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Arte Pública como Recurso Educativo

1. oc3885883888 ie ie ba De fee De gt e Rd 3 ed e e e A E Locais com Muita Arte P blica O Locais com Pouca Arte P blica Gr fico 33 O que chama a aten o dos alunos quando observam obras de Arte P blica Compara o entre os locais com muita e pouca Arte P blica Regist mos que excep o da textura todos os outros elementos s o escolhidos maioritariamente pelos alunos dos locais com pouca Arte P blica Em ambos os casos a textura aparece como o elemento menos escolhido Arte P blica como Recurso Educativo 22 to P bica come Recurso Educative 187 Cap tulo 2 Validac o das hip teses espec ficas J vimos quais os adjectivos que os alunos de um modo geral associaram escultura Homem Sol de Jorge Vieira contudo quando comparamos as duas situa es em estudo registamos algumas diferen as na ordena o desses adjectivos cf Gr fico 34 o3N8gsga28832 alegre bem bonita elegante original pesada tamanho localizada certo E Locais com Muita Atte P blica O Locais com Pouca Arte P blica Gr fico 34 Adjectivos associados escultura Homem Sol Compara o entre os locais com muita e pouca Arte Publica Como podemos verificar para os alunos dos locais com muita Arte Publica a escultura em quest o essencialmente por esta ordem original bem localiz
2. 203 Arts Education contributes to an education which integrates physical intellectual and creative faculties and makes possible more dynamic and fruitful relations among education culture and the arts UNESCO 2006 5 204 No caso do 2 ciclo em particular essas disciplinas s o EVT e Educa o Musical Referimos apenas as disciplinas deste ciclo de estudos por ser este sobre o qual incide a nossa disserta o 20 gt Segundo o Road Map for Arts Education em muitos pa ses alguns aspectos culturais est o a ser perdidos por n o serem valorizados nos sistemas educativos ou por n o serem transmitidos s gera es futuras Pelo que se torna imperativo incorporar e transmitir o conhecimento cultural e as suas diversas express es essencialmente atrav s da Educa o Art stica dentro de contextos educacionais formais e informais UNESCO 2006 6 206 J desde 1974 que o Parlamento Europeu numa das sua resolu es iniciais considera o acesso ao patrim nio cultural uma quest o extremamente importante O programa Cultura 2000 criado por esta institui o acentua a import ncia de promover o patrim nio cultural com uma dimens o europeia O programa S crates por exemplo apoia os projectos educacionais no dom nio do patrim nio cultural envolvendo escolas e museus Parlamento Europeu 2003 4 Arte P blica como Recurso Educativo 136 Capitulo 8 Contribuic o da Arte P blica para o desenvolvimento da educa o
3. Constat mos que parece haver um certo alheamento mais acentuado nos locais com pouca Arte P blica dos alunos perante estas obras de arte que se manifesta pela fraca aten o que estes dizem dispensar aos elementos art sticos da paisagem pelo facto de afirmarem ter mais contacto com obras de arte em museus do que no espa o urbano assim como pelo fraco n mero de alunos que representou obras de arte nos seus desenhos Estes resultados levam nos a supor que nestes locais tendencialmente mais desfavorecidos do ponto de vista sociocultural tanto as escolas como as fam lias n o proporcionam aos seus alunos filhos actividades que promovam o seu desenvolvimento cultural A pintura a escultura e a est tua s o de um modo geral as manifesta es art sticas mais valorizadas pelos alunos Nos locais com pouca Arte P blica h uma aparente valoriza o do graffiti em detrimento de outras obras de arte menos valorizadas pelos alunos como as esculturas as est tuas os monumentos a cal ada ou os azulejos Pensamos que este facto se deve a um crescente reconhecimento social e cultural de manifesta es art sticas consideradas por vezes como marginais mas tamb m a uma maior predomin ncia deste tipo de arte nesses locais Gostar amos de salientar ainda que nos parece haver por parte dos alunos uma certa valoriza o dos artistas e do seu trabalho uma vez que a maioria diz ter necessidade de conhecer o artista e out
4. O espaco p blico e a interdisciplinaridade Lisboa Centro Portugu s de Design ISBN 972 9445 117 p 240 8 MALHO Maria Joao 2003 A crianca e a cidade independ ncia de mobilidade e representa es sobre o espa o urbano Lisboa Faculdade de Ci ncias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa Tese de mestrado em Ecologia Humana e Problemas Sociais MAMPASO Ana e ABAD Javier 2005 Experiencia educativa un jard n y 6 sentidos In BELVER Manuel et al Ed Arte Infantil en contextos contempor neos Madrid Ediciones Eneida p 349 356 MANTERO Ana 2005 O Tra o da Inf ncia Lisboa Livros Horizonte MATOS Jos Sarmento de e PAULO Jorge Ferreira 2002 Guia do Parque das Na es topon mia edif cios arte p blica Lisboa Parque Expo 98 MELO Alexandre et al 1998 Arte Urbana Lisboa Parque Expo 98 ISBN 972 8495 06 4 MILES Malcolm 1997 Art space and the city London e New York Routledge ISBN 0 415 13942 2 MONTOLIO C lia 1994 El taller abierto espacios p blicos sue os privados Lapiz Madrid A ISSN 0212 1700 vol 12 n 102 p 22 27 MOTA Joaquim Magalh es 2005 Literacia como direito fundamental In MOURA Helena Cidade Org Di logos com a literacia Lisboa Lisboa Editora etc Arte P blica como Recurso Educativo 22 rio P blica come Recurso Educative 223 Bibliografia MUGA Henrique 2005 Psicologia da Arq
5. UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE BELAS ARTES Arte Publica como Recurso Educativo Contributos para a abordagem pedag gica de obras de Arte Publica Ricardo Jorge dos Reis Silva Mestrado em Educagao Artistica 2007 UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE BELAS ARTES Arte Publica como Recurso Educativo Contributos para a abordagem pedag gica de obras de Arte Publica Ricardo Jorge dos Reis Silva Dissertac o orientada por Professora Doutora Ana Bela Mendes Professora Doutora Margarida Calado Mestrado em Educac o Art stica 2007 Aos meus PAIS a minha IRMA aos meus IRMAOS e minha FILHA In s Pag Linha Onde se l Deve ler se ili 14 After that study we made a After that comparative study we may comparison and we can conclude conclude that students from places students from places with with 20 18 aS compet ncias espec fica s compet ncias espec ficas 36 24 DBEBS DGEBS Nota 15 Falta refer ncia DEB 2001 157 Nota 16 Falta refer ncia DEB 2001 157 Nota 17 Falta refer ncia DEB 2001 157 53 Nota 62 estamo nos a lembrar da lembramos a exposi o exposi o 96 Nota 112 Edmund Burke Feldmam Edmund Burke Feldman 99 12 ao contr rio de todas as outras ao contr rio de outras que que apresentaremos de apresentaremos de seguida seguida 105 22a24 Pelas suas caracter sticas est
6. cccccnnnnnnoncconencnnnnnnnonncnncnnnnnnnnnnonncn nene ranma nace cn ren nn enanas 147 4 Escolha da popula o e defini o da amostra oooonmnccocnniccconnnrncnnnsrennnnnn sere 150 4 1 Caracteriza o dos locais em estudo aeee 150 4 1 1 Bairro Padre Cruz Carnide Lisboa er eereeaeeaaaane 151 4 1 2 Amora Seixal inician taco ara stedeeaahs Loser abd arce eat aabiveleenancteemald det 152 Axl 3 Telxoso Covilhas ci Tai te ii 154 4 1 4l Parque das Nacdes Lisboa ita iia api 154 Aksi Caldas da Rada cuicos diia 156 4 1 6 Santo SO uo abs E di de 159 IV Apresentac o an lise e discuss o de resultados 1 Apresenta o de resultados ooomocccionicccccnnanccninnancncnnnnnn crac rra 162 1 1 Question rios recolhidos por escola ano de escolaridade sexo idade e nacionalidade sete depara aluno Sian ee tes e e Ma EO ad ag e di ad Aba a Ra ade a 162 1 2 Escolaridade e profiss o dos pais ii rreneeaaaaarareneanaaaana 164 1 3 Modo e tempo de desloca o para a escola remar 167 1 4 H bitos de observa o do meio envolvente rrenan 169 1 5 Locais onde os alunos j estiveram em frente a obras de arte 170 1 6 Valoriza o da arte em geral reinar arara naae ear ntareaana 172 Arte P blica como Recurso Educativo 1 7 Valoriza o da Arte P blica rr nn rnnnn rra rr 173 1 8 Capacid
7. Ibidem Quando os curadores deste projecto Cutileiro para realizar esta obra j tinham definido a sua localiza o e o objectivo de criar um conjunto monumental que se prestasse a uma leitura simb lica teatral da escultura Ibidem Figura 6 Lago das T gides Jo o Cutileiro 1998 Lisboa A coloca o das obras no terreno foi bastante criteriosa e feita quase sempre pelos artistas Ibidem Cada pe a foi colocada no lugar escolhido definindo o seu estatuto no contexto global do recinto O objectivo era que as obras colocadas no espa o alterassem a sua 227 Os curadores e comiss rios para o projecto da Arte Urbana da Expo 98 foram Ant nio Manuel Pinto e Ant nio Mega Ferreira Arte P blica como Recurso Educativo 22 rio P blica come Recurso Educative 155 Capitulo 4 Escolha da popula o e defini o da amostra din mica transformando o num espa o de estada num local de refer ncia para o cidad o na tentativa de humanizar a paisagem urbana Pinto 1998 12 Entre os respons veis da Expo 98 havia o entendimento que da interven o dos artistas nos espa os p blicos devia resultar por natureza um elemento transgressor n o pacificado dentro da estrutura da cidade uma vez que se desejava a introdu o de projectos art sticos que influ ssem nas pr ticas vivenciais do novo espa o que se criou Ibidem Assim para os 330 hectares da zona de interven o da Expo foram criadas
8. Tempo m dio Foram lidas as instru es iniciais Foi lido todo o question rio Que instru es foram dadas pelo professor no inicio do question rio Os alunos sentiram falta de instru es no question rio para responder s perguntas Em que perguntas Que conceitos o professor teve de esclarecer aos alunos Os alunos tiveram dificuldades de interpreta o das perguntas assinalar o n das perguntas devido constru o gramatical devido a problemas de layout devido a palavras ou conceitos desconhecidos dos alunos Perguntas que maioritariamente ficaram sem resposta Perguntas em que os alunos n o respeitaram as instru es Perguntas que suscitaram desinteresse Perguntas que suscitaram maior interesse Coment rios mais significativos dos alunos ao longo do preenchimento do question rio Outros dados de interesse Notas Anexo 13 Questionario aplicado aos alunos Vers o final FBA MEA Questionario aos alunos do 2 ciclo EA Estamos a realizar um estudo sobre a relac o dos alunos com o meio onde vivem Queremos saber o que v s como v s e o que sentes em relac o s coisas que est o tua volta no teu dia a dia Por isso pedimos a tua colaborac o para responderes a estas perguntas que s o da maior import ncia para a realizac o deste estudo Pedimos te que tenhas em aten o as seguintes indica es L com aten o cad
9. com familiares Ricardo Reis P gina 1 de 5 FBA MEA Questionario aos alunos do 2 ciclo 11 Quanto tempo demoras mais ou menos no caminho de casa para a escola menos de 10 min entre 11 e 20 min entre 21 e 30 min mais de 30 min 12 Nos teus passeios ou no caminho para a escola costumas reparar no que te rodeia habitualmente reparo muitas vezes reparo raramente reparo nunca reparo 13 O que costumas ver com mais aten o Podes assinalar mais do que uma resposta as pessoas as esculturas e as estatuas as casas e os pr dios os monumentos os jardins e as rvores os grafitis as ruas estradas e avenidas a cal ada os carros os azulejos a publicidade 14 Com certeza que j ouviste a express o Obra de Arte Assinala na lista abaixo o que para ti pode ser uma Obra de Arte pintura cal ada portuguesa escultura desenho fotografia grafiti est tua painel de azulejos monumento alto e baixo relevo Podes assinalar mais do que uma resposta gravura arquitectura 15 J estiveste em frente a uma obra de arte Sim N o Se respondeste N O passa pergunta 16 15 1 Assinala todos os locais onde j estiveste em frente a uma obra de arte Podes assinalar mais do que uma resposta num museu ou galeria numa rotunda numa rua ou avenida no teu bairro na tua escola no caminho casa escola numa pra a num parque ou jardim 16 Assinala se Concordas C ou Discordas D com as seguin
10. Esta problem tica permitiu nos formular o plano de trabalho da nossa investiga o desenvolvendo a quest o de partida atrav s de hip teses de questionamentos fundamentados nos conceitos e nos quadros te ricos que orientaram a escolha dos meios utilizados Tendo em considera o todos estes pressupostos formul mos a nossa quest o de partida que orientou toda a nossa investigac o e que se prende com o facto de sabermos se uma paisagem urbana com muita Arte P blica pode contribuir positivamente para o desenvolvimento da literacia em Artes Visuais nos alunos do 2 ciclo A Arte Publica como recurso educativo o tema geral que relaciona dois grandes conjuntos de saberes a Arte P blica e a Educac o Art stica H saberes que sao inerentes a cada uma das reas por si s mas tamb m existem outros saberes que nascem da sua intersecc o O estudo emp rico que abarca deliberadamente os contributos das duas reas principais e da sua intersec o surge como forma de recolher um conjunto de dados que em conson ncia com a base te rica nos permitir o organizar um conjunto de Contributos para a abordagem pedag gica de obras de Arte P blica Decorrente da quest o de partida formul mos uma hip tese geral e algumas hip teses espec ficas que orientaram todos os procedimentos da metodologia por n s seguida Como hip tese geral ou seja como resposta nossa pergunta de partida consider mos que os alunos do 2 ciclo qu
11. JALONGO Mary Renck e STAMP Laurie Nicholson 1997 The arts in children s lives aesthetic education in early childhood Boston Allyn amp Bacon ISBN 0 205 14567 1 JUANOLA Roser et al 2005 Las ciudades como museos arquitectura del imagin rio In BELVER Manuel et al Ed Arte Infantil en contextos contempor neos Madrid Ediciones Eneida p 113 126 KAPLAN Stephen 1985 Cognition and affect in environmental learning Children s Environment Quarterly Em linha Vol 2 n 3 1985 p 19 21 Disponivel na Internet lt URL http Awww colorado edu journals cye CYE_Backlssues index htm ISSN 1546 2250 KENNEDY Randy 2006 Guggenheim study suggests arts education benefits literacy skills New York Times em linha Nova lorque New York Times 27 Julho de 2006 consult 27 Julho de 2006 Disponivel na WWW lt URL www nytimes com gt KRAUSS Rosalind E 2001 Caminhos da escultura moderna 1 Ed S o Paulo Martins Fontes ISBN 85 336 0958 2 LACY Suzanne 1995 ed Mapping the terrain new genre public art Seattle Washington Bay Press ISBN 0 941920 30 5 Arte P blica como Recurso Educativo 2 rio Pubis come Recurso Educative 222 Bibliografia LADD Florence C 1985 An Interview with Kevin Lynch Children s Environment Quarterly Em linha ISSN 1546 2250 vol 2 n 3 1985 p 4 6 Disponivel na Internet lt URL http Awww colorado edu journals cye CYE_Backls
12. o apresentada coincidente com a vis o mais contempor nea do conceito baseada nas mais recentes investiga es realizadas nesta rea um pouco por todo o mundo e pr xima das multiliteracias Quanto a n s esta defini o encerra em si tr s reas de compet ncia no campo das artes a comunica o que se relaciona com a capacidade de ler e escrever nas diferentes linguagens das diferentes formas art sticas a cria o que se relaciona com a capacidade de usar com sentido e de forma cr tica e criativa os sinais e s mbolos associados a cada uma das linguagens e por ltimo a rea da compreens o que se relaciona com a capacidade de entender as obras de arte nas diferentes dimens es do seu contexto No documento CNEB Compet ncias Essenciais DEB 2001 151 2 assume se que desenvolver a Literacia em Artes um processo sempre inacabado para o qual dever contribuir o desenvolvimento das compet ncias consideradas comuns a todas as disciplinas art sticas que se sintetizam em quatros eixos interdependentes cf Esquema 11 Apropria o das linguagens elementares das artes Desenvolvimento da capacidade de express o e comunica o Desenvolvimento da criatividade Compreens o das artes no contexto ne Segundo o documento a Apropria o das linguagens elementares das artes compreende Adquirir conceitos Identificar conceitos em obras art sticas Aplicar os conhecimentos em
13. o de que a aprecia o e a cria o art sticas eram uma quest o de sentimento subjectivo interior directo e desligado do conhecimento da compreens o ou da raz o compartimentando o cognitivo racional e o afectivo criativo teve como reflexo na pr tica escolar sobretudo nos primeiros anos de escolaridade o entendimento do processo criativo como manifesta o espont nea e auto expressiva com a valoriza o da livre express o adiando consecutivamente a introdu o de conceitos da comunica o visual antevendo novos modos de fazer e de ver Ibidem Compet ncias da Educa o Visual reas program ticas da Educa o Visual Comunica o Visual Elementos da Forma Dimens es das Compet ncias Espec ficas Frui o Contempla o eixos estruturantes Produ o Cria o Reflex o Interpreta o Meios e t cnicas de Express o Pl stica Desenho toperacionaliza o Explora es Pl sticas Bidimensionais Explora es Pl sticas Tridimensionais Tecnologias da Imagem Esquema elaborado a partir de DEB 2001 155 63 Esquema 4 Compet ncias da Educa o Visual no CNEB De certo modo a express o livre o que tamb m defende o programa de EVT Mas se por um lado faz essa apologia quando afirma que tudo se desenvolve a partir da ac o onde fantasia e a liberdade de express o est o sempre presentes DGEBS 1991a 195 ou que deve ser dada ao aluno m xima liberdade quando faz os se
14. Encontros del arte com la antropologia la psicologia y la pedagogia Barcelona Angle Editorial ISBN 84 88811 21 7 BARRETT Maurice 1982 Educa o em Arte Lisboa Editorial Presen a BATTRO Ant nio M e ELLIS Eduardo J 1999 La imagem de la ciudad en los ni os Em linha Buenos Aires Consult 25 01 06 Dispon vel on line em http Awww byd com ar ciudad htm BELVER Manuel et al ed 2005 Arte Infantil en contextos contempor neos Madrid Ediciones Eneida ISBN 84 95427 92 3 BENAVENTE Ana Coord 1996 A literacia em Portugal resultados de uma pesquisa extensiva e monogr fica Lisboa Fundac o Calouste Gulbenkian BISHOP Jeff 1985 An unrecognized legacy children the environment as Kevin Lynch Children s Environment Quarterly Em linha Vol 2 n 3 1985 p 7 9 Dispon vel na Internet lt URL http www colorado edu journals cye CYE_BackIssues index htm ISSN 1546 2250 Arte P blica como Recurso Educativo 22 rio Pubis come Recurso Educative 217 Bibliografia BOTELHO Clara Viana 1999 A dimens o visual da cultura e a constru o da identidade an lise de auto retratos de adolescentes Lisboa Faculdade de Ci ncias Humanas da Universidade Cat lica Portuguesa Tese de mestrado BRADEN Roberts A 1993 Twenty five years of visual literacy research In INTERNATIONAL VISUAL LITERACY ASSOCIATION Visual Literacy in the Digital Age Select readings fro
15. Resumo e Palavras Chave O tema desta dissertac o nasce do estudo de duas reas que t m sido habitualmente abordadas separadamente a Arte P blica e a Educac o Art stica mas estud las em conjunto possibilitou nos fazer emergir novos conhecimentos que resultam da sua intersec o e que nos levam a considerar a Arte P blica como um recurso educativo Consideramos a Arte P blica como um conjunto dos objectos art sticos que est o colocados em contextos urbanos de forma permanente ou tempor ria facilmente acess veis aos cidad os e que t m a capacidade de promover a identidade de um lugar junto dos seus fruidores involunt rios e maioritariamente nao especialistas proporcionando lhes um maior contacto com a arte Realiz mos um estudo emp rico que visava esclarecer se uma paisagem urbana com muitas obras de Arte P blica poderia contribuir positivamente para o desenvolvimento da literacia em Artes Visuais nos alunos do 2 ciclo Para isso aplic mos um question rio a uma amostra de 240 alunos em seis escolas espalhadas pelo pa s tr s das quais estavam situadas em locais com muita e as outras tr s em locais com pouca Arte P blica Desse estudo conclu mos que os alunos dos locais com muita Arte P blica em comparac o com os alunos dos locais com pouca Arte P blica dizem dispensar mais atenc o aos elementos art sticos da paisagem urbana consideram como obra de arte um maior n mero de manifesta es art stica
16. THE NEW LONDON GROUP 1996 A Pedagogy of Multiliteracies Designing Social Futures Harvard Educational Review Em linha vol 66 n 1 1996 p 60 92 Consult 16 Set 2006 Disponivel na Internet lt URL http wwwstatic kern org filer blogWrite44ManilaWebsite paul articles A_Pedagogy_of_Multiliter acies Designing Social Futures htm gt ISSN 0017 8055 TUCKMAN Bruce W 2002 Manual de Investiga o em Educa o 2 ed Lisboa Funda o Calouste de Gulbenkian UNESCO 2006 Road Map for Arts Education Em linha 7 ed Lisboa UNESCO actual 30 Agosto 2006 Consult 24 09 2006 Dispon vel na WWW lt URL http www unesco org culture lea gt UNITED NATIONS 2006 Population Division em linha New York United Nations Consult 18 08 06 World Urbanization Prospects The 2005 Revision Population Database Dispon vel na WWW lt URL http esa un org unup index asp panel 1 gt VON MEISS Pierre 1990 Elements of architecture from form to place Pref Kenneth Frampton e Franz Oswald 1 ed London etc E amp FN Spon WILSON Brent HURWITZ Al e WILSON Marjorie 2004 La ense aza del dibujo a partir del arte Barecelona Paid s XAVIER Jorge Barreto Coord 2004 Relat rio do Grupo de Trabalho Minist rio da Educa o e Minist rio da Cultura Lisboa Minist rio da Cultura e Minst rio da Educa o Grupo de trabalho criado pelo Despacho Conjunto n 1062 3003 DR
17. dada ao aluno a possibilidade de construir o seu pr prio conhecimento atrav s da sua ac o sobre o meio que o envolve Podemos mesmo falar na influ ncia do pensamento de John Dewey percursor da pedagogia de projecto que defendeu o papel activo do aluno no processo de aprendizagem O programa reserva ao professor de EVT as tarefas de estimular animar promover apoiar e acompanhar aos seus alunos 1 2 Curr culo Nacional do Ensino B sico CNEB Compet ncias Essenciais Em 2001 o Departamento do Ensino B sico do Minist rio da Educa o DEB fez publicar um documento designado como Curr culo Nacional do Ensino B sico Compet ncias Essenciais Analis mos os dois volumes do programa da disciplina de EVT no sentido de encontrar os verbos que estariam associados atitude desej vel do professor tendo encontrado explicitamente estes cinco que enunciamos 10 Mais frente designaremos este documento apenas como Compet ncias Essenciais Arte P blica como Recurso Educativo 31 Cap tulo 1 O lugar das artes visuais no curr culo do 2 ciclo cujo principal objectivo era definir claramente quais as compet ncias que um indiv duo dever possuir quando concluir o Ensino B sico O documento define dez compet ncias gerais e transversais assumindo serem aquelas que os alunos no final da escolaridade b sica dever o evidenciar Esclarece que uma compet ncia um saber em uso nec
18. levar o aquisi o de conceitos novos ou ao alargamento dos j adquiridos relativos ao movimento energia peso atrito espa o etc DGEBS 1991b 29 Importa aqui esclarecer que a Arte Cin tica uma corrente das artes pl sticas que explora os efeitos visuais na arte atrav s de movimentos f sicos reais ou aparentes e da ilus o de ptica proporcionada pelo posicionamento de figuras e objectos por isso os exemplos que s o dados n o pertencem ao dom nio desta corrente art stica mas sim ao dom nio t cnico e tecnol gico Desta corrente s o destacados representantes os artistas Vasarely ou Alexander Calder Arte P blica como Recurso Educativo 25 Capitulo 1 O lugar das artes visuais no curr culo do 2 ciclo do mundo vivido pelos alunos Tal facto podera parecer estranho se pensarmos que esta nica disciplina do 2 CEB vocacionada para a formac o em Artes Visuais e que j em 1976 Bet mio de Almeida defendia no seu livro A educa o Est tico Visual no Ensino Escolar que a arte ensina a ver Mas esta omiss o no programa da disciplina quanto a n s deliberada e legitimada por esta cita o TA EVT n o pretende fazer forma o art stica nem forma o t cnica porque se situa deliberadamente na intersec o desses dois campos da actividade humana DGEBS 1991a 196 Consideramos que esta afirma o imprecisa e carece de esclarecimento para que se torne
19. o de problemas e tomada de decis es 8 Realizar actividades de forma aut noma respons vel e criativa 9 Cooperar com outros em tarefas e projectos comuns 10 Relacionar harmoniosamente o corpo com o espa o numa perspectiva pessoal e interpessoal promotora da sa de e da qualidade de vida DEB 2001 15 12 As reas definidas no documento s o as seguintes a L ngua Portuguesa as L nguas Estrangeiras a Matem tica o Estudo do Meio a Hist ria a Geografia as Ci ncias F sicas e Naturais a Educa o Art stica a Educa o Tecnol gica e a Educa o F sica Arte P blica como Recurso Educativo 32 Cap tulo 1 O lugar das artes visuais no curr culo do 2 ciclo A viv ncia artistica influencia o modo como se aprende como se comunica e como se interpretam os significados do quotidiano Desta forma contribui para o desenvolvimento de diferentes compet ncias e reflecte se no modo como se pensa no que se pensa e no que se produz com o pensamento As artes permitem participar em desafios colectivos e pessoais que contribuem para a constru o da identidade pessoal e social exprimem e enformam a identidade nacional permitem o entendimento das tradi es de outras culturas e s o uma rea de elei o no mbito da aprendizagem ao longo da vida DEB 2001 149 Educa o Art stica Contextualiza o As artes no curr culo do ensino b sico Rela o com as compet ncias gerais rea
20. o e a tomada de consci ncia da identidade pessoal e social A participa o na vida c vica de forma livre respons vel solid ria e cr tica O respeito e a valoriza o da diversidade dos indiv duos e dos grupos quanto s suas perten as e op es A valoriza o de diferentes formas de conhecimento comunica o e express o O desenvolvimento do sentido de aprecia o est tica do mundo O desenvolvimento da curiosidade intelectual do gosto pelo saber pelo trabalho e pelo estudo A constru o de uma consci ncia ecol gica conducente valoriza o e preserva o do patrim nio natural e cultural A valoriza o das dimens es relacionais da aprendizagem e dos princ pios ticos que regulam o relacionamento com o saber e com os outros DEB 2001 15 188 Lei n 46 86 de 14 de Outubro Arte P blica como Recurso Educativo Ae Pubis come Recurso Educative 126 Capitulo 7 Literacia e educagao artistica O USO de Sinais e simbolos particulares distintos em cada arte para percepcionar e converter mensagens e significados Requer ainda o entendimento de uma obra de arte no contexto social e cultural que a envolve e o reconhecimento das suas fun es nele DEB 2001 151 Analisando detalhadamente a defini o do conceito fornecida no documento constatamos que se faz um entendimento da literacia em artes muito pr xima da terceira etapa da evolu o do conceito definida por Hong 2006 Ou seja a defini
21. partida o di logo No entanto dada a homogeneidade do grupo a experi ncia e a rela o que se estabelece ser mais restrita do que a aquela conseguida com um grupo bastante mais heterog neo como aquele que podemos encontrar nos espa os urbanos 3 A Arte P blica estimula o pensamento e a imagina o Tanto as obras de Arte P blica abstractas como as outras de tend ncia mais naturalista ou figurativa proporcionam aos cidad os a possibilidade de desenvolver a imagina o e o pensamento criativo Observarmos algo que n o conhecemos ou que n o entendemos ainda que de forma fugaz e passageira estimula a nossa imagina o o que ser De que material feito O que significa S o provavelmente algumas das perguntas que fazemos e pensar nas respostas estimula igualmente o nosso intelecto As obras de arte num museu ou galeria tamb m t m este efeito em n s mas quando vamos a um museu j estamos predispostos a pensar sobre o que vamos ver Ao inv s as obras de Arte P blica t m a capacidade de causar surpresas e tens es Denogent 2003 97 aos transeuntes Este efeito surpresa da obra de Arte P blica al m de poder despoletar uma rela o emp tica entre o observador e a obra estimula nos a imagina o quando desempenhamos as nossas rotinas di rias 4 A Arte P blica define espa os nicos e espec ficos estabelecendo rela es entre o observador a obra e o contexto V rios autores j citados como
22. possamos construir espacos de qualidade mais leg veis logo mais educativos no sentido em que contribuem para o enriquecimento da experi ncia humana Criar e ou destacar marcos urbanos diferenciar percursos assinalar cruzamentos e potenciar pontos focais ajuda as pessoas a conceber sistemas mentais de referenciac o geogr fica e a localizarem se no territ rio facto que pode dispensar ou complementar a necessidade de informa o espec fica Brand o 2002 40 1 A informa o espec fica a que se refere o autor n o mais do que a sinal tica que podemos encontrar na cidade e que podemos considerar como um elemento conivente do ru do Brand o 2003 9 uma vez que muitas vezes aparece como forma de organizar o que est desorganizado ou melhor como forma de proporcionar ao cidad o a possibilidade de se encontrar nessa desordenac o Deste modo a educa o joga aqui v rios pap is muito importantes na constru o das imagens da cidade ou se quisermos na percep o da paisagem urbana Ao referirmos a import ncia da cultura ou da profiss o dos indiv duos na constru o da imagem da cidade n o podemos esquecer que na nossa sociedade ocidental estes dois factores est o intimamente ligados educa o a educa o tal como referia Lynch leva o cidad o a actuar sobre o seu mundo tornando se mais atento e interventivo porque tamb m mais conhecedor a educa o permite ao cidad o reunir um conjunt
23. programa de EVT Em terceiro lugar este documento fala em experi ncias de aprendizagem que os alunos dever o ter oportunidade de vivencia como forma de operacionalizar as compet ncias definidas Neste ponto notamos tamb m diferen as nomeadamente no que respeita Arte P blica como Recurso Educativo 33 Capitulo 1 O lugar das artes visuais no curr culo do 2 ciclo quantidade e qualidade das experi ncias sugeridas Agora sugere se que os alunos devam conhecer o patrim nio art stico nacional ao inv s de conhecer apenas o patrim nio local e ter contacto com diferentes tipos de culturas art sticas ao inv s de contactar apenas com as artes populares do seu meio ou seja o mbito desej vel em que as experi ncias devem ocorrer alargou se claramente Por ltimo gostar amos de destacar o aparecimento de um conceito novo em documentos oficiais sobre educa o art stica a Literacia em Artes ao qual pela sua relev ncia dedicaremos o Cap tulo 7 desta disserta o onde discutiremos o seu papel no mbito do documento das Compet ncias Essenciais e no mbito restrito deste nosso trabalho Mas centrar nos emos agora na parte relativa Educa o Visual por ser essa a rea que mais afinidade demonstra com o assunto deste cap tulo e com o nosso objecto de estudo As compet ncias essenciais definidas para a Educa o Visual resultaram do trabalho de um grupo
24. sua simplicidade pode ser utilizada para qualquer tipo de an lise de cen rio desde por exemplo a cria o de um blog gest o de uma multinacional an lise SWOT In Diciop dia 2006 DVD ROM Porto Porto Editora 2005 Neste relat rio a estrutura SWOT foi alterada tendo sido acrescentado um quinto ngulo suplementar designado pontos promissores por via do qual se pretendeu chamar a aten o para elementos recursos emergentes que poder o vir a consolidar se e constituir for as Santos 2005 7 ane Segundo este relat rio a maioria dos museus portugueses nao tem Servicos Educativos em 2002 apenas 47 7 tinha estes servicos e os que t m na sua maioria limitam se a realizar visitas guiadas Contudo o n mero de museus com estes servi os tem aumentado bastante nos ltimos anos Importa ainda ressalvar o importante trabalho que os Servi os Educativos de museus e institui es de refer ncia como Serralves Centro de Arte Moderna da Gulbenkian e Centro Cultural de Bel m t m realizado neste dominio espec fico Arte P blica como Recurso Educativo 138 Capitulo 8 Contribui o da Arte P blica para o desenvolvimento da educa o art stica e das pr ticas culturais dos cidad os sem fins lucrativos e at mesmo empresas especializadas bem como a emerg ncia de bairros culturais como por exemplo o Bairro Alto em Lisboa ou a zona envolvente Rua Miguel Bombarda no Porto No entanto subsistem alguns
25. ter estado em frente a uma obra de arte enquanto que nos locais com pouca Arte P blica essa percentagem desce para 84 9 No que respeita aos v rios locais onde os alunos dizem j ter tido contacto com obras de arte notamos diferen as realmente muito acentuadas cf Gr fico 20 38858223888 0 museuou ruaou escola pra a rotunda bairro caminho parque ou galeria avenida daescola jardim B Locais com Muita Arte P blica O Locais com Pouca Arte P blica Gr fico 20 Locais onde ao alunos j estiveram em frente a uma obra de arte Compara o entre locais com muita e com pouca Arte P blica Da an lise a este gr fico destacamos que os alunos dos locais com muita Arte P blica estiveram em frente a uma obra de arte essencialmente num museu ou galeria 82 1 e num parque ou jardim 50 mas tamb m numa rua ou avenida 26 9 numa rotunda 26 9 e numa pra a 20 1 J os alunos dos locais com pouca Arte P blica dizem ter estado em frente a uma obra de arte num museu ou galeria 47 2 numa rua ou avenida 30 2 num parque ou jardim 30 2 e numa rotunda 22 6 Deste modo constat mos que existe uma rela o significativa entre a localiza o da escola e alguns locais onde os alunos j tiveram contacto com obras de arte nomeadamente se foi num museu ou galeria num parque ou jardim ou no bairro onde moram tal como revelam os resultados de y que efectu mos cf Ta
26. 2005 52 e Porf rio e Silva 2005 42 3 Em segundo lugar damos conta que as artes passam a ser o centro da Educa o Art stica Como tivemos oportunidade de testemunhar atr s praticamente n o havia refer ncia s artes no programa de EVT mas o documento das Compet ncias Essenciais bastante claro quanto ao papel das artes na educa o As artes s o elementos indispens veis no desenvolvimento da express o pessoal social e cultural do aluno S o formas de saber que articulam imagina o raz o e emo o Elas perpassam as vidas das pessoas trazendo novas perspectivas formas e densidades ao ambiente e sociedade em que se vive 11 As compet ncias gerais definidas no documento s o 1 Mobilizar saberes culturais cient ficos e tecnol gicos para compreender a realidade e para abordar situa es e problemas do quotidiano 2 Usar adequadamente linguagens das diferentes reas do saber cultural cient fico e tecnol gico para se expressar 3 Usar correctamente a l ngua portuguesa para comunicar de forma adequada e para estruturar pensamento pr prio 4 Usar l nguas estrangeiras para comunicar adequadamente em situa es do quotidiano e para apropria o de informa o 5 Adoptar metodologias personalizadas de trabalho e de aprendizagem adequadas a objectivos visados 6 Pesquisar seleccionar e organizar informa o para a transformar em conhecimento mobiliz vel 7 Adoptar estrat gias adequadas resolu
27. Atrav s destes resultados podemos inferir que o n vel sociocultural da fam lia influencia o interesse dos alunos pela arte em geral o que por sua vez se reflecte no interesse pela Arte P blica em particular 3 9 4 Hip tese e Os alunos dos locais com muita Arte P blica revelam uma maior capacidade para apreciar obras de arte Apreciar obras de arte nas palavras de Quintana Cabanas op cit j citado neste cap tulo uma capacidade que est directamente relacionada com a sensibilidade individual mas tamb m com o conhecimento sobre arte Verificamos que h uma percentagem superior de alunos dos locais com muita Arte P blica que dizem perceber sempre ou quase sempre o que est o a ver quando observam uma obra de arte Este resultado ainda que n o reflicta o grau de conhecimento que os alunos t m no dom nio espec fico das artes visuais pode significar uma maior familiaridade desses alunos para com as obras de arte Sobrino Manzanares op cit refere uma dicotomia interessante na Arte P blica por um lado as obras s o colocadas em locais onde toda a gente pode desfrutar delas e sem nenhuma restri o por outro a linguagem que utilizam demonstra que n o renunciam a mbitos e a p blicos espec ficos que t m acompanhado a cria o contempor nea Na opini o desta autora este desfasamento poder constituir se como uma dificuldade para a inser o das obras no espa o e uma dificuldade para os p blicos que pod
28. ISSN 1645 6114 n 3 2001 p 91 11 ABREU Jos Guilherme 2005 A escultura no espaco p blico do Porto no s culo XX Invent rio hist ria e perspectivas de interpretac o Em linha Barcelona Universitat de Barcelona consult 01 11 06 E polis n 3 Disponivel na WWW lt URL http Awww ub es escult epolis guilherme Porto pdf gt ISBN 84 475 2765 4 ABREU Jos Guilherme e PITEIRA Susana 2005 A escultura de mbito p blico di logos e controv rsia Margens e Conflu ncias Guimar es Escola Superior Art stica do Porto Extens o de Guimaraes ISSN 1645 6114 n 9 2005 p 19 45 ADAMS Eileen 1991 Back to basics Aesthetic experience Children s Environment Quarterly Em linha vol 8 n 2 1991 p 7 9 Dispon vel na Internet lt URL http Awww colorado edu journals cye CYE_Backlssues index htm ISSN 1546 2250 ADAMS Eileen 2005 Power Drawing In BELVER Manuel et al Ed Arte infantil y cultura visual Madrid Ediciones Eneida p 27 38 AGIRRE ARRIAGA Imanol 2005 Teorias y pr ticas en educaci n artt stica Barcelona Octaedro EUB e Universidad P blica de Navarra ISBN 84 8063 729 3 ALMEIDA Alfredo Bet mio de 1976 A Educa o Est tico Visual no Ensino Escolar 2 ed Lisboa Livros Horizonte ALMEIDA Bernardo Pinto 1992 Resultados e expectativas In Cat logo do 1 Simp sio Internacional de Escultura de Santo Tirso 91 C mara Municipal de Santo
29. Mittler no seu texto Clarifying the decision making process in art publicado na revista Studies in Art Education foi um dos primeiros investigadores a aventar que o recurso apreciac o de obras de arte tem benef cios de tipo comportamental que transcendem a pr pria an lise da obra Segundo este autor citado por Arriaga Agirre 2005 152 a apreciac o de obras de arte permite tomar consci ncia das diferentes categorias perceptivas aprender a usar estrat gias cognitivas de modo a favorecer a compreens o desenvolver a capacidade de aplicar as categorias detectadas a outras obras desenvolver a capacidade para elaborar ju zos e defend los desenvolver a capacidade de comunicar elabora es mentais e validar as suas decis es 209 Tradu o livre do ingl s n an era of widespread cuts in public school art programs the question has become increasingly relevant does learning about paintings and sculpture help children become better students in other areas Kennedy R 2006 Arte Publica como Recurso Educativo 22 rio Pitbica come Recurso Educative 132 Capitulo 7 Literacia e educagao artistica Similarmente em Portugal o ME fez aprovar o Plano de Acc o para a Matematica cujo objectivo aumentar o sucesso a disciplina de matem tica aumentando se necessario a sua carga hor ria semanal o Plano Nacional de Leitura e as Orienta es para a Gest o Curricular do 1 ciclo que determinam apenas cinco horas se
30. a comunidade no seu sentido mais amplo poder o tamb m ser um factor de uni o entre comunidades fazendo uma articula o com as institui es educativas e sociais locais poder o proporcionar a todos os indiv duos dentro e fora das escolas o contacto e o f cil acesso arte independentemente das suas aptid es necessidades condi o social f sica mental e dado que estas obras de arte proporcionam a intersec o entre diferentes campos de estudo poder o promover parcerias entre institui es e organiza es governamentais de modo a desenvolver pol ticas e estrat gias de Educa o Art stica coerentes sustent veis e eficazes UNESCO 2006 15 21 Parece nos ineg vel a importante contribui o da Arte P blica para o desenvolvimento da Educa o Art stica e das pr ticas culturais dos cidad os tanto mais que muita da argumenta o exposta neste texto baseada em documentos podemos diz lo com um cariz pol tico mas que se revestem tamb m de preocupa es educativas o que nos leva a supor que h uma consci ncia pol tica sobre esta quest o podendo dar origem a medidas concretas propiciadoras do desenvolvimento da Educa o Art stica no geral e da abordagem pedag gica de obras de Arte P blica em particular Arte P blica como Recurso Educativo 140 Problematica e Metodologia Capitulo 1 Problem tica e Quest o de Partida 1 Problem tica e quest o de partida A problem tica
31. bin mio cultura turismo interligando cria o e o patrim nio integrar a arte e a cultura no quotidiano das popula es contribuindo para desenvolvimento da cidadania e da qualidade de vida consolidar e diversificar a procura cultural interna e criar novos p blicos Ibidem 137 Tamb m o Road Map for Arts Education apesar do seu car cter mais hol stico faz uma an lise muito semelhante quela que expressa nos documentos j referidos ou seja reconhece a import ncia da Educa o Art stica na cria o e na sensibiliza o de novos e diferentes p blicos para a aprecia o das diversas manifesta es art sticas considerando que se deve desenvolver nas crian as e nos jovens uma maior tomada de consci ncia n o s deles pr prios mas tamb m do seu meio ambiente natural e cultural tendo em conta que o acesso a todos os bens culturais servi os e pr ticas deve fazer parte dos objectivos dos sistemas educativos e culturais contribuindo para o melhoramento da aprendizagem e o desenvolvimento de compet ncias Devemos ter em conta que em muitas sociedades especialmente em sociedades tribais a arte parte integrante da vida quotidiana quer seja com fins art sticos ou religiosos e desempenha um papel fundamental na transmiss o cultural e na evolu o da comunidade e dos indiv duos Pensamos que na nossa sociedade ocidental ressalvando as devidas diferen as a Arte P blica pode desempenhar este papel Em conson
32. cada ano de escolaridade Comparar as duas situac es em estudo sempre foi a intenc o principal desta investigac o para que a partir dessa comparac o se pudessem reunir um conjunto de dados que nos possibilitassem tirar conclus es Contudo ap s uma an lise preliminar aos dados recolhidos tent mos perceber tamb m qual seria a influ ncia de outras vari veis nomeadamente a idade o ano de escolaridade e o sexo dos alunos sobre os resultados mas conclu mos que a sua influ ncia n o era significativa sendo a nossa vari vel independente o factor que mais os influenciava A metodologia que seguiremos para a an lise e discuss o dos resultados ser id ntica quela que seguimos para a sua apresenta o ou seja analisaremos e discutiremos separadamente cada um dos pontos em que organiz mos os resultados 3 1 N vel sociocultural familiar Para efeitos deste estudo e falta de indicadores concretos sobre este assunto em particular consider mos essencialmente duas vari veis para determinar o n vel sociocultural familiar dos alunos a escolaridade e a profiss o dos pais Analisando os dados relativos escolaridade dos pais dos alunos conclu mos que a m dia se situa no 3 ciclo No entanto quando comparadas as duas situa es em estudo o panorama altera se e conclu mos que nos locais com pouca Arte P blica h um clara incid ncia de pais menos escolarizados ou seja com escolaridade at ao 3 ciclo Co
33. comecam a utilizar a cidade como um verdadeiro prolongamento da escola Esperamos que o conhecimento da evoluc o da imagem urbana sirva nossa sociedade para planear melhor o espaco vital de todos os cidad os incluindo as criancas Os urbanistas poder o tirar proveito da vis o infantil das cidades e os psic logos poder o tomar maior consci ncia dos processos cognitivos espec ficos da vida urbana que se integram nas grandes etapas ou est dios psicogen ticos Para a realizac o deste estudo os autores recolheram dados essencialmente atrav s de desenhos e de maquetas mas por revelarem maior afinidade com o nosso trabalho centraremos a nossa an lise e coment rio nos resultados obtidos com os desenhos da cidade Apresent mos inicialmente estes dois estudos sobre os quais nos baseamos para podermos agora comparar resultados extrapolando os para o nosso objecto de estudo e complementando os com outros de igual interesse Os diversos estudos sobre a evoluc o do desenho das criancas t m permitido tirar diversas conclus es de enorme relev ncia mas nem sempre un nimes Contudo n o nos debru aremos sobre este assunto por n o ser o tema principal do nosso trabalho e por nos interessar mais as semelhan as do que as diferen as entre cada uma das teorias Parece un nime que h o envolvimento de processos perceptivos e cognitivos se que devemos separar os dois mais ou menos complexos quando as crian
34. contribuem para o desenvolvimento da consci ncia sensorial da percep o e sensibilidade da reflex o do compromisso emocional do discernimento e pensamento cr tico da comunica o da inven o da ac o e da atitude Outro exemplo da abordagem pedag gica de obras de Arte P blica nos dado pelo Arts Council of Northern Ireland com sede em Belfast que publicou em 2005 o Public Art Handbook 151 for Northern Ireland Esta publica o apresenta nos a hist ria do programa de Arte P blica da Irlanda do Norte e fornece nos um conjunto de informa es bastante importantes sobre cada uma das obras j implantadas N o especificamente elaborado a pensar na abordagem pedag gica de obras de arte mas um importante recurso para os professores que queiram usar esta forma de arte como recurso educativo Gostar amos ainda de referir um caso ocorrido em Inglaterra que pode muito bem demonstrar a mudan a de atitude da sociedade para com a Arte P blica especialmente para com as 152 manifesta es art sticas consideradas marginais como o graffiti Referimo nos ao caso do conhecido grafiter Banksy que fez uma das suas obras num edificio da cidade de Bristol Nesta ay Veja se lt http www drawingpower org uk gt Veja se tamb m Eileen Adams In BELVER Manuel ACASO Maria MERODIO Isabel 2005 ed Arte infantil y cultura visual p 27 38 151 Este manual est dispon vel em http www arts
35. crescimento ordenado do espa os urbanos para que os cidad os possam fru los da melhor maneira Torna se premente perceber como os cidad os percepcionam o espa o urbano em que se movem como constroem as imagens desse espa o e que paisagens guardam Se percebermos isto facilmente poderemos construir espa os urbanos de qualidade e ajudar os cidad os a fru los convenientemente Neste ponto iremos abordar as diferentes imagens da cidade considerando que cada sujeito tem a sua pr pria imagem resultante da sua pr pria viv ncia urbana No entanto existe uma imagem que parece comum a um determinado grupo mais ou menos homog neo e que designada por imagem p blica Analisaremos ainda as caracter sticas actuais de uma paisagem urbana cada vez mais global e as vantagens de uma paisagem leg vel para os cidad os Falaremos das dimens es que podemos encontrar na an lise da paisagem urbana e da import ncia da educa o na percep o da paisagem Como j deix mos claro na defini o de paisagem urbana que apresent mos n o podemos falar de uma paisagem mas sim de m ltiplas paisagens pelo simples facto de a experi ncia perceptiva da qual decorre a constru o da imagem da cidade ou seja da paisagem ser um fen meno individual logo potencialmente diferenciado entre cada indiv duo Por certo que a paisagem imaginada pelos pol ticos diferente daquela pintada pelos grafiters ou a cidade habitada por um n
36. dado que 67 2 o fez correctamente enquanto que nos locais com pouca Arte P blica essa percentagem foi apenas de 51 9 No que se refere correcta identifica o de diferentes manifesta es art sticas atrav s de uma imagem os alunos dos locais com muita Arte P blica revelaram uma maior facilidade em identificar correctamente uma pintura dado que 81 3 dos alunos o fizeram correctamente enquanto que nos outros locais essa percentagem foi de 71 7 Quanto correcta identifica o de uma escultura 55 2 dos alunos dos locais com muita Arte P blica f lo correctamente enquanto que nos locais com pouca Arte P blica essa percentagem foi de apenas 39 6 Note se ainda que a maioria dos alunos dos locais com pouca Arte P blica identificou a imagem da escultura como sendo uma est tua 53 8 Quando observam uma obra de arte os alunos das duas situa es em estudo na sua maioria dizem reparar em todos os pormenores dessa obra cerca de 68 ao mesmo tempo que d o aten o ao que est volta dessa obra cerca de 70 Atrav s de um teste de regist mos uma rela o muito significativa entre estas duas vari veis em ambas as situa es em estudo cf Tabela 40 Local com muita Arte P blica Local com pouca Arte P blica p x p 22 04 lt 009 62 73 lt 001 Tabela 40 Verifica o de y entre ao olhares para uma obra de arte reparas em todos os pormenores e ao olhares para uma obra de arte das aten
37. es qualificadas apresentam um n vel sociocultural favorecido enquanto que as fam lias em que os pais pai e m e t m um n vel de escolaridade mais baixo e profiss es menos qualificadas apresentam um n vel sociocultural desfavorecido Sempre que os alunos n o sabiam ou n o respondiam s perguntas sobre a profiss o e o n vel de escolaridade dos seus pais n o nos foi poss vel determinar qual o n vel sociocultural da fam lia Ao relacionarmos o n vel sociocultural da fam lia e o facto de os alunos j terem estado em frente a uma obra de arte num museu ou galeria depar mo nos com uma rela o muito significativa cf Tabela 28 p 19 50 lt 001 Tabela 28 Verifica o de y entre n vel sociocultural da fam lia e locais onde j estiveste em frente a um obra de arte museu ou galeria Este resultado parece corroborar a ideia de que as fam lias com um nivel sociocultural favorecido t m mais h bitos culturais nomeadamente o h bito de visita a museus dado que 85 5 dos alunos deste n vel sociocultural dizem j ter tido contacto com obras de arte nesses espa os Registamos ainda que h uma tend ncia de significa o entre o n vel sociocultural da fam lia e o facto de os alunos j terem tido contacto com obras de arte num parque ou jardim numa rotunda e numa pra a cf Tabelas 29 30 e 31 x p 5 95 lt 051 Tabela 29 Verifica o de y entre n vel sociocult
38. intelig vel Se a analisarmos em termos matem ticos e em especial luz da teoria dos conjuntos temos o conjunto A Forma o art stica e o conjunto B Forma o t cnica que se intersectam o que representariamos assim ANB Mas como se afirma que a disciplina de EVT n o pretende fazer nem o que est no conjunto A Forma o art stica nem o que est no conjunto B Forma o t cnica n o h intersec o poss vel por isso quando se afirma que a EVT se situa na intersec o destes dois campos est se obviamente a falar de um conjunto vazio que representariamos assim Sera com certeza exagerado afirmar que as Artes Visuais nao t m lugar no curr culo do 2 CEB O programa desta disciplina apresenta se como tendo um car cter de relativa abertura dando aos seus professores uma grande liberdade no que respeita selec o dos conte dos e das aprendizagens que os seus alunos dever o efectuar ao longo do ano lectivo em situa es pedag gicas concretas DGEBS 1991b 4 A natureza da disciplina e dos caminhos pelos quais se fazem as aprendizagens que ela prop e conduziram a uma organiza o n o sequencial dos CONTEUDOS nem das AREAS DE EXPLORA O ou dos assuntos tratados nas unidades de trabalho Joga se sobretudo com conhecimentos que tal como as capacidades se v o alargando e aprofundando pela sua pr pria aplica o Ibidem 10 Assim o professor ter a possibilidade de organiza
39. madeira do que o l pis uma vez que este pode ser usado segundo diferentes t cnicas e os blocos s o sempre usados da mesma maneira Os autores resumem esta quest o da seguinte forma a crianca construiu os instrumentos conceptuais pr prios de um determinado est dio mas aplica os com maior ou menor facilidade segundo o tipo de manipula o usada para representar o espa o urbano Uma coisa atravessar a rua outra desenhar este trajecto e outra muito diferente construir uma maqueta desse lugar No entanto a morfologia local a mesma para as tr s actividades a forma id ntica s os conte dos s o diferentes Battro e Ellis op cit As investiga es destes autores conclu ram que a imagem da cidade se constr i por etapas Em cada uma dessas etapas h uma incorpora o de novos elementos at que os cinco elementos definidos por Lynch se encontram presentes Cada um dos quatro est dios est definido por uma organizac o espec fica dos elementos presentes De um modo geral observou se que as v as s o o primeiro elemento a aparecer e os pontos marcantes o ltimo a ser localizado correctamente Os limites sao representados por linhas compactas e os cruzamentos aparecem primeiro como bifurca es de caminhos e s mais tarde como intersec es de vias A representa o dos bairros nos desenhos depende da representa o e organiza o dos limites dos cruzamentos e das vias esta incorpora o gradual
40. o ao que est sua volta comparando os resultados dos locais com muita e com pouca Arte P blica As caracter sticas das obras de Arte P blica que mais chamam a aten o dos alunos de ambas as situa es em estudo s o a cor a forma e o tamanho sendo que a cor a caracter stica mais emocional de uma obra de arte preferida maioritariamente pelos alunos dos locais com pouca Arte P blica cf Gr fico 33 na p g 187 No que respeita capacidade de apreciar uma obra de arte os alunos dos locais com muita Arte p blica revelaram fazer uma aprecia o de car cter mais cognitivo e menos emocional e os alunos dos locais com pouca Arte P blica fizeram uma aprecia o tanto cognitiva como emocional conforme podemos depreender dos adjectivos que os alunos em cada uma das situa es em estudo associaram obra Homem Sol do escultor Jorge Vieira cf Gr fico 34 na p g 188 Arte P blica como Recurso Educativo 2 to P blica come Recurso Educative 190 Capitulo 2 Validagao das hipoteses especificas Verificamos tamb m que os alunos dos locais com muita Arte Publica revelam tendencialmente um maior dominio do vocabulario especifico das Artes Visuais tal como confirmam os testes de x que efectu mos cf Tabela 41 p 16 76 lt 053 Tabela 41 Verifica o de y entre localiza o da escola e dom nio de vocabul rio espec fico De acordo com os resultados obtidos parece nos qu
41. o monumento e a cal ada como obras de arte ao mesmo tempo que o n vel sociocultural desfavorecido parece influenciar aqueles que consideram o graffiti como obra de arte Segundo um estudo realizado por N ria Franco op cit na cidade de Barcelona popula o adulta o interesse dos cidad os pela arte em geral influencia o seu interesse pela Arte P blica em particular Nesse estudo o interesse pela arte influenciado pelo n vel de estudos mas n o pelo sexo ou pela profiss o os cidad os de condi o socio econ mica mais baixa Arte P blica como Recurso Educativo 2 rio P blica come Recurso Educative 201 Capitulo 3 Analise e discussao dos resultados consideraram que a Arte Publica nao importante nem tem qualquer interesse No nosso estudo os cruzamentos que efectuamos entre a escolaridade dos alunos e as outras variaveis em an lise revelaram nao ser significativos o que parece indicar nos que o aumento de escolaridade dos alunos nao esta relacionado com o seu interesse pela arte mas sim com o seu background familiar associado a um contacto regular com obras de arte Este contacto revela se extremamente importante pois nas palavras de Housen op cit sem um contacto permanente com a arte o desenvolvimento est tico dos individuos nao acontece No nosso estudo o nivel sociocultural favorecido revelou ser tamb m influente no facto de os alunos conhecerem e definirem correctamente o conceito de Arte P blica
42. o que significa a express o Arte P blica comparando os resultados dos locais com muita e com pouca Arte P blicam cocoa ndo a Ta a aa aaa e a S aAa 174 Tabela 17 Verifica o de entre localiza o da escola e o que significa a express o Arte P blica aa ii once nett a De de let tad nee Abr TAART 174 Tabela 18 Verificac o de entre j ouviste falar de Arte P blica e nas tuas aulas os teus professores j te falaram de Arte P blica reina 174 Tabela 19 Verifica o de entre as obras de arte em espa o urbano n o t m qualquer utilidade e os espa os urbanos ficam mais bonitos quando t m obras de arte 174 Tabela 20 Verifica o de entre localiza o da escola e o aluno representa obras de arte nose desenhos aii ii maw ltda 175 Arte P blica como Recurso Educativo indice de Tabelas Tabela 21 Verifica o de y entre localiza o da escola e o aluno representa elementos MA CMS SAE E A AR ad fra o 178 Tabela 22 Verifica o de entre localiza o da escola e o aluno representa obras de arte Tabela 23 Compara o da m dia de distribui o dos alunos pelos est dios de percep o do espaco rbanoO sess secas corsa loan da iii 181 Tabela 24 Verifica o de entre localiza o da escola e o que v s com mais aten o as estatlas cms tree Aa O A E A ht he eet eg 182 Tabela 25 Verific
43. os tenham controlo sobre a est tica do seu pr prio ambiente e que o segundo suponha de uma forma ou de outra a imposi o est tica por parte daqueles que gerem os programas A arte p blica constitui se assim num processo pol tico de cidadania de grande import ncia enquanto a cidade em si mesma e n o os agentes mediadores pertencentes as redes culturais que definem estilos art sticos atrav s de uma reflexao compartilhada Remesar 2003 38 Falar da participac o dos cidad os no processo que a Arte P blica falar tamb m da integrac o das obras de arte no espaco em que se inserem embora a integrac o das obras nao se esgote obviamente no processo que lhes deu origem uma vez que formas diferentes de integrac o poder o tamb m ter in cio depois da colocac o da obra em determinado espago A medida que as defini es v o integrando as dimens es menos objectivas do conceito tornam se mais complexas mas tamb m mais completas No sentido de nos alertar para o facto de ser pouco vantajoso definir a Arte P blica apenas pela sua origem pela sua coloca o ou pelas caracter sticas f sicas do objecto art stico Abreu 2005 95 6 diz nos que Dizemos que ambas as quest es levantadas por Remesar se relacionam com a Arte P blica como objecto porque quando o autor refere que tudo Arte P blica obviamente se est a referir a todos os o
44. que se desenrola a vida social Como se percebe o conceito de cruzamento est directamente relacionado com o conceito de via pois os cruzamentos s o converg ncias de vias ou de rotas de desloca o que por sua vez se efectuam atrav s das vias est tamb m relacionado com o conceito de bairro por poder ser encarado como um n cleo ou um centro galvanizador da actividade do bairro Os pontos marcantes s o objectos ou lugares f sicos apenas observados do exterior Para que um observador possa identificar esse objecto ou lugar como ponto marcante ter de o percepcionar como algo particularmente evidente e distingui lo de uma grande quantidade de outros elementos presentes na paisagem Um ponto marcante n o tem necessariamente de ser grande isso sim um elemento de contraste com o seu meio envolvente Tanto podem situar se dentro do espa o urbano como fora por exemplo uma c pula uma torre ou uma montanha que est localizada a uma determinada dist ncia da cidade e serve como ponto de refer ncia ou indicador de direc o Um elemento marcante contudo mais forte quando vis vel atrav s de um longo per odo de tempo ou dist ncia espacial e mais til se a direc o de onde o avistamos pode ser identificada Se a pudermos identificar quer ao longe quer ao p quer nos movamos devagar ou rapidamente quer de dia quer noite tornar se um ponto de apoio para a percep o do complexo e mut vel mundo urbano
45. sociais econ micos de cada situa o estudada com a compreens o a cria o e a interven o nos dom nios da tecnologia e da est tica atrav s de um processo integrado em que a reflex o sobre as opera es e a compreens o dos fen menos s o motores da criatividade DGEBS 1991a 195 Esta pequena cita o quanto a n s esclarecedora dos prop sitos da EVT Analisando a podemos constatar que os aspectos art sticos tanto no que respeita produ o cria o reflex o interpreta o ou frui o contempla o da arte est o por assim dizer fora do esquema conceptual da disciplina uma vez que toda a t nica posta nos aspectos visuais e tecnol gicos do envolvimento Poder se sempre argumentar que no envolvimento h obras de arte ali s disso mesmo que trata esta nossa disserta o logo esta apologia do envolvimento reiterada ao longo dos textos program ticos poderia ser entendida como uma forma de legitimar uma abordagem arte mas na realidade n o o Analisando com cuidado os dois volumes do programa da disciplina constatamos que a palavra arte s aparece uma nica vez no segundo volume associada n o a um conte do da disciplina mas a uma rea de explora o mecanismos que pertence claramente vertente tecnol gica da disciplina e n o vertente da educa o visual qual seria mais veros mil associar este conceito Se procurarmos palavras ou co
46. sticas e pr ticas culturais nicas Pensamos que a consci ncia e o conhecimento das pr ticas culturais e de diferentes formas de arte fortalecem a identidade e os valores individuais e colectivos contribuindo para salvaguardar e promover a diversidade cultural A Educa o Art stica desempenha um papel fundamental dado que estimula a consci ncia cultural e promove as pr ticas culturais apresentando se como um meio pelo qual o conhecimento e o gosto pelas artes e pela cultura s o transmitidos de gera o em gerag o UNESCO op cit 6 As manifesta es de Arte P blica fazem inegavelmente parte do patrim nio cultural e art stico das sociedades A escola atrav s da Educa o Art stica dever ser para os seus alunos o ve culo de acesso ao patrim nio cultural Parlamento Europeu 2003 4 e art stico que nos foi e 208 Assim as obras de Arte P blica apresentam se nos como um importante recurso legado para o desenvolvimento da Educa o Art stica ao mesmo tempo que promovem o desenvolvimento das pr ticas culturais dos cidad os que a elas t m acesso Isso mesmo reconhecido no Relat rio do Grupo de Trabalho Minist rio da Educa o e Minist rio da Cultura quando se recomenda a promo o de programas de aproxima o dos jovens e da comunidade escolar ao conceito de espa o p blico qualificado possibilitando abordagens no mbito da arquitectura urbanismo arte p blica e design urbano no mbito de
47. tica ARNHEIM Rudolf 1997 Arte e Entropia Para uma psicologia da arte Lisboa Dinalivro ARNHEIM Rudolf 2000 Arte e percep o visual uma psicologia da vis o criadora 13 ed S o Paulo Pioneira ARRILLAGA Jos Javier Cruz 2000 El arte p blico como m dio para la educaci n est tica el caso vasco Em linha Navarra Departamento de Psicologia y Pedagog a de la Universidad de Navarra Consultado em 20 05 2006 Disponivel na WWW lt http Awww uv es valors Cruz JoseJavier pdf gt ASSOCIA O DE PROFESSORES DE EXPRESS O E COMUNICA O VISUAL 1992 Documento s ntese sobre a posi o da APECV relativamente aos novos planos curriculares e respectivos programas do ensino b sico e secund rio Imaginar Coimbra APECV n 13 1992 p 4 8 ASSOCIA O DE PROFESSORES DE EXPRESS O E COMUNICA O VISUAL 1994 Em defesa da Educa o Visual Ainda a posi o da APECV sobre a disciplina de Educa o Visual e Tecnol gica Imaginar Coimbra APECV n 19 1994 p 4 7 AUGE Marc 2005 N o Lugares introdu o a uma antropologia da sobremodernidade s l 90 Graus Editora BARBOSA Ana Mae org 2002 Inquieta es e Mudan as no Ensino da Arte S o Paulo Cortez Editora BARBOSA Ana Mae org 2005 Arte Educac o Contempor nea conson ncias internacionais S o Paulo Cortez Editora BARGADOS Alberto Lopes BARRAG N Jos Maria e HERN NDEZ Fernando 1997
48. 1987 ED Hirsch cit por Emery e Flood 1997 67 definiu o que um cidad o americano deveria saber para ser uma pessoa literata mas apesar da sua lista excluir as experi ncias culturais dos cidad os estrangeiros no Estados Unidos ele tinha uma vis o bastante alargada dos tipos de experi ncia humana e das capacidades que nos permitem comunicar efectivamente dentro de uma determinada cultura Para Hirsch uma pessoa literata aquela que capaz de compreender reconhecer e expressar se dentro de um sistema de s mbolos sejam eles visuais verbais gestuais auditivos ou cinest sicos de uma determinada cultura cujo sentido partilhado por muitas pessoas Ibidem Esta defini o de Hirsch suficientemente inteligente para resistir s poss veis altera es ou evolu es que possam ocorrer nos diferentes sistemas de s mbolos Estas altera es s o ali s referidas por v rios autores que nos alertam para o facto de a ideia de literacia ser mut vel ao longo do tempo a literacia uma capacidade de uso de compet ncias que n o pode ser encarada como algo que se obt m num determinado momento e v lido para todo o tempo e sempre Os n veis de literacia t m de ser vistos no quadro dos n veis de exig ncia duma sociedade num determinado momento Mota 2005 9 Na mesma linha de pensamento Reis 2005 73 refere de que as compet ncias exigidas aos cidad os t m variado ao longo dos tempos Por
49. 2 S rie de 27 de Novembro Arte P blica como Recurso Educativo Ait iio come Recurso Educativo 227 Anexos indice de Anexos indice de Anexos Anexo 1 Anexo 2 Anexo 3 Anexo 4 Anexo 5 Anexo 6 Anexo 7 Anexo 8 Anexo 9 Anexo 10 Anexo 11 Anexo 12 Anexo 13 Anexo 14 Anexo 15 Caldas da Rainha invadida por arte durante uma semana Not cia do Jornal P blico pt de 16 05 2005 escrita por Rui Tib rio Cerveira substitui vacas por cervos Not cia da R dio Renascenca online de 02 09 2006 Vaca Piu Piu vandalizada no primeiro dia de exposigao da Cow Parade Not cia do Di rio de Not cias online de 15 05 2006 escrita por Susana Leit o Vandalismo no Parque D Carlos I Not cia publicada na Gazeta das Caldas e no site Oeste Online em Junho de 2005 escrita por Pedro Antunes Est tua furtada de praca no Porto estava aos pedacos num sucateiro Not cia do Jornal de Not cias online de 22 12 2006 escrita por Nuno Miguel Maia Vaca Cowpyright desaparece de noite no Campo Pequeno Not cia do Di rio de Not cias online de 19 05 2006 escrita por Susana Leit o Escultura inc moda retirada de rotunda Not cia publicada na Gazeta das Caldas e no site Oeste Online em Agosto de 2004 escrita por Pedro Antunes Monumento ao forcado d pol mica em Vila Franca Not cia do Jornal P blico pt de 24 07 2005 escrita por
50. 2000 Aesthetic Development Interview ADI ba Abigail Housen 2000 151 diz que este m todo n o na realidade uma entrevista mas sim uma amostragem directa da resposta est tica em curso 110 z EO a Te a ta d E A express o fluxo de consci ncia a tradu o do ingl s stream of consciousness feita por Maria Em lia Castel Branco no texto referido na nota cento e sete Arte P blica como Recurso Educativo 92 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico igualmente caracter sticas desses dois est dios e se nenhuma delas for caracter stica do est dio III Housen 2000 Da aplicac o e an lise deste m todo surgiu a definic o de cinco est dios em que cada um deles representa diferentes maneiras de interpretar uma obra de arte ou seja em cada um destes cinco est dios o observador reage de maneira diferente a uma obra de arte Por exemplo enquanto um observador principiante falar sobre o que o quadro lhe faz lembrar um observador um pouco mais experiente debater como o quadro foi feito Ibidem 153 No Esquema 10 que podemos observar de seguida apresentamos em s ntese os cinco est dios do desenvolvimento est tico segundo Housen Est dios do Desenvolvimento Est tico segundo Abigail Housen Est dio 1 Observadores Narrativos Os observadores s o contadores de hist rias fazem observa es e associa es pessoais de modo a criarem uma narrativa em torno da
51. 204 y 0 2 4 6 Frequency Escolaridade pai Localiza o da Escola Escola localizada numa localidade com muitos exemplos de Arte Publica Escolaridade pai Mean 3 54 Std Dev 1 695 N 104 Gr ficos 7 e 8 Gr fico de frequ ncias e histograma da escolaridade do pai nos locais com muita Arte P blica Localiza o da Escola Escola localizada numa localidade com poucos exemplos de Arte P blica Escolaridade pai 257 a ri Frequency 3 ji Y o a 8 1 1 2 8 Escolaridade pai Licenciatura Frequency Escolaridade pai Localiza o da Escola Escola localizada numa localidade com poucos exemplos de Arte P blica 25d a 1 1 2054 5 ot 0 1 2 3 4 5 6 Escolaridade pai Mean 2 43 Std Dev 1 221 N 75 Gr ficos 9 e 10 Gr fico de frequ ncias e histograma da escolaridade do pai nos locais com pouca Arte P blica Arte P blica como Recurso Educativo 22 ri P blica come Recurso Educative 165 Capitulo 1 Apresenta o de resultados Nos Gr ficos 11 e 12 apresentamos os dados relativos s profiss es que os pais pais e m e dos alunos ocupam Neles podemos observar o n mero de indiv duos que ocupa cada profiss o mas tamb m comparar as profiss es que os pais dos alunos ocupam em cada uma das situa es em estudo Legenda Oper rio n o qualificado Oper rio qualificado Fun o Publica comercio Indiv Profissionais lib
52. 59 Esquema 8 Est dios de representa o da paisagem urbana no desenho infantil 75 Esquema 9 Est dios do desenvolvimento est tico segundo Michael Parsons 91 Esquema 10 Est dios do desenvolvimento est tico segundo Abigail Housen 94 Esquema 11 Os quatro eixos interdependentes da Literacia em Artes DEB 2001 152 128 Esquema 12 Esquema de conceitos da disserta o rentes 144 Arte P blica como Recurso Educativo viii indice de Figuras ndice de Figuras Figura 1 A nossa percepc o dos s lidos pode ser enganadora imagem adaptada de Arnheim 1988 A din mica da forma arquitect nica p 95 84 Figuras 2 e 3 Graffiti de Banksy que originou a consulta p blica Imagens dispon veis em Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 http www matthewswordS CO Uk oocococococococococonononcncnnncnrnn eee eet te eee ee ee teeeeeeeeeeeeeeeees 116 Busto do Padre Francisco da Cruz Joaquim Martins Correia 1967 Lisboa Fotogratia de Ricardo Reis iz ciisagra nico eeceettids iia receta pete 152 Imagem de sat lite da cidade da Amora Imagem disponivel no Google Earth 153 Lago das Tagides Joao Cutileiro 1998 Lisboa Fotografia de Ricardo Reis 155 Monumento ao Emigrante Antonino Mendes 2001 Caldas da Rainha Fotografia de Ricardo RIS O E RAANEI eL ERAI RENA E AAE AA ceed tee
53. 7 os carros 70 66 Ssaralns e as 66 49 3 os graffiti 62 58 5 rvores as casas e os pr dios 64 47 8 as casos sos 45 42 5 pr dios os graffiti 57 42 5 os jardins as 45 42 5 rvores as esculturas eas 40 299 as ruas estradas e 28 26 4 estatuas avenidas os monumentos 35 26 1 a publicidade 27 25 5 a publicidade 33 24 6 aicalvada a 19 17 9 portuguesa as ruas estradas e 28 20 9 as esculturas eas 16 15 1 avenidas est tuas a cal ada a 22 16 4 os monumentos 12 11 3 portuguesa os azulejos 12 9 os azulejos 11 10 4 Era dada a possibilidade a cada aluno de assinalar mais do que uma op o de escolha logo a soma das frequ ncias n o igual a 240 nem a soma das percentagens igual a 100 pelo que cada item dever ser analisado isoladamente e n o em rela o com os restantes Tabela 10 O que os alunos v em com mais aten o Compara o entre os locais com muita e com pouca Arte P blica Ao analisarmos a tabela anterior notamos que os quatro itens que os alunos mais prestam aten o nos locais com muita Arte P blica s o eminentemente n o art sticos ou seja n o encerram em si um car cter de obra de arte Referimo nos s pessoas aos carros aos jardins e s rvores e as casas e aos pr dios Em quinto sexto e s timo lugar aparecem os graffiti as esculturas e as est tuas e os monumentos que podemos considerar como elementos art sticos a par da cal ada portuguesa
54. 80 Este projecto foi aplicado tanto educa o prim ria como secund ria e representa at data uma refer ncia hist rica mundial no cruzamento da educa o ambiental com a educa o art stica frente deste projecto esteve Eileen Adams que publicou uma vasta bibliografia sobre ele e sobre outros que liderou desde ent o Os objectivos iniciais do projecto eram e Veja se Nuria Franco In Remesar Antoni 2005 ed Urban Regeneration A challenge for public art p 85 9 ii Veja se Roser Calaf Masachs In CALAF MASACHS Roser 2003 coord Arte para todos Miradas para ense ar e aprender el patrimonio p 103 135 Veja se a refer ncia bibliogr fica da nota anterior http www bcn es artpublic com gt http www madridabierto com 149 Sobre este projecto e sobre as suas implicac es no ensino veja se Alfredo Pal cios Garrido 2006 Educaci n art stica e ambiental un estudio del caso brit nico a trav s del proyecto art and the built environment In Arte Individuo y Sociedad p 57 76 Arte P blica como Recurso Educativo 114 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico a ampliar a percep o ambiental dos estudantes e capacit los para desenvolver um sentimento pelo ambiente constru do b aumentar a capacidade discriminativa e a compet ncia para a apreciac o do ambiente constru do c desenvolver t cnicas e materiais adequados para alcancar estes objecti
55. 9 6 disseram que era a pintura 60 4 a escultura 24 6 disseram que eram as duas e 5 4 disseram que n o era nenhuma das duas Relativamente a estas duas imagens era ainda pedido aos alunos que identificassem o tipo de express o art stica que representavam A maioria dos alunos 77 1 n o teve dificuldade em identificar correctamente a pintura j no que respeita identifica o da escultura houve maiores dificuldades dado que 48 3 do total da amostra responderam escultura e 44 6 responderam est tua Os elementos da gram tica visual que mais chamam a aten o dos alunos quando observam obras de Arte P blica s o por esta ordem a cor a forma e o tamanho escolhidas respectivamente por 68 8 65 e 54 6 dos alunos do total da amostra cf Gr fico 22 244 E A Era pedido aos alunos que identificassem se aquelas imagens representavam uma pintura uma escultura uma est tua um graffiti um painel de azulejos um relevo ou uma fotografia Arte P blica como Recurso Educativo bli u ucativ 176 Cap tulo 1 Apresenta o de resultados D Frequ ncias totais Gr fico 22 O que chama a aten o dos alunos quando observam obras de Arte P blica Frequ ncias totais No que respeita ainda capacidade de apreciar uma obra de arte foi pedido aos alunos que associassem um conjunto de adjectivos de uma lista de pares opostos por ex bonito feio original vulga
56. Arte P blica e Educa o Apesar de tudo o termo Arte P blica parece reunir actualmente alguma aceita o geral que comprovada pelo seu uso generalizado nas diferentes publica es sobre o assunto embora a pol mica e a confus o sua volta perdurem muito por causa dos m ltiplos significados que lhe t m sido atribu dos tal como afirma Remesar 1998 2000a 2005a A no o de Arte P blica n o no entanto nova Maderuelo op cit 164 citando James Wine situa a sua origem no Antigo Egipto J Remesar 2000a 146 2003 32 relaciona a sua origem com os estudos urbanos pioneiros no s culo XIX referindo como exemplo o plano de Ildefons Cerd para Barcelona que classificava os ornamentos p blicos das cidades como um elemento fundamental para a defini o da paisagem urbana Afirma ainda que conceitos como outdoor art arte na rua ou urban art arte urbana s o usados desde os finais do s culo XIX para designar a rela o entre os planos urbanos e a inclus o de obras de arte no design da cidade Contudo o conceito conhece maior desenvolvimento no rescaldo da 22 Guerra Mundial por causa da necessidade de reconstru o levando ao desenvolvimento das reas do urbanismo da arquitectura e da Arte P blica Mas segundo o Public Art Observatory as experi ncias de Arte P blica est o directamente relacionadas com o desenvolvimento local que aconteceu no contexto das economias desenvolvida
57. As vias como elemento da paisagem urbana n o est o estruturadas e os restantes elementos tamb m est o ausentes do desenho Os desenhos s o estereotipados e n o t m qualquer semelhan a com a realidade havendo apenas uma representa o de detalhes quase simb licos como uma flor uma casa ou um carro Subest dio Ib Aparece o primeiro esbo o de organiza o da paisagem urbana a rua ou a via rua aparece quase sempre como sendo a linha de base onde assentam todos os elementos representados N o h ainda ind cios de representa o tridimensional uma vez que todos os edif cios s o claramente bidimensionais ay Tradu o livre do ingl s Affective factors such as these cognitive clarity attention and preference must have a profound impact on environmental learning If people are not neutral about what they learn if they are not neutral about what hold their attention if they are not neutral about where they choose to go then much affective shaping of learning likely to occur Al m dos j referidos estudos sobre o desenvolvimento gr fico das criangas nas nossas pesquisas bibliogr ficas tivemos contacto com outros estudos na sua grande maioria realizados na Am rica Central e Am rica do Sul principalmente ligados Geografia e ao seu ensino que estudavam as representacdes de lugares espec ficos e n o especificamente a evolu o da representa o do espa o nos desenhos das cr
58. DEB op cit 149 Segundo Livermore op cit 9 o desenvolvimento da literacia em artes requer um treino equivalente aquele que dado ao desenvolvimento da literacia verbal Na falta desse treino os alunos apenas conseguir o fazer julgamentos vagos e imprecisos sobre o que v em e ou ouvem Com a educa o apropriada em artes os alunos n o s poder o encontrar sentido interpretar e responder a estas formas de comunica o mas tamb m desenvolver a capacidade de pensar em diferentes modos e express o e ter uma maior amplitude de ideias e sentimentos atrav s de m ltiplas literacias valor das artes nas v rias culturas e sociedades e no dia a dia das pessoas Vivenciar acontecimentos art sticos em contacto directo espect culos exposi es Conhecer ambientes de trabalho relacionados com actividades art sticas oficinas de artistas artes os est dios de grava o oficinas de constru o de instrumentos salas de ensaio e suas problem ticas especificidades valores atitudes vocabul rio espec fico DEB 2001 154 Arte P blica como Recurso Educativo 2 rio Pubis come Recurso Educative 128 Capitulo 7 Literacia e educagao artistica 7 3 Literacia em Artes Visuais Nao devemos esquecer que a linguagem espec fica das artes est relacionada com o modo de express o de cada forma art stica o que faz com que uma m sica uma representac o teatral ou uma imagem visual n o possam ser prontamente
59. Education DBAE Em 1982 a Fundac o J Paul Getty Trust nos EUA decidiu criar um Centro de Educac o Art stica o Getty Center for Arts Education mais tarde conhecido como Getty Education Institute Para isso iniciou a consulta a diversos educadores em arte e no ano seguinte decidiu criar o referido centro dirigido por LeiLani Lattin Duke Umas das primeiras iniciativas do Arte P blica como Recurso Educativo 101 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico Centro foi ministrar um curso de ver o no qual ajudava os professores do ensino b sico a ensinar arte as criancas O director desses cursos foi W Dwaine Greer e foi ele quem cunhou a express o Discipline Based Art Education DBAE embora possamos encontrar a raiz da express o nas investigac es da d cada anterior O DBAE surge tamb m como forma de responder ao repto do movimento da excel ncia na educac o que ressurgiu no in cio dos anos 80 e que voltou a centrar a quest o na qualidade da educac o ministrada nas escolas O DBAE n o uma teoria original uma vez que incorpora elementos de outras teorias educacionais Permite dar uma vis o alargada da arte dado que prop e o estudo de qualquer obra de arte com base em quatro disciplinas diferentes adaptando essa an lise s diferentes idades e n veis de ensino a Produ o de arte os alunos adquirem compet ncias e aprendem t cnicas para produzir obras de arte originais e de cunh
60. Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa Assim venho por este meio pedir autoriza o a V Exc para aplicar um question rio aos alunos da Escola que dirige Pretendo que o question rio seja apenas aplicado a 2 turmas do 2 ciclo uma do 5 ano e outra do 6 ano escolhidas aleatoriamente Este question rio pretende recolher indicadores sobre a relac o dos alunos com o seu meio envolvente o que v em e como v em o que os rodeia no seu quotidiano com especial enfoque nas obras de arte p blica em contexto urbano Este question rio fundamental para a recolha dos dados necess rios a prossecuc o deste estudo pelo que desde j lhe agrade o a sua aten o e disponibilidade Como pode verificar atrav s dos exemplares que enviei o question rio an nimo e n o visa recolher dados pessoais dos alunos uma vez que apenas ser o recolhidos dados gen ricos que permitam categorizar com alguma seguran a a amostra populacional escolhida A escolha da amostra para a realiza o deste estudo assenta em apenas dois crit rios escolas situadas em locais com muitos exemplos de obras de arte p blica e escolas situadas em locais com poucos exemplos de obras de arte p blica Posso assegurar lhe que os dados recolhidos ser o apenas usados para os fins anunciados Todos os dados recolhidos ser o objecto de tratamento e ser o publicados na disserta o assim poder caso deseje ter acesso a eles Resta me agradecer lhe mai
61. Impulsividade do trago mancha livre Sentido das propor es e arabesco figura humana pares Cor digitaliz vel Apuramento da forma Encadeamento Volume e espa o NO q E WN gt Metamorfose e metafora 8 Integrac o Cor Estes oito percursos tal como assinala d Orey 2003 21 correspondem a algumas das mais importantes categorias pict ricas e atrav s das quais nos habitu mos a interpretar a arte a partir de uma perspectiva formalista A explorac o de cada um desses percursos baseada numa pedagogia activa na qual se acentua um modelo apoiado no di logo argumentativo Goncalves Fr is e Marques op cit 207 O di logo aparece aqui como uma estrat gia recorrente no programa para despertar o interesse dos alunos Outra estrat gia que usada em todos os percursos a comparac o como forma de ensinar os alunos a procurar informac o detectando semelhancas e diferencas A compara o entre duas obras no contexto de cada s rie global constitui a motiva o para o di logo facilitando a compreens o e a express o Induzir compara o implica assim conseguir que se percebam e se focalizem duas ou mais obras O sujeito quando observa compara qualidades que de outro modo n o perceberia O acto da compara o implica julgar classificar estabelecer rela es determinar a natureza da percep o a clareza dos elementos percebidos e a precis o com que s o registados O discernimen
62. Margarida Le o Miguel Dalte e Paulo Moura As esculturas t m uma estrutura em ferro levando depois uma rede de suporte l em vidro e por cima resina colorida explicou o director da Bienal Link desta not cia http www rr pt noticia asp idnoticia 174642 Clique aqui para imprimir esta not cia Clique aqui para fechar esta janela Esta noticia foi impressa a partir do Site da Radio Renascen a Online http www rr pt O 1997 2006 R dio Renascenca Lda Todos os direitos reservados Pol tica de Privacidade 03 09 2006 19 43 Anexo 3 Vaca Piu Piu vandalizada no primeiro dia de exposigao da Cow Parade P gina Web 1 de 1 Di rio de Noticias http dn sapo pt 2006 05 15 cidades vaca_piupiu_vandalizada_primeiro_de_ html Vaca Piu Piu vandalizada no primeiro dia de exposic o da Cow Parade Susana Leit o Ainda a Vaca Piu Piu n o estava exposta havia 24 horas na Praca do Rossio Lisboa e j tinha sido completamente vandalizada Algu m durante a noite arrancou a cabeca a tr s das quatro galinhas que comp em a escultura assim como as unhas Isto uma vergonha Estou indignad ssima desabafou ao Di rio de Not cias Irene Guerreiro Esta lisboeta que n o conseguiu conter as l grimas ao ver tamanho acto de vandalismo diz estar furiosa N o h respeito pela arte em Portugal J vi uma manifesta o cultural como esta no Luxemburgo e n o aconteceu nada disto Ontem durant
63. N o devemos esquecer que o desenvolvimento deste tipo de literacia se processa em tr s campos diferentes mas interdependentes a comunica o a cria o e a compreens o Aproveitando o contributo do documento das Compet ncias Essenciais DEB 2001 153 4 podemos sintetizar quais as compet ncias espec ficas que a Arte P blica poder ajudar a desenvolver nos alunos em cada um desses campos Adquirir conceitos Identificar conceitos nas obras de arte observadas Aplicar os conhecimentos adquiridos em novas situa es Comunica o Descodificar linguagens e c digos inerentes s obras Conhecer reconhecer e aplicar diferentes t cnicas de trabalho e materiais Mobilizar todos os sentidos na percep o da obra e da sua envolv ncia Aplicar adequadamente vocabul rio espec fico Relacionar se emotivamente com a obra de arte manifestando prefer ncias para al m dos aspectos t cnicos e conceptuais Procurar solu es originais diversificadas e alternativas para os problemas colocados ou descobertos Cria o Valorizar express o espont nea tanto oral como escrita ou gr fica Intervir em iniciativas de defesa do patrim nio Ter em conta a opini o dos outros numa atitude de constru o de consensos como forma de aprendizagem em comum Ser capaz de interagir com os outros sem perder a sua autenticidade e 247 ae ani Poe E E No documento das Compet ncias Essenciais estas
64. Parque A pol cia est agora a investigar este caso mas n o existem testemunhas http Awww oesteonline pt pedroantunes noticias show asp jrn 2 amp id 9526 em 30 01 2006 Anexo 5 Est tua furtada de praga no Porto estava aos pedacos num sucateiro JN Imprimir Artigo http jn sapo pt tools imprimir html file 2006 12 22 ultima esta q b i e je P http jn sapo pt 2006 12 22 ultima estatua furtada praca porto estava p html Est tua furtada de pra a no Porto estava aos peda os num sucateiro Uma escultura em bronze da autoria do escultor Jos Rodrigues foi furtada anteontem noite da Pra a de Lisboa no Porto por indiv duos que a venderam por pouco mais de 100 euros a um sucateiro A obra de arte com mais de 300 quilos de peso foi recuperada poucas horas depois pela Pol cia Judici ria PJ do Porto mas j estava completamente retalhada e pronta a ser fundida Foram detidos um dos autores do furto e o sucateiro receptador do material De acordo com informa es recolhidas pelo JN a est tua designada como A Anja foi desmontada com uma rebarbadora o que torna praticamente invi vel a sua reconstitui o O furto e o transporte da obra de arte ter o sido efectuados por mais do que uma pessoa ainda que como vendedor s tenha sido detido um indiv duo Foi ainda usada uma viatura Por m antes de a escultura chegar s instala es de um sucateiro localizado no Grande Porto passou pelas
