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O desdesign da mamadeira – por uma avaliação

1. Figura 13 Crian a brasileira diante de lata de manteiga do programa Alian a para o Progresso quilo se devia de fato ao subdesenvolvimento da regi o que pouco teria a con tribuir para a riqueza nacional A estrutura de dissemina o do leite em p estava solidamente monta da maternidades m dicos an ncios em revistas cient ficas e leigas apoio esta tal A partir dos anos de 1970 a televis o e o r dio seriam ve culos de grande alcance para a promo o dos produtos De 1970 a 1977 a N esl obteve um aumento em sua produ o de leite integral de 42 para cerca de 50 toneladas e de seis para 26 toneladas de leites modificados A Revista Exame condecora a ind stria como a de melhor desempenho econ mico em 1979 ano em que 50 da produ o de leite in natura do estado de S o Paulo foram comprados pela N estl acarretando uma crise de abastecimento G oldberg 1989 O leite em p e a mamadeira haviam alcan ado lugar cativo na vida das pessoas assumido papel de destaque na economia e se tornado instrumento em estrat gias de cunho pol tico ideol gico Cabe neste momento por importante ao entendimento do contexto uma aproxima o em rela o as estruturas que viabilizaram esse cen rio 2 3 O papel dos bens de consumo na organiza o da sociedade capitalista O cen rio atual dos bens de consumo mat ria do design resulta da his t ria pol tica econ mica e social gerando consequ ncias em t
2. Figura 71 S mbolo daECO 92 Figura 72 Al Gore no docu ment rio U ma verdade Inconve niente de 2006 micas dedicadas por defini o a esse objetivo e competindo umas com as ou tras num mercado livre global H obsbawm 1995 p 548 O fato que o modelo econ mico neoliberal abriria flancos para as pol ticas de marca determinando uma correnteza na qual o design tornou se pe a fundamental D ominando o universo do consumo deliberando rumos econ micos po l ticos e sociais o cen rio neoliberal constituiu terreno f rtil e atraente para os designers N o af de tentar corresponder minimamente busca por perspectivas profissionais promissoras e estimulantes em meio a um quadro trabalhista mun dial tenso e repleto de incertezas muitos jovens optaram e ainda hoje optam pela profiss o t o intimamente vinculada cultura do consumo na qual nasceram imersos dinamizando assim o ciclo M as pode se dizer tamb m que grande parte dos profissionais sofre uma crise de identidade ao ver seu nome sendo citado para definir aspectos insustent veis e excludentes da produ o material A trajet ria da crise ambiental prosseguiria Em 1988 cientistas e go vernantes realizaram a primeira reuni o sobre mudan as clim ticas em T oron to Canad D esde ent o o aumento das temperaturas no planeta est sendo progressiva e inequivocamente constatado e a d cada de 1990 foi reconhecida como a mais quente de que se
3. Heskett 1997 p 212 H profiss es que s o mais daninhas do que o Desenho Industrial mas muito poucas E possivelmente s h uma profiss o menos sincera A publicidade de dicada a convencer as pessoas a comprarem coisas de que n o necessitam com dinheiro que n o t m para impressionar a pessoas a quem n o lhes importa qui a especialidade mais falsa que existe hoje em dia O Desenho Industrial ao confeccionar as pe as est pidas divulgadas pelos publicit rios merece um se gundo lugar Antes se uma pessoa desejava matar gente teria que chegar a ser general comprar uma mina de carv o ou estudar f sica nuclear Hojeo De senho Industrial permite a produ o em cadeia do assassinato Ao projetar au tom veis criminalmente inseguros que todos os anos matam ou mutilam cerca de 1 milh o de pessoas em todo o mundo ou ao selecionarem materiais e procedimentos de fabrica o que contaminam o ar que respiramos os designers se converteram a uma esp cie perigosa E aos jovens se ensina cuidadosamente a compet ncia requerida nestas atividades Papanek 1973 p 12 3 Bonsiepe foi professor de U Im com atividade posterior no Chile e no Brasil 93 Figura 63 Victor Papanek e capa da primeira edi o de seu livro Figura 64 Pictogramas de senvolvidos pelo grupo Isoty pe Buckminster Fuller arquiteto e designer norte americano autor do pref cio do livro influenciou Papanek Eles comparti
4. O ano de 1921 demarcou o in cio das atividades da N estl em territ rio nacional A seguir vieram as campanhas promocionais a difus o de informa es cient ficas e a monopoliza o do saber m dico A ind stria envolveu se em todas as esferas relacionadas com o desempenho profissional dos trabalhadores da sa de Essa estrat gia de marketing foi se intensificando a partir dos anos 20 Pe a publicit ria em A Cigarra Rio de aneiro Editora O Cruzeiro S A 1933 21 A empresa ligou seu nome a servi os assistenciais dos hospitais escola reuni es cient ficas patroc nio a cursos de atualiza o e congressos contribui o para o sustento econ mico das revistas cient ficas com permanente publica o de an ncios contato individual de seus representantes com a classe m dica para fornecimento de amostras gr tis folhetos de alta qualidade gr fica e variados brindes Goldenberg 1989 p 122 23 um petiz sadio j um pae feliz NESTLE Figura 8 An ncio N estl Figura 9 An ncio N estl Figura 10 Cartaz Nestl O tesouro das m es Figura 11 interessante notar que o crescimento das atividades assistenciais da N estl se fizeram representar graficamente por frascos de mamadeiras Al m disso no anivers rio do IV Cen ten rio da cidade de S o Paulo se exaltou o aumento da distribui o de latas de leite em p que teria passado de 198 654 unidades para 133 141 no per odo
5. a inglesa na minha cole o de Baby killers A Rodrigo Villas Boas muito obrigada por comprar o Beb Gluton e en treg lo a M arina Ex aluno amado ele foi meu correspondente em Barcelo na durante toda a pesquisa A Marina minha sobrinha eu devo o translado do Beb Gluton da Espanha para o Brasil No e mail ela me perguntava Tia n o vou ter que amamentar 213 a boneca durante o voo n Ao que respondi Se ela estiver dormindo Ma rina nem vai precisar Agrade o aos funcion rios da p s gradua o Rom rio Cesar Silva e Felipe Borges pela presteza nas provid ncias necess rias marca o e realiza o da defesa ea Cid Antunes e Giuliano da Fonseca que confeccionaram o fundo infinito para a exibi o das mamadeiras com o esmero que caracteriza os frutos de nossa profiss o A M arise M aio eu dedico postumamente a tese Este trabalho fruto do verbo que todos temos que conjugar por muitas vezes na vida coragem M ais do que a coragem de realizar a pesquisa com a coragem de enfrentar a vida sem sua doce e eloquente presen a que honrarei nossa amizade O brigada por segurar em minha m o quando os avi es decolam e quando pousam de um tempo pra c eu tenho sentido medo nessas horas 214 Anexo Mamadeira o impacto de um produto insuspeito Cristine Nogueira PUC Rio Rio de Janeiro Brasil cristinenogueiral3 O gmail com Vera Damazio PUC Rio
6. Breastfeeding in the 1990s A Global Initiative o do cumento de alcance internacional determinou entre outras medidas que todos os pa ses deveriam desenvolver pol ticas nacionais de aleitamento materno Mas revelia de tantos esfor os a cultura da alimenta o artificial e do uso da mamadeira persiste Em v rios pa ses a amamenta o em p blico 220 frequentemente coibida Para muitas mulheres a amamenta o traz a perda de liberdade enquanto a mamadeira sua independ ncia Tantas outras t m medo dos seios ca rem e diminu rem com a amamenta o Meio a cren as e falta de informa o as ind strias de substitutos do leite materno pros seguem modernizando e vendendo seus produtos apesar das not cias alar mantes peri dicas como a de contamina o de leite em p por melamina na China em 2008 Impactos provocados pelo uso da mamadeira Formais comum nas mamadeiras a presen a de roscas para conex o das pe as Outro elemento formal verificado em modelos que se prop em a eli minar bolhas de ar e c licas um tubo acoplado tampa que percorre todo o corpo da mamadeira Estes entre outros aspectos formais exigem rigoro sos processos de limpeza que quando n o cumpridos favorecem o surgi mento de col nias de bact rias Qu micos O composto org nico BPA bisphenol A presente na produ o de mamadeiras quando lavado com detergentes ou colocado em contato com J qui dos a
7. como infec es desvio de septo nasal e respira o bucal A mamadeira pode prejudicar tamb m a erup o dos dentes a oxigena o do c rebro e a forma o da arcada dent ria Cordeiro 2002 p 68 69 Da esquerda para direita perfil e frente de pacientes respiradores bucais e efeito dos a cares pre sentes nas f rmulas de leite artifi cial sobre a arcada de um beb c ries precoces Ret ricos E importante ressaltar que produto algum se compara ao aleita mento materno em termos fisiol gicos ao contr rio do que faz crer o dis curso em prol da alimenta o artificial Ecol gicos O aleitamento materno envolve um dos poucos produtos produ zidos e liberados para consumo sem nenhuma polui o embalagem desne cess ria ou desperd cio Radford 1992 p 204 ainda um valioso recurso re nov vel A id ia de substituir leite materno por artificial pode ser comparada a de sugerir que substituam os rins por aparelhos de di lise Ambos aparelhos de di lise e leites artificiais podem salvar vidas mas us los no lugar dos rg os originais do corpo humano desperd cio de recursos Radford 1992 p 204 O aleitamento materno dispensa transporte armazenagem e material de propa ganda Visto o fato de que a maioria das mulheres n o menstrua enquanto a mamenta dispensa ainda o consumo de um grande volume de absorventes higi nicos que al m de envolverem materiais em sua constitui o s
8. es co merciais atuais Percebeu se ent o que a sele o de alguns modelos forneceria elementos importantes para a sequ ncia da pesquisa Acerca dos crit rios foram escolhidos modelos que ao mesmo tempo apresentassem apelo formal de design e discurso promocional direcionado aos atributos de seguran a e modernidade do produto Assim o grupo ilustraria o paradoxo cient fico industrial a viola o s normas do C digo Internacional de Comercializa o de Substitutos do Leite simult nea atratividade da configura o formal e tecnol gica dos produ tos A pr xima etapa constou da aquisi o dos modelos em parte encontra dos no com rcio local Fichas com uma sintese dos textos e imagens de todos os produtos selecionados foram preparadas e impressas o que permitiu uma co munica o mais precisa com os interlocutores a partir de ent o A an lise do assunto rendeu artigos para confer ncias de Rela es Inter nacionais e de D esign A presen a f sica das mamadeiras durante os pain is e a 14 ISA ABRI Joint International M eeting D iversity and Inequality in World Politics de 22 a 24 de julho de 2009 na PUC Rio eM X Design Conference 2009 Impacto Social del Disefo de 26 a 30 de outubro na Cidade do M xi co 14 contraposi o do discurso promocional de seus produtores cr tica respaldada no conhecimento cient fico alcan ado geraram grande impacto nas assist ncias confirmando a import ncia da pro
9. junto com o ex vice presidente americano Al Gore por seu trabalho de conscientiza o da comunidade e dos l deres internacionais pa ra o problema e as consequ ncias da mudan a clim tica Em 2008 representantes de 190 pa ses se reuniram em Bangcoc na Tail ndia para estabelecer as diretrizes que nortear o o acordo internacional a ser firmado em 2013 em substitui o ao Protocolo sobre o qual pairam muitas cr ticas de inefici ncia e pouca abrang ncia uma vez que o acordo restringe suas regras aos pa ses tradicionalmente chamados desenvolvidos China e ndia gigantes emergentes por exemplo n o estariam inclu dos Encontros em Aquila em julho de 2009 e em Copenhage em dezembro do mesmo ano n o conseguiram chegar a bom termo adiando ainda mais um acordo interna cional efetivo e abrangente como ser citado no cap tulo 6 O economista Amartya Sen enumera a sequ ncia de acontecimentos em 2008 que motivaram a crise global que desde ent o se conflagra O ano de 2008 foi de crises No in cio tivemos a crise dos alimentos particularmente amea adora para os consumidores pobres em especial a frica Junto com ela veio o aumento recorde do pre o do petr leo pressionando todos os pa ses importadores Por ltimo houve a desacelera o econ mica global que est se intensificando numa velocidade assustadora Segundo o autor 2009 parece estar fadado a um forte agravamento da retra o econ mica
10. o atribu da por rg os certificadores independentes sendo desti nada a detentores de plano de manejo que respeitam uma s rie de crit rios s cio ambientais mais exigentes tais como os relacionados com o respeito dos direitos de posse da terra com os direitos das comunidades e povos ind genas bem co mo no atendimento s condi es trabalhistas e de seguran a no trabalho exigen 22 Cajazeira Raz o Social O Globo 16 de junho de 2009 p 17 93 Certifica o de Produtos ou Servi os reas de atua o ABNT Dispon vel em www abnt org br m3 asp cod pagina 1012 Acesso em junho de 2009 109 2 OIO Figura 76 27 ind strias certifi cadas pelo selo expuseram seus produtos na M vel Brasil 2009 em S o Bento do Sul Para conquist lo as empresas utiliza ram madeira renov vel cola e revestimentos n o t xicos cum prindo exig ncias das legisla es ambiental e trabalhista como a de n o ter contato algum com fornecedores que utilizam m o de obra infantil ou escrava tes A madeira certificada contribui para manter a floresta em p em benef cio das comunidades ribeirinhas e dos trabalhadores O custo um pouco mais alto devido s exig ncias adicionais e ao custeio da certifica o M esmo assim h riscos de falsifica o ou equ vocos quanto a selos de certifica o Em mar o de 2008 o Instituto Nacional de M etrologia N ormali za o e Q ualidade Industriais Inmetro iniciou uma
11. o infantil Um deles a desnutri o maternal determinante da m nutri o fetal M ulheres de baixa estatura com baixo ganho de peso gestacional e baixo ndice de M assa Corporal IM C antes da gesta o tendem a gerar fetos desnutridos Anemia infec es gastrointestinais e respirat rias mal ria e h bitos como tabagismo alcoolismo uso de drogas e doen as sexualmente transmiss veis tamb m afetam a crian a e s o fatores comumente detectados em gestantes de pa ses em desen volvimento ou nas reas pobres de centros urbanos Portanto dedicar esfor os de cuidado e nutri o a essas m es um caminho eficaz para garantir a maho ria da sa de de seus filhos Soa um tanto estranho mas o processo de urbaniza o das cidades de sencadeia risco de contamina o do leite humano como foi detectado em S o Paulo em 2009 Estudo desenvolvido na Unicamp revelou que 58 das a mostras de leite materno coletadas na cidade estavam contaminadas por poli cloretos de bifenilas o PCB usado como fluido de transformadores el tricos isolantes t rmicos leos lubrificantes e tintas Banido h muito tempo em v rios pa ses sua comercializa o est proibida no Brasil desde 1981 embora a toler ncia para que alguns equipamentos que o empregam sejam desativados ou substitu dos v at 2020 Presente em equipamentos antigos e no ambiente sua a o pode durar por at 40 anos e costuma afetar o leite de m es que residem p
12. www uff br bisfenolY 20policarbonato 20mamadeira html 231 www secondnature com br www gerber com br www chicco pt www gdesign co nz designhist 60pop html setembro 2009 WWw massivechange com www handi craft com about us dr brown story htm www lindam com lindam bottle html www portalms com br aleitamento materno 959556646 htm l www atribuna com br Www pnud org br www tommeetippee co uk www wiki aleitamento com www objetivosdomilenio org br Site oficial dos O bjetivos do M il nio outubro 2009 WWww mem ria cnpqg br e www cosmo com br www core 7 com bullitts 206 08 H erbst LaZ ar Bell First Y ears asp www tuvie com iiamo salf heating baby bottle by Karim rashid www promillus com br www aleitamento com a artigos asp id x amp id id http pequelia es WWW poracaso com www cinematerna org br novembro 2009 www aleitamento com www folha uol com br folha dinheiro ult91U320141 shtm l www agenciabrasil gov br http bvsms saude gov br dezembro 2009 http www proteste org br quem somos s446971 htm 232
13. lindo Elas n o conseguem ao menos de imediato estabelecer com aquela crian a um v nculo que possa desencadear sua produ o de leite H tamb m os beb s com l bio leporino que n o disp em de condi es para sugar o leite materno Existem as maes subnutridas que mal se sustentam em p Existem as que foram abusadas por parentes ou por estranhos e n o tiveram como evitar as crian as com as quais a mentalidade geral sup e que devam es tabelecer v nculo de afeto Algumas mulheres retiram seios e gl ndulas mam rias para prevenir o c ncer heredit rio Volta e meia todos os beb s choram ou podem chorar a toda hora Podem n o deixar seus pais dormirem direito du rante meses Parentes pr ximos e amigos se preocupam com aquele choro insis tente ou com a magreza da crian a ou com o cansa o exagerado de seus pais imaginando que algum problema esteja ocorrendo como talvez a fraqueza ou insufici ncia de leite na amamenta o Muitas m es tamb m precisam se ausentar por um per odo curto ou longo como acontece com o retorno ao trabalho depois de alguns meses de licen a maternidade O que fazer ent o O que fazer durante uma viagem um compromisso social um congestionamento de tr nsito que adia a chegada da m e por muitas horas Para estas e outras incont veis situa es existem os leites artificiais e o meio de administr los s crian as a mamadeira A pr tica de alimentar beb s artificialmente
14. luz dos pa radigmas da medicina higienista sobre a superioridade do aleitamento mater no e os riscos a que s o submetidas as crian as privadas do seio da m e U tili dade inconvenientes desprezo e dever n cleos de sentido que revelam quase emblematicamente o cerne da filosofia em que se pautava a catequese higienis ta A transfer ncia de responsabilidades aliada culpabilidade materna consti tufam os dois principais instrumentos da medicina social rec m fundada no Brasil Almeida 1999 p 34 35 Bretas apud Almeida 1999 p 35 Iouvava aos povos de costumes pu ros ind genas sublinhava a amamenta o como obriga o natural da mulher e dever sagrado de m e valorizava as a es de promo o da sa de propagadas pelo movimento higienista europeu invocava o valor m gico do leite capaz de transmitir a pureza dos costumes e a for a da constitui o o perigo moral da cria o de crian as por amas e a condena o da ama negra A figura do leite fraco sem fragilizar a filosofia m dica pregada veio a justificar biologicamente o fen meno de m es que alegavam motivos para n o amamentar seus filhos M as como aponta Almeida a simples promo o do aleitamento n o era suficiente Seria necess rio apoiar as mulheres na conse cu o desse objetivo Os higienistas atuavam francamente como promotores do aleitamento mater no construindo socialmente o fator biol gico em favor do progresso da
15. o O cont nuo avan o da tecnologia nutre a ind stria e esta por sua vez movimenta a economia capitalista O bsolesc ncias est ticas Syling e funcio nais garantem aos produtos periodicidade de substitui o desde o momento em que a ind stria norte americana identificou nessa estrat gia mercadol gica um modo eficaz de aquecer a economia de manter empregos de aumentar lucros A continuidade de tais pr ticas ao longo do tempo e o marketing enaltecendo as vantagens das trocas sucessivas enraizaram na mente do consumidor a id ia de in meros produtos como Smbolos de modernidade M uitos deles realmente facilitam a resolu o das quest es mais b sicas e cotidianas com efici ncia ino vadora como o caso dos absorventes higi nicos e das fraldas infantis descart veis produtos geradores de aumento substancial na qualidade de vida de seus 1 O syling como conceito consiste em agregar valor est tico ao produto e ajudar assim a estimular o consumidor a comprar novos artigos para substituir outros similares ainda serv veis mas j fora de moda tendo sido propagado nos EUA como recurso de enfrentamento Grande D epress o 1929 1935 A obsolesc ncia programada resulta do desen volvimento do conceito anterior e trata de fabricar produtos projetados para durar um tempo limitado estimulando o consumo de reposi o pr tica iniciada nos EUA nos anos 50 e 60 DENIS 2000 p 136 e 151 1 consumidores por
16. p 56 O Good Desgn norte americano tivera na Su a dos anos de 1940 sua contrapartida europ ia a Gute Form da qual M ax Bill fora o principal expoen te M as na argumenta o de Bill podiam se perceber qualifica es que dife renciavam as duas tend ncias quando falamos de formas naturais pensamos naquelas particularmente bem sucedidas Q uando falamos de formas t cnicas n o nos referimos a quaisquer formas mas quelas que consideramos especial mente v lidas 82 Tomas M aldonado considerou que apesar de o formalismo persistir na Gute Form ela representou a nica atitude de dissenso frente ao Styling logo depois da Segunda Guerra Mundial p 61 D ebates internos acabaram por acarretar a sa da de Bill Como descreve Alexandre W ollner Aicher M aldonado G ugelot e Zeischegg os professores da nova gera o pro punham estabelecer um comportamento educacional mais de acordo com a re alidade industrial do p s guerra Previam um design tamb m apoiado na ci n cia e na tecnologia N este sentido tomaram a iniciativa de reformular todo o conceito da hfg buscando situar o designer como um elemento associado ao processo de decis es na produ o industrial e n o na condi o de autoridade suprema A proposta foi ent o agregar arte fun o o princ pio de integra o com a ci ncia e a tecnologia W ollner 2003 p 85 Segundo Wollner o elemento est tico por si s n o era ponto de par
17. rido em amamenta o o ste Aletamento com deu in cio em mar o de 2009 Encidop dia Colaborativa Luso F nica de Amamenta o um instrumento interativo que utiliza a ferramenta W iki para incluir conceitos e verbetes sobre a questao Outro dado relevante a ado o do m todo mae canguru por v rios hospitais brasileiros em decorr ncia do incentivo de institutos de sa de Ideali 140 Segundo M auro Teixeira Figueiredo da Assessoria Internacional do M inist rio da Sa de Semin rio Internacional de Bancos de Leite H umano FIOCRUZ O PAS novembro de 2009 141 Ao mencionar o Instituto Fernandes Figueira em conversas com pessoas as mais diversas como motoristas de t xi companheiros de trabalho vizinhos e amigos esta pesquisadora se surpreendeu com a grande quantidade de depoimen tos sobre a qualidade de atendimento por muitos deles recebido no Banco de Leite H umano sempre que buscaram por informa o sobre problemas com a amamenta o 142 Dispon vel em www wiki aleitamento com Acesso em setembro de 2009 138 zado em 1979 na Col mbia o m todo que objetiva diminuir a mortalidade de beb s prematuros consiste na coloca o do rec m nascido contra o peito da m e promovendo maior v nculo afetivo e estabilidade t rmica entre ambos A posi o substitui as incubadoras permite a menor taxa de infec o hospitalar e consequentemente melhor qualidade da assist ncia com menor custo para o sistema de sa
18. tida para os projetos O valor est tico resultaria de um conceito que partisse da necessidade harmonizando significado uso produ o e custo p 95 Contrariando a tend ncia industrial norte americana do Good D eson aliada a crit rios de obsolesc ncia programada U Im desmistificou essa atitude de criar somente apar ncia sem uma real mu dan a no conceito fato significativo para a evolu o industrial Um dos exem plos mais claros foi a postura da empresa alem Braun produtora de aparelhos de som e posteriormente de eletrodom sticos Como era uma ind stria tecni camente capacitada na fabrica o de r dios mas pouco conhecida no mercado alem o do p s guerra sem possibilidade de enfrentar grandes empresas como Telefunken entrou em contato com a hfg onde foi planejada uma linha de aparelhos de som inteiramente estruturada com tecnologia de ponta e integra da ao comportamento funcional do design dos equipamentos Foram tamb m reestruturados o logotipo as cores a tipografia os meios de comunica o e a a presenta o dos produtos nos pontos de venda W ollner 2003 p 121 O projeto desenvolvido pela HfG para a Braun tornou se um cone do Estilo Internacional no design de produtos Surgido na Su a como uma vertente do Funcionalismo o Estilo Internacional preconizava que a forma segue a fun o e que assim todo e qualquer ornamento era in til Objetivando a compre ens o internacional edifica
19. ve Change Peter Opsvik e a Universidade Rafael Land var na Guatemala O bjetiva desenvolver solu es que promovam o desenvolvimento e o aumento da qualidade da ajuda humanit ria Com finalidade semelhante Desgn for the World uma organiza o humanit ria internacional na qual designers projetam objetos para atender s necessidades de popula es pobres ou em situa o emergencial Fundada em 1998 pela conjuga o de esfor os de associa es internacionais de design ICOGRADA IFI e ICSID e Design Center de Barcelona localiza reas onde o trabalho de design possa ser til e encaminha profissionais volunt rios para l atuar M assve Chanoe de Bruce M au e do Insitute Whithout Boundaries um mapeamento das interliga es entre o design e os sistemas que ele integra Trata se de um projeto que envolve uma exposi o itinerante um livro even tos formais e informais um programa de r dio um f rum online e um blog N o sobre o mundo do design mas sobre o design no mundo como in forma o material de divulga o celebrando as capacidades da profiss o e sinali zando suas limita es e riscos partindo da premissa de que se o design uma for a profissional emergente na altera o dos quadros atuais de consumo necess rio articular urgente e precisamente o que estamos fazendo Enfim este cap tulo pretendeu tra ar um paralelo entre a radical trans forma o ocorrida na ideia que se ti
20. 40 km h uma crian a de 5 5 quilos arremessada para frente como se pesasse 110 quilos 105 C adeirinha reduz o risco de morte de crian as em acidentes de autom vel Caderno Carroetc O Globo Rio de Janeiro 31 de maio de 2006 p 3 106 Dispon vel em www mem ria cnpg br e www cosmo com br Acesso em outubro de 2009 107 Em outubro de 2007 o n mero de v timas fatais de acidentes de tr nsito foi comparado com o de mortes em entraves b licos O M inist rio da Sa de computou em 2005 um total de 35 753 mortos pelo tr nsito no Brasil o 114 Em mar o de 2009 foi sancionada no Brasil a lei que torna o airbag o brigat rio em todos os carros As montadoras disp em de cinco anos para se adaptar exig ncia mas esse prazo s come ar a contar depois que o Contran especificar tecnicamente a le A proposta de autoria do senador Eduardo Azeredo PSD B M G foi aprova da pelo plen rio da C mara em fevereiro A press o automobil stica contra o projeto foi grande Azeredo informou que as empresas queriam um prazo at maior para o in cio da vig ncia da obriga o Atualmente o C digo Brasileiro de T r nsito estabelece como equipamentos obrigat rios para os ve culos o en costo de cabe a cinto de seguran a e o dispositivo destinado ao controle de emiss o de gases poluentes e de ru dos Segundo a mat ria h 10 anos o airbag frontal se tornou obrigat rio nos Estados Unidos Aqui at que seja disciplinad
21. 70 Conforme M O RAES Dispon vel no site do LEU wwwusers rdc puc rio br leui 89 Figura 59 Marshmallow sofa George N eson 1956 Figura 60 Tam tam stool H enry M assonet 1968 Figura 61 O manifesto nas p ginas do jornal T he G uardi an 1963 Nos EUA em 1955 Henry D reyfuss publicava as consultorias realiza das sobre equipamentos e ve culos militares norte americanos no livro D eig ning for people no qual os personagens J oe e Josephine serviam de modelos em estudos antropom tricos a fim de provar que as m quinas adaptadas aos fatores humanos poderiam ser mais eficientes Com o livro The measure of man de 1961 Dreyfuss popularizou a ideia de adequar os produtos escala humana contribuindo para estabelecer a ergonomia como ferramenta essencial dos designers Heskett 1997 p 111 Surgido em Londres durante os anos de 1950 o Pop Design se referen ciava pela Pop Art sendo um movimento de rea o est tica e ao conceito do M odernismo uma ruptura com o Good Design D iscordava da necessidade de universalidade das formas defendendo o direito ao individual indisciplina e efemeridade no que prenunciava o p s modernismo Segundo D enis sua vis o era anti geom trica anti funcionalista e antirracionalista buscando inje tar o humor o acaso e o mau gosto assumido no seio da est tica moderna Denis 2000 p 181 O Pop Design refletiu a l gica industrial dos a
22. Em pleno ver oz o de 2010 com a ajuda de Pedro Palmier cla ajustou o projeto gr fico capenga que eu havia realizado para este volume concedendo a ee seu singular toque de M idas Vera me encanta Quando trabalhei com ela anos atr s era s cia de Washington Lessa que havia sido o orientador de meu trabalho final na ESD Realizo um sonho por 212 t lo em minha banca pois nesse tempo todo a admira o e o companhei rismo entre n s s cresceram apesar de pouco nos encontrarmos Rita Couto foi minha orientadora no mestrado numa alian a t o inesquec vel quanto as imagens telejornal sticas que eram o objeto da disserta o Assim te rei todos os meus guias anteriores e atuais reunidos W ashington Rita Luiz Ant nio e M yrian Rita me convenceu a n o desistir de fazer a reuni o com os professores O brigada pela confian a e por todo o carinho Agrade o a Suzana Silva minha irma por ter cuidado de nossos pais com tanto esmero quando eu tive que me afastar da participa o nessa tarefa cruci al O que me alivia o fato de eu ter largado sempre tudo o que estava fazendo para ouvi la tentando ajudar como era poss vel na resolu o dos problemas que surgiram nestes ltimos tempos Al m disso ela foi revisora do trabalho Mais do que revisar deu ao texto um upgrade impressionante Ana valeu mesmo A Leda Nogueira e Carlos N unes meus pais todo o meu amor Ele me deu o interesse por tudo ao m
23. Ou seja o designer do s culo XXI tende a oscilar entre uma atua o promissora de colabora o com as de mandas j consagradas da ind stria colocando num plano secund rio o impul so e o desejo de modificar estruturas estabelecidas e o engajamento em verten tes transformadoras do cen rio que podem n o lhe trazer os resultados finan ceiros esperados O momento portanto a exemplo do que ocorre em diversas reas do conhecimento de reflex o e procura de um ponto equidistante entre os extremos um ponto que n o contrarie os princ pios e compromissos da ati vidade do design nem aparte o profissional da economia industrial Por tais motivos dedicarmos aten o a produtos cujo consumo indis criminado tem provocado problemas de grande amplitude uma decis o que pode contribuir para uma qualifica o mais sensata de nossos h bitos de con sumo e para a quantifica o do distanciamento tomado pela ind stria em rela o a um eixo racional na gera o de produtos N a pr tica preciso desenvol ver e dirigir um novo olhar s coisas industriais Um olhar de estranhamento em rela o aos inumer veis objetos que substituem os atos humanos A mama deira por exemplo tomou o lugar do seio materno nas mais diferentes cultu ras embora o aleitamento concentre o que de mais sofisticado eficaz e susten t vel podemos oferecer aos nossos filhos para o seu bom desenvolvimento Identificar e tentar desvendar equ vocos da
24. Pois esses estudos nascem e prosperam na disc rdia Berlin 2002 p 226 Ele observa que quando h consenso sobre os fins as nicas quest es que restam se referem aos meios e essas n o s o pol ticas mas t cnicas aptas a serem solucionadas por especialistas ou m quinas Tal o problema daqueles que cr em na perfeita harmonia social aponta Berlin pois essa perspectiva ut pica parte do princ pio de que problemas pol ticos e morais podem ser trans formados em meras quest es tecnol gicas A insist ncia em tal materialismo tende a fazer com que as for as sociais permane am cegas e sem dire o quan 37 O IDH foi desenvolvido em 1998 pelo economista paquistan s M ahbub ul H ag com a colabora o do economista indiano Amartya Sen 46 do deveriam estar isto sim fundamentadas em ideias D a a necessidade de os movimentos e conflitos sociais serem compreendidos por interm dio das ideias neles envolvidas o que lhes concede o estatuto fatos da hist ria humana Para o autor a quest o que domina no mundo consiste da guerra entre dois sistemas de ideias que respondem diferente e conflitantemente ao proble ma central da pol tica obedi ncia e coer o Por que se deve obedecer a al gu m Por que n o posso viver de acordo com a minha vontade D eve se obe decer Em caso de desobedi ncia pode se ser coagido Coagido por quem em que medida em nome de qu e por qu O s sistemas de ideias veem tais q
25. Rio deJaneiro Nova Fronteira 1985 BARBERO J M Dos meios s media es comunica o cultura e hegemonia Rio deJaneiro Editora U FRJ 1987 BERLIN Dois conceitos de liberdade In Estudos sobre a humani dade S o Paulo Companhia das Letras 2002 BOSI M L M MACHADO M T Amamenta o um resgate his t rico In Cadernos ESP Escola de Sa de P blica do Cear VI N 1 Julho dezembro de 2005 CADERNOS DE ATEN O B SICA Sa de da crian a nutri o infantil Bras lia D F Editora M inist rio da Sa de 2009 CANCLINI N G Consumidores e cidad os conflitos multiculturais da globaliza o Rio de Janeiro Editora U FRJ 2001 CLIFFORD J Routes travel and translation in the late twentieth century London H arvard U niversity Press 1997 CORDEIRO M T Manejo da amamenta o Posi o e pega ade quadas um bom in cio para o sucesso In REGO J D Org Aleita mento materno um guia para pais e familiares S o Paulo Editora A theneu 2002 221 CRANMER J ZAPATERRA Y Conscientious objectives desig ning for na ethical message M ies Switzerland Roto Vision AS 2003 DENIS R C Uma introdu o hist ria do design S o Paulo Edi tora Edgard Bl cher 2000 DOUGLAS M ISHERWOOD B O mundo dos bens por uma an tropologia do consumo Rio deJaneiro Editora U FRJ 2006 DROSTE M Bauhaus 1919 1933 M adrid T aschen 2006 DUPAS G O mito do progresso S o
26. balagens de bebidas massivas que atentam contra a sa de atrativos designs que representam empresas que desinformam a sociedade ve culos que contami nam Dever amos todos abandonar a profiss o N o sejamos mais papis tas que o papa Eu sou apenas um designer gr fico Juan Lopez de La Paz diz que o design vem sendo uma ferramenta de comunica o utilizada para um s objetivo o de criar necessidades inexistentes para gerar demanda e contribuir para a enferma sociedade de consumo somos c mplices desta enfermidade e precisamos assumir esse cargo E n o deix lo ao arb trio de decis es pessoais para encobrir que nos vendemos ao melhor compra dor Jesus Gaytan cita frase de Norberto Chaves o designer n o tem princ pios tem os princ pios de seu cliente e que somos parte de um processo n o devemos dar maior import ncia nossa profiss o do que ela realmente tem Jose Andrade de Azogues defende que a tica inerente pessoa e n o tanto ao designer Sua bagagem de vida o faz poder decidir o qu o tico ou n o um projeto por mais tentador e rent vel que ele se mostre Entretanto ao final complementa Ain da que em muitos casos um grande projeto com alto poder econ mico n o nos fa a pensar duas vezes Anal a Antenucci de Buenos Aires indaga Interessa nos uma sociedade mercantilista que coisifica as pessoas e fetichiza os objetos Este o paradigma atual e n o podemos esca
27. da OMS elaborar uma legisla o criativa de prote o ao direito ao aleitamento da mulher trabalhadora e estabelecer meios para a sua implementa o e assegurar que as maternidades colocassem em pr tica os D ez Passos para o Sucesso do Ald tamento M aterno estabelecidos pela OM S U N ICEF Iniciativa H ospital Amigo da Crian a quais sejam 1 ter uma norma escrita sobre aleitamento materno que deve ser rotineira mente transmitida a toda equipe de sa de 2 treinar toda a equipe nas a es de promo o da amamenta o 3 orientar todas as gestantes sobre as vantagens da amamenta o 4 ajudar as m es a iniciar a amamenta o na primeira hora de vida ap s o nas cimento do beb 5 mostrar s m es como amamentar e como manter a lacta o mesmo se vie rem a ser separadas de seus filhos 6 n o dar ao rec m nascido nenhum outro alimento ou bebida al m do leite materno a n o ser que tal procedimento tenha uma indica o m dica 7 praticar o alojamento conjunto Permitir que m e e beb permane am jun tos 24 horas por dia 8 encorajar o aleitamento na hora que o beb quiser livre demanda 9 n o dar bicos artificiais ou chupetas a crian as amamentadas ao sao 10 encaminhar as m es por ocasi o da alta hospitalar para grupos de apoio ao aleitamento materno na comunidade ou em servi os de sa de A dimens o do desafio exigiu a cria o de uma alian a que interligasse as organiza es
28. das irmas de caridade etc t tudo bem dar mamadeira legal Ainda est aben oada ou seja uma coisa vista com bons olhos A gente sa a da maternidade com brindes da N estl e uma lata de N anon Q uando vejo as informa es da apresenta o s o coisas muito diretamente li gadas minha pr pria vida porque eu optei por ser um pouco bicho grilo porque eu queria ter parto normal e amamentar Eu tive dois filhos A primeira eu amamentei sem problemas ela tinha uma facilidade de pegar o bico Porque um talento N o s a m e mas o beb tem que ter um talento pra sugar O meu segundo filho n o tinha esse talento Era uma guerra tinha alergia ao leite de vaca industrializado N anon O da teta da vaca parou a alergia dele O m dico achou que eu era maluca a quela hist ria de n o seguir as instru es Eu n o segui porque o menino n o dormia de noite n o comia N o era um problema de mamadeira era com o alimento 181 N o lembro exatamente o que ocorreu mas houve um problema com mi nha esposa que a minha filha n o conseguia ser amamentada corretamente Senti que quando ela a crian a descobriu a mamadeira correu pra ma madeira vamos na mamadeirinha que mais f cil E sses trechos ilustram o quanto a mamadeira um produto comum cor riqueiro parte da vida de todos mesmo quando se opta por n o utiliz lo E os motivos que conduzem a tal postura n o t m rela o co
29. em Sichuan China empresas entregaram caminh es cheios de f rmulas e mamadeiras duas horas ap s o terremoto Entre os passos teis para reduzir os riscos da alimenta o artificial reco mendados consta encorajar de forma ativa o uso de x cara para alimentar os be b s e desestimular o uso de mamadeiras e bicos 4 1 Sobre a for a das ind strias de leite artificial no Brasil eno mundo importante trazer para o corpo da pesquisa alguns dados que demonstram as intrincadas redes de neg cios estabelecidas pelas ind strias seu poder de influ ncia pol tico econ mica e for a de penetra o no mercado consumidor Em 2009 um conv nio entre a N estl e a Sociedade Brasileira de Pedia tria concebeu a campanha Quem vai ao pediatra volta tranquilo N os an ncios depoimentos de uma m e de um pai e de uma av ilustram a iniciativa lan ada durante o Congresso Brasileiro de Pediatria realizado em Bras lia em outubro de 2009 A Nestl l der mundial em Nutri o Infantil e reconhecida por inovar cons tantemente neste segmento lan ar campanha de valoriza o do pediatra O intuito desta a o refor ar o fato de que os benef cios de uma crian a bem assistida desde o nascimento sobretudo nos primeiros 12 meses se pro longam por toda a vida A campanha impactar os pais por meio de an ncios em revistas e internet levando informa o com um toque emocio nal
30. ent fico conjugado escalada do dom nio da natureza o que proporcionou s pessoas condi es de exist ncia sempre mais confort veis nos anos de 1960 e 1970 com aumento de produtividade no trabalho Foi s depois que o modo de produ o capitalista dotou o sistema econ mico de um mecanismo que assegurasse produtividade do trabalho um crescimen to cont nuo com exce o das crises que a introdu o continua de inova es novas tecnologias e estrat gias foi institucionalizada p 86 Inquietante embora coerente a coloca o de D upas acerca da tica De acordo com o autor as vis es tradicionais de mundo e dos valores a elas relacionados foram perdendo seu poder nesse processo sendo ent o trans formadas em ticas cren as subjetivas que asseguram o car ter obrigatoria mente privado das orienta es modernas em rela o a valores p 87 Uma fragmenta o do que antes se pretendia ntegro e indivis vel gerou portanto condutas espec ficas para cada grupo condutas essas n o necessariamente liga das a valores gerais ou tradicionais grave quest o contempor nea Finalizando as considera es sobre a no o de progresso Habermas conferiu l gica do progresso cient fico e tecnol gico a din mica de evolu o do sistema social alertando que a pol tica nessa conjuntura reduz se a atender as necessidades de funcionamento do sistema produtivo p 88 A partir do final dos anos d
31. es comerciais promoveu a busca de maior diversifica o dos produtos dispon veis O trabalho independente dos artes os foi reestruturado em grandes oficinas que produziam um mesmo produto e que o disponibiliza vam em diferentes padr es ornamentais escolha do comprador H eskett 1997 e Denis 2000 N os s culos XVI e XVII o sstema mercantilisa estruturava os Estados na cionais europeus fazendo da competi o comercial instrumento de soberania e defe sa bens de consumo e armas Para tanto o processo de produ o de artigos se trans formou passando a contar de maneira sistem tica com projetos pr concebidos por profissionais que n o participariam necessariamente de sua fabrica o em manufatu ras vinculadas a inst ncias do poder central Justo essa separa o entre projeto e pro du o demarcaria em n vel conceitual o surgimento do desgn enquanto atividade profissional estabelecida e com potencial lucrativo pois segundo D enis a capacidade ilimitada de reprodu o a partir da concep o de um nico modelo alterava muito 69 Figura 26 A imagem demons tra o quanto esse princ pio faria escola durante os anos que viriam Austin N Clark amp Company Jewelry Catalog Chicago 1913 Figura 27 Corti o ingl s Figura 28 Representa o das condi es de trabalho em mina de carv o Figura 29 D esempregados Houseless and hungry por Sir Luka Fildes positivamente as pe
32. escrito em parceria com Vera Damazio e apresenta do na confer ncia do M xico cita o artigo de Frascara e est anexo a esta tese 206 trole Q uais D esde quando O que pensam as pessoas sobre esse produto O que pensam sobre ele os profissionais vinculados aos saberes t cnicos envolvidos na mamadeira Quais os modelos de mamadeiras dispon veis no mercado Q uais trabalhos de pesquisa j foram desenvolvidos sobre o tema bem verdade que esta lista uma fra o das quest es levantadas por es ta pesquisa de doutorado exige longo tempo para ser respondida M as se for pedido a uma turma de 25 alunos que cada um deles pesquise um dos pontos teremos um muito consider vel levantamento sobre o produto um material rico e afeto a ser analisado por todos M esmo em um projeto individual se o aluno for conduzido a trilhar por tais indaga es acerca de um objeto como obedecendo a um checklist ter acesso aos in meros problemas provocados pelo produto no decorrer de sua exist ncia ao inv s de partir do princ pio de que ele um produto inquestion vel Outro ponto estrutural precisamos admitir que a versatilidade de nosso trabalho ou melhor a imensa capacidade do design de estabelecer conta to com outras reas do saber proporcionada pelo sortimento de projetos que realizamos exige que dessas mesmas reas nos aproximemos em maior profun didade M uitas vezes as disciplinas de Economia Antropologia tica Filos
33. gelo e neve e os guardavam em imensas caixas recheadas com palha quarto de refrigerar enquanto os menos abastados mergulhavam sacos cheios de alimen tos em rios e lagos durante a noite Gra as descoberta do g s fre n o CFC anos 30 considerado uma obra prima da engenharia industrial foi poss vel reunir as condi es necess rias para a concep o de um compartimento refrige rado para uso dom stico que diferentemente dos tecidos de algod o escondi am um fato que apenas foi constatado publicamente pela ci ncia 60 anos de pois o CFC era um dos maiores respons veis pela destrui o da camada de O z nio 29 Figura 16 Geladeira Coldsport projetada para a Sears por Ray mond Loewy 1935 Tamb m destruidora a m dio e longo prazo foi a pol tica inaugurada pelos Estados U nidos como forma de manter o ritmo da produ o industrial no per odo entre guerras em plena crise econ mica sem agravar ainda mais os indices de desemprego a obsolesc ncia programada Alguns designers da poca como Raymond Loewy tentavam trabalhar no sentido de agregar o as pecto primoroso dos produtos a um aumento de sua efici ncia operacional considerando in til a especula o da forma T amb m a reflex o acerca de uma adapta o dos oper rios s m quinas industriais e dos consumidores aos produ tos no momento do uso marcaram a chegada da ergonomia como ferramenta do design pelas ideias de H enry D refus Um pouco
34. motivan do o a agir A imagem de uma crian a saud vel s sia do craque Ronaldinho era acompanhada das frases Vacine seu Ronaldinho contra a paralisia infantil e Vacine seu futuro campe o A precisa integra o entre os elementos que compunham a mensagem gerava um resultado extremamente alegre e um posi cionamento positivo porque preventivo diante de uma doen a de conse qu ncias devastadoras A bola ao sangrar da imagem tridimensionalizava o cartaz sugerindo que o menino poderia jog la para fora da rea impressa em dire o ao observador a paleta crom tica correspondia s cores de nossa ban deira o menino estava vestido com o que poder amos chamar de uniforme oficial das crian as brasileiras 145 Figura 112 Boneca M ariana Recife Figura 113 cartazes da W ABA estampando a boneca 1999 Figura 114 primero cartaz da campanha Madrinhas da Amamenta o 1999 Figura 115 Cartaz da campa nha Vacine seu Ronaldinho contra a paralisia infantil M inist rio da Sa de 1997 AMAMENTA O MA ERA DA INFORMA O ara Hs WABA 200 Figura 116 Cartazes da campanha da W ABA e da campanha brasileira Madrinhas da ama menta o 2000 e 2001 O cartaz convidava o receptor a pensar em algo assim como se os pais de Ronaldinho n o o tivessem vacinado poder amos hoje n o desfrutar de seu brilhantismo nos campos E se nossa crian a puder se tran
35. mudando as fei es do emprego Segundo Peter Shweitzer citado por Naomi Klein um produto algo feito na f brica uma marca algo comprado por um consumidor Klein 2002 p 219 O u seja visando a um valor final mais competitivo as empresas passaram a concentrar seus gastos em uma pol tica de marca diretamente voltada a anga riar o desejo do consumidor e eliminar ao m ximo as preocupa es com a parte suja do processo industrial qual seja a f brica com m quinas que se desgastam e com empregados que adoecem e acabam morrendo H ector Li ang ex diretor do Conselho United Biscuit apud Klein 2002 p 220 Segun do Naomi Klein em 1990 Empresas que tradicionalmente ficavam satisfeitas com uma margem de 100 por cento entre o custo de fabrica o e o pre o no varejo t m atravessado o globo em busca de f bricas que possam fazer seus produtos a pre os t o baixos que a margem fique mais pr xima de 400 por cento Quando o processo de fabrica o real t o desvalorizado logicamente mais prov vel que as pes soas que fazem o trabalho de produ o sejam tratadas como lixo coisas das quais voc pode se livrar Klein 2002 p 220 221 A Nike foi a empresa que primeiramente apostou na gest o de marca terceirizando sua produ o e se desresponsabilizando pela for a de trabalho empregada na confec o de seus produtos A fim de reunir fundos suficientes para criar demandas de consumo atra
36. o no qual o an ncio mais gritante n o passa de mero ru do Acreditamos que outras coisas s o mais merecedoras da nossa habilidade e experi ncia sinaliza o de ruas e edif cios livros e peri dicos cat logos manuais did ticos foto grafia industrial suporte educativo filmes programas de destaque na televis o publica es cient ficas e industriais e todos os outros meios de comunica o nos quais promovemos uma maior consci ncia do mundo a cultura a educa o e o com rcio N o defendemos a aboli o da publicidade de alta press o sobre o consumo isto n o realiz vel Tampouco queremos reduzir a alegria da vida M as pro pomos uma invers o de prioridades em benef cio de formas de comunica o mais teis e duradouras Esperamos que a nossa sociedade se canse dos comer ciantes chaos de truques dos vendedores de status e daqueles que praticam a persuas o camuflada e que as nossas habilidades sejam solicitadas prioritaria mente para prop sitos mais relevantes T endo isso em mente propomos parti Ihar nossa experi ncia e opini es e coloc las disposi o de colegas estudan tes e outras pessoas que possam se interessar D e acordo com D enis o j citado movimento em defesa dos direitos do consumidor havia desencadeado a exig ncia jur dica no sentido de responsabili zar civilmente as ind strias por eventuais danos causados por seus produtos A partir das repercuss es da obra de N ade
37. o que ocorre uma diminui o do n mero de m es que amamentam e um au mento do n mero de crian as que mamam na mamadeira O saber popular foi substitu do por uma vis o biologicista que deslegitimou o aprendizado das mulheres sobre o assunto fen meno que se refletiu na atua o dos profissionais de sa de e no funcionamento dos hospitais Desde o come o da humanidade as crian as logo ap s o nascimento eram postas ao lado de sua m e N o come o deste s culo foi criado o ber rio para proteger as crian as contra as infec es hospitalares Ap s a Segunda Guerra M undial pensava se que a mamadeira era a melhor forma de alimenta o e es ta era dada ao rec m nascido antes mesmo que ele sa sse do hospital sem que se soubesse por exemplo quase nada de imunologia nessa poca E atrav s do ber rio conseguiu se interferir em uma coisa fundamental o relacionamento precoce entre m e e filho Logo ap s o beb nascer algu m o enxuga re tirando todo o l quido amni tico e o verniz caseoso cuja fun o a de prote ger e hidratar a pele sens vel do rec m nascido Em alguns hospitais d se um banho de chuveiro aspira se o beb com uma sonda vira se o beb para todos os lados e se ele n o chora vigorosamente logo ap s o nascimento ainda rece be umas palmadas pesa se mede se Citando M artins Em alguns casos num arroubo de preocupa o afetiva tem se o cuidado de mostrar a crian a rapi
38. o havia base econ mica Sensato seria projetar nos e para esses pa ses dando valor preponderante suas necessidades sociais H eskett 1997 p 210 211 De acordo com Denis o livro de Papanek procurava demonstrar o quanto o design se encontrava desarticulado dos desafios humanos e ambientais da poca e atrav s de expressivos exemplos colhidos em diversos pa ses de monstrava as grandes possibilidades de reverter tal quadro A publica o fez escola em todo o mundo fundando as bases para a corrente do design alterna tivo demonstrando a prem ncia de os profissionais voltarem suas aten es para os problemas sociais e sugerindo que eles abrissem m o dos direitos intelectuais sobre os projetos O de Schumacher alcan ou escala ainda maior pelo fato de referir se organiza o econ mica e tecnol gica como um todo Ele defendia que o frenesi tecnol gico deveria ser estancado de modo a que o conhecimento acumulado at ali pudesse ser distribu do igualitariamente Sua nfase estava na necessidade das pessoas e n o nos produtos D enis 2000 p 196 198 H es kett 1997 p 212 Pode se considerar que Papanek quela poca optou pelo modelo ir respons vel definido por Garland ou seja Papanek denunciou sem meias pa lavras o qu o inaceit veis eram os caminhos assumidos pela sociedade como um todo e pelos designers em particular por terem escolhido servir de cafet es aos interesses das grandes empresas
39. o sob a responsabilidade de um mesmo trabalhador adequar a configu 1864 Sussex Chair O orna mento n o excede a fun o seu elemento estrutural 52 Enciclop dia Ita de Artes Visuais Dispon vel em www itaucultural org br aplicexternas enciclopedia ic index cfm fuseaction termos texto amp cd verbete 4986 amp Ist palavras amp cd idioma 28555 amp cd item 8 Acesso em julho de 2009 53 Sob tal inspira o no final dos anos 1840 organizou se outro grupo de reformistas composto por O wen Jones arquiteto Richard Redgrave pintor H enry Cole burocrata D e suas iniciativas frutificaram o Journal of D esgn and M anufacturese o livro The Grammar of Ornament de Jones que traziam para reflex o e debate referenciais art sticos anteriores industrializa o sua coer ncia e qualidades E te debate gerou incentivo para a cria o de Schools of D esgn em Londres que contribu ram para a consolida o do campo profissional e para a percep o p blica da atividade e suas inten es D enis 2000 p 70 71 12 ra o das pe as aos prop sitos de uso que deveriam cumprir funcionalidade e respeitar as propriedades dos materiais empregados isso resultaria em trabalha dores consumidores e produtos cuja integridade estaria salvaguardada Por m a dedica o e o prazo necess rios consecu o de tal tipo de produ o provoca ram seu encarecimento contrariando a inten o estrutural do movimento a aproxima
40. olha produzir uma ca deira tem consequ ncias muito grandes H ouve tamb m certo inc modo dos presentes quanto sofistica o formal das mamadeiras atuais que traduz evolu o progresso desenvolvimento tecno l gico mas incorre nos mesmos graves erros de modelos anteriores que eram mui to mais simples Um engodo promovido tamb m pelo trabalho dos designers Durante d cadas as pessoas usaram isso mamadeiras simples de vidro e a rigor elas traziam os mesmos problemas que essas de hoje cheias de tecnologi a que certamente custam muito caro Voc olha pra isso aqui e fica impressionado o progresso est aqui como bem foi colocado na apresenta o Altera o t cnica n o a mesma coi sa que evolu o Finalizando a an lise da categoria sobre o autoquestionamento profis sional cabe sublinhar que foi mencionada a hist rica tend ncia de o design se hibridizar com o marketing fen meno que se intensifica com as correntezas atuais de mercado Ent o eu perguntei a ele um aluno voc quer ser designer ou marquetei ro Porque era para apresentar a quest o da responsabilidade s cio ambiental num site de ind stria e o cara veio com um discurso totalmente de marketing M as esse discurso est impregnado aqui dentro Est impregnado no design n o apenas aqui dentro da PUC No caso do design o autoquestionamento profissional sob diversos angulos uma t nica obrig
41. para a administra o do alimento mas extingue os problemas fisiol gicos qu micos e muitos outros provocados pelas mamadeiras E O ato de amamentar pode representar alguns inc modos super veis As m es precisam s vezes recorrer aos acess rios necess rios para resolver esses descon fortos Nunca interrompa a amamenta o Quase todos os problemas du 177 Figura 148 M odelos de copinhos beb sendo ali mentado por copinho descar a t vel e uma tentativa de unir a caracter stica do copinho a de permitir uma melhor suc o forma da mama dera envolvendo entretan to a presen a de muitas pe as e roscas de conex o Como n o h ainda produ o eficiente e dispon vel de modelos de co pinhos costuma se aproveitar copos pl sticos descart veis de cafezinho e j foi documentado o uso de frascos para exames cl nicos pois eles t m a vantagem de possuir tampa e poderem ser esterilizados algumas vezes O pesquisador Franz N ovak noticiou esfor o de projeto na rea de fonoaudiologia que resul tou em modelo de copinho produzido em pequena tiragem ainda distante de uma configura o ideal Al m da necessidade da tampa N ovak sinalizou ser imprescind vel a presen a de gradua o em relevo na superf cie do produto pois ea viabiliza a dosagem do alimento ingerido Portanto questoes concernentes a material afeito a repetidas esteriliza es e de agrad vel contato para a
42. porque outra companhia se adianta e o abastece O que dever amos fazer Parar de fazer doa es e sermos postos para fora do mercado p 36 E o representante da empresa prosseguia Agora temos alguns dados vindos das Filipinas N ossa pesquisa mostrou que 50 das m es n o usavam o mesmo leite quando sa am do hospital M uitas deas voltavam a amamentar e isto foi uma das justificativas para a propaganda direta porque voc atingia as m es aos 4 ou 5 meses quando elas estavam fora da influ ncia do m dico informando que quando o leite materno n o suficiente voc deve usar um leite em p bom e seguro e pedir conselho ao seu m dico Com a ajuda da profiss o m dica as amostras t m ajudado a dar um alto status social alimenta o com mamadeira M uller 1995 p 37 Juntamente com as latas de leite eram doadas mamadeiras Segundo M uller a mamadeira a base do problema pois ela ao mesmo tempo ins trumento transmissor de infec o e s mbolo de uma pr tica moderna 58 Em Papua Nova Guin uma circular do Diretor de Sa de P blica de nunciava ter sido descoberto em uma loja um cartaz publicit rio do Lactogeno onde se via a imagem de uma m e e um beb com mamadeira Tal circular dizia que o departamento de sa de n o tolerar qualquer propaganda de ma madeiras Embora n o tenhamos autoridade para remover an ncios censur veis os pro fissionais de sa de podem faz
43. quantidade de leite materno exist ncia de um substituto e necessidade de recorrer ao m dico para controle da dieta da crian a p 133 134 O texto a seguir publicado no Boletim do Departamento Estadual da Crian a SP 1954 demonstra o quanto a cultura dos leites artificiais e das mamadeiras foi abra ada pelo Estado e pelas pol ticas m dico sociais Torna se mais verdadeira ainda entre n s de S o Paulo esta verdade que os norte americanos defendem o dinheiro aplicado na defesa da crian a d ao Es tado lucros simplesmente fabulosos N o nos arrependeremos jamais de ter antes procurado sim procurado N as cho as nos barracos nas malocas a crian a que deveria ser recuperada como valor social e valor econ mico neste verdadeiro redescobrimento do Brasil Com a primeira mamadeira se informa um cidad o Goldberg 1989 p 144 145 A refer ncia aos norte americanos prenunciava uma estrat gia N os anos de 1960 temendo influ ncias comunistas emanadas de Cuba sobre a Am rica Latina o governo norte americano poca com John Kennedy na Presid ncia lan ou o programa Alian a para o Progresso junto a organiza es internacio nais pa ses europeus e empresas privadas com o discurso de promo o do de senvolvimento econ mico por interm dio de doa o de alimentos queijo manteiga leite em p a popula es carentes num investimento de U 20 mi lh es O depoimento postado na Intern
44. ria caberia mud las para que abolissem os monstros que criaram p 49 Assim segundo Dupas eram firmadas duas linhas gerais sobre os conceitos de progresso uma baseada nas doutrinas pol ticas do liberalismo nas quais a evolu o e o progresso da sociedade dependeriam da liberdade indi vidual e a dos socialistas que afirmava a necessidade de inven o de um novo Estado para o desenvolvimento do homem A consolida o da ideia contempor nea de progresso ocorreu com a re percuss o da publica o de A origem das esp cies de Charles D arwin em 1859 O homem deixava de ser fruto da cria o de D eus para ser visto como resultado da evolu o do macaco T udo provinha de processos evolutivos Um novo v nculo estabeleceria a liga o entre progresso e poder na A lemanha com um Estado na o que incentivava e fornecia as condi es para o progresso Segundo Johann Gottfried Von H erder final do s c XVII in cio do XIX os homens avan ariam em postos de conhecimento quando se dedicas sem na o Mas para ele os alem es representavam a vanguarda do progresso humano e o Estado na o a potencializaria fen meno de nacionaliza o de um conceito at ent o universal Por tal vi s H egel chegou a justificar a guerra por motiva es tnicas e progressistas E no final do s culo XIX M arx crente no progresso inexor vel da humanidade defendeu o emprego do poder pela ditadura do proletariado at que o comun
45. ria de extens o da utiliza o dos leites em p para crian as sadias e tamb m como preventivo de dist rbios gastrointestinais nos beb s Segundo Goldberg aos poucos a ind stria come ou a sugerir que os leites em p poderiam ser miniS trados desde o momento da sec o do cord o umbilical exaltando o elevado teor de prote nas do produto vitaminas e nutrientes adicionados numa alus o de que o leite em p n o s poderia substituir o leite materno como at apre sentaria vantagens Goldberg 1989 p 116 121 ras os de alimentos distribuidos Ainda segundo a autora a alimenta o infantil nos primeiros meses de vida deixou de ser compet ncia das m es para tornar se tarefa de controle m 22 Pe a publicit ria da N estl da d cada de 1940 publicada na Revista Brasileira de M edicina S o Paulo Moreira R Editora 1948 23 A iniciativa teve o apoio da Legi o Brasileira de Assist ncia LBA 24 dico mesmo em situa es de normalidade Programas materno infantis pro moviam em colabora o com a ind stria o funcionamento de lact rios em institui es de sa de para treinamento de m es no preparo de mamadeiras com leite em p ali distribu do Era omitida a orienta o sobre aleitamento durante a perman ncia da mulher na maternidade Ao inv s disso um lbum do fabri cante de leite era distribu do para registro do desenvolvimento da crian a com informa es de alerta quanto
46. s ndias e depois s escravas a amamenta o de seus filhos Almeida 1999 p 30 N a virada do s culo XVI para o XVII o envio dos filhos para a casa de amas de leite tornou se moda definitiva entre as fam lias burguesas europ ias ditando o comportamento no Brasil N o s culo seguinte essa tend ncia se espa lharia por todas as camadas da sociedade urbana M as um expressivo n mero de bitos infantis seria constatado naquele per odo e as mortes das crian as associadas a doen as adquiridas pelas amas Estas a fim de n o contaminarem os beb s vieram a adotar o leite de vaca oferecendo o s crian as em chifres furados citados anteriormente M as o recipiente n o era est ril n o se sabia o quanto de gua deveria ser misturado ao leite e nem havia seguran a quanto ao n vel de pureza dessa gua Logo o advento da industrializa o proporia uma evolu o para o modo de administrar leite s crian as o que entretanto n o alterou o preocupante quadro Produzida em larga escala nos anos de 1880 a mamadeira popu larmente apelidada M ummies D arling e orgulhosamente chamada The N ational contribuiu para a conforma o dos altos ndices de mortalidade infantil da Inglaterra vitoriana quando apenas duas em dez crian as conseguiam ultrapas sar os dois anos de idade Consta que tais produtos permitiam que beb s se alimentassem com certa autonomia liberando suas m es para a realiza o de outros afazeres M as
47. sia prometia uma doa o de 50 r pias indon sias 0 006 d lares para cada produto Sari H usada comprado inclusive as f rmulas SGM e Vitalac Com um claro pro p sito de fortalecer seu mercado na Indon sia a chamada da campanha convi dava os pais Junte os cora es para alimentar as crian as do pa s porque elas s o tamb m nossas crian as Por meio da capitaliza o da imagem de uma crian a desnutrida essa empresa fez um apdo filantr pico ao p blico para que comprasse seus produtos em nome das crian as necessitadas ICD C F cus maio de 2009 Ap s o terremoto de 2006 em Java uma f rmula infantil destinada a beb s de O a 6 meses foi distribu da como incentivo recompensa para as pesso as da regido comparecerem s campanhas de vacina o contra o sarampo e o t tano quando mamadeiras Pigeon foram fartamente distribu das deixando 128 Boletim ICDC Focus de maio de 2009 Dispon vel em www ibfan org br Acesso em agosto de 2009 127 Figura 94 Cartazes da campa nha Quem vai ao pediatra volta tranquilo N estl e Soci edade Brasileira de Pediatria 2009 Nestle Figura 95 as m es felizes com os presentes Em 1996 na Arm nia o chefe do programa de promo o ao aleitamento materno disse nossas maternidades foram toma das por substitutos do leite materno trazidos por ag ncias humanit rias de ajuda e isso quase destruiu nossos programas de aleitamento materno Em 2008
48. tamb m convivemos com pro dutos industriais cujo processo de funcionamento ignoramos por completo como telefones celulares movidos a baterias que podem explodir ou engre nagens aparentemente simples que podem nos trazer desde pequenos entreveros tampa dif cil de abrir at consequ ncias avassaladoras como a dificuldade vivenciada pela m e do menino Jo o H lio de seis anos para solt lo do cinto de seguran a que o prendia ao carro momentos antes do terr vel sequestro e assassinato em fevereiro de 2007 no Rio deJaneiro Se pararmos para pensar cintos de seguran a apresentam problemas por mais que na maior parte das vezes deles consigamos nos desembara ar M as esse desembarace n o aconteceu com Jo o H lio n o ocorre com pessoas idosas ou mesmo com algu m pleno de sa de em momentos de urg ncia como em alguns acidentes automobil sticos ou em assaltos quando o motorista precisa soltar se do cinto a mando do assaltante e para tanto descreve um gesto que pode ser interpretado pelo bandido como o saque de uma arma conforme a firma o de Edson Calil Diretor de Rela es Institucionais do D isque D en n cia em entrevista a esta pesqui sa O cinto de seguran a o airbag a al a lateral superior o para choque etc s o itens de seguran a criados para remediar os altos ndices de acidentes automobil sticos O autom vel um produto por natureza perigoso motor a explos o etc e seus perigos podem ser agr
49. vel e progressiva Entre outros o amianto mat ria prima para telhas residenciais filtros industriais luvas de cozinha pastilhas de freio e em uniformes para bombeiros corredores de autom vel soldadores e astronautas 8 niram o produto nos estados do Mato Grosso do Sul Rio de Janeiro Rio Grande do Sul e S o Paulo at 2001 e desde 2007 h esfor os legislativos para o banimento nacional do amianto N a Fran a desde 1997 est proibida a im porta o fabrica o e comercializa o de produtos derivados da fibrat Q uanto as minas o Tratado de O tawa determinou o fim de sua fabrica o em 144 pa ses dentre eles o Brasil desde 1999 Os EUA maior produtor de minas dentre outros pa ses que n o assinaram o tratado remediam sua insist ncia destinando verbas expressivas desativa o de minas em territ rios j pacifica dos As estat sticas apontam que uma pessoa vitimada a cada 20 minutos pelo artefato Acredita se que existam mais de 100 milh es de minas enterradas em 64 pa ses prontas para fazer em peda os quem lhes passar por cima A reavalia o de produtos industriais vem tamb m sendo operada por meio de c digos de controle selos de certifica o restri o de publicidade nos ve culos de comunica o etc T ais medidas no entanto n o impedem interpre ta es distorcidas das leis por parte dos fabricantes falsifica es equ vocos de projeto e de produ o que acarretam recalls
50. 2009 que 25 dos hospitais brasileiros est o inseridos no programa reconhecendo que o ndice ainda bastante baixo 139 Deacordo com informa es dadas por Elsa G iugliani Coordenadora da rea T cnica de Sa de em Aleitamento M aterno do M inist rio da Sa de em palestra por ocasi o do Semin rio Internacional de Bancos de Leite H umano FIOCRUZ OPAS novembro de 2009 137 Figura 102 Armazenamento de leite humano congelado no Banco de Leite H umano do Instituto Fernandes Figueira Rio deJaneiro ej tom a o Figura 103 Atingindo resultados extremamente positivos est o os bancos de leite materno que hoje formam a Rede Brasileira de Bancos de Leite H umano be neficiadora de cerca de 148 mil crian as anualmente Existem 195 bancos espa lhados pelo Brasil dedicados ao fornecimento de alimento a beb s prematuros e de baixo peso contribuindo para dar conta do componente neonatal na redu o da mortalidade infantil brasileira um dos O bjetivos do Mil nio A tecno logia concebida e praticada pela Rede visa garantia da qualidade e manuten o do valor biol gico do leite materno em um sistema com apenas 2 de per da de produto reconhecido pela O M S como o mais avan ado do mundo Ban cos v m sendo implantados pela RedeBLH em pa ses da Am rica Latina G ua temala Costa Rica Equador e Caribe H aiti e o contorno ibero americano j foi alcan ado por implanta es previstas em Portug
51. D efendia que os condi cionamentos socioculturais s o muito mais do que um cen rio para o ato bio 149 i d Figura 120 Cartazes da campanha da W ABA e da campanha brasileira Ma drinhas da amamenta o 2008 e 2009 l gico pois a ele se sobrep em M uitas m es determinadas a amamentar se surpreendem ao enfrentar os mais diversos problemas pois esperavam um processo f cil natural e instintivo Almeida 1999 p 51 Amamentar pode revelar se um ato complicado que necessita de aprendizado e acompanhamen to de paci ncia e persist ncia justo em um momento extremamente delicado para qualquer mulher Para esse n vel de ambiguidade Almeida apontava serem necess rias estruturas assistenciais capazes de oferecer recursos diferenciados e n o apenas orienta es massivas Pensando por esta via inevit vel questionar por que a produ o dos cartazes se restringe a um ou a alguns poucos originais quando deveriam ser feitas m dias ou grandes tiragens para se enfrentar uma problem tica t o s ria e t o cheia de sinuosidades T alvez fosse suficiente fazer um esfor o coordenado de v rios produtos como livros brinquedos roupas e programas nos meios de comunica o que promovessem a pr tica do aleitamento materno como apontou Almeida na abertura da SM AM de 2007 necess rio haver um cha mamento para toda a sociedade devendo a campanha ultrapassar as fronteiras da sa de Isto por cert
52. O objetivo deixava de ser o estilo para tornar se a busca de formas adequadas fun o que os produ tos exerceriam D roste 2006 p 79 Na an lise de D enis a escola contribuiu para a cristaliza o por m de um estilo no design o alto Modernismo que teve como preceito m ximo o Funcionalismo ou seja a ideia de que a forma ideal de qualquer objeto deve ser determinada por sua fun o atendo se sem pre a um vocabul rio formal rigorosamente delimitado por uma s rie de con ven es est ticas bastante r gidas Denis 2000 p 121 122 Em 1933 a chegada dos nazistas ao poder determinou o fechamento da escola a queima de seus livros e a destrui o de grande parte das obras l reali zadas Institui o pol mica desde a sua funda o depois da guerra a Bauhaus prosseguiu sendo malvista pelos pa ses comunistas europeus acusada de difun dir um estilo burgu s e imperialista Considerando todo o empreendimento e o alto n vel de industrializa o da Alemanha quela poca H esket avalia que a lista de produtos gerada na escola representava uma min scula contribui o de um grupo vanguardista marginal Heskett 1997 p 105 Denis entretanto sinaliza que Para a maioria dos que participaram o significado maior da escola esteve na possibilidade de fazer uso da arquitetura e do design para construir uma socie dade melhor mais livre mais justa e plenamente internacional sem os confli tos de
53. Vitoriana poca em que apenas duas dentre dez crian as consegui am viver at os dois anos de idade A mamadeira vitoriana e a primeira mama deira norte americana patenteada por Charles M Windship em 1841 A tampa da garrafa dos dois modelos atravessada por canudo muito estreito e praticamente imposs vel de limpar O processo de industrializa o revolucionou ent o a economia as rela es so ciais e a alimenta o de lactentes Em 1867 iniciou se a produ o de farinha l ctea na Sui a Em 1873 50 000 caixas de alimentos de leite da Nestl foram vendidas na Europa Estados Unidos Argentina M xico e ndias Neerlandesas Muitas outras companhias foram criadas vendendo mais e mais alimentos al ternativos ao leite materno No s culo XIX a mamadeira se tornou um dos s mbolos de modernidade sendo prescrita pela classe m dica como solu o para qualquer dificuldade em rela o ao aleitamento Em 1974 os danos da pr tica de alimenta o artificial mediada pela mama deira entraram em cena de maneira estridente com a publica o do livro 219 The baby killer Beb s do Terceiro Mundo est o morrendo porque suas m es os alimentam no estilo ocidental com leites infantis em mamadeira Muitos dos que n o morrem entram num c rculo vicioso de m nutri o e doen a O rem dio es t disposi o de todos exceto para uma pequena minoria de m es que n o pode amamentar Isso porque o leite mater
54. a Associa o seguiu comparando desempenho versus pre os carros novos versus usados propaganda versus realidade Seu trabalho in fluenciou grandemente as discuss es sobre o desenvolvimento dos itens de se guran a dos autom veis em um movimento paralelo press o exercida por Ralph N ader nas ind strias automobil sticas americanas Corr a 1994 Em 1960 v rios pa ses se reuniram para fundar a IOCU International O rganization of Consumers U nion hoje coordenando 170 grupos em 60 pa ses incluindo sia e Am rica Latina que abarca assuntos como tica empresarial e meio ambiente T rabalhando em articula es por rede com organiza es como a FAO Food and Agriculture O rganization ONU e ILO International Labor O rganization a IO CU interliga in meras pessoas sob v rias reas entre elas a de alimenta o para crian as IBFAN como veremos adiante A mensagem especial sobre prote o aos interesses dos consumidores enviada pelo presidente Kennedy ao Congresso em1962 originou o conceito de Direitos do Consumidor A mensagem tratava sobre o direito seguran a informa o op o e a ser ouvido Lyndon Johnson criou o Escrit rio de As sist ncia Especial do Presidente da Rep blica para Assuntos dos Consumidores que entre 1964 e 1967 e tamb m sob a presid ncia de Jimmy Carter colocou o tema nas primeiras p ginas dos jornais O impacto global provocado por essas medidas se refletiu na cria o
55. a Escola de U Im em 1955 H eskett 1997 p 106 Fatos importantes que antecederam a funda o da Escola de Ulm A Primeira Guerra M undial estimulou uma enorme expans o da capacidade produtiva na Am rica que se converteu depois de 1918 numa explos o do consumo Com o crescimento da produ o em massa assentada em vastos in vestimentos de capital havia uma busca constante de m todos para redu o de custos e aumento de vendas Padroniza o e racionaliza o m todos de pro du o aprimorados e novos materiais poderiam fazer muito para reduzir os custos por unidade ao passo que uma nfase na forma visual se tornou impor tante instrumento de aumento de vendas Um dos principais motivos disso foi que com o crescimento da publicidade a imagem visual era frequentemente mais difundida que o produto propriamente dito H eskett 1997 p 107 Tal conduta de mercado alimentava uma l gica de consumo sustentada pela expans o do cr dito banc rio rota que abriu flancos para especula es financeiras nos EU A U ma grave crise econ mica adveio culminando na que bra da Bolsa de N ova lorque T reze milh es de desempregados diminui o do cr dito a outros pa ses e eleva o das tarifas alfandeg rias dos produtos norte americanos retrairam o com rcio exterior concedendo dimens o global crise Almanaque Abril M undo 2002 p 501 As empresas sobreviventes encontraram nos designers profissionais uma sa da Encarr
56. a companhia mira os jovens O segundo o semin rio N estl Brasil Global na segunda feira 23 com o ex secret rio geral da ONU Kofi Annan O palco desse encontro tem como tema Cria o de valor compartilhado A palestra ser para 400 convidados entre eles lideran as empresariais e ocorrer no Copacabana Palace No dia 29 de novembro a vez da primeira parada da Disney na Am rica do Sul Chamado M omentos m gicos o desfile trar a marca N inho e percorre r quatro quil metros da praia de Copacabana com figuras cl ssicas como Z Carioca e Mickey e personagens como os das produ es A Bela e a Fera Toy Story eO Re Le o O quarto evento ser o Chocolates N estl M atch Cup torneio de vela que ter Torben Grae entre competidores internacionais Ser realizado entre 4 e 6 de dezembro na Baia de Guanabara Al m disso a plataforma Rio Faz Bem envolve a es pulverizadas U ma delas a circula o de ecot xis ideia desenvolvida pela Tudo De quinta feira a do mingo os ve culos mix de bicicleta com riquix circulam gratuitamente pelas orlas de Leblon Ipanema e Copacabana As pe as falam da cultura e dos valores do Rio e convidam as pessoas a abra ar a cidade SASA v T cacho 7 EN 7y E A Y lF d DBT I Produtos e fatos como os exemplificados se considerados isoladamente tendem a passar despercebidos por pessoas que j se acostumaram a esperar da Barbie
57. a em 1890 disseminou sua est tica ora sinuosa ora geom trica pela Europa e Am ricas at 1910 impondo se co mo o primeiro estilo verdadeiramente moderno e internacional Denis 2000 p 87 liberto das amarras historicistas que caracterizaram tend ncias anteriores no ramo dos objetos O Art Nouveau pretendia se tornar fact vel pela ind stria mas a organicidade de grande parte de suas formas revelou se incompat vel com a maquinaria exigindo intensas e variadas fases de produ o artesanal No pla no bidimensional ao contr rio realizou na produ o de posters sua voca o industrial As diverg ncias produtivas entre tend ncias est ticas e processos indus triais tiveram como consequ ncia uma tomada de posi o empresarial em prol do aumento da produtividade Essa mudan a se deu a partir da publica o em 1911 do livro Principles os Scientific M anagement do engenheiro norte americano Frederick W Taylor contendo uma pesquisa pautada nas ideias de racionaliza o do trabalho de Adam Smith que visava a atingir a efici ncia m xima da produ o atrav s do planejamento do tempo e dos movimentos ii Anota es de aula Prof Cl udio Lamas Disciplina H ist ria do D esenho Industrial PUC Rio 2007 Dispon vel em http bataillesocialiste wordpress com Acesso em abril de 2009 13 Figura 34 Cadeira projetada por H enry van der V elde Figura 35 Les D emoisales D Avignon Pablo Picasso
58. a forma o de comit s para regulamenta o da quest o Para a classe m dica o relat rio sinalizava a necessidade de uma consci ncia maior dos problemas causados pela alimenta o artificial das crian as e subli nhava o papel desempenhado pela profiss o m dica at ent o no encorajamen to da diminui o do uso do leite materno Para outros canais M uller incenti vava a postura de fiscaliza o e den ncia p 50 52 A pol mica provocada pela publica o resultou em uma mobiliza o in ternacional para a retomada da valoriza o da pr tica de amamentar liderada pela OM S U nicef contra aquela pr tica que havia se tornado corriqueira e mo derna A partir dessa mobiliza o no in cio da d cada de 1980 a superioridade do aleitamento materno sobre qualquer outro procedimento para alimentar be b s tornou se un nime no meio cient fico gerando um grande movimento em favor da pr tica 3 2 D ados sobre a luta mundial pelo resgate da amamenta o Em 1979 o reconhecimento por parte da O M S U nicef quanto supe rioridade do leite humano aos benef cios da amamenta o para a saude da 3 Rico em anticorpos humanos 70 minerais e todas as vitaminas existentes Como 87 do leite s o compostos de gua n o necess rio oferec la ao beb nos primeiros meses de vida 60 mulher e da crian a e ao perigo de propagandas indutoras da alimenta o artificial fez com que essas organiza e
