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Decisões - TRT da 3ª Região

1. o como candidatos em um novo pleito A empresa r por sua vez sustenta que os demandantes n o s o detentores de estabilidade sendo que as dispensas efetivadas traduzem o leg timo poder diretivo empres rio Pontue se que embora a empresa r em sua argumenta o defensiva insista em invocar o poder de dire o reconhecido ao empregador pela ordem juslaboral consabido que o poder diretivo n o absoluto possui limites externos impostos pela Constitui o por outras leis pelo Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 462 contrato como tamb m pelas normas coletivas e tamb m um limite interno como assinala Montoya Melgar isto ele dever ser exercido de boa f e de forma regular A dispensa dos autores efetivada pela empresa requerida como j abordado alhures forte indicativo da coniv ncia existente entre os r us no intuito de perpetuar o mandato dos atuais dirigentes sindicais O depoimento da testemunha ROSSY SOARES MELO tamb m traz informa es que evidenciam o envolvimento da empresa r com os dirigentes sindicais administradores da entidade h mais de d cadas Declarou a testemunha que os trabalhadores eram influenciados pela empresa para apoiarem a chapa capitaneada pelo Sr Vicente Informou que no caso do depoente esse processo de influenciamento ou indu o de voto foi executado pelo Sr Adilson Marques
2. o adicional prevista nas Leis n 6 708 de 30 10 1979 e 7 238 de 28 10 1984 No caso em tela o reclamante com a proje o do aviso pr vio foi dispensado ap s a data base tendo direito apenas s diferen as de verbas rescis rias que como se viu foram pagas Rejeito o pedido E Dos honor rios assistenciais Pleiteia o reclamante a condena o da 1 reclamada nos honor rios assistenciais Presentes os requisitos legais com declara o de pobreza f 13 art 4 da Lei n 1 060 50 e designa o do sindicato f 12 procede o pedido formulado Dever a 1 reclamada pagar os honor rios advocat cios em favor do sindicato assistente na base de 15 dos cr ditos brutos a serem apurados Assim caminha a jurisprud ncia p tria HONOR RIOS ADVOCAT CIOS BASE DE C LCULO O artigo 11 8 1 da Lei n 1 060 de 1950 estabelece que os honor rios de advogado ser o arbitrados pelo juiz at o m ximo de 15 quinze por cento sobre o l quido apurado na execu o da senten a Ao interpretar a express o l quido contida na lei o C TST tem entendido que deve ser considerado o valor apurado em liquida o sem qualquer dedu o fiscal ou previdenci ria Assim decidiu nos RR 240 2002 900 03 00 DJ 499 01 08 03 Rel Vieira de Mello Filho RR 35629 2002 900 03 00 DJ 30 05 03 Rel Ives Gandra RR 44854 2002 900 03 00 DJ 22 08 03 Rel Jo o Batista Brito Pereira TRT
3. o capaz de comprometer suas atividades AROUCA Jos Carlos in Curso b sico de direito sindical S o Paulo LTr 2006 p 60 Prosseguindo acrescenta o festejado jurista claro que no Estado Democr tico de Direito nenhum agrupamento partido pol tico institui o religiosa associa o civil seja qual for seu objetivo tem autonomia absoluta op cit p 60 grifou se Compulsando as fichas de inscri o juntadas s f 1458 1638 constata se que a norma estatut ria n o era fielmente observada pela entidade sindical que fazia t bula rasa da formalidade admissional Note se que os registros de associados trazem in meras irregularidades como aus ncia de assinatura e dados incompletos v g f 1506 1516 1519 1526 1561 1567 1577 1581 1587 1614 1616 1630 1633 etc Sem fundamento ainda a insurg ncia do sindicato requerido contra o documento juntado pelos autores f 120 ao argumento de que se trata de uma carteira da Associa o Profissional dos Trabalhadores nas Ind strias de Fia o e Tecelagem de Montes Claros entidade estranha no processo f 1702 Ora se a entidade sindical desconhece a Associa o Profissional dos Trabalhadores nas Ind strias de Fia o e Tecelagem de Montes Claros que emitiu a carteira de f 120 ent o as fichas de filia o apresentadas pela defesa s f 1622 1625 tamb m se referem entidade estranha aos autos Impende assina