65. SERRANO Antonio 2001 Unidad did ctica introducci n al Land Art Arte Individuo y Sociedad Madrid Universidad Complutense de Madrid ISSN 1131 5598 vol 13 2001 p 175 186 SILVA Jorge Henrique Pais da 1975 Pret rito presente Para uma teoria da preservac o do Patrim nio Hist rico Art stico Pref de Rui Rasquilho s l s n SILVA Jo o Jos Saraiva Lopes da 2005 Contributo da disciplina de educa o visual e tecnol gica para a educagao intercultural o caso de uma turma multicultural do 5 ano de escolaridade Lisboa Faculdade de Psicologia e de Ci ncias da Educac o da Universidade de Lisboa Tese de mestrado em Ci ncias da Educac o rea de especializac o em Educag o Intercultural Orientada por Maria Adelina Villas Boas SOBRINO MANZANARES Mar a Luisa 1999 Escultura contempor nea en el espacio urbano Galiza Fundacion Caixa Galicia ISBN 84 89231 85 0 SOBRINO MANZANARES Maria Luisa 2000 A arte nos espacios p blicos Ponencia de Artes Pl sticas Santiago de Compostela Consello de Cultura Galega ISBN 84 95415 04 6 Arte P blica como Recurso Educativo 2 rio Pubis come Recurso Educative 226 Bibliografia SOUSA Rocha de 1998 Fernando Conduto In MELO Alexandre et al Arte Urbana Lisboa Parque Expo 98 p 69 72 SPELKE Elizabeth 1990 Principles of Object Perception Cognitive Science Texas Cognitive Science Society n 14 1990 p 29 56
66. Tecnol gica Plano de organiza o do Ensino Aprendizagem Vol Il Lisboa Minist rio da Educa o PORTUGAL Minist rio da Educa o Direc o Geral do Ensino B sico e Secund rio 1991 Organiza o Curricular e Programas Vol Ensino Basico 2 ciclo Lisboa ME DGEBS QUIVY Raymond e Campenhoudt Luc Van 2003 Manual de Investiga o em Ci ncias Sociais Lisboa Gradiva Publica es READ Herbert 1982 A Educa o pela Arte Lisboa Edi es 70 REGAT O Jos Pedro Rangel dos Santos 2003 A arte p blica e os novos desafios das interven es no espa o urbano Lisboa Faculdade de Belas Artes Tese de mestrado Orienta o da Prof Doutora Margarida Calado REIS Filipe 2005 Literacia enquanto envolvimento In MOURA Helena Cidade Org Di logos com a literacia Lisboa Lisboa Editora etc REMESAR Antoni 1998 Public art Em linha Barcelona Public Art Observatory actual 24 04 00 consult 15 06 05 Disponivel na WWW lt URL http Awww ub es escult escult remesar htm gt Documento apresentado em Helsinquia em 1998 na ELIA Conference no painel Art and Civic Participation REMESAR Antoni 2000a Art against people Straints between democracy and public art In Remesar Antoni Waterfronts of Art 2 Art for social facilitation Em linha Barcelona Universitat de Barcelona consult 11 11 05 Disponivel na WWW lt URL http Awww ub es escult epolis artfsoc
67. Voc disse que X O que quer dizer com isso Pode dar me um exemplo Pode desenvolver melhor essa ideia Em que parte do quadro que v isso Parsons op cit 35 Arte P blica como Recurso Educativo 90 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico Est dios do Desenvolvimento Est tico segundo Parsons Caracter sticas Gerais Dimens o psicol gica Dimens o est tica Estadio 1 Ideia dominante prefer ncia Gosto pela maioria dos quadros Associac o de ideias ligadas experi ncia pessoal Import ncia da cor Percepc o do tema Prefer ncia Fase de egocentrismo e da experi ncia As obras art sticas s o sempre uma experi ncia agrad vel e dif cil imaginar um quadro mau Est dio 2 Ideia dominante tema Ideia de representa o identifica o com o grau de semelhan a entre a representa o e a realidade A pintura deve ser figurativa e realista Import ncia da beleza e da habilidade do artista Beleza e Realismo A valoriza o da obra est vinculada ao reconhecimento e identifica o do que representado Reconhecimento da import ncia do ponto de vista dos outros Capacidade de distinguir os aspectos esteticamente relevantes os que est o relacionados com o que est representado dos irrelevantes Estadio 3 Ideia dominante expressividade O objectivo da arte exprimir uma experi nci
68. a Igreja Matriz o Monumento Nacional do Santo Cristo os vest gios arqueol gicos de Terlamonte e diversos fontan rios e chafarizes espalhados pela freguesia A EB 2 3 do Teixoso tem 298 alunos todos provenientes da vila do Teixoso sendo 111 pertencentes ao 2 ciclo e os restantes ao 3 ciclo O n vel socio econ mico desta populac o baixo Como indicador deste facto poderemos referir que 77 dos pais dos alunos desta escola t m apenas o 6 ano de escolaridade ou menos e s 4 tem um curso m dio ou superior A juntar a este cen rio o Projecto Educativo de Escola diagnostica como principais problemas o insucesso o abandono e o absentismo escolar dos alunos Na vila do Teixoso como j salient mos encontramos apenas algum patrim nio hist rico igrejas fontanarios ou vest gios arqueol gicos N o h informa o sobre a exist ncia na vila de qualquer tipo de manifestac o de Arte P blica moderna ou contempor nea Mas este facto n o significa que os alunos n o tenham contacto com este tipo de obras de arte dado que na sede de concelho a cidade da Covilh podemos encontrar alguns exemplos de escultura p blica pain is de azulejos e outra manifesta es de Arte P blica associados tamb m regenera o urbana que o programa POLIS tem operado naquela cidade Pelo que expusemos pelas caracter sticas da vila e pela facilidade de acesso que tivemos a esta escola esta vila foi inclu da no nosso estu
69. a arte quisemos desde logo vincar a contribui o deste tipo de arte para o desenvolvimento da Educa o Art stica e das pr ticas culturais dos cidad os No entanto alguns documentos sobre este assunto em particular refor am o papel que a Arte P blica desempenha neste dom nio espec fico Referimo nos em especial a quatro documentos chave que gostar amos de analisar neste cap tulo s o eles o Documento de trabalho sobre o papel das escolas e do ensino para maximizar o acesso do p blico cultura documento produzido em 2003 pela Comiss o para a Cultura a Juventude a Educa o os Meios de Comunica o Social e os Desportos do Parlamento Europeu cujo relator foi o eurodeputado Vasco Gra a Moura o Relat rio do Grupo de Trabalho Minist rio da Educa o e Minist rio da Cultura de 2004 no qual se prop e a cria o do Plano Nacional Educa o e Cultura sugerindo medidas pr ticas que visam integrar as duas reas em quest o o relat rio Contribui o para a formula o de pol ticas p blicas no Horizonte 2013 relativas ao tema cultura identidades e patrim nio de 2005 elaborado pelo Instituto de Ci ncias Sociais e pelo Observat rio das Actividades Culturais e encomendado pela Direc o Geral do Desenvolvimento Regional e pelo Observat rio do Quadro Comunit rio de Apoio III no qual se faz um diagn stico s pr ticas culturais dos cidad os portugueses e se perspectivam novas linhas de ac o tendo em conta o Horizon
70. a colabora o dos munic pios das cidades onde foi implantado Este programa dirigido a professores e alunos do secund rio tendo como principal objectivo fomentar uma atitude de cidadania activa receptiva participativa e dialogante frente aos problemas das cidades hist ricas Para finalizar queremos ainda fazer refer ncia a dois projectos interessantes embora nem um nem outro contemple explicitamente qualquer actividade educativa i invent rio de Arte P blica da cidade de Barcelona que est dispon vel on line no qual se podem realizar diversas pesquisas usando diferentes crit rios como a localiza o o autor a data ou o tipo de obra Este invent rio acompanhado de fotografias e de um conjunto de informa es relativas a cada obra ii a iniciativa Madrid Abierto que se repete anualmente desde 2005 coincide com a realizac o da Feira de Arte Contempor nea ARCO e prev a colocac o de um conjunto de obras no centro da cidade de Madrid durante um determinado per odo de tempo Esta iniciativa da responsabilidade da Fundaci n Altadis da Consejer a de Cultura y Deportes de la Comunidad de Madrid e da rea de Gobierno de las Artes del Ayuntamiento de Madrid 6 4 3 No Reino Unido Do Reino Unido chega nos um exemplo pioneiro da abordagem pedag gica de obras de arte em espa o urbano iniciado com o projecto Art and the Built Environment que decorreu entre o final de d cada de 70 e in cio da d cada de
71. algumas diferen as cf Tabela 16 242 No question rio a pergunta n o est formulada exactamente desta maneira Referimo nos pergunta 19 que diz o seguinte Mesmo que nunca tenhas ouvido esta express o d nos a tua opini o sobre o que achas que pode ser Arte P blica cf Anexo 13 Arte P blica como Recurso Educativo Ae Pubis come Recurso Educative 173 Capitulo 1 Apresenta o de resultados Local com muita Arte Publica Local com pouca Arte Publica re p p 16 46 lt 001 6 64 lt 084 Tabela 16 Verifica o de y entre j ouviste a express o Arte P blica e o que significa a express o Arte P blica comparando os resultados dos locais com muita e com pouca Arte P blica Nos locais com muita Arte P blica esta rela o muito significativa mas nos locais com pouca Arte P blica apresenta apenas uma tend ncia de significa o Estes resultados indicam nos que a rela o entre estas duas vari veis muito mais forte nos locais com muita Arte P blica Isso mesmo parece confirmar o resultado obtido pelo teste de entre a localiza o da escola e o que significa a express o Arte P blica cf Tabela 17 Z x p 15 84 lt 001 Tabela 17 Verifica o de y entre localiza o da escola e o que significa a express o Arte P blica Estes resultados parecem querer indicar que os alunos das escolas localizadas nas paisagens urbanas co
72. alunos como as esculturas as est tuas os monumentos a cal ada e os azulejos especialmente nos locais com pouca Arte P blica Consideramos que este facto se deve a um crescente reconhecimento social e cultural de manifesta es art sticas consideradas por vezes como marginais mas tamb m a uma maior predomin ncia deste tipo de arte nesses locais Pensamos que o facto de os alunos dos locais com muita Arte P blica valorizarem mais ainda que ligeiramente os elementos art sticos da paisagem do que os outros alunos pode ser explicado pelo que nos diz o professor Pais da Silva 1975 29 ou seja que o contacto dos cidad os com a arte influencia positivamente a atitude destes perante as obras ao mesmo tempo que o seu contacto regular com arte favorece o seu desenvolvimento est tico Housen 246 E rd E Para efeitos deste estudo consideramos como elementos art sticos as est tuas as esculturas os monumentos os graffiti a cal ada e os azulejos e como elementos n o art sticos consideramos as pessoas as casas e os pr dios as ruas e avenidas os jardins e as rvores os carros e a publicidade Arte P blica como Recurso Educativo 22 to Pubis come Recurso Educative 194 Cap tulo 3 An lise e discuss o dos resultados 2000 153 e consequentemente a sua atenc o e capacidade de observac o Guggenheim 2006 O mesmo se pode inferir com o facto de os alunos dos locais com pouca Arte P blica valorizarem
73. art stica e das pr ticas culturais dos cidad os um dos eixos priorit rios de interven o do Plano Nacional de Educa o e Cultura Xavier 2004 53 Mais frente no mbito do mesmo plano e real ando o importante papel que a Educa o Art stica tem em contexto escolar recomenda se a promo o de programas que estimulem a rela o dos p blicos escolares com as propostas est ticas emergentes e com as novas linguagens que decorrem do confronto entre diferentes reas art sticas o incremento e real aproxima o de reas deprimidas aos grandes centros urbanos e culturais detentores do patrim nio cultural de refer ncia pela viabiliza o do acesso em mais larga escala aos museus monumentos exposi es espect culos etc fala se ainda na necessidade de estruturar uma rela o entre o meio escolar e o meio cultural seja atrav s do trabalho de prepara o feito entre as estruturas culturais servi os de educa o artistas agentes culturais e os professores seja pelo tipo de abordagem das tem ticas da cria o art stica e do patrim nio enquanto obras em si ou na sua rela o com a vida quotidiana seja pelo desenvolvimento das componentes oficinais e de experimenta o que permitem o contacto e a compreens o com os processos de produ o de uma obra seja pela continuidade de participa o de um grupo escolar na vida e actividades de uma institui o seja ainda pelo alargamento dessa participa
74. arte Este curso de forma o para os professores est baseado nas premissas do pr prio curr culo a auto descoberta um poderoso meio para aprender e a aprendizagem auto dirigida pode ser facilitada atrav s de discuss o entre pares Esta experi ncia enriquecida por uma combina o de demonstra es feitas por peritos guias impressos v deos e acesso via Internet a programas espec ficos Com a continuada aplica o do programa e segundo nos relatam Housen e Yenawine os alunos evoluem de observadores casuais fortuitos idiossincr ticos para int rpretes completos exploradores e reflexivos Progridem desde as conex es pessoais no in cio at come arem a procurar as inten es dos artistas e a lidar com elementos de estilos art sticos Primeiro s o encorajados a encontrar significados nas obras baseando se apenas na sua pr pria experi ncia que legitima o que sabem e fundamenta as hist rias que contam Depois de adquirirem uma certa experi ncia lhes pedido que desenvolvam os seus pr prios pensamentos escrevendo sobre arte O sucesso do processo depende da interac o do grupo e das obras de arte apresentadas de modo a desenvolver nos alunos uma capacidade individual para resolver problemas motivados pelos seus interesses pessoais Os alunos desenvolvem a sua conex o com a arte exercitando uma grande variedade de capacidades cognitivas que lhe ser o teis tamb m noutros contextos 6 3 3 Discipline Based Art
75. artforsocial_part2 pdf gt ISBN 84 475 2192 3 REMESAR Antoni 2000b Repensar el paisage desde el rio In MADERUELO Javier Arte p blico Arte y Naturaleza actas del V curso Huesca Diputaci n de Huesca ISBN 84 95005 12 3 REMESAR Antoni 2005 ed Urban Regeneration A challenge for public art Em linha 2 ed Barcelona Universitat de Barcelona consult 01 11 06 Monografies Psico Socio Ambientals 6 Disponivel na WWW lt URL http www ub es escult epolis urbanreg urban_regeneration pdf gt ISBN 84 475 1737 3 Arte P blica como Recurso Educativo 2 ri P blica come Recurso Educative 225 Bibliografia REMESAR Antoni 2005a Public art Towards a theoretical framework In Remesar Antoni ed Urban Regeneration A challenge for public art Em linha 2 ed Barcelona Universitat de Barcelona consult 01 11 06 Monografies Psico Socio Ambientals 6 Dispon vel na WWW lt URL http Awww ub es escult epolis urbanreg urban_regeneration pdf gt ISBN 84 475 1737 3 REMESAR Antoni 2005b Public art An ethical approach In Remesar Antoni ed Urban Regeneration A challenge for public art Em linha 2 ed Barcelona Universitat de Barcelona consult 01 11 06 Monografies Psico Socio Ambientals 6 Disponivel na WWW lt URL http www ub es escult epolis urbanreg urban_regeneration pdf gt ISBN 84 475 1737 3 REMESAR Antoni 2003 Arte em espa o p blico Singularidades e
76. as Crian as As escolas foram convidadas A exposi o Parade Holdings escolas do dos 6 aos a participar neste projecto realizou se por toda Programa Corporation pa s que 12 anos incitando os seus alunos a a cidade de Lisboa de quisessem desenharem um projecto de entre 15 de Maio e escolas participar a pintura de uma vaca Os 31 de Agosto partir de 15 melhores projectos foram de Fevereiro expostos nos centros de 2006 comerciais SONAE Sierra Foram tamb m realizados ateliers de pintura visitas guiadas peddy papers e ateliers de express o dram tica durante a exposic o 132 Lisboa lt http cowparade sapo pt Portals 3 press_programa_escolas pdf gt Arte P blica como Recurso Educativo gt ri Pubis come Recurso Educativo 109 Sobre o programa de Escola consultar a nota de imprensa dispon vel no site oficial da Cow Parade Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico continuac o Iniciativa Promotor Local Data P blico Caracter sticas Observa es Palestras e N cleo de Durante o Alunos da Realizaram se at data 3 J foram abordadas encontros Escultura da ano de 2006 FBA e palestras e os respectivos Visconde Valmor ao com a Associa o Palestras no P blico em encontros O modelo desta Largo das Belas Escultura de Audit rio geral actividade consiste numa Artes pelo P blica Estudantes FBA e palestra cerca de 1 hora Professor Fernando da FBAUL encontros so
77. blica cr tica arte anti monumental arte da paisagem arte da paisagem urbana arte performativa arte c vica arte ornamental estatu ria arte memorial design para espacos p blicos esfera p blica arquitectura arte mural arte de interesse p blico arte urbana novo g nero de arte p blica 27 Por certo n o far muito sentido traduzir letra estes termos uma vez que a tradu o ser algo como arte caida de chapa ou arte ca da de p ra quedas contudo o sentido que lhes dado tenta traduzir a coloca o mais ou menos arbitr ria e acidental de obras de arte no espa o urbano resultante das pol ticas urbanas seguidas Designa o usada pela primeira vez por McAvera quando se referia a um trabalho de Antony Gormley cit por Fern ndez Quesada 1999 21 Uma destas leis ficou conhecida como percent for ar e obrigava a que uma determinada percentagem habitualmente entre 0 5 e 2 do or amento de uma nova constru o fosse usada na colocac o de uma obra de arte que tanto poderia ser colocada no espaco urbano como no pr prio edif cio Esta lei ainda se encontra em vigor em algumas cidades dos EUA cerca de 90 cidades e estados segundo Miles 1997 5 Inglaterra e Franca Este principio foi tamb m usado no nosso pa s o que explica a prolifera o de relevos e pain is de azulejos especialmente em edif cios constru dos durante o Estado Novo Arte P blica como Recurso Educativo 39 Capitulo 2
78. caldenses e contribuem com dinheiro para muitas obras no concelho Foi com satisfa o que viram o imponente monumento instalado na rotunda da EDP na entrada sul das Caldas A autarquia deliberou j que o local vai ficar com o nome de Pra a do Emigrante estando a ser preparada a placa para ali instalar E um dia maravilhoso para mim para a associa o e para os emigrantes repetia Am rico Rodrigues presidente da ARC que voltou dez anos depois s Caldas da Rainha para assistir inaugura o do monumento Encontrei Caldas totalmente diferente Est uma cidade maravilhosa Nunca pensei que pudesse estar assim disse N o tinha voltado s Caldas tanto por motivos pessoais como profissionais A vida de emigrante dif cil N s adaptamo nos criamos ra zes e ficamos mais por l Mas com um motivo como este tinha que vir explicou Tem dois filhos que nasceram nos Estados Unidos e uma filha que nasceu nas Caldas j est o todos radicados l Eu penso que os meus filhos ficam l O nico que pode voltar sou eu Pelo menos passar f rias durante uns tr s meses por ano disse o comerciante emigrado O presidente da Associa o Regional Caldense destacou que neste dia se juntam os emigrantes caldenses da Fran a Alemanha Estados Unidos Su a e de outros pa ses Am rico Rodrigues faz parte da direc o h v rios anos e foi eleito este ano como presidente Francisco Antunes antigo dirigente da associa
79. ciclo 1 O lugar das Artes Visuais no curr culo do 2 ciclo do Ensino B sico A abordagem que este ponto enceta sobre o lugar das Artes Visuais no curr culo do 2 Ciclo do Ensino B sico CEB n o pretende ser de ndole hist rica mas sim factual ou seja n o pretendemos tra ar aqui a g nese ou a evolu o das artes visuais nos curr culos escolares em especial no do 2 CEB mas sim fazer uma an lise contextualizada e objectiva do que o programa e o respectivo Plano de Organiza o do Ensino Aprendizagem preconizam no que s Artes Visuais diz respeito Analisaremos ainda o documento Curr culo Nacional do Ensino B sico Compet ncias Essenciais na parte respeitante Educa o Art stica em especial Educa o Visual e tentaremos fazer uma leitura cruzada e comparativa dos dois documentos 1 1 A disciplina de Educa o Visual e Tecnol gica O plano curricular do 2 CEB inclui na sua componente da Educa o Art stica e Tecnol gica duas disciplinas de car cter obrigat rio a Educa o Musical e a Educa o Visual e Tecnol gica EVT exactamente nesta ltima que iremos concentrar a nossa aten o por ser a nica disciplina deste ciclo que pelo menos teoricamente est mais vocacionada para a abordagem s Artes Visuais A disciplina de EVT surge em 1989 com a Reforma da Reorganiza o Curricular embora a t tulo experimental e apenas em algumas escolas piloto Esta discipl
80. com pouca Arte PUDICA eae an dan dun ete ee oe Ane ans ae ua rs a 183 Gr fico 32 Identificac o e reconhecimento de uma obra de Arte Publica Comparac o entre os locais com muita e pouca Arte P blica rare 187 Gr fico 33 O que chama a aten o dos alunos quando observam obras de Arte P blica Compara o entre os locais com muita e pouca Arte P blica 187 Gr fico 34 Adjectivos associados escultura Homem Sol Compara o entre os locais com muita e pouca Arte P blica cece cece eeeencae ee eeeeeeeeecacaeeeeeeeeesecenaeeeeeeeeeeeees 188 Arte P blica como Recurso Educativo xiv Lista de Acr nimos Lista de Acr nimos APECV CAI CAMJAP CEB CML CNEB DEB DGEBS EB EBI EBI JI EV EVT FBAUL FCG INE IVLA LTA MC ME NCLB SEAA TM UNESCO UT Associac o de Professores de Express o e Comunicac o Visual Centro Art stico Infantil do Centro de Arte Moderna da Fundac o Calouste de Gulbenkian Centro de Arte Moderna Jos Azeredo Perdig o da Funda o Calouste de Gulbenkian Ciclo do Ensino B sico C mara Municipal de Lisboa Curr culo Nacional do Ensino B sico Departamento do Ensino B sico Direc o Geral do Ensino B sico e Secund rio Escola B sica Escola B sica Integrada Escola B sica Integrada com Jardim de inf ncia Educa o Visual Educa o Vi
81. de codificar e descodificar significados tornando poss vel um estilo de vida partilhado exactamente dentro dessas comunidades que partilham os seus marcos de refer ncia onde ocorre um processo quanto a n s fundamental para que uma obra de Arte P blica tenha sucesso junto dessa comunidade Falamos do processo de RECREA O APROVA O APROPRIA O Se os c digos usados na constru o da obra n o forem recreados aprovados e apropriados pelos cidad os podemos deparar nos com situa es de incompreens o da obra deprecia o dos sentidos poss veis confus o entre inova o e extravag ncia uso inesperado da obra como comportamentos agressivos sujar ou vandalizar Remesar 2005 134 A atitude dos cidad os perante as obras de Arte P blica foi estudada por N ria Franco 2005 na cidade de Barcelona O estudo a que nos referimos incide sobre a atitude perante as obras de arte no espa o urbano e re ne um conjunto de resultados que nos poder o ajudar a mantener entre nuestras manos conocimiento y experiencia no hubieran entrado en conflicto pues las tres piezas hubieran sido reconocidas como iguales Madereulo 1990 57 10 Um marco de refer ncia um marco que define um ponto de vista e vemos o que vemos dentro das condi es que nos oferece cada marco no entanto n o devemos esquecer que cada marco inclui tantas coisas como aquelas que exclui Assim podemos dizer que uma maneira de ver tamb m u
82. de arte em espa o urbano no centro do processo de aprendizagem dos cidad os especialmente na escola mas tamb m fora dela J vimos atr s que a Arte P blica vital porque existe onde vivemos trabalhamos ou temos os nossos momentos de lazer quer isso dizer que temos com ela uma rela o quotidiana Mesmo que n o lhe prestemos a devida aten o as obras est o l e este contacto di rio com as obras influencia a nossa atitude perante elas Recordamos aqui a ideia defendida pelo Professor Pais da Silva no seu livro Pret rito Presente de que o comportamento dos cidad os perante o patrim nio diferente consoante vivam ou n o em zonas hist ricas pois fora dessas zonas sentem se destituidos dos sinais conhecidos Pais da Silva 1975 29 Tomamos a liberdade de interpretar estas palavras no sentido de que o contacto dos cidad os com a arte independentemente desta ser ou n o de car cter hist rico como preconiza o Professor Pais da Silva influencia positivamente a atitude destes perante as obras em primeiro lugar no que concerne sua conserva o e depois no que se refere a uma aproxima o f sica e intelectual a essas obras Em estreita rela o com esta nossa interpreta o est a vis o de Valerie Holman 1997 128 que fala da influ ncia formativa das obras de Arte P blica frisando que estas obras de arte t m uma import ncia fundamental na forma o dos p blicos Segundo a autora formar p blicos pa
83. de cervos em vez de vacas cf Anexo 2 ao invent rio da Brisa Auto Estradas de Portugal sobre as obras de arte que se 134 poder o encontrar ao longo pa s aos percorrermos as suas auto estradas Outras noticias 133 Sobre este projecto consultar na Internet os sites lt http www inscrire com gt ou lt http www ciejd pt gt 134 Invent rio em linha http www brisa pt Brisa vPT Viajartna Rede A Rede Brisa Obras de Arte Arte Publica como Recurso Educativo 110 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico que t m vindo a p blico sobre este assunto prendem se com os actos de vandalismo sobre estas obras de arte cf Anexos 3 e 4 com o roubo das obras dos espacos urbanos em que se encontram cf Anexos 5 e 6 com a retirada de obras de arte devido a sua presen a controversa cf Anexo 7 ou com inaugura es pol micas cf Anexos 8 e 9 A prolifera o de obras de Arte P blica por todo o pa s bem como todas estas not cias ainda que nem sempre pelos melhores motivos contribuem quanto a n s para despertar o interesse da sociedade para este tipo de arte Contudo pensamos que estes projectos e actividades avulsas s o manifestamente insuficientes para se conseguir realizar a forma o de p blicos para a Arte P blica ao contr rio do que acontece por exemplo nos Estados Unidos onde o programas de Arte P blica s o normalmente acompanhados de um programa educativo como verem
84. de criar fruir e tamb m intervir nos aspectos visuais e tecnol gicos do envolvimento e mais frente afirma que a reflex o sobre as opera es e a compreens o dos fen menos s o motores da criatividade DBEBS 1991a 195 Apesar destas refer ncias nicas em todo o programa n o se indica o que se entende por cada uma 15 A dimens o Frui o Contempla o implica Reconhecer a import ncia das artes visuais como valor cultural indispens vel ao desenvolvimento sociocultural Reconhecer a import ncia da harmonia e do equil brio do espa o natural e constru do p blico e privado Conhecer o patrim nio art stico cultural e natural da sua regi o como um valor da afirma o da identidade nacional e encarar a sua preserva o como um dever c vico Identificar e relacionar as diferentes manifesta es das Artes Visuais no seu contexto hist rico e sociocultural de mbito nacional e internacional Reconhecer e dar valor a formas art sticas de diferentes culturas identificando o universal o multicultural e o particular A dimens o Produ o Cria o implica Utilizar diferentes meios expressivos de representa o Compreender e utilizar diferentes modos de dar forma baseados na observa o das cria es da natureza e do homem Realizar produ es pl sticas usando os elementos da comunica o e da forma visual Usar diferentes tecnologias da imagem na realiza o pl stica Interpretar os significado
85. de modo a possibilitar um efectivo desenvolvimento deste aspecto da Literacia Contributo 5 Com vista a um harmonioso desenvolvimento da percep o do espa o urbano nos alunos recomend vel que lhes seja possibilitada a viv ncia do espa o urbano nomeadamente atrav s da realiza o de passeios a p de vistas de estudo de peddy papers exerc cios de desenho de observa o etc Essa viv ncia dever ocorrer preferencialmente em espa os de qualidade est tica e urbana confort veis e leg veis capazes de satisfazer as necessidades dos alunos Contributo 6 Possibilitar ao aluno o maior contacto poss vel com diferentes obras de Arte sem ignorar ou criticar determinadas manifesta es art sticas em detrimento de outras mas mantendo sempre um crit rio de qualidade Note se que neste estudo conclu mos que os Arte P blica como Recurso Educativo 2 Are Pica come Recurso Educative 213 Conclus es alunos especialmente nos locais com pouca Arte P blica valorizam bastante os graffiti considerando os mesmo como obras de arte recomend vel que os alunos tenham contacto com o maior leque poss vel de diferentes manifesta es art sticas Contributo 7 tamb m uma fun o dos professores e dos pais possibilitar que os seus alunosffilhos aprendam a pensar atrav s do contacto visual com a arte Para isso fundamental que lhe proporcionem condi es ptimas de observa o das obras seleccionem para obs
86. de pessoas reunidas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa ao qual se chamou Conselho Consultivo do Curr culo do Ensino B sico para a Educa o Art stica Educa o Visual Fr is 2005 219 O quadro conceptual que norteou a defini o das compet ncias relativas Educa o Visual diferente daquele que esteve na base da cria o da disciplina de EVT tal como depreendemos da bibliografia sugerida num e noutro documento e das palavras do Professor Jo o Fr is que integrou este grupo de trabalho A defini o destas compet ncias acompanhou a evolu o das tend ncias contempor neas no mbito das disciplinas confluentes da rea em debate Por outro lado os conte dos definidos derivaram das concep es que surgiram a partir de v rias disciplinas que mais se ocupam do Vere do Olhar tais como a Hist ria da Arte a partir do seu sentido interpretativo as Teorias da Arte a partir da elabora o de conceitos fundadores da Educa o Art stica como por exemplo a no o de Arte ou de Experi ncia Est tica a Psicologia e a Semi tica a partir da sua contribui o para um melhor entendimento do funcionamento das imagens e dos fen menos implicados na percep o visual ou mais recentemente na Cultura Visual Ibidem 220 E mais frente espec fica o documento destaca dois eixos organizadores da proposta o primeiro diz respeito as particularidades contextuais isto e incid ncia na
87. de um trabalho interdisciplinar para a produ o das suas obras O artista tem hoje de trabalhar num processo de coopera o no qual tem de negociar sistematicamente com outros especialistas noutras reas Remesar 1998 O artista ter o papel de aproximar e levar reapropria o de um s tio pelas pessoas para que se torne num lugar funcionando assim como catalizador propondo obras inclusivas de colabora o que ou a partilhe canalize para que o produto final seja de co autoria da comunidade Cruz op cit 11 8 A Arte P blica permite ao observador estabelecer o seu pr prio ponto de vista focar a aten o e construir a sua pr pria narrativa incorporando os diferentes est mulos do contexto envolvente Por todas as mudan as operadas na produ o art stica e das quais j demos conta neste cap tulo a experi ncia espacial tornou se um dos pontos chave da recep o da obra de Arte P blica pois a din mica que as obras imp em ao observador vem alterar profundamente a forma de ver e sentir a obra Ver uma obra de Arte P blica habitualmente n o pressup e um ponto de vista fixo como acontece com uma pintura num museu O observador na maioria dos casos convidado a fazer um travelling em volta da obra observando diferentes pontos de vista e encetando uma rela o j referida entre o observador a obra e o contexto Esta forma de observar que muito tem a ver com os movimentos da c mara no cine
88. discutimos a forma como se processa a percep o da paisagem por parte dos indiv duos No cap tulo 4 Descrevemos e analisamos a teoria de Antonio Battro e Eduardo Ellis sobre o desenvolvimento da percep o do espa o urbano nas crian as A sua teoria tenta cruzar pela Arte P blica como Recurso Educativo 20 Introdugao primeira vez as teorias de Piaget sobre a evolu o dos processos cognitivos b sicos relacionados com o espaco e com as imagens mentais da crianca e a teoria de Kevin Lynch sobre a imagem da cidade Explicitamos as caracter sticas de cada um dos quatro est dios e dos respectivos subest dios No cap tulo 5 Explicamos o modo como se processa a percepc o dos objectos em contexto urbano e os factores que a influenciam nomeadamente os recursos formais t cnicos e materiais usados pelos artistas a implanta o no local e a interac o entre os objectos a aquisic o de marcos de refer ncia nomeadamente atrav s da socializac o e da escola e o processo pelo qual as obras dever o passar de modo a serem apropriadas pelos cidad os Tentamos dar uma vis o abrangente e n o apenas baseada nos aspectos psicol gicos ou cognitivos da percepc o altamente importantes mas que nos dariam apenas uma perspectiva limitada sobre a percepc o de obras de arte em espaco urbano tanto mais que a Arte P blica poder ser entendida como um modo alternativo de elaborar novas percep es sobre o que nos
89. dispensar mais aten o na observa o do meio envolvente em geral do que na observa o espec fica de obras de arte Contudo verificamos que a rela o entre estas duas vari veis significativa o que pode querer indicar Arte P blica como Recurso Educativo Ai ica come Recurso Educativo 196 Capitulo 3 Analise e discussao dos resultados que os alunos que habitualmente observam o seu meio envolvente tamb m se sentem motivados a observar obras de arte embora o confessem fazer menos Relembramos que segundo estudos de Piaget citados por Arnheim 1988 101 e confirmados em parte por Spelke 1990 a capacidade dos alunos perceberem e coordenarem globalmente diferentes pontos de vista formando assim a s ntese das diferentes imagens ocorre nas criancas por volta dos nove ou dez anos o que significa que potencialmente todos os alunos inclu dos no nosso estudo possuem esta capacidade dado que a faixa et ria abrangida entre os dez e os treze anos Este dado sobre o desenvolvimento das crian as bastante relevante tendo em conta que a maioria dos alunos diz perceber sempre ou quase sempre o que est a ver quando observa uma obra de arte ao mesmo tempo que diz dar atenc o ao que est em volta dessa obra No que se refere ao reconhecimento de uma obra de Arte P blica a maioria dos alunos n o revelou dificuldades em faz lo revelou isso sim uma certa dificuldade em discernir entre o que uma est tua e uma
90. do conceito de Artes Visuais e marcada base conceptual assente no Discipline Based Art Education DBAE um programa surgido no in cio dos anos 80 nos Estados Unidos como reac o ao excessivo recurso express o livre financiado pela Jean Paul Getty Foundation que viria a ser implementado na maioria das escolas daquele pa s Este programa tal como as Compet ncias Essenciais preconizava o uso da arte como um fim em si mesmo e n o apenas como um instrumento para ensinar outros assuntos Por isso defendia que os alunos deveriam abordar equilibradamente conte dos das quatro disciplinas que comp em o programa Produ o Art stica Hist ria da Arte Cr tica da Arte e Est tica promovendo a equidade entre m ltiplas perspectivas Assim e nesta linha de pensamento o documento aponta como caminhos o desenvolvimento do sujeito a integra o de saberes espec ficos das artes visuais a promo o do patrim nio art stico e a n o subalterniza o da Educa o Visual no curr culo geral Fr is 2005 224 Por ultimo gostar amos ainda de frisar que no respeitante aquisi o de conhecimentos o documento faz uma proposta inovadora ou seja permite que as compet ncias sejam desenvolvidas n o s em espiral como em rede Ibidem ou seja a aquisi o de conhecimentos pelos alunos poder processar se sob a forma de espiral em que o aluno parte de um determinado n vel para progressivamente
91. dos elementos da paisagem urbana depende da elabora o subjacente estrutura geom trica din mica do espa o com as suas traject rias fronteiras linhas separadoras regi es pontos de atrac o etc Esta geometria fundamental est baseada nas desloca es activas passeios a p ou passivas passeios de carro da crian a pela cidade As maquetas e os desenhos s o o resultado dessa organiza o din mica do espa o urbano e al m disso esta organiza o t m uma estrutura diferente em cada est dio de desenvolvimento mental 2 Ibidem A ordem de aquisi o de cada um dos elementos da paisagem urbana atrav s dos diferentes est dios parece ter uma sequ ncia muito est vel tal como traduz a Tabela 1 da p gina seguinte Ao analisarmos esta tabela supomos que um indiv duo que tenha incorporado e representado correctamente um ponto marcante ter incorporado todos os elementos anteriores Contudo os autores alertam nos para o facto de ser necess rio um estudo espec fico sobre esta mat ria a Tradugao livre do castelhano el ni o ha elaborado los instrumentos conceptuales propios de un determinado estadio pero los aplica con mayor o menor facilidad seg n el tipo de manipulaci n que deba realizar para representar el espacio urbano Una cosa es cruzar la calle otra dibujar ese trayecto y otra muy diferente es construir una maqueta de ese lugar Sin embargo la morfolog a local es la misma para las tres ac
92. e Quanto escolaridade do pai a tend ncia semelhante 46 7 tem apenas um dos 3 ciclos iniciais de escolaridade enquanto 15 4 t m um curso superior e 25 4 n o sabem qual a escolaridade do seu pai Nos gr ficos seguintes e nos histogramas relativos escolaridade da m e e do pai respectivamente podemos observar n o s o n mero total de indiv duos que completou cada um dos ciclos de escolaridade como tamb m comparar o n mero de indiv duos que completou cada um desses ciclos nas duas situa es em estudo ou seja nos locais com muita e com pouca Arte P blica cf Gr ficos 3 a 10 Constatamos assim que os pais pai e m e dos alunos t m em m dia uma escolaridade superior nos locais com muita Arte P blica Tal como podemos constatar nos histogramas seguintes os dados relativos escolaridade dos pais representam uma curva de distribui o normal sendo que nos locais com muita Arte P blica a m dia superior m dia 3 54 para pai e m e o que representa uma escolaridade m dia entre o 3 ciclo e o secund rio aos locais com pouca Arte P blica m dia 2 43 para pai e m e o que representa uma escolaridade m dia entre o 2 e o 3 ciclo Nos locais com pouca Arte P blica podemos ainda observar uma curva de distribui o com menor varia o e dispers o de resultados do que nos locais com muita Arte P blica Arte P blica como Recurso Educativo 22 Ario P blica come Recurso Educative 164 Escolaridade m
93. educational resource We consider Public Art as a group of art objects put in urban places permanently or temporarily easily available to the citizens and with the capacity to promote the identity of a place near their involuntary and no expert users to make possible to deal with art in a different way We did an empirical study in order to clarify if a townscape with lots of Public Artworks could certainly contribute to the development of Visual Art Literacy in students of the 5 and 6 grades For this we applied a questionnaire to a sample of 240 students in six schools around the country three of them situated in places with a lot of Public Art and the other three situated in places with a few Public Art After that study we made a comparison and we can conclude students from places with a lot of public Art give more attention to the art elements of townscape than students from places with a few Public Art they also consider as artworks a large number of art display they seem to know better Public Art definition and its functions they identify more easily Public Art work they tend to have a good knowledge about the specific vocabulary of Visual Arts namely the difference between sculpture and statue they seem to be in a superior stage of artistic and aesthetic valuation they know much more about art in general and they have a better capacity to evaluate art We conclude students of the 5 and 6 grades that attend school
94. eee 157 Sem t tulo A Sum Wu 2001 Santo Tirso Fotografia de Ricardo Reis 159 Retrato de Fernando Pessoa 1954 Almada Negreiros Museu da Cidade de Lisboa Imagem dispon vel em http www arqnet pt imagens imag030202 jpg 176 Figura 10 Mar sem fim 1983 Jo o Fragoso Jardins da Funda o Gulbenkian Fotografia do Ricardo ROIS sic der 176 Figura 11 Homem Sol 1998 Jorge Vieira Parque das Na es Lisboa Fotografia de Ricardo REIS cir td 177 Arte P blica como Recurso Educativo indice de Tabelas ndice de Tabelas Tabela 1 Aparecimento dos elementos da paisagem urbana em cada um dos est dios 78 Tabela 2 Tabela s ntese das iniciativas de di logo com as obras de Arte P blica levadas a Cabo em Portugal sic its ett esata o da cie al la eee ih 110 Tabela 3 Tabela sintese das iniciativas de di logo com as obras de Arte Publica levadas a cabo em Espanha sima dis cite a add 113 Tabela 4 Question rios recolhidos por escola por ano de escolaridade e por sexo 162 Tabela 5 S ntese comparativa de dados entre o sexo masculino e feminino 163 Tabela 6 Verifica o de y entre Escolaridade dos pais e Profiss o dos pais 166 Tabela 7 Verifica o de X entre Profiss o dos pais e Modo de desloca o para a escola Tabela 8 Verifica o de entre Escolaridad
95. envolvimento podem tamb m influenciar a aquisi o dos conceitos infantis de representa o do espa o A escola tem conota es afectivas para as crian as e elas gostam de desenhar edif cios especialmente aqueles em que vivem e trabalham Todas as crian as que entraram neste estudo desenharam a escola com todo o entusiasmo Cottinelli Telmo 1986 63 Kaplan op cit vai mesmo mais longe e coloca as quest es afectivas a montante da representa o do espa o ou seja coloca as no mbito da percep o do espa o o que na sua opini o influencia grandemente a aprendizagem que pode ocorrer nesse contexto Factores afectivos como a clareza cognitiva a aten o e a prefer ncia t m um profundo impacto nas aprendizagens realizadas no envolvimento Se as pessoas n o s o neutras em rela o ao que aprendem se n o s o neutras em rela o ao que lhe Arte P blica como Recurso Educativo 72 Cap tulo 4 A Paisagem Urbana nos desenhos das crian as chama a atenc o se nao sao neutras em relac o aos locais onde escolhem ir entao podemos dizer que h uma dimens o afectiva da aprendizagem Kaplan 1985 19 Deste modo podemos dizer que a influ ncia dos factores afectivos na representac o do espa o se situa em duas dimens es diferentes na percep o do espa o e na execu o dos desenhos Consideramos que estas duas dimens es s o interdependentes Se a nossa prefer ncia por um determinado espa o i
96. es que permitem proteger vidas humanas ao mesmo tempo que pensam na paisagem como objecto de protec o interven o e planifica o As ac es humanas sobre a paisagem distribui o da popula o ou dos aglomerados urbanos monumentos rede vi ria etc criam marcas e sinais que para as sociedades que nela habitam representam elementos de identidade muito fortes Muita gente se identifica com o lugar onde vive ou viveu tendo uma sensa o de perten a a essa paisagem como um espa o pr prio nico e particular Deste modo a paisagem sup e geralmente um modo muito directo e imediato de entrada em contacto com o conhecimento de um pais ou de uma cultura mostrando se como um indicador autobiogr fico da sua hist ria e da sua geografia social Ao observarmos a paisagem poderemos depararmo nos com diversos elementos com os quais nos identifiquemos ideologicamente nomeadamente a predilec o por algumas formas ou cores as est tuas e monumentos o desenho de determinados edif cios etc O interesse da arte nomeadamente das artes visuais e da literatura na tem tica da paisagem contribui muito para a sua estetiza o Quando na contempla o da paisagem atendemos a considera es em volta das cores das formas do desenho da textura da simetria etc estamos a valoriz la do ponto de vista est tico Esquema baseado em Liceras Ruiz 2003 21 3 Esquema 7 O conceito de paisagem nas suas diferentes dimens es
97. falam tamb m do tempo de perman ncia das obras no espa o classificando as de permanentes ou ef meras Sobre esta classifica o Remesar 2005a 132 afirma que quando habitualmente falamos de Arte P blica nos referimos a objectos colocados de modo permanente no espa o p blico A historiadora de arte Laura Castro 2005 125 vai mais longe e distingue claramente as obras de arte quanto sua perman ncia as obras de Arte P blica permanentes ajuda m a construir a apreens o do espa o e alteralm a sua percep o as de car cter ef mero disp e m se a utilizar o que um certo espa o proporciona e s o o mero resultado da viv ncia desse espa o Ao lermos esta distin o constatamos que aquilo que partida parecia uma mera quest o temporal se transforma num ponto importante que se relaciona com duas quest es a Tradu o livre do castelhano El t rmino Arte P blico se h utilizado para referirse a aquellas propuestas estatales arte ordenado e impulsado financiado y propiedad del Estado que tiene como funci n principal la conmemoraci n no necesariamente de o para el p blico en este sentido impuesto por el gobierno y com nmente entendido como pintura mural o escultura p blica esto es normalmente localizadas en exteriores de aspecto agradable y concebidas y realizadas de acuerdo com los condicionantes del entorno Importa ainda frisar que esta defini o ape
98. indiv duos do sexo masculino e feminino cf Tabela 4 Escolas Question rios recolhidos Percentagem do total o EB 2 3 Bairro Padre Cruz 32 13 3 o EB 2 3 Pedro Eanes Lobato 46 19 2 o ies A lt a o EB 2 3 de S o Rosendo 46 19 2 o aos j 3 o EBI JI Vasco da Gama 40 16 6 Fm 8 Sano 120 Totais 100 Masc 53 3 Ea 46 7 Tabela 4 Question rios recolhidos por escola por ano de escolaridade e por sexo Segundo dados do Instituto Nacional de Estat stica em 2005 havia em Portugal mais mulheres do que homens na propor o de 52 para 48 respectivamente No entanto na faixa et ria G Arte P blica como Recurso Educativo 162 Cap tulo 1 Apresenta o de resultados at aos 14 anos esta diferen a nula ou seja h em Portugal praticamente tantos indiv duos do sexo masculino como do sexo feminino No nosso estudo em particular h mais indiv duos do sexo masculino 53 3 do que do sexo feminino 46 7 contrariando a tend ncia demogr fica Na Tabela 5 apresentamos uma s ntese de dados relativos a diferentes vari veis do nosso estudo que visam proporcionar uma leitura comparativa entre os dois sexos Nosso Estudo Ano escolar Idade 5 6 10 11 12 13 l 8 53 3 Fem 52 8 467 47 8 46 2 518 48 2 11 6 58 9 27 7 18 Dados em percentagem 3 Dados do INE relativos ao ano de 2005 Tabela 5 Sintese comparativa de da
99. j com a presen a de 85 escultores de 30 pa ses o que resultou em mais de uma centena de obras que podem ser vistas em v rios locais da cidade e do concelho As obras resultantes destes Simp sios aparecem na maioria das vezes disseminadas arbitrariamente pelas ruas parques e rotundas da cidade e do concelho dando a sensa o de serem meros objectos decorativos colocados posteriori sem a interven o do artista Nem sempre a coloca o das obras tem em conta os espa os como lugares sociais ou c vicos por vezes n o passam de obras autorreferenciais com uma baixa implica o social ou pol tica pois os artistas desconhecem os locais onde ser o colocadas n o deixando muito espa o para que o cidad o se sinta implicado com elas Contudo por toda a cidade poderemos observar v rias dezenas de obras especialmente esculturas est tuas e pain is de azulejos proporcionando aos residentes e transeuntes a possibilidade de contactarem com um n mero habitualmente invulgar de obras de arte em espa o urbano Por tudo isto Caldas da Rainha auto intitula se como Cidade de Artes e Cultura relegando para segundo plano o ep teto pelo qual vulgarmente conhecida e que teve na origem da sua funda o ou seja Cidade Termal A escola EB 2 3 D Jo o Il insere se dentro do per metro urbano da cidade abarcando essencialmente os alunos do centro da cidade mas tamb m alguns das freguesias lim trofes pelo que pod
100. literacia corroborada tamb m por Fr is 2005 221 quando afirma que a Educa o nas Artes Visuais se revela como um processo cont nuo com implica es no desenvolvimento cultural dos individuos condi o necess ria para alcan ar um n vel cultural mais elevado prevenindo novas formas de iliteracia uma vez que permite desenvolver capacidades destrezas e saberes pr prios Numa sociedade cada vez mais tecnol gica a defini o tradicional de literacia j n o se adequa A imagem est a tomar o lugar da palavra escrita no campo da produ o e transmiss o de cultura Hong op cit A prop sito da primazia da imagem sobre a palavra escrita Reis op cit 76 7 d um exemplo elucidativo Uma crian a pode aprender a reconhecer o seu nome escrito ou a marca dos seus cereais favoritos julgando estar a ler na verdade n o est a ler no sentido alfab tico do termo se as palavras da marca de cereais aparecerem com outro grafismo ou noutro contexto o mais prov vel n o as reconhecer O mesmo acontece com adultos analfabetos capazes de identificar log tipos marcas e an ncios luminosos Nestes es Tradu o livre do Ingl s If could say it wouldn t have to dance it Isadora Duncan cit por Gardner 1990 21 use Tradu o livre do Ingl s If different forms of representation performed identical cognitive functions then there would be no need to dance compute or draw Why would we want
101. m os de um receptador residente nas imedia es do Bairro S Jo o de Deus no Porto que a transaccionou pouco depois A venda a revenda e a destrui o da escultura aconteceram de forma extraordinariamente r pida De tal forma que quando os inspectores da PJ a localizaram j estava aos peda os Mesmo assim chegaram a tempo de impedir que o bronze fosse derretido tornando imposs vel estabelecer uma rela o com o crime Ao que apurou o JN os pouco mais de 100 euros que renderam a venda do metal seriam destinados aquisi o de drogas pelos suspeitos referenciados pela PJ como toxicodependentes Nuno Miguel Maia Not cia de 22 de Dezembro de 2006 sexta feira o roubo aconteceu na quarta feira dia 20 de Dezembro 1 de 1 30 12 2006 11 44 Anexo 6 Vaca Cowpyright desaparece de noite no Campo Pequeno P gina Web 1 de 1 Di rio de Noticias http dn sapo pt 2006 05 19 cidades vaca cowpyright desaparece noite cam html Vaca Cowpyright desaparece de noite no Campo Pequeno Susana Leit o Depois de a vaca Piu piu ter sido vandalizada a ponto de ter que ser totalmente reparada chegou a vez da vaca Cowpyright A vaca n mero 24 exposta no Campo Pequeno desapareceu na madrugada de quarta feira divulgou ontem a organiza o da Cow Parade Segundo o Comando Metropolitano da PSP de Lisboa n o foi apresentada qualquer queixa sobre o desaparecimento da vaca O que existe uma participa o de alg
102. mais emblem ticas A maioria dos cidad os inquiridos gostaria de ter mais obras de arte na cidade especialmente aquelas que representam as tend ncias art sticas mais actuais A maioria confessa ainda dar mais aten o s obras quando as v pela primeira vez embora desejem dispensar mais tempo a observar as obras de arte nas ruas Sabemos que este um estudo de caso e que os seus resultados n o podem nem devem ser extrapolados para outras situa es Contudo pensamos que podem ser considerados indicadores importantes para o nosso trabalho pois como vimos a atitude dos cidad os perante as obras largamente influenciada pela percep o que t m delas Neste cap tulo tent mos explicitar o modo como se processa a percep o dos objectos em contexto urbano e os factores que a influenciam nomeadamente os recursos formais t cnicos e materiais usados pelos artistas a implanta o no local e a interac o entre os objectos a aquisi o de marcos de refer ncia nomeadamente atrav s da socializa o e da escola e o processo pelo qual as obras dever o passar de modo a serem apropriadas pelos cidad os Tent mos dar sobre este assunto uma vis o abrangente e n o apenas baseada nos aspectos psicol gicos ou cognitivos da percep o altamente importantes mas que nos dariam apenas uma perspectiva limitada sobre a percep o de obras de arte em espa o urbano Tanto mais que a Arte P blica poder ser entendida como um modo a
103. modelo n o formal que tem como objectivo a motiva o do indiv duo para uma aprendizagem informal e posteriormente continuada 3 E finalmente nos problemas espec ficos inerentes forma o de observadores progressivamente mais experientes procurando promover a disposi o para dar tempo ao olhar e simultaneamente sustentar a actividade interpretativa no uso de instrumentos notativos n o s verbais mas tamb m gr ficos sendo desenvolvidas um conjunto de actividades recorrendo s duas nota es 248 z z a a a o Esta ideia j foi apresentada por n s em co autoria em dois congressos internacionais nomeadamente no 1 Congr s d Educaci n de les Arts Visuals em Setembro de 2005 em Terrassa Barcelona e no International InSEA Congress 2006 Interdisciplinary Dialogues in Arts Education em Maio de 2006 em Viseu Arte P blica como Recurso Educativo 22 to Piibica come Recurse Educative 215 Bibliografia Bibliografia AAVV 1985 Escultura e Tempo Jo o Fragoso Lisboa ESBAL AAVV 2005 Estatu ria e Escultura de Lisboa Roteiro Lisboa C mara Municipal de Lisboa Cont m textos de Antoni Remesar Margarida Acciaiuoli Raquel Henriques da Silva entre outros ABREU Jos Guilherme 2001 Paisagem urbana e arte p blica Fenomenologia da escultura contempor nea no espaco p blico Margens e Conflu ncias Guimaraes Escola Superior Art stica do Porto Extens o de Guimaraes
104. muitas esculturas abstractas da modernidade ao prescindirem da figura o tiveram de basear o seu car cter expressivo na evid ncia dos materiais com que eram realizadas fazendo ressaltar as suas qualidades mais espec ficas como a textura ou a dureza o que promove um certo simbolismo da mat ria Um material independentemente das suas caracter sticas f sicas pode parecer nos do ponto de vista sensorial mais leve ou mais pesado e a essa caracter stica Reyero op cit denomina de os valores do volume leve versus pesado Quanto aos valores da massa brandura autoria de Reinaldo Manuel dos Santos o engenheiro militar que elaborou o projecto do pedestal e que impede os transeuntes de se aproximarem da obra Como se indica logo no t tulo da obra esta debruca se sobre a escultura comemorativa em Espanha entre 1820 1914 ou seja segundo o autor a idade de ouro do monumento p blico Veja se Carlos Reyero 1994 La escultura conmemorativa en Espana Cap tulo 7 La diversificada percepci n sensorial Arte P blica como Recurso Educativo 80 Capitulo 5 A percepc o de obras de arte em contexto urbano versus dureza o mesmo autor diz nos que a sensac o de brandura ou dureza aparece muitas vezes associada a sensac o de leve ou pesado mas como qualidade t ctil independente pelo que a associac o pode revelar se invertida ou seja um corpo pode parecer leve e duro ou pesado e macio Ao contr
105. nada para produzi lo Esse mundo apenas o cen rio onde tem lugar a nossa percep o Nesse mundo anda a nossa vis o dirigida pela aten o centrando o nosso foco visual numa ou noutra ac o num ou noutro objecto A percep o visual na realidade esta execu o eminentemente activa Pode referir se a uma parte pequena do mundo visual ou a todo o marco visual do espa o onde se situam todos os objectos prontamente visualiz veis O mundo que emerge desta explora o perceptiva n o imediatamente dado Alguns dos seus aspectos aparecem rapidamente outros lentamente e todos eles est o submetidos a uma constante confirma o O trabalho de descoberta desses dois modos de percepcionar o mundo e de se relacionar com ele foi realizado por Lowenfeld em 1939 quando procedia a pesquisas com indiv duos parcialmente cegos Algumas pessoas usavam a vis o limitada de que dispunham para examinar objectos ou ent o expressavam se atrav s da modela o com barro Ao mesmo tempo outros indiv duos parcialmente cegos n o faziam uso dos olhos mas contentavam se em ficar limitados ao sentido do tacto Estas observa es levaram Lowenfeld ao estudo de pessoas normais onde encontrou tend ncias semelhantes Subsequentemente novas pesquisas foram realizadas para medir essas qualidades Utilizando 1 128 indiv duos Lowenfeld apurou que 47 tinham claras tend ncias visuais ao passo que 23 podiam ser classificados como h pticos e os
106. ncia com as conclus es do j referido Relat rio do Grupo de Trabalho Minist rio da Educa o e Minist rio da Cultura os participantes na Confer ncia Mundial sobre Educa o Arte P blica como Recurso Educativo 139 Capitulo 8 Contribuic o da Arte Publica para o desenvolvimento da educa o art stica e das pr ticas culturais dos cidad os Art stica que redigiram o Road Map reconhecem que em muitos pa ses as pol ticas educativas atribuem pouca import ncia Educa o Art stica o que se reflecte no atraso e desvaloriza o deste dom nio do conhecimento observam ainda que por vezes os sistemas culturais e educativos est o dissociados caminhando em direc es paralelas ou mesmo opostas Assim redigiram um conjunto de recomenda es dirigidas a professores pais escolas artistas poder pol tico e outros decisores bem como UNESCO e s ONG s que visam orientar o desenvolvimento da Educa o Art stica Em nossa opini o a Arte P blica pode desempenhar um papel importante na concretiza o de algumas dessas recomenda es Pensamos que as obras de Arte P blica poder o promover a participa o activa e o acesso de todas as crian as arte podem constituir se como um importante material do contexto local assumindo se simultaneamente como um recurso e como um conte do poder o servir como meio para fomentar parcerias activas e sustent veis entre os contextos educativos formais e informais e
107. no concelho do Seixal localizado na Pen nsula de Set bal e pertencente rea metropolitana de Lisboa Sul Segundo os Censos de 2001 a cidade da Amora tem uma rea de 5 5 Km e cerca de 44 500 habitantes o que poderemos considerar como uma forte densidade populacional Dada a sua localizac o geogr fica privilegiada a Amora tem assistido a uma forte industrializac o desde os finais do s c XIX No s culo XX a instalac o da Siderurgia Nacional inaugurada em 1961 e a ponte sobre o Tejo em 1966 deram um novo impulso ao desenvolvimento econ mico com incid ncia no crescimento demogr fico e na altera o das 220 dis z a ae Os graffiti que podemos observar sao na sua grande maioria fags sem grande valor plastico ou art stico N o h nenhuma parede que possamos considerar como wall of fame designa o dada s paredes com muitos graffiti de muita qualidade e muito coloridos onde s os melhores grafiters podem efectuar as suas obras Sobre os graffiti e a sua g ria consultar em linha por exemplo http pt wikipedia org wiki Grafitti C mara Municipal do Seixal Seixal em n meros 2003 em linha Seixal C mara Municipal do Seixal 2003 Consult 12 Julho 2006 Dispon vel na WWW lt URL http www cm seixal pt Arte P blica como Recurso Educativo bli u ucativ 152 Capitulo 4 Escolha da populac o e definic o da amostra suas caracter sticas urban sticas Fruto destas alterac es as divers
108. nos conceitos e nos quadros te ricos que orientaram a escolha dos meios utilizados Assim a quest o de partida que orientou toda a nossa investiga o foi Arte P blica como Recurso Educativo 2 ri P blica come Recurso Educative 142 Capitulo 1 Problem tica e Quest o de Partida Poder uma paisagem urbana com muitas obras de Arte P blica contribuir positivamente para o desenvolvimento da literacia em Artes Visuais nos alunos do 2 ciclo No Esquema 12 que podemos observar na p gina seguinte apresentamos os principais conceitos deste estudo e o modo como eles se organizam Pensamos que a organizac o em diagrama de Venn clarificadora e ilustra bem o que pretendemos com este nosso trabalho Ou seja a Arte P blica como recurso educativo o tema geral que relaciona dois grandes conjuntos de saberes a Arte P blica e a Educa o Art stica H saberes que s o inerentes a cada uma das reas por si s mas tamb m existem outros saberes que nascem da sua intersecc o como se pode observar O estudo emp rico que abarca deliberadamente os contributos das duas reas principais e da sua intersecc o surge como forma de recolher um conjunto de dados que em conjunto com a base te rica nos permitir o organizar os Contributos para a abordagem pedag gica de obras de Arte P blica Arte P blica como Recurso Educativo 2 ro Pubis come Recurso Educative 143 Cap tulo 1 Problem tica e Quest o de Partida
109. novas situa es Descodificar diferentes linguagens e c digos das artes Identificar t cnicas e instrumentos e ser capaz de os aplicar com correc o e oportunidade Compreender o fen meno art stico numa perspectiva cient fica Mobilizar todos os sentidos na percep o do mundo envolvente Aplicar adequadamente vocabul rio espec fico DEB 2001 153 190 A y Pere i Segundo o documento o Desenvolvimento da capacidade de express o e comunica o compreende Aplicar as linguagens e c digo de comunica o de ontem e de hoje Ser capaz de interagir com os outros sem perder a individualidade e a autenticidade Ser capaz de se pronunciar criticamente em rela o sua produ o e dos outros Relacionar se emotivamente com a obra de arte manifestando prefer ncias para al m dos aspectos t cnicos e conceptuais Desenvolver a motricidade na utiliza o de diferentes t cnicas art sticas Utilizar as tecnologias de informa o e comunica o na pr tica art stica Intervir em iniciativas para a defesa do ambiente do patrim nio cultural e do consumidor no sentido da melhoria da qualidade de vida Participar activamente no processo de produ o art stica Compreender os estere tipos como elementos facilitadores mas tamb m empobrecedores da comunica o Ter em conta a opini o dos outros quando justificada numa atitude de constru o de consensos como forma de aprendizagem em comum Cumprir normas democraticamente estabel
110. o tamb m elogiou a obra feita na rotunda da EDP Este monumento faz me lembrar todos aqueles emigrantes que sa ram daqui h muitos anos atr s Aqueles que cruzavam fronteiras e atravessavam os mares nos por es dos barcos disse O empres rio lembrou que nos dias de hoje Portugal acolhe imigrantes de outros pa ses e as Caldas tamb m pode agora receber os emigrantes que um dia deixaram o pa s O presidente da C mara lembrou que deve haver mais de sete mil caldenses emigrados em todo o mundo Como um imigrante nas Caldas porque nasceu em Leiria Fernando Costa dedicou tamb m o monumento a todos os que vieram de fora viver para esta cidade Metade das pessoas que aqui vivem nasceram fora das Caldas S o imigrantes como eu e sentem se bem ao p destas colunas do monumento referiu O autarca aceita que nem toda a gente goste do monumento porque nunca h unanimidade em termos de gosto Este o mais expressivo sobretudo pela sua dimens o for a beleza e naturalidade disse http www oeste online pt pedroantunes noticias show asp jrn 2 amp arq 2001 amp id 1064 em 30 01 2006 Anexo 10 Is this art that should stay or graffiti that needs to be removed Is this art that should stay or graffiti that needs to be removed A new Banksy has surfaced on the streets of Bristol The image has appeared on the end building of Frog Street looking out onto Park Street The building is owned by Bristo
111. o urbano Muitas das obras que s o colocadas no espa o urbano actualmente muito pouco ou nada t m a ver com aquelas a que se reporta o livro contudo essas obras subsistem nas nossas cidades e todos os dias nos cruzamos com elas a par das outras obras de express o contempor nea Por isso faz todo o sentido revisitar o que nos diz Reyero sobre a percep o de obras de Arte P blica independentemente das caracter sticas formais das obras A obras de arte colocadas no espa o urbano revestem se logo desde a sua concep o e produ o de algumas caracter sticas que as diferencia das outras obras nomeadamente o facto de a sua coloca o ocorrer ao ar livre e terem de contar com as intemp ries o que partida condiciona o artista na escolha do material a usar Reyero op cit 190 denomina esta caracter stica como a circunstancialidade do material dado que este deve resistir ao passar do tempo sem se deteriorar Pode pensar se que esta uma quest o pouco importante mas Arnheim op cit 97 adverte nos que os objectos esculpidos adquirem a natureza dos materiais e obt m deles conota es simb licas efectivas Parece nos portanto que a utiliza o de determinado material numa obra de arte influencia a percep o que temos dela pois diferentes materiais t m diferentes caracter sticas f sicas e perceptivas Ibidem 92 Mas esta n o uma caracter stica espec fica dos monumentos Maderuelo 1990 59 faz notar que
112. outra escultura naquele local mas tudo depender das disponibilidades porque o espa o pequeno N s escolhemos precisamente aquela pe a porque se adaptava ao espa o dispon vel explicou Maria da Concei o Esculturas v o ter parque nas Caldas No ltimo simp sio de escultura foram produzidas oito esculturas para o qual ainda n o existe nenhum destino escolhido Algumas delas poder o ser instaladas no Parque de Esculturas que a autarquia pretende criar no espa o do Parque D Carlos onde funcionou o parque de campismo da Orbitur E o pr prio presidente da C mara que tem mantido conversa es com o Centro Hospitalar no sentido de criar ali o parque de esculturas como forma de ligar todos os museus da cidade Algumas das pecas que ali poder o ser instaladas estao neste momento colocadas na Foz do Arelho em condi es que se t m vindo a degradar No caso das esculturas que continuarem na Avenida do Mar ser criada uma base de suporte mais est vel http www oeste online pt pedroantunes noticias show asp jrn 2 amp arq 2004 amp id 6881 em 30 01 2006 Anexo 8 Monumento ao forcado da pol mica em Vila Franca A arte dos forcados Vila Franca Monumento ao forcado da pol mica em Vila Franca J orge Talixa Publico 2005 07 24 O projecto de instala o de um monumento de homenagem aos forcados no espa o situado entre Praca de Toiros Palha Branco e o parque urbano de Vila Franca de Xira est e
113. para os alunos repararem no que os rodeia como provam os testes de ra que efectuamos cf Tabela 9 Local com muita Arte Publica Local com pouca Arte Publica p a p 8 49 lt 485 NS 15 40 lt 080 Tabela 9 Verifica o de x entre Tempo de desloca o para a escola e Reparas no que te rodeia comparando os resultados dos locais com muita e com pouca Arte P blica Contudo nos locais com pouca Arte P blica o resultado obtido nesta opera o aponta para uma tend ncia de significa o N o devemos esquecer que 44 4 dos alunos nestes locais demoram mais de 11 minutos no seu caminho at escola enquanto que nos locais com muita Arte P blica s o apenas 36 8 e que estes alunos se deslocam mais a p do que os outros Pensamos que estes dados corroboram a tend ncia de significa o que encontr mos no teste de y Arte P blica como Recurso Educativo 2 rio P blica come Recurso Educative 169 Cap tulo 1 Apresenta o de resultados Dos resultados obtidos ressalta ainda que em ambas as situa es em estudo 63 3 dos alunos reparam mais nas pessoas e 60 8 nos carros Na Tabela 10 fazemos a compara o entre o que os alunos v em com mais atenc o nos locais com muita e com pouca Arte P blica Locais com Muita Arte P blica Locais com Pouca Arte P blica Frequ ncia y Frequ ncia y as pessoas 80 59 7 as pessoas 72 67 9 os carros 76 56
114. pelos est dios de percep o do espa o urbano Verificamos tamb m que a curva de distribui o do histograma representada no Gr fico 26 relativo aos locais com muita Arte P blica corresponde a uma menor vari ncia e uma menor distribui o quando comparada com o Gr fico 28 relativo aos locais com pouca Arte P blica que corresponde a uma maior distribui o Estes resultados parecem pois indicar que o contacto frequente com obras de Arte P blica favorece o desenvolvimento da percep o do espa o urbano pelo que consideramos confirmada esta hip tese 2 2 Hip tese espec fica b e A localiza o da escola influencia a predisposi o dos alunos para observar os elementos art sticos da paisagem urbana Quando falamos da localiza o da escola estamo nos a referir ao facto de esta estar inserida num local com muita ou com pouca Arte P blica Assim nesta hip tese queremos real ar a influ ncia que o meio envolvente exerce sobre os alunos no sentido de estes se sentirem predispostos a observar os elementos art sticos da paisagem Para averiguar a rela o entre a localiza o da escola e os elementos da paisagem urbana a que os alunos dizem dispensar mais aten o realiz mos algumas an lises de Y De todos os elementos da paisagem que eram evocados na resposta como opc o de escolha os que vieram a revelar se mais significativos neste teste foram as est tuas os monumentos e os grafitis O teste realizad
115. problemas pontos fracos que se prendem com a insuficiente articula o entre programas culturais e de reabilita o urbana insuficiente investimento na vertente imaterial do patrim nio persist ncia de marcadas assimetrias territoriais da oferta cultural persist ncia de desigualdades no acesso cultura e na regularidade de consumos culturais pouca diversifica o dos p blicos alvo de ac es de sensibiliza o para as artes fraca valoriza o da educa o art stica nas estruturas curriculares do ensino b sico e secund rio Ibidem 80 1 Refere se ainda que o consumo cultural em Portugal apresenta alguma vulnerabilidade face varia o da conjuntura econ mica Relativamente a este ponto em particular gostar amos de frisar mais uma vez o papel importante da Arte P blica pois o acesso livre e gratuito a estas obras de arte poder ser um factor fundamental que garantir a continuidade do consumo cultural em massa dos cidad os mesmo em alturas de recess o econ mica No final o referido relat rio apresenta uma s ntese executiva na qual enuncia um conjunto de orienta es e objectivos estrat gicos a concretizar at 2013 no nosso pa s dos quais destacamos tr s em particular por em nosso entender se relacionarem directamente com o nosso objecto de estudo ou seja quanto a n s a Arte P blica poder contribuir de algum modo para a sua prossecu o Referimo nos em particular aos seguintes objectivos Refor ar o
116. question rio deveu se essencialmente ao tipo de popula o ao qual o estudo se dirigia representatividade da amostra e ao tipo de dados pretendidos Antes da aplica o efectiva dos question rios realiz mos um teste piloto com o intuito de rectificar este instrumento tendo este sido aplicado s duas popula es em an lise O estudo piloto seguiu as condi es nas quais futuramente iria ser aplicado o instrumento definitivo ou seja aplica o a turmas de 5 e 6 ano e em contextos com muita e pouca Arte P blica Para a aplica o dos question rios de modo a reduzir ao m nimo o n mero de respostas inv lidas ou a dualidade de crit rios na sua aplica o foi elaborado um documento com um conjunto de instru es dirigidas aos professores e que fornecia todas as indica es necess rias para a sua correcta e eficaz aplica o O question rio composto por vinte e sete perguntas algumas delas subdivididas mas todas elas excep o de uma em que pedido aos alunos que elaborem um desenho s o de resposta fechada em que os alunos apenas tinham de assinalar com uma cruz X a resposta pretendida de acordo com as instru es dadas em cada pergunta Assim o question rio foi aplicado a uma popula o de 240 alunos do 5 e do 6 ano de seis escolas espalhadas pelo pa s Tr s delas situadas em locais com muita Arte P blica Parque das Na es Lisboa Caldas da Rainha e Santo Tirso e a outras tr
117. question rios Assim foi dirigida uma carta ao Presidente do Conselho Executivo de cada escola onde se explicavam os objectivos do question rio e se pedia a referida autoriza o cf Anexo 14 Para a aplica o dos question rios de modo a reduzir ao m nimo o n mero de respostas inv lidas ou a dualidade de crit rios na sua aplica o foi elaborado um documento com um conjunto de instru es cf Anexo 15 dirigidas aos professores e que fornecia todas as indica es necess rias para a sua correcta e eficaz aplica o O question rio composto por vinte e sete perguntas algumas delas subdivididas mas todas elas excep o de uma em que pedido aos alunos que elaborem um desenho s o de resposta fechada em que os alunos apenas ter o de assinalar com uma cruz X a resposta pretendida de acordo com as instru es dadas em cada pergunta Algumas das perguntas do question rio t m apenas a fun o de controlo servem para confirmar a tend ncia de resposta ou seja se a resposta dada a uma determinada pergunta verdadeira ou n o Apesar de o question rio estar constru do de forma cont nua ou seja n o h uma separa o formal entre os conjuntos de perguntas que se referem a temas espec ficos podemos identificar cinco partes principais nas quais se subdivide o conjunto das perguntas a primeira parte perguntas de 1 a 13 inclui perguntas relativas ao enquadramento sociocultural dos alunos tendo como ob
118. renia AEA AEA ERE TEA KAEA RE Aa EAEE AREATA 99 6 3 3 Discipline Based Art Education DBAE a 101 6 3 4 Primeiro Olhar Programa Integrado de Artes Visuais 104 6 4 Di logo com obras de Arte P blica alguns exemplos oooocoincocccnnnocociconononcnnnnnancnnnnnnnnn 107 6 44 En Portugal css E O eaten ADD ARA ISRAEL de Tae 108 6 4 2 EM ESDI INO iya aise ad alado non aa cana tds 111 6 4 3 No Reino UnidoO ii did 114 6 4 4 Nos Estados Unidos da Am rica oooooconccccnnnocccccnnnoccccnnnonc cnn nnnrn cnn narran rra 116 7 Literacia e Educa o Art stica ooonnmiccinnnnnnnnncnnsercnscrcrc rr 119 1 1 A ideia delit racia cus aasseresma so coitados dt aj eei a a fan eee eed 119 t 2 Literacia em ares miriociin ant ii rain e RA ul ao Dana afiada dic 124 3 Literacia em Artes VISUAIS pias otic ainda Gen he edd Ae ALTO ad aa TU ae e 129 8 Contribui o da Arte P blica para o desenvolvimento da educa o art stica e das pr ticas culturais dos cidad os ss cease anna nen cre ranma 135 HI Problem tica e Metodologia 1 Problem tica e quest o de partida oooomooccccconnnncoooncccnnnnnnnannnancnnnnnnnncnnnnnnncnnnncnnnnnnnnancnnes 142 2 Hip tese Geral Hip teses Espec ficas e Vari veis na 145 2 1 Hip tese Geral isisa usas eiiee ei 145 2 2 Hip teses espec ficaS iii A a a 145 SN E AA 146 3 M todos t cnicas e instrumentos
119. rio da sensac o de leve e pesado que n o dependem intrinsecamente da utilizac o de um ou de outro material a brandura e a dureza aparecem ligadas a materiais concretos Ibidem 199 O mesmo autor fala ainda dos valores da superf cie luz cor suavidade e aspereza Ibidem 203 A import ncia da luminosidade externa em relac o com a percepc o da superf cie e da forma um dos aspectos mais reiteradamente constatados e utilizados pelos escultores aproveitando assim as possibilidades pl sticas da incid ncia da luz nas suas obras Tamb m Von Meiss 1990 96 nos diz que as condi es de luz e sombra influenciam a nossa percep o das obras de arte e do espaco que as circunda Em resumo a percep o sensorial da escultura em espa o urbano segundo Reyero op cit est directamente relacionada com a circunstancialidade do material com os valores do volume leve versus pesado com os valores da massa brandura versus dureza e com os valores da superf cie luz cor suavidade e aspereza Apesar de como dissemos a an lise que este autor faz das obras de Arte P blica incidir sobre um tipo de obras espec ficas durante uma poca espec fica consideramos que estas caracter sticas se adequam perfeitamente s obras produzidas na contemporaneidade Contudo notamos que este autor refere apenas aspectos relativos pr pria obra ou seja s suas caracter sticas f sicas n o contemplando aspectos relacionados c
120. rodeia capaz de integrar o indiv duo com o seu meio relacionando as dimens es emocionais sensoriais corporais imaginativas e participativas na rela o entre o indiv duo e o ambiente No cap tulo 6 Tentamos responder essencialmente a duas perguntas porque que importante estabelecer di logo com as obras de arte em contexto pedag gico E como que este assunto poder ser abordado De modo a podermos aflorar as respostas a estas quest es organiz mos este cap tulo em quatro pontos essenciais No primeiro falamos das investiga es sobre o desenvolvimento das capacidades de aprecia o est tica e art stica nomeadamente daquelas levadas a cabo por Michael Parsons e por Abigail Housen no segundo falamos sobre diferentes estrat gias para o di logo com as obras de arte ensaiadas e investigadas por diversos autores no terceiro apresentamos um conjunto de metodologias pedag gicas e programas educativos que privilegiam o di logo com a obra de arte nomeadamente o Learning to Think by Looking at Art o Visual Thinking Strategies o Discipline Based Art Education e o Primeiro Olhar no quarto e ltimo ponto apresentamos alguns exemplos da abordagem pedag gica especificamente de obras de Arte P blica levadas a cabo em Portugal Espanha Reino Unido e nos Estados Unidos No cap tulo 7 Abordamos o conceito de literacia segundo tr s perspectivas diferentes mas complementares a primeira mais abrangente relaciona
121. se das metas puramente art sticas ou est ticas tornando se numa educac o mais geral e t cnica A estrutura curricular do DBAE tem objectivos abrangentes al m de explorar e perceber a hist ria a est tica e a t cnica de uma obra espec fica contextualiza o trabalho e o artista em per odos hist ricos influ ncias e movimentos art sticos Neste sentido o DBAE est focado no ensino daquilo que Housen e o Visual Understanding in Education designaram como um observador do Est dio Ill ou IV O DBAE tamb m inclui a produ o de arte e a hist ria de arte como partes necess rias do curr culo at mesmo nos n veis escolares inferiores enquanto que o VTS est principalmente preocupado com a resposta est tica Este programa n o prescreve um curr culo espec fico mas pede o desenvolvimento ou uso de uma planificac o espec fica e por escrito Os planos pedidos pelo DBAE s o por definic o flex veis e adapt veis s necessidades espec ficas dos alunos sua cultura e s suas propens es Uma das caracter sticas principais do DBAE que usa a arte como um fim em si mesmo e n o como um meio para ensinar outros assuntos Neste programa o desenvolvimento est tico n o um objectivo principal mas antes uma consequ ncia natural do desenvolvimento do pensamento cr tico do racioc nio e da criatividade plaus vel pensar que a aplica o do DBAE na sala de aula ganha vantagem em rela o a outros programas do
122. seja dos cidad os A produ o das obras ou a sua coloca o no espa o tenta ultrapassar a ideia de um p blico gen rico homog neo e de um observador que n o participa Agora de uma maneira ou de outra os cidad os passam a estar implicados na e com a obra Das fun es que habitualmente s o associadas Arte P blica gostar amos de referir uma que quase sempre menosprezada a sua fun o educativa Esta uma fun o que n o deixa de ter um car cter marcadamente social mas que se reveste de uma especificidade que n o tem sido tratada pelos seus te ricos lacuna essa que pretendemos ajudar a colmatar com este nosso trabalho De seguida iremos expor aquilo que para n s o papel educativo da Arte P blica tendo em conta as particularidades destas obras de arte 2 2 Papel educativo da Arte P blica N o raro encontrar quem menospreze as obras de arte colocadas nos espa os urbanos talvez por estas se encontrarem fora dos espa os de valida o da arte ou seja fora dos museus e ou das galerias ou porque simplesmente desvalorizam qualquer manifesta o art stica Qualquer uma destas atitudes denota quanto a n s uma deficiente educa o art stica que nos coloca perante duas quest es importantes e das quais ressalta a raz o de ser desta disserta o de um lado temos um conjunto de conhecimentos que um indiv duo deve possuir para se sentir apto a fruir uma obra de Arte P blica e do outro temos as obras de Ar
123. seja ele formal ou n o Dialogar al m de conversar representa tamb m uma interacc o entre duas ou mais partes ou seja um acto essencialmente social onde as trocas de informac o s o rec procas Admitir que se pode dialogar com uma obra de arte personific la o que a torna intelectualmente mais acess vel ao seu observador No mesmo sentido Csikszentmihalyi 1990 1991 utilizou a express o encontro est tico para se referir experi ncia que os indiv duos t m em frente a uma obra de arte A palavra encontro tal como a palavra di logo reporta nos tamb m para uma personificac o da obra de arte uma vez que nos podemos encontrar com ela claro que o autor n o se refere a um encontro fortuito e descomprometido refere se a um encontro est tico ou seja um encontro que partida engloba o di logo com a obra de arte Embora este autor n o se refira especificamente abordagem pedag gica de obras de arte mas antes ao encontro em sentido lato dos individuos com as obras em museus pensamos que estes dois conceitos encontro e di logo apresentam uma perspectiva bastante coincidente sobre a relac o dos indiv duos com a arte Contudo nesta disserta o adoptaremos a designa o di logo com a obra de arte essencialmente por duas raz es primeiro porque se refere especificamente a abordagem pedag gica de obras de artes segundo porque o conceito usado num documento bastante 102 importa
124. serem os alunos que se deslocam para a escola de carro que representam a maior percentagem de indiv duos nos quatro subest dios superiores e o facto de haver uma grande dispers o pelos diferentes est dios dos alunos que v o a p para a escola cf Gr fico 29 Quando comparamos as duas situa es em estudo verificamos que existem diferen as importantes cf Gr ficos 30 e 31 Localiza o da Escola Escola localizada numa localidade com muitos exemplos de Arte P blica Localiza o da Escola Escola localizada numa localidade com poucos exemplos de Arte P blica Em que est dio se 20 i integra o desenho H Estadio la H Estadio Ib Em que est dio se 20 i integra o desenho H Estadio la H Estadio Ib Estadio lla Est dio lla LJ Est dio 1 Est dio li stadio stadio Estadio Ilb Est dio llb Est dio Illa O Est dio Illa H Est dio mb 154 EE Est dio tb E Est dio Iv Count Count Ap De carro De transportes p blicos Como se desloca para a escola Ap De carro De transportes p blicos Como se desloca para a escola Gr fico 30 e 31 Gr fico de frequ ncia cruzando modo de desloca o com os est dios de percep o do espa o urbano Compara o entre locais com muita e com pouca Arte P blica Desde logo parece nos not rio que os alunos dos locais com muita Arte P blica ocupam um lugar mais importante nos est dios superiores e os alunos dos locais com pouca Arte
125. sistema nervoso e a diversifica o das experi ncias quotidianas na cidade modelam esta evolu o da imagem urbana das crian as mas n o a determinam Verificamos ainda que no nosso estudo em aparente contradi o com a literatura sobre o assunto o desenvolvimento da percep o do espa o urbano n o influenciado pelo facto de os alunos se deslocarem a p ou seja no nosso estudo s o os alunos que v o de carro para a escola que revelam ter um maior desenvolvimento da percep o do espa o urbano Convenhamos que concorrem aqui outros factores que devemos ponderar como influentes nestes resultados nomeadamente o facto de a maioria dos alunos que se deslocam para a escola de carro serem dos locais com muita Arte P blica e a maioria daqueles que se deslocam a p serem dos locais com pouca Arte P blica Parece nos que os factores de ordem extr nseca demonstram um papel fundamental neste aspecto espec fico do desenvolvimento das crian as nomeadamente a qualidade e legibilidade do espa o urbano a presen a de elementos marcantes e de obras de arte nas paisagens urbanas e a viv ncia individual do espa o urbano Tendo em conta que os alunos dos locais com muita Arte P blica revelaram ser mais observadores do que os outros incluindo na observa o de obras de arte que os pr prios espa os urbanos s o mais leg veis especialmente por terem as obras de arte que se constituem como elementos marcantes da paisagem que esses espa
126. sobre uno de sus lados tocando los dos brazos del suelo mientras que la tercera se apoya como una uve invertida sobre el borde de sus dos extremos Esta colocaci n de las eles altera visualmente de forma diferente cada una de las piezas haciendo parecer m s grueso el brazo de la L m s bajo en la primera unidad pareciendo los dos brazos id nticos en la segunda o apreci ndose que est n inclinados los lados de la tercera No se trata de averiguar cuan claramente podemos entender que las tres eles son id nticas en cuanto a estructura y dimensiones ya que nuestra percepci n se niega a reconocerlas como id nticas La presencia de estas tres enormes piezas f sicamente id nticas al sobrepasar la dimensi n del cuerpo humano plantean un conflicto entre conocimiento y experiencia El conocimiento que tenemos de la exacta igualdad entre las piezas y la experiencia perceptiva que niega este conocimiento Si estas tres piezas tuvieran la escala de los objetos dom sticos que podemos Arte P blica como Recurso Educativo 85 Capitulo 5 A percepc o de obras de arte em contexto urbano Os artistas usam diversos recursos para que as suas obras sejam o centro das aten es estimulando assim a percep o dos observadores Mas isso n o se consegue apenas proporcionando a obra uma escala ou uma gestalt adequadas Outros recursos s o utilizados para acentuar a presen a de uma obra no espa o urbano e dot la de um car cte
127. tamanho interesse ou intensidade havendo uma caracter stica ou atributo que sobressa sse do conjunto 5 Clareza de liga o as liga es e costuras deveriam ser altamente vis veis com rela es e interliga es claramente percept veis 6 Diferencia o direccional a direc o deveria ser indicada por gradientes elementos assim tricos ou linhas radiais 7 Alcance visual os elementos deveriam ter qualidades que aumentam ou organizam a possibilidade de vis o tanto real como simbolicamente Arte P blica como Recurso Educativo 63 Capitulo 3 A Paisagem Urbana 8 Consci ncia do movimento o sentido do movimento real ou potencial do observador deveria ser facilitado tanto por pistas visuais como cinest sicas 9 S ries temporais os elementos podem ser ligados entre si numa sequ ncia simples em que um elemento est ligado ao que o precede e ao que lhe sucede ou em sequ ncia temporal e mel dica em que h um aumento da intensidade das formas at que um m ximo seja atingido 10 Nomes e significados o reconhecimento dos elementos deveria ser optimizado por nomes significados ou indicadores de direc o ou seja caracter sticas n o f sicas que podem refor ar a imagem de um elemento contribuindo para a cristaliza o da sua identidade A respeito destas dez qualidades enunciadas conv m referir que elas n o funcionam isoladamente Se num determinado local est apenas presen
