teste de avalia o dos conte dos leccionados Outro estudo realizado pelo autor tinha a finalidade de verificar os efeitos das imagens relevantes quanto ao conte do na compreens o de ideias pertinentes de textos escritos Para tal foram apresentados aos alunos com n veis de instru o diferentes v rios extractos textuais com diferentes graus de dificuldade 8 Levie 1987 Realizou um estudo sobre mem ria visual e interpreta o leitura de imagens em que foram estudadas as rela es texto imagem e sua influ ncia na cogni o 9 Estudos portugueses realizados com a Imagem Al m das investiga es sobre a utiliza o da Imagem apresentadas acima importa referir que nos ltimos tempos no mbito de projectos de mestrado e outros na rea da Tecnologia Educativa t m sido realizados v rios estudos com a imagem e com as tecnologias interactivas No mbito do 1 Mestrado de Tecnolog
241. apresentam se as principais concep es de Necessidades Educativas Especiais NEE onde est o englobados os alunos com Dificuldades de Aprendizagem DA sendo tamb m referido o modo como deve ser feito o acompanhamento escolar destes alunos pelo facto de necessitarem de mais apoios complementares que os colegas normais sendo ainda abordados aspectos relacionados com os servi os de Educa o Especial que durante muitos anos foram o suporte do desenvolvimento escolar dos alunos com DA Apresenta se ainda uma breve abordagem problem tica da inclus o que tem vindo a ser cada vez mais bem aceite permitindo que os alunos com DA e outras NEE frequentem as escolas regulares embora beneficiando de adapta es curriculares e dos apoios especializados indispens veis sua progress o na aprendizagem No terceiro cap tulo s o abordados aspectos relacionados com as Dificuldades de Aprendizagem DA que abrangem cerca de 12 a 15 dos alunos com NEE integrados em escolas p blicas analisando se ainda os aspectos fundamentais das DA desde a sua caracteriza o classifica o e etiologia at aos problemas de integra o escolar que s o mais not rios ap s a entrada para o Ensino B sico Estes problemas primeira vista n o t m explica o comprovada sendo necess ria uma observa o bastante minuciosa para que seja poss vel um acompanhamento pedag gico conducente ao sucesso educativo desej vel Os conceitos te
242. as repetidas 404 APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS 7 1 Resultados da primeira fase do estudo emp rico Numa primeira fase do estudo emp rico foi aplicado o Developmental Test of Visual Perception DTVP 2 222 Hammill Pearson amp Voress 1993 a 445 alunos do 1 ano do Ensino B sico de 15 escolas do concelho de Braga223 no sentido de se encontrar a 5 percentagem de crian as do 1 ano do Ensino B sico que apresentavam problemas de percep o visual PV e de entre elas seleccionar a percentagem de crian as que al m de apresentarem problemas de PV tinham tamb m Dificuldades de Aprendizagem DA A an lise inicial dos resultados alcan ados pelos alunos no teste DTVP 2 foi realizada atrav s de Testes de Student utilizando o programa estat stico OSPSS o que permitiu caracterizar os 445 alunos avaliados relativamente aos problemas de PV obten o de menos de 55 pontos no score total General Visual Perception A partir deste momento foi feita a an lise da caracteriza o escolar dos 66 alunos referenciados com problemas de PV com base nas informa es escolares apresentadas pelos professores dos mesmos224 e nos resultados do preenchimento da Escala de Identifica o de Dificuldades de Aprendizagem EIDA de Myklebust 1954 adaptada por V tor da Fonseca 1984 tendo se encontrado 57 alunos que apresentavam em simult neo dificuldades de percep o visual DPV e dificuldades de apren
243. as ainda outras imagens mais adequadas ao suporte inform tico Antes se iniciar a produ o do programa foram definidos ainda alguns C xad T 209 Programa de Treino da Percepc o Visual versao tradicional completo e em suporte papel pode analisar se no Anexo I 210 prev interactivocompleto pode ser visualizado no CD que constitui o Anexo III 211 Ao come ar a desenvolver um programa educativo h que conhecer o alcance e o conte do devendo desenvolver se um perfil e um plano em termos de habilidade tempo ferramentas recursos com que se conta Uma vez que se tenha clara a ideia do que se deseja desenvolver deve dividir se em fases de produ o e estas por sua vez voltam a dividir se em tarefas mais pequenas Marqu s 1995 gt gt gt gt 349 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL procedimentos importantes que permitiram desenvolver um documento com qualidade t cnica e pedag gica que se descrevem de seguida 1 O tipo de letra a utilizar t2 que se escolheu simples de f cil leitura e uniforme ao longo de todo o programa 2 As cores2l3 que se seleccionaram dentro dos tons fortes e atraentes havendo a preocupac o de estabelecer uma harmonia crom tica entre o fundo e as figuras dado o alvo a que se destina o programa crian as dos 6 aos 10 anos com DA 3 A selec o de imagens apropriadas tendo sido escolhidas imagens simples s
244. as cria es intelectuais Moles 1973 33 As pr ticas de comunica o fazem parte das viv ncias do ser humano Breton 1992 pois a sociedade s pode ser compreendida atrav s de um estudo das mensagens e das facilidades de comunica o de que disponha e de que no futuro o desenvolvimento dessas mensagens e facilidades de comunica o as mensagens entre o homem e as m quinas e entre as m quinas e o homem e entre a m quina e a m quina est o destinadas a desempenhar um papel cada vez mais importante Wiener 1993 16 1954 No entanto temos de ter sempre presente que o m dium de comunica o um circuito complexo simultaneamente estrada e ve culo que tem por fun o transpor o tempo e o espa o Cloutier 1975 159 it lico do autor O conceito de meio de comunica o hoje ampliado no sentido de auto estradas da informa o e comunica o ou de aldeia global concebidos por MacLuhan 1964 pois o universo da comunica o est em fus o com o universo tecnol gico desenvolvendo se um face evolu o do outro Este desenvolvimento permite a promo o dos meios de comunica o atrav s da imagem visual Dumont 1994 A imagem ao promover uma comunica o mais imediata e eficaz transforma se num elemento essencial do acto de comunica o Porcher 1976 Moles 1990 Sendo a imagem um objecto sempre materializado num suporte qualquer papel tinta pel cula ec
245. as de Inclus o No entanto esta afirma o paradoxal dado que toda a literatura dispon vel e actualizada sobre Educa o Inclusiva aponta para que as diferen as entre alunos n o devam ser sublinhadas e real adas nomeadamente atrav s de classifica es deste tipo Uma aplica o da CIF como est a ser sugerida pelo Minist rio da Educa o leva a desviar a aten o dos problemas do ensino e da necessidade de se tomarem as medidas necess rias para melhorar a aprendizagem de todos os alunos medidas relativas s pr ticas de escola e de sala de aula aos materiais educativos coopera o entre alunos colabora o entre professores participa o dos pais e inser o na comunidades 9 Assim poss vel encontrar ao n vel da Educa o respostas que permitem levar em conta os perfis educacionais dos alunos para organizar as respostas que eles precisam sem uma nfase exclusiva e pot isso inadequada e n o sustentada cientificamente na sua sa de ou defici ncia Em s ntese esta proposta de adop o da CIF como crit rio de avalia o das NEE parece um equ voco Esta tentativa de criar uma n tida separa o entre os alunos com e sem condi o de defici ncia em contextos educacionais afigura se como uma decis o cientificamente errada e que n o promove a Educa o Inclusiva como entendida pelas comunidades que a praticam e investigam 2 1 2 3 Organiza o dos Servi os de Educa o
246. asland 1979 cit Fonseca 1984 Bakker 1984 que nem sempre t m validade reeducativa evidente e comprovada por estudos emp ricos A heterogeneidade das dificuldades de aprendizagem evidente em v rios estudos realizados Jonhson amp Myklebust 1983 1967 Myers amp Hammill 1969 McCarthy amp McCarthy 1974 Hallahan amp Kauffman 1976 pois desde o s c XIX que m dicos psic logos e educadores se t m debru ado sobre problemas relacionados com as diferen as de aprendizagem de indiv duo para indiv duo embora a express o Dificuldades de Aprendizagem ainda n o fosse conhecida falando se especialmente em les es cerebrais e em defici ncias Em 1963 realizaram se na cidade de Nova York as confer ncias patrocinadas pelo Found of Perceptually Handicapped Children onde Kirk utilizou pela primeira vez a express o Dificuldades de Aprendizagem Esta express o foi t o bem aceite pela maioria que de imediato se fundou a Associa o para as Crian as com Dificuldades de Aprendizagem Kirk amp Gallagher 1987 Foi ainda a partir desta data que esta express o DA come ou a ser usada para descrever uma s rie de incapacidades relacionadas com o insucesso escolar e que n o podiam ser atribu das a outros tipos de problemas Surge ent o uma nova forma de trabalhar com crian as que possuem dificuldades na aprendizagem escolar passando a dar 197 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM se mais
247. atamento aplica o do PTPV Este treino foi realizado com cada um dos 57 alunos que constitu ram a amostra de forma individual durante oito semanas consecutivas uma sess o por semana Esta avalia o foi realizada cerca de tr s meses ap s o treino com os 57 sujeitos que constituem os dois grupos experimentais GE 1 e GE 2 e o grupo de controlo GC Momento de Fo ow up realizado com o mesmo instrumento de avalia o seis meses ap s a realiza o do P s teste para verifica o da estabilidade ou a perman ncia dos efeitos do tratamento relativamente aos resultados obtidos no momento anterior Ap s a recolha de dados os mesmos foram lan ados numa base informatizada e processados no programa de computador SPSS Statistical Program for Social Sciences vers o 15 0 Os dados de caracteriza o da amostra foram obtidos atrav s de an lises comparativas dos resultados da aplica o do D TVP 2 Para avaliar a poss vel exist ncia de diferen as significativas entre os sujeitos dos tr s grupos foram utilizados testes de Student para amostras independentes Esta avalia o foi muito importante para permitir determinar a equival ncia dos grupos no in cio da interven o A resposta s quest es de investiga o passou por um processo de tratamento estat stico complexo e diferenciado Para verificar as diferen as entre os tr s grupos do estudo foi utilizado uma ANOVA MISTA com procedimento GLM para medid
248. atribui o de um valor sem ntico s cores o estabelecimento de rela es causa efeito entre os v rios elementos da imagem e a compreens o de movimentos de sequ ncia Assim considera estas opera es muito importantes para o desenvolvimento da intelig ncia infantill2 2 O grupo escandinavo de investiga o da UNESCO 1973 Este grupo desenvolveu um estudo com recurso imagem que tinha como ponto de partida a aplica o de um m todo de auto instru o para ensinar vocabul rio visual social a deficientes mentais educ veis Este programa baseia se nos princ pios de aprendizagem da 12 A leitura de imagens em sequ ncia ajuda a crian a a criar a orienta o espacio temporal 63 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA discrimina o devendo cada aluno seleccionar uma imagem pedida entre diversas possibilidades e face a um impulso verbal 3 Foi tamb m implementado outro programa de leitura que funcionava de forma inversa atrav s da descoberta da palavra correspondente a um impulso por imagem Antes do aluno receber o material de leitura eram lhe mostradas imagens destinadas aprendizagem dos conceitos partindo se do pressuposto de que ele estaria preparado para a interpreta o correcta da imagem Ap s a primeira fase procurou se encontrar experimentalmente o grau de validade desta suposi o sendo os sujeitos colocados perante s ries de objectos em miniatura e aparecendo em cada s rie uma imagem co
249. autoformac o devendo os alunos com necessidades educativas especiais beneficiar ainda do apoio s cio educativo previsto na lei Artigo 8 15 Despacho Normativo n 1 2005 Neste despacho s o definidos os princ pios e procedimentos a observar na avalia o das aprendizagens e compet ncias dos alunos dos tr s ciclos do ensino b sico devendo considerar se a avalia o como um elemento integrante e regulador da pr tica educativa visando apoiar o processo educativo de modo a sustentar o sucesso de todos os alunos permitir o reajustamento dos projectos curriculares de escola e de turma em fun o das NEE dos alunos e certificar as suas diversas aprendizagens e compet ncias no final de cada ciclo e sa da do ensino b sico Com este Despacho pretende se ainda estabelecer a primazia da avalia o formativa e a sua articula o com os momentos de avalia o sumativa documentando se o percurso escolar dos alunos no processo individual que o acompanha ao longo de todo o ensino b sico de forma sistem tica proporcionando aos educadores uma vis o global do percurso do aluno de modo a facilitar o seu acompanhamento e interven o adequados Outro ponto importante deste Despacho prende se com a avalia o dos alunos abrangidos pela modalidade de Educa o Especial de acordo com o regime de avalia o definido para os alunos em geral excepto quando tenham um plano educativo individual que explicite as
250. ayor J 1991 Educaci n Especial In Mayor J Dir Manual de Educaci n Especial Madrid Grupo ANAYA S A 3 edi o McCarthy J amp McCarthy J F 1974 Learning Disabilities Boston Ed Allyn amp Bacon McCullagh P amp Nelder J 1989 Linear Models London Chapman amp Hall CRC Press second edition Mercer C D 1991 Dificultades de Aprendizaje Barcelona CEAC Mercer C D 1994 Learning Disabilities In N G Haring L McCormock amp T G Haring Ed Exceptional Children and Youth An Introduction to Special Education pp 114 164 New Jersey Prentice Hall Metz C 1970 Images ET P dagogie Paris Communications 447 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Minist rio da Educa o 1997 Organiza o e Gest o dos Apoios Educativos Lisboa Departamento de Educa o B sica Colec o Apoios Educativos n 2 Miranda Jorge 1978 A Constitui o da Rep blica Portuguesa de 1976 Forma o Estruturas e Princ pios Fundamentais Lisboa Livraria Petrony Moats L amp Lyon G 1993 Learning Disabilities in the United States Advocacy Science and the Future of the Field Journal of Learning Disabilities 26 5 282 294 Moderno A S 1984 Para uma Pedagogia Audiovisual na Escola Portuguesa Ensinos Preparat rio e Secund rio Tese de Doutoramento n o publicada Aveiro Universidade de Aveiro Moderno A S 1992 A Comunica o Audiovisual no Processo Did
251. base nestes pressupostos foram levantadas tr s hip teses de investiga o que se relembram em seguida Hip tese 1 Os resultados obtidos pelos alunos com Dificuldades de Aprendizagem que fazem o treino da Percep o Visual recorrendo ao Programa de Treino da Percep o Visual Interactivo s o significativamente superiores aos obtidos pelos alunos que fazem o treino da Percep o Visual utilizando o Programa de Treino da Percep o Visual Tradicional Hip tese 2 Os alunos com Dificuldades de Aprendizagem apresentam diferen as significativas no desempenho perceptivo quando submetidos a um Programa de Treino da 366 METODOLOGIA Percep o Visual relativamente a alunos com as mesmas caracter sticas que n o fazem treino da Percep o Visual Hip tese 3 Os ganhos obtidos pelos alunos com o treino da PV mant m se ap s o tratamento e s o superiores a m dio prazo relativamente aos que n o fazem treino O primeiro momento do estudo consistiu na defini o dos objectivos gerais apresentados no cap tulo da Introdu o e aqui relembrados 1 Testar as vantagens de uma metodologia de interven o com recurso Imagem e s Tecnologias Interactivas no treino da percep o visual de alunos com dificuldades de aprendizagem DA 2 Testar a efic cia do recurso a programas de treino da Percep o Visual PTPV na melhoria das compet ncias de percep o visual dos alunos com DA e sua influ n
252. bilities This study was developed in three moments In the pre test the universe of 1 grade primary school students of Braga a total of 445 students was assessed in relation to Visual Perception using the DTVP 2 Hammill et al 1993 Of all these students 57 were selected as they showed both visual perception problems and learning disabilities with which two experimental groups were formed GEI and GE2 as well as a control group GC which was used to control the results of two experimental groups The two experimental groups were subject to training programs created for the purpose GE1 was subject to a traditional VPTP GE2 was subject to an interactive computer based VPTP and GC was not subject to any training program After the training program the subjects were assessed again vii with the DTVP 2 post test The Follow up was conducted six months after the post test to verify if the results were sustainable After the data collection those were inserted in a computer database and processed using the OSPSS Statistical Program for Social Sciences version 15 0 software After analyzing the pre test data tests were conducted to the independent groups comparing each experimental group to the control group The comparison showed that all groups were similar not showing significant differences in the GVP score which is a global visual perception score nor in the partial MRP and VMI scores In the post test a mixed ANOVA meth
253. bjectiva que considerada como leitura primeira b sica ou literal que consiste na descri o dos objectos coisas e ou pessoas no contexto e localiza o espacial em que se encontram Esta leitura permite enumerar e descrever cada um dos elementos que formam a imagem sem integrar nenhuma valoriza o da mesma Esta tamb m a leitura da mat ria informacional capaz de ser apreendida ainda que seja desprovida de qualquer saber cultural Este o primeiro grau da leitura que corresponde leitura minimalista que se pode fazer de uma imagem pois n o necessita da aprendizagem de um c digo Todo o saber que temos de mobilizar o que est naturalmente ligado percep o um saber quase antropol gico 2 Leitura Conotativa ou subjectiva que acontece quando uma mesma imagem suscita diversas leituras provenientes de signos descont nuos ou err ticos que s o apreendidos independentemente uns dos outros Esta uma leitura que interpreta e valoriza a imagem de acordo com o universo mental ou marco de refer ncia de cada um logo permitindo uma leitura pr pria Nesta ordem de ideias pode afirmar se que a Denota o est ligada codifica o propriamente dita das imagens e se refere ao valor contextual expresso no significado e a Conota o que est mais relacionada com significa es culturais que espelham atitudes 118 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA sociais relativamente ao referente
254. c Fonseca 1984 As orienta es educativas propostas por Werner e Strauss visavam essencialmente interven es que focavam tanto a recupera o dos processos de aprendizagem deficit rios como o ajustamento educativo tendo em vista diminuir o impacto desses processos deficit rios Torgesen 1991 Mais tarde Werner amp Strauss 1942 cit Fonseca 1984 ao compararem o comportamento das crian as com les es cerebrais com o das crian as com defici ncia mental conclu ram que se podem encontrar dois tipos de defici ncia mental a defici ncia mental end gena resultante de factores familiares ou factores gen ticos herdados e a defici ncia mental ex gena produzida por d fices neurol gicos ou les es cerebrais e causada por doen as pr peri ou p s natais Estes factores originavam les es de v rios tipos que tornavam as crian as impulsivas e emocionalmente inst veis com dificuldades perceptivas problemas de aten o ou atitudes de perseveran a Hammill 1990 Torgesen 1991 Garc a 1995 Ap s a realiza o de estudos em que estes autores compararam crian as que tinham defici ncia mental end gena com crian as que tinham defici ncia mental ex gena foi poss vel Q A P 97 Aquilo a que actualmente se chama s ndroma de Strauss 209 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM aprofundar aspectos relacionados com o ltimo tipo de defici ncia conside
255. c es anual oTo e COMPORTAMENTO PESSDAL S OCIAL Coopera o Aten o Organiza o Situa es Aten o Responsa E nto Ajustamento Novas Social bilidade Tarefas Discernimento e FEED BACK Quadro 6 7 Modelo Neurol gico da EIDA Fonseca 1984 272 A EIDA uma escala pentagonal que permite fazer o despiste das Dificuldades de Aprendizagem atrav s de uma escala de cinco categorias em que o n vel 1 revela condi es de defici ncia ou perturba es bem evidentes tais como defici ncia auditiva psicomotora etc e o n vel 3 corresponde m dia pontual 1 resultado mais baixo 3 resultado m dio 5 resultado mais elevado 6 4 3 Programa de Treino da Percep o Visual PTPV O Programa de Treino da Percep o Visual PTPV desenvolvido pela investigadora baseia se em estudos realizados sobre a implementa o de programas deste tipo em v rios pa ses tendo se tido ainda em aten o a opini o de investigadores e cl nicos 397 METODOLOGIA Chalfant amp Scheffelin 1969 Frostig 1963 Gabbard 1992 que defendem que todas as compet ncias de percep o visual podem ser teoricamente distintas umas das outras221 Este instrumento de treino foi descrito em pormenor no cap tulo anterior onde podem ver se exemplos de cada um dos m dulos de exerc cios referidos destinando se a alunos dos 6 aos 9 anos por serem as idades em que as crian as fazem as aquisi es de lei
256. c ficas de Leitura e de Escrita 267 41 1 A Linguagem como base da Leitura visi ssvisssssssssvesssssnvasestssonsasesvssonsaserbssensevasvssonsesorbees 269 4 1 2 Desenvolvimento e Fun es da Linguagem sese 211 4 1 3 Dist rbios de linguagem mais frequente 218 4 1 4 Natureza e Fundamentos da Leitura e da Escrita sss 282 4 1 4 1 Modo de processamento da Leitura sss ssssesssresssresssreessreessreessreessreersrressrressrres 284 4 1 4 2 Modo de processamento da Escrita ssssssseeeeeetet 287 4 1 5 Perturba es de Lettura e Esctita seesaceneeenceeeneecnceece cedente ees 292 ALS LL ADS M RR 293 2 UAM MIL CIIM 301 ALI AO SOTO A es 304 4 2 Dificuldades Espec ficas de MateM tlCA cccociononinnonencnnnanincnnoncnnoncnnoncnnoncon conan cren eene 307 4 2 1 Como se processa a aprendizagem da Matem tica eres 308 422A is cal Clie M 315 TREINO DA PERCEP O VISUAL s sccssscssssssesessessssssesessessssseesesseacesaeseeseacsntaeeeetaeeesesses 319 Introdu o e Q 321 5 1 Desenvolvimento de Programas de Treino sse 321 5 1 1 O Treino Cognitivo iiieenceoieeoie one iei ee dani pasta si doa tapa denise root no 324 5 1 2 O Treino da Percep o Visual cnica 328 5 1 3 O recurso Imagem no Treino da PV erre tenentes 336 5 2 O Programa de Treino da Per
257. c rebro para armazenar e recuperar informa o sendo importante verificar os factores estruturais gen ticos e ou neurol gicos que levam ao seu aparecimento Vellutino 1979 A Dislexia pode ser definida como uma desordem que se manifesta pela dificuldade em aprender a ler apesar de existir uma instru o convencional uma intelig ncia normal e oportunidades socioculturais tamb m normais Esta uma desordem que depende de dist rbios cognitivos fundamentais normalmente de origem constitucional Federa o Mundial de Neurologia 1968 cit Critchley 1970 11 No entanto fundamental perceber que estas crian as t m uma dificuldade de leitura que exige apoio especializado e muitas vezes ensino especial atrav s de uma interven o precoce Vallet 1980 Inicialmente a Dislexia detectada a partir de dificuldades que os alunos revelam na aprendizagem da leitura e mais tarde devido ao aparecimento de erros ortogr ficos e dificuldades em manipular palavras escritas relacionadas com palavras faladas Este dist rbio est relacionado com um d fice espec fico de matura o que tende a diminuir medida que a crian a avan a em idade sendo suscept vel de melhoria consider vel 294 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM Assim s existe Dislexia quando se verifica uma discrep ncia n tida entre os resultados esperados na leitura e os obtidos pelo que os seus resultados escolares s o mui
258. ca e sem ntica das frases e ora es 2 Problemas no conhecimento fon tico D Classifica es baseadas no d fice neurol gico subjacente que s o as mais utilizadas e mais bem fundamentadas por consideram a dislexia como um problema intr nseco ao indiv duo Estas classifica es podem englobar v rios problemas particulares de que se salientam os mais comuns Dongen 1988 cit Rebelo 1993 1 Problemas no processo de leitura 2 Problemas no desenvolvimento psicol gico cognitivo relacionados com dist rbios no funcionamento lingu stico e com um perfil intelectual desarm nico 3 Problemas neurol gicos relacionados com a hereditariedade e o desenvolvimento neuromorfol gico 298 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM A Dislexia pode ainda ser classificada de acordo com a fase da vida do indiv duo em que a mesma aparece como pode observar se no quadro 4 5 Citoler 1996 Citoler amp Sanz 1993 Tipos de Dislexia ur Fonol gica Dificuldade no uso do processamento subl xico A Superficial Dificuldade no uso do processamento l xico Dislexia aoguirioe 7 Gevido a les o cerebral Profundo Dificuldade no uso de ambos os procedimentos Dificuldade na aquisi odo procedimento subl xico por problemas fonol sicos perceptivo visuais e neurobiol gicos Fonol gica A Dislexia evotutiva T Super ficial Dificuldade na aquisi odo procedimento l xico por problemas Fonol gicos perceptiv
259. caba por ser pensamento Arnheim 1989 1974 No que respeita percep o visual PV pode afirmar se que ela resulta do tratamento da informa o a n vel cerebral dos dados que recolhemos atrav s dos receptores sensoriais que s o os olhos sendo portanto uma capacidade humana fundamental tratando as formas de modo abstracto e n o apenas as regista no c rebro A percep o visual o processamento em etapas sucessivas de uma informa o que nos chega atrav s da luz que entra nos nossos olhos Aumont 1993 22 1990 87 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA O essencial da PV o processo de tratamento da informa o que como todos os processos cerebrais est mais pr ximo de modelos inform ticos ou cibern ticos do que de modelos mec nicos ou pticos Neste sentido o estudo da percep o visual um aspecto da problem tica da imagem que nos preocupa investigar e desenvolver dada a sua import ncia no desenvolvimento das aprendizagens escolares tais como a leitura e a escrita pois s uma boa percep o visual permite que os alunos em geral e em especial os alunos com dificuldades de aprendizagem DA fa am uma boa leitura de imagens Os problemas de percep o visual em alunos com DA s o referidos por v rios autores Frostig 1972 Hammill 1990 Mercer 1991 afirmando Kephart 1986 1960 que quando a crian a com DA tem problemas no desenvolvimento da percep o da forma acaba po
260. caracterizados como sindromas centrais disfuncionais sendo agrupados em cinco d fices ou disfun es Fonseca 1996 1 Disfun o da motricidade fina e da coordena o 2 Anormalidades electroencefalogr ficas que est o relacionadas com convuls es muitas vezes associadas a mudan as no comportamento e na fun o intelectual 3 Desvios da aten o do n vel de actividade do controlo da impulsividade e da afectividade 4 D fices espec ficos e circunscritos da percep o da mem ria e da intelig ncia 5 Disfun es centrais e n o perif ricas da vis o audi o e fala 133 Ou anomia que corresponde a uma dificuldade para denominar um objecto observado visualmente 134 Que uma incapacidade para aprender a ler ou para compreender a linguagem escrita 135 Hipertonia e hipotonia 248 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 3 4 Classifica o das Dificuldades de Aprendizagem As Dificuldades de Aprendizagem DA constituem um problema complexo pelo que a sua classifica o se faz de acordo com crit rios diversificados As classifica es de DA apresentadas pela maioria dos autores s o agrupadas em fun o do padr o acad mico que os indiv duos apresentam nas diferentes mat rias das defici ncias no processamento cognitivo do mbito e momento evolutivo em que aparecem as dificuldades e de um modelo integrado das DA que engloba a complexid
261. cativamente superiores aos resultados do GE1 e que os grupos experimentais apresentam melhores resultados no P s teste que o grupo de controlo GC que n o fez treino O PTPV constitu do por 8 m dulos sendo cada um formado por um conjunto de oito exerc cios que correspondem s diversas capacidades de PV Coordena o culo manual Posi o no Espa o C pia Figura Fundo Rela es Espaciais Completamento Visual Velocidade Visual motora e Const ncia da Forma Todos os m dulos t m a mesma estrutura embora haja uma gradua o crescente de dificuldade do 1 ao 8 M dulo O presente estudo pretende constituir se como um contributo para a promo o do treino da Percep o Visual tendo em vista permitir que os alunos com DA e com problemas nesta rea possam fazer boas aprendizagens na escola dado serem alunos com capacidades cognitivas normais Apesar de tudo sendo o objectivo primordial do estudo verificar que as crian as com Dificuldades de Aprendizagem apresentam mais problemas no campo perceptivo que as outras crian as da mesma idade optou se por criar um Programa de Treino da Percep o Visual PTPV mais adaptado s crian as com DA No entanto entende se que este programa pode ainda ser utilizado por crian as do mesmo n vel de escolaridade sem DA mas com id nticos problemas de PV 35 INTRODU O O PTVP constitui ainda um instrumento importante para os docentes pois permite lhes ajudar os a
262. ce iconique et comp tence linguistique Communications Paris 33 185 194 Breton P 1992 L Utopie de la Communication Paris ditions La D couvert Bruner J S 1960 The Process of Education Cambridge Harward University Press Bruner J S 1973 Toward a Theory of Instruction Cambridge Massachusetts Harvard University Bullaude J 1969 Ense anza Audiovisual Teor a y pr ctica Santiago do Chile Editorial Universit ria Burton J K Moore D amp Magliaro S 1996 Behaviourism and Instructional Technology In D Jonassen Ed Handbook of Research for Educational Communications and Technology pp 1017 1044 New York Macmillan USA Cabada Alvarez J M 1991 La Educaci n Especial Situaci n Actual y Expectativas Madrid Editorial Cincel Calado I M 1994 A Utiliza o Educativa das Imagens Porto Porto Editora Campuzano A 1997 La integraci n de los Medios en el Curr culo In J Prats amp P Marques Graells Comunicaci n Educativa e Nuevas Tecnolog as pp 13 25 Barcelona Editotial Praxis S A Caprettini G P 1994 Imagem In Signo Enciclop dia Einaudi volume 31 Lisboa Imprensa Nacional Casa da Moeda 177 199 Carvalho A A 1998 Os documentos Hiperm dia estruturados segundo a teoria da Flexibilidade Cognitiva import ncia dos coment rios tem ticos e das travessias tem ticas na transfer ncia do conhecimento para novas situa es Tese de Doutoram
263. cep o Visual sese teet 341 5 2 1 Caracteriza o do Instrumento de Treino PTPV sse 344 5 2 1 1 O PTPV desenvolvido em suporte tradicional sss 348 5 2 1 2 O PTPV elaborado em suporte interactivo 349 5 2 1 3 Modo de desenvolvimento do PTPV sse 352 5 2 1 4 Normas Gerais de utiliza o do P TPV rrenan 358 CAP TULO VI METODOLOGIA scssssssssssssssssssescsesesessssssssratatscsesesessseseaeananases 361 Introducir han Mhahahahaiah aah aah OE AAAA A E 363 6 1 Caracteriza o do Plano de Investiga o occncocincncnnnnninnaninnnninncnonoco canon conan conan cnnono neon cnnoncnccncnccnns 364 Xi 6 1 1 Dilig ncias iniciais para a realiza o do Estudo sss 366 A Primeira Etapa 1997 1999 5 certae te ge PANI UAR e ER 366 611 2 Secunda Etapa 199072009 ads 368 6 1 1 3 Organiza o da informa o recebida sees 371 6 2 Des ticao do Estudo ani ia rentre RW er e ad RR ana 375 6 2 1 Procedimentos e recolha de dados eene 376 6 2 1 1 Experiencia Piloto teosie ierit totitetot t bani a 377 6 2 1 2 Modo de desenvolvimento do Estudo seen 380 6 3 Caracteriza o da AfmoSttas suae da added add 383 6 3 1 Escolas dos Sujeitos da Amostra ccconcccinannnnnnnnnnncnonnnoncncnnon conan cnncn conan cnnon conc tentent 384 6 4 Caracteriza o dos Instrumentos Utilizados
264. cessos de linguagem interna Johnson amp Myklebust 1983 1967 Deste modo pode considerar se que a linguagem assenta numa compreens o interiorizada da experi ncia que come a por ser corporal e n o verbal para depois se transformar em intelectual e verbal Fonseca 1984 2 A Linguagem Auditiva on Falada que envolve um n vel receptivo a compreens o e um n vel expressivo a fala estando relacionada com a compreens o da linguagem falada pois antes das palavras serem usadas com significado na comunica o necess rio compreend las Os sons da fala t m de ser armazenados embora ao mesmo tempo tenham de estar dispon veis quando forem necess rios express o 3 A Linguagem Visual on Escrita que envolve um n vel receptivo a leitura e um n vel expressivo a escrita e que depende essencialmente do processo visual sobrepondo se linguagem falada que depende essencialmente do processo auditivo O recurso a este tipo de linguagem permite ao indiv duo uma s rie de aquisi es e esquemas que o tornam capaz de interpretar um texto e de se expressar por escrito 4 A Linguagem Quantitativa ou Conceptual que pode ser entendida como uma linguagem embora em vez de letras e palavras utilize s mbolos num ricos porque n meros e palavras substituem conceitos e h regras tanto para orientar o uso cotrecto de palavras como de n meros Kirk et al 1993 As fun es b sicas da linguagem t m sido
265. ci n Vol HD Necesidades Educativas Especiales y Aprendizaje Escolar pp 15 34 Madrid Alianza Editorial S A Marqu s P 1995 Software Educativo Gu a de Uso Metodolog a de Dise o Barcelona Editorial Estel Mart D 1982 Vision Boston W H Freeman and Company Mart n M A 1994 Dificultades Globales de Aprendizaje In Santiago Molina Garc a Ed Bases psicopedag gicas de la Educaci n Especial pp 145 168 Madrid Marfil Martins M 1 1997 Folha de Papel Branco e cran de Computador onde se pintam Fantasias Lisboa Instituto de Inova o Educacional Martinet A 1976 Conceitos Fundamentais da Lingu stica Lisboa Editorial Presen a L da Mart nez M P Garc a M C amp Montoro J M 1993 Dificuldades de Aprendizagem Porto Porto Editora Marques P 1995 Software Educativo Guia de Uso y Metodolog a de Dise o Barcelona Estel Mattis S French J H amp Rapin I 1975 Dyslexia in Children and Adults Three Independent Neuropsychological Syndromes Developmental Medicine and Children Neurology 17 150 163 Mazzotta M 1986 Educa o Escolar Comum ou Especial S Paulo Livraria Pioneira Editora Mayer R E 1987 Educational Psychology A cognitive Approach Boston Little Brown Mayer R E 1989 Special Section Cognition and Instruction in Mathematics Introduction to the Special Section Journal of Educational Psychology 80 4 452 456 M
266. cia nas aprendizagens escolares Seguiu se a investiga o de aspectos te ricos relacionados com os objectivos definidos e desenvolvidos em cap tulos anteriores 6 1 1 Dilig ncias iniciais para a realiza o do estudo A par da investiga o te rica desenvolvida foram iniciadas dilig ncias junto de diversas entidades com vista obten o dos dados indispens veis defini o do desenho experimental e recolha e ou cria o dos instrumentos de avalia o e de treino 6 1 1 1 Primeira Etapa Outubro de 1997 Julho de 1999 1 Investiga o te rica sobre as tem ticas de Tecnologia Educativa Tecnologias Interactivas Imagem e Percep o Necessidades Educativas Especiais Problem tica das 367 METODOLOGIA Dificuldades de Aprendizagem Dificuldades Espec ficas de Aprendizagem e Programas de Treino da Percep o Visual investiga o te rica foi realizada atrav s do recurso a diferentes meios de pesquisa desde recolha bibliogr fica de obras de autores consagrados no estado da arte dos temas em estudo consulta de artigos em revistas da especialidade Educa o Educa o Especial Tecnologia Educativa e Imagem Psicologia etc visitas a sites da Internet relacionados com os temas referidos consulta de bases de dados sobre Educa o e Psicologia ERIC e PSICLIT consulta de outros documentos etc Ao realizar a pesquisa bibliogr fica e outra deu se particular aten o aos estudos r
267. ciados de outros materiais did cticos e utilizar as potencialidades do computador desde as tecnologias multimedia ao hipertexto Deste modo importante justapor dois ou mais sistemas simb licos para que o computador se transforme num elemento potenciador do processo de aprendizagem e causador de aprendizagens mais completas e significativas favorecendo a associa o de ideias e a criatividade permitindo ainda a pr tica de novas t cnicas bem como a redu o do tempo e do esfor o necess rios para aprender Bernado Tares et al 1997 Antes de se iniciar a concep o de programas de treino da percep o visual necess rio ter em conta que a percep o visual PV uma compet ncia fundamental para todas as aquisi es escolares visto ser a base para uma correcta leitura de imagens que potencia uma boa aprendizagem da leitura e escrita facilitando a assimila o de fonemas de palavras e da ortografia bem como permitindo o desenvolvimento das demais compet ncias escolares Frostig et al 1994 Dias amp Chaves 2000 Dias amp Chaves 2001b Durante muito tempo a Psicologia e a Pedagogia tradicionais consideraram a percep o visual como um processo passivo que se encontrava apenas dependente da recep o dos est mulos operados na vis o Nos nossos dias por m a percep o visual considerada n o s um complexo acto neurobiol gico como tamb m um processo superior de organiza o da informa o Frostig 197
268. classifica o de funcionalidade oriunda da Sa de para efeitos educacionais pode tornar se muito problem tico A vers o da CIF 2 proposta pelo Minist rio da Educa o foi apenas concebida para adultos e nunca deve ser utilizada para rotular as pessoas ou identific las apenas em termos de uma ou mais categorias de incapacidade 64 Que apenas corresponde s altera es ou anomalias ao n vel das estruturas e fun es do corpo incluindo as fun es mentais 65 Esta tomada de posi o subscrita por docentes da rea de Educa o de diferentes Universidades Faculdade de Motricidade Humana da Universidade T cnica de Lisboa Faculdade de Psicologia e de Ci ncias da Educa o da Universidade do Porto Faculdade de Ci ncias Departamento de Educa o Universidade de Lisboa Faculdade de Psicologia e de Ci ncias da Educa o da Universidade de Coimbra Faculdade de Psicologia e de Ci ncias da Educa o da Universidade de Lisboa e Instituto de Estudos da Crian a Universidade do Minho bem como outros estabelecimentos de Ensino Superior 66 A CIF uma classifica o da funcionalidade e da incapacidade do Homem que agrupa de maneira sistem tica os dom nios da Sa de e os dom nios relacionados com a Sa de p 22 170 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Na ficha de dados enviada s escolas pelo Minist rio l se que a adop o da CIF um paradigma na articulac o das pol ticas promotor
269. cola do 1 Ciclo do Ensino B sico com todos os alunos do 1 ano tendo em conta que 379 METODOLOGIA na experimenta o importante realizar testes piloto para identificar poss veis obst culos em qualquer aspecto da investiga o Cohen L amp Manion L 1990 256 257 Nesta prova piloto foi utilizado como instrumento de avalia o dos sujeitos do estudo o Teste de Desenvolvimento da Percepc o Visual DTVP de Frostig 1963 j descrito anteriormente que permite medir cinco aspectos particulares da percep o visual PV coordena o culo motora const ncia da forma figura fundo posi o no espa o e rela es espaciais Ap s a aplica o do teste a 25 alunos foi feita a an lise dos resultados globais obtidos em cada sub teste conforme pode observar se no gr fico 6 1 em que se verificam os resultados globais obtidos pelos sujeitos em cada um dos sub testes Resultados covimo fig const pos rel fundo Forma espa o espa o Gr fico 6 1 Prova piloto resultados da aplica o do teste Neste sentido a partir da an lise dos resultados das cinco sub escalas foi poss vel concluir que este teste estava adaptado ao tipo de alunos a incluir na amostra alunos com DA do estudo experimental que se pretendia realizar No entanto de acordo com o j referido entendeu se que este era um teste pouco completo no que respeita avalia o das compet ncias de percep
270. condi es especiais de avalia o devidamente explicitadas e fundamentadas sendo ainda referido que os alunos que frequentam um Curr culo Alternativo n o realizam os exames nacionais do 9 ano 16 I Plano de Ac o para a Integra o das Pessoas com Defici ncias ou Incapacidade para os anos de 2006 a 2009 Resolu o do Conselho de Ministros n 120 2006 de 21 de Setembro O Minist rio da Educa o no mbito do processo de reorganiza o da Educa o Especial que empreendeu no ano lectivo de 2006 2007 adoptou como referencial te rico a 168 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS CIF edi o de 2001 com o intuito de delimitar claramente quais os alunos com defici ncia que podem usufruir dos servi os de Educa o Especial entretanto criados Esta Classifica o Internacional de Funcionalidade Incapacidade e Saude CIF foi apresentada pela Organiza o Mundial de Sa de OMS num documento que cont m as normas e modos de as aplicar junto dos utentes dos servi os de sa de Este documento traduzido em portugu s foi editado em 2003 pela Direc o Geral de Sa de A CIF protagoniza um novo sistema de classifica o multidimensional e interactivo que n o classifica a pessoa nem estabelece categorias diagn sticas passando antes a interpretar as suas caracter sticas nomeadamente as estruturas e fun es do corpo incluindo as fun es psicol gicas e a interac o pessoa meio ambi
271. considerava a imagem como portadora do valor did ctico da concretiza o frente ao predom nio da abstrac o representada pelo verbalismo e memorismo livresco dos antigos meios educativos De La Orden 1981 237 Todos concordavam que a revolu o tecnol gica n o estava a ser bem aproveitada pela comunidade educativa com os novos meios tecnol gicos que funcionavam apenas como meras ajudas para o ensino sendo usados para replicar numa escala maior as pr ticas educativas tradicionais Davies 1978 18 Em termos temporais todo este movimento ocorre nos anos 50 do s c XX altura em que aconteceram as verdadeiras mudan as transcendentais Pons 1994 41 com os avan os na psicologia da aprendizagem e o aparecimento de novos paradigmas educacionais que influenciaram o desenvolvimento da Tecnologia Educativa TE como disciplina curricular e como campo de investiga o Deste modo tornava se necess rio mudar o rumo dos acontecimentos tendo surgido em 1963 o primeiro sintoma desta insatisfa o a n vel conceptual com a mudan a de nome da ent o vigente audiovisual instruction instru o audiovisual para audiovisual communications comunica o audiovisual Saettler 1990 1968 Na opini o deste autor e de outros que tamb m a partilham Davies 1978 Rowntree 1982 Gentry 1991 Schrock 1991 estes ventos de mudan a s o o resultado da fort ssima influ ncia conceptual de tr
272. crita dificuldades de coordena o e ou falta de predomin ncia manual sejam capazes de estabelecer a predomin ncia de um hemisf rio sobre o outro recorrendo a exerc cios motores unilaterais92 Fernald 1921 cit Fonseca 1984 que se dedicou ao estudo dos m todos de Orton e os aperfei oou desenvolveu um m todo multisensorial para a leitura que combinava processos quinest sicos visuais auditivos e t cteis Este m todo come ou por ser usado com crian as com defici ncia mental severa embora mais tarde tenha sido usado em quase gt todas as classes especiais Para al m do seu m todo de reeduca o da leitura Fernald desenvolveu ainda m todos para o ensino da crianca com problemas na aprendizagem da matem tica Estes m todos podiam tamb m ser usados com crian as ditas normais no sentido de ajudar os educadores a obter dados para a elabora o de adapta es curriculares e assim individualizar o ensino Al m da an lise dos problemas relacionados com a leitura e escrita h alguns autores que no in cio do s c XX come am a real ar os processos perceptivo motores Pode afirmar se que a primeira fas dominada por estudos neuropsicol gicos realizados com adultos que perderam a fala ou capacidades de c lculo devido a acidentes Mais tarde esses estudos foram realizados com crian as que falhavam no normal funcionamento da linguagem ou da leitura 82 Nos dextros o hemisf rio
273. ctos ou capacidades de PV definidos por Hammill et al 1993 que se considera ser um autor com uma vis o bastante completa de todos os aspectos importantes que devem fazer parte de um programa de treino da percep o visual Dada a import ncia do estudo a desenvolver em que se pretende provar que a realiza o de treino da PV com alunos com dificuldades de aprendizagem DA facilita o desenvolvimento de capacidades de percep o visual fundamentais para a aquisi o da maior parte dos conte dos escolares decidiu se procurar um programa de treino mais completo que o de Frostig para conseguir atingir esses objectivos Neste sentido devido aos condicionalismos j referidos decidiu se criar um programa de treino original e o mais completo poss vel embora se tenha partido de exemplos de outros programas de treino uns de treino cognitivo que abrangem algumas quest es que interessam e outros de treino da PV mas que n o contemplam todas as categorias desejadas O Programa de Treino da Percep o Visual que se criou foi desenvolvido em duas vers es id nticas mas em suportes diferentes sendo uma realizada em moldes tradicionais programa apresentado em papel e executado com a ajuda de l pis e outra realizada em moldes interactivos programa apresentado no computador e executado atrav s das ferramentas do computador visto que um dos objectivos do estudo era verificar se o 341 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS
274. cultural de perturba es emocionais ou de priva o sensorial105 Tendo em vista uma an lise mais completa das caracter sticas referidas este autor apresenta em esquema os tr s aspectos fundamentais de discrep ncia disfun o do SNC e desordens no processo de aprendizagem apresentando os de uma forma abrangente conforme se pode analisar na tabela 3 1 105 y isual ou auditiva 223 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Discrep ncia 1 Entre a capacidade e o n vel de realiza o Dis fun o do SNC 1 Desorganiza o psico neurol gica Desordens no processo de aprendizagem 1 Problemas perceptivos associativos e expressivos 2 Problemas de descodifica o integra o e codifica o 2 Discrep ncia emv rios 2 Les o neurol gica aspectos educacionais 3 Import ncia da matura o e do Desenvolvimento psicol gico 3 Desajustamentos emocionais e sociais 3 Problemas de desenvolvimento inibi o e interfer ncia dos aspectos de aprendizagem 4 Problemasvisuo motores entre si 4 Rela o dial ctica entre meio e aprendizagem entre hereditariedade socid e hereditariedade biol gica 5 Problemas de lateraliz ac ao 5 Rela o entre dificuldades de aprendizagem e desvantagem cultural 6 Rela o entre dificuldades de aprendizagem e desvantagem cultural Quadro 3 5 Princ pios para uma defini o de D A Fonseca 1984 229 Assim pode
275. da na altura por cerca de 300 alunos dos quatro anos de escolaridade a funcionar tamb m em regime duplo distribu dos por seis turmas havendo 2 turmas do 1 ano a funcionar da parte da tarde e uma da parte da manh Esta escola tamb m tinha alguns projectos a funcionar uns na rea da inform tica e outros na biblioteca pelo que o calend rio de aplica o dos testes e o treino da PV teve que ser bem elaborado para n o prejudicar a participa o dos alunos nessas actividades Foi utilizada uma pequena sala existente numa das alas de salas para a realiza o do estudo com as devidas condi es Nesta escola foram aplicados testes aos 69 alunos do 1 ano com e sem dificuldades de aprendizagem o que corresponde ao universo da Escola relativamente ao ano de escolatidade escolhido As restantes escolas urbanas Urbana n 3 Urbana n 4 Urbana n 5 e Urbana n 6 onde o teste foi aplicado t m caracter sticas diferentes das descritas inicialmente tanto no que respeita ao n mero de alunos como ao n mero de turmas al m disso tinham menos projectos formalizados e em funcionamento durante os tempos lectivos S o escolas com uma popula o bastante diferente e implantadas junto de Bairros Econ micos a Urbana n 3 tinha tr s turmas do 1 ano duas a funcionar de manh e uma de tarde num total de 44 alunos onde permaneci durante cerca de tr s semanas a Urbana n 4 era uma escola com duas tutmas uma de manh e outra de
276. dade do Minho 431 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Bateman B D 1964 Learning disabilities Yesterday today and tomorrow Exceptional Children 31 167 176 Bateman B D 1992 Learning disabilities The changing landscape Journal of Learning Disabilities 25 1 29 36 Bateman B D 2007 Law and the conceptual foundations of special education practice In J B Crockett M M Gerber amp T J Landrum Eds Achieving the radical reform of special education Essays in honour of James M Kauffman pp 95 114 Mahwah NJ Lawrence Erlbaum Associates Bednar A K Cunningham D Duffy T M amp Perry J D 1991 Theory into practice How do we link In G J Anglin Ed Instructional technology Past present and future 88 101 Englewood Cliffs NJ Prentice Hall Benton A L 1975 Developmental Dyslexia Neurological aspect In Friedlander W J Ed Advances in Neurology Part VID pp 1 9 New York Raven Press Bernado Tares A Gros Salvad B amp Lizano Llecha M 1997 Dise os y Programas Educativos Pautas Pedag gicas para la Elaboraci n de Software Barcelona Editorial Ariel S A Berger P 1972 Ways of Seeing 1 edi o Harmondsworth Middlesex Peguin Books L da Berger P 1987 Modos de ver Lisboa Edi es 70 Bertin J 1967 Sezziologie graphique Paris Mouton Bertin J 1970 La graphique Paris Communications Bertrand Y 1991 Teorias cont
277. dades de Aprendizagem DA na Conference on Exploration into problems of the Perceptnally Handicapped Child embora j a tenha utilizado na sua obra The Exceptional Child publicada em 1962 Kirk amp Gallagher 1987 Hammill 1990 Shaw et al 1995 Esta uma fase de integra o em que se come a a dar mais relevo s pr ticas educacionais do que s pr ticas cl nicas procurando criar se um processo educativo que atenda s caracter sticas de aprendizagem de cada crian a reas fortes e reas fracas e s suas necessidades espec ficas A express o Dificuldades de Aprendizagem DA come a ent o a ser utilizada pela maioria dos autores para denominar um grande grupo de crian as que n o podia ser 213 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM inclu do noutra categoria de crian as diminu das mas que tamb m necessitava de ajuda escolar Al m disso era a maneira de evitar que determinado n mero de crian as fosse rotulado incorrectamente como tendo defici ncia mental Casas 1994 Foi ainda nesta fase que se procedeu ao reconhecimento legislativo das DA tendo surgido em 1966 nos Estados Unidos da Am rica a primeira Lei P blica aprovada pelo Congresso Americano que permitia o desenvolvimento de programas de forma o de professores e o incremento da investiga o em crian as com DA Mais tarde em 1975 o governo federal dos Estados Unidos aprovou outra lei que obrigava todos
278. dades f sicas bem como sobre as mais simples opera es do esp rito Malson 1964 1967 Este estudo foi um marco muito importante na hist ria da Educa o Especial sendo o in cio de uma tentativa de reabilita o de deficientes auditivos e mentais provando que todo o ser humano tem possibilidades de desenvolver as suas potencialidades Em 1800 come a a era das institui es sendo ideia dominante que havia pessoas com necessidades especiais e que precisavam de esfor o profissional para a sua educa o apesar de se pensar que eram crian as eternas 56 ou pessoas doentes n o sendo considerados seres humanos plenos Inicialmente as institui es atendiam pessoas com defici ncias heterog neas tendo herdado do s c XVIII a mistura de cegos surdos loucos e atrasados mentais Entre 1800 1900 surgem por toda a Europa e Am rica institui es com estas caracter sticas Gonz lez 1981 Em 1810 na ustria Kl in inicia uma campanha para promover a educa o de cegos nas escolas ordin rias e em 1830 John Conolly publicou o livro intitulado Considera es para uma melhor protec o e tratamento do doente mental onde apresenta v rios pontos revolucion rios para a poca considerando que a doen a n o raz o para isolamento que cada manic mio deve converter se numa escola de instru o para estudantes de medicina em vez de ser de educa o para doentes e preocupar se com o bem estar do doente na comunidade em co
279. das S o imagens registadas no pensamento atrav s da adi o de novos elementos ao seu suporte visual sens vel Estas imagens tal como as mentais n o necessitam da presen a do objecto real para se produzirem mas necessitam de um suporte apesar de n o serem c pias exactas de realidade 4 Imagens registadas Estas s o as mais complexas pelo menos do ponto de vista material O factor mais relevante o seu registo atrav s da transforma o que permite al m de uma representa o com grande valor ic nico uma c pia relativamente exacta da imagem A maior parte destas imagens tem uma n tida inten o comunicativa S o imagens mais mediatizadas pois acumulam al m da media o pr pria a media o da conduta do sistema visual e da resposta do material Villafa e 1992 Villafa e amp M nguez 1996 As imagens podem ainda classificar se a partir do modo como s o produzidas como pode ver se no esquema Villafa e amp M nguez 1996 55 do quadro 1 2 io Criada pintura desenho de B D matriz de uma grava o nica Registada pel cula revers vel Original M ltipla grava o numerada de baixa tiragem Vice De imagem original nica criada fotolito de urna BD Registada 4 De imagem original nica registada fotografia De c pia ou de original m ltiplo foto gravado Copia Cada De imagem original nica criada o trabalho do copista de arte De imagem original
280. das no ponto anterior as Dificuldades de Aprendizagem podem apresentar se atrav s de dois tipos de dist rbios que constituem duas grandes categorias dentro das DA 109 A organiza o e a integridade da percep o s s o afectadas quando a neurologia da aprendizagem foi alterada Birch 1974 110 Auditiva visual ou t ctilo quinest sica 227 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 1 Dist rbios de aprendizagem relacionados com o desenvolvimento Kirk amp Chalfant 1984 Estes dist rbios est o relacionados com problemas no desenvolvimento de v rias fun es psicol gicas e lingu sticas que surgem medida que a crian a cresce sendo de salientar os seguintes Dist rbios de linguagem Lyon 1985 Mercer 1991 S o os dist rbios mais facilmente observ veis a n vel pr escolar sendo detectados quando se verifica que a crian a n o fala como falaram os outros irm os ou parentes ou n o responde adequadamente a ordens ou declara es verbais Dist rbios de pensamento Kirk amp Gallagher 1987 Mercer 1991 Estes dist rbios correspondem a dificuldades nas opera es cognitivas de forma o de conceitos na solu o de problemas e na associa o de ideias S o dist rbios muito relacionados com problemas de linguagem Falhas de mem ria Kirk amp Chalfant 1984 Estas falhas podem ser visuais ou auditivas e correspondem incapacidade para lembrar ou relembrar o que foi
281. das separadamente para que os alunos com DA consigam uma adequada percep o visual e uma actividade mental equilibrada evitando se assim comprometer os processos de aprendizagem Deste modo o treino da PV deve ser sistem tico e organizado recorrendo se a programas de treino de desenvolvimento da Percep o Visual nos quais a Imagem tem um papel importante Estes programas podem ser desenvolvidos em moldes tradicionais em suporte papel ou com recurso s Tecnologias Interactivas em suporte computador pensando se que estes ltimos podem trazer muitas vantagens para os alunos Com base nos pressupostos apresentados foram formuladas as seguintes quest es de investiga o a desenvolver no estudo O recurso a programas de treino em que s o utilizadas as Tecnologias Interactivas com utiliza o da Imagem face a programas de treino tradicionais tamb m com utiliza o da Imagem permite um melhor desempenho perceptivo dos alunos com DA utiliza o de programas de treino da Percep o Visual permite que crian as com dificuldades de aprendizagem DA e problemas de percep o visual PV melhorem as suas compet ncias de Percep o Visual 23 INTRODU O Melhores compet ncias de Percep o Visual dos alunos com DA facilitam a aprendizagem escolar 24 INTRODU O 2 Objectivos do Estudo Apresentadas as quest es de investiga o e tendo em vista obter respostas para as mesmas o
