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turismo, museus e territórios: casa dos patudos – museu de alpiarça

1. series 22 2 1 Perspectivas e evolu o do turismo eeseessesesesreesesressrseresressrserssressessresrensersresees 2 2 Import ncia dos invent rios em turismo errar 2 3 Defmi d Turismo Cultural sadias adiando pad 2 4 Perfil do Turista Cultural eseeeeseeeeeeeeeeeseeseeseessesereseeseserssresseserssressessresrensesseesees 2 5 Efeitos S cio Culturais do Turismo rear erre 14 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 2 6 As ind strias criativas e O TURISMO csssodasaiess exces race csutoad cessseatereseapens vedas ses agnt dns 43 Capitulo 3 Museus e desenvolvimento cultural e s cio econ mico 45 3 1 Conceito de Museu e Casd MUseU to sccesicsnccssacessesuqastsedvsasteapadb anima ao denngostoctedaedvers 46 3 2 A fun o social do museu no desenvolvimento do territ rio 48 3 3 Enquadramento legal dos museus Lei n 47 2004 49 3 4 Doutrina internacional e nacional ICOM APOM e IMC 52 3 5 O museu e o patrim nio como factores estrat gicos de atrac o tur stica 53 Cap tulo 4 Estudo de caso Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 56 4 1 Enquadramento hist rico da institui o ear 56 4 2 Servi os dispon veis no Ms css suisadaganas cpubro dus na vos b casa eiedayecadaceesdeasceneieeetbcean 59 4 3 Aspectos do modelo de interven
2. 000 BN Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Seguran a Paisagem e patrim nio natural Os produtos anteriormente determinados pelo PENT permanecem v lidos fortalecendo se a import ncia da oferta tur stica no mercado externo do destino Incluiu se maior segmenta o no sector de turismo de natureza n utico e de sa de bem como nos roteiros tur sticos religiosos e culturais destacando se o turismo religioso como factor estrat gico Destacam se os recursos naturais paisag sticos e culturais fortalecendo se 07 estes produtos e a sua promo o 2 2 Import ncia dos invent rios em turismo A complexidade e as transforma es espaciais e temporais marcam cada vez mais a din mica dos territ rios sendo preciso responder s necessidades do espa o em tempo real fundamental conhecer as susceptibilidades do territ rio de forma a fazer uma gest o respons vel e coerente O uso das novas tecnologias de informa o e comunica o TICs tornou se indispens vel pois representam um grande apoio na inventaria o dos recursos existentes no territ rio Neste sentido surgem os SIG Sistemas de Informa o Geogr fica que representam um mecanismo de trabalho fundamental aos gestores das mais diversas reas de actividade O conceito de Sistemas de Informa o Geogr fica est claramente indicado nos assuntos da actualidade quer a utilizar pelas autarquias locais como tam
3. culturais inventariados nos termos do artigo 19 0 da Lei n o 107 2001 de 8 de Setembro 3 Os programas referidos no n mero anterior s o preferencialmente estabelecidos quando seja assegurada a possibilidade de investiga o acesso e visita p blica regular Artigo 5 Cria o de museus E livre a cria o de museus por quaisquer entidades p blicas ou privadas nos termos estabelecidos pela presente lei Artigo 6 mbito de aplica o 1 A presente lei aplic vel aos museus independentemente da respectiva propriedade ser p blica ou privada 2 presente lei n o se aplica s bibliotecas arquivos e centros de documenta o 102 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 3 A credencia o n o modifica a depend ncia nem os direitos e deveres da pessoa colectiva em que se integra o museu CAP TULO II Regime geral dos museus portugueses Sec o I Fun es museol gicas Artigo 7 Fun es do museu O museu prossegue as seguintes fun es a Estudo e investiga o b Incorpora o c Invent rio e documenta o d Conserva o e Seguran a f Interpreta o e exposi o g Educa o Sec o II Estudo e investiga o Artigo 8 Estudo e investiga o O estudo e a investiga o fundamentam as ac es desenvolvidas no mbito das restantes fun es do museu designadamente para estabelecer a pol tica de incorpora es
4. Comunidade Local Sendo sem d vida o ex libris do concelho seria natural que houvesse um maior entrosamento com a CS E a ee Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Comunidade Esta situa o decorre a meu ver devido a alguma instabilidade na coordena o dos destinos da Casa dos Patudos muitas vezes por raz es pol ticas mas a que tamb m n o s o alheias as dificuldades econ micas cr nicas do Munic pio Felizmente e actualmente na minha opini o tem havido uma melhoria significativa em todos os aspectos a que n o alheio o esfor o do actual Conservador E finalmente quanto s expectativas da Casa Museu aumentar os fluxos tur sticos regi o Jo o Arraiolos vereador da C mara Municipal de Alpiar a com a pasta do Turismo acredita que as recentes obras de recupera o e qualifica o da casa potenciam o aumento de visitas Com a concretiza o das 2 fases de recupera o interior e arranjos exteriores da Casa Museu existe uma nova oferta de maior qualidade que penso poder potenciar o n mero de visitantes que se situa em cerca de 18 000 por ano O Sr Artur Carvalho respons vel pelo Jornal Local A Voz de Alpiar a n o tem d vidas e constata que o n mero de visitantes vila tem aumentado nos ltimos tempos A Casa Museu dos Patudos visitada mensalmente por milhares de forasteiros e pelos alpiarcenses que amiudadamente a visitam Para Dr Jo o Se
5. gt Alojamentos privados e ntimo gt Pousadas gt Apartamentos Quando viajam gt Em geral as viagens de touring realizam se durante todo o ano embora persista uma maior concentra o nos per odos de f rias tradicionais Como viajam gt Casais gt Grupos reduzidos de amigos gt Fam lia Qual a dura o m dia da viagem gt Destinos continentais entre 3 dias e 2 semanas gt Viagens long haul entre 3 e 5 semanas Quadro 2 Perfil e h bitos de consumo dos turistas que realizam viagens de touring Fonte PENT Produto Touring Cultural 2009 38 DINKS double income no kids duplo rendimento e sem filhos casais sem filhos de 25 45 anos que trabalham muito e auferem duplo sal rio dispostos a pagar pelos produtos que desejam incluindo os tur sticos Fam lias de 45 64 anos em que os filhos j sa ram de casa disp em de altos rendimentos e poder de compra refor ado com a independ ncia dos filhos t m tend ncia para gastar cada vez mais em conformidade com a confian a nos n veis das futuras reformas buscam no turismo a recompensa de uma vida de trabalho mas tamb m a oportunidade de cuidados espec ficos de sa de e bem estar de manuten o de boa forma f sica e psicol gica 4 Seniores com 65 e anos disp em de muito tempo livre para f rias mais longas em destinos mais distantes s o menos idosos em termos de idade psicol gica do que biol gica o que tem reflexos na aquisi o de produt
6. o de servi os e produtos tur sticos para que estes possam ter sucesso e se destaquem nos mercados onde pretendem atuar A an lise SWOT uma ferramenta de gest o utilizada para se fazer um diagn stico estrat gico O termo SWOT composto pelas iniciais das palavras Strenghts pontos fortes Weaknesses pontos fracos Opportunities oportunidades e Threats ameagas A an lise SWOT permite realizar uma s ntese das an lises internas e externas reconhecer os elementos principais para a gest o da empresa permitindo estabelecer prioridades de actua o preparar op es estrat gicas a an lise SWOT permite identificar Pereira in Jornal O Mirante 2013 5 TAPMEI E O Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Os riscos a ter em conta e quais os problemas a resolver assim como as vantagens e as oportunidades a potenciar e explorar estabelecer um elemento necess rio para fazer a previs o de vendas em articula o com as condi es do mercado e com as capacidades da 81 empresa Posteriormente an lise SWOT pretende se definir as liga es existentes entre os pontos fortes e fracos com as disposi es mais relevantes que se verificam na envolvente da empresa quer ao n vel do mercado global do mercado espec fico da conjuntura zs D E E a z ina 82 tecnol gica social e demogr fica da conjuntura econ mica e das imposi es legais FOR A
7. 112 referem que o marketing e a atribui o de marcas a um destino tur stico contempor neo s o tanto um processo como um resultado pois o processo compreende gerir as complexidades dos destinos tur sticos e a enorme quantidade de interessados e o resultado a marca com que o local foi perpetuado ou a imagem desse local No caso de estudo que estamos a analisar a Casa dos Patudos simboliza a marca tur stica do concelho de Alpiar a esta representando o cart o de visita do concelho mas tamb m da regi o do Ribatejo Pode considerar se a pe a fundamental para o desenvolvimento tur stico do lugar a que pertence mas tamb m da regi o envolvente Uma marca de destino tur stico um nome s mbolo logomarca ou qualquer outro s mbolo gr fico que d para identificar e diferenciar o destino em quest o est associada de forma exclusiva a esse destino deixando a recorda o dos momentos agrad veis da experi ncia que a viveu Do ponto de vista do estudo de uma marca tur stica para Alpiar a a imagem global a Casa dos Patudos Museu de Alpiar a que simboliza as viv ncias da iconografia hist rica de Jos Relvas uma personalidade marcante da 1 Rep blica Os visitantes ao conhecerem o espa o da Casa dos Patudos esperam com certeza vivenciar uma experi ncia que os leve a recuar poca em que JR vivia naquela casa Aquele lugar ir deixar marca nos turistas que a visitam pois esta Casa Museu n o apenas um
8. a com o pelouro do Turismo Dr Jo o Arraiolos a Casa Museu tem uma import ncia vital para o concelho de Alpiar a uma casa nica no pa s com um esp lio riqu ssimo e funciona como elemento diferenciador e com elevada atractividade para turistas vistarem o concelho e consequentemente funciona tamb m como dinamizador de outras actividades como por te hee Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a exemplo a restaura o Na opini o do Sr Artur Carvalho Respons vel pelo Jornal Local A Voz de Alpiar a a casa o ex libris de Alpiar a e bastante atractiva pois possui no seu interior obras de arquitectura pintura escultura azulejaria porcelana mobili rio e t xteis J o Eng Agr nomo Ricardo Hip lito ilustre alpiarcense e funcion rio da Secretaria de Estado da Cultura considera importante a Casa Museu pois Funciona como uma ncora para Alpiar a em termos de visibilidade e atrac o tur stica N o obstante lan a um repto Mas h um perigo que n o se souber potenciar essa ncora que de secar tudo o resto O Museu tem um tal n vel que pode tornar tudo o resto muito insignificante Sobre a quest o se a Casa dos Patudos importante para a economia do concelho De que forma a economia local beneficiada Na totalidade das respostas todos os entrevistados consideram ben fica para a economia local real ando que os se
9. ambientais motiva es econ micos s cio culturais 1 4 Desenvolvimento Gera o de sustentado do visitantes e Acessos ao destino regi o turismo turistas en Regressos l Procura l I 1 5 Necessidade de planeamento em BE RE CA gd S O ea O AS E eT Sp ey turismo Figura 5 Vari veis da macro envolvente global de um destino tur stico Fonte Ferreira 2009 apud Ferreira 2005 Na figura 2 s o analisadas as cinco vari veis da macro envolvente de um destino tur stico 2 entendidas como relevantes para o planeamento estrat gico 1 1 a evolu o dos fluxos tur sticos 1 2 as mudan as nos comportamentos e nas motiva es 1 3 os Ferreira 2009 1 Ijaltlo Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a impactos do turismo 1 4 o desenvolvimento sustentado do turismo e 1 5 a necessidade de planeamento em turismo O turismo hoje um fen meno universal que provoca uma interliga o global aumentando a compreens o de todos aqueles que a constituem e ao mesmo tempo incentiva as respectivas consci ncias a pertencerem a um determinado local pois com a presen a do outro e ao evidenciarem se as diferen as fortalecem se as identidades culturais Desse modo o turismo apresenta esta contradi o ao mesmo tempo que torna mais homog nea a cultura humana destaca as diferen as fortalecendo a identidade cultural local o que em lt
10. considerado o pintor oficial da fam lia Relvas pois j antes tinha retratado o pai Carlos Relvas e a m e Margarida Relvas Ainda no ciclo de amizades destacam se outros nomes sobretudo no panorama das Belas Artes a fam lia Bordalo Pinheiro os irm os Rafael e Columbano e com o filho de Columbano Manuel Gustavo Essas afinidades s o assinaladas por uma imensa admira o e respeito art sticos traduzidos por obras significativas da arte contempor nea portuguesa O quadro de Columbano a pintar no est dio de Silva Porto a jarra Beethoven e o busto de Rafael Bordalo Pinheiro modelado por Manuel Gustavo s o alguns dos exemplos dessas obras Jos Relvas ao desenvolver a sua colec o baseou se em dois grandes objectivos um deles assenta no facto de querer viver num mundo perfeito que apenas a arte lhe podia proporcionar em segundo lugar desejava que esse mundo estivesse o mais perto de si poss vel Essa perfei o JR considerava que era poss vel atrav s das v rias obras de arte que adquiria para colocar na sua casa obras representativas de processo art stico em que o autor projectasse a sua identidade moral a sua natureza mental e afectiva Jos Relvas dedicou se a preencher uma casa com obras de arte e organizar um espa o prop cio a encontros de qualidade em que os intervenientes se sentissem num ambiente esteticamente criativo Na Casa dos Patudos encontra se uma rica e vasta colec o composta por pintura es
11. desenvolver uma identidade e personalidade nicas que sejam diferentes de todos os competidores A Rota Relvas pode ser uma marca com identidade porque Sustentada numa realidade singular evidenciada pela notoriedade cultural Revelada pelo patrim nio cultural de ambos Casa dos Patudos e Casa Est dio Valorizador pelo legado deixado nos concelhos de Alpiar a e Goleg Refer ncia de autenticidade no Ribatejo pois todos os actores territoriais beneficiariam Poder Local Comunidades Intermunicipais Associa es Empresas Cidad os nos diversos dom nios da actividade econ mica e social Possibilidade de interagir com outras rotas gastronomia vinho cavalo tejo C mara Municipal da Goleg Carlos Relvas e a sua Casa Est dio 2006 ts 5 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a e E ar Os objetivos gerais da roteirizacao s o Estruturar ordenar qualificar e ampliar a oferta de roteiros tur sticos de forma integrada e organizada Divulga o do legado da fam lia Relvas Os objetivos espec ficos podem ser descritos como Fortalecer a identidade regional Incentivar o empreendedorismo Estimular a cria o de novos neg cios e a expans o dos que j existem Ampliar e qualificar servi os e equipamentos tur sticos Facilitar o acesso das pequenas e microempresas do mercado tur stico regional nacional e internacional Consoli
12. m vel e do patrim nio imaterial Em 2012 o IMC foi objecto de fus o com o IGESPAR Instituo de Gest o do Patrim nio Arquitect nico e Arqueol gico e com a Dire o Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo da qual resultou a DGPC Dire o Geral do Patrim nio Cultural 3 5 O museu e o patrim nio como factores estrat gicos de atrac o tur stica certo que os museus desempenham um papel muito importante no desenvolvimento tur stico das regi es e a popula o actualmente mais instru da o que leva a que haja uma maior procura dos museus como forma de atrac o tur stica Por outro lado os museus passaram a ter muito mais dinamismo desenvolvendo a sua forma de E me Pree 8 gest o atrav s da adequa o do seu espa o a v rios p blicos alvo Debates correntes na gest o Descri o do patrim nio cultural Musifica o banaliza o das Patrim nio como mero cen rio preparado para consumo tur stico cidades Modelos estereotipados de renova o urbana gt gt opera es de clonagem monofuncionaliza o de alguns sectores urbanos Contamina o arquitect nica Constru o das infra estruturas tur sticas gt gt integra o entre as infra estruturas tur sticas e a envolvente em particular das caracter sticas do meio natural Urbaniza o sem respeito pelas reas naturais ou hist ricas Competi o pelo espa o Expuls o dos antigos moradores aumento acentuado dos p
13. o de 10 produtos tur sticos estrat gicos Sol e Mar Touring Cultural e Paisag stico City Break Turismo de Neg cios Turismo de Natureza Turismo N utico inclui os Cruzeiros Sa de e Bem Estar Golfe Resorts Integrados e Turismo Residencial e Gastronomia e Vinhos Na revis o e objectivos do Plano Estrat gico Nacional para o Turismo 2013 2015 a vis o para o Destino Portugal refere que Portugal deve ser um dos destinos na Europa com o mais met dico progresso com os princ pios do desenvolvimento sustent vel conduzido por uma proposta de valor baseada em caracter sticas distintivas e inovadoras do pa s O turismo deve por isso desenvolver se com base na qualidade do servi o e competitividade da oferta tendo como suporte a cria o de conte dos aut nticos e experi ncias genu nas na excel ncia ambiental e urban stica na forma o dos recursos humanos e na din mica e moderniza o empresarial e das entidades p blicas PENT 2013 2015 O turismo constituiu se como um instrumento de grande relev ncia para a economia assumindo se como um dos impulsionadores do desenvolvimento social econ mico e ambiental a n vel regional e nacional Como propostas de valor para apresentar o Destino Portugal na sua diversidade devem focar se os principais elementos diferenciadores do pais Clima e luz Hist ria cultura tradi o e mar Hospitalidade Diversidade concentrada PENT 2007
14. o do patrim nio estruturam se em v rios n veis internacional supra estatal e local Estes organismos gestores do patrim nio ordenam se de acordo com quatro conceitos organiza es e institutos governamentais organismos nao governamentais organiza es profissionais e organiza es e institui es privadas As principais iniciativas relativamente protec o do patrim nio cultural a n vel internacional prov m da ONU atrav s da UNESCO e de outras organiza es supra estatais como o Conselho da Europa ou a Uni o Europeia Ao n vel internacional o ICOM International Council of Museums uma institui o sem fins lucrativos criada em 1946 com sede em Paris Tem como objectivo a cria o de pol ticas internacionais nomeadamente C digos ticos e Deontol gicos para uma boa gest o organiza o e pr ticas profissionais em museus Esta rede internacional de museus conta actualmente com cerca de 30 mil museus espalhados por 150 pa ses entre os quais Portugal Ao aderir ao ICOM cada membro compromete se a respeitar este c digo A Associa o Portuguesa de Museus APOM uma associa o sem fins lucrativos criada em 1965 com sede em Lisboa Tem como objectivo o estudo e a divulga o de projectos museol gicos A sua miss o baseia se em trabalhos volunt rios dos seus associados na promo o da Museologia e dos dom nios cient ficos e t cnicos que a informam nomeadamente atrav s de reuni es e visitas de estudo con
15. paisag stico gastronomia e ou outros elementos fundamentais que determinam a oferta tur stica Atrav s desta base de dados consegue se conhecer as especificidades e a dimens o da oferta tur stica e a partir da definir o que necess rio modificar ou melhorar no territ rio tendo em conta as suas fragilidades Inventariar organizar estruturar analisar divulgar e promover s o palavras que devem predominar quando se pensa em vender um produto tur stico diante de um panorama e uma concorr ncia cada vez mais exigente A administra o local assume uma fun o decisiva no incremento da actividade tur stica uma vez que lhe cabe a responsabilidade de gerir e planear rigorosamente o processo de desenvolvimento tur stico do territ rio 2 3 Defini o de Turismo Cultural Conforme apresentado no PENT 2007 o segmento de Turismo Cultural apresenta se como um dos 10 produtos estrat gicos para o pa s Estes produtos tur sticos estrat gicos foram definidos tendo em considera o os recursos e os factores diferenciadores de Portugal mas tamb m o seu potencial de crescimento futuro Destacam se como principais mercados emissores de circuitos tur sticos religiosos e culturais a n vel europeu a Fran a It lia Escandin via Alemanha R ssia Reino Unido 3 Silva 2006 S 7 RE Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a e Espanha 62 do mercado europeu mercados de import
16. que alavanca o sector do turismo nacional que passa assim para os maiores destinos mundiais com o crescimento dos fluxos tur sticos de massa para a regi o do Algarve Esta situa o deve se ainda constru o do aeroporto de Faro em 1965 As componentes cultural e civilizacional est o bastante presentes nos movimentos internacionais e nacionais assumindo se como um dos mais importantes factores de motiva o para que as pessoas se desloquem para outros locais fazendo assim com que exista turismo Os pacotes tur sticos inventados por Thomas Cook tinham como principal raz o a necessidade de se aliviar o stress criado pelos modos de vida industrializados e de colocar as pessoas em ambientes rurais onde se pretendia explorar as formas de vida origin rias da sociedade brit nica a n vel das reas que lhe deram origem o countryside ingl s Costa 2005 281 Sendo o turismo um sector abrangente com a revis o do PENT 2013 2015 surgiu a Comiss o de Orienta o Estrat gica para o Turismo COET sendo presidida pelo Primeiro Ministro e constitu da a t tulo permanente pelo membro do governo respons vel 2 Costa 2005 2 Idem ee Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a pela rea do turismo e pelos restantes elementos do governo cujas compet ncias sectoriais t m interfer ncia directa ou indirecta no sector do turismo A forma o da COET pretende demonstrar a import
17. s o da maior import ncia para o estudo da Hist ria Contempor nea de Portugal e com este projecto completa se o anterior Organiza o do Arquivo Documental de Jos Relvas Associado tamb m a este projecto est o facto de completar se o estudo do Arquivo Fotogr fico de Carlos Relvas existente na Casa Est dio na Goleg e ajudar a conhecer o trabalho de Raul Lino O acervo fotogr fico da Casa dos Patudos constitu do por mais de duas mil imagens em diversos suportes grande parte resultante da actividade como fot grafo de Carlos Relvas e dos filhos Jos Relvas e Margarida Relvas Navarro A aposta no desenvolvimento do servi o educativo concretizar a articula o com as escolas do concelho e da regi o e continuar a assumir um papel activo na actividade cultural do concelho Ainda neste mbito ser intensificada a colabora o com institui es acad micas e de investiga o de forma a estudar e valorizar o esp lio art stico e documental do legado de Jos Relvas T5 Pereira 2013 I 6G E Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 4 4 Tutela e miss o da institui o A tutela do Museu est a cargo da C mara Municipal de Alpiar a desde 1951 A Casa dos Patudos funcionou como resid ncia de Jos Relvas desde os finais do s culo XIX at 1929 data da sua morte sendo inaugurada como Museu em 15 de Maio de 1960 A Casa fez parte do conjunto de propriedades legadas pelo p
18. sendo indispens veis os intermedi rios isto pol ticos planificadores profissionais do marketing hot is transporte guias ag ncias de viagem escritores e investigadores Podemos afirmar que o turismo um encontro entre culturas e sistemas sociais que provoca mudan as P rez 2009 apud Smith 1992 O turismo afigura se de contacto P rez 2009 DO E a Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a intercultural do tipo acultura o A acultura o um mecanismo de mudan a que consiste no contacto entre duas ou mais culturas Muitos foram os destinos que depararam se com uma descida no n mero de visitantes resultando das altera es de procura assim como do aumento da concorr ncia por parte de outros destinos mais conhecidos e impulsionados por grandes operadores tur sticos Este acontecimento observou se devido sobretudo ao facto de alguns destinos n o se apresentarem suficientemente competitivos no mercado e tamb m devido a um insuficiente planeamento de algumas regi es como destinos tur sticos Neste mbito considera se importante a an lise das vari veis da macro envolvente global de um destino tur stico Como pode observar se na figura 2 o destino tur stico encontra se dependente da envolvente humana econ mica s cio cultural f sica e tecnol gica 1 1 Evolu o dos 1 2 Mudan as nos 1 3 Impactos do fluxos tur sticos comportamentos e nas turismo
19. Carlos Relvas ou Museu de Fotografia de Carlos Relvas incluindo os seus jardins e recheio no Largo de D Manuel I e na Rua de Jos Farinha Relvas Goleg freguesia da Goleg 100 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Anexo 2 Lei Quadro dos Museus Lei n 47 2004 de 19 de Agosto Aprova a Lei Quadro dos Museus Portugueses A Assembleia da Rep blica decreta nos termos da al nea c do artigo 161 da Constitui o para valer como lei geral da Rep blica o seguinte CAP TULO I Disposi es gerais Artigo 1 A presente lei tem como objecto a Definir princ pios da pol tica museol gica nacional b Estabelecer o regime jur dico comum aos museus portugueses c Promover o rigor t cnico e profissional das pr ticas museol gicas d Instituir mecanismos de regula o e supervis o da programa o cria o e transforma o de museus e Estabelecer os direitos e deveres das pessoas colectivas p blicas e privadas de que dependam museus f Promover a institucionaliza o de formas de colabora o inovadoras entre institui es p blicas e privadas tendo em vista a coopera o cient fica e t cnica e o melhor aproveitamento poss vel de recursos dos museus g Definir o direito de propriedade de bens culturais incorporados em museus o direito de prefer ncia e o regime de expropria o h Estabelecer as regras de credencia o de museus i Institucionalizar e desenv
20. Identificar poss veis alternativas para o desenvolvimento tur stico do Museu Na recolha de opini o sobre a import ncia da Casa dos Patudos para o concelho todos os entrevistados foram un nimes na resposta ao considerarem na um grande valor cultural para o concelho que para al m de ser considerado o postal ilustrado de Alpiar a um valor simb lico e afectivo para todos os alpiarcenses afirma o Dr Nuno Prates Conservador da Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Para o Dr Jo o Serrano respons vel pela Associa o de Desenvolvimento Integrado de Alpiar a AIDIA Trata se do nico museu de Alpiar a e um dos raros pontos de atrac o tur stica para a localidade Tem sido conseguido promover o museu a n vel nacional o que se tem traduzido no acr scimo de turistas terra contribuindo para a sua notoriedade e para aumentar as receitas locais com a actividade tur stica Refere ainda tr s raz es atractivas da Casa a sua localiza o privilegiada num ponto que permite apreciar a lez ria ligando a casa ao meio ambiente natural o bel ssimo exemplo da arquitectura rom ntica do princ pio do s culo vinte e um expoente da arquitectura de Raul Lino o recheio do seu interior com obras de arte que revelam a natureza do esp rito do propriet rio e uma aten o invulgar ao esp rito do belo caracter sticos do idealismo republicano De acordo com vereador da C mara Municipal de Alpiar
