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1. its susceptibility to outside pressures has turned Apple into the final arbiter of freedom of expression within the iOS ecosystem for both users and developers Whether it intended to or not Apple has assumed a key governance function within one of the fastest growing sectors of the online environment Traduzido de Well let s first say we have two platforms we support One is open and uncontrolled That s HTMLS We support HTMLS We have the best support for it of anyone in the world We then support a curated platform which is the App Store It is the most vital app community on any platform How do we curate this It s a bunch of people and they come into work every day We have a few rules It has to do what it s advertised to do It has to not crash It can t use private APIs And those are the three biggest reasons we reject apps But we approve 95 of all the apps that are submitted every week Os Estudos do Software Software Studies constitui uma rea emergente de investiga o no campo das Humanidades e Estudos da M dia O primeiro grupo de estudos acad micos com este enfoque o Software Studies Initiative http lab softwarestudies com teve in cio em 2007 na University of California San Diego 116 um redirecionamento do olhar para as ferramentas de software e os modos como estas v m sendo configuradas e organizadas Interface interface humano computador sistema operacional e opera es aplica es
2. Obsolesc ncia de produto Tem outra hist ria negativa Isso do AirParrot Eu consigo jogar o que tem na minha tela do Mac pra Apple TV Eu n o fa o isso com AirPlay porque a Apple me limita porque o meu hardware de 2009 Ok se a performance n o for boa justifica mas eu fa o com o AirParrot e me atende super bem n o trava Eu entrei na internet e vi que a Apple liberou o AirPlay pra m quinas a partir de n o sei quando e o meu Mac de 2009 n o estava l Dai achei esse AirParrot que custava 10 d lares baixava os filmes e assistia e funciona muito bem A Apple n o fala o porqu s fala que n o t dispon vel pra m quinas de tal data Eu suponho que seja porque ela n o pode garantir uma experi ncia boa D L 31 Durabilidade da bateria Em determinados dias quando a bateria n o dura Mas a bateria de nenhum telefone dura Isso sempre foi assim Ent o eu entendo por que assim Aconteceu uma vez numa viagem e eu quis dar aquela ltima ligada pra casa no final do dia voltando e como tu t em roaming em lugar com sinal ruim tu usa muito a parte de m dia do telefone e coisas que requerem o 3G A bateria acaba e quando acaba acaba mesmo O iPhone n o te d nem um aviso em alguns telefones come a a piscar no iPhone n o fica vermelho ali no canto e quando chegou em 1 ele desliga e n o tem choro Tive umas tr s experi ncias em que isso aconteceu e n o teve
3. dispositivos m veis assim como os aspectos t cnicos relativos velocidade de processamento das tarefas para aplicativos Web vem sendo aprimorados Ainda que as diferen as de arquitetura entre aplicativos Web e nativos permane am durante alguns anos a experi ncia do usu rio a partir da interface dos dois tipos de aplicativos que est se tornando indistinta Isso porque grande parte dos aplicativos nativos vem utilizando a conectividade Web em tempo real ao mesmo tempo em que aplicativos Web passam a oferecer a experi ncia de uso em modos off line portanto sem a necessidade de conectividade Segundo Eaton et al 2011 do ponto de vista das a es empresariais a emerg ncia de bens digitalizados e a mudan a para uma l gica dominante de servi os exerceu papel fundamental na rela o entre empresas e usu rios no que se refere ao controle exercido sobre a experi ncia de consumo Para os autores houve uma diminui o do controle sobre a experi ncia por meio do design f sico dos bens dando lugar ao controle sobre a inova o digital No caso das novas m dias digitais como smartphones e tablets por exemplo os aplicativos representam extens es das capacidades b sicas do bem f sico e est o no centro da vantagem competitiva pela inova o digital Assim pode se dizer que aplicativos s o resultado da combina o dos potenciais de uma plataforma de computa o ou software de sistema espec fico com um prop sito particula
4. Substituiria por um Lumia Eu n o sou muito chegado em Android porque a minha experi ncia foi ruim por causa do aparelho e eu sabia disso Acho que cobram caro porque um iPhone mas grande coisa ter um iPhone de quatro anos atr s que lerdo eu j t percebendo os problemas dele A mim satisfaz porque n o preciso toda essa pot ncia mas s vezes irrita essa lentid o M P 32 Eu at ganhei da namorada a biografia do que morreu ENTREVISTADORA Steve Jobs do Steve Jobs Mas eu n o tive tempo de ler tamb m gostaria de ver o filme que foi lan ado mas n o me aprofundei muito sobre a marca n o saberia te dizer muitos detalhes Eu fa o assinatura de feed de algum site no pr prio site da Apple de vez em quando eu dou uma olhada Mas eu 174 n o me considero assim Eu sei que tem gente que gasta muito em equipamentos Eu tenho os meus equipamentos mas o mais novo que eu tenho de 2012 que foi comprado esse ano ou seja eu nunca compro o modelo atual compro o mais antigo M D 31 Leio muito sobre a Apple dentro da hist ria da tecnologia j li v rios livros Eu j fui mais f hoje eu n o me considero um f da marca fanboy eu sou mais f daquilo que os produtos me propiciam da efici ncia N o colo adesivo no carro risos V C 41 J fiz jailbreak no iPhone 3GS mas n o achei que trouxe muitas vantagens fiz pra aquisi o de aplicativos pra n o ter
5. Voc lembra que a ltima atualiza o do Mac OS pela primeira vez foi gratuita o sistema Mavericks Ou seja eu comprei o meu iMac e ele era um Tiger eu acho que do Tiger pro Snow Leopard Cada upgrade que tinha de sistema operacional tinha que pagar R 20 se pagasse R 50 vinha o CD ainda E agora quando chegou o Mavericks Tu viu o que aconteceu Ele travou todos os upgrades que tu podia fazer por outros caminhos que n o seja pela loja oficial Ou seja no momento em que voc botou o Mavericks ele institucionalizou a loja da Apple no teu desktop Eu por exemplo baixei todos os aplicativos pela Version Tracker e agora quando eu baixo pela Version Tracker e vou instalar ele o sistema operacional diz que eu n o posso instalar porque n o foi baixado de uma fonte confi vel N o foi baixado da loja da Apple Ou seja eles deram de gra a o sistema operacional que ficou maravilhosamente bom e r pido mas ao mesmo tempo eles amarraram a vida da gente com essa hist ria da loja da Apple que j tinha no iOS e passou pro desktop tamb m Parece que eles t o tentando fechar o cerco Eu me lembro que na poca foi uma puta quebra de paradigma O Mavericks foi lan ado no ano passado E esse sistema operacional t o bom que o meu computador ficou mais r pido do que ele era antes ao contr rio do iOS que cada vez que eu fazia uma atualiza o ele fica mais lento S que tudo que eu vou baixar nele obrigat
6. e o outro respondia n o n o VOC que o PC eu sou o Mac E eu pensei Meu Deus obrigado por essa fam lia criei bem os meus filhos risos S M 48 A maioria dos meus colegas de trabalho tem iPhone por influ ncia minha Eu dizia at quando tu vai ficar com esse telefone que trava tela sempre igual Por esse tipo de influ ncia minha eles acabaram quebrando aquele paradigma de que Apple s pra rico J M 38 Voc ser um Appleman aco n o voc ter todos os Apple devices na sua casa voc gostar da marca e do conceito da marca e buscar aquilo que voc quer Pra alguns o sonho comprar um fazenda um jatinho pra outros um carro importado viajar dez vezes por ano O meu sonho continuar tendo a possibilidade de comprar os dispositivos Apple e poder passar isso pra outras gera es F P 31 Na Figura 15 vemos o desenho feito pelo filho de um dos entrevistados por ocasi o do Dia dos Pais A marca Apple est presente na logomarca da ma desenhada pela crian a 110 No ano de 2008 uma campanha da Apple comparava computadores Mac aos PCs destacando as limita es dos PCs De acordo com o entrevistado os filhos faziam uma brincadeira imitando os personagens do v deo visto no site YouTube Dispon vel em lt https www youtube com watch v vHiESQNPES4 amp index 1 amp list PL039DB269B91FE0OA9 gt Acesso em 3 jun 2014 141 Figura 15 Dia d
7. N o somente a falta de acesso a determinados aplicativos que foi recebida com frustra o pelos entrevistados do grupo N o poder remov los tamb m instiga maneiras de fazer que s o como que formas de contornar o que n o pode ser mudado Aplicativos nativos 241 da Apple n o podem ser removidos pelo usu rio Neste caso E P solucionou a limita o apenas ocultando o cone Um aplicativo nativo da Apple ele j vem com o sistema j vem no kernel ent o eu n o posso tirar ou seja eu posso ocultar o cone mas eu n o posso remover do aparelho E P 28 comum formas de resist ncia baseadas em uma estrat gia de pesquisa em tutoriais e f runs de discuss o sobre como realizar uma tarefa ou buscar uma solu o para contornar um modo de consumo determinado ou orientado pela empresa Na maioria das situa es estas novas maneiras de fazer n o configuram pr ticas ilegais nem mesmo infringem regras da Apple Elas apenas n o est o claramente dispon veis nem s o estimuladas pela empresa Entre os sistemas operacionais que eu tive que pesquisar at por conta do trabalho eu acho que com o Google Play voc tem muito mais op es de aplicativos gratuitos muito mais f cil pra quem trabalha com aplicativos No meu caso eu j tive que colocar um aplicativo no ar muito mais din mico o trabalho com a Google do que com a Apple A Apple uma burocracia at voc libe
8. Tipo Fonte Refer ncia Brochuras da IBM Apple etc Computer History Museum Acervo online http www computerhistory org Artigos e documentos disponibilizados por engenheiros e t cnicos envolvidos com o Macintosh Project Stanford University al m de entrevistas conduzidas ao longo do referido projeto Stanford University Library s Department of Special Collections Macintosh Project http www sul stanford edu mac index html Brochuras Macintosh Apple DigiBarn Computer Museum Acervo online http www digibarn com collections ads apple mac index htm Dados sobre a IBM e computa o m vel IBM Archives Acervo online http www 03 ibm com ibm history index html Documentos Apple Steve Jobs Computer History Collection Smithsonian s National Museum of American History Acervo online http www si edu Encyclopedia Sear ch Science 20and 20Technology Revistas digitalizadas sobre computa o Computer Magazines Archive https archive org details computerm agazines 123 Revista Softalk dedicada ao Apple II e publicada entre set 1980 e Ago 1984 contempla os impactos sociais culturais e econ micos da computa o pessoal Softalk Magazine The Softalk Apple Project arquivo online The Apple II History https archive org details Softalk 1 981 07 http www softalkap
9. es de limita es na apropria o dos dispositivos iOS s o seguidas por modos de contorn las N o raro percebemos o car ter paradoxal da tecnologia a qual apresenta por vezes duas facetas ela controladora mas tamb m facilitadora ela fechada mas tamb m segura ela liberta mas tamb m cria depend ncias O Usu rio Padr o de dispositivos iOS percebe uma s rie de elementos incongruentes com sua orienta o particular e n o hesita em express los Identifica o que considera erros da empresa a partir de not cias veiculadas na m dia as quais acompanha eventualmente ou a partir da pr pria experi ncia com produtos da marca 180 Um bom exemplo de erros cometidos pela Apple que apareceram na m dia foi quando lan ou o iPhone 4 que mudou o formato da antena aquela borda met lica s o as antenas de wifi e 3G e aconteceu o antenagate risos dependendo do jeito como voc segurava naquele metal externo o telefone derrubava a liga o Foi tao s rio que a Apple deu de gra a os bumpers aquelas capinhas pl sticas um aro que fica em volta do telefone pra voc n o ter que tocar ali Isso um erro muito grave Na poca do Steve Jobs as pessoas at brincavam a Apple n o erra voc que segura errado o telefone risos V C 41 Foi a que come ou a derrocada Meu iPad estragou e a assist ncia n o ajudou Fiquei irritada porque os produtos da Apple s o caros e eu tava com um
10. from meeting agendas to vacation itineraries You ll get Expenselus which onganizes your expenses and k s you fax print an arena Apple Free Newton Power Organizer Pack when you buy a Newton through December 31 athered hair But you dont want to ge your life without 1 nE nd organizing k Figura 12 Newton Message Pad 1994 Ad Campaign Fonte Webdesignerdepot com Em meados dos anos 2000 o computador h muito deixara de ser est tico com as redes distribu das da internet mas a proposta de empresas como a Apple ia al m o computador passaria a controlar outros equipamentos tais como c meras de foto e v deo bem como todo o conte do produzido por eles ISAACSON 2011 Nos anos 2000 dispositivos de m sica digital come aram a se tornar populares e diversos formatos de arquivos incluindo o mp3 foram desenvolvidos viabilizando a transmiss o de m sica digital na internet Embora a pr tica de guardar e recuperar faixas musicais remonte ao PC do in cio dos anos 90 o crescimento dos dispositivos tocadores de mp3 foi significativo no final daquela d cada Em 2001 com a introdu o do iPod pela Apple houve grande expans o da popularidade destes dispositivos EVANS et al 2006 Pode se falar na emerg ncia de um mercado de conte dos para m dias m veis a partir da experi ncia de oferta do primeiro ringtone esp cie de toque musical amplamente difundido nos aparelhos de telefonia m vel comercializados na Finl
11. permitir que as pessoas transfiram seu conhecimento e habilidades de uma parte da IU interface do usu rio do aplicativo a outra e de um aplicativo a Z outro Um aplicativo consistente n o uma c pia submissa de outros aplicativos nem estilisticamente estagnado ao contr rio presta a aten o aos padr es e paradigmas com os quais as pessoas est o confort veis e 116 promove uma experi ncia internamente consistente A interoperabilidade de aplicativos em um dado dispositivo iOS significa que o aplicativo deve ser capaz de se comunicar com outros aplicativos e recursos de forma suave de modo que o usu rio poder focar no seu conte do sem ter que prestar a aten o em detalhes de gerenciamento do aplicativo Contudo o modo como aplicativos interagem na plataforma iOS foi um dos elementos dissonantes na experi ncia dos usu rios padr o os quais relataram n o compreender totalmente limita es de compartilhamento de fotos e outros dados entre aplicativos 116 Traduzido de lets people transfer their knowledge and skills from one part of an app s UI to another and from one app to another app A consistent app isn t a slavish copy of other apps and it isn t stylistically stagnant rather it pays attention to the standards and paradigms people are comfortable with and it provides an internally consistent experience iOS Human Interface Guidelines iOS Developer Livrary Dispon vel em lt htt
12. reply to texts from any app n Gerenciar conta gt Ajuda de Atualiza o e Inilhvaslina f Cydia Figura 21 Instala o da Cydia Store de F A Fonte coleta de dados 210 Meses VIVO 3G 15 22 E Extras Telefone Jailbreak Finan as Extras Telefone Jailbreak Finangas Extras Telefone Jailbreak Finan as Figura 22 Interface modificada do iPhone de F A Fonte coleta de dados O uso da loja alternativa Cydia n o pressup e deixar de usar a App Store Na maior parte das vezes a loja da Apple ainda refer ncia para busca de aplicativos mas deixa de ser o nico canal para a tarefa Entretanto para Jaibreakers a compra de aplicativos da App Store s ocorre em duas situa es se o aplicativo buscado considerado muito importante para ser crackeado como no caso em que a atividade profissional do usu rio depende da performance do aplicativo ou quando ele n o est dispon vel em fontes alternativas como a Cydia Store Encontrar um caminho alternativo fundamental para estes usu rios que buscam exercer a posse e o controle sobre os dispositivos diminuindo a sensa o de depend ncia dos principais canais de distribui o de conte dos da empresa 211 ENTREVISTADORA O que tu buscas na App Store A maioria s o joguinhos alguma coisa de fotografia pra efeito mas eu posso dizer que muitos s o diferentes do que eu esperava mesmo lendo reviews positivos eu fico decepcion
13. Fontes 1 Freshnews org http www freshnews org 2 Slashdot org http slashdot org 3 Wired com http www wired com 4 Gizmodo http gizmodo com e http gizmodo uol com br 5 Techdirt https www techdirt com Blogs e Revistas de 6 Arstechnica com http arstechnica com tecnologia 7 Osnew http www osnews com 8 Techcrunch http techcrunch com 9 Techtudo http www techtudo com br 10 Computerworld www computerworld com 11 Olhar Digital http olhardigital uol com br home 12 Webinsider http webinsider com br 1 Macrumors http www macrumors com 2 Macdailynews http macdailynews com Blogs e Revistas 3 MacMais http macmais com br sobre Apple 4 MacMagazine http macmagazine com br 5 MacWorldBrasil http macworldbrasil com br 6 Blog do iPhone http blogdoiphone com Fonte elaborado pela autora Esta etapa foi fundamental para entender o contexto das a es da Apple a partir de informa es veiculadas na m dia ou pela pr pria empresa na forma de press releases para que pud ssemos conhecer poss veis situa es narradas pelos entrevistados na segunda fase do estudo Al m disso utilizamos dados de pesquisa documental que auxiliaram sobretudo a constru o dos cap tulos te ricos conforme rela o no Quadro 3 Quadro 3 Fontes de pesquisa documental
14. Mac eu me senti sufocada eu pensei eu t muito MacFag eu n o quero isso pra mim Foi quando eu troquei meu iPhone e n o quis mais foi estranho mas foi assim que aconteceu Em vez de comprar a Apple TV eu comprei o Chromecast isso t me fazendo usar menos o MacBook tamb m o Galaxy Note por ser grande t me fazendo usar menos o iPad CM 24 Al m disso uma forma de se libertar das limita es do ecossistema Apple usar a internet para compartilhar dados com outros equipamentos Ao incorporar a sua vida cotidiana dispositivos com plataformas concorrentes C M acredita que tamb m diminui a excessiva depend ncia da iTunes App Store Meu grande problema com a Apple era realmente a depend ncia do iTunes Tudo ter que sincronizar com o iTunes eu achava isso um saco E isso foi um dos grandes motivos de eu ter trocado Eu queria baixar torrent e eu n o podia baixar nada E a Apple muito restrita n o Flash n o roda ent o eu fiquei de saco cheio e troquei de telefone foi uma das melhores coisas que eu fiz Tem muito mais vantagem do que desvantagem s que acho que mais culpa minha n o nem do sistema que o fato de que eu queria sair um pouco da Apple C M 24 Eu acabo evitando usar o iTunes pra passar fotos do celular pro computador Na verdade nem tem como evitar n se tivesse eu faria eu deixo de usar muito Ent o a mem ria do meu celular t
15. Por essa raz o em alguns momentos dispositivos iOS s o vistos como muito caros para assumir o risco da modifica o Outras vezes s o percebidos como muito caros para o que oferecem Neste caso a libera o dos mecanismos de controle que limitam a explora o de todo o seu potencial por meio do jailbreak a maneira pela qual o dispositivo far juz ao pre o praticado A gente para pra pensar que a gente gasta uma grana por uma coisa que n o aquilo que tu espera E como a Apple n o te proporciona fazer um teste drive no aplicativo a fica meio complicado C S 19 Inicialmente tinha juntado dinheiro pra comprar o melhor aparelho Eu queria uma coisa port til e fiquei imaginando Um dia um vendedor que meu amigo me indicou o iPad falou das vantagens do aparelho comparado com outros Na poca o iPad I era o top de linha 64 giga Tinha wifi 3G E foi a que eu iniciei no mundo do jailbreak porque o aparelho se via muito limitado pra um grande investimento Eu tinha 1D Ver lt http store apple com br buy iphone iphone5s gt Acesso em 2 fev 2014 205 pago por um produto muito caro que acabava sendo limitado pra certas coisas que eu queria al m dele n isso foi em 2011 J S 23 3 Depend ncia da iTunes App Store versus busca por aplicativos gratuitos Esta tem tica uma das mais recorrentes nas narrativas deste grupo que busca estender o potencial d
16. de recursos considerados importantes para alguns dos respondentes deste grupo Por outro lado os mesmos mecanismos e decis es corporativas que cerceiam a liberdade n o inteiramente verbalizados pelos entrevistados tamb m fornecem estabilidade ao ecossistema da Apple Acho que tem isso tamb m as restri es N o adianta tu ter o Facetime se tu s pode usar com uma pessoa que tamb m tenha L R 23 A limita o do uso do bluetooth s funciona de iPhone pra iPhone Na tua fam lia s vezes algu m quer passar um v deo e a pessoa n o tem iPhone isso j me aconteceu O aparelho n o te permite por quest es de mercado da marca algo que foi determinado que seria assim e isso acaba sendo um problema pra quem usa R F 30 ENTREVISTADORA O que voc sabe sobre o ecossistema de produto da Apple interessante importante Em rela o a algumas reas espec ficas sim as pessoas se importam com a quest o do ecossistema Eu sou apaixonado pelo sistema operacional dos computadores Mac Mac OS porque eu uso o software de edi o Final Cut e eu sei que ele mais confi vel ali do que seu eu for para o software equivalente da Adobe Premiere E isso algo que a Apple muito inteligentemente se deu conta T S 37 232 At hoje eu acho que mais interessante a rela o do iPhone com o MacBook do que o Android com o MacBook porque com o Android eu tive que baixar um aplicativo
17. havia se formado em torno do MIT e de Stanford CERUZZI 1998 Em 1975 por exemplo havia em torno de 25 mil calculadoras program veis HP 65 em uso e um p blico que inclu a engenheiros advogados e profissionais da rea financeira que tinham uma necessidade profissional de fazer c lculos Poucos eram estudantes pois a HP 65 custava U 795 00 Contudo embora n o se encaixassem no estere tipo do jovem hacker de computador estes indiv duos estavam interessados em programar e em modificar os aparelhos estendendo a configura o determinada pelo fabricante Desenvolviam se cria es an nimas dos usu rios a partir de usos alternativos aos previstos por empresas como a HP ou a Texas Instruments as quais n o estavam preparadas para demandas deste tipo para produtos simples como as calculadoras CERUZZI 1998 Sem o suporte dos fabricantes de computador e de microprocessadores estes usu rios recorreram s publica es especializadas a outros usu rios e a toda uma infraestrutura de suporte fornecida pela comunidade de hobistas que se mostrou cr tica para a forma o do mercado consumidor de computadores pessoais Ted Nelson foi um cr tico contumaz tanto da computa o mainframe do mundo dos cart es perfurados e salas de computador quanto das calculadoras program veis muito fracas baratas incapazes de fazer gr ficos Nenhuma destas m quinas representava ainda o para so digital sonhado de ferramentas verdadeiramente in
18. link eletr nico do mundo inteiro constituiu um importante espa o de conversa o entre seus membros As vis es sociotecnicas ali compartilhadas alimentaram a cria o da Electronic Frontier Foundation em julho de 1990 e a revista de tecnologia Wired em janeiro de 1993 TURNER 2006 A partir da d cada de 1990 o uso de softwares livres de royalty e de c digo aberto Free and Open Source Software FOSS tais como sistemas operacionais constru dos sobre o kernel Linux foi considerado uma forma de contornar as estrat gias de lock in da ind stria da computa o A quest o do software livre dos direitos digitais e do direito privacidade se tornaram a agenda de in meros movimentos entre os quais o Movimento do Software Livre o Movimento pelos Direitos Digitais e o Crypto Freedom respectivamente Como podemos observar na base de muitas destas manifesta es reside o descontentamento com pr ticas corporativas que se estabelecem na esfera das rela es de consumo O fen meno da resist ncia e suas manifesta es no campo dos estudos de consumo tem origem no questionamento acerca da natureza e forma das pr ticas de resist ncia s estruturas de controle exercidas pelas estrat gias mercadol gicas 2 6 1 Resist ncia e consumo Uma das dificuldades para a formula o de defini es mais estritas para o conceito de resist ncia na esfera das rela es de consumo se deve aos pressupostos ideol gicos que apoiam
19. o criada em 1954 e formada por vinte Estados membros considerado o maior laborat rio de f sica de part culas do mundo e est localizado em Genebra 6t Traduzido de Web s major goal was to be a shared information space through which people and machines could communicate This space was to be inclusive rather than exclusive 71 Diante do ambiente aberto da internet o qual viria a oportunizar o desenvolvimento de aplica es e instigar as pr ticas mercadol gicas tradicionais seguiu se um debate filos fico em torno da natureza e valores da WWW ou mesmo de uma poss vel estrat gia de monetiza o Al m dos elementos t cnicos que deveriam refletir a natureza aberta da internet pensada havia outras decis es de ordem econ mica Conforme relatos de Cailliau 2013 pesquisador do CERN que participou com Tim Berners Lee do desenvolvimento da WWW a possibilidade de cobrar royalties pela patente do projeto foi desencorajada por experi ncias semelhantes tais como a do protocolo Gopher Entre 1990 e 1991 programadores da Universidade de Minnesota criaram um protocolo de redes de computadores que utilizava a internet chamado Gopher Este protocolo buscava facilitar a forma como arquivos e informa es eram localizados na internet e permitia navegar em informa es disponibilizadas em diret rios na internet Contudo era necess rio que o usu rio j soubesse onde o arquivo desejado estava localizado e como se chamava medi
20. sempre cheia eu n o posso registrar as coisas que o que eu mais gosto de fazer diz mem ria insuficiente v at o lbum pra apagar fotos sei l Por isso eu n o fa o mais nada com o iTunes eu n o coloco m sica no meu celular eu uso o iTube pra n o ter que usar o iTunes mas da ocupa mais espa o B R 18 Eu tive jailbreak no iPod Eu sou completamente a favor de pirataria mas em certos modelos de neg cios novos eu pago com gosto porque tipo U 1 N o comprei muitos aplicativos mas eu tenho um chuncho pra poder usar a App Store americana Tinha tutorial pra isso o legal era ter cadastro na App Store dos EUA Isso tem tamb m em outras redes Na PSN do Playstation Enfim pra ter acesso a promo es e tal Da eu fiz um endere o no Alaska Mas tanto a PSN quanto a App Store exigem que o cart o de cr dito al m de ser internacional tenha endere o nos EUA Ent o voc precisa comprar os cr ditos por fora tem um monte de gente na internet que voc paga com PayPal e eles te mandam um cart o internacional com endere o nos EUA M P 32 196 A percep o de obsolec ncia dos produtos estimulada pela atualiza o constante de softwares vista em geral como um mal necess rio para garantia da estabilidade e desempenho dos dispositivos Algumas vezes contudo os usu rios protelam estas atualiza es especialmente quando houve experi ncia n
21. 1995 GAWER Annabelle CUSUMANO Michael How companies become platform leaders MIT Sloan Management Review v 49 p 28 2008 GOGGIN Gerard Cell phone culture mobile technology in everyday life New York Routledge 2006 GOGONI Ronaldo Acabou a farra Apple bloqueia emulador de Game Boy Advance no iOS MeioBit 19 Jul 2013 Disponivel em lt http meiobit com 133134 apple bloqueio servico emulacao game boy advance ios sem jailbrea gt Acesso em 5 out 2014 GREENBERG Andy The Mac hacker strikes again Forbes 25 Mar 2010 Disponivel em lt http www forbes com forbes 2010 0412 technology apple hackers charlie miller html gt Acesso em 6 jun 2013 EvasiOn is the most popular jailbreak ever nearly seven million iOS devices hacked in four days Forbes 8 Fev 2013 Disponivel em lt http www forbes com sites andygreenberg 2013 02 08 evasi0n is the most popular jailbreak ever nearly seven million ios devices hacked in four days gt Acesso em 5 jun 2013 GUGIK Gabriel C digo Aberto e Software Livre n o significam a mesma coisa Tecmundo 13 Mar 2009 Disponivel em lt http www tecmundo com br linux 1739 codigo aberto e software livre nao significam a mesma coisa htm gt Acesso em 3 maio 2013 GUINS Raiford Edited clean version technology and the culture of control Minneapolis University of Minnesota Press 2009 HANSMANN Uwe MERK Lothar NICKLOUS Martin STOBER Thomas
22. Esse o HTMLS N s suportamos o HTML5 N s temos o melhor suporte para ele do que qualquer outro no mundo E n s suportamos uma plataforma mantida que a App Store a mais importante comunidade de apps em qualquer plataforma Como a mantemos um monte de gente e eles v m trabalhar todos os dias Temos algumas regras ela tem que fazer o que diz que faz N o pode deixar de funcionar N o pode usar APIs privadas E estas s o as tr s grandes raz es pelas quais rejeitamos apps Mas Aprov ams 95 de todos os apps que s o submetidos toda semana JOBS 2012 3 7 Considera es sobre a media o do software nos ecossistemas digitais A emerg ncia de aparelhos dispositivos m veis centrados na nuvem representam nao apenas uma mudan a na forma mas no locus de poder dos usuarios finais e desenvolvedores de software para os vendedores de sistemas operacionais Isso representa uma mudan a do produto para servi o onde o sistema operacional a plataforma por meio da qual nos relacionamos usuarios finais e desenvolvedores com as empresas ZITTRAIN 2012 Nesse sentido fica claro que dispositivos m veis conectados em ecossistemas complexos s o resultado entre outros fatores de um processo computacional em que o software constitui camada fundamental Tal como prop s Manovich 2001 no campo dos 10 aa A E Estudos do Software para compreendermos os dispositivos contempor neos necess rio Traduzido de
23. Usu rio Padr o 1 Perfil do entrevistado e Idade e Sexo e Regi o onde vive e Escolaridade Forma o e Ocupa o Atividade profissional 2 N vel de envolvimento e Envolvimento com a tecnologia em geral a Como sua rela o com a tecnologia de modo geral b Quais dispositivos voc mais utiliza no seu cotidiano De que forma utiliza e Envolvimento com a marca Apple a Como conheceu Quais dispositivos da marca voc teve e tem b Voc pode me contar algo sobre a hist ria da marca principais personagens ou eventos Atualmente tem algum evento ou acontecimento importante em rela o marca e seus produtos que chame sua aten o e Experi ncia com dispositivos iOS a Descrever experi ncia de uso b Usa Apps Compra Baixa gratuitos Outras formas c Usa lojas de Apps Apple Store e iTunes d Vantagens e desvantagens Percebe alguma limita o no uso do iOS Qual 3 Principais motiva es que o levam a usar dispositivos iOS e Pretende continuar a usar dispositivos m veis da Apple Por qu 273 4 Instru es para relato do Incidente Cr tico na experi ncia de uso do dispositivo iOS INCIDENTE POSITIVO Considerando sua experi ncia de uso de dispositivos iOS pense em uma situa o marcante que voc tenha vivido e que tenha sido altamente POSITIVA Descreva a situa o exatamente como aconteceu Quando o incidente ocorreu Explique por que voc considera e
24. V rios destes processos t m como foco o universo dos dispositivos iOS e visam prote o de aspectos de design e funcionalidades Entre alguns destes processos est o as patentes que cobrem o gesto conhecido como slide to unlock movimento de deslizar telas sens veis ao toque dos dispositivos m veis para desbloqueio do aparelho e o pinch to zoom gesto de pin ar a tela para aumentar ou diminuir o zoom Em 2011 a Apple teve aprovado seu pedido de patente para o slide to unlock o que na pr tica significa que qualquer aparelho concorrente que utilize o gesto nas telas sens veis ao toque para desbloquear o aparelho estar infringindo 13 Em portugu s Deslize para desbloquear 151 a patente da Apple LANE 2011 SLIDE 2011 O mesmo n o ocorreu com o pinch to zoom foco de disputas entre Apple Palm e Samsung RIBEIRO 2013 At setembro de 2013 a Apple havia vendido cerca de 16 milh es de computadores Macintosh no mundo uma queda de 10 em rela o ao ano anterior Entretanto o mercado de dispositivos iOS apresentou resultado positivo foram vendidos 150 milh es de iPhones e 71 milh es de iPads um crescimento na ordem de 20 e 22 respectivamente JESDANUN 2014 Ainda assim com uma estrat gia voltada constru o de ecossistema integrado de produtos e servi os mais prov vel que a Apple usufrua do efeito halo isto quando a experi ncia e a avalia o de um produto interf
25. at o momento nos planos de expans o recente e fortalecimento dos ecossistemas das empresas destacadas Tanto a Microsoft quanto a Apple 110 disponibilizam conte dos de TV a apenas 8 da popula o mundial Este percentual ainda menor nas estrat gias da Google e Amazon e Com forte atua o em pelos menos tr s dos segmentos de conte dos apresentados no Gr fico m sica filmes e aplicativos a Apple se consolida como um dos ecossistemas com presen a internacional mais distribu da entre os diferentes tipos de conte dos digitais Esta atua o significativa em diversos segmentos tem o apoio da rede iTunes Store e sua vertente voltada a aplicativos a App Store Em termos competitivos importante destacar a origem das compet ncias centrais das empresas envolvidas em um dado ecossistema digital tais como os smartphones e tablets Os diferentes modelos de neg cios e estrat gias para captura de valor e lock in dos usu rios nos ecossistemas digitais refletem a diversidade de backgrounds e compet ncias centrais hist ricas Empresas estabelecidas tais como a Nokia e Palm HP s o oriundas das ind strias do telefone celular e do assistente digital pessoal PDA enquanto Apple e Google por exemplo t m origem nos setores do computador pessoal e da internet esperado nesse sentido que diferentes trajet rias contribuam com diferentes for as KENNEY e PON 2011 Empresas como o Google por exemplo tendem a estabelec
26. bem como a atua o convergente de diversas ind strias O ecossistema dos smartphones por exemplo inclui a ind stria da computa o dos bens eletr nicos da m dia e das telecomunica es m veis envolvendo configura es complexas de h bridos de inova es em servi os e bens tang veis e intang veis EATON et al 2011 No contexto aqui utilizado estamos nos referindo ao ecossistema formado por produtos e servi os tecnol gicos integrados como parte da estrat gia de uma empresa para capturar valor Traduzido de the complex of a community of digital devices and their environment functioning as a whole 106 Cada empresa pode estabelecer seu pr prio ecossistema de produtos e servi os cuja integra o ser de grande import ncia estrat gica Microsoft Google e Apple s o algumas das principais corpora es oriundas da ind stria da computa o e da internet que proveem ecossistemas de formas distintas BAJARIN 2011 Decis es deste tipo cr ticas na constru o de estrat gias que visam capturar o usu rio em ecossistemas de produtos dependem do modelo de neg cios adotado pelas empresas e de decis es de arquitetura de plataforma de software e sua constitui o aberta ou fechada EVANS et al 2006 H uma distin o importante entre software de c digo aberto e decis o sobre abertura ou fechamento da plataforma no sentido que explicitamos aqui ou seja a capacidade do sistema ou dispositivo de in
27. comercialmente aos olhos de um grande investidor isso soa um pouco mal A Apple fica como a detentora de todos os mundos ent o pros aparelhos da Apple se comunicarem com os da Nokia a Nokia que vai ter que se virar pra se comunicar com os sistemas da Apple Soa um pouco mal F P 31 Eu concordo quando dizem que a Apple uma empresa restritiva no uso O usu rio Apple precisa ter os perif ricos que encaixem nos aparelhos tem a pol tica que n o permite o compartilhamento com outros dispositivos de outras marcas E tem essa restri o do compartilhamento Eu me refiro ao bluetooth que eu nunca consegui fazer funcionar direito nos aparelhos da Apple j quando eu era usu rio do Samsung eu fazia isso direto compartilhava m sica com meus amigos era s fazer o pareamento no tablet smartphone qualquer coisa R B 24 Com outras pessoas que n o tem produtos da Apple a transfer ncia de conte dos s se for por Whatsapp e e mail que um pouco restrito n Porque o iPhone n o aceita uma foto de uma outra plataforma tipo Android por bluetooth Ent o sistema fechado tem isso J M 38 S o limita es chatinhas mas a gente convive bem a quest o do navegador padr o por exemplo J o Whatsapp o nico aplicativo que me incomoda Quando eu recebo um link pelo Whatsapp eu tenho que copiar o link e ir no Chrome que eu tenho como padr o e colar nele Com outros aplicativos tipo o Tweetbot ou o G
28. e isso pra mim uma revolu o E o Dropbox E toda anota o que eu fa o em udio no Android eu consigo passar pro meu computador sem apagar elas Agora eu sei que quando eu for passar simplesmente eu arrasto os arquivos do gerenciador ali e p muito f cil Quando eu comprei o meu Android e fui fazer a primeira configura o e vi que funcionava foi a primeira coisa que eu fiz a converg ncia de todas as minhas contas de e mail no meu calend rio T S 37 Hoje a gente tem um recurso super importante que o servi o de localiza o Se eu perdi meu telefone eu deixo ele ativado e se ele tiver bateria eu consigo localizar e se a bateria morrer eu consigo pegar a ltima localiza o que ele teve Eu acesso minha conta no Google e ele vai me dizer onde o telefone est Semana retrasada eu fui pra SP que enorme Se eu n o tivesse meu GPS provavelmente teria me perdido Ent o a pr pria localiza o e servi o de busca do Google alinhado ao mapa deles eu consegui fazer tudo no tempo Flexibilidade do Android exato sem perder nenhum minuto Se eu me perder vou ter todas as informa es na palma da minha m o ENTREVISTADORA tu acredita que teria estes mesmos recursos em dispositivos 108 Sim eu teria mas acho que n o com tanta liberdade como eu tenho no Android Se tu pode escolher por uma marca X ou Y O que eu gosto que eu adoro os smartphones da Samsung alinhado ao soft
29. ele tem que usar o que a empresa disponibiliza pra ele usar Nesse mesmo per odo o Android foi evoluindo com uma velocidade e eu fui vendo que tinha aplicativos que algumas pessoas tinham que eu achava interessante e no iPhone n o tinha dispon vel Jogos n o vou lembrar quais aplicativos mas eu lembro que eu fui procurar na App Store e n o tinha Da tu te sente meio barrado tu fica meio sem uma liberdade de escolha Tu vai meio como uma expectativa de entrar numa festa e tu chega l e n o pode entrar Da eu pensava t esse aplicativo eu n o vou poder usar Eu tinha uma sede de usar tudo mas eu fui meio que barrado e fiquei como um usu rio comum R F 30 Existem aplicativos muito espec ficos que s o s pra iPhone Desenvolvedores que trabalham s com iOS mesmo aplicativos nativos da a linguagem s do iOS mesmo Porque alguns aplicativos voc consegue desenvolver em uma linguagem que voc pode aproveitar tanto pra Android quanto pra iOS mas os que s o focados em iOS mesmo geralmente s o pagos e bem pagos Eu sei que na Loja da Apple quando voc vai 2 Decis es 231 submeter um aplicativo voc passa por uma aprova o Os crit rios s o minucionamente olhados pelo time de analistas da Apple tem o contrato l do que voc pode e o que n o pode Se tiver algum ind cio mesmo que n o seja de algo fora do lugar o seu aplicativo j recusado D
30. expandir ele instalei uma rede wifi em casa Em 2005 isso era uma coisa bem nova D P 27 203 Meu primeiro celular foi um Nokia 5120 e foi eu mesmo que montei nem comprei Eu gosto de personalizar coisas era um discurso de poder que eu exercia sobre outros usu rios de celular ah tu tem um celular igual o meu mas eu fa o coisas com o meu celular que tu n o consegue fazer Embora eu n o programe eu tenho que estar ali no meio pra saber como as coisas funcionam R O 29 Eu me considero um apaixonado por tecnologia Eu quero usar bastante as coisas e essa falta que eu tenho de acesso aos aplicativos tudo pago o que faz tu n o ter a experi ncia 100 que tu poderia ter A G 34 Sempre fui apaixonado por tecnologia t sempre atr s das ltimas novidades Acesso muito os sites de tecnologia Gizmodo TechTudo The Verge pra ver o que t acontecendo no mundo de lan amentos E eu gosto muito de gadgets mobile celulares tablets J R 29 5 3 2 Percep o de elementos incongruentes com a orienta o particular O jailbreaking constitui ele mesmo t tica de resist ncia a um conjunto de restri es observadas na apropria o de dispositivos iOS por um grupo particular de usu rios As tem ticas que emergiram dos relatos deste grupo dizem respeito a estas limita es e constituem as motiva es mais recorrentes para a pr tica Consideramos os diversos modos de implementa o do
31. fazer qualquer coisa para acompanhar as not cias mais recentes ou para adquirir novos produtos que nem fa de time de futebol a pessoa faz de tudo pra ir assistir ao time l no fim do mundo Eu fa o isso com a Apple R S 56 Sou fanboy gosto mesmo da Apple admiro os caras Tem gente que gosta de futebol Eu gosto disso D L 31 Eu tenho coisas exclusivas Meu irm o arquiteto e projetou o setor de Mac de uma loja de varejo a meu irm o me deu de presente algo que ningu m tem que uma ma de madeira da Apple pra botar na parede do quarto que eu posso usar como quadro e botar uma l mpada atr s e fazer a ma brilhar Eu s n o instalei isso ainda porque eu quero pintar a parede de azul e a ma de preto Eu quero juntar os meus dois sonhos o Gr mio com uma ma da Apple na camisa do Gr mio HLS 41 Me d prazer usar dispositivos da Apple usar o iPhone assim como torcer pro Palmeiras S M 48 O mito da origem est presente entre as narrativas dos respondentes com rela o ao envolvimento com a marca Dois caras dentro de uma garagem fizeram uma marca que vale bilh es revolucionaram isso sensacional Porque na minha cabe a eles n o tinham criado nada o Steve Jobs um cara que gostava de design fez umas m quinas bonitas e tal mas depois que eu vi n o o Wozniak foi l e projetou as m quinas os caras montaram na garagem e foram vend
32. inclu a o software em seus computadores mainframe e os clientes n o pagavam separadamente pelo programa O modelo de venda de software n o surgiu at a d cada de 1970 quase 25 anos ap s a comercializa o do primeiro computador comercial EVANS et al 2006 Esta defini o foi de extrema import ncia para o desenvolvimento da computa o pessoal sobretudo nestes anos iniciais uma vez que as in meras melhorias nos equipamentos dispon veis ao mercado consumidor pressupunham de algum modo a coopera o entre 60 diferentes fabricantes A compatibilidade entre componentes e certa transpar ncia em rela o ao modo como estas tarefas eram realizadas pressupunham uma arquitetura aberta do hardware Por outro lado medida que a ind stria da computa o avan a esta separa o entre hardware e software fundamenta se cada vez mais em um modelo de prote o do software por parte das empresas Com o intuito de impedir que o software fosse utilizado pelos concorrentes ele n o deveria circular livremente e o c digo fonte t o caro comunidade hacker deixou de ser distribu do restringindo a c pia destes conte dos Do ponto de vista da evolu o de uma ind stria do software todo este processo significou na pr tica a realiza o de ajustes intencionais nos programas para prevenir a c pia e comercializa o pelos usu rios sem pagar direitos ao editor e ao autor Este modelo denominado pelos editores de softwa
33. lt http info abril com br noticias tecnologia pessoal 2014 09 info estima precos de iphone 6 e 6 plus no brasil shtml gt Acesso em 5 out 2014 AMARAL Adriana SOUZA Rosana Vieira User resistance and repurposing a look at the iOS jailbreaking scene in Brazil Selected Papers of Internet Research 14 0 Denver USA 2013 ANDERSON Chris WOLFF Michael The Web is dead Long live the Internet Wired 17 Ago 2010 Dispon vel em lt http www wired com magazine 2010 08 ff webrip gt Acesso em 14 jul 2013 ANDERSON Lessley Fanboys have you ever loved something so much it hurt The Verge 21 Jan 2014 Dispon vel em lt http www theverge com 2014 1 21 5307992 inside the mind of a fanboy gt Acesso em 10 mar 2014 ANDERSON Ross Trusted Computing Frequently Asked Questions Ago 2003 Dispon vel em lt http www cl cam ac uk rjal4 tcpa faq html gt Acesso em 5 set 2014 ANDREW Lees Worldwide Partner Conference 2011 12 Jul 2011 Dispon vel em lt http news microsoft com 2011 07 12 andrew lees worldwide partner conference 2011 gt Acesso em 6 jun 2014 APPLE Corporate Profile 1980 Dispon vel em lt http www sul stanford edu mac primary docs regis 1 html gt Acesso em 5 dez 2013 APPLE2HISTORY ORG Apple II Standard cassette Panasonic RQ 2102 e TV 1977 2012 Dispon vel em lt http apple2history org 2012 06 14 apple 1i standard gt Acesso em 8 jul 2014 APP
34. marca presenteando os com equipamentos da Apple desde a tenra inf ncia Fanboys s o importantes influenciadores s o evangelizadores de marcas no jarg o administrativo cujo papel na sua defesa dos produtos e convers o de novos adeptos tem in cio nos grupos de refer ncia prim rios dentre os quais membros da fam lia amigos e colegas pr ximos Minha filha tem 3 anos e tem um iPad mini e o iPhone 5C rosa O primeiro device dela foi o iPad mini que ela ganhou de anivers rio de 2 anos O iPhone 5C n s demos agora de anivers rio de 3 anos Ela mesma optou por n o fazer festinha ela dizia que queria um Fone e ir pra Disney Ela pega o FaceTime e me liga N s habilitamos um chipzinho pr pago pra ela com pacote de dados ent o o FaceTime dela fica ativo ela tem Apple ID ela compra as coisinhas dela ela tem um cart o de cr dito pr pago s vezes ela liga pro av dela meu pai tamb m tem um iPhone Minha outra filha nasceu agora em abril e j ganhou um macac o com o s mbolo da Apple Atr s e na frente t escrito assim Tm a Mac compatible F P 31 Quando meus filhos eram pequenos o mais novo tinha uns 3 anos e o mais velho uns 6 anos e eles tavam discutindo no banco de tr s do carro Eu j ia dizer pra eles pararem com a discuss o porque eu tava dirigindo da eu prestei a aten o e o mais velho dizia assim pro outro Eu sou o Mac voc o PC
35. ndia em 1998 No mesmo pa s a propaganda foi inserida em dispositivos m veis por um servi o gratuito de not cias no ano de 2000 Desde ent o a oferta de conte do para dispositivos m veis se tornou complexa e diversificada medida que s possibilidades t cnicas uniram se estrat gias e 91 tentativas de constru o de um modelo de neg cio rent vel para os diferentes atores envolvidos A Web m vel muitas vezes chamada internet m vel pode ser caracterizada pelo acesso Web por meio do uso de servi os de internet baseados em navegador utilizando se de dispositivos m veis como celulares e handhelds conectado a uma rede m vel ou sem fio Por suas caracter sticas a Web m vel difere consideravelmente da Web ou internet tradicionalmente acessada via dispositivos desktop Estas peculiaridades v o al m da conex o wireless e incluem como ponto de partida a necessidade de um navegador diferenciado ou microbrowser capaz de interpretar textos imagens e conte do audiovisual A tecnologia para acesso Web via dispositivos m veis estava dispon vel a partir do ano 2000 contudo estes dispositivos s passariam a ganhar massa cr tica alguns anos depois Inicialmente os microbrowsers foram desenvolvidos exclusivamente para acessar o protocolo para aplica es sem fio ou WAP Wireless Aplication Protocol O WAP um padr o internacional para aplica es que utilizam comunica o de dados sem fio e foi desenv
36. o Usu rio Padr o Sim Moderado Moderada a Alta Baixa a T ticas de Moderada enfrentamento T ticas de Jailbreakers Sim Baixo Baixa Alta enfrentamento Rebeli o ativa Desertores Sim Baixo Baixa Alta Rebeli o ativa Fonte elaborado pela autora Inclu mos a intensidade da resist ncia a partir do continuum de manifesta es da resist ncia nas pr ticas de consumo sugerido por Fournier 1998 Consideramos a nomenclatura utilizada pela autora para as manifesta es da resist ncia como forma de identificar diferen as e similaridades entre os grupos Essa uma avalia o subjetiva que considera que v rios tipos combinados de manifesta o da resist ncia podem atuar Assim identificamos que um comportamento de evita o consistente com os relatos dos Fanboys Jailbreakers e Desertores manifestam t ticas condizentes com a no o de rebeli o ativa enquanto o Usu rio Padr o expressa na maior parte dos relatos t ticas de enfrentamento o que Fournier 1998 chamou de comportamento de minimiza o Embora esteja fora do escopo deste estudo avaliar estatisticamente rela es causais ou de depend ncia entre as vari veis investigadas os resultados apontam para uma rela o positiva entre o envolvimento com a marca e a intensidade com que a resist ncia experenciada Enquanto Fanboys apresentam baixa intensidade refletida nos relatos das t ticas implementadas e nos incidentes cr ticos Deser
37. o aqui no Estado ENTREVISTADORA e voc n o pensou em vez de comprar um dispositivo da Apple em adquirir outro por exemplo o Android Ah pensei bastante sim depois que eu comprei o iPad mas pensei se o Android fornecia os mesmos aplicativos E eu vi que infelizmente se eu fosse adotar um tablet Android n o tinha Os de melhor qualidade na Astronomia s o limitados plataforma iOS N o teve arrependimento porque um tablet mais barato com Android n o ia me agradar na qualidade processamento que tudo que a Apple oferece J S 23 Eu gostei das melhorias que eles implementaram Muitas das coisas que eu gosto no meu aparelho com jailbreak como os atalhos para os comandos a quest o da seguran a depois de um tempo a Apple implementou no sistema oficial A nica coisa que me faltaria mesmo a quest o do Torrent por isso eu pretendo sempre ter o jailbreak eu pretendo comprar o aparelho e ter jailbreak sem d vidas Mas eu tenho o iPad eu tenho o notebook o iPhone eu tenho tudo sincronizado quero continuar no ecossistema da Apple D P 27 3 Obsolesc ncia de produto Entre os usu rios de jailbreak uma das motiva es para a modifica o do sistema operacional foi a percep o de queda de desempenho ou mesmo inviabilidade de uso de um aparelho mais antigo Por aparelho antigo entende se por exemplo segundo relatos destes usu rios a primeira gera o do iPad lan ado no ano de
38. o d pra se iludir n o a mesma coisa quando faz jailbreak por exemplo tinha uns aplicativos que vinham todos pixelados eles n o tinham a mesma qualidade de um aplicativo que voc baixa num iPad dentro de um sistema da App Store n o a mesma coisa Ent o quando voc faz isso voc tem que saber que voc n o vai ter a mesma coisa 240 que voc teria l Tinha jogos que nossa parecia que voc tava jogando Super Mario em 1995 risos que ficava todo granulado Mas at passava eu pensava ok vou usar o que tem I V 28 J a publicit ria e fot grafa L L precisou lidar com o que considerou uma limita o nos resursos de som quando ainda tinha um iPhone A partir de uma pesquisa na internet a limita o foi solucionada de forma criativa O MotoG tem a vantagem do som o design dele feito pra voc ligar o som se voc quer ouvir um podcast voc coloca sobre a mesa e o formato dele j como se fosse uma caixa ac stica Ent o eu n o preciso botar dentro de um copo como eu fazia com o iPhone pra aumentar o som ENTREVISTADORA Me explica isso de botar o iPhone dentro do copo risos Por exemplo no banheiro quando eu ia tomar banho e eu queria ouvir m sica eu colocava o iPhone dentro da pia que ali o som aumenta n Na cozinha quando eu ia cozinhar eu colocava dentro de um copo pra fazer o som ficar mais alto Pode testar Tem na internet se procurar como transformar
39. o das esp cies e a liberdade um dos mais importantes valores o estilo de vida como campo de profundo jogo hist rico e filos fico incultiu o consumo com signific ncia profunda por um modo de estilo de vida mais aut ntico BINKLEY 2003 p 300 78 e a tecnologia como ferramenta de transforma o social Traduzido de holistic ecological scientism with a practical set of lifestyle injunctions and techniques 8 Traduzido de Lifestyle as a field of philosophical and historical deep play infused consumption with deep significance for a more authentic mode of lifestyle 33 A maioria dos leitores era inspirada pela impress o de profundidade implicada por um sistema maior subjacente cujo equilibrio era afetado pelas nossas escolhas mundanas cotidianas Como tal o consumo adquiriru uma participa o moral e pessoal podia se ajudar ou impedir a vida no planeta atrav s das pr prias escolhas di rias BINKLEY 2003 p 299 O Whole Earth por meio da vis o cibern tica de organiza o projetava se como um sistema aberto em que leitores e produtores da publica o detinham o mesmo n vel de controle sobre ela Dessa forma buscava oferecer aos leitores meios para encontrar informa es que pudessem mudar seu comportamento ver o mundo material como um amplo sistema de informa o TURNER 2006 A publica o tornou dispon veis itens de consumo a redes de comunidades dispersas geograficame
40. o de mercado que dominavam o mercado dos minicomputadores assim como outras corpora es da poca foi relativamente indiferente ao movimento que iniciava e dava forma ao futuro mercado dos microcomputadores Acostumada robustez de m quinas que custavam n o menos do que U 15 mil a ind stria dos minicomputadores n o teve interesse nos pequenos e baratos equipamentos que entusiasmavam a audi ncia de hobistas WINSTON 2003 A ind stria do software ensaiava seus primeiros passos em dire o computa o pessoal A linguagem BASIC servia alguns computadores mainframe e n o tinha ampla aceita o na academia como linguagem de programa o Programa o s ria era feita em FORTRAN uma linguagem antiga e vener vel mas ainda capaz CERUZZI 1998 p Em 1975 contrariando sua tradi o mainframe a IBM chegou a lan ar o Modelo 5100 um computador pessoal que custava cerca de U 9 000 cabia sobre uma mesa e continha um processador teclado drive de fita cassete e pequeno terminal de v deo Com pouco apoio da comunidade de hobistas que cresceu em torno do Altair as vendas desta m quina foram inexpressivas CERUZZI 1998 p 248 49 232 Logo uma vers o do BASIC para microcomputadores n o era a escolha mais obvia contudo foi por meio de Bill Gates e Paul Allen da Microsoft que melhorias na linguagem BASIC foram realizadas para adentrar a futura e promissora ind stria do software a qual teria
41. o de um dispositivo m vel como iPod iPhone ou iPad O primeiro contato de L R com um produto da Apple foi tamb m seu primeiro smartphone um iPhone 3GS que comprou usado de uma amiga em 2011 I V teve seu primeiro contato com a Apple na faculdade de jornalismo no laborat rio de Macs sistema operacional com o qual teve que se acostumar um sistema totalmente diferente do sistema do PC com Windows com o qual estava acostumada pois s teve este tipo de computador em casa O mouse de arrastar eu tive que reaprender com aquilo Ficou impressionada a partir do momento que passou a interagir mais com o novo sistema e os softwares que foi aprendendo a usar Foi nessa poca no final de dezembro de 2010 que optou por comprar um iPad de primeira gera o A lembran a de um encantamento no primeiro contato com equipamentos da Apple narrada pela maioria dos entrevistados deste grupo T S teve seu primeiro contato com produtos Apple ainda na cidade de S o Leopoldo ao adquirir um iMac G3 umas caixinhas coloridas o meu era branco com verde era lindo na poca era bem caro at comprei financiado A lembran a de experi ncia mais marcante nessa poca foi o desempenho de softwares gr ficos fiquei enlouquecido com a maneira que a gente conseguia usar o Photoshop foi a primeira vez que usei Ilustrator na minha vida ele era r pido comparado com outros computadores ele era muito fofinho de carregar p
42. o vai abrir isso pra uma empresa de pesquisa No Google Drive arquivos sobre pol tica que eu gosto o tipo de coisa que eu n o postaria H P 41 Me irrita muito voc entra num site e tem os links patrocinados e eles te sugerem coisas que voc pesquisou isso uma invas o de privacidade que n o legal pelo menos devia ficar mais claro que o Google est coletando esses dados Eu s t no Twitter pra consumir informa o n o pra escrever ali n o uso Facebook At onde eu sei esse n o o mercado da Apple n o assim que ela faz dinheiro a grande diferen a que eu vejo nos servi os quando eu vou analisar se eu vou dar minha informa o como ele faz dinheiro O Google e o Facebook ganham desse jeito ent o eu procuro ficar fora desse modelo D L 31 3 Depend ncia do iTunes App Store A depend ncia dos canais propriet rios de 2 distribui o de conte dos iTunes e App Store reconhecida como um exemplo de fechamento do ecossistema praticado pela empresa A obrigatoriedade de utiliza o de canais como o iTunes para sincroniza o e transfer ncia de arquivos percebida como pouco amig vel tem a quest o da loja iTunes que orienta o usu rio a comprar m sica e n o baixar gratuitamente O que por um lado est certo porque eu acredito que sim a gente deva valorizar o artista Mas a grande maioria baixa de gra a da internet isso fato muito f cil gasta
43. os chips TPM somente foram utilizados em dispositivos da Apple entre 2006 e 2009 Entretanto como destaca Doctorow 2012 na medida em que os dispositivos computacionais da Apple somente permitem que seus sistemas operacionais rodem aplicativos previamente autorizados est o em opera o tecnologias restritivas que visam a manuten o do controle da empresa sobre a experi ncia do usu rio Chegamos assim a um est gio em que a l gica dos computadores e redes de prop sito geral generativos em ess ncia precisam encontrar lugar no discurso p blico da seguran a dos sistemas computacionais Cada um deles chegar ao mesmo tempo voc n o pode apenas criar um computador de prop sito geral que rode todos os programas exceto aqueles que nos assustam e provocam Voc n o pode apenas criar uma internet que transmita qualquer mensagem atrav s de qualquer protocolo entre dois pontos sem nos aborrecer Todas as tentativas de controlar PCs v o convergir em rootkits e todas as tentativas de controlar a internet v o convergir em vigil ncia e censura DOCTOROW 2012 online O ambiente das redes eletr nicas e das tecnologias de restri o fez expandir movimentos de resist ncia s variadas modalidades de controle corporativo Muito embora alguns destes movimentos n o tenham origem nas redes eletr nicas mas nas pr ticas hackers contra posse e distribui o de bens digitais protegidos por tecnologias antic pia
44. porque n o acho que tenha nada necess rio a esse ponto Acho que isso uma coisa que me separa dessas pessoas super tecnol gicas eu n o supervalorizo a tecnologia a esse ponto de querer comprar aplicativos Uso o que tem gratuito B R 18 Eu compro aplicativos No iPhone eu comprava muito Nunca me importei muito de pagar por aplicativos Eu tinha todos que eu queria tudo que eu achava importante at aqueles editores de texto que eram tipo 9 d lares eu comprava que no Android muito mais barato Mas que os aplicativos da Apple s o melhores Da tudo que eu n o posso baixar no 179 Android eu baixo no iPad eu n o senti tanta falta quando trocou o iPhone pelo Galaxy Note III porque eu posso baixar no iPad e usar ali No Android os aplicativos t m muita propaganda eu acho que porque s o gratuitos Eu uso muito aplicativos de fotos e na Apple eles s o melhores e chegam depois no Android E eu sou uma pessoa que quero ter tudo antes fazer tudo antes sou meio apressada C M 24 Dispositivos iOS e tecnologias digitais de um modo geral sao instrumentais para este grupo s o meios para alcan ar produtividade Eu n o enxergo a tecnologia como um fim mas como um meio pra me dar produtividade pra resolver minha vida Por isso que eu brinco que eu sou um feliz prisioneiro da Apple eu n o quero ter que formatar meu computador ter que ficar descobrindo como funciona um pro
45. provavelmente teria me perdido Ent o a pr pria localiza o e servi o de busca do Google alinhado ao mapa deles eu consegui fazer tudo no tempo exato sem perder nenhum minuto Se eu me perder vou ter todas as informa es na palma da minha m o ENTREVISTADORA tu acredita que teria estes mesmos recursos em dispositivos iOS Sim eu teria mas acho que n o com tanta liberdade como eu tenho no Android Se tu pode escolher por uma marca X ou Y O que eu gosto que eu adoro os smartphones da Samsung alinhado ao software de terceiros que o do Google E P 28 Plataformas como o Android nesse sentido v o ao encontro de valores e princ pios identificados T S por exemplo diz que n o costumava pagar para ter aplicativos no iPhone 3GS nunca gastei I centavo no iOS todos os programas que eu baixei eram gratuitos Por outro lado tamb m nunca fez jailbreak porque n o tinha tempo nem paci ncia pra ficar fu ando Segundo T S o fato de nunca ter inserido o n mero do seu cart o de cr dito para pagar por aplicativos em dispositivos m veis da Apple tamb m tinha motiva o ideol gica Eu acho que mais uma quest o de ativismo pol tico a minha vis o eu acho que hoje em dia com a quantidade de op es que a gente tem de aplicativos gr tis por que eu vou pagar Sempre existe um substituto e sempre existe uma maneira de voc contornar Eu acho que a nossa sociedade
46. que n o s o iOS eu realmente vejo que as pessoas t m mais dificuldade R R 25 Eu ensino as pessoas a usarem iPhone e Android E a curva de aprendizado do iPhone rapid ssima ela olhou ali e j entendeu ela repete uma mesma tarefa em v rias reas do sistema enquanto no Android eu t falando de pessoas que n o t m afinidade com tecnologia essa curva mais lenta Com pessoas mais velhas batata voc d um Apple pra eles e ensinar a usar mais ou menos e d um Android e o Android dif cil ele vai aprender mas no Apple mais r pido E isso acontece por conta dessa consist ncia E essa consist ncia se espalha em todos os dispositivos mesmo no computador voc vai ter um modelo um formato uma forma de salvar tudo consistente na Apple E essa a briga dos desenvolvedores que a Apple te prende a criatividade Na verdade ela t dando consist ncia pro usu rio final e os n meros s tem crescido de consumo da Apple ent o eu n o sei se t errado o modelo da Apple acho que incomoda muita gente que quer mexer mais a fundo nos dispositivos Mas eu discordo completamente que um produto fechado que dif cil de usar que te impede de certas coisas V C 41 A padroniza o voc mexe em um iPhone e voc vai saber mexer em todos Android eu j peguei uns que eu n o sei o que fazer n o sabia destravar tela Eu gosto desta organiza o os aplicativos t m um certo pa
47. rio da rede e de como esta seria estruturada embora a estrutura da Usenet fosse em forma de rvore portanto disciplinar com categorias de tem ticas pr definidas tais como comp para computadores ou rec para hobbies CERUZZI 1998 foi especialmente dentro de uma delas que a rede se desenvolveu com intensa participa o do usu rio aquela cujas tem ticas eram demandadas pelo pr prio usu rio a Miscelanea ou Misc O Misc era t o vital para os posseiros do ciberespa o que os hackers logo inventaram modos de liberar a cria o de grupos das formalidades existentes porque tinha todo um sistema para criar e organizar os grupos A 39 66 come aram a surgir uns grupos malucos do tipo eu odeio Barney poetas negras l sbicas A reordena o da informa o no modo miscel nea transformou a rvore da Usenet em um poderoso rizoma MALINI e ANTOUN 2013 p 36 37 s tentativas de estrutura o e formaliza o dos recursos da rede se seguiam modos alternativos de apropria o dos usu rios que passaram a redefinir os usos do que entendiam ser um espa o de livre express o e compartilhamento Cerf 2013 online comenta que a no o de abertura constituiu desde o in cio um valor central n o somente sob uma perspectiva filos fica mas de modo a permear a arquitetura e os protocolos t cnicos da futura rede Com protocolos publicados abertamente sem a necessid
48. sutil Por essa raz o a tecnologia express o de inconformismo para este grupo Entretanto diversas t ticas foram implementadas at que a decis o por migrar para outra plataforma fosse efetivamente implementada O Quadro 9 apresenta a s ntese das tem ticas relativas s percep es de limita es no uso do iOS e vis o da tecnologia Quadro 9 Codifica o tem tica dos elementos incongruentes e vis es da tecnologia Grupos Tem ticas Fanboys Usu rio Padr o Jailbreakers Desertores Facilidade de uso invisibilidade do SO padroniza Ambiente Desejo de Android aberto e personaliza o flex vel Decis es de est vel justifica est vel n o ecossistema EA rr ene eerie limita es justifica limita es Facilidade para ree Desejo de acesso a Pear Depend ncia da quem quer Egas i Page Motiva o para E Dificuldade de uso aplicativos iTunes A pp Store aprender sobreo i migrar gratuitos ecossistema Obsolesc ncia de Vista como Altos custos de produto A impositiva nico recurso manuten o Tecnologia como Tecnologia como T 4 Tecnologia como Tecnologia como Vis es da tecnologia meio para 3 express o de fetiche ae explora o 2 produtividade inconformismo Fonte elaborado pela autora Ao buscar entender diferen as entre os grupos com rela o s t ticas implementadas passamos an lise de poss
49. ticas de resist ncia cotidiana Interessante observar que no campo da Administra o estes modos de reinven o de produtos ao longo da experi ncia de consumo s o vistos como momentos de cocria o que devem ser contudo monitorados e compreendidos por parte das empresas Segundo Vargo apud EATON et al 2011 clientes cocriam valor quando adotam e customizam a tecnologia Contudo de interesse das empresas que buscam extrair renda econ mica da sua inova o em servi os dentro de um ecossistema digital definir como apoiar a generatividade sem perder completamente o controle na medida em que a generatividade sem controle n o gera valor econ mico EATON et al 2011 Nos ecossistemas digitais de entretenimento nos quais vemos em funcionamento a l gica computacional dos aparelhos informacionais contempor neos o sistema operacional desempenha papel central na estrutura o dos conte dos e recursos aos quais os usu rios t m acesso Empresas como a Apple buscam controlar os modos de apropria o de seus dispositivos a partir de estrat gias de lock in com forte integra o vertical de hardware software e servi os Estas estrat gias resultam na cria o de n veis controlados de generatividade nos dispositivos ofertados 10 Traduzido de Moreover it seems that sometimes users of technologies imbue them with special meaning and emotional valences The increasing integration with the physical body social meaning an
50. uma burrice Apesar de toda qualidade de hardware e de software deles Toda essa quest o do iTunes de voc n o conseguir tirar as m sicas incomoda as pessoas que t m um pouquinho mais de alfabetiza o digital As minhas duas maiores decep es com a Apple principalmente com o iOS foram o iTunes e o aplicativo Maps O iTunes desde 2013 cada evolu o cada upgrade dele fez com que parasse de funcionar no iPhone 3GS Eu ODEIO o iTunes eu detesto tenho horror do iTunes e o maior motivo de eu ter desistido do iOS a operacionaliza o do iTunes quando eu ligo no meu Mac A maneira como voc olha a interface do iTunes tanto no iMac quanto no iOS horr vel Qualquer coisa que tu queira fazer no iTunes tu vai pro iCloud a teu iTunes fica lento pra carregar ENTREVISTADORA Ent o quais as maiores restri es que tu percebias no uso de dispositivos iOS Ent o se tu me perguntar por que tu desistiu do iOS eu vou te dizer que por dois motivos primeiro a baita decep o com o aplicativo Apple Maps e em segundo lugar a maneira como o iTunes faz n o funcionar nada fazendo com que eu n o consiga mais fazer nenhuma conversa entre o meu computador iMac G5 e o celular iPhone 3GS Hoje em dia eu ligo o smartphone Android no iMac e ele funciona mil vezes melhor do que funcionavam dois dispositivos da mesma marca sabe isso uma contradi o e eu n o entendo o porqu disso T
51. veis e seguras pois a generatividade deixa de ser espa o de cria o do usu rio para ser sin nimo de vulnerabilidade A partir da Teoria Fundamentada STRAUSS e CORBIN 1990 com o aux lio de entrevistas em profundidade investigamos quatro grupos de usu rios Fanboys Usu rio Padr o Jailbreakers e Desertores Os resultados oferecem ind cios de que as manifesta es e a intensidade da resist ncia s o moderadas pelo envolvimento com a Apple e pela presen a do ecossistema de produtos PALAVRAS CHAVE Resist ncia Cotidiana Generatividade Sistema Operacional Contracultura Apple Ecossistema Digital ABSTRACT The aim of this study is to understand how the users articulate tactics of everyday resistance to 10S Apple ecosystem Specifically we sought to 1 identify the extent to which the users of those systems are aware of its restrictions 2 understand how tactics of everyday resistance are manifested among different groups of iOS ecosystem users 3 discuss possible moderating factors of the perceived limitations and resistance tactics and 4 understand how the iOS interacts with corporate strategies as a way to control the consumer experience Along the history of personal computing and the Internet the idea of openness has been a core value in the user experience The connected PC was opened to softwares created by third parties and constituted a generative device in essence Zittrain 2006 Its flexible architecture all
52. veis moderadores na rela o de usu rios com seus dispositivos Apesar da percep o de restri es ser condi o para a manifesta o de algum n vel de resist ncia seja na forma cotidiana ou expl cita ela n o est diretamente relacionada intensidade com que as t ticas s o manifestadas Identificamos a partir deste estudo que a apropria o dos dispositivos m veis moderada por pelo menos dois fatores chave 1 o envolvimento do usu rio com a marca 250 e 2 a integra o com outros dispositivos iOS que chamaremos presen a do ecossistema de produtos na rela o do usu rio com os dispositivos Fazer parte de um ecossistema fator de modera o na resist ncia na medida em que a experi ncia de apropria o de um conjunto integrado de dispositivos distinta da apropria o de um dispositivo 10S Isso ocorre em fun o da forte depend ncia entre os produtos da Apple que quando tomados individualmente operam de forma isolada O Quadro 10 apresenta uma s ntese dos fatores que afetam a apropria o dos dispositivos iOS Quadro 10 Fatores que afetam a percep o sobre o uso do iOS e moderam a resist ncia Fatores Integra o com Percep o outros Intensidade Manifesta es Grupos ces Envolvimento E Ea AA ais de restri es dispositivos iOS da resist ncia da resist ncia com a marca presen a de ecossistema Fanboys Sim Alto Alta Baixa Evita
53. 2010 Ou o iPod de A S 17 anos que assim explica sua frustra o Eu ficava bastante revoltado pelos jogos n o rodarem mas era porque meu iPod era inferior mesmo No Natal de 2010 quando eu morava na Argentina eu comprei um iPad 1 pra ler quadrinhos que uma coisa que eu gosto Foi a que eu comecei a entender o iTunes eu n o gosto acho que a prova de que a Apple n o t o genial assim Depois eu ganhei um iPod da empresa onde eu trabalhava Eu fiz o jailbreak pra poder baixar aplicativos porque eu morava na Argentina e n o tinha cart o de cr dito internacional Mas depois que eu voltei pro Brasil eu fiz jailbreak de novo porque eu n o conseguia instalar alguns apps porque a vers o do iOS do meu iPad 1 n o suporta O iOS do iPad 1 o 5 1 1 n o tem como instalar alguns jogos e apps tu tem que fazer jailbreak R O 29 Eu fiz jailbreak no iPad tamb m por birra sabe Pela Apple ter esse perfil de abandonar completamente o usu rio antigo em fun o dessa coisa de tu tem que ter o ltimo modelo Essa obsolesc ncia programada eu n o curto muito tanto que at hoje eu tenho o iPad 1 com jailbreak R O 29 No meu iPad comprado em 2010 o aplicativo iFile j n o funciona Eu preciso comprar outro Se eu tivesse um iPad novo teria sido muito menos traum tico fazer uma apresenta o numa tela min scula do iPhone D P 27 208 5 3 3 T ticas e manif
54. 3GS eu experimentava bastante e seguidamente dava problema Quando tu vai instalar um aplicativo crackeado por exemplo e da ele come a a fazer teu telefone ficar resetando sozinho E como nesse daqui eu n o tenho a possibilidade de ficar restaurando toda hora eu j sou mais contido nessas experimenta es no que eu vou instalar nele D P 27 O jailbreaking considerado legal nos EUA desde quando o Library of Congress definiu que a pr tica n o viola o copyright da Apple No Brasil esta ainda uma rea nebulosa uma vez que n o h legisla o no tema ainda e a pr tica de modifica o de dispositivos adquiridos por usu rios n o considerado ilegal Apesar disso a Apple argumenta que o jailbreaking viola a garantia do aparelho Mais do que isso a empresa deixa claro em nota as consequ ncias de realizar modifica es n o autorizadas no iOS incluindo problemas de vulnerabilidades de seguran a instabilidades nos aparelhos e aplicativos tais como congelamentos e bloqueios de aplicativos nativos e de terceiros perda de dados entre outros vida til da bateria reduzida impossibilidade de realizar futuras atualiza es de software entre outros problemas Estas advert ncias quanto realiza o de modifica es no 10S n o inibem o bacharel em Cinema D P por exemplo que as gerencia protelando o jailbreak sem deixar de realiza lo Atualmente ele tem jailbreak no iPad adquirido em 2010 e no iPhone 4
55. BINKLEY Sam The seers of Menlo Park the discourse of heroic consumption in the Whole Earth Catalog Journal of Consumer Culture v 3 n 3 p 283 313 2003 BLOGIPHONE COM BR Inaugura o da Apple Store on line no Brasil Dispon vel em lt http www blogiphone com br tag apple online store brasileira gt Acesso em 2 set 2014 CAILLIAU Robert Twenty years of a free and open www CERN 30 Abr 2013 Dispon vel em lt http home web cern ch cern people opinion 2013 04 twenty years free and open www gt Acesso em 30 abr 2013 CASTELLS Manuel A sociedade em rede 6 ed S o Paulo Paz e Terra 2002 CASTELLS Manuel FERNANDEZ ARDEVOL Mireia QIU Jack Linchuan SEY Araba Mobile communication and society a global perspective Cambridge The MIT Press 2007 CAULFIELD Brian A decade after Steve Jobs positioned Mac as a Digital Hub iCloud could bury PC Forbes 3 Jun 2011 Disponivel em lt http www forbes com sites briancaulfield 20 1 1 06 03 a decade after steve jobs introduced the digital hub icloud will let apple kill your pc gt Acesso em 3 set 2013 CERF Vinton G The open internet and the web CERN 30 Abr 2013 Disponivel em lt http home web cern ch cern people opinion 2013 04 open internet and web gt Acesso em 30 abr 2013 260 CERTEAU Michel de A inven o do cotidiano 1 Artes de fazer Petr polis Vozes 1994 CERUZZI Paul A history of modern computing Camb
56. E n o tem nada nem um bot o que me indique que eu possa cancelar aquilo e apagar Ficou eternamente ali meu marido tamb m n o conseguiu E eu t tendo que conviver com aquele erro ali Tem coisas que tu tem que procurar no Google No fim o Google que te ajuda risos M M 38 Scripts definidos pela Apple Falta de flexibilidade 282 AP NDICE G Quadro resumo Incidentes Cr ticos Jailbreakers INCIDENTE CR TICO POSITIVO foco no jailbreak CATEGORIA Excerto Foi justamente quando eu consegui fazer o jailbreak na segunda vez e da voc avalia o quanto deu certo em rela o vers o anterior afinal eu tinha passado um ano com o jailbreak e eu iria fazer novamente Quando eu verifiquei que deu tudo certo realmente foi muito bom ele tava perfeito o iPad os aplicativos J S 23 Sucesso na instala o do jailbreak Uma das coisas que melhor ficou acho que foi pela experi ncia foi a quest o do aplicativo que era essa no iPad 1 mesmo que voc tivesse um cabo VGA ele n o passava toda a imagem pro projetor digital Pra poder ver as duas imagens eu lembro que instalei esse aplicativo que s tem na vers o jailbreak e ele pegou perfeitamente tinha possibilidade de encontrar resolu o v rias coisas Isso foi extremamente positivo Muita gente baixava ele pelo Cydia Porque isso era uma limita o virtual do iPad 1 que n o tinha como voc exportar
57. EDUFBA 2009 Resist ncia criptopol tica matem tica e viol ncia In ASSOCIA O BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM CIBERCULTURA Curitiba 2013 Dispon vel em lt http pt slideshare net sergioamadeu resistencia criptopolitica abciber 2013 gt Acesso em 3 jun 2014 SLIDE to unclock Patented 9to5Mac 25 Out 2011 Dispon vel em lt http 9toS5mac com 2011 10 25 slide to unlock patented gt Acesso em 13 jan 2014 SPENCER Graham Mapping the Entertainment Ecosystems of Apple Microsoft Google amp Amazon Oct 2012 Disponivel em lt http www macstories net stories mapping the entertainment ecosystems of apple microsoft google amazon gt Acesso em 3 mar 2014 268 STAJANO Frank Security for whom The shifting security assumptions of pervasive computing Lectures Notes on Computer Science v 2609 p 16 27 2003 Dispon vel em lt http www lce eng cam ac uk fms27 gt Acesso em 12 dez 2013 STALLMAN Richard Free Software free society Selected Essays of Richard M Stallman 2 ed Boston Free Software Foundation 2010 Dispon vel em lt http www gnu org philosophy can you trust html gt Acesso em 22 abr 2014 STEINBOCK Dan The mobile revolution the making of mobile services worldwide Cornwall MPG Books 2005 STRAUSS A L CORBIN J Basics of Qualitative Research London Sage 1990 TALUKDER Asoke K AHMED Hasan YAVAGAL Roopa R Mobile computing technology applicat
58. L L 28 Em alguns casos h certa confus o com a quest o do software propriet rio e sua rela o com uma estrat gia de fechamento do ecossistema A plataforma Android nesse caso vista como aberta e flex vel para atua o de usu rios e desenvolvedores A quest o da seguran a pode ser considerada mas n o chega a ser destacada na avalia o destes usu rios que optaram por deixar o sistema iOS Um dos porqu s de eu n o voltar pro iPhone que a Apple totalmente fechada Como o software propriet rio voc n o consegue botar uma m sica ou foto no iPhone sem passar pelo iTunes coisa que eu n o tenho com o Android que um sistema aberto que eu plugo meu smartphone no meu notebook e eu transfiro v deos fotos e qualquer conte do que eu deseje seja pdf um arquivo do word diretamente pro storage do telefone sem precisar ter um aplicativo do Google ou da Samsung isso que interessante Como o iTunes propriet rio o pr prio sistema iOS propriet rio versus Android que totalmente aberto livre e dispon vel pra tu fazer qualquer modifica o E P 28 A nica forma de eu transferir um arquivo pra um telefone plugando um cabo e ligando o computador e abrindo o iTunes j com esse meu Android ele realiza essa mesma opera o via wifi ou seja eu n o preciso estar conectado a um computador e eu n o preciso de nenhum programa Acaba sendo uma vantagem que o usu rio de iPhone n o tem
59. P 32 Eu esperava que o Garage Band fosse igual no iPad e no iPhone mas n o Me falaram bah eu usei o Garage Band do Mac do fulano eu pensei que era igual mas n o ele tem mais recursos no iPad do que no iPhone onde muito simples me decepcionei porque um aplicativo da Apple e eu precisava muito B R 18 S o as dificuldades para apagar coisas que tu baixou Quando tu n o compra diretamente do iTunes tu fica meio enrolado Uma vez tinha uma promo o do iTunes no final do ano te dando doze dias de presentes gr tis oferecendo algumas m sicas e eu acabei ao inv s de ouvir tudo que tava sendo oferecido por pregui a mesmo eu fui aceitando e baixando Quando eu fui ouvir tinha m sicas com vers es que eu n o gostei vers es de shows E quando fui apagar n o tinha como apagar Eu queria tirar de onde tinha ficado registrado do iCloud mas n o conseguia Um dia eu consegui apagar tudo indo pelas configura es Mas a outro dia quando fui fazer uma atualiza o as m sicas voltaram Ent o alguma coisa eu ainda n o consegui aprender 100 Tem alguma coisinha que eu ainda tenho que ir no Google como eliminar uma m sica que tu n o quer mais risos Ent o tem algumas coisas que n o s o t o intuitivas n o tudo uma maravilha At hoje eu tamb m n o consegui eliminar um filme que eu tentei baixar e deu erro E eu nunca mais consegui tirar ele dos downloads
60. Paulo foi o primeiro produto Apple conquistado por S M Desde maio de 2006 ele editor de uma revista especializada sobre a marca Muitos usu rios de Macintosh tiveram um primeiro contato com computadores Apple no ambiente de trabalho ou na faculdade O bacharel em R dio e TV D L nico na fam lia aficionado por tecnologias digitais n o conhecia a Apple nem a hist ria da marca mas chamava sua aten o uma campanha veiculada no canal Fox no break comercial do desenho animado Simpsons era aquele do abajurzinho eu achava maravilhoso D L se refere ao iMac G4 produzido pela Apple entre 2002 e 2004 Apelidado de iLamp o iMac G4 possuia haste ajust vel e formato que lembrava uma lumin ria de mesa Para o entrevistado estes equipamentos que via em comerciais no Brasil eram voltados para o mundo profissional especialmente para o nicho publicit rio Dessa forma assim como seus colegas interessados em games n o os associava divers o Na minha cabe a eu gostava de jogo e eu tinha que ter um PC porque quando eu ia comprar jogos no shopping p n o tinha nada pra Mac nunca parei pra pesquisar e pensava ah isso a n o pra mim Foi somente quando entrou na faculdade que teve o primeiro contato com o iMac G3 aquele coloridinho que usava como ferramenta para edi o de v deo Em casa entretanto usava PC nessa poca s usava na faculdade mas tamb m n o fui atr s pra saber quem foi o Ste
61. Pervasive 263 computing the mobile world 2 ed Berlin Springer Verlag 2003 HARALANOVA Christina Jailbreak Me Possess Me Mobile Hacking Practices Journal of Mobile Media The Mobile Cultures Issue v 6 n 3 2012 Dispon vel em lt http wi mobilities ca jailbreak me possess me mobile hacking practices gt Acesso em 3 dez 2013 HATTERSLEY Lou Complete guide to Apple Continuity in iOS 8 and OS X Yosemite everything you need to know about Handoff Phone Calls Text Messages and Instant Hotspot MacWorld 13 Jun 2014 Disponivel em lt http www macworld co uk feature mac complete guide continuity in 10s 8 os x 1010 yosemite 3524705 gt Acesso em 12 ago 2014 HAZLETT Thomas W TEECE David WAVERMAN Leonard Walled garden rivalry the cration of mobile network ecosystems George Mason University Law and Economics Research Paper Series p 11 50 2011 HESTRES Luis E App neutrality Apple s App Store and freedom of expression online International Journal of Communication v 7 p 1265 1280 2013 HIMANEN Pekka A tica dos hackers e o esp rito da era da informa o a import ncia dos exploradores da era digital Rio de Janeiro Campus 2001 HOLLANDER Jocelyn A EINWOHNER Rachel L Conceptualizing resistance Sociological Forum v 19 n 4 p 533 554 2004 HOOG Andrew Android Forensics investigation analysis and mobile security for Google Android Waltham Elsevier 2011 HOOG A
62. Programming 100 Embora t o presente no cotidiano das pessoas para Evans et al 2006 h pouca aten o hist ria e centralidade dos sistemas operacionais na constru o da ind stria da computa o se comparado com os diversos estudos sobre a trajet ria do hardware Isso se d devido ao fato de o software n o constituir uma classe de produto t o bem definida trata se de um produto intang vel Plataformas de software constituem um conjunto de programas que se localizam entre o hardware e uma aplica o Podem constituir tanto um sistema operacional quanto um ambiente de programa o embora seja mais comumente uma combina o dos dois O kernel n cleo de um sistema operacional respons vel pelo gerenciamento de processadores mem ria input e output e outras fun es de apoio EVANS et al 2006 Sistemas operacionais s o compostos por diferentes interfaces de programa o de aplicativo Application Programming Interfaces ou APIs ex o Linux usa uma API diferente para software de aplica o daquela usada pelo Windows Assim sistemas operacionais tamb m atuam fornecendo servi os para as aplica es por meio de APIs que possibilitam o acesso ao hardware entre outras fun es O fato de um sistema operacional rodar em diferentes arquiteturas ex Linux n o significa que o software escrito para um sistema operacional vai automaticamente funcionar em todas as arquiteturas que o sistema operacional suporta o q
63. RS e pela fant stica e divertida viagem no tempo E ao colega H lio Sassen Paz pela disponibilidade e indica o de contatos que auxiliaram na fase emp rica deste estudo Agrade o aos 32 informantes que generosamente dispuseram se a participar das entrevistas como usu rios ou ex usu rios de dispositivos 10S contando suas hist rias ou enviando materiais sem os quais esta pesquisa n o seria poss vel A minha fam lia por ser meu eterno porto seguro e por compreender e relevar por fim minhas aus ncias Eu fui somente aus ncia durante quatro anos Este trabalho inteiramente dedicado a voc s Aos amigos que me viram mais ansiosa estressada e cansada do que o normal mas que ainda assim seguem sendo meus amigos Aos colegas que se tornaram amigos e foram especialmente importantes nesta reta final por sua paci ncia e est mulo Ta s Vieira Gabriel Daudt M rcia e Juliano Molina Ao T rsis Salvatore pelas dicas gr ficas querida Sandra Montardo pela torcida e amizade Ao professor Val rio Cruz Brittos in memoriam que carinhosamente me acolheu no seu grupo CEPOS em um momento t o decisivo da minha vida acad mica Pelas conversas e conselhos que levarei para sempre por sua sabedoria e orienta o meu muito obrigada A minha orientadora Adriana Amaral pelo timing correto pelo apoio amizade e presen a constante Aprendi com ela que a ci ncia n o precisa ser herm tica elitista Que a verdade n o est no
64. S 37 Eu acho muito irritante voc ter uma necessidade e somente atrav s de um aplicativo espec fico voc colocar um documento imagem foto ou 233 grava o na mem ria do smartphone porque tu fica de certa forma blindado muitas vezes com a necessidade de tu ter o iTunes abrir o iTunes O processo de colocar um arquivo Word que eu levaria menos de um minuto com o smartphone Samsung S4 com o iTunes eu levo cinco minutos porque eu tenho que ligar ele tem que carregar fazer a transfer ncia uma s rie de opera es no iTunes que pra mim hoje n o vale a pena E P 28 No iPhone 3GS eu usava Facebook mas era lento O iTunes sim eu usei Isso era uma coisa que me incomodava muito eu n o entendo pra baixar uma m sica do meu computador e botar no celular isso era um parto porque eu n o sabia como fazer da eu tinha que procurar na internet o tutorial n o era uma coisa f cil Isso me influenciou porque n o s conecta e deu da at tu aprender pra quem n o t o ligado assim L R 23 Eu achava bem chato ter que usar o iTunes pra tirar ou colocar algum arquivo no meu celular Eu lembro que eu ensinei v rias pessoas a usar Mas j aconteceu comigo de conectar o celular no iTunes pelo computador e deletar sem querer o que tinha no iTunes Tamb m j aconteceu de eu atualizar e perder todas as minhas notas contatos acho que isso mais dif cil de lidar