59. a quest o do acesso sem fronteiras s suas bandeiras de luta sensibilizando designers e arquitetos a voltarem seus projetos para a n o discrimina o de produtos e ambientes O termo Universal Design foi empregado pela primeira vez pelo ar quiteto Ronald M ace Para ele o universalismo residia no fato de que produ tos e ambientes podem ser projetados de modo a ser utilizados plenamente por todas as pessoas sem a necessidade de adapta es ou especializa es no projeto Ou seja se antes os produtos voltados para pessoas com defici ncia eram exclusivos e feios a partir dessa mudan a conceitual eles passariam a ser belos como os demais produtos e voltados a incluir quaisquer usu rios como consumidores Levando se em conta o aspecto mercadol gico conforme o texto do Centro de Design Universal The Center for Universal Desgn o fato que ao final do s culo XX o mundo tornou se muito diverso daquele de h 100 anos pois as pessoas vivem mais e sobrevivem melhor acumulando progressivamente 7 Dispon vel em www profuse it cd cd datas other Introduction to universal design portuguese pdf Acesso em junho de 2009 97 Figura 68 A Slander D rum W a sher D river desenvolvida em 2003 por um cons rcio firmado entre a India e o Japao ilustra a premissa inclusiva do D esign U niversal Figura 69 Tibor Kalman defici ncias como perda de acuidade visual dificuldades motoras etc Ent
60. a raz o de ser do objeto qual seja a de suprir uma necessidade do usu rio D esse modo a mortalidade infantil e os atuais padr es est ticos que tantas vezes apartam as mulheres da op o pela amamenta o s o dados fundamentais para o projeto de um meio alternativo para a alimenta o de beb s O s professores reconheceram a fun o da universidade na constru o e aprimoramento da conduta tica profissional A tica tem que estar em todas as disciplinas do curso e n o localizada em apenas uma disciplina O aluno chega e diz para o professor Professor vou fazer um projeto de mamadeira Ent o o professor diz Voc j pesquisou sobre mamadeira porque na hora que pesquisar talvez n o v mais querer fazer V pesquisar na Internet O menino vai l e vai ficar com aquilo que ouviu do professor na ca be a Mas se o professor disser Mamadeira Esse um mercado de consumo fant stico esse aluno vai com outra cabe a Ent o eu acho que um pouco da nossa responsabilidade como professores A grade curricular do curso de design da PUC contempla a disciplina tica Profissional como provavelmente ocorre em outros cursos universit rios de design O primeiro coment rio questiona se a presen a de tal disciplina 189 na grade n o estar de alguma forma localizando a informa o de maneira es tanque e em algum grau isentando as demais disciplinas do curso da nfase perm
61. afeta crian a e esta doen a resulta do desmame precoce em condi es prec rias M uller 1995 p 19 55 Matador de Beb s j e Figura 24 O relat rio de M ike M uller A situa o de pobreza fazia tamb m com que as m es por falta de re cursos financeiros para adquirir mais latas de leite em p al m das doadas es ticassem O leite diluindo o com at tr s vezes mais gua do que o recomenda do para faz lo durar mais tempo N esses casos o resultado era ainda mais grave do que com a infec o pela ingest o insuficiente de prote nas e calorias O relat rio constatava que embora o leite materno n o necessite ser misturado esquentado ou esterilizado estando permanentemente dispon vel e oferecendo alto n vel de nutri o e defesa para a crian a perdia terreno para substitutos artificiais inferiores No Chile onde a queda da amamenta o tem sido mais violenta h 20 a nos 95 das crian as com 1 ano eram amamentadas Agora apenas 20 das crian as s o amamentadas aos 2 meses M as o padr o semelhante em muitas outras partes do mundo p 20 O decr scimo nas taxas de aleitamento chilenas fora paradoxalmente provocado por uma pol tica de bem estar social que distribuiu leite em p gra tuito para 85 da popula o M as mesmo sem a es filantr picas um inqu rito constatou que na Jamaica poca da realiza o do relat rio 90 das m es adotavam a m
62. ag ncias de publici dade e escrit rios de marketing intitulado The hidden persuarders Est o sendo feitos com xito impressionante esfor os em ampla escala para canalizar nossos h bitos irrefletidos nossas decis es de compra e nossos pro cessos de pensamento com o emprego de conhecimentos buscados na psiguia tria e nas ci ncias sociais Parte da manipula o que est sendo tentada simplesmente divertida O utra parte inquietadora principalmente quando encarada como um pren ncio do que talvez esteja reservado a todos n s no futuro em escala mais intensa e efetiva Packard 1959 p 1 O autor alertava que tais pesquisas se dedicavam a convencer o p blico tanto acerca da aquisi o de mercadorias quanto da ades o a ideologias e atitu des Preocupado com a quest o moral sinalizava que o princ pio da manipula o abre espa o a questionamentos perturbadores como o que indaga que tipo de sociedade ela capaz de moldar haja vista seu poder de penetra o pelos meios de comunica o de massa Talvez os adeptos da gera o de otimismo tanto nos neg cios como no gover no possam apresentar argumentos impressionantes sobre a necessidade de pre 67 Consideradas pelo sistema capitalista como um mal necess rio 68 Corr a esclarece que o foco dos esfor os era para a sele o de produtos fabricados e comercializados de maneira respeitosa pelos trabalhadores mais do que uma preocupa o com a qual
63. ama menta o Por m para transformar a m e em nutriz n o bastava promover havia que apoiar A mulher certamente precisava ser ouvida muito mais do que ouvir pois por mais que o determinismo biol gico fosse inerente esp cie faltava lhe o condicionamento cultural favor vel p 37 Com a proclama o da Rep blica em 1889 a educa o foi eleita como pedra fundamental para a efetiva o do ideal ordem e progresso A mulher 22 era o esteio dessa ideologia devendo tornar se prendada e letrada para dar con ta de sua fun o educativa no lar O fim da escravid o formal atribuiu impor t ncia pol tica e econ mica ao aleitamento e conduziu o Estado a voltar a aten o pela primeira vez para a crian a pobre futura m o de obra produtiva ex portadora do pa s M as uma crescente inser o da mulher pobre no mercado de trabalho atrapalharia esses planos Ent o uma nova ama de leite nao mais es crava mas pobre e mercen ria de sa de muitas vezes prec ria constituiria um recurso relevante para a sociedade sem no entanto merecer os cuidados da medicina Sua sa de come ou a ser regulada apenas a partir de 1901 na cidade do Rio de Janeiro por ocasi o de iniciativa de M oncorvo Filho que fundou o Instituto de Prote o e Assist ncia Inf ncia p 38 A mudan a operada na economia brasileira em in cios do s culo XX propiciadora da passagem do sistema de produ o agro exportador para o ur ban
64. ao tema Amamenta o uma resposta vital emerg ncia cam panha da W ABA a imprensa noticia a ocorr ncia de um grande e perigoso equ voco na ajuda humanit ria arregimentada pelos meios de comunica o pelas ONGs e ag ncias doadoras a ideia de que a administra o indiscriminada de leites artificiais por mamadeiras a popula es vitimadas por emerg ncias ou 126 Boneca lactente chega s lojas com pol mica na Espanha M at ria publicada no ste do G1 em 15 10 2009 D ispo n vel em http g1 globo com N oticias 0 M UL1341659 5602 00 html Acesso em novembro de 2009 27 BRASIL R Boneca que mama no peito Revista poca S o Paulo Ed Globo 13 08 2009 126 concentradas em campos de refugiados contribuir para salvar vidas A declara o do M inistro da Sa de do Sri Lanka pa s com altas taxas de aleitamento exclusivo ap s o tsunami de 2004 fornece eloquente argumento contra o senso comum Um grande problema foi a distribui o de f rmulas infantis as m es que ama mentavam sem o controle adequado por parte dos doadores e O N Gs que atua ram emocionalmente sem base cient fica n o contemplando os perigos da a limenta o artificial em situa es de desastre Ademais os meios de comunica o pediram ao p blico ajuda com doa es de leites artificiais e mamadeiras O M inist rio da Sa de teve que superar muitos obst culos para assegurar que as m es continuassem amamentando e n o aplicou a ins
65. as vantagens da amamenta o para o meio ambiente o leite um recurso natural renov vel em contraste aos danos natureza provocados pelo sistema de ali menta o artificial gasto de energia uso de subst ncias qu micas embalagens descart veis vulnerabilidade contamina o 1998 Breastfeeding The Bet Investment Abordou a amamenta o como um fator de economia para a fam lia economia no consumo de leites industri ais e mamadeiras de tempo para preparo do alimento redu o de gastos com a sa de e com a compra de anticoncepcionais e absorventes higi nicos pois enquanto amamenta a maioria das mulheres n o ovula ou menstrua o setor de sa de preven o de doen as a sociedade e a na o redu o de importa o e distribui o de leites artificiais em oposi o aos altos custos da ama menta o por mamadeira 1999 Breastfeeding Education for Life Transmiss o da amamenta o co mo valor humano e abordagem do tema como conte do did tico nas escolas frequente a presen a de alimenta o por mamadeira nos livros adotados re for ando a cultura da alimenta o artificial 64 2000 Breastfeeding 7z s Your Right O aleitamento materno visto como um direto humano da mulher da crian a e da sociedade A campanha dedicou se a oferecer informa es sobre mecanismos internacionais formais e legais rela cionados prote o do direito humano de acordo com a Conven o sobre os D
66. atualmente j n o constituem amea as nos pa ses industrializados ou morrem devido a doen as da primeira inf ncia como o sarampo que podem ser facilmente evitadas por meio de vacinas Em cerca de 50 das mortes de menores de 5 anos uma causa subjacente a desnutri o que priva o corpo e a mente da crian a pequena dos nutrientes necess rios para seu crescimento e seu desenvolvimento gua de m qualidade saneamento prec rio e higiene inadequada tamb m contribuem para a mortalidade e a morbidade de crian as Situa o M undial da Inf ncia U nicef 2008 p 1 Em agosto de 2009 a OMS divulgou documento afirmando que a a mamenta o pode salvar 1 3 milh o de crian as por ano em todo o mundo Ent o se cruzarmos os dados do relat rio sobre alta incid ncia de infec es diarreicas desnutri o gua de m qualidade saneamento prec rio e higiene inadequada podemos perceber o quanto a cultura do leite artificial administra do por mamadeira contribuiu para a conforma o desses resultados Ou seja embora n o cite diretamente a ind stria a OMS afirma que se o ndice de aleitamento materno nos seis primeiros meses de vida chegasse a 90 seria poss vel evitar cerca de 13 dos 10 milh es de mortes anuais de crian as me nores de 5 anos ou 1 3 milh o de vidas Al m disso sob influ ncia da recente crise econ mica mundial a meta a ser alcan ada em 2015 quanto ao desenvolvimento por diminui o da
67. boca do beb e forma os modelos acima buscam evitar o derrame do leite e preciso que n o haja cantos vivos em seu interior para facilitar a lavagem constituem um desafio ao design para a con cep o de um copinho que funcione e ao mesmo tempo consiga atrair o inte resse dos consumidores para si alterando a correnteza da cultura implantada N o se pode deixar de citar como m todos alternativos mamadeira a gavagem t cnica desenvolvida para auxiliar a lacta o de beb s prematuros e a relacta o daqueles beb s que por algum motivo tiveram que ser afastados tem porariamente do seio de suas maes Seu funcionamento pode sugerir caminhos interessantes para o esfor o de projeto de design mencionado 1 Dispon vel em www promillus com br Acesso em outubro de 2009 178 A suc o um processo que faz o beb prematuro gastar muita energia e por isso s deve ser indicado quando o beb tiver mais de 34 semanas e estabilida de cl nica favor vel A gavagem o m todo mais comum e barato de alimentar um beb que ainda n o consegue sugar Atrav s de um tubo pl stico a que chamamos sonda orog strica colocado em sua boca e cuja extremidade vai at o est mago o volume de leite aplicado em dose calculada Vemos na fO to um processo conhecido como translacta o A mae por algum motivo a presenta redu o na libera o de seu leite O utro leite artificialmente colhido ou preparado ent o oferecido
68. cCoy critica a inadequa o de um libi muito comumente utilizado profissionais de design o da isen o como se a atividade fosse acr tica e apol tica por defini o As demandas do mundo s o por compaix o compromisso e envolvimento segundo a autora que advoga por uma gera o de designers preocupada com o ativismo pol tico H eller tamb m participa do livro deJohn Cranmer e Yolanda Zappater ra Conscientious O bjectives D esgning for an Ethical M essage cujo foco recai em projetos de design gr fico dedicados comunica o p blica de informa es acerca do planejamento familiar em comunidades n o letradas e tamb m na campanha de levantamento do moral dos habitantes da cidade de Kobe no Jap o ap s o hist rico terremoto Jorge Frascara tornou se uma refer ncia na rea pela publica o de li vros que n o apenas refletem sobre a necessidade de implanta o de novas dire trizes para o ensino de design comprometidas com a realidade como tamb m ilustra tais teorias com resultados pr ticos alcan ados em seus trabalhos como o projeto de seguran a vi ria desenvolvido para o Canad 118 Ezio M anzini e Carlo Vezzoli s o autores de estudo referencial sobre possibilidades e m todos para o desenvolvimento de produtos sustent veis Em busca de um c rculo virtuoso para a produ o industrial eles demonstram o grande potencial da tend ncia gerando sistemas de an lise projetual check lists e interessante
69. cimento esfor o e resultados de pesquisa que atendam s necessidades da soci edade acrescentando lhe conhecimento e proporcionando lhe aumento de qualidade de vida alertando a sobre quest es que desconhecia e mostrando as diretrizes para a constru o de novos rumos Por tudo isso a inclus o da reavalia o da produ o industrial como princ pio tico e est gio metodol gico no ensino de design recomendada Como consequ ncia um dos pilares que mant m a mamadeira e tantos outros produtos em pedestais equivocados poder ser desestabilizado essa medida cabe aos designers empreender e a ningu m mais A reuni o com os professores analisada no cap tulo anterior demons trou a necessidade de desenvolver pesquisas que analisem quais a es humanas s o determinantes para a concep o de produtos Essa estrat gia j faz parte do m todo de trabalho de alguns docentes e vem sendo praticada experimental mente em alguns projetos al m disso ela constitui objeto de pesquisa de Jorge Frascara em seus estudos sobre revis o de uso citados no artigo para a M X De sign Conference D efende se aqui a reavalia o de produtos como estrat gia metodol gi ca incorporada um princ pio de projeto de design a ser seguido Com isso o amplo questionamento sobre a validade e adequa o dos produtos industriais se transformaria no modo de se fazer design incrementando o pensamento cr tico e abrindo possibilidade para a gera o
70. constitu do por 250 elementos qu micos adequados esp cie energia prote na case na lip deos carboidratos vitami nas A D E K C eB 12 tiamina riboflavina niacina piridoxina folato c l cio f sforo ferro zinco gua s dio cloro e pot ssio Para produzir um milili tro de leite cinco litros de sangue da mae s o escalados Tais elementos se organizam em uma emuls o composta por 87 de gua e 23 de gordura uniformemente distribu da numa suspens o verdadeira gra as a uma membrana fosfolipoproteica que envolve a gordura permitindo que ela se misture homogeneamente aos demais elementos Essa gordura em pacotada j vem com a enzima necess ria sua dissolu o no trato gastrointes tinal do beb Devido grande percentagem de gua no leite materno n o 157 necess rio administrar quaisquer l quidos complementares dieta da crian a amamentada durante os quatro a seis meses de vida como reza a orienta o da O rganiza o M undial da Sa de Presentes nessa solu o est o anticorpos carboidratos minerais e vita minas No leite humano os anticorpos s o humanos compondo 30 de case ina proteina provedora de amino cidos livres c lcio e f sforo e 70 de prote ina do soro lactofeina e imunoglobinas Essa propor o diferente no leite de vaca 60 de caseina e 40 de proteina do soro onde os anticorpos n o s o humanos A maior quantidade de proteina no leite de vaca inf
71. cura Forty 2007 p 231 Em 1945 uma pesquisa para apurar se alguns acidentes a reos rotulados de erro do piloto n o resultariam na realidade de projetos imperfeitos ou ina dequados foi empreendida por Fitts e Jones Eles entrevistaram 500 pilotos verificando elementos comuns aos acidentes ocorridos Assim como define A namaria de M oraes o nascimento efetivo da ergonomia se deu num momento em que o conflito entre o homem e a m quina n o mais conseguia ser soluciona do pela sele o e treinamento dos trabalhadores Engenheiros psic logos e fisi logos uniram esfor os de pesquisa ao perceberem que as inova es tecnol gicas precisavam se adequar s caracter sticas f sicas ps quicas e cognitivas humanas D urante os anos de 1950 finda a guerra ergonomistas constataram que os mesmos erros de projeto que atormentavam marinheiros soldados e aviado res existiam e ainda existem nas f bricas nas estradas na sinaliza o urbana nos tratores caminh es autom veis e mesmo num fog o dom stico M oraes Dando continuidade aos esfor os do psic logo ingl s K F Hywell M urrel membro fundador da Ergonomic Research Society 1949 foi criado o Committee for the International Association of Ergonomics Scientists no con tinente europeu 1961 pedra fundamental para a atual International Ergono mics Association IEA Figura 58 The measure of man H enry D reyfuss 1961
72. da sensa o de que a hist ria do design havia termina do um grupo de profissionais inconformados com aquele quadro Para des o que estava em quest o n o era propriamente a est tica mas a ideologia do design Inspirados pelos dream cars norte americanos o grupo italiano Archizo om Associati desenvolveu um conjunto de dream beds lan ando o Anti D esign Os produtos embora evocassem o Ssyling dele se diferenciavam porque n o estavam destinados ao consumo e sim a provocar a reflex o Tal postura ideol gica teve seguimento naquele mesmo pa s com o Stu dio Alchimia em 1978 O escritor Andrea Branzi e o designer austr aco Ettore 7 Dispon vel em www sbdi org br Acesso em junho de 2009 15 Vale registrar que pesquisas desenvolvidas em D esign da Informa o fazem parte das bases das normas testes e certifica es ISO International Organization for Standardization que desde 1947 estabelece padr es de seguran a e qualidade para a ind stria e com rcio de bens e servi os 96 Sottsass capitanearam uma ruptura com o funcionalismo o bom gosto e a er gonomia num movimento assumidamente iconoclasta O elogio ao valor simb lico dos produtos veio a ocorrer no movimento M emphis Sottsass Michele De Lucchi M arco Zanini dentre outros no in cio dos anos de 1980 libertando o design da rigidez normativa que dominou o campo por mais de meio s culo Denis 2000 p 208 O ornamento deixou de representar um c
73. das condi es dos trabalhadores a Liga dos Consumi dores de Nova lorque enfatizando as condi es de mulheres e crian as nas f bricas de algodao e fornecendo etiquetas com os nomes de lojas de sua lis ta branca aos consumidores Em 1893 o taylorismo apresentava como resultado o aumento da pro dutividade a redu o de m o de obra e demiss es Por outro lado a redu o da jornada de trabalho em duas horas e o grande aumento de sal rios contribuiram para dotar o sistema como primordial para a normatiza o e padroniza o dos produtos A inclus o de cosm ticos inseticidas e demais produtos qu micos em pregados na agricultura no Pure Food and Drug Act acarretou a funda o da poderosa FDA culminando na cria o do Minist rio da Sa de Educa o e Bem Estar dos Estados U nidos em 1953 Numerosos institutos de qualidade surgidos nos EUA e na Europa dos anos de 1920 realizavam testes comparativos dos bens de consumo publi cando os resultados alcan ados e alertando os consumidores contra a sedu o da propaganda com suas informa es confusas e lac nicas Corr a O primei ro numero da revista Consumers Reports publicou estudos comparativos de lei tes e mediu teores de chumbo em brinquedos Em 1957 quando as rea es entre ind stria com rcio e consumidores pareciam viver uma fase tranquila Vance Packard publicou uma estridente den ncia acerca dos recursos de manipula o adotados por
74. de 1950 a 1973 Boletim do DEC S o Paulo 1954 in Goldberg p 132 de 1940 tal a reciprocidade de interesses entre a ind stria e a classe m dica enquanto a primeira expandia seus lucros a segunda realizava a aquisi o e manuten o de sua autoridade perante seus pacientes vencendo a influ ncia de leigos e parteiras Confian a Nos encontros que se verificam num consult rio m dico entre M ge e Pediatra h um sentimento mais profundo e mais natural do que a sim ples necessidade de controlar o desenvolvimento do beb Entre ambos j se concretizou antes da consulta aquele elo indissol vel e in dispens vel nobre miss o de medicar as criancinhas a confian a Da m e que sente no m dico ao consult lo a decisiva segu ran a na vida de seu filho Do pediatra que ao prescrever esta ou aquela medi ca o este ou aquele alimento sabe que ser fielmente cumprido o que por de for prescrito No mundo inteiro este fen meno se repete diariamente milha res de vezes e bem alta e significativa a percentagem das m es que benefici a ram os seus filhos com a confian a que o pediatra depositou nos produtos Complementarmente ao cen rio descrito iniciara se a implanta o da Vargas 1944 45 do Departamento Nacional da Crian a inaugurando um programa nacional de distribui o gratuita de leite as popula es de baixa ren da O programa abriu Caminho para o lan amento da proposta publicit
75. de grandes nomes da m sica pop Em 1984 um grande grupo de m s cos brit nicos e irlandeses gravou o compacto Do they know its Chrismas numa iniciativa pioneira para arrecadar fundos para as crian as famintas da Eti pia Essa Iniciativa fundou a organiza o caritativa Band Aid T rust origem dos concertos Live Aid em anos seguintes O projeto inspirou o astro M ichad Jackson que promoveu meses depois encontro semelhante nos EUA para a grava o de We are the World fruto de sua parceria com Lione Richie ande que se tornou um dos mais vendidos de todos os tempos arrecadando tamb m fundos para a campanha em prol das cri an as africanas A Conven o dos Direitos Humanos da O NU realizada em 1989 ado tou a Conven o dos Direitos das Crian as gerando um comit espec fico para a quest o No ano seguinte em Floren a o encontro Breastfeeding in the 40 A amamenta o previne o c ncer de mama e facilita o retorno do tero dimens o normal dentre outras benesses 4 O c digo regulamenta leites mamadeiras chupetas e outros produtos direcionados a lactentes a partir dos seguintes pontos chave as companhias n o podem promover seus produtos em hospitais lojas ou junto ao p blico em geral n o podem distribuir amostras nem brindes a m es hospitais ou maternidades n o podem promover seus produtos junto a profissionais de sa de nem promover comidas ou bebidas para beb s as vendedoras das companhias n o pod
76. de mamadeira chegue a ingerir cerca de 13 ppb dia h opini es m dicas que consideram o limite peri goso uma vez que os estudos de impacto n o inclu ram testes com humanos As press es em favor do banimento do BPA nas mamadeiras e embala gens de alimentos evocam centenas de estudos realizados nas ltimas d cadas que correlacionam a exposi o aos limites permitidos do pol mero ao aumento dos ndices de c ncer de pr stata e de mama diminui o da contagem de es permatoz ides puberdade feminina precoce efeitos neurol gicos semelhantes 175 M ichede Vargas Dispon vel em http gl globo com noticias ciencia 0 M UL470149 5603 00 html Acesso em outubro de 2009 163 Figura 126 A mamaderra vito riana mamadeira T ommee Tippee mamadeira Dr Brown s escova de limpeza de bico da mamadeira Second N ature e imagem do seu guia de Instru es Figura 127 F rmula qu mica do BPA e an ncio Go BPA free GO BPA FREE BABY BOTTLE SAMPLER ao d ficit de aten o e hiperatividade diabetes e obesidade em animais de labo rat rio 178 Por tais motivos em 2009 o Canad proibiu o uso de policarbonato na confec o de mamadeiras embora o American Chemisry Coundl associa o representante das maiores ind strias qu micas dosEU A defenda a seguran a do BPA e at argumente que ele traz benef cios sa de j que prote ge os consumidores de alimentos em lata do e
77. de produtos desrespeito s normas vigentes e talvez principalmente a compra por parte do consumidor Este afinal tradicionalmente confia na marca e muitas vezes desconhece as leis disci plinadoras que passam a vigorar sobre determinado produto a partir de um dado momento mais intenso do que a prov vel dissemina o dessas informa es ao p blico o enraizamento do h bito de consumir aquele produto mui tas vezes herdado de gera es anteriores A mamadeira um forte exemplo do n vel de estabilidade de consumo al can ado por um produto industrial Seu uso h muito est enraizado na cultura de v rias sociedades a despeito da altera o no consenso cient fico internacional que h mais de 30 anos a reconhece e aos leites industriais como respons vel por grande parte dos ndices internacionais de morbidade e mortalidade infantil U m c digo mundial de controle de leites artificiais mamadeiras bicos e chupetas foi capitaneado pela O rganiza o M undial da Sa de e mobiliza governos nacio nais e grupos transnacionais na concep o implementa o e fiscaliza o de con dutas de sa de e de controle da produ o industrial de tais produtos Entretanto a id ia de questionar a efic cia e aplicabilidade da mamadei ra nos soa muito muito estranha 4WUNSCH FILHO V NEVES H MONCAM E Amianto no Brasil conflitos cient ficos e econ micos Revista da Associa o M dica Brasileira S o Paulo vol 4
78. de turma no curso que fiz l me proporcionou a entrada na UTI neonatal e papos importantes durante os al mo os nos dias de evento Elisabeth Crivaro me demonstrou que plena mente poss vel alimentar um prematuro utilizando o copinho Sandra Pereira tirou minhas d vidas solucionou meu acesso s informa es Enfim essa gen te toda do IFF n o merece apenas agradecimento mas cr dito na tese Participando de muitas dessas reuni es e visitas estavam dois ex alunos M ari ana Ribeiro a menina do cabelo azul que um dia ao final de minha aula a firmou que montaria o posto de recolhimento de potes para doa o de leite humano na PUC e acabou envolvida na hist ria antes de mim desenvolvendo seu projeto de fim de curso sobre o tema as vezes os aliados t m cabelo azul Bebel e Tetusa N oguchi donas da loja Pilotis adotaram carinhosamente a caixa para doa o de potes que a comunidade PUC vem mantendo sempre recheada de doa es h mais de dois anos Ex aluno e aliado tamb m vem sendo Fernando Carvalho Era deleo projeto de colch o para incubadora que 209 motivou meu pedido a Selene de uma conversa no IFF raiz de tudo Com Fernando discuti cada passo do trabalho nos caf s semestrais que tom vamos pois ele fazia mestrado nos Estados U nidos e s aparecia nas f rias Fora o con tato por Internet Seus projetos sua postura profissional seu talento para o de sign e o comprometimento com os acenos da realidade me fizera
79. destino nascer dois ou tr s s culos mais tarde p 48 N o h como desmerecer tais palavras Exerc cios simples nos fazem i maginar hoje como deve ter sido rduo escrever com pena de ganso e b lis de boi ao inv s das pr ticas canetas esferogr ficas ou como ter que utilizar pele de reses n o nascidas para alcan ar uma espessura de p gina apta s escrituras na frente e no verso ou como n o contar com a luz el trica com o telefone com os meios de transporte modernos N o h como negar que esse progresso liber 37 tou o homem dos m todos antes empregados para os mesmos fins a fogueira o pombo correio a caminhada barcos ou cavalos Ent o Adam Smith colocaria nas m os de cada indiv duo a responsabi lidade pela melhoria de suas condi es de vida afirmando que o mercado fun cionaria tanto melhor quanto menor fosse a interfer ncia do Estado Para de o livre com rcio entre povos e na es seria de grande vantagem para todos e um elemento essencial de sua ideia de progresso Dupas 2006 p 48 Contra a interven o dos governos clamava tamb m W illian Goldwin acusando os co mo fonte de corrup o e partindo em defesa das massas oprimidas Goldwin e M althus respaldaram o surgimento do ide rio socialista ao qual passou a ser associado o conceito de progresso pelo trabalho de Saint Simon na Fran a e Robert Owen na Inglaterra se as institui es haviam sido respons veis por criar o v cio e a mis
80. desvendar algumas rela es entre o advento e evolu o da produ o industrial e as doutrinas pol tico econ micas dos s culos XIX eXX numa tentativa de tra ar um paralelo hist rico Complementarmen te se fez relevante o estudo dos conceitos de progreso desenvolvimento e liberda de no es que norteiam os caminhos da civiliza o permeando e mesmo justi ficando em larga medida a gera o de produtos industriais Em um segundo est gio o empenho da pesquisa foi direcionado a cons tituir um hist rico que pontuasse os momentos em que o design deparou com o referido cen rio enfrentando ora crises ticas ora la os de estreita parceria com correntezas pol ticas e econ micas A inten o foi a de sublinhar os pontos de interse o entre a rea espec fica do design e o complexo panorama em que ele atua Fez se imperioso tamb m o levantamento de dados sobre os recentes alertas em defesa do meio ambiente e as novas pol ticas empresariais da decor rentes assim como a contempla o da vis o dos consumidores e das tomadas de posi o do design perante o novo quadro As fontes foram muitas Al m dos estudos preparat rios para tentativas de ingresso em outros programas H ist ria Filosofia Ci ncias Sociais e Rela es Internacionais disciplinas foram cursadas na p s gradua o e assistidas como ouvinte na gradua o em diferentes departamentos Livros sites confe r ncias conversas e artigos jornal sticos r
81. diversas resist ncias e obst culos internos e externos rea e com eles de frontam se numa tal din mica de a o que merece a denomina o mais colo quial de luta O componente pol tico da express o assumido pela classe e por 194 todos os envolvidos na quest o pois se trata de um combate a uma cultura instalada na sociedade e a correntezas empresariais muito poderosas que apenas podem ser enfrentadas com transforma es de comportamento promovidas e respaldadas por medidas governamentais O componente ideol gico da express o tem o sentido de defesa dos direitos humanos sendo tamb m assumido pelos militantes da causa e por membros da sociedade que absorveram as condutas de apoio amamenta o Enquanto isso a rea profissional respons vel por configurar as mama deiras parece estar praticamente alheia ao problema dedicando se a modernizar o produto Como alterar tal quadro Como fazer com que os profissionais do de sign se inteirem da quest o e aceitem o desafio de conceber produtos coerentes com o paradigma cient fico alcan ado sobre a administra o de alimentos a beb s E para al m das mamadeiras como incluir na conduta estrutural desses profissionais a postura projetual de sempre refletir sobre a validade e adequa o de produtos em geral O exame da situa o sinaliza a necessidade de se dar um passo prelimi nar mesmo que seus resultados n o consigam alterar o quadro na velocidade e intensidade
82. do Dia Mundial do Consumidor 15 de mar o Reflexo tamb m de toda essa trajet ria foi a convoca o das empresas durante os anos de 1960 in corpora o das quest es sociais programas de qualidade de vida como valor 87 UNSAFE AT ANY SPEED Ta berro k bnon ei Ts ben nus Efsrictom bi bend Pose Figura 57 Ralph N ader seu livro e a capa da revista Time de 1969 que ilustra a grande reper cuss o alcan ada por sua atua o empresarial Esc ndalos como o dos efeitos da talidomida mesmo assim es pocaram naquela fase mobilizando a sociedade a assumir uma posi o cada vez mais combativa O advogado norte americano Ralph Nader liderou o movimento dos consumidores desvelando mazelas e processos obscuros encobertos pela imagem e pelo discurso de empresas Candidato presid ncia dos EU A em 2008 a biogra fia exibida no site de sua campanha informa que seus esfor os de mais de 40 anos ajudaram a criar um marco legal ag ncias reguladoras e normas federais que melhoraram a qualidade de vida de duas gera es de estadunidenses Gra as a ele afirma o texto hoje os norte americanos consomem comida mais saud vel respiram um ar mais limpo bebem gua mais pura trabalham em malhores am bientes e dirigem carros mais seguros Em 1965 publicou o artigo O carro segu ro que voc n o pode comprar seguido do livro Perigoso a qualquer velocidade onde relatava os defeitos de seguran a
83. do boicote N estl Figura 98 A o do Greenpeace contra adultera es detectadas em produtos distribu dos na sia Sede da N estl Su a 2002 M as apesar de tantas ocorr ncias a ind stria prossegue agregando novas empresas tendo se tornado a maior empresa do mundo em alimentos infan tis detentora de 82 do mercado americano Al m de apoiar congressos de pediatria por meio da atua o da Funda o Nestl outros projetos seus t m grande repercuss o na m dia Durante a 152 edi o do Rally dos Sert es a Funda o N estl Brasil levou o Programa N utrir s comunidades de pequenos munic pios do interior do pa s Nutricionistas culinaristas e educadores do Programa ministraram oficinas cu lin rias nas regi es onde aconteceu a prova A a o proporcionou que profes sores e merendeiras de escolas p blicas de Goi nia GO Palmas TO Cor rente PI Seabra BA Brumado BA C ndido Sales BA e Salvador BA pudessem ampliar seus conhecimentos em alimenta o saud vel e equilibrada al m de orientar tamb m familiares de alunos Em agosto de 2009 a N estl assinou um documento junto a 24 empre sas l deres na rea de alimentos e bebidas no Brasil no qual espontaneamente comprometia se a suspender os an ncios de seus produtos dirigidos ao p blico com menos de 12 anos Considerado um avan o pelas entidades de defesa do consumidor o documento veio acompanhado do compromisso de n o rea
84. do design da percep o de que seu potencial criativo e produtivo somado ao entendi mento das possibilidades de cruzamento de conhecimentos j acumulados po deria atender a novas demandas ampliando seu papel M as em breve um novo manifesto externaria nos moldes j conhecidos novas inquieta es dos designers com os c nones est ticos vigentes Memphis 1981 Considere o objeto de acordo com sua imagem n o sua fun o Confira uma leitura amb gua fun o O bjetive um resultado informal na forma geral dos objetos N o rejeite o redesenho Busque uma imagem contradit ria t o pesa da quanto leve Elabore o projeto de acordo com situa es n o convencionais Coloque junto partes diferentes m todo de Design da N ASA Introduza um elemento inesperado conceda um sentimento de suspense Fa a objetos cal mos po ticos introvertidos e levemente auto zombeteiros Lembre se das pa lavras antiguidade e natureza Pense nos objetos que s o diferentes uns dos ou tros s ries diferenciadas D aos produtos tanto um aspecto de of cio quanto de ci ncia computacional Introduza um total ou parcial bi ou tridimensio nal elemento ornamental Combine partes envernizadas com opacas Evite cantos vivos M anifesto M emphis Regras Segundo o professor Cl udio Lamas durante os anos de 1960 o funciona lismo dominava a produ o em design O estilo Braun parecia responder a todas as perguntas gerando al m
85. do incentivo Jo o cuidou da impress o dos volumes desta pesquisa de responsabilidade de M nica o fato de eu ter dado a guinada inicial para o tema que desenvolvi pois ela esteve na exposi o do MOMA de 2005 Safe Design takes on risk e a partir daquele cat logo que Jack Silber providenciou pra mim em Nova lorque tudo come ou a a contecer Foi Myrian tamb m que me apresentou a Maria In s Couto de Oliveira M arque uma conversa em sua casa e l nos perdemos em meio a extenso ma terial sobre as campanhas nacionais e internacionais que brotavam dos arm rios e gavetas A partir dessas informa es pude realizar meu primeiro artigo sobre o tema e seguir em frente de posse de alguma bagagem Um dia ap s nosso encontro eu vesti a camiseta de campanha pr amamenta o e fui andar na Lagoa sinal de ades o causa M uito me alegra sua presen a em minha banca cabe me agora abrir as minhas gavetas para retribuir tanta gentileza O artigo foi escrito e entregue a Rafael Cardoso como trabalho de disciplina A ele agrade o pela press o para que eu definisse o recorte de minha tese no momento adequado e pelo conte do tratado em suas aulas de H ist ria do D e sign no Brasil Aquelas aulas somadas s de Cl udio Lamas assistidas como ouvinte na gradua o lado a lado com meus alunos me forneceram enfim um conhecimento de H ist ria do D esign que eu n o possu a Cl udio me deu 210 dicas de leitura essenciais s
86. dos alertas Esse v nculo sem d vida inerente ao cunho comercial a que as duas reas est o ligadas mas tende a ser encarado como uma combina o indis sol vel onde os atores de alguma forma pensam poder se isentar de res ponsabilidades ticas gerando deforma es como as que G laser sinaliza Designers autores de livros M uitos designers preocupados com a quest o da tica profissional pas saram a escrever para al m de sua atividade projetiva As facilidades trazidas pela Internet ampliaram as possibilidades de dissemina o dessas obras e ideias Steven H eller atualmente professor da School of Visual Arts N ova l orque vem publicando uma s rie de livros empenhados em trazer pauta a discuss o sobre tica profissional Em dupla com a escritora e consultora de marketing V ronique Vienne organizou Citizen Desgner perspectives on desgn respong bility no qual os muitos autores convidados discutem a quest o da res ponsabilidade sob os ngulos social profissional e art stico A leitura do livro demonstra o quanto o assunto habita as preocupa es e produ es de muitos profissionais e pensadores do design como se h mui to tempo a discuss o morasse silenciosamente nos subterr neos da exuber ncia de produ es e discursos a que estamos acostumados mais coerentes com o interesse do sistema e da m dia Logo no primeiro cap tulo ao falar sobre a for a social e pol tica do design Katherine M
87. durabilidade porque n o somos consumidores exi gentes n o somos organizados e nossos governos n o defendem o consumidor contra as manobras do sistema industrial estrangeiro Corr a 1994 A exporta o de lixo da Inglaterra para o Brasil em julho de 2009 um exemplo de nossa leni ncia combinada com a vis o externa daquilo que aparentamos ser ficando patente que o comportamento das empresas de pa ses desenvolvidos fruto de coer o pelas leis que s o obrigados a obedecer e n o propriamente de uma filosofia empresarial D eduz se que a pedra de toque est mesmo na consci ncia do consumidor E que a consci ncia somente funciona com o monitoramento do Estado O C digo de Defesa do Consumidor brasileiro foi promulgado como lg em 1990 e em 2008 considerado por iniciativas semelhantes no exterior Dispon vel em www florestavivaamazonas org br Acesso em junho de 2009 3 Luciana Casemiro Selos que n o garantem qualidade O Globo 26 de mar o de 2008 Encontrados mais 25 cont ineres com lixo no Porto de Santos e material j chega a 670 toneladas D ispon vel em www agenciabrasil gov br noticias 2009 07 17 view 17 de julho de 2009 Acesso em julho de 2009 110 como um dos mais modernos do mundo O pa s foi o primeiro a promulgar uma lei dessa natureza no M ercosul inspirando outros pa ses A quest o vem evoluindo mas um caso emblem tico da diferen a en tre as situa es b
88. e a produ o industrial seja encoberto prolongado e incrementado Como a produ o de mamadeiras prossegue em seu curso normal o h bito de uso do produto obedece ao mesmo fluxo E como as mamadeiras continuam a ser pro jetadas a sortida oferta de modelos referenda a adequa o do produto a o de alimentar beb s Para que uma cultura sensata de consumo seja edificada as reas profis sionais diretamente ligadas aos lan amentos da ind stria n o podem permane cer alheias ao conhecimento cient fico alcan ado sobre esses objetos ou s evi d ncias de problemas por eles ocasionados sobre os consumidores N o caso das mamadeiras o design sem d vida uma das mais encravadas ra zes do pro blema Sem alterar essa raiz poucas ou mais remotas ainda ser o as chances de modificar este pavoroso quadro 6 2 A avalia o peri dica da produ o industrial como princ pio tico e est gio metodol gico no ensino de design Todo o esfor o empreendido nesta pesquisa teve por objetivo reunir ar gumentos que demonstrassem o qu o imperiosa a necessidade de corrigir a despreocupada ou involunt ria neglig ncia dos designers com rela o aos frutos de seu trabalho O fato de sermos tamb m consumidores e assim estarmos como membros da sociedade abertos s influ ncias da cultura industrial e de 209 Revista PRO TESTE n 85 p 26 28 O utubro de 2009 210 D entre os modelos analisados apenas um correspondia ao grupo de
89. e mu ulmanos impedem que as mulheres se dirijam a centros de sa de sem a companhia de um homem Situa o M undial da Inf ncia Unicef 2008 p 20 Na frica M eridional a AIDS a principal respons vel pelas mortes materna neonatal e infantil Em Botsuana cerca de 1 em cada 4 indiv duos entre 15 e 49 anos est infectado com HIV e um ter o das gestantes s o portadoras do v rus O que determina risco de contamina o para o rec m nascido se ele for amamen tado Na ndia a maioria dos indiv duos continua a defecar a c u aberto n o devido falta de acesso a banheiros mas primariamente porque n o veem raz o para modificar seu comportamento uma vez que a conscientiza o sobre os riscos de sa de associados limitada ou ignorada p 75 Na Lib ria antes do conflito que se estendeu de 1989 a 2003 havia gua limpa dispon vel nos grandes centros mas a guerra destruiu a maioria dos sistemas de abastecimento canalizado p 24 O relat rio da UNICEF registra a ocorr ncia de condicionantes que se interp em pratica da amamenta o tamb m nos pa ses desenvolvidos embora por raz es bem diversas Nos EUA a amamenta o em p blico frequente mente coibida possivelmente por influ ncia da heran a cultural puritana co mo ilustram os casos a seguir N os sal es da Starbuks em M aryland a uma m e que amamentava seu filho lhe foi solicitado que o fizesse no banheiro ou cobris se a crian a c
90. e para a redu o das desigualdades sociais levando as inova es tecnol gicas sociedade como um todo movimentando assim a economia capitalista e resultando em desenvolvimento Mas o que se constata que a engrenagem econ mica faz com que isso se d de forma segmentada ou seja um alto n vel de qualidade em produtos dirigidos aos ricos e outro muit ssimo aqu m deste nos destina dos aos pobres Produtos de luxo produtos para a classe m dia alta a m dia m dia para a m dia baixa sendo que o investimento em projetos j pressup e custos que tendem a impossibilitar a dedica o do design a produtos populares salvo por meio de incentivos do governo Prosseguindo com o racioc nio existem pois camadas da popula o apartadas do acesso a produtos de qualidade a transporte de qualidade lazer conforto Exclu dos e inconformados alguns desses indiv duos podem obrigar se a sacrif cios os mais diversos e outros podem valer se inclusive de m todos il citos para obter produtos que eles imaginam t m o poder de inclu los soci almente conferindo lhes status O s m todos il citos incluem a viol ncia sob as mais variadas formas O objetivo a posse for ada o roubo de produtos ou a compra dos melhores produtos roubo de dinheiro para adquirir produtos e a ambi o sempre por mais posses tende a provocar a flacidez moral que viabili za a corrup o em qualquer setor da sociedade O design projeta v rios desses pr
91. eles podem ser um alimento infantil perfeitamente ade quado dos leites na maior parte do Terceiro M undo fazia com que os leites artificiais pudessem ser de fato classificados como assassinos O texto tamb m deixava claro que seu objetivo n o era provar ser de ex clusiva responsabilidade da ind stria de alimentos infantis o quadro que de nunciava O modo de vida civilizado envolvia complexos fatores que condu ziam as sociedades a adotar comodidades modernas coerentes com o fen meno de urbaniza o Para fornecer uma perspectiva do problema M uller demonstrava a es treita rela o entre desmame precoce e doen a associada ado o de substitutos do leite humano H muitas evid ncias de que a diarreia mais frequente e s ria nos mal nutridos do que em beb s e crian as bem nutridas e que a diar reia favorece a m nutri o porque reduz a ingest o e absor o do alimento M uller 1995 p 18 O Kwashiorkor m nutri o aguda muitas vezes veri ficado em crian as com menos de 12 meses de idade Primeiro o aumento do peso do beb se det m depois come a a cair e a crian a cada vez mais se parece com um pequeno velhinho atrofiado condi o co nhecida como marasmo Quando a nutri o da crian a atinge esse estado ela se torna mais suscet vel infec o estabelecendo se um c rculo vicioso no qual ela se torna mais propensa a ter doen a diarreica O marasmo o mal que mais
92. em www ibfan org art 538 2 pdf SANTOS Jair L cio Ferreira WESTPHAL Marcia Faria Pr ticas e mergentes de um novo paradigma de sa de o papel da universidade Scielo S o Paulo 1999 Dispon vel em www sclelo br scielo php pid S0103 script Em abril de 1999 221 SILVA Luciana da Silva Liberalismo pol tico e cidadania no Brasil Revista Para iwa Jo o Pessoa n 4 2003 Dispon vel em http www cchla ufpb br TRIGUEIRO Andr Relat rio do IPCC uma bomba de efeito mo ral Instituto Humanitas Unisinos Dispon vl em Wwww lhu unisinos br Em 3 de fevereiro de 2007 TYAGI Sandeep Um chin s ensaio sobre Shi Jinsong Artistas D is pon vel em http www digartigo com Sobre Shi insong U m chin C 3 AAs Artisas 356013 Em 14 de agosto de 2009 VARGAS Michele Mamadeira sem Bisphenol A G1 Globo com Dispon vel em http gl globo com noticias ciencia 0 M UL470149 5603 00 html Em 7 de abril de 2009 Artigos n o assinados em sites Amamenta o O PAS Dispon vel em www opas org br Em junho de 2003 e www who int nut db bfd htm Amamenta o e Puritanismo nos EUA CBC Dispon vel em www cbc ca Em 19 de maio de 2007 A ordem dos peitos altera o produto Pais amp Filhos Dispon vel em Www revistapaisefilhos com br Em janeiro de 2010 Atualidades em amamenta o n 40 41 IBFAN Dispon vel em www ibfan org br documentos aa aa40 41 Em agosto de 2006 Aumenta press o para que B
93. empres rios com pequenas diferen as e isso gera aumento de empregos de oportunidades e de poder aquisitivo ativando a eco nomia Schumpeter apontava que quando tais inova es s o incorporadas pelos h bitos de consumo ocorre uma diminui o nos investimentos e esta provoca queda nas taxas de crescimento da economia acarretando per odos de recess o N o estar amos pois em um momento de recess o no que tange pro du o de mamadeiras em que esteja valendo a pena investir na cria o de no vas formas para alimentar beb s alternativamente e tamb m na cria o de ou tros produtos que apoiem a amamenta o 2 6 M esmo que nada disso seja poss vel no momento ou num futuro pr ximo temos a universidade como recurso D esign um curso de n vel superior A forma o de designers se d por interm dio do seu acompanhamento acad mico por diferentes professores durante quatro ou cinco anos de estudos Esse per odo suficiente para que trabalhar a estrutura profissional do estudante A 215 Paradoxalmente quando se fala em produtos n o ticos s o citadas armas e cigarros nunca mamadeiras 216 No m nimo o termo destrui o criativa cai como uma luva para o caso 205 universidade um territ rio para o pensamento livre N o h contratos empre sariais que restrinjam os rumos das pesquisas l desenvolvidas Espera se da universidade a pr tica permanente do pensamento cr tico a gera o de conhe
94. ensino e na pr tica de design pode se dizer que as seguintes etapas metodol gicas s o percorridas levantamento de dados incluindo levantamento e an lise de produtos an logos diagn stico do entorno da demanda de proje to gera o de alternativas ado o de partido desenvolvimento do partido ado tado experimenta o e conclus o A fala dos professores acerca da metodologia entretanto sinaliza uma falha estrutural intimamente ligada inclus o dos profissionais na cultura do objeto e na l gica do consumo assim como se estivesse faltando um peda o na metodologia que a gente sempre aplicou no ensino de se aprofundar mas com todo o cuidado e aten o e coragem pra entender pra que estou projetando que a o estou proje tando abstrata n o dar mamadeira ao meu filho alimentar uma crian a e investigar a alimenta o da crian a e n o come ar como a gente faz vendo todas as outras mamadeiras Porque a ideia que se tem de que a mamadeira um produto insuspeito penso nessa ideia que temos que projetar para es e n o mandar aluno fazer um produto n V amos fazer uma lumin ria Vamos fazer uma mamadeira projetar para a a o de iluminar de alimentar beb s com todo um processo de investiga o Complementando isso n o uma quest o de se resolver o produto em si pra se ver o problema numa vis o sist mica ampla n o projetar uma mamadeira e
95. equa o que pode ser auxiliada no n vel do senso comum pelo aumento do conhecimento que se tem sobre as pro priedades do leite humano e pela conscientiza o acerca dos impactos provoca dos pelo uso do leite em p em mamadeiras No n vel espec fico do design a contribui o pode ocorrer por uma auto cr tica profissional sem reservas a um produto projetado por designers e dado como insuspeito acompanhada de um debate t o amplo quanto poss vel sobre a quest o 155 o Conhecendo e refletindo sobre a complexidade dos pro cessos e meios empregados para alimentar beb s Este cap tulo faz um close no objeto da pesquisa Em primeiro lugar haver um levantamento de informa es relativas ao processo da amamenta o e s propriedades do leite humano Logo depois se r o reunidas not cias sobre o leite em p divulgadas pelas ind strias junto popula o para que os dois conte dos sejam confrontados A seguir ser o lista dos alguns dos impactos provocados pelo sistema de alimenta o artificial sobre as crian as a cultura e o meio ambiente E aproximando ainda mais o close ap s a an lise dos modelos de mamadeira selecionados ser o apresentados os resultados obtidos na consulta coletiva feita junto a professores de design sobre a toda a quest o 5 Leite humano leite em p preciso compreender o processo da lacta o e transitar tamb m por da dos bioqu micos para entender o que motiva a luta
96. equali za o da fun o profissional com a necessidade de racionaliza o do consumo realizar um estudo que ilustre o grau de implanta o de produtos in dustriais na cultura contempor nea sob o ngulo da pesquisa em design ele gendo a mamadeira como objeto referencial Espec ficos Reunir argumentos que justifiquem a inclus o da quest o como pol tica estrutural do ensino universit rio de design auxiliar a divulgar a luta mundial pelo resgate da pr tica da amamen ta o e do trabalho e pesquisa realizados sobre a questao Unir esfor os de pesquisa aos de profissionais da rea da sa de na bus ca por caminhos que promovam e apoiem a pr tica da amamenta o 12 1 M etodologia de pesquisa O m todo empregado para o desenvolvimento da pesquisa decorre da inten o de defrontar o design com a complexidade do cen rio contempor neo para o vislumbre de potenciais participa es mais comprometidas da atividade com os acenos da atualidade O contexto de origem da atividade e toda a sua trajet ria hist rica precisaram assim ser abordados para a visualiza o das causas e efeitos do trabalho do designer sobre esse cen rio O ponto de partida foi assumir o produto de design como co gerador de uma cultura social resultante das rela es pol ticas e econ micas que a viabi lizaram Para tanto foi necess rio recorrer a fontes de refer ncias de diversas reas do saber Esta pesquisa se dedicou a
97. ex pressando sua excita o por inseri la nos h bitos de alimenta o de seus beb s Cr tica Pr mios de design e de medicina t m agraciado projetos de mamadeiras como se elas n o oferecessem risco algum s crian as Mas os hospitais publicos dos pa ses signat rios da alian a internacional em prol da amamenta o pro bem a entrada do artefato em suas depend ncias As ind strias de leites artificiais tradicionalmente mant m rela o muito pr xima com profissionais da rede privada de sa de fornecendo lhes facilidades brindes e promo es Goldemberg 1989 O n vel de enraizamento do produto na cultura t o alto que a ades o s novidades realmente poder se dar com excita o revelia da extensa quantidade de informa o dispon vel sobre os problemas por ele provocados ne lts a natural DBW Design O canudo interno apresentado como uma solu o tecnol gi ca que evita bolhas de ar De di metro muito pequeno exige higieniza o com uma escovinha muito fina presente na imagem da esquerda frente das ma madeiras direita setas indicam como o processo de d envolvendo razo vel quantidade de pe as para garantir o funcionamento do sistema O tratamento gr fico sugestivo da forma de funcionamento do produto e faz refer ncia gr fica natureza emprego de formas org nicas H que ser reconhecida a apa r ncia de produto m dico neste modelo fato n o constata
98. existir para n s depois de adquiridos e recontextualizados em nosso uni verso individual transformando se em uniformes escolares ou em belos vestidos para congra amentos familiares Al m disso muitas coisas aconteciam distante do olhar e do saber dos membros da sociedade consumidora para quem a es cravatura n o representava uma novidade ou necessariamente um absurdo Foi nesse cen rio que surgiu a ind stria das m quinas de costura nos E s tados U nidos W heller and Wilson 1856 baseada nos m todos de produ o de armas de fogo com pe as padronizadas que poderiam ser trocadas na even tualidade de um defeito e tecnologia de perfura o e torneamento de pe as met licas Os processos empregados n o eram inteiramente industriais pois al m de quase todas as pe as necessitarem de acabamento manual partes do processo de fabrica o eram realizadas m o processo europeu A Singer despontou em 1867 como sua maior concorrente alcan ando em 1880 a produ o de 500 mil m quinas por ano Ela representa at hoje a marca que fixou na mem ria de muitas gera es um fazer artesanal de roupas viabilizando a produ o manufatureira dom stica a partir de elementos indus trializados a m quina de costura e o tecido Assim a explora o de negros e oper rios produzia paradoxalmente a liberdade de confeccionarem se vestimen tas num processo mais racionalizado para vestir a fam lia ou abrir confec es que geravam rend
99. fam lia em novo con texto tecnol gico e tnico O cartaz da campanha M adrinhas conta com a foto da atriz Isabel Fillardis e seu filho A mensagem textual Aleitamento materno uma forma muito especial de comunica o seguida por D s leite de peito ao seu filho at os seis meses Em 2002 o cartaz da W ABA representa as caracter sticas multiculturais dos personagens sob a frase Amamenta o m e e beb s saud veis traduzida sem altera es para o cartaz nacional que acrescentou bandeirinhas de S o Jo o imagem procurando conceder lhe tra os brasileiros Cl udia Rodrigues e sua filha s o as personagens da campanha da SBP que naquele ano parece n o ter contado com a parceria do Minist rio da Sa de O texto Amamentar dar ao seu beb sa de em forma de amor seguido por At os 6 meses d apenas leite de peito ao seu filho D epois comece a dar alimentos variados mas conti nue amamentando at 2 anos ou mais A ilustra o empregada pelo cartaz internacional de 2003 traduz as di versas express es culturais do aleitamento O dogan Amamenta o num mun do globalizado por paz e justi a foi vertido no cartaz brasileiro para Ama menta o e globaliza o No cartaz da campanha M adrinhas os g meos de Luiza Thom mamam em posi o adequada e o dogan foi transformado para Amamenta o sa de e paz para um mundo melhor e D s o leite de p
100. frutos ao mesmo tempo modernos e eternos O u seja por interm dio da m quina fazia se poss vel gerar formas abstratas de entendimento universal Sob essa atmosfera simultaneamente Revolu o na R ssia surgia na H olanda o movimento De Stijl liderado por Theo van D oesburg e Piet M on drian que elegia linhas horizontais e verticais tr s cores prim rias e tr s cores n o prim rias como elementos de um novo vocabul rio visual e arquitet nico porta voz do desejo de integra o social universal DE STIJL 1917 Holanda Existe uma antiga e uma nova consci ncia em nos sa era A antiga se dirige ao individual A nova se dirige ao universal A luta do individual contra o universal pode ser verificada tanto na guerra mundial quanto na arte moderna A guerra est destruindo o velho mundo pelo seu conte do predomin ncia individual em todos os campos A nova arte tem tra zido para a luz a nova consci ncia da era uma rela o equalizada entre o uni versal e o individual Eles os artistas de todo o mundo portanto simpatl zam com todos aqueles que lutam espiritual ou materialmente pela forma o internacional da vida da arte e da cultura Bauhaus 1919 arte e artesanato Era anseio de expressiva parte da intelectualidade europ ia que a arte in fluenciasse a cultura sendo absorvida pela sociedade como um elemento da vida coletiva Mas para tanto segundo os princ pios econ micos de Kasimir M alevi
101. ganharam for a de den ncia e novos boicotes foram organizados Em 2007 ap s a identifica o de novas viola es a Baby M ilk Action disponibilizou em seu ste todo o material necess rio ades o a um novo boicote N esl Par dias gr ficas com o simbolo da empresa alteraram seu nome para s rdido nasty O produto NESCAF o caf sol vel mais vendido em todo o mundo foi igualmente foco das campa nhas de boicote Em mar o de 2008 em raz o do grande n mero de casos de v mitos e diarreia em beb s na frica do Sul a N estl fez chamada de recall para a f rmula infantil produzida nas f bricas da regi o ap s identificar taxas excessivas de co bre ferro e zinco na constitui o do leitet Em junho de 2002 o Greenpeace executou uma a o em frente sede da N estl na Su a ap s sucessivas constata es quanto presen a de ingredientes geneticamente modificados em produtos produzidos na sia 130 Por ironia no Brasil depois que as maioneses adotaram embalagem inteiramente pl stica justamente o pote do NESCAFE o mais adequado para o recolhimento e armazenamento das doa es de leite materno com seu corpo de vidro e a tampa de rosca pl stica 131 Nestle recalls South Africa infant formula Dispon vel em www reuters com 12 de mar o de 2008 Acesso em agosto de 2009 131 Figura 96 Par dias gr fi cas ao simbolo da N estl Figura 97 Sacolas de divul ga o
102. gica era estabelecida entre a ideia de progresso e os sentimentos nacionalistas outorgando s m quinas um poder inovador e irrefre va verific vel nos manifestos das vanguardas art sticas europ ias CUBISM O 1907 Espanha Fran a A geometria est para as artes pl sticas as sim como a gram tica est para a arte de escrever Hoje os cientistas n o se at m mais s tr s dimens es da geometria de Euclides O s pintores foram leva dos naturalmente e digamos intuitivamente a se preocuparem com as novas medidas poss veis do espa o que na linguagem figurativa dos modernos s o in dicadas todas juntas com o termo de quarta dimens o Assim da forma como se oferece ao esp rito do ponto de vista pl stico a quarta dimens o seria gerada pe las tr s dimens es conhecidas E la representa a imensid o do espa o que se eer niza em todas as dimens es num movimento determinado o pr prio espa o a dimens o do infinito e d plasticidade aos objetos FUTURISM O 1909 It lia Declaramos que o esplendor do mundo foi au mentado por uma nova beleza a beleza da velocidade Queremos glorifi car a guerra a nica higiene do mundo o militarismo o patriotismo o ato destrutivo dos anarquistas as belas ideias pelas quais o indiv duo morre Lan amos da It lia para o mundo este nosso manifesto de viol ncia irre fre vel e incendi rio porque queremos libertar esta terra do f tido c n
103. ike em seu umbigo dezembro de 1977 Klein 2002 p 76 2 A vida f rtil de uma mulher corresponde ao tempo em que ela menstrua cerca de 38 anos dos 12 aos 50 se ela utilizar 10 absorventes higi nicos por m s durante 456 meses 12 X 38 ter o sido usados 4 560 absorventes a seguir jogados no lixo Em raz o da polui o ambien tal gerada apenas por esse produto em todo o mundo v m sendo concebidos absorventes reuti liz veis como o Abiosorvente desenvolvido por alunos e professores dos D epartamentos de G eografia e D esign da PUC Rio M as cabe perguntar de quantas mulheres formado o grupo que optou por adot lo 32 s o apenas sinalizadoras dos problemas que a liberdade proporcionada pela cultura industrial vem causando em muitos casos Por m a inoc ncia preten samente guardada ainda na superf cie das coisas materiais n o suficiente para nos isentar do contato direto com quadros sociais e ambientais extrema mente preocupantes para n o dizer deprimentes e imobilizadores N essa atmosfera surgem ideias e atitudes que visam a contemporizar a inevitabilidade dos intensos fluxos econ micos tentando resgatar nosso interes se pela sociedade e o meio ambiente ambos em ritmo acelerado de depreda o N esse sentido a Terceira Via a ser abordada a seguir surgiu como proposta provocando ora grande controv rsia ora descr dito por apresentar se como uma alternativa a partir da realidade neoliberal instalad
104. industriais est o associados a con juntos de reas profissionais Um instrumento cir rgico por exemplo est as sociado medicina enfermagem qu mica engenharia de materiais ao design etc coerente que iniciativas de concep o produ o e poss vel reavali a o de produtos relacionados a essas reas contem com a participa o de seus profissionais D iante de tudo o que foi aqui exposto sobre as mamadeiras preciso ressaltar que mais do que a ideia de co autoria acompanhamento ou avalia o indispens vel haver claros valores regendo a forma o e a atua o dos profis sionais de todas as reas relacionadas aos produtos A ades o dos designers a correntezas de mercado e de consumo que concedem status de efici ncia ao produto tende a atuar como motor de propul s o do processo de perman ncia da mamadeira como meio seguro de alimen tar beb s Se ao contr rio sinalizassem a exist ncia dos problemas estariam contribuindo para que as consequ ncias do uso da mamadeira fossem freadas ou desaceleradas reas da sa de v m capitaneando os esfor os pr amamenta o e traba lhando com as redes montadas pela sociedade civil para monitorar os c digos de controle de comercializa o de produtos como o leite em p e as mama deiras al m de realizar intenso esfor o de treinamento profissional para a implanta o das diretrizes da OMS nas pr ticas m dicas Apesar disso enfren tam
105. inseguran a no emprego a aliena o da juventude a perda progressiva de valores tradicionais e problemas econ micos cr nicos como a infla o O projeto pressupunha que era poss vel entender o mundo como um sistema e analis lo como um todo O resultado foi um relat rio publicado pela primeira vez em 1972 The Limits of Growth que defendia vigorosamente a necessidade de se conquistar um equil brio global baseado em limites ao crescimento da popula o no desenvolvimento econ mico dos pa ses menos desenvolvidos e em uma aten o redobrada aos problemas ambientais M argolin 1998 p 40 O relat rio deu a partida numa s rie de outros importantes trabalhos de diversas comiss es internacionais dentre os quais o relat rio Our common futu re ONU e Comiss o de M eio Ambiente e D esenvolvimento Victor M argolin 77 A organiza o foi fundada em 1968 por iniciativa do industrial italiano Aur lio Peccei 100 aponta que toda esta produ o resultou na promulga o do que ele denomina um modelo de equil brio para o mundo cuja premissa a finitude dos recur sos naturais e consequentemente um ecossistema de equil brio delicado ten d ncia de pensamento que gerou os partidos verdes europeus e norte americanos e a mobiliza o das N a es U nidas para o tema Em oposi o a tal modelo entretanto est uma economia global emer gente que depende da continuidade do crescimento determinando uma ten d ncia c
106. interior de um nibus veloz contra o senti do do movimento segurando nas al as dos bancos Inicio os agradecimentos citando Selene Afonso que l no comecinho disso tudo me apresentou s pessoas do Banco de Leite e seguiu intermediando no vos encontros e me incentivando muito sempre U ma nova grande amizade Q uando me encontrei com Jo o Apr gio no IFF eu nem desconfiava que a pesquisa fosse tender pra esse lado mas de cara entendi que aquele lugar era o lugar e que as pessoas dali me interessariam muito Jo o em meio aos seus muitos compromissos conseguiu me oferecer uma aten o sempre tranquila e amiga me incluindo calorosamente em seu grupo assim que me decidi por a derir a esta quest o de estado N ada teria acontecido entretanto se Franz N ovak em seu laborat rio n o tivesse me contado sobre os males causados pela mamadeira me emprestado seus livros me explicado com toda a paci ncia como manipular um leite para entregar pediatra da UT neonatal que aguardava na porta para lev lo a um beb prematuro internado No IFF me deram chance de chegar pertinho da rotina de v rios setores Essas duas figuras Jodo e Franz formam uma dupla real de super her is e tenho muito orgulho de conhec los M as como Jo o tantas vezes refor a super her is n o existem Um mundar u de gente se dedica todos os dias a fazer aquilo tudo acontecer Posso citar al gumas dessas pessoas N ina Savoldi colega
107. j atuantes dentre elas a Liga Internacional do Leite LLL a IBFAN e a Associa o Internacional dos Conselheiros da Amamenta o IL CA Assim em 1991 foi fundada a WABA World Alliance for Breastfeeding Action coaliz o de pessoas organiza es e redes cujo objetivo perseguir os alvos estabelecidos pela D edara o de Innocenti Com sede na M al sia a W ABA tem representa es locais nos territ rios dos pa ses signat rios e a fim de estabde cer ritmo e frequ ncia para a mobiliza o que lhe cabe capitanear lan ou a Semana M undial de Alatamento M aterno Anualmente a W ABA estabelece um tema que norteia as atividades de profissionais da rea da sa de de rg os governamentais e n o governamentais empresas governos e popula o Siqueira e Toma 2002 p 268 44 O texto sobre a D edara o de Innocenti em grande parte transcrito de sua reda o original Dispon vel em www unicef org brazil innocenti htm Acesso em julho de 2009 8 OsD ez Passos foram transcritos do artigo de Ara jo e M aranh o In Rego 2002 p 318 63 Percorrer os temas das campanhas da SM AM uma forma de conhecer as a es empreendidas pela luta internacional desde o in cio das Semanas 1992 Baby Friendly H ospital Initiative A campanha abordou a iniciativa lan cada pela OM S U N ICEF de certifica o de hospitais que apoiem o aleitamento materno Para receber a titula o o hospital deve colocar em pr tica OsD ez Pa
108. m exibiam figuras femininas amamentando A persist ncia do mesmo tipo de composi o est presente tamb m em mensagens institucionais de incentivo ao aleitamento no Brasil aparentemente desvinculadas da campanha da W ABA Os dogans do M inist rio da Sa de que 154 Atualmente as cadernetas de sa de da crian a vacina o v m com seis p ginas dedicadas ao incentivo ao aleita mento materno 155 Dispon vel em www portalms com br aleitamento materno 959556646 htm l 4 de agosto de 2009 Acesso em setembro de 2009 143 Ts um Direito Humano Figura 111 Cartazes dos anos de 1990 e dein cio dos anos 2000 detalhes dos dogans do Governo Federal assinam os cartazes s o refer ncia no cartaz cujo texto O direito de mamar sagrado o dogan Brasil em a o demarca o final dos anos de 1990 no cartaz seguinte o dogan Trabalhando em todo o Brasil demarca o in cio dos anos 2000 Aqui vale a indaga o sobre se haveria imagem mais adequada do que a da m e amamentando seu filho ao seio para uma ampla campanha de incentivo ao aleitamento materno pois o trabalho gr fico desenvolvido pela W ABA para as SM AM s embora n o atinja n veis irretoc veis de beleza procura expressar uma busca de paradigmas visuais que incluam a mulher na complexidade de seu contexto como veremos adiante Segundo M aria In s Couto de O liveira membro da IBFAN Brasil e ex Coordenadora do Grupo T cnico Interins
109. micos Revista da Associa o M dica Brasileira vol 47 no 3 S o Paulo Dispon vel em www scielo br Em jul set 2001 GROPIUS W Manifeto da Bauhaus 1919 Disponivd em Www bravus net manifesto bauhaus Em abril de 2009 DECLARA O DE INNOCENTI Dispon vel em www unicef org brazil innocenti htm Em 1981 JUSTE M Aleitamento materno previne obesidade em crian as G1 Globo com Dispon vel em gl globo com N oticiasy Ci ncia Em 11 de outubro de 2008 MACHADO Joao Luis Almeida As condi es de trabalho na Revolu o Industrial depoimentos reunidos Dispon veis em Www planetaeducacao com br MAIA Jos Benedito de Zarzuela D esenvolvimento econ mico verbe tel Dicion rio de Diretos Humanos Dispon vel em www esmpu gov br tiki index php Em 31 de julho de 2006 226 MARINETTI F T Manifesto Futurista Paris Le F garo 1909 Dis pon vel em http www code4557687196 bio br arquivos manifesto fu turistal909 paf M ARQUES Hugo Governo troca mistura nutricional consagrada h d cadas por produtos industrializados Yahoo groups Dispon vel em br dir groups yahoo com group escolademisterios 80 Em 20 de outubro de 2007 M ARX Karl Discurso inaugural da Associa o Internacional dos T ra balhadores 1864 La Bataile Socialiste Dispon vel em http bataillesocialiste wordpress com MORAES Anamaria de Quando a primeira sociedade de ergonomia faz 50 anos a IEA chega aos 40 a Associa
110. mundo 11 de novembro de 2008 D ispon vel em http g1 globo com N ot cias M undo Acesso em agosto de 2009 121 M ostra londrina exibe cartazes pr amamenta o 5 de maio de 2008 Dispon vel em www bbc co uk Acesso em setembro de 2009 122 F rmula Fix 1989 Dispon vel em www youtube com watch Y Y Q U 43T dLYrE Acesso em setembro de 2009 124 ram que o n mero de crian as doentes aumentou para 53 mil em sua maioria menores de dois anos de idade A subst ncia utilizada para simular o aumento de prote nas provoca o aparecimento de c lculos respons veis por falhas agudas no sistema renal Investiga es apontaram que 22 marcas de leite em p estavam adulteradas pela subst ncia dentre elas Sanlu Yili Mengniu Nestl Dutch Lady e Mr Brown Institutos de controle de alimentos na U ni o Europeia pedi ram testes rigorosos em produtos importados em cuja constitui o mais de 15 de leite em p estivessem presentes como biscoitos balas de caramelo e chocolates temendo risco para as crian as Sob o impacto do acontecimento a IBFAN lan ou a campanha One M illion Campaign a partir do seguinte texto M ilh es de beb s se adoentaram seriamente na China por terem consumido leite contaminado por melamina e alguns morreram Estes beb s n o foram amamentados porque as companhias de alimentos convenceram suas fam lias de que seus produtos eram melhores do que o leite materno as mulheres n o tiveram apoio necess
111. na problem tica para que os eventos sejam alocados no tempo e no espa o O relat rio The baby Killer reportava as diversas a es da N estl e de ou tros fabricantes de f rmulas em pa ses do Terceiro M undo at 1974 N esse ano o relat rio foi traduzido na Su a pelo Grupo de A o para o T erceiro M undo de Bern AgD W com o t tulo N esl t tet Babies N etl mata Beb s gerando um processo da empresa contra o grupo por difama o Segundo o artigo Nestl A The Case of the Dying Babies publicado na revista International M arke ting a empresa desfrutava de muitas facilidades de marketing e produ o de seus produtos no Terceiro M undo o que inclu a poca 19 f bricas em dez pa ses africanos Em meio ao processo um ativista defendeu a ideia de que a quelas f rmulas n o poderiam ser entregues diretamente s m es devendo ser vendidas em farm cias a partir de prescri o m dica A resposta do diretor co mercial da Nestl foi Ningu m sugeriu que o vinho seja vendido em farm cias com prescri o de m dicos pelo fato de milh es de pessoas o beberem e algumas vezes isso causar acidentes fatais Em junho de 1976 a justi a deu ganho de causa empresa na a o de difama o que impetrou contra o Grupo de Bern relativa ao t tulo do livro sob o argumento de que a responsabilidade pelas mortes n o era da N estl mas sim da falta de higiene empregada na utiliza o de seus produtos A
112. na Pol nia que passou de 1 5 em 1988 para 17 em 1995 Su cia de 55 em 1992 para 61 em 1993 e Arm nia de 0 7 em 1993 para 20 8 em 1997 O s dados para a Regi o das Am ricas indicam que a porcentagem de crian as que chegaram a mamar em algum momento alta em alguns pa ses Chile 97 em 1993 Col mbia 95 em 1995 Equador 96 em 1994 Por outro lado as taxas de amamenta o exclusiva at os 4 meses ainda que altas se comparadas com outras regi es s o mais modestas e est o caindo Bol via 59 em 1989 e 53 em 1994 Col mbia 19 em 1993 e 16 em 1995 Rep blica D ominicana 14 em 1986 e 10 em 1991 A amamenta o se inscreve em num cen rio mais amplo o da mortalidade infantil indicador do n vel de desenvolvimento dos pa ses e uma evid ncia elo quente de suas prioridades e de seus valores de acordo com o relat rio Situa o M undial da Inf ncia 2008 da Unicef Segundo o documento o investimento dos governos na sa de das crian as e de suas m es representa a defesa de um direito humano e tamb m uma s lida decis o econ mica No ano 2000 a ONU analisou os maiores problemas mundiais estabe lecendo oito O bjetivos de D esenvolvimento do Mil nio quais sejam acabar com a fome e a mis ria prover educa o b sica de qualidade para todos a i gualdade entre sexos e a valoriza o da mulher reduzir a mortalidade infantil melhorar a sa de das gestantes combater a AIDS a mal r
113. na comunica o p blica H ollis 2001 p 13 A experi ncia da Segunda Guerra traria importante est mulo para o sur gimento da rea como descreve J orge Frascara Os materiais did ticos projetados para as for as armadas mediante os quais o militar devia aprender bem e rapidamente o manejo de aparatos b licos caros complexos e perigosos tiveram um forte impacto na import ncia dada compreensibilidade do design da apresenta o visual de informa o A educa o especial e a educa o a dist ncia tamb m contribu ram para esse desenvol vimento Estes eventos que tiveram lugar fora da pr tica habitual do designer gr fico exerceram uma importante e positiva influ ncia sobre a evolu o da e fici ncia comunicacional Frascara 2000 p 43 44 Em Ulm o tema fez parte das pesquisas de cunho cient fico produzidas na escola o que levou tais preocupa es a al arem o posto de fundamentos para projetos de design gr fico e tratamentos visuais de produtos M uitas realiza es se seguiram dentre as quais o projeto de picto gramas para os Jogos O l mpicos de M unique em 1972 por Otl Aicher at que o termo Design de Informa o ou Infodesign se consolidasse em 1979 com a publica o do Information Desgn Journal Segundo Rob W aller o ID possibilitou a conflu ncia de interesses de uma comunidade formada por designers professores e pesquisadores cujos trabalhos permaneciam esparso
114. na imagem a seguir percebe se que a tampa da garrafa de vidro era atravessada por uma esp cie de canudo estreito imposs vel de lavar fazendo com que sua higiene fosse frequentemente relegada ao ponto da n o exist ncia 8 O processo de urbaniza o decorrente da economia industrial viria re volucionar a economia e as rela es sociais trazendo expressiva contribui o ao tema alimenta o infantil Em 1867 iniciou se a produ o da farinha l ctea T ermo empregado por Almeida 1999 18 De acordo com o artigo The not so friendly bottle Dispon vel em www babybottle museum co uk murder htm Acesso em abril de 2009 18 primeiro alimento artificial do mundo segundo seu criador H enri N estl Sul a Em 1873 foram vendidas 50 000 caixas de alimentos de leite da N estl na Europa Estados U nidos Argentina M xico e ndias N eerlandesas e a partir da abertura de mercado outras companhias foram criadas Novos modelos de mamadeiras resultaram da inven o da borracha vulcanizada 1840 que possi bilitaria o surgimento de bicos elasticamente ajust veis aos recipientes de vidro Ao longo do s culo XIX a mamadeira se tornou um dos simbolos soci ais de modernidade e urbanismo embora o paradigma higienista recomendasse a amamenta o pelas pr prias m es como forma de garantir sa de queles que futuramente defenderiam a soberania dos Estados A saber o paradigma higie nista na ci ncia deriv
115. nos lembr ssemos daquele antigo alerta E enquanto publica es dirigidas a grandes empresas transnacionais definem que no momento atual os designers poder o ganhar muito dinheiro canalizando seu potencial como consultores criativos para o mundo dos neg cios a miss o da atividade se compromete com a gera o de produtos ticos em termos globais sociais e culturais ICSID 8 Exemplo disso que vest gios da uni o de pe as em um produto de pl stico injetado s o considerados falhas de acabamento 9 In cio da Revolu o Industrial quando cortes de tecido se tornavam acess veis a maiores parcelas da popula o isentando de sua apar ncia o sistema escravocrata empregado para a obten o do algod o e as condi es desumanas a que eram submetidos os trabalhadores das f bricas t xteis D EN IS 2000 10 NUSSBAUM B editor da revista Business W eek in Innovation Fall 2005 Yearbook of Industrial D esign Excdlence 11 International Council of Industrial D esign 10 Para o designer em forma o a oposi o entre os modelos de expans o corrente industrial expansionista e de equil brio econ mico corrente consciente da finitude dos recursos naturais quando visualiz vel traduz uma animosidade destoante de seu desejo de futura realiza o profissional M argo lin 1998 A op o do designer por uma das vertentes nem sempre suprir os benef cios que a outra poderia lhe proporcionar