21. O museu desenvolve de forma sistem tica programas de media o cultural e actividades educativas que contribuam para o acesso ao patrim nio cultural e s manifesta es culturais 2 O museu promove a fun o educativa no respeito pela diversidade cultural tendo em vista a educa o permanente a participa o da comunidade o aumento e a diversifica o dos p blicos 3 Os programas referidos no n 1 do presente artigo s o articulados com as pol ticas p blicas sectoriais respeitantes fam lia juventude apoio s pessoas com defici ncia turismo e combate exclus o social Artigo 43 Colabora o com o sistema de ensino 1 O museu estabelece formas regulares de colabora o e de articula o institucional com o sistema de ensino no quadro das ac es de coopera o geral estabelecidas pelos Minist rios da Educa o da Ci ncia e do Ensino Superior e da Cultura podendo promover tamb m autonomamente a participa o e frequ ncia dos jovens nas suas actividades 2 A frequ ncia do p blico escolar deve ser objecto de coopera o com as escolas em que se definam actividades educativas espec ficas e se estabele am os instrumentos de avalia o da receptividade dos alunos ad Sec o HI Instala es Artigo 50 Fun es museol gicas e instala es O museu deve dispor de instala es adequadas ao cumprimento das fun es museol gicas designadamente de conserva o de seguran a e de ex
22. Os programas de promo o do turismo devem proteger e valorizar as caracter sticas do Patrim nio Natural e Cultural IIS Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a A Carta de Turismo Cultural do ICOMOS 1976 caracteriza o turismo cultural como um factor social humano econ mico e cultural irrevers vel Este tipo de turismo apresenta se com o objectivo primordial de conhecer monumentos s tios hist ricos e art sticos ou qualquer elemento do patrim nio cultural Desempenha um efeito favor vel sobre estes pois contribuiu para a sua conserva o mas tamb m pode provocar efeitos negativos que devem a todo o custo ser evitados atrav s da educa o e de medidas E j 35 pol ticas consistentes 2 4 Perfil do Turista Cultural Considera se fundamental a defini o do perfil de turista cultural para compreender o comportamento e as expectativas do p blico que visita os museus Desta forma pode se adequar os produtos para o p blico deste segmento de forma a prestar actividades e programas que superem as suas expectativas Compreender os desejos interesses e necessidades dos clientes actuais e de potenciais afigura se um instrumento de estrat gia competitiva para os destinos tur sticos Segundo dados do PENT 2013 devido s mudan as estruturais da procura e influ ncia da actual conjuntura econ mica verificou se uma altera o no perfil do consumidor turista Os turistas estabelecem
23. Serrano Coordenador do projecto Cultura Avieira a Patrim nio Nacional e Respons vel pela Associa o de Desenvolvimento Integrado de Alpiar a AIDIA 4 Dra Ana Cristina Bento T cnica de visitas guiadas na Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 5 Dr Rui Gaspar Respons vel T cnico Biblioteca Municipal de Alpiar a 6 Sr Artur Carvalho Respons vel pelo Jornal Local A Voz de Alpiar a 7 Dr Nuno Prates Conservador da Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 8 Sr Henrique Santana Presidente do Clube Desportivo Os guias de Alpiar a Com base no trabalho de avalia o e organiza o de conte dos das entrevistas por e mail 113 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 114
24. a z o q e H a eS S 3S oO s Q a 1 S 4 Se gt o 8 Saw og o 2 6 2 5 H a 6 S A b oO S OC O T S a g g a E H s 2 2 ss 53 8 5 Bo ES g 3B amp o E x oo Ss on E A G a 2 z oS ss H Ss g 5 3 a pp OH K an 9 d og o o O gt 3 a a o Das do m O E oo aatons ER ac a hh ee ee EEEE 1 sia EAR i 5 E o 5 s TETE TTE S 6 is o gt o EU O E gt O gy o 2 H 338 E Tiro AS a 8 2 2 og amp 8 6 8s a g gt D ossos S 2 a Sow 2a E A zo H S ig U oP Rion E as o oO se 1 5 E 5 3 y a Egg 2O S Fe 8 gng Seog H E E in SB Es 8 SB 8 SE SE LES oh SS 8 ic 2 a o E 2 s g 2 2 Y 2 24 A o u H oa S a o 2 Q E o Sm mA E 9 o g Es 8 BG EDS 5 a Essas a o 35eg IO S E lt a go EB acd F ws BES AS EA H eS a SE SEEE SEEE SEEE PO EE t H H H H H H H H H Ss a H H 16 3 O H igs nl io H is 5 is H ia g B E ER lo E a is Bg ie B a i H E EREE j 2g i 2 ag ss ir Bs H E iu O 2 E io a o E 3 ix O 8 3S Sos H H Alo a Drxo lt i 77 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 7 o o S g n u B PR a ag a o a o a 6 a Bi ne O yt 2 So Q s Rs o o gt O Zw H S 5 5 6 E 888 5 E oe eee h ass s ve a5 2S amp lo amp Z PeE RRS SPB sy GeBRS SE EE E a ee ea meg as la SE E Q o 5 SB BUS aa oD m a S 2 a mos iD O q v gt O E DO 8 O Ss ot gt O Sh a O 3 E a a B Oo GE A a lIs aA 9 6 A go S 28 p ot 6 8B 0 o e
25. al m de suas fun es de preservar conservar pesquisar comunicar e expor os museus s o institui es ao servi o da sociedade voltadas para o estudo o lazer e educa o Cada vez mais o Museu tem investido no compromisso p blico de promo o da cultura desenvolvimento local e coes o social atrav s de actividades culturais educativas e sociais junto da sociedade A preocupa o com a comunica o na exposi o e com os grupos escolares principalmente e grupos seniores tem vindo a aumentar Se por um lado a comunidade escolar vem solicitando de maneira sistem tica visitas de estudo a Museus e exposi es tornando esta pr tica mais comum no mbito das ac es educativas e culturais propostas na educa o formal por outro ao tornar o Museu mais acess vel a grupos seniores de visitantes faz com que este p blico se sinta proactivo na sociedade Assim os Museus ao serem agentes de mudan a quer na rea da educa o quer na rea social s o importantes no processo de transforma o social da sociedade 3 3 Enquadramento legal dos museus Lei n 47 2004 A Lei n 47 2004 que aprova o Quadro dos Museus Portugueses foi aprovada a 19 de Agosto de 2004 e publicada em Di rio da Rep blica A Lei Quadro dos Museus est dividida em XII cap tulos subdivida em sec es e em artigos De um modo geral a Lei define o conceito de Museu estabelece os procedimentos a cumprir na cria o de novos museus identific
26. an lise de dados plano de ac o objetivos metas estrat gias e directrizes controlo e gerenciamento avalia o O invent rio entendido como um sistema de armazenamento de dados que tem como objetivos a gest o dos atractivos tur sticos de um munic pio ou regi o atrav s da gest o de informa es recolhidas em estudos j realizados garantindo a organiza o o tratamento a actualiza o e a difus o de dados respeitando e integrando as caracter sticas locais e regionais Silva 2006 6 3 Idem 3 Idem 3 Perantoni Silva e Nagabe s data ES 2 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a As informa es s o assim inseridas num sistema conforme a sua categoria juntamente com as respectivas fotografias e disponibilizadas via web para consulta de turistas moradores rg os governamentais imprensa pesquisadores e demais interessados A metodologia de elabora o do invent rio tur stico consiste no completo levantamento da oferta cultural e tur stica da localidade atrav s de uma equipa multidisciplinar de pesquisadores visitando os empreendimentos e atractivos do territ rio O invent rio tur stico uma ferramenta fulcral no processo estrat gico de planeamento tur stico de uma localidade ou identidade que promove os seus produtos tur sticos o passo inicial que fornece informa es detalhadas sobre o que o local oferece de atractivos patrim nio cultural
27. aumento da procura tur stica e tamb m o investimento por parte do sector p blico e privado Envelhecimento da popula o O concelho apresenta uma popula o muito envelhecida N o pertencer rede de museus O facto da Casa do Patudos n o pertencer a rede n o disp e de tantos apoios econ micos divulga o e projec o Sazonalidade da procura A procura tur stica inconstante ao longo do ano Rio Tejo O Rio Tejo uma mais valia para a regi o mas constitui tamb m uma amea a e um perigo quando ocorrem inunda es OPORTUNIDADES Maior interesse pelo patrim nio cultural Actualmente existe uma maior procura do patrim nio cultural os turistas est o mais despertos e atentos a este tipo de atrac es Localiza o fixa o de popula o Localiza o privilegiada que atrai a fixa o de popula o Facilidade no arrendamento de habita es Pr mios conquistados ao n vel da gastronomia e vinhos Restaurante O Portal da Vila j conquistou v rios pr mios no concurso Iguarias e Vinhos do Tejo concurso organizado pela CVRTejo Tamb m a Quinta da Lagoalva j foi galardoada com v rios pr mios nacionais e internacionais Quadro 7 An lise SWOT do Territ rio de Alpiar a e dos seus recursos tur sticos Elabora o pr pria De evidenciar que presentemente o concelho demonstra como for as alguns dos produtos estrat gicos contemplados em sede de PENT designa
28. criando um sentimento de inveja e intoler ncia e A cultura imaterial caso das dan as folcl ricas pode perder o seu valor aut ntico por ser exposta de forma encenada e Surgimento da acultura o Este ltimo item remete nos para um conceito importante a referir nesta tem tica o conceito de acultura o Este caracterizado por ser um processo pelo qual existe um empr stimo por parte da comunidade anfitri de um ou de mais elementos da cultura visitante sendo este processo resultado de um contacto de qualquer dura o entre duas sociedades diferentes H portanto uma perda de identidade e de autenticidade da comunidade receptora uma mercantiliza o cultural 48 Ferreira 2006 Ey GF Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a A cultura local deixa de ser fruto de costumes e tradi es resultante de um processo construtivo ao longo do tempo na hist ria de uma comunidade e passa a ser n o mais que uma mercadoria perdendo todo o seu valor aut ntico Segundo Cooper 2005 apud Doxey poder se o identificar quatro est gios de desenvolvimento tur stico quando est presente a interac o entre comunidade anfitri e o turista que permitem descrever a evolu o de sentimentos dos visitantes e dos visitados inerentes a este fen meno social Tendo em considera o que adapta o deste modelo se far realidade concreta de Alpiar a apresentam se aspectos que ser o in
29. de Mestrado Instituto Polit cnico de Tomar CIMLT 2013 Comunidade Intermunicipal da Lez ria do Tejo Online Dispon vel em http www ribatejodigital pt Acedido em 15 07 2013 COHEN Erik 1988 Authenticity and Commoditization in Tourism The Hebrew University of Jerusalem Israel COOPER Cris HALL C Michael and TRIGO Luiz Gonzaga Godoi 2011 Turismo Contempor neo Colec o Eduardo Sanovicz de Turismo Brasil COOPER C P 2006 Knowledge management and tourism Annals of tourism research Vol 33 N 1 UK Elsevier E Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a COOPER Cris Fletcher John Fyall Alan Gilbert David and Wanhill Stephen 2005 a ae E 3rd wis Tourism Principles and Practice edition Brasil COSTA Carlos 2005 Turismo e cultura avalia o das teorias e pr ticas culturais do sector do turismo 1990 2000 An lise Social vol XL 175 279 295 CULTURA AVIEIRA 2013 Cultura Avieira Online Dispon vel em http avieiros ipsantarem pt Acedido em 23 07 2013 CUNHA Lic nio 2008 Avalia o do Potencial Tur stico COGITUR Journal of Tourism Studies DENCKER Ada de F M 2004 Planeamento e Gest o e Turismo e Hospitalidade S o Paulo DICION RIO DE L NGUA PORTUGUESA 2013 Priberam Dicion rio Online Dispon vel em http www priberam pt Acedido em 23 11 2013 FERREIRA Lu s 2009 Planeamen
30. de divulga o de um destino ou servi o tur stico O poder da comunica o passa a palavra tem grande relev ncia para a dinamiza o dos espa os tur sticos um visitante satisfeito recomenda a visita aos amigos e familiares divulgando o local e o destino Sim E N o E N o Responde Gr fico 8 Recomendaria a visita ao museu a outras pessoas Express o adoptada pelos profissionais da rea da comunica o para designar a divulga o espont nea e informal que as pessoas fazem de um servi o ou destino tur stico TA Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a A satisfa o dos visitantes relativamente aos servi os do museu na sua maioria bastante satisfat ria os turistas revelam que se sentem muito satisfeitos com os servi os prestados pelo museu nomeadamente as infra estruturas de apoio e acessibilidades E Bom E Muito Bom Wi N o Respondem Gr fico 9 Como classifica os servi os do museu 5 3 S ntese do diagn stico A decis o de recolher dados obtidos em entrevista estruturada decorreu da percep o de que as elites locais tinham uma vis o sobre a Casa Museu nomeadamente no dom nio das medidas pol ticas Na elabora o do gui o de entrevista houve o cuidado de ordenar os objectivos espec ficos com a finalidade de perceber a atractividade a relev ncia o papel econ mico o servi o p blico a liga o comunidade e por ltimo a compreens o d
31. de forma a propiciar o seu acesso pelo p blico 2 O museu utiliza sempre que poss vel novas tecnologias de comunica o e informa o designadamente a Internet na divulga o dos bens culturais e das suas iniciativas Artigo 40 Exposi o e divulga o 1 O museu apresenta os bens culturais que constituem o respectivo acervo atrav s de um plano de exposi es que contemple designadamente exposi es permanentes tempor rias e itinerantes 104 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 2 O plano de exposi es deve ser baseado nas caracter sticas das colec es e em programas de investiga o 3 O museu define e executa um plano de edi es em diferentes suportes adequado sua voca o e tipologia e desenvolve programas culturais diversificados Artigo 41 Reprodu es e actividade comercial 1 O museu garante a qualidade a fidelidade e os prop sitos cient ficos e educativos das respectivas publica es e das r plicas de objectos ou de esp cimes bem como da publicidade respectiva 2 As r plicas s o produzidas e assinaladas como tal para evitar que sejam confundidas com os objectos ou com os esp cimes originais 3 Sem preju zo dos direitos de autor compete ao museu autorizar a reprodu o dos bens culturais incorporados nas condi es estabelecidas no respectivo regulamento Sec o VIII Educa o Artigo 42 Educa o 1
32. e Tipologias PRATES Nuno 1997 C mara Municipal de Alpiar a Hist ria e Monumentos Online Dispon vel em http www cm alpiarca pt Acedido em 02 06 2013 PRIMO Judite 2006 A Import ncia dos Museus Locais em Portugal in Cadernos de Sociomuseologia n 25 dG Fh Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a REDE REGIONAL 2012 Avieiros empenhados na recupera o da aldeia do Patac o Online Dispon vel em http www rederegional com index php entertainment 1323 avieiros empenhados na recuperacao da aldeia do patacao html Acedido em 02 06 2013 RIBATEJO DIGITAL 2013 Ribatejo Digital Online Dispon vel em http www ribatejodigital pt Acedido em 02 06 2013 SANTOS C 2006 Cultura Turismo e Patrim nio Um Caminho para a Educa o Ambiental O Museu Viriato Tese de Mestrado Universidade de Coimbra SANTOS Joana 2011 As cidades criativas como modelo dinamizador do destino tur stico Disserta o de Mestrado Instituto Polit cnico de Tomar SILVA Roberta 2006 Invent rio Georreferenciado do Patrim nio Cultural P s Gradua o em Turismo Ordenamento e Gest o do Territ rio Lousada TLVT 2013 Turismo de Lisboa e Vale do Tejo Online Dispon vel em http www turismolisboavaledotejo pt Acedido em 23 09 2013 TP 2013 Turismo de Portugal Carta Internacional do Turismo Cultural Online Dispon vel em http www turi
33. e imateriais dos povos e seus ambientes Ainda segundo o princ pio do ICOM os museus s o respons veis pelo patrim nio natural e cultural material e imaterial As autoridades de tutela e todos os respons veis pela orienta o estrat gica e a supervis o dos museus t m como primeira obriga o proteger e promover este patrim nio assim como prover os recursos humanos materiais e financeiros necess rios para este fim 57 ICOM Portugal 2009 hy on Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a No mbito desta disserta o considera se que a Casa Museu de facto comp sita com as tr s vertentes anteriormente fixadas 3 2 A fun o social do museu no desenvolvimento do territ rio Rela o entre Homem Objecto Cen rio Modelos Museu tradicional P blico Colec o Edif cio institucionais ne o Novo museu Popula o Patrim nio Territ rio Quadro 5 Modelos Institucionais Fonte Adaptado de C ndido 2007 A Casa Museu tem como miss o investigar conservar valorizar interpretar difundir in situ o testemunho do legado Relvas reportado a um territ rio e envolvente social em que se insere contribuindo dessa forma para a constru o e para o enriquecimento das mem rias colectivas no refor o das identidades locais assentes em recursos patrimoniais e no desenvolvimento sustentado Os museus devem assumir uma fun o social no desenvolvimento
34. e que podem assumir se como impulsionadores de outras actividades estimulando desta forma a economia local O caso apresentado nesta Disserta o de Mestrado envolve a Casa dos Patudos Museu de Alpiar a que como foi referido durante a investiga o assume se como um polo dinamizador da economia na regi o pelas suas caracter sticas singulares e valor nico Atrav s dos inqu ritos realizados aos visitantes do Museu e das entrevistas efectuadas a personalidades de Alpiar a comprovou se que a Casa dos Patudos assume se como ncora para impulsionar o desenvolvimento tur stico do concelho de Alpiar a que alicer ada a outros recursos existentes no territ rio podem dinamizar o territ rio e estender o seu potencial a outros territ rios Confirmou se com a investiga o que pode assumir se com uma imagem de marca para o concelho pela sua qualidade e singularidade que a torna t o peculiar A investiga o realizada no territ rio de Alpiar a demonstrou que o concelho disp e de importantes recursos tur sticos al m do produto ncora apresenta vantagens competitivas ao n vel de outros produtos defendidos em sede de PENT Touring Cultural e Religioso Gastronomia e Vinhos e Turismo de Natureza As tend ncias de mercado passam por uma aposta cada vez mais acentuada na criatividade no empreendedorismo e na inova o dos espa os tur sticos Desta forma apresentou se como proposta futura a cria o da Rota Relvas um produ
35. es de turismo cultural Fonte Carvalho 2011 Segundo consta no PENT 2007 o desenvolvimento do produto turismo cultural deve assentar em tr s pilares utilizar elementos culturais portugueses para anima o promover elementos da cultura portuguesa como parte integrante dos produtos tur sticos e promover o talento mar timo de Portugal como factor diferenciador O patrim nio cultural e natural constituiu se como um bem pertencente a todos cada um de n s tem tendo o direito e o dever de usufruir e de cuidar dele O patrim nio assume se como um conceito amplo que incluiu tanto o ambiente natural como o cultural Est o inseridos neste conceito paisagens locais hist ricos e monumentais colec es tradi es e festividades tradicionais Os objectivos da Carta Internacional do Turismo Cultural s o e Facilitar e encorajar as pessoas envolvidas na conserva o e na gest o do patrim nio a tornarem o significado desse patrim nio acess vel comunidade residente e aos visitantes e Facilitar e encorajar a ind stria do turismo a promover e a gerir o turismo sob formas que respeitem e que valorizem o patrim nio e as culturas vivas das comunidades residentes CS To EE Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a e Facilitar e encorajar o di logo entre os interesses da conserva o e a ind stria do turismo sobre a import ncia e a natureza fr gil dos s tios patrim nio das colec e
36. estat sticos sobre a actividade tur stico na regi o da Lez ria do Tejo Ny A Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Bibliografia AIDIA 2010 Associa o Independente para o Desenvolvimento Integrado de Alpiar a Online Dispon vel em http aidiablogue blogspot pt 2010 05 01 archive html Acedido em 12 08 2013 ALMEIDA Ant nio Rafael Barbosa e MOURA Anna Karla Cavalcante 2009 A Atua o do Trade no Invent rio Tur stico de Jo o Pessoa a Partir da tica dos Alunos Pesquisadores Online Dispon vel em http eventos univerciencia org index php semin ANPTUR 2009 paper viewFile 369 10 Acedido em 16 08 2013 APOM 2013 Associa o Portuguesa de Museologia Online Dispon vel em http www apom pt Acedido em 16 08 2013 AVELINO Jos Lu s Madeira Avelino 2013 C mara Municipal de Alpiar a Geografia F sica Online Dispon vel em http www cm alpiarca pt Acedido em 16 08 2013 AVILLEZ Vasco 2013 Guia T cnico Enoturismo Online Dispon vel em http guiastecnicos turismodeportugal pt pt enoturismo Acedido em 16 08 2013 AZEVEDO Carla 2010 O Lugar e o Papel da Educa o nos Museus Municipais O Ecomuseu Municipal do Seixal Universidade de Lisboa Faculdade de Belas Artes BARRETO Margarita Barretto 2000 Patrim nio Defini o e Problem tica in Turismo e Legado Cultural Campinas Ed Papirus BENI M rio
37. estudos de p blico e de avalia o em ordem a melhorar a qualidade do seu funcionamento e atender s necessidades dos visitantes Artigo 58 Apoio aos visitantes O museu deve prestar aos visitantes informa es que contribuam para proporcionar a qualidade da visita e o cumprimento da fun o educativa Cy 107 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Anexo 3 Planta da Casa dos Patudos s culo XX MENNE dn ul N it f A Mg aa im th CUT Ses Fonte Direc o Geral dos Edificios e Monumentos Nacionais Catalogo da Exposi o Jos Relvas O Conspirador Contemplativo 2008 108 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Anexo 4 Projecto da Casa dos Patudos s culo XX Ra l Lino LL 4 E L m z ud ee O e 288 5 4 p poppa megaa a A a a pore PE y a y i Bu t REDE Re Des ie P 1 f E a re PRE Rs 4 Soa x de a Mir qan opu cau geu ten a MO RO ED ten te ira Fonte Esp lio Ra l Lino Biblioteca de Arte Funda o Calouste Gulbenkian Cat logo da Exposi o Jos Relvas O Conspirador Contemplativo 2008 109 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Anexo 5 Inqu rito aos visitantes da Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Question rio de avalia o da satisfa o dos visitantes da Casa dos Patudos M
38. fun es museol gicas No Cap tulo II o artigo 7 estabelece quais as fun es museol gicas a Estudo e Incorpora o b Incorpora o c Invent rio d Conserva o e Seguran a f Interpreta o g Educa o O artigo 13 apresenta a pol tica de incorpora o de bens culturais integrados no acervo do Museu que compreende as seguintes modalidades a Compra b Doa o c Legado d Heran a e Recolha f Achado Outro ponto importante a Pol tica de Conserva o Sec o V Artigo 27 e Seguran a Sec o VI Artigo 32 O Museu tem o dever de conservar todos os bens culturais nele incorporados assim como garantir medidas preventivas sua deteriora o regularizando os n veis de ilumina o temperatura e humidade Estas medidas de conserva o e preserva o estendem se tamb m s reservas que devem estar instaladas em reas E ainda cada ao museu deve dispor de um plano de seguran a testado de modo a garantir a preven o de perigos e a respectiva neutraliza o Dentro do mesmo cap tulo a Sec o VII Interpreta o e Exposi o refere quais os meios de interpreta o e exposi o que o Museu utiliza para dar a conhecer ao p blico os seus bens culturais atrav s recorrendo sempre que poss vel s novas tecnologias de comunica o Es He FE Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a No artigo 86 no Programa Museol gico s o d
39. identificar e caracterizar os bens culturais incorporados ou incorpor veis e para fins de documenta o de conserva o de interpreta o e exposi o e de educa o Artigo 9 Dever de investigar 1 O museu promove e desenvolve actividades cient ficas atrav s do estudo e da investiga o dos bens culturais nele incorporados ou incorpor veis 2 Cada museu efectua o estudo e a investiga o do patrim nio cultural afim sua voca o 3 A informa o divulgada pelo museu nomeadamente atrav s de exposi es de edi es da ac o educativa e das tecnologias de informa o deve ter fundamenta o cient fica Artigo 10 Coopera o cient fica O museu utiliza recursos pr prios e estabelece formas de coopera o com outros museus com tem ticas afins e com organismos vocacionados para a investiga o designadamente estabelecimentos de investiga o e de ensino superior para o desenvolvimento do estudo e investiga o sistem tica de bens culturais Artigo 11 Coopera o com o ensino O museu deve facultar aos estabelecimentos de ensino que ministrem cursos nas reas da museologia da conserva o e restauro de bens culturais e de outras reas disciplinares relacionadas com a sua voca o 103 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a oportunidades de pr tica profissional mediante protocolos que estabele am a forma de colabora o as obriga es e p
40. interage com novos produtos e inova es tecnol gicas e desta maneira se apresenta espontaneamente para o consumidor Neste sentido entende se por vantagem competitiva a capacidade de atrac o tur stica de um elemento sobre elementos cong neres num mesmo mercado pode se referir que poss vel estabelecer uma escala de atractivos em Alpiar a a partir de uma lista que poder ser a seguinte Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Barragem dos Patudos Reserva Natural do Cavalo Sorraia Aldeia Avieira do Patac o Natureza preservada Patrim nio arqueol gico e hist rico Mem rias do passado rural Proximidade com o Tejo ua bo Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Patrim nio vin cola Produ o hort cola mel o Tradi es e costumes Cicloturismo e Triatlo O Concelho de Alpiar a apresenta vantagens competitivas que o diferenciam dos outros munic pios pr ximos Um dos pontos cruciais que revela estas vantagens sem d vida a inser o da comunidade local nas actividades desenvolvidas que podem ser canalizadas para o neg cio pois o turista gosta de sentir e perceber que o destino tur stico revela a popula o local e a cultura que lhe est associada Isto t o mais importante no turismo cultural porque ele resulta da procura de clientes geralmente cultos e informados que ajudam a criar essa vantagem competitiva agregando valor a e
41. ligado terra O mel o como outros produtos hort colas impulsiona a economia do concelho atrav s da sua exporta o No sector vin cola este concelho apresenta vinhos de grande qualidade produzindo as v rias casas agr colas existentes vinhos destacados e galardoados com v rios pr mios nacionais e internacionais como o caso da Quinta da Lagoalva da Casa Agr cola Paci ncia do Pinhal da Torre ou da Adega Cooperativa de Gouxa Lamentavelmente apenas conseguiu se apurar dados estat sticos relativamente Casa Museu os restantes produtos n o possuem dados n meros oficiais que comprovem a procura interesse tur stico N o tendo sido poss vel obter dados estat sticos neste estudo isso n o invalida que num futuro pr ximo eles sejam recolhidos caso exista a necessidade de elabora o de um plano de desenvolvimento tur stico EE FG Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Restaurantes do Museu de Alpiar a Barragem dos Patudos concelho Igreja de St Eust quio Rio Tejo Casas Agr colas Esta es Reserva Natural do Provas de vinhos D ias CAVALO SATAA Visitas guiadas s Tradi es Vala de Alpiar a adegas e vinha Aldeia Avieira do Produtos hort colas Patac o com destaque para o mel o Figura 4 Recursos tur sticos do Territ rio de Alpiar a Elabora o pr pria 1 6 1 Turismo Cultural e Religioso No concelho de Alpiar a destacam se como produtos de