128. to write poetry history fiction drama or factual accounts of what we have experienced Arte P blica como Recurso Educativo 22 to P blica come Recurso Educative 129 Capitulo 7 Literacia e educagao artistica casos OS Sujeitos nao est o a ler no sentido em que ler implica estar na posse do c digo ortogr fico Para Emery e Flood op cit 68 enquanto que a literacia vista como sendo culturalmente espec fica as imagens visuais s o muitas vezes consideradas universais ou seja o seu sentido transcende as barreiras culturais por exemplo os sinais de tr nsito No entanto n o podemos dizer que h uma linguagem visual universal pois diferentes culturas podem dar diferentes significados a um mesmo s mbolo Por exemplo no campo das artes visuais parece claro que signos e s mbolos valorizados numa cultura podem ser vistos de uma maneira relativamente diferente por outra cultura Mais frente os mesmos autores advertem nos para o facto de vivermos num mundo cada vez mais atulhado visualmente no qual as artes visuais se tornaram parte integrante da sociedade de consumo Enquanto estamos acordados temos de seleccionar os locais para onde e como olhar A arte est nossa volta nas ruas nas t shirts na televis o na imprensa talvez por isso Paul Duncun cit por Emery e Flood op cit 69 diga que as artes visuais se tornaram num lugar comum acrescentando ainda que a sua especial import ncia reside na su
129. todo para avaliar o desenvolvimento est tico dos indiv duos Yenawine dirigiu varios programas educativos em diversos museus incluindo o MOMA Museum of Modem Art o Metropolitan Museum of Art em Nova lorque e o Museum of Contemporary Art em Chicago Come aram a trabalhar juntos em 1988 no MOMA e focaram as suas investiga es nos efeitos da aplica o de programas educativos espec ficos como o VTS no desenvolvimento est tico e na rela o de pensamento est tico com a cogni o em geral No desenvolvimento deste programa tiveram influ ncia os trabalhos de outros psic logos e te ricos educacionais como Jerome Bruner e Rudolf Arnheim mas especialmente o trabalho de Lev Vygotsky sobre a rela o da linguagem com o pensamento e as suas descobertas em rela o ao crescimento dos indiv duos fruto da interac o com os outros Importa referir que o programa VTS tem por objectivos facilitar e uma conex o pessoal com a arte de culturas diversas tempos e lugares e a confian a nas capacidades pessoais para construir significados a partir da arte o debate e a discuss o de problemas em grupo e o desenvolvimento da capacidade de pensar e comunicar e o desenvolvimento da capacidade de escrita e a transfer ncia dessas capacidades para outras reas de conhecimento O VTS tem sido testado desde 1991 nos Estados Unidos R ssia e em v rios pa ses da Europa Oriental e sia Central Este programa foi especificamente def
130. todos os teve in cio em 2004 Intern da cultural para Setembro de partir dos 8 p blicos garantiu aos Luz a cidade 2006 anos visitantes um conhecimento gen rico das quest es relacionadas com a qualidade da Luz Urbana e o papel da Arte da Luz na cidade Revista Funda o Revista Crian as Revista dedicada Cont m um conjunto Viva o Calouste de publicada em abordagem pedag gica das de jogos did cticos Museu Gulbenkian Setembro de obras de arte do CAMJAP O dedicados s 2005 n mero 4 tem como tema crian as e Vamos andar volta da elaborados a partir escultura e tamb m aborda das obras de arte as esculturas presentes nos Jardins Gulbenkian Revista Edi es Revista Crian as Revista de arte para crian as Cont m um conjunto Aprender a Firmamento publicada em Cada n mero da revista de jogos did cticos Olhar Maio de dedicado a um tema e a dedicados s 2004 revista n mero 12 dedicada crian as e escultura sendo a maioria elaborados a partir dos exemplos de escultura das obras de arte p blica Percursos Univ do Porto Maio P blico em Visitas guiadas escultura Este mesmo autor Volta da Porto Jos e Junho de geral p blica da cidade do Porto tamb m dinamizou Escultura Guilherme 2004 organizadas segundo alguns percursos na P blica do Abreu percursos tem ticos e nas cidade de Santo Porto quais se pretende que o Tirso p blico contacte directamente com as esculturas Cow Cow Parade Todas
131. transferidas para a linguagem verbal Isto mesmo quis dizer a bailarina Isadora Duncan quando afirmou Se eu pudesse diz lo eu nao teria de danc lo Para Hong op cit ter compet ncia no uso de uma forma de representac o ou seja numa determinada rea art stica proporciona acesso a experi ncias particulares dentro dessa rea e a sua consequente compreens o Ler uma pintura uma danga ou outra obra de arte requer distintas formas de literacia Cada sistema sens rio proporciona precisamente o acesso aos aspectos da realidade negligenciados por outros sistemas Cada sistema de s mbolos foi inventado porque proporciona uma fun o nica na cogni o humana Se diferentes formas de representa o executassem fun es cognitivas id nticas n o haveria necessidade de dancar fazer c lculos ou desenhar Porque querer amos n s escrever poesia hist ria fic o drama ou relatos factuais do que experimentamos Eisner cit por Hong 2006 N o podemos esquecer tal como nos alerta Livermore Op cit 6 que para lermos diferentes formas simb licas de representa o deveremos possuir diferentes conjuntos de compet ncias Tamb m Hong op cit defende que a cada tipo de arte corresponde um tipo de literacia Deste modo no mbito do nosso trabalho parece nos fazer sentido falar particularmente de literacia em artes visuais Esta especificidade das artes visuais como factor de desenvolvimento da
132. uma sensa o profunda de gozo No entanto sublinha que algo que fazemos acontecer pondo a t nica na import ncia da ac o do indiv duo O autor d nos um exemplo o que um pintor sente quando as cores na tela come am a criar uma tens o magn tica entre elas e a transformar se perante o criador at nito numa coisa nova uma forma viva Arte P blica como Recurso Educativo 56 Capitulo 3 A Paisagem Urbana 3 A paisagem urbana comum nas discuss es em torno da Arte Publica encontrar alguns conceitos que lhe est o associados tal como espaco urbano ou espaco p blico Contudo no mbito restrito da nossa disserta o pensamos ser mais adequado falarmos de paisagem urbana por considerarmos que este conceito ao contr rio dos outros inclui verdadeiramente o observador Um dos principais objectivos desta disserta o perceber o modo como cada sujeito em especial a crian a percepciona as obras de Arte P blica O que nos interessa aqui a rela o sujeito obra e n o as discuss es em torno do que um espa o p blico ou privado ou em torno dos aspectos estruturais e funcionais habitualmente associados ao conceito de espa o urbano Como vimos no cap tulo anterior n o podemos dissociar a percep o de uma obra de Arte P blica do seu contexto Deste ponto de vista falarmos de espa o p blico no mbito desta disserta o n o faz muito sentido da
133. vida parecer estranho que uma m o que n o guiada pela vis o possa perceber no m rmore frio a beleza e o sentimento art stico e no entanto chego a perguntar me por vezes se a m o n o perceber melhor que os olhos a beleza da escultura Keller cit por Brun op cit 167 8 nota 1 Esta caracter stica vision ria da arte ou seja que a arte nos pode ensinar sobre o nosso futuro em especial da arte moderna defendida por Leonard Shlain 1991 no seu livro Art and Physics Parallel Visions in Space Time amp Light Arte P blica como Recurso Educativo 54 Capitulo 2 Arte P blica e Educa o 7 A Arte P blica proporciona a intersec o de diferentes campos de estudo Esta tamb m uma caracter stica comum e transversal a toda a arte Mas a Arte P blica tem proporcionado di logos permanentes por exemplo entre o urbanismo a arquitectura e as artes pl sticas S o muitos os campos de estudo a quem interessa esta rea s artes pl sticas e s artes performativas ao urbanismo com a regenera o urbana e a planifica o de novos bairros sociologia com o estudo das novas rela es sociais em torno de um novo espa o hist ria hist ria da arte educa o economia ao turismo O interesse cada vez maior de diferentes reas de estudo na Arte P blica tem vindo a alterar tamb m o papel do artista uma vez que este sente cada vez mais a necessidade
134. 2 Hip tesis ee ceil ela ca aie old a A A 200 3 93 Hip tese d ranen dient a Gorda a Si od da ad 201 3 94 Hip tesis ada GASES et eevee ts 202 3 9 5 HIPO imita hoi eines SOS Salt ee ie ee See 204 V CONCIUSOCS arranca 207 As paisagens urbanas com muita Arte P blica e a sua contribuic o para o desenvolvimento da percepc o do espaco urbano e da literacia em Artes Visuais nos alunos dO 2 Ciclistas E eiii 207 Contributos para a abordagem pedag gica de obras de Arte P blica 211 Sugest es para orienta o futura ee eeee eter ceeeeeeeeeeeeeeeseeeeaeeeseeeaeeeeeeaaeeeeeeaaeees 214 BiblOQM ath a sorso ineas a 216 indice de Anexos naa la da ricos 229 Arte P blica como Recurso Educativo Vii indice de Esquemas Indice de Esquemas Esquema 1 Conte dos e Areas de Explora o do programa da disciplina de EVT 28 Esquema 2 Dom nios e mbito das aprendizagens da disciplina de EVT 30 Esquema 3 Estrutura do cap tulo da Educa o Art stica no documento das Compet ncias ESSENCIAIS it dada dad data 33 Esquema 4 Compet ncias da Educa o Visual no CNEB 35 Esquema 5 Rela o do observador com as obras de Arte P blica 52 Esquema 6 Rela o do observador com as obras de arte num museu e 52 Esquema 7 O conceito de paisagem nas suas diferentes dimens es t
135. 2004 A emerg ncia de um espaco de representac o arte p blica de transforma es urbanas na zona ribeirinha de Bel m Em linha On the W aterfront Barcelona Centre de Recerca Polis de la Universitat de Barcelona ISSN 1139 7365 n 6 2004 43 135 Disponivel em http www ub es escult 1 htm EMERY Lee e FLOOD Adele 1997 Visual Literacy In LIVERMORE Joan ed More than words can say a set of arts literacy papers em linha Melbourne Australian Institute of Art Education consult 14 09 2006 Disponivel na WWW lt URL http education canberra edu au centres acae gt FERNANDES Sandra PARTIDARIO Pedro e REIS Ricardo 2006 Reading art public art as a learning instrument In COLLEGI DE DOCTORS EN BELLES ARTS PROFESSORS DE DIBUIX DE CATALUNYA ed 1 Congr s de Educaci de les Arts Visuals obrir portes trencar rutines Barcelona COLBACAT ISBN 84 477 0939 6 FERNANDES Sandra PARTIDARIO Pedro e REIS Ricardo 2006 Reading art public art as a learning instrument In ASSOCIACAO DE PROFESSORES DE EXPRESSAO E COMUNICA O VISUAL ed Proceedings of the International InSEA Congress 2006 Interdisciplinary Dialogues in Arts Education Viseu APECV ISBN 978 989 20 0209 5 FERN NDEZ QUESADA Blanca 1999 Nuevos lugares de intenci n Intervenciones art sticas en el espacio urbano como una de las salidas a los circuitos convencionales Estados Unidos 1965 1995 Madrid Universidad Com
136. 2005 ed Arte Infantil en contextos contemporaneos p 201 7 139 Veja se Ricard Huerta In BELVER Manuel et al 2005 ed Arte Infantil en contextos contempor neos p 331 348 Veja se tamb m Ricard Huerta 2004 Cultura Visual a Ontinyent 10 Estas actividades est o disponiveis em lt http www altanet org MAMT CAT escultura_publica htm gt Arte P blica como Recurso Educativo 112 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico pr tica Continua o Iniciativa Promotor Local Data P blico Caracter sticas Observa es Un jardin x 6 Projecto inter Campus Forma o Este projecto envolveu alunos O projecto sentidos universit rio Universit rio inicial de futuros professores das duas desenrola se em com a Univ da UAM professores institui es universit rias e tr s fases 1 Aut noma de e alunos dos teve como objectivo criar um prepara o das Madrid UAM 4aos 7 anos evento anual que tenha por actividades 2 e o Centro base as artes visuais e realizac o das Superior de envolva as crian as das actividades com Estudios escolas Pretende se que os as crian as 3 Universit rios futuros professores ponham exposi o dos La Salle em pr tica o que aprenderam trabalhos na disciplina de Did ctica de la Expressi n Pl stica um evento realizado ao ar livre onde as crian as envolvidas dever o realizar interven es art stica
137. 24 obras de arte por outros tantos artistas convidados portugueses na sua maioria Todas estas obras foram colocadas antes da Exposi o Mundial de Lisboa e estavam na sua maioria dentro do recinto da exposi o embora houvesse umas quantas obras que estando dentro da zona de interven o estavam fora do recinto da Exposi o Acabada a Expo 98 o recinto deu lugar ao Parque das Na es e iniciou se o processo de constru o imobili ria que possibilitou a milhares de pessoas habitarem e trabalharem nesta zona oriental da cidade de Lisboa Com as novas constru es apareceram tamb m novas obras de arte p blica colocadas nas fachadas dos pr dios ou nas novas ruas que entretanto foram rasgadas no recinto neste contexto urbano que est implantada a Escola EBI JI Vasco da Gama onde realiz mos uma parte do nosso estudo A escola localiza se numa zona mais residencial mas bem pr ximo existem empresas bares discotecas restaurantes um centro comercial e uma esta o intermodal de transportes que contribuem para que este seja um espa o com bastante circula o de pessoas Esta escola tem cerca de 530 alunos sendo pouco mais de 130 pertencentes ao 2 ciclo O contexto em que este estabelecimento de ensino se insere igualmente particular uma vez que apresenta um n vel socio econ mico e at mesmo cultural que poderemos considerar de m dio alto ou mesmo elevado O Parque das Na es provavelmente u
138. 3 escritor mas para efeitos deste texto consideramos uma pessoa literata aquela que possui literacia por tradu o directa do ingl s literate person Assim n o associamos o termo literato literatura mas sim ao dominio da literacia 12 0 portal da UNESCO dedicado Literacia est dispon vel em linha em lt http portal unesco org education en ev php URL_ID 40338 amp URL_DO DO_TOPIC amp URL_SECTION 201 html gt 9 Literacy is an indispensable means for effective social and economic participation contributing to human development and poverty reduction cita o em linha dispon vel no portal da UNESCO dedicado literacia ver nota anterior Arte P blica como Recurso Educativo 119 Capitulo 7 Literacia e educac o art stica Literacy inclu do no livro More than words can say chamam nos atenc o para o facto de a iliteracia ser amiga da alienac o e dao o exemplo de quando viajamos para um pa s estrangeiro cuja l ngua desconhecemos e nos alheamos de muita informac o que nos rodeia Este exemplo reforca a ideia defendida pelos autores nesse texto de que a literacia uma compet ncia espec fica de cada cultura Parece un nime entre v rios autores de diferentes reas que o dom nio da literacia fundamental para a participac o dos cidad os nas sociedades democr ticas Mas ent o o que entendemos por literacia Que saberes temos de dominar para sermos literatos No texto Cultural Literacy de
139. 30 restantes receberam classifica o algures entre os dois extremos Noutras palavras aproximadamente metade dos indiv duos testados reagiu visualmente enquanto menos da quarta parte hapticamente Brittain e Lowenfeld 1947 280 Arte P blica como Recurso Educativo 82 Capitulo 5 A percepc o de obras de arte em contexto urbano reaprecia o mudan a completamento correc o e aprofundamento do seu entendimento Ibidem Segundo o gestaltismo a percep o da forma a capta o das caracter sticas estruturais e gen ricas de um objecto Ibidem 42 Spelke 1990 Assim podemos dizer que ao percepcionarmos um objecto tendemos a simplificar a sua forma recorrendo aos chamados conceitos visuais ou categorias visuais A simplicidade desses conceitos visuais relativa pois se um objecto complexo contemplado por uma vis o refinada pode produzir uma forma bastante intrincada que a mais simples poss vel para esse observador Ibidem 41 dado que o grau de adestramento visual de cada um influencia a sua capacidade de captar diferentes formas Ibidem 44 Os artistas de um modo geral conhecem bem estas regras da Gestalt e ao produzirem as suas obras t m nas em aten o procurando assim promover uma mais f cil percep o das obras produzindo sensa es no observador A experi ncia visual n o se limita a uma nica vista de um objecto dado que vemos as coisas de pontos de vista diferentes consoante mudamos d
140. 30 5 respectivamente enquanto que a maioria dos indiv duos do sexo feminino tem 11 anos 58 9 cf Tabela 5 239 Ea E ie O nosso estudo s incide na faixa et ria dos 10 aos 13 anos mas os dados do INE s o fornecidos em intervalos maiores ou seja o intervalo de dados que servir de refer ncia para o nosso trabalho situa se entre os 0 e os 14 anos Nesta faixa et ria h igualmente 8 de indiv duos do sexo masculino e indiv duos do sexo feminino Arte P blica como Recurso Educativo Are Pubis come Recurso Educative 163 Cap tulo 1 Apresenta o de resultados 8 16 29 m 10 anos B 11 anos o 12 anos O 13 anos Gr fico 2 Distribuig o et ria dos alunos envolvidos no estudo A esmagadora maioria dos alunos s o de nacionalidade portuguesa 91 7 sendo que as outras nacionalidades presentes s o essencialmente dos pa ses de l ngua oficial portuguesa mas tamb m francesa ucraniana chinesa e su a todas elas com pouca representatividade nesta amostra 1 2 Escolaridade e profiss o dos pais De modo a procedermos a uma caracterizac o do contexto socio econ mico dos alunos reunimos alguns indicadores como o n vel de escolaridade e a profiss o dos pais No que respeita escolaridade da m e importa referir que 47 9 t m um dos 3 ciclos iniciais de escolaridade enquanto que apenas 17 9 t m um curso superior H ainda 21 7 dos alunos que n o sabem a escolaridade da sua m
141. Arte P blica como Recurso Educativo 97 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico Os exemplos que apresentaremos s o Learning to Think by Looking at Art de David Perkins Visual Thinking Strategies de Abigail Housen e Philip Yenawine Discipline Base Art Education promovido pelo Getty Center for Arts Education Primeiro Olhar Programa Integrado de Artes Visuais promovido pela Funda o Calouste de Gulbenkian A partida poderemos j enunciar aqui duas diferen as b sicas mas bastante importantes entre alguns dos exemplos que apresentamos e que se prendem com o facto de se considerar ou n o a produ o de objectos art sticos como parte integrante do desenvolvimento das ac es previstas em cada um dos programas Os dois primeiros programas n o contemplam esta dimens o os dois ltimos sim Os programas s o coincidentes em alguns pontos tanto que alguns influenciaram a realiza o de outros diferem noutros mas s o un nimes quanto ao facto de considerarem a obra de arte como um aspecto central da educa o art stica 6 3 1 Learning to Think by Looking at Art Esta metodologia para apreciar arte sugerida por David Perkins no seu livro Intelligent Eye 117 Neste livro o autor publicado pelo The Getty Education Institute for the Arts em 1994 apresenta uma dupla mensagem primeiro diz nos que observar arte exige pensar segundo diz nos que observar arte uma maneira de cultivar
142. Arte P blica como recurso educativo ARTE P BLICA EDUCAGAO ART STICA Conceito de Arte P blica Papel Abordagem pedag gica Educativo da de obras de arte Fun es da Arte P blica Arte P blica Programa de EVT Paisagem Urbana paisagem urbana nos Compet ncias Os elementos e a qualidade desenhos das essenciais da Ed Visual da paisagem urbana crian as Literacia em Artes Percep o das obras de O di logo Visuais Arte P blica com a obra de Arte P blica ESTUDO EMP RICO Aplica o dos instrumentos de recolha de dados An lise e tratamento de dados Verifica o de hip teses Conclus es Contributos para a abordagem pedag gica de obras de Arte Publica Esquema 12 Esquema de conceitos da disserta o Arte P blica como Recurso Educativo 2 ro P blica come Recurso Educative 144 Capitulo 2 Hip tese Geral Hip teses Espec ficas e Vari veis 2 Hip tese Geral Hip teses Espec ficas e Vari veis A nossa rela o com o objecto e com a situa o em estudo as nossas preocupa es sobre a abordagem pedag gica de obras de arte e a nossa percep o sobre a pouca utiliza o de obras de Arte P blica como recurso pedag gico levaram nos a formular a quest o de partida Para verificar a influ ncia dos locais com muita e pouca Arte P blica sobre os saberes art sticos sensibilidade est tica e perceptiva das crian as deste n vel de escolaridade apoiamo nos num instr
143. Arts designa se For all to see How public art teaches e apresenta al m de uma completa defini o de conceitos relacionados com o tema um conjunto de cinco li es com os respectivos materiais de apoio dirigidos a professores e alunos ii em Dublin no Ohio o Dublin Arts Council publica periodicamente uma revista chamada Art Connections a teacher resource guide e o n mero de Outono em 2001 foi dedicado arte em espa os p blicos Essa revista apresenta um conjunto de actividades interdisciplinares sobre Arte P blica al m da apresenta o das obras da defini o de conceitos e da resposta s quest es mais frequentes iii a cidade de St Louis tamb m produziu material did ctico para os seus professores chamou lhe St Louis Public Art Curriculum Kit e foi criado como uma ferramenta para os professores ajudarem o seus alunos a apreciarem a Arte P blica mas tamb m a compreenderem cada vez melhor o papel da arte na nossa sociedade Este Kit al m de apresentar o programa de Arte P blica da cidade apresenta tamb m um grande conjunto de actividades interdisciplinares para cada uma das obras de arte Em s ntese cada um dos pa ses referenciados apresenta exemplos de di logo com a obra de Arte P blica e f cil perceber que em Portugal se encontram muito pouco desenvolvidas as iniciativas pedag gicas relativamente Arte P blica quer por esta forma de arte parecer estar ausente dos curr culos escol
144. Cap tulo 3 M todos t cnicas e instrumentos 3 M todos t cnicas e instrumentos A recolha dos dados foi feita atrav s da aplica o de um inqu rito por question rio A op o pela realiza o e aplica o de um question rio deveu se essencialmente ao tipo de popula o ao qual o estudo se dirigia representatividade da amostra e ao tipo de dados pretendidos Antes da aplica o efectiva dos question rios realiz mos um teste piloto com o intuito de rectificar este instrumento tendo este sido aplicado s duas popula es em an lise Aplic mos este teste em duas escolas diferentes e a duas turmas uma de 5 ano e outra de 6 ano O estudo piloto seguiu as condi es nas quais futuramente iria ser aplicado o instrumento definitivo ou seja aplica o a turmas de 5 e 6 ano e em contextos com muita e pouca Arte P blica A aplica o do teste piloto foi acompanhada de uma grelha de observa o cf Anexo 12 na qual o professor aplicador deveria registar um conjunto de informa es que serviriam de base realiza o das altera es necess rias ao instrumento por n s criado As informa es recolhidas foram analisadas e procedeu se ent o s altera es consideradas necess rias elaborando se assim a vers o final do question rio cf Anexo 13 Junto dos Conselhos Executivos de cada escola foram feitas as dilig ncias necess rias para que se conseguisse a autoriza o para a aplica o dos
145. Club de Girona P blico Cada escola participante deve A metodologia esculturas Amigos de la in cio em escolar escolher uma escultura utilizada UNESCO de Setembro de situada nas imedia es e pretendia Girona 2001 estabelecer um compromisso desenvolver de adop o por 3 anos As capacidades ao escolas comprometem se a n vel perceptivo desenvolver um conjunto de cultural actividades que visam a sem ntico e de tomada de consci ncia a s ntese valoriza o e a preserva o da paisagem escult rica 139 Veja se Roser Juanola et al In BELVER Manuel et al 2005 ed Arte Infantil en contextos contempor neos p 113 126 Outras varia es foram feitas a este projecto inicial nomeadamente o projecto Sponsoring sculptures and creating their music apresentado por Miquel Alsina et al no congresso Mundial da InSEA em Mar o de 2006 em Viseu Arte P blica como Recurso Educativo 111 Continua o Cap tulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico Iniciativa Promotor Local Data P blico Caracter sticas Observa es Patrimonio Grupo de Olot 2004 Forma o Este projecto adoptou a Patrimonio art stico y investiga o 2005 inicial de mesma metodologia sugerida art stico y educaci n Patrimonio professores pelo programa anterior Foi educaci n art stico y e alunos desenvolvido por alunos da uma disciplina
146. Codifica es Imagem na comunica o Anima o Energia Fontes de energia Constru o Formas de energia Transforma o de energia Desenho Espa o Relatividade da posi o dos objectos no espa o Hortofloricultura Estrutura Estrutura das formas Produ o de movimento Representa o de movimento Estrutura dos materiais Impress o Forma Elementos da forma Mecanismos Rela o entre as formas e os factores que as condicionam Modela o Moldagem Valor est tico da forma Pintura Geometria Formas e estruturas geom tricas no envolvimento Formas e rela es geom tricas puras Recupera o e Opera es constantes na resolu o de diferentes problemas manuten o de Luz Cor Natureza da cor equipamentos A cor no envolvimento Simbologia da cor Tecelagem Tape aria Material Origens e propriedades Vestu rio Transforma o de mat rias primas Impacte ambiental Medida M todos de medi o Unidades de medida Instrumentos de medi o Movimento Tipos de movimento Trabalho Rela o t cnicas materiais Produ o e organiza o Higiene e seguran a Os campos poder o ser entendidos como os dom nios nos quais se poder o desenvolver as Unidades de Trabalho b A a ee ae ae a os conte dos n o t m entre qualquer rela o hier rquica ou de preced ncia e est o organizados alfabeticamente C A o er rae As reas de Explorac o est o igualmente organizadas por ordem
147. Como os emigrantes est o espalhados pelos cinco continentes h cinco paralelepipedos que correspondem a esses continentes volta de uma mesa As cinco pedras correspondem a cinco bancos volta da grande mesa onde a fam lia emigrante se re ne explicou Antonino Mendes inspirou se na Festa do Emigrante do ano passado que se realizou em Salir do Porto Foi a que ouvi falar na fam lia emigrante para a qual foi concebido este projecto disse O primeiro escolhido para realizar esta obra foi o escultor Ant nio Fragoso que por problemas de sa de que se vinham a arrastar desde h v rios anos n o conseguiu concretizar antes da sua morte Foi um seu disc pulo quem acabou por fazer um trabalho diferente mas que parece recolher a unanimidade de todos Estes contratempos causaram v rios atrasos na constru o do monumento que havia sido proposto pela Associa o Regional Caldense ha 12 anos Os dirigentes da associa o chegaram a desesperar com o tempo que a obra demorou a estar feita mas compreendem os motivos que levaram a esse atraso A obra custou 16 mil contos 79 807 euros com a ARC a contribuir com quatro mil contos 19 951 euros dividido em duas tranches uma delas entregue h sete anos atr s O dirigente gostou muito do monumento porque lhe agradou o simbolismo inerente A Associa o Regional Caldense existe h 19 anos e tem mais de 500 s cios Anualmente d o bolsas de estudo aos filhos emigrantes
148. Eneida p 201 7 PALACIOS GARRIDO Alfredo 2006 Educaci n art stica e ambiental un estudio del caso brit nico a trav s del proyecto art and the built environment Arte Individuo y Sociedad Madrid Universidad Complutense de Madrid ISSN 1131 5598 vol 18 2006 p 57 76 PARLAMENTO EUROPEU Comiss o para a Cultura a Juventude a Educac o os Meios de Comunica o Social e os Desportos 2003 Documento de trabalho sobre o papel das escolas e do ensino para maximizar o acesso do p blico cultura Relator Vasco Graca Moura Estrasburgo Parlamento Europeu PARSONS Michael 1992 Compreender a arte 1 ed Lisboa Editorial Presen a PARSONS Michael 2000 Dos repert rios as ferramentas ideias como ferramentas para a compreens o das obras de arte In FROIS Jo o Pedro coord Educa o est tica e art stica abordagens transdisciplinares Lisboa Fundac o Calouste Gulbenkian PEREIRA Jo o Castel Branco 1995 Arte no Metropolitano de Lisboa Lisboa Metropolitano de Lisboa ISBN 972 96663 3 4 PEREIRA Jos Fernandes 2005 Escultura Contempor nea In PEREIRA Jos Fernandes dir Dicion rio de escultura portuguesa Lisboa Editorial Caminho p 268 64 ISBN 972 32 1723 8 PEREIRA Jos Fernandes 2005 dir Dicion rio de escultura portuguesa Lisboa Editorial Caminho ISBN 972 32 1723 8 PERKINS David 1994 The Intelligent Eye learning to think by looki
149. IX Formas de comunica o visual como a BD e a publicidade ou o design fazem parte do dom nio das artes visuais Estas dizem respeito a um conjunto de novas visualidades que determinam novos modos de ver e de olhar uma linguagem visual complexa que se estende em diversos contextos e suportes 2 No Cap tulo 6 desta disserta o abordaremos com mais detalhe o programa DBAE 23 Veja se Arthur Efland 1995 The spiral and the lattice In Studies in art education 36 3 Arte P blica como Recurso Educativo 37 Capitulo 2 Arte P blica e Educa o 2 Arte P blica e Educa o Neste cap tulo abordaremos a intersec o entre a Arte P blica e a Educa o n o na perspectiva da integra o da arte nos curr culos escolares quest o que j abord mos no cap tulo anterior mas numa perspectiva que pretende esclarecer qual quanto a n s o papel educativo da Arte P blica Antes disso sentimos necessidade de clarificar a quest o do conceito de Arte P blica propondo uma defini o que dever ser entendida apenas no mbito restrito desta disserta o por estar redigida em estreita rela o com os seus objectivos espec ficos Referimos tamb m a quest o das fun es habitualmente atribu das Arte P blica e conclu mos que a sua fun o educativa bastante descurada no nosso pa s Finalmente apresentaremos oito raz es pelas quais defendemos que a Arte P blica se reveste de um conjunto de particul
150. Jorge Talixa Emigrantes com porta de entrada nas Caldas Not cia publicada na Gazeta das Caldas e no site Oeste Online em Agosto de 2001 escrita por Pedro Antunes Is this art that should stay or graffiti that needs to be removed Texto publicado no site http www askbristol com que perguntava aos cidad os de Bristol se o graffiti de Banksy deveria ficar ou ser removido Naked man mural allowed to stay Not cia da BBC News que dava conta que o graffiti de Banksy tinha sido autorizado pelos cidad os de Bristol a ficar publicada em 19 07 2006 Grelha de registo de observac o da aplicac o do teste piloto Question rio aplicado aos alunos Vers o final Pedido de autorizac o para a aplicac o dos question rios dirigido aos Conselhos Executivos das escolas Instru es para a aplica o dos question rios Arte P blica como Recurso Educativo 2 Ar P blica come Recurso Edt 229 Anexo 1 Caldas da Rainha invadida por arte durante uma semana P gina Web 1 de 1 publicocpt As 150 manifesta es art sticas decorrem em casas bares lugares p blicos ou na rua Caldas da Rainha invadida por arte durante uma semana 16 05 2005 08h50 Rui Tib rio A partir de hoje e at sexta feira decorre o Caldas Late Night CLN um evento onde os alunos da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha ESAD partilham com a cidade manifesta es de arte com as mais diversas formas e em locai
151. Lynch 1999 114 Podemos tamb m considerar fachadas montras rvores puxadores de portas ou outros detalhes urbanos como pontos marcantes se eles constitu rem uma imagem marcante da paisagem daquele local por exemplo as casas de Santana na ilha da Madeira ou a fachada do caf Majestic na Rua de Santa Catarina no Porto Contudo estes pontos apenas poder o ser observados com uma certa proximidade e funcionam muitas vezes como pontos identit rios para os cidad os os quais lhe atribuem um significado crescente medida que v o tendo um contacto mais familiar com eles Convenhamos que cada um destes elementos da paisagem urbana poder ser percepcionado de maneira diferente por pessoas diferentes por exemplo uma auto estrada poder ser vista como uma via por um camionista mas poder ser um limite para um pe o ou uma favela poder ser um bairro para os seus habitantes e poder ser um limite ou um ponto marcante para um turista ou uma determinada zona da cidade vista como um bairro pelos seus habitantes e como um cruzamento por uma pessoa que usa aquele espa o apenas para se deslocar na cidade de referir ainda que nenhum destes elementos existe ou percepcionado isoladamente tal como frisa Lynch 1999 60 os bairros cont m cruzamentos na sua estrutura s o Arte P blica como Recurso Educativo 61 Capitulo 3 A Paisagem Urbana demarcados por limites cruzados por vias e salpicados por elementos mar
152. O programa teve v rias vers es anteriores at ser aprovada a vers o definitiva em 1991 atrav s do Despacho N 124 ME 91 de 31 de Julho publicado no Di rio da Republica 2 s rie n 188 de 17 de Agosto 2 2 ciclo o mais curto dos ciclos de estudos do Ensino B sico porque tem apenas 2 anos 5 e 6 anos enquanto que o 1 Ciclo composto por quatro anos 1 2 3 e 4 anos e o 3 Ciclo composto por 3 anos 7 8 e 9 anos Arte P blica como Recurso Educativo 24 Capitulo 1 O lugar das artes visuais no curr culo do 2 ciclo difusas das experi ncias globalizantes do 1 ciclo e uma Educa o Visual com preocupa es marcadamente est ticas ou uma Educa o Tecnol gica com preocupa es marcadamente cient ficas e t cnicas no 3 ciclo Ibidem Segundo Rosmaninho cit por Rodrigues 2005 49 esta disciplina n o tem um esquema conceptual expl cito mas fornece nos ao longo dos seus textos program ticos pistas que nos permitem constituir a sua base conceptual ou pelo menos inferi la Cabe Educa o Visual e Tecnol gica promover a explora o integrada de problemas est ticos cient ficos e t cnicos com vista ao desenvolvimento de compet ncias para a frui o a cria o e a interven o nos aspectos visuais e tecnol gicos do envolvimento A Educa o Visual e Tecnol gica promover pois a articula o dos aspectos hist ricos f sicos
153. P blica nos est dios inferiores Nos locais com pouca Arte P blica 32 dos alunos que se deslocam a p est o no est dio la 22 no est dio llb e igual percentagem no est dio Illb Enquanto que nos locais com muita Arte P blica a maior percentagem dos alunos que se deslocam a p se situa no est dio Illb 28 9 28 6 dos alunos dos locais com muita Arte P blica que se deslocam de carro est o no est dio llb e 24 3 no est dio Illb enquanto que nos locais com Arte P blica como Recurso Educativo 22 rio P blica come Recurso Educative 183 Capitulo 2 Validac o das hip teses espec ficas pouca Arte P blica 22 9 est o no est dio Illa e 17 1 se encontram igualmente nos est dios Hb e IIIb Com base nestes resultados nao podemos afirmar que o modo de deslocac o dos alunos para a escola influencia a sua percepc o do espaco urbano pelo que esta hip tese nao se confirma Contudo estes resultados parecem ajudar a confirmar a hip tese espec fica a ou seja que parece haver uma influ ncia da proximidade de obras de Arte P blica no desenvolvimento da percep o do espa o urbano 2 4 Hip tese espec fica d e O n vel sociocultural da fam lia influencia o interesse dos alunos pela arte falta de elementos concretos sobre o n vel sociocultural e at econ mico das familias dos alunos envolvidos neste estudo consider mos que as familias em que os pais pai e mae t m um nivel de escolaridade elevado e profiss
154. P E o RG o Ra o e P e Ra PS SPS OC FF A S E Locais comMuita Arte P blica 0 Locais com Pouca Arte P blica Gr fico 21 O que os alunos consideram ser uma obra de arte Compara o entre os locais com muita e pouca Arte P blica Comparando as escolhas dos alunos nas duas situa es em estudo verificamos que h uma certa concord ncia entre os alunos que escolheram a pintura como obra de arte uma vez que foi o mais escolhido e com percentagens muito pr ximas Essa concord ncia tamb m se pode observar naqueles que escolheram desenho como obra de arte embora as percentagens tenham sido muito inferiores As maiores discrep ncias nas escolhas dos alunos situam se entre aqueles que escolheram monumento arquitectura graffiti est tua e escultura sendo que estas op es de resposta foram mais escolhidas pelos alunos das escolas localizadas nas paisagens urbanas com muita Arte P blica excep o do graffiti que foi mais escolhido pelos alunos dos locais com pouca Arte P blica tal como se pode verificar no gr fico anterior No total da amostra 51 7 dos alunos concorda com a ideia de que as obras de arte s o aquelas que s o feitas pelos artistas enquanto 45 discorda dessa ideia Importa ainda referir que 65 4 dos alunos ao olharem para uma obra de arte dizem sentir sempre ou quase sempre necessidade de conhecer o artista e outras obras suas Em ambos o
155. Senie Cruz Miles Remesar Nunes ou Sobrino Manzanres s o un nimes em considerar que uma obra de arte colocada num espa o p blico o transforma de imediato Um espa o onde uma obra inserida torna se automaticamente outro ou seja de espa o transforma se em lugar em oposi o aos n o lugares A arte p blica diz se tamb m que transforma s tios em lugares tendo em conta que sitio o espa o f sico com a sua hist ria e contexto e lugar o mesmo espa o vivido A arte p blica est portanto directamente implicada com o desenvolvimento das experi ncias do s tio Cruz op cit 11 Face ao caos de sinais a efervesc ncia do quotidiano e a proliferagao de imagens que homogene zam a cultura visual urbana a cidade exige signos que a identifiquem e Podemos dar um exemplo entre muitos poss veis de uma intrigante obra de Eric Hattan 1955 que colocou numa rua de Genebra em 1998 um estendal que molha a roupa em vez de a secar d Segundo Marc Aug 2005 a distin o entre lugares e n o lugares passa pela oposi o do lugar ao espa o Se um lugar se pode definir como identit rio relacional e hist rico um espa o que n o pode definir se nem como identit rio nem como relacional nem como hist rico definir um n o lugar Assim por n o lugar designamos duas realidades complementares mas distintas espa os constitu dos em rela o com certos fins transporte tr nsi
156. Tirso Santo Tirso ANTONIO RAM REZ Juan 2005 C mo escribir sobre arte y arquitectura 3 ed Barcelona Ediciones de Serbal ARGAN Giulio Carlo 2005 Hist ria da arte como hist ria da cidade 5 ed Sao Paulo Martins Fontes Ed original em italiano em 1984 ARNAIZ Ana 2004 Pr logo sobre la complejidad del trabajo del arte en la ciudad In ZIARRUSTA Isusko Vivas Bilbao regenereaci n de la ciudad postindustrial urbanismo arquitectura escultura y mobiliario en la nueva metr poli Bilbao kobie etc Anejo 7 p 13 5 ARNHEIM Rudolf 1992 Ensayos para rescatar el arte Madrid Ediciones C tedra ARNHEIM Rudolf 1986 El Pensamiento Visual 1 ed Barcelona etc Ediciones Paid s ISBN 84 7509 377 9 Ed original em ingl s em 1969 ARNHEIM Rudolf 1988 A din mica da forma arquitect nica 1 ed Lisboa Editorial Presenca ARNHEIM Rudolf 1989 Intuic o e intelecto na arte S o Paulo Martins Fontes Arte P blica como Recurso Educativo 2 rio Pubis come Recurso Educative 216 Bibliografia ARNHEIM Rudolf 1991 Thoughts on art education Los Angeles The Getty Center for Education in the Arts ARNHEIM Rudolf 1992 Escultura el car cter de un medio In ARNHEIM Rudolf Ensayos para rescatar el arte Madrid Ediciones C tedra ISBN 84 376 1144 X ARNHEIM Rudolf 1993 Consideraciones sobre la educaci n art stica Barcelona Paid s Est
157. a o de a entre localiza o da escola e o que v s com mais aten o os Monumentos Ae Rss ee tie eee cee aes da a RO Seal Ao oa 182 Tabela 26 Verifica o de a entre localiza o da escola e o que v s com mais aten o os Oasis e a Sr O DE E a os 182 Tabela 27 Verifica o de entre modo de desloca o e em que est dio se integra o desenho ae dt ea Seren dO he AR oe eee AR AD endl 182 Tabela 28 Verifica o de a entre n vel sociocultural da fam lia e locais onde j estiveste em frente a um obra de arte museu OU galeria arena 184 Tabela 29 Verifica o de yx entre n vel sociocultural da fam lia e locais onde j estiveste em frente a um obra de arte parque ou jardim rena 184 Tabela 30 Verifica o de y entre n vel sociocultural da fam lia e locais onde j estiveste em frente a um obra de arte rotunda rear rra rnnn raras 184 Tabela 31 Verifica o de y entre n vel sociocultural da fam lia e locais onde j estiveste em frente a um obra de arte pra a nano nn nc nana rn r ranma 185 Tabela 32 Verifica o de a entre nivel sociocultural da fam lia e o que para ti uma obra de arte escultura ici ea i eee Dads 185 Tabela 33 Verificac o de ra entre nivel sociocultural da fam lia e o que para ti uma obra de arte eta li Nan eli a a eee eae eet 185 Tabela 34 V
158. a o de uma sociedade global a quarta relaciona se com a linguagem e como as nossas diferentes linguagens evoluem e a quinta rea relaciona se com a tecnologia com nfase no modo como as nossas pr ticas de literacia est o a ficar cada vez mais imersas nas novas tecnologias 7 2 Literacia em artes Como vimos parece n o haver um consenso generalizado volta da defini o exacta de literacia tanto mais que o conceito evolui proporcionalmente produ o de conhecimento nas mais diversas reas mas num aspecto todas as defini es parecem estar de acordo a literacia faz parte do leque de compet ncias adquiridas por cada indiv duo invariavelmente em contexto escolar Tamb m na rea art stica com a crescente investiga o realizada nesta rea se viria a falar em literacia a literacia em artes Segundo Hong 2006 este conceito tem a sua origem nos EUA e tem sido usado na literatura espec fica da educa o art stica particularmente desde a d cada de 80 do s culo XX Contudo e mais uma vez n o h um consenso geral quanto ao seu uso Livermore 1997 8 adverte nos que h duas perspectivas dominantes sobre o conceito uma que se refere ao dominio dos termos t cnicos associados aos elementos art sticos e s estruturas que os organizam e outra que se refere capacidade de os indiv duos lerem e escreverem na notac o espec fica de cada uma das formas art sticas J 178 Para s
159. a tanto do artista como do Consci ncia da interioridade da Valoriza o da criatividade e da v S observador ou de ambos Esta experi ncia dos outros originalidade 3 concep o afecta a ideia de arte arte Tomada de consci ncia da Desvaloriza o das z express o nossa pr pria experi ncia categorias tradicionais w Realismo e habilidade do artista n o como algo ntimo e nico aplicadas 4 como fins em si mesmo mas como representa o x meios de exprimir qualquer coisa A W beleza secundaria em rela o express o Estadio 4 Ideia dominante estilo e forma Significa o de uma obra mais social Recurso a um processo Reconhecer que individual cognitivamente complexo caracter sticas Interpreta e diferencia vocabul rio espec fico Identifica os diferentes estilos art sticos definidos na Hist ria da Arte Valorizac o do que se v textura cor forma e do que se relaciona com o saber art stico estilo e rela es estil sticas ou hist ricas Estilo e Forma que requer um racioc nio capaz de interpretar diferentes discursos Por exemplo capaz de relacionar aspectos hist ricos pol ticos e sociais diacr nicas das obras Ju zo n o vinculado ao mundo concreto e pessoal do sujeito Situa se no mbito da cr tica art stica Est dio 5 Ideia dominante autonomia Capacidade de julgar os conceitos e valores atrav s dos quais a tradi o foi
160. a tivessem tamb m um projecto subjacente coloca o dessas mesmas obras nomeadamente a realiza o de simp sios encontros ou planos urban sticos espec ficos Os locais onde existem poucas obras de arte p blica s o mais abundantes e por isso a sua escolha foi mais casual Contudo certificamo nos da exist ncia quase nula de exemplares de obras de arte p blica nesses locais Na escolha das escolas a aplicar os question rios tivemos ainda a preocupa o de obter uma representatividade nacional nomeadamente Litoral Interior e Norte Centro e Centro Sul houve tamb m a preocupa o de que a amostra escolhida fosse representativa de cada ano de escolaridade do segundo ciclo 5 e 6 ano e de cada situa o em estudo N o nos interessou que a amostra fosse significativa em cada escola uma vez que n o nos propusemos fazer um estudo de caso Os question rios foram aplicados a uma amostra que consideramos representativa tanto de cada ano de escolaridade como de cada situa o em estudo Aplicaram se os question rios a 240 alunos sendo 120 de cada um dos anos de escolaridade do 2 ciclo Em cada uma das seis escolas representativas das duas situa es em estudo foram escolhidas aleatoriamente duas turmas uma de 5 ano e outra de 6 4 1 Caracteriza o dos locais em estudo Tendo em conta estes crit rios orientadores as escolas escolhidas nas paisagens urbanas com pouca Arte P blica foram EB 2 3 do Bairro Padre C
161. a valoraci n del patrimonio urbano In CALAF MASACHS Roser Coord Arte para todos Miradas para ense ar e aprender el patrimonio Gij n Ediciones Trea p 103 135 CAMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO Guia tur stico do Concelho de Santo Tirso em linha Santo Tirso C mara Municipal de Santo Tirso s d Consult 12 Julho 2006 Dispon vel na WWW lt URL http www cm stirso pt files 36 3675 pdf p 14 CARDOSO Camilo e VALSASSINA E M Manuela 1988 Arte Infantil linguagem pl stica 2 ed Lisboa Editorial Presenca CARNEIRO Roberto 2005 Escola Literacia e Cidadania In MOURA Helena Cidade Org Di logos com a literacia Lisboa Lisboa Editora etc CASANOVAS Montserrat 2005 Public art and its integration in the urban environment In Remesar Antoni ed Urban Regeneration A challenge for public art Em linha 2 ed Barcelona Universitat de Barcelona consult 01 11 06 Monografies Psico Socio Ambientals 6 Dispon vel na WWW lt URL http www ub es escult epolis urbanreg urban_regeneration pdf gt ISBN 84 475 1737 3 CASTELLS Manuel 1998 Espacios publicos en la sociedad informacional In AAVV Ciutat real ciutat ideal Significat i funci a espai urb modern Barcelona Centro de Cultura Contempor nea de Barcelona Arte P blica como Recurso Educativo 2 rio Pubis come Recurso Educative 218 Bibliografia CASTRO Laura 2005 Relac es inevitaveis seis no
162. a a obra em si 6 Toda a hist ria uma projec o do presente para o passado e n o o contr rio Castro op cit 122 Arte P blica como Recurso Educativo 53 Capitulo 2 Arte P blica e Educac o alguns autores como por exemplo Leonard Shlain reivindicam para a arte um car cter vision rio 6 A Arte P blica f sica e intelectualmente acess vel a toda a sociedade H por certo milhares de pessoas que nunca entraram num museu pelos motivos mais variados Contudo todas circulam diariamente nos espa os urbanos e l que t m provavelmente o nico contacto com obras de arte por este motivo que Miles op cit 14 Sobrino Manzanares op cit 12 entre outros concordam que a Arte P blica encontrada por p blicos diversos n o especialistas em arte ou seja observadores involunt rios realizando as suas rotinas e nas quais encontram as obras de arte A Arte P blica n o pode evitar o confronto directo e regular com o p blico em geral n o especializado ainda que involuntariamente acaba por estabelecer a aproxima o da arte vida ou seja conduz inevitavelmente a uma maior cumplicidade entre o objecto art stico e um maior n mero de espectadores Nunes op cit 61 Curiosamente e analisando as obras de Arte P blica de express o mais contempor nea constatamos que se por um lado as esculturas s o colocadas em locais onde toda a gente pode desfrutar delas sem
163. a a que rea correspondia a sua maqueta e elaborar desenhos dessa mesma rea 7 Estes autores afirmam que os estudos de Hart 1979 Cloutier 1981 e Berzok 1979 s o un nimes em considerar que as crian as que se deslocam para a escola de carro ou autocarro t m mais dificuldade na representa o do espa o Este dado influenciou a metodologia seguida no seu estudo uma vez que s escolheram crian as que se deslocassem a p para a escola Arte P blica como Recurso Educativo 74 Capitulo 4 A Paisagem Urbana nos desenhos das criangas Para o nosso trabalho em particular interessa frisar que os dois conceitos de representac o do espa o s o fundamentais Se por um lado a capacidade de representa o do espa o nos objectos habilita as crian as a representar profundidades concavidades convexidades ou protuber ncias de um objecto de modo a que o seu desenho se torne percept vel para o observador esta capacidade tem especial interesse por exemplo na representa o de esculturas por outro lado a capacidade de representar objectos no espa o habilita a crian a a representar diversos objectos existentes num mesmo campo visual representando rela es de proximidade grandeza verticalidade ou horizontalidade interdepend ncia similitude etc esta capacidade tem especial interesse na representa o de uma paisagem urbana Resumindo se a representa o de espa o no objecto evidencia a compreens o desse mesmo object
164. a apariencia extema constitu a la expresi n pl stica mas verdadera de cualquier realidad Outro exemplo que podemos dar desta separa o premeditada entre a obra de arte e o p blico a Est tua Equestre de D Jos Machado Castro 1770 1775 que circundada por uma grade de ferro da Arte P blica como Recurso Educativo 79 Capitulo 5 A percepc o de obras de arte em contexto urbano A escultura desta poca prestava se como nenhuma outra arte a cumprir as aspira es quase substitutivas da realidade defendidas pelo Realismo dado que as obras escult ricas em oposic o pintura proporcionavam uma ocupac o do espaco f sico coincidente com a realidade Tamb m a expressividade ou neutralidade da cor a variabilidade na percep o luminosa a brandura ou dureza da massa a suavidade ou aspereza das superf cies a ligeireza ou o peso dos volumes todas elas qualidades reais dos objectos acabaram por ser uma componente est tica com a qual o escultor tinha que contar irremediavelmente e assumir que podiam conter alguma significa o capaz de influenciar a percep o da obra No livro La escultura conmemorativa en Espafia de 1994 Carlos Reyero dedica um cap tulo percep o sensorial das obras de Arte P blica Esta uma obra que se dedica ao estudo de um tipo de obras espec ficas durante uma poca espec fica e uma das raras publica es que aborda o tema da percep o das obras de arte em espa
165. a apreciac o est tica e art stica foram despoletados pelas investigac es sobre o desenvolvimento cognitivo dos indiv duos Nasceram da revis o da teoria dos est dios de desenvolvimento cognitivo de Piaget e da sua conex o com as fases da cria o e do ju zo est tico abordadas por exemplo por Luquet ou Lowenfeld levadas a cabo pelo Projecto Zero da Universidade de Harvard no qual trabalhou tamb m Howard Gardner Agirre Arriaga 2005 164 Fern ndez 2003 114 6 Estas novas concep es sobre o desenvolvimento cognitivo e a intelig ncia tiveram repercuss es tamb m no mbito do conhecimento art stico enquanto parcela fundamental do conhecimento humano Um exemplo dessa repercuss o podemos situ lo exactamente nos estudos sobre a percep o e o ju zo art stico Os estudos no mbito desta problem tica nomeadamente aqueles levados a cabo por Michael Parsons e Abigail Housen tentam encontrar as representa es cognitivas que se encontram nas respostas a perguntas como que tipo de qualidades se podem encontrar numa obra de arte a que concep es est ticas correspondem diferentes verbaliza es poss vel orden las de acordo com um crit rio de complexidade desenvolvimento cognitiva e est tica Fern ndez op cit 117 A resposta a estas perguntas est intimamente ligada no o de est dio de desenvolvimento tanto mais que ambos os investigadores apesar de usarem m todos de pesquisa diferentes chegar
166. a arte para as crian as Na Hist ria da Arte fundamental descrever o contexto hist rico e cultural das obras apresentadas relacionando esse conhecimento com as narrativas dos sujeitos Na Cr tica da Arte comparam se as obras de Arte atrav s da enumera o de formas de descri o an lise e interpreta o recorrendo ao g nero ao n mero propriedades formais expressivas e t cnicas utilizadas Por ltimo na Produ o Pl stica relacionam se as compet ncias adquiridas com o modo de resolu o de problemas utilizado nas suas produ es identificando os materiais as t cnicas utilizadas e simultaneamente descrevendo e avaliando os produtos das crian as Gon alves Fr is e Marques op cit 209 Arte P blica como Recurso Educativo 2 rio P blica come Recurso Educative 104 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico aqueles que nele participassem O ponto de partida para este programa foi a investigac o dos crit rios de ordem est tica e art stica utilizados por crian as e adultos no contacto com as obras da colecc o promovendo em paralelo o aprofundamento de metodologias de investigac o como forma de avaliac o Fr is op cit 215 Goncalves Fr is e Marques op cit 206 Os objectivos subjacentes ao Programa foram formulados a partir de duas grandes linhas de for a a primeira refere se investiga o do desenvolvimento est tico e art stico de crian as em contextos de
167. a cor As habilidades cr ticas dos observadores precedem os seus sentimentos permitindo que os s mbolos e os sentidos da obra de arte surjam Cada novo encontro com a obra de arte proporciona uma nova experi ncia e um novo insight aos observadores reconhecendo que cada novo encontro com a obra sujeita a a mudan as na sua identidade e valor permitindo lhe fazer novas compara es aprecia es e experi ncias Arte P blica como Recurso Educativo 93 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico Est dio 5 Observadores Re criativos Os observadores neste est dio t m uma longa hist ria e tradi o de ver e reflectir sobre obras de arte Uma obra de arte por assim dizer como um velho amigo ao qual se conhece intimamente mas que por vezes nos reserva surpresas necessitando que lhe prestemos a devida atenc o O observador conhecedor profundo que da obra traca uma hist ria pr pria que combina tanto uma contemplac o pessoal sobre a obra como a sua adequac o a problemas e conceitos mais universais A sua mem ria cria uma imagem da obra de arte na qual se combina o pessoal e o universal Esquema realizado com base em Housen 2000 Hern ndez 2003 e Agirre Arriaga 2005 Esquema 10 Est dios do desenvolvimento est tico segundo Abigail Housen Todos os est dios s o igualmente importantes e obedecem a uma sequ ncia em que um individuo progride do est dio em que est para o
168. a da cidade que partilhada por todos os habitantes que se encontram no mesmo est dio de desenvolvimento mental Essa imagem p blica n o o resultado de um ensino ou de uma aprendizagem particular pois um produto de um desenvolvimento espont neo dos sistemas cognitivos de cada indiv duo Deste modo verifica se uma epig nese da imagem urbana que universal e se manifesta nesse crescente de representac o e incorporac o de novos elementos nos desenhos a partir do elemento inicial as vias O amadurecimento do sistema nervoso e a diversificac o das experi ncias quotidianas na cidade modelam esta evoluc o da imagem urbana das criancas mas n o a determinam em sentido estrito A cada est dio corresponde uma imagem diferente mas todos os indiv duos parecem representar a mesma imagem da cidade em cada est dio Em cada um desses est dios est o em lat ncia os recursos necess rios para passar ao est dio seguinte Arte P blica como Recurso Educativo 78 Capitulo 5 A percepc o de obras de arte em contexto urbano 5 A percepc o de obras de arte em contexto urbano No Cap tulo 3 tivemos a oportunidade de enunciar o modo como cada cidad o percepciona a paisagem urbana e constr i a sua imagem da cidade Agora na tentativa de sermos mais espec ficos e mais consent neos com o objecto do nosso estudo iremos procurar explicar de que modo se processa a percepc o de obras de arte em contexto urbano Logo no Cap tulo 2 des
169. a forma o pessoal em diversas dimens es cognitiva afectiva e comunicativa Acredita se que a educa o em Artes Visuais num processo cont nuo ao longo da vida tenha implica es no desenvolvimento est tico visual dos indiv duos DEB 2001 155 Em total sintonia com a defini o de literacia em artes apresentada no documento recomenda se que a intencionalidade da Educa o Visual se centre na educa o do olhar e do ver e que proporcione aos alunos a aquisi o de compet ncias que lhe permitir o discriminar formas e cores sentir a composi o de uma obra tornar se capaz de identificar de analisar criticamente o que est representado e de agir plasticamente Ibidem As tr s reas de compet ncia que enunci mos est o presentes na defini o de literacia em artes a comunica o a cria o e a compreens o aparecem claramente nos textos e tamb m nas dimens es das compet ncias espec ficas da Educa o Visual que os autores definem em tr s eixos estruturantes e a Frui o Contempla o que podemos englobar na rea da comunica o pois requer que os alunos evidenciem compet ncias que se relacionam com as suas capacidades de conhecer reconhecer e identificar c digos notacionais relativos s Artes Visuais 201 Este plano foi aprovado pela Resolu o do Conselho de Ministros n 86 2006 de 12 de Julho numa iniciativa conjunta do Minist rio da Cultura e do Minist
170. a neste est dio ou seja no est dio anterior as ruas funcionavam como figuras dado que organizavam a estrutura do desenho e os locais reservados as edificacdes eram muitas vezes deixados em branco o que pod amos considerar como fundo Neste subest dio em particular desenham se claramente os bairros que passam a ser figuras e as ruas passam a ser espa os vazios fundo As casas s o exaustivamente representadas dentro de cada um dos bairros paisagem urbana adquire uma estrutura modelar em xadrez o que faz com que apare am com mais frequ ncia os ngulos rectos no desenho Subest dio IIIb Um mapa de uma cidade desenhado por uma crian a neste est dio pode chegar a ser t o elaborado como o de um urbanista O contraste figura fundo desaparece e todos os elementos s o tratados num plano de igualdade Os pontos marcantes aparecem sinteticamente distribu dos e perfeitamente localizados H especialmente nos desenhos de observa o a aplica o das regras da perspectiva Verifica se neste est dio a interpreta o e a representa o correctas do espa o urbano Cap tulo 4 A Paisagem Urbana nos desenhos das crian as Arte Publica como Recurso Educativo 74 Cap tulo 4 A Paisagem Urbana nos desenhos das crian as Estadio IV Neste estadio cabem todos os desenhos que excedem Escala geogr fica a escala intra urbana A Os mapas neste est dio chegam a um grau de s ntese ai ex
171. a pergunta antes de responder Este question rio an nimo pelo que n o deves escrever o teu nome em nenhum local Deves responder a todas as quest es excepto se houver indica es em contr rio Lembra te que n o h respostas certas nem respostas erradas neste question rio Se tiveres d vidas na interpreta o de alguma pergunta pede ajuda ao teu professor Desenha uma linha em volta das palavras que n o conhe as ou n o saibas o seu significado SA BON a 1 Nome da tua escola 2 Localidade onde se situa a escola 3 Ano de escolaridade que frequentas 5 ano 6 ano 4 Sexo Masculino Feminino 5 Quantos anos tens 6 Qual a tua nacionalidade 7 Qual a profiss o dos teus pais M e N o sei Pal N o sei 8 Qual a escolaridade dos teus pais at que ano eles andaram na escola M e 1 ciclo at a 4 classe Secund rio at ao 12 ano Nao sei O 2 Ciclo at ao 6 ano Licenciatura 3 ciclo at ao 9 ano Mestrado ou Doutoramento Pai 1 ciclo at 4 classe Secund rio at ao 12 ano N o sei 2 Ciclo at ao 6 ano Licenciatura 3 ciclo at ao 9 ano Mestrado ou Doutoramento 9 Onde moras na mesma localidade da escola numa localidade pr xima da escola numa localidade longe da escola 10 Habitualmente como te deslocas para a escola a p de carro de transportes p blicos sozinho O em grupo de amigos
172. a perspectiva de aprendizagem ao longo da vida estejam aptos a responder aos desafios da sociedade da informa o e do conhecimento da multiculturalidade e da globaliza o das economias Xavier 2004 7 Arte P blica como Recurso Educativo 135 Capitulo 8 Contribuic o da Arte Publica para o desenvolvimento da educa o art stica e das pr ticas culturais dos cidad os Neste contexto a Educa o Art stica na escola joga um papel fundamental pois contribui para uma educa o que integra capacidades f sicas intelectuais e criativas possibilitando rela es mais din micas e frut feras entre a educa o a cultura e as artes UNESCO 2006 5 Sabemos que a dimens o cultural atravessa todo o curr culo escolar mas as disciplinas afectas rea Curricular da Educa o Art stica podem no desenvolvimento das compet ncias art sticas que lhes s o inerentes mais facilmente proporcionar a cria o de pontes entre a escola e a estruturas culturais nomeadamente atrav s de pr ticas de investiga o em artes da produ o e realiza o de espect culos mostras e exposi es ou do conhecimento e valoriza o do patrim nio art stico e cultural de uma forma activa Xavier op cit 8 As artes de um modo geral t m um duplo sentido ao mesmo tempo que s o a manifesta o de uma cultura s o tamb m o meio de transmiss o do conhecimento cultural sendo que cada cultura tem express es art
173. a ter de concentrar a sua energia ps quica no que est a ver de forma a seleccionar as informa es importantes de entre os milh es de est mulos que est a receber Uma pessoa que ignore as distrac es pode concentrar a sua aten o na obra de arte Csikszentmihalyi 2002 56 tendo assim grande 67 possibilidade de ter um experi ncia ptima que enriquecer o seu Eu Construir uma narrativa acerca do que se v fundamental para compreender N o poss vel observar se nao concentrarmos a nossa atenc o e nao ser possivel compreender sen o construirmos uma narrativa sobre o que vimos pois construir uma narrativa implica pensar e n o h pensamento sem linguagem Partindo da premissa que a arte uma forma de comunica o tera de conter significado por isso a nossa apreens o da arte uma forma de compreens o Parsons 2000 174 Resumindo estes oito pontos que enunci mos s o para n s elucidativos das possibilidades educativas que preconizamos para a Arte P blica N o queremos dizer com isto que n o haja obras e contextos que se afastem completamente do que aqui expusemos Tal como nos adverte Remesar 2000a 147 8 2000b 194 citando o escultor Armajani cada cidade e cada pa s um caso logo ser dif cil estabelecer discursos de validade geral no que respeita Arte P blica Assim devemos entend la como uma produ o social e cultural baseada em necessidades concr
174. a ubiquidade Por estarmos rodeados de imagens no nosso quotidiano n o quer dizer que reconhecamos o mundo visual como arte ou que consigamos distinguir o que arte do que n o Estar apto a ver o mundo visual n o o mesmo que estar apto a ver e valorizar arte De facto estar apto a dizer o que ou n o arte no meio da quantidade de imagens que vimos diariamente uma caracter stica de uma pessoal literata em artes visuais Ibidem Os novos meios e modos de comunicac o usam muito mais do que textos escritos Recorrem a gr ficos cores sons e filmes o que exige um maior espectro de literacias e de compet ncias perceptivas do que a linguagem verbal na qual se centra a educac o Livermore op cit 5 No mesmo sentido Hong op cit afirma que os sistemas educativos baseados essencialmente na palavra escrita est o em amplo contraste com as formas de representac o visual e est tica cada vez mais difundidas e usadas no nosso dia a dia Na vida contempor nea estamos imersos na combinac o de fotos palavras gr ficos tabelas imagens em movimento m sica efeitos sonoros cheiros anima o que proliferam nossa volta por isso que Eisner cit por Hong afirma que limitar as formas de representa o aos n meros e s palavras colocar em desvantagem as crian as que t m aptid es noutras reas Um entendimento alargado da intelig ncia quando combinado com uma no o expandida de literacia que inclua as ar
175. a universit rio europeu organizar de forma sistem tica uma s rie de acontecimentos anuais para possibilitar o interc mbio de experi ncias e de forma o entre as institui es participantes potenciar a difus o da Arte P blica mediante a utiliza o das tecnologias de informa o O s tio do Observat rio pode ser consultado na Internet em http www ub es escult paudo index htm Segundo Abreu 2001 103 A land art trouxe para o campo da escultura novas quest es uma vez que constru a estruturas de dimens o monumental que eram concebidas e formuladas margem de quaisquer prop sitos de rememora o ou simboliza o manifestando inequivocamente a dupla inten o de devolver a obra de arte ao espa o aberto e de expressar uma rela o de simbiose e di logo com o espa o natural Arte P blica como Recurso Educativo 40 Capitulo 2 Arte P blica e Educa o Para estes autores h claras diferen as no campo da produ o da arte nomeadamente a ruptura em rela o l gica do monumento que permitiram escultura evoluir libertando se do paradigma representacional mim tico abandonando a figura o e encontrando o caminho da abstrac o Neste sentido a Arte P blica identifica se por um conjunto de produ es art sticas p s mim ticas e por defini o n o monumentais que tomam o espa o urbano como cen rio para a sua coloca o Remesar 1997 7 2005a 129 Actualmente as frontei
176. ada bonita pesada com o tamanho certo alegre e elegante Para os alunos dos locais com pouca Arte P blica a escultura bonita pesada bem localizada original alegre com o tamanho certo e elegante Os alunos dos locais com muita Arte P blica fazem uma apreciac o com um car cter mais cognitivo original bem localizada deixando os aspectos de aprecia o emocional para segundo plano enquanto que os alunos dos locais com pouca Arte P blica fazem uma apreciac o tanto emocional como cognitiva bonita pesada bem localizada sendo que a sua primeira escolha para caracterizar a obra de arte tem um car cter claramente emocional 2 6 Hip tese espec fica f e Os alunos que t m um contacto frequente com obras de Arte P blica revelam ter uma maior literacia em Artes Visuais Como j tivemos oportunidade de expor no cap tulo 7 desta disserta o n o f cil medir ou definir quais as compet ncias espec ficas associadas literacia Deste modo podemos apenas dizer em tra os largos quais as tr s reas de compet ncia em que um indiv duo literato em artes visuais dever mostrar conhecimentos na comunica o que se relaciona com a capacidade de tornar comum uma qualquer ideia atrav s da linguagem espec fica das artes visuais na cria o que se relaciona com a capacidade de usar com sentido e de forma cr tica e criativa os sinais e s mbolos da linguagem visual na compreens o que se relaciona com a ca
177. ada chama de radi ncia Uma escultura num espa o livre emana uma radi ncia que define um campo mais ou menos definido sua volta e entrar no campo de influ ncia desse objecto iniciar uma experi ncia espacial O tamanho da radi ncia depende por um lado da natureza e do tamanho dos objectos e por outro do contexto Um objecto colocado num espaco n o o nico a emitir radi ncia mas um mediador entre o observador e o espaco envolvente Ibidem 93 4 Mas os objectos raramente est o isolados eles est o na companhia de outros volumes O espa o nasce da rela o entre esses elementos Quando muitos objectos est o juntos os campos da radi ncia est o sobrepostos e esta sobreposi o tem como resultado a cria o de um campo que pode ser reconhecido como uma nova figura ou pode levar cria o de uma estrutura confusa Ibidem 96 que dificultar a percep o Tendo em conta a rela o por vezes confusa que se estabelece entre os diferentes objectos a nossa vis o d uma pequena ajuda uma vez que tende a agrupar os elementos que est o Arte P blica como Recurso Educativo 84 Cap tulo 5 A percepc o de obras de arte em contexto urbano perto e a distingui los dos outros que est o mais distantes Ibidem 35 Entramos aqui no campo da percep o do tamanho e da dist ncia pelo que devemos ter em conta que o tamanho percebido est relacionado com a dist ncia percebida Arnheim 1986 53 Maderuel
178. ade para apreciar arte ooooionoccccccnnccccccocononcnnnnnnnnnnnnnonnnnnnnnnnnnnnnnn neante nnne nsee nenn 175 1 9 Percep o do espa o urbano rea rca r nano rn era rr rra 177 2 Valida o das hip teses espec ficas oooonmmmicccnoniccnninnecnnnsseccn sere er 180 2 1 Hip tese espec fica a iii da 180 2 21 Hipotese espec Nea Dl dae 181 23 Hip tese especifica Clica d 182 2 4 Hip tese especifica ld 184 2 5 Hip tese especifica 8 sede iimuaust inss nadar cabe dt Ena canas 186 2 6 Hip tese espec fica f u seca ieagesee ii pets Lango OE naus ended a Ena E aaa aaa 188 3 An lise e discuss o dos resultados sis rre 192 3 1 N vel sociocultural familiar aniei iani nn 192 3 2 Modo e tempo de desloca o para a escola eterna 193 3 3 H bitos de observa o do meio envolvente renan 194 3 4 Locais onde os alunos j estiveram em frente a obras de arte 195 3 5 Valoriza o da arte em geral erre nn n nora rr 195 3 6 Valoriza o da arte p blica erre aerea rca rnn nr 196 3 7 Capacidade para apreciar arte eira aaa aeanarareaaa nana naanana 196 3 8 Percep o do espa o urbano erre rra r anna rra 197 3 9 An lise e discuss o dos resultados da valida o das hip teses espec ficas 199 Lo Hip leses a e C amistosa sia ia nt idee ee o e ds 199 3 0
179. ade tem actualmente cerca de 25 mil habitantes cuja principal actividade se concentra no com rcio servicos na ind stria cer mica e no artesanato A cidade das Caldas da Rainha tem assistido nos ltimos anos a uma franca expans o tanto ao n vel do seu per metro urbano como no que respeita sua rede vi ria e a novas infra estruturas Todavia poderemos registar problemas que se reportam ao excessivo tr nsito de autom veis estacionamento abusivo e um forte indice de constru o que em nossa opini o tem resultado numa certa descaracterizac o da paisagem urbana daquela cidade Desde os anos 80 que a autarquia tem investido em diversas infra estruturas de mbito cultural apresentando um tecido museol gico de express o nacional sem paralelo em cidades desta dimens o comprov lo est o o Centro de Artes o Museu Atelier Ant nio Duarte o Museu Atelier Jo o Fragoso o Museu Barata Feyo o Museu do Hospital e das Caldas o Museu do Ciclismo e a Casa Museu Rafael Bordalo Pinheiro Podemos ainda visitar nesta cidade o Museu Jos Malhoa e o Museu de Cer mica que est o integrados na rede nacional de museus dependentes do Instituto Portugu s de Museus Em breve ser ainda constru do o Centro Cultural o Museu Leopoldo de Almeida e o Museu de Ar livre de Escultura Contempor nea Figura 7 Monumento ao Emigrante Antonino Mendes 2001 Caldas da Rainha 229 C mara Municipal das Caldas da Rain
180. adores t m dela Estes dois processos s o separados ocorrem sucessivamente mas n o em simult neo ou seja primeiro o observador observa a obra e depois a obra altera o observador tal como tentam representar as duas setas do esquema representadas em sentidos opostos O contexto apesar de existir e poder promover e facilitar a observa o da obra pode n o influenciar a maneira como o observador a ve 5 A Arte P blica expressa diversas qualidades crencas e valores de diferentes culturas e artistas ensinando nos sobre o nosso passado o nosso presente e o nosso futuro Esta uma caracter stica transversal a toda a arte e unanimemente aceite Basta vermos por exemplo que se sabemos algo sobre as civiliza es pr hist ricas devido aos seus legados art sticos as gravuras de Foz C a as pinturas de Lascaux centenas de antas menires e cromeleques esculturas s o in meros os exemplos ineg vel a necessidade de conhecermos o nosso passado para que possamos compreender o presente e assim relancarmos o futuro e a Arte P blica poder proporcionar nos isso Citamos de novo o Professor Pais da Silva pois as suas palavras parecem nos esclarecedoras do que dizemos O homem que desconhece o seu passado individual sente se desamparado perdido um ser humano desiquilibrado sic incompleto o seu caso pertence ao foro da patologia Pais da Silva op cit 30 O esfor o de compreens o do p
181. adquirir mais conhecimentos num sentido centrifugo ascendente ou sob a forma de uma rede a qual podemos comparar a um mapa de uma cidade onde existem diversos pontos de partida e diversos pontos de chegada havendo pelo meio diversos percursos pelos quais se poder progredir ao mesmo tempo sendo que os momentos de maior crescimento ocorrer o no cruzamento de dois percursos As diferen as entre os dois documentos como tivemos oportunidade de expor s o bastante vincadas o que faz prever uma conviv ncia dif cil entre os dois Acontece que o primeiro lei ou seja constitui o programa oficial da disciplina aprovado pelo Despacho 124 ME 91 de 31 de Julho e o segundo apenas uma publica o do Minist rio da Educa o sem valor legal apesar de algumas leis subsequentes sobre a organiza o curricular lhe fazerem refer ncia no entanto a nossa experi ncia pessoal revela que este documento teve alguma repercuss o no meio educativo 2 A este respeito Fr is 2005 221 escreve o seguinte Adopt mo la no seu papel identificador das novas necessidades da forma o que abarcam uma ampla s rie de pr ticas art sticas profissionais que v o para al m da pintura da escultura ou da arquitectura incluindo as novas tecnologias da imagem do mundo digital Como podemos constatar atrav s da leitura do documento hoje os limites das artes visuais s o mais dif ceis de estabelecer do que num passado que remonta aos finais do s culo X
182. ae Localizag o da Escola Escola localizada numa localidade com muitos exemplos de Arte Publica ma 8 ii Frequency 1 ciclo 2 ch 3 ciclo Secundario Escolaridade m e Licenciatura Mestrado ou doutoramento Cap tulo 1 Apresenta o de resultados s i Frequency Escolaridade mae Localizag o da Escola Escola localizada numa localidade com muitos exemplos de Arte P blica 204 Escolaridade mae Mean 3 54 Std Dev 1 669 N 106 Gr ficos 3 e 4 Gr fico de frequ ncias e histograma da escolaridade da m e nos locais com muita Arte P blica Escolaridade m e Localiza o da Escola Escola localizada numa localidade com poucos exemplos de Arte P blica 1 ciclo 2 ciclo 3 ciclo Secundario Escolaridade m e Licenciatura Mestrado ou doutoramento Frequency Escolaridade m e Localiza o da Escola Escola localizada numa localidade com poucos exemplos de Arte P blica E 8 i 0 2 4 6 Escolaridade m e Mean 2 43 Std Dev 1 267 N 82 Gr ficos 5 e 6 Gr fico de frequ ncias e histograma da escolaridade da m e nos locais com pouca Arte P blica Localizag o da Escola Escola localizada numa localidade com muitos exemplos de Arte P blica Escolaridade pai 204 o 1 ciclo 2 ciclo 3 ciclo Secund rio Escolaridade pai Licenciatura Mestrado ou doutoramento 254
183. agem pedag gica de obras de arte No entanto depois de ponderarmos entre os motivos pessoais e o conhecimento que tinhamos do estado da arte neste dominio formul mos a nossa quest o de partida que orientou toda a investigac o A revis o da literatura sobre esta problem tica ajudou nos a clarificar um conjunto de conceitos chave bem como a constatar o actual estado da arte e a concluir que as caracter sticas espec ficas das obras de Arte P blica nomeadamente o facto de estas poderem fazer parte da nossa experi ncia quotidiana justificava a realizac o de um estudo emp rico com os alunos e n o com os professores ou com os artistas criadores deste tipo de manifestac o art stica Interessou nos conhecer o que os alunos sabem sobre obras de arte o que v em e como v em estas obras de arte colocadas nos espacos urbanos para que a partir desse conhecimento os professores possam integrar estas obras de arte na sua pr tica lectiva usando as como um recurso educativo Esta quest o de partida mais consent nea com um tipo de pedagogia centrada no aluno em que se parte do conhecimento pr vio que este evidencia em detrimento das pedagogias centradas no professor que muitas vezes se mostram desfasadas dos conhecimentos pr vios e das preocupac es dos alunos Esta problem tica permitiu nos formular o plano de trabalho da nossa investiga o desenvolvendo a quest o de partida atrav s de hip teses de questionamentos fundamentados
184. ais com muita Arte P blica terem a possibilidade efectiva de contactarem com mais obras de arte do que os alunos dos locais com pouca Arte P blica vimos atr s que esses alunos t m tamb m tend ncia para reparar mais no que os rodeia e d o mais aten o aos elementos art sticos da paisagem urbana Assim consideramos que os alunos das escolas que est o situadas nesses locais t m uma maior probabilidade de contacto com obras de Arte P blica Quando relacionamos a vari vel localiza o locais com muita e pouca arte publica com os est dios de percep o urbana em que se situam os alunos da nossa amostra podemos atrav s da an lise de frequ ncias e de m dias verificar que os alunos dos locais com muita Arte P blica t m a sua percep o do espa o urbano ligeiramente mais desenvolvida do que os alunos dos locais com pouca Arte P blica cf Gr ficos 25 a 28 Em que est dio se integra o desenho Em que est dio se integra o desenho Localiza o da Escola Escola localizada numa localidade com muitos exemplos de Arte P blica Localiza o da Escola Escola localizada numa localidade com muitos exemplos de Arte P blica 407 407 Y 8 i Frequency G Frequency T Mean 4 02 Std Dev 1 657 N 131 Estadio la Estadio lb Est dio lla Estadio lib Est diollla Est dio Ilb Em que est dio se integra o desenho Em que est dio se integra o desenho Gr ficos 25 e 26 Gr fico de frequ nc
185. alfab tica e poder o ser entendidas como as reas em que os conte dos s o postos em pr tica Esquema baseado no programa da disciplina de EVT DGEBS 1991 Vol 1 e 2 Esquema 1 Conte dos e reas de Explora o do programa da disciplina de EVT Arte P blica como Recurso Educativo 28 Cap tulo 1 O lugar das artes visuais no curr culo do 2 ciclo Parece nos tamb m que a liberdade que dada ao professor na gest o do programa e a aus ncia da definic o de conteudos nucleares da disciplina poder levar a que haja conte dos que s o sistematicamente abordados em detrimento de outros com claro preju zo para as aprendizagens dos alunos Segundo o programa da disciplina dever ser poss vel numa mesma UT abordar mais do que um conte do ou mesmo repeti lo numa outra ocasi o ao longo do ano uma vez que cada conte do permite tamb m diferentes abordagens Para cada unidade de trabalho dever considerar se um n mero reduzido de objectivos e conte dos susceptivel de enriquecimento por uma franja de outras contribui es que o pr prio desenrolar da ac o eventualmente suscitar DGEBS 1991a 204 As reas em que os conte dos poder o ser explorados ou seja postos em pr tica s o definidas no programa como reas de Explorac o Estas est o igualmente organizadas por ordem alfab tica pelo que tamb m se aplica neste caso o que dissemos para os conte dos ou seja h uma clara tenta
186. alguma seguran a a amostra populacional escolhida A escolha da amostra para a realiza o deste estudo assenta em apenas dois crit rios escolas situadas em locais com muitos exemplos de obras de arte p blica e escolas situadas em locais com poucos exemplos de obras de arte p blica Posso assegurar lhe que os dados recolhidos ser o apenas usados para os fins anunciados Todos os dados recolhidos ser o objecto de tratamento e ser o publicados na disserta o assim poder caso deseje ter acesso a eles Resta me agradecer lhe mais uma vez a sua colabora o pedindo lhe que tenha em aten o as instru es para a aplica o do question rio que est o na folha seguinte Estou totalmente dispon vel para o esclarecimento de qualquer d vida que possa ter em rela o aos question rios ou ao estudo na sua globalidade O meu contacto Ricardo Reis ric prof gmail com 916086538 Com os melhores cumprimentos Penne Quim Prof Ricardo Reis Instru es para a aplica o dos question rios 1 Todos os alunos da turma dever o preencher este question rio desde que para isso tenham as compet ncias necess rias 2 As respostas dever o ser dadas na pr pria folha a caneta sendo apenas o exerc cio proposto na ltima pergunta pergunta 27 executado nas costas da ltima p gina a l pis 3 Dever ler aos alunos apenas o cabecalho do question rio onde s o explicadas as regras b sicas de preenchimento do mes
187. almente caracter sticas de obra de arte e elementos que n o t m habitualmente essas caracter sticas respectivamente Neste estudo os alunos disseram ser muito observadores do meio envolvente sendo as pessoas e os carros aquilo que de um modo geral mais observavam Apenas nos locais com pouca Arte P blica o graffiti aparece como elemento ao qual os alunos dispensam muita aten o embora nesses locais todos os outros elementos art sticos da paisagem revelam n o ser apelativos pois s o referidos apenas por uma pequena percentagem de alunos Nos locais com muita Arte P blica os alunos revelam dispensar mais alguma aten o aos elementos art sticos da paisagem urbana Os resultados obtidos pelos testes estat sticos parecem indicar que h uma influ ncia da localiza o da escola na predisposi o dos alunos em observar alguns elementos art sticos da paisagem urbana o que parece evidenciar que como defende o professor Pais da Silva op cit o contacto dos cidad os com a arte influencia positivamente a sua atitude perante as obras o que se poder traduzir numa aproxima o f sica e intelectual a essas obras Em estreita rela o com esta nossa interpreta o est tamb m a vis o de Valerie Holman 1997 128 que fala da influ ncia formativa das obras de Arte P blica frisando que estas obras de arte t m uma import ncia fundamental na forma o dos p blicos Isto mesmo evidenciado pelo facto de os graffit
188. alunos se deslocam para a escola tal como nos revelam os resultados dos testes de y que realiz mos cruzando a profiss o e a escolaridade da m e e do pai com o modo de desloca o para a escola cf Tabelas 7 e 8 Profiss o da m e Profiss o do pai z Z x p x p 33 5 lt 014 58 2 lt 001 Tabela 7 Verifica o de y entre Profiss o dos pais e Modo de desloca o para a escola Escolaridade da m e Escolaridade do pai Z Z p x p 46 88 lt 001 37 27 lt 001 Tabela 8 Verifica o de y entre Escolaridade dos pais e Modo de desloca o para a escola Constat mos ainda que s o os pais que trabalham na fun o p blica com rcio e servi os e os que t m o 3 ciclo de escolaridade que mais levam os filhos escola de carro tal como podemos verificar nos Gr ficos 14 a 17 Arte P blica como Recurso Educativo 2 Arte P blica come Recurso Educative 167 Cap tulo 1 Apresenta o de resultados Bar Chart Bar Chart Como se desloca para a Como se desloca para a 247 escola 07 escola Ap Ap De carro De carro De transportes De transportes p blicos p blicos 207 E 3 o o 104 o ial E E E N o responde 2 cico Secund rio Escolaridade pai Mestrado ou doutoramento Escolaridade m e Gr fico 14 e 15 Cruzamento entre a escolaridade dos pais e o modo de desloca o para a esc
189. am a conclus es semelhantes ou seja que o desenvolvimento est tico e art stico dos indiv duos se processa ao longo de cinco est dios em que o posterior sempre mais complexo que o anterior embora estes est dios ao contr rio daqueles estabelecidos por Piaget estejam desligados da progress o cronol gica No seu livro How we understand art publicado originalmente em 1987 Michael Parsons define um est dio como um aglomerado de ideias e n o propriedades desta ou daquela pessoa Assim parece claro que descrever um est dio n o descrever uma pessoa mas sim um conjunto de ideias s quais essa pessoa recorre para compreender uma obra de arte 1992 27 Ou seja um est dio define se em fun o da rela o entre diferentes ideias concebidas em torno de uma tem tica que os indiv duos adquirem ou v o adquirindo em determinados momentos da sua vida Descobrir o est dio em que se encontra um indiv duo 103 Este livro encontra se traduzido para portugu s pela Editorial Presen a sob o t tulo Compreender a arte publicado em 1992 est integrado na Colec o Dimens es S rie Especial e foi traduzido por Ana Lu sa Faria Arte P blica como Recurso Educativo 89 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico n o implica a sua classificac o implica antes situar o lugar no qual se encontram as suas ideias de acordo com determinada tem tica Fernandez op cit 117 Agirre Arriaga op c
190. amb m Robert Morris cit por Sobrino Manzanares 1999 14 nos diz que dispor de um termo particular para este tipo de obras menos importante do que conhecer os seus valores e as suas normas e Buren cit por Sobrino Manzanares op cit 37 defende que o termo arte p blica pode ter uma conota o pejorativa se comparado com o termo arte Este autor afirma que existe uma clara distin o entre estes dois termos e que o adjectivo p blica que caracteriza a arte poder ter um sentido depreciativo Fern ndez Quesada 1999 33 vai mais longe e fala na obsolesc ncia do termo Arte P blica cujo uso se desvirtuou de forma tal que se tentam empregar outros termos que o matizem ou substituam Ao longo dos tempos muitas designa es diferentes t m sido usadas para definir as obras de arte colocadas em espa os urbanos o que tem contribu do claramente para uma certa confus o relativamente ao conceito de Arte P blica Alguns desses termos podem mesmo ser considerados jocosos como por exemplo plop art drop art ou parachuted ar que segundo Fern ndez Quesada op cit 21 s o trabalhos desvinculados do espa o p blico sem conex o temporal ou espacial com o lugar e a sua nica rela o a escala e nem sempre 8 e a sua coloca o mais parece uma ou seja s o obras constru das para lugar nenhum coloniza o das ruas feita pelas galerias dado que as obras n o contemplam nem o lug