282. de Ci ncias da Educa o de uma sec o de Educa o Especial Rodrigues 1988 Dias 1995 1999 Nesta fase os v rios servi os de Educa o Especial equipas de ensino especial integrado da DGEB e da DGES n cleos de apoio defici ncia auditiva NADA unidades de orienta o educativa classes especiais e classes de apoio do Instituto Aur lio da Costa Ferreira funcionavam sem aparente articula o Correia 1997 4 A QUARTA FASE que se estende at actualidade sendo a responsabilidade da Educa o Especial repartida pelos servi os competentes do Minist rio da Educa o e do Minist rio da Solidariedade Social que prestam servi os de atendimento a crian as e jovens com NEE No Minist rio da Educa o h v rias estruturas desde escolas especiais col gios particulares subsidiados e Equipas de Educa o Especial a funcionar nas escolas regulares cujas respostas educativas t m vindo a aumentar de acordo com a filosofia da integra o Correia 1997 Em 1995 s o criadas as Equipas de Coordena o dos Apoios Educativos visto que todos os alunos deveriam estar nas escolas regulares n o havendo necessidade de ensino especial Lopes 2007 159 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Em 2006 estas equipas foram extintas passando os professores de Educa o Especial a depender dos agrupamentos de escolas Nos ltimos anos o n mero de alunos integrados nas escolas regulares tem
283. de vista Pode afirmar se que o sistema visual inicia o seu trabalho a partir da luz que se apresenta em diferentes intensidades e comprimentos de onda pelo que se podem considerar receptores distintos e por conseguinte diferentes zpos de cones No entanto a vis o crom tica humana depende apenas de tr s tipos de cones isto existe uma vis o 101 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA tricrom tica que se diferenciam principalmente na sensibilidade que apresentam aos diferentes comprimentos de onda Um destes tipos de cones mais sens vel aos comprimentos de onda mais curtos outro aos comprimentos de onda m dios e o terceiro aos comprimentos de onda mais longos Gleitman 1999 Outro aspecto digno de realce o contorno com os seus diversos atributos fundamentais para o reconhecimento de determinada forma Uns contornos s o curvos outros rectos uns s o angulosos outros virados para cima ou pata baixo etc Estes elementos da percep o luminosidade bordas e cores nunca s o produzidos de modo isolado mas sempre em simult neo pois a percep o de uns afecta a de outros passando se o mesmo relativamente s imagens que possuem numerosos ndices de superf cie aparecendo as bordas visuais quase sempre como separadoras de superf cies A clarifica o das cores engloba tr s par metros o comprimento de onda que define o matiz azul vermelho a satura o que define a pureza o rosa o
284. demos a dispor em grupos impress es que formam oposi es naturais e em consequ ncia disso se refor am como acontece quando uma linha parece curta se comparada com uma mais comprida e vice versa 7 Lei da Segrega o Figura Fundo que afirma que uma figura percepcionada quando se liberta do seu fundo Neste exemplo todos os elementos da imagem s o claramente vis veis porque cada elemento est no topo do outro e cada um branco ou verde Figura 1 7 Lei da segrega o figura fundo Moore amp Fitz 1993 8 Lei do choque cor que afirma que a maior satura o crom tica dos elementos lhes d maior import ncia 9 Lei da domin ncia que afirma que a maior grandeza dos elementos lhes d um maior valor e superioridade 117 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 10 Lei do Destino Comum que se refere s imagens em movimento afirmando que elementos que se deslocam ao mesmo tempo s o percebidos como uma unidade e tendem a constituir uma forma nica 11 Le da n o transitividade que considera que a liga o de um de dois elementos interligados a um terceiro elemento n o implica a liga o entre os tr s 12 Lei dos n veis que contraria a lei da causalidade afirmando que a ordem pr xima independente da ordem long nqua Neste sentido pode considerar se que a leitura de imagens se realizada com base em duas perspectivas fundamentais Barthes 1964 42 1 Leitura Denotativa ou o
285. dentificar e reconhecer palavras utilizadas correntemente na comunica o entre 286 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM indiv duos Este n vel s ser alcan ado quando existir um automatismo entre o mecanismo de ver palavras escritas e de as ler sem necessidade de as soletrar Rebelo 1993 2 Uma leitura compreensiva Que posterior leitura elementar embora diferente nas suas caracter sticas e objectivos pois sup e ler palavras frases ou textos para lhes entender o significado interpret los apreci los e servir se da sua mensagem para adquirir e criar conhecimentos As palavras s o lidas como pattes integrantes da frase e do texto global sendo interpretadas isoladamente mas tendo em conta a sua fun o pelo que adquirem significado espec fico Assim quando o leitor utiliza as t cnicas de descodifica o est a facilitar a compreens o da mensagem escrita que em grande parte depende do seu desenvolvimento lingu stico e das suas capacidades cognitivas Perfetti 1986 Deste modo a compreens o de um texto exige os seguintes procedimentos 1 Reconhecimento das palavras 2 Descoberta das ideias contidas nas frases e par grafos do texto e conex o das ideias entre si 3 Diferencia o do valor das ideias do texto detectando o essencial ideia principal 4 An lise do enredo de rela es existentes entre as ideias do texto Nesta ordem de ideias um indiv duo tem dificuldades de leitura quan
286. des de PV que s o treinadas separadamente Coordena o culo manual Posi o no Espa o C pia Figura Fundo Rela es Espaciais Fechamento Visual Velocidade Visual motota e Const ncia da Fotma O primeiro m dulo tem um grau de dificuldade m nimo relativamente idade das crian as a quem se destina e ao n vel de escolaridade206 Os m dulos seguintes v o aumentando gradualmente a dificuldade at que o oitavo j tem um grau de exig ncia bastante maior embora ainda de acordo com o n vel escolar e et rio 205 Cada item constitu do por mais do que um exerc cio excepto o item velocidade visual motora que s tem um exerc cio 206 Ensino B sico do 1 ao 4 ano 344 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL Os 8 m dulos do PTPV permitem desenvolver cada um dos tipos de compet ncia de PV normalmente classificados como posi o no espa o const ncia da forma rela es espaciais e figura fundo subdivididos nas seguintes categorias 1 Coordena o Oculo manual que a capacidade para coordenar a vis o com os movimentos do corpo ou das suas pattes Com estes exerc cios pretende se desenvolver a compet ncia para desenhar linhas rectas ou cutvas de acordo com limites visuais pedindo se crian a que desenhe uma linha entre um conjunto de linhas paralelas sem sair fora Estas linhas envolvem ngulos ou curvas ver figura 5 11 Fi
287. descritas por v rios autores sendo de salientar as descritas por Halliday 1982 fun o instrumental fun o reguladora fun o interactiva fun o pessoal fun o heur stica fun o imaginativa ou criativa e fun o informativa que serviram de ponto de partida a Rondal amp Bredart 1991 cit Ruiz amp Ortega 1997 para a descri o de duas macro fun es essenciais 273 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 1 Fun o ideocorrepresentativa que est relacionada com as caracter sticas de representa o da realidade criatividade an lise de informa o e conceptualiza o 2 Fun o interpessoal conotativa que est relacionada com as caracter sticas de interc mbio de informa o e regula o da conduta pr pria ou alheia Al m destas fun es b sicas a linguagem reveste ainda outras formas que s o do conhecimento comum e descritas por todos os especialistas nesta rea 1 Linguagem verbal oral ou falada que utiliza sons e palavras articuladas que s o aud veis 2 Linguagem escrita ou gr fica que utiliza letras que funcionam como sinais convencionais representativos dos sons da l ngua 3 Linguagem corporal que utiliza movimentos posturas e gestos para comunicar com as pessoas 4 Linguagem interna que corresponde ao falar interior ou pensamento e precede a express o verbal ou gr fica 5 Linguagem m mica que utiliza linguagens baseadas na comunica o ma
288. desenvolvimento no sentido de acabar com uma actua o centrada unicamente na crian a e nos seus problemas tendo em vista evoluir para uma interven o junto da crian a no seu contexto familiar 164 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Nesta perspectiva reconhecida a necessidade de definir conceptualmente a natureza da interven o precoce e delinear um modelo organizativo integrado e de partilha de responsabilidades intersectoriais interven o precoce uma medida de apoio integrado centrado na crian a e na fam lia mediante ac es de natureza preventiva e geradoras de capacidades designadamente do mbito da educa o da sa de e da ac o social que tem como destinat rios crian as at aos 6 anos de idade particularmente dos 0 aos 3 anos que apresentem defici ncia ou risco de atraso grave no desenvolvimento Este Despacho defende ainda a cria o de condi es facilitadoras do desenvolvimento global da crian a e a optimiza o das condi es da interac o crian a fam lia considerando que o desenvolvimento e o apoio interven o precoce devem ser realizados pelos servi os da educa o atrav s das equipas de coordena o dos apoios educativos e pelos servi os da sa de atrav s dos centros de sa de e estruturas hospitalares 10 Decreto lei n 6 2001 Este Decreto refor a a garantia de uma educa o de base para todos entendendo a como o in cio de um proce
289. diu se utilizar os seguintes instrumentos experimentais dois deles j existentes e comprovados e um original desenvolvido pela investigadora Teste de Avalia o de Compet ncias de Percep o Visual Ap s investiga o sobre o assunto optou se por um teste j existente o Developmental Test of Visual Perception DTPV 2 Hammill Pearson amp Voress 1993 Teste ou Escala de Avalia o de Dificuldades de Aprendizagem tendo se optado pela Escala de Dificuldades de Aprendizagem de Myklebust 1954 adaptada por V tor da Fonseca 1984 j utilizada e comprovada Programa de treino para treinar as capacidades de percep o visual PV dos alunos tendo se criado um programa original o Programa de Treino da Percep o Visual PTPV realizado em duas vers es em que se recorre imagem uma vers o tradicional em papel e uma vers o interactiva em computador Estes dois programas de treino da percep o visual foram apresentados e descritos em pormenor no cap tulo anterior pelo que se dispensa caracteriz los agora Esta decis o teve em conta o referido por Fox 1969 1987 que afirma que todo o instrumento de investiga o imp e condi es aos sujeitos que variam desde a exig ncia da capacidade de ler at seguir certas instru es Essas condi es nem sempre s o adequadas e os investigadores t m de compreend lo ao seleccionar ou preparar um instrumento Neste assunto a pessoa que exe
290. diversas ajudas pedag gicas de car cter humano t cnico ou material com o objectivo de assegurar a consecu o dos fins gerais da educa o as necessidades educativas especiais respeitam aqueles alunos que para al m disso e de forma complementar possam necessitar de outras ajudas menos usuais Dizer que determinado aluno tem necessidades educativas especiais uma forma de dizer que ele para conseguir atingir os fins da educa o precisa de dispor de determinados servi os ou ajudas pedag gicas Livro Branco para a Reforma do Sistema Educativo cit Jim nez 1991 17 142 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Introduc o Este cap tulo pretende introduzir a tem tica das Dificuldades de Aprendizagem DA considerando que os alunos com DA t m determinadas Necessidades Educativas Especiais NEE que importa caracterizar face a outras NEE que tamb m necessitam de apoio especializado durante a sua escolariza o Nesta ordem de ideias pode afirmar se que cada crian a especial e diferente quer em termos de desenvolvimento quer no que respeita a cuidados e necessidades educativas Muitas das crian as em idade escolar s o ao mesmo tempo semelhantes e diferentes dos seus parceiros da mesma faixa et ria apresentando caracter sticas decorrentes de factores diferenciais de ordem f sica cognitiva lingu stica social e afectiva que dificultam a realiza o do seu potencial de funcionamento Fons
291. dizagem DA e que passaram a constituir a amostra experimental do estudo 222 Este teste permite medir diferentes capacidades perceptivo visuais percep o visual global nota global que o autor designa como General Visual Perception GVP e corresponde soma dos scores standard dos 8 subtestes j descritos e duas dimens es parciais Visual Motor Integration VMI correspondente soma dos scores standard de 4 subtestes coordena o olho m o c pia rela es espaciais e velocidade visual motora e Motor Reduced Visual Perception MRP correspondente soma dos scotes standard dos restantes 4 subtestes posi o no espa o figura fundo fechamento visual e const ncia da forma 223 Que representam uma amostra relativamente significativa do total de alunos do 1 ano do 1 ciclo do Ensino B sico do concelho de Braga 224 Avalia o qualitativa do 1 per odo lectivo e alguns dados referentes ao trabalho di rio dos mesmos observa o de trabalhos escolares dos alunos 405 APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS Deste modo no gr fico 7 1 pode verificar se que a percentagem total de alunos com problemas de Percep o Visual encontrada nesta primeira fase do estudo foi de 15 66 alunos sendo que 2 dos alunos referenciados com estes problemas 9 n o apresentavam DA e os restantes 13 apresentavam al m de problemas de PV Dificuldades de Aprendizagem 57 A percentagem de alunos que n o revelara
292. do atrav s de programas de educa o e reabilita o individualizados Dias amp Chaves 2000 Dias amp Chaves 2001b Dias amp Chaves 2003b 343 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL Por conseguinte a integra o da imagem no Programa de Treino da Percep o Visual tornou se muito proveitosa Dias amp Chaves 2000 Dias amp Chaves 20014 confirmando que o recurso imagem no treino de compet ncias de Percep o Visual favorece a aquisi o de informa o e permite um melhor e mais organizado armazenamento da informa o Myers amp Hammill 1990 Salvia amp Ysseldyke 1991 pois qualquer capta o da imagem pela nossa vis o acarreta o desenvolvimento de uma actividade mental orientada simultaneamente numa dupla direc o Francastel 1983 O programa de treino criado em suporte inform tico interactivo tamb m se tornou um elemento importante pois permite uma interac o aluno computador motivadora do treino da Percep o Visual al m de conter imagens mais apelativas pelo colorido e pelos efeitos de anima o inseridos nos diferentes diapositivos do Programa PowerPoint do Windows utilizado para a elabora o do programa 5 2 1 Caracteriza o do Instrumento de Treino PTPV Conforme referido anteriormente o PTPV constitu do por 8 m dulos todos com o mesmo formato sendo cada m dulo composto por oito itens205 que correspondem a 8 capacida
293. do em conta o tipo de objectos luminosos que originam a vis o consideram se dois pos de vis o Aumont 1990 1 A vis o fototopica que a mais habitual e corresponde a toda a gama de objectos que consideramos normalmente iluminados por uma luz diurna sendo no entanto uma vis o crom tica 2 A vis o escot pica que corresponde vis o nocturna em que h uma predomin ncia dos bastonetes embora seja uma percep o acrom tica e de fraca acuidade relacionada com a periferia da retina Assim aquilo que vemos fundamentalmente baseado na forma exterior dos objectos embora a vis o seja afectada pelo modo como interpretamos organizamos e dirigimos a aten o Como sabemos o organismo humano altamente adapt vel e flex vel pelo que grupos diferentes podem ter uma imagem muito espec fica da realidade envolvente Lynch 1982 1960 Toda a imagem uma vis o que foi recriada ou reproduzida uma apar ncia ou conjunto de apar ncias que foi separada do lugar e do instante em que apareceu pela primeira vez e preservada por uns momentos Todas as imagens corporizam um modo de ver Berger 1987 13 1972 porque alguns tra os relevantes n o determinam apenas a identidade de um objecto mas tamb m o fazem parecer um padr o integrado completo Isto aplica se n o apenas imagem que fazemos do objecto como um todo mas tamb m a qualquer parte em particular sobre a qual a nossa aten o se focali
294. do funcionam como dois atributos fundamentais da Imagem sendo importante quando se observam imagens fazer se uma an lise das rela es figura fundo Durante esta an lise deve ter se em aten o os seguintes conceitos 1 Muitas vezes a figura aparece mais perto do observador mesmo que figura e fundo estejam no mesmo plano f sico 2 Figura e fundo n o podem ser simult neos mas podem ser sequenciais 3 figura ocupa normalmente uma rea mais pequena que o fundo 4 A figura apresenta um contorno e uma forma mas o fundo n o tridimensional 5 O conceito figura fundo n o est limitado percep o visual mas pode aplicar se a todas as experi ncias sensoriais Zakia 1997 4 Numa perspectiva mais ampla e geral podem ainda considerar se as seguintes caracter sticas da imagem Guerra 1984 1 A imagem ao mesmo tempo presen a e aus ncia n o sendo mais do que um duplo um reflexo ou uma aus ncia uma presen a vivida e uma aus ncia real 2 A imagem ao mesmo tempo sonho e realidade 3 imagem insepar vel de toda a civiliza o 4 A imagem est ligada ao misterioso ao m gico ao sagrado 5 imagem ao mesmo tempo concreta e abstracta porque tem um suporte material que pode ser considerado em si mesmo mas exclui tudo quanto possa ser lhe estranho ou acess tio 6 A imagem ao mesmo tempo passado presente e futuro podendo ser considerada uma encruzilhada tempo
295. do l as palavras mas n o compreende o texto pois qualquer das duas componentes de leitura reconhecimento de palavras e compreens o s o processos necess rios e que actuam interactivamente Rebelo 1993 4 1 4 2 Modo de processamento da escrita No acto de ler conforme j se referiu h uma interac o entre linguagem e pensamento enquanto que no acto de escrever h uma codifica o de pensamentos em 287 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM linguagem porque quem l descodifica linguagem em pensamentos e quem escreve utiliza a linguagem na sua forma gr fica atrav s de c digos Escrever representar uma mensagem por meio de caracteres gr ficos atrav s da composi o redac o e narra o usando um c digo de s mbolos e sinais gr ficos que permitem dar visualidade e estabilidade mensagem oral O processo de aprendizagem da escrita sup e v rios procedimentos tais como fazer bem as formas das letras soletrar n o cometer erros ortogr ficos aplicar regras gramaticais utilizando os sinais gr ficos convencionais de uma l ngua e conhecer o sistema sint ctico e sem ntico da l ngua materna A finalidade destes procedimentos a produ o de textos portadores de mensagens significativas Rebelo 1993 A finalidade da escrita comunicar atrav s de uma mensagem escrita num processo que se estende no tempo e cujo dom nio exige a integra o de diferentes sub processos A escrit
296. dos apoios educativos e no levantamento das necessidades de equipamento e materiais 172 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Al m disso estas Equipas tinham de realizar ainda tarefas de forma o de que se salienta as seguintes Caracterizar a situa o relativa aos apoios educativos no in cio do ano lectivo em reuni o com os professores de apoio educativo e com os rg os de gest o e coordena o das escolas na provis o dos equipamentos ajudas t cnicas e condi es de acessibilidade f sica a todo o complexo escolar no planeamento organiza o e condi es de operacionaliza o dos apoios educativos na identifica o das necessidades dos docentes de apoio educativo a pattir do Projecto Educativo de Escola e do Plano de Actividades Minist rio da Educa o 1997 10 Apoiar no cumprimento da sua fun o de orienta o t cnico cient fica os docentes de apoio educativo com as ac es que entendam relevantes ajudando os na forma de gerir e partilhar os recursos especiais para rentabilizar o seu funcionamento em toda a rea Minist rio da Educa o 1997 10 Colaborar com os Centros de Forma o de Professores oferecendo programas de forma o que possam dotar os t cnicos de educa o das Escolas de compet ncias que permitam o desenvolvimento de pr ticas de pedagogia activa diferenciada e respeitadoras das caracter sticas individuais do aluno Minist r
297. dou crian as diagnosticadas como af sicas tendo referido dois tipos de afasia a afasia motora ou expressiva que engloba as crian as que compreendem a fala dos outros mas n o conseguem falar e a afasia sensorial ou receptiva que engloba as crian as que podem falar mas n o entendem a fala dos outros Com base nesses estudos este autor criou um m todo de associa o para a recupera o das crian as com DA em que se procurava fomentar e associar de forma sistem tica cada uma das compet ncias indispens veis compreens o e express o processo fon tico de ensino de sons sendo os sons aprendidos usados posteriormente para formar palavras a fim de no final se fazer o emparelhamento entre as palavras e os desenhos e a partir da se encontrarem significados Este m todo al m de ter sido aplicado com xito no ensino de crian as af sicas foi tamb m utilizado posteriormente por outros autores o que justifica a sua grande import ncia no campo do estudo e defini o das DA 9 92 Que se relaciona com o escutar falar e o ver fazer Q9 A 93 Relacionado com receber organizar ou expressar informa o C um 94 Que corresponde ao pensamento autom tico e representacional 207 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 2 Desordens da Linguagem Escrita No que diz respeito aos problemas da linguagem escrita s o dignos de destaque v rios a
298. e B P 1989 Nonverbal Learning Disabilities the Syndrome and the Model New York The Guilford Press Rourke B P 1990 Nearopsychological Validation of Learning Disability Subtypes New York Guilford Press Rourke B P 1993 Arithmetic Disabilities Specific and Otherwise A Neuropsychological Perspectives Journal of Learning Disabilities 26 4 214 226 Rowntree D 1982 Educational Technology in Curriculum Development London Harper amp Row Publishers 452 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Ruiz J R amp Gin C 1986 Las Necesidades Educativas Especiales Cuadernos de Pedagog a 139 32 34 Ruiz J R amp Ortega J L 1997 As Perturba es da Linguagem Verbal In Rafael Bautista Coord Necessidades Educativas Especiais Lisboa DINALIVRO Saettler P 1968 A History of Instructional Technology New York McGraw Hill Book Company Saettler P 1990 The Evolution of American Educational Technology Englewood Libraries Unlimited Salomon G 1984 Television is Easy and Print is Tough Journal of Educational Psychology 76 647 658 Salvia J amp Ysseldyke J E 1991 Assessment in Special and Remedial Education Boston Houghton Mifflin Salvia J amp Ysseldyke J E 1991 Avalia o em Educa o Especial e Correctiva S o Paulo Editora Manole L da Savery J R amp Duffy T M 1996 Problem Based Learning An Instructional Model and its
299. e aram a utilizar a express o les o cerebral 9 Assim consideram que uma crian a tem uma les o cerebral quando antes durante ou ap s o parto sofreu uma infec o ou les o no c rebro podendo ou n o como resultado desse dano organico apresentar defeitos no sistema neuromotor Contudo esta crian a poder ainda apresentar dist rbios na percep o no pensamento e ou no comportamento emocional separadamente ou em conjunto o que vai dificultar ou impedir a sua aprendizagem normal 84 Que servia para caracterizar os problemas de aprendizagem detectados 203 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Osgood 1953 cit Fonseca 1984 explicou as desordens da linguagem a partir do desenvolvimento normal da linguagem como base para a compreens o tendo proposto um modelo de comunica o baseado na teoria est mulo resposta Assim concluiu que o comportamento engloba dois est dios a descodifica o que consiste na interpreta o do significado dos sinais recebidos do meio ambiente e a codifica o que corresponde express o de inten es ambos organizados em tr s n veis organizacionais N vel Projectivo em que os sinais sensoriais e motores est o ligados a reas espec ficas do c rebro N vel Integrativo onde s o organizados os eventos neurais N vel Representativo onde ocorre a significa o e o pensamento Ao analisat se o quadro 3 2 podem compreender se melhor
300. e sensa o que passam rapidamente actividade fisiol gica atrav s da energia f sica ou est mulo e cuja ac o resultante ou reac o nos permite detectar e discriminar a presen a ou aus ncia dessa energia f sica que produz a experi ncia caracter stica correspondente Hochberg 1966 1964 Estes aspectos aliados amplitude da aprendizagem envolvida foram muito valorizados por Gibson 1966 1979 e Gibson amp Gibson 1955 ao considerarem que a partir deles que a crian a identifica e reconhece o objecto Gibson 1979 concorda com a posi o Hochberg 1966 1964 salientando que a sensa o condi o necess ria para que haja percep o embora n o aceite a exist ncia de conex o informativa entre os resultados de uma e outra Por isso a percep o segundo eles uma actividade cognitiva que transforma um tipo de representa o noutra atrav s de uma ou mais opera es intensivas de processamento da informa o e de processos mediados por representa es consolidadas pela nfase do processamento da informa o Isto s poss vel porque a representa o de est mulos distantes n o coincide com a representa o dos est mulos pr ximos o que vis vel nas propriedades mais elementares dos objectos como o tamanho a forma a cor ou o movimento Por isso o que percebemos o resultado de um processo de infer ncia e n o o resultado de uma capta o directa Neste sentido a percep o man
301. e ao padr o de energias com origem no est mulo distal tem duas dimens es estando constantemente a modificar se Ele torna se mais pequeno ou maior conforme a dist ncia que nos separa dele e desloca se atrav s da retina juntamente com os movimentos oculares atrav s da percep o das propriedades constantes do objecto que conseguimos saber para que objecto estamos a olhar apesar das varia es no est mulo proximal Deste modo o mundo sensorial ao qual est exposto ter de ser organizado como uma cena coerente onde existam objectos reais ma s e acontecimentos tais como ma s que caem das rvores Gleitman 1999 266 267 Mesmo assim conseguimos ver as propriedades reais do objecto distal atrav s das const ncias perceptivas pois um elefante parece grande mesmo dist ncia e um postal parece rectangular mesmo que a sua imagem retiniana tenha a forma de trap zio a menos que seja visto directamente de frente Em ambos os casos consegue ultrapassar se as ambiguidades do est mulo proximal e reagir a certos atributos constantes do objecto distal tais como a forma e a grandeza Gleitman 1999 302 Assim voltando ao exemplo anterior da percep o da rvore quando vemos algo que uma rvore est a funcionar o est mulo distante embora a luz reflectida pela sua superf cie seja considerada o est mulo pr ximo tal como incide nos foto receptores da retina Neste caso a taref
302. e conceitos e a instru o t cnica e permite ainda o desenvolvimento de compet ncias perceptivas e cognitivas A alfabetiza o visual procura tamb m desenvolver as capacidades perceptivo visuais atrav s de actividades como a leitura anal tica de imagens em que o alfabeto visual usado como uma ferramenta b sica da educa o perceptiva tendo como finalidade educar para a an lise cr tica das mensagens visuais para a composi o de mensagens ic nicas e sua combina o com outras linguagens Ortega Carrilho 1997 Rodriguez Di guez 1978 1995 tamb m considera que a alfabetiza o com imagens leva os alunos a aprender o seu conte do e a ser capaz de traduzi lo em linguagem verbal ou seja permite lhes codific las para que consigam expressar se visualmente ao comunicar com os outros Por conseguinte quando alfabetizamos visualmente o aluno estamos a ensin lo a realizar uma leitura de imagens tendo como ponto de partida diferenciar o essencial do acess rio perceber o que ela representa e o que significa Com a leitura de imagens o professor ensina a ver e a pensar pois nesta actividade h um grau zero que n o precisa de ser ensinado mas que corresponde a uma aquisi o 126 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Assim de acordo com Calado 1994 24 nem mesmo neste grau zero da leitura de imagens deve estranhar se a ideia da necessidade de uma alfabetiza o do indiv duo Por conseguinte a imag
303. e datar teta 181 CAP TULO III AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM eee 187 THEFOMUCAO e 189 3 1 O conceito de Dificuldades de Aprendizagem sse 193 3 2 Fases de Investiga o das Dificuldades de Aprendizagem sss 197 3 2 1 Fase de Funda o ou Inicial t aet teta tenete EN EENE E 198 32 2 Pase de TanisicaO ni idea 203 3 2 3 Base de Integra o m V Y 213 AAA trie ien DID ia ii 217 3 3 Caracter sticas das Dificuldades de Aprendizagem sees 223 3 31 Catepotias de DA aria 227 3 3 1 1 Problemas cognitivos e psicolingu sticos sssssseeeee 230 3 3 12 Problemas de MemiOniaisssssssssssssssssssssssssissssassezassosssveasosetsoseassiaavavoaiosadsonsnssseasioanasies 235 3 3 1 3 Problemas de Percep o terrent etnia creia etnias 237 3 3 1 4 Problemas de Hiperactividade com D fice da Atenc o 242 3 3 1 5 Problemas emocionais e socioemocionais seen 246 3 3 1 6 Ind cios neUtOl gICOS iria 248 3 4 Classifica o das Dificuldades de Aprendizagem sse 249 X 3 5 Etiologia das Dificuldades de Aprendizagem seen 257 CAP TULO IV DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 263 Introdu o E M Md dd ddd dala ala a tie ed dA dit edad dao 265 4 1 Dificuldades Espe
304. e et Vie Kirby J R Williams N H 1991 Learning Problems A cognitive approach Toronto Kagan amp Woo Limited Kirk S A 1962 Educating Exceptional Children Boston Houghton Mifflin Co Kirk S A amp Chalfant J C 1984 Academic and Developmental Learning Disabilities Denver Love Publishing Company Kirk S A amp Gallagher J J 1987 Educa o da Crian a Excepcional S o Paulo Martins Fontes Editora Lda Kirk S A Gallagher J J amp Anastasiow N J 1993 Education Exceptional Children Boston Houghton Mifflin Company Kirk S A Mccarthy J amp Kirk N D 1968 The Illinois Test of Psycholinguistic Abilities Urbana Ed University Illinois Press Kosslyn S M 1980 Image and Mind Cambridge M A Harvard University Press 444 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Kosslyn S M 1983 Ghosts in tbe Mind s Machine Creating and Using Images in tbe Brain New York Norton Kosslyn S M Ball T M amp Reiser B J 1978 Visual Images Preserve Metric Spatial Information Evidence from Studies of Image Scanning Joumal of Experimental Psychology Human Perception and Performance 4 47 60 La Borderie R 1972 Les Images dans la Soci t et l Education Tournai Paris Casterman La Borderie R 1979 Aspects de la communication ducative Paris Casterman Lachman R Lachman J amp Butterfield E 1979 Cognitive Psychology and Information
305. e fa a da melhor forma fundamental que toda a crian a seja capaz de fazer uma leitura correcta das imagens que se lhe apresentam o que s ser poss vel ap s uma aprendizagem pr via A leitura da imagem tal como a leitura de textos escritos integra um grande n mero de processos complexos uma actividade altamente estruturada de codifica o e descodifica o Estienne 1982 implicando ainda a compreens o dado que o termo leitura n o pode ser usado sem que isso implique necessariamente a total compreens o que essencial para que haja comunica o Goldsmith 1984 Um d cimo de segundo suficiente para reter uma imagem mas n o pata a compreender pois a imagem tem o seu c digo de leitura a sua linguagem essencialmente intuitiva e sensorial que convida ao sonho e imagina o A mensagem visual apesar de ser menos rigorosa que a verbal porque os seus elementos s o apresentados de forma simult nea e imediata apela a uma reac o a um conjunto de est mulos relacionados com factores de aprendizagem motivacionais e situacionais Moles 1981 A ideia de que importante aprender a ver nunca passa pela cabe a de ningu m mas uma vez reconhecida tal ideia revela se muito esclarecedora Hall 1966 1986 83 imagem n o significa nada em si mesma s tendo significado quando algu m se questiona sobre o seu significado manifestado atrav s da express o ic nica dado que as imagens n
306. e no tempo normal Por conseguinte ver significa captar algumas caracter sticas proeminentes dos objectos o azul do c u a curva do pesco o do cisne a rectangularidade do livro o brilho de um peda o de metal a rectitude do cigarro Umas simples linhas e pontos s o de imediato reconhecidos como um rosto n o apenas pelos civilizados ocidentais que podem ser suspeitos por estarem de acordo com o prop sito dessa linguagem de signos mas tamb m por beb s selvagens e animais Arnheim 1988 36 1974 A percep o do modo como se processa a vis o ter de ser explicada atrav s da an lise dos elementos fisiol gicos que a originam 1 O olho um globo aproximadamente esf rico de di metro em torno de dois cent metros e meio revestido por uma camada em parte opaca a escler tica em parte transparente a c med Esta ltima garante a maior parte da converg ncia dos raios luminosos Atr s da c rnea encontra se a ris que um m sculo esf ncter comandado de modo reflexo e que delimita no seu centro uma abertura a pupila cujo di metro mede 2 a 8 mil metros gt gt gt aproximadamente Hochberg 1966 35 1964 Aumont 1993 19 1990 2 O fundo do olho revestido por uma membrana a refina na qual se encontram in meros receptores de luz que s o de dois tipos os bastonetes e os cones Estes ltimos est o presentes sobre
307. e o educador se n o dominar bem a sintaxe visual pode transmitir aos alunos mais do que desejaria ou em caso extremo aquilo que n o desejava No caso de alunos com Dificuldades de Aprendizagem este cuidado deve ainda ser redobrado pois a polissemia da imagem pode reverter totalmente as inten es do educador Na base desta forma de fazer a leitura da imagem est o subjacentes duas teorias 1 Teoria tipogr fica que segue um m todo similar ao da leitura de um texto e afirma que a leitura da imagem se faz a partir do ngulo superior esquerdo e se vai levando o olhar 46 A conota o corresponde ao conjunto dos valores simb licos ideol gicos de associa es de ideias das emo es das aprecia es dos ju zos de valor que as palavras suscitam Yaguello 1981 185 119 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA para a direita uma leitura pouco congtuente mas muito utilizada pelos publicit rios Alonso amp Matilla 1990 84 2 Teoria da Gestalt Wertheimer 1904 1943 Koffka 1886 1941 Kohler 1887 1967 que define os princ pios que determinam e organizam a percep o visual S o estes princ pios que permitem afirmar que em condi es iguais os est mulos que formam uma boa figura ter o tend ncia a ser agrupados Os psic logos desta corrente contestam a explica o das percep es como sendo um conjunto de sensa es elementares defendendo que o todo diferente da soma das partes
308. e of Intelligence Hillsdale N J Lawrence Erlbaum Associate Resolu o do Conselho de Ministros n 120 2006 de 21 de Setembro I Plano de Ac o para a Integra o das Pessoas com Defici ncias Reuchlin M amp Bacher F 1989 Les Differences Individuelles dans le D veloppement Cognitive de Enfant Paris Presses Universitaires de France Richardson K 1991 Understanding Intelligence Philadelphia Open University Press Rodrigues D 1988 Perspectiva sobre a Investiga o em Ci ncias de Reabilita o Educa o Especial e Reabilita o 1 0 Rodr guez Di guez J L 1978 Las Funciones de la Imagen en la Ense anza Sem ntica y Did ctica Barcelona Editorial Gustavo Gili Colecci n Comunicaci n Visual Rodrigu z Di guez J L 1995 Nuevas Tecnolog as aplicadas la Educaci n y Tecnolog a de la Educaci n In J L Rodr guez Di guez amp O Barrio Dir Tecnologia Educativa INuevas Tecnologias aplicadas la educaci n pp 165 186 Alcoy Editorial Marfil S A Rondal J A 1982 E Desarrollo del Lenguaje Batcelona M dica e T cnica Ross A O 1976 Psychological Aspects of Learning Disabilities and Reading Disorders New York McGraw Hill Rourke B P 1978 Reading Spelling and Arithmetic Disabilities A Neuropsychological Perspective In H R Myklebust Ed Progress in learning disabilities volume 4 pp 97 120 New York Grune amp Stratton Rourk
309. e os alunos com DA apresentam no reconhecimento de semelhan as e diferen as fazendo compara es com base apenas numa nica caracter stica 15 quando deveriam utilizar m ltiplas caracter sticas ao mesmo tempo Dificuldades na identifica o de factores comuns o que afecta a categoriza o funcionando os alunos a um n vel muito concreto e tendendo a agrupar os objectos com base em associa es concretas ou em v nculos f sicos mesmo quando mais indicado um crit rio funcional ou abstracto Dificuldades na determina o de crit rios princ pios ou regras para a inclus o ou exclus o numa categoria aspecto que pode estar ou n o relacionado com o anterior 1150 tamanho a forma a posi o espacial ou outras 231 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Dificuldade na valida o de conceitos crit rios ou regras relativas a objectos situa es ou ideias principalmente em determinar se esses crit rios s o v lidos Dificuldades em reter e integrar ou modificar os conceitos 16 devido a problemas nos processos organizacionais que a n vel concreto ligam o que vemos ouvimos e sentimos o que dificulta a conex o de informa es e ideias a um n vel mais abstracto Dificuldades na resolu o de problemas que envolve uma s rie de etapas din micas Kirk amp Chalfant 1984 relacionadas com dificuldades em reconhecer que existem problemas pois os alunos com DA est o pouco aten
310. e os materiais e o pr prio ambiente escolar sejam adaptados aos estilos de aprendizagem individuais a crian a com DA conseguir recuperar e ap s o tratamento poder ser submetida aos programas escolares normais 95 E a 95 N o havia como comprovar se tinham les o cerebral ou esao cerebral minima 96 s o problemas que podem ocorrer em qualquer idade e em qualquer n vel de capacidade intelectual 208 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Werner 1942 cit Casas 1994 achava muito importante a observa o da forma como a crian a executa determinada tarefa ao contr rio de Hinshellwood e Orton pois entendia que s a partir dessa observa o se poder elaborar um programa de reeduca o Este autor fez v rios estudos em conjunto com Strauss 1942 a partir dos dados anteriores apresentados por Head 1926 e Goldstein 1939 pois entendia que os comportamentos desviantes de v rias crian as observadas poderiam ser causados por uma les o cerebral e necessitavam de uma interven o educativa especial Strauss amp Werner 1942 cit Casas 1994 Estas investiga es permitiram encontrar alguns comportamentos nos adultos com les es sendo de salientar o comportamento concreto e imediatista a meticulosidade a perseveran a a confus o figura fundo as reac es catastr ficas os problemas emocionais a desorienta o o extremo asseio a desintegra o das capacidades de categoriza o et
311. e se apresenta pode ser uma boa base de an lise 127 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA age Modelo tridimensional escala 2 Imagens Estereosc picas e Hologramas Descri o Fotografia Colorida Fotografia a Preto e Branco 3 Pinturarealista Art stica Representa o Figurativa N o Realista Es Fictogramas Esquemas Sinais Arbitr rios Representa o N o Figurativa Especula o Quadro 1 5 Escala simplificada de graus de iconicidade Villafa e 1992 5 As suas fun es de aceitabilidade relacionadas com as conven es de g nero fotografia quadro caricatura etc 6 As suas fun es de adequa o relacionadas com as compet ncias do espectador grau de cultura faixa et ria situa o de observa o etc Outro aspecto importante nesta problem tica da imagem em educa o a utiliza o da imagem associada ao som o que permite criar representa es de car cter audiovisual em que se recorre a meios tecnol gicos que utilizam simultaneamente a imagem e o som Estes meios funcionam no processo de ensino aprendizagem como elementos contextualizadores e capazes de despoletar uma din mica participativa Aparici 1987 Os meios audiovisuais podem ainda ajudar a desenvolver conte dos relacionados com o processo de ensino aprendizagem bem como facilitar a an lise e produ o de mensagens audiovisuais Estes meios conseguem mobilizar professores e alunos no desenvolvimento de projectos comuns
312. ealiza o relacionada com desordens b sicas nos processos de aprendizagem que podem ser ou n o acompanhadas por disfun es nervosas centrais demonstr veis e que n o s o secund rias a uma defici ncia mental generalizada priva o educacional ou cultural dist rbios emocionais severos ou perda sensorial Bateman 1964 220 cit Hammill 1990 193 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM A Review of Educational Research 1966 cit Clements 1966 com base nas defini es anteriores apresenta uma nova definic o que constitui uma s mula das duas e permite uma compreens o mais adequada da problem tica em si Esta defini o foi apresentada por quinze investigadores que consideram tr s aspectos fundamentais nas Dificuldades de Aprendizagem 1 As Dificuldades de Aprendizagem constituem um ou mais d fice nos processos essenciais da aprendizagem e necessitam de t cnicas especiais de educa o 2 As crian as com DA apresentam discrep ncia entre o n vel de realiza o esperado e o atingido nas compet ncias da linguagem falada leitura escrita e matem tica 3 As DA n o s o devidas a defici ncias sensoriais motoras intelectuais emocionais e ou a falta de oportunidades de aprendizagem No mesmo ano Gallagher 1966 acrescenta defini o anterior o facto de a crian a com DA tamb m revelar uma disparidade no processo psicol gico relacionado com a educa o pelo que se t
313. earning An introduction to school learning New York Grune and Stratton Ausubel D P 1976 Psicologia Educativa un punto de vista cognitivo M xico Trillas Ausubel D P Novak J D amp Hanesian H 1978 Educational Psychology A cognitive biew 2 edic o New York Holt Rinehart amp Winston Ausubel D P Novak J D amp Hanesian H 1980 Psicologia Educacional Rio de Janeiro Editora Iteramericana Bachelard G 1971 Epistemologie Textes Choisis Paris PUF Bakker D J 1984 The Brain as a Dependent Variable Journal of Clinical Neuropsychology 6 34 47 5 Bandura A 1971 Social Learning Theory New York General Learning Press Baroja F F Paret A M amp Riesgo C P 1993 La Dislexia Origen diagn stico y recuperaci n Madrid Ciencias de la Educaci n Preescolar y Especial Barros A M amp Almeida L S 1991 Dimens es s cio cognitivas do desempenho escolar In L S Almeida Ed Cogni o e Aprendizagem Escolar Porto Associa o dos Psic logos Portugueses APPORT Barthes R 1964 Rh thorique de I Image Communications 4 91 135 Bastos A M 2003 A utiliza o de software educativo na supera o de dificuldades de aprendizagem na leitura e escrita de palavras no 1 Ciclo do Ensino B sico Tese de Mestrado em Educa o rea de especializa o em Tecnologia Educativa n o publicada Instituto de Educa o e Psicologia Universi
314. eca 1989 Para um desenvolvimento pleno das capacidades de alunos com NEE torna se fundamental uma interven o educativa especializada que recorra a meios e cuidados especiais que variam consoante as necessidades espec ficas de cada aluno Dias 1995 1999 O conceito de necessidades educativas especiais NEE est muito relacionado com ajudas pedag gicas ou servi os educativos que estes alunos necessitam para desenvolver ao m ximo as suas compet ncias de aprendizagem Jim nez 1991 Assim podem considerar se dois aspectos fundamentais que caracterizam as dificuldades dos alunos com NEE 1 O car cter interactivo das dificuldades dado que os problemas de aprendizagem dos alunos com NEE t m uma origem interactiva por dependerem tanto das condi es 143 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS pessoais do aluno como das caracter sticas do contexto familiar e social em que o aluno est insetido 2 A relatividade das dificuldades dado que os problemas de aprendizagem do aluno com NEE n o podem ser caracterizados de forma definitiva ou determinante pois est o dependentes de particularidades relacionadas com os v rios momentos da aprendizagem e com as mudan as de contexto escolar Marchesi amp Mart n 1990 Por conseguinte o conceito de NEE n o pode ser considerado de forma un voca requerendo uma explica o concreta para se situar no contexto de princ pios de normaliza o e integra o Muntaner
315. edidas legislativas paralelas e complementares nos sectores de sa de seguran a social forma o profissional e emprego 5 3 A Declara o de Salamanca UNESCO 1994 inclui ainda regras fundamentais para a integra o das crian as com NEE nas escolas inclusivas 1 Os curr culos devem adaptar se s necessidades da crian a e n o esta aos curr culos devendo as escolas fornecer oportunidades curriculares que correspondam s necessidades de crian as com capacidades e interesses distintos 2 O conte do da educa o deve apontar para n veis elevados dado que a aquisi o de conhecimentos n o uma simples quest o de ensino formal e te rico devendo relacionar se com a experi ncia dos pr prios alunos e com assuntos pr ticos de modo a suscitar lhes a motiva o para aprender e permitir lhes uma plena participa o na vida escolar 3 Os processos de avalia o ter o de ser revistos para acompanhar a evolu o de cada crian a No entanto a avalia o formativa deve ter lugar no processo educativo regular 4 As crian as com NEE devem beneficiar de diferentes formas de apoio desde ajuda m nima na classe regular a programas de compensa o educativa no mbito da escola 151 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS 5 Os recursos t cnicos a utilizar com estes alunos devem ser os mais adequados e acess veis para promover o sucesso educativo no contexto do curr culo escolar 6 O desen
316. educa o especial desempenharam uma fun o privilegiada no ensino pelo facto de actuarem junto das crian as com defici ncias e com DA privilegiando os processos de aquisi o e a an lise das condi es materiais e pessoais que desempenham fun es de avan o ou retrocesso Haring amp Schiefelbusch 1971 Nesta ordem de ideias pode afirmar se que diferentes op es de recursos educacionais desde escolas especiais at integra o total devem estar dispon veis para cada crian a uma vez que cada uma em cada momento pode precisar de um recurso diferente Nas decis es sobre a educa o escolar de deficientes imperioso ter em mente que a crian a n o pode ser vista como um centro de fracassos escolares Mazzotta 1986 38 A educa o integrada e a reabilita o de base comunit ria surgiram como formas complementares de apoio m tuo destinadas a apoiar os indiv duos com NEE tendo por base os princ pios de inclus o integra o e participa o com vista promo o da igualdade de acesso escola de todos os alunos numa perspectiva de Educa o para Todos 145 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS No entanto ap s a aprova o da Declara o de Salamanca em 1994 UNESCO 1994 foram apresentadas novas formas de interven o junto de crian as com problemas graves de aprendizagem come ando a dar se mais aten o s necessidades educativas das crian as e sua nor
317. eitura no ditado etc 3 Dificuldades visuo motoras Neste n vel surgem problemas relacionados com a lateralidade que acontecem quando h falhas na consciencializa o interna do lado direito e do lado esquerdo do corpo e das suas diferen as e dificuldades de coordena o visuo motora que surgem quando os olhos n o funcionam como instrumento projectivo para determinar a dist ncia e a direc o no espa o relativamente m o Estes problemas t m reflexos na direccionalidade nas actividades de papel e l pis relacionadas com escrever copiar ou determinar onde come ar parar e mudar de direc o nas actividades de escrita 4 Dificuldades na velocidade perceptiva A este nivel podem sutgir dificuldades em responder rapidamente a um est mulo auditivo ou visual o que se vai reflectir na demora em visionar palavras n meros imagens ou figuras em indicar o nome do que visto e em responder a um coment rio a uma orienta o ou a uma instru o 5 Dificuldades de sequencializa o Neste campo podem surgir dificuldades em atender sequ ncia daquilo que visto ou ouvido o que se pode reflectir se na falta de respeito ordem das palavras na frase e consequentemente na falta de compreens o do que est a ser dito e ou em dificuldades na resolu o de opera es aritm ticas que seguem uma sequ ncia 6 Dificuldades nas modalidades perceptivas Estes problemas est o relacionadas com a modalidade perceptiva pre
318. elacionados com a Tecnologia Educativa Imagem e Percep o Visual Programas Interactivos Educa o Especial necessidades educativas especiais NEE e dificuldades de aprendizagem DA tendo ainda sido aprofundados aspectos te ricos relativos percep o visual leitura de imagens utiliza o da imagem em contexto educativo em especial no processo de ensino aprendizagem dos alunos com DA tendo se em conta os seus problemas de aten o compreens o orienta o espacio temporal etc Toda a recolha bibliogr fica foi feita nas v rias Bibliotecas da Universidade do Minho e noutras bibliotecas do pa s tais como a Biblioteca da Faculdade de Motricidade Humana a Biblioteca da Universidade do Porto a Biblioteca do Instituto de Reabilita o e a Mediateca do Instituto de Educa o e Psicologia da UM Al m disso foram utilizadas muitas obras e artigos existentes nas estantes da investigadora recolhidos ao longo de v rios anos 2 Entrevistas realizadas em institui es p blicas e privadas Foram realizadas entrevistas e encontros formais em Escolas Universidades e outros Servi os Oficiais com diversas individualidades especializadas nos assuntos relacionados com o tema do estudo Encontros com especialistas nacionais nas reas da Imagem e das Dificuldades de Aprendizagem que forneceram apoios preciosos para o desenvolvimento da investiga o te rica e da investiga o experimental Estes contactos foram realizados
319. elemento mais importante e indispens vel experi ncia visual al m de tamb m influenciar a tonalidade Em cada altera o das vari veis f sicas do comprimento de onda e da intensidade dessa mancha homog nea de luz observamos mudan as de tonalidade crom tica de satura o e de brilho Por isso os objectos e o mundo envolvente s afectam o nosso sistema sensorial atrav s do dispositivo ptico de uma forma indirecta Dondis 1988 1973 H ainda outras estruturas relacionadas com o acto de ver Hochberg 1966 1964 1 A rea de projec o visual no c rebro que recebe os impulsos neuronais provenientes da retina mas preserva as rela es espaciais gerais 3 2 4 rea de associa o visual no c rebro dado que a actividade neuronal se difunde a partir da rea de projec o 83 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 3 O sistema culo motor que um conjunto de m sculos internamente coordenados que movem os olhos e permitem que estes invadam toda a rea do dispositivo ptico Portanto o que vemos n o a projec o retiniana dos objectos tal como eles s o na realidade Assim n o suficiente medir as sensa es pois vemos de forma din mica e esses objectos s o sempre est mulos que modelam a informa o que criamos no c rebro e que permitem a percep o do objecto Consequentemente ver compreender Arnheim 1988 1974 Podemos afirmar que a vis o ainda uma experi ncia
320. em representada desde o s c XIX pelo inatismo que considera que v rios aspectos da experi ncia perceptiva s o intr nsecos nossa natureza isto t m otigem em caracter sticas inatas do esp rito humano 2 e n o dependem da aprendizagem As ra zes desta corrente remontam a Plat o 428 347 a C que considera o mundo dividido em duas partes o mundo das ideias onde tudo constante e real e o mundo f sico em que vivemos onde o fluxo constante e a realidade relativa Deste modo recusa um conhecimento baseado no mundo sens vel por este apenas nos poder dar opini es mut veis e ilus rias Segundo ele o verdadeiro conhecimento baseia se em ideias eternas que existem num mundo separado das coisas sens veis que s o apenas imita es mais ou menos perfeitas das ideias Todos os seres humanos quando nascem j possuem muitas 31 A infer ncia inconsciente baseada numa regra aprendida por exemplo no que respeita const ncia do tamanho que a regra segundo a qual os objectos mais distantes produzem sensa es retinianas mais pequenas 32 Ou seja usando uma terminologia mais actual do c rebro 93 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA destas ideias 3 A parte central da filosofia de Plat o consequentemente a teoria das formas ou o mundo das ideias pois s essas ideias formas s o constantes e reais 4 Assim atrav s da raz o que atingimos o conhecimento das formas pois ideias e formas s o
321. em se usada convenientemente permite a abordagem de conceitos de forma apelativa estimulando a coopera o possibilitando assim uma melhor compreens o e facilitando a aquisi o de conhecimentos Lencastre amp Chaves 2003 Nesta ordem de ideias o aluno ao fazer a an lise da imagem dever ter em aten o as principais caracter sticas da imagem 1 A sua materialidade e a sua dimens o verificando se bidimensional ou tridimensional natutal ou criada real ou virtual 2 O seu processo de elabora o tendo em conta as ferramentas utilizadas para elaborar a imagem humana mec nica e ou inform tica 3 A sua mat ria de express o que tem em conta a organiza o interna da imagem contraste semelhan a cor linha efeitos de escala etc 4 As snas fun es ic nicas que correspondem s rela es criadas entre a imagem e o seu objecto de representa o e se subdividem em Fun o representativa quando se pretende que a imagem seja uma c pia fiel da realidade que representa Fun o simb lica quando existe a transfer ncia de uma imagem para um significado abstracto Fun o convencional quando a rela o entre imagem e aquilo que ela representa se baseia apenas numa conven o social Villafa e 1992 considera v rios graus de iconicidade que descrevem as sucessivas rela es de semelhan a entre a imagem natural e a imagem n o representativa de que o quadro qu
322. em especialistas nas reas da percep o visual e das dificuldades de aprendizagem 5 interac o com os usu rios Procurou se aproveitar ao m ximo as potencialidades da ferramenta escolhida OPowerPoint para a produ o do documento tendo se recorrido ao uso de bot es interactivos integrados nos elementos visuais e nas zonas mais acess veis Isto porque a forma como se gerem as interac es com os usu rios determinar o em grande parte a sua facilidade de uso e a sua aceitabilidade Boix 1983 6 originalidade e uso de tecnologia avan ada O documento que se criou e desenvolveu original e motivador tanto pela qualidade dos elementos audiovisuais como pela sua capacidade interactiva motivadora e bem diferenciada dos recursos did cticos mais frequentes tendo se utilizado al m do O PowerPoint um programa de desenho O Paint onde podem ser realizados os desenhos nos m dulos de coordena o culo manual c pia rela es espaciais e velocidade visual motora ao qual se acede atrav s de bot es inseridos nos ecr s que constituem esses m dulos Procurou se usar este tipo de tecnologia porque os programas educativos devem apresentar aspectos originais bem diferenciados de outros materiais did cticos e que utilizem as crescentes potencialidades do computador justapondo dois ou mais sistemas simb licos de maneira que o computador resulte intrinsecamente potenciador do processo de aprendizagem favore a
323. em grandes preenchimentos e pormenores para permitir uma boa percep o das mesmas por parte dos alunos Foram ainda usadas imagens seleccionadas com base em conte dos adequados ao grupo et rio e escolar e s dificuldades dos alunos com DA 4 Os dados que se deseja obter da crian a pelo que se pensou utilizar um programa que permitisse a hiper liga o a outro que possibilitasse o desenho bem como a inser o de bot es visuais de encaminhamento e de bot es com elementos sonoros Assim foram inseridos bot es ocultos ou camuflados nas figuras mais esclarecedoras que ao serem pressionados pelo rato indicassem se a resposta estava certa som de palmas ou errada som de vidros partidos bot es de som e nos itens em que se torna necess rio aceder a um programa de desenho o bot o est oculto no local em que teria de desenhar ou inserido nas imagens que apontam para o acesso ao referido programa de desenho sendo apenas necess rio pressionar com o rato Ap s se ter decidido o modo de realiza o do documento interactivo iniciou se o desenvolvimento do programa sendo feitos os ajustes necess rios medida que se ia testando sendo eliminados ou corrigidos De in cio foram utilizados os gui es do PTPV 212 o tipo de letra deve ser o mesmo em todo o texto devendo manter se o mesmo tamanho tipo e espa o entre linhas ao longo de todo o texto excepto em coisas que se deseja salientar pois embora