42. mat rias com destaque para a l ngua francesa Ainda muito jovem casa em 1853 com Margarida Mendes de Azevedo filha dos viscondes de Podentes Deste casamento nascem cinco filhos destacando se Jos Relvas grande defensor da Rep blica Carlos Relvas era monarca e adepto de actividades desportivas ao ar livre e da taurom quica chegando at a ter uma pra a de touros privada na Goleg Interessado e sempre descoberta de novas inven es com uma curiosidade intermin vel coloca a sua faceta sobretudo ao servi o da fotografia No entanto expande a suas inova es a outras reas criando um bote salva vidas revolucion rio o sempre em p que tinha a caracter stica de voltar a posi o inicial sempre que se virava no in cio dos anos 60 do s culo XIX que Carlos Relvas come a a ganhar interesse pela rea da fotografia onde adquire as suas primeiras m quinas e monta um ateli de fotografia no seu jardim Carlos Relvas fotografou no seu est dio toda a sociedade portuguesa desde camponesas e mendigos at aristocracia Fotografou tamb m paisagens e monumentos por todo o pa s e no estrangeiro tinha um grande apre o por fotografar animais sendo o seu trabalho essencial para o estudo da tourada A Casa Est dio foi um projecto arrojado e pormenorizadamente concebido pioneiro de uma arquitectura de mudan a que moldava espantosamente a arte e a 38 C mara Municipal da Goleg 2006 8 Casa Est dio
43. moeda do escudo Foi Embaixador de Portugal em Espanha e ainda Chefe de Governo e Ministro do Interior 1919 Jos Relvas ocupou se da gest o das propriedades da fam lia a partir de 1882 tinha apenas 23 anos A quinta produzia cereais azeite corti a e vinho contudo Relvas empenhou se particularmente neste ltimo dom nio reformou o plantio as castas e a produ o Em 1900 JR visitou a Exposi o Universal de Paris e a conheceu o ent o jovem arquitecto Ra l Lino da Silva Os seus trabalhos como arquitecto iriam influenciar decisivamente Jos Relvas a ponto de o escolher quatro anos mais tarde para reformular a Casa dos Patudos em Alpiarca O bom momento empresarial suportado pelas produ es da Quinta dos Patudos e pelos investimentos realizados permitiram a Jos Relvas redimensionar algumas das edifica es da quinta nomeadamente o Lagar e a Resid ncia Ra l Lino era um arquitecto dotado de uma cultura europeia marcada pela robustez dos seus crit rios e compet ncias representava o triunfo de um novo paradigma arquitect nico de que a Casa dos Patudos haveria de ser o seu primeiro exemplar Em Raul Lino Relvas ter visto tamb m interesse e capacidade de sintetizar uma arquitectura promotora de valores nacionais capaz de conceber e materializar um modelo de casa de fei o culturalista e inovadora para a poca Raul Lino projectou a casa em 1904 sendo constru da entre 1905 1909 anexo 3 e 4 Destac
44. ncia estrat gica do sector mas tem tamb m como objectivo garantir o planeamento das diversas pol ticas p blicas que interv m com no turismo possibilitando assim uma estrat gia equilibrada e um desenvolvimento sustent vel Relacionar o turismo e a cultura significa colocar em di logo dois termos complexos O turismo alimenta se do passado mas tamb m dessa for a viva que prov m dos quotidianos em especial nos locais visitados O turismo cultural motivado pela procura de informa o de novos conhecimentos de intera o com outras pessoas comunidades e lugares do interesse cultural dos costumes da tradi o e da identidade cultural Esta atividade tur stica baseia se na liga o entre o passado e o presente o proximidade e a conviv ncia com o legado cultural com tradi es que foram incutidas pela din mica do tempo Figueiredo 2013 apud Monastirsky 2006 refere que o espa o geogr fico composto pelo patrim nio cultural e que se apresenta como um bem fundamental na an lise da sua organiza o O espa o geogr fico historicamente produzido deve ser estudado a partir da sua funcionalidade e dos significados que os diversos elementos apresentam atrav s da composi o do passado com o tempo presente O patrim nio cultural hist rico assim constitu do pelas mem rias do tempo mas tamb m pelos olhares do presente Como se sabe o patrim nio hist rico e monumental constituiu uma p
45. ncia estrat gica no desenvolvimento do produto em Portugal Evidenciam se como factores de competitividade de Portugal para este produto Patrim nio e rotas religiosas como Braga Bom Jesus de Braga Sameiro S o Bento da Porta Aberta Guimar es Santu rio de Nossa Senhora da Penha Porto Lisboa as judiarias F tima local de peregrina o do culto mariano Vasto e diverso patrim nio hist rico e cultural Cultura popular e tradi es genu nas Diversidade cultural e paisag stica a curta dist ncia Alojamento em meio rural de qualidade e variado Hospitalidade Segundo Fiandeiro citando Curado 1996 apud Palma 1991 a OMT 1985 identifica o turismo cultural como sendo o movimento de pessoas essencialmente por motivos culturais incluindo visitas de grupo visitas culturais viagens a festivais visitas a s tios hist ricos e monumentos folclore e peregrina o O turismo cultural n o deve ser apenas a explora o e valoriza o da cultura da pedra como edificios s tios e monumentos hist ricos mas tamb m produtos e servi os que incluam a gastronomia folclore atrac es populares artesanato etc Autor Fonte Defini o de Turismo Cultural O termo Turismo Cultural designa uma Andrade J Fundamentos e Dimens es do modalidade de turismo cuja motiva o do Turismo Belo horizonte Editora tica 8 ed deslocamento se d segundo Andra
46. particulares do concelho de Alpiar a mas sim uma tend ncia nacional A localiza o de Alpiar a tem as seguintes coordenadas geogr ficas Latitude 39 14 53 55 N e Longitude 8 3521 6270 1 2 1 Geomorfologia Em termos geomorfol gicos o concelho de Alpiar a faz parte da unidade da Bacia Sedimentar do Tejo Sado As rochas sedimentares que constituem os solos da regi o de Alpiar a s o basicamente arenitos argilas e principalmente areias devido sua proximidade ao Rio do Tejo e ao processo de eros o que este provoca 2 A superf cie do territ rio predominantemente plana de baixa altitude resultado da acumula o sucessiva de materiais resultantes da conflu ncia de cursos de gua A cota de altitude mais baixa ronda os 10 metros acima do n vel da gua do mar O ponto mais elevado acidentado de Alpiar a tem a cota altim trica de 130 metros A altitude m dia do centro urbano da vila da ordem dos 40 m O concelho pode se dividir em duas reas distintas campo onde predomina a explora o agr cola e vin cola e montado onde a paisagem composta por sobros pinheiros e eucaliptal A rede hidrogr fica do concelho marcada pela presen a do Rio Tejo a Vala de Alpiar a e a Barragem dos Patudos Rica em recursos aqu feros e solos f rteis resultam em grandes e intensivas explora es agr colas que s o a principal riqueza econ mica para a regi o INE 1 C mara Municipal de Alpiar a Ss
47. prioridade em realizar f rias perto de casa com a fam lia preferindo a estabilidade consumos racionalizados gastos apenas no fundamental sem grandes excessos maior prud ncia no acto da compra ao n vel da rela o qualidade pre o aumento da escolha de marcas brancas e maior dificuldade de fideliza o O cliente de touring procura essencialmente descobrir e conhecer o territ rio atrav s da sua paisagem povoa es e cidades hist ria e cultura gentes e tradi es Desta forma uma parte fundamental do valor que o destino oferece encontra se na beleza e singularidade desses factores Para destacar o valor inerente desses factores o destino dever certificar se de que est o reunidas todas as condi es poss veis para que as a ae 3 atrac es possam ser visitadas 35 Pereiro 2009 PENT Produto Touring Cultural 2009 CS a RE Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Visita a atractivos de interesse Visita a cidades Conhecer paisagens Visita a museus espect culos Descansar Conhecer pessoas Desconectar Conhecer a culin ria local 0 20 40 60 Gr fico 1 Principais actividades que realizam os viajantes de touring Fonte PENT Produto Touring Cultural 2009 apud European Travel Monitor 2004 IPK Neste sentido torna se fundamental oferecer aos consumidores propostas consistentes com rotas e percursos definidos com uma vasta inf
48. Carlos 2012 Bases Territoriais e Redes do Cluster de Turismo 1 Edi o Editora Manole Ltda Brasil C NDIDA Manuelina Maria Duarte 2007 A Fun o Social dos Museus Museu da Imagem e do Som do Cear CASA EST DIO CARLOS RELVAS 2013 Casa Est dio Carlos Relvas Online Dispon vel em http www casarelvas com site pt Acedido em 10 08 2013 CS A Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a CM DE ALPIAR A 2012 Grandes Op es do Plano GOP Online Dispon vel em http www cm alpiarca pt Acedido em 10 05 2013 CM DE ALPIAR A 2013 C mara Municipal de Alpiar a Online Dispon vel em http www cm alpiarca pt Acedido em 10 06 2013 CM DA GOLEG 2013 C mara Municipal da Goleg Online Dispon vel em http www cm golega com Acedido em 10 06 2013 CM DA GOLEG 2006 Carlos Relvas e a sua Casa Est dio CASTELLS Manuel e CARDOSO Gustavo 2005 A Sociedade em Rede Do Conhecimento Ac o Pol tica CARTA EUROPEIA DO ENOTURISMO 2006 Turismo de Portugal Online Dispon vel em http www turismodeportugal pt Acedido em 10 05 2013 CARVALHO J Eduardo 2009 Metodologia do Trabalho Cient fico Saber fazer da investiga o para disserta es e teses Escolar Editora CARVALHO Rui 2011 Os eventos culturais e criativos poder o ou n o contribuir para uma imagem diferenciadora do destino tur stico maduro Disserta o
49. Carlos Relvas Idem Idem Idem alo Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a tecnologia em pedra estuque ferro e vidro A incumb ncia da obra ficou responsabilidade do arquitecto Henrique Carlos Afonso demorando cerca de quatro anos a ser constru da A exig ncia e o rigor postos na sua constru o indicam que ter sido Carlos Relvas o seu principal promotor A casa de estrutura em ferro composto por dois pisos mantendo hoje a sua imagem original decorada ao estilo rom ntico o que lhe atribuiu uma certa monumentalidade Carlos Relvas deixou um singular patrim nio de imagens que o consagram como um artista de excel ncia mas tamb m a peculiar obra da Casa Est dio da Goleg nica no seu estilo a n vel mundial para sempre ligada sua obra e ao seu projeto de vida 6 2 2 Miss o da rota A presente rota tur stica tem como principal miss o a valoriza o e promo o tur stica do patrim nio da fam lia Relvas no Ribatejo Esta rota pretende chegar a todos os seus p blicos alvo atrav s de uma oferta diferenciada e de qualidade distinguindo se como um produto de turismo cultural de excel ncia O Patrim nio Familiar o Legado Relvas no Ribatejo um recurso com todas as condi es para se afirmar como marca tur stica da regi o Cooper Hall Trigo 2011 apud Morrison e Anderson 2002 referem que a atribui o de marcas o processo usado para
50. Casa dos Patudos Museu de Alpiar a CE E AROS en ae o i H s D H o 3 E g O s F H 3 g H o S 5 E usos SEE a s an np g vy s 3B 8 oO H o p os o S H o o sg r H fa a me O Sa o i ks is gt a i S28 es 32 8 ls Bs Baad D IS O 1 3 28 2 22E Is aA Ew Go g H a 5 N fe D E a 5 y 1 ESEC F amp F 8 E ndo BS Ss ni iii SS np bs bb ss ss js sb sb ss js bs ss js ss an e e a n 4 a H fo S H q H EE EEEE SS EEEE EE EEE EE EEEE OEE EEEE EEEE a eee eee AEEA AA AEEA 4 a o 1 o 1s on E fa gt gait z 28 3 i Sis a en O y o sa p A e 8 zs OS 8 ig Zo 2 z S 2 i ta Q g 3 2 On 3 5 DS of S 3 Yon AA A Ens i ca p amp a 2 Bs V oglio gs Sos 8 o E a H 5 Ss E O N a Des a 2 q D Som 1 5 S g ra Es S 2 2 StS Se wey igieE a a lt H Soo a 23 E 18 2528 8 as E E H a Q H o oO I v S 2o 5 3s 8 reese se siO FReRgsaseeEss sss H B A SN a IS O a a EO E AR NA H E p 4 H 2 o 3 a H j 2 os ks as a Bh N S q S gg amp 8 2 3 A gl Ss q CAs d w SE s a gt S of f E 5 B Eh og S c a a55 Z2 A O 2 P5ESES 2 a8 gl s o gt E a DAS 6 ETD Ss E as 6 Ss E g o B D Ss a E 51 S 2 SAS E EBESR EA SS El SR Den ER TARA LA SS FA AUG SR SE a E OL ae OI E SE 4 a arara aero on 4 H o 3 mn H 2 On ox 3 o H 3 s g A 5 T E H S o 5 5 D A O E 2 3 H o 2 6 a g ks a D q
51. Chamusca Salvaterra de Magos e Santar m Figura 2 Localiza o Geogr fica da regi o da Lez ria do Tejo Fonte http www geocaching com Localizada na margem esquerda do Rio Tejo Alpiar a uma vila ribatejana pertencente ao Distrito de Santar m e sede de Concelho um dos cinco munic pios de Portugal que possui apenas uma freguesia com cerca de 94 km de territ rio Para al m de rede urbana de Alpiar a o concelho constitu da por quatro n cleos habitacionais Frade de Cima Frade de Baixo Casalinho e Gouxaria O munic pio delimitado a nordeste e leste pelo munic pio da Chamusca a sueste e sudoeste por Almeirim e a noroeste por Santar m Segundo dados revelados no ltimo Censos de 2011 a popula o do concelho de fixou se nos 7 702 habitantes perdendo 322 de habitantes relativamente ao ano de 2001 A densidade populacional de 80 habitantes por km2 valor inferior m dia nacional 113 10 C mara Municipal de Alpiar a a Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a habitantes por km2 mas ainda assim superior m dia da sub regi o da Lez ria do Tejo 58 habitantes por km2 As oscila es demogr ficas verificadas nos ltimos anos s o causadas por um lado por factores migrat rio no concelho e por outro pela quebra acentuada dos n veis de fecundidade O envelhecimento demogr fico e a diminui o da popula o em idade activa s o fen menos n o
52. Fe Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 1 3 Acessibilidades As redes vi rias de comunica o a dist ncia e o tempo de viagem podem ser considerados como factores determinantes na escolha dos destinos por parte da procura Alpiar a constitui um ponto de liga o entre v rias localidades do Ribatejo Almeirim Santar m Chamusca Goleg Coruche Salvaterra de Magos s o os principais munic pios circundantes Para al m da sua privilegiada localiza o no cora o do Ribatejo dista 10 km da Capital de Distrito Santar m 93 km de Lisboa lhora de viagem 220km de Badajoz 2h20 de viagem disp e de boas acessibilidades rodovi rias E N 118 Al e A13 Outro aspecto importante a informa o clara e dispon vel de como chegar ao local de destino Um local destino provido de boa sinaliza o e a coloca o de placas informativas em pontos estrat gicos incrementam o fluxo tur stico e facilitam a viagem ao visitante Ponto Combra 4 Porto de Mos i y Cartas Mora Ponte de Ste 1 T Rede Vi ria Fundamental IP i ra Marmece Rede Vi ria Complementar IC Estradas Nacionais Rede Ferrovi ria Limite de Concelho Sede de Concelho 75 Km a Figura 3 Principais redes vi rias do concelho de Alpiar a Fonte C mara Municipal de Alpiar a 1 1 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a O con
53. NZ 7y Instituto Polit cnico de Tomar Escola Superior de Gest o de Tomar TURISMO MUSEUS E TERRIT RIOS CASA DOS PATUDOS MUSEU DE ALPIAR A Disserta o de Mestrado Tatiana Filipe Antunes Gomes Mestrado em Desenvolvimento de Produtos de Turismo Cultural Tomar Dezembro 2013 NZ Em Instituto Polit cnico de Tomar Escola Superior de Gest o de Tomar Tatiana Filipe Antunes Gomes TURISMO MUSEUS E TERRIT RIOS CASA DOS PATUDOS MUSEU DE ALPIAR A Disserta o de Mestrado Orienta o Doutor Lu s Mota Figueira Professor Coordenador do Departamento de Gest o Tur stica e Cultural do Instituto Polit cnico de Tomar Coorienta o Mestre Carlos Veloso Professor Coordenador do Departamento de Gest o Tur stica e Cultural do Instituto Polit cnico de Tomar Disserta o apresentada ao Instituto Polit cnico de Tomar para cumprimento dos requisitos necess rios obten o do grau de Mestre em Desenvolvimento de Produtos de Turismo Cultural O autor escreve de acordo com a antiga ortografia RESUMO O territ rio nacional disp e de um vasto e variado patrim nio cultural Actualmente assiste se a um aumento na procura pelo turismo cultural assim como maior interesse em conhecer outros lugares e outras culturas Os Museus apresentam se neste cen rio como importantes atractivos tur sticos potenciadores e dinamizadores dos territ rios Sendo o objectivo principal desta investiga o analisar e demonst
54. Patudos Museu de Alpiar a ndice de Quadros Quadro 1 Defini es de turismo cultural cc eee ceeereereerererereererereererecereraees 31 Quadro 2 Perfil e h bitos de consumo dos turistas que realizam viagens de fouring 35 Quadro 3 Tipos de experi ncias vsicissascesiseasdactvsasiaucsaegedarasnssadevenedencasqccedendessdedesssecdevassbaattes 36 Quadro 4 Pir mide emocional Adapta o da Pir mide de Maslow 37 Quadro 5 Modelos Institucionais 0 0 0 0 cccccsessccececcceceesensesecececcceceesenseseceseceesesersseaeeeeees 48 Quadro 6 Debates correntes na gest o do patrim nio cultural e turismo 54 Quadro 7 An lise SWOT do Territ rio de Alpiar a e dos seus recursos tur sticos 67 Quadro 8 Quadro s ntese das CNtrevistas ccssccccessssececesssececsessececssseeeeeeeseseeeeeseseeeenes 79 Quadro 9 Visitantes Casa dos Patudos 2011 2013 Elabora o pr pria 81 Quadro 10 Apresenta o e caracteriza o da Rota Relvas ssssssessesssesssesesseesssressees 88 ndice de Anexos Anexo Decreto 2 96 de 6 de Mar o sssssssesssssssessseesssseesseesseesseesseressseessressersseresseesssets 99 Anexo 2 Lei Quadro dos MUSECUG cccccecesssssssecececceeceesesseaeceseceeseeenseseceeeeseseeesaaes 101 Anexo 3 Planta da Casa dos Patudos s culo XX ccccccssesesceccccccssssssseesccesses
55. R BB a ss D p Ss as IS 8 O gt oO q gt A RO o mA is er Oo 5 a sa ID S gs RD E LEZ asym 555 Egge EGH p q e n ies mos ss ses aka Eto G se Loss Bs 2 6 8 io 5 amp seu a o ade a dos 1 cultural a o n ve Patudos por ada o mu comunid coorden dos destinos da Cas politicas melhoria estreita S s o 5 5 Ea o raz es s s o O Servi o de sas agr colas guiada o museu disponibiliza 1 ntos que n o te ae aura o as a n vel a regiao import ncia n o exis constrangime N o porque atractiv ajudam no dinamizam o com rcio e rest loc d Relv O museu de restaura o ocupa o hoteleira Aumento do n mero O museu dinamiza a e aumenta a taxa de o s 2 g a o g 9 On So 3 o E 8 ws os 2 E E S o S a S a E E o 8 o o Dogs Sa Bros Ro s o Ss 2 N q GS E Nos S 5 a 2 S 3 4 gs s 5 os 2 o Ss Al 0 6 o Rat l Hei N gt fa te q Ds f Aa N a B Q o 3 f o Ta oe a Su CE f 5 D nA S o gt O l ra E o D gt O 2 5 2 q oO A Q a E Q an og o Paio 3 bos DU Sa E gos os 2 ay E 5 8 5 6 Ss 5 5 S 5 2 E s SB SF o Ss o zF BSE ER FE 0 G s Ev Es 3 s Es ead Fae tb FF DH SF Oo a gt SF SH Gos amp ae A Ss j so 3d 3 A 3 o 2 3 So 4 E su Es Ss q S g BS fo o Sy ag zs 2 g 2 eB 3 o Easy g 5 Es Ss Bh E amp a Ea es 8S
56. S Iconografia de Jos Relvas Personalidade importante da hist ria do pa s uma figura que ser sempre associada Rep blica Singularidade e notoriedade Casa Museu com uma das maiores colec es privadas do pa s de valor incalcul vel Patrim nio Cultural e Arqueol gico Detentor de um vasto patrim nio cultural Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Igreja de St Eust quio Esta es Arqueol gicas Cultura Avieira Infra estruturas e equipamentos de apoio Disp e de v rias infra estruturas de desporto pista de ciclismo zona desportiva dos Patudos est dio municipal complexo das piscinas municipais de feiras salas de pavilh es e exposi es confer ncias e apoio a eventos 81 TAPMEI 82 Idem FRAQUEZAS Falta de Site N o existe um site dedicado a Casa Museu Falta de informa o Encerramento do Posto de Turismo Falta de informa o tur stica no concelho e de apoio ao visitante Promo o e divulga o Aus ncia de promo o e divulga o dos v rios atractivos tur sticos juntos das entidades competentes e dos p blicos alvo Com rcio e artesanato Pouco com rcio tradicional nomeadamente lojas de artesanato local Capacidade hoteleira Baixa capacidade de alojamento Recursos humanos Falta de recursos humanos qualificados na rea do turismo o que se traduz na insuficiente Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Ga
57. Ss BD 8 S pe o E 9g E o 9 a FF B 2 ff YF 8 Eo o Fo VE g y p 2 8 8 5 dE 2 5 sap Se 8 2 a 6 Ho Q GN 2 V aS D a Soma TB o E S 8B 3 3 3s os Q e e 5 o Q O gt A BL Ss 5B 656 amp amp L ESSE a ES nm lt E A o 2 2 5 38 z 3 BaB o A 2 S 2 a 0 N S gt Soma 3 0 Fr lt a Vaso Q A o o v 2 gt N gt cS o ee OS 5 2 lt Q 35 o s S q s 3 S o E DE JS 6 a ac 5 Es es 5 BE 5S 3 E A me amp a lt q Bs 78 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Alpiar a aut rquico mais in meras desenvolvim importante do apoio aos comunidade H H i H H i H H H H H i importante obras de arte ento da i pa s v rios H H H H i H i H H H H H H H H H i H H que economia H i eventos que i l j i j j i H i contempla local serealizam i j i i i H H 1 no seu H i no museu H H H l l l l l H ias i H H H Interior H H H H H H H H H H l Homann nnn nanan nnn can nana nn 4 t nom F 4 t O nn nnn nnn nnn nnn nnn nana 4 Ana Cristina Bento Import ncia O vasto e iA O museu Servi os Estreita O museu H 1 ee Es toy F F 1 A 1 1 a 1 E 1 i x a i T cnica de v
58. Touring Cultural e Religioso a Casa dos Patudos a Igreja de St Eust quio as Esta es Arqueol gicas e a Aldeia do Patac o A Casa dos Patudos considerada como o cart o de visita do concelho e de toda a regi o afirma se como um importante e valioso patrim nio cultural O seu valor est inerente n o s colec o de arte que encerra mas tamb m admir vel obra de arquitectura que constitui FE Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a A Igreja Matriz de Alpiar a tamb m denominada Igreja de St Eust quio foi inaugurada em 1889 No trio pode se encontrar um cruzeiro com data de 1575 que foi retirado de um largo fronteiro de uma igreja demolida nos primeiros anos da Rep blica A igreja um templo com uma s nave e capela mor que conta com seis capelas laterais tendo pain is pintados nos ret bulos Todo o templo amplo e luminoso com tectos altos de estuque Algumas das pe as que se encontram na Igreja foram oferecidas por Jos Relvas como o caso de dois altares em talha dourada mi da Destaca se em Alpiar a importantes s tios arqueol gicos com diferentes n veis de ocupa o como j foi referido anteriormente Ainda na vertente do patrim nio cultural apresenta se a hist rica Aldeia Avieira do Patac o Esta comunidade piscat ria instalou se em Alpiar a junto ao Rio Tejo na d cada de 1950 provenientes da Vieira de Leiria Actualmente encontra se tot
59. a estabelecido no regulamento do museu de acordo com os crit rios referidos no n mero anterior e deve ser amplamente publicitado 4 O hor rio de abertura obrigatoriamente afixado no exterior do museu Artigo 55 Custo de ingresso 1 A gratuitidade ou onerosidade do ingresso no museu estabelecida por este ou pela entidade de que dependa 2 O custo de ingresso no museu fixado anualmente pelo museu ou pela entidade de que dependa 3 Devem ser estabelecidos custos de ingresso diferenciados e mais favor veis em rela o nomeadamente a jovens idosos fam lias e estudantes 4 Os museus que dependam de pessoas colectivas p blicas devem facultar o ingresso gratuito durante tempo a estabelecer pelas respectivas tutelas Artigo 56 Registo de visitantes 1 Devem ser registados os ingressos de visitantes do museu e dos utentes de outros servi os tais como do centro de documenta o da biblioteca e das reservas 2 O sistema de registo dos visitantes e utentes deve proporcionar um conhecimento rigoroso dos p blicos do museu 3 As estat sticas de visitantes do museu s o enviadas ao Instituto Portugu s de Museus e ao Instituto 106 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Nacional de Estat stica de acordo com os procedimentos e nos suportes fixados por estas entidades Artigo 57 Estudos de p blico e de avalia o O museu deve realizar periodicamente
60. a o e valoriza o do patrim nio hist rico e cultural nacional O presente diploma procede assim classifica o de um grande n mero de im veis aos quais foi reconhecido relevante interesse arquitect nico no mbito de um processo que envolveu as autarquias em causa Considerando o disposto nos artigos 24 0 e 30 0 do Decreto n 20 985 de 7 de Mar o de 1932 na base I da Lei n 2032 de 11 de Junho de 1949 no n 1 do artigo 7 0 e no artigo 12 0 da Lei n 13 85 de 6 de Julho e no artigo 2 0 do Decreto Lei n 106 F 92 de 1 de Junho Nos termos da al nea g do artigo 202 0 da Constitui o o Governo decreta o seguinte Artigo 1 Classifica es S o classificados os seguintes im veis a Como monumentos nacionais os constantes do anexo I ao presente diploma do qual faz parte integrante b Como im veis de interesse p blico os constantes do anexo II ao presente diploma do qual faz parte integrante c Como valores concelhios os constantes do anexo III ao presente diploma do qual faz parte integrante Artigo 2 Altera es 1 O Decreto do Governo de 16 de Junho de 1910 publicado em 23 de Junho de 1910 na parte referente ao Pal cio da Bacalhoa no distrito de Lisboa passa a ter a seguinte redac o Pal cio e Quinta da Bacalhoa na estrada nacional n 10 Vila Fresca de Azeit o freguesia de S o Sim o munic pio de Set bal distrito de Set bal 2 O Decreto do Governo n 32 973 d
61. a as fun es museol gicas e regula um conjunto de responsabilidades associadas ao seu cumprimento determina a necessidade de exist ncia de pessoal qualificado bem como de recursos financeiros adequados HG Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a sustentabilidade do Museu estabelece o modelo de acredita o de Museus prev formas descentralizadas de apoio t cnico institucionaliza a Rede Portuguesa de Museus rg o consultivo na depend ncia directa do Ministro da Cultura enfatiza a import ncia da aplica o das tecnologias modernas tais como baseada em computador e nos sistemas de informa o e comunica o No Cap tulo I Disposi es Gerais o artigo 1 apresenta o objectivo da Lei o artigo 2 define os princ pios da pol tica museol gica O artigo 3 define o conceito de museu uma institui o de car cter permanente com ou sem personalidade jur dica sem fins lucrativos dotada de uma estrutura organizacional que lhe permite garantir um destino unit rio de um conjunto de bens culturais e valoriz los atrav s da investiga o incorpora o invent rio documenta o conserva o interpreta o exposi o e divulga o com objectivos cient ficos educativos e l dicos Consideram se tamb m as institui es que integrem esp cies vivas bot nicas e zool gicas assim como bens de patrim nio cultural im vel ambiental e paisag stico desde que cumpram as