191. apreciar arte demonstrada pelos alunos dos lugares com muita e com pouca Arte P blica 3 8 Percep o do espa o urbano Para averiguar qual o est dio de percep o do espa o urbano evidenciado por cada aluno recorremos an lise de um desenho utilizando os m todos j explicados no cap tulo da metodologia Antes de analisarmos os resultados obtidos gostar amos de frisar que estamos conscientes de que estes resultados podem ter sido influenciados pelo melhor ou pior dom nio individual da t cnica do desenho pela experi ncia pessoal do espa o representado assim Arte P blica como Recurso Educativo 22 o P blica come Recurso Educative 197 Capitulo 3 Analise e discussao dos resultados como pela nossa subjectividade na avaliac o e classificac o dos desenhos De modo a minimizar este problema recorremos ao m todo comparativo nao s entre os desenhos recolhidos mas tamb m entre estes e os exemplos apresentados como representativos de cada um dos est dios de modo a recolhermos um conjunto de ind cios que nos permitissem integr los num determinado est dio ainda que de modo especulativo e indici rio mas tentando sempre minimizar o erro Na an lise que efectu mos aos desenhos tivemos aten o n o s s suas caracter sticas gerais que nos permitiram categoriz los em est dios mas tamb m a representa o de elementos marcantes Lynch 1999 e de obras de arte Verific mos atrav s das opera es es
192. ar nem os interesses do espectador e ignoram os conte dos a audi ncia e o processo de aquisi o de especificidade do lugar Maderuelo 1999 afirma que estas designa es se devem ao facto de muitas vezes serem os arquitectos ou os artistas locais de segunda fila a realizarem as obras de arte a que a constru o de um edif cio estava obrigada por causa da aplica o de leis que visavam a promo o da coloca o de obras de arte em espa o urbano 2 A este tema da obsolesc ncia do termo Arte P blica Blanca Fern ndez Quesada dedicou um subcap tulo da sua tese de doutoramento Veja se Blanca Fernad z Quesada 1999 Nuevos lugares de intenci n Intervenciones art sticas en el espacio urbano como una de las salidas a los circuitos convencionales Estados Unidos 1965 1995 Remesar no seu texto Public Art towards a thoretical framework elaborou uma lista de termos pelos quais a arte em espaco urbano tem sido designada e qual chamou A list for the dissident or brilliancy and death of public art Dessa lista fazem parte os seguintes termos arte na arquitectura escultura ao ar livre arte ambiental escultura p blica contempor nea arte monumental arte site specific arte empacotada packet art arte ca da de chapa plop art arte ca da de para quedas parachuted art arte da comunidade a bosta na praca the turd in the plaza arte e terapia arte patrimonial arte politica arte p
193. arcantes da paisagem edif cios importantes ou obras de arte por exemplo O question rio foi constru do de acordo com as hip teses delineadas para este estudo e organizado segundo tr s dimens es dimens o est tica onde foram considerados alguns indicadores relativos ao conhecimento e capacidade de apreciar arte dimens o perceptiva onde foram considerados indicadores relativos aos elementos constituintes da gram tica visual dimens o sociocultural onde foram considerados aspectos relativos identifica o de perten a sociocultural dos inquiridos Houve a preocupa o de formular perguntas que estivessem de acordo com as aprendizagens dos alunos e ao alcance das compet ncias que dever o evidenciar neste ciclo de ensino por isso n o foram elaboradas perguntas especificamente ligadas an lise formal de obras de arte uma vez que nem o programa de EVT nem as compet ncias essenciais da Educa o Visual prev em a sua explora o com os alunos do 2 ciclo Dado o tipo de estudo que pretend amos implementar e o tipo de dados que pretend amos recolher opt mos por uma metodologia quantitativa para um estudo quase experimental por a considerarmos mais adequada aos nossos objectivos de investiga o Este tipo de metodologia permitir nos obter os dados necess rios para estabelecer uma compara o entre as duas realidades a estudar as paisagens urbanas com muitas obras de Arte P blica e as paisagens urbanas com poucas
194. arem directamente relacionados com a abordagem pedag gica de obras de Arte P blica embora n o as excluam mas pela proemin ncia que alcan aram neste dom nio muito provavelmente por estarem directamente vinculados com uma grande produ o de conhecimento que se operou no campo da Educa o Art stica durante as ltimas quatro ou cinco d cadas Pelo facto de a nossa disserta o se cingir rea das artes visuais tivemos a preocupa o de escolher exemplos de programas e metodologias que circunscrevessem a sua abordagem a esta rea espec fica 114 Grosso modo distinguimos entre metodologias pedag gicas e programas educativos porque consideramos as primeiras como um conjunto de regras ou procedimentos sugeridos para abordar uma obra de arte enquanto um programa educativo algo mais complexo ou seja engloba igualmente um conjunto de procedimentos mas que foram experimentados e sujeitos a avalia o tendo apresentado resultados relevantes no seu dom nio espec fico 115 A aplica o deste crit rio para a escolha das metodologias e programas a abordar neste cap tulo foi o motivo pelo qual n o abordamos directamente o Arts PROPEL mas pela sua import ncia no contexto dos programas educativos em artes n o podemos deixar de Ihe fazer refer ncia ainda que em rodap O Arts PROPEL foi um programa desenvolvido em meados da d cada de oitenta e resultou de um esfor o conjunto que envolveu o Project Zero de Harvard o Educ
195. ares e dos programas educativos quer pela n o exist ncia programas espec ficos de coloca o destas obras de arte Em Espanha a situa o diferente uma vez que parece existir uma grande preocupa o com a educa o para o patrim nio e onde incluem muitas vezes as obras de Arte P blica especialmente na forma o inicial de professores H ainda algumas publica es monogr ficas e peri dicas sobre Educa o Art stica que abordam o di logo com a obra de Arte P blica A Gr Bretanha por seu lado pa s pioneiro na abordagem pedag gica de obras de arte em espa o urbano com um projecto que pretendia desenvolver habilidades nas reas da percep o e experi ncia do ambiente constru do na linguagem na cr tica no desenho e na comunica o 155 Este programa pode ser consultado http www art unt edu ntieva news vol_12 no_2 ForAlltoSee pdf 159 Esta revista pode ser consultada em http dublinarts org inschool resource_pdf aipp pdf 157 Este kit podera ser consultado em www art stl com STLPACKbook_lo_res pdf Arte Publica como Recurso Educativo 117 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico Nos EUA encontr mos uma maior preocupac o educativa em implementar programas e em promover o di logo com as obras de Arte P blica existindo mesmo uma rede de difus o de informa o Importa salientar que grande parte dos programas de Arte P blica prev desde logo o envolviment
196. ariamente num museu ou galeria Destacamos ainda que 50 dos alunos dos locais com muita Arte P blica dizem ter tido tamb m contacto com obras de arte nos parques ou jardins cf Gr fico 20 na p g 171 Os alunos dos locais com muita Arte P blica consideram como obra de arte a pintura 85 1 a escultura 69 4 a est tua 61 9 o monumento 60 4 a arquitectura 48 5 O desenho 47 e o grafiti 43 3 sendo que as restantes opc es de respostas tiveram percentagens bastante inferiores J os alunos dos locais com poucas obras de Arte P blica consideraram como obra de arte a pintura 82 1 o grafiti 59 4 a escultura 56 6 o desenho 49 1 e a est tua 47 2 sendo que as restantes opc es de respostas tiveram igualmente percentagens bastante inferiores Analisando as escolhas de uns e de outros verificamos que os alunos dos locais com muita Arte P blica escolheram mais op es de resposta do que os outros sendo que em m dia os alunos dos locais com muita Arte P blica escolheram 5 16 hip teses de resposta e os outros alunos escolheram 4 48 o que demonstra partida que os alunos dos locais com muita Arte P blica consideram como obra de arte mais manifesta es art sticas do que os outros Contudo o dado mais surpreendente a grande percentagem de alunos que escolheram o grafiti especialmente nos locais com pouca Arte P blica Note se que excepc o do grafiti as principais escolhas dos alunos nas duas si
197. aridades que a torna num importante recurso educativo 2 1 Considera es sobre o conceito de Arte P blica Talvez a maior dificuldade que se nos apresenta no in cio deste ponto esteja relacionada com a pr pria defini o do conceito de Arte P blica Isto mesmo assinalam alguns autores como Harriet Senie ou Maria Luisa Sobrino Manzanares que nos seus textos exp em algumas d vidas as quais partilhamos e nos apropriamos como mote para este texto Harriet Senie logo na introdu o do seu livro Contemporary Public Sculpture Tradition Transformation and Controversy de 1992 coloca as seguintes d vidas como pode algo ser simultaneamente p blico democr tico e arte elistista Quem o p blico O que define a arte ou a escultura actualmente no que diz respeito ao assunto O que a torna p blica a sua ess ncia o patrocinador ou a sua localiza o E se em vez de falarmos em arte p blica falassemos em arte em espa os p blicos reconhecemos o local como determinante e talvez o nico factor p blico Mas o que faz um local p blico o acesso ou o conforto Devemos discutir o assunto da escultura p blica no contexto da arte ou do design urbano ou de ambos Como abordamos um assunto que not cia mais vezes por ser objecto de controv rsia do que 2 No mesmo sentido Sobrino Manzanares no seu livro de consenso para a sua audi ncia Escultura Contemporanea en el Espacio Urbano de 1999 coloca quest es
198. armente Exemplo disso s o os pontos de vista apresentados por diversos autores tanto portugueses como estrangeiros que parecem corroborar acerca da crescente import ncia que o p blico desempenham na Arte P blica ou seja sobre a forma como os cidad os percepcionam estas obras de arte e se envolvem com elas Para Cruz 2005 7 a Arte P blica assim designada por tratar de quest es p blicas se encontrar em espa o p blico e pela forma como envolve o p blico para Nunes 2005 61 a Arte P blica um g nero art stico cujo objectivo produzir uma solu o satisfat ria para um determinado contexto urbano do ponto de vista est tico comunicativo e funcional contribuindo para uma boa consci ncia da identidade de um lugar por parte da comunidade para Remesar 2003 39 a Arte P blica a pr tica social cujo objecto o sentido da paisagem urbana mediante a actividade de objectos ac es de uma marcada componente est tica Esta marcada preocupa o com o p blico que podemos observar nos exemplos anteriores vem de encontro afirma o de Miles que nos diz que a quest o agora n o a arte p blica mas sim a recep o da arte pelo p blico A recep o da arte pelo p blico quest o central da nossa disserta o ainda que n o seja referida directamente nas defini es de Arte P blica apresentadas referenciada por muitos autores quando se referem aos fruidores desta obras d
199. artida e hip teses A problem tica subjacente a esta disserta o delineada por dois eixos principais o primeiro prende se com a nossa profiss o docente na rea das artes visuais que orientou a escolha do tema a constata o do problema e tamb m a op o da popula o o segundo relaciona se com a nossa motiva o e o gosto pessoal pelas quest es da abordagem pedag gica de obras de arte em geral e da Arte P blica em particular A revis o da literatura que efectu mos sobre as reas em estudo ajudou nos a clarificar um conjunto de conceitos chave bem como a constatar o actual estado da arte e a concluir que as caracter sticas espec ficas das obras de Arte P blica nomeadamente o facto de estas Arte P blica como Recurso Educativo 17 Introdugao poderem fazer parte da nossa experi ncia quotidiana justificava a realizac o de um estudo empirico com os alunos e nao com os professores ou com os artistas criadores deste tipo de manifestac o art stica Interessou nos antes conhecer o que os alunos sabem sobre obras de arte o que v em e como v em estas obras de arte colocadas nos espacos urbanos para que a partir desse conhecimento os professores possam integr las na sua pr tica lectiva usando as como um recurso educativo Quisemos com este estudo centrar a nossa atenc o nos alunos e no que eles sabem para que a partir desse conhecimento possamos como professores delinear as nossas estrat gias
200. as Na es apresenta se nos como uma ilha no panorama do urbanismo portugu s Uma ilha que em nossa opini o um bom exemplo de urbanismo pensado e reflectido para que a cidade seja devolvida aos transeuntes em vez de ser dada ao usufruto dos autom veis que entopem as estradas e os passeios deixando espaco livre para quem deseja dar um passeio a p especialmente junto zona ribeirinha Como se sabe o tema da Exposi o Mundial de Lisboa Expo 98 foi Os Oceanos A exist ncia de um tema foi por assim dizer um manual de instru es Ferreira 1988 8 que orientou grande parte da produ o art stica e mesmo arquitect nica do recinto Contudo a produ o de obras de arte n o obedeceu a nenhum programa predefinido de artes visuais para o recinto Ibidem Tal como nos relata Mega Ferreira no texto inaugural do livro Arte Urbana publicado pela Parque Expo 98 durante a Exposi o Mundial de Lisboa os artistas foram convidados a realizar as suas obras e posteriori decidiram a sua coloca o no recinto tal como aconteceu com Antony Gormley que depois de confrontado com os espa os e as volumetrias existentes o escultor prop s a localiza o definitiva Ibidem Mas houve excep es a esta liberdade se assim lhe pudermos chamar concedida aos artistas O Lago das T gides foi a nica obra de todo o recinto onde se assumiu explicitamente a vontade de 227 convidaram o escultor Jo o um programa
201. as elaboram os seus desenhos Piaget cit por Battro e Ellis 1999 diz nos que a evolu o do desenho das crian as solid ria com a sua estrutura o mental do espa o Complementarmente Rudolf Arnheim 2000 156 afirma que a vida mental das crian as est intimamente ligada s suas experi ncias sensoriais Daqui depreendemos que a viv ncia do espa o fundamental para A partir de 1976 estes dois autores estenderam os seus estudos a duas cidades do Brasil Araraquara e Curitiba O livro La imagen de la ciudad en los nifios que citamos no nosso trabalho exp e os resultados obtidos no Brasil A metodologia seguida por estes autores assentou em tr s meios diferentes de recolha de dados desenhos maquetas e coment rios verbais Foram recolhidos desenhos de observa o realizados in situ e desenhos de mem ria realizados logo depois do passeio pela cidade Foram constru das maquetas recorrendo a blocos de madeira e plasticina depois de uma visita ao local Posteriormente as maquetas constru das pelas crian as foram comparadas com uma outra constru da por um profissional semelhan a da metodologia seguida por Lynch no seu estudo sobre a imagem da cidade os coment rios verbais foram tidos como uma importante fonte de informa o mas neste caso apenas complementar aos dados recolhidos nas maquetas e nos desenhos di Traduc o livre do castelhano Esperamos que el conocimiento de la evoluci n de la imagen urbana si
202. as esculturas muito inferior quela produzida para a pintura No que se refere particularmente a Arte P blica ha ainda uma lacuna maior Como temos dito ao longo desta disserta o a Arte P blica tem um conjunto de caracter sticas que a tornam nica o que por si s merece a realiza o de um estudo 127 zo eee Ao contr rio dos outros programas por n s apresentados o Primeiro Olhar revela uma grande preocupac o na formac o dos professores e na produc o de material did ctico Nao queremos com isso dizer que os outros programas descurem estas reas sabemos que n o mas pensamos que este facto se deve essencialmente leitura que os coordenadores do Primeiro Olhar fizeram da situac o portuguesa ou seja identificaram lacunas ao n vel do material did ctico auxiliar pr tica pedag gica dos professores da rea das artes visuais 128 Abord mos a quest o das caracter sticas espec ficas da Arte P blica no Cap tulo 2 desta dissertac o Arte P blica como Recurso Educativo 22 rio Pitbica come Recurso Educative 107 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico espec fico e um tipo de abordagem pedag gica consent nea com as suas caracter sticas Logo n o ser de estranhar que a Arte P blica esteja praticamente arredada dos programas educativos e das metodologias pedag gicas que visam promover o di logo com as obras de arte De seguida apresentamos um conjunto de exemplos de di
203. as para a escola Comparac o entre locais com muita e pouca Arte P blica ea ee ols 169 Gr fico 20 Locais onde ao alunos j estiveram em frente a uma obra de arte Compara o entre locais com muita e com pouca Arte P blica 171 Gr fico 21 O que os alunos consideram ser uma obra de arte Compara o entre os locais com muita e pouca Arte P blica ice anait 172 Gr fico 22 O que chama a aten o dos alunos quando observam obras de Arte P blica Frequ ncias totalS itcicocasiilacccii acia a a aaa a cado leds 177 Gr fico 23 Percentagem de alunos em cada um dos est dios de percepc o do espaco UD Occ sidcatatiddadaneaiaaloies 178 Gr fico 24 Percentagem de alunos em cada est dio de percep o do espa o urbano Compara o entre locais com muita e com pouca Arte Publica 179 Gr ficos 25 e 26 Gr fico de frequ ncias e histograma relativos distribui o dos alunos por cada est dio de percep o do espa o urbano nos locais com muita Arte P blica 180 Arte P blica como Recurso Educativo xiii indice de Graficos Gr ficos 27 e 28 Gr fico de frequ ncias e histograma relativos distribui o dos alunos por cada est dio de percep o do espa o urbano nos locais com pouca Arte P blica Gr fico 30 e 31 Gr fico de frequ ncia cruzando modo de desloca o com os est dios de percep o do espa o urbano Compara o entre locais com muita e
204. as quintas que existiam nesta zona foram substitu das por blocos de habita o que poucos vest gios deixaram do passado rural a n o ser os nomes que os bairros herdaram das quintas antigas O acelerado processo de constru o de bairros residenciais aliado ao baixo pre o do solo verificado nestas ltimas d cadas levou a um aumento extraordin rio da popula o e a um consequente aumento da constru o muitas vezes pouco regrada Figura 5 Imagem de sat lite da cidade da Amora Estes excessos cometidos com o boom populacional e urban stico em especial a partir dos anos 70 do s c XX t m sido contrariados nos ltimos anos com a constru o de espa os verdes com a preserva o dos n cleos hist ricos e com a conserva o da frente ribeirinha A escola EB 2 3 Pedro Eanes Lobato tem cerca de 750 alunos sendo cerca de 500 do segundo ciclo e os restante do terceiro A maioria dos alunos vive em apartamentos e desloca se a p para a Escola uma vez que as suas habita es s o relativamente pr ximas A caracteriza o socio econ mica das fam lias permite verificar que os alunos desta escola s o na sua maioria oriundos de fam lias com baixo n vel de escolaridade e com uma situa o socio econ mica e profissional prec ria A regenera o urbana que se tem verificado na Amora nos ltimos anos tem dados origem a novas infra estruturas que visam proporcionar uma melhor qualidade de vida aos seu
205. as tantas maneiras de falar sobre arte Cada um dos est dios al m de reflectir cada uma das quatro tem ticas anteriores relaciona se tamb m com as dimens es psicol gica e est tica dos indiv duos No Esquema 9 que podemos observar na p gina seguinte apresentamos a s ntese dos cinco est dios do desenvolvimento est tico segundo Parsons Tanto do ponto de vista est tico como psicol gico podemos dizer que cada um dos est dios propostos por este autor implica a elabora o de significa es sobre a obra de arte cada vez mais complexas em direc o a um pensamento formal A estrutura o dos est dios reflecte uma evolu o que vai desde a depend ncia em rela o ao que se aprecia em cada obra at autonomia interpretativa em rela o a ela Fernandez op cit 121 104 A Segundo o autor recolheu entrevistas desde crian as em idade pr escolar at professores universit rios de arte Parsons 1992 34 105 As sete perguntas b sicas s o 1 Descreva me o quadro 2 De que que trata Acha que um bom assunto para um quadro 3 Que sentimentos encontra neste quadro 4 E as cores S o bem escolhidas 5 E a forma coisas que se repetem E a textura 6 Foi dif cil fazer este quadro Quais ter o sido as dificuldades 7 um bom quadro Porqu Parsons op cit 35 108 Estas perguntas aleat rias que o autor denominou como perguntas e observa es sonda neutras foram as seguintes
206. ational Testing Service e as escolas da rede p blica de Pittsburgh Abordava igualmente as reas da m sica da escrita criativa e das artes visuais e tinha como objectivo desenvolver uma s rie de instrumentos de avalia o que pudessem documentar a aprendizagem art stica durante os ltimos anos do Ensino B sico e Ensino Secund rio Este programa tinha por base aquelas que Gardner 1990 45 considerou serem as tr s componentes fundamentais em Educa o Art stica a Produ o a Percep o e a Reflex o O pr prio nome do programa revela isso mesmo dado que PROPEL um acr nimo de Production Perception Reflection e o L est relacionado com a aprendizagem Learning Este programa semelhan a de outros surgiu depois da observa o do panorama geral na educa o art stica no qual se constatou que esta se centrava quase exclusivamente na produ o art stica Assim para al m da cria o de um trabalho art stico o programa inclu a a discrimina o das suas caracter sticas mais importantes e a capacidade de reflectir acerca do seu significado As disciplinas de hist ria cr tica e est tica deveriam emergir naturalmente ou em resposta produ o art stica dos alunos nas diferentes reas abrangidas pelo programa Para a prossecu o dos objectivos do programa foram desenvolvidos dois ve culos educacionais Gardner 1995 126 os domain projects e os processfolios Os primeiros consistiam numa s rie de
207. ativo difere daquela visitada por um turista Peixoto e Frias 2001 Muga 2005 As imagens que cada sujeito constr i do espa o urbano em que se movimenta s o o resultado de um processo bilateral entre ele pr prio e o espa o O meio ambiente sugere distin es e rela es e o observador com grande adapta o e luz dos seus objectivos pr prios selecciona organiza e dota de sentido aquilo que v A imagem agora assim desenvolvida limita e d nfase ao que visto enquanto a pr pria imagem posta prova contra a capacidade de registo perceptual num processo de constante interac o Lynch 1999 16 Os sujeitos como elementos m veis da cidade n o s o apenas espectadores s o tamb m actores na medida em que interagem e fazem parte da paisagem urbana que percepcionada pelos outros sujeitos N o somos apenas observadores deste espect culo mas sim uma parte activa dele participando com os outros num mesmo palco Na maior parte das vezes a nossa percep o da cidade n o ntegra mas sim bastante parcial fragment ria envolvida noutras refer ncias Quase todos os sentidos est o envolvidos e a imagem o composto resultante de todos eles 73 E E Ross Kevin Lynch op cit 11 2 refere se s pessoas e s suas actividade como elementos m veis da cidade assinalando que estas s o t o importantes como as partes f sicas e im veis Arte P blica como Recurso Ed
208. belas 11 12 e 13 CEE A A o 32 47 lt 001 Tabela 11 Verifica o de y entre Localiza o da escola e locais onde os alunos j estiveram em frente a uma obra de arte num museu ou galeria Z X p 9 58 lt 002 Tabela 12 Verifica o de y entre Localiza o da escola e locais onde os alunos j estiveram em frente a uma obra de arte num parque ou jardim 241 Ao cruzarmos as outras op es de resposta do question rio numa rua ou avenida na escola numa pra a no caminho casa escola n o obtivemos qualquer resultado significativo raz o pela qual n o os apresentamos Arte P blica como Recurso Educativo 471 Cap tulo 1 Apresenta o de resultados p 4 35 lt 037 Tabela 13 Verifica o de y entre Localiza o da escola e locais onde os alunos j estiveram em frente a uma obra de arte no teu bairro 1 6 Valoriza o da arte em geral Quando foi pedido aos alunos que assinalassem numa lista o que para eles poderia ser considerado uma obra de arte os alunos escolheram do seguinte modo 83 8 assinalou pintura 63 8 escultura 55 4 est tua e 50 4 assinalaram monumento e graffiti Quando comparamos as escolhas dos alunos nas duas situa es em estudo damo nos conta de algumas diferen as que podem ser vis veis no Gr fico 21 619 60 4 8 D 7 2 gel 485 30 4 254 20 8 20 i zm o i F E
209. benef cios da Arte P blica Ambas as fun es que muitas vezes se intersectam e se confundem s o referidas pela maioria dos autores que consult mos embora tamb m refiram outras decorrentes da ac o destas sobre o espa o urbano e sobre a sociedade respectivamente Por exemplo Harriet Senie op cit destaca a fun o comunicativa e social da Arte P blica assim como a sua contribui o para a consci ncia e identidade de um lugar A perspectiva sobre a qual se entende a Arte P blica como factor de regenera o urbana iniciada com os diversos programas que visavam a coloca o de obras de arte nas cidades como agentes capazes de regenerar e construir um lugar contribuindo assim para melhorar a conviv ncia e a habitabilidade do ambiente tanto mais que os verdadeiros espa os p blicos n o devem ser entendidos como apenas locais de livre acessibilidade mas como espa os capazes de desencadear a vida social Luccy Lippard cit por Regat o op cit 23 estando o seu sucesso dependente da forma como recebido pelos seus utilizadores que ter o em conta qualidades como a est tica o conforto a seguran a e a funcionalidade Regat o op cit 24 A fun o social da Arte P blica come a segundo Armajani cit por Fern ndez Quesada op cit 22 nota 46 logo na sua produ o a escultura p blica n o apenas uma cria o art stica mas uma produ o social e cultural baseada em necessidades co
210. bjectos art sticos e quando refere a reivindica o da arte para espa os p blicos est tamb m a considerar os objectos art sticos colocados nos espa os p blicos Assim em nosso entender o autor situa estas duas quest es problemas nas palavras do autor no campos dos objectos art sticos o que o leva a defender claramente a Arte P blica como processo As dimens es iii e iv processo objecto e integra o respectivamente revelam se muito menos objectivas do que as anteriores por n o serem observ veis como a localiza o ou de indaga o f cil como a origem Arte P blica como Recurso Educativo 44 Capitulo 2 Arte P blica e Educac o fundamentar este conceito a partir de crit rios como os do direito de propriedade da escala de grandeza do local de implanta o da fun o simb lica ou da modalidade de encomenda pouco contribui para perceber e perspectivar as especificidades e as discrep ncias que identificam o conceito por isso que as defini es que encerram em si v rias dimens es nos parecem mais consent neas com uma vis o contempor nea do conceito de Arte P blica e ao mesmo tempo mais pr ximas da concep o que se ajusta aos objectivos desta disserta o por incluirem de um modo geral a dimens o integra o na qual observamos preocupa es relacionadas com a percep o das obras por parte dos cidad os quest o que nos interessa particul
211. blica Assim parece nos que os factores de ordem extr nseca demonstram um papel fundamental neste aspecto espec fico do desenvolvimento das criancas nomeadamente a qualidade e legibilidade do espaco urbano a presenca de elementos marcantes e de obras de arte e a viv ncia individual do espaco urbano Cottinelli Telmo 1986 e 1991 Brittain e Lowenfeld 1977 Dupre e O Neil Gilbert 1985 Todos estes factores s o apontados por um ou por v rios autores como influentes na capacidade de as crian as apreenderem o espa o e consequentemente de o representarem Se pensarmos que os alunos dos locais com muita Arte P blica revelaram ser mais observadores do que os outros incluindo na observa o de obras de arte em particular que os pr prios espa os urbanos s o mais leg veis especialmente por terem as obras de arte que se constituem como elementos marcantes da paisagem que esses espa os pela sua qualidade s o potencialmente mais vividos pelos cidad os conclu mos que se torna plaus vel a ideia de que os alunos desses locais t m um maior desenvolvimento da sua percep o do espa o urbano 3 9 2 Hip tese b A localiza o da escola influencia a predisposi o dos alunos para observar os elementos art sticos da paisagem urbana Tendo em conta as op es de resposta que eram dadas aos alunos podemos classific las como elementos art sticos e n o art sticos da paisagem urbana ou seja elementos que t m habitu
212. blica como Recurso Educativo 22 Ar Pica come Recurso Educative 185 Capitulo 2 Validac o das hip teses espec ficas Atrav s destes resultados podemos inferir que o n vel sociocultural da fam lia influencia o interesse dos alunos pela arte em geral o que por sua vez se reflecte no interesse espec fico pela Arte P blica pelo que podemos confirmar esta hip tese 2 5 Hip tese espec fica e e Os alunos dos locais com muita Arte P blica revelam uma maior capacidade para apreciar obras de arte Como vimos anteriormente os alunos dizem reparar mais nos elementos n o art sticos da paisagem urbana Verific mos atrav s de um teste de e que nos locais com muita Arte P blica h uma grande significac o entre os alunos que dizem reparar habitualmente ou muitas vezes no que os rodeia e os que dizem reparar sempre ou quase sempre em todos os pormenores quando est o a observar uma obra de arte No entanto nos locais com pouca Arte P blica essa significac o n o t o expressiva cf Tabela 39 Local com muita Arte P blica Local com pouca Arte P blica AAA ES 61 90 lt 001 23 46 lt 024 Tabela 39 Verifica o de y entre costumas reparar no que te rodeia e ao olhares para uma obra de arte reparas em todos os pormenores comparando os resultados dos locais com muita e com pouca Arte P blica Como j referimos 75 dos alunos dizem perceber sempre ou quase sempre o que est o a ver quando olha
213. bre uma determinada Ant nio Batista junto s escultura p blica previamente Pereira Fernando esculturas escolhida e na semana Pessoa Brasileira seguinte realiza se o encontro do Chiado pelo com essa escultura em que Professor Lagoa os interessados se deslocar o Henriques Poeta junto da mesma e ai a Chiado ao Largo do poder o apreciar Chiado pela Professora Margarida Calado Cadernos Funda o Publica o Professores O primeiro n mero dedicado O livro da autoria de Arte Serralves do Servi o do ensino Arte e Paisagem e cont m de Elvira Leite e Contemp Educativo da b sico e uma s rie de actividades com Sofia Victorino Funda o secund rio base nas obras de arte do publicado em 2006 Parque Serralves Inscrever a Centro de 12 cidades Publico em O projecto Inscrever a Europa O projecto inicial Europa nos Informa o portuguesas geral nos muros das cidades tem nasceu em Lisboa muros das Europeia Repete se p blico por miss o promover uma como um atelier de cidades Jacques anualmente escolar cidadania europeia activa pintura e neste Delors desde 2003 atrav s da cria o de murais momento j est a Associa o em azulejos que ilustram os ser adoptado Inscrire artigos da Carta dos Direitos tamb m noutros Animar Fundamentais da Uni o pa ses da Uni o Europeia Europeia Tabela 2 Tabela s ntese das iniciativas de di logo com as obras de Arte P blica levadas a cabo em Por
214. bstracto uma vez que eles s o indissoci veis Deste modo uma paisagem urbana compreens vel requer em primeiro lugar que se possa identificar os objectos que nela existem ou seja que se possam distinguir uns dos outros em segundo lugar a paisagem deve dar nos a possibilidade de percebermos a rela o estrutural ou espacial existente entre os objectos e entre estes e o observador e por ltimo os objectos percepcionados t m de ter para o observador um significado pr tico e emocional Contudo alguns autores como Castells 1998 ou Brand o 2000 2002 alertam para o facto de as imagens que possu mos actualmente das nossas cidades serem cada vez mais globalizadas ou seja parece haver uma crescente homogeneiza o da paisagem a n vel Arte P blica como Recurso Educativo 66 Capitulo 3 A Paisagem Urbana global A acessibilidade para Brand o 2000 58 a principal causa deste facto uma vez que promove a f cil difus o dos modelos o que leva a construc o de uma paisagem global Mas este autor aponta mesmo quatro sinais que podemos observar nas paisagens globalizadas a simplifica o em que os componentes da cidade s o cada vez mais restritos e simplificados a redu o verifica se a elimina o do que espec fico ou t pico em cada local a padroniza o cada vez mais em diferentes cidades se podem encontrar modelos padronizados e por isso repetidos e a deslocalizac o h na
215. ca O Neil Gilbert 1985 28 que comparou a representa o cognitiva das crian as da cidade e da aldeia concluiu que existe uma estreita rela o entre a extens o da actividade espacial da crian a e a extens o espacial representada nos desenhos o que levou mais uma vez a que as crian as da cidade representassem muito menos rea do que as crian as da aldeia Estes dois autores citando outros estudos referem ainda que as crian as que v o para a escola de carro ou de autocarro revelam dificuldades na representa o do espa o Ibidem 27 H obviamente factores associados viv ncia do espa o que parecem influenciar a sua estrutura o mental por parte das crian as Referimo nos essencialmente a dois tipos de factores os de ordem intr nseca como o crescimento o desenvolvimento de capacidades f sicas e do conhecimento cinest sico a autonomia a curiosidade e a rela o afectiva com o local e os de ordem extr nseca como a estrutura o urban stica do espa o o modo de desloca o para a escola a sensa o de seguran a sentida ou incutida em cada local ou a atitude dos pais face permiss o de as crian as se deslocarem sozinhas no espa o Cottinelli Telmo 1986 e 1991 Brittain e Lowenfeld 1977 Dupre e O Neil Gilbert 1985 Kaplan 1985 Todos estes factores s o apontados por um ou por v rios autores como influentes na capacidade de as crian as apreenderem o espa o e consequentemente de o r
216. cada Ser Humano dependendo dos seus interesses entenda a paisagem urbana como um marco na sua vida um recurso um patrim nio a preservar um espa o identit rio ou de identifica o ideol gica um problema a resolver ou um espa o com significado est tico ou semiol gico 3 2 Os elementos da paisagem urbana Kevin Lynch no seu famoso livro a Imagem da Cidade publicado originalmente em 1960 definiu os cinco elementos da paisagem urbana as vias os limites os bairros os cruzamentos e os elementos marcantes Lynch 1999 58 95 As vias poder o ser entendidas como o elemento principal da paisagem urbana Podemos considerar como vias as ruas as estradas os passeios os caminhos de ferro ou as ciclovias por exemplo Estas vias apresentam se como duplamente importantes porque ao longo delas que a malha urbana se organiza e atrav s delas que as pessoas se deslocam pela cidade observando a Por isso a perspectiva que temos das cidades muitas vezes dada apenas pelo que observamos nas nossas desloca es por essas vias Os limites s o os elementos que marcam a fronteira entre duas reas diferentes N o s o entendidos como vias mas como barreiras f sicas mais ou menos transpon veis ou como costuras que delimitam uma certa rea interrompendo a linearidade que se observava na paisagem Estes limites podem ser por exemplo costas mar timas as margens de um rio corte formado por uma linha f rrea ou uma pa
217. cantes Sendo que h uma sobreposic o e uma interligac o constante entre todos eles na paisagem urbana que percepcionamos Quando olhamos para um aglomerado urbano n o vimos s as vias ou s os pontos marcantes vimos todo um conjunto formado por todos esses elementos que Lynch 1999 95 diz serem a mat ria prima da imagem do meio ambiente a escala urbana 3 3 Qualidade da Paisagem Urbana No pref cio do seu livro A Imagem da cidade Kevin Lynch lembra nos que a paisagem urbana algo para ser apreciado lembrado e contemplado por isso conv m dizemos n s que esta seja o mais agrad vel poss vel ou seja tenha qualidade Ao longo das ltimas d cadas urbanistas arquitectos designers ou artistas t m se interessado pelas quest es da qualidade da paisagem urbana Lynch 1999 Brand o 2000 e 2002 Brand o e Remesar 2003 Cullen 1996 Este interesse na qualidade do espaco urbano logo na qualidade da paisagem descrito por Brand o 2000 55 como a nova cultura de cidade uma vez que n o deve ser entendida apenas como um entret m de pa ses ricos que j construiram tudo o que precisam e agora se dedicam a desenhar o espa o n o constru do Antes de mais conv m lembrar que falar em qualidade da paisagem urbana falar em algo com o car cter subjectivo que caracteriza normalmente as aprecia es pessoais uma vez que tendemos a considerar como uma boa paisagem aquela que evidencia valo
218. cas da Arte P blica face aos outros objectos art sticos j foram por n s abordadas no Cap tulo 2 desta disserta o Mais uma vez a Arte P blica joga aqui um papel fundamental Relembrando o que referimos no Cap tulo 3 desta disserta o as obras de Arte P blica podem segundo Lynch 1999 contribuir para aumentar a legibilidade dos espa os urbanos dado que muitas vezes se constituem como pontos marcantes desses espa os substituindo se sinal tica 210 Em particular nos espa os rurais segundo dados deste relat rio registou se na ltima d cada e meia um crescimento de turistas na ordem dos 84 devido porventura aos investimentos realizados no mbito dos v rios programas de revitaliza o dos centros rurais Mas de um modo geral desde meados da d cada de 90 que se tem verificado um aumento da procura cultural Arte P blica como Recurso Educativo 137 Cap tulo 8 Contribuic o da Arte P blica para o desenvolvimento da educa o art stica e das pr ticas culturais dos cidad os Segundo o Inqu rito Ocupa o do Tempo realizado pelo Instituto Nacional de Estat stica INE em 1999 e referido no supracitado relat rio as pr ticas culturais de maior express o no nosso pa s s o as de tipo convivial e popular das quais se destacam as pr ticas ligadas cultura de massas como a ida ao cinema ou a espect culos de m sica As visitas a exposi es museus ou bibliotecas s o apenas realizadas p
219. cative 120 Capitulo 7 Literacia e educagao artistica 9163 sobre literacia dizendo que esta palavra parece nunca estar quieta e para ilustrar a sua afirmac o cita a caricata personagem Humpty Dumpty do romance Alice no Pa s das Maravilhas de Lewis Carol Em Portugal o uso corrente deste conceito relativamente recente Segundo Reis 2005 71 a entrada deste termo no nosso vocabul rio aconteceu h pouco mais de uma d cada Este autor n o espec fica a data exacta em que o termo foi usado pela primeira vez no nosso pais mas atrav s de uma breve pesquisa na Biblioteca Nacional ficamos a saber que o livro mais antigo depositado naquela biblioteca e que usa a palavra literacia no seu t tulo data de 1987 Contudo n o temos d vidas em afirmar que a generalizac o do uso do termo no nosso pa s se iniciou com o Estudo Nacional de Literacia coordenado por Ana Benavente e publicado em 1996 pela Fundac o Calouste de Gulbenkian e pelo Conselho Nacional de Educac o Este estudo pioneiro no nosso pais entendeu a literacia como a capacidade de processamento de informa o escrita na vida quotidiana Trata se das capacidades de leitura escrita e c lculo com base em diversos materiais escritos textos documentos gr ficos de uso corrente na vida quotidiana social profissional e pessoal Benavente 1996 4 Esta rela o directa da literacia com a leitura e com a escrita adv m e
220. cativo 45 Capitulo 2 Arte P blica e Educac o seu propriet rio est o colocados em contextos urbanos de forma permanente ou tempor ria facilmente acess veis aos cidad os e que t m a capacidade de promover a identidade de um lugar junto dos seus fruidores involunt rios e maioritariamente n o especialistas proporcionando lhes um maior contacto com a arte 2 1 1 Fun es da Arte P blica Judith Baca uma das fundadoras do grupo SPARC Social and Public Art Resource Center afirmou que a Arte P blica uma parte vital da cultura de cada indiv duo porque existe onde as pessoas trabalham e vivem Esta afirma o quanto a n s bastante elucidativa da verdadeira fun o da Arte P blica e parece querer acalmar algumas vozes dissonantes que se levantam contra a coloca o de obras de arte em espa os urbanos Tanto mais que por vezes a Arte P blica ocupa um lugar marginal em rela o aos interesses p blicos o desemprego a assist ncia sanit ria ou a sa de o que leva muitas vezes a que se considerem excessivos os gastos com a sua coloca o Sobrino Manzanares op cit 21 Tamb m Harriet Senie diz n o ser f cil justificar o disp ndio de dinheiro com arte quando h na sociedade tantos problemas Mas a Arte P blica s o outorgadas diversas fun es que v o muito para al m desta an lise meramente economicista tanto mais que segundo Justin Lewis 1990 13 os principais bene
221. causalidade rec proca o segundo defini o ou interpreta o que dada sobre o que a Arte na Educa o e na Cultura da vida quotidiana Ibidem 222 Na p gina seguinte apresentamos o Esquema 4 que sintetiza a organiza o das Compet ncias Essenciais espec ficas da Educa o Visual para que possamos mais facilmente contextualizar as an lises que faremos ao documento O documento das Compet ncias Essenciais surge como a materializa o de uma ruptura epistemol gica que h j algum tempo se faz notar com o progressivo abandono das pr ticas educativas influenciadas pela vis o expressionista T m vindo a surgir novas ac es 13 Neste dom nio em particular o programa de EVT sugeria apenas visitas de estudo recolha de dados consulta de documentos experimenta o e explora o debates utiliza o de diapositivos videos experi ncia t cnica etc DGEBS 1991b 14 14 Este Conselho Consultivo foi coordenado pela escultora Virg nia Fr is docente na FBAUL Arte P blica como Recurso Educativo 34 Cap tulo 1 O lugar das artes visuais no curr culo do 2 ciclo educativas estruturadas de acordo com modelos pedag gicos abertos e flex veis centrados num novo entendimento sobre o papel das artes visuais no desenvolvimento humano integrando tr s dimens es essenciais sentir agir e conhecer DEB 2001 156 O paradigma anterior fundado na convic
222. cervos Radio Renascenga online http www rr pt print asp idnoticia 174642 lde 1 Cerveira substitui vacas por cervos Fiel ao ditado Em Roma s romano Vila Nova de Cerveira trocou as vacas pelos cervos que estiveram na origem do nome do munic pio e abriu uma hart parade 02 09 2006 09 32 Segundo Henrique Silva director da Bienal de Arte de Cerveira e respons vel pela inovadora iniciativa a hart parade integra 12 grupos escult ricos com cervos elaborados por 10 escultores e pintores no mbito de um workshop de resinas que decorreu entre 14 e 26 de Agosto naquela localidade No total s o 15 cervos com dimens es que variam entre um e dois metros e com diferentes cores e feitios referiu As esculturas comecaram a ser colocadas em 28 de Agosto no jardim fronteiro a Praca do Munic pio baptizado de Jardim de Chagny em homenagem a localidade francesa com o mesmo nome geminada com Vila Nova de Cerveira Os ltimos trabalhos foram colocados na sexta feira A cow parade a moda de Cerveira vai ficar patente at ao final de Setembro e transferida depois com car cter definitivo para o espaco exterior do Aqua Museu do Rio Minho no mesmo concelho Os trabalhos organizados durante o workshop sugestivamente denominado Em Cerveira as vacas s o cervos t m a assinatura do pr prio Henrique Silva e ainda de Ac cio Carvalho lvaro Queir s Carlos Barreira Eduardo Pinto Em lia Al rio Manuela Bronze
223. cesso n o ter sido tramitado da melhor forma e que esta concilia o de vontades com o grupo poderia ter surgido logo no in cio Anexo 9 Emigrantes com porta de entrada nas Caldas Emigrantes com porta de entrada nas Caldas Divulgado publicado no a Gazeta das Caldas em Agosto de 2001 Escultor Antonino Mendes O Monumento do Emigrante inaugurado no passado dia 3 de Agosto agradou aos emigrantes caldenses presentes na cerim nia depois de saberem o que este simboliza A enorme porta colocada na entrada sul das Caldas n o reflecte partida o seu significado mas transmite de imediato uma imagem de dimens o e forca O autor do monumento foi o escultor Antonino Mendes que explicou ser este um projecto de escultura contempor nea onde procurei dignificar a figura do emigrante O escultor acha que o emigrante era um pouco visto como um coitado que sai de malinha na m o O emigrante hoje n o isso Hoje uma pessoa muito importante para o seu pa s Por isso procurou dar grandeza e dignificar os emigrantes atrav s de cada um dos elementos do monumento A porta de sete metros composta por cinco blocos de granito a porta onde o emigrante sai e entra pela porta grande Este ano Fernando Costa esteve presente na festa de anivers rio da ARC nos EUA onde apresentou a maqueta do novo projecto que foi aprovado pelos emigrantes deste pa s Depois h uma escada que simboliza o subir na vida
224. cia em Artes Visuais especialmente ao n vel da compreens o por terem um contacto mais frequente com obras de arte Por isso recomend vel que os professores e os pais nos locais com pouca Arte P blica proporcionem aos seus alunos filhos um maior contacto com arte nomeadamente atrav s de pr ticas de investiga o da produ o e realiza o de espect culos oficinas mostras exposi es instala es e outros da utiliza o das tecnologias da informa o e comunica o da assist ncia a diferentes espect culos exposi es instala es e outros eventos art sticos do contacto com diferentes tipos de culturas art sticas do conhecimento do patrim nio art stico nacional de interc mbios entre escolas e outras institui es e da explora o de diferentes formas e t cnicas de cria o e de processos comunicacionais DEB op cit 149 52 Sugest es para orienta o futura Partindo das conclus es deste estudo agora poss vel estabelecer novos caminhos por onde pode e deve evoluir o conhecimento nesta rea espec fica da intersec o entre Arte P blica e a Educa o Art stica Pensamos que est o abertas as portas para que se desenvolvam novos Arte P blica como Recurso Educativo 2 rio Pubis come Recurso Educative 214 Conclus es estudos mais abrangentes na sua popula o e ou mais profundos nos dados recolhidos que visem definir e testar uma metodologia espec fica para a abordagem pedag gica
225. cia a aquisic o de compet ncias em literacia Este estudo designado como Teaching Literacy through Art foi levado a cabo para examinar qual o impacto que o programa Learning Through Art LTA teve nos alunos nomeadamente no que concerne sua habilidade para descrever e interpretar arte e a aplicac o dessas compet ncias na compreens o de textos escritos Os resultados obtidos mostraram que os alunos que participaram no programa LTA usavam de um modo geral mais palavras para se expressarem e demonstraram maiores compet ncias no que respeita discuss o sobre a obra de arte do que aqueles alunos que n o participaram no programa No que respeita interpretac o de obras de arte o estudo concluiu que o programa LTA teve um impacto positivo ao nivel da atenc o cujo enfoque foi alargado ao nivel da formula o de hip teses ao nivel da argumenta o ao nivel da constru o de esquemas e ao nivel das m ltiplas interpreta es Quanto interpreta o de textos escritos o estudo concluiu que o programa LTA teve um impacto positivo ao n vel da aten o ao n vel da formula o de hip teses ao n vel da capacidade de realizar descri es completas e tamb m ao n vel das m ltiplas interpreta es Para os respons veis por este estudo os resultados n o foram surpreendentes uma vez que acreditam ter provado aquilo que os educadores art sticos h muito intuitivamente sabiam mas que nunca tinham podido prova
226. cies literacy learning and the design of social futures em 2000 editado por dois membros do grupo Bill Cope e Mary Kalantzis Hong 2006 Por tudo o que enunci mos conclu mos que qualquer tentativa de definir concretamente o que a literacia ser uma tentativa condenada ao fracasso ou na melhor das hip teses ter um 175 Paar Py oer e y Traduc o livre do ingl s Visual Literacy refers to a group of vision competencies a human being can develop by seeing and at the same time having and integrating other sensory experiences The development of these competencies is fundamental to normal human learning When developed they enable a visually literate person to discriminate and interpret the visible actions objects symbols natural or man made that he encounters in his environment Through the creative use of these competencies he is able to communicate with others Through the appreciative use of these competencies he is able to comprehend and enjoy the masterworks of visual communication Debes cit por Braden 1993 1 Este grupo deve o seu nome ao facto de a sua primeira reuni o ter sido realizada na cidade de New London nos Estados Unidos entre 6 e 11 de Setembro de 1994 17 Este artigo encontra se dispon vel em linha no seguinte endereco lt http wwwstatic kern org filer blogWrite44ManilaWebsite paul articles A_Pedagogy_of_Multiliteracies_De signing_Social_Futures htm gt Arte Publica como Recurso Educa
227. cional tal como no internacional poucos s o os estudos sobre o desenho infantil que se debru am sobre a representa o do espa o assunto que nos interessa particularmente para a nossa disserta o e muito menos ainda s o aqueles que abordam a representa o do espa o no que se refere paisagem urbana Sobre a representa o do espa o al m dos estudos de Piaget Lowenfeld e Arnheim gostar amos particularmente de referir o estudo de Cottinelli Telmo 1986 e 1991 sobre o desenvolvimento da representa o da terceira dimens o nos desenhos de casas feitos por crian as Este estudo interessa nos pela particularidade de se debru ar sobre a representa o de casas logo de ambientes urbanos Embora o tema dado s crian as envolvidas neste estudo fosse A escola a investigadora pediu lhes que representassem tamb m as casas volta ou seja o envolvimento urbano o que constituiu uma nota de an lise e discuss o com alguns dados relevantes para o nosso trabalho Quanto representa o da paisagem urbana os estudos escasseiam mas gostar amos igualmente de referenciar um trabalho que nos despertou particular interesse Falamos do estudo levado a cabo por Ant nio Battro e Eduardo Ellis intitulado La imagen de la ciudad en los ni os Este estudo tenta cruzar pela primeira vez as teorias de Piaget sobre a evolu o Segundo Macdonald 2004 328 e Efland 2002 239 40 a primeira an lise compreensiva
228. codifica o das vari veis relativas ao n vel de estudos quer da m e quer do pai o que nos permitiu obter um agrupamento das fam lias em 4 grupos i m e e pai com mais habilita es acad micas ii mae com menos e pai com mais habilita es acad micas iii m e e pai com menos habilita es acad micas iv m e com mais e pai com menos habilita es acad micas Com base nos resultados obtidos neste procedimento const mos que as familias do primeiro grupo t m maior frequ ncia nos locais com muita Arte P blica enquanto que quase metade das familias dos locais com pouca Arte P blica est o integradas no terceiro grupo Baseados no facto de haver uma maior frequ ncia de n veis de escolaridade mais elevados e de profissdes mais qualificadas por parte dos pais bem como no facto de haver um maior n mero de familias mais escolarizadas podemos inferir que neste estudo o nivel sociocultural familiar dos alunos mais favorecido nos locais onde h muita Arte P blica 3 2 Modo e tempo de deslocac o para a escola Constatamos que a maioria dos alunos nos locais com muita Arte P blica se desloca para a escola de carro enquanto que a maioria dos alunos nos locais com pouca Arte P blica se desloca para a escola a p embora o local de resid ncia da maioria dos alunos se situe perto da escola tendo estes referido demorar menos de 10 minutos na sua deslocac o Parece nos haver aqui uma certa preponder ncia do factor econ
229. cognitivos diferentes dos anteriores Os desenhos realizados durante a entrevista fornecem pistas ao investigador sobre os mapas mentais que permitem crian a localizar se no espa o urbano Para classificar os desenhos nestes quatro est dios os investigadores agruparam nos em diferentes categorias desde os mais simples aos mais elaborados O crit rio que prevaleceu na classifica o dos desenhos foi a qualidade dos mesmos ou seja a sua organiza o enquanto representa o da paisagem urbana e n o outros crit rios como o g nero e a idade das crian as Deste modo perfeitamente plaus vel que crian as da mesma idade possam estar em est dios muito diferentes e por esta raz o que n o s o sugeridos intervalos de idade correspondentes a cada est dio Contudo apesar das not rias diferen as podemos tra ar aqui algum paralelismo com os est dios do desenvolvimento do desenho infantil definidos por Lowenfeld Por certo que a representa o da paisagem urbana n o est dissociada do dom nio de compet ncias t cnicas do desenho por isso ser veros mil tra ar este paralelismo Quanto a n s os desenhos que correspondem ao Est dio definido por Battro e Ellis re nem um conjunto de caracter sticas semelhantes ao Est dio Pr Esquem tico de Lowenfeld assim como o Estadio Il re ne caracter sticas do Est dio Esquem tico o Est dio 82 Uma das diferen as que podemos apontar prende se com o facto de Lowenfeld d
230. colorado edu journals cye CYE_Backlssues index htm DUQUE F lix 2001 El arte p blico y el espaco pol tico Madrid Ediciones Akal ISBN 84 460 1461 0 Arte P blica como Recurso Educativo 2 rio P blica come Recurso Educative 219 Bibliografia ECO Umberto 1988 Como se faz uma tese em ci ncias humanas Lisboa Presen a EFLAND Arthur 1995 The spiral and the lattice changes in cognitive learning theory with implications for art education Studies in art education Virginia National Art Education Association ISSN 0039 3541 vol 36 n 3 1995 p 134 153 EFLAND Arthur 2004 Arte y cognici n Barcelona Ediciones Octaedro EFLAND Arthur D 1990 A History of Art Education Intellectual and Social Currents in Teaching the Visual Arts New York Teachers College Press Traduc o para castelhano Una historia de la educaci n del arte tendencias intelectuales y sociales en la ense anza de las artes visuales Barcelona Editorial Paid s 2002 EFLAND Arthur D FREEDMAN Kerry e STHUR Patricia 2003 La educaci n en el arte posmoderno Barcelona Paid s EISNER Elliot 2002 The arts and the creation of mind New Haven etc Yale University Press ISBN 0 30009523 6 Traduc o para castelhano El arte y l creaci n de la mente El papel de las artes visuales en la trasnformaci n de la conciencia Barcelona Ediciones Paid s 2004 ISBN 84 493 1519 0 ELIAS Helena Lebre
231. compet ncias espec ficas est o associadas aos eixos interdependentes da Literacia em Artes Apropria o das linguagens elementares das artes Desenvolvimento da capacidade de express o e comunica o Compreens o das artes no contexto e Desenvolvimento da criatividade Adaptamos cada uma dessas compet ncias ao objecto espec fico da nossa disserta o Embora consideremos que o desenvolvimento da criatividade seja uma rea trasnversal aos tr s dom nios da literacia incorpor mos apenas algumas das suas compet ncias ao dom nio da cria o Arte P blica como Recurso Educativo 2 ri P blica come Recurso Educative 212 Conclus es individualidade Participar activamente no processo de produ o art stica Realizar desenhos n o com valor art stico mas como modo de entendimento dos elementos da forma e com valor comunicativo Ser capaz de se pronunciar criticamente em rela o s obras que observa Vivenciar acontecimentos art sticos em contacto directo happenings performances obras de arte interactivas Perceber o valor das artes nas v rias culturas e sociedades e no dia a dia das pessoas Perceber a obra de arte p blica como definidora de um local significativo Estabelecer conex es variadas entre as obras e o seu contexto envolvente tens es Compreens o entre volumes e fluxos de circula o de pessoas Identificar nas obras que observa caracter sticas da arte portuguesa ou
232. construindo a significa o das obras de arte Consci ncia da import ncia da experi ncia pessoal Arte como forma de levantar quest es e n o de transmitir verdades Valoriza o do di logo como meio de questionar a nossa experi ncia Conceptualiza o da imagem que confronta o ponto de vista individual com as classifica es culturais Autonomia Integra o do ju zo pessoal sobre uma obra com outros ju zos distintos do seu Capacidade de questionar as opini es geralmente aceites Discurso criativo sobre a obra art stica do qual resulta uma relevante inova o interpretativa Entendimento da pr tica da arte tanto na cria o como na avalia o e na explora o de valores em diferentes circunst ncias hist ricas Esquema realizado com base em Parsons 1992 Hern ndez 2003 e Agirre Arriaga 2005 Esquema 9 Est dios do desenvolvimento est tico segundo Michael Parsons Arte P blica como Recurso Educativo 91 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico Contudo este trabalho de Parsons nao est isento de cr ticas Por exemplo Agirre op cit 167 referindo Hargreaves diz nos que a forte afinidade que esta teoria mant m com a teoria de Piaget pode levar a que seja alvo de cr ticas id nticas Para este autor a proposta de Parsons revela tr s pontos d beis que residem na sua pr pria formula o o primeiro que o seu estudo se restringe s art
233. council ni org departs creative public art Arts 20Council 20handbook 20full pdf ae Locugao de origem italiana Segundo o Dicion rio Universal da Lingua Portuguesa da Texto Editora graffiti s m desenhos e frases tra ados a m o sobre as paredes dos edif cios e tapumes p 1595 Arte P blica como Recurso Educativo 115 Cap tulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico cidade pr tica corrente da autarquia remover todos os graffiti das paredes mas desta vez o Bristol City Council promoveu uma consulta p blica para que a populac o se pronunciasse sobre se aquela obra em particular deveria ser considerada Arte P blica ou deveria ser removida cf Anexo 10 Figuras 2 e 3 Graffiti de Banksy que originou a consulta p blica O resultado dessa consulta p blica feita atrav s da Internet foi surpreendente 97 dos inquiridos pronunciaram se a favor da perman ncia do graffiti cf Anexo 11 Pensamos que esta atitude da autarquia de Bristol foi uma forma muito eficaz de promover o debate sobre estas manifesta es art sticas servindo at para fomentar o di logo dos cidad os com as obras de Arte P blica 6 4 4 Nos Estados Unidos da Am rica No que respeita promo o do di logo com as obras de Arte P blica a situa o substancialmente diferente nos EUA Para come ar grande parte dos programas de Arte P blica existentes no pa s prev em o envolvimento da popula o na escolha das sol
234. cto por e mail pela t cnica Catarina Monteiro da Delegac o Regional da Cultura do Centro Arte Publica como Recurso Educativo 22 rio P blica come Recurso Educative 108 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico Apresentamos de seguida uma tabela s ntese de algumas das iniciativas realizadas no nosso pa s no mbito da promo o do di logo com a obra de Arte P blica Iniciativa Promotor Local Data P blico Caracter sticas Observa es A viagem CML Lisboa P blico em Visita guiada com in cio na Integrada nas de D Jos Depart de Novembro de geral sala dos gessos do Museu actividades Patrimonio 2005 Militar evocativas dos 250 Cultural anos do Terramoto de Lisboa Em busca CAMJAP Jardins Crian as Visita Jogo que levar as Faz parte da das Gulbenkian 3 6 e 6 10 crian as descoberta das programa o anual esculturas Ao longo do anos esculturas existentes nos do SEAA perdidas ano jardins Arte P blica Casa da Almada P blico em Vista guiada a algumas das Da exposi o no Cerca Maio de geral obras colocadas no concelho faziam parte 46 Concelho 2004 de Almada Foi tamb m obras de arte que j de Almada editado um invent rio de Arte estavam instaladas P blica no concelho Luzboa Extramuros Lisboa 21a P blico em Um programa de visitas Evento Bianual que Bienal Associa o 30 de geral a guiadas para
235. da linguagem visual aos quais os alunos mais d o atenc o quando olham para um obra de Arte P blica s o a cor a forma e o tamanho em qualquer das situac es em estudo A cor o elemento mais escolhido pelos alunos e tamb m o elemento que mais est relacionado com o dom nio afectivo o que nos poder indicar que estes alunos est o num dos est dios mais baixos de apreciac o est tica dado que segundo Parsons op cit e Housen op cit os observadores menos experientes se caracterizam exactamente pelas suas aprecia es de car cter mais afectivo Tamb m segundo estes autores a forma um dos elementos aos quais os observadores mais experientes costumam dar aten o e que aparece curiosamente em segundo lugar nas prefer ncias dos alunos N o cremos que os alunos tivessem referido a forma por se ocuparem de an lises formais das obras de arte mas sim porque nelas podem identificar formas facilmente reconhec veis provavelmente geom tricas antropom rficas ou zoom rficas Relativamente ao tamanho pensamos que os alunos o referiram por causa do que Maderuelo op cit chamou efeito de presen a e evid ncia das obras de Arte P blica e que tem origem na compara o entre a dimens o da obra e o pr prio corpo do espectador Outro dado que gostar amos de referir o facto de a textura ser o elemento da gram tica visual no qual os alunos menos dizem reparar Deste resultado podemos tirar tr s conclus es a primeira r
236. de Bases do Sistema Educativo A prossecu o destas compet ncias pressup e ao longo dos nove anos de escolaridade a contribui o das diferentes reas definidas no documento mas para o nosso trabalho centrar nos emos apenas no cap tulo referente Educa o Art stica e exactamente nesse cap tulo que aparece o conceito literacia em artes definido do seguinte modo Literacia em artes pressup e a capacidade de comunicar e interpretar significados usando as linguagens das disciplinas art sticas Implica a aquisi o de compet ncias e e Tradu o livre do ingl s Seeks out and attends to experiences in one or more of the arts perceives and respond to the qualities of art works where this is an appropriate cultural response is knowledgeable about the specific code or one or more art forms tradition history canon vocabulary has experience with the creative doing process in one or more of the arts and exercises discernment makes informed choices in selecting arts experiences In The state of the art arts literacy in Canada citado por Hong 2006 ta http www getty edu education 3 http www aep arts org As Associa es que fizeram parte deste organismo foram American Alliance for Theatre and Education The National Association for Music Education National Art Education Association National Dance Association 187 Os valores e princ pios definidos no documento s o os seguintes A constru
237. de EVT mbito das aprendizagens Dominios E e integra os conte dos e reas de explorac o Comunicac o Visual e Gram tica visual Elementos da Forma Geometria Meios e t cnicas de express o pl stica Formas e processos de comunicac o visual Constru es bi e tridimensionais T cnico e tecnol gico Gram tica da tecnologia Fontes e formas de energia Propriedades e caracter sticas dos materiais Entendimento do mundo tecnol gico Desenvolvimento pessoal Resolu o de problemas e social Planifica o e organiza o do trabalho Higiene e seguran a no trabalho Esquema 2 Dom nios e mbito das aprendizagens da disciplina de EVT Mas o programa sugere tamb m uma orienta o metodol gica que n o nova no panorama educativo portugu s uma vez que segue as orienta es dos programas de EV anteriores nomeadamente no que respeita ao facto de considerar o meio envolvente como ponto de partida para as aprendizagens organiza o das aprendizagens em Unidades de Trabalho ou aplica o do M todo de Resolu o de Problemas De modo a formar cidad os actuantes no seu envolvimento a base de trabalho adequada Educa o Visual e Tecnol gica ser a PROSPEC O DO MEIO uma vez que esta atitude facilita o desenvolvimento de unidades de trabalho centradas em assuntos e problemas bem definidos e cujo poder motivador lhes adv m de fazerem parte do campo de interesses dos alunos e da sua exp
238. de obras de Arte P blica Outras reas conexas a este estudo podem ser igualmente investigadas nomeadamente a literacia em Artes Visuais e o desenvolvimento da percep o do espa o urbano nas crian as Cada uma destas reas por si s pode constituir se como uma investiga o a desenvolver Por ltimo gostar amos ainda de sugerir a cria o de um servi o educativo para a Arte P blica que teria como principal objectivo a forma o de p blicos e o desenvolvimento da Literacia em Artes Visuais Esta proposta de servi o educativo implicaria a constru o e ou transforma o de um ve culo que permita simultaneamente a desloca o de meios de apoio que possa circular e estacionar em frente ao conjunto de obras de uma determinada cidade e que permita a constitui o de um ponto de paragem uma esplanada onde quando um transeunte queira se possa sentar a uma mesa e da observar a obra de arte sua frente Em suma a concep o deste servi o assenta na intersec o de tr s vectores principais 1 O reconhecimento de que o p blico a que se destina esta ac o idealmente qualquer cidad o transeunte e por isso potencialmente heterog neo ao n vel et rio social e cultural 2 O reconhecimento de que se aprende melhor em situa es contextualizadas pelo que neste caso emergem os problemas e estrat gias pedag gicas de aprendizagem fora do espa o da escola O projecto educativo proposto estabelece se no mbito de um
239. de outros povos culturas e pocas Comparar diferentes formas de express o art stica Valorizar o patrim nio art stico Perceber a evolu o da obra de arte em consequ ncia dos avan os tecnol gicos e cient ficos Desenvolver projectos de pesquisa transversais aos diferentes campos da arte e do saber Contributo 4 As actividades levadas a cabo pelos professores ou pelos pais com vista abordagem pedag gica das obras de Arte P blica devem organizar se tendo em conta dois processos essenciais e que de certo modo est o interligados O primeiro relaciona se com o di logo do indiv duo com a obra de arte e descrito por Remesar como tendo tr s fases RECREA O APROVA O APROPRIA O Cada obra de arte deve ser recreada aprovada e apropriada pelos cidad os sob pena de nos depararmos com situa es de incompreens o da obra deprecia o dos sentidos poss veis confus o entre inova o e extravag ncia uso inesperado da obra ou a sua vandaliza o O segundo processo relaciona se com a incorpora o e aplica o de conhecimento pelo indiv duo No documento das Compet ncias Essenciais designado por Frui o Contempla o Produ o Cria o e Reflex o Interpreta o mas que podemos sintetizar em Ver Fazer Pensar H uma estreita rela o entre este processo e os tr s campos da Literacia em Artes Visuais que enunci mos no Contributo 3 pelo que fundamental que estes processos se concluam
240. deselegante 25 Na tua opini o quem deveria decidir sobre as pecas de arte a colocar nas ruas Assinala apenas UMA resposta o presidente da C mara ou da Junta de Freguesia os artistas os arquitectos e as pessoas que se dedicam ao estudo das cidades as pessoas que vivem no local onde vai ser colocada a obra um grupo de pessoas entendidas no assunto quem paga a obra ao artista nao sei 26 Nas tuas aulas os teus professores j alguma vez te falaram sobre as pecas de arte nas ruas pracas avenidas etc Sim N o 27 Imagina que um turista chegou tua cidade e n o conhece nada encontra te na rua e pede te para lhe dares indica es dos locais mais importantes Na folha seguinte faz um desenho do teu bairro ou da tua cidade como se fosse um guia tur stico Para que o turista se oriente deves indicar no teu desenho os locais que consideras mais importantes Usa a folha seguinte para fazeres o desenho Aconselhamos a usar um l pis de carv o O question rio chegou ao fim Muito Obrigado pela tua colabora o Maio de 2006 Professor Ricardo Reis Ricardo Reis P gina 5 de 5 Anexo 14 Pedido de autorizac o para a aplicac o dos question rios dirigido aos Conselhos Executivos das escolas Lisboa Maio de 2006 Ex Sr Presidente do Conselho Executivo da ESC O meu nome Ricardo Reis sou professor de EVT e estou a realizar um estudo no mbito do Mestrado em Educac o Art stica que frequento na
241. dida que v o crescendo as criancas atrav s da repetic o dos sons e das marcas descobrem a sua habilidade para controlar os seus movimentos e assim serem intencionais nas suas acc es Mais tarde quando comegam a usar algumas pequenas palavras quando tamb m comecam a atribuir sentido s suas marcas por exemplo dizem que uma grande quantidade de riscos verticais numa folha chuva Curiosamente o aparecimento de frases simples como eu vou ou t bem coincide com a representac o dos primeiros girinos que pretendem representar pessoas o que constitui uma evolu o natural no desenvolvimento gr fico das crian as Verifica se depois um processo gradual de desenvolvimento da linguagem materializado em conversas mais complexas aumento de vocabul rio progressiva sensibilidade sintaxe sons e significados Este est dio de desenvolvimento similar ao que acontece quando as crian as desenvolvem o seu vocabul rio visual que inclui a representa o de diferentes s mbolos pessoas animais casas rvores Durante o est dio pr esquem tico as imagens parecem flutuar no espa o mas quando as crian as evoluem para o est dio esquem tico evidenciam uma maior compreens o do sentido do espa o e da sua rela o com o mundo logo as imagens deixam de flutuar e passam a estar presas ao ch o e o c u colocado no topo oposto da folha Agora as crian as s o capazes de articular convenientemente as duas linguagens a vis
242. disposi es do pensamento Este duplo v nculo entre pensamento e arte o eixo da sua proposta para o ensino da aprecia o est tica como forma de desenvolvimento cognitivo Este autor defende a tese de que podemos aprender a pensar atrav s do contacto visual com a arte e sugere algumas mudan as na atitude dos observadores para com as obras Diz nos que em vez de termos um olhar apressado devemos dar tempo ao olhar em vez de termos um olhar pouco abrangente devemos fazer com que ele seja vasto e audaz em vez de termos um olhar turvo ou empoeirado devemos fazer com que ele seja l mpido e profundo e em vez de nos dispersarmos de tal modo que confundamos tudo devemos fazer com que o nosso olhar seja organizado Assim para que possamos aprender a pensar atrav s do contacto visual com exerc cios que apresentam elementos perceptivos produtivos e reflexivos o que permite aos alunos integrarem v rias formas de conhecimentos sobre artes Os processfolios incluiam todos os trabalhos em andamento e os j conclu dos al m dos esbo os originais os desenhos provis rios as cr ticas dele mesmo e dos outros ao seu trabalho trabalhos art sticos de outros que ele admire e que estejam relacionados com o seu pr prio trabalho A avalia o do programa baseia se nos procedimentos de autoavalia o durante os domain projects e na avalia o dos processfolios que poder incidir sobre a regularidade dos apontamentos o seu aperfei oamen
243. do como uma paisagem urbana com pouca Arte P blica 4 1 4 Parque das Na es Lisboa No in cio dos anos 90 a constru o da EXPO 98 erradicou uma antiga e degradada plataforma industrial que subsistia h anos na zona oriental da cidade de Lisboa Esse local foi se transformando num territ rio urbano altamente qualificado fru do diariamente por milhares de pessoas e tem sido progressivamente povoado por residentes e empresas De rea a evitar passou em meia d zia de anos a centro de neg cios e de lazer de atrac o e de morada com uma frente ribeirinha de cinco quil metros de amplos espa os verdes e de mais de duas dezenas de obras de arte espalhadas por todo o recinto Integrando se cada vez mais na malha urbana dos concelhos de Lisboa e de Loures em que se insere o Parque das Na es nome pelo qual agora conhecido o recinto que outrora fora 22 In sitio oficial da C mara Municipal da Covilh URL http www cm covilha pt e no Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas do Teixoso 226 in Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas do Teixoso Arte P blica como Recurso Educativo Ae Pubis come Recurso Educative 154 Capitulo 4 Escolha da populac o e definic o da amostra a EXPO 98 hoje perfeitamente identificado atrav s dos seus edif cios emblem ticos dos seus jardins dos seus equipamentos culturais e das suas obras de arte p blica que pontuam em toda a rea O Parque d
244. do que a experi ncia perceptiva um fen meno de ordem individual A determina o do que p blico ou privado n o um fen meno perceptivo mas antes uma imposi o legal ou social Para Sobrino Manzanares 1999 10 n o faz sentido diferenciar o p blico e o privado uma vez que estes dois conceitos se situam a um n vel pol tico social Neste sentido Patr cia Phillips cit por Miles 1997 14 afirma que o que e n o p blico um constructo psicol gico logo n o um fen meno perceptivo Tamb m Donald Judd cit por Maderuelo 1990 164 numa perspectiva mais consent nea com a sua condi o de artista diz que falar de p blico ou privado n o faz qualquer sentido uma vez que a qualidade de uma obra de arte imut vel independentemente do local onde est exposta ou do n mero de pessoas que a v Quanto a n s um espa o urbano refere se fundamentalmente aos aspectos estruturais e funcionais da urbe e ao espa o de articula o entre zonas centrais perif ricas e lim trofes H mesmo alguns autores como Liceras Ruiz 2003 que defendem que j n o h espa os totalmente naturais porque a ac o do homem j se fez notar na quase totalidade do planeta outros h como Roland Barthes cit por Muga 2005 203 que v o mais al m afirmando que a natureza hoje a cidade Consideramos que o conceito de espa o urbano se aproxima mais dos nossos objectivos mas o seu car cter hol stico reve
245. dologias importantes e auxiliares do desenvolvimento do curr culo e os professores s o vistos como colaboradores importantes no processo embora eles tamb m forne am informa o e orientem as ac es se necess rio O DBAE difere de outros 121 ot 2 O movimento da excel ncia na educac o teve a sua origem nos anos 50 aquando do langamento pela ex URSS do Sputnik em plena Guerra fria A este respeito Jerome Bruner tera dito e citamos de mem ria ou melhoramos a nossa educa o ou teremos de aprender a falar russo Contudo o movimento de excel ncia na educa o renascido nos anos 80 tera sido motivado pela crescente concorr ncia nos mercados econ micos mundiais Efland 2002 369 70 Arte Publica como Recurso Educativo 2 rio P blica come Recurso Educative 102 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico programas como do VTS por exemplo por ter objectivos educacionais mais abrangentes e um curr culo mais estruturado e dirigido O recurso s quatro disciplinas que comp em o programa foi uma reac o ideia de que a arte na escola tem de ser exclusivamente ensinada atrav s da produ o ideia essa que efectivamente limitada devido aos diferentes n veis de interesse talento e sucesso dos alunos Esta aproxima o mais compreensiva e mais integrada a educa o art stica permite uma posterior incorporac o dos saberes de outras disciplinas Na pr tica o DBAE desprende
246. dos entre o sexo masculino e feminino No 5 ano de escolaridade h mais individuos do sexo feminino 51 8 enquanto que no 6 ano h mais individuos do sexo masculino 51 6 Ap s algumas an lises preliminares efectuadas aos dados decidimos n o considerar algumas das hip teses que se relacionavam com a influ ncia do g nero e da idade sobre as vari veis dependentes em estudo por estes resultados n o se apresentarem relevantes no mbito da operacionalizac o da hip tese geral Contudo sempre que se justifique iremos apresentar alguns dados relativos a estas vari veis Como tivemos oportunidade de expor no cap tulo anterior a escolha dos locais em estudo foi orientada pela forte presenca ou aus ncia de obras de Arte P blica na paisagem urbana Assim importa referir que nos locais com muita Arte Publica foram recolhidos 134 questionarios 55 8 do total e que nos locais com pouca Arte Publica foram recolhidos 106 question rios 44 2 do total A faixa et ria dos alunos envolvidos neste estudo compreende se entre os 10 e os 13 anos sendo que quase metade 47 dos indiv duos tem 11 anos cf Gr fico 2 No que respeita idade dos alunos em cada ano de escolaridade podemos dizer que no 5 ano 30 dos alunos tem 10 anos e 50 4 tem 11 anos enquanto que no 6 ano 40 8 tem 11 anos e 50 tem 12 Fazendo uma comparac o entre sexos os individuos do sexo masculino situam se na sua maioria nos 11 e nos 12 anos 37 5 e
247. e cuja nica miss o determinar categoricamente a experi ncia est tica mediante a reflex o e objectivac o dos sentimentos que a obra desperta por outro lado a preocupac o positivista que no principio do s culo XX afectou todas as ci ncias humanas de fazer da considerac o est tica e do gosto um feito ponder vel mediante instrumentos objectivos de an lise e de confronta o de resultados Ibidem 142 3 Poder parecer primeira vista pouco relevante a influ ncia que a critica de arte teve na generalizac o da experi ncia est tica e art stica provavelmente devido s suas mensagens pouco acess veis e falta de natureza did ctica dos seus discursos mas de certa forma os estilos cr ticos permanecem latentes em muitas das propostas para o adestramento no coment rio de obras de arte Os estilos cr ticos aos quais nos referimos s o essencialmente quatro e correspondem a outras tantas perspectivas diferentes sobre arte a a perspectiva mim tica modelo descritivo que parte da considerac o da arte como uma imitac o do mundo e valoriza as obras desde esta perspectiva b a perspectiva expressiva nasce junto perspectiva te rica que ressalta a func o expressiva da arte e por isso ignora os aspectos de confrontac o formal com o modelo representado apoia a cr tica no subjectivismo das sensac es e na busca das motiva es expressivas que impulsionaram o artista na cria o da sua obra c a p
248. e classifica o dos desenhos das crian as em est dios de desenvolvimento foi elaborada por James Sully 1842 1923 em 1895 com a publica o do seu livro Studies of Childhood que viria a ter uma grande repercuss o tanto na Gr Bretanha como nos Estados Unidos 75 Este estudo levado a cabo por estes dois autores teve origem no projecto pioneiro de Kevin Lynch e Barnerjee em 1971 sobre o desenvolvimento da percepc o urbana de criancas e adolescentes designado de Research Guide for an International Study of the Impact of Economic Development on the Spatial Environment of Children Este estudo coordenado pela UNESCO foi levado a cabo em seis cidades da Argentina M xico Austr lia e Pol nia Na Argentina os estudos foram realizados por Ant nio Battro e Eduardo Ellis e publicados no livro Growing up in cities editado em 1977 por Kevin Lynch Arte P blica como Recurso Educativo 69 Capitulo 4 A Paisagem Urbana nos desenhos das criangas dos processos cognitivos b sicos relacionados com o espaco e com as imagens mentais da crianca e a teoria de Kevin Lynch sobre a imagem da cidade Segundo os autores poderemos observar neste trabalho o modo como se conjugam num processo nico duas vertentes diferentes a psico gen tica e a urban stica Os pr prios autores assumem a novidade e import ncia do seu estudo defendendo que a cidade cada vez mais um lugar onde se aprende dando nos conta que muitos educadores contempor neos j
249. e P blica em Portugal sendo um dos poucos exemplos de coloca o de obras de arte em espa o urbano de forma estruturada e obedecendo a um programa predefinido Pinharanda 1992 9 refere que o processo de assimila o entre a obra o espa o em que se insere e o quotidiano que em torno de ambos se desenrola condi o do xito do projecto Esta afirma o leva nos a concluir que a coloca o das obras no espa o urbano n o apenas acidental havendo uma clara dimens o pedag gica e humanista neste projecto tal como faz quest o de frisar Pinharanda Ibidem Este mesmo autor afirma que existe uma clara inten o de atenuar a dist ncia entre arte erudita e viv ncia popular e de fundir todos os elementos do quotidiano urbano fazendo real ar os de maior valia e qualidade est tica e integrando ou anulando os de menor ou negativo impacto Ibidem 11 Actualmente o Museu conta j com mais de quatro dezenas de esculturas de artistas de proveni ncias diversas como os EUA Austr lia Fran a Coreia Portugal Espanha Alemanha Argentina It lia B lgica Gr Bretanha e Jap o neste contexto invulgar no panorama da Arte P blica em Portugal que se encontra implantada a Escola EB 2 3 de S o Rosendo Tem pouco mais de 1000 alunos sendo a sua maioria cerca de 700 pertencentes ao 2 ciclo e os restantes ao 3 ciclo A escola situa se no centro da cidade mas recebe tamb m alunos da perif
250. e Pelas suas caracter sticas este programa assume a diverg ncia programa assume a diverg ncia com as propostas do movimento com as propostas dos movimentos da Educa o pela Arte ou se da Educa o pela Arte e da quisermos da express o livre e Express o Livre e est baseado est baseado nas nas 123 6 Twenty five Years os Visual Twenty five Years of Visual Literacy Reasearch Literacy Research 16 pede uma vis o muito mais pedem uma vis o muito mais alargada alargada 137 18 9 parecem reunir as condi es parecem reunir as condi es suficientes para fazerem cumprir suficientes para fazer cumprir estas recomenda es algumas destas recomenda es 180 20 locais com muita e pouca arte locais com muita e pouca Arte publica P blica 202 3a5 O que parece indicar nos que o o que parece indicar nos que o aumento de escolaridade dos interesse dos alunos pela arte n o alunos n o est relacionado com est relacionado com a sua o seu interesse pela arte mas sim escolaridade mas sim com o seu com o seu background familiar background familiar associado a um associado a um contacto regular contacto regular com obras de arte com obras de arte 209 34 5 Verific mos que o aumento de Verific mos que o interesse dos escolaridade dos alunos n o est relacionado com o seu interesse pela arte alunos pela arte n o est relacionado com a sua escolaridade
251. e a interven o f sica nesse ambiente como atrav s da constru o mental que a adapta o ao ambiente arquitect nico implica Ibidem 23 Assim a influ ncia que inicialmente se processava num s sentido passa a processar se em dois ou melhor passa a haver uma interac o circular na qual o Homem e o ambiente arquitect nico se formam reciprocamente num devir constante Ibidem 24 Importa referir que o conceito de paisagem segundo Liceras Ruiz 2003 20 evoluiu bastante nas ltimas d cadas Deixou de ser a simples aprecia o visual de um territ rio como se de um cen rio se tratasse em que a aten o do observador se centra na imagem percebida ou impressa atrav s de observa o directa ou indirecta dos aspectos morfol gicos a apar ncia desse territ rio para passar a ser algo muito mais complexo e dif cil de precisar Analisando o Esquema 7 da p gina seguinte damos conta de qu o complexo o conceito de paisagem pela infinidade de rela es que encerra em si pr prio A paisagem pode ser considerada como o ponto de encontro ou o eixo de continuidade e conex o entre diferentes disciplinas Liceras Ruiz 2003 11 uma vez que o seu estudo atrav s das diferentes Arte P blica como Recurso Educativo 58 Capitulo 3 A Paisagem Urbana Ci ncias Sociais e Humanas Ibidem 16 facilita a compreens o global das rela es homem territ rio As diferentes di
252. e arte tal como veremos mais frente neste cap tulo Identificar as dimens es nas quais se organizam as diferentes defini es do conceito de Arte P blica revelou se bastante til para o nosso trabalho uma vez que nos ajudou a perceber as diferentes concep es de Arte P blica subjacentes a cada defini o Deste modo n o poder amos deixar de apresentar uma proposta de defini o para a Arte P blica que dever ser entendida apenas no mbito restrito desta disserta o por estar directamente relacionada com os seus objectivos espec ficos Assim entendemos a Arte P blica como um conjunto dos objectos art sticos que independentemente do processo que lhes deu origem de quem os encomendou financiou e E o autor acrescenta Basta desde logo lembrar que direito de propriedade potencialmente ef mero que a escala de uma escultura de museu muitas vezes superior de uma escultura colocada sobre o solo de algum rec ndito recanto da cidade que n o basta achar se implantada ao ar livre para determinada escultura ser entendida rigorosamente como p blica que nem toda a escultura p blica comemorativa ou decorativa e que nem sempre se deve encomenda ou ao concurso p blicos a implanta o de obras escult ricas nos espa os urbanos Abreu 2005 95 6 46 the issue becomes not public art but the reception of art by the publics Miles op cit 85 Arte Publica como Recurso Edu
253. e dos azulejos que aparecem nos dois ltimos lugares Nos locais com pouca Arte P blica h algumas diferen as nomeadamente o facto de o graffiti ocupar o terceiro lugar nos itens que os alunos dizem prestar mais aten o op o escolhida por 58 5 dos alunos Outro dado a reter o facto de os restantes elementos considerados art sticos ocuparem as quatro ltimas posi es nas prefer ncias dos alunos e com percentagens inferiores aos 20 1 5 Locais onde os alunos j estiveram em frente a obras de arte A grande maioria dos alunos 90 afirma j ter estado em frente a uma obra de arte Esse contacto com a arte ocorreu maioritariamente num museu ou galeria 66 7 mas tamb m num parque ou jardim 41 3 numa rua ou avenida 28 3 ou numa rotunda 25 240 ia e as a Apesar de considerarmos estes elementos como n o art sticos n o estamos a negligenciar o lado art stico que lhes pode estar subjacente e que se relaciona com a moda com o design autom vel com a arquitectura paisag stica ou com a arquitectura simplesmente estamos a coloc las no mbito dos elementos prosaicos que fazem parte da paisagem urbana Arte P blica como Recurso Educativo 22 ri Pubis come Recurso Educative 170 Cap tulo 1 Apresenta o de resultados Se compararmos as duas situa es em estudo encontramos algumas diferen as significativas por exemplo nos locais com muita Arte P blica 94 dos alunos dizem j
