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A vacina - SciELO Livros

1. es sempre ancoradas numa matriz est vel por t o longo tempo que podia ser considerada quase imut vel Adotado universalmente na produ o de outras vacinas o sistema de lotes semente possibilitou muito maior controle das muta es gen ticas dos v rus vacinais da imunidade e das rea es que induzem facilitando a padro niza o de metodologias de produ o e de controle em laborat rio e em campo Mas foi s em 1944 que a subamostra 17DD E P passou a ser a nica empregada em vacina es depois de novos estudos de antigenicidade feitos no Esp rito Santo e no sul da Bahia na zona do cacau s margens da estrada de ferro que dava acesso a Ilh us Relat rio de atividades da Se o de Vacina 1 1 30 6 1944 No relat rio correspondente ao per odo de janeiro a junho de 1945 consta que estava em curso um programa experimental em tropas do Ex rcito visando a comparar a antigenicidade da amostra 17D utilizada pelo laborat rio de Nova York com a de um lote produzido no Rio de Janeiro pelo sistema de lotes semente Em junho de 1946 Aguiar e Fonseca da Cunha partiram para 235 Santos com as vacinas do Rio de Janeiro e de Nova York Recolheram amostras de sangue de trezentas pessoas antes de vacinar duzentas com o imunizante brasileiro e cem com o norte americano Um m s depois voltaram quela cidade para colher sangue e comparar os anticorpos presentes nas duas amostras Resumo de atividades do l
2. foram iniciadas muitas s ries paralelas algumas por passagem direta em ovos embrionados Essas s ries conservavam mais ou menos inalteradas as caracter sticas benignas para macacos e homens do v rus camarada ainda que se verificassem pequenas varia es na velocidade e intensidade de sua replica o na cultura em tecido ou em ovos embrionados O material trazido para o Brasil provinha de duas s ries paralelas de cultura em tecido designadas como 17D e 17DD A primeira havia sofrido 150 passagens chegando aqui em forma dessecada A s rie 17DD era a 229 subcultura e parte dela foi trazida sob a forma de um lote de vacina preparado em Nova York n 41 Os n meros indicadores dessas subculturas continuaram a crescer no Laborat rio do Servi o Especial de Profilaxia da Febre Amarela no Rio de Janeiro medida que iam se sucedendo as passagens do v rus in vitro por meio de cultura que continha tecido de embri o de galinha desnervado ou por ovos embrionados extraindo se a cada passagem o material destinado aos lotes de vacina e a lotes que eram usados para inseminar nova rodada de ovos e nova colheita de vacina e in culo Turbul ncias em campo Como vimos a forte diminui o do poder antig nico da vacina em 1939 foi atribu da ao n mero excessivo de passagens do v rus de cultura a cultura A s rie com a qual se fabricava a vacina j havia ultrapassado a subcultura 300 Soper Smith e Penna set 1
3. 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 entradas saidas Estoque entradas saidas estoque entradas saidas Estoque entradas saidas estoque entradas saidas estoque entradas saidas estoque entradas saidas estoque entradas sa das estoque entradas saidas estoque entradas saidas estoque entradas saidas estoque entradas sa das estoque Vacinas anti amar licas entradas sa das e estoques janeiro 1956 a dezembro 1967 janeiro 959 000 218 400 2 588 800 387 600 738 000 1 701 000 796 400 380 000 3 640 600 Ha 400 3 210 000 202 600 391 000 1 592400 129 000 3 305 800 221 200 2 595 000 450 000 2 742 500 210 600 2 505 500 158 800 1 899 600 42 400 2 607 600 510 600 4 602 000 tevereiro 962 000 1 626 800 601 000 349 000 1 953 000 202 800 356 800 3 686 GOD 266 400 2 943 600 121 000 1 471 400 1 600 3 304 200 366 200 2 228 800 405 400 2 337 100 146 000 51 800 2 599 700 711 600 1 188 000 781 000 1 826 600 613 200 4 188 800 mar o 717 400 opa 400 201 200 333 000 1 821 200 327 600 3 359000 ras 000 2 158 600 1 200 1 470200 361 000 2 943 200 32 000 211 400 2 049400 153 400 2 183 700 354 600 2 244 900 411 800 776 200 727 600 1 105000 1 449 200 713 800 3 475 000 Fonte Relat rios mensais de atividades LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Ft abril 351 000 217 BM 072 60
4. O aperfei oamento dessa opera o foi uma das decorr ncias da supress o da filtragem feita antes mesmo de suprimir o soro A problem tica das contamina es for ou o deslocamento da centrifuga o dos embri es triturados para momento posterior como veremos O teste para verificar a contamina o bacteriana do material triturado tornou se mais rigoroso Para cada grupo de embri es reservavam se agora dois bal es com caldo est ril nos quais se pingavam tr s gotas da pasta triturada 48 horas depois os bal es eram examinados para ver se havia proliferado algum microrganismo As pastas est reis eram degeladas por imers o dos frascos em gua t pida 37 C caso fossem servir para o preparo imediato de vacinas ou continuavam na c mara fria para serem usadas quando necess rio a Moinho coloidal usado na tritura o dos embri es adotado a partir de 1942 em substitui o ao moinho de bolas A nova m quina era capaz de triturar melhor e em menos tempo Rio de Janeiro RJ 1941 1943 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Copos met licos com capacidade de receber cerca de cinquenta embri es para tritura o realizada por pe a met lica provida de palhetas de bordas cortantes capazes de girar em alta velocidade quando acionado o motor na base que as sustenta Rio de Janeiro RJ 1946 Manual de Instru es T cnicas e Administrativas do Servi o Nacional de Febre Amarela LAFA Bio Manguinhos
5. diminuir a possibilidade de conta mina o dos soros com o agente da icter cia p s vacina o Passou se a extrair dos doadores primeiro uma amostra de 5 c c de sangue para se verificar imediatamente o ndice icter cio Se fosse maior do que cinco era dispensado Se estivesse dentro de limites aceit veis sangravam no Ap s uma primeira filtragem o soro era guardado por sessenta dias sem ser misturado aos outros A mistura inativa o e a nova filtragem s ocorriam se no fim desse per odo o doador n o houvesse tido nenhuma doen a intercorrente e se novas provas de ndice ict rico fossem normais Manual da vacina pp 61 3 No come o de 1942 a prepara o do suco de embri o foi modificada com o objetivo de reduzir as contamina es adotando se aquele sistema de sublotes a que nos referimos Ao serem retirados dos ovos os embri es passaram a ser reunidos em grupos de cinquenta a oitenta em copos Pyrex Cada grupo era levado separadamente ao moinho coloidal que em dezembro de 1941 substituiu o de bolas o que resultou em melhor e mais r pida tritura o O aparelho era lavado com solu o salina antes de cada tritura o processando se cerca de trezentos embri es As pastas resultantes eram reco lhidas em frascos de Erlenmeyer e congeladas por imers o em lcool refrigerado com neve de di xido de carbono A armazenagem se fazia em marmitas t rmicas contendo neve carb nica
6. o da vacina com soro humano e filtragem as cascas eram abertas com tesoura perto da margem da bolsa de ar depois de lavadas com iodo e lcool Os embri es eram retirados com pin a colocados em placas de Petri para serem pesados e em seguida triturados O soro humano era necess rio para a filtragem do v rus feita atrav s de disco de Seitz Quando se decidiu suprimir o soro o primeiro problema que se apresentou foi a elimina o do processo de filtragem e por consequ ncia o desen volvimento de um m todo de colheita mais ass ptica dos embri es inoculados com o v rus Na verdade a filtragem tinha por si mesma alguns inconvenientes Al m de reter contaminantes e part culas indesej veis retinha quantidades vari veis de v rus e entupia quando a propor o de tecido de embri o dissolvido em soro ultrapassava 15 da solu o Em trabalho publicado em agosto de 1939 pp 589 92 Henrique Penna descrevia a t cnica e o aparelho que desen volvera para diminuir a contamina o dos embri es na hora de retir los de dentro do ovo A casca passou a ser cortada com a chama do ma arico oxi acetil nico em dois tempos aplicava se inicialmente a chama na parte superior do ovo bem no centro da bolsa de ar para abrir um furo que desse vaz o ao ar aquecido durante a aplica o subsequente da chama ao redor do ovo logo abaixo da margem da bolsa de ar enquanto girava o suporte adaptado a um motor el trico na
7. 00 350 600 435 500 707 BOM 355 300 381 500 207 200 114200 572 600 395 000 584 400 625 400 413 400 524 200 265 400 setembro 596 400 093 000 659 600 809 200 452 400 242 800 401 800 B37 B00 748 800 203 000 655 200 202 600 607 600 328 400 412 600 308 200 420 000 405 600 200 200 133 000 202 800 86 600 551 700 386 800 349 800 418 500 598 000 520 400 650 200 211 400 527 B00 305 000 583 600 751 200 097 800 outubro 370 600 MD 400 339 800 DOS 000 4 200 201 600 202 800 59 000 E92 600 202 600 E 000 397 200 151 600 268 400 201 200 295 900 038 300 201 000 2 600 750 100 174 800 457 700 135 600 412 200 2386 000 214 600 685 000 8386 600 395 600 127 800 365 600 piai nr l 201 800 447 000 2 094 600 1 006 800 760 400 3 448 000 202 600 4 400 4 090 800 503 600 120 000 i 780 800 177 400 340 600 3 623 200 GOG GON 265 200 3 605 800 404 B00 250 600 3 182 500 34 000 2 716 100 S78 000 351 600 2 302 000 177 500 73 000 2 342 600 523 600 6 324 400 1194200 G26 400 4 931 400 4 283 lezembro 197 600 241 000 2 051 200 605 000 628 800 3 424 200 134 400 3 90 400 202 600 391 000 1 592 400 7 000 3 616 200 202 800 a96 400 2 81 200 3 192 500 2 716 100 151 400 465 000 2 058 400 794 B00 487 600 2 650 000 201 600 1 213 400 5 312 600 5886 800 15 200 3 505 000 284 Vacina anti amar lica estoque
8. 3 subcepa dos camundongos 4 descri o detalhada do 291 material dosado 5 tempo gasto em reidratar o material 6 descri o do soro usado no diluente 7 PH do diluente 8 temperatura do diluente 9 condi es atmosf ricas durante o per odo de observa o dos camundongos especialmente a temperatura na sala dos camundongos 10 quaisquer acontecimentos fora do comum observados durante a dosagem desde a abertura dos recipientes at a ocasi o de descartar os camundongos Os camundongos da ra a Swiss com 21 dias ou mais eram mantidos em caixas de ferro galvanizado com seis animais em cada caixa e observados diariamente Manual da vacina p 47 B C 3 Artigo XI da International Sanitary Convention for Aerial Navigation 1944 estabelecido pela United Nations Relief and Rehabilitation Administration 24 Segundo o Manual da vacina a dilui o usada no campo devia ser tal que o volume standard de 0 5 c c contivesse pelo menos 1 000 DML Em dezembro de 1943 Penna escreveu T tulo de vacina satisfat rio significa dizer que os controles efetuados determinam t tulo de v rus alto o bastante para permitir que cada pessoa vacinada receba pelo menos 1 000 MLD para camundongos quando a dilui o utilizada for de 1 100 Com muita frequ ncia por m as vacinas chegavam s pessoas com t tulo de 1 6 000 no momento em que eram administradas o que correspondia a aproximadamente 200 000 LD por ml Resumo de at
9. O caldo era incubado a 37 C e observado diariamente para ver se cresciam bact rias e os camundongos eram observados para ver se apresentavam encefalite O resto do l quido sobrenadante era recolhido misturado com partes iguais de soro humano normal distribu do em ampolas em volumes de 3 c c e dessecado Manual da vacina pp 6 7 11 Escolhiam se para semente aqueles que apresentassem t tulo superior a 10 000 DML O n mero usado para expressar o t tulo isto a concentra o e pot ncia dos v rus existentes na vacina indica a dilui o na qual volumes de 0 03 c c inoculados por via intracerebral em camundongos matam 50 desses animais Explicaremos melhor isso adiante Os lotes semente podiam ser usados em dilui es de pelo menos 1 20 para inocula o dos embri es Manual da vacina p 4 C Penna 1956 pp 71 2 12 Novos lotes semente prim rios e secund rios devem ser testados para viscerotropismo imunogenicidade e neurotropismo em um grupo de dez macacos No teste de neurotropismo os macacos inoculados com o v rus do lote semente devem ser comparados com grupo similar de dez macacos injetados com um v rus de refer ncia Nestes testes t m de ser usados exemplares de Macaca mulatta o rhesus ou Macaca fascicularis 0 cynomolgus WHO Expert Committee on Biological Standardization 1998 p 37 13 Em 1942 Penna experimentou tamb m injetar 0 03 c c em vez de 0 06 c c de in culo para diminuir a
10. Penna 1956 pp 82 4 Esse era o primeiro est gio do processo No dia seguinte come ava o segundo tratava se de remover qualquer umidade que pudesse ser absorvida da atmosfera pela vacina seca desde a abertura do dessecador at a selagem das ampolas Eram usadas ent o estruturas tubulares verticais tamb m chamadas de rvores ou manyfolds um tubo de cobre de 7 5 cm de di metro e 75 cm de comprimento montado numa base pesada de metal para ter estabilidade com 204 sa das dispostas radialmente Cada sa da era um segmento de tubo de cobre soldado abertura perfurada no tubo principal As ampolas eram afixadas a essas sa das por meio de tubos de borracha lubrificados com leo de r cino Cinco rvores davam conta de um lote de vacina usual isto cerca de mil ampolas Atrav s de tubos de metal e juntas de borracha as estruturas tubulares eram conectadas ao condensador bomba de v cuo e a um man metro de McLeod processando se a desseca o em escala menor em cada recipiente de vacina atrav s das mechas de algod o que n o haviam sido removidas dos gargalos das ampolas O processo era conclu do somente no dia seguinte O v cuo era interrompido pela introdu o de nitrog nio seco e as estruturas tubulares removidas para o lugar onde as ampolas eram seladas com um ma arico de oxig nio de dupla chama Depois de inspecionadas e numeradas eram armazenadas a 25 C No novo processo s o us
11. e os suportes eram impelidos atrav s de uma porta dupla que se abria na altura de uma mesa comprida na sala prova de poeiras onde seis pessoas executavam as opera es manuais em fluxo cont nuo Uma queimava com o ma arico a oxig nio uma rea de alguns mil metros na parte da casca do ovo pintada com mertiolato Outro perfurava a casca com um instrumento pontiagudo que de oito em oito ovos era mer gulhado num recipiente com lcool e flambado O terceiro operador introduzia a agulha de inocula o montada numa seringa de aplicar tuberculina e injetava na cavidade amni tica nas proximidades do embri o os mesmos 0 06 c c de in culo A cada oito ovos a seringa era substitu da Dois operadores selavam os ovos com cera quente e o sexto preenchia as seringas Hoje as opera es s o as mesmas com id ntica fei o manufatureira ainda que transcorram em ambiente provido de dispositivos tecnologicamente mais sofisticados e sujeito a regras de conduta e indument ria muito mais rigorosas visando a obter o m ximo de assepsia Inocula o de ovos na sala prova de poeira verificando se algumas inova es como o fluxo cont nuo dos ovos que s o manipulados por diferentes operadores Rio de Janeiro RJ 1956 Penna 1956 p 70 Os suportes com os ovos desinfetados com tintura de iodo s o transferidos para a chamada rea biolimpa atrav s de um pass through que funciona de modo parecido com a porta d
12. es bloqueavam a passagem do caldo na hora em que se fazia a retirada com a ajuda de uma pipeta Para evitar a possibilidade de se perder todo um lote de vacina devido perman ncia de embri es contaminados Penna separou os em grupos de 15 e os colocou em frascos Kitasato com tubo soldado para baixo Os frascos eram agitados escoando se o caldo para dentro do bal o onde ia ser incubado Mesmo assim os embri es colhidos no laborat rio do Rio de Janeiro mantiveram ndices de contamina o muito superiores aos de Nova York L os sublotes eram de cem embri es e segundo o Annual Report de 1940 praticamente n o havia contamina o No Rio quase sempre se tinha um a dois frascos contaminados em cada cem embri es colhidos Penna chegou a testar sublotes de cem mas voltou atr s Em 1956 a colheita se fazia n o apenas numa sala prova de poeiras mas debaixo de uma coifa de vidro provida de l mpada de esteriliza o ultravioleta Penna 1956 p 74 Os embri es mortos eram descartados e os restantes eram separados em grupos de 10 ou 15 em frascos de Erlenmevyer com 500 c c de caldo glicosado Agitava se o frasco transferia se o caldo para um bal o est ril marcado com o n mero correspondente ao grupo Os bal es eram incubados a 37 C e examinados no dia seguinte Se houvesse crescido alguma bact ria aquele grupo era destru do Os embri es n o contaminados eram reunidos e triturados Tais precau
13. ncia Vol XI 1970 Produ o Antiamar lica e Antivari lica LAFA 04 1943 1964 Produ o Antiamar lica LAFA 05 1943 1964 Se o de V rus LAFA 06 1968 1969 Se o da Produ o As informa es quantitativas contidas nesses volumes s o estruturadas segundo tr s padr es diferentes que refletem por um lado as condutas pol tico administrativas espec ficas a cada per odo por outro mudan as na manufatura da vacina devidas a inova es tecnol gicas ou adequa o s determina es da Organiza o Mundial de Sa de Os dados quantitativos apresentados 42 0 REGISTRO DE PREPARADOS DE VIRUS nos relat rios mensais e anuais do ER Ma mat Jo y y i per odo 1943 82 baseiam se numa s rie 304081 ikha al Pr documental intitulada Registro de uco de tulrido hua wo preparado de v rus perfazendo 46 E EE volumes que abarcam o per odo de 1936 E mig som Cedo em rim o mim eos a 1982 Eles guardam as certid es de E Ra a Pix Ti sa a nascimento dos lotes semente e vacina Pele a i do a JDA mige hue aa edhon criados no laborat rio As p ginas 202 A E ra A E ARD numeradas destes registros trazem no N i pi bro 154 NO Sus irem cabe alho o n mero do lote o lote do EEREN EE Ls j pi es E qual se originou a data de prepara o os nomes dos t cnicos e ou m dicos respons veis pelo servi o a quantidade correspondente de ampolas e de Registro de preparado de v rus 4201 4400 do
14. Atualmente desde que os ovos ingressam na rea biolimpa atrav s do pass through a coleta dos embri es se processa de maneira quase id ntica A opera o realizada sob exaust o do ar para que sejam retirados os res duos resultantes da queima das cascas e quaisquer outras part culas contaminantes e a pin a esterilizada que se usa para retirar os embri es substitu da a cada quatro ovos Corte da calota para retirada do embri o com ma arico oxi acetil nico Rio de Janeiro RJ d cada de 1970 lbum LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Ovo com calota pronta para ser removida ap s a aplica o da chama cortante Suporte usado em combina o com os aparelhos rotativos mais primitivos mostrados atr s Rio de Janeiro RJ 1941 1943 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz 245 A coleta dos embri es era no passado a parte do processo mais vulner vel contamina o por bact rias O uso da chama do ma arico e o quarto prova de poeiras faziam parte do elenco de medidas destinadas a neutralizar este risco Os opera dores usavam m scaras e aventais esterilizados lavavam as m os com gua sab o e ainda lcool A princ pio os embri es eram colocados dentro de bal es com caldo passado um tempo o caldo era retirado e incubado Esse procedimento favorecia a contamina o pois a cada em bri o colocado a tampa do recipiente tinha de ser removida e recolocada Depois os embri
15. Fiocruz N o havia gelo seco no Rio de Janeiro nos anos 1940 Era preciso fabric lo no laborat rio com cilindros de g s carb nico CO comprimido A descri o de 1956 j faz men o refrigera o mec nica uma m quina industrial da Deepfreeze International Corporation Chicago Illinois capaz de manter uma temperatura de 85 C A m quina fora adaptada a bomba e tubos para permitir a distribui o do fluido de convec o cerca de duzentos litros de lcool a todos os aparelhos que necessitavam de refrigera o Penna encomendou essa m quina durante uma visita aos Estados Unidos em junho de 1945 para verificar os aperfei oamentos de t cnica introduzidos recentemente no preparo da vacina no laborat rio de Nova York e adquirir aparelhagem moderna Relat rio de atividades da Se o de Vacina jan dez 1945 A Deepfreeze chegou ao laborat rio em abril de 1946 e deu problema j no primeiro dia parte da carga de g s Freon escapara durante a viagem e a m quina gelava mal 253 Recarregada trabalhou satisfatoriamente por alguns dias at notar se que o g s continuava escapando O funcionamento da m quina foi novamente interrompido enquanto se tentava descobrir o vazamento Em outubro de 1947 o preparo da vacina teve de ser interrompido para que fosse consertado o aparelho de refrigera o O estoque da vacina suficiente para atender qualquer pedido possi
