Home

Género no Abastecimento de Água,Saneamento e

image

Contents

1. 11 12 2 Quest es de G nero na Planifica o e Implementa o Locais Quando se tiver decidido que um determinado projecto de gua e saneamento vai ser implementado numa certa rea ou aldeias ter lugar uma planifica o mais detalhada para a implementa o na comunidade e com a comunidade em causa A experi ncia demonstrou que necess ria uma aten o distinta aos pap is do homem e da mulher nas seguintes reas INSTRAW 1992abc e Escolha de tecnologia n veis de servi o e desenho e Arranjos para a manuten o e constru o locais e Forma o de rg os locais de gest o e o papel dos homens e das mulheres na gest o e financiamento locais e Planifica o e implementa o do programa de educa o sanit ria da aldeia e Melhoramento das condi es sanit rias locais e Protec o dos recursos h dricos e das condi es ecol gicas e Optimiza o dos benef cios do projecto para as mulheres e Estabelecimento de sistemas de monitoramento geridos pela comunidade 2 1 Escolha de tecnologia n veis de servi o e desenhos Basicamente poder se o distinguir dois tipos de projectos para o abastecimento de gua e saneamento projectos pr determinados em que o projecto faz as escolhas sobre a tecnologia e o n vel de servi os que uma comunidade ou rea ir obter e projectos em que a comunidade administra o abastecimento de gua local o programa de saneamento ambiental ou o programa de protec
2. e Se se pretende formar as mulheres quais s o as implica es para o projecto e para as mulheres Poderia tornar a manuten o mais cara por exemplo porque as mulheres est o limitadas em termos das dist ncias que t m que percorrer Daria aos mec nicos do sexo feminino um peso a dobrar trabalho e fam lia contra um pagamento demasiado baixo Ou dar lhes uma fonte valiosa de rendimentos e habilidades Normalmente a experi ncia comprovou que as mulheres s o excelentes gestoras e tamb m s o muito boas e conscienciosas em manuten o t cnica especialmente em projectos de bombas manuais onde existe a mais longa e maior experi ncia com mec nicos do sexo feminino Jonsson e Rudengren 1991 Mauluka 1983 Paqui 1989 Poluha 1990 Sharma 1989 Sudjarwo 1988 Valera 1987 mas os custos de oportunidade para as pr prias mulheres s o substanciais Tamb m existem projectos que efectivamente formaram e empregaram pedreiros de latrinas do sexo feminino por exemplo no Lesoto Mo ambique e ndia Por m importante escolher os candidatos correctos e adaptar a forma o e as condi es de trabalho Proceder desta maneira num processo de tomada de decis es em conjunto com um grupo de mulheres muitas vezes til resultando em sugest es sobre bons candidatos apoio aceita o de tarefas ofertas de apoio em casa quando o candidato vai para o curso de forma o etc 2 3 Papeis desempenhados pelo homem e pela mulher nos s
3. es a serem ultrapassadas no envolvimento da mulher na tomada de decis es dos projectos Tamb m existe uma gama crescente de t cnicas participativas para ajudar homens e mulheres a estabelecerem as suas pr prias t cnicas de base e atrav s deste processo tornarem se mais cientes dos problemas locais e iniciar um di logo sobre como poder o ser resolvidos Wakeman 1995 Sempre melhor evitar a recolha de grandes quantidades de dados estat sticos que posteriormente n o s o utilizados Em alguns casos em que a recolha de gua levava muito tempo foram introduzidos novos sistemas situados nas proximidades que funcionam devidamente e que tamb m satisfazem outros requisitos Um sistema melhorado de abastecimento de gua ou elimina o de res duos pode ter um impacto substancial no trabalho da mulher e na produ o dom stica Um estudo mais pormenorizado dos padr es de trabalho e de utiliza o do tempo pelas mulheres e homens pode criar as bases para uma futura avalia o do impacto em tais casos especialmente se um estudo semelhante for realizado em uma ou duas aldeias semelhantes sem interven o do projecto como aldeias de controlo As aldeias de controlo devem se s interven es particulares do projecto e n o a quaisquer mudan as nas circunst ncias locais de outros factores 1 4 Formula o de objectivos e estrat gias dos projectos espec ficos ao g nero Em muitos projectos de abastecimento de gua rural e saneame
4. 141 150 Boot Marieke e Cairncross Sandy eds 1993 Action speak the study of hygiene behaviour in water and sanitation projects The Hague The Netherlands IRC International Water and Sanitation Centre and London UK London School of Hygiene and Tropical Medicine Bosch Ina 1989 Les attentes et les effets d une pompe eau dans um village au Burkina Faso Wageningen The Netherlands Agricultural University Department of Home Economics Boucher Lisa 1987 Women and water in the village water supply project Togo In Zandstra Ilse ed Seminar on the participation of women in water supply and sanitation programmes Ottawa Canada International Development Research Centre Bruce John e Fortman Louise 1992 You ve got to know who controls the land and trees people use In Gender environment and development a report from a seminar held in Stockholm 15th October 1991 as part of preparations for the United Nations Conference on Environment and Development UNCED Brazil 1992 some interlinkages Stockholm Sweden SIDA Appendix B 42 Buckles Patricia 1980 The introduction of potable water and latrines a case study of two rural communities in Guatemala In Elmendorf M ed Seven case studies of rural and urban fringe areas in Latin America Appropriate technology for water and sanitation report no 8 Washington DC USA World Bank Burgers Lizette Boot Marieke e Wijk Sijbesma Christine va
5. a national training seminar Kadugli Sud o 16 21 de Janeiro de 1988 New York NY USA INSTRAW INSTRAW 1992a Participation of women in planning choice of technology and implementation of sustainable water supply and sanitation projects Module II In OIT INSTRAW e UNDTCD Women Water Supply and Sanitation Multi Media Training Package Santo Domingo Dominican Republic UN International Research and Training Institute for the Advancement of Women INSTRAW 1992b Role of women in hygiene education and training activities for water supply and sanitation Module III In OIT INSTRAW e UNDTCD Women Water Supply and Sanitation Multi Media Training Package Santo Domingo Dominican Republic UN International Research and Training Institute for the Advancement of Women INSTRAW 1992c Evaluation and monitoring of water supply and sanitation programmes and the involviment of women Module V In OIT INSTRAW e UNDTCD Women Water Supply and 44 Sanitation Multi Media Training Package Santo Domingo Dominican Republic UN International Research and Training Institute for the Advancement of Women IRC 1988 Community participation and women s involvement in water supply and sanitation projects Occasional Paper Series no 12 The Hague The Netherlands IRC International Water and Sanitation Centre IRC and IDRC 1988 Handpumps issues and concepts in rural water supply programmes Technical Paper Series no 2
6. raparigas a doen a estava associada pr tica local de lavagem de roupa dentro da gua infestada com cerc ria Esta constata o tinha implica es tanto na educa o sanit ria como no projecto de abertura de po os o qual tinha banido a lavagem de roupa nas bombas manuais e assim for ara 34 as mulheres a continuar a sua utilizag o de fontes de gua ao relento 4 5 Refor o ou forma o de estruturas locais de gest o Uma primeira quest o a ser colocada ao preparar um projecto de gua e saneamento se j existe uma organiza o comunit ria que possa representar os alde es na planifica o detalhada e quem possa assumir a gest o local do sistema de gua ou das instala es de saneamento Quest es a serem tomadas em considera o s o entre outras e Composi o a organiza o pode representar os interesses das diferentes categorias de benefici rios homens e mulheres utentes dom sticos e utentes econ micos fam lias ricas e pobres e Estatuto e mandato a organiza o tem a autoridade ou o estatuto legal ou no caso de uma sub comiss o podem obter este estatuto da organiza o de n vel mais alto necess rios para a tomada de decis es e Dedica o tempo e capacidade os membros da organiza o t m mais tarefas e interesses que possam impedir o seu trabalho ligado gua e saneamento A organiza o tem capacidade de planificar comunicar supervisar administrar e monitorar instala es
7. rios e Avalia o dos Projectos 3 1 Monitoramento e relat rios sobre o progresso dos projectos 3 2 Avalia o sens vel ao g nero do funcionamento uso e higiene sustent veis 3 3 Medi o do impacto do projecto sobre homens e mulheres 4 M todos e Instrumentos 4 1 Obten o de apoio para o envolvimento da mulher 4 2 Como tornar a informa o acess vel mulher 4 3 Organiza o de reuni es da comunidade 4 4 Recolha de dados espec ficos do g nero 4 5 Refor o ou forma o de estruturas locais de gest o 4 6 Introdu o de sistemas locais de financiamento 4 7 Forma o de funcion rios do sexo feminino 4 8 T cnicas participativas para o pessoal do projecto 5 Abastecimento de gua Saneamento Ambiental e Protec o dos Recursos H dricos Conclus es sobre as Dimens es de G nero Refer ncias Anexo A Guias pr ticos sobre quest es de g nero 111 21 27 27 28 31 31 32 33 34 35 36 38 39 41 43 53 Introdu o Este documento cobre as principais actividades e decis es em termos de projectos de abastecimento de gua rural saneamento e protec o dos recursos h dricos as quais de acordo com a experi ncia do Centro Internacional de gua e Saneamento IRC requerem uma abordagem espec fica do g nero na planifica o implementa o e documenta o dos projectos As an lises resumidas neste documento foram os contributos de tr s Consultorias Regionais Especializadas sobre M todos e En
8. Centre Karp Andrew et al 1990 Final evaluation for the CARE Bolivia child survival and rural sanitation project WASH Field Report no 312 Arlington VA USA Water and Sanitation for Health KfW 1988 Arbeitshilfe f r die Konzipierung Selbsthilf orientiert Vorhaben der l ndlichen Trinkwasserversorgung Durchfiihrung der Bilanze wasserinduzierter Krankheiten in Form von Aktionsforchung Frankfurt Germany Kreditanstalt fur Wiederaufbau Kompaore S 1989 Women as managers of village water resources In Natural Resources Forum vol 13 no 4 p 319 321 Kumar Shailendra 1992 Helping women irks men in Haryana district In Down to Earth vol 1 no 22 p 23 24 45 Kwaule Fabiano 1993 Gender and peri urban water supplies in Malawi In SIDA Gender and water resources management report of a workshop held in Stockholm 1 3 December1993 Stockholm Sweden Swedish International Development Authority Vol II Laubjerg Kristian 1984 Bangladesh Rural Water and environmental sanitation programme socio economic studies Report no 2 Dhaka Bangladesh DANIDA Department of Public Health Engineering and UNICEF Leach Melissa 1992 Gender environment and resources issues approaches and a West African case study In SIDA Gender environment and development some interlinkages Stockhold Sweden Swedish International Development Authority Appendix B Leyen Marjan 1991 Programme
9. Para al m da constru o f sica manuten o e utiliza o das instala es a forma em que os projectos s o executados tamb m importante e merece objectivos separados O ideal seria que os projectos sejam implementados de tal forma que n o tornem as comunidades totalmente dependentes dos contributos externos mas que lhes d em um n vel m ximo de auto sufici ncia Os objectivos devem pois incluir a capacidade e habilidade de os homens e mulheres da comunidade local escolherem as mudan as que possam gerir e controlar e para as ag ncias as capacidades e habilidades de fazer face a estes processos de uma maneira profissional e edificar institui es efectivas ao n vel da aldeia Formula o de estrat gias gerais de participa o O uso de sistemas melhorados de gua e saneamento e a gest o dos recursos h dricos n o s o poss veis sem o envolvimento activo dos utentes uma vez que as solu es que foram planeadas para e n o com os utentes muitas vezes n o resultaram Para al m disso os governos e as comunidades necessitam cada vez mais de sistemas locais de manuten o e gest o para os recursos abastecimento de gua e saneamento Sem a participa o da comunidade na manuten o e gest o local 30 40 por cento dos sistemas de abastecimento de gua n o est o operacionais em algum momento Nas zonas urbanas 50 por cento ou mais da gua produzida n o chega aos utentes Hueb 1993 pois necess ria uma estra
10. como da comiss o para com o cobrador como que os fundos foram utilizados t m que ser asseguradas e Conta ou fundo de poupan a permite que as mulheres depositem pequenas quantias e permite s pessoas mais pobres juntar se a projectos que requerem pagamentos mais avultados como dep sito ou tarifa Administra o financeira A forma o das pessoas que desempenham as fun es de tesoureiro em t cnicas simples de or amenta o e contabilidade uma condi o chave para uma melhor gest o financeira Os sistemas contabil sticos existentes s o muitas vezes demasiado complexos especialmente nos casos em que os n veis de escolaridade e de experi ncia s o baixos tal como muitas vezes acontece no seio das mulheres pelo que normalmente necess rio definir um sistema mais simples e particularmente pr tico com a ajuda das pessoas em causa Nos casos em que a taxa de infla o 37 alta poder se optar pela convers o directa do dinheiro em material equipamento e pegas sobressalentes o que por sua vez traz consequ ncias para a manuten o e administra o do stock da aldeia Todas as ac es de forma o em administra o financeira devem ser organizadas de tal modo que sejam acess veis s mulheres ver 4 7 Presta o de contas Uma outra quest o ligada forma o para os tesoureiros comit s de gua e utentes da aldeia como prestar contas sobre o desempenho financeiro e operacional
11. d hydraulique villageoise d partment de Dosso campagne de cotisation et rentabilisation 1990 1991 Dosso Niger Minist re de l Hydraulique et de l Environnement Lingen Annet 1994 Gender assessment study a guide for policy staff The Hague The Netherlands Directorate General for Development Cooperation Special Programme Women and Development Loenen Hanna 1983 Waterleiding oplossing voor waterhalers Abastecimento de gua Solu o para os Carregadores de gua In India Niewsbrief no 23 p 6 9 Macharia Diana 1993 Why involve empower women to carry out environmental projects Paper presented at the Regional Workshop on Methods to involve women in water supply sanitation and water resource protection Naro Moru Kenya 15 27 February Nairobi Kenya Environmental Liaison Centre Mauluka Linda 1983 Community participation in the construction and maintenance of rural groundwater supplies In Malin Falkenmark and Kan Lundquivist eds Water for all cooperation education participation Linkoping Sweden University of Linkoping McGary Michael e Elmendorf Mary 1980 What is appropriate technology a Maya village asks In Elmendorf M ed Seven case studies of rural and urban fringe areas in Latin America Appropriate technology for water and sanitation report no 8 Washington DC USA World Bank McGowan Rick et al 1991 Final evaluation report of Care International Indonesia s wate
12. da higiene contribui es regulares para financiar a opera o e a gest o bem como uma boa gest o das instala es e das fontes de gua necess rias para o seu funcionamento Normalmente as consequ ncias comportamentais implicam 16 que tanto os homens como as mulheres tenham que contribuir e que necess rio discutir a divis o justa do trabalho e dos benef cios Planifica o das decis es para os servi os geridos pela comunidade Os alde es est o cada vez mais a ser chamados a assumir as tarefas de manuten o gest o e financiamento do dia a dia dos sistemas melhorados de abastecimento de gua e ou a administrar as actividades locais para o saneamento ambiental e educa o sanit ria Isto implica que os alde es devem ent o ter uma palavra informada a dizer sobre o que devem administrar e como ir o faz lo Por outras palavras chega de tecnologias pr estabelecidas sendo por m necess rio dar s comunidades uma gama de op es e apresentar as implica es e benef cios de cada op o tais como comodidade sa de facilidade de manuten o custos e confian a As comunidades podem ent o escolher numa base mais substancial que tecnologia e n vel de servi os pretendem e est o em condi es de sustentar INSTRAW 1992a Wacker 1990 Como homens e mulheres desempenham um papel na utiliza o manuten o e financiamento destes sistemas a informa o sobre estes aspectos deve chegar tanto aos homens e
13. da mulher e esta utiliza as receitas para melhorar as condi es sanit rias e de vida das suas fam lias para armazenagem da gua compra de sab o utens lios pagamento dos melhoramentos e liga es de gua nas suas casas Wijk 1985 Para a avalia o dos impactos ambientais ser importante analisar que factores podem afectar a confian a e a qualidade dos recursos h dricos tais como o uso da terra e da gua condi es do solo drenagem e desflorestamento e o que pode ser feito para evitar ou reduzir estes problemas T cnicas de amostragem intencionais podem ajudar a garantir uma perspectiva de g nero por exemplo atrav s da identifica o de camponeses quer do sexo masculino quer feminino com uma base s cio econ mica diferente e realizar entrevistas separadas com cada grupo Boesveld e Postel 1991 Bruce e Fortman 1992 Uma segunda rea que merece aten o evitar a cria o de novos perigos ambientais gua estagnada nas torneiras latrinas sujas especialmente nas escolas e noutros locais onde exista um grande aglomerado de pessoas drenos obstru dos devido falta de manuten o res duos s lidos n o recolhidos etc Isto normalmente exige a combina o de um bom desenho consulta pr via s mulheres que s o as principais utilizadoras e gestoras quanto ao grau de adequa o dos sistemas pretendidos e planifica o com os alde es de manuten o apropriada ao g nero para que o trabalho f sico de limpe