116. o o que antes constitu a uma minoria demograficamente insignificante hoje comp e um crescente mercado de consumo em potencial vap U ma identidade de natureza liga o Design Universal ao Design de In forma o mais do que a interesses comerciais ou motiva es est ticas ambos respondem a demandas pontuais da sociedade Entretanto a tradi o da ativi dade e o envolvimento ontol gico com os setores empresarial e art stico fazem com que as produ es correspondam plenamente tamb m a esses par metros Realiza se ent o ao final do s culo XX n o uma virada nos rumos da profis s o mas o vislumbre de novas e promissoras perspectivas O s padr es de atua o mais voltados ao atendimento pragm tico do mercado persistiriam uma vez que a economia por eles movimentada mas tornou se poss vel encaixar em tal correnteza uma gera o de conhecimento claramente voltada a um posi cionamento tico da profiss o First Things First 2000 Em 1997 por proposi o do designer Alexander M anu o tema do en contro do ICSID em Toronto teve como tema A Aldeia H umana A discuss o sobre a tica foi colocada oficialmente na agenda da profiss o Q uest es morais n o s o artigos de luxo opcionais para a indulg ncia particu lar Problemas morais reais surgem diariamente na press o urgente da vida re al exigindo respostas imediatas para os dilemas que prop em Todo designer trabalhando hoje em dia se depara com
117. o Brasileira de Ergonomia debuta com 16 PUC RIO Dis pon vel em wwwusers rdc puc rio br leui MUSSA TAVARES Luis A A nutri o do rec m nascido prematuro Aleitamento com Dispon vel em http www aletamento com a artigos aspd amp Id artigo 537 amp id su bcategoria 5 Em 28 de junho de 2004 NOGUEIRA Diogo Pupo SOUZA Jos M aria Pacheco de CO LA CIOPPO S rgio GOMES Jorge da Rocha BRAND O Joselito Bomfim SOUZA M arlene Lopes Assis de Ac mulo de policloretos de bifenila na popula o do Grande S o Paulo Brasil Sa de P bli ca vol 21 no 4 S o Paulo Dispon vel em www scielo br pdf rsp v21n4 01 pdf Em agosto de 1987 PASTORE J Especialista defende amplia o da licen a maternidade Licen a maternidade de 180 dias Aleitamento com Dispon vel em www aleitamento com a artigos asp id x amp id artigo 1517 amp id subcate goria 12 Em 16 dejunho de 2007 RADFORD A O impacto ecol gico da alimenta o por mamadeira Breastfeeding Review 2 5 204 208 May 1992 Disponivd em www ibfan org br documentos mes doc4 97 paf RATTN ER Henrique O fim do Socialismo Espa o Acad mico ano II N 12 2002 Dispon vel em lt http www espacoacademico com br gt Em maio de 2002 RICHTER Judith Brabeck Letmathe P Our Responsability UN Gobal Compact In RICHTER 2003 p 26 Building on Q uicksand The Global Compact democratic governance and Nestl IBFAN GIFA October 2003 Dispon vel
118. o de justi a constituindo se a solidariedade em um instinto primitivo e refreador dos fluxos libert rios da economia Para sair da crise o Estado deveria concentrar se em dissolver o poder dos sindicatos e cessar os gastos com bem estar social Assim os ndices natu rais de desemprego voltariam a existir criando uma reserva de trabalhadores vidos por qualquer oportunidade Esses trabalhadores aceitavam remunera es que resultariam mais lucrativas para os empres rios Perry Anderson apud D ias 1999 p 7 N a d cada de noventa quarenta pa ses estavam sendo dirigidos por governos social democratas ou por alian as dominadas pela esquerda Entretanto re velaram se impotentes para induzir mudan as sociais e econ micas face pres s o avassaladora da globaliza o econ mica e militar e devido aos compromis 25 T ratava se de reivindica es tanto salariais quanto de aumento de gastos sociais a Anota es de aula Semin rio A vertente neoliberal ou a utopia conservadora da sociedade de mercado apresenta do por Daniel de Arag o e Pedro Tarrisse disciplina Teoria Pol tica Contempor nea PUC Rio 2006 sos assumidos com os representantes do capital nacional e internacional Rattner 2002 p 5 Com o advento das tecnologias da informa o o fen meno de interli ga o mundial se expandiu vertiginosamente globalizando a economia e inten sificando assim a competi o por mercados
119. o democr tica entre a arte e o povo Assim a aquisi o dos produ tos restringiu se s camadas mais abastadas daquela sociedade A oposi o do Arts amp Crafts ao industrialismo contempor nea ao debate realizado pelo Journal of Desgn e aos frutos em prol do funcionalismo por ele desencadeados representa para efeito de enumera o desta pesquisa a primeira movimenta o da categoria profissional dos designers contra o sis tema que a gerou As promessas liberalistas e progressistas do capitalismo indus trial adiavam desta maneira seus progn sticos de emergente reden o social deflagrando uma situa o perturbadora com a qual os designers apenas inicia vam uma rela o de pertencimento um fato marcante que a mis ria das massas oper rias n o tenha diminu do de 1848 a 1864 e contudo esse per odo n o tenha rival quanto ao desenvol vimento da ind stria e o crescimento do com rcio Em 1850 um rg o mode rado da pequena burguesia brit nica predizia que se as exporta es e as importa es da Inglaterra viessem a elevar se 50 o pauperismo ingl s cairia para zero Discurso inaugural da Associa o Internacional dos T rabalhadores Karl M arx 1864 Fatos importantes que antecederam a funda o da Bauhaus O in cio do s c XX seria palco de imensas altera es no cen rio mundi al com repercuss es sobre a pol tica a economia a ci ncia e as artes O Art Nouveau que surgira na Fran
120. o que faz com que economistas prevejam uma depress o global em grande escala possivelmente mais grave do que a da d cada de 1930 80 O s cr ditos de carbono s o uma esp cie de moeda que se pode obter em negocia es internacionais por pa ses que ainda desconsideram o efeito estufa e o aquecimento global Esses s o adquiridos por pa ses que t m um ndice de emiss o de CO 2 reduzido e atrav s de contratos fecham negocia es com pa ses poluidores A quantidade de cr ditos de carbono recebida varia de acordo com a quantidade de emiss o de carbono reduzida Para cada tonelada reduzida de carbono o pa s recebe um cr dito o que tamb m vale para a redu o do metano s que neste caso o pa s recebe cerca de vinte e um cr ditos D ispon vel em www brasilescola Acesso em junho de 2009 81 EU A sob amea a de gua e fogo O Globo 17 de junho de 2009 p 25 82 Dispon vel em noticias terra com br ciencia interna 0 0 12072927 EI8278 00 html Acesso em junho de 2009 83 Em defesa do sistema Revista Exame CEO abril 2009 p 16 25 103 Figura 73 Campanha da Diesel Preparados para o aquecimento global 2007 concluindo que n o h como escapar do fato de que a quest o que enfrentamos diz respeito natureza do capitalismo sua l gica seus processos A chamada bolha imobili ria norte americana detonadora da s ria de sestabiliza o do sistema ajuda a esclarecer tal afirma o Incentivada
121. o que seria uma deforma o da conforma o bucal por exemplo passa a ser visto como padr o de bdeza e normalidade Esse o caso da representa o de beb s nas fake dolls que asimilam a conforma o do respirador bucal como bda caracter stica humana como se pode ver na ilustra o Al m disso procedimentos como o uso de aparelhos dent rios cuja finalidade corrigir as deforma es causadas arcada das crian as quando pequenas se tornam cada vez mais rotineiros Figura 131 Exemplo de fake doll bonecas que imitam beb s de verdade e que v m sendo adquiri das por adultos que as tratam como tal Todo um conjunto de produtos corrobora tamb m para que a pr tica da alimenta o artificial permane a como refer ncia segura para a sociedade As bone cas v m acompanhadas por acess rios como mamadeiras e chupetas e tais imagens tendem a evocar sentimentos delicados nas pessoas Ido INICIAR e jim DOPAPAI 166 5 2 6 Impacto ret rico funcional O discurso em prol do uso de mamadeiras presente em stes e embala gens dos fabricantes e em algumas publica es enfatiza que os produtos ofere cem a garantia da pesquisa cient fica de ponta e o aval de renomados designers e sublinha o quanto os produtos podem dar respostas seguras s inquieta es dos pais diante do desafio de alimentar seus beb s Verifica se o emprego de ret rica que realiza analogias formais entre a mamadeira e o seio materno pro cura
122. ooP seu jeito de viver 51 Figura 22 Roleta de nibus e porta girat ria para ingresso em bancos sistemas que partem das premissas de que o usu rio n o pagar a passagem e assaltar o banco H um par de perguntas que quando feitas hoje s pessoas mais especi ficamente a alunos de design suscita grande discuss o O mercado de bens de consumo nos oferece aquilo que desejamos adivinhando nossas necessidades O u de nos faz desejar e mesmo necessitar dos produtos que nos oferece Os que respondem afirmativamente primeira indaga o parecem ter acatado a ideia de que o mercado o manipulador sabe mais sobre a nossa li berdade do que n s mesmos proporcionando s pessoas aquilo que desejariam caso tivessem disciplinado sua vontade real No entanto aqueles que acredi tam que o que ocorre o processo inverso o mercado nos fazendo desejar o que produz tamb m se submetem ideia positiva de liberdade porque ao consumir continuam obedecendo ao manipulador embora se coloquem criti camente diante da quest o quando arguidos A diferen a existente entre os dois grupos que o primeiro desfruta de um grau maior de liberdade mesmo que isso seja uma ilus o e o segundo percebe haver n veis de manipula o nesse processo para al m de sua capacidade de controle ou escolha Para conviver com a falta de liberdade diante do consumo e dos proce dimentos que o viabilizam assumimos posturas q
123. p blico consumidor e o dos rg os legislativos Consumerismo do ingl s consumerism terminologia criada para definir o mo vimento de consumidores americanos contra a produ o e a comunica o de massa as t cnicas de marketing a periculosidade dos produtos postos no merca do a qualidade a confiabilidade dos produtos e das informa es fornecidas pe los fabricantes e distribuidores etc N o se confunde com consumismo que a compuls o por consumir M aria L cia Zulzke apud Correa 1994 N os EU A a ades o ao consumo e a aceita o do syling fen menos cita dos anteriormente ocorreram simultaneamente a movimentos de rea o da sociedade civil em defesa de seus direitos como consumidora N a d cada de 1930 a pr pria ideia de uma sociedade de consumo satisfeita e est vel retratada na publicidade provocou uma onda de ressentimento por par te de milh es de americanos que se viam exclu dos do sonho de prosperidade No final dos anos 20 e durante toda a d cada de 1930 as promessas ftf volas do mundo da publicidade feitas por justaposi es estonteantes com os desastres do colapso econ mico montaram o palco para uma onda sem parale lo de ativismo de consumidores Klein 2002 p 332 333 Segundo Jo o Campos Corr a citando Philip Kotler o consumerismo norte americano se expandiu para todo o mundo no decorrer do s culo XX Corr a descreve momentos marcantes desse processo O primeiro demarcado pel
124. pode ser responsabi Sobre esse caso vale considerar que embora a superpopula o chinesa e de outros pa ses asi ticos explique em parte o fato de seus cidad os necessitarem muito de oportunidade de trabalho de acordo com o Pacto Global as baix ssimas remunera es que recebem ou a inclus o de crian as em seus quadros produtivos deveriam excluir n o apenas a N ike como tamb m uma grande quantidade de empresas que operam sob a mentalidade neoliberal do perfil empresarial defendido 31 Dispon vel em www iso org Acesso em junho de 2009 108 lizada pelo que eles fazem Como resultado dessas press es a reda o determina que depender da estrat gia empresarial influenciar fornecedores Sobre a inclus o do conceito de divis o justa na norma Em muitos pa ses como o Brasil a vis o de fair hare de que a sociedade pre cisa ser levada em conta quando se extrai por exemplo mat ria prima da A maz nia preciso haver contrapartida justa para a popula o local que muitas vezes desconhece o valor daquilo M as isso foi muito questionado principal mente por press o americana H costume de se explorar um neg cio num pa s pobre e n o se recompensar ainda mais de forma justa O texto final foi fle xibilizado e o fair hare deve ser feito considerando o impacto e a magnitude do neg cio e sua relev ncia social Cabe entretanto sinalizar que independentemente dessas quest es es tarem fixadas pela
125. possa ler a partitura e ent o executar a obra de maneira livre Analisando a quest o pelo ponto de vista do design podemos fazer uma analogia entre a partitura e diversos sistemas instaurados no ambiente urbano que v m sendo compreendidos e seguidos quase que cegamente embora te nham sido projetados justamente para tolher a liberdade como o caso das roletas dos nibus ou das portas girat rias na entrada dos bancos A designer Vera D amazio em suas aulas afirma que esses sistemas partem da premissa de que o usu rio pretende fugir da obriga o de pagar a passagem do transporte 52 coletivo ou que transporta objetos suspeitos a serem empregados em um assal to Ou seja alguns produtos nos tratam como se f ssemos todos bandidos mas acabamos por absorv los culturalmente da maneira como eles s o pois conclu imos que ap s ultrapassar tais barreiras adquirimos a liberdade de viajar ou de transitar por esses espa os O progresso o desenvolvimento e a liberdade s o conceitos complexos e relativos que se encadeiam em significados muitas vezes equivocados podendo mesmo ser entendidos como sin nimos de um estado evolutivo de claros con tornos livre de ru dos Sua interfer ncia na conforma o pol tica econ mica e social dos cen rios que subsidiaram e ainda mant m o design como atividade estrutural para o entendimento do que somos e do papel que exercemos no mundo Da o conte do do pr ximo cap tulo povoa
126. produto e sintetizar conhecimentos simples que j domin vamos a complexidade das pe as dificultando a higieniza o a exist ncia de bact rias e o problema mun dial de acesso a gua Ao constatar que h mais de 35 anos uma luta mundial respaldada por es tudos cient ficos encabe ada por entidades como a OMS a Unicef e muitas ou tras organiza es civis que promovem mobiliza o internacional e conquistam to madas de medidas estatais vem tentando alertar as pessoas sobre o problema ao constrangimento dos designers acrescida a consci ncia quanto ao nosso niva de embotamento como consumidores O mundo entra numa fase em que as consequ ncias provocadas pela es calada do progresso tornaram se evidentes as desigualdades s o abertamente divulgadas por interm dio dos ndices de desenvolvimento pol tico econ mico e humano e foi conquistada a no o de qu o relativa a ideia de liberdade Talvez mais eloquentes que as guerras o terrorismo ou as desigualdades sejam as mudan as clim ticas que sem qualquer discrimina o atingem a todos com furac es chuvas torrenciais derretimento dos p los desertifica o inc n dios terremotos e demais desastres ambientais A gravidade do problema n o foi suficiente para integrar as estrat gias e medidas estatais de combate aos efeitos do aquecimento global esperadas como fruto da Confer ncia do Clima promovida pelo ONU em Copenhagen em dezembro de 2009 Um docume
127. qualquer tipo de acess rio vinculado moda e tamb m j se habitua ram a conviver com o patroc nio de empresas privadas em eventos culturais esportivos profissionais dentre muitos outros Somados entretanto esses da dos configuram duas atualidades singelas dentre as inumeras estrat gias silen 203 M aterial promocional dispon vel em www nestle com br site N ovidades AconteceN aN estle Acesso em dezembro de 2009 198 ciosas que implantam e firmam subliminarmente valores que contrariam o que foi descoberto pela ci ncia h mais de 35 anos a superioridade do leite materno sobre quaisquer outros alimentos alternativos para beb s e os perigos das f rmulas l cteas a eles dirigidas Com os seios de silicone da Barbie as meninas absorvem para suas brin cadeiras desde muito cedo a ideia de que os seios s o primordialmente um predicado sensual da mulher e o investimento em atra es ambientalmente corretas como o eco taxi encobre a inadequa o de v rios produtos da empre sa sob a fachada politico ambientalmente correta Al m disso a parceria da N estl com personalidades p blicas importantes referenda a seguran a de seus produtos O ltimo n mero de 2009 da Revista Vga lan ou 2010 como o ano zero da economia sustent vel Em suas p ginas a retrospectiva habitual foi intercalada por an ncios de muitas empresas que pautaram seus discursos nas medidas de sua ades o s causas ambientais e so
128. que a e xemplo de outros pa ses a inser o da mulher no mercado de trabalho tem rela o direta com a diminui o do tempo de amamenta o e que o aumento da licen a maternidade de quatro para seis meses certamente trar bons resul tados para futuras medi es Um dado perturbador e que j havia sido verificado na pesquisa anteri or que os piores n meros se concentram na regi o Sudeste justamente na regi o que agrega os estados mais industrializados produtores da maior parte da informa o disseminada para o restante do pa s Aqui se verifica tamb m a menor incid ncia de H ospitais Amigos da Crian a de todo o pa s apenas 21 de hospitais acreditados A influ ncia das ind strias na economia dos estados do Sudeste h de incrementar um incentivo extra ao consumo como ocorreu historicamente nos pa ses mais industrializados e nessa regi o a forte presen a da mulher no mercado de trabalho tamb m muito sugestiva A manuten o desse quadro h de ser problem tica para a altera o dos resultados nacionais 151 s dados podem ser consultados na ntegra no ste www aleitamento com Acesso em setembro de 2009 152 Pesquisa de Preval ncia do Aleitamento M aterno nas Capitais Brasileiras e DF PPAM Dispon vel em bvsms saude gov br pesquisa prevalencia aleitamento materno pdf Acesso em agosto de 2009 153 Estudo realizado pelo D epartamento de Pediatria da U nifesp tamb m em 2009 focalizou a
129. que o medicamento fosse entregue a mulheres em idade f rtil o que proibido O fato que tendemos a confiar nos produtos industriais O discurso das empresas nos incentiva e o aspecto dos produtos nos convida a pensar que eles solucionar o nossos problemas ou contemplar o nossas necessidades M as ao que tudo indica recomend vel que deles sempre duvidemos M as como faz lo se pouco ou nada sabemos sobre sua composi o ou processo de funcionamento Parece que apenas saberemos deles nos defender se estivermos informa dos quanto s suas caracter sticas E esta uma tarefa dific lima A preval ncia dos problemas O incremento s trocas comerciais em n vel internacional e o espalha mento da produ o de pe as de um mesmo produto por v rios pa ses produziu o fen meno do recall pr tica considerada j rotineira no mercado A identifica o de defeitos em produtos provoca a divulga o de uma ampla chamada a seus consumidores distribu dos muitas vezes por todo o mundo a fim de avis los acerca do problema e proporcionar um sistema de recolhimento para a pos terior troca da mercadoria 37 N adja Sampaio e Luciana Casemiro Lei brasileira exemplo de modernidade O Globo Rio de Janeiro 10 de setembro de 2008 p 30 Dispon vel em www agenciabrasil gov br Acesso em novembro de 2009 111 K Figura 77 Beb v tima da talidomida TUA CA a Figura 78 Boneca e casa Polly Pocket e d
130. ria como uma ininterrupta sucess o de pe riodos de decad ncia e esplendor Para Epicuro a civiliza o humana era fruto da aplica o da intelig ncia marcada por conquistas tecnol gicas tais como o descobrimento do fogo a utiliza o de metais o desenvolvimento da lingua gem da navega o das artes da fam lia e da ordem social No pensamento crist o Santo Agostinho desenvolveu a ideia globaliza dora de unidade na humanidade como se ela tivesse inf ncia adolesc ncia e maturidade D ividiu a hist ria em seis per odos de Ad o at Cristo delimitan do seus n veis de progresso Como em sua tese o futuro caberia provid ncia divina isso bloqueava a possibilidade de uma sequ ncia para o progresso al m de Cristo Ent o Roger Bacon s c X111 frade franciscano quebrando o con servadorismo doutrin rio da Igreja argumentou em favor da utilidade da ci n cia defendendo que a matem tica a astronomia a f sica e a qu mica seriam saberes essenciais ao estudo da teologia Embora por alguns s culos as mentalidades ocidentais tenham se man tido sob a gide de pensadores fatalistas como M aquiavd que delegava sorte ao acaso e fortuna os destinos humanos ao final do Renascimento a ideia de progresso iniciou seu retorno No s culo XVII Jean Bodin sublinhava o aprendizado gradual da esp cie humana e embora reconhecesse que tudo faz parte de um plano divino reconhecia tamb m a hist ria como dep
131. ria e os valores comunit rios pela mera a cumula o de coisas materiais N osso produto interno bruto agora contabili za a polui o do ar e propaganda de cigarros e ambul ncias para limpar nossas rodovias da carnificina O produto interno bruto mede tudo em suma exceto aquilo que faz a vida valer a pena Dieter Rams N o futuro o design ter uma tarefa clara diante de si criar pro dutos que satisfa am a necessidade da humanidade sem colocar em risco o ambiente do qual depende a nossa sobreviv ncia N o existe alternativa para uma reestrutura o fundamental da atual cultura de produtos Os designers precisam reconhecer o significado e a urg ncia desta tarefa decisiva e devem partir em busca da solu o Somente quando fizer uma contribui o para a so ciedade que o redima que o design ser reconhecido por esta sociedade como vital para o desenvolvimento das na es M anu 1995 O di logo indispens vel para alocar os frutos da produ o do design no cen rio real quebrando a insist ncia em debates autorreferentes que tendem 116 a restringir as consequ ncias da produ o da profiss o a um mbito meramente conceitual Safe design takes on risk A produ o do design sempre foi objeto de exposi es em grandes museus por todo o mundo Em 2005 no entanto a curadora do M O M A Paola Antonel li organizou uma mostra com a produ o internacional de objetos de design vol tados para atender a
132. rio para amamentar em seus locais de trabalho as mulhe res n o tiveram informa o correta sobre alimenta o infantil Fazemos nosso chamado s autoridades mundiais e Assembleia M undial da Sa de pa ra que implementem o C digo Internacional para Comercializa o de Substi tutos do Leite M aterno e para que garantam apoio real s mulheres em suas diversas formas particularmente criando espa os de trabalho e comunit rios amig veis com a lact ncia materna e respeitando os direitos de prote o ma ternidade LEVANTE SUA VOZ para APOIAR as MULHERES para a A MAM ENTA O Assine a peti o agora Procurando transformar a cultura que concede prioridade alimenta o artificial de beb s fundos da Uni o Europeia Fundo Europeu de D esenvolvi mento Regional e outros financiaram o desenvolvimento do Beb Glut o o boneco lactante primeira boneca do mundo que mama no peito Lan ado em outubro de 2009 o objetivo do brinquedo fomentar o aleitamento materno Elaborado com a ajuda do Instituto Tecnol gico del Juguete e avalizado pela Federa o Espanhola de Associa es Pr Lact ncia Materna o Beb Glut o gerou controv rsias antes mesmo de chegar ao mercado Produzido pela empresa Berjuan o Beb pode ser do sexo feminino ou masculino mede 50 cent metros e vem acompanhado de uma esp cie de cami seta frente nica a ser vestida pela menina N a rea onde estariam os bicos dos seios foram colocad
133. seja para re mediar qualquer inc modo que aconte a aos meninos quando mere am a aten o m dica O que se deve esperar do aleitamento mercen rio feito mormente por pretas sendo escravas o maior n mero deas imposs vel que essa casta de gente quase sem religi o e sem moral oprimida e excitada a cada momento pe la ideia de cativeiro e capaz de todas as sortes de artif cio empregue todo o desvelo e carinho na cria o dos meninos de que se encarregam acudindo lhes pontualmente nas suas precis es que mostrem ntima satisfa o em os ama mentarem e que n o d em provas de quererem ver se livres do aleitamento para se entregarem cegamente s suas paix es Silva e Peixoto 2008 p 112 113 Assim a medicina higienista condenava o aluguel de amas de leite es cravas ou mercen rias e delegava s m es a responsabilidade integral pela sa de 1 De acordo com SANTOS Jair L cio Ferreira e WESTPHAL M arcia Faria Pr ticas emergentes de um novo paradig ma de sa de o papel da universidade S o Paulo 1999 D ispon vel em www scielo br scielo php pid S0103 script Acesso em maio de 2009 19 Figura 3 Embalagem original da farinha l ctea e publicidade fran cesa dos Biberons Robert Sans Tube com bicos de borracha vulcanizada Figura 4 An ncios europeus antigos de leites artificiais e ma madeiras de seus filhos por interm dio da amamenta o como conduta obrigat ria O corre que
134. ser prejudi 19 CORDEIRO Mirian Torres M anejo da Amamenta o Posi o e pega adequadas um bom in cio para o sucesso In REGO Jos Dias Aleitamento M aterno S o Paulo Editora Atheneu 2002 p 47 74 165 Tongue Arcola Malk glands Figura 128 M ovimentos do beb em rela o mama e diagrama da suc o Figura 129 Para sugar o leite da mamadeira a crian a precisa elevar a l ngua em dire o ao c u da boca para pressionar o bico Isso tende a produzir altera es na constitui o da arcada dent ria que trazem sequelas respirat rias para o indivi duo jovem e adulto Al m disso os a cares presentes nas f rmulas l cteas podem ocasionar c ries precoces Figura 130 Aparelho ortod n tico para corre o de defeitos da arcada Figura 132 M enina brincando de dar de mamar a boneca com mamadeira O livro do papai e an ncio de modelos de bolsas cada causando a mordida aberta j que a arcada foi moldada sob a interfer n cia do bico da mamadeira que n o se amolda idealmente boca da crian a o c rebro menos oxigenado do que deveria al m da ocorr ncia de v rios outros poss veis dist rbios Cordeiro 2002 p 68 69 ss 5 2 5 Impacto referencial cultural Seria curiosa n o fosse preocupante a constata o de que certos padr es de beleza e fen menos est ticos decorrem da assimila o cultural dos efeitos adversos causados pela mamadeira Asim
135. tal medida enfatizava o aleitamento como atributo meramente biol gico desprezando como fala Almeida condicionantes culturais espec ficos esp cie humana que diferentemente de outros grupos mam feros incluem a ambiguidade entre querer e poder amamentar As escolas higienistas francesa e alema tomadas como modelo em v rias partes do mundo regulamentavam hor rios para o aleitamento recomendavam o esvaziamento dos dois seios condenavam a administra o de gua com a car aos beb s a ser substitu da pela chupeta para acalmar as crian as e impunham dietas alimentares para as mulheres A restri o pr tica do sexo persistia sob o atenuante de que a mulher poderia gozar sexualmente ao amamentar Segue o entendimento da poca sobre o que hoje se sabe ser um estimulo neurol gico A m e que cria sente correr com del cia o leite atrav s dos canais que o devem levar boca de seu filho ea tem muitas vezes erotismo voluptuosidade basta somente que lhe estenda os tenros bracinhos para que seus saos se ingurgitem e queo late sga gacu lado com for a Costa 1983 p 263 264 apud Almeida 1999 p 34 M as como muitas m es apesar dos esfor os e orienta es n o conse guiam levar a termo a amamenta o acabando por desmamar seus filhos os higienistas segundo Almeida fundaram uma figura biol gica o leite fraco como uma exce o reconhecida oficialmente D este modo o paradigma man ter se ia imacul
136. um apoio para mant los no poder O autor acrescenta que o importante para as pessoas n o o uso de um dado produto mas os valores a eles associados Assim sendo o desafio pensar em uma revis o de uso que n o seja percebida como uma ren ncia a esses valores mas que resulte em uma redu o ou substitui o de uso associada a valores igualmente importantes Frascara atenta que a publicidade vem atribuindo de forma bastante eficiente um poder m gico aos objetos Tomando o carro como exemplo o autor nos ajuda a ver a dimens o simb lica n o apenas dos produtos mas tamb m das a es que esses promovem Ele ensina que a es funcionais como dirigir ou em nos so caso espec fico alimentar beb s por meio da mamadeira revelam uma est tica e acabam carregadas de um sentido de belo de feio de desej vel Estenden do essa id ia a a es n o necessariamente intermediadas por produtos podemos afirmar que breastfeeding tal como dirigir um carro em nossa cultura um ato est tico Frascara 1995 Neste sentido qualquer revis o de uso inclui a tare fa cultural de modificar a est tica das a es envolvidas como bem ilustra a transforma o do ato de fumar de s mbolo de glamour para s mbolo de auto destrui o e comportamento anti soci vel 219 Frascara esclarece por fim que uma revis o de uso tem que ser primeira mente compreendida depois adotada e final
137. vida fundamental para o beb e para a rela o afetiva entre m e e filho Amamentei o Joaquim eo Be n cio at eles completarem 6 meses Voltei a trabalhar logo ap s o nascimento mas me desdobrava em mil para amament los Ang lica Amamentei Sasha por 5 meses e 12 dias Lembro bem dos 12 dias porque foi com muito sacrif cio que eu parei de dar de mamar A Sasha teve problemas de toler ncia lactose e teve muitas c licas e manchas na pele nesse per odo Quando percebi isso chora muito porque queria dar de mamar por muito 158 Dispon vel em www aleitamento com em 22 de outubro de 2008 Acesso em abril de 2009 151 Figura 121 Apenas em um dos cartazes consta a instru o para a doa o embora a informa o esteja presente em todos os folders da campanha esclarecendo o sentido da presen a do vidro com tampa de rosca pl stica recipiente empregado para a coleta de leite scenes a s 4 2 TUA AYUD DUDE c Sin I Ad e i lt A gt da ma r s A a be 3 00 gt r rasped e Y as o 3 loga Do x N O Esque a a w Mta us amp p SN s 6 00 pn vo tel EYE mga D chega Figura 122 Cuidados a serem tomados com Ad lia filha da autora desta tese Rio de Janeiro 1989 tempo e percebi que teria que parar A amamenta o foi um momento nico na minha vida Xuxa importante sinalizar que enquanto o material de divulga o da cam pa
138. www planetaeducacao com br Acesso em julho de 2009 711 Figura 30 Crian as mutila das pelo trabalho nas f bricas londrinas posam no p tio de institui o infantil Figura 31 William M orris o passado medieval perante a mediocridade das cria es da ind stria Juntos desenvolveram um elogio aos padr es artesanais e organiza o do trabalho em guildas medievais D e acordo com D enis esses ide rios demarcam iniciativas de reformis mo social alavancadas pelo design em coopera o com den ncias da brutall dade do industrialismo por explorar o trabalhador destruir a paisagem natural e reduzir a vida social ao m nimo m ltiplo comum da troca econ mica Essas cr ticas foram feitas por pensadores como W illian Blake Samuel T aylor Cole ridge e Thomas Carlyle e congregaram ainda aristocratas e religiosos cuja ex press o pol tica somaria for a ao movimento que possu a contorno moral al m de social D enis 2000 p 66 Em seus escritos Pugin se propunha a reeducar o gosto popular apon tando a import ncia de resgatar os verdadeiros princ pios de pureza e honesti dade nas constru es e na produ o industrial de bens materiais N os anos que se seguiram embora partid rio dos ideais est ticos de P u gin Ruskin creditava mecaniza o do trabalho a responsabilidade pelas maze las sociais e est ticas como nos mostra D enis Durante as d cadas de 1850 e 1860 Ruskin aproxi
139. 1007 Figura 36 Autom vel velocidade luz Gi como Balla 1913 envolvidos na execu o de tarefas espec ficas p 37 Ainda segundo D enis nessas suas manifesta es primitivas a ergonomia surgia n o para melhorar a vida do trabalhador mas para espremer dele uma maior produtividade Tais preceitos se afirmaram no cen rio industrial com o estofo da sua implanta o pr tica na f brica de autom veis do norte americano Henry Ford desde 1909 A f brica alcan ou um aumento expressivo na produtividade ge rando a doutrina industrial do fordismo o trabalhador permanece est tico en quanto a pe a na qual ele ir interferir conduzida por uma esteira rolante tarefas complexas s o segmentadas em diversas tarefas banais fazendo com que o oper rio execute maquinalmente apenas uma tarefa simples Segundo H es kett se nas oficinas medievais o oper rio era um ser pensante com o taylorismo ele se transformou em um trabalhador robotizado tornando se com o fordis mo uma extens o mesmo da m quina A forte heran a do s culo anterior revolucionou os meios de transporte i naugurou um mercado internacional para os produtos Exposi es Internacionais em Londres 1851 e Paris 1889 padronizou pesos e medidas propiciando tanto o advento de uma economia global como segundo Richard Sennet a demarca o de identidades por interm dio do h bito de consumo de mercadorias D enis 2000 p 56 Uma rela o dial
140. 20 de de zembro de 2009 225 Artigos assinados em sites BADAN Ramola Talwar Estado indiano pro be venda e uso de sacos pl sticos Site da Associa o Internacional de Conserva o do Solo e da Agua Dispon vel em www waswc soil gd cn Em 25 de agosto de 2005 BALL Hugo Manifesto Dad Funda o Velocipedica Dispon vd em http fundacaovelocipedica wordpress com dada texto de hugo ball Em 4 dejulho de 2009 BRAGA Osmar Rufino O ideal de progresso e desenvolvimento em Comte o sonho que virou pesadelo Parte 5 Shvoong resumos e revi s es curtas Dispon vel em pt shvoong com 1778443 ideal progresso desenvolvimento em comte Em 4 de mar o de 2008 CORREA Jo o de Campos Am rica Latina e a prote o dos direitos do consumidor JUS2 UOL Dispon vel em http jus2 uol com br doutrina texto asp id 1621 Em novembro de 1994 COSTA M G G sFre n In Servi o Brasileiro de Respostas T cnicas SBRT Dispon vel em http www sbrt ibict br DIAS M L O neoliberalismo intervencionista In JU SN AVI GANDI T Ano 3 n mero 31 1999 Dispon vad em http jus2 uol com br EPIFANIO Ros ngela de A IQ U FF Canad pro be o uso de policar bonato na confec o de mamadeiras a partir de 2009 Dispon vel em www uff br Sbgrio novidade bisfenol520policarbonato520mamadeira html Em 28 de outubro de 2008 FILHO V W nsch MONCAM E Amianto no Brasil conflitos ci ent ficos e econ
141. 2015 alcan ar os O bjetivos de D esenvolvimento do M i l nio Erradicar a pobreza e a fome Atingir o ensino b sico universal Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres Reduzir a mortalidade infantil M elhorar a sa de materna Combater o HIV AIDS a mal ria e outras doen as G arantir a sustentabilidade ambiental Se cal OM Dr a OS q a Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento 3 Site oficial do Programa das N a es Unidas para o D esenvolvimento Conferir em www pnud org br Acesso em setembro de 2009 3 Site oficial dos O bjetivos do M il nio C onferir em www objetivosdomilenio org br Acesso em janeiro de 2010 45 O PNUD quantifica o n vel de desenvolvimento de um pa s utilizando o ndice de Desenvolvimento H umano IDH medida comparativa entre ri queza educa o e esperan a m dia de vida A Isl ndia ocupa o primeiro lugar no ranking e Serra Leoa o 177 e ltimo lugar da lista publicada em 2008 O Brasil ocupa a 70 posi o considerada de alto desenvolvimento Pontuados os conceitos de desenvolvimento e progresso resta relacion los ideia de liberdade motor do sistema 2 3 4 Progresso desenvolvimento e liberdade N o parece exagero dizer que a hist ria da civiliza o humana uma hist ria de busca pela liberdade Essa busca motiva as a es humanas tanto em revolu es e guerras quanto na constru o das estruturas econ micas pol tica
142. 32 p T ese de D outorado D epartamento de Artes e D esign Pontif cia U niversidade C at lica do Rio deJaneiro The current consumption scenery reveals how objects are an important part of social life Technology breakthroughs make way for the constant im provement of industrial products liberating people from actions and proce dures associated with natural limitations In addition stylistic updates motivate consumers H owever some of these products linger in the market despite alte rations on the paradigms that encouraged their use The baby bottle an alter native way to feed babies is an example Despite the late 1970 s scientific agreement on the superiority of mother s milk and on the inadequacy of artifi cial feeding as a nutricional premiss except in rare cases such as women with HIV AIDS the industry continues to receive new models and carries on en couraging its use as a safe practice T his thesis gathers arguments that show the need for a periodic evaluation of industrial products as a contemporary policy and also as a principle in the education of design professionals T herefor there is an effort towards the contextualization of the activity in areas that contri buted to the rise of industrial production and that move design s history till this day By giving direction to the discussion and by granting it a clear image the issue of breastfeeding versus babybottle is the reference to the study Key words Baby bo
143. 5 46 A autora citando Paulete G oldemberg aponta a necessidade de consi derar a influ ncia das transforma es hist ricas sobre a sociedade para se diag nosticar as causas reais do desmame A ades o ao leite em p ao n vel das re presenta es concede mulher um sentimento de pertencimento social e de acesso aos benef cios gerados pela sociedade p 54 55 Recorrendo a Edgard M orin e M oscovici Lylian D alete Soares de Ara jo sublinha que a cultura de massa tem a capacidade de fabricar pseudo necessidades que se transmitem de gera o a gera o de forma autom tica p 62 63 O poder simb lico agregado aos produtos que desenham um estilo de vida gera comportamentos que ten dem a desmotivar a busca pelo conhecimento dos processos humanos defla grando correntezas dif ceis de vencer Padr es hegem nicos definem o que um corpo saud vel e bonito impondo segundo Jodelet o decl nio do corpo considerado como organismo biol gico para a eleva o do corpo considerado como l cus de prazer Jodelet apud Ara jo 1997 p 76 Da o sentido de doa o ter sido O sentimento mais frequentemente identificado pela autora nas entrevistas que realizou para definir a postura assumida por mulheres que optam por amamentar Sentimentos como amor v nculo sagrado sacrif cio espolia o e resigna o tanto oriundos da pr pria mulher como de seus ma ridos e familiares tamb m est o presentes no
144. 7 n 3 jul set 2001 Dispon vel em www scieo br Acesso em abril de 2009 5 Tratado firmado em 1977 e promovido pela ICBL Campanha Internacional contra M inas Antipessoais Informa es dispon veis em www porumbrasilhumanitario org Acesso em abril de 2009 6 Aumenta press o para que Bush assine tratado anti minas Folha O nline S o Paulo mar o de 2001 Dispon vel em www folha com br Acesso em abril de 2009 7 BYDLOWSKI L Pr mio para a causa da Princesa Veja com S o Paulo 15 de outubro de 1997 Dispon vel em http veja abril com br Acesso em abril de 2009 Justificativa da relev ncia do tema Ao contr rio do produto artesanal no qual eventuais tra os reveladores do modo de produ o s o inerentes ao objeto a natureza industrial tende a n o deixar transparecer essas informa es visando a conferir frescor e ineditismo de vida a seus produtos A origem das mat rias primas empregadas em sua consi tui o o ambiente da f brica a individualidade dos trabalhadores envolvidos com a concep o produ o e distribui o e toda a alta complexidade de a es necess rias ao surgimento do produto ficam ausentes de sua configura o pos sibilitando que para o consumidor sua exist ncia se inicie no momento em que escolhido dentre outros para ser ent o ressignificado sob os dom nios daquele que o adquire como uma coisa virgem Essa pureza caracter stica dos produtos faz parte da cultura in
145. AgDW foi multada e a N estl recebeu aviso quanto necessidade de modificar suas pr ticas de marketing Segundo o documento Cronologia da Campanha da IBFAN o in cio das averigua es do processo provocou a funda o no ano anterior decis o do Conselho Internacional da Ind stria de Alimentos Infantis ICIFI unindo Nestle a Cow amp Gate Dumex Meiji Morinaga Snow Brand Wakado e Wyelth Em 1977 o an ncio de mamadeiras foi proibido em Papua N ova Gui n e sua compra foi restringida A Coaliz o de A o sobre F rmula Infantil 129 INFACT protestou contra o marketing n o tico da N estl lan ando nos EU A o primeiro boicote aos seus produtos que no ano seguinte se espalhou pela Austr lia Canad e N ova Zel ndia Pressionada pelas averigua es conduzidas pelo senador Edward Kennedy a N estl tentou melhorar sua imagem p blica divulgando declara es de cunho pol tico que n o respondiam s cr ticas que lhe foram feitas Em 1979 OMS e Unicef organizaram encontro internacional entre re presentantes de governos organiza es de sa de companhias e seus grupos dando partida ao desenvolvimento de um c digo para controle internacional do marketing das companhias e a es de melhoria das pr ticas de alimenta o infantil gerando a IBFAN e seus relat rios anuais Violando as Regras Em 1980 a Inglaterra boicotou a N estl no ano seguinte a Su cia e a Alemanha O cidental aderiram ao boicot
146. Amamenta o um resgate hist rico Cadernos ESP Escola de Sa de P blica do Cear v 1 n 1 julho dezembro de 2005 p 3 16 T he history of baby feeding Dispon vel em www babybottle museum co uk Acesso em abril de 2009 17 Figura 1 Mamadeiras antigas he Figura 2 A mamadeira vitoriana e a primeira mamadeira norte americana patenteada por Charles M Windship em 1841 com risco de envenenamento em caso de nova gravidez Bosi e M achado 2005 p 3 4 As autoras prosseguem reportando que aquela poca o colostro leite materno produzido nos dois ou tr s primeiros dias ap s o parto era considera do um leite ruim a ser substitu do por leite de animais farinha e gua O s culo XVI foi crucial para a dissemina o dessa mentalidade euro p ia para outros continentes e culturas e um importante dado para se enten der os motivos que justificam a globaliza o do uso de substitutos da m e em forma de artefatos Afinal em um mundo que expandia seus horizontes com as Grandes N avega es onde a no o de civilidade fazia contraste com o pri mitivismo das terras rec m descobertas e a moral religiosa somada a inte resses nacionalistas capitaneava um processo de vulgariza o da cultura po pular portar se como um mam fero soava incoerente Barbero 2006 p 135 Foi com essa vis o que os colonizadores chegaram s Am ricas N o caso do Brasil eles delegaram
147. Criar com el coraz n El parto es nuestro via L ctea Amamantar Ast rias e Mamilact ncia Nada como mam nada como mamar Dispon vel em http www youtube com watch y R qX 4E wocbl Acesso em dezembro de 2009 200 O discurso empregado pela iniciativa nascida de um grupo an nimo de m es aborda o problema de forma original utilizando argumentos que correspon dem ao repert rio contempor neo decorrente do sistema econ mico e realidade ambiental em que vivemos A mensagem passa informa es importantes sobre o aleitamento e alerta para o fato de que ele dotado com muito mais efici ncia daqueles atributos que costumamos esperar dos produtos industrializados O fato que depende da sociedade civil em grande medida a iniciativa de se proteger das incurs es da ind stria e de suas estrat gias de comunica o tanto no que se refere produ o de mensagens produtos redes e eventos quanto cria o de par metros cr ticos e sensatos de consumo Atualmente dispomos no Brasil de institui es como o Programa de O rienta o e Prote o ao Consumidor Procon vinculado aos governos esta duais ea PRO TESTE da Associa o Brasileira de D efesa do Consumidor uma entidade civil apartid ria e independente de governo e empresas susten tada pelos associados que Ajuda o consumidor a fortalecer seu poder de compra e a conhecer seus direi tos com os testes comparativos e out
148. M undial com encontros anuais sediados em pa ses sistematicamente exclu dos das grandes decis es econ micas como Brasil ndia Venezuela Mali e Paquist o O bjetivando traduzir o ide rio de uma ag ncia da transforma o social o lema Um outro mundo poss vel agrega a diversidade de posi es e de opini es e portanto n o det m uma proposta nica Inova en tretanto em considerar e absorver a reconfigura o do espa o social e as identidades desterritorializadas da resultantes dando voz a um manancial de modelos ousados e protegendo sua autonomia de manifesta o A contar tamb m pelo poder de arregimenta o que tais movimentos puderam alcan ar por ocasi o da tentativa de interdi o da guerra do Iraque quando manifesta es populares praticamente simult neas lotaram as ruas de diversos pa ses h que se considerar ao menos dois m ritos em seu favor ex pressiva parcela da sociedade civil saiu da passividade a que estava condenada e encontra hoje veias por onde canalizar sua indigna o inicia se um processo de deslegitima o de id ias at ent o vencedoras como as que tantas vezes justifi caram medidas pol ticas e econ micas de efeitos question veis em nome da liberdade Para tratar a quest o da liberdade no mbito da produ o industrial percebe se entretanto a necessidade de estudar dois outros conceitos a ele his t rica e conceitualmente conectados o progresso e o desenvolvi
149. No cartaz do pai o depoimento de Ricardo Hoje o Bruno est esse garot o saud vel e bonit o M as ele nasceu prematuro de sete meses Ainda t29 T recho de release distribu do pela N estl imprensa D ispon vel em www nestle com br 2009 Acesso em novem bro de 2009 128 bem que ele foi bem cuidado pelos pediatras na maternidade Eu sou alto e tudo indica que o Bruno vai ficar maior que eu Em maio de 2008 por ocasi o do Dia das M des a empresa lan ara em revistas e na TV brasileira a campanha Quer um consaho de m e A N esl quer U ma jovem mulher se identificava como a produtora do melhor leite do mun do pelo fato de ser mae o que lhe concedia autoridade para recomendar os lates N etl um para cada fase da sua vida No Ste da empresa consta a Nestl a maior empresa mundial de alimentos e bebidas tamb m consagrada como a maior autoridade do mundo em nutri o sa de e bem estar Por que algu m duvidaria de afirma es t o doquentes C omo imaginar que uma empresa fabricante de produtos t o gostosos com tradi o de extrema serieda de n o seja confi vel O mergulho na problem tica da alimenta o de lactentes capaz de trazer tona s rios fatos que afloram com uma fartura impressonante fa zendo com que n s nos questionemos sobre nossa ignor ncia a respeito dos produtos que consumimos corriqueramente necess ria uma breve retrospectiva da participa o das ind strias
150. O MUNDIAL DA INF NCIA 2008 Sobreviv ncia Infan til UNICEF Bras lia 2008 SOUZA L M B M eALMEIDA A G Hist ria da alimenta o do lactente no Brasil Rio de Janeiro Revinter 2005 SOUZA P L P de ESDI biografia de uma ideia Rio de Janeiro EDU ER 1996 WALZER M El liberalismo y el arte de la separacion la justicia em las instituiciones In Guerra pol tica y moral Barcelona Ediciones Pai d s 2001 223 WOLLNER A Design Visual 50 anos S o Paulo Cosac Naify 2003 Anota es de aula Semin rio A vertente neoliberal ou a utopia conservadora da sociedade de mercado apresentado por Daniel de Arag o e Pedro Tarrisse Dis ciplina T eoria Pol tica Contempor nea PUC Rio 2006 Semin rio Norberto Bobbio Direita e esquerda raz es e significados de uma distin o pol tica Disciplina Teoria Pol tica Contempor nea PUC Rio 2006 Semin rio Movimentos altermundialistas e o F rum Social Mundial apresentado por Ana Cristina Frias D iana Aguiar e Rayne Ferretti e de batido pela turma e pelo professor Jos M aria Gomez Disciplina T eoria Pol tica Contempor nea PUC Rio 2006 Artigos e reportagens em jornais e revistas BRASIL R Boneca que mama no peito poca S o Paulo Ed Globo 13 de agosto de 2009 CASEMIRO Luciana Selos que n o garantem qualidade O Globo Rio deJaneiro Infoglobo SA 26 de mar o de 2008 KAPAZ Emerson em entrevista a Fernando M
151. O papel das inst ncias p blicas na cria o de normas de seguran a A constata o de in meras irregularidades e irresponsabilidades obriga os governos a criar leis de controle que no entanto nem sempre contam com fiscaliza o suficiente para seu cumprimento A cadeirinha para crian as um dispositivo de prote o em autom veis que j comprovou seu potencial de efic cia quando bem utilizada No Brasil h casos de beb s que sobreviveram ilesos a acidentes que mataram todos os outros ocupantes dos carros como o que ocorreu pr ximo a Betim M inas Ge rais em 2006 J lia de apenas cinco meses sobreviveu ao choque do carro de seus pais com um caminh o e um nibus Se n o estivesse sentada e corretamen te presa cadeirinha J lia seria arremessada para fora do carro e n o teria a pro te o da coluna e da cabe a conforme mat ria em O Globo No entanto o texto alertava que o Inmetro havia suspendido a certifica o do produto devido a questionamentos acerca da metodologia empregada nos testes de impacto M es mo depois que o problema fosse solucionado a quest o persistiria porque os fabricantes e importadores de cadeirinhas nunca foram obrigados a seguir as normas do Inmetro Isso porque a ades o n o era obrigat ria e sim volunt ria A fim de que a situa o mudasse Alfredo Lobo diretor de qualidade do Inmetro alegou a necessidade de o Conselho N acional de T r nsito Contran tornar obri gat
152. PUC Rio foi escolhido ent o por ser a escola on de trabalha esta pesquisadora fator propiciador de muitas facilidades A ideia de reunido ampla no entanto se mostrou invi vel considerados o intuito experimental do encontro e as limita es de hor rio dos professores Ent o o objetivo passou a ser o de reunir docentes cujo interesse de pesquisa e de atua o cobrisse searas variadas do ensino de design 197 Dr Luis A M ussa T avares A nutri o do rec m nascido prematuro Em 28 de junho de 2004 Dispon vel em http www aletamento com a artigos aspfid x amp id artigo 537 amp id subcategoria 5 Acesso em outubro de 2009 198 Conferir em www aleitamento com a artigos asp id x amp id id Acesso em outubro de 2009 179 Figura 149 Processo de gavagem O convite foi realizado por via eletr nica a partir de uma breve exposi o do teor da pesquisa e requeridos hor rios de disponibilidade para a marca o da reuni o Alguns professores informaram n o poder comparecer e o acei te dos demais demonstrou que seria necess rio marcar duas reuni es para que os convidados pudessem estar presentes na que mais se ajustasse s suas possibi lidades Foi preparado um dide how com o resumo do estudo sobre a mamadel ra e reunidos os modelos f sicos do produto al m dos copinhos at ent o ad quiridos acompanhados por fichas impressas onde constavam informa es sobre detalhes de funcionamento trechos promocionais
153. Paulo Editora U N ESP 2006 FERN NDEZ S BONSIEPE G Coordinaci n Historia del dise o em Am rica Latina y el Caribe S o Paulo Editora Bl cher 2008 FORTY A Objeto do desejo design e sociedade desde 1750 S o Paulo Cosac N aify 2007 FOSTER H Design and crime New York Verso 2003 FRASCARA J Dise o gr fico para la gente Buenos Aires Ediciones Infinito 2000 GARLAND K Responsible to Whom Pd Like to Know p 188 190 In HELLER S VIENNE V Citizen designer New York Allworth Press 2007 GIDDENS A A terceira via e seus cr ticos Rio de Janeiro Editora Record 2001 GOLDEM BERG P Consumo e reprodu o social o desmame preco ce na perspectiva do marketing do leite em p num pa s subdesenvolvi do In Repensando a desnutri o como quest o social S o Paulo Cortez Editora UNICAMP 1989 GROPIUS W Bauhaus novarquitetura S o Paulo Perspectiva 1972 HERZ M HOFFMANN A Organiza es internacionais S o Pau lo Editora Campus 2004 HESKETT J Desenho Industrial Rio de janeiro Jos O l mpio Edi tora 1997 HOBSBAWM E Era dos extremos S o Paulo Companhia das Le tras 1995 E J Era das revolu es Rio de Janeiro Editora Paz e Terra HOLLIS R Design Gr fico Uma hist ria concisa S o Paulo M ar tins Fontes 2001 KLEIN N Sem Logo a tirania das marcas em um planeta vendido Rio deJaneiro Editora Record 2002 222 LATOUR B Ja
154. Pontren I DIVERSIDADE C OLER 4 DO RIO DE JANEIRO Cristine N ogueira N unes o desdesign da mamadeira por uma avalia o peri dica da produ o industrial Tese de D outorado T ese apresentada ao programa de P s G radua o em D esign da PUC Rio co mo requisito parcial para a obten o do t tulo de D outor em D esign O rientador Luiz Ant nio Luzio Coelho Co O rientadora M yrian Sep lveda dos Santos Rio deJaneiro mar o de 2010 Cristine Nogueira N unes Graduou se em Design na ESDI Escola Superior de Desenho Industrial da U niversidade do Estado do Rio de Janeiro em 1981 Recebeu o t tulo de M es tre em Design no Programa de P s Gradua o em D esign da PU C Rio Ponti f cia Universidade Cat lica do Rio de Janeiro em 1998 professora do Curso de D esign desta institui o desde 1993 Resumo Nogueira Cristine Codho Luiz Ant nio Luzio Santos Myrian Sep lveda dos O desdesign da mamadeira por uma avalia o peri dica da produ o indus trial Rio deJanerro 2010 232 p T ese de D outorado D epartamento de Artes e D esign Pontif cia U niversidade C at lica do Rio de Janeiro O cen rio atual de consumo revela o quanto os objetos fazem parte da vida social Avan os tecnol gicos permitem o constante aprimoramento dos produtos industriais liberando as pessoas da execu o de a es e procedimen tos atrelados a limita es naturais Em acr scimo a isto atualiza es estil sticas
155. Rio de Janeiro Brasil vdamazio Opuc rio br Abstract Este artigo apresenta resultados de investiga o que vem sendo realizada sobre a mamadeira as consequ ncias de seu uso como mediadora da a o de alimentar beb s Seu principal objetivo promover uma reflex o sobre os problemas gerados por pr ticas sociais culturais moldadas pelo uso de produtos inapropriados apontando alguns caminhos e iniciativas que buscam solucionar a quest o Keywords mamadeira cultura industrial tica profissional responsabi lidade social design sustent vel Introdu o O uso continuado de alguns produtos consagrados pela cultura industrial vem provocando graves impactos para seus usu rios e para o meio ambien te Um objeto em especial chama a aten o a mamadeira Widely and inten sely used as means to feed babies a mamadeira divide com o leite em p a responsabilidade por parcela expressiva dos ndices de desmame precoce morbidade e mortalidade infantil em todo o mundo O consenso cient fico sobre os riscos e inadequa o da pr tica de adminis tra o de leite industrializado a crian as e as medidas j tomadas para con ter seus efeitos desastrosos apontam para a urg ncia de uma revis o do uso da mamadeira Indicam a urg ncia ainda de se envidar esfor os para o res gate da pr tica da amamenta o e desenvolvimento de utens lios apropria dos para a vital tarefa de alimentar beb s O designer um dos pr
156. Semana com o dogan Amamenta o na pri meira hora Salve mais de um milh o de beb s O apelo refere se aos beb s que afastados de suas m es logo ap s o parto perdem a chance de obter uma alimenta o imediata tantas vezes essencial para a sua sobreviv ncia O cartaz internacional tipogr fico e emprega o simbolo da organiza o no interior da letra O O cartaz brasileiro exibe pela primeira vez a presen a do pai do beb Thiago Lacerda apoiando a iniciativa da mulher Vanessa L es O texto sua viza a mensagem de tom emergencial do cartaz da W ABA P Breastfeeding E Tel Hour Pe aciers tmvastlrading oie omun tad AMAMENTA O NA PRIMEIRA HORA PROTE O SEM DEMORA e A ERS ma ST ao ts var million babies Em 2008 o tema central foi o apoio que deve ser dado m e para que amamente O cartaz da WABA internacional constou de um s mbolo misto representa o estilizada de uma m e que conta com ajuda para realizar a ali menta o do filho O cartaz da campanha M adrinhas exibe foto da atriz Dira Paes amamentando o filho cercada pelo zelo e apoio de sua m e A campanha de 2009 tem por t tulo Breastfeeding a vital emergence response e aborda a amamenta o em situa es de emerg ncia provocadas por trag dias ambientais pol ticas etc A WABA promoveu um concurso inter nacional de fotografias sobre situa es de aleitamento em emerg ncias mon tando um mo
157. U rias e Mamilact ncia Nada como mam nada como mamar You tube Dispon vel em http www youtube com watch v R qX 4E wocbl Em novembro de 2009 The history of baby feeding Babybottle M useum Dispon vel em www babybottle museum co uk Em 28 de julho de 2007 The not so friendly bottle Babybottle M useum Dispon vel em www babybottle museum co uk murder htm Em 28 de julho de 2007 Sites consultados por data de acesso abril 2009 http tabnet datasus gov br cgl idb20 http bataillesocialiste wordpress com http jus2 uol com br WWW waba org my www agitprop vitruvius com br www world nuclear org 230 www gdesign co nz designhist 60pop html www aletamento com www world nuclear org www amigasdopeito org br www icsid org www folha com br www recallmattel com br maio 2009 www mambaby com www umix com br www core 7 com bullits 2007 08 W hipsaw Adiri N atural N urser asp junho 2009 br groups yahoo com group iguai message 7183 www sbdi org br www profuse it cd cd datas other Introduction to universal design p ortuguese pdf www brasilescola noticias terra com br ciencia interna 0 0120 2927 E18278 00 html www iso org Www florestavivaamazonas org br julho 2009 www recallmatte com br www onemillioncampaign org agosto 2009 www aleitamento org br WWww Usatoday com www estadao com br economia not eco400240 0 htm www design21sdn com www designfortheworld org
158. a este objetivo deve ser alcan ado por interm dio da cria o de um processo de conscientiza o e de apoio para as m es devem ser tomadas medidas que assegurem que a mulher esteja devidamente alimentada para concretizar a pr tica e que a ela seja garantido o acesso a in forma es e servi os sobre planejamento familiar a cultura do aleitamento materno deve ser refor ada em muitos pa ses con tra as incurs es da cultura da mamadeira o que requer campanhas de mobili za o social esfor os devem ser envidados para aumentar a confian a da mulher na sua habilidade de amamentar envolvendo a remo o de constrangimentos e influ ncias que manipulem o comportamento da mulher todos os pa ses devem desenvolver pol ticas nacionais de aleitamento mater no com estabelecimento de metas de curto e longo prazo para os anos 90 es tabelecendo sistemas nacionais para este acompanhamento autoridades nacionais devem integrar as pol ticas de aleitamento materno procurando evitar posicionamentos a ela conflitantes 62 Para favorecer a implementa o dessas medidas a D eclara o estabelecia que at 1995 todos os pa ses deveriam nomear uma autoridade nacional como coordenadora de um comit de aleitamento materno composto por membros do governo e ONGs implementar integralmente o C digo Internacional de Comera aliza o de Substitutos do Leite M aterno e resolu es subsequentes da Assembl ia
159. a Segundo Norberto Bobbio a T erceira Via se constituiria como uma s n tese e n o como uma m dia entre a direita e a esquerda ao que Stuart H all rebate N a pr tica a pol tica da terceira via foge do radicalismo optando por uma po si o de centro em qualquer quest o Defende uma pol tica sem advers rios e portanto termina por aceitar o mundo como ele em vez de verdadeiramen te procurar transform lo apud Giddens 2001 p 21 Sugerindo ser poss vel a associa o entre a solidariedade social e o di namismo da economia a Tercera Via deseja reviver os ideais do socialismo propondo se a reduzir as desigualdades e a valorizar a sociedade civil reconhe cendo a globaliza o Ela busca condi es sociais igualit rias e defende a igual dade de oportunidades no que se aparenta ao neoliberalismo priorizando por m o respeito ao pluralismo social e diversidade de estilos de vida numa cr tica social democracia Giddens 2001 p 90 Fatos graves relativos a trag dias ambientais guerras e viola es dos di reitos humanos v m h longo tempo provocando o engajamento de membros da sociedade civil em organiza es independentes como a Cruz Vermelha e a Anistia Internacional cuja constitui o foi motivada pelas consequ ncias das guerras mundiais O advento da rede mundial de computadores propiciou i menso incremento a essas rela es consolidando uma via para alcance de repre sentatividade pe
160. a o e aproveitando o que se pensa hoje do design uma atividade geradora de produtos de consumo para a elite gerar produtos e materiais que busquem atualizar tamb m a elite e n o apenas o p blico que recorre aos hospitais p blicos sobre os males das mamadeiras e dos leites artificiais U ma aproxima o do design com entidades como a IBFAN a Rede de Bancos de Leite H umano ea W ABA poder gerar a es muito proveitosas para a quest o Acerca da necessidade de mudan a na metodologia de ensino a reavali a o peri dica da produ o industrial pode constituir um instrumental valioso para abrir o debate sobre a tica no campo do design dando lhe contornos palp veis e n o apenas te ricos e transformar a universidade em um observat rio cr tico de produtos e em usina de inova o para a ind stria Tais iniciativas poder o resultar em propostas consistentes a serem apre sentadas para os cursos de design O trabalho foi apenas iniciado Ele um projeto de design que ao contr rio de tantos outros projetos n o tem glamour algum O brilho das coisas que mentem n o importa Interes sa a tessitura de como as coisas na verdade s o 208 Agradecimentos Esta pesquisa n o poderia ter sido realizada sem que fossem percorridas trilhas desconhecidas Fui me amparando no revezamento de m os de amigos auto res professores profissionais e not cias que encontrava pelo caminho assim como um passageiro se desloca no
161. a emprego inclus o e paz social O custo do processo ficou invisivel cultural e objetivamente pespontado pelo padr o florido do teci do do qual ningu m mais cogitaria em abrir m o Paralelamente ao crescimento do sistema industrial surgiam no entan to firmes argumenta es sobre as injusti as cometidas contra os trabalhadores fabris e a assimetria social resultante de todo o sistema 28 em 1848 saiu publicado o livro de F Engels sobre a Situa o da classe oper ria na Inglaterra e no mesmo ano o Manifesto Comunista de K Marx e F Engels conclamou os prolet rios de todos os pa ses a unir seus esfor os para romper as cadeias de explora o capitalista na luta pela conquista dos direitos humanos Rattner 2002 p 2 Sindicatos partidos socialistas e social democratas come aram a fazer frente ao sistema de explora o capitalista a partir de meados do s c XIX sen do no entanto desmobilizados em grande medida pela eclos o da Primeira G uerra M undial quando o sentimento nacionalista monopolizou as aten es excetuando se dentre outros o movimento bolchevique vitorioso em 1917 com a Revolu o Russa As cr ticas de M arx ao sistema capitalista desvelaram em meio ao ambi ente progressista industrial a realidade de viol ncia social e de explora o im posta aos trabalhadores apontando a urg ncia de uma mudan a radical de pa radigma contra a correnteza capitalista e em favor
162. a N ike e imagem da campanha da Adbusters contra a Nike A Adbusters M edia Founda tion uma organiza o n o governamental com sede no Canad que se dedica a atacar as grandes corpora es acessando as mesmas armas por elas utilizadas visando a atingir as sociedades e culturas do mundo inteiro ral Desta maneira enquanto crian as dedicam se a costurar pares de t nis em troca de fra es de centavos um jovem empres rio pertencente ao grupo da queles adolescentes globais conquistado pela mensagem de encorajamento e atitude da empresa tatua o logotipo da Nike em seu umbigo Acordo toda manh pulo para o chuveiro olho para o s mbolo e de me sacode para o dia para me lembrar de como tenho que agir isto Just do it Perturbador o fato de que diferentemente do cen rio de informa o p blica do liberalismo no qual os produtos guardavam sua inoc ncia a cena neoliberal edificou se com o aux lio da democratiza o da informa o proporcionada pelas tecnologi as da comunica o que disponibilizam fartamente dados que desnudam a cor renteza das pol ticas de mercado dados esses acess veis exata e principalmen te aqueles que disp em de condi es financeiras para consumir tais produtos revelia de tudo isso o t nis da Nike insiste em sua inoc ncia Seus consumidores cativos argumentar o que ele o mais confort vel que caro mas que seu pre o vale a pena
163. a d cada de 1970 como importante demarca dor da luta em defesa dos direitos do consumidor O avan o das tecnologias de comunica o agilizou a troca de informa es a conscientiza o e a abrang ncia da mobiliza o da sociedade civil para pa ses menos desenvolvidos como Ar gentina Brasil Bangladesh e Portugal Al m disso o movimento passou a in cluir dentre suas preocupa es a quest o ambiental a conduta das empresas multinacionais e o com rcio exterior de produtos considerados nocivos sa de humana e natureza A no o de que o uso de recursos naturais n o renov veis comprometeria todo o sistema de gera o de energia ganhou destaque na m dia internacional co mo decorr ncia da crise do petr leo 1973 quando um dos reflexos vis veis foi a perda de prest gio dos carros grandes com seu elevado consumo de combust vel O utras bandeiras foram acrescidas em outros momentos como o direito educa o para o consumo a luta contra as usinas nucleares e produtos quimi cos letais N os anos de 1980 a comunidade europ ia regulamentou a publici dade estabelecendo puni o para a propaganda enganosa e a responsabilidade civil do produtor Em 1985 a Assembl ia Geral das N a es U nidas aprovou consensual mente as D iretrizes Internacionais de Prote o do Consumidor dentre as quais constavam o C digo Internacional de Regulamenta o da Comercializa o e Propaganda dos Suced neos do Leite M aterno
164. a direta ou indireta a alimenta o e nutri o do rec m nascido como objeto de trabalho Almeida 1999 p 46 Essas flutua es de resultados se devem s estrat gias empregadas pelas ind strias no sentido de manter sua produ o e penetra o Para abrir um novo nicho de mercado elas recorreram dirigindo seus esfor os para as situa es particularmente mpares na alimenta o do rec m nascido ou seja para a ali menta o de beb s prematuros para quem uma dita vanguarda cient fica vin culada ind stria alegava n o ser o leite humano a melhor alternativa p 44 O fato que de 11 a 14 dos beb s nasciam prematuros sendo 90 destes partos realizados em hospitais p blicos onde o governo arcava com as despesas nas UTIs neonatais A ind stria prometia melhor evolu o cl nica menor tempo de interna o e ganho r pido de peso debelar intoler ncias e alergias alimentares rinites otites de repeti o diarreias c licas eczemas choro excessivo e com isso persuadiu a assist ncia do XXX Congresso Brasi leiro de Pediatria a adotar o produto j em 1995 assumindo como slogan a diarreia aguda uma das principais causadoras de morbidade e mortalidade infantil em pa ses em desenvolvimento A ind stria reintroduziria sua estrat gia anterior omitindo que a maior respons vel por tal quadro era justamente a f rmula l ctea Para isso utilizou material gr fico de alta qualidade onde e
165. a e assim dando status de elemento art stico a qualquer coisa DADA SMO 1916 Su a Guerra M undial D ad que nunca mais acaba revo lu o D ad que nunca mais come a D ad v s amigos e tamb m poetas que rid ssimos evangelistas Como conquistar a eterna bem aventuran a D i zendo Dad Como ser c lebre Dizendo D ad Com nobre gesto e maneiras finas At a loucura at perder a consci ncia Na R ssia o regime imperial era questionado pela burguesia liberal e pelos socialistas moderados o que levou eclos o da Revolu o Bolchevique em 1917 sob o comando de L nin cujo governo somente se consolidaria ap s quatro anos de guerra civil O movimento construtivista perpassaria toda aque la revolu o com uma linguagem gr fica inovadora e ut pica dirigida s mas sas s mbolo de uma nova mentalidade que depositava na ind stria a chave para uma cultura universal CONSTRUTIVISMO 1914 R ssia O construtivismo permitir que a huma nidade alcance o grau m ximo de cultura com o m nimo gasto de energia Todo indiv duo nascido neste planeta pode aprender o caminho mais r pido para a f brica que est desenvolvendo o nico organismo da terra Para a f bri ca onde o trampolim gigante est sendo criado rumo cultura humana univer sal O nome do caminho Construtivismo Segundo John H eskett uma caracter stica comum aproximava os mo vimentos de vanguarda a amplitude de seus concei
166. a e a tica condi es para a implementa o do ideal de progresso e desenvolvimento da humanidade com base na raz o e na vontade humana no trabalho livre e esclarecido e no poder da t cnica O positivismo no O cidente impregnou 42 nossa cultura determinando nossa maneira de pensar e lidar com a realidade humana e social Em 1911 Schumpeter publicaria na Alemanha o livro T eoria do desen volvimento econ mico onde distinguia a no o est tica da economia fluxo re gular da atividade de sua no o din mica a chegada de inova es tecnol gicas que alteram o fluxo regular sendo este ltimo o fen meno fundamental do desenvolvimento econ mico Sua teoria delegou ao empres rio e sua atitude inovadora o papel motor do desenvolvimento na medida em que prop e pa dr es mais eficientes de produ o ou insere uma nova inven o inova o tec nol gica no processo industrial Os consumidores ent o s o educados a desejar novos produtos e a relegar vers es antigas desses objetos num fen me no denominado destrui o criadora Por tal raz o Schumpeter sinalizava a import ncia da concess o de cr dito ao empreendedor pois isso possibilitaria as inova es o desenvolvimento econ mico e o gradual desaparecimento dos problemas sociais As inova es tecnol gicas lan adas e transformadas em pro dutos ao serem replicadas por outros empres rios com pequenas singulariza es ge
167. a excelente express o de Peter Pearcel ou seja fazer um m ximo servindo se de um m nimo O que significa consu mir menos utilizar as coisas durante mais tempo reciclar os materiais e pos sivelmente n o desperdi ar papel editando livros como este Existem muitos campos nos quais os designers t m que aprender a desdisefar Para ue desta maneira estejamos ainda a tempo de sobreviver ao dise o Papa q J p nek 1973 p 307 O discurso de Papanek embora por muitos considerado radical e mes mo panflet rio revelou a necessidade de se des fazer grande parte do que fora feito com a colabora o dos designers tal a gravidade dos efeitos colaterais pro vocados Design de informa o 1979 N as d cadas de 1920 e 1930 Otto N eurath dedicou se a desenvolver um m todo de conven o para o uso de sinais O Isotype International System of T ypographic Pictorial Education foi introduzido em Viena e teve por objetivo representar visualmente as estruturas sociais e econ micas fundamentais da sociedade austr aca para servir de base aos benef cios sociais especialmente nas areas de habita o e sa de p blica Ao mami O m A Io lo Exemplo not vel desses estudos de sistematiza o da informa o visual foi o processo de desenvolvimento do mapa do metr de Londres iniciado em 1933 por Henry C Beck pe a que demonstra a necessidade de esfor os de projeto de design na busca por efic cia
168. a o C digo A IBFAN solicitou Nesl e Wye th AH P a interrup o do fornecimento caso contr rio o boicote seria reiniciado Como as empresas ignoraram a solicita o em outubro o boicote foi retomado obtendo inclusive a ades o do Canad Enquanto isso durante a 412 AM foi detectada uma diminui o continuada dos ndices de amamenta o em muitos pa ses Em 1989 o boicote atingiu Irlanda Finl ndia Ilhas da M aur cia M xico Noruega Su cia Inglaterra Filipinas e Fran a A Conven o sobre os Direitos da Crian a foi adotada pela ONU ea Dedara o de Innocenti assinada por 32 pa ses Em 1991 embora a IBFAN tenha conseguido alguns melhoramentos a vers o final do D iretivo da Comunidade Europeia sobre o marketing de f rmula infan til e leites de seguimento no mercado interno resultou fraca No mesmo ano a 130 U nicef declarou que a invers o na redu o nos ndices de amamenta o poderia salvar 1 5 milh o de vidas por ano em todo o mundo A WABA foi fundada e nove pa ses implementaram o C digo Internacional em sua totalidade al m de 28 outras na es terem seus esfor os de implementa o das regras reconhecido Na Uni o Europeia entrou em vigor a obrigatoriedade de as imagens dos beb s serem retiradas dos r tulos de leite em p ndia e N epal introduziram o C di go em suas legisla es Com a ades o da It lia Luxemburgo Espanha e T ur quia em 1993 o n mero de pa ses que ader
169. a retirada de v rios medicamen 84 O encontro de quila em 2009 deliberou pelo emprego de capital dos pa ses participantes da reuni o para garantir um m nimo para a agricultura e produ o de alimentos em pa ses africanos bem como para desenvolver a base tecno l gica para a implanta o de esgoto e saneamento b sico na regi o 8 Dispon vel em http jus2 uol com br Acesso em abril de 2009 105 tos do mercado internacional medidas de controle do uso de horm nio no gado e a mobiliza o internacional contra o cigarro No ano seguinte numa prova mais do que cabal da alta exposi o do mundo a alt ssimos riscos uma falha de projeto no reator da usina at mica de Chernobyl na Ucr nia espalharia poeira radioativa por vasta rea contami nando os seres vivos de uma extensa regi o e provocando a morte de 300 mil pessoas ao longo dos ltimos 10 anos Reykjavik aee 2 Figura 74 M apeamento das reas vulner veis contamina o radioativa pelo acidente de Chernobyl Responsabilidade s cioambiental A partir da d cada de 1990 tornou se imperativo para as empresas o de senvolvimento de programas de gest o para a implanta o da cultura de res ponsabilidade Caso n o o fizessem perderiam sua competitividade Segundo Emerson K apaz do Instituto Ethos responsabilidade social significa uma vis o empreendedora mais preocupada com o entorno soci al em que a empresa est inse
170. ado apesar das evid ncias de sua falibilidade Com o advento da produ o industrial de alimentos infantis a prescri o de leite em p sempre que as m es relatavam alguma inseguran a com rela o ao aleitamento ampliou o conjunto de exce es reconhecidas pela clas se m dica As imagens a seguir ilustram o quanto a alimenta o artificial de beb s por mamadeira se tornou uma conduta corrente em muitos pa ses crian do mesmo uma cultura que passou a associar a inf ncia ao consumo e posse desses produtos FRRINHA LAGTEA NESTEN INTOL RANCE AU LAIT VEGELACT SOJA LAT SEC VEGETAL AU SOJA mos PSA ke EEE DYSPEPSIES DU NOURRISSON ECZ MA T TANIE COLITES CHEZ LES VOMISSEURS FAZ AA CHAN O POOUTTAN e e 1 EEEE DA VIDA SADDE E ALEOMA LE BEB HOLLANDAIS Em 1968 entretanto o impacto causado pelo marketing das ind strias sobre a sa de das crian as viria a ser definido como desnutri o comerciog ni ca pelo Dr Derrick Jeliffe como veremos adiante Almeida 1999 20 2 2 N otas sobre as origens da alimenta o de lactentes no Brasil Q uando Pero Vaz de Caminha descreveu ao rei de Portugal o h bito das ndias do novo mundo que andam com um menino ou menina ao colo atado com um pano n o sei de qu aos peitos Almeida 1999 p 28 foi demonstrado o estranhamento da cultura civilizada em rela o pr tica do aleitamento materno aquela poca j pros
171. akii a bact ria dos leites em p Aleitamento com Dispon vel em www aleitamento com Em 11 de abril de 2002 Entrevista de Jorge Frascara Infodesign Revista Brasileira de D esign da Informa o 1 1 2004 65 67 SBDI Dispon vdl em www sbdi org br Existe una tica del dise o Debate Foroalfa Dispon vel em http foroalfa org Em novembro de 2009 First things first 2000 Primeiro o mais importante 2000 Agitprop D ispon vel em tradu o Gilberto Paim em www agitprop vitruvius com br F rmula Fix 1989 Youtube Dispon vel em www youtube com watchN Y QU 43TdLYrE Informativo da O rganiza o Pan Americana de Sa de O PAS O MS Brasil Dispon vel em www portalangop co ao H oje D ia M undial Combate O besidade f69ee6f5 4b1f 4c87 a55d dod2c4c4eBd5 html Em 13 de novembro de 2000 Lula sanciona lei que torna airbag obrigat rio Globo com D ispon vel em www oglobo globo com Em 19 de mar o de 2009 M es participam de maratona de amamenta o pelo mundo G1 Globo com Dispon vel em http gl globo com N ot ciay M undo Em 11 de novembro de 2008 Manifeto construtivista F rum Camelot Dispon vel em www forumcamelot com Em 5 de setembro de 2005 M anifesto De Stijl Dispon vel em ca ad arch ethz ch teaching T heo_manifesto htm M s de 6 200 beb s intoxicados BBC Dispon vel em http newsvote bbc co uk Em 18 de setembro de 2008 M aterial promocional N estl com Disp
172. al Espanha e Cabo Verde A intensidade das a es da Rede considerada edificadora de um trabalho que se destaca no mbito pol tico na medida em que coopera es na seara da sa de est o presentes na agenda de pol tica externa brasileira como instrumento de solidariedade internacional representando um instrumento de redu o de atritos apaziguamento de conflitos e for talecimento dos la os de amizade entre pa ses numa coopera o horizontal de profundo respeito s partes com obedi ncia a singularidades prazos e condi es sem a cria o de depend ncias O trabalho realizado pela Rede apresenta o mais elevado resultado se com parado ao de outras reas tem ticas de investimento do M inist rio como a da DST AIDS muito eogiada por todo o mundo Al m da coleta processamento e distribui o do produto arrecadado junto s maes doadoras os bancos de leite realizam intensas a es diretas de interven o na prote o da amamenta o tais como a assist ncia permanente a m es e familia res de beb s os que est o internados em hospital e os da comunidade em geral Q uarenta por cento do trabalho do banco de leite do IFF est o relacionados ao produto leite materno e 60 assist ncia citada E fato recente o ste da Rede inaugurou a Biblioteca Virtual da Amamenta o reunindo material de refer ncia para consulta e pesquisa Tamb m com a inten o de integrar e divulgar o conhecimento adqui
173. al que vem imposta pra gente desde os anos 60 eu acho A massifica o da informa o faz com que ela seja digerida em dois segun dos Essa do Karin Rachid virou objeto de desejo muito mais do que um obje to utilit rio M as para a m e eu sou chiqu rrima vou comprar uma bateria de mamadeiras diferentes para o meu filho e assim ficar na ltima moda Fico pensando que n o tem nada que supere o nosso hipogl s As m es brasileiras quando eu viajava pediam para eu trazer D izitin s porque ame ricano Ent o tem essa coisa do sistema de objetos do meu beb que n o para o beb para a mae M as me lembro que quando eu queria botar minha filha pra dormir quando ela j tinha perto de um ano e meio a t cnica era bo tar no carro amarrar na cadeirinha e dar a mamadeira Era o ritual e n o adi antava dar qualquer outra coisa era a mamadeira a mamadeira tem o grande objetivo de dar autonomia para a crian a e para a m e tamb m a fun o n o pode morrer de uma hora pra outra as crian as precisam ser ali mentadas artificialmente elas v o continuar pedindo alguma coisa quando a cordam para suas m es as m es v o ter que continuar dando alguma coisa pa ra seus filhos pra completar aquele ciclo de ir para a cama n o d para os obje tos sumirem de uma hora para a outra Vejo parte dessas mamadeiras muito mais como objeto de desejo da m e do que uma coisa funcional Ent o eu pegava