16. HO 15 200 eskue 505 AM 2 437050 2 651 050 1 761 200 2 510 500 736 HM 5 092 100 5 555 NO amp 134 450 6 d27 250 7 730 250 E 259 550 1982 entradas DIF MHI 57 100 1 114 000 735 150 1 542 150 1 041 050 BGI GOU I Ab 100 zag 050 238 450 0 0 sa das 1 335 550 2 612 050 1 301 300 1 77i 700 2 347700 343 300 1 060900 1651 250 205 500 105 350 14 850 13 100 eslogue FA MOD 4 75 450 4 hs 550 th CO Bd dd 3 541 200 3 F21 5H 428 750 3 541 500 3 473 BM 3 456 950 3 445 850 fonte Arquivos da Funda o Oswaldo Cruz Fonte Relat rios mensais de atividades LAFA Bio Manguinhos Fiocruz 287 Vacina anti amar lica estoque e fluxo de entrada e sa da de doses 1985 a 1999 Fonte S rie Hist rica Bio Manguinhos Fiocruz 288 Produ o da Vacina anti amar lica em doses 1944 a 2000 od O do 9 9 D S ba o 9 Y N o No So 9 No o 4 q 4 9 9 9 N N Y Fonte Relat rios mensais de atividades LAFA S rie Hist rica Bio Manguinhos Fiocruz Produ o da Vacina anti amar lica em doses 1944 a 2000 Per odo Per odo Per odo Produ o Produ o Produ o 1960 4879800 1980 9 286 750 1961 2851 600 1981 11 199 550 1962 4058 000 1982 8 260 850 1963 2220 200 1983 2714050 1944 1843600 1964 2935 900 1984 17 428 450 1945 2741850 1965 4730 200 1985 20 892 400 1946 2324 300 1966 10585 200 1986 24200 000 1947 1931300 1967 7562600 1987 39238 600 1948 1 509800 1968 4953 000 1988 208
17. Manguinhos Fiocruz 263 No centro dos an is com tubos ou ampolas era introduzido um suporte especial com seis tampas de placas de Petri superpostas contendo xido fosf rico P 0 subst ncia usada no final da desseca o Para tubos de 10 x 75 mm a capacidade de desseca o aumentava para quinhentas unidades montadas verticalmente no fundo do dessecador Rio de Janeiro RJ 1941 1943 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz O condensador desempenhava papel importante Era um cilindro met lico 63 x 10 cm com tubos de entrada e sa da que ficava mergulhado numa grande garrafa t rmica tampada contendo mistura de lcool e neve carb nica Sua fun o era reter a umidade dos gases que atravessavam aquele cilindro j que ela condensava ao entrar em contato com suas paredes geladas Isso valia tanto para o vapor de gua despreendido pela vacina como para os gases que tinham de ser introduzidos no dessecador na hora de desfazer o v cuo em substitui o ao ar atmosf rico carregado de umidade O condensador cilindro met lico medindo 63 x 10 cm mergulhado numa grande garrafa t rmica tampada contendo a mistura de lcool e neve carb nica Os tubos de entrada e sa da do condensador s o ligados ao dessecador e bomba de v cuo Sua fun o condensar a humidade do g s introduzido no desse cador Rio de Janeiro RJ 1941 1943 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos F
18. a casca no ponto onde penetrar a agulha de inocula o Rio de Janeiro d cada de 1960 lbum LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Prepara o das seringas que s o preenchidas com o v rus vacinal a ser inoculado nos ovos Rio de Janeiro RJ d cada de 1970 LAFA Bio Manguinhos Fiocruz 242 de contamina o eram muito mais altos o operador depositava 1c c do material utilizado como fonte de v rus num bal o contendo caldo glicosado antes de encher a primeira seringa para inocular os ovos e repetia a opera o com o material restante depois de encher a ltima seringa Os ovos inoculados eram levados de volta c mara ou quarto de incuba o e l permaneciam por mais tr s ou quatro dias mesma temperatura 37 8 C Existia uma rela o entre a concentra o t tulo de v rus no in culo e o dia em que ela atingia o m ximo nos embri es A rela o variava conforme a amostra de 17D utilizada e por isso s era poss vel determin la empiricamente de acordo com o lote que fornecia o in culo Manual da vacina pp 10 11 Ap s a ado o da cepa EP a LAFA Bio Manguinhos Fiocruz t cnica padr o incorporou uma regra mais precisa N o menos que 5 000 LD devem ser injetados em cada ovo se o per odo de incuba o p s inocula o for de tr s dias Em alguns laborat rios admitem se quatro dias Neste caso a con centra o de v rus no in culo deve ser menor para evitar excessiva
19. a chama do ma arico tangencialmente queimando um c rculo na margem da bolsa de ar sem aquecer demais o 244 interior do ovo Outro operador levantava os tampos das cascas e expunha os embri es com uma esp tula esterilizada por flambagem O operador seguinte removia os embri es com f rceps tamb m esterilizados e os despejava dentro dos recipientes met licos dos trituradores chamados warring blendors Gbidem Ovo no suporte modelo em uso at abril de 1942 pronto para ser aberto com a chama do ma arico 1940 The Organization and Detailed Procedures of the Vaccine Division of the Yellow Fever Laboratory LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Coleta de embri es na sala prova de poeira Com um ma arico o operador no primeiro plano queima um c rculo ao redor de cada ovo na m quina Pickels que substitui os aparelhos mostrados nas imagens anteriores O pr ximo operador abre a calota do ovo com esp tula esterilizada e exp e o embri o O terceiro coleta os embri es com f rceps esterilizados e os deposita num cont iner de metal que ser acoplado m quina trituradora A abertura dos ovos a parte do processo que oferece maiores oportunidades para a contamina o por bact rias por isso al m de trancorrer numa sala especial uma coifa de vidro recobre a mesa com a fun o de proteger as mat rias org nicas manipuladas das part culas em suspens o no ar Rio de Janeiro RJ 1956 Penna 1956 p 73
20. c era centrifugado para que os fragmentos de tecido fossem ao fundo e se pudesse aspirar o l quido sobrenadante repleto de v rus Os peda os de embri o que iam servir nova cultura eram imersos num l quido formado pela mistura de solu o de Tyrode e 10 de soro humano normal previamente aquecido a 56 C por duas horas e em seguida filtrado atrav s de discos de Seitz supondo se que isso inativasse qualquer microrganismo contaminante O soro devia ainda ter prova de prote o negativa n o podia conter anticorpos da febre amarela o que significa que n o devia oferecer prote o alguma ao camundongo ou macaco injetado com este soro e em seguida com material virulento Imediatamente antes de iniciar se o cultivo in vitro do v rus a mistura de soro Tyrode era filtrada atrav s de disco de Seitz e distribu da em volumes de 4 c c em seis a oito frascos de cultura numerados Com uma pipeta Pasteur depositava se o tecido em cada frasco e se adicionava o in culo 1 c c do l quido sobrenadante do frasco de n mero correspondente da subcultura anterior Os frascos da nova subcultura eram postos na estufa de incuba o a 38 C Obtinha se a maior concentra o de v rus 48 horas depois mas na pr tica as passagens duravam de tr s a quatro dias Quando se iniciou a produ o de vacinas em grande escala no laborat rio do Rio de Janeiro adotou se outro m todo de cultivo do v rus
21. com o controle dos lotes no in cio meio e fim de cada m s No segmento In cio do M s s o apresentados os itens dispon veis doses existentes no estoque do m s anterior e controle que indica as que dependem de provas de inocuidade e atividade Quando liberadas estas doses integram o item dispon vel no Final do M s ou no In cio do M s seguinte No segundo segmento Movimento do M s s o registradas as entradas doses preparadas durante o m s que dependem de testes de controle para libera o e sa das que re nem as doses destinadas a vacina o ou descartadas por insufici ncia de t tulo contamina o ou reprova o em outros testes No ltimo segmento Final do M s constam os itens dispon vel doses aprovadas pelo controle e controle doses ainda n o aprovadas No m s de dezembro este item apresenta o total de doses em estoque no ano que ali se encerra A partir dos fatos narrados nos relat rios mensais de atividades e dos dados referidos no item sa das no Movimento do M s obt m se o n mero de doses mensais destinadas a vacina o geralmente maior do que a quantidade anual de doses entregues ao Minist rio da Sa de e outros rg os p blicos ou exportadas para outros pa ses Estes ltimos valores encontram se nos relat rios anuais de atividades ou ainda no Resumo anual de atividades do Laborat rio de Vacina Antiamar lica da Divis o de Virologia da Funda o Instituto Osw
22. como o n mero aproximado de subculturas ou passagens que havia sofrido O quadro que vemos a seguir e as informa es complementares contidas no manual come aram a ser elaborados em janeiro de 1941 e sofreram revis es em 16 de abril e 27 de novembro de 1942 O quadro de deriva es de subamostras ficou pronto em 17 de abril de 1943 As revis es refletem as mudan as efetuadas em decorr ncia da baixa da pot ncia da vacina do surto de icter cia e das encefalites que levaram implanta o do sistema de lotes semente 232 S mbolo 17D baixa s c 17D2 baixa s c 17D3 baixa s c 17DD NY 102 17 NY 104 17D NY 310 17DD baixa s c 17DD alta s c EP baixa pass EP alta pass Deriva o de subamostras do v rus 17D usadas no Brasil Descri o V rus trazido de Nova York em 1937 por H H Smith sob a forma de subcultura 150 da s rie 17D No Rio de Janeiro o cultivo prosseguiu at a subcultura 243 As subculturas 235 a 243 em tecido foram usadas em vacinas Duas deriva es dessa s rie partindo das subculturas 200 e 190 prosseguindo em embri o foram designadas como 17D2 Rio e 17D3 Rio Deriva o da 17D baixa s c na subcultura 200 Considerada especialmente interessante porque parecia ser bastante diferente da 17D baixa s c Ramo que se desprendeu na subcultura 190 S prepararam vacina com as subculturas 196 a 219 Importa o em janeiro de 1940 de Nova York sob a forma de
23. d Da X Edo administrativas que regem o D balon o no terzinar o mos de 1 534 B00 doses q 5 A partir dao 1 am Jan iro Be Ro da Tedina passou a foara Laborat rio de Produ o de Vacina parta do Servi o Ha ienal da Febre Amarela ecb o noso de Laboratorio s Vacina Anti amer lica contra a Febre Amarela da DTIMENTO DO EST FACINA DISCRIMINA O POR LOTE Coordenadoria de Produ o de 2 do Rh sus Dil a ta T T Doses Vacinas Virais da rec m criada Lota LTD ELA a dota goldas axriat E Sim 1 1 oh 309 s 700 Superintend ncia de Bio Manguinhos DDZ H o F Ih uu os r s 70 5 2 700 3 000 As tabelas apresentadas nos ET 3 K t D id d o o 5 H P 2 A nao mi ae no oi Roo relat rios mensais do per odo cont m RR o Ago o 4 600 pi 207 n a Eoo A B oo os itens lote n mero de lotes RBS r E 109 40 10 1 06 FA Bd Sim a 95 doc 0 000 5 100 preparados quantificando se a Ba E dd Hoy Do pi E d s Ki a m E 200 EE apresenta o da vacina em 200 e 50 cas o z bs nf 7 Aa s 100 R s n E 200 i 300 L 900 doses por ampola entrada doses 156 s z bl BiDO 200 al 600 A EN lt 108 500 1 00 104 100 roduzidas saldo anterior estoque B98 or 800 200 g7 p 599 p 1 l 100 a 1ol 100 i x F A 298 300 gt RA ra do m s anterior sa da doses Gol Hino Bl DDO 200 RO Roo z E Sim n z 101 200 2 100 99 100 destinadas a testes e a vacina o g E DO 105 600 Soo 105
24. de 10 ml usada habitualmente nas vacina es em massa Deste modo o v rus permaneceria no meio mais dilu do por cerca de cinco minutos o tempo considerado necess rio para descarregar a seringa em vinte pessoas Os dois problemas foram esclarecidos em dezembro de 1940 e janeiro de 1941 no munic pio de Pouso Alegre onde FET E E T 1 E i a a Ez 229 foram vacinadas 5 500 pessoas fazendo se estudos sorol gicos pr vacinais em 1 400 e p s vacinais em 920 A experi ncia demonstrou que era id ntica a resposta imunit ria aos 15 lotes de vacina preparados de acordo com o sistema de lotes semente e demonstrou tamb m que se obtinham doses eficazes de vacina sem soro diluindo a at 1 para 100 em solu o salina desde que contivesse adequada concentra o de v rus Subproduto importante da experi ncia foi a con firma o da suspeita levantada pela equipe que investigara as encefalites de que havia uma rela o entre idade e resposta LEGENO 489 Lot 494 th r Lots T 6 Coses IS 0 Coses 93 Cos s Lol PO i 3 F T E r m e T T w j 4 5 4 J f a m a i is i E r t F O ni E e O E E f T r r al F 4 t H s b E t a i a kig T E ii T r r DT 1 E ER o O TR E E de gt ii 5 amp n m a E i 4 i i E i a E E
25. de pipetar provida de um dispositivo de jato m ltiplo que permitia encher simultaneamente oito ampolas Estas ficavam em p em caixas de metal que comportavam oito fileiras com oito ampolas cada Quando o operador pressionava um pedal quantidade predeterminada de vacina era injetada nas ampolas de uma fileira e assim sucessivamente at serem preenchidas as 64 da caixa O pr ximo operador acionava um dispositivo que introduzia as mechas de algod o est ril Fora projetado de maneira a sobrepor se caixa que continha as ampolas cheias Possu a tamb m 64 tubos met licos na vertical com di metro ligeiramente maior do que os gargalos das ampolas e quando se dava o encaixe a mecha de algod o era transferida dos tubos para as ampolas com o aux lio de um pente com oito pontas que empurrava as mechas at a profundidade de 1 cm da borda das recipientes com vacina Vis o geral da mesa de envase as ampolas acondicionadas num suporte especial s o abastecidas por um aparelho de m ltiplo jato Enchimento de ampolas O aparelho que as abastece possui janela de conectado automaticamente m quina de envase Rio de Janeiro RJ vidro atrav s da qual o operador v o suporte que tem de encaixar 1956 Rio de Janeiro RJ 1956 Penna 1956 p 78 Penna 1956 p 79 Procedimento para tampar os tubos de vacina com chuma os de algod o Estes s o empurrados para dentro dos tubos uniformemente por meio
26. de um pente depois de acoplar se a pe a superior que cont m os algod es na pe a inferior que sustenta os tubos A terceira foto mostra os tubos j vedados com algod o prontos para ingressarem na etapa da desseca o O dispositivo foi desenvolvido por um mec nico habilidoso e inventivo de origem austr aca o sr Hans que dava corpo a muitas das inova es concebidas por Henrique Penna Durante a guerra Hans foi expulso do Brasil mas depois trouxeram no de volta porque era um artes o insubstitu vel Rio de Janeiro RJ 1956 Penna 1956 p 81 259 Penna 1956 p 81 D cada de 1960 Acervo LAFA Bio Manguinhos Fiocruz 260 Com a ajuda desses aparelhos na sala prova de poeiras os dois operadores podiam encher e tampar mil ampolas em menos de 15 minutos Penna 1956 pp 77 80 1 A vacina envasada era ent o congelada por processo id ntico aquele utilizado com as garrafas que continham embri o triturado e nesse estado ingressavam na etapa subsequente da desseca o Congelamento das vacinas em ampolas A t cnica denominada shell freezing consiste em manter as ampolas em movimento rotativo para que o congelamento se efetue por finas camadas aderidas parede interna dos frascos Rio de Janeiro RJ 1956 Penna 1956 p 82 Hoje o envasamento da vacina contra a febre amarela um processo inteiramente automatizado A m quina que distribui a vacina a granel depositando em intervalos regu
27. de v rus do seu c rebro Relat rio de atividades da Se o de Vacina de janeiro a dezembro de 1945 Resumo de atividades do laborat rio em 1947 Em setembro Penna escrevia O lote 945 considerado como semente secund rio origin rio do semente prim rio n 1 e destina se a substituir eventualmente o lote 878 com o qual v m sendo preparados todos os lotes em uso Com o fim de se conhecer o poder antig nico dessa nova amostra algumas provas dever o ser realizadas no campo dentro em breve Em outubro registrou que havia sido preparado um lote de vacina com semente 945 e enviado para campo a fim de se testar o seu poder antig nico 8 Resumo das atividades do laborat rio em 1948 Em julho de 1949 foi preparado o mil simo lote de vacina do laborat rio do Rio iniciando se nova s rie de numera o a come ar do 1 para evitar um n mero muito grande de algarismos nos lotes subsequentes As vacinas pertencentes nova s rie seriam acondicionadas em ampolas de outro tipo Resumo das atividades do laborat rio em 1949 A f rmula usada na prepara o da solu o de Tyrode era NaCl 8 0 g KCL 0 2 g CaCl2 0 2 g MgCI2 0 1 g NaH2PO4 0 05 g NaHCO3 1 0 g glicose 1 0 g gua para completar 1 000 c c 10 Na ocasi o de semear a passagem subsegiente por es de l quido sobrenadante eram inoculadas em caldo glicosado e num grupo de seis camundongos
28. discriminando o estoque as doses de vacina existentes do come o do m s a sa da de doses para vacina o ou outros usos a entrada que s o as doses produzidas naquele m s em valores aproximados e por ltimo o existente que a soma de estoque e entrada menos a sa da distinguindo Ki se por m estoque real e certa quantidade de doses de lotes semente secund rios que ser o usadas para preparar outros lotes de vacina Este valor demarcado no existente mas n o subtra do dele O existente no final de um m s o estoque no come o do m s seguinte TOLO DE ATITIDA ASTE AMARELTOS omaj 0 TISA Li bira t r z waldo Cru Durante s far lot dd 1 p tpar t t ri a sibi Hav a Da Ti leya T EG OO Far par aa par 7 a Pu 3 900 doza a y para p 2 E raglpias 1 600 Longa i au nrt o Loto 13 4 balas WIFFE De 1 80 Fd o Epi 11100 E DO E 11100 1 00 1riw 1 LL e aa E Lr10 P a z 1 A tr artar Relat rio mensal de atividades janeiro de 1950 LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Don dm As doses que saem destinam se vacina o e a outros usos Os relat rios anuais definem na parte textual qual propor o de doses foi enviada a rg os p blicos brasileiros principalmente o Minist rio da Sa de e os relat rios mensais quantas foram exportadas para outros pa ses Os outros usos da cat
29. em campo 1 100 ou 1 50 que reduzia metade o n mero de doses no tubo de duzentas para cem para compensar eventual queda na concentra o de v rus vivos em consequ ncia de exposi o excessiva temperatura ambiente Se o t tulo n o permitisse que um lote fosse usado nessa dilui o ele era considerado impr prio para uso em campo As concentra es de v rus obtidas pelos m todos usados no laborat rio eram no entanto muito superiores Segundo tabela apresentada por Penna na descri o de 1956 p 87 vinte lotes t picos de vacina preparados no Instituto Oswaldo Cruz davam em m dia t tulos de 1 232 000 e 1 126 000 antes e depois da desseca o que reduzia quase metade a pot ncia da vacina A decis o de manter elevada a titula o da vacina tinha rela o com os danos que os v rus sofriam durante o tempo de armazenagem com os frequentes desarranjos do sistema de refrigera o e especialmente com as dificuldades de transporte e a aus ncia de uma cadeia de frio para sustentar a titula o at as long nquas regi es interioranas onde grassava a febre amarela silvestre Em dezembro de 1949 por exemplo Penna registrava Desde algum tempo vem se notando que a imunidade produzida pelo v rus 17DD era t o baixa que na maioria dos casos n o podia ser revelada pela prova de prote o em uso corrente no laborat rio em amostras colhidas trinta dias ap s a vacina o Aventada a hip tese de que o