254. e dos pais e Modo de desloca o para a A te pa on est St a eset ae ated eed Op ANS EA ete 167 Tabela 9 Verificagao de X entre Tempo de desloca o para a escola e Reparas no que te rodeia comparando os resultados dos locais com muita e com pouca Arte P blica Tabela 10 O que os alunos v em com mais aten o Compara o entre os locais com muita e com pouca Arte P blica ritnice aen re o eaa aa eraa 170 Tabela 11 Verifica o de y entre Localiza o da escola e locais onde os alunos j estiveram em frente a uma obra de arte num museu ou galeria 171 Tabela 12 Verifica o de y entre Localiza o da escola e locais onde os alunos j estiveram em frente a uma obra de arte num parque ou jardim 171 Tabela 13 Verifica o de y entre Localiza o da escola e locais onde os alunos j estiveram em frente a uma obra de arte no teu bairro 172 Tabela 14 Verifica o de y entre as obras de arte s o apenas as que est o nos museus ou galerias e existem obras de arte nas ruas pra as avenidas etc 173 Tabela 15 Verifica o de entre j ouviste a express o Arte P blica e o que significa a express o Arte P blica terras aa nn cnn nan nnannn mercancias 173 Tabela 16 Verificac o de entre j ouviste a express o Arte p blica e
255. e frequentam escolas situadas em locais onde na paisagem urbana existem muitas obras de Arte P blica revelam um maior desenvolvimento da percepc o do espaco urbano e um n vel superior de literacia em Artes Visuais por terem um contacto quotidiano com estas obras de arte quando comparados com aqueles que n o beneficiam dessa proximidade Definida a quest o de partida e a hip tese geral equacion mos ent o as hip teses espec ficas que estabeleceram v rias relac es entre as vari veis a explicar e as vari veis explicativas do nosso estudo de modo a que nos permitissem encontrar uma resposta satisfat ria e conclusiva Assim o nosso estudo pretendeu verificar se os alunos nos locais com muita Arte P blica revelam um maior desenvolvimento da sua percep o do espa o urbano se est o mais predispostos a observar os elementos art sticos da paisagem urbana se revelam uma maior capacidade para apreciar obras de arte e se revelam igualmente uma maior literacia em Artes Visuais Pretendemos tamb m verificar se o n vel sociocultural da fam lia exercia alguma Arte P blica como Recurso Educativo 18 Introdugao influencia sobre o interesse dos alunos pela arte bem como se o modo de deslocac o dos alunos para a escola influenciava a sua percep o do espa o urbano Metodologia A recolha dos dados foi feita atrav s da aplica o de um inqu rito por question rio A op o pela realiza o e aplica o de um
256. e num tipo de 109 n o directiva na qual apelava ao fluxo da consci ncia dos entrevistados de entrevista modo a extrair os seus pensamentos e os seus sentimentos sobre a obra de arte em quest o Estas entrevistas duravam em m dia cerca de 10 a 20 minutos e proporcionavam uma janela para os processos de pensamento de uma pessoa Aplicando esta t cnica o entrevistador far perguntas abertas como O que v neste quadro encorajando ent o elabora o das respostas mas diminuindo gradualmente a sua interven o ao longo da entrevista O tipo de coisas que o entrevistado escolhe falar acerca da obra de arte em quest o analisado e categorizado no est dio correspondente segundo o Manual de Codifica o do Desenvolvimento Est tico O est dio de desenvolvimento de cada indiv duo determinado pela quantidade de respostas dadas correspondentes a cada um dos est dios em particular No entanto h indiv duos que podem estar entre dois est dios consecutivos ou interpolados Por exemplo um observador pode estar entre os est dios Il e IV se as suas respostas forem 107 E E bn pes Podemos encontrar um excelente artigo sobre as investigac es de Abigail Housen descritas na primeira pessoa no texto O olhar do observador investiga o teoria e pr tica que faz parte do livro Educagao Est tica e Art stica Abordagens Transdisciplinares coordenado por Joao Pedro Fr is e publicado pela Fundac o Calouste de Gulbenkian em
257. e obras que tem e onde a Associa o Programa Educa o do Parque das Na es promotora das actividades pedag gicas naquele espa o n o promove nenhuma actividade que envolva estas obras de arte O mesmo se passa nas Caldas da Rainha e em Santo Tirso onde n o conhecemos qualquer actividade que vise a promo o do di logo com as suas obras de arte Outro exemplo que podemos apontar o Museu Virtual de Arte P blica promovido pela Delega o Regional da Cultura do Centro e que pretende criar uma base de dados com imagens e informa es sobre todas as obras de Arte P blica existentes nos 78 concelhos da regi o que aderiram a esta iniciativa Infelizmente o projecto deste museu ao qual tivemos acesso n o prev qualquer iniciativa directamente relacionada com a abordagem pedag gica destas obras de arte para al m da coloca o em linha dos conte dos e da distribui o de um CD ROM pelas escolas 122 Estas duas cidades fazem parte do nosso estudo pelo que mais frente falaremos em detalhe das obras de Arte P blica presentes em cada uma delas 130 Este Museu Virtual deveria estar dispon vel na Internet em lt http culturacentro pt museu asp gt mas de h uns meses a esta parte a informa o que encontramos nesse endere o O Museu Virtual de Arte P blica encontra se actualmente em remodela o Prometemos ser breves 131 P p ae O projecto deste museu virtual foi nos facultado depois de um conta
258. e ocupam mas tamb m com a percep o que o p blico tem das obras que em boa medida condicionada pelo espa o onde se encontram bem como pelas suas pr prias caracter sticas formais e est ticas Podemos considerar estas quatro dimens es como interdependentes e mutuamente influenci veis Por exemplo a origem de uma obra de arte pode influenciar a sua coloca o num determinado espa o e o seu tempo de perman ncia A integra o da obra no espa o nas suas m ltiplas vertentes depende em boa medida do envolvimento dos cidad os durante o processo de coloca o da obra ou da sua recep o percep o como objecto art stico Sobre o conceito de espa o raptado veja se Javier Maderuelo 1990 El espacio raptado Interferencias entre arquitectura y escultura Apesar de termos identificado quatros dimens es principais em torno das quais se organizam as diferentes defini es do conceito de Arte P blica n o quer dizer em primeiro lugar que sejam apenas estas as dimens es em que se organizam todas as defini es de Arte P blica e em segundo que todas as defini es que conhecemos integrem em simult neo as quatro dimens es Algumas defini es apenas apresentam uma ou duas dimens es em detrimento das outras que n o valorizam Arte P blica como Recurso Educativo 42 Capitulo 2 Arte P blica e Educa o Em rela o s defini es de Arte P blica que conhecemos n o comum essas de
259. e os alunos que t m um contacto frequente com obras de Arte P blica indiciam ter uma maior literacia em Artes Visuais pelo consideramos haver uma tend ncia de confirma o desta hip tese Arte P blica como Recurso Educativo 191 Capitulo 3 Analise e discussao dos resultados 3 Analise e discussao dos resultados Ap s a apresentac o dos resultados e da validac o das hip teses espec ficas importa agora analis los e discuti los luz do enquadramento te rico de modo a podermos tirar conclus es sobre o nosso estudo Como tivemos oportunidade de referir no Cap tulo da Metodologia o crit rio que norteou a escolha dos locais em estudo foi o facto de as escolas se situarem em paisagens urbanas com muita ou com pouca Arte P blica tendo sido escolhidas tr s escolas representativas de cada situac o sendo que em cada escola foram escolhidas aleatoriamente duas turmas do 2 ciclo uma do 5 ano e outra do 6 Assim nao tivemos um controlo directo sobre o n mero de alunos de cada sexo nem sobre a sua idade embora partida tiv ssemos delimitado a faixa et ria envolvida no estudo entre os 10 e os 13 anos Deste modo pensamos ter conseguido reunir uma amostra significativa considerando n o s o n mero total de alunos envolvidos 240 como tamb m cada uma das situa es em estudo paisagens urbanas com muita e com pouca Arte P blica e cada um dos anos de escolaridade abrangidos 5 e 6 ano com 120 alunos de
260. e por Arte P blica como Recurso Educativo 19 Introdugao sa rem fora do mbito da nossa forma o inicial e dos nossos interesses embora se tenham revelado bastante teis para a compreens o de fen menos inerentes ao nosso objecto de estudo Contudo reconhecemos que a disserta o poder ter alguns pontos que consideramos como uma contribui o v lida nomeadamente o facto de estabelecer um enquadramento te rico que resulta da intersec o da Arte P blica e da Educa o Art stica definindo qual o papel educativo destas obras de arte o facto de contribuir de alguma maneira para que se conhe a o modo como as crian as do 2 ciclo percepcionam e valorizam as obras de Arte P blica e para termos uma ideia de como ocorre desenvolvimento da percep o do espa o urbano nas crian as e por ltimo o facto de definirmos um enquadramento te rico para a literacia em artes em particular para a literacia em artes visuais Estrutura da disserta o Seguindo a estrutura formalizada esta disserta o desenvolve se em tr s partes distintas Ap s a introdu o a segunda parte refere se ao enquadramento te rico relativo problem tica Subdivide se em oito cap tulos onde apresentamos e reflectimos sobre os conceitos que nos permitem discutir o nosso problema e enquadrar as nossas conclus es No cap tulo 1 Apresentamos e analisamos a base conceptual subjacente ao programa da disciplina de EVT e s co
261. e posic o Muitas vezes mudamos deliberadamente de posi o para que possamos ter uma vis o mais completa do objecto que observamos E isso acontece porque em nenhum momento a partir de um ponto fixo o olho humano pode registar completamente um objecto tridimensional Assim para que a mente humana possa apreender um objecto tridimensional no seu todo o observador ter de se deslocar sua volta sintetizando e transcendendo a informac o recolhida em cada um dos diferentes ngulos Arnheim 1988 Brice o vila 2002 N o nos devemos esquecer que a vis o n o um aparelho de registo mec nico semelhante a uma m quina de filmar A nossa vis o organiza completa e sintetiza a estrutura encontrada nas imagens concretas dos objectos Por exemplo quando a parte visivel de um objecto apresenta uma configurac o suficientemente impositiva e reconhec vel pelo observador por exemplo uma coluna cil ndrica a nossa vis o tende a completar espontaneamente o objecto Esta tend ncia perceptiva pode ser enganadora quando a parte oculta do objecto n o completa a sua forma da maneira mais simples e mais coerente tal como podemos observar nas imagens a e b da Figura 1 Arnheim 1986 e 1988 I Um exemplo do que dizemos nos dado por Maderuelo 1990 55 6 quando se refere obra de Ronald Bladen The X 1967 Esta obra de Bladen com forma de una gran X de m s de seis metros y m dio de altura no es un aspa perfecta
262. e ter uma ideia da pan plia de diferentes defini es de literacia consoante os diferentes pa ses consultar o relat rio da UNESCO Education for All Global Monitoring Report 2006 Literacy for Life cap tulo 6 p ginas 147 159 dispon vel em linha em lt www efareport unesco org gt No Brasil e apenas para citar um exemplo um indiv duo s considerado literato se completar pelo menos 4 anos de escolaridade Unesco 2006 56 189 Segundo o mesmo autor nos EUA muitas vezes a literacia em artes tamb m designada como literacia est tica Arte P blica como Recurso Educativo Are Pubis come Recurso Educative 124 Capitulo 7 Literacia e educagao artistica Hong op cit numa perspectiva mais abrangente prefere falar numa ampliac o do uso do conceito ao longo do tempo definindo essa evolu o em tr s etapas distintas 1 a literacia em artes como codifica o e descodifica o das nota es simb licas 2 a literacia em artes como resposta s obras de arte 3 a literacia em artes como consequ ncia do fazer criar como resposta e como reflex o em rela o aos objectivos processos e contextos da arte Na primeira etapa que corresponde a uma perspectiva inicial a literacia em artes relaciona se com ler e escrever usando a codifica o formal da nota o simb lica de cada forma art stica Este uso implica tamb m a habilidade para usar a terminologia espec fica ou termos t cnicos assoc
263. e todo o dia foram muitos os curiosos que desceram Baixa Pombalina para ver a exposi o Mas foi a Piu Piu que atraiu todas as aten es Uma selvajaria Isto n o vai durar muito tempo E ainda faltam os graffiti ironizou a fam lia Forte que veio de Massam para ver a CowParade E como o dia era de Primavera viemos a p de l de cima do Marqu s fomos ao Chiado e agora estamos de regresso Isto para pa ses civilizados diz Ars nio Cavaleiro Depois de observar durante alguns minutos o movimento volta da vaca Piu Piu este lisboeta frisa que a nica solu o era as obras estarem dentro de uma c pula acr lica e com rede electrificada volta At as crian as se montam em cima das vacas diz As beldades bovinas podem ser vistas nas ruas de Lisboa at finais de Agosto A 30 de Setembro caso sobrevivam s noites quentes de Ver o ser o leiloadas http dn sapo pt tools imprimir html file 2006 05 15 cidades vaca piupiu vandaliz 15 05 2006 Anexo 4 Vandalismo no Parque D Carlos I Caldas da Rainha Vandalismo no Parque D Carlos Divulgado publicado no a na Gazeta em Junho de 2005 A est tua do pintor Jos Malhoa foi uma das pecas vandalizadas no passado fim de semana no Parque D Carlos Durante a madrugada de sexta para s bado dia 11 desconhecidos entraram no parque e pintaram com tinta de esmalte cinco est tuas junto ao Museu Malhoa tendo ainda danificado diverso equipamento no
264. e uma peca de escultura s pode ser vista se andarmos a sua volta ou um grande painel de azulejos s poder ser visto na sua totalidade se nos deslocarmos no espaco Com base na multiplicidade de vistas que os nossos olhos registam nesse travelling em volta das obras a mente sintetiza uma imagem Para a s ntese contribui o facto de essas diversas vistas n o aparecerem sem relac o entre si pelo contr rio medida que o observador anda volta de um objecto ou que o objecto gira em frente dos seus olhos vai recebendo uma sequ ncia ordenada de projecc es que se alteram gradualmente A coer ncia desta sequ ncia de imagens facilita a identificac o do objecto ao qual se referem todas as vistas em particular ou seja forma se uma imagem mental que sintetizada com maior ou menor sucesso a partir das vistas parciais Arnheim 1988 96 Segundo estudos de Piaget citados por Arnheim Ibidem 101 e confirmados em parte por Spelke 1990 esta capacidade de perceber e coordenar globalmente os diferentes pontos de vista formando assim a s ntese das diferentes imagens ocorre nas criancas por volta dos nove ou dez anos o que significa que potencialmente todos os alunos inclu dos no nosso estudo possuem esta capacidade dado que a faixa et ria abrangida entre os dez e os treze anos Para Von Meiss op cit cada objecto colocado no espaco urbano tem a sua pr pria espacialidade que o autor em analogia com o brilho de uma l mp
265. ecidas para o trabalho de grupo gerir materiais e equipamentos colectivos partilhar espa os de trabalho e ser capaz de avaliar esses procedimentos DEB 2001 153 1 Segundo o documento o Desenvolvimento da criatividade compreende Valorizar a express o espont nea Procurar solu es originais diversificadas alternativas para os problemas Seleccionar a informa o em fun o do problema Escolher t cnicas e instrumentos com inten o expressiva Inventar s mbolos c digos para representar o material art stico Participar em momentos de improvisa o no processo de cria o artistica DEB 2001 154 132 Segundo o documento a Compreens o das artes no contexto compreende Identificar caracter sticas da arte portuguesa Identificar caracter sticas da arte de diferentes povos culturas e pocas Comparar diferentes formas de express o art stica Valorizar o patrim nio art stico Desenvolver projectos de pesquisa em artes Perceber a evolu o das artes em consequ ncia do avan o tecnol gico Perceber o Arte P blica como Recurso Educativo 22 ri P blica come Recurso Educative 127 Capitulo 7 Literacia e educagao artistica Desenvolvimento da criatividade MN e A Desenvolvimento propria o LITERACIA da capacidade das linguagens EM ARTES de express o elementares das artes e comunica o Y TI A A Compreens o e das artes no contexto Esquema 11 Os quatro eixos interdependentes da Lit
266. ecurso Educativo xii indice de Graficos Indice de Graficos Gr fico 1 Comparac o entre o aparecimento cronol gico dos est dios de percepc o do espa o urbano nos desenhos e nas maquetas nnn 76 Gr fico 2 Distribui o et ria dos alunos envolvidos no estudo 164 Gr ficos 3 e 4 Gr fico de frequ ncias e histograma da escolaridade da m e nos locais com muita Arte P DliCaz i ehhh ads 165 Gr ficos 5 e 6 Gr fico de frequ ncias e histograma da escolaridade da m e nos locais com pouca Arte P DIICA tt Rhee aie Ra ead Sep asa elt cae bo 165 Gr ficos 7 e 8 Gr fico de frequ ncias e histograma da escolaridade do pai nos locais com multa Arte Publica cs a ies a dort eee eee 165 Gr ficos 9 e 10 Gr fico de frequ ncias e histograma da escolaridade do pai nos locais com pouca Arte P blica cree cts e ded a Seatac Rane ed ce 165 Gr fico 11 Profiss o da m e Compara o entre locais com muita e com pouca Arte P blica Gr fico 13 Modo de deslocac o para a escola Comparac o entre locais com muita e pouca Arte P blica e o e o Dona 167 Gr fico 14 e 15 Cruzamento entre a escolaridade dos pais e o modo de deslocac o para a 1E 01 Fe E EN 168 Gr fico 16 e 17 Cruzamento entre a profiss o dos pais e o modo de desloca o para a ESCOld ON 168 Gr fico 18 Tempo de deslocac o para a escola Comparac o entre locais com muita e pouca Ane PUDICA A a A aida 168 Gr fico 19 Com quem te desloc
267. educa o perspectiva hist rica Lisboa Faculdade de Psicologia e Ci ncias da Educa o da Universidade de Lisboa Tese de doutoramento FR IS Jo o Pedro coord 2000 Educa o est tica e art stica abordagens transdisciplinares Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian G NDARA Maria Isabel 2003 Desenho infantil um estudo sobre os n veis do s mbolo 4 ed Lisboa Texto Editora GARDNER Howard 1987 Arte mente y cerebro Barcelona Paid s GARDNER Howard 1989 Zero Based Arts Education An introduction to ARTS PROPEL Studies in Art Education Reston Virgina National Art Education Association ISSN 0039 3541 Vol 30 n 2 p 71 83 GARDNER Howard 1990 Art Education and Human Development Los Angeles Getty Center for Education in the Arts Occasional paper series v 3 ISBN 0 89236 179 4 GARDNER Howard 1994 The Arts and Human Devolpment Nova lorque Basic Books Traduc o para portugu s As artes e o desenvolvimento humano Porto Alegre Artes M dicas 1997 GARDNER Howard 1995 Intelig ncias M ltiplas A Teoria na Pr tica Porto Alegre Artes M dicas GOLOMEB Claire 2004 Young Children s Sculpture and Drawing A Study in Representational Development In EISNER Elliot e DAY Michael eds Handbook of Research and Policy in Art Education New Jersey Lawrence Erlbaum Associates p 329 58 ISBN 0805849726 GOLOMBEK Silvia Blitzer 1993 A sociolog
268. educa o informal e a segunda organiza o de um m todo facilitador da frui o e da experimenta o art stica Assim este programa privilegia essencialmente o di logo com as obras de arte promovendo de uma forma sistematizada o desenvolvimento da sensibilidade art stica e a educa o visual Fr is op cit 216 semelhan a do programa VTS que se destinava essencialmente a observadores 123 principiantes o Primeiro Olhar privilegia o contacto precoce com a arte pelo que no desenvolvimento do programa s o utilizadas as seguintes estrat gias a aprecia o e cria o art stica realizada a partir das qualidades expressivas das obras observadas b despertar o interesse dos educadores crian as e adultos para as duas colec es de arte da FCG c possibilitar o di logo com as obras atrav s de materiais did cticos especialmente concebidos para a explica o est tica d proporcionar aos educadores atrav s de iniciativas formativas a utiliza o deste modelo na prepara o de visitas de estudo aos museus Pelas suas caracter sticas este programa assume a diverg ncia com as propostas do movimento da Educa o pela Arte ou se quisermos da express o livre e est baseado nas investiga es levadas a cabo pela psicologia do desenvolvimento nas artes visuais apresentando dois eixos principais que norteiam o seu desenvolvimento a experimenta o pl stica e a frui o art stica F
269. educaci n da forma o inicial de do curso de Universidade professores em est gio na forma o de de Girona Escuela Malagrida em Olot professores Patrimonio Y Mar a Jos Liebana Grupos de Este projecto foi desenvolvido Este projecto arte infantil Sanz Karen Santillana 20a 25 em 6 cidades diferentes mas continua a ser Mazarrasa del Mar crian as sempre com o objectivo desenvolvido Nati Grado Arnuero dos 6 aos 14 principal de consciencializar passando por Santander anos os alunos para o valor do outras cidades Altamira patrim nio afim de lhes do pa s Li rganes despertar a necessidade de o proteger e conservar utilizando para isso o recurso express o pl stica Todas as actividades foram desenvolvidas in situ e fora do hor rio escolar Desarrollo de Universiade Alcal de Forma o O objectivo principal deste O material habilidades de Alcal Henares e inicial de projecto foi a produ o de did ctico foi perceptivas e Guadalajara professores material did ctico espec fico elaborado pelos criticas a partir e alunos para estimular a alunos do 3 ano del entorno experimenta o a observa o do curso de urbano e a an lise do ambiente em forma o de volta da escola Esse material professores na foi aplicado nas respectivas disciplina de escolas durante as pr ticas Educaci n pedag gicas dos alunos em Art stica y su forma o e contemplava Did ctica actividades sensoriais e emocionais actividad
270. eficazes deixaram pouco a pouco de erguer monumentos Ibidem 21 Quando referimos que as produ es art sticas s o n o monumentais queremos dizer que perderam as caracter sticas habitualmente associadas aos monumentos e que j referimos em parte na nota anterior nomeadamente a exist ncia de pedestal ou de uma peanha que para al m de contribuirem para a verticalidade da obra serviam como forma de elevar a escultura e assim contribuir para a glorifica o da mem ria dos factos representados Regat o 2003 35 podemos situar a perda do pedestal com as obras Balzac 1897 e os Burgueses de Calais 1884 86 de Rodin e em Portugal embora seja comum situar a perda do pedestal na obra D Sebasti o 1973 de Cutileiro na realidade ela aconteceu muito antes com o Monumento aos Combatentes de Angola 1966 de Jos Aur lio situado em bidos esta obra mais conhecida como a M o de bidos e foi a primeira no nosso pa s que renunciou ao pedestal e ao uso de materiais nobres como o bronze ou o m rmore uma vez que feita em bet o o recurso a uma linguagem figurativa ou se quisermos a uma linguagem naturalista tal como assinala Regat o Op cit 34 o monumento at segunda metade do s culo XX n o se limitou apenas a assumir formas figurativas mas caracterizou se principalmente por uma linguagem naturalista que procura reflectir o mais fielmente poss vel as caracter sticas das figuras ou ob
271. efinir para cada est dio intervalos de idade enquanto que Ellis e Battro afirmam que crian as de diferentes idades podem estar num mesmo est dio Arte P blica como Recurso Educativo 75 Cap tulo 4 A Paisagem Urbana nos desenhos das crian as lll re ne caracter sticas do Estadio do Realismo Nascente e o Est dio IV re ne caracter sticas do Est dio Pseudo Naturalista Desenhar uma paisagem urbana pode ser uma tarefa um tanto complexa se pensarmos no processo cognitivo necess rio para transformar uma realidade percepcionada a tr s dimens es numa representa o bidimensional Esta tarefa parece ainda mais complexa quando executada por uma crian a mas o artista e professor Ant nio Olaio apresenta o desenho como uma forma de s ntese e de entendimento da paisagem urbana ou seja sugere que o desenho uma forma de compreens o da realidade que est perante os nossos olhos Perante a complexidade da paisagem urbana o desenho pode ser um precioso instrumento de s ntese E mais do que percepcionar a realidade como somat rio de objectos pelo desenho podem tornar se vis veis linhas de for a que estruturam a paisagem Olaio 2006 34 Contudo parece ser mais simples para uma crian a realizar uma maqueta do espa o urbano do que desenha lo A provar esta afirma o est o estudo comparativo de Battro e Ellis entre a evolu o da representa o da imagem da cidade em maquetas e em desenhos Estes dois inve
272. egr los num determinado est dio ainda que de modo especulativo e indici rio Arte P blica como Recurso Educativo Are Pubis come Recurso Educative 149 Capitulo 4 Escolha da populac o e definig o da amostra 4 Escolha da populac o e definic o da amostra A escolha das escolas para a aplicac o dos question rios aos alunos foi norteada apenas por dois crit rios principais escolas situadas em paisagens urbanas com muitas obras de Arte P blica escolas situadas em paisagens urbanas com poucas obras de Arte P blica Mas estes crit rios levantaram a partida algumas dificuldades As palavras muitas e poucas remetem nos partida para uma quantifica o das obras de arte p blica existentes em cada local Mas como iriamos n s fazer esta quantifica o A partir de quantos exemplares poder amos considerar muitos Tr s quatro dez Ou para sermos mais correctos far amos um r cio entre o n mero de obras e o n mero de habitantes ou entre o n mero de obras e a rea da localidade Qualquer uma destas solu es n o faria qualquer sentido uma vez que os n meros a encontrar seriam totalmente deturpados se duas localidades diferentes tivessem o mesmo n mero de obras de arte p blica e diferissem no n mero de habitantes ou na sua rea Assim evitando os constrangimentos da quantifica o decidimos aplicar os question rios em locais que tendo bastantes exemplares de obras de arte p blic
273. elaciona se com o facto de a textura ser um elemento essencialmente t ctil e n o visual e da os alunos n o o referirem a segunda conclus o que tiramos que os alunos n o t m o h bito de tocar nas obras de arte porque normalmente estas pe as se encontram em locais pouco acess veis a esse contacto ou porque existe uma certa limita o cultural participa o activa dos cidad os com as obras de arte a terceira e ltima conclus o refere se ao facto de os alunos n o terem eventualmente desenvolvido a sua sensibilidade para este elemento da gram tica visual fruto de uma deficiente educa o art stica ou dos seus fracos h bitos culturais Recordamos que neste estudo n o verificamos um aumento significativo dos saberes art sticos a medida que aumentava o n vel de escolaridade Na avalia o qualitativa de uma obra de Arte P blica os alunos dos locais com muita Arte P blica revelam uma aprecia o de car cter mais cognitivo deixando os aspectos de aprecia o emocional para segundo plano enquanto que os alunos dos locais com pouca Arte P blica fazem uma aprecia o tanto emocional como cognitiva sendo no entanto a de car cter emocional a mais imediata Baseados na teorias de Parsons e Housen sobre a aprecia o est tica podemos inferir que os alunos que fazem uma aprecia o mais cognitiva disp em de um conjunto de ferramentas que lhes permite emitir uma aprecia o cr tica sobre o objecto art stico enc
274. em a pe a n o lhes agradava e que consideravam mesmo ser um pouco ofensiva A vereadora ainda diz que a sa da de escultura daquele local n o um facto consumado e que esta poder mesmo voltar mas tudo depender do processo de di logo que a Junta de Freguesia ir ter com os moradores A arte n o deve ser assim para chocar as pessoas N o queremos que as pe as sejam um motivo de disc rdia e sim um motivo aglutinador com as quais as pessoas se sintam bem disse Maria da Concei o considerando que nem com uma placa identificava e explicativa da pe a seria suficiente para serenar os nimos destes habitantes Quem viu com satisfa o o cami o da C mara levar a escultura do seu bairro foi Arlete Veiga Havia quem dissesse que era a l ngua de veneno das pessoas do Bairro das Morenas comentou A morar mesmo em frente da rotunda a mun cipe prefere que a C mara coloque no local algo mais bonito ou ent o que apenas fa a um arranjo na rotunda que ficou sem condi es depois da ruptura da conduta de gua Outra moradora do bairro Susana Sousa tem uma opini o diferente Primeiro as pessoas t m que entender o que esta escultura e dar o seu devido valor afirmou Entende por isso que um erro que se retire a pe a deste local Esta zona est um bocado degradada em rela o ao resto da cidade e a escultura sempre dava um melhor aspecto rotunda A solu o poder passar pela coloca o de uma
275. em escrito nos ltimos anos sobre literacia contudo a defini o do conceito parece longe do consenso e hoje muito mais complexo do que era anteriormente devido a cada vez mais reas distintas reclamarem a necessidade de se ser literato A necessidade de um cidad o ser literato para que possa exercer os seus direitos e deveres de cidadania uma ideia muito recorrente nos textos apresentados no livro Di logos com a Literacia organizado por Helena Cidade Moura e publicado em 2005 Roberto Carneiro 2005 41 no seu texto Escola Literacia e Cidadania afirma que a escola o motor da vitalidade democr tica da na o e que a literacia formal est na raiz da compreens o do mundo da vida e dos fen menos sociais Na mesma publica o Joaquim Magalh es Mota 2005 12 vai mais longe e afirma que a literacia uma exig ncia da pr pria democracia e uma condi o de n o exclus o No Portal da UNESCO dedicado literacia a ideia de que esta compet ncia um meio para a participa o dos cidad os na sociedade igualmente referida a par da sua contribui o para o desenvolvimento humano e para a redu o da pobreza no mundo Tamb m Lee Emery e Adele Flood 1997 67 no seu texto Visual ne Segundo o Dicion rio da Lingua Portuguesa da Porto Editora literato 1 individuo que possui grande soma de conhecimentos de literatura 2 aquele que se ocupa habitualmente de literatura
276. em ser as imagens p blicas Lynch 1999 17 Parece haver uma imagem p blica de qualquer cidade que a sobreposi o de imagens de muitos indiv duos Ou talvez haja uma s rie de imagens p blicas criadas por um n mero significativo de cidad os Tais imagens de grupo s o necess rias quando se pretende que um indiv duo opere de um modo bem sucedido dentro do seu meio ambiente e coopere com os seus companheiros Cada indiv duo tem uma imagem pr pria e nica que de certa forma raramente ou mesmo nunca divulgada mas que contudo se aproxima da imagem p blica e que em meios ambientes diferentes se torna mais ou menos determinante mais ou menos aceite Ibidem 57 Segundo Argan 2005 232 a constru o destas imagens o resultado da nossa viv ncia na cidade uma vez que quase toda a nossa exist ncia passada na cidade quase todas as imagens que possu mos s o resultantes dessa viv ncia evidente que se nove d cimos da nossa exist ncia transcorrem na cidade a cidade a fonte de nove d cimos das imagens sedimentadas em diversos n veis da nossa mem ria Essas imagens podem ser visuais ou auditivas e como todas as imagens podem ser mnem nicas perceptivas eid ticas Ibidem 232 3 Para Lynch op cit 18 a paisagem urbana pode ser analisada segundo tr s componentes a identidade a estrutura e o significado A separa o destes tr s componentes apenas deve ser equacionada num plano a
277. em urbana por isso nao surpreendente encontrar esta discrep ncia entre a observac o do meio envolvente em geral e a observac o espec fica de obras de arte Ao olhar para uma obra de arte 75 dos alunos da amostra dizem perceber sempre ou quase sempre o que est o a ver Neste caso em particular n o encontr mos diferencas significativas entre os alunos do 5 ou do 6 ano de escolaridade mas verificamos haver diferencas entre os Arte P blica como Recurso Educativo 22 ri Pubis come Recurso Educative 175 Cap tulo 1 Apresenta o de resultados alunos das escolas situadas em paisagens urbanas com muita e com pouca Arte P blica como veremos adiante Dar aten o ao que est em redor das obras o que dizem fazer 69 1 do total dos alunos da amostra e como sabemos considerar o contexto em que as obras de Arte P blica est o inseridas um dado importante na aprecia o das mesmas Quando comparamos estes resultados nas duas situa es em estudo n o encontramos diferen as muito acentuadas contudo h uma ligeira superioridade nos locais com muita Arte P blica Figura 9 Retrato de Fernando Pessoa 1954 Almada Figura 10 Mar sem fim 1983 Jo o Fragoso Jardins Negreiros Museu da Cidade de Lisboa da Funda o Gulbenkian Perante duas imagens uma de um quadro e outra de uma escultura num jardim Figuras 9 e 10 era perguntado aos alunos qual das duas representava uma obra de Arte P blica
278. encontravam Relembramos que Battro e Ellis op cit nos dizem que a progress o dos alunos pelos diferentes est dios n o o resultado de um ensino ou de uma aprendizagem particular pois um produto de um desenvolvimento espont neo dos sistemas cognitivos de cada indiv duo Assim verifica se uma epig nese da imagem urbana que universal e se manifesta numa crescente representa o e incorpora o de novos elementos nos desenhos a partir do elemento estruturante inicial As vias O amadurecimento do sistema nervoso e a diversifica o das experi ncias quotidianas na cidade modelam esta evolu o da imagem urbana das crian as mas n o a determinam Pelo que acabamos de evocar estes resultados parecem indicar nos que os alunos dos locais com muita Arte P blica desenvolveram mais a sua percep o do espa o urbano do que os outros No entanto n o podemos deixar de ressalvar que o desenvolvimento da percep o do espa o urbano est directamente vinculada com a legibilidade e com a viv ncia dos indiv duos nesses espa os e n o apenas com a presen a de obras de arte n o obstante estas se Arte P blica como Recurso Educativo 22 to P bica come Recurso Educative 198 Capitulo 3 Analise e discussao dos resultados constituirem como um dos elementos propiciadores da legibilidade e da qualidade desses espacos Dai podermos inferir que a continua familiaridade dos alunos com estes elementos marcantes vem progressivam
279. entanto segundo Hong op cit h pouca investiga o no que se refere a uma compreens o articulada da natureza da amplitude e das implica es da literacia nas artes pois at hoje nenhum estudo proporcionou uma compreens o articulada do termo quer com a arte como um todo quer com uma forma art stica em particular Especialmente durante as duas ltimas d cadas v rios pa ses t m realizado diversos estudos tendo por base esta aproxima o contempor nea educa o art stica Um exemplo disso o estudo realizado no Canad do qual resultou o relat rio The state of the art arts literacy in Canada realizado pelo Social Sciences and Humanities Research Council of Canada E Veja se Michael Parsons 1992 Compreender a arte 182 Uma tentativa de articular a natureza e as implica es da literacia nas artes foi iniciada no livro More than words can say a set of arts literacy papers publicado em 1997 pelo Australian Institute of Art Education da University of Camberra j citado neste texto Arte P blica como Recurso Educativo 22 rio Pubis come Recurso Educative 125 Capitulo 7 Literacia e educagao artistica SSHRC publicado em 1993 Neste relat rio diz se que uma pessoa literata em artes aquela que demonstra um nivel de conhecimento compreens o e valorizac o numa ou em mais artes Uma pessoa literata em artes procura e assiste a experi ncias em uma ou mais artes percebe e responde s qual
280. ente constituir um est mulo para um maior desenvolvimento da sua capacidade perceptiva 3 9 An lise e discuss o dos resultados da validac o das hip teses espec ficas 3 9 1 Hip teses a e c O contacto frequente dos alunos com obras de Arte P blica favorece o desenvolvimento da sua percepc o do espaco urbano O modo como os alunos se deslocam para a escola influencia a sua percepc o do espaco urbano Como vimos na validac o das hip teses confirm mos a hip tese a mas refut mos a hip tese c cujos resultados nos parecem ajudar a confirmar a primeira raz o pela qual discutimos as duas em conjunto No desenvolvimento da percepc o do espaco urbano h pois uma interacc o entre factores intr nsecos e extr nsecos aos quais Arnheim 2000 156 parece aludir quando afirma que o desenvolvimento mental das criancas est intimamente ligado s suas experi ncias sensoriais Com base nos resultados que apresent mos parece nos haver efectivamente um maior desenvolvimento da percepc o do espaco urbano por parte dos alunos nos locais com muita Arte P blica Neste estudo verific mos que esse desenvolvimento n o influenciado nem pela escolaridade nem pelo modo de deslocac o para a escola Consideramos surpreendente que neste estudo o facto de os alunos se deslocarem a p para a escola n o um factor influente do desenvolvimento da percepc o do espaco urbano uma vez que a literatura espec fica aponta
281. epresentarem O aparecimento da representa o tridimensional nos desenhos das crian as faz parte da sua evolu o natural e tem se revelado bastante dif cil de caracterizar tanto mais que parecem haver dois conceitos diferentes na representa o do espa o Cottinelli Telmo 1986 e 1991 a representa o do espa o nos objectos e a representa o dos objectos no espa o Segundo Piaget cit por Cottinelli Telmo 1986 24 estes dois conceitos aparecem paralelamente dado que ambos t m a sua origem na diferencia o e coordena o dos pontos de vista Apesar do investigador su o n o ter estudado a rela o entre estes dois conceitos considera que ambos se podem observar simultaneamente nos desenhos das crian as 8 Estes dois autores s o professores na University of Montereal Quebec Canad O estudo que realizaram intitula se Town and city children s macro space cognitive representation a comparative study Este estudo foi realizado com criancas entre os 9 e os 11 anos de uma zona rural rural village e de um bairro de uma zona urbana urban neighborhood escolhidos exactamente pelas suas especificidades que os distinguem densidade populacional utilizac o do espaco e caracter sticas dos edificios A recolha de dados foi feita atrav s da constru o de maquetas com materiais manipul veis e o registo das conversas das crian as enquanto construiam Depois da constru o das maquetas os alunos tinham de assinalar no map
282. er ser entendida como uma produ o social e cultural baseada em necessidades concretas a qual tem a fun o social de transmitir e formalizar Arte P blica como Recurso Educativo 211 Conclus es conte dos sociais pelo que dever ser sempre analisada em contextos concretos Esta aparente limita o da Arte P blica n o mais do que uma relevante mais valia que justifica claramente o uso educativo das obras de arte em espa os p blicos Se as obras de Arte P blica devem ser analisadas em contextos concretos significa que as aprendizagens que da decorrem est o contextualizadas e s o significativas para os indiv duos daquela comunidade Isto porque as situa es que facilitam a integra o de novos conhecimentos acontecem quando as crian as se encontram em situa es naturais ou seja em situa es de aprendizagem contextualizadas Contributo 2 O consumo cultural dos portugueses apresenta alguma vulnerabilidade face varia o da conjuntura econ mica A Arte P blica pode ter neste campo um papel importante pois o acesso livre e gratuito a estas obras de arte pode ser um factor fundamental que garante a continuidade do consumo cultural em massa dos cidad os mesmo em alturas de recess o econ mica Contributo 3 O objectivo principal de um professor de Educa o Visual ou de um pai que esteja preocupado com a Educa o Art stica do seu filho deve ser o desenvolvimento da Literacia em Artes Visuais
283. er o n o se sentir aptos a fru las Verificamos aqui a referida rela o entre aprecia o e conhecimento bem como a necessidade da educa o art stica como forma de dotar os alunos com as ferramentas necess rias aprecia o art stica pois como nos diz Housen op cit os observadores menos experientes n o est o menos aptos a ver arte t m menos ferramentas para o fazer Contudo os resultados obtidos no nosso estudo revelaram nos que os alunos dos locais com muita Arte P blica est o mais aptos a identificar e a reconhecer este tipo de obras de arte enquanto que os alunos dos locais com poucas obras t m mais d vidas nesse reconhecimento e um menor esclarecimento quanto a algum vocabul rio espec fico nomeadamente no que se refere diferen a entre est tua e escultura Arte P blica como Recurso Educativo 22 to P blica come Recurso Educative 202 Capitulo 3 Analise e discussao dos resultados Reyero op cit fala das caracteristicas fisicas das obras de arte como um factor importante capaz de influenciar a percepc o Arnheim 1992 97 refere que os objectos adquirem a natureza dos materiais com que sao feitos Maderuelo op cit evoca que muitos artistas contempor neos evidenciam nas suas obras as propriedades dos materiais com fins est ticos e Von Meiss op cit menciona a espacialidade dos objectos e as condi es de luz que influenciam a sua percepc o Fic mos a saber que os elementos
284. er o tamb m contribuir para que os alunos desenvolvam h bitos de observa o do meio envolvente como a qualidade e legibilidade do espa o urbano a presen a de elementos marcantes e de obras de Arte P blica o modo de desloca o para a escola a sensa o de seguran a sentida ou incutida em cada local ou a atitude dos pais face permiss o de as crian as se deslocarem sozinhas no espa o Cottinelli Telmo 1986 e 1991 Brittain e Lowenfeld 1977 Dupre e O Neil Gilbert 1985 Kaplan 1985 Lynch 1999 Verificamos que os alunos dos locais com muita Arte P blica revelam uma maior tend ncia para observar o meio envolvente do que os alunos dos locais com pouca Arte P blica Contudo os alunos de ambos os locais dizem dispensar maior aten o aos elementos n o art sticos da paisagem urbana ou seja queles elementos que n o t m um car cter eminente de obra de arte como as pessoas OS carros os jardins e as rvores as casas e os pr dios No entanto verificamos que apesar de relegados para um segundo plano os elementos art sticos da paisagem re nem uma maior prefer ncia junto dos alunos dos locais com muita Arte P blica Verificamos tamb m que h uma grande percentagem de alunos dos locais com pouca Arte P blica que diz dar aten o ao graffiti considerando os como obra de arte Podemos inferir portanto que h uma aparente valoriza o do graffiti em detrimento de outras obras de arte menos valorizadas pelos
285. eracia em Artes DEB 2001 152 A apropria o das compet ncias relativas a estes quatro eixos segundo o documento ser realizada de forma progressiva num aprofundamento constante dos conceitos e conte dos pr prios de cada rea art stica dando origem a diferentes percursos de acordo com a especificidade de cada arte Ibidem 153 A introdu o deste novo conceito d nos o sinal ali s evidente no discurso adoptado no documento de que as artes desenvolvem compet ncias nos alunos que ser o imposs veis de desenvolver de outro modo As artes s o elementos indispens veis no desenvolvimento da express o pessoal social e cultural do aluno S o formas de saber que articulam imagina o raz o e emo o Elas perpassam as vidas das pessoas trazendo novas perspectivas formas e densidades ao ambiente e sociedade em que se vive A viv ncia art stica influencia o modo como se aprende como se comunica e como se interpretam os significados do quotidiano Desta forma contribui para o desenvolvimento de diferentes compet ncias e reflecte se no modo como se pensa no que se pensa e no que se produz com o pensamento As artes permitem participar em desafios colectivos e pessoais que contribuem para a constru o da identidade pessoal e social exprimem e enformam a identidade nacional permitem o entendimento das tradi es de outras culturas e s o uma rea de elei o no mbito da aprendizagem ao longo da vida
286. erais Quadros superiores Empres rios Desempregado Reformado O 0 nN Oa F amp F WN Dom stica 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 o N o sabe 1 Locais comMuita Arte P blica g Locais comPouca Arte P blica Gr fico 11 Profiss o da m e Comparac o entre locais com muita e com pouca Arte P blica Legenda Oper rio nao qualificado Oper rio qualificado Fun o Publica comercio Indiv Profissionais liberais Quadros superiores Empres rios Desempregado Reformado oO ON DOF WN Nao sabe 1 Locais comMita Arte P blica 0 Locais comPouca Arte P blica Gr fico 12 Profiss o do pai Compara o entre locais com muita e com pouca Arte P blica Constatamos que a maioria das profiss es qualificadas como profissionais liberais ou quadros superiores aparecem quase exclusivamente nos locais com muita Arte P blica e que as profiss es relacionadas com a fun o p blica com rcio e servi os t m maior frequ ncia nesses mesmos locais ao mesmo tempo que os oper rios qualificados ou n o qualificados t m maior frequ ncia nos locais com pouca Arte P blica H uma rela o muito significativa entre a escolaridade dos pais e a profiss o que ocupam confirmada pelos testes de y que efectu mos cf Tabela 6 g M e A Pai x p x P 206 15 lt 001 470 22 lt 001 Tabela 6 Verifica o de y entre Esco
287. eremos considerar o contexto socio econ mico desta escola um tanto heterog neo Tem cerca de 1050 alunos 650 dos quais pertencentes ao 2 ciclo e os restantes ao 3 ciclo Dado o panorama cultural e art stico da cidade das Caldas da Rainha decidimos incluir esta escola no nosso estudo A escola est situada no centro da cidade e no seu recinto existem igualmente algumas obras de arte Pelo exposto n o temos d vidas em considerar esta cidade como uma paisagem urbana com muitas obras de Arte P blica se http www festivalsonda com ae Expressao usada no sitio oficial da Camara Municipal das Caldas da Rainha na Internet lt URL http www cm caldas rainha pt e em diversas publica es da autarquia a Informac o disponivel em linha em lt URL http www giase min edu pt Arte Publica como Recurso Educativo 22 ro Pitbica come Recurso Educative 158 Capitulo 4 Escolha da populac o e definic o da amostra 4 1 6 Santo Tirso Santo Tirso uma cidade pertencente ao distrito do Porto situa se na margem esquerda do Rio Ave e dista da sede de distrito cerca de 28 km para norte O concelho tem actualmente cerca de 72400 habitantes concentrando se uma parte significativa na Cidade de Santo Tirso e na Vila das Aves os dois maiores p los aglutinadores de populac o devido ao seu forte desenvolvimento industrial Este enorme desenvolvimento industrial deixou na paisagem algumas marcas de polui o n o s ambie
288. eri ncia quotidiana Ibid 1991a 202 Em torno das situa es problema detectadas pelos alunos ou por eles sentida como relevante desenvolver se um conjunto de actividades conducentes resolu o dos problemas enunciados ao n vel a que os alunos podem trat los atrav s de um processo solicitador da aquisi o dos conte dos a dominar Ibidem Como j tivemos oportunidade de referir neste texto ao longo de todo o programa podemos observar uma explicita apologia do relacionamento das aprendizagens dos alunos com o meio que os envolve chegando se mesmo a afirmar que o maior contributo que a escola poder dar forma o dos alunos pelo menos neste grau de ensino talvez proporcionar lhes a Arte P blica como Recurso Educativo 30 Cap tulo 1 O lugar das artes visuais no curr culo do 2 ciclo experi ncia do mundo que os envolve Ibidem 203 Em coer ncia declara se preferir uma pedagogia centrada nas atitudes em detrimento de uma pedagog a excessivamente preocupada com os conte dos Ibidem 202 Segundo o mesmo documento e como tamb m j referimos as UT dever o desenvolver se em torno da resolu o de problemas Ibid 1991b 10 contudo alerta se para o seguinte A preocupac o do professor dever centrar se n o no percorrer obrigat rio das fases de um processo mas na cria o de condi es que permitam que o aluno construa e consciencial
289. eria estando inserida num contexto socio econ mico bastante heterog neo Tendo em conta o n mero de obras que se encontram colocadas na cidade n o tivemos d vidas em incluir esta escola no estudo pois consideramos que est claramente situada numa paisagem urbana com muita Arte P blica 2 Ideia sublinhada por Jo o Lima Pinharanda e Bernardo Pinto de Almeida nos seus textos inclu dos no Cat logo do 1 Simp sio Internacional de Escultura de Santo Tirso 91 ra Informa o dispon vel em linha em lt URL http www giase min edu pt eae Informa o dispon vel no Projecto Educativo da Escola EB 2 3 de S o Rosendo Arte P blica como Recurso Educativo 22 ri P blica come Recurse Educative 160 IV Apresenta o an lise e discuss o de resultados Cap tulo 1 Apresenta o de resultados 1 Apresenta o de resultados Neste cap tulo faremos a apresenta o dos resultados obtidos atrav s dos procedimentos estat sticos aplicados aos dados recolhidos pelos question rios e faremos a valida o das hip teses espec ficas 1 1 Question rios recolhidos por escola ano de escolaridade sexo idade e nacionalidade Para a realiza o deste estudo foram recolhidos 240 question rios nas 6 escolas seleccionadas Foram escolhidas aleatoriamente duas turmas de cada escola uma de 5 ano e outra de 6 pelo que o n mero de question rios recolhidos em cada escola vari vel tal como o n mero de
290. erificac o de a entre nivel sociocultural da fam lia e o que para ti uma obra de arte monumento cicada ed Ge ad ae Ge eee eile at 185 Tabela 35 Verificac o de a entre nivel sociocultural da fam lia e o que para ti uma obra de ER A ies A i a eee eee ed 185 Tabela 36 Verificac o de a entre nivel sociocultural da fam lia e o que para ti uma obra de arte Calcadal ticaincii east hao er ee eed 185 Tabela 37 Verificac o de ra entre nivel sociocultural da familia e ja ouviste falar de Arte P bliCA tia A eee ee ee 185 Tabela 38 Verificac o de a entre nivel sociocultural da fam lia e o que para ti Arte PUD ICA ed taining A A At cts 185 Tabela 39 Verificac o de a entre costumas reparar no que te rodeia e ao olhares para uma obra de arte reparas em todos os pormenores comparando os resultados dos locais com muita e com pouca Arte P blica eira aan 186 Arte P blica como Recurso Educativo indice de Tabelas Tabela 40 Verifica o de y entre ao olhares para uma obra de arte reparas em todos os pormenores e ao olhares para uma obra de arte das atenc o ao que esta a sua volta comparando os resultados dos locais com muita e com pouca Arte Publica 190 Tabela 41 Verificagao de entre localiza o da escola e dom nio de vocabul rio ESPEC TICOS sis ma de e e a E ete de Ye 191 Arte Publica como R
291. erspectiva formal para esta perspectiva da cr tica o mais importante a organiza o material e perceptiva da obra independentemente do seu significado expressivo ou da sua adequa o representativa ao modelo buscando e comentando a Arte P blica como Recurso Educativo 95 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico unidade org nica das obras a relac o entre as partes e entre estas e o conjunto Esta perspectiva critica uma das que mais influ ncia teve no estilo interpretativo de boa parte da educac o art stica d a perspectiva pragm tica analisa os fins os objectivos e os prop sitos dos quais se reveste a obra de arte sejam eles a satisfac o sensorial a transmiss o de valores a designac o de verdades a busca de conhecimento ou qualquer outro Esta perspectiva de an lise tamb m influenciou determinadas orienta es interpretativas da educa o art stica sobretudo aquelas que procuram um motivo de interpreta o para l dos elementos presentes na obra de arte Ibidem 143 4 Deste modo constatamos que o recurso aprecia o art stica nos curr culos escolares tem estado ligada s sucessivas tend ncias est ticas e s investiga es que se t m produzido nesta rea do pensamento Como nos recorda Broudy cit por Arriaga Agirre op cit 146 a pr pria educa o art stica n o foi sempre a educa o do gosto ou o cultivo da percep o est tica op o que e
292. erva o obras de arte de qualidade e que lhes transmitam os conhecimentos necess rios para que possam ter o tempo para olhar para que tornem o seu olhar mais abrangente limpo e profundo mas tamb m mais organizado Contributo 8 Segundo o nosso estudo os elementos da gram tica visual aos quais os alunos mais d o aten o s o a cor a forma e o tamanho Assim sugere se que se inicie a abordagem pedag gica das obras de Arte P blica por estes elementos como forma de motiva o dos alunos e que progressivamente se v o introduzindo os outros como a estrutura ou a textura por exemplo Contributo 9 Os alunos nesta faixa et ria revelam uma grande curiosidade natural que os leva a serem bastante observadores e curiosos Contudo se o seu modo de olhar n o estiver educado a sua aten o dispersar se Constatamos no nosso estudo que os alunos dispensam mais aten o aos elementos n o art sticos da paisagem urbana Isto revela que s o observadores pouco experientes e que se encontram nos est dios iniciais de percep o est tica recomend vel que se oriente a aten o dos alunos para os elementos est ticos da paisagem de modo a que estes possam progredir como observadores tornando se progressivamente mais experientes e mais conhecedores Contributo 10 Verific mos no nosso estudo que os alunos dos locais com muita Arte P blica revelam ter um maior desenvolvimento da percep o do espa o urbano e uma maior Litera
293. es perceptivas e cr ticas e actividades de desenho As sess es de trabalho com os alunos nas escolas inclu am sa das aos locais e debates Cultura Visual Universidade Ontinyent Forma o Este projecto foi desenvolvido Os artefactos a Ontinyent de Val ncia cidade 90 inicial de com os alunos do curso de visuais km a sul de professores Maestro especialista en trabalhados Val ncia e alunos educaci n infantil futuros neste projecto 2003 4 educadores de inf ncia e v o desde os pretendeu estudar as edif cios representa es de 34 publicidade artefactos visuais da cidade passando pelas contrastando a cultura visual esculturas ou de car cter local com a cultura pelas festas visual de massas Os alunos apenas para produziram mais de 1000 citar alguns desenhos no conjunto de exemplos todos os temas Actividades Museu d art Actividades Crian as e O site do Museu d Art Modern Os destinat rios pedag gicas Modern de propostas jovens de Tarragona disponibiliza um destas com Tarragona on line conjunto de actividades com actividades s o esculturas base nas esculturas sedeadas os professores p blicas nas imedia es do museu que as podem usar na sua 136 Veja se a refer ncia bibliogr fica da nota anterior ae Veja se Mar a Jos Sanz et al In BELVER Manuel et al 2005 ed Arte Infantil en contextos contemporaneos p 169 176 Veja se Alfredo Palacios Garrido In BELVER Manuel et al
294. es visuais o segundo que todas as obras que serviram de base sua investiga o pertencem tradi o art stica das belas artes e por ltimo que o m todo das entrevistas semiestruturadas se revela pouco rigoroso Tamb m Hern ndez Ibidem faz uma outra cr tica a este trabalho quando constata que Parsons utiliza um marco de refer ncia est tica de base formalista muito pr ximo daquele que vigorava na modernidade e uma no o de desenvolvimento psicol gico de car cter individual e vinculado aprendizagem conceptual Este autor refere ainda que mais tarde o pr prio Parsons reconheceu essas limita es fruto da vincula o a uma corrente de pensamento dominante durante a primeira metade dos anos oitenta Contudo n o podemos deixar de reconhecer m rito aos estudos de Parsons por aproximarem o tema do conhecimento est tico e art stico s investiga es que se realizaram nos anos setenta nos EUA no mbito da psicologia do desenvolvimento cognitivo Estes estudos abriram portas para a realiza o de outros posteriores no mesmo mbito Referimo nos s investiga es levadas a cabo por Abigail Housen psic loga cognitiva e investigadora na Harvard Graduate School of Education das quais resultou uma revis o da teoria de Parsons Para formular a sua teoria dos Est dios Est ticos Housen usou um tipo de entrevista qual chamou Entrevista de Desenvolvimento Est tico e que consistia essencialment
295. escultura Este facto poder indiciar que os alunos revelam ainda algumas lacunas no que respeita familiaridade com conceitos espec ficos da rea das artes visuais Os alunos em ambas as situa es em estudo revelaram ser a cor o elemento da gram tica visual ao qual d o mais aten o quando observam obras de Arte P blica seguido da forma e do tamanho e a textura aparece sempre como sendo o elemento ao qual d o menos aten o Mais frente na discuss o da hip tese e analisaremos com detalhe estes resultados Para Quintana Cabanas 1993 a capacidade de apreciar arte est directamente relacionada com a sensibilidade individual mas tamb m com o conhecimento sobre arte pois como ele pr prio afirma a contempla o sem o conhecimento tem pouco sentido Quintana Cabanas op cit 371 J a capacidade de julgar arte essencialmente segundo o mesmo autor uma compet ncia no dom nio t cnico que requer um grande conhecimento sobre arte e uma profunda educa o t cnica Perante os resultados obtidos pensamos que os alunos envolvidos neste estudo est o apenas aptos a apreciar arte e n o a julg la por esta tarefa nos parecer reservada a observadores mais experientes ou seja aqueles que possam estar integrados nos est dios superiores de aprecia o est tica Parsons 1992 Housen 2000 Na an lise e discuss o dos resultados da hip tese e analisaremos com mais detalhe as diferen as entre a capacidade para
296. esenvolvimento est tico Arte P blica como Recurso Educativo 96 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico falta de conhecimentos espec ficos dos professores para ensinarem as destrezas interpretativas da arte As actuais correntes de investigac o n o se estabelecem exclusivamente no campo da receptividade da obra ou da medic o dos mecanismos e processos que ocorrem quando os indiv duos se confrontam com as obras d o tamb m import ncia ao conhecimento pr vio dos individuos e ao papel que este conhecimento tem na assimilac o ou repulsa de novas aprendizagens Entende se que o n vel de compreens o das artes por parte de um indiv duo o lento resultado da sua interac o com o dominio art stico e com o desenvolvimento cognitivo e social tal como t o bem assinala Gardner 1990 6 3 Metodologias pedag gicas e programas educativos que privilegiam o di logo com a obra de arte Apresentaremos de seguida um conjunto de metodologias e programas educativos que t m em comum o facto de considerarem o di logo com as obras de arte como parte integrante do seu desenvolvimento Afloraremos as caracter sticas mais importantes de cada um deles e tentaremos analisar as suas principais semelhan as e diferen as claro que as metodologias e os programas que visam o di logo com a obra de arte n o se esgotam nestes exemplos que apresentamos Contudo escolhemos apresentar estes n o pelo facto de est
297. espa o parece ser um ponto chave da Arte P blica pois tanto referido por aqueles que a consideram como um processo como por aqueles que a consideram como um objecto At mesmo aqueles que n o se referem explicitamente a esta dimens o deixam claro a import ncia de que se reveste a colocac o de uma obra de arte num espa o urbano Considerar a Arte P blica como processo ou como objecto tem sido uma das quest es que mais controv rsia tem gerado em torno da defini o do conceito Segundo Remesar 2005a 128 nas discuss es acerca deste conceito surgem habitualmente dois problemas que impedem uma discuss o profunda sobre o tema o primeiro prende se com o facto de se considerar que tudo Arte P blica o que debilita o desenvolvimento do conceito dado que se entra no pantanoso problema da defini o da arte o segundo ligado em boa medida com o primeiro a rejei o do conceito Arte P blica e a reivindica o de arte para espa os p blicos Analisando estas duas quest es levantadas por Remesar rapidamente nos damos conta de que ambas se referem Arte P blica como objecto mas para este o autor a Arte P blica acima de tudo um processo no qual os cidad os participam com um papel activo e decisivo s o muitas as vezes que nos esquecemos da grande diferen a entre arte p blica e arte no espa o p blico que radica no facto de que o primeiro tem por objectivo que os cidad
298. ess rio qualidade de vida pessoal e social de todos os cidad os e que a sua aquisi o dever ser promovida gradualmente ao longo da educa o b sica DEB 2001 15 Sendo que o desenvolvimento destas compet ncias pressup e que todas as reas curriculares actuem em converg ncia Ibidem 16 ou seja cada rea dever dar o seu contributo para a aquisi o de cada uma das compet ncias gerais definidas Assim a rea da Educa o Art stica que congrega a Educa o Visual a M sica a Dan a e a Express o Dram tica Teatro dar tamb m o seu contributo para que os alunos adquiram as suas compet ncias No Esquema 3 que apresentamos na p gina seguinte tentamos sintetizar a estrutura do documento Uma an lise ainda que r pida desse esquema permitir nos encontrar partida algumas diferen as para com a concep o subjacente EVT Constatamos em primeiro lugar que a dimens o tecnol gica deixou de estar associada dimens o da Educa o Visual pelo que passou a constituir uma rea independente fora do corpo da Educa o Art stica Tal separa o foi entendida pelos defensores da disciplina de EVT como uma tentativa de fazer desaparecer a disciplina pois consideram que a sua apropria o pela Educa o Visual tal como consta no documento das Compet ncias Essenciais altera os seus pressupostos conceptuais e constitui um elemento perturbador do trabalho dos professores Gomes
299. esta caracter stica do espa o urbano Lynch chama tamb m imaginabilidade TA imaginabilidade a qualidade de um objecto f sico que lhe d uma grande probabilidade de evocar uma imagem forte num dado observador essa forma cor disposi o que facilita a produ o de imagens mentais vivamente identificadas Arte P blica como Recurso Educativo 62 Capitulo 3 A Paisagem Urbana poderosamente estruturadas e altamente teis no meio ambiente Tamb m pode ser chamada legibilidade ou talvez visibilidade em sentido figurado onde os objectos se podem n o apenas ver mas tamb m s o apresentados de uma forma definida e intensa aos nossos sentidos Ibidem 20 Quando falamos de legibilidade ou de imaginabilidade estaremos a falar da mesma coisa Esta caracter stica mais n o do que a clareza que uma paisagem urbana tem para os seus cidad os possibilitando lhes a cria o de imagens mentais muito teis para que possam identificar e estruturar o seu meio ambiente Mais frente Lynch explica o que nas suas pr prias palavras uma cidade altamente imagin vel e quais a suas vantagens para o cidad o Uma cidade altamente imagin vel aparente leg vel ou vis vel neste sentido particular pareceria muito bem formada distinta not vel como que convidaria os olhos e os ouvidos a uma maior aten o e participa o O dom nio est tico de tal ambiente n o s se simplificaria como tamb m aumentaria e se t
300. etas outorgando lhe a fun o social de transmitir e formalizar conte dos sociais por tudo isto dever ser sempre analisada em contextos concretos Esta aparente limita o da Arte P blica n o mais do que uma relevante mais valia que justifica claramente o uso educativo das obras de arte em espa os p blicos Se as obras de Arte P blica devem ser analisadas em contextos concretos significa que as aprendizagens que da decorrem est o contextualizadas e s o significativas para os indiv duos daquela comunidade Pois como defende Gardner 1990 as situa es que facilitam a integra o de novos conhecimentos acontecem quando as crian as as encontram em situa es naturais integradas em projectos ou seja em situa es de aprendizagem contextualizadas sa Segundo Csikszentmihalyi 2002 23 a energia ps quica o mesmo que aten o fundamental para a qualidade da experi ncia o estado ptimo da experi ncia interior aquele em que h ordem na consci ncia Isto acontece quando a energia ps quica ou aten o se investe em objectivos realistas e quando as aptid es se combinam com as oportunidades de ac o Para Csikszentmihalyi op cit 19 20 uma experi ncia ptima tamb m designada de flow acontece quando controlamos as nossas ac es e somos donos do nosso pr prio destino Nas raras ocasi es em que tal acontece temos a sensa o de enorme alegria
301. exemplo nem sempre a compet ncia da escrita foi exigida ou permitida a todos os cidad os e esteve at sujeita a for as de regula o e distribui o quando n o havia escolaridade obrigat ria ou s alguns poderiam frequentar a escola Por isso este autor Ibidem afirma que os n veis e as exig ncias em mat ria de compet ncias de literacia variam e n o se podem separar dos respectivos contextos e pocas hist ricas Tamb m Livermore 1997 afirma que actualmente a literacia diferente do que era no in cio do s culo XX em meados ou h 20 ou 30 anos atr s Poder ser exactamente nesta constante mudan a que reside a dificuldade em definir este conceito Bertram Bruce inicia o seu texto Current issues and future directions exactamente pi Segundo ED Hirsch cit por Emery e Flood A 1997 67 cada americano deveria saber pelo menos o hino nacional conhecer os presidentes cantar m sicas tradicionais e reconhecer cones americanos como a Coca Cola os jeans ou a apple pie 162 Jonh Hartley cit por Reis op cit 74 diz nos que a literacia mais do que uma compet ncia inocente Est ideol gica e politicamente conotada isto 1 pode ser usada como meio de controlo social 2 mas pode tamb m ser usada como uma arma progressista na luta pela emancipa o e um instrumento fundamental para promover o desenvolvimento Arte P blica como Recurso Educativo 222 Ar P blica come Recurso Edu
302. exto para denominar um local As obras colocadas nos museus n o t m essa caracter stica Para as vermos temos de nos deslocar at l comprar o bilhete passar a seguran a e uma vez l dentro temos de cumprir as regras estabelecidas 2 A Arte P blica encoraja o di logo entre os cidad os Os espa os urbanos de livre acesso onde habitualmente as obras de Arte P blica se encontram s o de um modo geral frequentados por grupos altamente heterog neos tanto a n vel et rio como social cultural e at tnico ou racial RE Designa o dada por Argan aos arquitectos artistas psic logos soci logos que tinham como miss o a organizar o espa o de modo a permitir aos cidad os a cria o de lugares Remesar 2000 206 2005 139 Poder amos dar a este respeito v rios exemplos de cidades algumas delas fazem mesmo parte do nosso estudo onde h uma aposta clara na coloca o de obras de arte em espa o urbano mas que descuram completamente o papel educativo destas Mas para j apresentamos apenas um exemplo flagrante o Parque das Na es em Lisboa Este espa o tem um programa educativo que contempla actividades relacionadas com a educa o c vica a educa o f sica a inicia o leitura a educa o musical a educa o ambiental etc e n o contempla nenhuma actividade relacionada com a Arte P blica embora seja um espa o onde existem mais de duas dezenas de obras de arte e que se constitui como um b
303. fectu mos cf Tabela 14 p 139 85 lt 001 Tabela 14 Verifica o de y entre as obras de arte s o apenas as que est o nos museus ou galerias e existem obras de arte nas ruas pra as avenidas etc ainda de salientar que esta proporcionalidade obtida nas respostas s diferentes perguntas se mant m curiosamente quando comparamos as respostas dos alunos das duas situa es em estudo A express o Arte Publica conhecida por 55 dos alunos inquiridos No entanto quando Ihes perguntamos sobre o que significa esta express o 67 8 dizem que a arte que est nas ruas pra as avenidas etc 13 8 dizem ser a arte que est nos museus 11 3 n o faz ideia do que e 7 1 diz que a arte encomendada pelo estado Nos testes de que realiz mos encontr mos uma rela o muito significativa entre aqueles que dizem j ter ouvido a express o Arte P blica e as respostas obtidas na pergunta o que significa a express o Arte P blica cf Tabela 15 E p X 21 07 lt 001 Tabela 15 Verifica o de y entre j ouviste a express o Arte P blica e o que significa a express o Arte P blica No entanto quando analisamos a rela o entre estas duas vari veis mas fazendo um split por localiza o ou seja separando as respostas dos alunos das escolas que est o localizadas nas paisagens com muita e com pouca Arte P blica encontramos
304. ficiados com a coloca o de obras de arte em espa os urbanos s o na esmagadora maioria a classe m dia educada ou seja no caso do nosso pa s ser teoricamente grande parte da popula o De forma expl cita como por exemplo Sobrino Manzanares op cit Remesar 2000a e Casanovas op cit ou impl cita uma vez que n o a contradizem todas as defini es que apresent mos anteriormente parecem concordar com a posi o de Maderuelo op cit 164 quando afirma que a Arte P blica n o se insere em nenhum estilo ou corrente art stica e que se desenvolve independentemente das formas dos materiais e das escalas Podemos encontrar exemplos de Arte P blica numa variedade de locais ruas pra as avenidas parques na cidade mas tamb m parques naturais bibliotecas hospitais edif cios p blicos centros comerciais esta es de transportes ou seja em qualquer lugar onde as pessoas vivem trabalham atravessam ou permanecem nos seus tempos de lazer A Arte P blica pode tamb m ter diferentes formas bi ou tridimensionais uma pequena ou uma grande escultura murais pinturas mobili rio urbano edif cios fontes infra estruturas desportivas performances ou festivais etc e poder ter ainda diferentes fun es comemorar melhorar a paisagem visual ajudar regenera o econ mica atrav s do turismo e investimento ajudar regenera o art stica e cultural identificar uma comunidade ou ajudar no melhoramento da
305. fini es se cingirem a uma nica dimens o habitualmente conjugam no m nimo duas chegando mesmo as mais elaboradas a conjugar as quatro dimens es Exemplo disso a defini o apresentada de Hern ndez Quesada que conjuga todas as dimens es descritas anteriormente O termo arte p blica utiliza se para referir aquelas propostas estatais arte encomendada promovida financiada e propriedade do Estado que tem como fun o principal a comemora o n o necessariamente de ou para o p blico e neste sentido imposta pelo Governo e comummente entendida como pintura mural ou escultura p blica isto normalmente localizada no exterior de aspecto agrad vel e concebida e realizada com as condicionantes do ambiente Hern ndez Quesada 1999 19 As defini es que privilegiam a dimens o origem ser o aquelas que consideram ser Arte P blica as obras de arte encomendadas e pagas com dinheiros p blicos sendo o Estado o seu propriet rio Mitchell cit por Remesar 2005a 137 que segundo Casanovas o modo tradicional de definir a Arte P blica Alguns autores admitem embora apenas em situa es limite considerar apenas a dimens o coloca o para definir o conceito o caso de Nunes 2005 58 de Casanovas 2005 20 ou de Miles 1997 12 que admitem poder considerar Arte P blica todas as obras de arte concebidas para serem colocadas em espacos p blicos Outros autores
306. g nero devido ao facto de incorporar contribui es de outras disciplinas ao contr rio do VTS por exemplo A inten o do programa que os alunos entendam as inter rela es entre todos os assuntos e disciplinas tanto art sticas como acad micas e a sua organiza o capaz de providenciar esse objectivo O uso das novas tecnologias tamb m previsto neste programa As tecnologias s o usadas para alargar o ensino da arte e as op es de aprendizagem Professores e alunos t m acesso e usam tecnologia para aumentar produ o cria o e ou projectar obras de arte para comunicar sobre arte e para ter acesso e manejar informa o sobre arte A avalia o dos alunos uma parte integrante do programa Mas tendo em conta a dificuldade inerente avalia o do desempenho em arte o programa n o especifica a forma exacta de avalia o Dado que os educadores em artes s o geralmente resistentes s medidas standard de avalia o as avalia es subjectivas s o frequentemente usadas Por exemplo alguns educadores avaliam o desempenho e desenvolvimento dos estudantes atrav s de portf lios que incluem trabalhos das quatro disciplinas Arte P blica como Recurso Educativo 2 Ar Pubis come Recurso Educative 103 Cap tulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico Motivados pela aplicac o do DBAE cada vez com mais express o nos EUA e no mundo a partir dos anos 80 sucederam se uma s rie de investi
307. gac es e propostas sobre a relev ncia do adestramento na apreciac o art stica em contexto escolar a pertin ncia e a efic cia dos m todos propostos a sua incid ncia nos processos cognitivos a sua incid ncia sobre a criatividade e as possibilidades e m todos de avaliac o das mesmas Arriaga Agirre op cit 143 6 3 4 Primeiro Olhar Programa Integrado de Artes Visuais O Primeiro Olhar Programa Integrado de Artes Visuais foi desenvolvido pela Funda o Calouste de Gulbenkian FCG e aparece como forma de operacionalizar os objectivos do Programa Gulbenkian Investiga o e Desenvolvimento Est tico IDE que decorreu entre 1997 e 2000 coordenado pelo Professor Jo o Pedro Fr is Este programa consubstanciou se a partir de estrat gias que promoviam uma nova compreens o das Artes Visuais na Educa o formal e n o formal e as suas linhas de orienta o centravam se no estudo do desenvolvimento est tico na crian a na avalia o das potencialidades do di logo argumentativo na capacidade de produ o pl stica e frui o art stica e na elabora o de metodologias de investiga o no dom nio das artes visuais Gon alves Fr is e Marques 2000 206 O Primeiro Olhar compreendia a organiza o de materiais a sua aplica o e avalia o incidindo na an lise das produ es pl sticas e nos di logos sobre arte levados a cabo pelos grupos envolvidos Neste programa s o contempladas reas de estudo relativa
308. gina 3 de 5 FBA MEA Questionario aos alunos do 2 ciclo 21 2 Parati as figuras da pagina anterior representam Assinala apenas UMA resposta para cada figura Fig 1 uma pintura Fig 2 uma pintura uma escultura uma escultura uma estatua uma estatua um grafiti um grafiti um painel de azulejos um painel de azulejos um relevo um relevo uma fotografia uma fotografia 22 Quando est s a olhar para uma peca colocada numa rua o que te chama mais a atenc o Podes assinalar mais do que uma resposta as cores o tamanho a forma a estrutura as figuras a textura o tema o material de que feita a sua colocac o naquele local 23 Na tua opini o as obras de arte colocadas nas ruas pracas avenidas etc servem para Assinala apenas UMA resposta tornar os espacos mais bonitos que os artistas possam mostrar o seu trabalho que as pessoas possam ter um maior contacto com a arte n o faco ideia para que servem n o t m qualquer utilidade 24 Observa com aten o a fotografia seguinte e responde s quest es Foto 1 Ricardo Reis P gina 4 de 5 FBA MEA Questionario aos alunos do 2 ciclo 24 1 Na tua opini o a escultura da Foto 1 na p gina anterior Assinala com uma cruz X o adjectivo que considerares mais adequado para a tua resposta alegre ou triste leve ou pesada bonita ou feia bem localizada ou mal localizada tem o tamanho certo ou demasiado grande original ou vulgar elegante ou
309. ha Sitio oficial da C mara Municipal das Caldas da Rainha em linha Consult 12 Julho 2006 Disponivel na WWW lt URL http www cm caldas rainha pt 230 As informa es relativas constru o destas infra estruturas culturais t m sido veiculadas atrav s da imprensa regional nomeadamente atrav s da Gazeta das Caldas tendo se j iniciado a constru o do Centro Cultural Arte P blica como Recurso Educativo bli u ucativ 157 Capitulo 4 Escolha da popula o e defini o da amostra Existe tamb m nesta cidade a Escola Superior de Artes e Design integrada no Instituto Polit cnico de Leiria que ministra os cursos de Artes Pl sticas Design Teatro e Anima o Cultural Em nossa opini o a exist ncia desta escola na cidade tem contribu do bastante para a sua din mica cultural Exemplo disso o Caldas Late Night Cf Anexo 1 que se repete h j dez anos consecutivos o Festival Sonda Festival de Artes Visuais Sonoras e Performativas ou a iniciativa Percurso Arte na Paisagem desenvolvido numa das freguesias rurais do concelho e que teve em 2006 a sua primeira edi o Outra das actividades culturais que t m marcado a cidade nas duas ltimas d cadas o SIMPPETRA Simp sio Internacional de Escultura em Pedra das Caldas da Rainha Este Simp sio que teve a sua primeira edi o em 1986 tem tido uma periodicidade bianual e conta em 2006 com a sua XI edi o Ao longo das suas edi es contou
310. har N o se exclui a possibilidade de resolver certos problemas metodicamente APECV 1994 5 Como j referimos com este documento as artes passam a ser o centro da Educa o Art stica e particularmente as Artes Visuais o centro da Educa o Visual Fr is 2005 224 Se com o programa de EVT as Artes Visuais estavam aparentemente arredadas da sala de aula com as Compet ncias Essenciais sugere se claramente a abordagem pedag gica de obras de arte utilizando a express o di logo com a obra de arte Abordaremos a quest o do di logo com a obra de arte mais aprofundadamente no Cap tulo 6 desta disserta o onde explicitaremos o conceito e apresentaremos diferentes metodologias para o fazer Esta nova atitude face obra de arte expressa no documento vai mais longe ao sugerir que as dimens es em que o sujeito se relaciona com as Artes Visuais se estruturam em tr s eixos Fruig o Contemplac o Produ o Cria o e Reflex o Interpretac o A defini o destas tr s dimens es vem na sequ ncia daquilo que autores como Gardner 1994 ou Arnheim 1991 consideram ser as dimens es em que os sujeitos operam no campo art stico que grosso modo podemos designar por Ver Fazer e Pensar Estas tr s dimens es n o sendo uma novidade absoluta s o pelo menos uma novidade em documentos oficiais sobre a educa o art stica no nosso pa s O programa de EVT faz refer ncia no primeiro volume aos actos
311. he Banksy piece is not support of graffiti in general and an extra council team has recently been created to tackle graffiti The decision to keep this Banksy image is not a green light for more graffiti in the city Councillor Gary Hopkins Only six people on the AskBristol forum wanted to see Banksy s latest contribution removed Three of these argued the work might encourage imitators and other graffiti that was less desirable the others said graffiti of any sort made the city look scruffy It is fantastic that Bristol s residents have felt so strongly about it as a work of art that they have been encouraged to register their views said councillor Gary Hopkins have seen it bring a smile to people s faces as they stop to appraise it so personally am pleased that Bristol wants it to stay stress that the decision to keep this Banksy image is not a green light for more graffiti in the city Story from BBC NEWS http news bbc co uk go pr fr 2 hi uk_news england bristol somerset 5193552 stm Published 2006 07 19 07 08 28 GMT O BBC MMVII 1de1 02 02 2007 18 05 Anexo 12 Grelha de registo de observagao da aplicagao do teste piloto Aplicac o do questionario Teste piloto Grelha de registo de observac o Escola Ano de escolaridade N de alunos que preencheram Hora de in cio Hora em que acabou o primeiro aluno sem desenho com desenho Hora em que acabou o ltimo aluno
312. hecemos tamb m alguma investiga o que se tem feito sobre este tema n o s aquela relacionada directamente com a teoria da Arte P blica da qual s o destacados representantes Antoni Remesar e Javier Maderuelo mas outras investiga es que se prendem com a percep o e a interac o dos cidad os com estas 141 contextos contempor neos p 349 356 es Veja se HERN NDEZ Fernando Hernandez 2003 Educaci n e Cultura Visual ou Fernando Hern ndez 2000 Cultura Visual Mudan a Educativa e Projecto de Trabalho o Veja se Antonio Serrano 2001 Unidad did ctica introducci n al Land Art In Arte Individuo y Sociedad p 175 186 Arte P blica como Recurso Educativo 113 Veja se Ana Mampaso e Javier Abad In BELVER Manuel et al 2005 ed Arte Infantil en Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico obras de arte Referimo nos particularmente aos trabalhos de Nuria Franco j citados nesta 45 ambos sobre a Arte P blica da cidade disserta o e aos trabalhos de Roser Calaf Masachs de Barcelona Esta ltima autora desenvolveu tamb m uma investiga o sobre a cria o de difus o de imagens das cidades a partir de uma perspectiva simb lica sobre as cidades de Oviedo e Gij n Podemos tamb m fazer refer ncia ao programa educativo Vivir en las ciudades hist ricas pasado y presente hacia un futuro sostenible criado e financiado pela Fundaci n La Caixa com
313. i aparecerem entre o leque dos elementos art sticos aos quais os alunos Arte P blica como Recurso Educativo 2 rio P blica come Recurso Educative 200 Capitulo 3 Analise e discussao dos resultados dao mais atenc o evidenciado nos resultados obtidos nos locais com pouca Arte P blica Como dissemos se nestes locais esta a principal manifestac o art stica presente normal que os alunos lhe dispensem aten o e isso influencie a sua atitude perante a aprecia o da obra de arte em geral 3 9 3 Hip tese d O n vel sociocultural da fam lia influencia o interesse dos alunos pela arte Segundo dados do Inqu rito Ocupa o do Tempo levado a cabo pelo INE em 1999 em Portugal s o os cidad os mais escolarizados e que ocupam profiss es mais qualificadas que t m h bitos culturais mais regulares Assim ser plausivel pensarmos que as familias que no nosso estudo revelaram ter um n vel sociocultural mais favorecido t m tamb m h bitos culturais mais regulares Segundo Lewis op cit os principais beneficiados com a colocac o de obras de Arte P blica s o os cidad os da classe m dia educada ou seja teoricamente aqueles que partida tamb m evidenciam ter h bitos culturais mais regulares Os resultados do nosso estudo revelaram que os alunos cujas fam lias t m um n vel sociocultural mais favorecido dizem ter tido mais contacto com obras de arte do que os outros especialmente em museus ou galerias As an l
314. i artist to work with young people to develop their skills What can you do The council would like your views and help in deciding how to deal with instances of street art Should this new Banksy image be prosecuted or praised What should be our definition of graffiti and are there circumstances where graffiti is acceptable Should the council provide more opportunities for graffiti or street art and if so how should it provide and regulate those What are your views on the murals http www askbristol com article_desc asp ArtID 81 amp custid 1 em 29 06 2006 Anexo 11 Naked man mural allowed to stay BBC NEWS UK England Bristol Somerset Naked man mur http newsvote bbc co uk mpapps pagetools print news bbc co EIEN news Naked man mural allowed to stay A piece of graffiti by Bristol artist Banksy has been allowed to stay after what the city council described as overwhelming support from the public The stencilled image shows a woman in her underwear standing behind a suited man leaning out of a window and a naked man hanging onto the ledge The public was invited to decide whether it should stay on the side of a building on Park Street or be removed An internet discussion forum showed 97 of submitters supported the work Many people who logged on highlighted the fact that Banksy is a Bristolian and that his work brightened up the urban environment However the council warned the support of t
315. ia e o que para ti uma obra de arte grafit L p 7 83 lt 020 Tabela 36 Verifica o de y entre n vel sociocultural da fam lia e o que para ti uma obra de arte cal ada Com base nestes resultados parece nos que h uma rela o bastante significativa entre o n vel sociocultural das fam lias e interesse dos alunos na arte em geral do mesmo modo que verificamos existir uma rela o de significa o entre o nivel sociocultural das fam lias e o interesse dos alunos na Arte P blica em particular Deste modo a no o dos alunos sobre o conceito Arte P blica parece ser influenciado pelo n vel sociocultural da fam lia tal como a pr pria defini o do conceito cf Tabelas 37 e 38 p p X 7 90 lt 019 Tabela 37 Verifica o de y entre nivel sociocultural da fam lia e j ouviste falar de Arte P blica z x p 17 95 lt 006 Tabela 38 Verifica o de y entre nivel sociocultural da fam lia e o que para ti Arte P blica A vari vel que se revelou bastante influente nestes resultados foi o n vel sociocultural da fam lia do aluno uma vez que os cruzamentos que efectu mos entre a escolaridade dos alunos e as outras vari veis analisadas nesta hip tese revelaram n o ser significativos Estes resultados parecem indicar nos que o aumento de escolaridade dos alunos n o est relacionado com o seu interesse pela arte Arte P
316. iados aos elementos ou estruturas da forma art stica Na segunda etapa a concep o de literacia est mais relacionada com o desenvolvimento de apreciadores e conhecedores de arte Partindo da no o de literacia est tica esta compreens o do conceito bastante mais alargada do que na primeira etapa e inclui a habilidade para dar respostas em frente obra de arte Bennet Reimer cit por Hong 2006 diz que ser esteticamente literato requer a capacidade de dar respostas no grande campo das artes Essas respostas dependem da nossa capacidade e disposi o para a percepcionar discriminar sentir e avaliar obras de arte b perceb las como objectos ou eventos com caracter sticas distintas c estar informado sobre o contexto hist rico social cultural pol tico e religioso em que a obra foi produzida e se encontra d ser conhecedor de todas as situa es e controv rsias que rodeiam as obras Nesta perspectiva podemos incluir aqui os trabalhos de Michael Parsons sobre a compreens o da arte para quem ser esteticamente literato significa estar razoavelmente apto a perceber as obras de arte Deste ponto de vista a literacia tida como a habilidade para perceber as qualidades da forma art stica para fazer julgamentos cr ticos e para ter conhecimento do contexto no qual a obra de arte emergiu e no qual reside Por ltimo na terceira etapa a literacia em artes entendida como um conceito mais pr ximo da multiliteracia No