324. em haver preocupa o com as altera es fisiol gicas subjacentes ao comportamento desajustado Enfase na avalia o A avalia o frequente e cont nua dos comportamentos a modificar faz parte essencial da terapia pois s assim ser poss vel verificar se os m todos utilizados est o a ser eficazes ou se h necessidade de os modificar ou ajustar Lahey amp Johnson 1978 cit Casas 1994 Um dos autores mais conceituados desta fase Casas 1994 que faz refer ncia a uma abordagem comportamentalista que considera apresentar mais aspectos positivos que negativos salientando os tr s aspectos positivos mais importantes Delimita o clara dos objectivos comportamentais que se pretende que a crian a alcance Preocupa o em decompor as tarefas complexas em subcategorias considerando ser fundamental que a aprendizagem se fa a de forma hier rquica mas de modo sequencial do mais simples para o mais complexo Avalia o do programa de forma cont nua e pontual pata que a aplica o de t cnicas se fa a a partir da compara o entre a situa o actual do indiv duo e os dados recolhidos antes da fase de interven o Torgesen 1991 tamb m considera que os resultados da investiga o realizada neste quadro te rico s o bastante animadores e eficazes para a recupera o de casos patticulares 2 Processamento da Informa o O processamento da informa o de acordo com Kirby amp Williams 19
325. em que o sujeito vai interiorizando de forma progressiva as opera es mentais realizadas num primeiro momento a n vel interpessoal Vygotsky 1962 Esta apropria o pode ser facilitada atrav s de experi ncias de aprendizagem mediatizada isto de situa es em que o adulto serve de mediador nas interac es sujeito objecto atrav s das facilidades que cria na estrutura o dos est mulos na sua sequencializa o e orienta o Douet 1990 Por isso grande parte dos exerc cios propostos nos programas de treino utilizam a imagem como ponto de partida ou como suporte de uma dada situa o problema Dias 1995 1999 o que se pode verificar ao analisar alguns destes programas o Instrumental Enrichment Program Feuerstein 1980 o Intelligence Applied Sternberg 1986 e o Programa de Promo o Cognitiva cit Almeida amp Morais 1990 Na nota introdut ria do Programa de Promo o Cognitiva podemos ler que do ponto de vista te rico ele se identifica com o modelo da Teoria do Processamento da Informa o e com a An lise Componencial da Intelig ncia proposta por Sternberg 185por metacogni o deve entender se a consci ncia das tarefas a sequencializa o das fases e o pr prio controlo que o sujeito exerce ao longo da sua realiza o cognitiva Mayer 1987 325 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEPC O VISUAL 1986 Todas as
326. emas de sintaxe liga o de fonemas compreens o da linguagem mem ria discrimina o auditiva e nomea o Lyon et al 1982 e dislexia relacionada com dist rbios eid ticos que correspondem a dificuldades em unir os fonemas e em ler globalmente a palavra Boder 1973 No entanto a maior parte das crian as com transtornos importantes de leitura apresenta v rios tipos de dislexia em simult neo mesmo quando uma delas constitua o problema principal McGrady 1972 cit Fonseca 1984 4 1 5 2 A Disgrafia A Disgrafia um problema relacionado com dificuldades na escrita pois tem a ver com uma esctita deficiente embora n o seja poss vel dar se uma explicac o neurol gica ou intelectual 72 para o seu aparecimento Ajuriaguerra 1974 Monedero 1989 O termo Disgrafia usado para designar problemas de escrita relacionados com dificuldades nos aspectos l xicos Monedero 1989 Por exemplo quando se escreve a lista das compras que s o palavras soltas est a converter se uma cadeia fonol gica nos grafemas que a representam partindo se do significado que se quer expressar e escolhendo se a palavra que serve para designar esse conceito A partir daqui usam se os mecanismos espec ficos da escrita para se encontrar a forma ortogr fica adequada As primeiras dificuldades que a crian a encontra ao escrever est o relacionadas com o deficiente manejo da motricidade e com uma deficiente capacidade em traduzir as represe
327. ematizar o Desenho Experimental do estudo conforme pode observar se no Quadro 6 3 219 para vetificar a estabilidade ou a perman ncia dos efeitos do tratamento 374 METODOLOGIA Quadro 6 3 Esquema do Desenho Experimental 375 METODOLOGIA 376 METODOLOGIA 6 2 Descri o do Estudo De acordo com o afirmado em cap tulos precedentes a import ncia deste estudo pode justificar se pelo facto de haver dados emp ricos que permitem concluir que os alunos com baixo desempenho nos dispositivos perceptivo motores t m tamb m problemas perceptivo motores que podem contribuir para causar problemas de aprendizagem O estudo experimental conforme j foi referido foi realizado com 57 alunos do 1 ano do Ensino B sico de 15 escolas do concelho de Braga 9 rurais e 6 urbanas que apresentam ao mesmo tempo Problemas de Percep o Visual PV e Dificuldades de Aprendizagem DA Com esta amostra foram constitu dos dois grupos experimentais GE1 e GE2 que foram sujeitos ao programa de interven o ou seja fizeram treino de desenvolvimento da PV com o programa de treino da percep o visual PTPV criado para o efeito e realizado em duas modalidades diferentes uma tradicional e outra interactiva e um grupo de controlo GC que n o foi sujeito ao programa de interven o mas que comum aos dois Em seguida s o caracterizados os tr s grupos do estudo 1 O GE1 grupo experimental 1
328. emente de leitura de imagens Neste sentido as crian as com DA s o o alvo preferencial do estudo por necessitarem de um acompanhamento escolar muito cuidadoso desde a individualiza o do ensino ao recurso a m todos e meios espec ficos diversificados e apresentarem durante a vida escolar problemas de v ria ordem tais como lentid o na aprendizagem problemas nas aquisi es da leitura e da escrita na aritm tica na memoriza o na aten o e na percep o auditiva e visual 22 INTRODU O Sendo o desenvolvimento perceptivo anterior ao conceptual grande parte da aprendizagem processa se visualmente Frostig 1963 pelo que o recurso Imagem no trabalho com DA se tem revelado proveitoso permitindo que os alunos apreendam e memotizem mais facilmente e com melhor compreens o muitos dos conceitos a aprender principalmente os mais abstractos Dias 1995 1996 1999 Assim o desenvolvimento das capacidades de percep o visual tem de processar se com normalidade e a um ritmo adequado logo que a crian a come a a ter contacto com o mundo circundante e a percepcionar a cor e a forma Estas opera es s o ainda importantes para o desenvolvimento da intelig ncia infantil podendo referir se por exemplo que a leitura de imagens em sequ ncia ajuda a crian a a criar uma boa orienta o espacio temporal Escarpit 1972 De um modo geral as diferentes compet ncias de percep o visual devem ser treina
329. empor neas da educa o Lisboa Instituto Piaget Bijou S W 1970 What Psychology has to offer Education Now Journal Applied Bebaviour Analysis 3 65 71 Birch J W 1974 Mainstreaming Educable Mentally Retarded Children in Regular Classes Reston Virginia The Council for Exceptional Children Bloom B S 1981 AW our Children Learning A Primer for Parents Teachers and other Educators New York McGraw Hill Bloom B S Masie B amp Krathwohl D 1956 Taxonomy of Educational Objectives The Classification of Educational Goals New York David McKay Co Bloom B S Masie B amp Krathwohl D 1964 Taxonomy of Educational Objectives The Classification of Educational Goals volume 2 New York David McKay 432 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Boder E 1973 Developmental Dyslexia A diagnostic approach based on three atypical reading spelling patterns Developmental Medicine and Child Neurology 15 663 687 Boyle T 1997 Design for Multimedia Learning London Prentice Hall Boix M 1983 Escala de Valoraci n de Software Educativo In Ferrer A M amp Alcantud F 1995 La Tecnologia de la Informaci n en el Medio Escolar Valencia Ediciones Nau Bourrissoux J L amp Pepel P 1992 Enseigner avec l audiovisuel Paris Les ditions d Organisation Brennan W K 1988 El Curr culo para Ni os con Necesidades Especiales Madrid Siglo XXI Bresson F 1981 Comp ten
330. en as entre o mundo rea e o mundo percebido atrav s da observa o normal e sem ajudas pois aquilo que observamos nunca est em correspond ncia exacta com a situa o f sica sendo alguns aspectos omitidos outros acrescentados e outros adulterados E por isso que existem as 90 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA ilus es de ptica que aparecem quando as observa es feitas com o aux lio de instrumentos f sicos produzem resultados diferentes dos obtidos sem o recurso a tais instrumentos A maior parte das qualidades do mundo que percebemos est o muito pouco relacionadas com as medi es f sicas a que damos os mesmos nomes Hochberg 1966 1964 Recorde se que ver o mundo real ver as propriedades dos objectos distais a sua cor forma e localiza o o seu movimento atrav s do espa o a sua perman ncia ou a sua transitoriedade No entanto n o podemos ter experi ncia directa do est mulo distal pois toda a informa o acerca do mundo exterior tem origem na configura o do est mulo diss tes i proximal que os objectos distais projectam sobre os nossos sentidos Por isso a sua imagem retiniana torna se maior ou menor conforme a dist ncia a que se encontra a sua forma retiniana modifica se conforme a sua inclina o e a quantidade de luz que projecta na retina aumenta ou diminui conforme a ilumina o que incide sobre ele Gleitman 1999 Neste sentido pode afirmar se que
331. endizagem apresentam diferen as significativas no desempenho perceptivo quando submetidos a um Programa de Treino da Percep o Visual relativamente a alunos com as mesmas caracter sticas que n o fazem treino da Percep o Visual Hip tese 3 Os ganhos obtidos pelos alunos com o treino da PV mant m se ap s o tratamento e s o superiores a m dio prazo relativamente aos que n o fazem treino 28 INTRODU O 4 Defini o de Termos e Conceitos A Association for Educational Communications and Technology AECT considera a Tecnologia Educativa como um processo complexo e integrado que envolve pessoas processos ideias e uma organiza o destinada a analisar problemas e formas de conceber implementar avaliar e gerir solu es para as quest es relacionadas com a aprendizagem humana AECT 1996 1977 Assim a Tecnologia Educativa institui se como um dom nio nas Ci ncias da Educa o e um dos conceitos mais pluralistas do campo educativo uma vez que ao ser aceite a concep o da tecnologia educativa TE como uma parcela da tecnologia em geral que aplica as suas leis e princ pios ao campo educativo abrimos TE um vasto campo no dom nio de estudo Silva et al 1998 239 De acordo com Chaves amp Dias 1993 6 a defini o de TE constru da em ordem ao desenvolvimento da aprendizagem humana numa perspectiva sist mica e permite a defini o de subsistemas de entre
332. endo considerar se v rios est dios que por vezes se sobrep em Lerner 1989 1 Fase da escrita pr fon tica 1 ano aos 7 anos Nesta fase as crian as pintam riscam fazem gatafunhos tentam desenhar objectos fingem escrever cartas fazem algumas letras escrevem o seu nome e uma ou outra palavra mas sem preocupa o em fazer corresponder os grafismos aos fonemas 2 Fase do uso dos nomes das letras e in cio de estrat gias fon ticas 5 aos 9 anos As crian as come am a tentar representar fonemas por meio de letras e a escrever alavras embora sua maneita No final desta fase j copiam e s o capazes de reproduzir 5 palavras correctamente 3 Fase da utiliza o de palavras escritas 6 aos 12 anos Em que as letras come am a ser usadas para escrever palavras procurando a crian a torn las leg veis pronunci veis e reconhec veis utilizando j regras ortogr ficas e escrevendo correctamente grande quantidade de palavras 4 Fase do uso de jun es sil bicas e de palavras polissil bicas 8 aos 12 anos Em que o aluno j consegue escrever palavras longas e dif ceis e separar as s labas aplicando as regras ortogr ficas que aprendeu 5 Fase do desenvolvimento de uma escrita madura 10 anos at idade adulta Esta a fase em que j h compet ncias para se escrever o que se quer come am a aparecer v rios estilos de escrita e recorre se ao dicion rio para corrigir a escrita de alguma pala
333. ent Printing Office Cloutier J 1975 L re d Emerec ou la communication andio scripto visuelle 2 edi o Montteal Les Presses de l Universit de Montreal Cognition and Technology Group at Vanderbilt CGTV 1993 Anchored instruction and situated cognition revisited Educational Technology 33 3 52 70 Cohen L amp Manion L 1990 M todos de investigaci n educativa Madrid Editorial La Muralla Collins J Hammond M amp Wellington J 1997 Teaching and learning with Multimedia London Routledge Cooper P A 1993 Paradigm Shifts in Designed Instruction From Behaviourism to Cognitivism to Constructivism Educational Technology 33 5 12 20 Coplin J W amp Morgan S B 1988 Learning Disabilities A multidimensional perspective Jornal of Learning Disabilities 21 10 614 622 Correia L M 1991 Dificuldades de Aprendizagem Contributos para a Clarifica o e Unifica o de Conceitos Porto Associa o dos Psic logos Portugueses Correia L M 1997 Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas Classes Regulares Porto Porto Editora Correia L M amp Serrano A M 2002 Envolvimento parental em interven o precoce das pr ticas centradas na crian a s pr ticas centradas na fam lia Porto Porto Editora Cosme A amp Trindade R 2001 rea de Estudo Acompanhado O essencial para Ensinar a Aprender Porto Edi es ASA Coutinho C P
334. ente a ideia de um estudo emp rico desta natureza relacionado com problemas de percep o visual parecia demasiado arrojada pois partia se quase do nada facto que obrigou a uma investiga o te rica muito mais aprofundada e realiza o de um estudo emp rico com poucos pontos de refer ncia na literatura Este trabalho foi desenvolvido com base em conceitos de Tecnologia Educativa TE actuais que facilitam a elabora o de instrumentos de treino agrad veis f ceis de utilizar e interactivos em que a Imagem particularmente a imagem din mica funciona como um elemento fundamental facilitando assim uma melhoria das aprendizagens dos alunos com Dificuldades de Aprendizagem DA O presente estudo pretende contribuir para uma melhoria das capacidades de percep o visual dos alunos com DA partindo se de uma investiga o te rica aprofundada sobre as capacidades de Percep o Visual PV destes alunos e sobre o uso de programas de treino da percep o visual na melhoria das diferentes compet ncias de PV Toda a pesquisa sobre TE imagem visual percep o e aprendizagem feita numa abordagem multidisciplinar dado serem distintas as origens e a natureza dos campos de conhecimento envolvidos Pretende se ainda dar resposta a quest es que s o formuladas a todo o momento relativamente aos problemas de aprendizagem dos alunos com DA que s o grande parte das vezes derivados de dificuldades de PV e consequent
335. ente actividades e participa o De facto a introdu o na nova classifica o dos factores ambientais quer em termos de barreiras como de elementos facilitadores da participa o social assumem um papel relevante dado que premissa fundamental do modelo social o reconhecimento da influ ncia do meio ambiente como elemento facilitador ou como barreira no desenvolvimento funcionalidade e participa o da pessoa com incapacidade Esta nova abordagem implica em termos de pol tica que se ptivilegiem as ac es e interven es direccionadas para a promo o de meios acess veis e geradores de compet ncias de atitudes sociais e pol ticas positivas que conduzam a oportunidades de participa o e a interac es positivas pessoa meio afastando se assim da perspectiva estritamente reabilitativa e de tratamento da pessoa Tanto no sector da sa de como noutros sectores que necessitam de avaliar o estatuto funcional das pessoas como o caso da seguran a social do emprego da educa o e dos transportes entre outros a CIF pode desempenhar um papel importante As defini es de incapacidade de mbito legislativo e regulamentar t m de ser consistentes e fundamentarem se num modelo nico e coerente sobre o processo que origina a incapacidade Nesta perspectiva todos os esfor os dever o ser empreendidos a diferentes n veis para a adop o do termo incapacidade enquanto termo gen rico que engloba os 169 A
336. ente que incluem a surdez a cegueira a multi defici ncia e a defici ncia mental e que correspondem a 79 do total de alunos a apoiar pelo ensino especial Assim de um total de 56646 alunos com apoio educativo 44640 s o alunos com NEE de car cter prolongado e 12006 s o alunos com outras NEE cit Lopes 2007 2 1 1 1 Declara o de Salamanca A Declara o de Salamanca Confer ncia Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais Acesso e Qualidade 1994 tornou se um marco muito importante na educa o especial levando a mudan as significativas no modo de actuar com os alunos com NEE As suas inten es foram integralmente aceites pelos pa ses participantes no encontro conduzindo inclus o dos alunos com NEE nas escolas p blicas das localidades onde residem e publica o nos v rios pa ses de documentos normativos para regular toda a actividade dos apoios educativos indispens veis boa integra o destes alunos nas escolas Nesta Confer ncia foram definidos dois objectivos principais 1 Promover a Educa o para Todos 149 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS 2 Preconizar as mudan as fundamentais para o desenvolvimento da educa o inclusiva de modo a permitir que as escolas possam atender todas as crian as incluindo as que t m NEE Assim na base de todos os documentos produzidos est o princ pio da inclus o que prop e a inser o de todas as crian as e jovens numa
337. entificar criar e compreender as mensagens visuais dentro de um acordo de significa es pr prio de qualquer gram tica Toda a alfabetidade visual implica uma maior intelig ncia visual que tem a ver com uma maior compreens o de todos os significados que as for as visuais apresentam Dondis 1973 1988 EA IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA imagem possui ainda uma organiza o sint ctica que se expressa atrav s da sua composi o ou da sua apresenta o final dado que a estrutura geral duma imagem modela a estrutura do seu referente na realidade de acordo com o espa o e o tempo reais que na imagem s o o resultado de uma selec o que corresponde terceira estrutura ic nica A estrutura o sintaxe da imagem n o tem car cter prescritivo n o tendo fei o absoluta pois o significado da mensagem visual naturalmente poliss mico sobretudo se comparado com a linguagem verbal Al m disso uma frase visual tem in meras variantes poss veis Dondis 1973 O significado de uma imagem vis vel atrav s da express o ic nica pelo que nos podemos questionar se existem diferen as entre um significado verific vel numa frase visual e um significado apresentado numa proposta escrita ou ainda at que ponto o significado de um objecto visual est determinado por formas culturais convencionais da percep o da realidade tal como acontece com as t cnicas que dominam as rela es do produto cultural
338. ento n o publicada Universidade do Minho Braga 433 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Carvalho A A 1999 Os Hiperm dia em Contexto Educativo Aplica o e valida o da Teoria da Flexibilidade Cognitiva Braga Centro de Estudos de Educa o e Psicologia Instituto de Educa o e Psicologia Universidade do Minho Carvalho A A 2005 Como olhar criticamente o software educativo multim dia Cadernos SACAUSEF Sistema de Avalia o Certifica o e Apoio Utiliza o de Software para a Educa o e a Forma o Utiliza o e Avalia o de Software Educativo Minist rio da Educa o n mero 1 69 82 85 86 Casas S M 1987 Did ctica del V deo Barcelona Editorial Alta Fulla Casas A M 1988 Dificultades en el Aprendizaje de la Lectura Escrita y C lculo Valencia Promolibro Casas A M 1994 Introduccion a las dificultades en el aprendizaje Valencia Promolibro Chalfant J amp Scheffelin M 1969 Task Force III Central processing dysfunctions in children A review of research Bethesda MD U S Department of Health Education and Welfare Chall J S 1987 Developing Literacy in Children and Adults In G A Wagner Ed The Future of Literacy in a Changing World Oxford Pergamon Press Chaui M S 2000 Convite Filosofia S Paulo Edic es tica Chaves J H Coord 1998 Mestrado em Educa o rea de Especializa o em Tecnologia Educativa resumo das disse
339. envolvidas na tarefa do que com o tipo de percep o visual envolvida 6 4 2 Escala de Identifica o de Dificuldades de Aprendizagem de Myklebust 1954 adaptada por V tor da Fonseca 1984 Tendo por finalidade analisar as dificuldades de aprendizagem dos alunos que apresentaram problemas de percep o visual para se fazer a selec o da amostra foi utilizada a Escala de Identifica o de Dificuldades de Aprendizagem EIDA uma escala que permite detectar crian as com problemas e dificuldades de aprendizagem mas que 395 METODOLOGIA n o pode ser considerada como indicador de um potencial b sico intelectual baixo nem como um indicativo de falta de oportunidade cultural Fonseca 1984 p 267 Assim as dificuldades dos alunos foram identificadas tendo em aten o cinco reas de comportamento todas elas relacionadas com factores de aprendizagem compreens o auditiva linguagem falada orienta o espacial coordena o motora e comportamento pessoal e social conforme se pode verificar no quadro 6 6 1 Compreens o auditiva input Compreens o verbal 2 Linguagem falada output 3 Orienta o input Compreens o n o verbal 4 Coordena o motora output 5 Comportamento pessoal e social output Quadro 6 6 reas de comportamento abrangidas pela EIDA Fonseca 1984 272 A EIDA uma aplica o pedag gica fundamental para utilizar no primeiro ciclo do ensino b
340. ep o visual e em que h introdu o de algumas altera es face edi o apresentada por Frostig et al 1964 Esta aplica o do DTVP 2 constitui o Pr teste 2 A aplica o do DTVP 2 foi feita de forma individual tendo sido testados 445 alunos do 1 ano do Ensino B sico de 15 escolas do concelho de Braga 6 urbanas e 9 rurais O teste foi aplicado nas escolas que os alunos frequentavam num local sossegado e em que existia uma mesa de trabalho Antes de iniciado o teste foram realizadas entrevistas n o estruturadas com cada um dos alunos do estudo no sentido de os desinibir e obter dados importantes para nos facilitar a caracteriza o e contextualiza o da amostra data de nascimento naturalidade profiss o dos pais se frequentaram ou n o o Jardim de Inf ncia se frequentavam o ATL etc 3 A correc o dos testes aplicados aos alunos foi outro aspecto importante tendo havido o maior rigor na correc o dos mesmos a fim de se determinar com exactid o as pontua es obtidas nos v rios scores e se poderem preencher devidamente as grelhas indicadas pelos autores do teste de acordo com as instru es de correc o anexadas ao mesmo pata se proceder posteriormente contagem de pontua es 5 4 Feita a an lise estat stica dos resultados a an lise da caracteriza o escolar dos alunos sujeitos ao teste e o preenchimento da Escala de Identifica o de Dificuldades de Aprendizagem EIDA de Myklebust 1
341. eparado para armazenamento no centro da mem ria visual do c rebro Ensino do reconhecimento das palavras atrav s da soletra o em voz alta da palavra impressa de modo a que a crian a usasse a parte da mem ria de sons de letras que estava intacta Exercitar a palavra verbalmente e por escrito para facilitar o seu armazenamento Deste modo ao analisar a correspond ncia palavra som a crian a come a a aprender a reconhec la como uma entidade visual nica Orton 1928 cit Kirk et al 1993 foi tamb m muito importante neste per odo porque rejeitou a teoria da localiza o cerebral das v rias leituras proposta por Hinshelwood e adoptou uma perspectiva funcional do problema passando a tratar as dificuldades severas de leitura numa perspectiva lingu stica 81 Isto foi poss vel a partir da verifica o de que essas fun es eram recuperadas separadamente em adultos que tinham sofrido uma les o cerebral 201 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Assim se um hemisf rio cerebral n o estabelece uma domin ncia sobre o outro haver dificuldades de leitura pois todas as pessoas t m um hemisf rio cerebral dominante e quando n o existe esta domin ncia as pessoas t m dificuldades de leitura trocam as letras e palavras e ou apresentam gaguez Este autor defende ainda ser poss vel que as crian as com dificuldades de leitura acompanhadas de problemas na fala dificuldades de es
342. er os elementos presentes e as rela es que se estabelecem entre eles 2 Fase da Leitura Subjectiva Esta fase baseia se nas conota es e nas suas potencialidades interpretativas da imagem sendo o leitor quem realiza a integra o da problem tica da verdade no discurso visual embora essa an lise funcione como verdadeira marca sint ctico sem ntica Assim atrav s dela que o leitor pode estabelecer hip teses relacionadas com o seu plano referencial Para se chegar ao conhecimento ainda fundamental que a coer ncia discursiva em rela o imagem ultrapasse a dimens o perceptiva pois atrav s do predom nio do c digo de semelhan a perceptiva que se d um contrato enunciativo em que participam ambos os p los da comunica o Consequentemente pode dizer se que todo o texto visual constitu do por um sistema de express o e por um sistema de conte do embora ambos sejam insepar veis Vilches 1992 A estrutura o sintaxe da imagem n o tem car cter prescritivo nem fei o absoluta pois o significado da mensagem visual naturalmente poliss mico sobretudo se comparado com a linguagem verbal porque uma frase visual tem in meras variantes poss veis Dondis 1973 1988 Nesta ordem de ideias Villafafie 1992 considera que a leitura de imagens se faz a partir das principais caracter sticas da linguagem visual 1 Complexidade visto que na linguagem visual h um n mero quase ilimitado de
343. ercebemos todas as coisas como dotadas de figura dimens es altura largura comprimento e grandeza ou seja como realidades espaciais Os conte dos s o enviados pela sensibilidade ao entendimento que por sua vez organiza as percep es Novamente o conte do oferecido pela experi ncia sob a forma do espa o e do tempo e a raz o atrav s do entendimento organiza esses conte dos emp ricos transformando as percep es em conhecimentos intelectuais ou conceitos Chaui 2000 No in cio do s c XX surgem os te ricos da Forma Gestaltismo que defendem cada vez mais este ponto de vista afirmando que o c rebro tem uma capacidade sempre inata para organizar o est mulo visual segundo leis universais e eternas Aumont 1993 1990 Mas a partir de 1950 com os trabalhos de James Gibson e da sua escola que esta abordagem voltou actualidade sob o nome de teoria psicofisicd e mais tarde de teoria ecol gica da percep o visual Aumont 1993 1990 54 A teoria de Gibson 1966 considera as transforma es de projec o retiniana como um todo indissoci vel e n o analis vel pelo que as caracter sticas essenciais de um objecto tais como o seu tamanho a sua forma e a dist ncia a que se encontra s o marcados por v rios padr es de estimula o de ordem superior aos quais o organismo sens vel Por exemplo a percep o do tamanho directamente apreendida pois o est mulo para perceber
344. ercep o 98 Para melhorar estes aspectos criou programas de reeduca o com base em t cnicas perceptivo motoras 212 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Visual Coordena o Visual Motora Discrimina o Figura fundo Const ncia da Forma Posi o no Espa o e Rela es Espaciais Por conseguinte Frostig 1963 considera que para se desenvolverem programas de interven o adequados n o suficiente a aplica o de testes que por si s n o determinam as caracter sticas e as necessidades educativas das crian as com problemas sendo fundamental ter tamb m em aten o o passado educacional o ambiente social os interesses as atitudes a personalidade as capacidades e as dificuldades das crian as a teeducat Juntamente com Horne Frostig desenvolveu ainda um programa de recupera o que al m de melhorar cada uma das cinco reas da percep o visual medidas pelo teste referido inclu a tamb m exerc cios de treino para a coordena o manual grossa e fina o esquema corporal e outras habilidades b sicas necess rias s tarefas visuo motoras e fundamentais no reconhecimento de palavras na leitura na escrita e na realiza o de outras actividades escolares Frostig amp Horne 1964 Casas 1994 3 2 3 Fase de Integra o 1963 1980 Nesta terceira fase h muitos autores dignos de realce sendo de salientar Kirk 1963 por ter sido o primeiro autor a utilizar a express o Dificul
345. ercep o linguagem motricidade e est relacionada com dois tipos de perturba es Bakker 1984 Perturba es de tipo L que est o relacionadas com os processos lingu sticos associados ao hemisf rio cerebral esquerdo Perturba es de tipo P que t m a ver com perturba es nos processos perceptivos associados ao hemisf rio cerebral direito Com base nos diferentes aspectos do desenvolvimento cognitivo as Dificuldades de Aprendizagem podem ainda agrupar se em quatro subgrupos Lyon 1985 140 Relacionadas com a compreens o ou denomina o de termos aritm ticos opera es ou conceitos de descodifica o de problemas escritos em s mbolos aritm ticos 141 Reconhecimento ou leitura de s mbolos num ricos ou sinais aritm ticos e associa o de objectos em grupos 142 Que interferem na c pia correcta de n meros ou figuras no recordar do e vai um e na observa o dos sinais de opera o 251 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Perturba es da linguagem relacionadas com as reas secund rias de associa o do l bulo temporal esquerdo Perturba es visuo espaciais que resultam de problemas na regi o parietoccipital direita Perturba es na sequencializa o auditiva relacionadas com dist rbios na rea temporoparietal esquerda e no op rculo esquerdo do c rebro Perturba es mistas que incluem a linguagem e as fun es visuo espaciais e s o
346. eriormente a Educa o Especial sofreu grande evolu o nos ltimos anos passando a existir uma nova concep o do conceito Assim de salientar o conceito de necessidades educativas especiais NEE que foi introduzido oficialmente em Portugal atrav s do Decreto Lei n 319 91 de 23 de Agosto A express o necessidades educativas especiais surge a partir de uma evolu o dos conceitos utilizados antes da defini o do Warnock Report Warnock 1978 que inspirou a nova Lei da Educa o de 1981 na Gra Bretanha Deste modo a express o Educa o Especial vem dar resposta ao principio da progressiva democratiza o das sociedades reflectindo o defendido pela filosofia da integra o que entende que todos os alunos devem ter igualdade de direitos n o devendo haver discrimina o por motivos de ra a religi o opini o caracter sticas intelectuais ou f sicas Correia 1997 O conceito de necessidades educativas especiais NEE um conceito chave porque permite concluir que uma crian a requer medidas educativas especiais quando apresenta dificuldades espec ficas na aprendizagem Os alunos com NEE apresentam caracter sticas diferenciadas que s o agrupadas de acordo com o tipo de problema 1 Diferen as sensoriais problemas auditivos visuais ou de linguagem motoras e f sicas 2 Diferen as cognitivas defici ncia mental e dificuldades de aprendizagem 177 AS NECESSIDADES
347. ertas pessoas como o caso dos esquerdinos o centro da linguagem poderia ser o hemisf rio direito 9 a mo m 79 Perturba o que incide na express o e compreens o da linguagem 80 As afasias subdividiam se em afasia sensorial Wernicke afasia motora Broca anartria agrafia e alexia cit Fonseca 1984 200 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 2 Desordens da Linguagem Escrita Os problemas da linguagem esctita que est o muito relacionados com a leitura foram tamb m tratados por v rios autores desta fase Hinshelwood 1917 cit Correia 1991 foi o primeiro autor a realizar um estudo sistem tico sobre dificuldades espec ficas de leitura tendo feito estudos com adultos e crian as Assim descobriu que existiam localiza es cerebrais diferentes para a mem ria visual de tipo quotidiano para a mem ria visual de letras e pata a mem ria visual de palavras o que o levou a concluir que certos tipos de desordens cerebrais cong nitas podem causar na crian a um problema de leitura a que chama cegueira cong nita das palavras Este autor defendia que o c rebro era constitu do por centros cont guos separados que armazenam mem rias visuais n meros letras e palavras l Com base nestas conclus es Hinshelwood desenvolveu alguns m todos de reeduca o que permitiam o ensino da leitura a crian as que sofreram les o cerebral atrav s dos seguintes procedimentos Ensino das letras em s
348. es de Aprendizagem no que concerne aos processos que exigem uma boa percep o visual para a sua consecu o 427 CONCLUS ES GERAIS Tamb m a liga o entre teoria e pr tica permite a realiza o de uma leitura relevante para a interven o pedag gica e terap utica e esta por seu lado constitui um territ rio importante para a emerg ncia de quest es conceptuais a explorar empiricamente e para validar resultados da investiga o Os avan os das Ci ncias da Educa o decorrem tamb m deste cruzamento de explora es e saberes Uma aprecia o mais geral do trabalho realizado permite concluir que este se apresentou como um desafio que comporta duas fases Por um lado o estudo traz contributos inovadores para o dom nio da educa o dos alunos com dificuldades de aprendizagem DA e daqueles que n o tendo DA apresentam problemas de Percep o Visual Por outro lado o car cter inovador de um trabalho como este acarreta um conjunto de dificuldades limita es e interroga es que n o foi poss vel resolver na totalidade durante a realiza o do trabalho apesar de ter havido um grande empenhamento por parte de todos os intervenientes no estudo No entanto terminado o trabalho h plena consci ncia da import ncia do estudo agora terminado considerando se que um dos avan os do presente estudo est relacionado com a explora o de um territ rio pouco trabalhado e conhecido quer ao n vel da m
349. es e a actividade cerebral de leitores normais Deste modo conclui se que existem tantos tipos de 171 pacto verific vel atrav s do estudo de rvores geneal gicas ou da observa o de g meos disl xicos 297 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM dislexia quantas as les es existentes nos centros espec ficos do c rtex do hemisf rio esquerdo e no tecido cerebral cont guo Gaddes 1980 C Classifica es actnais centradas no mbito psicolingu stico que se baseiam na concep o de que os bons e os maus leitores se distinguem atrav s de uma s rie de aspectos relacionados com a execu o de certas tarefas lingu sticas Citoler 1996 Nesta ptica os problemas lingu sticos globais que conduzem dislexia podem agrupar se em duas categorias Mann 1991 1 Problemas no processamento da linguagem falada relacionados com problemas nas capacidades finas de percep o da fala que dificultam a distin o entre palavras muito semelhantes entre si problemas nas compet ncias de vocabnl rio que ocorrem principalmente quando se pretende um acesso r pido aos voc bulos pretendidos e se quer aceder rapidamente ao significado das palavras e problemas relacionados com a mem ria verbal de curto prazo que surgem quando n o se consegue aceder rapidamente informa o j processada enquanto se vai processando a nova que chega ao sistema ou quando n o se consegue detectar rapidamente a estrutura sint cti
350. esentam dificuldades em recordar o que viram ou ouvitam poucos segundos atr s mem ria de curto prazo n o se lembrando muitas vezes do nome dos fonemas apreendidos no mesmo dia ou no dia anterior Nesta ordem de ideias Kirk amp Chalfant 1984 consideram quatro categorias de mem ria 1 Mem ria de reconhecimento que surge quando se identifica alguma coisa no presente que j foi estudada ou experimentada Relativamente a este n vel os indiv duos com DA reconhecem menos itens previamente vistos 2 Mem ria de relembran a que surge quando se faz a reprodu o de um est mulo j experimentado na sua aus ncia Por isso indiv duos com problemas de leitura e soletra o t m tamb m dificuldades na aplica o de estrat gias eficientes que facilitem o relembrar 3 Mem ria significativa que corresponde a um processo que permite entender e reter informa o relacionando a com o que j se conhece Quando h d fices nesta rea surgem problemas no sistema conceptual 4 Mem ria mec nica que uma categoria que permite tratar a nova informa o como algo distinto e isolado sem estabelecer qualquer rela o ou significado o que pode levar ao aparecimento de problemas na soletra o ou na combina o de n meros Por outro lado Fonseca 1984 apresenta uma classifica o de mem ria relacionada com aspectos sens rio motores considerando tr s n veis de mem ria sensorio motora 1
351. espec fica e maiores recursos educativos que os necess rios para os restantes colegas da mesma idade Daqui derivam duas caracter sticas essenciais das NEE relacionadas com os d fices dos alunos 1 O seu car cter interactivo dado que as NEE t m uma origem eminentemente interactiva dependendo tanto das condi es pessoais do aluno como das caracter sticas do contexto em que se desenvolve 178 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS 2 A sua relatividade dado que as NEE n o podem ver se com car cter definitivo nem de forma determinante pois dependem essencialmente das particularidades do aluno num dado momento e em dado contexto escolar Jim nez 1991 O conceito de NEE tamb m se aplica a crian as e adolescentes com problemas sensoriais f sicos intelectuais e emocionais e com dificuldades de aprendizagem DA derivadas de factores org nicos ou ambientais Correia 1997 como se pode ver no quadro 2 1 Necessidades Educativas Especiais NEE Sensoriais F sicas Intelectuais Emocionais Dificuldades de Aprendizagem Quadro 2 1 Problemas associados s NEE Correia 1997 48 Nesta otdem de ideias pode afirmar se que os alunos com NEE apresentam durante o seu percurso escolar um problema de aprendizagem que exige uma aten o mais espec fica e uma gama de recursos educativos diferentes dos necess rios para os seus colegas da mesma idade Marchesi amp Mart n 1
352. esso educativo de todas as crian as e jovens a exist ncia de condi es nas escolas para a integra o s cio educativa dos alunos com NEE a promo o da qualidade educativa e a articula o das respostas a necessidades educativas com os recursos existentes noutras estruturas e servi os Neste despacho s o ainda definidas as fun es do Docente de Apoio que deve prestar apoio educativo escola no seu conjunto aos professores ao aluno e fam lia na organiza o e gest o dos recursos e medidas diferenciadas a introduzir no processo ensino aprendizagem colaborar com os rg os de gest o e coordena o pedag gica da escola e outros professores da escola na detec o de necessidades educativas espec ficas e na 62 Que dever o ser professores habilitados com forma o especializada 163 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS organiza o e incremento dos apoios educativos adequados na gest o flex vel dos curr culos e na sua adequa o s capacidades e aos interesses dos alunos contribuindo para a diversifica o de estrat gias e m todos educativos que promovam o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos com NEE e apoiar os alunos e respectivos professores no mbito da sua rea de especialidade nos termos definidos no projecto educativo de escola e participar na melhoria das condi es e do ambiente educativo da escola 8 Despacho n 752
353. est o relacionados com uma pedagogia inadequada elevada exig ncia dos programas escolares diferen as pessoais e pedag gicas Monedero 1989 Mart nez et al 1993 m todos de ensino inadequados massifica o mudan as de escola personalidade do professor e mobilidade de professores P rez 1989 4 Factores socioculturais relacionados com problemas econ micos desemprego separa es doen as familiares alcoolismo droga falta de est mulo cultural Mart nez et al 1993 m qualidade do ensino pr escolar e da estimula o nas idades pr escolares Monedero 1989 ambiente familiar pouco estimulante desfazamento entre os conte dos exigidos na escola e o sistema de valores do meio envolvente sa de mental do contexto familiar e dificuldades econ micas P rez 1989 145 Que se devem a les es menores do SNC associadas a transtornos funcionais de integra o 146 Inseguran a bloqueio emocional inibi o agressividade 147 Fobia escolar ang stia de separa o angu 148N eutoses psicoses psicopatologias infantis 260 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM C Classifica es de Casas 1994 Mart n 1994 e Citoler 1996 Estas classifica es s o as que apresentam a etiologia das DA de forma mais completa e organizada agrupando estas causas em tr s categorias de factores causadores de DA 1 Factores fisiol gicos relacionados com quatro tipos de disfun o Di
354. esta vontade de tudo visualizar que caracteriza a poca actual se manifesta em todos os ramos da actividade profissional e n s educadores n o podemos ficar indiferentes perante o impacto dessa realidade Neste sentido o objectivo do ensino pela imagem facilitar aos alunos recursos e mecanismos de representa o de que as imagens s o possuidoras para descobrir as suas 125 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA possibilidades expressivas significativas e comunicativas Iba ez 1986 e obter a maior quantidade de informa o acerca da imagem analisada E portanto ler Mas ler uma imagem n o f cil como j vimos anteriormente pois a nossa vis o selecciona s aquilo que nos chama a aten o sendo apenas uma leitura parcial Villafa e amp M nguez 1996 No ensino pela imagem dever ter se bem presentes os conhecimentos que o aluno j possui no momento da aquisi o pois para que uma informa o ganhe sentido e seja factor de aprendizagem ter de ser integrada no que o aluno j sabe sobre o assunto S assim pode ser reconhecido o papel da imagem no processo de ensino aprendizagem Lencastre amp Chaves 2003 neste sentido que a utiliza o da imagem como auxiliar did ctico se torna fundamental na educa o de crian as com Dificuldades de Aprendizagem DA pois a imagem torna se facilitadora do desenvolvimento de capacidades como a memoriza o a aprendizagem da leitura a aprendizagem d
355. estes n veis een Associa o Coda 2 N vel ee representativo abus snis discrimina o EST MULOS RESPOSTAS visuais e motoras auditivos e verbais Quadro 3 2 Modelo de Osgood Adap Fonseca 1984 34 Este um modelo que foi incorporado em v rios testes como o caso do Illinois Test of Psicholinguistic Abilities que passou a ter muito interesse para todos aqueles que se interessavam pela avalia o e tratamento das desordens de processamento de informa o em crian as Kirk et al 1968 Myklebust 1954 preocupou se com o estudo da rela o entre problemas de linguagem e dificuldades de aprendizagem tendo apresentado uma teoria global das defici ncias de aprendizagem a que chamou transtornos psiconeurol gicos da aprendizagem pot 204 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM entender que essas disfun es neurol gicas afectavam a fala a leitura a escrita a aritm tica e o funcionamento n o verbal Assim refere quatro tipos de problemas espec ficos que resultam das disfun es do SNC perturba o perceptiva perturba o da imagina o transtornos nos processos simb licos e transtornos na conceptualiza o Este autor desenvolveu ainda um trabalho com crian as surdas e af sicas tendo estudado a rela o entre surdez e o desenvolvimento da linguagem oral e desenvolvido um modelo de aprendizagem baseado no desenvolvimento normal da linguagem onde inclui
356. estinam tendo havido ainda o cuidado de serem imagens de f cil compreens o dado o p blico alvo alunos com DA Todos os m dulos t m a mesma estrutura organizativa sendo subdivididos em diferentes itens de exerc cios no sentido de se permitir a cria o de rotinas de utiliza o que permitam aos alunos uma autonomia maior na execu o do treino a partir do m dulo 1 No entanto o grau de dificuldade vai aumentando do 1 ao 8 m dulos sem exceder o crit rio inicial de simplicidade de tra os O desenvolvimento do PTPV em suporte tradicional foi realizado no computador no programa Word para que cada exerc cio tivesse uma boa apresenta o gr fica boa organiza o dos elementos visuais imagem e texto e uma boa leitura visual As imagens foram criadas ou adaptadas com base nos trabalhos de Frostig 1979 e Frostig et al 1994 sendo algumas digitalizadas e de seguida trabalhadas num programa de desenho O Paint do Windows e outras formadas a partir de imagens de C pArt tamb m trabalhadas e transformadas para que servissem as necessidades de desenvolvimento dos v rios exerc cios 209 5 2 1 2 O PTPV elaborado em suporte interactivo O PTPV interactivo2 9 desenvolvido em computador tem por base o programa realizado em moldes tradicionais tendo sido feitas as necess rias adapta es das imagens atrav s da utiliza o de elementos crom ticos bem como de elementos sonoros e efeitos de anima o visual e inserid
357. etc Problemas de equil brio frequentes caindo muito trope ando muitas vezes apresentando uma forma de andar pouco normal ou mantendo as pernas r gidas e duras 4 Perseveran a em que se verifica a continua o autom tica por vezes involunt ria de um comportamento expressivo como a fala a escrita a leitura ou o desenho Analisando as classifica es relacionadas com hiperactividade e d fice de aten o Fonseca 1984 acrescenta ainda aspectos relacionados com anomalias na organiza o motora de base como tonicidade postura equil brio e locomo o bem como anomalias psicomotoras com problemas de lateralidade direccionalidade imagem do corpo estrutura o espacio temporal confus es na organiza o da actividade motora problemas de integra o perceptiva e de conhecimento cognitivo do corpo Relativamente falta de aten o que muitos dos indiv duos com DA apresentam Mart n 1994 acrescenta duas raz es justificativas 1 A car ncia quando se verifica uma aten o insuficiente ou desaten o pelo que os indiv duos s o incapazes de se abstrair dos est mulos estranhos e sup rfluos quando est o a realizar determinada tarefa 2 O excesso que corresponde a uma super aten o ou aten o exagerada a determinados est mulos pouco importantes ignorando os aspectos e as caracter sticas verdadeiramente importantes 3 3 1 5 Problemas emocionais e socioemocionais Os problemas emocionai
358. etodologia quer ao n vel da problem tica estudada 428 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Adelman H S 1971 The not so Specific Learning Disability Population Exceptional Children 37 528 533 Adelman H S amp Taylor L 1986 An Introduction to Learning Disabilities Glenview Scott Foreman and Comp Afonso R W 2004 An lise da integra o de m ltiplos formatos no software educativo multim dia Tese de Mestrado em Educa o rea de especializa o em Tecnologia Educativa n o publicada Instituto de Educa o e Psicologia Universidade do Minho Ajuriaguerra J 1974 Manuel de Psychiatrie de I enfant 2 edi o Paris Ed Masson amp Cie Ajuriaguerra J amp Ausias M 1981 La escritura del nino Barcelona Laia Almeida L S 1988 Teorias da intelig ncia Porto Edi es Jornal de Psicologia Almeida L S 1993 Rentabilizar o ensino aprendizagem escolar para o sucesso e o treino cognitivo dos alunos In L S Almeida coord Capacitar a Escola para o sucesso pp 59 110 Vila Nova de Gaia Edipsico Almeida L S 1996 Cogni o e aprendizagem como a sua aproxima o conceptual pode favorecer o desempenho cognitivo e a realiza o escolar Psicologia Teoria Investiga o e Pr tica 1 17 32 Almeida L S amp Freire T 2003 Metodologia da Investiga o em Psicologia e Educa o Braga Psiquil brios Edi es Almeida
359. extos formativos podendo usar se individualmente em pequeno grupo ou com o apoio do professor ou educador Al m disso f cil encontrar o programa e mover se segundo as suas prefer ncias desde 352 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL retroceder a avan ar etc porque quando se cria um programa inform tico deve ter se em aten o a sua versatilidade para que se permita a sua adapta o a diversos contextos215 Boix 1983 Outro aspecto importante que o PTPV permite continuar os trabalhos come ados anteriormente e incentiva ao uso de outros materiais como fichas e dicion rios bem como realiza o de actividades complementares individuais ou em grupo 3 Qualidade do contexto audiovisual Foram inseridos no programa elementos visuais e sonoros bem seleccionados e cuidados atraentes e motivadores pois a qualidade do contexto audiovisual o que atrai num programa e depende em grande parte da sua capacidade comunicativa devendo o desenho geral ser claro e atractivo com boa qualidade t cnica e est tica dos seus elementos 216 Boix 1983 tendo em vista a aproveitar ao m ximo as suas potencialidades e contribuir para que os alunos fa am uma aprendizagem significativa Ao criar os v rios ecr s do PTPV houve sempre a preocupa o de ter em conta n o s os dados representacionais mas tamb m as for as compositoras que contribuem fortemente para a sign
360. extualiza o dos saberes sendo estabelecidos os princ pios orientadores da organiza o e da gest o curricular do ensino b sico da avalia o das aprendizagens e do processo de desenvolvimento do curr culo nacional 11 Decreto Lei n 74 2004 Este documento define os princ pios orientadores da organiza o e da gest o curricular bem como da avalia o das aprendizagens no n vel secund rio procedendo a uma reforma na forma o e qualifica o dos jovens portugueses de modo a prepar los para os desafios da actualidade e para as exig ncias do desenvolvimento pessoal e social Com este decreto lei pretende se o aumento da qualidade das aprendizagens indispens vel melhoria dos n veis de desempenho e qualifica o dos alunos e ao favorecimento da aprendizagem ao longo da vida Este Decreto prop e ainda uma revis o curricular da educa o secund ria que permita o ajustamento de curr culos e conte dos program ticos e garanta uma correcta flexibiliza o de mobilidade horizontal entre cursos Das medidas inovadoras deste decreto destaca se a diversifica o da oferta educativa procurando se adapta la tanto s motiva es expectativas e aspira es dos alunos como s exig ncias de desenvolvimento do Pa s S o introduzidas modifica es importantes estabelecendo se cursos cientifico human sticos cursos tecnol gicos cursos art sticos especializados e cursos profissionais vocacionados par
361. felin 1969 e Gabbard 1992 que ao analisarem v rios estudos realizados sobre a implementa o de programas deste tipo em v rios pa ses defendem que todas as compet ncias de percep o visual podem ser teoricamente distintas umas das outras Nesta ordem de ideias pode concluir se que o recurso s Tecnologias Interactivas na realiza o do treino perceptivo permite a obten o de resultados mais significativos no desempenho das compet ncias de percep o visual do que o recurso s tecnologias tradicionais comprovando as expectativas iniciais de que as Tecnologias Interactivas s o um poderoso meio na melhoria das aprendizagens dos alunos com DA e outras NEE Assim as tecnologias interactivas dever o estar dispon veis pata cada aluno com NEE pois qualquer que seja o seu formato ter o de estar disposi o de cada aluno de forma a apoiar as suas dificuldades na aprendizagem A utiliza o da imagem no Programa de Treino da Percep o Visual foi outro aspecto importante neste estudo por permitir facilitar a melhoria das compet ncias perceptivas dos alunos que fizeram treino o que vem de encontro ao afirmado por muitos autores Myers amp Hammill 1990 Witt et al 1988 Salvia amp Ysseldyke 1991 de que o recurso imagem no treino da percep o visual favorece a aquisi o de informa o e permite um melhor e mais organizado armazenamento da informa o Estas conclus es confirmam ainda o que Dumond
362. ferencial como o estilo visual auditivo ou h ptico pois a maioria dos indiv duos aprende atrav s de uma das modalidades ou de todas embora alguns s consigam aprender atrav s de uma modalidade pr pria ou particular 239 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 7 Problemas de Persevera o Esta caracter stica verifica se quando o indiv duo continua uma actividade mesmo quando deixa de ser necess rio e surgem dificuldades em abandonar o modo de realiza o anteriormente aprendido tornando se muito dif cil a aprendizagem de um novo modo de o fazer Nesta ordem de ideias considera se ser de grande import ncia estar atento aos problemas de percep o visual dos alunos dado que a percep o visual uma capacidade que interv m em quase todas as ac es que executamos embora n o esteja relacionada com problemas de acuidade visual mas sim com o modo como as pessoas usam os olhos pata obter informa o e como fazem o seu processamento no c rebro De acordo com Fonseca 1984 as dificuldades a n vel visual podem agrupar se do seguinte modo 1 Dificuldades na descodifica o ou recep o visual que est o relacionadas com dificuldades na compreens o do que se v e em retirar significado dos est mulos visuais 2 Dificuldades na discrimina o visual que est o relacionadas com dificuldades em reconhecer semelhangas e diferencas entre formas cores tamanhos objectos figuras letras
363. ferir se a um conceito gen rico em forma de representa o de car cter esquem tico representar a bidimensionalidade e a tridimensionalidade dos objectos operar na base das ditas dimens es etc Fontao 1998 A imagem provoca tamb m uma maior aten o e concentra o face informa o a adquirir Tower 1983 Pode ent o afirmar se que a imagem n o s favorece a aquisi o de informa o como a assimila o e a reten o ao longo da aprendizagem Ela deve a sua efic cia ao facto de reduzir a carga mn sica no tratamento da informa o o que leva a uma melhor organiza o do armazenamento da informa o Paivio 1986 Por tudo o que foi referido o recurso imagem no treino da PV torna se fundamental pois a percep o pode considerar se um ponto interm dio no processo da informa o entre sensa o e cogni o Segundo este ponto de vista o processo receptivo divide se em tr s n veis designados por sensa o percep o e cogni o Os processos que envolvem pensamento linguagem com significado ou resolu o de problemas s o atribu dos cogni o enquanto que aqueles que est o relacionados com est mulos n o simb licos com propriedades concretas203 s o identificados como percep o With et al 1988 Al m do mais o reconhecimento visual de certos aspectos dos objectos ou dos s mbolos gr ficos204 permite a an lise da forma que posteriormente transmitida aos centros de decis
364. frequentar o Ensino B sico Neste sentido o treino da percep o visual deve ser realizado de modo sistem tico e organizado tornando se necess rio recorrer a programas que motivem os alunos para a tarefa a realizar de acordo com estudos desenvolvidos sobre a implementa o de programas deste tipo em v rios pa ses nomeadamente nos Estados Unidos dos quais se salienta os de Marianne Frostig 1963 1965 1966 1972 No que respeita s quest es de investiga o muito j foi referido ao longo deste cap tulo embora se entenda que uma clarifica o mais concreta poder permitir uma melhor compreens o das conclus es do estudo relativamente s quest es iniciais do estudo No que respeita primeira quest o de investiga o que refere as vantagens do uso de programas de treino interactivos face ao uso de programas de treino no modelo tradicional conclui se que os resultados obtidos nos momentos de P s teste e Follow up pelos alunos que treinaram com o programa interactivo foram significativamente superiores aos obtidos pelos alunos que usaram o PT PV tradicional Relativamente segunda quest o relacionada com a utiliza o do Programa de Treino da Percep o Visual PTPV na melhoria das compet ncias de percep o visual em alunos com Dificuldades de Aprendizagem e Problemas de Percep o Visual os objectivos foram atingidos como se comprova pelos resultados apresentados anteriormente que s o 425 CO
365. gem como consequ ncia de um choque emocional doen a na laringe etc Ajuriaguerra 1974 implicando sempre um contexto mental Launay amp Borel Maisonny 1989 Podem considerar se dois tipos de mutismo Mutismo neur tico que parcial ou electivo e associado a outras manifesta es Mutismo psic tico que pode ser provocado por um estado febril ou por afastamento do meio habitual 158 que se chama gaguez 280 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 2 Atraso no desenvolvimento da linguagem que engloba atrasos na aquisi o e desenvolvimento da linguagem sem que existam sintomas de defici ncia mental sensorial ou motora podendo salientar se as seguintes caracter sticas indiciadoras deste problema Nieto 1990 Aparecimento das primeiras palavras depois dos dois anos de idade Aparecimento da associa o de palavras s ap s os tr s anos de idade Vocabul rio ainda reduzido aos quatro anos Desinteresse em comunicar Compreens o da linguagem superior express o da linguagem Importante desenvolvimento do gesto como meio de comunica o Imaturidade na domin ncia lateral 3 Afasias que correspondem a perturba es de origem cerebral em que h uma dificuldade ou incapacidade para a linguagem verbal ou escrita sem que haja les o das vias auditivas ou motoras implicadas na fona o S o um problema de linguagem provocado por uma altera o no hemisf rio cerebral cuja fu