14. da mulher na distribui o de gua necess ria nos casos em que a ag ncia de abastecimento de gua ou comiss o de gest o racione o abastecimento de gua definindo apenas algumas horas de abastecimento de gua por dia ndia Egipto ou encerrando os fonten rios p blicos fora das horas de ponta Malawi Quando as mulheres n o s o informadas e n o podem participar na tomada de decis es sobre o sistema de distribui o de gua a gest o dom stica torna se muito dif cil e elas t m que mandar as crian as esperarem at a gua voltar a correr O que acontece quando a mulher n o participa na elabora o de regulamentos sobre a utiliza o de gua v se quando as autoridades banem a lavagem da roupa perto dos po os e torneiras p blicas por receio de contamina o da gua e de condi es higi nicas prec rias Tal proibi o for ou as mulheres e crian as a continuar a utilizar fontes de gua infestadas de bilharziose para a lavagem de roupa e para tomar banho pois a alternativa de transportar gua da bomba ou do fonten rio at s suas casas leva muito mais tempo e implica muito mais trabalho do que trazer a roupa e as crian as para a fonte especialmente quando as dist ncias a percorrer s o longas e necess rio subir uma encosta ngreme Finalmente a confian a no servi o afectada pela qualidade da opera o e manuten o e pela sua supervis o em que a mulher deve ter influ ncia tal como analisado
15. depois da assembleia geral em que primeiro as mulheres s o informadas sobre o projecto Sundararaman 1986 Donelli Roark 1984 Karp et al 1990 4 4 Recolha de dados espec ficos ao g nero Ainda acontece que os projectos recolhem dos homens dados sobre assuntos da mulher ou que nos seus relat rios e an lise n o distinguem os sexos e apenas utilizam o termo alde es utentes ou inquiridos Young 1989 Seguem se alguns dos passos necess rios para tornar a recolha e an lise de dados mais espec fica ao g nero e Avaliar se seria necess rio recolher informa o diferente dos homens e das mulheres ou se se podem colocar as mesmas perguntas a ambos Isto depender em grande medida da divis o de tarefas e da autoridade na cultura em causa pouco prov vel que perguntar a um homem sobre as fontes de gua familiares ou sobre a ocorr ncia de diarreia infantil na fam lia por exemplo resulte numa resposta cred vel Ser tamb m necess rio fazer perguntas a crian as para a obten o de alguns dados e Definir que mulheres deveriam ser contactadas para determinado tipo de dados Em muitas culturas com fam lias alargadas diferentes mulheres da fam lia t m diferentes responsabilidades e autoridade Em algumas fam lias os chefes de fam lia do sexo feminino devem ser os primeiros a serem contactados por uma quest o de respeito e a partir desse momento a informa o factual obtida dos elementos mais n
16. do projecto Apresenta ideias conceitos listas t cnicas de grupo estudos de caso quadros etc produzidos no semin rio de Cali Estes instrumentos podem ser utilizados por profissionais que se encontrem a trabalhar nos projectos de gua e saneamento Publicado em colabora o com o Centro Inter Regional de Abastecimiento y Remoci n de Agua CINARA Centro Inter Regional de Abastecimento e Recolha de Agua Cali Col mbia Documento Ocasional 26 xi 73 p ginas Ilustrado Livro brochado Tamb m dispon vel no CINARA Universidad del Valle Apartado Aereo 25157 Cali Col mbia Metodolog a Aplicada para Involucrar a la Mujer en los Proyectos Rurales de Agua e Saneamiento y protecci n de Fuentes documento de antecedentes Metodologia aplicade para envolver a mulher em projectos de gua e saneamento Esta a vers o espanhola do documento de antecedentes original para os semin rios regionais sobre quest es de g nero em que o presente documento se baseou 1992 1 44 p ginas Livro brochado 53
17. e Tesoureiros ter o que saber como fazer resumos simples de custos e despesas e como apresent los ao comit e s assembleias gerais de utentes e Comit s ter o que saber como prestar contas aos utentes sobre a administra o do sistema de abastecimento de gua ou dos programas de saneamento e Utentes devem ter conhecimento dos seus direitos e como podem tratar da presta o de contas por exemplo atrav s de reuni es estatut rias anuais e de uma comiss o de auditoria independente para a verifica o dos livros De prefer ncia quem deve participar nas reuni es estatut rias deve ser um qu rum definido de chefes de fam lia do sexo feminino e masculino Nos casos em que existam associa es de utentes tanto os chefes de fam lia do sexo feminino como masculino devem ser membros com direito de voto e ser eleg veis para o desempenho de fun es na comiss o directiva ou administrativa Wijk 1985 4 7 Forma o de funcion rios do sexo feminino S o normalmente necess rios m todos especiais para tornar a forma o acess vel e aplic vel s mulheres da aldeia INSTRAW 1992b O local onde a forma o tem lugar muito importante Geralmente quanto mais pr ximo for o lugar de forma o do s tio onde as mulheres vivem mais f cil se torna a sua participa o Muitas vezes poss vel organizar a forma o baseada nas aldeias e trazer o formador material e equipamento para a aldeia ou utilizar o equipamento
18. em qualquer projecto de abastecimento de gua rural o saneamento e protec o dos recursos h dricos n o s o de modo algum os nicos instrumentos para o envolvimento da comunidade Nas disciplinas de educa o de adultos desenvolvimento comunit rio e pesquisa da mulher e desenvolvimento por exemplo na agricultura foram elaboradas v rias t cnicas mais criativas para o envolvimento dos homens e mulheres da comunidade local Exemplos s o o trabalho da organiza o World Education Educa o Mundial Seslar Svedsen e Suhatha 1983 e UNCHS UNCHS 1986 a t cnica DELTA Development Education and Leadership Teams in Action Equipas de Desenvolvimento Educa o e Lideran a em Ac o utilizada no Qu nia e no Zimbabwe bem como as t cnicas de investiga o participativa tais como as utilizadas na avalia o rural participativa por Samakya na ndia O projecto de PROWWESS Promotion of the Role of Women in Water and Environment Sanitation Services Promo o do Papel da Mulher nos Servi os de gua e Saneamento Ambiental desenvolveu tais t cnicas especialmente para o sector de guas A familiaridade com estas t cnicas pode ajudar o pessoal do projecto a utilizar formas mais criativas de trabalho com os homens e mulheres da aldeia Todas as t cnicas podem ser utilizadas com homens e mulheres Algumas delas foram especialmente concebidas para tornar os participantes mais cientes da import ncia do envolvimento da mulher In
19. interesses em conflito Murre 1989 Em muitas zonas onde se tem que utilizar a mesma gua para o gado ou para fins de irriga o e para uso dom stico necess rio criar condi es especiais de gest o para proteger os interesses de cada grupo O mesmo se aplica em rela o a aldeias onde se introduzem novas fontes de gua pot vel torneiras furos perto de fontes j existentes po os lagoas Nos casos em que as mulheres que s o respons veis pela gua dom stica n o participam no controlo de todas estas fontes elas ficam a perder n o conseguindo encontrar gua ou ent o gua polu da e suja redondezas inacess veis e ou sistemas tradicionais de abastecimento de gua n o cuidados ou secos Rao 1991 Loenen 1983 2 6 Optimiza o dos benef cios do projecto para as mulheres Volume de trabalho e comodidade Um dos maiores benef cios dos projectos de abastecimento de gua e saneamento dom stico que podem aliviar o peso de muitas pessoas que lutam por conseguir gua suficiente para as suas necessidades familiares por manter a casa e a roupa da fam lia limpa e higi nica e por preservar a privacidade e a seguran a durante os actos de higiene e saneamento F cil acesso e funcionamento dos servi os de abastecimento de gua gest o mais f cil do tempo e maior seguran a porque poss vel recolher gua e utilizar latrinas conforme as necessidades mesmo noite facilidade de funcionamento e de limpeza das insta
20. muitas vezes as mulheres n o participam e ou n o falam embora se possam tomar medidas especiais para melhorar esta situa o Organiza o de reuni es da aldeia com homens e mulheres ver sec o 4 3 e Jogos como parte de investiga es mais gerais para avaliar qual ser a contribui o financeira em termos de tarifas de gua e contribui es para a constru o de latrinas Evans 1992 Singh et al 1991 Independentemente dos m todos utilizados essencial que os pontos de vista dos homens e das mulheres de diferentes estratos s cio econ micos e culturais da rea sejam procurados ao seleccionar as reas priorit rias e ao definir os aspectos s cio econ micos e culturais que t m que ser tomados em linha de conta na prepara o geral do projecto 1 2 Avalia o sens vel ao g nero benef cios sanit rios s cio econ micos e ambientais A maior parte dos projectos de abastecimento de gua rural e saneamento t m como objectivo o melhoramento da sa de e do bem estar da popula o rural Neste contexto normalmente mencionada a posi o especial da mulher na recolha e gest o da gua e a sua responsabilidade na sa de A realiza o de tarefas espec ficas ao g nero nos aspectos sanit rio socio econ mico e ambiental pode ser um instrumento til na preven o de quaisquer impactos ecol gicos negativos sobre os recursos h dricos e o ambiente bem como na maximiza o dos benef cios dos projectos a long
21. na sec o 2 2 e por at que ponto que a organiza o da gest o presta contas pelo seu servi o aos pagadores de tarifas Em particular quando n o existem outros meios de influ ncia da qualidade dum servi o o n o pagamento muitas vezes a nica maneira que os utentes t m de manifestar a sua insatisfa o Dar oportunidade aos utentes para expressarem os seus pontos de vista por exemplo quando o operador do sistema tamb m deve prestar contas a uma organiza o da aldeia ou atrav s de assembleias anuais dos utentes uma forma de melhorar o servi o e da a vontade de pagar Benef cios sociais Os benef cios sociais s o maiores quando as mulheres s o reconhecidas como administradoras da gua e dos res duos e quando obt m apoio fun es e forma o Isto muitas vezes requer apoio dos homens em primeiro lugar para evitar a obstru o ou ci mes El Katsha e Watts 1993 Elmendorf 1990 Gurung et al 1989 Kwaule 1993 Kumar 1992 ver tamb m sec o 4 1 Como obter apoio para o envolvimento da mulher O melhoramento do estatuto tamb m ocorre quando se est em melhores condi es de preservar a higiene pessoal uma vez que nada mais desencorajador do que ver esfor os infind veis para manter a limpeza serem contrariados pela falta de higiene e pelas condi es de contamina o do meio ambiente Chant 1984 Alguns benef cios sociais carecem de aten o especial por exemplo a satisfa o de oportunidade
22. o de recursos Neste ltimo a comunidade utilizadora normalmente possui maior possibilidade de escolha e autoridade do que no primeiro Participa o em projectos pr determinados Nos projectos pr determinados a escolha de tecnologias e dos n veis de servi os j foi feita durante a fase de prepara o No passado esta escolha baseava se muitas vezes apenas em crit rios t cnicos e econ micos custo Presentemente os crit rios s cio econ micos e culturais s o normalmente tomados em linha de conta e os pontos de vista dos futuros utentes s o investigados como parte do processo de tomada de decis o No Cap tulo 1 j se discutiu qu o importante que durante esta fase de prepara o se consulte um grupo representativo de homens e mulheres quando se realizam inqu ritos reuni es e que os pontos de vista dos homens e das mulheres sejam registados e analisados em separado e que se reflictam nos planos subsequentes Nos casos em que ja se tenha feito uma escolha da tecnologia geral por exemplo um sistema de abastecimento canalizado por gravidade ou bombas manuais de gua ou ainda um determinado tipo de latrina a comunidade estar normalmente envolvida nas decis es de planifica o mais detalhadas e locais Tipicamente tais decis es incluem Para projectos de gua e Se homens e mulheres dos diferentes estratos sociais numa determinada aldeia pretendem participar no projecto 13 e Sea tecnologia proposta por exe
23. os semin rios regionais foram poss veis gra as ao apoio financeiro do Programa Especial sobre a Mulher e Desenvolvimento da Direc o Geral da Coopera o para o Desenvolvimento do Governo dos Pa ses Baixos G nero no Abastecimento Comunit rio de Agua Saneamento e Protec o dos Recursos H dricos da Comunidade guia de m todos e t cnicas Gender in Community Water Supply Sanitation and Water Resource Protection a guide to methods and techniques Christine van Wijk Sijbesma 1995 Inicialmente preparado como documento de antecedentes para os tr s semin rios regionais e presentemente actualizado e revisto para ser um guia b sico sobre os m todos e t cnicas para a planifica o e implementa o de uma abordagem sobre o g nero nos projectos de gua e saneamento Documento Ocasional 23 111 52 p ginas Livro brochado Juntos pela gua e Saneamento Instrumentos para aplicar uma abordagem sobre o g nero A experi ncia da sia Together for Water and Sanitation tools to apply a gender approach The Asian experience Editado por Eveline Bolt 1994 A Parte I deste manual que resulta de um semin rio sobre o g nero no Sri Lanka fornece um enquadramento te rico para o envolvimento da mulher e para a aplica o duma abordagem sobre o g nero A Parte II apresenta os instrumentos necess rios para se aplicar uma abordagem sobre o g nero com base na experi ncia consolidada no terreno para as diferentes fases do proj
24. proyectos de abastecimiento de agua marco para una metodologia Tegucigalpa Honduras UEBM SANAA WHO 1985 Women water and sanitation Geneva Switzerland World Health Organization Wijk Christine van 1985 Participation of women in water supply and sanitation roles and realities Technical Paper Series no 22 The Hague The Netherlands IRC International Water and Sanitation Programme Wijk Christine van 1992 Drinking water supply and sanitation projects impacts on women In Women Water Sanitation Annual Abstract Journal no 2 The Hague The Netherlands IRC International Water and Sanitation Programme p 1 5 49 Wijk Christine van 1993 Gender aspects of sanitation the missing slipper of Cinderella In Proceedings of the workshop on gender and water resources management Estocolmo I 3 de Dezembro Stockholm Sweden Swedish International Development Authority Vol II Wijk Christine van and Murre Tineke 1994 Motivation of better hygiene behaviour importance for public health and mechanisms of change New York NY USA UNICEF WRC 1991 Interagency expert consultation on a strategy to enhance women s participation in water supply and sanitation activities Addis Abeba Ethiopia Water Resources Commission Yacoob May e Walker J 1991 Community management in water supply and sanitation projects costs implications In Aqua vol 40 no 1 p 30 40 Yoon Soon Young 1991 Water f
25. se excluam os homens e se sobrecarreguem as mulheres Chachage et al 1990 Hannan Andersson 1990 IRC 1991 IRC e PROWWESS 1992 NAC 1991 Wijk 1985 Yacoob e Walker 1991 Para al m dos factores acima apresentados os papeis e relacionamentos baseados no g nero n o s o est ticos Relat rios dos projectos indicam amplas oportunidades para homens e mulheres preencherem novas vagas e assumirem efectivamente novas responsabilidades e poderes que n o devem ser completamente estranhos Por exemplo existem muitos casos em que a presid ncia de um comit de guas enquanto que posto de autoridade foi para um homem mas o lugar de tesoureiro que requer confian a foi para uma mulher Todavia os problemas que as mulheres enfrentam quando se trata de participarem em actividades da aldeia e de assumirem cargos locais requerem que dentro desta abordagem espec fica ao g nero sejam feitos esfor os especiais para ultrapassar estas limita es para que as mulheres elas pr prias possam apresentar sugest es teis sobre como se deve proceder Assim uma abordagem sens vel ao g nero toma em considera o os papeis e o relacionamento existentes entre os sexos mas tamb m edifica novas capacidades tanto nos homens como nas mulheres o que contribui para a exist ncia de projectos mais efectivos bem como para uma distribui o mais equitativa do trabalho poder e benef cios 41 Referencias Abdullah Taherunessa e Boot Mariek
26. seu apoio s iniciativas do projecto uma vantagem se for o pessoal do projecto do sexo feminino a reunir com as mulheres da aldeia mas j aconteceu que o pessoal do sexo masculino tamb m foi aceite quando se mostrou receptivo ao envolvimento da mulher e o objectivo dos seus esfor os foi entendido e aceite Isto tamb m aconteceu em pa ses em que homens de fora da fam lia normalmente n o conseguiam reunir com as mulheres por exemplo no Bangladesh Abdullah e Boot 1989 Muitas vezes existe tamb m um intermedi rio que pode contactar e juntar as mulheres e apresentar um trabalhador do projecto do sexo masculino Trata se de uma mulher da comunidade local que devido sua forma o e posi o por exemplo como parteira ou professora aceite por ambos os sexos como intermedi ria e possui prest gio estatuto empenho e confian a suficientes para assumir este papel na sua aldeia Um passo importante em direc o obten o de apoio das mulheres para a sua participa o dar lhes informa o suficiente sobre o projecto e discutir com elas as raz es e meios para participarem nas decis es e gest o locais A sec o 4 2 apresenta as formas de fazer chegar a informa o s mulheres Um segundo passo junt las e conseguir um apoio mais unido Isto pode ser conseguido atrav s de reuni es separadas ver sec o 4 3 ou trabalhando atrav s de algumas formas de organiza o ou de rede de mulheres Contudo mesmo as organi