62. a se tamb m na casa mobili rio desenhado por Ra l Lino como o caso do lampi o alusivo agricultura representado com espigas de trigo e cachos de uva que se encontra no topo da escadaria francesa Tamb m o mobili rio do sal o nobre de sua autoria bem como as colunas que se encontram a dividir a sala das colunas que d acesso ao sal o nobre da casa No campo de amizades que JR consolidou ao longo da sua vida evidencia se as que construiu e cultivou com uma pan plia de artistas portugueses alguns dos mais conceituados na rea das belas artes nacionais entre a d cada de 80 do s culo XIX e 20 Arquitecto portugu s nasceu em 1879 e faleceu em 1974 Ao longo da sua vida projectou mais de 700 obras destacando se a Casa dos Patudos em Alpiar a 1904 a Casa do Cipreste em Sintra 1912 o Cinema Tivoli em Lisboa 1925 e o Pavilh o do Brasil na Exposi o do Mundo Portugu s de 1940 Borges 2008 Idem amp Escada que d acesso ao andar superior da casa O lampi o foi desenhado por Raul Lino e concebido nas oficinas de Coimbra por Louren o Chaves de Almeida 2 NS Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a do s culo passado Destaca se a grande amizade de tr s d cadas com o artista Jos Malhoa frequentador ass duo da Casa dos Patudos a quem encomendava in meras obras Jos Malhoa foi o pintor escolhido por Jos Relvas para retratar a sua fam lia sendo
63. ala Real bem como o parque de merendas foi alvo de requalifica o ficando mais apraz vel para os visitantes O Rio Tejo um importante recurso h drico para a regi o pois potencia e desenvolve actividades tur sticos sustent veis como por exemplo a pesca desportiva e os passeios de barco Na proposta de cria o de uma Rota Avieira apresentada por Figueira 2011 referido um circuito tur stico que passa pela Aldeia Avieira do Patac o 17 C mara Municipal de Alpiar a ee Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 1 6 3 Gastronomia e Vinhos O Enoturismo apresenta se como outra das formas de dinamiza o e desenvolvimento regional e local dos destinos tur sticos a n vel econ mico social e paisag stico contribuindo para a divulga o da cultura tradi o hist ria e gastronomia de cada regi o As adegas ou os empreendimentos tur sticos com produ o vin cola tentam cada vez mais encontrar formas diferentes e originais de agradar ao turista do vinho que devido ao seu perfil exigente procura n o s a qualidade dos vinhos que prova mas tamb m a qualidade e variedade na experi ncia que lhe proporcionada Por isso mesmo estes espa os s o cada vez mais cuidados e os produtos e servi os oferecidos manifestam cada vez mais responsabilidade em rela o natureza e ao ambiente A importante posi o vitivin cola que Portugal ocupa e o crescimento sustentado do reconhec
64. almente abandonada havendo no entanto um projeto de requalifica o de todas as comunidades avieiras com o intuito de preservar a mem ria colectiva destes pescadores e o objectivo de candidatar a Cultura Avieira a Patrim nio Nacional Imaterial e da Unesco O projecto que tem um investimento estimado de 30 milh es de euros envolve 39 institui es de todo J R ds ee x16 o pa s prevendo a recupera o das aldeias Avieiras desde a Azambuja at Goleg 1 6 2 Turismo de Natureza O Turismo de Natureza pode ser interpretado de diversas formas pois inclui v rios tipos de motiva es e actividades necess rio referir que por esta raz o que os consumidores n o associam o Turismo de Natureza apenas ao conte do exclusivo de natureza O Turismo de Natureza o Turismo Sustent vel ou o Ecoturismo s conseguir o ser aut nticos utens lios de desenvolvimento local sustent vel se todos os agentes responderem com clareza e objetividade aos princ pios e metas que devem orientar o uso sustent vel dos recursos naturais e culturais tamb m necess rio que nesta nova abordagem de desenvolvimento se criem parcerias e envolvimento com a popula o local agentes locais 5 Prates 1997 Rede Regional 2012 EE ilo Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a de desenvolvimento operadores tur sticos peritos da conserva o e da valoriza o do patrim nio natural e cultural No c
65. ar a estabelecendo uma rela o entre os recursos tur sticos e o desenvolvimento do territ rio abordando a Marca Alpiar a e os seus atributos Ainda neste ponto apresenta se uma proposta futura a cria o da Rota Relvas que destaca se como uma forte aposta de dinamiza o da regi o A ltima fase da investiga o destina se s considera es finais e recomenda es em fun o dos dados obtidos e das an lises realizadas ao longo do trabalho de investiga o A revis o da literatura e o trabalho de campo orientaram se segundo o objecto de estudo museus turismo e territ rios s reas confinantes de abordagem As t cnicas de recolha de dados a sua an lise e inser o no conte do da disserta o foram tidas em conta com a coes o poss vel num trabalho que pretendia dar o seu contributo ao estudo e investiga o da tem tica museus e turismo Territ rio Estat stica Entradas no Museu Desenvolvimento Estrutura o Casa dos dimento Museu de do Inqu rito Alpiar a Lo JN Pessoas Organiza es Casa Museu Polariza parte dos Afluxos a Alpiar a Instrumento m todo a utilizar AE Dados 9 _ M trica Resultado Figura 1 Mapa conceptual Elabora o pr pria Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Como se pode observar o enquadramento estrat gico do Territ rio foi tido em conta a partir das realidad
66. arte importante do valor identit rio de cada regi o e pode ser por isso um importante recurso a at mesmo a principal raz o para a visita tur stica Neste cap tulo pretende se fazer uma an lise do patrim nio cultural enquanto recurso tur stico e salientar a import ncia que os invent rios representam na actividade tur stica Considera se importante a preserva o do patrim nio hist rico arquitect nico arqueol gico e paisag stico de maneira a que n o seja esquecido e n o se perca a identidade do territ rio onde est inserido podendo para isso contribuir o turismo que de forma sustent vel poder preserv lo e utiliz lo para que mais pessoas possam apreciar e admirar o passado de um povo enriquecendo se assim culturalmente a elas pr prias 22 Adolfo Mesquita Nunes 2 Turismo de Portugal Gastal 2012 5 Santos 2006 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a E reconhecido o papel que o turismo tem na vertente econ mica e social de uma determinada regi o contribuindo em diversas reas nomeadamente no combate ao xodo rural ao desemprego e num ltimo plano na preserva o e valoriza o do patrim nio cultural e na consequente melhoria da qualidade de vida das popula es 2 1 Perspectivas e evolu o do turismo Portugal disp e de mat rias primas condi es climat ricas recursos naturais e culturais potenciadores do crescimento e consolida
67. asa dos Patudos Museu de Alpiar a Como objectivos espec ficos desta disserta o pretendeu se analisar as vantagens competitivas do territ rio avaliar os efeitos s cio culturais do turismo investigar a evolu o do turismo cultural e patrimonial identificar o impacte que os museus t m na sociedade compreender a import ncia atribu da aos museus enquanto atrac es tur stico culturais analisar o fluxo de visitantes Casa dos Patudos Museu de Alpiar a demonstrar a import ncia que o museu tem para o territ rio onde est inserido caracterizar os pontos fortes e fracos amea as e oportunidades e por ltimo identificar o perfil dos turistas que visitam a Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Acresce a estes resultados previstos a proposta de cria o de uma Rota Relvas que ligando Alpiar a Casa dos Patudos e Goleg Casa Est dio Carlos Relvas se possa estender a outros territ rios divulgando o patrim nio cultural comum Tratando se de uma proposta evidente que para um estudo mais aprofundado deste tema seria necess rio mais tempo e dedica o Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Metodologia A progress o dos objectivos supramencionados baseou se num plano metodol gico constitu do por seis cap tulos No cap tulo I iniciou se a abordagem ao territ rio em estudo atrav s da caracteriza o hist rica e geogr fica do concelho a sua localiza o e acessibil
68. b m pelas mais diversas entidades e organismos nacionais e internacionais Neste sistema a informa o encontra se geo referenciada apresentando uma ndole din mica e interactiva podendo se actualizar a informa o a qualquer altura 2 PENT 2013 2015 CS a ee Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Desta forma os Sistemas de Informa o Geogr fica permitem Base de conhecimento estruturada e actualizada do territ rio Nova forma de gest o da informa o territorial Gest o do territ rio cada vez mais informada eficiente e eficaz Contributo para a moderniza o administrativa Acelera o e melhoria da pesquisa e an lise da informa o Rentabiliza o e optimiza o dos recursos Instrumento de apoio no processo da tomada de decis es Constru o permanente e gradual Dota o dos rg os pol ticos e t cnicos de informa o estrat gica destinada defini o e execu o de pol ticas gerais ou espec ficas de gest o do territ rio Os conte dos que podem armazenar se nesta aplica o s o diversos desde informa es geol gicas e geomorfol gicas ocupa o e uso do solo caracteriza o de equipamentos de v rias reas como a sa de ensino cultura e desporto infra estruturas rede vi ria espa os verdes informa o estat stica de car cter diverso e informa o tur stica entre outras Os SIG representam uma ferramenta m
69. celho de Alpiar a pode n o ter uma grande variedade de rede vi ria mas as que existem apresentam boas condi es de seguran a visibilidade e uma razo vel sinaliza o Outro aspecto importante e essencial que as longo das vias existem locais ideais para descansar desfrutar e contemplar a paisagem onde rio e flora convergem 1 4 Enquadramento estrat gico do territ rio Beni e Cury 2012 488 referem que a extens o territorial por ser flex vel delimita se e pode ser classificada em escalas que partem do local para o global Existem tr s grandes factores que contribuem para dar forma e exist ncia a essa extens o a esfera s cio ambiental categorizada pelos recursos que j existem no territ rio e que podem ser explorados pelo turismo o aspecto econ mico constitu do pela cria o de receita impostos empregos e servi os do turismo e em terceiro o elemento da sociedade sendo ela aglutinadora de uma cultura e identidade que poder ou n o contribuir para a experi ncia do turista A regi o limitada enquanto o territ rio apresenta se como um espa o de rela es s cio ambientais econ micas pol ticas e culturais Beni e Cury 2012 490 As pessoas constroem o territ rio com afectos pelo que o espa o se torna importante para elas dando origem s especificidades dos povos e sociedades que nele habitam para qual se mobilizam por diferentes motiva es e objectivos entre elas o lazer e o turismo As c
70. cipal canal de distribui o e informa o tur stica O turismo assume se como uma actividade amplamente dependente dos conte dos informativos com recurso s novas tecnologias pois para al m de fomentar sinergias e rentabilizar a conex o entre a procura e a oferta conduz tamb m a uma maior efic cia na gest o dos recursos e dos investimentos a executar Sendo o turismo uma actividade multidisciplinar que interage com v rios sectores da sociedade e da economia torna se imprescind vel o seu estudo constante e actualiza o dos dados relativos oferta e procura tur stica A inventaria o e o registo do patrim nio cultural s o fundamentais enquanto instrumentos de apoio decis o facilitando o relacionamento de dados e conte dos referentes ao patrim nio existente no territ rio Qualquer informa o geo referenciada pode ser suscept vel de publica o atrav s de v rios meios de divulga o como brochuras roteiros mapas tur sticos etc Ao mesmo tempo este instrumento auxilia n o s ao n vel da informa o tur stica mas tamb m na defini o e promo o da defesa do patrim nio Numa dimens o sustent vel o planeamento tur stico entendido atrav s do melhoramento dos espa os tur sticos preservando e valorizando os espa os culturais e naturais Para se poder organizar os espa os tur sticos necess rio seguir v rias etapas inventaria o tur stica recolha de dados diagn stico tur stico
71. ctores que mais aumentam receitas s o a restaura o e o artesanato Para Henrique Santana Presidente do Clube Desportivo Os guias de Alpiar a a vinda de turistas a Alpiar a movimenta o com rcio muito importante porque o com rcio tradicional os caf s e algumas casas de dormidas ficam completamente lotadas Segundo os ltimos n meros de visitantes 13 344 visitas em 2012 confirmam que o fluxo de turistas tem aumentado e com isso t m aumentado os volumes de receitas da institui o No entanto na opini o do Dr Jo o Serrano o Museu n o pode ser considerado como um motor da economia da cultura na regi o Infelizmente o Museu n o pode ser considerado um motor da economia da cultura da regi o porque n o existe uma rede atractiva e din mica de museus regionais que potencie a vinda de turistas para os encaminhar para outros Museus e s tios de cultura regionais Este aspecto e outros constitui constrangimentos que n o ajudam ao aproveitamento do potencial cultural existente numa regi o t o rica como a da leziria do Tejo O mesmo n o partilhado pelo Conservador Nuno Prates Sim poder desempenhar essa fun o motor de economia na medida em que poder fazer parte de rotas tur sticas regionais valorizando o patrim nio cultural local Pode ser o ponto de partida ou de chegada para conhecer a regi o O Eng Ricardo Hip lito considera fundamental para o est mulo da ec
72. cultura e artes decorativas Na pintura portuguesa destacam se Silva Porto Jos Malhoa Columbano Bordalo Pinheiro e Constantino Fernandes al m de not veis artistas de escolas estrangeiras Encontram se expostas porcelanas de S vres e de Saxe azulejaria pe as da Companhia das ndias cer micas da F brica das Caldas da Rainha Rafael Bordalo Pinheiro Rato Bica do Sapato e Vista Alegre primitiva e bronzes de Chapu de Merci e de Fr miet Existe ainda uma grande colec o de tapetes de Arraiolos alguns deles pe as nicas Jos Vital Branco Malhoa nasceu nas Caldas da Rainha em Abril de 1855 e faleceu em Figueir dos Vinhos a Outubro de 1933 Foi um pintor desenhista e professor Com apenas 12 anos entrou para a escola de Belas Artes em todos os anos ganhou o primeiro pr mio devido s suas enormes faculdades e qualidade art sticas Foi tamb m respons vel por impulsionar o Naturalismo em Portugal Borges 2008 Idem Idem Borges 2008 Ce Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Foi a preserva o e conserva o de documentos recibos listas de compras notas de pagamento que permitiram o estudo e a percep o do que se viveu na poca de Jos Relvas J tarde perto dos 40 anos iniciou a sua incessante reuni o e recolha de objectos sendo que os primeiros registos datam de 1897 Era um homem da natureza admirador de paisagens e do verde do
73. da Florida 2011 5 5 Dencker 2004 5 Idem 5 Castells e Cardoso 2005 hs HE E So Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Sendo as pessoas um elemento decisivo no desenvolvimento e manifesta o da criatividade o tipo de ambiente s cio cultural e econ mico onde vivem tem influ ncia no tipo de criatividade seja no seu conte do seja na sua forma Como refere Santos 2011 as cidades enquanto locais de viv ncia al m de p los de express o dessa criatividade devem tamb m fomentar um ambiente favor vel e inspirador sua produ o Assiste se ao surgimento de novos modelos de infra estruturas econ micas para servir de base criatividade e estimular pessoas criativas a desenvolver novas ideias e produtos Como refere Santos 2011 apud Duailibi e Jr 1990 a criatividade a t cnica de resolver problemas que pode ser aplicada a todas as atividades humanas e n o apenas atividade espec fica de criar boa comunica o sendo a capacidade de formar mentalmente ideias imagens e coisas n o presentes ou dar exist ncia a algo novo nico e original por m com um objetivo Desta forma a criatividade compreendida como algo que nos permite antever oportunidades RR 7 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Cap tulo 3 Museus e desenvolvimento cultural e s cio econ mico A gest o do patrim nio cultural actualment
74. da sociedade nomeadamente atrav s do papel decisivo na educa o das comunidades O papel educacional e social do museu pode e deve ser decisivo para a inclus o social O museu deve ser acess vel e desempenhar um papel social facilitando o acesso ao conhecimento e o prazer de frui o ao visitante A tarefa de integrar com forma o e prepara o c vica e cultural adequada a sociedade no seu conjunto deve ser um dos valores mais importantes a defender pela pol tica geral de um museu para que a sua miss o junto dessa mesma sociedade seja verdadeiramente completa A discuss o sobre os museus o turismo e o seu territ rio parte de uma clarifica o do conceito de museu actual e do surgimento de novos modelos na sociedade aos quais o O Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a museu do futuro n o poder ficar indiferente principalmente como forma de potenciar a sua atractividade junto do p blico visitante mas tamb m afirmando se como equipamento de lazer Os debates mais recentes do ICOM mostram que as suas preocupa es n o se restringem s fun es e org nica da institui o Museu mas voltam se tamb m para os conceitos com os quais o Museu contribuiu visando a uma maior interac o com o contexto social e com o patrim nio cultural reconhecidos e eleitos pelas suas comunidades Gruzman e Siqueira 2007 Em fun o destas reflex es a defini o actual dos Museus admite que
75. damente o Touring Cultural e Religioso o Turismo de Natureza e a Gastronomia e Vinhos O OUSAR Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 5 2 Tratamento e an lise de dados dos inqu ritos As informa es recolhidas correspondem aos dados obtidos junto dos visitantes da Casa dos Patudos no per odo compreendido entre Maio e Junho de 2013 Embora n o sejam muito significativos entendem se como processo de apreens o de conhecimento sobre a realidade da Casa Museu Os objectivos deste trabalho de campo basearam se essencialmente em conhecer a opini o do visitante sobre a experi ncia da visita e em conhecer o perfil do visitante da Casa Museu Quanto forma de elabora o das quest es do inqu rito utilizou se uma linguagem simples e clara que se adequasse aos v rios p blicos inquiridos de modo a evitar ambiguidades na interpreta o das quest es Dos inqu ritos realizados obteve se um total de 195 respostas tendo os dados sido apurados atrav s de inqu ritos realizados no final da visita guiada Casa Museu e atrav s de inqu rito online aos visitantes que preferissem responder posteriormente A plataforma utilizada para realizar os inqu ritos online foi o Survey Monkey Da an lise dos 195 inqu ritos realizados constatou se que a maioria das pessoas teve conhecimento da Casa Museu atrav s de amigos 44 e ainda uma grande percentagem 36 atrav s de outra forma A televis o interne
76. dar e agregar valor aos produtos tur sticos Identificar e apoiar a organiza o de segmentos tur sticos Promover o desenvolvimento regional Cria o de riqueza e emprego 6 2 3 O percurso da Rota Relvas Nome do percurso Rota Relvas Regi o Coordenadas geogr ficas Tipologia Rota Forma de realizar Carro Autocarro N vel de dificuldade Baixo In cio Ponto de partida Alpiar a ou Goleg t M dulo Operacional 7 Roteiriza o Tur stica 2007 O Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Final Ponto de chegada Alpiar a ou Goleg Epoca recomend vel Todo o ano Dist ncia e dura o Estimativa de 24km 30 minutos Altitudes acima do n vel do mar 50 metros Pontos de Interesse Tur stico PIT Itiner rio Alpiar a Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Igreja de St Eust quio Reserva Natural do Cavalo do Sorraia Barragem dos Patudos Aldeia Avieira do Patac o Rio Tejo esx Itiner rio Goleg Casa Est dio Carlos Relvas Igreja Matriz Reserva Natural do Paul do Boquilobo Pal cio do Pelourinho Monumento aos Avieiros aaa Vias e caminhos a realizar EN 118 EN 243 Paragens facultativas Parque de merendas Cartografia de apoio Elabora o de mapa com a Rota Relvas Detalhes de observa o Rio Tejo Outros percursos regionais Rota do Cavalo Rota do Vinho e do Ribatejo Ofertas dentro do percurso Feira Nacional do Cava
77. de com o 1976 objectivo de encontros art sticos cient ficos de forma o e de informa o O Turismo Cultural caracteriza se por uma perman ncia prolongada e um contacto mais ntimo com a comunidade ocorrendo viagens menores e suplementares dentro da mesma localidade com o intuito de aprofundar se na experi ncia cultural 4 PENT 2013 2015 CS CO A Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Minist rio do Turismo Brasil Http www turismo mg gov br index2 php optio n com_content amp do_pdf 1 amp id 297 Turismo Cultural compreende as actividades tur sticas relacionadas viv ncia do conjunto de elementos significativos do patrim nio hist rico e cultural e dos eventos culturais valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura EMBRATUR Instituto brasileiro de turismo http www turismo rs gov br uploads 123912177 5Conceitos e Definicoes pdf EMBRATUR 1992 aquele que se pratica para satisfazer o desejo de emo es art sticas e informa o cultural visando a visita o a monumentos hist ricos obras de arte rel quias concertos musicais museus pinacotecas Curado H 1996 Op Cit Palma 1991 Artigo cultural tourism in Portugal atlas p g 181 Richards G ed 1996 Cultural tourism in Europe Cab Internacional Wallingford only the stone Cultural tourism should be not exploitation a
78. de bens culturais como um debate sobre a posse do passado Os direitos rights de propriedade acesso e ou heran a retidos pelas partes interessadas 53 Mckercher and Cros 2002 54 EEE E a Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 3 1 Conceito de Museu e Casa Museu Ao mesmo tempo que a sociedade evoluiu o conceito de Museu tamb m Desde a sua cria o em 1946 o ICOM actualizou a defini o deste conceito de acordo com as realidades da comunidade global Museu De acordo com os Estatutos do ICOM aprovada durante a Confer ncia Geral 21 em Viena ustria em 2007 Um museu uma institui o sem fins lucrativos permanente ao servi o da sociedade e do seu desenvolvimento aberto ao p blico que adquire conserva pesquisa comunica e exibe o patrim nio tang vel e intang vel da humanidade e o seu ambiente para fins de educa o estudo e divers o A defini o de Casa Museu bastante complexa alguns autores apresentam o conceito subjacente ao edif cio outros no ambiente alguns nas colec es e ainda outros na viv ncia de uma determinada pessoa ou grupo social Muitas unidades museol gicas apresentam a terminologia de Casa Museu contudo se ao n vel t cnico v rias d vidas surgem s pessoas que visitam estes espa os mais perguntas suscitam Esta terminologia desconhecida por muitos causa nos visitantes uma maior expectativa sobre o que poder o observar
79. e 1527 1532 Recenseamento realizado por D Jo o III surgem informa es de que Alpiar a dispunha de 144 habitantes o que a tornava num dos principais n cleos populacionais do termo de Santar m de tal maneira importante que passou a dispor de par quia Existem registos com a informa o que na poca Moderna mais concretamente em 1747 Alpiar a continua a pertencer ao arcediagado e comarca de Santar m compreendendo dentro de si e arredores 300 vizinhos Alpiar a n o sofre danos durante o terramoto de 1755 A transforma o surge na agricultura durante a governa o de Marques de Pombal que decreta o arranque das vinhas nos campos de Alpiar a Esta cultura vai ser substitu da pelos cereais Em 1836 a freguesia de Alpiar a deixa de pertencer a Santar m e passa para o concelho de Almeirim No ano 1846 sob comando de Passos Manuel Alpiar a foi uma das primeiras terras da Estremadura a participar na Revolta da Maria da Fonte Em 1889 foi constru da a Igreja Paroquial de Alpiar a inaugurada por D Jos Cardeal Patriarca de Lisboa A 17 de Fevereiro de 1906 Alpiar a ascende categoria de vila Os ideais republicanos estiveram sempre presentes nos alpiarcenses Durante este per odo ocorrem grandes com cios de propaganda republicana contestando a Monarquia Em 1907 durante as jornadas republicanas pelo Ribatejo em Alpiar a que se d uma das maiores recep es aos re
80. e 18 de Agosto de 1943 na parte referente ao Convento de Santa Cruz do Bu aco no distrito de Aveiro passa a ter a seguinte redac o Palacete Hotel do Bu aco e mata envolvente incluindo as capelas e ermidas Cruz Alta e tudo o que nela se cont m de interesse hist rico e art stico em conjunto com o Convento de Santa Cruz do Bu aco freguesia do Luso munic pio da Mealhada distrito de Aveiro conforme planta de delimita o constante ao anexo IV ao presente diploma do qual faz parte integrante 3 O anexo III do Decreto do Governo n 45 93 de 30 de Novembro na parte referente classifica o da Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Oliveira tamb m denominada de S o Sebasti o de Canha no distrito de Set bal passa a ter a seguinte redac o Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Oliveira no Largo da Igreja na Rua de Santo Ant nio e na Travessa dos Cravos Vermelhos Canha freguesia de Canha munic pio do Montijo distrito de Set bal Artigo 3 Desclassifica o desclassificado por ter sido destru do pelo mar o Forte Novo ou da Arma o que se situava a cerca de 2 km a sudoeste da ribeira de Quarteira na freguesia de Quarteira munic pio de Loul distrito de Faro e que havia sido classificado como im vel de interesse p blico pelo Decreto do Governo n 735 74 de 21 de Dezembro Artigo 3 99 A Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a De
81. e 2011 o Museu reabriu tendo ainda aumentado os espa os museol gicos com a abertura dos aposentos da fam lia Relvas A Casa dos Patudos que j contemplava cerca de 30 salas visit veis fica assim com o seu espa o museol gico ampliado Desde a reabertura que o Museu assistiu largamente ao aumento do n mero de visitantes tendo uma m dia de 1 100 visitantes mensalmente no ano de 2012 No 1 semestre de 2013 o Museu j foi visitado por 5 474 turistas visitantes Como comprovam dados recolhidos aquando do est gio da autora na institui o os visitantes da Casa dos Patudos s o na sua maioria grupos excursionistas e grupos de seniores Este facto deve se sobretudo disponibilidade que este segmento de mercado tem para viajar e ao seu n vel s cio econ mico como j foi referido no perfil do turista cultural Com a finaliza o da 2 fase de obras de requalifica o dos espa os exteriores o Museu assiste assim a uma melhoria nas suas infra estruturas de apoio aos visitantes turistas comunidade local investigadores e outros interessados em conhecer a Casa dos Patudos 3 Dados recolhidos pela Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Ss Pe Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Cap tulo 6 Estrat gia da oferta tur stica para o concelho de Alpiar a 6 1 A rela o entre os recursos tur sticos e o desenvolvimento do territ rio 6 1 1 Marca Alpiar a Cooper Hall Trigo 2011
82. e Alpiar a ndice de Figuras Figura 1 Mapa conceptual Elabora o pr pria rena 4 Figura 2 Localiza o Geogr fica da regi o da Lez ria do Tejo oe eee eeeeeeeceeeeeeneeenneeees 9 Figura 3 Principais redes vi rias do concelho de Alpiar a 11 Figura 4 Recursos tur sticos do Territ rio de Alpiar a Elabora o pr pria 17 Figura 5 Vari veis da macro envolvente global de um destino tur stico 38 ndice de Gr ficos Gr fico 1 Principais actividades que realizam os viajantes de touring 34 Gr fico 2 Como teve conhecimento da Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 68 Gr fico 3 Al m da Casa dos Patudos visitou outro ponto tur stico em Alpiar a 69 Gr fico 4 Sentiu se bem recebido quando chegou ao museu ec eeeeeeeseeeeeteeeetteeeenaees 69 Gr fico 5 Visita habitualmente outros espa os museol gicos 0 eeeeeeeeeeeeeteeeetteeeeaees 70 Gr fico 6 Como classifica a qualidade da visita guiada ao museu 70 Gr fico 7 Como classifica o atendimento acolhimento 71 Gr fico 8 Recomendaria a visita ao museu a outras pessoas eeeeeeeeeeesteceeeteeeesteeeeaees 71 Gr fico 9 Como classifica os servi os do museu ee ceeeeeeeeeceeeeeceeeeeceeeecseeeeseeeeaees 12 A E E Turismo Museus e Territ rios Casa dos