366. gem visual e escrita e da linguagem quantitativa Ser ainda dado relevo s dificuldades que os alunos revelam na linguagem na leitura na escrita e na aritm tica que podem originar problemas de aprendizagem muito espec ficos como a dislexia a disortografia a disgrafia ou a discalculia 266 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 4 1 Dificuldades Espec ficas de Leitura e de Escrita V rios autores afirmam que cerca de 60 das crian as com Dificuldades de Aprendizagem apresentam problemas nas reas da leitura e da escrita Westman et al 1987 pelo que se torna fundamental uma an lise aprofundada dos problemas mais frequentes verificados durante a aquisi o dessas compet ncias As dificuldades de leitura e escrita podem ser consideradas como obst culos que surgem quando se l ou escreve e que podem ocorrer tanto na fase de aquisi o como nos actos de leitura e escrita resultantes dessa aprendizagem previamente Rebelo 1993 Estas dificuldades vetificam se durante os anos de escolaridade muitas vezes devido enorme press o exercida pela escola e pela sociedade durante a aprendizagem dessas compet ncias e pelo facto de ser realizada uma aprendizagem da leitura e da escrita feita em simult neo Assim muitos autores consideram que em oposi o Dislexia Prim ria existe uma Dislexia Secund ria que designa obst culos provenientes de stress emocional d fices sensoriais ou les o cerebral n
367. grande aten o s diferen as individuais e ao contexto de aprendizagem o que implica uma flexibiliza o da organiza o escolar das estrat gias de ensino da gest o dos recursos e do curr culo para proporcionar o desenvolvimento maximizado de todos Minist rio da Educa o 1997 1 No sentido de se perceber como se processa a planifica o e gest o dos recursos existentes no nosso pa s na concretiza o de um ensino diferenciado para os alunos com NEE inseridos nas escolas regulares torna se pertinente analisar embora sucintamente a forma como os servi os de apoio educativo s o organizados em Portugal as suas fun es e compet ncias no sistema educativo portugu s e que organismos est o implicados em todo este processo As Equipas de Coordena o dos Apoios Educativos que funcionaram at ao ano lectivo de 2005 2006 tinham como principal fun o a orienta o t cnica e cient fica dos docentes de apoio educativo e a gest o dos recursos necess rios ao funcionamento dos apoios educativos devendo tomar iniciativas pr prias numa perspectiva de interven o comunit ria Minist rio da Educa o 1997 8 fazer a articula o entre as escolas da sua rea de influ ncia relativamente ao percurso escolar do aluno sensibilizar e informar a comunidade local Minist rio da Educa o 1997 9 e colaborar com os rg os de gest o e de coordena o pedag gica no planeamento e organiza o
368. grupo experimental 1 n 19 grupo experimental 2 n 19 e grupo de controlo n 19 7 2 4 Resultados dos testes de hip teses Os resultados dos testes de hip tese s o apresentados globalmente dado que as tr s hip teses formuladas est o muito relacionadas n o existindo resultados muito diferentes para cada uma delas embora se fa am pequenas considera es relativamente a cada uma das hip teses Assim relativamente hip tese 1 relacionada com as vantagens do recurso a um programa de treino da PV interactivo face ao uso de um programa de treino da PV tradicional comptova se pelas tabelas anteriores que os resultados obtidos pelos sujeitos do GE2 treino em suporte interactivo foram significativamente superiores aos resultados obtidos pelo GE1 treino em suporte tradicional A hip tese 2 que se refere ao facto de se entender que os sujeitos que fazem treino da PV face aos sujeitos que n o fazem treino obt m melhores resultados no P s teste comprovada atrav s das an lises descritivas apresentadas acima tendo se verificado 410 APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS resultados experimentais mais significativos nos sujeitos submetidos ao tratamento com o programa tradicional e com o programa interactivo do que nos sujeitos do grupo de controlo que n o fez qualquer tipo de treino perceptivo Relativamente hip tese 3 que afirma que os ganhos obtidos pelos alunos com o treino da PV se mant
369. guinte a implementa o do PTPV programa de treino da percep o visual nos dois grupos experimentais GE1 e GE2 contribuiu para uma eleva o significativa dos resultados do Teste de Desenvolvimento da Percep o Visual DTVP 2 nos momentos de Pr teste e Follow up quando comparados com o grupo de controlo GC 415 APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS Nos momentos de P s teste e Follow up o GE2 que foi sujeito ao programa de treino interactivo apresenta ainda ganhos superiores aos do grupo GET que realizou o programa de treino tradicional No que respeita ao factor Aprendizagem os resultados estat sticos obtidos pelos dois grupos experimentais GE1 e GE2 comparados com os resultados obtidos pelo grupo de controlo GC n o foram estatisticamente significativos nos momentos de P s teste e Follow up No entanto comparando os resultados na aprendizagem dos tr s grupos atrav s de an lises descritivas verificam se ligeiras melhorias nos dois grupos experimentais face ao grupo de controlo onde tamb m houve progressos na aprendizagem A16 CONCLUS ES GERAIS CONCLUS ES GERAIS O conhecimento n o cresce de forma natural e inexor vel Cresce pelas investiga es dos estudiosos emp ricos te ricos e pr ticos e por conseguinte fun o dos tipos de perguntas formulads dos problemas levantados e das quest es estruturadas por quem investiga Shulman 1986
370. guintes dificuldades de percep o auditiva 1 Dificuldades em discriminar grupos de palavras e frases absurdas 28 2 Dificuldades na identifica o fon tica relacionadas com problemas em detectar qual o primeiro som da palavra 3 Dificuldades na s ntese anditiva que est o relacionadas com problemas na produ o de palavras quando os fonemas correspondentes s o apresentados separadamente 4 Dificuldades em completar palavras que est o relacionadas com problemas em 129 encontrar o fonema ou os fonemas que completam os sons dados ou em encontrar palavras para completar frases 5 Dificuldades na associa o auditiva que se relacionam com problemas na resposta a 130 frases est mulos 125 Que corresponde associa o auditiva completamento de palavras ou frases 126 Que est relacionada com a articula o o vocabul rio a narra o de hist rias atrav s de imagens etc 127 por exemplo dizer que n e p s o a mesma palavra 128 por exemplo responder afirmativamente pergunta As rvores voam 129 por exemplo garra para garrafa e garraf o 130 por exemplo o beb pequeno e o pai 241 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 6 Dificuldades na articula o que est o relacionadas com problemas na pron ncia de 131 z palavras em lembrar o nome de voc bulos conhecidos associados ao respectivo objecto ou em formula
371. gura 5 11 Coordena o culo Manual 2 Posi o no Espa o que a capacidade que permite discriminar revers es e rota es de figuras Com estes exerc cios pretende se desenvolver a compet ncia para relacionar duas figuras de acordo com os seus elementos comuns pedindo se crian a que escolha entre v rias a figura que tem a mesma orienta o e formato da que foi colocada em destaque ver figura 5 12 a Figura 5 12 Posi o no Espa o 345 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL 3 C pia que a capacidade que permite reproduzir uma figura tendo em conta os seus pormenores297 Com estes exerc cios pretende se desenvolver a compet ncia para reconhecer os elementos de um desenho e copi lo de acordo com o modelo ver figura 5 13 mu mum mum Figura 5 13 C pia 4 Figura Fundo que a capacidade que permite focar a aten o nos est mulos adequados de figuras inseridas num fundo sensorial comum Com estes exerc cios pretende se desenvolver a compet ncia para ver figuras espec ficas que est o sobrepostas a outras em fundos complexos tendo a crian a que descobrir as figuras sobrepostas que existem ver figura 5 14 Indica todas as ovelhas que est o no redil Figura 5 14 Figura Fundo 5 Rela es Espaciais que dizem respeito capacidade que permite perceber a posi
372. hnologies in Visual Perception Training Programs A study with primary school students with Learning Disabilities ABSTRACT Learning is a process in which the individual acquires and modifies its representations of the environment through the information collected in interactions with it Thus it is crucial that student s Visual Perception capabilities are well developed to allow the learning based on the environment s representations and the interactions with it Visual Perception competencies develop through complex neurological actions followed by a superior process of information organization Frostig 1972 All this is much related with the way out vision captures images for after this point a mental activity is developed Francastel 1983 Visual Perception VP problems in students that have Learning Disabilities LD are referred by several authors Frostig 1972 Hammill 1990 Mercer 1991 Kephart 1960 1986 claims that when a child having these disabilities has problems in the development of shape perception also ends up facing difficulties in common day to day figure ground problems Therefore visual perception training should be applied in order to improve the students performance on perceptive competencies and allow a better learning of the related contents These training programs when produced through Interactive Technologies promote significant changes in the students learning process Interactive Technologie
373. i uma ferramenta interactiva e inovadora que pode vir a ser muito til no dom nio da Educa o especialmente da Educa o Especial que tem desempenhado desde a sua exist ncia uma fun o muito importante nos Sistemas Educativos de grande n mero de pa ses tendo suscitado em diversos campos das Ci ncias da Educa o experi ncias inovadoras e percutsoras O papel da Educa o Especial ainda fundamental na reabilita o de pessoas que t m um deficiente desenvolvimento evolutivo sensorial e da linguagem ou que t m dificuldades de aprendizagem ou de adapta o social que dificultam a sua independ ncia pessoal econ mica e social bem como a sua integra o educativa laboral e social Cabada Alvarez 1991 Clarificando o exposto anteriormente pode afirmar se que ap s a realiza o do estudo e analisados os resultados estat sticos tendo como ponto de partida as quest es de investiga o os objectivos propostos foram atingidos na sua quase totalidade exceptuando se os objectivos relacionados com a aprendizagem conforme j se referiu Neste sentido torna se fundamental uma discuss o mais objectiva e completa dos 423 CONCLUS ES GERAIS resultados encontrados para cada uma das quest es de investiga o bem como uma reflex o sobre os aspectos te ricos que nortearam o estudo em geral A vettente te rica do estudo desenvolvido constituiu um suporte fundamental para concretiza o do estudo emp ric
374. ia Educativa realizado no Instituto de Educa o e Psicologia da Universidade do Minho 1992 1995 s o de salientar v rios estudos que foram publicados na brochura editada pelo IEP em 1998 e coordenada por Jos Henrique Chaves de que se destaca o estudo levado a cabo pela investigadora Manuela Dias publicado em 1995 por ser um estudo realizado com alunos com NEE Chaves 1998 67 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Este estudo real a o papel da imagem como facilitadora da compreens o oral de alunos com necessidades educativas especiais NEE integrados em escolas do 2 Ciclo do Ensino B sico Este estudo experimental teve por objectivo verificar as mudan as na compreens o de textos quando se associava a imagem tendo sido utilizados contos tradicionais que eram ouvidos em grava o udio sem acompanhamento de imagem ou com associa o de uma sequ ncia de imagens ilustrativas dos contos inseridas num programa inform tico em forma de s ide show Para levar adiante o estudo foi criado e utilizado um instrumento de recolha de dados question rios de compreens o que permitiu verificar atrav s de tratamento estat stico que as hist rias ouvidas sem acompanhamento de imagens produziram resultados globais inferiores aos das hist rias ouvidas com acompanhamento de imagens Assim perante estes resultados finais conclui se que o recurso imagem na contagem de hist rias pode melhorar a compreens o oral dos alunos c
375. ia de percep o visual normalmente classificados como posi o no espa o const ncia da forma rela es espaciais ou figura fundo subdivididos em coordena o culo manual posi o no espa o c pia figura fundo rela es especiais fechamento visual velocidade visual motora e const ncia da forma 221 por exemplo a capacidade figura fundo pode ser estudada separadamente da const ncia da forma da discrimina o visual ou da posi o no espa o 398 METODOLOGIA 6 5 Tratamento Estat stico dos Dados Ap s a recolha de dados os mesmos foram lan ados numa base informatizada e processados no programa de computador SPSS Statistical Program for Social Sciences vers o 15 0 Os dados de caracteriza o da amostra foram obtidos atrav s de an lises comparativas dos resultados da aplica o do D TVP 2 Para avaliar a poss vel exist ncia de diferen as significativas entre os sujeitos dos tr s grupos formados aleatoriamente foram utilizados Testes 7 de Student para amostras independentes A resposta s quest es de investiga o passou por um processo de tratamento estat stico complexo e diferenciado consoante o tipo de quest o colocada e as medidas utilizadas Para verificar as diferen as entre os tr s grupos do estudo foi utilizado uma ANOVA mista com procedimento GLM para medidas repetidas Neste cap tulo foi referido o modo como o estudo experimental foi realizado atrav s da
376. ica o desenvolvimento de um racioc nio matem tico pelo que a rapidez e a precis o de c lculos pode e deve iniciar se de modo verbal ainda antes ou durante a aprendizagem dos conceitos das opera es matem ticas e dos seus s mbolos Deste modo para se resolver um problema matem tico de enunciado verbal fundamental a compreens o da sua estrutura l gica antes de ser definido o tipo de opera es que a executar 77 177 podem referir se tr s tipos de problemas matem ticos problemas de troca que s o os mais f ceis problemas de combina o e problemas de compara o que s o os mais complexos pois para a sua resolu o necess rio aprender diversos tipos de esquemas e saber analis los assim como aprender as estrat gias implicadas na sua resolu o 312 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM Podem ser consideradas quatro fases na resoluc o de problemas Mayer 1989 Fase da representa o do problema em que necess rio traduzir a informa o lingu stica e factual do problema numa representa o interna Fase da planifica o da solu o Fase da execu o da solu o Fase de guia e controlo da solu o 4 Estima o A estima o uma forma de c lculo mental que se utiliza frequentemente em situa es quotidianas pois permite verificar rapidamente os c lculos pr prios ou alheios sendo uma capacidade que permite estimar o resultado de um problema antes de o tesolver
377. icada e respeitando os interesses e o ritmo de progresso dos alunos Afonso 2004 2 As novas formas de representar e transmitir informa o atrav s da inform tica significam tamb m novas formas de pensar e de estar L vy 1994 47 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 1 1 1 Processos de Aprendizagem Os ltimos 50 anos do s c XX foram fundamentais para a descoberta das metodologias mais adequadas a uma rentabiliza o m xima do processo de ensino aprendizagem tendo surgido v rias filosofias ou teorias da educa o que as sustentam Com base nestas ideias pode afirmar se que a aprendizagem um processo mediante o qual o indiv duo adquire e modifica as suas representa es do meio em virtude da informa o procedente da sua interac o com ele A base de toda a cogni o acaba por ser a capacidade de desenvolver representa es dos factos externos relevantes das rela es entre eles e da sua rela o com os factos que ocorrem no organismo pois s o estas representa es que permitem que o organismo actue luz da experi ncia Deste modo a base da cogni o a aprendizagem pois ela que permite ao indiv duo a incorpora o nos padr es de representa o armazenados anteriormente de outros elementos e de rela es novas Liversey 1986 S podemos afirmar que o ser vivo possui representa es quando capaz de utilizar informa o que n o est dispon vel no seu ambiente actual Pea
378. icar as Discalculias de acordo com tr s tipos de problema 1 Discalculias com altera es do n mero representado ou imaginado que t m um car cter visuoespacial e s o devidas a disfun es do hemisf rio direito 2 Discalculias com altera es do n mero linguagem que t m um cariz mais lingu stico 3 Discalenlias com altera es do n mero conceptualizado que aparecem a partir dos sete anos Deste modo numa perspectiva cognitiva pode dizer se que as causas da Discalculia se centram nas representa es internas do indiv duo e nas estrat gias cognitivas e metacognitivas que s o utilizadas sendo de ressaltar diversos aspectos relacionados com mem ria aten o actividade perceptivo motora organiza o espacial aptid es verbais falta de consci ncia dos passos a seguir e problemas estrat gicos Podem ainda ressaltar se as dificuldades de pensamento abstracto de linguagem ou de leitura falta de motiva o lentid o na resposta aos problemas e dificuldades de mem ria na automatiza o das combina es num ricas b sicas Strang amp Rourke 1985 cit Citoler 1996 Neste cap tulo foram abordados os principais problemas existentes na aprendizagem escolar dos alunos com DA com especial incid ncia para os aspectos relacionados com linguagem leitura escrita e c lculo Tanto a leitura como a escrita e o c lculo s o fundamentais durante toda a escolaridade e em toda a vida futura dos alunos pelo que qu
379. icia a ac o explorando ou descobrindo organizando a informa o que vai produzindo ou codificando e integrando a na sua estrutura de conhecimentos de modo a torn la cada vez mais complexa e completa 8 Estudo cient fico puramente objectivo do comportamento humano 49 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA corrente podem ser encontrados nos trabalhos de Pavlov 1849 1936 Thorndike 1874 1949 e Tyler 1949 9 Thorndike 1903 cit Tavares amp Alarc o 1985 considera que a aprendizagem consiste em estabelecer uma conex o ao n vel do sistema nervoso entre um est mulo e uma resposta a qual era conseguida atrav s de uma s rie de tentativas e erros Com base neste pressuposto enuncia as suas tr s Leis da Aprendizagem que giram volta da ideia de associa o entre aprendizagem e esfor o recompensado 1 Lei do Efeito Que afirma que a liga o entre um est mulo e uma resposta refor ada ou enfraquecida consoante a satisfa o ou frustra o que acompanha a ac o 2 Lei da Frequ ncia ou do Exerc cio Que refere que a repeti o ou o treino repetido de uma resposta a determinados est mulos ajuda a consolidar tal resposta 3 Lei da Maturidade ou Prontid o Que considera que para que haja aprendizagem necess rio que o sujeito esteja preparado para estabelecer a liga o Est mulo Resposta Tavares amp Alarc o 1985 Estas ideias s o mais tarde retomadas e desenvolvidas por Skinne
380. icos Diacronicos Propriedades globais Subordinantes Pr ordenadas Coordenadas subordinadas Quadro 1 4 Determinantes de uma unidade visual definidos por Palmer cit Edeline et al 1992 102 Assim uma unidade visual ic nica ou pl stica pode ser reconhecida atrav s dos seus caracteres globais contorno colora o m dia textura atrav s das rela es posicionais que mant m com as unidades do mesmo n vel das rela es posicionais com a unidade que as engloba das rela es com as unidades em que se decomp e e que engloba e atrav s das unidades que a precedem no tempo e ou no espaco 1 3 4 Processos Sensoriais inerentes Percepc o Visual A partir do referido anteriormente pode afirmar se que a Percep o Visual corresponde a uma informa o codificada com regras de transforma o naturais que determinam a actividade nervosa correspondente informa o contida na luz O nosso 100 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA sistema visual consegue localizar e interpretar as regularidades que existem nos fen menos luminosos que atingem os nossos olhos e que se referem a tr s caracter sticas da luz a sua intensidade o seu comprimento de onda e a sua distribui o no espa o A intensidade da lux percebida est relacionada com o modo como interpretamos a quantidade real de luz emitida por um objecto luminoso ou pela reflex o da luz de um objecto n o luminoso Esta interpreta o influenciad
381. id es de escuta fala leitura escrita racioc nio ou matem tica S o desordens intr nsecas ao indiv duo presumindo se que se devem a uma disfun o do sistema nervoso central SNC e que podem ocotrer ao longo da vida Problemas nos comportamentos de auto regula o na percep o e na interac o social podem coexistir com os dist rbios de aprendizagem NJCLD 1994 65 66 cit Shaw et al 1995 Esta defini o reflecte o consenso das reas cl nica educacional e pol tica mas continua a demarcar um dom nio demasiado amplo e vago pelo que importante ter em aten o os seus pressupostos neuropsicol gicos que denotam que a maior parte do comportamento adaptativo mediado pelo SNC Assim pode considerar se que as DA s o um dist rbio intr nseco provocado por disfun es no SNC e que se reflectem na organiza o integra o an lise e s ntese de informa o verbal e n o verbal Moats amp Lyon 1993 196 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 3 2 Fases de investiga o das Dificuldades de Aprendizagem As Dificuldades de Aprendizagem t m sido vistas com base em metodologias reeducativas Orton 1931 Fernald 1943 cit Fonseca 1984 em processos de informa o Kirk 1962 Chalfant amp Scheffelin 1969 em processos escolares Bateman 1964 Adelman 1971 em metodologias sofisticadas Engelmann 1966 McCarthy amp McCarthy 1974 e em processos neuropsicol gicos M
382. idade binocular suficiente para induzir a no o de profundidade Gleitman 1999 No entanto tamb m se pode perceber a profundidade mantendo um olho fechado pois existem tamb m ind cios monoculares de profundidade que s o considerados pelos artistas como ind cios pict ricos como a perspectiva linear a interposi o quando uma figura interrompe o contorno de outra e o tamanho relativo pois em igualdade de circunst ncias a maior de duas figuras id nticas parecer estar mais pr xima do que a mais pequena Os gradientes de textura definidos por Gibson 1979 s o ind cios pict ricos importantes O gradiente de textura depende da disposi o espacial das superf cies relevantes pelo que as faltas de continuidade nos gradientes de textura fornecem informa o acerca das rela es espaciais mais long nquas entre as v rias superf cies com textura Se a percep o da profundidade acontece estando o observador em movimento relativamente a um ambiente est tico os objectos deste ambiente ser o deslocados parecendo que se movem relativamente a ele Ao virarmos a cabe a para um lado e pata outro as imagens projectadas pelos objectos exteriores deslocam se na retina o que constitui um ind cio de profundidade de grande efic cia a paralaxe do movimento Helmholtz 1909 cit Gleitman 1999 Quando nos aproximamos ou afastamos dos objectos acontece um fluxo ptico isto medida que nos aproximamos t
383. ifesta se como uma actividade cognitiva genu na com todos os requisitos para ser considerada uma aut ntica actividade computacional Marr 1982 Com efeito as tarefas perceptivas podem ser rapidamente diferenciadas da 96 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA sensa o como o caso da acuidade visual da sensibilidade auditiva e das tarefas do processamento cognitivo 8 Assim o desenvolvimento perceptivo antecede o conceptual pelo que quando o indiv duo apresenta problemas de percep o normalmente surgem tamb m problemas de aprendizagem porque grande parte da aprendizagem se processa visualmente Assim na base de muitas DA poder estar uma disfun o neurol gica Frostig 1963 Como se referiu anteriormente a actividade perceptiva constitu da por uma s rie de processos que s o na sua maioria inconscientes ainda que os resultados finais se tornem conscientes no entanto mais importante do que esta dimens o consciente inconsciente da actividade perceptiva a n vel funcional s o as restri es externas procedentes do est mulo e as restri es internas pr prias do sistema s quais est sujeita a referida actividade A actividade cognitiva da percep o tem caracter sticas muito particulares sendo o seu ponto de partida os dados sensoriais e as suas opera es guiadas inicialmente por esses dados de forma a tornar expl cita e determinada a informa o que s potencialmente cont m as propriedade
384. ifica o dado que a interac o entre prop sito e composi o entre estrutura sint ctica e subst ncia visual deve ser mutuamente refor ada para que se atinja uma maior efic cia em termos visuais Dondis 1988 100 Todo o documento foi constru do de modo a facilitar o acto perceptivo considerando se que a percep o come a com a capta o dos aspectos estruturais mais evidentes que as caracter sticas estruturais globais s o os dados prim rios da percep o e que por conseguinte apreendemos um padr o global Arnheim 1974 Arnheim 1988 215 por exemplo dever o ser program veis permitindo a modifica o de alguns par metros como grau de dificuldade tempo para as respostas n mero de usu rios simult neos idioma etc 216 T tulos menus janelas cones bot es espa os de texto imagem fundo elementos gr ficos figuras anima es elementos sonoros etc 353 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL Na elabora o do ayout teve se em aten o que a percep o n o s influenciada pelo tra ado estrutural como tamb m est sujeita ao padr o prim rio de varredura de campo reagindo aos referentes verticais horizontais a um padr o secund rio de varredura e ao impulso perceptivo inferior esquerdo porque o que se v numa dada rea do campo visual depende muito do seu lugar e da sua fun o no contexto total Arnheim 1988 197
385. ing media New York McGraw Hill Mager R F 1962 Preparing Instructional Objectives Palo Alto Caliph Fearon Publishers Maldonado J A 1994 Bilingual Special Education Specific Learning Disabilities in Language and Reading The Journal of Educational Issues of Language Minority Students 14 127 147 Malpique M 1991 O cran como objecto transitivo na rela o educador crian a hoje Ci ncias da Educa o em Portugal Situa o Actual e Perspectivas Porto FPCE Sociedade Portuguesa de Ci ncias da Educa o 429 438 Malson L 1964 Les Enfants Sauvages Mythe et R alit Paris Union G n rale d Editions Malson L 1967 As Crian as Selvagens Mito e Realidade Porto Livraria Civiliza o Mann V 1991 Language Problems A Key to Early Reading Problems In Bernice Y L Wong Ed pp 129 162 Learning about Learning Disabilities New York Academic Press Inc Manzano M G 1987 E Protagonista Nino en la Literatura Infantil del Siglo XX Madrid Ed Narcea S A de Ediciones Marchesi A Coll C amp Palacios J 1990 Desarrollo psicol gico y educaci n LII Necesidades Educativas Especiales y Aprendizaje Escolar Madrid Alianza Editorial S A 446 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Marchesi A amp Mart n E 1990 Del Lenguaje del Trastorno a las Necesidades Educativas Especiales In Marchesi A Coll C amp Palacios J Coord Desarrollo Psicol gico y Educa
386. iniciativa privada Dias 1995 1999 Os primeiros passos para a educa o dos deficientes foram dados por Freitas Rego 1822 no reinado de D Jo o VI que convidou o sueco Ar n B rg para organizar o primeiro Instituto de Surdos Mudos e Cegos inaugurado em 1823 Fernandes 1988 Em 1863 foi fundado o Asilo de Cegos de N Sr da Esperan a para cegos idosos que mais tarde passou tamb m a receber crian as e adolescentes cegos Em 1871 foi criada a primeira Casa de Deten o e Correc o para menores delinquentes do sexo masculino at aos 18 anos e para menores de 21 anos considerados desobedientes e incorrig veis Nunes 1946 156 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Em 1888 foi criado em Lisboa o Asilo Escola Ant nio Feliciano de Castilho Em 1900 foi fundado o Instituto de Cegos Branco Rodrigues em Lisboa Em 1913 o pedagogo Ant nio Aur lio da Costa Ferreira deu grande impulso educa o de surdos atrav s da cria o do primeiro curso de especializa o para professores Em 1915 fundado o Instituto M dico Pedag gico da Casa Pia de Lisboa Em 1916 o mesmo pedagogo fundou o Instituto Ant nio Aur lio da Costa Ferreira para forma o de professores especializados Em 1924 o Minist rio da Instru o P blica nomeou uma comiss o para estudar a assist ncia aos anormais escolares devido ao facto de no ano anterior ter surgido a chamada Reforma Camoesas que propunha q
387. io da Educa o 1997 11 O agente fundamental dos servi os de Educa o Especial o Docente de Apoio Educativo que tem um papel importante nas escolas inclusivas devendo trabalhar em conjunto com os rg os de coordena o e gest o da escola atendendo s situa es problem ticas da escola e as propostas de solu o a desenvolver indicadas nesse Projecto Educativo Minist rio da Educa o 1997 3 As fun es do Docente de Apoio est o definidas no Despacho Conjunto n 105 ponto 12 sendo de salientar a colabora o na elabora o do Projecto Educativo de Escola e na elabora o do Plano de Actividades atrav s da ajuda na identifica o de necessidades e propostas de solu o principalmente no que respeita aos apoios a disponibilizar aos alunos com NEE e identifica o das solu es necess rios cria o na escola das condi es ambientais e pedag gicas que permitam a humaniza o do contexto escolar e a promo o de igualdade de oportunidades 173 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Este docente deve ainda organizar o processo de apoio aos alunos com NEE a partit da identifica o em articula o com o Director de Turma das reas de desenvolvimento e de aprendizagem que se manifestem mais fr geis em cada aluno bem como da natureza e modalidades de apoio suscept veis de alterar ou diminuir as dificuldades inicialmente detectadas Minist rio da Educa o 1997 5
388. ios utilizados na selec o da mesma e definida a distribui o aleat ria dos alunos em tr s grupos dois grupos experimentais GE1 e GE2 e um grupo de controlo o mesmo para os dois grupos experimentais No s timo cap tnlo s o apresentados os resultados do estudo com refer ncia s an lises estat sticas dos dados recolhidos e organizados de modo a dar resposta s quest es de investiga o testando as hip teses formuladas S o ainda analisados e discutidos os resultados apresentados pelos grupos experimentais e de controlo com vista s conclus es do estudo previs es de novos estudos e ou de alargamento do mbito do estudo No cap tulo de Conclus es Gerais s o apresentadas as conclus es finais as limita es do estudo e perspectivas futuras de investiga o no sentido serem feitas reflex es sobre as contribui es que o estudo pode trazer para um treino mais eficaz da percep o visual e para uma melhoria das aprendizagens dos alunos com Dificuldades de Aprendizagem 40 CAP TULO I IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA O campo da imagem os seus contornos e o seu fundo nem sempre claros tendem a sobrepor se no nosso saber que se constitui por meio de imagens mas que pode tamb m ser pensado como um objecto fora de n s Caprettini 1994 177 As novas tecnologias s o diferentes formas de representa o da realidade de forma mais abstracta ou concreta
389. ipas de Ensino Especial Integrado com o objectivo de promover a integra o familiar social e escolar das crian as e jovens com defici ncia 58 Que colaboravam em ac es de rastreio faziam o encaminhamento para os servi os de observa o e avalia o m dico pedag gica apoiavam as fam lias na sua ac o educativa e na integra o familiar da crian a colaborando na sua integra o na sociedade e davam apoio sua integra o escolar 59 Cooperativas de Educa o para Crian as Inadaptadas 60 Que em 1987 abrangia cerca de 70 da popula o total atendida 158 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS fundamentalmente deficientes sensoriais cegos e motores dado que a sua presen a na sala de aula n o implicava altera es especiais Lopes 2007 Em 1980 este movimento de integra o alargou se a quase todo o tipo de defici ncias Lopes 2007 Al m dos aspectos focados de salientar a Constitui o da Rep blica Portuguesa de 1976 e a Lei de Bases da Preven o e da Reabilita o e Integra o das Pessoas com Defici ncia de 1989 que foram tamb m fundamentais no desenvolvimento da integra o Dias 1995 1999 No que respeita investiga o e forma o importante salientar o Primeiro Encontro de Educa o Especial em 1979 a cria o da Licenciatura em Educa o Especial e Reabilita o na Universidade T cnica de Lisboa em 1987 e a cria o na Sociedade Portuguesa
390. iscuss o dos resultados e conclus es gerais No primeiro cap tulo s o abordados temas relacionados com a disciplina de Tecnologia Educativa pela sua import ncia dentro das Ci ncias da Educa o e pelas op es educativas que permite tais como a planifica o de actividades e da defini o de objectivos educacionais Faz se ainda uma caracteriza o das Tecnologias Interactivas que dever o servir essencialmente como meio para facilitar a aprendizagem Assim s o abordadas de forma sucinta as principais teorias de aprendizagem que constituem a base da TE a teoria behaviorista e a teoria construtivista as quais permitem compreender o processo de aprendizagem no mbito das TIC Tecnologias da Informa o e Comunica o Seguidamente apresenta se o conceito de Imagem e as suas caracter sticas principais S o abordados ainda aspectos particulares e condicionantes do uso da Imagem Percep o Visual Leitura de Imagens e utiliza o da Imagem na Educa o A utiliza o educativa da Imagem e das Tecnologias Interactivas abordada a partir da sua utiliza o em programas inform ticos de Desenho e Pintura para o treino de compet ncias cuja utiliza o se torna 37 INTRODU O muito importante no desenvolvimento global dos alunos com DA facilitando lhes ainda a apreens o de muitos dos conte dos escolares em especial dos mais complexos Dias amp Chaves 2003 a Ao longo do segundo cap tulo
391. iva em que se verifica um conjunto de problemas respeitantes recep o organiza o armazenamento reten o ou express o de informa o e que podem ocorrer em qualquer idade ou em qualquer n vel de capacidade intelectual Cruickshank 1972 106 com um perfil de altos e baixos n veis de desenvolvimento 225 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Al m disso as DA englobam dist rbios provocados por les es em zonas secund rias do c rebro que s o respons veis pelas fun es simb licas e pr xicas superiores e que provocam problemas na distin o e na diferencia o de afer ncias sua ordena o e conserva o Luria 1973 Segundo o ponto de vista de Kirk 1962 o mais importante na caracteriza o das DA analisar o comportamento e n o a etiologia podendo elaborar se os curr culos de desenvolvimento a partir da an lise dos comportamentos das crian as Kirk amp Gallager 1987 365 consideram que as crian as com dist rbios de aprendizagem s o aquelas que t m discrep ncias significativas de desenvolvimento em v rios aspectos do seu comportamento psicol gico percep o capacidade visual e motora aten o mem ria etc ou disparidade inexplic vel entre algumas reas do seu desempenho acad mico e noutras das suas capacidades ou realiza es 07 Sintetizando pode afirmar se que alguns autores do s c XX consideravam que a causa das dificuldades
392. iva neuropsicol gica consideram a aprendizagem um processo complexo mediatizado pelo Sistema Nervoso Central SNC pelo que os resultados escolares dependem do estado intacto do c rebro e da organiza o dos v rios sistemas cerebrais que no seu todo dever o funcionar adequadamente Rebelo 1993 De acordo com esta perspectiva s o v rios os autores que t m descrito a localiza o cerebral das v rias fun es que levam a uma aprendizagem normal considerando que quando existem es es cerebrais ou mau funcionamento de v rias reas do c rebro aparecem comportamentos ou modalidades de aprendizagem desajustadas Coplin amp Morgan 1988 104 A que chama rechamada ou recodifica o 220 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM As teorias neuropsicol gicas actuais t m origem na teoria de Orton 1928 cit Fonseca 1984 considerando que o hemisf rio esquerdo realiza de forma mais especializada o processamento unimodal a integra o sequencial de est mulos lingu sticos prim rios e a reten o de c digos simples enquanto que o hemisf rio direito est mais preparado para realizar a integra o intermodal a integra o de est mulos visuo espaciais e o processamento de informa es novas e complexas Cruz 1999 Nesta ordem de ideias pode afirmar se que a disfun o cerebral est relacionada com a altera o do processamento e das estrat gias adequadas para levar a cabo as aprend
393. izagens de modo satisfat rio pelo que n o de aceitar a concep o anterior de que ela consiste apenas numa altera o ou defici ncia nos circuitos ou conex es cerebrais necess rios Coplin amp Morgan 1988 Todas estas teorias foram bastante difundidas por Orton 1928 logo no in cio da investiga o em Dificuldades de Aprendizagem que considerava que a dislexia era devida a uma falta de domin ncia cerebral e por Werner amp Strauss 1942 que consideravam que os dist rbios de aprendizagem eram provocados por es es cerebrais m nimas ou problemas neurol gicos cit Fonseca 1984 Garc a 1995 A abordagem mais actual e mais consensual de DA apresentada por Rourke 1989 ao considerar as dificuldades de aprendizagem como uma manifesta o de d fices b sicos de tipo neurol gico e ao afirmar que os subtipos de DA nos podem ajudar a verificar as dificuldades no funcionamento acad mico e ou psicossocial Por isso acha poss vel verificar a conex o entre dificuldades acad micas e dificuldades de aprendizagem social e entre DA e d fices neurol gicos a partir de um marco neuro evolutivo ou de desenvolvimento Rourke 1989 defende tamb m um modelo de desenvolvimento neuropsicol gico de recupera o dos alunos com DA que est organizado em sete etapas cit Garc a 1995 Cruz 1999 Determina o dos padr es de capacidades e d fices Determina o das exig ncias de envolvimento
394. j se falava do indiv duo com defici ncia dizendo se que lhe estava interdito oferecer sacrif cios ao Senhor bem como aproximar se do Altar Em escritos da poca Greco Romana encontram se v rias refer ncias aos loucos considerados seres 152 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS pr prios para a divers o dos ricos senadores Em muitas outras sociedades o pai tinha capacidade pata decidir se quetia ou n o o filho deficiente podendo abandon lo s feras No s c X nos pa ses n rdicos as crian as que nasciam com qualquer defici ncia f sica eram abandonadas na floresta onde morriam Na Idade M dia Crist surgiram Conventos e Hospitais onde se alojavam as pessoas a ii incapacitadas mas ainda havia medos relativamente ao contacto com pessoas diferentes consideradas seres possuidores do dem nio ou de esp ritos malignos e que eram submetidas a exorcismos Nos s culos XVI e XVII a mitologia o espiritismo e a bruxaria dominavam os valores de controlo e ordem social afectando o contacto com os deficientes que eram perseguidos encarcerados ou mortos Ainda no s c XVI surge uma perspectiva de mudan a ideol gica com a posi o do espanhol Ponce de Le n 1509 1584 que decide abandonar a atitude dogm tica de Arist teles que considerava que os surdos nunca poderiam falar nem eram educ veis tendo conseguido ensinar um grupo de surdos a ler escrever e contar Ainda na mesma poca Juan Bonet 1579
395. l CEEP 663 671 Dias M M amp Chaves J H 2001 b O programa de Treino da Percep o Visual para Alunos com Dificuldades de Aprendizagem do 1 ciclo do Ensino B sico In P Dias amp C V de Freitas Org Actas da II Confer ncia Internacional de Tecnologias de Informa o e Comunica o na Educa o Desafios 2001 Challenges 2001 Braga Centro de Compet ncia N nio S culo XXI da Universidade do Minho 707 721 Dias M M amp Chaves J H 2003 a Fun es da Imagem na Aprendizagem de Alunos com NEE CHALLENGES 2003 III Confer ncia Internacional sobre Tecnologias de Informa o e Comunica o na Educa o 5 SHE Simp sio Internacional em Inform tica Educativa 349 357 Dias M M amp Chaves J H 2003 b DA Desenvolvimento da Capacidade de Percep o Visual Revista Galego Portuguesa de Psicoloxia e Educaci n Actas do VII Congresso Galego Portugu s de Psicopedagoxia n 8 volume 10 ano 7 ISSN 1138 1663 Corunha Universidade da Corunha 1522 1531 Dias P 1992 Que Direc es para a Interac o na Comunica o Educacional Multimedia Inform tica e Educa o n 3 Revista do P lo da Universidade do Minho do Projecto Minerva 56 61 437 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Dias P 1993 Processamento da Informa o Hipertexto e Educa o Revista Portuguesa de Educa o 6 1 71 83 Dias P 2000 Hipertexto Hiperm dia e Media do Conhecimento Representa
396. l gica e interrelacionadas entre si As frases ganham significado espec fico e podem ser interpretadas correctamente num contexto global Rebelo 1993 Por conseguinte a capacidade de linguagem desenvolve se durante toda a vida do indiv duo de modo gradual com per odos em que este processo muito r pido e outros em que vagaroso Processa se ao longo da vida podendo considerar se v rios per odos telacionados com diferentes n veis et tios A Per odo pr verbal dos 0 aos 12 meses de idade Neste per odo s o produzidos sons n o identific veis com palavras mas que constam do l xico de uma l ngua Este per odo desenvolve se em seis est dios bem definidos e progressivos 1 Do nascimento s oito semanas de vida em que s o produzidos sons reflexos choro gritos ru dos bocejos solu os sendo alguns semelhantes a vogais ou sons nasalados 2 Entre as oito e as vinte semanas surgem sons directamente ligados a estados de conforto e de satisfa o riso e sons parecidos com vogais com consoantes nasais sil bicas e com vogais nasaladas 3 Entre as dezasseis e as trinta semanas surge o est dio do jogo vocal em que s o utilizadas s ries de sons mais longos que no per odo anterior com muitos gritos agudos e fortes sons graves e suaves sons guturais etc 4 Entre a trig sima e a quinquag sima semana surge o est dio em que ocorre a fase da lala o repetida com produ o de s laba
397. l Foundations of Learning Disabilities Englewood Cliffs Ed Prentice Hall Inc Hallahan D P amp Kaufman J M 1976 Introduction to Learning Disabilities A Psycho bebavioural Approach Englewood Cliffs NJ Prentice Hall Halliday M A 1982 Exploraciones sobre las Funciones del Lenguaje Barcelona M dica Y T cnica Hammill D D 1990 On defining Learning Disabilities An emerging consensus Journal of Learning Disabilities 23 2 74 84 Hammill D D Pearson N A amp Voress J K 1993 Developmental Test of Visual Perception Examiner s Manual 2 edi o Austin PRO Ed Hammill D D Leigh J E McNutt G amp Larsen S C 1981 A New Definition of Learning Disabilities Learning Disability Quarterly 4 4 336 342 Haring N G amp Schiefelbusch R L 1971 M todos de Educaci n Especial Madrid Magisterio Espa ol 442 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Harris A J 1982 Haw many kinds of Reading Disability are there Journal of Learning Disabilities 15 456 460 Heaton P amp Winterson P 1996 Dealing with Dyslexia London Whurr Publishers Hegarty S 1986 Algunas consideraciones al proyecto ingl s de integraci n escolar de los Nifios Disminuidos Integraci n en EGB Una nueva Escuela Madrid Fundaci n Banco Exterior Hochberg J E 1964 Perception New Jersey Prentice Hall Inc Hochberg J E 1966 Percep o Rio de Janeiro Zahar Edito
398. l e ou de dist rbios de comportamento Kirk 1962 Kirk amp Gallagher 1987 Assim a partir desta defini o restringe se o conceito de DA e considera se que os crit rios de classifica o at ali utilizados para definir crian as com Dificuldades de Aprendizagem serviam apenas para denominar todas as crian as que n o podiam ser consideradas nas categorias de defici ncia existentes e que s precisavam de ajuda na aquisi o das compet ncias escolares Por isso de acordo com Casas 1994 consideram se com Dificuldades de Aprendizagem as crian as que Apresentam discrep ncia entre o potencial de aprendizagem e o potencial de execu o 99 A x 99 O que fez aumentar substancialmente o n mero de servi os de apoio 215 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM T m um atraso acad mico n o resultante de outras defici ncias sensoriais N o conseguem aprender pelos m todos usuais precisando de m todos especiais Adelman 1971 outro autor que se distinguiu nesta fase considerando tal como Kirk que o sucesso ou insucesso escolar de uma crian a n o est unicamente dependente de uma desordem mas sim da interac o entre as reas fortes e as reas fracas da crian a dependendo ainda dos aspectos relacionados com o contexto escolar e program tico No sentido de esclarecer o seu ponto de vista este autor definiu um modelo de actua o com estas crian as a que chamo
399. labora o com os m dicos de medicina geral Em 1842 o Governo da Baixa Austria emitiu um decreto que dizia ser fundamental que os cegos fossem educados de acordo com as suas necessidades em sua casa ou nas escolas da sua comunidade Em 1885 abriu na Dinamarca a primeira escola privada para crian as com atraso mental Em 1898 Alexander Bell nos Estados Unidos da Am rica defendia a ideia de que as crian as com defici ncias deviam educar se em escolas especiais nas suas pr prias 55 Sons da natureza rugidos dos animais ou queda de algum fruto selvagem 5 Principalmente no caso de atraso mental 154 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS localidades e n o internadas nas institui es A partir desta data constituiu se a National Education Association que mais tarde em 1902 deu origem ao Departamento de Educa o Especial investiga o na rea da Educa o Especial s se come ou a desenvolver a partir do in cio do s c XX tendo como ponto de partida a an lise das v rias categorias de NEE e os problemas de aprendizagem Desde logo surge uma necessidade de detec o precisa dos problemas tendo sido criadas provas de intelig ncia de que se salientam os Testes de Intelig ncia desenvolvidos por Binet amp Simon 1916 cit Fonseca 1984 Nesta altura surgem as primeiras escolas de Educa o Especial em que se faz uma ac o educativa especializada distinta e separada da educa o q
400. ldonado 1994 16 Moles 1981 considera todas as imagens como figurativas porque refere que as imagens recriam por es do universo e sendo um simulacro do real a imagem desempenha a fun o de figura o 17 O icone caracteriza se por uma remiss o do significante ao significado em virtude de uma similaridade efectiva Jackobson 1973 O cono um signo cujo significante representa directamente a coisa significada A palavra cono usada num sentido novo de modo a conservar o aspecto abstracto da no o de signo a palavra imagem qualificaria por conseguinte a parte material do cono isto o significante Cloutier 1975 18 A rela o entre os signos e os objectos ou mais precisamente entre os signos e as regras de conte dos culturais que filtram a conex o com os objectos pode ser um problema no iconicismo Eco 1975 74 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Por conseguinte a componente essencial e espec fica da imagem a natureza ic nica a qual qualifica a ordem visual da realidade que se expressa atrav s da percep o humana do contorno a partir da qual surge o nico modelo normativo object vel a ordem visual natural e a ordem da percep o necess rio como refer ncia para formalizar e analisar qualquer outro modelo de representa o visual Esta estrutura ic nica o resultado da articula o sint ctica dos elementos da representa o de igual natureza morfol gicos din
401. leitura e escrita que podem ser ligeiros ou muito graves e ter causas diversas Estes problemas variam de acordo com as causas que os originam pelo que importante verificar se existem defici ncias f sicas ou sensoriais 4 capacidades cognitivas limitadas priva es s cio culturais bloqueios afectivos ou falta de oportunidade de aprendizagem e ainda se s o detectados problemas de leitura t picos dos maus leitores 65 Citoler 1996 Muitas das dificuldades de leitura e escrita resultam de problemas nos aspectos psico pedag gico que interferem nessas aprendizagens sendo de salientar os seguintes Rebelo 1993 1 Problemas motores que s o fundamentais para essas aprendizagens 2 Problemas na percep o visual relacionados com a distin o das letras e dos sinais gr ficos com o seu agrupamento e com a sua apreens o como um todo 3 Problemas de esquerdismo lateralidade e domin ncia lateral que est o relacionados com o desenvolvimento biol gico 66 4 Problemas na diferencia o esquerda direita que dificultam as tarefas de identifica o do tipo visuo verbal 5 Problemas de orienta o espacial que s o mais frequentes nos leitores fracos e nas crian as com disfun es cerebrais m nimas 6 Problemas na sequenciagao e no ordenamento temporal 164 Que necessitam de sistemas de ensino e de materiais adequados 165 Os maus leitores ou disl xicos apresentam problemas no processamento fonol
402. lelas sem sair fora Para tal devem fazer se exerc cios de recorte colagem jogos de encaixe jogos de constru o e manipula o modela o picotagem Frostig 1963 prop e ainda a realiza o de outros exerc cios figura 5 4 em que a crian a ter de fazer um tra o unindo as duas extremidades do t nel ou da estrada sem levantar o l pis do papel Figura 5 4 Coordena o Visual Motora Frostig 1963 cit Dias 1995 138 1999 223 2 Percep o figura fundo que a capacidade que permite focar a aten o nos est mulos adequados de figuras inseridas num fundo sensorial comum O c rebro humano como sabemos est organizado de modo que pode seleccionar de entre um conjunto de 195 Por exemplo quando uma pessoa quer alcan ar alguma coisa as suas m os s o guiadas pela vista 331 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEPC O VISUAL est mulos aquele que pode tornar se no seu centro de interesse No nosso campo perceptivo estes est mulos seleccionados formam a figura enquanto que os restantes cuja percep o confusa constituem o fundo Um objecto s pode ser percebido em rela o a um fundo o que exige capacidades de discrimina o identifica o e ordena o do campo perceptivo Quando uma crian a tem problemas neste campo torna se pouco cuidadosa e pouco organizada nos seus trabalhos sendo incapaz de se orientar numa p gina salta
403. lfabeto visual cuja aprendizagem poss vel desde muito cedo pois s a alfabetiza o visual permite a interac o comunicativa que d sentido a uma imagem 2 Outro princ pio que est relacionado com o reconhecimento dos s mbolos ic nicos dado que estes sendo amplamente culturais se apresentam na maioria das vezes sob a forma de imagens E um processo em que se aprende a descodificar c digos de conota o da imagem Nesta ordem de ideias uma leitura de imagens consistente deve realizar se em duas fases fundamentais Aparici amp Garc a Matilla 1989 1 Fase de Leitura Objectiva E a fase em que se faz a an lise dos elementos b sicos da imagem como o ponto a linha a forma a luz a cor a tonalidade e o enquadramento a descri o conceptual da imagem relativa a objectos pessoas localiza es ambientes e um estudo descritivo global das imagens tendo em conta as suas caracter sticas elementares a iconicidade a abstrac o ie cuis fal 23 49 n que reproduzem algumas condi es da percep o do objecto mas s depois de as ter seleccionado segundo os c digos de gu gu reconhecimento e de as haver anotado segundo as conven es gr ficas Eco 1970 16 121 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA a simplicidade a complexidade a monossemia a polissemia a originalidade e a redund ncia Esta uma fase de an lise global da imagem que nos permite compreend
404. lhantes aos da educa o geral e possibilitar ao m ximo o desenvolvimento individual das capacidades intelectuais escolares e sociais das crian as sendo fundamental o estabelecimento de um plano educativo PET para cada crian a que deve funcionar o mais precocemente poss vel Al m disso os programas devem ser adaptados a cada caso com o recurso a medidas preventivas e cotrectivas apoiadas num estudo profundo dos alunos em todos os aspectos do seu desenvolvimento afectivo social e psicol gico UNESCO 1973 Dias 1995 1999 Nos ltimos 25 anos a situa o da Educa o Especial em Portugal tem evolu do extraotdinatiamente pois quando noutros pa ses j se passava da fase da integra o educativa para a inclus o educativa em Portugal praticamente n o existiam estruturas de apoio integra o Assim pode dizer se que o grande movimento da educa o especial se come ou a desenvolver a partir de Abril de 1974 pelo que em apenas 25 anos se passou de uma educa o especial pouco desenvolvida para a escola inclusiva Lopes 2007 No entanto desde 1991 que surgiram em Portugal mudan as substanciais na Educa o Especial sobretudo a partir da publica o do Decreto Lei n 319 91 de 23 de Agosto que apresenta uma inova o importante no Sistema Educativo Portugu s especialmente no que se refere integra o de crian as e jovens com NEE no sistema regular de ensino o que at ali s acontecia em casos pontuais
405. liza o de um processamento de informa o passivo Deste modo as crian as com DA t m maior depend ncia nas suas actividades intelectuais menor perseveran a maior impulsividade e maior dificuldade em compreender e realizar orienta es tendo dificuldades em assumir um papel activo na sua pr pria aprendizagem Torgesen 1977 3 2 4 Fase Contempor nea de 1980 at hoje Esta ltima fase caracterizada por tend ncias de alargamento para al m das idades escolares tanto do diagn stico como da interven o havendo uma preocupa o em 101 Mais precisamente as dificuldades de leitura 102 Especialmente nos aspectos de discrimina o identifica o e integra o perceptiva 217 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM diferenciar com precis o os termos dist rbios e dificuldades H tamb m uma propens o para a implementa o de colabora o mais intensa entre escolas normais e escolas especiais assim como para a utiliza o das novas tecnologias no diagn stico e no tratamento Lerner 1989 Rebelo 1993 Cruz 1999 Neste per odo existe grande preocupa o interdisciplinar na an lise das DA e um grande contributo de muitos autores principalmente na investiga o das dificuldades de aprendizagem e no desenvolvimento de m todos de avalia o e interven o Torgersen 1991 Garc a 1995 As opini es destes autores podem agrupar se de acordo com tr s quadros concep
406. los Bender 1957 cit Rebelo 1993 que considera a dislexia como o resultado de uma falta de matura o de certos centros cerebrais Levinson 1980 que considera a dislexia como o resultado do funcionamento anormal do cerebelo e dos canais semicirculares do ouvido interno e Herman 1959 cit Fonseca 1984 que considera que os erros dos disl xicos s o devidos a um atraso na matura o que afecta os hemisf rios cerebrais e que provoca uma propens o inata para a confus o espacial e direccional Smith amp Carrigan 1959 cit Rebelo 1993 consideram que a dislexia est relacionada com problemas na actua o de subst ncias qu micas no processo de transmiss o de impulsos nervosos ao c rebro Frostig 1965 que associa a dislexia a problemas de percep o visual Dykman et al 1971 Kinsbourne amp Caplan 1979 que atribuem a dislexia a dist rbios de aten o ou de concentra o 2 Concep es nenrobiol gicas que surgem a partir dos avan os tecnol gicos da d cada de 70 em que s o realizados muitos estudos gen ticos e neuro anat micos As investiga es gen ticas t m procurado conhecer a poss vel origem cong nita da dislexia evolutiva tendo verificado que h mais rapazes que raparigas com dislexia e que esta pode ser heredit ria 1 Estes estudos foram muito desenvolvidos devido possibilidade de se conseguirem imagens cerebrais de compara o entre a actividade cerebral de leitores deficient
407. lunos com DA na diminui o das suas dificuldades perceptivas possibilitando lhes uma mudan a no desempenho escolar bem como ajudar outros alunos que n o tendo DA apresentam problemas de PV Os objectivos principais do estudo emp rico pretendem por conseguinte testar a efic cia dos Programas de Treino da Percep o o tradicional e o interactivo numa amostra de 57 alunos GE1 19 GE2 19 GC 19 com problemas de PV e DA em simult neo a frequentar escolas do 1 ciclo do Ensino B sico provar que os alunos submetidos ao treino conseguem obter melhores resultados do que os que n o o fizeram e confirmar que os alunos que fazem treino com o programa interactivo conseguem mais ganhos no P s teste do que os recebem treino com o programa em suporte tradicional 36 INTRODU O 5 Organiza o do Estudo O estudo foi elaborado em fun o dos objectivos definidos para sua concretiza o e correspondentes quest es de investiga o j referidas Este trabalho encontra se organizado em duas partes numa primeira parte exposto o enquadramento te rico sobre as tem ticas em estudo imagem tecnologia educativa tecnologias interactivas necessidades educativas especiais e dificuldades de aprendizagem problemas de percep o visual e treino da percep o visual e referida a investiga o existente relativamente a esses temas numa segunda parte apresentado o estudo emp rico m todo resultados d