27. seus pontos de vista Apresentam se em seguida as medidas que os projectos tomaram para aumentar a participa o activa das mulheres nas reuni es gerais da aldeia que contam com a presen a de homens e mulheres IRC e PROWWESS 1991 e Horae local Organizar a reuni o numa hora e local que tamb m sejam adequados para as mulheres As reuni es n o devem ser realizadas numa altura em que as mulheres t m que preparar as refei es ou se encontram no campo e tamb m n o devem ser realizadas em lugares que sejam muito distantes ou que sejam culturalmente impr prios para as mulheres se deslocarem e Dimens o e ambiente E mais f cil as mulheres participarem e usarem da palavra em reuni es pequenas ao n vel do bairro do que em reuni es de massas e An ncio e encorajamento Certifique se de que a informa o sobre o local e o objectivo da reuni o chega s mulheres com bastante tempo de anteced ncia Se for necess rio utilize diversos canais de informa o que sejam apropriados para as mulheres ver 4 2 Sublinhe a import ncia da reuni o para as mulheres e encoraje a sua participa o e Arruma o dos lugares N o deixe este aspecto ao acaso pois a tend ncia de as mulheres se sentarem atr s ou ficarem fora Organize a reuni o de tal forma que os homens se sentem de um lado e as mulheres do outro ou organize a reuni o num c rculo ou quadrado Desta maneira as mulheres poder o ouvir o que se diz e sentar se num grupo de
28. 5 The Hague The Netherlands IRC International Water and Sanitation Centre IRC 1992 Gender issues In Background report of the Appraisal Mission of Phase IV of the Kenya Finland Western Water Supply Programme The Hague The Netherlands IRC International Water and Sanitation Centre Chapter 9 IRC and PROWWESS 1992 Under and overestimation of economic benefits In Drinking water supply and sanitation projects impacts on women Annual Abstract Journal no 2 The Hague The Netherlands IRC International Water and Sanitation Centre IRC PROWWESS and UNICEF 1994 Women Water sanitation Annual Abstract Journal no 3 The Hague The Netherlands IRC International Water and Sanitation Centre Janssen Resi 1988 Vrouwen mannen en drinkwaterbeheer en onderzoek naar het funktioneren van pomokomitees in Burkina Faso Wageningen The Netherlands Agricultural University Department of Home Economics Jiggins Janice 1988 How poor women earn income in rural sub Saharan Africa and what prevents them from doing so Nairobi Kenya Ford Foundation Women s Programme Forum Jonsson Stefan e Rudengren Jannica 1991 An economic appraisal of a handpump maintenance system using women mechanics Stockhold Sweden Stockholm School of Economics Kamminga Eveline 1991 Economic benefits from improved rural water supply Occasional Paper Series no 17 The Hague The Netherlands IRC International Water and Sanitation
29. G nero no Abastecimento de gua Saneamento e Protec o dos Recursos H dricos da Comunidade Guia de m todos e t cnicas 23 P S rie de Documentos Ocasionais IRC CENTRO INTERNACIONAL DE GUA E SANEAMENTO IRC uma organiza o independente e sem fins lucrativos Recebe o apoio e tem v nculos com o Governo Holand s PNUD UNICEF Banco Mundial e OMS Frente a esta atua ainda como Centro de Colabora o para Abastecimento de gua e Saneamento s Comunidades O centro procura que os programas de gua e saneamento ambiental estejam mais dirigidos ao atendimento de necessidades das popula es Procura alcan ar este objectivo atrav s da gera o comunica o e aplica o de informa es sobre aspectos priorit rios e cada vez mais atrav s da capacita o para a execu o de servi os de apoio e da gest o da informa o ao n vel dos pa ses em colabora o com os centros de recurso local e institui es associadas e com todos os interessados que estejam envolvidos em um cont nuo processo de aprendizagem Todas as suas actividades desenvolvem se em associa o com organiza es governamentais e n o governamentais nos pa ses em desenvolvimento com as ag ncias das Na es Unidas ag ncias bilaterais e bancos de desenvolvimento As actividades dos programas enfatizam o enfoque comunit rio para sistemas de abastecimento de gua e de saneamento em meio rural e em reas semi urbanas e a gest o de recursos h dr
30. a NETWAS Olsson Per et al 1990 Manicaland health water and sanitation programme Stockholm Sweden Swedish International Development Authority Overholt Catherine et al 1985 Women in development a framework for project analysis In Overholt C Gender roles in development projects a case book West Hartford CT EUA Kumarian Press Paqui Hilda 1989 Malawian women keep the pump flowing In Source vol 1 no 2 p 8 9 Perrett Heli 1985 Monitoring and evaluation of women s participation In Involving women in sanitation projects TAG Discussion paper no 3 Washington DC USA World Bank Technology Advisory Group Poluha Eva 1990 Dodota water supply project Ethiopia In Development Journal no 3 p 39 43 Rao Brinda 1991 Women and water in rural Maharashtra In Environment and Urbanization vol 3 no 2 p 57 65 Rocheleau Dianne 1992 Whose common future Gender division of rights responsibilities knowledge and work in rural landscapes In SIDA Gender environment and development some interlinkages Stockholm Sweden Swedish International Development Authority Appendix B Rodda Annabel 1991 Women and the environment London UK Zed Books Seslar Svedsen Sian e Wijetilleke Suhatha 1983 My needs and yours In Navamanga handbook for building women s self reliance Colombo Sri Lanka Women s Bureau 47 SEWA 1989 Bnaskantha Women s Project A
31. a a sa de s poss vel quando os homens e mulheres da comunidade local s o activamente envolvidos em actividades de identifica o de riscos e de resolu o de problemas Wijk e Murre 1994 A medi o objectiva dos benef cios para a sa de para as mulheres e as suas fam lias muitas vezes dif cil A maior parte dos pa ses n o possui dados estat sticos exactos na rea da sa de e ao analisar estes dados muitas vezes n o poss vel distinguir entre aldeias com e sem um sistema melhorado e a funcionar de abastecimento de gua e saneamento Todavia poss vel medir a mudan a comportamental e deste modo obter uma boa indica o dos poss veis benef cios Boot e Cairncross 1993 Podem ser utilizados sistemas de monitoramento baseados na comunidade como parte deste processo e s o tamb m um instrumento educativo para os pr prios alde es e rg os locais de gest o Narayan Parker 1993 Estes sistemas bem como o papel da mulher neles s o discutidos na pr xima sec o 2 7 Sistemas de monitoramento baseados na comunidade Quando as comunidades administram os seus pr prios programas de protec o dos recursos h dricos abastecimento de gua e saneamento quer elas quer as ag ncias regionais e nacionais respons veis pela situa o global ter o que ter o controlo do desempenho Isto aplica se ao desempenho t cnico opera o e manuten o dos sistemas preserva o da qualidade e da quantidade disponib
32. aior rendimento maior habita o utiliza o econ mica ou os que obt m um desenho mais caro ou ainda os que est o em condi es de contribuir mais pagam mais Os aspectos ligados ao g nero que devem ser tomados em considera o s o se as mulheres como o caso das m es solteiras podem participar sem contribuir com uma parte desproporcionalmente grande do seus rendimentos e como que os pagamentos dentro das fam lias se encontram divididos pelos homens e mulheres Pode acontecer tal como aconteceu num projecto na parte ocidental do Qu nia por exemplo que embora toda a fam lia beneficiasse a mulher quem pagava ou que nos casos em que homens e mulheres pagavam valores iguais dos seus pr prios rendimentos as mulheres contribufam com uma parte relativamente muita mais elevada dos seus recursos do que os homens Recolha de fundos Uma segunda escolha como que se ir proceder recolha dos fundos e que implica es esta escolha traz para os homens e mulheres envolvidos e Pagamentos num local central pode ser menos vi vel para as mulheres do que para os homens e Cobran a ao domic lio durante o dia a recolha feita pelas mulheres pode ser a forma culturalmente mais apropriada mas pode implicar um volume consider vel de trabalho e press o e Pagamentos efectuados a uma pessoa no bairro muitas vezes a op o mais f cil mas a seguran a e a presta o de contas tanto do cobrador para com a comiss o
33. amento 1995 O IRC goza de direitos de autor no mbito do Protocolo 2 da Conven o Universal dos Direitos de Autor Todavia aqui autorizada a reprodu o deste material no seu todo ou em parte para fins educacionais cient ficos ou ligados ao desenvolvimento excepto quando o objectivo a venda comercial desde que a se apresente a cita o completa da fonte e que b se apresente uma notifica o por escrito ao IRC P O Box 93190 2509 AD Haia Holanda Indice Introdu o 1 Uma Perspectiva de G nero na Identifica o e Prepara o de Projectos 1 1 Necessidades prioridades e procura ao n vel econ mico sentidas pelas mulheres e homens 1 2 Avalia o sens vel ao g nero benef cios sanit rios socio econ micos e ambientais 1 3 Estudo de base sobre o g nero 1 4 Formula o de objectivos e estrat gias dos projectos espec ficos ao g nero 2 Quest es de G nero na Planifica o e Implementa o Nivel Local 2 1 Escolha de tecnologia n veis de servi o e desenhos 2 2 Organiza o da manuten o e constru o n vel local 2 3 Papeis desempenhados pelo homem e pela mulher nos sistemas de financiamento e gest o comunit rios 2 4 Educa o sanit ria e melhoramentos na higiene 2 5 Protec o dos recursos h dricos e melhoramento das condi es ecol gicas 2 6 Optimiza o dos benef cios do projecto para as mulheres 2 7 Sistemas de monitoramento baseados na comunidade 3 G nero no Monitoramento Relat
34. comunit rio IRC 1988 Como tornar as estrat gias de participa o espec ficas ao g nero Dentro desta estrat gia mais geral necess rio que se preste aten o especial ou que se defina uma estrat gia especial para o envolvimento da mulher que tome em considera o o facto de que homens e mulheres t m diferentes reas de responsabilidade e de controlo e que quando n o lhes dada oportunidade as mulheres muitas vezes n o participar o nas diferentes actividades e decis es do projecto 10 Basicamente esta estrat gia ir definir em que fun es e organiza es as mulheres se far o representar de que forma estar o envolvidas na tomada de decis es e que pessoal especial e condi es de forma o ser o criadas para garantir o seu envolvimento quer durante a implementa o do projecto quer numa fase posterior opera o manuten o e gest o As condi es que devem ser criadas para a forma o dever o incluir a forma o destinada s mulheres exclusiva ou em conjunto com os homens para melhorar as suas capacidades Um segundo tipo de forma o diz respeito ao envolvimento da mulher como um aspecto fundamental de modo a criar uma maior compreens o sobre esta mat ria no seio do pessoal do projecto do sexo masculino e feminino e entre os chefes da aldeia e para evitar sentimentos de exclus o ou de antagonismo por parte dos alde es do sexo masculino quando se organizam actividades separadas com as mulheres
35. ctividade participativa utilizado para determinar de que forma a actual organiza o deve ser adaptada e como tal pode ser feito Selec o de mulheres numa comiss o Para facilitar a selec o de membros adequados do sexo feminino para uma organiza o de gua e saneamento poder se o utilizar diversas medidas tanto para expandir uma organiza o existente como para formar uma nova e Definir as tarefas algumas responsabilidades e tarefas podem ser realizadas de forma mais apropriada por mulheres Exemplos comunica o com outras mulheres gest o de aspectos ligados sa de e higiene gest o financeira mais prov vel que outras tarefas sejam realizadas por um homem 35 e Definir os requisitos tempo caracter sticas para o trabalho e Identificar em conjunto o tipo de mulheres que possuem os requisitos b sicos para o trabalho e Identificar e contactar poss veis candidatos e se demonstrarem interesse ajud los a conseguir aceita o e apoio do seu meio ambiente e Seleccionar pelo menos duas mulheres na organiza o para apoio m tuo e Certificar se de que existe para elas forma o e apoio peri dico e A melhor maneira de realizar as tarefas acima definidas e em conjunto com um grupo de mulheres da comunidade uma vez que conhecem bem a situa o local e podem ajudar a identificar contactar e apoiar candidatos locais certos Para recolher dados dos projectos nem sempre necess rio recorrer a grand
36. da aldeia Isto pode ser feito para uma nica aldeia ou para um grupo de aldeias vizinhas Quando a forma o tem que ser feita fora da rea ser necess rio criar condi es especiais que possibilitem a participa o da mulher por exemplo quest es ligadas ao transporte e desloca o das mulheres para participarem como um grupo ou zonas onde a sua mobilidade seja limitada contacto com parentes do sexo masculino para efeitos de autoriza o por exemplo um l der influente da aldeia bem como a cria o de condi es para se cuidar das crian as no local da forma o ou em casa pelas outras mulheres A dura o e a calendariza o da forma o s o outros aspectos importantes N o f cil para as mulheres ficarem fora de casa durante longos per odos pelo que um curso de forma o de curta dura o que permita mulher estar em casa na hora dos seus afazeres dom sticos logo pela manh e ao fim do dia constitui a melhor alternativa Nas sociedades agr colas o melhor per odo para a forma o fora da campanha agr cola 38 Os conte dos e m todos de forma o devem ser pr ticos e realistas Muitas vezes os cursos de forma o por exemplo na rea da sa de ou de contabilidade s o ainda demasiado acad micos pelo que as mulheres n o os podem aplicar na sua aldeia nem em casa Um ambiente do tipo sala de aula e a utiliza o de palestras como m todo de forma o tamb m n o s o muito apropriados para
37. de abastecimento de gua ou um projecto de saneamento da aldeia Qual a sua experi ncia anterior Se se confia numa organiza o adequada e capaz de realizar o trabalho melhor evitar formar uma nova organiza o Quando apenas a composi o incompleta por exemplo porque as mulheres n o se encontram representadas directamente ser importante definir primeiro a necessidade de ter mulheres na organiza o An lise da composi o A an lise da composi o de uma organiza o de gest o existente pode ser feita de uma forma participativa por exemplo utilizando recortes de figuras com homens e mulheres e artigos que utilizam nas tarefas dom sticas relacionadas com a gua e saneamento como por exemplo a recolha e armazenagem de gua gua para dar de beber ao gado cultivo de vegetais cuidados sanit rios elimina o de res duos etc Uma segunda s rie de recortes pode ser constitu da por figuras de homens e mulheres bem como os diferentes instrumentos utilizados na gest o de um projecto de gua ou saneamento tais como caixa livro de recibos kit de instrumentos quadro preto O grupo com quem a actividade realizada posteriormente solicitado a formar dois quadros de figuras um com figuras de utentes do sexo masculino e feminino com diferentes responsabilidades na rea da gua e saneamento e um quadro dos que os ir o representar e desenhar linhas que liguem os diferentes grupos O resultado desta a
38. de aspectos sanit rios s cio econ micos e ambientais e Estudo de base sobre as condi es de vida das mulheres e poss vel impacto do projecto nas mulheres e Formula o de objectivos e estrat gias de projectos que sejam espec ficos ao g nero 1 1 Necessidades prioridades e procura ao n vel econ mico sentidas pelas mulheres e homens Uma condi o primordial para um projecto bem sucedido de abastecimento de gua ou de saneamento nas aldeias que as pessoas sintam a necessidade do projecto e lhe d em primeira prioridade na lista de actividades e servi os que apoiar o na sua aldeia Muitas vezes as necessidades e prioridades dos homens e das mulheres n o s o as mesmas A motiva o feminina e masculina e os recursos para sustentar instala es melhoradas de abastecimento de gua e saneamento tamb m podem ser diferentes Para al m disso tais necessidades e prioridades poder o variar em fun o da situa o econ mica das fam lias em quest o composi o familiar por exemplo o n mero de indiv duos do sexo feminino chefes de fam lia do sexo feminino e da composi o religiosa e s cio tnica da fam lia Chachage et al 1990 Wegelin 1991 Wijk 1985 Consequentemente a procura ao n vel econ mico das instala es propostas e a vontade de contribuir para elas pode variar consideravelmente A procura de um abastecimento de gua melhorado e de um melhor saneamento do meio ambiente normalmente maior entre
39. dos sanit rios Boot e Cairncross 1993 Bentley et al 1994 Impacto nas condi es econ micas til medir o impacto econ mico do sistema melhorado de abastecimento de gua ou de elimina o de res duos nos casos em que a diferen a em rela o situa o inicial grande e em que outros requisitos econ micos tais como terra cr dito forma o transporte e emprego j existiam ou foram inclu dos no projecto Wijk 1992 Bah 1988 Carr e Sandhu 1988 As medi es devem incluir a utiliza o do tempo e da gua pelas mulheres e devem ser feitas de prefer ncia numa aldeia ou rea com um servi o melhorado e uma aldeia ou rea sem tal servi o para efeitos de controlo estudo comparativo Como alternativa os dados sobre a utiliza o do tempo e da gua podem ser recolhidos antes e depois do projecto estudo antes depois A terceira possibilidade mas mais cara aliar o estudo comparativo e o estudo mais a longo prazo utilizando o chamado desenho experimental um estudo antes depois numa rea de estudo e controlo Uma an lise dos 29 estudos existentes demonstrou que um estudo metodologicamente correcto essencial Kamminga 1991 30 4 M todos e Instrumentos 4 1 Obten o de apoio para o envolvimento da mulher Motivos para a obten o de apoio Embora as mulheres sejam as mais envolvidas e mais conhecedoras do abastecimento de gua e saneamento dom stico tanto os homens como as mulheres m
40. e 1989 Progress review of the integrated approach Rural Water Supply and Sanitation Programme Bangladesh The Hague The Netherlands IRC International Water and Sanitation Centre Agarwal Anil e Anand Anita 1982 Ask the women who do the work In New Scientist November 1982 p 302 304 Agricultural University of Wageningen 1991 Werkboek gender in de tropische cultuurtechniek Wageningen The Netherlands Agricultural University Department of Irrigation and Land and Soil Conservation Anonymous 1992a Where a community maps its resources In Down to Earth vol 1 no 2 p 42 Anonymous 1992b Overcoming the gender barrier several voluntary agencies are working to provide rural women with greater control over natural resource use In Down to Earth vol 1 p 45 Bah Osman 1988 Women and water supply development in Sierra Leone In Journal of Rural Development vol 11 no 1 p 97 109 Battaglino Maria Teresa 1990 The female task of resource management In Cooperazione edi o em ingl s no 96 supl 1 p 41 44 Bently Margaret et al 1994 The use of structured observations in the study of health behaviour Occasional Paper Series no 28 The Hague The Netherlands IRC International Water and Sanitation Centre Boesveld Mary e Postel Els 1991 Planning with women for wise use of the environment research and practical issues In Landscape and Urban Planning vol 20 p