83. e Inverno 10h00 12h30 14h00 17h00 Os servi os do Museu contemplam ainda o sistema de vigil ncia 24 horas por dia e a acessibilidade a pessoas com condi es f sicas limitadas Estrela 2008 2 E N Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 4 3 Aspectos do modelo de interven o municipal O actual executivo da C mara Municipal de Alpiar a dirigido pelo Dr M rio Pereira 2013 refere como medidas de interven o o refor o promo o e divulga o dos produtos agr colas e agro industriais apostando na MARCA ALPIAR A como factor de identidade e de valor auxiliando os agricultores e comerciantes locais na rdua luta com a grande distribui o M rio Pereira menciona ainda que os pr ximos anos imp em a concretiza o de um Plano de Dinamiza o Tur stica do concelho estabelecendo uma estrat gia estruturada de investimento e rentabiliza o do potencial tur stico cultural e ambiental do concelho Nas Grandes Op es do Plano para 2013 s o apresentados v rios objectivos que o executivo pretende concretizar para a Casa dos Patudos nomeadamente o acervo do arquivo fotogr fico com um projecto de Preserva o Organiza o e Estudo do Arquivo Fotogr fico da Casa dos Patudos e ainda o desenvolvimento do servi o educativo do museu e da rela o com a comunidade Os documentos iconogr ficos do Arquivo Fotogr fico da Casa dos Patudos AFCP
84. e como se poder o explicar os fluxos tur sticos quer actuais quer futuros O efeito previsto do contacto directo da Mestranda com o territ rio e com muitos dos seus protagonistas pode sintetizar se no arranjo de palavras chave extra das das opini es dadas pelos entrevistados conforme pode observar se no quadro 8 As entrevistas s o um importante m todo de recolha de informa es sobre factos concretos recorrendo a opini es de v rias pessoas Para a realiza o das entrevistas contribu ram oito personalidades do concelho de Alpiar a anexo 7 Para que as opini es fossem variadas e abrangentes foram previamente escolhidas pessoas que ocupam os mais variados cargos na vila de Alpiar a O m todo utilizado foi a entrevista por e mail e recorreu se a este meio de comunica o uma vez que era dif cil o contacto e a presen a o oL Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a pessoal dessas personalidades O conjunto de entrevistas desenvolveu se entre Setembro e Outubro de 2013 Os objectivos gerais das entrevistas foram os seguintes Compreender o valor simb lico da Casa dos Patudos Identificar o potencial tur stico do Museu para o concelho de Alpiar a Compreender de que forma o Museu contribuiu para o desenvolvimento econ mico do concelho Identificar as principais vias dinamizadoras para o Museu Compreender quais as expectativas que a comunidade tem rela o ao Museu
85. e um fen meno global Os recursos implicam que o activo que est a ser considerado tenha um valor econ mico e possa explorado O patrim nio por outro lado reconhece os valores n o econ micos do activo e ainda do seu legado o que envolve determinadas obriga es e responsabilidades Mckercher and Cros 2002 44 Os gestores do patrim nio cultural est o cada vez mais a ser for ados a planear a apresenta o para os visitantes do patrim nio activo como uma parte importante da sua conserva o e gest o cont nua Como refere Mckercher and Cros 2002 47 os museus por exemplo quando associados a outros s tios objectos ou pr ticas culturais t m por base objectivos principalmente educacionais O que revela que a organiza o em rede traz benef cios e resulta de forma mais eficiente Os bens patrimoniais tang veis e intang veis comp em a base de diversos produtos de turismo cultural Por exemplo entender a rela o entre folclore e lugares de patrim nio sagrados importante para a cria o de medidas de conserva o adequadas Mckercher and Cros 2002 48 Estas dimens es apresentam diferentes desafios e oportunidades de gest o o que significa que cada conte do deve ser explorado como nico e deve ter seu pr prio plano ou pol tica de gest o tica patrimonial dos 3Rs Reclama es relativas a restitui o de bens culturais ao seu pa s de origem A restri o de importa es e exporta es
86. efinidos os principais elementos que devem integrar a cria o ou fus o de Museus S o eles a denomina o do Museu b defini o dos objectivos c identifica o e a caracteriza o dos bens existentes ou a incorporar d formula o de estrat gias funcionais no dom nio do estudo e investiga o incorpora o documenta o conserva o exposi o e educa o e identificar o p blico alvo fjinstala es e reas funcionais g conserva o e seguran a h recursos financeiros i recursos humanos A cria o ou fus o de Museus est sujeita a autoriza o do Minist rio da Cultura O Cap tulo VIII Rede Portuguesa de Museus Sec o I define os objectivos composi o e actividade deste organismo O artigo 102 define o conceito de Rede Portuguesa de Museus um sistema organismo baseado na ades o volunt ria configurado de forma progressiva e que visa a descentraliza o a media o a qualifica o e a coopera o entre museus Tem como objectivo a valoriza o e a qualifica o da realidade museol gica descentraliza o de recursos o planeamento e a racionaliza o dos investimentos p blicos e a promo o do rigor e do profissionalismo das pr ticas museol gicas e das t cnicas museogr ficas Integram nesta rede museus existentes no territ rio portugu s O Cap tulo IX Credencia o de Museus aborda os requisitos essenciais e necess rios para avalia o e reconhecimento oficia
87. eia do Enoturismo 2006 EEE BG A Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a aliado sua qualidade genu na O Festival do Mel o evento gastron mico que se realiza anualmente j conta com 4 edi es onde se realizam in meras actividades de forma a dar a conhecer este fruto como o caso das provas de degusta o e das confer ncias sobre a produ o de mel o N o obstante a excelente gastronomia real am se os vinhos de grande qualidade que com as suas caracter sticas distintivas culminam no casamento entre o vinho e as iguarias As castas dividem se em brancas Fern o Pires e T lias e as pretas em Periquita e Cabernet Sauvignon entre outras Os in meros pr mios conseguidos ao n vel dos melhores vinhos e das melhores iguarias conferem um car cter diferenciador a este concelho A Quinta da Lagoalva a Casa Agr cola Paci ncia e o Pinhal da Torre s o alguns dos exemplos de produ o de vinhos de qualidade no concelho de Alpiar a De destacar tamb m a Feira Agr cola e Comercial de Alpiar a Alpiagra que se realiza anualmente em Setembro uma feira dedicada agricultura e aos produtos regionais que j vai na 31 edi o tendo vindo a crescer substancialmente nos ltimos anos Trata se de um evento de grande import ncia para o concelho pois atrai in meros visitantes e empres rios do sector A programa o do evento destaca a produ o nacional com evid ncia nos produtor
88. ender a import ncia da Casa Museu n o s pelo aspecto tur stico mas pelo facto de a cultura desempenhar um papel indispens vel na sociedade Tendo como princ pio que a cultura deve servir de base para o desenvolvimento de ac es que visem a consolida o de um planeamento tur stico pode se perceber a import ncia dos museus neste contexto No actual contexto de crise econ mica que o pa s atravessa o turismo sem d vida um importante vector de desenvolvimento s cio econ mico Al m de criar riqueza para as regi es e para o pa s estimula a empregabilidade Segundo dados divulgados no Di rio Econ mico 2013 o turismo em Portugal representa cerca de 10 do Produto Interno Bruto PIB e 8 do emprego nacional A qualidade da oferta tur stica apresenta se como um factor decisivo para a satisfa o dos visitantes e turistas assim sendo para assegurar a competitividade das empresas e dos destinos tur sticos fundamental que exista uma oferta de qualidade diversificada e diferenciada assente no patrim nio cultural e natural bem como nos recursos end genos distintivos Nesta l gica apresentam se como objectivos gerais desta disserta o analisar e demonstrar a import ncia que o patrim nio cultural constitui para o desenvolvimento estrat gico dos territ rios contribuindo ainda para a divulga o dos museus como p los de atrac o tur stica J JJJJJJJ J a oa Turismo Museus e Territ rios C
89. epresentar o qu o hospitaleiro pode ser um lugar Por m se a actividade tur stica n o for correctamente planeada e gerida ser passiva de impactes negativos ao meio onde est inserida colocando em risco e a qualidade de vida da popula o local 2 6 As ind strias criativas e o turismo A sociedade encontra se em constante transforma o um processo multidimensional associado emerg ncia de um novo paradigma tecnol gico assente nas tecnologias da comunica o e informa o TIC que come aram a progredir nos anos 60 e que se difundiram de forma distinta pelo mundo No entanto a tecnologia condi o necess ria mas n o suficiente para o surgimento de uma nova forma de organiza o social ou seja na difus o de rede em todos os aspectos da actividade na base das redes de comunica o digital 2 A criatividade multidimensional e apresenta se de diversas formas Na economia de hoje a criatividade generalizada e cont nua os produtos est o em constante aperfei oamento tentando se sempre melhorar os j existentes e integrando os de novas maneiras Al m disso a criatividade tecnol gica e econ mica estimulada pela criatividade cultural e interage com ela A criatividade deve ser promovida de variadas formas pelos empregadores pelas pr prias pessoas criativas e pelas comunidades onde vivem N o de se admirar que o thos criativo ultrapasse o mundo do trabalho e penetre em todas as esferas da vi
90. es existentes desse elemento das Organiza es presentes em Alpiar a e naturalmente das Pessoas O foco na Casa dos Patudos aconselhou este tipo de estruturas que serve os objectivos anteriormente definidos Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Cap tulo 1 Enquadramento hist rico e geogr fico do Territ rio Alpiar a 1 1 Caracteriza o hist rica A regi o que compreende hoje a vila de Alpiar a devido sua privilegiada localiza o junto margem esquerda do Rio Tejo a gua indispens vel ao ser humano apresenta ndices de ocupa o e presen a humana que remontam ao per odo mais antigo da Pr Hist ria o Paleol tico Inferior A comprov lo est o os numerosos achados de pedra lascada com cerca de 100 mil anos encontrados em v rios s tios arqueol gicos identificados A esta o arqueol gica mais conhecida do Paleol tico a zona do Vale do Forno A presen a humana da regi o prolonga se por toda a Pr Hist ria at ao sedentarismo do Neol tico A comprov lo est o artefactos como l minas de s lex machados fragmentos de vasos campaniformes identificados na esta o arqueol gica do Cabe o da Bruxa Ainda dentro do campo da arqueologia s o conhecidas as necr poles encontradas nas esta es do Tanchoal e Meij o devido ao ritual funer rio que era praticado a incinera o As pequenas urnas de cer mica onde eram colocadas as cinzas que deram origem d
91. es locais casas agr colas adegas artesanato local do aria e gastronomia t pica bem como outras actividades que d o a conhecer ao p blico o concelho ES SE Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Cap tulo 2 Patrim nio Cultura e Turismo O turismo tem progredido ao longo dos tempos ao comparamos a forma como era preparado o conhecido Grand Tour do s culo XVIII ou os Pacotes Tur sticos do s c XIX e mesmo o Turismo de Massas nos anos 50 a 70 do s c XX at aos nichos de mercado a que temos vindo a assistir nos ltimos anos A hist ria do turismo em Portugal compreende tr s etapas distintas de evolu o Numa etapa inicial a partir do s culo XVIII havia o livre direito de viajar consequ ncia da obrigatoriedade estabelecida pelos reis para que o povo e quem tivesse condi es para tal recolhesse e alimentasse de forma gratuita o rei e a sua fam lia os grandes senhores o ex rcito os presos e outras pessoas que viajassem pelo pa s A segunda etapa relativa ao in cio do s culo XX caracteriza se por um r pido crescimento e entusiasmo no sector com a forma o das primeiras organiza es governamentais a n vel nacional com a cria o da Sociedade Propaganda de Portugal e da Reparti o do Turismo e a n vel local com a constitui o das comiss es de iniciativa A terceira etapa vem com o desenvolvimento do turismo de massas a n vel internacional
92. esigna o de Cer mica de Alpiar a e Cultura de Alpiar a O per odo Pr Romano e Romano tamb m est o bastante representados na regi o de Alpiar a A probabilidade da enigm tica cidade de Moron localizar se no Castelo de Alpiar a Alto do Castelo n o re ne consenso por parte dos historiadores Dentro do per odo Romano s c I a C a s c d C certa a exist ncia de uma importante via romana que ligava Lisboa at M rida capital da Lusit nia confirmada pela descoberta de marcos milen rios dedicados ao imperador romano Trajano O top nimo de Alpiar a seria composta de Alpi ar a em que Alpi do latim Alpes ium significa o ponto mais alto e ar a que deriva do latim arx arcis que significava cidadela lugar de defesa situado na parte mais alta da cidade Esse local alto e de aglomerado populacional ter sido o Alto do Castelo Durante toda a Idade M dia poucos s o os relatos de acontecimentos em Alpiar a Encontramos refer ncias a Alpiar a no s culo XIII nas Inquiri es de D Dinis 1261 Prates 1997 Junta de Freguesia de Alpiar a 2008 JJ J JMJI O O ERE RKRKSRNE Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 1325 No s culo XIV Alpiar a j existe como povoa o e nesse tempo as matas da Lez ria do Ribatejo a Charneca eram locais prediletos dos monarcas para usufru rem das coutadas reais Do numeramento d
93. espa o museol gico muito mais que isso expressa mem rias de uma poca de uma figura emblem tica da hist ria e tamb m de uma fam lia tr gica 87 Cooper Hall Trigo apud Kotler et al 2011 EEE eB Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 6 2 Proposta futura Rota Relvas Como forma de estrat gia tur stica do desenvolvimento do territ rio em estudo pretende se apresentar como proposta futura a cria o de uma rota A elabora o respons vel de uma rota necessitaria de tempo para efectuar um levantamento exaustivo de todos os recursos existentes no territ rio assim como a estudos profundos das suas potencialidades Neste sentido n o ser poss vel essa apresenta o aprofundada da rota como refere Louren o 2010 117 a cria o de uma rota significa tempo uma equipa multidisciplinar e interac o entre os agentes locais para obtermos um produto coeso vi vel cultural e comercialmente que n o defraude as expectativas de quem dela usufrui Conforme apresentado por Figueira 2013 117 as etapas de produ o de rotas seguem a seguinte estrutura Prepara o Ordena o de Conte dos Produ o de Itiner rios ligados por circuitos Experimenta o e Ensaio Atribui o de Marca Coloca o da Rota no Mercado Como forma de dinamizar a regi o e ao mesmo tempo potenciar os recursos existentes no territ rio apresen
94. fer ncias exposi es e publica es Anualmente a APOM premeia e distingue O melhor museu portugu s a melhor exposi o o melhor cat logo o melhor servi o de extens o cultural o melhor trabalho sobre museologia e ou a melhor obra museol gica A Rede Portuguesa de Museus RPM foi criada em 2007 tem sede em Lisboa um sistema organizado de museus baseado na ades o volunt ria Tem como objectivo principal e valoriza o e a qualifica o da realidade museol gica A RPM uma entidade de tutela aut noma e composta pelos museus que a integram Baseado no Decreto Lei n 97 2007 foi criado em 2007 o Instituto dos Museus e da Conserva o IMC organismo ao qual compete dar parecer nos termos da lei sobre a exporta o e expedi o bem como sobre a admiss o e importa o tempor rias ou Se O Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a definitivas dos bens culturais m veis O IMC d suporte defini o de pol ticas na rea dos museus da conserva o e restauro do patrim nio m vel e imaterial respons vel pela gest o de 28 museus e cinco pal cios nacionais e articula com outras tutelas a estrutura o dinamiza o e alargamento da Rede Portuguesa de Museus que integra mais de 130 espa os museol gicos O IMC tem por miss o desenvolver e executar a pol tica cultural nacional nos dom nios dos museus da conserva o e do restauro bem como do patrim nio cultural
95. idade ao plano de interven o de salvaguarda e restauro do patrim nio museol gico da CP 7 GOP Alpiar a 2013 Idem Sd IY ee Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Continuar a realizar as confer ncias mensais Uma pe a da colec o comentada por Continuar a realizar a confer ncia de invent rio de todo o acervo da CP Cooperar com a comunidade escolar institui es e associa es culturais do concelho na promo o de iniciativas pedag gicas e culturais para a popula o de Alpiar a Prosseguir com os trabalhos de organiza o do centro de documenta o de forma a torn lo um instrumento acess vel investiga o e ao estudo da Hist ria Contempor nea de Portugal Aprofundar as rela es de coopera o com institui es cong neres tanto no plano regional como nacional no sentido da troca de conhecimento e experi ncia como tamb m do interc mbio museol gico cient fico e cultural Continuar o esfor o no sentido de dar a conhecer a obra de Jos Relvas e os valores da colec o que legou a Alpiar a Fomentar o rigor e profissionalismo nas pr ticas museol gicas e das t cnicas museogr ficas Comunicar uma mensagem de efici ncia e qualidade ao mercado cultural e tur stico Melhorar a iconicidade dos espa os museol gicos Identificar e propor solu es para as barreiras arquitect nicas que surgem ao longo dos percursos expo
96. idades Analisou se ainda as vantagens competitivas do concelho face aos restantes concelhos pertencentes lez ria do Tejo e descreveu se os recursos tur sticos existentes no territ rio A bibliografia seguida neste primeiro cap tulo baseou se essencialmente no documento do PENT Plano Estrat gico Nacional do Turismo no site institucional da CMA C mara Municipal de Alpiar a no INE Instituto Nacional de Estat stica e em outros documentos com relev ncia para o tema No cap tulo II procedeu se a uma revis o de literatura inerente ao patrim nio cultura e turismo analisando se as perspectivas e evolu o do turismo a import ncia da cria o de invent rios em turismo a defini o do conceito de turismo cultural e o seu perfil os efeitos s cio culturais que o turismo causa nos territ rios e a an lise das ind strias criativas A bibliografia revista neste cap tulo assentou na pesquisa de textos e artigos publicados em revistas de car cter cient fico particularmente aqueles cuja tem tica incide sobre o patrim nio cultural turismo cultural e ind strias criativas O cap tulo II da investiga o foi dedicado aos museus e ao desenvolvimento cultural e s cio econ mico onde se procedeu defini o do conceito de Museu e Casa Museu caracterizou se a fun o social do museu no desenvolvimento do territ rio e efectuou se uma an lise da Lei Quadro dos Museus Abordou se tamb m neste cap tulo as doutrinas internac
97. ima an lise fortalece a multiculturalidade Dessa forma o respeito pelas diferen as poder ser decorrente da intensifica o do turismo pois uma das principais motiva es dos turistas sempre foi e continuar a ser a descoberta e a explora o quer de lugares diferentes quer de culturas distintas relativamente ao local de origem As interac es entre a comunidade receptora e os turistas provocam modifica es em todos os intervenientes que participam neste fen meno algumas percept veis e intencionais e outras n o tanto desejadas nem vislumbradas mas que ocorrem do mesmo modo Muitas destas modifica es s o do foro social e cultural Por vezes os visitantes ao estarem longe de casa sentem se libertos das suas inibi es normais e passam a actuar de maneira diferente levando a situa es de desrespeito para com a comunidade local Outras vezes surge um fen meno comportamental importante que origina se do choque cultural que pode ser definido pelas reac es emocionais que os turistas apresentam quando v o a lugares onde os costumes s o bastante diferentes do seu estilo de vida Os choques culturais conduzem tens o tanto no grupo visitante como no visitado o que de modo geral leva o turista a ter uma certa repugn ncia pelos lugares que visita Deste modo o turista ao visitar o local deve preparar se e informar se sobre as tradi es e costumes da comunidade anfitri para que o impacte causado pelos seus actos ou
98. imento da qualidade dos vinhos portugueses associados a uma gastronomia regional e a uma crescente aposta das empresas tur sticas em investir numa oferta diferenciadora e de qualidade mostram que o pa s tem margem para crescer e competir com xito junto de outros mercados concorrentes como o de Espanha e a Fran a O Enoturismo no que concerne ao produto Gastronomia e Vinhos destaca se por envolver uma pan plia de actividades que propiciam o contacto dos turistas com a actividade vitivin cola com os produtos que da derivam e tamb m com o patrim nio paisag stico e arquitect nico relacionado com a cultura da vinha e do vinho O Enoturismo assume se ent o como uma alternativa sustent vel e rent vel restante actividade tur stica nacional O Enoturismo baseia se na viagem motivada pela aprecia o do sabor e aroma dos vinhos e conhecimento da hist ria cultura e tradi es das localidades que produzem esta bebida neste sistema que procurada a sustentabilidade de um destino tur stico vin cola o Enoturismo pode assim contribuir para a economia local como tamb m para o melhoramento da imagem do destino tur stico Alpiar a tem uma rica e variada gastronomia as terras f rteis desta regi o associadas s riquezas do Rio Tejo proporcionam uma produ o agr cola de privil gio O mel o de Alpiar a um dos atractivos deste concelho tem uma produ o de excel ncia PENT 2013 2015 Carta Europ
99. imposs vel dissociar a qualidade de visita a um atractivo cultural sem o relacionar com a hospitalidade envolvente da frui o desse bem Por isso torna se tamb m relevante abordar esse conceito Ser ou n o bem recebido em determinado local parece ser uma quest o subjectiva pois depende de de onde se vem quais foram as viv ncias anteriores e at da configura o do espa o que se conceituava como sendo o do lar Depende do motivo pelo qual se deixa esse espa o de quais s o os sonhos e como foram elaboradas as expectativas do quanto se est disposto a reelabor las e a aceitar o novo Entender como a hospitalidade ocorre em ambos os sentidos visitante e receptor fundamental para entender o papel da comunica o no planeamento N o basta a comunidade ser hospitaleira o visitante precisa de participar nesse processo Para que a Cooper 2005 2 NAL Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a hospitalidade se materialize necess rio que as duas inst ncias o anfitri o e o visitante se respeitem mutuamente A qualidade da hospitalidade enquanto d diva do espa o para habitar atravessar ou contemplar d se pela sua dimens o acessibilidade identidade e legibilidade de tal forma que a qualidade da hospitalidade identifica se com a qualidade de vida da comunidade A hospitalidade do lugar est presente em pequenos detalhes ricos de sentimentos em que cada detalhe pode r
100. intetizada os principais benef cios desta aproxima o de culturas 2 las Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a provocadas pelo Turismo pois nem s de aspectos negativos este fen meno se comp e no que diz respeito ao choque de culturas Sendo assim temos como efeitos positivos os eee seguintes e Aumento do conhecimento das culturas locais por parte dos visitantes e tal inclui a pr pria hist ria m sica arte gastronomia l ngua enfim todo um conjunto de factores pass veis de se tornarem de interesse tur stico para quem visita o local e Est mulo para a circula o de novas ideias e valores na comunidade receptora atrav s dos v rios contactos sociais como surgimento de investimentos para impulsionar e projectar ainda mais o destino aumentando o seu valor tur stico e O interesse despertado pelos turistas origina uma renova o na cultura local na revitaliza o das tradi es como por exemplo no artesanato e Aumento da valoriza o do patrim nio hist rico e da pr pria cultura local pois a valoriza o por parte dos turistas destes aspectos leva a uma auto valoriza o da comunidade anfitri das suas origens promovendo um aumento da auto estima local e do orgulho de pertencer quele lugar e Maior troca cultural entre diferentes povos o que faz despertar a toler ncia e a compreens o entre agentes o que torna o turismo como um potencial promotor da paz
101. investiga o com um agradecimento especial ao Conservador da Casa dos Patudos Dr Nuno Prates pela sua sabedoria e amizade Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a NDICE ndice de Figuras a Lagat hi i ln aed cio a ate rretan rret iv ndice de CAD COS Anais Sed Sa iv Indice de Quadros cirese t a a e manent dire ken Re he v Indice J AMENO soa ea cee dose E er erase eels ae Ma a v Lista de Abreviaturas e SISTas pisa sta NTE EO SO RR vi Introdu o ennan R das sata da ada a a UR asian aa Cas anda 1 J Cori o ta fo siina a a I E A NR DSR AR 3 Cap tulo 1 Enquadramento hist rico e geogr fico do Territ rio Alpiar a 6 ide MCaract niza o Histon Ga xs ct sto tapar aaa ado a paia uncle slusctanessaitast R 1 2 Caracteriza o geogr fica icine ciinii eigai EEE ao Ena eaaa EREE aSa 12 TGeomri lona papai eaaa Ri a E eae E3 CACeSSIpuAdadES sossego AR a e E ES EEES 1 4 Enquadramento estrat gico do territ rio sesseeesseesseesseesseesseessseessresseesseessees 1 5 Vantagens competitivas de Alpiar a no contexto territorial da Lez ria do Tejo 1 6 Recursos tur sticos do territ rio oy assess cenisnaaasaseisegas an iin eri devonsaattnages nual 1 6 1 Turismo Cultural e Religioso asia nua oe a a ade e aa a 1 62 Tunsmo de Nate 70 221 anistia a in ie NG 1 6 3 Gastron mia e VINDOS ss RG ARE RGAE Cae Capitulo 2 Patrim nio Cultura e Turismo