317. iais e culturais e o aparecimento de diferentes e diversas formas de conhecimento e comunica o tem vindo a reconstituir e a expandir o conceito de literacia A expans o ou reconstitui o do conceito tem sido acompanhada de uma reflex o sobre o espectro das capacidades dos conhecimentos e da compreens o necess rias para o desenvolvimento da literacia relativa s necessidades das sociedades actuais Hong 2006 Foi talvez por este motivo que no final da d cada de 1960 surge o conceito de literacia visual e na d cada de 1990 surgem as multiliteracias Em 1968 Jonh Debes em conjunto com um grupo de pessoas interessadas nos aspectos da 173 174 visualidade e da comunica o criavam a International Visual Literacy Association IVLA em Rochester Nova lorque A cria o desta associa o baseava se essencialmente nos trabalhos de Debes e na sua defini o de literacia visual Literacia visual refere se a um grupo de compet ncias visuais que um ser humano pode desenvolver atrav s da vis o e da integra o simult nea de outras experi ncias sensoriais O desenvolvimento destas compet ncias fundamental para a aprendizagem do ser humano Quando desenvolvidas essas compet ncias permitem a uma pessoa visualmente instru da discriminar e interpretar ac es vis veis objectos s mbolos naturais ou artificiais que poder encontrar no seu ambiente Ao usar estas 188 http portal unesco org ed
318. ian as Arte P blica como Recurso Educativo 73 Est dio Il Organizac o local da paisagem urbana Estadio III Organizac o global da paisagem urbana Subestadio lla A rua aparece claramente definida e ladeada por filas de casas As casas ou outros elementos que ladeiem a rua sao representadas rebatidas e assentam em cada uma das linhas que definem a rua Aus ncia de perspectiva Ha um tratamento descritivo da paisagem urbana ou seja muito do que representado tamb m acompanhado do seu nome por exemplo o nome de estabelecimentos comerciais Estes descritores da cidade parecem indicar a exist ncia de pontos marcantes na paisagem pelo menos para a crian a paisagem come a a ser leg vel no desenho Subestadio IIb A paisagem urbana organiza se definitivamente em volta das vias As vias nao representam o reticulado da paisagem urbana mas sim uma estrutura arborescente As vias ocupam grande parte do desenho Os diferentes bairros representados sao muitas vezes identificados pelo seu nome N o ha nos desenhos a representa o de cruzamentos nem intersecc o de vias O que interessa na realidade o sistema de vias uma vez que as edificac es sao representadas de um modo disperso e com pouca import ncia na estrutura do desenho Subestadio Illa Verificam se neste est dio mudancas qualitativas nos desenhos o que era fundo no est dio anterior passa a ser figur
319. ias e histograma relativos distribui o dos alunos por cada est dio de percep o do espa o urbano nos locais com muita Arte P blica Arte P blica como Recurso Educativo Ai A 180 Cap tulo 2 Validac o das hip teses espec ficas Em que est dio se integra o desenho Em que est dio se integra o desenho Localizac o da Escola Escola localizada numa localidade com poucos exemplos de Arte P blica Localizac o da Escola Escola localizada numa localidade com poucos exemplos de Arte P blica Estadiola Estadiolb Est diolla Estadio lb Est diollla Est dio lllb Estadio IV Em que est dio se integra o desenho Em que est dio se integra o desenho 254 Frequency Frequency Mean 3 53 Std Dev 1 881 N 99 Gr ficos 27 e 28 Gr fico de frequ ncias e histograma relativos a distribuig o dos alunos por cada est dio de percep o do espa o urbano nos locais com pouca Arte P blica Como podemos observar nos gr ficos anteriores nos locais com muita Arte P blica h uma ligeira superioridade na m dia relativa distribui o dos indiv duos pelos diferentes est dios o que significa que estes alunos se situam em m dia num est dio superior aos outros alunos cf Tabela 23 Local com muita Arte P blica Local com pouca Arte P blica M dia Est dio M dia Est dio correspondente correspondente 4 02 IIb 3 53 lla llb Tabela 23 Compara o da m dia de distribui o dos alunos
320. ica Re Segundo Assis Rodrigues cit por Duarte 2005 401 a est tua equestre de D Jos da autoria de Machado de Castro 1775 foi o primeiro verdadeiro monumento escult rico p blico em Portugal Arte P blica como Recurso Educativo 48 Capitulo 2 Arte P blica e Educac o nao se det m a olhar Sao obras antigas em cima de um pedestal dif cil olhar e impossivel tocar Percorremos a cidade em direc o a oriente e chegamos ao Parque das Na es outrora a Expo 98 que imp s quela zona da cidade uma importante regenerac o urbana Neste espa o com imensas zonas pedonais principalmente na zona ribeirinha onde circulam mais de dez mil pessoas diariamente existem mais de duas dezenas de obras de arte espalhadas por todo o recinto Apesar de aqui encontrarmos teoricamente melhores condi es para contemplar as obras uma vez que o espaco bastante amplo sem carros com sombras e com bancos repar mos que s esporadicamente as pessoas o fazem Tamb m no Metro de Lisboa chegamos mesma conclus o raras s o as pessoas que no frenesim do seu dia a dia se det m a olhar para os in meros pain is de azulejos para as pinturas ou para os relevos e esculturas espalhadas pelas diferentes esta es da rede Constatamos assim que existe um alheamento entre o p blico e a arte que a ele foi consagrada tamb m por esta raz o que pensamos fazer sentido o nosso trabalho que pretende colocar as obras
321. ica nomeadamente nas notas 32 e 33 A Tradu o livre do castelhano Este texto foi escrito por Oteiza em 1958 para a Memoria del concurso para el monumento a Jos Batle y Ordo ez erigido na cidade de Montevideu e citado por Ana Arnaiz no pr logo do livro de Isusko Vivas Ziarrusta Bilbao regenereaci n de la ciudad postindustrial urbanismo arquitectura escultura y mobiliario en la nueva metr poli consideramos que la etapa del hombre como espectador frente a la obra de arte ha conclu do En la etapa actual el hombre h de participar activamente en la obra caracterizada por su silencio espacial interno receptivo unitivo y reintegrador en la conciencia espiritual y pol tica responsable con su tiempo Arte P blica como Recurso Educativo 81 Capitulo 5 A percepc o de obras de arte em contexto urbano participac o activa do espectador na obra passe pela possibilidade deste poder percepcion la com o maior numero possivel de sentidos Sabemos que a percep o e o conhecimento do ambiente implicam mais do que observa o implicam explora o e interc mbio f sico pelo que n o podemos ignorar a exist ncia de indiv duos cuja percep o e organiza o conceptual se situa mais ao n vel visual e outros mais ao n vel h ptico O indiv duo dotado de mentalidade visual estabelece contacto com seu meio primariamente atrav s dos olhos e sente se como espectador A pessoa com tend ncias h pticas por outro lad
322. ica como Recurso Educativo Ai P blica como Recurso Edt 195 Capitulo 3 Analise e discussao dos resultados 3 6 Valorizagao da arte publica No que respeita ao conhecimento reconhecimento valorizac o e utilidade que os alunos conferem a Arte Publica registamos uma importante coer ncia nas respostas dos alunos as varias perguntas que lhes foram sendo feitas ao longo do question rio o que nos possibilita ter maior confian a nos resultados obtidos Verificamos que de um modo geral h mais alunos a definirem correctamente o conceito de Arte P blica do que aqueles que dizem j ter ouvido essa express o Curiosamente h uma grande coincid ncia entre os que dizem j ter ouvido a express o e os que dizem que os seus professores ja lhe falaram de Arte Publica nas aulas Deste resultado podemos inferir que a escola parece funcionar como um meio eficaz de transmiss o e normalizac o de conceitos Quando comparadas as duas situa es em estudo verificou se que existe uma rela o significativa entre a localiza o da escola e o facto de os alunos definirem correctamente o conceito de Arte P blica pois foram os alunos dos locais com muita Arte P blica que percentualmente melhor o definiram Este resultado parece indicar nos que os alunos das escolas localizadas nas paisagens urbanas com muita Arte P blica conhecem melhor o conceito do que os outros alunos A maioria dos alunos considera que a principal fun o da Arte P b
323. ica dos espacos urbanos e at do desenvolvimento econ mico do pa s A coloca o destas obras de arte altera a paisagem e o seu valor est tico Interpretar e descodificar cada um dos elementos da paisagem que nos circunda uma tarefa quotidiana e um factor de educa o est tica dos indiv duos A abordagem proposta nesta disserta o encontra a sua relev ncia e justifica o nos escassos estudos sistem ticos no nosso pa s sobre a Arte P blica e sobre a Educa o Art stica e na aus ncia de estudos que cruzem as duas reas Interessa agora esclarecer que a t nica desta disserta o n o se centrar na discuss o que se mant m em torno do conceito de Arte P blica do seu aparecimento ou dos seus prop sitos Ou seja n o nos centraremos na teoria da Arte P blica mas sim no objecto art stico em si e na sua especificidade enquanto obra de arte e enquanto recurso educativo Contudo importa esclarecer que entendemos a Arte P blica como um conjunto dos objectos art sticos que independentemente do processo que lhes deu origem de quem os encomendou financiou e seu propriet rio est o colocados em contextos urbanos de forma permanente ou tempor ria facilmente acess veis aos cidad os e que t m a capacidade de promover a identidade de um lugar junto dos seus fruidores involunt rios e maioritariamente n o especialistas proporcionando lhes um maior contacto com a arte Apresenta o da problem tica pergunta de p
324. ica ligeiramente superior De um modo global estes resultados parecem indicar que os alunos dos locais com muita Arte P blica apresentam uma melhor performance nos dom nios do conhecimento geral sobre arte no conhecimento e reconhecimento das obras de Arte P blica e na correcta defini o do conceito no dom nio de vocabul rio espec fico das artes visuais e na capacidade de apreciar Arte P blica como Recurso Educativo 2 Ario P blica come Recurso Educative 204 Cap tulo 3 An lise e discuss o dos resultados arte Contudo n o podemos avaliar a capacidade de os alunos criarem e ou comunicarem usando a linguagem espec fica das artes visuais por falta de dados relativos a estas reas espec ficas Em suma parece nos que os alunos que t m um contacto frequente com obras de Arte P blica indiciam ter uma maior literacia em Artes Visuais particularmente na dimens o que mais estud mos Arte P blica como Recurso Educativo Ait iio come Recurso Educativo 205 V Conclus es Conclus es Conclus es Da interac o entre os dois campos de estudo nos quais encontramos o enquadramento te rico desta disserta o a Arte P blica e a Educa o Art stica resultam as conclus es que agora enunciamos decorrentes dos resultados obtidos com as rela es estabelecidas nas nossas hip teses validadas atrav s dos procedimentos estat sticos aplicados e da sua interpreta o luz do quadro te ric
325. ical image of the city through children s eyes New York Peter Lang GOMES Carlos 2005 As compet ncias essenciais em EVT Informar Porto APEVT n 21 2005 p 51 8 GON ALVES Rui M rio FROIS Jo o Pedro e MARQUES Elisa 2000 A educa o est tica e art stica na forma o ao longo da vida In FR IS Jo o Pedro Coord Educa o est tica e art stica abordagens transdisciplinares Lisboa Funda o Calouste de Gulbenkian ISBN 972 31 0905 0 GON ALVES Rui M rio FR IS Jo o Pedro e MARQUES Elisa 2002 Primeiro Olhar Programa Integrado de Artes Visuais Caderno do Professor Lisboa Funda o Calouste de Gulbenkian ISBN 972 31 0986 7 GOODMAN Nelson 2006 Linguagens da arte Lisboa Gradiva Edi o original em ingl s em 1976 HEIN George 1998 Learning in the Museum London Routledge Arte P blica como Recurso Educativo 2 Ani Pubis come Recurso Educative 221 Bibliografia HERNANDEZ Fernando 2000 Cultura Visual mudan a educativa e projecto de trabalho Porto Alegre Artmed Editora HERNANDEZ Fernando 2003 Educaci n y Cultura Visual 2 ed Barcelona Octaedro EUB ISBN 84 8063 416 2 HERNANDEZ Fernando 2005 Cognitive maps and the pictorial representation of the environment In Remesar Antoni ed Urban Regeneration A challenge for public art Em linha 2 ed Barcelona Universitat de Barcelona consult 01 11 06 Monografies Ps
326. ico O professor deve assegurar que todas as respostas s o ouvidas e bem interpretadas pelos outros alunos repetindo ent o o que foi dito A medida que a discuss o avan a o professor dever estabelecer um v nculo entre as v rias respostas dadas ajudando os alunos a estarem atentos aos pontos de vista convergentes e divergentes desenvolvendo deste modo e de forma partilhada as suas capacidades Quando s o os alunos a fazer perguntas o professor incita os a encontrar as respostas olhando para a obra S como ltimo recurso o professor dever dar uma resposta As discuss es em torno das imagens dadas demoram geralmente entre doze e vinte minutos tempo suficiente segundo os autores para que os alunos olhem com aten o desenvolvam as suas opini es as expressem considerem diferentes pontos de vista especulem juntos debatam e ou construam diferentes ideias e possivelmente revejam as suas conclus es Desde o in cio que os professores devem ser tidos como facilitadores dos processos de constru o de conhecimento dos alunos pelo que o seu papel nunca dever ser entendido como o de um perito Este programa foi pensado para ser aplicado na sala de aula normal e n o requer nenhum conhecimento espec fico em arte por parte do professor Aos professores envolvidos na aplica o deste programa dado um curso de tr s anos que lhes permite us lo e aplic lo correctamente expandindo assim a sua pr pria experi ncia com
327. ico Socio Ambientals 6 Disponivel na WWW lt URL http www ub es escult epolis urbanreg urban_regeneration pdf gt ISBN 84 475 1737 3 HOLMAN Valerie 1997 Public Art the problems and potential of multiple meanings Journal of Art amp Design Education Wiltshire Blackwell Publishing and NSEAD ISSN 1476 8062 vol 16 1997 n 2 p 127 135 HONG Christina 2006 Developing literacias in postmodern times the role of arts in education em linha Lisboa UNESCO consult 04 03 2006 Comunicac o apresentada na UNESCO World Conference on the Arts in Education Lisboa Marco de 2006 Dispon vel na WWW lt URL http www unesco org culture lea gt HOOPER GREENHILL Eilean 1994 The educational role of the museum London Routledge HOUSEN Abigail 2000 O olhar do observador Investiga o teoria e pr tica trad de Maria Emilia Castel Branco In FROIS Jo o Pedro Coord Educa o est tica e art stica abordagens transdisciplinares Lisboa Funda o Calouste de Gulbenkian ISBN 972 31 0905 0 HUERTA Ricard 2004 Cultura Visual a Ontinyent Ontinyent Caixa D Estalvis D Ontinyent HUERTA Ricard 2005 Cultura visual en un entorno de tradici n industrial In BELVER Manuel et al Ed Arte Infantil en contextos contempor neos Madrid Ediciones Eneida p 331 348 HUERTA Ricard ed 2002 Los valores del arte en la ense anza Val ncia Universitat de Val ncia
328. id nticas e acrescenta ainda que a localiza o o financiamento e a pr pria est tica das obras de arte constituem as raz es que as convertem em foco de aten o e objecto de controv rsia facto que muitas vezes usado pelos meios de comunica o Sobrino Manzanares 1999 13 A dificuldade e at a inutilidade de definir o conceito de Arte P blica apontada por alguns autores como por exemplo Malcolm Miles 1997 85 quando afirma que no s culo XX os a Tradugao livre do ingl s The problems endemic to public art in a democracy begin with its definition How can something be both public democratic and art elitist Who is the public What defines art or sculpture today for that matter What makes it public its essence its patron or its location If instead of public art we say art in public places we acknowledge site as the determining and perhaps the only public factor But what makes a site public access or amenities Do we discuss public sculpture in the context of art or urban design or both How can we approach a subject that makes news as an object of controversy more often than it makes sense to its primary audience Senie 1992 3 Arte Publica como Recurso Educativo 38 Capitulo 2 Arte P blica e Educa o termos arte e p blica j n o encaixam t o facilmente como antes ou que as defini es n o s o mais interessantes do que finitas Ibidem 12 T
329. idade A capacidade de comunica o O sentido cr tico Aptid es t cnicas e manuais O entendimento do mundo tecnol gico O sentido social A capacidade de interven o A capacidade de resolver problemas Ibidem 197 Mas as finalidades enunciadas chegam a ser consideradas como inconsistentes tal como nos d conta um parecer da APECV A lista de finalidades na pr tica uma lista de capacidades aptid es a desenvolver Faz uso de conceitos hoje muito discutidos como a percep o a sensibilidade est tica a criatividade sem sequer procurar defini los N o aponta no entanto um perfil de compet ncias do aluno APECV 1994 5 Prop e se que ao longo do ano lectivo as actividades desenvolvidas sejam organizadas em Unidades de Trabalho que dever o garantir aos alunos um leque de experi ncias suficientemente aberto e enriquecedor DGEBS 1991a 203 De modo a evitar que esse leque de experi ncias seja restrito a apenas alguns campos o programa prop e que sejam desenvolvidas Unidades de Trabalho UT distribu das por tr s grandes campos tem ticos Ambiente Comunidade e Equipamento Os conte dos que apresentamos no Esquema 1 da p gina seguinte s o apresentados no programa de forma sint tica havendo lugar a uma explica o mais detalhada apenas no Plano de Organiza o do Ensino Aprendizagem e n o t m entre eles qualquer rela o hier rquica ou de preced ncia S o apresentados por ordem a
330. idades das obras de arte conhecedor sobre o c digo espec fico de um ou mais tipos de arte tradi o hist ria c none vocabul rio tem experi ncia no processo criativo fazendo em uma ou mais artes e tem discernimento faz escolhas informadas seleccionando as suas experi ncias art sticas 18 Tamb m nos EUA diferentes institui es como o Getty Institute for the Arts ou o The Arts Education Partnership t m tido entendimentos semelhantes sobre o conceito de literacia em artes Em 1994 o Consortium of National Arts Education Associations composto por quatro associa es na rea da educa o art stica aprovou os National Standards for Arts Education nos quais definiu que a literacia em artes a compreens o e a habilidade para trabalhar com os elementos art sticos e com as estruturas que os organizam em cada disciplina Ibidem Sete anos mais tarde ou seja em 2001 o conceito literacia em artes usado pela primeira vez em Portugal numa publica o do Minist rio da Educa o no livro Curr culo Nacional do Ensino B sico Compet ncias Essenciais Como vimos no Cap tulo 1 desta disserta o esta publica o do ME visa clarificar as compet ncias a atingir no final da educa o b sica DEB 2001 15 apresentando dez compet ncias gerais que os alunos dever o atingir no final dos nove anos da escolaridade obrigat ria sustentada num conjunto de valores e princ pios definidos na Lei
331. if 165 Para realizar o seu estudo Parsons 1992 realizou mais de trezentas entrevistas ao longo de quase dez anos a indiv duos com diferentes idades e conhecimentos art sticos Nessas entrevistas semiestruturadas falou sobre cinco ou seis quadros tentando obter resposta para as sete perguntas b sicas e mais algumas aleat rias que ia introduzindo conforme o decorrer da conversa Dessas entrevistas Parsons concluiu que as pessoas quando falam de obras de arte referem se essencialmente a quatro grandes temas ou ideias chave 1 a mat ria do problema a beleza o realismo que faz refer ncia ao conte do da obra ao problema que o espectador encontra nela 2 a express o das emo es que derivam da aproxima o s obras postas a considera o dos sujeitos 3 o meio a forma e o estilo que s o percebidos pelos diferentes sujeitos como dominantes nas obras analisadas 4 a natureza do ju zo que sup e uma aproxima o aos crit rios de fundamenta o dos argumentos que os indiv duos utilizam para valorizar as obras Fern ndez op cit 119 Agirre Arriaga Ibidem Basicamente estes quatro grandes temas reflectem o que as pessoas dizem sobre arte mas n o reflectem como as pessoas falam sobre arte ou seja a ligeireza ou a profundidade das suas aprecia es A an lise ao que foi dito em cada um destes temas levou Parsons a estabelecer cinco est dios de aprecia o est tica que representam outr
332. imediatamente posterior Cada est dio representa um determinado n vel de desempenho das habilidades est ticas acumuladas por cada observador Para esta investigadora os observadores menos experientes n o est o menos aptos a olhar para uma obra de arte apenas t m um repert rio menor de estrat gias para as entender e avaliar Conv m ainda frisar que o desenvolvimento est tico e a transic o entre os diferentes est dios est o relacionados com a idade mas n o determinados por ela Uma pessoa de qualquer idade sem grande experi ncia com arte n o estar necessariamente no primeiro est dio e os adultos n o estar o num est dio superior ao das criancas simplesmente por causa da sua idade ou educac o Estar em contacto com a arte ao longo da vida a chave para o desenvolvimento sem um contacto permanente com a arte o desenvolvimento est tico dos indiv duos n o acontece Ibidem Apresent mos estas duas teorias pela proemin ncia que alcancaram no campo do conhecimento est tico e art stico Ambas permitem ordenar em cinco est dios as apreciac es realizadas pelos indiv duos s obras de arte o que constitui um exemplo de como a psicologia do desenvolvimento cognitivo se intercepta com esta rea do conhecimento Estes trabalhos por colocarem a sua nfase nas estrat gias de compreens o dos indiv duos ante as obras de arte constituem se como um ponto de refer ncia para investiga es posteriores tal como assinala Her
333. ina s viria a ser generalizada a todas as escolas do pa s no ano lectivo 1992 1993 depois da aprova o definitiva do programa da disciplina A EVT veio ocupar o espa o curricular das disciplinas de Trabalhos Manuais TM e Educa o Visual EV que figuravam no anterior ciclo de estudos designado de Ciclo Preparat rio Assume se como uma disciplina inteiramente nova DGEBS 1991a 196 que visa uma abordagem integrada dos aspectos visuais e tecnol gicos dentro de uma rea pluridisciplinar de educa o art stica e tecnol gica Ibid Ibidem 195 Contudo da an lise que fizemos aos documentos oficiais dispon veis nenhum apresenta uma justifica o cient fica ou pedag gica para a fus o destas duas disciplinas uma de car cter art stico a Educa o Visual e a outra de car cter cient fico e t cnico a Educa o Tecnol gica A disciplina de EVT foi a solu o encontrada para a forma o art stica e tecnol gica dos alunos dentro do mais curto ciclo de estudos do Ensino B sico e tem a fun o de estabelecer a transi o entre os valores e as atitudes que se pretende promover ao longo de toda a escolaridade obrigat ria Ibidem fazendo a ponte entre as explora es pl sticas e t cnicas 1 Esta reforma estabelecida pelo Decreto Lei 268 89 de 29 de Agosto encontra se actualmente em vigor embora com as altera es introduzidas pelo Decreto Lei n 6 2001 de 18 de Janeiro
334. incapacidades da linguagem escult rica para o projecto urbano In BRANDAO Pedro e REMESAR Antoni eds Design de espaco p blico deslocac o e proximidade Lisboa Centro Portugu s de Design ISBN 972 9445 20 6 REYERO Carlos 1994 La escultura conmemorativa en Espana La edad de oro del monumento publico 1820 1914 Madrid Ediciones C tedra RODRIGUES Jos Alberto Braga 2005 Brinquedos pticos e Animatrope em contexto de EVT Aveiro Departamento de Educa o e Arte e Departamento de Did ctica e Tecnologia Educativa Tese de mestrado ROSADO Ant nio Campos ed lit 2000 Colaborac es Arquitectos artistas Lisboa Parque Expo 98 SANTOS Maria de Lourdes Lima dos Coord 2005 Contribui o para a formula o de pol ticas p blicas no horizonte 2013 relativas ao tema cultura identidades e patrim nio Relat rio Final Lisboa Instituto de Ci ncias Sociais e Observat rio das Actividades Culturais SANZ Mar a Jos et al 2005 Patrimonio y arte infantil In BELVER Manuel et al Ed Arte Infantil en contextos contempor neos Madrid Ediciones Eneida p 169 176 SELWOOD Sara 1995 The benefits of public art the polemics of permanent art in public places London Policy Studies Institute ISBN 0 85374 608 7 SENIE Harriet 1992 Contemporary Public Sculpture Tradition Transformation and Controversy New York Oxford University Press USA ISBN 0 19 507318 5
335. inido para responder s preocupa es e capacidades dos observadores principiantes Foi pensado de forma a poder integrar se eficazmente nos programas e hor rios escolares e pretende criar parcerias entre as escolas e os museus de arte locais promovendo visitas de estudo Este programa consiste em dez li es dadas por professores e repartidas ao longo do ano escolar Nove dessas li es s o dadas na sala de aula e uma no museu Cada li o come a com um conjunto de imagens cuidadosamente escolhidas de diferentes culturas e tempos utilizando para isso v rios meios desde a reprodu o em cartaz at projec o de diapositivos e a uma base de dados de imagens acess vel pela Internet Nas li es iniciais pedido aos alunos que olhem para as imagens sem falar Depois deste exerc cio de observa o o professor faz algumas perguntas abertas do tipo o que que v s aqui o que mais consegues encontrar de modo a encorajar os alunos a examinarem o que v em mais tarde outras quest es mais directas s o colocadas aos alunos Desde o in cio da an lise das imagens pedido aos alunos que demonstrem as interpreta es que est o a fazer ou seja sempre que eles fazem uma afirma o o professor pergunta lhes o que que est s a ver que te faz dizer isso Arte P blica como Recurso Educativo 2 Ario P blica come Recurso Educative 100 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag g
336. ior desenvolvimento da percep o do espa o urbano e um n vel superior de literacia em Artes Visuais por terem um contacto quotidiano com estas obras de arte mas tamb m porque t m tendencialmente um ambiente sociocultural mais favorecido Contributos para a abordagem pedag gica de obras de Arte P blica Ser desej vel que as conclus es deste estudo tenham consequ ncias especialmente ao n vel da abordagem pedag gica de obras de arte nossa inten o fazer destas conclus es um contributo para a pr tica pedag gica dos docentes mais especificamente para que estes passem a considerar as obras de Arte P blica como um importante e acess vel recurso pedag gico Com este estudo fic mos a conhecer melhor a forma como os alunos v em as obras de Arte P blica como as percepcionam e o modo como a sua viv ncia quotidiana com arte pode influenciar as suas aprendizagens e o seu desenvolvimento Para um professor de Educa o Visual ter um conhecimento mais profundo sobre o modo como os seus alunos observam o seu meio e como o percepcionam ser uma boa ajuda para a estrutura o da sua planifica o pedag gica N o devemos esquecer que a educa o leva o cidad o a actuar sobre o seu mundo tornando se mais atento e interventivo porque tamb m mais conhecedor ao mesmo tempo que lhe permite reunir um conjunto de compet ncias que o habilitam a viver ou estar em paisagens urbanas pouco leg veis conseguindo assim com
337. is ou mesmo um vaso para colocar num espa o da escola podemos integr la no campo Equipamento Salientamos que o modo como o programa est estruturado permite ao professor que o gere utilizando os mesmos conte dos do nosso exemplo recorrer a outras reas de explora o ou integrar o seu trabalho noutro campo ou por exemplo com a mesma rea de explora o mobilizar outros conte dos Quanto a n s o pr prio conceito de rea poder n o ser muito clarificador uma vez que o que se apresentam s o na realidade meios e t cnicas de realiza o e ou express o O conceito de rea em nosso entender vago e uma clara heran a do programa de Trabalhos Manuais que definia como reas as Argilas as Madeiras os Metais os Pap is e os T xteis Arte P blica como Recurso Educativo 29 Cap tulo 1 O lugar das artes visuais no curr culo do 2 ciclo Segundo o texto programatico seria pedagogicamente incorrecto al m de irrelevante fazer uma separa o entre areas de explora o e conte dos para o 5 e 6 anos sendo esta orientac o a nica coerente com a natureza da disciplina DGEBS 1991b 6 Da an lise que fizemos ao esquema anterior e ao texto program tico conclu mos que os conte dos e as reas de explorac o se integram em tr s dominios principais tal como podemos observar no esquema seguinte que elabor mos na tentativa de sintetizar os dom nios de actuac o do programa
338. ises estat sticas que efectu mos revelaram nos tamb m existir uma tend ncia de significa o na rela o entre o n vel sociocultural favorecido das fam lias e o facto de os alunos j terem tido contacto com obras de arte em determinados espa os urbanos nomeadamente num parque ou jardim numa pra a ou numa rotunda Estes resultados tornam se mais significativos quando o referido Inqu rito Ocupa o do Tempo revela que as pr ticas culturais mais comuns s o as de tipo convivial e popular o que significa que estas fam lias proporcionam aos seus filhos uma maior viv ncia do espa o urbano j que t m mais h bitos de sa da Refira se ainda que no nosso estudo as fam lias com um n vel sociocultural mais elevado se encontram maioritariamente nos locais com muita Arte P blica o que partida pelas raz es que j discutimos neste cap tulo favorece uma maior viv ncia do espa o urbano De referir ainda que na acep o de Piaget 1978 proporcionar s crian as experi ncias diversificadas contribui para uma maior estimula o na constru o do conhecimento e por consequ ncia na sua percep o em geral Verificamos tamb m que o nivel sociocultural familiar influencia aquilo que os alunos consideram ser arte A pintura considerada a obra de arte por excel ncia uma vez que todos os alunos a referenciam de igual modo O n vel sociocultural favorecido parece influenciar aqueles que consideram a escultura a est tua
339. isuais deveria possuir ou no mbito espec fico do nosso trabalho definir que conhecimentos ou compet ncias deveria possuir um aluno do 2 CEB Por tudo o que expusemos anteriormente parece nos que definir esses conhecimentos ou compet ncias seria claramente desnecess rio ou at mesmo err neo dado que correr amos o risco de n o abarcar uma determinada forma ou meio de express o ou simplesmente esses conhecimentos seriam v lidos durante um curto espa o de tempo tendo em conta a velocidade a que se produzem novos saberes nas sociedades actuais Por isso pensamos ser muito mais importante definir as grandes reas em que cada indiv duo dever demonstrar e operacionalizar os seus conhecimentos e compet ncias no mbito das Artes Visuais a comunica o a cria o e a compreens o ou para usarmos a terminologia usada no CNEB Compet ncias Essenciais Frui o Contempla o Produ o Cria o Reflex o Interpreta o Arte P blica como Recurso Educativo Ait ica come Recurso Educativo 134 Capitulo 8 Contribuigao da Arte Publica para o desenvolvimento da educa o art stica e das pr ticas culturais dos cidad os 8 Contribui o da Arte P blica para o desenvolvimento da educa o art stica e das pr ticas culturais dos cidad os Ao apresentarmos a defini o de Arte P blica na qual valoriz vamos a rela o quotidiana dos cidad os com estas obras de arte proporcionando lhes um maior contacto com
340. ize progressivamente o seu m todo de trabalho pessoal Ibidem 11 No entanto a t nica colocada na prospec o do meio e na resolu o de problemas foi criticada em alguns pareceres sobre o programa publicados por altura da generaliza o da disciplina de EVT a todas as escolas do pa s A liga o ao meio preconizada no programa est reduzida resolu o de problemas do quotidiano com um sentido meramente utilitarista de produ o de objectos quando esta liga o deveria realizar se antes de forma l dica e sensitiva APECV 1992 5 No curr culo escolar do 2 CEB a disciplina de EVT aparece como uma rea de natureza interdisciplinar uma vez que se sugere a sua participa o com as outras disciplinas em trabalhos e situa es interdisciplinares sem constrangimentos de temas ou de conte dos DGEBS 1991b 10 A disciplina de Educa o Visual e Tecnol gica dever ser desenvolvida na maior colabora o poss vel com as outras disciplinas envolvendo se com elas em projectos comuns Ibidem Em nossa opini o a organiza o do processo de ensino aprendizagem de modo interdisciplinar e n o sequencial tal como sugere o programa facilita a compreens o dos alunos no que respeita intersec o sobreposi o e conviv ncia dos diferentes saberes e ou campos de estudo Deste modo podemos inferir que a base conceptual do programa desta disciplina de influ ncia construtivista em que
341. jectivo recolher um conjunto de dados necess rios para realizar uma breve caracteriza o a segunda parte perguntas de 14 a 17 s o perguntas onde se pretende averiguar a familiaridade dos alunos com alguns conceitos relativos obra de arte a terceira 217 As escolas onde foi aplicado o question rio com o intuito de o testar foram a escola EB 2 3 Conde de Oeiras em Oeiras e a Escola EB 2 3 do Bairro Padre Cruz em Lisboa Nesta ltima escola foi posteriormente realizada a recolha de dados mas com duas turmas diferentes daquela que participou neste estudo piloto Arte P blica como Recurso Educativo 2 ro P blica come Recurso Educative 147 Capitulo 3 M todos t cnicas e instrumentos parte perguntas de 18 a 21 2 consagra o conceito e o re conhecimento do que ou do que pode ser considerado Arte P blica a quarta parte perguntas de 22 a 24 1 relaciona se com a identificac o dos elementos da linguagem visual e com o ju zo est tico sobre a obra de Arte P blica a quinta e ltima parte perguntas de 25 a 27 re ne tr s perguntas distintas a primeira relaciona se com a pol tica de colocac o de obras de arte na paisagem urbana a segunda com o facto de os alunos j terem ou n o abordado na escola o tema da Arte P blica e aterceira que propunha a realizac o de um desenho no qual se pretendia averiguar o est dio de percepc o do espaco urbano evidenciado por cada aluno bem como a representac o de elementos m
342. jectos representados naturalismo cl ssico possibilita uma representa o verdadeira das formas tomando a sua mensagem acess vel a todos e nesse sentido desempenha melhor a sua fun o o recurso teatralidade do conjunto escult rico que se caracteriza por cada uma das personagens ter uma postura consent nea com a sua fun o e vestir uma indument ria adequada a utiliza o de elementos iconogr ficos ideol gica e politicamente conotados o car cter pedag gico das obras que visava a apresenta o dos her is e explica o dos seus feitos e virtudes Duarte 2005 401 atrav s da coloca o de placas ou inscri es informativas a fun o comemorativa e ou mnem nica das obras pois como dizia Ant nio S rgio cit por Castro 2005 123 um monumento um meio de transmitir ao futuro uma lembran a do passado Arte P blica como Recurso Educativo 41 Capitulo 2 Arte Publica e Educac o frequentemente e como resultado desse processo cada vez mais comum encontrar esculturas arquitect nicas arquitectura escultural design como escultura ou escultura como design entre outras varia es Casanovas 2005 20 Isto mesmo diz Madereulo op cit 21 quando afirma haver um espaco comum arquitectura e escultura que se torna por vezes dificil de discernir Por isso este autor prop e o conceito de espa o raptado que define como a usurpac o do espaco arquitect nico pela e
343. l City Council who are asking for your help to decide whether or not to remove it Some people feel that graffiti is a vibrant urban art form others regard it as an expensive eyesore that costs millions a year to remove and helps add to the run down and unsafe atmosphere of certain areas Graffiti is classified as anti social behaviour and has led a number of taggers being given custodial sentences What do you think Should Banksy be praised or prosecuted Defining the problem Graffiti has been defined by wikipedia as a type of deliberately inscribed marking made by humans on surfaces both private and public Graffiti can also refer to website defacements however it usually takes the form of publicly painted art drawings or words The antisocial behaviour act introduced a 50 fixed penalty notice for people caught commiting minor graffiti and made it illegal to sell spray paint to people under 16 In addition the council has been given certain powers to make sure that graffiti is removed from certain buildings such as educational establishments and items such as street furniture Bristol City s Council s policy on dealing with graffiti is that the council will endeavour to remove any Graffiti from the adopted DW Highway Racist offensive graffiti will normally be removed within 48 hours excluding weekends all other graffiti will normally be removed where possible within five working days unless specia
344. la se demasiado abrangente logo pouco preciso e esclarecedor em rela o ao que pretendemos Sendo a experi ncia perceptiva um fen meno de ordem individual e o nosso objectivo a compreens o desse fen meno face s obras de Arte P blica faz todo o sentido concentrarmo nos no sujeito em si e no fragmento de espa o urbano que ele consegue percepcionar num lance de olhos ou seja na paisagem que ele consegue observar de uma s vez Poder se pensar que estamos a considerar o sujeito como um observador im vel ou passivo muito pelo contr rio estamos antes a consider lo como parte activa do espa o em que se move 68 E E eee E Os espa os p blicos ou privados n o s o exclusivos dos espa os urbanos uma vez que nos espa os rurais tamb m podemos encontrar esta dicotomia Arte P blica como Recurso Educativo 57 Capitulo 3 A Paisagem Urbana interagindo com ele formando a sua pr pria imagem desse espaco tal como teremos oportunidade de explicar mais a frente Concluindo a nossa inten o ao fazer prevalecer o uso do conceito paisagem urbana claramente destacar a import ncia da rela o do sujeito com o espa o urbano e com o meio envolvente que est acess vel aos seus sentidos 3 1 Aproxima es ao conceito de paisagem urbana Falar de paisagem urbana falar n o s dos espa os constru dos ou dos espa os livres mas tamb m do meio envolvente e das pessoas que os habitam percorrem e vivenciam A nos
345. laridade dos pais e Profiss o dos pais Arte P blica como Recurso Educativo 2 Ario Pitbica come Recurso Educative 166 Capitulo 1 Apresenta o de resultados 1 3 Modo e tempo de desloca o para a escola Outro dado que nos poder ser til como indicador socio econ mico mas tamb m como indicador do tipo de contacto que os alunos t m com o seu meio envolvente o modo como os alunos se deslocam para a escola No total da amostra 44 2 dos alunos vai para a escola de carro enquanto 40 diz ir a p e apenas 15 8 dizem ir de transportes p blicos Esta rela o altera se quando comparamos os locais com muita ou com pouca Arte P blica cf Gr fico 13 100 90 80 70 60 53 8 53 50 J x 17 9 132 10 J 0 Ap Carro Transportes Bl Locais com Muita Atte P blica O Locais com Pouca Arte P blica Gr fico 13 Modo de desloca o para a escola Compara o entre locais com muita e pouca Arte P blica Nos locais com pouca Arte P blica mais de metade dos alunos 53 8 v o a p para a escola enquanto que nos locais com muita Arte P blica mais de metade dos alunos 53 v o de carro Tanto num caso como noutro s o poucos os alunos que dizem ir de transportes p blicos Nas an lises que fizemos a estes dados conclu mos que neste estudo h uma rela o directa tanto entre a profiss o como entre a escolaridade dos pais e o modo como os
346. le mesmo defende tendo sofrido os vaiv ns pr prios das mudan as na cr tica da arte em cada tempo Imanol Agirre no seu livro Teorias y Pr ticas en Educaci n Art stica apresenta nos uma importante sistematiza o das investiga es sobre a aprecia o art stica e a sua implica o na educa o na qual apresenta de forma sucinta uma s rie de modelos que nos mostram estrat gias para a aprecia o art stica e para o seu ensino Foi exactamente o ensino da aprecia o art stica que mereceu de Brent Wilson cit por Arriaga Agirre op cit 157 algumas cr ticas Depois de mais de duas d cadas a investigar o ensino da aprecia o art stica este autor chegou conclus o que esta deve ser revista nas escolas No seu entender o objectivo da aprecia o art stica que os alunos aprendam a interpretar com sensibilidade e profundidade o significado das obras de arte concebendo o acto de interpreta o como um acto criativo como uma recria o No entanto tem encontrado alguns problemas que se prendem com a in rcia da escola no desenvolvimento da capacidade dos alunos darem respostas arte a falta de compet ncias dos professores na cr tica de arte e a 112 Escusamo nos a reproduzir aqui cada um dos modelos que o autor apresenta contudo gostariamos de sugerir uma leitura do cap tulo La investigaci n sobre la apreciaci n art stica e su valor en la educaci n pp 141 171 no qual s o apresentados os seguintes
347. lfab tica numa clara pretens o de os nivelar ou de pelo menos n o os hierarquizar Contudo notamos que h conte dos claramente mais abrangentes do que outros ou at conte dos que podem ser entendidos como sub conte dos de outros como por exemplo a estrutura que poder ser um sub conte do da forma A respeito da imprecis o e confus o entre os conte dos num parecer da APECV faz se a seguinte pergunta porqu esta separa o n tida dos elementos da linguagem visual espa o estrutura forma luz cor movimento quando est provado que estes conceitos devem ser introduzidos de forma integrada e globalizante APECV 1994 6 i Segundo Rodrigues 2005 55 as Unidades de Trabalho centram se numa determinada situa o que se pode encarar globalmente como problema contendo este mesmo problemas de mbito mais restrito Organizam se segundo as fases do m todo de resolug o de problemas englobam as reas de Explora o e implicam o tratamento de conte dos que v o sendo necess rios mas n o se centram neles Arte P blica como Recurso Educativo 27 Cap tulo 1 O lugar das artes visuais no curr culo do 2 ciclo Estrutura do programa da disciplina de EVT Campos Ambiente Comunidade Equipamento izac Fot fi Organiza o do espa o otogratia Representac o do espaco Conte dos reas de explorac o e Comunica o Problem tica do sentido Alimentac o
348. lica proporcionar aos cidad os um maior contacto com a arte o que parece indiciar nos que h nos alunos uma certa valoriza o do contacto com as obras de Arte P blica e dos valores est ticos da paisagem urbana Verificou se tamb m que os alunos dos locais com muita Arte P blica representam mais obras de arte nos seus desenhos do que os outros o que n o surpreendente uma vez que as t m em maior quantidade nas suas paisagens urbanas Contudo regista se que a maioria de alunos n o representou qualquer obra de arte o que parece corroborar a ideia de que existe um certo alheamento dos alunos em rela o a estas obras de arte No que respeita coloca o destas obras de arte em espa os urbanos os alunos na sua globalidade revelam uma clara indecis o sobre se esta dever ser uma decis o t cnica tomada pelos artistas arquitectos ou urbanistas pol tica tomada pelos representantes pol ticos eleitos ou c vica tomada pelos cidad os Pensamos que os alunos atendendo ao seu n vel et rio n o t m a informa o suficiente que lhes permita opinar sobre esta mat ria 3 7 Capacidade para apreciar arte Os alunos que dizem reparar em todos os pormenores quando est o a observar uma obra de arte s o em menor n mero do que aqueles que dizem reparar habitualmente ou muitas vezes no que os rodeia Se pensarmos que os alunos dizem reparar mais nos elementos n o art sticos da paisagem urbana normal que digam
349. lisboetas para encontrar a sua vaca Tamb m a organiza o da iniciativa apela a todos os cidad os em particular aos taxistas que se mostraram empenhados em encontrar a vaca Cowpyright que re nam esfor os para devolver a cidade de Lisboa uma das obras que integram o maior evento de arte p blica contempor nea realizado em Portugal A empresa patrocinadora da vaca coloca hoje um an ncio a apelar colabora o de todos e a oferecer uma recompensa a quem encontrar a vaca Falta revelar o valor do pr mio http dn sapo pt tools imprimir html file 2006 05 19 cidades vaca cowpyright des 19 05 2006 Anexo Escultura inc moda retirada de rotunda Caldas da Rainha Escultura inc moda retirada de rotunda Divulgado publicado no a Gazeta das Caldas em Agosto de 2004 2 Padre Antunss Uma escultura de um artista coreano realizada durante um dos simp sios foi retirada da rotunda do Largo da Juventude no bairro das Morenas por ser contestada por alguns dos moradores Esta tinha sido deslocada do seu local inicial devido ruptura de uma conduta de gua A C mara cedeu assim s pretens es de algumas pessoas que nunca gostaram de ver a peca instalada junto s suas casas por considerarem que a barbatana do peixe esculpido se parece com um corno Segundo a vereadora Maria da Concei o atrav s da Junta de Freguesia de Santo Onofre tivemos a informa o de que havia alguns moradores a qu
350. list arrangements are required for removal It is estimated that Bristol s council tax payers are spending around 99 000 per year on the removal of graffiti in the city Graffiti such as tagging can be seen in all parts of the city and along many major roads but the council is now trying to take a more proactive approach by increasing the amount of cleaning More information can be found on the council s website including information of how to report graffiti at www bristol city gov uk graffiti Street art Street art has become a form of global public culture More and more people now participate in street art not just in Bristol but in places like London New York Berlin Tokyo and Rio de Janeiro There are magazines and art galleries devoted to street art Even some large corporations have noticed and are looking at using street art as a way to reach young and design conscious consumers Although he does not claim to be creating art Banksy is often included within this movement and is claimed to be the most celebrated graffiti artist in the UK Bristol City Council has also commissioned a form of street a art with the introduction of murals such as the one pictured opposite It is hoped that this will discourage tagging and the kind of graffiti that people find offensive In addition the council is considering introducing dedicated graffiti boards in certain parts of the city eg Easton and also employing a graffit
351. logo com a obra de Arte P blica que nem sempre tiveram lugar em contexto escolar logo representam situa es de aprendizagem formal e n o formal Esses exemplos s o oriundos essencialmente de Portugal e Espanha mas tamb m do Reino Unido e dos Estados Unidos da Am rica Para cada um destes pa ses apresentaremos uma tabela que pretende sintetizar a informac o recolhida sobre cada um dos programas ou simples actividades relacionados com o di logo com as obras de Arte P blica 6 4 1 Em Portugal De um modo geral conhecemos mal o tipo de abordagem pedag gica que se faz da Arte P blica no nosso pa s em primeiro lugar porque esta forma de arte est ausente dos curr culos escolares e dos programas educativos segundo porque esta abordagem quando acontece resulta de iniciativas avulsas dos professores ou de institui es terceiro porque n o h um banco de dados sobre o assunto ou o simples h bito de divulgar boas pr ticas nesta rea o que obviamente dificulta a difus o e a pesquisa de informa o Os exemplos de abordagem pedag gica de Arte P blica que conhecemos em Portugal s o na sua maioria da responsabilidade de institui es particulares mas infelizmente conhecemos tamb m alguns exemplos de locais onde existem v rias obras de Arte P blica e onde n o existe qualquer tipo de iniciativa pedag gica nesta rea Referimo nos por exemplo ao caso do Parque das Na es em Lisboa conhecido pelas mais de duas dezenas d
352. lternativo de elaborar novas percep es sobre o que nos rodeia capaz de integrar o indiv duo com o seu meio relacionando as dimens es emocionais sensoriais corporais imaginativas e participativas na rela o entre o indiv duo e o ambiente Pal cios Garrido 2005 201 Arte P blica como Recurso Educativo 87 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico No que se refere aos documentos oficiais e n o s pr ticas docentes o documento das Compet ncias Essenciais iniciou uma quebra de paradigma no campo da Educac o Art stica no nosso pa s Nesse documento as artes passam a ser o centro da Educac o Art stica e particularmente as Artes Visuais o centro da Educac o Visual Se com o programa de EVT as Artes Visuais estavam aparentemente arredadas da sala de aula com as Compet ncias Essenciais sugere se claramente a abordagem pedag gica de obras de arte O di logo com a obra de arte constitui um meio privilegiado para abordar com os alunos os diferentes modos de express o situando os num universo alargado que permite interrelacionar as refer ncias visuais e t cnicas com o contexto social cultural e hist rico incidindo nas formas da arte contempor nea DEB 2001 162 Sugerir se um di logo com a obra de arte curioso mas ao mesmo tempo esclarecedor quanto ao papel que as obras de arte podem desempenhar num contexto educativo
353. m lugar nico no pa s uma vez que foi pensado e constru do de raiz tendo bem presentes as suas futuras utiliza es e incluindo desde o inicio do projecto a coloca o de obras de Arte P blica Dadas as suas caracter sticas particulares era fundamental o Parque das Na es estar inclu do no nosso estudo como uma paisagem urbana com muitas obras de Arte P blica 4 1 5 Caldas da Rainha Caldas da Rainha uma cidade e sede de concelho da regi o Oeste do pa s distando pouco mais de 90 Km para norte de Lisboa A origem da cidade est intimamente ligada figura da Rainha D Leonor 1458 1525 que em 1485 mandou erigir o Hospital Termal depois de ter comprovado o poder curativo das guas sulfurosas que borbulhavam naquele local A esta cidade est tamb m ligado o magn nimo Rei a Informac o disponivel em linha em lt URL http www giase min edu pt Arte Publica como Recurso Educativo 22 rio P blica come Recurso Educative 156 Capitulo 4 Escolha da populagao e definigao da amostra D Joao V que entre 1748 e 1751 mandou construir tr s chafarizes para abastecimento de agua a ent o Vila das Caldas sendo o maior deles o Chafariz das Cinco Bicas A este rei estao tamb m ligadas obras como a reedifica o do Hospital Termal o edif cio dos Pa os do Concelho obras que estiveram a cargo do arquitecto Manuel da Maia e o Pal cio Real que alberga actualmente o Museu do Hospital e das Caldas A cid
354. m muita Arte P blica conhecem melhor o conceito do que os outros alunos Constat mos tamb m atrav s de uma an lise Y que h uma rela o bastante significativa entre o facto de os alunos j terem ouvido falar de arte p blica e dos seus professores j lhes terem falado neste conceito cf Tabela 18 p 10 09 lt 001 Tabela 18 Verifica o de y entre j ouviste falar de Arte P blica e nas tuas aulas os teus professores j te falaram de Arte P blica Este n vel de significa o revela nos que a escola pode ser um meio eficaz na transmiss o e normaliza o de conceitos A grande maioria dos alunos inquiridos 90 discorda da ideia de que as obras de arte colocadas nos espa os urbanos n o t m qualquer utilidade ao mesmo tempo que 87 1 dos alunos concordam que os espa os urbanos ficam mais bonitos quando t m obras de arte existindo uma rela o de bastante significa o entre estas duas vari veis cf Tabela 19 L p 154 15 lt 001 Tabela 19 Verifica o de y entre as obras de arte em espa o urbano n o t m qualquer utilidade e os espa os urbanos ficam mais bonitos quando t m obras de arte No entanto tornar os espa os mais bonitos n o a fun o principal que os alunos outorgam s obras de Arte P blica dado que 46 7 dos alunos acham que estas obras servem para que as pessoas possam ter um maior contacto com a arte enquanto 37 1 considera
355. m novas linhas de acc o tendo em conta o Horizonte Cultura 2013 e por ltimo o Road Map for Arts Education documento emanado da Confer ncia Mundial de Educac o Art stica organizada pela UNESCO Na terceira parte deste estudo apresentamos a problem tica subjacente a este estudo bem como explicitamos a metodologia seguida os instrumentos e t cnicas que lhe s o afins definimos as hip teses especificas e as vari veis em estudo a escolha da populac o e definic o da amostra e ainda a caracterizac o dos locais em estudo A quarta parte refere se apresentac o an lise e discuss o de resultados Em primeiro lugar fazemos a apresentac o dos resultados obtidos atrav s dos question rios seguindo se a valida o das hip teses espec ficas com recurso aplica o de diversos procedimentos estat sticos em segundo lugar analisamos e discutimos os resultados baseados no enquadramento te rico Na quinta e ltima parte conclu mos qual a implica o das paisagens urbanas com muita Arte P blica para o desenvolvimento da percep o do espa o urbano e da literacia em Artes Visuais nos alunos do 2 ciclo Apresentamos ainda dez contributos dirigidos a pais e professores para a abordagem pedag gica de obras de Arte P blica e fazemos sugest es para uma sua orienta o futura Arte P blica como Recurso Educativo 22 Enquadramento teorico Cap tulo 1 O lugar das artes visuais no curr culo do 2
356. m para uma obra de arte Ao compararmos as duas situa es em estudo verificamos algumas diferencas dado que 80 6 dos alunos das escolas localizadas em paisagens urbanas com muita Arte P blica dizem perceber o que est o a ver quando olham para uma obra de arte enquanto que essa percentagem desce para 67 9 na outra situac o em estudo Estes dados ainda que n o reflictam o grau de conhecimentos que os alunos t m no dom nio espec fico das artes visuais podem reflectir uma maior familiaridade desses alunos para com as obras de arte Verific mos que os alunos dos locais com muita Arte P blica dizem dispensar mais atenc o a observar o que est em redor das obras de arte do que os outros alunos embora essa diferenca seja pouco expressiva 70 9 nos locais com muita Arte P blica e 67 nos locais com pouca Arte P blica Como j tivemos oportunidade de referenciar foi pedido aos alunos que perante duas imagens identificassem qual das duas representava uma obra de Arte P blica Ao compararmos as duas situa es em estudo constat mos que existem algumas diferen as importantes nas suas respostas cf Gr fico 32 Arte P blica como Recurso Educativo 2 to Pubis come Recurso Educative 186 Cap tulo 2 Validac o das hip teses espec ficas ome 75 3aysa38838 pintura escultura as duas nenhuma m Locais com Mita Arte P blica O Locais com Pouca Ar
357. m primeira inst ncia da raiz etimol gica da palavra Segundo o Dicion rio de L ngua Portuguesa da Porto Editora a palavra literacia deriva do latim itter m que significa letra letra acia Literacia Talvez por isso Jonh Hartley cit por Reis op cit 72 tenha definido a literacia como a institui o social da escrita e por extens o a institui o social da comunica o por outros meios para al m da fala Note se que a institui o social da escrita em termos hist ricos tem constitu do um marco importante nomeadamente no que respeita demarca o da linha divis ria entre a primitividade e a civiliza o ou se quisermos entre a pr hist ria e a hist ria N o obstante no inicio do s culo XX Adolfo Coelho cit por Reis op cit Ibid lembrava que grandes 163 The word literacy never seems to stand still Bruce 2005 875 164 The diverse array of meanings and connotations for literacy that we see today provide perverse evidence for Humpty Dumpty s view that a word can mean just what we choose it to mean neither more nor less Bruce 2005 875 105 A este prop sito e como forma de ilustrar o uso recente do termo literacia Reis 2005 71 2 refere o seguinte V m me de imediato a mem ria duas obras traduzidas e publicadas h j algum tempo entre n s e em cujos t tulos originais figura o termo Literacy assim Literacy and Development in the Wes
358. m que servem para tornar os espa os mais bonitos e apenas 13 8 acham que este tipo de arte serve para que os artistas possam mostrar o seu trabalho Quando comparadas as duas situa es em estudo obtemos resultados id nticos nas respostas dadas No que respeita 243 Ver nota anterior Arte P blica como Recurso Educativo 22 ri P blica come Recurso Educative 174 Capitulo 1 Apresenta o de resultados utilidade das obras de Arte Publica nao encontramos nestes resultados diferencas significativas entre as duas situa es em estudo no entanto estes resultados parecem indiciar que h nos alunos de um modo geral uma certa valoriza o do contacto com as obras de Arte P blica e dos valores est ticos da paisagem urbana Quando inquiridos sobre quem deveria decidir sobre a coloca o de obras de arte nos espa os urbanos os alunos revelaram uma certa indecis o nas suas respostas 27 5 dizem que deveriam ser os artistas os arquitectos e as pessoas que se dedicam ao estudo das cidades 22 5 dizem que deveria ser o presidente da Junta de Freguesia ou da C mara Municipal 22 1 coloca esta responsabilidade nas m os das pessoas que vivem no local onde vai ser colocada a obra e 16 7 afirma n o saber a quem atribuir esta decis o Quando comparadas as duas situa es em estudo obtemos uma tend ncia de resposta bastante id ntica Estes resultados revelam claramente que h uma indefini o sobre se esta dever ser
359. m the Annual Conference of the International Visual Literacy Association Nova lorque Rochester p 1 14 BRANDAO Pedro 2000 Profecias e profiss es de f sobre o design urbano In BRANDAO Pedro e REMESAR Antoni coord O espago p blico e a interdisciplinaridade Lisboa Centro Portugu s de Design ISBN 972 9445 117 p 54 9 BRAND O Pedro Coord 2002 O Ch o da Cidade Guia de avalia o do design do espaco p blico Lisboa Centro Portugu s de Design BRAND O Pedro e REMESAR Antoni eds 2003 Design de espa o p blico deslocac o e proximidade Lisboa Centro Portugu s de Design ISBN 972 9445 20 6 BRICE O VILA Morella 2002 La Percepci n Visual de los Objetos del Espacio Urbano FERMENTUM M rida Universidad de los Andes ISSN 0798 3069 vol 12 2002 n 33 p 84 101 BRITTAIN W L e LOWENFELD V 1977 Desenvolvimento da Capacidade Criadora S o Paulo Mestre Jou BRUCE Bertram 2005 Current issues and future directions In FLOOD James et al ed Research on teaching literacy through the communicative and visual arts New Jersey Lawrence Erlbaum Associates 2005 ISBN 0 8058 5379 0 p 875 884 Publicado pela 1 vez em 1997 BRUN Jean 1991 A m o e o esp rito Lisboa Edi es 70 CABANAS Jos Maria Quintanas 1993 Pedagogia Est tica Madrid Dickinson CALAF MASACHS Roser 2003 Aprender arte en la ciudad sensibilizar hacia el respeto y l
360. m uma grande relev ncia pr tica e emocional no indiv duo Ibidem Operando sobre a forma f sica da paisagem urbana os sujeitos desenvolvem a sua imagem do meio ambiente atrav s de um processo de aprendizagem interno Ibidem 23 um velho h bito nosso adaptarmo nos ao meio ambiente discriminar e organizar perceptualmente tudo o que se apresenta aos nossos sentidos A pr pria sobreviv ncia e o pr prio dom nio assentam nesta adapta o sensorial Ibidem 107 No in cio deste ponto referimo nos import ncia da educa o como um factor fundamental para um crescimento ordenado dos espa os urbanos a par da pr pria constru o de novos espa os ou da manuten o dos j existentes Poder primeira vista parecer redutora esta rela o de causa efeito mas na realidade n o o tal como t o bem o explica Lynch op cit 132 3 No desenvolvimento da imagem a educa o visual ser t o importante como o modelar do que visto De facto estes dois aspectos formam um processo circular em espiral educa o visual levando o cidad o a actuar sobre o seu mundo visual e esta ac o causando nele a capacidade de ver de modo mais n tido Brand o 2000 2002 2003 refere se mais quest o da constru o dos espa os do que educa o visual de que nos fala Lynch mas adianta nos importantes sugest es para que Arte P blica como Recurso Educativo 67 Capitulo 3 A Paisagem Urbana
361. ma ter de ser na razoabilidade dos nossos passos o movimento de aproxima o e frui o Sousa 1998 71 das obras de arte A frui o das obras de Arte P blica feita no contexto do mundo real da cultura popular logo n o se adequa aos par metros do mundo da arte Senie op cit 4 Em oposi o os museus s o vistos como reservat rio de receptores e fruidores de um espect culo obviamente dirigido ao p blico sem o qual n o faria sentido no entanto o p blico nunca est em sua casa e o espect culo cultural ou mesmo art stico que ali lhe exposto decorre de uma perspectiva por assim dizer em diferido do mundo na medida em que por exemplo no museu toda a exposi o conta uma hist ria condicionando assim e de que maneira a recep o e a percep o por exemplo da obra de arte Abreu 2001 99 5 Um exemplo desta intersec o o trabalho Jardim das Ondas no Parque das Na es em Lisboa que o resultado da colabora o do arq Jo o Gomes da Silva e da artista pl stica Fernanda Fragateiro Este tipo de colabora es deu mesmo origem a uma exposi o em 2000 na Sala Jorge Vieira no Parque das Na es veja se Ant nio Campos Rosado ed lit 2000 Colabora es Arquitectos artistas Arte P blica como Recurso Educativo 55 Capitulo 2 Arte P blica e Educa o Contudo para que um observador se disponha a observar a obr
362. ma maneira de n o ver Eisner 2004 114 ls Veja se N ria Franco In Remesar Antoni 2005 ed Urban Regeneration A challenge for public art p 85 9 Arte P blica como Recurso Educativo 86 Cap tulo 5 A percepc o de obras de arte em contexto urbano interpretar a forma como os observadores percepcionam estas obras de arte Segundo esta autora o conceito de atitude encerra em si tr s dimens es A primeira de todas a dimens o cognitiva ou avaliativa que se refere ao grau de conhecimento percep o opini o e pensamento que a pessoa tem em rela o a determinado objecto A segunda dimens o a afectiva e refere se aos sentimentos a favor ou contra relacionados com o objecto ou situa o E por ltimo a dimens o comportamental que poder ser entendida como a tend ncia para reagir a um objecto de um modo especial o que corresponde componente activa da atitude Os resultados deste estudo revelaram que existe uma rela o directa entre o interesse pessoal na arte em geral e o interesse nas obras de Arte P blica em particular Este interesse influenciado pelo n vel de estudos mas n o pelo sexo ou pela profiss o Os cidad os de condi o socio econ mica mais baixa consideraram que a Arte P blica n o importante nem tem qualquer interesse enquanto que a maioria dos inquiridos acha que as obras colocadas na cidade de Barcelona s o de boa qualidade embora se sintam mais identificados com as obras
363. maior ou menor grau de dificuldade descobrir elementos marcantes que lhe permitam orientar se no espa o A Educa o Art stica em particular joga um papel fundamental na forma o integral dos cidad os ao dot los com as ferramentas necess rias para a aprecia o art stica pois como vimos os observadores menos experientes n o est o menos aptos a ver arte t m menos ferramentas para o fazer Possuir esse conjunto de ferramentas tamb m essencial para fruir a Arte P blica Se por um lado as obras s o colocadas em locais onde toda a gente pode desfrutar delas e sem nenhuma restri o por outro a linguagem que utilizam demonstra que n o renunciam a mbitos e a p blicos espec ficos que t m acompanhado a cria o art stica contempor nea o que poder constituir uma dificuldade para os observadores que n o possuam o conjunto de saberes art sticos necess rios para as fruir Baseados nos resultados obtidos e no enquadramento te rico desta disserta o ousamos enunciar dez pontos que consideramos serem essenciais para a abordagem pedag gica de obras de Arte P blica Estes pontos aos quais decidimos chamar Contributos para a abordagem pedag gica de obras de Arte P blica s o dirigidos essencialmente a professores mas tamb m aos pais que se interessem em contribuir para a educa o art stica dos seus filhos tornando os observadores mais atentos competentes e experientes Contributo 1 A Arte P blica dev
364. mais o graffiti do que os outros uma vez que nesses locais h tendencialmente uma maior predomin ncia desse tipo de manifesta o art stica 3 4 Locais onde os alunos j estiveram em frente a obras de arte Fic mos a saber que h uma percentagem superior de alunos nos locais com muita Arte P blica que dizem ter estado em frente a obras de arte e que esse contacto teve lugar maioritariamente num museu ou galeria N o sabemos no entanto se este contacto se fez por via familiar ou se por via escolar ou se por ambas as vias Com estes resultados verific mos que menos de metade dos alunos nos locais com pouca Arte P blica diz ter estado em frente a uma obra de arte num museu ou galeria o que em nosso entender poder indiciar que estes alunos t m um fraco h bito de visita a museus Este facto leva nos a supor que tanto as escolas como as fam lias nestes locais n o proporcionam aos seus alunos filhos actividades que promovam o seu desenvolvimento cultural tanto mais que estes s o locais mais desfavorecidos do ponto de vista sociocultural De notar tamb m que a seguir ao museu o parque ou jardim o local onde mais alunos especialmente dos locais com muita Arte P blica dizem ter estado em frente a obras de arte desvalorizando outros espa os urbanos onde podemos encontrar obras de arte como as pra as ou as ruas e avenidas Se pensarmos que de um modo geral os alunos prestam mais aten o aos elementos n o art s
365. manais para os professores poderem trabalhar todas as express es dram tica pl stica musical e f sico motora na sala de aula semelhan a das orienta es dadas pelo programa NCLB o ME portugu s com a aprova o destas tr s iniciativas prop e que os alunos passem mais tempo a ler e a fazer contas deixando para tr s as artes que como vimos beneficiam igualmente estas compet ncias Apesar dos sinais contr rios promo o das artes na educa o dados pelo ME com estas recentes iniciativas n o podemos deixar de olhar o que preconiza o documento das Compet ncias Essenciais no que respeita promo o da literacia em artes particularmente a promo o da literacia em artes visuais Este documento promove a abordagem obra de arte sendo que no mbito da Educa o Visual que as Artes Visuais ganham o seu espa o Logo no texto introdut rio do cap tulo tra a se claramente um caminho que cruza as duas reas afirmando se at que a arte faz parte integrante da vida A escola nas suas m ltiplas experi ncias educativas deve proporcionar o acesso ao patrim nio cultural e art stico abrindo perspectivas para a interven o cr tica Neste contexto as Artes Visuais atrav s da experi ncia est tica e art stica propiciam a cria o e a express o pela viv ncia e frui o deste patrim nio contribuindo para o apuramento da sensibilidade e constituindo igualmente uma rea de reconhecida import ncia n
366. mens es do conceito de paisagem um espa o percebido um marco de vida um recurso um patrim nio portadora de semiologia um problema um valor identit rio identifica o ideol gica um espa o com significado est tico Composto por elementos que se manifestam nas suas formas volumes ou cores mas que tamb m portador de elementos n o vis veis Todos eles est o sujeitos a din micas e processos de mudan a e evolu o ao longo do tempo Habitat ou estrutura externa que alberga os meios e modos de vida Lugar f sico no qual se estabelecem rela es entre os seus diferentes componentes e as actividades humanas que sustenta Valorizada como um suporte de opera es de extrac o venda ou uso de objectos de consumo que se referem a determinados benef cios pelas suas mat rias primas como atrac o ou suporte da ind stria tur stica etc O valor e o significado que tem como elemento da mem ria colectiva dos habitantes dos aglomerados urbanos foi despertado e potenciado pelos atentados ambientais pela degrada o visual ou pela banaliza o de algumas paisagens Na paisagem h informa es que se apresentam simultaneamente no espa o e no tempo e que s est o ao alcance de quem sabe descobri las ou interpret las Devido s cat strofes naturais ou produzidas pelo homem algumas pessoas ou sociedades pensam na paisagem como um problema que preciso controlar Por isso estudam solu
367. mentos marcantes porque os alunos de algum modo os evidenciaram no seu desenho o que significa que para eles aquele elemento realmente marcante na cidade Lembramos que como nos diz Lynch op cit o que ou n o elemento marcante varia de pessoa para pessoa consoante o que mais valorizar Arte P blica como Recurso Educativo Ait iio como Recurso Ecuostivo 178 Cap tulo 1 Apresenta o de resultados BRS amp S 25 ondas Est dio la Est diolb Estadiolla Est dio llb Est dio llla Est dio lb Est dio N ofezo desenho E Locais com Muita Arte P blica 0 Locais com Pouca Arte P blica Gr fico 24 Percentagem de alunos em cada est dio de percep o do espa o urbano Compara o entre locais com muita e com pouca Arte P blica Verificamos que nos locais com muita Arte P blica os alunos distribuem se na sua maioria pelos subest dios IIb Illa e Illb 26 9 15 7 e 24 6 respectivamente enquanto que nos locais com pouca Arte P blica os alunos distribuem se na sua maioria pelos subest dios la Ilb e lllb 23 6 20 8 e 18 9 respectivamente Registamos que nos locais com muita Arte P blica h um clara predomin ncia de alunos integrados nos tr s subest dios superiores mas nos locais com pouca Arte P blica h uma predomin ncia dos alunos integrados no primeiro subest dio embora tamb m possamos encontrar estes alunos distribu dos por
368. mico das familias no modo de deslocac o dos alunos para a escola sendo que as familias dos locais com muita Arte P blica t m maior escolaridade e ocupam profiss es mais qualificadas logo s o potencialmente mais favorecidas do ponto de vista econ mico Outro dado a reter que os alunos dos locais com pouca Arte P blica referem ir para a escola maioritariamente sozinhos ou em grupos de amigos enquanto os alunos dos locais com muita Arte P blica como Recurso Educativo 22 rio P blica come Recurso Educative 193 Capitulo 3 Analise e discussao dos resultados Arte Publica referem ir maioritariamente acompanhados por familiares Pensamos que este resultado est directamente relacionado com o modo de deslocac o dos alunos para a escola Se os alunos dos locais com muita Arte P blica v o na sua maioria de carro veros mil que sejam acompanhados por familiares do mesmo modo que veros mil pensar que os alunos que v o mais a p para a escola o facam sozinhos ou em grupos de amigos 3 3 H bitos de observac o do meio envolvente A esmagadora maioria dos alunos envolvidos neste estudo diz reparar habitualmente ou muitas vezes no que os rodeia facto que poder ser explicado pela curiosidade natural das criancas pelo seu crescimento e consequente desenvolvimento de capacidades f sicas e cinest sicas pela sua crescente autonomia e pela relac o afectiva com o local Outros factores estes de ordem extr nseca pod
369. mo 4 Dever se para isso for solicitado e dentro das suas compet ncias esclarecer os alunos sobre algumas palavras e conceitos que lhes sejam desconhecidos 5 Dever assegurar se na medida do poss vel que os alunos respondem a todas as perguntas cumprem as normas indicadas no in cio do question rio e respeitam as indica es espec ficas para as respostas a cada pergunta 6 Por ltimo pe o lhe que n o interfira ou influencie as respostas dos alunos de modo a n o comprometer a validade dos dados recolhidos Limite se apenas a responder s d vidas relativas interpreta o das perguntas e nunca a sugira respostas Muito Obrigado pela colabora o Lisboa Maio de 2006 Prof Ricardo Reis
370. mo os alunos se deslocam para a escola influencia a sua percep o do espa o urbano d O n vel sociocultural da fam lia influencia o interesse dos alunos pela arte e Os alunos dos locais com muita Arte P blica revelam uma maior capacidade para apreciar obras de arte f Os alunos que t m um contacto frequente com obras de Arte P blica revelam ter uma maior literacia em Artes Visuais Arte P blica como Recurso Educativo Ait ica come Recurso Educativo 145 Capitulo 2 Hip tese Geral Hip teses Espec ficas e Vari veis 2 3 Variaveis A partir das hip teses em estudo consider mos tr s tipos de vari veis As independentes as dependentes e as interm dias Vari vel Independente VI Consider mos as obras de Arte P blica como vari vel independente deste estudo para a qual estabelecemos duas dimens es Muitas obras de Arte P blica e poucas obras de Arte P blica ambas em paisagem urbana Vari veis Dependentes VD As vari veis a explicar que consider mos neste estudo s o O h bito de observa o o dom nio do vocabul rio espec fico das artes visuais a capacidade apreciar arte a literacia em artes As vari veis interm dias Vi Como vari veis interm dias que consideramos A Idade o sexo o ano de escolaridade o modo de desloca o dos alunos para a escola o n vel sociocultural familiar Arte P blica como Recurso Educativo 22 to P blica come Recurso Educative 146
371. modelos o modelo de Ecker que foi apresentado em 1965 no seu artigo Justifying Aesthetics Judgments publicado na revista Art Education os modelos de Lanier e Marantz apresentados ambos no Semin rio sobre o ensino da resposta art stica que decorreu no Ohio em 1966 o modelo de Edmund Burke Feldmam que o art fice da introdu o da critica de arte na educac o art stica defendendo que a apreciac o deve implicar os aprendizes no uso da cr tica como meio de se integrarem na natureza da arte o modelo de Gene A Mitler que se baseia nos trabalhos de Jerome Bruner os m todos de Chapman que prop em quatro m todos diferentes de apreciar uma obra de arte partindo de um conjunto de elementos cr ticos o modelo fenomenol gico de Lankford que se baseia nos trabalhos de Merleau Ponty sobre a fenomenologia da percepc o o escandir est tico de Broudy que foca a sua atenc o nos elementos sensoriais t cnicos formais e expressivos da obra de arte tendo dado origem defini o de v rios curr culos n o s na rea das artes visuais como tamb m da arquitectura e da m sica 113 Podemos tracar aqui um paralelo entre esta perspectiva de Brent Wilson sobre a apreciac o art stica e a teoria dos est dios de Abigail Housen uma vez que o ltimo est dio exactamente o est dio da recria o ou seja para Wilson o ensino da aprecia o art stica dever ter como objectivo a evolu o dos alunos at ao est dio mais elevado do d
372. mpet ncias espec fica da Educa o Art stica definidas pelo Minist rio da Educa o Conclu mos que os dois documentos s o conceptualmente bastante diferentes e que nos apresentam duas vis es distintas sobre o lugar das Artes Visuais no curr culo do 2 ciclo do Ensino B sico No cap tulo 2 Abordamos a intersec o entre a Arte P blica e a Educa o n o na perspectiva da integra o da arte nos curr culos escolares quest o que j abord mos no cap tulo anterior mas numa perspectiva que pretende esclarecer qual quanto a n s o papel educativo da Arte P blica Tentamos tamb m clarificar a quest o do conceito de Arte P blica propondo uma defini o que dever ser entendida apenas no mbito restrito desta disserta o por estar redigida em estreita rela o com os seus objectivos espec ficos Referimos ainda a quest o das fun es habitualmente atribu das Arte P blica e conclu mos que a sua fun o educativa tem sido bastante descurada no nosso pa s Finalmente apresentamos oito raz es pelas quais defendemos que a Arte P blica se reveste de um conjunto de particularidades que a torna num importante recurso educativo No cap tulo 3 Procedemos a uma clarifica o dos motivos que nos levaram a usar o conceito de paisagem urbana e fazemos uma aproxima o sua defini o Reportando nos teoria de Kevin Lynch apresentamos os elementos da paisagem urbana e falamos da sua qualidade Por fim
373. n ndez op cit 123 6 2 Diferentes estrat gias de di logo com a obra de arte O di logo com a obra de arte entendido como parte integrante da educac o art stica uma concepc o relativamente recente uma vez que as concepc es de base expressionista tomaram conta das orienta es curriculares durante bastante tempo Podemos afirmar que as ultimas tend ncias da educa o art stica s o caracterizadas por uma clara inclina o para a dimens o da aprecia o est tica como forma de oposi o s tend ncias anteriores que enfatizavam o outro p lo desta dicotomia deixando em segundo plano o que at agora se constitu a como a espinha dorsal da educa o art stica a elabora o de artefactos pl sticos Segundo Arriaga Agirre op cit 143 por volta dos anos 60 que se come a a considerar a resposta arte como parte integrante da educa o art stica pois at a o importante era a 111 No caso particular de Portugal pelo menos em termos das orienta es constantes nos documentos oficiais a inclus o da dimens o da aprecia o est tica no curr culo foi introduzida em 2001 com a publica o do documento das Compet ncias Essenciais j referenciado v rias vezes nesta disserta o Arte P blica como Recurso Educativo 94 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico produ o de objectos e n o a reflex o sobre eles A educa o art stica passa a assumir um papel impor
374. nceitos associados como Artes Visuais Artes Pl sticas ou Belas Artes por exemplo tamb m n o os iremos encontrar havendo apenas uma refer ncia tamb m no segundo volume s Artes Populares como parte integrante do patrim nio art stico No programa n o se explicita o que se entende por t cnicas difusas quando se refere s t cnicas usadas no 1 CEB Da an lise que fizemos ao programa do 1 CEB para a rea das Express es em particular a rea da Express o e Educa o Pl stica conclu mos que nos apresentado um conjunto de sugest es bastante concretas e adaptadas aos alunos daquela faixa et ria Veja se a este respeito os diferentes pareceres da Associa o de Professores de Express o e Comunica o Visual APECV publicados na revista Imaginar data da aprova o dos curr culos e programas Ver por ex APECV Documento s ntese sobre a posi o da APECV relativamente aos novos planos curriculares e respectivos programas do ensino b sico e secund rio Imaginar Coimbra APECV N 13 1992 4 6 gt Transcrevemos de seguida o excerto onde aparece a palavra arte As actividades dos alunos envolvem frequentemente o recurso a m quinas simples tesoura berbequim manual etc A observac o e reflex o sobre estas e outras m quinas identificaveis no envolvimento em equipamento corrente ou em obras de arte cin tica engrenagens da bicicleta guinchos e roldanas m quinas de costura moinhos de papel etc
375. nciou a forma o de professores desenvolveu a realiza o de diversas confer ncias levou a cabo alguma produ o documental e a altera o das rotinas educacionais at ent o promovidas nos dois Museus daquela entidade Fr is op cit 215 Segundo Fr is op cit 219 o Primeiro Olhar apresentou se como um instrumento de trabalho para os professores da rea art stica tanto do Ensino B sico como do Secund rio Atrav s de orienta es metodol gicas baseadas no di logo com a obra de arte prop e um conjunto diversificado de estrat gias para actividades a desenvolver no contexto da sala de aula e formula uma s lida fundamenta o te rica As propostas educativas apresentadas revelam alguma flexibilidade o que permitir ao professor realizar abordagens de complexidade vari vel adaptando as facilmente aos diferentes n veis de desenvolvimento dos alunos 6 4 Di logo com obras de Arte P blica alguns exemplos Como se pode constatar com os exemplos que temos dado sobre a abordagem pedag gica de obras de arte a maioria das abordagens refere se pintura e s raramente a escultura aparece nos programas N o sabemos exactamente o motivo pelo qual isso acontece mas podemos aventar o facto de grande parte da investiga o que se tem produzido sobre a percep o e aprecia o art stica ser dirigida pintura e n o escultura Ou seja a produ o de conhecimento relativa forma como as pessoas percepcionam
376. nclu mos tamb m que a quase totalidade dos pais que completaram um curso superior se encontra nos locais com muita Arte P blica Salientamos ainda o facto de haver uma grande percentagem de alunos que desconhece qual a escolaridade dos seus pais Arte P blica como Recurso Educativo 22 Arte P blica come Recurso Educative 192 Capitulo 3 Analise e discussao dos resultados Analisando os dados relativos a profissao dos pais dos alunos concluimos que os profissionais liberais e OS quadros superiores aparecem quase exclusivamente nos locais com muita Arte P blica Tamb m as profiss es relacionadas com a fun o p blica com rcio e servi os t m maior incid ncia nesses mesmos locais Os oper rios sejam eles qualificados ou n o qualificados t m maior incid ncia nos locais com pouca Arte P blica Pelas an lises que efectu mos conclu mos que existe uma correla o positiva entre a escolaridade e a profiss o dos pais Constatamos assim que nos locais com pouca Arte P blica o n vel de escolaridade inferior e consequentemente as profiss es que os pais desses alunos ocupam s o menos qualificadas O contr rio igualmente evidente ou seja nos locais com muita Arte P blica h um aumento da escolaridade pelo que as profiss es que os pais dos alunos ocupam s o mais qualificadas Com vista a obtermos dados mais concretos sobre a condi o sociocultural familiar dos alunos procedemos ainda a um procedimento de re
377. ncretas Esta fun o tem sido outorgada Arte P blica sempre que no centro das suas produ es art sticas est o preocupa es com problemas sociais e com a n o representatividade de grupos marginais provocadas em grande medida pela falta de actua o do Estado na protec o dos direitos e no provimento das necessidades que afectam a colectividade Fern ndez Quesada op cit 25 Esta marcada preocupa o social foi apelidada por Suzanne Lacy como novo g nero de arte p blica que podemos definir como qualquer tipo de trabalho art stico que trate sobre desafie envolva e ou consulte o p blico para quem ou com o qual a obra foi feita respeitando a comunidade e o meio ambiente Estes trabalhos apresentam se constru dos sobre os conceitos di Veja se Jos Guilherme Abreu 2005 A escultura no espaco p blico do Porto no s culo XX Invent rio hist ria e perspectivas de interpretac o p 15 26 Veja se Suzanne Lacy ed 1995 Mapping the terrain new genre public art Arte P blica como Recurso Educativo 47 Capitulo 2 Arte P blica e Educac o de audi ncia relac o comunicac o e intenc o pol tica a partir de um contexto mais amplo da vida social Qualifica se de novo g nero new genre para ressaltar a sua implicac o com o presente e a sua distin o dos modos tradicionais da Arte P blica H nesta fun o social da arte uma clara inten o de envolvimento do p blico ou
378. nenhuma restri o por outro a linguagem que utilizam demonstra que n o renunciam a mbitos e a p blicos espec ficos que t m acompanhado a cria o contempor nea Este desfasamento na opini o de Sobrino Manzanares Ibidem poder constituir se como uma dificuldade para a inser o das obras no espa o Mas quanto a n s o facto de as obras estarem fisicamente pr ximas ou mesmo acess veis uma vez que lhes podemos tocar torna as tamb m intelectualmente mais pr ximas possibilitando aos observadores uma an lise consent nea com as suas compet ncias na mat ria sem a formalidade institucional de um museu Algumas obras de Arte P blica proporcionam algo que normalmente imposs vel acontecer num museu tocar nas obras O tocar uma experi ncia vivida imposs vel de ser transferida para qualquer outra parte do corpo que n o a m o o tocar activo que esclarece a vis o Brun 1991 125 pois a forma a nica coisa que acess vel a dois sentidos diferentes a forma existe ao mesmo tempo para a m o que a toca e para o olho que a v Ibidem 169 Consideramos que esta afirma o de Helen Keller cega e surda de nascen a totalmente esclarecedora sobre a import ncia do tocar mas tamb m da rela o que poss vel estabelecer com uma obra de Arte P blica e que totalmente imposs vel de estabelecer com uma obra num museu pelo simples facto de n o lhe podermos tocar Sem d
379. nesse sentido Por exemplo Cottinelli Telmo 1986 60 71 verificou no seu estudo que as criancas que iam habitualmente a p para a escola desenharam muito mais rea do que as criancas que iam para a escola de carro demonstrando assim um maior conhecimento do espaco tamb m Brittain e Lowenfeld 1977 236 falando da transic o entre a representac o da linha de base e a representac o do plano nos desenhos das crian as refere embora de modo especulativo que parece haver uma relac o entre o in cio da representac o do plano e o aumento da actividade f sica e da curiosidade natural da crianca Dupre e O Neil Gilbert op cit 27 referem citando Hart 1979 Cloutier 1981 e Berzok 1979 que as criancas que v o para a escola de carro ou de autocarro revelam habitualmente dificuldades na percepc o e representac o do espaco Contudo o nosso estudo revelou nos exactamente o oposto ou seja os alunos que v o para a escola de carro revelam ter um maior desenvolvimento da percepc o do espaco urbano Convenhamos que concorrem aqui outros factores que devemos ponderar como influentes nestes resultados nomeadamente o facto de a maioria dos alunos que se deslocam para a Arte P blica como Recurso Educativo 222 rio Pubis come Recurso Educative 199 Capitulo 3 Analise e discussao dos resultados escola de carro serem dos locais com muita Arte Publica e a maioria daqueles que se deslocam a p serem dos locais com pouca Arte Pu