408. lvido de modo tradicional em papel e outro interactivo desenvolvido no programa PowerPoint e realizado com o uso do computador pode concluir se que PTPV interactivo apresenta vantagens substanciais face ao PT PV tradicional Assim pode concluir se que o grupo GE2 que foi sujeito ao programa de treino interactivo apresenta ganhos superiores aos do grupo GE1 que realizou o treino no programa tradicional o que vem comprovar mais uma vez o afirmado por Casas 1987 de 419 CONCLUS ES GERAIS que o recurso s Zecnologias interactivas permite estimular a aten o e facilitar armazenamento da informa o contribuindo para que possa ocorrer uma aprendizagem significativa O recurso s Tecnologias Interactivas na cria o de programas deste tipo pode considerar se fundamental o que se comprova pelos resultados alcan ados pelo grupo que utilizou o PTPV interactivo Al m disso o programa desenvolvido apresenta aspectos originais bem diferenciados de outros materiais did cticos e utiliza as crescentes potencialidades do computador justapondo dois ou mais sistemas simb licos o que est de acordo com o afirmado por Boix 1983 de que os programas educativos s atingir o os seus objectivos se utilizarem o computador como potenciador do processo de aprendizagem atrav s da associa o de ideias e da criatividade Neste sentido o estudo realizado vem tamb m confirmar o afirmado por Moderno 1992 122 de que a percep
409. m problemas de PV foi de 85 379 alunos Resultados da primeira avalia o dos alunos Bi n de sujeitos com problemas de PVe DA Bi n de sujeitos com problemas de PV sem DA Bn sujeitos sem problemas de PV Gr fico 7 1 Percentagem de alunos do concelho de Braga com problemas de PV 406 APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS 7 2 Apresenta o e Discuss o dos Resultados do estudo emp rico Relativamente apresenta o dos resultados s o inicialmente referidos os dados obtidos na avalia o Pr teste dos 57 alunos da amostra e os resultados obtidos atrav s da realiza o de Testes de Student em que se comparou cada um dos grupos experimentais GE1 e GE2 com o grupo de controle225 GC seguindo se a apresenta o dos resultados obtidos nos momentos P s teste e Follow up Estes resultados s o agrupados no DTVP 2 Hammill et al 1993 em tr s scores 1 Score global correspondente General Visual Perception GVP que engloba dois scores parciais 2 Score parcial 1 correspondente Motor Reduced Visual Perception MRP 3 Score parcial 2 correspondente Visnal Motor Integration V MIT Os resultados apresentados est o organizados no sentido de dar resposta s quest es de investiga o testando as hip teses formuladas Esta apresenta o e discuss o ter o inicialmente um car cter descritivo dos resultados globais seguindo se uma an lise interpretativa
410. m a alfabetiza o visual nunca ser t o estruturada como a da linguagem Dondis 1973 1988 De qualquer modo se a alfabetiza o significa que todos os componentes de um grupo partilham um conjunto determinado de informa es pode pensar se na possibilidade de se encontrarem as bases m nimas para se estabelecer c digos de codifica o e descodifica o de car cter geral relativamente imagem Pode ent o falar se num sistema de base para a aprendizagem a identifica o a cria o e a compreens o das mensagens visuais Guerra 1984 81 Neste processo de alfabetiza o visual dever come ar se pelo mais b sico explorando as suas qualidades sob os v rios pontos de vista o seu car cter e o seu potencial expressivo e de seguida aprender cada uma das unidades visuais mais simples da informa o visual ou seja os seus elementos 114 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Pode afirmar se que o texto visual tem propriedades sem ntico perceptivas de que se salienta a coer ncia textual da imagem Esta permite a interpreta o e actualiza o por parte de um destinat rio do significado de um conte do emanado de uma express o composta pot uma sequ ncia de imagens Esta propriedade tem tamb m por fun o distribuir de forma coordenada a informa o visual ao n vel da express o Por conseguinte esta coer ncia textual da imagem est relacionada com os problemas provocados pela sem ntica refere
411. m durante 8 semanas 1 m dulo semana Setembro Novembro de 2001 Aplica o individual do D TVP 2 aos 57 alunos que constituem a amostra do estudo p s teste Aplicag o individual do DTPV 2 aos alunos que na 1 aplica o apresentavam problemas de PV mas que n o tinham DA e n o foram inclu dos na amostra La A n n LI a Cada aplica o demorou cerca de 30 m Janeiro Fevereiro de 2002 Correc o dos testes e an lise comparativa dos tesultados do pr teste face ao p s teste e dos alunos com problemas de PY com D com os que n o t m DA mas t m problemas de PV a Cada teste demorou a corrigir cerca de 30 m Setembro Novembro de 2002 Aplica o individual do D TVP 2 aos 57 alunos que constituem a amostra do estudo follow up a Cada aplica o demorou cerca de 30 m Janeiro Junho de 2003 An lise dos resultados atrav s do recuso a procedimentos estat sticos testes estat sticos t Teste an lise de vari ncia ANOVAS etc Quadro 6 4 Etapas do estudo emp rico Antes de se proceder descri o dos diversos procedimentos do estudo importante referir o procedimento preliminar ao in cio do estudo propriamente dito que design mos por experi ncia piloto realizado numa Escola do Ensino B sico do 1 ciclo 6 2 1 1 Experi ncia Piloto Antes do in cio do estudo entendeu se ser importante realizar uma experi ncia piloto ou brova piloto mama Es
412. m que a interven o da mem ria permite a compara o e a consequente passagem da condi o de acontecimento a conceito com interven o do feedback No entanto as propriedades globais cor forma textura transcendem os n veis A E E 40 considerados sendo capazes de permanecer para l de eventuais subdivis es da unidade 39 Produto de uma elabora o cultural Edeline et al 1992 98 40 tamanho de um olho determinado em fun o do tamanho da cabe a 99 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Neste sentido numa representa o podem existir v rios n veis hierarquizados e nenhum a priori dominante as partes t m o mesmo estatuto l gico do todo mas as figuras globais podem por vezes ser decompostas em partes e por outro lado o todo tem manifestamente propriedades que as partes n o t m Edeline et al 1992 102 Deste modo cada unidade ou parte da unidade tem valor pela sua posi o no enunciado visual Mant m rela es que podem ser de quatro esp cies coordena o subordina o a uma unidade de n vel superior sobre ordena o e pr ordena o Estas rela es fornecem as propriedades globais Edeline et al 1992 103 Os principais elementos determinantes de uma unidade visual s o os determinantes intr nsecos e os determinantes extr nsecos conforme se pode observar no quadro 1 4 Determinantes intr nsecos Determinantes extrinsecos Sincr n
413. m um computador para observar evidentes sinais de entusiasmo delibera o debate e concentra o intensa Ponte 1992 127 V rios autores que se dedicaram ao estudo das NTI novas tecnologias de informa o criaram programas inform ticos destinados a ajudar os alunos no desenvolvimento de aprendizagens significativas Assim Salomon et al 1981 cit Winn amp Snyder 1996 criaram um programa de processamento de texto o Writing Partner para ajudar os alunos a escrever tendo verificado que a interac o com o computador os ajudava a interiorizar formas de processamento potenciadoras de metacogni o relevante para a tarefa em causa a escrita e Papert 1983 e os seus colaboradores realizaram v rios trabalhos sobre o ambiente LOGO tendo verificado que as crian as que trabalhavam com esta ferramenta interiorizavam uma s rie de mecanismos para processar a informa o e desenvolviam destrezas de manipula o simb lica que os ajudava posteriormente na resolu o de problemas Muitas das aplica es pr ticas como os programas de treino de compet ncias diversas cognitivas perceptivas e outras t m como ponto de partida a psicologia 323 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL cognitiva que interfere em v rias das actividades escolares desde a linguagem esctita e falada ao desenvolvimento da percep o da mem ria do racioc nio e da criatividade
414. magem na retina Com estes exerc cios pretende se desenvolver a compet ncia para relacionar duas figuras que variam num ou mais elementos discriminat rios208 tendo a crian a que descobrir numa s rie de figuras a que corresponde ao modelo apresentado ver figura 5 18 Aponta na figure todas as formas que t m mesmo formato do modelo Figura 5 18 Const ncia da Forma 5 2 1 1 O PTPV desenvolvido em suporte tradicional papel impresso O PTPV criado para esta modalidade formado por exerc cios impressos com inser o de imagens em papel tamanho A4 nos quais os alunos t m de marcar com uma cruz as respostas certas utilizando um l pis vulgar ou t m de desenhar os tra os pedidos nos m dulos de coordena o culo manual c pia rela es espaciais e velocidade visual motora utilizando tamb m um l pis Esta modalidade obedece aos requisitos descritos acima no que respeita sua constitui o e organiza o Houve uma grande preocupa o com a organiza o do espa o de cada folha e com a qualidade dos elementos visuais que se procurou usar na sua forma mais simples e linear evitando elementos sup rfluos que se tornariam elementos de distrac o 208 Tamanho posi o ou sombreado 348 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL As imagens utilizadas foram seleccionadas de acotdo com o n vel et rio e grau de escolaridade a que se d
415. magens t m um importante papel na motiva o sendo ainda um agente motivador Denis 1984 Denis amp Carfantan 1990 De facto o significado de uma imagem manifesta se atrav s da express o ic nica pois as imagens n o se representam de forma directa por meio de objectos mas sim por meio de opera es materiais perceptivas e regras gr ficas e tecnol gicas Vilches 1992 Assim aquilo que vemos sempre baseado na forma exterior dos objectos embora o modo como interpretamos organizamos e dirigimos a aten o acaba por afectar o que vemos O organismo humano altamente adapt vel e flex vel pelo que grupos diferentes podem ter uma imagem muito espec fica da realidade envolvente Lynch 1982 1960 202 Processos relacionados com o racioc nio indutivo dedutivo e anal gico que s o tr s campos que facilitam enormemente a aprendizagem 338 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL Deste modo torna se muito importante estimular a crian a atrav s do recurso f imagem fixa ou animada nunca esquecendo que a imagem corresponde forma na Teoria da Forma ao padr o e Gestalt Thibault Laulan 1973 17 Al m disso a imagem ajuda a criar as condi es facilitadoras do conhecimento tanto espontaneamente como induzida por uma ordem Nesse sentido a imagem permite evocar uma experi ncia espec fica estimular construir ou transformar modelos re
416. mais est tica ou din mica mais linear ou paralela mas todas elas combinadas e integradas possibilitam uma melhor apreens o da realidade e o desenvolvimento de todas as potencialidades do educando Moran 1996 42 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Introduc o A necessidade de se encontrarem novas formas de ensino e de aprendizagem apontam o recurso s tecnologias de informa o e comunica o como uma hip tese de solu o pelo que a evolu o tecnol gica p s disposi o do professor meios suficientes para trazer at ao aluno um mundo at h pouco ainda distante Moderno 1992 12 O conjunto de tecnologias que se concentram em torno das Tecnologias da Informa o e Comunica o TIC sem d vida a inova o que mais influenciou o desenvolvimento da vida social nos finais do s culo XX pois a tecnologia est em tudo a toda a hora em qualquer lugar Moran 2005 Assim as novas tecnologias baseadas no computador tanto servem de suporte ao processamento de informa o como interv m nos mais diversos processos de comunica o Ponte 1997 5 Neste sentido torna se fundamental analisar tamb m a rela o Imagem Tecnologia Educativa dado que o recurso ao computador na an lise e percep o de imagens de forma correcta permite que os alunos se sintam mais motivados para a aprendizagem e sejam capazes de fazer mais facilmente uma correcta leitura da imagem A utiliz
417. maliza o Deste modo privilegia se a integra o das crian as com NEE nas Escolas B sicas de acordo com os princ pios fundamentais das chamadas Escolas Inclusivas que assentam nos seguintes princ pios 1 Todos os alunos devem sempre que poss vel aprender juntos independentemente das dificuldades e das diferen as que apresentam 2 As escolas inclusivas devem adaptar se aos v rios estilos e ritmos de aprendizagem recorrendo a curr culos adequados a uma boa organiza o escolar a estrat gias pedag gicas inovadoras utiliza o de recursos adequados e a uma coordena o com as respectivas comunidades 3 Os alunos com NEE devem receber todos os apoios t cnicos e pedag gicos indispens veis a uma educa o eficaz pelo que a sua integra o nas escolas inclusivas deve privilegiar os seguintes aspectos UNESCO 1994 versatilidade do curr culo que deve ser adaptado s necessidades da crian a e n o ao contr rio devendo as escolas fornecer oportunidades curriculares que correspondam a crian as com capacidades e interesses distintos Diferentes formas de apoio tais como ajuda m nima na classe programas de compensa o educativa no mbito da escola e recurso sempre que necess rio ao apoio de professores especializados 53 x s du a f i Assinada na Confer ncia Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais Acesso e Qualidade organizada pelas Na e
418. mb licos da codifica o de um programa de televis o podem afretar o dom nio das capacidades mentais espec ficas n o apenas sob condi es experimentais controladas mas tamb m sob condi es normais de visualiza o Por conseguinte estes estudos permitem concluir que os n veis de conhecimentos e de compet ncias adquiridos pelas crian as na visualiza o permitem determinar em que reas de conhecimento e de compet ncia beneficiam mais Portanto o autor utiliza este trabalho para elaborar e afirmar o seu pensamento sobre a natureza da interac o entre meios de comunica o e aprendizagem pois esta pode ser facilitada na medida em que as compet ncias activadas s o relevantes para fazerem a aprendizagem da tarefa Assim quando a tarefa exige um certo acto de compara o anal tica as mensagens s o codificadas Este autor procurou ainda aplicar a Teoria dos Sistemas Simb licos aos efeitos de outros media na aprendizagem particularmente no que respeita forma como os sistemas simb licos do computador se poder o tornar tamb m ferramentas para pensar capazes de aumentar a nossa capacidade cognitiva cit Winn amp Snyder 1996 128 Como conclus o dos estudos Salomon afirma que um grande romance ou um programa de televis o podem afectar o dom nio das compet ncias espec ficas mentais atrav s da codifica o dos elementos que emprega e que crian as de diferentes idades e com n veis normais de c
419. mento da Educacao Lisboa Texto Editora L da Ponte J P 1997 As Novas Tecnologias e a Educa o Lisboa Texto Editora Porcher L 1976 L Education Les communications de masse Paris Ed Denodel Gonthier Portaria n 550 A 2004 I S rie B N 119 de 21 de Maio de 2004 pp 3254 7 Portaria n 550 B 2004 I S rie B N 119 de 21 de Maio de 2004 pp 3254 17 Portaria n 550 D 2004 I S rie B N 119 de 21 de Maio de 2004 Portaria n 550 E 2004 T S rie B N 119 de 26 de Maio de 2004 Pouts Lajus S amp Rich Magnier M 1998 4 Escola na Era da Internet Os Desafios do Multim dia na Educa o Lisboa Instituto Piaget Prawat J P 1989 Promoting Access to Knowledge Strategy and Disposition in Students A Research Synthesis Review of Educational Research 59 1 41 Quir s J amp Schrager O 1978 Neuropsychological Fundamentals in Learning Disabilities 5 edicao Rafael Ed Academic Therapy Public 451 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Rebelo J A 1993 Dificuldades da Leitura e da Escrita em Alunos do Ensino B sico Rio Tinto Edi es ASA Rebelo J Fonseca A Sim es A amp Ferreira J 1995 Dificuldades de Aprendizagem elementos para a caracteriza o do problema Revista Portuguesa de Pedagogia XXIX n 3 35 54 Reis A 1990 Comunica o e Rela o Pedag gica O Professor n 2 3 s rie 40 70 Resnick L 1976 The Natur
420. mesma institui o que aceite as diferen as apoie a aprendizagem e responda s necessidades individuais acabando assim com o isolamento a que estavam votados os alunos com NEE As conclus es mais importantes da Confer ncia relativamente defesa da Educa o para Todos afirmam o reconhecimento da necessidade de garantir a educa o das crian as jovens e adultos com NEE no quadro do sistema regular de educa o atrav s de uma pedagogia centrada na crian a e que satisfa a as suas necessidades espec ficas Relativamente ao desenvolvimento da educa o inclusiva considera se que as escolas regulares s o os meios mais capazes para combater atitudes discriminat rias proporcionar uma educa o adequada maioria das crian as e promover maior efici ncia em todo o Sistema Educativo Assim os sistemas de educa o devem ser planeados nesse sentido e os programas educativos ser implementados de acordo com a diversidade das caracter sticas e necessidades dos alunos com NEE Para a consecu o desta exig ncia devem ser ainda ser desenvolvidos programas de forma o de professores tanto a n vel inicial como de forma o cont nua que permitam dar resposta s necessidades educativas especiais das escolas inclusivas S o ainda importantes as conclus es que incentivam os governos a dar maior prioridade ao desenvolvimento dos respectivos sistemas educativos de modo a que possam fazer a inclus o de todas as crian
421. millan USA Dumond P 1994 Imagem e Comunica o Propostas metodol gicas Col quio Educa o e Sociedade n 5 Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian 129 165 Dykman R A Ackerman P T Clements S D amp Petters J E 1971 Specific Learning Disabilities An attentional deficit syndrome In Myklebust H R Ed Learning Disabilities V ol ID New York Grune e Stratton Eco U 1964 Apocalittici e integrati Milano Casa Ed Valentino Bompiani amp C Eco U 1970 S miologie de Messages Visuels Communications 15 11 52 Eco U 1975 La estrategia de la ilusi n Barcelona Lumen 438 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Edeline F Klinkenberg J M amp Minguet P 1992 Trait du signe visuel pour une rh torique de l Image Paris Editions du Seuil Engelmann S 1966 Teaching disadvantage Children in the Preschool New York Ed Prentice HallEngleood Cliffs Escarpit R 1972 L Image et l Enfant In Thibault Laulan A M Image et Communication Paris Editions Universitaires Estienne F 1982 Dyslexie In Rondal J A amp X Seron Eds Troubles du langage Diagnostique et r ducation pp 397 431 Li ge Pierre Mardaga Fauquet M amp Strasfogel S 1975 Lo Audiovisnal al servicio de los profesores Madrid Narcea Fernandes R 1988 Nas origens do Ensino Especial O primeiro Instituto Portugu s de Surdos Mudos e Cegos Revista da Biblioteca Naci
422. momentos de avalia o ao passo que o grupo experimental 1 apresenta um aumento significativo e constante por outro lado o grupo experimental 2 o que mais aumenta no P s teste mantendo se est vel no Follow up 227 4 an lise de vari ncia um teste estat stico amplamente difundido entre os estat sticos e visa fundamentalmente verificar se existe uma diferenca significativa entre as m dias e se os factores exercem influ ncia em alguma vari vel dependente 228 Este procedimento permite fazer uma an lise com vari veis dependentes relacionadas e explicar m dias permitindo testar os efeitos de interacc o entre os grupos McCullagh amp Nelder 1989 411 APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS General Visual Perception GVP Grupo de controlo Grupo experimental 1 Grupo experimental 2 M dias Marginais Estimadas Gr fico 7 2 M dias de GVP dos GE1 GE2 e GC nos tr s momentos de avalia o Motor Reduced Perception MRP Legenda Grupo de controlo Grupo experimental 1 Grupo experimental 2 Gr fico 7 3 M dias de MRP dos GE1 GE2 e GC nos tr s momentos de avalia o FD APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS Gr fico 7 4 M dias de VMI dos GE1 GE2 e GC nos tr s momentos de avalia o 413 APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS 414 APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS 7 3 Discuss o dos Resul
423. montagem de quebra cabe as e na infer ncia visual Johnson amp Myklebust 1967 Assim no seu tratamento deve fazer se treino perceptivo em especial da percep o visual baseado em exerc cios sistem ticos relacionados com percep o figura fundo const ncia da forma posi o no 254 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM espa o rela es de espa o reorganiza o perceptiva esquematiza o perceptiva organiza o perceptiva da informa o e coordena o visuo motora 6 Problemas de mem ria que s o vis veis quando os alunos apresentam dificuldades em recordar est mulos visuais e auditivos De um modo geral verifica se uma dificuldade ou incapacidade para lembrar ou relembrar o que foi ouvido visto ou experimentado sendo esquecidas palavras voc bulos quest es matem ticas ou dificuldades em seguir direc es C Classifica o das DA em fun o de um modelo integrado Esta classifica o abrange a complexidade de aspectos em que incidem as DA funcionando como um modelo operativo que pode ser aplic vel a todo o ciclo de vida do indiv duo Assim o NJCLD 1994 cit Shaw et al 1995 considera que as dificuldades de aprendizagem acontecem em quatro n veis ou discrep ncias 1 Dificuldades de Aprendizagem de nivel I ou discrep ncia intraindividual que sao dificuldades significativas e relacionadas com pontos fortes em diferentes reas relacionadas com a compreens o oral a fala
424. mpaio e Melo 1977 cit Rebelo 1993 No entanto os significados da palavra devem ser encontrados rapidamente respondendo s liga es ortogr ficas e aos seus significados apropriados codificados contextualmente 284 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM E atrav s do processo de leitura que se desenvolve a interpreta o significativa de s mbolos seguida da compreens o pois a leitura um processo de comunica o entre escritores e leitores e um meio para atingir um fim Numa perspectiva cognitiva a leitura uma actividade complexa composta por uma s rie de processos psicol gicos de diferentes n veis que a partir de um est mulo visual permitem atrav s de uma actua o global e coordenada a compreens o do texto Estes processos psicol gicos podem agrupat se basicamente em dois grandes grupos Citoler amp Sanz 1993 1 Processos de Baixo N vel que interv m no reconhecimento das palavras permitindo a tradu o da letra impressa em linguagem falada ou seja s o processos que permitem a descodifica o das palavras atrav s da an lise e identifica o dos padr es visuais e da sua transforma o em sons 2 Processos de Alto N vel que interv m na compreens o de uma frase ou de um texto com a finalidade captar a mensagem ou a informa o que os textos escritos proporcionam S o processos que permitem a compreens o das palavras atrav s da procura e recupera o dos seus significado
425. mpetence Linguistic Abilities in Reading and Writing In Rosenberg S Ed Advances in Applied Psycholinguistics Volume ID Cambridge Cambridge University Press 450 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Peterson M J amp Graham S E 1974 Visual Detection and Visual Imagety Journal of Experimental Psychology 103 509 514 Pettersson R 1993 Visual Information 2 edi o New Jersey Educational Technology Publications Inc Englewood Cliffs Piaget J 1956 Motricit Perc ption et Intelligence Revue Enfance n 2 Piaget J 1973 Psychologie et Epist mologie volume 1 Paris PUF Piaget J 1973 Six Etudes de Psychologia Paris Ed D no l Gonthier Piaget J 1978 Seis Estudos de Psicologia Lisboa Edi es Dom Quixote Pinillos J L 1975 Principios de Psicologia Madrid Alianza Editorial Pinto A C 1990 Metodologia da Investiga o Psicol gica Porto Edi es Jornal de Psicologia Pinto M C 1988 Educar para a Comunica o Lisboa Gabinete de Estudos e Planeamento Minist rio da Educa o Pollatseck K A 1983 What can Eye Movements tell us about Dyslexia In Rayner K Ed Eye movement in reading New York Academic Press Pons J P 1994 Reflexionando sobre la Tecnolog a Educativa In Pons Juan Pablos Coord La Tecnologia Educativa en Espana Sevilla Publicaciones de la Universidad de Sevilla Ponte J P 1992 O Computador um Instru
426. mpreens o da necessidade do uso de luz artificial Dias amp Chaves 2003a 354 4 Fun o Informativa Esta fun o acontece quando a imagem ocupa o primeiro plano no discurso did ctico A explica o da mensagem ic nica o texto verbal que apenas a transforma o da mensagem ic nica em informa o verbal Esta fun o engloba uma categoria ou uma classe de objectos mas n o caracteriza o pr prio objecto uma fun o muito importante permitindo que os alunos com DA apreendam determinados conte dos que s o de dif cil compreens o e explica o de forma verbal A imagem permite lhes ainda memorizar aspectos que passariam despercebidos ou n o seriam compreendidos atrav s de uma explica o essencialmente verbalizada conforme se pode analisar na figura 1 11 132 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Figura 1 11 Imagem para verbalizar sobre um tipo de constru o desconhecida Dias amp Chaves 2003a 354 5 Func o Explicativa Esta fun o caracteriza se pela manipula o da informa o ic nica de forma a permitir a sobreposi o de c digos numa mesma imagem e explicar graficamente um processo uma rela o uma fun o em que se utilizam imagens reais ou realistas com associa o de c digos direccionais inclu dos na ilustra o Esta fun o pode facilitar o relacionamento de dados bem como permitir uma an lise orientada de factos de acordo com o representado na figura 1
427. mulos visuais os quais s o associados a experi ncias sensoriais e motoras anteriores Frostig 1963 O seu desenvolvimento nas crian as processa se de forma gradual e progressiva tendo Gesell 1940 cit Dias amp Chaves 2003 b afirmado que 30 INTRODU O a crian a na sua primeira c pia em papel vai revelando como est diferenciando os detalhes um por um embora os represente sob a forma de massa disforme Deste modo pode caracterizar se a Percep o Visual PV como uma actividade do sujeito que se manifesta atrav s de movimentos de orienta o e explora o em praticamente todas as capacidades perceptivas actuando sobre representa es e ultrapassando uma mera actividade sensorial A actividade perceptiva desenvolve se atrav s de uma s rie de processos que na sua maioria s o inconscientes apesar dos resultados finais se tornarem conscientes Frostig et al 1994 Dias amp Chaves 2001b Nesta ordem de ideias verifica se que quando uma crian a revela atraso no desenvolvimento da percep o visual apresenta tamb m dificuldades no reconhecimento de objectos nas rela es entre si e o espa o e nas aquisi es b sicas de tamanho forma e orienta o espacial o que pode comprometer o desenvolvimento normal dos processos da actividade mental e da aprendizagem Consequentemente uma boa percep o visual fundamental para as aquisi es escolares sendo a base de uma correcta leitura de imagens
428. n o principal o processamento do c digo lingu stico Nieto 1990 Existe disfasia ou afasia de desenvolvimento quando h dificuldades na interpreta o da linguagem verbal e descoordena o motora geral Este tipo de afasia manifesta se atrav s da fala dif cil de entender e do uso de linguagem telegr fica podendo ser expressiva ou receptiva Nieto 1990 Tradicionalmente as classifica es de afasia s o feitas tendo em aten o as reas afectadas e a idade do indiv duo podendo considerar se tr s categorias de afasia 281 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM Afasia sensorial ou receptiva que provocada por uma les o cerebral situada na zona de Wernickel59 e origina falta de compreens o do significado das palavras embora o indiv duo consiga falar com dificuldade Afasia motora ou expressiva que provocada por uma les o situada na zona de Brocal60 que provoca dificuldades de express o apesar do significado das palavras ser compreendido Afasia mista que surge quando h uma les o mais extensa que afecta tanto as reas motoras como as reas receptivas da linguagem 4 1 4 Natureza e fundamentos da Leitura e da Escrita No acto de ler h uma interac o entre linguagem e pensamento pois descodificar mais do que ler porque implica a compreens o da mensagem e permite que o utilizador da linguagem se desloque desta para o significado da mensagem Rebelo 1993 O objec
429. ncial constituindo o campo sem ntico que regula a forma e o significado Vilches 1992 Neste sentido o organismo humano organiza os est mulos visuais em totalidades racionais Estas s o apreendidas como padr es estruturais significativos que determinam aquilo que se v Arnheim 1988 1974 Al m da procura incessante da nitidez da formula o visual o olho procura sempre uma solu o mais simples para o que v Ainda que o processo de assimila o possa ser longo e complicado a simplicidade sempre o fim perseguido Dondis 1990 A Lei B sica da Percep o Visual a Lei da Simplicidade de acordo com os psic logos da Gestalt Arnheim 1988 1974 Na leitura de imagens h a considerar ainda outras leis mais particulares que s o regras que n o obedecem l gica formal mas que temos o maior interesse em compreender e dominar Moles 1987 166 E se subordinam a l gica da escala de subordina o dos nossos processos mentais pois vemos o mundo das imagens segundo as leis da Gestalt e as regras da infra l gica quer isto agrade ou n o ao nosso esp rito racional Moles 1987 167 Moles 1987 apelidou estas leis de Infra l gicas subdividindo as em 1 Lei da Proximidade que implica causalidade visto que elementos pr ximos s o mais facilmente percebidos como pertencentes a uma forma comum do que elementos afastados Aumont 1993 1990 71 115 IMAGEM E TECNOLOGI
430. ndizagens escolares pelo que o seu desenvolvimento deve ser visto como um processo de organiza o superior da informa o que envolve os mecanismos de aten o compara o organiza o perceptiva e categoriza o Almeida amp Morais 1990 41 3 Problemas de linguagem que s o interpretados em termos de discrep ncia relacionando se com a express o oral e a compreens o do que se ouve correspondendo linguagem receptiva e expressiva 4 Problemas ao n vel do pensamento que est o relacionados com a realiza o de opera es cognitivas com a forma o de conceitos com a solu o de problemas e com as associa es de ideias S o problemas que t m a ver com uma dificuldade de descodifica o visual uma lentid o na resposta ao significado de gravuras ou de n meros uma dificuldade em compreender absurdos visuais e em compreender o que visto Estes dist rbios est o saindo muito relacionados com os dist rbios de linguagem Kirk amp Gallager 1987 Assim deve fazer se treino de associa o de ideias com recurso a gravuras que se relacionam entre si e a exerc cios de s ntese visual 5 Problemas de percep o que est o relacionados com dificuldades no reconhecimento na discrimina o e na interpreta o de sensa es Estes problemas provocam frequentemente dificuldades na orienta o esquerda direita na orienta o espacial na consci ncia da imagem corporal na aprendizagem motora na
431. ndo pormenores n o completando desenhos ou frases falhando na selec o de itens etc Para desenvolver esta compet ncia realizam se exerc cios que facilitem a concentra o nos est mulos e a identifica o das qualidades de forma tamanho e cor A crian a tanto pode distinguir objectos misturados 6 como classificar objectos da vida di ria destacar pormenores dos objectos ver figuras espec ficas que est o sobrepostas a outras em fundos complexos etc Frostig 1963 prop e ainda a realiza o de outros exerc cios figura 5 5 em que a crian a ter de discriminar a figura que se pedir indicando a sublinhando a ou pintando a sem se deixar influenciar pelas figuras envolventes Figura 5 5 Percep o figura fundo Frostig 1963 Dias 1995 139 1999 225 3 Const ncia perceptiva ou da forma que a capacidade que permite perceber que um objecto tem propriedades invari veis como forma posi o e tamanho apesar da variabilidade da sua imagem sobre a retina O tamanho o brilho e a cor s o tamb m propriedades dos objectos 7 196 po exemplo descobrir uma lapiseira entre marcadores 197 As quais s o tamb m percebidas visualmente como uma constante 332 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL Para desenvolver esta compet ncia s o realizados exerc cios em que se procura relacionar duas figuras que variam num ou mais elementos discriminat
432. ndo os dedos ou objectos antes de iniciar a aprendizagem formal e usando a estrat gia de ir adiante ou ir atr s A compreens o da subtrac o em toda a sua complexidade e o dom nio das estrat gias de resolu o um processo gradual e progressivo 311 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM Multiplicac o A sua aprendizagem s pode ser iniciada quando as crian as tiverem assimilado bem o conceito de adi o porque a multiplica o uma adi o sucessiva do mesmo n mero que se desenvolve a partir da compreens o de combina es num ricas b sicas e de tabuadas que os alunos elaboram por si mesmos Divis o A sua primeira abordagem feita a partir da reparti o em partes iguais englobando muitas concep es que as crian as devem conhecer repartir partir o n mero de vezes que um n mero contido noutro ou o n mero que falta num produto Esta a opera o inversa da multiplica o sendo no entanto a opera o mais dif cil de aprender dada a sua complexidade processa se da esquerda para a direita ao contr rio das outras tem dois resultados o quociente e o resto enquanto que as outras s t m um resultado requer que os outros algoritmos j estejam bem automatizados e por ltimo um procedimento apenas semi autom tico j que tem uma fase de tentativa o que leva a que algumas vezes o resto seja maior que o quociente 3 Resolu o de problemas A resolu o de problemas impl
433. nta es mentais que permitem realizar os gestos correspondentes O xito da escrita depende da capacidade visuo motora do indiv duo pois quem escreve tem de perceber 172 Esta defini o apresentada pelo Hospital Henri Rouselle cit Monedero 1989 301 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM correctamente o espa o que o fodeia para ter uma representa o adequada dos movimentos que deve realizar Monedero 1989 Citoler 1996 considera que a disgrafia de um modo geral se pode classificar em dois grandes tipos de Disgrafia 1 Disgrafias adquiridas que ser centrais em que h uma altera o numa ou em ambas as vias para aceder ao l xico e que podem ser fonol gicas 5 superficiais 74 profundas gt quando est o lesionadas ambas as vias e n o h compreens o do significado das palavras e perif ricas em que h transtornos motores e uma les o nos processos posteriores que d o acesso ao l xico 2 Disgrafias evolutivas que s o dificuldades na aprendizagem inicial da escrita sem que exista raz o objectiva para isso porque a capacidade intelectual normal o ambiente familiar n o tem problemas e o desenvolvimento dos processos perceptivos e motores normal n o havendo bloqueios Por conseguinte o principal problema est a n vel l xico embora possam existir problemas fonol gicos superficiais ou mistos De um modo mais particular diversos autores Ajuriaguerra 1974 Gaddes 1980
434. nte de dificuldade do 1 ao 8 M dulo Todos os exerc cios t m a introdu o de imagens adequadas ao n vel et rio e ao n vel escolar as quais v o facilitar a compreens o daquilo que se pretende que os alunos fa am no exerc cio bem como permitir lhes criar rotinas de realiza o que poder o vir a ser utilizadas noutras situa es de aprendizagem Foi feita ainda uma adequa o dos conte dos a inserir no PTPV pelo facto de se destinar a ser utilizado com alunos que t m dificuldades de aprendizagem DA e que necessitam de um acompanhamento muito cuidadoso desde a individualiza o do ensino ao recurso a m todos e meios espec ficos diversificados 342 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL Por conseguinte foi tamb m tido em conta que muitas vezes os alunos com DA aparentam n o ter problemas mas quando olhados com mais aten o revelam diversas dificuldades j referidas em cap tulos anteriores como lentid o na aprendizagem problemas nas aquisi es da leitura e escrita na aritm tica na memoriza o na aten o e problemas de percep o auditiva e visual Estes dist rbios perceptivo motores relacionam se com uma dificuldade de descodifica o visual lentid o na resposta ao significado de gravuras ou de n meros dificuldades em compreender os absurdos em gravuras engra adas e em compreender o que visto Kirk amp Gallagher 1987 Exi
435. nterfer ncias nem elementos de distrac o sendo feita uma explica o inicial do pretendido com os v rios itens e havendo sempre que necess rio o apoio na realiza o dos exerc cios e um voltar atr s para que o aluno corrigisse todas as incorrec es Esta aplica o foi feita semanalmente um dia por semana durante 8 semanas consecutivas demorando cada sess o cerca de 40 minutos excepto na 1 sess o do grupo Experimental 2 que foi mais demorada pois tornou se necess rio fazer uma adapta o inicial dos alunos pata o uso do rato nos exerc cios relacionados com a coordena o visual motora que exigiam a realiza o de tra os no programa de desenho 7 O grupo de controlo tamb m formado aleatoriamente n o foi sujeito a qualquer tratamento a n o ser o acompanhamento do mesmo programa escolar normal que tamb m foi seguido pelos alunos dos grupos experimentais 8 Terminado o treino foi novamente aplicado de forma individual o Teste DTVP 2 com os 57 alunos implicados no estudo GE1 GE2 e GC que constituiu o P s teste 9 Ap s correc o das provas foi feito o tratamento estat stico dos dados sendo os mesmos lan ados no programa inform tico OSPSS Statistical Program for Social Sciences vers o 15 0 para verifica o das diferen as dos resultados obtidos pelos tr s grupos GE1 383 METODOLOGIA GE2 GC no P s teste tendo sido utilizado o teste estat stico ANOVA mista com
436. nterpessoal relacionados com situa es de ensino aprendizagem como caracteristicas do professor estilos de ensino e interac es aluno aluno e aluno professor 3 Factores contextuais relacionados com o contexto educativo familiar ou social medida que a leitura e a escrita se v o desenvolvendo e passando a est dios mais avan ados a correla o entre ambas vai crescendo e a identifica o com factores lingu sticos e intelectuais vai se tornando cada vez maior Perfetti amp McCutchen 1987 Assim no processo de aprendizagem da leitura e escrita podem considerar se tr s fases distintas 1 Fase de prepara o e maturidade para estas aprendizagens 2 Fase da aprendizagem propriamente dita 3 Fase de consolida o om automatiza o que surge quando os processos de descodifica o e compreens o actuam em paralelo e os processos de baixo n vel se automatizam passando se de uma leitura de principiante para uma leitura fluida de bom leitor com esses processos j automatizados Citoler amp Sanz 1993 O desenvolvimento do processamento autom tico das palavras tem uma evolu o semelhante que existe na aquisi o de qualquer outra capacidade a metacogni o e desenvolve se em tr s fases distintas Fitts amp Posner 1968 Citoler amp Sanz 1993 1 Fase cognitiva em que se desenvolve a consci ncia da tarefa a realizar e o aluno j compreende a tarefa que lhe exigida 283
437. ntos realizar uma aprendizagem repetitiva reprodutiva ou significativa Cosme amp Trindade 2001 Assim o programa criado est centrado nos alunos permitindo que eles al m de compreenderem os conte dos possam investigar e procurar novas rela es sentindo se assim construtores das suas aprendizagens atrav s da interac o com o contexto que lhe proporciona o programa mediador e da reorganiza o dos seus esquemas de conhecimento 5 2 1 4 Normas gerais de utiliza o do PTPV O PTPV deve ser aplicado sempre que poss vel individualmente principalmente quando o grau de dificuldade dos alunos grande No entanto mesmo quando aplicado colectivamente a um pequeno grupo o primeiro exerc cio de cada m dulo dever sempre ser feito de forma individual e com o apoio do professor para que este forne a as instru es precisas ao aluno e explique gradualmente o modo de resolu o dos exerc cios ou seja no in cio de cada item dever ser explicado ao aluno o que se pretende que ele fa a Por exemplo no item 1 Coordena o culo manual do 1 M dulo2 7 deve dizer se ao aluno 217 vero conjunto dos 8 m dulos nos Anexos I II e III 358 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL Tens aqui um animal que se quer deslocar para a sua casota que est no fim deste caminho Tu vais ajud lo fazendo um tra o cont nuo sem levantar o l pis d
438. ntos de tal forma inapropriados que comprometem o sucesso escolar NEE de car cter motor que englobam a paralisia cerebral a espinha b fida a distrofia muscular e outros problemas motores tendo por base altera es nas capacidades f sicas causadas por qualquer problema de origem org nica ou ambiental NEE de car cter sensorial relacionadas com problemas na capacidade visual e auditiva Relativamente vis o salientam se os cegos que t m grande incapacidade visual ao ponto de terem de usar o Sistema Braille para ler e os ambl opes que t m baixa vis o vis o residual ou parcial e que conseguem ler com letras ampliadas e recurso a ajudas pticas No que respeita a problemas de audi o podem considerar se os surdos cuja perda auditiva de 90 decib is ou superior e que recorrem l ngua gestual e os hipoac sicos cuja perda auditiva se situa entre os 26 e os 89 decib is que podem ter de recorrer a aparelhos de amplifica o para facilitar a audi o NEE relacionadas com problemas de sa de categoria que engloba crian as e jovens com problemas graves de sa de como acontece com a diabetes a asma a epilepsia a SIDA e outras doen as cr nicas que muitas vezes provocam problemas na aprendizagem escolar 6 C ARMS zu e do A Defici ncia Mental tem v rios graus ligeira moderada severa ou profunda 70 Nesta categoria tamb m se incluem os alunos sobredotados c
439. nual gestual e facial 6 Linguagem de sinais ou gestual que utiliza os dedos ou a posi o das m os para produzir os sinais convencionais do alfabeto 57 Nesta ordem de ideias importante acrescentar que na base da aquisi o e do desenvolvimento da linguagem est o tr s tipos de mecanismos Ru z amp Ortega 1997 a aprendizagem da combina o de fonemas palavras e frases em sequ ncias que os outros compreendam o conhecimento e partilha dos significados elaborados socioculturalmente por dada comunidade lingu stica e saber utilizar correctamente as regras gramaticais que estruturam as rela es forma fun o da linguagem 157 A linguagem utilizada pelos os surdos profundos 274 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM Sendo o nosso sistema de representa o da fala alfab tico consegue se representar um n mero infinito de mensagens com um pequeno n mero de s mbolos Este sistema permite que as palavras sejam segmentadas num n mero limitado de fonemas representando se visualmente cada som mediante um s mbolo o que leva ao estabelecimento em cada l ngua de regras de correspond ncia entre fonemas e grafemas que correspondem a uma ou mais letras do alfabeto Esta correspond ncia funciona na leitura no sentido grafema fonema e na escrita no sentido fonema grafema Citoler amp Sanz 1993 Nesta ordem de ideias a linguagem composta por v rios elementos dos mais simples aos mais comple
440. o seguido de um processo superior de organiza o da informa o Frostig 1972 Tudo isto est muito relacionado com o modo como a nossa vis o faz a capta o da imagem pois a partir deste momento que se desenvolve uma actividade mental Francastel 1983 Os problemas de percep o visual PV em alunos com Dificuldades de Aprendizagem DA s o referidos por v rios autores Frostig 1972 Hammill 1990 Mercer 1991 afirmando Kephart 1986 1960 que quando a crian a com estas dificuldades tem problemas no desenvolvimento da percep o da forma acaba pot enfrentar tamb m dificuldades nos problemas comuns e di rios de figura fundo Assim devem ser aplicados programas de treino da percep o visual tendo em vista melhorar o desempenho dos alunos relativamente s compet ncias perceptivas e permitir uma melhor aprendizagem dos conte dos inerentes s mesmas Os programas de treino quando produzidos atrav s das Tecnologias Interactivas permitem promover mudan as significativas na aprendizagem dos alunos As Tecnologias Interactivas t m promovido mudan as importantes na constru o de ambientes promotores da aprendizagem pelo que as concep es do computador como uma simples m quina bem programada deram lugar a utiliza es alternativas dessa potente m quina interactiva Coutinho 2005 E importante referir que toda a pesquisa sobre tecnologias interactivas imagens visuais problemas de percep o visual
441. o a capacidade figura fundo poderia existir separadamente da const ncia da forma da discrimina o visual ou da posi o no espa o C ONCE al x rA m 194 Atribui o de um valor sem ntico s cores estabelecimento de rela es causa efeito entre os v rios elementos da imagem compreens o de movimentos de sequ ncia etc Escarpit 1972 330 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL o desenvolvimento da intelig ncia infantil pois por exemplo a leitura de imagens em sequ ncia ajuda a crian a a criar a orienta o espacio temporal Dias 1995 Dias 1999 Dias amp Chaves 20014 Assim as capacidades de PV devem ser trabalhadas e treinadas se poss vel ainda antes de se revelarem como problema ou ent o logo ap s a detec o do problema como forma de o corrigir Mart nez et al 1993 Frostig et al 1994 devendo treinar se separadamente as seguintes capacidades de PV Frostig et al 1994 1 Coordena o visuo motora que a capacidade de coordenar a vis o com os movimentos do corpo ou das suas partes Trata se de uma orienta o da vis o sobre a m o principalmente quando a preens o e a manipula o de objectos exigem um permanente ajustamento e controlo motor Para desenvolver esta compet ncia devem desenhar se linhas rectas ou curvas de acordo com limites visuais pedindo se crian a que trace uma linha entre um conjunto de linhas para
442. o tendo permitido um conhecimento aprofundado das quest es relacionadas com Dificuldades de Aprendizagem caracterizadas como dificuldades significativas na aquisi o e no uso de aptid es de escuta fala leitura escrita racioc nio ou matem tica S o desordens intr nsecas ao indiv duo presumindo se que se devem a uma disfun o do sistema nervoso central e que podem ocorrer ao longo da vida Hammill et al 1981 336 Toda a investiga o realizada permite concluir que as crian as que t m um processo deficit rio podem ser ajudadas a fazer o mesmo trabalho de forma normal atrav s da utiliza o de m todos de ensino ajustados s suas necessidades educacionais espec ficas A crian a com necessidades perceptivas lingu sticas simb licas e cognitivas pode ser ajudada com estes m todos desde que seja dado mais realce s suas possibilidades ou facilidades suas reas fortes e menos import ncia s suas dificuldades suas reas fracas Tecnologia Educativa caracterizada como um processo complexo e integrado que envolve pessoas processos ideias e uma organiza o destinada a analisar problemas e formas de conceber implementar avaliar e gerir solu es para as quest es relacionadas com a aprendizagem humana AECT 1996 1977 Assim a Tecnologia Educativa institui se como um dom nio nas Ci ncias da Educa o e um dos conceitos mais pluralistas do campo educativo uma vez que a TE
443. o 1 ciclo do Ensino B sico Os 57 sujeitos da amostra foram distribu dos aleatoriamente em tr s grupos Grupo experimental 1 GE1 Grupo experimental 2 GE2 e Grupo de controlo GC que serviu de controlo aos dois grupos Com o GEI foi aplicado o treino da Percep o Visual utilizando o programa de treino da percep o visual PTPV elaborado em suporte tradicional tendo sido utilizado um programa de computador para o realizar e feita a respectiva impress o Para a sua execu o os alunos utilizaram uma nica ferramenta o l pis preto Com o GE2 foi aplicado o treino da Percep o Visual utilizando o programa de treino da percep o visual PTPV elaborado em suporte inform tico com interactividade Para a sua execu o foram utilizadas as ferramentas do computador O GC n o foi sujeito a qualquer tipo de tratamento ou treino espec fico da Percep o Visual 403 APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS O estudo desenvolveu se em tr s momentos Momento de Pr teste realizado no in cio do estudo com o universo de alunos do 1 ano do 1 ciclo de escolas do concelho de Braga num total de 445 alunos esta prova serviu ainda para encontrar os sujeitos da amostra que se desejava fossem alunos com dificuldades perceptivas Para tal foi utilizado o D TVP 2 de Hammill et al 1993 Momento de P s teste realizado com recurso ao mesmo instrumento de avalia o do pr teste ap s o tr
444. o 7 2 apresentado em seguida podem observar se as medidas de Pr teste e os resultados do teste de Student nas vari veis GVP MRP VMI e Aprendizagem Escolar comparando o GE2 com o GC M dia Desvio Padr o Graus de Valor t p signific ncia Liberdade GE2 GC GE2 GC GVP 53 21 51 42 2 39 5 45 36 1 31 0 20 MRP 26 58 24 32 2 38 3 44 36 2 35 0 02 VMI 26 63 27 11 2 36 4 18 36 0 43 0 67 Aprendizagem 1 45 1 59 0 24 0 37 36 1 34 0 18 Quadro 7 2 Medidas de Pr teste e resultados do teste t de Student para amostras independentes das vari veis GVP MRP VMI e aprendizagem no grupo experimental 2 n 19 comparando com o Grupo de Controlo n 19 408 APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS Assim ao analisar se os resultados apresentados nas tabelas anteriores verifica se que n o foram encontradas diferen as significativas entre o GC e o GEI e entre o GC eo GE2 ao n vel das vati veis avaliadas excep o do score parcial MRP relativamente ao qual o GE2 apresentava valores significativamente mais elevados do que o GC Os resultados do teste de Student permitiram concluir que os grupos experimentais eram equivalentes ao grupo de controlo relativamente s principais vari veis a estudar 7 2 2 Momento 2 Avalia o P s teste A avalia o P s teste foi realizada ap s o tratamento 26 cerca de tr s meses depois sendo utilizado o mesmo instrumento de avalia o do Pr teste o D TVP 2
445. o da fala da escrita ou de outro sistema simb lico que est relacionado com a forma da linguagem atrav s dos sistemas 233 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 117 fonol gico morfol gico 118 e sintactico 9 o conte do da linguagem que est relacionado com a sem ntica pois o sistema psicolingu stico que modela o conte do do discurso da inten o e do significado de palavras e de frases e a fun o da linguagem que faz parte do sistema sociolingu stico que modela o uso da linguagem na comunica o Esta pode exprimir se em termos motores vocais ou verbais Por outro lado Kirk amp Chalfant 1984 classificam as desordens da linguagem de acordo com as v rias caracter sticas particulares da linguagem Desordens da linguagem oral receptiva em que se ouve a fala dos outros mas n o se compreende o significado do que est a ser dito Desordens na linguagem integrativa devido a dificuldades no uso da linguagem simb lica que se manifestam por dificuldades em entender associa es ou em associar o que se ouve a experi ncias do passado Desordens da linguagem oral expressiva que est o relacionadas com dificuldades na express o atrav s da fala o que dificulta o uso de palavras ou frases Desordens mistas que est o relacionadas com os v rios aspectos da linguagem oral atrav s dos quais os indiv duos manifestam problemas na linguagem oral receptiva
446. o motoras e que requerem remedia o devem fazer treino da percep o visual n o s por causa das suas dificuldades acad micas que podem ter em certas situa es mas porque essas dificuldades podem causar problemas individuais Luftig 1989 cit Dias amp Chaves 2000 422 CONCLUS ES GERAIS Por isso torna se necess rio que a crian a atinja certa maturidade perceptivo visual antes de entrar para o Ensino B sico pois a falta de estimula o adequada p e em risco essas aprendizagens Frostig 1963 Frostig amp Horne 1964 O programa de treino referido pode ainda constituir se como um instrumento de trabalho para o desenvolvimento de compet ncias de percep o visual em alunos que frequentam o ensino pr prim rio ou 1 ciclo tendo em vista prepar los para as aquisi es escolares relacionadas com a leitura a escrita e o c lculo pois de acordo com Frostig 1963 cit Dias 1995 1996 1999 a aus ncia de experi ncias perceptivo visuais pode comprometer as aprendizagens escolares da resultando a import ncia do ensino pr prim rio para todas as crian as Tem se verificado que grande parte das crian as que entram para o 1 ano de escolaridade apresentam um inadequado desenvolvimento perceptivo motor o que muitas vezes vai provocar dificuldades na aprendizagem da leitura da escrita e at do c lculo Nesta ordem de ideias pode afirmar se que o instrumento de treino utilizado no estudo constitu
447. o papel comecando junto do animal e acabando na casota Enquanto o aluno est a fazer o exerc cio o professor dever dar lhe indica es no sentido de evitar o erro Ap s a resolu o o professor dir ao aluno se est bem feito ou n o e se estiver mal ter de o apagar e faz lo de novo at que fique o mais bem feito poss vel Se persistirem as dificuldades o professor deve avan ar para o item 2 explicando de novo e acompanhando o aluno durante a execu o s ent o passar para o seguinte Esta regra serve para os restantes itens deste m dulo bem como para todos os outros m dulos 18 Por conseguinte pode afirmar se que as capacidades de percep o visual podem desenvolver se e ser trabalhadas separadamente apesar de todas elas serem um todo e contribu rem para a melhoria da capacidade global de percep o visual que indispens vel na aprendizagem de todos os conte dos da escolaridade b sica No entanto o desenvolvimento da percep o visual s ficar completo se inclu do num plano integral que tenha em conta o desenvolvimento global do alunos Em forma de conclus o do cap tulo pode afirmar se que o treino da percep o visual realizado de forma consciente e sistem tica pode facilitar muito a adapta o inicial escola tanto no que respeita s capacidades sens rio motoras como da linguagem e outros processos de pensamento mais avan ados Al m disso o uso de programas de treino
448. o se representam de forma directa por meio de objectos mas sim por meio de 113 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA opera es materiais perceptivas e regras gr ficas e tecnol gicas Vilches 1992 Dias amp Chaves 2000 imagem visual estimula o observador a organizar o seu trabalho de leitura de forma semelhante de uma partitura musical que se apresenta perante um director de orquestra Os signos est o ali mas cada int rprete tonaliza ou temporaliza a sua pr pria m sica A interpreta o da imagem por parte do leitor pressup e tamb m uma compet ncia lingu stica porque o acto de interpreta o visual realiza se atrav s da actualiza o por parte do leitor de uma compet ncia verbal Vilches 1992 Nesta ordem de ideias quando estamos perante uma imagem o mais importante a fazer a elaborar um c digo de refer ncias que nos permita explorar um universo problem tico e em certa medida imagin lo ou invent lo Cada espectador inventa e reconstitui pata si pr prio um espect culo que diferente para cada um embora possa ter um certo n mero de caracter sticas comuns a todos eles e tamb m comuns aos espectadores e ao pr prio autor da obra original Francastel 1983 De facto existe um sistema visual b sico que todos os seres humanos partilham sujeito a varia es que se referem a temas estruturais b sicos da que a complexidade seja a caracter stica dominante da sintaxe visual Assi
449. o tamanho de um objecto n o est no tamanho da imagem retiniana enquanto tal mas numa rela o entre este tamanho e alguns dos atributos que pertencem profundidade Gibson 1966 1979 Gleitman 1999 Assim pode concluir se que a percep o composta por duas esp cies de elementos que nos permitem registar todas as coisas e acontecimentos observados as sensa es que observamos quando cada receptor estimulado separadamente e as imagens de mem ria que s o as lembran as de sensa es pr vias Hochberg 1966 1964 37 Cada sensa o individual o resultado de uma sequ ncia definida de eventos pass vel de interfer ncia em v rias fases a partir do objecto f sico para cada elemento f sico elementar e detect vel existe um neur nio receptor especializado que provoca no indiv duo uma observa o elementar correspondente Hochberg 1964 1966 95 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 1 3 3 Da Sensa o Cogni o Com base nas ideias anteriores pode concluir se que a actividade sensorial condi o indispens vel para que ocotra a percep o existindo uma rela o causal entre as duas pois tanto o input sensorial como o output perceptivo s o semelhantes Por conseguinte a sensa o facilita a explica o funcional das aquisi es perceptivas existindo uma conex o informativa entre ela e a percep o O mundo vis vel atrav s dos nossos m ltiplos sentidos ou modalidades d