102. ional ICOM e nacionais APOM IMC RMP e finalizou se com a an lise do museu e do patrim nio como factores da estrat gia de atrac o tur stica A bibliografia seguida teve como foco principal a legisla o dos museus o portal do IMC IGESPAR ICOM e outros documentos pertinentes O cap tulo IV refere se ao estudo de caso Casa dos Patudos Museu de Alpiar a sendo caracterizada a institui o bem como a sua miss o seguindo se a an lise das pol ticas de comunica o e divulga o utilizadas A bibliografia seguida baseou se no Cat logo da Exposi o Jos Relvas o Conspirador Contemplativo a Fotobiografia de Jos Relvas da autoria de Jos Raimundo Noras e ainda o site institucional da CMA Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a O cap tulo V assenta no valor tur stico da Casa dos Patudos no contexto de 2011 2013 referindo o potencial tur stico do territ rio e os investimentos realizados pelo munic pio Realizou se uma an lise SWOT abordando os pontos fortes e fracos amea as e oportunidades do concelho e procedeu se ao tratamento e an lise de dados dos inqu ritos aos visitantes da CP assim como s entrevistas realizadas Salienta se tamb m a an lise dos fluxos tur sticos da Casa dos Patudos Para sustentar os dados obtidos realizou se uma revis o da literatura inerente ao tema O cap tulo VI traduz se na estrat gia da oferta tur stica para o concelho de Alpi
103. isitas significativa variado restaura o poder serum educativos H contribui para ae oe guiadas da Casados parao esp lio da bastante motor da H i aumentar os H Patudos concelho casa atrai beneficiada economia da fluxos tur sticos muitos cultura na em Alpiar a Po o visitantes regi o le nnneennnennnnnnnnnennnnnnne n e A mm dona L__ a A nn S mm d Quadro 8 Quadro s ntese das entrevistas Elabora o pr pria Como se observou pela arruma o das palavras chave h palavras e express es recorrentes comuns a quase todos os entrevistados Podemos ler esta realidade como uma vis o que partilhada e partilh vel pelos residentes que em Alpiar a t m possibilidade de intervir e modificar a realidade Assim segundo este instrumento de trabalho a caracteriza o da Casa Museu enquanto atractivo tur stico fica a n vel local bem identificada 5 4 Fluxos tur sticos da Casa dos Patudos Museu de Alpiar a O Concelho de Alpiar a insere se no p lo de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo T LVT podendo ser promovido no contexto de destino de Turismo Cultural e Religioso agregado ao Turismo de Natureza e Gastronomia e Vinhos Atrai fundamentalmente Grupos de Univer
104. istematiza a diversidade de elementos e actividades que se encontram num determinado espa o permitindo mais facilmente ao cliente compreender e desfrutar E ado d das atrac es tur sticas PENT Produto Touring Cultural 2009 Idem S LL Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Conforme apresentado na pir mide emocional a parte do valor que se oferece aos consumidores e que se configura como parte da experi ncia encontra se na satisfa o das suas necessidades emocionais Por isso o valor recebido pode ser desenvolvido atrav s uma adequada gest o das emo es Crescimento O cliente deseja que a sua viagem lhe permita aprender desenvolver se e melhorar como pessoa Aceita o O cliente deve sentir se bem vindo e parte Integrante do destino visitado Variedade O turista gosta de ter ao seu alcance uma ampla variedade de op es entre as que eleger Seguran a O cliente deve ter a sensa o de estar tudo sob controle e sentir se seguro Quadro 4 Pir mide emocional Adapta o da Pir mide de Maslow Fonte PENT Produto Touring Cultural 2009 2 5 Efeitos S cio Culturais do Turismo O turismo um condutor de interc mbio cultural entre pessoas e grupos humanos entre n s e outros Segundo a antropologia o turismo um acontecimento social e tamb m um processo social econ mico e cultural onde participam v rios agentes sociais
105. l da qualidade t cnica dos Museus Para fazer cumprir a credencia o os Museus t m de fazer cumprir as fun es museol gicas garantir recursos humanos e financeiros sustent veis e assegurar o acesso p blico O pedido de credencia o dirigido ao Instituto Portugu s de Museus No caso de os Museus n o preencherem os requisitos t m dois anos para efectuar medidas correctivas A Lei n 47 2004 que aprova o Quadro dos Museus baseou se na realidade nacional e nas orienta es internacionais Foi preparada e participada por v rios representantes de v rias organiza es e agentes ligados museologia O fundamental desta Lei consiste nos princ pios nos conceitos e no mbito que ajuda a clarificar o panorama museol gico designadamente a defini o do conceito de Museu e a introdu o do conceito de colec o visit vel o regime geral dos Museus as fun es museol gicas recursos humanos e financeiros instala es estrutura org nica e acesso p blico ou seja os requisitos inerentes ao Museu bem como refere quais as caracter sticas que a partir de ent o devem preceder cria o de Museus e ainda est o Se Se N Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a definidos quais os requisitos e procedimentos necess rios para avan ar com candidaturas credencia o 3 4 Doutrina internacional e nacional ICOM APOM e IMC As institui es e organiza es que interv m na gest
106. lo Goleg Expo gua Goleg Festividades de S Jo o S Pedro St Ant nio Goleg Festival do Mel o Alpiar a Alpiagra Alpiar a Tgl Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Servicos disponiveis Produtos turisticos ao longo do percurso Restaurantes Alojamento Farmacia Bombeiros GRN Esta o de servi o Posto de Turismo Turismo Cultural e Religioso Turismo Equestre Turismo de Natureza Gastronomia e Vinhos Imagens de apoio Cria o de brochura da Rota Relvas Sinaliza o Comunica o Placas informativas Cria o de um site da Rota Relvas Quadro 10 Apresenta o e caracteriza o da Rota Relvas Fonte Adaptado de Figueira 2013 127 2 JJii dgtks Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Conclus es O turismo representa um dos indicadores mais importantes para relan ar a economia do pa s respons vel pela cria o de emprego e pelo desenvolvimento econ mico dos territ rios atrav s do efeito multiplica o Este sector movimenta v rias reas de actividade alojamento restaura o transportes servi os de sa de e seguran a servi os de anima o museus espa os culturais entre outros O turismo cultural depreende a valoriza o tur stica do patrim nio cultural desta forma os Museus constituem se como um dos recursos tur sticos existentes nos territ rios
107. n mico 12 de Abril 5G No Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a NORAS Jos Raimundo 2010 Fotobiografia Jos Relvas 1858 1929 Editora Imagens amp Letras O MIRANTE 2012 Recupera o da aldeia Avieira do Patac o Online Dispon vel em http www omirante pt idEdicao 53 amp id 55754 amp idSeccao 5 6 amp Action noticia Acedido em 15 08 2013 PERANTONI Alisson SILVA Let cia NAGABE Fabiane s data Invent rio tur stico experi ncias acad micas com metodologias e pr ticas no planejamento do Turismo no Pontal Paulista SP 5 Congresso Latino Americano de Investiga o Tur stica PEREIRA M rio 2013 Casa dos Patudos Um Museu para o s culo XXI Jornal O Mirante 16 de Novembro PEREIRA M rio 2013 Interven o campanha eleitoral Online Dispon vel em http cdu alpiarca blogspot pt 2013 07 intervencao de mario fernando pereira html Acedido em 15 08 2013 PEREIRA S nia 2005 O Papel da Atrac o Tur stica Cultural no Desenvolvimento Econ mico Regional Departamento de Economia Gest o e Engenharia Universidade de Aveiro PEREZ Xerardo P 2009 Turismo cultural Uma vis o antropol gica Colecci n PASOS edita n 2 POLLICE F bio e DE LULIO Ros rio 2011 Avalia o da Competitividade Tur stica do Territ rio in Finisterra XLVI 91 pp 121 138 PONTE Ant nio 2008 Casa Museu Defini o Conceitos
108. ncial destino tur stico Atrav s do patrim nio desenvolveu se a actividade tur stica do concelho que agregado a outros recursos existentes como a Barragem dos 8 Beni e Cury 2012 492 CS RES Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Patudos a Aldeia Avieira do Patac o a Reserva Natural do Cavalo Sorraia ou a Igreja de St Eust quio comp em o destino 1 5 Vantagens competitivas de Alpiar a no contexto territorial da Lez ria do Tejo No contexto da CIMLT o munic pio de Alpiar a disp e de vantagens competitivas no mbito dos seus recursos tur sticos Os pilares das suas vantagens competitivas podem ser definidos como o acesso privilegiado a recursos nicos a capacidade de transforma o dos factores de produ o em produtos vend veis no mercado a capacidade de renovar o stock de recursos e as compet ncias para a cria o de novos produtos e mercados bem como a gera o de um fluxo cont nuo de inova es Para Cooper 2006 89 a constru o do pensamento estrat gico em turismo pode ser apresentado em tr s etapas a primeira assenta no desenvolvimento dos processos tecnol gicos e no desenvolvimento da produtividade atrav s da informa o simplificada A segunda est baseada no conhecimento e na valoriza o das estrat gias de mercado em rela o aos produtos consumidos A ltima etapa a que mais se relaciona com o mercado tur stico o incremento estrat gico que
109. nd valuation of culture heritage such as buildings sites and historic monuments but also products and servic folklore attractions craftsmanship etc es including gastronomy popular Silberberg 1995 361 apud McKercher B e du Cros 2002 Motivational definition visits by persons from outside the host community motivated wholly or in part by interest in the historical artistic scientific or lifestyle heritage offerings of the community region group or institution TC 1991 Blackwell 1997 Schweiter 1999 Apud McKercher B e du Cros H 2002 Experiential or Aspirational definitions cultural tourism involves experiencing or having contact of differing intensity with the unique social fabric heritage and special character of places Zeppel and Hall 1991 apud McKercher B e du Cross H 2002 Tourism derived definition involves interrelationships between people places and cultural heritage Richards 1996 Goodrich 1997 Miller 1997 Jamieson 1994 apud Mckercher B e du Cros H 2002 Operational Definition Cultural tourism is defined by participation in any one of the almost limitless array of activities or experiences like Archaeological sites museums castles palac es historical buildings famous buildings ruins art sculpture crafts galleries festivals events music and dance folk arts theatre primitive cult
110. nidas para o crescimento sustentado do Turismo nacional nos pr ximos anos e orientar a actividade do Turismo de Portugal A interven o nestes produtos envolve o desenvolvimento de ofertas estruturadas distintivas e inovadoras alinhadas com a proposta de valor de Portugal e suportadas pela capitaliza o da voca o natural de cada regi o que nos permitam competir com xito nos mercados alvo Sendo o museu um importante atractivo tur stico este n o pode funcionar isolado O sucesso de um destino tur stico passa tamb m por haver outros atractivos que estimulem o turista a visitar determinado local O turismo na sua rela o com o patrim nio cultural pode ser encarado como uma via ou um termo de uma actividade ou a actividade em si Esta l gica transporta para um desentendimento entre o turismo e o patrim nio cultural O turismo cultural uma actividade que requer consumo de locais que reflictam hist rias e lembran as O turismo de mem ria como Gon alves e outros autores defendem tem aproveitado a cultura para criar uma imagem produto que se comercializa para conhecer e visitar Assim sendo o patrim nio cultural pode ser entendido como uma nova forma de produ o cultural sendo uma via para que muitos locais se transformem em destinos tur sticos A Casa dos Patudos o retrato de um patrim nio cultural transformado em atractivo tur stico criando no concelho de Alpiar a condi es que tornam este territ rio num pote
111. nit rio a um conjunto de bens culturais e valoriz los atrav s da investiga o incorpora o invent rio documenta o conserva o interpreta o exposi o e divulga o com objectivos cient ficos educativos e l dicos b Facultar acesso regular ao p blico e fomentar a democratiza o da cultura a promo o da pessoa e o desenvolvimento da sociedade 2 Consideram se museus as institui es com diferentes designa es que apresentem as caracter sticas e cumpram as fun es museol gicas previstas na presente lei para o museu ainda que o respectivo acervo integre esp cies vivas tanto bot nicas como zool gicas testemunhos resultantes da materializa o de ideias representa es de realidades existentes ou virtuais assim como bens de patrim nio cultural im vel ambiental e paisag stico Artigo 4 Colec o visit vel 1 Considera se colec o visit vel o conjunto de bens culturais conservados por uma pessoa singular ou por uma pessoa colectiva p blica ou privada exposto publicamente em instala es especialmente afectas a esse fim mas que n o re na os meios que permitam o pleno desempenho das restantes fun es museol gicas que a presente lei estabelece para o museu 2 A colec o visit vel objecto de benef cios e de programas de apoio e de qualifica o adequados sua natureza e dimens o atrav s do Estado das regi es aut nomas e dos munic pios desde que disponha de bens
112. o Museu para o concelho de Alpiar a Compreender de que forma o Museu contribuiu para o desenvolvimento econ mico do concelho Identificar as principais vias dinamizadoras para o Museu Compreender as expectativas que a comunidade tem em rela o ao Museu Identificar poss veis alternativas para o desenvolvimento tur stico do Museu Formul rio de Perguntas 1 Que import ncia considera ter a Casa dos Patudos para o concelho de Alpiar a 1 1 Considera que a Casa dos Patudos atrativa Como explica a sua aprecia o 2 A Casa dos Patudos importante para a economia do concelho De que forma a economia local beneficiada 2 1 O Museu poder ser considerado como um motor da economia da cultura na regi o 3 Que Servi os considera mais relevantes no apoio aos p blicos que a visitam 3 1 Como caracteriza a rela o entre o Museu e a Comunidade Local estreita distante ou institucional 3 2 Acha que o Museu poder aumentar os fluxos tur sticos regi o e a Alpiar a 112 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Anexo 7 Quadro s ntese das respostas s entrevistas Inquiridos Cargo Fun o 1 Dr Jo o Arraiolos Vereador do Pelouro do Turismo da C mara Municipal de Alpiar a 2 Eng Ricardo Hip lito Engenheiro Agr nomo e Funcion rio da Secretaria de Estado da Cultura 3 Dr Jo o
113. o de Leiria e Oeste GON ALVES Alexandra Rodrigues 2008 Revista da ESGHT UALG dos Algarves n 17 GON ALVES Alexandra Rodrigues 2009 O Museu como P lo de Atrac o Tur stica Exedra n tem tico Turismo e Patrim nio GRUZMAN Carla e SIQUEIRA Vera Helena F 2007 O papel educacional do Museu de Ci ncias desafios e transforma es conceptuais in Revista Electr nica de Ensefianza de las Ciencias Vol 6 N 2 402 423 IAPMEI 2013 Instituto de Apoio s Pequenas e M dias Empresas e Inova o Online Dispon vel em http www iapmei pt iapmei art 03 php id 2344 Acedido em 13 09 2013 ICOMOS 1999 Carta Internacional do Turismo Cultural Online Dispon vel em http www international icomos org Acedido em 13 07 2013 ICOM 2013 Comit Nacional Portugu s do ICOM Online Dispon vel em http www icom portugal org Acedido em 11 09 2013 ICOM 2013 International Council of Museum Online Dispon vel em http Aicom museum programmes cultural tourism Acedido em 11 09 2013 IGESPAR 2013 Instituto de Gest o do Patrim nio Arquitect nico e Arqueol gico Online Dispon vel em http www igespar pt Acedido em 11 09 2013 g J J J M GKGSRNA Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a IGNARRA L R 2003 Fundamentos do Turismo 2 Ed Revista e Ampliada Thomson Learning S o Paulo Brasil IMC 2013 Por
114. o local de exposi o de uma colec o privada onde o contentor logra uma simbiose com o conte do transformando se em um dos objectos da colec o N o obstante por vezes tamb m sucede com alguma fregu ncia haver institui es que re nem as tr s a Casa Museu Documental porque um espa o de poder hist rico ou cultural e os objectos s o singulares a Casa Museu de Representa o como acontece com casas de determinadas figuras que acabam por estar inseridas em espa os que por si s s o tamb m documentais e finalmente a Casa Museu Est tica em que com muita frequ ncia a componente das Belas Artes como as artes decorativas est o presentes nesses espa os A Casa dos Patudos assim um exemplo de uma institui o que re ne as tr s tipologias referidas anteriormente A defini o de Casa Museu n o se pode desligar da sua mat ria prima fundamental as mem rias pois s o elas o objecto principal de visita e ningu m visita uma casa sem mem ria A Casa dos Patudos simboliza as mem rias vividas pela fam lia Relvas e s o esses aspectos que os visitantes procuram neste tipo de museus espa os culturais O C digo Deontol gico do ICOM para Museus refere que Os museus s o institui es permanentes sem fins lucrativos ao servi o da sociedade e seu desenvolvimento abertas ao p blico que adquirem preservam pesquisam comunicam e exp em para fins de estudo educa o e lazer os testemunhos materiais
115. o municipal 60 4 4 Tutela e miss o da institui o sacana ssssanisgrssintalopia dura bedsapnaueselasceacdeteleadedeacedineste 61 4 5 Pol tica de comunica o e divulga o do patrim nio museol gico 61 Capitulo 5 O valor tur stico da Casa dos Patudos Museu de Alpiar a contexto em aii RA E RR READ ERR A E 63 Sd AALS WO eee Ep E ND SA Papa 64 5 2 Tratamento e an lise de dados dos inqu ritos 68 5 3 Sint s UO UIA RTOS OO aqeneoan foca ganhazas40055 0200PH insirri eases seascuebenyiaseseeuteunneaeeeneeed 12 5 4 Fluxos tur sticos da Casa dos Patudos Museu de Alpiarga eeeeeeseeeeeteeees 79 Cap tulo 6 Estrat gia da oferta tur stica para o concelho de Alpiar a 82 6 1 A rela o entre os recursos tur sticos e o desenvolvimento do territ rio 82 Bold Marca A ARCA asso a a kat foes ad eea a SEE 82 6 2 Proposta futura Rota Relvas sisecseceitsctseessscesiedscaseadtondacucsiaadeneussesndend sccadcluadesiess 83 6 2 1 Breve caracteriza o da Casa Est dio Carlos Relvas seeeeeeeeeereeereererse 84 G22 Miss da TOU pessiccsezsiastasensabivetesasieenesasdavandaseosenssbdubaesasnavessasdeneseadencnetenlepladens 85 6 2 3 Opercursoda Rota Rel vase scion ss aaa dan sesa dna 86 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu d
116. ol tico ao munic pio de Alpiar a No testamento ficou expressa a vontade de que a mesma fosse conservada como Museu Jos Relvas solicitou ainda no seu testamento que fossem criadas obras de apoio popula o uma creche infantil um lar de idosos e apoio domicili rio aos mais necessitados A Funda o Jos Relvas FJR lar de apoio terceira idade situada em frente Casa dos Patudos simboliza assim um dos seus grandes desejos A FJR propriedade da autarquia mas com independ ncia administrativa e financeira Jos Relvas sabia que a passagem do seu patrim nio aos seus familiares por heran a seria o fim de tudo pois teria que o repartir por muitas pessoas A sua experi ncia pol tica e financeira fez com que percebesse que o melhor seria legar o seu patrim nio C mara do concelho em que vivia No plano de desenvolvimento cultural a miss o da autarquia visa a valoriza o do patrim nio do concelho O executivo presidido por M rio Pereira refere nas Grandes Op es do Plano 2013 que quer continuar a oferecer popula o uma programa o cultural diversificada 4 5 Pol tica de comunica o e divulga o do patrim nio museol gico Os objectivos que o executivo da C mara Municipal de Alpiar a delineou para a Casa dos Patudos CP passam pelos seguintes vectores Incrementar ao longo do ano a abertura de novos espa os museol gicos e inseri los no actual circuito museol gico Dar continu
117. olver a Rede Portuguesa de Museus Artigo 2 Princ pios da pol tica museol gica 1 A pol tica museol gica nacional obedece aos seguintes princ pios a Princ pio do primado da pessoa atrav s da afirma o dos museus como institui es indispens veis para o seu desenvolvimento integral e a concretiza o dos seus direitos fundamentais b Princ pio da promo o da cidadania respons vel atrav s da valoriza o da pessoa para a qual os museus constituem instrumentos indispens veis no dom nio da frui o e cria o cultural estimulando o empenhamento de todos os cidad os na sua salvaguarda enriquecimento e divulga o c Princ pio de servi o p blico atrav s da afirma o dos museus como institui es abertas sociedade d Princ pio da coordena o atrav s de medidas concertadas no mbito da cria o e qualifica o de museus de forma articulada com outras pol ticas culturais e com as pol ticas da educa o da ci ncia do ordenamento do territ rio do ambiente e do turismo e Princ pio da transversalidade atrav s da utiliza o integrada de recursos nacionais regionais e locais de forma a corresponder e abranger a diversidade administrativa geogr fica e tem tica da realidade museol gica portuguesa f Princ pio da informa o atrav s da recolha e divulga o sistem tica de dados sobre os museus e o patrim nio cultural com o fim de permitir em tempo til a difus o o mais alargada p
118. omunica es as redes e as movimenta es constitu das pelos fluxos que actuam no territ rio resultam de estrat gias que delineiam o campo temporal que se assume como a vis o hol stica do territ rio estabelecido pelos clusters Beni e Cury 2012 491 Beni e Cury 2012 492 definem o territ rio como um conjunto de rela es sociais as for as as organiza es as institui es a viv ncia o poder a continuidade a igualdade e a descontinuidade Assim no territ rio encontram se os atractivos tang veis os recursos prim rios do turismo a natureza e os seus elementos geogr ficos que formam a paisagem Os bens intang veis e imateriais dos povos consistem na identidade na mem ria e na cultura desse I he Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a territ rio Torna se portanto imprescind vel haver planeamento territorial analisando os pontos fortes para o incremento do turismo ao mesmo tempo que se executa o ordenamento de mbito local com perspectivas regionais e globais O Turismo apresenta se como um sector estrat gico priorit rio para Portugal de grande import ncia e impacte para a economia em virtude da sua capacidade de criar riqueza e emprego Trata se de um sector nico com vantagens competitivas claras em rela o a outros sectores O Plano Estrat gico Nacional do Turismo PENT uma iniciativa do Governo para servir de base concretiza o de ac es defi
119. oncelho de Alpiar a destacam se como produtos de Turismo de Natureza a Reserva Natural do Cavalo Sorraia a Barragem dos Patudos a Vala de Alpiar a e o Rio Tejo A Reserva Natural do Cavalo do Sorraia abrange uma rea com 40 hectares dedicada conserva o e desenvolvimento de uma ra a de equ deos em vias de extin o o Cavalo Ib rico popularmente conhecido como Cavalo do Sorraia Aqui pode se observar estes animais nobres pastando livremente montar e percorrer a Reserva com um guia especializado A Reserva proporciona diferentes actividades culturais e recreativas desde provas e passeios equestres visitas guiadas aulas de equita o a programas mais radicais Existem diversos trilhos entre a Reserva e a Barragem onde podem fazer se percursos pedestres apreciando a flora e fauna envolvente A Barragem dos Patudos oferece a possibilidade de realiza o de in meras provas de pesca desportiva campeonatos de triatlo e canoagem Este local consagra ainda um parque de merendas totalmente equipado Situa se num local pr ximo do complexo desportivo dos Patudos das piscinas municipais da Casa dos Patudos e do Est dio Municipal A Vala de Alpiar a apresenta se como um patrim nio natural e paisag stico de elevada riqueza e diversidade Esta rea disp e de um parque de merendas e um espa o onde se realiza o Mercado de Frutas de Alpiar a dirigido para a comercializa o do mel o e da melancia Em 2012 o espa o envolvente V
120. onomia um interc mbio de divulga o e cria o de parcerias sobretudo com os munic pios circundantes Na regi o e particularmente na margem esquerda do Tejo desde a Chamusca at Benavente Mas para isso seria necess rio que se criassem mecanismos integrados de divulga o ou seja NR Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a que houvesse entre munic pios da regi o maior interc mbio de divulga o das suas riquezas Quanto aos Servi os que consideram mais relevantes no apoio aos p blicos que a visitam os entrevistados destacam o profissionalismo da equipa t cnica a qualidade do atendimento e o servi o educativo prestado sociedade A casa possui um conjunto de servi os importantes para quem nos visita Destaco em primeiro lugar as visitas guiadas que poder o ser realizadas em seis l nguas mas tamb m o Servi o Educativo o Centro de Documenta o Arquivo Hist rico e a realiza o de v rias atividades como col quios confer ncias exposi es entre outras afirma Nuno Prates A Ana Cristina t cnica de visitas guiadas Casa dos Patudos reconhece a relev ncia dos servi os pedag gicos e educativos Neste momento e j est o a ser desenvolvidos considero importantes os servi os educativos Como caracterizam a rela o entre o Museu e a Comunidade Local estreita distante ou institucional Para Henrique Santana um a rela o bastante estreita de
121. orma o sobre os meios de acesso aos locais como sendo liga es entre as diferentes localidades hor rios das atrac es tur sticas sinaliza o tur stica adequada e ainda uma ampla articula o entre os Ra et E Pa 7 v rios agentes locais alojamento restaura o assist ncia t cnica e outros 37 Idem gt Eds Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Como se pode observar no quadro 1 o perfil do turista cultural situa se em casais a 4 7 2 2 sem filhos empty nesters e reformados com um n vel s cio econ mico e de forma o m dio a elevado Consumidores europeus Quem s o Perfil socio gt Casais sem filhos gt N vel de forma o m dio m dio elevado demogr fico gt Empty nesters gt N vel socio econ mico m dio m dio elevado gt Reformados Atrav s de que meio se informam H bitos de informa o gt Revistas de viagens gt Recomenda es de familiares e amigos gt Brochuras cat logos gt Internet Habitos ee de compra gt Destinos distantes tours ou circuitos 7 a a packages gt Destinos pr ximos alojamento e servi os avulso Onde compram gt Ag ncias de viagens gt Internet Quando compram gt Low cost travel reservas de ltima gt High cost travel meses de anteced ncia gt Viagens no per odo de f rias escolares 6 meses de anteced ncia Que tipo de alojamento compram gt Hot is de 3a Sestrelas
122. os acontecimentos negativos que ocorram nesses destinos rapidamente prejudicam gravemente essa imagem S o os problemas da chamada era da globaliza o No entanto existem determinadas pessoas que pretendem conhecer lugares diferentes buscam autenticidade nos destinos interessam se pelas hist rias e costumes dos locais valorizando a identidade cultural nica de cada lugar Para que uma visita a um museu seja agrad vel para o visitante o museu precisa tamb m de acompanhar as tend ncias do mundo 9 Gon alves 2007 Idem o RE Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Cap tulo 4 Estudo de caso Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 4 1 Enquadramento hist rico da institui o A Casa dos Patudos Museu de Alpiar a foi resid ncia oficial de Jos de Mascarenhas Relvas desde os finais do s culo XIX at 1929 data da sua morte Figura incontorn vel da hist ria do pa s evidenciou se como pol tico diplomata estadista abastado lavrador coleccionador de arte e m sico amador Contudo na pol tica que se destaca tendo sido ele a proclamar a Implanta o da Rep blica a partir da varanda da C mara Municipal de Lisboa no dia 5 de Outubro de 1910 Jos Relvas nasce a 5 de Mar o de 1858 na Goleg e falece a 31 de Outubro de 1929 em Alpiar a Filho de Carlos Relvas abastado lavrador e tamb m ele um importante coleccionador e pioneiro da fotografia em Portugal Jo