65. Store a Apple Store n o sabe vamos dizer assim mas quando atualizava n o batia dava alguma coisa errada s vezes acontecia perfeito mas s vezes n o ent o era uma coisa assim muito vari vel J S 23 Ent o toda vez que o iPhone trava por causa do jailbreak eu me questiono se eu n o tivesse jailbreak ser que ele teria funcionado normal Ah olha s o que o jailbreak fez Mas j vi que n o Tem um monte de iPhone por a sem jailbreak que trava Mas uma coisa que dura dois ou tr s minutos at o iPhone funcionar de novo At ontem a Apple fez o lan amento do novo sistema operacional deles at ontem eu tinha certeza que meu pr ximo aparelho seria um Android porque eu tava cansado das amarras da Apple Tipo ah eu quero baixar Torrent no iPhone e eu s posso baixar dentro do jailbreak eu quero poder restaurar meu telefone mas se eu restaurar eu perco meu jailbreak pra sempre ou at lan arem um novo sabe E da ontem com o lan amento da nova vers o do sistema operacional me convenceram a ficar no ecossitema t eu continuo na Apple mas eu quero manter o meu jailbreak Os caras do jailbreak hackers falam que nunca perderam um aparelho Dizem que j mexerem em tudo e que sempre conseguem pelo menos recuperar pra vers o original Ent o eu fico com isso na pior das hip teses eu vou perder meu jailbreak e meu iPhone vai funcionar com software origina D P 27 A pr tica do jail
66. Traduzido de By 1995 the advantage of Apple s more elegant design no longer mattered as the Microsoft Intel combination became a standard l Conforme o Consent Decree a Microsoft n o podia obrigar que os usu rios ao adquirirem computadores comprassem tamb m o sistema operacional Windows Contudo a Microsoft cobrava do fabricante de computadores em um modelo de licenciamento per processor Segundo esse modelo o fabricante pagava por uma c pia do Windows mesmo se o computador fosse vendido com outro sistema operacional ou com nenhum sistema operacional instalado Isso era legal mas houve diversas cr ticas a este modelo CERUZZI 1998 68 2 4 A origem aberta do computador em rede De forma similar ao in cio da trajet ria do computador pessoal desde sua concep o ao final da d cada de 1960 a internet foi constru da para ser aberta a diferentes tipos de dispositivos contanto que estes dispositivos dispusessem de uma interface para fazer parte da nova rede ZITTRAIN 2006 Nesse processo o crescimento e a normaliza o do computador pessoal foram fatores primordiais na difus o da internet A ambival ncia entre luta e coopera o marca o tom do in cio da internet MALINI e ANTOUN 2013 Sua origem conta com a participa o de dois grupos importantes nos EUA cujos objetivos e valores s o relativamente distintos a origem militar da ARPANET e posteriormente a acad mica das universidades No panorama
67. U 7 800 o Apple III era um produto mais sofisticado voltado aos usu rios profissionais APPLE Corporate Profile 1980 51 Introducing Apple II Figura 3 Introducing Apple II Brochure EUA 1977 Fonte Computer History Museum Alguns dos usu rios do Apple II podiam program lo sozinhos ou carregar um software que era compartilhado ou vendido por outros usu rios ZITTRAIN 2011 De fato o Apple II considerado o primeiro produto voltado a uma demanda amadora especialmente desenhado para emular um dispositivo dom stico Nessa fase as estrat gias promocionais da ind stria da computa o visavam constru o de um mercado consumidor e a comunica o desta categoria de produto era voltada cria o de modos de consumo A Figura 4 em que a Apple ensina como comprar um computador ilustra esta din mica 52 In California a store owner charts sales on his Apple friendly place owned by one of your neighbors He ll sho Computer On weekends though he totes Apple home to help you exactly what you can use a personal computer for plan family finances with his wife And for the kids to explore the new world of personal computers gt A hobbyist in Michigan starts a local Apple Computer Club to challenge other members to computer games of skill and to trade programs Innovative folks everywhere have discovered that the era of the personal computer has already 2 bequn with Apple Educators and
68. a aquisi o de um computador como o caso dos jornalistas M P 32 anos R R 25 anos e do consultor V C 41 anos Em 1984 por exemplo V C adquiriu um Apple II usado por influ ncia dos grupos de refer ncia da poca tinha uns amigos nerds e geeks e ficava de olho nos classificados do jornal a achei l o Apple II e juntei um monte de dinheiro Contudo para V C que atualmente n o se considera um fanboy os clubes de usu rios de Macintosh no Brasil dos quais chegou a participar n o foram t o interessantes para seus objetivos pois eram incipientes porque havia poucos computadores Macintosh Logo deixou de usar computadores da Apple e migrou para os PCs pois os Macs eram muito caros A hist ria de V C uma exce o entre os usu rios padr o de dispositivos iOS que a exemplo de alguns Fanboys tiveram o modelo iMac G3 como primeiro computador da 175 marca Para R R que mesmo sem conhecer a Apple acabou adquirindo o iMac G3 aquele transparente colorido os amigos exerciam forte influ ncia sobre este tipo de decis o comentavam que era ruim porque n o tinha muitos programas para o iMac Ao longo do per odo de faculdade realizava pequenos trabalhos de edi o de v deo no software para Macs Final Cut em um iMac G4 aqueles que eram o abajur Contrariando os conselhos dos amigos decidiu comprar um iMac G3 em 2008 e percebeu que n o havia aque
69. a cara dos dispositivos m veis iOS Recentemente teve uma quebra daqueles paradigmas porque a Apple vinha com uma diretoria da rea de software que acreditava naqueles princ pios do skeumorfismo imitar elementos da vida real ent o o tocador de podcast da Apple era uma fita cassete que ficava rodando Tava ficando muito exagerado o Steve Jobs acreditava nisso no passado mas porque eles tinham ainda que ensinar as pessoas a usar o computador 183 Isso muito comum no mundo da inform tica Mas acho que quando voc t transitando do real pro virtual mas quando voc j aprendeu isso perde o sentido Agora o skeumorfismo est sendo limado de toda parte a pr xima vers o do OS X j deve vir muito parecida com o iOS atualizado j bem mais limpinha Sempre mantendo essa similaridade entre as plataformas V C 41 Ademais para este grupo em geral assim como para Fanboys existe um tipo de usu rio para o qual sistemas como o iOS n o s o os mais adequados em raz o da menor flexibilidade em compara o com outros sistemas como o Android ENTREVISTADORA que tipo de usu rio esse que detesta as limita es S o usu rios avan ados ou eu acho que s o aqueles que querem mexer mesmo que querem flexibilidade Sabe aquele cara que pegava o PC e botava umas luzes neon aquele cara que pega o carro dele abre e mexe no motor Esse o usu rio Android que reclama da Apple Ele quer
70. a coleta e interpreta o da informa o como chave para entender n o apenas o mundo t cnico mas tamb m o natural e o social Estas novas redes interdisciplinares de colabora o forjaram novos modos de pensar e forneceram o contexto institucional adequado para o surgimento da met fora computacional um entendimento do poder dos sistemas de informa o e da matem tica como nota o universal Este o panorama de uma nova filosofia da tecnologia dentro da qual surge a Cibern tica de Norbert Wiener isto a realidade material imaginada como sistema de informa o e a vis o do homem como servomecanismo aut mato TURNER 2006 Dentro dessa mesma vis o homens e m quinas colaboram de forma din mica e o controle emerge das complexas intera es entre humanos m quinas e eventos TURNER 2006 A teoria de sistemas e a cibern tica pautariam as d cadas subsequentes a partir da ret rica da colabora o interdisciplinar facilitando redes interinstitucionais e o empreendedorismo e se transformaria em um dos paradigmas dominantes do per odo p s Segunda Guerra Esse status amb guo das tecnologias informacionais da poca sintetizado por R diger 2013 p 107 O homem emprega sua ci ncia e cria es tecnol gicas para a destrui o de seus semelhantes e de seu planeta A computa o eletr nica aponta para uma outra possibilidade a da cria o de um universo mais funcional e automatizado moralmente muito superi
71. a empresa n o imaginava seus produtos como base para a computa o pessoal CERUZZI 1998 De acordo com Ceruzzi 1998 ocasionalmente usu rios t cnicos compravam os kits comercializados por empresas de microprocessadores utilizando os no lugar dos minicomputadores mas empresas como a Intel n o reconheciam o potencial para desenvolvimento de um mercado consumidor dom stico para a computa o eles n o Este modelo mental teria origem na maneira como o sistema operacional dos computadores PDP 10 gerenciava o fluxo de informa o com os discos e fitas Computadores com sistema operacional programa de software que fornece instru es para a CPU do computador ainda estavam em seu in cio Um dos primeiros sistemas operacionais de prop sito geral somente seria desenvolvido no final de 1961 pelo MIT o CTSS Compatible Time Sharing System EVANS et al 2006 Os mainframes da primeira gera o da computa o n o possuiam sistemas operacionais O modo como os componentes b sicos do hardware se estruturam e interagem define a arquitetura interna de um PC 44 pensavam que o p blico estaria disposto a lidar com as dificuldades da programa o apenas para ter seu pr prio computador p 224 A introdu o das calculadoras program veis teve efeito importante na dire o da tecnologia computacional ao revelar o potencial criativo do mercado consumidor e seus usos a mesma disposi o inovativa da cultura hacker que j
72. a tan Gai ei add 37 32 IAC OLS Ce computador niseme a ul oud Eua ha Dao pt SL Ea a 39 CAP TULO 2 Da Contracultura Cultura de Consumo as Bases Generativas da Computa o em Rede SACERDOTE SD RD ER SE A oeei ieaoo 42 2 1 As bases generativas do computador pessoal e a atua o dos hobistas 43 2 2 A ind stria consolidada hardware aberto e software propriet rio 49 2 3 O mercado consumidor p s Macintosh serrana 65 2 4 origem aberta do computador em rede nn ceeeererecerercereaanos 68 2 5 Tecnologias de restri o e a generatividade dos computadores em rede 74 2 6 Novo locus de resist ncia consumo direitos digitais e de privacidade 19 20 e RESISTENCIG E CON SHINO ES Soc sra e da an Ce cet end cars wall rash cn 80 2 6 2 Direitos digitais e de privacidade lt is c3clasliaciacksauattisl ac aesstaccetalacaanttaneialaccsataess 82 CAP TULO 3 Mobilidade Centralidade dos Sistemas Operacionais e Ecossistemas Digitais de Entretenimento de secascacontes ect ielsdoadeudascesetce soteer aosataet cada co fada CESS 86 3 1 Aspectos hist ricos da mobilidade e da computa o ub qua s sssnsseseseeesseeesseesseesseesssee 86 Did Smartphones e tablets mesmiunetunimninin na A iad Adie a R a iai 92 3 3 A ascens o das lojas de aplicativos sesessseesseesseesseessee
73. a trajet ria de configura o da Web m vel Por fim ainda que a escolha da Teoria Fundamentada tenha se mostrado a mais adequada para os objetivos deste estudo sua natureza eminentemente qualitativa e explorat ria n o permite generaliza es quanto aos resultados encontrados Este trabalho entretanto traz alguns ind cios sobre as rela es de consumo que se estabelecem no contexto das tecnologias digitais contempor neas Traz ainda implica es importantes para os estudos cr ticos da comunica o para as teorias da resist ncia e para os estudos de consumo REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ABOBA Bernard Once more with feeling the state of User Groups today BMUG Newsletter v 4 n 2 Summer Fall p 35 38 Apple Computer Inc Papers Series 12 Box 13 Folder 1 1988 Disponivel em lt http www sul stanford edu mac primary docs bmug3 html gt Acesso em 2 maio 2014 A BRIEF history of Apple hacking Forbes 2013 Dispon vel em lt http www forbes com pictures mhl45mlhe hacking the iphone 13 gt Acesso em 3 jul 2013 AGRELLA Lucas Por at R 3 6 mil Brasil novamente tem iPhone mais caro do mundo Exame Info 21 Nov 2013 Dispon vel em lt http info abril com br noticias tecnologia pessoal 2013 11 por ate r 3 6 mil brasil novamente tem iphone mais caro do mundo shtml gt Acesso em 3 set 2014 INFO estima pre os do iPhone 6 e 6 Plus no Brasil Exame Info 10 Set 2014 Dispon vel em
74. acess vel por meio de computadores uma condi o sociot cnica poderosa se apresenta onde um n mero significativo de atores se beneficia do processo de inova o Bill Gates o Bill Gato como eu chamo tentou se apoderar das ideias do Jobs e n o conseguiu ter a mesma genialidade A Samsung se eu pudesse eu colocava uma bomba naquilo porque uma empresa que copia e ainda copia errado e n o quer pagar direitos autorais que a Apple cobra deles E agora eu tenho uma raiva porque o Google t comprando a briga da Samsung com a Apple Ou seja t gostando do Tim Cook porque ele t dizendo que vai passar a rasteira no Google tamb m A Apple t preparando um sistema de procura R S 56 A Samsung eu n o vejo criando nada novo mas da ela faz umas bobeiras de uns comerciais tipo o da fila de fas na loja da Apple chamando os f s da Apple de bobos Meu tipo p ra Da eu tinha um monitor da Samsung e j vendi tudo e n o tenho nada mais da Samsung Eu n o compro nada da Samsung mais eles est o em v rios mercados e deviam pensar nisso antes de fazer campanha contra os usu rios da Apple D L 31 Durante uns 3 anos eu tive dois smartphones que rodaram Android e eu achava um saco porque as coisas n o s o t o bvias e eu preciso dar uns 2 ou 3 cliques pra encontrar uma fun o que pra mim muito b sica At que eu comprei o iPhone h 1 ano atr s e agora n o tem mai
75. al 2011 for as competitivas levaram operadoras a ceder o controle dos aplicativos m veis os De acordo com o estudo do IDC The Ultrabook experience how it will redefine personal computing Press release Dispon vel em lt http www idc com getdoc jsp containerld prUS23911413 gt Acesso em 2 jun 2013 94 quais passaram do dom nio da operadora para o dom nio dos fabricantes de aparelhos Apple RIM ou para sistemas operacionais Google Android A oferta de conte dos digitais para dispositivos m veis passou a incluir um conjunto variado de recursos multim dia que permitiam a navega o e o compartilhamento a busca de v deos curtos filmes ou programas de TV via Web Conte dos para plataformas m veis constituem um exemplo de converg ncia entre comunica o digital e setores da m dia Conte dos m veis apresentam alto n vel de heterogeneidade pois derivam de diferentes fontes as quais incluem grande diversidade de atores e suas cadeias de valor particulares agora profundamente entrela adas A evolu o dos conte dos para plataformas m veis sugere que n o se est lidando com uma extens o de mercados existentes pois as novas m dias carregam especificidades que merecem aten o quanto s formas de oferta de conte dos As formas de conte do para dispositivos m veis s o diversas e podem ser entregues sobre redes de telecomunica es ou no caso da TV m vel sobre redes de radiodifus o Para efeito d
76. alguns dos respondentes deste grupo e causou grande impacto na rela o dos usu rios com a marca R S adquiriu seu iMac G3 na loja Soma em Porto Alegre mesmo sendo segundo ele um produto proibitivo no Brasil Para tanto precisou financi lo por meio de um plano de financiamento do 1 Governo Federal pela Caixa Econ mica Federal que existia na poca foi paix o mesmo De forma similar ocorreu com R F que se considera um fan tico por tecnologia em geral e acredita ter envolvimento com tecnologia desde crian a por influ ncia do pai Seu primeiro computador aos 14 anos presenteado pelo pai em agosto de 2000 foi tamb m um 138 iMac G3 era o Blueberry foi amor primeira vista O impacto deste evento foi t o significativo que R F passou a escrever um blog sobre produtos Apple o qual evoluiu em abril de 2002 para uma das mais importantes publica es online sobre a marca no pa s Apesar de estar profissionalmente envolvido com este universo R F admite eu tenho o lado profissional mas antes de tudo eu sou um f da marca e usu rio eu quero usar os novos gadgets fico ansioso O in cio dos anos 2000 tamb m marcou a entrada de S M no mundo Apple quando se tornou rep rter e redator de uma antiga revista sobre a marca eu fui cativado pela marca quando passei a us la mais diariamente e a escrever sobre ela O modelo PowerMac 8600 comprado na loja MacDream em S o
77. ao crescente poder de an lise das grandes corpora es de tecnologia SILVEIRA 2013 Silveira 2013 parte do reconhecimento da pervasividade dos dispositivos digitais informacionais e armazenamento de dados dos usu rios para discutir o surgimento de novas formas de controle localizadas em uma biopol tica de modula o e no poder de an lise de corpora es e governos Surge neste contexto a necessidade de serem eliminados os entraves burocr ticos e jur dicos que garantem a privacidade dos indiv duos e a pr tica que era exce o se torna regra Formas de articula o contempor neas contra os usos mercantis da informa o dos usu rios j v m sendo organizadas inclusive no Brasil conhecidas como cryptoparties Enquanto movimentos em favor dos direitos dos usu rios de acesso criptografia para prote o das pr prias informa es ainda buscam se legitimar na esfera p blica o mecanismo tecnol gico de controle amplamente utilizado para garantir a prote o de conte dos digitais das corpora es transformando o direito de posse de um produto digital legalmente adquirido em direito de acesso Ao investigar a trajet ria de tecnologias de prote o antic pia como o DRM Digital Rights Management e discutir o papel do DMCA Digital Millennium Copyright Act desenvolvido em 1998 para garantir a manuten o de materiais digitais protegidos Postigo 2012 analisou de que forma esta tecnologia iniciou
78. apenas uma avalia o racional de custos e benef cios mas moderada pelo v nculo emocional que Fanboys estabeleceram com a marca ao longo do tempo A percep o deste grupo a de que na transi o do Android para o iOS o usu rio perde menos do que do iOS para o Android e isso ocorre na avalia o dos f s da Apple porque a pol tica protecionista da Apple mais restritiva Essa situa o nem sempre verdadeira como relata Stanley 2012 em seu estudo sobre interoperabilidade de conte dos entre plataformas Dada a natureza dos modelos de 162 neg cios tanto Apple quanto Google administram a interoperabilidade com plataformas concorrentes conforme interesses espec ficos moderando o n vel de generatividade de seus ecossistemas O modelo de neg cios da Google visto com ressalvas em rela o a quest es de privacidade das informa es dos usu rios O ecossistema da Apple neste caso a alternativa segura na opini o dos Fanboys Pra mim n o tem incomoda o N o tem nada que eu diga putz se eu tivesse Android eu podia fazer isso mas o contr rio acontecia antes Quando eu migrei pro iOS as coisas ficaram mais f ceis Pra mim a conveni ncia era b rbara Dentro da nuvem da Apple eu me sinto muito seguro na nuvem do Google eu j n o posso dizer a mesma coisa porque a Google vive de rastrear cada caractere de tudo que a gente posta inclusive no Gmail Vai saber se o Google n
79. as foto e v deo gastronomia e bebidas livros medicina m sica navega o neg cios not cias previs o do tempo produtividade redes sociais sa de e fitness utilidades viagens entre outros Foram cerca de U 2 2 bilh es em pagamentos pela atividade dos desenvolvedores e cerca de 25 bilh es de downloads de aplicativos Em outubro de 2008 tamb m foi criada a ent o Android Market atualmente Google Play com apenas 50 aplicativos dispon veis Em dezembro do ano seguinte este n mero cresceu para 20 mil aplicativos sendo 62 3 deles gratuitos Com o objetivo de oferecer aplicativos para a plataforma Android o Google adotou o modelo de neg cios idealizado pela Apple Em setembro de 2012 foram realizados 25 bilh es de downloads e cerca de 675 mil aplicativos dispon veis Em abril do ano de 2009 a empresa RIM lan ou o Blackberry App World cerca de tr s meses depois havia em torno de 2 mil aplicativos dispon veis para usu rios de aparelhos Blackberry No mesmo ano a fabricante Nokia lan a a Ovi Store com 2 800 aplicativos 10 dos quais s o gratuitos Somente em outubro de 2010 a Microsoft lan a o Windows Phone Marketplace SHOUTEM 2012 98 Em geral as lojas de aplicativos podem ter origem 1 no fabricante do dispositivo m vel ex Apple e RIM 2 no fornecedor de sistema operacional ex Google 3 na operadora de telefonia m vel ex ATT Central ou 4 na categoria baseada em varejo inde
80. busca por um mundo melhor beneficiado pelos conhecimentos da comunidade hacker LEVY 2012 Contudo nem sempre a oposi o se manifesta de forma expl cita vis vel ou direta como nos casos em que se observam formas cotidianas de resist ncia SCOTT 1985 Como Traduzido de as multiple overlapping genres that converge with broader prevailing political and cultural processes such as those of liberalism 41 prop s Scott 1985 atos de resist ncia assim como nos mecanismos de opress o nem sempre assumem a forma de rebeli es protestos ou mobiliza es coletivas mas formas mais sutis individuais e n o articuladas de resist ncia cultural Nestes casos a oposi o caracterizada por exemplo por atos cotidianos de discord ncia insubordina o ou n o coopera o muitas vezes manipulados pelos indiv duos para evitar o confronto direto e ofuscar a inten o de resistir Estas formas escondidas de resist ncia n o s o menos pol ticas que manifesta es coletivas expl citas SCOTT 2008 Ou como argumentou Certeau 1994 a resist ncia entendida como t tica isto na forma de pr ticas di rias baseadas em um sistema alternativo de significa o Os usos alternativos aos scripts previamente inscritos por corpora es em seus produtos e servi os ou em sistemas computacionais s o modos de resist ncia do usu rio usos alternativos ou cria es an nimas que se estabel
81. caso dos in meros aplicativos de autentica o os quais requerem a identifica o e autentica o do usu rio para o acesso aos conte dos STAJANO 2003 Como destacou Doctorow em discurso para o Chaos Computer Congress em 2011 a transforma o de computadores de prop sito geral em aparelhos informacionais information appliances voltados para a realiza o de tarefas espec ficas com seus softwares espec ficos como jogar jogos nos consoles Xbox ou ouvir m sica em uma determinada plataforma pode parecer razo vel Contudo esta n o a proposta dos ecossistemas de produtos tecnol gicos contempor neos especialmente quando est em pauta a incorpora o de tecnologias de restri o a estes aparelhos pouco generativos Na superf cie esta parece uma ideia razo vel um programa que realiza uma tarefa especializada Afinal podemos colocar um motor el trico em um liquidificador e instalar um motor em uma lavadora de lou as e n o nos importamos se ainda for poss vel rodar um programa de lavar lou as em um liquidificador Mas n o isso que estamos fazendo quando transformamos um computador em um aparelho N o estamos criando um computador que roda apenas o aplicativo aparelho estamos pegando um computador que pode rodar todos os programas e usando uma combina o de rootkits spyware e code signing para impedir que o usu rio saiba quais processos est o rodando de instalar seu pr prio software e de finalizar pr
82. celular J M 38 Mas eu entendo tamb m o lado da Apple por que voc hoje n o roda um OS X num PC Porque a Apple o Steve deixou um legado que faz sentido ou seja que o melhor sistema operacional do mundo rode no melhor hardware do mundo e o melhor hardware do mundo sou eu quem fa o claro que a Dell tamb m vai dizer que tem o melhor hardware mas o que o Steve quis dizer mais do que isso que a Apple s vai garantir a experi ncia e satisfa o com o sistema rodando na m quina Apple porque ela adaptada para aquele sistema Ent o eu acho que a Apple tamb m tem sua raz o ela quer garantir a melhor experi ncia pro usu rio e a melhor experi ncia o sistema Apple rodando num hardware Apple F P 31 Tem coisas na comunidade do software livre que s o maravilhosas sem precedentes a filosofia a liberdade grau m ximo de personaliza o 164 todos desenvolvem um pouco Mas eles n o t m o grau de usabilidade e de beleza que a Apple oferece No dia em que a comunidade do software livre conseguir o n vel de interface da Apple eu paro de usar Apple Mas eles n o t m centraliza o guidelines r gidas de sistema operacional padr o H P 41 tem muitas mat rias que n o s o papo de blogueiro ou de Macfan que dizem que a Apple a empresa que mais preserva a privacidade dos seus usu rios Ent o tem essa dicotomia ela central
83. cobrava Eu instalei e n o usei porque eu vi depois que cobrava e da desinstalei e n o cheguei a usar Frustra o n N o era o que anunciava mas o aplicativo em si n o era pago ent o tu n o gosta tu exclui n Fiquei meio com receio de ter inserido meus dados de cart o mas nunca aconteceu nada B C 26 286 AP NDICE H Quadro resumo Incidentes Cr ticos Desertores INCIDENTE CR TICO POSITIVO foco na migra o do iOS para Android CATEGORIA Excerto Foi quando eu vi que eu n o ia mais ficar escrava da tomada Porque voc imagina todo dia voc usa seu aparelho mas um dia eu sa fui pegar um nibus que n o tem uma tomada voc n o vai ficar enlouquecida porque ele n o pode desligar voc que precisa desligar que precisa dormir risos E quando eu migrei para Android e eu n o precisava mais me preocupar com Sensa o de liberdade isso a primeira vez que o aparelho desligou e eu pude respirar em paz porque nada ia acontecer eu n o tinha que ficar correndo foi uma alegria sabe Eu posso carregar meu aparelho onde eu quiser e eu ainda vou ter tudo ali eu n o vou perder tudo porque o aparelho desligou Isso parece algo simples mas isso pra mim naquele momento me consumia foi libertador 1 V 28 Quando eu vi que o Android consegue convergir todas as contas do Yahoo Hotmail as minhas duas contas do Gmail no calend rio O meu iPhone 3GS n o conseguia
84. com a tecnologia de modo geral b Quais dispositivos voc mais utiliza no seu cotidiano De que forma utiliza e Envolvimento com a marca Apple a Como conheceu Quais dispositivos da marca voc teve ou tem b Por quanto tempo usou dispositivos da Apple e Experi ncia com dispositivos iOS a Descrever experi ncia de uso b Usa Apps Compra Baixa gratuitos Outras formas c Usa lojas de Apps Apple Store e iTunes d Vantagens e desvantagens Quais limita es voc percebia no uso do iOS 3 Principais motiva es que o levaram a migrar para outra plataforma e Como foi a decis o de deixar de usar dispositivos iOS Qual foi a motiva o Houve decis o Apple X Android e Como utiliza a nova plataforma Vantagens e desvantagens 277 4 Instru es para relato do Incidente Cr tico na experi ncia de migra o para outra plataforma INCIDENTE POSITIVO Considerando sua experi ncia de migra o para outra plataforma pense em uma situa o marcante que voc tenha vivido e que tenha sido altamente POSITIVA Descreva a situa o exatamente como aconteceu 1 2 3 4 Quando o incidente ocorreu Explique por que voc considera esse incidente significativo Que circunst ncias levaram a esta situa o O que voc fez INCIDENTE NEGATIVO Considerando sua experi ncia de migra o para outra plataforma pense em uma situa o marcante que voc tenha vivido e que tenha sido a
85. como Apple e Microsoft Entre 1977 e 1985 os computadores pessoais atingiram de forma massiva o ambiente dom stico e os escrit rios com o selo da Xerox PARC ou como no caso da Apple e seu marketing da contracultura TURNER 2006 Como centro da atividade inovativa na ind stria da computa o a camada de software se tornou a principal fonte de entrega de valor para os usu rios e em conjunto com a interface gr fica passou a mediar a rela o dos usu rios com computadores especialmente aqueles sem conhecimentos t cnicos de programa o Como destacou Ceruzzi 1998 a facilidade de uso que a interface do Macintosh trouxe para a computa o pessoal posteriormente copiada pela Microsoft para o sistema Windows levou a um novo conjunto de desafios A decentraliza o avan a da era do computador pessoal em dire o computa o pervasiva Uma nova classe de dispositivos artefatos baseados em computa o torna o acesso informa o facilmente dispon vel em qualquer tempo e lugar HANSMAN et al 2003 Mas novos desafios est o presentes na miniaturiza o dos componentes que tornam poss vel a 85 mobilidade dos dispositivos do hardware s plataformas de software e interfaces Preocupa es relacionadas confian a nas redes eletr nicas e em dispositivos tecnol gicos poderiam vir a alimentar uma gradual mas fundamental mudan a na demanda do consumidor em dire o estabilidade crescente em plataformas de compu
86. conson ncia com os princ pios de design originais ideados pelas corpora es mas os transcendem reconstruindo significados e modos de uso para que melhor se adaptem a necessidades simb licas e valores subjacentes Mais do que isso parece que algumas vezes os usu rios de tecnologias as imbuem com significados especiais e val ncias emocionais A crescente integra o com o corpo f sico significado social e identidade individual capturada pela frase m quinas que se tornam n s Usu rios est o estendendo seus atributos f sicos para incluir as tecnologias que est o sendo de forma crescente conectadas com o Ser Isso permite pensar em um 119 significado adicional para a no o de auto express o KATZ et al 2008 p A no o de Apparatgeist d conta deste tensionamento o esp rito da m quina que influencia tanto design da tecnologia quanto os significados iniciais e subsequentes que s o atribu dos pelos usu rios n o usu rios e anti usu rios KATZ e AAKHUS 2002 p 305 Dessa forma as normas em rela o aos usos da tecnologia s o modificadas continua e criativamente pelos usu rios em seus ambientes sociais para atender a interesses expressivos A vis o de um apparatgeist consistente com a no o de Scott 1985 e Certeau 1994 de que se forma no mbito da experi ncia de consumo a apropria o criativa e reinventada dos aparatos tecnol gicos o que para estes autores caracteriza t
87. da Apple e estrat gias de lock in A Apple tem sido reconhecida para al m do design dos seus produtos por suas estrat gias de lock in dos usu rios A necessidade de controle de ponta a ponta impossibilitou qualquer estrat gia de licenciamento dos sistemas operacionais dos produtos da Apple para outros fabricantes Segundo Kahney apud ISAACSON 2011 p 155 do primeiro Mac ao mais recente iPhone os sistemas de Jobs sempre foram hermeticamente fechados para impedir que os consumidores se metessem a modifica los Para Isaacson 2011 p 157 esta era a s lida integra o vertical entre aplicativos sistemas operacionais e dispositivos de hardware que agradava a Jobs 3 6 1 Decis es relativas ao ecossistema de dispositivos iOS interoperabilidade Ao possuir seu sistema fechado e verticalmente integrado com controle sobre o sistema operacional m vel a Apple mant m altos n veis de controle sobre o ecossistema de produto como um todo do hardware e sistema operacional m vel aos aplicativos dispon veis e meios de distribui o destes aplicativos O controle vertical do ecossistema promove uma experi ncia do usu rio mais efetiva e coesa conforme argumentos da empresa mas tamb m restringe a inova o externa e os ganhos de escala os quais em geral adv m de estrat gias de licenciamento de plataformas de sistema operacional mais flex veis Estes mecanismos podem se relacionar oferta de pacotes de servi os e dos
88. da Guerra Fria da d cada de 1960 a partir de um projeto militar norte americano iniciado pelo Departamento de Defesa dos EUA por meio da Ag ncia de Projetos de Pesquisa Avan ada Advanced Research Projects Agency ou ARPA a computa o em rede significava estabelecer conex o entre pontos estrat gicos para o pa s com dados mensagens arquivos sendo transmitidos de forma r pida e segura entre centros acad micos de pesquisa e bases militares Era configurada a ARPANET a qual em 1970 interligava quatro importantes universidades norte americanas subindo para cerca de 40 em meados dos anos 70 O objetivo inicial da ARPANET era compartilhar recursos onerosos de computa o por meio de terminais conectados a mainframes via time sharing Como se sabe a internet nome usado a partir de 1982 permite a comunica o entre diferentes redes por meio do uso de um protocolo comum o TCP IP Transmission Control Protocol Internet Protocol Como sistema de redes possibilita a conex o entre diferentes redes algumas das quais s o abertas ao p blico outras usadas por um grupo restrito como no caso das redes usadas por bancos para suas opera es internas CERUZZI 1998 Mais do que isso o suporte da ARPA e inclus o do protocolo em Berkeley UNIX permitiu que a linguagem se tornasse amplamente dispon vel nas universidades sem o controle de empresas da ind stria da computa o como produto propriet rio CERUZZI 1998 medida que surgia
89. da marca aqui chamados Fanboys e usu rios dos dispositivos iOS que n o apresentam envolvimento mais significativo com a marca embora utilizando seus produtos chamados Usu rio Padr o inserimos nos instrumentos de coleta de dados Roteiro de Perguntas APENDICES A B C e D p gs 270 a 276 um conjunto de quest es que buscaram identificar 1 a familiaridade do usu rio com a trajet ria da marca e de seus l deres 2 a atualiza o do usu rio sobre eventos e fatos contempor neos relativos marca e seus produtos e 3 a participa o em organiza es eventos comunidades ou f runs relativos marca Estes aspectos foram inclu dos nos roteiros por serem marcadamente presentes nos relatos das comunidades de f s da Apple em estudos sobre o culto ao Macintosh de Kahney 2004 e de Belk e Tumbat 2005 O perfil dos respondentes visto no Quadro 4 Quadro 4 Perfil dos respondentes do Grupo 1 Fanboys Nome Sexo Idade Ocupa o Dispositivos RB o 945 Stans Ce Jornalismo O a hene S Wsbook ingl s vive em Novo Hamburgo RS MacBook Air AirPort Time Capsule Apple TV iPhone 5S iPod Classic iPad iPhone 5C iPad 2 iPad mini iPod Classic Apple TV MacBook Pro iMac Graduado em Sistemas de Informa o F P M 31 gestor de projetos em TI natural de S o Paulo SP Graduado em Radio e TV em emissora D L M 31 de TV na rea de lan amento de produtos natural d
90. das suas ra zes na ARPA a internet come ou a mudar Os usos principais da internet tais como logar em um computador remoto Telnet transferir grandes arquivos de uma maquina a outra FTP e enviar e mails derivavam de atividades e metas da ARPANET As comunidades virtuais surgiram posteriormente e conferiram novo significado s atividades na rede Conforme Ceruzzi 1998 embora estes grupos sejam associados 69 internet por v rios anos somente aqueles com acesso ao sistema operacional UNIX tiveram acesso a estas comunidades Em 1984 a ARPANET passa a constituir sobretudo uma rede de investiga o cient fica os militares saem da ARPANET o suporte administrativo e financeiro passa da ARPA para o National Science Foundation Surgem redes locais de conex o e grupos de not cias j existiam no in cio da d cada de 1980 de forma independente das atividades de internet da ARPANET O que se tem a partir de ent o o emergir de uma comunidade de usu rios que fez florescerem f runs e grupos de discuss o a Usenet UNIX User Network inicialmente um f rum de discuss o sobre o sistema operacional UNIX as BBSs Boletin Board System e os MUDs Segundo Malini e Antoun 2013 p 35 A Usenet um mecanismo hacker onde se tem protocolo portanto controle mas concomitantemente uma rede aberta na qual o usu rio pode interferir Este in cio promissor para o entendimento de como seria a rela o do futuro usu
91. de computador eram distribu dos em livros impressos para que os compradores pudessem redigit los em suas m quinas Posteriormente fitas cassetes disquetes e cartuchos se tornaram acess veis e uma forma mais simples de instalar softwares O usu rio precisava somente saber como carregar o software na m dia espec fica para utiliz lo Os softwares eram coadjuvantes gratuitos distribu dos em formato fonte isto os usu rios tinham acesso ao c digo fonte destes programas pois o valor residia de fato no hardware ZITTRAIN 2008 2011 Al m isso os computadores eram desenhados para rodar softwares desenvolvidos por terceiros ou por aqueles com os quais o fabricante do hardware mantinha acordos espec ficos ZITTRAIN 2008 Neste per odo o computador podia ser 5 Traduzido de Serious programming was done in FORTRAN an old and venerable but still capable language 50 utilizado para diversos prop sitos e eram independentes de outros dispositivos uma vez que n o estavam conectados em redes Esta condi o marcou a utiliza o destas m quinas program veis por qualquer usu rio para funcionar de forma independente e para suportar uma grande variedade de softwares oriundos de diferentes desenvolvedores Em 1977 uma empresa chamada Radio Shack passou a comercializar o modelo TSR 80 com pre o de U 400 assim como o Altair Este modelo inclu a chip Z 80 mais avan ado que o Intel 8080 teclado monitor e cassetes para
92. de plataforma confi vel TPM O chip embarcado na placa m e do computador utiliza chaves de criptografia para verificar se o sistema operacional n o foi alterado Neste caso a criptografia fornece uma camada de seguran a que forjada no hardware levando o computador a se comportar dentro dos modos esperados Atualmente in meros sistemas computacionais utilizam o m dulo de plataforma confi vel ou tecnologia de restri o similar Sistemas como o Windows Vista ou Windows 7 da Microsoft fazem uso do m dulo de plataforma confi vel Equipamentos que implementam fun es chamadas secure boot verified boot ou trusted boot permitem que somente softwares autorizados funcionem sobre o dispositivo quando da sua inicializa o Embora este recurso ofere a prote o contra malware a menos que o usu rio tenha condi es de desabilit lo trata se de uma tecnologia de restri o do livre acesso a conte dos Outras formas de restri o no hardware que visam estabelecer prote o do conte do via componentes eletr nicos podem ser encontradas em diversos sistemas computacionais dentre os quais computadores smartphones tablets e consoles de videogame Nas telecomunica es os SIM locks constituem um exemplo de tecnologia de restri o que opera dentro de telefones celulares GSM por fabricantes de aparelhos Operadoras de servi os de telefonia se utilizam desta capacidade para restringir o uso dos aparelhos em determinad
93. deletar arquivos no meu celular e essa minha amiga que tem outro modelo de Motorola tamb m n o consegue deletar arquivos ali por isso ela baixou o aplicativo que limpa e me indicou Eu consigo apagar aplicativos mas muito mais f cil no iPhone que eu tava acostumada L L 28 Inicialmente quando a loja ainda era Google Market alguns aplicativos que eu tava acostumada a usar no iOS e muitos ainda n o existem pra Android Tem o Camera Plus que eu usava muito pra tirar fotos e editar o melhor de fotos que tem e em 2014 ainda n o temos pra Android O pr prio Whatsapp que n o tinha pra Android e no iOS ele era pago e eu tive que comprar quando eu tinha iPhone Isso eu n o entendo o porqu Mas cada plataforma com a sua maneira M K 30 Perda de acesso a aplicativos exclusivos iOS
94. desejo A Apple escolheu algo que sempre teve uma rela o profunda com as pessoas que a m sica As pessoas sempre foram controladas no que elas ouvem quando estavam fora do ambiente domiciliar Ouvindo r dio voc t sendo controlado n o t ouvindo o que voc quer mas aquilo que a r dio determina que voc vai ouvir As pessoas gostavam de ter um toca fitas no carro pra ouvir o que elas queriam Quando surge o Walkman nos anos 80 foi uma liberta o porque voc podia ouvir a sua m sica em qualquer lugar sem precisar compartilhar era um uso pessoal Mas tinha uma limita o que era o limite da fita 30 minutos de cada lado E o iPod tinha um limite muito maior 1000 m sicas bastante coisa ENTREVISTADORA Qual a import ncia dos dispositivos m veis na trajet ria da Apple O iPhone redefiniu muita coisa Quando ele chegou eu j n o tava mais na fase do usu rio cr tico eu j era fanboy mesmo J n o era mais algo como testar um novo produto era mais como Ai meu Deus isso vai mudar a minha vida risos Isso sem nem usar Sempre que uma nova vers o do iPhone chega eu j t vendido risos j n o tenho mais distanciamento S M 41 Na segunda metade dos anos 2000 a Apple declara guerra contra o que considera c pia de produtos e ideias pela concorr ncia passando a se envolver em in meros processos de patentes junto ao Escrit rio de Patentes e Marcas Registradas dos EUA
95. detalhados 4 2 1 Perfil dos usu rios Para constitui o dos perfis de usu rios desta etapa foi necess rio a defini o de alguns par metros a priori O primeiro diz respeito s vari veis que poderiam moderar ou influenciar a percep o destes usu rios com rela o pr pria experi ncia de apropria o dos dispositivos iOS produzindo assim manifesta es distintas de resist ncia Tendo em vista que busc vamos uma maior amplitude destas manifesta es consideramos em um primeiro momento que o envolvimento com a marca Apple e com os dispositivos iOS poderiam resultar em percep es e experi ncias distintas dos usu rios 124 Al m disso busc vamos perfis que pudessem nos contar sua experi ncia com rela o a poss veis modifica es no sistema operacional pr tica que entendemos como manifesta o de resist ncia aos modos de operar da empresa Chegamos assim defini o de quatro grupos de usu rios aqui denominados 1 Fanboys 2 Usu rio Padr o 2 Jailbreakers e 3 Desertores e Grupo 1 Usu rios leais marca Apple Fanboys O comportamento de forte compromisso e lealdade de usu rios marca Apple e seus produtos j foi bem documentado na literatura KAHNEY 2004 2005 BELK e TUMBAT 2005 O crit rio para participa o na pesquisa foi em um primeiro momento a auto identifica o do respondente como f da marca Apple Adicionalmente para discrimina o entre fas
96. discurso empolado e pretencioso Obrigada por tornar essa caminhada mais leve divertida e aut ntica Aos professores Gustavo Daudt Fischer e Eduardo Pellanda pelas considera es fundamentais na fase de qualifica o da tese E aos professores Cristiano Max e Sergio Amadeu da Silveira pela leitura da tese e disponibilidade para realiza o da banca Aos colegas da minha turma de Doutorado e aos professores do PPG pelas trocas ao longo deste per odo Por fim sou grata ao Programa de P s Gradua o em Ci ncias da Comunica o da UNISINOS e Funda o Ford pelo suporte financeiro que possibilitou a realiza o deste Doutorado You walk into this room at your own risk because it leads to the future not a future that will be but one that might be This is not a new world it is simply an extension of what began in the old one It has patterned itself after every dictator who has ever planted the ripping imprint of a boot on the pages of history since the beginning of time It has refinements technological advances and a more sophisticated approach to the destruction of human freedom But like every one of the super states that preceded it it has one iron rule logic is an enemy and truth is a menace This is Mr Romney Wordsworth in his last forty eight hours on Earth He s a citizen of the State but will soon have to be eliminated because he s built out of flesh and because he has a mind Mr Romney Wordsworth who will draw his
97. do ensino m dio Vive em L V F 15 Salvador BA iPhone 4 D P M 27 Bacharel em Cinema doutorando em iPhone 4S Macbook a E Comunica o Vive em Porto Alegre RS iPad Estudante do ensino m dio e fot grafo E A E a i natural de Curitiba PR OEO Designer de interface Vive em iPhone 4 iPad 2 mG M 3 Canoas RS Macbook JR M 29 Publicit rio arquiteto da informa o iPod Schuffle iPod ipi i Vive em Novo Hamburgo RS Touch iPhone 3 Designer de games mestrando em R O M 29 Comunica o E natural de Santa iPad 1 gera o iPod Maria RS Assistente administrativo natural do ne M Rio de Janeiro RJ enone Fonte elaborado pelo autor e Grupo 4 Ex usu rios de dispositivos m veis da plataforma iOS Desertores Por fim inclu mos no estudo o relato de ex usu rios de dispositivos iOS que deliberadamente deixaram de us los aderindo a outras plataformas e ecossistemas Diferentemente do grupo Jailbreakers os Desertores expressaram insatisfa o com algum 127 aspecto da experi ncia com dispositivos iOS por meio da escolha de outra plataforma O Quadro 7 contempla o perfil dos respondentes deste grupo Quadro 7 Perfil dos respondentes do Grupo 4 Desertores Nome Sexo Idade Ocupa o Dispositivos 2 Teve iPhone 3GS Graduada em jornalismo mestranda em I V F 28 S Atualmente tem tablet Comunica o Vive em Porto Alegre RS Samsung Gr
98. do mercado Como consequ ncia movimentos de resist ncia s representa es de autoridade hegemonia hierarquia burocr tica e controle das institui es corpora es governos complexo militar ensino est o presentes desde os prim rdios da trajet ria de desenvolvimento da contracultura e da computa o um ambiente marcado por valores de coopera o individualidade meritocracia e liberdade Por outro lado h tamb m micro resist ncias que se estabelecem no cotidiano das apropria es e que n o s o menos importantes Em uma sociedade de dispositivos digitais em rede onde a amplitude de op es em produtos e servi os tende a ser confundida com liberdade de escolha onde formas mais sutis de controle dos comportamentos de consumo se apresentam difundidas questionamos em que extens o os usu rios s o conscientes destas circunst ncias Se as percebem que t ticas utilizam para contornar estes direcionamentos Delimita o do tema e defini o do problema de pesquisa Observamos a partir do exposto que existe em andamento um complexo tensionamento entre o controle corporativo sobre a capacidade da tecnologia para permitir a inova o do usu rio liberdade de uso da tecnologia aqui chamada generatividade ZITTRAIN 2006 e as cria es an nimas dos usu rios em suas pr ticas cotidianas aqui entendidas como t ticas de resist ncia cotidiana a tais interfer ncias SCOTT 1985 CERTEAU 1994 Diante disso hard
99. e condenada em processo que a acusa de ter feito obsolescencia programada com o iphone 3g gt Acesso em 5 out 2014 FLANAGAN J C The critical incident technique Psychological Bulletin v 5 p 327 358 1954 FLICK Uwe Uma introdu o pesquisa qualitativa 2 ed Porto Alegre Bookman 2004 FORD Caroline Morgan Smartphone apps on the mobile web an exploratory case study of business models Georgia State University 2012 262 FOURNIER Susan Consumer resistance societal motivations consumer manifestations and implications in the marketing domain Advances in Consumer Research v 25 p 88 90 1998 FREIRE FILHO Jo o Reinven es da resist ncia juvenil os estudos culturais e as micropol ticas do cotidiano Rio de Janeiro Mauad X 2007 FULLER M Software Studies A Lexicon London The MIT Press 2008 GALLOWAY Alexander Protocol how control exists after decentralization Cambridge The MIT Press 2004 What is new media Ten years after The Language of New Media Criticism v 53 n 3 p 377 384 2011 The interface effect Cornwall MPG Books 2013 GALLOWAY Anne WARD Matt Locative media as socialising and spatializing practice learning from archaeology Leonardo Electronic Almanac v 14 n 3 2006 Disponivel em lt http leoalmanac org journal vol 14 lea v14 n03 04 gallowayward asp gt Acesso em 18 mar 2014 GATES Bill A Estrada do futuro S o Paulo Cia das Letras
100. e iPhone muitos programas que n o consigo assistir na TV por n o estar em casa e busco os videos nos dispositivos m veis Na minha casa n o assinamos jornal impresso Not cias da ZH e NH Folha de S o Paulo tudo assinamos online e lemos nos dispositivos iPad e iPhone R B 24 Pretendo comprar um iPod pra substituir toda a minha cole o de CDs O iPad t sempre na minha mochila mas eu uso por causa da minha biblioteca de fotos jogos e uso em casa O meu iPhone eu uso tamb m profissional tenho o email da empresa configurado no iPhone mas n o no iPad J M 38 152 Eu n o gasto muito dinheiro com aplicativo por ano devo gastar uns 10 d lares no m ximo N o jogo muito tamb m no meu iPhone tenho mais coisas de produtividade e sociais por isso que eu gosto do iOS t tudo junto tudo conectado D L 31 Compro poucos aplicativos mas lbuns de m sica eu compro no iTunes Mais ou menos um lbum por m s Quando eu comprar o iPod e substituir minhas gavetas de CDs pelas m sicas dentro do iPod com certeza vou usar o servi o do iTunes Match que substitui as m sicas que tu baixou por elas com qualidade do iTunes Store sem ocupar espa o no iPod J M 38 Eu baixo uma penca de aplicativos Alguns s o pagos n o me importo de pagar acho justo os valores eu considero baratos pelo trabalho que os caras t m e tamb m pelo beneficio pagar at 10 d lares um aplicativo Eu t
101. em t ticas de resist ncia Dessa forma em um primeiro momento questionamos usu rios de dispositivos 10S identificam limita es elementos incongruentes em sua experi ncia de apropria o destas tecnologias Se sim quais s o estas limita es A quais fatores atribuem as restri es percebidas Buscamos identificar a partir das narrativas dos quatro grupos de usu rios Fanboys Usu rio Padr o Jailbreakers e Desertores de que modos s o manifestadas t ticas de resist ncia aos elementos incongruentes percebidos Nesta subvers o das regras da empresa usu rios de dispositivos iOS as rejeitam ou as contornam Se as contornam como o fazem Como transformam estas regras em outras coisas E ainda quais s o os fatores intervenientes que podem vir a moderar a percep o de incongru ncias ou mesmo as manifesta es de resist ncia Os dados desta etapa foram estruturados a partir de tr s tem ticas principais que atravessam os grupos analisados 1 envolvimento com a tecnologia e com a Apple 133 Condi es contexto 2 percep o de elementos incongruentes com orienta es individuais particulares na apropria o de dispositivos iOS Fen meno analisado e 3 t ticas e manifesta es de resist ncia Estrat gias e t ticas 5 1 Fanboys A Apple mostra o que o usu rio necessita antes dele saber Para Kahney 2004 a comunidade de f s da Apple em especial os entusiastas do Mac const
102. entes ente n as ana sens anca env anca sema 278 AP NDICE F ereesensesenseneesensenensensesensensasensan ca ensas case ntas entes as ana entenda ondas cao nvas en cemsasense no 280 AP NDICE G eseeneeneenseneeseasensensensensensenensensanca scam casas casenscnsens an ensan tantas casas ca sensensensanten aa 282 APENDICE n EE E EE E EA AE E 286 INTRODU O Whenever I want to plug in a peripheral it recognizes it right away I don t have to sweat and pray for a small miracle it s just great for me I m as happy as can be and I have better productivity I love my Mac Daphne Kalfon Quais s o as caracter sticas essenciais da computa o do futuro questionou David Clark audi ncia do evento em comemora o aos 35 anos do Laborat rio de Ci ncias da Computa o do MIT em abril de 1999 O cientista do MIT cunhou o termo p s PC para se referir a um futuro em que o computador pessoal seria destitu do de seu papel central na vida digital em rede para dar lugar presen a ub qua de novos dispositivos computacionais de interface Neste cen rio a computa o n o mais se limitaria ao universo de PCs desktops e laptops autossuficientes mas a gradual miniaturiza o dos dispositivos e a crescente depend ncia de servi os e aplica es na rede que exigem a identifica o e a autentica o do usu rio provocariam transforma es profundas nos modos como indiv duos se apropr
103. estes canais para compra de aplicativos ou m sica De fato esta uma t tica recorrente entre os usu rios deste grupo Voc tem que comprar em d lar na App Store Acho uma puta sacanagem isso j t na hora de voc poder comprar em Real Da por isso eu n o compro no iTunes tem que ser muito bom o conte do acho caro Eu poderia estar pagando pra eles mas eu vou l no computador e baixo filme pelo Torrent no Mac e mando pro Apple TV N o sei qual o modelo mas tem um modelo de Mac pra baixo que a Apple trava da eu tive que 115 Traduzido de On some occasions this resistance has become active even violent More often however it takes the form of passive noncompliance subtle sabotage evasion and deception 166 baixar um aplicativo o AirParrot que ele faz isso Mas acho que de 2011 pra cima tem o AirPlay e da tudo que eu baixo do meu computador eu mando pra l e assisto D L 31 Como podemos avaliar a resist ncia neste grupo manifestada de forma bastante sutil uma vez que limita es percebidas s o totalmente justificadas pelos f s da marca N o raro o que observamos foram relatos sobre a import ncia de n o infringer regras sob pena de comprometer a seguran a e a estabilidade da plataforma t o presente e importante no cotidiano destes usu rios Uma parte dos respondentes deste estudo apresenta o que podemos reconhecer como um comportamento conformista
104. faz jailbreak porque eu quero ter acesso quero poder usar mas ao mesmo tempo isso tamb m me limita sabe tamb m continuei escrava Ent o hoje eu posso te dizer que eu sou feliz com o sistema Android risos porque tem coisas que s o pagas Tem Mas voc tem acesso mais f cil a uma s rie de aplicativos n o me incomodo como eu me incomodava antes Acho que meu n vel de frustra o muito menor Claro que voc sempre tem algum inc modo com o seu aparelho uma rela o de amor e dio mas com o Android uma rela o muito mais saud vel e produtiva do que quando eu estava com o iOS sem d vida I V 28 5 4 4 Incidentes Cr ticos Os incidentes cr ticos positivos relativos migra o do iOS para o sistema Android AP NDICE H p 286 envolveram eventos relacionados s categorias sensa o de liberdade flexibilidade do Android e interoperabilidade dos dispositivos Android respectivamente Foi quando eu vi que eu n o ia mais ficar escrava da tomada Porque voc imagina todo dia voc usa seu aparelho mas um dia eu sa fui pegar um nibus que n o tem uma tomada voc n o vai ficar enlouquecida porque ele n o pode desligar voc que precisa desligar que precisa dormir risos E quando eu migrei para Android e eu n o precisava mais me preocupar com isso a primeira vez que o aparelho desligou e eu pude respirar em paz porque nada ia acontecer eu n o tinha q
105. iPhone 4S 38 dias para o iPhone 4 e apenas 14 dias para o iPhone 3GS GREENBERG 2013 ENTREVISTADORA Tu tens o iOS atualizado no teu iPhone 4S Atualizei at onde deu pra atualizar com seguran a pra que o jailbreak funcionasse J sa ram mais duas atualiza es depois eu t na 6 1 2 e acho que t na 6 1 4 algo assim N o tem nenhuma feature nova ENTREVISTADORA A quest o das atualiza es do sistema operacional um problema pra quem tem jailbreak se tu fizer tu perde o jailbreak e a possibilidade de retornar dependendo do aparelho As vers es mais antigas sempre tem como voltar vers o do iOS que tu tinhas Mas se o meu iPhone der pau hoje e eu tiver que restaurar eu vou ter que restaurar ele pra vers o mais recente do iOS a vers o 6 1 4 e da eu n o tenho como fazer jailbreak nela A Apple andou dando umas modificadas na seguran a do sistema Ent o um problema sim perder o jailbreak E como tem v rios aplicativos que eu paguei no Cydia que s funcionam com jailbreak eu n o ia poder usar D P 27 Outra negocia o se refere decis o sobre se vale a pena continuar com o jailbreak j que poss vel reverter o processo e restaurar o aparelho Uma vez que os resultados apontam esta natureza paradoxal da rela o entre usu rio e tecnologia estas tens es podem n o ser facilmente solucionadas Eu optei por comprar o aplicativo mesmo tendo baixado gratuitamente pelo Cydia pela que
106. interativo abrindo caminho para o futuro mercado da computa o pessoal O projeto era um servi o de informa o de pessoas que consistia em disponibilizar computadores de grande porte para uso por ativistas pol ticos Embora n o tenha alcan ado grande sucesso em parte devido migra o dos hackers para as novas gera es de computadores compactos mais acess veis a democratiza o do acesso informa o permaneceu como objetivo central para um grande grupo de pessoas O Resource One se transformou em um projeto chamado Community Memory cujo objetivo era posicionar terminais de computador para uso gratuito em locais p blicos na regi o de San Francisco ROSZAK 1985 online Figura 1 Figura 1 Community Memory Terminal Berkeley Calif rnia Fonte Computer History Museum Uma modalidade de uso do oneroso processamento computacional em que se utilizou o conceito de tempo compartilhado time sharing Foram m quinas intermedi rias aos computadores de grande porte os mainframes A empresa DEC Digital Equipment Corporation vendida para a Compag em 1998 foi pioneira neste tipo de equipamento 36 Os fundadores da Community Memory compartilhavam os valores da contracultura californiana da d cada de 1960 os quais inclu am o discurso anti guerra Eles tamb m apoiavam a tecnologia ecol gica de baixo custo descentralizada e f cil de usar ROSZAK 1985 1 3 Resist ncia como pr tica hacke
107. jeito Da eu tive que ligar a cobrar de um orelh o risos E orelh o j t meio dif cil de achar por a E tamb m n o normal tu receber chamadas a cobrar ningu m liga mais a cobrar s d toquinho no celular pr pago J M 38 280 AP NDICE F Quadro resumo Incidentes Cr ticos Usu rio Padr o INCIDENTE CR TICO POSITIVO CATEGORIA Excerto Sincroniza o de dados no ecossistema iOS Foi quando eu vendi meu iPhone 3GS e fiquei sem agenda Dai eu fiquei uns tr s meses sem o iPhone entre a troca de um e outro Depois que eu descobri que eu teria a agenda de volta e era s fazer o login com a minha senha da Apple e salvava tudo voltavam as minhas mensagens fotos Isso era uma coisa que eu n o sabia eu achava que quando tu vendia e formatava ele tu perdia tudo Mas da eu me dei conta que tava tudo salvo na nuvem Isso foi o que mais me marcou aconteceu primeiro com o Mac e depois com o iPhone M D 31 pro iPad em fevereiro do ano passado Eu sempre carregava comigo pras viagens esses notebooks menores que era um peso e ai lembro que quando consegui baixar pro iPad editar e no mesmo momento clicar e enviar pras redes sociais Lembro que aquilo foi super legal eu n o tinha essa facilidade Eu levava o iPad na bolsa e mandava foto quando queria Quando te oferecem algo que torna a tua vida mais f cil tu fica satisfeito e acompanhar a resp
108. m dia digital H apenas software aplicado m dia ou conte do Para usu rios que s podem interagir com o conte do das m dias por meio de aplica es de software as propriedades da m dia digital s o definidas pelo software espec fico em vez de estar contidas no conte do real isto dentro de arquivos digitais MANOVICH 2013b p 152 Dessa forma n o a propriedade digital dos novos aparelhos informacionais que d conta da sua especificidade ou ess ncia mas uma l gica computacional determinada por agentes econ micos que permeia a materialidade destes dispositivos e estrutura modos de apropria o enguanto a representa o digital torna poss vel para os computadores funcionar com imagens texto som e outros tipos de m dia em princ pio o software que determina o que podemos fazer com eles MANOVICH 2001 p 3 Como sugere Truscello UCSD e dirigido por Lev Manovich e Noah Wardrip Fruin No Brasil o grupo de Estudos Culturais do Software afiliado Universidade Federal de S o Paulo UNIFESP e coordenado pelo pesquisador C cero In cio da Silva Entre as principais refer ncias te ricas est o os pesquisadores Matthew Fuller Lev Manovich Noah Wardrip Fruin Ver Manovich 2001 Fuller 2008 117 2003 s p h uma l gica program vel nas novas m dias e um discurso das Ci ncias da Computa o que informa estes objetos da m dia os quais n o devem ser
109. maior parte dos seus aplicativos deixou de funcionar quando foi disponibilizada a vers o 4 3 do sistema operacional a qual n o estava dispon vel para o iPhone 3G 191 s vezes surgem atualiza es pra aplicativos que eu uso que s funcionam na ltima vers o do iOS J aconteceu comigo No meu caso eu n o tinha como atualizar o aplicativo porque eu ainda tava no iOS 6 com o iPhone 3GS A ou tu troca de aparelho ou tu t fora Um dos dois aplicativos que eu comprei pro iPad aquele leitor de pdf Good Notes eu uso a vers o do iOS 6 ainda J existe a vers o pro iOS 7 que eu teria que recomprar ele mas n o tem mudan as estruturais s algumas fun es Eu achei estranho bah mas se eu j comprei o aplicativo por que n o atualiza s Fiquei bem cabreiro Essas atualiza es s o um inc modo mas eu tamb m entendo que isso a um caminho que n o tem mais volta n faz parte do jogo Obsolesc ncia programada j diria Humberto Gessinger risos Eu n o vou trocar de aparelho s porque n o tem o iOS 8 N o o meu perfil Se n o tem beleza segue o baile Mas eu conhe o pessoas que v o l e pagam um monte de dinheiro pra ter a ltima vers o Eu fa o um uso racional da coisa Mas isso a faz parte do jogo sen o a Apple n o sobrevive M D 31 A preocupa o com o suporte da empresa a modelos mais antigos de equipamentos assim como a necess
110. me disseram que eu tinha invalidado a garantia por ter instalado software n o autorizado e eu tive que arcar com os custos A G 34 Quando eu comprei o iPod eu fiz a minha conta na App Store iTunes com cart o de credito mas j foi na poca que podia fazer sem cart o de cr dito Mas como meu cart o era dependente dos meus pais e eles eram avessos a essas coisas de tecnologia ent o eu fiquei meio com receio de fazer e depois ser xingada em casa Ent o eu fiz sem o cart o e fiz uma conta brasileira quando Barreiras culturais eu tava no Canad fazendo intercambio Mas da eu descobri que a App Store brasileira era um lixo comparada com a americana E v rios aplicativos que eu encontrava na americana eu n o encontrava na brasileira E a eu resolvi fazer outra conta e procurei em sites como encontrar aplicativos de gra a como fazer o jailbreak e achei v rios sites em ingl s fui tentando fazer mas n o foi f cil C S 19 O Cydia apesar de ser em portugu s as descri es dos aplicativos s o todas em ingl s E tem muito mais propaganda que na Apple Store Uma vez eu instalei uma coisa que eu n o sabia o que era porque na descri o eu n o consegui entender e no site que eu pesquisei era um aplicativo pra poder baixar todos os jogos pagos de gra a e eu fui ver depois e n o era isso Dai tinha que usar o cart o pra fazer a conta no aplicativo S que n o era isso era algo que
111. meio de uma rede de esta es especializadas a converg ncia digital tornou poss vel ao aparelho de telefone celular o suporte de muitos servi os adicionais A comunica o via recursos como SMS para mensagem de texto e e mail assim como a disponibilidade de pacotes de acesso internet jogos bluetooth e as fun es de c mera com v deo MP3 player r dio GPS e acesso programa o de redes de TV passaram a ser uma realidade nos aparelhos de telefones celulares avan ados Uma categoria distinta de dispositivos m veis multim dia com o uso de um sistema operacional m vel surge e se tornam populares o termo smarphones Estima se que um dos primeiros usos do termo tenha sido em 1997 pela Ericsson fabricante sueca de aparelhos de telefonia m vel Em rela o aos demais aparelhos de terceira gera o tais como os feature phones os smartphones possuem dispositivos multim dia avan ados que permitem a simula o da experi ncia com um computador pessoal em uma tela menor At a introdu o dos 3 Em geral s o estabelecidas tr s categorias de telefonia m vel 1 os telefones m veis tradicionais os quais cumprem as fun es b sicas de realizar e receber chamadas mensagens SMS e multim dia al m de c meras digitais de baixa resolu o sendo a categoria mais barata 2 os smartphones aparelhos equipados com sistema operacional e uma s rie de fun es incluindo acesso internet e aplicativos e 3 os feature
112. mercado consumidor dom stico No cen rio corporativo norte americano a burocratiza o era particularmente presente no setor da computa o Computadores eram grandes caixas pretas respons veis pelo processamento de dados de clientes comerciais que em geral n o estavam envolvidos nestas opera es e desconheciam seu funcionamento HANSMAN et al 2003 Na d cada de 1960 dominando o cen rio dos computadores mainframes a IBM chegou a alcan ar cerca de 70 de participa o de mercado CERUZZI 1998 Com foco em clientes corporativos e militares a IBM controlava hardware software manuten o e treinamento Inicialmente quando os computadores da IBM eram principalmente processadores de informa o n o havia uma ind stria de softwares para al m dos programas desenvolvidos pelos programadores da empresa como parte do modelo de neg cio da poca Este modelo era concebido para prover solu es de computa o para S referido por Elaine Tyler May citado por Turner 2006 p 30 27 problemas espec ficos do cliente empresa Os computadores da primeira gera o voltados a prop sitos espec ficos contavam com linguagem de programa o pr pria e necessidade de reprograma o caso novas fun es fossem requeridas pelos clientes Dessa forma altera es na opera o de algum aspecto do computador resultavam em um processo complexo e formal de negocia o entre a IBM e cliente dificultando a mudan a de fornec
113. nova vers o de forma a tirar vantagem de melhorias em termos de capacidade de microprocessadores e de mem ria EVANS et al 2006 Em sua vers o mais recente o iOS acrescentou in meros recursos at ent o indispon veis Ao longo dos anos a estrat gia da Apple sofreu importantes transforma es mudando o foco no computador pessoal para inova es no campo dos dispositivos m veis da m sica e do v deo alterando significativamente o modelo de neg cios da ind stria at ent o recente Estes novos campos de aplica o inclu ram uma grande variedade de g neros Na m sica e no v deo foram lan ados o iPod o servi o iTunes e o Apple TV os dispositivos m veis iPhone e iPad al m da loja de aplicativos App Store Grande parte destes novos produtos e servi os opera sobre a plataforma iOS enquanto os computadores Macintosh utilizam sistema operacional pr prio o OS X As vers es mais recentes do OS X contudo t m sido destacadas como se tornando cada vez mais pr ximas do sistema utilizado pelos dispositivos m veis da Apple HOOG e STRZEMPKA 2011 Os principais sistemas operacionais m veis dispon veis na atualidade s o Android Google iOS Apple e Windows Phone Microsoft Enquanto a Apple se mant m verticalmente integrada com seus pr prios aparelhos sistemas operacionais m veis e lojas de aplicativos Google e Microsoft optaram por adotar uma pol tica de licenciamento do seu sistema operacional para m ltiplos parce
114. o dos dispositivos iOS 132 5 1 Fanboys A Apple mostra o que o usu rio necessita antes dele saber 133 5 1 1 Envolvimento com a tecnologia e com a Apple ccccccccccsessececeessececessseeeeesesseeeenes 133 5 1 2 Percep o de elementos incongruentes com a orienta o particular 155 5 1 3 T ticas e manifesta es de resist ncia esceceesceceencecsseeesseceesseeecsteceesueeeesseeeenaees 164 Dek Al Incidentes CACO iq carteiras eia TU STR EA Oca a 171 5 2 Usu rio Padr o Eu t numa pris o mas uma pris o de luxo 172 5 2 1 Envolvimento com a tecnologia e com a Apple cccccccccceessscecsesseceeessseeesetessseeeenss 172 5 2 2 Percep o de elementos incongruentes com a orienta o particular 179 5 2 3 T ticas e manifesta es de resist ncia sccceeseecesscecsencecesececssccetsneceeseeeeesteeeeaees 192 5 2 4 Incidentes Cr LICOS sa masai ened ead aaa Os Tas aU ta A 198 5 3 Jailbreakers Isso poderia ir muito al m 200 eee cece ceeeeceeeeeceeeeeceeceecsteeeeseeeeneerenee 200 5 3 1 Envolvimento com a tecnologia e com a Apple cccccccccccesseceeeessececessseesesenseeeenes 201 5 3 2 Percep o de elementos incongruentes com a orienta o particular 203 5 3 3 T ticas e manifesta es de resist ncia esceceeseeceeseeeescecssnceeseceeeetecee
115. o para o setor das tecnologias da informa o come ou a se tornar saliente De acordo com Cusumano 2010 na d cada de 1990 o sistema operacional Microsoft Windows e o computador pessoal assim como o navegador e a internet passaram a ser vistos como plataformas de ampla atua o na rea das tecnologias da informa o 61 2 A Microsoft percebeu que o sistema operacional a base sobre a qual s o constru dos todos os programas aplicativos GATES 1995 p 55 e que o dom nio e estabelecimento de um padr o nesta rea possibilitaria o dom nio dos demais aplicativos do mercado permitindo ou restringindo sua participa o Foi o que fez a Microsoft em sua parceria com a IBM ao oferecer o sistema MS DOS e posteriormente o Windows cujo licenciamento n o se restringia evidentemente IBM Os hackers da primeira gera o aqueles que acreditavam que a informa o deveria ser livre e gratuita portanto n o propriet ria foram aos poucos dando lugar ao que Levy 2012 denominou terceira gera o de hackers Assim uma cultura da prote o s vendas crescia como valor primordial entre desenvolvedores que se tornam cada vez mais parte da ind stria da computa o Por outro lado havia ainda movimentos de resist ncia a este modelo que responderam burlando tais barreiras de formas diversas Richard Stallman que nos anos subsequentes seria o mentor do Movimento do Software Livre e criador da Free Softwar
116. o seja Android Ou iOS ou Android Eu decidi eu quero Android At pela experi ncia boa que eu tenho com o Linux Esse ano eu at planejo fazer um curso de programa o de apps pra Android principalmente pelo mercado que tem Eu sou super criterioso nisso eu cheguei a fazer uma tabelinha com pr s e contras do Samsung Galaxy 7 cheguei a ver o Samsung Note um Dell rec m lan ado no Brasil o Kindle Fire o do Google tentando lembrar o nome Nexus 7 e a ASUS E acabei decidindo pelo ASUS pela configura o da m quina e por ser o nico que tava vindo com o Android 4 3 ltima vers o do sistema operacional segundo ele sem as falhas de vulnerabilidade das vers es anteriores ENTREVISTADORA Como utiliza o novo dispositivo Usa Google Play compra aplicativos Fa o tudo com ele A loja do Google Play maravilhosa tem muita coisa de gra a Eu imagino que quem n o fale ingl s tenha uma certa dificuldade com isso porque tem muita coisa que n o tem em portugu s mas isso 0 10S tamb m n o tem Eu tenho h bito de ler essas revistas de gra a ent o a primeira coisa que eu fiz foi botar o app do The Economist e do Bloomberg Business Week que eu leio toda semana Eu n o sinto falta de nada que o iOS tenha Eu t apaixonado pelo Android e eu n o pretendo voltar pro iOS nem a pau T S 37 239 Uma das t ticas de resist ncia aos scripts de uso e re
117. oferta de uma nova caixa preta information appliance mais sedutora segura e eficiente para o alcance da completa produtividade 184 ENTREVISTADORA os sistemas operacionais s o invis veis pro usu rio nos dispositivos m veis Eu n o sei muito sobre o sistema n o troquei o iPhone pelo Note II pelo Android foi pelo hardware mesmo na hora nem pensei em iOS eu s n o queria um smartphone da Apple Pra mim era assim eu s queria sair da Apple eu n o tinha nem ideia de Windows sistema n o sei o qu Depois que eu comprei e fui pesquisar que eu vi que isso meio uma guerra de fandoms eu n o tinha ideia de onde eu tava me metendo Fui pesquisar e da descobri que tinha toda uma guerra de sistemas operacionais que eu desconhecia C M 24 Acredito que as pessoas acabam n o pensando tanto em sistema operacional porque acho que o aparelho fazendo o que a pessoa quer que ele fa a um jogo funcionar etc o 1OS voc transforma no que voc quer at certo limite uma m quina de ler livros De ver Facebook De conversar com a fam lia Mesmo com usos mais complexos que o aparelho permite o aparelho em si e o sistema operacional acabam ficando mais invis veis Sempre que eu vejo um iPhone por a eu dou uma espiada pra ver se a pessoa atualizou pro iOS 7 e alguns n o atualizaram Por qu Porque t bom M P 32 Uma vez eu vi uma entrevista de um advogado que c
118. ou s quest es de privacidade e uso de criptografia estas pr ticas s o intensificadas na computa o em rede 2 6 Novo locus de resist ncia consumo direitos digitais e de privacidade A medida que a internet passou a constituir fonte de interesse de governos e corpora es movimentos de resist ncia de grupos simpatizantes dos ideais hackers eclodiram em diversas dire es ao longo da trajet ria dos computadores em rede Estes indiv duos entendiam que era necess rio garantir a liberdade dos usu rios por meio de uma rede aberta descentralizada e de sistemas livres de tecnologias de restri o implementadas por 7 Traduzido de Every one of them will arrive at the same place can t you just make us a general purpose computer that runs all the programs except the ones that scare and anger us Can t you just make us an Internet that transmits any message over any protocol between any two points unless it upsets us All attempts at controlling PCs will converge on rootkits and all attempts at controlling the Internet will converge on surveillance and censorship 80 corpora es em suas estrat gias de lock in especialmente presentes nas ind strias da computa o das telecomunica es e dos eletr nicos Ap s seu encerramento em 1972 o Whole Earth Catalog deu origem a uma comunidade online bastante atuante nos anos subsequentes a Whole Earth Lectronic Link WELL Criada em 1985 a WELL o
119. outro sistema pareceu uma solu o plaus vel e pelo menos nesta pesquisa acertada segundo percep o dos usu rios deste grupo A decis o pelo Android pareceu uma escolha natural para o grupo dos Desertores dadas as demais op es dispon veis no mercado e o discurso amplamente veiculado nos meios de comunica o vinculando c digo aberto flexibilidade liberdade e variedade de aplicativos gratuitos via Loja Google Play com o Android ENTREVISTADORA a decis o de mudan a veio primeiro pensando no Android ou na marca do dispositivo Eu fui pelo sistema operacional Como eu tinha me estressado muito eu s queria usar alguma coisa que eu pudesse ter acesso ao que eu precisava que eu via como necessidade sem ter que enlouquecer tem que ser funcional pra me ajudar n o pra atrapalhar tanto e da eu fiz uma pesquisa Tem alguns aplicativos que n o est o dispon veis em alguns sistemas operacionais no Windows Phone por exemplo Um exemplo ne Ver lt http mobilexpert com br mercado telecom materias 9840 apple publica guia de migracao do android para o iphone gt 238 o pr prio Instagram voc tem outros aplicativos com outros nomes que fazem coisas parecidas Eu falo Instagram porque todo mundo tem Ent o eu queria um sistema operacional onde eu pudesse ter minimamente o que eu j conhecia no sistema iOS da eu fiz uma pesquisa e vi que o Android abr
120. outros aplicativos que todo mundo fala Nada que a Apple tem eu troco Quando surge uma solu o da Apple eu vou l e uso nem fico procurando outros D L 31 Limita o acho que s minha de n o conhecer por exemplo muito bem o Mac gostaria de estar mais por dentro das capacidades do MacBook E quando eu penso que poderia fazer algo diferente com os dispositivos m veis eu consigo enxergar o porqu da Apple fazer dessa forma e da eu me adapto forma como ela faz as coisas Por exemplo hoje pra mandar uma foto pelo Whatsapp eu abro o aplicativo e anexo a foto s que se eu abrir direto a foto e der compartilhar o iPhone vai me abrir todas as formas de compartilhar e mail mensagem Facebook etc mas ele n o me d o Whatsapp E porque o Whatsapp n o aplicativo nativo e algu m pensou que n o seria legal o Whatsapp compartilhar foto dessa forma e a eu me adapto e j sei que ele n o faz assim Entendo me conformo e acho a 167 melhor coisa do mundo N o deixo de fazer nada mas os caminhos s o diferentes J M 38 Friestad e Wright 1994 apud ROUX 2007 j haviam destacado que discrep ncias entre as representa es do indiv duo sobre uma dada situa o e os princ pios morais adquiridos na inf ncia podem levar a notas discordantes Embora expressem a percep o de elementos incongruentes assim como algumas t ticas e manifesta es de resist ncia ainda que sutis os f
121. passado que eu fui na casa do Steve Se eu tive um sonho obsessivo nas costas esse peso saiu aquele dia Eu vi a vida passar naquela 1 hora e 35 minutos que eu fiquei na frente da casa Foi dif cil conquistar as coisas na minha vida E ali eu pensei a primeira batalha da minha vida eu venci chegar aqui e conquistar esse sonho F P 31 As imagens a seguir mostram como a identifica o com a marca e seu fundador Steve Jobs est presente na vida destes usu rios Na Figura 16 vemos o registro de R S do dia em que Steve Jobs faleceu um acontecimento de grande repercuss o junto comunidade de f s da Apple As Figuras 17 e 18 mostram como objetos pessoais de R S cart o de visita e de R B material desenvolvido para uma din mica empresarial s o imediatamente vinculados marca Figura 16 Dia de luto por Steve Jobs de R S Fonte coleta de dados 146 Figura 17 Verso de cart o de visitas pessoal de R S Fonte coleta de dados Participei de um processo seletivo para um banco em fevereiro Depois da entrevista com RH teste psicol gico Uma das tarefas que eles deram para os candidatos foi montar um livro da vida em 4 p ginas contando a hist ria de vida de maneira criativa e a capa do livro devia ser uma marca que identificasse o candidato Teve gente l que fez McDonalds Coca Cola E eu coloquei o s mbolo da ma da Apple na capa e no momento de apresen
122. pelo Datashow as imagens com a movimenta o dos dedos o iPad 1 n o tinha essa fun o e muita gente recorria ao jailbreak pra isso O aplicativo era o Display Out J S 23 Eu me lembro que eu pesquisei quais eram os vinte aplicativos mais usados de customiza o desses eu baixei dez do Cydia que eu me senti mais vontade pra usar todos gratuitos e esse aqui mesmo de trocar a tela achei incr vel isso n o achei nada similar na Apple o Barrel As m scaras Tu v que meus cones s o redondinhos Eu acho que o marco foi o Barrel quando eu vi eu achei Nossa que legal por que n o tem na Apple Quando eu fiz a consulta n o tinha Isso foi no iPhone 3GS faz uns 2 anos a primeira vez que eu coloquei B C 26 Foi poder ter uma no o de como funcionava eu tinha uma amiga que fazia jailbreak tamb m at foi ela que me indicou pra fazer a conta americana e a eu ensinei ela a fazer o jailbreak porque ela sofria nessa hora de n o poder ter Acesso a aplicativos os aplicativos antes de comprar e da a gente acabou se ajudando e eu podia espec ficos ajudar alguns amigos meus a fazer Eu gosto muito de ter meu cel meu iPod com as coisas que eu gosto sem me arrepender C S 19 Foi algo tipo Ah Agora eu posso tamb m porque eu passei meses vendo os jogos que os gringos compravam com os cart es de cr dito e tal e eu n o podia comprar e n o podia jogar e ficava com vontade mas n o podia Quando fi
123. percep o de r pida obsolesc ncia do produto aliada forte integra o de hardware software e servi os torna os dispositivos da Apple uma op o pouco atrativa para os usu rios a longo prazo al m dos pre os praticados no mercado brasileiro serem considerados altos O relato de M K sintom tico no sentido de que exp e este sentimento comum entre os entrevistados do grupo A pol tica da concorrente Google de licenciamento do sistema Android a m ltiplas plataformas criaria nesse sentido menos depend ncias para o usu rio Conforme eles v o se atualizando voc precisa anualmente ir se atualizando tamb m e isso custa um valor bem mais elevado H vantagens e desvantagens seguran a a maior mas voc fica muito restrito quilo se a Apple resolver descontinuar um produto voc vai ter que aceitar ENTREVISTADORA E isso j aconteceu contigo em algum momento Sim com o iPhone se eu ainda tivesse um 3GS eu n o ia mais poder atualizar o sistema operacional por uma limita o da Apple porque conforme ele foi evoluindo atrav s de atualiza es os processadores mais antigos n o evolu ram junto Com o Android isso j diferente ENTREVISTADORA Um dispositivo Android dura mais que um da Apple Sim com certeza Porque pra Androids voc tem diferentes tipos de aparelhos diferentes nichos de mercado seja um aparelho que custe 100 reais ou 3 mil reais e a Google t sempre faze
124. piscar no iPhone n o fica vermelho ali no canto e quando chegou em 1 ele desliga e n o tem choro J M 38 Embora a obsolesc ncia de produto n o tenha surgido nos relatos como limita o percebida pelo menos um entrevistado citou esta quest o como incidente cr tico negativo 5 2 Usu rio Padr o Eu t numa pris o mas uma pris o de luxo A palavra que define tecnologia para o Usu rio Padr o dos dispositivos iOS produtividade Em geral este grupo n o est interessado nos modos como s o configurados c digos e protocolos oportunizados por elas mas na experi ncia de uso das plataformas e nos benef cios 5 2 1 Envolvimento com a tecnologia e com a Apple Grande parte dos entrevistados teve contato com computadores ainda na inf ncia por influ ncia de algum membro da fam lia mas o ambiente acad mico ou profissional foi 173 fundamental para estabelecer sua rela o com computadores e dispositivos m veis Estes usu rios se consideram fortemente envolvidos com tecnologias da informa o e da comunica o me considero dependente da tecnologia M D 31 anos Muitos deles narram uma rela o paradoxal com a tecnologia com a qual experienciam depend ncia e liberdade Para a jornalista e mestre em Comunica o C M 24 anos a tecnologia fundamental no seu cotidiano mas pode ser um problema quando se percebe dependente do seu uso Minha rela o co
125. produtos e sua qualidade atual 114 Traduzido de Consumers who treat the brand as self actually defend the brand when it fails just as they would defend themselves if they failed 156 Desvantagens humm parte negativa pensando N o sei N o posso falar de instabilidade nem que inseguro F P 31 N o vejo limita o Todos os dispositivos me atendem da maneira que eu preciso se eu preciso de um aplicativo eu baixo compro vou na App Store uso iTunes Store normalmente tudo que eu preciso a Apple me atende Se n o me atendeu num determinado momento algum tempo depois apareceu aquela funcionalidade o Touch ID S M 41 Essa quest o do universo fechado voc tem um aplicativo pra qualquer coisa que voc queira fazer dentro de um ambiente seguro onde voc tem a certeza de que seus dados est o sendo transferidos de uma maneira segura A integra o dos dispositivos m veis com o meu computador como eu compartilho meus documentos dentro desse ambiente fechado o que me d mais prazer de usar eu confio que a Apple t fazendo o melhor pra mim Eu tenho certeza de que o ambiente que ela criou da maneira como ela criou a maneira mais pr tica e l gica dentro do meu fluxo de trabalho S M 41 medida que a entrevista transcorria contudo emergiam pondera es acerca de caracter sticas da plataforma iOS e da experi ncia de apropria o que poderiam ser diferentes ai
126. publicit rio R F 28 anos o jornalista S M 48 anos o bacharel em R dio e TV D L 31 anos e o professor H P 41 anos Uma pr tica comum entre Fanboys a leitura ass dua de publica es especializadas na rea da computa o e da tecnologia em geral h bito que alguns dos f s mais antigos cultivam h muitos anos como S M H P e R S Ter acesso a estas publica es contudo demandava algum comprometimento financeiro e de tempo dos entusiastas da tecnologia brasileiros uma vez que grande parte das revistas precisava ser importada Contudo para R S procurar revistas de inform tica no aeroporto de Porto Alegre gastando o que tinha e o que n o tinha era um sacrif cio que valia o esfor o De forma similar a outras publica es da poca nos EUA revistas como a Nova Eletr nica e a Planeta faziam parte do cotidiano de leitores brasileiros interessados em temas variados do udio e eletr nica ao esoterismo e pol tica ambiental A Nova Eletr nica distribu da entre 1977 e 1987 oferecia projetos que estimulavam a montagem de aparelhos eletr nicos simples com publica o de kits de pe as para computadores Todos os meses a publica o disponibilizava os kits que os usu rios levavam quase um ano para montar segundo relata R S O modelo NE Z80 comercializado no Brasil um clone do computador brit nico de baixo custo Sinclair ZX80 foi um dos equipamentos lan ado como kit pela Nova Eletr nica em
127. que s m quinas generativas do Homebrew Computer Club muito embora ainda fosse necess rio para o usu rio comum mergulhar na mentalidade hacker pelo menos at algum ponto p 298 O processo de aprendizagem dos usu rios de computadores pessoais nos anos 80 incluia fazer c pias de discos encontrar os softwares mais adequados e entender o jarg o da inform tica nas lojas de varejo LEVY 2012 A emerg ncia de computadores do tipo all in one na segunda metade dos anos 80 tornou mais dif cil a realiza o de modifica es por parte dos usu rios como upgrades etc Estes equipamentos possuem placas integradas e processador drives e portas de conex o dentro do monitor sem a presen a de um gabinete No lugar de maior flexibilidade para transforma es estes equipamentos prometem facilidade de configura o e estabilidade devido ao forte controle exercido pelo fabricante dos componentes ali instalados Um dos produtos representantes desta cultura foi a cria o de uma nova onda de computadores dentre os quais o Macintosh em 1984 65 2 3 O mercado consumidor p s Macintosh Quando do lan amento do Macintosh a Apple adotou como posicionamento a ideia de liberdade intelectual e criatividade como ant dotos contra a burocracia e o conformismo representados pelas grandes corpora es da poca Havia a percep o popular em torno do Macintosh como computador cujas qualidades o colocavam em oposi o tanto aos oner
128. rios desenham e empregam tecnologias que permitem o acesso a conte do digital apesar dos mecanismos de prote o tecnol gica como a outra face do controle tecnol gico representado pela prote o copia digital e como uma t tica crucial para o movimento Segundo Postigo 2012 p 4 tecnologias digitais como os softwares ou novas m dias como a internet e outros dispositivos m veis s o ao mesmo tempo os obst culos e o meio usado para resistir desfazer as limita es impostas ao uso e acesso do consumidor KKK K ole ole K ole ole K K K K K No per odo entre 1945 e 2002 a ess ncia do computador se transformou de forma constante Resultado de um fen meno cultural econ mico e tecnol gico CERUZZI 1998 os minicomputadores n o competiram com a cultura de uso do mainframe na transi o das d cadas de 50 para 60 pois abriram reas completamente novas de aplica o Minicomputadores introduziram a no o de computador como dispositivo pessoal interativo mas foram os computadores pessoais enquanto plataformas de softwares comercializ veis nos anos 80 que foram associados ideia de transforma o social tornando se na d cada seguinte com o advento da internet uma m dia de comunica o Assim como destacou Ceruzzi entre 1972 e 1977 houve o crescimento dos microcomputadores computador pessoal em simult neo comunidade de hobistas origem de futuras empresas chave no cen rio da computa o
129. seu iPhone em alto falante Eu sempre ou o podcast ou m sica quando eu vou cozinhar E eu n o quero levar o computador at l ou caixinhas de som e n o lembro se foi um amigo que fez isso e eu comecei a fazer tamb m Mas o MotoG n o reto um dia eu botei ele em cima da mesa e o som expandiu e eu falei nossa Eu procuro na internet como melhorar o aparelho em blogs nas p ginas do Facebook que eu sigo s o dicas pra voc melhorar sua vida Por exemplo voc pode fazer uma gambiarra voc coloca o iPhone com dois rolinhos de papel higi nico e faz uma caixa ac stica risos L L 28 Para os Desertores o ecossistema da Apple como um todo deixa a desejar e estes usu rios buscam argumentos que corroborem sua vis o de que outros sistemas s o mais adequados as suas necessidades e valores Foi decepcionante porque a gente tinha uma imagem do Macintosh Teve uma palestra acho que em 2010 com um dos caras que animou o filme O Brilho dos teus olhos e ele n o sabia usar Mac e a gente tinha uma adora o pelo trabalho que eles fizeram naquele filme todo criado em 3D e ele n o usava aquilo que a gente achava que era o m ximo que seria o sistema iOS e tamb m o Mac Teoricamente n o d pau mas d pau sim eu trabalhei com ele e como qualquer outro sistema Ent o aquela imagem que eu tinha da Apple como uma empresa soberana foi por gua abaixo e eu n o recomendo I V 28