380. nfluencia positivamente a aten o que lhe dispensamos temos mais oportunidades de receber os est mulos que da adv m e percepcionar todos os seus pormenores Se tivermos de representar esse espa o al m de nos sentirmos motivados porque nos identificamos com ele estamos mais aptos a faz lo pois conhecemo lo bem H pois uma certa causalidade circular neste processo Como j referimos o desenho infantil tem sido ao longo dos anos um objecto de estudo apetec vel para muitos investigadores nomeadamente do campo da educa o e da psicologia O espa o urbano tamb m tem sido alvo de alguma investiga o nomeadamente em reas como o design urbano o urbanismo a arquitectura a geografia ou a psicologia ambiental Contudo h uma certa car ncia de estudos que cruzem estas duas reas Para o nosso trabalho em particular interessa nos saber como evolui a representa o da paisagem urbana no desenho infantil Ant nio Battro e Eduardo Ellis estudaram esta evolu o e o nico estudo que conhecemos nesta rea espec fica Estes investigadores conclu ram que a representa o da paisagem urbana no desenho infantil evolui em quatro est dios fundamentais que sintetizamos no esquema seguinte Est dio Principais caracter sticas Exemplos a Estadio Subestadio la Elementos urbanos N o existe o desenho expl cito de ruas a isolados Aparecem algumas casas rvores personagens ou ve culos dispersos
381. ng at art Los Angeles Getty Publications PIAGET Jean 1978 A formagao do simbolo na crianga Rio de Janeiro Zahar Editores Arte Publica como Recurso Educativo 22 rio Pubis come Recurso Educative 224 Bibliografia PINHARANDA Jo o Lima 1992 Estrat gias de recentramento In Cat logo do 1 Simp sio Internacional de Escultura de Santo Tirso 91 Camara Municipal de Santo Tirso Santo Tirso PINHEIRO Gabriela Vaz 2005 Ceci n est pas un Monument Margens e Conflu ncias Guimar es Escola Superior Art stica do Porto Extens o de Guimar es ISSN 1645 6114 n 9 2005 p 75 89 PINTO Ant nio Manuel 1998 Arte Urbana entre o espa o p blico e o espa o humano In MELO Alexandre et al Arte Urbana Lisboa Parque Expo 98 PORF RIO M e SILVA C 2005 As compet ncias essenciais em EVT Contributo para desenvolvimento Informar Porto APEVT n 21 2005 p 42 50 PORTUGAL Minist rio da Educa o Departamento da Educa o B sica 2001 Curr culo Nacional do Ensino B sico Compet ncias Essenciais Lisboa Minist rio da Educa o PORTUGAL Minist rio da Educa o Direc o Geral do Ensino B sico e Secund rio 1991a Organiza o Curricular e Programas do 2 Ciclo do Ensino B sico Vol Lisboa Minist rio da Educa o PORTUGAL Minist rio da Educa o Direc o Geral do Ensino B sico e Secund rio 1991b Programa de Educa o Visual e
382. ntal como tamb m visual e uma acentuada descaracteriza o urban stica e paisag stica Pinharanda 1992 9 Contudo devido a esta ser uma regi o localizada entre os rios Vizela Ave e Le a as suas paisagens naturais conferem lhe potencialidades para o desenvolvimento tur stico A par da ind stria a agricultura tem uma grande express o nesta regi o aproveitando os solos f rteis e a abund ncia de gua para a produ o de milho de produtos hort colas de batata e de vinho Esta cidade tem a particularidade de oscilar entre o buc lico o industrial e o urbano o que lhe confere uma paisagem nica marcada pelas encostas verdejantes pelos miradouros pelos testemunhos arqueol gicos arquitect nicos e mais recentemente pelas esculturas do Museu Internacional de Escultura Contempor nea Este museu actualmente uma refer ncia a n vel nacional e internacional nasceu da ideia do escultor Alberto Carneiro materializada pela C mara Municipal Foi inaugurado oficialmente em 1997 e est intimamente ligado realiza o do Simp sio Internacional de Escultura que se realiza desde 1991 e ir repetir se at ao ano de 2009 com car cter bianual Figura 8 Sem t tulo A Sum Wu 2001 Santo Tirso As esculturas realizadas nestes simp sios que em 2009 se prev que sejam sessenta far o parte do esp lio deste Museu Todas as obras est o implantadas nos espa os p blicos do munic pio transformando os em e
383. nte que se apresenta como orientador do desenvolvimento curricular em Portugal Este cap tulo ser organizado de modo a responder essencialmente a duas perguntas porque que importante estabelecer di logo com as obras de arte em contexto pedag gico E como que isso se pode fazer De modo a podermos aflorar as respostas a estas perguntas organizaremos este subcap tulo em quatro pontos essenciais no primeiro falaremos das investiga es sobre o 102 O documento ao qual nos referimos o Curr culo Nacional do Ensino B sico Compet ncias Essenciais publicado em 2001 pelo Departamento do Ensino B sico do Minist rio da Educa o o qual analis mos no Cap tulo 1 desta disserta o Arte P blica como Recurso Educativo 88 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico desenvolvimento das capacidades de apreciac o est tica e art stica nomeadamente daquelas levadas a cabo por Michael Parsons e por Abigail Housen no segundo falaremos sobre diferentes estrat gias para o di logo com as obras de arte ensaiadas e investigadas por diversos autores no terceiro apresentaremos um conjunto de metodologias pedag gicas e programas educativos que privilegiam o di logo com a obra de arte no quarto e ltimo ponto apresentaremos alguns exemplos da abordagem pedag gica especificamente de obras de Arte P blica 6 1 Os est dios da aprecia o est tica e art stica Os estudos sobre
384. nvolto em pol mica A escultura escolhida pelo j ri do concurso organizado pela C mara local n o agradou ao Grupo de Forcados vila franquense que nao se identificaram com a imagem estilizada criada pelo autor Maria da Luz Rosinha PS presidente da edilidade vila franquense explicou na ltima reuni o da autarquia que o j ri do concurso promovido para escolher a escultura seleccionou um trabalho de Manuel Patinha artista pl stico j com v rias obras colocadas no concelho O trabalho representava uma pega de forma estilizada e motivou uma assembleia do Grupo de Forcados em que participou o edil e foi manifestada a preocupa o dos forcados que n o se sentiam representados naquele trabalho Admitindo que esta era uma situa o inc moda e delicada tendo tamb m em conta que a c mara convidara algumas personalidades para o j ri que poderiam ficar melindradas e que n o faria muito sentido homenagear os forcados com uma obras em que estes n o se rev em A autarca socialista acrescentou que depois de v rios contactos com as partes envolvidas conseguiu um consenso no sentido de que a escultura seleccionada venha a integrar uma triologia a colocar noutro local e que a c mara venha a contactar o escultor J os Franco de Sousa indicado pelo Grupo de Forcados que j tem desenvolvido obras desta natureza para fazer o monumento previsto para a zona da pra a de touros Alves Machado vereador da CDU observou que o pro
385. o com todos os elementos n o art sticos da paisagem revelou se n o significativo bem como Arte P blica como Recurso Educativo 181 Capitulo 2 Validagao das hipoteses especificas com os elementos art sticos calgada e azulejos Apresentamos de seguida os resultados dos testes nas Tabelas 24 25 e 26 p 7 20 lt 007 Tabela 24 Verifica o de y entre localiza o da escola e o que v s com mais aten o as est tuas p 8 23 lt 004 Tabela 25 Verifica o de 7 entre localiza o da escola e o que v s com mais aten o os monumentos p 6 03 lt 014 Tabela 26 Verifica o de y entre localiza o da escola e o que v s com mais aten o os grafiti Lembramos que a cal ada e os azulejos s o dois elementos art sticos da paisagem aos quais os alunos disseram n o dar muita aten o o que poder justificar em parte a n o significa o dos resultados obtidos Importa ainda referir que atrav s da an lise s tabelas de conting ncia conseguimos perceber que a significa o dada aos elementos est tuas e monumentos resulta dos dados relativos aos locais com muita Arte P blica enquanto a significa o dos grafiti resulta dos dados relativos aos locais com pouca Arte P blica Deste modo parece haver uma influ ncia da localiza o da escola na predisposi o dos alunos para observar os elementos art stico
386. o op cit 55 fala num efeito de presen a e evid ncia das obras de Arte Publica que tem origem na comparac o entre a dimens o da obra e o pr prio corpo do espectador e cita March n Fiz para dizer que um objecto apresenta se nos como grande se n o o conseguimos abarcar na sua totalidade com a vis o e como pequeno se o conseguimos ver todo de uma s vez Assim cada objecto pelo espaco e volume que ocupa necessita de uma certa quantidade de espaco ao seu redor para que os sujeitos possam adequadamente contempl lo As obras que adquirem tamanhos enormes ou seja que superam amplamente a envergadura do corpo humano requerem uma contemplac o desde o interior da pr pria obra reclamando a experi ncia do seu espa o mais que a sua visualiza o como objecto Maderuelo op cit 64 o que se passa por exemplo com as obras de arquitectura ou com algumas obras de Arte P blica que se estendem no espa o Contudo Krauss cit por Maderuelo 1990 57 fala das conex es das formas com o espa o da experi ncia veiculando assim a import ncia das formas com o espa o onde estas se inserem O espa o da experi ncia ser por assim dizer o espa o em que o observador se relaciona com a obra o local onde este tem a sua experi ncia com a obra A prop sito da experi ncia dos observadores com as obras Maderuelo op cit 57 fala do conflito entre conhecimento e experi ncia sempre que a nossa percep o no
387. o a representa o de objectos no espa o evidencia a compreens o da rela o entre um conjunto de objectos Observamos que nos seus desenhos as crian as expressam muito mais um conceito arquitect nico de espa o do que um conceito visual Queremos com isto dizer que o recurso a eleva es planos ou sec es funciona para a crian a como uma forma de expressar o conceito de espa o muito mais adequada aos seus prop sitos do que as regras acad micas da perspectiva Macdonald 2004 339 A capacidade de as crian as representarem a terceira dimens o aparece e aumenta de complexidade com a idade Este aumento de complexidade dos desenhos pode estar associado a diversos factores como o aumento da capacidade cognitiva e de percep o do espa o ou o aumento da destreza manual que permitir uma melhor execu o t cnica do desenho Mas v rios autores Kaplan 1985 Cottinelli Telmo 1986 e 1991 Brittain e Lowenfeld 1977 falam da import ncia dos factores afectivos no aumento da complexidade dos desenhos Brittain e Lowenfeld op cit afirmam que uma crian a se sente muito mais empenhada na execu o de um desenho quando se sente afectivamente ligada ao que est a representar pondo todo o seu empenho e dedica o na representa o de todos os pormenores Cottinelli Telmo notou o mesmo sentimento em rela o aos desenhos da escola que pediu s crian as envolvidas no seu estudo as conota es afectivas da escola e do seu
388. o est principalmente interessada nas suas pr prias sensa es corporais A maioria dos indiv duos est situada entre esses dois extremos A pessoa dotada de mentalidade extremamente visual sentir se ia perturbada e inibida se tivesse que limitar se s impress es h pticas isto se fosse solicitada a n o usar a vista mas a orientar se unicamente por meio do tacto das impress es corporais das sensa es musculares e fun es cinest sicas O indiv duo extremamente h ptico embora dotado de vis o normal usa os olhos unicamente quando a isso compelido caso contr rio prefere confiar no seu sentido t ctil como sendo o meio principal de relacionamento com o seu ambiente Brittain e Lowenfeld 1947 279 80 Voltando s palavras de Oteiza a participa o do espectador na obra passa tamb m por este conseguir ter uma experi ncia visual que seja o mais rica poss vel independentemente de todos os outros sentidos que possam ser igualmente mobilizados tanto mais que como vimos cerca de metade dos indiv duos tem uma propens o visual enquanto menos de um quarto tem propens o h ptica n o esquecendo que em compara o com a vista o universo espacial representado pelas sensa es t cteis e cinest sicas apresentam limita es de extens o e simultaneidade Arnheim 1986 28 diferencia a recep o passiva da percep o activa Ao abrirmos os olhos deparamo nos com um mundo que existe por si s e que n o fizemos
389. o 2 ciclo do Ensino B SICO 24 1 1 A disciplina de Educa o Visual e Tecnol gica erra 24 1 2 Curr culo Nacional do Ensino Basico CNEB Compet ncias Essenciais 31 2 Arte P blica e Educa o s cus cousas cteastetecesstte danesa ad dada encia nada Nas 38 2 1 Considera es sobre o conceito de Arte P blica nc 38 2 11 Fun es da Arte PUDICA ita 46 2 2 Papel educativo da Arte P blica eee rca rra cnn rn rar 48 31 paisagem Urbana ocio Elis NENA poa denelas ceceaaissfeses acata NENANA 57 3 1 Aproxima es ao conceito de paisagem urbana era 58 3 2 Os elementos da paisagem urbana aaare rr 60 3 3 Qualidade da Paisagem Urbana erre n cnn 62 3 4 A percep o da paisagem urbana cano non cnn rra rn 64 4 A paisagem urbana nos desenhos das crian as ss ss rre 69 5 A percep o de obras de arte em contexto urbano ss srrsssseeeraseanea 79 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico ss 88 6 1 Os est dios da aprecia o est tica e art stica 89 6 2 Diferentes estrat gias de di logo com a obra de arte 94 6 3 Metodologias pedag gicas e programas educativos que privilegiam o di logo com a obra Arte P blica como Recurso Educativo 6 3 2 Visual Thinking Strategis raire
390. o da populac o na escolha de soluc es art sticas para os espacos urbanos Arte P blica como Recurso Educativo 118 Capitulo 7 Literacia e educagao artistica 7 Literacia e Educac o Art stica A redacc o de um cap tulo que relaciona a literacia com a educac o art stica torna se especialmente importante se pensarmos que o desenvolvimento da s literacia s o objectivo m ximo das sociedades democr ticas e escolarizadas como forma de inclus o e participac o de todos os cidad os numa sociedade onde cada vez mais necess rio dominar um maior leque de conhecimentos Neste cap tulo abordaremos o conceito de literacia segundo tr s perspectivas diferentes mas complementares a primeira mais abrangente relaciona se com o conceito na sua generalidade Tentaremos definir e tragar uma g nese do conceito bem como de outros que Ihe est o associados como literacia visual ou as multiliteracias A segunda relaciona se com a literacia em artes aborda a especificidade do conceito neste dom nio a sua g nese e desenvolvimento A terceira perspectiva aborda especificamente a literacia em artes visuais Discutiremos a pertin ncia e justificac o do conceito bem como o seu suporte te rico Faremos ainda uma an lise s Compet ncias Essenciais da Educa o Visual definidas pelo ME no sentido de percebermos de que forma contribuem para o desenvolvimento da literacia em artes visuais 7 1 A ideia de literacia Muito se t
391. o de compet ncias que o habilitam a viver ou estar em paisagens urbanas pouco leg veis conseguindo assim com maior ou menor grau de dificuldade descobrir pontos marcantes que lhe permitam orientar se no espa o Arte P blica como Recurso Educativo 68 Capitulo 4 A Paisagem Urbana nos desenhos das criangas 4 A paisagem urbana nos desenhos das crian as Os desenhos infantis t m sido desde h muito tempo e at aos dias de hoje objecto de estudo por diversos investigadores como por exemplo Viktor Lowenfeld Arno Stern George Henry Luquet Jean Piaget ou Rudolf Arnheim apenas para referir alguns mas tamb m no nosso pa s os desenhos infantis t m sido amplamente estudados Referimo nos aos estudos de Isabel Cottinelli Telmo 1986 e 2001 Camilo Cardoso e Manuela Valsassina 1988 Maria Isabel G ndara 1991 Eduarda Coquet 1995 Clara Botelho 1999 Ana Bela Mendes 2002 Jo o Lopes da Silva 2005 ou Ana Mantero 2005 para citar apenas alguns trabalhos entre a muita investiga o que se tem feito nesta rea Estes diferentes estudos a que nos referimos t m sobre um mesmo assunto o desenho infantil diferentes abordagens Uns situam se na an lise narrativa dos desenhos Coquet 1995 outros no auto conceito Botelho 1999 ou no conceito do outro diferente Silva 2005 outros ainda na an lise simb lica G ndara 1991 ou nos n veis de criatividade demonstrados Mendes 2002 Mas no panorama na
392. o do meio escolar ao meio familiar Ibidem 61 Em nossa opini o as manifesta es de Arte P blica pelas suas caracter sticas particulares parecem reunir as condi es suficientes para fazerem cumprir estas recomenda es que decorrem da an lise que o grupo de trabalho efectuou relac o entre a Educac o e a Cultura no nosso pa s Um outro relat rio Contribui o para a formula o de pol ticas p blicas no horizonte 2013 relativas ao tema cultura identidades e patrim nio na observa o que faz sobre a regenera o urbana e dinamiza o de espa os rurais refere que parece haver uma crescente tend ncia para conciliar patrim nio e arte contempor nea mas ao mesmo tempo regista se uma falta de sinal tica adequada nos espa os urbanos e uma escassez de roteiros tur sticos tem ticos para o espa o urbano pintura escultura arquitect nicos etc que orientem os turistas culturais cada vez em maior n mero tanto nos espa os urbanos como nos rurais Santos 2005 26 7 207 Os eixos priorit rios de interven o referidos no Plano Nacional de Educa o e Cultura s o Dimens o cultural do curr culo Miss o educativa das estruturas culturais Forma o de profissionais da Educa o e da Cultura Sistematiza o e acesso informa o Incentivo ao funcionamento em Rede das estruturas locais e nacionais e com as estruturas internacionais Xavier 2004 50 208 As caracter sticas espec fi
393. o em que nos fundament mos Estudarmos estas duas reas possibilitou nos fazer emergir um conjunto de conhecimentos que resultam da sua intersec o e os quais nos levam a considerar a Arte P blica como um recurso educativo Foi dessa mesma intersec o que nos surgiu a d vida Poder uma paisagem urbana com muitas obras de Arte P blica contribuir positivamente para o desenvolvimento da literacia em Artes Visuais nos alunos do 2 ciclo N o encontr mos no enquadramento te rico uma resposta cabal aos nossos questionamentos e da delinearmos uma investiga o que visou encontrar as respostas que procur vamos Contudo a nossa hip tese geral ou seja a nossa resposta para a d vida inicial era inequ voca ao afirmar que os alunos do 2 ciclo que frequentam escolas situadas em locais onde na paisagem urbana existem muitas obras de Arte P blica revelam um maior desenvolvimento da percep o do espa o urbano e um n vel superior de literacia em artes visuais por terem um contacto quotidiano com estas obras de arte quando comparados com aqueles que n o beneficiam dessa proximidade O estudo que desenvolvemos visava tirar conclus es atrav s da compara o entre duas situa es distintas as paisagens urbanas com muita Arte P blica e as paisagens urbanas com pouca Arte P blica Da compara o entre as situa es estudadas e luz do enquadramento te rico surgiram um conjunto de resultados que permitiram uma melhor comp
394. o instrumento de recolha de dados por n s utilizado neste estudo n o nos foi poss vel recolher indicadores sobre todas as reas de compet ncia da literacia Assim a rea de compet ncia da qual recolhemos mais informa es foi sobre a compreens o por ser aquela que melhor se adaptava s caracter sticas do instrumento utilizado Ao longo de todo o question rio elabor mos v rias perguntas que visavam recolher um conjunto de indicadores que nos permitiram inferir se os alunos seriam mais ou menos literatos Os resultados que serviram de base valida o desta hip tese espec fica j foram objecto de an lise e discuss o neste cap tulo porque as compet ncias em literacia s o transversais e evidenciam se nas diferentes an lises que efectu mos Sintetizando apenas alguns resultados lembramos que os alunos dos locais com muita Arte P blica em compara o com os alunos dos locais com pouca Arte P blica dizem dispensar mais aten o aos elementos art sticos da paisagem urbana em m dia consideram como obra de arte um maior n mero de manifesta es art sticas revelam conhecer melhor o conceito de Arte P blica e as fun es que esta desempenha identificam uma obra de Arte P blica com maior facilidade revelam uma tend ncia para estar mais esclarecidos sobre o vocabul rio espec fico das Artes Visuais nomeadamente a diferen a entre escultura e est tua e aparentam estar num est dio de aprecia o est tica e art st
395. o pessoal b Hist ria de arte os alunos estudam as realiza es art sticas do passado e do presente como motiva o conhecem exemplos de estilos e t cnicas discutem t picos relacionados com a cultura a pol tica a sociedade a religi o eventos econ micos e movimentos art sticos c Cr tica de arte os alunos descrevem interpretam avaliam teorizam e julgam as propriedades e qualidades da forma visual com a finalidade de entenderem e apreciarem as obras de arte percebendo o papel da arte na sociedade d Est tica os alunos consideram a natureza o significado o impacto e o valor da arte sendo encorajados a formular opini es e julgamentos sobre as obras de arte de um modo reflexivo e educado examinando os crit rios para avaliar as obras de arte Este programa foi desenvolvido originalmente para ser usado no campo das artes visuais mas foi evoluindo e alargando o seu campo de ac o pelo que tamb m podemos encontrar exemplos da sua aplica o s reas da dan a do drama ou da m sica Tamb m pode ser usado em m ltiplos dom nios inclusive no ensino superior na aprendizagem ao longo da vida e nos museus de arte embora seja habitualmente aplicado s artes visuais em contexto de sala de aula O enfoque deste programa est nos alunos e nos seus interesses julgamentos racioc nio e nas compet ncias do pensamento cr tico Perguntas abertas grupos de discuss o e resolu o de problemas s o meto
396. o poder ter contribu do o investimento na reabilita o dos espa os de cultura e lazer o crescimento acentuado da oferta cultural o aumento da ac o dos servi os educativos dos museus e de outras institui es culturais como associa es 211 Por sociabilidade inter domiciliar entende se visitar e ser visitado e a realiza o de jogos familiares como as cartas damas xadrez Santos 2005 46 212 5 rr ba Por sa das comensais entende se a frequ ncia de restaurantes bares e discotecas com familiares ou amigos Santos 2005 46 213 Por sociabilidade local entende se a frequ ncia de Associac es Desportivas e Culturais locais e a ida a festas populares e bailes Santos 2005 46 214 referido estudo destaca a forte juvenilizagao das pr ticas culturais no nosso pa s bem como uma grande incid ncia de cidad os com forma o superior e profissionais intelectuais e cient ficos como consumidores culturais regulares 215 No referido relat rio faz se uma an lise SWOT para fundamentar o cen rio prospectivo e a estrat gia a desenvolver O termo SWOT uma sigla oriunda da l ngua inglesa e um anagrama de For as Strengths Fraquezas Weaknesses Oportunidades Opportunities e Amea as Threats A An lise SWOT uma ferramenta utilizada para fazer an lise de cen rio ou an lise de ambiente sendo usado como base para gest o e planeamento estrat gico especialmente no campo empresarial mas devido
397. obra de arte Os seus julgamentos acerca das obras s o baseados no que sabem e no que gostam As emo es est o presentes na narrativa que constroem sobre a obra acabando por fazer parte dela Est dio 2 Observadores Construtivos Os observadores estabelecem um marco de refer ncia que enquadra a sua maneira de ver a obra de arte utilizando o seu pr prio conhecimento sobre o mundo e a sua tradi o moral e social Se a obra de arte n o se parecer com o que seria suposto entendida como estranha ou sem valor Por outras palavras o seu sentido de realismo muitas vezes usado como um padr o para determinar o valor da arte As emo es come am a colocar se em segundo plano distanciando se da obra de arte de modo a desenvolver o interesse pelas inten es do artista Fase de transi o O modo de aproxima o ao est dio Ill varia e divide se em dois subest dios Transi o II III Esta transi o caracteriza se por se come arem a desenvolver as bases para descodificar a estrutura dos modelos est ticos estil sticos contidos numa obra de arte Esta pode ser de tipo hist rico nomes de escolas de arte ou propriedades formais forma cor linhas t cnicas sendo estes os significados com os quais o observador classifica cataloga realiza compara es utiliza evid ncias e tira conclus es Estas estrat gias permitem no terceiro est dio realizar a actividade anal tica Para se da
398. obras de Arte P blica VI estabelecendo as rela es entre estas e as outras vari veis em an lise VD Os dados recolhidos e o enquadramento te rico escolhido dever o permitir tirar um conjunto de conclus es nas quais se ir o fundamentar os Contributos para a abordagem pedag gica de obras de Arte P blica Os dados recolhidos pelo question rio foram tratados recorrendo a um programa inform tico espec fico de tratamento estat stico De modo a facilitar a introdu o dos dados no programa inform tico as respostas foram codificadas Em algumas perguntas do question rio era autorizado aos alunos que assinalassem mais do que uma op o de resposta o que fez com que cada uma dessas op es fosse tratada individualmente pelo programa inform tico dado que a soma das respostas seria superior ao n mero dos indiv duos constituintes da amostra Esta situa o levou ao aumento do n mero de vari veis a tratar pelo programa mas tamb m nos possibilitou recolher um conjunto de dados que nos ajudar o a tirar as conclus es necess rias Arte P blica como Recurso Educativo 2 to Pubis come Recurso Educative 148 Capitulo 3 M todos t cnicas e instrumentos Para a validac o das nossas hip teses espec ficas empregamos varios tipos de operac es estatisticas de acordo com a verificac o pretendida em cada uma tais como as de an lise de frequ ncia testes de X e m dias Como j referimos a grande maioria das perguntas d
399. observador individual do que a um grupo de observadores As indica es que o autor fornece sobre as disposi es do olhar s o claramente dirigidas a um observador que inicia um di logo com a obra de arte ou seja fornece um conjunto de indicac es que poder o permitir ao observador tirar o m ximo partido poss vel da sua experi ncia em frente obra Segundo Perkins a aprecia o de obras de arte permite nos desenvolver as disposi es do pensamento que para al m de serem teis para a aprecia o art stica servem noutros campos da experi ncia tal como ali s j tinha assinalado Gene Mittler no seu artigo Clarifying the decision making process in art publicado na revista Studies in Art Education em 1983 e o estudo do Guggenheim Museum atrav s do programa Learning Trough Art veio confirmar Este livro de Perkins surge integrado na colec o Occasional Papers Series cujo objectivo apresentar ideias que possam iluminar e dar forma teoria e pr tica do Discipline Based Art Education pelo que devemos entender estas ideias no conjunto dos conhecimentos produzidos pelo Project Zero e que de algum modo contribu ram para a defini o de diversas metodologias e programa educativos que visam a promo o das artes na educa o 6 3 2 Visual Thinking Strategies Estrat gias do Pensamento Visual habitualmente designado por VTS Visual Thinking Strategies um programa de artes visuais para alunos e profess
400. ociais nos anos 80 e 90 e algumas zonas verdes Estima se que vivam actualmente no bairro cerca de 20 mil pessoas A popula o do bairro tem um baixo n vel de escolaridade sendo que 44 dos habitantes n o possui qualquer n vel de escolaridade e apenas 1 tem um curso profissional m dio ou superior O n vel socio econ mico da generalidade da popula o maioritariamente baixo verificando se inclusivamente que uma parte substancial da popula o vive do Rendimento de Inser o Social No bairro existem alguns equipamentos sociais tais como duas escolas do 1 Ciclo uma do 2 e 3 Ciclos um Jardim de inf ncia um mercado di rio um edif cio da Santa Casa da Miseric rdia de Lisboa que alberga uma biblioteca um jardim de inf ncia e uma ludoteca e tr s clubes desportivos Em cada um dos n cleos as casas e os pr dios s o muito homog neos quanto forma e cor sendo os equipamentos referidos o que constitui a diferen a na paisagem tornando se elementos marcantes tal como os designa Lynch 1990 90 e seg Podemos ainda referenciar a capela e a nica escultura existente no bairro um busto do Padre Cruz da autoria de Joaquim Martins Correia inaugurado em 1967 colocada em frente capela debaixo de frondosos pl tanos que dificultam a sua contempla o A escola EB 2 3 do Bairro Padre Cruz tem cerca de 400 alunos todos provenientes do bairro sendo cerca de 180 alunos do 2 ciclo e os restan
401. ola Bar Chart Bar Chart Como se desloca para a escola Ap De carro De transportes p blicos Como se desloca para a Ap De carro De transportes p blicos 404 al per rios N o Qualificados Lin il A TE A Desempregado Dom stica T E il Nao Sei o Superiores Oper rios Profissionais Empres rios Reformado N o pe responde Qualificados Liberais Profiss o da m e Profiss o do pai Gr fico 16 e 17 Cruzamento entre a profiss o dos pais e o modo de desloca o para a escola A grande maioria dos alunos 60 4 do total da amostra demora menos de 10 minutos na sua desloca o at escola tend ncia que se mant m quando comparamos as duas situa es em estudo como se pode observar no Gr fico 18 100 90 80 70 60 50 J 40 4 30 4 20 4 10 4 0 Menos de 10 min Entre 11 a 20 min Entre 21 e 30 min Mais de 30 min Bl Locais com Muita Arte P blica g Locais com Pouca Arte P blica Gr fico 18 Tempo de desloca o para a escola Compara o entre locais com muita e pouca Arte P blica Cerca de metade do total dos alunos 50 4 dizem ir para a escola acompanhados de familiares enquanto 27 9 vao em grupos de amigos e 21 7 vao sozinhos No entanto quando comparamos as duas situa es em estudo cf Gr fico 19 constatamos que nos locais Arte Publica como Recurso Educati
402. om exemplo de urbanismo e de integra o de arte na cidade Damos apenas dois dos muitos exemplos que conhecemos sobre locais que adquiriram o nome de uma obra de arte a Pra a do Cubo na Ribeira do Porto ganhou esse nome quando em 1982 foi colocada no centro da pra a uma escultura em forma de cubo da autoria do escultor Jos Rodrigues 1936 Esta obra de arte serve muitas vezes de ponto de encontro para os residentes ou de ponto de refer ncia nas indica es aos turistas tamb m nas Caldas da Rainha o Largo Conde Fontalva conhecido como A Rainha por ai estar colocada a est tua da Rainha D Leonor fundadora da cidade da autoria de Francisco Franco 1855 1955 executada em 1935 Arte P blica como Recurso Educativo 50 Capitulo 2 Arte P blica e Educac o J vimos que a Arte P blica tem tamb m a capacidade de desencadear a vida social o que se reflecte muitas vezes na utiliza o e perman ncia dos cidad os nos espa os urbanos Ora a conjuga o destes factores um espa o urbano agrad vel grupos heterog neos de cidad os e a exist ncia de obras de arte proporciona aos transeuntes ou aos que permanecem no local um motivo para encetar di logo sendo uma forma de estabelecer novas rela es sociais Num museu os seus visitantes constituem por norma grupos mais homog neos tanto a n vel et rio como social e cultural tendo em comum o gosto pelo objecto da visita o que lhes facilita
403. om o ambiente em que esta se insere ou com as suas relac es espaciais Sabemos que as alterac es que se operaram no campo da produ o da arte nomeadamente a perda do pedestal a utiliza o de novos materiais as formas abstractas e coloridas e as obras site specific vieram alterar a forma como os transeuntes se relacionam com as obras e consequentemente a forma como as percepcionam As obras de Arte P blica contempor neas requerem uma atitude diferente do observador Isso mesmo frisou o escultor Jorge Oteiza quando em 1958 dizia que a etapa do homem como espectador em frente obra tinha terminado pois agora o homem tinha de participar activamente na obra Embora Oteiza n o especifique n s inferimos que a 2 Blay citado por Reyero 1994 205 descreve a import ncia da luz na percep o das obras do seguinte modo en unas ocasiones deshace planos y lineas com el resplandor de una homogeneidad luminosa horrible y en otras esfuma afina y anima com sombras y matices ideales los relieves y modelados de la mat ria delicadamente trabajada unas veces atrae brutalmente los componentes esc nicos cont guos hasta aplastar la composici n y otras los aleja suaviza y ornamenta formando seductoras armonias esa luz es un factor de importancia t cnica poderosa con el cual debe contar el estatu rio 2 ag longo da disserta o temo nos referido a estas altera es que decorreram no campo da produ o art st
404. ontrando se portanto em est dios superiores de aprecia o est tica enquanto Arte P blica como Recurso Educativo 22 rio Pica come Recurso Educative 203 Capitulo 3 Analise e discussao dos resultados que os alunos que n o disp em dessas ferramentas fazem aprecia es mais emocionais evocando apenas opini es de gosto reveladoras de est dios mais baixos de aprecia o est tica segundo os mesmos autores 3 9 5 Hip tese f Os alunos que t m um contacto frequente com obras de Arte P blica revelam ter uma maior literacia em Artes Visuais Um indiv duo que demonstre possuir literacia em artes visuais segundo Hong op cit dever como j vimos demonstrar compet ncias em tr s reas espec ficas na comunica o que se relaciona com a capacidade de tornar comum uma qualquer ideia atrav s da linguagem espec fica das artes visuais na cria o que se relaciona com a capacidade de usar com sentido e de forma cr tica e criativa os sinais e s mbolos da linguagem visual e na compreens o que se relaciona com a capacidade de entender as obras de arte nas diferentes dimens es do seu contexto Com base na defini o de literacia em artes apresentada pelo documento das Compet ncias Essenciais DEB 2001 entendemos a literacia em artes visuais como consequ ncia do fazer do criar como resposta e como reflex o em rela o aos objectivos processos e contextos da arte Dadas as caracter sticas d
405. or 1 3 dos inquiridos enquanto as actividades que requerem a estada ou a passagem por locais onde potencialmente possam existir obras de Arte P blica como a sociabilidade inter domicilia as sa das comensais ou as actividades de sociabilidade local s o realizadas por 92 7 74 e 54 5 respectivamente dos inquiridos Gostar amos de destacar ainda a forte influ ncia que os factores sociais como a juvenilidade a escolaridade e a qualifica o profissional parecem ter quando se tra a o perfil dos consumidores culturais regulares Em nossa opini o estes dados demonstram claramente o papel important ssimo que a Arte P blica pode desempenhar na promo o do contacto com a arte e no desenvolvimento de pr ticas culturais dos cidad os uma vez que democratiza o acesso arte alargando assim o espectro dos cidad os que com ela t m contacto A an lise sistematizada que este relat rio faz da informa o emp rica dispon vel para a caracteriza o do sector da cultura no nosso pa s permite nos identificar os pontos fortes os pontos fracos os pontos promissores as oportunidades e as amea as em cada um dos sectores estudados nomeadamente na regenera o urbana e dinamiza o de espa os rurais e no acesso e democratiza o da cultura Dos resultados obtidos importa referir que no nosso pa s se verifica uma tend ncia de crescimento acelerado da procura de turismo cultural cada vez mais diversificado Para iss
406. ores que parte da premissa de que encontrar significado nas obras de arte envolve uma grande capacidade de pensar a Segundo Perkins Op cit uma disposic o mais do que uma capacidade ou uma estrat gia uma tend ncia sentida compromisso e entusiasmo 119 Abordaremos este estudo em particular no Capitulo 7 relativo s quest es da literacia em artes 122 As informac es sobre o VTS foram obtidas atrav s dos documentos dispon veis no site Visual Understanding in Education URL lt http www vue org gt uma associac o criada para providenciar a aplicac o do programa nas escolas e fazer a formac o dos professores Foram ainda usadas outras fontes como os textos de Abigail Housen e de Philip Yenawine que constam do livro Educa o Est tica e Art stica Abordagens Transdisciplinares coordenado por Jo o Pedro Fr is e publicado pela Funda o Calouste de Gulbenkian em 2000 Arte P blica como Recurso Educativo 99 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico O VTS est baseado nas investigac es da psic loga cognitiva Abigail Housen e do experiente educador de arte em museus Philip Yenawine Como j referimos atr s Housen tem investigado a natureza do desenvolvimento est tico e o seu papel na educa o ao longo de mais de vinte e cinco anos Como parte da sua tese de doutoramento na Harvard Graduate School of Education no in cio dos anos 70 ela desenvolveu uma medida e um m
407. ornaria mais profundo Uma tal cidade poderia ser compreendida para al m do tempo como um modelo de grande continuidade com numerosas partes distintas interligadas claramente O observador perceptivo e familiar poderia recolher novos impactes est ticos sem aniquilar a sua imagem b sica E cada novo impacte seria uma refer ncia a muitos elementos pr vios O observador seria bem orientado e poder se ia mover facilmente Seria um bom conhecedor do seu ambiente Ibidem Os estudos percursores de Kevin Lynch sobre a imagem da cidade ainda hoje s o seguidos e referenciados por todos aqueles que estudam estas mat rias Este autor n o se limitou a definir o que era um ambiente urbano leg vel definiu tamb m claramente quais as qualidades formais que este deveria ter Assim as qualidades de um desenho urbano facilmente leg vel ou se quisermos imagin vel s o Ibidem 118 121 1 Singularidade os elementos ambientais deveriam ser nitidamente contrastantes e diferenciados do seu fundo ambiental 2 Simplicidade da forma os elementos deveriam ser claros e simples nas suas formas geom tricas e no n mero das suas partes 3 Continuidade deveria haver continua o dos limites e das superf cies proximidade das partes ou repeti o r tmica das formas e dos intervalos semelhan a de superf cies e de utiliza o de espa os 4 Predomin ncia uma parte do elemento ou do espa o deveria predominar sobre outras pelo seu
408. os pela sua qualidade s o potencialmente mais vividos pelos cidad os conclu mos que se torna plaus vel a ideia de que os alunos desses locais t m um maior desenvolvimento da sua percep o do espa o urbano Verificamos que o aumento de escolaridade dos alunos n o est relacionado com o seu interesse pela arte mas sim com o seu background familiar associado a um contacto regular com obras de arte Este contacto revela se extremamente importante pois como vimos sem um contacto permanente com a arte o desenvolvimento est tico dos indiv duos n o acontece H uma percentagem superior de alunos dos locais com muita Arte P blica que dizem perceber sempre ou quase sempre o que est o a ver quando observam uma obra de arte Este Arte P blica como Recurso Educativo 2 ro Pica come Recurso Educative 209 Conclus es resultado ainda que n o reflicta o grau de conhecimento que os alunos t m no dominio espec fico das artes visuais pode significar uma maior familiaridade desses alunos com as obras de arte Os alunos dos locais com muita Arte P blica revelaram estar mais aptos a identificar e a reconhecer obras de Arte P blica enquanto que os alunos dos locais com poucas obras t m mais d vidas nesse reconhecimento e um menor esclarecimento quanto a algum vocabul rio espec fico nomeadamente no que se refere diferen a entre est tua e escultura Contudo n o verificamos um aumento significativo dos saberes art s
409. os mais frente 6 4 2 Em Espanha Pelo que nos dado a conhecer atrav s de algumas publica es monogr ficas e peri dicas referentes educa o art stica no geral e em particular em rela o ao di logo com a obra de Arte P blica a situa o no pa s vizinho difere daquela que se vive no nosso pa s Parece nos que em Espanha h uma grande preocupa o no que respeita educa o para o patrim nio que engloba muitas vezes as manifesta es de Arte P blica na perspectiva de um patrim nio a preservar Notamos esta preocupa o especialmente na forma o inicial de professores e em alguns projectos de universidades e institui es privadas Quanto a n s colocar a educa o para o patrim nio na forma o inicial de professores assegurar a continuidade e a difus o desses valores a toda a popula o escolarizada O desenvolvimento da Cultura Visual como metodologia da educa o art stica que tem conhecido um grande desenvolvimento neste pa s tem tamb m contribu do para promover o di logo com as obras de arte no geral e com a Arte P blica em particular Apresentamos na tabela seguinte uma s ntese de algumas iniciativas realizadas em Espanha que visam promover o di logo com a obra de Arte P blica quer em contextos educativos formais ou n o formais quer no mbito da forma o inicial de professores Iniciativa Promotor Local Data P blico Caracter sticas Observa es Apadrinamos
410. os question rios s o de resposta fechada o que facilitou a codifica o e o tratamento dos dados no entanto a ltima pergunta propunha aos alunos a realiza o de um desenho cuja an lise e tratamento levantou algumas quest es Os desenhos foram analisados em duas etapas distintas a primeira visava apenas e de forma objectiva averiguar se os desenhos representavam obras de arte ou edif cios marcantes da paisagem a segunda etapa visava inscrever o desenho num dos est dios de desenvolvimento da percep o da paisagem urbana definidos por Battro e Ellis 1999 partida um nico elemento neste caso um desenho insuficiente para se poder classificar e afirmar que um aluno se encontra neste ou naquele est dio Por isso esta classifica o bastante subjectiva tanto mais que n o nos foi poss vel averiguar com exactid o a rela o entre a representa o e a realidade isto porque n o conhecemos a fundo a estrutura do ambiente representado porque temos apenas uma representa o que nos d indica es sobre as imagens mentais que cada aluno tem desse ambiente e porque desconhecemos qual o dominio que cada aluno tem sobre a t cnica de desenho De modo a minimizar estes problemas recorremos ao m todo comparativo n o s entre os desenhos recolhidos mas tamb m entre estes e os exemplos dados pelos autores citados como representativos de cada um dos est dios de modo a recolhermos um conjunto de ind cios que nos permitissem int
411. pacidade de entender as obras de arte nas diferentes dimens es do seu contexto Por manifesta impossibilidade de o fazermos dadas as caracter sticas do instrumento de recolha de dados no question rio n o havia perguntas especificamente direccionadas para medir a literacia dos alunos em todas as suas dimens es Assim a rea de compet ncia da Arte P blica como Recurso Educativo Ait P blica como Recurso Educativo 188 Capitulo 2 Validac o das hip teses espec ficas qual mais recolhemos informa es foi sobre a compreens o por ser aquela que melhor se adaptava s caracter sticas do nosso instrumento de recolha de dados Deste modo elabor mos um conjunto de perguntas que ao longo de todo o question rio nos forneceram dados que nos permitiram inferir se os alunos seriam mais ou menos literatos Assim os resultados que apresentamos para validar esta hip tese foram j apresentados neste cap tulo mas contribuem igualmente para que possamos tirar conclus es v lidas no caso desta hip tese espec fica J vimos que os alunos dos locais com muita Arte P blica prestam mais atenc o aos elementos art sticos da paisagem urbana do que os alunos dos locais com pouca Arte P blica cf Tabela 10 na p g 170 Verific mos tamb m que os alunos dos locais com muita Arte P blica dizem ter tido mais contacto com obras de arte do que os outros na proporc o de 94 para 84 9 e que esse contacto ocorreu maiorit
412. parecem indicar que os alunos dos locais com muita Arte P blica desenvolveram mais a sua percep o do espa o urbano do que os outros No entanto n o podemos deixar de ressalvar que o desenvolvimento da percep o do espa o urbano est directamente vinculado com a legibilidade e com a viv ncia dos indiv duos Arte P blica como Recurso Educativo 22 rio P blica come Recurse Educative 208 Conclus es nesses espa os e n o apenas com a presen a de obras de arte n o obstante estas se constitu rem como um dos elementos propiciadores da legibilidade e da qualidade desses espa os Dai podermos inferir que a continua familiaridade dos alunos com estes elementos marcantes que se manifesta at nos seus desenhos uma vez que os alunos dos locais com muita Arte P blica representam mais obras de arte e mais elementos marcantes vem progressivamente constituir um est mulo para um maior desenvolvimento da sua capacidade perceptiva Neste estudo constat mos n o haver rela o entre o g nero a idade uma vez que a faixa et ria abrangida relativamente curta ou ano de escolaridade dos alunos e o est dio de percep o do espa o urbano em que se encontravam o que parece corroborar a ideia de que a progress o dos alunos pelos diferentes est dios n o o resultado de um ensino ou de uma aprendizagem particular pois um produto de um desenvolvimento espont neo dos sistemas cognitivos de cada indiv duo O amadurecimento do
413. pecific at s o indissoci veis Como j vimos uma obra de arte colocada num determinado contexto altera o Um determinado contexto altera a percepc o que o observador tem da obra O observador dada a possibilidade que tem de interagir com o contexto e muitas vezes com a obra altera a pr pria obra e o contexto onde esta se insere transformando assim tamb m a percepc o que outros observadores t m da obra em causa Por isso podemos dizer que estes tr s p los obra observador contexto s o interdependentes e influenci veis eee om CE Esquema 6 Relac o do observador com as obras de arte num museu Num museu as telas n o s o especialmente pintadas para aquela parede nem ser suposto salvo as devidas excep es que estabele am qualquer rela o com a sala ou com as obras Arte P blica como Recurso Educativo 52 Capitulo 2 Arte P blica e Educa o que lhe est o cont guas No museu o contexto pode n o ser relevante nem influenciar de forma directa a recep o da obra pelo observador O Esquema 6 pretende representar a rela o que o observador estabelece com uma obra num museu ou numa galeria Nestes espa os o observador n o pode interagir com a obra logo n o a altera O observador apenas pode observar a obra A obra altera o observador se este por exemplo se sentir emocionado ao contempl la mas o observador n o pode alterar a obra nem a percep o que os outros observ
414. penas a n vel ideol gico ou conceptual mas tamb m ao n vel formal a perda do pedestal o fim da verticalidade e da figurac o foram as altera es mais importantes que se verificaram na escultura p blica com o advento das novas vanguardas art sticas resultantes em boa medida dos factores enunciados por Maderuelo Uma outra causa para a ruptura em relac o a l gica do monumento apontada por Frangoise Choay 2006 no seu livro Alegoria do Patrim nio Segundo a autora o monumento tem essencialmente uma func o rememorativa tanto mais que etimologicamente a palavra deriva de monere que significa advertir ou recordar ou seja o monumento algo que interpela a mem ria Ibidem 16 mas as sociedades modernas evolu das tecnologicamente conseguiram encontrar outros mecanismos capazes de cumprir essa func o mnem nica reservada ao monumento por exemplo a fotografia a autora cita a C mara Clara de Roland Barthes para afirmar que a sociedade moderna renunciou ao monumento e que a fotografia uma forma de monumento adaptado ao individualismo da nossa poca o monumento da sociedade privada que permite a cada um obter em segredo o regresso dos mortos privados ou p blicos que fundam a sua identidade Choay op cit 19 Deste modo o monumento simb lico erguido para fins de rememora o j quase n o existe nas nossas sociedades desenvolvidas dado que medida que elas dispunham de mnemotecnias mais
415. plutense de Madrid Facultad de Bellas Artes Tese de doutoramento disponivel na WWW em lt http www ub es escult epolis bfdez blanca fdez01 pdf gt FERN NDEZ QUESADA Blanca 1999 Nuevos lugares de intenci n Intervenciones art sticas en el espacio urbano como una de las salidas a los circuitos convencionales Estados Unidos 1965 1995 Madrid Facultad de Bellas Artes de la Universidad Complutense de Madrid Tese de doutoramento FERREIRA Ant nio Mega 1998 Figuras Livres In MELO Alexandre et a Arte Urbana Lisboa Parque Expo 98 FINKELPEARL Tom 2000 Dialogues in public art Cambridge etc The MIT press ISBN 0 262 06209 7 FRANCO Nuria 2005 The citizen s attitude towards works of art in public space the case of Barcelona In Remesar Antoni ed Urban Regeneration A challenge for public art Arte Publica como Recurso Educativo Ait iio come Recurso Educativo 220 Bibliografia Barcelona Universitat de Barcelona Disponivel na WWW em http www ub es escult epolis urbanreg urban_regeneration pdf FRIAS An bal e PEIXOTO Paulo 2001 Representac o imagin ria da cidade Processo de racionalizac o e de estetizac o do patrim nio urbano de Coimbra em linha Coimbra Universidade de Coimbra Centro de Estudos Sociais consult 18 08 06 Disponivel na WWW URL lt http www ces uc pt publicacoes oficina 183 183 pdf gt FR IS Jo o Pedro 2005 As artes visuais na
416. qualidade de vida dos cidad os Brand o e Remesar 2003 Fern ndez Quesada op cit a http www sparcmurals org Tradu o do ingl s Public Art is a vital part of everyone s culture because it exists where people work and live Baca cit por Remesar 2003 35 49 lt is not easy to justify spending tax dollars on intangibles especially in a society with many tangible and overwhelming problems Senie op cit 4 Arte P blica como Recurso Educativo 46 Capitulo 2 Arte Publica e Educac o Miles op cit Regat o 2003 Remesar 1997 1998 2000a 2005a Selwood 1995 Lacy 1995 Sobrino Manzanares op cit Analisando as diferentes fun es das obras colocadas no espa o urbano Guilherme Abreu 2005 definiu quatro categorias ou classes nas quais classifica as obras de Arte P blica lugares de mem ria elementos de qualifica o urbana elementos de anima o arquitect nica e lugares de devo o Deste modo as m ltiplas formas que a Arte P blica pode assumir correspondem igualmente a m ltiplas fun es Mas falar das fun es da Arte P blica implica saber partida quem define manipula e colhe os seus benef cios Abreu 2001 96 Na contemporaneidade as fun es que mais fortemente aparecem relacionadas com a Arte P blica s o a fun o de regenera o urbana e a fun o social o que nos faz supor que na realidade s o os cidad os quem colhe os
417. que reside em pa ses desenvolvidos cerca de 75 ou seja tr s quartos vive em cidades prevendo se mesmo que este n mero possa ultrapassar os 80 em 2030 Actualmente a taxa de crescimento anual para a popula o nas cidades superior em dobro taxa de crescimento total da popula o prevendo se que em 2030 seja 16 vezes superior Deste modo assistiremos a um crescimento da urbaniza o mundial da popula o cada vez mais r pido actualmente em Portugal cerca de 58 da popula o residente vive em cidades prevendo se que em 2030 possa atingir os 71 4 Se actualmente a taxa de crescimento da popula o urbana em Portugal 3 5 vezes superior taxa de crescimento da popula o total em 2030 prev se que esta diferen a aumente para 35 5 vezes Assim assistiremos em Portugal a uma urbaniza o da popula o muito acelerada Arte P blica como Recurso Educativo 64 Capitulo 3 A Paisagem Urbana Por si s estes dados merecem reflexao e acc o Reflex o porque necess rio saber porque raz o cada vez mais pessoas deixam o espaco rural para se concentrarem no urbano e acc o porque necess rio criar condi es para que as pessoas se fixem nos espa os rurais e ao mesmo tempo tentar que o inevit vel crescimento dos espa os urbanos seja feito com qualidade Pensamos que neste ltimo ponto a constru o e ou manuten o de paisagens urbanas com qualidade bem como a educa o ser o factores fundamentais para um
418. r Julgamos ser esta a principal raz o pela qual o jornalista do New York Times inicia a sua not cia sobre este estudo com uma pergunta pertinente numa poca de grandes cortes nos programas de arte das escolas p blicas uma quest o parece ser cada vez mais relevante a aprendizagem feita em volta das pinturas e esculturas ajuda as crian as a serem melhores alunos nas outras reas Parece nos que esta pergunta vem no sentido do programa No Child Left Behind NCLB aprovado nos EUA por uma lei federal em 2001 que preconiza a aquisi o de compet ncias de leitura escrita matem tica e l ngua materna deixando para tr s as express es art sticas 196 Va Veja se o press release do Museu dispon vel em lt http www guggenheim org press releases downloads LTA study pdf gt veja se tamb m a o Jornal New York Times na sua edi o de 27 07 06 dispon vel em lt http www nytimes com gt ou consultar o relat rio completo dispon vel em lt http www learningthroughart org LTA research full report pdf gt 197 E Pate mete Para efeitos deste estudo os investigadores definiram seis indicadores de compet ncia em literacia extended focus hypothesizing evidential reasoning building schema multiple interpretations thorough description In Guggenheim Museum Press Release 2006 07 27 198 a a de Sobre este programa dispon veis em lt http www learningthroughart org gt 19 Em 1983 Gene A
419. r a uma obra de arte reproduzida por meio de uma fotografia Figura 11 Figura 11 Homem So 1998 Jorge Vieira Parque das Na es Lisboa De um modo geral os alunos consideraram esta obra bonita 66 7 original 66 7 bem localizada 66 3 pesada 64 2 alegre 54 65 com o tamanho certo 54 2 e elegante 52 9 Quando compar mos as duas situac es em estudo regist mos algumas diferencas as quais abordaremos mais adiante 1 9 Percep o do espa o urbano Para averiguar em que est dio de percep o do espa o urbano os alunos se encontravam foi proposta a realiza o de um desenho Desse desenho foram recolhidos um conjunto de indicadores que nos permitiram categoriz los em cada um dos est dios de percep o da cidade tal como j explic mos na metodologia Arte P blica como Recurso Educativo bli u ucativ 177 Capitulo 1 Apresenta o de resultados A percep o de elementos marcantes num espa o urbano fundamental para que ele se torne cada vez mais leg vel para n s Depois da an lise aos desenhos conclu mos que 55 dos alunos n o representaram elementos marcantes enquanto que os restantes 45 o fizeram Comparando as duas situa es em estudo constatamos que 54 5 dos alunos nos locais com muita Arte P blica representaram nos seus desenhos elementos que consider mos como marcantes enquanto que apenas 33 dos alunos nos locais com pouca Arte P blica o fizeram Verificamos a
420. r centralizador ou seja fazer com que a obra seja o centro das aten es dos espectadores A ordem conc ntrica dos elementos a conflu ncia de eixos o uso de simetrias s o alguns dos recursos empregues tradicionalmente na arte embora possamos ainda adicionar a esta lista a escala e a simplicidade das formas e da composi o recursos bastante usados na produ o de obras de Arte P blica contempor neas Ibidem 58 Mesmo sendo constru das as obras com o intuito de serem o centro das aten es e de despertarem o interesse dos observadores na realidade muitas vezes n o cumprem esses objectivos Esse facto pode acontecer por problemas inerentes pr pria obra ou sua integra o no espa o mas acontece maioritariamente devido a uma certa indiferen a dos transeuntes para com a obra quest o que j discutimos no Cap tulo 2 Contudo n o devemos esquecer que como nos diz Eisner 2004 h v rias maneiras de ver o que nos rodeia Tudo o que vemos delimitado por um conjunto de marcos de refer ncia que adquirimos em primeira inst ncia com o processo de socializa o e depois com os programas educativos que quando eficazes oferecem uma variedade de marcos de refer ncia e ao mesmo tempo desenvolvem a capacidade de os estudantes mudarem de um marco a outro levando ao refinamento da percep o A aquisi o desses marcos permite que nos unamos a uma comunidade de discurso e que participemos nela adquirindo formas
421. r is op cit 217 Como forma de operacionaliza o foram definidos oito percursos visuais em torno de trinta e quatro obras dos dois museus da FCG percursos esses que s o cuidadosamente descritos ilustrados justificados est tica e pedagogicamente e apoiados em exemplos de actividades 123 j RER son i gt Aqui devemos ressalvar que o Programa Primeiro Olhar privilegia o contacto das crian as com a arte grande parte dos estudos foram desenvolvidos com crian as do 4 ano de escolaridade da regi o de Lisboa raz o pela qual fala em contacto precoce J o VTS privilegia o contacto com observadores principiantes que n o ser o necessariamente crian as embora estas o sejam As obras foram escolhidas de entre todo o esp lio dos dois museus da FCG Museu Gulbenkian e Centro de Arte Moderna Jos Azeredo Perdig o tendo em conta os seguintes crit rios pertencerem aos esp lios da Funda o Calouste Gulbenkian facilitando s crian as e aos v rios grupos o acesso aos originais possu rem modalidades expressivas diversas e implicitamente oferecerem v rias possibilidades para a explica o est tica Gon alves Fr is e Marques op cit 209 Arte P blica como Recurso Educativo a 105 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico pr ticas e de di logos em torno das obras Os oito percursos pela ordem que aparecem no Caderno do Professor s o Duas familias estil sticas
422. r a transi o definitiva para o est dio seguinte necess rio o desenvolvimento de capacidades anal ticas habilidades cr ticas e um marco de refer ncia para an lise Transi o II IV Um sujeito que tenha muito pouca experi ncia no que respeita arte tende a inventar as suas pr prias distin es Sabem descodificar s mbolos mas n o t m um marco de refer ncia est tica no qual basear a sua an lise Este marco de refer ncia adquire se mediante a forma o ou a experi ncia Noutros aspectos mostram um bom conhecimento t cnico e formal mas carecem de estrat gias cr ticas ou anal ticas Em todo o caso os espectadores deste grupo n o podem assimilar as distin es necess rias para uma an lise formal de uma obra de arte Est dio 3 Observadores Classificadores Os observadores neste est dio adoptam uma estrat gia anal tica e cr tica que comum encontrarmos entre os historiadores de arte Querem identificar a obra em relac o a um lugar escola estilo tempo e origem Descodificam a apar ncia da obra a partir de uma s rie de ind cios utilizando para isso factos e figuras categorizam o trabalho e atrav s disso explicam e racionalizam o significado da obra de arte Estadio 4 Observadores Interpretativos Os observadores deste est dio procuram um encontro pessoal com a obra de arte Exploram a obra de arte em busca de significados tratando de apreciar as subtilezas da linha da forma d
423. r ele pr prio os conte dos da disciplina em fun o das aprendizagens dos alunos na autonomia concedida ao professor que reside quanto a n s a possibilidade de os alunos terem contacto com as Artes Visuais o que teoricamente abre a possibilidade de haver alunos que durante estes dois anos correspondentes ao 2 CEB n o ter o qualquer contacto com as Artes Visuais enquanto outros ter o um contacto regular Independentemente da gest o que cada professor fa a dos conte dos da disciplina e das aprendizagens que proporciona aos seus alunos dever ter em conta o texto program tico que define as finalidades a atingir e os respectivos objectivos gerais nos dom nios da aquisi o de conhecimentos da integra o de conhecimentos e t cnicas de execu o e da forma o de valores e atitudes DGEBS 1991a 198 200 Assim as finalidades da disciplina s o Bet mio de Almeida 1920 1985 foi um dos te ricos mais influentes na defini o dos programas de Educa o Visual em Portugal tendo deixado in meros seguidores do seu trabalho nas reas da educa o est tica e art stica Sobre a vida e obra de Bet mio de Almeida veja se Jorge Ramos do In N VOA Ant nio dir 2003 Dicion rio de Educadores Portugueses p 53 6 Arte P blica como Recurso Educativo 26 Cap tulo 1 O lugar das artes visuais no curr culo do 2 ciclo Desenvolver A percep o A sensibilidade est tica A criativ
424. ra a Arte P blica requer n o s o simples treino visual que cada cidad o j tem mas tamb m um alto n vel de literacia visual que a pr pria obra em si proporciona ao seu p blico O que corrobora a nossa tese de que a Arte P blica se constitui como um importante recurso educativo 55 s 5 A Segundo a Parque Expo entidade respons vel por este espaco dez mil pessoas o n mero m dio estimado de pessoas que circulam no Parque em dias teis Esta indicac o data de 2002 altura em que foi feito o ltimo estudo aflu ncia de pessoas ao Parque das Na es A direc o da Parque Expo acredita que este n mero seja actualmente francamente maior As esta es do Metro de Lisboa principalmente as mais recentes s o consideradas como obras de autor uma vez que resultaram do trabalho conjunto de artistas pl sticos e arquitectos Por isso n o raro encontrarmos obras de arte essencialmente de autores portugueses mas tamb m alguns estrangeiros como pain is de azulejos baixos relevos pintura e escultura quando viajamos na rede de Metro da cidade de Lisboa Arte P blica como Recurso Educativo 49 Capitulo 2 Arte P blica e Educa o Contudo n o devemos esquecer que na grande maioria das vezes o cidad o n o mais do que um receptor passivo das solu es art sticas Remesar 2000a 197 2003 36 encontradas pelos operadores est ticos para determinado local Esta recep o pa
425. ras entre as diferentes disciplinas que interv m no espa o urbano s o cada vez menos r gidas A simbiose entre a escultura a arquitectura e o design ocorre 33 Maderuelo op cit 130 2 situa o gradual desvanecimento da l gica do monumento num per odo que se iniciou nos finais do s c XIX e que se ficou a dever a dois factores diferentes mas relacionados entre si o primeiro inerente pr pria escultura e relaciona se com o facto de esta se distanciar cada vez mais do seu suporte historicamente habitual a arquitectura devido arquitectura moderna dispensar os seus servicos pautando se por um purismo arquitect nico e construtivo pelo que a escultura passou a partilhar os espacos expositivos da pintura afirmando se como uma arte aut noma o segundo factor alheio escultura e relaciona se com a orientac o que a arquitectura e o urbanismo do Movimento Moderno tomaram alterando por completo o car cter do espa o p blico urbano A ren ncia a uma arquitectura estil stica e a implementa o de um modelo nico de constru o dos edif cios conduziu a uma despersonalizac o do espaco urbano de modo a que todos os bairros perif ricos se assemelham muito Por outro lado a arquitectura moderna ao renunciar aos ornamentos da escultura pretende ela pr pria e por si s ser um monumento Estes dois factores foram essenciais para que a l gica do monumento se alterasse Mas essas alterac es n o se verificaram a
426. ras obras suas quando observa uma obra de arte Os alunos das escolas localizadas nas paisagens urbanas com muita Arte P blica conhecem melhor o conceito de Arte P blica do que os outros alunos Verificou se haver uma coincid ncia entre aqueles que dizem j ter ouvido a express o Arte P blica os que definem correctamente o conceito e aqueles que dizem que os seus professores j lhe falaram deste tipo de arte nas aulas Deste resultado podemos inferir que a escola parece funcionar como um meio eficaz na transmiss o e normaliza o de conceitos Parece nos haver uma certa valoriza o do contacto com as obras de Arte P blica e dos valores est ticos da paisagem urbana dado que a maioria dos alunos diz que a principal fun o da Arte P blica proporcionar aos cidad os um maior contacto com a arte Constat mos ainda haver uma tend ncia para que os alunos que habitualmente observam o seu meio envolvente tamb m se sintam motivados a observar obras de arte embora com menor frequ ncia como eles pr prios referem No que respeita percep o do espa o urbano h nos locais com muita Arte P blica uma clara predomin ncia de alunos integrados nos tr s subest dios superiores enquanto que nos locais com pouca Arte P blica h uma maior frequ ncia de alunos integrados no primeiro subest dio embora tamb m possamos encontrar estes alunos distribu dos pelos subest dios superiores mas em menor n mero Estes resultados
427. re Segundo Liceras Ruiz 2003 19 a utilizac o do conceito de paisagem por diversas disciplinas converte o num conceito diagonal e de utiliza o poliss mica uma vez que usado com propriedade em mbitos t o diferenciados como a geografia a geologia a ecologia a economia a arquitectura a pol tica a engenharia a jardinagem a antropologia ou o urbanismo passando pela arte pict rica e a literatura pois desde todas estas perspectivas e mbitos de conhecimento se estuda e ou se administra a paisagem Arte P blica como Recurso Educativo 59 Capitulo 3 A Paisagem Urbana A este respeito Argan 2005 228 citando Marsilio Ficino diz nos que a cidade n o feita de pedras mas de homens e s o todos os homens n o apenas os estudiosos ou literatos que atribuem valor as pedras Com esta frase Argan chama nos a atenc o para a estreita relac o entre os homens e as pedras da cidade ou seja para a relac o entre o Homem e o espa o que o circunda que como j vimos cada vez mais simbi tica Neste trabalho o conceito de paisagem urbana que iremos usar estar directamente relacionado com o que acab mos de expor Sintetizando a paisagem urbana o espaco integrado num aglomerado urbano e na sua rea envolvente que cada Ser Humano percepciona estabelecendo com ele diversas rela es Essas rela es totalmente pessoais s o despoletadas pelos processos perceptivos individuais e levam a que
428. rede Os bairros s o zonas urbanas de dimens o vari vel que os observadores identificam pela sua homogeneidade reconhecendo lhes algo de comum e de identific vel Lynch 1999 58 Os bairros conjuntamente com as vias s o os elementos mais importantes para que um cidad o estruture mentalmente a sua cidade porque formam conjuntos de unidade atrav s das formas das cores da textura do tipo de constru o ou de edif cio que facilitam o seu reconhecimento tanto do seu interior como do seu exterior Esta cita o de Argan foi retirada do livro Hist ria da Arte como hist ria da cidade que foi publicado originalmente em 1984 em italiano A edi o que consult mos foi a tradu o brasileira da editora Martins Fontes na sua 5 edi o de 2005 Arte P blica como Recurso Educativo 60 Capitulo 3 A Paisagem Urbana Os cruzamentos sao locais estrat gicos numa cidade uma vez que sao pontos de entrada ou saida Sao pontos dos quais e para os quais nos deslocamos podendo mesmo afirmar que as desloca es nas cidades se fazem entre cruzamentos Podemos considerar como cruzamento o entrecruzar de vias de comunica o ou de rotas de desloca o por exemplo uma pra a onde cada pessoa segue a sua rota e se cruza com outra uma esquina um largo uma esta o intermodal onde temos de mudar de transporte etc Estes cruzamentos s o muitas vezes considerados como a zona mais importante do bairro por ser a
429. reens o do jogo de influ ncias psicossociais que encerravam em si cada uma das vari veis do nosso estudo As paisagens urbanas com muita Arte P blica e a sua contribui o para o desenvolvimento da percep o do espa o urbano e da literacia em Artes Visuais nos alunos do 2 ciclo Do ponto de vista do desenvolvimento psicol gico e at motor as crian as envolvidas neste estudo est o potencialmente aptas a apreciar obras de Arte P blica uma vez que j desenvolveram a capacidade de perceber e coordenar globalmente diferentes pontos de vista mostrando ser capazes de realizar a s ntese de diferentes imagens No entanto a capacidade de apreciar arte est directamente relacionada com a sensibilidade individual mas tamb m com o conhecimento sobre arte pois a contempla o sem conhecimento desprovida de sentido O n vel sociocultural familiar dos alunos mais favorecido nos locais onde h muita Arte P blica Este dado revela se importante pois a condi o sociocultural e at econ mica das fam lias parece ter uma certa preponder ncia no modo de desloca o dos alunos para a escola sendo que os alunos dos locais com muita Arte P blica se deslocam mais de carro Arte P blica como Recurso Educativo Ait P blica come Recurso Educativo 207 Conclus es enquanto os alunos dos locais com pouca Arte P blica locais que no nosso estudo s o tendencialmente mais desfavorecidos se deslocam na sua maioria a p
430. representac o escult rica mas tamb m nos transmite uma express o visual que entendemos como semelhante Um exemplo do que dizemos a produc o pl stica do movimento Realista onde a importancia da informa o proporcionada pelo reconhecimento visual do objecto foi tal que se chegou a aceitar mais ou menos implicitamente que a adequada representa o da apar ncia extrema constitu a a express o pl stica mais verdadeira de qualquer realidade Reyero 1994 189 Esta apologia da representa o mim tica da realidade levou n o s ao desinteresse por tudo o que n o fosse real como tamb m neglig ncia de outros aspectos igualmente f sicos e inerentes defini o da realidade material das coisas em especial os percebidos por outros sentidos como por exemplo o tacto Ibidem Podemos apontar como exemplo a utiliza o do pedestal que ao mesmo tempo que exacerbava a import ncia do monumento elevando o privava os transeuntes do contacto t ctil com ele 87 Os conceitos ingrediente conotado e dep sito ass ptico s o defendidos por C lia Mont lio no seu artigo El taller abierto publicado na revista Lapiz n 102 de Abril de 1994 38 Tradu o livre do castelhano en el marco general del movimiento realista la import ncia de la informaci n proporcionada por el reconocimiento visual del objeto fue tal que se lleg a aceptar mas o menos implicitamente que la adecuada representaci n de l
431. res est ticos que nos sejam pr ximos Tecemos considera es sobre as caracter sticas dos elementos que percepcion mos sobre o ambiente que nos circunda ou sobre o cen rio de fundo Por vezes a presen a de elementos negativos como a degrada o urbana falta de limpeza ou constru o desordenada pode levar a que depreciemos a paisagem que temos ante os nossos olhos Liceras Ruiz 2003 74 5 Em suma as aprecia es que fazemos sejam elas de car cter mais t cnico ou est tico s o sempre subjectivas porque s o pessoais podendo levar a que a imagem de uma dada realidade possa variar significativamente entre diferentes observadores Lynch 1999 16 Tentaremos minimizar a carga subjectiva que possa estar associada aprecia o de uma paisagem urbana tanto mais que n o faremos aprecia es ou ju zos sobre qualquer paisagem concreta Ao inv s de uma forma objectiva tentaremos expor quais as caracter sticas de um espa o urbano de qualidade que como dissemos s o fundamentais para que se criem paisagens urbanas tamb m de qualidade A primeira caracter stica que queremos apresentar de um espa o urbano de qualidade a legibilidade ou seja facilidade com a qual as partes podem ser reconhecidas e organizadas numa estrutura coerente Ibidem 13 Um espa o urbano leg vel ser aquele em que os seus elementos s o facilmente identific veis tanto isoladamente como fazendo parte de uma estrutura maior A
432. resente e o esfor o de elabora o de um projecto comum para o futuro n o pode dispensar a comunidade do conhecimento do pano de fundo Ibidem 31 Al m do que a arte nos pode ensinar sobre o nosso passado temos de ter em conta que qualquer narrativa hist rica sempre feita a partir do presente para o passado ou seja o que n s sabemos do passado est contaminado pelo que sabemos no presente tal como aquilo que iremos saber no futuro Queremos com isto dizer que uma obra de arte seja ela qual for poder ensinar nos tanto sobre o nosso passado como sobre o nosso futuro talvez por isso 62 yx i a ie ah N o podemos deixar de referir que cada vez mais se tenta criar nos museus condi es ptimas de observa o que claramente facilitam a percep o que o observador tem das obras Algumas exposi es s o tamb m montadas de acordo com o objectivo espec fico de estabelecer compara es entre dois autores diferentes estamo nos a lembrar da exposi o em Serralves sobre Amadeu de Souza Cardoso e Piet Mondrian mas outros exemplos poderiam ser dados Depois no outro p lo oposto temos as exposi es em pinacoteca onde as obras aparecem amontoadas o que dificulta a percep o dos observadores No entanto arriscamos dizer que na maioria dos museus h a preocupa o de que o envolvimento das obras seja o mais neutro poss vel de modo a facilitar a percep o do observador encaminhado a sua aten o par
433. ria sido poss vel s escola que autorizaram aos professores que aplicaram e aos alunos que responderam aos question rios e que assim permitiram que este trabalho prosseguisse Aos colegas de mestrado especialmente Sandra e ao Pedro pelo companheirismo pela troca de experi ncias e pela colabora o APECV pela ced ncia de material bibliogr fico E a todos os meus amigos que me acompanharam ao longo deste percurso e que com a sua amizade alegria e entusiasmo me ajudaram a superar as dificuldades A todos um sincero MUITO OBRIGADO Arte P blica como Recurso Educativo ndice Geral Resumo e Palavras Chave cexiciiiioidias diia iia ii Abstract and Key Words uti aaa iii Agradecimentos cecilia iv Fale ec ET DEM A Ere PERENE RR Tannery ee RIR VI TN v LE RT a A in o A Sl DRE GERACAO st RS viii Indica de aura litis a a il ix A A O de x ndice de SANGO Sian us tak dai lio abia xiii Lista de ACr NIMOS siciliana laica ida XV l Introdu o ssa stern emtcr e o e eae eter 17 Justifica o e relev ncia do tema eee nn nc nano nn nc naar aerea nncnnnns 17 Apresenta o da problem tica pergunta de partida e hip teses reene 17 Metodologia n 8 A ei nad ee nd ee esa lead na 19 Pontos fortes e pontos fracos er a a aeaa a aa a nana aa liaa 19 Estrutura da dissertaca Oi acenteer ni ania ei ete eid 20 ll Enquadramento Teorico 1 O lugar das Artes Visuais no curr culo d
434. rio da Educa o com o alto patroc nio de sua Excel ncia o Presidente da Rep blica 2 Despacho n 12 591 2006 2 s rie Arte P blica como Recurso Educativo Are Pubis come Recurso Educative 133 Capitulo 7 Literacia e educagao artistica e a Produ o Cria o que podemos englobar na rea da cria o pois requer que os alunos dominem os c digos notacionais das Artes Visuais para que os possam usar na produ o e cria o de novos objectos art sticos utilizando e dominando diferentes meios de express o e a Reflex o Interpreta o que podemos englobar na rea da compreens o pois requer que os alunos para al m de conhecerem os c digos notacionais que lhe permitem criar sejam capazes de os compreender e analisar criticamente n o s a obra em si mas tamb m o seu contexto de modo a poderem integrar e produzir atrav s da s ntese novos conhecimentos Parece nos que as compet ncias essenciais definidas para a Educa o Visual visam claramente o desenvolvimento da literacia em artes em geral e da literacia em Artes Visuais em particular revelando o documento uma importante coer ncia interna que por exemplo o programa da disciplina de EVT n o revela O conceito de literacia em Artes Visuais adquire no contexto desta disserta o uma enorme import ncia Poder se pensar que seria importante definir claramente quais os conhecimentos ou compet ncias que um indiv duo literato em Artes V
435. ruz em Carnide Lisboa EB 2 3 do Teixoso na Covilh e a EB 2 3 Pedro Eanes Lobato na Amora Seixal As escolas escolhidas nas paisagens com muita Arte P blica foram EBI JI Vasco da Gama no Parque das Na es Lisboa EB 2 3 D Jo o Il nas Caldas da Rainha e a EB 2 3 de S Rosendo em Santo Tirso Arte P blica como Recurso Educativo 2 ri Pubis come Recurso Educative 150 Capitulo 4 Escolha da popula o e defini o da amostra A escolha destas escolas em particular ficou a dever se em primeiro lugar ao facto de estarem situadas em locais que cumprem os crit rios estabelecidos em segundo lugar a facilidade de acesso a escola ou seja a possibilidade e a facilidade que tivemos em encontrar um interlocutor dentro da escola que aplicasse os questionarios aos alunos cumprindo as nossas instru es na aplica o dos mesmos Importa agora fazer uma breve caracteriza o de cada um dos locais e das escolas escolhidas para a realiza o deste estudo de modo a que se possam entender melhor os motivos da nossa escolha 4 1 1 Bairro Padre Cruz Carnide Lisboa O Bairro Padre Cruz situa se nos limites da Freguesia de Carnide em Lisboa confinando com o Munic pio de Odivelas O Bairro come ou a ser constru do h cerca de 50 anos e divide se em dois n cleos distintos O n cleo nordeste mais antigo com casas t rreas tipo moradia com um pequeno quintal e o n cleo sudoeste onde foram constru dos pr dios s
436. rva a nuestra sociedad para programar mejor el espacio vital de todos los ciudadanos incluyendo a los ni os Los urbanistas podr n sacar provecho de la visi n infantil de la ciudad y los psic logos podr n tomar mayor conciencia de los procesos cognitivos espec ficos de la vida urbana se integran en las grandes etapas o estadios psicogen ticos Battro e Ellis 1999 Relativamente s diferentes teorias sobre a evoluc o do desenho infantil poder se consultar a tese de doutoramento do Professor Jo o Fr is As Artes Visuais na Educa o perspectiva hist rica nomeadamente o Cap tulo 3 Arte Infantil inoc ncia e convencionalismo pp 129 181 Arte P blica como Recurso Educativo 70 Capitulo 4 A Paisagem Urbana nos desenhos das criangas que a crian a o estruture mentalmente Esta afirma o corroborada por Cottinelli Telmo 1986 60 71 quando verificou no seu estudo que as criancas do meio rural que iam habitualmente a p para a escola desenharam muito mais rea do que as crian as da cidade demonstrando assim um maior conhecimento do espaco Tamb m Brittain e Lowenfeld 1977 236 falando da transic o entre a representac o da linha de base e a representac o do plano nos desenhos das crian as refere embora de modo especulativo que parece haver uma rela o entre o in cio da representa o do plano e o aumento da actividade f sica e da curiosidade natural da crian a Outro estudo de Andr Dupre e M ni
437. s Educa o Visual Educa o Musical s o definidas compet ncias espec ficas Express o Dram tica Teatro para cada uma das reas Dan a Objectivo Desenvolver a Literacia em Artes Atrav s de Apropria o das linguagens elementares das artes Desenvolvimento da capacidade de express o e comunica o Desenvolvimento da criatividade Compreens o das artes no contexto Operacionaliza o Experi ncias de Pr ticas de investiga o aprendizagem Produ o e realiza o de espect culos oficinas mostras exposi es instala es e outros Utiliza o das tecnologias da informa o e comunica o Assist ncia a diferentes espect culos exposi es instala es e outros eventos art sticos Contacto com diferentes tipos de culturas art sticas Conhecimento do patrim nio art stico nacional Interc mbios entre escolas e outras institui es Explora o de diferentes formas e t cnicas de cria o e de processos comunicacionais Esquema elaborado a partir de DEB 2001 149 52 Esquema 3 Estrutura do cap tulo da Educa o Art stica no documento das Compet ncias Essenciais Esta cita o denota quanto a n s uma mudan a radical de discurso face ao anterior Fala se agora na import ncia da viv ncia art stica no desenvolvimento de compet ncias assumindo que ser imposs vel fazer educa o art stica sem recurso arte como parecia preconizar o
438. s principalmente a partir da segunda metade da d cada de 70 do s culo XX Remesar 1998 De acordo com Miles op cit 5 j desde os finais da d cada de 60 do s culo XX que diferentes obras de arte contempor nea tinham sido colocadas em diferentes espa os urbanos pra as edif cios governamentais parques e jardins escolas hospitais etc utilizando diferentes linguagens visuais e cujos objectivos eram diferentes daqueles que deram origem coloca o de est tuas e memoriais em pocas anteriores As perspectivas anteriores de Remesar e Miles colocam essencialmente o aparecimento e desenvolvimento do conceito de Arte P blica na esfera do planeamento urban stico e da regenera o urbana mas outros autores como Javier Maderuelo op cit ou Rosalind Krauss 2001 colocam no no campo do desenvolvimento de novas pr ticas art sticas em especial depois dos finais da d cada de 60 do s culo XX com o desenvolvimento de novas pr ticas e formas escult ricas iniciadas com o Minimalismo e com a Land Art Cerca de cem anos mais tarde Kevin Lynch retoma este assunto no seu livro A Imagem da Cidade no qual fala da import ncia dos pontos marcantes na defini o do nosso mapa mental da cidade como veremos no Cap tulo 3 desta disserta o 31 Public art Observatory tem a sua sede na Universidade de Barcelona e tem como objectivos potenciar a forma o e a investiga o sobre a problem tica da Arte P blica no sistem
439. s habitantes Contudo a coloca o de obras de arte em espa os p blicos n o tem sido uma prioridade nem as raras obras existentes s o encaradas pela escola como um recurso v lido uma vez que n o as referenciam no seu Projecto Educativo nem a C mara Municipal as encara como factor de regenera o urbana ou como ponto de interesse tur stico uma vez que n o faz qualquer refer ncia a essas obras no seu s tio oficial na Internet embora o fa a a outros equipamentos constru dos pela autarquia Deste modo a cidade da Amora foi inclu da no nosso estudo como uma paisagem urbana com pouca Arte P blica 222 sitio oficial da C mara Municipal do Seixal URL http www cm seixal pt e no Projecto Educativo da Escola EB 2 3 Pedro Eanes Lobato 223 in Projecto Educativo da Escola EB 2 3 Pedro Eanes Lobato 224 Ibidem Arte P blica como Recurso Educativo 22 rio P blica come Recurso Educative 153 Capitulo 4 Escolha da popula o e defini o da amostra 4 1 3 Teixoso Covilh Teixoso uma vila e sede de freguesia do concelho da Covilh Situa se nas abas da Serra da Estrela e dista 8 Km da sede de concelho A freguesia tem 4428 habitantes e as suas principais actividades econ micas s o a ind stria a agricultura a pecu ria o com rcio e os servi os com maior predomin ncia nos sectores prim rio e secund rio O patrim nio cultural edificado referido como mais importante na vila do Teixoso
440. s revelam conhecer melhor o conceito de Arte P blica e as fun es que esta desempenha identificam uma obra de Arte P blica com maior facilidade revelam uma tend ncia para estar mais esclarecidos sobre o vocabul rio espec fico das Artes Visuais nomeadamente a diferen a entre escultura e est tua aparentam estar num est dio de aprecia o est tica e art stica ligeiramente superior revelam um maior conhecimento sobre arte em geral e t m uma maior capacidade para apreciar arte Conclu mos assim que os alunos do 2 ciclo que frequentam escolas situadas em locais onde na paisagem urbana existem muitas obras de Arte P blica revelam um maior desenvolvimento da percep o do espa o urbano e um n vel superior de literacia em Artes Visuais por terem um contacto quotidiano com estas obras de arte mas tamb m porque t m tendencialmente um ambiente sociocultural mais favorecido Palavras chave Arte P blica Educa o Art stica Literacia em Artes Visuais Percep o da paisagem urbana Abordagem pedag gica de obras de arte Arte P blica como Recurso Educativo Abstract and Key Words The subject of this thesis begins with the study of two key areas usually approached in a separate way Public Art and Art Education however we study them joined and this situation give us the possibility to come up with a new knowledge as a result of the intersection between these two areas that made us consider Public Art as an
441. s veis em bares no largo com a est tua da Rainha D Leonor junto ao Hospital Termal na zona central da Pra a da Rep blica no Centro de Juventude local ou no Parque D Carlos I entre outros Na escola ao longo de toda a semana teremos 12 bandas amadoras constitu da por alunos ou ex alunos da ESAD informa Lino Rom o Site com mapas di rios Na festa de encerramento da edi o passada do CLN estiveram cerca de quatro mil pessoas sendo os principais clientes amigos dos cerca de 1 500 alunos da escola e estudantes de artes de v rios pontos do pa s O Caldas Late Night j tem uma forte identidade no circuito alternativo de arte contempor nea garante o mesmo elemento A iniciativa deste ano tem o tema o centro em toda a parte e termina com uma mega festa na escola na sexta feira com tr s pistas de dan a e manifesta es art sticas durante toda a noite Ser colocado on line um mapa dos eventos em www cln2006 org O Caldas Late Night apesar de ser baseado no mesmo conceito do Fora de horas de Lisboa acaba por resultar melhor Este tipo de evento n o funciona t o bem nas grandes cidades porque l complicado deixar entrar em casa pessoas que n o se conhece al m de haver o problema das dist ncias Aqui visto como uma coisa comunit ria e j uma das imagens da escola diz Lino Rom o http www publico clix pt print asp id 1223337 04 07 2006 Anexo 2 Cerveira substitui vacas por
442. s ao estilo land art Aprender a ver Fernando Escola Alunos de Este projecto tinha como Este projecto para aprender Hern ndez et Pompeu 12 anos principal objectivo a est conectado a interpretar el al Faculdade Fabra aprox interpreta o do meio atrav s com a linha de entorno de Belas Artes Barcelona de diversas actividades como trabalho de da Univ de sa das ao exterior actividades Eileen Adams Barcelona em grande grupo em na Inglaterra pequeno grupo e individuais conhecida como Ao longo do projecto os Art and the built alunos realizaram desenhos environment tiraram fotografias e estabeleceram rela es entre o meio e os conceitos necess rios para O compreender No final a avalia o foi feita por meio de um portf lio individual Introducci n al Ant nio Legan s Alunos de Este projecto foi desenvolvido Land arf Serrano 2000 13e 14 numa escola tendo como Faculdade de anos objectivos principais Belas Arte da familiarizar os alunos com Universidad pr ticas art sticas diferentes Compultense daquelas habitualmente vistas de Madrid em museus a galerias realizar um obra de arte em contexto natural e desenvolver a capacidade cr tica e autocr tica O projecto desenvolveu se em 9 unidades did cticas ao longo do ano lectivo Tabela 3 Tabela s ntese das iniciativas de di logo com as obras de Arte P blica levadas a cabo em Espanha Al m destes projectos que mencion mos con