41. e Asmand 1982 Laujberg 1984 Sundararaman 1986 Em alguns casos de identifica o de projectos s o utilizados estudos s cio econ micos para comparar os pontos de vista do projecto com as percep es dos homens e mulheres sobre diferentes antecedentes culturais e s cio econ micos nas aldeias em que estes s o implementados Os estudos avaliam se os diferentes tipos de utentes consideram as quest es ligadas gua ao saneamento do meio ambiente e protec o dos recursos h dricos como um problema urgente e que pontos de vista t m sobre os tipos de instala es e a sua manuten o gest o e financiamento Este tipo de estudo pode ser um inqu rito s cio econ mico vasto formal e relativamente dispendioso mas cada vez mais utilizado um tipo de abordagem mais informal e participativo An nimo 1992a Grady et al 1991 Lingen 1994 Mukherjee 1990 URT 1982 Whitaker 1993 Quando correctamente realizados os estudos preparat rios far o uma avalia o separada das experi ncias e pontos de vista dos homens e mulheres e uma apresenta o dos resultados espec fica ao g nero Com base nestes estudos poder se o elaborar crit rios de selec o das aldeias ou listas das aldeias priorit rias dando se contributos para a selec o de uma primeira gama de tecnologias t cnica e socio economicamente adequadas Outros programas dependem de um pedido das autoridades da aldeia ou fazem eles pr prios uma aloca o prelimina
42. e mulheres desse local muitas vezes t m diferentes prioridades sanit rias e deste modo na sua vontade de utilizar recursos para resolver estes problemas O pessoal do projecto 19 tamb m poder n o prestar muita aten o a certos problemas ou poder ver problemas que a comunidade n o v Uma primeira etapa para um programa de educa o sanit ria e de melhoramentos na higiene mais espec fico ao g nero pois determinar que homens e mulheres da comunidade local consideram estes aspectos como um problema de sa de ou higiene nas suas casas e aldeia e que gostariam de mudar Isto pode ser feito atrav s da utiliza o de diferentes m todos e instrumentos participativos Exemplos e Uma discuss o com homens e mulheres sobre os riscos ambientais e sanit rios na sua aldeia usando figuras j prontas sobre pr ticas e condi es que representem um risco para a comunidade e que sejam t picas da aldeia ou da rea ou estimulando os alde es a produzir as suas pr prias figuras utilizando recortes e figuras uma fonte de gua desprotegida uma torneira ou bomba manual avariada um reservat rio de gua pot vel com tampa comunal uma latrina n o utilizada uma crian a a defecar perto de um riacho ou de uma escola homens e mulheres com diferentes instrumentos sanit rios e Um passeio ambiental com chefes da aldeia do sexo masculino e feminino para observar as condi es e pr ticas e inventariar os riscos para a sa de e Um
43. ecto Embora a maior parte dos instrumentos devam ser utilizados no terreno alguns destinam se sensibiliza o do pessoal do projecto sobre o g nero Publicado em associa o com o Servi o da D cada de Abastecimento de gua e Saneamento das Organiza es N o Governamentais Colombo Sri Lanka Documento Ocasional 24 x111 107 p ginas Ilustrado Livro brochado Trabalhando com Homens e Mulheres na gua e Saneamento guia para frica 52 Working with Women and Men on Water and Sanitation an African field guide 1994 Elaborado por peritas africanas que participaram no semin rio do Qu nia Procura dar orienta es sobre a planifica o e implementa o de projectos e programas de gua e saneamento com uma abordagem ciente dos problemas de g nero Cont m orienta es sobre como envolver a mulher lado a lado com o homem em todas as fases do projecto Publicado em associa o com a NETWAS Network for Water and Sanitation Rede para a gua e Saneamento Nairobi Qu nia Documento Ocasional 25 vi 98 p ginas Ilustrado Livro brochado Tamb m dispon vel na AMREF P O Box 30125 Wilson Airport Nairobi Kenya Mejor Cuando es de a Dos el genero en los proyectos de agua y saneamiento Melhor a dois o g nero em projectos de gua e saneamiento Editado por Norah Espejo e Ineke van der Pol 1994 Este documento destina se a promover e desenvolver uma perspectiva de g nero em cada fase do ciclo
44. efes de fam lia do sexo masculino e maridos bem como s pr prias mulheres porqu mulheres a trabalharem como mec nicos e de que os materiais sejam apenas utilizados quando existem condi es para implementar as ilustra es por exemplo forma o ver sec o 4 7 Escolha da localiza o das instala es A localiza o das instala es p blicas ou partilhadas muitas vezes feita por um grupo representativo de alde es do sexo masculino e feminino por exemplo um grupo de chefes formais e informais respeitados um rg o existente e representativo da aldeia ou uma comiss o de gua e saneamento especialmente eleita Na escolha do local para as instala es necess rio utilizar crit rios sociais e t cnicos Os crit rios sociais podem por exemplo ser de acesso geral e f cil ter uma localiza o central uma distribui o justa das instala es pelo aglomerado populacional boa seguran a para as mulheres e crian as privacidade suficiente Os crit rios t cnicos podem incluir boas oportunidades de drenagem e eleva o e exist ncia e qualidade de gua subterr nea 15 A coloca o dum an ncio nos locais seleccionados previamente a elabora o de um mapa preliminar ou outra forma de anunciar os lugares seleccionados e pedir informa es em reuni o s o m todos utilizados na verifica o da aceita o dos locais seleccionados pelos utentes do sexo masculino e feminino Buckles 1980 Kwaule 1993 Caract
45. er 1990 Perrett 1985 Wakeman 1995 Esta chamada an lise da mudan a til porque documenta o impacto do projecto por exemplo na facilidade de gest o tempo produ o lideran a organiza o auto confian a conhecimentos t cnicos e administrativos asseio privacidade e seguran a Impacto nos homens e coopera o entre homens e mulheres E menos comum que os projectos tamb m prestem aten o s mudan as para os homens e coopera o entre homens e mulheres Por m estes aspectos s o tamb m importantes uma vez que os projectos de abastecimento de gua e saneamento s o projectos para toda a aldeia e carecem do 28 apoio tanto dos homens como das mulheres O apoio cont nuo de qualquer das categorias depender de at que ponto cada grupo sente que poder beneficiar do projecto Wakeman 1995 Neste sentido prestar aten o aos benef cios sentidos pelo homem pode ajudar a evitar que vejam um sistema de gua dom stico ou saneamento melhorado como sendo mais conveniente para as mulheres e n o muito relevante para eles uma vez que mesmo sem um sistema de abastecimento de gua funcional e moderno continuar a haver gua a ser trazida para casa e os problemas dos res duos s lidos s o tamb m um problema da mulher Qualquer an lise da mudan a incluindo a avalia o dos efeitos laterais indesejados deve pois ser realizada de prefer ncia em conjunto com os homens assim como com as mulheres e os homen
46. er sticas do desenho Para o desenho de latrinas fonten rios bebedouros de gado e instala es destinadas ao banho e lavagem de roupa foram utilizados modelos de pequena escala por exemplo papier mach barro ou cart o para se obter os pontos de vista dos utentes sobre o desenho e para convidar sugest es sobre melhoramentos McGarry e Elmendorf 1980 A avalia o de prot tipos ou de desenhos iniciais nas primeiras aldeias do projecto bem como visitas aos projectos vizinhos s o m todos que tamb m foram utilizados para se obter um feedback v lido do utente A experi ncia provou que essencial que n o s os chefes do sexo masculino participem em tais avalia es como tamb m as mulheres utilizadoras Wijk 1985 Provis es adicionais Ao planificar as negocia es os aldedes normalmente querem instala es ou adapta es adicionais gratuitas Estas podem aumentar os custos e deixar menos fundos para servir outros que n o tenham quaisquer instala es pois aconselh vel a realiza o de negocia es sobre o pagamento total ou parcial do utente de quaisquer custos que estejam acima da m dia e estas s o normalmente bem aceites Contribui es da comunidade Ao planificar as contribui es dos utentes para a constru o relevante a divis o da m o de obra e o calend rio para os homens e mulheres Em algumas culturas certos tipos de trabalho s o feitos por homens e outros por mulheres M
47. era o ao planificar projectos de gua e saneamento o impacto sobre o meio ambiente Estes impactos podem revestir se de dois aspectos os projectos de gua e saneamento podem ter um impacto negativo e muitas vezes impactos sobre o meio ambiente n o constatados anteriormente e a degrada o ecol gica pode reduzir a quantidade e a qualidade dos recursos de gua pot vel e tornar as formas tradicionais de tratar os diferentes tipos de res duos inadequadas Exemplos de projectos de gua e saneamento que causaram novos problemas ambientais s o liga es privadas e fonten rios p blicos com drenagem insuficiente o que provoca po as de gua estagnada condi es favor veis para a reprodu o do parasita intestinal e de insectos novos povoamentos e uso da terra quando se abrem novas reas de capta o e as pr ticas humanas poluem a fonte e eros o resultante da utiliza o excessiva de pastos nos locais de abastecimento de gua A situa o contr ria ocorre quando a degrada o ambiental reduz a disponibilidade e a qualidade dos recursos de gua pot vel A explora o indiscriminada de florestas e as ind strias mineiras fizeram com que fontes naturais de gua tais como rios das montanhas secassem ou estivessem carregados de sedimentos ou produtos qu micos Noutros casos a irriga o agr cola reduziu o n vel do len ol fre tico secando os po os de gua para uso dom stico ou enchendo os de sedimentos nas zonas co
48. es inqu ritos entrevistas de grupo separadas com homens e mulheres ou a utiliza o de instrumentos espec ficos ao g nero para efeitos de participa o s o outras formas de recolher dados de uma forma sens vel ao g nero 4 6 Introdu o de sistemas locais de financiamento Papel da mulher no financiamento Se as mulheres estiverem de alguma forma activas na gest o dos servi os de abastecimento de gua ou de elimina o de res duos s lidos muitas vezes na rea do financiamento Wijk 1985 Espejo et al 1993 Oenga e Ikumi 1991 Poluha 1990 Leyen 1991 CINARA 1990 Whitaker 1993 Ajudam a angariar fundos s o cobradoras de tarifas e tesoureiras e dentro da fam lia mostram se normalmente mais dispostas a pagar pela constru o e manuten o A gest o financeira dos servi os muitas vezes constitui para elas motivo de preocupa o pelo que a forma o em finan as um dos primeiros pedidos que fazem quando existem oportunidades de forma o As principais reas de interesse s o como angariar fundos como administr los e como responder pela sua correcta utiliza o Angaria o de fundos Escolher um sistema de financiamento como escolher a tecnologia n o h nenhum sistema que seja apropriado para todos os casos pelo que necess rio definir que m todo de financiamento o mais apropriado nas circunst ncias locais Existem muitas formas de angariar fundos tanto para a constru o como para a
49. g nero Muitas vezes os projectos partem do princ pio que a informa o dada aos homens chegar de seguida s mulheres Na pr tica este n o necessariamente o caso uma vez que em muitas culturas os homens n o misturam assuntos p blicos e privados pelo que n o ir o discutir um projecto de abastecimento de gua e saneamento em casa Wijk 1985 Karp et al 1990 Olsson et al 1990 Tunyayvanich et al 1987 Nem os homens nem as mulheres utilizam os mesmos canais de informa o Para obterem informa es sobre um projecto de latrinas nas Honduras os homens participaram em reuni es e em manifesta es enquanto que as mulheres se basearam em informa o da r dio e de outras mulheres Num projecto de constru o de latrinas no Paquist o a circula o de informa o e a taxa de adop o eram baixas at que algumas mulheres que tinham instalado uma latrina e estavam satisfeitas com ela se envolveram como promotoras e passaram a informa o a outras mulheres do seu bairro Spector et al 1971 IRC 1988a O mesmo princ pio de especificidade do g nero aplica se distribui o e apresenta o de informa o impressa por exemplo cartazes an ncios etc Um exemplo s o os cartazes com mensagens sobre a sa de num projecto da Tanz nia que foram colados em escrit rios p blicos e outros lugares que n o s o frequentados por mulheres Torna se pois importante identificar que canais ir o chegar essencialmente ao
50. hmedabad India Self Employed Women s Association Sharma Hira 1989 Now women of Tharu Scheduled Tribe ensure drinking water through India Mark II handpump Lucknow India Uttar Pradesh Jal Nigan Shiva Vandana 1985 Where has all the water gone The case of water and feminism in India In Environmental Liaison Centre Women and the environmental crisis Form 85 a report of the proceedings of the workshops on women environmental and development Nairobi Kenya Environmental Liaison Centre Shiva Vandana 1988 Staying alive women ecology and development London UK Zed Books Shiva Vandana e Bandyopadhyay J 1990 The Chipko movement In Deforestation social dynamics in watersheds and mountain ecosystems London UK Routledge Simpson H bert Mayling 1983 Methods for gathering socio cultural data for water supply and sanitation projects TAG Technical Note no 1 Washington DC USA World Bank Singh B et al 1991 Rural water supply in Kerala How to emerge from a low level equilibrium trap Draft Washington DC USA Urban Institute Socio Economic Units 1991 Women in the water and sanitation programme Trivandrum India Kerala Water Authority Socio Economic Units Sontheimer Sally ed 1991 Women and the environment a reader London UK Earthscan Spector P et al 1971 Communication media and motivation in the adoption of new practices In Human organization vol 30 n
51. icos Eles incluem a gest o comunit ria a promo o da higiene g nero monitoramento finan as e opera o e manuten o A todos os n veis de actua o procura se estimular uma comunica o eficiente O quadro de pessoal multi disciplinar do IRC oferece assist ncia a actividades de campo atrav s da pesquisa forma o e capacita o da avalia o e servi os de consultoria de publica es servi os de documenta o e sensibiliza o da opini o p blica e das autoridades para as necessidades do sector IRC Centro Internacional de gua e Saneamento PO Box 93190 2509 AD Haia Holanda Tel 31 70 30 689 30 Fax 31 70 35 899 64 E mail general irc nl URL _ http www irc nl Genero no Abastecimento de gua Saneamento e Protec o dos Recursos H dricos da Comunidade Guia de m todos e t cnicas Christine van Wijk Sijbesma IRC Centro Internacional de gua e Saneamento Haia Holanda 1998 Tradu o do ingl s Gender in Community Water Supply Sanitation and Water Resource Pretection A guide to methods and techniques 1995 A tradu o foi feita pela CBE Consultores Mo ambique Lda Sra Judite Baloi com o financiamento da Coopera o Su a para o Desenvolvimento Programa MOZ 16 Maputo Mo ambique Agradecimentos pela ilustra o da capa Flora Trist n Centro de la Mujer Peruana Parque Hern n Velarde 42 Lima 1 Peru Direitos de Autor O IRC Centro Internacional de gua e Sane
52. ilidade de pe as sobressalentes administra o por exemplo a percentagem do desempenho financeiro das fam lias utentes e sa de e higiene por exemplo cuidados ambientais e uso sanit rio Os alde es s o cada vez mais treinados no sentido de realizarem visitas de monitoramento s instala es e de manterem um sistema simples de registo Um exemplo o registo da frequ ncia dura o e natureza das avarias no sistema de abastecimento de gua feito pelo mec nico ou pelo trabalhador do esquema e pela comiss o de guas da aldeia por exemplo em alguns projectos na Tanz nia e por trabalhadoras dos fonten rios p blicos em Kerala A manuten o e utiliza o de latrinas institucionais bem como o n mero higiene e utiliza o de latrinas dom sticas s o monitorados pela escola o t cnico de sa de da aldeia uma associa o volunt ria ou pela comiss o de guas ou de sa de por exemplo em Gujarat e Kerala na ndia Uma forma o simples em contabilidade guarda livros crucial para o monitoramento e controlo financeiro estando actualmente a ser ministrada em mais projectos Wijk 1992 O monitoramento possui um aspecto ligado ao g nero ao lidar com quest es de quem est em melhores condi es de proceder recolha de dados e utiliz los como instrumento de gest o e controlo E melhor que a manuten o de registos e elabora o de relat rios sobre os locais de 24 abastecimento de gua sejam feitas por
53. inqu rito participativo na aldeia por exemplo r pida avalia o rural participativa e Um jogo em v rios pa ses foram concebidos jogos atrav s dos quais os jogadores podem identificar os problemas da aldeia e das fam lias na sa de ambiental A sec o 4 8 apresenta mais refer ncias sobre o desenvolvimento e uso de m todos e instrumentos participativos pelo pessoal do projecto 2 5 Protec o dos recursos h dricos e melhoramento das condi es ecol gicas Os projectos de abastecimento de gua a baixo custo s aldeias normalmente utilizam dois tipos de fontes de gua gua de superf cie muitas vezes um curso de gua de uma montanha para esquemas de gravidade e gua subterr nea para bombas manuais A falta de protec o dos recursos h dricos e a degrada o ambiental possuem um impacto negativo na qualidade e quantidade da gua nos dois tipos de projectos Nos projectos de gravidade o problema principal a deteriora o da qualidade da gua exist ncia de lama n vel elevado de sedimenta o ou de turva o e contamina o bacteriol gica O desflorestamento e o uso da terra nas zonas de capta o provocam uma grande eros o do solo Parte deste solo arrastado para os riachos tornando os turvos especialmente na esta o das chuvas Outros problemas comuns s o a redu o da quantidade de gua nos riachos quando se regista uma menor capta o e reten o de gua da chuva no solo e a rea seca grad