30. f PA AAY SY oa e e t 5 to X a E a E z po A as O dessecador era de ferro e bem maior 45 cm de di metro e 75 cm de profundidade lcool gelado na unidade frigor fica circulava numa serpentina de cobre pela parte externa da c mara dessecadora garantindo o frio necess rio para a conserva o do v rus vivo Uma camada de isolante t rmico coberta por fina folha met lica ajudava a conservar ambiente prop cio aquela opera o bioqu mica O dessecador era conectado por um tubo de metal ao condensador muito parecido com aquele usado em 1942 um cilindro de lat o fechado na base com duas aberturas na parte superior uma para a conex o com o dessecador a outra dando passagem a um tubo que ligava o condensador bomba de v cuo uma Hypervac fabricada pela Central Scientific Company de Chicago 267 Detalhe da m o do operador no momento em que fecha as ampolas nas rvores ou cachos com ma arico de fogo cruzado Rio de Janeiro RJ 1956 Penna 1956 p 86 268 A temperatura do dessecador era regulada para 10 C mas quando se obtinha o v cuo e n o havia mais risco de degelar a vacina podia subir vagarosamente A desseca o prossseguia noite adentro funcionando a bomba de v cuo sem parar O condensador no texto de 1956 chamado tamb m de cold trap armadilha fria era mantido a 80 C por imers o no lcool proveniente da unidade frigor fica
31. fluxo de entrada e sa da de doses jan 1968 a dez 1977 12 000 000 BM entrada BM saidas 70 000 000 estoque 8 000 000 qu jr 4 000000 V A E di ON 2 000 000 A AVAA T f oF Ss C Fonte Relat rios mensais de atividades LAFA Bio Manguinhos Fiocruz 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 entradas saidas estoque entradas saidas estoque entradas saidas estoque entradas sa das estoque entradas saidas estoque entradas saidas estoque entradas saidas estoque entradas saidas estoque entradas saidas estoque entradas sa das estoque Vacinas anti amar licas entradas sa das e janeiro O 500 000 4 758 600 0 3 000 amp 522 200 a 535 000 3 543 800 199 200 16 500 4 705 400 0 3 800 2 386 300 0 1 011 000 1439 100 o 4 800 2 412 200 b43 400 10 000 2 607 800 Fevereiro i 504 000 4 254 000 523 600 5 998 600 15 600 3 528 200 732 200 10 400 4 513 000 t 31 800 2 354 500 1 001 200 1 011 500 803 400 0 0 508 800 4 703 400 833 000 8 B00 3 030 400 mar o li 211 200 3 742 800 0 158 200 5 p40 400 16 000 3 512 200 114 600 1248 600 3 646 200 351 400 592 400 763 300 10716 400 512 200 1 282 000 O 695 800 5 042 600 0 503 000 4 194 400 426 600 597 200 3 269 600 abril 202 800 a 11 EDU 3 433 800 o 707 000 5 133 4
32. in culo em ovos que geravam lotes semente secund rios Estes eram usados exclusivamente como fonte de v rus para os lotes efetivamente destinados vacina o humana Muitos lotes secund rios no caso do 17 dd low EP correspondentes 42 passagem em embri o de galinha e s 285 subcultura da cepa 17D original podiam ser preparados a partir do lote prim rio correspondente passagem e subcultura imediatamente anterior Al m de evitar o uso de v rus cultivado em tecido com soro era poss vel preparar um n mero quase ilimitado de lotes de vacina com v rus do mesmo n vel de subcultura reduzindo ao m nimo a possibilidade de que ocorressem muta es Os lotes semente eram e s o ainda preparados da mesma maneira que os lotes vacina Atualmente os lotes semente secund rios s o submetidos aos mesmos testes que se aplicam aos lotes de vacina e a um controle suplementar o teste de neurovirul ncia e viscero tropismo em macacos suscet veis febre amarela de acordo com a norma t cnica estabelecida pela Organiza o Mundial de Sa de em 1998 2 Durante os oito ou nove dias que antecedem a inocula o os ovos s o analisados por transilumina o num procedimento chamado ovoscopia em tr s oportunidades assim que s o recebidos no laborat rio no quinto dia e ao final do per odo de incuba o A finalidade do exame verificar o estado geral do ovo e do embri o que se n o f
33. mesmos pavilh es onde se dava a prepara o da vacina s o transferidas para outros pr dios e ficam a cargo de outras equipes Isso se traduz em desagrega o dos dados que passam a figurar em protocolos espec ficos No tempo de vig ncia dos tr s primeiros padr es os relat rios eram confeccionados por m dicos que tinham total controle sobre as diversas etapas da produ o sobre os trabalhos laboratoriais conexos e as experimenta es que redundavam em constantes aperfei oamentos tecnol gicos A partir de 1983 os documentos fornecem resumos parciais das atividades desenvolvidas em diferentes setores e apesar das facilidades proporcionadas pela informatiza o observa se a aus ncia de um sistema eficiente de agrega o destas informa es Os dados relativos ao per odo 1983 99 provieram do documento intitulado S rie hist rica de Bio Manguinhos mimeo s d 4 fl Referem se s quantidades de doses produzidas pelo Laborat rio de Vacina Contra a Febre Amarela e entregues ao Minist rio da Sa de para atender aos programas nacionais de imuniza o As tabelas que produzimos a partir destas fontes reduzem as v rias categorias utilizadas pelos sucessivos padr es descritos acima estrutura b sica que seu denominador comum entradas vacinas produzidas a cada m s sa das para vacina o e outros usos e estoque que a diferen a entre estes dois movimentos 279 Comportamento da raz o ent
34. mortalidade dos embri es por traumatismo O v rus seria concentrado para compensar a redu o do volume de in culo 14 O aparelho desenvolvido por Penna para abrir ovo por ovo foi aperfei oado por Pickels 1942 pp 224 8 3 Segundo Penna em 1956 p 73 a percentagem de contamina o nos ltimos dez lotes de ovos abertos no laborat rio do Rio de Janeiro compreendendo 112 sublotes de embri es foi de 10 9 O n mero m dio de embri es por sublote foi de noventa Bast es gram negativos eram os contaminantes mais comuns mas ainda n o se sabia se provinham das cascas ou do interior dos ovos 16 Nome comercial da alumina cristalizada obtida pela fus o da bauxita em forno el trico usada como abrasivo ou refrat rio 17 Em fluidos processo de transmiss o de calor que acompanhado por um transporte de massa efetuado pelas correntes que se formam no seio do fluido 18 As instala es do quarto frio que n o estavam funcionando devidamente foram reformadas em dezembro Com novas v lvulas de maior capacidade um sistema de degelo inteiramente modificado e um cano de suc o de maior calibre obteve se um degelo que Penna qualificou de perfeito e a temperatura de cerca de trinta graus abaixo de zero pode ser mantida mesmo nos dias de maior calor Nem todo o material existia na pra a o que obrigou confec o de pe as substitutas Resumo das atividades do laborat rio em 1949 13 Era importante que
35. odo de incuba o No oitavo ou nono dia eram de novo examinados contraluz Mais embri es mortos eram descartados marcando se com l pis na casca dos ovos aproveitados a posi o do embri o vivo e da c mara de ar que o envolvia Os ovos eram mantidos com a face marcada para cima at a manh seguinte quando eram nova mente examinados para se eliminar ainda uma vez quaisquer embri es mortos Hoje realizam se duas incuba es semanais de nove dias em aparelhos muito mais sofisticados que garantem tem peratura de 37 8 C umidade interna de 55 a 60 e viragem autom tica dos ovos Antes de cada opera o feita a descontamina o das incubadoras por fumiga o com solu o de formol e permanganato de pot ssio Suporte rotativo com ovos prontos para serem inoculados com o v rus vac nico Antes esses ovos passaram por nova ovoscopia que permitiu marcar com l pis sobre a casca a posi o da c mara de ar e do embri o A marca deve ser mantida para cima quando da inocula o Rio de Janeiro RJ 1941 1943 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Inocula o dos embri es no ambiente prova de poeira Perfura se a casca com estilete atrav s de uma gota de tintura de iodo posta sobre a c mara de ar e injeta se pr ximo ao embri o 0 06 cc do material que serve de fonte de v rus Ap s o procedimento faz se a selagem do orif cio Rio de Janeiro RJ 1941 1943 Manual da Vac
36. retirada dos embri es A parte da casca que cobre a c mara de ar retirada a membrana removida e o embri o retirado com f rceps esterilizado O trabalho cont nuo sob luz ultravioleta causava queimaduras e dermatites nos operadores Rio de Janeiro RJ d cada de 1960 LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Coleta dos embri es Rio de Janeiro RJ d cada de 1960 LAFA Bio Manguinhos Fiocruz A t cnica padr o descrita em 1956 inclu a a lavagem dos ovos com solu o de hipoclorito de c lcio a 1 e uma escova suave de m o Penna 1956 p 69 Depois passou se a usar solu o a 2 de cido clor drico Nos anos 1960 Alberto Romeu Nicolau o sucessor de Penna na chefia do laborat rio determinou a supress o desta pr tica pois ela destru a o verniz que protegia o ovo aumentando as chances de contamina o externa Em 1959 se tinha verificado que o contaminante mais pertinaz da vacina provinha de dentro do ovo A nica maneira de minimizar o problema era efetuar provas bacteriol gicas em pequenos grupos de embri es separadamente Isso permitia obter melhores resultados quanto ao n mero de embri es est reis sem contudo nos permitir uma produ o normal da vacina Resumo das atividades da Divis o de V rus 1959 249 O problema s foi resolvido em 1982 quando a oferta de ovos SPF tornou poss vel seu uso exclusivo fazendo se desnecess rias muitas das precau es relacionad
37. testes de esterilidade e pot ncia O pool formado nesse recipiente a vacina a granel pronta para ser envasada ou como se dizia distribu da Envasamento da vacina Em 1941 42 essa opera o era realizada com todas as precau es de assepsia poss veis poca no quarto prova de poeiras As vacinas com soro humano filtradas ou n o eram distribu das em volumes de 3 c c em ampolas com capacidade para 20 c c e a nova vacina sem soro em volumes de 0 5 c c por tubo de 16 x 100 mm Em 1956 as ampolas feitas de Pyrex ou vidro similar com 15 mm de di metro tinham um longo gargalo que elevava o seu comprimento a 1 40 cm Tubos e ampolas eram tampados com mechas de algod o bem frouxas de maneira a n o criar obst culo opera o seguinte a dessecagem da vacina precursora da atual liofiliza o O equipamento para envasar resumia se a uma bureta de vidro ligada ao frasco com vacina Os tubos ou ampolas eram manipulados pelo operador que flambava a boca de cada recipiente antes de ench lo retirando e recolocando as mechas de algod o Em 1942 empregava se j uma pipeta autom tica que podia ser ajustada para descarregar o volume desejado nos tubos ou ampolas Sendo muito alta a velocidade para que fossem manuseados individualmente eram arrumados em suportes com capacidade para 21 recipientes cobertos com a tampa de uma placa de Petri at a hora do enchimento Quando os tubos ou ampolas es
38. umidade Aquelas feitas com 50 de soro ou com suco de embri o n o dilu do apresentavam umidade residual de 2 a 2 5 Lotes feitos com 40 de extrato aquoso de embri o deram 5 a 6 de umidade Os motivos para estas varia es n o eram bem conhecidos na poca Supunha se que estivessem relacionados quantidade de material gorduroso vol til que proporcionalmente maior nos extratos de embri o do que no soro humano Manual da vacina p 70 O primeiro cuidado a tomar se era evitar a presen a de gua residual nos frasquinhos usados no testes As amostras de vacina seca eram desagregadas transferindo se rapidamente o conte do do tubo ou ampola para os frascos de teste que eram tampados e pesados A diferen a entre o peso atual e o do frasco vazio era o peso inicial da amostra Os frascos destampados eram postos em cubas de vidro e introduzidos no forno de secagem por 18 horas Esperava se que o material atingisse a temperatura ambiente para se pesar novamente os frascos o mais depressa poss vel A perda ocorrida durante o aquecimento representava o peso da gua expelida e era usada para calcular a percentagem de umidade contida originalmente na amostra Durante o teste as manipula es tinham de ser feitas com muita rapidez e sempre com pin as protegidas com borracha para evitar a interfer ncia da umidade 269 do ar e dos dedos Era preciso inclusive determinar verificar a todo mom
39. 0 585 100 588 200 4 653 000 setembro 04 400 12 600 5 503 000 0 512 400 4 842 600 777 600 231 800 4 557 200 1110 300 26b 300 2177 500 GOB 400 840 300 2 183 300 513 400 274 600 r aao HM 201 600 587 000 5 751 600 386 800 107 000 5 067 200 0 507 400 2 470 200 627 000 30 400 5 207 600 outubro 70 600 319 000 5 764 600 0 619 400 4 223 200 603 600 671 B00 4 489 000 0 249 400 3 000 800 405 800 1 009 000 1965 000 1 220 000 321 400 E 045 000 812 000 b64 000 5 094 000 0 aTa AL 5 140 600 o 509 800 1 960 400 1069 000 518 200 5 531 400 novembro 763 000 15 600 amp 532 000 393 800 16 200 4 600 800 397 600 568 000 4 318 600 i 302 BUD 2 696 000 ETO 800 208 700 2 157 900 D D 0 388 800 514 000 5 366 600 B69 B00 590 600 4 606 600 0 i 1 960 400 725 600 13 600 956 600 285 dezembro i amp B00 6 525 200 0 522 000 4 078 BUD 786 600 213 500 4 Bo 400 i 303 900 2 390 100 607 600 911 400 1855 700 407 000 17 000 10 014 600 O 10 400 5 745 000 0 97 200 5217 000 957 200 514 200 1453 200 214 800 1926 400 4 645 600 286 Vacina anti amar lica estoque e fluxo de entrada e sa da de doses jan 78 a dez 82 entradas 288 288 ad N S T an baa Ss Liz S PH be L 000 000 1 000 000 7 HH di o LL MANIA AM ARIDI RD RRR IE Tim CADEIAS IATE SD
40. 0 800 000 811 200 810 000 404 GOO 25 400 738 200 161 600 347 400 972 800 126 600 341 600 255 200 351 600 182 400 112 400 405 600 180 800 274 200 403 400 276 800 310 300 a7 600 157 100 762 600 225 800 313 000 GO S00 423 400 630 600 201 200 511 200 165 000 maio 395 GOO 251 500 216 400 013 200 571 000 302 200 393 800 758 800 373 200 3 400 369 400 400 400 331 800 323 800 591 B00 18 400 685 800 014 60D 490 000 798 800 405 200 266 600 446 900 395 000 r62 100 377 200 428 800 261 400 402 400 774 000 259 000 Eh 000 822 400 948 600 ba junho 193 600 560 000 B30 00i 405 200 588 000 119 400 200 000 23 600 549 600 410 400 652 400 727 400 567 200 307 GO 563 400 405 000 648 200 442 600 201 200 475 800 524 200 457 200 989 700 183 000 107 400 B37 700 403 200 5 400 655 200 619 200 605 000 273 200 567 400 623 600 892 400 julho 394 HO 399 400 B24 600 605 000 771 200 956 200 959 000 365 600 143 000 203 000 354 200 576 200 BOG 200 541 000 1 845 600 693 B00 128 600 DO 800 392 000 427 400 488 800 403 000 211 400 181 300 598 100 403 800 032 000 0a 400 585 000 879 600 155 200 657 600 id 800 012 400 528 600 376 200 bi agosto 385 000 653 400 156 200 400 800 471 000 EE OTN 404 400 352 600 154 800 201 800 123 200 654 800 614 600 329 800 133 400 279 600 728 200 om otg 562 200 927 600 BOA
41. 0 embri es o que requeria a incuba o de duzentos a trezentos ovos Com o novo tipo de vacina sem a adi o de soro era preciso inocular trezentos embri es de cada vez o que requeria o dobro de ovos Em 1956 j se havia estabelecido que a fertilidade n o podia ser inferior a 70 de maneira a economizar espa o de incuba o Normatizou se tamb m o tamanho dos ovos n o podiam e essa regra vale ainda hoje atravessar uma abertura de 4 cm de di metro pois ovos menores n o se sustentariam nos an is de borracha do aparelho Penna Picckels que passara a ser usado para a remo o dos embri es O laborat rio consumia ent o dois mil ovos por semana Penna 1956 p 69 Atualmente s o oito mil com menos de cinco dias de postura limpos j na granja acondicionados em caixa de papel o com baixa concentra o de formol Desde 1982 Bio Manguinhos utiliza somente os chamados ovos SPF Specific Pathogenic Free ou livres de agentes infecciosos espec ficos Quinze vezes mais caros mas permitindo o controle de quinze v rus avi rios que contaminam ovos normais s o produzidos por uma nica granja que det m total controle do mercado A incuba o a 37 8 C durava oito a nove dias No quinto dia submetiam se os ovos transilumina o e se retiravam os brancos est reis e os que continham embri es mortos Em 1942 e ainda em 1956 era preciso girar os ovos todos os dias manualmente durante o per
42. 00 602 400 483 400 3631200 307 200 1185 200 2 395 400 142 000 44 800 2 064 300 1218 200 366 200 138 800 0 257 BO0 4 477 400 O 101 800 4 092 D d4 400 7 g 4112 800 Fonte Relat rios mensais de atividades LAFA Bio Manguinhos Fiocruz maio 1 013 000 45 600 4 401 200 Li 34 800 5 098 600 EHI PO 743 000 3 288 400 195 000 203 00 2 526 200 344 000 27 500 2 379 600 1624 400 522 00 2 293 200 O i 568 200 507 800 3 968 800 508 400 3 583 800 d 400 513 200 3 599 600 estoques janeiro 1968 a dezembro 1977 junho 982 600 519 000 4 B4 800 202 800 10 200 5 291 200 322 400 3 674 000 608 000 1 363 000 1353 600 589 600 61 600 2 248 000 1602 000 518 000 3 717 800 810 400 3 00 4 854 800 507 200 15 600 4 539 400 g 100 000 3 483 J00 801 800 247 800 4152 600 julho 384 600 523 p00 4 725 600 400 400 525 000 166 600 1 001 000 526 600 3 748 400 1155 200 351 800 1611 400 704 700 716 400 1942 400 1622 00 239 200 5 084 600 1 423 000 022 800 5 452 000 405 600 512 200 4215 800 g 506 200 2 977 600 1037 800 537 800 46715 200 agosto 402 000 16 400 5111 200 203 000 14 600 355 UH 806 800 543 800 40711 400 709 0i 1017 300 2 134 000 B09 900 ADE 00 2 415 000 1 825 200 295 00 E 620 400 11i 800 515 00 5 543 000 1423 800 21 200 4 372 400 E i 2 977 p0
43. 000 fistirados B7 881 a 898 l 700 700 saldo atual doses em estoque no final Total 1697 500 206 500 369500 253 B0o do m s e dispon vel estoque real rate agulha obtido pela subtra o das doses sob controle do saldo atual Relat rio mensal de atividades janeiro de 1946 LAFA Bio Manguinhos Fiocruz ME EE so m o joiapontrol Fosso controle E E ba Lol TIA 192200 EEE LE fil i ESEC EEE EEE aaa E z 3 z Z ki z E a la a dim Relat rio mensal de atividades outubro de 1973 LAFA Bio Manguinhos Fiocruz en iaai 1 ia Ta EEA O e ae LONA sa mA O sistema de informa es do per odo inclui o Relat rio de controles realizados preparado pelo Laborat rio de Controle de Vacinas de Bio Manguinhos que assume a execu o das provas bacteriol gicas e dos testes de esterilidade Os relat rios mensais n o especificam mais a quantidade de doses destinadas a vacina o Esta informa o encontra se apenas nos relat rios anuais de atividades No per odo de 1983 a 1999 as modifica es t cnicas e arquitet nicas realizadas no laborat rio que analisaremos no cap tulo quatro tornam mais automatizado e segmentado o processo de produ o da vacina e tamb m o de produ o de informa es As atividades de envase e liofiliza o rotulagem e embalagem estocagem e distribui o que eram executadas nos
44. 000 51 400 276 200 73 800 4 DONO 328 600 56 70g 138 000 29 500 258 000 este 1 132620 i1 115 000 i 082000 1 030 600 sodio 1 1278600 1 H6100 189 800 1164700 1 026700 i 134 000 i 088 600 1949 entradas 148 b00 154 200 159 600 144 000 1993 000 197 900 295 600 294 800 45 600 175 000 200 400 g1 300 saidas 922 80 23 400 B0 300 146 400 133 900 282 000 d6 S00 143 100 142 100 148 500 119 200 34 700 eslogue 447 400 578 200 697 500 3400 62 700 H 400 247 700 399 400 356 900 363 400 S64 H0 621 400 1950 entradas 17 WW 266 BHO 260 10W 177 BOU AE ggu 100 GIK ro p 572 200 Std 700 saidas 201 50 231 W 196 10 102 Bino 170 ENO 23a AN Tb SE ETER ELI 101 750 167 750 130 750 15 100 esloguie 267 130 1 203 GK 1 267 Bi 1 362 BK 1 5491 HK 1 457 2K 1 J12 70i 255 350 1 255 200 1 has 7y 1 921 700 1 90 600 1951 entradas 75 600 255 100 E OO 176 700 197 100 474 400 Saidas 400 BD 296 400 a2 000 246 700 114 300 132 400 170 600 187 400 146 400 40 000 208 SADO O GOO esbogue 1 505 Eh 1 209 400 i 153000 q1 201400 i 183100 1 227400 i 253900 06G 500 i 342 500 1 302 500 i 093 600 i 003 000 1952 entradas 48 750 266 500 935 400 39 700 696 900 1 257900 290 400 1 611400 1 789600 1 781 000 1 1953 400 saidas 414 400 305 EMO 452 750 870 300 E 400 397 900 1 82 300 goz 300 1 206 000 Z2 080 000 1 383 000 1 026 000 eslogue Sag omi dai 750 145 500 210 600 303 900 602 900 478 500 865 600 1 271 000 380 600 1 378 600 1 548 000 1953 entradas E EMO r94 200 ras 400 1 195000 1 003400 1 0042400 1 798