174. alidades em amamenta o n 40 41 agosto de 2006 IBFAN Dispon vel em www ibfan org br documentos aa a40 41 Acesso em junho de 2009 66 de que a ind stria de leites artificiais e de mamadeiras bicos e chupetas muitas vezes resiste a restringir suas propagandas a exibir frases de advert ncia em suas embalagens insistindo em recomendar o alimento para beb s com menos de seis meses e apresentando informa es indutoras ao uso do produto baseadas em falsos conceitos de vantagem e seguran a E a IBFAN internacional noti ciou em maio de 2009 que todos os pa ses europeus com exce o de Noruega e Luxemburgo desceram de categoria na escala que mede o n vel de esfor os governamentais para proteger a amamenta o falhando em cumprir as exig n cias m nimas estabelecidas pelo C digo Internacional para Comercializa o de Substitutos do L ate Enfim o poder do mercado demonstra estar conseguindo driblar tantos es for os internacionais em prol da amamenta o A fim de refletir sobre tal poder vale ampliar o raio desta an lise para alguns outros produtos e elencar momentos da hist ria do design em que ques tionamentos semelhantes ocorreram trazendo a discuss o do passado para a atualidade e a discuss o sobre a mamadeira para os produtos em geral 3 3 Produ o industrial design e consumo O projeto de produtos industriais para consumo de massa justifica a e xist ncia da atividade do design desde a Revolu o I
175. ama deira para seus beb s antes de eles alcan arem os seis meses Perguntadas sobre os motivos para tal conduta 14 disseram terem sido orientadas por enfer meiras de companhias de leite ou terem recebido amostras de leites e mama deiras quando ainda amamentavam e 43 alegaram n o ter leite suficiente M uller ent o observou que as companhias de leite usavam com nfase a seguin te frase quando o leite materno n o suficiente p 23 O caso a seguir ilus tra as t cnicas empregadas pelas companhias U ma nova m e em um pa s em desenvolvimento que por acaso era casada com um especialista em nutri o infantil teve um interesse profissional na es trat gia de vendas de uma enfermeira de leite que a visitou sem ser solicitada A enfermeira come ou dizendo em termos gerais que a amamenta o era me Ihor Depois passou a detalhar os alimentos suplementares que o beb ama mentado necessita deveriam ser dadas gotas de vitaminas com 3 ou 4 semanas cereais com 6 ou 8 semanas logo depois sucos de frutas preparados adequa damente A enfermeira estava deixando impl cito que era poss vel dar desde o nascimento um leite para beb s patenteado que evitaria estes problemas des necess rios p 24 25 A Cow amp Gate outra empresa fabricante de leites usava a seguinte jus tificativa caso fossem retiradas quaisquer estrat gias de promo o do produto milhares de crian as em pa ses do T erceiro M undo
176. amamenta o ao seio A organiza o caritativa brit nica W ar on Want trabalhava em prol do suprimento de alimentos e outros produtos a pa ses do chamado Terceiro M undo D iante das not cias de que o leite em p que a organiza o arrecadava e distribu a aquelas popula es estava sendo seriamente condenado pelo saber cient fico a War on Want decidiu questionar os efeitos de seu pr prio traba lho O relat rio The baby killer encomendado ao jornalista M ike M uller publicado em 1974 denunciaria as consequ ncias devastadoras da comerciali za o de f rmulas infantis e de seu ve culo a mamadeira em pa ses do Terceiro M undo entre popula es tantas vezes desprovidas de acesso a condi es de higiene gua de qualidade e de capacidades m nimas financeiras para manter seu consumo O relat rio alcan ou uma repercuss o extraordin ria Vale destacar passagem do texto de abertura da publica o pelo impacto de seu conte do Beb s do Terceiro M undo est o morrendo porque suas m es os alimentam no estilo ocidental com leites infantis em mamadeira M uitos dos que n o mor rem entram num c rculo vicioso de m nutri o e doen a que os deixar o f si ca e intelectualmente retardados pelo resto de suas vidas O fato assustador que esse sofrimento evit vel O rem dio est disposi o de todos exceto 54 para uma pequena minoria de m es que n o pode amamentar Isso porque o leite matern
177. aminho inverso M uito embora o par grafo anterior seja uma suposi o percebe se j a abertura de uma nova perspectiva profissional para os designers possibilitada pelo entendimento de que ele pode ser o profissional com perfil para promover mudan as sem comprometer os n veis de produ o e consumo essenciais para o giro da economia E al m disso voltar sua aten o para demandas antes n o existentes ou cogitadas Se a interdisciplinaridade j era inerente ao pensamento e pr tica do design agora a percep o de que a atividade faz parte e depende de uma complexa conjuntura tende a encaminhar cada vez mais a profiss o expans o de seus horizontes de estudo e a o como demonstram os exemplos a seguir pin ados de uma produ o muito mais numerosa Aldeia Humana A proposta j citada de tema para reuni o do Conc lio Internacional de Sociedades de D esenho Industrial ICSID 1997 gerou uma revista tradu zida para v rias l nguas dentre elas o portugu s cuja divulga o imagina se ter ficado aqu m do adequado Alexander M anu e colaboradores entretanto reali zaram uma publica o muito impressionante que estabelece um di logo entre economistas pol ticos administradores designers e soci logos enfim pessoas de muitas reas do saber sobre a situa o contempor nea do design Robert F Kennedy Por um tempo muito longo e excessivo parece que te mos trocado a excel ncia comunit
178. anente ao assunto Essa hip tese impressiona pois n o h d vida de que todas as disciplinas todas as situa es devam incluir a tica como princ pio M as tamb m n o de todo incoerente que a divis o de conte dos entre as dis ciplinas acad micas conduza a certo relaxamento quando est institu do que em uma delas a quest o ser especialmente abordada O segundo coment rio pro cura exemplificar possivel resultado que a aplica o de tal nfase poderia gerar numa cadeira de Projeto concluindo ser tamb m responsabilidade de todos os professores e n o apenas da institui o universit ria a fun o de multiplicar tal conduta e fomentar essa consci ncia 5 4 6 Autoquestionamento profissional Pode se dizer que todo o debate teve como efeito a condu o dos pre sentes a um autoquestionamento o que em parte foi ensejado pela nica per gunta dirigida pela anfitri aos professores Voc s est o aqui como professores de design como formadores de opini o como consumidores e pesquisadores D iante de tudo o que foi exposto como voc s se colocam Em outras palavras o que desejo conhecer o impacto dessa informa o sobre voc s que s o professores de design que possivelmente co mo eu h cerca de dois anos receberiam a proposta de projeto de uma mama deira de bra os abertos Em um primeiro momento os professores identificaram que o fato de o design poder estabelecer fronteiras com as mais diversas re
179. antem que apenas 3 de todos os importados s o controlados rigorosamente o que inclui a checagem de docu mentos e conte do O utros 6 s t m verificada sua documenta o A grande maioria entra no pa s sem passar pelos fiscais Prossegue o artigo afirmando que a fim de melhorar o controle a Asso cia o Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos Abring passou a ser parceira da Receita Federal em 2006 elevando para 10 o volume de produtos fiscali zados Por m relata a mat ria Alejandro Rivas representante da M attel afirma que os brinquedos da gigante americana s o atestados por uma empresa certificadora estrangeira homologa da pelo Inmetro e por esse motivo n o h fiscaliza o do Inmetro no desem barque dos produtos A informa o nos leva a indagar se n o teremos importado em outras ocasi es lixo semelhante ao que recebemos da Inglaterra 100 Dispon vel em wwwl1 folha uol com br folha dinheiro ult91u320141 shtml Acesso em novembro de 2009 112 Enquanto isso poca a M attel falava aos consumidores em seu site Temos os mais rigorosos procedimentos e testes de qualidade e seguran a mas nenhum sistema perfeito Se eventuais riscos s o detectados corrigimo os sic Se novos padr es s o estabelecidos aplicamo os sic N ossa priori dade a seguran a das crian as que brincam com nossos produtos A filosofia da M attel prega que cada funcion rio seja respons vel pela qualidade
180. antes da revela o do poder de destrui o do CFC a grande crise mundial de 1973 levou os pa ses expoentes do modelo capitalista a ca rem em grave depress o altas taxas de infla o e diminui o das taxas de crescimen to Abriu se assim um terreno f rtil para a ascens o do modelo neoliberal que j rondava o cen rio econ mico inconformado com o poder excessivo con cedido democraticamente aos sindicatos e ao movimento oper rio e tamb m com o fen meno de corros o das bases de acumula o de capital que deles re sultava Perry Anderson apud D ias 1997 p 7 Friedrich H ayek foi o mentor da doutrina neoliberal que desde 1944 havia sido defendida em seu texto O caminho da servid o onde atacava fron talmente a ideia de qualquer fun o intervencionista do Estado defendendo a independ ncia integral das regras de mercado que caso contrariadas configura riam uma perda irremedi vel de liberdade A conduta do jogo econ mico seria justa independente dos resultados que provocasse a liberdade consistiria no perseguimento individual de objetivos revelia de um saber acerca dos objeti vos de outrem j que a coes o social derivaria dos frutos das rela es econ mi cas a justi a residiria em normas de conduta que prestigiassem o xito e n o meros resultados Em s ntese a espontaneidade das rela es econ micas estaria isenta do jugo da moralidade apartando se de qualquer vincula o com a no
181. ao beb atrav s de uma sonda colada junto ao seio da m e altura do mamilo O beb suga o seio O leite desce da seringa para a sonda A crian a se alimenta A mae se tranquiliza O leite desce Em poucos dias j n o h mais necessidade da sonda para a descida do late 17 Esclarecimentos acerca do leite a ser empregado na administra o da t cnica s o claros teis e capazes de retirar quaisquer d vidas porventura per sistentes sobre a quest o do leite para prematuros o melhor leite para um prematuro o de sua m e o segundo melhor leite para um prematuro o leite de uma m e de outro prematuro com sua mesma idade gestacional O terceiro melhor leite para um prematuro o leite de uma m e de um beb a termo n o prematuro O quarto melhor leite para um prematuro um leite industrial espec fico pa ra prematuros O quinto melhor leite para um prematuro um leite industrializado para be b s a termo n o prematuros que um dia j foi chamado abusivamente de maternizado 5 4 Consulta coletiva a professores de design sobre a quest o D e posse dos dados levantados foi projetado um modo de lev los ao co nhecimento de membros do corpo docente de um curso universit rio de design A princ pio foi imaginada uma reuni o com os professores de todas as disciplinas do curso a fim de inform los sobre a quest o e promover o debate de maneira ampla O curso de Design da
182. arece ocorrer no entanto a repeti o constante e maci a ap s 1999 do modelo visual mae aleitando seu filho com a diferen a de esta m e ser figura p blica enquanto a campanha internacional se esmera em fornecer imagens representativas das problem ticas que pretende abordar Recapitulando em campanhas anteriores a WABA havia lan ado os se guintes temas 1992 Iniciativa H ospital amigo da Crian a 1993 M ulher trabalho e amamenta o 1994 Fa a o c digo funcionar 1995 Amamentar fortalece a mulher 156 Entrevista pesquisadora M aria In s Couto de Oliveira Novembro de 2008 144 1996 Amamenta o uma responsabilidade de todos 1997 Amamentar um ato ecol gico 1998 Amamentar o melhor investimento O tema da campanha mundial de 1997 Amamentar um ato ecol gico resultou de uma dramatiza o brasileira realizada no Rio de Janeiro durante a ECO 92 Em 1999 o tema Amamentar educar para a vida utilizou como i magem a foto da boneca M ariana concebida por uma artesa de Recife Con feccionada em tecido a boneca trazia ao seio seu beb ali fixado por meio de colchetes de press o Esse recurso viabilizava o encaixe da boca da crian a aos seios da m e cujos bra os lhe davam suporte Al m disto ela contava com es pa o vago em seu ventre para o encaixe do beb proporcionando a representa o das fases de gesta o e parto normal Segundo Oliveira a escolha de refer ncias brasileira
183. ariam as ambiguidades e dificuldades das pessoas em rela o pr tica da amamenta o Segundo Almeida seriam necess rias estruturas assistenciais para dar conta dessa ambiguidade que incluiriam n o s a quest o querer poder ama mentar como tamb m a necessidade de compatibilizar determinantes biol gicos com os condicionantes s cio culturais Almeida 1999 Assim a D edara o de Innocenti trata da prote o promo o e apoio ao aleitamento materno como meio de viabilizar sua realiza o e n o apenas do incentivo sua pr tica ou ao controle dos agentes que constituam obst culo para a sua realiza o A Decara o de Inocentti reconheceu o aleitamento materno como processo nico e atividade capaz de reduzir a morbi mortalidade infantil e a incid ncia de doen as infecciosas em crian as Atestou sua capacidade em pro porcionar nutri o de alta qualidade para a crian a em contribuir para a sa de da mulher sob v rios aspectos e em proporcionar benef cios econ micos para a fam lia e a na o Sinalizou ainda que a pesquisa cient fica demonstra que tais benef cios aumentam com a exclusividade do aleitamento nos primeiros meses de vida e sua manuten o na poca de introdu o de alimenta o complemen tar declarando que todas as mulheres devem estar capacitadas a praticar aleitamento materno exclusivo e todas as crian as devem assim ser alimentadas desde o nascimento at os 4 6 meses de vid
184. as que OMS e U nicef estimam em 1 5 milh es de beb s mortos por ano devido alimenta o artificial ao inv s da amamenta o Richter 2003 p 20 21 A empresa foi evasiva A Nestl firmemente apoia os princ pios do Global Compact e se compromete a refletir tais princ pios em suas pr ticas de neg cios Informa es acerca dos bastidores de negocia es comerciais e dos pro cessos de aceita o de empresas no Acordo embora dispon veis na Internet n o chegam facilmente aos consumidores M ais vis veis s o as belas campanhas na TV e outras m dias tantas vezes sustentadas pela presen a dessas ind strias entre seus anunciantes As coisas s o assim Prosseguindo com a din mica de aproxima es e distanciamentos carac ter stica desta pesquisa voltemos um pouco no tempo para focalizar o atual cen rio brasileiro da alimenta o de beb s 137 Brabeck Letmathe P Our Responsability UN Gobal Compact In Richter 2003 p 26 Building on Q uicksand The Global Compact democratic governance and N estl Judith Richter IBFAN GIFA O ctober 2003 D ispon vel em www ibfan org art 538 2 pdf 134 4 2 Cen rio brasileiro atual No in cio dos anos de 1980 o M inist rio da Sa de forneceu os seguintes dados naquele momento a mortalidade infantil era de 88 1000 em todo o territ rio brasileiro e de 124 1000 no Nordeste 48 das crian as sofriam de desnutri o cr nica os n veis de desma
185. as campanhas governamentais de incentivo ao aleitamento materno nos tr s n veis federal estadual e municipal promo o de cursos aconselhamento e de manejo cli nico da amamenta o entre outros a uma melhor prepara o dos profissi o nais de sa de ao crescimento na implanta o de bancos de leite humano s campanhas como a Semana M undial da Amamenta o e o Dia Nacional de D oa o de Leite H umano que contribuem para a mobiliza o social N orma de Aten o H umanizada ao Rec m N ascido de Baixo Peso o M todo Can guru Norma Brasileira de Comercializa o de Alimentos para Lactentes e Crian as de Primeira Inf ncia Bicos Chupetas e M amadeiras NBCAL ea Iniciativa H ospital Amigo da Crian a IHAC S 4 2 1 Foco na comunica o p blica A an lise dos investimentos do governo em campanhas em prol da a mamenta o nos leva a refletir sobre os motivos da preval ncia da cultura da mamadeira ainda hoje na sociedade brasileira D esde 1999 a Sociedade Brasileira de Pediatria est unida ao M inist rio da Sa de na produ o de material gr fico de suporte Semana M undial da Amamenta o evento de mbito internacional promovido pela W ABA Impor tante ressaltar que tal esfor o se d somente na esfera p blica de sa de Atrizes da TV Globo figuram em cartazes folhetos e spots concedendo fei o gr fica e simbolicamente sistematizada a campanhas anteriores iniciadas em 1992 que tamb
186. as de conhecimento como com a rea m dica a rea financeira ou de engenharia etc muitas vezes conduz a uma aproxima o n o suficientemente aprofundada desses conheci mentos Por m como o resultado final sair das m os do designer reconhe cida a sua responsabilidade pelo sucesso ou pelas falhas e imprecis es que o produto vier a apresentar Os designers est o ficando muito a gente diz que uma profiss o inter disciplinar mas sai projetando sem consultar pelo menos as pessoas que deveri am estar envolvidas naquele projeto Profissionais da rea de sa de est o di zendo que lamber que nem gatinho mais saud vel e importante do que a mamadeira Ent o eu acho que temos que enfiar a viola no saco e ouvir mais Eu acho que a gente tem que entender o processo para poder projetar S confiar no t cnico n o basta N o um conhecimento que a gente domina mas como qualquer outro objeto estamos sempre tentando dominar conhecimentos alheios eu trabalho muito com engenheiros e a cada dia aprendo coisas novas que n o aprendi na escola embora n o me coubesse mesmo aprender Acho que isso inevit va O designer como voc falou vai ter que assumir essa responsabilidade V o c faz uma coisa de uma gravidade E uma coisa mais ontol gica de perceber na base da profiss o essa responsabilidade que a n o s o design mas a soci 190 edade como um todo e o mercado no sentido de que
187. as den ncias de U pton Sinclair publicadas no livro The Jungle quanto s m s condi es de higiene nas ind strias de carne e produtos medicinais nos EUA que resultaram na edi o de duas normas a Regulamenta o para Inspe o de Carne em 1906 e o Pure Food and Drug Act 1914 e a cria o da Comiss o Federal de Com rcio dos EUA O segundo marco em 1938 foi a aprova o da Legisla o sobre All mentos e Medicamentos FDA que passou a abranger cosm ticos e permitiu FDA regular sobre pr ticas e atos lesivos ou desleais Devido a um conjunto de fatores de insatisfa o na sociedade americana que incluiu o surgimento de produtos mais complexos e perigosos o esc ndalo da talidomida a mensagem do Presidente Kennedy reconhecendo os direitos do consumidor os livros de Vance Packard e Galbraith e por ltimo a atua o firme de Ralph N ader lutando por mais seguran a nos autom veis Corr a 1994 p 2 Corr a aponta entretanto que a an lise de K otler foi realizada nos anos de 1970 e necessita de atualiza o Para isso fornece com o aux lio do texto de M aria Lucia Z lzke detalhes importantes para uma revis o das fases hist ricas vistas at aqui 85 Figura 56 Vance Packard eo livro Thehidden persuarders Desde o in cio da industrializa o as desigualdades sociais se impu nham J em 1891 Josephine Lowell liderara uma associa o de advogados voltada para a melhoria
188. as flores simbolicamente Em contato com elas a boca do beb realiza movimentos de suc o acompanhados por sons Caso a brincadeira 123 M s de 6 200 beb s intoxicados Dispon vel em http newsvote bbc co uk 18 de setembro de 2008 Acesso em agosto de 2009 124 Infelizmente o esc ndalo chin s n o foi fato raro pois existe farta documenta o de problemas semelhantes em v rias pocas e partes do mundo inclusive no Brasil Informa es dispon veis em Enterobacter Sakazakii a bact ria dos leites em p 11 de abril de 2002 Dispon vel em www aleitamento com Acesso em agosto de 2009 125 Dispon vel em www onemillioncampaign org 26 de fevereiro de 2009 Acesso em julho de 2009 125 Figura 92 Protesto de parentes de crian as doentes por ingest o de leite em p contaminado por melamina China 2009 Figura 93 Beb Glut n o primeiro boneco lactante Espanha 2009 seja interrompida antes de um determinado tempo o beb chora Q uando esti ver satisfeito ao ser colocado em posi o vertical arrotar Rora BEIRIS aon a p nal af R N Fm No Au gt apo X mig pege Ms AR t as ONT d DE mateo lactante talo Percebe se que a estrat gia empreendida para a mudan a de cultura enfoca a crian a at ent o cercada exclusivamente por bonecas que j vinham de f brica munidas com mamadeiras de brinquedo como se oferec la ao beb fosse uma pr tica am
189. as novas diretrizes E nelas sempre haver tamb m profissionais que n o questionar o essa decis o empresarial M as nem uns nem outros podem ainda defender a ideia de que os frutos de sua atua o estao isentos de influenciar o panorama global conflagrado D epartamento de Estado dos EU A afirmou que desde 2003 a m dia de v timas na G uerra do Iraque era de 37 mil D entre o total de mortes em acidentes de tr nsito em todo o mundo 82 ocorrem em pa ses em desenvolvimento contra 18 nos pa ses desenvolvidos Em junho de 2009 a OM S divulgou relat rio sobre o tema o tr nsito mata 1 27 milh o de pessoas por ano em todo o mundo sendo quase a metade composta por pedestres ciclistas e motociclistas deixando al m disso 50 milh es de feridos tamb m a cada ano O pini o e N ot cia 16 de junho de 2009 108 Lula sanciona lei que torna airbag obrigat rio D ispon vel em www oglobo globo com O Globo Online 19 de mar o de 2009 Acesso em agosto de 2009 115 Em tese o conhecimento do designer quanto ao processo de produ o o faz compulsoriamente apto a compromissar se com a descoberta de caminhos para as mudan as necess rias Assim medida que a sociedade aceitar e assu mir seu poder de cobrar dos produtores posi es respons veis os produtores recorrer o s suas equipes entregando lhes a tarefa de promover tais mudan as nos produtos O s designers comp em essa equipe e podem j se adiantar de sencadeando o c
190. as pelo progres so era caracter stica fundadora da esp cie M as n o localizava evid ncias de que progresso semelhante tivesse ocorrido com rela o aos assuntos humanos A partir das ideias de Freud e envolvido com o ide rio da Escola de Frankfurt Herbert M arcuse d cada de 1960 sinalizou que por longo tempo o conceito de progresso esteve ligado ao aumento do conhecimento e das capa cidades humanas de dominar a natureza sem que houvesse preocupa o sufici ente com os valores que para tanto eram sacrificados Como resultado quando aquele progresso foi associado l gica capitalista de produ o as riquezas gera das restringiram se ao ac mulo de bens acarretando o aumento da desigualda de social N aquela fase sob a gide capitalista vigorava o conceito qualitativo de progresso qual seja o de que com o aumento da produtividade cada vez mais homens se tornariam livres e a amplia o da liberdade aos poucos acabaria com a escravid o a opress o e o sofrimento Ou seja a evolu o t cnica era pr condi o para o desenvolvimento humano M arcuse apontava ent o que nesse cen rio o trabalho teria se transformado no sentido principal da vida independentemente de ele ser bom ou ruim Aos talentos e necessidades huma nas restavam os parcos instantes do lazer A produtividade como valor supre 39 mo era a rota para a liberdade uma liberdade sem satisfa o infeliz Ent o a paz a alegria e a felicidad
191. at ria pois nossa atividade est ontologicamente comprometida com a gera o de produtos para o consumo produzidos por m todos industriais com vida til determinada A reflex o neste momento analisada enfoca principalmente o problema na seara da forma o de profissio nais ou seja na base de tudo 5 4 7 Visualiza o das fun es do design mediante a problem tica O vislumbre de vias de a o para uma participa o ativa do design na mudan a do quadro atual da alimenta o de beb s identificou a necessidade de alterar por meio do fornecimento de informa o a ideia equivocada que a sociedade tem da quest o quest o primeiro voltar a esclarecer que amamentar n o desele gante que uma pr tica saud vel que n o existe leite fraco todo um trabalho de cultura ligado Comunica o Visual para a orienta o voltar a ser uma a o valorizada socialmente Parecido com o que fizeram com o cigarro que antigamente era charmos ssimo e agora o fim do mundo fazer o contr rio com a amamenta o amamenta o tudo de bom Grandes campanhas estimulando essas mulheres a amamentar o que a mama dizer nas escolas porque n o se sabe o que a mama 191 uma quest o de informa o de fazer todo um movimento de esclareci mento Bacana voc amamentar porque reduz as chances de c ncer Tanto pra mulher quanto pra crian a quanto pra economia Pro emocional o
192. atite B os beb s precisam receber vacina hepatite C mastite tuberculose uso de lcool nicotina ectasy anfetaminas cocaina maconha M as v rias outras situa es m dicas ou n o previstas ou n o podem vir a impedir a amamenta o U ma delas surpreendeu esta pesquisadora quan do numa viagem de nibus avistou cartaz afixado em vitrine de estabelecimen to comercial pedindo doa es de leite em p para beb s popula o o que soa incoerente diante de tudo o que vem sendo levantado no presente No cartaz a assinatura Sa de Crian a Repensar causou desconfian a em raz o da semelhan a com a entidade Sa de Crian a Renascer Em investiga o posterior pela Internet foi constatado que a ONG da Associa o de Apoio s Crian as do CEFIL 11 Poluente contamina leite materno em S o Paulo Transcri o de artigo publicado na Folha online referente a estudo realizado na U niversidade Estadual de Campinas D ispon vel em aleitamento com em 29 de abril de 2009 Acesso em outubro de 2009 172 O Hospital indica como fonte a O M 5 2009 tradu o de Dra M arina Ferreira Rea Dispon vel em http www gestamater com br site images pdf art aleitamento razes 20mdicas 20aceitveis 20 para 20prescrio 2 Ode 20frmula jpg Acesso em outubro de 2009 161 Figura 125 Perspectiva explo dida da mamadeira U Itivent M AM Centro de Treinamento de Fissuras Labiopalatais A campanha se destina arre
193. avados tanto por propriedades que representam sua valoriza o junto ao consumidor a pot ncia de motor e os altos ndices de velocidade por exemplo quanto por um conjunto extrema mente complexo de condi es de entorno como vias estradas regras de tr nsi to al m de aspectos subjetivos de seu condutor capacidade de vis o agilidade motora percep o agu ada livre de embotamentos comportamento adequado dos demais ocupantes etc revelia desses fatos n o se costuma treinar igno rando o exemplo das normas seguidas nos avi es a cada vez a observ ncia de 8 Convidado a fazer uma palestra sobre o Disque Den ncia para os alunos da disciplina Est gio Supervisionado no curso de Design da PUC Rio Edson Calil deu este depoimento pesquisadora autora do convite ao final da apresen ta o em abril de 2009 68 regras e equipamentos de seguran a Entrar em um carro tende a ser um gesto trivial como cal ar um sapato tal a naturalidade com que absorvemos o produ to em nosso cotidiano O design parte constituinte da cultura que levou os produtos a adqui rir altos n veis de relev ncia em nossas vidas algumas vezes sendo absorvidos como verdadeiras pr teses de nosso organismo biol gico e social Enquanto canal entre a produ o industrial e o consumo a atividade opera no sentido de absorver os avan os da tecnologia disponibilizando os ao p blico sob formas utilit rias compreens veis tantas
194. axas de mortalidade de crian as de primeira inf ncia costumam ser citadas pelos estudiosos da H ist ria Antiga M edieval e M oderna D entre os diversos motivos para o fen meno s o apontadas doen as como a var ola par cos procedimentos de higiene medicina insipiente guerras etc Aries 1981 A inexist ncia de valoriza o social e moral do amor materno e familiar nas sociedades europ ias at os s culos XVII e XVIII constitu a um argumen to substancial para desobrigar as mulheres pertencentes s classes dominantes da amamenta o de seus filhos A tarefa era considerada indigna para uma dama Ari s 1981 Almeida 1999 e essa conduta tendia a ser reproduzida pelas demais classes desejosas de distin o social Segundo Bosi e M achado h registros de que do s culo XVI ao XVII as mulheres inglesas saud veis n o amamentavam seus filhos Embora o aleitamento fosse reconhecido como um regulador da nova gravidez essas mulheres preferiam dar luz de 12 a 20 beb s do que amament los E las acreditavam que a amamenta o espoliava seus corpos e as tornava velhas antes do tempo cren a que parece sobreviver at os dias atuais Existiam ainda as normas m dicas e religiosas que iam de encontro a esse prop sito pois proibia se a rela o sexual durante o per odo da amamenta o que deve ria ser de 18 a 24 meses por entenderem que isso tornaria o leite mais fraco e 5 BOSI M L M MACHADO M T
195. bem mais distanciada 15 2 Sobre a produ o industrial e suas origens tendo por ncora a quest o amamenta o mamadeira D epois de passar muitos meses gerando seus filhos ao dar luz as m es e fam lias deparam com a tarefa de zelar por eles O tipo de alimenta o que ir o oferecer s crian as fator crucial para a sobreviv ncia e o desenvolvimento saud vel do beb A esp cie humana biologicamente equipada para alimen t lo atrav s do seio mas culturalmente equipada tamb m para criar produ zir e acessar formas alternativas para realizar a mesma tarefa O nascimento de uma crian a um momento extremamente delicado para todos os envolvidos independentemente de qualquer vari vel econ mica ou cultural M uitos beb s nascem saud veis e suas m es t m facilidade em a mament los Algumas delas n o desejam faz lo O utras n o podem aliment los porque est o doentes porque morreram porque deles foram separadas H tamb m aquelas que enfrentam problemas no meio do processo como o sur gimento de ferimentos na aur ola do seio e inflama es da mama E aquelas que enfrentam um n vel tal de stress para conseguir condi es m dicas adequa das ao parto que simplesmente n o disp em da paz que possibilita ao leite ver ter H crian as que nascem bem antes do tempo s o muito pequenas e suas fei es e estado geral contrariam a expectativa de suas m es que aguardavam por um beb
196. bilidade do alimento de origem humana 2005 Breastfeeding and Family Foods Loving amp Healthy A campanha se dedicou a tratar do momento em que a alimenta o diversificada ser introdu zida para a crian a e da import ncia social e cultural desse momento 2006 Code Watch 25 Years of Protecting Breastfeeding Em comemora o aos 25 anos do C digo Internacional de Comercializa o de Substitutos do Leite H umano a Semana enfocou a mobiliza o de todos da sociedade para defen d lo fornecendo instru es 2007 Breastfeeding The Is Hour Safe ONE Million Babies O passo 4 dos D ez Passos foi priorizado a fim de contribuir para a salva o de um milh o de beb s que ainda s o separados de suas m es no momento do nascimento sendo privados da amamenta o imediata o movimento de suc o o primei ro impulso neurol gico da crian a e a cria o de condi es para seu est mulo imediato considerada vital para o sucesso da pr tica 2008 M other Suport Going for the Gold Everyone Wins A nfase se dirigiu ao necess rio apoio que a m e que amamenta precisa receber da fam lia e da comunidade para obter sucesso na iniciativa de aleitar seu filho 2009 Breastfeeding A Vital Emergence Response Are You Ready A cam panha se dirigiu necessidade de proteger e incentivar a amamenta o em 65 momentos de desastres ambientais guerras situa es de emerg ncia em geral evitando assim perdas maiore
197. cada o de leite em p integral para distribui o a crian as portadoras de l bio leporino atendidas no H ospital M unicipal N ossa Senhora de Loreto o maior Centro de Refer ncia para tratamento de defeitos cong nitos da face no Rio deJaneiro A corre o do l bio leporino exige duas cirurgias A primeira ocorre por volta do sexto m s de vida mas os beb s precisam estar em bom estado nutri cional para serem submetidos interven o N ormalmente essas crian as t m dificuldade de realizar a amamenta o ao seio e precisam do leite em p para a alimenta o em casa o que uma dificuldade para as fam lias socialmente desfavorecidas s quais o projeto beneficia Ap s esa primeira cirurgia o beb continua recebendo acompanhamento m dico mensal e nestas visitas recebe sua cota mensal de leite para que seu estado nu tricional se mantenha normal at a segunda cirurgia Entre um ano e meio e dois anos de idade acontece esta segunda cirurgia para o fechamento do c u da boca O adiamento dessas cirurgias reparadoras devido a um quadro nutri cional desfavor vel pode trazer prejuizos est tica do rosto e ao desenvolvi mento da fala 5 2 Listagem de alguns impactos provocados pela administra o do leite em p em mamadeiras a beb s 5 2 1 Impacto formal Retornando ao relat rio que denunciou a gravidade das consequ ncias da administra o de leites artificiais a crian as de pa ses do chamado T
198. campanha nacional con tra o uso irregular de seu selo de conformidade e da marca do Inmetro em pro dutos e servi os em muitos casos a logomarca do instituto vem sendo usada de forma a induzir o consumidor a supor que o material venda certificado quando apenas a tomada do eletrodom stico por exemplo passou pela an lise da entidade Poderes e fragilidades do consumidor N a Europa e em outros pa ses desenvolvidos a cultura da certifica o h muito est implantada e exigida pelos consumidores assim como a defesa de seus direitos costuma revolucionar posturas empresariais Segundo o grupo The Natural Step a marca MacDonald s n o teve aceita o na Su a enquanto to dos os seus produtos n o se tornassem org nicos a energia solar fosse o com bust vel para as lojas da rede o transporte de produtos fosse realizado de trem ou por ve culos movidos a biocombust vel H oje a empresa a terceira marca mais popular no pa s M au 2005 p 133 D e acordo com Corr a e com as fartas constata es do p blico con sumidor brasileiro o mesmo n o acontece na Am rica Latina que tardou a se organizar nesse sentido e apenas come a a contar com o apoio de rg os de defesa As diferen as entre os produtos produzidos no Jap o e exportados para os EUA e o Brasil s o evidentes os que se destinam aos Esta dos Unidos s o de alta qualidade enquanto que os que chegam aqui t m baixa qualidade e pouqu ssima
199. cer de professores arque logos guias e antiqu rios 56 Vale dizer que a intercambialidade das pe as na ind stria de armas foi referencial para os processos de estandardiza o base para a linha de produ o APPOLINAIRE A li o cubista in M ICH ELLI M Asvanguardas art sticas S o Paulo M artins Fontes 1991 p 174 58 MARINETTI F T Manifesto Futurista Paris Le F garo 1909 Dispon vel em http www code4557687196 bio br Acesso em abril de 2009 14 O processo de industrializa o transformara o mundo de forma irrever svel C nones postos abaixo e motiva es revolucion rias davam visualidade e vigor ao esp rito de inova o nas express es gr ficas e art sticas da poca en quanto eclodia a Guerra M undial embate entre anseios nacionalistas movi dos tamb m por interesses comerciais e uma organiza o pol tica imperial exploradora das mat rias primas de suas col nias D urante a guerra na qual morreram oito milhoes de soldados e 6 5 milh es de civis uma intensa pro du o de cartazes arregimentava tropas incutia e mantinha na popula o o esp rito de rivalidade marcando o suporte gr fico com a cunha de propaganda ideol gica o que favoreceu o v nculo dos artistas gr ficos da poca com interes ses de Estado parceria que traria muitos frutos futuros Nas artes o Dada smo reagiu expressando o desalento com a guerra com o absurdo da situa o elegendo o nada como lideran
200. cessos e meios empregados para alimentar beb s 156 5 1 Leite humano leite em p 5 2 Listagem de alguns impactos provocados pela administra o do leite em p em mamadeiras a beb s 5 2 1 Impacto formal 5 2 2 Impacto qu mico 5 2 3 Impacto ambiental 5 2 4 Impacto fisiol gico 5 2 5 Impacto referencial cultural 5 2 6 Impacto ret rico funcional 5 3 An lise de modelos de mamadeira 5 4 Consulta coletiva a professores de design sobre a quest o 5 4 1 Exclama es livres em rea o ao contato com a problem tica 5 4 2 A cultura do objeto 5 4 3 A malha de interesses que propicia a problem tica 5 4 4 Sobre a necess dade de reavaliar a produ o industrial 5 4 5 Reflex es sobre metodologia de projeto em design 5 4 6 Autoquestionamento profissional 5 4 7 Visualiza o das fun es do design mediante a problem tica 6 Por uma avalia o peri dica da produ o industrial 194 6 1 A avalia o peri dica da produ o industrial como valor para a edifica o de uma cultura sensata de consumo 6 2 A avalia o peri dica da produ o industrial como princ pio tico e est gio metodol gico no ensino de design Agradecimentos 209 Anexo 215 Refer ncias bibliogr ficas 221 Introdu o D elimita o do tema O modo de produ o industrial e a consequente l gica do consumo de massa contribu ram para alterar a organiza o da sociedade ocidental causando desde as origens desses processos intensos questionam
201. ciais M as at que ponto isso verdade N o h d vida de que uma nova mentalidade surgir aos poucos no setor industrial mas ela apenas ser efetiva se a sociedade n o embarcar acri ticamente no que Iha bradam discursos promocionais como o da N estl Em 2010 os esfor os do M inist rio da Sa de em prol da cria o de ban cos de leite humano e o consequente apoio amamenta o se direcionar o s regi es Norte e Nordeste L se faz poss vel uma a o vertical do Estado O mesmo n o acontece na regi o Sudeste simultaneamente detentora das meno res taxas de aleitamento o que foi constatado na pesquisa realizada em 1999 e confirmado na de 2008 e do maior mercado consumidor para os leites artifici ais Sede das ind strias em quest o o Sudeste parece constituir o ponto nevr l gico do problema brasileiro a presen a das empresas e seu franco crescimento s o importantes para a economia nacional e al m de constituir uma pra a de alto consumo para os produtos industriais a regi o tende a ditar o comporta mento s demais por meio da gera o de produtos culturais de alta dissemina o O lado positivo da hist ria que no Sudeste o governo tem incentiva do o crescimento de p los de conhecimento e cria o de tecnologia pr aleitamento como os bancos de leite humano T ais p los ganham for a e auto nomia para combater a cultura hegem nica da alimenta o artificial incremen tando ve
202. crescer para 47 a partir dos seis meses A Protein Advisory Group da ONU levantou o custo da alimenta o artificial de beb s em compara o com o sal rio m nimo praticado em alguns pa ses Enquanto no Reino Unido os gastos com uma crian a de tr s meses represen tavam 2 1 do sal rio m nimo na ndia esse custo era de 22 7 no Afeganis t o de 37 5 eno Egito de 40 8 Q uanto participa o da classe m dica na constru o da cultura da mamadeira nessas localidades o relat rio mostrou que na M al sia os estudantes de medicina n o recebiam nenhuma instru o sobre o aleitamento materno e que a N estl patrocinava confer ncias sobre nutri o para pediatras criando na classe uma esp cie de depend ncia da ind stria com rela o ao assunto Repro duziu tamb m o depoimento de um m dico chileno Parecia uma aula de qu mica ou talvez mais ainda uma aula de cozinha N s pass vamos todo o tempo misturando diferentes tipos de f rmulas artificiais no laborat rio N ossos professores estavam muito mais interessados nisso que na amamenta o p 30 Com rela o estrat gia comunicativa da ind stria nos hospitais M ul ler descreveu que em geral as m es pobres passavam manhas inteiras nos pos tos de sa de aguardando a vez para pesar e examinar seus filhos Ent o As enfermeiras da cl nica sabem que as m es t m que esperar muito Elas ten tam tornar o local de espera o mais alegre e inter
203. crita na Europa Relatos dos s culos XVI e XVII contam que os filhos das ndias tupinamb s eram amamentados por cerca de um ano e meio mantidos sempre junto s m es mesmo durante o trabalho nas ro as por interm dio das typoias Caso o beb fosse amamentado por outra ndia a m e n o sossegava enquanto a crian a n o colocasse para fora todo o leite estranho Bosi e Machado 2005 p 4 Em Lisboa o aleitamento mercen rio era corriqueiro No Brasil como j foi dito as fam lias mais abastadas consideravam a amamenta o tarefa in digna para uma dama Almeida 1999 p 30 e a princ pio entregavam suas crian as aos seios de ndias que foram depois substitu das pelos de escravas O s senhores apartavam essas mulheres dos filhos delas em favor do aleitamento dos beb s brancos A aquisi o de negras para aluguel como amas de leite mostrou se para muitos senhores de escravos uma pr tica comercial t o ou mais rent vel do que o plantio do caf balizando um comportamento social de elite copiado pelas camadas menos privilegiadas da popula o como ocorria tamb m na Europa No s culo XVIII houve um expressivo aumento demogr fico nos cen tros portu rios dobrando ou quadruplicando sua popula o Os beb s eram alimentados pelo leite das amas e por leite de vaca com carboidratos M amadal ras de vidro com bicos de borracha tamb m eram empregadas e as doen as e mortes infantis eram interpretadas por muitos m d
204. cultura industrial se apresen ta hoje como tarefa para os profissionais mais diretamente envolvidos com os meandros dessa engrenagem dentre eles os designers Inclui se pois na tarefa da Universidade fornecer aos estudantes instrumentos para faz lo encorajan do os a questionar e mesmo a desmontar c nones da profiss o diante da pers pectiva de que novas frentes representem uma contribui o relevante da ativi dade para o mundo contempor neo e para as sociedades presentes e futuras H ip teses e vari veis Hip tese A reavalia o do n vel de adequa o de produtos industriais ao cen rio contempor neo tarefa do design e tem import ncia estrutural para o advento de uma racionalidade do consumo de massa Ao inv s de um olhar estrito especializado para a avalia o do problema tend ncia do mercado de trabalho indispens vel consider lo em n veis amplos uma vez que os pro dutos foram implantados na sociedade que os acolheu muitas vezes os absor vendo como dado cultural 12 Embora esse consumo tenha sido absorvido pela cultura do mundo ocidental 11 Com rela o quest o mamadeira x amamenta o rea m dica falta a a des o dos designers nesse empreendimento como canal de di logo entre a ind s tria e o consumidor O s designers devem estar aptos a conduzir a quest o de ma neira tica e respons vel contribuindo com os esfor os de v rias reas da medicina O desconhecimento por parte dos d
205. cupantes quadros ambientais sociais e nos h bitos de consumo contempora neos Periodicamente conforme tese de Schumpeter confirma se a caracter sti ca c clica da economia capitalista com fases de prosperidade seguidas por reces s es e o quanto a destrui o criadora pode potencializar os efeitos nefastos do controle da natureza pelo homem Por fim frequentemente se assiste s 33 BRAGA Osmar Rufino O ideal de progresso e desenvolvimento em Comte o sonho que virou pesadelo Parte 5 Shvoong resumos e revis es curtas D ispon vel em pt shvoong com 1778443 ideal progresso desenvolvimento em comte 4 de mar o de 2008 Acesso em agosto de 2009 43 tentativas dos governos em exercer algum controle sobre o fluxo da economia como apontado por Keynes Embora os conceitos de progresso e desenvolvimento tenham diferen as na raiz eles tendem a se mesclar e confundir Idealmente o progresso con duziria a sociedade diretamente ao desenvolvimento mas o que se verificou que as consequ ncias do progresso s o em grande parte geradoras de empeci lhos realiza o do desenvolvimento M esmo assim para o senso comum o sentido de desenvolvimento acaba equivocadamente amalgamado ideia de progresso Pelo ponto de vista do design se constata que essa atividade plena mente capaz de gerar por meio do projeto de produtos e sistemas subs tancial colabora o para o aumento da qualidade de vida das pessoas
206. da sociedade A repercuss o do ide rio comunista provocou rea es violentas em v rios pa ses da Europa H ungria Alemanha Espanha A crise de 1929 corroeu a economia mundial gerando desemprego generalizado o que no caso alem o traduziu se na ades o maci a de trabalhadores ao Partido Nacional Socialista o partido nazista que desencadeou a Segunda Guerra M undial A reconstru o da Europa pelo Plano M arshall e a eclos o da Guerra Fria ini ciaram um processo de perda de prest gio e de votos para os PCs e criaram condi es para o ressurgimento dos partidos social democratas e socialistas como representantes dos trabalhadores nos pa ses da Europa O cidental na lu ta por uma distribui o mais equitativa do produto dos milagres econ mi cos Rattner 2002 p 4 M esmo quando n o tomadas integralmente como modelo tais ideias sinalizavam a necessidade de retorno do Estado ao controle das r deas do mer cado e de guardi o de uma tica social a fim de impedir que as recentes con quistas econ micas caissem por terra ou seja assumindo a fun o intervencio nista sobre o mercado em prol do bem estar social Um dos frutos da ind stria que trouxeram melhora definitiva para a qualidade de vida da sociedade foi a geladeira Antes dela procurava se estender as boas condi es dos alimentos salgando se ou defumando se carnes e peixes e conservando frutas em a car Os ricos mandavam trazer de longe blocos de
207. damente m e que tenta desesperadamente durante breves momentos olhar seu beb ent o levado ao ber rio onde s o feitos os registros de suas condi es f sicas e recebe uma pulseira com o n mero que o identifica A ni 161 LO PES A D Beb s o novo manual de instru es Revista Vga S o Paulo Ed Abril SA 14 de outubro de 2009 e Trevisan D Leite derramado Revista Pais amp Filhos S o Paulo Editora Globo SA agosto de 2009 153 SEJA NATURAL NO PRIMEIRO ONTRO DE VOC S ENC Pote bapa Des ris enar asim dy gt ra Figura 123 Cartaz da cam panha do M inist rio da Sa de pelo parto natural mananam ca coisa que n o fazem levar a crian a para ser amamentada Ara jo 1997 p 41 43 O auge da for a da suc o que se d na primeira meia hora ap s o nas cimento desperdi ado quando o beb levado ao ber rio onde muitas ve zes ele recebe f rmulas l cteas Embora hoje a orienta o se volte para a huma niza o do parto e para pol ticas p blicas de incentivo ao parto normal infe lizmente persiste em muitos hospitais o afastamento do beb A conduta de muitos obstetras e pediatras refor a a persist ncia dessa mentalidade As sa das f ceis e pr ticas do parto ces reo e da administra o de leites artificiais entram no lugar do encorajamento e do apoio ao enfrenta mento de realidades contradit rias e em permanente transforma o p 4
208. de Estendendo a ideia para todos os rec m nascidos uma vez que a O M S recomenda a amamenta o na primeira hora de vida m dicas do Ins tituto de M edicina Integral Professor Fernando Figueira IM IP em Pernam buco criaram em 2009 um top de malha de algod o a ser vestido momentos antes do parto por todas as gestantes internadas no Instituto Ao nascerem os beb s passam por uma limpeza superficial e logo s o encaixados entre os seios das m es permanecendo ali por no m nimo uma hora O top pode ser levado para casa e utilizado pelo tempo que a m e e o beb desejarem X a omy 00 miga opa T mais seguro s o DEDIT N FA ormar de barnga para cima mais seguro n a adiada aa aaa 2 arena naanan i Campanhas dirigidas ao aconselhamento p blico acerca de novas con dutas de sa de para rec m nascidos t m inclu do recomenda es sobre a ama menta o integrando as iniciativas Tamb m a sociedade civil promove a es relevantes O tema da ama menta o antes praticamente ausente na televis o brasileira vem sendo men cionado em novelas seriados e mat rias jornal sticas ainda que s vezes de maneira sutil de modo a n o confrontar as ind strias anunciantes das emisso ras como na novela Duas Caras e no seriado M othern Em 2008 a partir de conversas em um blog um grupo de m es organi zou uma sess o de cinema diferente e t o diferente que acabou se
209. de li berdade ou seja a convic o de que os outros n o devem ser tratados de um modo que eu pr prio n o gostaria de ser Citando o cr tico russo Belinky o autor desenvolve se outros devem ser privados de liberdade ent o n o a dese jo para mim A fim de evitar isso abro m o da minha liberdade renuncio minha liberdade em prol da justi a M as sacrif cio n o aumento de liberdade o que permite concluir que liberdade diferente de igualdade justi a ou cons ci ncia tranquila Se a liberdade de minha na o depende da desgra a de outros seres humanos o sistema que promove tal coisa injusto e imoral M as se abro m o de minha liberdade ou a restrinjo para diminuir a vergonha dessa desigualdade n o aumento com isso materialmente a liberdade individual de outros e ocorre uma perda absoluta de liberdade p 232 Este o ponto prop cio para trazer a discuss o ao mbito do design Em alguns pa ses profissionais e estudantes se dedicam a projetar solu es para acomodar popula es de rua abrigos que as protejam do frio da chuva etc como se pode ver na figura a seguir O que os move eles explicam o senso de justi a M as cabe a pergunta ao oferecer a homdesses tais abrigos esses profissionais n o estar o politicamente contribuindo para a institucionaliza o da situa o ou seja demonstrando concord ncia com o fato de que pessoas possam morar nas ruas Afinal a liber dade i
210. de produtos inovadores comprometidos com o conhecimento cient fico alcan ado at o momento D esconstruir desfazer desmontar desconfiar desestabilizar descobrir desacolher desafei oar desafiar despertar desapropriar desautorizar descom por desdobrar desenvolver Espera se que o desdesign da mamadeira aqui em preendido tenha a for a de recomendar aos designers uma frequ ncia ass dua s p ginas do dicion rio onde se encontram essas palavras que tanto inspiram a inventividade e a responsabilidade por aquilo que se cria O que uma mamadeira Para que serve Desde quando existe Por quais motivos ela surgiu Q ual a o humana ela se prop e a auxiliar comple mentar substituir Q ue configura es ela assumiu no decorrer dos tempos Para quais alimentos o objeto serve como meio de administra o O que s o esses alimentos e como agem sobre o beb Ao lado de quais outros objetos destinados ao mesmo prop sito a mamadeira convive Como isso se d em diferentes pa ses diferentes extratos sociais diferentes est gios de desenvolvi mento O produto demonstra efici ncia Em quais medidas Que naturezas de risco o produto pode oferecer a seus usu rios Q ue naturezas de conforto ele pode oferecer a seus usu rios Q uais ind strias produzem o objeto D esde quando C o mo s o as estrat gias de venda desse produto Ele est submetido a regras de con 4 O artigo Baby Botlle the impact of an unsuspicious product
211. de produtos ou dos meios de comunica o Q ualquer profissional que conceba produtos participa da rede que os edifica e dissemina no seio da sociedade e n o se pode permanecer acriticamente isento de responsabiliza o pelos efeitos de seu trabalho No caso das mamadeiras nossa tarefa deve concentrar se em auxiliar o trabalho de resgate da pr tica da amamenta o e no projeto de meios mais ade 207 quados para alimentar beb s nas ocasi es em que o aleitamento n o for possi vel Pois como afirma Paola Antonelli o desafio que sempre se apresenta profiss o o de contribuir para tornar as mudan as vi veis compreens veis e acess veis s pessoas provendo prote o e seguran a sem sacrificar a necessidade de inova o e inven o D iante das quest es levantadas nesta pesquisa percebe se uma gama de desdobramentos poss veis capazes de consolidar o conhecimento adquirido O primeiro deles j iniciado disseminar a informa o em f runs vari ados como congressos nacionais e internacionais salas de aula debates em institui es de ensino de design com os corpos docente e discente O utro desdobramento resulta da incentivar professores e profissionais a se dedicarem ao projeto do produto que vir a substituir a mamadeira para as ocasi es em que n o for poss vel o aleitamento Projetos de outros produtos que ap iem a amamenta o tamb m po derao ser desenvolvidos No que diz respeito comunic
212. de que a contrata o de trabalhadores desqualificados tecnicamente seria extremamente produtiva no caso de se ter um modelo pr projetado Em uma f brica de alfinete se 10 pessoas se dedicassem a tarefas especializadas 48 000 alfinetes poderiam ser produzidos por dia 5 D ecalques com motivos decorativos chineses por exemplo eram aplicados lou a para solucionar a quest o 10 vividas por John Brown que entrevistou esses trabalhadores em 1822 numa f brica de tecidos foram publicadas num artigo do jornal TheLion O processo entretanto se afirmava cada vez mais lucrativo operaciona lizando inclusive as rela es de poder com as col nias o algod o mat ria prima para a ind stria t xtil brit nica provinha de planta es coloniais exter nas ao pa s onde a pr tica da escravid o de negros africanos fazia com que a agricultura europ ia se tornasse mais rent vel e produtiva H obsbawm 1977 p 50 52 Referindo se a M anchester escreve T oqueville em 1835 D esta vala imunda a maior corrente da ind stria humana flui para fertilizar o mundo todo Deste esgoto imundo jorra ouro puro Aqui a humanidade atinge o seu mais completo desenvolvimento e sua maior brutalidade aqui a civiliza o faz milagres e o homem civilizado torna se quase um selvagem H obsbawm 1977 p 43 As d cadas de 1830 e 1840 foram palco de acontecimentos que abala ram o ritmo de crescimento da ind stria e do sistema econ mico que a re
213. demandas contempor neas em situa es emergenciais Alimento gua abrigo calor seguran a a exposi o reunia produtos j em franco uso e projetos universit rios dedicados a essas quest es Entre ideias perturbadoras voltadas estetiza o em prol da seguran a da propriedade par ticular abrigos para popula es refugiadas ou casulos para aquecimento de popula es acossadas por desastres ambientais percebia se na exposi o que muitos designers j acordaram para a realidade e que tal atitude al m de res ponder ao que se espera dos designers abre inovadores e promissores campos de atua o profissional como defende Antonelli Os designers s o treinados a equilibrar risco e prote o e a mediar mudan as dilacerantes e normalidade Eles realizam revolu es vi veis compreens veis e acess veis aos seres humanos O bom design pode prover prote o e seguran a sem sacrificar a necessidade de inova o e inven o Bom design combinado com bons instintos nossa poderosa confian a de progresso rumo a um mun do melhor Premissas Milton Glaser Revisando a m xima If it looks good It is good o designer gr fico norte americano Milton Glaser lan ou Good desgn is good citizenship definindo que boa cidadania o inalien vel dever dos participantes do contrato social de assumir a responsabilidade sobre seus atos Tomando o caminho segundo ee mais simples de definir o que irresponsab
214. denti o e a fala da crian a exigidas pela lei figuram nas embalagens sem superar a for a dos outros elementos gr ficos e textuais M odelo 9 UM ix Estados U nidos A mamadeira UM ix On the Go esclarece Apenas 2 horas ap s a misura do leite em p com a gua em temperatura ambiente as bact rias come am a multi plicar se e podem atingir n veis perigosos para o beb U ma vez preparada a ma madeira deve ser imediatamente consumida ou refrigerada A mamadeira U M ix reduz o perigo da multiplica o de bact rias por armazenar a gua eo leite em p separadamente dentro da mamadeira eiminando as preocupa es e a neces g dade de refrigera o Cr tica M uito interessante constatar a exist ncia de projetos que se dedicam a encontrar sa das para as problem ticas provocadas pelas mamadeiras e leites artificiais Sinal de que os designers respons veis est o inteirados sobre o quanto a mamadeira um produto controverso N esses casos ao inv s de o design gerar atributos promocionais gera informa o mesmo que as solu es encontradas n o resolvam os problemas D esign A forma alcan ada aproxima o produto do mesmo fabricante do modelo anterior de um utens lio m dico laboratorial atributo que ali s deveria estar sempre presente em mamadeiras pois elas precisam ser entendidas como uma op o amamenta o em caso de necessidade e n o como objeto de consumo O processo de preparo do lei
215. dias di reito de amamenta o aos filhos de presidi rias inser o do tema nos curr culos escolares programa de capacita o de recursos humanos centros de refer ncia incentivo a grupos de m es que amamentam e a pesquisas e estudos D iante de tais medidas e da dissemina o da nova ideologia pelos meios de comunica o de massa constatou se uma redu o de 65 no acesso a leites modificados entre 1980 e 1989 Almeida 1999 p 42 O Grupo de M es Amigas do Peito come ou a atuar nesse per odo O r ganizado pela atriz Bibi Vogel em 1980 congregava mulheres que perceberam a import ncia de compartilhar dificuldades expectativas e sucessos vividos com a amamenta o 8 M at rias jornal sticas em v rios meios de comunica o documentavam as atividades do grupo gerando tanto cr ticas quanto ades es causa A ideia de amamentar foi acolhida em grande medida por setores consi derados alternativos da sociedade urbana brasileira Analisando dados estatis ticos a serem apresentados frente pode se dizer que infelizmente a ades o aos leites artificiais e s mamadeiras n o foi estruturalmente afetada por tais esfor os 138 Organiza o n o governamental em atividade at os dias atuais D ispon vel em www amigasdopeito org br Acesso em abril de 2009 135 Figura 99 Bibi Vogal l der do Grupo de M es Amigas do Peito Figura 100 Em uma cena do filme Pixote a la do mais fraco de H
216. diversificam sua produ o conquistam a simpatia confian a e fidelidade dos consumidores e a coniv ncia de setores m dicos projetos de mamadeiras ganham pr mios interna cionais e a pr tica de administra o de leite em p mediada pela mamadeira pro tagoniza esc ndalos como o que ocorreu na China em 2008 quando mais de seis mil beb s foram contaminados por ingest o de leite em p adulterado Procurando ordenar a pesquisa o primeiro passo foi levantar dados quer em conversas com profissionais de sa de professores colegas amigos quer em bibliografia espec fica livros sites artigos jornal sticos ou na frequ n cia a eventos e a disciplina espec fica no Instituto Fernandes Figueira IFF na observa o pessoal de pontos de venda de produtos relacionados mamadeira na aten o s conversas em rodas familiares a programas de televis o filmes not cias gerais em todo o mundo e produ es das organiza es internacionais dedicadas quest o Foi indispens vel montar uma linha hist rica para os acontecimentos e tamb m buscar os motivos que justificam a tese da inadequa o de mamadeiras como meio para a alimenta o de beb s alimentares fisiol gicos ambientais comportamentais etc em bibliografia em visitas a hospitais e conversas com profissionais de sa de Paralelamente foram localizados modelos de mamadeiras na Internet j que a negocia o de produtos importados uma caracter stica das rela
217. do res Se a sociedade n o transformar seus valores sempre haver mercado para quaisquer produtos implantes de silicone para a e Figura 152 Embalagem de boneca Barbie A Mattel lan ou em 2009 implantes de silicone para a boneca Barbie mencionando na embalagem que eles s o iguais aos da mam e us like Mom s O brinquedo recomendado para crian as a partir dos quatro anos de idade Enquanto isso em 2009 a N estl lan ou uma plataforma promocional no Rio de Janeiro evidenciando tr s pilares nutri o sa de e bem estar A 25 campanha Rio Faz Bem Nestl constou de quatro eventos dirigidos cidade 201 Um acordo m nimo Jornal O Globo Rio de Janeiro Infoglobo SA p 50 20 de dezembro de 2009 202 O acontecimento seria c mico se n o fosse tr gico D ispon vel em www aleitamento com Acesso em dezembro de 2009 197 que depois do Estado de S o Paulo segundo a empresa sua principal pra a pelo alto consumo de seus produtos Figura 153 A atriz Luana Piovani prestigiou a iniciativa da N estl assim como o skatista Bob Burn quist a patinadora Fabiola Silva o velejador T orben Grael e o ex secret rio geral da ONU Kofi Annan O primeiro o Nescau Energy Street Festival 20 a 22 de novembro na praia de Copacabana com presen a de Bob Burnquist estrela do skate mundial e a patinadora in line Fab ola Silva tamb m um nome famoso globalmente Com essa a o
218. do de tra balho que nos forne a condi es de conhecer efetivamente a demanda de pro jeto de um m todo licen a para duvidar de tudo quanto depressa demais se nos apresente como definitivo 2 N o se pode cometer claro a injusti a de acusar o design de falta de postura de pesquisa Ao contr rio o que mais fortemente caracteriza a atividade justo a investiga o da demanda para diagn stico do entorno projetual M as o caso das mamadeiras prova que mesmo assim designers as v m projetando e que nosso n vel de imers o na cultura do consumo tem nos cegado com rela o ao produto E muito possivelmente com rela o a muitos outros produtos Esta pesquisa se dedicou no cap tulo 3 a tentar mapear os momentos da hist ria da atividade em que crises ticas ocorreram e provocaram debate e mudan as de postura T emos no presente trabalho um eloquente sinal da crise tica contempor nea Em dezembro de 2009 a revista de design online Foroalfa prop s a seus assinantes em sua maioria de pa ses de l ngua espanhola um debate sobre tica profissional Existe uma tica do design certo que os designers aceitem trabalhos cujos fins s o socialmente nocivos hora de formular uma s rie de crit rios que re gulem a tica profissional de design H oje em dia h designers que trabalham para todo o tipo de clientes e para todo o tipo de finalidade S o projetados rob s que atuam com mais precis o que qualquer cir
219. do nos demais pro dutos selecionados A preocupa o com a higieniza o gera manual detalhado de instru es O bserva o importante As mamadeiras Tommee Tippee e Dr Brown s guardam estreita semelhan a formal com a mamadeira vitoriana j comentada de canudo estreito o que sugere riscos potencializados em caso de falha na higieniza o 185 Dispon vel em www handi craft com about us dr brown story htm Acesso em agosto de 2009 170 M odelos 3 e 4 Lindam e First Years Inglaterra e Estados U nidos Como a mamadeira Lindam pode ajudar Beb s t m um sistema digestivo imatu ro e um fluxo natural ininterrupto de late vital para uma mamada confort va A mamadeira Lindam a nica que permite a voc controlar o ar dentro do frasco com o toque de um bot o Esse fluxo livre de late uma caracter stica fis ca da amamenta o ma O First Years Breastflow Infant Feeding System simula os movimentos de suc o da amamenta o compress o e fluxo de leite Proporciona ao beb gratifica o imediata diferentemente do que lhe oferece a lactante cujo late usualmente demora alguns segundos para verter Cr tica Esses discursos insistem no argumento de que o fluxo ininterrupto do leite reproduz o da amamenta o O primeiro modelo dotado de um bot o de acionamento manual para garantir o fluxo do leite sem bolhas de ar O texto promocional do segundo modelo afirma que o processo natural de p
220. dora aqueles que indagavam os motivos de a mamadeira estar sendo questionada A partir de uma r pida explica o era como se uma imensa ficha ca sse sobre a cabe a de quem havia perguntado A alta exposi o a bact rias proporcionada pela l gica construtiva das mamadeiras pode igualmente ser verificada em outros modelos atuais detalha dos adiante que se prop em a eliminar as bolhas de ar presum veis respons veis pela promo o de c licas nos beb s Um tubo acoplado tampa percorre todo o corpo da mamadeira aparentando se aquele modelo vitoriano cuja lim peza fazia se impratic vel A mamadeira Dr Brown s traz em seu interior uma pequenina escova bastante fina destinada a esse fim e os manuais de outros modelos se esmeram em colocar especifica es acerca da limpeza manual de bicos atrav s de semelhantes acess rios 5 2 2 Impacto qu mico D esde 1930 o composto org nico BPA bisphenol A est presente co mo elemento na produ o de pl sticos para acondicionar alimentos como gar rafas pl sticas embalagens de comida para microondas e mamadeiras T oxico logistas esclarecem que tais produtos quando lavados com detergentes ou colo cados em contato com l quidos aquecidos podem liberar o pol mero BPA al m do limite de seguran a 50 ppb dia partes por bilh o por dia G rande parte das mamadeiras produzida nesses pl sticos Embora se calcule que uma crian a alimentada por interm dio
221. dos autom veis americanos e criticava a inefic cia das medidas relativas a esse item tomadas pelas ind strias que o perse guiram contribuindo para a divulga o da causa Corr a 1994 M inistro do Trabalho do governo de Lyndon Johnson Nader incluiu em seu relat rio sobre seguran a nas rodovias a informa o de que os aciden tes n o eram provocados por culpa dos motoristas mas por problemas nos vef culos Correa 1994 Suas investiga es auxiliaram a pressionar o Congresso na aprova o do Ato de Tr fego Nacional e Seguran a de Ve culos M otoriza dos em 1966 chegando tamb m a influenciar outras searas de consumo N ader disseminou combatividade entre profissionais e estudantes que ficaram conhecidos por Invasores de Nader e atuaram em diversas reas de interesse do consumidor Afirmando n o haver democracia sem cidadania ele encorajou a sociedade a reagir cr tica e ativamente s imposi es da ind stria e do com rcio de produtos O design nos anos de 1960 importante sinalizar que enquanto isso no campo do design ocorri am estudos cient ficos e movimentos est tico ideol gicos expressivos com des taque para a evolu o da ergonomia como disciplina e do Pop Design Profissionais se organizaram em associa es de mbito internacional como o International Council of Societies of Industrial Design ICSID fun dado em 1957 congregando associa es nacionais institui es educaci
222. dos objetos e identifi ca o dos fabricantes A exposi o do caso durou 30 minutos U ma c mera de filmagem regis trou e gravou o debate de 60 minutos de dura o A din mica foi de conversa livre com eventuais interfer ncias da anfitri que ao final dirigiu aos partici pantes uma nica pergunta a ser especificada adiante A conduta foi id ntica nas duas reuni es Cabe registrar a presen a de 15 professores das seguintes reas D esign de Produto Design e Sustentabilidade Ergonomia H ist ria do Design De sign de narrativa D esign de informa o Semi tica M ateriais D esign emocio nal Em uma das reuni es estiveram tamb m presentes uma ex aluna do curso e sua mae pediatra da Fiocruz Antes de analisar os resultados importante dizer que a iniciativa de monstrou que h um campo proficuo de debate para quest es do g nero no ambiente acad mico Os professores se sentiram prestigiados com o convite e motivados pela atmosfera de reflex o e debate instalada nas reuni es A riqueza dos coment rios deu a perceber que outras facetas da quest o poderiam ser levantadas caso diferentes grupos fossem reunidos pois as conversas tendiam a tomar determinados rumos a partir da fala dos primeiros debatedores M as a leitura da transcri o integral das reuni es apontou tamb m algumas tem ticas recorrentes nos debates Procurando trazer para este texto um pouco do andamento original das manifesta es dos participan
223. dustrial desde o s culo XV I1 etende a persistir mesmo quando o acesso a tais informa es encontra se liberado ao consumidor em not cias publicidade literatura Internet Em parte o desconhecimento se deve ao fato de n o ser indispens vel ou mesmo necess rio termos o entendimento das coisas que utilizamos como argumenta H obsbawm discorrendo sobre o s culo XX ao afirmar que diante dos produtos di rios da ci ncia e tecnologia somos leigos ignorantes sem compreender nada E mesmo que n o f ssemos nossa compreens o do que que faz a coisa que usamos funcionar e dos princ pios por tr s dela em grande parte conhecimento irrelevante H obsbawm p 510 Al m de suas fun es mais evidentes os produtos industriais proporcio nam aos cidad os recursos de legitima o social e participa o ativa na raciona lidade econ mica sociopol tica e psicol gica da sociedade Canclini 2001 Em 1960 o manifesto Firg Things Fir sinalizou por m que por for a das correntezas econ micas e culturais capitalistas a atividade do design estava se hibridizando com a do marketing mentor do consumo ao ponto de aos olhos da sociedade parecer ser este o marketing o trabalho que os designers fa zem Em 2000 o manifesto foi reeditado por outro grupo de profissionais que atestou a potencializa o desse fen meno em anos recentes renovando aquele manifesto na expectativa de que nenhuma d cada a mais passaria sem que
224. duto Se o prazo de duas horas for respeitado risca promete funcionar mas a proposta da mamadeira justamente conceder aos pais o conforto da despreocupa o com rela o integridade do l quido em passeios viagens etc o que pode proporcionar um relaxamento muito perigoso d 1 28 Em termos de apar ncia pode se dizer que o objeto estonteante Fechada n o se parece com uma mamadeira e sim com um aparelho eletr nico ultra moderno Tratada como gadget til apela ao consumo tamb m por calcar o discurso promocional em designer famoso respons vel pela concep o de produtos muito desejados no mercado internacional As cores pouco usuais constituem um diferencial eloquente mas o fato de o cartucho de aquecimento ser descart vel representa um ru do importante no discurso de atualidade da proposta pois esse conceito vem sendo cada vez menos bem visto diante das preocupa es com o meio ambiente O lan amento t o recente 2009 motivou esta pesquisadora a estabelecer contato com o designer para esclarecer os motivos que o levaram a projetar tal mamadeira mediante a gravidade da situa o mundial que envolve o produto Por correio eletr nico a pesquisadora ressaltou a beleza do objeto e indagou sobre o designer estar ou n o a par da luta mundial pela amamenta o dos perigos da mamadeira e do fato de o l quido gerar bact rias ap s algum tempo de exposi o temperatura ambiente A resposta foi env
225. e O Vice Presidente da N estl mani fetou discord ncia radical do texto preliminar do C digo Internacional de Controle de Comercializa o dos Substitutos do Lete H umano adjetivando o como inaceit vel restritivo irrelevante e inexequ vel A 342 Assembleia M undial da Sa de adotou o C digo Internacional de M e cadiza o de Substitutos do Leite M aterno como requerimento m nimo a ser ado tado inteiramente As na es presentes votaram favoravelmente a de apenas os EUA votaram contra e o Parlamento Europeu aprovou a prepara o de um D ireti vo sobre as bases do C digo Em 1982 uma comiss o de Auditoria foi criada para fiscalizar as pr ticas de marketing da N estl mas a comiss o seguiu as orienta es da empresa ao inv s de seguir as do C digo A partir da a Fran a boicotou a N es tl eno ano seguinte a Finl ndia e a N oruega aderiram ao movimento perfazendo um total de 10 ades es ao boicote D iante da concord ncia da empresa em implementar o C digo Interna cional grupos de boicote concordaram em suspend lo por seis meses para que a Nestl colocasse em pr tica os compromissos assumidos Em 1986 os abase cimentos gratuitos de leite foram proibidos em obedi ncia resolu o da As sembleia M undial da Sa de Entre 1987 e 1988 por m a fiscaliza o realizada pela IBFAN detectou abastecimentos gratuitos e de baixo custo realizados por ind strias de leite em postos de sa de o que violav
226. e dedicado a desconstruir esse discurso Ao pregar a interrup o de uma evolu o hist rica que levaria cat strofe indicando a urg ncia de um freio que evitasse o desastre desferiu uma forte cr tica cultural civiliza o capitalista e defendeu a necessidade de haver uma contempla o do ponto de vista dos ven cidos e n o dos vencedores para a configura o da H ist ria p 59 Contra o discurso hegem nico do progresso Benjamin lan ava N o sou daqueles que pretendem que o progresso seja bvio que a humanida de n o possa recuar N o h fatalidade caso contr rio a hist ria da humanida de que se escreve de hora em hora seria toda escrita antecipadamente tese XXI Para M ichael L wy Benjamin deu uma eloquente contribui o para o sentido de hist ria ao demonstrar que as rotas de m o nica escritas pelos que triunfaram n o s o inevit veis como eles nos querem fazer acreditar Assim seguindo a teoria de Benjamin poder se ia ter o dom nio do ciclo at mico sem que a bomba nuclear fosse criada ou mesmo que o fosse ela n o obrigatoria mente precisaria ter sido lan ada sobre H iroshima e N agasaki Cada presente descortina a chance de muitos futuros poss veis Benjamin Freud entendia a condi o humana naquilo que a diferenciava da ani mal reconhecendo portanto que a ambi o de controlar as for as da natureza e a extra o de suas riquezas para aplacar necessidades exigid
227. e o essa estripulia com Frascara agrade o por ter se engajado no assunto e escrito comigo o artigo para o M tico por ter ido co migo apresentado comigo tudo comigo E tamb m por ter me apresentado a Myrian Eu e Vera temos uma longa e intensa amizade que brindamos a toda hora pois somos ambas osso duro de roer e at nos estranha tanta perma n ncia Temos que brindar Com esse osso temos trabalhado duro e reali zado coisas importantes s assist ncias do ISA ABRI eM X Design Conference seus olhos estupefa tos diante do que eu lhes disse as palavras e os abra os de ades o que eu de pois recebi eu devo o g s para prosseguir at aqui e prosseguir muito mais al m do aqui E aos queridos amigos que fiz naquele congresso t o acolhedor gente do M xico Bol via Col mbia Peru Guatemala Brasil Botswana P o l nia Fran a Su a Estados U nidos fica refor ada a sensa o de que esta vi a gem para mim soou como uma grande recompensa Pude apresentar meu trabalho e conversar com todos l gra as s aulas de Rob son Rodrigues Ele me encorajou a hacer la pon ncia en epa ol ao inv s do in gl s que eu tanto suo pra falar D a uma m gica familiaridade me ajudou a li teralmente descobrir a Am rica Latina Quem me deu a id ia de fazer algumas aulas de espanhol e me apresentou a Robson foi Vera Bernardes D e chefa a dolo do design gr fico a grande amiga Dicas dicas e mais dicas
228. e uma ofensa aos clientes As ocorr ncias de censura amamenta o costumam ser seguidas de mani festa es p blicas A es no sentido de transformar os quadros citados capitanea das por O N Gs e com o apoio da ONU OMS e Unicef tamb m v m sendo em preendidas com sucesso M aratonas anuais s o simultaneamente promovidas em v rios pa ses todos os anos lotando est dios pra as p blicas e parques com o objetivo de esclarecer sobre a import ncia do leite materno e tamb m desmitificar o ato da amamenta o em p blico alcan ando n meros de participantes registra dos pelo Guinness Book D evido dissemina o indiscriminada do uso de leites artificiais e ma madeiras em 2008 na Inglaterra um concurso de cartazes foi proposto U ni versidade Brit nica de Artes e D esign sob o tema Ge Britain Breastfeeding O objetivo do concurso foi o de difundir a ideia de que a amamenta o deve se tornar uma regra e n o uma exce o conscientizando os pais do amanh importante salientar que no pa s ber o da Revolu o Industrial menos de 2 das m es amamentam seus filhos exclusivamente at os seis meses apesar das pol ticas de sa de governamentais e da orienta o da O M S 21 O fato que em muitas sociedades prevalece a orienta o est tica global que prega padr es de beleza incentivadores de implantes de silicone atribuindo aos seios fun o meramente sexual Persiste tamb m o mito d
229. e 1980 num processo de sustenta o rec proca o incremento do processo de globaliza o e as ideias neoliberais devolveram ao Estado o pos to de obst culo para o progresso O neoliberalismo conseguiu resgatar ent o a 40 no o de progresso vinculada liberdade desta vez a liberdade dos merca dos globais via positiva e promissora para o capital O fen meno foi auxiliado pela queda do muro de Berlin e pelo fim do imp rio sovi tico fazendo do ca pitalismo o novo discurso global hegem nico A partir da verifica se a complexa rede que cerca a no o de progresso instalada na cultura do consumo de bens materiais E aqui cabe uma quest o para a tend ncia contempor nea que exige de todo profissional um mergulho em rea espec fica de estudo a busca pelo co nhecimento do panorama que estrutura a atividade n o constituiria um apro fundamento em conte do de interesse estrito do design e portanto entendido como espec fico A indaga o pode inclusive ser feita com outro arranjo de fatores o profissional alheio ao panorama que d estrutura ao design ter con sist ncia para realizar um mergulho em alguma rea espec fica de estudo Esse um debate premente para a rea Segundo Silvia Fernandez e Gui Bonsiepe ao contr rio do que enfatizam muitos dos discursos atuais adaptados l gica da especializa o produtiva o de sign n o pode ser tratado como um fen meno cultural isolado encerrado em s ma
230. e f secular traz tamb m consigo exclus o concentra o de renda e subdesenvolvimento 2006 p 11 N o estamos nos tornando uma sociedade melhor e mais justa De a cordo com o autor o presidente Truman reconhecidamente um l der huma nista determinou a destrui o de Hiroshima e N agasaki pelas armas at micas a Guerra Fria manteve a humanidade entre a paz e um embate nuclear iminen te durante muitos anos em atitude dita preventiva o pa s l der em processos tecnol gicos invadiu o Iraque dizimando milhares de pessoas e tendo seus jo vens soldados sacrificados tamb m a microbiologia e a gen tica se esqueiram por caminhos perturbadores desencadeando dilemas ticos e morais e muitos poss veis perigos irremedi veis para a esp cie a es humanas est o minando o equil brio natural do planeta p 12 Ideias s o aceitas ou rejeitadas n o por serem verdadeiras ou falsas mas por serem consideradas adequadas ou n o para descrever algo em que tempora riamente se acredita Progresso dessas ideias for a que podem estar em uma ou outra das categorias mencionadas dependendo de serem vistas como resultado de uma a o coletiva dos homens ou encaradas como um processo inexor vel D upas 2006 p 30 A fim de compreender um pouco melhor esse conceito vale percorrer o trabalho de D upas no livro O mito do progresso em sua busca pelo entendimen to da g nese da ideia de progresso 35 O s gregos percebiam a hist
231. e n o levam em conta tudo o que o C digo prev Exemplificando na maioria dos pa ses da Uni o Europ ia a legisla o nacional baseia se numa N orma da U ni o Europ ia de 1991 quando o C digo completava 10 anos n o aplic vel s mamadeiras chupetas e muitos substitutos do leite materno ch s sucos pa ra beb s leites de seguimento Em todo o mundo apenas 34 pa ses dos 192 j implementaram tudo o que o C digo prev Poucos governos organizaram sistemas regulares de monitoramento da aplica o do C digo artigo 11 2 O mesmo pode ser dito dos fabricantes e distri buidores eles n o se preocupam em monitorar suas pr ticas de venda e tomar medidas para corrigi las artigo 11 3 Quando aparentam ter feito isso utili zam sua pr pria interpreta o do C digo afirmando por exemplo que ele aplic vel apenas s f rmulas infantis ou somente aos pa ses em desenvolvi mento interpreta es que visam prote o dos seus lucros mais do que pro te o do aleitamento materno O rganiza es n o governamentais preocupadas grupos de profissionais insti tui es e pessoas que realizam monitoramentos e que chamam a aten o dos governos fabricantes e distribuidores para as viola es sistem ticas do C digo t m sido muitas vezes ignorados Anualmente o IBFAN Brasil monitora a situa o em relat rios que re cebem o t tulo de Violando as normas nos quais podem ser encontradas provas 46 Atu