450. o visuais e Ds neurobiol gicos Dificuldade na aquisi o de ambos os procedimentos por problemas Fonol gicos perceptivo visuais ou neur obiol gicos Quadro 4 5 Tipos de Dislexia Citoler 1996 71 D Classifica es baseadas em aspectos pedag gicos relacionados com aspectos sensoriais e perceptivos Johnson amp Myklebust 1983 1967 Boder 1973 Pollatseck 1983 com aspectos lingu sticos Bakker 1979 cit Rebelo 1993 com dist rbios gerais de linguagem Mattis et al 1975 e defici ncia fonol gica Doehring amp Hosko 1977 cit Rebelo 1993 1 De acordo com aspectos sensoriais e perceptivos a dislexia pode ser classificada como dislexia auditiva que se caracteriza por dificuldades na discrimina o de sons de letras no reconhecimento de conjuntos de sons de sequ ncias de palavras de ordens e de hist rias dislexia visnal caracterizada pela dificuldade em seguir e reter sequ ncias visuais em fazer a an lise e a integra o visual de quebra cabe as e tarefas semelhantes e pelas trocas frequentes ou invers es de letras e por confus es entre palavras e letras semelhantes dislexia de tipo visuoespacial relacionada com erros de rota o de letras e palavras omiss o e invers o de letras Mattis et al 1975 Rayner 1987 cit Citoler 1996 dislexia de tipo perceptivo relacionada com d fices na rea da percep o e em que os indiv duos apresentam 299 DIFICULDADES ESPEC FICAS D
451. ocessos perceptivos e mem ria a curto prazo recorrendo a situa es laboratoriais com medi es de tempos de reac o e potenciais evocados bem como ao c lculo de correla es desses processos simples com aptid es mais globais 89 e ao estudo de correlatos em que apontam para a an lise componencial isto para a decomposi o da realiza o de itens de 188 Entendido como processo de organiza o superior da informa o e envolvendo os mecanismos da aten o compara o organiza o perceptiva e categoriza o Almeida amp Morais 1990 41 8 189 Como a mem tia verbal ou num rica etc 327 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL testes 90 em condi es laboratoriais em que o tempo de reac o o principal par metro a ter em conta Outros autores Resnick 1976 Almeida 1988 Reuchlin amp Bacher 1989 Richardson 1991 estabeleceram correla es entre as diversas componentes bem como entre cada uma delas e o resultado do teste pelo que consideram que o treino de algumas componentes como a realiza o de tarefas escolares ou l dicas n o deve ser feito com itens de um teste mas sim contextualizado no quotidiano dos indiv duos em que assumem muita import ncia a experi ncia pr via do realizador e as estrat gias de resolu o No entanto deve investir se sempre no treino intencional Morais 1996 5 1 2 O treino da Percep
452. od together with the GLM General Linear Model procedure for repeated measures were used to verify the scoring differences between the three groups GE1 GE2 and GC in each of the referred scores GVP MRP and VMD Results show that the implementation of visual perception training programs especially the one that was based on Interactive Technologies has allowed students to improve their VP competencies and that those improvements were sustained six months after the training The main conclusion of the study points to the relevancy of assessing and training Visual Perception competencies namely for children that have learning disabilities The usage of Interactive Technologies has shown to be particularly effective in this context suggesting that it should be more frequently applied in the development of educational intervention instruments This doctoral dissertation is structured in two parts i a first part it is presented the theoretical framework and the state of the art on the studied subjects educational technology interactive technologies image learning disabilities visual perception problems and visual perception training programs In a second part the empirical study is presented its methodology analysis and discussion of the results and general conclusions viii NDICE INOTACECIMENTOS qiie ede E Ren AR RIO RR AAA AAA t t I AIRE iii RESUMO M
453. ode afirmar se que os alunos com dificuldades acad micas s o avaliados por meio de testes perceptivo motores numa tentativa de se verificar em que medida as dificuldades perceptivo motoras podem estar a causar as dificuldades acad micas Tudo isto para que se possa prescrever programas de treino desta compet ncia Salvia amp Ysseldyke 1991 Inicialmente tornou se fundamental encontrar um instrumento de avalia o que permitisse medir de forma consistente dificuldades perceptivas no mbito da percep o visual tendo em conta que as diferentes capacidades de PV podem ser avaliadas de forma individual e no seu conjunto permitindo assim detectar os principais problemas de percep o visual Encontrado o instrumento adequado foi poss vel dar in cio ao estudo emp rico j descrito acima para de seguida se proceder ao treino da percep o visual usando outro dos instrumentos o PTPV programa de treino da Percep o Visual criado para o efeito No entanto importa real ar que antes de ser feito o treino foi fundamental a utiliza o de um instrumento que permitisse classificar os alunos com problemas de percep o visual como tendo tamb m dificuldades de aprendizagem DA 391 METODOLOGIA Tendo como ponto de partida os dados recolhidos durante a investiga o te rica e os diversos contactos estabelecidos foram amadurecidas as ideias relativas ao tipo de instrumentos a utilizar no estudo Assim deci
454. odu o de documentos de base inform tica com incorpora o e articula o entre texto e imagem constru o de situa es simuladas que permitem ampliar a aprendizagem experimental cria o de novas iconografias e formas de representa o e desenvolvimento de novas situa es de interac o aluno meio a partir de novos canais de recep o e transmiss o Jaquinot 1992 45 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA De qualquer modo s faz sentido utilizar programas inform ticos inseridos na programa o habitual dos alunos e numa perspectiva de Tecnologia Educativa sendo em primeiro lugar planificadas as actividades e definidos os objectivos educacionais seguindo se a sua utiliza o atrav s do recurso aos meios inform ticos que dever o servir essencialmente como meios para facilitar a aprendizagem Neste sentido a nfase deve ser dada rela o entre o aluno e a base do conhecimento transformando se assim os meios tecnol gicos em recursos inteligentes com os quais o aluno colabora cognitivamente na constru o do conhecimento Este modelo de ensino centrado no aluno e orientado para o auto controlo da aprendizagem concretizado no paradigma desenvolvido em torno da base do conhecimento tecnol gico inter racional que emerge gradualmente atrav s da aplica o das tecnologias multim dia interactivas ao processo educacional Dias 1992 60 De acordo com Torres 1999 os sistemas Hipertexto Hi
455. ognitivas psicomotoras e expressivas 216 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM de partida ideal para levar os alunos aquisi o das compet ncias que n o foram adquiridas na altura pr pria Vellutino 1977 tamb m um autor importante nesta fase ao definir a Teoria do D fice Verbal em que se afirma que as DAI resultam de uma dificuldade na memoriza o e na renomea o de palavras provocada por falta de informa o dispon vel Deste modo pode considerar se que esta falta de informa o est relacionada com d fices fonol gicos sem nticos e sint cticos associados a problemas de mem ria de curto prazo de codifica o de s ntese e de mem ria a longo prazo Isto origina uma defici ncia lingu stica e uma lentid o na identifica o e uso das palavras pelo que a recupera o da crian a com DA n o deve restringir se ao treino perceptivo visual 92 mas englobar tamb m a abordagem das aquisi es lingu sticas Na mesma altura Torgesen 1977 defende que as crian as t m que ter um papel activo na sua aprendizagem devendo adoptar estrat gias adaptativas apropriadas s actividades concretas n o sendo suficiente prestar aten o s actividades de processamento cognitivo Este autor considera ainda que as crian as com DA s o aprendizes passivos pelo que mais do que considerar os d fices nas suas capacidades necess rio considerar os seus d fices de execu o que se devem rea
456. ogy Nonverbal Communication in Mental Health pp 63 81 Oxford Pergamon Press L vy P 1994 As Tecnologias da Intelig ncia Lisboa Instituto Piaget Littlejohn S 1978 Theories of Human Communication Belmont CA Wadsworth Publishing Co 445 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Liversey P J 1986 Learning and emotion A biological synthesis volume 1 Hillsdale New Jersey Lawrence Erlbaum Associates Lopes J A 2007 Perspectiva Cr tica da Educa o Especial em Portugal In J M Kauffman amp J A Lopes Coord Pode a Educa o Especial deixar de ser especial pp 21 94 Braga Psiquil brios Edi es Luria A R 1973 The Working Brain New York Penguin Books 219 Luftig R L 1989 Assessment of Learners With Special Needs Boston Allyn amp Bacon Lynch K 1960 The Image of the City Massachusetts Massachusetts Institute of Technologies and the President and Felows of Harvard College Lynch K 1982 A imagem da cidade Porto Edi es 70 Lyon G R 1985 Educational Validation Studies of Learning Disabilities Subtypes In B P Rourke Ed Neuropsychology of Learning Disabilities Essentials of Subtype Analysis pp 228 253 New York Guilford Lyon R Steward N amp Freeman D 1982 Neuropsychological Characteristics of Empirically Derived Subgroups of Learning Disabled Readers Journal of Clinical Neuropsychology 4 343 365 MacLuhan M 1964 Understand
457. ois s o esquecidos aspectos muito estudados actualmente e relacionados com o funcionamento dos processos cognitivos b sicos e das estrat gias aspectos estes indispens veis ao desenvolvimento das v rias compet ncias escolares Ainda numa perspectiva tradicional tendo em conta uma an lise mais conclusiva e completa das causas das DA Mart n 1994 refere a exist ncia de quatro teorias explicativas A Teorias baseadas em problemas neuropsicol gicos Estas teorias descritas inicialmente por Orton 1928 e que originaram grande n mero de estudos que procuraram demonstrar a rela o entre os diversos problemas relacionados com Dificuldades de Aprendizagem e as disfun es ou les es do sistema nervoso central SNC Deste modo estas teorias analisam o comportamento humano em fun o do desenvolvimento neurol gico e cerebral do indiv duo Mart n 1994 B Teorias perceptivo motoras Estas teorias baseiam se no pressuposto de que o desenvolvimento motor e perceptivo antecede o conceptual e cognitivo E uma perspectiva que relaciona as DA com uma s rie de defici ncias de tipo motor e perceptivo existentes no indiv duo Kephart 1960 Delacato 1969 cit Fonseca 1984 C Teorias psicolingu sticas e cognitivas Estas s o teorias relacionadas com defici ncias nas fun es de processamento psicol gico nos processos atrav s dos quais a informa o sensorial codificada armazenada elaborada e recuperada Osgood
458. om NEE Dias 1995 1999 Chaves amp Dias 1997 Dias amp Chaves 20032 Estudo realizado por Bastos 2003 sobre A utiliza o de software educativo na supera o de dificuldades de aprendizagem na leitura e escrita de palavras no 1 Ciclo do Ensino B sico verificando se que os sujeitos n 10 melhoraram o seu desempenho particularmente na leitura Os alunos do 2 ano do 1 ciclo do EB exploraram tr s Sofware Educativos Multim dia ao longo de 12 sess es quatro por sofware A ordem pela qual os CD ROM foram utilizados foi a mesma em que foram enumerados devido ao grau de dificuldade crescente quer ao n vel de leitura e escrita quer ao n vel da navega o No que respeita literacia inform tica dos sujeitos s metade costumava jogar no computador Neste sentido a autora confirma que a forma como as actividades est o organizadas permitem uma aprendizagem aut noma Os sujeitos s recorreram ao aux lio da investigadora quando a ajuda n o existia no sofware Todos os sujeitos se mostraram empenhados na realiza o das tarefas mesmo nas que tinham dificuldades a que n o foi alheio o feedback recebido e as pontua es atribu das na execu o das actividades Bastos 2003 cit Carvalho 2005 8 68 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 1 2 A Imagem Quando olhamos o mundo que nos rodeia percepcionamos as formas dos objectos as suas cores o seu perfil a sua imagem Pode dizer se que t
459. omportamento intencional As suas principais dificuldades est o relacionadas com a generaliza o de padr es motores que interferem com a plasticidade e a flexibilidade da planifica o motora e com o ajustamento e reajustamento s condi es envolventes em mudan a Fonseca 1996 2 Estima se que em Portugal h cerca de 20 de alunos do ensino b sico com este problema 32 INTRODU O Os principais investigadores da problem tica das DA afirmam que as dificuldades destes alunos podem ser diversas ter proveni ncias v rias e ser analisadas sob m ltiplos aspectos Kirk 1962 foi o primeiro investigador a utilizar o termo DA tendo criado um processo educativo que privilegia as caracter sticas de aprendizagem de cada crian a reas fortes e reas fracas e as suas necessidades espec ficas A defini o de DA mais completa e aceite internacionalmente a apresentada pelo National Joint Commitee on Learning Disabilities NJCLD dos EUA 1981 cit Hammill 1990 em que se afirma que a express o Dist rbios de Aprendizagem engloba um n mero heterog neo de desordens que se manifestam por dificuldades significativas na aquisi o e no uso de aptid es de escuta fala leitura escrita racioc nio ou matem tica S o desordens intr nsecas ao indiv duo presumindo se que se devem a uma disfun o do Sistema Nervoso Central SNC e que podem ocorrer ao longo da vida Problemas nos comportamentos de auto reg
460. onal Lisboa 2 3 Ferster D A 1981 A Comparison of Binocular Depth Mechanisms in Areas 17 and 18 of the Cat Visual Cortex Journal of Physiology 311 623 655 Feuerstein R 1980 Instrumental enrichment Baltimore Ed Univ Park Press Fino C N 1998 Um Software Educativo que suporte uma constru o de Conhecimento em Interac o com pares e professores Actas do 3 Simp sio de Investiga o e Desenvolvimento de Software Educativo edi o em CD ROM Evora Universidade de Evora Fino C N 2003 Avaliar Software Educativo Madeira Universidade da Madeira Fitts P M amp Posner M J 1968 E rendimiento humano Marfil Alcoy Flavell J H 1979 Metacognition and cognitive monitoring A new area of cognitive developmental inquiry American Psychologist 34 906 911 Flower L S amp Hayes J R 1981 A cognitive process theory of writing Co ege Composition and Communication 32 365 387 Fonseca V da 1980 Reflex es sobre a Educa o Especial em Portugal 1 edi o Lisboa Moraes Editores Fonseca V da 1982 Introdu o ao estudo do Teste de Desenvolvimento da Percep o Visual Lisboa Instituto Ant nio Aur lio da Costa Ferreira Fonseca V da 1984 Uma introdu o s Dificuldades de Aprendizagem Lisboa Editorial Not cias Fonseca V da 1989 A Educa o Especial Programa de estimula o precoce Lisboa Editorial Not cias 439 REFER
461. onduzem ao resultado esperado Assim parte se dos conte dos mais simples para se ir at aos mais complexos tendo se o cuidado de a cada passo convidar o aluno a produzir uma resposta e de imediatamente o informar da respectiva validez Por isso recorre se ao refor o para se conseguir manter os n veis de expectativa necess rios progress o do aluno at que atinja os padr es de comportamento mais complexos Burton et al 1996 Na d cada de 60 s culo XX foram v rios os educadores que partilharam as ideias bebavioristas modificando a forma de conceber o processo de ensino aprendizagem 1 Glaser 1962 Cria os primeiros diagramas para o design sist mico ao destacar o feedback como caracter stica essencial realimenta o de qualquer sistema incluindo o educativo 2 Bloom e seus colaboradores 1956 1964 Defendem a tese de que um ensino eficiente e efectivo depende da defini o de objectivos comportamentais e de um design de ensino que permita atingir esses objectivos e encontrar as t cnicas mais adequadas para a sua especifica o correcta Assim surge o conceito mastery learning ensino para a mestria que permite concluir que a maior parte dos alunos consegue atingir um n vel satisfat rio de desempenho nos conte dos curriculares desde que lhe seja concedido o tempo necess rio para aprender Bloom et al 1956 Bloom et al 1964 D Hainault 1980 1977 3 Mager 1962 Partindo da tradi
462. operacionalmente definidas Quatro desses subtestes foram denominados de acordo com o tipo de medida de percep o visual const ncia da forma que consiste em se perceber que um objecto possui caracter sticas inalter veis como a forma o tamanho e a posi o figura fundo pois qualquer objecto s pode ser reconhecido quando percebido em rela o a um fundo posi o no espa o que se relaciona com a capacidade de perceber as rela es de posi o de determinado objecto no espa o e rela es espaciais que um processo que permite perceber a posi o de dois ou mais objectos no espa o e a rela o espacial entre eles O subteste coordena o culo motora que a capacidade de coordenar a vis o com os movimentos do corpo foi assim denominado mais de acordo com as modalidades envolvidas na tarefa do que com o tipo de percep o visual envolvida Apesar de tudo de acordo com v rios autores este um teste que n o permite medir a totalidade das compet ncias de PV pois entendem que os sub testes individuais do TDPV carecem das necess rias confiabilidade e validade para que possam ser utilizados no ensino diagn stico prescritivo O teste total fornece um escore global indicativo do desenvolvimento global das habilidades perceptivo visuais O desempenho neste teste dever ser interpretado com consider vel cautela Salvia e Ysseldyke 1991 2 Realiza o de uma Prova
463. orar as suas compet ncias cognitivas g Existem programas de recupera o e desenvolvimento do racioc nio e abstrac o programas de treino cognitivo programas de treino da PV que resultam h S o conhecidas e fundamentadas experi ncias de treino da PV realizadas por Frostig 1963 1972 1979 e Frostig et al 1994 que resultaram positivamente Na sequ ncia da an lise das quest es anteriores tornou se necess rio organiz las no sentido de ser poss vel definir o desenho experimental e encontrar os instrumentos de avalia o indispens veis realiza o do estudo experimental Assim foram realizadas as seguintes dilig ncias 1 Procurar um instrumento que permitisse despistar problemas de Percep o Visual e perceber que compet ncias espec ficas de PV est o ou n o diminu das em determinados alunos e facilitasse a selec o da amostra adequada realiza o do estudo 2 Encontrar um teste ou uma escala que permitisse caracterizar e avaliar sujeitos com Dificuldades de Aprendizagem DA 3 Com base nos dados anteriores seleccionar uma amostra significativa de sujeitos que acumulassem as duas situa es problemas de percep o visual e DA 4 Criar dois programas de treino para o desenvolvimento das compet ncias de PV um em suporte tradicional e outro em suporte interactivo que funcionassem como instrumento de trabalho para o tratamento experimental de dois grupos experimentais 373
464. oria da aprendizagem 214 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Nesta ordem de ideias Wallon 1968 propunha o recurso a processos sistem ticos de observa o do comportamento da crian a com problemas deixando de se preocupar com as causas que lhes deram origem Outros behavioristas como Bijou 1970 e Mann 1971 cit Mann 1991 desenvolveram processos pata a an lise das tarefas escolares que determinavam com exactid o o que e o como ensinar possibilitando assim o ensino individualizado Al m disso considerava se t o importante saber o que a crian a deve aprender como compreender como que a crian a aprende pois s assim se poder o ser elaborados programas de interven o adequados Nesta poca deu se nos EUA uma r pida expans o de programas que foram introduzidos nas escolas para ajudar as crian as com DA sendo criados muitos cursos de especializa o para professores o que fez aumentar bastante o n mero de t cnicos de educa o especializados Tamb m proliferaram m todos de diagn stico e de tratamento sendo feita investiga o fundamental e aplicada Rebelo 1993 Como j foi referido Kirk foi o autor mais emblem tico desta fase ao afirmar que as crian as com DA apresentam um atraso desordem ou imaturidade num ou mais dos processos da linguagem falada da leitura da ortografia da caligrafia ou da aritm tica resultantes de uma poss vel disfun o cerebra
465. orna necess rio criar programas adequados sua evolu o acad mica Mais tarde o National Advisory Committee on Handicapped Children NACHC 1968 cit Hammill 1990 apresenta uma defini o conceptual muito semelhante de Kirk 1962 que foi um dos seus dirigentes especificando que as crian as com dificuldades de aprendizagem espec ficas apresentam uma desordem num ou mais dos processos psicol gicos b sicos inerentes compreens o ou ao uso da linguagem falada ou escrita Tudo isto pode ter a sua express o em problemas de audi o de pensamento de fala de leitura de escrita de soletra o ou de aritm tica Kass amp Myklebust 1969 apresentam uma defini o em que se considera que a crian a com DA apresenta discrep ncias intra desenvolvimentais significativas nos sistemas ideomotores ideoperceptivos ou ideocognitivos directamente relacionados com a linguagem a leitura a escrita a ortografia a aritm tica e ou conte dos de conhecimento escolar 194 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Outra defini o importante a do Institute for Advanced Study at Northwester University 1969 cit Hammill 1990 que prop e uma defini o de DA em que as dificuldades est o associadas a um ou mais d fices significativos nos processos de aprendizagem essenciais acrescentando tal como Bateman 1964 que as crian as com este problema apresentam uma discrep ncia entre a avalia o espe
466. ornam se cada vez maiores e quando nos afastamos tornam se cada vez mais pequenos Gibson 1979 1 3 5 A organiza o perceptiva Alguns dos factores que determinam o agrupamento visual foram descritos por Wertheimer em 1923 que os apelidou de zs da organiza o perceptiva de que se salienta as seguintes 106 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 1 Lei da proximidade Duas figuras quanto mais petto est o uma da outra maior possibilidade existe de serem agrupadas conjuntamente na percep o A proximidade opera tanto no tempo como no espa o pelo que as seis linhas que se seguem s o percebidas como tr s pares de linhas Gleitman 1999 282 Figura 1 2 Lei da proximidade Adap de Gleitman 1999 282 2 Lei da simplicidade Temos sempre tend ncia para ver numa imagem a estrutura mais simples aquilo a que Hochberg 1964 1966 chama de bondade figurativa porque todo o esquema visual tende a apresentar a configura o mais simples poss vel para o sentido da vista Qualquer esquema estimulador tende a ser visto de modo tal que a estrutura resultante seja t o simples quanto o permitam as condi es dadas Arnheim 1988 1974 70 Todo o esquema visual tende a apresentar a configura o mais simples poss vel para o sentido da vista em determinadas circunst ncias idem 449 A forma exterior das coisas naturais t o simples quanto as condi es permitem T
467. os em que o destinat rio se depara com opera es complexas mas 5 separ veis como o caso de se trabalhar a imagem separada do texto verbal ou escrito como acontece na caricatura 4 N vel dos blocos sintagm ticos com fun o textual que est relacionado com as diversas montagens teatrais de uma obra estudadas separadamente com diferentes tipos de montagens por sequ ncias etc Metz 1970 5 N veis inter textuais que mostram que o texto visual pode ser descrito como contextual funcionando como uma gram tica definida no momento em que o leitor deve entender a mensagem do texto ou dos textos que tem sua frente 6 N vel do mecanismo do t pico em que deparamos com mecanismos de coer ncia tanto produtivos como interpretativos O t pico pode unir simplesmente uma imagem e um texto lingu stico mulher cozinha crian a malandro 7 N vel do g nero como mecanismo macro textual em que se est perante grandes estruturas textuais e discursivas que podem coincidir com um filme um programa televisivo ou uma obra teatral 8 N vel das tipologias de g neros que correspondem a verdadeiros mecanismos de funcionamento social da comunica o de massas pois estudar a imagem como um discurso visual exige ao mesmo tempo que seja analisada a organiza o l gico sem ntica das isotopias que asseguram a sua coer ncia tanto no plano da express o como do conte do Concluindo pode afirmar se que
468. os alunos situa se na pr pria Escola tornando urgente uma altera o dos seus objectivos ao colocar em relevo a indissoci vel vincula o entre NEE e provis o de recursos educativos Jim nez 1991 Este novo conceito de NEE veio alterar o modo de actua o da Educa o Especial obrigando a a diversificar o atendimento prestado quer no tipo de servi o quer na sua dura o o qual pode ser mais ou menos especializado permanente ou esporadico Assim o novo modo de funcionamento dos apoios s NEE de acordo Fonseca 1989 pode resumir se a 183 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS 1 Modifica es no ambiente f sico provis o de equipamentos e meios sociais que permitam o acesso vida e curr culo escolar normal 2 Provis o de curr culos especiais ou modificados 3 Cria o de sistemas de apoio material e ou terap utico estrutura social e emocional em que a crian a est envolvida Deste modo qualquer Sistema Educativo deve dotar se dos meios que lhe permitam dar uma resposta s necessidades dos alunos com NEE atrav s de um conjunto de recursos educativos definidos por Marchesi Coll amp Palacios 1990 1 Deve existir um maior n mero de professores e especialistas a trabalhar com NEE 2 Deve ser exigida aos professores melhor prepara o e compet ncia profissional 3 Devem ser criadas novas formas de organiza o escolar e recorrer se a novas metodologias 4 H neces
469. otencialidades de anima o visual e sonora bem como permite tanto a utiliza o de bot es de hiper liga o dentro do pr prio programa como com outros programas nomeadamente de desenho pintura e produ o de texto Al m disso foi poss vel recorrer ao uso de bot es de som indicativos de que a resposta dada est certa ou errada O recurso a esta ferramenta inform tica constitui um elemento motivador para os alunos pois permite lhes realizar o treino com mais entusiasmo e interesse A cria o deste programa de treino obedeceu a objectivos bem definidos treinar compet ncias de PV em alunos com DA pelo que a sua concep o pedag gica e a sua realiza o t cnica foi feita de acordo com determinadas caracter sticas inerentes ao software utilizado 1 Facilidade de uso e instala o O utilit rio PowerPoint facilmente utiliz vel de uso generalizado e est instalado em todos os computadores pessoais sendo ainda de utiliza o simples pois permite que os usu rios utilizem o PTPV imediatamente Isto porque os programas educativos devem ser produzidos tendo em conta a facilidade de uso e instala o para que possam ser realmente utilizados pela maioria das pessoas sejam de instala o simples r pida e transparente e possam ser utilizados sem grande necessidade de leitura exaustiva de manuais ou de tarefas pr vias de configura o Boix 1983 2 Versatilidade E facilmente utiliz vel em diferentes cont
470. p o das bordas das linhas dos movimentos direccionais etc Aumont 1993 1990 52 As teorias combinat rias ou algor tmicas muito em voga nos anos 60 s o as t picas representantes desta abordagem considerando que o sistema perceptivo produz percep es ver dicas concordantes com a realidade do mundo envolvente e combinando vari veis segundo certas regras Al m disso a informa o contida na projec o retiniana insuficiente por si s para uma percep o exacta dos objectos no espa o pelo que necess rio recorrer a outras fontes as vari veis intr nsecas deduzidas da informa o retiniana e as vari veis extr nsecas ligadas a outros acontecimentos tais como os sinais eferentes que dirigem os movimentos dos olhos Os defensores destas teorias entendem que embora para determinada configura o da projec o retiniana exista uma infinidade de objectos que podem produzir essa configura o o observador escolhe um e s um a chamada hip tese de invari ncia que est ligada ao fen meno de const ncia perceptiva Aumont 1993 1990 Estas duas caracter sticas j se encontravam nas mais antigas teorias anal ticas as chamadas teorias empiristas que defendem que o conhecimento adquirido a partir da experi ncia O empirismo baseia se nas ideias de Locke 1632 1704 que afirma que todo o conhecimento proveniente dos sentidos pois n o existem ideias inatas pelo que
471. p Duarte 1994 imagem constitui o n cleo principal da maior parte das aplica es multim dia nomeadamente a n vel do software educativo sendo muitas vezes usada para explicar e estimular a aprendizagem dos conte dos As imagens s o muitas vezes desenvolvidas para real ar os ambientes de aprendizagem Boyle 1997 podendo nessa medida apresentar um impacto na apresenta o e ter repercuss es na aprendizagem Por outro lado a anima o tamb m um recurso utilizado com frequ ncia no software educativo multim dia para refor ar a aprendizagem Boyle 1997 Assim uma das vantagens das apresenta es em computador a possibilidade de tornar as imagens din micas atrav s do recurso anima o Em termos pr ticos a anima o n o mais do que uma s rie de imagens que passam rapidamente perante os nossos olhos dando assim a sensa o de movimento O recurso anima o pode trazer vantagens nomeadamente para destacar a informa o relevante refor ar a aten o e a motiva o do utilizador e facilitar a memoriza o da informa o constituindo se desta forma como um excelente recurso pedag gico Boyle 1997 Os efeitos sonoros s o outro elemento poderoso nas aplica es multim dia podendo ser reais ou fict cios recolhidos ou reproduzidos tal como se produzem e inventados mediante a reprodu o de vozes objectos e t cnicas de grava o 139 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA
472. p Voress 1993 que funcionou como Pr teste Posteriormente foi realizado o treino da percep o visual PV utilizando se o Programa de Treino da Percep o Visual que se criou e desenvolveu baseado em estudos j realizados sobre a implementa o de programas deste tipo em v rios pa ses nomeadamente nos Estados Unidos Tanto a aplica o do DTVP 2 como a implementa o do Programa de Treino da Percep o Visual PTPV tiveram lugar nas escolas que as crian as frequentavam No final do treino que foi realizado durante quatro semanas com duas sess es semanais aplicou se novamente o teste DTVP 2 para verifica o das mudan as de realiza o dos alunos face primeira aplica o o que constituiu o P s teste Em seguida foi feita a an lise dos resultados e respectivo tratamento estat stico No ano seguinte foi realizado um Follow up seis meses ap s o P s teste para verificar a estabilidade dos efeitos do tratamento e a manuten o dos resultados 363 METODOLOGIA 364 METODOLOGIA 6 1 Caracteriza o do Plano de Investiga o O estudo desenvolvido tem por base um desenho experimental dado ter se conclu do que o estudo experimental seria mais adequado para dar resposta s hip teses formuladas que se pretendem comprovar O estudo de cariz experimental permite nos ainda chegar a conclus es mais objectivas pois os estudos experimentais desenham se
473. papel mais importante na aprendizagem passando ele a ser o construtor do conhecimento e o centro do processo de aprendizagem Os restantes elementos do processo professor conte dos media e ambiente servem apenas para criar as condi es que permitam que o aluno construa o conhecimento Jonassen 1991 Savery amp Duffy 1996 Dias 2000 Deste modo o acto de aprender um processo construtivo pois quem aprende constr i uma representa o mental do conhecimento e uma interpreta o pessoal da experi ncia Bednar et al 1991 Simons 1993 Wilson et al 1995 Esta uma representa o din mica porque o contacto do sujeito com o mundo implica sucessivas interioriza es e consequentes reestrutura es da representa o criada O conhecimento consequentemente um processo dial ctico em que os sujeitos partilham ideias convencem e s o convencidos Carvalho 1998 1999 Nesta abordagem de constru o do conhecimento o contexto especifica o ambiente em que determinado assunto se insere Cognition and Technology Group 1993 tornando se imprescind vel para a compreens o O contexto ajuda a compreender o ambiente em que determinada situa o ocorre permitindo que o sujeito que aprende retenha mais informa o pois pode ver os conceitos em aplica o Pentecomo 1993 cit Carvalho 1998 1999 Honebein 1996 Carvalho 1998 1999 De acordo com Pereira 1994 as representa es n o est o armazenadas na cabe a
474. perceptivo motoras caracter sticas de alguns tipos de DA Nos princ pios do s c XIX surgiram as primeiras investiga es em se dava grande relev ncia s fun es receptivas e expressivas da linguagem que eram tratadas separadamente considerando se dois tipos de desordens 198 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 1 Desordens da Linguagem Falada No campo das desordens da linguagem falada salientam se v rios m dicos e neurologistas que estudaram adultos e crian as que tinham sofrido acidentes que lhes afectatam o c rebro Gall 1802 cit Kirk amp Chalfant 1984 Casas 1994 Garc a 1995 descreve varios casos de adultos que tiveram perdas espec ficas das fun es cerebrais e altera es da linguagem sendo conclu do que a perda da fala e da mem ria verbal resulta de uma les o no l bulo frontal do c rebro Broca 6 1860 cit Kirk Chalfant 1984 Casas 1994 Garc a 1995 realizou estudos em cad veres de pessoas que perderam a capacidade de falar devido a danos no c rebro tendo conclu do que as fun es do hemisf rio esquerdo do c rebro s o diferentes das do hemisf rio direito e que as desordens da linguagem expressiva e da fala se devem a danos ou les es na 3 circunvolugao frontal do c rebro Esta rea do c rebro passou a chamar se rea de Broca Wernicke 1908 cit Fonseca 1984 estudou adultos que sofreram derrame cerebral e perderam a capacidade de compreender
475. perm dia facultam o ambiente adequado a uma aprendizagem que se deseja mais significativa e proporcionam a cria o de situa es que provocam conflito cognitivo nos alunos ajudando os a questionar as suas pr prias concep es Estas caracter sticas coadunam se com a perspectiva construtivista da aprendizagem em que o aluno tra a os seus percursos de aprendizagem construindo assim o seu pr prio conhecimento Assim O sistema interactivo multim dia tem vindo a assumit se como uma ferramenta tecnol gica capaz de promover uma pedagogia construtivista Os sistemas Hiperm dia constituem o melhor exemplo de ferramentas tecnol gicas capazes de criar ambientes de aprendizagem construtivista Neste sentido os m dia tecnol gicos interactivos ocupam lugar de destaque na aprendizagem o que permite mudar as concep es do computador considerado uma simples m quina bem programada e dar lugar a utiliza es alternativas dessa potente m quina interactiva na constru o de ambientes promotores da aprendizagem Coutinho 2005 Nesta ordem de ideias o utilizador vai explorando a informa o em pequenos fragmentos como sugere Shneiderman 1998 cit Carvalho 2005 ao enunciar as tr s regras de ouro do hipertexto 46 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 1 A informa o organizada em numerosos fragmentos 2 Os fragmentos relacionam se entre si 3 O utilizador necessita de uma pequena frac o de informa o de cada vez
476. piloto utilizando o Teste de Desenvolvimento da Percep o Visual de Frostig Frostig et al 1964 com a finalidade de verificar se testes deste tipo eram adequados a alunos do 1 ano do 1 ciclo do Ensino B sico de uma escola 371 METODOLOGIA de Braga e provar a sua capacidade de resolu o dos exerc cios A descri o desta prova ser apresentada mais adiante 3 Encontros com Directores Executivos de agrupamentos de Escolas e ou Directores de Escolas do concelho de Braga tendo em vista motivar os docentes e pais a aderir ao projecto e obter informa es sobre as suas caracter sticas modo de funcionamento n mero total de alunos a frequentar o 1 ano do Ensino B sico etc 4 Contactos com elementos da Direc o Regional de Educa o do Norte DREN no sentido se conseguir a necess ria autoriza o para o trabalho a realizar 5 Novo contacto com as Escolas aderentes ao projecto para combinar a data de in cio da aplica o dos testes e a forma como seria feita a sua aplica o para n o prejudicar as actividades lectivas Foi ainda acordado um local para a respectiva aplica o individual Em cada escola foram entregues circulares individuais com o pedido de autoriza o dos pais no sentido de permitirem que os seus filhos fossem inseridos no estudo que os professores enviaram para os pais que ap s assinarem a concord ncia ou n o as devolvetiam s escolas 6 Contacto telef nico com os
477. plica o dos conhecimentos embora com a ajuda de um outro elemento mais capaz aluno ou professor sendo poss vel que assim o aluno adquira um conhecimento mais elevado do que aquele que poderia conseguir sem assist ncia Estes contextos de aprendizagem devem ainda permitir a colabora o igualmente significativa em termos de desenvolvimento cognitivo entre alunos empenhados em realizar a mesma tarefa ou em desenvolver o mesmo projecto que estimule trocas de informa o em que os outros possam funcionar como recursos que estimule a interven o do aluno com agente metacognitivo o que acontece com maior intensidade quando o aluno actua como tutor que permita a cria o de artefactos que sejam externos e partilh veis com os outros que favore a a negocia o social do conhecimento e estimule a colabora o com os outros Fino 1998 2003 Nesta ordem de ideias o desenvolvimento de um projecto multim dia tem de privilegiar o design dos elementos dos diferentes m dia e a sua integra o no sistema Boyle 1997 pelo que a produ o de um hiper documento deve ajustar os elementos de texto imagem e udio de forma harmoniosa para criar ecr s organizados estruturados e visualmente interessantes em vez de se concentrar em elementos individuais dos diferentes m dia Stemler 1997 Deste modo na aprendizagem fundamental analisar as interac es entre a imagem o som e as palavras escritas bem como a liga o entre o
478. ponto de partida para o ensino formal 3 Reconhecimento de diferentes tipos de conhecimento O conhecimento declarativo que permite conhecer os conceitos matem ticos O conhecimento processual que facilita a aquisi o de estrat gias de resolu o e permite o estabelecimento dos necess rios processos de aplica o das mesmas 4 Dom nio dos procedimentos Este dom nio permite que as compet ncias sejam devidamente consolidadas embora se torne necess rio libertar recursos cognitivos para a execu o das opera es matem ticas de mais baixo n vel ter o de ser utilizadas nas opera es de ordem superior tal como acontece na leitura e na esctita 308 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 5 Aquisic o de compet ncias matem ticas O conhecimento destas compet ncias permite aceder a grande variedade de contextos e conseguir uma estrutura de conhecimentos interrelacionados e funcionais 6 Os aspectos metacognitivos Estes aspectos permitem o controlo e orienta o da actividade pelo que s o considerados processos cognitivos de grande relev ncia 7 An lise dos erros sistem ticos Esta an lise torna se um procedimento de grande import ncia na compreens o dos processos e estrat gias de pensamento dos indiv duos pois a an lise de regras ou estrat gias incorrectas que levam a procedimentos viciados permite a sua correc o O processamento num rico outro aspecto importante a conside
479. preender a complexidade do fen meno modelizado 56 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Neste sentido pode concluir se que na perspectiva construtivista o conhecimento constru do atrav s da experi ncia num processo activo em que a aprendizagem em contexto real corresponde a uma interpreta o pessoal do mundo e por conseguinte a um acto reflexivo colaborativo e negociado atrav s de m ltiplas perspectivas 1 1 2 Tecnologia Educativa e Aprendizagem Ashby 1967 cit Davies 1978 distingue quatro momentos revolucion rios na educa o 1 Altura em que a tarefa de educar deixou de ser feita em casa pelos pais e passou a ser desenvolvida na escola pelos professores 2 A adop o na instru o da palavra escrita como alternativa oralidade 3 inven o da imprensa que tornou o livro o centro de todo o processo insttutivo 4 O desenvolvimento da electr nica com o aparecimento da r dio televis o gravadores e sobretudo os computadores cuja aplica o no campo educativo levantou fortes expectativas e cujo suporte te rico se baseia numa s rie de teorias tecnol gicas cc aoe 29 que a partir dos anos 60 anunciam uma revolu o na educa o a revolu o tecnol gica Bertrand 1991 80 Este paradigma tecnol gico vai influenciar a Escola tanto a n vel de curricula metodologias e estrat gias como no uso de novos recursos os chamados objectos motus
480. problema 3 Sistema de produ o do n mero Este sistema recebe o on puf ou resultado do processo dos dois sistemas anteriores em formato abstracto e transforma o nas suas formas superficiais espec ficas permitindo a produ o dos n meros nas suas diferentes formas escrita e verbal Nesta ordem de ideias para se conseguir uma boa aprendizagem da matem tica necess rio atingir as seguintes compet ncias b sicas Gelman amp Gallistel 1978 1 Numera o A aquisi o desta compet ncia exige a aprendizagem de uma s rie de conceitos b sicos como cima baixo mais menos muito pouco conceito de n mero seu uso e sentido a aprendizagem de diferentes ordens de unidades e do valor posicional dos n meros de varios algarismos ou multid gitos A aprendizagem da numera o deve ser desenvolvida gradualmente atrav s dos seguintes procedimentos Aprendizagem da correspond ncia um a um ou correspond ncia biun voca entre os n meros e os objectos o que implica o conhecimento de que a cada objecto de um conjunto s corresponde um n mero Aquisi o de uma orienta o est vel que implica o conhecimento de que os n meros t m uma ordem est vel e fixa devendo a sua contagem realizar se sempre pela mesma ordem Compreens o da cardinalidade que se consegue a partir da no o de que o ltimo n mero de uma sequ ncia num rica o cardinal desse conjunto ou seja o ltimo n mero 310
481. problemas de aprendizagem apresentando tr s componentes produtoras de hiperactividade componente motora que faz com que o indiv duo nunca esteja quieto componente cognitiva que acontece quando o indiv duo parece ser incapaz de se manter numa tarefa ou de se manter orientado para uma tarefa o tempo suficiente para a sua realiza o componente social 2 Hipoactividade que se revela atrav s de dificuldades na aten o sendo caracterizada por um comportamento com poucas respostas aos est mulos envolventes pelo aparecimento de dificuldades em completar as tarefas que s o solicitadas e pela pouca participa o em discuss es com os colegas 3 Fixa o da aten o que se verifica quando os indiv duos se fixam ou prestam uma aten o exagerada a est mulos que j n o s o relevantes para a tarefa ou insignificantes para a resolu o da mesma 4 Distractibilidade que se relaciona com dificuldades em manter a aten o orientada para uma tarefa e em seleccionar os est mulos relevantes para a sua conclus o 244 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 5 Impulsividade ou Desinibi o que est relacionada com a aten o selectiva o rendimento escolar e as rela es interpessoais e surge quando os indiv duos passam rapidamente para a resposta a qualquer tipo de distrac o interna ou externa retirando a atenc o da tarefa que estavam a realizar Os problemas de hiperactivid
482. processos de interac o da aprendizagem apresentados no quadro 3 1 no sentido de serem feitas adapta es metodol gicas para o ensino destes alunos condi es Externa 5 ENSINO Transmiss o Assimila o Processo de aprendizagem QOisPeancaaia PROFESSOR Sistema de ensino fcomada o Aquisi o APRE pozat Ondif es terna Quadro 3 1 Interac o dos Factores da Aprendizagem Humana Fonseca 1984 14 Apesar de todos os obst culos referidos pode afirmar se que nos tempos actuais se tem conclu do que as crian as com DA n o podem ser v timas de segrega o sendo 191 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM indispens vel ajustar as condi es internas de aprendizagem s exig ncias das tarefas educacionais inerentes ao professor e ao sistema de ensino Fonseca 1984 Neste cap tulo ser abordada a problem tica das DA em todos os seus aspectos caracteriza o classifica o e etiologia at aos problemas de integra o escolar que s o mais not rios ap s a entrada para o Ensino B sico problemas esses que primeira vista n o t m explica o comprovada sendo necess ria uma observa o bastante minuciosa para que seja poss vel um acompanhamento pedag gico conducente ao sucesso educativo desej vel 74 As condi es da crian a o 75 As condi es de ensino 192 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 3 1 O
483. quando h um cuidado exagerado com os hor rios e com as suas coisas como defesa face ao bombardeamento de est mulos que os desorientam Cruickshank 1961 continuando o trabalho de Werner e Strauss analisou crian as com paralisia cerebral e crian as com les es cerebrais que apresentavam dificuldades de discrimina o figura fundo de forma o de conceitos dificuldades visuo motoras e t ctilo motoras Ap s estes estudos concluiu que as desordens perceptivas s o devidas a disfun o cerebral e n o a defici ncia mental Este autor ainda pioneiro no campo da tecnologia pedag gica e da arquitectura e envolvimento estrutural da classe tendo implementado processos de modifica o de comportamento e processos de refor o contingente no campo das DA Hallahan amp Cruickshank 1973 Kephart 1960 defendia o recurso ao treino perceptivo motor para ajudar as crian as com problemas de aprendizagem acreditando que o desenvolvimento perceptivo motor era a base da aprendizagem conceptual comportamental e lingu stica Segundo ele o desenvolvimento motor precede o perceptivo e as fun es intelectuais superiores 211 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM dependem das aquisi es perceptivo motoras b sicas 8 conforme pode analisar se no quadro 3 4 RECEP O Presente EMPRESS O INTEGRA O 2 Output resposta Passado lt Feed back gt gt Resposta Muscular MOTRICIDAD
484. que as DA s o intr nsecas ao indiv duo e que os factores ambientais n o devem ser considerados como causa das mesmas Assim podem ser referidos v rios factores como causadores de DA apresentados pelas duas correntes actualmente existentes a corrente tradicional e a corrente actual A As classifica es tradicionais agrupam os factores etiol gicos em Mart n 1994 1 Factores nenrofisiol gicos como a disfun o cerebral m nima ou danos neurol gicos provocados por factores gen ticos factores bioqu micos ou endocrinol gicos e podem surgir em qualquer per odo de desenvolvimento Orton 1928 cit Fonseca 1984 Casas 1994 2 Factores socioculturais que est o relacionados com a m nutri o pobreza do meio familiar e s cio cultural ou pobreza lingu stica Shaw et al 1995 3 Factores institucionais em que se d mais import ncia ao contexto de aprendizagem desde as condi es materiais processos de ensino aprendizagem metodologia de ensino ou grau de adequa o do programa s caracter sticas do sujeito Adelman amp Taylor 1986 257 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 4 Outros factores tais como problemas na organiza o espacial problemas na lateralidade e problemas relacionados um esquema corporal mal estabelecido Kephart 1960 Fonseca 1984 Apesar de tudo pode afirmar se que estes factores n o s o suficientes para caracterizar as causas das DA p
485. r se em dois grandes grupos Mart n 1994 Problemas de tipo af sico que est o relacionados com um transtorno da linguagem provocado por les es nas reas do SNC que s o respons veis pela sua elabora o S o transtornos que perturbam a linguagem de maneira complexa em especial a actividade simb lica Transtornos na fala que se relacionam com a aus ncia ou dificuldade de realiza o da fala devido a altera es nos sistemas perif ricos da linguagem que interferem nos elementos motores da linguagem disartria nos processos de fona o disfonia ou na fluidez do acto de falar gaguezy Segundo a American Speeck Language Association 1982 cit Kirk et al 1993 existem v rias diferen as entre desordens da fala e desordens da linguagem As desordens da fala que se subdividem em dist rbios da voz desordens na articula o desordens na flu ncia e desordens da linguagem Os dist rbios da voz est o relacionados com uma aus ncia ou deficiente produ o da qualidade da voz entoa o sonoridade resson ncia dura o ou sua combina o As desordens na articula o manifestam se atrav s de uma produ o anormal do som na fala As desordens na flu ncia est o relacionadas com um fluxo anormal da express o verbal caracterizado por dist rbios na fluidez e no ritmo As desordens da linguagem correspondem a um desvio ou dist rbio do desenvolvimento da compreens o ou do us
486. r 1954 que pela primeira vez se refere aprendizagem como uma ci ncia emp rica e positiva Assim elabora uma teoria da aprendizagem a teoria do refor o cuja aplica o ao ensino d lugar ao ensino programado em que o aluno com o seu pr prio ritmo tem uma participa o activa sendo a aprendizagem conseguida em pequenas etapas com experi ncia imediata dos resultados e sendo dado refor o positivo resposta certa e refor o negativo resposta errada 9 Que introduziu pela primeira vez o conceito de objectivos educacionais os quais deveriam ser definidos de modo a que caracterizassem claramente o tipo de comportamento a desenvolver no aluno 50 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA A Teoria do Refor o de Skinner 1954 baseia se nos seguintes pressupostos 1 A aprendizagem implica uma mudan a no comportamento resultante da rela o entre o momento em que o comportamento ocorre o est mulo e o comportamento em si a resposta defini o defendida pelos comportamentalistas Burton et al 1996 2 O comportamento humano s pode ser analisado atrav s da observa o de ac es externas posi o defendida pelo obyectivismo Cooper 1993 3 O comportamento n o causado por processos mentais internos nem estes interferem nele ou seja aplica se a met fora da mente como caixa negra Dias 2000 146 e como antimilitarismo Cooper 1993 Tendo em conta esta defini
487. r s em que a sua significa o existe em fun o da representa o visual acaba por ser uma fonte visual com um poder de comunica o mais volunt rio do 62 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA que o objecto e com o mesmo poder de comunica o da palavra e da m sica Cloutier 1975 5 As novas tecnologias de comunica o e informa o com uma forte predomin ncia da imagem Dumond 1994 s o j parte integrante do mundo envolvente e inundam o campo social com grande n mero de mensagens Moles 1975 321 enriquecendo os report rios individuais e promovendo a economia e efic cia do acto comunicativo As potencialidades da imagem enquanto auxiliar da comunica o pedag gica s o variadas e significativas a v rios n veis Assim atrav s da nossa experi ncia pessoal no ensino pode constatar se que os professores com maior ou menor insist ncia regularidade e entusiasmo recorrem imagem para transmitir aos alunos determinados conte dos ou para os motivar nesta ou naquela aprendizagem Neste sentido de comunica o a Imagem foi sempre um elemento b sico de investiga o na TE o que se comprova atrav s de estudos realizados por v rios autores 1 Escarpit 1972 Este autor realizou uma s rie de estudos para perceber a complexidade da leitura visual tendo conclu do que a crian a em idade pr escolar realiza diversas opera es de abstrac o na apreens o de imagens figurativas como a
488. r as vantagens do uso de programas de treino interactivos com imagem relativamente aos PTPV em suporte tradicional tamb m com imagem Nestes programas de treino com suportes diferentes a Imagem aparece sob duas perspectivas a imagem fixa na sua forma mais tradicional em suporte papel e a imagem animada e din mica na sua forma interactiva em suporte computador Atrav s destes recursos pretende se contribuir para uma melhoria das capacidades de percep o visual dos alunos com Dificuldades de Aprendizagem DA A investiga o desenvolvida desde 1992 na rea da Tecnologia Educativa nomeadamente no estudo da Imagem e do seu uso em Educa o bem como o trabalho desenvolvido durante mais de trinta anos com alunos com Necessidades Educativas Especiais muitos deles com DA facilitou a escolha do tema desta disserta o e respectivo estudo emp rico O trabalho desenvolvido no mbito do Mestrado em Educa o na rea de Tecnologia Educativa sobre as implica es da imagem na compreens o oral de contos tradicionais e conclu do em 1995 foi tamb m um bom incentivo para o desenvolvimento deste estudo Outro factor importante que motivou o estudo prende se com o facto de se ter encontrado no nosso pa s um n mero pouco significativo de investiga es emp ricas na 2 INTRODU O rea da Tecnologia Educativa e da Imagem realizadas com alunos com DA a frequentar o 1 Ciclo do Ensino B sico Inicialm
489. r enfrentar tamb m dificuldades nos problemas comuns e di rios de figura fundo 1 3 1 Como se desenvolve a Percep o Visual primeira vista pode afirmar se que a percep o visual um fen meno que acontece instantaneamente de forma f cil r pida e efectiva pois parece nos ser normal ver uma rvore quando ela est nossa frente se h luz suficiente e a vis o n o nos falta No entanto quando reflectimos um pouco mais podemos pensar afinal em que consiste ver uma rvore como que o organismo reage para obter informa o e conhecimento sobre o mundo objectos propriedades acontecimentos etc a partir do tipo de energia que incide nos sentidos corporais Garc a Albea 1986 Dias amp Chaves 20012 Ou ent o pode perguntar se Ao olhar uma ma vermelha como conseguimos ver n o um vermelho reluzente mas uma reluzente ma vermelha ou melhor como conseguimos apreender os objectos e os acontecimentos na realidade externa que nos circunda Gleitman 1999 88 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Por isso o mais importante n o saber por que que dado est mulo visto como sendo determinado objecto mas sim saber porque o vemos enquanto objecto Isto acontece porque a ma um est mulo dista 28 pelo menos visualmente e s conhecido por n s gra as ao est mulo proxima 29 que a projecta na nossa retina O est mulo proximal correspond
490. r frases gramaticalmente correctas Mart n 1984 tamb m estudou os problemas de percep o considerando apenas tr s n veis relacionados com diferentes tipos de problemas discriminat rios 1 Problemas na percep o das formas que est o relacionados com dificuldades em discriminar formas e que se reflectem em quase todas as actividades escolares 2 Problemas na percep o do espa o que est o relacionados com a percep o relativa dos 132 est mulos visuais que percebe 3 Problemas no completamento visual que est o relacionados com dificuldades na percep o das formas a partir de alguns ind cios ou est mulos o que se traduz em repeti es lentid o etc 3 3 1 4 Problemas de hiperactividade com d fice de aten o Os problemas de hiperactividade com d fice de aten o podem manifestar se em situa es escolares laborais ou sociais sendo identificados com base em diferentes caracter sticas individuais DSM IV 1996 1 Falta de aten o suficiente para descobrir pormenores ou cometer erros por descuido nas tarefas escolares ou noutras actividades 2 Apresenta o de trabalhos desorganizados descuidados ou feitos sem reflex o 3 Dificuldades em manter a aten o em actividades laboratoriais ou l dicas apresentando problemas em persistir nas tarefas at ao fim 151 por exemplo tratruga em vez de tartaruga 132 Por exemplo trocar b d p q b p 242 A P
491. ra somar n meros uma incapacidade para reconhecer os signos operativos ou para usar linhas de separa o a verifica o de uma fraca mem ria aritm tica o aparecimento de dificuldades na leitura de n meros e de muitos algarismos de dificuldades em mudar quantidades de um lugar para outro e de dificuldades em organizar espacialmente a multiplica o e a divis o Dohn 1971 cit Monedero 1989 Por conseguinte existe Discalculia quando a crian a n o consegue libertar se da percep o concreta das quantidades e n o encontra um crit rio quantitativo que lhe 79 Altera es ac stico gn sticas devido a les es temporais esquerdas 180 Altera es da linguagem interna devido a les o frontal esquerda 81 provocados por les es occipitais 82 Em que h les es temporoparietais 85 Em que h les es temporo occitoparietais 84 Em que h les es na rea frontal esquerda e les es frontais direitas 316 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM permita adquirir o conceito de n mero pois esta aquisi o tem lugar em etapas relativamente avan adas do desenvolvimento psicol gico As discalculias podem ser caracterizadas de acordo com a causa que as provoca Gaddes 1980 existindo discalculias provocadas por defici ncias de linguagem discalculias provocadas por d fices de leitura e discalculias provocadas por falta de imagina o espacial ou por causas neurol gicas Ginsburg 1977 que permitem classif