45. 43 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz 261 O dessecador ainda banhado em gelo e sal permanecia no quarto frio por 18 a 20 horas com a bomba funcionando ininterruptamente para compensar os pequenos vazamentos do sistema Depois era descongelado por simples exposi o temperatura ambiente Antes de abri lo introduzia se ar previamente dessecado por passagem atrav s de cloreto de c lcio CaCl Os tubos com vacina eram retirados e selados Para evitar o penoso trabalho de se colocar gelo e sal volta de tantos dessecadores construiu se uma mesa refrigeradora cujo tampo continha solu o de cloreto de c lcio mantida a 10 C por meio de corrente el trica As bases dos dessecadores ficavam imersas no l quido frio por 24 a 48 horas Esse m todo n o deu resultados muito bons porque o cido depositado na tampa de cada aparelho ficava exposto temperatura relativamente alta do ambiente Quando se demonstrou que a evapora o da vacina era suficientemente r pida para que ela se mantivesse congelada durante as pri meiras etapas da desseca o abandonaram se as tentativas de manter as bases dos aparelhos em temperatura abaixo do ponto de congela o Pelo novo m todo o material a dessecar era congelado da maneira descrita acima e colocado no dessecador que recebera o cido sulf rico mas n o a glicerina Com a bomba Megavac obtinha se bom v cuo em vinte minutos Os dessecadores eram levados ao qua
46. 70 950 1949 2300200 1969 1200000 1989 1356 600 1950 2478300 1970 5983 800 1990 14 016 100 1951 1274 900 1971 5121 300 1991 9 718 000 1952 10972950 1972 5374200 1992 15 853 450 1953 11772100 1973 12351 200 1993 20 000 000 1954 12 464 000 1974 4447 600 1994 18 976 000 1955 8534 200 1975 4183 400 1995 3 313 000 1956 6674 600 1976 957 200 1996 22 347 000 1957 7841 200 1977 8249 000 1997 20 801 000 1958 4168 200 1978 8788 400 1998 54 308 000 1959 2088 600 1979 9045 400 1999 93244 000 2000 18 718 000 Fonte Relat rios mensais de atividades LAFA S rie Hist rica Bio Manguinhos Fiocruz Sistema de lotes semente de febre amarela 17 DD SC 280 Lote de Vacina 281 Lote de Vacina 282 Lote de Vacina 283 Lote Semente M2 1944 1944 r 284 Ei Lote Semente Secund rio 285 830 1943 286 287 LOTE SEMENTE SECUND RIO 101 LOTE SEMENTE SECUND RIO 102 Fonte Fiocruz Bio Manguinhos Cepa 17DD SC 243 P3 1962 1984 102 993FB013Z Lotes de Vacina Lote de Vacina 16 17 01 84 at Lote 86 26 03 85 Lote de Vacina 87 10 04 85 at o momento 289 38 39 40 4i 42 43 44 290 Notas 1 Durante esta s rie de passagens o v rus perdera a capacidade de produzir les es viscerais ou encefalite fatal em macacos rhesus mesmo quando injetado por via intracerebral mantendo a capacidade de imunizar tanto macacos quanto humanos Em ambas as esp cies pro
47. 800 154 400 1 182 200 1 084 700 Hi 400 509 600 saidas 1 092 WM B16 GI B20 KK 1 153 600 FI BHU B19 dO 1 027 200 46 200 1 h3 GOO 1 000 400 1 020 200 1 245 500 eslogue 1 040 i 1 018 40 agl A 1 023 O 1 111 60i 1 2396 400 1 b8 0g URIA HO 2 122 BUU 207 100 4 174 300 1 498 400 1954 entradas 2248 ELMO 1 167 800 1 52 AK 1 341 BW 1 121 SK 1 7340 EUA ASO AH 1 13453 800 1 34b 00 1 197 QD S 200 saidas Toa SUN 98 HH 1 111 400 1 0b BI Aro A 1 170 6K 1 034 pui war 40i 1 CRM B0 1 416 pU 1 Th OOO 1 042 U00 estone 710 000 610 800 66G 800 979200 1 542800 1 486000 2 182800 235 800 2 272800 2 202600 2 233 600 1 782 800 1955 entradas 1 189 600 rri 600 582 000 3472 200 558 200 348 400 383 600 a00 200 T33 200 584 200 1 550 400 saidas B71 200 612 400 485 200 468 400 615 200 2395 400 1 014000 107 600 283 800 509 600 SOR H00 759 200 eslogue 2 10 200 2 260 400 2 357200 1 888800 1 645800 1 964600 1 899000 175 000 1 091400 1 375000 1 057 000 1 B48 200 Fonte Relat rios mensais de atividades LAFA Bio Manguinhos Fiocruz 282 Vacina anti amar lica estoque e fluxo de entrada e sa da jan 1956 a dez 67 7 000 000 E entradas 6 000 000 E sa das estoque 5 000 000 4 000 000 3 000 000 2 000 000 dida ahi M 1 000 000 O ihik al a Rs SR O a pa O RR ES RAS NRO ENTE EQ ESTO a AS AND DES 2 AR A P S nO i M h M Pa Mo Fonte Relat rios mensais de atividades LAFA Bio Manguinhos Fiocruz 1956 1957 1958 1959
48. 939 pp 351 2 fixaram em 255 o n mero m ximo de subculturas para o material a ser utilizado na prepara o de vacinas Abaixo de 229 tampouco convinha devido probabilidade de rea es fortes nas pessoas inoculadas Os respons veis pelo laborat rio retrocederam a subculturas mais antigas e as vacina es que tinham sido suspensas por alguns meses foram retomadas ainda em 1939 O surto de icter cia detectado no final daquele ano em Campos depois no Esp rito Santo determinou nova interrup o dos trabalhos iniciando se um estudo de maior f lego no laborat rio e em todos os lugares onde se tinham Imagem de abertura A vacina de febre amarela j liofilizada Bio Manguinhos Fiocruz praticado vacina es Fox Manso Penna e Par 1942 pp 68 116 Soper 1942 pp 8 9 diz que a t cnica de fabrica o come ou a ser modificada no segundo semestre de 1940 e Penna 1956 pp 67 8 que as solu es finalmente adotadas no Rio de Janeiro eram uma combina o de t cnicas desen volvidas nesse laborat rio e no de Nova York onde tamb m se fariam estudos visando a determinar a rela o entre vacina e icter cia Os leitores devem se lembrar de que as altera es visaram sobretudo a eliminar o soro humano de sua composi o Al m de ser o principal suspeito da transmiss o do agente ainda indeterminado da doen a conhecida ent o por hepatite do soro hom logo ou icter cia de inocu
49. Curiosamente no Manual da vacina de 1941 42 p 23 a elimina o do soro atribu da principalmente a raz es econ micas Propiciava consider vel redu o do custo de produ o por eliminar as despesas com a obten o e controle do soro e tamb m por permitir maior dilui o do extrato de embri o As vacinas com soro n o podiam ser dilu das em propor o superior a 1 20 As sem soro por causa de seu alto t tulo admitiam maior dilui o e consequentemente poderiam ser distribu das em volumes menores nos tubos ou ampolas o que reduziria ainda mais o pre o por dose Como vimos a dilui o n o p de ultrapassar 1 100 pois se verificou que a concentra o de suco de embri o inferior a 1 acelerava demais a deteriora o do v rus em campo O soro humano logo seria completamente eliminado da prepara o da vacina mas em 22 de abril de 1942 data de revis o deste item espec fico do manual o laborat rio do Rio de Janeiro continuava a consumir quantidades relativamente grandes desse l quido org nico na produ o dos dois tipos de vacina mencionadas atr s como diluente da polpa de embri o e protetor do v rus durante a filtragem e como componente do l quido sobrenadante nas culturas em tecido in vitro As precau es na coleta do soro haviam sido redobradas supondo se que isso bastasse para evitar a transmiss o da icter cia O laborat rio mantinha um grupo de 188 doadores cujo soro
50. E gt gm a 1 TTPTT UTI IT A 4 o e a E E F m j di BM qo a m e e A Eq a r a E A 1 e e N o T 1 P B i E N u i a i i i y T i 4 o e o e O d E a E a C r e e T T i ii E o i a i l r T T 1 T d T T F T F 4 4 1 T F a E a L 1 i 1 z i e o e mi i i a a li gp eg agp e e agem de do o be E e a r a E l 3 E t f i amp i i a k i r E t t T F T T 3 d j do E E a E e e a E SE E L 4 t l i de 4 E LE n i E i D i E C i t a a i C pe Per ns em E da ja P T sa a E s e N NT O a E u T EE e a a E I i i CS A a f le LAS 1 e Da RT O F F aa x F F i 4 E A i ES E A C EC e e ci i a z i f k E presa ngarangues a i i a Gi t bo a 4 ame i H idea hi Ta F a aiak PO a o m e nn a o m Ma e O M M a O M O N WE E NS POST VFACEINATrON 230 imunit ria ao v rus 17D obtinham se graus menores de prote o com frequ ncia maior entre indiv duos na faixa et ria at 14 anos Em fevereiro de 1941 realizou se outra experi ncia em Silvin polis munic pio adjacente a Pouso Alegre O objetivo agora era determinar a efic cia relativa de diferentes maneiras de inocular a vacina Desde que o 17D come
51. EDITORA O Cl O Books FIOCRUZ A vacina Jaime Larry Benchimol coord BENCHIMOL JL coord Febre amarela a doen a e a vacina uma hist ria inacabada online Rio de Janeiro Editora FIOCRUZ 2001 470 p ISBN 85 85676 98 1 Available from SciELO Books lt http books scielo org gt All the contents of this work except where otherwise noted is licensed under a Creative Commons Attribution Non Commercial ShareAlike 3 0 Unported Todo o conte do deste trabalho exceto quando houver ressalva publicado sob a licen a Creative Commons Atribui o Uso N o Comercial Partilha nos Mesmos Termos 3 0 N o adaptada Todo el contenido de esta obra excepto donde se indique lo contrario est bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento NoComercial Compartirlgual 3 0 Unported A vacina 226 vacina contra a febre amarela come ou a ser produzida no Rio de Janeiro com uma amostra do v rus 17D trazida de Nova York por Hugh H Smith em 1937 Essa amostra provinha daquele v rus extra do do africano Asibi dez anos antes e que viera sendo modificado por culturas sucessivas em meios diversos macacos mosquitos tecido embrion rio de camundongo com soros normais e heter logos at se chegar s passagens seriadas in vitro em meio de cultura contendo tecido de embri o de galinha despojado do sistema nervoso central A partir da subcultura 214 contada desde o Asibi original
52. S SDS S S Se Qi Ti Fonte Relat rios mensais de atividades LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Vacina anti amar lia entradas sa das e estoques janeiro 1978 a dezembro 1982 fevereiro mar o abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro entradas T 544 400 1 288 500 1 280 800 1 252 600 1153400 1 638 BOD 338 000 450 000 62 200 saidas 25 400 1 342 ADO 400 85 H00 26 400 H59 400 dt 00 3 742 400 1 062150 T4 430 70 000 EF bio estogue 5 142 50 4 799 AMO 3 Pk HM 4 257 200 5 519 000 5 940 400 7 266 600 4 7i7 BM 5 454 450 5 i3 i amp 033 000 amp 591 600 1979 entradas E A 397 800 30 750 TA SO 1 204 050 1 379 830 1 124550 i 374 250 1 179 000 rat 100 Sa das 115 050 ET 2 046 400 p 420 300 1412 800 14 450 1 353 500 1 043 800 280 250 1 381050 70 600 estoque bo 470 55 gt 558450 513 55 3 F10 730 4 211 200 3 7b 450 4 54 05 4 rg UNO 3 054 150 b 153 130 3 F11 100 b 377 boo 1980 entradas 484 GOD 279 350 1 307200 1 145 600 439 DO 1 639030 347 550 981 650 1 OSS DUO 1 216 100 453 650 saidas zad O 1 074 00 115 490 1 488 400 2 J60 750 yoa 100 75 500 1 ma 350 576 650 1 739 m0 d 500 q 750 estoque 6 522200 5 447 600 5 611 600 5 430 400 4 215250 4 151150 5 714 700 4 553 900 4 958 900 4 312 100 5 463 700 3 807 600 1981 entradas 207 60 Li 223 400 1 157 400 ATI GOD i 316 000 i 383 MM i 502 000 1 225 000 i 44i 750 1 348 900 535 500 saidas 419 400 158 730 4 HM 47 250 2 VBA H Ba 700 27 900 3a 20i 1 b4b 450 1 148 950 J6
53. a resgatar detalhes desta hist ria para que vejam como era complexa a genealogia dos v rus utilizados no Brasil antes de cristalizar se o sistema de lotes semente O lote 310 testado como vimos em Guaxup descendia de uma subamostra do 17D denominada 17D 204 Depois de formada continuaram a se fazer sucessivos cultivos em tecido a 221 passagem foi usada para inocular ovos e o v rus colhido nestes embri es deu origem ao lote NY 75 e a uma vacina constitu da de 20 de suco de embri o de galinha e 80 de soro humano normal n o dilu do Em maio de 1938 o laborat rio de Nova York enviou a Bogot 340 tubos dessa vacina O v rus passou por mais quatro subculturas A partir da 225 isto a 4 na s rie Bogot foi inoculado num lote de ovos originando se o lote Bogot 70 o qual por sua vez serviu de semente para os lotes Bogot 88 e 90 em cuja produ o foram usados 10 de embri o de galinha em suspens o e 90 de soro humano normal inativado sem filtragem Em agosto de 1940 os dois lotes foram enviados a Nova York e em janeiro de 1941 o Bogot 88 foi semente para a produ o da vacina Nova York lote 147 1 constitu da de 20 de embri o de galinha e 80 de soro humano normal inativado Este lote deu origem a diversos outros inclusive os de n mero 310 312 e 318 enviados ao Rio de Janeiro em 1941 Manual da vacina p 4 B b Os lotes de vacina 102 e 104 importados um ano antes or
54. aborat rio em 1946 Tudo indica que os resultados n o foram muito bons ou foram contradit rios e em meados de 1947 amostras do soro colhido em Santos foram submetidas a novas provas de prote o no Rio de Janeiro e em Nova York verificando se que a imunidade obtida n o era satisfat ria tendo sido portanto confirmadas as conclus es a que j se havia chegado de que o v rus 17D modificou se na sua antigenicidade A defici ncia se verificara tanto na subamostra local como naquela do laborat rio da Funda o Rockefeller Supondo que isso se devesse s passagens efetuadas durante tantos anos com o objetivo de reproduzir o v rus os t cnicos do Rio de Janeiro decidiram reviver material dessecado e preservado desde 1937 As propriedades imunizantes dessa subamostra do 17D foram testadas em Araraquara em 150 pessoas tendo se colhido amostras de sangue antes e depois da vacina o para compar las quanto ao teor em anticorpos capazes de neutralizar a a o do v rus n o atenuado em camundongos e macacos Resumo de atividades do laborat rio em 1947 Em junho de 1948 o laborat rio do Rio de Janeiro recebeu de Nova York duas ampolas de vacina preparadas com v rus neurotr pico franc s do dr Peltier e outras duas preparadas por Theiler em Nova York inoculando o mesmo v rus em embri es de galinha Com este material chegou a ser feito um lote de vacina para emprego eventual no Brasil cas
55. aborat rio de Febre Amarela do Rio de Janeiro decidiram fazer um teste em Guaxup munic pio mineiro situado a 120 227 km de Pouso Alegre e a uma dist ncia maior de Guanh es l 19 057 pessoas foram inoculadas com doses de um lote sabidamente suspeito E758 e com vacinas derivadas de outras subamostras do v rus 17D NY 310 E750 E751 E752 al m de um lote que n o continha v rus algum para servir de controle Tr s dessas subamostras induziram rea es encefal ticas Fox Lennette Manso e Souza Aguiar 1942 pp 117 42 Titers of serum pools collected at six months post vaccination from oge groups of 15i9yrsito 7yrs 8 9yrs Titers of serum pools collected at one month post voccination from age groups of to yrs 8 9yrs 10 1tyrs 12 14 yrs 1O 1 Lyrs 12 14 yrs 15 19yrs Titers 991 Gr fico comparativo de t tulos de anticorpos de soros colhidos um m s e seis meses ap s a vacina o provenientes de grupos et rios diversificados em Pouso Alegre MG 1940 Coc Fiocruz O inqu rito realizado por Fox e colaboradores refor ou a decis o de se abandonar a subamostra que era usada na fabrica o da vacina mas para faz lo era preciso estudar cuidadosamente a antigenicidade das outras dispon veis j que as falhas s rias de imuniza o ocorridas em 1939 tinham mostrado que podiam diferir muito quanto ao poder de suscitar resposta imunol gica adequada nos indiv d
56. acionais e internacionais de sa de etc Depois da transfer ncia do laborat rio para o Instituto Oswaldo Cruz 1950 observa se acentuado decl nio da riqueza em informa es desses relat rios especialmente no tocante ao aprimoramento tecnol gico da vacina O fato de serem produzidos para figurar no relat rio anual da Divis o de V rus do IOC ao qual o LAFA ficou subordinado explica apenas em parte esse empobrecimento Os volumes referentes s d cadas de 1960 e 1970 cont m assim alguns relat rios anuais de outros laborat rios da Divis o de V rus Cultura de Tecidos e Enterov rus 1967 e 1968 Histopatologia 1969 V rus e Tumores 1967 Vacina Antigripe 1968 69 e Vacina Antivari lica 1968 69 1970 No momento em que iniciamos a consulta ao acervo do LAFA ele se encontrava depositado sem nenhuma ordena o numa sala que entrou em obras Para viabilizar a recupera o dos dados referidos no presente trabalho criamos uma ordena o sum ria e provis ria Vol 1 1943 1953 Produ o Antiamar lica Vol II 1954 1967 Produ o Antiamar lica Vol III 1968 1969 Produ o Antiamar lica Vol IV 1970 1973 Produ o Antiamar lica Vol V 1974 1976 Produ o Antiamar lica Vol VI 1977 1982 Produ o Antiamar lica Vol VII D c 80 90 Produ o Antiamar lica Vol VIII D c 60 Se o de V rus Vol IX D c 60 Se o de V rus Vol X 1965 1968 Correspond
57. adas ampolas de feitio diferente escrevia Penna em 1948 que permite serem elas seladas com ma arico enquanto ainda ligadas ao aparelho de desseca o Pelo processo at ent o empregado embora fosse facilitada a secagem da vacina distribu da em grande n mero de ampolas contendo pequeno volume em cada uma n o era poss vel obter j N P7 a F ra lt TA a y p I9 JAVA Pp e MA Fechamento das ampolas nas rvores ou cachos Rio de Janeiro 1966 lbum LAFA Bio Manguinhos Fiocruz gua residual abaixo de 1 medida pelo processo do P O no v cuo Muitas vezes mesmo essa unidade residual chegava at 2 Pelo novo m todo consegue se com facilidade um teor de gua residual de 0 5 na maioria das vezes chegando se mesmo a obter valores bem abaixo desse Um dos testes de rotina do laborat rio de febre amarela tinha por objetivo determinar a gua residual presente na vacina ap s a desseca o j que ela encurtava o tempo de con serva o do v rus especialmente quando a vacina era levada a campo O teste era feito com o material contido no primeiro e ltimo tubo ou ampola selados de cada lote que se fabricava Em linhas gerais consistia em verificar se o peso perdido por essas amostras quando submetidas temperatura de 110 C durante certo tempo Em 1941 42 as vacinas feitas com 100 de soro davam de 1 a 11 2 de
58. ais de atividades LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Vacina anti amar lica entradas sa das e estoques janeiro 1944 a dezembro 1955 dPOsSLO setembro atin ibr Lj 281 dezembro 1944 entradas 176 200 79 000 323 800 107 400 a0 900 308 400 256 800 208 100 122 500 E SADO BS 600 sa das 36 500 B4 200 50 800 31 500 15 900 99 000 67 700 210 800 6400 47 00 177 000 111 800 estogue 534 400 529 200 B02 200 Bia 100 raz s00 F52 300 1 181 400 178 700 1050600 1 125 500 1 029 400 1 007 200 1945 entradas 76 500 179 650 263 700 230 200 366 800 264 100 172 500 309 700 258 400 225 600 394 700 saidas 218 30 378 700 174 500 170 950 31 100 227 700 49 200 418 400 22 700 18 000 20 500 291 800 eslogue 619 200 517 000 SA 150 814 900 Tag poi 833 100 1 108000 B62 100 1 149100 1 389 500 1 54 600 1 697 500 1946 entradas 206 EO 77 900 341 700 193 400 230 200 108 500 325 700 EL 270 000 236 400 244 J00 1 p00 saidas J69 SO bE na E HH 576 FUN B74 o 16 K TO OK 597 10 Ti 200 BA H Sitio MM 200 eslogue 1 554 HH 1 543 B00 1 56 6U 1 471 300 tido GH E Z 1 233 900 Bar A0 B71 200 F44 PO TEs 100 Het 700 1947 entradas TU WW 170 S00 PU SKI 175 MEJ 23 O 27o HO 424 BUG 21 100 dra bU saidas ob WM 391 900 33 720 ta FA 219 940 BU 440 41 BK 213 460 17 BU 4b TH 23b 700 b F0 esbogue 709 900 280 100 246 380 349 060 200 920 295 780 456 3980 243 520 502 220 BEBO 420 a63 320 1 132 620 1948 entradas 275 Ei 143 600 297 600 264 300 173 300 136 800 212 600 sa das amp 300 41 200 33
59. aixa Os v rus das subculturas acima de 300 foram considerados da ra a 17DD alta Alguns lotes de vacina foram preparados a partir de pequenas deriva es uma ou duas passagens em embri es de galinha V rus trazido de Nova York sob forma de material seco da subcultura 229 da s rie 17DD Foi mantido no laborat rio do Rio de Janeiro in vitro em tecido embrion rio desnervado por 14 subculturas e depois por passagens em embri es de galinha Vacinas come aram a ser preparadas com material proveniente da 35 40 passagem em ovo Essa a subamostra em uso ainda hoje em Bio Manguinhos j que neste intervalo e com esse material foi implantado definitivamente o sistema de lotes semente Material com mais de 76 passagens por embri es de galinha A s rie de passagens foi interrompida na subcultura n 150 DERIVATION OF SUBSTRAINS OF 17 D VIRUS USED IN BRAZIL Subculture 100 ORIGINAL 17 D I90 sc i g o o 195 sc 209 nose O ms ez ade ase 77D 204 uca 220 220 sc 1220 sc 222 sc o 2307 se o 229 sc 240 s codes paiia a 7 DO low 17 D NY 104 Z D NY 3 10 17 DO 260 7 DO to YZ DDs 280 35 EP 40 EE 300 320 in bs EPA Passages made in 80 EPL NEW YORK BRAZIL 340 Loo C Substran designation Passed in tissue culture di Passed in chick embryo 380 400 233 Quadro demonstrativo das deriva es das subamostras do v rus 17D em uso no Bras