232. e perigoso de dif cil compreens o e manuseio ou ainda fr gil muitas vezes nos voltamos contra ele com indigna o afinal sua origem industrial e sua publicidade nos 195 Figura 150 O princ pio elementar do problema prometiam efici ncia al m de modernidade Assim s vezes percebemos que o uso de um produto pode nos trazer consequ ncias negativas s vezes n o percebemos isso N o caso espec fico aqui tratado os peri gos e males provocados pela mamadeira s o invis veis M uitos pediatras a re comendam as bonecas a trazem como acess rio todos a utilizam corriqueira mente As empresas t m tradi o e fazem pesquisas de ponta para aperfei o la O produto nos proporciona sossego descanso momentos de liberdade Entretanto esses argumentos podem ser derrubados por poucas palavras As mamadeiras s o compostas de v rias partes conectadas por roscas Para diluir o leite em p necess rio mistur lo com gua Feita a solu o de pois de duas horas em temperatura ambiente as bact rias come am a se reproduzir encontrando ali ambiente adequado A esteriliza o constante do produto mata as bact rias mas sabe se que muitas pessoas n o disp em desse recurso nem disp em de gua de qualidade O que era invis vel torna se t o claro e elementar que chega a provocar constrangimento especialmente nos designers Como n o hav amos pensado nisso antes Como n o fomos capazes de olhar criticamente para o
233. e que os seos caem com a amamenta o afastando muitas mulheres da decis o pelo alei tamento de seus filhos Com o advento da rede mundial de computadores o acesso p blico a informa es sobre o cen rio descrito foi muit ssimo ampliado O impressionan te document rio F rmula Fix reportagem de TV australiana realizada em 1989 acerca da calamidade asi tica em nutri o infantil provocada pela administra o de leite em p a crian as de baixa renda por exemplo est dispon vel no You tube assim como um vasto numero de filmes sobre a mesma quest o As organiza es em prol da causa disponibilizam informa es em seus stes e esta belecem contatos em rede com quem se interesse pelo assunto N o Google ao se digitar a palavra babybottle o segundo item de pesquisa da primeira p gina j oferece ao internauta condi es de fazer um mergulho orientado e seguro nas informa es que desvelam a realidade dos leites artificiais e das mamadeiras E como se n o bastasse o esc ndalo ocorrido na China em 2008 cons tituiu uma prova cabal de que os substitutos do leite materno podem esconder graves perigos A adultera o de leite em p por melamina provocou no pa s a morte de tr s beb s e a infec o de outros 6 244 Not cias posteriores reporta 11 Amamenta o e Puritanismo nos EUA 19 de maio de 2007 Dispon vel em www cbc ca Acesso em agosto de 2009 120 M des participam de maratona de amamenta o pelo
234. e segu ran a de nossos produtos T emos mais de 1 500 colaboradores em n vel global exclusivamente dedicados seguran a qualidade e total integridade de nossos brinquedos incluindo 400 engenheiros t cnicos auditores e gerentes alta mente treinados cujo objetivo garantir o cumprimento da vis o da compa nhia referente seguran a que fornecer qualidade e valor que o mundo pos sa confiar sic Poucos meses depois foi a vez de outra tradicional ind stria estampar as p ginas dos jornais desta vez chamada responsabilidade por rg o p blico ap s den ncias de acidentes provocados por defeito A Volkswagen anunciar um recall para os 477 mil carros da linha Fox vendidos no pa s cumprindo determina o do D epartamento de Prote o e Defesa do Consumidor DPDC do Minist rio da Justi a A convoca o para corrigir defeito no sistema de amplia o do porta malas que provocou mutila es em dedos de pelo menos oito consumidores Desde o in cio das den ncias fel tas por consumidores a montadora se recusava a admitir a necessidade do recall e alegava que os consumidores n o tinham lido o manual com instru es de como proceder para abaixar o banco traseiro e ampliar o porta malas At aquele momento 829 mil Fox haviam sido produzidos pela monta dora sendo 477 mil vendidos no pa s e o restante exportado O problema n o atingiu mbito internacional porque nos modelos exportados o s
235. e seriam incompat veis com o progresso Frustra o e sofrimento seriam est mulos necess rios constru o da civiliza o Dupas 2006 p 75 Para M arcuse a sociedade industrial avan ada se edifica sob essa estrutura de progresso presa raz o sempre adiando a felicidade alienada para permanecer produtiva o tempo de vida seria o curto tempo livre p 78 Durante a Guerra Fria J rgen Habermas refletiu sobre a transforma o da ci ncia e da t cnica em instrumentos ideol gicos de um capitalismo que se afirmava definitivamente como hegem nico p 80 Em seu livro A t cnica e a ci ncia como ideologia de 1968 dizia que com as inven es do s culo XIX a t cnica e a ci ncia estabeleceram uma rela o de depend ncia rec proca clentificando todo o saber e por consequ ncia transformando a institui o universit ria colocando a a servi o da produ o de bens e servi os De acordo com o autor O modo de produ o capitalista exige permanentemente a renova o das t c nicas para operar seu conceito motor schumpeteriano de destrui o criativa ou seja produtos novos a serem promovidos como objeto de desejo sucatean do cada vez mais rapidamente o produto anterior e mantendo a l gica de a cumula o em curso p 84 Ao inv s do estigma de repressora e dominadora a l gica capitalista te ria assumido um manto de racionalidade trazendo o progresso t cnico e cl
236. ecentes tamb m foram acessados Para demonstrar que a avalia o peri dica da produ o industrial ne cess ria a mamadeira foi eleita como foco e objeto paradigm tico passando a referenciar toda a pesquisa Produto de grande aceita o insuspeito para grande parte das pessoas independentemente de idade grau de instru o credo ou nacionalidade a mamadeira exemplo de como tendemos a permanecer ab sortos nas correntezas da cultura levados pela pr tica do consumo alheios a not cias e racioc nios cr ticos simples que poderiam facilmente deslegitimar 13 A abordagem proposta difere assim da investiga o acerca das consequ ncias comportamentais e psicol gicas verific veis nos consumidores alvo de grande parte dos estudos que v m sendo realizados na rea 13 produtos consagrados tudo isso revelia do grande incremento no n vel de acesso informa o dos dias atuais Problema global de express o local em n vel nacional estadual munici pal de bairro de quarteir o de pr dio de cada fam lia a alimenta o de beb s envolve um paradoxo cienti fico industrial respons vel por imensos ndices de morbidade e mortalidade infantil em todo o mundo Por um lado um esfor o internacional dos Estados e das organiza es da sociedade civil edifica sistemas globais de controle comercializa o de substitutos do leite materno e tece uma rede social muito atuante Por outro as ind strias de leite em p
237. ector Babenco lan ado em 1981 o personagem central mama no seo da prostituta interpretada pela atriz M ar lia P ra Esta ap s alguns instan tes repele com viol ncia o jovem que dali sai correndo para cometer um grave delito Note se que o ambiente do prost bulo envolve a cena com simbologias sexuais resultando em perturbadora refer ncia para a pr tica da amamenta o sobre o p blico Figura 101 As f bricas de ata de Faturam constantemente Com a mortalidade infantil Q ue existe diariamente V amos lutar contra isso Assumindo um compromisso Em favor do inocente Louvo aos profissionais Q ue lutam pela sa de Jesus derrame em seus lares Amor carinho e virtude Estes verdadeiros mastros Representam mais que os astros Do cinema em Roli de Corda distribu do pela Secreta ria de Estado de Sa de e H igie ne do Rio de Janeiro em 1983 Sob o impacto das medidas de apoio amamenta o as verdades quanto superioridade dos produtos da ind stria de leites artificiais constru idas at os anos de 1970 foram amea adas pela nova mentalidade que se edifi cava A mudan a do paradigma cient fico e as amplas a es governamentais brasileiras nas institui es m dicas na m dia e na legisla o faziam com que as empresas perdessem um pouco do espa o que tradicionalmente ocupavam O governo brasileiro iniciava um processo de controle dessa produ o in dustrial Em 1981 o Bras
238. egados de conceder periodicamente novas roupagens aos pro dutos os designers ajudavam a criar no consumidor a vontade de substitu los mesmo os que ainda funcionavam plenamente N um pa s que ocupava o posto de maior produtor mundial por m desprovido de tradi o em design o strea mlining ao conceder fei es aerodin micas aos mais inusitados produtos con tribula para sacudir a mentalidade est tica da poca A obsolesc ncia estil stica styling foi uma estrat gia pol tico industrial para resgatar a economia com todas as saud veis consequ ncias que disso poderiam advir a gera o de em pregos o aumento do poder aquisitivo a gradual estabiliza o social etc Os aspectos positivos da estrat gia devem ser destacados entre eles a busca de coes o formal o acondicionamento cuidadoso de engrenagens que antes permaneciam expostas e a eleva o dos designers ao posto de consultores das ind strias H eskett 1997 Por m aquele per odo pode ser considerado o ber o de um design de finalidades cosm ticas mais comprometido com interes ses comerciais do que funcionais fonte de muitos problemas futuros Vale a ressalva no entanto de que alguns designers profissionais oriundos da publici dade arte e cenografia propuseram otimiza es projetuais aos produtos H enry D reyfuss contratado pela Bal T dephone Company convenceu a empresa a de senvolver para seus produtos um design de dentro para fora envolvendo tes t
239. eito ao seu filho at os 6 meses D epois introduza alimentos variados mas continue 146 amamentando at os 2 anos ou mais Naquele ano o logotipo de M inist rio da Sa de tamb m n o estava presente no cartaz Amamenta o exclusiva modelo de ouro seguro saud vel e sustent vel foi o mote da campanha internacional de 2004 que apresentava a imagem de uma fam lia condecorada por la o dourado A atriz M aria Paula e seu beb figuram no cartaz da campanha M adrinhas sob o texto At os 6 meses mU dan a na alimenta o do seu beb s se for do peito direito para o esquerdo e A crian a que mama n o precisa de ch gua ou suco at OS seis meses C on tinue amamentando at 2 anos ou mais Verifica se ent o a explica o literal e clara sobre a amplitude do termo amamenta o exclusiva nomeando os ali mentos que a descaracterizariam como tal A partir daquele ano al m do M i nist rio da Sa de figuram no cartaz os simbolos da W ABA Brasil da Socieda de Brasileira e Estaduais de Pediatria al m da assinatura do Pacto N acional pela Redu o da M ortalidade M aterna e N eonatal ecdinmy othei ma Inods while hi AE breasticeding ia contine Figura 117 Cartazes da campanha da WABA e da campanha brasileira Madrinhas da ama menta o 2002 e 2003 Amamenta o refei o sadia e saud vel em fam lia foi o dogan de 2005 em cartaz apre
240. em 2008 o decreto est em vigor e refere se a em pregadas de empresas p blicas e privadas O movimento gerou tamb m um novo projeto que determina que as empresas devam possuir espa os destinados recep o de crian as para a amamenta o pelas funcion rias lactentes Em 2009 Furnas Centrais El tricas lan ou a cartilha Amamenta o sem complica o iniciativa conjunta da empresa e da Rede Brasileira de Bancos de Leite H umano M as nem tudo s o flores O poder e a for a da ind stria se mant m espreita de oportunidades no mbito do mercado de alimentos infantis como no caso da multimistura Composto por farelos de arroz e trigo folhas de man dioca sementes de ab bora e gergelin o alimento foi criado pela pediatra Clara Takaki Brand o Nos ltimos 30 anos a f rmula revolucionou o trabalho da Pastoral da Crian a reduzindo as taxas de mortalidade infantil no pa s e aju dando o Brasil a cumprir as Metas do Mil nio Em 2007 a m dica argumen tou em favor da manuten o da f rmula ao M inist rio da Sa de e Presid ncia da Rep blica pois os rg os oficiais haviam adotado compostos de multinacio nais mais caros O s compostos da multimistura t m at 20 vezes mais ferro e vitaminas C e B1 em rela o comida que se distribui nas merendas escolares de munic pios que 146 A ordem dos peitos altera o produto Pais amp Filhosna Internet dispon vel em www revistapaisefilhos com br Acesso em n
241. em estabe lecer contato com as m es os r tulos dos produtos devem vir em linguagem compreens vel e alertar sobre os cuidados a serem tomados para garantir que o alimento seja usado adequadamente imagens de beb s n o podem constar dos r tulos dos produtos os r tulos n o podem empregar discursos que idealizem o uso do produto 42 A ampla atua o da IBFAN contribuiu para que em 1984 a N estl concordasse em estender a implementa o do C digo Internacional a que estava submetida h cinco anos a pa ses em desenvolvimento prometendo tamb m a futura suspens o da pr tica de abastecimentos gratuitos e de baixo custo O boicote que j atingia 10 pa ses foi ent o suspenso Entre 1987 e 1988 aIBFAN detectou a presen a de empresas de substitutos do leite abastecendo gratuita mente postos de sa de e maternidades com seus produtos ent o o boicote N estl foi reiniciado e estendido aos fabricantes W yeth Bristol M yers e Abbott R oss 3 Em 1976 a AgD W recebeu uma multa e N estl foi dado um alerta para mudan a de suas pr ticas de marketing 61 1990s A Global Initiative organizado pela O M S U nicef com o apoio da A g ncia N orte Americana para o D esenvolvimento Internacional e da Autorida de Su a para D esenvolvimento Internacional gerou a Declara o de Innocenti documento referencial para as mudan as que se seguiriam Aquela altura tornara se claro que efeitos coercitivos sobre as empresas n o solucion
242. endente das decis es dos homens H omens estavam espalhados como animais nos campos e bosques e tinham somente aquilo que poderiam ter e manter pela for a e pelo crime at que gradualmente eles fossem levados da ferocidade e barbaridade ao refinamento dos costumes e da sociedade amparada pela lei em que nos encontramos B o din apud D upas 2006 p 38 Para Francis Bacon contempor neo de Bodin a Sabedoria era irm do Tempo pensamento justific vel em uma poca em que foram dados os primei ros saltos tecnol gicos com a inven o da imprensa da p lvora e da b ssola fase tamb m compartilhada por D escartes que veio a conceber o cartesianismo fundado na supremacia da raz o e na invariabilidade das leis da natureza l gi ca racioc nio rigor M as foi a populariza o da ci ncia um dos cones daquele s culo XVII que marcou o sucesso definitivo de uma doutrina geral de progresso O avan o da astronomia com a perda do privil gio c smico da T erra e a necessidade de admitir que podemos n o estar s s no universo tiveram uma profunda in flu ncia no pensamento humano O destino universal do homem defendido pela Igreja sofreu forte abalo restava nos perdidos na imensid o do universo encontrar uma teoria menos grandiosa para iluminar nosso futuro de habitan tes desse pequeno planeta apud D upas 2006 p 40 No s culo XVI os puritanos haviam revolucionado as artes e as ci ncias depositando
243. endon a Revista FAE Business n 9 Curitiba FAE Centro U niversit rio setembro de 2004 LEITE Jo o de Souza W hich things first Revista Arcos v III Rio de Janeiro Contra Capa 2000 2001 LOPES A D Beb s o novo manual de instru es Veja S o Paulo Ed Abril SA 14 de outubro de 2009 MAGALH ES RUETHER Gra a correspondente em Berlim M o derna aos 90 O Globo Segundo Caderno Rio de Janeiro Infoglobo SA 14 de abril de 2009 MANU Alexander O rg Revista da aldeia humana Florian polis SENAI LBDI 1995 MARGOLIN Victor O design e a situa o mundial Revista Arcos volume 1 n mero nico Rio de Janeiro Contra Capa outubro de 1998 NUSSBAUM Bruce Revista Business Week Celebrate commercial success Innovation Fall 2005 Yearbook of Industrial D esign Excel lence SAM PAIO Nadja CASEMIRO Luciana Lei brasileira exemplo de modernidade O Globo Rio de Janeiro Infoglobo SA 10 de setembro de 2008 224 SEN Amartya Em defesa do sistema Exame CEO S o Paulo Editora Abril SA abril 2009 TREVISAN D Leite derramado Pais amp Filhos Sao Paulo Editora Globo SA agosto de 2009 Libertadas 34 crian as escravas em Nova D hi O Globo Rio deJanei ro Infoglobo SA 25 de outubro de 2008 Cadeirinha reduz o risco de morte de crian as em acidentes de autom vel Caderno Carro etc O Globo Rio de Janeiro Infoglobo SA 31 de maio de 2006 Caderno Raz o Social At
244. ento dos passos metodol gi cos percorridos partindo de uma reflex o acerca do mbito geral das pr ticas de consumo para o mbito espec fico do ensino de design Confirmou se assim a necessidade de inserir a reavalia o de produtos industriais no curso universi t rio como pol tica estrutural uma forma de atacar importante raiz do proble ma intrinsecamente ligada ao compromisso tico profissional e de ensino Esse fato demonstrou a necessidade de serem criados m todos que avaliem os produtos industriais desconstru o de produtos consagrados pelo uso por meio da con sidera o ampla das a es humanas que propiciaram seu invento m todos esses a resultarem de pesquisa em design visando equalizar a fun o profissi o nal com a necessidade de racionaliza o do consumo Cabe o reconhecimento de que para efeito de leitura migrar entre os conte dos estudados pode provocar alguma dispers o Diversos formatos de sum rio foram cogitados para traduzir o percurso de pesquisa e foi aventada tamb m a possibilidade de suprimir trechos que possam soar como fichamentos como os relativos s no es de progresso desenvolvimento e liberdade Entre tanto eles foram mantidos pois representam com fidelidade como o trabalho foi encaminhado por mais elementares que possam parecer Para conectar as partes o texto prop e deslocamentos verticais de lel tura ora se estar bem pr ximo do foco da pesquisa ora em uma posi o
245. entos D entre estes o alto custo humano envolvido na fabrica o de bens foi uma das mais expressivas justi ficativas para o argumento antiindustrial do movimento Arts and Crafts na Ingla terra no final do s culo XIX H eskett 1997 p 20 como tamb m para defla grar os movimentos de resultados pol ticos contundentes protagonizados pela explorada classe oper ria durante o s culo que se seguiu H obsbawm 1995 Com rela o a efeitos relevantes dos processos industriais sobre o meio ambien te em 1931 49 anos ap s a descoberta do g s fr on CFC que possibilitou a populariza o do recurso de refrigerar alimentos e ambientes identificou se sua caracter stica de g s estufa em 1980 ele foi inclu do entre os maiores res pons veis pelo rompimento da camada de O z nio do planeta C osta 2007 N o se pode dizer que haja consenso cient fico sobre as conclus es do rada t rio do IPCC Paina Intergovernamental sobre M udan as Clim ticas ONU divulgado em 2007 que responsabilizam as interfer ncias humanas e os processos industriais pelo aquecimento global T rigueiros 2007 M as movimenta o pol tica e cient fica do Estado e da sociedade civil durante a ECO 92 quando o tema tornou se mais vis vel para o p blico deflagrada e consolidada a partir de ent o por acordos internacionais somam se mudan as ambientais cada vez mais eviden tes um claro sinal da presen a de motivos para preocupa o e a
246. er todos os esfor os para persuadir os donos de lojas a desistirem de tais cartazes D evem se aproveitar as ocasi es oportunas para falar com os donos das lojas e inform los sobre os perigos das mamadei ras p 37 O Prof M H Hamza da Universidade de Dar es Salaam Tanz nia sinaliza em guia voltado a param dicos citado no relat rio de M uller que e ventualmente por motivo de doen a morte ou pouco leite da m e a crian a deveria ser alimentada com x cara ou colher e n o com mamadeira pois ser impossivel para uma m e camponesa manter a mamadeira limpa e o beb cor rer riscos de contrair uma gastroenterite grave p 38 Iniciativa semelhante foi tomada por um fabricante nacionalizado de leites em Z mbia que contrasta com a desinforma o presente nos r tulos de leite em p de outras companhias quanto posologia custo etc O r tulo do leite africano exibia poca da realiza o do relat rio ou seja nos anos de 1970 o seguinte texto O melhor alimento para a sua crian a o leite materno Ele melhor do que este ou qualquer tipo de alimento artificial N o alimente sua crian a artifici almente a menos que voc esteja segura de ter o dinheiro necess rio para comprar leite suficiente Q uando sua crian a tiver 4 meses ela necessitar 2 5 Kg de leite em p por m s Voc tem certeza de ter o dinheiro necess rio para compr lo Alimente sua crian a usando uma x cara e uma co
247. erceiro M undo deparamos com o argumento da falta de condi es sanit rias para o processo de higieniza o de mamadeiras Lave suas m os cuidadosamente com sab o cada vez que voc for preparar uma refei o para o beb assim come am as instru es sobre a alimenta o com mamadeira no Livro das M es da Nestl Na capital de Malawi 66 das moradias n o t m nenhuma facilidade de higiene Sessenta por cento n o t m cozinha dentro da moradia A N estl vende leite para alimentar beb s nes sas comunidades M uller 1995 p 27 N esta representa o de um modelo de mamadeira bastante atual per cebem se elementos comuns s mamadeiras seu corpo conectado pe a que acopla o bico por interm dio de roscas o bico tem desenho sinuoso e consti tu do por material com caracter sticas f sicas da borracha aderindo ao conector A indisponibilidade de condi es ideais para esteriliza o dessas pe as cria as condi es ideais para o surgimento de col nias de bact rias a partir de cerca de duas horas ap s o dep sito do leite no produto infectando o 173 Projeto s ditos do leite Dispon vel em www criancarepensar org br Acesso em novembro de 2009 174 A M amadeira U Itivent apresenta a vantagem da abertura do corpo para lavagem na parte inferior 162 pr ximo alimento a ser ali armazenado Vale dizer que no decorrer desta pes quisa esse foi o primeiro argumento apresentado pela pesquisa
248. es produtos e sistemas de informa o deveriam ser simples e racionais eliminando qualquer elemento desnecess rio a fim de viabi lizar r pida leitura ou interpreta o por parte do usu rio receptor O correu que o alcance de bons e inovadores resultados sob tal orienta o conduziu ao entendimento de que a regula o t cnica a sistematiza o e a matematiza o deveriam nortear os projetos Somente o que fosse mensur vel e calcul vel deveria ser considerado como da do objetivo de projeto Em seu est gio mais avan ado o posicionamento t cnico e cient fico em U Im influenciado pela cibern tica prop s uma escola sem ideologia como uma faculdade de ci ncias A pesquisa em metodologia e 83 e stin Figura 53 Barbeador H ans Gu gelot 1962 queres Ciesusnesar queens enes ae l qonanes sa as qsanananris ques ndsenae asssasenias queens Figura 54 R dio T 3 Dieter Rams 1953 BRAUN Figura 55 Logotipo O tl Aicher 1953 na programa o do design transformou se em um determinismo heur stico e em positivismo l gico Souza 1996 p 66 67 Maldonado chamou o fen meno de metodolatria Na opini o de G nter Schmitz a tend ncia para a objetiva o das atividades criativas se ali mentava do perigoso anseio de produzir uma metodologia que pudesse automa ticamente conduzir a resultados originais e perfeitos p 67 Otl Aicher e Zeischegg ent o lide
249. es de funcionalidade e de uso H eskett 1997 p 110 80 U m ano antes da eclos o da Segunda Guerra M undial foi inaugurada uma exposi o sobre a Bauhaus no MOM A obtendo grande repercuss o entre a elite cultural dos EU A Como narra Pedro Luiz Pereira de Souza os norte americanos Procuravam algo mais consistente que o Art D o para contrapor ao styling e influenciados pela exposi o criaram um amb guo conceito de Good D eson em resumo uma categoria de objetos e produtos que por sua qualidade for mal deveriam ser considerados exemplares Good Desgn era um sonho americano N o de uma classe m dia mas de uma elite ansiosa por equi parar se culturalmente Europa Souza 1996 p 58 61 Segundo o autor os frutos dessa investida nada mais representavam do que um formalismo acad mico que reformulou as bases para o desenvolvimen to de um novo Syling Uma nova moda e um estilo novo somado ao consu mismo encontravam eco na ideologia geral da sociedade americana Souza 1996 p 63 Entre os anos de 1920 e 1940 o surgimento de novas tecnologias e materi ais como o pl stico e o alum nio contribuiu em muito para o desenvolvimento da ind stria abrindo s camadas populares o acesso ao consumo de muitos produtos D enis 2000 p 124 A eclos o da Segunda G uerra M undial se deu entre pot n cias industriais Inglaterra Fran a e Alemanha numa fase portanto em que o mundo j havia absorvido a m
250. es sanit rios tamp es ou panos o que diminui a necessidade de fibra alvejantes empaco tamentos e descarte Na Gr Bretanha cada mulher que menstrua consome entre 286 e 358 absorventes ou tamp es por ano 98 dos quais s o jogados fora pelo vaso sanit rio 52 ser o lan ados ao mar onde os tamp es levam 6 meses para se desintegrar enquanto os absorventes demoram mais Ao preparar o leite artificial a m e deve esterilizar a gua e os utens lios A falta de gua comum nos pa ses desenvolvidos mas em 1975 a O M S estima va que 60 das pessoas em pa ses menos desenvolvidos n o tinham acesso gua suficiente N o raro que em algumas partes da frica as mulheres gas tem 5 horas por dia buscando gua Radford 1992 D entre uma s rie de outras observa es o autor calcula que se as crian as da ndia fossem alimentadas com leite em p seria necess ria uma rea de pastagem para as vacas equivalente a seis vezes o tamanho da Gra Bretanha Radford conclui que mais beb s alimentados com mamadeira significa mais desmatamento mais eros o mais polui o por dioxinas e outros t xicos mu dan as clim ticas e desperd cio de recursos 5 2 4 Impacto fisiol gico D e acordo com artigo da fonoaudi loga M frian T orres Cordeiro a suc o um dos primeiros reflexos neurol gicos que o beb pode expressar ao nascer e a amamenta o ao seio permite que o ato de sugar se desenvolva ade q
251. esigners dos efeitos nocivos do uso de alguns produtos como as mamadeiras contribui para a preval ncia da cul tura de seu uso automatizado pois como presum vel especialista da for ma fun o dos objetos industriais da mesma forma que a classe m dica e pro fissionais de sa de s o especialistas respons veis pela sa de de m es e beb s o designer adere sem a devida cr tica ao comportamento da massa dos con sumidores e das inst ncias produtoras fazendo o inverso do que deveria fazer vale dizer que entre os profissionais de sa de vigoram diretrizes e c digos de conduta pr aleitamento pass veis de fiscaliza o Vari veis Produto M amadeira vari vel independente Atua o dos profissionais e consumidores envolvidos com a quest o objeto de avalia o Alternativa existente ou pass vel de projeto Inclus o da reavalia o da produ o industrial como metodologia de projeto nos cursos universit rios de design vari vel dependente O bjetivos Gerais Levantar informa es relevantes do debate contempor neo sobre o papel do design na vigente economia industrial colocando as em di logo com quest es sociais ambientais e pol ticas a fim de contemplar de maneira ampla embora objetiva e focalizada o cen rio que circunda o problema demonstrar a necessidade de cria o de m todos de avalia o para pro dutos industriais vinculados ao ensino universit rio de design visando
252. esmo a virar um objeto nefasto perigoso Todas as mamadeiras parecem extremamente assustadoras s o 36 partes diferentes timas para juntar sujeiras bact rias N ada melhor do que peto Esse um objeto que n o serve pra nada Se pode jogar tudo fora A mamadeira inclusive deve ser eliminada Relatos pessoais algumas vezes documentam posturas assumidas pelos participantes no papel de consumidores ou potenciais consumidores poca em que tiveram seus filhos J de muita mamadeira para meus filhos brinque de boneca lhe dando ma madeira achando que estava treinando para ser a m e mais devota do mundo Quando tive minha primeira filha na Cl nica S o Jos quando eu recebi alta eu recebi de uma irm de caridade de chapel o ainda uma cesta Essa cesta muito bonitinha com la arote inclusive com duas latas de leite em p e duas mamadeiras de vidro Eu tinha leite a mais n o poder At o suti que le vei para a maternidade n o foi suficiente e tiveram que fazer um suti de fral da Eu doei leite tamb m para os prematuros Q uer dizer foi colocada no meu colo essa cesta que nao deixava de ter seu aspecto sedutor pois vou poder to mar um banho em paz vou pedir pra algu m dar aquela mamadeira E n o era uma quest o social de necessidade minha era um mecanismo como voc apontou de forma o de comportamento na hora do nascimento com a legitima o da casa de sa de
253. esmo tempo agora e ela a capacidade de analisar ca da detalhe com calma Espero estar mais presente em suas vidas a partir da de fesa H elton Jeveaux meu marido foi o patrocinador da tese Tive que dar bem menos aulas e recusar oportunidades de trabalho para poder gerar a pesquisa e ele deu conta do roj o Citando Chico Buarque ele foi me iluminando n o iluminando um atalho sequer pois sempre vai me guiando pro caminho que eu quiser Ele e Ad lia J eveaux inventaram de pegar um beb cachorro bem quando eu n o poderia me dispersar nem por sonho claro que me dispersei M inha fi Iha traduziu todos os textos relativos tese e aos artigos produzidos para o in gl s e ao treinar minha fala para este idioma recomendou que eu apresentasse o trabalho do M xico em espanhol Ela me incentivou de maneira difusa e a brangente quase que pelo olhar Q uando beb n o aceitou a mamadeira vo mitou o leite em p e me fez sair desatinada do centro da cidade diariamente pra amament la Parece que j sabia de tudo A Luiza Kramer querida ex aluna eu agrade o pela longa parceria e por ter contado sobre meu trabalho a sua m e S nia muito bom a gente achar as pessoas que j estavam ao nosso lado Karl Erick providenciou a compra das mamadeiras dinamarquesas Fernando Carvalho a compra das norte americanas M nica H erz procurou a inglesa mas n o achou N em Rodrigo Villas Boas a encontrou Ficou faltando assim
254. essante poss vel M as os pa ses em desenvolvimento t m pouco dinheiro para hospitais e menos ainda para decorar suas cl nicas Assim as enfermeiras aceitam com alegria os cartazes educativos dados pelo representante de alguma companhia A N estl por e xemplo lan ou recentemente uma nova s rie de cinco cartazes Um sobre cuidados no pr natal outro sobre a maneira de limpar e vestir o beb um terceiro sobre os modos de preparar os primeiros alimentos s lidos para o be b um quarto sobre a amamenta o A nica sugest o de comercialismo nos cartazes a mamadeira da N estl que aparece ilustrada e a marca da in d stria A M ge analfabeta os achar interessantes E embora a casa moderna e 57 arrumada as roupinhas brancas e limpas do beb o ber o e os alimentos reco mendados quase certamente estejam fora de seu alcance monet rio a mamadeira n o est Ela poder ganh la gratuitamente de uma enfermeira Se na cl nica h cartazes sobre alimenta o com mamadeira n o pode haver nada de conde n ve com da quase certo que da n o sabe ler o texto em ingl s que diz Amamente seu beb o maior tempo que voc puder O leite materno o me lhor para o beb e lhe d o melhor come o de vida Muller 1995 p 31 Embora as companhias afirmassem promover a amamenta o como con duta ideal muitos ind cios comprovaram cinismo em sua conduta Exemplo disso foi a estrat gia de v
255. esse objeto na loja percebia esse cantinho e pensava mas como vou conseguir lavar isso depois M as em geral as maes s olhavam assim Ai tem azul Ah ent o n o posso levar esse mode lo T em rosa daquele Ent o quero aquele Considerando que todas custassem mais ou menos a mesma coisa virou objeto de consumo Acho que a do Karin Rachid tem muito a ver com isso um produto que voc vai exibir Voc tem informa es cr ticas atuais mas a exemplo do que ocorre com o cigarro briga o tempo todo com o seu te rico pois aquela imagem bacana foi gravada em voc Agora uma mamadeira vai ter que vir sem cor pra n o ter conota o simb lica Chegamos a esse problema da mamadeira elitizando o produto Essa elitiza o acaba tendo rela o com o consumo Ele modelo ent o as pessoas que n o podem acabam querendo tamb m porque aquilo que esta mos consumindo A cesariana era uma op o mas virou o melhor porque era uma op o de dlite Se voc cria esses modelos elitizados que toda a comunidade do entorno reproduz porque n o est sendo valorizado aquilo que repert rio realmen te poss vel para essa comunidade A pessoa deseja uma mamadeira at para n o se sentir exclu da do sistema 183 Vale dizer que a continuidade dos assuntos n o corresponde necessari amente a apenas uma reuni o A recorr ncia dos temas permitiu que as falas fossem aqui encadeadas demonstrand
256. estabe lecimento de um v nculo etc Isso tudo deve ser o contraponto a certas sedu es que existem Ocasi es como esta de hoje s o importantes porque com todo esse embasamento com toda essa pesquisa com a nossa forma o profissional podemos ser um meio muito eficaz pra mostrar essas coisas podendo atuar no aspecto dessas informa es terem a melhor difus o n o fa zendo ah isso aqui uma coisa horr vel etal fogueira nas mamadeiras mas mostrar outros lados que s o importantes E at mesmo ver essa quest o do chamado copinho que n o se tem muita clareza como usa onde usa e deve ser complicado vai derramar O s benef cios Eu acho que um trabalho grande de comunica o de difus o da informa o e de projeto pra lidar com este problema Como j dito aqui se h pro blema h solu o Eu achei estimulante estar aqui As campanhas est o sendo feitas n o sei se voc tem dados de retorno eu j vi do mesmo jeito que vejo crian as j com senso ecol gico as campanhas de amamenta o est o muito fortes e devem dar resultado Eu sou otimista com rela o a esse resultado H ouve concord ncia quando a anfitri disse A verdade que a socie dade inteira precisa ser alfabetizada com rela o a esse assunto assim como em rela o a tantos outros assuntos tarefa vinculada ao trabalho do designer gr fi co Incomoda constatar entretanto que problem ticas c
257. estir com uniforme de enfermeira vendedoras sem quali fica o m dica a fim de sugerir que seu discurso fosse um conselho nutricional Em visita es dom sticas sem serem requisitadas algumas dessas mulheres esta vam submetidas a regras empresariais que envolviam advert ncia e dispensa caso os objetivos de doa o e venda de produtos n o fossem atingidos M as contrari ando esses fatos o discurso da Cow amp Gate alegava que as enfermeiras eram ori entadas a incentivar a pr tica da amamenta o nos primeiros meses de vida do beb e se chegasse empresa algum testemunho de que a m e visitada tivesse migrado para a mamadeira essa enfermeira seria demitida p 35 A competi o entre os fabricantes de leites artificiais institu a tamb m uma grande oferta de doa es de latas em postos de sa de hospitais e consult rios m dicos Inqu ritos foram instaurados em alguns pa ses para levantar as dimens es dessas investidas N a Jamaica houve registro de maes que receberam latas doadas de at tr s marcas diferentes Quanto quest o a Nestl se pro nunciou ao relat rio nos seguintes termos O nde os m dicos locais querem amostras n s as fornecemos N o se deve es quecer que os hospitais t m pouco dinheiro muitos perderam o h bito de comprar porque o leite fornecido gratuitamente pelas companhias E se n s n o entramos com o nosso produto ficamos de fora N s ficamos margem des se hospital
258. estl comprou da N ovartis a G erber Foods fabricante de mamadeiras 133 Biblioteca Virtual em Sa de D ispon vel em http bvsms saude gov br 134 Caderno Raz o Social Jornal O Globo Rio de Janeiro Infoglobo SA 3 de setembro de 2007 135 Propaganda para crian a tem hora O Globo Infoglobo SA Rio de Janeiro 26 de agosto de 2009 132 O Global Compact se origina de uma proposi o do Secret rio Geral da O NU Kofi Annam em 1999 de iniciar um acordo global pelo compartilha mento de valores e princ pios que possam dar uma face humana ao com rcio global A inten o era conter a enorme press o exercida por grupos de interesse que instauravam regimes de com rcio e investimento fora dos padr es adequa dos nas reas de direitos humanos trabalho e meio ambiente O Secret rio vis lumbrou dois caminhos rumo ao alcance desse objetivo encorajar os Estados a concederem ONU recursos e autoridade para promover a paz no trabalho os direitos humanos e conceitos de meio ambiente e a promo o desses valores por parte das empresas por interm dio da pr tica de nove valores centrais No mesmo ano o acordo foi oficializado pela ONU e pela C mara Internacional do Com rcio Em 2000 ele foi declarado operacional e considerado o mais impor tante tema da ONU em Nova lorque D ois meses antes disso entretanto o pre sidente da ICC Adnan Kassar havia dito sugiro que as regras n o sejam for malmente prescritivas pois res
259. et pelo Sr Joaquim Alves em testemu nho no site Yahoo Brasil Grupos sobre o que poca tratou se de um evento inusitado ilustra como a ajuda foi recebida no interior de Pernambuco Em Igua a distribui o deve ter sido farta pois meu pai conseguia trazer para casa v rias latas daquelas embora n o estivesse cadastrado como fam lia neces sitada T alvez fosse pela amizade com o prefeito talvez fosse pela fartura da quantidade a ser distribu da O fato que eu ouvia de toda parte que todos haviam recebido generosas por es E n s crian as com amos o leite em p puro De punhado pego com as m os e jogado para dentro da boca como faz o povo simples da ro a para comer farinha Descobri recentemente que aqueles alimentos foram usados como arma de propaganda contra uma even tual forma o de grupos de guerrilhas no N ordeste brasileiro pois o servi o de intelig ncia americano a CIA detectava ind cios dessa possibilidade princi palmente nas zonas rurais notadamente em Pernambuco sob a lideran a de Francisco Juli o O governo Arraes seria outra amea a E eles enxergavam no Nordeste um potencial econ mico que a elite industrializada do sul do pa s n o conseguia visualizar E a imprensa sulista pouca import ncia deu investi da americana na regi o achando segundo a reportagem consultada que a 25 Figura 12 Capa de lbum distribu do s m es em ma ternidades www nestle com br
260. fome foi seriamente abalada Segundo a O rganiza o das N a es Unidas para a Agricul tura e a Alimenta o FAO a ltima d cada demonstra uma tend ncia desa lentadora com maior inseguran a alimentar agravada pelo impacto da crise sobre as popula es mais pobres do planeta A atual desacelera o da economia mundial que segue a crise dos alimentos e dos combust veis e coincide em parte com ela est no centro do forte aumento 115 A diarreia a respons vel pelos maiores ndices de mortalidade infantil 116 Segundo Constanza V allenas especialista da O M S Dispon vel em www aleitamento com 31 de julho de 2009 Acesso em agosto de 2009 122 da fome no mundo e mostra a urg ncia de encarar as causas profundas da fome com rapidez e efic cia M as como apontado por Almeida 1999 a pr tica da amamenta o n o est dissociada de condicionantes culturais de quadros pol ticos ou de di versas outras influ ncias que corroboram para a ades o perigosa alimenta o artificial A seguir elencamos alguns dados divulgados no documento Situa o M undial da Inf ncia produzido pela U N ICEF que ilustram a situa o No Afeganist o as mulheres s o proibidas de receber cuidados m di cos em hospitais cujas equipes s o compostas apenas por homens devido norma cultural que restringe o trabalho feminino e impede as mulheres de re ceber capacita o m dica Em Bangladesh os costumes hindus
261. ga Bombaim ndia desde a grande enchente de julho de 2005 quando os sacos obstru ram redes de esgoto e drenagem da cidade durante as chuvas de mon es comuns na regi o Algumas outras cidades do mundo tamb m s o adeptas da proibi o e verifica se um movimento planet rio de conten o do uso indiscriminado desse produto que al m de obstruir bueiros ingerido por animais terrestres e aqu ticos acumula se nas encostas e causa in meros outros agravos ao meio ambiente Fruto do processo reavaliador pesquisas cient ficas e tratados interna cionais v m promovendo o banimento de certos materiais como o amianto e de determinados artefatos b licos como as minas anti pessoais O amianto a partir do qual s o produzidos diversos produtos para isolamento t rmico uma fibra cancerigena assim reconhecida pela Ag ncia Internacional de Pes quisas sobre o C ncer O M S desde os anos de 1950 como nociva tanto sa de dos trabalhadores que lidam com ela diretamente quanto das pessoas que adquirem e utilizam produtos nos quais o amianto mat ria prima No Brasil um dos cinco maiores produtores de amianto do mundo legisla es locais ba 2 BADAN R T Estado indiano pro be venda e uso de sacos pl sticos Em 25 de agosto de 2005 Dispon vel em Www waswc soil gd cn site da Associa o Internacional de C onserva o do Solo e da Agua Acesso em abril de 2009 3 O amianto causa asbestose doen a pulmonar incur
262. i nado e constitu do por for as tamb m conflitantes como veremos a seguir 3 3 2 O alerta em defesa do meio ambiente A preocupa o com os efeitos da industrializa o e da l gica capitalista So bre o meio ambiente e as sociedades veio tona de maneira estridente com a expe ri ncia das duas Grandes Guerras Segundo Nicola Abbagnano autor de Dicion rio de Filosofia publicado em 1960 a cren a no progreso como fundamento filos fico da humanidade foi gravemente enfraquecida Gilberto D upas aponta que tan to Marx quanto Kant supunham que a evolu o do conhecimento e do saber bem como o aproveitamento pragm tico das ci ncias por meio das t cnicas ocorreria inexoravelmente em dire o a um progresso no sentido da ilustra o e da emancipa o O conhecimento cient fico veio a ser radicalmente atravessado pelo questionamento tico com a produ o da bomba at mica e a cat strofe de H iro shima o progres entendido como avan o tecnol gico demonstrava seu poder de fazer da T erra um planeta inabit ve D upas 2006 Diante da complexidade da problem tica mundial e da necessidade de compreend la visando a mudan as de conduta o Clube de Roma empreendeu um projeto para identificar os problemas contempor neos que afetam o planeta de forma global a desigualdade social a degrada o do meio ambiente a descon fian a popular em rela o s institui es o descontrole no crescimento urbano a
263. ia e outras doen as trabalhar em prol do aumento da qualidade de vida e respeito ao meio ambien te e desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento Assim a sa de dos beb s relaciona se direta ou indiretamente a todos esses objetivos 113 Amamenta o D ispon vel em www opas org br junho de 2003 e www who int nut db bfd htm Acesso em agosto de 2009 114 nforma o dispon vel em www objetivosdomilenio org br Acesso em agosto de 2009 121 O relat rio da Unicef de 2008 registrava que melhorias substanciais po diam ser verificadas nas taxas de sobreviv ncia e nas condi es de sa de das crian as mas muitos esfor os ainda seriam necess rios para alcan ar o O bjetivo do Mil nio de at 2015 reduzir em dois ter os a taxa global de mortalidade de menores de cinco anos Significaria reduzir os 9 7 milh es de mortes registradas em 2006 para cerca de quatro milh es em 2015 A cada dia em m dia mais de 26 mil crian as menores de 5 anos de idade morrem em todas as partes do mundo e a maioria delas por causas evit veis Q uase todas vivem no mundo em desenvolvimento ou mais precisamente em 60 pa ses em desenvolvimento dentre eles o Brasil M ais de 30 dessas cri an as morrem durante seu primeiro m s de vida normalmente em casa e sem acesso a servi os de sa de essenciais e recursos b sicos que poderiam salv las da morte Algumas crian as sucumbem a infec es respirat rias ou diarreicas que
264. iada por N ikolaj 1 Dispon vel em www tuvie com iiamo self heating baby bottle by karim rashid Acesso em outubro de 2009 176 Leonhard H jorth um dos dois fundadores da liamo ApS Ele agradeceu a mensagem e o interesse pelo projeto ressalvando mas pelo amor de D eus atente para o seguinte a mamadeira liamo como qualquer outra mamadeira destinada a possibilitar a administra o de suplementos e f rmulas para m es que por algum motivo n o podem amamentar e n o deve ser interpretada como uma iniciativa contra a amamenta o em geral Al m disso o conceito de auto aquecimento exatamente para possibilitar o armazenamento da f rmula e facilitar a chegada temperatura adequada para ser servida ao inv s de ser transportada pr aquecida Finalmente posso acrescentar que o produto produzido sem BPA phthalates perfume parabens ou outros agentes t xicos Agosto de 2009 Por certo o primeiro argumento apresentado h de ser a justificativa pa ra todos os projetos de mamadeira selecionados complicado negar que o produto faz parte da vida das pessoas de modo que a demanda de uma via al ternativa para a alimenta o de beb s deve ser pensada e produzida O proble ma est em que com o persistente redesenho da mamadeira tal racioc nio ma terializa o paradoxo cient fico industrial que coloca em campos antag nicos o conhecimento adquirido sobre a quest o e a pr tica de mercado E o trabalho do designer
265. iberta o para A no o de liberdade positiva Prosseguindo com a leitura sobre a no o de liberdade em Berlin o sen tido positivo vem do desejo que o indiv duo nutre de ser seu pr prio senhor D esejo de ser um agente com poder de decis o e n o permitindo que outros decidam por mim Sou guiado por mim mesmo e n o por um outro que o faria como se eu fosse incapaz de conceber metas e pol ticas pr prias e de reali z las T enho a raz o tenho a vontade sou respons vel por minhas escolhas p 236 237 Essa met fora do autodom nio pode ter sido inofensiva de in cio Se sou meu pr prio senhor n o sou escravo de nenhum homem M as ser escravo da natureza ou de minhas paix es desenfreadas n o ser escravo Ent o essa minha natureza mais baixa precisa ser disciplinada por meio da raz o para que atinja a altura de sua natureza real Em termos coletivos portanto a natureza mais baixa dos outros precisa tamb m atingir o mesmo est gio O s perigos de se usarem met foras org nicas para justificar a coer o de alguns homens por outros a fim de al los a um n vel mais elevado de liberdade t m sido frequentemente apontados M as o que confere a esse tipo de lingua gem sua plausibilidade o fato de que reconhecemos ser poss vel e s vezes justific vel coagir os homens em nome de alguma meta vamos dizer a justi a 38 Vale dizer que esta uma afirma o de Berli
266. icos da poca como decor rentes de miasmas atmosf ricos N aquele per odo a morte de beb s era aceita como fato comum pela so ciedade brasileira Acreditava se que as crian as se convertiam em anjos o que representava uma b n o do c u Assim segundo Bosi e Machado as mortes eram anunciadas festivamente em rituais com influ ncia africana escandalizan do as autoridades religiosas J ustificadas desta forma estavam a gravidez indese jada burguesa e o abandono de crian as pelas escravas por falta de condi es para cri las Muitos desses beb s eram encaminhados Roda dos Expostos dispositivo importado de Portugal por Salvador Recife e Rio de Janeiro que consistia de um cilindro entre a rua e o interior da Santa C asa de M iseric rdia Ali a qualquer hora qualquer um furtivamente ou n o podia deixar um pe querrucho no cilindro sem ser notado ou muito menos incomodado Bosi e M achado 2005 p 4 A roda era largamente utilizada pelos donos de amas de leite para liberar essas mulheres de seus pr prios rebentos como ilustra o trecho de 1873 21 Figura 5 Imagem ilustra tiva da maneira ind gena de carregar alimentar beb s Figura 6 T extos de an ncios publicados no Jornal do Com mercio RJ em 1850 Aluga se uma preta para ama de leite parida h 7 dias com muito bom leite Vende se uma preta mo a com bom leite com filho ou sem elle que tem dou
267. idade dos produtos 86 servar a confian a p blica para que tenhamos paz e prosperidade M as para onde isso nos est conduzindo p 239 Tentando considerar a possibilidade de haver esp rito de pesquisa sobre o comportamento humano na atitude dos cientistas sociais e psiquiatras que cooperam com os m todos de persuas o comercial Packard reivindicou a ela bora o de c digos de tica profissional e embora n o tenha inclu do os desig ners dentre os respons veis pelo fen meno o que Ralph N ader e Victor Papa nek fariam em breve profetizou Al m da quest o das pr ticas espec ficas dos persuasores e dos cientistas a eles associados h a quest o maior de saber para onde nossa economia nos est le vando sob as press es do consumismo Essa tamb m uma quest o moral D e fato suspeito que est destinada a ser uma das grandes quest es morais de nos so tempo Packard 1959 p 243 Retornando aos fatos importantes do consumerismo Correa e Zulzke facultam internacionaliza o da economia e s grandes fus es empresariais o crescimento de organiza es de consumidores em pa ses da Europa Austr lia e Jap o As provas comparativas realizadas pela Associa o de Consumidores da Inglaterra sobre a ind stria de autom veis em a o considerada corajosa pelo p blico e antipatri tica pela ind stria brit nica elegeram a alem Volkswagen em preju zo dos carros ingleses Apesar dessa rea o
268. igo n o h alimento melhor para prematuros do que o leite materno M as h contaminantes internos e externos do leite humano O sinternos s o HIV HTL V I HTL V II v rus das hepatites B C e citamegalovirus Os externos s o p los pele saliva cabelo Assim ele n o est ril mas eventuais microorganismos externos ajudam a colonizar o intestino do beb criando uma flora Quanto aos internos a preocupa o se agrava embora hoje se saiba que a pasteuriza o do leite elimina o v rus da AID S amp M uitas s o as vantagens da amamenta o tanto para o beb quanto pa ra a m e Paulo Roberto Alves Lopes no artigo As Vantagens da Amamenta o Por que Amamentar enumera as vantagens nutricionais as propriedades do colostro vantagens imunol gicas contra infec es e alergias neuromotoras e 165 Alarmados com a amea a de contamina o pelo leite materno os governos europeus fecharam os bancos de leite durante os anos de 1990 abrindo flanco para a entrada da ind stria de leites artificiais consequ ncia que ainda n o foi revertida N o Brasil em 2006 o M inist rio da Sa de forneceu 470 mil latas de leite em p a filhos de mulheres com HIV 158 cognitivas psicoemocionais ortod nticas e dentais para o beb al m das se guintes benesses para a mae espa amento entre as gesta es preven o das hemorragias p s parto involu o do tero s dimens es normais preven o de anemias pr
269. il estava inclu do no grupo de 150 pa ses que aprovaram o C digo Internacional de Comercializa o de Substitutos do Leite M aterno resolu o 34 22 da Assembleia Nacional da Sa de Como relata Renata M onteiro com base no C digo e ap s algumas negocia es com institui es envolvidas no incentivo ao aleitamento materno e com fabricantes de alimentos bicos chupe tas e mamadeiras foram aprovadas as N ormas para Comercializa o de Alimentos para Lactentes N CAL na forma de resolu o do Conselho N acional de Sa de Impresso e distribu do o documento somou se a fatores de mudan a que apon tavam melhorias expressivas Entre essas melhorias estava o aumento da m dia de tempo de amamenta o de 74 para 167 dias em todas as regi es do pa s tanto em reas urbanas quanto rurais em todos os n veis de renda e escolaridade no ano de 1989 Entretanto em semin rios promovidos pelo Instituto Nacional de Alimenta o e Nutri o IN AN no ano seguinte foram apontadas no texto do documento imprecis es e fragilidades que abriam flanco para v rias interpreta es ou para o n o cumprimento das normas que estabelecia e para o fato de que bicos e mamadeiras n o estavam inclu dos na regulamenta o poca esses produtos n o eram controlados pela vigil ncia sanit ria Revisada e aprovada em 1992 passou a se chamar Norma Braslera de Comercializa o de Alimentos para Lactentes NBCAL continuando amb gua em par
270. ilidade lan ou uma lista de proibi es para os designers gr ficos dentre as quais se destacam Projetar uma embalagem que pare a maior quando na prateleira projetar a capa de um livro cujo conte do voc considere repelente projetar uma meda lha souvenir do 11 de setembro projetar campanha publicit ria para uma companhia com hist rico de discrimina o de minorias projetar embalagem de produto para crian as rico em a car e pobre em valor nutricional projetar 117 Figura 82 H a Ori Shelter Prot tipo 2004 Projetado por J rg Student Alemanha Polipropileno 1 NY MORE THAN EVER Figura 83 Autor do slogan Love NY Glaser o atualizou sob o impacto do 11 de setembro A duo sa Ra am amei o pai SOR pr paba o EN iz apro As RA fy NA A d on DA Design for Environmental Sustainability Figura 84 uma linha de camisetas que ser fabricada por trabalho infantil promover produtos de dieta que voc sabe que n o funcionam projetar para pol ticos corruptos projetar manual para um ve culo cuja tend ncia deflagrar mortes projetar an ncios para produtos cujo uso frequente resulta em morte do usu rio H eller in Cranmer e Zappaterra 2003 p 10 17 U ma clara rela o pode ser constatada entre tais premissas e os textos dos manifestos Firg Things Firg e ela se d pelo fen meno da institucionaliza o com o passar do tempo daquele v nculo entre design e publicidade alvo
271. imens o dos im s empregados para a uni o das pe as do brinque Em 2007 a quest o atingiu o mercado internacional de produtos desti nados a crian as A ind stria norte americana M attel anunciou recall de 18 6 milhoes de brinquedos A presen a de chumbo na composi o das tintas utiliza das na pintura de alguns assim como a constata o do uso de pequenos im s para unir pe as desencadeou esc ndalo mundial que provocou o suic dio do diretor da f brica chinesa suspeita de utilizar a tinta t xica na produ o de pe as para a americana Fisher Price e por pressuposto a morte e o adoecimento das crian as que ingeriram esses materiais provocando o alarme para o recall a inges t o de dois im s leva ao risco de atra o das pe as dentro do organismo Segundo M auro Britto chefe da D ivis o de Repress o ao Contrabando da Receita Federal a maior parte dos brinquedos importados n o fiscalizada sendo que a fiscaliza o fun o do Estado s 20 de toda a carga desem barcada no pa s passa por algum tipo de controle E esse um ndice muito acima da m dia mundial M auro Britto afirma ainda que a fiscaliza o de todos os brinquedos paralisaria as trocas comerciais comprometendo o fun cionamento das empresas que dependem da importa o de componentes para montar suas mercadorias Seria um colapso A mesma mat ria da Folha On line reporta que especialistas em com rcio exterior gar
272. incipais profissionais para a concretiza o de tais iniciativas pois como alerta Jorge Frascara design is not concerned with objects but with the impact that those objects have on people Frascara 2002 p 39 Notas sobre a hist ria da alimenta o de lactentes Registros arqueol gicos indicam que a mamadeira faz parte de nossa cultura material desde a era pr crist e ilustram that breastfeeding is not purely a natural biological process but a culturized activity Dettwyler 1995 that has been modified by a wide variety of beliefs and replaced by other feeding practices O s culo XVI foi uma fase crucial para a dissemina o da mentalidade eu o E o ads 218 rop ia que considerava o ato de amamentar indigno para uma dama para outros continentes e culturas A no o de civilidade da era das Gran 218 E s o RR a UR e z No caso do Brasil a amamenta o dos filhos dos colonizadores coube princ pio s ndias cunh s depois substitu das pelas escravas africanas a quem era imposto o desmame dos pr prios filhos em favor do aleitamento de crian as brancas Almeida 1999 p 30 215 des Navega es contrastava com o primitivismo das terras rec m desco bertas fazendo com que soasse incoerente portar se como um mam fero Nos anos 1880 a mamadeira Mummies Darling produzida em larga esca la contribuiria para conforma o dos ndices de mortalidade infantil da In glaterra
273. inist rio da Sa de realizou a pesquisa em postos de sa de de todo o pa s durante a campanha de vacina o infantil verificando progressos alcan ados pelas pol ti cas governamentais desde seu in cio em 1975 Eram os seguintes os n meros do Programa Sa de da Crian a para o aleitamento exclusivo at os quatro me ses em 1999 15 Regi o Norte 20 7 Regi o Nordeste 23 4 Regi o Sudeste 17 3 Regi o Sul 28 7 148 G overno troca mistura nutricional consagrada h d cadas por produtos industrializados Por H ugo M arques 20 de outubro de 2007 Dispon vel em br dir groups yahoo com group escolademisterios 80 Acesso em agosto de 2009 149 A falta de informa o por dez anos soa estranha porque conhecemos o resultado de esfor os intensivos que conse guem fornecer boletins quase di rios em pocas de campanhas eleitorais com informa es que influenciam os resulta dos sobre a disputa entre candidatos 150 nforma es colhidas no ste do D AT ASUS dispon veis em http tabnet datasus gov br cgi idb20 Acesso em abril de 2009 141 Figura 110 Imagens de exemplo do efeito proporcio nado pela multimistura em crian as subnutridas Regi o Centro O este 18 8 Em 2006 a Pesquisa N acional de D emografia e Sa de realizada no in tervalo entre os censos acima citados revelou alguns dados sobre a situa o da mulher da crian a e do aleitamento envolvendo 15 mil mulheres e
274. io haver um capital acumulado que financie o processo o desenvolvimento pr prio das economias capitalistas 32 MAIA Jos Benedito de Zarzuela D esenvolvimento econ mico verbete Dicion rio de Direitos Humanos 31 de julho de 2006 Dispon vel em www esmpu gov br tiki index php Acesso em agosto de 2009 41 A partir da Revolu o Industrial novas tecnologias proporcionaram o desenvolvimento dos pa ses que hoje integram o Primeiro M undo M aia desta ca a defini o de Celso Furtado para o conceito desenvolvimento econ mico um processo de mudan a social pelo qual um n mero crescente de necessidades humanas preexistentes ou criadas pela pr pria mudan a s o satisfeitas atrav s de uma diferencia o no sistema produtivo decorrente da introdu o de inova es tecnol gicas Furtado apud M aia 1964 p X As inova es tecnol gicas est o portanto no cerne do desenvolvimento econ mico da a complementaridade entre os conceitos de progresso e de de senvolvimento Procurando a g nese do conceito de desenvolvimento econ mico M aia localiza em Fran ois Q uesnay s c XVIII Fran a a ideia de que o desenvolvi mento dependia do aumento da produtividade agr cola nica atividade produ tiva da poca T udo deveria girar em torno de poder proporcionar a venda da produ o com gera o de excedentes a serem investidos nas outras atividades econ micas N o s culo seguinte a obra de Adam S
275. iram ao boicote chegou a 18 Em 1994 a AM S alertou sobre os cuidados necess rios para com as do a es de leite em situa es de emerg ncia ea IBFAN organizou encontros na cionais e internacionais para discutir o assunto A Johnson amp Johnson entrou em acordo com organiza o da sociedade civil sobre processo levantado contra ela na ndia ea N estl tentou questionar a ades o de outras empresas ao C di go A AM S adotou resolu o pedindo a conscientiza o dos profissionais de sa de quanto situa o Em 1998 a IBFAN recebeu o pr mio Right Liveliho od Award elogiando seu compromisso e a efic cia de suas campanhas duran te quase 20 anos quando a organiza o j inclu a mais de noventa pa ses Cronologia da campanha IBFAN Constata se assim que as ind strias de leites artificiais principalmente a Nestl s o respons veis pelo grave quadro de desnutri o e morte de crian as em todo o mundo contrariando a imagem que procuram sustentar Entre tanto h um dado que demonstra a persist ncia de n tidas diferen as quanto ao poder de informa o mobiliza o e luta das sociedades de diferentes pa ses contra as ind strias enquanto os pa ses do hemisf rio norte em sua maioria industrializados boicotaram a N estl as Am ricas do Sul e Central excetuan do se o M xico e os continentes africano e asi tico n o o fizeram Com o advento da Internet as a es de monitoramento
276. ireitos da Crian a o Pacto Internacional sobre Direitos Econ micos Sociais e Culturais a Conven o para a Elimina o de T odas as Formas de D iscrimina o Contra as M ulheres as Conven es da Organiza o Internacional do Trabalho para a Prote o da M aternidade e o C digo Internacional de Comercializa o de Substitutos do Late M aterno 2001 Breastfeeding in the Information Age T ratou de contextualizar a ama menta o na hist ria e no momento atual falando das mudan as no estilo de vida e da desagrega o das grandes fam lias sob influ ncia da cultura dissemi nada pelos meios de comunica o de massa e pela explos o do consumo 2002 Breastfeeding Healthy M others and Healthy Babies Enfatizou as qualidades especiais do leite humano e a import ncia da nutri o da m e para produzi lo D estacou o quanto a pr tica da amamenta o exclusiva pode ser essencial em situa es de emerg ncia epidemias e desastres ambientais ocor r ncias cada vez mais frequentes na atualidade 2003 Breastfeeding in a Globalised World for Peace and Justice Tratou da amamenta o em suas diferentes express es culturais atrav s do mundo subli nhando suas qualidades pac ficas e igualit rias 2004 Exdusve Breastfeeding The Gold Standart Safe Sound Sustainable T ra balhou o esclarecimento da express o amamenta o exclusiva que exclui o oferecimento de gua ch s e sucos e o n vel de qualidade e sustenta
277. is em www treenugger com Acesso em agosto de 2009 183 Grifos da autora 168 M odelo 1 Tommee Tippee D inamarca Projetada com a colabora o de especialistas em amamenta o a revolucion ria nova T omme Tippee Closer to N ature Easi Vent imita o fluxo natural o movimento e a suavidade do seio materno Sua forma nica encoraja a a o natural de seu beb a migrar do s o mamadeira transformando a em uma se gunda natureza 1 Cr tica O fluxo do leite que o beb ingere por interm dio da mama deira mais intenso que o da amamenta o O beb alimentado ao seio conse gue sugar conforme sua pr pria demanda respirando nos intervalos que lhe conv m Por outro lado a mamadeira goteja obrigando a crian a a acelerar seu ritmo de suc o e a alterar seu processo mec nico instintivo em raz o da neces sidade de elevar a l ngua ao c u da boca para contrair o bico do produto Esse movimento artificial traz consequ ncias para o processo respirat rio e para a anatomia da arcada dent ria al m disso n o h a o natural alguma na mi gra o do seio mamadeira pois este um produto inventado Design O design inovador do produto fornece todos os atributos ex plorados em sua promo o A mamadeira closer to nature em termos de di mens o maior do que as tradicionais alcan ando o di metro de um sao hu mano de apar ncia Just like Mum s breast e de sensa o a ponta do bico el s
278. ismo pudesse ser instaurado Entretanto o advento das guerras mundiais propiciou a valoriza o de ideias at ent o menos disseminadas como as de Tocqueville Schopenhauer N ietzche e W eber O entusiasmo com que a juventude e as lideran as europ ias se entregaram Primeira Guerra M undial como se se tratasse de um exerc cio de purifica o civilizat ria foi sintom tico de um profundo desarranjo nos padr es intelectu ais durante o final do s culo XIX Finalmente a escalada nazista e a solu o final acabaram sendo liquidadas com dois brutais ataques nucleares conside rados por muitos desnecess rios e cru is T udo isso deu o tom de pessimismo s ideias de progresso que at ent o vigoravam O fato que passou se a criti car de modo geral a divis o do trabalho a quebra de institui es o militaris mo o culto tecnologia e o esquecimento da moral D upas 2006 p 57 38 N essa correnteza H ayek afirmou que a confian a depositada no pro gresso era um sinal de mente rasa e que embora a massa populacional ainda acreditasse no progresso entre os intelectuais indagava se sobre a exist ncia de tal coisa e em caso afirmativo se essa coisa seria desej vel W alter Benjamin s cs XIX e XX faria perturbadoras reflex es sobre o conceito de progresso em suas teses Sobre o conceito de hist ria Segundo Dupas ele era um cr tico revolucion rio da filosofia do progresso tendo s
279. istema de amplia o de porta malas era diferente do nacional o que comprova a tese de Corr a de que tratamentos diferentes s o dispensados a produtos enviados para diferentes pa ses Envenenamentos mortes e mutila es demonstram que as pol ticas de responsabilidade social os programas de qualidade total as certifica es e os rg os de defesa dos consumidores n o d o conta de garantir tranquilidade aos usu rios dos produtos industriais Diga se de passagem a tarefa de abrir caixa por caixa do conte do de in meros containers para fiscalizar produtos habita a esfera da impossibilidade M as colocar pequenos im s em brinquedos ou projetar sistemas mec nicos sem experiment los devidamente da esfera da irresponsabilidade O u seja pre ponderantemente no momento do projeto que os riscos t m que ser considera dos que os produtos t m que ser testados examinados a fundo O s fatos demonstram que muitas vezes eles n o o s o 101 Dispon vel em www recallmattel com br Acesso em julho de 2009 102 M inist rio da Justi a obriga Volkswagen a fazer recall do Fox Estado de S o Paulo S o Paulo 3 de abril de 2008 103 Conforme citado no artigo de Correa 113 Figura 79 O industri rio oseval Silva v tima de defeito no carro Fox da Volkswagen Revista poca Figura 80 Cadeirinha para transporte de beb s em autom veis Figura 81 T este de efici ncia do airbag com modelos
280. istiremos se tend ncias assim acontecerem O s cr ticos indagam o acordo conseguir ajudar as corpora es a serem respons veis para com as pessoas O u auxiliar as corpora es a criarem as re gras Em resposta OS proponentes insistiram que o acordo n o um instru mento regulat rio nem um c digo de conduta mas um valor base destinado a promover o entendimento institucional complementando os esfor os regulat rios das ONGs A cr tica realizada pela Transnational Resource amp Action Center TRAC sintetiza os pontos fundamentais O acordo ajudou as corpora es a assumir suas responsabilidades sociais e a limpar suas reputa es e imagens um processo que coloca o bom nome da ONU em risco n o h mecanismos ou esfor os para monitorar a ades o das corpora es aos 9 princ pios o escrit rio do acordo permitiu que violadores de alguns desses princ pios se tornassem membros do acordo aceit vel que haja intera o da ONU com as corpora es mas elas n o podem aspirar tornar se parceiras h um risco de transfer ncia de imagem o acordo proporciona s corpora es a chance de lavar suas imagens mas compromete a reputa o e a imagem da ONU Bruno and Karlinger 2000 2 in Richter 2003 p 12 13 No decorrer das negocia es uma alian a de ON Gs pediu ao escrit rio do acordo que revisse os ltimos trinta anos das atividades corporativas das empresas aspirantes incluindo como pa
281. itudes que dao certo O Globo Rio de Janel ro Infoglobo SA 3 de setembro de 2007 Cajazeira Raz o Social O Globo Rio de Janeiro Infoglobo SA 16 de junho de 2009 Camila Pitanga e outras famosas fazem relatos emocionantes sobre a amamenta o Q uem S o Paulo Editora Globo SA outubro de 2008 Em defesa do sistema Exame CEO S o Paulo Editora Abril SA abril 2009 EUA sob amea a de gua e fogo O Globo Rio de Janeiro Infoglobo SA 17 de junho de 2009 M inist rio da Justi a obriga Volkswagen a fazer recall do Fox Estado de S o Paulo S o Paulo 3 de abril de 2008 Pe a publicit ria em A Cigarra Rio de Janeiro Editora O Cruzeiro S A 1933 Pe a publicit ria da Nestl da d cada de 1940 publicada na Revista Brasileira de M edicina S o Paulo M oreira R Editora 1948 Propaganda para crian a tem hora O Globo Rio de Janeiro Infoglobo SA 26 de agosto de 2009 Segunda Exposi o G lobal de D esenvolvimento Sul Sul conjuntamente com o 6 Dia Anual das N a es Unidas para a Coopera o Sul Sul no per odo de 14 a 17 de dezembro em Washington D C Comunica o Interna da Funda o O swaldo Cruz n 817 de 23 12 2009 Selos que n o garantem qualidade O Globo Rio de Janeiro Infoglobo S A 26 de mar o de 2008 Tr nsito faz tantos mortos quanto guerra no Iraque O Globo Rio de Janeiro Infoglobo S A 7 de outubro de 2007 Um acordo m nimo O Globo Rio deJaneiro Infoglobo SA
282. l em www portalangop co ao H oje D ia M undial C ombate O besidade f69ee6f5 4b1f 4c87 a55d d6d2c4c4e8d5 html 167 Children s Hospital of Philadelphia U niversity of Pennsylvania O besidade amamenta o nos primeiros dias tem efeito protetor Em 18 de maio de 2005 Dispon vel em www aleitamento com Acesso em nevembro de 2009 168 JUSTE M Aleitamento materno previne obesidade em crian as Dispon vel em gl globo comyN oticias C iencia em 11 de outubro de 2008 Acesso em novembro de 2009 159 A obesidade preocupante como tamb m a desnutri o e a m nutri o males que podem ser prevenidos e reduzidos por uma assist ncia pr natal por pr ticas adequadas de alimenta o na primeira e segunda inf ncias dentre elas a amamenta o pela preven o e controle de infec es consumo adequa do e balanceado de alimentos e regularidade de exerc cios f sicos segundo o documento citado da O PAS Em 1995 a m nutri o foi respons vel por 6 6 milh es dos 12 2 milh es de mortes entre crian as menores de cinco anos Isso representa 54 da mortali dade infantil nos pa ses em desenvolvimento N o mesmo ano mais de 200 mi lh es de crian as tiveram seu crescimento retardado pela m nutri o Estas crian as t m maior probabilidade de apresentar baixo desenvolvimento cogni tivo sofrer danos neurol gicos al m de ter menos resist ncia a doen as S o muitos os motivos que podem conduzir desnutri
283. la sociedade civil Em 1999 durante o conflito do Kosovo um debate sobre a pol tica da Terceira Via reuniu l deres de pa ses europeus com Bill Clinton em Washington D urante o encontro Winn Kok ent o primeiro ministro holand s afirmou atualmente n o suficiente que as pessoas sejam protegidas pelo governo elas tamb m devem sentir a urg ncia da res ponsabilidade para que tenham direitos mas tamb m obriga es Narrando o acontecido Anthony Giddens p 15 afirma que as mudan as sociais e tec nol gicas devem acarretar nos governos a atitude de outorgar poderes Entretanto a interliga o da sociedade civil global em sua diversidade cultural desvelou uma identidade comum capaz de gerar movimentos pol ticos 3 Anota es de aula Semin rio Norberto Bobbio Direita e esquerda raz es e significados de uma distin o pol tica Disciplina Teoria pol tica contempor nea PUC Rio 2006 33 expressivos denominados movimentos altermundialistas a oposi o globali za o neoliberal Seu marco inicial foi a Batalha de Seattle em 1999 quando 40 mil ma nifestantes arregimentaram se pela Internet e minaram a Confer ncia M iniste rial da O rganiza o M undial do Com rcio Seguiram se da a pr tica de marcar presen a em reuni es de pa ses ou institui es representantes da pol tica neoli beral e a inaugura o de um f rum global para a sociedade civil o F rum Soci al
284. lagem soam como garantia de qualidade e seguran a para o consumidor Vale observar que no Brasil n s nos acostumamos a confiar em produtos certificados pelo Inmetro pois o selo significa para n s que o controle de qualidade foi realizado Mas de modo geral foram constatados usos 192 Dispon vel em www secondnature com br Acesso em agosto de 2009 174 irregulares do selo em v rios produtos seja por falsifica o da marca ou por imprecis o na comunica o do que est efetivamente certificado exigindo esfor o adicional de fiscaliza o Em muitos casos a logomarca do instituto vem sendo usada de forma a induzir o consumidor a supor que o material venda certificado quando apenas a tomada do eletrodom stico por exemplo passou pela an lise da entidade 1 Especificamente sobre as mamadeiras embora a Norma Braslara de Comercializa o de Alimentos para Lactentes e Crian as de Primeira Inf ncia M amaderras Bicos e Chupetas NBCAL seja o instrumento de controle da produ o industrial derivativo do C digo Internacional as mamadeiras existem s o aqui produzidas e ou distribu das e certificadas com o selo do Inmetro e este como j foi dito confere confiabilidade aos produtos Frases obrigat rias como O Minist rio da Sa de adverte a crian a que mama no peito n o necessita de mamadeira bico ou chupeta O uso de mamadeira bico ou chupeta prejudica a amamenta o e seu uso prolongado prejudica a
285. largamente empregada em muitos lugares do mundo h mui to tempo Seria mesmo estranho que a diversidade e o n vel de complexidade 16 das situa es descritas n o desencadeassem o desenvolvimento de alternativas para a amamenta o por uma sociedade inteligente inventiva e produtiva O problema reside no qu o adequada e eficaz vem demonstrando ser a alternativa criada e no grau de ades o que ela vem sendo capaz de suscitar na sociedade apesar dos graves problemas e impactos que pode provocar 2 1 N otas sobre as origens da alimenta o de lactentes no mundo Registros arqueol gicos indicam que a mamadeira assumiu no decorrer de sua longa hist ria variadas configura es e n veis de complexidade formal coerentes com as possibilidades materiais e t cnicas de cada poca e lugar A presen a de recipientes de barro ao lado de corpos de lactentes encontrados em s tios arqueol gicos dos s culos V e VIII sugerem que os beb s gregos eram alimentados tamb m por alternativos amamenta o O s chifres de animais comumente utilizados durante a Idade M dia como recipientes para armazenar l quidos tamb m eram empregados para a amamenta o A longa presen a do artefato na hist ria da humanidade nos faz indagar sobre como e por que a capacidade da mulher em amamentar seus filhos ao seio passou a ser encarada como um problema para o qual foi necess rio buscar solu es artificiais alter nativas As altas t
286. lhavam o conceito de que os designers eram cientistas de uma antecipa o abrangente ou seja estariam aptos a determinar rumos por antecipa o uma vez que geravam produtos e sistemas a serem implantados na cultura H eskett desdobra criticamente essa ideia acrescentando aos designers o adjetivo de presum veis profetas morais e sociais universais da sobreviv ncia e regenera o humana que transformam n o s o ambiente mas a pr pria natureza do homem sinalizando que em pers pectiva o atus quo pol tico e ideol gico de tal vis o pareceria mais assustador do que aquele que pretendia substituir H esett 1997 p 212 O fato que ambos s o assustadores e aquele status quo que se preten deu reformar se instalou revelia de todos os alertas Por m a partir de Papa nek n o mais foi poss vel abafar a for a de argumentos dessa natureza fazendo com que fosse aberta a temporada de debates e embates no campo profissional que influenciaram fortemente a forma o das novas gera es de designers em busca de um norte sobre a quest o de sua responsabilidade O design para ser respons vel perante a ecologia e respons vel perante a socie dade ter que ser revolucion rio e radical ter que retornar aos fundamentos no sentido mais exato da palavra D eve dedicar se ao princ pio do esfor o mf nimo da natureza em outras palavras a um invent rio m nimo orientado a uma diversidade m xima para utilizar
287. lher e n o uma mamadeira Pe a na loja em que voc comprar esta lata que lhe d em um pa pel explicando como alimentar sua crian a p 39 A quest o dos r tulos de leites das companhias envolve tamb m o fe n meno de leitura equivocada do consumidor Em 1911 o Dr F J H Coutts relatou que desde 1872 os esfor os empreendidos na Inglaterra para a regula menta o de r tulos de leites artificiais n o haviam sido suficientes para debelar a tend ncia de uso de leites desnatados para alimentar beb s O fato que as m es ficavam confusas com a exist ncia de uma grande variedade de leites de um mesmo fabricante e optavam pelo tipo desnatado porque ele era mais bara to Apenas quando a informa o IMPR PRIO PARA CRIAN AS foi afi xada embalagem de modo claro o problema se resolveu M as antes disso as m es alimentaram seus beb s com um produto extremamente perigoso des provido dos nutrientes necess rios sa de de seus filhos E tudo provavelmente teria permanecido assim n o fosse uma descoberta impressionante durante a arregimenta o de tropas para a guerra dos Boers 50 dos homens jovens da Gra Bretanha estavam inaptos para o servi o militar grave prova de uma dete riora o f sica nacional Muller 1995 p 49 59 O utra mostra de que n o apenas os pa ses subdesenvolvidos enfrenta vam problemas causados pela pr tica da alimenta o artificial de beb s somada a discrep ncias sociais foi
288. liza o de promo es de car ter comercial em escolas A a o um desdobramen to do compromisso assumido por essas empresas junto O rganiza o M undial de Sa de e o representante da Associa o Brasileira de Alimentos acrescentou ser esse um exemplo do exerc cio do marketing respons vel gt A busca por um compromisso respons vel das corpora es em todo o mundo provoca intensa discuss o e controv rsia na medida em que a ONU capitaneia a iniciativa de promover a ades o de empresas a uma conduta co mercial respeitosa aos direitos humanos por interm dio do Global Compact J citado em cap tulo anterior o acordo pode parecer interessante e bastante pro p cio para leigos sem familiaridade com processos pol ticos e de neg cios entre tanto esse ambiente muitas vezes apresenta graves incoer ncias a um olhar mais atento Em 2003 Judith Richter Dra em Ci ncias Sociais e pesquisadora independente envolvida em v rios movimentos sociais publicou o relat rio Building on Quicksand The Global Compact democratic governance and N esl sob o apoio do CETIM Europe Third World Centre do IBFAN GIFA International Baby Food Action Network e Geneva Infant Feeding Associati on e do Berne Declaration N o relat rio a autora re ne informa es e trechos de negocia es e debates estabelecidos entre o escrit rio do acordo l deres cor porativos e organiza es da sociedade civil 132 Em 2007 a N