54. ion Centre P 20 Grady Heather et al 1991 Assessing women s need in Gaza using participatory rapid appraisal techniques In HED RRA Notes No 10 Lonson UK International Institute for Environment and Development P 12 19 GTZ 1989 Basic needs expressed by the community In GTZ Community participation and hygiene education in water and sanitation CPHE Eschborn Germany Gesellschaft fur Technische Zusammenarbeit Tool no 13 GTZ 1989 Indicators for success CPHE in water supply and sanitation how to measure progress and results In GTZ Community Participation and hygiene education in water supply and sanitation CPHE Eschborn Germany Deutsche Gesellschaft fur Technische Zusammenarbeit Hannan Andersson Carolyn 1990 The challenge of measuring gender issues in water and sanitation In PNUD PROWWESS Workshop on goals and indicators for monitoring and evaluation of water supply and sanitation 25 29 June 1990 Geneva Switzerland WHO papers and background materials New York NY USA PROWWESS UNDP Hueb Jos 1993 Report for consideration at the Rabat Meeting of the Council 7 10 September 1993 Geneva Switzerland World Health Organization Operation and Maintenance Working Group of the Water Supply and Sanitation Collaborative Council INSTRAW 1988 Involvement of women in the choice of technology and implementation of water supply and sanitation projects women water supply and sanitation
55. istemas de financiamento e gest o comunit ria Quando as comunidades participam num projecto de gua ou saneamento e posteriormente administram o servi o da resultante ou continuam a instalar latrinas familiares normalmente requerem uma organiza o que zele pelas contribui es da comunidade supervise e controle o trabalho e que administre o servi o comunit rio resultante Esta organiza o pode ser uma institui o existente na aldeia que seja respons vel por todos os servi os locais tais como um conselho da aldeia ou uma comiss o de desenvolvimento da aldeia por exemplo as juntas de acci n comunal na Col mbia ou pode ser uma organiza o mais especializada como uma comiss o para a sa de ou bem estar social ou o clube das m es ou ainda uma organiza o especialmente criada como por exemplo uma comiss o de guas ou de administra o de guas Espejo 1989 Evans 1992 Janssen 1988 18 As desvantagens das organiza es gerais existentes tais como conselhos podem ser a falta de membros do sexo feminino e a sua vasta rea de interesse Por vezes melhor utilizar uma organiza o j existente com um mandato ligado sa de quando esta organiza o funciona como deve ser ou pode ser refor ada uma alternativa seria criar uma nova organiza o Em ambos os casos normalmente necess rio tomar algumas medidas especiais de modo a incluir membros do sexo feminino e a garantir o seu envolvimento acti
56. la es utiliza o de maior quantidade de gua e a utiliza o produtiva do tempo poupado s o alguns dos benef cios para as pr prias mulheres como tamb m para as suas fam lias Todos estes benef cios s o determinados pelo grau de consulta s mulheres e a sua influ ncia no desenho localiza o e utiliza o das instala es de abastecimento de gua e de elimina o dos res duos tal como analisado na sec o 2 1 Confian a A confian a que se tem num servi o de abastecimento de gua e saneamento dom stico depende para al m do seu desenho correcto e de estar dentro das possibilidades financeiras dos utentes do grau em que os utentes homens e mulheres controlam o funcionamento do sistema Isto implica que quando uma organiza o local administra o servi o as mulheres t m de estar representadas nesta organiza o e que estes representantes n o sejam quaisquer elementos do sexo feminino mas sim mulheres que possam defender os interesses comuns das mulheres na sua comunidade e que sejam capazes de inspirar autoridade e respeito 22 Para al m disso independentemente de os servi os serem ou n o administrados pela comunidade ou por um departamento de guas a mulher deve ter a oportunidade de influenciar o hor rio de funcionamento e o regulamento do utente quando necess ria a introdu o de restri es no abastecimento de gua devido a raz es de ordem t cnica sanit ria ou econ mica A influ ncia
57. lanifica o e de educa o utilizado a mulher como audi ncia passiva ou como planificadora activa sobre se os membros da comiss o do sexo feminino tamb m participam nas reuni es da comiss o sobre se se tomam decis es nestas reuni es que reflictam o ponto de vista das mulheres e se as funcion rias s o conhecidas pelas outras mulheres e se est o em contacto com elas GTZ 1989b pois muito importante definir um n mero de indicadores v lidos e espec ficos ao g nero para monitorar quer a qualidade quer a quantidade da participa o comunit ria e das actividades de educa o sanit ria 3 2 Avalia o sens vel ao g nero do funcionamento uso e higiene sustent veis Tendo em mente a fraca continuidade de muitos projectos conclu dos os doadores e governos nacionais actualmente prestam muita aten o sustentabilidade e possibilidade de r plica dos projectos tamb m ao n vel das aldeias As perguntas t picas s o e O sistema de abastecimento de gua ainda funciona e qual o seu desempenho em termos de quantidade qualidade credibilidade e em termos de drenagem e As instala es destinadas ao abastecimento de gua e de elimina o de res duos s o utilizadas por todos ou pela maioria da popula o em todas as esta es do ano e de uma forma higi nica Como este tipo de instala es nas institui es p blicas escolas centros de sa de e O servi o foi alargado a novos aglomerados populacio
58. m est em melhores condi es de gerir os locais p blicos de abastecimento de gua e evitar a m utiliza o por exemplo pelas crian as e animais As mulheres poder o ter autoridade e apoio suficiente dos outros para gerir um local de abastecimento de gua Como escolher as mulheres certas com bastante influ ncia tempo interesse Quais s o as suas necessidades de forma o 17 e Qual o papel da mulher que diariamente se dirige aos locais de abastecimento de gua ou orienta as crian as na a preven o e no b reconhecimento diagn stico e apresenta o dos problemas t cnicos As mulheres necessitam de forma o para desempenhar o seu papel e Tradicionalmente a mulher est envolvida no trabalho em gesso constru o de telhados e na constru o Ela estaria interessada em melhorar estas habilidades A constru o de certo tipo de instala es de saneamento uma tarefa culturalmente mais apropriada para as mulheres por exemplo a constru o de latrinas familiares fog es sem fumo e outras instala es de saneamento que requerem que se entre na privacidade do lar e se comunique especialmente com a mulher e aconselh vel formar as mulheres em tarefas de manuten o e repara o de sistemas de gua e na constru o de instala es de saneamento dom stico Ou n o faz muita diferen a desde que as mulheres participem na supervis o e tenham meios de influenciar a qualidade da constru o e da manuten o
59. ment for better health water resources sanitation and the environment New Delhi India UNDP and Secretariat for the Global Consultation on Safe Wter and Sanitation for the 1990s URT 1982 Water Master Plans for Iringa Mbeya and Ruvuma regions socio economic studies Vol 12 Dar es Salaam Tanzania Ministry of Water and Energy and Copenhagen Denmark DANIDA and Centre for Development Valera Mediatrix 1987 Water and women experiences in the village handpump Philippines project In Ise Zandstra ed Seminar on the participation of women in water supply and sanitation programs Ottawa Canada International Development Research Centre Versteijlen Leyzer Dorothee 1991 Integrating women in development the experience of nine EDF rural development projects In The Courier no 125 January February Wacker Corinne 1990 Participatory development planning for sustainable development with women s groups in Kenya water projects in Laikipia Zurich Switzerland University of Zurich Wakeman Wendy 1995 Gender issues sources book for water and sanitation projects Washington DC USA UNDP WB Water and Sanitation Program Wegelin Madeleen 1991 Steps to identify the need for sanitary improvements In On site sanitation building on local practice IRC Occasional Paper Series no 16 The Hague The Netherlands IRC International Water and Sanitation Programme Whitacker Helen 1993 Participaci n muyer y
60. mento e protec o dos recursos h dricos O motivo da produ o dos guias foi a inexist ncia de documentos pr ticos sobre o envolvimento da mulher que tratem de todo o ciclo do projecto e que estejam baseados na experi ncia crescente existente em cada regi o Os documentos existentes ou s o estudos de literatura geral e documentos de refer ncia ou guias de forma o destinados a funcion rios de alto n vel e gestores de projecto e n o para uso no terreno Elmendorf e Isely 1988 Elmendorf e Buckles 1980 INSTRAW 1992 ABC Wijk 1985 Outros documentos centram se nos m todos e t cnicas participativas para a implementa o de projectos onde o g nero um t pico numa gama muito mais ampla Srinivasan 1990 Os grupos alvo dos guias s o os projectos implementados pelos pr prios participantes bem como outros projectos de abastecimento de gua e saneamento nos continentes em causa e institutos de educa o onde o pessoal do sector obt m a sua forma o O Anexo A cont m mais informa es sobre os tr s guias 1 Uma Perspectiva de G nero na Identifica o e Prepara o de Projectos Na identifica o e prepara o de projectos de abastecimento de gua rural e saneamento concluiu se a necessidade de uma perspectiva de g nero pelo menos nos seguintes aspectos e Identifica o das necessidades e prioridades sentidas pelos homens e mulheres a serem contempladas no projecto e Avalia o espec fica ao g nero
61. mento e relat rios sobre o progresso dos projectos Muitos projectos de gua e saneamento ainda elaboram relat rios apenas sobre o progresso f sico e financeiro n mero de bombas latrinas instaladas n mero e tipo das principais obras conclu das tais como capta o linhas de transmiss o tanque de armazenagem esta o de tratamento quil metros de tubos colocados e quantidade de fundos gastos versus valor or amentado menos comum que um projecto tamb m monitore e apresente um relat rio sobre a participa o da comunidade nas actividades de educa o sanit ria implementadas por exemplo o n mero e o tipo de reuni es realizadas organiza es comunit rias criadas ou reavivadas ac es de forma o levadas a cabo tamb m pouco comum que este relato dos factos seja espec fico aldeia e ao g nero por exemplo que propor o da popula o da aldeia participou numa reuni o do projecto ou numa actividade de educa o sanit ria e qual foi a propor o de homens e mulheres Embora alguns dados estat sticos chave sobre a participa o do homem e da mulher possam revelar muito dizem pouco sobre os aspectos qualitativos do programa O simples facto de as mulheres estarem presentes numa reuni o participarem numa sess o de educa o sanit ria ou de serem formalmente membros de uma comiss o local de gest o n o revela se a sua opini o solicitada e levada a s rio Mais reveladores s o os dados sobre o tipo de p
62. mpenha uma papel muito importante Wijk 1985 1992 As poss veis raz es s o que as tesoureiras s o mais dignas de confian a e est o muito motivadas para manter operacional um projecto dom stico de abastecimento de gua e saneamento e que as visitas ao domic lio dos e para os cobradores do sexo masculino s o menos aceit veis Contudo a maior parte das tesoureiras querem uma forma o mais intensiva e mais realista em finan as e gest o financeira Quando as mulheres est o envolvidas como cobradoras o seu volume de trabalho n o deveria aumentar sem benef cios palp veis Estes benef cios podem definir que as cobradoras tenham um estatuto e ou alguma compensa o em caso de muito trabalho que as mulheres como um todo tenham um melhor servi o de gua ou saneamento e que as cobradoras e tesoureiras tenham o controlo da utiliza o correcta dos fundos angariados atrav s de um bom sistema de presta o de contas Detalhes dos instrumentos para a angaria o de fundos cobran a de tarifas administra o financeira e presta o de contas bem como os aspectos ligados ao g nero encontram se apresentados na sec o 4 6 Introdu o de sistemas locais de financiamento 2 4 Educa o sanit ria e melhoramentos na higiene O conte do de um programa de educa o sanit ria muitas vezes determinado pelo pessoal do projecto que tomaria nota de todo o tipo de problemas sanit rios que tenham que ser mudados Contudo os homens
63. mplo bombas manuais e o n vel de servi os por exemplo uma bomba por cada 250 pessoas s o aceit veis para os homens e mulheres dos diferentes estratos e grupos e Se os utentes concordam com as contribui es necess rias para a comunidade em dinheiro ou em g neros incluindo a divis o do trabalho e do dinheiro pelas fam lias e Seo desenho geral por exemplo tipo de po os e bombas num projecto de bombas manuais para a fonte de gua capta o linha de transmiss o tanque de armazenagem rede de distribui o no caso de um sistema canalizado aceit vel e se ptimo sob o ponto de vista socio cultural e econ mico aceita o cultural dos locais escolhidos direitos de acesso rota mais econ mica n mero m ximo de fam lias abrangidas etc e Que ac es homens e mulheres da aldeia levam a cabo para proteger a fonte e a sua rea de capta o e Onde que os tanques p blicos torneiras bombas etc estar o localizados e Seo tipo e desenho dos locais de abastecimento de gua apropriado para todos os grupos desenho facilidade de opera o e de limpeza privacidade seguran a etc e Se s o necess rias disposi es adicionais por exemplo lavagem de roupa local para tomar banho bebedouro para o gado hortas e em caso afirmativo quais ser o os seus detalhes em termos de desenho localiza o custos e financiamento dos custos manuten o gest o utiliza o e O aconselhamento e f
64. mulheres o que facilita um pouco mais a reac o do que quando est o espalhadas pela audi ncia ou est o sentadas atr s e L ngua da reuni o As mulheres nem sempre falam a l ngua oficial da reuni o Oriente a reuni o na l ngua local ou inclua a tradu o por uma pessoa que fale a l ngua local e Como orientar a reuni o As reac es da audi ncia s o estimuladas pela maneira como a reuni o orientada Um estilo n o autorit rio e o encorajamento da apresenta o de opini es e perguntas por parte da audi ncia contribuem para o seu sucesso Um intervalo para discutir a informa o em grupos mais pequenos e formular perguntas bem como a escolha de um porta voz do sexo feminino por parte das participantes tamb m ajudam as mulheres a usarem da palavra e Utiliza o de t cnicas participativas Discuss o depois de uma curta hist ria ou par bolas ao vivo ou em cassete uma pe a de teatro ou teatro de fantoches local pintura dum mural pela comunidade uma s rie de desenhos para mostrar diferentes op es etc ajudam a iniciar as discuss es e torna a participa o nelas mais f cil Mais pormenores sobre a utiliza o de t cnicas participativas na sec o 4 7 33 A alternativa para uma reuni o geral e mista organizar reuni es em separado com homens e mulheres ou organizar uma reuni o de acompanhamento apenas com mulheres para uma discuss o mais detalhada e feedback Esta segunda reuni o realizada
65. mulheres uma vez que elas se deslocam aos locais de abastecimento de gua todos os dias s o as primeiras a notar os problemas e possuem um interesse pessoal por uma repara o r pida Para al m destes factores a manuten o de um livro de registos eleva o estatuto da tarefa de empregado respons vel por uma torneira p blica ou mec nico de bombas Mulheres analfabetas foram capazes de manter registos com a ajuda dos seus filhos ou o projecto elaborou um sistema de registo ilustrado projecto de saneamento em Uttar Pradesh O monitoramento que requer visitas ao domic lio por exemplo em projectos de latrinas muitas vezes culturalmente aceite quando feito por mulheres Para evitar a sobrecarga das mulheres s o necess rias medidas especiais tais como ajudar as mulheres a seleccionar as que t m tempo e s o aceites e respeitadas por outras mulheres ajudar a organizar o trabalho e obter o apoio de outras pessoas vizinhos parentes que ajudam a cuidar das crian as ou no trabalho dom stico Deve se evitar a situa o em que mulheres e homens fazem todo o trabalho f sico de monitoramento e de apresenta o de relat rios sem que saibam o que feito com esses dados sem que vejam o efeito do monitoramento e sem que tenham a possibilidade de relacionar os resultados gest o subsequente do sistema de gua ou do projecto de saneamento 25 26 3 G nero no Monitoramento Relat rios e Avalia o dos Projectos 3 1 Monitora
66. mulheres como a ambos devem ter algo a dizer na tomada de decis es da comunidade Tomoda et al 1987 2 2 Organiza o da manuten o e constru o locais Um n mero crescente de sistemas de gua das aldeias cuidado pelas pr prias aldeias A constru o e manuten o de instala es sanit rias tamb m feita cada vez mais por alde es formados para tal A planifica o de quem deveria ser recrutado e formado para a realiza o destas tarefas torna se assim mais importante As decis es a serem tomadas como parte do processo de planifica o incluem a cria o de condi es para Manuten o da higiene nos locais p blicos de abastecimento de gua Manuten o preventiva do equipamento e Repara o do equipamento Constru o de novas instala es tais como fonten rios p blicos e latrinas adicionais As experi ncias no terreno indicam a necessidade de uma abordagem de g nero Sem uma an lise consciente de como dividir as tarefas e a autoridade acontece muitas vezes que as fun es e a forma o com vista manuten o de sistemas de gua ou constru o de latrinas v o automaticamente para os homens enquanto que as mulheres n o s o consideradas ou ent o fazem o trabalho do dia a dia com base na pr tica mas sem nenhuma forma o reconhecimento ou compensa o Devi 1988 Hannan Andersson 1990 McGowan et al 1991 Versteijlen Leyzer 1991 As seguintes quest es merecem aten o e Que