130. suas origens nesta parceria com o Altair Em 1977 os softwares Microsoft BASIC e o CP M Operating ajudaram a transpor as barreiras iniciais para dissemina o do computador pessoal CERUZZI 1998 Os interesses da ind stria nem sempre convergiram com os dos usu rios e este tensionamento se mostrou recorrente ao longo do tempo A conhecida cr tica feita por Bill Gates na poca s c pias do BASIC feitas pela comunidade de hobistas foi eternizada no documento Open Letter to Hobbyists e um marco na rela o que seria estabelecida entre o hardware e o software nos anos subsequentes 2 2 A ind stria consolidada hardware aberto e software propriet rio Os primeiros computadores pessoais voltados a um mercado de usu rios amadores consistiam quase que exclusivamente em processadores flex veis adapta o dos usu rios Para funcionar como um computador pessoal o processador devia ser conectado a dispositivos eletr nicos dom sticos tais como aparelhos de televis o para funcionamento como monitor ou gravador de fita cassete como dispositivo de armazenamento e recupera o de dados Dessa forma os fabricantes de computadores da poca pertenciam ind stria do hardware e os PCs eram solu es esperando pelos problemas ZITTRAIN 2008 p 13 Os fabricantes de computadores pessoais para prop sitos gerais podiam ent o desenvolver softwares para dar novas funcionalidades ao computador Inicialmente programas
131. t m se mostrado centrais sobretudo na constru o dos ecossistemas de produto na ltima d cada na medida em que se transformaram no elemento de integra o por excel ncia entre dispositivos e servi os que se utilizam da computa o na nuvem Dispositivos m veis baseados no 10S Apple iPod iPhone iPad a partir dos servi os como iTunes e iCloud o Sony PlayStation Sony e a PlayStation Network PSN ou o Xbox Microsoft e os servi os Xbox Live est o entre as mais conhecidas uni es de plataforma de hardware e software 3 5 Ecossistemas digitais de entretenimento e estrat gias de lock in Por ecossistema digital de entretenimento ou de produtos estamos nos referindo ao complexo de uma comunidade de dispositivos digitais e seu ambiente funcionando como um todo conforme defini o do Merriam Webster apud SPENCER 2012 Um ecossistema digital consiste na solu o integrada entre hardware software e servi os cada qual desempenhando um papel espec fico no ecossistema a fim de garantir seu funcionamento como um todo BAJARIN 2011 Em um nivel macro ecossistemas digitais tamb m podem se referir a conjunto heterog neo de atores participantes cuja natureza normalmente distribu da de controle envolve a combina o de objetos materiais smartphones headsets teclados etc e imateriais sistemas operacionais v rias aplica es de suporte para uma variedade de modalidades de intera o do usu rio
132. tamb m n o poder porque o meu telefone lacrado a bateria dele n o sai ent o a come am a aparecer as desvantagens ENTREVISTADORA tu percebe isso como uma limita o no uso do 10S No uso do iOS a incompatibilidade de transmiss o de dados entre aparelhos diferentes que n o s o Apple Hoje eu n o sinto mais tanta falta porque as pessoas j tem internet no telefone delas Talvez fosse mais f cil por bluetooth mas eu posso fazer por internet Mas na verdade eu 186 dependi das pessoas migrarem pra um smartphone pra conseguir interagir com os equipamentos delas pela internet Eu pretendo continuar com o iOS porque ali eu j tenho um ecossistema pronto Pra mim mais f cil manter esse ecossistema e que eu gosto acho simples de usar dentro do ecossistema se for com outros equipamentos da outra hist ria R R 25 No iOS o modo com os diferentes aplicativos interoperam tamb m foi citada pelos entrevistados que de modo geral entendem que uma decis o da Apple escolher quais programas podem mandar informa es para quais programas V C 41 anos Por outro lado esta uma experi ncia que consistente nos dispositivos iOS uma vez que a empresa mant m controle sobre tarefas deste tipo diferentemente de sistemas Android que rodam sobre hardware de fabricantes distintos Na defini o da pr pria Apple uma experi ncia consistente na plataforma iOS pressup e
133. tanto prevenir a es mal intencionadas de crackers quanto salvaguardar o modelo de neg cios de uma empresa particular Estas tecnologias podem atuar em simbiose com estrat gias mercadol gicas conhecidas no jarg o econ mico como vendor lock in proprietary lock in ou customer lock in Visam manter o usu rio cliente dependente de um fabricante de produtos ou servi os aumentando consideravelmente os custos de mudan a do usu rio para outra empresa Estrat gias de lock in s o pr ticas comuns nas ind strias da computa o de eletr nicos e nas telecomunica es Decis es relativas compatibilidade e interoperabilidade entre componentes equivalentes habilidade de sistemas e organiza es de interoperarem ou trabalharem em conjunto atuam diretamente sobre a generatividade dos equipamentos Em muitos casos n o se trata de limita o imposta por padr es t cnicos mas por decis es econ micas em que inviabilizar a compatibilidade de hardware e softtware com produtos concorrentes usado como forma de alavancar participa o de mercado levando em casos extremos a monop lios e a es anti truste como nos casos mais conhecidos T11 e Bell System nos EUA durante muitos anos a Bell System deteve monop lio do sistema de telefonia ao n o permitir a interoperabilidade dos equipamentos e redes Esta situa o levou ao evento do Hush A Phone e Mainframes IBM a IBM sofreu a es anti truste pelos e
134. trazidas do Xerox PARC foram colocadas em pr tica no Macintosh mas a revolu o no campo da computa o viria na d cada de 1990 com o dom nio do software pela Microsoft no mercado de computadores pessoais Uma combina o de eventos se mostrou fundamental para que este dom nio se consolidasse entre os quais o lan amento da vers o 3 1 do sistema operacional Windows em 1992 a reuni o de aplica es em um su te chamado Microsoft Office al m da introdu o do processador Pentium pela Intel Ceruzzi 1998 destaca que estes benef cios combinado a um pre o mais acess vel representavam em torno de 80 do que o Macintosh oferecia ao mercado consumidor na poca Em 1995 a vantagem do design mais elegante da Apple j n o importava na medida em que a combina o Microsoft Intel se tornou o padr o p 309 O crescimento de fabricantes clone como a Dell e a Compaq foi possivel em parte gra as s pol ticas de licenciamento da Microsoft e da Intel que forneciam computadores baseados em microprocessadores Intel mais acess veis ocupando espa os n o ocupados pela Apple Ao adquirir o computador todo o processo de configura o era facilitado a m quina normalmente j inclu a o sistema operacional Windows pr instalado Por outro lado a Apple tinha como decis o estrat gica n o licenciar o sistema operacional ou softwares do Macintosh para terceiros fabricantes de computadores CERUZZI 1998
135. um conjunto de recursos sociais e ret ricos para a a o empreendedora Ao longo do tempo os membros destes grupos ajudaram a redefinir a microcomputa o como m quina pessoal e as redes de computa o como comunidades virtuais Segundo Turner 2006 criadores e leitores do Whole Earth ajudaram a sintetizar uma vis o da tecnologia como for a contracultural que moldaria o entendimento p blico da computa o Esta vis o permaneceria presente d cadas depois na constru o simb lica do imagin rio dos usu rios em torno de empresas como a Apple e seus produtos Dentre os valores que embasavam a filosofia presente na publica o destacamos aqueles que se referem s pr ticas de consumo e seu papel na sociedade Os bens e o consumo n o s o vistos como formas de acumula o passiva dos objetos mas como ferramentas implicadas em um continuum temporal e de estilo de vida mais amplos como oportunidade para a cria o ativa e criativa BINKLEY 2003 O leitor da Whole Earth nesse sentido detinha o poder para conduzir sua vida conforme seu pr prio desejo desde que encontrasse as ferramentas apropriadas As ferramentas explica Turner 2006 n o s o apenas objetos ou meios para realizar uma tarefa mas sobretudo constituem mecanismos para transforma o do indiv duo em sujeito criativo e capaz agente ativo nas escolhas cotidianas Para Stewart Brand cada indiv duo a partir das suas escolhas respons vel pela evolu
136. usar c digos e comandos uma realidade diferente a partir da inclus o das interfaces gr ficas no computador pessoal Eu ficava enlouquecido com meu irm ozinho pegando aquele livrinho e programando em Basic naquelas porcarias que eram uns disquetes ainda gigantes de 5 1 4 E aquelas linhas de comando em Basic eu ficava enlouquecido vendo ele fazer aquilo e eu queria fazer igual mas eu nunca aprendi Ent o eu sabia operar o computador que n o fazia praticamente nada que tinha um editor de texto e s A sempre tinha aquela coisa de abrir fu ar No come o era bem diferente porque a gente tinha que ter uma certa no o de c digo fonte de comando no prompt porque n o era que nem hoje que voc t com aquela interface e voc s tem que ir clicando Voc queria saber uma listagem de arquivos e tinha que dar um comando lt Dir gt queria deletar alguma coisa tinha que dar lt Del gt T S 37 Por volta de 1994 T S ganhou seu primeiro notebook um 486 SX da Canon e a primeira conex o internet foi com a NutecNet RBS que depois virou Zaz de Zaz virou 225 Terra internet discada usei at 2001 s podia conectar depois da meia noite Por volta do ano de 2002 come ou a ter contato com o sistema operacional Linux e isso foi decisivo segundo T S para a vis o que desenvolveu acerca das tecnologias e seus usos Embora se considere um entusiasta da tecnologia n o muito interessado e
137. usar somente o notebook e o smartphone pois era muita coisa pra uma pessoa s Como o analista de suporte de inform tica E P 28 anos que atualmente possui um smartphone Samsung Galaxy S4 um notebook no trabalho e um computador desktop em casa para ambientes gr ficos como Autocad Teve celulares Nokia durante v rios anos mas acredita que hoje n o s o a melhor op o Hoje o Nokia ficou ultrapassado n O Windows Phone um sistema bacana mas gosto mais do Android porque ele tem uma s rie de recursos L R 23 anos jornalista e estudante de teatro diferentemente dos demais entrevistados deste grupo acredita ser um usu rio moderado de tecnologia as quais n o costuma trocar com frequ ncia acho que tenho uma rela o mais b sica com a tecnologia Calcula que teve apenas dois aparelhos de celular o primeiro foi Nokia e n o lembra o 226 modelo depois comprou um Samsung que aceitava 2 chips de operadoras Tem um notebook Sony Vaio faz um ano para o que considera o trivial e o PC desktop que mais antigo e n o utiliza eu n o sou muito ligado nisso especifica es tecnologia No que se refere ao envolvimento com a marca Apple e seus produtos e a decis o de adquirir um dispositivo iOS este grupo n o relata um envolvimento maior com a marca para al m da lembran a de aquisi o de algum dos dispositivos iOS Em geral o primeiro contato com equipamentos Apple foi a aquisi
138. usu rios nos espa os eletr nicos por meio do uso de sistemas de pagamento direcionamento da navega o entre outras a es estrat gicas que se valem da utiliza o de plataformas espec ficas e um discurso em torno dos valores de seguran a e estabilidade Os sistemas fechados da Apple permitem a ela focar na cria o de produtos propriet rios bem sucedidos com efeitos diretos sobre a defini o de novas categorias de produtos GAWER e CUSUMANO 2008 medida que novas categorias de produtos emergem a habilidade da Apple para manter a alegada coes o na experi ncia do usu rio por meio dos diversos dispositivos iOS ex iPod iPhone iPad pode se tornar uma vantagem sobre outros sistemas operacionais m veis que t m de lidar com a crescente fragmenta o de dispositivos m veis dispon veis de diferentes fabricantes smartphones tablets notebooks 112 etc e consequente problemas de compatibilidade de aplicativos etc KENNEY e PON 2012 Uma quest o de que forma o fabricante do aparelho mant m usu rios amarrados ao seu sistema operacional quando eles j possuem o aparelho Embora os dispositivos iOS permitam aos usu rios acesso web m vel por meio de microbrowsers Safari o hardware existe em uma plataforma de sistema operacional fechada em que atuam o iTunes e a App Store como meios exlusivos de distribui o de aplicativos e outros conte dos KENNEY e PON 2012 Uma das decis es mais importante
139. utilizado com perif ricos de outros fabricantes A compatibilidade com equipamentos de terceiros era uma caracter stica desej vel nessa fase da computa o pessoal 53 Figura 5 Apple II Standard cassette Panasonic RQ 2102 e TV 1977 Fonte Apple2history org Segundo Winston 2003 a principal diferen a entre o Apple II e seus antecessores foi a ado o de uma filosofia de design que entendia a m quina como ferramenta e n o como um fim em si mesmo Ao incorporar os valores disseminados anos antes no Whole Earth Catalog a Apple buscava tornar sua m quina a mais amig vel do ponto de vista do usu rio WINSTON 2003 Assim o entendimento da empresa nesta fase de constru o de um mercado consumidor para o computador pessoal era de que um sistema de computador deveria facilmente se comunicar com outros computadores e produtos perif ricos bem como com uma s rie de acess rios e perif ricos desenhados pela pr pria Apple APPLE Corporate Profile 1980 Esta vis o fica evidente nos documentos da poca onde o computador se mostrava aberto inova o e descoberta dos usu rios e a usos inteiramente novos Uma s rie de cart es de interface permite aos computadores da Apple a comunica o com outros computadores impressoras drives de disco terminais CRT e outros hardwares de computador Esta disponibilidade de uma ampla gama de equipamentos e software resulta em maior flexibilidade para o crescimento do
140. vel como o Android Entre estes motivos a possibilidade de unir o melhor dos dois mundos R F 28 anos parece plaus vel assim como a percep o de que existe um tipo de usu rio que deseja dispositivos mais generativos ou indiv duos para o quais pr ticas dessa natureza fazem sentido S o pessoas que valorizam as vantagens do mundo Apple deste a aten o aos detalhes de hardware e a facilidade de uso mas a pessoa ao mesmo tempo gostaria de mais liberdade ou ela quer fazer jailbreak pra baixar coisas pirateadas uma tentativa de unir o melhor dos dois mundos R F 28 Eu n o fa o Isso coisa desses usu rios que precisam desse desafio n o pra mim n o recomendo aquela coisa da inconformidade do rebelde ah eu n o aceito que a Apple mande em mim mas ao mesmo tempo ele quer participar da brincadeira ele gosta da Apple mas n o quer seguir as regras dela ok tudo bem mas quando tiver tudo quebrado eu n o tenho d nem piedade porque o cara que faz sabe que pode dar problema Eu ajudo muita gente mas quando o cara chega dizendo que fez jailbreak eu digo putz voc leu o Read Me S M 41 Tem um negocio enorme chamado EULA End User License Agreement a partir do momento em que voc clica aquele bot o Concordo n o tem volta Se voc faz jailbreak voc feriu uma cl usula do acordo que voc tinha com a Apple E as pessoas t m uma m
141. vigilante e adaptativa em que emo es negativas de raiva ou evita o d o lugar observa o das pr ticas de mercado e an lise racional da sua atua o Este grupo representado neste estudo pelo Usu rio Padr o dos dispositivos iOS grupo que identifica tecnologia como meio para produtividade Como j mencionado c digos e protocolos n o fazem parte da experi ncia consistente desejada pelo Usu rio Padr o pois a invisibilidade dos softwares condi o para facilidade de uso e padroniza o benef cios estes valorizados por este grupo na apropria o de dispositivos m veis Este grupo usufrui da no o de ecossistema o que fica claro nos relatos de incidentes cr ticos positivos todos relacionados s possibilidades de sincroniza o permitidas pelo ecossistema Por outro ladro eventos cr ticos negativos s o consistentes com as limita es narradas ao longo de todas as entrevistas com este grupo em especial a excessiva depend ncia da iTunes App Store e os scritps de uso Jailbreakers buscam a posse e o controle sobre a tecnologia a partir de um conjunto de valores afinados com o esp rito da tica hacker A liberdade para utilizar as tecnologias criativamente reside na fabrica o de maneiras de fazer pelas quais s o subvertidos espa os definidos por estruturas tecnocr ticas CERTEAU 1984 Isso significa ir al m do acesso a conte dos pois como destaca McSherry 2014 muitos usu rios n o querem ap
142. 006 Markoff 2005 e mais recentemente Dormehl 2014 Formas de resist ncia aos ep tomes do mundo burocr tico LEVY 2012 p 27 representados pelas telecomunica es AT amp T e x 12 No mbito das organiza es empresariais uma adhocracia diz respeito flexibiliza o adapta o e simplifica o de processos como forma de sobreviv ncia e alcance de resultados Contrap e se ideia de uma burocracia cuja nfase reside em rotinas mais r gidas pouco flex veis e estimulantes das capacidades criativas individuais e coletivas A express o foi usada por Robert Waterman no livro Adhocracy The Power to Change Lee Felsenstein fundou a Resource One e a Community Memory e foi redator nos jornais underground Berkeley Barb e The Tribe Fundador do Homebrew Computer Club cofundador da Apple Computers gt Stewart Brand fundou o Whole Earth Catalog co fundou o Whole Earth Lectronic Link e posteriormente a Electronic Frontier Foundation EFF Escreveu o primeiro artigo sobre hackerismo na Rolling Stones em 1972 e organizou a primeira conferencia de hackers em 1984 em S o Francisco EUA 7 O projeto Making the Macintosh da Universidade de Stanford fornece alguns dados sobre a liga o da contracultura com a ind stria da computa o Dispon vel em lt http www sul stanford edu mac counter html gt Acesso em 5 dez 2013 26 pela computa o mainframe IBM ganham cor
143. 012 Q1 2013 Q1 Gr fico 3 Participa o de mercado dos SOs para tablets 2012 Q1 e 2013 Q1 Fonte IDC Worldwide Tablet Tracker Maio 2013 Contudo enquanto o sistema Android det m maior participa o no segmento dos tablets ultrapassando a lideran a do iOS que no primeiro trimestre de 2012 registrava 58 1 de participa o devido grande fragmenta o de marcas fabricantes de aparelhos que utilizam Android a Apple segue l der com seu sistema exclusivo detendo 39 1 de participa o seguida pela Samsung com 17 9 s IDC Worldwide Tablet Tracker Maio 2013 Dispon vel em lt http www idc com getdoc jsp containerId prUS24093213 gt Acesso em 15 jun 2013 105 Observamos assim que uma mudan a de valores se apresenta na hist ria da ind stria da computa o e dos dispositivos m veis do foco no hardware para forte protagonismo do software e dos servi os na entrega de uma experi ncia de consumo nica BAJARIN 2011 O crescimento de servi os baseados na computa o na nuvem em conjunto com os diversos canais de distribui o de conte do digital propiciou a oferta de solu es de tecnologia que v o al m dos recursos e fun es presentes em um dado produto f sico S o aparelhos informacionais baseados em computa o e conectividade que operam em conjunto com complexas estrat gias de manuten o e prote o de mercados Neste contexto como destacaram Evans et al 2010 sistemas operacionais
144. 12 Observamos a partir da an lise de Spencer 2012 que no que se refere interoperabilidade com plataformas concorrentes tanto a Apple quanto a Google e a Microsoft preservam ecossistemas fechados Dada a natureza do modelo de neg cios de cada corpora o n o surpreende o fato da Amazon possuir o ecossistema de entretenimento com maior interoperabilidade Como seu foco n o est no hardware como a Apple nem no licenciamento de software como o Google mas no conte do disponibilizado de seu interesse estar presente no maior n mero poss vel de dispositivos 3 6 2 iTunes Store e App Store O software reprodutor de udio iTunes foi criado como forma de conex o entre o iPod e o computador para gerenciamento de m sica A iTunes Store a divis o que contempla servi os online de m sica e v deo inaugurada em abril de 2003 Os usu rios brasileiros somente tiveram acesso iTunes Store em dezembro de 2011 No in cio das suas opera es a iTunes Store disponibilizava arquivos de musica digitais protegidos por DRM em um sistema propriet rio chamado DRM FairPlay Na pr tica 114 os arquivos digitais comprados por este canal eram compat veis somente com o reprodutor iTunes ou QuickTime em computadores Mac ou Windows onde deviam ser instalados ou no dispositivo iPod A medida gerou grande insatisfa o do mercado consumidor uma vez que os arquivos legalmente adquiridos pelos usu rios eram dependentes do e
145. 1981 108 Para R S aquela poca era o prim rdio do computador ele vinha dentro de um saquinho pl stico e a cada m s tu comprava um peda o do teu computador Nos anos 90 diversas publica es voltadas ao universo dos Macs podiam ser importadas como a MacFormat MacAddict posteriormente MacLife e MacWorld por m como relembra H P para conseguir essas revistas era uma dificuldade eram muito 108 Este modelo foi considerado o computador pessoal mais barato venda no Brasil Ver NE Z80 o seu computador pessoal Nova Eletr nica n 56 Out 1981 135 caras Para usu rios de computadores Macintosh no Brasil esta dificuldade de acesso a t tulos espec ficos era comum ao mesmo tempo em que contribu a para forma o de uma estrutura de suporte entre os f s da marca A exemplo do contexto norte americano foram estabelecidos no Brasil diversos clubes de usuarios os chamados MUGs Macintosh User Groups comunidades independentes locais que buscam promover encontros entre usu rios com o prop sito de facilitar o interc mbio de experi ncias em torno do consumo dos produtos da marca O primeiro grupo de usu rios Apple sobre do qual se tem registro no pa s o Brasil Apple Clube criado em 1979 no Rio Grande do Sul fundado pelo psicanalista Luiz Ernesto Pellanda um dos mais antigos usu rios da marca no mercado brasileiro O clube ofereceu um importante espa o de discuss es e trocas de informa es
146. 2010 De forma similar uma rede generativa tem um design end to end isto indiferente ao que o usu rio est fazendo abaixo tipo de hardware usado pelo usu rio para receber e enviar bits ou acima tipo de software usado pelo usu rio para dar sentido aos bits recebidos e enviados desta mesma rede Em outras palavras n o dependente da m dia f sica sobre a qual opera nem interfere na natureza dos dados que carrega dumb network Em ambos os casos hardware e rede generativos o trabalho de intelig ncia e poder de processamento leitura interpreta o da mensagem isto chances de inova o cria o do usu rio est localizado no ponto final ou seja no usu rio end 16 point Isso leva a um ciclo de inova o e apropria o criativa das capacidades de redes e computadores conforme destaca Zittrain 2006 p 1982 dif cil identificar em 2006 um pacote de tecnologia mais generativo que o PC e a internet A generatividade cresce a partir da habilidade dos usu rios para gerar novos usos e dissemin los Por outro lado a generatividade n o se concretiza se na constitui o do aparato tecnol gico h restri es para tal devendo qualquer n vel de generatividade ser definido pelo criador do dispositivo e dos ecossistemas que os cercam Dispositivos e ecossistemas digitais n o generativos s o aqueles em que a intelig ncia e o poder de processamento s o
147. 3 coleta dos dados 4 an lise dos dados e 5 interpreta o e relato dos dados N o h indica o de n mero m nimo de incidentes que devem ser inclu dos uma vez que levamos em conta a complexidade do tema Contudo de forma similar a outras abordagens de cunho explorat rio deve ser respeitado o crit rio da redund ncia quando nenhum novo comportamento ou evento distinto daqueles j reportados emerge 4 2 3 Procedimento de an lise dos dados Ap s transcri o das entrevistas o processo anal tico foi baseado em imers o nos dados e gera o de categorias para cada grupo de entrevistados Para o desenvolvimento da Teoria Fundamentada isto a constru o de modelos te ricos a partir dos dados emp ricos na pesquisa qualitativa Strauss e Corbin 1990 1998 sugerem um procedimento de codifica o te rica em tr s etapas conforme o n vel de abstra o codifica o aberta estabelecimento de categorias de informa o axial interconex o das categorias e seletiva constru o de est ria Para estudos comparativos em que grupos s o definidos a priori a partir da quest o de pesquisa a distribui o social de perspectivas sobre o fen meno investigado deve ser considerada FLICK 2004 Nesse caso uma adapta o do procedimento de codifica o em tr s etapas foi realizada com o objetivo de promover a comparabilidade do material emp rico A codifica o tem tica adequada segundo Flick 2004 quand
148. 7000015155 gt 99 Neste contexto que combina inova o tecnol gica e mercadol gica para al m dos elementos digitais da computa o m vel marcante a indiscut vel presen a do sistema operacional m vel na no o de comunica o mediada por computador 3 4 Centralidade do sistema operacional m vel Al m de computadores smartphones e tablets sistemas operacionais est o presentes em uma ampla variedade de artefatos tecnol gicos de sistemas de navega o de autom veis a consoles de video game A despeito da sua pervasividade nos dispositivos digitais contempor neos os sistemas operacionais s o invis veis para a maioria das pessoas Eles constituem o que Evans et al 2006 denominaram ferramentas invis veis invisible engines Algumas plataformas de software ou sistemas operacionais tais como o Linux Mac OS ou Windows para computadores pessoais se mostraram fundamentais na hist ria da computa o e passaram a fazer parte da gram tica dos usu rios de computadores Atualmente sistemas operacionais para dispositivos m veis tais como Android Windows Mobile ou iOS se tornaram mais conhecidos de grande parte do p blico em raz o da populariza o dos smartphones e tablets e consequente presen a frequente destes sistemas na cobertura midi tica Por outro lado embora quase desconhecidos pelos usu rios em geral sistemas operacionais est o presentes tamb m em dispositivos co
149. 977 a AT amp T desenvolveria um prot tipo de rede celular p blica TALUKDER et al 2010 mas foi somente em 1979 que a primeira rede celular comercial foi lan ada pela NTT no Jap o Embora o primeiro telefone celular tenha sido desenvolvido pela Motorola em 1973 a comercializa o destes aparelhos iniciou apenas na d cada de 1980 a partir das redes celulares anal gicas com pioneirismo dos pa ses n rdicos na implementa o destas redes 89 Um evento especialmente relevante para a telefonia m vel nesta primeira fase foi o lan amento simult neo do sistema Nordic Mobile Telephone NMT na Dinamarca Finl ndia Noruega e Su cia em 1981 marcando a primeira rede de telefone m vel operando roaming internacional Houve grande crescimento da telefonia celular no mercado europeu ao longo da d cada de 1980 especialmente nos pa ses n rdicos e Reino Unido Contudo os avan os em sistemas celulares foram limitados a cada contexto nacional resultando em incompatibilidade nos equipamentos m veis e limita es nos usos das redes e atua o dos fabricantes de equipamentos TALUKDER et al 2010 Estas quest es levaram posteriormente ao estabelecimento de padr es para a tecnologia de telefonia celular entre os quais o GSM Global System for Mobile communications A defini o de padr es em mercados de alta tecnologia fundamental por v rias raz es Entre elas garante a interoperabilidade entre os diversos componentes do sis
150. ANY WHERE around the pare to your home o OF even te your vonie Pinty hove dem 1 ontTamaToN Figura 7 Portable OMNITEC portable terminal advertisement 1968 Fonte Computer History Museum As Figuras 8 e 9 ilustram o desejo de portabilidade presente j naquele per odo PORTABLE COMPUTERS A Figura 8 Portable Computers 1983 Byte magazine cover Fonte Computer History Museum 56 57 Neste per odo de crescimento e populariza o computadores amplamente dispon veis em lojas de varejo se tornaram ferramentas para transforma o dos indiv duos TURNER 2006 Algumas explica es dispon veis d o conta de que esta associa o do computador com a ideia de empoderamento do individual e coletivo apenas passou a existir quando mudan as na interface dos computadores facilitaram novos padr es de uso ou por outro lado que esta vincula o teria surgido fora da ind stria da computa o ou dos laborat rios de pesquisa a partir da atua o das comunidades de hobistas e hackers insurgentes e suas credenciais contraculturais TURNER 2006 MACWORER Figura 9 Macintosh Portable 1989 Macworld magazine cover Fonte Computer History Museum A partir do momento em que computadores foram vislumbrados como de interesse p blico e n o apenas corporativo prov vel que um conjunto de eventos tenha entrado em a o de modo a colaborar para a constru o destas representa es Mudan
151. Apple ou de viola o de dados por pr ticas hackers do que em plataformas Android ENTREVISTADORA Te preocupa essa quest o da seguran a e privacidade dos dados no iOS S se cair em m os erradas Mas eu n o tenho problema nenhum se o telefone est te solicitando ter acesso s fotos Pra mim pode ter acesso s fotos localiza o S se cair em m os erradas s o minhas coisas M M 38 188 Por outro lado estas restri es s o justificadas pela superioridade dos dispositivos da marca e pelo reconhecimento de que cada empresa define como recursos e funcionalidades dever o ser usados em sua plataforma especialmente quando o ecossistema em quest o proporciona um ambiente seguro e est vel para o usu rio Vejo como desvantagens o fechamento que o iOS tem Eu n o posso evitar comparar com o Mac O Mac se tornou uma m quina mais aberta a partir do momento em que o sistema operacional come ou a trabalhar com Unix mas tamb m o fechamento do iOS uma das vantagens para a Apple porque ningu m pode lan ar um iOS KitKat digamos O iOS isso aqui e pronto acabou Ent o isso que eu vejo de ruim mas uma parte disso boa n porque se fechado ent o n o vai ter v rus esse tipo de problema que o Android tem E eu confio neles Eu t numa pris o mas uma pris o de luxo M P 32 Mas eu penso cada empresa faz do seu jeito pra mim n o tem problema em en
152. Apple tem o AirPlay voc aperta um bot o e funciona Minha mulher odeia tecnologia mas ela acaba herdando minhas m quinas mais antigas da Apple e hoje ela n o vive sem e f cil pra ela Esses dias eu tava 14 na loja 158 da Apple e eu vi pessoas de uns 75 anos comprando Mac Em S o Francisco eu vejo que eles t m funcion rios mais velhos pra atender a usu rios mais velhos S o produtos fant sticos e f ceis de usar D P 31 Se eu der esse iPhone pra minha av que tem 89 anos ela vai fazer mais coisa do que com o Symbianzinho Nokia que ela tem de 1998 Vou dar uma de Steve Jobs aqui o usu rio final n o sabe o que quer a satisfa o do consumidor passa por voc mostrar pra ele o que ele precisa e isso a cara do iOS ou mesmo do Mac ele mostra aquilo que a pessoa precisa O Android n o mostra aquilo que o cara precisa essa combina o de user friendly e mostrar o que a pessoa precisa que fant stica no 10S F P 31 A facilidade de uso dos dispositivos iOS revela duas facetas para usu rios mais antigos de computadores Se por um lado ela positiva ao automatizar processos e tornar amig vel a intera o do usu rio com artefatos tecnol gicos por outro traz a lembran a de um cen rio sociot cnico distinto em que sistemas e c digos n o eram invis veis e o usu rio deveria domin los para dominar as m quinas N o se domina o que n o se pode ver Como ob
153. BM representava a amea a de um futuro pouco interativo fortemente controlado e com restrito espa o para interven o do usu rio A vis o de que o mundo material podia ser imaginado como sistema de informa o nos anos 1990 foi semeada muito antes na pesquisa militar da Segunda Guerra Por outro lado como descreve Turner 2006 o mesmo mundo da pesquisa industrial militar que criou armas nucleares de destrui o e computadores tamb m deu origem a um estilo de trabalho altamente interdisciplinar e empreendedor Uma sociabilidade colaborativa se desenvolvia 1 Computador para prop sito geral general purpose computer aquele que tem capacidade para desenvolver uma ampla variedade de tarefas O oposto seriam computadores dedicados dedicated computers especializados em desempenhar um papel espec fico com grande efici ncia Uma agenda eletr nica ou uma calculadora s o exemplos de computadores dedicados ou aparelhos predeterminados a desempenhar uma dada fun o 28 na medida em que era necess ria a quebra das barreiras burocr ticas entre engenheiros cientistas militares administradores e t cnicos envolvidos nos projetos dos laborat rios de pesquisa da Segunda Guerra Como descreve Turner 2006 p 4 eles aderiram ao computador e a uma nova ret rica cibern tica dos sistemas e da informa o Come aram a imaginar as institui es como organismos vivos as redes sociais como teias de informa o e
154. DUFBA 2009 LESSIG Lawrence Code version 2 0 New York Basic Books 2006 LEVY Steven Os her is da revolu o como Steve Jobs Steve Wozniak Bill Gates Mark Zuckerberg e outros mudaram para sempre as nossas vidas S o Paulo Evora 2012 LING Rich The mobile connection the cell phone s impact on society San Francisco Morgan Kaufmann 2004 LISTER Martin DOVEY Jon GIDDINGS Seth GRANT Iain KELLY Kieran New media a critical introduction 2 ed New York Routledge 2009 MALINI F bio ANTOUN Henrique A internet e a rua ciberativismo e mobiliza o nas redes sociais Porto Alegre Sulina 2013 MANOVICH Lev The language of new media London The MIT Press 2001 Media after software Journal of Visual Culture v 12 n 1 p 30 37 2013a Software takes command extending the language of new media International Texts in Critical Media Aesthetics v 5 New York Bloomsbury 2013b MANSELL Robin New media competition and access the scarcity abundance dialectic New Media amp Society v 1 n 2 p 155 82 1999 MCSHERRY Corynne You bought it you own it Time to reclaim the right to use tinker repair make sell lend your stuff Eletronic Frontier Foundation 16 Jan 2014 Disponivel em lt https www eff org pt br deeplinks 2014 01 you bought it you own it time reclaim right usetinkerrepairmakeselllend your stuff gt Acesso em 3 ago 2014 MICK David Glen FOURNIER Susan Para
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156. E P 28 ENTREVISTADORA quais as vantagens e desvantagens dessa abertura do sistema operacional que tu mencionas Desvantagem que ele acaba sendo um pouco mais A quest o da seguran a n Eu sou mais suscet vel a ser hackeado ou roubo de informa es isso um fato E tamb m por ter um maior n mero de dispositivos hoje rodando Android do que iOS Mas um outro motivo de eu 234 usar Android que eu tenho uma gama maior de aplicativos tem muito mais empresas que desenvolvem aplicativos pra Android do que pra iOS E P 28 A depend ncia da iTunes no ecossistema da Apple tamb m relacionada a um modo de operar pr prio dos dispositivos iOS o qual vem se tornando mais integrado ao sistema para Macs OS X como j havia sido observado por alguns f s da Apple Neste grupo por m esta aproxima o das plataformas vista com reservas pois os elementos supostamente negativos do ambiente mobile da Apple como uma menor flexibilidade vem sendo incorporados plataforma mais flex vel dos computadores s vezes eu queria transferir meus contatos telef nicos que eu tinha no meu iOS pro meu iCloud no iMac At hoje eu n o sei fazer isso Cada vez que eu tentava parece que esculhambava mais Hoje minha agenda no iCloud tem 6 vezes o mesmo telefone Tamb m n o existe nenhuma outra maneira de tu passar uma grava o de udio do teu recorder do iPhone para o iMac sem passar pelo iTunes T S 37
157. ELLS et al 2007 a domestica o das tecnologias m veis HADDON 2003 2004 os modelos de neg cios e servi os STEINBOCK 2005 a hist ria do telefone celular em contextos globais AGAR 2003 como tecnologia de comunica o pessoal KATZ e AAKHUS 2002 KATZ 2008 ou como artefato cultural e social RHEINGOLD 2003 LING 2004 GOGGIN 2006 No Brasil aspectos socioculturais da mobilidade foram abordados por pesquisadores do campo da Comunica o com vistas compreens o das pr ticas s cio comunicacionais resultantes O crescimento da comunica o m vel no contexto brasileiro foi observado em diversos trabalhos com men o problem tica da inclus o digital PELLANDA 2009a 2009b SILVEIRA 2009 As propriedades de mobilidade e de territorialidade das tecnologias m veis enquanto m dias locativas absorveram grande parte da aten o dos estudos nessa rea LEMOS 2008 2009 SANTAELLA 2008 seguindo tend ncia observada na literatura estrangeira na primeira metade da d cada BENFORD 2005 POPE 2005 GALLOWAY e WARD 2006 O desenvolvimento da internet como discutido no cap tulo anterior permitiu a disposi o em rede de sistemas computacionais j na d cada de 1960 mas o complexo militar norte americano utilizava h alguns anos formas de comunica o m vel A converg ncia das telecomunica es com as tecnologias da informa o ocorreu por volta de 1965 com o uso de computadores pela AT amp T no seu
158. F conheceu a Apple quando come ou a trabalhar com telefonia por volta de 2002 mas acredita que a marca n o era muito conhecida era muito elitizada Estima que na loja onde trabalhou cerca de apenas 2 dos clientes tinham interesse em comprar iPhones Essa situa o foi mudando medida que a marca foi ganhando mercado Acredita que muitos dos clientes passaram a procurar o aparelho da marca por status pois n o sabiam oper lo e para muitos era o primeiro contato com um smartphone acho que eles queriam dizer que tinham o melhor Embora tivesse contato com o iPhone desde seu lan amento adquiriu seu primeiro modelo um iPhone 4S em 2011 eu n o gostava muito da Apple nos modelos anteriores mas a partir do 4S era tudo muito r pido Antes do iPhone teve um smartphone 228 Motorola com sistema Android mas salienta que o sistema operacional era indiferente na sua escolha pois n o pensava nesta quest o quando o assunto era celular foi mais o aparelho mesmo Acredita que sua decis o de compra do iPhone se deu por um conjunto de fatores entre os quais status e tamb m porque segundo ele novas necessidades surgiram via o novo modelo como adequado para o momento mesmo tendo uma pr concep o negativa sobre a marca eu achava bonito mas n o achava funcional mas eu tamb m tinha contato com as pessoas que iam comprar o aparelho na loja e eu n o me identificava com o com
159. LE Reports Q3 Earnings Call 2012 Disponivel em lt http www apple com pr library 2012 07 24A pple Reports Third Quarter Results html gt Acesso em 28 ago 2012 259 ASSANGE Julian APPELBAUM Jacob M LLER MAGUHN Andy ZIMMERMANN J r mie Cypherpunks liberdade e o futuro da internet S o Paulo Boitempo 2013 A VINGAN A da ma INFO Out 1998 Dispon vel em lt http info abril com br noticias blogs ctrlz blog info ctrlz relembre a chegada do primeiro imac em 1998 gt Acesso em 12 jun 2014 BAJARIN Ben Why it s all about the digital ecosystem 16 Dez 2011 Techpinions Disponivel em lt http techpinions com why its all about the ecosystem 4567 gt Acesso em 3 set 2014 BARROS Thiago Cinco anos de Android relembre a hist ria e todas as vers es do sistema TechTudo 23 Set 2013 Disponivel em lt http www techtudo com br noticias noticia 20 13 09 cinco anos de android relembre historia e todas versoes do sistema html gt Acesso em 5 jun 2014 BELK Russell W TUMBAT Giilnur The cult of Macintosh Consumption Markets amp Culture n 8 v 3 p 205 217 2005 BENFORD S Future location based experiences Londres JISC 2005 Tech Report Dispon vel em lt http www jisc ac uk uploaded documents jisctsw 05 Ol pdf gt Acesso em 11 jun 2014 B FAR Reza Mobile computing principles designing and developing applications New York Cambridge University Press 2005
160. MOVIES EBOOKS APPS Gr fico 4 Popula o com acesso a servi os do ecossistema dados globais dez 2012 Fonte Spencer 2012 Observamos que a Apple est presente em mais de 60 dos pa ses no segmento da m sica e em cerca de 88 dos pa ses no segmento dos aplicativos Com rela o provis o de conte dos de m sica e filmes Microsoft Google e Amazon apresentam participa o significativamente menor se comparados inser o da Apple no cen rio internacional para estes mesmos segmentos A Microsoft por outro lado tem grande penetra o no campo dos aplicativos softwares com presen a em mais de 90 dos pa ses enquanto a Amazon como se poderia esperar t m destacada atua o no segmento dos ebooks com estes conte dos disponibilizados em pelo menos 56 dos pa ses A partir destes dados algumas considera es podem ser delineadas com rela o ao avan o dos ecossistemas de produtos em termos globais e A categoria dos aplicativos se apresenta como um dos segmentos mais pr speros e atualmente demarca evidentes esfor os por parte de grandes competidores da ind stria da computa o e da internet entre eles Microsoft Google e Apple Por essa raz o canais de distribui o digital tais como as lojas de aplicativos mantidas por estas empresas se mostram como estrat gicas para o avan o do dom nio de cada uma delas neste segmento e Os servi os voltados ao segmento de TV por outro lado n o est o presentes
161. Magazine v 1 n 29 2005 Disponivel em lt http www metamute org editorial articles shape locative media gt Acesso em 11 jun 2014 POST David G The Theory of Generativity Fordham Law Review Temple University Legal Studies Research Paper n 2010 17 v 78 n 6 2010 POSTER Mark The question of agency de Certeau and the history of consumption Diacritics v 22 n 2 p 94 107 1992 Underdetermination New Media amp Society v 1 n 1 p 12 17 1999 POSTIGO Hector The Digital Rights Movement the role of technology in subverting digital copyright Cambridge The MIT Press 2012 RHEINGOLD H Smart Mobs the next social revolution Cambridge Perseus Publishing 2003 RIBEIRO John US patent office rejects claims of Apple pinch to zoom patente 29 Jul 2013 PCWorld Dispon vel em lt http www pcworld com article 2045461 us patent office rejects claims of apple pinch to zoom patent html gt Acesso em 13 jan 2014 ROSEMBAUM Ron Secrets of the little Blue Box Esquire p 116 125 Oct 1976 267 ROSZAK T From Satori to Silicon Valley San Francisco don t call it Frisco Press 1985 Dispon vel em lt http www sul stanford edu mac primary docs satori organic html gt Acesso em 3 mar 2014 ROUX Dominique Consumer resistance proposal of an integrative framework Recherches et Applications en Marketing v 22 n 4 p 59 80 2007a Ordinary resistance as a parasitic form o
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163. P 27 Nos relatos dos usu rios deste grupo poss vel perceber uma vis o da tecnologia como explora o H um desejo de remontar os equipamentos e adapt los s pr prias necessidades mas sobretudo interessa poder ter o controle sobre a m quina e descobri la em todo o seu potencial Este o caso do auxiliar administrativo F A 38 anos de D P 27 anos de R O 29 anos de A G 34 anos ou de J R 29 anos Mexo em aparelhos desde quando chegaram os smartphones no Brasil s ter tempo pra conseguir as coisas Depois que consigo fazer o que quero eu vendo e pego outro aparelho mas o iPhone muito caro pra ficar trocando F A 38 Sempre fui muito curioso eu era o nico em casa que tinha um computador s para mim O problema que eu gostava de montar e desmontar as coisas eu mexia sempre gostei de entender como as coisas funcionavam Me lembro que meu primeiro contato com a Apple foi em uma revista eu vi e pensei nossa que computador diferente Da liguei no 0800 da Apple para saber quanto custava e eles nao atendiam o RS e eu fiquei decepcionado mas isso eu devia ter uns 14 ou 15 anos Da mais tarde j em 2004 eu comprei um notebook usado da Apple pelo Mercado Livre era aquele que era uma maletinha colorido era ruim mas era diferente Me interessava saber como ele funcionava A primeira coisa que eu fiz foi abrir ele e fechar depois mas descobri que eu podia
164. S comprado em fevereiro de 2012 Em 2012 eu troquei meu iPhone por um iPhone 4S desbloqueado comprei direto na loja da Apple e no dia que a garantia acabou eu fiz jailbreak Eu tinha muito medo que ele estragasse eu sabia que o jailbreak acabaria com a minha garantia Ent o eu esperei pra fazer D P 27 De fato desde as primeiras vezes em que m todos de jailbreak foram noticiados a Apple vem tentando corrigir falhas no sistema operacional 10S exploradas pelos desenvolvedores e manter o controle sobre as restri es padr o estabelecidas Em fevereiro de 2011 a atualiza o do iOS liberada pela Apple passou a impedir o uso do aplicativo 12 Ver lt http support apple com kb HT3743 viewlocale pt BR gt Acesso em 4 set 2014 217 iBooks em dispositivos que receberam jailbreak Uma das raz es para isso envolve o DRM de livros comprados na Apple Store O jailbreak facilita a retirada da prote o DRM dos livros permitindo a distribui o de c pias dos arquivos A solu o encontrada pela empresa foi a cria o de um aplicativo executado juntamente com o iBooks que detecta se o aparelho sofreu jailbreak A empresa ativamente realiza melhorias nas estrat gias anti hackeamento em cada upgrade no sistema operacional m vel trazendo mais complexidade para as comunidades de hackers Por exemplo a comunidade de hackers levou 136 dias para realizar o crack do iOS 6 1 comparado a 98 dias para o
165. T TICAS DE RESIST NCIA COTIDIANA DOS USU RIOS DO ECOSSISTEMA iOS APPLE Tese apresentada como requisito parcial para obten o do t tulo de Doutor pelo Programa de P s Gradua o em Ci ncias da Comunica o da Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS Aprovada em 16 de dezembro de 2014 BANCA FXAMINADORA gui Ed e Es ear i eS e Prof Dr Sergio Amadeu da ae 7 UFABC Hu A Gina v n Fona AMAS Prof Dr Cristiano Max Pereira Pinheiro FEEVALE a A a ai Profa Dra Adrian da Rosa Amaral UNISINOS Dedico esta tese aos meus pais Ilma e No pelo amor incondicional e paci ncia infinita Ao Fares pela parceria companheirismo e torcida ao longo desta jornada Gracias por todo carifio AGRADECIMENTOS Esta tese s foi poss vel gra as presen a e colabora o de muitas pessoas e entidades Aos empreendedores meninos do Blog Apple for Future Felipe Pereira Saulo Reis e Danilo Lombardi por compartilharem comigo seu tempo e entusiasmo pelo mundo Apple E ao Vladimir Campos pela clareza com que narrou sua experi ncia Ao Rafael Fischmann fundador e editor da MacMagazine e ao S rgio Miranda editor da revista MacMais pela vis o editorial de quem pensa a Apple e equilibra raz o e emo o com maestria Ao Rudimar RudiMac Serves organizador do Mac Encontro Sul pelas valiosas contribui es sobre a hist ria da computa o e dos Macs no Brasil e no
166. TADORA Por que voc acha que ela age assim Acredito que a Apple gosta de testar os recursos fazer testes de usabilidade acaba sendo mais lento se dependesse do usu rio as coisas chegariam de uma vez s e tem o pr prio interesse comercial dela talvez os recursos sejam adiados pra ter novidades todos os anos R F 28 171 5 1 4 Incidentes Cr ticos As categorias de incidentes cr ticos foram identificadas a partir do conjunto de eventos relatados como muito significativos na experi ncia de uso de dispositivos m veis de modo geral O Quadro resumo com os incidentes relatados pelos Fanboys pode ser consultado no AP NDICE E p 278 As tem ticas que emergiram das narrativas com rela o a incidentes positivos foram categorizadas como evangelizar e uso de aplicativo espec fico Em sua rela o com dispositivos iOS Fanboys consideram como positivos incidentes cr ticos nos quais atuaram como evangelizadores protagonistas na convers o de outros usu rios Nesses eventos da Apple que eu participei as pessoas acabam me chamando de Jobs dos Pampas porque sabem da minha paix o pela Apple O que eu j salvei de executivos m dicos doutores e pessoas que compraram produtos da Apple e nem sequer sabiam como usar Eu hoje sou requisitado por essas pessoas pra ir nas suas casas configurar os seus produtos Eles n o estudam n o l em manual n o procuram informa o na internet E
167. UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS UNISINOS PROGRAMA DE P S GRADUA O EM CI NCIAS DA COMUNICA O N VEL DOUTORADO ROSANA VIEIRA DE SOUZA SLIDE TO UNLOCK UM ESTUDO DAS T TICAS DE RESIST NCIA COTIDIANA DOS USUARIOS DO ECOSSISTEMA iOS APPLE S O LEOPOLDO 2014 ROSANA VIEIRA DE SOUZA SLIDE TO UNLOCK UM ESTUDO DAS T TICAS DE RESIST NCIA COTIDIANA DOS USUARIOS DO ECOSSISTEMA iOS APPLE Tese apresentada como requisito parcial para a obten o do t tulo de Doutora pelo Programa de P s Gradua o em Ci ncias da Comunica o da Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS rea de Concentra o Cultura Cidadania e Tecnologias da Comunica o Orientadora Profa Dra Adriana da Rosa Amaral S O LEOPOLDO 2014 S719s Souza Rosana Vieira de Slide to unlock um estudo das t ticas de resist ncia cotidiana dos usu rios do ecossistema 10S Apple por Rosana Vieira de Souza 2014 287 f 30 cm Tese doutorado Universidade do Vale do Rio dos Sinos Programa de P s Gradua o em Ci ncias da Comunica o S o Leopoldo RS 2014 Orienta o Profa Dra Adriana da Rosa Amaral 1 Resist ncia Cotidiana 2 iOS Sistema Operacional 3 Contracultura 4 Apple Computer Inc 5 Ecossistema Digital I T tulo CDU 659 3 Cataloga o na Publica o Bibliotec rio Alessandro Dietrich CRB 10 2338 ROSANA VIEIRA DE SOUZA SLIDE TO UNLOCK UM ESTUDO DAS
168. UZZI 1998 Steve Wozniak por outro lado ainda imbu do do esp rito hacker da primeira gera o n o estava vontade com os rumos da empresa que ajudou a fundar Para ele internamente o segredo e a burocracia estavam come ando a se instalar na cultura da Apple LEVY 2012 e os equipamentos que chegavam ao mercado consumidor lembravam pouco as motiva es que deram origem aos primeiros microcomputadores da empresa Diferentemente do Apple II ou mesmo do recente IBM PC o Macintosh apresentava uma arquitetura fechada uma vez que os usu rios n o podiam adicionar placas e eram desencorajados de abrir o equipamento ou efetuar qualquer modifica o Essa decis o andava na contram o dos modelos predominantes mas ajudou a tornar o Macintosh mais eficiente e est vel do que outros equipamentos da pr pria empresa Uma vers o introduzida em 1987 oferecia alguma flexibilidade CERUZZI 1998 mas a Apple permanecia estabelecendo forte controle sobre a configura o do equipamento e consequentemente sobre sua apropria o pelos usu rios Para Ted Nelson o Macintosh havia exclu do dos usu rios hobistas o direito de programar e a m quina lhe parecia muito diferente dos modelos at ent o desenvolvidos pela pr pria Apple Quando voc comprava um Apple II podia come ar a program lo desde o in cio Tenho amigos que compraram o Apple II sem saber o que era programa o e tornaram se programadores profissionais quase da no
169. a Uma s rie de aplicativos eu n o consigo baixar ele j est caduco no mercado ent o tem mais isso sabe muito r pido a necessidade de troca por obsolesc ncia Claro isso voc tamb m tem em outros dispositivos sejam da Samsung da Nokia da Sony em geral mas eu acho que no caso do iOS isso mais r pido e essas rupturas s o muito mais violentas eu diria do que em outros sistemas operacionais que eu acho que t m uma certa leveza ao menos o que me parece nessas atualiza es I V 28 Uma amiga um dia me explicou que eu tinha que atualizar os aplicativos eu n o sabia que n o era autom tico A tecnologia muito r pida quando tu v em poucos meses j lan am outra coisa nova L R 23 Uma coisa que me incomodava muito no iOS que no Android eu imagino que n o seja que cada upgrade que eu fazia no iPhone o processador ficava mais lento e no ltimo upgrade que eu fiz em mar o o meu Dropbox simplesmente parou de funcionar E eu uso Dropbox eu preciso do Dropbox Eu at li sobre isso Talvez o maior paradoxo da Apple seja que ela uma empresa com um direcionamento de s culo XX no s culo XXI ou seja grande parte das coisas que eles t m ainda em cima de uma filosofia Toyotista de qualidade de produto de processo e de transforma o em oligop lio sabe Essa quest o de voc n o poder fazer o jailbreak ou fazer e n o poder atualizar uma coisa rid cula
170. a o deixar mais com a minha cara A primeira coisa que eu queria era o toque porque os toques da Apple s o o padr o n O primeiro aplicativo do Cydia que eu baixei foi um que dava pra conseguir toques personalizados depois baixei o Barrel um que quando tu passa os aplicativos na tela os cones explodem risos Depois fui pegando lanterna mapa Do Cydia eu tenho tweaks de personaliza o as m scaras o modo de abrir o modo de passar os aplicativos alguns jogos B C 26 209 aii Claro BR 3G x Messenger AM Instagram ae 6 4 Telefone Mensagens Safari M sica Figura 20 Home screen de iPhone com jailbreak e aplicativos de personaliza o de B C Fonte coleta de dados As Figuras 21 e 22 mostram o processo de instala o da Cydia Store e primeiras modifica es realizadas no iPhone de F A Sou leigo no iPhone mas j consegui fazer coisas que muita gente ainda n o conseguiu fazer Baixei o wallpaper da Coca Cola no Cydia tem v rios O iOS o sistema mais dif cil de quebrar porque o mais fechado limitado preso tudo fica limitado s ao que eles querem oferecer F A 38 sesse VIVO 3G 17 50 62 gt About Home Reload 9 Bem vindo ao Cydia por Jay Freeman saurik B Cydia gt e saurik gt Destaques gt E Temas gt trick WiFi only apps Es 3G Unrestrictor 57 ite supported gt messages quick compose Messages sft eee
171. a o em fun o de objetivos e escopo n o avaliamos as estrat gias de lock in efetivamente implementadas pela empresa com rela o ao ecossistema iOS Nesse sentido uma lacuna importante de investiga o reside na identifica o de forma sistem tica de como s o definidas e implementadas estas estrat gias Em um n vel macro de an lise um aspecto importante a ser discutido como se caracterizam os fatores estruturais que vem moldando o futuro da internet no ambiente mobile Por exemplo o W3C World Wide Web Consortium criado em outubro de 1994 estabeleceu as bases para o desenvolvimento de protocolos comuns para a internet tais como HTML Hypertext Markup Language e CSS Cascading Style Sheets O Mobile Web Initiative MWI foi configurado pela W3C para estabelecer as melhores pr ticas e tecnologias relevantes para a web m vel Por meio de um documento chamado MWI Best Practices dispon vel publicamente no website da entidade s o definidas as pr ticas para a web m vel especifica es relativas s diferentes plataformas dispon veis entre outras diretrizes O Afilias Technologies Limited antigo mobi sponsored top level domain foi criado pelo cons rcio de empresas Google Microsoft Nokia Samsung Vodafone Visa entre outras Tem como objetivo propor a adequa o de websites aos padr es da Web m vel A partir da an lise destes documentos e articula es um caminho de investiga o prol fero identificar
172. a o por usu rios iniciantes A Apple estrutura e prop e modos de uso uma vez que sua estrat gia de integra o vertical permite um controle mais extenso da experi ncia Zz de consumo Por outro lado essa superioridade percebida da marca n o totalmente compreendida pelos usu rios de plataformas concorrentes no que se refere a algumas decis es que restringem funcionalidades e recursos dispon veis em outras plataformas Tem at uma corneta dos meus amigos sobre o iPhone Realmente n o d pra entender Eles dizem bah tu tem um iPhone foi um monte de dinheiro e eu tenho um Nokia de 50 pila e tenho r dio FM e o teu n o tem E eu digo pois verdade O iPhone n o tem r dio n com toda essa tecnologia e eu sou obrigado a concordar com eles Mas n o trocaria da Apple pela estabilidade por ter poucos v rus S quem tem Windows sabe como horr vel ter que dar ctrl alt del quando se trava M D 31 Alguns usu rios padr o de iOS acreditam que no caso de dispositivos que rodam o sistema Android este controle ainda ocorre mas n o est localizado em apenas uma empresa mas em v rias Como o Android pode rodar em um n mero amplo de aparelhos de diferentes fabricantes o pr prio fabricante quem determina algumas das formas de uso de funcionalidades em seus aparelhos interferindo na experi ncia do usu rio e na consist ncia dessa experi ncia Ademais algumas desvantagens do Andr
173. a a esses aplicativos Depois fui ver quais aparelhos tinham Android e dentro dessa gama de aparelhos escolhi o que me fosse mais familiar Essa ideia da funcionalidade dos dispositivos da Apple um paradoxo tremendo O que nos vendem como tudo funcionando com um click ou dois e voc j est onde voc quer n o bem assim I V 28 Sim foi pensando no Android A partir do momento que eu fiquei sem celular eu pensei eu vou comprar um Android eu n o vou comprar um Windows Phone Porque tem mais aplicativos e comecei a perguntar pros meus amigos L L 28 Eu vi que o aparelho tinha uma tela maior era Android Eu comparava s vezes sem saber eu via os meus colegas com aparelhos Android com algumas funcionalidades que no iPhone eu n o tinha Os clientes tamb m te traziam muitas informa es de dificuldades que eles tinham R F 30 Para suprir o iPhone que deixou de usar em mar o de 2014 T S resolveu adquirir um tablet com fun es de telefone um PhonePad da marca ASUS com sistema operacional Android como eu tava entrando no mestrado e eu tava sentindo falta de um tablet eu decidi comprar o tablet com 3G e vou usar como celular Ai eu botei o chip do celular nele e uso pra tudo S aquilo n agora eu n o tenho mais telefone rid culo quando voc atende aquela telha de 7 no ouvido N o existe nenhuma op o no mundo pra mim que n
174. a computa o e a articula o de valores que ancoraram uma ret rica da colabora o do compartilhamento da liberdade e da avers o autoridade burocr tica e hierarquia Esta a tem tica desenvolvida no Cap tulo 1 Contracultura Ret rica da Colabora o e Resist ncia Buscamos entender como estas cren as foram associadas ao uso da tecnologia para posteriormente legitimar 10 Por outro lado empresas com forte depend ncia de vendas de PCs tais como a HP ou a Dell t m enfrentado a diminui o dos lucros provenientes desta categoria 22 formas de resist ncia presentes no hackerismo Os trabalhos de Turner 2006 Markoff 2005 e Dormehl 2014 auxiliaram da fundamenta o das origens contraculturais da computa o No Cap tulo 2 Da Contracultura Cultura de Consumo as Bases Generativas da Computa o em Rede a partir de perspectiva hist rica sobre a trajet ria do computador pessoal e da internet discutimos de que forma a l gica da generatividade e abertura est o presentes na origem destas inova es Propomos a partir da uma reflex o sobre as tecnologias de restri o que passaram a apoiar estrat gias corporativas e interesses econ micos que por sua vez v o ao encontro de um discurso p blico com foco em seguran a da computa o em rede Por fim destacamos alguns dos movimentos de resist ncia ao controle dos modos de apropria o dos sistemas computacionais que ganharam for a ne
175. a da iTunes App Store para baixar o sistema operacional Mavericks para o computador iMac 242 At eu descobrir depois que tem uma maneira Se voc apertar o crtl shift na hora que voc vai abrir o arquivo compactado que voc baixou por outros meios ele permite voc abrir mas eu tive que ir em uns tutoriais pra achar Mas voc j tem que ter um pouco mais de no o n o o caminho normal agora T S 37 ENTREVISTADORA o que tu fazia para lidar com essas situa es como essa limita o do iTunes que tu via Eu perguntava pra minha amiga que tinha celular mas ela n o sabia muito tamb m mas eu recorria internet sempre tutorial mas s vezes n o me ajudava era bem dif cil Quando eu n o conseguia resolver da eu deixava assim mesmo mas da eu me sentia meio burro de n o conseguir fazer Mas com o meu celular atual eu n o sinto tanto isso L R 23 Fiquei bem decepcionado eu n o conseguia botar m sicas no meu celular pelo iTunes Tive colegas que tamb m n o conseguiam Da o que a gente fazia era baixar clips de m sica e ia escutando era a nica forma que a gente encontrou tinha um aplicativo que baixava do Youtube Por isso eu tinha bem poucas m sicas Eu fui deixando de ouvir tanta m sica aquele bloqueio que eu te falei tu acaba te direcionando ao que tu pode usar A m sica foi minha maior limita o Cheguei a olhar tutorial na i
176. acker como 126 jailbreaking Estas modifica es t m como objetivo expandir as potencialidades do aparelho e seu ecossistema burlando as restri es impostas pela fabricante Como o processo segue um conjunto de procedimentos t cnicos que devem ser seguidos pelo usu rio n o caracteriza uma pr tica comum para usu rios pouco experientes j que o processo normalmente exige o conhecimento m nimo de alguns procedimentos computacionais especialmente quando erros podem ocorrer ao longo do processo de instala o exigindo poss veis rotinas ou solu es alternativas quelas descritas nos diversos tutoriais de jailbreak dispon veis na internet Por essa raz o o perfil deste grupo o de um usu rio de n vel m dio ou avan ado com rela o tecnologia Em alguns casos contudo usu rios menos experientes buscam o aux lio de t cnicos ou pessoas mais experientes para a realiza o de jailbreak em seus aparelhos O Quadro 6 apresenta o perfil dos respondentes Quadro 6 Perfil dos respondentes do Grupo 3 Jailbreakers Nome Sexo Idade Ocupa o Dispositivos 2 iPad 4 gera o JS M 23 Estudante de Geografia E natural de jailbreak no iPad 1 Recife PE x iPhone Estudante de Moda microempres ria CS F 19 loja virtual de vestu rio Vive em Porto iPod 3 iPhone 3GS e 4S Alegre RS B C M 26 Estudante de Biologia Vive em Porto iPhone 4 Alegre RS Estudante
177. ad mica militar industrial mainstream TURNER 2006 O movimento de cunho pol tico dos New Left criticava o que entendia como transforma o das institui es educacionais em autocracias Atuando como instrumento para o complexo industrial militar da Guerra Fria o objetivo destas institui es era segundo a vis o corrente produzir mat ria prima informacional para um mundo social que se tornou crescentemente organizado em torno da informa o e das tecnologias da informa o Para este grupo participar das institui es a universidade as corpora es o poder militar desempenhando pap is espec ficos significava alienar parte da identidade e da natureza criativa desumanizar descorporificar pela transforma o da identidade em dados em um cart o da IBM Os New Communalists por sua vez constitu ram uma das formas fundamentais de manifesta o da contracultura norte americana com motiva o menos apoiada na a o pol tica direta e mais centrada na expans o da consci ncia e do conhecimento interpessoal o foco no misticismo psicod lico no hedonismo e a busca de uma sociedade alternativa mais igualit ria dentro da qual todos estariam conectados a partir de valores e cren as compartilhados Dentre estes grupos est o presentes as comunidades hippies Roszak 1985 online assim definiu o per odo Se nos fixarmos neste nico aspecto da contracultura suas tend ncias m sticas e princ pios aut ntico
178. ada na hora de baixar eles Uso o Cydia eu come o sempre com ah eu preciso editar uma foto pra usar no Instagram por causa da loja Ent o eu procuro primeiro na Apple Store e depois eu vou no Cydia e tamb m em outros dois sites que eu procuro onde baixar o arquivo tu clica e baixa pra rea de trabalho e depois transfere pro aparelho pelo iTunes C S 19 Do Cydia eu baixava muito jogo Eu n o pesquiso muito na Apple Store eu pesquiso no Cydia O Whatsapp que n o tinha no Cydia e tinha na Apple Store da eu tive que comprar Inicialmente eu usava mais para customiza o para personalizar o meu dispositivo pra mudar a interface essas coisas Da comecei a pesquisar mais sobre o Cydia e ver o que tinha de aplicativos compat veis com os da Apple Store gratuitos A foi porta afora A maioria das coisas que tem na Apple Store paga tem l na Cydia Store gratuitos Porque l no Cydia eles te disponibilizam dois ou tr s links de servidor j adicionei mais umas cinco ou seis URLs que s o alternativas queles e tamb m tem muito conte do bacana Mas foi tudo por f rum eu lia discuss es sobre o que acontecia dos poss veis danos que poderia acontecer com o aparelho mas at hoje no meu aparelho n o aconteceu nada Mas no f rum tinha a descri o de pessoas que tinham perdido todos os dados mas tamb m tinha a descri o sobre o que ela fez de errado B C 26 A maioria dos aplicativos tem a
179. ade de permiss es ou licen as para o uso a rede foi desenhada para crescer de forma org nica atrav s de implementa o distribu da e relativamente independente e Pesquisador conhecido como um dos pais da internet Vinton Cerf co designer dos protocolos TCP IP e da arquitetura da internet 70 interconex o Nesse ambiente o design em camadas permitiu que novas aplica es fossem desenvolvidas e implementadas sem a necessidade de solicitar permiss o aos provedores de acesso internet ISP Internet Service Providers uma vez que a internet per se n o era sobre aplica es mas sobre mover pacotes de bits de um ponto a outro Como ocorreu com o computador pessoal a Web contaria em sua trajet ria com elementos de aleatoriedade e de planejamento Sua origem n o est nos laborat rios de pesquisa da IBM da Xerox ou do MIT Em mar o de 1989 o f sico ingl s Tim Berners Lee redigiu a proposta que viria a desenvolver o sistema de informa o distribu da para o CERN Organiza o Europeia para a Pesquisa Nuclear Conseil Europ en pour la Recherche Nucl aire CERUZZI 1998 O projeto foi originalmente concebido para lidar com a demanda das universidades e institutos por compartilhamento de informa es e passou a funcionar como integrador da maior parte das informa es dispon veis na internet Chamado de World Wide Web WWW ou apenas Web possibilitava o acesso a estas informa es de forma sim
180. ades dos dispositivos com o intuito de torn lo mais personalizado O estudante de Biologia B C 27 anos relata que inicialmente foi por causa do sistema operacional do MacBook que passou a buscar informa es em blogs e tutoriais na internet Tinha muitas d vidas sobre a opera o do sistema e a partir da encontrou diversas comunidades e f runs dedicadas ao jailbreaking Entrou no tutorial para ver para o que servia A principal motiva o foi deixar o celular mais com a minha cara Na Apple era tudo muito padr o o mesmo toque prote o de tela basicamente isso B C 26 O que me incomodava era que o celular ficava igual por muito tempo com o mesmo visual Mudar a tela de desbloqueio do iPhone J no Android n o tu tem como fazer isso direto da loja da Google ali Eu fiquei enjoado do visual dele Sem o jailbreak eu sentiria falta do toque personalizado e do acesso aos arquivos na rvore D P 27 z A justificativa para isso apoiada pelos altos custos dos dispositivos no mercado brasileiro onde a configura o mais b sica do modelo iPhone 5S sem vincula o com operadora custa R 2 199 00 na Apple Store O recente lan amento dos modelos iPhone 6 e 6Plus evidencia mais uma vez a grande discrep ncia entre os valores praticados no mercado brasileiro e internacional Os pre os sugeridos no site da empresa de R 3 199 e R 3 599 respectivamente foram considerados os mais altos do mundo
181. aduado em Publicidade mestrando em Teve iPhone 3GS T s M 37 Comunica o Vive em S o Atualmente tem tablet Leopoldo RS ASUS Analista de suporte em inform tica e TI Teve iPhone 3GS E P M 28 t cnico especialista em produtos Atualmente tem Microsoft Vive em S o Leopoldo RS Samsung Galaxy S4 LR M 23 Graduado em jornalismo Vive em Porto Trocou iPhone 3GS por o Alegre RS Motorola MotoG Graduada em Publicidade fot grafa TEYE TERONG SS L L E 28 Natural de Campos Mour o PR Atualmente tem P i Motorola MotoG Graduado em Jornalismo mestrando em Oe ae ae Teve iPhone 4S R F M 30 Comunica o E natural de Novo R Atualmente tem Android Hamburgo RS Graduada em Administra o e Sistemas Teve iPod e depois de Informa o Tem p s gradua o em quatro gera es de M K F 30 Qualidade de Software E engenheira de iPhone Atualmente tem testes em multinacional de tecnologia Samsung Galaxy S2 e Vive em S o Leopoldo RS Kindle Fonte elaborado pelo autor 4 2 2 Procedimento de coleta de dados Os entrevistados foram contatados a partir de uma sele o do tipo Bola de Neve em que novos respondentes s o indicados por outros participantes desde que preencham os crit rios pr definidos para inclus o na pesquisa Para o contato inicial com os participantes utilizamos plataformas de redes sociais f runs e listas de discuss o dedicadas pr tica do jailbreaking e ou Apple e seus produtos For
182. ais dez 2012 mm 109 Quadro 1 Quadro 2 Quadro 3 Quadro 4 Quadro 5 Quadro 6 Quadro 7 Quadro 8 Quadro 9 LISTA DE QUADROS Categorias dominantes de lojas de aplicativos M VEIS amem 98 Fontes de pesquisa de a es da Apple mn 122 Fontes de pesquisa documental uuene 122 Perfil dos respondentes do Grupo 1 Fanboys a 124 Perfil dos respondentes do Grupo 2 Usu rio Padr o sssusa 125 Perfil dos respondentes do Grupo 3 Jailbreakers sr 126 Perfil dos respondentes do Grupo 4 DesertoresS eme 127 Operacionaliza o da pesquisa am 131 Codifica o tem tica dos elementos incongruentes e vis es da tecnologia ma 249 Quadro 10 Fatores que afetam a percep o sobre o uso do iOS e moderam a resist ncia 250 SUM RIO INERODU O visiidi isisisi o Lacada a Bias cuca o O usada Sal pob tda sal Decal sisine E tan Ela cunGdt contado 13 CAP TULO 1 Contracultura Ret rica da Colabora o e Resist ncia esessossesossossesocsossesocssssossossesossoe 24 1 1 A met fora computacional e a vis o de mundo fechado 26 1 2 Resist ncia como ideal contracultural ss tesao teostoaaisesanvadtos potnis tes ont aus poco bao esa aL ata roca n 29 1 2 1 Ret rica da Colabora o nas p ginas do Whole Earth Catalog 31 1 3 Resist ncia como pratica hacker qa assa cniaao aus avisaanhopadetesdussaatentesnut UC ncedakedsiasMicaandecbvdee 36 ESA Phone Phreaks assadeira pala dr asa
183. al emp rico A percep o de elementos incongruentes com orienta es individuais particulares est presente em todos os grupos investigados como condi o para a manifesta o de t ticas de resist ncia Dessa forma identificamos que estas limita es o ponto de partida para a a o podiam ser reunidas em quatro tem ticas principais a partir das quais foram observadas semelhan as e diferen as entre os grupos 1 Scripts de uso 2 Decis es de ecossistema 3 Depend ncia da iTunes App Store e 2 Obsolesc ncia de produto Como resultado de um estado de oposi o a for as exercidas percebidas como inaceit veis por causa das representa es dissonantes e emo es negativas que produz no indiv duo a resist ncia leva a uma variedade de manifesta es ou pr ticas H grande dificuldade em definir resist ncia com base apenas nestas manifesta es Isso porque consumidores tendem a transformar produtos em experi ncias altamente individualizadas e um invent rio de pr ticas s adiciona complexidade para a an lise PENALOZA e PRICE 1993 Para Fanboys uma experi ncia consistente do usu rio dada pelo melhor sistema operacional no melhor hardware Nesse sentido a filosofia e os valores da Apple ligados s no es de inconformismo liberdade e criatividade n o entram em contradi o com estrat gias de integra o do software hardware e servi os para estes usu rios Ao contr rio estes
184. alabra Mod deriva de modifica o e no universo do jailbreak refere se instala o de um pequeno arquivo que visa alterar algo em um dado sistema 202 A estudante de Moda e dona de loja virtual de roupas C S 19 anos adquiriu o primeiro aparelho um iPod 3 com c mera traseira quando foi pro Canad no in cio de 2010 o pre o era mais em conta era objeto de desejo Desde ent o j teve 2 iPads e 1 iPhone Teve o iPhone 3 GS e agora o 4S desde setembro de 2012 Conforme foi atualizando o 3GS foi dando uns bugs na hora de ligar e desligar O estudante de Biologia B C 26 anos teve seu primeiro contato com Apple quando adquiriu um iPod em 2010 Depois comprou um McBook S tinha experi ncia com o 10S n o com o sistema operacional do Mac Depois comprou o iPhone 3G e agora est com o 4 Tinha dificuldades pra mexer no Mac por isso come ou a pesquisar na internet no MacWorld Brasil dicas sobre o jailbreak A em 2006 a Apple anunciou que tava fazendo uma transi o da plataforma que ia usar o mesmo processador que usavam os computadores normais os PCs Ent o eu vendi o meu Macbook e comprei um Mackbook White e fiquei com ele uns tr s anos Em 2007 viajei pra Fran a e comprei um iPod Fiquei sempre com computadores da Apple Ent o desde 2006 que eu uso exclusivamente computadores da Apple Mas eu tenho Windows no meu Mac eu n o sou xiita eu vejo vantagens nas duas coisas sabe D
185. am realizadas no total 32 entrevistas em profundidade no per odo entre maio e julho de 2014 Um estudo piloto foi realizado entre os meses de abril e junho de 2013 para avalia o e readequa o dos instrumentos de coleta As entrevistas em profundidade tiveram dura o m dia de 53 minutos perfazendo um total de cerca de 28 horas de grava o em 104 man Z T cnica de amostragem tamb m conhecida como Snowball sampling 128 udio As entrevistas foram distribu das conforme segue Fanboys 8 entrevistas Usu rio Padr o 7 entrevistas Jailbreakers 10 entrevistas e Desertores 7 entrevistas Os instrumentos de coleta de dados AP NDICES A B Ce D contemplaram um conjunto de quest es semi estruturadas distribu das em quatro blocos 1 Perfil do entrevistado 2 N vel de envolvimento com a tecnologia e com a Apple 3 Principais motiva es relacionadas experi ncia com o iOS e 4 Instru es para o relato de Incidentes Cr ticos relacionados experi ncia com o 10S O agrupamento em quatro blocos teve como objetivo facilitar a condu o das entrevistas partindo de questionamentos mais amplos sobre a experi ncia do respondente com a tecnologia em geral para os mais espec ficos com relato de uma situa o positiva ou negativa com dispositivos iOS A T cnica do Incidente Cr tico CIT um conjunto sistem tico de procedimentos para o entendimento de eventos percebidos como cr ticos pelos respondente
186. amadas de longa dist ncia sem custos Joe Engressia conhecia as frequ ncias corretas do sistema de tons da Bell System porque elas haviam sido impressas pela AT amp T no jornal t cnico escrito por profissionais do 4 Ma Bell de Mother Bell era usado pelo p blico em geral para se referir ao conglomerado A Bell System era liderada pela American Bell Telephone Company posteriormente AT amp T e fornecia servi os telef nicos entre os anos de 1877 e 1984 para os mercados dos EUA e Canad 3 Em 1956 o caso Hush A Phone um perif rico que era acoplado sobre o bocal do telefone com uma abertura por onde o usu rio deveria falar caracterizou um divisor de guas para o futuro da telefonia O dispositivo garantia maior privacidade na conversa o mas no final dos anos 40 seu uso n o era permitido pela AT amp T A decis o de 1956 que permitiu o uso do dispositivo mudou essa pr tica vindo a servir como base para o desenvolvimento de um mercado de modens e outros perif ricos para telefone 38 Bell Labs o Bell System Technical Notes em 1954 Embora a audi ncia fosse composta por engenheiros de telefonia phone phreaks se tornaram leitores da publica o que posteriormente passou a restringir seu acesso LAPSLEY 2013 Inspirado pelo phone phreaker Joe Engressia que lhe apresentou a pr tica do phreaking o engenheiro John Draper descobriu que podia utilizar apitos pl sticos para gerar o som de 2600Hz a frequ nc
187. an a da experi ncia com a nova interface e fun es associadas ao produto mas o acesso a aplicativos espec ficos para o sistema operacional iOS Tanto a Apple quanto a Microsoft e a Google v m buscando meios de fornecer aos usu rios ecossistemas nos quais eles possam investir e com os quais desejem se comprometer Nesse sentido decis es dos usu rios sobre dispositivos m veis at ent o baseadas em atributos f sicos do hardware ou em caracter sticas do sistema operacional passam a contemplar de forma crescente o ecossistema de entretenimento a partir do qual os dispositivos est o integrados e os conte dos digitais a que ter o acesso a partir desta escolha O Gr fico 4 ilustra em termos globais a inser o internacional das empresas Microsoft Google Apple e Amazon com seus distintos ecossistemas de entretenimento que incluem a ampla provis o de conte dos digitais nos segmentos da m sica filmes TV ebooks e aplicativos Observamos que embora oriundas das ind strias da computa o e da internet estas empresas estabelecem cada qual seu core business que refletido nos dados sobre disponibilidade global dos diferentes tipos de conte dos 109 100 0 s of World Population with Access to Ecosystem Services 90 0 80 0 APPLE MICROSOFT na GOOGLE 61 0 AMAZON 60 0 50 7 50 0 40 0 30 0 20 5 20 0 16 0 ren 10 8 10 7 s is 8 3 8 3 a 4 5 5 4 4 5 5 4 E i o 0 0 TV MUSIC
188. an a substancial no significado cultural destas tecnologias no per odo que compreende as d cadas de 1960 e 1990 que nos permite compreend las sob um ngulo distinto para al m dos desenvolvimentos puramente t cnicos enquanto parte de um panorama social tecnol gico e cultural muito mais amplo como parte de uma nova tecnocultura LISTER et al 2009 p 11 A associa o dos computadores e das redes eletr nicas s vis es de uma adhocracia de compartilhamento TURNER 2006 tem papel fundamental na trajet ria destas tecnologias e nos oferece algumas pistas para reflex o sobre a natureza dos dispositivos computacionais contempor neos Alguns dos mais importantes nomes ligados ao ambiente contracultural que se desenvolveu na Calif rnia dos anos 60 e 70 como Lee Felsenstein Steve Wozniak Stewart Brand John Perry Barlow foram tamb m criadores hobistas e adotantes iniciais dos primeiros computadores pessoais e ajudaram a estabelecer de forma ativa por meio de suas publica es e implica es com grupos de usu rios as bases filos ficas e culturais da poca No presente cap tulo propomos uma discuss o sobre como valores da contracultura norte americana influenciaram a cibercultura moldaram a ind stria da computa o pessoal e ajudaram a estabelecer a associa o da computa o com a ideia de oposi o ao mundo fechado Essa origem contracultural do computador pessoal foi explorada por Turner 2
189. ana dos usu rios do ecossistema iOS CAP TULO 5 T ticas de resist ncia cotidiana na apropria o dos dispositivos iOS You can never dismantle the master s house with the master s tools Audre Lorde A grande amplitude de manifesta es cotidianas de resist ncia constitui um reflexo das formas variadas de apropria o Segundo Scott 2008 p 37 para cada forma de apropria o provavelmente haver uma ou muitas formas cotidianas de resist ncia inventadas para frustrar a apropria o Para adentrarmos a resist ncia necess rio portanto compreendermos a apropria o Como prop s Certeau 1984 entendemos a apropria o como consumo e este como pr tica ativa e produtora onde desvios s o intencionalmente implementados por consumidores em resposta a scripts definidos por produtores Estes desvios s o com frequ ncia an nimos disfar ados silenciosos Constituem t ticas n o expl citas de resist ncia modos de enfrentamento que se articulam medida que elementos dissonantes se tornam manifestos Partimos da premissa ent o de que a resist ncia rea o ativada pela percep o de elementos incongruentes com orienta es individuais particulares O oposto da resist ncia nesse sentido situa se no campo da n o percep o ou do consentimento concord ncia ou colabora o ROUX 2007a Assim embora a identifica o destes elementos seja condi o para a resist ncia nem sempre resultar
190. anceiras e tamb m por ter aplicativos que eu n o tenho possibilidade de ter no sistema oficial deles D P 27 Porque hoje em virtude dos investimentos que entraram e dos aplicativos que eu fui testando Uma coisa muito interessante quando voc testa sem pagar n Como se fosse uma coisa tempor ria mas pelo menos voc tem satisfa o s vezes voc compra uns jogos n o sou muito f de jogos mas jogava algumas vezes e via que tem uns aplicativos que voc paga e fica insatisfeito da n o tem como voc ficar pedindo reembolso toda vez n Numa dessas compras at fiz a compra por engano da tive que pedir o reembolso o aplicativo era muito caro Sendo que no mundo do jailbreak voc pode ter todos eles n ENTREVISTADORA E por que voc optou por comprar o aplicativo depois de us lo crackeado via jailbreak Porque estes aplicativos s o muito espec ficos e quando tinha no Cydia era uma vers o antiga e voc n o tinha a possibilidade de atualizar J quando voc compra na App Store de uma forma segura correta correta que eu digo assim pelo caminho sugerido pela Apple eu n o tinha problema algum nas atualiza es J quando o aplicativo era crackeado e tinha uma atualiza o normal s vezes essa atualiza o n o dava certo e o aplicativo ficava inst vel E eu n o poderia arriscar na hora de trabalhar com este aplicativo que era t o importante J S 23 Ao buscar uma combi
191. ando Tudo que eu baixo do iTunes ou da Mac Store eu sei que algu m l da Apple pesquisou e viu o que tinha nesse c digo e se por algum motivo passar a Apple vai l e te avisa Minha briga com o Android isso voc vai l na loja do Android e tem aplicativos que voc n o sabe quem o cara o que ele faz ele pode estar rodando um monte de coisa em background e voc n o sabe acho isso muito perigoso D L 31 Tem gente que senta em frente ao computador e quer ter acesso a tudo e na App Store ou iOS ele n o tem esse acesso porque a Apple julga que n o tem que ter Pra esse tipo de pessoa essa flexibilidade do Android muito boa Eles t m motivo pra reclamar da Apple mas para o resto onde eu me incluo eu sou pregui oso eu n o quero ter problema n o quero mudar a cor eu s quero que meu aparelho funcione bem Eu acho que a pol tica que a Apple pratica a melhor que tem eles sabem exatamente at onde o seu hardware vai funcionar Quem faz jailbreak no iPhone quer mesmo piratear muito pouco que quer criar coisas legais e que v o funcionar bem D L 31 Eu n o tenho coragem de instalar essas tranqueiras de jailbreak Porque da tem essa preocupa o de seguran a tenho aplicativos de bancos J M 38 169 Para Fanboys h v rios motivos pelos quais usu rios do iOS podem optar por fazer jailbreak nos dispositivos em vez de trocar por uma plataforma mais flex
192. ania louca de botar a culpa na Apple ou em qualquer empresa que seja Quando voc usa o Gmail e apareceu aquela propaganda e voc reclama cara voc aceitou na hora que voc resolver usar Gmail em algum lugar isso t escrito se voc aceitou a regra do jogo por que voc quer mudar a regra no meio do jogo Ent o vai pro Android A pessoa quer a Ferrari mas quer mexer no motor pra ficar mais poderoso do que ela te da S M 41 Ent o isso meio pol mico Eu n o sou adepto a fazer jailbreak Essa uma pr tica de muitos anos simples de se fazer n o sou adepto mas tamb m n o sou contra porque tamb m entendo os desenvolvedores Tamb m entendo o cara de laborat rio que ele n o consegue fazer determinadas a es no iOS porque s o fun es que o hardware e o software permitem mas a Apple n o permite Os caras ficam meio putos N o pra desbloquear pra falar com outras operadoras muito mais do que isso voc tirar a limita o imposta pela Apple no firmware do aparelho no software pra que ele fa a coisas do arco da velha s vezes o cara um beta tester e ele precisa disso e a Apple n o vai liberar ent o ele vai e quebra S que n o sou adepto porque tudo que for ado n o legal E tamb m contra as normas e recomenda es da Apple F P 31 Para H P plataformas mais flex veis e abertas inova o s o preferidas por usus rios que compartilham um c
193. apropria o dos dispositivos Como se d essa articula o considerando se diferentes grupos de usu rios Objetivos do Estudo O objetivo geral deste estudo compreender de que forma v m sendo articuladas t ticas de resist ncia cotidiana dos usu rios do ecossistema iOS Apple Entre os objetivos espec ficos est o e Identificar em que medida os usu rios do ecossistema 10S Apple percebem limita es maior ou menor generatividade na apropria o destes dispositivos e Compreender como s o manifestadas t ticas de resist ncia cotidiana entre diferentes grupos de usu rios do ecossistema 10S Apple e Discutir poss veis fatores moderadores da percep o de limita es e das t ticas de resist ncia e Compreender de que forma o artefato tecnol gico sistema operacional m vel atua em conjunto com estrat gias corporativas de controle da experi ncia de consumo 19 Relev ncia do Estudo Nos ltimos cinco anos vemos uma significativa reorganiza o na participa o de mercado dos chamados dispositivos inteligentes conectados com intenso crescimento dos dispositivos m veis tablets e smartphones e consequente diminui o da participa o dos PCs desktops ou port teis em n vel global No ano de 2010 por exemplo a demanda global por PCs desktop e port til respondia por 52 5 das vendas de todos os dispositivos inteligentes conectados como pode ser visto no Gr fico 1 Em 2013 este per
194. ar as fotos pro computador pelo iTunes e em tirar fotos do celular coisas estranhas acontecem meio inexplic veis insolucion veis e da acabo fazendo isso pouqu ssimas vezes Acho a depend ncia do iTunes um grande problema Eu at uso iTunes no Mac eu ou o m sica pelo iTunes mas ele demora eu tenho muita m sica da tu quer ouvir m sica no iPod e n o d pra baixar m sica direto no iPod tem que sincronizar pelo iTunes tu quer baixar um jogo e da n o d tudo tem que sincronizar e eu achava isso um saco C M 24 Eu detesto o iTunes Eu usava nas primeiras vers es porque eram o Winamp de quem tinha Mac Depois foi ficando complicado eu tinha pregui a de ver como funciona Esses dias eu ouvia uma menina do sal o reclamar que ela tem um iPhone 5S e ela dizia que n o aguentava esse telefone porque a dificuldade dela era botar m sica Mas eu penso t mas n o culpa da Apple Eu sofro s vezes com essas coisas a Apple facilitou a vida mas n o a minha porque eu tenho um monte de mp3 que eu fui baixando e o iTunes parece funcionar pra aquele usu rio que organizado Ent o eu uso pra ouvir m sica no computador e quando n o tem outro rem dio pra gerenciar coisas do iPhone M P 32 A nica coisa que eu posso criticar que no in cio eu achei o uso do iTunes meio dif cil principalmente coisas que tu n o vai comprar pela App Store ou iTunes Tu comprou um CD e tu que