289. lo estavam acumulados e a economia precisava voltar a girar Segundo Denis ou Heskett nos EUA a abund ncia e o desperd cio se tornaram condi es essenciais para a manuten o li Anota es de aula Prof Cl udio Lamas Disciplina H ist ria do D esenho Industrial PUC Rio 2007 81 Figura 48 Gabinete de r dio W alter M aria K ers ting 1928 P el Figura 49 T ala para imobili za o de feridos Charles Eames 1942 Figura 50 H anz e Sophie Scholl do movimento antinazista Rosa Branca Figura 51 M ax Bill e T omas M aldonado 1956 Figura 52 Otl Aicher e alunos 1958 59 da prosperidade e a pr tica do descarte de produtos passou a nortear a ind s tria norte americana Fundava se assim o conceito de obsolesc ncia programada anos de 1950 e 1960 em voga at os dias atuais que consiste em produzir propositalmente produtos com tempo de vida til limitado embora os avan os da tecnologia j permitissem o contr rio Hochschule f r Gestaltung Ulm Passada a guerra a Alemanha em fase de reconstru o e busca pela democratiza o precisava se reerguer economicamente Os EU A temendo o avan o da influ ncia sovi tica na Europa se predispunha a colaborar para isso A funda o da H ochschule fur G estaltung em U Im resultou da uni o de for as entre ex alunos da Bauhaus e de Inge Aicher Sholl com o apoio financeiro norte americano A escola foi fu
290. luencia positiva mente o aumento de peso da crian a que o ingere Por m os rins dos beb s n o s o preparados para receber tal cota extra Pode se dizer que ao ser amamentado o beb recebe como que uma entrada um prato principal e uma sobremesa Ou seja o leite humano do in cio da mamada menos gordo trazendo os fatores de prote o logo vem a suspens o com proteinas e ao final a emuls o com a gordura onde est o beta caroteno vitamina A que hidrata o bico do seio evitando fissuras Ap s seis meses de aleitamento o leite vai ficando mais salgado preparando o beb para a alimenta o que vir o chamado desmame bioqu mico Q uando congelado o leite materno pode durar at 15 dias se pasteuri zado O prazo se estende para seis meses A pasteuriza o visa impedir o desen volvimento de bact rias grave problema de qualquer tipo de leite Q uando nascemos somos extremamente vulner veis a infec es Temos muitos inimigos querendo penetrar no nosso organismo e somente um alia do o leite humano Nos seres humanos as taxas de anticorpos presentes no sangue s o muito altas e grande parte deles pode ser transmitida pelo leite ma terno ao mamar a crian a recebe a experi ncia imunol gica acumulada duran te toda a vida de sua m e D a a recomenda o da OM S para que o aleitamento comece na primeira hora de vida da crian a visando imuniz la Tamb m des toando do saber le
291. m a problem tica apre sentada mas com decis es intuitivas das pessoas em momentos de necessidade A surpresa com as informa es confirma a desinforma o de grande parte da sociedade sobre os problemas vinculados ao produto ou seja sobre os problemas que conduziram a ci ncia a assumir o paradigma atual fruto de mo vimenta es em mbito internacional que n o conseguem alcan ar as pessoas a contento 5 4 2 A cultura do objeto A incoer ncia entre as informa es apresentadas e a pr tica corrente de uso da mamadeira conduziu reflex o sobre o n vel de penetra o de enraiza mento social da pr tica de se empregar produtos industriais criados pelo ho mem acrescidos de valor simb lico para permear e mediar a es humanas O s professores demonstraram especial preocupa o com o fato de os designers par ticiparem da engrenagem desse sistema mas como usu rios reconheceram que a fun o do produto vai al m do seu mero emprego como mediador da a o de alimentar beb s Essa ideia de que n s somos v timas de uma cultura do objeto que nos faz receber enquanto designers sem nenhum questionamento alguma demanda de projeto que me deixa muito aturdida e sem ch o Estou com um filho de dois anos completados na semana passada que toma muita mamadeira at hoje como complemento Ele foi amamentado at um ano e pouco mas at hoje toma mamadeira na hora de dormir Pra mim h dois aspectos importante
292. m apelid lo de designer do s culo XXT preciso retornar um pouco no tempo pra falar de M yrian Santos Por duas vezes tivemos nossa parceria orientadora orientanda frustrada na p s gradua o em Ci ncias Sociais da U ERJ M as seguimos em frente de outro jei to e da co orientou esta pesquisa G osto de lidar com pessoas que me fazem cr ticas importantes e M yrian fez muitas deas no decorrer desses quatro anos Sem sua interfer ncia o trabalho n o teria alcan ado a vivacidade que adquiriu O uvi o que ela disse entre num disco voador e segui viagem pra muito longe e pra bem perto torcendo pra conseguir trazer o lator comigo nessa montanha russa Foi mesmo um privil gio ter sido desafiada com tanta amizade Ent o as coincid ncias Myrian conhecia M nica que namorava Jo o Che guei a M nica H erz porque ela era integrante da linha de pesquisa que eu ha via localizado durante mais uma tentativa de ingresso no doutorado dessa vez em Rela es Internacionais Ela me revelou ser amiga de M yrian desde o dou torado na Inglaterra e me proporcionou assistir como ouvinte a mat ria que ministrava na gradua o momento em que deparei com o estudo dos Direitos H umanos Jo o Struchiner seu namorado havia sido um grande companhel ro em praticamente todas as atividades realizadas nos anos de ESD 1 H av amos perdido o contato desde ent o que agora foi recuperado na intensidade que nossa amizade sempre mereceu Al m
293. m idade f rtil e cinco mil crian as de at cinco anos D entre os resultados podem ser citados a queda de 44 na mortalidade infantil entre 1996 e 2006 o aumento dos ndices de amamenta o na primeira hora ap s o parto de 33 para 43 e no primeiro dia ap s o parto de 70 8 para 99 5 a dura o da alimen ta o exclusiva com leite materno subiu de um m s para 2 2 meses 1 Em 2007 na cerim nia de abertura da Semana M undial da Amamenta o no Rio de Janeiro foi citado que 80 dos beb s nasciam por parto cesaria no nas maternidades privadas e que esses hospitais apresentavam os piores re sultados de amamenta o na primeira hora conforme disserta o de Cristiano Boccolini A pesquisa nacional divulgada em 2009 cobriu todas as capitais e mais 239 munic pios somando informa es de cerca de 118 mil crian as mos trando que houve um aumento do ndice de aleitamento materno exclusivo em crian as menores de quatro meses de 35 em 2009 esse percentual passou para 52 em 2008 e tamb m na dura o da conduta nas capitais que em 1999 era de 24 dias e em 2009 passou a ser de 54 dias O quadro demons trou as mais expressivas melhoras nas regi es Norte e Nordeste e o menor n vel de modifica o na situa o anterior na regi o Sul Revelou ainda que h uma tend ncia crescente de preval ncia da amamenta o exclusiva em m es com maior n vel de escolaridade N as conclus es a pesquisa confirmou
294. mais fomos modernos Rio de Janeiro Editora 34 1994 MANZINI E VEZZOLI C O desenvolvimento de produtos sus tent veis S o Paulo Edusp 2005 MARCONDES D Textos b sicos de tica de Plat o a Foucault Rio deJaneiro Zahar 2007 M AU B Massive change N ew York Phaidon Press Inc 2005 MICHELLI M A li o cubista In As vanguardas art sticas S o Pau lo M artins Fontes 1991 p 174 MULLER M O matador de beb s Recife IM IP 1995 PACKARD V A nova t cnica de convencer S o Paulo IBRASA 1959 PAPANEK V Dise ar para el mundo real M adrid H erman Blume Ediciones 1973 REGO J D Org Aleitamento materno um guia para pais e famili ares S o Paulo Editora Atheneu 2002 PRO TESTE S o Paulo Associa o Brasileira do Consumidor n 85 p 26 28 O utubro de 2009 SEN A Desenvolvimento como liberdade S o Paulo Companhia das Letras 2000 SENNETT R A corros o do car ter consequ ncias pessoais do tra balho no novo capitalismo Rio de Janeiro Editora Record 2005 e Respeito a forma o do car ter em um mundo desigual Rio de Janeiro Editora Record 2004 SILVA M V da PEIXOTO D R G A sa de p blica no Rio de D om Jo o Rio deJaneiro Editora Senac Rio 2008 SIQUEIRA S R TOMA T S As Semanas M undiais de Aleitamento Materno In REGO J D Org Aleitamento materno um guia para pais e familiares S o Paulo Editora Atheneu 2002 SITUA
295. mamadeiras selecionado por esta pesquisa a Dr Brown s Ela obteve o conceito regular na an lise realizada por t cnicos da PRO TESTE 202 consumo n o pode constituir para n s um libi indispens vel que nossas responsabilidades sejam assumidas N o somos art fices da forma n o desfru tamos de qualquer isen o sobre os efeitos de nosso trabalho pelo fato de a ati vidade se dedicar a configurar objetos a partir de demandas de outrem Em todo o mundo apenas alguns designers projetam mamadeiras M as uma imensa quantidade de designers desconhece os problemas provocados pelo produto Como esta pesquisadora muitos professores de design aceitariam de bom grado uma eventual proposta de projeto de mamadeira vinda de um alu no D ecerto o levantamento de dados seria realizado e grandes seriam as chan ces de o lado nefasto do objeto vir tona O problema reside em que n o s o aceit veis para o caso as grandes chances O problema reside em que um designer n o pode desconhecer os problemas provocados pelo produto ou igno r los a fim de n o desperdi ar uma oportunidade de trabalho Um professor precisa estar preparado n o s para esclarecer o aluno sobre a quest o mas tamb m para conduzi lo busca de uma solu o mais sensata para alimentar beb s de forma alternativa N o sabemos tudo n o temos o controle de todos os objetos que exis tem de tudo o que podem causar Por isso necessitamos de um m to
296. manecem fechados evitando vazamentos e respingos E les est o localizados em uma membrana flex vel e v o se abrindo conforme a uc o efetuada pelo beb quanto maior a suc o maior a press o exercida sobre a membrana e maior o fluxo de l quido permitindo que o pr prio beb o con trole Cr tica D esign O projeto dedicou aten o quest o do fluxo de leite chegando a solu o possivelmente eficiente em termos mec nicos O problema est em que o sistema de microfuros constitui mais uma vez atmosfera ideal para o surgimento de col nias de bact rias quando de uma limpeza falha Para evit la o produto vem acompanhado de sofisticada escova de limpeza com esponjas na ponta e de instru es detalhadas auxiliadas por esquemas gr ficos O nome do produto sugere que ele uma op o natural para as m es e para o beb Seu corpo em policarbonato BPA tampa e rosca em polipropileno A boca larga para facilitar a higieniza o O bserva o importante A mamadeira lan ada na Europa e nos EUA em 2004 exigiu anos de pesquisas e investimentos nos EUA Chegou ao Brasil no ano seguinte e est em conformidade com a NBR 13793 Norma Brasileira para Comercializa o de M amadeiras Bicos e Chupetas e com as normas americana e europeia M as cabe salientar o qu o problem tico certificar um produto que contraria o paradigma em vigor pois as informa es divulgadas somadas ao selo do Inmetro na emba
297. mapeamento de produtos referenciais neste sentido Essa e outras publica es comp em uma j vasta bibliografia para o ecodesign disciplina presente no curr culo acad mico de v rias escolas U ma vez que at hoje nas sociedades industriais a promo o do bem estar social sempre foi ligada ao aumento da disponibilidade de produtos e de mat rias primas e porque a disponibilidade de tais produtos implicou em emprego dos recursos ambientais o problema que se coloca o de romper o elo de liga o sic at aqui existente entre bem estar social produtos dispon veis e con sumo dos recursos M anzini e Vezzoli 2005 p 46 Fechando esta pequena sele o de livros indispens vel incluir Sem Lo go da jornalista canadense N aomi Klein Panorama da nova economia o livro escancara facetas pouco comentadas da pol tica de marcas num contraponto ao discurso das corpora es e seus efeitos sobre as pessoas Radiografando a influ ncia do branding sobre os processos sociais de trabalho conviv ncia e consu mo Klein apresenta o lado obscuro que de um modo geral envolve a atividade dos designers Redes Sociais O avan o nas tecnologias de comunica o vem possibilitando o nascimento e manuten o de redes sociais de acesso facilitado Formam se diversos grupos de atua o e pesquisa em design que adaptam formatos j consagrados em outros setores para um movimento coordenado com a sociedade civil Assim como ocor
298. me precoce eram alarmantes 54 em S o Paulo e 80 no Recife 50 dos pediatras prescreviam a mamadeira e 90 incentivavam o oferecimento de gua aos beb s nos intervalos das mama das 60 das brasileiras gestantes n o faziam o exame pr natal Almeida 1999 p 42 O PNIAM Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento M aterno foi lan ado no Brasil em 1981 em resposta reviravolta mundial pro vocada pelo livro The Baby Killer No pref cio primeira edi o em portugu s do livro Fernando Figuera argumenta Em 1978 por exemplo Ivo de O livra em sua tese de mestrado consignou cifras surpreendentes de desmame 98 6 logo no trig simo dia de vida e isto j na zo na rural de Gravat munic pio do interior de Pernambuco bem pr ximo ao R eci fe Por outro lado Gilda Bringa tese de mestrado 1979 Recife em estudo rea lizado num grupo de crian as 0 4 meses de idade comprovou que naquelas a mamentadas mesmo apresentando diarreias n o foram constatados germes pato g nicos nas coproculturas enquanto naquelas alimentadas artificialmente foi de tectado um percentual de 60 desses germes M uller 1995 p 9 Sob influ ncia do relat rio o PNIAM capitaneou a es em defesa do no vo paradigma relativo alimenta o de beb s nos anos de 1980 alojamento con junto em maternidades bancos de leite humano ades o ao C digo Internacional para Controle da Comercializa o de Leites licen a maternidade de 120
299. menta o posi o e pega adequadas um bom in cio para o sucesso In REGO Jos Dias Org Aleitamento Materno um guia para pais e familiares S o Paulo Editora Atheneu FRASCARA Jorge Design and the Social Sciences making connections London New York Taylor amp Francis Contemporary Trends Institute 2002 1995 MULLER Mike 1995 O matador de beb s Recife IMIP RADFORD Andrew 1992 O impacto ecol gico da alimenta o por mamadeira Breastfee ding Review 2 5 204 208 May 220 Refer ncias bibliogr ficas ALENCAR S M S M de Prote o Legal ao Aleitamento M aterno In REGO J D Org Aleitamento M aterno um guia para pais e familiares S o Paulo Editora Atheneu 2002 ALM EIDA J A G de Amamenta o um h brido natureza cultura Rio deJaneiro Editora Fiocruz 1999 ALM ANAQUE ABRIL MUNDO S o Paulo Editora Abril 2002 ANTONELLI P Safe Design takes on risk New York The M useum of M odern Art 2006 ARAUJO L D S de Querer poder amamentar uma quest o de re presenta o Londrina Editora da U EL 1997 ARAUJO M deF M de MARANH O A G K Iniciativas do go verno em prol do aleitamento materno In REGO J D Org Alei tamento M aterno um guia para pais e familiares S o Paulo Editora Atheneu 2002 ARIES P H ist ria social da crian a e da fam lia Rio de Janeiro Edi tora Guanabara 1981 BADINTER E Um amor conquistado O mito do amor materno
300. mente acted on e deve afetar o conhecimento as atitudes e o comportamento das pessoas para vingar Para tanto precisa contar tamb m com medidas como legisla o controle imposi o e penalidades Considera es Finais Diante do exposto acreditamos ser imposs vel pensar em tarefa mais vital e urgente do que uma revis o ampla e irrestrita do uso da mamadeira Para tanto acreditamos na for a que a inf ncia ganhou na modernidade e na sua ascens o como um dos valores mais caros da sociedade Neste sentido ins piradas nas quest es que resumem os ensinamentos de Frascara terminamos nos indagando Que altera es podem ser feitas na fun o simb lica associada ao uso da mamadeira de modo a tornar o uso de copinhos e breastfeeding a es dese j veis Como promover a parceria do governo das pessoas e da ind stria na tarefa de revisar o uso da mamadeira Quais a es espec ficas v o promover e materializar a revis o de uso da mamadeira e estabelecer novos paradig mas culturais Assim como o autor temos esperan a que o debate sobre as quest es aqui expostas nos aponte caminhos n o somente para a revis o de uso da mama deira mas para a es planejadas pelos designers para proteger e fortalecer nossas crian as Refer ncias bibliogr ficas ALMEIDA Jo o Apr gio Guerra de 1999 Amamenta o um h brido natureza cultura Rio de Janeiro Editora Fiocruz 1999 CORDEIRO M rian Torres 2002 Manejo da ama
301. mento 2 3 2 Produ o industrial como progresso Para o consumidor corrente admitir as novidades promovidas pela in d stria como express o do progresso O s produtos traduzem o progresso cient fico tecnol gico comportamental das sociedades e sua posse tende a simbolizar tamb m progresso pessoal para quem os adquire O novo tende a concentrar atributos incontest veis de melhor at que outra novidade O supere numa escalada sem fim M as ser um liquidificador atual melhor do que outro de 50 anos atr s H ouve progresso efetivo em seu design em sua estrutura de funcio namento nos materiais empregados nos procedimentos necess rios para o seu uso Caso isso tenha ocorrido daqui a 50 anos teremos um liquidificador t o melhor que o de hoje E quando atingiremos a perfei o At l quantos liqui dificadores teremos possu do 31 Todo o trecho sobre os movimentos tem como fonte anota es de aula Semin rio Movimentos altermundialistas e o F rum Social Mundial apresentado por Ana Cristina Frias Diana Aguiar e Rayne Ferretti e debatido pela turma e pelo professor Jos M aria Gomez Disciplina T eoria pol tica contempor nea PUC Rio 2006 34 J foi visto que projetar a obsolesc ncia estil stica e ou funcionalmente representa estrat gia estrutural para a manuten o da economia capitalista As sim pode se dizer que o liquidificador atual an logo ou pior do que
302. mith reconheceria a ativida de industrial como modo capacitado a tamb m gerar valor enfatizando a ne cessidade da acumula o de capital mas adicionando quest es como a produti vidade da m o de obra a ideia da divis o de trabalho e a defesa da liberdade de atua o dos mercados livres das interven es governamentais Em 1817 David Ricardo se dedicou a estudar o problema causado pelas superpopula es urbanas resultantes do processo de industrializa o O fen meno contrariava as perspectivas de desenvolvimento num efeito paradoxal O incentivo ao lazer e ao aumento das comodidades deveria ser ent o proporcio nado popula o dado ser este o objetivo ltimo do desenvolvimento M arx meio s culo depois somou s ideias de Smith e Ricardo a considera o de que qualquer renda n o resultante do trabalho se configuraria como explora o Em 1854 Augusto Comte publicou Sistema de pol tica postiva obra que exerceu enorme influ ncia no mundo ocidental Como as explica es teo l gicas e metaf sicas para os fen menos vinham perdendo consist ncia desde o s culo anterior supersti es mitos e explica es religiosas foram substitu das pelo positivismo a ideia de que a raz o e a ci ncia t m capacidade de dom nio total sobre a natureza a produ o de riquezas e a estrutura pol tica Um novo projeto humano foi ent o fundado sobre bases cient ficas consideradas s li das afetando a economia a pol tic
303. mo poss vel de material que 100 reciclado e a impress o da superf cie feita com tinta base de soja Um por cento de seus lucros encaminhado para o Bottles to Babies Initiative organiza o que objetiva conectar fam lias e proporcionar doa o de mamadeiras a m es que n o as podem adquirir inicia tiva extremamente perturbadora diante dos fatos aqui levantados O Moofia Baby Bottle um boneco de toy art e n o uma mamadeira de autoria de Simone Legno que brinca com as caracter sticas formais das ma madeiras manchas da vaca bico gradua o Os modelos mais tradicionais de mamadeiras n o foram selecionados para an lise porque como j foi mencionado a pesquisa pretende trazer pau ta o contraste entre o que hoje se sabe sobre as mamadeiras e modelos que in vestem no design como forma de reunir argumentos para a manuten o da cultura do produto violando assim o C digo Internacional A seguir ser o perfilados os textos de divulga o dos dez modelos de mamadeira selecionados para a an lise mais detalhada nos quais se solicita a aten o do leitor para os trechos grifados A imagem do produto seguida da transcri o de trecho de seu texto promocional contraposto cr tica de seu conte do Por fim s o feitas observa es sobre o design do modelo forma materiais t cnicas empregadas efeito gr fico e simb lico 182 T reeH ugger a Discovery Company Informa es dispon ve
304. morreriam devido impos sibilidade f sica de suas m es em amament los M as um inqu rito dirigido pelo Dr David M orley constatou numa aldeia da N ig ria que menos de 1 das maes tinha problemas impeditivos da amamenta o O utros 3 apresenta ram problemas tempor rios podendo retomar a pr tica depois de san los 56 O Livro das M es da N estl introduzia as instru es sobre alimenta o com mamadeira com a seguinte frase Lave suas m os cuidadosamente com sab o cada vez que voc for preparar uma refei o para o beb J o folheto Cuidado com o Beb da Cow amp Gate alertava coloque a mamadeira e o bico em uma panela com gua suficiente para cobri las Deixe ferver durante dez minutos O relat rio de Muller contrap s essas informa es aos fatos de que na capital do Malawi 66 das moradias n o t m nenhuma facilidade de higi ene e 60 n o t m cozinha dentro da moradia A N estl vende leite para ali mentar beb s nessas comunidades e que a grande maioria das resid ncias da frica O cidental dispunha de um fog o de tr s pedras e uma panela para a pre para o de refei es para toda a fam lia ao contr rio da imagem de fog o de v rias bocas presente no folheto da companhia M uller 1995 p 27 Em termos econ micos o relat rio reportava que na Nig ria o custo da alimenta o artificial para um beb rec m nascido era de aproximadamente 30 do sal rio m nimo urbano a
305. motivam o p blico ao consumo Entretanto em sua trajet ria industrial al guns desses produtos seguem revelia de eventuais altera es no paradigma que propiciou a recomenda o de seu uso A mamadeira meio alternativo para a alimenta o de beb s um exemplo disso Embora desde o final dos anos de 1970 o consenso cient fico reconhe a a superioridade do aleitamento materno e a inadequa o da alimenta o artificial como premissa m dica e nutricional salvo em raros casos como os de mulheres portadoras do v rus H IV a ind s tria continua concebendo novos modelos e incentivando sua ado o como pr tica segura Esta tese re ne argumentos que demonstram a necessidade da ava lia o peri dica dos produtos industriais como diretriz contempor nea e como princ pio e valor na forma o universit ria do profissional do design Para tan to h um esfor o de contextualiza o da atividade perante reas que propici a ram o surgimento da produ o industrial e que movem a trajet ria hist rica do design at a atualidade Abalizando a discuss o e concedendo lhe claras fei es a quest o amamenta o x mamadeira referencia o estudo Palavras chave M amadeira paradoxo cientifico industrial tica produtiva ensino de design Abstract Nogueira Cristine Codho Luiz Ant nio Luzio Santos Myrian Sep lveda dos The Baby Bottle U n design for a periodic evaluation of industrial produc tion Rio deJanerro 2010 2
306. mou se de correntes de pensamento cooperativistas e sindicalistas as quais argumentavam que a gran de falha do capitalismo industrial residia justamente na t o alardeada divis o Figura 32 William M orris de tarefas N o era o mau gosto do publico consumidor que gerava a m qua 1875 Acanthus Wallpaper lidade mas antes a desqualifica o sistem tica e consequente explora o do trabalhador que produzia a mercadoria 2000 p 71 William M orris realizou ent o uma fus o entre as teses de Ruskin e as ideias socialistas capitaneando por meio de medidas pr ticas em sua firma M orris amp Co 1875 1940 o movimento Arts amp Crafts Este trabalhava em prol do aumento da integra o entre projeto e execu o de uma rela o mais de mocr tica entre as pessoas envolvidas na produ o e da prote o a altos padr es de qualidade em seus produtos diretrizes que nortearam as entidades que aderiram ao movimento n o apenas na Europa como tamb m nos Estados U nidos D enis 2000 p 74 75 Para M orris ao ser interposta entre o artista e a mat ria prima a m quina corrompia a caracter stica dignificante do trabalho e por consequ ncia o produto que dele resultava estabelecendo uma rela o de causalidade entre as quest es social e est tica Para ele era preciso retornar ao processo artesanal e conferir m xima qualidade aos produtos integrar as tarefas de concep o e Figura 33 William M orris realiza
307. mpanha M adrinhas da Amamenta o foi estendido campanha do Dia Nacional de Doa o de Leite H umano promovida pela Rede Brasileira de Bancos de Leite H umano desde 2004 A mensagem visual transmitida pelos cartazes estar suficientemente cl a ra 150 DOE LEITE MATERNO Tods sae tai tudo por um talo sra vens id e leite Hera no e vida gt Ce Mer mater vida agradeco O s resultados das campanhas de doa o s o considerados muito positi vos comemorados pelos rg os p blicos e divulgados pela imprensa publica es dirigidas s mulheres A arrecada o de leite materno teve um aumento de 60 desde 2003 N os bancos espalhados por todo o pa s v m sendo arrecada dos mais de 100 mil litros de leite por ano encaminhados para alimentar cerca de 110 mil beb s prematuros da rede de hospitais p blicos A publica o de depoimentos das atrizes sobre a amamenta o em publica es dirigidas ao p blico feminino por certo tem tamb m influenciado o p blico Todo mundo sabe que sou bastante criteriosa e tento n o expor minha filha M as h um contexto que a propaga o de um ritual de amor que a ama menta o e que pode influenciar m es doadoras E uma ben o gerar e doar leite tamb m a capacidade de sermos auto sustent veis ecol gicos e prota gonistas da nossa hist ria C amila Pitanga A amamenta o um prazer para a m e e sem d
308. n aqui apresentada como um racioc nio coerente do qual esta autora n o pretende concordar ou dele discordar Ali s quando fui apresentada ao autor nas aulas de T eoria Pol tica Con tempor nea me surpreendi muito ao ouvir meus colegas de turma fazerem fortes cr ticas a ideias que eu como desi g ner tendia a simplesmente acatar 50 ou a sa de p blica que eles pr prios buscariam atingir se fossem mais esclare cidos mas que n o o fazem porque s o cegos ignorantes ou corruptos Isso torna f cil que eu me imagine coagindo outros para o bem deles no interesse deles en o no meu Estou assim afirmando que sei mais do que eles pr prios do que eles verdadeiramente precisam U ma vez adotada essa vis o estou em posi o de ignorar os desejos reais dos homens ou das sociedades de amedront los oprimi los tortur los em nome e no interesse de seus eus reais aqueles que seriam revelados pela disciplina com base no conhecimento seguro de que tudo o que a verdadeira meta do homem a felicidade o desempenho do dever a sabedoria uma sociedade jus ta a auto realiza o deve ser id ntico sua liberdade a escolha livre de seu eu verdadeiro aquele revelado pela disciplina ainda que frequentemente submerso e inarticulado Berlin 2002 p 238 O holocausto judeu pode exemplificar as palavras de Berlin A sociedade alem sentia se v tima da opress o supress o de liberdades econ mica com toda
309. nacionalidade e ra a que ent o dominavam o cen rio pol tico D enis 2000 p 121 Pensando na Bauhaus como um todo a busca de um modo de entro samento entre a arte o artesanato e a ind stria por interm dio da cria o de um projeto pedag gico revolucion rio que em outras palavras visava forma o de alunos que multiplicariam e disseminariam o conhecimento ali germinado pode ser entendida como uma tomada de posi o importante quanto defesa da tica Como n o havia clareza sobre os contornos estritos dessa tica dada a enorme for a das novas correntezas daquela fase econ mica e pol tica era preciso se expor realidade investigando caminhos que contem plassem todos os elementos de sua complexidade sem no entanto deixar de ter como refer ncia principal valores humanos essenciais A experi ncia rendeu frutos por todo o mundo dentre os quais a Nova Bauhaus fundada por Lazlo M oholy N agy nos EUA em 1937 cujos alunos 65 G ra a M agalh es R uether correspondente de O Globo em Berlim M oderna aos 90 Segundo caderno 14 de abril de 2009 19 Figura 46 Candeeiro de mesa em vidro Karl J Jucker e Wilheim W agenfeld 1923 1924 Icone da funcionalidade bauhausiana Figura 47 Projetos de Ray mond Loewy apontador aero din mico para l pis 1933 e dispensar para Coca Cola 1947 n o conseguiram se empregar na ind stria exercendo fun es como artistas artes os e professores e
310. nam no organismo em forma de gordura N ico las Stettler autor l der da pesquisa norte americana identificou a exist ncia de um per odo cr tico na primeira semana de vida em que a fisiologia do orga nismo pode ser programada para o desenvolvimento de doen as ao longo da vida Vale notar que um grande equ voco acreditar que o leite de vaca mais forte do que o humano pelo fato de a crian a amamentada sentir fome em intervalos menores O leite materno por ser um alimento perfeitamente adequado s necessida des do beb digerido com mais facilidade e rapidez do que o leite artificial Por esta raz o mais comum o beb alimentado por mamadeira fazer interva los maiores entre as mamadeiras pois a digest o se faz mais lentamente devido maior quantidade de res duos M aldonado apud Ara jo 1997 p 123 166 De acordo com o relat rio final do comit a obesidade hoje um dos problemas contempor neos de sa de mais negligenciados em todo o mundo Segundo o comit as proje es para uma epidemia global de obesidade na pr xima d cada s o t o graves que preciso adotar com urg ncia estrat gias nacionais e internacionais de sa de p blica para combat la T ais a es devem ser dirigidas sociedade como um todo e n o apenas aos segmentos da popula o que apresentam sobrepeso Informativo da O rganiza o Pan Americana de Sa de O PAS O M S Brasil de 13 de novem bro de 2000 Dispon ve
311. nceiros No ano seguinte a HfG toma a decis o de se auto dissolver responsabilizando a Fun da o Scholl pela condu o financeira arbitr ria e desastrosa o governo e o parlamento pela insist ncia em uma atitude negativa com rela o escola e o governo de Bonn que de maneira suspeita teria se restringido a fazer uma leitura literal da recomenda o oficial de n o interfer ncia do governo federal em assuntos de educa o nos estados alem es O s membros da H fG declaram que as verdadeiras raz es do fim da escola n o s o fatores econ micos mas de natureza pol tica Os membros da H fG protes tam contra o cinismo da acusa o de suic dio quando na verdade ocorre um assassinato pol tico e cultural D eclara o final da reuni o de 23 de fevereiro de 1968 apud Souza 1996 p 71 A Escola de U Im desta forma exerceu um papel decisivo no sentido de contrapor preocupa es morais correnteza mundial do styling norte americano A moralidade dos objetos express o cunhada por Herbert Lidin ger para definir a import ncia do papel da escola era a busca por resultados palp veis do potencial da atividade em dire o ao conhecimento de si mesma 84 suas possibilidades limites processos e compromissos com todo o sortimento de vetores impulsionados pela realidade e a cultura industrial O movimento dos consumidores N este ponto da pesquisa necess rio documentar a cena tamb m por outros ngulos o do
312. ndada como uma homenagem p stuma aos irm os de Inge Sholl estudantes membros da resist ncia alema mortos pelos nazistas Concebida inicialmente para promover os princ pios da Bauhaus e sob a dire o de M ax Bill a H ochschule tinha a pretens o de privilegiar a for ma M as devido influ ncia da Funda o Scholl introduzia no curr culo o ensino da Sociologia Ci ncias Pol ticas e Psicologia uma radical inova o nas escolas de arte Souza 1996 p 55 Em documento de 1947 constam dentre muitas outras as seguintes inten es educativas da funda o Politicamente a escola deve dar a seus alunos um pensamento pol tico inde pendente participar na forma o de uma elite democr tica e enquanto escola para a juventude deve ensin la a agir politicamente e ajud la a desco brir caminhos para a a o pol tica Culturalmente a escola objetiva um universalismo de acordo com nossa poca e deve influir sobre a cria o de produtos sociais e ajudar a ind stria a conciliar forma e qualidade Profissionalmente deve conduzir seus alunos a suas pr prias pesquisas antes de dirigi los a um estilo Pedagogicamente deve adotar um caminho que evite o ensino massificado da teoriza o e da especializa o p 56 Apesar disso segundo Souza a pedagogia de M ax Bill insistia nos mol des mestre aprendiz e no entendimento de que engenheiros e fabricantes deve riam ser agentes executivos do designer
313. ndividual dessa popula o n o ser aumentada os abrigos diminuir o a liberdade dos pedestres mantendo o constrangimento que sentiriam ao passar pelas cal adas e se deparar com mendigos Provavelmente haver o que Berlin aponta como perda absoluta de liberdade mesmo que os moradores de rua se sintam relativamente mais protegidos e que em alguma medida sentimentos de culpa dos passantes ou dos projetistas sejam expiados O abrigo denota sinais 48 de progresso para os sem teto proporcionando lhes prote o relativa aqueci mento e at mesmo alguma privacidade mas parece se tratar de um progresso que os condena ao n o desenvolvimento Exclu dos das benesses cidadas e eco n micas podemos pensar que sua situa o consequ ncia negativa da escalada do progresso e um sinal flagrante de n veis inaceit veis de desenvolvimento e de liberdade Benjamin Constant grande defensor da liberdade e da privacidade de clarou que as liberdades de religi o opini o express o e propriedade s o o gru po m nimo de liberdades a ser garantido D entre os pensadores que se dedica ram ao assunto o argumento para manter a autoridade em xeque sempre o mesmo um m nimo de liberdade pessoal indispens vel para n o degradar ou negar nossa natureza Berlin 2002 p 233 Mas qual deve ser esse m nimo M ill defendia que a nica liberdade que merece ser assim chamada aquela que nos permite buscar o nosso bem n
314. ndo E eu respondia sim eu voltei a trabalhar mas j vinha tirando leite armazenando tinha entrado em contato com as Amigas do Peito Algu m me deu uma bomba bomba ti ra leite e falei com as Amigas do Peito que disseram n o n o deve usar bom ba deve ser manual ordenha manual etc Ent o comprei uns vidros e arma zenei E conheci uma mo a numa pracinha N ossos beb s eram mais ou me 186 nos da mesma idade e ela dizia mas agora estou com um problema muito s rio acho que vou parar de amamentar porque n o estou mais produzindo leite E perguntei mas voc tem se alimentado bem aquelas quest es tem da do de mamar Ela respondeu n o dar de mamar n o porque alugue aquela bomba e descobri que a pr pria maternidade aluga bombas autom ticas que fazem a suc o E essa suc o acaba parando a produ o do leite As bombas autom ticas de suc o de leite materno para armazenamento de leite est o presentes dentre os aparatos industriais que envolvem a alimenta o de beb s Elas se destinam s m es que amamentam e esse dado parece muito positivo em meio a uma tend ncia maior de migra o para o leite artifi cial embora muitas vezes envolva a mamadeira para a administra o do ali mento As bombas mais sofisticadas v m sendo disponibilizadas por materni dades e outras empresas para aluguel por maes lactantes uma vez que seu alto custo n o justificaria compr las para us las por num per odo t o res
315. ndo conceder ao produto industrial as capacidades funcionais que dotam a natureza feminina como veremos a seguir 5 3 An lise de modelos de mamadeira Com o objetivo de tra ar um panorama da oferta de mamadeiras para con sumo no mercado contempor neo esta pesquisadora realizou um amplo levanta mento de modelos mesclando indica es de usu rios com produtos de todo o mundo O segundo passo foi estabelecer crit rios de sele o dos modelos para an lise Considerando que atributos de design concedem atualidade aos produ tos que eles movem o consumo e fornecem argumentos promocionais para a publicidade de seus fabricantes foram selecionadas mamadeiras com elementos inovadores de design cujo apelo promocional abrisse flanco para a viola o s normas estabelecidas pelo C digo Internacional de Comercializa o de Substitutos do Leite Ent o esses modelos foram adquiridos pela pesquisadora com vistas a uma aproxima o pragm tica do objeto de estudo D entre os modelos a princ pio levantados e n o detalhados na pesquisa vale citar alguns produtos interessantes que comp em o universo de projetos atuais A Moo Baby Bottle uma mamadeira produzida pela empresa italiana Vice versa Sua configura o bem humorada n o impede a funcionalidade do produto e o bere representado na tampa em material flex vel funciona como mordedor para beb s A Custom Nipple desenvolvida pelo escrit rio D esign Continuum es peciali
316. ndustrial afirmando a co mo canal de viabiliza o da din mica capitalista A economia industrial hoje se encontra instalada como modus operandi de muitas sociedades para as quais produtos s o elementos culturais a ponto de n o mais ser poss vel ou aceit vel abrir m o das facilidades que eles podem proporcionar s pessoas Por m enquanto poss vel desfrutar de tais benesses uma s rie de desequil brios provocados pela sua produ o uso e descarte se avoluma em progress o geom trica em n veis ambientais e sociais gerando con sequ ncias sobre a pol tica e a economia Fruto inquestion vel da cultura industrial designers v m sendo forma dos para aliment la nas diferentes nuances que ela capaz de assumir de acor do com as t nicas pol ticas que regem o mercado M uitas vezes tais flexibiliza es contrariam princ pios da profiss o consagrados pelos rg os internacionais que a representam e tamb m simples exerc cios de reflex o por parte de profis sionais professores e estudantes de design Ainda hoje a ideia que se tem do design muitas vezes vaga e sobre quaisquer outras informa es mais precisas vigora a no o que a imprensa mais fortemente divulga o design como uma atividade de finalidade preponderan temente est tica encarecedora de produtos e por esta caracter stica voltada para as elites e merecedora de espa o de exibi o em museus de arte contempo 4 Dispon vel em www waba
317. necess rias A sa da a inser o da pr tica acad mica de reavali a o de produtos industriais como passo metodol gico na forma o de profissionais de design Assumir por conduta o h bito de desconstruir o produto com a finalidade de checar seu n vel de adequa o s condutas preconizadas aos produtos seu potencial de aprimoramento ou sinais de exig ncia de re concep o Esses pontos ser o aqui defendidos partindo se do mbito geral das pr ticas de consumo em dire o ao mbito espec fico do ensino de design 6 1 A avalia o peri dica da produ o industrial como valor para a edifica o de uma cultura sensata de consumo N o h como abrir m o do conforto que os produtos nos proporcio nam dos valores que adicionam ao nosso cotidiano do prazer que temos ao adquiri los incluindo os em nossas vidas Enfim n o deixaremos de comprar e a ind stria e o com rcio continuar o a estruturar nosso sistema econ mico Q uando compramos n o costumamos pensar que aqueles s o elemen tos de um intrincado jogo que envolve injusti as sociais influ ncias econ mi cas interesses pol ticos consequ ncias ambientais O produto novo puro zero quil metro Ele uma chave que nos permite participar dos progressos alcan ados no mundo sua aquisi o um sinal de desenvolvimento individual sua posse um simbolo do alcance de patamares de liberdade M as quando o produto nos traz problemas revelando s
318. nfermagem profis sionais da educa o al m de setores profissionais como o Corpo de Bombei ros respons vel pela coleta de doa es de leite humano lan am campanhas e desenvolvem pesquisas e a es que endossam a causa Alguns produtos v m sendo lan ados para incentivar a pr tica do alei tamento como a pulseira Mame Aqui a ser utilizada pela m e para sinalizar o seio que deve iniciar a pr xima mamada do beb D esenvolvido pelo N cleo 1 Suporte Aleitamento M aterno o produto demonstra o quanto a produ o de design pode contribuir para a causa gerando objetos teis e coerentes com a cultura do consumo E um casal concebeu uma placa para colocar no lado externo da porta do quarto da maternidade informando aos visitantes que eles devem aguardar um pouco mais para visitar o beb e oferecendo um endere o para que possam ver fotos do rec m nascido pela internet Voltando seara estatal em outubro de 2008 a Comiss o de Direitos H umanos do Senado Federal aprovou por unanimidade projeto de lei que aumenta de quatro para seis meses a licen a maternidade no pa s visando a conceder a m e e filho um per odo de aleitamento compat vel com a recomen da o da OMS De autoria da senadora Patr cia Saboya PD T CE o projeto prop e entre outros pontos que facilitem a ades o das empresas que a empresa tenha direito a deduzir o valor integral pago no c lculo do seu imposto de renda Regulamentado
319. nha M adrinhas da Amamenta o transita principalmente pelos hospitais p blicos al m de apari es na TV na poca das SM AM s os cartazes spots e fo lhetos da campanha de doa o de leite materno superam essa divulga o Eles chegam comunidade que acorre aos bancos de leite para aconselhamento e por interm dio das revistas femininas aquelas mulheres que percebem ter leite excedente necessidade de seus filhos 4 2 2 O utros aspectos relevantes A partir dos depoimentos citados vale tamb m notar que o retorno ao trabalho sem d vida um dos motivos que conduzem as m es ao desmame de seus filhos mais precocemente do que elas desejariam O s esfor os das mulheres em carregar seus filhos para o trabalho ou ordenhar leite suficiente para que outra pessoa o d crian a ou mesmo em retornar s suas resid ncias durante o hor rio do almo o para amamentar exigem um n vel de organiza o e discipli na muitas vezes maior que suas possibilidades Al m disso a amamenta o ex clusiva recomendada pela OMS contrasta com as recomenda es nutricionais de muitos pediatras que desde o nascimento do beb aconselham as m es a complementar a amamenta o com sucos vitaminas e f rmulas l cteas Recorrendo a fontes informais de pesquisa em mat ria publicada na re vista Pais amp Filhos a jornalista D eborah T revisan informa que no Brasil em 1996 o tempo m dio de amamenta o de beb s ao seio era de apenas
320. nha sobre os leites artificiais mamadeira e a trajet ria do design uma atividade inventada que se v obrigada a reinventar se O cen rio mundial isso exige 109 nforma es dispon veis em www design2sdn com Acesso em agosto de 2009 110 nforma es dispon veis em www designfortheworld org Acesso em agosto de 2009 111 Centro de ensino e pesquisa focado no design de inova o e na colabora o inter profissional alocado no Georg e Brown College Toronto Canad 112 Dispon vel em www massivechange com Acesso em agosto de 2009 120 4 D ados sobre o atual cen rio mundial da alimenta o de beb s Em 1997 15 anos ap s o in cio dos trabalhos da WABA IBFAN e demais organiza es voltadas quest o da alimenta o de beb s o esfor o mundial para mudan a da conduta de ades o aos leites artificiais e s mamadei ras apresentava algumas mudan as positivas mas tamb m dados preocupantes Segundo o banco de dados da O M S sobre amamenta o Apesar do reconhecimento geral das vantagens do leite materno sobre o artifi cial mesmo em pa ses industrializados as taxas de amamenta o no geral s o baixas e s agora come am a melhorar como o caso da Fran a It lia H o landa Espanha Su a e Reino U nido N a Su cia uma exce o 98 dos beb s em 1990 tinham mamado em algum momento de suas vidas Progressos nas taxas de alimenta o exclusiva com leite materno at os 4 meses foram obtidos
321. ningu m sugeriu que os rins n o sejam capazes de eliminar os res duos do corpo Por outro lado a alimenta o por mamadeira tem sido promovida co mo alternativa vi vel ao leite materno A amamenta o boa para os be b s e para as m es e o leite materno um produto ecologicamente saud vel A mamadeira causa a morte de um milh o e meio de beb s por ano e prejudica a sa de de in meros outros Radford 1992 Design Analisando os modelos separadamente nota se que a MAM U Itivent tem o arrojo de n o utilizar a transpar ncia do pl stico optando pelo polipropileno colorido material opaco Como a maioria dos modelos j apre sentados possui abertura interna para facilitar a lavagem U m sistema de venti la o ali posicionado permite a sa da do ar evitando as bolhas A mamadeira Adiri efetivamente inova Com rela o forma minimali za a apar ncia das mamadeiras aproximando o produto da configura o da mama feminina de maneira n o caricata Com rela o estrutura reduz sensi velmente o n mero de pe as por empregar t cnica de inje o que une materiais de diferentes densidades em uma s pe a ou seja a rea flex vel do bico se es tende por todo o corpo do produto sendo envolvida pela pe a colorida do mesmo material por m em densidade maior Esse recurso concede rigidez estrutura na rea da pega entre as duas partes n o h espa o algum Como o 189 Fabricantes de mamadeiras cos
322. no aceito por todos como o me lhor alimento para qualquer beb com menos de 6 meses A ind stria de alimentos infantis acusada de promover seus produtos em comunidades que n o podem us los adequadamente de usar propaganda vendedoras em uniformes de enfermeiras de distribuir amostras e donativos para persuadir as m es a abandonarem a amamenta o M ller 1995 p 15 16 A partir de ent o a mamadeira come ou a revelar sua face mais obscura Do vasto elenco de problemas desvelados pelo relat rio constavam a falta de condi es sanit rias para o processo de higieniza o de mamadeiras a difi culdade de acesso gua de qualidade para a hidrata o do leite em p a falta de recursos para a aquisi o de novas latas de leite al m das doadas Como conseq ncia diarr ia desnutri o e morte 219 War on Want uma de muitas entidades caritativas que trabalhavam em prol do suprimento de alimentos e outros produtos a pa ses do Terceiro M undo decidiu questionar os efeitos de seu pr prio trabalho junto a essas popula es 216 A partir de 1979 o reconhecimento por parte da OMS e da UNICEF da superioridade do leite humano dos benef cios da amamenta o para a sa de da mulher e da crian a e do perigo das propagandas indutoras da ali menta o artificial gerou um conjunto de importantes a es de prote o promo o e apoio ao aleitamento materno como a Declara o de Innocenti Fruto de encontro
323. no progresso sua f religiosa o que de acordo com W eber respal dou o nascimento do esp rito capitalista O progresso seria o meio pelo qual se 36 daria a volta de Cristo mesmo que um cataclismo social precisasse ser enfren tado para a gl ria final Isaac Newton s c XVIII acreditava que o conheci mento de D eus se daria por interm dio da ci ncia o que referendava o pensa mento de Leibniz s c XVII de que devemos reconhecer um certo perp tuo e livre progresso de todo universo pois ele est indo em frente rumo perfei o p 41 N os s culos XVIII e XIX o pensamento racionalista vinculou o avan o intelectual ao progresso da humanidade O objetivo seria o aumento do conhe cimento pela supera o da ignor ncia rumo felicidade Voltaire visualizava uma rela o de causalidade entre os eventos e as motiva es dos homens e M ontesquieu ocupava se da reflex o sobre m todos legais para controle dos problemas sociais Ent o Rousseau levantaria a bandeira da igualdade ao criticar o contraste entre opul ncia e mis ria convite degrada o Assim paralela mente ao conceito de progresso emergiram as ideias de igualdade justi a social e soberania popular Neste ponto do texto D upas faz a seguinte rela o se em Agostinho entendia se a Provid ncia como progresso e entre os puritanos reformistas o progresso era a Provid ncia para Marx o progresso resultava do engenho humano o
324. nos de 1960 a l gica do aumento da produtividade e da obsolesc ncia programada gerando produtos baratos e descart veis desvinculados das tradicionais catego rias de alta e baixa cultura A experimenta o com pl sticos suas cores vibran tes e possibilidades de moldagem seguiu at o in cio dos anos de 1970 quando a crise do petr leo levou a economia internacional a uma nova recess o Assim se por um lado firmes esfor os foram dedicados a criar ferramen tas de pesquisa que concedessem coer ncia e efici ncia aos projetos de design adequando os ao usu rio por outro foram tamb m dedicadas energias a rom per com os c nones est tico funcionais instalados libertando a forma da fun o na gera o de resultados irreverentes e apraz veis mesmo que nesse proces so O frenesi da descartabilidade estivesse sendo aproveitado sem reservas A essa altura h que se reconhecer que os caminhos trilhados pelo de sign seguiram motiva es leg timas mesmo que tantas vezes dissonantes pois aproveitar uma nova tecnologia para trazer cor e alegria s resid ncias parece t o louv vel quanto conter a mesma tecnologia em favor de um usufruto mais racional e adaptado dos objetos O delineamento de contornos ticos para a atividade viria a ter como importante marcador um manifesto publicado no jornal brit nico The Guardi an em meados dos anos de 1960 First Things First 1964 curioso observar que no design como na ar
325. nto sem valor legal ou metas de redu o de emiss es foi gerado ap s extensas e conturbadas negocia es entre os 193 pa ses participantes mas nem todos des o assinaram Considerado fraco pelas delega es que o redigiram na opini o de Ban Ki M oon Secret rio Geral da ONU o documento representa entretanto um co me o essencial M as os objetivos volunt rios de corte de CO 2 dos pa ses signat 200 A relatividade do conceito liberdade foi recentemente ilustrada pelo an ncio de envio de novas tropas ao Afeganist o e ao Iraque pelo presidente Barack O bama na cerim nia em que ele recebeu o Pr mio N obel da Paz 196 rios somar o apenas 20 de redu o global at 2050 o que est abaixo da reco menda o oficial do IPCC que de 25 A campanha do Greenpeace lan ada na abertura da confer ncia traduz portanto a preocupa o que periset Ta k MSORRY t so wecouonesromeeo 2020 PM SORRYJ Gai camana reuni o de Copenhage CHANGE WE DIDN T 99 CHANGE WE DIDN T 39 2009 ii EF amg IM SORRY WE COULD HAVE STOPPED CATASTROPHIC CLIMATE CHANGE WE DIDN T 9 9 COPENHAGEN 2009 IGRANGE THE FUTURE tcktcktck sem PM SORRY tcktcktck esses preciso edificar uma conduta sensata de consumo paralelamente s indispens veis medidas estatais Tal conduta n o uma medida a ser tomada pelos governos mas fruto de uma consci ncia a ser adquirida pelos consumi
326. nvenenamento por Escherichia Coli e botulismo Este o motivo de o poliestireno o polipropileno ou poliamida al m do vidro estarem sendo considerados mais seguros A informa o BPA free passou a constar da qualifica o promocional de algumas das mamadeiras mais modernas C omo esses fatos atingem em cheio a ind stria de mamadeiras artigos que defendem o BPA como inofensivo t m sido publicados pelas ind strias 5 3 3 Impacto ambiental Q uanto ao meio ambiente o leite materno um dos poucos alimentos produzidos e liberados para consumo sem nenhuma polui o embalagem desnecess ria ou desperd cio o nico com capacidade de imunizar o consumi dor e ao mesmo tempo beneficiar quem o produz Com o intuito de examinar o impacto ambiental provocado pela cultura do leite artificial Andrew Radford reconhece que o leite materno pode estar contaminado por dioxinas presentes no meio ambiente provenientes de processos industriais qu micos de incinera dores de lixo etc mas que evit las com a migra o para leites artificiais in til pois al m de dioxinas estes podem conter pesticidas alum nio e chumbo Ambas as alternativas s o fonte de algum grau de preju zo A seguir uma sintese da an lise comparativa realizada pelo autor A compara o entre amamenta o e mamadeira singular a amamenta o tem efeitos positivos e a mamadeira tem efeitos negativos O leite materno uma f
327. o aceito por todos como o melhor alimento para qualquer beb com menos de 6 meses Apesar de at a pr pria ind stria de alimentos infantis concordar que isso correto um n mero cada vez maior de m es do Terceiro M undo se est vol tando para a alimenta o artificial durante os primeiros meses de vida de seus beb s N a mis ria e pobreza das novas cidades da frica sia e Am rica Lati na frequentemente a decis o fatal A ind stria de alimentos infantis acusada de promover seus produtos em co munidades que n o podem us los adequadamente de usar propaganda vende doras em uniformes de enfermeiras de distribuir amostras e donativos para per suadir as m es a abandonarem a amamenta o M uller 1995 p 15 Do vasto elenco de problemas desvelados pelo relat rio constavam a falta de condi es sanit rias para o processo de higieniza o de mamadeiras a dificuldade de acesso gua de qualidade para a hidrata o do leite em p a falta de recursos para a aquisi o de novas latas de leite al m das que haviam sido doadas e o desmame precoce provocado de maneira irrevers vel pelas es trat gias das ind strias naquelas regi es As consequ ncias desse conjunto de problemas eram dram ticas diarr ia desnutri o e morte Na introdu o o relat rio esclarecia que seu objetivo n o era provar que os leites infantis matam beb s Em condi es timas com prepara o e higiene apropriadas
328. o Esfor os de padroniza o da produ o industrial visando cria o de u nidades internacionais para a troca comercial entre pa ses v m absorvendo as preocupa es com a responsabilidade trabalhista e ambiental para seus programas de qualidade A International Organization for Standardization fundada em 1947 uma organiza o n o governamental que faz uma ponte entre os setores p blico e privado criando uma rede de institutos de normas de 161 pa ses com secretaria em Genebra Su a As normas ISO que j padronizaram c digos de moeda formatos e dimens es de papel mais recentemente geraram normas de G erenciamento Ambiental ISO 14000 e de Gerenciamento de Q ualidade ISO 9000 que v m sendo voluntariamente implementadas por muitas empresas como forma de agregar valor a seus processos e produtos O s interesses do mercado entretanto influenciam a reda o das normas obrigando as a certas flexibiliza es de modo a alcan ar mbito global de im plementa o Em fase de acabamento a ISO 26000 se prop e a estabelecer prin c pios para a responsabilidade social corporativa ou seja estabelecer par metros de responsabilidade das empresas junto a seus fornecedores Jorge Cajazeira cha irman brasileiro da norma relata que as delega es chinesa americana e indiana tentaram reduzir requisitos e flexibilizar regras j quase fixadas Essas delega es defendiam que a empresa influencia fornecedores mas n o
329. o Rosavalon apud Silva 2003 p 3 A suposi o do liberalis mo pol tico era de que o bem estar de todos resultaria naturalmente do respeito e incentivo a tal engendramento s cio econ mico M as como sinalizou M ichad W alzer um fen meno de separa o afastava a sociedade civil da comunidade pol tica propiciando o aparecimento das esferas da compet ncia econ mica e a livre empresa a do mercado de bens a do trabalho e a do capital os compradores e vendedores de bens s o completamente livres para en tenderem se como melhor lhes pare a para comprar ou vender qualquer coisa e ao pre o que fixem em comum acordo sem interfer ncia de nenhum fun cion rio p blico N o se estabelece um pre o justo ou pelo menos n o existe nenhum regulamento que fixe esse pre o justo do mesmo modo que tampou co existem leis ou restri es relacionadas com a usura nem normas de qualida de ou seguran a nem sal rios m nimos etc W alzer 2001 p 95 4 Como observa Isahiah Berlin liberdade um termo poroso como feli cidade bondade ou realidade Berlin 2002 p 228 imposs vel de ser tradu zido em um s significado principalmente quando lan ado no cen rio empiri co da produ o e do consumo industrial cujas mat rias primas contavam uma hist ria de explora o e opress o D enis aponta que a ind stria t xtil foi a primeira a demonstrar seu po tencial aumentando em cerca de 5 000 a produ o de
330. o oper rios adultos e crian as e com isso abrindo vagas para a horda de candi datos que aguardava uma chance de emprego corti os in spitos que abrigavam v rias fam lias de oper rios cujas condi es de sa de deca am vertiginosamente entre outras O s depoimentos a seguir ilustram alguns desses fatos Quando eu tinha sete anos de idade fui trabalhar na f brica do Sr M arshall em Shrewsbury Se uma crian a se mostrasse sonolenta o respons vel pelo tur no a chamava e dizia venha aqui Num canto da sala havia uma cisterna de ferro cheia de gua Ele pegava a crian a pelas pernas e a mergulhava na cister na para depois mand la de volta ao trabalho Jonathan D owne foi entrevis tado por um representante do parlamento brit nico em junho de 1832 A tarefa que inicialmente foi dada a Robert Blincoe era a de pegar o algod o que ca a no ch o Aparentemente nada poderia ser mais f cil M esmo assim ele fi cava apavorado pelo movimento das m quinas e pdo barulho dos motores Ele tamb m n o gostava da poeira e do cano que soltava fuma a pois acabava se sentindo sufocado Ele logo ficou doente e em virtude disso constantemente pa rava de trabalhar porque suas costas do am Isso motivou Blincoe a se sentar mas essa atitude ele logo descobriu era proibida nos moinhos As experi ncias Asideias de Adam Smith sobre divis o de trabalho publicadas no livro Riqueza das N a es em 1776 forneciam argumentos
331. o alcan aria amplos resultados sem contrariar a l gica vigente da economia Enquanto atrizes figuram em cartazes amamentando seus filhos as bonecas que essas mesmas crian as ganham de presente ainda trazem mamadeiras como acess rio As altern ncias de conduta no Brasil sobre a quest o da amamenta o fazem parte da hist ria de nosso pa s e como tal n o podem deixar de ser con sideradas por iniciativas que se proponham a resgatar a pr tica do aleitamento materno N esse sentido primordial avaliar periodicamente os resultados das campanhas a fim de tomar medidas para ajustar e atualizar as estrat gias co municativas empregadas Esta pesquisa n o teve acesso a poss veis avalia es das campanhas analisadas mas o M inist rio da Sa de comemora a efic cia do es for o ao inclu lo como elemento expressivo do conjunto de medidas que de terminaram uma evolu o positiva nos quadros de aleitamento verificados na pesquisa de 2009 Resta entretanto indagar sobre se n o seria ainda mais eficaz dedicar empenho diferenciado de projeto na concep o dos citados cartazes quest o que merece ser considerada por designers e pelos rg os p blicos que promo vem as referidas campanhas como forma de quantificar e qualificar de forma mais estrita os resultados alcan ados A quest o se repete com as campanhas p blicas voltadas para a doa o de leite materno endossando esse questionamento o recurso comunicativo utilizado na ca
332. o da demanda por coisas que na melhor das hip teses n o s o essenciais M uitos de n s estamos cada vez mais desconfort veis com essa vis o do design O s designers que dedicam seus esfor os principalmente publicidade ao mar keting e ao branding ap iam e implicitamente endossam um ambiente mental t o saturado de mensagens comerciais que est mudando a pr pria maneira como os cidad os consumidores falam pensam sentem respondem e intera gem Em certa medida estamos ajudando a esbo ar um c digo imensamente prejudicial e redutor do discurso p blico A abrang ncia do debate est encolhendo e precisa ser ampliada O consu mismo est vigorando sem contesta o precisando ser desafiado por outros pontos de vista expressos parcialmente por interm dio das linguagens visuais e recursos do design Em 1964 22 comunicadores visuais assinaram o apelo original para que nos sos conhecimentos e habilidades fossem utilizados de modo relevante Com o crescimento explosivo da cultura comercial global sua mensagem se tornou ainda mais urgente Renovamos hoje o manifesto na expectativa de que n o se passem outras d cadas sem que seja levado a s rio Pain Agitprop www agitprop vitruvius com br Ainda hoje quando propostos como leitura a turmas de estudantes de design em universidades esses manifestos causam verdadeira esp cie As ques t es levantadas muitas vezes contrariam a vis o que os alunos t m da profiss o e os moti
333. o em parte a tica de an lise dos partici pantes todos eles designers 5 4 3 A malha de interesses que propicia a problem tica Percebe se ent o a exist ncia de um contexto intrincado que viabiliza e referenda a inser o dos leites artificiais e das mamadeiras na cultura A quest o muito bem abordada na apresenta o que h uma malha de interesses quer dizer uma ind stria farmac utica pesada acenando com perspectivas de ganho muito grandes para os pr prios m dicos essa medicali za o dos cuidados com a parturiente a crian a e tudo mais e at mesmo ace nando nas campanhas como algo bom para a crian a eu vou ser uma boa mae na medida em que fizer isso Q uer dizer n o h bandido nessa hist ria s tem mocinho n S tem mocinho e v tima n Gozado t faltando um bandido Na verdade as crian as s o aquinhoadas Esse trecho do debate foi seguido de coment rio feito pela anfitri que agregava aquilo que havia sido dito informa es sobre o recurso promocional empregado pela N estl em recente comercial de TV a m e como expert em leites recomendando os leites da empresa o fato de recentemente ind strias aliment cias brasileiras terem fechado acordo de n o realizar propaganda dirigi da ao p blico infantil o fato de o relat rio do IBFAN ter demonstrado retro cesso nos n veis de controle da conduta pr amamenta o na Uni o Europeia sinal de que as ind strias est o in
334. o industrial provocou a ascens o da burguesia marcando o desenvolvimen to da sociedade de consumo para a qual a mamadeira tornou se um dos simbo los de modernidade e urbanismo Em 1912 chegavam ao Brasil as primeiras remessas de leite condensado e farinha l ctea da Su a N estl promovendo a mamadeira de leite industrializado como alternativa para o leite fraco deno minado cientificamente hipogalactia agora uma patologia institucionalizada p 39 Um petiz sadio um pae feliz Cia Nestl tenho o prazer de offerecer a photographia de meu filho Georges O hne criado desde o nascimento com o excellente leite em p Nestogeno a quem deve ele sa de e robustez O hne Ponty O conhecid ssimo leite em p N estogeno j n o mais um produto de impor ta o e sujeito portanto a flutua es de pre os e a faltas no mercado A mes ma f rmula que tem feito o prest gio do N estogeno entre os m dicos pediatras do mundo inteiro e os mesmos apurados processos de fabrico seguidos nas u sinas N estl da Su a s o adoptados em Araras Estado de S o Paulo onde a Companhia N estl produz o N estogeno nacional O NESTOGENO um leite meio gordo cont m 12 de gordura e por is so sobejamente recommendado como o mais ben fico na falta do leite mater no T o puro como o similar importado o N estogeno nacional tem as vanta gens de ser sempre mais novo e mais barato cada lata custa apenas 5 000
335. o inqu rito da Dra M argaret Robinson em Liverpo ol em 1946 no qual constam dados como a taxa de mortalidade de beb s amamentados no primeiro ano de vida era de 10 2 por mil enquanto que a de beb s alimentados por mamadeira alcan ava a cifra de 57 3 por mil Finalizando o relat rio Muller listava as recomenda es da War on W ant para as diferentes esferas envolvidas na problem tica Para a ind stria o relat rio apontava sua expressiva responsabilidade pelo desmame precoce acon selhando que fosse seguido o exemplo das companhias suecas o de n o promo ver substitutos do leite materno em comunidades de alto risco Recomendava tamb m o trabalho cooperativo entre companhias e organiza es internacionais que trabalham a sa de da crian a e o abandono da estrat gia de promo es de produtos classe m dica Para os governos dos pa ses em desenvolvimento o texto de M uller aconselhava dever se considerar seriamente a redu o de sua importa o distribui o e ou promo o Al m disso recomendava que os produtos deveriam ser encaminhados estritamente aqueles que deles necessita vam ou seja m es que n o podem amamentar g meos e rf os e n o a uma elite econ mica pois isto desencadearia efeito referencial para todas as classes Para o governo brit nico o relat rio apontava que as companhias inglesas tais como Unigate e Glaxo deveriam estabelecer um alto padr o de comporta mento e recomendava
336. o lan a dos no esgoto demorando a se desintegrar Estat sticos Em 2008 a OMS admitiu que a tabela de crescimento de crian as que distribu a estava superestimada pois as curvas utilizadas de 1977 haviam tomado como refer ncia beb s alimentados com leite artificial Foi verificado contudo que crian as alimentadas ao seio ganham menos peso e altura a partir do terceiro m s e as curvas da tabela de crescimento corrigidas A partir dessa informa o n o dif cil concluir que pais e pediatras se preocuparam com o desenvolvimento de muitos beb s amamentados j que estavam aqu m do peso padr o recorrendo muitas vezes ao recurso da complementa o da alimenta o por leites artificiais em mamadeira Alternativa mamadeira Breastfeeding is not an instinctive behaviour but a socially learned process that does not come naturally and may be painful and uncomfortable some times Por essa e outras raz es meios alternativos para alimentar beb s v m 222 E studos demonstram que o desenvolvimento da face humana depende em apenas 40 da bagagem gen tica fican do 60 a cargo da forma com que ir o ocorrer no indiv duo sua suc o degluti o mastiga o e respira o 218 sendo pesquisados O copinho tem demonstrado ser um m todo promissor Ele permite que a suc o se d com pausas para respira o valendo destacar que mesmo beb s prematuros demonstram aptid o para se alimentar por seu interm dio Seu
337. o manifesto tenha sido ne cess ria constata se que os efeitos pretendidos n o foram alcan ados Aquelas palavras rascantes no entanto resultariam em futuras tomadas de posi o por alguns influentes designers e grupos profissionais Victor Papanek 1971 No final da d cada de 1960 e in cio da d cada de 1970 as preocupa es pre mentes com a contracultura o meio ambiente e a autonomia pol tica de pa ses do chamado Terceiro M undo muitos rec m sa dos de s culos de colonia lismo contribu ram para a forma o de uma nova consci ncia em n vel mundial do papel do design e da tecnologia Ideias at ent o pouco discutidas como ecologia humana estrat gias tecnol gicas alternativas e responsabilidade social do designer ganharam ampla divulga o atrav s de best sellers como 92 Desgn For the Real World 1971 de Victor Papanek e Small is Beautifull 1973 de E F Schumacher D enis 2000 p 196 D esde meados dos anos de 1950 os EU A empreendiam esfor os junto a ag ncias de design para fornecer assist ncia t cnica e consultoria a pequenas ind strias do Oriente e da Am rica Latina M as como conta H eskett apesar do cuidado em n o ferir a cultura local os crit rios de efici ncia e lucratividade pr prios realidade norte americana o fizeram alavancando um processo de depend ncia econ mica A esse respeito Gui Bonsiepe apontou que o erro estava em projetar para os pa ses dependentes onde n
338. o pela lei ainda item de luxo 3 3 4 Tomadas de posi o do design mediante o novo quadro M uitas mudan as podem hoje ser constatadas no campo do design com rela o ao posicionamento dos profissionais perante a sociedade e o mercado Antes de enumerar algumas dessas tomadas de posi o vale apontar que dife rentemente do que aconteceu nas d cadas em que manifestos esparsos surtiam efeitos igualmente esparsos sobre a rea hoje uma profus o de produ es que se prop em a discutir a fun o tica da atividade encontram se dispon veis em livrarias na Internet em redes sociais exposi es itinerantes congressos em cursos acad micos de gradua o e de p s gradua o Pode se considerar que at que os relat rios recentes do IPCC fos sem divulgados e que a crise econ mica global eclodisse havia uma grande divis o entre profissionais que defendiam mudan as estruturais para a rea aproximando a das diretrizes ticas e produtivas emergentes e aqueles que n o questionavam suas condutas tradicionais certos de que o mercado estabeleceria sempre o norte Como em v rias outras reas do saber e campos de atua o o panorama desvelado por t o impactantes demarcadores n o deixou margem para dissens es A moraliza o da produ o industrial e a equaliza o das a es de consumo dessa produ o se tornaram imperiosas claro que sempre haver empresas que se fechar o realidade procurando se desviar d
339. obre o movimento dos consumidores e sobre muitos outros detalhes que eu ignorava A S nia M artini e Anne Krause membros da IBFAN ga cha agrade o pelo t o frut fero almo o que tivemos em Porto Alegre Assim que der seguirei seus conselhos de fazer o curso de monitora da NBCAL Celina V alderez e Rosa na de D ivitiis da IBFAN me proporcionaram este contato N o conheci o Dr M arcus Renato mas acessei incont veis vezes seu site Alei tamento com atrav s do qual me mantive atualizada sobre os acontecimentos da rea A Jos Maria Gomez eu devo a chance de chegar perto de algum conheci mento sobre Pol tica Economia e Direito Sempre tive um grande interesse por esses temas e ele me conduziu ao entendimento de algumas coisas impor tant ssimas e certeza de que um designer n o pode prescindir de tais no es em sua forma o Eu me senti o m ximo participando daquela turma Daniel Arag o estava l e desde o ISA ABRI congresso de Rela es Internacionais do qual participei instigada por M nica quando foi o debatedor do paine sobre Responsabilidade Social do qual eu participava como palestrante se tornou um colaborador etanto Criticou sem d o meu trabalho l na hora recomendou um artigo important ssimo sobre o Global Compact e a N estl e me noticiou o Beb G lut n num apoio valioso Aos poucos meu escaninho foi sendo povoado por contribui es de colegas Por vezes eu nem identificava seus n
340. odos esses planos num moto continuum Essas reas estruturais ser o abordadas agora para ampli ar e aprofundar a reflex o acerca do quadro produtivo que inclui os leites artifi ciais e as mamadeiras assim como muitos outros produtos merecedores de reavalia o devido aos graves problemas que podem gerar de cuja concep o participam os designers Para tanto o leitor convidado a rumar temporariamente para um posto de observa o mais alto e abrangente de onde poss vel visualizar os quadros pol ticos que propiciaram a l gica de consumo fundada em grande medida pelas no es de progresso desenvolvimento e liberdade disseminadas para a sociedade 2 3 1 Os bens de consumo e as doutrinas pol tico econ micas A revolu o que o modo de produ o industrial instaurou na rela o das sociedades com os bens materiais derivou do fato de que a grande quanti dade produzida pelas f bricas reduzia o custo unit rio dos objetos Fossem eles pe as priorit rias ao dia a dia ou ornamentos concentravam anteriormente em seu custo os altos valores dos processos artesanais dentre os quais o tempo de dicado sua elabora o desde a cria o at o resultado final Com a industria liza o o uso de maquin rio e a divis o de tarefas permitiram que os produtos 24 Conferir em br groups yahoo com group iguai message 7183 Acessado em junho de 2009 26 se colocassem ao alcance financeiro das pessoas independentemente de
341. odutos ambicionados Assim o fruto do trabalho do design em ltima an li se pode gerar al m de qualidade de vida conforto e seguran a tamb m vio l ncia e corrup o Viol ncia e corrup o s o entraves grav ssimos ao desenvolvimento e a tentativa de conten o tende a ficar exclusivamente a cargo do Estado por in term dio de instrumentos de coer o como o policial e o legislativo A pobreza precisa ser combatida e n o na leitura equivocada de desenvolvimento ser considerada um efeito colateral do progresso e do desenvolvimento Fernandez e Bonsiepe trazem argumentos importantes para a discuss o Segundo a vis o dos pa ses hegem nicos as economias latino americanas esta riam predestinadas a se limitar exporta o de commodities mat ria prima 34 T ermo cunhado por Jo o U baldo Ribeiro 44 sem valor agregado o que inclui o design Escreve o economista Aldo Ferrer crescente brecha no conte do tecnol gico e de valor agregado entre as iM porta es e exporta es revelou que a economia argentina retornava a uma es trutura produtiva fundada essencialmente na explora o de seus recursos natu rais e cada vez mais distante de uma estrutura diversificada e complexa ineren te din mica do desenvolvimento e capacidade de participar nos segmentos mais din micos do com rcio internacional Esta caracteriza o n o se limita Argentina mas vale em maior ou menor grau para
342. of cio artesanal Gropius n o renegava O progresso mas argumentava que o mau uso da m quina produziu um esp rito de massa mortal para a alma nivelador da diversidade da express o individual e da independ ncia de pensamento e a o Ele tinha como alvo desenvolver objetos e constru es projetadas expressamente para a produ o industrial de modo a eliminar as desvantagens da m quina sem sacrificar nenhuma de suas vantagens reais Voltada pois configura o de produtos t cnicos e a um desenvolvimento org nico de sua manufatura a Bauhaus foi criticada por promover o racionalismo mesmo que sua inten o fosse explorar e fixar o territ rio que comum s esferas t cnicas e formais em estipular onde ficam seus limites Gropius 1972 p 21 32 A medida pragm tica contrariava o conceito original da escola 18 D e acordo com H eskett a produ o da escola entretanto resultava de oficinas fundadas em t cnicas artesanais o que acarretava no fato de que o a prendizado e a experi ncia ali adquiridos n o tivessem grande rela o com a pr tica industrial O atelier de mobili rio foi um dos primeiros a se render estandardiza o mas apenas em 1928 sob a dire o de H annes M eyer j em D essau que a realidade de mercado para os produtos ali concebidos conduzi ria a Bauhaus a tomar consci ncia de que era necess rio transformar o ensino para dar cabo das problem ticas de design que surgiam
343. ofi a Sociologia e Psicologia s o ministradas aos alunos de design sem abordar em profundidade e extens o aquilo que de mais essencial seria para a forma o dos futuros profissionais Pensadas originalmente como saberes estruturais para a atividade muitas vezes a presen a dessas disciplinas nos cursos adquire uma fun o secund ria com conte dos que tendem a ser vistos separados entre si dotados de menor express o Como ser designer desconhecendo os fundamen tos pol ticos e econ micos que geraram incrementaram e mant m a cultura industrial A forma o recebida pelos alunos no ensino m dio precisa ser refor ada e canalizada para o entendimento do l cus do design neste cen rio Como manter se alheio s estrat gias empresariais que propiciam hoje o incremento da profiss o N o bastam as aulas que apresentam o branding como um veio para a amplia o do poder de penetra o social dos produtos e o aumento das oportunidades profissionais H que ser abordado seu subterr neo a fim de que n o sejam formados designers inocentes mas profissionais informados e capaci tados cr tica Somos parte da sociedade Precisamos reconhecer que a responsabilida de integral pelo acesso da sociedade a produtos que prejudicam a integridade humana e a sustentabilidade ambiental n o pode continuar pesando exclusiva mente sobre os ombros dos Estados dos rg os de controle das pr prias ind s trias e setores de comercializa o
344. om todas as companhias participantes n o havia instrumentos de monitora mento para a implementa o dos nove princ pios em suas opera es n o havia tampouco mecanismos de publica o transparente do monitoramento das companhias depois que elas assumissem o acordo nem mecanismos para excluir publicamente as corpora es que violassem tais princ pios M eses depois foi publicada a lista das companhias afiliadas Com ela colocou se um ponto final no di logo entre os oficiais do acordo e as ONGs que trabalham pela questao dos alimentos infantis e que reivindicavam a n o inser o da N esl Em simp sio internacional do Acordo Georg Kell oficial do Acordo citou a empresa como uma das quatro companhias su as exem plares por sua conduta socialmente respons vel Recusada pelo Global Com pact em 2001 a N estl foi readmitida em 2002 sem que a IBFAN fosse infor mada do fato o que provocou sua rea o p blica Como pode a N estl ser t o bem recebida como membro do acordo Como pode o Acordo Global aparentemente ignorar as evid ncias gerais se a empresa continua a violar o C digo Internacional Como pode ignorar a liga o entre a implementa o do C digo e o cumprimento do artigo 24 da Conven o so bre os Direitos da Crian a de 1989 Como podem os executivos desprezar t o facilmente os m todos de com rcio anti ticos dos produtores de alimentos in fantis que continuam colocando em risco a sa de das crian
345. om uma manta na loja Victoria Secret de Winconsin ao pedir para amamentar seu filho no provador uma m e foi surpreendida com a nega o a seu pedido e com a sugest o de que se dirigisse ao banheiro das funcion rias no Colorado uma m e recebeu multa de U 50 por amamentar o filho num parque e foi acusada de expor suas partes genitais numa rea p blica em 2006 uma mulher foi obrigada a se retirar de aeronave da Delta Airlines que ainda n o havia decolado porque se recusou a cobrir o seio com o cober tor que os tripulantes sugeriam acusada de indiscri o Em Vancouver C a nad uma m e foi tamb m proibida de amamentar seu filho em 2008 na loja 117 Crise econ mica far mundo ter mais de 1 bilh o de desnutridos em 2009 diz O N U G1 mundo fome Globo com Dispon vel em http gl globo comyN oticias M undo 19 de junho de 2009 Acesso em julho de 2009 118 nforma es dispon veis em www aleitamento org br e www usatoday com Acesso em agosto de 2009 123 Figura 89 M anifesta es de rep dio s censuras feitas a mu lheres que amamentavam seus filhos em avi o da D elta Airlines e em lojas da Victoria Secret e Starbuks EU A 2005 2006 Figura 90 Global Breastfee ding Challenge 2008 ima gens de M anila S o Paulo e Paris Figura 91 Cartazes premia dos no concurso G Britain Breastfeeding em 2008 de roupas H amp M sob o pretexto de que o ato constitu a uma obscenidad
346. omes como no caso de Eliane Correa que me deu c pia de importante artigo sobre o boicote Nestl Agradeci a muitas Elianes antes de descobrir a real autoria daquela contribui o Cl udia Montalv o al m de povoar meu escaninho tornou se uma mul tiplicadora das informa es que lhe contei transmitindo as a pessoas conheci das ou quando quer que haja chance como em conversas de salas de espera de consult rios m dicos Cl udia foi quem me revelou que eu poderia fazer no design aquilo que eu tanto buscava realizar fora do design uma tese de design n o apenas sobre o design Sem essa informa o eu n o teria chegado aqui Aos professores presentes reuni o cujos nomes devem ser preservados por princ pio de pesquisa obrigada pelo tempo pela dedica o pela valiosa parti cipa o que tiveram em meu trabalho Realize ali o que penso deva ser uma pr tica constante de trabalho no ambiente universit rio e fico feliz pelo fato de uma not cia t o perturbadora ter gerado reflex es t o importantes A Luiz Ant nio meu orientador agrade o pela acolhida e por ter se envolvi do com meu trabalho de maneira t o especial M ereci seu apoio incondicional em todas as etapas D e vez em quando ee me mandava procurar por outras pessoas e eu a princ pio nem entendia por qu O utras vezes chegava a redigir pequenos timos trechos no material que lhe entregava pra ler Leitura minu ciosa Alertas importantes Ab