67. mulheres do que entre homens tal como indicado pela maior vontade por parte das mulheres de contribuir quando este aspecto investigado em separado para os dois grupos Dian Desa 1990 Laubjerg 1994 1994 McGarry e Elmendorf 1979 Mukherjee 1990 Singh et al 1991 Sundararaman 1986 O facto de estarem ou n o em condi es de satisfazer esta procura tamb m depende imenso dos recursos e dos padr es de tomada de decis es dentro das fam lias bem como do tipo de op es oferecidas Nos casos em que os casais tomam uma decis o conjunta as hip teses de adop o s o geralmente maiores quando os melhoramentos apresentan vantagens embora n o sejam necessariamente as mesmas para ambos por exemplo maior privacidade e comodidade para as mulheres status e seguran a para a mulher e filhas do ponto de vista dos homens Nos casos em que os chefes de fam lia do sexo masculino que tomam as decis es muitas vezes necess ria informa o especial para convenc los de que um sistema de abastecimento de gua mais perto ou um melhor saneamento n o s o um luxo que torna a mulher e as crian as inactivas mas sim um melhoramento que beneficia toda a fam lia de diferentes maneiras igualmente necess ria uma estrat gia especial nessas situa es para informar tamb m as mulheres pois caso contr rio elas t m a tend ncia de n o estar cientes do projecto e assim n o poder o abordar os seus maridos informalmen
68. n 1988 Hygiene education in water supply and sanitation literature review with selected and annotated bibliography Technical Paper Series no 27 The Hague The Netherlands IRC International Water and Sanitation Centre Carr Marlyn e Sandhu Ruby 1988 Women technology and rural productivity an analysis of the impact of time and energy saving technologies on women New York NY USA UNIFEM Chachage C S L et al 1990 Rural water and sanitation programme in Morogoro and Shinayanga Regions a study on women s involvement in the implementation of the programme Dar es Salaam Tanzania Imprensa Universit ria de Dar es Salam Chant S 1984 Household labour and self help housing in Queretaro Mexico In Boletin de Estudios Latinamericanos y del Caribe vol 37 p 45 68 CINARA 1990 valuacion dos sistemas de abastecimiento de agua con plantas de tratamiento administrado por comunidades Cali Colombia Centro Interregional de Abastecimiento y Remoci n de Agua Devi Shamala 1988 A study of the effectiveness of women handpump caretakers programme in Bagepalli Taluk Kolar District New Delhi India Danida DGIS 1990 Women energy forestry and environment Policy on an operational footing The Hague The Netherlands Directorate Genertal for Development Cooperation Dian Desa ca 1990 Women and water a report of a survey for the Asian Development Bank Jakarta Indonesia Yayasan Dian Desa Donell
69. nais na aldeia ou novas pessoas fizeram as suas liga es ou constru ram as suas latrinas ou covas de lixo ou fog o sem fumo e D se continuidade s actividades de educa o sanit ria As pr ticas de higiene promovidas s o postas ou podem ser postas em pr tica 21 necess ria com urg ncia uma perspectiva de g nero sobre estas avalia es Hannan Andersson 1990 PNUD 1987 Por exemplo quanto ao funcionamento dos servi os que papel desempenham respectivamente os homens e as mulheres da comunidade local na opera o e manuten o gest o e financiamento dos custos Quem faz o trabalho e quem beneficia de forma o fun o e pagamento Ser que os homens e mulheres est o preparados para as tarefas administrativas e t cnicas envolvidas T m acesso a apoio externo quando necess rio Outras quest es dizem respeito diferen a entre o envolvimento das mulheres e dos homens O desempenho t cnico nos sistemas com um grande envolvimento das mulheres melhor do que nos sistemas em que o envolvimento das mulheres fraco ou inexistente O facto de as mulheres serem especificamente seleccionadas por exemplo para fun es de tesoureiro faz diferen a forma o e gest o financeira do sistema INSTRAW 1992c Existem outras quest es que tratam da utiliza o espec fica ao g nero Quem utiliza o sistema de abastecimento de gua e as instala es de elimina o de res duos e para que fins Ser que m
70. ns como as mulheres e crian as est o envolvidos em tarefas e t m conhecimentos espec ficos sobre essas mesmas tarefas na rea dos recursos h dricos abastecimento de gua e saneamento ambiental na sua casa bairro aldeia e nas zonas vizinhas Battaglino 1990 Rocherleau 1992 Donelly Roark 1989 Wijk 1985 Constatou se ainda que centrar as aten es nas mulheres e crian as como audi ncias em vez de planificadores e intervenientes e esquecer as responsabilidades espec ficas e as necessidades comportamentais dos homens reduz a efic cia dos projectos de tecnologia e os programas de educa o sanit ria no sector O n mero de projectos que aplicam uma abordagem mais sens vel ao 40 g nero envolvendo homens e rapazes e mulheres e raparigas como intervenientes e administradores distintos est a aumentar gradualmente Wakeman 1995 Existe mais uma raz o para tratar das quest es ligadas ao g nero no sector de guas de uma forma mais cautelosa Uma vez que os projectos no sector de guas s o projectos comunit rios t picos que s podem ter impacto se tiverem o apoio e a participa o de toda a comunidade est a crescer o sentimento de que tanto os homens como as mulheres t m que ser envolvidos Existe uma grande quantidade de provas que confirmam que o envolvimento das mulheres traz benef cios para o servi o do projecto como tamb m para as pr prias mulheres mas tamb m que necess rio ter cuidado para que n o
71. nto o objectivo principal a constru o de instala es A maior parte dos projectos ou especifica o n mero de instala es ou o n mero de aldeias ou fam lias instalar um sistema melhorado de abastecimento de gua em 150 aldeias nos pr ximos quatro anos instalar latrinas melhoradas em 50 por cento das fam lias na zona X entre 1995 e 1997 Embora tais objectivos possam reflectir uma preocupa o em rela o aos interesses da mulher especialmente quando a necessidade que os homens sentem de introduzir melhoramentos tenha sido analisada ver 1 1 a grande nfase nos n meros exclui a necessidade destas instala es as quais s podem servir um objectivo quando s o utilizadas e cuidadas pois valioso acrescentar a qualquer objectivo de constru o de tal maneira que as instala es sejam utilizadas por por exemplo 80 por cento dos homens mulheres e crian as e que sejam concebidas de tal modo que n o surjam m s condi es sanit rias e ou que os utentes n o sejam for ados a voltar s condi es impr prias anteriores O pr requisito de que as instala es sejam utilizadas e cuidadas torna essencial o envolvimento das mulheres porque dentro da fam lia elas que determinam que fontes de gua s o utilizadas orientam as crian as na recolha de gua elimina o do lixo e pr ticas higi nicas e cuidam da manuten o di ria das fontes de gua tradicionais cozinhas e latrinas OMS 1985
72. o 1 p 39 46 Srinivasan Lyra 1990 Tools for community participation a manual for training trainers in participatory techniques New York NY USA PROWWESS Stamp Patricia 1989 Technology gender and power in Africa Ottawa Canada International Development Research Centre Sudjarwo Christine 1988 Final report on the introduction of PVC handpumps in Indonesia and the involvement of women in handpump technology Yogjakarta Indonesia Yaysanan Dian Desa Sundararaman Veena 1986 The social feasibility study in the role of women in rural sanitation report of the study in four villages in Maharashura State Bombay India Bombay India SNDT Women s University Research for Women s Studies Tomada Susan et al 1987 Women and special public works programme a case study of the Mto wa Mbu irrigation and the water supply projects Tanzania Geneva Switzerland International Labour Organization 48 Tunyayvanich Nongluk et al 1987 Women water and sanitation in the rural North East of Thailand Estudo de Base Bangkok Thailand Mahidol University UNCHS 1986 The role of women in the extension of low income housing projects Training Model Nairobi Kenya United Nationa Centre for Human Settlements UNDP 1987 Women in UNDP supported projects a review of how UNDP project evaluations deal with gender issues New York NY US United Nations Development Programme UNDP 1990 Creating a safe environ
73. o dedicar se mais cria o de rvores mas n o poder plantar as rvores que criou pois n o tem voz activa na utiliza o da terra da fam lia nem o direito de propriedade sobre as rvores que plantou e cuidou 21 Nos projectos de florestamento nas reas de capta o de gua tamb m existem diferen as de g nero em rela o ao conhecimento e experi ncia sobre que esp cies s o mais necess rias para satisfazer as necessidades locais por exemplo uma esp cie de rvores para lenha outra para constru o ou produ o de fruta e que esp cies s o mais apropriadas para as condi es locais Por exemplo os eucaliptos s o muitas vezes plantados devido ao seu crescimento r pido mas frequentemente as mulheres n o gostam desta rvore como lenha porque arde muito rapidamente ou porque reduz o n vel do len ol de gua fazendo com que os po os sequem Shiva 1988 Tamb m ser necess rio prestar aten o divis o do trabalho de protec o da capta o e de reabilita o ecol gica para evitar que grande parte do mesmo recaia sobre as mulheres enquanto que os benef cios do seu trabalho v o para outros talvez mesmo para uma pequena elite Leach 1992 Bruce e Fortman 1992 Por ltimo mas igualmente importante as mulheres devem partilhar as tarefas de gest o de todos os recursos de modo a garantir que tanto os interesses dos homens como das mulheres sejam respeitados e que se encontrem compromissos no caso de
74. o prazo Em rela o a estes benef cios poder o existir diferen as consider veis entre o que os pr prios projectos t m como objectivo e o que os homens e mulheres locais gostariam de obter deles Benef cios para a sa de Para muitos projectos o melhoramento da sa de da popula o o seu principal objectivo atrav s de um melhor abastecimento local de gua bem como melhores condi es e pr ticas de higiene A planifica o das interven es t cnicas necess rias e das actividades de educa o sanit ria para tais mudan as mais f cil quando a utiliza o local da gua e as condi es e pr ticas sanit rias se encontram identificadas e as pessoas podem explicar os motivos que se encontram por detr s de determinadas situa es e h bitos Muitas vezes tais motivos s o sens veis do ponto de vista dos utentes locais Devido s suas diferentes tarefas e responsabilidades homens e mulheres t m a tend ncia de possuir diferentes conhecimentos e experi ncias nesta rea No que diz respeito por exemplo s prefer ncias sobre as fontes de gua gest o da gua e dos res duos assim como canais de informa o sanit ria as mulheres s o os parceiros mais bvios enquanto que os homens poder o ter que ser contactados para discutir as implica es financeiras ou de m o de obra de um novo po o ou de uma latrina familiar Benef cios s cio econ micos Para muitos utentes os benef cios sociais ou econ mic
75. onhecem as pessoas como os respons veis locais pela tomada de decis es e administradores do seu meio ambiente aumentam as suas capacidades de introduzir e tornar os seus pr prios melhoramentos sustent veis de uma forma independente ou como parceiros nos projectos mais complexos que aliam uma s rie de intervenientes Neste processo de desenvolvimento homens e mulheres t m as suas pr prias tarefas autoridade e responsabilidades distintas Isto tamb m se torna claro no sector de gua e saneamento Homens e mulheres possuem os seus pr prios padr es e interesses na selec o e utiliza o dos recursos h dricos no saneamento ambiental e no uso da terra que se situa volta dos recursos h dricos Nos lares a experi ncia necessidades sentidas e a forma de tratar dos diferentes aspectos ligados gua saneamento e higiene s o tamb m espec ficos ao g nero A socializa o segundo a qual rapazes e raparigas se familiarizam com os padr es aceites do seu pr prio sexo come a cedo Numa fase inicial partia se do princ pio de que as mulheres e raparigas estavam apenas preocupadas com o uso da gua e higiene dentro de casa pelo que elas t m estado essencialmente envolvidas em projectos de gua e saneamento como grupo alvo passivo da educa o sanit ria Uma investiga o mais profunda sobre a divis o de tarefas e responsabilidades entre os sexos demonstrou que na realidade a situa o muito mais complexa e que tanto os home
76. opera o e manuten o e os homens e mulheres da comunidade s o quem melhor pode decidir que sistema mais apropriado para eles especialmente se cada op o for discutida com eles para que tenham informa o suficiente para tomar uma decis o correcta A primeira escolha a fazer o sistema de pagamento um sistema colectivo como por exemplo angaria o de fundos p blicos atrav s de reuni es feiras recolha porta a porta um grupo de mulheres que se disponibiliza para trabalhar na agricultura etc ou pagamentos regulares por cada fam lia participante A angaria o geral de fundos pode ser mais f cil e exigir menos trabalho e administra o do que os pagamentos programados mas tamb m pode ser menos justo uma vez que n o h garantias de que todos os benefici rios ir o contribuir e que os pagamentos volunt rios reflectem a sua capacidade ou de que todos os que se queiram juntar a um grupo de angaria o de 36 fundos para o melhoramento das instala es dos membros o poder o fazer Existem v rias op es para os pagamentos das fam lias individualmente e A unidade de pagamento cada fam lia paga como uma unidade ou cada membro adulto paga em separado e O valor do pagamento padr o em rela o aos custos reais todas as fam lias locais ou membros de uma fam lia pagam o mesmo com o valor relacionado ao custo real ou apenas a um n mero padr o e A diferencia o os que utilizam maior quantidade de gua m
77. or life Paper Presented at the Symposium on the impact of environmental degradation and poverty on women and children Geneva Switzerland United Nations Conference on Environment and Development Young Nicholas 1989 Nicaragua testing the water from village wells to national plan London UK Catholic Institute for International Relations Zacharias Elizabeth 1991 Approaches to involvement of women in the SEU activities Calcuta India Socio Economic Unit Kerala Water Authority 50 51 Anexo A Guias pr ticos sobre quest es de g nero Em 1993 tr s grupos de peritos provenientes de frica sia e Am rica Latina participaram em semin rios regionais destinados a preparar guias regionais sobre como aumentar o grau de consci ncia em rela o necessidade duma abordagem sobre o g nero nos projectos de gua e saneamento Os semin rios foram organizados pelo IRC em colabora o com organiza es locais no Qu nia Sri Lanka e Col mbia Foi tamb m preparado um documento de antecedentes sobre quest es de g nero na gua e saneamento em que este documento se baseia Estes quatro documentos est o agora dispon veis nos Documentos Ocasionais do IRC Tr s deles existem em ingl s dois traduzidos ao portugu s OP 23 e 25 O quarto OP 26 s existe em espanhol Tambem existe uma vers o em espanhol do documento de antecedentes original no qual o presente documento se baseia Todas estas publica es bem como
78. orma o t cnica que os aldedes podem obter depois da conclus o das instala es e para quem que estas ir o e Se as implica es em termos de manuten o e financiamento s o entendidas e aceites pelos homens e mulheres e Se as implica es sanit rias e higi nicas s o entendidas e O calend rio de implementa o incluindo o das contribui es da comunidade Para os projectos de saneamento e Se os homens e mulheres dos diferentes estratos sociais numa determinada aldeia pretendem participar no projecto e Que melhoramentos sanit rios s o mais pretendidos pelos homens e mulheres elimina o das guas residuais e higiene nos fonten rios p blicos latrinas escolares ou familiares elimina o dos res duos s lidos fog es sem fumo etc e Qual ser a contribui o da aldeia e dos benefici rios e como que as contribui es ser o divididas pelas fam lias e no seio delas 14 e Se os desenhos das instala es s o aceit veis sob o ponto de vista socio econ mico e cultural e O envolvimento dos utentes tanto homens como mulheres na adapta o do desenho das instala es e quem pagar os custos adicionais referentes a um desenho acima da m dia e O envolvimento dos utentes e gestores incluindo mulheres na selec o da localiza o das instala es dos utentes e O aconselhamento e a forma o t cnica que os alde es podem obter e para quem ir o estes Servi os e A opera o e manu
79. os alde es vedassem a fonte mas os alde es afirmaram que o arame farpado seria roubado Tamb m n o tinham pastos que pudessem vedar nem crian as para cuidar do gado porque agora iam para a escola Contudo e porque entenderam o problema e os seus efeitos no sistema de gua da aldeia acabaram por apresentar uma alternativa Um domingo todos os homens da aldeia apresentaram se como volunt rios para plantar arbustos espinhosos volta da fonte de gua Esta medida for ou o gado a pastar e a beber a jusante da capta o e resolveu se o problema de uma forma satisfat ria para todos Um problema semelhante a sedimenta o do Lago Sukhna perto de Chandigarh na ndia foi contido quando os elementos da aldeia respons veis pela protec o da bacia hidrogr fica assumiram a gest o de uma barragem a partir da qual poderiam utilizar a gua para efeitos de irriga o Parte da gest o consistia no controlo por parte dos alde es do pasto excessivo e da eros o na zona de modo a n o encher a sua barragem A experi ncia em gest o da gua e do solo mostra que nesta participa o e gest o necess rio fazer a distin o entre os pap is e benef cios dos homens e mulheres DGIS 1990 Os diferentes pontos de vista e os recursos para a protec o dos recursos h dricos s estar o claros quando os dois grupos s o consultados em separado Os padr es de utiliza o da terra muitas vezes variam com o g nero Uma mulher pode por exempl