443. s aos diferentes aspectos subjacentes s obras de arte e educa o est tica que podem ser estudados aprofundadamente e explorados segundo oito percursos os quais especificaremos mais frente que organizam cada uma das sess es com as crian as Inicialmente inspirado no modelo DBAE e suportado pela pr tica das oficinas do Centro Art stico Infantil CAI este programa pretendeu desenvolver m ltiplos aspectos da experi ncia est tica e art stica nas Artes Visuais semelhan a do programa americano o Primeiro Olhar desenvolveu se a partir de uma abordagem integrada de quatro reas fundamentais Est tica Hist ria da Arte Cr tica 122 da Arte e Produ o Pl stica cit 207 e 209 Fr is 2005 215 nota 113 Gon alves Fr is e Marques op Por ser desenvolvido numa institui o privada a inten o primordial do programa era utilizar como recurso as colec es de arte dos dois museus da FCG embora fosse conhecido o impacto que isso teria na comunidade educativa e na forma o est tica e art stica de todos 122 Cada uma dessas disciplinas pretende cumprir um objectivo espec fico no programa A Est tica pretende estudar a argumenta o utilizada pelas crian as acerca das suas prefer ncias pessoais e a sua rela o com as perspectivas est ticas em geral os tipos de rela o estabelecida pelas crian as entre os objectos que podem ser ou n o considerados obras de arte e identificar quais as fun es d
444. s casos a proporcionalidade nas respostas mant m se quando comparamos as respostas dos alunos nas duas situa es em estudo Arte P blica como Recurso Educativo 2 rio Pitbica come Recurso Educative 172 Cap tulo 1 Apresenta o de resultados 1 7 Valorizagao da Arte Publica Ao longo de todo o question rio foram sendo feitas perguntas que visavam recolher dados sobre o conhecimento o reconhecimento a valorizac o e a utilidade que os alunos conferiam a Arte P blica com o intuito de verificar a coer ncia das respostas obtidas Encontr mos uma grande coer ncia entre as respostas dos alunos s perguntas que visavam averiguar sobre o reconhecimento das obras de Arte P blica Assim 84 7 dos alunos que dizem que as pe as colocadas nas ruas pra as avenidas etc podem ser consideradas obras de arte concordam com a ideia de que existem obras de arte nas ruas pra as avenidas etc Tamb m 87 9 dos alunos que consideram serem obras de arte as pe as colocadas nas ruas discordam da ideia de as obras de arte s o apenas as que est o nos museus ou galerias Constat mos ainda que existe uma rela o muito significativa entre as respostas daqueles alunos que discordam da ideia de que as obras de arte s o apenas as que est o nos museus ou galerias e aqueles que concordam com a ideia de que existem obras de arte nas ruas pra as avenidas etc tal como comprovam os testes de que e
445. s como casas particulares bares lugares p blicos na escola ou na rua As noites s o fechadas com uma festa na escola que se prolonga madrugada fora O Late Night surgiu de forma espont nea em 1997 para permitir aos alunos a partilha dos seus trabalhos com a popula o Por outro lado visava fomentar e motivar projectos de car cter livre e experimental e estabelecer comunica o entre criadores e p blicos At 2003 durava apenas uma noite mas h dois anos teve que se estender o evento O CLN foi ganhando propor es maiores por ter cada vez mais p blico As pessoas chegavam a esperar horas para subir a um terceiro andar para ver uma manifesta o conta Lino Rom o da organiza o Este ano ser o em m dia 30 manifesta es art sticas por dia entre instala es hapenings performances exposi es trabalhos de multim dia eventos de fotografia produ es de v deo documental ou ficcional alem de v rios concertos Tudo com uma linguagem moderna e vanguardista refere a organizador que acrescenta que esta uma forma de os alunos partilharem os trabalhos que fazem nas v rias cadeiras ao longo do ano lectivo Estas interven es n o se confinam a um espa o mas estendem se por toda a cidade incluindo as casas particulares onde residem os estudantes Nestas situa es a partilha ser s at meia noite para n o incomodar os restantes moradores Depois decorrer o eventos em todos os lugares pos
446. s da paisagem urbana embora isso n o aconte a de igual modo com todos elementos Contudo pelos resultados obtidos pensamos poder confirmar esta hip tese 2 3 Hip tese espec fica c e O modo como os alunos se deslocam para a escola influencia a sua percep o do espa o urbano Para a valida o desta hip tese espec fica estabelecemos a rela o entre as duas vari veis que melhor nos poderiam dar respostas o modo de desloca o dos alunos para a escola e os est dios de percep o do espa o urbano em que os alunos se integram atrav s de uma an lise de y Contudo o resultado obtido revelou se n o significativo cf Tabela 27 Z x p 16 40 lt 174 NS Tabela 27 Verifica o de y entre modo de desloca o e em que est dio se integra o desenho Arte P blica como Recurso Educativo 2 rio Pubis come Recurso Educative 182 Cap tulo 2 Validac o das hip teses espec ficas Bar Chart Em que est dio se 30 5 integra o desenho Estadio la EB Estadio Ib Estadio lla BM Estadio nb O Est dio Illa EB Est dio mb 204 E Est dio lv Count Ap De carro De transportes p blicos Como se desloca para a escola Gr fico 29 Frequ ncias em cada est dio por modo de desloca o dos alunos para a escola Apesar de a rela o entre estas duas vari veis n o se revelar significativa h alguns dados que gostar amos de real ar nomeadamente o facto de
447. s engana Quer isto dizer que muitas vezes temos conhecimento de uma determinada caracter stica das pe as mas a nossa experi ncia perceptiva nega esse conhecimento Um exemplo do que dizemos a obra de Robert Morris Sem T tulo 1965 constitu da por tr s pe as independentes tr s L iguais colocados de maneira diferente no espa o de modo a proporcionarem ao observador sensa es diferentes A nossa percep o tende a agrupar os objectos segundo as suas qualidades percebidas O enfoque da Gestalt para explicar este processo apoia se na Lei da Boa Forma ou Lei de Pragnanz Essas qualidades s o semelhan a agrupamos elementos parecidos proximidade agrupamos elementos que se encontram pr ximos uns dos outros continuidade a nossa mente tende a continuar na direc o sugerida pelo est mulo simplicidade simplificamos as formas complexas em formas mais simples simetria fechamento completamos configura es incompletas Bricefio vila 2002 89 91 Um exemplo a intervenc o Running Fence 1972 76 de Christo e Jeanne Claude na Calif rnia que tinha cerca de 40 Km de comprimento ou o pavimento de calgada a portuguesa Mar Largo 1998 de Fernando Conduto no Parque das Nac es em Lisboa Las tres piezas que forman la obra fisicamente independientes son id nticas y se colocan en diferentes posiciones com respecto al suelo Una de las eles se coloca de pie con un brazo erguido la segunda apoyada
448. s expressivos e comunicativos das artes visuais e os processos subjacentes sua cria o 17 A dimens o Reflex o Interpreta o implica Reconhecer a permanente necessidade de desenvolver a criatividade de modo a integrar novos saberes Desenvolver o sentido de aprecia o est tica e art stica do mundo recorrendo a refer ncias e a experi ncias no mbito das artes visuais Compreender mensagens visuais expressas em diversos c digos Analisar criticamente os valores de consumo veiculados nas mensagens visuais Conhecer os conceitos e terminologias das artes visuais e Veja se por exemplo Howard Gardner 1994 The Arts and Human Development p 25 30 19 Estas tr s dimens es ainda que com a designa o de Ver Dialogar Fazer foram j enunciadas no programa Primeiro Olhar desenvolvido na Funda o Calouste de Gulbenkian entre 1997 e 2000 Veja se Rui M rio Gon alves Jo o Pedro Fr is e Elisa Marques 2002 Primeiro Olhar 20 o negrito nosso Arte P blica como Recurso Educativo 36 Cap tulo 1 O lugar das artes visuais no curr culo do 2 ciclo delas nem se sugere a sua operacionaliza o tal como acontece no documento das Compet ncias Essenciais No que diz respeito particularmente Educa o Visual o documento das Compet ncias Essenciais tem uma forte influ ncia das recentes investiga es anglo sax nicas sobre educa o art stica referimo nos nomeadamente utiliza o
449. s novas paisagens constru das com uma clara indiferenca em relac o ao contexto f sico j existente Na opini o de Castells 1998 h cada vez mais uma indiferencia o global do espa o mas o desenho arquitect nico e o urbanismo podem surgir como uma tentativa de resist ncia a esta paisagem global Esta perspectiva tamb m partilhada por Brand o 2002 41 quando afirma que o desenho a localiza o e a fun o dos edif cios podem enfatizar a identidade e o car cter dos percursos e espa os que servem Uma paisagem urbana leg vel tal como a definimos anteriormente tem in meras vantagens para os cidad os que dela usufruem Uma delas possibilitar o aprofundamento e a intensifica o da experi ncia humana uma vez que se constitui como uma base til para o crescimento do indiv duo pois permite lhe estabelecer uma rela o harmoniosa entre sie o mundo exterior Lynch 1999 14 5 Outra vantagem relaciona se com o processo de orienta o dos individuos no espa o urbano No processo de orienta o o elo estrat gico a imagem do meio ambiente a imagem mental generalizada do mundo exterior que o indiv duo ret m Esta imagem o produto da percep o imediata e da mem ria da experi ncia passada e ela est habituada a interpretar informa es e a comandar ac es A necessidade de conhecer e estruturar o nosso meio t o importante e t o enraizada no passado que esta imagem te
450. s situadas em locais com pouca Arte P blica Bairro Padre Cruz Lisboa Amora Seixal e Teixoso Covilh A escolha destes lugares em particular ficou a dever se em primeiro lugar ao facto de serem escolas situadas em locais que cumprissem os crit rios estabelecidos e em segundo lugar facilidade de acesso ou seja a possibilidade e a facilidade que tivemos em encontrar um interlocutor dentro da escola que aplicasse os question rios aos alunos cumprindo as nossas instru es na aplica o dos mesmos Pontos fortes e pontos fracos As limita es de tempo e o facto de algumas das reas estudadas sa rem fora do mbito da nossa forma o inicial fizeram com que reconhe amos alguns pontos fracos no nosso trabalho nomeadamente o facto de termos apenas recolhido dados relativos a uma das dimens es da literacia a compreens o por for a das limita es do instrumento de recolha de dados e por manifesta falta de tempo para aplicar outros instrumentos que nos permitissem recolher e tratar os dados sobre as outras dimens es o facto de a classifica o dos desenhos dos alunos em est dios de percep o do espa o urbano ter sido feita apenas com base num nico elemento o que poder levar a que haja algumas incorrec es que tent mos reduzir o facto de a paisagem urbana e a sua percep o serem reas que t m sido mais estudadas pela arquitectura e pelo urbanismo ou seja reas onde n o nos sentimos totalmente vontad
451. s situated in places where are lots of Public Artworks in townscape have a higher development of the urban space perception and a higher level of Visual Arts Literacy because of their daily contact with these artworks but also because of their developed socio cultural environment Key words Public Art Art Education Visual Arts Literacy Townscape Perception Pedagogical approach of artworks Arte Publica como Recurso Educativo Agradecimentos Aos meus pais a minha irm e aos meus irm os pelo apoio e interesse que demonstraram por este trabalho e por terem percebido a sua import ncia Rute por ter ajudado a colmatar as minhas aus ncias e minha filha In s por suport las As professoras Ana Bela Mendes e Margarida Calado pela sua aturada orientac o disponibilidade e simpatia ao longo de todo o percurso A todos aqueles que directa ou indirectamente contribu ram com a sua amizade apoio ou colaborac o para a realizac o deste trabalho muito em especial A Mena pelo seu incondicional apoio e incentivo em todos os momentos A Clara Botelho por me ter incitado a chegar at aqui e pela sua sempre disponivel colaborac o A Cristina S rio pelo seu atento trabalho de revis o pela tradu o e pela sua preciosa colaborac o Ao Jo o Batista Laura Belo ao Pedro Partid rio e ao Lu s Rodrigues pela sua colabora o na reprodu o distribui o e aplica o dos question rios sem eles n o te
452. s uma vez a sua disponibilidade e aten o para colaborar neste estudo autorizando a aplica o dos question rios na Escola que dirige Estou totalmente dispon vel para o esclarecimento de qualquer d vida que possa ter em rela o aos question rios ou ao estudo na sua globalidade O meu contacto Ricardo Reis e mail O Telom vel CD Muito Obrigado pela sua disponibilidade e aten o Com os melhores cumprimentos Pande Gig Prof Ricardo Reis Anexo 15 Instru es para a aplica o dos question rios Lisboa Maio de 2006 Caro a Colega O meu nome Ricardo Reis sou professor de EVT e estou a realizar um estudo no ambito do Mestrado em Educagao Artistica que frequento na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa Este questionario pretende recolher indicadores sobre a relagao dos alunos com o seu meio envolvente o que v em e como v em o que os rodeia no seu quotidiano com especial enfoque nas obras de arte p blica em contexto urbano Desde j lhe agrade o a sua colabora o na aplica o deste question rio que ser fundamental para a recolha dos dados necess rios prossecu o deste estudo Note que para que possamos reduzir o n mero de respostas inv lidas neste question rio a sua colabora o muito importante O question rio an nimo e n o visa recolher dados pessoais dos alunos uma vez que apenas ser o recolhidos dados gen ricos que permitam categorizar com
453. sa vida praticamente indissoci vel das paisagens que nos circundam ela desenrola se em cont nua rela o com as paisagens em que estamos imersos influenciando ou condicionando os nossos h bitos de vida mais quotidianos como por exemplo o que vestimos ou o que comemos Liceras Ruiz 2003 16 Lynch 1999 105 Nesta linha de pensamento o arquitecto Louis Kahn cit por Muga 2005 24 sugere um novo conceito que expressa o fim da rela o dicot mica entre o Homem e o seu ambiente ou seja fala nos do novo homotectus N o faz pois sentido pensar o Homem sem o seu ambiente arquitect nico o que humano tomou se arquitect nico e o que arquitect nico tornou se humano Efectivamente mantemos com o ambiente arquitect nico uma rela o simbi tica uma rela o fetal uma interac o m tua cont nua incessante din mica e evolutiva Muga 2005 24 Podemos dizer que se ultrapassou a vis o determinista muitas vezes associada s quest es urbanas a qual afirma que o ambiente constru do factor determinante do comportamento humano Esta rela o n o deixa de ser verdadeira mas o contr rio tamb m o Ou seja tamb m o comportamento humano influencia o ambiente urbano Para al m de o Homem ser o respons vel pela edifica o dos ambientes urbanos a sua influ ncia exerce se logo desde a constru o a sua influ ncia exerce se tanto atrav s da apropria o um processo de recria o que envolv
454. sar de encerrar em si as quatro dimens es descritas n o aborda uma quest o que se reveste de grande interesse para a nossa disserta o ou seja a rela o que os cidad os estabelecem com as obras bem como a percepc o que t m delas como objectos art sticos If we define it in the traditional way it is the art ordered paid and property of the State Casanovas 2005 20 39 Ao limite toda a obra concebida para ser instalada num lugar p blico mantendo uma presenca f sica nesse meio e desencadeando valores de ordem simb lica pl stica e est tica num espa o colectivo pode ser considerada de arte p blica Nesta defini o podemos tamb m encontrar elementos que nos levam a considerar tamb m a dimens o integra o embora o autor quisesse fazer prevalecer claramente a dimens o coloca o 40 Public art in a generic sense is an art placed in public space 41 All these forms of art practice are located outside the spaces and conventions of galleries and museums which is the broadest definition of public art se Tradu o livre do ingl s usually when we talk about PA Public Art we refer to OBJECTS placed on a permanent way in a public space Arte P blica como Recurso Educativo 43 Capitulo 2 Arte P blica e Educac o fundamentais da Arte P blica o espaco e a forma como as obras de arte alteraram a percep o que temos dele A altera o da percep o do
455. scultura quando esta simula edificios ou utiliza materiais habitualmente usados pela arquitectura como os ladrilhos o ago ou o bet o Esta indefini o dos limites entre as diversas disciplinas que actuam no espa o urbano tem igualmente contribu do para a dificuldade em definir o que a Arte P blica Contudo parece haver tra os comuns que unem as diferentes defini es Ao analisarmos as defini es que tivemos oportunidade de conhecer constat mos que estas se organizam em torno de quatro dimens es principais i origem esta dimens o relaciona se com a proveni ncia da obra quem a encomendou quem a patrocinou e quem o seu propriet rio ii coloca o perman ncia esta dimens o est relacionada com o espa o onde a obra est colocada interior ou exterior p blico ou privado acess vel ou inacess vel e com o tempo de perman ncia da obra no espa o ou seja se Arte P blica ef mera ou permanente iii processo objecto esta dimens o relaciona se com o facto de se considerar Arte P blica todo o processo que passa pelo envolvimento dos cidad os que deu origem coloca o da obra num determinado espa o ou de se considerar apenas Arte P blica o objecto art stico acabado e colocado no seu espa o atendendo se neste caso apenas s caracter sticas formais e est ticas da obra iv integra o esta dimens o est relacionada com o enquadramento e com a fun o das obras no espa o qu
456. se com o conceito na sua generalidade onde tentamos definir e tra ar uma g nese do conceito bem como de outros que lhe est o associados como literacia visual ou as multiliteracias A segunda relaciona se com a literacia em artes aborda a especificidade do conceito neste dominio a sua g nese e desenvolvimento A terceira perspectiva aborda especificamente a literacia em artes visuais Discutimos a pertin ncia e justifica o do conceito bem como o seu suporte te rico e fazemos tamb m uma an lise s Compet ncias Essenciais da Educa o Visual no sentido de percebermos de que forma estas contribuem para o desenvolvimento da literacia em artes visuais Arte P blica como Recurso Educativo 21 Introdugao No cap tulo 8 Discutimos a contribui o da Arte P blica para o desenvolvimento da Educa o Art stica e das pr ticas culturais dos cidad os baseados essencialmente em quatro documentos Documento de trabalho sobre o papel das escolas e do ensino para maximizar o acesso do p blico cultura do Parlamento Europeu o Relat rio do Grupo de Trabalho Minist rio da Educa o e Minist rio da Cultura de 2004 no qual se prop e a cria o do Plano Nacional Educa o e Cultura o relat rio Contribui o para a formula o de pol ticas p blicas no Horizonte 2013 relativas ao tema cultura identidades e patrim nio no qual se faz um diagn stico s pr ticas culturais dos cidad os portugueses e se perspectiva
457. spa os de comunica o onde se estabelece uma rela o privilegiada entre a arte o meio envolvente e o p blico Informa o dispon vel em linha em lt URL http www ine pt 35 Guia tur stico do Concelho de Santo Tirso em linha p 14 Arte Publica como Recurso Educativo 22 rio P blica come Recurso Educative 159 Capitulo 4 Escolha da populac o e definic o da amostra A criagao do Simp sio e do Museu teve subjacente a ideia de proporcionar a populac o o contacto com obras de arte num espaco totalmente livre e aberto ao p blico onde o espaco do atelier comum ao p blico e ao artista uma vez que as obras s o produzidas no espa o geogr fico do pr prio concelho em que est o expostas e implantadas Couto 1992 5 Deste modo podemos assistir introdu o directa dos processos de produ o das linguagens art sticas modernas no quotidiano do pr prio tecido urbano e humano e ao desenvolvimento do seu processo de assimila o por esses mesmos protagonistas espa os e popula es Pinharanda 1992 9 Subjacente a este projecto esteve tamb m uma forte inten o de descentraliza o cultural lutando contra o poder centr peto de p los culturalmente mais fortes como Lisboa ou Porto tentando criar novas realidades culturais de incontorn vel import ncia Almeida 1992 15 Este Museu pelas suas caracter sticas assume se como um lugar verdadeiramente nico no panorama da Art
458. ssim que existe uma rela o significativa entre a localiza o da escola e a representa o de elementos marcantes da paisagem Podemos retirar uma conclus o id ntica quanto representa o de obras de arte nos desenhos dos alunos cf Tabelas 21 e 22 ra p 11 01 lt 001 Tabela 21 Verifica o de x entre localiza o da escola e o aluno representa elementos marcantes z p x 10 67 lt 001 Tabela 22 Verifica o de y entre localiza o da escola e o aluno representa obras de arte No que respeita aos est dios de desenvolvimento da percepc o do espaco urbano a maioria dos alunos distribui se pelos est dios Il e Ill embora o subest dio IIb seja aquele que re ne a maior quantidade de alunos 24 2 seguido pelo subest dio Illb 22 1 e pelo subest dio la 17 5 cf Gr fico 23 42 24 2 m Est dio la E Est dio Ib O Est dio lla O Est dio llb E Est dio Illa E Est dio Illb E Est dio IV O N o fezo desenho Gr fico 23 Percentagem de alunos em cada um dos est dios de percep o do espa o urbano Quando comparamos a percentagem de alunos que se integrou em cada est dio nas duas situa es em estudo reconhecemos algumas diferen as cf Gr fico 24 245 E eee Os elementos marcantes que os alunos mais representaram foram essencialmente edificios que se destacavam na malha urbana mas tamb m lojas ou mobili rio urbano Consider mos ele
459. ssiva da Arte P blica pode ser comparada recep o passiva da publicidade ou de um programa de TV com o qual o espectador n o interage Para combater esta passividade eclodiu nos ltimos anos a educa o para os media mas a educa o do olhar a educa o da m o ou a valoriza o da experi ncia est tica n o t m tido o mesmo significado nem o mesmo desenvolvimento quer nas escolas quer na forma o ao longo da vida Assim n o temos d vidas em afirmar que em Portugal o papel educativo da Arte P blica tem sido esquecido uma vez que em pa ses como a Inglaterra ou a Espanha mas essencialmente nos Estados Unidos existem programas educativos espec ficos para a Arte P blica como teremos a oportunidade de expor no Cap tulo 6 desta disserta o esse papel educativo tantas vezes ignorado que queremos evidenciar neste texto Para isso apresentaremos oito raz es principais pelas quais consideramos que podemos aprender algo com as obras de Arte P blica tentando responder seguinte quest o qual a especificidade das obras de Arte P blica face aos outros objectos art sticos que as torna num importante recurso educativo 1 A Arte P blica tem uma rela o quotidiana com os nossos gestos e rotinas A Arte P blica est no nosso caminho quer o fa amos a p de carro de metro ou de comboio Muitas vezes OS nossos percursos s o indissoci veis das obras servem nos como pontos de refer ncia ou como pret
460. stigadores conclu ram que h uma correspond ncia muito estreita entre os dois tipos de representa o ou seja ambas passam pelos mesmos est dios No entanto verifica se que os sucessivos est dios do desenho da paisagem urbana aparecem cronologicamente mais tarde do que os est dios nas maquetas cf Gr fico 1 Idade 13 12 11 10 la Ib lla llb llla lllb Est dios 4 Maqueta M Desenho Gr fico 1 Compara o entre o aparecimento cronol gico dos est dios de percep o do espa o urbano nos desenhos e nas maquetas Se pensarmos que o desenho uma actividade mais comum nas escolas do que a constru o de maquetas estes resultados ainda nos parecem mais estranhos Contudo os autores adiantam algumas interpreta es poss veis para este desfasamento construir as maquetas n o exige a transforma o do que se v em tr s dimens es para duas dimens es da folha de 83 Para tragarmos este paralelismo comparamos essencialmente as caracteristicas gerais dos desenhos das criangas e mais especificamente as caracter sticas da representac o do espaco Sobre as caracter sticas de cada um dos est dios definidos por Lowenfeld veja se Brittain e Lowenfeld 1977 Desenvolvimento da capacidade criadora p 115 334 Arte P blica como Recurso Educativo 76 Capitulo 4 A Paisagem Urbana nos desenhos das criangas papel apenas se tem que reduzir a escala mais simples para uma crianca manejar blocos de
461. sual e Tecnol gica Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa Funda o Calouste de Gulbenkian Instituto Nacional de Estat stica International Visual Literacy Association Learning Through Art Minist rio da Cultura Minist rio da Educa o No Child Left Behind Sector de Educa o e Anima o Art stica do Centro de Arte Moderna Jos de Azeredo Perdig o Trabalho Manuais United Nations Educational Scientific and Cultural Organization Unidade de Trabalho Arte P blica como Recurso Educativo Introdu o Introdugao Introdugao Justificac o e relev ncia do tema O t tulo desta disserta o Arte P blica como recurso educativo Contributos para a abordagem pedag gica de obras de Arte P blica relaciona se com as duas reas do conhecimento que resolvemos estudar a Arte P blica e a Educa o Art stica O enquadramento te rico que norteou todo o desenvolvimento deste trabalho resulta da intersec o de ambas Esta disserta o tem por objectivo ser um contributo para que estas obras de arte passem a ser consideradas pelos professores da rea das Artes Visuais em especial os de EVT como um recurso educativo ao mesmo tempo que pretende ser encarada como um contributo para a abordagem pedag gica das obras de Arte P blica Nos ltimos anos temos assistido a um aumento exponencial de obras de arte nas paisagens urbanas fruto de um clima de paz social da utilizac o democr t
462. subest dios superiores mas em menor n mero Nas diferentes an lises que fizemos n o encontramos significa o no cruzamento entre o sexo a idade ou ano de escolaridade dos alunos e o est dio de percep o do espa o urbano em que se encontravam Arte P blica como Recurso Educativo 22 to P ica come Recurso Educative 179 Cap tulo 2 Validac o das hip teses espec ficas 2 Validac o das hip teses espec ficas A hip tese geral foi operacionalizada atrav s de v rias hip teses espec ficas de modo a obtermos resultados quanto as v rias rela es que estabelecemos entre a vari vel independente e as vari veis dependentes Pretendemos com estas hip teses validar as nossas quest es face problem tica que temos vindo a desenvolver Ap s algumas an lises preliminares efectuadas aos dados obtidos decidimos abandonar algumas das hip teses que se relacionavam com a influ ncia do g nero e da idade sobre as vari veis dependentes em estudo por estes resultados n o se apresentarem relevantes no mbito da operacionaliza o da hip tese geral Assim definimos seis hip teses espec ficas que em nosso entender operacionalizam a hip tese geral definida contribuindo assim para dar resposta ao nosso problema de investiga o 2 1 Hip tese espec fica a e O contacto frequente dos alunos com obras de Arte P blica favorece o desenvolvimento da sua percep o do espa o urbano Al m de os alunos dos loc
463. subjacente a esta dissertac o delineada por dois eixos principais o primeiro prende se com a nossa profiss o de docente da rea de artes visuais que orientou a escolha do tema e tamb m da populac o o segundo relaciona se com a nossa motivac o e o gosto pessoal pelas quest es da abordagem pedag gica de obras de arte em geral e da Arte P blica em particular Assim o facto de ser professor de Educac o Visual e Tecnol gica a nica disciplina do curr culo do 2 Ciclo do Ensino B sico ligada a rea das artes visuais fez com que a escolha da populac o reca sse sobre os alunos que frequentam este n vel de ensino ou seja alunos entre os 10 e os 13 anos de idade A nossa motivac o e o gosto pessoal fizeram com que o tema e a problem tica da investiga o se debru assem sobre a intersec o de dois campos de estudo principais a Arte P blica e a Educa o Art stica Ambos os campos de estudo t m sido estudados por si s mas a sua intersecc o que levaria a considerar a Arte P blica como um recurso educativo tem sido muitas vezes esquecida A referida intersec o poderia ter proporcionado outras abordagens diferentes ou melhor poderia ter suscitado outros problemas de investigac o o que constituiu factor de ponderac o Outros problemas equacionados prendiam se com o pensamento pedag gico subjacente criac o de obras de Arte P blica por parte dos artistas com a pr tica dos docentes de EVT em relac o abord
464. sues index htm LEITE Elvira 1995 Educa o visual e cumplicidade tecnol gica ao n vel dos 2 e 3 ciclos do ensino b scio In CARVALHO Adalberto Dias org Novas Metodologias em Educa o Porto Porto Editora ISBN 972 0 34208 0 LEITE Elvira e VICTORINO Sofia 2006 Arte e paisagem Porto Funda o Serralves Colec o Cadernos de Arte Contempor nea 1 LEWIS Justin 1990 Art Culture amp Enterprise the politics of art and cultural industries 1 ed Londres Nova lorque Routledge LICERAS RUIZ Angel 2003 Observar e interpretar el paisage estrategias did cticas S 1 Grupo Editorial Universitario LIVERMORE Joan ed 1997 More than words can say a set of arts literacy papers em linha Melbourne Australian Institute of Art Education consult 14 09 2006 Disponivel na WWW lt URL http education canberra edu au centres acae gt LYNCH Kevin 1999 A imagem da cidade Lisboa Edi es 70 MACDONALD Stuart 2004 The history and philosophy of art education Cambridge Lutterworth Press 1 ed em 1970 MADERUELO Javier 1990 El espacio raptado Interferencias entre arquitectura y escultura Madrid Mondadori Espa a MADERUELO Javier 2000 Arte p blico naturaleza e ciudad Lanzarote Fundaci n C sar Manrique ISBN 84 88550 38 3 MADERUELO Javier 2000 O fen meno da arte nos espa os p blicos In BRAND O Pedro e REMESAR Antoni coord
465. t do historiador Carlo Cippola foi traduzido por Instru o e Desenvolvimento por outro lado a influente obra de car cter autobiogr fico do te rico cultural Richard Hogart The Uses of Literacy deu As Utiliza es da Cultura Se alguma destas obras fosse reeditada hoje muito prov vel que o termo Literacia figurasse nas respectivas capas 168 A titulo de curiosidade podemos referir que o livro em quest o RICHMAN Ellen Manual de introdu o aos computadores uma introdu o literacia computacional 1 ed Lisboa D Quixote 1987 Trad de Jo o Pinto Ferreira Titulo original Spotlight on computer literacy 167 Ed rs race ad Apesar deste ter sido o primeiro estudo em Portugal sobre as compet ncias da populac o adulta no que se refere leitura escrita e ao c lculo j outros estudos tinham sido realizados tendo como amostra a populac o escolar nomeadamente o estudo realizado por In s Sim Sim e Gl ria Ramalho Como l em as nossas crian as Caracteriza o do n vel de Literacia da Popula o Escolar Portuguesa Lisboa GEP ME 1993 Gl ria Ramalho As nossas crian as e a matem tica Caracteriza o da participa o dos alunos Portugueses no Second International Assessment of Educational Progress Lisboa DEPGEF ME 1994 Benavente 1996 11 Arte P blica como Recurso Educativo 124 Capitulo 7 Literacia e educagao artistica realiza es e feitos foram poss veis em civiliza es q
466. ta dissertac o enunci mos as caracter sticas que distinguem essas obras de arte de outros objectos art sticos e essas caracter sticas espec ficas das obras de Arte P blica permitem nos consider las como pontos marcantes na cidade Esses pontos nao s facilitam a nossa compreens o da cidade como tamb m contribuem para o desenvolvimento das nossas capacidades perceptivas O significado est tico social comunicativo e funcional que as obras de Arte P blica conferem ao contexto em que se inserem altera por completo a percep o que temos das pr prias obras e do contexto envolvente Por isso parece nos dif cil ou mesmo imposs vel percepcionar uma obra de Arte P blica sem atender ao seu contexto tanto mais que o espaco urbano onde as obras est o colocadas um ingrediente conotado e nao apenas um dep sito ass ptico O principal modo que temos de percepcionar as obras de arte atrav s da vis o Talvez por isso a percepc o visual tenha tido um papel fundamental dir amos mesmo preponderante na produ o de arte do s culo XIX em especial na segunda metade Nesta poca em que os artistas recorriam com frequ ncia a uma pr tica de identificac o ou seja procuravam a verosimilhanca entre as coisas e a sua representac o pl stica a Arte P blica produzida era essencialmente o monumento Arnheim 1992 101 diz nos que a nossa experi ncia sensorial informa nos sobre a diferenca entre o objecto real e a sua
467. tante no campo da difus o da arte e na generaliza o do sentido apreciativo dado que a educa o entendida na actualidade como o meio quase exclusivo de formar a sensibilidade colectiva Pensamos no entanto que necess rio estabelecer o equil brio entre estas duas dimens es da educa o art stica entendendo as como complementares Tanto mais que os estudos realizados no campo da psicologia cognitiva da produ o art stica ou da aprecia o visual s o cada vez mais coincidentes quanto ao facto de n o se dever separar os processos perceptivos da cria o art stica A cria o n o surge do nada ou seja n o apenas sustentada no talento de quem actua artisticamente H que valorizar toda a elabora o est tica que cada um tem na sua bagagem pessoal a sua experi ncia e o ambiente em que se desenvolve Ibidem 141 Por isso tendo por base os estudos sobre a constru o do conhecimento e entre eles os estudos e teorias sobre a percep o activa s o cada vez mais as vozes que se levantam contra a pretens o de dissociar a cria o da percep o ou conhecimento pr vio da cria o art stica Ibidem 142 Segundo o mesmo autor as pesquisas sobre formas e estrat gias de aproxima o e resposta arte assim como a definic o de crit rios objectivos para faz la e valoriz la tem duas origens principais por um lado o estabelecimento cultural de uma nova institui o art stica moderna a critica de art
468. tas a deriva a prop sito da arte em espa os p blicos Margens e Conflu ncias Guimar es Escola Superior Art stica do Porto Extens o de Guimar es ISSN 1645 6114 n 9 2005 p 121 127 CHOAY Fran oise 2006 A alegoria do patrim nio Lisboa Edi es 70 ISBN 972 44 1205 9 12 edi o em franc s em 1982 COQUET Eduarda 1995 A narrativa gr fica das crian as dos 5 aos 10 anos de idade Lisboa Faculdade de Arquitectura da Universidade T cnica de Lisboa Tese de Doutoramento COTTINELLI TELMO Isabel 1986 A Crian a e a Representa o do Espa o Lisboa Livros Horizonte COTTINELLI TELMO Isabel 2001 Representa o do espa o tridimensional nos desenhos de casas Lisboa Faculdade de Arquitectura da Universidade T cnica de Lisboa Tese de doutoramento COUTO Joaquim Barbosa Ferreira 1992 Simp sio Internacional de Escultura In Cat logo do 1 Simp sio Internacional de Escultura de Santo Tirso 91 C mara Municipal de Santo Tirso Santo Tirso CRIMP Douglas 2005 Sobre as ru nas do museu S o Paulo Martins Fontes CRUZ Carla 2005 Arte P blica Margens e Conflu ncias Guimar es Escola Superior Art stica do Porto Extens o de Guimar es ISSN 1645 6114 n 9 2005 p 7 17 CSIKSZENTMIHALYI Mihaly 1991 Notes on Art Museum Experiences In Walsh A ed Insights museum visitor attitudes and expectations a focus group experiment Los Angeles Get
469. tat sticas efectuadas que h uma rela o muito significativa entre a localizac o da escola e a representac o de elementos marcantes nos desenhos dos alunos tal como com a representac o de obras de arte Verific mos ainda que nos locais com muita Arte P blica h um clara predomin ncia de alunos integrados nos tr s subest dios superiores enquanto que nos locais com pouca Arte P blica h uma maior frequ ncia de alunos integrados no primeiro subest dio embora tamb m possamos encontrar estes alunos distribu dos pelos subest dios superiores mas em menor numero A diferenca entre os dois locais em estudo na representac o de elementos marcantes poder revelar nos que os alunos dos locais com muita Arte P blica t m maior capacidade de percep o do espa o urbano o que ali s parece confirmar se na distribui o dos alunos pelos diferentes est dios Se pensarmos que as paisagens urbanas com muita Arte P blica s o na acep o de Lynch op cit mais leg veis essencialmente por terem mais elementos marcantes estas diferen as na organiza o e representa o gr fica produzida pelos alunos entre os dois locais em estudo n o s o surpreendentes o que parece confirmar o postulado dos autores em que nos fundament mos Nas diferentes an lises que fizemos n o encontr mos uma rela o significativa entre o g nero a idade ou ano de escolaridade dos alunos e o est dio de percep o do espa o urbano em que se
470. te P blica que encerram em si um conjunto de conhecimentos que as torna num importante recurso educativo e com as quais poderemos aprender algo Esta dicotomia entre o que o indiv duo sabe e o que Arte P blica lhe pode ensinar pode levar a que algu m que n o se sente apto a fruir arte nunca se predisponha a aprender com as obras de arte nos espa os urbanos aqui que a educa o art stica ganha uma import ncia extrema ao dotar os indiv duos das ferramentas necess rias para que se sintam aptos a fruir as obras de arte Mas o que nos ocupa agora a posic o oposta ou seja de que modo a Arte P blica nos pode ensinar ou dito de outro modo como podemos n s aprender com a Arte P blica Todos os dias nos cruzamos com obras de arte nos nossos movimentos pendulares pelas cidades obras essas que muitas vezes n o entendemos mas que consentimos uma vez que n o temos atitudes de reprovac o mas de indiferenca perante elas Remesar 2000b 201 Ao observarmos a atitude das pessoas perante as mais emblem ticas obras de Arte P blica da cidade de Lisboa como a est tua do Marqu s de Pombal a est tua de D Jos D Pedro IV ou de Lu s de Cam es repar mos que as pessoas passam de carro ou a p e regra geral e Defini o apresentada por Fern ndez Quesada op cit 28 nota 61 Como j referimos atr s dedicaremos um cap tulo desta dissertac o a este assunto Cap tulo 7 Literacia e Educac o Art st
471. te Cultura 2013 e por ltimo mas n o menos importante o Road Map for Arts Education documento emanado da Confer ncia Mundial de Educa o Art stica organizada pela UNESCO que teve lugar em Lisboa em Mar o de 2006 Este ltimo documento tem sido reescrito com base nas contribui es de todas as pessoas interessadas artistas professores educadores pol ticos Associa es e Organiza es N o Governamentais e vai j na sua s tima vers o publicada em Agosto do ltimo ano e pretende ser o documento orientador do desenvolvimento da Educa o Art stica em todo o mundo Os quatro documentos que consult mos parecem un nimes quanto ao papel central que a escola desempenha na transmiss o de conhecimentos b sicos ler escrever e contar bem como na transmiss o de compet ncias sociais e culturais contribuindo assim para o desenvolvimento global do indiv duo Todavia em consequ ncia das r pidas mudan as ocorridas nas sociedades modernas o papel da escola tem vindo a alterar se n o s no que respeita aos m todos de ensino como tamb m no que respeita aos conhecimentos a transmitir As transforma es que ocorreram e continuam a ocorrer nas sociedades modernas colocam desafios cada vez mais complexos aos sistemas educativos As reformas educativas que t m vindo a ser desenvolvidas por um n mero significativo de pa ses europeus procuram dar resposta necessidade da Escola preparar cidad os que num
472. te P bica Gr fico 32 Identifica o e reconhecimento de uma obra de Arte P blica Compara o entre os locais com muita e pouca Arte P blica Registamos que nos locais com pouca Arte P blica h uma maior percentagem daqueles que dizem que as duas imagens representam obras de Arte P blica e uma diminui o daqueles que dizem ser a escultura num jardim Nos locais com muita Arte P blica 81 3 dos alunos identificaram correctamente a pintura enquanto que nos locais com pouca Arte P blica apenas 71 1 o fizeram correctamente Relativamente correcta identificac o da escultura verific mos que 55 2 dos alunos dos locais com muita Arte P blica disseram que aquela obra era uma escultura enquanto que 53 8 dos alunos dos locais com pouca Arte P blica afirmaram ser uma est tua Estes resultados parecem indicar que os alunos dos locais com muita Arte P blica est o mais aptos a identificar e reconhecer estas obras de arte enquanto que os alunos dos locais com poucas obras t m mais d vidas nesse reconhecimento Notamos ainda um maior esclarecimento quanto diferenca entre est tua e escultura ou pelo menos no uso desse vocabul rio espec fico No que se refere aos elementos da linguagem visual verific mos que quando comparamos as duas situac es em estudo a cor a forma e o tamanho aparecem igualmente como sendo preferidos pelos alunos embora com algumas diferengas percentuais cf Gr fico 33
473. te uma qualidade ou aparecem algumas delas em conflito por exemplo duas reas com tipo de edif cios comuns mas com func es diferentes a imaginabilidade do local baixa consideravelmente o que leva a que o observador tenha dificuldade em identificar e estruturar a sua imagem daquele local Ibidem 121 Um espa o urbano com as caracter sticas que enunci mos ser um espa o com qualidade capaz de promover a diversifica o das actividades que nele se podem realizar Segundo Brand o 2000 57 podemos definir tr s tipos de actividade que poder o ser realizadas no espa o urbano as necess rias as fortuitas e as induzidas Este autor diz nos ainda que um espa o urbano de qualidade pode facilmente promover uma passagem das actividades necess rias s fortuitas induzindo ainda atitudes que se caracterizam por riqueza diversidade qualidade social e cultural emocional comportamento de apropria o logo manuten o do espa o 3 4 A percep o da paisagem urbana Actualmente e segundo dados recentes no mundo desenvolvido cerca de tr s quartos da popula o reside em cidades Em Portugal estes n meros s o para j um pouco diferentes mas a tend ncia de converg ncia acentuada Segundo dados das Na es Unidas cerca de metade da popula o mundial vive em cidades mas se considerarmos apenas as reas mais desenvolvidas do planeta os n meros alteram se radicalmente De toda a popula o mundial
474. templa o activa e os percursos constru dos de modo a que cada um deles pudesse proporcionar contacto com os elementos mais frequentes da representa o linha cor claro escuro texturas forma composi o volume e espa o Gon alves Fr is e Marques op cit 209 Arte P blica como Recurso Educativo E come Recurso Educative 106 Cap tulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico comparac o entre as obras e a experi ncia criativa Ibidem O Programa englobou diferentes actividades que foram desenvolvidas nas Oficinas do CAI na escola e nos Museus actividades essas que se enquadram em duas l gicas de interven o uma relaciona se com os di logos e as actividades de car cter l dico pedag gico a outra prende se com a realizac o de produ es pl sticas na qual se d nfase ao desenvolvimento da express o destacando se a relev ncia dada ao desenvolvimento dos diversos tipos de express o oral escrita e visual Ibidem 212 A avalia o e tamb m semelhan a do que acontece no programa DBAE essencialmente qualitativa e baseada na observa o da din mica de funcionamento das sess es incluindo os comportamentos das crian as face s actividades propostas e ao seu n vel de ades o assim como no estudo interpretativo das diversas produ es finais tanto pl sticas como escritas e verbais Ibidem Ao longo do tempo que esteve em desenvolvimento este programa influe
475. tes afirma es C D As obras de arte s o aquelas que s o feitas pelos artistas As obras de arte s o apenas aquelas que est o nos museus e galerias de arte Existem obras de arte colocadas nas ruas pra as avenidas etc Os espa os urbanos ficam mais bonitos quando t m obras de arte As obras de arte nos espa os urbanos n o t m qualquer utilidade Ricardo Reis P gina 2 de 5 FBA MEA Questionario aos alunos do 2 ciclo 17 Ao olhares para uma obra de arte Assinala as respostas que te parecerem mais adequadas Quase Raras Sempre sempre Vezes Nunca percebes o que estas a ver reparas em todos os pormenores das atenc o ao que est a volta da obra sentes necessidade de conhecer o artista e outras obras suas 18 J alguma vez ouviste falar de Arte P blica sim 19 Mesmo que nunca tenhas ouvido esta express o d nos a tua opini o sobre o que achas que pode ser Arte P blica Assinala apenas UMA resposta a arte que encomendada pelo estado a arte que est nos museus a arte que est nas ruas pra as avenidas etc N o fa o ideia o que 20 Achas que as pe as colocadas nas ruas pra as avenidas etc podem ser consideradas obras de arte Sim N o 21 Observa com aten o as seguintes imagens Fig 1 21 1 Para ti alguma destas imagens uma obra de arte p blica Assinala apenas UMA resposta a figura 1 a figura 2 as duas nenhuma Ricardo Reis P
476. tes do 3 ciclo Constat mos que os alunos t m pouco contacto com a realidade exterior ao bairro provavelmente devido ao facto de todos eles serem provenientes do bairro onde a escola est inserida n o necessitando de se deslocar para fora das imedia es do mesmo 218 In Projecto Educativo da Escola EB 2 3 do Bairro Padre Cruz 219 In Projecto Educativo da Escola EB 2 3 do Bairro Padre Cruz Arte P blica como Recurso Educativo 451 Capitulo 4 Escolha da populac o e definic o da amostra Figura 4 Busto do Padre Francisco da Cruz Joaquim Martins Correia 1967 Lisboa Como j referimos h no bairro apenas uma nica escultura podendo ser observado tamb m alguns graffiti em muros e paredes Apesar de o bairro se encontrar pr ximo de obras como Cidade Imagin ria de Charters de Almeida 2001 ou de um enorme painel em mosaico bizantino do artista Jos de Guimar es colocado junto estac o de Metro de Carnide os alunos t m pouco contacto com estas obras pois como referimos anteriormente os alunos na sua maioria raramente se deslocam para fora do bairro A facilidade de acesso que tivemos nesta escola e as caracter sticas particulares deste bairro fizeram com que inclu ssemos o Bairro Padre Cruz no nosso estudo como uma paisagem urbana com pouca Arte P blica 4 1 2 Amora Seixal Amora elevada a cidade em 1993 embora a sua exist ncia seja j referenciada no s c XIV situa se
477. tes visuais potencial para fazer a escola relevante para a vida das crian as atravessando um largo espectro de culturas e subculturas Se a educa o na escola seguir este modelo oferecer s crian as um grande n mero de oportunidades para desenvolverem as suas capacidades e constru rem sentidos atrav s da variedade de experi ncias que lhes foram proporcionadas Ibidem 195 x a Ba i Os autores d o o exemplo do s mbolo da Nike que na nossa cultura n o mais do que um mero rabisco na cultura Isl mica este s mbolo muito pr ximo de uma palavra que se refere a Deus O que parece ser um rabisco inofensivo na nossa cultura poder ser um s mbolo poderoso ou at mesmo uma palavra escrita noutra cultura Emery e Flood 1997 68 Arte P blica como Recurso Educativo E come Recurso Educative 130 Capitulo 7 Literacia e educagao artistica Um interessante artigo de Janet Olson e publicado na monografia Research on teaching literacy through the communicative and visual arts editada por James Flood fala nos das caracter sticas comuns entre o desenvolvimento visual e o desenvolvimento verbal das criancas Para Olson 2005 417 27 a crianca desenvolve a sua linguagem visual e verbal numa sequ ncia muito similar Por exemplo os primeiros balbucios das criancas sao muito similares s suas primeiras marcas nas superficies papel parede cadeira chao feitas com qualquer riscador que estiver 4 m o me
478. ticos da paisagem urbana n o ser surpreendente que digam n o ter muito contacto com obras de arte em contextos urbanos Contudo este resultado parece indiciar que h um certo alheamento dos alunos especialmente nos locais com pouca Arte P blica para com as manifesta es art sticas colocadas na paisagem urbana embora estes alunos digam reconhecer que existem obras de arte nos espa os urbanos 3 5 Valoriza o da arte em geral No que respeita valoriza o da arte em geral n o observ mos diferen as significativas entre os dois locais em estudo A pintura a escultura e a est tua parecem ser as manifesta es art sticas mais valorizadas pelos alunos Frisamos tamb m a reiterada valoriza o do graffiti como obra de arte especialmente por parte dos alunos nos locais com pouca Arte P blica o que poder ser um indicador da import ncia do contacto dos alunos com a arte Se o graffiti a manifesta o art stica que os alunos mais t m no seu ambiente normal que a valorizem mais do que outras manifesta es com as quais n o t m tanto contacto pelo que voltam a fazer sentido as palavras do professor Pais da Silva que referimos no ponto 3 3 deste cap tulo Gostar amos de salientar ainda que nos parece haver por parte dos alunos uma certa valoriza o dos artistas e do seu trabalho uma vez que a maioria diz ter necessidade de conhecer o artista e outras obras suas quando observa uma obra de arte Arte P bl
479. ticos medida que aumentava o n vel de escolaridade dos alunos Na avalia o qualitativa de uma obra de Arte P blica os alunos dos locais com muita Arte P blica revelam uma aprecia o de car cter mais cognitivo deixando os aspectos de aprecia o emocional para segundo plano enquanto que os alunos dos locais com pouca Arte P blica fazem uma aprecia o tanto emocional como cognitiva sendo no entanto a de car cter emocional a mais imediata Baseados na teorias de Parsons e Housen sobre a aprecia o est tica podemos inferir que os alunos que fazem uma aprecia o mais cognitiva disp em de um conjunto de ferramentas que lhes permite emitir uma aprecia o cr tica sobre o objecto art stico encontrando se portanto em est dios superiores de aprecia o est tica enquanto que os alunos que n o disp em dessas ferramentas fazem aprecia es mais emocionais evocando apenas opini es de gosto reveladoras de est dios mais baixos de aprecia o est tica Contudo perante os resultados obtidos pensamos que os alunos envolvidos neste estudo est o na sua grande maioria integrados no primeiro est dio de aprecia o art stica Consideramos ainda que estes alunos est o apenas aptos a apreciar arte e n o a julg la por esta tarefa nos parecer reservada a observadores mais experientes ou seja aqueles que possam estar integrados nos est dios superiores de aprecia o est tica Sintetizando apenas alguns resultados concl
480. tiva de nivelar e n o hierarquizar as reas de explorac o n o dando especial relevo a nenhuma delas Mas neste ponto o programa foi tamb m bastante contestado uma vez que coloca o desenho como uma rea de Explorac o ao n vel da hortofloricultura por exemplo Considerar o desenho uma rea de explora o e n o um conte do b sico entendendo o de uma forma global referindo se s t cnicas de representa o parece nos um erro b sico Mistur lo sem crit rio com todas estas outras actividades claramente secund rias se considerarmos o papel que o desenho tem no desenvolvimento da capacidade expressiva da crian a da sua capacidade de representar e entender o que a rodeia uma leviandade inadmiss vel APECV 1994 6 O modo como o programa est organizado permite estabelecer uma infinidade de rela es que se operam entre os Campos os Conte dos e as reas de Explora o que teoricamente permitir o ao aluno alargar o seu leque de experi ncias Para clarificar estas rela es daremos um breve exemplo sem nos preocuparmos com a metodologia seguida imaginemos que os alunos est o a desenvolver uma UT na qual ir o modelar uma pe a em barro Neste caso a rea de explora o usada ser claramente a Modela o Mas para executarem essa pe a os alunos necessitam de mobilizar conhecimentos relativos a alguns conte dos como a Forma o Material ou o Trabalho e se esta peca for por exemplo um suporte para l p
481. tividades la forma es id ntica s lo los contenidos son diferentes Vias limites bairros cruzamentos e elementos marcantes Lynch 1999 58 95 ee Traduc o livre do castelhano esta incorporaci n gradual de los elementos de la imagen urbana depende de la elaboraci n subyacente de la estructura geom trico din mica del espacio con sus trayectorias fronteras l neas separatrices regiones puntos de atracci n etc Esta geometr a fundamental est basada en los desplazamientos activos paseos a pie o pasivos paseos en autom vil del ni o por la ciudad Las maquetas y los dibujos son por consiguiente el resultado de esa organizaci n din mica del espacio urbano y adem s esta organizaci n tiene una estructura diferente en cada estadio del desarrollo mental Arte P blica como Recurso Educativo 77 Capitulo 4 A Paisagem Urbana nos desenhos das criangas Elementos Estadios Vias Limites Bairros Cruzamentos Pontos marcantes C D T dD T D tle et Tabela elaborada a partir de Battro e Ellis 1999 Tabela 1 Aparecimento dos elementos da paisagem urbana em cada um dos est dios Apesar de os resultados obtidos indiciarem que a incorporac o dos elementos se processa desta forma os dados recolhidos revelaram se insuficientes para tirar uma conclus o definitiva Ainda segundo os mesmos autores parece existir uma imagem p blic
482. tivo 22 rio Pubis come Recurso Educative 123 Capitulo 7 Literacia e educagao artistica sucesso ef mero Bertram Bruce 2005 875 na tentativa de limitar o conceito define tr s principios dentro dos quais devemos considerar o conceito de literacia Primeiro literacia significa controlo sobre os discursos que usamos e com os quais comunicamos formas de conhecimento complexas Se considerarmos a exist ncia de m ltiplos discursos podemos tamb m considerar m ltiplas literacias Segundo a literacia est relacionada com as nossas pr ticas di rias pelo que raramente pode ser considerada como uma actividade separada das outras Terceiro as mudan as tecnol gicas da literacia providenciam uma janela para as pr ticas da literacia tanto pelo facto de serem ferramentas atrav s das quais a literacia representada como por a sua concep o e constru o revelar a prossecu o das nossas compet ncias Para o mesmo autor as altera es profundas que se registam no mundo actual s o respons veis pelas altera es que ocorrem na nossa concep o de literacia e aponta cinco grandes reas em que essas altera es t m ocorrido A primeira relaciona se com a democracia e particularmente com o movimento em direc o a uma literacia universal a segunda rea relaciona se com o trabalho com o foco nas altera es exigidas na literacia no local de trabalho a terceira relaciona se com as rela es sociais e especialmente com a cri
483. to com rcio tempos livres e a rela o que os indiv duos mant m com esses espa os Arte P blica como Recurso Educativo 51 Capitulo 2 Arte P blica e Educa o formas que a caracterizem Juntamente com a arquitectura inquestion vel a contribui o da arte p blica para a redescoberta dos lugares a reatribui o de sentido aos espa os e a rehumaniza o do meio ambiente acrescentando lhes novos valores e conduzindo a novas percep es Nunes op cit 60 Como j vimos atr s o desenvolvimento de novas pr ticas art sticas originou mudan as na concepc o das obras o que tamb m constituiu um marco importante no desenvolvimento da Arte P blica Estas mudangas vieram revelar que o contexto ou seja o espaco envolvente da obra um factor da maior import ncia na sua concep o e recep o Regat o op cit 65 O que veio permitir o estabelecimento de novas rela es entre o observador a obra e o contexto Consideramos ser imposs vel fruir uma obra de Arte P blica sem atender ao seu contexto cf Esquema 5 enquanto que uma obra de arte colocada num museu por exemplo pode ser fru da isoladamente de todo o contexto cf Esquema 6 observador lt I gt conten Esquema 5 Rela o do observador com as obras de Arte P blica O Esquema 5 pretende representar a rela o que o observador estabelece com a obra de Arte P blica e com o contexto que no caso das obras site s
484. to ou a qualidade global dos trabalhos Veja se Howard Gardner 1989 Zero Based Arts Education An introduction to ARTS PROPEL In Studies in Art Education Vol 30 n 2 p 71 83 116 David Perkins um dos investigadores do Harvard Project Zero 17 Logo na introdu o do livro Mary Ann Stankiewicz uma das respons veis do Getty Center for Education in the Arts afirma que este livro n o um curr culo ou um manual de instru es antes uma base te rica na qual os professores se poder o apoiar para desenvolver as suas unidades curriculares em arte Arte P blica como Recurso Educativo 98 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico as obras de arte e estas passarem a ser na realidade o centro das nossas aten es deveremos ter em conta estas quatro disposi es a dar tempo ao olhar b tornar o olhar vasto e audaz c tornar o olhar limpo e profundo d tornar o olhar organizado Perkins 1994 Olhar a arte exige que utilizemos v rios tipos de cogni o e encoraja a que fa amos conex es com muitos outros dom nios de experi ncia humana Conhecer os contextos hist ricos culturais e sociais nos quais as obras foram criadas enriquece o nosso olhar e as nossas habilidades para pensar sobre arte Como se percebe esta metodologia n o inclui qualquer forma de produ o art stica e ao contr rio de todas as outras que apresentaremos de seguida parece mais dirigida ao
485. to surge assim da natureza da compara o determinando a No Programa o processo comparativo largamente utilizado numa dimens o investigativa A compara o intencional torna se assim numa ferramenta comum da cr tica e da hist ria da arte As obras de arte s o comparadas umas com as outras com a inten o de serem encontradas semelhan as e diferen as tem ticas formais e estil sticas Gon alves Fr is e Marques op cit 208 Atrav s destas estrat gias pretende se criar uma familiaridade com a obra de arte que em conjunto com a produ o pl stica facilita o desenvolvimento de atitudes anal ticas medida que a crian a aumenta os seus conhecimentos sobre arte torna se capaz de discriminar est mulos variados associando ideias e respostas Segundo os autores do programa este processo possibilita uma fluidez de pensamento estimulando a sensibilidade est tica a vontade de comunicar expressivamente no mbito das artes visuais A express o verbal e a experimenta o pl stica est o no programa fortemente ligadas aos percursos visuais e s propostas de actividades que intencionalmente devem promover a integra o do di logo e a 123 Veja se Rui M rio Gon alves Joao Pedro Fr is e Elisa Marques 2002 Primeiro Olhar Programa Integrado de Artes Visuais Caderno do Professor 126 As obras foram escolhidas de modo a mobilizarem os aspectos da percep o est tica e art stica despertando uma con
486. trema o que sup e um elevado nivel de abstracc o H muitas vezes a representac o dos sub rbios e do Literas espaco rural que se prolonga para l destes S o tamb m representadas as vias de acesso cidade estabelecendo rela o com aglomerados pr ximos 3 Os exemplos foram retirados dos question rios do nosso estudo Escolhemos os exemplos que melhor ilustram as caracter sticas de cada um dos est dios Esquema s ntese baseado em Battro e Ellis 1999 Esquema 8 Est dios de representa o da paisagem urbana no desenho infantil A metodologia usada por estes investigadores permitiu recolher tr s tipos diferentes de desenho o primeiro durante uma visita ao local escolhido em que era pedido s crian as que desenhassem o que estavam a ver o segundo era realizado logo depois da visita em que era pedido s crian as que reconstru ssem o trajecto de memoria ou seja o que viram o terceiro desenho era obtido durante uma entrevista individual na qual as crian as falavam sobre o seu conhecimento da cidade e desenhavam o que sabiam dela Estamos portanto perante tr s situa es distintas de recolha de representa es da paisagem urbana os desenhos de observa o fornecem nos informa es sobre como as crian as extraem informa o da paisagem que t m sua frente O desenho feito posteriori de mem ria exige uma reconstru o mn sica do que a crian a acabou de vivenciar o que envolve processos
487. tua es em estudo recairam sobre as manifesta es art sticas consideradas dentro do mbito das belas artes A maioria dos alunos das duas situa es em estudo de modo praticamente equitativo concorda que as as obras de arte s o aquelas que s o feitas pelos artistas que existem obras de arte colocadas nas ruas pra as avenidas etc e que os espa os p blicos ficam mais bonitos quando t m obras de arte No entanto uma percentagem superior de alunos dos locais com muita Arte P blica discorda da ideia de que as obras de arte s o apenas aquelas que est o nos museus e galerias na propor o de 91 8 para 81 1 e discordam tamb m da ideia de que as obras de arte em espa o urbano n o t m qualquer utilidade na propor o Arte P blica como Recurso Educativo 22 ro P blica come Recurso Educative 189 Capitulo 2 Validac o das hip teses espec ficas de 94 para 84 9 Estes resultados poder o querer indicar que os alunos dos locais com muita Arte P blica t m uma maior consci ncia do que e para que serve este tipo de arte Nos locais com muita Arte P blica 76 8 dos alunos considera que a Arte P blica a arte que est nas ruas pra as avenidas etc enquanto que nos outros locais essa percentagem desce para os 56 6 Os alunos dos locais com muita Arte P blica revelaram maior facilidade em identificar correctamente uma obra de Arte P blica atrav s de uma imagem
488. tugal Pensamos que os exemplos que apresentamos s o infimos em rela o ao potencial educativo que a Arte P blica representa Por certo que existem in meros outros exemplos de actividades que promovem a abordagem pedag gica destas obras de arte mas pelos motivos que atr s enunci mos s o de dif cil inventaria o Contudo e a avaliar pela pan plia de not cias e iniciativas que t m vindo a p blico sobre esta forma de arte parece haver um maior interesse da sociedade portuguesa pela Arte P blica Referimo nos por exemplo cria o do Museu Internacional de Escultura Contempor nea ao Ar Livre em Carrazeda de Ansi es projecto executado pelo escultor Alberto Carneiro imagem daquele que j realizou em Santo Tirso s iniciativas levadas a cabo pelos alunos da ESAD Escola Superior de Artes e Design nas Caldas da Rainha nomeadamente o Caldas Late Night cf Anexo 1 e Percurso Arte na paisagem este ltimo realizado numa das freguesias rurais do concelho em Junho de 2006 s exposi es Pedras na Pra a Arte P blica de Jo o Cutileiro realizadas durante o ano de 2006 em Silves Aveiro e Lisboa anunciada reabilita o urbana dos Bairros cr ticos do pa s Cova da Moura Lagarteiro e Amoreira recorrendo tamb m a interven es art sticas e coloca o de obras de Arte P blica realiza o em Vila Nova de Cerveira da Hart Parede uma iniciativa ao estilo da Cow Parade mas com a utiliza o
489. ty Center for Education in the Arts p 123 31 CSIKSZENTMIHALYI Mihaly e ROBINSON Rick Emery 1990 The art of seeing an interpretation of the aesthetic encounter Malibu California J Paul Getty Museum ISBN 0 89236 156 5 CSIZENTMIHALYI Mihaly 2002 Fluir a psicologia da experi ncia ptima Lisboa Rel gio d Agua CULLEN Gordon 1996 Paisagem urbana Lisboa Edi es 70 ISBN 972 44 0530 3 D OREY Carmo 2003 Primeiro Olhar uma apresenta o Imaginar Porto Associa o de Professores de Express o e Comunica o Visual n 41 2003 p 16 21 DAVIS Jessica e GARDNER Howard 2002 As artes e a educa o de inf ncia um retrato cognitivo desenvolvimental da crian a como artista In SPODEK Bernard org Manual de Investiga o em Educa o de Inf ncia Lisboa Funda o Calouste de Gulbenkian pp 427 460 DENOGENT Manuella 2003 Flujo e tensiones del arte publico Lapiz Madrid A 22 ISSN 0212 1700 n 190 191 2003 p 94 101 DUARTE Eduardo 2005 Monumento In PEREIRA Jos Fernandes dir Dicion rio de escultura portuguesa Lisboa Editorial Caminho p 400 05 ISBN 972 32 1723 8 DUPRE Andr e O NEIL GILBERT M nica 1985 Town and city children s macro space cognitive representation a comparative study Children s Environment Quarterly Em linha ISSN 1546 2250 vol 2 1985 n 3 p 27 33 Disponivel na Internet lt URL http Awww
490. u es art sticas para os espa os urbanos o que implica desde logo os cidad os com as obras Depois esses programas parecem ser acompanhados de uma grande preocupa o educativa dado que s o habitualmente produzidos materiais educativos dirigidos a professores e alunos Recolher informa o sobre esses programas uma tarefa relativamente simples pois existe uma rede que coordena todos eles a Public Art Network que mantida pela organizac o n o governamental Americans for the Arts Segundo esta organiza o h nos EUA mais de 350 programas de Arte P blica tanto a n vel nacional como regional e local Esta rede tem por objectivo estimular o di logo discutir quest es cr ticas desenvolver produtos e servi os relacionados com a Arte P blica e promover a difus o de informa o sobre este assunto atrav s de um grupo de discuss o e do website 153 E http www artsusa org services public art network default asp http www artsusa org Arte P blica como Recurso Educativo 116 Capitulo 6 O di logo com a obra de arte em contexto pedag gico A t tulo de exemplo apresentamos apenas tr s programas educativos especificamente elaborados para promover o di logo com a obra de Arte P blica e que consideramos serem um exemplo claro das diferen as que existem na abordagem pedag gica destas obras de arte i O primeiro exemplo elaborado pelo North Texas Institute for Educators on the Visual
491. u m que diz que viu algu m a levar a vaca explica fonte oficial da PSP A empresa patrocinadora desta obra garante n o se tratar de uma estrat gia de marketing mas admite ter virado a seu favor este acto de vandalismo Foi uma feliz coincid ncia Ao Di rio de Not cias Lu s Rasquilha director de marketing da Marketeer garantiu que se a vaca n o aparecer at domingo vamos construir outra que ser criada pelo mesmo artista No entanto ainda n o est decidido se ser igual desaparecida ou uma nova cria o Em comunicado a organiza o lamenta o desaparecimento do animal e garante que o furto foi testemunhado por v rias pessoas O desaparecimento deste bovino foi detectado por v rias pessoas que em colabora o com a organiza o foi participado s autoridades competentes estando as mesmas a fazer todos os esfor os para encontrar a vaca desaparecida l se no documento A verdade que quem levou a Cowpyright n o deixou para tr s quaisquer provas do crime arrastando consigo um animal cujo peso ronda os 65 quilos e uma base de bet o de 350 Por sua vez Paulo Marcelo lembra a correria que foi o processo criativo que deu origem ao animal Tive de viver 10 dias em Lisboa para a terminar vivo em Santa Maria da Feira Quanto ao nome brinquei com o nome at porque acho que importante num evento como este falar em direitos de autor explicou Entretanto Paulo Marcelo diz que confia em todos os
492. u mos que os alunos dos locais com muita Arte P blica em compara o com os alunos dos locais com pouca Arte P blica dizem dispensar mais aten o aos elementos art sticos da paisagem urbana consideram como obra de arte um maior n mero de manifesta es art sticas revelam conhecer melhor o conceito de Arte P blica e as fun es que esta desempenha identificam uma obra de Arte P blica com maior facilidade revelam uma tend ncia para estar mais esclarecidos sobre o vocabul rio espec fico das Artes Visuais nomeadamente a diferen a entre escultura e est tua aparentam estar num est dio de aprecia o est tica e art stica ligeiramente superior revelam um maior conhecimento sobre arte em geral e t m uma maior capacidade para apreciar arte Contudo n o podemos avaliar a capacidade de os alunos criarem e ou comunicarem usando a linguagem espec fica das artes visuais por falta de dados relativos a estas reas espec ficas Em suma parece nos que os alunos que t m um contacto frequente com obras de Arte P blica indiciam ter uma maior literacia em Artes Visuais particularmente na dimens o que mais estud mos Efectivamente quando comparamos as duas situa es em estudo conclu mos que os alunos do 2 ciclo que frequentam escolas situadas em locais onde na paisagem urbana existem Arte P blica como Recurso Educativo 2 ro P blica come Recurso Educative 210 Conclus es muitas obras de Arte P blica revelam um ma
493. ual e a verbal A partir deste ponto as crian as v o evoluir nas suas compet ncias tanto verbais como visuais e a sua express o cada vez mais realista o que constitui tamb m um factor de auto e hetero cr tica Quando isto acontece a auto confian a desafiada e o professor joga aqui um papel muito importante Neste ponto se a habilidade visual n o valorizada ou compreendida pelos professores e pelos pais como um ve culo de comunica o os alunos naturalmente concluem que a comunica o verbal mais importante do que a visual e abandonam na A deprecia o habitualmente feita comunica o visual poder interromper a parceria que se verificava entre os dois tipos de comunica o a visual e a verbal pelo que j n o ir o beneficiar da sua complementaridade interactiva Olson op cit 419 Esta separa o colocar os alunos com maiores capacidades visuais em clara desvantagem em rela o aos outros alunos mais verbais tal como nos dizia Eisner citado anteriormente Como que a provar esta parceria entre a comunica o verbal e a comunica o visual da qual as artes visuais s o quanto a n s as mais destacadas representantes um estudo recente levado a cabo pelo The Solomon R Guggenheim Museum cujos resultados preliminares foram Arte P blica como Recurso Educativo 131 Capitulo 7 Literacia e educagao artistica apresentados a 27 de Julho de 2006 sugere que a educac o art stica benefi
494. ucation en ev php URL ID 40338 amp URL DO DO TOPIC amp URL SECTION 201 html e http www unesco org education litdecade 170 Relat rio dispon vel em linha em lt www efareport unesco org gt 171 a http literacy org ili html 172 http www proliteracy org 173 In lt http www ivla org org_hist htm gt 174 O site desta associa o est dispon vel na Internet em lt http www ivla org gt Arte P blica como Recurso Educativo 22 rio Pubis come Recurso Educative 122 Capitulo 7 Literacia e educagao artistica compet ncias o individuo pode comunicar com os outros ou compreender e desfrutar as obras primas da comunicac o visual Rapidamente este conceito ganhou aceitac o junto da comunidade acad mica e v rios trabalhos de investigac o foram sendo realizados ao longo dos anos Exemplo disso a comunicac o que Roberts Braden apresentou em 1993 na 25th Annual Conference of the International Visual Literacy Association intitulada Twenty five Years os Visual Literacy Reasearch na qual faz uma resenha sobre a investigac o produzida nesta rea e apresenta 158 refer ncias bibliogr ficas o que retrata bem a quantidade de investigac o que foi produzida at quela data Em Setembro de 1994 com a primeira reuni o do The New London Group come ava a desenhar se o aparecimento do conceito multiliteracias Este grupo reunia investigadores americanos ingleses e australianos e viria a propor este novo conceito n
495. ucativo 65 Capitulo 3 A Paisagem Urbana Cada sujeito cria e sustenta a sua pr pria imagem da cidade mas no entanto parece haver uma imagem que re ne consenso entre os membros de um mesmo grupo Estas imagens partilhadas por um grupo de sujeitos sao designadas por Lynch op cit 17 como imagens p blicas As imagens p blicas sao figuras mentais comuns que um grande numero de habitantes de uma cidade possui Ibidem claro que estas imagens s o influenciadas por diversos factores como por exemplo os interesses a profiss o a cultura dos sujeitos ou as rela es que cada cidad o possui com determinadas partes da cidade Estas influ ncias tornam as imagens de cada sujeito cheias de mem rias e significa es Ibidem 11 o que leva Argan 2005 seguindo a mesma linha de pensamento a explic las da seguinte forma H lugares mais frequentados para onde todas as linhas acabariam convergindo percursos comuns aos componentes de certos grupos sociais outros comuns a diferentes grupos locais ou objectos para os quais a atribui o de valor seria absolutamente concorde outros para os quais seria controversa Argan 2005 234 Parece nos consensual que a imagem p blica que um arquitecto tem por exemplo do Bairro Alto em Lisboa diferente daquela que tem um cantoneiro ou que tem um noctivago Mas quanto mais homog neo for o grupo de sujeitos nas suas diferentes categorias mais consensuais parec
496. ue desconheciam a palavra escrita No entanto sistematicamente se continua a associar a palavra literacia capacidade de ler e escrever e por vezes contar Uma an lise aos sites e documentos produzidos por diversas institui es que se ocupam da 168 promo o da literacia no mundo nomeadamente a UNESCO que promove a D cada da Literacia entre 2003 e 2012 e que publicou recentemente o relat rio Education for All Global 170 171 Monitoring Report 2006 Literacy for Life o International Literacy Institute criado em 1994 pela UNESCO e pela University of Pennsylvania Graduate School of Education ou a ProLiteracy Worldwide que se intitula como a maior e mais antiga organiza o nao governamental para a promo o da literacia em todo o mundo apenas para citar algumas institui es de car cter internacional constatamos que todas elas apesar de haver algumas nuances de diferen a associam sempre a palavra literacia ideia de escrita e leitura seja por refer ncia a dados estat sticos e estimativas sobre a evolu o das taxas de alfabetiza o entre diferentes pa ses e a sua rela o com o desenvolvimento seja por refer ncia ao uso dessas compet ncias o saber ler e escrever vistas como parte da cultura e da vida social ou das pr ticas culturais e sociais de um pa s Especialmente a partir da segunda metade do s culo XX a crescente globaliza o das rela es soc
497. uitectura Canelas Gaia Gailivro N VOA Ant nio 2005 Evidentemente Hist rias da Educa o Porto Edi es ASA N VOA Ant nio dir 2003 Dicion rio de Educadores Portugueses Porto Edi es ASA NUNES Paulo Sim es 2005 Arte P blica In PEREIRA Jos Fernandes dir Dicion rio de escultura portuguesa Lisboa Editorial Caminho p 58 64 ISBN 972 32 1723 8 Jorge Ramos do 2003 Alfredo Bet mio de Almeida In N VOA Ant nio dir Dicion rio de Educadores Portugueses Porto Edic es ASA p 53 6 OLAIO Ant nio 2006 Desenho percep o e investiga o formal Coimbra Imprensa da Universidade de Coimbra ISBN 972 8704 68 2 OLIVEIRA Duarte Nuno Quintas de 2002 Evaluaci n Ambiental de la Ciudad de Angra do Hero smo Contribuici n al An lisis de la Calidad de Vida Urbana Sevilla Universidade de Sevilha Tese de doutoramento OLSON Janet 2005 Becoming a member of a Professional language learning community In FLOOD James et al ed Research on teaching literacy through the communicative and visual arts New Jersey Lawrence Erlbaum Associates ISBN 0 8058 5379 0 p 417 427 Publicado pela 1 vez em 1997 PALACIOS GARRIDO Alfredo 2005 Desarrollo de habilidades perceptivas e criticas a partir del entorno urbano una experi ncia en educaci n primaria In BELVER Manuel et al Ed Arte Infantil en contextos contempor neos Madrid Ediciones
498. um artigo publicado em 1996 na Harvard Educational Review intitulado A Pedagogy of Multiliteracies Designing Social Futures Neste seminal artigo os seus autores discutem que a multiplicidade de canais de comunicac es e a diversidade cultural e lingu stica em crescente aumento no mundo actual pede uma vis o muito mais alargada da literacia do que aquela baseada nas tradicionais aproxima es s compet ncias da leitura e escrita O conceito de multiliteracias de acordo com os autores supera essas limita es uma vez que coloca a sua nfase na multiplicidade de linguagens e nas diferen as culturais da nossa sociedade Este novo conceito n o pretende reunir em si mesmo a multiplicidade de literacias entretanto criadas pelos m ltiplos campos do saber mas sim entender o conhecimento como um todo que ser mais do que a simples soma das partes Os autores referem ainda que a aproxima o das multiliteracias pedagogia permitir aos estudantes estar mais aptos para encarar os desafios de uma sociedade cada vez mais global e mais diversificada tanto em termos sociais como culturais dado que as multiliteracias diferem de acordo com a cultura e o contexto e t m efeitos espec ficos a n vel cognitivo social e cultural Esta nova vis o sobre a literacia despertou imediato interesse na comunidade cient fica mundial o que levou a que o grupo tivesse necessidade de aprofundar as suas pesquisas e de publicar o livro Multilitera
499. uma decis o t cnica tomada pelos artistas arquitectos ou urbanistas pol tica tomada pelos representantes pol ticos eleitos ou no mbito da participa o c vica tomada pelos cidad os No question rio era proposto um exerc cio de desenho onde se pedia aos alunos que representassem os locais mais importantes da sua cidade para dar informa es a um suposto turista Nesses desenhos a grande maioria 82 5 n o representou qualquer obra de arte mas quando comparamos as duas situa es em estudo constatamos que 24 6 dos alunos dos locais com muita Arte P blica representaram obras de arte enquanto que apenas 8 5 dos alunos dos locais com pouca Arte P blica o fizeram Assim atrav s de um teste de y encontramos uma grande significa o entre a localiza o da escola e a representa o de obras de arte nos desenhos dos alunos cf Tabela 20 E x p 10 67 lt 001 Tabela 20 Verifica o de y entre localiza o da escola e o aluno representa obras de arte no seu desenho 1 8 Capacidade para apreciar arte Como j referimos anteriormente mais de 90 dos alunos afirmam reparar habitualmente ou muitas vezes no que os rodeiam No entanto apenas 68 3 dizem reparar sempre ou quase sempre em todos os pormenores quando est o a observar uma obra de arte Em ambas as situac es em estudo esta percentagem semelhante Como vimos tamb m os alunos reparam mais nos elementos nao art sticos da paisag
500. umento de recolha de dados que englobou todos estes aspectos como mais adiante apresentaremos Procedemos pois a um inqu rito por question rio que nos permitiu chegar a conclus es emp ricas sobre estas influ ncias de modo a verificar as nossas hip teses geral e especificas 2 1 Hip tese Geral Decorrente da quest o de partida formul mos uma hip tese geral e algumas hip teses espec ficas que orientaram todos os procedimentos da metodologia por n s seguida Os alunos do 2 ciclo que frequentam escolas situadas em locais onde na paisagem urbana existem muitas obras de Arte P blica revelam um maior desenvolvimento da percep o do espa o urbano e um n vel superior de literacia em Artes Visuais por terem um contacto quotidiano com estas obras de arte quando comparados com aqueles que n o beneficiam dessa proximidade 2 2 Hip teses espec ficas Definida a quest o de partida e a hip tese geral equacion mos ent o as hip teses espec ficas que estabeleceram as v rias rela es entre as vari veis a explicar e as vari veis explicativas do nosso estudo de modo a que nos permitissem encontrar uma resposta satisfat ria e conclusiva a O contacto frequente dos alunos com obras de Arte P blica favorece o desenvolvimento da sua percep o do espa o urbano b A localiza o da escola influencia a predisposi o dos alunos para observar os elementos art sticos da paisagem urbana c O modo co
501. ural da fam lia e locais onde j estiveste em frente a um obra de arte parque ou jardim p 5 78 lt 056 Tabela 30 Verifica o de y entre n vel sociocultural da fam lia e locais onde j estiveste em frente a um obra de arte rotunda Arte P blica como Recurso Educativo Ait ica come Recurso Educativo 184 Capitulo 2 Validac o das hip teses espec ficas p 5 35 lt 069 Tabela 31 Verifica o de y entre n vel sociocultural da fam lia e locais onde j estiveste em frente a um x J obra de arte praga No que respeita identifica o de diferentes manifesta es art sticas verific mos atrav s de um teste de que h uma rela o muito significativa entre o n vel sociocultural da fam lia e o que os alunos identificam como obra de arte cf Tabelas 32 a 36 Z X p 15 32 lt 001 Tabela 32 Verifica o de y entre n vel sociocultural da fam lia e o que para ti uma obra de arte escultura Z x p 19 04 lt 001 Tabela 33 Verifica o de entre n vel sociocultural da fam lia e o que para ti uma obra de arte est tua x p 24 11 lt 001 Tabela 34 Verifica o de y entre n vel sociocultural da familia e o que para ti uma obra de arte monumento p 13 19 lt 001 Tabela 35 Verifica o de y entre n vel sociocultural da fam l
502. us registos Ibidem 1991b 12 por outro quase imposta a obrigatoriedade de resolver problemas do seu meio mesmo que hipoteticamente n o os haja ou que o aluno n o os identifique Este sistem tico recurso ao M todo de Resolu o de Problemas nas disciplinas de EV e EVT criticado no documento das Compet ncias Essenciais DEB 2001 156 e por Fr is 2005 223 0 recurso ao m todo de resolu o de problemas tem propiciado a valoriza o de solu es utilit rias imediatas negligenciando se por vezes a dimens o est tica das propostas Ao inv s prop e se uma outra metodologia que relacione a percep o est tica com a produ o de objectos pl sticos e que promova a cria o de uma din mica propiciadora da capacidade de descoberta da dimens o cr tica e participativa e da procura da linguagem apropriada interpreta o est tica e art stica do Mundo DEB 2001 156 Fr is 2005 223 4 Curiosamente j em 1994 a APECV num dos pareceres j citados sobre a disciplina de EVT dizia o seguinte Arte P blica como Recurso Educativo 35 Capitulo 1 O lugar das artes visuais no curr culo do 2 ciclo Na nossa opini o a cria o de situa es que conduzem produ o de objectos pl sticos substitui com vantagens o m todo de resolu o de problemas e atinge nestas idades objectivos fundamentais o saber o exprimir se e comunicar visualmente o saber trabal
503. vo 22 ri P blica come Recurso Educative 168 Capitulo 1 Apresenta o de resultados com muita Arte P blica v o mais acompanhados por familiares Esta tend ncia de resposta parece nos coerente com o facto de estes alunos se deslocarem de carro para a escola 100 90 80 70 60 50 40 A da 179 sa 20 kaca E 0 1 Sozinho Comamigos Com familiares E Locais com Muita Arte P blica 0 Locais com Pouca Arte P blica Gr fico 19 Com quem te deslocas para a escola Compara o entre locais com muita e pouca Arte P blica 1 4 H bitos de observac o do meio envolvente Tent mos tamb m saber se na sua desloca o para a escola os alunos reparavam no que os rodeia pelo que 91 2 do total de alunos diz reparar habitualmente ou muitas vezes Esta tend ncia igualmente notada quando comparamos as duas situac es em estudo contudo nos locais com muita Arte P blica 96 3 dos alunos dizem reparar habitualmente ou muitas vezes enquanto nos locais com pouca Arte P blica este valor desce para 84 9 Apesar da diferenca n o ser muito grande constatamos que neste estudo h uma tend ncia para que os alunos que est o nos locais onde h muita Arte P blica sejam mais observadores do que os outros Visto que a maioria dos alunos demora menos de 10 minutos na sua deslocac o para a escola o tempo de deslocac o revelou n o ser um factor influente na predisposic o
504. vos d dar a conhecer os resultados de uma forma adequada para a formac o e guia dos professores Os m todos de trabalho usados no projecto pretendiam desenvolver habilidades nas reas da percepc o e experi ncia do ambiente constru do na linguagem na cr tica no desenho e na comunicac o Este projecto foi influente n o s no Reino Unido como num conjunto de outros pa ses que adoptaram os seus m todos como por exemplo Canad Austr lia Brasil Jap o Su cia Finlandia e at mesmo Portugal onde a revista A renascenga urbana e a Escola publicada pela Direcc o Geral do Ensino B sico em 1984 um bom exemplo disso Um exemplo mais recente da promoc o do di logo com as obras de arte igualmente liderado por Eileen Adams Referimo nos ao projecto Power Drawing inserido numa Campanha pelo Desenho The Campaign for Drawing que existe desde o ano 2000 e envolve em Inglaterra 500 escolas 30 institui es de ensino superior e 80 museus e galerias partindo de duas ideias chave uma que o ambiente f sico pode ser um recurso educativo outra o valor do desenho como um meio de aprendizagem Assim pretende se promover a pr tica do desenho entre as crian as ao mesmo tempo que decorrem v rias investiga es atrav s da Rede de Investiga o sobre Desenho Os desenhos produzidos pelas crian as podem dividir se em tra os largos em tr s categorias percep o comunica o e inven o No entanto todos eles
505. ya que est formada por cuatro l neas diagonales que convergen en el centro y no por dos que se cruzan de manera que la parte superior se desv a respecto a la inferior las dos V que forman la X se solapan en un rect ngulo central de modo que el ngulo superior es ligeramente m s abierto que el inferior Es sim trica s lo si se descompone verticalmente pero no si se descompone horizontalmente Esta sutil deformaci n corresponde a dictados de car cter gest ltico y su funci n es similar a la de las deformaciones practicadas en las esculturas que van a ser destinadas como acroteras en las que se necesitan contrarrestar el fen meno del acortamiento producido por la perspectiva pero en este caso la deformaci n va a realizarse en sentido contrario es decir que abriendo m s el ngulo superior de la X la escultura produce en el espectador que se encuentra situado a nivel del suelo sobre el que se apoya la obra la sensaci n de parecer una escultura mucho m s grande Outro exemplo desta capacidade humana nos dado por Arnheim 1988 96 quando refere que muitas pessoas conseguem imaginar um cubo completo com alguma precis o ainda que de cada vez s sejam vis veis n o mais que tr s lados desse cubo Arte P blica como Recurso Educativo 83 Capitulo 5 A percepc o de obras de arte em contexto urbano Figura 1 A nossa percep o dos s lidos pode ser enganadora adaptado de Arnheim 1988 95 Percebemos assim qu

Arte Pública como Recurso Educativo

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