123. os e servi os tur sticos embora prefiram f rias algo sedent rias o volume deste grupo cresce com a esperan a de vida mas aumentam paralelamente as suas fragilidades biol gicas e com elas as necessidades de cuidados de sa de o Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a As experi ncias constituem o foco do valor e s o compostas pela variedade singularidade qualidade sofistica o e simbologia das propostas que se oferecem ao consumidor turista Podemos decompor as experi ncias em 4 tipologias Quadro 2 determinadas em fun o do seu conte do e do papel que o consumidor desempenha no seu 41 desenvolvimento CLIENTE ABSORTO mente Entretenimento Edutenimento Actividades de lazer nas quais Os clientes querem envolver se os turistas se envolvem atrav s activamente querem descobrir dos seus cinco sentidos e aprender algo entretendo se OAILIY 3 LN3115 Experiencias est ticas Experi ncias de escape o 2 a w ca Ww Os clientes envolvem se no Os turistas querem realmente ambiente ou no evento de ser parte integrante da forma passiva actividade ou experi ncia CLIENTE IMERSO corpo Quadro 3 Tipos de experi ncias Fonte PENT Produto Touring Cultural 2009 Neste sector as rotas e circuitos apresentam se como base das experi ncias que podem ser vividas pelo consumidor de touring Constituem se como a ferramenta que organiza ordena e s
124. oss vel e o interc mbio de conhecimentos a n vel nacional e internacional g Princ pio da supervis o atrav s da identifica o e est mulo de processos que configurem boas pr ticas museol gicas de ac es promotoras da qualifica o e bom funcionamento dos museus e de medidas impeditivas da destrui o perda ou deteriora o dos bens culturais neles incorporados h Princ pio de descentraliza o atrav s da valoriza o dos museus municipais e do respectivo papel no acesso cultura aumentando e diversificando a frequ ncia e a participa o dos p blicos e promovendo a correc o de assimetrias neste dom nio 101 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a i Princ pio da coopera o internacional atrav s do reconhecimento do dever de colabora o especialmente com museus de pa ses de l ngua oficial portuguesa e do incentivo coopera o com organismos internacionais com interven o na rea da museologia 2 A aplica o dos princ pios referidos no n mero anterior subordina se e articula se com os princ pios basilares da pol tica e do regime de protec o e valoriza o do patrim nio cultural previstos na Lei n 107 2001 de 8 de Setembro Artigo 3 Conceito de museu 1 Museu uma institui o de car cter permanente com ou sem personalidade jur dica sem fins lucrativos dotada de uma estrutura organizacional que lhe permite a Garantir um destino u
125. otential and together with well defined and targeted strategies can be assumed as a major dynamic hub of the region focusing on creativity and innovation as key factors Key words Heritage Cultural Tourism Museums Territory Strategy AGRADECIMENTOS A realiza o de um trabalho de investiga o imp e uma enorme dedica o e empenho assim como um apoio constante de quem nos rodeia Este apoio torna se fundamental e determinante para conseguir alcan ar os objectivos a que nos propusemos A concretiza o desta disserta o foi de facto uma caminhada solit ria como ali s muitas vezes j nos tinham dito sobretudo o apoio e a persist ncia da fam lia e amigos que nos faz acreditar que ser poss vel Assim sendo gostaria de deixar um enorme agradecimento a todos os que de uma forma ou outra ajudaram a que este dia fosse poss vel minha fam lia pela paci ncia e apoio durante todo este percurso Ao Rui pelo seu carinho compreens o amizade e dedica o nos momentos mais tensos e complicados deste percurso o seu apoio foi fundamental para a concretiza o desta etapa Aos meus colegas de curso pela entreajuda que sempre demonstraram Ao professor Lu s Mota Figueira e ao professor Carlos Veloso pela motiva o e dedica o durante os dois anos de curso sempre se mostraram dispon veis em nos ajudar e ensinar o que de melhor sabiam Agrade o tamb m a todas as pessoas que entrevistei e privei durante o tempo de
126. participada pelos fundos comunit rios QREN na recupera o do edif cio assim como de toda a rea envolvente com novos espa os verdes e um novo audit rio dotando assim a Casa dos Patudos de novas e importantes val ncias para o s culo XXI Como refere Pereira 2013 o trabalho de investiga o efectuado de forma constante desde Abril de 2007 mostrou a exist ncia de importantes n cleos documentais referentes s actividades pessoais pol ticas e empresariais de Jos Relvas e de alguns familiares Comprovou se ainda que a Casa dos Patudos conserva um Centro de Documenta o que integra um arquivo documental produzido por quatro gera es de Relvas constitu do por mais de 100 000 documentos um arquivo fotogr fico com cerca de 5 000 fotografias e colec es postais menus recortes de jornais programas culturais e cat logos de exposi es al m de uma biblioteca com cerca de 7 000 volumes e mais de 15 000 publica es peri dicas 5 1 An lise SWOT Pretende se com a an lise SWOT que ser apresentada de seguida desenvolver uma sinopse que de uma forma simplificada exponha o turismo no territ rio de Alpiar a tendo em conta o conhecimento obtido atrav s dos dados recolhidos in situ e verificados no mbito da pesquisa de campo entrevistas inqu ritos e dados de arquivo do munic pio de Alpiar a O marketing tem um papel fundamental na rea do turismo um elemento indispens vel na conce o e implementa
127. pelas situa es que vir a observar seja o menor poss vel havendo ainda a hip tese de o turista 45 Ferreira 2009 4 Mendizabal 2004 47 Idem et E A Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a ponderar o local de destino caso considere n o estar nos seus planos submeter se a tal choque cultural De um modo geral o turista apresenta tra os de comportamento padronizados no contacto com as comunidades receptoras particularmente quando est o em grande n mero Esses contactos ocorrem durante uma curta mas intensa temporada tur stica sendo breves espont neos e assim tricos Para al m do Efeito Demonstra o poder se encontrar mais alguns problemas originados pelo choque cultural A partir de Cooper 2005 podemos listar uma s rie de quest es tais como e Diminui o da estabilidade social da comunidade que se v invadida por agentes de culturas por vezes muito distintas da sua e A adop o pela juventude local de novos comportamentos que fazem entrar em choque com os habitantes mais velhos da comunidade local e Por vezes alguns visitantes dizem ou fazem coisas que embora n o intencionalmente ofendem as popula es locais e S o colocados em risco muitas vezes cren as e valores sociais consolidados ao longo do tempo e Surgimento de complexos de inferioridade por parte da comunidade local quando em confronto com turistas que economicamente s o mais favorecidos
128. posi o ao acolhimento e circula o dos visitantes bem como presta o de trabalho do seu pessoal Artigo 51 Natureza das instala es 1 As instala es do museu comportam necessariamente espa os de acolhimento de exposi o de reservas e de servi os t cnicos e administrativos 105 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 2 O museu deve dispor de espa os adequados ao cumprimento das restantes fun es museol gicas designadamente biblioteca ou centro de documenta o reas para actividades educativas e para oficina de conserva o Sec o IV Estrutura org nica Artigo 52 Enquadramento org nico As entidades p blicas e privadas de que dependam museus sem personalidade jur dica pr pria devem definir claramente o seu enquadramento org nico e aprovar o respectivo regulamento Artigo 53 Regulamento O regulamento do museu contempla as seguintes mat rias a Voca o do museu b Enquadramento org nico c Fun es museol gicas d Hor rio e regime de acesso p blico e Gest o de recursos humanos e financeiros CAP TULO IV Acesso p blico Artigo 54 Regime de acesso 1 O museu garante o acesso e a visita p blica regular 2 O hor rio de abertura deve ser regular suficiente e compat vel com a voca o e a localiza o do museu bem como com as necessidades das v rias categorias de visitantes 3 O hor rio de abertur
129. publicanos Jo o Chagas Alexandre Braga Ant nio Jos de Almeida Bernardino Machado e Jo o Menezes A 9 de Fevereiro de 1908 o povo de Alpiar a aprova uma mo o contra o governo de Jo o Franco causa republicana ficar o sempre ligados nomes de alguns homens desta vila como Jos Relvas Manuel Duarte Ricardo Dur o Jo o Maria da Costa Jacinto M rtires Falc o Joaquim Rom o Jos Malhou e Ant nio Guilherme Meira gt Junta de Freguesia de Alpiar a 2008 Idem 5 Idem Idem es Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Em 1904 Jos Relvas encomendou ao arquitecto Ra l Lino o projecto da Casa dos Patudos que foi constru da entre 1905 a 1909 Em 1910 Jos Relvas foi a n vel nacional a principal figura da Implanta o da 1 Rep blica e teve tamb m um papel preponderante na eleva o de Alpiar a a concelho em 1914 O desporto refer ncia em Alpiar a sendo o Clube Desportivo Os guias a colectividade mais representativa do concelho Esta Associa o com estatuto de utilidade p blica foi fundada em 1 de Outubro de 1922 Durante a segunda metade do s c XX a vila de Alpiar a esteve sempre associada aos ideais de liberdade e de luta contra o regime salazarista A vila de Alpiar a uma regi o com fortes potencialidades agr colas desde sempre a actividade das suas gentes esteve ligada ao trabalho nos campos Ainda hoje a agricultura uma acti
130. quando visitam uma Casa Museu Estamos perante dois conceitos distintos com dimens es opostas quanto sua abrang ncia Enquanto o termo casa est relacionado com algo privado e de cariz pessoal o termo museu agrega uma dimens o p blica Um Museu concebido para receber pessoas difundir conhecimentos e comunicar com os p blicos que o visitam ao que tamb m se congrega a fun o de preservar investigar e divulgar colec es Em Portugal subentende se a casa hist rica como uma estrutura relacionada com alguma figura importante da hist ria ou com algum acontecimento da hist ria a n vel local regional ou nacional A casa hist rica n o tem que for osamente estar aberta ao p blico ficando a sua utiliza o a cargo de quem tem a tutela podendo estar num respons vel p blico ou privado A reflex o sobre Casas Museu iniciou se nos anos 80 tendo sido categorizada em 3 tipologias pelo Professor Pinna de acordo com a obra de Butcher Younghans x Ponte 2008 55 Idem Monge 2010 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a e Casa Museu Documental um local que conta a vida de um personagem ou lugar de interesse hist rico ou cultural onde os objectos devem ser originais e Casa Museu de Representa o um espa o representativo de uma poca ou estilo de vida que pode integrar objectos de diversas proveni ncias inclusive r plicas e Casa Museu Est tica
131. ractivos que formam a mat ria prima do produto tur stico podendo serem classificados em naturais e culturais O Decreto Lei 191 2009 define como recursos tur sticos os bens que pelas suas caracter sticas naturais culturais ou recreativas tenham capacidade de motivar visita e frui o tur sticas Diversos factores como as acessibilidades o n vel de alojamento a anima o o artesanato a paisagem conferem valor aos pacotes tur sticos tornando os locais mais procurados como refere No mi Marujo 2008 O Turismo de Natureza um recurso tur stico com grande potencial no concelho A Reserva Natural do Cavalo Sorraia e a Barragem dos Patudos constituem um importante ponto de atrac o tur stica para quem visita a regi o Existem diversos trilhos pedestres entre estes dois pontos de interesse complementando a oferta j existente na Reserva nomeadamente passeios a cavalo paintball slide visitas educacionais aulas de equita o A Barragem dos Patudos acolhe v rias actividades de canoagem triatlo campeonatos de pesca ao longo do ano Na vertente dos recursos tur sticos existentes no territ rio destaca se ainda a Gastronomia e Vinhos onde se incluiu o mel o de Alpiar a produto de grande notoriedade na regi o e principalmente nesta vila que todos os anos celebra a chegada deste fruto com uma festa dedicada ao mel o Alpiar a um concelho predominantemente agr cola o que faz com que esteja bastante
132. rar a import ncia que o patrim nio cultural constitui para o desenvolvimento estrat gico dos territ rios apresentou se como caso de estudo o Museu de Alpiar a detentor de um singular patrim nio tur stico e cultural O trabalho de campo efectuado atrav s dos inqu ritos aos visitantes do Museu e as entrevistas a residentes em Alpiar a provou que a Casa dos Patudos tem de facto um enorme potencial tur stico e que com estrat gias bem definidas e direccionadas poder assumir se como um importante p lo de dinamiza o da regi o apostando na criatividade e na inova o como factores chave Palavras chave Patrim nio Turismo Cultural Museus Territ rio Estrat gia ABSTRACT Portugal possesses a vast and varied cultural heritage At present we are witnessing an increasing demand for cultural tourism as well as an increased interest in knowing other places and cultures In this scenario museums present themselves as important tourist attractions potentiators and energisers of territories As the main objective of this investigation is to analyze and demonstrate the importance of cultural heritage in the strategic development of territories a case study on the Alpiar a Museum was elaborated a place that detains a unique cultural and touristic heritage Fieldwork was carried out through surveys to museum visitors and interviews with the residents of Alpiarca The study showed that Casa dos Patudos has a huge tourism p
133. rat gico do Turismo PIB Produto Interno Bruto PIT Produto de Interesse Tur stico PNT Plano Nacional do Turismo QREN Quadro de Refer ncia Estrat gico Nacional RNCS Reserva Natural do Cavalo Sorraia vi Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a SIG Sistemas de Informa o Geogr fica T LVT Turismo de Lisboa e Vale do Tejo UE Uni o Europeia UNESCO United Nations Educational Scientific and Cultural Organization vii Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Introdu o A presente Disserta o de Mestrado surge na sequ ncia de um est gio realizado pela autora na Casa dos Patudos Museu de Alpiar a entre 2011 e 2012 A experi ncia vivida durante o est gio despertou o interesse e a vontade em analisar o concelho de Alpiar a e os seus recursos tur sticos O Museu de Alpiar a foi resid ncia oficial do Republicano Jos de Mascarenhas Relvas contemplando no seu interior uma colec o privada constitu da por cerca de oito mil pe as Este patrim nio assume se como um recurso tur stico cultural de grande valor considerado um dos mais importantes Museus municipais do pa s e uma das melhores colec es de arte privadas O turismo cultural tem vindo a atrair cada vez mais pessoas que para al m do lazer pretendem adquirir conhecimento e conviver com diferentes culturas nas suas viagens Neste contexto poss vel compre
134. re os dos desertifica o do centro terrenos e imobili ria Gon alves 2009 53 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a hist rico terceariza o e Terceariza o da rea concentra o de actividade comercial gentrifica o Gentrifica o reconquista da rea por classes sociais mais elevadas Perda de autenticidade Acultura o gt gt comercializa o da cultura altera es na cultura Commodification receptora e na identidade local pela assimila o da cultura do turista Interesses econ micos manipula o de tradi es e costumes para entretenimento Patrim nio e Identidade Segundo alguns autores descoberta de um patrim nio pode significar a morte de uma identidade dado que a patrimonializa o representa a introdu o de muta es na identidade Diz respeito ao medo de que a cultura local assimile as influ ncias da cultura dos turistas preponderante sobre as tradi es valores e costumes nas chamadas sociedades tradicionais mas tamb m as necessidades decorrentes do desenvolvimento da actividade tur stica de fornecer aos turistas as comodidades a que est o habituados nos seus pa ses de origem e de institui es que associadas a este patrim nio n o inclu rem nas suas narrativas todo o patrim nio sobretudo dos grupos tnicos minorit rios Sustentabilidade do Turismo Superpovoamento de muitos locais tur sticos gt gt dete
135. resta es m tuas a reparti o de encargos financeiros e os resultados da colabora o Sec o HI Incorpora o Artigo 12 Pol tica de incorpora es 1 O museu deve formular e aprovar ou propor para aprova o da entidade de que dependa uma pol tica de incorpora es definida de acordo com a sua voca o e consubstanciada num programa de actua o que permita imprimir coer ncia e dar continuidade ao enriquecimento do respectivo acervo de bens culturais 2 pol tica de incorpora es deve ser revista e actualizada pelo menos de cinco em cinco anos Artigo 13 Incorpora o 1 A incorpora o representa a integra o formal de um bem cultural no acervo do museu 2 incorpora o compreende as seguintes modalidades a Compra b Doa o c Legado d Heran a e Recolha f Achado g Transfer ncia h Permuta i Afecta o permanente J Prefer ncia D Da o em pagamento 3 Ser o igualmente incorporados os bens culturais que venham a ser expropriados nos termos previstos na Lei n o 107 2001 de 8 de Setembro salvaguardados os limites consagrados na presente lei 4 Os bens culturais depositados no museu n o s o incorporados SECCAO VII Interpreta o e exposi o Artigo 39 Conhecimento dos bens culturais 1 A interpreta o e a exposi o constituem as formas de dar a conhecer os bens culturais incorporados ou depositados no museu
136. riora o fisica e g Cultural Veneza Burges Floren a Capacidade de carga Maximiza o da utiliza o congestionamento Quadro 6 Debates correntes na gest o do patrim nio cultural e turismo Fonte Gon alves 2009 a partir de Gon alves 2003 Como apresentado por Gon alves 2009 as discuss es associadas rela o do turismo na gest o e planeamento do patrim nio cultural ultrapassam amplamente a quest o da participa o activa das comunidades Os recursos patrimoniais det m uma grande liga o com o territ rio que surge como o espa o onde se desenvolveu a actividade humana ao longo dos tempos Neste sentido os museus actualmente t m vindo a promover actividades tur sticas como forma de estrat gica econ mica e local conseguindo assim atrav s da cultura sustentar o seu espa o museol gico Como refere Alexandra Gon alves 2009 o turismo assume um papel associado transforma o ao desenvolvimento ao marketing e orienta o do produto enquanto que a gest o do patrim nio cultural a propriet ria dos bens assumindo a responsabilidade de os gerir e de evitar os impactes negativos resultantes da sua visita o O turismo de mem ria como muitos autores defendem tem aproveitado a cultura para criar uma imagem produto que se comercializa para ver e visitar Deste ponto de vista o patrim nio cultural pode ser entendido como uma nova forma de produ o cultural 5 Gon alve
137. rrano as expectativas de aumentar o fluxo tur stico podem ser boas desde que haja um trabalho proactivo e uma estrat gia futura de desenvolvimento aliada a outros produtos tur sticos Trata se de um imperativo para uma comunidade que tem sua disposi o um patrim nio cultural invulgar Para isso tem que desenvolver uma nova atitude proactiva gerando novos centros de interesse museol gico e cultural ao longo da vila convidando pessoas locais a participar na concep o e desenvolvimento de uma nova estrat gia e dando a conhecer patrim nios culturais essenciais como s o o Tejo os recursos aqu ticos a barragem o Paul da Gouxa a Reserva do Sorraia e aldeia Avieira do Patac o e a do Touco a cultura Avieira as arqueologias plural e o passado de lutas pela democracia que fazem de Alpiar a um dos pontos da regi o Tagana mais apetec veis para os tipos de turismo cultural natural e hist rico Em suma pode se concluir que a escolha de um p blico abrangente de personalidades da vila de Alpiar a para responder entrevista foi acertada pois revela um profundo conhecimento dos mesmos sobre os temas volta da Casa dos Patudos Apesar de algumas opini es serem variadas e contradit rias todos os entrevistados reconhecem e s o un nimes sobre o potencial tur stico o contributo para a economia local e que as perspetivas futuras para a Casa dos Patudos s o animadoras CS E Re Turismo Museus e Territ rios
138. s Relvas JR frequentou a Universidade de Coimbra entre 1875 e 1877 mas foi em Lisboa que veio a concluir o curso superior de Letras em 1880 com uma tese sobre Direito Feudal A 5 de Fevereiro de 1882 casou se com D Eug nia Mendes com quem veio a ter tr s filhos nenhum dos quais sobreviveu aos progenitores Maria Lu sa de Loureiro Relvas 1883 1896 Carlos de Loureiro Relvas 1884 1919 e Jo o Pedro de Loureiro Relvas 1887 1899 2 A filha mais velha e o filho mais novo falecerem em crian as com febre tifoide doen a fat dica que na poca era dif cil sobreviver Ao filho Carlos que se suicidou aos 35 anos JR proporcionou uma educa o com recurso a professores particulares em complemento escola p blica que frequentava Carlos estudou ainda em Leipzig onde aperfei oou o seu talento musical na rea do piano Como pol tico desempenhou v rios cargos foi Ministro das Finan as no Governo Provis rio da Rep blica 1910 1911 onde foi respons vel pela reforma monet ria da Nasceu em 1838 e faleceu em 1894 Abastado propriet rio agr cola ribatejano Carlos Relvas foi um grande cavaleiro e toureiro amador atirador de pistola e de carabina e jogador de pau de florete e de sabre ficando especialmente conhecido no pa s e no estrangeiro pela sua actividade como fot grafo amador amp Serra 2008 amp Idem EE E E Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a qual surge a nova
139. s 2007 CE O Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a sendo uma via para que muitos locais se transformem em destinos tur sticos Entende se hoje que necess rio associar os vest gios arqueol gicos e os monumentos aos territ rios a que pertencem e por isso tem vindo a verificar se uma crescente musealiza o in situ e o surgimento de centros interpretativos Como actividade econ mica o turismo tem a capacidade de estimular a economia local de um destino trazendo benef cios e preju zos Por impacte econ mico entende se os custos e benef cios que resultam do desenvolvimento e uso dos bens e servi os tur sticos da riqueza directa e indirecta das oportunidades e desigualdades que possam vir a ser geradas A cria o de emprego e gera o de receita representa um dos benef cios que se podem retirar de investimentos na actividade tur stica Como em qualquer outra actividade h preju zos inerentes que devem ser calculados para que o seu surgimento n o traga impactes negativos demasiado graves para a comunidade receptora e para a estabilidade econ mica local Um dos aspectos que pode ser considerado ben fico e ao mesmo tempo prejudicial s o as tecnologias da informa o e da comunica o que est o actualmente presentes em tudo como a televis o jornais ou internet Se por um lado s o um bom meio de divulga o e promo o tur stica dos destinos por outro desastres ou outr
140. s campos os suaves crep sculos da lez ria o que justifica a escolha dos v rios pintores para a sua colec o de arte 4 2 Servi os dispon veis no Museu O Museu disp e de uma loja onde s o vendidos cat logos e edi es relacionadas com a Casa Museu e com a Hist ria Pol tica de Jos Relvas vinho da Quinta dos Patudos artesanato local r plicas de pe as da colec o assim como outros objectos de merchandising relacionado com o Museu O espa o contempla ainda uma biblioteca especializada em Hist ria e Hist ria da Arte um arquivo documental que re ne documenta o escrita e materiais fotogr ficos da Hist ria Contempor nea de Portugal um servi o educativo realiza o de visitas guiadas ao p blico em geral e programas especiais de anima o cultural e pedag gica sobre as colec es e exposi es tempor rias destinadas comunidade escolar actividades tempor rias organiza o de exposi es tempor rias sobre a colec o de outras e sobre Hist ria Local No espa o exterior da Casa dos Patudos encontra se ainda um P lo Enotur stico que serve de apoio realiza o de eventos concertos de m sica palestras confer ncias exposi es e outras actividades Recentemente com as obras de requalifica o foi criado um Audit rio para complementar as infra estruturas de apoio j existentes O Museu est aberto ao p blico de 3 feira a Domingo com hor rio de Ver o 10h00 12h30 14h00 18h00 e d
141. s e das culturas vivas incluindo a necessidade de se lhes conseguir um futuro sustent vel e Encorajar a formula o de planos e de pol ticas para o desenvolvimento de objectivos pormenorizados e mensur veis e de estrat gias relacionadas com a apresenta o e a interpreta o dos s tios patrim nio e das actividades culturais no contexto da sua preserva o e conserva o A Carta Internacional do Turismo Cultural 1976 define seis princ pios Princ pio 1 Como o turismo dom stico e internacional est o entre os principais ve culos das trocas culturais a conserva o deve proporcionar oportunidades respons veis e bem geridas para os membros da comunidade residente e para os visitantes experimentarem e compreenderem em primeira m o o patrim nio e a cultura dessa comunidade Princ pio 2 O relacionamento entre os S tios Patrim nio e o Turismo din mico e pode envolver valores em conflito Ele deve ser gerido de uma forma sustentada para as gera es actuais e futuras Princ pio 3 A Conserva o e o Planeamento do Turismo para os S tios Patrim nio deve garantir que a Experi ncia do Visitante valha a pena seja satisfat ria e agrad vel Princ pio 4 As comunidades residentes e os povos ind genas devem ser envolvidos no planeamento para a conserva o e para o turismo Princ pio 5 As actividades do turismo e da conserva o devem beneficiar a comunidade residente Princ pio 6
142. s por ano Muito Frequente 1 vez por m s Frequentemente mais de 6 vezes por ano bd Raramente 1 vez por ano Gr fico 5 Visita habitualmente outros espa os museol gicos monumentos museus pal cios A avalia o quanto qualidade da visita guiada mostra que de facto as visitas guiadas s o um aspecto fundamental na visita Casa Museu Mais de metade dos inquiridos classificou a visita guiada como muito bom 74 e 24 como bom dados que revelam de facto que a visita a estes espa os culturais como sendo Casas Museus valoriza amplamente a experi ncia da visita Fraco W Razo vel W Bom EH Muito Bom 0 2 Gr fico 6 Como classifica a qualidade da visita guiada ao museu 0 TL Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Quanto ao atendimento acolhimento 59 dos visitantes classificou como muito bom e 29 como bom o que significa que a maioria dos visitantes se sentiu satisfeito com o acolhimento recep o na chegada Casa Museu Fraco MRazodvel W Bom EH Muito Bom W N o Responde L Gr fico 7 Como classifica o atendimento acolhimento No que concerne recomenda o da visita 92 dos visitantes refere que recomendaria a visita a outras pessoas o que revela grande import ncia do poder da 84 Pa sendo considerada na actividade tur stica como uma das comunica o word of mouth mais importantes formas