195. ar coisas que tu baixou Quando tu n o compra diretamente do iTunes tu fica meio enrolado Uma vez tinha uma promo o do iTunes no final do ano te dando doze dias de presentes gr tis oferecendo algumas m sicas e eu acabei ao inv s de ouvir tudo que tava sendo oferecido por pregui a mesmo eu fui aceitando e baixando Quando eu fui ouvir tinha m sicas com vers es que eu n o gostei vers es de shows E quando fui apagar n o tinha como apagar Eu queria tirar de onde tinha ficado registrado do iCloud mas n o conseguia M M 38 Em geral os incidentes cr ticos negativos relatados por este grupo j haviam sido sinalizados em outros bloco de quest es A depend ncia da iTunes App Store para sincroniza o de arquivos ou como canal de acesso aos conte dos no ecossistema Apple um elemento recorrente nas falas do Usu rio Padr o do iOS 200 5 3 Jailbreakers Isso poderia ir muito al m Charlie Miller pesquisador de seguran a da computa o norte americano foi o primeiro a demonstrar que o iPhone podia ser remotamente modificado pela atua o de hackers em julho de 2007 GREENBERG 2010 falha apresentada na Black Hat Conference George Hotz GeoHot um usu rio de apenas 17 anos foi o primeiro a desbloquear o iPhone logo ap s seu lan amento para permitir a utiliza o de outra operadora de telefonia KUSCHNER 2012 Desde o lan amento da primeira gera o do iPhone s o bastante ativ
196. ara al m do ambiente fechado da AOL O termo walled garden ou Jardim murado utilizado no contexto empresarial para se referir a um ambiente de acesso controlado por limites ou barreiras muros definidos pelo propriet rio do ambiente Dessa forma controla se o acesso do usu rio aos conte dos e servi os direcionando a navega o para determinados locais e para conte dos permitidos impedindo ou dificultando o acesso a conte dos que est o fora deste ambiente Mais especificamente diz respeito a uma rede ou servi o que restringe ou dificulta o acesso de usu rios a aplicativos ou conte do de fontes externas s providas pelo propriet rio do espa o Embora ofere a uma sele o de servi os e conte dos normalmente f ceis de navegar esta sele o inclui apenas uma parte muito restrita do que a rede eletr nica tem a oferecer e o confinamento e a falta de diversidade dos jardins murados deixa insatisfeitos muitos usu rios 78 Estas restri es podem ser levadas a efeito de v rias maneiras de tal forma que permanecer dentro dos limites estabelecidos parece ao usu rio tarefa mais f cil Da empresa que filtra URLs e limita o acesso dos seus funcion rios a websites e softwares espec ficos a plataformas de redes sociais como o Facebook a qual restringe tecnicamente a portabilidade de informa es dos espa os confinados de perfis e fanpages do usu rio para o resto da rede Este o
197. armazenagem O p blico pretendido pela empresa era usu rios amadores indiv duos que n o eram hobistas da eletr nica ou hackers CERUZZI 1998 Equipamentos como o TRS 80 eram f ceis de encontrar no mercado norte americano e sobretudo f ceis de operar o que impulsionou uma audi ncia de massa para a computa o Segundo Ceruzzi 1998 assim como o Altair em seu lan amento este modelo seria utilizado para games e para aprender os rudimentos da computa o sem conseguir atingir outros tipos de aplica es Em 1977 as defici ncias em design do Altair foram corrigidas pela MITS ou por outras empresas e o Microsoft BASIC permitiu que programadores escrevessem uma gama mais ampla de aplica es A comercializa o dos softwares intensificou a cria o de novas aplica es e a pirataria de software em paralelo logo se estabeleceu CERUZZI 1998 A Apple havia sido incorporada em 1977 e passou a ser um dos l deres na fabrica o de computador pessoal alcan ando U 160 milh es em vendas em 1980 Entre seus principais produtos estavam o Apple II lan ado no mesmo ano al m do Apple III que n o obteve o mesmo sucesso Com pre o de U 1 200 o Apple II era um sistema simples de entrada no mercado consumidor de computadores pessoais APPLE Corporate Profile 1980 Na Figura 3 vemos a capa de uma brochura do Apple II em que o computador surge inserido na vida cotidiana do consumidor dom stico l Com valores entre U 4 300 e
198. artida sendo reprimidos pela Bell System at sua extin o nos anos de 1970 Em 1934 o governo norte americano havia transformado a AT amp T em monop lio regulado sob a jurisdi o do Federal Communications Commission FCC Como resultado em 1940 a maior parte dos servi os de telefonia nos EUA dos servi os locais e de longa dist ncia aos aparelhos de telefone pertencia Bell System Dessa forma os aparelhos de telefone tinham de ser alugados o que possibilitava empresa de telecomunica es proibir seus clientes de conectarem ao sistema aparelhos ou mesmo perif ricos n o produzidos ou vendidos pela Bell System sem o pagamento pr vio de uma taxa Foi neste contexto que se desenvolveram pr ticas de phreaking A explora o das vulnerabilidades do sistema de telefonia teve como origem a curiosidade intelectual e o fasc nio pela tecnologia de um grupo de jovens dentre os quais um estudante de matem tica da University of South Florida chamado Joe Engressia The Whistler O estudante possu a uma condi o conhecida como audi o absoluta e assim como seu grupo de amigos era deficiente visual Em meados da d cada de 1950 aos sete anos de idade e fascinado pela tecnologia da telefonia Joe Engressia descobriu acidentalmente que assobiar no aparelho telef nico em uma frequ ncia determinada um tom perfeito de 2600 ciclos levava ao engano dos circuitos do sistema de telefonia permitindo a realiza o de ch
199. as O que se verifica que medida que novas vers es dos aplicativos v o sendo disponibilizadas tamb m exigido que o iOS esteja em sua vers o mais recente o que obriga o usu rio a atualizar o iOS para poder continuar utilizando estes aplicativos Aqueles usu rios que fazem jailbreak tamb m recebem as atualiza es do iOS e podem faz la contudo a atualiza o do sistema operacional restaura algumas configura es de f brica e via de regra todo o processo de jailbreak realizado perdido tornando o aparelho novamente limitado s restri es impostas pela fabricante 220 A atualiza o do sistema operacional constitui portanto um momento bastante cr tico para os usu rios da pr tica uma vez que necess rio repetir o procedimento do jailbreak e na maior parte das vezes reinstalar os aplicativos baixados pela Cydia Store a cada atualiza o do sistema Nesse processo que oportuniza um conjunto de possibilidades de erros e eventos mal sucedidos as rea es dos usu rios mais comumente percebidas ao longo das entrevistas indicaram a necessidade de ter de lidar com paradoxos da tecnologia tais como compet ncia versus incompet ncia controle versus caos liberdade versus escravid o as quais geram conflito e ambival ncia O jailbreak no iPad 1 foi feito em tr s ocasi es por J S Na primeira ocorreu tudo bem logo na compra do dispositivo A segunda foi feita cerca de um ano ap s a primeira em fun o da n
200. as m sicas No Android n o ele reconhece as pastinhas isso muito bom porque como se voc tivesse usando um pen drive T S 37 INCIDENTE CR TICO NEGATIVO foco na migra o do iOS para Android CATEGORIA Excerto Eu acho que a disposi o dos cones dentro do sistema iOS tudo muito mais pr tico A minha navega o era muito mais fluida dentro do sistema iOS do que no sistema Android Mas n o uma coisa que vai me fazer voltar para o iOS I V 28 Foi quando eu tava com a mem ria cheia e acho que fui tirar uma foto e n o pude porque eu n o conseguia deletar nada no MotoG Se eu deletasse os aplicativos que era a nica coisa que eu podia deletar direto no aparelho naquele momento n o era suficiente Da eu tive que chegar em casa e deletar m sicas e resolveu mas isso n o foi algo imediato Uma amiga que Dificuldade de uso do programadora me disse que eu podia baixar um aplicativo que ajuda a deletar Android ou do hardware arquivos mas da eu disse mas olha s da eu tenho que baixar um aplicativo pra poder deletar arquivos risos Se eu quero deletar um lbum inteiro de m sicas que eu n o tou ouvindo que t ocupando espa o eu n o consigo eu tenho que baixar um aplicativo pra fazer a limpeza ou ligar o celular no computador Eu n o sei se pode ser uma limita o minha de n o saber mexer direito no Android mas eu sei que eu n o posso
201. as regi es ou com operadoras concorrentes Assim os aparelhos adquiridos de um fabricante funcionar o apenas com SIM cards da mesma operadora Diversas s o as cr ticas na literatura em rela o ao conceito de computa o confi vel e seus usos ANDERSON 2003 STAJANO 2003 SCHNEIER 2006 STALLMAN 2010 Organiza es como a Eletronic Frontier Foundation EFF criada por John Gilmore Mitch Kapor e John Perry Barlow que buscam a garantia dos direitos de liberdade de express o e 9 O TCG foi o sucessor do Trusted Computing Platform Alliance TCPA uma iniciativa que envolve a colabora o entre grandes corpora es das ind strias da computa o como a Hewlett Packard Compaq IBM Intel Microsoft entre outros Ver lt http www microsoft com brasil security computacaoconfiavel default mspx gt Ver lt http www cl cam ac uk rjal4 tcpa fag html gt Modelos de computadores Lenovo IBM HP entre outros Ver lt http www cryptomathic com news events blog the trusted platform module explained gt Criado por William Gibson em Neuromancer o termo ciberespa o foi utilizado por Barlow pela primeira vez para se referir a todas as redes eletr nicas Ver tamb m A Declaration of the Independence of Cyberspace 1996 e Himanen 2001 76 de privacidade na rede e a Free Software Foundation FSF fundada por Richard Stallman s o cr ticas chamada computa o confi v
202. as abordagens e subjazem aos argumentos dos diferentes pesquisadores e campos de estudo Como destacou Roux 2007a encontramos na literatura especialmente nas Ci ncias Sociais pelo menos dois tipos de conceitualiza o acerca da no o de liberdade dos indiv duos em seu tensionamento com as estruturas de mercado Compreender o conceito de resist ncia segundo uma vis o p s estruturalista ou p s moderna significa atentar antes para o modo como situada a problem tica do consumo per se se como estrutura de domina o passividade e aliena o vis o p s estruturalista ou como oportunidade de apropria o criativa vis o p s moderna PENALOZA e PRICE 1993 T Ver lt http www well com gt 81 Assim como indica Roux 2007a abordagens de vertente p s estruturalista tendem a destacar o papel dominante e opressivo do mercado e a resist ncia aqui entendida como resist ncia reflexiva vista como combativa e necess ria MURRAY e OZANNE 1991 POSTER 1992 PENALOZA e PRICE 1993 Por outro lado a resist ncia criativa tem origem no paradigma p s moderno o qual entende na fragmenta o das sociedades contempor neas a multiplica o de possibilidades para o exerc cio da liberdade individual e a crescente incapacidade das empresas para control la O consumo neste contexto visto como oportunidade para emancipa o por meio de formas alternativas e criativas de apropria o de bens e discu
203. as as comunidades hackers cujo intuito oferecer ferramentas que permitem o acesso a reas espec ficas dos dispositivos 10S iPhone iPad iPod para modifica es n o autorizadas pela Apple A pr tica conhecida como jailbreaking que em uma tradu o livre significa livrar se da pris o Em geral contempla um conjunto de m todos de hackerismo que permite aos usu rios ganhar acesso ao sistema de arquivos Unix isto mudar o root da rvore de diret rio para O termo rooting ou root o termo equivalente usado em refer ncia aos dispositivos que utilizam sistema operacional Android Os primeiros m todos de jailbreak para permitir a instala o de aplicativos desenvolvidos por terceiros foram disponibilizados em poucos meses ap s o lan amento da primeira gera o do iPhone A BRIEF 2013 Estima se que em torno de 7 milh es de usu rios modificaram aparelhos iOS em apenas quatro dias usando a ferramenta chamada EvasiOn a primeira ferramenta de jailbreak para o iPhone 5 com iOS 6 1 GREENBERG 2013 De acordo com Jay Freeman reportado por Greenberg 2013 a Cydia Store recebeu visitas de 5 15 milhoes de iPhones 1 35 milh es de iPads e 400 mil iPod Touch que receberam o jailbreak a partir desta ferramenta Para uma das maiores comunidades de hackers de jailbreak como a iPhone Dev Team a Chronic Dev e a evad3rs o jailbreaing beneficia os usu rios que buscam retomar o controle sobre seus disposit
204. as as plataformas e umas quatro gera es do iPhone ENTREVISTADORA O que te levou a comprar o iPhone naquele momento Gastei todas as minhas economias Foi algo num impulso foi uma coisa assim preciso desse telefone Antes dele eu tinha um Nokia que n o era smartphone meu primeiro smartphone foi o iPhone Havia mais aplicativos nativos N o existia loja de aplicativos era os nativos com o tempo come ou a evoluir s a Apple conhecia a linguagem pra criar e aos poucos eles foram liberando pra desenvolvedores Fiquei com o primeiro modelo at o iPhone 3 que eu comprei no EUA Por volta de julho ou agosto eles anunciam o novo iPhone O 3GS eu j comprei no Brasil acho que por volta de 2009 ou in cio em 2010 ENTREVISTADORA Tu te considerava uma f da marca eu acompanhava a WWDC e um ex namorado meu que era fanboy total e a gente parava tudo pra acompanhar o evento Eu nunca me considerei fan tica eu era bem controlada n o porque mudou um bot o um processador que eu vou sair correndo pra comprar M K 30 229 O que determinou a desist ncia do iOS e migra o para outra plataforma para R F foram os bloqueios que ela faz L R por exemplo permaneceu com o iPhone 3GS por cerca de um ano trocando o por um modelo Moto G da Motorola Em setembro do ano passado eu ganhei de anivers rio Mas eu pesquisei muito pra comprar Des
205. as de valores e o comportamento de produtos marcas ou empresas por meio da substitui o do parceiro comercial como forma de retalia o ou como classificou Fournier 1998 como forma de rebeli o ativa Para Roux 2007 p 606 Isso os leva a construir seu repert rio de consumo atrav s da sele o de parceiros alternativos 5 4 1 Envolvimento com a tecnologia e com a Apple As tecnologias da informa o e da comunica o fazem parte da vida cotidiana deste grupo de modo constante com algumas lembran as mais remotas acerca da inser o dos computadores pessoais desde a inf ncia ou adolesc ncia Com frequ ncia equipamentos tais como computadores e dispositivos m veis est o presentes desde sempre e permanecem como parte fundamental indissoci vel das diversas atividades cotidianas deste grupo Al m disso em geral os respondentes lembram com detalhes da sua rela o com computadores De forma similar para o publicit rio T S 37 anos a lembran a mais remota do computador pessoal de 1987 quando o pai chegou em casa com um computador modelo CP da Osborne juntamente com um livrinho de programa o Basic Teve v rios computadores que iam sendo trocados pelo pai CP Osborne MSX ligado no monitor de TV que usava fita cassete como m dia a planilha eletr nica Samba em 1991 ou 1992 os computadores 286 386 Recorda se do entusiasmo ao manusear o livro de programa o e aprender a
206. as na interface dos computadores facilitaram a incorpora o destes equipamentos no cotidiano de milhares de usu rios como ferramenta para transforma o pessoal Muito desse direcionamento viria do mundo da pesquisa da computa o isto da integra o da pesquisa na ind stria Xerox PARC Palo Alto Research Center com os l deres da cultura hobista emergente na Tanto engenheiros da ind stria quanto hobistas compartilhavam a mesma regi o da Bay Area da California na d cada de 1970 Coexistiam no mesmo espa o de Menlo Park o escrit rio do Whole Earth Catalog o Stanford Research Institute SRI e depois o Palo Alto Research Center da Xerox PARC e o Homebrew Computer Club TURNER 2006 58 regi o Em 1970 a Xerox Corporation havia estabelecido seu laborat rio de pesquisas em Palo Alto com o objetivo de se antecipar s profundas mudan as provocadas pela tecnologia no mundo corporativo Havia uma preocupa o genu na com um futuro sem papel nos escrit rios e a Xerox esperava que seu laborat rio a ajudasse a entender e a prosperar nesse ambiente de incertezas tecnol gicas CERUZZI 1998 Neste per odo empresas estabelecidas do mundo da computa o quiseram fazer parte destas transforma es e uma fase de grande criatividade e avan o t cnico emergiu TURNER 2006 Surgiram o VIC 20 da Commodore em 1980 e posterior Commodore 64 em 1982 Em 1981 a IBM anuncia seu computador pessoal o IBM PC qu
207. as s o todas antigas e eu uso elas Meu iMac de 2009 meu MacBook Pro de 2012 meu iPhone o 5C Quantas vezes voc j trocou de computador PC em 6 anos Se a Apple todos os anos lan a algo novo todo mundo fala de obsolesc ncia programada que ela capitalista mas se ela fica um ano e meio sem lan ar a Apple uma merda que n o inova mais Acho que esse ciclo de 144 lan amentos vai muito ao encontro da pol tica de subs dio da operadora se eu morasse nos EUA e pudesse pegar de gra a um iPhone ou por 100 d lares eu trocaria o iPhone todo ano Os computadores j duram bem mais D L 31 O estabelecimento de forte identifica o com a marca e com a hist ria de vida e personalidade do cofundador da Apple Steve Jobs presente nas falas de alguns dos respondentes A lenda do her i e salvador BELK e TUMBAT 2005 faz parte das narrativas em torno da marca e sua trajet ria Antes de chegarem os famosos PC 286 criados pelo Bill Gates eu j conhecia a hist ria do Bill Gates nessa poca e a hist ria do Jobs sabia que o Jobs j tinha carregado caixa de ma no ombro como eu E n s temos essa particularidade temos um dia de diferen a na data do anivers rio temos praticamente a mesma idade Quando ele morreu o mundo caiu aqui posso te dizer que chorei como crian a como se ele fosse meu irm o por eu estar t o espelhado no que ele faz e de ter conseguido entender aonde
208. break contempla paradoxos que se referem a tens es entre a pr tica e as limita es impostas pela fabricante Apple Estas tens es s o gerenciadas a partir de uma percep o muito clara das formas de controle exercidas pela empresa Tamb m foi expl cita entre os respondentes a manifesta o de sentimentos ambivalentes que se relacionam necessidade de ser criativo por meio de ambientes abertos e flex veis e de outro lado a busca de seguran a em dispositivos fechados fornecidos pelo fabricante Os paradoxos presentes na rela o entre Jaibreakers e seus dispositivos 10S s o captados nos relatos dos incidentes cr ticos discutidos na sequ ncia 5 3 4 Incidentes Cr ticos Neste grupo os incidentes dizem respeito experi ncia com os dispositivos m veis 1OS nos quais os usu rios realizaram jailbreak A transcri o de todos os incidentes relatados pelos Jailbreakers apresentada no AP NDICE G p 282 219 Os incidentes cr ticos percebidos como positivos pelos Jailbreakers ap s a modifica o do sistema operacional envolveram eventos categorizados da seguinte forma 43 Lo wok 73 a e Ed bh sucesso na instala o do jailbreak e acesso a aplicativos espec ficos A instala o bem sucedida do jailbreak s ocorreu na segunda tentativa de J S cerca de tr s meses ap s uma falha o que foi sentido como extremamente positivo especialmente em fun o do correto funcionamento do aplica
209. cabos se encaixam pra trocar fotos Eu simplesmente conecto na TV dele e disponibilizo o conte do do meu celular uma rela o familiar A gente comprou a ideia do meu irm o e hoje todos usam R B 24 O desafio atual a converg ncia o conceito da nuvem de tu ter celular computador iPad tudo com uma mesma conta um mesmo ID Isso uma coisa sensacional de tu ter todos os teus conte dos em todas as formas de comunica o Do meu iPhone pro iPhone da minha esposa eu consigo transferir fotos porque a Apple tem o AirDrop que sensacional e tu apenas escolhe as pessoas pra quem tu quer mandar o conte do e funciona muito bem Pra mim isso foi um divisor de guas porque pra mim foi a Apple que inventou o conceito de nuvem As pessoas que n o conhecem acham tudo mais complicado at pode ser s que os produtos da Apple nasceram pra ser conectados Tu n o precisa de cabos pra transferir conte dos No momento que tu tem 3G ou wifi o teu conte do t dispon vel em qualquer lugar do mundo Ent o eles criaram a converg ncia entre os produtos Mas quem n o familiarizado com isso acha dif cil porque essas pessoas gostam de conectar um cabo no computador e arrastar as coisas pra dentro do computador J M 38 Neste caso cogitar sair deste ecossistema optando por outra empresa ou sistema operacional gera grande ansiedade especialmente pelo alto custo de mudan a
210. cas Mas a web aborve toda a aten o do nosso c rebro Nenhuma tecnologia faz isso CAILLIAU 2013 online Por outro lado a natureza adapt vel da internet e da WWW existe em parte porque seu protocolo reside em poucas suposi es acerca dos prop sitos para os quais ser usada e porque ela eficientemente cresce para acomodar grande quantidade de dados e n meros de usu rios ZITTRAIN 2006 Muitos dos usos inicialmente incomuns ou imprevis veis da internet em seus primeiros est gios foram fomentados por este car ter flex vel das redes o qual foi fundamental para constru o de uma massa cr tica de usu rios ZITTRAIN 2006 Quando m quinas altamente adapt veis s o conectadas a uma rede com pouco controle centralizado o resultado uma grade que quase completamente aberta cria o e r pida distribui o de inova es de usu rios experientes em tecnologia a uma audi ncia massiva que pode aproveitar estas inova es sem precisar conhecer como elas funcionam ZITTRAIN 2006 p 1980 A medida que os computadores foram se conectando internet as poucas barreiras remanescentes como pre o da m dia de armazenamento e deslocamento loja de computadores foram eliminadas resumindo o processo a um simples clique no link desejado para que o novo software pudesse ser instalado ZITTRAIN 2008 Com uma grade A Universidade de Illinois EUA de onde surgiu o Mosaic por meio dos seus estudantes Marc Andrees
211. cativos ent o ele tem uma vulnerabilidade dependendo do que voc instalar Esse acesso permitido pelo Google n o tem nenhuma restri o A Apple extremamente restritiva nesse aspecto n o pode Eu acho que a Apple s briga com esse pessoal que pro jailbreak n o ficar banal porque a a imagem da Apple que fica ruim que o telefone tem v rus que d problema N o a do cara que destravou ENTREVISTADORA por que eles fazem jailbreak mesmo tendo outras op es de sistemas mais abertos 198 Tenho uma amiga que n o sabia como fazer os cones pararem de tremer sabe quando voc vai deletar o aplicativo Ela n o sabia nem como ela tinha feito eles tremerem Acho que a Apple tem aquela coisa de status Tem pessoas que tem iPhone mas nunca instalaram um aplicativo n o usam todo o potencial do sistema A Apple no Brasil se tornou uma coisa de luxo o que n o a realidade nos EUA Ent o acho que algumas pessoas compram s pra dizer que tem V C 41 Usu rios Padr o de dispositivos iOS percebem aparelhos que utilizam o sistema operacional Android como mais pr ximos da experi ncia da computa o e acreditam que usu rios de jailbreak buscam este tipo de flexibilidade ao arriscar a modifica o do sistema iOS Claramente os respondentes deste grupo n o se mostram confort veis para cruzar este limite pois caminhos alternativos podem incluir usar o
212. centual estimado era de cerca de 21 Segundo proje es do IDC as vendas de PCs tablets e smartphones dever o ultrapassar 1 7 bilh es de unidades no mundo todo at o final de 2014 com cerca de 1 bilh o provenientes de pa ses emergentes Dentre estes mercados somente os pa ses que comp em os BRICs China ndia Brasil e R ssia dever o responder por 662 milh es de unidades vendidas Considerando se a demanda para dispositivos inteligentes conectados no per odo 2012 2017 conforme o mesmo estudo esperado um crescimento dos mercados emergentes a uma taxa anual de crescimento CAGR de 17 comparado com os 7 esperados para mercados desenvolvidos m PC Desktop mPCPort til mTablet m Smartphone 2013 Gr fico 1 Dados globais de participa o de mercado dos dispositivos inteligentes conectados por categoria de produto 2010 2017 Fonte IDC s Worldwide Smart Connected Device Tracker Forecast Data Maio 2013 Previs o Nota dados de 2010 e 2011 s o do IDC s Worldwide Quarterly Smart Connected Device Tracker Fevereiro 2013 Dispon vel em lt http www idc com getdoc jsp containerld prUS23958513 gt Acesso em 5 nov 2013 O International Data Corporation IDC refere se aos computadores pessoais PCs desktop computadores pessoais port teis ex notebooks tablets e smartphones como Smart Connected Devices IDC Worldwide Quarterly Smart Connected Device Tracker Fevereiro 2013 Di
213. cipa de alguma comunidade blog publica o evento ligados marca Algo que voc ache que mostra o seu v nculo com a marca e Experi ncia com dispositivos iOS a Descrever experi ncia de uso b Usa Apps Compra Baixa gratuitos Outras formas c Usa lojas de Apps Apple Store e iTunes d Vantagens e desvantagens Percebe alguma limita o no uso do iOS Qual 3 Principais motiva es que o levam a ser f da marca e Pretende continuar a usar dispositivos m veis da Apple Por qu 271 4 Instru es para relato do Incidente Cr tico na experi ncia de uso do dispositivo iOS INCIDENTE POSITIVO Considerando sua experi ncia de uso de dispositivos iOS pense em uma situa o marcante que voc tenha vivido e que tenha sido altamente POSITIVA Descreva a situa o exatamente como aconteceu Quando o incidente ocorreu Explique por que voc considera esse incidente significativo Que circunst ncias levaram a esta situa o pea aoe E O que voc fez INCIDENTE NEGATIVO Considerando sua experi ncia de uso de dispositivos iOS pense em uma situa o marcante que voc tenha vivido e que tenha sido altamente NEGATIVA Descreva a situa o exatamente como aconteceu Quando o incidente ocorreu Explique por que voc considera esse incidente significativo Que circunst ncias levaram a esta situa o ee COM DO O que voc fez 272 AP NDICE B Roteiro de Perguntas
214. com um iPhone mais antigo pra testes e comecei a experimentar um aparelho Android Eu vendi o iPhone 4 e n o comprei o 4S e at hoje eu n o entendo Porque eu tava na Vivo e tinha acabado de ser lan ado o Samsumg Galaxy S2 e a eu fiquei na d vida achei os aparelhos similares o que eles faziam Fiquei na d vida ser que eu troco por um iPhone ou um Android E decidi pegar o Galaxy S2 ENTREVISTADORA Tu notou grandes diferen as entre os dois modelos de iPhone 3GS para 4 Ah com certeza Um aumento absurdo de aplicativos de todos os g neros poss veis a performance do aparelho o pr prio 3G do iPhone se tornou mais r pido a c mera No som nem tanto deu at um problema com a antena do iPhone 4 ENTREVISTADORA Tu usava a App Store ou iTunes Sim sim eu uso at hoje o iTunes no computador num PC E sobre a App Store sim baixava e comprava aplicativos pela App Store aplicativos de m sica de email pra corrida de performance pra corrida aplicativos banc rios usava aplicativos pra fotos e redes sociais principalmente M K 30 230 5 4 2 Percep o de elementos incongruentes com a orienta o particular Este grupo percebe claras limita es na experi ncia de consumo de dispositivos iOS e de fato constitui esta percep o umas das principais motiva es para a mudan a para dispositivos com sistema operacional Android As restri es percebidas est o relaciona
215. como direitos do consumidor para conte do digital e se tornou um movimento com foco na posse cultural de bens digitais Em geral dispositivos como DVDs utilizam uma chave encriptada o CSS Content Scrambling System que impede que usu rios os utilizem de modos n o autorizados por exemplo para c pias O DeCSS Decodes CSS um programa utilizado para decodificar o CSS Medidas foram tomadas por meio do DMCA para tornar a pr tica de decodifica o de DVDs uma viola o da lei tornando o DeCSS objeto de debate legal nos EUA Postigo apresentou estudos de caso de resist ncia dos usu rios ao crescente controle sobre as m dias digitais incluindo o hackerismo O Movimento pelos Direitos Digitais Digital Rights Movement reinvidica o uso justo pessoal n o comercial e criativo de conte dos digitais como nas pr ticas de copiar ou remixar m sicas e v deos Dessa forma 75 O Manifesto Cypherpunk pode ser conferido aqui lt http www activism net cypherpunk manifesto html gt 7 Como o programa DeCSS desenvolvido por um grupo de hackers em outubro de 1999 com o objetivo de craquear o sistema de encripta o de DVDs comerciais CSS O c digo do programa foi disponibilizado na internet servindo de ferramenta para o desenvolvimento de players de DVD para computadores que rodavam o sistema operacional Linux Ver Postigo 2012 84 sugere a emerg ncia de uma resist ncia tecnol gica quando hackers e usu
216. computa o pessoal em um mercado de consumidores dom sticos o qual n o teve contudo o privil gio de entender como as coisas acontecem M P 32 anos Estes modos de apropria o que operavam uma l gica distinta n o caracterizavam necessariamente algo negativo para M P pelo contr rio Agrade o por ter conhecido computadores na poca do DOS ainda pra entender que computador n o uma coisa que voc vai l clica e as coisas acontecem me ajudou a entender o que mem ria RAM disco r gido que na poca era Winchester Eu n o li a biografia do Steve Jobs um pouco hipsterismo Todo mundo agora tem Mac ningu m mais quer minha ajuda Ningu m precisa de mim pra instalar um sistema Porque teve uma poca em que eu ajudava a galera com isso o pessoal n o sabia e eu fu ava E acho que a Apple parou de ser inovadora porque quando eu vi o Windows Phone eu pensei putz que legal n o tem aquela frescura do esqueumorfismo se bem que isso tem a ver com essa coisa da Apple querer fazer com que mais pessoas usem M P 32 Com rela o compra de aplicativos e uso da App Store mesmo entre os entrevistados que possuem v rios produtos da marca pode n o haver consumo significativo de conte do comprado Comprei dois aplicativos at hoje um pra leitura pra pdf e um pro iPad um jogo de Pinball M D 31 Eu uso a App Store por causa dos aplicativos Mas eu nunca compro nada
217. computadores pessoais e anunciaram o in cio de um mercado consumidor de computadores pessoais baseados em generatividade Esta a tem tica desenvolvida no cap tulo a seguir CAP TULO 2 Da Contracultura Cultura de Consumo as Bases Generativas da Computa o em Rede Another promise another seed Another packaged lie to keep us trapped in greed And all the green belts wrapped around our minds And endless red tape to keep the truth confined Uprising Muse O desenvolvimento da ind stria do microprocessador a partir do lan amento do Intel 4004 em 1971 tornou poss vel maior poder de computa o em dispositivos menores e resultou na cria o do primeiro microcomputador o Altair 8800 e do primeiro sistema de video game o Midway Gun Fight Arcade Os aparelhos de video game foram os primeiros bens produzidos em massa baseados em microprocessadores que n o eram computadores tradicionais EVANS et al 2006 A partir da houve grandes transforma es no entendimento do papel do computador e seu lugar na sociedade Ao longo das d cadas de 1970 e 1980 destacam se duas importantes fases com rela o normaliza o do computador pessoal 1 a primeira entre 1972 e 1977 com a miniaturiza o dos computadores e a oferta de uma variedade de interfaces o crescimento da comunidade de hobistas e o surgimento de novas empresas como a Apple Computers e a Microsoft que passaram a produzir microcomputadores e softwares respec
218. consoles port teis de jogos populares como o Game Boy lan ado pela Nintendo em 1986 em dispositivos iOS sem a necessidade de realizar o jailbreak no aparelho Por se caracterizar como um software que utiliza c digo externo a Apple n o permite rodar em seus dispositivos emuladores de qualquer tipo o que vai contra as determina es da empresa Recentemente a Apple bloqueou o acesso dos usu rios a emuladores rescindindo a 193 licen a que mantinha com o website MacBuildServer que distribu a emuladores para download Ao permitir o uso de softwares emuladores para instala o de aplicativos sem certifica o o website teria segundo alega o da Apple violado o contrato de desenvolvedor GOGONI 2014 M P um entusiasta dos jogos e acredita que os dispositivos iOS n o s o os mais adequados para quem tem esse perfil Entretanto n o cogita migrar para outra plataforma ou mesmo realizar alguma modifica o mais radical em seus dispositivos O que eu quero dizer com hackear por exemplo esses dias eu baixei um emulador de Game Boy pro iPhone E como tem todo esse controle da Apple que acho insuport vel tipo revista pro iPad com vers o sem mostrar peitos de mulheres esse tipo de coisa que me incomoda bastante a Apple viu que era um emulador que queria usar da j cortou Porque aquilo emulador uma fronteira meio cinza de legalidade Coisa que o Android n o tem n Pra piratear um jo
219. cossistema da Apple para serem reproduzidos Uma tentativa de responder s cr ticas foi implementada pela empresa em 2007 quando faixas de m sica da gravadora EMI foram disponibilizadas em um formato alternativo livre de DRM chamado iTunes Plus Em mar o de 2009 ap s acordo com grandes est dios de m sica entre os quais a Warner Bros Universal e Sony BMG os arquivos de m sica dispon veis na iTunes Store estavam livres de DRM enquanto o mesmo n o se aplicou a aplicativos para o sistema iOS ou video Entre algumas das a es de controle de acesso a conte dos e prote o do ecossistema atribu das Apple est o 1 a exclus o de aplicativos dos seus canais de distribui o iTunes e App Store e 2 a defini o de regras para desenvolvedores e controle sobre aplicativos de terceiros Diversas situa es em que a empresa excluiu aplicativos n o autorizados de seus canais de distribui o se tornaram conhecidas tanto em ve culos especializados em tecnologia quanto em ve culos de alcance mais geral Uma destas situa es gerou muitas cr ticas dos usu rios e ocorreu por ocasi o do lan amento do sistema iOS 6 A atualiza o para este sistema substituia o conhecido Google Maps aplicativo concorrente amplamente utilizado por aplicativo nativo da Apple chamado Maps Ao buscar o aplicativo novamente na App Store muitos usu rios relataram que ele j n o estava dispon vel O incidente foi posteriormente comentado pelo at
220. d individual identity is captured by the phrase machines that become us Users are extending their physical attributes to include the technologies that have been increasingly connected to one s being This allows for an additional means of self expression termo utilizado por Katz e Aakhus tem origem no Latin e deriva da combina o das palavras em alem o apparat ou m quina e geist ou esp rito mente 103 Traduzido de the spirit of machine that influences both the design of the technology as well as the initial and subsequent meanings attributed by users non users and anti users 120 De outro lado tecnologias m veis atuam como mecanismos pessoais de auto express o continuamente modificados e ressignificados pelos usu rios de acordo com interesses variados Nesse sentido a etapa emp rica deste estudo buscou entender n o somente os modos de controle da generatividade dos dispositivos por parte da empresa mas fundamentalmente como s o articuladas modalidades de resist ncia dos usu rios frente s expectativas de apropria o de empresas fortemente integradas como a Apple bem como quais valores est o presentes nas diferentes experi ncias de usu rios No Cap tulo 4 a seguir explicitamos primeiramente os procedimentos metodol gicos que envolveram o design da pesquisa CAP TULO 4 Procedimentos Te rico Metodol gicos Os procedimentos te rico metodol gicos escolhidos d
221. d magazine COVEr eee 57 Figura 10 IBM PC Jr the Ease One for Everyone Brochure EUA 1983 nsss 58 Figura 11 Manifesta es da resist ncia nas pr ticas de consumo mmennnnnnnnnninnnnnnnnnnninnnnt 82 Figura 12 Newton Message Pad 1994 Ad Campaign meme 90 Figura 13 Disponibilidade de conte dos em diferentes plataformas interoperabilidade 113 Figura 14 Customiza es do iMac G3 e G5 de D L em 139 Figura 15 Dia d s Pais de S M san sida esa A ES oe Lt oon a a os sa 141 Figura 16 Dia de luto por Steve Jobs de R S uusiin 145 Figura 17 Verso de cart o de visitas pessoal de R S mmunnnnnnnnnninnnniniinininnnninninnnnnnnnnnmnnnt 146 Figura 18 Livro da vida de RB 147 Figura 19 Inaugura o da Apple Store on line no Brasil eee 149 Figura 20 Home screen de iPhone com jailbreak e aplicativos de personaliza o de B C 209 Figura 21 Instala o da Cydia Store de F inner tei a ann 209 Figura 22 Interface modificada do iPhone de F A meets 210 LISTA DE GR FICOS Gr fico 1 Dados globais de participa o de mercado dos dispositivos inteligentes conectados por categoria de produto 2010 201 Feces tatiana ence elle ah ci ea eae 19 Gr fico 2 Participa o de mercado dos SOs para smartphone 2012 Q1 2013 Q1 ll 104 Gr fico 3 Participa o de mercado dos SOs para tablets 2012 Q1 e 2013 Q1 sin 104 Gr fico 4 Popula o com acesso a servi os do ecossistema dados glob
222. da d cada de 1960 as quais alimentaram o desejo de oposi o a for as hegem nicas institucionais fossem elas oriundas dos governos ou das grandes corpora es A difus o das tecnologias da informa o e da comunica o normalmente creditada a um conjunto de transforma es de ordem tecnol gica e econ mica que possibilitaram a l De acordo com excerto da Apple keynote em 1983 antes do lan amento da campanha It is now 1984 It appears IBM wants it all Apple is perceived to be the only hope to offer IBM a run for its money Dealers initially welcoming IBM with open arms now fear an IBM dominated and controlled future They are increasingly turning back to Apple as the only force that can ensure their future freedom IBM wants it all and is aiming its guns on its last obstacle to industry control Apple Will Big Blue dominate the entire computer industry The entire information age Was George Orwell right about 19847 Dispon vel em lt http www youtube com watch v ISiQA6KKyJo gt Acesso em 5 fev 2014 25 partir do surgimento do microprocessador o barateamento e a miniaturiza o dos equipamentos Atividades e solu es providas por recursos da computa o s o poss veis gra as converg ncia de tecnologias no campo da microeletr nica da computa o software e hardware e das telecomunica es possibilitando a transmiss o digital da comunica o e novos modos de intera o Entretanto houve uma mud
223. da e f cil de usar uma caracter stica que se manteve como parte da filosofia de design dos produtos da Apple O Macintosh n o incluia contudo unidade de disco r gido o que tornava invi vel a cria o de uma rede dom stica configurando a m quina como um servidor Al m disso n o era t o f cil programar para o Macintosh e havia poucos softwares dispon veis para o sistema CERUZZI 1998 8 Traduzido de Unlike prior PCs the Mac was useful even without adding software Turn it on and the first thing it did literally was smile H diversas fontes que documentam as atividades dos Macintosh Users Groups MUGs Algumas destas refer ncias foram compiladas no Projeto Making The Macintosh baseado em materiais do Stanford University Library s Department entre outros Dispon vel em lt http www sul stanford edu mac userg html gt Acesso em 5 maio 2014 66 A Apple n o tinha um processador de texto algo importante que todo novo computador precisava oferecer Sua interface gr fica contudo era bastante superior ao que era oferecido pelos concorrentes PCs e a Apple oferecia o MacPaint software gr fico e o MacWrite ambos desenvolvidos internamente al m da planilha Multiplan desenvolvida pela Microsoft De fato nesta rela o comercial mutuamente vantajosa at ent o Bill Gates havia concordado em desenvolver software para o Mac ainda em 1981 quando a nova m quina estava sendo desenvolvida CER
224. da que a internet crescia estes mecanismos n o davam conta da quantidade de informa o dispon vel na rede Incialmente o Gopher permitia aos usu rios a busca de informa es b sicas sobre eventos esportivos e atividades acad micas nos computadores do campus CERUZZI 1998 Entre as raz es apontadas para a perda de popularidade do Gopher comparativamente ascens o da WWW est a decis o da universidade de cobrar royalties isto licen as para uso comercial do protocolo A decis o sobre a natureza da WWW passou pela reflex o sobre qual deveria ser seu status e o que ela de fato constitu a uma vez que j havia na poca redes de conte do desenvolvidas em opera o nos EUA e na Europa o que n s t nhamos n o era um App gil e patente vel mas padr es html http e uns poucos peda os de software que os utilizavam mas nada que se destacasse CAILLIAU 2013 online Cailliau assim descreve esta fase Em algum momento em 1992 quando havia ainda apenas um punhado de servidores web no mundo menos de 50 se me lembro bem Tim Berners Lee e eu pens vamos sobre como disseminar a coisa toda Obviamente os direitos pertenciam ao CERN e a tend ncia naquela poca era que as universidades patenteassem suas inven es e fizessem dinheiro com elas Havia muitos modelos um deles era pedir royalties para cada instala o do software Havia tamb m a possibilidade para n s de tentar compra lo do CERN com
225. da transcend ncia e ades o a estilos colaborativos de trabalho intelectual os quais emergiram da estrutura da pesquisa industrial militar durante a Segunda Guerra Nenhum dos dois movimentos contudo rompeu por completo com a sociedade a qual critivavam TURNER 2006 A transi o entre a contracultura norte americana e a cibercultura que emergia se deu a partir desta abertura cultura mainstream particularmente cultura da pesquisa de alta tecnologia pois se a mente era o locus de mudan a social ent o a informa o deveria ser parte desse processo TURNER 2006 A Teoria de Sistemas e a Cibern tica diferentemente do que vislumbravam os membros do New Left fazia sentido ideol gico para os New Communalists A identidade para este grupo um dos principais agentes de mudan a social as escolhas relativas aos estilos de vida individuais o consumo e as tecnologias da informa o funcionariam como atos pol ticos A Cibern tica parecia fazer sentido para entender o mundo dali em diante tanto como esquema intelectual quanto como pr tica social TURNER 2006 1 2 1 Ret rica da Colabora o nas p ginas do Whole Earth Catalog Estes valores e vis es sociot cnicas que emergem com forte influ ncia do movimento dos New Communalists s o materializados em um conjunto de publica es dentre as quais se destaca o Whole Earth Catalog Criado por Stewart Brand ex aluno da Universidade de Stanford o Whole Earth Catalog regu
226. dade do iOS com plataformas e aplicativos de terceiros foi uma das restri es destacadas por este grupo com rela o s decis es de ecossistema da Apple Estas decis es fazem dos dispositivos iOS equipamentos pouco generativos nos termos utilizados por 159 Zittrain 2006 e conferem protagonismo ao sistema operacional na media o dos modos de apropria o Quando o cara t inserido nesse ecossistema ele at pode achar algumas coisas mais vantajosas em aparelhos de outras marcas mas essa integra o dentro do ecossistema Apple acaba prevalecendo Eu at brinco tenho medo de gostar do Android uma ansiedade de conhecer uma coisa que fosse me interessar e descobrir que tem alguma vantagem que n o existe no iPhone que poderia me estimular a decidir at mesmo mudar de plataforma R F 28 T bom uma desvantagem talvez seja o fato de o ecossistema Apple ser fechado No sentido do iOS n o se integrar com outros aparelhos ou aplicativos feitos para outros aparelhos ele fechado no mundo dele s entra aplicativos para iOS ele s conversa com dispositivos iOS ele n o vai se comunicar via bluetooth com Android ENTREVISTADORA e o que voc acha disso Como voc v essa quest o para a experi ncia do usu rio por exemplo Eu acho que pra experi ncia do usu rio teria que ser aberto Voc n o obriga todas as pessoas e empresas do mundo a entrar no seu ecossistema Eu acho que
227. das a 1 Scripts de uso 2 Decis es de ecossistema 3 Depend ncia da iTunes App Store vistos como forma de amarra o dos usu rios e 4 Obsolesc ncia de produto A limita o maior porque o c digo n o aberto ent o tu n o tem uma liberdade pra ser o administrador do teu sistema pra poder fazer alguma altera o at pela performance como no Android que eu tenho isso Por exemplo o Android que veio no meu aparelho eu achava muito pesado ent o eu uso um outro Android mais leve E alguns produtos pra se adquirir da Apple s o muito caros M K 30 1 Sripts de uso Uma das tem ticas que emergiram como motiva o para a migra o do iOS para Android se refere ao excessivo controle da Apple sobre possibilidades de personaliza o dos dispositivos e acesso a reas espec ficas do sistema indispon veis para o usu rio Tem sistemas que s o abertos ent o eu posso colocar qualquer ROM eu posso modificar o sistema base do Android e eu posso fazer um sistema com a minha cara n colocar os aplicativos espec ficos uma s rie de recursos que no iOS eu n o tenho porque como ele um sistema fechado eu n o tenho acesso ao c digo fonte ent o todos os dispositivos v o ter a mesma apar ncia No Android tem gente que faz uma ROM personalizada pra ela nica E P 28 Eu acho que a Apple n o t preocupada com as necessidades de cada cliente ele tem o aparelho ali mas tudo igual
228. das pessoas hoje A Apple foi a primeira a desenvolver um computador realmente pessoal com o Apple I e o Apple II na d cada de 70 e voc come a a entender tudo que motivou a Apple a ir criando estes produtos Ent o mais do que achar bonito e gostar eu passei a admirar a empresa pelo que ela faz e como faz Acompanhando estes ltimos anos do Jobs tamb m e vendo a sua total dedica o empresa e aos produtos que ele fazia Isso foi criando em mim essa paix o pela empresa como um todo S M 48 155 E a filosofia de como a Apple trata o usu rio Tem esse pejorativo a de fanboys as pessoas que n o entendem mas o jeito como a marca se posiciona perante os usu rios eu acho sensacional Todos deviam copiar esse approach que a Apple tem com o usu rio de entender quais s o os problemas do usu rio e resolver da melhor maneira o que mais me fascina na Apple Voc vai na loja da Apple e diferente de tudo que voc j viu tem os Genius cada um especialista em alguma coisa que s voc chegar l e eles te ajudam Outras empresas podem at copiar algum produto da Apple mas eles n o conseguem copiar a experi ncia toda D L 31 Esta particular rela o entre marcas e consumidores identificada pela forte conex o da marca com a auto imagem real quem o indiv duo acredita ser e ideal quem ele gostaria de ser Nesse sentido estes usu rios respondem a informa es negativas sob
229. de da manifesta o A Figura 11 ilustra o continuum da resist ncia proposto por Fournier em que em um extremo tem se a resist ncia como manifesta es de evita o de certas marcas ou produtos e em outro estas manifesta es s o caracterizadas por ativa rea o em dire o a empresas tais como boicotes 74 Na tradi o das Teorias da Cultura de Consumo Consumer Culture Theory ou CCT a tem tica da resist ncia vem sendo investigada sob o programa de pesquisa das ideologias de mercado e estrat gias interpretativas dos consumidores Esta tradi o te rica busca oferecer uma alternativa para os estudos de consumo de vertente cognitivista 82 reclama es ou deser o Em uma posi o intermedi ria h manifesta es que refletem estrat gias de enfrentamento consumo alternativo ou criativo Intensidade da Resist ncia Forte Fraca Comportamentos Comportamentos Rebeli o de evita o de minimiza o ativa e Estrat gias de enfrentamento e Boicote e Consumo alternativo ou criativo e Reclama o e Deixar de usar a marca empresa Figura 11 Manifesta es da resist ncia nas pr ticas de consumo Fonte Adaptado de Fournier 1998 O continuum proposto por Fournier 1998 busca dar conta da diversidade de abordagens encontradas nos estudos de consumo e resist ncia Embora n o tenha especificamente destacado as formas cotidianas de resist ncia vemos que os comportamentos identificados como
230. de evita o e de minimiza o aproximam se destas manifesta es cotidianas no sentido das possibilidades de cria o de caminhos alternativos de consumo Manifesta es mais contundentes e expl citas de resist ncia no campo das rela es de consumo s o in meras mas no que se refere s rela es com as tecnologias contempor neas chamam a aten o os movimentos que reivindicam os direitos digitais e de privacidade 2 6 2 Direitos digitais e de privacidade Para uma comunidade crescente de usu rios de computador e de hackers entre os quais John Gilmore e Eric Hughes a garantia de sistemas an nimos que assegurem a privacidade das redes n o devia ser prerrogativa do mundo corporativo mas um direito fundamental da sociedade como um todo O termo crypto freedom foi utilizado como refer ncia a uma pr tica hacker que data de 1975 e que evoluiu com o avan o das tecnologias de criptografia e preocupa o com a privacidade No in cio dos anos 90 Phil Zimmerman um cript grafo amador desenvolveu um m todo para ser usado em computadores pessoais Em 1992 no norte da California uma associa o de defensores dos direitos civis hackers e programadores volunt rios deu origem 83 aos Cypherpunks COLEMAN e GOLUB 2008 Cypherpunks defendem o uso da criptografia para provocar mudan as sociais e pol ticas ASSANGE et al 2013 A criptografia nexte contexto torna se instrumento pol tico de movimentos de resist ncia
231. de o come o eu n o queria que fosse iPhone Entre o meu celular e um iPhone eu n o vejo muita diferen a a n o se a quest o do pre o da eu penso por que eu vou pagar por isso ENTREVISTADORA e os sistemas operacionais Tu conhece algo sobre isso importante Conhe o assim Eu sei que tem o iOS e o Android O meu no caso o Android Tem gente que conhece mais o meu celular que eu mesmo Da meus amigos v m e me dizem que meu celular vai atualizar at a d cima gera o e eu nem sei risos Mas at agora s teve uma atualiza o desde quando comprou o aparelho N o notei uma mudan a grande s alguma coisa no layout L R 23 Eu queria comprar alguma coisa que eu conseguisse sincronizar com o Mac do trabalho Passo todas as m sicas que eu tenho pra ele vai ser uma coisa muito simples muito f cil Teoricamente naquele primeiro momento foi Mas a come aram os problemas Na poca eu estava estudando e da eu queria baixar v rios aplicativos e era caro E eu tinha alguns amigos que fizeram essa quebra jailbreak E eu ent o vamos fazer isso I V 28 J para M K a decis o de migrar para outra plataforma n o foi resultado de uma decis o determinada em prol do Android ou outro sistema alternativo ao 10S mas permanecer na plataforma foi uma escolha consciente ENTREVISTADORA Como foi a migra o para o Android Depois do modelo iPhone 4 eu continuei
232. de software funcionam como categorias constituintes destas m dias digitais a partir das quais poss vel a an lise de novas formas de produ o distribui o e comunica o mediadas por computador Vimos que a origem dos novos aparelhos informacionais remonta converg ncia das ind strias da m dia e da computa o o novo reside em formas anteriores da m dia e dos sistemas computacionais Dessa forma a cultura visual de uma era da computa o cinematogr fica na sua apar ncia digital no seu n vel material e computacional ex guiada pelo software na sua l gica MANOVICH 2001 p 180 Portanto o que se destaca no argumento de Manovich especialmente em trabalhos mais recentes a expl cita problematiza o do software como elemento determinante na intera o do usu rio com os conte dos nos novos aparatos digitais Isto na cultura contempor nea do software a produ o a distribui o e a recep o dos conte dos nas novas m dias s o mediadas por softwares Na medida em que algumas das propriedades das novas m dias por exemplo capacidade de edi o e compartilhamento s o definidas a partir de opera es e permiss es dos softwares os conte dos s o alterados ou moldados conforme esquemas baseados em c digos digitais e representa es num ricas MANOVICH 2013a Estes c digos e representa es contudo n o constituem a parte vis vel para os usu rios Dessa forma N o h uma
233. de transfer ncia de arquivo de A pra B e n o de B pra A isso algo muito negativo Tu te sente preso a algo que tu n o deseja tu n o queria que fosse daquele jeito Se as m sicas s o minhas eu quero compartilhar com quem eu quero Da o meu amigo ainda me falou mas tu tem um telefone de 2 mil reais e n o consegue transferir m sica dele pro meu computador R R 24 Pode ser a coisa mais simplista mas a coisa mais negativa foi quando eu descobri que n o tinha r dio no iPhone Quer dizer tem r dio mas s funciona via wifi e 3G Tu t ali andando na rua e pega um Nokia e da tu liga ali um radiozinho e escuta e com o iPhone n o Isso pra mim a coisa mais negativa que existe Eu descobri depois de comprar quando eu pensei bah vou escutar um r dio da eu vi que n o tinha Bah at vergonhoso isso de n o ter r dio Da eu fui pra internet pra descobrir se n o tinha mesmo ou se tinha um aplicativo de r dio e havia mas tudo pra funcionar por wifi e 3G foi uma Expectativas em rela o a frustra o Da meus amigos fazem piadinha n Porque da tem aqueles que aplicativos ou s o mega fas da Apple e aqueles que s o contra Isso n o me afeta mas ent o funcionalidades agora eu acompanho um blog chamado blogdoiphone com e semanalmente eles disponibilizam uma lista de aplicativos que est o mais baratos ou est o de gra a Ent o eu descobri o TuneIn e baixei no iPhone e iPad M
234. de with typewriters scissors and polaroid cameras It was sort of like Google in paperback form 35 years before Google came along A frase utilizada por Steve Jobs Stay Hungry Stay Foolish foi retirada das p ginas do Whole Earth Catalog A transcri o do discurso pode ser vista em Stanford Report You ve got to find what you love Jobs says 14 Jun 2005 Dispon vel em lt http news stanford edu news 2005 june15 jobs 061505 html gt Acesso em mar 2014 30 O termo hackerismo tem sido utilizado no Brasil em uma tradu o livre da express o em ingl s hacking e se refere s pr ticas dos hackers 35 Em paralelo ao desenvolvimento da tecnologia dos semicondutores um dos mais antigos esfor os para tornar o computador acess vel a um mercado de usu rios amadores tanto em termos financeiros quanto t cnicos foi o Projeto Resource One que reunia profissionais da computa o de Berkeley Por meio do sistema time sharing e o desenvolvimento dos minicomputadores empresas como a DEC Digital Equipment Corporation apresentavam alternativas computa o mainframe Diferentemente da IBM com seu modelo de licenciamento e controle sobre hardware software e servi os a DEC preferiu vender minicomputadores e tamb m encorajar seus clientes a realizarem modifica es em equipamentos como o PDP 8 e o PDP 10 Com os minicomputadores a DEC ajudou a reorientar a computa o como dispositivo pessoal
235. defici ncias da m quina Essa decis o por uma arquitetura de barramento tamb m permitu portanto que outras empresas criassem computadores compat veis ou clones CERUZZI 1998 Em julho de 1975 foi aberta a primeira loja de computadores em Los Angeles No mesmo ano foi criada a primeira revista de computa o dom stica a Byte Em mar o de 1976 a primeira Altair Computer Conference foi realizada em Albuquerque Novo M xico WINSTON 2003 No mesmo per odo com bons resultados de vendas das ilegais Blue Boxes que burlavam o sistema de telefonia Steve Wozniak e Steve Jobs se viram motivados a construir seu primeiro computador para os colegas do Homebrew Computer Club O Apple I da iniciante Apple foi lan ado em julho de 1976 dentro desta atmosfera e portanto assim como as demais iniciativas dessa fase voltado a uma demanda t cnica de hobistas engenheiros e aficionados Foram vendidos 175 equipamentos uma placa de circuito impresso montada com cerca de 30 chips sem gabinete teclado ou monitor para lojas da Bay Area a um pre o de U 666 66 WINSTON 2003 Embora se assemelhasse mais a um prot tipo para os dias atuais o Apple I foi inovador para os entusiastas da tecnologia e seria o primeiro passo da empresa em uma longa trajet ria de estabelecimento de padr es para a ind stria da computa o Entretanto a ind stria da computa o da poca formada por empresas como a DEC e a HP que respondiam por 55 de participa
236. deliberadamente localizados dentro do hardware rede Isso equivale a dizer no caso de tecnologias baseadas em computa o que elas v m se aproximando de forma consistente de aparelhos informacionais information appliances com restritas possibilidades de reinven o por parte dos usu rios Quando redes s o programadas para discriminar o conte do ali conduzido elas est o de algum modo interferindo na liberdade do usu rio para utilizar a rede como achar conveniente Assim na trajet ria da computa o pessoal e da internet a no o de abertura constituiu um valor central que acompanhou a experi ncia de usu rios e seus computadores assim como a arquitetura da futura rede O PC conectado e aberto a softwares criados por terceiros caracterizou um artefato generativo em ess ncia na medida em que sua arquitetura flex vel permitia ao usu rio alterar os prop sitos de usos ao longo da apropria o para al m das configura es imaginadas pelas empresas que os comercializavam Diante disso propomos uma reflex o acerca do crescente protagonismo de ambientes com caracter sticas pouco generativas como o caso do ambiente mobile e dos ecossistemas digitais de servi os e entretenimento em torno destes dispositivos Nos ecossistemas digitais essa media o se d sob forte interfer ncia do sistema operacional camada fundamental integrada ao dispositivo e s decis es estrat gicas corporativas Em conjunto
237. des s o atribu das a um grupo de estudantes com conhecimentos em programa o e um estilo descompromissado de trabalho se comparado aos colegas fortemente orientados para a carreira profissional e para o conhecimento te rico LEVY 2012 Este per odo contemplou a gera o dos chamados hackers de hardware para os quais a computa o per se se tornara uma forma de rebeli o pol tica a partir dos novos usos Embora as diferentes gera es de hackers tenham atuado cada qual em seu tempo e enfatizando uma motiva o essencial Levy 2010 destaca que elas compartilharam o mesmo conjunto de cren as e valores que em ltima inst ncia chocava se com a ideia de autoritarismo e controle institucional dos modos de uso de sistemas computacionais Para Coleman e Golub 2008 p 256 a moralidade hacker existe como g nero m ltiplo e sobreposto que converge com processos pol ticos e culturais predominantes mais amplos tais como os do liberalismo O estilo de vida liberal que permeia uma forte dedica o atividade intrinsicamente inspiradora e l dica do hackerismo HIMANEN 2001 baseia se no comprometimento com uma tica hacker e seus valores primordiais relacionados s no es de 1 liberdade de acesso aos sistemas de computador e suas partes 2 livre interc mbio de informa es 3 descren a na figura de uma autoridade em prol da descentraliza o 4 possibilidade de cria o de arte e beleza em um computador 5
238. didas em 2013 em rela o s vendas de aparelhos com recursos mais simples chamados feature phones Conforme dados do IDC Brasil entre os fatores determinantes para esse crescimento est o a redu o do ticket m dio do aparelho maior variedade de modelos de aparelhos estrat gias de promo o da categoria nos canais de venda e a inser o dos smartphones na Lei do Bem de incentivo fiscal inova o e pesquisa Todos estes dados revelam a import ncia crescente da mobilidade na atual configura o dos dispositivos computacionais desde o incremento da computa o m vel Tamb m evidenciam uma mudan a na demanda por computadores pessoais do tipo desktop e port teis e poss vel deslocamento do seu papel central nos ecossistemas digitais que se apresentam na contemporaneidade O crescimento da demanda e alcance de uma maturidade para dispositivos m veis nos diferentes mercados dentre eles o Brasil essencial para a concretiza o de ofertas mais variadas de aplica o que se apoiam na ideia de ubiquidade e conectividade Gra as conectividade de internet e tecnologias de sensores novos dispositivos e aplica es inteligentes dos smartphones computa o vest vel prometem maior seguran a mas tamb m maior poder para controlar a experi ncia de apropria o do No ano de 2012 foram vendidos 59 5 milh es de unidades de telefones celulares sendo 26 9 na categoria smartphones e 73 1 na categoria fea
239. do o processo de novo desde o inicio pra ver onde eu errei como se fosse uma conta matem tica Eu tinha feito o jailbreak no iPad 1 tr s vezes em momentos diferentes Na primeira deu tudo certo O erro ocorreu na segunda Eu lembro que entre a primeira e a segunda foi quase um ano Ai acho que foi pelo esquecimento algum detalhe ou outro do processo O que aconteceu foi que a vers o de iOS que rodava no iPad 1 necessitou que eu atualizasse em virtude das exig ncias dos aplicativos aquela coisa requer vers o 4 3 posterior ainda me lembro mais ou menos isso Nessa poca eu n o tinha o 4 3 era o 4 2 pra baixo Ai eu vi que justamente o aplicativo que eu mais utilizava exigiu isso Foi o que me obrigou a fazer tudo isso a Eu tentei deu esse descuido nesse detalhe o aparelho tava j atualizado restaurado como de f brica com a vers o atualizada do iOS pronto pra receber o jailbreak s que a vers o do programa que eu procurei n o batia com aquela vers o que a 221 Apple disponibilizou eu vi que n o era a mesma Da eu fiz uma pesquisa no pr prio site A dentro daquele mesmo site que eu procurei eu encontrei a vers o de jailbreak que era compat vel com o iOS atualizado E da deu tudo certo Foi bem angustiante passei muitas horas achando que era uma coisa bem simples que na verdade era mas devido a esse pequeno detalhe gerou essa negatividade toda Foram horas pa
240. do perfil dos entrevistados na fase emp rica No Cap tulo 5 T ticas de Resist ncia Cotidiana na Apropria o dos Dispositivos iOS partimos para a an lise dos resultados da etapa emp rica da tese com nfase nos relatos dos quatro grupos de usu rios que fizeram parte deste estudo assim denominados Fanboys Usu rio Padr o Jailbreakers e Desertores Este cap tulo estruturado a partir de tr s tem ticas principais que se repetem para cada grupo 1 envolvimento com a tecnologia e 23 com a Apple 2 percep o de elementos incongruentes com orienta es individuais particulares na apropria o de dispositivos iOS e 3 t ticas e manifesta es de resist ncia A partir da an lise sistem tica das narrativas novos conjuntos de tem ticas s o apresentados bem como s o explicitados eventos considerados cr ticos para os quatro grupos de usu rios em suas experi ncias com o ecossistema iOS Conclu mos com uma discuss o dos principais resultados desta etapa com vistas problematiza o do conceito de resist ncia no contexto dos dispositivos m veis Por fim passamos s Considera es Finais do estudo com men o s principais contribui es limita es e caminhos para pesquisas futuras CAP TULO 1 Contracultura Ret rica da Colabora o e Resist ncia Everyone has their own number in the system that we operate under We re moving to a situation where your lives exist as information Int
241. dows Mobile e Blackbarry OS Mas o evento que viria a marcar o ano seria o lan amento da primeira gera o do iPhone XCUBELABS 2011 Em janeiro de 2007 a primeira vers o do iPhone lan ada pela Apple que passaria a disponibilizar tamb m a capacidade de sincroniza o via o servi o iTunes Durante o lan amento no evento MacWorld a Apple anunciou que o novo dispositivo rodaria o mesmo Unix core do Mac OS X o sistema operacional dos computadores Mac al m das mesmas ferramentas O sistema operacional m vel foi chamado iPhone OS iOS 2013 Sistemas m veis como o Windows Mobile Palm OS Symbian e BlackBerry j estavam estabelecidos em 2007 com a oferta de muitas funcionalidades Diferentemente da tradi o vigente nos smartphones da poca com o lan amento do iOS 1 0 os arquivos de sistema passaram a ser ocultos para o usu rio decis o de design que gerou intenso debate entre os usu rios na poca De acordo com a Apple esta decis o pretendia simplificar o aparelho e torna lo mais amig vel do ponto de vista da facilidade de uso As diversas camadas de abstra o requeridas pelo sistema podem se tornar fontes de frustra o para alguns usu rios que entendem algumas decis es da empresa sobre a experi ncia de uso como limita es do hardware ou do sistema Nesta primeira vers o o iPhone oferecia um conjunto muito b sico de aplicativos nativos sem a abertura a aplicativos de terceiros Tamb m n o suportava 3G o
242. doxes of technology consumer cognizance emotions and coping strategies Journal of Consumer Research v 25 p 123 143 set 1998 266 MONTEIRO Luccas Fanboys quando os consumidores se transformam em torcedores de uma marca Tecmundo 26 Jul 2013 Dispon vel em lt http www tecmundo com br nerd 42446 fanboys quando os consumidores se transformam em torcedores de uma marca htm gt Acesso em 12 mar 2014 MURRAY J OZANNE J The critical imagination emancipatory interests in Consumer Research Journal of Consumer Research v 18 n 2 p 129 144 1991 NELSON Theodor Computer Lib you can and must understand computers now Dream Machines New Freedoms Through Computer Screens A Minority Report Self published 1974 Libertando se da pris o da internet FILE Symposium S o Paulo IMESP 2005 Dispon vel em lt http p php uol com br tropico html textos 2674 1 shl gt Acesso em 6 mar 2014 PELLANDA Eduardo Campos Comunica o m vel no contexto brasileiro In LEMOS Andr JOSGRILBERG Fabio Orgs Comunica o e mobilidade aspectos socioculturais das tecnologias m veis de comunica o no Brasil Salvador EDUFBA 2009a Mobile communication the Brazilian paradox WI Journal of Mobile Media Summer p 1 2009b PENALOZA Lisa PRICE Linda Consumer resistance a conceptual overview Advances in Consumer Research v 20 p 123 128 1993 POPE S The shape of locative media Mute
243. dr o de qualidade Apple porque acho que quem desenvolve pra iOS tem a pretens o de chegar a um patamar mais alto Isso eu j via na quest o Windows programas pra Windows era uma coisa que eu pensava mas que coisa mais jac parecia feita por um moleque pra piratear CD de Playstation 2 J esse mesmo tipo de programa para o Mac e tamb m no iOS a gente v que uma coisa mais refinada s vezes at mais Apple que a Apple Como aconteceu com o Delicious Library Os aplicativos que acabam subindo o n vel da Apple mais ainda M P 32 J na Loja do Google isso uma coisa meio bizarra tu tem que procurar mais e na sess o de coment rios sobre os aplicativos o que as pessoas comentam muito trash risos Um avalia o aplicativo com uma estrela outros com cinco estrelas e da tu pensa t mas em qual aparelho porque tem isso tamb m s o muitos aparelhos Android a tu n o sabe se a pessoa tem um aparelho inferior o aplicativo n o vai funcionar como no teu Isso era uma coisa que eu n o conseguia compreender no in cio agora eu j presto mais a aten o Na Apple isso n o existe porque todo mundo tem iPhone e pronto C M 24 ENTREVISTADORA Voc acredita que a Apple busca proporcionar uma experi ncia similar para o usu rio entre os diferentes dispositivos Com absoluta certeza sim Se voc pegar a evolu o do sistema operacional OS X ele tem evolu do pra ficar com
244. e inacess vel para adultera o pelo usu rio amador ZITTRAIN 2006 Um modelo de fechamento pode ser visto nos nossos aparelhos familiares os quais s o selados quando deixam a f brica Ningu m al m de um verdadeiro geek poderia hackear um carro ou uma geladeira nem iria querer faz lo e temos vislumbrado este modelo em plataformas de comunica o como o iPod a maior parte dos consoles de videogame leitores de e books como o Kindle da Amazon e aparelhos de configura o de TV a cabo ZITTRAIN 2008 p 15 Al m disso formas mais sutis de fechamento destes ambientes exploram a conectividade de rede ub qua permitindo ao fabricante alterar e monitorar as suas tecnologias durante muito tempo ap s elas deixarem a f brica ou levar os usu rios at os fabricantes na medida em que cada vez mais atividades escapam dos seus aparelhos particulares e privados para os ambientes da computa o na nuvem ZITTRAIN 2006 118 3 8 Uma proposta de investiga o da resist ncia no ecossistema da Apple A ret rica da colabora o em que valores de liberdade meritocracia individualidade e avers o autoridade corporativa s o forjados a partir da articula o entre o complexo industrial militar e contracultura norte americana encontra nos artefatos tecnol gicos contempor neos os meios para o potencial empoderamento do usu rio Este suposto empoderamento n o se d de forma direta contudo ele fruto de
245. e diferentemente da imagem ainda atrelada ao mainframe e filosofia do processamento por blocos de dados entrou no mercado da computa o pessoal com uma m quina aberta participa o de terceiros de desenvolvedores hackers de softwares ao design do equipamento LEVY 2012 Mas a m quina que planejava ser dom stica mais barata e voltada ao entretenimento e aos games foi o IBM PC Jr Na Figura 10 v rios modos de usos s o sugeridos pela brochura do computador IBM PC Jr que tinha como principal benef cio a facilidade de uso Figura 10 IBM PC Jr the Ease One for Everyone Brochure EUA 1983 Fonte Computer History Museum 59 O computador teve que encontrar o seu lugar dentro dos lares norte americanos Para al m dos games computadores eram utilizados no ambiente dom stico para estudar ou como instrumental l dico para aprender sobre a computa o Enquanto nos escrit rios estas m quinas eram ferramentas para produtividade foi apenas quando as aplica es de processamento de texto se tornaram acess veis que o computador pessoal se tornou uma m quina de escrever atrativa Posteriormente em conjunto com a chegada do modem que permitiu acesso a ferramentas de e mail e internet os computadores no ambiente dom stico encontraram significado em um conjunto de aplica es WINSTON 2003 Estas aplica es inclu ram plataformas de games calculadora planilhas eletr nicas banco de dados e gr ficos ma
246. e DFU como se fosse dar boot no computador E ele fez e realmente o desempenho melhorou e tal E depois disso tudo ficou lindo eu podia ter todos os jogos na hora que eu quisesse Foi a melhor coisa que fiz A S 17 O jailbreaking nesse contexto oferece a possibilidade de teste dos aplicativos antes de uma eventual compra a qual criteriosamente avaliada quando o aplicativo considerado importante pelo usu rio por exemplo para o desempenho de atividades profissionais ou acad micas Este o caso do estudante de Geografia J S 23 anos que fez jailbreak no iPod e no iPhone ou de C S que tem jailbreak no iPod Eu fa o jailbreak pra saber o que aquele aplicativo realmente Na poca que eu comprei o iPod eu gostava de ter aplicativos de fotografia que eu sempre gostei muito e algumas coisas mais caras mas geralmente s o esses aplicativos mais baratos que me chamam a aten o para fazer o download Ainda mais pela quest o de eu n o poder testar o aplicativo antes de comprar ent o eu fico meio com receio de gastar 2 d lares e simplesmente eu vou ficar com ele 24 horas e vou apagar C S 19 206 Se tu me perguntar por que eu fa o quest o de continuar com o jailbreak porque tem coisas que a Apple n o permite que eu fa a como baixar filmes diretamente no meu celular obvio eles s o completamente anti pirataria eles querem que eu compre da loja deles e eu n o quero comprar por questoes fin
247. e Foundation FSF acreditava que o conceito de propriedade de um programa de computador entrava em conflito com o hackerismo puro da sua gera o idealista LEVY 2012 Embora modelos propriet rios de software tenham sido criados bem como variados mecanismos de prote o do c digo fonte do software agora mercadoria na d cada de 1980 o software comercial alcan ou centralidade na ind stria da computa o a partir dos anos 90 quando os pre os do hardware diminu ram e os sistemas de computa o se tornaram mais confi veis e compactos CERUZZI 1998 Um dos elementos mais importantes na consolida o de um mercado de computadores para usu rios finais dom sticos foi assim a disponibiliza o de softwares f ceis de usar em m quinas cuja arquitetura tornada padr o mostrava se compat vel entre diferentes fabricantes Estes programas dispon veis em discos forneciam instru es que moldavam o sistema para desempenhar as tarefas requeridas pelo usu rio APPLE Corporate Profile 1980 A disponibilidade destes softwares uma das raz es segundo a Apple para a popularidade dos seus computadores nos anos 80 Os softwares mais sofisticados eram escritos por programadores da Apple mas tamb m por usu rios para na sequ ncia serem refinados e depurados pela equipe da Apple antes de serem levados ao mercado Em paralelo as estrat gias de marketing para o Apple II abriram caminho para novas formas de comunica o junto ao
248. e ficou uns 4 ou 5 anos com ele eu n o considero que um produto Apple seja caro eu quero que ele dure e funcione Os produtos da Apple que tem s o McBook iPad mini retina iPhone 5 roteador wifi Time Capsule Ap s comprar o iMac R R aquiriu um roteador Time Capsule e depois o iPhone 3GS Trocou para o iPhone 5S mas ficou com o 3GS por quase quatro anos com o iPhone 3GS foi a primeira vez que acessei a internet por smartphone sem ser naquela interface de antes 177 WAP Comprou o iPad 2 em 2011 Come ou a pesquisar sobre a marca Apple a partir do iMac e viu que tinha uma rixa entre Apple e Microsoft assistiu a documentarios e filmes Me identifiquei com a ideia de integra o entre hardware e software achei que faz sentido porque o Windows feito pra rodar em qualquer m quina e isso significa que o software n o necessariamente o melhor pra aquele hardware Isso algo em que eu realmente acredito que o software tem que ser feito para um hardware espec fico R R 25 Essa separa o entre hardware e software parece uma fal cia da Apple mas na verdade n o porque se voc lembrar do Palm Pilot era a mesma coisa eles faziam hardware e software eles otimizam o software pra rodar naquele hardware enquanto quando voc t separado voc faz uma coisa gen rica que vai funcionar em um monte de equipamento A Apple tem esse ecossistema deles por isso que eu n o consigo sair desse ecossis
249. e S o Paulo SP G5 Graduado em Marketing Esp em JM M 38 Comunica o Estrat gica de Marketing iPhone 5S iPad mini E analista de projetos em empresa de retina MacBook tecnologia Natural de Porto Alegre RS Graduado em Publicidade mestre em H P M 41 Comunica o professor universit rio iPad 2 iPhone 5 natural de Porto Alegre RS R S M 56 T cnico em udio v deo designer Vive iPhone 5S iPad em Novo Hamburgo RS E jornalista e se especializou em iPhone 5 iPad Air iPad S o Paulo mas vive em Salvador BA S M M 46 tecnologia E editor de revista sobre ee eek eile E natural de Sao Paulo SP Mime una ed Touei MacBook Pro 15 tela Graduado em Publicidade editor chefe retina iPad Air iPhone R F M 28 de revista sobre tecnologia natural de 5S AirPort Extreme duas Apple TV iPod Video iPod Shuffle e Grupo 2 Usu rios de dispositivos m veis da plataforma iOS Usu rio Padr o Fonte elaborado pelo autor 125 Este grupo contempla os usu rios de dispositivos iOS que utilizam os conte dos e recursos disponibilizados pela Apple mas que n o realizaram qualquer tipo de modifica o no sistema operacional iOS Estes usu rios n o se caracterizam como f s passionais da marca mas tendem a utilizar seu ecossistema de entretenimento dentro dos limites autorizados pela empresa O Quadro 5 resume o perfil dos respondent
250. e a generatividade dos computadores em rede Desenvolvida no ambiente universit rio do MIT e n o de ag ncias de seguran a governamentais COLEMAN 2008 a tecnologia da criptografia se tornou dispon vel inicialmente somente na esfera corporativa Entre 1970 e 1980 as empresas passaram a usar a criptografia para assegurar a realiza o de transa es financeiras mais confi veis Patentes sobre algoritmos garantiram seu monop lio corporativo fazendo com que a criptografia que avan ava n o se estendesse para o controle de computadores pessoais por parte dos usu rios dom sticos LEVY 1999 COLEMAN 2008 A criptografia contudo seria utilizada nos anos subsequentes como tecnologia de restri o e controle do acesso a determinados conte dos em computadores pessoais O gerenciamento de restri es digitais Digital Rights Management ou DRM e a computa o confi vel ou Trusted Computing s o algumas das formas de restri o no hardware ou software utilizadas pelas empresas as quais diminuem a capacidade generativa dos equipamentos com o intuito de garantir sua perman ncia ou alcan ar maior dom nio de mercado 75 O Trusted Computing Group TCG um cons rcio que re ne empresas como a Microsoft Intel IBM HP e AMD e que busca estabelecer segundo estas empresas um padr o de seguran a para computadores a partir da incorpora o de um microchip hardware de seguran a trusted platform module ou m dulo
251. e contextualiza o estes conte dos podem contemplar TV m vel e v deo por radiodifus o e servi os de v deo por demanda conte do m vel relacionado m sica via streaming ou download ringtones arquivos mp3 etc jogos formas de personaliza o da experi ncia de consumo wallpapers imagens conte do gerado pelo usu rio propaganda entre outros FEIJ O et al 2009 Dentro destas ofertas de conte do os aplicativos m veis v m se destacando por sua capacidade de entreter ou de resolver problemas pr ticos da vida cotidiana do usu rio e se tornaram populares com os dispositivos da Apple 3 3 A ascens o das lojas de aplicativos Softwares de aplica o ou aplicativos s o softwares de computa o desenhados para auxiliar o usu rio no desempenho de tarefas espec ficas Diferem se dos softwares de sistema e middlewares na medida em que gerenciam e integram fun es fundamentais dos computadores mas n o interagem diretamente com o usu rio Podem ainda ser classificados conforme a plataforma de computa o utilizada tal como um sistema operacional particular a rede de entrega tal como a computa o na nuvem ou web 2 0 ou dispositivo de entrega como no caso de aplicativos m veis para dispositivos m veis Aplicativos m veis ou apps portanto s o softwares desenhados para utiliza o em dispositivos m veis e podem n o s desempenhar uma tarefa espec fica tal como os softwares de aplica o
252. e de modifica es que podem incluir e instala o de aplicativos n o permitidos pela Apple em sua App Store ou de vers es piratas de aplicativos pagos e desbloqueio unlocking do aparelho de uma operadora de telefonia para ser usado com outra operadora pr tica mais comum nas primeiras gera es do iPhone devido parceria iPhone AT amp T no mercado norte americano e realiza o de mods ou customiza o de cones ringtones wallpaper dock teclado bem como cria o de tweaks diversos que visam personaliza o dos dispositivos e sua adequa o s necessidades do usu rio e Busca de melhorias ou reparos no sistema operacional 5 3 1 Envolvimento com a tecnologia e com a Apple O estudante de Geografia J S 23 anos interessa se por Astronomia e considera que os dispositivos da Apple s o imprescind veis para a rea da Astronomia Alguns aplicativos fundamentais s rodam nos dispositivos da Apple como o Solar Walk que gera imagens interativas em 3D e n o fornecido para Android Juntou dinheiro para comprar algo port til tinha PC em casa Um amigo havia indicado o iPad 1 que na poca em 2011 era top de linha e James acabou comprando Atualmente juntou dinheiro e comprou o iPad de quarta gera o no qual n o tem jailbreak pois j havia testado no aparelho anterior com jailbreak os aplicativos que gostaria de ter N o tem outros dispositivos ou aparelhos da marca 18 A p
253. e eu s consigo deletar alguma coisa do meu Android no meu computador Eu n o consigo deletar um lbum de m sica do meu celular Eu acho bem mais f cil deletar coisas no iPhone que no Android s pressionar ali sobre o aplicativo apertar o X e vai deletar No Android eu vejo essa dificuldade da intera o com o meu computador L L 28 3 Depend ncia da iTunes App Store Uma das maiores fontes de frustra o que se transformou em motiva o suficiente para a busca de uma alternativa aos dispositivos m veis da Apple foi a incompreens o acerca da operacionaliza o dos canais propriet rios de distribui o de conte dos especialmente o iTunes O servi o visto como um intermedi rio indesej vel nas tarefas cotidianas de usu rios de dispositivos m veis como transferir m sicas O iTunes por exemplo pensa na lucratividade n o que a empresa precisa da tem ali dispon vel mas de repente n o o que o cliente precisa Geralmente eu n o queria pagar pra ter coisas eu queria sem custos porque tu j paga caro pra ter o aparelho R F 30 Com o meu smartphone quando tu conecta no computador ele j reconhece que um Motorola e j faz tudo sozinho eu n o preciso antes instalar um iTunes J usei a entrada usb da minha televis o e um cabo pra passar fotos do smartphone pra televis o L R 23 Ent o isso de voc tentar fazer a coisa ser propriet ria a longo prazo
254. e foi conectado a primeira vez Ent o se eu quisesse pegar o telefone e transferir essas m sicas pro computador de um terceiro essa pessoa n o ia conseguir puxar as minhas m sicas Ent o aconteceu uma vez de eu perder a minha biblioteca e me gerou um transtorno Eu n o podia transferir por bluetooth e fui transferir com um cabo conectando o meu iPhone 3GS no PC do meu amigo que tinha o iTunes instalado Da o iPhone se conectou Quando ele se conectou apareceu a mensagem voc deseja sincronizar seu computador com este software Eu aceitei porque eu achei que ia ser o mesmo processo que eu fiz no meu computador s que n o na verdade ele pegou o conte do do meu amigo e botou no meu celular e excluiu as minhas m sicas S depois que eu descobri que tinha outros meios que n o pelo software tradicional iTunes s o aplicativos que conseguem fazer isso s o instalados no computador PC ou Mac N o algo que a Apple recomenda isso um caminho alternativo Tinha que colocar o telefone em modo de seguran a da conectar no computador N o era tao simples Mas ainda bem que eu 281 tinha backup das m sicas Isso negativo porque tu o dono do celular e tu acha que tu tem o direito de fazer com ele e o conte do dele o que tu quer A partir do momento em que a empresa p e um limite naquele software de que tu n o consegue sincronizar aquele aparelho e o caminho que tu quer
255. e phone the untold story of the teenagers and outlaws who hacked Ma Bell New York Grove Press 2013 269 Homebrew and how the Apple came to be Dispon vel em lt http www atariarchives org deli fhomebrew and how the apple php gt Acesso em 5 abr 2014 XCUBELABS The Evolution of mobile operation systems 2011 Dispon vel em lt http www xcubelabs com evolution of mobile operating systems php gt Acesso em 5 maio 2013 ZITTRAIN Jonathan The generative internet Harvard Law Review n 119 p 1974 2040 2006 The future of internet and how to stop it Yale University Press amp Penguin UK 2008 Did Steve Jobs favor or oppose Internet freedom Scientific American Se o Advances Dez 2011 270 AP NDICE A Roteiro de Perguntas Fanboys 1 Perfil do entrevistado e Idade e Sexo e Regi o onde vive e Escolaridade Forma o e Ocupa o Atividade profissional 2 N vel de envolvimento e Envolvimento com a tecnologia em geral a Como sua rela o com a tecnologia de modo geral b Quais dispositivos voc mais utiliza no seu cotidiano De que forma utiliza e Envolvimento com a marca Apple a Como conheceu Quais dispositivos da marca voc teve e tem b Voc pode me contar algo sobre a hist ria da marca principais personagens ou eventos Atualmente tem algum evento ou acontecimento importante em rela o marca e seus produtos que chame sua aten o c Parti
256. e phreaks n o era o roubo de servi os de longa dist ncia ou a liga o gratuita mas o prazer da descoberta em atividades cotidianas Como relata o phone phreaker Al Gilbertson voc vai descobrir que esta coisa de chamada gratuita n o realmente tao excitante quanto a sensa o de poder que voc consegue ao ter uma beleza dessas na m o ROSENBAUM 1976 online John Draper explica as motiva es para o uso da Blue Box Eu fa o por uma raz o apenas Eu aprendo sobre o Sistema A empresa de telefonia um Sistema Um computador um Sistema Voc entende Se eu fa o o que fa o apenas para explorar o Sistema Computadores Sistemas A empresa de telefonia nao nada al m de um computador a Ma Traduzido de you ll find that the free call thing isn t really as exciting at first as the feeling of power you get from having one of these babies in your hand 39 Bell um Sistema que eu quero explorar ROSENBAUM 1976 online De fato o phone phreaking nasceu no mesmo momento em que a revolu o da computa o e mant m conex es com o nascimento desta ind stria Depois que John Captain Crunch Drapper construiu a Blue Box Steve Wozniak e Steve Jobs futuros cofundadores da Apple decidiram entrar na pr tica e na realidade financiaram a cria o da empresa de computa o em 1976 com a venda ilegal destes aparelhos LAPSLEY 2013 Enquanto Wozniak construia as Blue Box
257. e que pode determinar se uma empresa vai sobreviver ou n o T S 37 Eu fui usando o iPhone 3GS e era bom em quase tudo s que come ou a ter problemas quando apareceram os modelos mais novos Eu tava morando em Dublin l por maio ou junho de 2012 e ele come ou a ficar lento parecia que cada upgrade que vinha do sistema operacional ele ficava um pouco mais lento pra operacionalizar tudo Foi ent o que come ou a dar problema com aquela virada do aplicativo Google Maps desaparecer Isso deve ter sido por setembro outubro ou novembro de 2012 Veio um upgrade do iOS que quando voc fazia pro 3GS desaparecia o Google Maps e come ava a aparecer s o aplicativo da Apple pra mapas e foi ali naquela poca que eu comecei a perder o tes o pelo iPhone Eu tava morando num pa s estranho tava viajando pelas cidades e tal e eu perdi a conta de quantas vezes aquele Maps da Apple me mandou pra casa do caralho Ele te mandava pra outro lugar horr vel horr vel N o funcionava foi uma decep o tenebrosa 236 ENTREVISTADORA N o tinha como baixar pela App Store o Google Maps outra vez Durante uns 2 ou 3 meses s o aplicativo da Apple funcionava da acho que l por dezembro ou janeiro de 2013 o Google disponibilizou a vers o do Google Maps para iOS de novo No momento que me avisaram que saiu eu lembro que tinha feito uma reclama o no Facebook da eu baixei de novo T S 37 A
258. ea adora CERUZZI 1998 Diferentemente de outras m quinas da poca como os microcomputadores da Atari que buscava proteger se da concorr ncia para sua rea de softwares os computadores da Apple at ent o eram abertos programa o dos usu rios com dados t cnicos amplamente dispon veis LEVY 2012 De fato este fechamento do modelo Atari 800 foi precisamente um dos principais alvos dos hackers de games que viam na m quina pouco generativa um sistema ideal para ser libertado No ano de cria o do Altair o mercado norte americano de computadores pessoais era de poucas centenas de m quinas atingindo apenas um ano mais tarde cerca de 20 mil unidades No in cio da d cada de 1980 o potencial de mercado dos computadores dom sticos ja era evidente com cerca de U 1 bilh o de d lares em vendas Havia um n mero crescente de empresas da computa o e do universo dos games como a Atari atra das por este mercado e em 1982 foram vendidas cerca de 1 milh o de computadores Nessa poca a Apple Computers era avaliada em U 1 2 bilh es WINSTON 2003 Os equipamentos que atrairam a primeira gera o de hackers de hardware j n o estavam dispon veis ao final da d cada de 70 uma vez que as novas m quinas eram entregues j montadas para atender a um mercado consumidor Enquanto os microcomputadores acenavam como protagonistas no crescimento industrial norte americano o software passou a constituir o