80. os s o muitas vezes um motivo mais importante para apoiar um projecto do que a sa de Kamminga 1991 Wijk 1992 Um melhor abastecimento de gua e um melhor saneamento foram muito teis e deram uma maior privacidade e seguran a s mulheres e crian as Tamb m lhes permitiu poupar tempo ou uma melhor gest o do tempo gra as a um sistema de abastecimento de gua mais pr ximo e mais seguro latrinas mais pr ximas ou deu lhes ainda acesso a uma maior quantidade de gua e por vezes encontraram utiliza es econ micas para o tempo que se ganha para a gua ou res duos e tiveram a oportunidade de ganhar alguns rendimentos como produtores locais e construtores de latrinas por exemplo em Mo ambique Kerala Polin sia e Zimbabwe assim como cloradores em Kerala Os projectos tamb m poder o ter consequ ncias sociais ou econ micas indesej veis tais como a redu o das possibilidades de participa o em reuni es para as mulheres em zonas onde a sua mobilidade j restrita ou perda de emprego para as mulheres ou homens pobres por exemplo quando o trabalho de recolha de gua ou elimina o de res duos se torna redundante devido introdu o de uma nova tecnologia Ter conhecimento do que os homens e mulheres da comunidade local esperam ou receiam de um projecto ter valor n o apenas na promo o de um projecto como tamb m na planifica o dos benef cios previstos Impacto ambiental Um terceiro factor a tomar em consid
81. ovos do sexo feminino da fam lia e Sempre que poss vel entrevistar homens e mulheres separadamente mesmo quando se colocam as mesmas perguntas a ambos Os pontos de vista dos dois grupos podem ser bastante diferentes mas tais diferen as normalmente ficam ocultas nas entrevistas conjuntas por exemplo porque o marido ir responder a todas as perguntas ou a mulher n o gosta de expressar uma opini o que o marido possa n o gostar Simpson H bert 1983 e Apresentar todos os dados humanos do projecto de uma forma espec fica ao g nero e certificar se de que todos os sistemas de informa o do projecto por exemplo sobre a participa o nas reuni es ac es de forma o e comiss es da aldeia fazem a distin o entre os participantes do sexo masculino e feminino e Depois da recolha processar e analisar os dados separadamente para homens e mulheres e onde for necess rio tamb m para as diferentes classes socio econ micas e grupos et rios Mujtaba 1988 Um exemplo um projecto de abertura dum po o com bomba manual no leste da Tanz nia Uma an lise sensivel ao g nero e idade dos dados apresentados sobre a cerc ria urin ria na rea do projecto demonstrou que esta doen a causada pela gua era mais comum entre rapazes em idade escolar e entre mulheres e raparigas com idades compreendidas entre os 10 e 40 anos A incid ncia no seio dos rapazes estava relacionada com os seus h bitos de nadar enquanto que nas mulheres e
82. r and sanitation for a healthier environmental setting WASHES project Jakarta Indonesia CARE International Indonesia Morogoro Shinyanga Rural Water Supply and Sanitation Programme 1991 Workshop material for women participation in rural water and sanitation programmes Draft Training Programme on the Promotion of Women s Involvement in Morogoro Shinyanga RWS Programme Dar es Salaam Tanzania Morogoro Shinyanga Rural Water Supply and Sanitation Programme 46 Mujtaba T 1988 User reaction study on the Tara handpump Dhaka Bangladesh UNICEF Mukherjee Nilanjana 1990 People water and sanitation what they know believe and do in rural India New Delhi India National Drinking Water Mission Murre Tineke 1989 Village water reservoirs Utrecht The Netherlands SAWA Consultants NAC 1991 Assessment of the impact of IRWSS projects on gender participation Harare Zimbabwe National Action Committee Narayan Parker Deepa 1990 Participatory evaluation tools for managing change in water and sanitation New York NY USA PROWWESS NORAD 1991 Water development In NORAD Action plan for women in development in Zimbabwe Harare Zimbabwe NORAD Nyoni Sithimbiso 1991 African women and environmental concerns cause or victicms In Impact no 14 p 3 and 12 Oenga LO e Ikumi P 1991 Mid term review for the Kenya Finland Western Province water supply programme field survey report Nairobi Keny
83. r e depois verificam se existe uma procura genu na do projecto na aldeia ou aldeias em causa Instrumentos especiais utilizados para medir o interesse dos homens e mulheres pelo projecto durante as fases de identifica o e prepara o incluem e A obten o de informa o sobre as necessidades e prioridades sentidas por parte dos chefes da aldeia e a organiza o de reuni es separadas para homens e mulheres de modo a obter os seus pontos de vista organiza o de reuni es da aldeia ver sec o 4 3 e Visitas ao domic lio em aldeias do projecto preliminar em que o pessoal do projecto ou alde es seleccionados professores chefes informais da aldeia avaliam o interesse das fam lias para entrevistas espec ficas ao g nero ver sec o 4 5 e Um estudo comparativo quantitativo ou qualitativo em toda a rea do projecto para fazer a lista das aldeias com necessidades priorit rias e inventariar os pontos de vista masculinos e femininos nos diferentes estratos s cio econ micos e Uma avalia o das necessidades gerais em que o abastecimento de gua melhorado classificado em fun o dos melhoramentos registados noutros sectores Laubjerg 1984 e Apresenta o do projecto preliminar numa reuni o geral da aldeia onde participam homens e mulheres de todas as categorias de utentes e obten o do seu feedback Um inconveniente que os pontos de vista negativos n o s o expressos com facilidade em tais reuni es e
84. res e quando tal est estabelecido pode permitir uma posterior medi o dos impactos positivos e negativos do projecto na situa o da mulher tais como trabalho conhecimentos habilidades organiza o auto confian a receitas e controlo sobre as condi es de vida e sobre os seus rendimentos Os projectos que mais tarde queiram avaliar o impacto das condi es criadas no volume de trabalho das mulheres ou nas condi es e pr ticas sanit rias dos homens mulheres e crian as devem realizar um estudo sobre a disponibilidade de tempo para as v rias tarefas ou um estudo de base sobre os padr es locais de uso da gua e higiene Boot e Cairncross 1993 Kamminga 1991 Meios de avaliac o No que diz respeito s condi es gerais tais como rendimentos alfabetiza o sa de condi es de abastecimento de gua e saneamento muitas vezes os dados qualitativos e quantitativos existem outros estudos dados estat sticos relat rios sobre a mulher e o desenvolvimento etc O mais prov vel que sejam de car cter geral e por vezes tenham que ser suplementados por dados mais espec ficos centrados no g nero Morogoro Shinyanga RWS 1991 Overholt 1985 A recolha destes dados n o carece necessariamente de um estudo quantitativo a informa o proveniente de informadores chave ou entrevistas de grupo representativo da popula o alvo pode muitas vezes facultar uma boa imagem do trabalho e postos da mulher bem como as limita
85. s no Qu nia e em Burkina Faso reduziram o consumo e o tempo de apanha de lenha em 33 e em 2 5 a 5 horas por semana respectivamente tendo tamb m conseguindo angariar receitas para as mulheres envolvidas no fabrico de fog es Viveiros de rvores muitas vezes localizados pr ximo da fonte de gua melhorada bem como projectos de reflorestamento s o por vezes tamb m uma fonte de receitas para os alde es pobres em particular para as mulheres Jiggins 1998 Sewa 1989 Meios de avalia o Para avaliar as condi es e pr ticas higi nicas locais bem como as utiliza es econ micas da gua poss vel utilizar diferentes m todos Por exemplo poder se perguntar aos homens e mulheres em reuni es separadas ou atrav s de inqu ritos quais s o os seus padr es de utiliza o de gua e saneamento na poca seca e das chuvas e as raz es por detr s destes padr es Existem instrumentos espec ficos para tornar estas discuss es mais participativas e introduzir um elemento de resolu o de problemas ver sec o 4 8 Uma outra forma de avalia o participativa dar um passeio ambiental a p ou fazer um levantamento simples das condi es da comunicade com um grupo de representantes do sexo masculino e feminino tamb m til avaliar que tipo de educa o sanit ria j existe nomeadamente sistemas de aprendizagem informal no seio das mulheres e quais s o as limita es que afectam quaisquer programas existentes por e
86. s devem ser conscientizados sobre a relev ncia de um sistema melhorado de abastecimento de gua e saneamento para toda a fam lia Impacto na sa de Para indicar o impacto do projecto na sa de e higiene aconselha se a recolha de mais dados quantitativos sobre as pr ticas sanit rias Tal como foi anteriormente mencionado dif cil apresentar um impacto estat stico sobre a sa de devido ao longo per odo de tempo necess rio e probabilidade de vari veis que possam intervir numa situa o no terreno Se os projectos pretendem avaliar os benef cios para a sa de ent o mais til avaliar a utiliza o da gua e as pr ticas higi nicas e Regista se uma maior recolha e utiliza o de gua do que antes e A qualidade da gua melhorou no sistema e nas casas e Todas as fam lias utilizam apenas um sistema de abastecimento de gua protegido pelo menos para beber e As condi es de elimina o de res duos melhoraram e Foram reduzidas as condi es e pr ticas sanit rias da aldeia que representam um risco Uma vez que as tarefas e pr ticas sanit rias diferem nos homens mulheres e crian as ser necess rio proceder recolha de dados separados e deveras diferentes de cada categoria e fazer a an lise dos dados de uma maneira espec fica ao g nero e idade J existem orienta es sobre como fazer este tipo de estudo como um seguimento da troca internacional de experi ncias sobre a utiliza o da gua e estu
87. s homens e quais s o os mais apropriados s mulheres quer o alvo sejam os homens ou as mulheres necess ria uma calendariza o especial por exemplo transmiss es radiof nicas e lugares para a distribui o apresenta o etc e que se tome em considera o o meio cultural Os n veis de alfabetiza o mais baixos nas mulheres e a sua menor experi ncia em termos de figuras alfabetiza o visual s o outros aspectos a serem tomados em considera o Pr ensaio de informa o Quando se distribui informa o ela deve n o s ser acess vel como tamb m aceit vel e aplic vel Muito material de educa o sanit ria demasiado geral acad mico teoria dos micr bios ou irrealista ferver a gua para beber para ser aplicado Wijk e Murre 1994 O pr ensaio dos materiais deve ser feito com cada grupo alvo e pode revelar muitas falhas Existem v rias orienta es para pr ensaios que podem ser usadas pelo pessoal do projecto 32 4 3 Organiza o de reuni es da comunidade O objectivo duma reuni o da comunidade criar uma situa o em que tanto os membros da comunidade como o pessoal do projecto se sintam vontade para trocar ideias e aprender uns dos outros um meio til de partilhar resultados ou decis es de um grupo menor com toda a aldeia e de obter o seu feedback e valida o Normalmente as mulheres sentem se mais constrangidas em participar em reuni es da comunidade e em manifestar os
88. s nos locais de abastecimento de gua para as mulheres em culturas segregadas como alternativa satisfazer as suas necessidades quando se instalam torneiras ou latrinas familiares e nas escolas quando as crian as raparigas est o dispensadas de ir buscar gua e de ter que realizar tarefas dom sticas Benef cios econ micos Em alguns casos poss vel uma redu o significativa no tempo gasto no abastecimento de gua elimina o dos res duos e higiene dom stica ou a gua necess ria e est dispon vel para a produ o em pequena escala cria o de animais de pequena esp cie horticultura fabrico de 23 bebidas fermentadas etc Wijk 1992 A utiliza o econ mica do ganho em termos de tempo e de gua pode ser aumentada quando o desenho t cnico e outras componentes do projecto s o devidamente planificados por exemplo investiga es de marketing forma o acesso ao cr dito ver sec o 2 1 Benef cios para a sa de Os benef cios dos projectos de gua e saneamento podem ser optimizados quando as mulheres podem ir buscar e utilizar mais gua por a dist ncia ser mais curta e podem armazenar e tirar esta gua de uma forma segura e tamb m quando podem melhorar outras condi es e pr ticas que constituem um risco de transmiss o de doen as na sua vida do dia a dia Uma vez que estas condi es e pr ticas s o altamente localizadas e espec ficas cultura a optimiza o dos benef cios par
89. steiras A procura crescente de terra e de mat rias primas fazendo com que as pessoas se fixem nas zonas de capta o o que provoca a contamina o bacteriol gica dos riachos utilizados para tirar gua para beber pelas aldeias um outro problema frequente Macharia 1993 Shiva e Bandyopadhyay 1990 Rao 1991 Rocheleau 1992 Sontheimer 1991 O desflorestamento bem como os seus efeitos negativos sobre as fontes de gua pode ser agravado pela necessidade que as mulheres sentem de apanhar lenha como combust vel dom stico mas o impacto desta actividade muito limitado quando comparado com as actividades comerciais Tipicamente as mulheres s o as principais v timas da degrada o ambiental por causa do efeito na disponibilidade e qualidade das fontes de gua pot vel e do aumento do seu trabalho de recolha de gua e combust vel lenhoso Nyoni 1991 Rodda 1991 Shiva 1985 Para fazer face aos impactos negativos das actividades macro econ micas nas suas vidas as mulheres de alguns pa ses come aram a organizar se em movimentos de protesto ou de ac o tais como Chipko na ndia e o Green Belt Movement Movimento da Cintura Verde no Qu nia Noutras zonas os projectos procuram limitar os impactos negativos para as mulheres aliando o melhoramento das fontes de abastecimento de gua aos esfor os tendentes a reduzir a degrada o ecol gica e melhorar a base econ mica das mulheres pobres Por exemplo os projectos de fog e
90. strumentos especialmente virados para as quest es de g nero podem ser encontrados em Wakeman 1995 39 5 Abastecimento de Agua Saneamento Ambiental e Protec o dos Recursos H dricos Conclus es sobre as Dimens es de G nero Os projectos para o abastecimento de gua pot vel melhoramento do saneamento e protec o dos recursos de gua pot vel t m objectivos funcionais e de desenvolvimento Os objectivos funcionais definem que a quantidade e qualidade dos recursos h dricos sejam mantidos que os sistemas de abastecimento de gua e de elimina o de res duos funcionem devidamente que o meio ambiente seja protegido e que as condi es e pr ticas de saneamento e higiene ambiental sejam melhoradas Tais projectos tamb m podem ter objectivos de desenvolvimento fundamentais Nesse caso n o s melhoram as condi es e pr ticas locais como pela forma como funcionam com as pessoas como tamb m melhoram as capacidades destas de introduzir e preservar estas mudan as melhorar as suas condi es de vida e de estimular a realiza o de novas actividades de desenvolvimento nas suas casas e comunidades As metas de desenvolvimento s o cumpridas quando os projectos n o fazem coisas para as pessoas mas quando os melhoramentos s o tanto quanto poss vel feitos com elas e por elas Os projectos que tratam as pessoas como dependentes e benefici rios passivos criam inevitavelmente a depend ncia enquanto que os projectos que rec
91. t gia para o envolvimento dos utentes Esta estrat gia normalmente define as actividades e decis es em que os utentes estar o envolvidos Descreve que organiza o es local is representar o os alde es no projecto e ser o respons vel is pelas actividades locais durante a fase de prepara o implementa o e manuten o do projecto A estrat gia tamb m indica a forma como os alde es participar o na constitui o destas organiza es e qual ser a composi o estatuto e autoridade das organiza es que forma o ser dada aos diferentes funcion rios da aldeia que apoio poder o obter das ag ncias do governo e das organiza es n o governamentais ONGs Tamb m se encontra definido que institui es do projecto realizar o estas actividades em cada comunidade do projecto e quais s o as suas necessidades em termos de quadro de pessoal forma o e material A tarefa de desenvolvimento e implementa o da estrat gia de participa o da comunidade normalmente dada a uma organiza o ou departamento com experi ncia em envolvimento comunit rio o Departamento da Ac o Social Departamento do Desenvolvimento Comunit rio ou uma ONG Embora seja menos comum criada uma ala social especial na ag ncia do projecto t cnico muitas vezes financiada por um doador ou recrutada uma equipa nuclear de especialistas sociais para tra ar uma estrat gia e formar pessoal no terreno em habilidades de envolvimento
92. tando a polui o do len ol de gua subterr nea A maior parte das medidas requerem ou podem beneficiar da coopera o estreita da popula o que vive na zona Os projectos de abastecimento por gravidade na Guatemala e Tanz nia por exemplo imp em como condi o que as aldeias tenham que plantar rvores na rea de capta o antes do in cio da constru o do sistema de abastecimento de gua O cultivo em socalcos torna se mais atraente aos camponeses do sexo masculino e feminino quando nos contornos plantada erva muito nutritiva destinada a forragem A erva ra zes ret m o solo e impedem a eros o e as mulheres cortam as folhas e d o aos animais de que cuidam Outros projectos de gua incluem viveiros de rvores na aldeia e o transplante de mudas para a zona de capta o as machambas ou viveiros de rvores e reflorestamento como projectos para gerar rendimentos para as mulheres como por exemplo a Associa o das Mulheres com Trabalho por Conta Pr pria Self Employed Women s Association SEWA em Gujarat ndia A participa o dos alde es envolve a identifica o dos problemas locais solu es e a sua posterior implementa o e gest o Dois casos um da Am rica Latina e um da sia podem ilustrar este facto Uma esta o de tratamento de gua n o funcionou devidamente quando o volume de fezes de gado na fonte um pequeno riacho de uma montanha ultrapassou a capacidade da esta o Os engenheiros queriam que