60. aldo Cruz documentos de cunho oficial mais sint ticos atentos sobretudo a compromissos decorrentes de conv nios envolvendo a funda o o Minist rio da Sa de e ag ncias internacionais como a OPAS No terceiro padr o de estrutura o dos dados correspondente ao per odo de 1978 a 1982 aparecem n o apenas os valores da produ o mensal e dos controles dos lotes manufaturados mas tamb m aqueles relativos a etapas intermedi rias do RELAT RIO DE ATIVIDADES DO LABORATORIO DE VACINA ARTI ANAR LICA processo de produ o ovos recebidos e inoculados n mero de embri es coletados e volume de polpa obtido Durante o m s foram sie egiri aa pm de vacinas 902 G03 em mililitros A mudan a reflete a a g l da Ds dols primol pos otaa tem lo satisfatorio Alnda n o so conhece o titulo do Gltimo ado o de novos insumos ovos SPF ER pi d le prilsolros v s aumentar o stogu em 206 EDO dosas da por exemplo e novas t cnicas a Havia m sat quea no prino pio do mas 1 697 500 dose adequa o s normas cada vez mais Foram enviadas parr racina es no ampo 250 000 domas i a i utilizadas para vacina es no laborat rio 100 doges utilisadas em MOTAS da Organiza o Mundial de controles 9 200 doses desoartadas por queda de titulo por quebra A de reolplentes vacina correspondente a 105 500 doses reservadas paro Sa de e s novas rotinas estudos posterlores 700 doses dos lotes Th SEI e BBB
61. anecem parcialmente imersos em lcool refrigerado a uma temperatura de cerca de 70 C abaixo de zero O objetivo da opera o formar nas paredes laterais dos frascos uma fina camada de pasta congelada que ser armazenada em refrigerador especial Rio de Janeiro RJ 1946 Manual de Instru es T cnicas e Administrativas do Servi o Nacional de Febre Amarela LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Aspecto interno da m quina centr fuga cuja fun o realizar a separa o na pasta embrion ria contida nos frascos do material descart vel constitu do por fragmentos de tecido que v o ao fundo e da suspens o viral propriamente dita o l quido sobrenadante Rio de Janeiro RJ D cada de 1970 lbum LAFA Bio Manguinhos Fiocruz 255 Centr fuga em funcionamento Rio de Janeiro RJ 1939 V deo Prepara o da vacina de febre amarela Cinemateca Brasileira O processo atual basicamente o mesmo Ap s a tritura o dos embri es o conte do de cada dois copos transferido para um frasco centr fugo de 1 000 ml e centrifugado durante uma hora a uma temperatura de 4 C a 8 C O sobrenadante aspirado por press o negativa para um frasco de vidro de 1 000 ml A principal novidade reside na inclus o de esta bilizadores em quantidade proporcional ao volume recolhido Como todo imunizante constitu do de v rus vivo a vacina contra a febre amarela era extremamente vulner vel ao calor e s varia es t rmicas
62. aneiro e que teve de ser importado dos Estados Unidos Os problemas com a aparelhagem de refrigera o prosseguiram por pelo menos duas d cadas ainda acarretando n o apenas constantes interrup es no processo produtivo como queda na titula o da vacina e consequente perda de lotes devido s oscila es de temperatura Resumo das atividades da Divis o de V rus 1959 A tritura o dos embri es em 1956 era feita em aparelhos el tricos chamados warring blendors muito parecidos com os liquidificadores de uso dom stico que conhecemos Funcio navam muito melhor do que os refrigeradores executando a tritura o em apenas seis minutos Penna 1956 p 74 Retirava se uma amostra 1 0 ml de cada triturador para teste de esterilidade e se transferia o restante do material para garrafas Pyrex de um litro que eram hermeticamente fechadas numeradas e em seguida colocadas dentro de uma caixa provida de rolos que um motor el trico fazia girar lcool gelado na m quina frigor fica era bombeado para dentro dessa caixa e escoava de volta para o refrigerador em circula o cont nua As garrafas apoiadas horizontalmente sobre os rolos giravam por alguns minutos expondo seu conte do ao banho em lcool a 80 C at que a polpa de embri o congelasse uniformemente formando um cilindro oco aderido parede interna Al m de acelerar a congela o e o descongelamento este m todo ainda em uso contribuiu para a
63. ara a ser usado o m todo padr o consistia em injetar 0 5 ml subcutaneamente J que n o se conseguia transpor o limite de dilui o estipulado acima buscava se saber se era poss vel imunizar as pessoas com volume menor de in culo introduzido por diferentes vias no organismo humano Se isso fosse poss vel aumentar se ia o n mero de doses obtidas por unidade de volume da prepara o b sica e se reduziria consideravelmente o custo do produto Testaram se ent o a suscetibilidade e a resposta imune de algumas centenas de moradores de Silvin polis ao v rus vac nico proveniente da subamostra 17D NY 104 administrado por via intramuscular subcut nea e intrad rmica em doses de 0 5 e 0 1 ml Verificou se que a suscetibilidade do homem ao v rus inoculado intrad rmica ou intramuscularmente era maior mas n o houve diferen as significativas quanto resposta imunit ria imediata nem aquela apurada um ano ap s a vacina o As diferen as portanto n o foram consi deradas suficientes para sobrepujar as vantagens t cnicas da via subcut nea com in culo de 0 5 ml THE RELATIVE FREQUENCY OF SYMPTOMS PRODROMAL PERIOD a a Ra DERLDS PR pg pa DE PEATA AN ESA Coses Lot 49494 133 Coses tonestestempontento pre Prodromol Period 838 Coses a 4 E ERIOD OF IES DURING PRODROMAL AND a gt COMPARED FOR ALL CASES e icteric Perod 1008 Coses z Lot 489 593 Coses E Lo
64. as acima Prepara o do suco de embri o Hoje os embri es retirados dos ovos s o depositados em copos de tritura o de a o inoxid vel 44 por copo aos quais se adicionam 50 ml de gua destilada est ril antes de tritura os embri es a 12 000 rota es por minuto rpm durante cinco minutos com interrup o de um minuto durante a qual os copos s o colocados em banho de gelo para neutralizar o aquecimento do material que pode ser prejudicial ao v rus A cada seis meses feito um teste de pot ncia no lote semente secund rio usado para inocular os ovos que dar o lotes de vacina O Manual da vacina p 23 b registrava duas revis es na parte concernente prepara o do suco de embri o em 14 de agosto de 1941 e em 24 de agosto de 1942 Na prepara o da vacina com soro humano e filtragem os embri es retirados dos ovos eram triturados durante uma hora em moinho de bolas ou em grandes grais com alundum pasta resultante adicionava se o soro humano normal em propor o tal que o tecido embrion rio n o excedesse 10 da suspens o j que concentra es mais altas dificultavam a filtragem do material A suspens o era transferida para tubos de 250 c c e centrifugada por uma hora a 2 000 rpm O l quido sobrenadante era filtrado atrav s de grandes discos de Seitz sob press o de dez libras constituindo o filtrado a vacina pronta para ser envasada e dessecada Esse m todo tinha s rias desva
65. bilitando assim essa parada de trabalhos Resumo de atividades do laborat rio em 1947 A Deepfreeze parou outra vez em agosto de 1949 interrompendo a prepara o da vacina durante quase todo o m s Ap s a centrifuga o do suco embrion rio colheita por aspira o do l quido sobrenadante Rio de Janeiro RJ d cada de 1960 LAFA Bio Manguinhos Fiocruz 254 O maior acontecimento no laborat rio durante o ano de 1949 anotou Penna em seu Di rio foi a instala o de um quarto frigor fico destinado conserva o dos lotes de vacina em temperatura de cerca de 30 C abaixo de zero A montagem do aparelhamento feita pela GE n o foi considerada entretanto satisfat ria principalmente por n o se fazer o degelo como deveria o que resultava no ac mulo de gelo nos evaporadores O mec nico do SEPFA alterou a instala o nos pontos onde se fazia necess rio conseguindo funcionamento adequado Em 1952 ano de maior produ o de vacina desde a funda o do laborat rio o refrigerador Deepfreeze n o suportou a carga e foi preciso recorrer neve carb nica Relat rio anual da Se o de Febre Amarela 1952 Em abril de 1955 foram instaladas novas m quinas de refrigera o Menos de um ano depois a produ o foi interrompida de novo dessa vez por quase dois meses fevereiro e mar o de 1956 por ter havido escapamento de g s Freon que n o se achava no Rio de J
66. bom inoculador pode perder o dom e que aparentemente esse caso de mudan a do local escolhido para a inocula o poder resultar na manifesta o de mais alto teor de v rus Relat rio anual do Laborat rio de Transmiss o da Se o de Febre Amarela Segundo a t cnica padr o descrita em 1942 usava se uma seringa tipo tuberculina com agulha de meia polegada e calibre 25 Enrolava se arame fino de cobre na agulha at exatamente 2 mm da ponta para assegurar profundidade uniforme de inocula o Com uma das m os o operador segurava o camundongo previamente anestesiado com ter a seringa na outra m o perfurava o cr nio perpendicularmente num ponto situado precisamente a 2mm da linha mediana e 3mm para tr s do olho O volume inoculado era sempre 0 03 c c 272 cuidadosamente medidos Num cart o era registrada a evolu o do estado do camundongo desde a paralisia at a morte por encefalite que em geral ocorria 21 dias ap s a inocula o Inocula o intracerebral em camundongos Cada amostra de v rus injetada em seis camundongos Nas tr s semanas seguintes inocula o os camundongos adoecem tornam se paral ticos e morrem dependendo da virul ncia do produto injetado Rio de Janeiro RJ d cada de 1940 Filme Prepara o da vacina de febre amarela Cinemateca Brasileira O t tulo duma vacina a rec proca da dilui o que mataria 50 dos camundongos inoc
67. condensador de baixa temperatura e xido fosf rico P O que permitia processar grandes volumes de vacina unifor memente utilizando se um nico aparelho Modelo de dessecador que substituiu o anterior de alum nio invertido medindo 38 x 39 cm com tampa torneada em duralum nio contendo as ampolas com vacina e os tamp es de algod o Do lado de fora v se o suporte que recebe a subst ncia higrosc pica xido fosf rico Rio de Janeiro RJ 1941 1943 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz O novo dessecador era um caldeir o de alum nio medindo 38 x 39 cm com tampa torneada em duralum nio O fechamento herm tico era obtido por press o atmosf rica quando se fazia o v cuo no seu interior As ampolas eram arranjadas em bandejas de cobre radialmente com as aberturas voltadas para o centro O dessecador comportava dez bandejas superpostas com cerca de trinta ampolas cada perfazendo trezentas ampolas Os tubos de 16 x 100 tamb m eram dispostos radialmente mas em bandejas diferentes cabendo 450 no dessecador Tubos de 75 x 10 mm eram montados verticalmente no fundo do aparelho e neste caso cabiam quinhentos No interior do dessecador as ampolas s o dispostas radialmente em bandejas de cobre com a abertura dirigida para o centro Para tubos de 16 x 100 mm como os mostrados na imagem a capacidade do dessecador de 450 tubos Rio de Janeiro RJ 1941 1943 Manual da Vacina LAFA Bio
68. conserva o do t tulo do v rus A unidade frigor fica e s vezes outra sobressalente possu am um compartimento em que as garrafas com polpa congelada eram armazenadas mesma temperatura por 48 horas ou per odo maior que podia chegar a dez dias at que sa ssem os resultados dos testes de esterilidade e se descartassem as polpas contaminadas ibidem p 75 6 As saud veis eram descon geladas imergindo se as garrafas em gua a 30 C No quarto prova de poeiras uma bomba aspirava as polpas para dentro de um grande frasco de filtragem de onde eram distribu das para recipientes de 250ml que descreviam duas mil revolu es por minuto durante uma hora numa centr fuga refrigerada 2 a 5 C O l mpido l quido sobrenadante equivalente em geral metade do volume da polpa era a vacina Fe mi r l i T x Aparelho para a retirada da suspens o ou suco de embri es do frasco triturador Ap s a adi o de soro humano massa embrionada a suspens o distribu da em tubos para centrifuga o A transfer ncia realizada por meio de press o de ar obtida com o aux lio de uma p ra insufladora a qual expele o l quido atrav s de um tubo que atinge o fundo do frasco Rio de Janeiro RJ 1941 1943 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz ura Dispositivo especial que imprime aos vidros contendo polpa embri nica um movimento de rota o lento enquanto perm
69. duzia e produz uma infec o benigna evidenciada por circula o de pequena quantidade de v rus e s vezes ligeira rea o febril Em camundongos injetados por via intracerebral o v rus ainda provoca encefalite mortal mas com per odo de incuba o aumentado Sendo necess rias p ginas adicionais recebiam as letras A B C etc ap s o n mero da p gina alterada As p ginas revisadas eram rubricadas pelo diretor do laborat rio e as preexistentes marcadas com substitu do em data eram guardadas no final do manual na se o Trechos substitu dos pp 1 2 3 As hist rias e caracter sticas dessas subamostras seriam descritas por Fox e Penna 1943 pp 152 72 Em seu Di rio Penna registra em 25 de mar o de 1942 que estava trabalhando na reorganiza o de todos os registros de estoque de vacinas por subamostra em vez de por tipo de vacina como era feito 4 Manual da vacina pp 4 A 4 B 4 C Di rio de H Penna 1942 gt J H Bauer a Soper em 5 11 1941 J H Bauer a Taylor em 14 10 1942 em resposta carta n A 358 de 2 10 J H Bauer a Kerr aos cuidados de Taylor ambos no Rio de Janeiro em 12 11 1942 em resposta carta n A 384 de 26 10 Em fevereiro de 1945 Penna teve de retirar do estoque o lote 858 por ter o rhesus de controle manifestado paralisia do trem posterior 24 dias ap s a inje o vindo a falecer dez dias mais tarde Foi feita tentativa de isolamento
70. egoria sa da compreendem nos relat rios mensais diversas subcategorias Em laborat rio de vacina consignam se doses inoculadas em pessoas que v m se vacinar no pr prio LAFA Controle designa doses usadas em testes bacteriol gicos de qualidade titula o termoestabilidade etc Outros itens designam sa das similares prova prova bacteriol gica verifica o de gua residual ou da qualidade da desseca o e estudos doses reservadas para investiga es no pr prio LAFA ou em outros laborat rios As maiores sa das para outros usos que n o as vacina es se devem a contamina o doses correspondentes em geral a lotes inteiros contaminados por microrganismos descarte por quebra de tubos e ou ampolas ou por t tulo baixo decorrente de falha de produ o e t tulo que designa queda do t tulo durante a prolongada armazenagem da vacina em virtude de varia es t rmicas panes nos sistemas el tricos de refrigera o e outros fatores o que em geral acarretava a necessidade de diminuir a dilui o da vacina e consequentemente o n mero de doses derivadas do lote comprometido Sob diversos enumeravam se retiradas para consumos eventuais cientistas e cl nicos outras institui es etc No per odo de 1971 a 1977 isto a partir da cria o da Funda o Instituto Oswaldo Cruz at a gest o de Vin cius da Fonseca os dados s o estruturados segundo novo padr o no qual se observa maior preocupa o
71. em geral Este problema cr nico s foi minimizado nos anos 1980 quando se incluiu na formula o da vacina um complexo estabilizador concebido pelos t cnicos do Laborat rio de Desenvolvimento de Bio Manguinhos De cada frasco s o retiradas amostras para testes de pot ncia e para se verificar contamina o com v rus fungos e bact rias especialmente a Micobacterium tuberculosis Os frascos s o hermeticamente fechados e identificados com um n mero de s rie registrando se o volume final de cada um A suspens o viral estabilizada ent o congelada em banho de lcool e gelo seco num aparelho id ntico quele 256 que descrevemos acima Em vinte minutos de rota o forma se o cilindro oco aderente s paredes dos frascos que s o armazenados a 70 C at serem liberados pelos t cnicos do Controle de Qualidade Congelamento do bulk vac nico A t cnica consiste em imergir parcialmente os frascos contendo o caldo embri nico em solu o de lcool refrigerado e mant los em rota o para que o congelamento se d por finas camadas que v o aderindo parede interna do frasco D cada de 1970 lbum LAFA Bio Manguinhos Fiocruz O descongelamento se faz ainda em banho maria a 31 C Depois de sofrerem assepsia externa com lcool 70 iodado os frascos s o levados rea biolimpa onde a suspens o viral contida em cada um transferida para um nico recipiente retirando se amostras para novos
72. em ovos embrionados que descreveremos adiante Os dois m todos coexistiam em 1942 predominando no entanto o segundo que permitia obter maior quantidade de material virulento e maior concentra o de v rus no l quido vac nico Tinha muitas outras vantagens em rela o ao m todo Filtro Seitz grande para soro ou vacina Rio de Janeiro 1941 1943 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz anterior que al m de proporcionar menor rendimento exigia numerosas e complexas manipula es de toda a vidraria mobilizada para o cultivo do v rus o que favorecia inclusive as contamina es Em abril de 1942 data de revis o da parte do Manual da vacina correspondente a esta opera o ainda se usava com frequ ncia embora sem regularidade vacinas n o dilu das cultivadas por ambos os m todos como in culos para a obten o de novas vacinas Para evitar que ocorressem outras muta es no v rus em decorr ncia das passagens seriadas em embri o tomava se agora o cuidado de evitar cadeias com mais de cinco passagens O sistema de lotes semente j estava sendo imple mentado Como dissemos as m ltiplas passagens nesse caso ficavam adstritas a apenas tr s patamares O chamado lote prim rio era feito com uma vacina que envolvera o uso de soro humano nas subculturas ascendentes mas que tivera este componente eliminado nas subculturas posteriores escolha do lote para servir de
73. ente na atmosfera da sala onde se preparava a vacina foi estudada verificando se que n o coincidia com os contaminantes habituais encontrados nela os tais bastonetes gram negativos Em maio de 1944 Penna j n o sabia ao certo se os ovos chegavam contaminados ao laborat rio e se a contamina o provinha da casca ou do interior do ovo N o se podia adicionar vacina nenhum desinfetante ou preservativo para n o prejudicar o v rus vivo A instala o da coifa com irradia o ultravioleta no local onde trabalhavam os operadores n o deu cabo do problema Em mar o de 1947 Penna registrava desalentado a por centagem de contamina es bacterianas apesar das diversas medidas postas em pr tica aumentou consideravelmente durante os ltimos tempos o que resultou na impossibilidade de serem feitas vacinas durante o m s Resumo de atividades do laborat rio em 1947 Para esclarecer a origem dos germes provisoriamente classificados como Alcaligenes faecalis decidiu estabelecer uma pequena col nia de galinhas leghorn nos terrenos do laborat rio Em dezembro de 1947 ainda n o tinham encon trado nos ovos da granja experimental o microrganismo nem mesmo quando o inoculavam artificialmente nas galinhas O problema persistiu apesar da chegada naquele m s de novo equipamento para abertura ass ptica de ovos em grande escala importado de Nova York ibidem Rebate das calotas para
74. ento a umidade relativa da atmosfera pois varia es acentuadas podiam comprometer os resultados Cuba de vidro com frascos de pesada utilizada para determina o da gua residual presente em amostras da vacina dessecada Rio de Janeiro RJ 1941 1943 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Titula o Al m das provas bacteriol gicas para controle de esterilidade l se em Bicca 1988 pp 162 3 procedia se titula o de cada lote de vacina para prova de concentra o de v rus mediante a inocula o intracerebral em camundongos brancos Uma amostra de cada lote tamb m era inoculada ainda em macaco rhesus para se verificar qualquer poss vel aumento do seu viscerotropismo ou neurotropismo Em tr s momentos do processo de fabrica o da vacina por ocasi o da abertura dos ovos para a retirada dos embri es ap s a distribui o do l quido vac nico pelos tubos e ampolas e imediatamente ap s a desseca o e em sete momentos durante a armazenagem um tr s seis nove doze dezoito 270 e vinte e quatro meses era preciso verificar em que estado se encontravam os v rus que deviam permanecer vivos e com pot ncia suficiente para suscitar no indiv duo vacinado a produ o de anticorpos As opera es manuais qu micas e mec nicas e as condi es ambientais podiam danificar a popula o de v rus existente no meio l quido ou dessecado da vacina Chamava se dosage