259. ecem nas pr ticas cotidianas Para Certeau que busca estabelecer uma teoria das pr ticas cotidianas para investigar as maneiras de fazer dos indiv duos h um movimento de micro resist ncias que fundam microliberdades A uma produ o racionalizada expansionista corresponde outra produ o qualificada de consumo esta astuciosa dispersa mas ao mesmo tempo ela se insinua ubiquamente silenciosa e quase invis vel pois n o se faz notar com produtos pr prios mas nas maneiras de empregar os produtos impostos por uma ordem econ mica dominante CERTEAU 1994 p 39 Ademais como relataram Hollander e Einwohner 2004 a resist ncia nem sempre se apresenta como combativa e expl cita nem sempre busca romper com um sistema particular Mesmo resistindo a uma fonte opressora indiv duos podem simultaneamente apoiar estas mesmas estruturas de domina o Este papel dual ou paradoxal da resist ncia pode ser visto por exemplo nas formas cotidianas de resist ncia cujos prop sitos passam despercebidos pelos seus alvos Assim resist ncia e assimila o podem coexistir quando indiv duos desafiam suas posi es dentro de uma dada estrutura social sem contudo questionar a validade da estrutura de forma mais ampla HOLLANDER e EINWOHNER 2004 Os valores da descentraliza o personaliza o e de transforma o social via ret rica cibern tica Teoria de sistemas pavimentaram o in cio da gera o de
260. ecessidade de atualiza o do iOS por conta dessa mesma exig ncia pelos aplicativos mais utilizados pelo usu rio Esta foi a ocasi o quando o incidente relatado como significativamente negativo ocorreu Os trechos a seguir evidenciam a preocupa o como a tem tica da atualiza o do sistema operacional as consequ ncias para Jailbreakers e as t ticas utilizas para lidar com a situa o Incidente negativo foi justamente na tentativa de atualizar os aplicativos Voc restaura da deixa o aparelho todo como original de f brica utilizando a vers o mais atual do iOS e quando voc instala o jailbreak um processo lento Me recordo que teve pelo menos uma vez que eu fiquei at bem tarde procurando uma maneira de solucionar uma probleminha que deu Eu tinha atualizado ele o iOS pra ltima vers o e tentava fazer o jailbreak uma duas foram umas cinco tentativas com o programinha que a gente baixa pra iniciar todo o processo Era bem simples toda a atividade mas eu n o tava entendendo por que n o tava pegando Da a gente tem que t lendo todos os coment rios pra ver se t tudo certo o que t acontecendo E aquele 1 que relatava problema n o mostrava exatamente o problema que eu tinha Da eu percebi que por um descuido eu n o tinha visto que era um problema de atualiza o A foi bem complicado mesmo foi angustiante na poca ENTREVISTADORA E como voc resolveu Eu s resolvi porque fiz to
261. edidos de placas com estimativa de que tenham sido montadas por um p blico entre um mil e duas mil pessoas WINSTON 2003 Este prot tipo foi a motiva o necess ria para o lan amento de um projeto concorrente da revista Radio Electronics em 1975 o Altair 8800 considerado o primeiro computador pessoal foi comercializado como kit DIY Criado pelos projetistas da Micro Instrumentation Telemetry Systems MITS a m quina era baseada em um microprocessador Intel 8080 O Altair custava cerca de dez vezes menos que os minicomputadores do mercado na poca em fun o do uso do microprocessador Intel 8080 rec m lan ado com um pre o em torno de U 400 o kit e de U 498 a vers o j montada A Figura 2 apresenta a capa da revista Popular Electronics promovendo o kit do Altair 4 Traduzido de Without computer clubs there would probably be no Apple computers Em dezembro daquele ano os assinantes da Popular Eletronics receberam a edi o de janeiro em seu correio com o prot tipo do Altair e um artigo explicando como ele poderia ser adquirido Este an ncio considerado um dos mais significativos na hist ria da computa o ao caracterizar o in cio da computa o genuinamente pessoal CERUZZI 1998 47 Figura 2 Popular Eletronics cover EUA 1975 Fonte Computer History Museum Os projetos disponibilizados por estas publica es aproximaram os avan os em eletr nica dos usu rios inicialmente uma mai
262. edor ZITTRAIN 2008 Em 1969 sob a press o de competidores e amea a de processo antitruste em virtude do dom nio do mercado norte americano para computadores de prop sito geral general purpose electronic digital computers a IBM anunciou que passaria a cobrar separadamente pelos servi os prestados iniciando o processo de desacoplamento entre hardware e software Al m do modelo dos mainframes da IBM outros dispositivos computacionais inclu am modelos el tricos semelhantes a m quinas de escrever as chamadas Flexowriters que permitiam o armazenamento de dados sem a utiliza o de cart es mas a partir de fitas perfuradas LEVY 2012 Estes aparelhos eram mais baratos e f ceis de usar do que os mainframes mas desempenhavam apenas as tarefas antecipadas pelas empresas que as concebiam ZITTRAIN 2008 Posteriormente passariam a atuar tamb m os minicomputadores equipamentos distintos dos robustos mainframes importantes coadjuvantes na consolida o da segunda gera o da computa o entre as d cadas de 1950 e 1960 e na prolifera o de empresas como a DEC Digital Equipment Corporation no mercado da computa o que se desenvolvia CERUZZI 1998 Ainda assim naquele per odo os computadores apresentava custos elevados e nada no significado desta m quina para fins corporativos ou militares fazia crer que sua miniaturiza o faria sentido para um mercado consumidor de usu rios comuns Neste per odo a I
263. egador muito nico deles n N o tem compatibilidade com nenhum outro telefone e s vem um cabo super caro Eu viajo muito de uma cidade pra outra e se eu esque o o carregador em casa eu quebro as pernas pra conseguir um emprestado E a bateria do iPhone dura menos n Pelo menos isso que eu vi numa propaganda da Samsung B R 18 189 N Quando questionados sobre se estas limita es poderiam levar mudan a de plataforma os entrevistados responderam que migrar para outro sistema significaria retroceder N o risos ai n o porque seria um passo para tr s em termos de tecnologia seria retroceder M M 38 anos 3 Depend ncia da iTunes App Store H neste grupo uma toler ncia significativamente menor em rela o depend ncia da iTunes e App Store do que aquela z apresentada pelos Fanboys Como facilidade de uso um elemento decisivo para estes usu rios a percep o de complexidade no uso do iTunes aliado obrigatoriedade de utiliza o deste canal para rotinas comuns a usu rios de dispositivos m veis tais como sincroniza o de dados entre dispositivos gera grande frustra o Ademais este recurso parece muitas vezes funcionar somente pra aquele usu rio que organizado M P 32 O sistema operacional da Apple mais fechado mais r gido n justamente por depender da App Store pra adquirir aplicativos M D 31 Eu tenho muita dificuldade em pass
264. egativa anterior neste tipo de tarefa ou quando a atualiza o vista como n o urgente ENTREVISTADORA como para atualizar o sistema operacional e aplicativos tranquilo tu costuma fazer As atualiza es de sistema operacional do iPhone eu fa o na hora porque eu acredito que pode ser alguma coisa que vai melhorar a performance No computador eu demoro pra fazer porque isso trauma que na vers o 10 5 teve muita gente que perdeu muita informa o Mas no iPhone as atualiza es de aplicativos eu deixo pra depois eu n o esquento com isso porque n o t o urgente Eu deixo acumular umas dez da depois eu fa o porque eu tirei todo tipo de alerta pra n o me incomodar M P 32 Manifesta es de resist ncia contra a vigil ncia foram relatadas por um dos entrevistados para quem quest es de seguran a s o particularmente preocupantes Um dos hacks no iPhone 4 aquele problema do Open Path que foi descoberto porque ele iPhone registrava todos os lugares por onde o GPS passava e escondia isso Da o pessoal fez um programa pra extrair esses dados porque a defesa desse pessoal s o seus dados Porque da a Apple fez uma atualiza o de sistema que apagava esses dados Da o pessoal falou n o fa am isso antes de fazer isso tirem os seus dados de l porque s o seus O Open Path surgiu gra as a essa coisa do controle do iPhone 4 Agora ele perdeu qualq
265. egral Pet Shop Boys No m s de janeiro de 2014 o ic nico computador Macintosh da Apple comemorou trinta anos de exist ncia Seu lan amento foi marcado pela campanha publicit ria mundialmente conhecida intitulada 1984 uma alus o ao cl ssico livro hom nimo de George Orwell publicado em 1949 Na obra dist pica Orwelliana o futuro imaginado sob intensa vigil ncia de um sistema pol tico totalit rio simbolizado pela figura onipresente e invis vel do Big Brother No comercial da Apple dirigido por Ridley Scott e veiculado em nica exibi o no intervalo da final do Super Bowl nos EUA uma mulher de porte atl tico avan a com um martelo arremessando o contra uma tela gigante que projeta a imagem do Big Brother Destruindo o a personagem liberta a sociedade sob o jugo do Big Brother que a todos controla Por meio do Macintosh e da resist ncia aos maiores s mbolos de conformidade da poca a Apple prometia o empoderamento dos invid duos O tirano opressor representado pela IBM International Business Machines e o her i libertador pela Apple Computers Esta poderosa representa o imag tica da resist ncia ao poder opressor e associa o com o esp rito rebelde criativo da contracultura foi reafirmada in meras vezes ao longo da hist ria da Apple A vincula o da computa o com a ideia de anti autoritarismo foi bem sucedida em parte em raz o das ra zes contraculturais produzidas no cen rio norte americano
266. el Entre os principais argumentos destes grupos e de outros opositores est o a possibilidade t cnica oferecida pelo m dulo de plataforma confi vel de ser utilizado contra o usu rio e n o a seu favor sob a alega o de prote o dos sistemas computacionais Assim a tecnologia confere demasiado controle sobre sistemas computacionais s empresas que as utilizam sem que haja transpar ncia sobre as motiva es para o real emprego da computa o confi vel ou a extens o em que estes recursos s o utilizados Na pr tica restri es desta ordem podem permitir abusos na valida o de softwares em que a empresa define qual software permitido rodar sobre um dado sistema operacional por raz es mais estrat gicas do que de seguran a Quest es relativas privacidade ficam evidentes se a empresa tem condi es de exercer formas de coleta de dados de comportamentos que passam despercebidas pelos usu rios Stajano 2003 destaca que n o est claro para quem a alegada seguran a se para os usu rios ou para as empresas as quais estabelecem seus pr prios par metros e defini o de seguran a Atenta ainda para um prov vel conflito entre interesses de empresas e de usu rios da tecnologia j que restam muitas quest es ainda sobre quais os direitos dos usu rios nesta rela o STAJANO 2003 Ou seja tecnologias de restri o embutidas em dispositivos computacionais e portanto invis veis aos usu rios comuns podem
267. ele queria chegar com cada produto R S 56 A narrativa subjetiva do analista de sistemas F P que se orgulha dos diversos equipamentos Apple adquiridos ao longo dos anos e do seu papel como evangelizador da marca bastante emblem tica no sentido de contemplar v rios dos fen menos identificados por Belk e Tumbat 2005 incluindo o mito da origem da empresa e a idealiza o do fundador Do ponto de vista emocional tive uma vida parecida com um dos fundadores da Apple Um dos problemas emocionais do Jobs foi a car ncia que ele tinha do pai Era um vazio que ele vivia e isso ele levou sempre Eu me identifico com algumas destas quest es Muitas vezes me vi como Steve no meio de muita gente mas perdido Quando fui estudando mais sobre a Apple em meados de 97 ou 98 por que a Apple era desse jeito por que Jobs tomava aquelas decis es por que ele era explosivo de certa forma fui me conhecendo atrav s da biografia do Steve Eu me via no espelho Fui adquirindo um amor muito grande por essa empresa Muitas vezes quando eu brigava e minha vida andava ruim quando eu tinha uns 17 anos e eu n o tinha um porto seguro o meu companheiro era meu iPod Aquilo era minha v lvula de escape Isso me ajudou muito no mundo profissional ENTREVISTADORA Como a Apple e seus produtos te ajudaram No in cio de 2000 a empresa do meu pai faliu e v rias coisas aconteceram a partir d
268. elefante branco Da meu pai me deu o iPad 3 Acabei parando de usar o iPad com a compra do smartphone Samsung Galaxy Note II O iPhone pequeno mas o Note 3 um telefone que todo mundo gosta de zoar comigo que um telefone tablet e ele mesmo um phoblet como eles chamam E a compra do Macbook meio que destruiu meu uso do iPad C M 24 Hoje em dia eu tenho um ran o com o 10S sei que ele tem muitas vantagens um sistema leve r pido mas eu tenho ran o por tudo que eu n o posso fazer n o nada demais Eu sou meio newbie eu acho que o grande problema esse se eu n o fosse t o newbie talvez eu n o tivesse problema algum com o sistema o que o Daniel vive me dizendo ah porque tu n o sabe mexer Mas nem todo mundo sabe mexer e o sistema tem que funcionar pra todos C M 24 Vantagens s o estabilidade n o ter v rus ter um padr o de qualidade dos aplicativos Imagino que essa qualidade seja por um controle que a Apple tem de sempre prezar por isso j que eles querem controlar o software e hardware Isso tudo tem o lado positivo e negativo positivo porque eu posso confiar no aplicativo que eu t baixando mas negativo porque existe uma certa restri o de outros aplicativos que n o passam pela qualifica o da Apple e isso uma esp cie de censura e talvez n o seja bom R R 25 ENTREVISTADORA quando voc fala fechamento e
269. em a desconstruir o senso comum midiaticamente difundido sobre a flexibilidade e abertura do sistema operacional Android Pr ticas de lock in tamb m seriam presentes nas estrat gias da Google que oferece uma plataforma de sistema operacional para dispositivos m veis considerada aberta Zittrain 2012 j havia abordado esta quest o ao relativizar o conceito de abertura de servi os baseados em plataformas digitais Nem tudo nos servi os da Google aberto uma vez que os usu rios n o tem acesso aos algoritmos que definem os modos como as informa es aparecem em buscas por informa es ou imagens A quest o do ecossistema de aplicativos na nuvem eu acho que tanto a Apple quanto o Google s o protecionistas elas querem que os usu rios escolham a totalidade dos aplicativos do seu pr prio ecossistema em detrimento dos concorrentes isso eu acho natural Na Apple isso bem restritivo porque ela n o desenvolve o iWork ou iTunes pra Android Se eu usasse Android teria que ficar restrito s solu es e servi os dispon veis no mundo Android que s o principalmente as coisas do Google S que essas coisas acabam rodando no mundo Apple Ent o a transi o do Android para o Apple acaba sendo mais simples do que do mundo Apple para o Android R F 28 Mesmo identificando que existem alternativas ao mundo Apple e elementos positivos oferecidos por outras plataformas esta n o uma decis o que envolve
270. em rela o apropria o dos dispositivos iOS Conhe o amigos que baixam m sicas ilegalmente Eu sempre fui muito Caxias inclusive eu sou trouxa e pago pelas m sicas que eu adquiro s vezes compro lbuns inteiros eu fa o tudo legalmente como a Apple manda eu sou um usu rio bem adestrado digamos risos uma decis o pensada Como eu temo pela seguran a dos meus dados e pela quest o da privacidade e dos direitos autorais acredito que esses recursos ilegais essa gambiarra dos brasileiros n o faz a minha cabe a tenho muito medo de fazer algo errado e comprometer a mim e a seguran a dos meus dados R B 24 Mas eu sei que eu sou um escravo adestrado da empresa na verdade sou mais f porque bastaria eu trocar meus aparelhos ningu m me obriga Nunca houve resist ncia da minha parte a essas limita es Eu sou consciente dos pr s e contras e n o oponho resist ncia t pensando nunca nem resist ncia nem rebeli o nem fazer algo diferente R B 24 Eu uso muito as solu es da Apple Eu n o uso o Waze o Google Maps eu uso o Maps da Apple prefiro esses nativos porque eu n o gosto desta pol tica do Google voc n o sabe o que eles fazem com seus dados e tamb m porque funciona bem algumas pessoas reclamam mas eu n o vejo a Apple fazendo coisas ruins Sempre procuro as solu es da Apple ou o m sicas no iTunes no iTunes Radio n o tenho esses
271. ema que nunca a vers o mais atual e fa o o jailbreak em seguida eu t sempre um passinho atr s n eu t sempre na vers o antiga do iOS porque agora acho que t na vers o 6 1 3 acho e eu t na 6 0 6 ainda Porque demora um pouco pra eles desenvolvedores dos jailbreaks crackearem Eu t sempre prestando a aten o nisso pra ver se j saiu a vers o no site McWorld Brasil Porque o iTunes fica pedindo pra atualizar e se eu atualizar a vers o do meu dispositivo pra vers o que est no iTunes do computador eu perco o Cydia perco o jailbreak B C 26 Essa uma das escolhas feitas por Jailbreakers que portanto n o possuem em seus dispositivos a vers o mais atualizada do iOS uma vez que dependem da comunidade hacker disponibilizar o jailbreak para as vers es mais recentes do sistema operacional ENTREVISTADORA O que voc pensa sobre n o ter a vers o mais atual do sistema operacional no dispositivo E positivo Ou tem algum problema Acho que n o tem problema A Apple lan ou ontem a vers o Beta Se eu quiser experimentar eu vou ter que abrir m o do meu jailbreak At agora eu decidi n o experimentar A vers o oficial vai sair s em setembro e da l eu 222 vou estar numa situa o em que j vai ter muitas novidades na vers o mais nova e que a eu vou ter que confrontar o que eu prefiro se manter o jailbreak ou ter as atualiza es Mas eu sempre acompanho nos sites
272. ema que eu n o podia desligar ele o aparelho Ent o era sempre uma fun o Se criou uma depend ncia desse aparelho que aquilo era um inferno pra mim Porque s vezes eu ia pra aula e chegava atrasada porque eu tinha que achar uma tomada porque eu n o podia deixar ele desligar de maneira alguma Aquilo come ou a me saturar a me incomodar Eu pensei eu n o posso ficar t o escrava assim era uma coisa para me fazer bem n aplicativos pra me divertir pra me atualizar e eu t escrava disso LV 28 Da eu pensei eu vou ficar com o iPad mas eu vou usar o sistema normal sem jailbreak Ent o eu abandonei essa ideia eu n o vou ter esses aplicativos que eu queria aceitei que eu n o ia ter a a gente formatou ele e continuei usando o iPad Mas a essa coisa de eu n o poder ter o que eu queria no meu dispositivo me cansou mais ainda foi uma frustra o s L V 28 ENTREVISTADOR Como fica a quest o da aparente vulnerabilidade dos sistemas de um ou de outro Em rela o estabilidade do sistema iOS ele um sistema est vel em rela o a dar bug eu n o posso dizer que ruim nesse sentido n o A partir do momento que voc faz jailbreak voc deixa seu sistema extremamente vulner vel na poca ele travava horrores s vezes eu tava baixando alguma coisa e ele travava ou at pra navegar na internet coisas que n o s o habituais N
273. enas acessar conte do eles querem comentar sobre ele e us lo em novos e diferentes contextos N o se domina o que n o se pode ver Ou como na cita o presente no Owner s 99127 Manifesto de Mister Jalopy If you can t open it you don t own if Este grupo pensa a tecnologia como explora o 125 Traduzido de It represents a specific type of response that occurs at the intersection of individuals and their interpretations of a situation 126 Traduzido de Many users don t just want to access content they want to comment on it and use it in new and different contexts 17 Ver lt http archive makezine com 04 ownyourown gt Acesso em 5 ago 2014 249 A resist ncia dos Jailbreakers ocorre contra as possibilidades de personaliza o e acesso a aplicativos gratuitos o que a ferramenta torna poss vel solucionar Os incidentes cr ticos positivos dizem respeito justamente a estas possibilidades Por outro lado paradoxos inerentes pr tica que tem um lado positivo e um negativo fazem parte do cotidiano deste grupo e os incidentes cr ticos negativos relacionados a falhas no processo refletem isso Desertores respondem aos elementos incongruentes com a orienta o particular por meio de retalia o ao parceiro comercial buscando alternativas Diferentemente dos grupos anteriores n o houve formas de contornar as limita es identificadas e a resist ncia menos
274. enho muita coisa comprada a maioria de gra a mas posso dizer que eu t acima da m dia dos usu rios que compram H P 41 Sou heavy user total Gasto em m dia entre 98 e 150 d lares por m s na iTunes Store isso de aplicativos se juntar a minha fam lia s o quase 300 d lares por m s de conte dos para dispositivos Apple F P 31 Por outro lado todo esse investimento revela grande depend ncia da tecnologia Quando estive em Buenos Aires eu tive meu iPhone roubado Na poca eu n o tinha feito backup das fotos O que tinha no iCloud como fotos notas artigos cient ficos que tenho na biblioteca virtual isso eu salvei Perdi muitos anos de hist ria em fotos Isso me leva hoje a ser mais cuidadoso Eu confio muito tudo o que tenho quilo ali temer rio mas a facilidade tanta que a gente acaba dependendo daquele dispositivo Essa tecnologia t o absorvente que a pessoa esquece do mundo ao redor dela Mas o que acho interessante que minha vida afetiva e pessoal foi atravessada por essas tecnologias que tamb m s o t o pessoais e a gente mant m uma rela o t o ntimas tamb m com elas R B 24 Eu vejo que hoje j t quase igual o meu uso do iOS e do OS X acho que j em uns 50 do tempo eu uso dispositivos m veis da Apple Eu trabalho muito com Final Cut basicamente eu uso o Mac pra trabalho aplica es mais espec ficas profissionais Se eu falo em
275. entendendo por que n o tava dando certo da resolvi sair pra dar uma aliviada na situa o foi quando eu tomei a decis o de iniciar tudo de novo Quando fiz isso e da deu certo da foi quest o de 15 ou 20 minutos s o tempo do processo mesmo Mas as tentativas demoraram muito tempo foram horas tenta pesquisa tenta pesquisa O pr prio iPad ficou como sem ser utiliz vel voc n o conseguia abrir sequer o menu incial porque n o tavam batendo as configura es J S 23 Demorava bastante pra restaurar meu aparelho fora que eu perdia o que eu tinha nele n Pra saber que eu tinha que restaurar eu passava uma tarde inteira procurando pra descobrir isso e da quando eu consegui fazer e baixar os joguinhos que eu gosto bem feliz da surgia uma atualiza o do sistema operacional do iPod e eu n o sabia que eu n o podia atualizar sabe Da eu perdi tudo de novo e tive que esperar a atualiza o do jailbreak sair de novo C S 19 284 Teve uma vez que eu queria baixar um aplicativo no iPhone e meu iPhone simplesmente trancou ficou terrivelmente travado o aplicativo tava ali s que ele demorava muito para funcionar e eu tive que restaurar o aparelho e perdi tudo que eu tinha de novo Isso foi com o iPhone 3GS Quando a gente faz o jailbreak e aprende as manhas de como usar a gente acha que s cuidar pra baixar o firmware certinho e instalando ele direitinho a gente espe
276. entimento de nicho de uma coisa restrita Hoje em dia um clima bem diferente s o muitos usu rios novos muita gente jovem No in cio tinha um grupo de pessoas mais velhas que j tinham Apple h uma ou duas d cadas antes do primeiro Mac inclusive Hoje h um grupo grande jovem que cresce a passos largos e que descobriu a Apple com esses novos gadgets iPod iPad iPhone Se apaixonaram e querem conhecer o resto Esse um comportamento que o mercado chama de efeito halo voc entra no mundo Apple atrav s de um dispositivo mais barato e da voc se interessa pelos outros R F 28 154 Duas quest es despontam nas narrativas destes respondentes com rela o maior inser o da marca em novos mercados e avan o dos dispositivos 10S 1 a perda do senso de exclusividade e de pertencimento compartilhado entre os usu rios mais antigos de computadores Macintosh e 2 a preocupa o com a manuten o deste mesmo elemento de distin o N o tinha iPod iPhone iOS Era uma Apple diferente o pr prio nome era Apple Computer que depois da mudan a dr stica na linha de produtos virou somente Apple Inc Tamb m houve a mudan a do OS e entrada do OS X que tamb m foi uma mudan a grande de paradigma de plataforma de sistema operacional utilizada pela Apple que cria outro cen rio que antes era de nicho R F 28 Eu n o sou daquela galera que conheceu a Apple
277. entretenimento SPENCER 2012 Mas quais as implica es para os usu rios desta complexifica o dos processos de apropria o de uma nova configura o de dispositivos computacionais que prometem personaliza o seguran a e estabilidade bem como de plataformas propriet rias que como Em entrevista para o evento All Things Digital Jobs descreveu os novos dispositivos m veis I think there s just a category of devices that aren t as general purpose that are really more focused on specific functions whether they re phones or iPods or Zunes or what have you Enquanto a Apple usou o termo Post PC a Microsoft preferiu PC plus Transcri o dispon vel em lt http allthingsd com 2007053 1 d5 gates jobs transcript gt Acesso em 2 mar 2014 15 destacaram Anderson e Wolff 2010 online utilizam a internet para transporte mas ndo o navegador para exibi o Quais elementos caracterizam os ambientes digitais que ora se apresentam e que aspectos de continuidade guardam com o computador pessoal ou com a arquitetura original da Web entre os anos de 1990 e 2000 Na d cada de 1980 o computador se transformaria em uma plataforma padronizada capaz de suportar uma ampla variedade de softwares comerciais vendidos em lojas de varejo Na d cada seguinte o software passaria para o centro da atividade inovativa na ind stria da computa o A associa o do computador pessoal com a ideia de empoderamento do u
278. er e foram crescendo e nossa isso muito bacana D L 31 I Jony Ive o g nio por tr s dos grandes productos da Apple de Leander Kahney lan ado em 2013 143 O constante lan amento de produtos um sinal de que a marca permanece criativa e inovadora para Fanboys Ademais estes lan amentos s o ansiosamente aguardados pelo grupo para quem a obsolesc ncia de produto n o se mostra um tema especialmente saliente Para aqueles que n o podem investir em novos produtos a cada lan amento a percep o a 2 pr xima vers o uma meta a ser alcan ada mesmo que em um oe de que ter acesso horizonte de tempo mais amplo H ansiedade em torno da aquisi o dos modelos mais recentes ainda que a tarefa envolva altos custos financeiros de tempo e de deslocamento H uns cinco anos comprei a es da Apple tamb m Fico em fila pra comprar as coisas quando lan am O iPad 2 quando lan ou eu tava em Las Vegas e eu fui numas tr s lojas atr s e tudo sempre esgotado acordava cedo pra chegar antes na fila Tudo que a Apple lan a e eu vejo que tenho necessidade de ter eu troco por um produto deles com certeza D L 31 Quando tem um lan amento de produto eu n o durmo direito uma semana antes Eu participo de n f runs e blogs esse ano n o consegui ir na Conven o WWDC R S 56 A Apple tem que pisar muito na bola pra eu considerar n o usar mais algum dispositivo E
279. er estrat gias de lock in dos usu rios por meio do conjunto de servi os disponibilizados ex buscas aplicativos de e mail em torno dos dados e prefer ncias dos usu rios Diferentemente a estrat gia de lock in de empresas como a Apple mais ampla sua integra o entre hardware e software propriet rios cria uma experi ncia do usu rio que nica no seu design reunindo coes o e facilidade de uso KENNEY e PON 2011 Ao refletirmos sobre plataformas que se tornaram padr o para uma ind stria vislumbramos na ind stria do computador pessoal o longo dom nio do sistema Windows O mercado de videogame por seu turno n o conseguiu estabelecer uma plataforma dominante H distintas plataformas para os consoles da Sony Microsoft e Nintendo com frequ ncia os games se tornam dispon veis para as tr s plataformas EVANS et al 2006 No que se refere aos dispositivos m veis e plataformas como Android e iOS ainda muito cedo para localizarmos um padr o dominante ainda que a estrat gia da Google de disponibilizar o Android para m ltiplas plataformas tenha resultado em ampla base intalada de clientes A plataforma vencedora em mercados deste tipo n o tem a ver com quem tem a melhor tecnologia ou com o pioneirismo t o somente mas com frequ ncia est relacionada 111 com quem tem a melhor estrat gia de plataforma e o melhor ecossistema para apoi la EVANS et al 2006 3 6 Considera es sobre as a es
280. er is a System Do you understand If I do what I do it is only to explore a System Computers Systems The phone company is nothing but a computer Ma Bell is a system I want to explore 38 Traduzido de Today a lot of people are computer hackers and a lot of them just want to cause problems for others they re like vandals I was not a vandal I was just curious I wanted to find out what the limits of the telefone system were What are the limits of any system 40 modifica es solu o alternativa improvisada que estes usu rios realizavam nos controles eletr nicos destes dispositivos Os hackers dos anos 1950 eram indiv duos que buscavam construir melhorar modificar ou reparar coisas COLEMAN e GOLUB 2008 p 256 dentro dos princ pios do Do It Yourself DIY Para esses autores as atividades contemplavam a cria o experimenta o e reparo de dispositivos tecnol gicos com o prop sito primordial de satisfa o de descoberta e como forma de hobby para muitos Posteriormente com o intuito de explorar recursos dos computadores mainframe programadores passaram a adotar o termo para descrever as manipula es feitas nestes sistemas extrapolando os limites do seu funcionamento O hackerismo de computadores emergiu assim em meados de 1959 no ambiente dos computadores de grande porte tais como o modelo TX 0 equipamentos vigiados por experts institucionalizados no campus do MIT Estas ativida
281. er o problema porque automaticamente ele acessou o 3G e eu pude chamar o taxi pelo aplicativo e isso diretamente ligado performance do aparelho Isso gerou um debate depois com meus colegas E sou eu o cara que fa o eles migrarem pra Apple O debate era tipo por que era legal eles trocarem de telefone J M 38 Uma coisa bacana quando voc muda o conceito que uma pessoa tinha sobre o iOS Tenho um cliente que a gente atende um empres rio da rea de finan as E numa dessas reuni es a gente tava conversando e ele tava usando uma Apple TV que ele tinha comprado com um MacBook Pro bem Evangelizar antigo de 2010 que n o tem o AirPlay ent o ele n o conseguiria projetar o conte do do Mac dele por essa funcionalidade na tela do projetor Ent o ele tinha o projetor conectado na Apple TV e ele tava usando o software chamado AirParrot que ele teve que comprar E ele tava reclamando que o sistema era uma porcaria que n o funcionava e ele ainda tinha que comprar um software Eu expliquei que nesses modelos de Mac mais antigos a GPU n o dava a performance necess ria pra ele ter a melhor experi ncia se tivesse o AirPlay dispon vel E que usando o AirParrot ele consegue for ar este envio da imagem mas que n o ia gerar a melhor experi ncia Por isso que a Apple n o criou a compatibilidade Ponto Voc t insistindo pra ser uma coisa que n o era pra ser Da ele falou ah ent o vou ter
282. erem no julgamento sobre outros produtos complementares Neste caso a interoperabilidade entre plataformas fundamental O lan amento recente do OS X Yosemite sistema operacional dos computadores Macintosh e a cria o de recursos que fazem diminuir as dist ncias entre as plataformas da Apple como o caso das Fun es de Continuidade Continuity Features recentemente disponibilizadas demonstra cada vez mais que a integra o com dispositivos m veis se tornou um objetivo da empresa HATTERSLEY 2014 O crescimento da plataforma iOS ofereceu incentivo maior ades o de consumidores nos mercados emergentes muitos dos quais entretanto n o chegaram a ser usu rios de computadores Macintosh O mercado brasileiro para produtos Apple sofre impacto direto das altas taxas de tributa o sobre produtos eletr nicos com pre os que podem ser 100 mais caros do que aqueles praticados no mercado norte americano AGRELLA 2013 2014 A maior dificuldade em acompanhar os recentes lan amentos aliado aos altos pre os finais dos Macs e difus o da plataforma Windows no pa s ajudaram a tornar os dispositivos iOS uma porta de entrada para mundo Apple iPhones iPads e iPods encontraram seu lugar no cotidiano de um grande n mero de usu rios e a ideia de um ecossistema integrado de produtos e servi os o caminho natural para os f s da marca Uso muito o GPS leio muito escuto m sica deixei de lado o aparelho de som e uso o iPad
283. erivam da perspectiva epistemol gica que norteou o estudo do conjunto de quest es de pesquisa formuladas ao longo do projeto e do background da pesquisadora Estas quest es serviram contudo como coadjuvantes na estrutura o do objeto e na constru o de suposi es acerca do tema Partimos da premissa de que os dados emp ricos que emergem da observa o do campo devem fornecer as bases para a formula o de hip teses para gera o de teorias e de esquemas para futuras pesquisas A abordagem qualitativa com foco nos pressupostos da Teoria Fundamentada Grounded Theory STRAUSS e CORBIN 1990 CRESWELL 2007 se mostrou adequada para identifica o de categorias emergentes do campo emp rico com vistas constru o de um conjunto discursivo de proposi es te ricas acerca da resist ncia dos usu rios em suas rela es com dispositivos m veis 4 1 Fase 1 Contextualiza o Uma sondagem preliminar nos principais ve culos online especializados em tecnologia entre os anos de 2007 e 2012 quando dispon veis teve como objetivo identificar o contexto das a es da Apple com rela o ao ecossistema de dispositivos iOS Foram consideradas mat rias jornal sticas veiculadas em blogs de tecnologia bem como releases disponibilizados pela empresa neste per odo O Quadro 2 sintetiza os principais ve culos consultados 122 Quadro 2 Fontes de pesquisa de a es da Apple
284. es Jobs as promovia e vendia a um pre o de U 150 a unidade Algumas d cadas depois Wozniak assim explicou esta origem transgressora da Apple Hoje em dia muitas pessoas s o hackers de computador e muitos deles apenas querem causar problemas para os outros eles s o como v ndalos Eu n o era um v ndalo era apenas curioso Eu queria descobrir quais eram os limites do sistema de telefonia Quais s o os limites de qualquer sistema WOZNIAK 2013 p xii Em meados de 1977 a AT amp T adotou medidas para dificultar o phone phreaking e o uso das Blue Boxes Al m disso a Bell Labs investiu na tecnologia do semicondutor em parte como forma de sanar as vulnerabilidades em sua rede medida que o conhecimento sobre como hackear o sistema de telefonia se tornou mais amplamente disseminado as motiva es criativas e o esp rito rebelde da pr tica perde for a mas encontra novos locais para desenvolvimento LAPSLEY 2013 Quando a computa o se tornou mais popular muitos phone phreakers encontraram trabalho na pr pria AT amp T enquanto outros migraram para o hackerismo de computa o 1 3 2 Hackers de computador O termo hacker foi inicialmente utilizado em meados da d cada de 1950 por estudantes do MIT modelistas de trens do Tech Model Railroad Club com refer ncia s 37 Traduzido de I do it for one reason and one reason only I m learning about a system The phone company is a System A comput
285. es eu tinha que passar o dia inteiro procurando o aplicativo que eu queria testando pra ver se ele funcionava porque tinha v rias vezes que ele n o funcionava no meu aparelho C S 19 Falha na instala o do jailbreak e perda de garantia em fun o de ter realizado o jailbreak foram incidentes negativos citados algumas vezes pelos respondentes Ent o outro incidente negativo s o todas as irrita es do dia a dia Quando eu tinha o meu iPhone 3GS e eu n o sabia direito como fazer o jailbreak como instalar e desinstalar aplicativos v rias vezes eu tive que restaurar ele inteiro porque eu tinha feito alguma bobagem D P 27 Isso aconteceu com o iPhone Quando ele j tava bem gasto apresentou um defeito no bot o da Home que afundou e eu n o conseguia fazer mais nada tinha que desligar e ligar de novo Da eu fui numa assist ncia da Apple e quando eles viram meu telefone disseram que tava desbloqueado tinha jailbreak e que isso cortou a garantia Ent o eu tive que procurar na internet como resolver isso Da achei num f rum um aplicativo que simulava a fun o do bot o Home na tela ele ficava flutuando na tela e quando tu precisava era s clicar ali Ent o isso foi bem negativo porque o aparelho ficava inutiliz vel sabe Tu depende disso pra usar E da tu levar na assist ncia e eles te falarem que n o tem como cobrir porque tu fez jailbreak da vai ter que pagar acho que era u
286. es deste grupo Quadro 5 Perfil dos respondentes do Grupo 2 Usu rio Padr o Nome Sexo Idade Ocupa o Dispositivos M P Graded eth Ono Tes kando em ag MacBook Ain M 32 Ci ncia Tecnologia e Sociedade Vive k a iPod Touch iPhone 4 em Curitiba PR M D M 31 Graduado em jornalismo nasceu e vive MacBook Pro iPad em Bag RS iPhone 4 CM Jornalista mestre em Comunica o iPad mini iPod nano iai F 24 natural de Pelotas mas vive em Porto iShuffle iTouch Alegre RS MacBook Air MM Fot grafa e professora universit ria iPhone 5S iPad Mini F 38 mestre em Comunica o Vive em Porto MacBook Pro Alegre RS Graduado em economia empres rio McBook iPad mini V C M 41 consultor em tecnologia E natural do retina iPhone 5 Time Rio de Janeiro RS mas vive em Bras lia Capsule Estudante de Produ o Fonogr fica p B R B e natural de Canela RS TEboneae RR M 25 Graduado em jornalismo especialista em iPhone 5S iPad 2 iMac ER TV e Converg ncia Digital Time Capsule Fonte elaborado pelo autor e Grupo 3 Usu rios de dispositivos m veis da plataforma iOS que tenham realizado Jailbreak Jailbreakers Com rela o ao envolvimento com os dispositivos iOS buscamos contemplar tamb m aqueles usu rios que diferentemente do Usu rio Padr o realizaram modifica es no sistema operacional pr tica conhecida entre usu rios e membros da comunidade h
287. es sobre grupos de usu rios TURNER 2006 Congregando v rios membros desta publica o foi criado o Homebrew Computer Club que funcionou de 1975 at 1977 pr ximo ao campus da Universidade de Stanford na regi o do Sillicon Valley e serviu como incubadora para hackers e futuros conhecidos empreendedores da rea da computa o Os grupos de usu rios ou user s groups tiveram papel fundamental na consolida o dos computadores da Apple Um dos mais conhecidos foi o Homebrew Computer Club grupo Traduzido de The computer is the most general machine man has ever developed Indeed it should be called the All Purpose Machine but isn t for reasons of historical accident Computers can control and receive information from virtually any other machine The computer is not like a bomb or a gun which can only destroy but more like a typewriter wholly noncommittal between good and bad in its nature Computers have no nature and no character Save that which has been put into them by whoever is creating the program for a particular purpose Computers are unlike any other piece of equipment perfectly BLANK And that is how we have projected on it so many different faces 46 informal de hobistas muitos dos quais com background em engenharia eletr nica ou programa o que se reunia com o intuito de construir e trocar ideias sobre computadores Entre os membros do Homebrew Computer Club estavam Steve Wozn
288. esenha as constela es e gratuito N o sei por que n o tem pra iOS o Google SkyMap H P 41 Voc n o conseguir compartilhar dados pelo AirDrop Eu n o tinha iPhone novo eu n o tinha o iPhone 5 eu fiquei no 4S ent o eu n o sabia do AirDrop eu nunca tinha usado Quando lan ou o iPhone 5C no Brasil eu fui l e comprei Tentei enviar um arquivo do iPhone pro Mac e da vi que n o funcionava Eu fiquei putz N o sei por que mas eles n o conversam O OS X e 0 iOS t m o AirDrop s que eu s consigo trocar iOS com iOS e OS X com OS X a integra o de device com m quina n o rola o que um absurdo Isso foi frustrante D L 31 Eu entrei na internet e vi que a Apple liberou o AirPlay pra m quinas a partir de n o sei quando e o meu Mac de 2009 n o estava l Da achei esse AirParrot que custava 10 d lares baixava os filmes e assistia e funciona muito bem A Apple n o fala o porqu s fala que n o t dispon vel pra m quinas de tal data Eu suponho que seja porque ela n o pode garantir uma experi ncia boa D L 31 Aconteceu uma vez numa viagem e eu quis dar aquela ltima ligada pra casa no final do dia voltando e como tu t em roaming em lugar com sinal ruim tu usa muito a parte de m dia do telefone e coisas que requerem o 3G A bateria acaba e quando acaba acaba mesmo O iPhone n o te d nem um aviso em alguns telefones come a a
289. esenvolver aplicativos pra Android mais simples porque voc n o precisa de uma linguagem pr pria da Apple que fechada pra Android voc pode desenvolver com Java HTMLS dependendo do proposito do aplicativo M K 30 Eu enquanto usu ria na poca em que eu tinha que colocar no ar o aplicativo da revista ficava pensando bom talvez esse seja o por m pra eu n o ter acesso a v rios aplicativos que eu gostaria que tivesse na App Store Eu ficava imaginando a quantidade de projetos bacanas que poderiam estar rodando e as pessoas tendo acesso No meu caso era apenas uma revista n o teria assim uma grande discuss o pol tica que pudesse fazer a Apple barrar aquilo o conte do era ok e mesmo assim foi toda aquela enrola o burocr tica Ent o eu ficava imaginando se o aplicativo tivesse uma outra tem tica o quanto isso influenciaria para n o se aprovado na App Store Ent o eu acho que muito fechado A Apple uma coisa quadrada I V 28 de ecossistema Estas decis es da empresa s o relativas interoperabilidade entre produtos do sistema Uma das limita es frequentemente relatadas por este grupo foi e pouca compatibilidade com dispositivos de terceiros Dessa forma ainda que o usu rio adquira v rios dispositivos da Apple de modo a usufruir o ecossistema se seu c rculo de contatos utiliza outra plataforma h uma significativa limita o nos usos poss veis
290. espons vel pelo suporte ao sistema Outra distin o oportuna se refere aos usos do termo software livre free software O termo c digo aberto open source foi criado pelo Open Source Iniciative OSI a partir das orienta es da Debian Free Software Guidelines DFSG H uma s rie de garantias que um Sobre a import ncia do ecossistema de produto na vantagem competitiva ver lt http tecnologia uol com br noticias redacao 2012 12 13 executivo da samsung diz usar aparelhos da apple em casa pelo ecossistema da companhia htm gt 107 programa de c digo aberto deve cumprir entre as quais a distribui o livre do programa a disponibiliza o do c digo fonte do programa a n o discrimina o contra pessoas grupos ou reas de atua o entre outras Em tese em ambos os casos o software deve ter o c digo aberto mas nem todo software de c digo aberto software livre para modifica o distribui o e comercializa o na medida em que caber ao desenvolvedor do software a defini o sobre suas condi es de uso No universo dos dispositivos m veis a estrat gia de integra o vertical vem sendo utilizada em que tanto o sistema operacional quanto o hardware e os canais de distribui o de conte dos digitais s o produzidos pela mesma empresa Com uma plataforma fechada no sentido de restrita interoperabilidade com outras plataformas concorrentes apenas aqueles indiv duos com permiss o para uti
291. esseeesseessesseesseresseeesseesseesseeesees 94 3 4 Centralidade do sistema operacional m vel sssessesssessseesssessersseesseresseeesseesseesseeesees 99 3 5 Ecossistemas digitais de entretenimento e estrat gias de lock in sssessessseesseessees 105 3 6 Considera es sobre as a es da Apple e estrat gias de lock in 111 3 6 1 Decis es relativas ao ecossistema de dispositivos iOS interoperabilidade 111 3 6 2 iTunes Store e App Store vocsasi ive tesiusysadeia pews canardetin tenders sivas anata whan 113 3 7 Considera es sobre a media o do software nos ecossistemas digitais 115 3 8 Uma proposta de investiga o da resist ncia no ecossistema da Apple 118 CAP TULO 4 Procedimentos TeGrico Metodol6gicos scsccsccssscssscscscesssssssscsscsssssscssscssecssccssesssssesee 121 da Base 1s Context ali a o mst a e LA DA mans tte ats eas 121 4 2 Fase 2 An lise dos USU RIOS a snsiianaisala to yecetaseseedexassesees svnsan os losdaaas suatacevanddcevencssaaeelass 123 ADD Perf GOS USOS quartas Uan apra au OS Ahn a SU LU GA SS 123 4 2 2 Procedimento de coleta de dados s ccccccssisssicassnccseisdeeaieaioovaceesatecsssaneniweasensacenuvns 127 4 2 3 Procedimento de an lise dos dados escccecscccessceeeesceeeseeetenececsneeeesueceenseeeenaeeeeaas 129 CAP TULO 5 T ticas de resist ncia cotidiana na apropria
292. esta es de resist ncia A busca por personaliza o solucionada por meio de aplicativos ou ferramentas que alteram a apar ncia da interface o toque musical a abertura de telas e disposi o de fun es do aparelho E uma das coisas que eu mais uso disparado s o bot es de ligar e desligar o Wifi o 3G que eu coloquei no Centro de Notifica es que o Android tem e no iPhone tu tem que entrar num monte de menus Tem bastante coisa que est tica e de seguran a Por exemplo se hoje algu m pega meu telefone e eu n o vejo e essa pessoa vai desbloquear e digita a senha errada meu telefone automaticamente pega a localiza o tira uma foto da pessoa e manda tudo isso por email Poder fazer uma playlist enquanto eu t escutando m sica No sistema oficial da Apple muito chato de fazer isso Da tem um tweak que eu botei ali que quando eu clico numa m sica ele me pergunta voc quer escutar ela agora quer que ela toque depois dessa ou quer colocar no fim da fila Sabe Coisinhas assim que podem ser pequenas mas pra mim fazem toda a diferen a D P 27 Eu gosto de alterar coisas no meu iPad modificar pra poder fazer download pelo Safari por exemplo Ou um mod que eu fiz pra poder fechar todos os aplicativos ao mesmo tempo R O 29 A Figura 20 mostra a tela do iPhone de B C com personaliza o dos cones e abertura de telas Eu comecei com a customiz
293. et m total controle sobre a aprova o do seu 3 Um exemplo o navegador Mozilla Firefox que sob essa defini o um software de c digo aberto mas n o software livre pois a cada modifica o e redistribui o por terceiros vetado pela Mozilla Foundation o uso do nome Firefox Ver Open Source Iniciative dispon vel em lt http opensource org gt e Free Software Foundation dispon vel em lt http w ww fsf org gt Plataformas multilaterais multisided platforms MSPs s o tecnologias ou produtos que criam valor estimulando a intera o direta entre um ou mais grupos de participantes Uma plataforma de tr s lados three sided platform permite a intera o entre tr s grupos principais 108 conte do Tais regras s o elaboradas segundo argumento da empresa para assegurar uma experi ncia superior do usu rio isto mais segura est vel e personalizada A integra o de hardware software e servi os estrategicamente importante para as empresas porque promove depend ncias que visam levar o cliente lealdade de marca estabelecendo altos custos de mudan a Gradualmente observou se a redistribui o de aplicativos m veis dos jardins murados das operadoras de telefonia m vel para os ambientes n o necessariamente menos fechados das lojas de aplicativos dos fabricantes de aparelhos No caso dos aparelhos da Apple a troca por qualquer outro fabricante acarreta n o somente a mud
294. eta propostos em cada fase 131 Quadro 8 Operacionaliza o da pesquisa FASE 1 Contextualiza o a es da Apple relativas plataforma iOS OBJETIVO Coleta de dados Operacionaliza o Sondagem das a es e 1 An lise narrativa das not cias veiculadas em blogs Contextualizar as decis es da Apple relativas de tecnologia entre 2007 e 2012 referentes s a es a es da Apple plataforma iOS tal como da Apple para o 10S relativas plataforma foram visibilizadas nos 2 An lise documental de relat rios e press releases iOS principais veiculos online da Apple referentes s decis es para o iOS especializados em tecnologia dispon veis publicamente FASE 2 Experi ncia do usu rio com a plataforma iOS OBJETIVO Coleta de dados Operacionaliza o Compreender 2 Narrativa dos usu rios da 1 Entrevista em profundidade com usu rios experi ncia de plataforma iOS divididos em divididos em quatro grupos Fanboys Usu rio apropria o de quatro grupos a partir da Padr o Jailbreakers e Desertores dispositivos iOS a identifica o de motiva es e E partir das t ticas de incidentes criticos 2 Observa o de foruns de discuss o Grupo resist ncia cotidiana experenciados Jailbreakers Fonte elaborado pela autora No cap tulo a seguir relatamos os principais resultados da fase emp rica do estudo para cada grupo e finalizamos com a discuss o e s ntese da resist ncia cotidi
295. eu odiei a troca eu demorei a me adaptar tudo que eu ia fazer eu dizia que eu troquei o meu aparelho mas eu n o troquei O MEU sistema operacional risos porque eu pensava como se eu ainda tivesse usando um iPhone um iPad eu ia usar algumas fun es e eu n o entendia por que n o funcionava da eu pensava cara isso n o um iPhone Foi uma mudan a bem significativa que n o foi f cil eu reclamava bastante eu xingava o telefone mas claro s o sistemas diferentes e eu estava acostumada com a mesma plataforma mobile e de repente mudei do nada Nos primeiros meses a adapta o foi cruel A quest o do bot o do volume e do menu inicial que no iPhone eu apertava ali no meio e fazia v rios outros comandos e no Android esse bot o s fechava a tela e isso me deixava muito braba Aplicativos no iPhone se voc quer excluir voc vai nele aparece um X e ele treme e voc deleta E no Android eu fazia isso e n o exclu a agora eu seguro ele e tenho que arrastar pra lixeira M K 30 Quando eu peguei o iPhone em 2007 foi totalmente intuitivo eu j comecei a usar E em 2012 quando eu peguei esse aparelho Android n o foi nem um pouco intuitivo M K 30 Uma quest o interessante que surgiu na fala de alguns entrevistados foi a percep o de que embora os dispositivos m veis da Apple possam parecer mais sofisticados em um primeiro momento quase tudo ali no iOS mais intuitiv
296. f action a dialogical analysis of consumer firm relations Advances in Consumer Research v 34 n 1 p 602 609 2007b RUDIGER Francisco As teorias da cibercultura perspectivas quest es e autores 2 ed Porto Alegre Sulina 2013 SAGER Ira Before iPhone and Android came Simon the first smartphone BusinessWeek 29 Jun 2012 Dispon vel em lt http www businessweek com articles 2012 06 29 before iphone and android came simon the first smartphone gt Acesso em 3 mar 2014 SANTAELLA Lucia M dias locativas a internet m vel de lugares e coisas Revista Famecos v 35 n 2 p 95 101 2008 SCHNEIER Bruce Who owns your computer May 2006 Dispon vel em lt https www schneier com blog archives 2006 05 who owns your c html gt Acesso em 5 set 2014 SCOTT J C Weapons of the weak everyday forms of resistance New Haven Yale University Press 1985 Everyday forms of resistance Copenhagen Papers v 4 n 89 2008 SHOUTEM Viktor The history of mobile app stores 7 Fev 2012 Dispon vel em lt http blog shoutem com 2012 02 07 infographic the history of mobile app stores gt Acesso em 2 ago 2013 SILVEIRA S rgio Amadeu da Espectro aberto e mobilidade para a inclus o digital no Brasil Comunica o m vel no contexto brasileiro In LEMOS Andr JOSGRILBERG Fabio Orgs Comunica o e mobilidade aspectos socioculturais das tecnologias m veis de comunica o no Brasil Salvador
297. faculdades institu ram que o padr o pra se ensinar l era a porcaria chamada Ruindows sempre ponho um R na frente Nossos encontros passaram a se chamar AmiChurras e ficaram famosos vinha gente de SC Curitiba De acordo com o entrevistado R S o computador Amiga tinha no seu sistema operacional algo chamado Guru um guru indiano sentado em um tapete que flutuava na tela Dar um guru no sistema do Amiga era muito dif cil e significava travar o sistema O sistema contava com um contador de guru ou seja era poss vel ao usu rio ter acesso a quantas vezes os sistema havia travado por alguma raz o por meio de um comando do teclado 136 SP RJ as pessoas vinham de nibus naquela poca A gente ficava mexendo nos micros soldando pe as arrumando coisas pros amigos Depois que eu comprei o Mac em 2000 acabei conhecendo mais usu rios de Mac tinha a revenda de produtos Mac que era a Soma Quando o Amiga morreu uma parte foi pro mundo Apple e a maioria foi pro Windows infelizmente Da eu decidi copiar os encontros do Amiga e criei o Mac Encontro R S 56 Quando tinha uma quantidade pequena de usu rios funcionava como um gueto mesmo Todo mundo se ajudava Um conseguia software em fita cassete ou disquete quando n o tinha internet e disseminava Quem aprendia a usar uma determinada ferramenta virava meio consultor do pessoal Era um prazer ir na casa de u
298. feitos do seu modelo de monop lio sobre a ind stria da computa o e dom nio do mercado de computadores de grande porte sistemas operacionais e aplica es Nesse caso mesmo havendo um mercado de produtos de terceiros usu rios tinham de lidar com a incompatibilidade entre equipamentos e Microsoft anti truste a extensa lista de APIs propriet rias fazem da Microsoft um dos maiores exemplos de uso de estrat gias de lock in no mercado dos softwares Seu dom nio do mercado nos anos 90 levou a uma s rie de a es anti truste e Sony Betamax e Playstation a Sony licencia sua tecnologia a um n mero limitado de fabricantes de forma a controlar um conjunto de players no mercado que exercem estrat gias de lock in Outras formas de restri o da livre navega o nos computadores conectados se relacionam ao crescente n mero de servi os baseados na Web que utilizam formas de autentica o do usu rio para acesso aos seus conte dos Ao longo do crescimento e alcance de uma massa cr tica de usu rios e modelos de neg cios na Web a AOL pode ser considerada como um dos mais bem sucedidos exemplos de utiliza o de estrat gias de cerceamento do usu rio quando detinha posi o de lideran a como provedor de acesso internet na d cada de 1990 mantinha seus usu rios restritos aos sites afiliados AOL com conte do aprovado pela empresa Este modelo durou at a expans o da Web e abertura para novas possibilidades de experi ncia p
299. fen meno investigado percep o de restri es na apropria o dos dispositivos iOS condi es que levaram situa o pano de fundo intera o entre atores estrat gias e t ticas para lidar com o fen meno as resist ncias e consequ ncias ou resultados Como esclarece Flick 2004 p 198 como resultado desse processo se obt m uma exposi o orientada para o caso sobre o modo como o caso trata especificamente do assunto do estudo incluindo t picos constantes A estrutura tem tica identificada tamb m poder servir como base para compara o entre os grupos pormenorizando semelhan as e diferen as Com rela o aos incidentes cr ticos observados ap s a condu o das entrevistas incidentes similares s o codificados com o objetivo de combin los em categorias significativas em um processo de indu o anal tica O prop sito dessa fase identificar a natureza dessas similaridades nos eventos reportados por meio da an lise de conte do das respostas Alguns dos elementos considerados para an lise s o 1 a causa e o resultado do incidente cr tico 2 sentimentos ou percep es do usu rio sobre o incidente e 3 a es ou rea es tomadas pelo usu rio durante o incidente Os incidentes s o ordenados combinados e reordenados resultando inicialmente em categorias que emergem por meio do procedimento de classifica o dos incidentes O Quadro 8 a seguir ilustra os procedimentos de col
300. foco do hackerismo a partir de ent o LEVY 2012 Muito embora o mercado de microcomputadores no in cio da d cada de 80 representasse uma grande evolu o em rela o fase dos kits de pe as comercializados em publica es especializadas para uma audi ncia de hackers havia empresas como a Osbourne Computer Corporation que acreditavam que as novas m quinas ainda n o eram suficientemente amig veis Para Adam Osbourne o mercado consumidor n o estava interessado em ter que decidir sobre qual o melhor software mas em uma m quina barata pequena e pronta para o uso LEVY 2012 Para Osbourne usu rios de computadores n o compartilhavam e nem se beneficiavam de uma tica hacker Estas vis es resultaram na cria o do primeiro microcomputador port til o Osbourne 1 em abril de 1981 Figura 6 55 E a 61 Going towork with 0 UTA a COMPUTER CORPORATION Figura 6 Osborne 1 Osborne Computer Corporation Brochure 1981 Fonte Computer History Museum Embora distantes dos computadores port teis contempor neos a busca do sonho da portabilidade dos artefatos tecnol gicos j estava presente no in cio da computa o pessoal como parte dos desejos constru dos pela propaganda para instruir o mercado de usu rios que se formava Estes terminais m veis eram promovidos como artefatos high tech essencialmente voltados ao universo masculino como ilustra a Figura 7 you CAN take it with you e
301. forma para a Apple o computador n o mais dever constituir o centro da vida digital mas parte integrante do ecossistema dentro do qual os dispositivos m veis pessoais tablets smartphones etc se tornar o cada vez mais f ceis de usar Nesse sentido o ponto cr tico deste estudo n o a hist ria da computa o per se mas a transforma o do computador autossuficiente e generativo em aparelho informacional em rede inserido em um ecossistema digital de servi os e entretenimento medida que mais esferas da vida cotidiana e da intera o social passam a ser mediadas por dispositivos conectados e integrados a servi os providos por corpora es novas formas de apropria o e resist ncia dos usu rios se apresentam Novas culturas de apropria o que consideram estes dispositivos enquanto inseridos em ecossistemas digitais mais amplos ainda necessitam de investiga o Todas estas quest es exigem a reflex o a partir do cont nuo di logo interdisciplinar Entendemos que a trajet ria de desenvolvimento da computa o e dos dispositivos m veis que se seguiram s o resultado de uma complexa combina o de avan os t cnicos for as sociais e pol ticas Para compreendermos como o ambiente mobile se configura enquanto novo campo de tensionamento foi fundamental refletir sobre sua natureza entendendo a em sua dimens o de continuidade com o campo da computa o Por essa raz o optamos por enfatizar as ra zes contraculturais d
302. go pra Android me mandaram por e mail e pronto ENTREVISTADORA Me explica como tu fizeste Meu iPhone n o tem jailbreak O hack era o seguinte se teu telefone reiniciasse por algum motivo voc tinha que ir l nas prefer ncias do aparelho mudar a data pro emulador voltar a funcionar porque n o era instalado via App Store voc entrava num site pelo iPhone clicava num link e ele instalava um cone cinza como um aplicativo normal M P 32 Eu gosto de mexer em configura es por exemplo n o em coisas que modifiquem a interface Tipo eu n o quero que esse programa fique me mandando notifica es ent o vou l e desligo E mail eu cortei notifica es vou ver s quando eu quiser Eu uso programas alternativos pra agenda e pro email eu uso o MailBox Eu prefiro usar outro programa e n o a agenda da Apple A foram as coisas que eu mais tive que contornar porque estas duas fun es a Apple pega muito pra si ent o eu tive que deixar funcionando em segundo plano Outra coisa que eu fa o esconder numa pasta todos os aplicativos da Apple que eu n o uso ENTREVISTADORA Por que tu n o apagas estes aplicativos n o usados Porque estes n o d pra deletar M P 32 Em nome de n o cometer erros e estragar seu computador na vers o nova do sistema operacional a Library t meio escondida e eu mexo em coisas que est o ali Eu acho que o iOS acaba impedindo um pouco essas c
303. gra a um joguinho que custa 99 centavos de d lar Adianta ele gastar meio milh o numa Mercedes de ltimo tipo e fazer a bobagem de trocar as rodas rebaixar o carro Acabou com o projeto da f brica R S 56 E tamb m o seguinte aquilo que a Apple n o libera porque n o bom Tem v rias funcionalidades que a Apple acabou liberando com o tempo que ficaram presas por tr s dos bastidores do c digo por muito tempo Essa funcionalidade de voc fazer o slide de cima pra baixo uma delas e uma coisa que o Android sempre teve mas a Apple j tinha essa patente h muito tempo s que n o tava liberado porque ainda n o tava bom n o dava uma boa experi ncia E os caras conseguiram liberar pelo jailbreak e fazer Ent o assim n o vou contra as pessoas que fazem mas n o sou adepto n o recomendo no blog eu falo pras pessoas n o fazerem F P 31 Ah eu n o gosto de jailbreak j lancei dois apps na App Store estudo um pouco de programa o e acho bobeira Voc perde mais tempo fazendo jailbreak fica mais vulner vel a ataques do que voc ganha em vantagens Acho que tem algumas pessoas que desenvolvem e precisam do aparelho mais aberto Mas pra quem n o quer ter dor de cabe a que o meu caso acho desnecess rio D L 31 O ecossistema da Apple me inspira muita confian a Por isso que eu n o fa o jailbreak n o quero deixar nada aberto n o sei de onde eu t baix
304. grama eu quero fazer o que eu tenho que fazer e isso o que os equipamentos da Apple fazem Meu iPad hoje pra mim uma revista cara ler livros eu uso mais em casa Como eu produzo muito conte do eu uso meu computador Macbook Air de 11 para mobilidade ele um pouco maior que o iPad grande O iPhone eu uso o dia inteiro Como tem o iCloud V C 41 Tenho um exemplo bom pra te dar Quando eu falo ah que legal agora posso bloquear chamadas no meu iPhone e ningu m vai me perturbar mais A Apple n o permitia acesso ao telefone ent o voc n o podia criar um aplicativo que bloqueasse chamada H umas duas vers es atr s a Apple incluiu isso no sistema operacional e agora voc consegue ir ali e bloquear uma chamada Tenho uns amigos que falam eu acho gra a voc falar isso porque existe isso no Android desde o come o basta instalar um aplicativo qualquer que voc consegue fazer isso Af eu resolvi testar e existem infinitos aplicativos no Android que fazem isso mas eu n o consegui fazer funcionar Entendeu Eu n o quero gastar o meu tempo tendo que baixar aplicativo descobrir como que ele funciona enquanto eu vou l nos dispositivos da Apple aperto um bot o e bloqueio as chamadas Se n o tinha antes porque n o encontraram uma forma de fazer V C 41 5 2 2 Percep o de elementos incongruentes com a orienta o particular No caso deste grupo as percep
305. grupo s o mais duradouros que PCs da Microsoft Hoje em dia eu fico at um ano com o mesmo modelo de celular Na poca do Nokia N95 acho que eu chegava a ficar at uns 2 anos com cada celular eu tive muitos celulares eu gosto de trocar de estar com o melhor que tem na poca eu sou bem chata com isso eu vou trocando at ficar satisfeita CM 24 Eu vivi essa necessidade de troca de PC com frequ ncia Isso foi algo que a Microsoft for ou muito diferente da Apple a Microsoft vende sistema e n o o computador ent o ela tem que arrumar motivos pras pessoas comprarem o sistema operacional dela na verdade os fabricantes tinham que fazer 178 computadores que s rodassem uma determinada vers o do Windows Ent o se voc n o tiver o equipamento top que a Microsoft mandou voc comprar voc vai trocar ele com bastante frequ ncia pq ele n o vai te atender mais Eu n o jogo mas imagino que quem joga vai ter que trocar de computador com frequ ncia Eu edito v deo ent o eu preciso de um computador razo vel V C 41 Entre aqueles que usavam computadores h pelo menos duas d cadas h a percep o de que os usu rios precisavam conhecer mais profundamente o funcionamento dos equipamentos pois era mais dif cil oper los O advento da interface gr fica em computadores Macintosh ou PCs com sistema Windows teria facilitado a compreens o dos usu rios e impulsionado a normaliza o da
306. hoje pra tu usar por completo um programa tu tem que entrar nos protocolos da Apple Eu sou a pessoa que instrui e tem que colocar as pessoas dentro da realidade da Apple e isso uma coisa que eu gosto muito de fazer R S 56 O uso de um aplicativo nativo e exclusivo em um momento negativo para o usu rio tal como na situa o de roubo de um carro acaba por se tornar um incidente altamente positivo Faz uns dois anos roubaram o carro da prima da minha mulher em S o Bernardo do Campo Ela tava na academia e estacionou o carro Da ela lembrou que deixou o celular no carro mas resolveu n o parar tudo pra ir l pegar Quando ela voltou viu que tinham roubado o carro Da eu falei que tinha o aplicativo da Apple o Find My Phone e olhei num computador e o celular tava l A gente chamou a Pol cia o policial foi seguindo pelo rastreador do aplicativo e pegou o carro de volta Foi bem bacana isso o Find My Phone acabou resgatando o carro roubado D L 31 As categorias salientes para incidentes negativos foram aplicativo n o dispon vel quest es de interoperabilidade obsolesc ncia de produto e durabilidade da bateria respectivamente 172 Eu e minha mulher junto com amigos passamos o Carnaval numa casa longe de tudo perdido no mapa uma prainha perto de Torres Itapeva longe da praia A minha amiga tinha um aplicativo que pra Android que tu aponta ele pro c u e ele te d
307. iPhone DevTeam Evasion e iClarified sobre jailbreak quando vai sair a ferramenta n o muito tempo tu s tem que esperar eles liberaram D P 27 C S ficou muito frustrada e ansiosa ao acreditar que havia danificado seu iPhone 3GS ao tentar instalar um aplicativo n o autorizado e constar uma falha na sua instala o A estudante de Moda teve que restaurar as configura es de f brica do aparelho para repar lo perdendo parte dos dados ali contidos Como havia feito backup de alguns destes dados os danos n o foram maiores Teve uma vez que eu queria baixar um aplicativo no iPhone e meu iPhone simplesmente trancou ficou terrivelmente travado o aplicativo tava ali s que ele demorava muito para funcionar e eu tive que restaurar o aparelho e perdi tudo que eu tinha de novo Isso foi com o iPhone 3GS Quando a gente faz o jailbreak e aprende as manhas de como usar a gente acha que s cuidar pra baixar o firmware certinho e instalando ele direitinho a gente espera que isso n o aconte a Mas quando eu baixei o aplicativo com o firmware certinho o aplicativo bugou meu aparelho e eu fiquei meio sem saber o que estava acontecendo porque eu tomei as providencias corretas sabe Eu j me considerava experiente no jailbreak e foi meio um susto Na verdade foi mais a quest o emocional de tu ter v rias coisas ali que tu gostava e ter que procurar por elas de novo e torcer pra elas funcionarem Ent o s vez
308. ia necess ria para ganhar acesso aos controles de operador no sistema de telefonia O apito utilizado para burlar o sistema era facilmente adquirido em um mercado pouco underground tratava se um apito de brinquedo promocional oferecido nas embalagens do cereal matinal Capn Crunch em 1972 Devido a esta descoberta John Drapper passou a se intitular Captain Crunch e se tornou conhecido pela cria o da Blue Box um dispositivo que explorava os sistemas de telefonia ao ser capaz de gerar diferentes tons passando a controlar as centrais telef nicas de longa dist ncia da AT amp T ROSENBAUM 1976 Este controle dos sistemas de telefonia por meio dos aparelhos Blue Boxes era poss vel pois medida que a opera o humana deu lugar automatiza o de alguns processos nas telecomunica es tornou mais vulner vel o sistema como um todo para as pr ticas de phone phreaking Como explicou Rosembaun 1976 um operador podia distinguir entre o som emitido pelo apito e o real gerador de tom eletr nico da companhia telef nica mas o circuito de comuta o da companhia telef nica n o podia diferenci los Os personagens do phone phreaking estudantes t cnicos adolescentes e entusiastas da tecnologia foram guiados em grande parte pela curiosidade pelo desafio de testar os limites de uma tecnologia cotidiana e pela busca de reconhecimento perante seus pares Para Lapsley 2013 a motiva o principal para a grande maioria dos phon
309. iak e John Draper Sobre as origens caseiras da Apple e a import ncia destas redes de coopera o Wozniak s d comenta Sem os clubes de computador n o haveria a Apple Computers Nos anos iniciais da ind stria do computador pessoal quando a ind stria do software era ainda incipiente estes usu rios forneceram a infraestrutura necess ria para a amplia o deste mercado atuando como distribuidores de softwares e informa es sobre computadores da Apple Esta infraestrutura incluiu revistas de eletr nica como a Popular Eletronics e a Radio Eletronics Vendidas em bancas de jornal estas revistas tinham foco mais geral e cobriam tem ticas como udio de alta fidelidade r dio de onda curta televis o e outros dispositivos eletr nicos para o ambiente dom stico Algumas edi es ofereciam projetos de constru o de sistemas eletr nicos simples como timers games rel gios teclados entre outros CERUZZI 1998 A revista Radio Electronics publicou um artigo em julho de 1974 descrevendo como deveria ser o design do Mark 8 uma m quina anunciada como sendo o Seu Minicomputador Pessoal O equipamento baseado em um chip Intel 8008 quase sem mem ria ou capacidade de armazenamento de programas mais um prot tipo para hobistas do que uma m quina propriamente estava dispon vel para montagem juntamente com um manual de instru es pelo valor final de U 250 00 Foram vendidos cerca de 10 mil c pias do manual e 2 500 p
310. iam destes equipamentos Como sugeriu o cientista podemos discordar sobre o que exatamente este objeto ser mas poss vel visualiz lo e dizer que este o contexto onde novas aplica es ir o surgir Mais de uma d cada depois o cen rio imaginado por Clark bem poderia ter introduzido o lan amento do iCloud da Apple e da segunda gera o de tablets iPad no WWDC Ou antecipado a estrat gia anunciada pela Microsoft no WPC de tornar o console Transcri o da palestra intitulada Post PC Internet de David D Clark dispon vel em lt http web archive org web 1999 100607132 1 http www lcs mit edu anniv speakers gt Acesso em 5 jun 2014 2 Traduzido de Now we might disagree as to exactly what that object is but envision it and say that s the context in which new applications are going to emerge gt WWDC Worldwide Developers Conference a confer ncia anual oficial para desenvolvedores da Apple que ocorre no segundo trimestre em San Francisco EUA Em 2011 o cofundador Steve Jobs usou o termo p s PC em an ncio de lan amento do iPad 2 e do servi o iCloud Para o press release de lan amento do iCloud lt http www apple com pr library 201 1 06 06 Apple Introduces iCloud html gt Acesso em 6 jun 2014 Durante a WPC Worldwide Partner Conference de 2011 Andrew Lees respons vel pela divis o Windows Phone da Microsoft falou sobre a inten o da empresa de explorar a m x
311. ica es da poca viam com desconfian a o que consideravam inconvenientes para o usu rio Estes inconvenientes eram decis es percebidas como prematuras relativas configura o do iMac como a aus ncia de unidade de disquete enquanto a ind stria desta m dia permanecia em franco crescimento e a impossibilidade do usu rio fazer upgrade no equipamento Apesar disso em reportagem sobre o lan amento do iMac no Brasil a revista INFO questionou em tom otimista Com um sucesso de vendas desse porte tem chance de sair do nicho dos artistas gr ficos onde sempre manteve o prest gio inabalado para ganhar o mercado de massa Ser que os PCs ter o de novo concorr ncia A VINGAN A 1998 Entre os Fanboys este per odo normalmente lembrado com detalhes especialmente porque carrega forte valor simb lico na hist ria da Apple e mesmo em raz o de marcar uma maior abertura ao mercado consumidor dom stico H S por exemplo era um dos poucos usu rios de computador no seu c rculo de amizades com conhecimento sobre o funcionamento dos equipamentos da Apple Ele lembra que houve uma promo o para o Natal de 1998 em que uma campanha vendia o iMac pelo pre o de R 1 999 A Apple Brasil estava contratando promotores de vendas naquele per odo e as lojas de varejo de computa o necessitavam de vendedores que conhecessem as m quinas pois ningu m entendia de Mac O modelo iMac foi o primeiro computador da Apple para
312. ica que entende a tecnologia como express o de inconformismo ou por outro lado como ambiente seguro e est vel para produtividade Na medida em que o fechamento dos dispositivos m veis a partir de decis es de lock in contradizem os valores da tica hacker mecanismos como o jailbreak por exemplo emergem como resposta subversiva s pr ticas de mercado Sob uma perspectiva econ mica a pr tica poderia ser vista como uma esp cie de contra poder social que reflete a perda de for a das posi es hegem micas de grandes corpora es da ind stria da computa o como a Apple Mais do que isso este estudo sugere que essa resist ncia emerge de uma l gica da cultura livre que legitima valores como liberdade de acesso distribui o e modifica o de conte dos e trabalho criativo AMARAL e SOUZA 2013 A despeito da hegem nica presen a dos sistemas propriet rios e intera o via interfaces mais f ceis de usar estes valores 256 permaneceram presentes no sentido de que qualquer indiv duo em seu papel de usu rio de artefatos tecnol gicos pode agir de acordo com a tica hacker do DIY ex direito ao controle sobre a tecnologia mesmo n o sendo ele pr prio um hacker Buscamos neste estudo n o idealizar de um lado as propriedades emancipat rias das maneiras de fazer nem superestimar de outro o poder opressivo do mercado sobre as pr ticas cotidianas de consumo Como destacaram Elliott e Rit
313. ica de seguran a muito forte ela t o restritiva e esse um dos motivos pelos quais um amigo meu abandonou a Apple mas um mecanismo que eles t m para garantir a seguran a do usu rio ent o eu sei que eu posso pagar mais por isso ser trouxa como alguns me dizem por eu pagar pelos conte dos Mas eu prefiro conscientemente tomar essa decis o de seguir a regras da Apple o contrato da pol tica deles ENTREVISTADORA voc j leu esse contrato Sim eu li quando eu comprei a primeira vez Depois j conhecendo a pr xis da empresa nas ltimas vezes eu confesso que j nem li Eu aceitava de cara Acredito que n s usu rios quando nos filiamos a uma marca eletronicamente a gente precisa saber qual a pol tica dessa empresa e at que ponto o usu rio tem autonomia principalmente a quest o dos dados Hoje a minha vida t dentro destes aparelhos R B 24 Antes do lan amento do iPhone 5S se especulava tudo Se esperava que a Apple viesse atr s da Samsung lan ando um iPhone no m nimo quadi core e foi a que a Apple surpreendeu todo mundo n o dando bola mais pra esse conceito da quantidade de processamento porque a Apple tem um sistema fechado ent o ele muito mais est vel do que os Androids e a Apple lan ou um aparelho com 64 bits que uma arquitetura completamente diferente que te d uma estabilidade muito maior no sistema e ningu m esperava ver isso num telefone
314. idade de atualizar o sistema operacional muitas vezes a nica forma de manter o acesso aos aplicativos utilizados geram desconforto para estes usu rios Isso uma desvantagem n quando eles mudam os modelos de aparelhos eles mudam essas entradas e tem que comprar um monte de coisa Eu tive que comprar um adaptador pro dock que eu usava no outro modelo de iPhone M M 38 Isso de trocar cabos e adaptador me irrita muito porque eu n o tenho culpa de eles estarem mudando a entrada dos dispositivos todo ano C M 24 Desvantagens s o o novo iOS 7 que n o muito r pido no iPhone 4S e no 5S ele roda muito bem Imagino que com o tempo numa vers o mais atualizada vai ficar pesado pro hardware R R 25 Algumas das decis es da empresa que acabam por envolver a obsolesc ncia de produtos s o vistas como impositivas e radicais pois A Apple n o tem pena de mudar radicalmente V C 41 anos Nem sempre estas mudan as s o bem assimiladas pelos usu rios Recentemente a Apple atualizou o pacote Office deles o iWork que foi meio radical porque eles tentaram fazer o iWork do iOS funcionar bem com o do Mac E quando eles fizeram isso quebraram uma s rie de coisas compatibilidade foi uma briga os f runs reclamaram eles j tinham feito isso com o software iMove uns anos atr s ENTREVISTADORA Tu lembras o que aconteceu com o iWork A vers o do iWork para iPhone e iPad era um pouco mais si
315. ignorados pois isso equivale a ignorar o fato mais fundamental da sociedade em rede a l gica computacional das suas partes constituintes Indo al m Zittrain 2006 argumenta que h demasiada nfase no debate em torno da rede em si isto do livre acesso a qualquer tipo de informa o na rede a partir da n o interfer ncia no tr fego dos dados Isso ocorre em detrimento da discuss o sobre a influ ncia de uma pol tica da rede sobre o design dos seus pontos finais end points ou seja os artefatos utilizados pelos usu rios finais tais como computadores e dispositivos m veis Haveria assim como que uma presun o de abertura inata arquitetura dos sistemas operacionais de computadores o que n o seria verdadeiro na medida em que computadores s o na contemporaneidade substitu dos por aparelhos informacionais ou transformados de plataformas abertas para comunidades fechadas criando um ambiente informacional diverso daquele vislumbrado no in cio da trajet ria da computa o e da internet Dessa forma a capacidade da internet como plataforma ou sistema aberto para a inova o tem sido minada por aparelhos amarrados os quais n o podem ser facilmente modificados ou reinventados para al m dos scripts definidos pelos fabricantes ou outros parceiros espec ficos Esta rede vinculada ao hardware ser mais f cil de entender e usar a partir dos prop sitos que os fabricantes de hardware preconcebem mas ser igualment
316. ima integra o e interoperabilidade entre as diferentes plataformas sob um nico ecossistema a partir do sistema operacional Windows Ver HUCKABY Tim Thoughts on Microsoft Build 2013 and the Worldwide Partner Conference 18 Jul 2013 Dispon vel em lt http devproconnections com windows development thoughts microsoft build 2013 and worldwide partner conference gt Acesso em 6 jun 2014 e ANDREW Lees Worldwide Partner Conference 2011 12 Jul 2011 Dispon vel em lt http news microsoft com 2011 07 12 andrew lees worldwide partner conference 2011 gt Acesso em 6 jun 2014 14 de games Xbox o centro de uma experi ncia de integra o de dispositivos sob nico ecossistema baseado em plataforma de sistema operacional De fato se em algum momento houve ressonancia entre as visdes de futuro de Steve Jobs cofundador da Apple e seu competidor hist rico Bill Gates fundador da Microsoft foi em 2007 no 5 All Things Digital quando Jobs j havia descrito as mudan as provocadas na computa o guiadas por uma nova categoria de dispositivos que n o s o t o voltados para prop sito geral como PCs que s o realmente mais focados em fun es espec ficas sejam eles telefones iPods ou Zunes Adicionalmente em agosto de 2010 a revista de tecnologia Wired reacendeu o debate com o argumento de que redes propriet rias tais como plataformas de redes sociais e aplicativos de login v m consumindo grande
317. inais porque eu n o vou ficar pagando 200 reais por um cabo C M 24 O modo como os aplicativos interagem com a plataforma foi outra das limita es relatadas que tem rela o na percep o deste grupo com as decis es de ecossistema da Apple O aplicativo Whatsapp foi citado por alguns dos respondentes como de uso frequente e que n o funciona do modo como o usu rio acredita ser mais intuitivo Para contornar situa es como essa o Usu rio Padr o cria alternativas ou atalhos que n o ferem as regras da empresa mas que ao mesmo tempo s o paliativos considerados n o ideais Como no caso da estudante do curso de Produ o Fonogr fica B R para quem o aplicativo fundamental no seu cotidiano para compartilhamento de arquivos de udio Eu gravo minhas composi es no iPhone pra n o esquecer elas E s vezes eu quero compartilhar com algumas pessoas o que eu t fazendo sabe E n o tem como porque pra fazer udio pelo Whatsapp tu tem que ficar segurando e n o tem como segurar o celular e ficar tocando viol o ao mesmo tempo ent o eu tenho que usar o gravador Quando as pessoas me mandam udios de coisas importantes ou de m sicas porque ELES conseguem eu quero salvar e n o posso tenho que manter o arquivo naquela conversa do Whatsapp S d pra salvar foto e v deo udio n o d pra salvar Da o que eu tive que fazer foi salvar o meu pr prio n mero no Whatsapp e ter uma conversa comigo me
318. ions and service creation 2 ed New Delhi McGraw Hill 2010 THE MACINTOSH Marketing Campaign In Making the Macintosh 2000 Dispon vel em lt http www sul stanford edu mac market html gt Acesso em 3 maio 2014 THOMPSON C J Marketplace mythology and discourses of power Journal of Consumer Research v 31 n 1 p 162 180 2004 TURNER Fred From counterculture to cyberculture Stewart Brand the Whole Earth Network and the rise of digital utopianism Chicago The University of Chicago Press 2006 TWENTY years of a free open web CERN Geneva 30 Abr 2013 Disponivel em lt http info cern ch gt Acesso em 30 abr 2013 VANCE Ashlee Microsoft IBM struggle to manage mobile computing Shift Bloomberg Businessweek 15 Nov 2013 URRY John Mobility and connections 2002 Dispon vel em lt http ville en mouvement pagesperso orange fr telechargement 040602 mobility pdf gt Acesso em 15 abr 2014 WARK Mckenzie A hacker manifesto Cambridge Harvard University Press 2004 WEBDESIGNERDEPOT COM Newton Message Pad 1994 Ad Campaign 2009 Dispon vel em lt http www webdesignerdepot com 2009 09 the evolution of apple ads gt Acesso em 20 set 2014 WEISER M The computer for the 21st Century Scientific American Set 1991 WINSTON Brian Media technology and society a history from the telegraph to the internet London Routledge 2003 WOZNIAK Steve In LAPSLEY Phil Exploding th
319. ios quer pelo desejo de aquisi o de modelos mais recentes em virtude da obsolesc ncia percebida isto o est mulo da ind stria ao desejo pela substitui o por modelos mais recentes Nesse sentido h inerente tens o na apropria o de dispositivos m veis gerada por paradoxos tecnol gicos no sentido utilizado por Mick e Fournier 1998 que n o deve ser esquecidos para compreens o de aspectos relativos s t ticas de resist ncia dos usu rios O jailbreak de dispositivos iOS contempla paradoxos que se referem s tens es entre a pr tica e as restri es de mercado as quais s o gerenciadas atrav s de trade offs entre a possibilidade de exercitar a criatividade resist ncia reflexiva e novas formas de controle que a pr tica imp e Esta decis o contudo n o ocorre sempre com a completa compreens o das consequ ncias positivas e negativas da escolha de realizar o jailbreak ou n o j que n o est sempre claro para estes usu rios todos os riscos envolvidos na pr tica Embora o jailbreaking possa ser entendido como mecanismo de resist ncia contra imposi es do mercado tal como prop s Postigo 2012 Jailbreakers com frequ ncia precisam lidar com a falta de controle em rela o aos resultados esperados Meu primeiro jailbreak era uma vers o pra web tu s precisava entrar num site ent o foi muito f cil de fazer o dif cil foi entender o que que eu tinha feito no meu telefone e no que
320. ipa o do sistema Android nos mercados high end de smartphones e tablets Este interesse considera n o apenas o n mero de dispositivos ativados mas qualitativamente quais mercados est o sendo disputados O sistema Android uma plataforma baseada no kernel Linux gerenciado pela Open Handset Alliance uma alian a entre empresas operadoras fabricantes de dispositivos m veis de componentes e de software dentre os quais est o o Google Dell HTC Intel Motorola Samsung Qualcomm entre outras HOOG 2011 Em 2005 a Google adquiriu o iniciante sistema Android para ser utilizado como plataforma flex vel e aberta para dispositivos m veis O sistema passaria a ser considerado Open Source com c digo publicamente dispon vel Em outrubro de 2008 o primeiro telefone celular com sistema Android 1 0 o Gl ou HTC Magic foi comercializado no mercado norte americano com apoio da operadora T Mobile A primeira vers o do Android oferecia suporte a navegadores HTML e servi os como GTalk Gmail Google Maps Google Sync e YouTube Al m disso tamb m disponibilizava acesso loja Android Market para o download de aplicativos Contudo somente em 2011 o primeiro tablet equipado com o sistema seria oferecido ao mercado consumidor o Motorola Xoom BARROS 2013 Em 2013 o sistema Android fechou o ano com cerca de 80 do mercado global de smartphones O Gr fico 2 destaca a participa o de mercado dos sistemas operacionais m veis con
321. iros KENNEY e PON 2011 Inicialmente a Nokia buscou desenvolver estrat gia similar da Apple e RIM Blackberry com o sistema operacional Symbian Posteriormente passou a utilizar o Windows Phone Microsoft nos aparelhos smartphones A Samsung chegou a desenvolver o sistema operacional Bada mas passou a utilizar o Android Google Fabricantes de aparelhos como a Samsung LG Sony Ericsson Motorola e HTC devem tomar decis es estrat gicas de licen a de sistema operacional para permanecerem relevantes enquanto operadoras de telefonia celular tem de lidar com desafios diferentes para estabelecer e manter vantagem competitiva para fornecer a infraestrutura de rede f sica KENNEY e PON 2011 A despeito da significativa entrada e competi o entre diferentes sistemas operacionais m veis a partir do ano de 2008 os sistemas iOS Apple e Android Google se estabeleceram com a maior participa o neste mercado com crescimento do Android devido 3 Desde o sistema OS X Lion lan ado em 2011 h mais similaridades do sistema utilizado nos computadores Macintosh com o iOS utilizado nos dispositivos m veis Em 2011 tamb m foi criada a Mac App Store para aquisi o de aplicativos para o Macintosh de forma similar App Store loja virtual dispon vel para dispositivos m veis desde 2007 103 em parte natureza aberta do c digo da plataforma e estrat gia de licenciamento a m ltiplos parceiros Recentemente discute se a partic
322. isesse com o meu telefone Com o jailbreak eu posso fazer isso mas dificulta tanto sabe um mart rio ah eu tenho medo de perder meu jailbreak Que eles deixassem quem quer ter jailbreak que tenha Mas a Apple ainda por cima cria sistemas de seguran a pra prevenir isso e isso eu n o gosto Mas paci ncia se eu continuo comprando produtos deles eu tenho que me sujeitar D P 27 Embora o jailbreak possa ser considerado uma t tica de resist ncia s limita es e fechamentos contra os quais sempre lutaram hackers e movimentos em defesa da liberdade dos usu rios ironicamente Jailbreakers n o est o imunes a novos modos de controle encerrados pela pr tica e estimulados pela contrapartida da Apple frente ao crescente protagonismo das atividades hackers no ambiente mobile Assim a vis o deste grupo de usu rios da tecnologia como explora o em parte rende se a estes novos controles como concluiu D P 5 4 Desertores Eu tinha a expectativa de entrar na festa mas eu fui barrado O grupo aqui denominado Desertores n o constitu do em um primeiro momento por usu rios ativistas engajados em associa es ou causas espec ficas S o antes de tudo usu rios comuns que tentam reunir solu es suficientemente satisfat rias e fazer uso de 224 meios que possam se ajustar melhor s pr prias necessidades materiais e simb licas ROUX 2007 Respondem disson ncia entre os pr prios sistem