347. omo a tratada na cam panha M adrinhas da amamenta o implementam mudan as positivas reali zando o objetivo de informar a sociedade mas atingem quase exclusivamente as camadas da popula o que frequentam as institui es p blicas de sa de Estas campanhas demonstram que h um ponto por onde come ar M as como realizar isso Q ual empresa financiar a dissemina o de informa es que desencorajam o consumo de produtos consagrados Q ual empresa ou institui o p blica ir se arriscar a furar uma cultura fundada e sustentada por cor pora es que est o nos primeiros lugares nos rankings mundiais de import ncia econ mica e empatia com o p blico M ais uma vez uma sa da pode estar na universidade nos cursos de de sign nas m os dos professores e dos alunos A exemplo da universidade brit ni ca que promoveu concurso de cartazes pr amamenta o em 2008 citada no cap tulo 4 o espa o universit rio local de reflex o e experimenta o isento de liga es comerciais comprometido com a gera o de conhecimento e com pes quisa dotado de credibilidade junto sociedade Parece assim ser mister o envolvimento dos cursos de design na gera o de uma produ o comprometida com demandas emergenciais como a aqui tratada para al m do preparo con centrado do aluno em simula es do mercado de trabalho Al m da fun o do design de auxiliar a transforma o do quadro atual de luta em prol da amamen
348. on vel em www nestle com br site N ovidades AconteceN aN estle Em 19 de no vembro de 2009 M ostra londrina exibe cartazes pr amamenta o BBC Dispon vel em www bbc co uk Em 5 de maio de 2008 229 Nestle recalls South Africa infant formula Reuters Dispon vel em www reuters com Em 12 de mar o de 2008 Pesquisa de Preval ncia do Aleitamento M aterno nas Capitais Brasi leiras e DF Bvms saude Dispon vel em bvsms saude gov br pesquisa prevalencia aleitamento materno pdf Em 2009 Plastic Baby Bottles are safe convenient tested trusted Babybottle Dispon vel em www babybottle org Em 2007 Poluente contamina leite materno em S o Paulo Transcri o de arti go publicado na Folha online referente a estudo realizado na U niversi dade Estadual de Campinas Aleitamento com Disponivel em www aleitamento com Em 29 de abril de 2009 Projeto s ditos do leite Crian arepensar Dispon vl em WWw Criancarepensar org br Raz es m dicas aceit veis para prescri o de complemento do H ospital Municipal MaternidadeEscola de Vila Nova Dispon vel em www who int child adolescent health documents WHO FCH CAH 09 01 en index html Release distribu do pela N estl imprensa N estl com Dispon vel em www nestle com br Em dezembro de 2009 Spot de promo o da amamenta o iniciativa das organiza es Criar com el coraz n El parto es nuestro via L ctea Amamantar Ast
349. onais representantes de governos e de corpora es e o International Council of Gra phic Design Association ICOGRADA em 1963 A origem da ergonomia surpreende por contrariar expectativas A disci plina cient fica dedicada ao estudo das intera es humanas com os dementos de outros sistemas tem rela o com aquelas condutas de gerenciamento cient fico propostas por T aylor a intensifica o da carga de trabalho nas ind strias acarre 6 Subst ncia prescrita como sedativo anti inflamat rio e hipn tico no final dos anos de 1960 a talidomida provocou casos de malforma es cong nitas em beb s devido ao fato de o rem dio ter sido tamb m receitado a mulheres para aliviar enj os dos primeiros meses de gravidez 88 tava a diminui o do tempo de decis o de seu operador e erros humanos eram cometidos provocados por stress Conforme D enis portanto a ergonomia sur giu n o para melhorar a vida do trabalhador mas para espremer dele uma maior produtividade Denis 2000 p 37 Mas como afirma Adrian Forty A cren a de que o design em vez de digamos a prece o costume ou a moral poderia contribuir para a sa de tem origem no s culo XVIII com as tentativas de encontrar maneiras de reduzir a mortalidade nas pris es e nos hospitais Por exemplo em 1788 o cirurgi o franc s J R Tenon declarou em seu grande tratado sobre hospitais que camas projetadas de modo apropriado po deriam ser um meio de
350. onte natural e renov vel produzida com a inten o de nutrir beb s os leites artificiais s o substitutos processados n o renov veis dessa fonte natural Como o leite materno produzido na quantidade adequada para o beb os beb s amamentados t m menos res duos para excretar e frequentemente u sam menos fraldas O leite materno totalmente seguro ecologicamente n o us lo desperdi ar um recurso valioso Se todo beb norte americano re cebesse mamadeira quase 86 000 toneladas de alum nio seriam usadas nas 550 milh es de latas de leite descart veis Se as latas tiverem r tulos de papel so mam se outras 1230 toneladas de papel Mamadeiras bicos e demais cess rios s o feitos de pl stico vidro borracha e silicone geralmente reutiliz 176 Informa o dispon vel em www uff br bisfenol 20policarbonato 20mamadeira html Acesso em dezembro de 2009 17 Prof Ros ngela de A Epifanio 1Q U FF Canad pro be o uso de policarbonato na confec o de mamadeiras a partir de 2009 Em 28 de outubro de 2008 Dispon vel em www uff br Sbgrio novidade bisfenol520policarbonato520mamadeira html Acesso em outubro de 2009 178 Plastic Baby Bottles are safe convenient tested trusted D ispon va em www babybottle org Acesso em outubro de 2009 164 veis mas raramente reciclados ao final de sua vida til A maioria das mU lheres que amamentam n o menstrua e n o necessita de absorvent
351. ontr ria a reflex es e conten es recebendo apoio das sociedades indus trials O autor a denomina modelo de expans o mundial no qual acima das culturas sociedades ou na es vigoram as leis de mercado M argolin alerta que as duas propostas n o est o apenas em conflito est o numa rota de colis o pois enquanto o modelo de equil brio exige uma limita o do consumo exa tamente desse consumo cada vez mais crescente que depende o modelo de expan s o p 42 E para nutrir esse consumo que o design em grande parte sempre trabalhou A rela o entre produtos e experi ncia se pauta na convic o de que os bens materiais s o capazes de prover uma satisfa o ilimitada O materialismo tem se tornado parte t o integrante das no es de felicidade que o desenvolvimento de produtos encontra se emaranhado de forma quase inextric vel busca do melhoramento da vida humana Isto implica consequ ncias importantes Pri meiramente inexistem restri es busca de aperfei oamento dos produtos e inexiste igualmente qualquer consenso a respeito do que seria uma qualidade de produto suficiente Frequentemente a qualidade do produto est al m daquilo que o usu rio pode aproveitar M argolin 1998 p 43 Em 1973 enos anos seguintes as graves dificuldades econ micas mundiais decorrentes da crise do petr leo desviaram temporariamente a aten o mundial da quest o ambiental mas o tema retornou
352. opius tencionava comercializar os produtos da Bauhaus como forma de torn la independente do Estado Embora a ideia tenha gerado controv rsias a exposi o de 1923 demarcou o in cio da comercializa o dos produtos concebidos e fabricados na escola N aquele ano essas tend ncias seri am consolidadas pelo programa de L szl M oholy N agy e Joseph Albers em substitui o ao de Johannes Itten que a n vel interno fomentava a confron ta o deliberada com o mundo da tecnologia D roste 2006 p 60 Assim a nova orienta o da escola era definida como Arte e t cnica uma nova unida de com nfase na objetividade t cnica e economia o m ximo efeito com o m nimo esfor o resultando novamente em formas geom tricas abstratas apoia das por uma teoria idealista plat nica Heskett 1997 p 103 As oficinas da Bauhaus s o essencialmente laborat rios onde prot tipos de produtos adequados para a produ o em massa e t picos de nosso tempo s o cuidadosamente desenvolvidos e constantemente aprimorados N esses labora t rios a Bauhaus deseja treinar um novo tipo de colaborador para a ind stria e o artesanato que tenha um dom nio igual de tecnologia e forma Princ pios da produ o na Bauhaus 1926 Os esfor os de trabalho na escola dedicaram se a conceber produtos e espa os que atendessem s necessidades humanas e explorassem as potenciali dades das inova es t cnicas sem desvalorizar o
353. or outras pessoas Sou livre quando n o sofro a interfer ncia de outros M as essa ideia poderia levar ao caos social Ficou entendido ent o que a lei delimitaria a rea livre de a o do ho mem Pensadores libert rios como Locke M ill Constant e Tocqueville viriam a supor a exist ncia de uma certa rea m nima de liberdade pessoal que n o deva ser violada de modo algum Berlin 2002 p 230 231 Isso exige a de marca o da fronteira que divide a rea da vida privada da rea da autoridade p blica que mais do que discutida precisa ser regateada na opini o de Berlin M as sem condi es m nimas para o uso da liberdade para o que ela h de ser vir Qual o seu valor Berlin aponta que um campon s antes de precisar de sua liberdade pessoal necessita de roupas e rem dios N o entanto a liberdade que 47 Figura 18 Urban N omad Shelter inflatable projetado pelos designers norte americanos C ameron M cN all e D amon Seeley 2004 Ihe concedida pelo sistema a mesma permitida a professores artistas e mili on rios O que perturba a consci ncia dos liberais ocidentais n o a meu ver a con vic o de que a liberdade buscada pelos homens difere segundo suas condi es sociais ou econ micas mas a de que a minoria que a possui conquistou a ex plorando ou pelo menos evitando contemplar a imensa maioria que n o a tem p 231 Vem da o conceito de justi a de moralidade liberal a igualdade
354. oradores de rua empre gando a t cnica do origami Figura 20 H ello Kitty SARS M ask 2003 m scara com a Hello Kitty um sinal de mediocridade ou um recurso pragm tico e potencialmente eficaz de convencimento prote o ou seja liberdade de tentar fazer com que a crian a desfrutasse da liberdade de tentar n o ser in fectada Rebatendo as coloca es de M ill James Stephen no livro Liberty equa lity fraternity sinaliza a exist ncia de evid ncias hist ricas que comprovam que a integridade o amor verdade e o individualismo inflamado crescem tanto em comunidades de disciplina severa ou sob a disciplina militar quanto em sociedades tolerantes ou indiferentes o que faz cair por terra a ideia de que o progresso do g nio humano depende da liberdade Al m disso afirma Berlin um d spota de mente liberal pode conceder aos seus s ditos uma grande liber dade pessoal Ele pode ser injusto encorajar desigualdades mas desde que n o reprima a liberdade dos s ditos ele satisfaz a especifica o de Mill Assim n o h nenhuma liga o necess ria entre a liberdade individual e a regra democr ti ca Berlin 2002 p 236 A diferen a entre a liberdade negativa e a positiva reside ent o nas dife rentes respostas a serem dadas s seguintes perguntas Quem me governa e At que ponto o governo interfere na minha vida A concep o negativa a liberta o de a positiva a l
355. org my Acesso em abril de 2009 67 ani fo Figura 25 Em 2007 a M attel realizou o recall de 18 6 mi lh es de brinquedos parte devido ao uso de tintas t xicas presen a de chumbo e parte pelo emprego de pequenos imas nas pe as que quando engolidas pelas crian as poderiam se atrair dentro de seus organismos levando as at mesmo morte www folha com br em 16 8 2007 e www recallmattel com br r nea Como os aspirantes carreira e suas fam lias pertencem ao p blico a que as m dias se dirigem muitas vezes s o justamente essas peculiaridades que apro ximam os estudantes da op o pelo design Caso estivesse tudo bem com a produ o industrial peri dicas paradas para avalia es questionamentos e ajustes seriam necess rias e saud veis para todos os envolvidos M as nem tudo est bem com a produ o industrial muito menos com os setores por ela influenciados Assim medidas dessa natureza n o se aplicam para o momento preciso fazer uma revis o naquilo que tantas vezes inadvertidamente se transmite se espera e se exige n o s dos alunos como das universidades das ind strias do mercado e do consumidor Recentemente tivemos not cias que traduzem com clareza a gravidade do problema D entre elas as sobre recalls de autom veis e de brinquedos cujos fabricantes edificaram junto aos consumidores excelente reputa o como o caso da Volkswagem e da M attel Diariamente
356. orosa e segura A repercuss o da boneca entretanto demonstra o impac to do produto sobre os consumidores e o quanto est o consolidados valores cultu rais resistentes ao n va de conhecimento cient fico alcan ado Enquanto alguns comemoram o brinquedo outros o atacam frontalmente She Q ue bom que a ind stria de brinquedos levou em conta a amamenta o O xa l outras empresas copiem este produto e logo esses bonecos deixem de ser no t cia O brigada pelo esfor o realizado para promover o leite materno M nica Espanha Q ue pena que uma ideia t o brilhante para promover o t o despre zado aleitamento materno venha acompanhada por uma chupeta maior do que a pr pria cara do boneco pois como todos sabemos as chupetas podem inter ferir na instaura o correta da amamenta o M as por algum ponto se come a M argarita Espanha ste Pequelia Nossa que absurdo Essa brincadel ra a s faz a crian a perder digamos a inoc ncia N o gostei e n o aprovo Isa Brasil Eu tenho uma filha de 4 anos Imagino que seja rid culo eu ou al gu m presentear ela com essa boneca N o gostei desse neg cio a n o Com prem bonequinhas da Polly para ela mas n o essa amp de boneca que fi eu poderia achar bonitinho minha filha de 3 anos dar de mamar no peito ao inv s de estar com uma mamadeira dando comidinha na boca do beb de brin quedo Essa boneca deve ser banida do mercado Com rela o
357. os alv olos fazendo o leite ali presente verter 98 do leite s o produzidos na hora a partir da suc o A ocitocina tamb m disponibilizada em resposta a est mulos condiciona dos tais como vis o cheiro e choro da crian a e a fatores de ordem emocional Como motiva o autoconfian a e tranquilidade Vale dizer que ao contr rio do que se imagina a descida do leite pode acontecer at o tercelro ou quarto dia ap s o parto ou seja o fato de o leite n o verter imediatamente n o sinal de anormalidade A continuidade da lacta o viabilizada pela suc o e pelo esvaziamento das mamas Quando elas n o s o esvaziadas pode haver inibi o mec nica e qu mica de novas quantidades de leite Assim que a crian a nasce a secre o de leite menor que 100 ml por dia No quarto dia essa vaz o tende a aumentar para 600 ml N a amamenta o o volume de leite produzido varia dependendo do quanto a crian a mama e da frequ ncia com que mama Q uanto mais volume de leite e mais vezes a crian a mamar maior ser a produ o de leite Uma nutriz que amamenta exclusivamente produz em m dia 800 ml por dia no sexto m s Em geral uma nutriz capaz de produzir mais leite do que a quantidade ne cess ria para o seu beb O leite humano muito mais do que uma fonte de nutrientes uma subst ncia viva de grande complexidade biol gica Almeida citado por N ovak em curso no IFF conforme nota 1
358. ossa maneira mesmo que para tanto seja necess rio coagir o outro E advogava A menos que o indiv duo tenha permiss o de viver como deseja na parte da sua conduta que interessa unicamente a si mesmo a civiliza o n o pode progredir por falta de um livre mercado de ideias a verdade n o vir luz n o haver oportunidades para a espontaneidade a originalidade o g nio a energia mental a coragem moral A sociedade ser esmagada pelo peso da mediocridade coletiva M ill apud Berlin 2002 p 234 Do trecho acima pode se destacar que a liberdade pessoal ent o seria indispens vel para o progresso da civiliza o vincula o importante para esta discuss o M as procurando exemplificar tamb m esse caso com projetos de design ou fen menos que envolvem bens de consumo vale a tentativa de aplicar o racioc nio de M ill m scara cir rgica da H ello Kitty produzida para convencer crian as a protegerem se do v rus da gripe asi tica identificada em Beijing e catalogada na exposi o Safe design takes on risk Moma NY 2005 Quando a gripe asi tica SARS foi deflagrada em 2003 uma lei se im p s o uso obrigat rio de m scaras cir rgicas como preven o de cont gio Essa lei bloqueou a liberdade individual da op o por us la ou n o M as ter sido a 49 Figura 19 A partir de sobras de impress o de embalagens de leite o designer holand s D ani el Schipper projetou um abrigo para m
359. ote o contra o c ncer ginecol gico depress o p s parto O autor cita o m dico uruguaio Luis Morquio com a frase beb s que mamam no peito quase nunca adoecem Quando adoecem quase nunca morrem e destaca que o leite materno o modelo de alimento perfeito que todos os produtos indus trializados procuram imitar sem possibilidade de xito Lopes in Rego 2002 p 5 21 A obesidade figura entre os problemas provocados pelo desmame e pela consequente administra o de f rmulas infantis a beb s Enfermidade ignorada at pouco tempo pelas a es nacionais e internacionais de sa de em 1997 a obesidade foi considerada uma doen a em desenvolvimento alarmante o que foi reconhecido pela OMS que instituiu nesse ano o Dia Mundial de Combate O besidade Pesquisadores norte americanos e brasileiros publicaram em 2008 estu dos demonstrativos de que o contato do beb com a alimenta o artificial em seus primeiros dias de vida cria condi es favor veis para que ao crescer ele se torne obeso Segundo o pediatra F bio Ancona da Unifesp quando a crl an a amamentada recebe a quantidade de calorias que o organismo dela pre cisa n o a que a m e acha que ela precisa e isso essencial para a regula o do metabolismo do beb O corpo aprende o quanto de energia precisa absor ver para dar conta dos seus gastos enquanto que ao consumir calorias al m do necess rio estas se armaze
360. ou do movimento sanitarista que se fez imperioso por ocasi o do fen meno de crescimento das cidades a partir de meados do s culo XIX Grandes contingentes populacionais se concentravam em espa os despro vidos de infra estrutura invocando a cria o de m todos sociais e ambientais objetivando a remodela o e o saneamento das cidades e a transmiss o de normas higi nicas s suas popula es O modelo higienista era produto dire to de uma alian a entre a medicina em sua busca por proje o nas ci ncias e os Estados encarregados pela institui o de sistemas de controle das popula es medicaliza o das a es pol ticas e reconhecimento do valor pol tico das a es m dicas Almeida 1999 p 32 O modelo assumia por m car ter verti cal e paternalista devido aus ncia ou fragilidade de ambientes democr ticos nos locais onde foi implementado como pode ilustrar o trecho a seguir sobre o caso brasileiro dirigido a D Pedro de Alc ntara e D Carolina Josefa Leopoldi na pelo cirurgi o D omingos Ribeiro dos Guimaraes Peixoto em 1820 As crian as amamentadas por amas mercen rias ou escravas s o vitimas de mol stias ven reas bob ticas e de certas disposi es patol gicas que lhes trans mitem as amas infectadas as quais sempre que podem ocultam semelhantes males para n o perderem tal ou qual interesse n o sendo ali s capazes de se sacrificarem a um tratamento conveniente seja para se curarem
361. outro de 50 anos atr s e que se parecer muito com o de daqui a 50 anos Fazendo uso da raz o muitos consumidores t m plena consci ncia disso e constatam maiores n veis de qualidade em produtos antigos N o caso dos eletr nicos por exemplo se a vers o traz vantagens em rela o mec nica ela tamb m exige diferente destreza para o seu manuseio e acarreta necessidades de manuten o cada vez mais distantes do dom nio de conhecimentos de seu usu rio O fato que novo n o equivale a melhor e incont veis vezes flagran temente pior Tal constata o conduz necessidade de entender as origens do conceito de progresso e os motivos que o levaram a tornar se o adjetivo prefe rencial para qualificar a produ o industrial Gilberto D upas desenvolve a ideia de que o progresso um mito cons tru do pela civiliza o e de que esse mito ganhou corpo de ideologia N o alvorecer do s culo XXI o paradoxo est em toda parte O saber cient fico conjuga se t cnica e combinados a servi o de um sistema capitalista he gem nico n o cessam de surpreender e revolucionar o estilo de vida hu mano M as esse modelo vencedor exibe fissuras e fraturas percebe se cada vez com mais clareza e perplexidade que suas constru es s o revog veis e que seus efeitos podem ser muito perversos A capacidade de produzir mais e me lhor n o cessa de crescer e assume plenamente a assun o de progresso mas es se progresso ato d
362. outro lado esses mesmos produtos geram lixo em propor es devastadoras ao meio ambiente No momento em que os processos industriais s o responsabilizados por parcela expressiva do cen rio de degrada o do planeta tanto pelo seu modo de funcionamento devido aos combust veis poluentes que os movem aos res duos nocivos que geram etc quanto pelo estilo de vida que proporcionam s socie dades descartabilidade obsolesc ncias etc o design passa por uma fase de autoquestionamento Por um lado reavalia seu papel diante do cen rio con tempor neo por outro prossegue investindo nas pr ticas consagradas de sua inser o no mercado de trabalho tantas vezes comprometidas com modelos de expans o industrial e econ mica O debate entre as diferentes tend ncias ainda contido e insipiente influencia as novas gera es de designers especialmente aqueles em processo de forma o estabelecendo uma tens o entre sua atua o profissonal e seu comportamento de cidad os e consumidores Problematiza o Embora mat ria controversa tal a complexidade das redes econ mica pol tica e social envolvidas a id ia de reavaliar os produtos industriais torna se uma pr tica necess ria em raz o do impacto causado por alguns produtos so bre as pessoas e o ecossistema M edidas severas de reavalia o de produtos s o raras e muitas vezes o correm localmente como o caso da proibi o do uso de sacolas pl sticas em M umbai anti
363. ovembro de 2009 147 PASTORE J Especialista defende amplia o da licen a maternidade Licen a maternidade de 180 dias Em 16 06 2007 Dispon vel em www aleitamento com a artigos asp id x amp id artigo 1517 amp id subcategoria 12 140 optaram por comprar produtos industrializados Fica at 112 mais caro dar o lanche de marca Segundo a Dra Clara a multimistura foi substitu da na merenda esco lar pelo produto M ucilon da Nestl e por farinha l ctea N estl e Procter amp Gamble Zilda Arns coordenadora da Pastoral reconhecia a import ncia da multimistura mas acrescentava que sozinha ela n o consegue acabar com a anemia da a import ncia do aleitamento materno Procurada pela Revisa po ca a assessoria de imprensa do M inist rio da Sa de limitou se a pronunciar que T O multimistura um programa que n o existe mais Revita poca 20 10 2007 menina Lindacy quase pele e osso ao nascer e com 15 quilos aos tr s anos de idade gra as multimistura O s dados estat sticos s o valiosos para a compreens o do cen rio brasi leiro da amamenta o e tamb m para posterior avalia o quanto influ ncia das ind strias nas taxas de desnutri o D ez anos separam a ltima estat stica nacional sobre aleitamento mater no feita em 2009 da anterior de 1999 configurando um grande hiato informativo N a d cada passada o Programa Sa de da Crian a do M
364. paga o dessas informa es sociedade co mo passo metodol gico de pesquisa Como o estudo se prop e a deflagrar a necessidade de conscientiza o cr tica do design perante a produ o industrial foi decidido promover uma reuni o com professores do curso de design da PU C Rio em torno dos achados de pesquisa e dos modelos selecionados objetivando a gera o de debate sobre o tema A decis o se justifica pelo fato de os profissionais de design pertence rem a uma classe social consumidora de produtos que devem ser reavaliados e simultaneamente serem formadores de opini o de consumo Al m disso eles s o tamb m respons veis pela tarefa de transmitir conhecimento sobre a rea a futuros profissionais Buscou se convidar profissionais de v rias especialidades ergonomia materiais design de produto semi tica metodologia pl stica etc a fim de obter participa es diferenciadas que somadas promovessem a vis o global do produto N os encontros um hist rico da situa o lhes foi exposto em apresenta o de slides juntamente com a cr tica aos modelos de mamadeiras N o centro da mesa foram colocados os produtos e as fichas correspondentes com dados do fabricante e textos promocionais Os professores ent o debateram o tema por uma hora Toda a din mica foi filmada D uas reuni es foram necess rias para contemplar as diferentes disponibilidades de hor rio dos convidados A conclus o desta tese resultou do cruzam
365. par dele M as nos cabe uma postu ra cr tica e a defesa de uma forma de trabalho sobre a outra N o se pretende que esses depoimentos traduzam a stua o mundial do desgn quanto tica Ali s essa seria uma pesquisa muito adequada e bem vinda no presente momento M as os depoimentos s o muito expressivos da situa o que encontramos em rodas profissionais ou em salas de aula Quando a discuss o dobre a tica n o evitada costuma gerar clara divis o de opini es O manifesto Firg Things Firg j havia alertado sobre o fen meno de hi bridiza o entre o marketing e o design e os graves riscos envolvidos Pois bem 213 Existe una tica da dise o D ebate proposto pela revista online Foroalfa dispon vel em http foroalfa org Acesso em dezembro de 2009 214 Este e todos os demais depoimentos sobre tica citados est o no debate promovido pela Foroalfa 204 com o caso das mamadeiras estamos diante da concretiza o de um desses riscos um milh o e 300 mil crian as morrem anualmente em todo o mundo porque est o sendo alimentadas por leite em p por interm dio da mamadeira Vale neste momento repetir as palavras de Ken Garland principal men tor daquele manifesto Responsabilidade se unir com os capit es de ind stria de modo a tomar medidas apropriadas e fazer com que os acionistas que sustentam a empresa permitam que isso aconte a Irresponsabilidade significa silenciar perante o p blico q
366. pauta com todo o vigor nos anos de 1980 Um novo tipo de consumidor surgiu na Europa e nos EUA interessado em produtos menos poluentes ou produzidos sob os novos padr es ambientais mes mo que por eles precisasse pagar mais caro D enis 2000 p 216 219 A idea do crescimento zero embora teoricamente indicada n o foi pro posta como solu o nem pela esquerda nem pda direita Segundo Eric H obsbawm A taxa de desenvolvimento devia ser reduzida ao sustent vel a m dio prazo e a longo prazo se chegaria a um equil brio entre a humanidade os recursos renov veis que ela consumia e o efeito de suas atividades sobre o ambiente Ningu m sabia e poucos ousavam especular como se devia fazer isso U ma coisa por m era ineg vel T al equil brio seria incompat vel com uma economia mundial baseada na busca ilimitada do lucro por empresas econ 78 Asind strias se n o s o contr rias ao equil brio est o enredadas pela corrente expansionista 7 O modelo prevalece embora a crise econ mica de 2008 tenha estremecido em parte a din mica desta equa o por ocasi o da reuni o do G8 em quila o presidente Barack Obama sinalizou que os EUA n o conseguir o recuperar os n veis de consumo do passado pois trilh es de d lares foram perdidos apesar do dinheiro injetado pelo governo na economia D ispo n va em www estadao com br economia not eco400240 0 htm Em 9 de julho de 2009 Acesso em agosto de 2009 101
367. pelo controle da comercializa o de f rmulas infantis e de apoio ao resgate da pr tica da amamenta o Os Cadernos de Aten o B sica publicados pelo M inist rio da Sa de explicam o processo de lacta o As mulheres adultas possuem em cada mama entre 15 e 25 lobos mam rios constitu dos cada um por 20 a 40 l bulos Estes por sua vez s o formados por 10 a 100 alv olos O leite produzido nos alv olos levado at os seios lact feros por uma rede de ductos A mama na gravidez preparada para a amamenta o sob a a o de dife rentes horm nios Com o nascimento da crian a e a expuls o da placenta h uma queda acentuada nos n veis sangu neos maternos de progestog nio com consequente libera o de prolactina iniciando a secre o do leite 163 Grande parte das informa es deste cap tulo foram obtidas na aula do pesquisador Franz Novak no curso Ama menta o a rela o entre o biol gico e o social Instituto Fernandes Figueira IFF Dezembro de 2008 164 Sa de da Crian a nutri o infantil Cadernos de Aten o B sica Editora M inist rio da Sa de Bras lia D F 2009 156 o as mamas produzem leite i um hor amado pracinha Mas quantidade aumente pra valer s i n peto dgre or suc o des memas pab bebi A imagem demonstra que depende da suc o do beb a libera o da oci tocina horm nio que contrai as c lulas que envolvem
368. po da informa o e resguardando se assim do que pudesse ser considerado sujo em sua rela o com o dinheiro Leite 2000 Em artigo para o recente livro Citizen Desgner organizado por Steven H eller e V ronique Vienne o pr prio Ken Garland disserta sobre a no o de responsabilidade profissional citando a repercuss o causada por seu manifes to junto aos diretores de vendas das empresas para quem projetava aquela po ca Um deles argumentou O que precisamos ter em mente Garland median te o grande volume de despesas com o projeto de identidade corporativa que nossa maior responsabilidade nossa responsabilidade ltima com os acionis tas Outro falou Voc est fazendo pouco de si rapaz aparecendo na televi s o e proclamando tal manifesto Corre o risco de perder alguns clientes Ao fim do texto Garland chega s seguintes defini es Responsabilidade se unir com os capit es de ind stria de modo a tomar es apropriadas e fazer com que os acionistas permitam que isso aconte a Ir responsabilidade significa silenciar perante o p blico qualquer coisa que voc n o aprove acerca do modo que as coisas s o Garland in H eller e Vienne 2007 p 188 190 D enunciar a situa o era a fun o do manifesto Chamar os profissi o nais do mundo todo realidade e sua responsabilidade foi o objetivo Em que pese o fato de que muitos anos depois a reedi o d
369. promo o de um crescimento sustent vel Fundamenta se em 10 princ pios que derivam da D eclara o Universal dos Direitos H umanos da Declara o da O rganiza o Internacional do Trabalho sobre Princ pios e Direitos Fundamentais no T raba lho da D eclara o do Rio sobre M eio Ambiente e D esenvolvimento e da Con ven o das N a es U nidas Contra a Corrup o quais sejam RESPEITAR e nov ns Aros hwana econhecadas AALLS e a aia W AU NDA do erfiv rnicas CoPyuAnde INCENTIVAR O OSOONI e a Asie dv erotis as sas wman aviena l Chad arton Not cias recentes demonstram que tais princ pios t m sido deliberada mente desrespeitados Em outubro de 2008 mat ria do jornal O Globo noticia va a liberta o de 34 crian as escravas em N ova D hi Resgatadas em f bricas de bordado onde trabalhavam das 8h a 1h da manha seguinte 17 horas conse cutivas crian as de 7 e 8 anos vendidas pelos pais aos traficantes infantis por cerca de US 30 s o v timas de pr tica comum na regi o onde afirma se haver mais de 50 mil casos semelhantes H azel Henderson economista evolucionista norte americana afirma que muitas companhias admitem que caso n o estivessem sendo desafiadas pelas ON Gs as empresas n o realizariam algumas das mudan as em rela o ao comportamento ambiental porque os mercados financeiros delas esperam a maximiza o de lucros Aponta entretanto que essas mesmas companhia
370. protagoniza essa incoer ncia Vale ent o enumerar os seguintes pontos 1 como j foi comentado as informa es sobre os problemas provocados pelas mamadeiras e f rmulas artificiais figuram na primeira p gina dos stes de pes quisa na Internet 2 a atividade do design se define pela busca de solu es inovadoras que respei tem a diversidade de culturas a integridade humana e do meio ambiente 3 pesquisar a primeira coisa que um designer faz ao receber um trabalho Algo est muito errado ent o H uma esp cie de acomoda o em pro jetos de redesenho de produtos quando as informa es dispon veis demons tram a necessidade de uma mudan a de postura rumo concep o de um uten silio que se desine sim a colaborar com as situa es em que complicado amamentar mas sem incorrer permanentemente nos mesmos erros Curiosamente foi justamente em pa ses africanos poca do relat rio Figura 147 Copinhos para The baby killer que veio tona uma alternativa mais adequada de administrar O CR i alimento a beb s o copinho ou a x cara A simplicidade de sua forma viabiliza uma higieniza o mais eficaz mesmo em condi es pouco prop cias e com o Tt uso do copinho o movimento de suc o se realiza de forma correta pelo beb Promillus Promillus que buscar o l quido com a l ngua assim como o faz um gato que bebe leite Em na no prato O produto exige a presen a de um adulto al m de paci ncia e t cnica
371. que feita por milh es de m os de artes os se al ar um dia aos c us como simbolo cristali no de uma nova f vindoura Aquela altura j derrotada na guerra a Alemanha convivia com greves de trabalhadores da ind stria e fortes amea as de influ ncias da pol tica sovi ti ca ocasionando a cria o de uma nova rep blica federal o que provocou o deslocamento da capital de Berlim para Weimar A Bauhaus era uma institui o estatal p blica resultante da fus o da Academia de Belas Artes e da Escola de Artes e Of cios ambas de W eimar por m grande parte do seu corpo docen te era socialista Ali se pretendia reunir propostas art sticas e arquitet nicas das mais diversas origens o que acabou por deflagrar um confronto entre o perfil cosmopolita de seus integrantes e as fortes tend ncias nacionalistas xen fobas daquela fase hist rica D enis 2000 p 119 120 Para efeito desta pesquisa vale ressaltar que a iniciativa de reunir expo entes das artes e da arquitetura e alunos de v rias nacionalidades na constitui o de um programa educacional voltado para planejar projetar e construir para o novo homem Droste 2006 p 22 salvaguardando processos de produ o humanamente dignos configura um segundo marco hist rico da atividade em defesa da tica Trata se da reafirma o da validade dos argumentos do Arts and Crafts desta vez convertida em uma estrutura nada ortodoxa de ensino que 62 Em 1896 M
372. que um par de t nis n o pode portar em si toda a carga de responsabilidade pelas injusti as do mundo que se formos pen sar assim teremos que abrir m o de mais da metade dos produtos e sistemas que comp em nosso estilo de vida Parece mesmo que n o se pode voltar atr s D e volta ao universo feminino e a suas quest es de fato com a pratici dade das fraldas descart veis as m es libertaram se de um tanque repleto de fraldas de tecido dif ceis de lavar e com a inven o do absorvente higi nico descart vel as mulheres libertaram se dos transtornos e desconforto causados pelas regras mensais D iante de tudo o que vem acontecendo no mundo nos ltimos anos certeza maior do que a de que n o d para voltar atr s a de que n o d para seguir em frente nos mesmos moldes mesmo que estejamos cada vez mais atre lados s conquistas industriais e ocupados na luta pela sobreviv ncia n o po dendo fugir de muitas regras opressivas de um sistema econ mico e pol tico que nos concede soberania para a tomada de decis o de consumo em lugar de cidadania Stuart H all apud Giddens 2001 p 21 Embora o que at aqui foi brevemente exposto seja uma hist ria de bus ca pela liberdade no presente momento n o se percebem posturas otimistas em rela o necessidade de mudan a de mentalidade de consumo elas no m ximo 28 Empres rio da internet de 24 anos Carmine Colletion sobre sua decis o de tatuar o logo da N
373. quecidos pode liberar o pol mero BPA al m do limite de seguran a Diver sos efeitos em animais de laborat rio como c ncer de pr stata e de mama puber dade feminina precoce diabetes e obesidade foram correlacionados exposi o ao BI fato que levou o Canad a proibir seu uso na confec o de mamadei ras Fisiol gicos A amamenta o permite que a suc o primeiro reflexo neurol gi co do beb se desenvolva adequadamente preparando a crian a para a masti ga o a erup o dos dentes um crescimento facial harmonioso e a boa articu la o dos fonemas Ao ser amamentada a crian a trabalha toda a musculatura da face e respira pelo nariz Sua l ngua desenvolve movimentos que estimulam a vaz o do leite da mama e a continuidade dessa produ o O bico do seio se acomoda fisiologia da boca do beb e o leite verte de acordo com o que ele demanda Todo o processo se altera por m quando entra em cena a mamadei 220 Como ilustram os casos de m es que foram proibidas de amamentar seus beb s nos sal es da Starbuks na loja Victoria Secret e a bordo de um avi o da D dta Airlines www aleitamento org br www usatoday com 221 www uff br Sbgrio novidade bisfenol520policarbonato520mamadeira html 217 ra Com ela o esfor o muscular menor A mamadeira goteja imprimindo acelera o demanda natural do beb e alterando a coordena o entre sugar e respirar Com 1sso altera es respirat rias tendem a surgir
374. quest o da sustentabilidade que daqui pra frente as ind strias que estiverem rumando somente para o lu cro v o dar com os burros n gua Os trechos acima colhidos nas duas reuni es chegam ao mesmo ponto identificando a necessidade de se refletir sobre a a o de alimentar beb s sobre o processo humano que propicia a exist ncia do produto A vis o sist mica permite questionar a pr pria exist ncia da mamadeira criando condi es apenas a partir da para a considera o de seus fatores formais e funcionais Os termos projetar a es e projetar processos todavia necessitam de maiores explica es Evidentemente a ideia n o planejar as etapas que os consu midores realizar o para usar o produto mas considerar como est gio metodol gico a escuta e observa o dos passos e etapas que propiciam a demanda do objeto co mo que passando a limpo os motivos que levaram sua concep o Aplica es outras al m das planejadas originalmente s o comuns na rela o do usu rio com os objetos como por exemplo a aplica o da mamadeira para tranquilizar a crian a e faz la dormir o que constitui um dado importante a ser considerado como item de briefing A reflex o sobre a metodologia do design toca diretamente na quest o tica Essa roda toda uma roda tica ou seja a demanda pelo produto envolve complexidades diversas que se desrespeitadas ou ignoradas terminam por con trariar
375. quina como um motor da economia N aquele cen rio dois casos podem ilustrar o quanto os frutos da ativi dade variavam e mesmo poderiam oscilar em termos de direcionamento tico Por um lado est mulos econ micos e correntezas pol ticas Por outro situa es sociais e esp rito de pesquisa No primeiro caso em 1928 o designer alem o W alter M aria Kersting que defendia a produ o de mecanismos simples e prova de uso incorreto desenvolveu um inovador gabinete de r dio em pl stico moldado Alguns anos depois embora K ersting se opusesse ao regime seu projeto foi utilizado como base para o Volksempfanger r dio do povo produzido pelos nazistas como instrumento de propaganda H erkett 1997 p 115 N o segundo caso em um per odo em que as pesquisas tecnol gicas se voltavam para a guerra o designer norte americano Charles Eames dedicou se a explorar as possibilidades t cnicas e est ticas da madeira desenvolvendo e fabricando talas para a imobiliza o de feridos e macas para transport los o que contribuiu tanto para a chegada do pensamento de design a equipamentos m dicos e de emerg ncia quanto para o prosseguimento das investiga es dos potenciais da madeira laminada para ou tras finalidades Em 1945 o fim da guerra levou a uma euforia cuja for a motriz foi o consumo O s sal rios recebidos durante o conflito inclusive por mulheres que trabalhavam nas f bricas de arsenais b licos por exemp
376. r metro a regula o da ind stria de alimentos para crian as e o C digo Internacional de Comercializa o de Substi tutos do Leite al m das intera es ocorridas entre OM S U nicef e o setor co mercial A finalidade do pedido era formar a base de uma avalia o p blica das vantagens e desvantagens de v rias formas de engajamento da O rganiza o com o setor privado N esse mesmo sentido a Alta Comissariada de D iratos Humanos da ONU Mary Robinson apontou que o monitoramento do siste 136 E sses valores eram os seguintes apoio e respeito aos direitos humanos em sua esfera de influ ncia n o cumplicidade com abusos de direitos humanos garantia de liberdade de associa o e reconhecimento do direito de negocia o coletiva elimina o de todas as formas de trabalho for ado ou compuls rio aboli o do trabalho infantil elimina o da discrimina o no trabalho postura de aten o ao meio ambiente postura de promo o da responsabilidade ambiental encorajamen to ao desenvolvimento de tecnologias ambientais amig veis 133 ma seria crucial pois a sociedade civil insiste em afirmar que as corpora es fazem promessas mas n o as cumprem Por m em 2002 durante a abertura do J ohannesbur World Summit on Sustainable D evelopment o Global Com pact foi apresentado como uma parceria com o setor comercial provocando a rea o de redes e grupos da sociedade civil que apontavam n o havia uma lista c
377. r pol ticas de design meramente cosm ticas para a renova o de produtos tiveram que ser abandonadas U ma das so lu es encontradas pelos empres rios foi a de investir em estrat gias para aque cer as vendas potencializando aquilo que Packard prenunciava Investimentos maci os em publicidade demarcaram a rela o trinid ria entre design publici dade e marketing sob os ausp cios da televis o que vem a ser simultaneamen te um eletrodom stico um ve culo para vendas e para o lazer 72 Dispon vel em www agitprop vitruvius com br Acesso em abril de 2009 91 Figura 62 Ken Garland em torno da televis o que se cristalizam dos conceitos fundamentais do de sign e do marketing no mundo p s moderno o que foi batizado em ingl s de lifestyle ou estilo de vida M ais do que sentido aparente do termo trata se da ideia de que uma mercadoria n o deve ser projetada apenas como um produto isolado julgado por padr es imanentes como fun o ou forma mas como uma pe a inserida em toda uma rede de associa es e atividades que juntas ge ram uma imagem e uma auto imagem do consumidor usu rio D enis 2000 p 183 Ao analisar o documento Jo o de Souza Leite observa que de acordo com o texto o design n o deveria se imiscuir em quest es relacionadas pro paganda e publicidade por n o cumprir papel algum relacionado s t cni cas de persuas o devendo concentrar se estritamente no cam
378. r porque o sucesso da administra o de leite em copinho requer muito treino como foi apontado pela pediatra presente em uma das reuni es Final mente porque os modelos de copinho apresentados estarem muito distantes de uma situa o formal que resulte em efic cia de administra o de l quidos pois de imediato foi previsto o risco de vazamentos pelos lados a fragilidade do ma terial etc No entanto os designers entenderam que a proposta constitui um desafio muito promissor e alguns participantes comentaram que a alimenta o de beb s deve ser sempre acompanhada por um adulto como premissa 199 Em conversa posterior com enfermeiras do IFF foi revelado que h sim situa es em que a bomba autom tica indicada Por m seu uso n o deve ser indiscriminado 187 A simplicidade formal do copinho forneceu ind cios de que estamos sendo ludibriados por ilus es tecnol gicas que necessitam realmente de revis o conduzindo os professores de design a reflexoes importantes sobre a metodolo gia ensinada e aplicada no desenvolvimento de projetos de design 5 4 5 Reflex es sobre metodologia de projeto em design O m todo de trabalho aplicado em projetos de design particulariza a profiss o O entorno t cnico considerado de modo o mais abrangente poss vel sob os ngulos econ micos sociais simb licos pol ticos e produtivos da demanda de um projeto permite o mapeamento da quest o em busca de uma solu o eficiente No
379. r ximo a ind strias e rios polu dos Em S o Paulo o PCB foi detectado na taxa de 13 86 microgramas por litro n vel inferior ao considerado perigoso para as crian as 20 a 60 microgramas por litro O texto refor a que n o deve haver alarme O s n veis encontrados n o s o capazes de causar dano ao rec m nascido calci fica o anormal do cr nio baixo peso anemia crescimento reduzido e baixo QI risco de problemas imunol gicos respirat rios hep ticos e outros do sis 16 Informativo da O rganiza o Pan Americana de Sa de O PAS O M S Brasil de 13 de novembro de 2000 170 Ac mulo de policloretos de bifenila na popula o do G rande S o Paulo Brasil Diogo Pupo N ogueira Jos M aria Pacheco de Souza S rgio Colacioppo Jorge da Rocha Gomes Joselito Bomfim Brand o M arlene Lopes Assis de Souza Rev Sa de P blica vol 21 no 4 S o Paulo Aug 1987 Dispon vel em www scielo br pdf rsp v2 1n4 01 pdf Acesso em janeiro de 2010 160 tema nervoso central mesmo ele sendo amamentado por todo o per odo re comendado O leite materno o alimento mais completo para o bom desen volvimento f sico e mental do beb D iante de tantas informa es esta pesquisa se dedicou a procurar por recomenda es que estipulassem o uso adequado dos substitutos do leite ma terno uma vez que muitas s o as ocasi es em que uma alternativa amamenta o se faz necess ria O documento Raz es m dicas aceit veis para p
380. r a crian a na posi o correta proporcionando uma mamada natural desde os primaros dias de vida A forma larga especial e a borracha flex vel do bico oferecem as mahores condi es possiveis para o aletamento s o 1 Cr tica A alian a mundial em prol da amamenta o aconselha que as crian as sejam alimentadas ao seio de maneira exclusiva sem gua ch s ou sucos at os seis meses O utros alimentos devem ser acrescentados aos poucos em conduta a ser mantida idealmente at os dois anos ou mais O C digo Internacional de Sustitutos do Leite pro be que as ind strias utilizem recursos promocionais que se refiram substitui o do leite materno pelo artificial No entanto contrariando a norma os fabricantes recomendam a utiliza o da mamadeira Chicco desde os primeiros dias de vida defendendo a conduta como determinante de um aleitamento s o DGSE innen nato E3 Mini Chicco l a chicco il tuo bambino g o inizia E ji 4 a succhiare CHICCO A a D esign Embora o resultado formal da mamadeira alcance extrema beleza digna da tradi o italiana de design a empresa vem sendo alvo constante de den ncias pda IBFAN sja por violar o C dico Internacional seja pelo fato de a empresa recomendar a mamadeira e a chupeta desde os primeiros dias de vida do beb O material promocional representa o procedimento com imagens ou fotos de beb s nas embalagens al m de lan ar linha de brinq
381. r o panorama te rico aqui tra ado com fatos demonstrativos dos efeitos analisados N o caso dos efeitos da mamadeira e dos frutos do trabalho do design sobre a realidade 53 Figura 23 Dra Cicely Williams autora do artigo Leite e homi c dios 3 Reflex o profissional avan o cient fico e a o so cial questionando a escalada industrial A observa o dos efeitos provocados pelos produtos e seus processos de produ o sobre a sociedade uma das fun es das pessoas que os concebem e daqueles que aconselham seu uso A pesquisa o instrumento para esta verifi ca o A a o social muitas vezes o meio de clamar pela implanta o de novas condutas alertando a sociedade em sua defesa sobre as mudan as identi ficadas por essas pesquisas 3 1 M otivos para a revers o do paradigma cient fico com rela o alimenta o artificial de beb s Em 1939 ocorreu o primeiro alerta sobre as consequ ncias danosas da alimenta o com mamadeira e leite condensado no Rotary Club de Cingapura na palestra Leite e homic dios da Dra Cicely Williams Na ocasi o Willi ams sugeriu que a propaganda enganosa sobre alimenta o infantil deveria ser castigada como o mais criminoso tipo de sedi o e as mortes reconhecidas como assassinato A partir da uma sequ ncia de trabalhos discutiu a rela o entre a pr tica de comercializa o de alimentos infantis e o decl nio dos ndices de
382. ra os constantes coroando meus feitos num for necimento permanente de incentivo mesmo que por vezes em forma de cari nhosas broncas mas broncas 211 Ele me mandou conversar com M enga L dke do D epartamento de Educa o da PUC logo depois da qualifica o Uma hora Foi esse o tempo que levou pra ela me mostrar a coisa do jeito que ela deveria ser vista Cristine provar que o seio materno melhor do que a mamadeira n o tese Sua tese est a qui na necessidade de reavalia o da produ o industrial que voc tanto co menta Uma frase que valeu ouro N ewton Gamba Junior participou da qualifica o de outros momentos da pesquisa e membro da banca final Como foi bom ter um designer que j cursou M edicina para avaliar meu trabalho Eu pensa que todo o texto da tese seria recheado por cita es de J orge F rasca ra Pouqu ssimas foram as refer ncias ao seu trabalho de modo que corrijo aqui a lacuna A leitura de seu livro Diseho Gr fico para la gente anos atr s me encorajou a perseguir as quest es que tratei aqui T lo conhecido pessoalmen te por obra de uma estripulia de Vera D amazio que me incluiu em um almo o com ele me permitiu come ar a conversar sobre as mamadeiras com meu autor dileto de design o que se estendeu em correspond ncias eletr nicas Lei a se portanto seu nome impresso em tinta branca nas notas de rodap de to das as p ginas da tese A Vera D amazio eu agrad
383. ram aumento de empregos de oportunidades e de poder aquisitivo ativando a economia Q uando tais inova es s o incorporadas pelos h bitos de consumo por m ocorre uma diminui o nos investimentos e a taxa de cresci mento da economia cai provocando um per odo de recess o Para Schumpeter os ciclos econ micos altern ncia entre per odos de prosperidade e recess o Caracterizariam a economia capitalista Keynes seu contempor neo reagindo aos efeitos compuls rios dessa correnteza c clica defendeu a necessidade de interven o do Estado como for ma de conter a instabilidade dela decorrente Seu pensamento exerceu grande influ ncia sobre muitos pa ses que vieram a adotar pol ticas monet rias e fiscais como recursos de controle econ mico A partir dessas informa es sobre o conceito de desenvolvimento vale analisar mesmo que de um ponto de vista leigo o cen rio econ mico atual com vistas a um maior entendimento das rela es de comprometimento que se estabeleceram entre progresso e desenvolvimento Em primeiro lugar hoje cada vez mais flagrante a preval ncia daquele efeito paradoxal do desen volvimento apontado por David Ricardo a problem tica das superpopula es urbanas desprovidas de n veis aceit veis de qualidade de vida T amb m flagran te a explora o de muitos em detrimento de poucos conforme a tese de M arx Identificam se resultados vivos das ideias positivistas de Comte nos pre o
384. raram uma oposi o ao tecnocratismo que aquela altura colocara pr ticos e te ricos em p de guerra Segundo Souza os dois afirmaram que a finalidade do projeto seus objetivos e valores sociais eram os fatores importantes no design O sentido a utilidade e a forma n o resultavam de determinismos mas da inten o do projeto p 67 A busca incessante e cheia de controv rsias de uma defini o para a ativi dade do design foi depois mais precisamente colocada por M aldonado em 1967 O desenho industrial uma atividade cujo objetivo ltimo determinar as propriedades formais dos objetos produzidos pela ind stria Por propriedades formais n o se entendem as caracter sticas exteriores mas acima de tudo asre la es estruturais e funcionais que convertem um objeto em uma unidade coe rente tanto do ponto de vista do produtor como do usu rio M aldonado a pud Souza 1996 p 68 O s debates tiveram como canal a revista U Im onde se questionavam os resultados da escola perante a realidade pol tico econ mica alema se discutiam problemas de ordem acad mica e se analisava j naquela poca a interfer ncia da produ o industrial sobre o meio ambiente Toda a movimenta o pol tica do final dos anos de 1960 marcou a escola envolvendo os estudantes em dis cuss es sobre o futuro de U Im Em 1967 M aldonado recusou a proposta de estatiza o da escola pro posta pelo parlamento como forma de superar problemas fina
385. rasileira e internacional a talidomida Subst ncia presente em medicamentos receitados a gestantes como calmante ou solu o para enj os e antiinflamat rio durante os anos de 1950 causou deforma o em fetos que nasciam sem bra os pernas ou rg os genitais N o in cio da d cada seguinte foi retirada do mercado tal a gravidade do esc ndalo elucidado pela luta das fam lias afetadas No Brasil a estimativa de que cerca de 700 pessoas nasceram com tais malforma es e hoje recebem pens o da Previd ncia Social por por tarem a S ndrome da T alidomida M as embora proibida tamb m aqui no in cio dos anos de 1960 voltou a ser receitada para pacientes com hansen ase em meados da mesma d cada quando se constatou a reincid ncia do problema uma segunda gera o de vi timas que se estendeu at meados da d cada de 1990 foi considerada uma peculiaridade brasileira Em 1996 o Minist rio da Sa de tornou mais rigoro sa a prescri o do medicamento e segundo a procuradora Eug nia Augusta Favero acreditava se que essa disciplina seria suficiente para que n o nasces sem novas v timas da talidomida no pa s Mas em 2001 come aram a surgir novos casos a terceira gera o possivelmente provocados por falhas no sistema tais como a n o assinatura do termo de responsabilidade por parte de usu rios ou a aceita o nos pontos de venda de prescri o fora do formul rio pr prio exigido fazendo com
386. re com os produtos e com as empresas que os produzem foi lan ada a certifica o para profissionais seus est dios e escrit rios Exemplo disso o selo The D esgners Accord uma coaliz o global de designers engenheiros l deres corporativos e pesquisadores que trabalham juntos para criar impactos ambientais e sociais positivos A coaliz o agrega cerca de 100 mil membros da comunidade criativa representando 100 pa ses Sua vis o integrar os princ pios de design sustent vel na pr tica e na produ o profissonal gerando conhecimento comum sobre sustentabilidade e subvertendo o modelo tradicional de competi o A organiza o sem fins lucrativos busca que seus princ pios e metodologias colaborativas sejam adotados tamb m por institui es educacionais que assim como todos os outros membros tomam como princ pio incluir a quest o da sustentabilidade em seus curr culos e encontros com estudantes e clientes medem e reduzem emiss es de carbono em suas pr ticas rotineiras e tomem outras atitudes semelhantes coerentes com esse objetivo Tamb m a exemplo de outras organiza es a D edon Without Borders foi iniciada em 2001 fruto da coopera o entre o escrit rio do designer noruegu s 119 8 Figura 86 S mbolo do selo de certifica o de escrit rios e empresas de design Designer accord Figura 87 Cartaz da iniciativa Design for the world Figura 88 Exposi o M assi
387. rescri o de complemento do H ospital M unicipal M aternidade Escola de Vila N ova Cacho eirinha 2 onde figuram as informa es a seguir recomendadas ao que tudo indica a todas as institui es certificadas pelo Programa H ospital Amigo da Crian a Beb s que n o devem receber leite materno ou qualquer outro leite ape nas f rmulas especiais crian as com galactosemia cl ssica para as quais ne cess rio uma f rmula sem galactose crian as com doen a de urina de xarope do bordo precisam de f rmulas livre de leucina isoleucina ou valina e aquelas com fenilceton ria f rmula isenta de felilananina Beb s para os quais o leite materno a melhor op o mas que podem precisar de complementa o por per odo limitado nascidos com menos de 1 500g muito baixo peso ao nascer nascidos com menos de 32 semanas de idade gestacional muito prematuros em risco de hipoglicemia Condi o materna que pode justificar a suspens o permanente da ama menta o infec o por H IV Condi es maternas que podem justificar a suspens o tempor ria da a mamenta o doen a grave que impe a a m e de contato com seu filho v rus do Herpes simplex tipo les es do seio medica es maternas como drogas se dativas anti epil ticas e v rias outras Condi es maternas durante as quais amamentar n o contra indicado em bora elas representem problemas de sa de causadores de preocupa o abces so mam rio hep
388. rida ou seja sem deixar de se preocupar com a necessidade de gera o de lucro mas colocando o n o como um fim em si mesmo mas sim como um meio para se atingir um desenvolvimento sustent vel e com mais qualidade de vida Perguntado sobre os motivos por que os princ pios da responsabilidade social chegaram ao empresariado t o tardiamente Kapaz justifica a mudan a do entendimento por parte de alguns l deres empresarias afirmando que de nada adianta ter uma empresa sadia em uma sociedade miser vel e sem perspec tivas de recupera o Lan ado em 2000 o Pacto Global das N a es U nidas vem mobilizando a comunidade empresarial internacional a aderir a uma pol tica respeitosa de neg cios frente a valores internacionalmente reconhecidos em v rias searas no 36 N aquela mesma d cada tamb m os pa ses comunistas passariam a se organizar visando a proteger o consumidor da imin ncia das pol ticas de mercado que come avam a ser reinplantadas 87 Dispon vel em www world nuclear org Acesso em abril de 2009 88 Emerson Kapaz em entrevista a Fernando M endon a Revista FAE Busnes n 9 setembro de 2004 106 cap tulo 6 ser o feitas considera es sobre a aplicabilidade do Pacto e a aceita o da N estl dentre as empresas signat rias O pacto re ne ag ncias da O NU empresas sindicatos e ON Gs congregando mais de 5 000 organiza es M as n o tem cunho regulat rio apenas fornecendo diretrizes para a
389. rime os produtos tornaram se essencialmente gr ficos bem humorados e a rela o entre forma e fun o foi subvertida O s produtos gerados por esses grupos surpreenderam insuflando a discus s o no meio profissonal e lan ando os fundamentos te ricos para o movimento p s moderno mas tamb m atra ram a aten o do mercado que passou a gerar pastiches desprovidos do discurso ideol gico que cairam nas gra as do consumo A import ncia do movimento M emphis no entanto deve se ao fato de ele recuperar valores essenciais para a atividade como a vitalidade a busca por novas linguagens e o questionamento sobre a situa o instalada Design Universal 1985 Ao retornarem para casa muitos dos veteranos da Segunda Guerra M un dial apresentavam incapacita es f sicas N a Europa no Jap o e nos EUA tor nou se necess rio dar aten o sua readapta o sociedade Assim nos anos de 1950 foram iniciadas mudan as nas pol ticas p blicas e nas pr ticas de design de modo a abrir oportunidades de educa o e a institucionalizar os cuidados com as sa de dessa popula o Em 1961 a Veterans Administration junto a outras entidades norte americanas convenceu a American Standarts Association a lan ar a primeira publica o sobre padr es de acessibilidade sob o t tulo T ornando edif cios aces gveis e us veis para indiv duos fis camente incapacitados e os movimentos pelos direitos civis daquela d cada incluiriam
390. rio o uso de cadeirinha o que ocorreu naquele mesmo ano Por outro lado em p ginas anteriores deste cap tulo citamos o caso do menino Jo o H lio morto na sequ ncia de um assalto ocorrido em 2007 o que sua m e n o p de impedir devido dificuldade de abrir o cinto de segu ran a para solt lo da cadeirinha Pesquisadores brasileiros como Celso Arruda e M arcus Romaro da Unicamp desenvolveram estudos para provar a inefici ncia dos cintos de seguran a de cadeirinhas quando utilizados por crian as Acolchoados coloridos e parecidos com al as de mochila podem na verdade ser in cuos e mesmo colocar em risco a vida das crian as a bordo de autom veis envolvidos em acidentes de tr nsito j que proporcionam livre mobilidade aos pequenos No caso de Jo o H lio ineficiente foi o sistema de abertura do cinto de seguran a da cadeirinha problema que se estende aos cintos de seguran a em geral e que ainda n o mereceu a aten o devida claro que o autom vel como j foi aqui comentado um produto que d margem a muitas falhas mas normas de seguran a s o indispens veis para tentar minorar o problema Um problema de tal gravidade que j foi comparado a uma guerra 104 Segundo o M inist rio da Sa de 2 446 crian as de at 14 anos morreram em 2003 e 10 mil sofreram les es graves por estarem soltas no interior de ve culos acidentados D e acordo com a ONG Crian a Segura numa colis o frontal a
391. rodu o de leite na amamenta o apresenta desvantagens em rela o ao da mamadeira omitindo a informa o de que 98 do leite materno s o produzidos pelo organismo feminino a partir do est mulo de suc o do beb Figura 139 M amadeiras Lindam e Fisrt Years e suas imagens E promocionais P t 7 Design A forma org nica e inclinada da mamadeira Lindam constitui um diferencial est tico para o produto e a presen a do bot o que evita bolhas de ar parece sugerir atitude interativa e mais participativa daquele que administra o alimento crian a atitude esta coerente com a l gica de apertar bot es comum a tantos outros produtos contempor neos A First Years utiliza o silicone como material de um bico externo complementar que envolve bico interno r gido colorido A duplica o do elemento confere maior complexidade ao produto As duas mamadeiras alcan am resultado est tico bastante atraente 186 Dispon vel em www lindam com lindam bottle html Acesso em agosto de 2009 187 Dispon vel em www core77 com bullitts 206 08 H erbst LaZ ar Bell First Y ears asp Acesso em outubro de 2009 171 Figura 140 M amadeira e ima gens de an ncios de produtos Chicco que violam o C digo Internacional de Substitutos do Leite H umano Figura 141 P ginas do cat lo go de produtos C hicco para download M odelo 5 Chicco It lia A mamadeira angular fisiol gica Chicco permite aleita
392. ros artigos publicados em suas revistas o rienta o associado sobre os direitos do consumidor em seu servi o de orienta o intermedeia se preciso as pend ncias que o associado tem com fornece dores que se recusam a atend lo e encaminha a empresas e governos as rei vindica es e propostas pertinentes Na edi o de outubro da revista da associa o apenas dispon vel para assinantes e em parte pela Internet as mamadeiras foram analisadas em um teste comparativo O t tulo da mat ria e detalhes de seu conte do refletem a plena consci ncia em rela o aos problemas provocados pelo produto e o zelo em informar corretamente o consumidor TESTE o ai t Se inevit vel E fr Figura 154 M at ria da Revista escolha a melhor pA PRO TESTE 2009 206 N o foram encontradas informa es sobre o n vel de dissemina o alcan ado pela mensagem na Espanha ou na Europa Imagina se que o apoio estatal concedido produ o do Beb Glut n possa ter se estendido a outras iniciativas como forma de enfrentamento cultura da alimenta o artificial ap s a recente constata o de que houve retrocesso da Uni o Europ ia na manuten o das regras do C digo Internacional de Substitutos do Leite relatado pela IBFAN 207 O destaque dado PRO TESTE porque se percebe que organiza es da sociedade civil transitam com muito mais liberdade para tratar de assuntos espinhosos como o caso da mamadeira 208 Si
393. rspectivas de comercializa o dos produtos Denis 2000 p 19 Com o advento da Revolu o Francesa s culo XVIII e o desmantela mento das manufaturas reais aos designers restou se tornarem independentes e recorrerem antiga l gica dos livros de padr es a fim de atender aos anseios de uma burguesia ascendente que desejava obter por exemplo porcelana chinesa sem que tivesse condi es financeiras para tanto O anseio pelo acesso a pro dutos antes restritos a camadas mais abastadas era tal que na Inglaterra a Revo lu o Industrial deu a partida para a reprodu o em larga escala de artigos or namentados de acordo com a tradi o est tica artesanal Buscava se conceder ao produto industrial a impress o de que ee havia sido feito pela m o humana o que constitu a segundo Heskett indica o vis vel de valor econ mico e est ti co E disso se aproveitavam os fabricantes na determina o de seu custo aos consumidores H eskett 1997 p 19 M as enquanto tais produtos eram projetados produzidos comercializa dos e adquiridos horrores sociais ocorriam com os trabalhadores nas f bricas e nas minas de carv o que proviam a ind stria de combust vel vapor Situa es de mis ria social trabalho infantil e insalubridade generalizada assolavam as ca madas trabalhadoras jornadas de trabalho que alcan avam 13 a 15 horas di rias condi es de trabalho aviltantes e explos es nas minas matando e mutiland
394. s um evidente desafio para os poderosos grupos de press o em favor dos combust veis f sseis que constantemente legitimavam grupos de cientistas c ticos quanto a essa quest o para sustentar que n o haviam motivos reais de preocupa o WWw greenpeace o protocolo de Kyoto Em 1997 foi assinado no Japao o Protocolo de Kyoto um acordo com prometendo os pa ses do Norte a reduzir suas emiss es que estabelecia meca 102 nismos de flexibilidade ou seja o cumprimento do objetivo poderia dar se fora de seus territ rios atrav s da Negocia o de cr ditos de carbono Apenas em 2004 a R ssia assinou o acordo Em 2009 os EUA romperam com a pol tica ambiental que vinham praticando a de afirmar que as metas prejudicariam o desenvolvimento do pa s encaminhando ao Congresso o primeiro projeto de lei nacional voltado para a tarefa de estabelecer limites para emiss es de gases de efeito estufa e criar um mercado de cr ditos de carbono Ao longo de 2007 o Painel Intergovernamental sobre M udan as Clim ticas IPCC se tornou uma das refer ncias mais citadas nas discuss es sobre mu dan a clim tica O rg o da O rganiza o das N a es U nidas O NU divulgou quatro cap tulos que juntos formam um relat rio completo sobre o aqueci mento global hoje O documento gerou tanta repercuss o que no fim do ano o comit de premia o do N obel decidiu dedicar o honroso Pr mio N oba da Paz ao IPCC
395. s Dedicada a perseguir maiores n veis de efici ncia para os sistemas de comunica o p blica contando para isso com firmes contribui es da ergono mia a rea depara com uma grande complexidade de fatores tais como a diver sidade de contextos sociais e culturais que podem vir a invalidar solu es tidas como adequadas para outras realidades Frascara designer argentino com mui tas pesquisas no campo afirma j ter sido extensivamente provado que a infor ma o pura insuficiente quando pr ticas culturais atitudes sistemas de valo res e cren as se contrap em ao seu conte do Infodesgn 1 2004 p 65 67 Da o fato de o p blico com suas necessidades ser o ponto nevr lgico e focal 95 Figura 65 M apa do metr de Londres iniciado em 1933 por Henry C Beck Figura 66 M aquete de dream bed Presagio di rose 1967 g Figura 67 Ettore Sottsass e sua Carlton bookcase 1981 para as produ es na rea como define a Sociedade Brasileira de Design de Informa o D esign de informa o uma rea do design gr fico que objetiva equacionar os aspectos sint ticos sem nticos e pragm ticos que envolvem os sistemas de in forma o atrav s da contextualiza o planejamento produ o e interface gr fica da informa o junto ao seu p blico alvo O Design de Informa o representa um marco em defesa da tica no design Ele resulta de um processo de amadurecimento da atividade
396. s A fun o que a mamadeira exerce na hora que a crian a est saud vel e na hora de dormir vai etoma sua mamadeira T em um lado positivo nessa hist ria que eu acho que n o devemos descartar de cara a mamadeira porque ela tem a sua valia a sua fun o Por outro lado h uma coisa muito complicada que a gente criar produtos que transmitem uma con fian a pois al m da forma espec fica desenhamos tamb m a mensagem que o produto transmitir Q ualquer dessas mamadeiras promove uma sensa o de extrema confian a e a gente tem como premissa contemplar essas quest es porque isso faz parte da nossa profiss o E uma das coisas que assustam um pouco voc ver que os produtos podem n o ser adequados mas eles s o ex tremamente sedutores Eles passam a mensagem de que podemos confiar neles muito comum voc entrar apressado numa farm cia precisando trocar a mamadeira do seu filho que j est velha e ent o voc bate o olho na marca famosa passa a m o e leva Voc n o olha o que est levando a mamadeli ra objeto presente na vida dele at hoje Eu me confesso ainda um pouco re 182 sistente apesar de ver tudo o que foi mostrado mas me pergunto se n o e xiste uma fun o positiva pra ela em momentos da vida da crian a aquea hist ria ah n o meu filho vai ter o melhor o tempo todo Vou dar a mamadeira de Karin Rachid porque muito mahor do que esse copinho aqui uma coisa cultur
397. s ideol gi cas e sociais que as provocam edificam nas atitudes mais elementares dos indivi duos enfim O homem tem sede de liberdade mas o que liberdade E de que forma ea se relaciona com o progresso e o desenvolvimento M uitas teses foram e ainda ser o escritas sobre o tema tal sua complexi dade e vastid o Certamente elas n o s o e n o ser o teses da rea do design mas o design pode do assunto se servir grandemente porque tamb m fun o dos produtos proporcionar liberdade liberdade de executar a es que antes deles ou da inven o das ferramentas eram realizadas por meio de gestos e procedimentos hoje considerados prosaicos como o de se alimentar com as m os ao inv s faz lo com a media o de talheres M uitos pensadores podem ser acessados para o estudo da liberdade mas aqui os esfor os dirigem se compreens o do artigo Dois conceitos de liber dade do fil sofo pol tico brit nico Isahiah Berlin e somente a este texto dado o distanciamento que a autora desta pesquisa tem com o tema Como est ex presso no t tulo o autor analisa a liberdade por diferentes ngulos an lise o portuna e estreitamente ligada aos objetivos desta parte de nossa pesquisa Ber lin inicia Se os homens nunca discordassem sobre os objetivos da vida se nossos ances trais tivessem permanecido imperturbados no Jardim do Eden os estudos de Teoria Pol tica e Social n o poderiam ter sido concebidos
398. s o de viol ncia Objetos que a princ pio s o projetados para facilitar o cotidiano pra salvar vidas acabam podendo ser mediadores de trag dias A reflex o sobre os efeitos causados pelos produtos que nos acostumamos a utilizar pode conduzir ao estranhamento ou melhor aten o a aspectos que ten dem a passar despercebidos suplantados pela depend ncia que desenvolvemos em rela o a esses produtos pela confian a que depositamos nees O caso do carrinho de supermercado citado por um dos professores raro talvez mesmo nico mas a percep o de que o ele tamb m tem a fun o de carregar crian as conduz ne cessidade de considerar esse dado no momento do projeto pois se trata de um dado concreto objetivo O cinto de seguran a j deu incont veis provas de efici n cia ao proteger passageiros de todas as idades em diferentes maos de transporte N o se est questionando sua necessidade mas sim sua configura o e dispositivos de funcionamento uma vez que casos n o raros demonstram dificuldades em ma ng los T razendo a discuss o para outros utens lios empregados na alimenta o de beb s um trecho reafirma o quanto o consumidor encontra se muitas vezes perdido em rela o aos produtos que fazem parte do sistema de objetos que se aCostumou a considerar como natural Conheci m es que tinham tido beb s no mesmo hospital e diziam ah voc ainda est amamentando M as j n o est trabalha
399. s sos para o Sucesso da Amamenta o presentes na D edara o de Innocenti 1993 M other Friendly W orkplace Initiative A partir do reconhecimento de que todas as maes s o trabalhadoras e que n o podem ser discriminadas pelo fato de ter filhos ou prejudicadas em seu direito de amament los a Semana se dedicou a oferecer s mulheres informa es sobre seus direitos legais a in centivar sindicatos a lutar por eles a promover a cria o de condi es para a amamenta o nos locais de trabalho e a proteger pr ticas comunit rias de in centivo ao aleitamento materno 1994 Protecting Infant H ealthy M aking the Code Work O objetivo foi di vulgar e proteger o C digo Internacional fiscalizando as campanhas e doa es de amostras gr tis das empresas produtoras e comercializadoras de alimentos Infantis mamaderras e chupetas 1995 Breastfeeding Empowering W omen A campanha visou prestigiar a im port ncia da mulher para a amamenta o considerando suas ambiguidades fragilidades e a influ ncia dos apelos culturais que a convidam a distanciar se da pr tica 1996 Breastfeeding A Community Responsability Todo o entorno da mu lher tem influ ncia sobre sua decis o de amamentar Na grande maioria das vezes a mulher n o decide dar mamadeira mas levada a isso pela falta de a poio e orienta o adequados de toda a sociedade Action folder 1997 Breastfeeding Nature s way A campanha teve por tema divulgar
400. s ao con sumo motor do crescimento financeiro dos EUA as fam lias encontraram facili dades em conseguir empr stimos dos bancos dando como garantia seus im veis na forma de hipoteca A facilidade as levou a adquirir novas casas a equip las a em preender novos neg cios ou simplesmente a consumir largamente sem maiores preocupa es uma vez que o cr dito estava liberado Enquanto isso a economia cresceu Q uando por m o prazo para pagamento das hipotecas come ou a vencer essas pessoas n o dispunham de dinheiro e tiveram que desocupar suas casas para quitar o empr stimo E como bancos lidam com dinheiro e n o com im veis se viram na bancarrota desencadeando um processo galopante sem dinhero a po pula o deixou de consumir os itens mais caros de consumo foram os primeiros a serem cortados a ind stria automobil stica a princ pio fechou suas montadoras e depois estas v m falindo ou sendo adquiridas por outros grupos e mesmo financi adas pelos governos Este o caso da General M otors onde 60 das a es foram adquiridas pelo Tesouro Americano e 20 pelo governo canadense Todo esse quadro trouxe desemprego em massa e tend ncia a estrat gias protecionistas sejam elas volumosos empr stimos por parte dos governos nacionais ou pol ticas prote cionistas prejudicando as trocas comerciais entre pa ses Assim a quest o o consumo cerne do sistema Por extens o o design gerador dos objetos de consumo O que
401. s as consequ ncias pol ticas e sociais que disso podiam advir Em defesa ou mais propriamente em nome da liberdade o partido nazista lan ou uma campanha de convencimento popular cujo lema era o exterm nio daqueles que do ponto de vista antissemita tolhiam as liberdades do povo ariano Ou seja os nazistas suprimiram mais de seis milh es de vidas na Europa em nome do pro gresso do desenvolvimento e da liberdade Buscando esclarecer a quest o Berlin raciocina uma coisa aceitar que posso ser coagido para o meu bem O utra muito diferente pensar que se para o meu bem n o estou sendo coagido permanecendo livre pois o que os outros procuram impor a mim a minha vontade real aquela que ainda n o atingi por despreparo Isso vem demonstrar que as concep es de liberdade prov m das vis es que o eu pode assumir E assim se torna poss vel fazer com que a liberdade signifique qualquer coisa que o manipulador deseje C hega se ent o figura do manipulador aquele que bondosamente nos dir o que desejamos ouvir abrindo nos o caminho para o que nosso eu real ainda submerso objetivaria caso estiv ssemos de posse de um n vel mais ele vado de liberdade Chega se ao mercado publicidade e ao consumo Figura 21 Liberdade uma cal a velha azul e desbotada que voc pode usar do jeito que quiser s n o usa quem n o quer U ST O ooP desbota e perde o vinco e tem ndigo blues U ST O
402. s como uma vari vel de processos s cio econ micos e s cio pol ticos Bonsiepe e Fernandez 2009 p 13 No livro Historia dd diso em Am rica Latina y d Ca ribe esses autores e organizadores demonstram que os pa ses latinos asim como muitos outros dos continentes africano e asi tico perseguem o progresso com vis tas a atingir n veis de desenvolvimento que lhes faltam ainda hoje 2 3 3 Progresso como desenvolvimento Pa ses desenvolvidos em desenvolvimento e subdesenvolvidos Primei ro Segundo e Terceiro M undos tais denomina es ordenadas pela grande za referem se s muito diferentes realidades encontradas em cada um desses mundos D e acordo com o economista J os Benedito de Zarzuela M aia o concei to de desenvolvimento econ mico n o est restrito a crescimento de produ o O conceito envolve principalmente os aspectos qualitativos relacionados ao crescimento quais sejam a redu o da pobreza a eleva o dos sal rios e ren das o aumento de produtividade no trabalho e sua distribui o o aperfei oa mento das condi es de trabalho melhoria das condi es habitacionais maior acesso sa de e educa o aumento do tempo de lazer melhora da dieta ali mentar de transporte seguran a baixos n veis de polui o dentre outros Para o autor a ideia do desenvolvimento econ mico resulta de rupturas nos quadros econ micos instalados e como para romper esses quadros necess r
403. s de vidas O comprometimento dos governos faz com que a movimenta o anual se d em n vel nacional e tenha for a normativa para as institui es de sa de federais estaduais e municipais de maneira integrada Entretanto o mbito dessas a es tende a n o atingir as institui es m dicas privadas seus profissi o nais e pacientes O p blico dessas maternidades particulares de maior poder aquisitivo tem mantido o arb trio de optar por partos com hora previamente marcada e condi es diversas das estabelecidas pela alian a Assim o fen meno de busca de distin o social das classes menos abastadas por meio da imita o dos comportamentos adotados pelas camadas mais ricas da sociedade parece permanecer com seu modus operandi em franco funcionamento E o C digo Internacional aplic vel aos fabricantes de leites artificiais e seus ve cu los tem no modelo econ mico vigente um entrave grave na medida em que os governos disp em de poder limitado para conter as empresas al m de muitas vezes estabelecer com elas acordos de coopera o m tua N o relat rio de 2006 a IBFAN comentava o anivers rio de 25 anos do C digo O C digo N o est ainda efetivamente implementado por todos os governos por meio de leis regulamentos ou outras medidas apropriadas artigo 11 1 Em agosto de 2005 61 dos 192 pa ses ainda n o haviam aprovado uma legis la o referente ao C digo e muitos outros pa ses adotaram medidas qu