93. te sobre a sua participa o nele Wijk 1985 Existem tamb m alde es e grupos por exemplo chefes de fam lia do sexo feminino que est o menos capazes de contribuir pelo que muitas vezes t m menor acesso a condi es melhoradas de abastecimento de gua saneamento ou higiene especialmente quando o projecto n o inclui uma s rie de alternativas tais como utiliza o conjunta de instala es ou modelos baratos mas atraentes e funcionais Em algumas reas as mulheres possuem as suas pr prias fontes de rendimento mas quando homens e mulheres t m que contribuir em partes iguais a contribui o das mulheres normalmente representa uma maior percentagem dos seus rendimentos ou do seu tempo do que os homens Por isso uma imagem completa das condi es da aldeia e pontos de vista carece de uma avalia o com homens e mulheres das principais categorias s cio econ micas Meios de Avalia o Os projectos possuem diferentes maneiras de garantir que as suas actividades sejam realizadas com o apoio e a necess ria exig ncia das comunidades em causa Muitos projectos utilizam dados sobre as condi es existentes tais como a escassez de gua ou uma grande incid ncia de doen as relacionadas com a gua e saneamento na selec o de reas ou aldeias priorit rias Pesquisas indicam que embora tais indicadores gerais sejam teis como primeira etapa nem sempre correspondem forma como os pr prios utentes v em a situa o Agarwal
94. ten o bem como a divis o do trabalho entre homens e mulheres rapazes e raparigas e As implica es em termos de higiene e sa de e O monitoramento da instala o em curso e a sua utiliza o em termos de higiene Informa o para as decis es dos utentes A informa o sobre o projecto e para as decis es locais normalmente dada atrav s de reuni es E muito importante que estas reuni es tenham um car cter aberto e tamb m que as mulheres participem nelas ou juntamente com os homens ou em reuni es separadas de mulheres A sec o 4 2 e a 4 3 apresenta em detalhe a forma de fazer chegar a informa o as mulheres sobre estas reuni es e como ajud las a participar e a exprimir os seus pontos de vista Quando se utilizam outros meios de comunica o brochuras cartazes programas radiof nicos festivais necess rio garantir que estes meios sejam acess veis e que as suas mensagens sejam relevantes e entendidas pelas mulheres e pelos homens As ilustra es em material impresso devem ser pr testadas e devem retratar tanto os homens como as mulheres Elas podem incluir a mulher a desempenhar novos pap is por exemplo a repara o de uma bomba guarda livros ou pedreiros de latrinas pois estas s o algumas das formas em que o envolvimento da mulher contribuiu para o maior sucesso dos projectos Por m necess rio ter o cuidado de aliar tais ilustra es aos contributos necess rios tais como informa o aos ch
95. ualmente bem como a contamina o qu mica quando uma quantidade excessiva de pesticidas e fertilizantes arrastada para a fonte A contamina o bacteriol gica provocada essencialmente pelo n mero cada vez maior de aglomerados populacionais na rea de capta o sem que haja um saneamento ambiental e h bitos sanit rios correctos Os problemas com a qualidade e confian a na gua tirada atrav s de bombas manuais ocorrem quando o n vel do len ol de gua baixa devido sua utiliza o excessiva por exemplo para a 20 irriga o ou desertifica o A qualidade da gua pode ser afectada negativamente quando se constr em latrinas com cova muito perto dos po os ou quando se utilizam produtos qu micos na agricultura ou horticultura volta de um po o Problemas de gua insuficiente ou turva afectam as mulheres de forma particular e podem for las a caminhar at fontes de gua mais distantes ou a utilizarem temporariamente outras fontes com menos sedimentos as quais poder o todavia ser menos seguras em termos bacteriol gicos As reas de capta o para os esquemas de gravidade podem ser protegidas evitando se a eros o e a fixa o de pessoas volta das fontes de gua plantando erva e rvores evitando o pasto excessivo e melhorando os h bitos agr colas tais como o cultivo em socalcos e de uma forma que evite a eros o A gua subterr nea ter que ser protegida regulando a extrac o da gua e evi
96. uitas vezes partem do princ pio de que os projectos destinados a melhorar estas condi es s o realizados com os homens Da que seja necess rio obter a compreens o e apoio participa o do homem e da mulher Para al m disso as duas categorias devem entender que uma vez que geralmente a mulher se encontra numa posi o atrasada s o necess rios esfor os especiais para se conseguir o seu envolvimento Quando esta necessidade de ac o de recupera o da posi o da mulher n o entendida nem aceite os homens sentem se por vezes exclu dos ou ignorados pelo projecto Um outro efeito a cria o de concorr ncia com efeitos laterais indesejados para ambos por exemplo um grupo de homens em Kibwezi Qu nia iniciou a produ o de tomate para a obten o de rendimentos pr ximo de uma bomba de gua quando se apercebeu de que um grupo de mulheres tinha tido sucesso nesta actividade o resultado foi que o mercado ficou inundado de tomate e os pre os baixaram drasticamente M todos para a obten o de apoio Para se obter apoio ao envolvimento da mulher por parte do homem necess rio contactar os chefes da aldeia do sexo masculino logo numa fase inicial do processo e explicar porque se pretende o envolvimento das mulheres da aldeia na prepara o planifica o e tomada de decis es do projecto Posteriormente poder se solicitar conselhos dos chefes sobre a melhor forma de entrar em contacto com as mulheres e pedir o
97. ulheres e homens beneficiam de forma diferente por exemplo em rela o utiliza o econ mica da gua e dos res duos As actividades tamb m n o podem ser est ticas para se poder sustentar o n vel local de servi os necess rio alargar os sistemas de abastecimento de gua e continuar a constru o de instala es destinadas ao saneamento Ser importante constatar quem foi capaz de construir tais instala es novas s o s os homens e mulheres mais ricos nas aldeias com melhores condi es ou ser que as novas fam lias das aldeias mais pobres tamb m conseguiram ter acesso Quando os chefes e representantes do sexo masculino e feminino participam em avalia o semelhante a actividade pode ser um acontecimento de aprendizagem para a ag ncia e o doador bem como para a pr pria aldeia 3 3 Medi o do impacto do projecto nos homens e nas mulheres Impacto nas mulheres Uma vez que os projectos de abastecimento de gua e saneamento beneficiam as mulheres em particular n o constitui surpresa que os projectos tenham olhado especialmente para o impacto sobre este grupo Normalmente isto feito de uma maneira qualitativa e indirecta atrav s da descri o das condi es de abastecimento de gua e de elimina o de res duos e atrav s do trabalho e influ ncia das mulheres antes e depois do projecto Tamb m feito de uma maneira mais directa perguntando os pontos de vista das mulheres Bosch 1989 Narayan Park
98. ulheres e homens podem tamb m ter tarefas e culturas distintas com diferentes per odos de tempo e quantidade de trabalho Este facto pode afectar a exist ncia de m o de obra Wijk 1985 Nos casos em que seja necess ria uma contribui o monet ria por adulto ser importante verificar como ela ser financiada dos rendimentos gerais ou de rendimentos separados normalmente diferentes de mulheres e homens necess rio ter cuidado para evitar a situa o em que as mulheres participam ou fazem a maior parte do trabalho f sico mas n o desempenham nenhum papel de lideran a na planifica o na tomada de decis es sobre gest o nem no controlo de qualidade IRC 1992 Implica es a longo prazo Tamb m muito importante na fase de planifica o que homens e mulheres tenham ideias claras sobre as implica es a longo prazo de uma determinada tecnologia Isto pode incluir uma gama de benef cios mais tempo e energia para outras actividades da fam lia trabalho de desenvolvimento comunit rio social e econ mico ensino ou educa o de adultos maior seguran a melhor estatuto na fam lia e na comunidade maior quantidade e melhor qualidade de gua melhor sa de e higiene familiar Poder haver igualmente certas consequ ncias ao n vel do comportamento para as aldeias e utentes como por exemplo uma manuten o preventiva regular e repara o atempada a n o utiliza o e o n o regresso a fontes impr prias preserva o
99. uma aprendizagem activa por parte dos participantes A mudan a da metodologia e das t cnicas de forma o normalmente n o t o f cil uma vez que tanto os formadores como os formandos est o habituados a t cnicas de forma o convencionais e n o a m todos modernos de educa o de adultos Muitas vezes necess ria uma reciclagem dos formadores ver sec o 4 8 reas em que as mulheres possuem um baixo n vel de alfabetiza o carecem de adapta o especial dos m todos e materiais de forma o Identifica o das necessidades de forma o para o pessoal do projecto Embora seja uma vantagem ser mulher no contacto e forma o das mulheres da aldeia n o torna o pessoal do projecto do sexo feminino automaticamente habilitado para trabalhar com as mulheres nem consciente sobre quest es de g nero Ao identificar ou recrutar pessoal do projecto do sexo feminino no in cio de um projecto ou ao trabalhar com pessoal do sexo masculino que tem que envolver as mulheres ser necess rio rever e discutir como que o pessoal trabalha com as mulheres e se esse mesmo pessoal est ciente das diferen as de g nero e as aplicam no seu trabalho Isto mostrar se existe a necessidade de actualizar os conhecimentos e habilidades do pessoal do projecto nestas duas reas 4 8 T cnicas participativas para o pessoal do projecto Embora as assembleias da aldeia reuni es e discuss es de grupo e os comit s desempenhem um papel proeminente
100. vo e que n o sejam membros apenas no papel Em algumas culturas as mulheres preferem formar comiss es separadas e funcionar como uma esp cie de grupo de controlo e de press o Os m todos de envolvimento das mulheres nas organiza es ou comiss es de gest o encontram se apresentados na sec o 4 5 Sistemas de financiamento Os alde es s o cada vez mais chamados a contribuir para os custos de opera o e manuten o e por vezes tamb m para os custos de capital dos sistemas melhorados de gua e para os custos de instala o de latrinas e outras instala es sanit rias Tal como foi acima assinalado quando se pedem quantias iguais aos homens e mulheres por exemplo 20 xelins por cada adulto ou pessoa fisicamente capaz esta igualdade pode ser falsa se homens e mulheres pagarem cada um este valor dos seus pr prios rendimentos e as mulheres possu rem um rendimento inferior ao dos homens O tempo lugar natureza dinheiro ou g neros e a frequ ncia do pagamento podem tamb m ser inconvenientes para a mulher Por exemplo o pagamento de tarifas mensais pode constituir um problema nas zonas onde exista dinheiro por dia ou apenas depois da venda das colheitas Uma lista das diferentes op es de pagamento pode ajudar a escolher em conjunto com os diferentes agrupamentos da aldeia o sistema de financiamento localmente mais apropriado para mulheres e homens IRC 1988 Ao recolher e gerir os fundos a mulher dese
101. volvimento da Mulher nos Projectos de Abastecimento de gua Rural Saneamento e Protec o dos Recursos H dricos Um outro contributo foi o conhecimento e experi ncias dos participantes que lidam com a participa o e envolvimento da comunidade neste tipo de projectos As consultorias foram realizadas em Nairobi Qu nia Fevereiro de 1993 Cali Col mbia Agosto de 1993 e em Mount Lavinia Sri Lanka Setembro de 1993 Cada consultoria reuniu entre dez e vinte funcion rios na sua maioria do sexo feminino de projectos de abastecimento de gua rural saneamento e protec o ambiental com apoio externo no continente em causa Os moderadores foram uma funcion ria do IRC e um elemento da organiza o local respons vel pela organiza o da consultoria Estas organiza es anfitri s foram a NETWAS Water and Sanitation Network Rede de gua e Saneamento em Nairobi Qu nia CINARA Centro Inter Regional de Abastecimiento y Remoci n de Agua em Cali Col mbia e o Servi o da D cada de Abastecimento de gua e Saneamento das Organiza es N o Governamentais em Colombo Sri Lanka O objectivo das consultorias foi a troca de experi ncias sobre abordagens espec ficas ao g nero nos projectos dos participantes bem como documentar estas experi ncias num conjunto de tr s guias centrando se cada um deles na situa o da regi o em causa sobre como aplicar uma abordagem ligada ao g nero aos projectos de abastecimento de gua rural sanea
102. xemplo frequ ncia acesso grupos alvo m todo grau de aplica o participa o e influ ncia dos alde es no programa Tamb m importante verificar os sistemas tradicionais de manuten o das fontes de gua ou de recolha de res duos bem como constatar a forma de organiza o entre homens e mulheres Os resultados das constata es locais podem ser apresentados numa reuni o da aldeia procurando se igualmente as reac es dos alde es em termos de correc o e poss veis ac es comunit rias A sec o 4 3 apresenta detalhes sobre a organiza o de uma reuni o em que tanto homens como mulheres participem A utiliza o econ mica da gua ou dos res duos requer uma avalia o especializada Para al m da necessidade sentida ou do interesse manifestado deve haver uma quantidade adicional adequada de gua bem como tempo para permitir a sua utiliza o econ mica os produtores devem ter acesso a outros recursos e insumos terra capital ou cr dito materiais e equipamento forma o marketing Tamb m deve existir um bom mercado e pre o para os produtos e os produtores devem ter controlo sobre as receitas resultantes Kamminga 1991 Nos casos em que as condi es sejam favor veis ben fico para as mulheres suas fam lias e para o projecto aliar os projectos de gua e saneamento a um projecto de arrecada o de receitas O motivo que este ltimo melhora o estatuto s cio econ mico e a auto confian a
103. y Roark Paula 1984 Women and water In Peter Bourne ed Water and sanitation economic and sociological perspectives New York NY USA Academic Press El Katsha Samiha e Watts Susan 1993 The empowerment of women water and sanitation initiatives in rural Egypt In Community Development journal vol 29 no 2 p 232 238 Elmendorf Mary 1990 Review of Decade impact on women In The IDWSSD and women s involvement Geneva Switzerland World Health Organization Elmendorf Mary e Buckles Patricia 1980 Socio cultural aspects of water supply and excreta disposal Appropriate Technology for Water and Sanitation vol 5 Washington DC USA World Bank Elmendorf M e Isely R 1981 The role of women as participants and beneficiaries in water supply and sanitation programs Technical Report no 11 Arlington VA USA Water and Sanitation for Health 43 Espejo Norah 1989 Water committees in Latin America task and training The Hague The Netherlands IRC International Water and Sanitation Centre Espejo Norah et al 1993 Documentacion participative del programa UEBM SANAA de barrios marginales em Tegucigalpa Honduras The Hague The Netherlands IRC International Water and Sanitation Centre Evans Phil 1992 The role of women in community management In Comunity management of improved water supply systems a preliminary review The Hague The Netherlands IRC International Water and Sanitat
104. za es de mulheres n o chegam necessariamente s mulheres As mulheres mais pobres em particular muitas vezes n o s o membros de organiza es formais de mulheres e para se chegar a estas mulheres ter o que ser empregues outros canais tais como contactos em locais de encontro de mulheres ou em reuni es nocturnas com elas na sua pr pria zona da aldeia Wijk 1985 Sundararaman 1986 Karp et al 1990 31 A natureza de um primeiro encontro com mulheres da comunidade local ser de identificag o e inventaria o conjunta de problemas o que que as mulheres fazem em rela o ao abastecimento de gua e saneamento algum deles constitui um problema e em caso afirmativo de que maneira de que forma que este problema se relaciona com outros motivos de preocupa o que as mulheres t m e como podem ser envolvidas no projecto Um outro tema como obter o apoio dos homens especialmente dos maridos e pais para a participa o das mulheres Isto esteve muitas vezes na base de sugest es valiosas dos participantes sobre o que o projecto e as pr prias mulheres podem fazer para evitar problemas e ultrapassar constrangimentos Nos casos em que as mulheres nunca se reuniram para resolver um problema comunal tais discuss es servem muitas vezes para abrir os seus olhos e constituem uma primeira etapa em direc o a uma ac o concertada 4 2 Como tornar a informa o acess vel mulher Canais de informa o apropriados ao
105. za n o se torne num trabalho volunt rio apenas para as mulheres enquanto que os lugares pagos e as fun es de gest o v o para os homens Mais pormenores sobre o desenho e manuten o apropriados nas sec es 2 1 e 2 2 1 3 Estudo de base sobre o g nero O melhoramento das condi es de vida rural um objectivo importante dos projectos de abastecimento de gua rural de saneamento e ecol gicos As mulheres s o normalmente um grupo benefici rio importante e por vezes nos projectos de florestas de fabrico de latrinas e fog es elas podem tamb m ser por exemplo as principais produtoras Foi provado que o envolvimento das mulheres nas decis es de planeamento local e na gest o est o entre os pr requisitos para um projecto bem sucedido porque as mulheres conhecem bem as condi es locais e t m um grande interesse pessoal pela boa gest o da gua e saneamento Evans 1992 Stamp 1989 Wijk 1985 Ao analisar as condi es de vida na rea do projecto durante a fase de prepara o pois importante incluir um perfil qualitativo da mulher e onde j existam dados ou estes sejam f ceis de obter um perfil quantitativo do trabalho posi o e influ ncia das mulheres particularmente no que diz respeito ao abastecimento de gua e higiene bem como as suas possibilidades de participarem no projecto Lingen 1994 Overholt 1985 Um estudo de base estabelece uma base de dados que ajuda a planificar o envolvimento das mulhe

Download Pdf Manuals

image

Related Search

Related Contents

Notice de montage et d`entretien  a part lui tout va bien je mange… moi non plus!  Manhattan 172592 RAID controller  CD-1極軸望遠鏡 取扱説明書 テレスコープセンターアイベル  Engine - Safety  MEGAFON MIT HANDMIKROFON  Nokia E75 User Guide  Eliminadores de aire para sistemas de vapor AVM7    Moultrie Panoramic 150 Manual  

Copyright © All rights reserved.
DMCA: DMCA_mwitty#outlook.com.