323. isso A condi o j n o era t o boa e eu tive que me virar e ir caminhar com as pr prias pernas e eu era estagi rio eles n o me davam nem ticket refei o Eu saia s 6h da tarde e ia direto pra faculdade eu ganhava 600 reais e pagava 490 reais de faculdade e andava SP inteira E com aquele sonho de adolescente de querer ir pro EUA pra conhecer a Apple a garagem onde tudo come ou Tive que vender meu carro mas isso n o foi doloroso o bem material n o t o importante Mas a 145 chegou o pior momento da minha vida porque eu tive que vender os meus dispositivos Apple Eu tava numa encruzilhada j tava devendo mais de um ano de faculdade eu precisava vender sen o eu n o conseguiria pagar a faculdade pra fazer uma rematr cula Eu tinha dois iPods e um MacBook Pro todo branquinho lindo Sentei com minha m e e ela me disse que n o tinha o que fazer Vendi e fiquei muito mal N o pelo bem material foi porque pra mim tinha um sentimento nos momentos de solid o de tristeza era aquela m sica que tocava no meu iPod que me ajudava era o computador que era meu companheiro Pra quem ouve de fora parece uma hist ria piegas e bizarra porque como que um ser humano pode sentir tanto carinho por uma m quina Ent o essa rela o muito intensa ENTREVISTADORA Algum evento te marcou especialmente J tive v rias vezes na Calif rnia Mas foi s nessa WWDC do ano
324. isso mudou o aparelho acho que essa a d vida das pessoas qual vai ser a vantagem do jailbreak D P 27 Muita gente n o faz por medo A minha namorada diz Deus me livre n o n o vou fazer vai estragar B C 26 Um dos entrevistados o estudante de Geografia J S descreveu a pr tica de baixar aplicativos piratas como inerentemente arriscada se o usu rio depende do aplicativo para sua atividade profissional ou outras tarefas importantes Ademais o espa o para experimenta es fica limitado por potenciais consequ ncias negativas relativas instala o de aplicativos crackeados oriundos de fontes n o confi veis Especialmente como no caso de D P dono de um iPhone 4S cuja restaura o ocasionaria a perda do jailbreak e impossibilidade de voltar a utiliz lo at que a comunidade hacker disponibilize a ferramenta para a vers o mais recente do 10S 216 No mundo jailbreak voc pode ter aplicativos que atualizam perfeitamente e tem outros que fica meio complicado Esses de astronomia que eu vi que quando tinha a necessidade urgente de usar eu tinha que compra los porque eu via que eu n o poderia arriscar na hora de apresentar de utilizar o aplicativo de ele ficar inst vel causar certo transtorno e inconveniente J S 23 que eu s instalo o que eu realmente uso eu tenho muito medo de instalar um aplicativo da Cydia e ele fazer meu telefone dar pau Porque no meu iPhone
325. ite para o dia O sistema era limpo simples e permitia que voc fizesse gr ficos Mas o Macintosh e agora o Windows PC s o outra hist ria E a hist ria simples PROGRAMA O E SO PARA OS DESENVOLVEDORES OFICIAIS REGISTRADOS Os Desenvolvedores Oficiais Registrados que fizeram acordos com a Apple e depois com a Microsoft s o os nicos que podem fazer a m gica hoje Isso n o da natureza intr nseca dos computadores atuais E da natureza intr nseca dos neg cios atuais Antigamente voc podia rodar qualquer programa com qualquer dado e se n o gostasse dos resultados os jogava fora Mas o Macintosh acabou com isso O amplo controle dos eventos que os programadores t m negado aos usu rios NELSON 2005 online grifo do autor 67 Em 1985 milhares de computadores pessoais IBM e seus clones estavam presentes nos escrit rios e lares de usu rios comuns CERUZZI 1998 Dificilmente o Mac seria capaz de desafiar a lideran a da IBM e seus clones no ambiente dos escrit rios exceto naqueles onde as habilidades gr ficas eram especialmente necess rias O computador pessoal transformou por completo o ambiente do escrit rio embora n o tenha se tornado uma m quina revolucion ria em um sentido pol tico vislumbrado por Stewart Brand e os membros da contracultura Como sintetiza Ceruzzi 1998 p 280 computadores chegaram at as pessoas mas a um pre o o controle corporativo As ideias inovadoras
326. itui uma das mais leais e atuantes subculturas no campo da computa o Belk e Tumbat 2005 falam do culto marca que permeia a rela o deste grupo com seus equipamentos e dos mitos constru dos em torno da origem da empresa e dos seus fundadores Dado o escopo deste estudo n o pretend amos aprofundar todas as nuances desta rela o mas trazer discuss o alguns dos aspectos que expressam o forte envolvimento destes indiv duos com a marca que pudessem auxiliar na compreens o do fen meno da resist ncia Optamos por denomin los Fanboys termo amplamente utilizado para se referir a um f extremadamente entusiasta sobre algu m ou algo Uma defini o do Urban Dictionary d conta de que um fanboy um f passional de v rios elementos da cultura geek ex sci fi comics Star Wars video games anime hobbits Magic the Gathering etc Nos peri dicos e blogs especializados em tecnologia a express o diz respeito aos f s entusiastas de produtos e marcas em um espectro amplo de reas mas vem sendo comumente associada aos f s da marca Apple e seus produtos MONTEIRO 2013 ANDERSON 2014 5 1 1 Envolvimento com a tecnologia e com a Apple Identificar o envolvimento deste grupo com a tecnologia e com a Apple em particular importante pois indiv duos altamente leais a uma marca tendem a experienciar diferentemente sua apropria o Recentemente resultados de um experimento publicado no Journal of Cons
327. ivos iOS No jailbraking uma loja de apps alternativa instalada no sistema chamada Cydia Store onde podem ser encontrados aplicativos tamb m dispon veis na Apple Store em vers o pirata mas tamb m aplicativos in ditos gratuitos ou para compra A Cydia Store foi desenvolvida por Jay Freeman e considerada a primeira loja de apps Foi lan ada e fevereiro de 2008 mais ou menos na mesma poca em que a Apple abriu o iOS para aplicativos de terceiros Seu nome uma alus o Cydia pomonella o nome cient fico do verme da ma Alguns analistas argumentam que a pr tica do jailbreaking se transformou em uma ind stria lucrativa a qual arrecada anualmente em torno de U 10 milh es em 201 receitas com cerca de 4 5 milh es de usu rios ativos no mundo todo SHAPIRA 2011 Estima se que existam mais de 22 8 milh es de dispositivos 10S jailbroken rodando a Cydia Store PEREZ 2013 Segundo dados da Pinch Media 2009 sobre consumo de aplicativos piratas no iPhone 38 dos 4 milh es de aparelhos jailbroken inclu am aplicativos piratas De acordo com este estudo China Russia e Brasil apresentaram as taxas mais altas de consumo de aplicativos piratas Embora o jailbreaking torne mais f cil a instala o de aplicativos piratas este n o o principal objetivo da pr tica ou das comunidades de hackers que desenvolvem e disseminam as ferramentas O jailbreaking permite ao usu rio a realiza o de uma s ri
328. izadora n o distribui algumas ferramentas que seriam importantes pra ativismo e liberdade mas por outro lado ela tamb m mais rigorosa e n o libera os dados dos seus usu rios pra qualquer um H P 41 J usei Android quando eu era cliente do Samsung em 2010 Acho que um sistema operacional lento e n o gosto da est tica dele O fator est tico me atrai nos produtos da Apple R B 24 A Apple uma empresa de hardware n o de software Ela desenvolve os pr prios sistemas operacionais os softwares os servi os pra vender hardware Macs iPhones iPads E a ela cria um ecossistema um kit de valor de produtos e servi os que imbat vel Voc comprar os produtos e j ter ali uma su te de produtividade de gra a todos os softwares que voc precisa de uma facilidade de uso imensa boa parte das coisas n o ter que fazer configura o nenhuma voc s coloca seu login e senha e automaticamente sincroniza em todos os dispositivos um valor que a Apple cria pro usu rio que acaba prendendo ele dentro desse mundo que Justamente o objetivo da Apple Mas ela uma empresa capitalista antes de tudo Ela n o tem que fazer caridade n o tem porque ser muito aberta e a escolha t do lado do consumidor se ele acha isso uma coisa negativa n o quer se prender a esse mundo prefere coisas mais personalizadas mais abertas o Google t a a pr pria Microsoft A liberdade continua exi
329. jailbreaking assim como as consequ ncias assumidas pelos usu rios como manifesta es desta resist ncia Diversas foram as motiva es iniciais para a decis o de realizar o jailbreak dos dispositivos iOS relatadas pelos nove participantes deste estudo O desejo de personaliza o o acesso a aplicativos gratuitos o desbloqueio de aparelho adquirido no exterior ou a percep o de obsolesc ncia do produto e necessidade de solu o de um problema como no caso de F A 38 anos Fiz jailbreak porque o wifi n o funcionava mais no iPhone 4 por causa da atualiza o que foi fornecida o iOS 7 1 1 No meu iPad comprado em 2010 o aplicativo iFile j n o funciona eu preciso comprar outro se eu tivesse um iPad novo teria sido muito menos traum tico fazer uma apresenta o numa tela min scula do iPhone D P 27 Optamos por reunir as principais tem ticas que emergiram dos relatos dos Jailbreakers relativas s motiva es e vantagens percebidas com a pr tica as quais est o diretamente relacionadas s restri es percebidas no uso de dispositivos iOS 1 Scripts de uso versus desejo de personaliza o 2 Obsolesc ncia de produto e 3 Depend ncia da iTunes App Store versus acesso a aplicativos gratuitos 204 1 Scripts de uso versus desejo de personaliza o Os usu rios de jailbreak reportaram algumas motiva es para a pr tica que s o principalmente relacionadas necessidade de estender as capacid
330. just industry insiders it wasn t really consumer focused Traduzido de in many computer stores people would come in and ask for VisiCalc and then the computer Apple II they needed to run it 63 Com um mercado em franca expans o os microcomputadores eram ainda um convite explora o como cadernos em branco LEVY 2012 p 271 espera do trabalho de programadores e hackers e suas novas aplica es tal como vislumbrou Ted Nelson na d cada de 1970 Embora donos de sistemas operacionais como a Apple e a Microsoft tenham se aventurado na oferta de suas pr prias vers es de software processador de texto por exemplo para competir com aplicativos de terceiros o modelo de neg cio mais bem sucedido para estas empresas foi tornar seus sistemas operacionais suficientemente atraentes para desenvolvedores de software independentes uma vez que seus maiores lucros residiam na venda de plataformas de sistema operacional ZITTRAIN 2008 Este modelo presente na ind stria da computa o chamado plataforma ou mercado two sided em que a intera o entre grupos distintos de clientes promove benef cios m tuos de cria o de valor para a ind stria como um todo Como explica Zittrain 2008 os fabricantes de hardware e de sistemas operacionais de fato consideraram esse um modelo altamente vantajoso e alinhado com os interesses de desenvolvedores independentes de software Isso porque quanto mais desenvolvedores i
331. l com o dom nio de aplicativo 64 hist ria da ascens o dos computadores superando em status a ind stria baseada em hardware O Windows generativo por exemplo porque suas interfaces de programa o de aplica o permitem ao programador retrabalhar em quase qualquer parte das funcionalidades do PC e fornece aos desenvolvedores externos pronto acesso aos inputs e outputs de hardware do PC incluindo scanners c meras impressoras monitores e dispositivos de armazenamento Assim quase qualquer mudan a desejada na forma como o Windows funciona pode ser seguida por c digo disposto no n vel da aplica o As qualidades de um sistema operacional que s o mais importantes t m a ver com tornar a computa o poderosa e o conjunto de tarefas que ela desempenha dispon veis para que uma ampla audi ncia possa adaptar compartilhar e usar atrav s da pronta cria o e troca de softwares de aplica o ZITRAIN 2006 p 1986 Mas para Levy 2012 a tica hacker estava mudando centrada nos microcomputadores de baixo custo de empresas como a Apple Radio Shack Commodore e Atari a produ o e distribui o de softwares havia alcan ado outro patamar Da mesma forma a oferta havia encontrado uma demanda disposta a pagar por softwares e a cren a no livre fluxo da informa o n o mais pressupunha que ela fosse gratuita Nesse est gio computadores e seus pacotes prontos de software se assemelham mais a information appliances do
332. la restri o da qual falavam acredita que porque o processador j era Intel Por outro lado dispositivos m veis s o com maior frequ ncia produtos de entrada no ecossistema da Apple para muitos consumidores brasileiros Este foi o caso do jornalista M D 31 anos que adquiriu o primeiro produto um iPhone 3GS em 2009 da jornalista e mestre em Comunica o C M 25 anos que ganhou um iPod e um iPhone em 2011 e da fot grafa e professora universit ria M M 38 anos que comprou um iPad em 2012 por influ ncia da irm ficamos bastante apaixonados pelo iPad que ela tinha C M assim resume sua experi ncia Os computadores da Apple eram inacess veis pelo menos pra mim Acho que o iPhone tornou a coisa mais real mais pr xima eu tive iPod Touch h uns cinco anos depois o iPhone antes de ter o Macbook depois comprei o iPad Com o iPhone o meu v cio de ficar controlando tudo tipo celular extens o do corpo se tornou uma coisa muito mais concreta C M 24 A maioria dos respondentes teve experi ncia anterior com smartphones de outras marcas como no caso de C M com um Nokia N95 por volta de 2008 ou de M P com um Samsung Galaxy adquirido em 2011 encontrei necessidades que eu n o tinha Entre aqueles que tiveram smartphones antes do primeiro iPhone consenso de que a experi ncia de uso do primeiro smarphone era sensivelmente diferente daquela vivenciada com um dispositivo da Apple como comen
333. larmente publicado entre 1968 e 1972 tornou se a b blia hippie de Menlo Park A publica o arregimentou colaboradores e audi ncias variadas das universidades do governo da ind stria da computa o da cena art stica de Nova Iorque e S o Francisco da comunidade psicod lica da Bay Area entre outros 2 Traduzido de If we were to fix upon this one aspect of the counter culture its mystic tendencies and principled funkiness we would not be doing justice to the deep ambiguity of the movement it is within this same population of rebels and drop outs that we can find the inventors and entrepreneurs who helped lay the foundations of the California computer industry The connections between these two seemingly contradictory aspects of the movement are fascinating to draw out and ponder 32 TURNER 2006 O Whole Earth foi uma publica o contracultural de consumo que combinava um cientismo ecol gico hol stico com um conjunto pr tico de vis es e t cnicas sobre estilo de vida BINKLEY 2003 p 287 A articula o entre os membros da rede de rela es que se formou em torno do Whole Earth se deu a partir do compartilhamento de valores e cren as afinados com a compreens o do potencial impacto social da computa o e da natureza do trabalho em uma ordem econ mica em rede bem como das tecnologias da informa o como met foras para processos sociais TURNER 2006 A Cibern tica oferecia
334. last breaths in The Twilight Zone The Twilight Zone The Obsolete Man Jun 1961 RESUMO z O objetivo geral deste estudo compreender de que forma v m sendo articuladas t ticas de resist ncia cotidiana dos usu rios do ecossistema iOS Apple De forma espec fica buscamos 1 identificar em que medida os usu rios destes sistemas percebem limita es na sua apropria o 2 compreender como s o manifestadas t ticas de resist ncia cotidiana entre diferentes grupos de usu rios do ecossistema iOS 3 discutir poss veis fatores moderadores da percep o de limita es e das t ticas de resist ncia e 4 compreender de que forma o iOS atua em conjunto com estrat gias corporativas de controle da experi ncia de consumo Ao longo da trajet ria da computa o pessoal e da internet a no o de abertura constituiu um valor central na experi ncia do usu rio O PC conectado e aberto a softwares criados por terceiros se consolidou como artefato generativo em ess ncia ZITTRAIN 2006 Sua arquitetura flex vel permitia ao usu rio alterar os prop sitos de usos ao longo da apropria o para al m das configura es imaginadas pelas empresas que os comercializavam Propomos assim uma reflex o acerca do crescente protagonismo de ambientes menos generativos como o caso do ecossistema iOS da Apple Em conjunto tecnologia e estrat gia promovem o discurso de prover experi ncias mais personalizadas otimizadas est
335. lazer eu t com certeza no mobile Eu t vendo que t usando cada vez menos o computador Essa integra o t me fazendo usar cada vez menos o computador Ler e mail not cias ver filmes v deos tudo no mobile D L 31 O estudante de jornalismo R B 24 anos e o analista de projetos J M 38 anos fazem parte do segmento de f s que tiveram o primeiro contato com a marca a partir dos dispositivos m veis Estes usu rios estenderam seu consumo inicial para a aquisi o de um universo maior de produtos que passou a incluir computadores MacBook e reprodutores de m dia Apple TV R B entrou no mundo Apple somente em 2008 por causa do irm o que estava nos EUA 153 trabalha com tecnologia e trouxe a primeira gera o do iPhone para o Brasil ele um par metro para qualidade em produtos tecnol gicos Nessa poca R B tinha um smartphone Samsung e a tecnologia touch screen estava recente mas passou a se interessar por tecnologia na faculdade Depois disso toda fam lia adotou os produtos Apple mas R B faz quest o de explicar A gente n o tinha a inten o de ostentar o produto mas sabendo da qualidade dos produtos da marca a gente pensou que seria um investimento ainda que alto de grande durabilidade J M tem interesse de longa data por tecnologias da informa o com est gios na rea de telecomunica es Fiel marca Motorola por motivos profissionais adquiriu seu primeiro no
336. lgoritmos protocolos MANOVICH 2001 20134 2013b GALLOWAY 2004 inseridos em uma ampla variedade de 253 equipamentos at ent o categorias claramente definidas de produtos telefone m quina de lavar autom vel entre outros Como destacou Doctorow 2012 online Agora temos apenas computadores em diferentes casos isso significa que todos os nossos problemas sociopol ticos no futuro tamb m ter o um computador dentro e um regulador dizendo algo assim Produza isso de tal forma que carros com condu o autom tica n o possam ser programados para fazer uma corrida ete Contrariando o argumento corrente sobre as caracter sticas flex veis e abertas das redes distribu das da internet diversos autores passaram a destacar como estas mesmas redes n o est o imunes a formas variadas de controle MANSEL 1999 GALLOWAY 2004 2011 2013 LESSIG 2006 ZITTRAIN 2006 2008 2011 GALLOWAY e THACKER 2007 GUINS 2009 De que formas o artefato tecnol gico software sistema operacional atua em conjunto com estrat gias corporativas de controle da experi ncia do usu rio Lessig 2006 questinou a cren a de que a internet n o pode ser regulada ou que existe uma ess ncia que est imune ao controle de qualquer entidade Para o autor n o h natureza no ciberespa o das redes eletr nicas mas c digos o software e o hardware que tornam o ambiente das redes eletr nicas o que ele Este c digo pode da
337. lientes nas falas dos entrevistados deste grupo A principal manifesta o de resist ncia expl cita desse grupo se refere pr pria decis o de abandonar o sistema iOS e buscar uma alternativa frente s limita es percebidas Contudo o que observamos que a decis o de migra o do iOS para dispositivos com sistema operacional distinto Android visto como aberto se deu ap s v rias tentativas de lidar com as restri es percebidas De forma geral com o tempo estas restri es levaram a um estado de frustra o e inconformismo que n o puderam ser solucionados com outras t ticas Eu fiquei chateada eu fiquei frustrada A eu falei assim eu n o vou mais comprar nem iPad nem tablet Mas eu precisava porque super pr tico ter um tablet Da na poca eu comprei um telefone maior mas n o foi confort vel pra mim E acabei comprando outro tablet da Samsung Eu hoje tenho um tablet Samsung e o iPad que eu quero vender porque s estava usando para trabalho o Ipad nem atualiza mais As vezes quando eu venho pra c universidade eu penso assim ah se me roubarem eu trago esse iPad n o o outro Samsung Eu penso ah leva esse da iPad risos Naquele l Samsung eu tenho muito mais coisas que eu n o arriscaria perder e o iPad eu quero vender s uma quest o de tempo I V 28 Na avalia o de alternativas a possibilidade de mudan a para
338. lizar a plataforma podem se beneficiar dos seus servi os As pr ticas de hackerismo s o ainda poss veis embora sejam mais complexas EVANS et al 2006 Algumas empresas integram fortemente plataformas de software e de hardware como consoles de videogame e os dispositivos baseados no iOS da Apple enquanto outras se concentram no hardware e deixam que outras empresas forne am servi os para o sistema operacional A Sony por exemplo fornece menos servi os para os desenvolvedores de games no seu PlayStation do que a Microsoft no seu Xbox EVANS et al 2006 A Microsoft opera uma plataforma de tr s lados a partir da qual visa capturar usu rios desenvolvedores de aplica es e fabricantes de hardware Tanto o iPhone quanto o iPad dispositivos pertencentes ao ecossistema de produtos que utilizam o sistema operacional m vel iOS da Apple de algum modo representam a ruptura com os valores essenciais de abertura liberdade e flexibilidade presentes no mundo da computa o pessoal Como destacou Steve Jobs we define everything that is on the phone n o h espa o para a programa o destes dispositivos ZITTRAIN 2011 Dessa forma o ambiente mobile constru do pela Apple iPod iPhone e iPad todos baseados no 10S s o exemplos de ecossistemas nos quais para participar necess rio cumprir determinadas regras Para ter acesso App Store o desenvolvedor de aplicativos doa o controle editorial do produto j que a Apple d
339. lt neo de um conjunto de tecnologias incluindo aplica es de softwares criados para explorar as capacidades dos dispositivos Talukder et al 2010 p 5 definem a computa o m vel como um ambiente de computa o de mobilidade f sica de tal forma que o usu rio deve ser capaz de acessar dados informa o ou outros objetos l gicos a partir de qualquer dispositivo em qualquer rede quando em tr nsito Um sistema de computa o m vel pode estar conectado a uma rede mas esta conectividade n o requisito para caracterizar um sistema de computa o m vel B FAR 2005 A computa o m vel n o pressup e conectividade wireless na medida em que muitos dispositivos baseados em computa o m vel como calculadoras ou rel gios eletr nicos n o disp em de meio de comunica o wireless para se conectar a uma rede Portanto sistemas de comunica o wireless constituem um tipo de sistema de comunica o B FAR 2005 p 7 Assim redes wireless s o utilizadas em sistemas de computa o m vel para facilitar a conectividade mas n o s o sin nimos Evidentemente atualmente n o imaginamos a computa o sem algum tipo de conectividade Por sua natureza a maior parte dos sistemas m veis atuais apresenta conectividade wireless B FAR 2005 Na consolida o da comunica o wireless as telecomunica es exerceram papel essencial a partir do desenvolvimento do conceito de rede celular em 1947 pela Bell Labs Em 1
340. ltamente NEGATIVA Descreva a situa o exatamente como aconteceu 1 2 3 4 Quando o incidente ocorreu Explique por que voc considera esse incidente significativo Que circunst ncias levaram a esta situa o O que voc fez 278 APENDICE E Quadro resumo Incidentes Criticos Fanboys INCIDENTE CRITICO POSITIVO CATEGORIA Excerto Nesses eventos da Apple que eu participei as pessoas acabam me chamando de Jobs dos Pampas porque sabem da minha paix o pela Apple O que eu j salvei de executivos m dicos doutores e pessoas que compraram produtos da Apple e nem sequer sabiam como usar Eu hoje sou requisitado por essas pessoas pra ir nas suas casas configurar os seus produtos Eles n o estudam n o l em manual n o procuram informa o na internet E hoje pra tu usar por completo um programa tu tem que entrar nos protocolos da Apple Eu sou a pessoa que instrui e tem que colocar as pessoas dentro da realidade da Apple e isso uma coisa que eu gosto muito de fazer R S 56 Uma vez eu fui pra Recife no final do ano passado que uma cidade infernal pra conseguir taxi Eu estava com outros colegas pra voltar pro hotel e t nhamos o wifi da empresa E o iPhone 5S tem uma coisa sensacional se o wifi est ruim mesmo conectado no wifi ele passa pro 3G E tava todo mundo tentando chamar taxi conectado no wifi s que ningu m se deu conta que o sinal estava ruim Eu consegui resolv
341. m da possibilidade de integra o do dispositivo com outros dispositivos iOS presen a do ecossistema Como os usu rios da plataforma iOS articulam as tens es entre generatividade e resist ncia na experi ncia de apropria o dos dispositivos Como se d essa articula o considerando se diferentes grupos de usu rios Teriam os ideais hackers da contracultura encontrado um novo canal de express o na apropria o dos dispositivos digitais contempor neos e nas t ticas de resist ncia dos usu rios A resist ncia a uma dada coisa uma rea o de oposi o ainda que assumindo diversas nuances e intensidades a partir da percep o de que algum tipo de restri o se apresenta Na vida mediada por processos computacionais os indiv duos t m consci ncia destas restri es Se sim como respondem a elas Observamos que a resist ncia moderada pelo envolvimento do indiv duo com a tecnologia e pela habilidade da empresa em estabelecer com ele uma rela o de confian a na entrega de uma experi ncia consistente a partir de um ecossistema de produtos atraente a percep o de integra o adiciona valor e consist ncia experi ncia quando a experi ncia com 0 iOS se d com um produto isolado as limita es percebidas se tornam gatilhos para a busca por plataformas ou ecossistemas alternativos A percep o de restri es ou limita es na experi ncia de uso do iOS acompanhada por uma vis o sociot cn
342. m a tecnologia foi sempre a mais hardcore poss vel porque eu gosto muito de todos os gadgets que tu pode imaginar Hoje em dia eu n o consigo ficar nem uma hora longe de pelo menos algum gadget normalmente o celular o Kindle pra ler eu quase n o uso papel a verdade essa eu sou uma pessoa que usa muito eletr nico C M 24 Tanto o mestrando em Comunica o M P 32 anos quanto o economista e consultor em tecnologia V C 41 anos sempre tiveram interesse em programa o V C chegou a criar um website sobre produtos da Palm Pilot no in cio dos anos 2000 viciei naquilo vi que aquilo era o futuro O envolvimento deste grupo com a marca e os produtos da Apple se baseia nos benef cios de produtividade ou mesmo no status oferecido pela marca e uso dos dispositivos m veis mais do que em aspectos emocionais Este grupo claramente reconhece os benef cios de usar os produtos e se utiliza da no o de ecossistema Em sua maioria t m alguma informa o sobre a trajet ria da marca entretanto n o s o especialmente interessados sobre aspectos da sua hist ria nem demonstram entusiasmo especial em rela o aos ltimos acontecimentos envolvendo a marca Esta rela o fica evidente nas narrativas a seguir Tem gente que Macfag completo Eu n o dispenso o Mac mas o iOS eu ja dispenso Eu entrei em contato com o Windows Phone e vi que era bacana se fosse pra substituir n o seria com outro iOS pelo pre o
343. m como o iPod para os tocadores de mp3 Os tablets com recursos pr ximos aos atualmente dispon veis surgiram no final da d cada de 1990 pela fabricante Fujitsu que lan ou o modelo Fujitsu Stylistic 2300 No ano de 2001 os primeiros tablets chamados tablets PCs foram comercializados com o sistema operacional Windows XP Inicialmente utilizados sobretudo para atividades log sticas no ambiente corporativo os tablets ganharam popularidade no mercado consumidor com o lan amento do iPad da Apple em janeiro de 2010 Utilizando tecnologia com tela sens vel ao toque os tablets possuem sistema operacional e recursos que combinam funcionalidades encontradas em computadores e smartphones tais como conex o internet organiza o pessoal e conte dos multim dia Tablets n o s o substitutos dos computadores port teis mas v m sendo considerados extens es dos computadores pessoais De forma semelhante smartphones apresentam grande converg ncia e hibridismo no que se refere aos recursos oferecidos Entretanto o lan amento do iPhone da Apple entre os anos de 2007 e 2008 forneceu uma experi ncia nica para o usu rio retirando o protagonismo da operadora na cadeia de oferta de conte dos digitais Esta quebra das barreiras se mostrou muito positiva para amplia o da oferta destes conte dos que passavam a contemplar um grande cat logo de categorias dos aplicativos de utilidade ao entretenimento Como enfatizam Hazlett et
344. m plataformas de redes sociais ou de chats o IRC ou MIRC eu n o usava em casa s usei depois os chats do Terra e a primeira rede social foi o Orkut mesmo O Twitter eu tenho conta mas at hoje eu n o descobri pra que serve Esta percep o generalizada da pervasividade das tecnologias nas tarefas cotidianas est presente por exemplo na fala da jornalista LV 28 anos cujo primeiro contato com computadores foi na escola em 1998 e atualmente dedica boa parte do seu tempo aos dispositivos m veis meio que uma extens o mesmo uma coisa que j faz parte de ti ter um celular ou estar conectado quando eu chego em casa s vezes eu deixo ele l carregando pra me dar um tempo um pouco parece que tu est demais com o aparelho R F 30 Alguns dos entrevistados deste grupo lembram se da experi ncia de ter um celular Nokia ou Motorola O jornalista e mestrando em Comunica o R F 30 anos teve seu primeiro contato com computadores nos cursos de MS DOS que era uma telinha toda preta e a gente ia dando comandos com umas letrinhas em verde Acredita que atualmente utiliza mais smartphone no seu cotidiano do que computador o qual usa somente para tarefas acad micas e profissionais Seu primeiro celular por volta de 2002 foi um Motorola com o qual permaneceu por v rios anos at comprar outras marcas como Nokia iPhone e Sony Para R F n o h a necessidade em ter v rios dispositivos prefere
345. m store Phone OS Fonte elaborado a partir de dados do XcubeLabs 2011 disponivel em http www xcubelabs com the smartphone app o graphic php Shoutem 2011 dispon vel em http blog shoutem com wp Nota content uploads 201 1 09 mobile app stores history jpg Inicialmente Nokia Ovi Store A partir de outubro de 2011 a Nokia lan ou os primeiros smartphones Lumia 710 e 800 com o SO Windows Phone em uma parceria com a Microsoft com integra o das lojas Nokia Store e Windows Phone Store nestes aparelhos Inicialmente Android Market Inicialmente Windows Phone Marketplace A loja equivalente para tablets com sistema operacional Windows a Windows Store Dados de julho de 2013 Dispon vel em lt http appleinsider com articles 13 07 23 notes of interest from apples q3 2013 conference call gt Dados de maio de 2013 Dispon vel em lt http blogs blackberry com 2013 03 blackberry 10 100000 apps gt Dados de agosto de 2012 Dispon vel em lt http developer nokia com Distribute Statistics xhtml gt Dados de mar o de 2011 Dispon vel em lt http venturebeat com 2011 03 24 samsung app store 100m gt Dados de julho de 2013 Dispon vel em lt http www technobuffalo com 2013 07 24 google 70m android tablets 1 million android apps gt 9 Dados de maio de 2013 Dispon vel em lt http www zdnet com windows phone hits 145000 apps all eyes on the ecosystem
346. m todo A primeira loja da Apple Apple Store inaugurada em maio de 2001 no estado da Virg nia nos EUA seguiu o novo paradigma dispondo os produtos de acordo com modos de usos vislumbrados pela empresa No Brasil a primeira loja oficial operada pela marca s seria inaugurada em fevereiro de 2014 na cidade do Rio de Janeiro At ent o usu rios brasileiros contavam somente com a loja on line da Apple como canal de distribui o exclusivo da marca lan ada no Brasil em 2009 Figura 19 ST TETE Ol Brasil Nossa Apple Store Online oficial j est aberta A Compre agora Concorra 3 um iPod touch ou um iMac durante a nossa insugura o gt od touch Agora com 32 GA ee E o Figura 19 Inaugura o da Apple Store on line no Brasil Fonte BlogiPhone com br 150 Computadores Macintosh agora hubs digitais passariam a se integrar com outros dispositivos da Apple o iPod iPhone e iPad Em 2001 ap s o surgimento do iPod um novo mercado consumidor emerge paralelamente sequ ncia de lan amentos de dispositivos m veis com sistema 10S Os esfor os e estrat gias da empresa se voltam para a constru o de um ecossistema de produtos baseado no sistema operacional m vel iOS e nos recursos da computa o na nuvem Para S M a Apple tem uma trajet ria de inova o mais do que de inven o e isso a torna revolucion ria a Apple transforma objetos de uso em objetos de
347. m usu rio Mac ajudar ele a usar Era uma satisfa o enorme quando tu ensinava algu m a usar um Mac e a pessoa dizia como um Mac mais f cil de usar que um Windows n o quero outra coisa H P 41 O primeiro escrit rio da Apple no Brasil s foi aberto em 1995 O mercado de usu rios que se formava em centros urbanos como S o Paulo era voltado majoritariamente para ag ncias de publicidade e produtoras Com produtos dirigidos a um nicho profissional o jornalista S M acredita que n o havia maiores motiva es para encontros de usu rios com foco em d vidas profissionais que n o pudessem ser sanadas entre colegas no pr prio ambiente de trabalho entre os anos 90 e 2000 os Macs eram m quinas de usu rio tipicamente profissional n o fazia parte do mundo do usu rio dom stico O publicit rio R F concorda quem usava Mac era publicit rio ou trabalhava em uma produtora o que j n o mais verdade hoje em dia Por essa raz o acredita S M em S o Paulo n o foram t o expressivos os eventos de grupos de usu rios os quais tiveram mais for a entre f s de Macs do Sul do pa s ao longo da d cada de 1990 O professor H S acredita que a primeira vez que ouviu falar em computadores da Apple foi em 1982 quando o pai de um amigo de inf ncia analista de sistemas adquiriu um Apple II n o original nos EUA vi que o Apple II era muito melhor do que o TK85 que eu tinha em casa Mas na d cada de 1980 n
348. mail do pr prio Google eles j mandam os links que eu clico dali direto pro Chrome S o limita es que me incomodam um pouquinho mas n o chegam a me irritar diariamente n o algo que me faria pensar em abandonar a plataforma eu consigo contornar R F 28 H alguns anos atr s como a Apple era uma coisa de nicho ela tinha um grande problema de compatibilidade que era uma coisa que inclusive afastava muitos consumidores do mundo Apple Antes do iPhone iPad a 160 comunica o entre os dispositivos da Apple com os da concorr ncia era bem mais limitada Hoje em dia uma maravilha comparado h alguns anos atr s R F 28 Por outro lado onde outros poderiam ver restri es Fanboys tamb m percebem grandes vantagens em utilizar um ecossistema verticalizado A experi ncia de uso de dispositivos iOS e de integra o proposta pela ideia de ecossistema percebida como algo extremamente vantajoso quando n o s o considerados os aspectos de interoperabilidade com plataformas concorrentes Sempre que me perguntam eu falo que as coisas funcionam muito bem juntas A Apple TV s voc apertar um bot o e t l na tela Ent o tudo que eu vejo que tenho na minha casa e se a Apple tem uma solu o eu vou l e compro da Apple D L 31 Meu pai tem uma Apple TV e ela se conecta com o iPhone com iPad Tudo se encaixa mais f cil na minha fam lia essa uniformiza o Todos os
349. mas as manifesta es de agenciamento isto a capacidade mediada socioculturalmente de agir de modo propositado e por vezes criativo diante de imposi es coercitivas e estados de domina o impedindo fortalecendo ou catalisando mudan as em normas san es hierarquias culturais e sociais FREIRE 2007 A resist ncia expressa assim a impossibilidade do indiv duo de aceitar um determinado esquema que foi negativamente avaliado emergindo quando as caracter sticas de um dado est mulo entram em conflito com representa es pr estabelecidas ROUX 20074 Ou ainda a resist ncia diz respeito ao modo pelo qual indiv duos ou grupos praticam uma estrat gia de apropria o em resposta a estruturas de domina o POSTER 1992 p 1 Foram as cr ticas vis o de mundo fechado de organiza es hierarquizadas que fragmentavam a psicologia humana e criavam uma gera o de tecnocratas aos computadores e automa o como for as deterministas da nova ordem social assim como a amea a da guerra nuclear do p s Guerra que eclodiram na forma de movimentos de resist ncia representados pela ideia de uma contracultura Para entender como a economia informacional passou a representar um novo locus de mudan a pol tica e cultural e n o mais for a opressora preciso entender a contracultura em suas diferentes manifesta es e movimentos com frequ ncia contradit rios 2 O tema da resist ncia ganhou desta
350. mation as they move through the computer What did they look like Ships Motorcycles Were the circuits like freeways I kept dreaming of a world I thought I would never see And then One day I got in The Grid Daft Punk Weiser 1991 cunhou o termo computa o ub qua para descrever o processo de normaliza o da tecnologia quando ela incorporada vida cotidiana das sociedades de tal forma que se torna impercept vel ou invis vel Dispositivos heterog neos sistemas operacionais linguagens de programa o e aplica es conectados em rede e forte integra o com o ambiente real s o fatores essenciais para favorecer a intera o e invisibilidade das tecnologias atualmente presentes em smartphones computadores netbooks e ultraport teis werable computing computa o vest vel e computadores tablets entre outros No presente cap tulo apresentamos os atuais dispositivos m veis como resultantes do encontro das telecomunica es com a computa o e a internet Iniciamos discutindo aspectos relativos origem das telecomunica es e das formas de comunica o wireless A conectividade ub qua um fator de grande relev ncia no modo como v m sendo configurados estes dispositivos inseridos em ecossistemas de entretenimento 3 1 Aspectos hist ricos da mobilidade e da computa o ub qua Para al m da pervasividade dos dispositivos m veis refletida nos in meros reports de dados estat
351. melhor essa mudan a de paradigma Depois de um tempo o usu rio come a a entender o porqu Mas a Apple um pouco impositiva nesse sentido sim ENTREVISTADORA Na tua opini o por que a Apple faz estas mudan as Eu acho que por uma evolu o natural eles n o tem medo de evoluir isso uma tradi o antiga na Apple Eles quebram compatibilidades com muita tranquilidade isso nunca foi tabu na Apple Acredito que eles acham que isso melhor e pronto Isso eu nem considero um erro eu considero uma estrat gia da empresa A Apple n o tem pena de mudar radicalmente Ela n o tem pena dos usu rios Steve Jobs falava muito isso n o o usu rio que tem que escolher o que ele quer a Apple que tem que mostrar pra onde ele deve ir Ele tinha uma frase que n o dele que ele falava era de um jogador de h quei eu n o tenho que patinar pra onde a bola est e sim pra onde ela ira Acho que esse pensamento se propagou pela Apple V C 41 5 2 3 T ticas e manifesta es de resist ncia T ticas de resist ncia com rela o aos scripts de uso passam pelo desejo de ampliar o potencial dos dispositivos vistos como limitados para o acesso a determinados conte dos Alguns entrevistados relataram a necessidade de emprego de emuladores de jogos softwares que simulam ou reproduzem as fun es de um dado ambiente S o comuns na internet tutoriais que ensinam como utilizar emuladores de
352. mexer em tudo V C 41 Essas limita es s o para geeks e nerds n o uma limita o para o p blico em geral que eles querem controlar tudo A Apple n o te d o controle ela bloqueia uma s rie de coisas mas voc n o tem que mexer com 2 aquilo voc n o um programador voc um usu rio Ent o os programadores os geeks e nerds ficam bravos com isso Quando voc chega num Android voc tem a liberdade de fazer absurdos com o telefone mexer em reas do sistema enquanto a Apple n o d esse acesso ela bloqueia se voc quiser programar aqui vai ser desse jeito vai funcionar dessa forma vai ter essa imagem v o ser essas telas e esses cones porque isso d consist ncia pro usu rio final entende V C 41 A media o contempor nea e ub qua dos softwares vislumbrada por Lev Manovich pressup e sua invisibilidade para os indiv duos um tra o marcante nos relatos dos respondentes deste grupo Os sistemas operacionais s o ferramentas invis veis invisible engines EVANS et al 2006 Para V C os produtos da Apple s o legais porque voc esquece que voc tem eles Como no paradigma tecno industrial em que a tecnologia subjacente dos artefatos dom sticos importava menos do que seus benef cios pr ticos HANSMAN et al 2003 o Usu rio Padr o de ecossistemas de entretenimento digital n o hesita em trocar o que percebe como sistemas flex veis mas vulner veis pela
353. ming civil war over general purpose computing BoingBoing 23 Ago 2012 Disponivel em lt http boingboing net 2012 08 23 civilwar html gt Acesso em 23 mar 2014 DORMEHL Luke A revolu o Apple Steve Jobs a contracultura e como os loucos dominaram o mundo Rio de Janeiro Alta Books 2014 DREDGE Stuart Google I O 2014 smartwatches Google fit and Android Lollipop The Guardian 25 Jun 2014 Dispon vel em lt http www theguardian com technology 2014 jun 25 google io 2014 fit android lollipop gt Acesso em 15 set 2014 EATON Ben ELALUF CALDERWOOD Silvia SORENSEN Carsten YOO Youngjin Dynamic structures of control and generativity in digital ecosystem service innovation the cases of Apple and Google Mobile App Stores Working Paper Series n 183 London School of Economics and Political Science 2011 EVANS David S HAGIU Andrei SCHMALENSEE Richard Invisible Engines how software platforms drive innovation and transform industries Cambridge The MIT Press 2006 FEIJ O Claudio MAGHIROS Ioannis ABADIE Fabienne GOMEZ BARROSO Jos Luis Exploring a heterogeneous and fragmented digital ecosystem mobile content Telematics and Informatics n 26 p 282 292 2008 FISCHMANN Rafael Apple Brasil condenada em processo que a acusa de ter feito obsolesc ncia programada com o iPhone 3G MacMagazine 25 Abr 2014 Dispon vel em lt https macmagazine com br 2014 04 25 apple brasil
354. mo o console PlayStation da Sony ou o gravador de v deo TiVo popular no mercado norte americano EVANS et al 2006 Evans et al 2006 assim descrevem a presen a dos sistemas operacionais nas tecnologias informacionais e de entretenimento contempor neas Se voc tiver um telefone celular RAZR um computador pessoal Windows PC um gravador de v deo digital TiVo um cart o de cr dito franc s um Xbox ou um Palm Pilot voc est usando um sistema operacional Se voc comprou qualquer coisa no eBay ou fez buscas no Google voc o utilizou tamb m Todos estes produtos t m na sua ess ncia uma plataforma de software um programa de software que disponibiliza servi os para outros programas de software por meio de Interfaces de Programa o de Aplicativos APIs Estas plataformas de software fazem parte do cora o das economias ou ecossistemas que consistem em comunidades de neg cios e consumidores mutuamente dependentes que t m uma rela o simb lica com a plataforma EVANS et al 2006 p vii 4 Traduzido de If you have a RAZR mobile phone a Windows personal computer PC a TiVo Digital Video recorder a French credit card an Xbox or a Palm Pilot you are using one If you have bought anything on eBay or searched on Google you have used one too All these products have at their core a software platform a software program that makes services available to other software programs through Application
355. mplificada Quando voc criava um arquivo mais sofisticado pelo Mac e ele sincronizava e ia pro iPad ele simplificava a vers o do arquivo pra poder ser 192 visualizado e editado nos dispositivos m veis Isso criava um problema porque quando o arquivo voltava pro Mac ele voltava mais simplificado Acho que isso acontecia porque a Apple nunca teve uma tradi o de rede internet e tal e ela criou uma s rie de produtos Hoje tem o iCloud que o Dropbox da Apple mas ela n o te deixa mexer em nada ent o voc n o pode pegar um arquivo de Pages editor de texto da su te iWork e arrastar para outros diret rios voc n o v diret rios O iCloud sabe que o arquivo do Pages e ele sempre vai abrir no Pages onde quer que aquele programa esteja instalado Ent o isso de voc editar um arquivo em um dispositivo e bagun ar tudo n o era pra ser assim Ent o o que a Apple fez foi piorar a vers o do iWork para desktop tirar uma s rie de funcionalidades pra compatibilizar ela com o iPad e iPhone e da por diante evoluir junto nos dispositivos 10S e nos Macs Mas essa quebra foi t o radical que arquivos que voc tinha feito no dia anterior atualiza o n o abriam no dia seguinte Eles deixaram as duas vers es do iWork por um tempo mas isso n o ficou claro E esse tipo de coisa aconteceu muitas vezes na hist ria da Apple Eu acho que em 99 dos casos essa quebra que a Apple faz para
356. na o de artefatos de alta performance com liberdade para a otimiza o e personaliza o Jailbreakers buscam emular as propriedades generativas providas pelos computadores conectados Os participantes relataram motiva es relacionadas necessidade de estender as capacidades dos aparelhos por meio de uma maior abertura do 1OS personaliza o e modifica o Tamb m quero ter acesso rvore aos arquivos como se fosse um computador como quando tu vai em Meu computador na raiz do teu sistema eu posso mover meus arquivos pra onde eu quiser D P 27 Uma quest o que surgiu ao longo do estudo foi por que estes usu rios que percebem tantas restri es nos seus dispositivos respondem a estes elementos incongruentes com a modifica o do sistema operacional jailbreaking que requer como vimos a pesquisa e a aprendizagem cont nuas da pr tica em vez da deser o a partir da troca por dispositivos com sistemas operacionais tidos como mais flex veis e abertos Quando adquiri o iPad eu vi que ele poderia ir muito mais al m n o s pela ferramenta jailbreak mas ele apresenta uma qualidade eu vi que tinha muita coisa que eu podia fazer Eu trabalho com astronomia faz tempo o 207 estudo a pesquisa desde muito crian a Eu vi que utilizando esse aplicativo o iPad esse projetor digital e algum culos 3D eu poderia estender a atividade da astronomia que algo que eu j fa
357. nda que estas possibilidades vislumbradas n o tenham for a suficiente para promover neste grupo qualquer a o mais combativa em rela o marca tal como a troca de plataforma Nesse sentido quando questionados Fanboys refletem sobre possibilidades que v o al m dos caminhos oferecidos pela empresa e podem desejar definir eles mesmos seu pr prio caminho Neste estudo emergem pelo menos tr s tem ticas relativas a elementos incongruentes ou limita es percebidas no uso de dispositivos 10S nas narrativas dos Fanboys 1 Scripts de uso 2 Decis es de ecossistema e 3 Depend ncia da iTunes App Store 1 Scripts de usos Nos relatos sobre a apropria o dos dispositivos iOS observamos que h modos esperados de consumo por parte da empresa ou scripts como chama De Certeau 1984 os quais s o percebidos pelos usu rios Em alguns casos estes caminhos s o adotados em outros por m determina es externas se chocam com as propriedades marcadamente pessoais dos dispositivos m veis como sugeriram Katz e Aakhus 2002 A impossibilidade de maior personaliza o dos dispositivos foi percebida como uma limita o Talvez falte uma personaliza o maior visual do sistema como um todo da tela bloqueada disposi o de cones a Apple faz um grid uma predisposi o de coisas que o m ximo que voc troca a posi o dos cones e o papel de parede n o tem muita flexibilidade em rela o a i
358. ndependentes escrevessem novos c digos e estes ganhassem ades o dos usu rios maior o efeito de rede isto maior o valor dos computadores para mais pessoas A partir de uma arquitetura t cnica ou sistema operacional Windows Mac ou outro n o era dif cil escrever e rodar novos c digos Na realidade os fabricantes do hardware devem escrever softwares que forne am ao computador novas funcionalidades depois que ele deixar o ambiente da f brica Significa dizer tamb m que desenvolvedores de um determinado software n o necessitam persuadir os fabricantes de hardware para permitir que o software opere em seus computadores tampouco persuadir os usu rios finais a adquirem uma nova m quina para poderem desfrutar do software O desenvolvedor necessita apenas persuadir usu rios a adquirirem o software e a partir da n o h maiores obst culos com rela o plataforma onde este software funcionar ZITTRAIN 2008 Dessa forma o potencial generativo de m dias baseadas em computa o depende pouco do fato de o seu sistema operacional ser livre e aberto ou propriet rio e fechado ZITTRAIN 2006 p 1986 Segundo este argumento sistemas propriet rios como o Windows caracterizam uma tecnologia generativa que predominaram na segunda metade da 5 Conforme destaca Zittrain 2008 o caso antitruste da Microsoft na d cada de 1990 surgiu justamente a partir da tentativa da Microsoft de combinar o dom nio de sistema operaciona
359. ndo Coleman 2010 online esta a origem transgressiva dos prim rdios do hackerismo A independ ncia institucional dos phreakers em combina o com algumas influ ncias pol ticas anteriores tais como as dos Yippies Youth International Party foi feita por uma classe de tecnologistas cujas sensibilidades est ticas e pr ticas lingu sticas provaram ser mais desafiadoras vibrantes audaciosas e mais transgressivas do que dos hackers de universidades do MIT Carnegie Mellon e Stanford 3 Traduzido de The institutional independence of phreakers in combination with some early political influences such as the the Yippies Youth International Party made for a class of technologist whose aesthetic sensibilities and linguistic practices proved to be more daring vivacious audacious and more transgressive than university based hackers at MIT Carnegie Mellon and Stanford 37 1 3 1 Phone Phreaks A expans o da rede de telefonia norte americana American Telephone amp Telegraph AT amp T e o monop lio do Bell System foram os contextos utilizados por um grupo pioneiro de estudantes e entusiastas da tecnologia que buscavam explorar as vulnerabilidades das linhas de telefonia Em meados da d cada de 1960 com apogeu entre 1960 e 1970 os phone phreaks jun o das palavras phone e freaks como ficaram conhecidos os hackers de sistemas de telefonia formaram uma rede dedicada a explorar estas vulnerabilidades em contrap
360. ndo atualiza es no Android voc tamb m pode utilizar um Android que n o vem no seu aparelho voc acaba conseguindo baixar outra vers o e o seu aparelho continua atualizado mesmo que seu telefone n o esteja mais no mercado Eu por exemplo uso um Galaxy S2 que n o t mais no mercado hoje j tem a vers o S5 ou seja o meu aparelho de tr s gera es atr s e t funcionando como se eu tivesse comprado ontem Eu uso a vers o do Android mais atualizada Eu penso que por a Apple ter um nicho voltado a pessoas com classe social maior do que o dos usu rios Android ent o a Apple sabe que n o vai mais atualizar a partir de tais vers es porque n o interessa porque ela sabe que o usu rio dela vai evoluir junto com a plataforma e o que acontece com quem muito dependente da Apple Com o Android voc tem a liberdade de usar diferentes categorias de Android se eu quiser utilizar uma vers o um pouco mais antiga eu posso Eu posso fazer um downgrade Teve agora uma atualiza o em que nos iPhones 4S que se voc for ver j t o ultrapassados o wifi parou de funcionar aconteceu com dois colegas meus Isso algo que pra Android eu nunca vi acontecer M K 30 237 5 4 3 T ticas e manifesta es de resist ncia T ticas e manifesta es de resist ncia se mostram associadas experi ncia com dispositivos iOS de formas variadas e s o particularmente sa
361. ndrew STRZEMPKA Katie iPhone and iOS forensics investigation analysis and mobile security for Apple iPhone iPad and iOS devices Waltham Elsevier 2011 HUCKABY Tim Thoughts on Microsoft Build 2013 and the Worldwide Partner Conference 18 Jul 2013 Dispon vel em lt http devproconnections com windows development thoughts microsoft build 2013 and worldwide partner conference gt Acesso em 6 jun 2014 IDC s Worldwide Smart Connected Device Tracker Forecast Data Maio 2013 Dispon vel em lt http www idc com getdoc jsp containerld prUS24154913 gt Acesso em 10 jan 2014 IDC Worldwide Quarterly Smart Connected Device Tracker Fevereiro 2013 Dispon vel em lt http www idc com getdoc jsp containerld prUS23958513 gt Acesso em 3 jun 2013 IDC Worldwide Quarterly Mobile Phone Tracker Maio 2013 Dispon vel em lt http www idc com getdoc jsp containerld prUS24108913 gt Acesso em 15 jun 2013 IDC Worldwide Tablet Tracker Maio 2013 Dispon vel em lt http www idc com getdoc jsp containerld prUS24093213 gt Acesso em 15 jun 2013 264 iOS a visual history The Verge 16 Set 2013 Dispon vel em lt http www theverge com 201 1 12 13 2612736 ios history iphone ipad gt Acesso em 5 jan 2014 ISAACSON Walter Steve Jobs a biografia S o Paulo Companhia das Letras 2011 JESDANUN Anick Trinta anos depois do lan amento Mac ainda influente Folha de S o Paulo 24 Jan 2014
362. niversidade eu j vou assistindo eles sem depender do meu computador e n o ter que pagar pra loja da Apple Usar aplicativos que rodam v deo que os que tem na App Store n o rodam Hoje eu t usando o Infuse que at tem na Apple Mas antigamente eu s podia rodar v deos que fossem em formato especifico da Apple ent o me limitava muito D P 27 A obsolesc ncia de produtos solucionada buscando aplicativos ou mods encontrados na Cydia Store que enganam o sistema operacional ou aqueles aplicativos que exigem modelos mais recentes de aparelhos para funcionar Pra otimizar o desempenho do meu iPad 1 que j antigo de 2010 eu uso aplicativos que eu s encontro na Cydia s vezes eu n o consigo instalar alguns apps porque n o tem c mera Da eu fiz um mod que pra quando este app for detectar se eu tenho c mera ele diga sim tem c mera R O 29 poss vel observar que necessidades particulares dos usu rios se apresentam em constante negocia o com os padr es de usos estabelecidos pela empresa em conson ncia com suas estrat gias de lock in No caso dos Jailbreakers como sugeriu Haralanova 2012 a no o de empoderamento se d a partir da posse e do controle completo sobre a m quina para al m dos scripts fornecidos por designers e produtores bem como da abertura da 213 caixa preta aprendizagem e readequa o da m quina e seus recursos s pr p
363. no de um n mero ainda crescente de usu rios e refletem um cen rio em que a internet passou a exercer forte influ ncia na dire o do desenvolvimento da ind stria do software cada vez mais configurado para capturar recursos da internet Uma das raz es para esta configura o diferenciada no ambiente m vel o modo como os usu rios consomem conte do em diferentes m dias e tecnologias que d o suporte a estas m dias No ambiente m vel as a es dos usu rios t m dura o mais curta com frequ ncia em fun o da mobilidade e das caracter sticas da pr pria interface em geral com telas menores Mas um dos fatores mais significativos para estas diferen as reside nas possibilidades de customiza o e integra o do aplicativo com as caracter sticas do hardware ou do sistema operacional m vel Em outras palavras aplicativos nativos desenvolvidos para aparelhos iPhone da Apple necessitar o funcionar na sua plataforma propriet ria 10S ou no Windows Phone para aparelhos Nokia e assim por diante Adicionalmente os usu rios devem fazer o download do aplicativo nativo e instal lo no dispositivo a partir de uma loja de aplicativos Entretanto a distin o entre aplicativos Web e nativos est se tornando cada vez mais t nue na medida em que navegadores m veis v m ganhando acesso direto ao hardware de 82 Conforme defini es da GIA Global Intelligence Alliance 83 Tamb m chamados servi os baseados na Web 96
364. ns 200 pilas a troca do bot o 223 O que me prejudicou foi a quest o do jailbreak no aparelho eu perdi a garantia J R 29 Houve pelo menos um incidente negativo relatado que chamamos de barreiras culturais em que o usu rio n o compreendeu instru es ou informa es sobre determinados aplicativos disponibilizados somente em l ngua inglesa O Cydia apesar de ser em portugu s as descri es dos aplicativos s o todas em ingl s E tem muito mais propaganda que na Apple Store Uma vez eu instalei uma coisa que eu n o sabia o que era porque na descri o eu n o consegui entender e no site que eu pesquisei era um aplicativo pra poder baixar todos os jogos pagos de gra a e eu fui ver depois e n o era isso Da tinha que usar o cart o pra fazer a conta no aplicativo S que n o era isso era algo que cobrava Eu instalei e n o usei porque eu vi depois que cobrava e da desinstalei e n o cheguei a usar Frustra o n N o era o que anunciava mas o aplicativo em si n o era pago ent o tu n o gosta tu exclui n Fiquei meio com receio de ter inserido meus dados de cart o mas nunca aconteceu nada B C 26 O que eu queria era como o Google faz O Samsung Galaxy 4 tu pode comprar ou da Samsung ou do Google Se tu comprar o do Google ele vem totalmente liberado e tu pode fazer o que quiser O da Samsung vem com alguns bloqueios Eu queria da Apple essa op o pra eu fazer o que eu qu
365. nte mas tamb m serviu como f rum textual dentro do qual diferentes comunidades de artistas a acad micos podiam compartilhar informa o a partir de uma linguagem comum a Teoria de Sistemas TURNER 2006 Como representante da vis o de mundo dos New Communalists a publica o ajudou a moldar atitudes e cren as em rela o tecnologia configurando a percep o popular acerca das redes de computa o dos anos 1990 TURNER 2006 As cren as e as redes de leitores e colaboradores que as desenvolveram juntamente com a publica o em si ajudaram a criar as condi es culturais sob as quais microcomputadores e redes de computadores podiam ser imaginados como ferramentas para a libera o e os participantes se tornarem independentes e colaborativos TURNER 2006 p 73 A celebra o dos ideais contraculturais dos New Communalists em simult neo da cultura tecnocr tica mainstream da qual emergiu e a qual criticou n o evidenciam exatamente uma contradi o mas uma ressignifica o da met fora computacional Os valores de libera o individualidade empreendedorismo holismo transcend ncia e colabora o compartilhados nas p ginas e redes de comunidades em torno do Whole Earth representam a s ntese das vis es de diferentes movimentos Dessa forma tecnologias informacionais em pequena escala eram idealizadas como meio de transforma o da mente individual e atrav s dela do mundo TURNER 2006 Ideais igualit rio
366. nternet mas n o era muito did tico n o previa os erros que o usu rio podia ter R F 30 Nunca cogitei fazer jailbreak porque eu tinha muito medo do meu iPhone n o funcionar mais de bloquearem minha conta me identificarem ent o eu preferia pagar pelo aplicativo M K 30 A repentina falta de acesso a aplicativos e fun es at ent o utilizados percebido como consequ ncia de uma pol tica da empresa de obsolesc ncia de produto Eu me lembro que o aplicativo Whatsapp quando eu baixei a primeira vez ele era gratuito e eu acabei fazendo o upgrade do sistema operacional do iPhone e quando eu fiz isso o Whatsapp desapareceu A eu entrei na App Store e dizia que agora eu tinha que pagar U 0 99 Foi a nica vez na vida que eu me resignei e pensei em pagar pelo aplicativo da dessa vez eu coloquei os dados do meu cart o mas quando chegou na tela seguinte dizia que se j tivesse tido o Whatsapp anteriormente n o precisava pagar nada T S 37 Para lidar com a obsolesc ncia do produto N o tem o que fazer Ou voc compra um modelo mais atualizado ou a ltima gera o do aparelho e da voc vai pagar no Brasil quase 3 mil reais ou voc vai pra outra plataforma Eu tenho mais coisas pra fazer com meu dinheiro do que ficar atualizando todo ano o telefone da chega um momento que voc para e pensa pra que ficar atualizando o aparelho Eu prefiro ir pra uma plataforma aberta q
367. o necess ria uma an lise mais aprofundada de cada grupo Um sistema de categorias gerado de forma semelhante ao proposto por Strauss e Corbin com nfase nas etapas de codifica o aberta e seletiva bem como nestes elementos de similaridade e contraste entre grupos 130 Na fase de codifica o aberta foram examinados os textos transcri es das entrevistas com o intuito de identificar categorias salientes para cada indiv duo e para cada grupo as quais foram sistematicamente comparadas e contrastadas Este processo foi realizado at a satura o quando a an lise n o produz novas categorias buscando reduzir a base de dados a um conjunto menor de temas que melhor representassem o fen meno investigado Flick 2004 sugere que cada entrevistado para cada grupo seja tomado como caso nico em um primeiro momento com breve descri o inicial de algum aspecto do perfil do entrevistado conforme a relev ncia para o tema da pesquisa Em um segundo momento a codifica o seletiva foi aplicada para gera o de dom nios tem ticos para cada caso at a defini o de uma estrutura tem tica que subjaz an lise dos v rios casos Esta estrutura que serve como base para an lises subsequentes deve ser continuamente checada para cada novo caso a fim de incluir aspectos novos ou contradit rios quando necess rio Por fim buscamos esclarecer as rela es poss veis paradigma da codifica o STRAUSS e CORBIN 1990 entre o
368. o CERUZZI 1998 At ent o al m dos mainframes havia as calculadoras program veis com arquitetura ad hoc fechadamente guardada pelo fabricante Estes aparelhos informacionais information applicances que usavam chips especializados para o c lculo num rico dificilmente viriam a formar as bases para um computador de prop sito geral general purpose computer CERUZZI 1998 Era necess rio um conjunto de circuitos integrados capaz de incorporar a arquitetura b sica de um computador de prop sito geral o que somente foi poss vel quando o microprocessador surgiu Quando a Intel foi solicitada a criar um sistema de prop sito espec fico para um cliente percebeu que a estrat gia de desenh lo para prop sito geral utilizando somente o software para adapta o s demandas espec ficas do cliente tornaria seu mercado de atua o menos restrito CERUZZI 1998 O microprocessador surgiu a partir desta percep o e em 1974 encontrou a for a convergente dos usu rios de sistemas time sharing que j utilizavam minicomputadores PDP 10 em um esfor o cont nuo para tornar p blico o acesso computa o por meio dos Projetos Resource One e Community Memory Embora a Intel tenha desempenhado papel fundamental na introdu o do microprocessador e no desenvolvimento de pacotes educacionais e kits que inclu am o microprocessador chips RAM e ROM para a ind stria com o intuito de disseminar a cria o de computadores
369. o caminho que tu quer de transfer ncia de arquivo de A pra B e n o de B pra A isso algo muito negativo Tu te sente preso a algo que tu n o deseja tu n o queria que fosse daquele jeito Se as m sicas s o minhas eu quero compartilhar com quem eu quero Daf o meu amigo ainda me falou mas tu tem um telefone de 2 mil reais e n o consegue transferir m sica dele pro meu computador R R 24 Pode ser a coisa mais simplista mas a coisa mais negativa foi quando eu descobri que n o tinha r dio no iPhone Quer dizer tem r dio mas s funciona via wifi e 3G Tu t ali andando na rua e pega um Nokia e da tu liga ali um radiozinho e escuta e com o iPhone n o Isso pra mim a coisa mais negativa que existe Eu descobri depois de comprar quando eu pensei bah vou escutar um r dio da eu vi que n o tinha Bah at vergonhoso isso de n o ter r dio Da eu fui pra internet pra descobrir se n o tinha mesmo ou se tinha um aplicativo de r dio e havia mas tudo pra funcionar por wifi e 3G foi uma frustra o Da meus amigos fazem piadinha n Porque da tem aqueles que s o mega f s da Apple e aqueles que s o contra Isso n o me afeta mas ent o agora eu acompanho um blog chamado blogdoiphone com e semanalmente eles disponibilizam uma lista de aplicativos que est o mais baratos ou est o de gra a Ent o eu descobri o Tuneln e baixei no iPhone e iPad M P 32 S o as dificuldades para apag
370. o do aparelho e lia em pdf eu jogava joguinhos que eu tinha baixado por causa do jailbreak Era um passatempo pra mim Isso foi muito positivo Tu ter um aparelho que vai ocupar a tua aten o por uma hora e isso era di rio J R 29 INCIDENTE CR TICO NEGATIVO foco no jailbreak CATEGORIA Excerto foi justamente na tentativa de atualizar os aplicativos Voc restaura da deixa o aparelho todo como original de f brica utilizando a vers o mais atual do iOS e quando voc instala o jailbreak um processo lento Me recordo que teve pelo menos uma vez que eu fiquei at bem tarde procurando uma maneira de solucionar uma probleminha que deu Eu tinha atualizado ele o iOS pra ltima vers o e tentava fazer o jailbreak uma duas foram umas cinco tentativas com o programinha que a gente baixa pra iniciar todo o processo Era bem simples toda a atividade mas eu n o tava entendendo por que n o tava pegando Da a gente tem que t lendo todos os coment rios pra ver se t tudo certo o que t acontecendo E aquele 1 que relatava problema n o mostrava exatamente o problema que eu tinha Da eu percebi que por um descuido eu n o tinha visto que era um problema de atualiza o A foi bem complicado mesmo foi angustiante na poca ENTREVISTADORA E como voc resolveu Eu s resolvi porque fiz todo o processo de novo desde o in cio pra ver onde eu errei como se fosse uma conta ma
371. o do iOS 3 Principais motiva es que o levaram a realizar jailbreak e Oqueo motivou a fazer o jailbreak Quando ocorreu e como foi a experi ncia Como foram as experi ncias seguintes Pretende continuar a usar dispositivos m veis da Apple Por qu E pretende continuar com o jailbreak Por qu 215 4 Instru es para relato do Incidente Cr tico na experi ncia de jailbreak INCIDENTE POSITIVO Considerando sua experi ncia com jailbreak pense em uma situa o marcante que voc tenha vivido e que tenha sido altamente POSITIVA Descreva a situa o exatamente como aconteceu 1 2 3 4 Quando o incidente ocorreu Explique por que voc considera esse incidente significativo Que circunst ncias levaram a esta situa o O que voc fez INCIDENTE NEGATIVO Considerando sua experi ncia com jailbreak pense em uma situa o marcante que voc tenha vivido e que tenha sido altamente NEGATIVA Descreva a situa o exatamente como aconteceu 1 2 3 4 Quando o incidente ocorreu Explique por que voc considera esse incidente significativo Que circunst ncias levaram a esta situa o O que voc fez 276 APENDICE D Roteiro de Perguntas Desertores 1 Perfil do entrevistado e Idade e Sexo e Regi o onde vive e Escolaridade Forma o e Ocupa o Atividade profissional 2 N vel de envolvimento e Envolvimento com a tecnologia em geral a Como sua rela o
372. o e f cil de usar do que no sistema Android no que se refere a uma experi ncia padr o Neste caso a experi ncia com dispositivos iOS seria mais vantajosa para usu rios menos letrados na gram tica da tecnologia que n o buscam explorar o sistema em todo seu potencial Por outro lado o sistema Android teria uma interface relativamente menos intuitiva e tamb m seria uma plataforma adequada para aqueles que desejam uma experi ncia menos convencional que nem a diferen a entre 244 o Mac e o Linux o Linux depois que voc aprende a gram tica da coisa voc v que a vida pode ser mais f cil com menos frescura Por fim os relatos deste grupo demonstram grande insatisfa o com as limita es percebidas nos modos de uso de dispositivos 10S e reiteram argumentos que justificam a decis o de migrar para outras plataformas consideradas mais flex veis Para os usu rios que migraram para o Android o ecossistema do Google atrav s dos servi os integrados oferece maior liberdade um valor fundamental para este grupo Z Hoje a gente tem um recurso super importante que o servi o de localiza o Se eu perdi meu telefone eu deixo ele ativado e se ele tiver bateria eu consigo localizar e se a bateria morrer eu consigo pegar a ltima localiza o que ele teve Eu acesso minha conta no Google e ele vai me dizer onde o telefone est Semana retrasada eu fui pra SP que enorme se eu n o tivesse meu GPS
373. o era f cil ter acesso a um equipamento da Apple no Brasil Foi somente na faculdade em 1994 que H S pode utilizar computadores Macintosh e posteriormente adquirir seu primeiro Mac Sobre os primeiros Macs vendidos no Brasil em meados da d cada de 90 H S relembra era um Mac fraquinho em termos de hardware o Performa 630 mas eu consegui comprar um e podia usar Mac em casa e eu achava isso o m ximo Os anos 90 s o vistos entre os f s da Apple como emblem ticos para a empresa e as transforma es pelas quais passaria na d cada seguinte Ap s quase uma d cada de decis es equivocadas e produtos mal sucedidos a empresa voltava a competir no cen rio da 137 computa o pessoal A imagem de empresa rebelde da contracultura perdida neste per odo retornaria com a campanha Think Different Pense Diferente que lan ou o iMac em maio de 1998 e marcou o retorno de Steve Jobs Apple em 1997 A Apple pretendia personificar o contraponto a alternativa para um mercado que pensava diferente e criativamente em resposta elite tecnocrata do hardware da Intel e do software da Microsoft DORMEHL 2014 O iMac chegou ao mercado brasileiro em outubro de 1998 com o pre o final de cerca de R 2 300 00 e foco no mercado dom stico Enquanto nos EUA o iMac j havia alcan ado o posto de produto de maior sucesso na hist ria da Apple apenas poucos meses ap s seu lan amento ISAACSON 2011 no Brasil algumas publ
374. o iOS e muitos ainda n o existem pra Android Tem o Camera Plus que eu usava muito pra tirar fotos e editar o melhor de fotos que tem e em 2014 ainda n o temos pra Android O pr prio Whatsapp que n o tinha pra Android e no iOS ele era pago e eu tive que comprar quando eu tinha iPhone Isso eu n o entendo o porqu Mas cada plataforma com a sua maneira M K 30 Os incidentes cr ticos positivos para este grupo dizem respeito flexibilidade percebida na plataforma Android quando da migra o em rela o ao iOS Com exce o de I V que relatou como cr tico o momento em que se viu livre do aparelho com jailbreak e dos paradoxos ligados pr tica Os incidentes negativos est o relacionados aos desafios do processo de transi o como a dificuldade para entender a l gica de um sistema operacional diferente e a perda do acesso a aplicativos exclusivos para a plataforma iOS 247 5 5 Considera es sobre os grupos de usu rios A estrutura tem tica que atravessou as narrativas dos quatro grupos contemplou 1 o envolvimento com a tecnologia e com a Apple 2 a percep o de elementos incongruentes com a orienta o particular e 3 as t ticas e manifesta es de resist ncia A partir deste eixo central partimos para a identifica o de t picos espec ficos para cada grupo reunindo similaridades e diferen as a partir de um processo cont nuo de exame comparativo das perspectivas que emergiram do materi
375. o iPhone tudo dif cil pra essas coisas O meu tablet continua carregando na entradinha de USB do carro Isso s o umas pequenas coisinhas que fazem toda a diferen a no dia a dia da gente O meu iPhone eu ligava no aparelho de som do carro e eu n o conseguia controlar ele s funcionava no shuffle as m sicas No Android n o ele reconhece as pastinhas isso muito bom porque como se voc tivesse usando um pen drive T S 37 As categorias dificuldade de uso do Android ou hardware e perda de acesso a aplicativos exlusivos iOS respectivamente refletem os incidentes cr ticos negativos relatados pelo grupo dos Desertores Foi quando eu tava com a mem ria cheia e acho que fui tirar uma foto e n o pude porque eu n o conseguia deletar nada no MotoG Se eu deletasse os aplicativos que era a nica coisa que eu podia deletar direto no aparelho naquele momento n o era suficiente Da eu tive que chegar em casa e deletar m sicas e resolveu mas isso n o foi algo imediato Uma amiga que programadora me disse que eu podia baixar um aplicativo que ajuda a deletar arquivos mas da eu disse mas olha s da eu tenho que baixar um aplicativo pra poder deletar arquivos risos Eu consigo apagar aplicativos mas muito mais f cil no iPhone que eu tava acostumada L L 28 Inicialmente quando a loja ainda era Google Market alguns aplicativos que eu tava acostumada a usar n
376. o que fica invis vel at pra gente um pouco mais experimentada que eu acho que vai deixar suas experimenta es pro computador e vai continuar usando o telefone com as limita es que ele t m Por um lado 185 eu acho timo n o ter que ficar instalando CDs p e l pra baixar atualiza do mesmo modo que o Playstation faz ele s te avisa oh atualizei beleza Por outro lado isso acaba desestimulando um pouco os usos mais hackers da coisa se bem que quem quer fazer vai l e faz Mas pra um usu rio comum essa facilidade desestimula isso de fu ar no aparelho M P 32 Foi a que eu descobri os f runs porque o Android um sistema que tem mais brechas E conforme eu fui entrando nos f runs e aprendendo eu acho que eu fui ficando mais pr xima do aparelho acho que ele exige um pouco mais de envolvimento das pessoas se tu quer ter uma experi ncia melhor Acho que por isso que a minha m e que tem iPhone n o se adaptou tanto ao Android Eu precisei entender um pouco mais eu jamais entrei em f rum da Apple na vida nunca precisei disso e no Android eu tive que correr um pouco pra saber pra n o deixar o telefone pra tr s CM 24 2 Decis es de ecossistema Entre os respondentes deste grupo h a clara no o de que utilizar um dispositivo iOS significa fazer uma escolha que envolve limitar a intera o com usu rios que utilizam outras plataformas A possibilidade de compa
377. ocessos que ele n o quer Em outras palavras um aparelho n o uma vers o simplificada do computador mas um computador completamente funcional com um spyware dentro pronto para ser usado DOCTOROW 2012 online Em 2006 ano em que os computadores Macintosh passaram a utilizar processadores Intel estas m quinas foram equipadas com um m dulo de plataforma confi vel Logo depois a Apple voltou atr s em sua decis o e deixou de utilizar este recurso Com sistema operacional e hardware fortemente integrados o que garante alto grau de controle sobre o 7l Traduzido de On the surface this seems like a reasonable idea a program that does one specialized task After all we can put an electric motor in a blender and we can install a motor in a dishwasher and we don t worry if it s still possible to run a dishwashing program in a blender But that s not what we do when we turn a computer into an appliance We re not making a computer that runs only the appliance app we re taking a computer that can run every program then using a combination of rootkits spy ware and code signing to prevent the user from knowing which processes are running from installing her own software and from terminating processes that she doesn t want In other words an appliance is not a stripped down computer it is a fully functional computer with spyware on it out of the box 79 dispositivo e o ecossistema de produtos como um todo
378. oid s o destacadas por este grupo 39 66 que acredita que o sistema menos intuitivo mais dif cil de aprender menos refinado Eu vou usar e produzir e fazer o que eu tenho que fazer da forma como a Apple estipulou que pra fazer Eu n o tenho disposi o pra ficar mexendo eu tenho mais coisas que fazer na vida Eu n o me importo com isso mas conhe o pessoas que detestam essas limita es Uma coisa que eu n o fazia muito na App Store era ficar garimpando porque como eles meio que j te d o o caminho j est o ali os melhores aplicativos n o precisa procurar muito J com meu smartphone Galaxy da eu procuro ver a opini o das pessoas que tem aparelhos pr ximos do meu S3 S4 Quando eu quero baixar aplicativo novo eu vou em f rum mesmo pra ver o que as pessoas est o falando e digito assim Note 3 C M 24 A Apple participa da minha vida por facilitar ela Se eu pegar um Android eu tenho uma s ria dificuldade de mexer Eu j at testei isso Eu trabalhei na Vila Dique com crian as que nunca tiveram acesso tecnologia Um dia elas viram o meu celular e ficaram curiosas e eles apertaram o 182 bot o e mexeram com a maior facilidade conseguiram tirar foto Outro dia eu tava com a minha v e tava jogando no iPad e ela quis saber o que era aquilo Eu mostrei pra ela e disse pra ela jogar Ela pegou o iPad e usou o aparelho Em outros equipamentos
379. oisas Embora eu ache tamb m que quem quer fazer essas coisas faz Pro usu rio comum n o impede muita coisa Porque a tem os trade offs t o iPhone fechado uma pris o Mas nessa pris o n o entra v rus Por exemplo esse Ransomware que ataca o Android agora Ent o meio que uma troca Eu acho legal porque eu sei como contornar essas coisas seria legal que mais pessoas pudessem fazer essas coisas M P 32 No que se refere percep o de limita es relativas decis o de ecossistema a quest o dos perif ricos incompat veis com os dispositivos iOS e altos pre os praticados no Brasil leva com frequ ncia aquisi o de produtos n o oficiais Estes produtos s o 194 adquiridos em websites de compras ou em lojas de eletr nicos R R por exemplo lidou com limita es de bateria buscando formas alternativas de aquisi o do produto pela internet ap s entender que deixar o aparelho na assist ncia t cnica demoraria muito tempo Se eu quero trocar a bateria eu n o posso Teoricamente de uma forma oficial n o De uma forma n o oficial tu pode entrar num Mercado Livre e comprar uma bateria da China vem junto a ferramenta e tu mesmo troca eu j fiz isso no iPhone 3GS N o algo muito simples de se fazer mas deu certo R R 25 Esse outro problema da Apple que eu odeio tudo car ssimo os cabos eu ja comprei v rios no eBay que n o s o orig
380. olvido com recursos espec ficos para prover servi os em redes m veis Durante os primeiros anos de utiliza o da tecnologia WAP houve pouca ades o dos usu rios de forma geral em fun o de um conjunto de fatores entre os quais o sistema de tarifa o de acesso Web m vel o qual considerava o tempo de uso em detrimento da quantidade de dados trafegados Al m disso a tecnologia se mostrou inst vel e lenta os conte dos disponibilizados eram pouco variados ou atraentes resultando em uma experi ncia frustrante e insatisfat ria para o usu rio comum que esperava n vel similar de utiliza o ao da internet convencional HAZLETT et al 2011 Nesta fase inicial as operadoras de telefonia m vel exerciam grande protagonismo na oferta de conte do por meio de um portal da operadora Com o desenvolvimento das wireless as operadoras criaram portais Web por meio do qual os usu rios tinham acesso a conte dos pela tecnologia WAP al m de enviar email EVANS et al 2006 Algumas experi ncias se mostraram bastante satisfat rias e bem sucedidas e s o consideradas exce es na hist ria do WAP como o caso da operadora japonesa NTT DoCoMo e seu portal i Mode pioneira neste modelo de entrega de conte do A ascens o dos dispositivos m veis baseados em computa o e conectividade internet com a melhoria em navegadores Web impulsionado pelo iPhone permitiu que os usu rios pudessem sair do walled garden ou emparedamento de con
381. ome ou a usar a Apple e ele dizia que n o tinha que entender nada de tecnologia e que os produtos da Apple parecem com um abajur quando voc aperta o bot o a luz acende Ele faz o que ele foi programado pra fazer Eu tenho o Windows 7 para trabalho mas eu odeio aquilo Ele d tela azul trava V C 41 ENTREVISTADORA Qual a vers o do sistema operacional do teu iPhone Humm s6 olhando Eu nao atualizei porque eu ouvi dizer que a atualiza o faz ocupar mais espa o na mem ria do celular e isso j me traz muitos problemas Eu tiro muitas fotos e gosto de gravar v deos e aplicativos como o Garage Band ocupam muito espa o B R 18 Interessante observar que para o Usu rio Padr o de dispositivos iOS o envolvimento com a marca e com a tecnologia de um modo geral ocorre no n vel dos benef cios proporcionados pelo ecossistema tais como o vis vel incremento da produtividade citado pela maioria dos entrevistados deste grupo Nesse sentido a invisibilidade do sistema operacional facilidade de uso e padroniza o de rotinas e entre diferentes dispositivos iOS deixa menos espa os para experimenta es e esfor os de aprendizagem o que consequentemente leva sensa o de uma menor proximidade com os dispositivos iOS em rela o a outras plataformas que exigem maior comprometimento de tempo para aprendizagem e usufruto de todo o potencial da tecnologia Ach
382. onjunto de valores que remontam contracultura e ao esp rito do DIY Dessa forma pro pessoal que ativista muito mais neg cio usar o Android 170 Tem dois tipos de ativismo o mais pol tico do pessoal que se engaja em movimentos esse pessoal t mais comprometido e corre mais riscos porque t sempre sendo vigiado e pode ser encontrado em qualquer rede Ent o esse pessoal precisa do Thor um aplicativo que serve pra mascarar o IP e tem acesso deep web tamb m E o Thor nunca vai ser lan ado pra iOS e da tem o pessoal da comunidade do software livre que acha a Apple extremamente centralizadora que n o acha justo nem correto que s uma loja venda aplicativos Esse pessoal do ativismo pol tico envolvido nesses movimentos pra ele mandar informa es necess rio que ele n o seja encontrado pelas autoridades locais tu n o tem aplicativo no iOS que v permitir esse grau de privacidade Porque a Apple centralizadora e faz acordos com muitas empresas e governos N o submundo n o rumor isso t bem documentado j mas ela n o faz isso porque canalha Ela faz isso pra poder ter exclusividade em rela o distribui o de um monte de conte dos Porque ideologicamente a Apple tem uma origem em um estilo mais nerd hippie de comunidade alternativa Ent o n o seria do feitio da Apple H P 41 Por outro lado h uma percep o entre Fanboys de que a plataf
383. or ao tradicional em que o homem deixa de ser sujeito com todos os males que da nascem para se tornar o flu do ou embreagem angelical de um s e vasto maquinismo Por outro lado como discorre Turner 2006 embora tenha sido facilitada por formas interdisciplinares de coopera o a met fora computacional ainda n o trazia consigo os valores com os quais a computa o foi associada em meados da d cada de 1990 As vis es de 2 Traduzido de they embraced both computers and a new cybernetic rethoric of systems and information They began to imagine institutions as living organisms social networks as webs of information and gathering and interpretation of information as keys to understanding not only the technical but also the natural and social worlds 29 uma polis igualit ria descorporificada e de um mercado de compartilhamento p s institucional TURNER 2006 p 28 somente emergiram como elementos centrais a partir de um movimento de resist ncia jovem que surgiu na d cada de 1960 e se disseminou por todo territ rio norte americano em grande medida contra as institui es dentro das quais a Cibern tica era a l ngua comum Para ganhar novo status a met fora computacional teve que ser criticada apropriada e ressignificada 1 2 Resist ncia como ideal contracultural Distintas acep es do conceito de resist ncia vem sendo formuladas contemplando n o somente as ideias de estrutura e controle social
384. oria de entusiastas da tecnologia com algum conhecimento t cnico Neste per odo o Altair foi utilizado como m quina para games embora esse n o tenha sido o uso pretendido pela MITS que preferia populariz lo como m quina para trabalho s rio O Altair inspirou intenso suporte de grupos de usu rios newsletters informais revistas comerciais clubes locais conven es e at lojas de varejo A rede que se formou em torno do Altair foi muito al m dos tradicionais grupos de usu rios de computador da poca como o SHARE para a IBM ou o DECUS para a DEC Como os grupos de usu rios de calculadoras estes grupos abertos e informais ofereciam muitas informa es para os iniciantes CERUZZI 1998 Por uma decis o estrat gica a MITS permitiu o desenvolvimento e comercializa o de cart es plug in cards que melhoravam o design original do Altair por outras empresas O computador Altair funcionava a partir de uma arquitetura aberta de barramento o que 7 Em um artigo publicado em 1975 na Popular Electronics a empresa prop s uma lista de 23 aplica es para o Altair nenhuma delas games Nesta fase em que o software era livre para os usu rios com acesso tecnologia era comum a forma o de grupos de usu rios que compartilhavam c digo e informa es como o do IBM 701 chamado SHARE e o dos equipamentos da DEC chamado DECUS 48 significava que outras empresas podiam desenhar placas para solucionar poss veis
385. oriamente passa pela loja da Apple Isso foi uma iOSiza o do Mac OS At certo ponto eles t o dando de gra a uma coisa que facilitou minha vida mas ao mesmo tempo eles me amarraram n T S 37 4 Obsolesc ncia de produto A obrigatoriedade de atualiza o do iOS criando obsolesc ncia do dispositivo ou alterando o acesso a aplicativos e fun es antes utilizados j constituiu uma grande fonte de ansiedade para este grupo A publicit ria e fot grafa L L por exemplo n o percebia inova es radicais nos dispositivos da Apple apenas incrementais o 235 que ela julga ocorrer em fun o de motivadores exclusivamente econ micos por parte da empresa J I V chegou a fazer jailbreak no seu iPhone mas logo desistiu de mant lo em fun o das constantes atualiza es requisitadas pelo sistema operacional o que se tornou invi vel para esta usu ria A cada seis meses ou a cada ano eu vejo que um dispositivo lan ado com pequenas mudan as e eu vejo isso muito mais como busca de lucro do que a inova o que eu esperava da marca Como antes eu via o celular como uma coisa nova que vinha pra mudar o modo como eu me relaciono com o celular L L 28 Nesse tempo que eu tinha jailbreak eu n o podia fazer atualiza o Quando eu voltei a usar o iPad normal quando eu j tinha formatado ele ele j tinha ficado obsoleto tamb m Ent o eu n o conseguia fazer atualiza o igual n o rod
386. orma iOS vem paulatinamente tornando se mais aberta para atender a uma demanda do mercado consumidor Esta maior abertura nas vers es mais recentes do iOS especialmente em rela o maior interoperabilidade dos aplicativos vista como positiva pelos f s da marca pois A cada nova vers o a Apple elimina algo da lista motivos para fazer jailbreak R F 28 anos A cada ano a cada nova vers o do 10S a Apple acaba se tornando um pouco mais aberta e atendendo necessidades de usu rios que antes s existiam em outras plataformas ou via jailbreak mas ela acaba percebendo que aquilo valioso pro sistema pros usu rios e acaba implementando Isso a gente v todos os anos desde a segunda vers o do iOS recursos que antes s existiam no jailbreak sendo implementados nativamente no sistema iOS O iOS 8 est sendo visto como a vers o mais aberta que a Apple j lan ou vai permitir interoperabilidade entre aplicativos uma coisa que nunca existiu de voc poder jogar conte dos de um aplicativo pra outro e vai permitir a instala o de teclados personalizados At ent o a gente tinha que viver com o teclado padr o da Apple Esse tipo de coisa por si s j fazia as pessoas fazerem jailbreak Todas as vers es do iOS trouxeram novidades que antes eram restritas ao mundo jailbreak por ex o recurso de bloquear chamadas dispon vel do Android h tempos e s permitida no 10S 7 ENTREVIS