143. s recursos existentes outros representam sobretudo um papel de consolida o ou diversifica o da atrac o j existente As potencialidades de desenvolvimento tur stico de um territ rio est o dependentes dos recursos existentes cada recurso oferecendo um potencial tur stico distinto pelo que necess rio avaliar as potencialidades de todos os recursos No concelho de Alpiar a existem variados recursos tur sticos contudo em termos de estrutura o da oferta apenas a Casa dos Patudos encontra se devidamente organizada havendo no entanto muitos outros potenciais recursos que podem e devem ser explorados e desenvolvidos de forma a se poderem consolidar no mercado Com refere Marujo 2008 53 num mercado competitivo como o sector do turismo a consci ncia do consumidor a selec o e a escolha por um determinado destino e produtos de hospitalidade depende da informa o que esta dispon vel ao turista A comunica o fundamental para o relacionamento entre o sector privado o sector p blico os turistas e a comunidade local O Museu incrementa o artesanato local estimulando a inova o e a criatividade nomeadamente com o merchandising relacionado com a Casa dos Patudos que posteriormente coloca se venda na loja do Museu 78 Cunha 2008 E GE E Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Desde 2009 que a C mara Municipal de Alpiar a investiu 2 5 milh es de euros com
144. s tur sticos nomeadamente Ag ncias de Viagens e Hot is Segmenta o da oferta tur stica atrav s do servi o educativo na Casa dos Patudos Consolida o dos circuitos tur sticos rotas no concelho de Alpiar a Integra o da Casa dos Patudos na rede de museus Sinaliza o de percursos pedestres atrav s de placas indicativas e descritivas da fauna e flora da zona da Barragem dos Patudos e da Reserva do Cavalo Sorraia Cria o de novos eventos que atraiam p blico diversificado Para o turismo a gest o integrada do patrim nio crucial O turismo plus trans e multidisciplinar Em turismo determinante que se perceba o perfil da procura O conhecimento deste perfil o que fundamenta as ac es de estrutura o da oferta A oferta por isso mesmo s pode ser considerada fi vel quando apresentada na decorr ncia dos efeitos da procura Tolo Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 2011 7 225 2012 13 344 2013 1 semestre 5 474 Quadro 9 Visitantes Casa dos Patudos 2011 2013 Elabora o pr pria Como pode observar se no quadro 9 a Casa dos Patudos tem vindo a aumentar significativamente o n mero de visitantes No ano de 2011 devido s obras de requalifica o dos espa os interiores o Museu esteve encerrado durante 3 meses Agosto Setembro e Outubro sensivelmente o que se justifica em certa parte o baixo n mero de visitantes Em Outubro d
145. sclassifica o desclassificado por ter sido destru do pelo mar o Forte Novo ou da Arma o que se situava a cerca de 2 km a sudoeste da ribeira de Quarteira na freguesia de Quarteira munic pio de Loul distrito de Faro e que havia sido classificado como im vel de interesse p blico pelo Decreto do Governo n 735 74 de 21 de Dezembro Artigo 4 Reclassifica o reclassificado como monumento nacional o Teatro Nacional de S o Carlos no Largo de S o Carlos 17 a 23 na Rua de Serpa Pinto 9 e no Largo do Picadeiro freguesia dos M rtires munic pio de Lisboa distrito de Lisboa que havia sido classificado como im vel de interesse p blico pelo Decreto do Governo n 15 962 de 18 de Setembro de 1928 Presid ncia do Conselho de Ministros 1 de Fevereiro de 1996 Ant nio Manuel de Oliveira Guterres Jo o Cardona Gomes Cravinho Manuel Maria Ferreira Carrilho Assinado em 15 de Fevereiro de 1996 Publique se O Presidente da Rep blica M RIO SOARES Referendado em 16 de Fevereiro de 1996 O Primeiro Ministro Ant nio Manuel de Oliveira Guterres ANEXO I Monumentos nacionais Distrito de Santar m Munic pio de Alpiar a Casa Museu dos Patudos tamb m denominada Casa de Jos Relvas na estrada nacional n o 118 ao quil metro 80 290 Alpiar a freguesia de Alpiar a Munic pio da Goleg Casa Museu de Carlos Relvas tamb m denominada Casa Est dio de Carlos Relvas Atelier de
146. seneneess 108 Anexo 4 Projecto da Casa dos Patudos s culo XX Ra l Lino ee eeeeeeeteeeenneeees 109 Anexo 5 Inqu rito aos visitantes da Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 110 Anexo o GO de CIS ISU A ss o eu ai aoa ence od ws eve eo a 112 Anexo 7 Quadro s ntese das respostas s entrevistas eeeceeeeececseeeeceteeeeeteeeenteeeenaeeees 113 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Lista de Abreviaturas e Siglas AFCP Arquivo Fotogr fico da Casa dos Patudos AIDIA Associa o para o Desenvolvimento Integrado de Alpiar a APOM Associa o Portuguesa de Museologia CCDRLVT Comiss o Coordenadora de Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo CILMT Comunidade Intermunicipal da Lez ria do Tejo CMA C mara Municipal de Alpiar a CP Casa dos Patudos CPMA Casa dos Patudos Museu de Alpiar a EN Estrada Nacional ICOM The International Council of Museums IGESPAR Instituto de Gest o do Patrim nio Arquitect nico e Arqueol gico IMC Instituto dos Museus e da Conserva o INE Instituto Nacional de Estat sticas JF Junta de Freguesia FJR Funda o Jos Relvas JR Jos Relvas NUTS Nomenclatura Comum das Unidades Territoriais COET Comiss o de Orienta o Estrat gica para o Turismo OMT Organiza o Mundial do Turismo ONU Organiza o das Na es Unidas PENT Plano Nacional Est
147. sidades Seniores de v rios pontos do pa s geralmente em visitas de 1 dia organizadas durante todo o ano 35 Dados recolhidos aquando do est gio que a autora realizou na Casa dos Patudos 2011 2012 9 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Excursionistas Fam lias de v rios pontos do pa s para lazer de fim de semana durante todo o ano uma parte das quais fixa resid ncia em concelhos pr ximos Crian as e Jovens estudantes para visitas culturais ou de hist ria de um ou mais dias em programas de hist ria e meio social e natural organizados regularmente pelas escolas durante todo o ano Investigadores que pretendem fazer trabalhos acad micos e profissionais relacionados com o esp lio da Casa dos Patudos Turistas nacionais e estrangeiros em f rias que percorrem a zona de Lisboa e Vale do Tejo durante todo o ano na sua maioria fam lias e seniores com diversas motiva es cultura natureza gastronomia e vinhos sol praia lazer gt Grupos de desportistas triatlo pesca desportiva cicloturismo que v m realizar provas ao concelho de Alpiar a durante todo o ano ficando geralmente 2 a 3 dias Para uma vis o de futuro num horizonte a m dio longo prazo assimilamos como linhas de for a de op o estrat gica Consolida o de Produtos Tur sticos que respondam s motiva es que os turistas procuram Defini o de parcerias com v rios agente
148. sitivos Integrar o museu e os programas museol gicos em projectos de desenvolvimento cultural e na sedimenta o da mem ria colectiva das popula es Promover a acredita o junto da Rede Portuguesa de Museus Promo o da qualifica o e forma o dos funcion rios e colaboradores Como se comprovou no nosso trabalho de campo e atrav s dos dados recolhidos em inqu rito e entrevistas alguns destes aspectos precisam de ser melhorados OO RR Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Capitulo 5 O valor tur stico da Casa dos Patudos Museu de Alpiar a contexto em 2011 2013 Apreciar o valor tur stico da Casa dos Patudos implica o reconhecimento de valores para que se possa esbo ar ideias comparativas sobre o potencial tur stico que a mesma representa Os atractivos tur sticos baseiam se sobretudo na natureza na hist ria e na cultura mas s o os factores naturais que sobretudo promovem e organizam a maioria dos destinos tur sticos Como refere Cunha 2008 3 qualquer pais ou regi o pode ser dotado de recursos ou actividade suscept veis de utiliza o como atrac o tur stica e de permitir o desenvolvimento de actividades tur sticas N o obstante nem todos os recursos oferecem as mesmas possibilidades alguns constituem por si s motivo de atrac o e originam demandas tur sticas que justificam o desenvolvimento de v rias actividades para explorar o
149. smodeportugal pt Acedido em 21 09 2013 TP 2013 Turismo de Portugal Visit Portugal Online Dispon vel em http visitportugal com Acedido em 13 09 2013 TP 2006 Turismo de Portugal Estudo sobre Touring Cultural e Paisag stico Online Dispon vel em http www turismodeportugal pt Acedido em 13 06 2013 et E A Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Legisla o consultada Altera o ao Decreto Lei n 325 2003 de 29 de Dezembro Decreto Lei n 191 2009 de 17 de Agosto Di rio da Rep blica 1 s rie n 158 17 de Agosto de 2009 Lei de Bases do Turismo Decreto n 2 96 Di rio da Rep blica I S rie B n 56 de 6 de Mar o Classificado como IIP Im vel de Interesse P blico Decreto Lei n 95 78 Di rio da Rep blica I S rie n 210 de 12 de Setembro Classificado como IIP Im vel de Interesse P blico Decreto Lei n 129 77 Di rio da Rep blica I S rie n 226 de 29 de Setembro Classificado como IIP Im vel de Interesse P blico Lei n 47 2004 Di rio da Rep blica I S rie A n 195 de 19 de Agosto Aprova a Lei Quadro dos Museus Portugueses E RES Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Anexos Anexo 1 Decreto 2 96 de 6 de Mar o MINIST RIO DA CULTURA A classifica o do patrim nio constitui o instrumento primordial de que o Governo disp e para a preserv
150. sse destino Richard Florida 2008 menciona como vantagens competitivas de Portugal a cultura e a autenticidade e enaltece o clima e a arquitectura hist rica como factores de atrac o numa sociedade que tende a favorecer a multi localiza o O economista Fl rida refere o aparecimento de uma classe criativa associada a reas com grande capacidade de inova o e congrega o desenvolvimento e o sucesso das cidades ao seu talento de atrair esta classe emergente O esfor o humano para desenvolver ideias a chave para a inova o econ mica Para Florida 2008 as especificidades das comunidades que se tornam mais competitivas e auspiciosas s o a capacidade de lideran a tecnol gica cria o de talento e a inexist ncia de obst culos entrada de pessoas Para o especialista o s tio onde vivemos t o indispens vel para a felicidade das pessoas como o sucesso profissional ou sentimental e referiu ainda algumas raz es que marcam a diferen a como a abertura diversidade a qualidade dos s tios arquitect nicos ambientais paisag sticos e est ticos a lideran a as oportunidades e boas condi es b sicas seguran a infra estruturas equipamentos etc Florida afirmou que os lugares de qualidade estimulam a economia criativa 4 Florida 2008 ee E S Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 1 6 Recursos tur sticos do territ rio Entende se por recursos tur sticos os at
151. stronomia e vinhos divulga o e promo o do turismo no Oferta diversificada na rea da gastronomia e concelho vinhos com a exist ncia de v rios restaurantes Segmenta o de mercado 2 onde servida comida t pica do concelho e da Inexist ncia de circuitos tur sticos organizados regi o aliado oferta vin cola de v rias casas para diferentes segmentos agr colas onde poss vel degustar um vinho de qualidade Diversidade e qualidade do patrim nio natural Meio envolvente composto por espa os naturais 0 Rio Tejo a Barragem dos Patudos a Vala Real a praia fluvial do Patac o e os v rios trilhos pedestres existentes na zona envolvente da barragem e da reserva natural do cavalo sorraia Diversidade de produtos tur sticos Oferta diversificada cultura patrim nio tradi o e natureza Organiza o de eventos Conjunto de eventos que ajudam na dinamiza o tur stica como o Festival do Mel o que se realiza em Julho a Alpiagra em Setembro que integram actividades l dicas e t cnicas que atraem ao concelho diversos tipos de p blicos Localiza o Localiza se no cora o do Ribatejo Dista 12 km de Santar m sede de Distrito e 90 km de Lisboa Acessibilidades Alpiar a disp e de bons acessos rodovi rios Hy ee Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a AMEA AS Actual conjuntura econ mica A situa o econ mica que o pa s atravessa dificulta o
152. t e as redes sociais t m tamb m relevo contudo n o s o os principais meios de informa o E internet W Televis o Wl Amigos MRedesSociais W Outro 5 6 Gr fico 2 Como teve conhecimento da Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 833 Modelo de inqu rito em anexo 6 8 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Sobre a visita a outros pontos tur sticos no concelho de Alpiar a apenas 39 afirmaram que visitaram outros locais tur sticos no concelho o que comprova a falta de informa o prestada ao visitante turista sendo necess rio apostar na promo o e divulga o dos atractivos do concelho sim E N o Gr fico 3 Al m da Casa dos Patudos visitou outro ponto tur stico em Alpiar a Na quest o sobre sentiu se bem recebido todas as pessoas afirmaram que se sentiram se bem recebidas quando chegaram ao museu o que revela um dos aspectos de grande import ncia na actividade tur stica o saber receber E Sim E N o 0 Gr fico 4 Sentiu se bem recebido quando chegou ao museu O Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Quanto quest o se visita habitualmente outros espa os museol gicos monumentos museus e pal cios apenas 14 afirmaram que visitam muito frequentemente ou seja uma vez por m s A maioria dos inquiridos respondeu que visita frequentemente mais de 6 veze
153. ta se como proposta futura a cria o de uma rota intitulado por Rota Relvas A rota seria constitu da por dois pontos principais a Casa dos Patudos em Alpiar a e a Casa Est dio Carlos Relvas na Goleg A cria o desta rota prende se pelo facto de ambos os Museus terem pertencido fam lia Relvas Carlos Relvas na Goleg e Jos Relvas e em Alpiar a pai e filho figuras de destaque na sociedade nos finais do s culo XIX e princ pios do s culo XX Este patrim nio cultural legado aos munic pios a que pertencem enriquece e enaltece estes territ rios constituindo se como ncora para fomentar e incrementar outros produtos tur sticos na regi o NE ae ee Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Os promotores da Rota Relvas seriam as C maras Municipais onde est o inseridos estes dois museus estabelecendo uma parceria de gest o da rota apoiadas tamb m pelas associa es de desenvolvimento local Desta forma ser apresentado posteriormente os pontos de interesse da Rota Relvas assim como um poss vel itiner rio 6 2 1 Breve caracteriza o da Casa Est dio Carlos Relvas A Casa Est dio na Goleg foi resid ncia de Carlos Relvas uma das figuras fulcrais da fotografia em Portugal com uma obra distinguida e premiada internacionalmente Carlos Relvas nasceu em Novembro de 1838 filho de um grande propriet rio Tendo sido educado por professores particulares aprendeu v rias
154. tal do Instituto dos Museus e da Conserva o Online Dispon vel em http www imc ip pt Acedido em 10 09 2013 INE 2013 Instituto Nacional de Estat sticas Online Dispon vel em http www ine pt Acedido em 10 09 2013 JAFARI Jafar 2000 Encyclopedia of Tourism Routledge London JF DE ALPIAR A 2008 4 Freguesia Hist ria Online Dispon vel em http jf alpiarca pt Acedido em 01 09 2013 LOUREN O Elsa 2010 Autarquias e Turismo Disserta o de Mestrado Instituto Polit cnico de Tomar MARUJO No mi 2008 Turismo e Comunica o RVJ Editores Castelo Branco Museus e Patrim nio Imaterial agentes fronteiras identidades MCKERCHER B du CROS H 2002 Cultural Tourism the partnership between tourism and cultural heritage management Routledge New York MENDIZABAL Fabiana Machado 2004 O turismo desenvolvido a partir de suas comunidades locais Online Dispon vel em http www revistaturismo com br negocios comunidadeslocais htm Acedido em 10 08 2013 M DULO OPERACIONAL 7 2007 Roteiriza o Tur stica Minist rio do Turismo Brasil MONGE Maria de Jesus 2010 O Projecto Internacional de Categoriza o das Casas Museu Online Dispon vel em http casas museu em portugal blogspot pt Acedido em 20 06 2013 NENO V tor 2013 O turismo que o maior sector exportador nacional de bens e servi os subestimado Ideias em Estante Di rio Eco
155. teressantes considerar tamb m na abordagem S o eles os seguintes e Euforia tal como o conceito indica h prazer no contacto e portanto os turistas s o bem recebidos e Apatia come a a haver um crescimento da indiferen a medida que o n mero de turistas aumenta O que era antes visto como novidade passa a ser encarado como aborrecimento e Irrita o aumento de pre os crime e transgress o das normas culturais leva a um questionamento por parte da comunidade relativamente presen a de turistas e ind stria que se desenvolve Este est gio ocorre quando o n vel de satura o do destino atingido e Antagonismo surge uma repulsa aberta aos turistas devido ao acentuar das irrita es por eles provocadas levando o turismo a ser considerado o portador de todos os males como a prostitui o drogas e afins Segundo Cohen 1988 poss vel definir as principais quest es que caracterizam a rela o entre a cultura e o turismo A mercantiliza o um factor preponderante nomeadamente com os efeitos causados pela procura tur stica que muitas vezes alteram ou destroem as tradi es e festividades locais autenticidade encenada leva cria o eventos fict cios para satisfazer a procura tur stica a padroniza o quando os turistas procuram situa es familiares conduz perda de diversidade cultural Ap s analisarmos os danos que o choque cultural provoca ser importante tamb m referir de forma s
156. to Estrat gico de Destinos Tur sticos 1 Congresso de Desenvolvimento Regional de Cabo Verde FERREIRA Jane Carolina Rodrigues 2006 Os impactes sociais econ micos e culturais do turismo em Guaramiranga Online Dispon vel em http www revistaturismo com br artigos guaramiranga html Acedido em 10 08 2013 FIANDEIRO Jo o e CARVALHO Rui 2010 Tomar Patrim nio estrat gia tur stica local estudo de caso ISCTE Online Dispon vel em http www iscet pt Acedido em 10 06 2013 FIGUEIREDO Laura C sar 2013 Perspectivas de an lise geogr fica do patrim nio cultural algumas reflex es Geografia Ensino amp Pesquisa v 17 n 1 jan abr FIGUEIRA Lu s Mota 2011 Sess o de Debate Roteiro do Tejo Ideia e Conceito Abrantes FIGUEIRA Lu s Mota 2010 Manual T cnico de Roteiros de Turismo Cultural Instituto Polit cnico de Tomar EEE G Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a FLORIDA Richard 2011 4 ascens o da classe criativa e o seu papel na transforma o do trabalho do lazer da comunidade e do cotidiano Tradu o de Ana Luiza Lopes L amp PM Editores FLORIDA Richard 2008 Caderno de Imprensa Confer ncia em Lisboa GASTAL Susana 2012 Turismo e cultura aproxima es e conflitos Editora Manole Ltda Brasil GON ALVES Alexandra Rodrigues 2007 Museus Turismo e Territ rios Peniche Congresso Internacional Turismo da Regi
157. to que tem como objectivo a valoriza o e promo o tur stica do patrim nio da fam lia Relvas no Ribatejo diferenciando se pela sua qualidade e diversidade de oferta tur stica distinguindo se como um produto de excel ncia 2 sis Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Para que a Rota Relvas se possa afirmar como um produto tur stico criativo e inovador necess rio que a sua elabora o siga as normas e a estrutura deste tipo de produtos A proposta de cria o da rota carece de um estudo mais aprofundado uma vez que se trata de uma proposta e para tal seria necess rio mais tempo para a realiza o de um trabalho espec fico nesta tem tica As perspectivas futuras para o territ rio de Alpiar a apresentam se animadoras o estudo desta investiga o permitiu comprovar que de facto o territ rio de Alpiar a disp e de singulares recursos tur sticos e que por isso re ne condi es para se afirmar como um destino tur stico de excel ncia Contudo dever estruturar melhor os seus recursos para que estes se apresentem com as condi es necess rias para receber os turistas Ao longo do trabalho de investiga o deparou se com algumas limita es em primeira inst ncia a falta de tempo para a concretiza o do estudo aprofundado de alguns temas em segundo a indisponibilidade de contactar algumas pessoas que considerava importantes para o trabalho e por ltimo falta de dados
158. uito importante no sentido em que facilitam a integra o de diversas informa es e em v rios formatos alfanum rico gr fico multim dia entre outros Os SIG e o turismo est o intrinsecamente ligados dado que ambos actuam em torno da localiza o dos fen menos se por um lado o turista quer saber onde fica o restaurante ou onde fica o museu no que respeita aos SIG estes t m na sua ess ncia precisamente a localiza o geogr fica fundamental a colabora o na inventaria o geo referenciada da informa o tur stica nomeadamente na produ o de roteiros tur sticos mapas tur sticos defini o das potencialidades tur sticas entre muitas outras coisas A informa o em turismo representa uma import ncia fundamental para o funcionamento do sector no sentido em que os turistas necessitam de informa es durante Silva 2006 ee E T E Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a todo o percurso de viagem ou desloca o Qualquer turista mesmo antes de iniciar ou decidir a viagem faz uma pesquisa intensiva sobre o local onde pretende viajar analisa pre os alojamento clima restaura o locais a visitar etc Os turistas necessitam constantemente de informa o actualizada fidedigna e de f cil acesso antes durante e depois da viagem Neste sentido os meios de comunica o e distribui o t m um papel primordial com destaque para a internet como prin
159. ures subcultures ethnic cultures churches cathedrals and other things that represents people and their culture IFFTA Glossary IFTTA International Forum of Travel and Tourism Advocates http www unwto org WebTerm6 UI index xsl Consultado em 3 de Maio de 2010 Tourist activities that have as their main motivation the enjoyment of the cultural resources of a certain location town or village WTO World Tourism Organization 1985 Apud Mackercher e du Cros 2002 p 4 The cultural tourism as the movements of persons for which World Tourism Organization s defines essentially cultural motivations they ee Ce Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a suggest includes study tours performing arts cultural tours travel to festivals visits to historic sites and monuments folklore and pilgrimages Ignarra 2001 p 119 O turismo cultural engloba todos os aspectos das viagens pelos quais o turista conhece a vida e o pensamento da comunidade receptora Cunha 2001 p 49 Inclu mos no turismo cultural as viagens provocadas pelo desejo de ver coisas novas de aumentar os seus conhecimentos conhecer as particularidades e os h bitos de outros povos conhecer civiliza es e culturas diferentes do passado e do presente ou ainda a satisfa o de necessidades espirituais Quadro 1 Defini
160. useu de Alpiar a No mbito do Mestrado em Desenvolvimento de Produtos de Turismo Cultural que frequento no Instituto Polit cnico de Tomar encontro me a realizar a disserta o de do territ rio Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Neste sentido elaborei um question rio que serve para conhecer a sua opini o relativamente aos servi os oferecidos pela Casa dos Patudos Museu de Alpiar a bem como a sua satisfa o para com os mesmos N o h respostas certas nem erradas pedimos lhe apenas que seja o mais sincero a possivel Quest es 1 Como teve conhecimento da Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 2 Al m da Casa dos Patudos visitou outro ponto tur stico em Alpiar a Foca EE Ii PO 110 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a 3 Sentiu se bem recebido quando chegou ao museu 4 Visita habitualmente outros espa os museol gicos monumentos museus pal cios orient vesem o Fremerioneie ras de Serer F Fraco R Razo vel B Bom MB Muito Bom S Sim N N o Agrade o o tempo que dispensou na realiza o deste question rio Tatiana Filipe Antunes Gomes ri yr votre Li 111 Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a Anexo 6 Gui o de entrevista Objetivos espec ficos Compreender o valor simb lico da Casa dos Patudos Identificar o potencial tur stico d
161. vidade expressiva que emprega um grande n mero de pessoas As principais culturas agr colas de refer ncia em Alpiar a s o o mel o e a vinha Alpiar a tem como patrim nio classificado como Im vel de Interesse P blico TIP a Casa dos Patudos desde 1996 as Esta es Arqueol gicas da Quinta dos Patudos Castelo de Alpiar a Cabe o da Bruxinha Necr pole de Tanchoal e Necr pole do Meij o desde 1977 e a Esta o Arqueol gica da Quinta da Goucha conhecida por Cabe o da Bruxa desde 1978 1 2 Caracteriza o geogr fica Alpiar a pertence ao Distrito de Santar m estando integrada desde 2002 na regi o estat stica NUTS II do Alentejo e na sub regi o estat stica NUTS III da Lez ria do Tejo No entanto continua a integrar a Comiss o de Coordena o e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo A Lez ria do Tejo com uma rea de aproximadamente 4 273 Km2 e com cerca de 250 mil habitantes constitui uma sub regi o de m dia dimens o no contexto nacional e regional Trata se da Unidade Territorial composta pelas zonas 1 Decreto n 2 96 DR I S rie B n 56 de 6 03 1996 8 Decreto n 129 77 DR I S rie n 226 de 29 09 1977 Decreto n 95 78 DR I S rie n 210 de 12 09 1978 ee Turismo Museus e Territ rios Casa dos Patudos Museu de Alpiar a lim trofes do Rio Tejo pertencentes aos Concelhos de Goleg Almeirim Alpiar a Azambuja Benavente Cartaxo
162. vido ao facto de o Conservador ser alpiarcense Muito estreita desde que o Dr Nuno Prates ficou respons vel pelo museu O Dr Jo o Serrano considera a rela o um pouco mista A rela o com a comunidade local pouco estreita algo distante e institucionalizada O Museu deveria sair mais das suas paredes e contribuir para elevar o n vel cultural de sensibilidade e de conhecimentos da comunidade alpiarcense Tem se esperado que a comunidade se aproxime da casa em vez de a casa sair ao encontro da comunidade Tal n o implica meios materiais mas t o s imagina o e vontade de elaborar uma estrat gia de proximidade com a comunidade O Museu tem mantido uma dist ncia cr tica ou distanciamento subtil em rela o aos alpiarcenses privando os de ter contacto mais pr ximo e ntimo com o esp rito do humanismo republicano Na opini o do Eng Ricardo Hip lito a rela o entre o Museu e a comunidade tem melhorado nos ltimos tempos Talvez entre estreita e distante Ponto interm dio Com melhorias significativas com o estabelecimento de novas din micas desde h 2 anos Para o Dr Rui Gaspar Respons vel T cnico da Biblioteca Municipal de Alpiar a o afastamento da comunidade local em rela o Casa dos Patudos deve se a factores pol ticos e econ micos reconhecendo no entanto o esfor o do actual Conservador Parece me que a Casa dos Patudos tem sofrido de algum alheamento relativamente

turismo, museus e territórios: casa dos patudos – museu de alpiarça

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