404. s depoimentos Eu acho que o seio vai ficar fl cido n M as eu acho que n o vou ligar V le a pena Antes eu gostava do meu corpo me sentia bem tinha um corpo bem bonito Sempre fiz nata o pratiquei esportes Agora me acho um lixo E ent o ele o marido for a bastante Por mais que eu esteja com dor ele faz eu amamentar M esmo gritando ele faz a gente ficar ali Eu posso passar dor o nen m n o pode passar fome Eu acho que quando eu estava amamentando dava um prazer na gente sen tindo o nen m em voc mas a mamadeira tamb m eu acho que voc sente o mesmo carinho pode segurar o seu nen m a mamadeira saber que ele est se 162 C ampanha de incentivo ao parto normal do M inist rio da Sa de 2009 154 alimentando mas eu acho que amamentar d um prazer muito maior em voc saber que seu filho est se sustentando em voc Ara jo 1997 p 116 162 Ara jo concorda com M artins quando ele diz ser necess rio acreditar que a luta pela amamenta o mais ampla e no fundo mais uma luta pela liberdade contra um sistema desumano que cada vez mais quer substituir o natural e o instintivo por uma t cnica p 49 Amamentar tamb m um pro cesso pol tico pois um ato compartilhado e assim regul vel pela sociedade que imprime sua ideologia uma op o da mulher que determinada pelas suas condi es concretas de vida Ara jo 1997 p 40 Enfim trata se de uma complexa
405. s e de con sumo j instalados Assim na reuni o de professores a produ o industrial foi berlinda 185 5 4 4 Sobre a necessidade de reavaliar a produ o industrial A proposta de reavaliar a produ o industrial confere sentido a esta pes quisa e foi colocada claramente aos professores no in cio da apresenta o de dides M as o rumo tomado pelas conversas chegou ao tema de forma natural como consequ ncia do racioc nio desenvolvido pelos participantes Sabendo que ter amos essa reuni o hoje fiquei chocada ao saber da not cia de que um outro objeto consagrado pela cultura que a gente n o questiona O carrinho de supermercado que todas as crian as andam naquele carrinho muito perigoso M orreu hoje de manha uma crian a que caiu do carrinho a m e foi pegar alguma coisa e a crian a caiu do carrinho e morreu O Boechat jornalista estava chocado uma crian a de tr s anos Tem a o mais cotidia na Carrinho n o um objeto s pra gente botar compras um lugar que a gente bota filho porque a gente n o tem o que fazer com filho na hora que a gente vai pro mercado E hoje ela caiu foi pra casa criou se um edema ou algo assim e morreu Pois o pr prio cinto de seguran a O cinto s vezes se mostra dific limo de abrir O Jo o H lio e outro dia uma gr vida por dificuldade de abrir o cinto coisa que a gente sabe que dif cil mesmo em algumas ocasi es como nessas por p nico e pres
406. s hospitais O queo m dico receita porque que a ind stria indica eo m dico uma clas se que goza de muita f das pessoas porque de lida com a cabe a da gente com a nossa vida ent o acreditamos nde e precisamos acreditar nade A gente coloca a vida da gente na m o do m dico Ele tomou o lugar do padre da rdigi o Eu sou designer mas quando fiz medicina a aula inaugural da gente era com um professor bem vahinho que dava as dicas de como se entrar na casa de um paciente um pigarro antes da soleira para demonstrar sua autoridade esconder as m os pra aparentar seguran a demonstrar que voc tinha uma sapi ncia N o dif cil identificar o comprometimento inicial entre a ind stria e a rea m dica a partir do in cio do racioc nio sobre o alto n vel de implanta o da cultura da mamadeira e dos leites artificiais em nossa sociedade Como j visto a inven o dos leites industriais necessitou de uma ponta de lan a uma veia de penetra o que garantisse a aceita o do novo produto no mercado M esmo que a rea m dica tenha sido a fonte dos estudos cient ficos que deflagraram o perigo do produto a mesma rea foi respons vel por promover a expressiva penetra o da mamadeira nos h bitos da popula o uma penetra o referen dada por profissionais encarregados de zelar pela sa de das pessoas E isso em grande parte se deve ao fato de que as empresas det m capital para investimen to em pe
407. s meses Almeida 1999 p 30 31 Figura 7 A Roda dos E xpostos H entre os senhores das escravas um m todo horr vel e que influi extraordina riamente sobre o moral das escravas tornando assim o seu leite nocivo s cri an as isto mandar p r na roda os filhos desta para assim recuperarem me lhor seu aluguel Este fato que primeira vista parece pouco importante influi de tal modo sobre o moral da escrava que a torna inapta a aleitar outra crian a N eves 1873 apud Costa 1983 p 38 in Almeida 1999 34 A chegada da fam lia real ao Brasil em 1808 e a movimenta o pol tica que a acompanhou j come avam a promover a revers o deste quadro O Esta do e a medicina firmaram uma alian a em prol da edifica o do sentido pre mente de N a o na qual a vida das crian as da elite assumiria import ncia pri orit ria com isso o j citado paradigma higienista transformou o escravo de animal til ao patrim nio em animal nocivo sa de Costa J F apud Al meida 1999 p 33 condenando as amas de leite e entregando s mulheres brancas a total responsabilidade pela sa de de seus filhos Em 1838 foi apresentada Faculdade de M edicina do Rio de Janeiro a pri meira tese sobre aleitamento materno desenvolvida no Brasil com o t tulo A Utilidade do Aletamento M aternal e os Inconvenientes que Result o do D esprezo dese D ever Seu autor Agostinho Jos Ferreira Bretas dissertava
408. s normas press es advindas de outras origens t m conduzido empresas a modificarem sua conduta Na mesma mat ria noticiado que al guns dias depois de o Greenpeace ter divulgado o relat rio A farra do boi na Amaz nia sobre cria es de gado na regi o que provocam desmatamento as redes de supermercado P o de A car Carrefour e W al M art suspenderam a compra de produtos bovinos de mais de dez empresas frigor ficas do sul do Par sinal que se coaduna com a norma de responsabilidade das empresas com seus fornecedores Certifica o No Brasil o instituto de normas que representa a ISO a Associa o Brasileira de N ormas T cnicas que argumenta em favor da ado o das medidas de certifica o para os produtos O s mercados est o se tornando cada vez mais exigentes e assim um certifica do de conformidade pode alavancar crescimento e evolu o Certificar um produto ou servi o significa comprovar junto ao mercado e aos clientes que a organiza o possui um sistema de fabrica o controlado garantindo a confec o de produtos ou a execu o de servi os de acordo com normas espec ficas garantindo sua diferencia o face aos concorrentes rg os externos empresa devidamente acreditados para essa finalida de emitem um certificado de que o produto servi o ou processo em quest o est em conformidade com as exig ncias que servem de referencial Com rda o madeira por exemplo A certifica
409. s para a campanha internacional foi motivo de contentamento para os profissionais engajados na organiza o dos eventos fornecendo lhes elementos culturais de alta carga sim b lica No caso da boneca tratava se n o apenas de uma imagem mas de um produto nacional cuja produ o em s rie foi realizada por um grupo de costu reiras e exportada para pa ses europeus No entanto ao inv s de absorver a figura da boneca para a campanha nacional o cartaz brasileiro estampou a fotografia da modelo Luiza Brune e seu filho no primeiro cartaz da campanha Madrinhas A estrat gia h de ter alcan ado efeitos expressivos tal a import ncia exercida pelos meios de comu nica o de massa e seus personagens sobre a cultura como observa Canclini sobre a Am rica Latina preciso examinar o que a globaliza o o mercado e o consumo t m de cul tura Selecionamos bens nos apropriamos deles definimos o que valioso O p blico recorre ao r dio ea TV para conseguir o que as institui es cidadas n o proporcionam servi os justi a repara es ou simples aten o A cena da TV r pida a institucional lenta Canclini 2000 p 43 50 E havia motivos bastante recentes para justificar tal escolha A campa nha de vacina o contra a poliomielite lan ada pelo M inist rio em 1997 obti vera grande sucesso O que qualificava a mensagem era o quanto conseguia angariar a aten o do receptor e conscientiz lo de seu compromisso
410. s promovessem reuni o internacional sobre nutri o infantil Como resultado um alerta foi dado aos governantes dos pa ses do mundo inteiro e um conjunto de normas foi concebido para con trolar a propaganda dos substitutivos do leite humano Aprimorado o docu mento C digo Internacional de Comercializa o de Alimentos para Lactentes foi aprovado pela Assembl ia M undial de Sa de Alencar 2002 p 251 O encontro propiciou ainda a funda o da IBFAN International Baby Food Action Network Rede Internacional em D efesa do Direito de Amamen tar hoje formada por 160 grupos de ativistas distribu dos por 90 pa ses cuja miss o promover e defender o aleitamento materno e eliminar as pr ticas n o ticas de mercadiza o de produtos que interferem negativamente na a mamenta o T al medida foi gerada por press es internacionais iniciadas em 1974 quando o Grupo de A o para o Terceiro M undo de Bern AgD W tra duziu o livro The baby killer publicando o na Su a sob o t tulo N esl t tet babies N etl mata beb s o que provocou um processo de difama o da em presa contra o grupo A partir de ent o boicotes N estl aconteceram em v rios pa ses EUA em 1977 Austr lia Canad e Nova Zel ndia em 1978 Reino Unido em 1980 Su cia e Alemanha O cidental em 1981 Fran a em 1982 Finl ndia e Noruega em 1983 N o se pode deixar de citar tamb m o fen meno mundial promovido pda mobiliza o
411. s t m 89 ibertadas 34 crian as escravas em N ova D hi O Globo 25 de outubro de 2008 p 42 107 Figura 75 O s dez princ pios do Global Compact responsabilidades n o apenas com investidores mas tamb m com consumido res empregados meio ambiente e gera es futuras pois o novo super poder mundial a opini o p blica Bruce Mau 2005 p 136 137 N o parece ser bem assim A presidente do grupo de aconselhamento e pesquisas T he Natural Step Catherine Gray ao lembrar que as empresas foram criadas sem a consci ncia da sustentabilidade descreve o servi o prestado pelo grupo Nike que constou de um exame de todo o seu sistema de neg cios sob as lentes da sustentabilidade Sob a influ ncia desses estudos a empresa reduziu o peso das caixas para cal ados N ike em 10 salvando assim 4 000 toneladas de mat ria prima e fazendo com que a empresa viesse a economizar mais de 1 6 milh es de d lares anualmente Para o marketing parece surtir efeito a ideia de que a empresa est salvando v rias toneladas de recursos naturais ao redu zir a dimens o das caixas dado que a marca mant m seu prest gio no mercado internacional inalterado apesar de j ter sido alvo do escrut nio p blico quando sua pol tica trabalhista veio tona Bruce M au 2005 p 131 133 Assim o poder da opini o p blica parece ainda muito vulner vel ret rica dos discursos empresariais proferidos Estandardiza
412. sabendo como agir quando a amamenta o n o acontece de maneira perfeita e exemplar e a citada mat ria se soma a diver sos recentes artigos em jornais e revistas jornal sticas semanais cujo intuito atualizar os pais acerca de novas condutas Para desvendar as contradi es vividas pelas m es a pesquisadora Lylian D alete Soares de Ara jo investigou dentre as mulheres que amamentam quais s o suas representa es sociais sobre o aleitamento e sobre o pr prio corpo Citando Badinter a autora demarca que a regulamenta o de contratos de a mas de leite constava do c digo de H amurabi 1 800 a C e que a B blia fazia tamb m refer ncia a elas e que para os judeus ao contr rio a amamenta o era um sagrado dever da mulher Descreve que o costume de contratar amas mercen rias a fim de manter a beleza e o frescor femininos era corrente na Europa do s culo XVIII constituindo se a crian a e principalmente o lac tente um verdadeiro fardo a quem a recusa do seio representava O primel ro sinal de rejei o Ara jo 1997 Tal mentalidade foi aos poucos transformada pelo paradigma higienista em prol da sobreviv ncia das crian as e as mudan as sociais provocadas pela Revolu o Industrial introduziram o alimento artificial e as mamadeiras fazen do com que a alimenta o infantil passasse a ser regida pelas leis de mercado Almeida 1999 p 37 38 Para o senso comum e na experi ncia familiar
413. saico para seu cartaz A vers o brasileira do dogan foi Amamen ta o em todos os momentos M ais sa de carinho e prote o estampando foto da cantora Cl udia Leite 157 H alguns anos os textos das vers es para o portugu s dos dogans originais propostas pela W ABA s o decididos pela vota o dos profissionais envolvidos com a causa 148 Amir Cria es em todos cs mOn Mals sa de Carinho prote o q iiaea PS i Mother Support Going fos the Gold NADA MAIS NATUNAL QUT AMAMENTAR NADA MAIS IMPOTENTE QUI APOIAR enem do porte go epah 4 malte Dive Como observado anteriormente o modelo mae aleitando seu filho est presente de maneira maci a na campanha M adrinhas da Amamenta o embora a alian a internacional demonstre a busca por imagens que contextualizem o ato perante a complexidade do mundo e das problem ticas que envolvem o assunto Varia es nas posturas nos ambientes e no tratamento gr fico dispen sado aos cartazes brasileiros n o deixam de constituir sinais de atualiza o para a mensagem Embora o foco desta an lise se volte para as imagens n o h como omi tir a colabora o do texto no efeito final das mensagens Desde o in cio da campanha as frases principais embora adaptadas das diretrizes da WABA s o seguidas por textos secund rios como D s leite de peito ao seu filho at os 6 meses nos cartazes de 2001 2002 e 2003 O tom impera
414. se coloca entretanto a indaga o ser poss vel a uma sociedade que naturalizou o capitalismo e seus processos como cultura abrir m o ou ao menos reconsiderar seus h bitos de consumo Esta a encruzilhada e a recente campanha da Diesel sobre o meio ambiente responde n o 104 Talvez contrariando esta ocorr ncia o document rio H ome no pla nea nossa casa de Yann Arthus Bertrand 2009 foi produzido por famosas marcas do mercado internacional Ele reproduz alguns dados dos ltimos rela t rios do IPCC e de pesquisas realizadas pelo Greenpeace e WWF 20 da popula o mundial consomem 80 dos recursos naturais o mundo gasta 12 vezes mais em despesas militares do que na ajuda a pa ses em desenvol vimento 5 000 pessoas por dia morrem por ingest o de gua suja e 1 bilh o de pessoas n o t m acesso a gua de qualidade aproximadamente 1 bilh o de pes soas passam fome todos os dias 13 milh es de hectares de floresta desaparecem esp cies est o desaparecendo num ritmo mil vezes mais r pido que o natural a temperatura dos ltimos 15 anos tem sido a mais alta j registrada deveremos ter parto de 200 milh es de refugiados ambientais em 2050 3 3 3 Novas pol ticas empresariais Para falar sobre tais pol ticas importante retomarmos o tema movi mento dos consumidores a fim de encadear os fatos Jo o de Campos Corr a em seu artigo Am rica Latina e a prote o dos direitos do consumidor aponta
415. sentando fam lia em refei o conjunta com a crian a j crescida que ainda mama O cartaz da campanha M adrinhas da Amamenta o apresenta duas mulheres com seus beb s Maria Paula e sua filha j cresci da e a mulher do ator Rodrigo Faro em imagem recortada sobre fundo neutro O texto principal similar ao de anos anteriores esquerda o s mbolo da Se mana M undial de Amamenta o est acompanhado da seguinte frase presente tamb m no cartaz de 2006 147 Figura 118 Cartazes da campanha da W ABA e da campanha brasileira Ma drinhas da amamenta o 2004 e 2005 CODE WATCH Figura 119 Cartazes da campanha da W ABA e da campanha brasileira Madrinhas da amamen ta o 2006 e 2007 Amamentar alimenta protege o beb e ajuda a m e a se recuperar mais r pido At os 6 meses d s o peito D epois d o peito e outros alimentos saud veis A lei n 11 265 regulamenta a comercializa o de alimentos para crian as at 3 anos e tamb m bicos chupetas e mamadeiras Em 2006 o cartaz internacional homenageou o anivers rio de 25 anos do C digo Internacional de Comercializa o de Substitutos do Leite em composi o tipogr fica Na campanha M adrinhas a atriz C ssia Kiss amamenta seu fi lho de cerca de dois anos em fundo de linhas sinuosas O simbolo da Semana ganha destaque e o cartaz disponibiliza o endere o do ste da Sociedade Brasilei ra de Pediatria O ano de 2007 marcou a
416. sformar em um atle ta n o podemos embotar seu destino O receptor da mensagem se deslocava entre o passado o presente e o futuro e vale ressaltar pelas esferas individual e coletiva e a mensagem ao inv s de portar uma ordem ou impor uma orienta o N o s permitia como necessitava que o receptor dela participasse a fim de conceder lhe sentido Para a campanha nacional de vacina o o emprego de personalidades p blicas principalmente do esporte foi assumido por muitos anos o que nos permite presumir que a ideia da presen a das atrizes nos carta zes de amamenta o constituiu uma adapta o deste conceito bem sucedido M as comparemos os cartazes lan ados pela WABA e pela campanha M adrinhas da Amamenta o a partir de 2000 portanto o segundo ano da par ceria entre o M inist rio da Sa de e a Sociedade Brasileira de Pediatria Em 2000 o slogan internacional Amamentar um direito de todos pro curou enfatizar na pr tica do aleitamento o direito de toda a humanidade representado na ilustra o de diversas culturas por meio dos trajes de seus per sonagens A WABA Brasil adaptou o t tulo para Amamenta o e direitos huma nos o cartaz da campanha M adrinhas da Amamenta o exibiu a atriz Gl ria Pires e seu beb com a frase Aleitamento materno bom para a m e melhor para o beb A mensagem do cartaz internacional de 2001 foi traduzida sem modifi ca es pela W ABA Brasil cones ao fundo ambientam a
417. sim como alimentar uma crian a mamadeira tem o grande objetivo de dar autonomia para a crian a e para a m e tamb m Ent o eu acho que s amplia esse processo de projetar uma a o o que o que que as m es v o dar com alguma coisa para a Crian a se distrair e ter autonomia O principal se colocar diante da quest o refletindo sobre o produto in clusive sobre a necessidade daquele produto a exist ncia daquele produto Q uer dizer j est estabelecido no mercado que existe a mamadeira A nossa fun o como designers hoje refletir sobre o produto que est colocado no mercado n o s em termos do redesenho mas puf o produto sumiu va mos pensar no processo na a o de alimentar e n o mais no produto Princi palmente hoje o designer tem que se voltar para o design de processos poden do at chegar conclus o no final de que preciso um produto para dar su 188 porte ao processo mas primeiro fazer o que voc est fazendo que pontuar todas as vari veis desde a mortalidade infantil at a nega o da m e por uma quest o est tica Essa roda toda uma roda tica Ent o n s temos que passar para esses alunos que voc n o faz um projeto sem ter uma reflex o sobre o processo se o aluno tiver uma fundamenta o do processo forte que ele tem que receber dentro da universidade a ele vai questionar e colocar o em pres rio em questionamento porque a entra a
418. sius a favor da padroniza o estil sti ca e da subordina o da arte aos interesses industriais van de V ade advogava a import ncia da liberdade criativa e da autonomia da arte como guardi de va lores humanos independentemente de quest es comerciais 2000 p 112 Tais princ pios frutificariam na cria o da Bauhaus em Weimar em 1919 onde por indica o de van de Velde W alter Gropius assumiu a dire o Ainda hoje refer ncia pedag gica principal para o D esign a institui o de ensi no tinha como objetivo unir arte e t cnica e viabilizar o aprendizado pela pr ti ca quebrando a dist ncia entre criadores e produtores e resgatando conceitu almente as formas de organiza o do trabalho defendidas por W illiam M orris Arquitetos escultores pintores todos devemos retornar ao artesanato pois n o existe arte por profiss o N o h nenhuma diferen a essencial entre artis ta e artes o o artista uma eleva o do artes o a gra a divina em raros mo mentos de luz que est o al m de sua vontade faz florescer inconscientemente obras de arte entretanto a base do saber fazer indispens vel para todo artis ta Formemos portanto uma nova corpora o de artes os sem a arro gancia exclusivista que criava um muro de orgulho entre artes os e artistas D esejemos inventemos criemos juntos a nova constru o do futuro que en feixar tudo numa nica forma arquitetura escultura e pintura
419. sociedade paulistana levantando que 67 dos pais de beb s com at tr s meses j ofereceram alimentos industrializados a seus filhos Infor ma o dispon vel em www atribuna com br 02 de agosto de 2009 Acesso em setembro de 2009 142 pois a regi o Sudeste tamb m formadora de opini o perante outros estados do Brasil Os esfor os atuais do M inist rio da Sa de para alterar o cen rio da amamenta o est o concentrados a partir dos n meros de 2009 Amaz nia e ao Nordeste onde ndices de mortalidade infantil resultam de fatores afeitos a a es governamentais O caso do Sudeste parece envolver searas que constran gem a livre a o do governo conforme foi discutido no Semin rio Internacio nal de Bancos de Leite H umano em novembro de 2009 A pol tica nacional voltada para a redu o da mortalidade infantil do M inist rio da Sa de estruturada na aten o b sica pr natal na aten o hospitalar Programa H ospital Amigo da Crian a e aumento de capacita o do M todo C anguru em bancos de leite humano em instrumentos de prote o legal NBCAL aumento da licen a maternidade lei das salas de amamenta o em empresas em seu monitoramento e em campanhas p blicas s O docu mento de 2009 credita a diminui o das taxas de mortalidade no pa s desde os anos de 1970 conscientiza o dos profissionais e s estrat gias de governo Essa melhora pode ser atribu da a in meros fatores dentre eles
420. spal dava na Europa Por um lado a insatisfa o do operariado explorado e mesmo de parte da burguesia perante a alta concentra o de oportunidades nas m os de poucos provocou greves motins insurrei es movimento cartista e a des trui o literal de m quinas industriais ludismo Por outro uma colheita ruim em todo o continente europeu em 1846 acarretou a alta do custo de vida redu zindo a capacidade de consumo o que representou segundo H obsbawm uma primeira crise geral do capitalismo diante da qual os apelos socialistas encon traram vaga para se expressar Frente a tal quadro ocorreu a primeira manifesta o do design contra o sistema que o promoveu em defesa de uma tica produtiva Arts amp Crafts Um movimento de condena o total da ind stria e dos produtos que ela gerava excessivamente ornamentados e inadequados s fun es a que se destinavam irrompeu entre te ricos e artistas ingleses liderados pelo cr tico John Ruskin e o medievalista A W N Pugin no n vel te rico e por William M orris pintor escultor e socialista militante no n vel pr tico Ruskin identificou a necessidade de resgatar a coer ncia entre os padr es est ticos tradicionalmente express es da arte e a vida do povo Pugin exaltou l Depoimentos reunidos por Jo o Luis Almeida Machado em As condi es de trabalho na Revolu o Industrial originalmente pesquisados em www spartacus schoolnet co uk Dispon veis em
421. squisa Empresas privadas institutos de pesquisa estatais e universidades constituem p los de pesquisa mas a capacidade financeira e os objetivos estrat gicos das empresas fomentam ali muito substancialmente a gera o de resultados A realiza o de pesquisas tende a gerar credibilidade sobre produtos Sem a pes quisa o que existe acomoda o sem evolu o como tratado no trecho a se guir s vezes recebemos uma cr tica de algumas reas a de que um investi mento tecnol gico que envolve pesquisa pra gerar um produto s vezes asso ciava um consumo Com uma baixa grande de consumo a ind stria val dizer ent o n o vou investir em pesquisa e voc s n o v o saber qual o me Ihor pl stico uma argumenta o que vai surgir E a ind stria vai ficar sem pre isenta de qualquer coisa Em outras palavras o professor referia se pratica de as empresas con tratarem pesquisadores de v rias reas inclusive em universidades visando gera o de produtos para o consumo Vista por muitos como coniv ncia en tre pesquisador e ind stria a aus ncia dessa parceria acarretaria hipoteticamen te uma estagna o tecnol gica da produ o o que n o aceit vel para o mode lo econ mico nem desej va pela sociedade M as o problema reside em que al gumas descobertas cient ficas como no caso das mamadeiras e do leite em p ficaram encobertas a fim de n o desestruturar sistemas econ mico
422. stu dos antigos sobre o assunto eram semi apropriados em um marketing voltado a pediatras e nutricionistas formadores de opini o Para lactentes sadios desde o nascimento Almeida 1999 p 45 48 O texto era semelhante ao de uma monografia escrito com aparente rigor cient fico M as embora o material se valesse de apropria es parciais do conhecimento como a informa o de que o produto foi elaborado em resposta conclus o de estudos cient ficos afir mava contraditoriamente que ele destinava se alimenta o de lactentes sa dios desde o nascimento Almeida aponta que na lista de refer ncias biblio gr ficas verifica se que 72 das obras citadas foram publicadas em per odos anteriores a 1985 ou seja com pelo menos uma d cada de atraso Almeida 1999 p 47 A biologia da excepcionalidade fen meno pelo qual eram absorvidas para a teoria biol gica as exce es a que os produtos se destinavam institu a tamb m que intoler ncias e alergias alimentares deveriam ser remediadas por meio da administra o de leites artificiais inclusive como forma de prevenir a alergia a leite em filhos de pais al rgicos p 45 H que se considerar que inequ vocas mudan as v m sendo operadas no Brasil desde a mudan a de paradigma provocada pela movimenta o interna cional como a implementa o do Programa Iniciativa H ospital Amigo da Cri an a desde 1992 O Minist rio da Sa de computa em
423. sua necessidade Essa mudan a de postura de consumo denotava a capacidade da ind stria em gerar seu pr prio mercado H obsbawm apud D enis 2000 p 20 As ideias liberais lan adas por John Locke e Imanuel Kant se dissemina ram pela Europa e respaldaram enormes mudan as em n vel pol tico estado desvinculado do poder religioso econ mico mercado independente das amar ras do poder pol tico e social emancipa o do indiv duo e sua eleva o ao posto de elemento fundamental da sociedade do Estado e da economia Silva 2003 p 2 N a medida em que o indiv duo produz bens para vend los a outros in div duos e deles consome tamb m sua produ o d se o processo de depen d ncia como c lula geradora de um ambiente econ mico fundado na proprie dade capaz de proporcionar a rede necess ria manuten o do Estado Adam Smith apud Silva 2003 p 3 E seria a igualdade de direito propriedade a base para a liberdade Por m se a no o de liberdade envolve alargamento de fronteiras pres sup e necessariamente a demarca o de outras reas no sentido de n o inviabili zar o movimento de expans o daqueles vetores Ao Estado cabia ent o o papel de preservar o livre mercado fornecendo sociedade defesa contra a viol ncia ou invas o estrangeira prote o contra a injusti a e a opress o leis e a responsabili dade por gerir tudo aquilo que n o interessasse ao mbito privado pelo fato de n o produzir lucr
424. ta o por interm dio da informa o nas reuni es 192 foi constatado um espa o potencial para a cria o e o lan amento de muitos produtos industriais que referendem as novas diretrizes de alimenta o de be b s como potes de armazenamento para o leite ordenhado copinhos sistemas de transporte para leite doado condi es de conforto f sico para a m e que amamenta vestu rio utens lios para o treinamento de gestantes dentre muitos outros aparatos da a o de alimentar beb s merecedores de investiga o e de projeto 193 6 Por uma avalia o peri dica da produ o industrial A tese aqui defendida a necessidade de serem adotados princ pios e m todos que viabilizem a avalia o peri dica da produ o industrial Essa nossa contribui o para que o consumo possa se dar a partir de posturas raci o nais conforme exigem as novas diretrizes sociais e ambientais Sem d vida esse um alvo ainda distante Para alcan lo ser necess ria uma grande determina o social fortes mudan as empresariais e estatais O alvo envolve uma altera o t o radical de conduta que se poder at indagar se atingi lo pertence ordem da possibilidade Entretanto se para al m dos ine g veis esfor os e mudan as que j v m sendo realizados e se a base do proble ma sob a responsabilidade dos designers for ajustada tudo indica que ocorrer o transforma es importantes Sigamos um racioc nio O s produtos
425. tais quest es N ossa falta de respostas nos coloca numa encruzilhada moral Para um lado podemos ver a ru na e o desastre que ir o inevitavelmente se seguir ao consumo e cupidez consumista incontrolados e cont nuos M as o outro caminho mal pode ser vislumbrado Ainda n o estamos certos sequer sobre como podemos encontr lo mas en contr lo o que devemos fazer N o temos escolha pois nossa pr tica corren te j n o mais aceit vel M anu 1995 p 15 Considerada excessivamente ut pica por alguns a iniciativa levou os de signers participantes do encontro a se debru arem sobre estudos econ micos pol ticos sociais e ambientais a fim de tra ar paralelos com o design buscando uma sa da Em 1999 por sugest o do designer Tibor Kalman o manifesto First Things First foi reeditado e em 2000 publicado simultaneamente nas revistas Adbusters Canad Emogre AIGA Journal of Graphic Desgn EUA Eye M a gazine Blueprint Inglaterra e Items H olanda D esta vez 33 profissionais da 98 comunidade internacional o assinaram inclusive Ken Garland tendo sido a crescentados alguns pontos ao texto anterior como os que se seguem M uitos professores e mentores do design promovem essa cren a de que a ati vidade tem na publicidade o rumo mais desej vel efetivo e lucrativo o mer cado a recompensa uma mar de livros e publica es a refor a A energia e o tempo da profiss o s o consumidos na elabora
426. tch seria preciso utilizar eficientemente os materiais e o tempo necess rio para lidar com eles o que se traduzia como a necessidade de uma base t c nica e cient fica para a arte H eskett 1997 p 101 D esde meados do s culo XVIII ocorriam na Europa iniciativas no sen tido de promover o design como recurso para uma produ o industrial nacio nalmente singularizada e competitiva como a Society for the Encouragement of Arts M anufacture and Commerce as Schools of Design brit nicas e mais tarde a Deutscher Werkbund 1907 As principais metas desta ltima eram a coopera o entre arte ind stria e of cios artesanais a imposi o de novos pa dr es de qualidade na ind stria a divulga o de produtos alem es no mercado mundial e a promo o da unidade cultural alem o que segundo Denis tra duzia inten es notadamente ideol gicas para al m de interesses comerciais D enis 2000 p 111 O modelo como f rum dedicado a zelar pela produ o industrial e sua singulariza o nacional foi copiado por outros pa ses Austria 1912 Su a 1913 Gr Bretanha 1915 mas gerou algumas controv rsias co 61 M anifesto D e Stijl Dispon vel em caad arch ethz ch teaching T heo manifesto htm Acesso em abril de 2009 16 mo a ocorrida entre H ermann M uthesius da Werkbund alema e H enry van de Velde diretor da Escola de Artes e O f cios de W eimar em 1914 Inconformado com as posi es de M uthe
427. te simples mas envolve tamb m grande n mero de pe as Como resultado o leite fica em temperatura ambien te o que n o atende recomenda o de oferec lo crian a aquecido a 37 193 Selos que n o garantem qualidade O Globo Rio de Janeiro Infoglobo S A 26 de mar o de 2008 pg 34 1 Dispon vel em www umix com br Acesso em maio de 2009 175 Rae Dia H Te ch mM Figura 145 M amadeira U M ix on the Go e detalhes de seu funcionamento Figura 146 D etalhes da mamadeira liamo bico bate ria e foto com seu criador Karin Rachid M odelo 10 liamo Dinamarca liamo Self H eating Baby Bottle uma mamadeira brilhantemente concebida por Karim Rashid a primeira mamadeira com um mecanismo de auto aquecimento inclui um cartucho descart vel de aquecimento que capaz de aquecer o leite at 37 graus em apenas quatro minutos Os principais ingredientes org nicos deste cartucho s o sal e gua asim voc n o ter que se preocupar com as quest es de higiene para os seus filhos Este gadget til ir fornecer lhe um acesso f cil para aquecer o leite se voc et no avi o no carro na praia em um caf ou em um parque Cr ticaDesign O projeto do aclamado designer eg pcio para a ind stria dinamarquesa se prop e a solucionar o problema da temperatura do leite que no entanto j sai de casa misturado gua ou em embalagem separada como demonstra o v deo promocional do pro
428. te o manifesto o ins trumento de express o para protestos e lan amento de novas propostas Em dezembro de 1963 o designer brit nico Ken Garland proclamou o manifesto Firg Things Firg no Institute of Contemporary Arts em Londres No ano seguinte ap s public lo em tiragem de 400 c pias co assinadas por 1 Dispon vel em www gdesign co nz designhist 60pop html Acesso em abril de 2009 90 mais 22 profissionais o manifesto foi publicado no jornal The Guardian al can ando forte repercuss o N s abaixo assinados somos designers gr ficos fot grafos e estudantes cria dos num mundo no qual as t cnicas eo aparato da publicidade nos foram per sistentemente apresentados como os meios mais desej veis efetivos e lucrativos para o uso dos nossos talentos Fomos bombardeados por publica es dedica das a esta cren a louvando o trabalho daqueles que gastaram a sua habilidade e imagina o para vender coisas como ra o para gato p s estomacais deter gente restaurador capilar pasta de dente listrada lo o p s barba lo o pr barba dietas para emagrecer dietas para engordar desodorantes gua com gas cigarros roll ons pull ons e dip ons De longe os maiores esfor os daqueles que trabalham na ind stria da publici dade s o desperdi ados nesses prop sitos triviais que pouco ou nada contribu em para a nossa prosperidade nacional Junto a um n mero crescente de pessoas alcan amos um ponto de satura
429. te o que facilitava a continui dade das infra es Exemplo disso que ainda havia imagens de beb s em r tulos de produtos comercializados em 32 cidades brasileiras entre 1995 e 1996 Em 2000 uma nova revis o a tornou mais abrangente transformando seu nome para Norma Braslara de Comercializa o de Alimentos para L actentes e Crian as de Pri meira Inf ncia e de Bicos Chupetas e M amadeiras Em 2003 e 2004 foram formados mais de 450 profissonais de sa de em 24 cursos por todo o pa s como esfor o de instrumentalizar o monitoramento em 2006 a norma foi transformada em la fede ral Infra es continuam a ser cometidas pelo setor comercial onde funcion rios e gerentes alegam desconhecer a legisla o e por discursos pseudocient ficos que re comendam os produtos em r tulos folhetos etc M onteiro 2006 Acerca do asun to diserta Almeida A viola o da norma brasileira de comercializa o remete a discuss o esfera legal na qual in meros artif cios s o institu dos sob a perspectiva das leis no intuito de atend las ao mesmo tempo em que se continua praticando uma propaganda calcada em recortes do saber cient fico com base nos quais s o es tabelecidas figuras de ret rica e estrat gias textuais a servi o do marketing das ind strias Em verdade essas constru es cientificistas consistem antes em um problema tico e como tal deveriam ser tratadas pelos atores e grupos so 136 ciais que t m de form
430. te da Associa o PRO TESTE Dispon vel em http www proteste org br quem somos s446971 htm Acesso em dezembro de 2009 201 A PRO TESTE est sempre alinhada com as recomenda es da O rganiza o M undial de Sa de N s sabemos e incentivamos que para garantir o m ximo de sa de ao beb o aleitamento materno deve ser exclusivo at os seis meses de vida Sabemos e incentivamos tamb m que a ingest o de novos l quidos na primeira inf ncia deve ser feita pelo uso de copos e n o de mamadeiras Por m entendemos que h situa es em que as m es e av s s podem alimen tar os beb s usando a mamadeira Sendo assim testamos as mamadeiras mais representativas do mercado para verificar se s o seguras para o uso dos beb s Foram analisados dez modelos sob os quesitos rotulagem avalia o do bico seguran a qu mica da garrafa e dos bicos e resist ncia queda Ao final do artigo o texto conclui Os benef cios da amamenta o s o inquestion veis M as se mesmo sabendo dos riscos que as mamadeiras trazem ao desenvolvi mento das crian as voc precisar de uma para emerg ncias A postura assumida pela revista compat vel com o n vel de conheci mento cient fico alcan ado sobre o problema o que n o um fato corriqueiro M uitos discursos de institui es empresas e profissionais recomendam o uso da mamadeira contribuindo para que o paradoxo entre o conhecimento cient fico
431. tecidos de algodao entre o final do s c XVIII e meados do s c XIX Durante esse per odo a Gra Bretanha dominava o com rcio exterior tanto por sua preponder ncia naval 21 Figura 14 M quina de costura projetada por Isaac Singer em 1850 Figura 15 M odelo com pedal 1859 quanto pelo bloqueio que impusera aos pa ses do continente europeu por ocasi do das guerras napole nicas G erou se assim um ciclo em que tecidos ch s e lou as compradas na China e na ndia eram trocados por escravos na frica usados para plantar algod o ba rato nos Estados U nidos e no Brasil o qual era utilizado pela ind stria brit ni ca para fabricar tecidos que por sua vez eram exportados para todos esses lu gares gerando a cada etapa novos lucros para os intermedi rios D enis 2000 p 21 O autor sinaliza ainda que a cidade de M anchester que concentrava a maior parte das ind strias de tecidos era bem pr xima a Liverpool porto cen tral de com rcio de escravos Diante de tais elementos cabe uma primeira reflex o acerca do custo social e humano embutido naqueles desde ent o acess veis cortes de tecido Seu aspecto e qualidade para compor vestimentas n o transpareciam a opress o a que os escravos eram submetidos nem aquela imposta aos oper rios das f bri cas como tampouco a complexidade das pol ticas naval e colonial Os bens materiais sempre pareceram providos de inoc ncia talvez porque apenas come cem a
432. teria registro at aquele momento O ano de 1989 seria marcado pela Q ueda do M uro de Berlim que a prin c pio poderia simbolizar a queda do socialismo e segundo Bruno Latour o triun fo do liberalismo do capitalismo das democracias ocidentais sobre as vas esperan as do marxismo Latour 1994 p 13 M as foi justamente naquele momento que as pesquisas sobre o meo ambiente colocaram em xeque o modus operandi capitalista e suas v s esperan as de conquista ilimitada e de domina o total sobre a natureza p 14 Em 1990 relat rio do Painel Intergovernamental sobre M udan a Cli m tica IPCC advertiria que para estabilizar os n veis de CO 2 principal g s estufa na atmosfera 60 das emiss es mundiais precisariam ser eliminadas A Conven o M arco sobre M udan a Clim tica foi assinada por 160 pa ises durante a Rio ECO 92 com o objetivo de conter com urg ncia interfe r ncias humanas nocivas ao sistema clim tico e com isso proteger as fontes alimentares os ecossistemas e o desenvolvimento social Durante a ECO 92 os participantes definiram que em rela o aos gases estufa os pa ses industriali zados deveriam no ano 2000 manter os mesmos n veis de emiss o que eram realizados nos anos de 1990 e que os pa ses do hemisf rio norte deveriam ser os primeiros a faz lo Em 1995 o IPCC confirmou seus progn sticos anterio res afirmando que os primeiros sinais de mudan a clim tica s o claro
433. tes as tem ticas ser o apresentadas e analisadas segundo a l gica das discuss es Assim este relato tem in cio com o impacto dos presentes frente s novas informa es a seguir os professores refletem acer ca do n vel de implanta o do objeto na cultura e buscam identificar seus moti vos admitem a necessidade de reavalia o dos produtos como princ pio de projeto e fazem uma revis o do percurso metodol gico projetual realizam au toquestionamentos e por fim vislumbram oportunidades de a o em prol da causa N a sequ ncia a an lise das reuni es apresentada 5 4 1 Exclama es livres em rea o ao contato com a problem ti ca Em todas as ocasi es em que a pesquisa foi apresentada congressos confer ncias aulas a rea o das plateias foi de grande surpresa e estupefa o 180 As informa es fornecidas contrariam radicalmente o que as pessoas pensam sobre o produto e sua aura levando as a lembraram se dos momentos em que a mamadeira foi por elas usada Ato continuo as pessoas revisam esses momentos e a partir de ent o sua aten o se fixa no que dito a respeito Com os profes sores n o foi diferente e abaixo est o destacadas algumas de suas exclama es Eu aceitaria o projeto de uma mamadeira h uns tempos atr s feliz M eu Deus A gente muitas vezes est totalmente cego Pouco sobra da mamadeira depois de uma apresenta o dessas Depois desses dados cO me a m
434. tico se move para os lados O canudo interno que ser comentado a seguir potencializa a tridimensionalidade do produto contribuindo para que o efeito est tico final resulte verdadeiramente impactante N os cartazes a seguir pode se constatar o jogo discursivo do fabricante que emprega frases de significado correto Ajudando seu beb a ser amamen tado por mais tempo mas vincula a benesse ao uso do produto que substitul r o seio materno ou afirmando que pelo fato de a mamadeira chegar t o per to da natureza como a de nenhuma outra marca os beb s a amam T ais frases e imagens violam o C digo Internacional de Comercializa o de Substitutos do Leite Helping your baby breastfeed for longer 184 Dispon vel em www tommestippee co uk Acesso em setembro de 2009 169 Pi Di r E y e j f i Es 2 Figura 135 M aterial de publicidade da mamadel ral omme Tippee Figura 136 M amadeiras Dr Brown s com escovinha para limpeza do tubo interno Figura 137 D iagrama de funcio namento da mamadeira Dr Brown s Figura 138 A mamadeira vitoria na Modelo 2 Dr Brown s Estados U nidos A mamadeira Dr Brown s vem recebendo numerosos pr mios de design e sendo aclamada pela comunidade m dica N a verdade muitas de nossas ma madeiras t m sido adotadas por hospitais U T Isneonatais e consult rios m dicos M ais importantes s o os testemunhos de m es e pais por todo o mundo
435. titucional de Incentivo ao Aleitamen to M aterno no Estado do Rio de Janeiro a sede brasileira da W ABA locali zada no Recife tem a incumb ncia de disseminar nacionalmente as diretrizes anuais da matriz sediada na M al sia determinadas em reuni es com represen tantes dos diversos pa ses membros Com limita es de verba a WABA Brasil periodicamente procura traduzir o material cartazes action folders etc distri buindo o para profissionais de sa de na montagem da Semana Q uando a data se aproxima o M inist rio da Sa de fornece s institui es de sa de em fartas tiragens material produzido em seu setor de Comunica o Social material este que ser amplamente divulgado na esfera p blica de sa de durante o evento nacional D esde 1999 o M inist rio da Sa de conta com a parceria da Socieda de Brasileira de Pediatria na campanha denominada M adrinhas da Amamenta o D iante desse processo operacional caberia uma pergunta por que n o simplesmente financiar a tradu o cuidadosa feita pela WABA Brasil que gera material em policromia e alta qualidade de impress o por m em pequenas tiragens ao inv s de produzir novos originais outros fotolitos e canais parale los de distribui o para o grande n mero de exemplares que produz Ser que ao criar uma campanha pr pria sob as diretrizes da alian a mundial o M inist rio da Sa de est zelando pela adapta o da mensagem cultura brasileira O que p
436. tivo parece estabelecer que essa a tarefa de toda m e tal e qual pregava o discurso higie nista que culpabilizava a mulher por eventuais insucessos com a sa de de seus filhos Apenas a partir de 2004 quando o simbolo da WABA Brasil passa a figurar nos cartazes da campanha percebem se sinais de engajamento ora es clarecedores do real sentido da amamenta o exclusiva ora comunicadores da exist ncia de uma lei de controle ao com rcio de leites modificados M esmo assim persistem tra os do tom anterior e revendo toda a cole o o texto Se voc tem alguma dificuldade em amamentar converse com o pediatra do seu filho se destaca no cartaz de 1999 Conhecendo um pouco da hist ria da amamenta o no Brasil e portan to da estrat gia de marketing empregada pelas ind strias de leite em p sobre a rea m dica n o h como ler tal frase sem aventar que o v nculo entre a Socie dade Brasileira de Pediatria e o M inist rio da Sa de possa n o estar ainda sufi cientemente refrat rio s press es econ micas da ind stria pois a insist ncia em um mesmo modelo visual embora respaldado por evid ncias culturais soa incoerente com os evidentes avan os verific veis em muitas searas da comuni ca o p blica contempor nea Em 1999 Jo o Apr gio Guerra de Almeida desde ent o presidente da Comiss o Nacional de Bancos de Leite H umano do M inist rio da Sa de defi nia a amamenta o como um h brido natureza cultura
437. todas as economias latino americanas submetidas a um processo de subordina o a interesses que inibe um desenvolvimento com uma organiza o social menos polarizada menos antag nica com menos viol ncia estrutural 2009 p 13 14 O s pa ses do chamado T erceiro M undo encontram imensas dificuldades para escalar postos maiores de desenvolvimento As desigualdades sociais ocasi onam fluxos migrat rios muitas vezes ilegais bols es de mis ria viol ncia cor rup o nos pr prios pa ses e naqueles para onde acorrem os refugiados e enges samento do poder p blico para a gest o de modelos s cio econ micos desen volvimentistas o que tende a se desdobrar em constrangimentos pol ticos para essas sociedades perante o mundo como o estigma de pa ses atrasados Com o objetivo central de combater a dissemina o da pobreza aO NU iniciou em 1990 uma rede global envolvendo governos iniciativa privada e sociedade civil O Programa das Na es Unidas para o D esenvolvimento PNUD conecta 166 pa ses a conhecimentos experi ncias e recursos ajudando pessoas a construir uma vida digna e trabalhando conjuntamente nas solu es tra adas pelos pa ses membros para fortalecer capacidades locais e proporcio nar acesso a seus recursos humanos t cnicos e financeiros coopera o exter na e sua ampla rede de parceiros No ano 2000 os 191 Estados M embros das N a es U nidas assumiram o compromisso de at
438. tores que concedem certo equil brio equa o O Centro de Refer ncia N acional para Bancos de Leite H umano com sede no Instituto Fernandes Figueira IFF unidade materno infantil da Fiocruz foi premiado pela Organiza o M undial da Sa de e pelo Programa das N a es Unidas para o D esenvolvimento como uma das iniciativas que mais contribu ram para o desenvolvimento humano no H emisf rio Sul fornecendo solu es 199 pr ticas que poder o ser repetidas expandidas ou adaptadas por outros pa seg 204 A campanha de incentivo amamenta o a NBCAL o aumento de quatro para seis meses de licen a maternidade a lei que regulamenta a exist n cia de espa os para maes amamentarem em empresas e muitas outras medidas estatais v m igualmente ganhando destaque nos meios de comunica o M as essa situa o tamb m intrincada pois enquanto h um aumento da presen a do assunto em telejornais e novelas por exemplo o que denota sinais de ades o causa a N estl uma das empresas com espa o de merchandising na novela Viver a vida atra o nobre da TV Globo Percebe se que o recurso empregado nas mensagens pr aleitamento tem sido o de enfatizar a import ncia da amamenta o sem desmerecer ou atacar as ind strias de leite em p ou mamadeiras a n o ser pela exibi o em rodap s ou carimbos obrigat rios nos produtos de recomenda es expressas tais como O M inist rio da Sa de adverte a crian a q
439. tos fundamentais apesar da presen a de diferen as em seus enfoques e da variedade dos contextos nacionais onde surgiam Havia uma rejei o geral da arte pela arte interessava o seu papel social N o conceito estava incorporada a influ ncia de tradi es filos ficas idealistas e a busca de formas ideais pla t nicas simbolizando uma realidade para al m das mudan as passageiras do 5 M anifesto D ad H ugo Ball Dispon vel em http fundacaovelocipedica wordpress com dada texto de hugo ball Acesso em abril de 2009 60 M anifesto construtivista Dispon vel em www forumcamelot com Acesso em abril de 2009 15 YOU FOR U S ARMY NEAREST RECRUITING STATION Figura 37 Cartaz M ontgo mery Flagg 1917 Ura Figura 38 A fonte M arcel D u champ 1917 Figura 39 Cartaz de El Lissitzky 1929 Figura 40 Cadeira de G errit Rietvield 1918 quadro de Piet M ondrian Figura 41 Xilogravura de Lyo nel Feininger que ilustrava o manifesto de 1919 tr s raios de luz pintura escultura e arquite tura se encontram no alto da catedral simbolizando uma nova filosofia de estrutura NY mundo exterior manifestas na tend ncia abstra o e em particular as for mas geom tricas H eskett 1977 p 94 95 N esse sentido a capacidade das m quinas industriais de gerar formas geom tricas atendia formula o te rica da vanguarda gerando
440. transfor mando em uma empresa social a Associa o CineM aterna H oje com eventos em v rias cidades brasileiras a iniciativa se prop e a resgatar a amamenta o por meio da cultura promovendo sess es vespertinas de filmes em que as m es comparecem com seus filhos de colo A luz da sala n o totalmente apagada o som mais baixo o ar condicionado em temperatura amena Al m disso nesse ambiente eventuais choros n o s o motivo de censura pelo restante da pla telat D iversas especialidades m dicas engajam se na luta pela amamenta o no pa s al m da pediatria e da puericultura Nutricionistas fonoaudi logos 143 Informa es a respeito dispon veis em www metodocanguru org br Acesso em agosto de 2009 144 Informa es dispon veis em www aleitamento com Acesso em novembro de 2009 145 nforma es dispon veis em www cinematerna org br 139 Figura 104 O Top do IMIP produto que adota o princ pio do m todo M e canguru Figura 105 cartaz da campanha Este lado para cima 2009 Figura 106 S mbolo e imagem de sess o do Ci neM aterna Rio de Janeiro 2009 Figura 107 Campanha Beb sarado mama no peito do Conselho Regional de Fono audiologia do Rio de Janeiro 2004 Figura 108 Pulseira Mame Aqui Quer 4 Trago Beb Momondo Pos Tovos Our Uet Obrigode Figura 109 odontologistas psic logos psiquiatras assistentes sociais a e
441. trito N o entanto elas realizam movimentos artificiais no seio que acabam por suspender a produ o de leite em muitos casos Essas bombas junto s mamadeiras bicos chupetas e protetores de seios est o inclu das na lista de produtos desa conselhados pela NBCAL submetidos a controle de comercializa o de acordo com o C digo Internacional Neste fato se pode constatar mais uma armadl lha sob o intuito de prosseguir amamentando o uso da bomba conduz ao resultado contr rio o progressivo desmame Interessante ver tamb m que a professora salienta que o fato de ter re corrido organiza o da sociedade civil o grupo de apoio Amigas do Peito lhe garantiu acesso informa o correta M aternidades lugares que deveriam dis seminar a informa o alugam bombas autom ticas Foi considerada tamb m a simplicidade formal do copinho em compa ra o com a complexidade da mamadeira acho que eles vendem uma tecnolo gia uma complica o completamente desnecess ria Se o copinho funciona para que a gente precisa dessa tralha toda Cabe comentar neste ponto que a proposta de substituir a mamadeira pelo copinho referendada pelas iniciativas que protegem a amamenta o provocou surpresa e relativa desconfian a nos professores participantes das reu ni es Em primeiro lugar porque a forma subentende a necessidade inequ voca da presen a de algu m na administra o do alimento crian a Em segundo luga
442. ttle industrial scientific paradox production ethics desgn teaching Sum rio Introdu o 07 1 M etodologia de pesquisa 13 2 Sobre a produ o industrial e suas origens tendo por ncora a quest o amamenta o mamadeira 16 2 1 Notas sobre as origens da alimenta o de lactentes no mundo 2 2 Notas sobre as origens da alimenta o de lactentes no Brasil 2 3 O papa dos bens de consumo na organiza o da sociedade capitalista 2 3 1 Os bens de consumo e as doutrinas pol tico econ micas 2 3 2 Produ o industrial como progresso 2 3 3 Progresso como desenvolvimento 2 3 4 Progresso desenvolvimento e liberdade 3 Reflex o profissional avan o cient fico e a o social questionando a escalada industrial 54 3 1 M otivos para a revers o do paradigma cient fico com rela o alimenta o artificial de beb s 3 2 Dados sobre a luta mundial pelo resgate da amamenta o 3 3 Produ o industrial design e consumo 3 3 1 D esign uma hist ria pontuada por alertas em defesa da tica 3 3 2 O alerta em defesa do meio ambiente 3 3 3 Novas pol ticas empresariais 3 3 4 Tomadas de posi o do design mediante o novo quadro 4 Dados sobre o atual cen rio mundial da alimenta o de beb s 121 4 1 Sobre a for a das ind strias de leite artificial no Brasil e no mundo 4 2 Cen rio brasileiro atual 4 2 1 Foco na comunica o p blica 4 2 2 O utros aspectos relevantes 5 Conhecendo e refletindo sobre a complexidade dos pro
443. tumam publicar aconselhamento e instru es sobre o uso correto da mamadeira em seus sites A Gerber recentemente comprada pela N estl introduz texto com esse fim Algumas vezes a m e fica impossibilitada de fornecer o leite materno por uma s rie de raz es N o se preocupe alimentar com a mamadeira tamb m um momento relaxante em que toda a fam lia inclusive o pai e outros membros participa do prazer de ver seu filho se nutrir D ispon vel em www gerber com br Acesso em agosto de 2009 1 Dispon vel em www mambaby com Acesso em maio de 2009 191 Dispon vel em www core77 com bullits 2007 08 W hipsaw A diri N atural N urser asp Acesso em maio de 2009 173 O oove 0 bA Bo do ice 33 Op Figura 142 M amadeiras M AM eAdiri e detalhes da mamadeira M AM Ultivent Figura 143 D etalhes da ma madeira Adiri QD es Figura 144 M amadeira Second N ature e instru o de limpeza presente no manual de uso e detalhes do sistema de funciona mento do bico modelo anterior recorre a perfura es na tampa inferior para a sa da de ar Agraciada pelos pr mios IDEA e M D EA 2008 utiliza imagem de beb de pou cos meses em seu material promocional online M odelo 8 Second N ature Estados U nidos A mamadeira Second N ature tem tecnologia Flow Control baseada em uma membrana que cont m v rios microfuros Quando o bico n o est sendo utiliza do os microfuros per
444. u seja a ci ncia n o mais estava associada a Deus a partir da s c XIX os termos evolu o desenvolvimento e progresso passaram a ter o mes mo sentido sempre associados evolu o tecnol gica p 43 Chega se ent o ao ponto referencial para a reflex o da produ o indus trial enquanto progresso A Revolu o Industrial gerava provas irrefut veis da capacidade humana de inovar e propiciar crescimento econ mico Acreditava se que o progresso conduziria liberdade Para o economista franc s T urgot a humanidade caminhava vagarosamente rumo perfei o e a liberdade estl mularia a criatividade e o progresso Condorcet fil sofo e matem tico franc s ao dividir a trajet ria humana em 10 per odos de evolu o imaginara que ao seu final ap s a Revolu o Francesa a liberdade individual triunfaria estabele cendo desse modo uma liga o entre o progresso do conhecimento e a ideia de progresso social E os fundadores dos Estados U nidos da Am rica ligados ao puritanismo acreditavam terem sido escolhidos por D eus para libertar o mun do da Ignor ncia numa concep o de progresso como Provid ncia como atestam as palavras de Benjamin Franklin Tanto tenho me impressionado com o crescimento da felicidade da humani dade dos avan os da filosofia moral pol tica e at mesmo com a aquisi o e inven o de novos instrumentos e utens lios que s vezes desejei ter sido meu
445. uadamente preparando a crian a para a mastiga o a erup o dos dentes para um crescimento facial harmonioso e a boa articula o dos fonemas Estudos demonstram que o desenvolvimento da face humana depende em ape nas 40 da bagagem gen tica ficando 60 a cargo da forma com que ir o ocorrer no indiv duo sua suc o degluti o mastiga o e respira o Ao ser amamentada a crian a trabalha toda a musculatura da face e respira pelo nariz Sua l ngua desenvolve movimentos que estimulam a vaz o do leite da mama e a continuidade dessa produ o O bico do seio se acomoda fisiologia da boca do beb eo leite ir verter de acordo sua demanda Todo o processo se altera quando entra em cena a mamadeira Com ela o esfor o muscular a ser despendido menor A mamadeira goteja imprimindo acelera o ao que seria a demanda natural de alimenta o Como o rec m nascido suga n o apenas para suprir suas necessidades nutricionais mas tam b m por prazer essa redu o de dura o no tempo de suc o o levar a procu rar se contentar com dedos l ngua l bios e chupetas A coordena o entre su gar e respirar tamb m modificada pela velocidade Ent o altera es respirat rias tendem a surgir tais como infec es desvio de septo nasal respira o bucal o ar entra sem a filtragem o aquecimento e a umidifica o realizados por pelos nasais chegando frio e sujo ao pulm o a erup o dos dentes pode
446. ualquer coisa que voc n o aprove acerca do modo que as coisas s o N o h como voltar atr s para apagar os erros cometidos mas h como n o prosseguir silenciando informa es que podemos ajudar a revelar fatos hoje entendidos como o modo como s o as coisas Deter um conhecimento mais aprofundado sobre o que motivou a concep o de um produto e investigar sem reservas as consequ ncias por ele provocadas sobre os usu rios pode se tornar um fator de valoriza o de nossa atividade inclusive perante os capit es de ind stria a quem poderemos oferecer propostas inovadoras e financeiramente promissoras concebidas para reconciliar a produ o industrial com os n veis alcan ados de conhecimento cient fico Digamos por m que o mercado n o esteja neste momento re ceptivo a tal proposta pois acat la envolveria uma mudan a radical de rumos com perda de maquin rios altera o de contratos com fornecedores queda de lucros etc N esse caso vale resgatar a teoria de Schumpeter a de que a chegada de inova es tecnol gicas altera o fluxo regular da economia concedendo lhe din mica fundamental ao desenvolvimento econ mico O autor delegava ao empres rio e sua atitude inovadora o papel motor do desenvolvimento Os consumidores conduzidos a desejar novos produtos tendem a relegar vers es antigas desses objetos gerando o fen meno da destrui o criadora As inova es s o replicadas por outros
447. ue mama no peito n o necessita de ma madeira bico ou chupeta O uso de mamadeira bico ou chupeta prejudica a amamenta o e seu uso prolongado prejudica a denti o e a fala da crian a Por isso chama aten o a estrat gia discursiva empregada em spot publi cit rio espanhol divulgado na Internet em 2009 Cenas cotidianas fam lias jovens e imagens despretensiosas s o acompanhadas pelas indaga es das per sonagens ao observador Sete disserem que encontraram uma nova f rmula que aumenta as defesas deteu beb darias a de Sete disserem que podemos ter alimento gr tis para os seis primeiros meses deteu beb acreditarias Sete disserem que uma empresa patenteou uma embalagem que mant m o alimento fresco por 24 horas conservando todas as suas propriedades o com prarias Essa f rmula existe Esse alimento existe Essa empresa existe O leite materno o melhor alimento para o seu beb Adapta se a todas as suas necessidades aumentando o seu sistema imunol gico Al m disso gr tis Nada como mamae Nada como mamar 204 Segunda Exposi o G lobal de D esenvolvimento Sul Sul conjuntamente com o 6 Dia Anual das N a es Unidas para a Coopera o Sul Sul no per odo de 14 a 17 de dezembro em W ashington D C Comunica o Interna da Funda o O swaldo Cruz no 817 de 23 12 2009 205 Spot de promo o da amamenta o iniciativa das organiza es
448. ue podem ser compreendidas com o prosseguimento da leitura do texto de Berlin que afirma ter o eu as sumido historicamente duas formas de sentir seu desejo sendo guiado por si mesmo a abnega o para alcan ar a independ ncia e a total auto identifica o com um princ pio ou ideal espec fico para alcan ar o mesmo fim Berlin 2002 p 240 No caso da abnega o o indiv duo escolhe se libertar dos desejos que n o pode concretizar evitando a derrota e a perda e decidindo assim n o lutar por nada que n o se considere seguro a obter poss vel fazer uma rela o entre esta descri o e a apatia que imobiliza muitas vezes os cidad os perante a pol ti ca Alcan ar respostas r pidas e substanciais do mercado se revela mais vi vel do que atingi las por interm dio de uma rela o com as institui es Ent o o ato de consumo pode ser lido como um exerc cio de liberdade mesmo que es quizofr nico decorrente da postura de abnega o aos empecilhos que atra vancariam a realiza o de um ato pol tico No caso da auto realiza o o indiv duo entende que o uso da raz o cr tica a compreens o do que necess rio e do que contingente a nica forma verdadeira de alcan ar a liberdade D esobedecer a tais princ pios seria portanto uma atitude ignorante e irracional Para deixar o conceito mais claro Berlin explica que um m sico precisa se submeter ao aprendizado da teoria musical para que
449. uedos infantis que incliu a mamadeira como acess rio de bonecas a Se as primeiras imagens aparentam n o ser t o recentes a imagem acima dispon vel na Internet das p ginas 8 e 9 do cat logo atual e a 188 Dispon vel em www chicco pt Acesso em agosto de 2009 172 2 empresa persiste defendendo que a mamadeira a escolha ideal desde os primeiros meses de vida do beb M odelos 6 e 7 MAM e Adiri Estados U nidos A nova mamadeira MAM U Itivent foi projetada especificamente para fundo nar como a amamenta o O desgn um demento extremamente rdevante para a empresa MAM loves me 1 Para pais iniciantes ou experientes a escolha entre amamenta o e mamadeira pode produzir uma vasta lista de pr s e contras Adiri Natural Nurse projetada para smular a apar ncia e a sensa o de uma mamada real Cr tica A simula o de capacidades humanas por produtos colocada como fun o da atividade da ind stria e do design Aqui cabe o esclarecimento de Andrew Radford coordenador nacional da organiza o n o governamental Baby M ilk Action A ideia de substituir leite materno por artificial pode ser comparada de suge rir que substituam os rins por aparelhos de di lise Ambos aparelhos de di lise e leites artificiais cumprem um papel que pode salvar vidas mas us los no lu gar dos rg os originais do corpo humano desperd cio de recursos Felizmen te
450. ues t es de maneiras opostas mas partem da mesma afirma o coagir um homem priv lo da liberdade Liberdade de qu Q uase todo moralista na hist ria humana tem elogiado a li berdade Como a felicidade e a bondade como a natureza e a realidade a li berdade um termo cujo significado t o poroso que n o parece capaz de re sistir a muitas das interpreta es N o proponho discutir a hist ria dessa pala vra prot ica ou seus mais de duzentos sentidos registrados pelos historiadores de ideias Proponho examinar n o mais que duas de suas acep es mas eas s o centrais com muita hist ria humana atr s de si e ouso dizer ainda por acontecer p 228 229 O primeiro sentido pol tico de liberdade o negativo e levanta a seguinte questao o que determina que uma pessoa atue de determinada forma e que possa fazer o que quiser sem que os outros interfiram nessas decis es O segundo o sentido positivo de liberdade quem ou o qu pode estar dotado a definir o que se pode ser ou fazer A no o de liberdade negativa Se ningu m interfere na minha vida sou livre Se algu m interfere de pendendo do grau em que isso feito sou coagido ou escravizado M as a inca pacidade de alcan ar um objetivo n o configura falta de liberdade como o caso de algu m que n o enxerga pelo fato de ser cego A falta de liberdade pol tica se d quando n o consigo alcan ar um obje tivo devido a arranjos feitos p
451. um m s Em 2006 esse tempo chegou a 2 2 meses apesar de 96 4 das maes terem amamentado pelo menos uma vez sinal de que quase todo mundo tenta mas a maioria fica pelo caminho o beb n o pega o seio direito o bico racha a dor insuport vel Uma das entrevistadas teve problemas logo nas duas primeiras semanas O pediatra foi consultado e recomendou a complementa o com mamadeira Quando vi que o Theo mamou toda a mamadeira e dormiu feliz resolvi que aquele era o caminho Amamentei o dois meses e depois ele largou o peito A mesma entrevistada amamentou a segunda filha e embora sentisse muita dor recusou se a recorrer mamadeira e procurou outro profissional de sa de este lhe disse Isadora voc n o tem nada seu seio est impec vel a pega dela tima seu leite forte Volta pra casa relaxa e amamenta sua cria A partir desse conselho tudo se resolveu 159 Camila Pitanga e outras famosas fazem relatos emocionantes sobre a amamenta o D epoimentos publicados na Revista Quem S o Paulo Editora Globo SA outubro de 2008 160 Em 1989 ao reassumir o trabalho ap s quatro meses de licen a maternidade esta pesquisadora documentou os procedimentos a serem realizados com sua filha pelas av s durante sua aus ncia di ria N esses textos nota se a prescri o da m e s av s de frutas e vitamina na dieta apesar do retorno casa no hor rio do almo o 152 O fato que n o se nasce
452. urgi o humano mas tamb m se projetam armas para a guerra S o projetadas mans es luxuosas e vivendas populares se projeta para o consumo sup rfluo e s o projetados obj e 211 Basta lembrarmos do caso emblem tico de Leni Riefensthal que clamou por sua inoc ncia em rela o ao envolvi mento com o nazismo 212 Frase de Umberto Eco gravada na mem ria desta pesquisadora desde os tempos da gradua o como um aforismo 203 tos ecologicamente sustent veis Q uase tudo o que vemos e usamos quase tu do o que se fabrica constr i ou imprime todo o bem e o mal de nosso entor no material foi projetado H designers que n o trabalham para as tabacarias mas aceitam encargos do Estado Q ual o limite H quem sustente que o de sign n o poderia se envolver em casos contr rios aos valores humanos funda mentais e quem sustente que imposs vel tra ar uma linha tica que separe os trabalhos aceit veis dos que n o o s o Existe uma tica que os designers deve riam respeitar Q uais seriam as caracter sticas de um trabalho eticamente ina ceit vel 2 M uitos leitores se manifestaram e a diversidade de suas opini es consti tui amostra do quanto continuamos desprovidos de um norte com rela o ao assunto Jes s Perez de Valencia aponta que n o est estabelecido um deve ser nesta profiss o Alejandro Arrojo de Pilar se coloca trabalhar para o estado e projetar armas n o ter tica Etiquetas e em
453. ush assine tratado antiminas France Press em Washington Folha O nline Dispon vel em www folha com br Em mar o de 2001 Boletim ICDC Focus de maio de 2009 IBFAN Dispon vel em www Ibfan org br Boneca lactente chega s lojas com pol mica na Espanha G1 Globo com Dispon vel em http g1 globo com N oticias 0 M U L1341659 5602 00 html Em 15 de outubro de 2009 Certifica o de Produtos ou Servi os reas de atua o ABNT D ispo n vel em www abnt org br m3 asp cod pagina 1012 Children s Hospital of Philadelphia University of Pennsylvania O besi dade amamenta o nos primeiros dias tem efeito protetor Aleitamen to com Dispon vel em www aleitamento com Em 18 de maio de 2005 Crise econ mica far mundo ter mais de 1 bilh o de desnutridos em 2009 diz ONU G1 Globo com Dispon vel em http g1 globo com N oticias M undo Em 19 de junho de 2009 228 Cronologia da campanha IBFAN Dispon vel em www ibfan org Em 08 de novembro de 2007 Enciclop dia Ita de Artes Visuais Ita cultural Dispon vel em www itaucultural org br aplicexternas enciclopedia ic index cfmuseactio n termos texto amp cd verbete 4986 amp Ist palavras amp cd idioma 28555 amp c d item 8 Encontrados mais 25 cont ineres com lixo no Porto de Santos e materi al j chega a 670 toneladas Ag ncia Brasil Dispon vel em www agenciabrasil gov br noticias 2009 07 17 view Em 17 de julho de 2009 Enterobacter Sakaz
454. uso relativamente recente e restrito a hospitais e a poucas fam lias Apesar de estar presente no mercado este ainda um produto ca rente de esfor os de projeto para que alcance n vel adequado de efici ncia Reflex es para uma revis o de uso da mamadeira Defendendo a necessidade de revisar o uso inconsequente de produtos Frascara explica que para muitas pessoas uso o mesmo que posse e posse o mesmo que poder poder de fazer de se divertir e de sentir conforto com coisas Ele acrescenta que as pessoas acabam se acostumando com as coisas aceitando as como s o e acreditando ter o direito e n o o privil gio de us las Por isso sob o ponto de vista das pessoas uma revi s o do uso que resulte em uma redu o do uso ser temida como uma poss vel redu o de liberdade e poder e ser repelida J sob o ponto de vista da ind stria uma revis o do uso que resulte em uma redu o do uso ser temi da como uma poss vel redu o dos neg cios e ser igualmente hostilizada Uma revis o do uso rejeitada pelas pessoas e pela ind stria n o ter apoio dos governos em grande extens o pressionados pelos interesses dos eleito res e ind strias A tarefa do design portanto construir argumentos para uma revis o de uso que seja vista pelas pessoas como um meio de ter mais conforto lazer e liberdade pelos empres rios como uma possibilidade de aumento dos lucros e pelos pol ticos como
455. ustent vel e potencial mente perigosa pr tica de usar f rmulas infantis 8 Em maio de 2009 em documento tem tico sobre aspectos espec ficos relacionados ao C digo Internacional de M arketing de Substitutos do Leite M aterno e s subsequentes Resolu es relevantes da Assembleia M undial de Sa de o IBFAN Brasil divulgou que nas crises as corriqueiras doa es de f rmulas infantis mamadeiras e bicos podem provocar mais malef cio que benef cio j que n o h infraestrutura b sica ou condi es adequadas para re duzir os riscos associados ao preparo da f rmula e de outros alimentos A a mamenta o a salvaguarda nesses momentos Invocando a necessidade de controlar as doa es o documento aponta ser preciso evitar que as empresas utilizem tais situa es para aumentar sua fatia no mercado ou para fazer rela es p blicas As recomenda es s o de que os itens doados sejam oferecidos apenas sob as seguintes condi es no caso de os beb s precisarem receber ali mentos que substituam o leite materno o fornecimento precisa ser mantido enquanto esses beb s necessitarem do produto os alimentos fornecidos n o podem ser usados para induzir vendas Ainda relativamente ao tsunami de 2004 no O ceano ndico foi consta tado um exemplo de viola o ao C digo Um an ncio comovente no jornal Nova Tabloid agosto de 2005 em prol da campanha de Sari Husada de combate desnutri o na Indon
456. uthesius fora enviado Inglaterra pelo governo prussiano na qualidade de espi o de gostos com a tarefa de se inteirar dos motivos do sucesso industrial ingl s Retornando Alemanha ap s seis anos foi o mentor da introdu o de oficinas em todas as escolas de artes e of cios D RO ST E 2006 p 10 6 GROPIUS W M anifesto da Bauhaus 1919 Dispon vel em www bravus net manifesto bauhaus abril de 2009 71 Figura 42 W alter G ropius Figura 43 Friedl D icker Estudo de luz e sombra 1920 classe de J ohannes Itten Figura 44 Poster da exposi o da Bauhaus em Weimar 1923 Litografia de Joost Schmitt Figura 45 Oficina de metal da Bauhaus pudesse de algum modo sistematizar os frutos do frenesi cultural pol tico e econ mico daquela poca gerando resultados francamente inovadores ponto de partida para uma continuidade din mica da ideia Como descreve M agdalena D roste na primeira fase da Bauhaus quan do a preocupa o com o indiv duo e sua integra o c smica era a t nica a a bordagem era considerada expressionista Mas as consequ ncias da derrota alem na guerra obrigavam busca de um sentido para a vida e ao enfrenta mento objetivo da dimens o social alcan ada pelas produ es intelectuais O expressionismo assim nao fazia mais sentido e uma nova orienta o fazia se inevit vel para a escola D roste 2006 p 51 Bauhaus 1923 arte e t cnica D esde 1922 Gr
457. v s da pol tica de branding fechou uma f brica na Calif rnia e contratou fabricantes na Cor ia do Sul Seu exemplo foi seguido pela Adidas que fechou f bricas na Alemanha e transferiu a produ o para empresas asi ticas economizando seu dinheiro para cativar o cora o de adolescentes globais Fechamos tudo Mantivemos apenas uma pequena f brica que nosso centro de tecnologia global e respons vel por cerca de 1 da produ o total disse o porta voz da Adidas Peter O sanadi sobre o que ent o passou se a considerar uma mera reorganiza o estrat gica Klein 2002 p 222 Q uando anteriormente falamos aqui sobre o liberalismo e a ind stria t xtil inglesa citamos o trabalho escravo e a explora o do operariado M arx partiu em defesa do operariado e a escravatura teve fim na passagem do s c XIX para o s c XX M as assim como o neoliberalismo resgatou a preponder n cia do mercado sobre o Estado potencializando a parece ter ampliado tamb m o conceito da escravatura com sua leitura atravessada da ideia de liberdade estendendo o para quem quer que necessite de algum alimento para manter se em p E existem com fartura casos assim no cen rio contempor neo neolibe 2 Branding uma pol tica de marketing voltada para a fixa o emocional de marcas calcada na exalta o de atitudes previamente cooptadas das tend ncias sociais 31 Figura 17 M enina trabalhando na sweatshop d
458. vestindo em suas estrat gias e o consequente lan amento da boneca que amamenta O racioc nio simples e coloquial que levou a identificar mocinhos v timas e aus ncia de bandidos muito expressivo Pode mesmo ser aplica do quest o como um todo ou seja referente a toda a problem tica da neces sidade de reavaliar a produ o industrial Pois o discurso das empresas de recomenda o enf tica dos produtos eloquentes s o os danos de alguns produ tos sobre seus usu rios silenciados tantas vezes pelo poder de penetra o da voz dos produtores N o h bandidos Prosseguindo Voc tamb m n o acha como disse que isso resulta tamb m da forma com que funciona essa parceria com a comunidade m dica Eu vejo duas coisas A primeira que a Nestl pautou seu discurso na quest o da confian a Ent o quem a sua primeira fonte de consulta se voc d ou n o peito d ou n o leite de mamadeira O m dico o pediatra que eles chamam de neonatal que est na sala de parto Esse pediatra que talvez seja o que acompanhe o beb depois ele vai teria que dizer olha assim mesmo tem que tentar e se ficar machucado tenta o outro peito que n o est abaixo do peso assim mesmo N o mas ele t magrinho M as normal Ele vai deveria ir te convencendo e te dando essa confian a 184 O leite e a mamadeira s o economicamente mais rent veis para os m di cos e para o
459. vezes inovando em termos est ticos e funcio nais sob a orienta o de estudos estrat gicos de marketing Ent o a publicidade os apresenta s massas convidando as a adquiri los O consumo aquece a eco nomia gerando emprego divisas e presum vel estabilidade social e por conse guinte pol tica M uitas vezes na hist ria da atividade entretanto o design se viu seria mente insatisfeito por participar dessa engrenagem manifestando se de mana ra organizada ora por grupos profissionais ora por iniciativas individuais que angariaram adeptos M ais recentemente a no o de que o consumo desenfrea do alimenta o rold o industrial respons vel em grande medida pelo deseguili brio ambiental do planeta e exige a cria o de novas pol ticas empresariais e industriais sinaliza a urg ncia de tomada de posturas de consumo menos insen satas em rela o sociedade e ao meio ambiente Ent o apesar de a din mica capitalista industrial estar arraigada na cultura os alertas ambientais come am a corroborar no sentido de referendar algumas daquelas manifesta es que outro ra deflagravam alertas em defesa de uma atua o tica para a profiss o Esses os pontos que ser o desenvolvidos a seguir 3 3 1 Design uma hist ria pontuada por alertas em defesa da ti ca A atividade do design tem ra zes nas mudan as que se operaram nos sis temas de produ o durante o per odo medieval quando o crescimento da de manda por transa
460. vos que os levaram a escolh la Note se que a palavra apelo foi inclu ida no ltimo par grafo concedendo ao texto um teor de urg ncia Entretanto ao criticar o manifesto Leite advoga que a a o do design n o pode ser tratada como opera o somente disciplinada em si mesma mas incorporada a um sistema de trocas complexo no qual coexistem in meros vetores em quest o indagando Ser o relevantes e politicamente corretos como querem alguns somente os proje tos desenvolvidos para a rea da cultura ou da ci ncia que em parte se valem de artif cios como recursos originados na ren ncia fiscal para o proveito de poucos Q ue esp cie de gueto seria esse reservado ao design Leite 2000 p 69 O corre que apesar de todo o percurso trilhado o design n o determi nou a chegada a um ponto conclusivo Ao contr rio de outras profiss es ple namente cientes de seu papel e dos objetivos que se prop em a alcan ar pode se dizer que o design demonstra carregar sobre os ombros o desafio de delinear a natureza da a o que desenvolve sobre o mundo a forma a fun o e o sentido daquilo que faz 99 Figura 70 Imagens de H iro shima antes e depois da eclos o da bomba N o incomum detectar posi es conflitantes entre os profissionais em rela o aos contornos ticos da atividade e talvez em parte isso se explique em bora n o se justifique pelo fato de o cen rio em que o design atua ser determ
461. zado em equipamentos m dicos e produtos conceituais se baseou no scan 3D do seio materno mas n o foi ainda produzida A mamadeira granada desenvolvida pelo artista pl stico chin s Shi Jin song comp e s rie de objetos infantis produzidos com l minas de a o inoxid vel descrita por ele como um di logo ao mesmo tempo ir nico e amea ador entre as formas m sticas da cultura chinesa e a globaliza o moderna 8 180 ocalizados pela Internet muitas vezes esses produtos est o dispon veis no com rcio brasileiro 181 Sandeep Tyagi Sobre Shi Jinsong Um chin s Artistas Em 14 de agosto de 2009 Dispon vel em http www digartigo com Sobre Shi insong U m chin C 3 AAs Artistas 356013 Acesso em outubro de 2009 167 y i A Ca lt ib Figura 133 M 00 Baby Bottle C ustom N ipple e mamadeira granada Figura 134 M amadeiras que revelam motiva es conceitu ais de projeto ou se encaixam em tend ncias atuais de mer cado interessante notar como essas produ es de um modo ou de outro cons tituem objetos cr ticos seja pela marca o assumida da proveni ncia do leite seja pela literalidade gr fica do seio ou pea representa o expl cita do perigo H tamb m produtos resultantes de fortes tend ncias de mercado As mamadeiras Green to Grow produzidas no Canad absorvem o conceito de produto verde para a sua defini o sua embalagem confeccionada com o m ni

O desdesign da mamadeira – por uma avaliação

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