387. os Pais de S M Fonte coleta de dados Desempenhar o papel de influenciador demanda atualiza o constante algo que os Fanboys realizam com prazer Todos os respondentes deste grupo relataram acompanhar de forma ass dua publica es e blogs especializados em computa o e tecnologia al m do Twitter e outras m dias sociais Como H P que t m o h bito de se informar nos sites GigaOm Mashable The Next Web Gizmodo al m do MacMagazine quase diariamente ou o analista de projetos J M que segue o Blog do iPhone e o Loop Infinito pois eles n o postam rumor apenas dicas f rum lan amentos Al m disso buscam informa es sobre a Apple em biografias ou filmes sobre a marca e s o cr ticos quando julgam que algum detalhe n o condiz com a veracidade dos fatos Quem conhece a hist ria de verdade n o gosta do filme mas um in cio pra quem quer iniciar no mundo Apple assistir o filme Jobs Muito se fala que o Steve Jobs tinha o campo da realidade distorcido Os grandes g nios sempre tiveram campos distorcidos o pr prio Einstein vivia numa outra realidade Mas foi esse campo distorcido de realidade do Steve Jobs que trouxe o menino podre carente de pai e de m e pra fundar uma das empresas mais ricas do mundo F P 31 Teve a biografia do Steve Jobs Eu sempre gostei do marketing em si Da me perguntava de onde ele tirou o conceito de Gorilla Glass tela retina E a gente ouve q
388. os dispositivos A loja Cydia o meio utilizado para adquirir os aplicativos que s o muitas vezes encontrados primeiramente na App Store Em outros casos estes usu rios buscam aplicativos que n o est o disponibilizados na App Store da eu vi que tinha aplicativos que n o eram disponibilizados na Apple Store e sim no Cydia n que a loja virtual do mundo do jailbreak A eu vi que pra que esses aplicativos do Cydia fossem instalados eu tinha que fazer jailbreak Pra geografia os aplicativos s o suficientes mas j pra astronomia n o Torna se at indispens vel ter os demais aplicativos Hoje eu t ganhando um dinheiro extra por conta de ter um iPad que tem um aplicativo que s roda no aparelho da Apple o Solar Walk em 3D Ele s fornecido pra essa plataforma n o tem pra Android J S 23 Eu via jogos e apps sendo lan ados toda hora e eu n o podia comprar A um amigo meu tinha jailbreak e ele tinha 300 jogos legais e tudo mais o iPod dele tinha at umas vantagens como personaliza o de alguns menus ou coisas assim E diz que alguns jailbreaks at aceleram o desempenho do aparelho e eu vi que ele fazia e ele at ganhava dinheiro com isso e nunca tinha dado errado Resolvi tentar aprendi no Google muito f cil Voc baixa o software do iPod na vers o que ele t atualizado formata ele e um programa faz tudo pra voc Voc s tem que deixar o iPod no estado d
389. osos e complexos mainframes quanto aos computadores pessoais para neg cios tais como o IBM PC COMPUTING 2000 Segundo Zittrain 2011 online Diferentemente dos PCs anteriores o Mac era til mesmo sem adicionar software Era s ligar e a primeira coisa que ele fazia era literalmente sorrir Os grupos de usu rios de computadores Macintosh foram tamb m proeminentes nesta fase e constitu am fontes de informa o valiosas para desenvolvedores de software e hardware Entre as d cadas de 1970 e in cio de 1980 os grupos de usu rios eram formados principalmente por hobistas e adotantes iniciais com conhecimentos t cnicos de computa o Estes grupos informais promoviam encontros e produziram desde pequenos fanzines fotocopiados a materiais mais robustos como os do Berkeley Macintosh User Group BMUG THE MACINTOSH 2000 Fundado em 1984 o BMUG foi um dos maiores grupos de usu rios de Macintosh chegando a contar com 13 mil membros no in cio dos anos de 1990 Inicialmente as vendas do Macintosh atingiram pequenas empresas institui es acad micas e um reduzido n mero de adotantes inciais medida que o mercado consumidor para o Macintosh foi sendo ampliado os usu rios buscaram alcan ar maior profici ncia no uso dos equipamentos ABOBA 1988 A presen a de um conjunto rudimentar de protocolos de rede chamado AppleTalk j no primeiro Macintosh permitia o compartilhamento de arquivos e impressoras de forma simplifica
390. osta das pessoas no e mail ou redes foi muito legal M M 38 Uma coisa que eu adoro no iOS Eu sempre mudo de iPhone por causa da c mera fotogr fica N o migrei pro iPhone 5S porque a c mera n o mudava muito Tem um aplicativo na Apple chamado iPhoto que o gerenciador de fotos da Apple Quando voc tira uma foto com o seu iPhone se voc ativar um servi o chamado PhotoStream todas as fotos que voc tira v o pra essa nuvem e elas se espalham por todos os seus dispositivos Isso eu acho lindo Eu viajo pra algum lugar tiro uma foto com meu iPhone ele vai marcar a posi o geogr fica por causa do GPS Quando eu come o a sincronizar essas fotos e abro no computador as fotos est o todas l organizadas com a marca de localiza o no mapa onde eu tirei essas fotos e incr vel ver a cara das pessoas como voc fez isso risos Isso eu acho fant stico tudo que eu fa o no iOS eu s fa o N o tenho que ficar criando tipo ligar minha c mera no Dropbox pegar minhas fotos n o sei aonde Eu n o fa o nada disso tudo meio m gico V C 41 INCIDENTE CR TICO NEGATIVO CATEGORIA Excerto Depend ncia da iTunes A pp Store Foi uma vez que aconteceu de eu n o saber que se eu sincronizasse minha biblioteca de m sica do celular com outro computador ele n o ia transferir as m sicas do celular pro computador ele s transferia as m sicas do computador onde el
391. ou produzir novo conte do ou estrutura sem a interfer ncia adicional dos criadores originais TILSON et al 2010 Para Zittrain 2008 p 70 a capacidade total de uma tecnologia de produzir mudan as n o planejadas guiadas por audi ncias grandes variadas e n o coordenadas Um hardware generativo assim constitu do a partir de uma arquitetura aberta que permite a interconex o e interoperabilidade com aplica es software e dispositivos hardware de terceiros POST 2010 Aplicativos baseados em interoperabilidade devem se comunicar com outros aplicativos e recursos Dessa forma a atua o dos hobistas se d fundamentalmente fazendo convergir a for a da ind stria dos microprocessadores com a dos usu rios da computa o dispon vel at ent o A partir da no o da tecnologia como locus de empoderamento pessoal e fonte de transforma o individual e coletiva vis es estas materializadas em publica es como a Whole Earth Catalog este grupo formado por entusiastas t cnicos e amadores de equipamentos de r dio de controles autom ticos e de rob tica simples foi importante para tornar os computadores baseados em microprocessadores acess veis a um p blico mais amplo Com o fim do Whole Earth Catalog os hobistas da computa o foram influenciados pelo People s Computer Company PCC uma publica o underground lan ada em 1972 que trazia artigos sobre linguagem de programa o hardware e informa
392. owed the user to change the purposes of use beyond the scripts defined by companies Thus we propose a discussion on the growing importance of less generative environments such as the Apple s iOS ecosystem Together technology and strategy promote the discourse of providing more personalized optimized stable and secured experiences since generativity is no longer a space for creativity to become synonymous with vulnerability The study is based on the Grounded Theory Strauss and Corbin 1990 through in depth interviews with four user groups Fanboys Standard User Jailbreakers and Deserters The present results provide evidence for a moderator role of the involvement with Apple and the ecosystem presence in the manifestation and intensity of resistance KEYWORDS Everyday Resistance Generativity Operating System Counterculture Apple Digital Ecosystem LISTA DE FIGURAS Figura 1 Community Memory Terminal Berkeley Calif rnia mms 35 Figura 2 Popular Eletronics cover EUA 1975 s 47 Figura 3 Introducing Apple II Brochure EUA 1977 meme 51 Figura 4 Apple II How to buy a personal computer EUA 1979 meme 52 Figura 5 Apple II Standard cassette Panasonic RQ 2102 e TV 1977 n 53 Figura 6 Osborne 1 Osborne Computer Corporation Brochure 1981 55 Figura 7 Portable OMNITEC portable terminal advertisement 1968 maes 56 Figura 8 Portable Computers 1983 Byte magazine cover me 56 Figura 9 Macintosh Portable 1989 Macworl
393. para computadores mas valer se das propriedades de mobilidade do dispositivo para oferecer uma experi ncia bastante personalizada e otimizada ao usu rio Por 95 essa raz o os aplicativos m veis constituem um componente chave nas m dias m veis como fonte de inova o e gera o de valor Aplicativos nativos diferem de aplicativos Web Web apps ou browser application em termos de configura o e experi ncia do usu rio Aplicativos nativos s o desenhados para funcionar sobre o sistema operacional de um dado hardware e normalmente necessitam ser adaptados para diferentes dispositivos ou aparelhos Por outro lado os aplicativos Web s o aqueles nos quais todas ou algumas partes do software s o baixadas da Web cada vez que o usu rio os utiliza Por serem codificados em uma linguagem para Web podem ser usualmente acessados a partir de quaisquer aparelhos m veis com acesso internet S o por isso comumente descritos como multiplataforma porque idealmente s o acess veis a partir de quaisquer dos v rios navegadores Web dentro de diferentes sistemas operacionais Em outras palavras no caso dos dispositivos m veis da Apple aplica es Web rodam no navegador Safari e n o interagem com o sistema operacional iOS Em computadores desktop o navegador Web pode ser considerado um dos softwares mais importantes para acesso a conte dos na Web Aplicativos baseados na Web como Facebook Twitter ou Google fazem parte do cotidia
394. para o mercado ainda restrito de usu rios Macintosh no Brasil Com o tempo passou a produzir o peri dico AppleTalk al m de fornecer programas distribu dos em disquetes os quais eram enviados por correio aos associados KICHALOWSKY 2009 Tamb m no Rio Grande do Sul foi criado o Mac Encontro Sul promovido pelo grupo MacMan acos Outras comunidades se estabeleceram em S o Paulo como o BR MUG enquanto o Ma s Selecionadas e o MacBR est o localizados no Rio de Janeiro O t cnico em udio R S tem lembran a destes encontros iniciais dos grupos de usu rios Macintosh no Brasil e tamb m dos usu rios de computadores Amiga Commodore nos anos 90 era um micro fantastico Para ele computadores Amiga Commodore e Macintosh eram equipamentos para durar uma d cada ndo eram micros pra serem trocados a cada 6 meses como os do Bill Gates A memoria dos encontros de usuarios esta presente no relato dos fas mais antigos da marca Naquela poca nao era todo mundo que tinha computadores Amiga a gente trocava programas de computador por correio mandava o disquete e depois o CD pro amigo de SP nosso meio de comunica o era o correio postal Aqui no Sul eu conheci muita gente da Unisinos da PUC da UFRGS muita gente assim uma meia d zia em cada lugar que tinha esse computador S dava pra conversar sobre o Amiga com essas pessoas porque o resto do mundo caiu no conto do Bill Gato As
395. para sua gera o destacando elementos de conex o com a futura rede da internet Quando eu era jovem havia uma publica o incr vel chamada The Whole Earth Catalog que era uma das b blias da minha gera o Isso foi no final dos anos 60 antes do computador pessoal e da editora o eletr nica e era todo feito com m quinas de escrever tesouras e c meras polaroid Era como o Google em forma de papel 35 anos antes do Google surgir Os princ pios de personaliza o e empoderamento por meio do consumo e uso de artefatos baseados em computa o podem ser vistos a partir de movimentos de resist ncia s representa es de autoridade hegemonia hierarquia burocr tica e controle das institui es corpora es governos complexo militar ensino presentes nos prim rdios da trajet ria de desenvolvimento da contracultura e da computa o Um dos primeiros passos nessa dire o foram as iniciativas que buscavam promover o acesso p blico aos computadores at ent o restritos aos usos militares e corporativos al m de formas cotidianas de resist ncia micro resist ncias e suas motiva es iniciais para as pr ticas de hackerismo de sistemas computacionais Traduzido de When I was young there was an amazing publication called The Whole Earth Catalog which was one of the bibles of my generation This was in the late 1960 s before personal computers and desktop publishing so it was all ma
396. parte do tempo dos usu rios na internet em detrimento de formas mais livres de navega o na Web ANDERSON e WOLFF 2010 Estas transforma es adicionam significativa complexidade ao processo de apropria o de dispositivos digitais pelos usu rios na medida em que a decis o de escolha dever levar em conta cada vez mais aspectos que v o al m da defini o do hardware ou do sistema operacional que ele suporta Estende se portanto para todo o ecossistema digital de servi os e entretenimento a que o usu rio ter acesso Estes ambientes compartilham uma l gica de opera o similar seu funcionamento dependente de uma plataforma de software e de decis es empresariais sobre o hardware os quais se integram a um conjunto de outros servi os Por essa raz o o mercado consumidor dever levar em considera o o modelo de integra o entre hardware software e servi os operado por uma dada empresa que com frequ ncia est alinhado as suas estrat gias de lock in aprisionamento dos usu rios Ecossistemas digitais de entretenimento s o erguidos em torno de lojas de conte dos digitais ex lojas de m sica filmes eBooks e aplicativos gerenciadas por corpora es com core business de origens variadas Entre elas est o as norte americanas Apple hardware Google busca Amazon varejo e Microsoft software as quais criaram dispositivos de computa o pessoal com sistema operacional pr prio em adi o aos ecossistemas de
397. pelos dispositivos m veis eu conheci pelos Macs no trabalho Eu vejo pelo blog boa parte das pessoas que encontram a gente s o esses usu rios Muita gente chegou por causa do iPod iPad e iPhone s o equipamentos mais baratos e eles v em que funciona e depois acabam decidindo comprar um Mac uma Apple TV um AirPort o que traz as pessoas D L 31 Alguns desses caras mais antigos fi is marca se desapontaram um pouco com o rumo que a Apple tomou pelo fato do iPhone hoje em dia ser o carro chefe da Apple ele representa mais de 50 do faturamento dela e ela inevitavelmente acaba dando menos aten o ao sistema operacional que roda nos Macs Esse pessoal das antigas morre de medo que a Apple saia inclusive do mercado de computadores e fique s com os gadgets R F 28 Eu n o gostaria que os produtos da Apple ficassem baratos Porque n o s um telefone uma joia um tamagoshi que tu tem de estima o Porque entre tu cair na lama e se sujar todo e deixar teu telefone cair bvio que tu vai te atirar embaixo dele J M 38 Independentemente de ser um usu rio mais antigo ou recente do ecossistema Apple os respondentes deste grupo compartilham grande admira o pela marca e sua hist ria N o foi somente pelo uso que a marca me cativou quando comecei a trabalhar para a revista especializada eu pude tamb m conhecer a hist ria da empresa e passei a entender o que a empresa fez pela vida
398. pendente ex Amazon Appstore FORD 2012 Fabricantes de dispositivos e fornecedores do sistema operacional m vel desempenham em alguns casos o mesmo papel Esta uma decis o estrat gica importante para as empresas envolvidas na medida em que impacta na configura o mais ou menos verticalizada no ecossistema digital O Quadro 1 apresenta estas duas categorias de lojas de aplicativos dominantes os sistemas operacionais e dispositivos associados Quadro 1 Categorias dominantes de lojas de aplicativos m veis Categoria E Sistema N de ve Data de de loja de Loja Empresa Dispositivos aplicativo operacional Apps lan amento Apple App Store F 1 iPod iPhone e https itunes apple com br Apple 193 q iPad 10 06 2008 Blackberry World hitpi fappworld bluekberye RIM e 120 mil 2 oa 1 04 2009 om webstore y Fabricante Flash Lite de aparelho Nokia Store Java Maemo 4 3 Smartphones http store ovi com Nokia Symbian 120 l Nokia 20032003 Asha Bada Smartphone Samsung Apps Samsung Anoroid e 13 mil tablet e smart 06 2010 http samsungapps com Windows Phon tv Samsung Smariphones ek Fornecer oe iay Google Android OS 1 milh o amp ets com 22 10 2008 https play google com store Android de sistema Google TV ao Windows Phone Store Windows Smartphones http www windowsphone c Microsoft Phone os 145 mil com Windows 21 10 2010 o
399. peracional e de aplicativos s o vistos como momentos importantes na rela o dos usu rios com as tecnologias digitais A redu o da vida til dos artefatos tecnol gicos via encurtamento do ciclo de vida dos produtos percebida como mais brusca nos dispositivos m veis iOS do que nos computadores Mac os quais s o vistos justamente como mais duradouros do que PCs de outros fabricantes s vezes os caras que s o os programadores resolvem n o oferecer mais funcionalidades antes dispon veis por algum motivo N o muito comum ver atualiza es da Apple no Mac que sempre avisa quando tem s quando troca o sistema operacional J nos dispositivos m veis s o mais bruscas as atualiza es Eu j t at suspeitando que o iOS 8 que t pra vir agora esse ano pelo fato do meu iPhone ser mais antigo j n o vai ter o suporte a quest o aquela da vida til programada Tu nota claramente Quando eu vendi o meu iPhone 3GS eu vendi em dezembro ele ainda tava no iOS 6 o iOS 7 j tinha sido lan ado Agora no iPhone 4 eu tenho o iOS 7 j vai ser lan ado o iOS 8 e eu acho que eu vou ficar pra tr s no telefone n M D 31 A obsolesc ncia nos dispositivos m veis pode se manifestar de formas variadas Recentemente a Apple foi condenada a indenizar em R 1 500 00 uma consumidora brasileira que possuia um iPhone 3G com o sistema iOS vers o 4 2 1 instalado FISCHMANN 2014 A usu ria alegou que a
400. phones uma categoria intermedi ria que busca atender demanda por requisitos m nimos de conectividade e experi ncia do usu rio com conex o internet tela sens vel ao toque e acesso a alguns tipos de aplicativos Os dados do IDC contudo reportam somente duas categorias smartphones e feature phones 93 smartphones a internet constituia um servi o baseado em computadores pessoais enquanto a telefonia celular pertencia esfera da telefonia com trajet rias significativamente distintas O primeiro dispositivo a reunir funcionalidades da telefonia e da computa o foi o IBM Simon lan ado em 1993 embora a ideia de combinar estes campos remonte ao in cio da d cada de 1970 SAGER 2012 populariza o dos dispositivos m veis ao final da d cada de 1990 com os PDAs da Palm seguiu se o prof cuo mercado dos smartphones com os Blackberry voltados ao mercado corporativo e aos executivos Outras importantes empresas estiveram presentes nestes mercados como a Nokia e a Microsoft mas foi o lan amento do iPhone pela Apple em 2007 que ajudou a redefinir os padr es para a categoria dos smartphones em uma s rie de elementos assim como novamente alguns anos depois a empresa voltaria a fazer para a categoria dos tablets O iPhone conferiu novo sentido ideia de facilidade de uso combinado a design de produto com tela sens vel ao toque sem teclado f sico e ajudou a configurar um novo padr o para a telefonia m vel assi
401. ple com http apple2history org Dados gerais sobre a hist ria da computa o Old Computers Online Museum History of Computers Computer Nostalgia Charles Babbage Institute Collection University of Minnesota s Library Acervo online www old computers com www historyofcomputers org www computernostalgia net http www cbi umn edu images ind ex html Internet Archive www archive org Acervo digital de sites de internet e outros artefatos culturais em formato digital Fonte elaborado pela autora 4 2 Fase 2 An lise dos usu rios Na fase 2 levamos a efeito o estudo com usu rios de dispositivos iOS com o objetivo compreender como eles articulam as tens es entre as t ticas de resist ncia cotidiana e a generatividade de aparatos tecnol gicos na experi ncia de apropria o de dispositivos 10S Apple Considerando que a apropria o e as manifesta es de resist ncia podem apresentar especificidades a partir de diferentes perfis de usu rios pretend amos responder s quest es como se d essa articula o pelos diferentes grupos de usu rios Que fatores atuam como potenciais moderadores nas formas de apropria o e resist ncia dos usu rios a poss veis limita es percebidas nestas apropria es Dessa forma definimos como universo do estudo usu rios e ex usu rios de dispositivos m veis iOS A partir da inserimos outros crit rios a seguir
402. ples e independente da plataforma utilizada pelo usu rio Quando Tim Berners Lee lan ou o design da Web ao final de 1991 encontrou na internet aberta em opera o uma rede adequada sobre a qual a Web podia ser assentada o que encorajou um grupo crescente de programadores autodidatas a desenvolver conte do e aplica es O primeiro website e servidor Web do mundo foi lan ado em 6 de agosto de 1991 no endere o lt info cern ch gt CERF 2013 Havia a preocupa o em permitir que as informa es pudessem fluir ao longo de diferentes computadores e softwares em uma estrutura distinta da maioria dos bancos de dados que for avam a busca de informa es dentro de categorias e classifica es muitas vezes inadequadas Para Tim Berners Lee o principal objetivo da Web era ser um espa o de informa o compartilhada atrav s do qual pessoas e m quinas podia se comunicar Este espa o deveria ser inclusivo e n o exclusivo CERUZZI 1998 Esta abertura foi tecnicamente garantida pela cria o do Uniform Resource Locator ou URL que permitia ao usu rio apontar para qualquer documento em um universo de informa es No lugar do File Transfer Protocol FTP ent o em uso Berners Lee criou o Hypertext Transfer Protocol HTTP protocolo mais sofisticado r pido e com mais fun es Finalmente foi definido o Hypertext Markup Language HTML para o movimento de hipertexto ao longo da rede CERUZZI 1998 amp O CERN uma organiza
403. po nas pr ticas hackers 1 1 A met fora computacional e a vis o de mundo fechado A sociedade norte americana das d cadas de 1940 e 1950 caracterizada pela manuten o de normas sociais r gidas institui es hierarquizadas e politicamente pela ansiedade em torno de um confronto nuclear dos EUA com a Uni o Sovi tica O containment o estilo social dominante da classe m dia alta e reflete uma maneira de ser em que se espera dos indiv duos homens e mulheres a conten o das emo es a manuten o do casamento e a constru o de lares seguros TURNER 2006 O final da Segunda Guerra e a chegada da era at mica trouxeram portanto uma onda de imobilidade e medo em que o computador desempenhou papel relevante tanto como ferramenta para prop sitos militares quanto como s mbolo de controle e comando TURNER 2006 A tecnologia computacional do complexo industrial militar era um representante da vis o de mundo fechado hierarquizado racional r gido impessoal e desumanizado Nos EUA a computa o se desenvolveu ap s 1945 durante a Guerra Fria e a m quina que iniciou este per odo foi o ENIAC constru do para prop sitos militares ao que se seguiram outros importantes projetos do complexto industrial militar incluindo a cria o da ARPANET CERUZZI 1998 Esta primeira gera o da computa o marcada pela for a hegem nica da IBM e dos mainframes m quinas corporativas de grande porte inacess veis ao
404. portamento deles uma certa arrog ncia Al m disso eu ainda gostava mais do teclado em smartphones acho que um processo evolutivo eu gostava de ter um certo controle e o touchscreen parecia que era muito novo Foi gostando mais da marca Apple com o tempo da eu decidi adquirir um e nossa fiquei encantado com a velocidade da internet e tal Este encantamento inicial com dispositivos da Apple foi tamb m relatado pela engenheira de testes de software M K 30 anos graduada em Administra o e em Sistemas de Informa o com p s gradua o em Qualidade de Software Por conta das atividades profissionais tem grande envolvimento com a tecnologia Recorda se de ganhar o primeiro computador na adolesc ncia mas n o tinha muito curiosidade sobre celulares at um interc mbio acad mico no Chile em 2007 l eu encontrei num shopping uma loja da Apple vendendo o primeiro iPhone e da sim os olhos brilharam e come ou a paix o A sensa o que eu tinha inicial era como se eu fosse uma crian a que tinha acabado de ganhar um brinquedo novo ou um doce e eu queria mexer a todo instante porque era algo muito novo e ao mesmo tempo muito evolu do pro que o celular fazia mesmo smartphone Ent o quanto mais eu mexia mais eu queria conhecer a fundo e conforme novos iPhones vieram eu queria o sempre o mais novo eu queria testar tudo testar aplicativos conhe o todas as plataformas J tive tod
405. primeira gera o era um telefone sem teclado com o navegador pera embora eu tivesse um hardware eu n o tinha os aplicativos pra ele porque era muito recente tinha alguns joguinhos os convencionais que vinha com o aparelho mas at ent o n o tinham empresas que desenvolviam aplicativos pra ele Para usar o aparelho com operadora no Brasil contudo teve que fazer jailbreak pois o aparelho vinha com o chip da AT amp T era bem complicado n s ali na empresa tivemos que trabalhar uns dois ou tr s dias pra conseguir fazer ele funcionar com operadora brasileira Compramos um SIM chip de operadora e funcionou na hora Vendeu o iPhone cerca de um ano depois e voltou a usar um Nokia paguei 299 d lares pelo iPhone na poca e rendendi por 2 mil reais Posteriormente em 2011 teve a oportunidade de comprar outro iPhone na mesma poca do lan amento do Samsung Galaxy S1 A publicit ria e fot grafa L L 28 anos teve seu primeiro contato com computadores Macintosh na faculdade quando come ou um est gio na agencia experimental por volta de 2006 minha percep o da marca foi de paix o imediata Comprou um Macbook White depois comprou o iPhone e usou por tr s anos adquirindo posteriormente um smartphone Motorola MotoG Desde ent o sua lealdade Apple n o se estende aos dispositivos m veis Eu n o troco meu MacBook por um PC mas n o sei se eu compraria outro iPhone hoje R
406. propriedade do software encontrou na sua vers o em rede um meio para se perpetrar 74 O per odo tamb m testemunhou diversos movimentos de resist ncia dos usu rios s limita es impostas por corpora es no que se refere aos usos do computador e da internet emergente Em 1985 Richard Stallman j havia fundado a Free Software Foundation FSF que buscava garantir a preserva o da liberdade dos usu rios com rela o s quest es de propriedade do software e hegemonia do sistema operacional Windows algo vislumbrado anos antes na Open Letters to Hobbysts de Bill Gates Em 1995 o sistema Linux desenvolvido pelo finland s Linus Torvalds permanecendo no centro de um movimento que propunha uma alternativa aos modelos de sistema operacional propriet rio O controle sobre a liberdade do usu rio pode se manifestar de formas variadas e tal como ocorreu na fase em que os computadores n o estavam interligados ganha forma no cen rio das redes eletr nicas sob a alega o de garantia de maior seguran a e estabilidade para os usu rios Dessa forma decis es sobre o n vel de generatividade dos sistemas computacionais em rede s o conectadas a estrat gias mercadol gicas de formas diversas Entram em cena tecnologias de restri o inscritas nos dispositivos digitais que apoiam decis es estrat gicas e garantem a sobreviv ncia das empresas de tecnologia no ambiente competitivo inst vel 2 5 Tecnologias de restri o
407. ps developer apple com library ios documentation UserExperience Conceptual MobileHIG Principles html apple_ref doc uid TP40006556 CH4 SW1 gt Acesso em 5 set 2014 7 Traduzido de they can focus on their content without having to pay attention to app management details OS X Human Interface Guidelines Mac Developer Livrary Dispon vel em lt https developer apple com library mac documentation UserExperience Conceptual OS XHIGuidelines Interop erability html gt Acesso em 5 set 2014 187 Se eu pegar um Android a forma de voc lidar com os programas varia de programa pra programa As pessoas falam que o Android legal porque voc pode pegar arquivos de um programa e mandar pra outro com muita facilidade e a Apple escolhe quais programas podem mandar informa es pra quais programas Verdade a divis o essa no Android se voc escolher mandar uma foto do Dropbox pro Evernote o Evernote vai aparecer na lista e simplesmente voc escolhe esse programa e manda a foto do Dropbox Por m por algum motivo que eu n o sei qual voc n o consegue fazer isso com o Instagram Voc tem que entrar no Instagram e da pegar a foto do Dropbox J na Apple sempre vai funcionar do mesmo jeito Voc n o tem essa liberdade voc n o consegue mandar uma foto pra mil lugares mas aonde eu mando vai funcionar igual ent o eu n o tenho essa quebra de consist ncia nos produtos da Apple Uma vez
408. putador para poder rodar o aplicativo para realizar o jailbreak Como resultado sempre que o dispositivo precisar ser reiniciado o usu rio precisar repetir o processo de conectar o dispositivo a um computador para que o hardware possa reiniciar por meio do aplicativo O segundo m todo preferido uma vez que n o requer a conex o a um computador exceto na primeira vez que o processo do jailbreak realizado S n o pode desligar pois tem que fazer o boot pelo programa pra voltar todas as fun es F A 38 Outra preocupa o para os Jailbreakers se refere variedade de programas dispon veis para realizar o jailbreak Geralmente estas ferramentas ganham nomes pelas comunidades de hackers que as criaram e se diferenciam em rela o ao que podem fazer Algumas das ferramentas mais populares incluem a RedsnOw da comunidade iPhone Dev Team Spirit da Comex Evasi0n da evad3rs Absinthe da Chronic Dev Team al m do website jailbreakme com entre outras As comunidades de hackers que popularizaram a pr tica e se mant m atualmente fortemente atuantes ainda se concentram no mercado norte americano Nesse contexto em acordo com a proposta de Haralanova 2012 online sobre os valores da tecnocultura hacker Jailbreakers valoram seus dispositivos em termos de personaliza o e adapta o s pr prias necessidades e dessa forma as pr ticas de reparar adaptar customizar e modificar s o o exa
409. que sobretudo nas ltimas duas d cadas entre as diversas disciplinas e tradi es de pesquisa incluindo a Antropologia a Ci ncia Pol tica os Estudos Culturais e os Estudos de Consumo Esta prolifera o de estudos se bem contribuiu para a compreens o da extens o do fen meno na contemporaneidade trouxe complexidade para a operacionaliza o do conceito em investiga es de cunho emp rico Cobrindo uma ampla variedade de comportamentos nos n veis individuais coletivos e institucionais em uma grande diversidade de situa es falta ao termo o consenso necess rio acerca das suas propriedades e natureza HOLLANDER e EINWOHNER 2004 ROUX 20074 De acordo com Turner 2006 essa nova ordem social marcada pela centraliza o e racionaliza o e presen a dos sistemas de informa o foi chamada de sociedade tecnol gica por Ellul tecnocracia por Roszak tecnoestrutura por Galbraith 30 Turner sugere que um caminho para este entendimento a identifica o de pelo menos dois movimentos que surgiram no per odo o movimento de um grupo identificado como New Left representado por formas de ativismo pol tico de estudantes norte americanos entre os quais os da Universidade da Calif rnia em Berkeley na d cada de 1960 e o Free Speech Movement e o movimento dos New Communalists os quais aderiram s praticas colaborativas celebra o da tecnologia e ret rica cibern tica da pesquisa ac
410. que voc aprende ele vai funcionar sempre V C 41 Tem um potencial nos aparelhos que eu ainda n o descobri chega a dar uma ansiedade de querer entender mais eu n o vejo limita es S no celular que tem uma coisa que eu fiquei sabendo que n o chega a me impedir de continuar a usar meu cunhado queria que eu mandasse uma foto que ele viu no meu iPhone diretamente da foto pro Whatsapp dele Mas eu tenho que entrar primeiro no Whatsapp pra poder mandar a foto E ele me dizia que dava pra fazer da ele me mostrou que no Android dele dava pra fazer direto M M 38 Tenho um pouco de receio de trocar pra um Android porque n o conhe o mas consideraria essa hip tese se tivesse uma qualidade de c mera como a do iPhone Poder enviar grava es gravadas no gravador diretamente no Whatsapp uma coisa que eu n o consigo fazer pelo iPhone No Android d pra fazer B R 18 Quando lan aram aquele jogo que era uma cr tica ind stria da telefonia a Apple deu um jeito de proibir o jogo o PhoneStory Era do pessoal que faz games pol ticos Isso me incomoda e eu gosto mais de sistemas abertos M P 32 Questionamos sobre a quest o da privacidade do usu rio e confian a na seguran a dos dados compartilhados e armazenados no ecossistema de produtos da Apple Em geral a percep o do usu rio padr o a de que h menos chances de haver problemas de invas o de privacidade por parte da
411. que a tarefa implicaria Nesses anos todos de iPhone e iPad voc cria uma biblioteca de aplicativos nem sei dizer quanto eu j investi em tantos anos comprando aplicativos A biblioteca que eu tenho aqui de milhares de aplicativos e jogos que nunca v o rodar no Android ent o a partir do momento em que eu adquirisse um smartphone ou tablet Android eu teria que come ar 2 tudo do zero Isso um fator que prende muito quem j est 161 estabelecido em uma determinada plataforma Mas se eu tivesse no mundo Android e tivesse uma biblioteca grande investida tem que ter fatores muito fortes pra fazer essa mudan a Mas se tivesse um dispositivo Android nunca ia poder usar o iCloud pra fazer backup do Android o iMessage o FaceTime R F 28 O que me preocupa em testar um smartphone Android a quebra no ecossistema da Apple a integra o que a Apple faz entre todos os dispositivos A partir do momento em que voc tem um Mac um iPad um iPhone eles todos sincronizam se comunicam fazem backup ent o voc inserir um estranho nesse meio seja um PC no lugar do Mac seja um tablet de outra marca no lugar do iPad ou um Android no lugar do iPhone voc at consegue por outros meios tentar emular um pouco daquela experi ncia integrada entre eles mas nunca vai ser t o suave e simples como entre os dispositivos Apple R F 28 Por outro lado alguns dos respondentes deste grupo tend
412. que comprar outro Mac E eu disse usa seu iPhone 5 E ele disse que era outra porcaria que a gente falava que Apple inova mas que ele n o conseguia nem fazer aquilo Da eu pedi o iPhone dele e quando fui ver ele tava na vers o do iOS 6 Peguei o aparelho e fiz o update e mostrei oh esse aqui o iOS 7 o sistema operacional mais novo da Apple com muita tecnologia e inova o Da abri a apresenta o dele por ali o iOS 7 j vem com o Keynote dei um AirDrop o aparelho achou o Apple TV mostrei pra ele como faz e cliquei em mirroring Na hora que eu fiz isso pum pra tela Conclus o a mesa inteira na reuni o deu risada e ele ia passando a m o no Keynote e tava se sentindo risos Uma semana depois ele me chamou pra tomar uma cerveja e pra eu ver que ele tinha acabado de comprar um iPad pra esposa e um iPhone 5S Ele viu que a Apple realmente funciona que antes de ele pensar a Apple j tinha feito E isso acontece diariamente Antes das pessoas imaginarem o que elas precisam a Apple j imaginou e j mostrou basta elas quererem ver F P 31 Faz uns dois anos roubaram o carro da prima da minha mulher em S o Bernardo do Campo Ela tava na academia e estacionou o carro Da ela lembrou que deixou o celular no carro mas resolveu n o parar tudo pra ir l pegar Quando ela voltou viu que tinham roubado o carro Da eu falei que Uso de aplicativo espec fico 279
413. que eu j fiz instalar um programa pra tirar as m sicas de um iPod v deo Tem gente que faz jailbreak que uma maneira de voc poder fazer mais coisas com seu aparelho Uma das defesas do jailbreak o aparelho meu e eu uso como eu quiser O fato da pessoa saber que pode fazer mais coisas com o aparelho tamb m j faz a pessoa ser mais fu adora o suficiente pra ir atr s de como fazer Eu n o fiz jailbreak porque n o tem nada na cena homebrew que eu estivesse louco pra usar tem gente que quer modificar algo na interface mas isso n o me interessa N o gosto de coisas que modifiquem muito a interface No iPhone nunca fiz Quem faz jailbreak tem outro jeito de ver o aparelho M P 32 Nunca gostei de instalar esses programas piratas do Cydia no iPhone e iPad at porque eu n o manjo tanto assim O que eu fa o seria um uso legal n o seria partindo pra ilegalidade Eu nunca fiz jailbreak nunca tive tempo pra parar e ver como faz E n o uma coisa que me chama a aten o N o faz muito o meu perfil mas eu conhe o gente que faz Perde a garantia e quando v m as atualiza es ele tranca os aplicativos que tu j tinha e tu perde tudo n Tamb m acho que esse neg cio de jailbreak mais pra quem tipo gamers que j n o tanto o meu perfil eu uso mais pro que eu preciso e t legal M D 31 O jailbreak vai te dar liberdade pra faze
414. que pagar ou pra outros recursos que ele n o apresentava na poca s que teve muitas panes e desfiz pluguei o aparelho e formatei ele busquei por tutoriais fiquei uma semana com o jailbreak Entrando no Cydia n o era f cil a navega o tinha que instalar o installous pra depois se conectar num servidor de aplicativos Acho que um usu rio comum que n o pesquisa muito sobre tecnologia n o conseguiria fazer isso R R 25 Eu conhe o a Apple por filme e s rie eu queria muito ter um Macbook igual ao da Elle Woods em Legalmente Loira risos que teve uma poca que a Apple tava muito em alta era Steve Jobs era tudo e eu acho que eu entrei no hype com certeza e a fiquei bem fazinha eu adorava o iPod mas o iPhone foi o turning point sem d vida eu amava o iPhone e achava que eu nunca ia querer outra coisa e falava pra todo mundo que eu s trocaria meu iPhone por outro iPhone mas as coisas n o s o bem assim como n o foram C M 24 Quando o Steve Jobs faleceu todo mundo ficou meio que sabendo da exist ncia dele e algumas coisas passaram na televis o Eu sei que era um cara muito empreendedor perfeccionista ele n o tava preocupado com o que os outros pensavam dele eu acho Pra mim a Apple come ou a aparecer com o iPod eu tinha meu MP3 eu nem sabia que iPod era da Apple B R 18 Para alguns entrevistados a primeira experi ncia com produtos Apple foi
415. r Durante as d cadas de 1960 e in cio de 70 a cultura hacker se alimentou do cen rio dominado pelos mainframes localizados sobretudo em salas com acesso restrito de universidades e guardados por t cnicos Considerando o escopo e objetivos do presente estudo nossa inten o neste t pico foi trazer discuss o o hackerismo enquanto pr tica de resist ncia de usu rios entusiastas da tecnologia e aficionados da customiza o que buscavam a transforma o criativa do hardware e do software como forma de apropria o alternativa aquelas definidas pelas organiza es da poca especialmente ao poder representado pelos computadores de grande porte H in meros trabalhos seminais sobre as pr ticas hackers que abordam as caracter sticas da chamada tica hacker LEVY 1984 HIMANEN 2001 WARK 2004 o hackertivismo como as pr ticas do grupo Anonymous e o ativismo digital COLEMAN 2012 OLSON 2013 Himanen 2001 por exemplo partiu de uma perspectiva ampliada do hackerismo entendendo o como uma nova tica do trabalho em oposi o tica protestante detalhada por Max Weber em A tica Protestante e o Esp rito do Capitalismo A tica de trabalho dos hackers compartilhada por entusiastas em um determinado campo para al m do hackerismo de computadores O hackerismo embora normalmente associado pr tica de explora o de sistemas de computa o tamb m foi realizado nos sistemas de telefonia nos anos 50 Segu
416. r de aplicabilidade Alguns aplicativos s o disponibilizados em vers es para diferentes plataformas Algumas vezes quando um aplicativo que funciona somente sobre uma plataforma espec fica se torna muito popular entre os usu rios o chamado killer app pode ser respons vel pelo substancial aumento de vendas da plataforma sobre a qual o aplicativo funciona Em geral este tipo de software pode levar ado o de um tipo particular de computador sistema operacional ou aparelho m vel em fun o exclusivamente da ades o dos usu rios As lojas de aplicativos t m sido o principal canal de distribui o deste tipo de conte do pelas principais empresas no campo da computa o e da internet Lojas de aplicativos constituem um ambiente de distribui o digital de softwares normalmente vinculados ao sistema operacional do aparelho Podem ser definidas como mercados on line onde atuam vendedores desenvolvedores de aplicativos e compradores usu rios os quais podem escolher a partir de um cat logo com diversas categorias aplicativos e outros conte dos que podem incluir m sicas e filmes Em geral constituem um modelo de neg cio baseado em gera o de receitas a partir da venda de aplicativos pagos ou com propaganda dentro do aplicativo As lojas de aplicativos recebem comiss o de 30 sobre os aplicativos vendidos 70 ficam com o desenvolvedor 97 Antes da disponibilidade de conectividade Web aplicativos nativos eram soft
417. r lugar a um ambiente de liberdade como a arquitetura original da internet ou a um lugar de controle opressivo Sob a influ ncia de interesses econ micos as redes eletr nicas da internet t m se tornado altamente reguladas onde o comportamento dos usu rios tem se mostrado mais fortemente controlado do que no espa o real n o virtual Embora as oportunidades tecnol gicas tenham resultado em maior abund ncia de possibilidades de acesso s redes e informa o corpora es nos setores das telecomunica es e de outros segmentos na provis o de servi os de informa o buscam novas maneiras de controle de acesso dos usu rios Modos de controle se apresentam inseridos no tecido material das redes e dispositivos digitais por meio de formas rizom ticas de distribui o em uma nova f sica de organiza o que t o real quanto uma hierarquia piramidal burocracia corporativa ordem soberana ou qualquer outro princ pio de controle social ou pol tico GALLOWAY e THACKER 2007 p 29 128 Traduzido de now we just have computers in different cases this means that all of our sociopolitical problems in the future will have a computer inside them too and a would be regulator saying stuff like this Make it so that self driving cars can t be programmed to drag race 254 Aliado a isso a computa o em rede generativa e ub qua tamb m trouxe um efeito indesejado Em tr s d cadas entre o lan amen
418. r muito comprando m sica Em um simples toque do bot o Hoje eu seguro um pouco n o compro todas as m sicas que eu gosto R B 24 O iTunes pra comprar fac limo Mas pra sincronizar as coisas fotos v deos pra autodidata complicado E isso uma coisa que faz as pessoas com preconceito com a marca falarem que o telefone Android delas tem um chip de mem ria que n o precisa de iTunes pra transferir Pra quem n o tem a manha penoso de usar J M 38 163 Na tica dos f s da marca entretanto muitas das decis es da empresa como as apontadas acima que aparentemente controlam a generatividade dos dispositivos isto a liberdade do usu rio para modific los ou personaliz los conforme seus pr prios interesses s o justificadas J li a biografia do Jobs eu falo em aula sobre isso tamb m vi o filme Eu tenho o livro do Jonathan Ive em que ele foca na quest o do design A Apple uma empresa que tem um lado negativo de ser centralizadora ela tem um lado positivo tamb m porque isso evita que avacalhem a usabilidade dos aplicativos pr prios ou de terceiros Eu permane o como f da marca O Steve Jobs deixa isso claro na biografia dele Ele dizia que a empresa tinha que ter o controle sobre o hardware e o software e que isso tinha que ser o mais integrado poss vel uma quest o de marketing e de filosofia do fundador H P 41 A Apple tem uma pol t
419. r o que quiser no aparelho N o tenho nada contra cada um faz o que quiser Tem uma briga muito grande da Apple com esse pessoal porque nesse aspecto eu concordo com a Apple isso come a a abrir pra v rus e prejudica Acho que a Apple n o quis que isso se tornasse uma pr tica comum que se banalizasse a ponto de ser feita at por pessoas como eu que n o preciso disso O sistema da Apple baseado em UNIX que o mesmo onde baseado o Linux Ent o o iOS e o sistema do computador o mesmo na camada bem de baixo funciona igual Em cima tem o Cocoa Touch para os dispositivos m veis que diferente para o sistema do computador que a intera o com o usu rio E a Apple bloqueia um monte de coisas no dispositivo m vel e te d aquela apresenta o que ela d Por isso que quando as pessoas fazem jailbreak conseguem fazer coisas mirabolantes com o sistema operacional como se tivesse um computador no seu bolso O que acontece que voc come a a mexer em reas do sistema e abre o sistema Se voc sabe o que est fazendo voc vai abrir a porta entrar e trancar atr s de voc Pra quem sabe o que est fazendo n o tem problema nenhum Mas se banaliza essa porta vai ficar aberta Tem uma s rie de passos que precisam ser seguidos pro seu dispositivo n o ficar vulner vel o que acontece hoje com o Android ele bastante vulner vel porque qualquer um pode criar apli
420. r sincronizar pra ouvir no teu celular eu achei aquilo complicado M M 38 Pra compra de m sicas eu n o uso o iTunes Eu passei a usar o iTunes Match Eu uso esse servi o pra n o ter a m sica dentro do aparelho e esse servi o funciona na nuvem o recurso n o bom pra nossa realidade no Brasil por conta da infraestrutura t cnica de internet algo que est fora do controle da Apple R R 25 190 ENTREVISTADORA Qual a maior dificuldade que tu tens com o iTunes Me d a impress o que n o simplesmente uma pasta onde tu pode colocar o que quiser e tirar o que quiser Tu tem que sincronizar o que tu tem no celular com uma pasta e da tu quer colocar uma nica foto nova mas tu tem que sincronizar todas as que tem naquela pasta B R 18 4 Obsolesc ncia de produto A quest o da obsolesc ncia de produto se mostrou significativa para grupo A obsolesc ncia diz respeito substitui o de um produto por tecnologia supostamente mais avan ada A obsolesc ncia percebida se refere pr tica de mercado que visa estimular o desejo pela tecnologia mais recente adicionando inova o incremental aos dispositivos O desconforto com a quest o da obsolesc ncia emerge em diversas narrativas ao longo das entrevistas e constitui uma fonte de ansiedade entre os Usu rios Padr o de dispositivos iOS O lan amento constante de novas vers es de hardware bem como a atualiza o do sistema o
421. ra l e pra c e era bonitinho tamb m Posteriormente quando se mudou para S o Paulo comprou um modelo iMac G4 usado o abajur acho que foi o computador mais bonito que eu j tive em toda minha vida Em 2006 ou 2007 quando come ou a estudar edi o de v deo em S o Paulo T S adquiriu um iMac G5 que possui at hoje mesmo com 7 anos de idade mais r pido que o meu notebook PC que tenho h 3 anos T S comprou este notebook para poder usar o sistema Linux porque sou um apaixonado por Linux pra programar mais f cil Al m disso atualmente T S tem um iPod Classic que usa muito desde 2007 al m de um iPhone 3GS que t aposentado Comprou o iPhone por volta de 2008 ou 2009 fiquei enlouquecido quando chegou porque era super dif cil as pessoas terem 227 E P acredita que foi um dos primeiros na cidade de S o Leopoldo onde vive a ter a primeira gera o do iPhone pois lembra que no dia 17 de novembro j o tinha em m os por conta de um colega que vivia na Calif rnia Era uma novidade porque no Brasil quem mandava era a Nokia que tinha uns 80 do mercado tinha o N95 que era um dos campe es de venda O iPhone foi um marco na vis o do entrevistado porque era poss vel ter acesso a uma tecnologia com recursos s dispon veis em computadores come ou com a Apple a disposi o dos aplicativos como a gente conhece come ou com o iPhone Lembra que o iPhone de
422. ra que isso n o aconte a Mas quando eu baixei o aplicativo com o firmware certinho o aplicativo bugou meu aparelho e eu fiquei meio sem saber o que estava acontecendo porque eu tomei as providencias corretas sabe Eu j me considerava experiente no jailbreak e foi meio um susto Na verdade foi mais a quest o emocional de tu ter v rias coisas ali que tu gostava e ter que Falha na instala o de procurar por elas de novo e torcer pra elas funcionarem Ent o s aplicativos vezes eu tinha que passar o dia inteiro procurando o aplicativo que eu queria testando pra ver se ele funcionava porque tinha v rias vezes que ele n o funcionava no meu aparelho C S 19 Todas as vezes em que a instala o de um aplicativo fez o iPhone travar Um dia eu tava no meio de uma liga o e da o iPhone reiniciou porque alguns dos aplicativos que eu instalei n o tavam funcionando direito Hoje eu tenho um aplicativo que funciona junto com o Whatsapp Ele pode responder as mensagens direto sem ter que abrir o Whatsapp mas ele anda travando tanto que eu t desistindo de usar o aplicativo porque poxa quando tu v o teu telefone para de funcionar fica a tela preta e o telefone n o pode n o ser confi vel D P 27 Ent o outro incidente negativo s o todas as irrita es do dia a dia Quando Falha na instala o do eu tinha o meu iPhone 3GS e eu n o sabia direito como fazer o jailbreak jailbreak como in
423. ra resolver Iniciei umas 8h ou 9h da noite e n o tava entendendo por que n o tava dando certo da resolvi sair pra dar uma aliviada na situa o foi quando eu tomei a decis o de iniciar tudo de novo Quando fiz isso e da deu certo da foi quest o de 15 ou 20 minutos s o tempo do processo mesmo Mas as tentativas demoraram muito tempo foram horas tenta pesquisa tenta pesquisa O pr prio iPad ficou como sem ser utiliz vel voc n o conseguia abrir sequer o menu incial porque n o tavam batendo as configura es J S 23 poss vel atribuir grande parte da tens o e ambival ncia em torno da pr tica bem como do conflito que se estabelece entre o usu rio e as determina es do mercado regras da fabricante decis o de atualiza o do sistema operacional iOS Cria o de instabilidade ou mau funcionamento do sistema gerando inseguran a quanto vulnerabilidade do sistema Observamos que novas formas de controle s o providenciadas pela fabricante e novas formas de resist ncia tamb m s o levadas a cabo Para contornar a situa o grande parte dos usu rios resiste imposi o da atualiza o a partir de um comportamento de evita o protelando a atualiza o e mantendo vers es mais antigas do sistema operacional Eu atualizei uma ou duas vezes depois que eu comprei e n o atualizei mais Eu s atualizo a vers o do iOS quando j tem o jailbreak dispon vel pra aquela vers o de sist
424. rar I V 28 Uma t tica de resist ncia ligada tem tica da decis o de ecossistema a descentraliza o do controle da empresa buscando formas alternativas ENTREVISTADORA Como fica a quest o do ecossistema isso importante pra ti nos dispositivos Android N o Eu agora t usando um smartphone Motorola que tamb m tem o mesmo sistema operacional que o tablet da Samsung sistema Android mas eu n o sincronizo porque mesmo sendo do mesmo sistema pra mim n o interessante Mas se eu tivesse o smartphone Samsung Galaxy se voc tem um marido ou algu m que est sempre contigo voc s encosta os aparelhos voc nem precisa ligar o bluetooth pra passar a informa o de um celular pra outro ent o eles conversam super bem mas super bem um com o outro n a compensa voc ter aparelhos que tenham uma mesma linguagem no caso Samsung Samsung Galaxy Galaxy a ok Mas no meu caso t bom assim essa diversidade Eu tamb m n o fico t o escrava de uma nica nuvem computa o na nuvem tudo naquela nuvem ah eu abandonei a nuvem eu agora tenho v rias nuvens em v rios lugares pra n o ficar t o escrava se der algum problema Ent o eu vou meio que me cercando como eu posso pra n o ficar mais t o escrava de uma tomada do bendito aparelho que n o pode desligar voc muda seu jeito de pensar quando tem problemas LV 28 T S descobriu uma maneira de contornar a depend nci
425. re a marca como o fazem com uma falha pessoal Como apontaram Cheng et al 2011 p 286 consumidores que tratam a marca como parte de sua identidade na verdade a defendem quando esta falha da mesma forma que o fariam defendendo a si mesmos quando falham Nestes casos consumidores f s percebem diferentemente as falhas ou limita es das marcas admiradas e as defendem fortemente contra cr ticas Eles o fazem n o porque t m maior conhecimento sobre a marca ou porque confiam mais nela mas porque essa parece ser uma forma de manter uma vis o positiva de si mesmo quando percebem uma amea a a sua auto imagem 5 1 2 Percep o de elementos incongruentes com a orienta o particular Segundo Roux 2007 a percep o de elementos incongruentes condi o para que resist ncias sejam implementadas como estrat gias de enfrentamento a pr ticas de mercado Ao serem indagados sobre a percep o de limita es de alguma ordem na experi ncia de apropria o dos dispositivos 10S em um primeiro momento Fanboys n o as reconhecem como elementos dissonantes Entretanto fica claro nas narrativas do grupo que estas quest es s o na realidade ressignificadas para se ajustarem s expectativas destes usu rios Para H S um Fanboy que se considera mais cr tico em rela o s pr ticas de mercado operadas pela marca o meio Apple movido a rumores e os usu rios s o muito fi is mesmo quando h queixas sobre os
426. re de prote o contra a c pia previa a restri o de acesso dos usu rios a determinados conte dos com a altera o no equipamento A facilidade de c pia dos discos levou editores de software cria o de discos protegidos contra c pias ou seja a altera es nos programas que impedem que o computador aja naturalmente sempre que o usu rio tenta fazer uma c pia LEVY 2012 Na realidade como destacou Levy 2012 trata se de uma barreira digital que n o adiciona benef cios ao programa ou aos usu rios mas que traz vantagens econ micas para as empresas Desse modo consolida se uma ind stria do software aut noma baseada no triunfo do modelo de propriedade de software que se tornaria forte nas d cadas de 1980 e 1990 sobretudo sob a presen a hegem nica de empresas como a Microsoft A autoriza o de uso do software propriet rio se d atrav s da concess o de uma licen a isto n o autorizada aqueles que n o est o licenciados caracterizando portanto uma esp cie de monop lio de desenvolvimento do software Nos anos subsequentes a Microsoft cujo neg cio se baseava no licenciamento e adapta o dos softwares a uma ampla gama de diferentes fabricantes de hardware estava grata pela consolida o da arquitetura aberta dos equipamentos mas comprometida com o modelo propriet rio do software e sua r pida padroniza o GATES 1995 Em meados da d cada de 1990 a quest o dos usos das plataformas como padr
427. relatados a partir de quest es que buscam captar uma est ria sobre a experi ncia vivida pelo usu rio com as tecnologias em 105 Critical Incident Technique CIT foi inicialmente desenvolvida pelo pesquisador norte americano John C Flanagan 1954 como metodologia no campo da psicologia ocupacional Desde ent o a CIT tem sido utilizada por pesquisadores em diversos campos de estudo incluindo a psicologia social educa o biblioteconomia e mais recentemente na administra o e marketing entre outras reas 129 quest o A t cnica permite por isso captar detalhes em primeira m o de experi ncias relacionadas s fontes de tens o impl citas envolvidas no desempenho de uma tarefa Para ser inclu do na an lise o incidente necessita preencher alguns crit rios ser claramente um evento percebido como significativamente negativo ou positivo do ponto de vista do usu rio ter detalhamentos suficientes para ser visualizado pelo pesquisador As seguintes fases ser o consideradas para emprego da CIT conforme indica es de Flanagan 1954 1 estabelecimento de objetivos gerais isto defini o das atividades que ser o analisadas e dos objetivos A atividade em quest o a apropria o dos dispositivos m veis da plataforma iOS iPhone iPad iPod a experi ncia com o jailbreak ou com a migra o de plataforma 2 estabelecimento de planos e especifica es ou defini o dos crit rios para participa o na pesquisa
428. rgia possibilitou a difus o de inova es na esfera dom stica as tecnologias da informa o se tornam ub quas e disseminadas em diversas esferas da vida cotidiana Na consolida o da ind stria da computa o o computador pessoal atingiu uma ampla base de usu rios amadores gra as combina o de uma s rie de eventos que intercalaram planejamento e aleatoriedade O estabelecimento de padr es baseados em uma arquitetura aberta do hardware a partir de microprocessador e sistema operacional em disco disk operating system e em um modelo de software propriet rio estendeu se para a oferta de outros dispositivos similares aos PCs tais como os laptops e notebooks software compat veis com os modelos desktop CERUZZI 1998 Neste cen rio a internet prometeria uma fundamental transforma o no conceito de computador aut nomo para prop sito geral Entre as d cadas de 1980 e 1990 o computador se tornaria uma plataforma padronizada que podia rodar uma ampla variedade de softwares comerciais vendidos em lojas de varejo Tornaram se commodities permitindo que os softwares comerciais ganhassem protagonismo e se tornassem o centro da atividade inovativa e principal fonte de contato e entrega de valor para os usu rios Entretanto em 2014 o computador conectado j n o est localizado naquilo que nomeamos tecnologias da informa o e da comunica o A vida cotidiana crescentemente mediada por processos computacionais c digos a
429. rias necessidades A posse e o controle dos dispositivos m veis est o relacionados liberdade para usar modificar e compartilhar artefatos tecnol gicos Esta vis o sociot cnica legitimada por valores afinados com o esp rto hacker e com as pr ticas DIY como ressaltou Coleman 2008 em seu trabalho sobre a tica hacker os quais tamb m est o presentes em movimentos de resist ncia como o do Software Livre ou do Digital Rights Management O jailbreak pode ser entendido nesse sentido como uma forma de retomada dos valores DIY da tica hacker no ambiente mobile HARALANOVA 2012 Esta cultura estaria presente tanto nas comunidades de hackers que desenvolvem as ferramentas para a pr tica a cada nova vers o do iOS disponibilizada pela Apple quanto nas motiva es dos usu rios que se utilizam destas ferramentas para ganhar controle sobre os equipamentos A possibilidade de apropria o criativa e adapta o dos dispositivos iOS s pr prias necessidades ou mesmo de subvers o passa pela aprendizagem sobre a tecnologia que vai al m da educa o formal HARALANOVA 2012 O jailbreak pode n o ser um processo f cil de ser realizado e requer a busca de informa es e aprendizagem por parte do usu rio que se disp e a implement lo em seus dispositivos Esta aprendizagem n o tem fim na implementa o da ferramenta mas se estende ao longo da experi ncia de apropria o do dispositivo uma vez que o usu rio deixa uma dete
430. ridge The MIT Press 1998 CHENG Shirley Y Y WHITE Tiffany Barnett CHAPLIN Lan Nguyen The effects of self brand connections on responses to brand failure a new look at the consumer brand relationship Journal of Consumer Psychology v 22 n 2 p 280 288 2012 COLEMAN Gabriella Hacker Practice moral genres and the cultural articulation of liberalism 24 Out 2008 Disponivel em lt http gabriellacoleman org blog p 1053 gt Acesso em 5 mar 2014 The anthropology of hacking The Atlantic 21 Set 2010 Disponivel em lt http www theatlantic com technology archive 2010 09 the anthropology of hackers 63308 gt Acesso em 5 mar 2014 COMPUTER HISTORY MUSEUM Community Memory Terminal Berkeley Calif rnia Dispon vel em lt http www computerhistory org revolution the web 20 377 gt Acesso em 5 fev 2014 IBM PC Jr the Ease One for Everyone Brochure EUA 1983 Disponivel em lt http www computerhistory org collections catalog 102646138 gt Acesso em 3 mar 2014 Introducing Apple II Brochure EUA 1977 Dispon vel em lt http www computerhistory org revolution personal computers 17 300 1049 gt Acesso em 6 fev 2014 Macintosh Portable 1989 Macworld magazine cover Disponivel em lt http www computerhistory org revolution mobile computing 18 317 1748 gt Acesso em 20 fev 2014 Osborne 1 Osborne Computer Corporation Brochure 1981 Disponivel em lt h
431. rir um link externo ele vai mandar pro navegador padr o que o Safari Ent o a Apple acaba se utilizando disso pra promover e meio que for ar o uso dos aplicativos dela o que muito ruim Os desenvolvedores j criaram artimanhas sem voc precisar de jailbreak Tem alguns aplicativos que conseguem mandar links para outros navegadores tipo para o Chrome do Google R F 28 Para contornar os scripts prescritos pela empresa Fanboys utilizam um conjunto de t ticas que est o de acordo com seus valores e expectativas de personaliza o Para Scott 1985 p 7 em algumas ocasi es a resist ncia se torna ativa e at violenta Com mais frequ ncia contudo tem a forma de descumprimento passivo sabotagem sutil evas o e trapa a Para Certeau 1984 p 41 usu rios se reapropriam do espa o organizado pelas t cnicas da produ o sociocultural Eu coloco todos os aplicativos do Google em uma pasta Google no meu iPhone mesmo eles sendo pra coisas diferentes porque eu acho que eles s o bastante integrados entre si mesmo que estando dentro do iOS a maneira de usar eles integrada A Google foi bastante competente no desenvolvimento destes produtos porque eles apresentam entre si um grau de integra o t o grande quanto os aplicativos da Apple H P 41 A depend ncia dos servi os iTunes e App Store para acesso a determinados conte dos pode ser contornada simplesmente evitando utilizar
432. rminada condi o e passa a fazer parte de um grupo o dos usu rios de jailbreak que transita no mundo do jailbreak A eu vi o que era o jailbreak fui procurar qual desses era o mais vi vel porque h muitos jailbreaks dif ceis de fazer n muito processo muita dificuldade por mais que eu soubesse lidar com esses processos mas era muito complicado tanto que a primeira tentativa de jailbreak que eu fiz ele ficou meio que 50 N o foi um jailbreak leg timo porque ele n o atingiu a plenitude Depois de um ano com o iPad e devido necessidade de atualizar a sim eu consegui fazer o jailbreak pleno pelo reposit rio de aplicativos Installous e ele instalava Mas tive que fazer pesquisa em sites pra fazer o jailbreak J S 23 no jailbreak importante voc procurar aquele mais confi vel embora seja uma coisa meio errada vamos dizer assim tem toda a politica da Apple quanto pr tica do jailbreak mas a gente procura o mais confi vel aquele que se tiver que dar um problema tenha menos chance de acontecer D P 27 Existem diversos m todos de jailbreaking disponibilizados por meio de tutoriais ou informa es em sites e f runs especializados na pr tica na internet Os principais m todos envolvem riscos e expectativas distintos e s o em geral divididos em tethered e 214 untethered O primeiro requer que o usu rio conecte tether o dispositivo iOS a um com
433. rsos CERTEAU 1994 THOMPSON 2004 Desenvolve se assim o estudo das formas de resist ncia sociedade de consumo em sua totalidade ou s pr ticas mercadol gicas PENALOZA e PRICE 1993 FOURNIER 1998 Pefialoza e Price 1993 s p assinalam ainda as diferentes formas de resist ncia do consumidor e que a a o individual tem sido menos investigada sob a rubrica da resist ncia do que as a es coletivas h muitos atos individuais simples que transformam a compra em produ o As manifesta es de oposi o do consumidor por seu turno podem refletir pelo menos tr s n veis de resist ncia 1 resist ncia contra os discursos e c digos mobilizados por meio de marcas e estrat gias de comunica o 2 resist ncia contra pr ticas e mecanismos utilizados pelas empresas e 3 resist ncia contra empresas rejeitadas como parceiras na rela o de consumo ROUX 2007b Nesse sentido uma defini o integrando estas abordagens sugere que a resist ncia do consumidor caracterizada por um estado motivacional que leva a variadas manifesta es de oposi o a qual desencadeada por certos fatores ligados aos comportamentos das corpora es e pr ticas de mercado ROUX 2007a p 69 Por fim no que se refere ao foco nas manifesta es da resist ncia do consumidor Fournier 1998 prop e que o conceito mais adequadamente expressado em um continuum de comportamentos de oposi o de acordo com a intensida
434. rtilhamento de dados via recursos dos dispositivos m veis constitui uma das tarefas cotidianas destes usu rios e um dos benef cios esperados na experi ncia de uso de equipamentos desta natureza Por essa raz o a pouca interoperabilidade de hardware e de software destacada nos relatos deste grupo representa um custo que constantemente reavaliado vis a vis os benef cios gerados pela integra o dentro do ecossistema Eu continuo usando o iPhone para fotografia e v deo e para mensagens atrav s de internet 3G antes era s mensagem pela operadora SMS normal porque a maioria das pessoas que eu conhecia n o tinha iPhone pra ter tamb m o iMessages pra conseguir trocar mensagens pela internet gratuitamente At que veio o Whatsapp para todas as plataformas Isso da Apple s funcionar com produtos da Apple uma desvantagem a partir do momento em que nem todo mundo tem um Apple Querer transferir qualquer arquivo de texto foto etc por bluetooth pra um dispositivo que n o da Apple n o funciona tem que mandar por e mail N o sei por que eles fazem isso Entre outros aparelhos d pra fazer Minha m e tinha um Samsung meu padrasto um Nokia e eles trocavam arquivos por bluetooth de forma simples e toda vez que eles me pediam pra passar aquelas fotos que eu tirei eu tinha que dizer que n o ia poder passar porque o iPhone n o passa da ele dizia ent o me d teu cart o de mem ria e eu dizia que
435. s n o estaremos fazendo justi a profunda ambiguidade desse movimento dentro dessa mesma popula o de rebeldes e desistentes que podemos encontrar os inventores e empreendedores que ajudaram a assentar as bases da ind stria da computa o na California As conex es entre esses dois aspectos Ver Turner 2006 p 31 para uma descri o do grupo New Left cuja resist ncia se pautava por a o pol tica 2 Turner acredita que considerar a ret rica comunit ria em torno da introdu o da internet e o movimento social aut ntico revolucion rio como tendo sido cooptado por for as capitalistas um erro hist rico Isso ocorre ao confundir as cren as e motiva es do grupo New Left com os New Communalists Discurso de um estudante na Universidade da California em Berkeley em 2 de dezembro de 1964 Free Speech Movement 31 aparentemente contradit rios do movimento s o fascinantes para seguir com a reflex o Estas cren as espec ficas se diferenciam portanto daquelas cultivadas pelo grupo New Left muito embora ambos compartilhem a avers o burocracia tecnocr tica da era industrial Pode se dizer que os New Communalists eram tamb m avessos a qualquer modo de comando formal e nutriam grande desconfian a da pol tica de forma geral Para este grupo a pol tica representava um caminho inadequado para a mudan a social esta deveria ocorrer a partir de uma profunda transforma o da mente
436. s e que a Apple cobra por coisas que tinha dispon vel em outros aparelhos de outras plataformas no caso aplicativos tipo o jogo Pou Ap s aquisi o do iPhone 3GS M D comprou um MacBook White e um iPad em 2011 trocando o Mac em 2012 por um modelo Pro e em 2014 o iPhone 3GS por um iPhone 4 M P tem tr s Macs o iMac G3 do qual n o quer se desfazer o MacBook branco que virou central de m dia e backups e o MacBook Air Os dispositivos iOS vieram somente em 2007 com a compra de um iPod v deo e em 2009 com a aquisi o de um iPod Touch me apropriei como se fosse um mini tablet Ap s o iPad M M adquiriu o iPhone 4 mas teve aparelhos Motorola desde 1997 por influ ncia do namorado aficionado por celulares Lembra que costumava permanecer com o mesmo aparelho por cerca de tr s anos e acredita que atualmente adquire o modelo mais recente a cada lan amento da Apple na poca eu s queria um celular que falasse hoje ele se tornou um mini computador Os aparelhos da Apple que tem hoje s o o iPhone 5S iPad Mini um MacBook Pro e pretende adquirir um modelo desktop iMac No in cio compartilhava o iPad com o marido mas da ficou imposs vel porque cada um tem as suas coisas pra botar ali eu quero botar fotos e acaba pesando e pra n o ter briga a gente resolveu cada um ter o seu isso pra uso pessoal V C tem uma rela o antiga com a Apple Comprou um iBook G4 em maio de 2005
437. s adotantes iniciais interessados nos sistemas computacionais mas n o necessariamente versados na linguagem t cnica da inova o De acordo com a jornalista Evelyn Richards que cobria a ind stria da computa o para a San Jose Mercury News os an ncios de novos produtos eram muito tecnol gicos eles focavam em bits e bytes 62 e no sistema operacional e em quantos megabits de mem ria a m quina tinha Seus press releases eram ileg veis apenas para iniciados da ind stria n o era realmente focado no consumidor final A medida que os microcomputadores alcan avam o mercado de usu rios dom sticos esfor os de marketing deixaram de ser dirigidos exclusivamente ao jornalismo de tecnologia para alcan ar uma audi ncia mais ampla THE MACINTOSH 2000 A inven o do drive de disco flex vel de 5 4 polegadas pela Apple e da planilha eletr nica VisiCalc em 1979 foram grandes inova es para a empresa e para a ind stria como um todo na poca as pessoas chegavam nas lojas e perguntavam pela VisiCalc e depois sobre o computador Apple II que elas precisavam para rod lo CERUZZI 1998 p 268 A possibilidade de armazenamento em disquete combinada com a flexibilidade dos softwares para ampliar os usos dos computadores trouxe o software definitivamente para a dianteira CERUZZI 1998 e o computador pessoal deixou de ser utilizado somente no ambiente dom stico De fato para Zittrain 2008 o fator crucial para o
438. s da contracultura o discurso cibern tico os estilos de trabalho colaborativos nos laborat rios de pesquisa militar da Segunda Guerra forneceram as bases para o modo de vida em rede contempor neo Nos anos subsequentes surgiram desse am lgama encontros inesperados por m n o exatamente contradit rios entre expoentes pioneiros da contracultura executivos corporativos e pol ticos de orienta o conservadora medida que princ pios da nova sociedade ou nova economia da informa o afastada da economia industrial se tornam 34 tecnologia consci ncia e empreendedorismo os New Communards da d cada de 1960 desenvolvem uma vis o ut pica que flerta com os Republicanos insurgentes da d cada de 1990 Assim n o se trata da hist ria de como os ideais e pr ticas do movimento da contracultura foram apropriados pelas for as do capital da tecnologia ou do Estado mas de compreender de que forma a ala da contracultura identificada como New Communalist abra ou estas for as desde cedo TURNER 2006 O Whole Earth caracterizou um esquema conceitual e importante fonte de legitima o para a vis o compartilhada tanto entre New Communalist quanto entre os New Left de que os indiv duos devem ganhar controle sobre o os sistemas de informa o embora a proposta de conferir ao computador esta tarefa fosse recente TURNER 2006 Em discurso na Universidade de Stanford em 2005 Steve Jobs citou a publica o como refer ncia fundamental
439. s entrevistados neste estudo de modo geral n o simpatizam com t ticas que visam modifica o do iOS ou pr ticas que ferem regras determinadas pela Apple Nesse sentido o jailbreak n o bem visto entre os participantes deste grupo que optam por n o pratic lo em raz o do receio em danificar os dispositivos ou em fun o de princ pios e vis es da tecnologia que entram em choque com pr ticas dessa natureza Mais do que isso os entrevistados foram un nimes em destacar que preferem manter os dispositivos 1OS originais Como argumenta F P Se voc gosta e f da marca procura fazer a coisa certa Procura fazer a sua parte que com certeza a Apple vai fazer a dela eu sou daqueles que acredita que a Apple mant m a caixa fechada por uma excelente raz o a Apple foi fundada por dois hackers eles n o v o abrir a porta eles sabem onde o perigo mora e o mundo hoje muito perigoso mais f cil roubarem a sua identidade do que a sua carteira O mundo aberto muito bacana at o momento em que algu m vai l e te ferra e n o tem sa da se foi voc que deixou a porta aberta Ao fazer jailbreak voc abre portas e caminhos pra ser atacado Eu prefiro mil vezes a seguran a do que a interface modificada S M 41 Eu acho que a pr tica do jailbreak pela origem dela muito positiva Eu nunca fiz porque eu n o quero ter problema gera conflitos gera o que o Android oferece M
440. s foi muito legal M M 38 As categorias resultantes dos relatos de incidentes cr ticos negativos foram depend ncia da iTunes App Store expectativas em rela o a aplicativos ou funcionalidades e scripts definidos pela Apple falta de flexibilidade respectivamente 199 Eu n o podia transferir por bluetooth e fui transferir com um cabo conectando o meu iPhone 3GS no PC do meu amigo que tinha o iTunes instalado Da o iPhone se conectou Quando ele se conectou apareceu a mensagem voc deseja sincronizar seu computador com este software Eu aceitei porque eu achei que ia ser o mesmo processo que eu fiz no meu computador s que n o na verdade ele pegou o conte do do meu amigo e botou no meu celular e excluiu as minhas m sicas S depois que eu descobri que tinha outros meios que n o pelo software tradicional iTunes s o aplicativos que conseguem fazer isso s o instalados no computador PC ou Mac N o algo que a Apple recomenda isso um caminho alternativo Tinha que colocar o telefone em modo de seguran a da conectar no computador N o era t o simples Mas ainda bem que eu tinha backup das m sicas Isso negativo porque tu o dono do celular e tu acha que tu tem o direito de fazer com ele e o conte do dele o que tu quer A partir do momento em que a empresa p e um limite naquele software de que tu n o consegue sincronizar aquele aparelho e
441. s na sua intera o em uma dada situa o Trata se de um conjunto flex vel de princ pios o qual deve ser modificado e adaptado para se adequar situa o presente FLANAGAN 1954 p 335 Como m todo explorat rio usado para analisar e classificar eventos memor veis que levaram ao sucesso ou fracasso de uma tarefa espec fica na percep o do usu rio A partir da identifica o de similaridades e diferen as na natureza dos eventos relatados busca se entender como os indiv duos participam de determinada atividade Um incidente pode ser descrito como qualquer atividade humana observ vel que seja suficientemente completa para permitir infer ncias e predi es sobre a pessoa que desempenha uma a o FLANAGAN 1954 p 327 Quando considerados no contexto da vida cotidiana incidentes cr ticos podem ser entendidos como aspectos vivenciados em uma dada intera o que s o significativos para o indiv duo O relato de incidentes cr ticos juntamente com as quest es abertas dos demais blocos foi utilizado no presente estudo por dois motivos Primeiramente a CIT um m todo explorat rio e indutivo com o prop sito de aumentar o conhecimento do fen meno sobre o qual pouco conhecido ou documentado Seu prop sito a cria o de cen rios t picos que retratam a intera o do usu rio com dispositivos m veis sob a influ ncia de eventos cr ticos positivos ou negativos Al m disso os incidentes cr ticos s o
442. s nas estrat gias de lock in das empresas de tecnologia diz respeito aos modos como a empresa gerencia a interoperabilidade interconex o entre softwares ou hardwares de terceiros de modo a proteger seu ecossistema de entretenimento Nesse contexto a interoperabilidade de conte dos servi os se refere disponibilidade de conte dos para diferentes plataformas ou seja o qu o acess vel cada servi o nos dispositivos que os usu rios possuem Se o usu rio possui v rios dispositivos ou utiliza servi os de uma mesma empresa poder usufruir dos efeitos do ecossistema Por outro lado se utiliza uma combina o de produtos ou servi os de empresas distintas a quest o da interoperabilidade de conte dos e compatibilidade entre plataformas de fundamental import ncia na decis o do usu rio A Figura 13 proposta por Spencer 2012 ilustra a distribui o dos principais conte dos de quatro importantes corpora es nas diferentes plataformas 113 ios Android Windows Kindle Mac Devices Devices Phone Fire osx Windows Other Apple Music Movies TV Shows eBooks Apps Microsoft Music Movies TV Shows eBooks Apps Google Music Movies TV Shows eBooks Apps Amazon Music Movies TV Shows eBooks Apps Play only means the service s Store is not available on that platform but content can still play Figura 13 Disponibilidade de conte dos em diferentes plataformas interoperabilidade Fonte Spencer 20
443. s no ambiente das novas m dias Sistemas propriet rios como o Windows ou mesmo o Mac OS da Apple disponibilizados em computadores pessoais n o reivindicavam que os softwares instalados em m quinas com estes sistemas fossem desenvolvidos pelo mesmo fornecedor ou seus parceiros medida que interesses comerciais se instalam em uma cultura constru da sobre ideais de abertura e criatividade como relembrou Levy 2012 a meta de gerar produtos melhores de forma cont nua a t nica da tica hacker vem combinada a estrat gias de prote o da posi o no mercado e de um discurso p blico que se coaduna a estas novas necessidades Este discurso valoriza os efeitos secund rios negativos da generatividade At a d cada de 1990 o hackerismo sofreu uma transi o do apito do Cap n Crunch que explorava os sistemas de telefonia da AT amp T para a utiliza o mal intencionada de computadores e crimes tecnol gicos As caracter sticas generativas da computa o em rede que trouxeram contribui es e funcionaram bem nos primeiros est gios de inova o do computador e da internet come aram a trazer problemas medida que a abertura contribui o de terceiros foi gradualmente desestabilizando de certa forma o sistema como um todo Aparentemente a natureza aberta e flex vel da internet trouxe problemas relacionados seguran a nas redes dos v rus de computador s quest es de privacidade Ao mesmo tempo a l gica do modelo de
444. s o principal argumento de vendas era o educacional A utilidade do computador pessoal somente foi ampliada no imagin rio social quando a ind stria da computa o avan ou em dire o combina o de hardware commodity barato e software comercial Foi quando o nus criativo dentro da ind stria foi transferido para o fornecedor de software WINSTON 2003 Importante destacar que at a d cada de 1970 o software isto o componente l gico o c digo que determina as tarefas a serem executadas pelo computador era distribu do em conjunto com o hardware sendo portanto fortemente acoplado ao equipamento e espec fico para ele Uma clara distin o entre hardware e software possibilita por outro lado que um programa seja utilizado em diferentes computadores Na pr tica a distin o entre estas duas inst ncias hardware e software n o de ordem apenas t cnica mas estrat gica para as empresas envolvidas Quando o software dependente de um hardware com determinada arquitetura fechada ou propriet ria n o pode ser utilizado em computadores de outros fabricantes Isso equivale a dizer que a empresa fabricante do hardware det m controle absoluto sobre os softwares ali utilizados somente compat veis com os equipamentos desta empresa Este foi o modelo caracter stico dos computadores de grande porte da IBM na d cada de 1960 e mesmo de outros tipos de aparelhos informacionais ao longo deste per odo A IBM
445. s s o refor adas em coment rios que expressam a confian a do usu rio nas decis es da empresa pois a Apple mostra aquilo que a pessoa precisa F P 31 anos Estas falas reproduzem um imagin rio que se tornou popular em torno da marca sobre sua suposta orienta o para produto em detrimento de orienta o puramente mercadol gica j que o usu rio final n o sabe o que quer Nem sempre entretanto todas estas funcionalidades e recursos s o efetivamente utilizados pelos usu rios a despeito das expectativas da empresa Tem a tela N o existe nada melhor em nenhum telefone Android do que a tela retina da Apple n o existe compara o e gravar v deo em slow motion isso sensacional N o sei se a gente usa muito s vezes a gente tem todas essas coisas e acaba n o usando mas isso do v deo sensacional J M 38 A vantagem do iOS que ele facil de usar Se eu te der um iOS e um Android e falar pra voc envia um e mail no iOS voc vai olhar no rodap um envelope escrito E mail voc vai clicar l vai ver uma canetinha e escrever o e mail no Android voc vai ter que acessar o menu central verificar o aplicativo pra envio de e mail entendeu F P 31 A Apple simplifica as coisas A Sony diz que voc consegue mandar v deo do seu computador pro PlayStation mas voc precisa ler uma b blia pra fazer isso voc tem que ser um engenheiro risos sendo que a
446. s volta H P 41 2 A Samsung vem tracicionalmente veiculando comerciais nos quais satiriza usu rios dos produtos Apple ao fazer refer ncia s tradicionais filas de espera pelo lan amento de produtos nas lojas da marca Alguns destes comerciais est o dispon veis em lt http www tecmundo com br samsung 30592 samsung libera duas versoes reduzidas da satira aos fas da apple htm gt 149 S existe uma chance de eu usar um Android na vida se eu trabalhar pra uma empresa que me der um telefone Android e eu for obrigado a usar profissionalmente Mas eu ia ter os dois igual N o existe nada pior no mundo do que um tablet com Android eu j testei todos J M 38 Como discutido no Cap tulo 3 em meados de 2000 a Apple j dava sinais de um novo modelo mental para computadores vislumbrando os como centro da atividade digital dos usu rios ISAACSON 2011 Em busca de inova o em eletr nicos ap s lan amento do iMac em 1998 a Apple tentou comprar a Palm Pilot em uma negocia o que n o foi adiante Ela buscava um dispositivo m vel mas trocou o organizador de bolso pela entrada no mercado da m sica e lan ou o iPod em meio ao cen rio devastador enfrentado pela ind stria fonogr fica em sua batalha contra o Napster e a pirataria DORMEHL 2014 Essa mudan a de perspectiva n o impactava apenas o design do hardware ou a l gica do sistema operacional mas a estrat gia de vendas e captura de clientes como u
447. se o usu rio busca personaliza o e o direito de 212 baixar para seus dispositivos o que ele julgar que deve o jailbreak uma alternativa a despeito dos diversos riscos envolvidos na pr tica Embora n o seja poss vel generalizar quaisquer resultados do presente estudo todos os participantes deste grupo assumiram j ter baixado para seus aparelhos aplicativos crackeados usando o expediente do jailbreak Isso confirma o que j havia sido reportado em alguns estudos sobre o mercado de aplicativos piratas Em alguns casos esta pr tica funciona como uma esp cie de pr teste para aplicativos que s o posteriormente comprados A vantagem do jailbreak porque eles t m muitos aplicativos que s o crackeados n e se voc tem essa possibilidade de baixar ele n o precisa pagar A eu peguei baixei testei usei por um bom tempo mas depois eu verifiquei esse a compensa pagar ele vale o investimento e acabei adquirindo J S 23 Eu tenho software pirata no meu telefone mas n o nem a metade dos softwares que eu tenho Eu gosto de experimentar e pagar Se funciona bem eu n o tenho problema nenhum de pagar S que tamb m existe um limite tem coisas que custam 20 d lares e eu n o vou pagar e se eu preciso muito eu vou pegar pirata O uso que eu mais fa o al m do aplicativo de seguran a que est sempre rodando poder baixar meus seriados enquanto eu t dormindo Quando eu vou pra u
448. sen e Eric Bina n o aceitou vender o invento e o reteve na Universidade Seus criadores fundaram a Netscape Communication Corporation com grande aceita o como vers o mais popular do programa 13 conectada internet e um ambiente aberto reprograma o e reproposi o pelos usu rios o computador pessoal permitia rodar diferentes softwares criados pelo fabricante ou usu rio em uma tarefa aparentemente simples Visto dessa forma a partir do estabelecimento das redes eletr nicas pode se falar em uma abertura a um novo c digo que podia ser compartilhado com pouco esfor o e custo ZITTRAIN 2008 Estas m quinas podiam ter sido compradas para um prop sito mas sua arquitetura flex vel aquela que a tornou pronta para ser programada usando software de uma grande variedade de fontes significava que elas poderiam ser rapidamente convertidas em outra coisa Algu m podia comprar um PC para processamento de texto e descobrir os prazeres do e mail dos jogos ou da Web ZITTRAIN 2008 p 16 Uma quest o fundamental que percorre o debate em torno da liberdade de uso de redes eletr nicas da internet de softwares e computadores a aten o acad mica e empresarial batalha entre sistemas operacionais propriet rios versus n o propriet rios Para Zittrain 2006 p 1979 contudo a nfase neste debate desloca a discuss o para outros fatores que de fato exercem maior influ ncia sobre a futura liberdade dos usu rio
449. serva S M Voc interage com dispositivos 10S de uma maneira muito mais amig vel intuitiva voc n o precisa de um conhecimento pr vio voc come a a usar e a produzir muito rapidamente ele se torna uma ferramenta mais pr tica e r pida de uso Voc j tira da caixa sabendo o que tem que fazer n o precisa configura es Pro usu rio isso muito bom aquela hist ria tem que ler o manual pra acertar o rel gio do DVD Com a Apple n o precisa disso J pelo lado t cnico voc n o tira proveito deixar a vida te levar Quando voc usava os computadores antigamente voc tinha que entender como ele funcionava ir atr s de informa o voc lia manual encontrava os amigos pra discutir sobre funcionamento que comandos eu uso Hoje em dia tudo t o f cil voc n o precisa de ningu m voc se vira sozinho tipo assim minha m e tem um Mac t o simples que a m e e o pai da gente usam S M 41 Isso bom pra esse tipo de usu rio Mas pra aquele usu rio que gosta de fu ar acaba ficando sozinho ele n o tem com quem conversar n o tem descoberta Eles v o atr s do desafio querem tirar mais da m quina A Apple pra usar Pra mim o gratificante n o ter que procurar como funciona eu n o quero saber por que funciona quero que funcione S M 41 2 Decis es de ecossistema A despeito da forte integra o intra ecossistema a pouca interoperabili