492. rada e a que conseguem de facto numa ou mais reas como a fala a leitura a matem tica e a orienta o espacial Hammill 1990 Wepman 1964 Cruickshank 1972 Deutsch 1963 e Morency amp Strother 1975 cit Hammill 1990 apresentam uma defini o mais espec fica de dificuldades de aprendizagem considerando que t m Dificuldades de Aprendizagem as crian as que demonstram uma defici ncia substancial num aspecto particular de rendimento escolar devido a desvantagens perceptivas ou perceptivo motoras independentemente da etiologia e ou de outros factores Myklebust 1968 considera ainda que as DA al m de serem desordens que interferem na aprendizagem t m origem psiconeurol gica sendo fundamentalmente causadas por desvios no sistema nervoso central SNC Segundo este autor essas desordens n o s o devidas ou provocadas por defici ncia mental priva o sensorial ou por factores psicogen ticos considerando se ainda que os d fices na aprendizagem podem surgir em qualquer idade O U S Office of Education 1976 cit Hammill 1990 apresenta uma defini o que pretende completar e melhorar a defini o da NACHC 1968 afirmando que se pode encontrar uma dificuldade de aprendizagem espec fica numa crian a que apresenta discrep ncia severa entre rendimento e capacidade intelectual numa ou mais das diversas reas express o oral express o escrita compreens o auditiva ou compreens o escrita
493. ral pois como que uma janela aberta para o passado que ao mesmo tempo se prolonga no futuro M IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 1 2 2 Classifica o das Imagens As imagens visuais podem classificar se de acordo com v rias perspectivas sendo de salientar a distin o entre imagens naturais que s o produzidas sem interven o humana e imagens artificiais on fabricadas que s existem devido interven o humana Barthes 1964 considera as imagens como a grande fam lia das imagens classificando as segundo o g nero ou seja de acordo com as suas inten es e fun es sociais As imagens classificam se ainda com base nos n veis de significa o dos signos distinguindo se as imagens monoss micas 22 em que o conhecimento da significa o de cada signo precede a observa o da reuni o dos signos e as imagens poliss micas ou pans micas em que a partir do signo ou da reuni o dos signos se deduz a significa o Bertin 1970 170 No entanto toda a imagem poliss mica pois at nas imagens com maior grau de iconicidade h polissemia Barthes 1964 44 As imagens podem ainda ser subdivididas segundo a mat ria de express o o seu suporte e o seu canal isto segundo as suas categorias f sicas pelo que Metz 1970 6 7 as sudivide em unidades t cnico sensoriais classificando as imagens como manuais ou t cnicas fixas ou m veis
494. randes classes 1 As NEE Permanentes S o necessidades espec ficas que exigem uma adapta o do curr culo s caracter sticas do aluno e devem ser objecto de avalia o sistem tica e sequencial de acordo com os progressos na escola Esta adapta o tera de manter se durante grande parte do seu percurso escolar ou em todo ele Respeitam a indiv duos com altera es significativas no seu desenvolvimento problemas org nicos funcionais e ou culturais graves como se pode vet no quadro 2 2 NEE permanentes Quadro 2 2 Tipos de NEE permanentes Correia 1997 50 As NEE permanentes subdividem se em diferentes categorias mais espec ficas Jim nez 1991 Correia 1997 181 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NEE de car cter intelectual que s o designadas por Defici ncia Mental pois o funcionamento intelectual e o comportamento adaptativo encontram se diminu dos provocando problemas nas aprendizagens acad micas e sociais 0 NEE de car cter processual que s o designadas por Dificuldades de Aprendizagem DA e s o provocadas por problemas relacionados com a recep o organiza o e express o da informa o uma problem tica que ser abordada em pormenor no cap tulo seguinte NEE de car cter emocional categoria que inclui os psic ticos e outros casos graves de comportamento que t m por base uma problem tica emocional e comportamental com reac es e comportame
495. rando se as seguintes caracter sticas Perfil desorganizado das fun es perceptivo motoras quer visuo motoras quer auditivo motoras Dificuldades na aten o selectiva com problemas de discrimina o entre est mulos relevantes e irrelevantes ou seja entre a figura e o fundo Comportamentos excessivamente desinibidos impulsivos descontrolados sociop ticos e desordenados aos quais se associam ainda problemas de hiperactividade A influ ncia destes autores na compreens o das DA tornou se muito importante n o s por terem apresentado recomenda es educativas espec ficas que focam um conjunto especial de compet ncias de aprendizagem deficit rias mas tamb m porque nos fornecem uma orienta o geral que muito influente na educa o das crian as com NEE A partir daqui considera se que as DA devem ser analisadas na perspectiva da psicologia do desenvolvimento devendo ser verificados os processos mentais e os processos de assimila o conserva o e utiliza o da informa o bem como as diferen as individuais de aprendizagem atrav s da observa o dos diversos processos que a crian a utiliza para realizar uma tarefa de aprendizagem Os mesmos autores consideram ainda que as crian as que t m um processo deficit rio podem ser ajudadas a fazer o mesmo trabalho de forma normal atrav s da utiliza o de m todos de ensino ajustados s suas necessidades educacionais espec ficas A c
496. rar na aprendizagem da matem tica podendo referir se tr s sistemas cognitivos funcionalmente distintos ambos baseados na quantidade Caramazza amp McCloskey 1987 cit Citoler 1996 1 Sistema de compreens o do n mero Este sistema integra os mecanismos necess rios para converter as diferentes formas superficiais dos n meros num formato abstracto comum que permita estabelecer um c digo b sico para efectuar os procedimentos seguintes de c lculo e produ o 2 Sistema de c lculo Este sistema compreende os mecanismos requeridos especificamente para se realizar as opera es aritm ticas e inclui as representa es conceptuais a lembran a das combina es aritm ticas b sicas suas regras e procedimentos das opera es aritm ticas mais complexas os algoritmos Neste sistema podem considerar se tr s procedimentos O conhecimento conceptual aritm tico relacionado com as diferentes opera es sua finalidade suas propriedades e seus princ pios mais relevantes 309 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM O conhecimento dos mecanismos que permitem a execu o de procedimentos de c lculo e algoritmos atrav s de uma planifica o ordenada para a solu o desses procedimentos O conhecimento dos mecanismos para recuperar as combina es aritm ticas b sicas que devem estar automatizados pata que os alunos se libertem dos recursos cognitivos e se preocupem apenas com a compreens o do
497. rav s de desenhos diagramas mapas figuras etc 201 meio envolvente Estados que permitem contornar imagens distintas quando o mesmo est exposto a diferentes situa es e sucessos procedentes do 337 A IMAGEM E AS TECNOLOGIAS INTERACTIVAS NOS PROGRAMAS DE TREINO DA PERCEP O VISUAL A forma o de imagens tamb m facilita a resolu o de problemas pois o uso de imagens permite resolver o maior n mero de problemas garantindo maior rapidez executiva e menor percentagem de erros Kaufmann 1985 A imagem constitui ainda um meio potencial nos processos de pensamento porque este se baseia na forma como cada pessoa v o mundo e nas formas individuais de manipular ou actuar sobre essa representa o interna202 Em geral as imagens enquanto representa o apresentam uma semelhan a funcional muito elevada relativamente aos eventos percebidos pois cont m informa o relativa forma ao aspecto e ao tamanho de uma figura Moyer 1973 Holyoak et al 1979 Kosslyn 1980 assim como informa o m trica dos seus componentes ou das suas rela es fazendo se corresponder as partes da imagem s partes do objecto representado e guardando se as dist ncias entre as partes ou detalhes dos objectos Kosslyn et al 1978 Kosslyn 1983 Atrav s da sua evoca o as imagens produzem efeitos parecidos com a pr pria vis o do est mulo e permitem ainda substituir o contacto directo com os objectos Deste modo as i
498. rce 1987 Isto leva nos a distinguir entre a capacidade de um organismo para utilizar informa o relativa a um est mulo que est novamente presente no momento de se desencadear a resposta e a sua capacidade para responder mesmo quando o est mulo est ausente Terrace 1984 No entanto existe uma hierarquia de n veis de aprendizagem que s o produto da evolu o e que se desenvolvem a partir de um n vel pr associativo em cujo mbito est o a habitua o e a sensibiliza o at um n vel de aprendizagem simb lico exclusivamente humano Os v rios n veis de aprendizagem englobam algumas caracter sticas comuns embora cada n vel ascendente seja novo em ess ncia n o podendo resumit se aos precedentes nem deduzir se deles Pinillos 1975 A aprendizagem pode ainda ser considerada como um processo activo do sujeito que aprende organiza e guarda a informa o recebida pelo que o conhecimento s poss vel a 48 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA partir de problemas que se levantam expectativas que se criam hip teses que se avan am e verificam descobertas que se fazem Bruner 1973 Por conseguinte podem considerar se quatro tipos de aprendizagem a aprendizagem por mera recep o mec nica ou memorizada da informa o a aprendizagem por descoberta memorizada a aprendizagem por recep o significativa ou compreendida pelo sujeito e a aprendizagem atrav s da descoberta significativa Ausubel
499. rce uma profiss o pode estar t o capacitada ou mais que o investigador para decidir se determinado instrumento adequado a um grupo concreto Fox 1987 131 392 METODOLOGIA 6 4 1 Teste de Desenvolvimento da Percep o Visual Nas pesquisas j referidas nomeadamente em sites de Universidades e Centros de Investiga o dos EUA foram encontradas refer ncias ao Teste de Desenvolvimento da Percep o Visual o Developmental Test of Visual Perception DTPV 2 Hammill et al 1993 que se adequava aos objectivos pretendidos Assim decidiu se fazer a encomenda do DTVP 2 via Internet a uma empresa dos Estados Unidos Recebido o teste foi feita a tradu o e uma an lise cuidada do mesmo o que permitiu concluir ser este teste adequado ao estudo que se queria desenvolver O DTPV 2 constitu do por uma bateria de 8 subtestes que medem diferentes mas interelacionadas compet ncias de percep o visual e visuo motoras Esta bateria que pode ser aplicada a crian as dos 4 aos 10 anos tem fidelidade e validade empiricamente comprovadas atrav s de uma amostra normativa de 1972 crian as residentes em 12 estados americanos Esta bateria de testes baseia se nas investiga es anteriores levadas a cabo por Frostig 1963 1972 cuja base essencial a an lise das v rias compet ncias necess rias a uma boa percep o visual O Manual que acompanha o teste apresenta logo de in cio uma descri o geral do teste e
500. rem modelos normais e formas de actua o que o ajudem a viver normalmente embora com limita es Serrano 1994 Deste modo a detec o e avalia o precoce das NEE fundamental para se dar in cio ao processo educativo das crian as com problemas passando a ser objectivo primordial a descoberta das possibilidades educativas existentes para cada caso de acordo com os perfis evolutivos da crian a as suas limita es e as suas dificuldades E ainda importante analisar as potencialidades de desenvolvimento e de aprendizagem de cada crian a valorizando se ao mesmo tempo os recursos educativos de que ela necessita e o tipo de escola onde estes se podem encontrar para que a sua evolu o seja satisfat ria 185 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS 186 CAP TULO III A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM A express o Dificuldades de Aprendizagem engloba um n mero heterog neo de desordens que se manifestam por dificuldades significativas na aquisi o e no uso de aptid es de escuta fala leitura escrita racioc nio ou matem tica S o desordens intr nsecas ao indiv duo presumindo se que se devem a uma disfun o do sistema nervoso central e que podem ocorrer ao longo da vida Hammill et al 1981 336 188 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Introduc o As dificuldades de aprendizagem DA podem
501. res Holyoak K J Dumas S T amp Moyer R S 1979 Semantic association effects in a mental comparison task Memory and Cognition 7 303 313 Honebein P C 1996 Seven Goals for the Design of Constructivist Learning Environments In B W Wilson Ed Constructivist Learning Environments Case Studies in Instructional Design pp 11 24 Englewood Cliffs New Jersey Educational Technology Publications Inc Hubel D H amp Wiesel T N 1970 Stereoscopic Vision in Macaque Monkey Nature 225 41 42 Hundt J M 1961 Intelligence and Experience New York Ronald Press Ib ez J F 1986 Did ctica de la Imagen Educaci n de la sensibilidad visual Bilbao G 1 E ICE Jakobson R 1973 Linguistique et Po tique Essais de Linguistique G n rale Il Paris Minuit Jaquinot G 1992 M s all de un G nero hacia una nova Ret rica de los Programas Educativos In J Pons amp C Gortari Eds Las Nuevas Tecnologias de la Informaci n en Educaci n pp 31 112 Sevilla Alfar Jim nez R B 1991 Educaci n Especial y Necesidades Educativas Especiales In R B Jim nez Coord Necesidades Educativas Especiales Manual te rico pr tico pp 16 25 M laga Ediciones ALJIBE Johnson D J amp Myklebust H R 1967 Learning Disabilities Educational Principles and Practices New York Grune amp Stratton Johnson D J amp Myklebust H R 1983 Dist rbios de
502. resultantes de problemas nas regi es parietal inferior e temporoparietal do hemisf rio esquerdo do c rebro C Classifica o das DA em fun o do mbito e do momento evolutivo Esta classifica o tem por base o processo evolutivo dos indiv duos e a fase de escolariza o que Kirk amp Chalfant 1984 agrupam em dois grandes grupos 1 Dificuldades Evolutivas que est o relacionadas com os processos psicol gicos b sicos n o espec ficos que est o na base de todas as actividades cognitivas Estas dificuldades subdividem se em Dificuldades de Aprendizagem b sicas ou prim rias relacionadas com problemas de aten o e dificuldades em seleccionar os factores apropriados ou mais pertinentes entre os v rios est mulos que chegam ao organismo a todo o momento com problemas de mem ria em que se verifica dificuldade em recordar o que foi visto ouvido ou experimentado e com problemas de percep o em que h dificuldades na coordena o visuomotofa na discrimina o visual e auditiva nas rela es especiais e noutras compet ncias perceptivas Dificuldades de Aprendizagem secund rias relacionadas com problemas de pensamento e de linguagem oral e s o consequ ncia das dificuldades b sicas 2 Dificuldades Acad micas que se verificam na vida escolar e t m a ver com dificuldades espec ficas de leitura escrita soletra o escrita e aritm tica sendo o seu diagn stico feito com base em aprendizagens in
503. rian a com necessidades perceptivas lingu sticas simb licas e cognitivas pode ser ajudada com estes m todos desde que se d mais realce s suas possibilidades ou facilidades suas reas fortes e menos import ncia as suas dificuldades suas reas fracas Goldstein 1948 cit Kirk amp Chalfant 1984 o autor que mais se distinguiu na an lise destes processos perceptivo motores porque os tratou separadamente dos problemas de leitura e escrita Este autor deu grande contributo ao desenvolvimento da rea das DA tendo salientado a enorme influ ncia das anomalias cerebrais no 210 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM comportamento humano principalmente no que respeita ao processamento deficiente da informac o visual Assim identificou seis caracter sticas comportamentais Resposta for ada ao est mulo que acontece quando o indiv duo se distrai facilmente com objectos ou pessoas Confus o figura fundo quando h incapacidade para diferenciar o que essencial do que acess rio Perseveran a quando a aten o se centra sempre nos mesmos est mulos repetindo os mesmos comportamentos Hiperactividade quando h constantes mudan as de aten o que provocam imensa actividade motota Reac o catastr fica quando surgem bloqueios emocionais que incapacitam o controle das suas preocupa es bizarras e dos seus comportamentos ca ticos Meticulosidade
504. ricos das DA s o abordados inicialmente numa perspectiva generalizada sem grande preocupa o com o seu relacionamento com as actividades acad micas e de aprendizagem escolar No quarto cap tulo s o analisadas as diferentes Dificuldades Espec ficas de Aprendizagem DEA que est o particularmente relacionadas com problemas na leitura escrita e c lculo e que influenciam todo o percurso escolar destes alunos Estas dificuldades 38 INTRODU O s o analisadas a partir dos processos que envolvem as compet ncias de leitura escrita e c lculo tendo sempre em aten o as suas implica es no processo de aprendizagem escolar que s o condicionantes de futuras aprendizagens A an lise destas dificuldades tem ainda como ponto de partida a linguagem humana que a base da aprendizagem da leitura escrita e aritm tica sendo abordada a linguagem verbal numa perspectiva global e de acordo com os subsistemas de linguagem linguagem interior linguagem auditiva ou falada linguagem visual ou escrita e linguagem quantitativa No entanto d se maior relev ncia aos sistemas da linguagem visual escrita e quantitativa e por fim s o referidos os principais problemas que os alunos com DA revelam na linguagem leitura escrita e aritm tica e que podem originar problemas de aprendizagem muito espec ficos como a dislexia a disortografia a disgrafia ou a discalculia No quinto cap tulo s o analisados os aspectos da percep
505. rios tipos de Percep o Visual muito semelhantes aos de Frostig Tamb m Gabbard 1992 confirma Frostig 1963 1966 Frostig amp Horne 1964 e Chalfant amp Scheffelin 1969 Esta consist ncia te rica foi a base da decis o dos autores em manter os constructos originais como base l gica para designar os sub testes do DTVP 2 Cada um dos 8 sub testes do DTVP 2 mede cada um dos tipos de habilidade de percep o visual referidos acima distribu dos do seguinte modo Sub teste 1 Coordena o culo mannal em que se pede crian a que desenhe uma linha entre um conjunto de linhas paralelas sem sair fora Estas linhas envolvem ngulos Ou cufvas Sub teste 2 Posi o no Espa o em que a crian a tem de escolher entre v rias figuras a figura exactamente igual que foi colocada em destaque Sub teste 3 C pia em que a crian a tem de desenhar no papel figuras iguais s apresentadas e que servem como modelo A complexidade das figuras aumenta gradualmente Sub teste 4 Figura fundo em que a crian a tem de descobrir quais as figuras sobrepostas existentes num fundo complexo e confuso Sub teste 5 Rela es espaciais em que a crian a tem de ligar tra ando linhas uma s rie de pontos de acordo com o modelo apresentado Sub teste 6 Completamento Visual em que a crian a tem de seleccionar a figura exactamente igual apresentada e que foi desenhada de forma incompleta 394
506. rmal originando dificuldades de aprendizagem que necessitam de aten o especial em v rias das compet ncias que o indiv duo tem de adquirir ao longo da vida em especial as aprendizagens da leitura e da escrita Ru z amp Ortega 1997 Consequentemente fundamental que os alunos percebam que as palavras s o constitu das por s ries ordenadas de fonemas que os s mbolos escritos representam unidades de linguagem e que as unidades representadas s o os fonemas Se tal n o acontecer o alfabeto deixar de ter sentido para eles e n o conseguir o adquirir o dom nio das capacidades de leitura Isto leva nos a concluir que todos os problemas que afectam a linguagem devem merecer especial aten o devendo pensar se desde logo numa poss vel correc o dos mesmos 4 1 3 Dist rbios de linguagem mais frequentes Os problemas mais significativos que afectam a linguagem s o descritos por v rios autores de forma equivalente Johnson amp Myklebust 1983 1967 Ajuriaguerra 1974 Vellutino 1979 Kirk amp Gallagher 1987 Monedero 1989 sendo considerados quatro grandes grupos de dist rbios A Altera es da voz Estas altera es correspondem a problemas na emiss o da voz associados a tr s dos elementos fundamentais do som intensidade tom e timbre que s o provocados por problemas na laringe quer pelo seu uso inadequado tanto por excesso hipertonia como pot defeito hipotonia Estes problemas podem ser agrupados
507. rmitindo verificar se os efeitos perduram no tempo ou se permanecem pata al m da dura o da interven o Almeida amp Freire 2003 85 384 METODOLOGIA 6 3 Caracterizac o da Amostra Na grande amostra inicial de 445 alunos do 1 ano do 1 Ciclo do Ensino B sico de escolas do concelho de Braga verificou se uma percentagem de 85 de alunos sem problemas de percep o visual de 2 com problemas de percep o visual mas sem Dificuldades de Aprendizagem DA e de 13 com dificuldades de percep o visual e DA conforme pode verificar se no gr fico 6 2 Percentagem de alunos com esem Dificuldades de Percep o Visual Gr fico 6 2 Percentagem de alunos com e sem dificuldades de Percep o Visual Deste modo conforme j se referiu foi seleccionada uma amostra de 57 alunos que apresentavam simultaneamente dificuldades de aprendizagem DA e dificuldades de percep o visual A selec o da amostra experimental foi realizada com base nos seguintes crit rios Foram seleccionados alunos que apresentavam problemas de rendimento escolar assim considerados por apresentarem resultados abaixo da m dia iguais ou inferiores ao 385 METODOLOGIA n vel 2 numa escala de 1 5 nas classifica es do final do 1 per odo nas disciplinas de L ngua Portuguesa e Matem tica e Dificuldades de Aprendizagem DA comprovadas pela aplica o da EIDA Escala de Identifica o de Dificuldade
508. rrespondente a cada um dos objectos para que os alunos encontrassem o objecto correspondente imagem Al m das gravuras de objectos concretos foram lhes apresentadas figuras de ac es humanas para serem associadas s ac es reais No final concluiu se que alunos deficientes mentais eram capazes de interpretar de forma satisfat ria imagens de objectos concretos mas tinham dificuldade em perceber imagens que representam ac es UNESCO 1973 Dias 1995 1999 3 Schallert 1980 Realizou um estudo em que concluiu que as imagens e as ilustra es dos textos resultam numa maior compreens o dos mesmos dado que as imagens e as ilustra es desempenham um papel importante nas correntes de processamento envolvidas na compreens o do texto 4 Levie amp Lentz 1982 Realizaram um estudo com alunos do 2 ao 5 ano tendo o grupo experimental recebido instru es para criar imagens mentais enquanto ouvia as frases e o grupo de controlo apenas recebeu informa o central e perif rica das frases Com este estudo concluiu se que as legendas ajudam os leitores a fixar a sua aten o na informa o existente em modelos teis Por conseguinte as pessoas codificam a informa o em dois sistemas distintos na mem ria um para s mbolos verbais e outro para s mbolos ic nicos resultando 13 As imagens correspondem a palavras sinais relativas seguran a do indiv duo tais como perigo alto e veneno 64 IMAGEM
509. rta es da 1 Edi o do Curso Braga Edi es CEEP Instituto de Educa o e Psicologia Universidade do Minho Chaves J H Coutinho C P amp Dias M M 1993 A Imagem no ensino de crian as com Necessidades Educativas Especiais Revista Portuguesa de Educa o Braga Universidade do Minho n 6 3 57 66 Chaves J H amp Dias M M 1997 Implica es da Imagem na compreens o oral do deficiente mental In Contributos da Investiga o Cient fica para a Qualidade do Ensino Actas do III Congresso da Sociedade Portuguesa de Ci ncias de Educacao SPCE volume 1 467 476 Chaves J H amp Dias P 1993 A Forma o P s graduada de Professores ena Tecnologia Educativa na Universidade do Minho o Curso de Mestrado Revista Portuguesa de Educa o Vol 6 3 5 10 Chi M T Glaser R amp Rees E 1982 Expertise on problem solving In R Stenberg Ed Advances in the psychology of human intelligence Vol 1 pp 7 75 Hillsdale Erlbaum Citoler S D 1996 Las Dificultades de Aprendizaje Un Enfoque Cognitivo Lectura Escritura Matem ticas M laga Ediciones Aljibe 434 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Citoler S D amp Sanz R O 1993 A leitura Avalia o e Interven o Educativa In Necessidades Educativas Especiais Porto Porto Editora Clements S D 1966 Minimal Brain Dysfunction in Children Terminology and Identification Washington D C U S Governm
510. s numa esp cie de dicion rio interior Nesta ordem de ideias pode afirmar se que a leitura se desenvolve gradualmente at se tornar verdadeiramente compreensiva e capaz de interpretar a linguagem transformando os s mbolos lingu sticos numa representa o mental mais abstracta e passando da linguagem ao pensamento abrangendo ainda a compreens o da informa o impl cita ou expl cita do texto A compreens o da leitura faz se a partir de uma multiplicidade de factores capacidades que o indiv duo possu processamento sint ctico conhecimentos sobre texto estrutura e conte do e sobre o mundo em geral capacidades inferenciais riqueza e amplitude de vocabul rio processos metacognitivos de regula o e controlo da pr pria compreens o ou capacidade de previs o Citoler amp Sanz 1993 Chall 1987 refere se forma progressiva e gradual da aprendizagem da leitura considerando que ela se realiza em seis fases de desenvolvimento 285 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 1 Pr leitura em h um desenvolvimento lingu stico e perceptivo mas n o aprendizagem formal da leitura 2 Descodifica o quando a crian a come a a decifrar e a soletrar fazendo a correspond ncia entre grafemas e fonemas e de seguida a sua jun o para depois os identificar como palavras 3 Flu ncia quando o leitor tem compet ncias de reconhecimento visual imediato sem ter de recorrer a processos de sole
511. s o nos momentos em que n o lhes dei a aten o merecida A minha irm Ziza ao meu genro Jos Ant nio e s minhas noras Susana e Gaby pelo incentivo e apoio nos momentos certos Aos meus pais j falecidos cuja mem ria sempre me acompanha pela forma o moral e c vica que me deram e pelo esfor o que sempre fizeram para que estudasse fizesse um cutso e continuasse a interessar me pelo aprofundamento cient fico e pedag gico iv A utilizac o da Imagem e das Tecnologias Interactivas nos Programas de Treino da Percep o Visual Um estudo com alunos do 1 ciclo do Ensino B sico com Dificuldades de Aprendizagem RESUMO A aprendizagem um processo mediante o qual o indiv duo adquire e modifica as suas representa es do meio em virtude da informa o procedente da sua interac o com ele A base de toda a cogni o acaba por ser a capacidade de desenvolver representa es dos factos externos relevantes das rela es entre eles e da sua rela o com os factos que ocorrem no organismo pois s o estas representa es que permitem que o organismo actue luz da experi ncia Liversey 1986 Neste sentido torna se fundamental que as capacidades de Percep o Visual dos alunos estejam bem desenvolvidas de modo a permitirem aprendizagens baseadas nas representa es do meio e sua interac o com ele As compet ncias de Percep o Visual desenvolvem se atrav s de um complexo acto neurobiol gic
512. s que conduzem a uma confus o e desorganiza o pessoal A exist ncia de transtornos de linguagem e um atraso na defini o da domin ncia cerebral permitem nos concluir que uma disfun o ou um atraso na matura o podem ser os causadores de dificuldades na aprendizagem formal da leitura Hirsch 1968 cit Fonseca 1984 Assim a Dislexia pode ser considerada um sindroma complexo que engloba v rias disfun es psico neurol gicas associadas perturba es na orienta o na organiza o 167 Que podem estar relacionados com factores auditivos 293 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM temporal na linguagem escrita na mem ria na percep o visual e auditiva nas capacidades motoras e nos aspectos sensoriais relacionados Johnson amp Myklebust 1967 Ela um problema essencialmente cognitivo e determinado geneticamente que n o devido a defici ncia intelectual falta de oportunidades socioculturais inadequa o do tipo de ensino factores emocionais ou qualquer outro d fice conhecido na estrutura cerebral Critchley amp Critchley 1978 O termo Dislexia um conceito gen rico usado para classificar a enorme dificuldade que certas crian as experimentam na identifica o de palavras impressas presumivelmente como resultado de defici ncias estruturais apesar de apresentar um desenvolvimento normal em todas as reas A Dislexia surge associada a disfun es cerebrais e a dificuldades do
513. s Unidas para a Educa o a Ci ncia e a Cultura e Minist rio da Educa o e Ci ncia de Espanha O melhor meio de promover a integra o dos alunos com NEE permitir lhes o contacto com crian as da mesma idade e do seu meio social 146 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Planos de desenvolvimento educativo que incluam programas espec ficos de transic o e apoio entrada no ensino superior bem como de treino vocacional que os prepare para funcionar ap s a sa da da escola como membros independentes e activos nas respectivas comunidades Nesta ordem de ideias o apoio educativo a fornecer aos alunos com NEE deve ter em considera o duas vertentes distintas Minist rio da Educa o 1997 1 Uma mais restrita focalizada nos passos de aprendizagem pr prios de cada aluno e sobre os instrumentos que favore am o seu desenvolvimento e reequil brio 2 Outra mais ampla que consiste num apoio regulador indirectamente ligado aprendizagem mas indispens vel motiva o e constru o da vida social do aluno na escola Assim podem ser criados os melhores e mais adequados programas educativos que permitam que as crian as com NEE se desenvolvam de forma harmoniosa e sejam capazes de apresentar um comportamento escolar e social mais adequado e comunicar mais facilmente com colegas e adultos 2 1 1 Caracteriza o da Educa o Especial A express o Educa o Especial utili
514. s compostas por consoante vogal ou vogal vogal 55 cc 5 como por exemplo amamama ueua etc 5 Primeiro ano de vida que corresponde a um est dio em que surge a lala o n o repetida a chamada idade tagarela em que a crian a sonoriza v rias vezes as vogais junta consoantes a vogais e forma uma esp cie de frases onde consoantes e vogais vatiam de s laba para s laba e faz varia es de entoa o a chamada g ria expressiva 276 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 6 Logo ap s o 1 ano de vida ou passado alguns meses varia de crian a para crian a surge a fase em que aparece a palavra e paralelamente produ o de sons um desenvolvimento pros dico com varia es de intensidade tonalidade velocidade ritmo e pausas B Per odo Verbal B sico de um aos cinco anos Neste per odo a crian a consegue distinguir os sons da fala padr es de alocu o de acentua o e de produ o de sons apresentando j certa maturidade perceptiva podendo encontrar se tr s fases de desenvolvimento 1 No in cio do per odo surge a linguagem telegr fica 2 Dos dois aos tr s anos h grande desenvolvimento de vocabul rio que pode atingir 400 ou mais voc bulos forma o de frases utilizando tr s ou mais voc bulos uso de sujeito verbo e complemento algum desenvolvimento morfol gico e correspond ncia de g nero n mero e tempos passado algum tempo usa pronomes pessoais posse
515. s de Aprendizagem de Myklebust 1978 adaptada por Fonseca 1984 e problemas de percep o visual assim considerados por apresentarem no Developmental Test of Visual Perception DTVP 2 de Hammill et al 1993 resultados globais de percep o visual General Visual Perception iguais ou inferiores a 55 pontos Do conjunto de 445 alunos a quem foi aplicado o DTVP 2 na fase inicial s 57 alunos com DA apresentavam problemas de percep o visual Assim com a amostra experimental de 57 sujeitos foi feita a selec o aleat ria dos mesmos agrupando os em 3 grupos com 19 sujeitos cada o grupo experimental 1 GE1 o grupo experimental 2 GE2 e o grupo de controlo GC No sentido de confirmar que os 3 grupos referidos eram equivalentes ao n vel das vari veis em estudo rendimento escolar e percep o visual global GVP foram realizados Testes de Student comparando os resultados de cada grupo experimental com os resultados do grupo de controlo que serviu de controlo aos dois grupos 6 3 1 Escolas dos Sujeitos da Amostra Os sujeitos da amostra experimental frequentavam diversas escolas do concelho de Braga 13 das 15 escolas do concelho de Braga onde foi aplicado inicialmente o DTPV 2 conforme se pode observar no quadro 6 5 386 METODOLOGIA Escola urbana n 1 EE E ee mus ua eee ee Escola rural n 1 coma s Es Demi ou ET ee Eres Escola rural n 9 Total 15 Total
516. s de car cter sint ctico e ou sem ntico ou pragm tico 1 Impulsos perceptivos O primeiro impulso um referente fundamental e inconsciente o eixo sentido da verticalidade secundado pelo da horizontalidade que est presente em tudo o que vemos e corresponde orienta o retiniana isto necessidade de equil brio estabilidade que a percep o visual exige Kipman 1987 O segundo impulso o impulso para a rea axial aquilo para que o olho se sente primeiramente atra do Dondis 1973 1988 Num tr ptico a informa o visual do painel central adquire prefer ncia compositiva sobre a dos pain is laterais idem 40 43 Temos tend ncia a interpretar o padr o do est mulo proximal como sendo o do est mulo do objecto externo que o produziu est mulo distal Gleitman 1999 286 4 Esta selec o conseguida em patte pela orienta o f sica como acontece com o movimento dos olhos e tamb m atrav s de um processo central a aten o selectiva 109 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA O erceiro impulso privilegia a zona inferior direita de qualquer campo visual Este fen meno toma a designa o de assimetria lateral Kipman 1987 2 Experi ncias passadas As indu es perceptivas s o interpola es que se baseiam no conhecimento adquirido previamente porque os tra os de objectos familiares retidos na mem ria podem influenciar a forma como percebemos gt Gleitman 1
517. s de linguagem a linguagem receptiva e a linguagem expressiva 269 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM est o relacionados com os per odos de desenvolvimento de Piaget e com as dificuldades e incapacidades de aprendizagem respectivas conforme se pode analisar no quadro 4 2 O mne LINGUAGEM LINGUAGEM LINGUAGEM E FALADA ESCRITA QUANTITATIVA INTERIOR Desenvolvimento Linguagem corporal Linguagem auditiva Linguagem visual Linguagem Harmonioso n o verbal n o verbal n o verbal conceptual Desenvolvimento Periodo Periodo Per iodo Per odo formal luz de Piaget sens rio motor pr operacional Operacional Dificuldades de Dispraxias Disnornia Disfasia Dislexia Disgrafia Discalculia Aprendizagem Disgnosias Disartria Disortografia Incapacidades de Apraxias Anomia Afasia Alexia Acalculia aprendizagem Agnosias Anartria Agratia Quadro 4 2 Modelo em Cascata da Hierarquia da Linguagem adaptado por Fonseca 1984 237 TE C Modelo de hierarquia da linguagem Heaton amp Winterson 1996 Este um modelo que considera tamb m uma hierarquiza o da linguagem conforme se pode ver nos quadros n 4 3 e n 4 4 1 Linguagem interior em que h um conhecimento da linguagem a expressar 2 Linguagem exterior que se pode expressar auditivamente como fala 3 Linguagem exterior que se pode exprimir visualmente como escrita INTERIOR EXTERIOR auditivamente como 2
518. s e s cio emocionais est o relacionados com caracter sticas de conflitualidade e com desequil brios emocionais apresentadas pelos indiv duos com DA 246 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ou com uma deficiente organiza o neurol gica Mart n 1994 Monedero 1989 S o problemas que se manifestam atrav s de tr s tipos de sintomas 1 Falta de aten o que se verifica quando o indiv duo tem frequentemente dificuldade em manter a aten o em tarefas ou actividades em organizar tarefas ou actividades em envolver se em tarefas que exigem um esfor o mental cont nuo etc 2 Hiperactividade que se verifica quando o indiv duo movimenta excessivamente as m os e os p s se move muito quando est sentado corre ou salta em situa es em que inadequado faz lo etc 3 Impulsividade verific vel quando o indiv duo precipita respostas antes de ouvir as perguntas tem dificuldades em esperar a sua vez interrompe ou interfere nas actividades dos outros etc Os principais transtornos emocionais revelados pelos indiv duos com DA s o tens o nervosa reac es comportamentais bruscas e desconcertantes irrequietude e desobedi ncia ansiedade instabilidade emocional e depend ncia dificuldades em manter a aten o problemas de auto conceito e auto estima problemas na comunica o e dificuldades em ajustar se realidade Mart n 1994 Os indiv duos com DA apresentam ainda problemas de
519. s have promoted important changes in the construction of learning conducive environments which is why the notion of the computer as a simple well programmed machine has been replaced by alternative utilizations of that potent interactive machine Coutinho 2005 It is important to refer that all research on Interactive Technologies visual images visual perception problems and learning is done through a multi disciplinary approach given the distinct origin and nature of the fields of knowledge involved This work intends to contribute to an improvement in the visual perception capabilities of students with learning disabilities through the utilization of Visual Perception training programs In order to verify the advantages of using an interactive training program vis vis a traditional one two Visual Perception Training Programs VPTP were developed one performed on paper and another based on computer In both programs image has a preponderant role as it is a media that favors the acquisition of information the assimilation and retention of knowledge as well as it allows a better and more organized storage of information Myers amp Hammill 1990 Salvia amp Ysseldyke 1991 Fontao 1998 This study intends to achieve two general objectives to test an intervention methodology that uses interactive computer programs and to test the effectiveness of a Visual Perception intervention in a school context on students with Learning Disa
520. s organizacionais contomos graus ce complexidade e linhas de qualidade variados Acta uma boa pontua o no teste sigr fica que a crianza obter resultados satisfat rios o entanto uma m portuac o s leva a maus resultados em sujeitos com baixo n vel s cio econ mico Avalia a habilidade para copiar desenhos geom tricos de mem ria a partir dos 8 anos O sujeito tem de copiar 15 desenhos expostos durante 5 segundos e depois retirados Note os escores obtidos no teste s o confi veis Serve para avaliar a PV e a coordena o motora de sujeitos dos 2 aos 19 anos formado por 24 desenhos geom tricos de dificuldade crescente que sao copiados com laps em papel Nota tem uma confiabilidade e uma validade altas Permite avaiar qualitativamente habilidades perceptivonotoras em crian as dos primeiros anos de escolaridade Estas s o observadas em variados desempenhos de comportamerto eguil orio postura imagem diferencia o corporal controle ocular e percep o de formas Acta apreserta uma boa corfiatilidiade do teste releste com Lima validade de escala cuesticn vel Savia amp Y ssekMe 1981 Mede a habilidade dos sujeitos jovens e acuitos para organizar estimulas visuais E composto por 30 cuadrados com desenhos de objectos simples aos quais se retirou uma parte e que ter o de ser organizados de novo em forma de puzzle Avaliam o racioc nio l gico com objectividade e n o dependem dotipo de rive soda e c
521. s provas de exame previstas para os restantes examinandos podendo no entanto beneficiar de condi es especiais de avalia o ao abrigo da legisla o em vigor sobre necessidades educativas especiais Artigo 21 9 13 Portaria n 550 D 2004 A finalidade principal desta Portaria materializar a execu o dos princ pios enunciados no Decreto Lei n 74 2004 atrav s da defini o das regras de organiza o funcionamento e avalia o dos cursos cientifico human sticos No que respeita s NEE esta portaria refere que os candidatos com necessidades educativas especiais devidamente comprovadas prestam em cada curso as provas de exame previstas para os restantes examinandos podendo beneficiar de condi es especiais de avalia o ao abrigo da legisla o em vigor 14 Portaria n 550 E 2004 Nesta Portaria s o apresentados alguns princ pios decorrentes do Decreto Lei n 74 2004 sendo de salientar os pontos relacionados com o desenvolvimento das compet ncias de desenvolvimento integral do ser humano no sentido de que os adultos devem melhorar as suas qualifica es culturais t cnicas profissionais e pessoais de forma a tornarem se participantes activos no desenvolvimento social econ mico e cultural da comunidade e 167 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS com o apoio escolar para os alunos de cursos de ensino recorrente com vista ao seu acompanhamento pedag gico e sua
522. s relevantes do meio que as originou Estas opera es tendem a ser autom ticas r pidas eficazes e restritas devido ao tipo espec fico de informa o que utilizam para tratar os dados e fazer infer ncias Gibson 1966 1979 Dias amp Chaves 20014 Por outro lado as opera es guiadas cognitivamente tendem a mostrar caracter sticas opostas e disp em em principio de toda a informa o resultante do sistema cognitivo geral Estas ltimas opera es contribuem tamb m para o resultado perceptivo final integrando o no sistema geral de conhecimento e tornando o apto a ser utilizado no processamento cognitivo posterior Gibson 1979 Dias amp Chaves 20014 No entanto esta separa o das propriedades fisicamente concretas da cogni o artificial dado que quando uma pessoa copia formas geom tricas est a pensar em tri ngulos quadrados ou em qualquer outra forma usando portanto processos 38 A ac o de escutar a compreens o da leitura 97 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA relacionados com simples tomada de conhecimento e que s o normalmente atribu dos sensac o Myers amp Hammill 1990 Dias amp Chaves 20012 No que respeita ao processo de informa o a percep o pode ser considerada um ponto interm dio entre sensa o e cogni o podendo falar se em tr s n veis do processo receptivo sensa o percep o e cogni o Witt et al 1988 Assim os processos relacionados
523. sa recitando estes versos Dos dias que tem o ano Este o mois venturoso Faz anos o meu paizinho Que o pai mais corinhoso Deus d sa de ao meu poi Por muitos e longos anos Na companhia da m e Na minho e na dos manos E que eu esteja junto dele Quando j for bem velhinho Para o poder amparar Com amor e com carinho Figura 1 14 Imagens que servem apenas para tornar a p gina atraente e captar a aten o Dias amp Chaves 2003a 356 Nesta ordem de ideias pode afirmar se que as imagens s o um meio que o homem utiliza para conhecer o mundo que o rodeia sendo como que uma media o efectiva entre 134 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA aquele que v e aquilo que visto podendo ainda considerar se que a sua qualidade caracter stica a de reproduzir os pr prios contornos das coisas imagem a representa o primeira e ltima manifesta o de uma forma viva do real em si das coisas pois ela representa uma rela o de contiguidade com o objecto representado sendo capaz de transformar comportamentos que d o imagem toda a sua for a comunicativa Pode ainda afirmar se de acordo com Moles 1981 263 que compreender uma imagem apreender uma mensagem significante com vista a deduzir comportamentos ulteriores Deste modo a comunica o visual torna se um dos meios mais poderosos pata restabelecer a uni o entre o ser humano e o seu conhecimento linguagem vis
524. samento Gleitman 1999 Assim numa primeira fase de processamento verifica se uma flutua o livre dos v rios tra os primitivos cor forma orienta o e os guias est o completamente isolados uns dos outros Tudo se passa como se cada sistema de tra os tivesse o seu pr prio sistema de coordenadas sem que os diferentes mapas espaciais se possam relacionar entre si A integra o destes sistemas de tra os separados alcan ada numa fase posterior do processamento quando se opera a coordena o e a sobreposi o dos diferentes mapas Treisman amp Schmidt 1982 1 A mesma folha simultaneamente verde encurvada com recortes e dan a com a brisa 104 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA A partir da fase inicial da percep o da forma tem de se decidir sobre a adequa o entre as partes componentes da cena visual que uma fase de segrega o visual ou de an lise perceptiva dado que tem em rela o percep o visual a mesma fun o que a an lise gramatical tem em rela o ao discurso A segrega o visual come a por separar o objecto daquilo que o rodeia para que seja visto como um todo coerente que se destaca do seu fundo tal como uma rvore se destaca do c u e das nuvens segrega o de figura e fundo pode perfeitamente ser vista em imagens bidimensionais Gleitman 1999 Esta distin o corresponde a dois tipos diferentes de processamento neuronal nas zonas vistas como figura
525. scrita Citoler 1996 Por isso os indiv duos com disortografia escrevem textos curtos com pouca organiza o pontua o inadequada e poucas ideias Por conseguinte os erros de ortografia s o mais vis veis nas crian as que t m dificuldades de leitura associadas disortografia pelo que se podem considerar dois tipos de erros erros adequados foneticamente e erros inadequados foneticamente Assim um indiv duo disortogr fico quando comete erros originados por motivos diversificados Baroja et al 1993 desde altera es na linguagem em que h um atraso maturacional na aquisi o e utiliza o da linguagem associados a um fraco n vel verbal e a uma pobreza de vocabul rio erros na percep o que podem ser a n vel visual ou auditivo e se baseiam em dificuldades na memoriza o de esquemas gr ficos ou na discrimina o qualitativa dos fonemas e erros devidos a uma aprendizagem incorrecta da leitura e da escrita especialmente na sua fase inicial o que provoca uma inseguran a na escrita Os problemas ortogr ficos s o ainda provocados por causas de ordem neuropsicol gica Gaddes 1980 podendo distinguir se causas relacionadas com d fices de 305 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM linguagem disfun o visuo perceptiva problemas auditivos altera es motoras expressivas e combina o de dois ou mais desses factores As dificuldades ortogr ficas relacionadas com dificuldades de produ o de
526. se e completando se um caminho que vai na direc o da pedagogia activa Moderno 1992 86 As novas configura es comunicativas ao permitirem o acesso e manipula o de fontes m ltiplas de informa o colocam sociedade e escola novos desafios sendo imposs vel deixar de pensar nas consequ ncias desta nova revolu o tecnol gica que conduz a uma concep o de espa o o chamado espa o electr nico que n o pode ser percepcionado da mesma maneira Malpique 1991 O ecr pode ser considerado uma janela aberta sobre um espa o fascinante de simulacros pticos ou electr nicos no qual o espectador se deixa andar deriva Lelu 1983 cit Malpique 1991 437 Martins 1997 106 Todos os recursos did cticos que apareceram nos ltimos s culos desde livros de texto a quadros a projectores v deos e computadores re nem se agora numa s esta o interactiva de trabalho As classes de amanh estar o apetrechadas de postos interactivos unidos a redes mais amplas que far o chegar aos alunos udio v deo e informa o A utiliza o de diferentes canais permite ao professor ter em conta os diferentes estilos cognitivos O multim dia incita explora o auto express o e a um sentido de dom nio ao possibilitar aos jovens a manipula o dos seus componentes 59 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Os ambientes multim dia activos favorecem a comunica o e a cooper
527. ser diversas ter v rias proveni ncias e ser analisadas sob m ltiplos prismas Adelman amp Taylor 1986 Lerner 1989 havendo em Portugal na d cada de 90 do s culo XX cerca de 20 de alunos do ensino b sico com este problema Rebelo et al 1995 Fonseca 1996 O campo das DA tem provocado muito interesse e controv rsia entre os diferentes autores que procuraram fazer a sua defini o pelo que tem surgido pouco consenso na resposta quest o o que s o Dificuldades de Aprendizagem Kavale et al 1991 Cruz 1999 Nesta ordem de ideias torna se dif cil que um professor ou outro profissional identifique diagnostique prescreva tratamentos ensine ou recupere motive ou gere melhorias na vida de um indiv duo com DA sem antes ter uma ideia clara e precisa acerca da natureza dessas dificuldades Hammill 1990 Al m disso n o tem sido feita uma defini o minimamente consensual de DA pela maior parte dos autores apesar de todos terem tentado faz la n n Segundo v rios autores s poss vel fazer se uma defini o capaz e clara de dificuldades de aprendizagem a partir da distin o entre defini o conceptual e defini o operacional de DA Hammill 1990 Kavale et al 1991 Shaw et al 1995 71 As defini es conceptuais s o fundamentais pois al m de darem uma ideia clara aos investigadores do que se entende por DA permitem lhes identific las noutros indiv duos Hammill 1990 tamb m
528. sfun o nenrol gica correspondente a falhas no Sistema Nervoso Central definidas inicialmente como les es cerebrais mais tarde como disfun es cerebrais ou disfun es cerebrais m nimas e mais recentemente como disfun es neurol gicas m nimas que pode surgir antes 49 durante 59 ou depois do nascimento 51 Factores relacionados com determinantes gen ticos ou heredit rios que correspondem a estruturas biol gicas que podem afectar a aprendizagem mas que n o s o totalmente condicionantes embora exijam o recurso a m todos diferentes de ensino que t m sido testados em estudos familiares realizados essencialmente com disl xicos Factores bioqu micos que est o relacionados com alergias aos alimentos sensibilidade aos salicilatos e defici ncias vitam nicas que levam a problemas de comportamento e hiperactividade devido s dificuldades na transmiss o dos impulsos neuronais Factores endocrinos relacionados com desequil brios nas gl ndulas end crinas tais como o Hipertiroidismo que pode produzir hiperactividade irritabilidade ou dificuldades de aten o selectiva o Hipotiroidismo que pode causar dificuldades espec ficas de aprendizagem se n o for tratado precocemente o s ndrome hipofis rio que provoca anomalias de crescimento e fadiga geral apatia ou lentid o e a disfun o pancre tica que pode provocar problemas de compet ncia lingu stica e ou problemas de comport
529. sidade de serem desenvolvidas maiores capacidades de elabora o de um projecto educativo de realiza o de adapta es curriculares e de adequa o do sistema de avalia o 5 O apoio psico pedag gico fundamental 6 Deve promover se a amplia o de materiais did cticos adaptados 7 As condi es f sicas da Escola dever o sofrer altera es de modo a servirem todos os alunos com NEE Como conclus o deste cap tulo torna se pertinente referir que nos ltimos anos operaram se grandes mudan as no campo da Educa o Especial tanto no que respeita aos conceitos como s formas de atendimento educativo O pr prio conceito de Dificuldades de Aprendizagem mudou porque deixou de se pensar que os problemas de aprendizagem do aluno estavam s dentro dele passando a entender se que a Escola tamb m tem responsabilidades quando n o se adaptar s necessidades da crian a 184 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Al m disso conclui se que h alunos que embora tendo necessidades educativas diferentes da maior parte dos colegas da mesma idade ou n vel de escolaridade podem e devem ser inclu dos no sistema normal de ensino desde que sejam criadas as condi es de apoio efectivo para diminuir as suas dificuldades A sua inser o numa turma normal numa escola da sua rea de resid ncia e o conv vio com os colegas com quem se relaciona no seu dia a dia na tua ou lugar onde reside uma mais valia para encontra
530. ssivos e demonstrativos bem como adv rbios de lugar etc Aos tr s anos j tem um vocabul rio com mais de mil palavras 3 No fim deste per odo quatro cinco anos a crian a compreende e utiliza basicamente todas as formas de express o pr prias da l ngua materna com razo vel desenvolvimento dos diversos n veis lingu sticos fon tico morfol gico sint ctico e sem ntico Roe 1971 cit Rebelo 1993 C Per odo de desenvolvimento lingu stico ap s os cinco anos Neste per odo h uma quantidade enorme de reorganiza es fundamentais nas representa es lingu sticas internas grande evolu o ao n vel cognitivo social e lingu stico um discurso cada vez mais sofisticado e funcional e a descoberta das fun es m ltiplas das palavras entrada na escola o desenvolvimento lingu stico est ligado aprendizagem da leitura e escrita sendo adquiridas novas formas de linguagem mais ricas e sofisticadas que facilitam a compreens o e a express o 2TT DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM As realiza es lingu sticas do indiv duo est o condicionadas por comportamentos m ltiplos agrup veis em vari veis ex genas e end genas intimamente relacionadas com diferentes capacidades humanas cognitivas afectivas motoras de rela o interpessoal Por isso importante referir que durante o processo de desenvolvimento da linguagem verbal podem surgir problemas que afectam a sua evolu o no
531. sso de educa o e forma o ao longo da vida objectivo que implica conceder particular aten o s situa es de exclus o e desenvolver um trabalho de clarifica o de exig ncias quanto s aprendizagens cruciais e ao modo como as mesmas se processam Assim considera se a necessidade de uma diversidade de ofertas educativas tomando em considera o as necessidades doa alunos de forma a assegurar que todos possam desenvolver as compet ncias essenciais e estruturantes definidas para cada um dos ciclos e concluir a escolaridade obrigat ria Artigo dd Este Despacho exige uma reorganiza o do curr culo do ensino b sico refor ando a articula o entre os seus tr s ciclos a integra o do curr culo e da avalia o e a exist ncia de reas curriculares disciplinares e n o disciplinares 3 visando a realiza o de aprendizagens significativas e a forma o integral dos alunos atrav s da articula o e da 63 rea de Projecto que tem por objectivo principal a concep o realiza o e avalia o de projectos atrav s da articula o de saberes de diversas reas curriculares de acordo coma as necessidades e interesses dos alunos Estudo Acompanhado que visa a aquisi o de compet ncias que permitam a apropria o pelos alunos de m todos de estudo e de trabalho e Forma o C vica em que se preconiza o desenvolvimento da educa o para a cidadania 165 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS cont
532. stem ainda outros factores no meio ambiente com que uma crian a deste tipo n o consegue lidar como por exemplo a percep o de objectos no ambiente e em especial a sua rela o com eles Al m disso verificam se grande parte das vezes dificuldades na orienta o esquerda direita orienta o espacial imagem corporal aprendizagem motora montagem de quebra cabe as e infer ncia visual Johnson amp Myklebust 1967 1983 A partir de observa es do comportamento de crian as com dificuldades de aprendizagem pode ainda verificar se que executam muito bem as suas actividades at que um certo n vel atingido mostrando ent o grandes dificuldades de realiza o no n vel seguinte pelo que s poder o alcan ar os programas de processamento adequados se lhes forem fornecidos mais dados do que habitual Nesta ordem de ideias pode afirmar se que as crian as com DA precisam mais de ajuda no aspecto quantitativo do desenvolvimento do que no aspecto qualitativo sendo pot isso necess rio criar programas de enriquecimento que contemplem reas mais ricas de experi ncias estimuladoras da aprendizagem e que estejam ajustados ao n vel de desenvolvimento de cada uma Assim muito importante ensinar lhes o desenvolvimento ajudando as na tarefa evolutiva para que aprendam a aprender antes de serem defrontadas com factos novos sendo fundamental que o contexto educacional em que est o inseridas seja cuidadosamente prepara