75. es causavam uma redu o de mais de 50 no t tulo de v rus da vacina E s vezes germes de crescimento lento s se tornavam aparentes nos meios de cultura depois de 48 horas de incuba o Quando isso acontecia a perda do lote era total 246 Os relat rios do Laborat rio de Febre Amarela indicam que at recentemente as contamina es da vacina em diversas fases de sua prepara o foram um problema constante de dif cil solu o sobre o qual estiveram permanentemente debru ados Henrique Penna e outros membros de sua equipe Em 1939 ao descrever a nova t cnica para a remo o ass ptica dos embri es Penna explicou que a concebera com o intuito de eliminar a infiltra o de microrganismos residentes na casca do ovo Repetidos testes mostram que o embri o de galinha raramente contaminado enquanto est no interior do ovo Por outro lado m todos de cultivo indicam que uma elevada percentagem de cascas cont m bact rias vivas mesmo depois de terem sido pintadas com tintura de iodo e lavadas com lcool Isso sugere que grande parte da contamina o de vacinas n o filtradas se deve presen a de microrganismos na casca Contudo as modifica es feitas entre 1939 e 1942 nas etapas de inocula o dos ovos e de colheita dos embri es j virulentos n o resolveram o problema Continuaram a ser encontrados com muita frequ ncia tanto nos embri es como na polpa resultante de sua t
76. escreveu Penna em outubro de 1948 ibidem Com o equipamento utilizado a partir de ent o certamente aquele descrito em 1956 o v cuo produzido mais eficientemente constitu a o principal agente f sico do processo de desseca o subdivido agora em dois est gios que n o requeriam mais o uso de dessecante qu mico Dessecador da vacina fechado com tampa de alum nio e ligado por meio de grosso tubo met lico ao condensador que est mergulhado em lcool refrigerado no segundo recipiente Rio de Janeiro RJ 1946 Manual de Instru es T cnicas e Administrativas do Servi o Nacional de Febre Amarela LAFA Bio Manguinhos Fiocruz A h ns Suporte contendo tubos de vacina para os introduzir em uma c mara met lica que cont m lcool mantido em baixa temperatura gra as a um refrigerador el trico especial O objetivo da opera o dessecar a vacina em estado congelado para garantir a concentra o e efici ncia do v rus vac nico Rio de Janeiro RJ 1946 Manual de Instru es T cnicas e Administrativas do Servi o Nacional de Febre Amarela LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Vista geral da sala de desseca o onde se observa um lote de vacina no est gio final do processo esquerda enquanto as ampolas de outro lote est o sendo congeladas para serem colocadas no dessecador resfriado Rio de Janeiro RJ 1956 Penna 1956 p 84 Ea t a RE Ti E Ee KA ad 1 43 445
77. ido sobrenadante e acima dele tr s filtros Seitz utilizados na filtragem de soros ou da a vacina para o frasco Kitasato em geral correspondia a vacina Rio de Janeiro RJ 1941 1943 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz um ter o do volume original de polpa Frasco Kitasato usado para aspirar o sobrenadante a vacina de dentro cafa dos tubos de centrifuga o Produzia se o v cuo no frasco pouco antes de ser utilizado A velocidade de aspira o era controlada por uma pin a ajust vel aplicada no tubo de borracha de entrada A distribui o da vacina era feita diretamente desse frasco para os tubos com 200 doses Rio de Janeiro RJ Moinho de bolas com o frasco onde eram triturados os embri es 1941 1943 modelo adotado at 1941 O procedimento inclu a a adi o de soro Manual da Vacina humano para obter se suspens o viral Rio de Janeiro RJ LAFA 1941 1943 Bio Manguinhos Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Fiocruz Como dissemos o soro humano foi suprimido da formula o da vacina em virtude da contamina o de muitos lotes com um v rus patog nico ainda desconhecido e que s mais tarde seria reconhecido como o agente da hepatite B Em 1939 quando irrompeu a epidemia de icter cia no Esp rito Santo as vacina es foram interrompidas e o Laborat rio de Febre Amarela do Rio de Janeiro iniciou estudos visando a alterar a composi o da vacina
78. iginaram se de sementes diferentes O primeiro proviera da subamostra 17DD 212 1E de one egg um ovo em ingl s A s rie 17DD em cultura de tecido foi iniciada em 9 de julho de 1936 usando se como in culo a 196 subcultura da amostra 17D cultivada em tecido e reidratada As primeiras culturas do 17DD foram denominadas 17DD 197 subcultura e assim sucessivamente Essa s rie continuou a ser cultivada em paralelo s rie original do 17D Em 3 de setembro de 1936 a 2122 subcultura do 17DD foi congelada e dessecada Tr s anos depois 13 10 1939 parte dela foi reidratada e inoculada em embri es de galinha O v rus assim obtido chamou se 17DD 212 1E Este lote foi dessecado e armazenado at 8 de janeiro de 1940 quando serviu como semente para a inocula o de embri es que deram origem ao lote 102 A vacina lote 104 ou 17D NY 104 testada no 10 Regimento de Infantaria em Belo Horizonte pertencia s rie original de culturas do 17D Em 18 de setembro de 1936 a 223 subcultura foi congelada e dessecada Em 13 de outubro de 1939 parte dela foi reidratada e inoculada em embri es de galinha O v rus origin rio dessa passagem recebeu o r tulo 17D 223 1E Em 22 de janeiro de 1940 serviu de semente para a inocula o de embri es que geraram o lote 104 p 4 B b A ado o do sistema de lotes semente simplificou isso tudo criando um sistema mais est vel mais f cil de controlar com apenas duas gera
79. il diferenciando as passagens feitas em cultura de tecido das realizadas em embri o de galinha 1941 1943 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz 234 De acordo com a descri o elaborada por Penna em 1956 pp 70 2 h v rios anos o Laborat rio do Rio de Janeiro vinha usando a subcepa EP baixa pass ou 17 dd low EP devido sua alta imunogenicidade ao fato de n o apresentar propriedades encefalitog nicas e de n o estar associada produ o de icter cia A ado o desta subamostra est relacionada implanta o do sistema de lotes semente cuja finalidade como dissemos era manter o v rus vacinal o mais uniforme poss vel limitando a um m nimo o n mero de passagens e com isso o risco de poss veis muta es O sistema era constitu do de um lote fonte tamb m chamado master que ap s uma passagem em ovos embrionados dava origem a v rios lotes prim rios os quais por mais uma passagem engendravam muitos mais lotes secund rios que serviam como fonte de v rus para a produ o da vacina numa ltima passagem pelos embri es de galinha Assim de 1944 at hoje vem sendo mantido o mesmo n mero de passagens Os lotes semente prim rio e secund rio atualmente em uso correspondem respectivamente 41 e 42 passagem em embri o de galinha e consequentemente s 284 e 285 subculturas da cepa 17D original Todos os lotes de vacina antiamar lica prod
80. im Antes de abrir pela ltima vez o dessecador injetava se nele azoto dessecado por lenta passagem atrav s do condensador que cumpria sua fun o por estar imerso na mistura gelada de lcool CO Hoje introduz se nitrog nio ultrapuro e est ril nos liofilizadores industriais de alto v cuo ao final do processo de desidrata o da vacina por congela o brusca a baixa temperatura seguida de r pida evapora o no v cuo Os frascos que cont m o p fino muito higrosc pico em que vegetam os v rus vivos s o tampados com as rolhas de borracha but lica revestidas de silicone e lacrados com selo de alum nio antes de serem armazenados em c mara fria entre 2 C e 8 C Montagem dos aparelhos bomba Megavac dessecador e garrafa t rmica que cont m o condensador para o in cio da opera o de desseca o Rio de Janeiro RJ 1941 1943 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Caixa termicamente isolada para evitar o degelo da vacina antes do in cio da desseca o Rio de Janeiro 1940 The Organization and Detailed Procedures of the Vaccine Division of the Yellow Fever Laboratory LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Ampolas com vacina arrumadas para a desseca o D cada de 1970 lbum LAFA Bio Manguinhos Fiocruz o sro as ut us cms A selagem dos tubos e ampolas com vacina que acabava de ser dessecada era um processo muito complicado e vul
81. ina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Inocula o dos ovos Come ava a segunda etapa do processo a inocula o dos ovos no ambiente mais protegido do laborat rio o quarto prova de poeiras Os ovos eram colocados em suportes rotativos com capacidade para quatro unidades em p com a extremidade mais larga aquela marcada a l pis para cima Pingava se a uma gota de tintura de iodo para esterilizar o local onde a casca era perfurada por meio de um estilete Feito isso era introduzida no mesmo orif cio uma agulha que se aproximava do embri o ap s ter perfurado a membrana interna da c mara de ar injetando se 0 06 c c de um dos in culos descritos acima O Di rio de Henrique Pena nos revela os esfor os que fazia em 1941 42 para aperfei oar este m todo que tinha inconvenientes morriam muitos embri es atingidos pelo iodo ou contaminados por bact rias o que Penna atribu a inadequada desinfec o dos ovos e ao p contaminado da casca que penetrava durante a perfura o Ele buscava uma maneira de fazer a inocula o que dispensasse o uso do desinfetante assegurando por m a assepsia da casca antes da introdu o da agulha Fez diversas experi ncias com um ma arico antes de chegar ao procedimento padr o Primeiro usou a chama para perfurar a casca sobre a c mara de ar efetuando a inje o atrav s desse orif cio mas com frequ ncia o aquecimento do ar contido na c mara que env
82. iocruz 264 Dessecador condensador duas bombas de v cuo Cenco Megavac e outros componentes do aparelho estavam montados num carro de madeira para facilitar o transporte nas diferentes etapas do processo Este principiava com o congelamento da vacina medida que se enchiam os tubos e ampolas eram colocados em suportes especiais para imers o em banho congelante de lcool CO a 75 C N o existia ainda a m quina com rolos para girar as ampolas e assim o operador tinha de agit las circularmente para que o conte do solidificasse em camada fina Isso facilitava depois a reidrata o Enquanto outro operador arrumava os tubos ou ampolas com a vacina congelada no dessecador este era mantido em neve carb nica dentro de uma caixa de madeira insulada para que o material n o degelasse O dessecador era retirado da caixa insulada tampado e conectado ao condensador Acionavam se as duas bombas de v cuo que produziam a press o desejada em uma hora permanecendo ligadas at o dia seguinte Enchia se ent o o dessecador com ar que antes atravessava o condensador deixando nas paredes grande parte de sua umidade retirava se a tampa e se introduzia aquele suporte com os recipientes que continham o xido fosf rico O aparelho era fechado de novo tudo isso com muita rapidez e as bombas voltavam a funcionar Ao cabo de seis horas renovava se o xido fosf rico e s na manh do segundo dia o processo chegava ao f
83. ividades da Se o de Vacina 1 1 31 12 43 Penna 1956 p 86 292 Fluxograma Sele o e s dos REA LRA he Ovoscopia no 9 dia Sele o dos embri es vivos 1 2 Descarte de ovos Coleta de amostras rachados ou quebrados Descarte dos embri es mortos e dos ovos n o embrionados 7 E E Transfer ncia dos embri es Tritura o dos embri es gt triturados para frascos 54 7 de centrifuga o 8 Coleta dos embri es vivos Ovoscopia 12 dia Centrifuga o amp 10a 16 Adi o do estabilizador sacarose e glutamato A 21 descarte dos frascos Congelamento quarentena bulks vacinais suspens o viral Prepara o do produto estabilizados em estoque to gt ai 5 final a granel gt e suspens es virais descongeladas Aprova o Coleta de amostras provas de esterelidade 23 e pot ncia Transfer ncia do produto Prepara o dos frascos Envasamento AP Aa Coleta de amostras do final a granel s o despirogeniza o mesa de abastecimento dos Liofiliza o 4 da dos frascos produto final a granel amp Centro de Envase e 30 frascos 31 37 e 38 m quina envasadora de vacina ho Liofiliza o CEL no e jogo de seringas Pavilh o Rockefeller desmontadas 32 e 33 m quina pneum tica de arruma o dos frascos com vacinas 34 e 35 carrinhos trolley de fluxo laminar para transfer ncia d
84. la o era um componente que pesava muito no custo da vacina Segundo Lowy 2000 p 7 as primeiras doses sem soro foram aplicadas no homem em setembro de 1940 e depois do teste em S o Mateus Belo Horizonte a vacina preparada com nova cepa de 17D trazida de Nova York voltou a ser produzida em grande escala As imuniza es estavam voltando a seus ndices normais em 1941 quando surgiu outro problema s rio casos de encefalite relacionados vacina Quando foram diagnosticados os primeiros casos na cidade de Guanh es em Minas Gerais foram feitas extensas investiga es nos munic pios vizinhos depois em outras reas onde se tinha aplicado a vacina O inqu rito abrangeu 55 000 pessoas 273 0 5 haviam tido rea es excepcio nalmente severas destas 199 apresentaram sinais de comprometimento do sistema nervoso central Houve um caso fatal Tudo levava a crer que os casos de encefalite se deviam a uma muta o do v rus 17D Tal suposi o baseava se na hist ria de encefalite induzida por gera es passadas do v rus e pelas evid ncias fornecidas pelos testes imunol gicos indicando que as v timas das formas graves apresentavam taxas particularmente elevadas de anticorpos contra o 17D Ele parecia ter desenvolvido maior afinidade pelo sistema nervoso humano Para descartar a possibilidade de que outro agente etiol gico fosse o respons vel pelas encefalites os t cnicos do L
85. lares 0 55 ml ou cinquenta doses em cada frasco de vidro opera debaixo de um m dulo de fluxo laminar classe 100 filtra todas as part culas presentes no ar tornando o ambiente muito mais ass ptico do que a antiga sala prova de poeiras Os frascos s o parcialmente fechados com tampas de borracha but lica lavadas revestidas com silicone e esteri lizadas antes de serem transferidos para os liofilizadores industriais de alto v cuo vers o tecnologicamente superior aos antigos dessecadores que operavam numa escala muito menor e custa de trabalhosas manobras manuais que expunham a vacina a contamina es frequentes e a uma secagem imperfeita Envase da vacina Rio de Janeiro RJ d cada de 1970 LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Desseca o e selagem dos tubos e ampolas A r pida sucess o de t cnicas experimentadas no per odo 1941 42 para extrair a gua da vacina mostra que essa era uma das etapas mais problem ticas do processo de fabrica o Em linhas gerais um dessecador era um recipiente fechado no qual se colocava a subst ncia a dessecar e uma subst ncia higrosc pica anidrido fosf rico cido sulf rico concentrado hidr xidos de pot ssio e s dio ou outro material que tivesse grande afinidade pelo vapor de gua sendo capaz de retir lo de uma atmosfera ou elimin lo de uma mistura gasosa O processo era acelerado fazendo se o v cuo no recipiente j que num ambiente com pre
86. las teriam de ser descritas como revis o da t cnica existente As p ginas do manual tinham a data de janeiro de 1941 As p ginas revisadas receberiam os n meros correspondentes s p ginas substitu das anotando se no topo a data de revis o Este documento constitui assim uma excelente via para ingressarmos no laborat rio e examinarmos mais de perto o modo como era fabricada a vacina Os problemas e as solu es que se sucedem em encadeamento t o l mpido nos trabalhos publicados a posteriori pelos t cnicos e dirigentes do servi o e pelos historiadores da medicina aparecem de forma mais desordenada ou menos est vel nos registros elaborados por aqueles que suavam a camisa para manter as partes do complexo sistema funcionando adequadamente Verificamos ent o a partir das sucessivas revis es feitas entre janeiro de 1941 e agosto de 1942 que nesse per odo coexistiram t cnicas diversas em certas etapas do processo e coexistiam inclusive tr s tipos de vacina aquela ainda com soro filtrada e sem filtragem e a vacina sem soro e sem filtragem em vias de prevalecer 231 Tentaremos recuperar a hist ria do processo de produ o da vacina combinando os dados fornecidos pelo manual de 1941 com trabalhos similares que nos fornecem cortes relativos ao processo em curso em 1956 e na atualidade Relat rios di rios e artigos publicados pelos t cnicos que lidaram com a vacina especialmente Henri
87. lote 102 Preparado com a subcultura 212 em tecido do 17DD As culturas em s rie prosseguiram no Rio de Janeiro at a s c 249 Importado tamb m em janeiro de 1940 de Nova York como lote 104 preparado com a subcultura 223 em tecido de 17D No Rio houve quatro ou cinco passagens adicionais em embri es para produ o de vacinas Importado de Nova York em novembro de 1941 sob a forma de lotes 310 312 e 318 Deriva o em pequeno n mero de passagens seriadas em embri o de galinha da s c 225 do 17D A subamostra 17DD foi trazida de Nova York em 1937 pelo dr H H Smith sob forma de subcultura 229 da s rie 17DD e de vacina NY 41 preparada com essa mesma subcultura No Rio de Janeiro prosseguiram as culturas em tecido considerando se como pertencentes ra a 17DD baixa as culturas compreendidas entre 229 e 255 Foi feita uma ou outra passagem por embri es em desenvolvimento n o mais do que cinco em s rie em 1937 e 1938 Mas a linha principal foi atrav s de culturas de tecido Com material da mesma origem vacina NY 41 diretamente ou depois da passagem por embri es em desenvolvimento foram iniciadas a partir de 1940 v rias s ries de culturas que receberam a identifica o de 17DD1 a 17DD8 Toda vez que uma delas atingia a proximidade da subcultura 250 era interrompida iniciando se a s rie seguinte com material de subcultura aproximadamente 230 Todas essas deriva es eram consideradas como sub ra a de 17DD b
88. lote 110 A ao 187 A cent metros c bicos de vacina As 17 08 1978 a 08 10 1982 LAFA Bio Manguinhos Fiocruz E colunas da p gina descrevem o percurso do lote at sua extin o indicando as sucessivas sa das de partes dele sob a forma de ampolas e de volume em cent metros c bicos Uma coluna traz observa es sobre o destino de cada sa da dosagem quebra prova bacteriol gica vacina o etc As tabelas e gr ficos apresentados neste cap tulo e no cap tulo quatro foram preparados a partir dos dados contidos nos relat rios mensais e anuais que se encontram em 14 fich rios O primeiro padr o de estrutura o dos dados vigorou no per odo 1944 a 1970 Cada relat rio mensal relaciona lotes que acabam de ser produzidos e lotes produzidos anteriormente considerados parte do estoque existente no come o do m s Cada linha do documento consigna a sa da de doses para uso interno e externo provenientes de lotes novos ou antigos indicando a dilui o m xima recomendada para a vacina o e por ltimo o res duo de cada lote que configurar no relat rio do m s seguinte o estoque dispon vel Um relat rio mensal de duas ou tr s p ginas compreende em geral tr s partes o cabe alho define a temporalidade do documento em seguida o chefe do laborat rio ou um seus auxiliares narra os fatos extraodin rios ou rotineiros ocorridos durante o m s e por fim descreve num quadro num rico o movimento mensal do laborat rio