450. siderando dados globais de vendas de smartphones nos per odos entre 2012 e 2013 Os dados evidenciam a lideran a dos SOs Android e iOS que combinados responderam por 92 3 das vendas de smartphones no primeiro trimestre de 2013 De acordo com dados do primeiro trimestre de 2013 a fabricante de aparelhos Samsung responde por 41 1 de todos os smartphones Android comercializados a fabricante Nokia a respons vel pelo gradual crescimento do SO Windows Phone estando presente em 79 de todos os aparelhos comercializados que utilizam este sistema 37 Mercados de aparelhos em que h grande valor agregado 8 IDC Worldwide Quarterly Mobile Phone Tracker Maio 2013 Dispon vel em lt http www idc com getdoc jsp containerld prUS24108913 gt Acesso em 15 jun 2013 104 E Android E iOS m Windows Phone BlackBerry OS E Linux E Symbian Outros 100 80 60 40 20 0 2012 Q1 2012 Q2 2012 Q3 2012 Q4 2013 Q1 Gr fico 2 Participa o de mercado dos SOs para smartphone 2012 Q1 2013 Q1 Fonte IDC Worldwide Quarterly Mobile Phone Tracker Maio 2013 Do total de tablets comercializados no primeiro trimestre de 20138 56 5 operavam sistema Android enquanto 39 6 operavam sistema iOS o que demonstra o dom nio destes dois sistemas no segmento dos tablets com 96 de participa o de mercado Gr fico 3 m Android miOS mWindows WindowsNT sm Outros 100 80 60 40 20 0 2
451. sistema de comuta o eletr nica TALUKDER et al 2010 Nos anos subsequentes a converg ncia das ind strias da telefonia celular dos servi os 78 um termo abrangente e que engloba a transfer ncia ou transmiss o de informa o de um ponto a outro longa dist ncia sem o uso de condutores el tricos ou fios Conforme SINTEF Research Dispon vel em lt http www sintef no Home Information and Communication Technology ICT Communication Systems Research Areas Wireless Communication gt Acesso em 4 set 2012 88 de internet e da computa o foi decisiva para o desenvolvimento das redes wireless medida que avan os nos sat lites de comunica o e nas tecnologias de telefonia celular ocorrem especialmente na d cada de 1980 a comunica o de dados wireless se torna n o somente mais confi vel mas financeira e comercialmente vi vel B FAR 2005 O avan o das redes wireless e da portabilidade do hardware forneceram as bases para o desenvolvimento da comunica o m vel e dos dispositivos atualmente dispon veis A computa o m vel mobile computing envolve uma combina o entre a comunica o e o desenvolvimento avan ado de hardware e software m veis tornando se central na converg ncia dos sistemas computacionais contempor neos port teis A experi ncia de mobilidade ou o acesso do usu rio comunica o baseada em computa o de qualquer lugar em qualquer tempo dependente do avan o simu
452. sistema para os computadores da Apple do que para outros microcomputadores APPLE Corporate Profile 1980 p 12 Milh es de pessoas v o usar esta ferramenta para coisas sobre as quais nem sonhamos e isso realmente excitante Quero dizer vamos entrar em uma sala de aula em um escrit rio ou em uma casa daqui a cinco anos e algu m vai estar usando um Macintosh para algo que nunca imaginamos ser poss vel JOBS 1983 online 5 Traduzido de A series of interface cards enable Apple computers to communicate with other computers printers disk drives CRT terminals and other computer hardware This availability of a wide range of equipment and software results in greater flexibility for system growth for Apple computers than for other microcomputers 5 Traduzido de Millions of people are going to use this tool for things we never even dreamed of and that s really exciting I mean we re going to walk into a classroom or an office or a home five years from now and somebody s going to be using a Macintosh for something we never dreamed possible 54 Embora Steve Wozniak tenha conclu do anos mais tarde que o Apple I e II foram m quinas voltadas essencialmente para hobby e divers o WOZNIAK s d o modelo Apple II foi a m quina que mais se aproximou das vis es sociot cnicas de Stewart Brand para quem os computadores enriqueceriam a vida pessoal dos usu rios e seriam adotados como tecnologia amig vel e n o am
453. sma risos Eu fico com meu pr prio contato no Whatsapp eu me adicionei Da tudo que eu mando pra mim eu recebo e fico com o arquivo de udio duas vezes s isso que acontece Mas da eu uso essa conversa comigo pra armazenar todos os arquivos que eu recebo de outras pessoas mas n o posso salvar no iPhone porque o Whatsapp permite encaminhar o udio pra outros contatos B R 18 Uma das t ticas adotadas por C M para diminuir o controle que acredita que a Apple exerce quando estimula o uso da sua plataforma foi quebrar o ecossistema passando a utilizar tamb m dispositivos de outras marcas Embora C M ainda tenha diversos dispositivos da Apple iPad iPod MacBook utiliza menos atualmente o iPad e considera que sua maior dificuldade com o iPhone era a obrigatoriedade de uso da rede iTunes para 195 sincroniza o de conte dos e limita es nos usos de determinados conte dos Ela resolveu essa limita o adquirindo um smartphone Samsung Galaxy Note III O Android te d muito mais chance de customiza o de deixar ele como tu quer A Apple aquela coisa que restringe N o que seja ruim muita gente acha que bom mas eu j tava cansada de ficar escrava daquilo referindo se ao iPhone Eu pensei eu n o quero mais ter tudo da Apple engra ado parece que n o faz sentido a coisa da sincroniza o e da nuvem no momento em que eu alinhei que eu tinha tudo iPad iPhone
454. son 1995 apud Houx 2007 consumidores n o s o livres para escolher nem est o livres para escapar de estruturas socialmente constru das Pe aloza e Price 1993 s p assim definiram esta quest o o desafio de examinar a resist ncia do consumidor reconhecer que n o existe fuga total algo como um lugar totalmente fora do mercado a partir do qual a mudan a ir emanar Observamos que formas de resist ncia cotidiana dos usu rios vistas em alguns momentos da trajet ria de forma o da ind stria da computa o e posteriormente na consolida o do ambiente mobile n o rompem de todo com a estrutura dentro da qual emergiram e a qual criticam Como na passagem da contracultura norte americana em que convergem ideais emancipat rios de cr tica hierarquia burocr tica New Communards e valores pr prios da cultura tecnocr tica mainstream as experi ncias nos ecossistemas de entretenimento mobile se traduzem ora em resist ncia ora em assimila o Estas estruturas podem coexistir pois os indiv duos como comentaram Hollander e Einwohner 2004 podem desafiar suas posi es dentro de uma dada estrutura social sem contudo questionar como um todo a validade desta mesma estrutura Por outro lado manifesta es efetivas de resist ncia n o s o limitadas aquelas produzidas fora do mercado O que formas cotidianas de resist ncia tem em comum com confrontos expl citos mais dram ticos o fato de que ambas visam mi
455. spon vel em lt http www idc com getdoc jsp containerld prUS23958513 gt Acesso em 3 jun 2013 7 Conforme dados publicados no IDC s Worldwide Smart Connected Device Tracker Forecast Data Maio 2013 Dispon vel em lt http www idc com getdoc jsp containerld prUS24154913 gt Acesso em 10 jan 2014 8 Os mercados desenvolvidos do estudo do IDC incluem EUA Canad Europa Ocidental Jap o Austr lia e Nova Zel ndia 20 Esta mudan a do foco para pa ses emergentes compat vel com as diferen as previstas para os dois grandes mercados desenvolvidos e emergentes em termos de categorias de dispositivos embora em ambos os mercados os dispositivos m veis tablets e smartphones dirijam a demanda por dispositivos inteligentes conectados 85 7 de participa o de mercado estimada para 2017 nos pa ses emergentes esta presen a fortemente liderada pelo crescimento dos smartphones 73 7 de participa o contra 57 3 nos mercados desenvolvidos Nos pa ses desenvolvidos seguindo a tend ncia observada a expectativa de que a categoria dos tablets responda por 27 das vendas de todos os dispositivos inteligentes conectados enquanto nos pa ses emergentes esperado um percentual em torno dos 12 para essa categoria de produto Neste contexto o Brasil apresenta tend ncia similar quela dos mercados emergentes com predom nio de vendas de aparelhos do tipo smartphones com recorde de 35 6 milh es de unidades ven
456. sse incidente significativo Que circunst ncias levaram a esta situa o Pe ADO RO O que voc fez INCIDENTE NEGATIVO Considerando sua experi ncia de uso de dispositivos iOS pense em uma situa o marcante que voc tenha vivido e que tenha sido altamente NEGATIVA Descreva a situa o exatamente como aconteceu Quando o incidente ocorreu Explique por que voc considera esse incidente significativo Que circunst ncias levaram a esta situa o o OO pp F O que voc fez 274 APENDICE C Roteiro de Perguntas Jailbreakers 1 Perfil do entrevistado e Idade e Sexo e Regi o onde vive e Escolaridade Forma o e Ocupa o Atividade profissional 2 N vel de envolvimento e Envolvimento com a tecnologia em geral a Como sua rela o com a tecnologia de modo geral b Quais dispositivos voc mais utiliza no seu cotidiano De que forma utiliza e Envolvimento com a marca Apple a Como conheceu Quais dispositivos da marca voc teve e tem b Voc pode me contar algo sobre a hist ria da marca principais personagens ou eventos Atualmente tem algum evento ou acontecimento importante em rela o marca e seus produtos que chame sua aten o e Experi ncia com dispositivos iOS a Descrever experi ncia de uso b Usa Apps Compra Baixa gratuitos Outras formas c Usa lojas de Apps Apple Store e iTunes d Vantagens e desvantagens Quais limita es voc percebe no us
457. sso Uma outra coisa que n o vem nem no iOS 8 a possibilidade de voc definir aplicativos diferentes como padr o para certas coisas O Safari o 157 navegador padr o do iPhone e voc n o tem como mudar isso sem jailbreak R F 28 Tem a Central de Controle que a Apple definiu que ia ter Modo Avi o Wi Fi Bluetooth tem alguns atalhos l mas a Apple que definiu a ordem em que eles v o aparecer e que atalhos s o esses O jailbreak permite mudar isso tipo n o quero o recurso N o Perturbe nunca uso isso Ou vou colocar um bot ozinho pra ligar o 3G A Apple acaba definindo ela mesma o que bom para os usu rios como se fosse uma opini o nica n e n o bem assim R F 28 Voc tamb m n o pode fazer downgrade de iOS eu acho isso muito chato acho que isso tem que partir do usu rio E uma imposi o que na minha cabe a n o faz sentido D L 31 Na percep o dos Fanboys a Apple define modos de utiliza o dos dispositivos 10S e alguns destes caminhos passam pela simplicidade do design que permite o uso quase intuitivo dos produtos mesmo por quem odeia tecnologia Al m disso a constante oferta de novos recursos e funcionalidades a cada lan amento de produtos indicador na tica dos usu rios deste grupo de que as capacidades inovativas e criativas da empresa se mant m inabal veis o que visto como altamente positivo para a experi ncia do usu rio Tais vis e
458. st se referindo ao qu Quando eu falo fechamento me refiro ao fato de voc n o poder instalar um programa que veio num e mail eles fecham o ecossistema deles tipo o iPhone voc s pode mexer com iTunes Tem toda uma aura de proibi o em rela o a burlar estas limita es Pra voc abrir essa caixa preta tem que se esfor ar um pouco Quem quiser abrir a caixa preta vai l e abre Quem n o quiser se beneficia desse fechamento Eu gosto quando as pessoas quebram as barreiras e v o al m do que proposto pelo aparelho ou pelos c digos t cnicos do aparelho e se apropriam de uma outra maneira ou do jeito que ele consegue M P 32 As percep es de elementos incongruentes giraram em torno das seguintes tem ticas 1 Scripts de uso 2 Decis es de ecossistema 3 Depend ncia da iTunes App Store e 4 Obsolesc ncia de produto 181 1 Scripts de uso Os usu rios deste grupo expressam a sensa o de direcionamento da apropria o a partir de restri es e regras definidas pela empresa Estes modos de estrutura o da experi ncia de consumo se beneficiam da invisibilidade do sistema operacional e contribuem para a percep o de padroniza o e facilidade de uso H em geral entre os usu rios m dios uma percep o de que os dispositivos iOS apresentam design superior um modo de organiza o e padroniza o de rotinas entre diferentes dispositivos da marca que facilitam a apropri
459. st o mais segura quanto atualiza o porque pelo menos no mundo dos aplicativos da astronomia a gente tem problema de encontrar Na vers o jailbreak era muito complicado de encontrar e quando tinha era uma vers o antiga e voc n o tinha possibilidade de atualizar J quando voc compra na Apple Store de uma forma segura correta correta que eu digo assim pelo caminho mais sugerido ent o eu n o tinha problema algum quando vinha uma nova atualiza o eu baixava novamente J quando era no jailbreak era uma coisa meio dif cil s vezes eu baixava o aplicativo quando eu baixava para instalar no iPad e tinha que atualizar a eu dizia melhor ter uma atualiza o segura pela Apple Store 13 Ver lt http www appleblogbrasil com 2014 03 em nota lancada no site apple agradece a comunidade jailbreak aos servicos prestados gt Acesso em 5 set 2014 218 do que pelo Cydia porque s vezes acontecia de eu atualizar o aplicativo baixado pelo Cydia e o aplicativo n o abria s vezes ele era muito inst vel eu tava utilizando daqui a pouco ele fechava e isso era um certo transtorno na hora da apresenta o que eu fazia do aplicativo ficar muito mais inst vel do que o normal e depois quando eu baixava a vers o da Apple Store da ficava tranquilo quanto isso ele ficava est vel Porque tem como voc baixar o aplicativo pelo jailbreak e depois ele pode ser atualizado pela Apple
460. stalar e desinstalar aplicativos varias vezes eu tive que restaurar ele inteiro porque eu tinha feito alguma bobagem D P 27 Isso aconteceu com o iPhone Quando ele j tava bem gasto apresentou um defeito no bot o da Home que afundou e eu n o conseguia fazer mais nada tinha que desligar e ligar de novo Da eu fui numa assist ncia da Apple e quando eles viram meu telefone disseram que tava desbloqueado tinha jailbreak e que isso cortou a garantia Ent o eu tive que procurar na internet como resolver isso Da achei num f rum um aplicativo que simulava a fun o do bot o Home na tela ele ficava flutuando na tela e quando tu precisava era s clicar ali Ent o isso foi bem negativo porque o aparelho ficava inutiliz vel sabe Tu depende disso pra usar E da tu levar na assist ncia e eles te falarem que n o tem como cobrir porque tu fez Perda de garantia jailbreak da vai ter que pagar acho que era uns 200 pilas a troca do bot o O que me prejudicou foi a quest o do jailbreak no aparelho eu perdi a garantia J R 29 No iPad foi um amigo meu que fez o jailbreak Quando eu fui fazer no iPhone 4 eu acabei queimando a placa l gica e a bateria dele e da perdi a garantia N o t o facil assim de fazer Isso foi logo que eu comprei quando eu fiz o jailbreak ele superaqueceu eu pesquisei mas n o achei na literatura nada sobre isso Tive que levar numa assist ncia t cnica e eles
461. ste per odo Utilizamos principalmente os trabalhos de Ceruzzi 1998 e Winston 2003 para uma abordagem hist rica da ind stria da computa o Para a discuss o do conceito de generatividade utilizamos os trabalhos de Zittrain 2004 2006 2008 No Cap tulo 3 Mobilidade Centralidade dos Sistemas Operacionais e Ecossistemas Digitais de Entretenimento discorremos sobre as transforma es fundamentais nos modos como os indiv duos se relacionam com um novo conjunto de dispositivos inseridos em ecossistemas digitais de entretenimento a partir da promo o da computa o ub qua O elemento da mobilidade fundamental para esta compreens o bem como o papel do sistema operacional m vel Discutimos a emerg ncia das lojas de aplicativos e conclu mos com considera es sobre algumas das estrat gias adotadas pela empresa Apple Este cap tulo apoiado pelo trabalho de Evans et al 2006 sobre a presen a invis vel e determinante das plataformas de software na contemporaneidade O Cap tulo 4 Procedimentos Te rico Metodol gicos descreve os pressupostos te rico metodol gicos que fundamentaram a tese A abordagem qualitativa a partir da Teoria Fundamentada Grounded Theory STRAUSS e CORBIN 1990 foi o encaminhamento proposto para dar conta da problematiza o do estudo Descrevemos as fases do estudo os procedimentos de coleta de dados e de an lise adotados com descri o dos crit rios utilizados para composi o
462. sticos que apontam sua consolida o nas mais diversas esferas da vida cotidiana esta fase inaugura o que Urry 2007 chama de novo paradigma das mobilidades Os processos sociais da contemporaneidade devem ser avaliados segundo uma nova perspectiva das Ci ncias Sociais aquela que incorpora a prolifera o de conex es dist ncia fomentadas pelos diversos artefatos tecnol gicos m veis 87 A mobilidade descreve uma propriedade de coisas e pessoas mas a mobilidade miniaturizada dos artefatos tecnol gicos contempor neos em sua vers o ub qua e simbi tica com humanos teria formado novos mundos materiais o colapso das dist ncias e das no es dicot micas de conex es privadas e p blicas aus ncia e presen a Dispositivos m veis em suas m ltiplas e variadas aplica es representam portais para a internet em que se verificam co presen as replicadas Mais do que isso s o m quinas habitadas inhabited machines URRY 2002 que ganham vida medida que s o apropriadas pelos indiv duos Essa percep o de mudan a paradigm tica fundamental vis vel na prolifera o de estudos sobretudo ao longo dos anos 2000 sobre a pervasividade das tecnologias m veis Uma grande variedade de abordagens d conta cada qual de algum aspecto essencial da mobilidade dos dispositivos com nfase na trajet ria do telefone celular os impactos sociais das TICs e das comunica es m veis CASTELLS 2002 CAST
463. stindo o que n o pode o cara optar pelo mundo Apple e depois ficar reclamando porque a Apple fechada R F 28 Fica claro que para este grupo tais decis es s o legitimadas pela preocupa o da empresa em oferecer design usabilidade estabilidade e seguran a tem ticas estas recorrentes nos discursos da Apple na esfera p blica 5 1 3 T ticas e manifesta es de resist ncia As t ticas utilizadas por este grupo para contornar decis es da empresa percebidas como em desacordo com caminhos preferidos de apropria o tais como a menor flexibilidade dos dispositivos 10S passam pela pesquisa de alternativas amplamente divulgadas em tutoriais de blogs e sites de tecnologia Estas alternativas entretanto n o contemplam a adultera o do sistema operacional ou quaisquer outras pr ticas consideradas ilegais ou n o autorizadas pela Apple 165 2 Ainda o sistema operacional dos computadores Mac o OS X visto pelos respondentes um ambiente mais flex vel para a cria o de caminhos alternativos na experi ncia de uso do que os dispositivos iOS Essa percep o vai ao encontro do argumento de Zittrain 2006 sobre os cercamentos mais presentes no contexto dos dispositivos m veis do que no computador generativo ainda que este computador seja parte integrante de um ecossistema No Mac voc pode baixar o Chrome e voc torna ele o navegador padr o Isso n o tem como fazer no iPhone sempre que voc ab
464. stri es no acesso a aplicativos gratuitos implementada pela jornalista I V em um primeiro momento foi a realiza o do jailbreak do aparelho Como trabalhava em uma produtora na poca diz que havia muitos colegas que sabiam fazer um pouco de tudo e um deles sabia como fazer o jailbreak e ajudava os amigos Mais tarde conheceu outra pessoa que era um especialista que cobrava para baixar v rios aplicativos e colocar nos dispositivos a partir de uma lista que o cliente definia Durante quase um ano se utilizou do jailbreak no iPad como estrat gia de resist ncia limita o no acesso a conte dos gratuitos mas a estrat gia em si acabou por gerar novas frustra es e limita es conforme relata a entrevistada Eu fiquei acho que quase um ano com jailbreak no iPad mas foi o meu limite porque eu queria gostava muito de joguinhos Na poca eu tava com uma coisa assim com jogos e tamb m tinha uns pra m sica que eu adorava que voc podia fazer seus pr prios remixes com tuas m sicas eu pegava muito nibus pra ir pra aula ent o jogos que eram lan amento eram caros e eu conseguia baixar todos com o jailbreak O que tu imaginar eu tinha dentro daquele iPad Eu tinha muito aplicativo de m sica de instrumento musical eles eram mais sofisticados que as vers es gratuitas I V 28 Voc consegue baixar a maioria dos aplicativos que voc quer com o jailbreak s que da eu tinha o probl
465. students use I Apple in the classroom Business __ volvement grow men trust Apple with the books It s your move Parents are making Apple the newest Grab a piece of the future for yourself Visit your local family pastime And kids of all ages computer store We ll give you the address of the Apple are finding how much fun computers can dealer nearest you when you call our toll free number be and have no time for TY once they ve discovered Apple Then drop by and sink your teeth into an Apple Visit your local store 800 538 9696 In California 800 662 9238 6 your local computer The excitement starts in your local computer store It s a Figura 4 Apple II How to buy a personal computer EUA 1979 Fonte DigiBarn Computer Museum Como o Altair o Apple II apresentava uma arquitetura de barramentos com slots de expans o que permitia empresa expandir suas capacidades CERUZZI 1998 Interessante observar que a Apple projetava e fabricava seus pr prios drives de disco bem como desenvolvia muitas das aplica es de software para seus computadores Contudo tamb m contava com o apoio de muitas empresas independentes que faziam equipamentos e escreviam programas para os computadores da Apple Essa variedade de fornecedores assegurava aos usu rios uma ampla sele o de hardware e software que permitia expandir os equipamentos adquiridos APPLE Corporate Profile 1980 A Figura 5 traz a imagem do computador Apple II sendo
466. su rio teria se dado sob a influ ncia de uma atitude DIY do ingl s Do it yourself uma vis o da tecnologia como fonte de transforma o individual e coletiva presente nas origens contraculturais da ind stria da computa o Valores morais e filos ficos da cultura DIY e da tica hacker nos termos utilizados por Levy 1984 e Himanen 2001 s o aqui entendidos como semeados na articula o entre o legado da pesquisa militar do per odo p s Guerra norte americano e a contracultura que ali se desenvolveu A emerg ncia da internet logo fez do computador pessoal uma janela para a rede global CERUZZI 1998 p 304 e possibilitou o surgimento de uma economia da troca marcada pelas pr ticas de compartilhamento peer to peer de arquivos digitais e pela centralidade dos navegadores A partir da difus o da Web a rede promoveu suas caracter sticas emancipat rias democr ticas pluralistas consagrando se como alternativa criativa ao exerc cio de controle de governos e grandes corpora es Estes usos s o poss veis gra as s propriedades generativas da internet e da Web as quais trazem implica es fundamentais para o debate em torno do futuro da rede e dos artefatos digitais A generatividade dos ecossistemas digitais de entretenimento Um hardware generativo apresenta uma arquitetura aberta no sentido de permitir a interconex o e interoperabilidade com aplica es software e dispositivos hardware de terceiros POST
467. su rios Em que medida os usu rios s o conscientes das limita es maior ou menor generatividade dos dispositivos iOS Como propuseram Katz e Aakhus 2002 identificamos que os usu rios de dispositivos m veis tendem a transcender os caminhos de design originais ideados pelas corpora es reconstruindo significados e modos de uso para que melhor se adaptem a necessidades e valores subjacentes A escolha de caminhos distintos pressup e a percep o de limita es na apropria o ainda que esta escolha n o ultrapasse os limites da evita o ou de formas menos intensas de manifesta o de resist ncia Identificamos a partir dos relatos dos quatro grupos investigados neste estudo uma estrutura tem tica comum aos usu rios de dispositivos m veis 10S Estas limita es est o relacionadas de modo geral aos scripts de usos definidos pela empresa s decis es de ecossistema entre as quais a quest o da interoperabilidade com equipamentos e aplicativos de terceiros depend ncia da iTunes Store App Store e percep o de obsolesc ncia dos 255 dispositivos observada a partir do constante lan amento de inova es radicais ou incrementais e das atualiza es do sistema operacional A avalia o da import ncia destas quest es na vida cotidiana do usu rio em sua rela o com o ecossistema entretanto sofre impacto em alguma medida do envolvimento que o indiv duo estabeleceu com a marca e tamb
468. sucesso do computador pessoal n o reside no gradual barateamento dos processadores mas sobretudo no seu intr nseco potencial generativo justamente nesta separa o entre cria o do software e constru o do hardware que reside a generatividade dos aparatos tecnol gicos tais como o computador pessoal Esse desacoplamento permite que o computador seja adquirido para um prop sito e usado para tarefas diferentes e inteiramente novas Hardware e software contemplam conjuntos de instru es que operam sobre inputs informacionais para criar outputs informacionais a diferen a essencial que o hardware n o f cil de mudar uma vez que ele deixa a f brica Se o fabricante sabe o bastante sobre a tarefa computacional que a m quina ser requisitada a desempenhar as instru es para executar a tarefa podem ser afixadas como hardware De fato afixar exatamente o que feito com uma maquina de somar an loga a calculadora digital a m quina de escrever inteligente ou o firmware dentro da cafeteira que permite que ela comece a misturar no momento da sele o do usu rio Estes aparelhos s o totalmente hardware sem software Ou como alguns diriam seu software est dentro do hardware ZITTRAIN 2006 p 1982 Traduzido de were very techie they focused on bits and bytes and the operating system and how many megabits of memory a machine had Their press releases were pretty unreadable It was
469. sueceesneeeenaees 208 3 34 Cientes CL ILIOOS sas es had pa Ap ST E DA a aata 218 5 4 Desertores Eu tinha a expectativa de entrar na festa mas eu fui barrado 223 5 4 1 Envolvimento com a tecnologia e com a Apple cccccccccceessececeessecesessseeeeeseesseeeenes 224 5 4 2 Percep o de elementos incongruentes com a orienta o particular 230 5 4 3 T ticas e manifesta es de resist ncia scccesseecssnceessncecssececssececsteceesseceesneeeetaees 237 Da dneidentes CCO justas aa Ure cano SiS RS ad Gn tc ca 245 5 5 Considera es sobre os grupos de USUATIOS eseceesteceeececeeceeceeeeecseeecseeecseeeeeaeeeaas 247 CONSIDERA ES FINAIS c csscsssscsssssssesossesoesecsecsesscsecscsucsecsssncoceusansecsasseseesecsesecsecsesees 252 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ssssssssssossssscessssccssssescesseccssnsesscensececsnsesesennecessnsesecs 258 AP NDICE Asrga seita da a 270 AP NDICE B eceeneenseneenseneeneaseasensensensensensensensansenan tasas ca rasca sensensensensensan e nsan cascas castanta 272 AP NDICE C ssereesensesenseneasensenensencesensensa sensas ca ensas case ntas entes as anca entenda entes ca entes enemsasense no 274 AP NDICE D eceeneenseneeseasensensensencensencensensance seas casenscasensensens an ensan castas casas cn sons ensensantendaa 276 AP NDICE E ereesenseneesensesensensasensenensensesensensesensen ca entes ca entes cn
470. t caminhando cada vez mais pra uma quest o colaborativa que vai fazer com que as pessoas n o tenham mais essa no o de oligop lio de propriet rio que a gente tinha h alguns anos atr s T S 37 At a quest o das m sicas no iTunes tem que ver se tu realmente comprou a quest o dos direitos autorais coisa que a gente n o tem nos sistemas abertos n Embora sejam mp3 piratas baixados da internet sem ter pago nada por isso no iTunes tu tem que comprar as m sicas um neg cio bem interessante a quest o de tu ter ou n o liberdade Tipo eu quero fazer o que eu bem entender com o meu smartphone 245 Utilizando um aparelho que eu n o tenha nenhuma limita o restri o eu me sinto eu fico mais livre pra fazer o que eu quiser colocar ou remover um aplicativo E P 30 O sistema iOS um sistema bom mas que tivesse uma abertura maior come ando por esta quest o do mercado eu enquanto consumidora tive uma frustra o por ser essa coisa fechada tanto no funcional quanto na coisa mais ideol gica no que eu acredito um processo que vai muito contra o que a gente acredita eu sou uma pessoa que sou muito a favor do software livre de barrar essa coisa de direitos autorais de repente eu me vejo barrada por um mecanismo que me priva de uma s rie de coisas aonde eu tenho que pagar por qualquer coisa que eu quero fazer e que eu n o concordo com isso A eu quebro
471. ta o ZITTRAIN 2006 p 1977 Esta mudan a em intera o com press es econ micas e regulat rias baseadas em interesses de prote o legal e econ micos fomentaria a cria o de solu es n o apenas poss veis mas sobretudo desej veis por parte dos usu rios Ao mesmo tempo como centro da revolu o digital por mais de duas d cadas o computador pessoal nos anos 2000 alcan ava seu ponto de inflex o ele passaria a constituir na vis o da Apple uma esp cie de hub digital ISAACSON 2011 Ao controlar a vida digital a partir da integra o com outros equipamentos os recursos de sincroniza o com um novo conjunto de aparatos m veis se mostrou crucial para a constru o da no o de um ecossistema de entretenimento No cap tulo a seguir buscamos entender como foi agregado o elemento da mobilidade comunica o baseada em computa o sua trajet ria e especificidades Refletimos tamb m sobre a ascens o das lojas de aplicativos a centralidade do sistema operacional e a emerg ncia dos ecossistemas digitais de entretenimento Conclu mos com considera es sobre a atua o da Apple enquanto protagonista neste cen rio com rela o s decis es de ecossistema e seus canais de distribui o de conte dos CAP TULO 3 Mobilidade Centralidade dos Sistemas Operacionais e Ecossistemas Digitais de Entretenimento The grid a digital frontier I tried to picture clusters of infor
472. ta C M do celular pro smarphone mudou muita coisa mas o grande salto foi do N95 pro iPhone M M acredita que a experi ncia com o iPhone foi fundamental para o desejo de entrada no ecossistema da Apple O Motorola que eu tinha era um smartphone mas depois do iPhone a impress o que eu tive que eu n o tinha um smartphone antes Fiquei admirada com a rapidez e facilidade de navegar O touch n o era igual ao da Motorola Foi quando a gente percebeu que queria ter tudo da marca Apple M M 38 Embora n o tenha sido uma defini o a priori neste estudo quase todos os entrevistados deste grupo possuem mais de um produto da Apple com frequ ncia mais de 176 um dispositivo m vel e pelo menos um computador da marca Nesse sentido s o usu rios do ecossistema de produtos embora sejam usu rios relativamente recentes em sua grande maioria h n o mais do que quatro anos Para eles dispositivos m veis s o produtos para uso pessoal A exce o a estudante do curso de Produ o Fonogr fica B R 18 anos que n o se considera especialmente envolvida com tecnologias pra essas coisas eu sou mais atrasada at sempre um ano ou dois depois dos outros tipo as redes sociais smartphones Seu primeiro smartphone foi adquirido em 2014 um iPhone 4S eu tinha muitas amigas usando iPhone e iPad e em casa meu padrasto comprou um iPad Acreditava que os produtos eram muito bons mas muito caro
473. tar eles pediam pra gente explicar o motivo de ter escolhido aquela marca para a capa do livro da vida da gente E eu tive que justificar minha escolha pela Apple e fiquei pensando muito s o as qualidades da empresa que dialogavam com a minha personalidade Me identifico com essa lideran a de mercado que a Apple tem esse pioneirismo nos smartphones a constante inova o atualiza o dos dispositivos eles prezam pela qualidade Lamento que Steve Jobs n o viva mais para dar novas ideias R B 24 147 Figura 18 Livro da vida de R B Fonte coleta de dados A cren a de que existem for as oponentes est presente ao longo da trajet ria da Apple e marcante na imagem estrategicamente constru da pela marca na ind stria da computa o ela a alternativa contracultural ao d spota Orwelliano representado pela IBM na d cada de 1980 e trava uma longa batalha contra o Imp rio do Mal da Microsoft nos anos 90 Esta imagem assentada nos valores da contracultura assimilada pelos f s da marca at os dias atuais A rela o dos Fanhoys com produtos da concorr ncia para a maior parte deles conflituosa especialmente se estas for as oponentes forem o sistema operacional Windows e a Microsoft A mudan a do PC com sistema Windows para um Macintosh memor vel e irrevers vel para os respondentes deste grupo H P teve smartphones de marcas concorrentes como o Samsung Galaxy antes da aq
474. te dos das operadoras de telefonia Os walled gardens das telecomunica es e das ind strias da m dia ou estrat gia O crescimento da Web m vel representa um desafio para as operadoras de telefonia m vel que buscam n o ser reduzidas a commodities 92 dos jardins murados referem se permiss o de acesso a conte dos exclusivamente via Portal da operadora A analogia se refere ao controle exercido pelo provedor de um servi o sobre aplica es conte do ou m dia em plataformas espec ficas tais como os smartphones bem como todas as formas de restri es sobre o acesso do usu rio a aplica es ou conte dos n o aprovados pelo provedor At o ano de 2007 em termos globais a operadora de telefonia m vel mantinha o controle sobre o fluxo de transa es que envolviam download de aplicativos apresentando uma estrutura altamente verticalizada a exemplo da NTT DoCoMo e seu portal i Mode cujo funcionamento era similar ao da App Store da Apple que ser posteriormente detalhada Naquela fase de desenvolvimento do ecossistema digital operadoras funcionavam erguendo muros em torno dos conte dos ex ringtones e aplicativos que floresciam no ambiente WAP Wireless Access Protocol dos seus portais n o obtendo contudo as receitas esperadas pelo investimento HAZLETT et al 2011 3 2 Smartphones e tablets Adicionalmente fun o padr o de transmiss o de dados ou voz a longa dist ncia por
475. tebook um Acer top de linha importado em 2005 e s trocou o smartphone Motorola pelo iPhone 5 em 2013 Da fui aprender sobre o conceito de iCloud os benef cios das ferramentas o fazer diferente A mudan a de foco da marca para dispositivos m veis e consequente entrada de novos usu rios no mundo Apple especialmente no Brasil n o passou despercebida pelos f s mais antigos Para R S R F e H P atualmente eventos de f s da Apple s o menos expressivos mesmo no Sul do pa s onde o encontro mais recente de Macman acos o V MacEncontro aconteceu em outubro de 2013 R F atribui a menor frequ ncia de encontros mudan a de foco da empresa e maior populariza o da marca pois os Macs eram a motiva o dos usu rios mais antigos A possibilidade de a Apple voltar seus interesses pela inova o em dispositivos m veis em detrimento da sua origem exclusivamente computacional constitui um receio entre parte dos respondentes deste grupo sobretudo entre aqueles que produzem conte dos sobre a marca e seus produtos por meio de blogs ou outras publica es especializadas Para R F o ano 2000 poca em que ganhou seu primeiro iMac G3 era um mundo muito diferente do que a Apple hoje H P vai mais longe Hoje parece que n o demanda tanto esfor o pra fazer algu m usar um Mac Perdi um pouco o contato com os eventos at pelo crescimento da plataforma se perdeu um pouco aquele s
476. tecnologia e estrat gia promovem o discurso de prover experi ncias mais personalizadas otimizadas est veis e seguras pois a generatividade deixa de ser espa o de cria o do usu rio para ser sin nimo de vulnerabilidade A natureza aberta e flex vel da computa o em rede trouxe efeitos secund rios relacionados seguran a dos v rus de computador s quest es de privacidade ZITTRAIN 2008 o que justificaria o uso de tecnologias de restri o pelas empresas que controlam o acesso a conte dos De outro lado preocupa es relacionadas confian a nas redes eletr nicas e em dispositivos tecnol gicos em adi o promessa de estabilidade e seguran a por parte das empresas passaram a fomentar uma mudan a na demanda dos usu rios em dire o busca 17 por plataformas de computa o e ecossistemas mais fechados ZITTRAIN 2006 O gerenciamento ou a censura n o mais se apresentariam assim como for as opressoras externas mas estariam para Guins 2009 disseminados nas novas tecnologias digitais com a fun o de proteger e servir aos usu rios Nesse sentido formas de regula o s o realocadas para o usu rio posicionado em um discurso prescritivo de empoderamento seguran a e liberdade GUINS 2009 p xiii Esta tend ncia a um fechamento notadamente presente no cen rio mobile dos smartphones e tablets enseja por outro lado uma discuss o acerca do papel dominante e potencialmente opressivo
477. tem tica Eu tinha feito o jailbreak no iPad 1 tr s vezes em momentos diferentes Na primeira deu tudo certo O erro ocorreu na segunda Eu lembro que entre a primeira e a segunda foi quase um ano Ai acho que foi pelo esquecimento algum detalhe ou outro do processo O que aconteceu foi que a vers o de iOS que rodava no iPad 1 necessitou que eu atualizasse em virtude das exig ncias dos aplicativos aquela coisa requer vers o 4 3 posterior ainda me lembro mais ou menos isso Nessa poca eu n o tinha o 4 3 era o 4 2 pra baixo A eu vi que Atualiza es do iOS ou de justamente o aplicativo que eu mais utilizava exigiu isso Foi o que me obrigou aplicativos a fazer tudo isso a Eu tentei deu esse descuido nesse detalhe o aparelho tava j atualizado restaurado como de f brica com a vers o atualizada do iOS pronto pra receber o jailbreak s que a vers o do programa que eu procurei n o batia com aquela vers o que a Apple disponibilizou eu vi que n o era a mesma Dai eu fiz uma pesquisa no pr prio site A dentro daquele mesmo site que eu procurei eu encontrei a vers o de jailbreak que era compat vel com o iOS atualizado E da deu tudo certo Foi bem angustiante passei muitas horas achando que era uma coisa bem simples que na verdade era mas devido a esse pequeno detalhe gerou essa negatividade toda Foram horas para resolver Iniciei umas 8h ou 9h da noite e n o tava
478. tema fico preso nele por isso eu falei que eu sou um prisioneiro feliz eu n o consigo fugir dele E todos tem feito isso te prendido dentro de um sistema V C 41 Isso do iMessage de tu poder te comunicar com outros usu rios de iPhone sem precisar gastar teu pacote de dados foi muito legal Da a gente descobriu o iTunes e a App Store que a gente come ou a comprar uma musiquinha baixar aplicativos foi uma facilidade incr vel eu nunca tinha pensado em pagar 1 d lar 99 centavos por uma m sica hoje eu vou l e compro eu sei que vou ter ela no meu login e ent o vou ter acesso aquela musica no meu iPhone iPad no MacBook em casa e se eu trocar de equipamento s fazer as sincroniza es e as m sicas v o estar l Eu comecei a perceber que n o tem a necessidade de ter mais as coisas f sicas Pra que tu vai comprar um CD Hoje tu compra e baixa o que realmente te interessa ent o foi algo que me encantou bastante essa outra forma de armazenar as coisas no iCloud M M 38 Al m disso estes usu rios relatam ter a necessidade de atualizar os produtos com frequ ncia em alguns casos a cada novo lan amento de produtos Esta frequente atualiza o n o ocorre sem algum desconforto e reflex o sobre a obsolesc ncia tecnol gica como ser visto mais adiante A constante atualiza o percebida com mais frequ ncia entre os dispositivos 10S enquanto computadores Macintosh na tica deste
479. tema de telefonia bem como a colabora o entre diferentes fabricantes Com o avan o da telefonia wireless e servi os de mensagem como paging foi poss vel a converg ncia entre a comunica o wireless e o universo da computa o pessoal e de neg cios no dom nio das chamadas LANs Local Area Networks TALUKDER et al 2010 O maior poder de processamento dos microprocessadores aliado a sua miniaturiza o e incremento de outros components de hardware tornaram os computadores port teis vi veis ao final da d cada de 1980 Dispositivos port teis com conectividade tais como o personal digital assistant PDA ou handhelds alcan aram popularidade nos anos 90 Um dos primeiros dispositivos deste tipo foi o PDA Newton Message Pad da Apple em 1992 Apesar de tecnicamente inovador para a poca este dispositivo resultou em fracasso comercial Apenas alguns anos depois com o lan amento do PalmPilot da Palm um dispositivo utilizado essencialmente como organizador sofisticado houve ampla aceita o destes equipamentos junto ao mercado consumidor demarcando o in cio de uma ind stria dos handhelds EVANS et al 2006 A Figura 12 a seguir mostra o an ncio para o handheld Newton da Apple no qual a ferramenta de uso pessoal t pica para guardar coisas na decada de 70 comparada com as ferramentas que guardam e organizam a informa o nos anos 90 90 The pack that kept you organized in the 70s sts
480. terativas e potencialmente generativas CERUZZI 1998 Defensor de que todos os indiv duos tivessem acesso ao computador e o conhecessem profundamente Ted Nelson escreveu em 1974 como entendia estas m quinas e seus usos futuros O computador a m quina mais geral que o homem j desenvolveu De fato deveria ser chamado de M quina para Todos os Prop sitos mas n o por raz es de acidente hist rico Computadores podem controlar e receber informa o de virtualmente qualquer outra m quina O computador n o como uma bomba ou uma arma os quais podem apenas destruir mais como uma m quina de escrever sem nenhum compromisso com o bem ou com o mal em ess ncia N o h natureza ou ess ncia nos computadores Exceto o que foi colocado neles por quem quer que tenha criado o programa para um prop sito particular Computadores s o diferentemente 4 Traduzido de they did not think that the public would be willing to put up with the difficulties of programming just to own their own computer 45 de qualquer outro equipamento perfeitamente VAZIOS E assim que projetamos nele tantas faces diferentes NELSON 1974 p 10 Ted Nelson em outras palavras vislumbrava uma qualidade essencialmente generativa do computador pessoal o qual deveria servir aos prop sitos da criatividade humana estendendo a em todo o seu potencial A generatividade nesse sentido a capacidade de um sistema de criar
481. teroperar com aplicativos e equipamentos de terceiros Na pr tica uma plataforma aberta possibilita que indiv duos com conhecimento t cnico possam obter acesso aos servi os fornecidos pela plataforma Como j discutido no Cap tulo 2 plataformas de computadores pessoais se mantiveram relativamente abertas no sentido de que terceiros podem escrever softwares por exemplo tanto para o sistema dos computadores Mac quanto para o Windows sem a necessidade de permiss o do dono da plataforma para isso EVANS et al 2006 A empresa busca construir assim uma base ampla de clientes criando valor para a plataforma e se beneficiando dos efeitos de rede advindos desta estrat gia de abertura Este efeito de rede direto como nos casos de compatibilidade t cnica ou padr o de interface ex computadores Windows Intel e softwares baseados em Windows formatos de m dia VHS ou DVD e aparelhos que suportem estes formatos CUSUMANO 2010 Nos sistemas operacionais de c digo aberto ex GNU Linux Android garantida a qualquer usu rio o acesso ao c digo fonte do programa Eventualmente poss vel a qualquer desenvolvedor estudar modificar e distribuir novas vers es do software GUGIK 2009 J os sistemas operacionais de c digo fechado ex Microsoft Windows iOS s o aqueles em que n o permitida a modifica o por terceiros Este tipo de sistema desenvolvido ofertado e modificado somente pela empresa propriet ria do SO tamb m r
482. tigar ou negar uma dada estrutura de domina o ainda que nao tenham como foco a mudan a estrutural Como argumentou Scott 1985 a efetividade de formas cotidianas de resist ncia reside no conformismo simb lico com o qual s o mascaradas Limita es do estudo e indica o de pesquisas futuras Um dos in meros desafios na condu o da tese foi a pr pria escolha do objeto de estudo que envolve a reflex o sobre tecnologias m veis e ecossistemas digitais pois essa uma hist ria em constru o Como destacou Ceruzzi n o h esquema te rico no qual o historiador possa construir a narrativa p 305 medida que o estudo foi evoluindo novas 257 camadas de informa o surgiam e de alguma forma alteravam suposi es anteriores Ou ainda fatos novos que n o puderam ser explorados com maior profundidade por serem muito recentes Como resultado temos um recorte uma fotografia da problematiza o proposta das rela es cotidianas de resist ncia que se estabelecem no contexto dos dispositivos 10S Apple Neste estudo escolhemos enfocar as manifesta es de resist ncia cotidiana dos usu rios um fen meno essencialmente micro Em raz o de alguns crit rios detalhados no trabalho foram escolhidos quatro perfis de usu rios Certamente poss vel identificar outros perfis como o de haters da Apple e seus dispositivos Al m disso embora tenhamos refletido sobre as a es da Apple como forma de contextualiz
483. tinha o aplicativo da Apple o Find My Phone e olhei num computador e o celular tava l A gente chamou a Pol cia o policial foi seguindo pelo rastreador do aplicativo e pegou o carro de volta Foi bem bacana isso o Find My Phone acabou resgatando o carro roubado D L 31 INCIDENTE CR TICO NEGATIVO CATEGORIA Excerto Aplicativo n o dispon vel para iOS H aplicativos mais experimentais dispon veis pra Android e que seria legal se tivesse para iOS Eu e minha mulher junto com amigos passamos o Carnaval numa casa longe de tudo perdido no mapa uma prainha perto de Torres Itapeva longe da praia A minha amiga tinha um aplicativo que pra Android que tu aponta ele pro c u e ele te desenha as constela es e gratuito N o sei por que n o tem pra iOS o Google SkyMap H P 41 Quest es de interoperabilidade Voc n o conseguir compartilhar dados pelo AirDrop Eu n o tinha iPhone novo eu n o tinha o iPhone 5 eu fiquei no 4S ent o eu n o sabia do AirDrop eu nunca tinha usado Quando lan ou o iPhone 5C no Brasil eu fui l e comprei Tentei enviar um arquivo do iPhone pro Mac e da vi que n o funcionava Eu fiquei putz N o sei por que mas eles n o conversam O OS X e o iOS t m o AirDrop s que eu s consigo trocar iOS com iOS e OS X com OS X a integra o de device com m quina n o rola o que um absurdo Isso foi frustrante D L 31
484. tivamente para uso p blico e 2 a segunda entre 1977 e 1985 per odo no qual se d populariza o dos microcomputadores no ambiente dom stico e no mundo do trabalho CERUZZI 1998 Neste cap tulo refletimos sobre a contribui o de uma gera o de hobistas de computador o que floresceu na regi o da California da d cada de 1970 especialmente em Berkeley e Silicon Valley na constru o de uma vis o do computador como aparelho pessoal personal appliance e posteriormente como mecanismo de empoderamento social Como vimos no cap tulo anterior o cruzamento entre o legado da pesquisa militar durante a Segunda Guerra e Guerra Fria e a contracultura norte americana dos anos 60 favoreceu a articula o de valores e cren as que permearam o imagin rio sociot cnico Em conjunto com decis es de ordem econ mica por parte da ind stria da computa o e do software estas cren as ajudaram a produzir computadores em rede generativos 4 Usu rios e programadores amadores que desenvolviam programas de computador na d cada de 1970 43 2 1 As bases generativas do computador pessoal e a atua o dos hobistas Quando em 1966 Stewart Brand viu os colaboradores do Stanford Artificial Intelligence Laboratory jogando Spacewar um uso pessoal em um computador PDP 10 acreditou que divers o intera o sensa o de uso pessoal particular e controle do usu rio fariam parte de um novo modelo mental para a computa
485. tivo Display Out muito necess rio nas atividades do usu rio Foi justamente quando eu consegui fazer o jailbreak na segunda vez e da voc avalia o quanto deu certo em rela o vers o anterior afinal eu tinha passado um ano com o jailbreak e eu iria fazer novamente Quando eu verifiquei que deu tudo certo realmente foi muito bom ele tava perfeito o iPad os aplicativos J S 23 O acesso a aplicativos espec ficos para A S teve o sentido de exclusividade Foi algo tipo Ah Agora eu posso tamb m porque eu passei meses vendo os jogos que os gringos compravam com os cart es de cr dito e tal e eu n o podia comprar e n o podia jogar e ficava com vontade mas n o podia Quando fiz eu podia ter todos os jogos que eu quisesse na hora que quisesse A S 17 Os incidentes cr ticos relatados como negativos revelam recorr ncia das seguintes tem ticas atualiza es do iOS ou de aplicativos falha na instala o de aplicativos Ra falha na instala o do jailbreak perda de garantia e barreiras culturais As atualiza es do iOS ou de aplicativos s o eventos cr ticos relatado pelo grupo de usu rios de jailbreak Esta quest o j havia sido citada em outros momentos das entrevistas A Apple disponibiliza atualiza es do sistema operacional iOS Estas atualiza es podem ser implementadas pelo usu rio no momento em que se tornam dispon veis ou podem ser postergad
486. to do computador Apple II e a interface touch screen do iPhone usu rios passaram a ter de lidar com eventos que em nada se parecem com o ambiente flex vel para produ o e colabora o coletiva ZITTRAIN 2008 medida que v rus spams crimes cibern ticos entre outros foram intensificados para muitos usu rios a promessa de seguran a resulta em uma motiva o suficiente para abrir m o da liberdade ZITTRAIN 2008 Por essa raz o como argumentou Zittrain uma li o vital sobre a hist ria do computador e da internet que o endpoint importa n o somente a rede E as experi ncias dos indiv duos com as redes s o moldadas pelos dispositivos que eles utilizam para acess la O ambiente mobile se tornou o novo centro de tens o entre a capacidade generativa do artefato tecnol gico a qual permite a partir de decis es t cnico econ micas corporativas maior ou menor abertura inova o interfer ncia do usu rio e a resist ncia do usu rio s limita es impostas por estas corpora es Neste contexto a Apple e seu ecossistema de entretenimento n o apenas se transformou em uma importante porta de entrada para a internet mas vem consistentemente reinventando o seu hub digital A plataforma iOS constitui atualmente o ponto de converg ncia das estrat gias da empresa que a despeito do ascend ncia de outras plataformas ditas flex veis permanece como protagonista nos desejos de consumo de um mercado crescente de u
487. to oposto em principio do t pico descarte de eletr nicos de consumo Isso caracteriza um ato que vai contra o sistema consumerista de aquisi o e descarte e renova o de hardware atrav s da continua atualiza o das tecnologias que marca a atua o dos ecossistemas digitais de entretenimento na contemporaneidade No Brasil segundo dados da Motorola Mobility de 2012 aparelhos celulares convencionais os chamados feature phones s o trocados em m dia a cada vinte meses J em rela o aos smartphones esta m dia de cerca de dezesseis meses Dados mais recentes de pesquisa do Idec Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor Market Analysis de 2014 corroboram os resultados anteriores de que o tempo de vida til de aparelhos celulares ou smartphones n o ultrapassa os tr s anos entre os consumidores brasileiros Em compara o com outros aparelhos eletr nicos ou eletrodom sticos celulares e smartphones apresentam a 120 Ver lt http showmetech band uol com br pesquisa revela que usuario de smartphone troca de modelo em ate 16 meses gt 121 Ver lt http olhardigital uol com br noticia 40107 40107 gt 215 maior taxa de descarte indicando significativa necessidade de atualiza o de equipamentos desta categoria quer pelo lan amento frequente de inova es tecnol gicas por parte da ind stria e consequente obsolesc ncia dos equipamentos e problemas de funcionamento observados pelos usu r
488. tores expressam a resist ncia com 251 maior intensidade o que fica evidente pelo modo como decidiram solucionar as limita es percebidas A presen a do ecossistema foi avaliada ao observarmos que Fanboys e Usu rios Padr o relatam com frequ ncia os aspectos positivos da integra o dos dispositivos uma vez que disp em de pelo menos dois dispositivos iOS O ecossistema atua assim na intensidade com que a resist ncia manifestada CONSIDERA ES FINAIS It is one of our most exciting discoveries that local discovery leads to a complex of further discoveries Corollary to this we find that we no sooner get a problem solved than we are overwhelmed with a multiplicity of additional problems in a most beautiful payoff of heretofore unknown previously unrecognized and as yet unsolved problems Buckminster Fuller O paradigma tecno industrial da produ o em massa deu origem a uma onda de artefatos dom sticos para aplica o espec fica na vida cotidiana em que a tecnologia subjacente n o era vis vel ao usu rio pois ningu m se importa sobre o min sculo motor el trico que ejeta o disco inserido no CD player e que consome energia el trica o qual foi produzido em algum lugar HANSMANN et al 2003 O paradigma tecno informacional se desenvolve a partir da segunda metade do s culo XX e a era da industrializa o d lugar da computa o Assim como na segunda fase da revolu o industrial quando a ene
489. trar no Whatsapp e enviar pra ele as marcas s o diferentes n M M 38 Depois que tu j tem um tu acaba te familiarizando com o sistema operacional com essa quest o de salvar os arquivos na nuvem por exemplo a p gina da internet que eu acesso no Mac por ser sincronizado eu acesso no iPad no iPhone a agenda de contatos A principal vantagem que eu vejo nos produtos da Apple a quest o da sincroniza o e a desvantagem acho que t mudando vejo cada vez mais usu rios da Apple e em consequ ncia do OS X O que eu vejo que v rios sites n o oferecem suporte pro Safari da tu tem que usar o Google Chrome ou outro navegador pra poder acessar J teve sites que eu n o pude entrar porque n o tinha suporte pro Safari M D 31 Como a Apple faz uso de equipamentos novos ou n o usuais a interoperabilidade de hardware foi citada entre alguns dos respondentes como fonte de ansiedade devido aos pre os dos equipamentos praticados no mercado brasileiro Eu comprei o iPod nano e o iPad novos e a entrada deles diferente da tu tem que comprar adaptador ou outros cabos Eles podiam dar um desconto ou trocar o meu adaptador por outro C M 24 O Android eu acho que tu pode usar meio como um pen drive e no iPhone tu n o tem como fazer isso a incompatibilidade de carregadores o pre o das coisas eu paguei R 80 por uma capinha de silicone e outra era R 20 A Apple fez um carr
490. ttp www computerhistory org revolution mobile computing 18 316 1760 position 0 gt Acesso em 15 fev 2014 Popular Eletronics cover EUA 1975 Disponivel em lt http www computerhistory org revolution personal computers 17 312 1141 gt Acesso em 6 fev 2014 Portable Computers 1983 Byte magazine cover Disponivel em lt http www computerhistory org revolution mobile computing 18 343 2333 gt Acesso em 20 fev 2014 Portable OMNITEC portable terminal advertisement 1968 Dispon vel em lt http www computerhistory org revolution mobile computing 18 315 1674 gt Acesso em 20 fev 2014 COMPUTING and the counterculture In Making the Macintosh 2000 Dispon vel em lt http www sul stanford edu mac counter html gt Acesso em 3 dez 2013 CRESWELL John Qualitative inquiry and research design choosing among five 261 approaches 2 ed Thousand Oaks Sage 2007 CUSUMANO Michael Technology strategy and management the evolution of platform thinking Communications of the ACM v 53 n 1 p 32 34 2010 DIGIBARN COMPUTER MUSEUM Apple II How to buy a personal computer EUA 1979 Dispon vel em lt http www digibarn com collections ads apple index htm gt Acesso em 8 fev 2014 DOCTOROW Cory Lockdown the coming war on general purpose computing BoingBoing 10 Jan 2012 Disponivel em lt http boingboing net 2012 01 10 lockdown html gt Acesso em 8 fev 2014 The co
491. ture phones A categoria dos smartphones vem crescendo a exemplo da tend ncia observada em n vel global Em rela o ao ano de 2011 o crescimento das vendas de smartphones no Brasil foi de 78 conforme dados publicados no IDC Brasil mar o 2013 Dispon vel em lt http www idcbrasil com br releases news aspx id 1458 gt Acesso em 5 jul 2013 O ano de 2013 contudo foi apontado como um divisor de guas para a consolida o dos smartphones no Brasil que pela primeira vez superou as vendas de aparelhos do tipo feature phones conforme dados do IDC Brasil abril 2014 Dispon vel em lt http br idclatin com releases news aspx id 1613 gt Acesso em 8 jun 2014 21 dispositivo a partir da smartifica o da vida cotidiana Corpora es como a Amazon Apple Google e Microsoft t m sido consideradas como protagonistas na era P s PC e principais competidoras em plataforma de computa o na nuvem VANCE 2013 A Google que vem ampliando a utiliza o do sistema Android para seus dispositivos inteligentes rel gios carros entre outros buscar cada vez mais ser a interface entre usu rios e objetos cotidianos DREDGE 2014 J a cria o do iCloud pela Apple tem o intuito de paulatinamente substituir o computador pessoal no seu papel de hub digital e garantir que todos os seus dispositivos digitais sejam capazes de sincronizar e acessar arquivos entre plataformas de modo autom tico CAULFIELD 2011 Dessa
492. u recursos multitarefa N o era poss vel copiar e colar textos incluir anexos em uma resposta de e mail alterar tons de alerta ou editar documentos Office Alguns destes recursos que j estavam dispon veis mesmo em alguns aparelhos mais simples do tipo feature phones de outros fabricantes Estas limita es percebidas na primeira vers o do iPhone o colocaram como exemplo de aparelho informacional fechado para hackers desenvolvedores e usu rios iOS 2013 Entretanto a aposta da empresa estava em uma consistente experi ncia do usu rio baseada em algumas inova es em design que ajudaram a estabelecer uma dire o para a ind stria de dispositivos m veis Em 2008 a Apple lan a o sistema operacional iPhone OS 2 0 com abertura a aplicativos de terceiros previamente autorizados Somente em junho de 2010 com o lan amento da vers o 4 o sistema operacional m vel da Apple teve seu nome alterado para iOS GOS 2013 35 A arquitetura do iOS composta por quatro camadas principais cocoa touch media core services e core OS Para um maior detalhamento ver orienta es da Apple lt https developer apple com library ios documentation Miscellaneous Conceptual iPhoneOSTechOverview Intr oduction Introduction html gt 102 Uma importante caracter stica dos sistemas operacionais que eles evoluem e crescem em tamanho com o tempo medida que passam a fazer mais coisas Assim passam a oferecer mais fun es a cada
493. u vi designers dizendo que o iOS novo era horr vel que se o pr ximo continuasse com esse layout de crian a eles iam migrar pro Android Pra mim t timo se ficar maior o novo aparelho iPhone eles n o v o fazer uma coisa gigante que seja ruim pro usu rio Se eu tivesse dinheiro todo lan amento eu trocaria por um novo D L 31 De 2007 pra c eu comecei a importar meus devices de novo Peguei meu iPod Cl ssico importei pela empresa onde eu comecei a trabalhar Hoje eu sou o dono de uma boa fam lia de produtos Apple L em casa s o tr s MacBooks Air um iMac de ltima gera o um iMac mais antigo dois AirPort Express tr s AirPort Extreme um Time Capsule tr s Apple TVs tenho o meu iPhone o iPhone 5C rosa da minha filha de 3 anos e o da minha esposa s o dois iPad mini um iPad de quarta gera o meu Deixa eu ver se esqueci de alguma coisa Se for contar perif ricos tenho tr s magic mouses e por a vai F P 31 Esta ansiedade parece ser ainda mais proeminente para a categoria dos dispositivos iOS que na percep o de alguns fas da marca apresenta ciclo de vida mais curto que o de computadores Mac Paradoxalmente o argumento de que Macs duram mais que PCs isto levam mais tempo para se tornarem obsoletos que outras plataformas de computadores pessoais utilizado para demonstrar a superioridade t cnica do primeiro sobre o segundo E isso muito legal minhas m quin
494. ual CEO da empresa Tim Cook em carta aberta aos usu rios Hestres 2013 faz uma importante contribui o para o debate ao discutir as regras de aprova o da Apple para conte do em suas redes Para ele diferentemente do ambiente da internet constru do sobre redes relativamente abertas de comunica o a App Store caracteriza um ecossistema tecnol gico fechado p 1265 para o qual as regras de participa o n o est o claras Ver lt http news bbc co uk 2 hi technology 7813527 stm gt Ver a carta aberta de Tim Cook sobre a substitui o do aplicativo Google Maps do iOS 6 lt http www macstories net news tim cook writes open letter to customers apologizes for maps frustration gt Traduzido de the iOS app store is arguably a closed technological ecosystem 115 sua suscetibilidade a press es externas tornou a Apple no rbitro final da express o de liberdade dentro do ecossistema iOS tanto para usu rios quanto para desenvolvedores Intencional ou n o a Apple assume fun o chave de governan a dentro de um dos setores de mais r pido crescimento do ambiente online p 1275 Para Steve Jobs contudo em entrevista para o All Things Digital em 2012 a vis o da Apple sobre a internet os canais de distribui o propriet rios e o ecossistema iOS pode ser assim sintetizada Bom vamos dizer que suportamos duas plataformas Uma aberta e incontrol vel
495. ue ficar correndo foi uma alegria sabe Eu posso carregar meu aparelho onde eu quiser e eu ainda vou ter tudo ali eu n o vou perder tudo porque o aparelho desligou Isso parece algo simples mas isso pra mim naquele momento me consumia foi libertador I V 28 Quando eu vi que o Android consegue convergir todas as contas do Yahoo Hotmail as minhas duas contas do Gmail no calend rio O meu iPhone 3GS n o conseguia e isso pra mim uma revolu o E o Dropbox E toda anota o que eu fa o em udio no Android eu consigo passar pro meu computador sem apagar elas Agora eu sei que quando eu for passar simplesmente eu arrasto os arquivos do gerenciador ali e p muito f cil Quando eu comprei o meu Android e fui fazer a primeira configura o e 246 vi que funcionava foi a primeira coisa que eu fiz a converg ncia de todas as minhas contas de e mail no meu calend rio T S 37 Outra coisa maravilhosa que eu nunca imaginei que ia funcionar e que eu quase surtei quando eu vi que funciona qualquer dispositivo acess rio que eu coloco no tablet Android funciona Eu pego meus teclados de computador de dez anos atr s e ligo no meu tablet e ele funciona Eu pego os meus mouses horrorosos velhos com cabo ainda ligo no Android e ele funciona n o preciso nem religar simplesmente engatar o tro o e ele sai funcionando Isso maravilhoso Essa coisa aberta essa participa o que voc tem N
496. ue o Steve Jobs era prepotente No livro me interessa a segunda parte que conta um pouco da hist ria de cada coisa que ele fez Da vi o filme tamb m e fica clara a ideia da inova o e a frase details matter J M 38 142 como o pr prio Jonathan Ive diz no livro eles tem que quebrar a cabe a pra pensar na complexidade que vai fazer com que o usu rio sequer perceba o qu o dif cil pra eles foi tornar a vida do usu rio f cil incr vel o trabalho que eles t m O grande p blico n o sabe disso H P 41 Hoje me pergunto sempre o que o Tim Cook t fazendo Eu sigo o cara no Twitter O meu maior interesse com o Jonny Ive continuo seguindo a hist ria Os boatos eu sei todos Tem p ginas que eu sigo no Twitter e em blogs que s o as letrinhas que a Apple vai dando s o mensagens subliminares em algumas coisas que eles fazem Por exemplo o convite para um evento da Apple j mostrava o bot o com leitor de impress es digitais s que era tudo subliminar e depois que os usu rios viram o iPhone 5S da ah pois no convite j diziam J M 38 Entre os Fanboys brasileiros a met fora do futebol utilizada para explicar a intensidade com que estes usu rios experenciam sua rela o com a Apple Esta percep o do v nculo emocional que mant m com a marca expl cita e motivo de orgulho para os respondentes deste grupo que assumem
497. ue pode tornar a tarefa mais complexa O navegador Web browser pode ser considerado a aplica o multiplataforma mais universal j que s o capazes de interpretar p ginas Web praticamente da mesma forma em qualquer computador Aplica es de softwares neste contexto podem ser determinadas para depender das caracter sticas de uma plataforma particular seja ela o hardware sistema operacional ou maquina virtual como a plataforma Java que roda sobre muitos tipos de sistemas operacionais e hardwares e uma plataforma comum sobre a qual s o escritos muitos softwares Por outro lado softwares multiplataforma cross platform devem ser capazes de funcionar em mais de uma arquitetura de computa o ou sistema operacional Os primeiros sistemas operacionais m veis s o encontrados nos PDAs da Palm o Palm OS 1 0 lan ado em 1996 Nestes dispositivos havia aplicativos nativos da RIM tais como agenda de endere os e listas de tarefas O sistema atualizado nos anos subsequentes e no ano 2000 a Microsoft lan a o Pocket PC 2000 que incluia o aplicativo de comunica o MSN Messenger Em 2005 a RIM lan a o Blackbarry OS 4 1 e o Google adquire a Android Interfaces APIs Those software platforms are at the heart of economies or ecosystems that consist of mutually dependent communities of businesses and consumers that have a symbiotic relationship with the platform 101 Inc Em meados de 2007 surgem atualiza es do Win
498. ue tem a ver com a volta do Steve pra empresa D L 31 Figura 14 Customiza es do iMac G3 e G5 de D L Fonte coleta de dados Fica claro que Fanboys apresentam forte comprometimento e lealdade a Apple envolvimento que ultrapassa a no o de uso frequente dos produtos para caracterizar muitas vezes verdadeiro culto marca Belk e Tumbat 2005 j haviam identificado os componentes quase religiosos da rela o de usu rios f s com seus computadores Macintosh em que o temperamento imprevis vel do fundador Steve Jobs atenuado pela nfase na sua lideran a vision ria Para Belk e Tumbat 2005 entre os diversos aspectos quase m sticos que demarcam a rela o destes usu rios com seus Macs est o o mito da origem da Apple Computer as lendas em torno do cofundador her i e salvador a percep o de oponentes sat nicos e o proselitismo praticado pelos crentes dos Macs na convers o de n o crentes O proselitismo e a convers o de n o crentes est o fortemente presentes nas narrativas da maior parte dos entrevistados deste grupo De fato este aspecto tamb m verbalizado nos incidentes cr ticos positivos que ser o vistos na sequ ncia As lembran as mais remotas do analista de sistemas e gestor de projetos F P 31 anos incluem o primeiro Mac que usou aos 5 anos de idade por influ ncia do pai Seguindo a 140 tradi o familiar F P acredita que vem conseguindo transmitir aos filhos a admira o pela
499. ue voc tem diferentes aparelhos M K 30 Quando voc atualiza o sistema operacional alguns aplicativos deixam de funcionar O pr prio iTunes e aplicativos nativos do 10S s o muito pesados e consomem muita mem ria muito processamento do teleone tamb m O aplicativo ficava inacess vel ou seja voc precisava atualizar ele de acordo 243 com a nova vers o do iOS Lembro que era algo muito comum M K 30 Quando ocorria alguma grande atualiza o do iOS dependendo do que era atingido voc precisava fazer uma atualiza o do aplicativo pra n o afetar ainda mais os usu rios M K 30 Por ter um c digo fechado diferentemente do Android o n vel de seguran a do iOS alt ssimo Pra Android voc tem antiv rus pra usar j pra iOS n o tem essa necessidade a mesma coisa se voc for usar um Mac voc n o precisa ter um antiv rus porque o n vel de seguran a deles por ser totalmente fechado alt ssimo Isso bom por um lado mas por outro por exemplo pra quem gosta de software livre que gosta de deixar o aparelho da sua maneira que gosta de melhorias Da j n o interessante M K 30 Essa mudan a nem sempre foi f cil no in cio como relata M K A vantagem de poder ter tudo do Google sem muito esfor o voc s se loga Voc t com o mundo Google na palma da m o Mas no in cio at eu me acostumar com o Android vou te contar No in cio
500. uer liga o com o iPhone 4 Desde o epis dio da NSA eu me sinto um pouco enganado da isca que foi o Gmail porque voc foi l fez seu perfil no Google e come aram a rastrear tudo rastrear tudo quer dizer metadados Eu gosto de inverter isso ent o j que o meu celular tem um GPS e algu m em algum lugar sabe onde ele est ent o eu baixei um programa que armazena todas as minhas localiza es O que eu vou fazer com isso Sei l vou querer visualizar j que eu t produzindo estes dados deixa eu ficar com eles tamb m a premissa do projeto Open Path que essa ideia de que eu quero me monitorar tamb m M P 32 Quando questionados sobre a pr tica do jailbreak e sobre o que pensam a respeito dos usu rios deste recurso os respondentes deste grupo n o demonstraram desconforto nem se opuseram queles usu rios que t m jailbreak nos seus aparelhos Contudo esta n o uma op o para o usu rio padr o de dispositivos iOS devido s quest es de seguran a e estabilidade do ecossistema como um todo N o est claro para estes usu rios que a pr tica traz mais benef cios do que riscos que eles n o t m interesse em assumir Al m disso novamente observamos a partir destes relatos que estes usu rios n o se identificam com o 197 39 66 que consideram ser uma jeito diferente de ver a tecnologia um perfil de usuarios que nao condiz com o do Usu rio Padr o em quest o Coisas
501. uisi o do seu primeiro smartphone da Apple um modelo iPhone 5 em 2013 Ele relata eu tinha muita boa vontade com ele j diferente do Windows que eu nunca tive boa vontade Para J M que adquiriu o primeiro computador A ee Mac em 2013 a experi ncia com um Mac ou tu ama ou tu odeia n o tem meio termo 148 uma coisa que eu n o troco mais nunca mais comprarei um computador com Windows Por causa do fazer diferente Me pergunto como eu usei o Windows a vida inteira e n o usei o sistema da Apple J M 38 Eu ainda tinha PC em casa junto com o Mac mas eu precisava me livrar do PC e transformar meu ambiente em algo mais Mac friendly Eu tinha certeza que n o voltaria mais pro Windows S M 48 Com o tempo eu fui ficando muito cr tico em rela o a v rias coisas Eu continuo usando Mac eu simplesmente n o consigo usar um PC com Windows de boa vontade N o t o amig vel O Office pra Mac muito melhor do que o Office pra Windows ele muito mais amig vel no Mac Mas o pacote iWork pra Mac muito melhor H P 41 Se eu trocasse meus devices por Android hoje acho que estaria louco acredita D L Neste universo oponentes sat nicos emergem de diferentes ind strias n o apenas da computa o mas s o igualmente identificados e recha ados pelos f s da marca Como destacaram Eaton et al 2011 medida que a tecnologia digital se torna
502. uita gente elogia a abertura e flexibilidade do Android mas o que torna o sistema vulner vel Sem falar que com o jailbreak voc acaba ficando preso a certas vers es do iOS O uso do jailbreak pra baixar programa pirata eu condeno totalmente Mas aquela coisa da faca que serve pra voc cortar um p o e tamb m pra matar uma pessoa R F 28 Eu compro aplicativos n o sou adepto de pirataria Depois que as pessoas t m seu iPhone danificado ou invadido por um hacker t m seus dados roubados depois de fazer um jailbreak mal feito elas acabam aprendendo que vale mais a seguran a vale mais pagar por um programa original R S 56 Al m disso Fanboys relatam uma s rie de motiva es para n o realizar modifica es no sistema operacional 168 Tu imagina que acabou de ganhar na Mega Sena claro que tu vai comprar uma Mercedes concorda E a o que tu faz Tu compra a Mercedes divina e maravilhosa e manda pintar de cor de rosa pode ser que o teu perfil queira isso E a antes de tu ir pra casa tu passa ali no borracheiro da esquina e tu manda tirar os pneus e rodas da Mercedes e p e qualquer roda de carro a Tem sentido isso Sabe quanto tempo os engenheiros da Mercedes levam pra definir qual o pneu tamanho da roda que determinada Mercedes tem que ter pra ela n o capotar na esquina Da a pessoa gasta 3 mil reais pra comprar o iPhone e faz jailbreak pra piratear pra baixar de
503. um extenso trabalho de negocia o entre os interesses corporativos e dos usu rios da tecnologia A trajet ria de forma o da ind stria da computa o da internet e dos dispositivos m veis conectados em ecossistemas de entretenimento se bem trouxe avan os importantes reflete este descompasso e caracteriza um ambiente de inquestion vel tensionamento entre os interesses corporativos e os desejos dos usu rios Os efeitos da ubiquidade da mobilidade s o capturados em diversos estudos que buscaram avaliar as transforma es sociais cotidianas advindas da ado o e uso de tecnologias de comunica o pessoais A despeito das funcionalidades e dos modos de apropria o vislumbrados pelos fabricantes de aparelhos informacionais estes estudos apontam que os usu rios buscam transcender o prop sito pretendido para estas tecnologias e que eles integram novas pr ticas mais consistentes com suas necessidades de controle social KATZ et al 2008 Estas pr ticas s o portanto com frequ ncia divergentes e mesmo contr rias tese do design original da tecnologia e sugerem que a tecnologia ressignificada na experi ncia de consumo Assim os usu rios n o estariam limitados s propriedades dos aparatos tecnol gicos na medida em que os reapropriam e modificam criativamente KATZ et al 2008 p 369 Para Katz e Aakhus 2002 os indiv duos julgam inventam e usam dispositivos m veis de forma que estes usos nem sempre est o em
504. um modelo de contrato lump sum deixar o CERN e montar uma empresa baseada na World Wide Web WWW 65 E O nome Gopher era uma homenagem ao mascote da Universidade mas tamb m o uso de Go For buscar uma informa o 12 Em 30 de abril de 1993 o CERN disponibilizou a World Wide Web livre de royalties para uso de qualquer pessoa que quisesse acessar a rede As informa es da Web seriam acessadas com o uso de um navegador o pioneiro deles sendo o Mosaic posteriormente Netscape medida que mais usu rios configuravam seus servidores e websites a WWW cresceu e ao final do ano de 1993 respondia por 1 de todo o tr fego da internet o resto era acesso remoto e mail e transfer ncia de arquivos um percentual expressivo para a poca Em 2013 havia uma estimativa de cerca de 630 milh es de websites dispon veis on line TWENTY 2013 Para Cailliau 2013 se comparada dissemina o de outras inova es tais como as ferrovias a eletricidade ou a avia o a WWW n o foi mais rapidamente difundida Levou pelo menos seis anos at que a WWW ganhasse visibilidade e pudesse ser entendida pelos meios de comunica o e pela sociedade em geral diferentemente do ocorreu com outros empreendimentos f sicos os quais poss vel entender concretamente para quais prop sitos foram estabelecidos Trens e avi es s o f ceis de explicar seus prop sitos s o bem definidos e eles podem tocar nossas vidas f si
505. umer Psychology CHENG et al 2011 indicaram que consumidores altamente envolvidos com uma marca tendem a confundir sua pr pria identidade com as marcas idolatradas 10 Segundo o dicion rio Merriam Webster Traduzido de A boy or man who is an extremely or overly enthusiastic fan of someone or something Ver lt http www merriam webster com dictionary fanboy gt 107 Traduzido de A passionate fan of various elements of geek culture e g sci fi comics Star Wars video games anime hobbits Magic the Gathering etc Ver lt http www urbandictionary com define php term fanboy gt 134 No relato dos entrevistados deste grupo n o rara a justaposi o entre as lembran as do primeiro contato com a tecnologia em geral e aquelas que remontam aos primeiros passos dentro do universo de produtos da Apple A experi ncia de entrar no mundo Apple express o usada pelos respondentes como refer ncia ao ecossistema de produtos mas tamb m cultura hist ria e modos de operar da organiza o relembrada com riqueza de detalhes como mem ria v vida e nost lgica Circunst ncias pessoais ou profissionais marcantes est o presentes neste in cio de relacionamento entre usu rio e marca O computador Macintosh est na origem destas lembran as e foi o primeiro equipamento da Apple para a maior parte dos f s da marca que participaram neste estudo como relataram o t cnico em udio R S 56 anos o
506. utro tipo de equipamento Eu nunca fui muito de mexer como um amigo meu que faz jailbreak e baixava coisas O meu objetivo sempre foi fotografia ouvir m sica e v deos de vez em quando Eu sempre achei que se eu fizesse alguma merda ia acontecer a eu vou perder a garantia e eu n o vou morrer se for ver v deos no computador C M 24 Tem muitas cr ticas de que a Apple fechada que n o d pra fazer isso ou aquilo Eu costumo dizer que eu sou um feliz prisioneiro da Apple porque um produto que funciona E eu uso Windows Android para testes a trabalho e eu sei como funcionam as coisas V C 41 5 2 4 Incidentes Cr ticos Incidentes cr ticos positivos no uso do iOS para o grupo dos Usu rios Padr o AP NDICE F p 280 foram sintetizados em somente uma categoria sincroniza o de dados no ecossistema iOS A experi ncia marcante foi a primeira vez que eu baixei fotos de viagem direto pro iPad em fevereiro do ano passado Eu sempre carregava comigo pras viagens esses notebooks menores que era um peso e a lembro que quando consegui baixar pro iPad editar e no mesmo momento clicar e enviar pras redes sociais Lembro que aquilo foi super legal eu n o tinha essa facilidade Eu levava o iPad na bolsa e mandava foto quando queria Quando te oferecem algo que torna a tua vida mais f cil tu fica satisfeito e acompanhar a resposta das pessoas no e mail ou rede
507. valores s o incorporados aos modos de fazer da empresa que por essa raz o capaz de mostrar o que o usu rio necessita antes dele saber Para este grupo a tecnologia n o meramente instrumental ela diz muito sobre o usu rio e seu estilo de vida Esta vis o subjetiva da tecnologia est de acordo com o que Kahney 2004 chama tecnofetichismo no sentido de uma forte vincula o emocional e identifica o dos Fanboys com a marca cultuada Scripts de uso determinados pela empresa decis es de ecossistema interoperabilidade e compatibilidade e depend ncia da iTunes App Store s o limita es identificadas pelos Fanboys Entretanto para estes usu rios scripts de uso contribuem para a percep o de 248 facilidade de uso e design intuitivo enquanto a plataforma fechada que caracteriza a falta de interoperabilidade com dispositivos e softwares de terceiros garante seguran a e estabilidade Incidentes cr ticos podem estar relacionados disponibilidade e exclusividade de aplicativos ou com quest es de interoperabilidade para os Fanboys Mas o que particular a este grupo a oportunidade que relata como incidente cr tico altamente positivo de influenciar e converter novos usu rios A resist ncia representa um tipo espec fico de resposta que ocorre na interse o dos indiv duos e sua interpreta o de uma situa o ROUX 2007 p 606 Segundo Roux 2007 alguns usu rios adotam uma atitude
508. ve Jobs a hist ria da marca Optou neste per odo por n o ter equipamentos da Apple porque gostava muito de jogo e na poca n o tinha muitas op es na Apple Quando passou a fazer est gios achou que era o momento para ter um Macintosh em casa Foi quando segundo D L enfrentou um dilema pois os amigos o influenciavam a n o adquirir um produto t o caro voc pode montar um PC muito mais barato e trabalhar igual Arrependido D L vendeu o PC e acabou comprando o primeiro Mac um iMac G3 em 2005 fiquei louco atr s de informa o sobre a marca Desde ent o D L tem dificuldade em se desfazer dos Macs mais antigos e passou a cultivar o h bito de manter os equipamentos obsoletos customizando os para fins 139 decorativos A Figura 14 apresenta as customiza es de D L nas quais modelos antigos de computadores Macintosh foram transformados em porta papel higi nico e aqu rio Eu gosto de guardar meus computadores antigos Guardo as caixas dos produtos minha mulher fica louca risos As caixas v o te dizendo o que coloca onde Voc fica com d de jogar fora de dar pra algu m ou mesmo de colocar pre o porque o G3 nem acessava a internet Eu n o quis me desfazer deles eu queria fazer alguma coisa pra ficar comigo e porque eu acho pe as maravilhosas um trabalho muito bem feito de design de arte O G3 tem todo um significado tamb m depois que eu descobri q
509. vers o crackeada em outros reposit rios mas os que eu considero mais cr ticos como os de seguran a n o foi um problema pra mim pagar 2 d lares na Cydia Devo ter uns dez aplicativos pagos na Cydia talvez D P 27 Eu continuo comprando na App Store Eu compro quando eu n o encontro na Cydia ou quando s o coisas conhecidas e vale a pena Quando o jogo rec m saiu e n o tem a opini o de ningu m ainda e um jogo que n o de um desenvolvedor s rio se eu vejo que o desenvolvedor tem pl gio eu n o perdoo vou piratear mesmo pra dar uma olhada e ver como que Eu vou usar o Cydia mas s vezes d pregui a de pesquisar reposit rios pra baixar aplicativos pirateados n o t o simples ENTREVISTADORA Tu j comprou na Cydia Store N o n o eu n o vou botar meu cart o de cr dito ali Nunca comprei nada ali Tudo que eu uso na Cydia de gra a Tem aplicativos que s tem na Cydia n o tem na App Store Por exemplo browser pra rodar jogo em HTML 5 s na Cydia que eu encontrei R O 29 O jailbreak uma pr tica justificada para aqueles indiv duos que acreditam que desempenham atividades e interesses que est o fora dos modos de apropria o pretendidos pelas empresas em seus scripts de uso Jailbreakers acreditam que h um sistema iOS que para usu rios m dios para os quais as funcionalidades e recursos oficiais autorizados pela Apple funcionar o muito bem Contudo
510. ware de terceiro que o do Google E P 28 Quando eu fui baixar m sicas pro meu celular eu n o sabia se eu ia conseguir fazer isso sem ter que instalar algo No iPhone n o dava Da eu achei muito pr tico L R 23 Quando eu usava o iPhone o Google Drive todo o meu HD do Google eu n o tinha como acessar pelo iOS e hoje em dia eu tenho praticamente tudo algumas coisas eu tenho no Dropbox e outras no Google uma backup da outra e no in cio quando eu troquei pra Android eu gostei bastante por ele ser Google M K 30 Outra coisa maravilhosa que eu nunca imaginei que ia funcionar e que eu quase surtei quando eu vi que funciona qualquer dispositivo acess rio que eu coloco Interoperabilidade dos no tablet Android funciona Eu pego meus teclados de computador de dez dispositivos Android anos atr s e ligo no meu tablet e ele funciona Eu pego os meus mouses horrorosos velhos com cabo ainda ligo no Android e ele funciona n o preciso nem religar simplesmente engatar o tro o e ele sai funcionando Isso 287 maravilhoso Essa coisa aberta essa participa o que voc tem No iPhone tudo dif cil pra essas coisas O meu tablet continua carregando na entradinha de USB do carro Isso s o umas pequenas coisinhas que fazem toda a diferen a no dia a dia da gente O meu iPhone eu ligava no aparelho de som do carro e eu n o conseguia controlar ele s funcionava no shuffle
511. ware e software seguem como elementos centrais para a reflex o sobre o futuro da rede e dos artefatos digitais No ambiente dos ecossistemas digitais mobile destacamos um novo locus de tensionamento entre interesses corporativos e dos usu rios Neste cen rio donos da plataforma de sistema operacional m vel tais como a Apple e o sistema operacional 10S presente em todos os dispositivos m veis integrantes do seu ecossistema de produtos vem se consolidando a partir dos anos de 2007 2008 como forte 18 influenciador na configura o de padr es tecnol gicos para a ind stria como um todo mas sobretudo como protagonista de um ecossistema digital verticalizado com forte controle sobre hardware sistema operacional m vel e estrat gias de distribui o e acesso a conte dos digitais m veis A partir disso alguns questionamentos foram delineados 1 De que forma o artefato tecnol gico software sistema operacional atua em conjunto com estrat gias corporativas de controle da experi ncia do usu rio 2 Em que medida os usu rios s o conscientes das limita es maior ou menor generatividade dos dispositivos iOS 3 Teriam os ideais hackers da contracultura encontrado um novo canal de express o na apropria o dos dispositivos digitais contempor neos e nas t ticas de resist ncia dos usu rios 4 Como os usu rios da plataforma iOS articulam as tens es entre generatividade e resist ncia na experi ncia de
512. wares pr instalados calend rio agenda calculadora jogos entre outros em telefones m veis Um dos exemplos bem sucedidos entre o p blico adolescente foi o aplicativo Snake da Nokia um jogo rudimentar para os atuais padr es lan ado em 1998 Neste per odo telefones m veis eram comercializados na forma de pacotes pr definidos com diferencia o da oferta quase que exclusivamente em fun o de aspectos t cnicos de formato do aparelho Cerca de uma d cada depois o evento que viria a influenciar significativamente a dire o dos ecossistemas de entretenimento foi o lan amento da App Store da Apple em julho de 2008 logo ap s abertura para a oferta de conte do desenvolvido por terceiros Na pr tica a App Store funciona como um servi o agregado Loja virtual da Apple iTunes que permite aos usu rios fazer download de um cat logo muito amplo e variado de aplicativos alguns dispon veis na modalidade paga outros gratuitamente Cerca de 6 meses ap s o lan amento do servi o foram baixados em torno de 500 milh es de aplicativos entre os produtos iPhone e iPod At o primeiro semestre de 2012 a App Store contava com mais de 650 mil aplicativos 250 mil para dispositivos iPads APPLE Reports 2012 dispon veis aos usu rios da plataforma iOS Nos aparelhos iPhone os aplicativos est o divididos em mais de 20 categorias jogos educa o cole es de apps cat logos entretenimento esportes estilo de vida finan
513. z eu podia ter todos os jogos que eu quisesse na hora que quisesse A S 17 Foi quando eu consegui o aplicativo de desenho o Sketch Book Pro A Apple deixa recursos bloqueados no aplicativo at tu sentir a necessidade deles e ter que pagar Com o jailbreak isso n o acontece A G 34 Semana retrasada eu fui num congresso em Ouro Preto Eu tinha que apresentar um artigo eu n o tinha feito minha apresenta o e eu arrumei minha mala e esqueci de botar o carregador do meu notebook da n o tive como fazer minha apresenta o porque meu notebook n o tinha bateria Da eu baixei o aplicativo Keynote no iPhone fiz toda a minha apresenta o no telefone e utilizando o iFile um aplicativo do jailbreak eu consegui passar essa apresenta o pro Dropbox Porque por padr o ele n o tava deixando eu salvar no Dropbox eu n o sei exatamente o porqu Eu conseguia mandar por e mail mas eu queria botar no Dropbox porque eu ia usar um computador da universidade e eu queria acessar o arquivo dali eu n o queria acessar do meu e mail porque eu tenho um monte de informa o ali e n o gosto de acessar de computador que eu n o conhe o sou chato com isso E eu consegui salvar a apresenta o num pendrive e Dropbox gra as ao jailbreak D P 27 Eu tinha que viajar de Novo Hamburgo pra Porto Alegre todos os dias e o iPhone era meu companheiro ali no trem Eu botava o material da faculdade dentr

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