533. stico Kirk 1962 conseguiu melhorar o funcionamento intelectual de alunos com dificuldades tendo desenvolvido um teste que permitia determinar as capacidades ou dreas fortes e as dificuldades ou reas fracas das crian as para a partir daqui elaborar sugest es 91 Deviam esquecer se os processos de integra o e limitar a afasia a uma ruptura no processo integrativo O mesmo autor chama agnosia aos d fices na recep o e apraxia aos d fices na express o da informa o 206 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM reeducativas Neste sentido considerou o desenvolvimento do processamento da informa o em tr s dimens es o canal de comunica o 2 o processo psicolingu stico e o n vel de organiza o A partir desta an lise Kirk elaborou juntamente com McCarthy o I anois Test of Psycholinguistic Abilities TTPA j referido Este um teste que permite examinar as capacidades e dificuldades do indiv duo na rea do processamento da linguagem que se efectua atrav s dos canais de comunica o com inputs visuais e auditivos e respostas verbais e motoras que conduzem a processos psicolingu sticos organizados em tr s momentos recep o associa o e express o com base em dois n veis de organiza o n vel autom tico e n vel de representa o Casas 1994 Garc a 1995 McGinnis 1963 cit Kirk amp Chalfant 1984 Garc a 1995 tamb m estu
534. strumentais de leitura escrita e c lculo No 252 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM entanto de salientar que na 1 inf ncia prevalecem as DA evolutivas e na idade escolar as DA acad micas Adelman amp Taylor 1986 baseando se nos problemas que se manifestam em continuum ao longo da aprendizagem classificam as DA de acordo com tr s tipos de dificuldades 1 Dificuldades de Aprendizagem com problemas tipo I que s o definidas em fun o de factores do meio em que os alunos est o inseridos e que lhes s o exteriores Estes s o problemas relacionados de modo directo com as condi es f sicas gerais da escola os materiais e os meios de ensino as aptid es pedag gicas e cient ficas dos professores as pr ticas de ensino a organiza o da sala de aula a gest o e estruturas escolares de modo indirecto com ambientes familiares e educativos adversos 43 2 Dificuldades de Aprendizagem com problemas tipo Il que surgem devido a factores do meio e a factores intr nsecos pessoa com base em dificuldades de adapta o S o problemas com origem em factores intra individuais e ambientais 44 3 Dificuldades de Aprendizagem com problemas tipo IIl que s o definidas em fun o de factores intr nsecos ou pessoais que se observam em indiv duos com desordens internas m nimas ou disfun es cerebrais m nimas do sistema nervoso central Estas desordens dificultam
535. suais Estes servi os eram os respons veis pela organiza o de meios educativos para jovens e crian as de todo o pa s Em 1967 foi criado o Centro de Observa o e Orienta o M dico Pedag gica COOMD Nesta fase come a a integra o de crian as cegas em escolas regulares 3 TERCEIRA FASE em que foi feita a reestrutura o das Direc es Gerais de Ensino B sico e Ensino Secund rio 1973 tendo sido criadas inicialmente uma Divis o de Ensino Especial e posteriormente uma Divis o do Ensino Especial e Profissional s quais competia a organiza o das estruturas educativas para deficientes ou inadaptados Neste per odo foi iniciada a implementa o do Ensino Integrado com o objectivo de prestar apoio a crian as e jovens com problemas educativos especiais inseridos a tempo inteiro ou parcial em classes regulares tendo em vista uma melhor integra o familiar social e escolar Este tipo de ensino foi posto em execu o sob a responsabilidade do Instituto de Assist ncia a Menores e continuado pelas equipas criadas para o efeito nas Divis es do Ensino Especial das Direc es Gerais do Ensino B sico e Secund rio Estas equipas eram constitu das por professores educadores e outros t cnicos que apoiavam os alunos deficientes integrados no Ensino Regular A partir de 1974 foram criadas as CERCIS continuando a expandir se o Ensino Integrado Dias 1995 1999 Em 1976 s o criadas as Equ
536. t ncias e podem manter se por toda a vida escolar ou at posteriormente A an lise de DEA apresentada de seguida baseada nas classifica es de Dificuldades de Aprendizagem feitas por Boder 1973 Rourke 1978 e na defini o do DSM IV 1996 que apresentam as DA numa perspectiva acad mica Estes autores subdividem o grande grupo das DA em duas categorias principais 265 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 1 As Dificuldades de Aprendizagem Espec ficas que est o relacionadas com tr s tipos de problemas que se subdividem em transtornos de leitura de express o escrita e de c lculo aritm tico 2 As Dificuldades de Aprendizagem N o Espec ficas Neste cap tulo s nos debru aremos sobre as Dificuldades de Aprendizagem Espec ficas onde est o inseridas as dificuldades de leitura escrita e aritm tica devido s suas implica es no processo de aprendizagem escolar que s o condicionantes para aprendizagens futuras Antes de se fazer uma an lise destas dificuldades importa referir a forma como s o adquiridas essas compet ncias com especial refer ncia linguagem humana que a base da aprendizagem da leitura escrita e aritm tica A linguagem verbal abordada de acordo com os v rios sistemas de linguagem existentes a linguagem interior a linguagem auditiva ou falada a linguagem visual ou escrita e a linguagem quantitativa No entanto ser dada maior relev ncia aos sistemas da lingua
537. tadas coordena o culo manual posi o no espa o c pia figura fundo rela es espaciais completamento visual velocidade visual motora e const ncia da forma bem como nos tr s scores avaliados o GVP General Visual Perception o MRP Motor Reduced Perception e o VMI Visual Motor Integration Dias e Chaves 2000 Dias e Chaves 2001b Assim ap s a aplica o do teste de PV e verificadas as diferentes compet ncias de percep o visual mais frequentemente afectadas nas crian as com DA concluiu se ser muito vantajoso a implementa o de um programa de treino da percep o visual PTPV com recurso Imagem Myers amp Hammill 1990 Witt et al 1988 Salvia amp Ysseldyke 1991 Os programas espec ficos de treino da PV podem ser aplicados aos alunos com DA com aparentes objectivos de avalia o relativamente s diferentes compet ncias de PV pois todas elas s o teoricamente distintas umas das outras a capacidade figura fundo poderia existir separadamente da const ncia da forma da discrimina o visual ou da posi o no espa o apesar de se saber que na pr tica est o interligadas Chalfant amp Scheffelin 1969 Gabbard 1992 Frostig et al 1994 A investiga o te rica realizada sobre programas de treino da Percep o Visual n o foi suficientemente conclusiva embora se tenha analisado o Programa de Desenvolvimento da Percep o Visual de Frostig 1963 1972 No entanto concluiu se que este
538. tados Conforme o referido anteriormente os tr s grupos do estudo formados aleatoriamente grupo experimental 1 GE1 grupo experimental 2 GE2 e grupo de controlo GC revelaram se semelhantes ap s a realiza o de testes de Student em que cada grupo experimental foi comparado com o grupo de controlo n o sendo verificadas diferen as significativas no Pr teste em rela o vari vel GVP general visual perception que constitui um score global de percep o visual bem como relativamente ao ndice parcial VMI visual motor integration Verificou se apenas uma diferen a significativa entre o grupo de controlo e o grupo experimental 2 ao n vel da vari vel MRP motor reduced perception No momento P s teste ap s a an lise dos resultados dos tr s grupos e realizada a ANOVA MISTA com recurso ao procedimento GLM General Linear Model para medidas repetidas verifica se a exist ncia de diferen as significativas entre os grupos nas tr s medidas de percep o visual GVP MRP e VMI apresentando o GE2 os valores mais elevados seguido do GE1 e do GC com os resultados mais baixos o mesmo acontecendo no momento de avalia o Follow up Deste modo comprova se que os sujeitos submetidos ao treino da percep o visual apresentam ganhos nas 3 vari veis estudadas quando comparados com o grupo de controlo sendo de salientar a manuten o destes ganhos no Follow up realizado seis meses ap s o p s teste Por conse
539. televis o a pintura na fotografia e muitos outros cruzamentos entre imagens No s c XX a imagem come ou a ser considerada um campo de estudo que afecta significativamente a aprendizagem De facto a imagem sendo uma capacidade que traz mente distintos eventos e que realiza diversas opera es mentais vai permitir a sua utiliza o em diversas situa es de ensino aprendizagem Fontao 1998 1 2 1 Caracteriza o da Imagem imagem s se forma no nosso pensamento ap s uma selec o da realidade que em casos limite pode excluir qualquer representa o da realidade caso da pintura n o figurativa seguida de uma escolha de elementos representativos e de uma posterior estrutura o interna que organiza aqueles elementos Villafa e 1992 Villafa e amp M nguez 1996 Qualquer imagem tem a mobilidade do movimento do esp rito pois nenhuma imagem pode set isolada de todas as que a precedem e das que se Ihe seguem s havendo imagens integradas num movimento mental Por isso operamos sempre uma selec o tanto perante um texto como perante uma imagem art stica ou perante a natureza Francastel 1983 A imagem uma forma vazia pelo que necessita da compet ncia interpretativa de um observador pois al m das rela es gerais que estabelece deve ser impregnada de conte dos de experi ncia de rela es geom tricas parentais etc N o se podem estabelecer semelhan as entre um objecto e outro sem
540. temas cognitivos inter sensoriais como os sistemas auditivo vocal 113 visuo motor e visuo vocal 14 Johnson amp Myklebust 1967 1983 115 Relacionado com a imita o de palavras 114 Relacionado com a leitura oral 230 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Myklebust 1954 afirma que a aprendizagem se processa de acordo com diferentes n veis hier rquicos N vel perceptivo que permite a discrimina o de grafemas e fonemas na leitura N vel de imagem que facilita o processo de descodifica o atrav s da categoriza o orafema fonema N vel de Simboliza o que permite a abordagem processual das palavras e a sua compreens o bem como a fixa o da ideia principal e a localiza o de pormenores N vel de conceptualiza o que permite organizar conclus es dedu es compara es interpreta es n veis criativos e cr ticos O mesmo autor considera ainda que quando existe uma disfun o ou dificuldade num dos n veis todo o encadeamento sistem tico dos restantes n veis pode ser afectado Os problemas cognitivos podem subdividir se ainda em Kirk amp Chalfant 1984 Problemas na forma o de conte dos relacionados a aten o selectiva que t m por base dificuldades manifestadas pelos alunos na selec o do que v em ouvem tocam ou provam fazendo com que surjam tamb m problemas a n vel concreto e ou abstracto Dificuldades qu
541. texto Citoler 1996 surgem devido a falta de automatiza o dos procedimentos da escrita de palavras que interferem na organiza o de ideias a estrat gias de composi o escrita imaturas e a falta de conhecimento dos processos e sub processos implicados na escrita Concluindo os dist rbios de leitura e escrita podem ter causas diversificadas relacionadas com deficiente funcionamento do c rebro do Sistema Nervoso Central ou um d fice heredit rio na percep o na linguagem na aten o na mem ria ou no processamento verbal 306 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 4 2 Dificuldades Espec ficas de Matem tica A matem tica pode ser considerada um sistema de linguagem que utiliza s mbolos num ricos em vez de letras e palavras Pode dizer se que a leitura e a aritm tica s o similares em muitos aspectos dado que n meros e palavras substituem conceitos existindo tamb m regras para orientar o uso correcto de n meros e palavras Kirk et al 1993 Por isso um indiv duo com problemas lingu sticos poder revelar tamb m dificuldades na realiza o de c lculos O objectivo primordial do ensino da matem tica preparar as crian as para a resolu o de problemas e para a aplica o dos conceitos da disciplina tendo em vista torn las aptas a evoluir na vida quotidiana No entanto fundamental a aprendizagem das quatro opera es das unidades de medida e das no es geom tricas pois as compet
542. ticipa o neste projecto de investiga o espa o dispon vel na escola para a aplica o de testes e realiza o de programa de treino etc Estes encontros tiveram lugar nas respectivas escolas o que permitiu a percep o dos espa os observa o informal dos alunos e estimativa do n mero de alunos de que poder amos dispor pata realizar o estudo 6 1 1 2 Segunda Etapa Outubro de 1999 Julho de 2003 Nesta etapa foram planificados e definidos os procedimentos a realizar durante o estudo tais como o plano de investiga o a selec o e cria o dos instrumentos de avalia o a escolha da amostra etc 369 METODOLOGIA 1 An lise cuidada de diversos testes da Mediateca de Psicologia da Universidade do Minho com vista a seleccionar provas testes de despiste de problemas de Percep o Visual e ou descobrir nos diferentes testes de intelig ncia ali encontrados alguns tens que permitissem medir aspectos relacionados com a Percep o Visual Ap s verificados alguns testes que continham aspectos que poderiam ajudar a criar o PTPV podem observar se no quadro 6 1 refer ncias aos testes estudados e salientados alguns itens importantes para a avalia o de problemas de PV sendo ainda feito um resumo das caracter sticas principai s de cada um Autores Caracteristicas Principais A Teste de Figuras Emascaradas B Stroop Teste de Cores e Palavras C Visual Motor Gestalt Test for
543. tiva Assim Hallahan amp Cruickshank 1973 estudaram problemas perceptivo motores em crian as com defici ncia mental les es cerebrais e dist rbios de aprendizagem cit Dias amp Chaves 2000 Dias amp Chaves 2003b O treino das compet ncias perceptivas permite uma diminui o das dificuldades verificadas pela aplica o de um teste de percep o visual sendo muito vantajoso faz lo tamb m atrav s das v rias reas escolares que englobam as referidas compet ncias perceptivas Witt et al 1988 Myers amp Hammill 1990 Salvia amp Ysseldyke 1991 Nesta ordem de ideias podem ser aplicados programas espec ficos de treino com aparentes objectivos de avaliac o relativamente s diferentes compet ncias de PV pois todas elas s o teoricamente distintas umas das outras apesar de se saber que na pr tica est o interligadas Chalfant amp Scheffelin 1969 Gabbard 1992 Frostig et al 1994 Dias amp Chaves 2000 Deve ainda procurar se que o desenvolvimento dessas compet ncias se processe com normalidade e a um ritmo adequado desde que a crian a come a a ter contacto com o mundo circundante e a percepcionar a cor a forma etc pois j na fase pr escolar a 2 y 2 PS A ad c s 194 crian a realiza diversas opera es de abstrac o na apreens o de imagens figurativas Escarpit 1972 Este autor mostra nos ainda como estas opera es s o importantes para fa y x d y de da P 193 por exempl
544. tivo geral da aprendizagem da leitura e da escrita fornecer ao aluno uma s rie de aquisi es e a elabora o de esquemas que lhe permitam compreender e interpretar um texto acto de ler ou expressar se por escrito acto de escrever Por isso tanto a leitura como a escrita requerem uma manipula o eficaz da estrutura de s mbolos que envolve a linguagem ao n vel da palavra e ao n vel sint ctico Baroja et al 1993 Tanto a leitura como a escrita s o actividades complexas que implicam muitas opera es e um grande n mero de conhecimentos desde o reconhecimento e produ o de palavras descodifica o leitora at compreens o e produ o de textos compreens o leitora e composi o escrita Casas 1988 Citoler 1996 159 Wernicke 1908 concluiu que a perda da capacidade lingu stica era o resultado de uma les o em determinadas reas do l bulo temporal 160 Broca 1860 considera que as desordens da linguagem expressiva e da fala se devem a danos ou les es na 3 circunvolu o frontal do c rebro 282 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM O processo de aquisi o da leitura e da escrita influenciado por tr s tipos de factores Citoler amp Sanz 1993 1 Factores de ordem intra pessoal que s o inerentes ao indiv duo que aprende tais como as capacidades cognitivas a personalidade os estilos e as estrat gias de aprendizagem ou a motiva o 2 Factores de ordem i
545. to abaixo da m dia 68 Funda o Dislexia da Holanda 1988 cit Rebelo 1993 E Harris 1982 considera que o aparecimento da Dislexia se deve a quatro tipos de problemas 1 Problemas de Primeiro Tipol 9 relacionados com deficientes aptid es gerais de linguagem que se manifestam ao n vel da percep o e discrimina o auditivas S o problemas relacionados com vocabul rio limitado dificuldades na express o verbal e escrita mem ria auditiva e capacidade limitada para interligar fonemas 2 Problemas de Segundo Tipo relacionados com o aparecimento de dificuldades em tarefas de percep o visual e visuo motoras dist rbios visuo espaciais problemas de lateralidade mista e erros de invers o embora haja capacidades de linguagem normais 3 Problemas de Terceiro Tipo relacionados com problemas ambientais embora n o se encontrem problemas nas aptid es cognitivas que justifiquem as dificuldades 4 Problemas de quarto tipo relacionados com uma flu ncia verbal deficiente uma lentid o nas tarefas de nomea o dificuldades em segmentar palavras e em ligar fonemas a voc bulos apesar de existir uma compreens o verbal e um vocabul rio normais Segundo o mesmo ponto de vista v rios dos estudos realizados sobre a Dislexia permitem concluir que esta dificuldade devida a diferentes tipos de causas inerentes ao indiv duo disl xico 1 A exist ncia de uma les o cerebral que referida por Benton 1975 Ro
546. to do sistema educativo em que h pouca preocupa o com os ritmos de matura o os ritmos individuais de aprendizagem a situa o real do aluno visto de forma individual os estilos cognitivos de aprendizagem do aluno a orienta o curricular dos programas e a falta de comunica o afectiva entre aluno e professor Casas 1994 Mart n 1994 Neste cap tulo foram abordados os aspectos te ricos das DA numa perspectiva generalizada n o havendo grande preocupa o no seu relacionamento com as actividades acad micas e de aprendizagem escolar No pr ximo cap tulo ser o retomados aspectos mais complexos da problem tica das Dificuldades de Aprendizagem directamente relacionados com a aprendizagem escolar Como j foi referido dif cil explicar e comprovar o facto de que indiv duos com capacidades cognitivas dentro da normalidade apresentem um desempenho escolar muito inferior ao esperado 262 CAP TULO IV DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM As Dificuldades de Aprendizagem Espec ficas apresentam se frequentemente associadas entre si pelo que de acordo com esta classifica o se podem considerar tr s tipos de sujeitos crian as com DA em leitura escrita e matem tica crian as com DA em leitura e escrita mas com capacidades matem ticas dentro do esperado e crian as com DA s em matem tica Citoler 1996 34 35 264 DIFICULDADE
547. toda a gente procura de moedas para comprar pastilhas el sticas se o convidavam para um restaurante metia logo o nariz na co zinha quando nadava debaixo de gua metia o nariz de fora como um mastro espetado ao sol se por acaso se constipava nunca usava len o metia o nariz pela janela e o nariz chovia plim plim plim no passeio em frente at que um dia no jardim zool gico meteu o nariz na jaula dos ledes ficou com o nariz t o pequeno como qual quer de n s por isso que ele hoje j n o mete o nariz onde n o chamado isa Duca cures O Rapes de Morie Coin Puno bd Figura 1 8 A ilustra o do texto tem a fun o de motivar para a sua leitura Dias amp Chaves 2003a 353 130 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA Smith 1960 cit Rodr guez Di guez 1978 amplia esta func o entendendo que ela pode ainda ter outras finalidades principais mais particulares como ctiar um ambiente perceptivo favor vel permitir uma sequ ncia programada de informa es e facilitar ilustra es explorat rias O recurso a esta fun o da imagem no trabalho com crian as com DA uma ptima ajuda devido s suas dificuldades de leitura pelo que atrav s da imagem motivadora descobrem o que esta escrito e que se relaciona com a imagem que obsetvada 2 Fun o Vicarial Verifica se quando s a imagem descodifica com precis o a realidade suplantando a palavra ante a dificuldade em descrever
548. tos aos problemas do seu dia a dia falhando na identifica o das amea as de potenciais problemas Dificuldades em decidir resolver um problema pois os alunos com DA t m relut ncia em realizar esta actividade por pensarem que n o ter o sucesso Dificuldades em analisar problemas devido a defici ncias na observa o cuidadosa na recolha na organiza o e na interpreta o da informa o Dificuldades em formular abordagens alternativas respondendo muito rapidamente sem pensar n o dando tempo a uma reflex o e selec o da maneira mais correcta de resolver o problema ou escolhendo a primeira alternativa que lhes parece correcta sem a verificatem Dificuldades em testar as abordagens alternativas ao problema verificando raramente as hip teses e dando respostas nem sempre confrontadas com o feedback que recebem Dificuldades na resolu o de problemas pois muitos indiv duos com DA al m de terem dificuldade em encontrar solu es quando a encontram e ela n o resolve o problema desistem da resolu o do problema 116 Durante o processo de aprendizagem continuamente necess rio relacionar as coisas umas com as outras 232 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 2 Problemas psicolingu sticos Estes problemas dizem respeito a desordens que dificultam a recep o integra o e express o de conte dos escolares Kirk amp Chalfant 1984 Mercer 1994 podendo agrupa
549. tra o de um grande n mero de palavras que l conseguindo uma concentra o sobre o significado das palavras e tenta interpret las no contexto da frase 4 Aprendizagem de algo novo que corresponde fase da compreens o em que ler se torna um instrumento para adquirir conhecimentos novos informa es ideias atitudes e valores O vocabul rio aumenta s o utilizados termos em contextos diversos e desenvolvidos conhecimentos em muitas reas 5 Constru o fase em que se consegue analisar textos complexos atrav s da interpreta o literal inferencial e cr tica de modo a compreend los desenvolver opini es pr prias e formar um ju zo cr tico sobre eles 6 Reconstru o quando se consegue aplicar as compet ncias de leitura j adquiridas em situa es do dia a dia com vista a uma leitura que permita a aquisi o de novos conhecimentos a participa o na vida social e cultural a discuss o e emiss o de opini es pr prias Nesta ordem de ideias podem considerar se dois n veis b sicos de leitura 1 Uma leitura elementar de inicia o ou t cnica Relacionada com o conhecimento rudimentar das letras atrav s da distin o visual e auditiva das mesmas o relacionamento destas com os sons que representam a jun o dos fonemas formando palavras e a identifica o e a pronuncia o destes como entidades globais Este tipo de leitura consiste essencialmente em transformar grafemas em fonemas e em i
550. tuais 1 An lise aplicada do comportamento centrado na tarefa Em que se evidencia o papel do envolvimento sendo a aprendizagem vista como uma rela o entre um est mulo dado pelo envolvimento e uma resposta ou recompensa procurada pelo indiv duo ou entre esta resposta e um refor o Fontana 1995 Este um modelo eminentemente acad mico que se op e perspectiva neuropsicol gica que utilizava r tulos como disfun o cerebral m nima Nesta perspectiva as DA est o relacionadas com defici ncias no comportamento sendo meros indicadores de comportamentos desajustados que podem ser modificados pelas mesmas t cnicas utilizadas com outros transtornos comportamentais Casas 1994 Assim comportamentos inadequados situa o de ensino 9 originam DA e insucesso escolar Rebelo 1993 pelo que a abordagem comportamentalista apresenta tr s caracter sticas principais Individualiza o O processo educativo baseia se na rela o entre as reas fortes e reas fracas de cada indiv duo em que a crian a pode progredir desde que aprenda a realizar cada tarefa antes de passar aprendizagem seguinte 103 Falta de incentivos de refor os de participa o de feedback 218 A PROBLEM TICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Ensino directo Os m todos comportamentais baseiam se em princ pios de aprendizagem e de influ ncia social tendo em aten o os comportamentos que se quer modificar s
551. tudo nas imedia es da f vea que uma esp cie de pequena cavidade da retina particularmente rica em receptores Aumont 1993 20 1990 Hochberg 1966 33 34 1964 82 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 3 O receptor retiniano Est ligado a uma c lula nervosa atrav s de um rel a sinapse estando cada uma dessas c lulas ligadas por meio de outras sinapses a outras c lulas que constituem as fibras do nervo ptico Este sai do olho e chega a uma regi o lateral do c rebro a articula o de onde novas conex es nervosas saem em direc o parte posterior do c rebro para chegarem ao c rtex estriado Aumont 1993 21 1990 Hochberg 1966 35 1964 4 A luz que atravessa a pupila Esta passa atrav s do cristalino que funciona como uma lente biconvexa de 5 converg ncia vari vel cuja variabilidade se chama acomoda o Aumont 1990 Esta rede muito densa e complexa representa o ltimo est dio de processamento da informa o No entanto o sistema visual n o se contenta em copiar a informa o mas processa a em cada est dio pois o olho n o uma simples m quina fotogr fica porque permite transformar activamente os est mulos recebidos logo no come o do seu percurso neurol gico acentuando as diferen as e minimizando os est mulos que permanecem constantes Gleitman 1999 O acto de ver implica tamb m uma resposta luz porque esta o
552. tura escrita e aritm tica e ser vantajoso melhorarem os problemas de percep o visual o mais precocemente poss vel Deste modo sintetizando pode referir se que foram criadas duas vers es do PTPV uma tradicional em papel impresso tamanho A4 para o treino do GE1 composto por exerc cios em que h inser o de imagens nos quais os alunos tinham de marcar com uma cruz as respostas certas ou desenhar os tra os pedidos utilizando um l pis vulgar e uma interactiva elaborada em computador para o treino do GE2 baseada na vers o tradicional mas com as necess rias adapta es de imagem inser o de outras imagens mais adequadas ao suporte inform tico utiliza o de elementos crom ticos e sonoros bem como efeitos de anima o visual O PTPV constitu do por 8 m dulos de exerc cios agrupados em 8 diferentes mas interrelacionadas categorias de compet ncias de percep o visual e visuo motoras Todos os m dulos t m a mesma estrutura embora haja uma gradua o crescente de dificuldade do 1 ao 8 m dulo Em todos os exerc cios foram introduzidas imagens adequadas ao n vel et rio e ao n vel escolar bem como s caracter sticas dos alunos com DA para que haja interioriza o daquilo que se pretende que fa am e sejam criadas rotinas de realiza o a utilizar noutras situa es de aprendizagem importante referir ainda que os 8 m dulos do programa permitem desenvolver cada um dos tipos de compet nc
553. u Modelo Interaccional que mostra que o sucesso escolar ser tanto maior quanto maior for a concord ncia e ajustamento entre as caracter sticas da crian a e as caracter sticas ou exig ncias do programa Isto porque considerava a exist ncia de uma despersonaliza o do programa escolar imposto crian a n o havendo preocupa o em ajust lo s diferen as individuais dos alunos de uma classe Deste modo no trabalho com alunos com DA torna se necess rio ter em aten o dois tipos de interac o as condi es da crian a e as condi es da classe Al m das condi es internas de aprendizagem U a crian a possui interesses motiva es e necessidades Adelman 1971 Ross 1976 outro autor a salientar afirma que as crian as com DA apresentam um atraso no desenvolvimento e na matura o principalmente no que respeita capacidade de aten o selectiva o que dificulta as fun es de rememoriza o e de reorganiza o da informa o Assim mesmo que estas crian as venham a desenvolver se e a amadurecer mais tarde continuar o a apresentar insucesso escolar porque n o aprenderam nem consolidaram as aquisi es mais simples que iriam permitir lhes passar etapa seguinte de n vel superior Este autor considera ainda que a Teoria do Atraso de Desenvolvimento da Aten o Selectiva ajuda a criar planos de recupera o para os alunos com DA permitindo descobrir o ponto 100 Capacidades perceptivas c
554. ual capaz de levar mais depressa ao conhecimento do que qualquer outro meio de comunica o podendo o homem expressar e transmitir as suas experi ncias de forma mais objectiva A comunica o esquece os idiomas o vocabul rio e a gram tica podendo ser percebida tanto pelo analfabeto como pelo homem culto Kepes 1961 O recurso imagem em educa o ainda fundamental na percep o de conte dos especialmente no campo da leitura e como facilitadora da compreens o de conte dos pois a crian a que l est habituada a entrar em contacto com a realidade atrav s da imagem Pode afirmar se que entre a imagem e a linguagem liter ria existe uma inter rela o que necess rio descobrir A imagem sugere e assombra mas a linguagem da realidade tamb m cont m dados que sugestionam que podem e devem assombrar e que na maioria dos casos tornam poss vel a seguran a afectiva de que a crian a necessita Manzano 1987 135 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 136 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 1 6 Os Sistemas Multim dia na Educa o Os ambientes multim dia visto permitirem o acesso informa o armazenada sob diferentes modos de representa o texto imagem v deo e som disponibilizam ao utilizador uma variedade de est mulos sensoriais que vai de encontro sua natureza multisensorial Deste modo o receptor tem que ter dois ou mais sentidos envolvidos na descodifica o da mensagem Carvalho
555. udo imagem Por isso o homem desde sempre utilizou este meio para comunicar Chamamos IMAGEM forma visual significativa percept vel num instante m nimo de vis o Nessa acep o IMAGEM corresponde forma na Teoria da Forma ao padr o e Gestalt Thibault Laulan 1973 17 it lico do autor Toda a imagem possui um referente na realidade seja qual for o seu grau de iconicidade a sua natureza ou o meio que a produz apesar de n o ser uma representa o fotogr fica da realidade pois formada por elementos configurantes Mesmo as imagens criadas pela nossa imagina o mant m uma rela o com o real pelo que podem ser consideradas modelos da realidade tal como acontece com a m sica e a literatura Villafa e 1992 As imagens est o mais pr ximas da realidade que qualquer outro meio de representa o porque uma imagem mostra nomeia e parece coincidir com aquilo que representa Thibault Laulan 1973 Desde a civiliza o grega que as sensa es s o consideradas como percep o exacta do real sendo o pensamento do homem relacionado com as leis da natureza e estrutura do universo pelo que as formas e as propor es do seu corpo s o m dulos desse mesmo ec universo o que Plat o 428 347 a C confirma pela voz de Filebo em todas as coisas a medida e a propor o constituem a beleza e a virtude cit Freire 1967 Nikolas 1997 Nesta perspectiva a imagem humana a mat ri
556. ue as imagens s o uma representa o concreta e sens vel de algo que em si mesmo n o o e que n o se pode representar directamente Dias 1995 1999 Dias amp Chaves 20032 Ainda em rela o ao papel que a imagem desempenha no ensino permitindo ultrapassar defici ncias inerentes transmiss o de conhecimentos aos alunos com DA importante dar nfase classifica o das fun es did cticas da imagem estudadas por muitos autores Kepes 1961 Dieuzeide 1965 Dondis 1973 de que se destacam as apresentadas por Rodr guez Di guez 1978 por serem fun es muito relacionadas com a aprendizagem e adequadas ao trabalho com DA 1 Fun o Motivadora Em que a imagem utilizada quando se pretende apenas despertar a curiosidade captar a aten o do aluno para o tema geral em que a imagem aparece numa narrativa que por si s j era compreens vel ou melhorar a comunica o pedag gica libertando a do verbalismo S o ilustra es gen ricas relacionadas com o t tulo do texto mas que estabelecem um processo interactivo com o desenvolvimento verbal Grande n mero de ilustra es dos livros de texto correspondem a esta fun o como pode ver se na figura 1 8 O rapaz do nariz comprido O rapaz do nariz comprido metia sempre o nariz onde n o era chamado durante as aulas metia o nariz no recreio quando ia no autocarro metia o nariz em cima das meninas do banco da frente em casa metia o nariz nas algibeiras de
557. ue estes alunos fossem segregados das escolas p blicas Pouco tempo depois foram criadas v rias institui es o Instituto Condessa de Relvas 1926 o Instituto de Reeduca o Mental e Pedag gica 1930 as Classes Especiais para retardados 1930 o Instituto Doutor Navarro de Paiva 1930 e ainda os primeiros cursos de especializa o como o Curso Livre de Ortofonia 1929 na Escola Notmal Prim ria de Lisboa No in cio da d cada de 40 do s c XX foi dado novo impulso Educa o Especial com a reestrutura o do Instituto Costa Ferreira em Dispens rio de Higiene Mental Infantil 1942 e com a publica o do primeiro n mero da revista A Crian a Portuguesa por Victor Fontes que criou tamb m em 1946 as classes especiais de anormais Morato 1983 Em 1956 criada uma classe integrada de ambl opes numa Escola Prim ria de Lisboa 2 SEGUNDA FASE que se inicia nos princ pios da d cada de 60 surge com a cria o da Direc o Geral de Assist ncia que constitui o come o da interven o oficial na Educa o Especial pois foram criados estabelecimentos educativos especiais e foram criados servi os de apoio precoce Dias 1995 1999 157 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Em 1964 s o criados os Servi os de Educa o de Deficientes do Instituto de Assist ncia aos Menores primeiro para deficientes mentais depois para deficientes auditivos e finalmente para deficientes vi
558. ue se pratica nas escolas ordin rias A Educa o Especial come a ent o a organizar se como um subsistema dentro do Sistema Educativo sendo criados programas e servi os espec ficos que funcionam em edif cios distintos das escolas ordin rias Dias 1995 1999 Como era imposs vel a cria o de escolas de educa o especial em todas as localidades surgiram os internatos onde os alunos ficavam durante a semana e sempre que poss vel passavam o fim de semana em suas casas Nos anos 40 e 50 d o se mudan as importantes come ando a refutar se a ideia de que a defici ncia incur vel e a pensar se que poder ser motivada pela aus ncia de estimula o adequada ou pelo uso de processos de ensino aprendizagem incorrectos A partir desta altura as escolas de Educa o Especial expandem se cada vez mais Jim nez 1991 A UNESCO 1968 cit UNESCO 1973 convocou um grupo de especialistas para estudar a forma como deveria desenvolver se numa perspectiva a longo prazo o seu programa em mat ria de Educa o Especial Ap s estudo aprofundado o grupo condensou num breve Boletim Informativo as suas conclus es sobre os grandes princ pios e considera es que deveriam presidir Educa o Especial Assim procuraram definir e delimitar melhor o dom nio da Educa o Especial considerando a uma forma enriquecida de educa o normal tendente a melhorar a vida das crian as e jovens com Documento ED SPECED 2 155
559. ue se registasse uma aprendizagem progressiva 6 2 1 Procedimentos e recolha de dados O estudo emp rico foi realizado ao longo de cerca de tr s anos tendo se para tal estabelecido um calend rio de trabalho organizado em sete etapas distintas mas complementares As v rias etapas do estudo acompanhadas do per odo temporal em que foram desenvolvidos os diferentes procedimentos do estudo e da descri o do tipo de tarefa realizada no per odo correspondente podem ser observadas no quadro 6 4 Neste quadro pode ainda verificar se o tempo que demorou a aplica o de cada teste o tempo gasto com cada um dos programas de interven o bem como o tempo gasto na correc o dos testes de avalia o 378 METODOLOGIA aneiro Mar o de 2001 Aplica o individual do DTVP 2 aos 445 alunos de D escolas do concelho de Braga esta aplica o serviu de pr teste aos alunos inseridos no estudo i a Cada aplica o demorou cerca de 30 m Abril de 2001 Correcg o dos testes e selec o dos sujeitos a insenrno estudo que constituem os dois grupos experimentais e o grupo de controlo GEL GE2 GC a correc o e cota o de cada teste demorou cerra de 30 m Maio Julho de 2001 Aplica o individua do PIPV aos 38 sujeitos do GEL e do GE2 19 19 O PTPY formado por 8 m dulos de exerc cios cada m dulo tem 8 sub escalas Foi feita uma aplica o individual semanal com a dura o de 30 40
560. ujo funcionamento intelectual e potencial de aprendizagem superior m dia mas que podem ter insucesso escolar se os programas n o forem adaptados s suas caracter sticas 182 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS 2 As NEE Tempor rias Est o relacionadas com dificuldades surgidas em determinado momento do desenvolvimento e do percurso educacional do aluno e que podem ser superadas ap s certo tempo de acompanhamento A resposta educativa a estes problemas exige redu o parcial do curr culo escolar atrav s da adapta o do curr culo normal s caracter sticas do aluno S o dificuldades relacionadas com problemas ligeiros de leitura escrita ou c lculo ou com problemas ligeiros atrasos ou perturba es menos graves ao n vel do desenvolvimento motor perceptivo lingu stico ou s cio emocional como se pode verificar no quadro 2 3 NEE tempor rias Problemas ligeiros ao nivel do desenvolvimento das fun es Problemas ligeiros relacionados superiores desenvolvimento com a aprendizagem da leitura motor perceptivo lingu stico e da escrita e do c lculo s cio emocional Quadro 2 3 Tipos de NEE tempor rias Adap Correia 1997 53 Esta nova forma de ver o problema das NEE abriu perspectivas diferentes no campo da Educa o Especial ampliando os seus limites abrangendo maior n mero de alunos e incorporando se dentro do Sistema Educativo Normal Por outro lado a resolu o dos problemas d
561. ula o na percep o e na interac o social podem coexistir com os dist rbios de aprendizagem Por conseguinte a crian a com DA apresenta frequentemente um atraso no desenvolvimento perceptivo e dificuldades em reconhecer os objectos e as suas rela es entre si num dado espa o pelo que acaba por perceber o mundo de maneira distorcida Esta deforma o e confus o com que interioriza os s mbolos visuais dificulta a sua aprendizagem escolar pelo que fundamental a realiza o de programas preventivos o mais cedo poss vel Frostig et al 1994 De todos os problemas referidos que afectam as crian as com DA entendeu se aprofundar os que est o relacionados com a Percep o Visual por ser uma compet ncia que interv m em quase todas as ac es que efectuamos e a sua efici ncia vai ajudar as crian as na aprendizagem da leitura e escrita a usar a ortografia a realizar opera es aritm ticas e a desenvolver as demais compet ncias para ter xito na tarefa escolar Frostig et al 1994 No sentido de perceber qual a incid ncia de problemas de percep o visual na popula o de alunos com DA decidiu se realizar um estudo com alunos do 1 ciclo do Ensino B sico de quinze escolas do concelho de Braga Analisados os resultados do Pr 33 INTRODU O teste verificou se que cerca de 10 dos alunos submetidos ao teste apresentavam um d fice significativo nas oito compet ncias de percep o visual tes
562. ultura dos sujeitos S o constitu das por itens figurativos imagens sendo asfiguras apresentadas ao sujeito para que complete comectamente cada sene atendendo as mudan as da esquema pa a dirata segundo um princ pio e de cima para baxo segundo outo principio O sujeito tera que identificar esses princ pios e adic los um teste bastente especializado que utiliza uma linguagem pr pria e permite medir a intelig ncia de crian as com um reduzido recurso a aspecis motores e culturais Cont m 56 itens que querem resolu o de problemas atraves do recurso a figuras abstractas que exgem boa Pv Quadro 6 1 Testes cognitivos que avaliam algumas compet ncias de Percep o Visual 370 METODOLOGIA Al m dos testes caracterizados foram encontrados outros que permitem medir aspectos da Percep o Visual embora n o possam medir a totalidade de compet ncias de Percep o Visual Assim pode afirmar se que o Teste de Desenvolvimento da Percep o Visual DTVP Frostig Maslow Lefever amp Whittlesey 1964 analisado permite medir com alguma precis o aspectos gerais da percep o visual relacionados com as aprendizagens escolares pelo que o apresentaremos de seguida com mais pormenor Esta bateria de testes Teste de Desenvolvimento da Percep o Visual DTPV est organizada em cinco subtestes que permitem medir cinco aspectos particulares da percep o visual PV ou seja cinco compet ncias perceptivas
563. urke 1978 e Adelman amp Taylor 1986 entre outros que corresponde a uma disfun o cerebral m nima ou disfun o neurol gica m nima 168 Dois desvios padr o abaixo 9 169 Que s o os mais comuns 295 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM 2 Um atraso de desenvolvimento provocado por problemas nas fun es dos hemisf rios cerebrais que produzem um desenvolvimento mais lento do SNC que os colegas da mesma idade o que se reflecte na aprendizagem da leitura e escrita pela falta de pr requisitos da aprendizagem 3 Hereditariedade visto que as estruturas biol gicas dos indiv duos t m influ ncia na aprendizagem da leitura e da escrita pelo que a dislexia pode ser um problema familiar heredit rio e geneticamente heterog neo Pennington amp Smith 1988 cit Rebelo 1993 4 O meio ambiente embora esta seja uma opini o pouco consensual pois tem se constatado a exist ncia de disl xicos em todos os extractos sociais Assim com base em problemas diferenciados Jorm 1983 e Monedero 1989 apresentam v rios tipos de classifica o de Dislexia agrupados em cinco grandes reas A Classifica es baseadas no tipo de condutas alteradas que agrupam os seguintes tipos de disl xicos 1 Disl xicos com atraso geral de leitura que apresentam altera es na intelig ncia vis veis nas dificuldades de leitura formal e compreensiva 2 Disl xicos com atraso espec fico de leitura
564. utores alguns dos quais j foram referidos quando se falou sobre as desordens de leitura Cruickshank 1961 baseou o seu trabalho nos estudos realizados anteriormente em que se concluiu que a les o cerebral era a causa das dificuldades de aprendizagem e provocava problemas de paralisia cerebral Por isso entendia que era necess rio fazer uma transi o conceptual entre as crian as com paralisia cerebral e as crian as cujo potencial intelectual estava dentro dos padr es considerados normais embora com id nticas caracter sticas de comportamento 5 Neste sentido considerou a les o cerebral como uma disfun o perceptiva que podia provocar um conjunto de problemas relacionados com a recep o organiza o armazenamento reten o e express o de informa o Conforme foi referido anteriormente a maior parte dos autores desta segunda fase preocupou se em melhorar os seus conhecimentos na rea em que se sentiam mais especializados sem se preocuparem ainda com uma globaliza o do problema das DA 3 Desordens dos Processos Perceptivo motores Tal como acontece nos campos da leitura e da escrita tamb m em rela o aos problemas perceptivo motores se encontram estudos muito especializados mas que ainda n o permitiam chegar a uma defini o concreta de DA Strauss 1942 cit Fonseca 1984 Casas 1994 foi o primeiro autor a introduzir o termo les o cerebral nos Estados Unidos tendo conclu do que desde qu
565. vas no sentido que Moles 1981 lhes atribuiu de cristaliza o do real Bresson 1981 refere se a estas imagens como imagens pictogr ficas pelo facto de representarem objectos ou seres do mundo exterior No entanto existem outros tipos de imagens as imagens dedutivas Bertin 1970 169 que correspondem aos gr ficos e diagramas e constituem um sistema complexo e l gico de tratamento da informa o mas n o s o representa es visuais simb licas simulacros do real constituindo aquilo que o mesmo autor designou por representa o visual gr fica e que obedecem s leis da linguagem visual e s regras da est tica A imagem tem significa o porque h pessoas que se questionam sobre o seu significado mas n o significa nada em si mesma Quando se deixa de questionar sobre a imagem esta dominada pela norma a lei e o estere tipo Vilches 1992 14 Wittgenstein 1987 1968 apelida as imagens de ic nicas 17 pois os objectos ic nicos t m as mesmas propriedades do objecto Morris 1946 e um signo ic nico quando se pode representar o seu objecto atrav s da semelhan a Peirce 1978 Vilches 1992 Os signos ic nicos n o s o analis veis em unidades pertinentes nem se articulam como os signos verbais pois o cone n o sendo um enunciado comporta se como uma proposi o e a iconicidade 18 uma constante n o podendo ser negada como forma de conhecimento do mundo Ma
566. vermelho menos saturado ao qual se juntou branco e a luminosidade que corresponde lumin ncia pois quanto maior for a cor mais parecer luminosa e pr xima do branco Assim a percep o da cor devida actividade de tr s variedades de cores retinianas em que cada uma sens vel a um comprimento de onda diferente Aumont 1990 Tamb m Gibson 1979 defende este ponto de vista ao considerar que a percep o visual capaz de levar o ser vivo a agir num espa o tridimensional No entanto isto s poss vel quando se processa informa o referente direc o e dist ncia par metros esses que podem ser definidos em fun o de um ou v rios marcos de refer ncia O marco de refer ncia mais simples um sistema cartesiano em que a rela o dos dois eixos de coordenadas define a situa o de um ponto 1 3 4 1 A percep o da forma Na maior parte dos casos a forma o elemento principal para se identificar o que se v Os homens e os animais s o capazes de reconhecer uma forma mesmo se todas as partes que a comp em forem alteradas Por exemplo se considerarmos dois tri ngulos 102 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA semelhantes n o interessa se s o pequenos se apresentam como s lidos ou sob a forma de um desenho feito de pontos ou de tra os A forma percebida permanece a mesma Esta confian a na forma come a numa idade muito precoce Um tri ngulo um tri ngulo e s um tri
567. vimento das capacidades de ouvir falar ler escrever e raciocinar Estes dist rbios s o intr nsecos ao indiv duo podendo ser provocados por disfun o do SNC10 Zigmond 1966 cit Johnson amp Myklebust 1967 Birch 1974 Como j se referiu anteriormente o conceito de DA n o abrange qualquer perturba o global da intelig ncia da personalidade nem qualquer anomalia sensorial i ou motora Bateman 1964 2007 Sendo assim as crian as com DA n o t m defici ncia mental ou emocional nem defici ncia visual auditiva ou motora nem s o crian as privadas culturalmente S o sim crian as que n o aprendem normalmente embora possuam intelig ncia m dia vis o audi o e motricidade adequadas bem como estabilidade emocional adequada As suas dificuldades incluem problemas de gravidade vari vel exprimindo uma desorganiza o funcional de actividades anteriormente bem integradas e utilizadas Casas 1994 Mart n 1994 considera que a crian a com DA tem um potencial cognitivo normal e uma integridade global mas apresenta problemas processol gicos que adv m de d fices essencialmente relacionados com a recep o ou input com a organiza o integra o ou processamento e com a express o da informa o ou output que se reflectem numa dificuldade nos processos simb licos como a fala a leitura a escrita e a aritm tica 3 3 1 Categorias de DA Na sequ ncia das afirma es apresenta
568. volvimento de sistemas de suporte tecnol gico apropriados s necessidades educativas especiais devem basear se na investiga o realizada tanto a n vel regional como nacional Para serem conseguidos todos estes recursos fundamental que a gest o das escolas inclusivas se processe de acordo com os seguintes requisitos fundamentais 1 Tanto as autoridades locais como os directores dos estabelecimentos de ensino dever o contribuir de forma significativa para tornar as escolas mais adequadas s crian as com NEE 2 Cada escola deve ser uma comunidade responsavel pelo sucesso ou insucesso de cada aluno devendo a equipa pedag gica encarregar se da educa o das crian as com necessidades especiais e solicitar aos pais que desempenhem um papel activo na escola 3 A educa o dos alunos com NEE deve ser integrada nos programas de investiga o e desenvolvimento dos institutos de pesquisa bem como dos centros de desenvolvimento curricular devendo ser promovida ao n vel da escola forma o em servi o para todos os professores em interac o com os orientadores com o apoio da forma o dist ncia e outras formas de auto forma o Mayor 1991 Correia 1997 2 1 2 Evolu o Hist rica da Educa o Especial A Educa o Especial sendo um conceito que surgiu no in cio do s culo XX abrange actualmente alunos com defici ncias graves que j eram referidas muito antes da era crist No Antigo Testamento
569. vras tornando se a constru o sint ctica cada vez mais perfeita 289 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM Relativamente produ o da escrita podem ser considerados dois tipos de escrita Citoler amp Sanz 1993 A Escrita fonol gica indirecta ou n o l xica Este tipo de escrita utiliza as regras de correspond ncia para obter a palavra escrita o que implica possuir capacidades de an lise oral das palavras H capacidades para decompor palavras em fonemas e estabelecer conex o com os grafemas correspondentes B Escrita ortogr fica directa visual ou l xica Este tipo de escrita recorre a uma esp cie de armaz m onde est o armazenadas as representa es ortogr ficas das palavras que j foram utilizadas anteriormente Esta uma via til para a escrita de palavras e em que a correspond ncia n o un voca Relativamente aos processos de composi o escrita Flower amp Hayes 1981 agrupam nos em tr s grupos 1 Processos que permitem a planifica o dos objectivos e do formato geral do texto e est o relacionados com a mem ria de longo prazo do escritor 62 2 Processos para realizar a tradu o ou concretiza o e o desenvolvimento da sequ ncia de palavras que permitem expor o tema que leva produ o do texto Em primeiro lugar feita a planificacio 3 e a elabora o do texto seguindo se o processo de tradu o on textualiza o em que as ideias s o convertidas em
570. xos sendo os fonemas e os grafemas as suas unidades mais elementares Os fonemas s o unidades constitu das pelos tra os f nicos espec ficos de cada l ngua que se combinam em condi es espec ficas de cada l ngua e os grafemas representam a codifica o gr fica daqueles embora exista entre eles uma correspond ncia m tua Rebelo 1993 Tanto os fonemas como os grafemas est o directamente ligados s capacidades e modalidades de pronuncia o Martinet 1976 No entanto as unidades mais elementares da linguagem com significado s o os morfemas que podem aparecer sob a forma de palavras gramaticais partes de palavras e sinais que alteram os significados da express o oral e escrita As s labas s o as segundas unidades da linguagem embora n o tenham significado e constituem as unidades mais elementares das palavras As palavras s o as segundas unidades da linguagem com significado que al m de constitu rem os seus elementos mais complexos s o unidades independentes de sentido e existem sob a forma verbal ou escrita permitindo transmitir no es ou conceitos No entanto estas s s o verdadeiramente ve culo de pensamento quando agrupadas na frase pois ela que as ordena logicamente e as relaciona entre si determinando lhes o significado espec fico 275 DIFICULDADES ESPEC FICAS DE APRENDIZAGEM O texto o elemento final e mais importante da linguagem constitu do por v rias frases ordenadas com
571. y Palo Alto California Ed Consulting Psychologist Press Inc Frostig M 1979 Programa para el Desarrollo de la Perception Visual Figuras y Formas Buenos Aires Medical Pan American Frostig M amp Horne D 1964 The Frostig Program for the Development of Visual Perception Chicago Ed Follett Public Co Frostig M Horne D amp Miller A 1994 Figuras y Formas Madrid Editorial Medica Pan Ametican S A Frostig M Maslow P Lefever D M amp Whittlesey J R 1964 The Marianne Frostig Developmental Test of Visual Perception Palo Alto Ed Consulting Psychologist Press Gabbard C 1992 Lifelong Motor Development Dubuque LA Wm C Brown 440 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Gaddes W H 1980 An Examination of the Validity of Neuropsychological Knowledge in Educational Diagnosis and Remediation In Hynd G W amp Obrzut J E Ed Neuropsychological Assessment and the School Age Child New York Gagn R M 1965 The Conditions of Learning New York Rinehart amp Winston Gallardo J R amp Gallego J L 1993 Manual de Logopedia Escolar Un enfoque pr ctico M laga Aljibe Gallagher J J 1966 Children with Developmental Imbalances A Psycho educational Definition In W M Cruickshank Ed The Teacher of Brain injured Children A Discussion of the Basis for Competency pp 20 34 Syracuse NY Syracuse University Press Gallego D J amp Alonso C M
572. z Carvalho 2005 44 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 1 1 Tecnologia Educativa e Aprendizagem A Association for Educational Communications and Technology AECT considera a Tecnologia Educativa como um processo complexo e integrado que envolve pessoas processos ideias e uma organiza o destinada a analisar problemas e formas de conceber implementar avaliar e gerir solu es para as quest es relacionadas com a aprendizagem humana AECT 1996 1977 Assim a Tecnologia Educativa TE institui se como um dom nio nas Ci ncias da Educa o e um dos conceitos mais pluralistas do campo educativo uma vez que ao ser aceite a concep o da TE como uma parcela da tecnologia em geral que aplica as suas leis e princ pios ao campo educativo abrimos TE um vasto campo no dom nio de estudo Silva et al 1998 239 De acordo com Chaves amp Dias 1993 6 a defini o de Tecnologia Educativa constru da em ordem ao desenvolvimento da aprendizagem humana numa perspectiva sist mica e permite a defini o de subsistemas de entre os quais destacamos as Tecnologias da Informa o ou a Inform tica no Ensino ambos relacionados com as Novas Tecnologias de Informa o e Comunica o e frequentemente confundidos como equivalentes do dom nio da TE As TIC ao serem introduzidas nos sistemas educativos de diversos pa ses constituem um enorme potencial na Educa o possibilitando uma capacidade de pr
573. za Capta se um rosto humano exactamente como todo o corpo captado como um padr o total de componentes essenciais olhos nariz boca aos quais se podem adaptar mais detalhes Arnheim 1988 37 1974 21 Em que s o accionados os cones que s o os respons veis pela percep o das cores 85 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 86 IMAGEM E TECNOLOGIA EDUCATIVA 1 3 A Percep o Visual A percep o uma opera o que faz a ponte entre a sensa o e a cogni o atrav s de uma s rie de vari veis que se interp em entre a estimula o sensorial e a consci ncia pois est relacionada com outros fen menos tais como a interpreta o e organiza o dos elementos f sicos dum est mulo a forma o de conceitos e a significa o Witt et al 1988 Pode afirmar se que a percep o corresponde interpreta o de um est mulo registado no c rebro por um ou mais mecanismos dos sentidos vari veis essas que se interp em entre a estimula o sensorial e a consci ncia pois a percep o est relacionada com outros fen menos tais como a forma o de conceitos e a significa o No entanto percepcionar tamb m pensar assim como todo o racioc nio tamb m intui o e toda a observa o tamb m inven o Por isso a percep o uma capacidade humana fundamental que trata as formas de modo abstracto e n o apenas as regista no c rebro Consequentemente toda a percep o a
574. zada tradicionalmente para designar um tipo de educa o diferente da ordin ria ministrada em escolas especiais com um percurso educativo paralelo ao da educa o geral Este tipo de educa o era dirigido aos alunos que tinham um ou outro d fice ou defici ncia e que pareciam bastante diferentes dos alunos considerados normais Jim nez 1991 concep o de educa o especial foi se modificando pouco a pouco come ando a haver uma normaliza o de servi os e uma nova filosofia educacional que visa a integra o destes alunos no ensino regular convivendo sempre que poss vel com os colegas ditos normais Assim surge um novo modelo de educa o especial que tem por base o conceito de necessidades educativas especiais NEE e que referido pela primeira vez no 147 AS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS documento Warnock Report elaborado em 1978 que foi de grande import ncia para a Educa o Especial em todo o mundo Warnock 1978 Nesta ordem de ideias Mayor 1991 12 define a educa o especial como uma actividade educativa diferente da ordin ria normal ou geral que constitui um campo de preocupa o de investiga o e de aplica o a uma realidade concreta das situa es excepcionais e que se tem desenvolvido a tal ponto que constitui j uma verdadeira disciplina na sua dupla vertente cient fica e pr tica Assim os objectivos da educa o especial devem ser seme

1-Tese dout toda versão Novembro 2007

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