89. m ximo t tulo de anticorpos n o era atingido dentro desse prazo resolveu se fazer a experi ncia de campo em que as amostras eram colhidas antes da vacina o trinta e noventa dias ap s a vacina o De fato a porcentagem de positivos noventa dias ap s a vacina o muito superior de trinta dias Entretanto seria de desejar obter t tulos mais altos nos soros p s vacina o Tentativas visando essa finalidade ser o feitas nos pr ximos anos Resumo das atividades do laborat rio em 1949 273 As adversidades enfrentadas pelo v rus vivo at o momento de ser inoculado e o risco constante de perda de pot ncia da vacina eram em certa medida neutralizados pela elevada titula o dos lotes rec m fabricados tamb m pelo esfor o de se obter a m xima desseca o da vacina e de se concentr la de maneira que duzentas ou no m nimo cem pessoas pudessem ser vacinadas com o conte do de uma nica ampola Lotes de vacina com a mais alta titula o e a menor percentagem de umidade residual eram escolhidos quando se tinha de alcan ar lugares de dif cil acesso como por exemplo igarap s da Amaz nia s acess veis por canoa Nessas condi es a vacina podia permanecer sem refrigera o por at 15 dias sendo dilu da a 1 50 Para as remessas a pa ses estrangeiros selecionavam se tamb m lotes com alto t tulo fixando se a validade por um per odo de seis meses desde que a vacina fosse ma
90. m ou titula o o controle da vitalidade e pot ncia dos v rus Em fun o dela calibrava se a dilui o em que a vacina ia ser empregada de maneira a n o conter v rus vivos a menos tornando se assim incapaz de produzir a imunidade nem v rus demais que pudessem suscitar rea es danosas no homem A dosagem ou titula o consistia essencialmente no estabelecimento de uma correla o entre determinada dilui o do material viral e determinada percentagem de mortes de camundongos inoculados com este material Havia uma t cnica padr o a seguir mas o rigor de sua execu o por si s n o garantia a qualidade do resultado A habilidade e intui o do operador eram essenciais tanto que o Manual da vacina pp 47 48 especificava dosagens s ser o feitas por pessoas designadas pelo chefe da se o porque n o se conseguem resultados uniformes com essa t cnica sen o com bastante experi ncia Usava se o conte do de uma ampola ou dois tubos com vacina dessecada Os recipientes eram abertos com precau es de assepsia e se reidratava a vacina com solu o salina fisiol gica em temperatura ambiente e de novo com muita rapidez para que o p n o absorvesse umidade atmosf rica Adicionava se a solu o fisiol gica em volume tal que desse uma dilui o inicial de 1 10 Somente depois que se obtinha uma mistura bem homog nea come avam a ser feitas as dilui es em s rie Em 1941 42 is
91. mortalidade e o per odo de incuba o pr inocula o n o deve exceder oito dias de modo a manter a idade dos embri es poca da colheita abaixo de 12 dias Penna 1956 p 72 esquerda inocula o direta na cavidade amni tica na dire o do embri o mas sem toc lo Morriam cerca de 25 dos embri es por traumatismo causado pela agulha de inocula o Em 1961 Alberto Romeu Nicolau adotou nova t cnica e passou a inocular o v rus na cavidade vitelina com agulha de menor tamanho A mortalidade caiu para 5 a 10 e se obteve t tulo viral mais uniforme na polpa embri nica Os ovos eram carimbados com a data do in cio da incuba o e formavam sublotes que tinham o n mero do lote seguido de uma letra Na imagem acima v se um ovo com carimbo da data da sua incuba o 04 de novembro de 1939 A cola selando o orif cio resultante da perfura o da agulha mostra que se trata de ovo j inoculado em fase de incuba o visando obter a maturidade do embri o e o momento adequado para se proceder sua coleta com maior concentra o de v rus para a confec o da vacina Rio de Janeiro RJ 1939 Filme Prepara o da vacina de febre amarela Cinemateca Brasileira Coleta dos embri es Terminado o segundo per odo de incuba o destru am se os ovos com embri es mortos e transportavam se os outros para o quarto prova de poeiras para serem abertos Pelo processo primitivo associado produ
92. ner vel nos anos 1940 Dois ou tr s operadores tinham de trabalhar muito r pido para que a vacina altamente higros c pica n o absorvesse a umidade do ar durante o tempo decorrido entre a abertura do dessecador e o fechamento dos tubos ou ampolas Primeiro eram arrolhados com corti a mas sem se retirarem as mechas de algod o colocadas logo em seguida distribui o da vacina pelos recipientes Arrumados em suportes com capacidade para cinquenta tubos ou 42 ampolas passavam para as m os de outro operador que aplicava a chama de g s oxig nio Antes de obturar o recipiente tinha de remover a rolha de corti a e puxar a mecha de algod o mas s at a extremidade de modo a bloquear a entrada de ar com oxig nio e umidade 265 Fechamento ou selagem das ampolas com ma arico Com um esmeril grava se em cada recipiente a data e o n mero do lote da vacina correspondente Rio de Janeiro RJ d cada de 1940 Filme Prepara o da vacina da febre amarela Cinemateca Brasileira 266 Tubos e ampolas eram marcados com o n mero e letra do sublote a que pertenciam Antes de serem armazenados no quarto frio separavam se o primeiro e ltimo recipiente fechado para se fazer o teste que determinava a presen a de gua residual Ap s a Segunda Guerra Mundial com a normaliza o do com rcio internacional e a reconvers o da ind stria norte americana para fins pac ficos foram introduzidos v rio
93. ngied wih Soston AOD low S gt persons EM Sero collected ot 3 yeors Gr fico demonstrando resultados de testes de prote o feitos em filhotes de camundongos com soros colhidos em Juiz de Fora e Belo Horizonte um ano e tr s anos ap s vacina o com duas subamostras do v rus vac nico 17D baixa s c e 17 DD baixa s c Setembro de 1942 Foto A Fialho Coc Fiocruz Contudo como tinham mostrado Bauer e Mahaffy 1930 pp 175 95 dilui es muito altas de um preparado viral em solu o salina fisiol gica resultavam em r pida inativa o do v rus Era necess rio determinar o quanto se podia diluir a vacina feita a partir do suco de embri o puro sem comprometer a sa de do v rus que precisava chegar vivo s pessoas vacinadas em campo No laborat rio ele se mostrava relati vamente est vel por no m ximo tr s horas a 37 C em dilui es de at 1 para 100 Elevando se as dilui es a 1 para 200 deteriorava se ainda mais rapidamente O limite superior da Gr fico apresentando a distribui o de casos de icter cia em vacinados com lotes 489 494 e outros conforme o per odo de incuba o Setembro de 1942 Foto A Fialho Coc Fiocruz dilui o para uso em campo foi fixado assim em 1 para 100 fosse qual fosse a concentra o de v rus na vacina Ela teria de ser feita em duas etapas primeiro reidratava se a vacina a 1 para 10 depois se fazia a dilui o final na pr pria seringa
94. ntagens A concentra o de embri es esbarrava no limite de 10 e mesmo com a adi o do soro perdia se grande parte do v rus durante a filtragem Muitos lotes acabavam sendo descartados por causa de titula o insuficiente Penna 1956 p 15 Uma primeira inova o consistiu na vacina ainda com soro mas sem filtragem Depois de triturados os embri es 250 adicionava se o soro humano normal de maneira a formar uma suspens o com 20 de tecido embrion rio O soro podia ser dilu do a 1 2 em solu o salina fisiol gica Ap s a centrifuga o o l quido sobrenadante era aspirado para um frasco Kitasato a vacina estava pronta para ser envasada As primeiras tentativas de eliminar o soro consistiram no uso de goma ar bica a 2 ou simplesmente gua destilada para produzir o meio em que era suspenso o tecido embrion rio Em 23 de abril de 1942 passou se a usar suco embrion rio n o dilu do Assim na prepara o da vacina sem soro e sem filtragem a tritura o dos embri es a transfer ncia da polpa resultante para os tubos de centrifuga o eram feitas da mesma maneira sem no entanto adicionar se o soro ou Vista do laborat rio principal localizado no Pavilh o Rockefeller em qualquer outro l quido Centrifugava se do mesmo modo o Manguinhos num momento de pausa dos trabalhos Note se no ch o esquerda o moinho de bolas usado para a tritura o dos embri es material aspirando se em seguida O l qu
95. ntida temperatura de 5 C ou menos Penna 1956 p 88 Origem dos dados sobre a produ o da vacina contra febre amarela A tabelas e gr ficos exibidos nos cap tulos tr s e quatro e muitas afirma es feitas no texto baseiam se em dados contidos em 14 fich rios pertencentes ao acervo do Laborat rio de Vacina Contra a Febre Amarela LAFA localizado no Pavilh o Henrique de Beaurepaire Rohan Arag o um dos pr dios do complexo Bio Manguinhos Fiocruz Os fich rios cont m principalmente relat rios mensais e anuais de atividades do laborat rio com dados sobre a manufatura da vacina em 1943 45 quando o laborat rio pertencia ainda Funda o Rockefeller 1946 49 quando esteve subordinado ao Servi o Nacional de Febre Amarela e 1950 82 quando passou a Instituto Oswaldo Cruz depois Funda o Instituto Oswaldo Cruz e por fim Funda o Oswaldo Cruz Os relat rios mensais e anuais para 1943 s h relat rio anual apresentam informa es quantitativas sobre os lotes produzidos e respectivas dilui es para envase demanda e estoque de vacina doses utilizadas no pr prio laborat rio em testes bacteriol gicos de pot ncia prote o etc Encontram se tamb m informa es qualitativas sobre fatos t cnicos ou administrativos relacionados prepara o da vacina como melhorias tecnol gicas planejamento para o exerc cio seguinte licen as e f rias de funcion rios exporta o de vacinas conv nios com rg os n
96. o ao lado para abertura de maior n mero de ovos foi introduzida no laborat rio logo ap s a Il Guerra Mundial Rio de Janeiro RJ 1946 Manual de Instru es T cnicas e Administrativas do Servi o Nacional de Febre Amarela LAFA Bio Manguinhos Fiocruz 247 248 As modifica es feitas com o intuito de neutralizar a conta mina o danificavam tamb m o v rus diminuindo a efic cia da vacina Em 1943 Penna alterou o procedimento adotado na passagem do v rus pelos embri es Estou preparando vacina com embri es guardados 24 horas temperatura de 3 C a 5 C tempo esse suficiente para que as provas culturais preliminares acusem contamina o por 4 faecalis Somente os sublotes satisfat rios entram na prepara o da vacina Brevemente saberei quanto se perde em concentra o de v rus por esse proceder Resumo de atividades da Se o de Vacina 1 1 31 12 43 Em mar o de 1944 j sabia que vacinas preparadas dessa forma apresentavam t tulo mais baixo tendo portanto validade por tempo menor do que as vacinas chamadas diretas feitas sem pr via conserva o dos embri es Em compensa o as perdas por contamina o bacteriana que no primeiro caso eram reduzidas prati camente a zero nas vacinas diretas usando se lotes de aproximadamente trezentos embri es era consider vel ultrapassavam 50 Report of the Vaccine Section 1943 A flora bacteriana exist
97. o azoto fosse de boa qualidade isto sem oxig nio Em casos excepcionais em feriados por exemplo o segundo per odo podia ser prolongado por mais 24 horas mas no quarto frio Podia haver um terceiro per odo de 24 horas com P O quando a subst ncia desse mostras de estar muito mida ao ser retirada 20 O aparelho era o resultado da adapta o de um motor de m quina de costura Singer a um cabo flex vel de broca de dentista com um pequeno esmeril em forma de disco na extremidade Manual da vacina p 42 B Os padr es para a manufatura e controle da vacina contra a febre amarela estabelecidos pelas Na es Unidas em 1945 recomendavam que fosse afixado em cada ampola um r tulo com informa es sobre a vacina Os r tulos eram danificados ou se desprendiam durante o transporte das ampolas em recipientes com gelo As do laborat rio do Rio de Janeiro passaram a ser marcadas na f brica com o n mero de lote da vacina em grupos de 1 050 com tinta especial aplicada quente Penna 1956 p 77 21 O dessecante qu mico s participava nesta fase do processo um frasco com essa subst ncia higrosc pica era conectado a uma das sa das que funcionava como escapamento para evitar o aumento na press o do ar pelo aquecimento do nitrog nio durante a opera o de selagem 22 Para se analisar varia es nos resultados de dosagens anotavam se os seguintes dados nos protocolos 1 nome da pessoa que fez a dosagem 2 idade dos camundongos
98. o haja indica o N o consta que tenha havido Prepara o do in culo Em janeiro de 1942 Henrique Penna escreveu em seu Di rio p 1 Durante as ltimas semanas tenho dedicado todo o meu tempo a modifica es da t cnica de prepara o da vacina tendentes a aperfei o la Coexistiam ent o no 236 laborat rio do Rio de Janeiro t cnicas que estavam prestes a ser suprimidas e t cnicas novas que ainda n o tinham suplantado completamente as antigas O sistema de lotes semente ainda n o desalojara o sistema de replica o cont nua que acabava de ser responsabilizado pelas encefalites p s vacinais Cultivava se o v rus em ovos embrionados mas as passagens em s rie por culturas em tecido in vitro ainda constitu am fonte constante de material fresco ou dessecado para inocular em ovos e produzir vacina requerendo neste caso o uso de soro humano supostamente normal O v rus necessita de c lulas vivas para se multiplicar Nas culturas in vitro provinham de embri es de galinha Depois de oito a dez dias de incuba o eram retirados dos ovos e lavados em solu o isot nica de cloreto de s dio NaCl Eliminava se o sistema nervoso removendo se a cabe a e a espinha dorsal e cortava se o resto do embri o em peda os pequenos O v rus provinha de uma subcultura anterior O material j infectado existente nos frascos onde ela fora feita frascos de Erlenmeyer de 50 c
99. olvia o embri o fazia a casca estalar Tentou ent o diminuir a press o interna fazendo antes um furo no lado oposto quele onde aplicava a chama do ma arico e em seguida a agulha de inocula o Verificou que o p de casca resultante do primeiro furo penetrava na c mara de ar pelo orif cio da agulha contaminando o embri o Penna tentou ainda afinar a casca 240 em determinado ponto com esmeril de dentista at que a membrana ficasse quase exposta A chama do ma arico podia ser aplicada mais rapidamente para eliminar essa fr gil barreira evitando assim que o calor danificasse o ovo A t cnica vigente a partir de 31 de mar o de 1942 consistia no uso da chama do ma arico de oxi acetileno para perfurar a casca Manual da vacina p 10 O segmento queimado esboroava se com facilidade permitindo a penetra o da agulha de inocula o de 1 4 de cc acoplada seringa originalmente desenhada para aplicar tuberculina O orif cio era fechado com uma mistura de parafina e breu O relato de 1956 Penna pp 69 70 revela outras mudan as relacionadas preocupa o com a assepsia e a produtividade Cada sublote com cerca de cem embri es era processado independentemente at que os testes bacterio l gicos comprovassem sua esterilidade Os ovos eram arrumados em suportes de madeira agora com capacidade para sustentar oito unidades na mesma posi o Uma pequena rea da casca era pintada com tintura de mertiolato
100. or satisfat rio resulta em descarte Os ovos aprovados est o aptos para receber o in culo Rio de Janeiro RJ d cada de 1970 lbum LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Aquisi o e incuba o dos ovos Os ovos utilizados na fabrica o da vacina eram fornecidos semanalmente por uma granja comum variando o n mero de acordo com a fertilidade presumida e a produ o programada Ao chegarem eram examinados contraluz diz se ovoscopia por transilumina o eliminando se os que j continham embri es formados Logo se comprariam somente ovos brancos 238 leghorn mais f ceis de observar com at uma semana de idade Penna 1956 p 69 Os lotes de ovos eram numerados e armazenados a cerca de 20 C No dia seguinte sua chegada providenciava se a incuba o Bandejas com capacidade para sessenta a setenta unidades eram apoiadas em arma es de madeira nas paredes do quarto de incuba o com renova o de ar e controle de umidade Esta era mantida a 50 e diariamente se abria a porta do quarto por cerca de uma hora pois se havia constatado que um curto resfriamento di rio dos embri es estimulava seu crescimento O tamanho dos lotes incubados dependia da quantidade de vacina que se queria produzir e da fertilidade dos ovos que era geralmente de 80 diminuindo no ver o para 50 s vezes menos Em 1942 para se obter um lote com 900 c c de vacina feita com soro humano inoculavam se aproxima damente 16
101. os frascos com vacina para O liofilizador D Coleta de Amostras durante o envase no fim deste processo e no fim da liofiliza o Inocula o M quina de descongelamento Recrava o autom tica E Incuba o 3 dias Coleta de amostras Transfer ncia do sobrenadante suspens o viral para frasco de armazenamento gt 20 Coleta de amostras do diluente e do estabilizador para testes de esterelidade 26 Reuni o pool das suspens es gt S virais estabilizadas e aprovadas gt 4e25 nos testes com adi o de diluente antibi ticos s na formula o para 5 doses e estabilizador Resultado produto final a granel 27 e 28 Frascos s o armazenadk S em c mara fria at a transfer ncia para a Central de Processamento Final na Planta Industrial que trata do processo final de rotulagem e embalagem da vacina Pavilh c Henria Arrage que abriga o laborat rio do vacina contra s febres amareln gia Furcia o Chnvaldo Cruz Reprodu o o F 295 Laborat rio de vacina contra a febre amarela zj i as l TETT PET NM rr cce o
102. que de Azevedo Penna nos mostram a din mica da implementa o de novas solu es com os ensaios e erros os becos sem sa da no tempo decorrido entre a fixa o das sucessivas t cnicas padr o At a implanta o definitiva do sistema de lotes semente em 1944 a sele o importa o e replica o das cepas tamb m chamadas estirpes ra as ou amostras do v rus 17D o cuidadoso registro das subculturas passadas e presentes usadas no preparo da vacina constitu am n o uma etapa do processo produtivo mas um conjunto de opera es trabalhosas e problem ticas O 17D referido nos textos destinados ao p blico externo ao laborat rio era uma abstra o as subamostras do v rus formavam uma galhada complexa e nos meios de cultura onde esses ramos se perpetuavam e multiplicavam os v rus constitu am microcosmos vivos nem sempre est veis ou previs veis Toda vez que aparecia uma discrep ncia no comportamento esperado tornava se necess rio remontar aos ascendentes dos esp cimes usados na fabrica o dos lotes problem ticos e se enveredava por uma teia cada vez mais densa de pessoas artefatos laborat rios vari veis condi es e meios de cultura O Manual da vacina apresentava a genealogia das diversas subamostras empregadas no preparo de vacinas no Brasil Essas deriva es da cepa original do 17D eram identificadas por s mbolos que designavam a origem e a t cnica de manuten o do v rus assim
103. r antig nico do que as demais e assim quando a produ o foi reiniciada em fins de 1940 a nova s rie de lotes preparados j sem soro foi derivada da primeira a 17D NY 104 Fox Kossobudzki e Fonseca da Cunha setembro 1943 pp 113 8 Enquanto se implantavam as novas t cnicas de fabrica o da vacina e o sistema de lotes semente faziam se novas investiga es com o objetivo de esclarecer quest es cruciais para a ado o definitiva dessas rotinas como procedimentos padr o da vacina contra a febre amarela Primeiramente era preciso verificar se havia varia es significativas no poder antig nico dos lotes de vacina irm os gerados a partir de lotes semente comuns Se fosse comprovada a suposi o de que eram uniformes tornava se desnecess ria a pr tica de submeter se cada lote fabricado a testes de campo antes de liber lo para uso geral O segundo problema era a dilui o em que deviam ser empregadas as vacinas preparadas sem soro humano Como veremos adiante a supress o deste componente resultou em grande eleva o da concentra o de v rus no suco proveniente da tritura o dos embri es de galinha infectados com o 17D As vacinas preparadas pela t cnica anterior eram usadas em dilui es n o superiores a 1 para 20 A nova t cnica permitiria manter igual concentra o de v rus elevando se a dilui o at 1 para 800 ons vocenated with Sutistroam 17D low Sero from persons voco
104. re as principais vari veis no processo de prepara o de vacina febre amarela 1944 a 1955 180 0 descartada estoque 160 0 A controles estoque p outros estoque 140 0 Ti s descartada produ o vacina o produ o 120 0 outros produ o 100 0 sa o D 80 0 60 0 40 0 E Ag tato Sa lt A 20 0 14 s dd mad 4 4 dead E O rei CELLIE Qumiidambtt oii aaa rE LET 1944 1945 1946 1947 1948 1949 1950 1951 1952 1953 1954 1955 Fonte Relat rios mensais de atividades LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Comportamento da raz o entre as principais vari veis no processo de prepara o de vacina febre amarela 1956 a 1970 300 0 copirole estoque descarte estoque a qutrosestoque 250 0 i gN descarte produ o i vacina produ o i outros produ o 200 0 150 0 100 0 50 0 0 0 1957 1958 1959 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 Fonte Relat rios mensais de atividades LAFA Bio Manguinhos Fiocruz 280 Vacina anti amar lica estoque e fluxo de entrada e sa da de doses jan 1944 a dez 1955 3 090 090 E entrada E sa das estoque 2 500 000 2 000 000 J dy nad L o Pim DO vi il MNN A VOAN MN A N ES EINE EN NS PN N Y 9 9 Y N S 9 N O 9 EN Y Y N ph po 4 V amp ON Sy Ga Ca a Fonte Relat rios mens
105. ritura o microrganismos diversos mas principalmente germes gram negativos de forma bacilar bastonetes s vezes m veis que n o fermentam os a cares mais usuais e que os bacteriologistas do Instituto Oswaldo Cruz classificaram como Alcaligenes faecalis em 1943 Ocorria com tanta frequ ncia nos meses quentes e chuvosos do ver o que o laborat rio era obrigado a interromper a produ o nesse per odo V se aqui esquerda o aparelho desenvolvido por Penna em 1939 num per odo em que a produ o n o tinha ainda o ritmo da linha de montagem direita operador remove embri es para o frasco onde ser o triturados Os operadores usam m scaras e aventais esterilizados e antes da opera o escovam as m os com gua e sab o e as lavam com lcool seguindo os padr es assepsia da poca Rio de Janeiro RJ 1941 1943 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Para retirar se os embri es inoculados queima se um anel perto do p lo maior do ovo com a chama muito quente de um ma arico oxi acetil nico A chama n o s corta a casca como tamb m a esteriliza Um dispositivo movido por motor el trico chamado de m quina Pickles com velocidade gradu vel faz girar suportes de borracha em que s o colocados os ovos a serem abertos O primeiro aparelho foi desenvolvido por Henrique Penna no Rio de Janeiro e os demais aperfei oados por E G Pickels O model
106. rto frio onde ficavam expostos a 5 C at a hora de serem abertos As etapas subsequentes eram as mesmas Verificou se por m que na fase final a efici ncia do cido sulf rico era prejudicada pela dilui o que sofria com a primeira gua desprendida pela vacina Fez se ent o outra modifica o na t cnica A desseca o passou a ser interrompida depois de 24 horas para que o cido semidilu do fosse substitu do por cido novo concentrado Tampavam se os dessecadores refazia se o v cuo e os aparelhos eram levados de volta ao quarto frio por mais 24 horas Esse processo dava bons resultados quando os volumes a dessecar n o ultrapassavam 40 c c por dessecador Para quantidades maiores era necess rio usar tantos aparelhos que se tornavam inevit veis as varia es s vezes grandes no grau de desseca o num mesmo lote de vacina 262 Ap s a filtragem e distribui o da vacina em ampolas processa se o congelamento num banho de lcool em temperatura muito baixa obtida com neve carb nica As ampolas com a vacina congelada s o transferidas para os dessecadores que operam com v cuo e cido sulf rico na mesa exibida na p gina anterior A desseca o imperfeita demora de 24 a 48 horas Rio de Janeiro RJ 1939 Filme Prepara o da vacina da febre amarela Coc Fiocruz Em 1940 foi adotado com algumas modifica es o m todo descrito por Bauer e Pickles 1940 pp 83 8 desseca o com
107. s melhoramentos na aparelhagem utilizada pelo laborat rio Durante o ano de 1947 foi adquirida uma geladeira para preserva o do v rus a 30 C uma autoclave para esteriliza o da vidraria e ferramental utilizado na prepara o da vacina A prepara o de solu o fisiol gica tornou se uma se o com sala pr pria Dos Estados Unidos importou se ainda um dispositivo para abrir maior n mero de ovos na hora de retirar os embri es infectados e um novo dessecador que entrou em opera o j em agosto de 1946 Um ano depois come ou a ser usado aquele sistema de distribui o que enchia ampolas a cada pedalada A instala o em 1948 de uma c mara frigor fera para preserva o da vacina depois de preparada temperatura de 25 C completou a s rie de medidas idealizadas com o fim de melhorar a t cnica de preparo da vacina Com esses dois melhoramentos a secagem mais perfeita da vacina e sua conserva o a temperatura mais baixa acredita se seja poss vel no futuro fabric la somente durante a poca do ano em que h menos dificuldade de obten o de ovos embrionados formando assim um estoque que ser utilizado at que chegue novamente poca favor vel que durante os meses menos quentes do ano Resumo das atividades do laborat rio em 1948 A partir do lote n 970 a vacina est sendo dessecada por processo diferente do que vinha at aqui sendo adotado
108. sangu neo n o possu a anticorpos para o v rus da febre amarela Eram chamados quando necess rio para fornecer entre 200 e 400 c c de sangue dependendo do peso do doador resguardando se um intervalo de mais de trinta dias entre as sangrias Os frascos com sangue eram mantidos no frio durante 24 horas para que as partes s lidas decantassem e o soro ou 251 grande parte dele fosse aspirado O res duo era extra do por centrifuga o O soro de tr s a oito doadores era misturado e mantido em banho maria em gua a 56 C por duas horas para a inativa o Depois era filtrado em disco de Seitz Submetia se ainda uma amostra prova de prote o para confirmar a aus ncia de anticorpos ao v rus da febre amarela As misturas de soro eram numeradas em s rie registrando se num livro os dados relativos a cada uma datas de sangria doadores inativa o resultados da prova de prote o e destino dado ao material Aparelho usado para sangrias humanas e obten o do soro usado na prepara o da vacina O sangue era recolhido em frascos Kitasato graduados por suc o obtida por meio do aparelho mostrado na imagem Consistia numa bomba pneum tica com a o invertida um reservat rio cil ndrico para baixa press o e um man metro de merc rio Rio de Janeiro RJ 1941 1943 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz 252 Ap s a crise de 1939 40 algumas provid ncias foram tomadas com o objetivo de
109. so era feito com soro humano normal ou de rhesus dilu do a 1 10 em solu o salina fisiol gica em 1956 s se usava o soro fisiol gico NaCl Adicionavam se ent o nove partes desse diluente vacina reidratada obtendo se a propor o 1 para 10 Tomava se esse material dilu do uma vez como unidade e se acrescentavam Em acacos rhesus s o testadas vacinas preparadas no laborat rio A inocula o de vacina cerca de 0 5 c c realizada em plena massa encef lica ap s a anestesia do animal a raspagem da regi o frontal e sua desinfec o Munido de um bisturi o operador abre passagem para a agulha nessa parte do cr nio Ao final do procedimento o orif cio fechado com uma gota de col dio Rio de Janeiro RJ d cada de 1940 Filme Prepara o da vacina de febre amarela Cinemateca Brasileira Importava se da ndia centenas de rhesus Macaca Mullata muito caros Em 1935 Henrique Arag o obteve a cess o da ilha do Pinheiro fronteira ao Instituto para uma col nia desses animais e de esp cies brasileiras como Ceb deos e Hapal deos Na ilha dos Macacos absorvida depois pela do Fund o funcionou uma Esta o de Hidrobiologia Com o progressivo aterramento e a ocupa o desordenada daquele trecho da Ba a de Guanabara os macacos foram transferidos para as gaiolas da Primatologia no campus de Manguinhos em 1980 Rio de Janeiro RJ 1972 Foto L
110. ss o inferior atmosf rica e aus ncia de oxig nio a gua contida na subst ncia a dessecar entra em ebuli o mais rapidamente e numa temperatura mais baixa do que a requerida no ambiente externo No caso da vacina a necessidade de preservar o v rus vivo protegendo o do calor e de varia es t rmicas exigia que a desseca o fosse feita a frio A t cnica original descrita por Sawyer Lloyd e Kitchen 1929 p 1 13 utilizava cido sulf rico e imers o em mistura de sal e gelo Havia uma prepara o pr via Uma hora antes colocava se o dessecador de vidro tipo Hempel num banho refrigerante de sal grosso e gelo Na tampa do aparelho introduzia se o agente de desseca o aproximadamente 130 c c de cido sulf rico concentrado Os tubos com vacina por sua vez eram congelados em banho de lcool CO tendo se o cuidado de moviment los circularmente de maneira a espalhar o material e formar uma camada uniforme Os tubos com a vacina congelada eram arrumados num suporte e mergulhados numa camada de glicerina posta no fundo do dessecador para que mantivessem a mesma temperatura da mistura de sal e gelo Tampava se o dessecador e acionava se a bomba el trica at que se escutasse a pancada caracter stica que se nota quando o v cuo quase perfeito Manual da vacina p 44 Aparelho de desseca o da vacina usando v cuo e cido sulf rico em mesa refrigeradora Rio de Janeiro RJ 1941 19
111. t 494 125 Coses p Other Lots 63 Coses LJ Not Vocenated 57 Einm IGTERUS e E Other Lots B2 Coses 3 Not Voccinated 104 Coses g o H Gr fico mostrando a freq ncia dos sintomas prodr micos da icter cia nas quatro categorias de Em E EH casos investigados por Pigm o eres uga t pocos Ore Fox Manso Penna e Par Qua Coc Fiocruz s ee Ingressando no laborat rio o v rus Data desse per odo o esfor o no sentido de padronizar a t cnica de prepara o da vacina e at mesmo os procedimentos a adotar em caso de modifica o dessa t cnica Com certo atraso determinado sem d vida pelos contra tempos que descrevemos acima codificou se no Laborat rio de Febre Amarela aquela l gica taylorista de controle de tarefas hierarquiza o de atribui es e maximiza o de resultados que regia as outras rotinas do programa de combate febre amarela Segundo J Austin Kerr e Henrique de Azevedo Penna os autores do Manual da vacina elaborado em fevereiro de 1941 a descri o detalhada das etapas de prepara o da vacina tinha por objetivo permitir a todos conhecer exatamente qual t cnica foi usada na produ o de cada lote Mudan as podiam se tornar necess rias mas n o devia haver desvio ainda que ligeiro da t cnica padr o aprovada sem pr via aprova o por escrito do diretor do laborat rio Sempre que se efetuassem mudan as e
112. tavam cheios eram tampados um a um com algod o est ril transferido de recipientes em duplicata colocados ali com essa finalidade Parte do material era separada para as provas bacteriol gicas e para se verificar por meio do chamado teste de pot ncia se a armazenagem dos embri es tinha afetado a concentra o de v rus vivos Bureta para distribui o da vacina nas ampolas A prote o de vidro em forma de camp nula que se v na extremidade da bureta tinha por fun o evitar a contamina o da ampola por poeiras no momento em que era preenchida Rio de Janeiro RJ 1941 1943 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Dispositivo mais moderno adotado no p s guerra para envase da vacina no qual se gastavam vinte minutos para encher mil tubos de 0 5 c c Rio de Janeiro RJ 1946 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz M quina de pipetar autom tica para distribui o da vacina O processo agora automatizado permite o ajuste do volume distribu do Um protetor de vidro em forma de funil tinha a fun o de evitar contamina es na ponta do tubo de distribui o a ponta de descarga e nos outros tubos que preenchia Rio de Janeiro RJ 1941 1943 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz 258 Em 1956 o processo se havia automatizado um pouco mais O frasco que recebia o l quido resultante da centrifuga o das polpas de embri o estava conectado a uma m quina
113. u s Alberto e Pedro Paulo Koellreutter Manguinhos a luta contra os inimigos invis veis Manchete 19 08 1972 p 93 8 nove partes iguais de diluente obtinha se agora a propor o 1 100 A opera o era repetida cinco ou seis vezes chegando se s dilui es um de material virulento para cem mil ou um milh o de partes de diluente Certa quantidade de cada dilui o era injetada em camundongos em 1942 tr s grupos de seis camundongos em 1956 12 animais No primeiro patamar de dilui o com o v rus ainda bem concentrado morriam todos No patamar seguinte morriam menos Segundo o Manual da vacina p 48 o end point devia ser bem ultrapassado sobrevivendo todos ou pelo menos quase todos os camundongos na ltima dilui o A inocula o dos camundongos por via intracerebral requeria cuidados muito especiais Era nesse momento sobretudo que contava a experi ncia do operador Pequenas varia es de t cnica relacionadas principalmente ao lugar e profundidade da inocula o podiam causar diferen as muito grandes no tempo de incuba o ou na mortalidade dos camundongos inoculados Quando estudava a susceptibilidade 271 comparativa de camundongos rec m nascidos micos e pintos infec o com o v rus da febre amarela a dra Mary B Waddell ressaltou a import ncia desse fator pessoal que era de conhecimento geral mas n o no grau manifesto Verificou se com surpresa que o
114. ulados segundo o m todo estat stico de Reed e Muench 1938 pp 493 7 Como se calculava a dose letal para esses 50 dos camundongos Suponhamos que estivesse entre um para cem e um para mil Suponhamos ent o que fosse um para quinhentos Assim dividindo se o concentrado viral em quinhentas partes de diluente morriam 50 dos camundongos o que significava dizer que aquela quantidade de concentrado continha quinhentas doses Mas o c lculo n o terminava a pois o volume inoculado em cada camundongo era sempre 0 03 c c Para chegar se ao t tulo da vacina para uso humano era preciso multiplicar o t tulo baseado nesse volume por um fator matem tico que dava o n mero de DML letal doses for mouse ou doses letais para o camundongo por cent metro c bico de vacina E se multiplicava pelo fator 16 6 para calcular se o n mero de DML por tubo com capacidade para 0 5 cc de vacina dessecada Posteriormente passou se a usar a sigla LD que significa doses letais para 50 dos camundongos Segundo os padr es internacionais estabelecidos em 1944 para a fabrica o e controle da vacina contra a febre amarela a quantidade m nima de v rus ativo para a imuniza o satisfat ria do homem era de 500 LD depois passaria a ser 1 000 LD No laborat rio do Rio de Janeiro adotou se como dose m nima aquela que continha 1 000 LD quando se usavam vacinas com dilui o de 1 100 Empregavam se apenas duas dilui es
115. uos vacinados Soper Smith e Penna 1939 pp 351 3 228 Dessa vez a investiga o foi conduzida em setembro de 1940 no 10 Regimento de Infantaria em Belo Horizonte capital de Minas Gerais mediante autoriza o do coronel Francisco Borges Fortes de Oliveira chefe do estado maior do Quarto Distrito Militar Foram vacinados 814 soldados com o objetivo de se avaliar n o apenas as pot ncias das subamostras testadas como a dose m nima necess ria para se obter imuniza o adequada Utilizaram se quatro subamostras cada qual representando uma s rie de passagens independentes a partir da cadeia prim ria do 17D Tr s 14D 17DD baixa e 1D NY 104 vinham sendo mantidas principalmente em cultura de tecidos feita segundo a t cnica original descrita por Lloyd Theiler e Ricci 1936 pp 481 529 ao passo que na quarta a FP egg passage o v rus era cultivado por passagens sucessivas em ovos embrionados Pedimos paci ncia aos leitores logo explicaremos o que significavam estas siglas As vacinas levadas ao quartel de Minas Gerais eram preparadas segundo a t cnica b sica originalmente des crita por Smith Penna e Paoliello 1938 pp 437 68 mas modifica es rec m introduzidas em conseq ncia dos pro blemas que acabamos de assinalar j tinham dado origem a duas variantes uma vacina ainda com soro outra sem O estudo em Belo Horizonte mostrou que as subamostras 17D NY 104 e EP tinham maior pode
116. upla mencionada acima barrando por m mais eficazmente os contaminantes do ambiente externo gra as sobretudo press o negativa mantida na sala onde se efetua a inocula o O estilete usado para perfurar a casca limpo a cada dez ovos em solu o de lcool iodado A seringa tubercul nica substitu da a cada 16 ovos introduz diretamente na cavidade vitelina mais ou menos 1000 PFU de suspens o viral preparada a partir do lote semente secund rio dilu do em solu o salina a 0 85 PFU ou Plaque Forming Units o m todo de titula o em cultura de c lulas que substituiu nos anos 1980 o antigo m todo de doses letais em camundongos como mostramos no final do cap tulo quatro O material usado para selar o orif cio cola pl stica misturada com gotas de fenol Da suspens o de in culo retirada amostra para teste de esterilidade bacteriana e f ngica Em 1941 42 quando os n veis Os ovos a inocular s o dispostos em blocos de madeira contendo cada qual oito unidades na posi o vertical com a parte mais larga para cima Uma pequena rea da casca no topo do ovo marcada com tintura de mertiolate e os blocos de madeira s o conduzidos atrav s da porta dupla para a sala prova de poeira onde se processa a inocula o Rio de Janeiro RJ d cada de 1970 LAFA Bio Manguinhos Fiocruz Prepara o dos ovos para inocula o A chama do ma arico fragiliza
117. uzidos em Bio Manguinhos correspondem 43 passagem em embri o de galinha e subcultura 286 do v rus 17D original Ver Sistema de lotes semente de febre amarela 17DD Se os leitores observarem o quadro das deriva es das subamostras do v rus 17D usadas no Brasil observar o que as passagens do v rus foram mantidas durante certo tempo dentro daqueles limites fixados em 1939 entre subcultura 229 e 255 formando a s rie de oito seguimentos paralelos que o quadro identifica como 17DD low Dessa faixa despreendeu se a s rie de passagens em ovos embrionados EP que foi imobilizada pelo sistema de lotes semente nesse novo patamar de subculturas At chegar se definitiva implanta o desse sistema durante as crises de 1939 a 1942 testaram se v rias outras subamostras trazidas de Nova York Em janeiro de 1940 vieram os lotes 102 e 104 que foram usados em provas de campo e como semente para preparar vacinas O quadro de Deriva o de subamostras do 17D usadas no Brasil na vers o consolidada em 17 4 1943 registra como 17D NY 310 o v rus recebido de Nova York em 21 de novembro de 1941 sob forma de lotes vacina 310 312 e 318 preparados a partir de material derivado da vacina 88 da Col mbia Em 1941 e 1942 os t cnicos dos laborat rios nova iorquino e carioca trocaram diversas cartas com o intuito de determinar a origem dos lotes rec m importados Pedimos licen a aos leitores par
118. vertical Removia se ent o a calota que cobria o p lo do ovo e se extra a o embri o com um gancho de arame especial Em 27 de janeiro de 1942 foi utilizada uma vers o modificada do aparelho que imprimia rota o mais lenta e uniforme ao ovo permitindo que se aplicasse tangen cialmente a chama do ma arico para queimar a circunfer ncia da bolsa de ar 243 Ovo no suporte pronto para ser aberto com a chama do ma arico O aparelho usado desde 9 de janeiro de 1942 uma modifica o do original descrito em American Journal of Tropical Medicine 1939 Consta de um suporte para o ovo montado sobre um eixo vertical capaz de entrar em rota o lenta por meio de motor el trico a ele ligado por transmiss o de atrito A velocidade de rota o de 60 rpm A casca de ovo cortada abaixo da inser o da c mara de ar Modelo utilizado no laborat rio at o final da Il Guerra Mundial Rio de Janeiro RJ 1941 1943 Manual da Vacina LAFA Bio Manguinhos Fiocruz A descri o de 1956 nos mostra uma linha de montagem um pouco mais sofisticada Depois que se fazia a triagem dos embri es mortos os ovos eram colocados num freezer a 20 C e l permaneciam por meia hora no m nimo Penna 1956 p 73 Em seguida eram colocados em bandejas met licas providas agora de quatro an is de borracha m veis acionados por um mecanismo de rota o medida que giravam os an is com os ovos um de cada vez o operador aplicava

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