4. restri o de direitos legal ou convencionalmente previstos ainda mais quando n o houve previs o expressa para a limita o como no caso em tela e principalmente quando essa restri o choca se com a pr pria teleologia das normas trabalhistas Nesse sentido 509 EMENTA VIGILANTE INDENIZA O OU SEGURO DE VIDA POR INVALIDEZ PREVISTA EM CONVEN O COLETIVA INTERPRETA O Se a cl usula de conven o coletiva do trabalho garante ao vigilante indeniza o ou seguro de vida na hip tese de invalidez para o trabalho sem fazer qualquer restri o a que a invalidez decorra de doen a ou de acidente seja total ou parcial permanente ou tempor ria descumpre o aven ado o empregador que contrata seguro com cobertura t o somente de invalidez permanente total ou parcial por acidente e invalidez permanente total por doen a Assim sendo merece acatamento o pedido de responsabiliza o do empregador formulado pelo empregado que aposentado por invalidez n o logra receber o benef cio em raz o da limita o da cobertura Processo 00689 2003 051 03 00 0 RO P gina 4 07 02 2004 DJMG Terceira Turma Relator Desembargador Sebasti o Geraldo de Oliveira EMENTA OBRIGA O DE FAZER ESTIPULADA EM CONVEN O COLETIVA CONTRATO DE SEGURO EM GRUPO INVALIDEZ PARA O TRABALHO POR QUALQUER CAUSA INDENIZA O SUBSTITUTIVA Se a norma coletiva prev indeniza o para o
5. trazida por DELGADO como os efeitos resultantes do contrato empregat cio que n o decorrem de sua natureza de seu objeto e do conjunto natural e recorrente das cl usulas contratuais trabalhistas mas que por raz es de acessoriedade ou conex o acoplam se ao contrato de trabalho Trata se pois de efeitos que n o t m natureza trabalhista mas que se submetem estrutura e din mica do contrato de trabalho por terem surgido em fun o ou em vincula o a este Exemplo cl ssico desse efeito conexo exatamente a hip tese tratada nos autos que diz respeito 3 DELGADO Contrato de trabalho p 107 4 DELGADO Contrato de trabalho p 108 contrata o de assist ncia de sa de corporativa em cumprimento a obriga o imposta por instrumento normativo o que faz com que o pr prio contrato de assist ncia sa de seja acess rio e acople se ao contrato de trabalho E uma vez caracterizada uma determinada obriga o como efeito conexo do contrato de trabalho s a Justi a Especializada trabalhista se mostra vocacionada a conhecer a demanda j que a simples representa o de uma situa o como efeito pr prio ou conexo da rela o de trabalho traria de forma inerente a pretens o de inclus o da rela o jur dica no arcabou o do princ pio protetivo que distingue as pr prias rela es de trabalho e que serve como novo termo definidor de compet ncia deste ramo do judici rio nos termos
6. 465 ATA DE AUDI NCIA PROCESSO N 00997 2006 026 03 00 8 Data 05 02 2007 DECIS O DA 1 VARA DO TRABALHO DE BETIM MG Juiz Titular Dr MAURO C SAR SILVA Aos cinco dias do m s de fevereiro de 2007 s 16h57min na sala de audi ncias da 1 Vara do Trabalho de Betim o MM Juiz do Trabalho Dr MAURO C SAR SILVA proferiu decis o na A O DE USUCAPI O proposta por MARIA DE LOURDES FREITAS LIMA em face de M RIO YOLETTE FREITAS CARNEIRO e na A O DE OPOSI O proposta por MARCELO RESENDE NICOLAU MARCOS VIN CIOS SENA SOUZA WALTER DE OLIVEIRA TAVARES em face de MARIA DE LOURDES FREITAS LIMA e M RIO YOLETTE FREITAS CARNEIRO Aberta a audi ncia por ordem do MM Juiz do Trabalho Titular foram apregoadas as partes ausentes A seguir o MM Juiz proferiu a decis o RELAT RIO Maria de Lourdes Freitas Lima qualificada na inicial ajuizou a o de Usucapi o Especial Rural em face de M rio Yolette Freitas Carneiro perante a Justi a Comum feito distribu do 5 Vara C vel da Comarca de Betim MG alegando em resumo que h 31 anos se acha na posse mansa pac fica ininterrupta e incontestada do im vel descrito na inicial no qual construiu uma casa para sua moradia e outras benfeitorias planta es e pastagens e que n o possui qualquer outro im vel Indicou os confrontantes Postulou o reconhecimento do dom nio e demais direitos discriminados s f 07 08 Deu causa o valor de R 1 000 00 Juntou
7. R 20 000 00 justo e razo vel considerando a extens o das sequelas do acidente Com efeito a vis o monoocular causa ang stia transtorno dor e constrangimento afetando a pessoa na sua vida profissional redu o da capacidade laborativa social e ainda em sua auto estima N o h base legal nem argumentativa para a redu o pretendida CONCLUS O Conhe o dos recursos dos reclamados rejeito a preliminar de incompet ncia da Justi a do Trabalho e nego lhes provimento A TERCEIRA TURMA unanimidade conheceu dos recursos dos reclamados sem diverg ncia rejeitou a preliminar de incompet ncia da Justi a do Trabalho e negou lhes provimento Belo Horizonte 14 04 2004 TA SA MARIA MACENA DE LIMA Ju za Relatora Assim a segunda reclamada responder subsidiariamente aos termos da presente demanda A 2 reclamada tomadora dos servi os subsidi ria no pagamento dos cr ditos devidos ao reclamante se n o quitados pela 1 reclamada frise se sendo lhe ressalvada a competente a o de regresso contra a 1 reclamada Outra quest o a ser analisada diz respeito ao momento em que o devedor subsidi rio deve ser acionado O i Magistrado Dr Sebasti o Geraldo de Oliveira em artigo publicado na Revista LTr de agosto de 1997 discorre sobre o tema quando se inicia a execu o o devedor respons vel subsidi rio normalmente requer que primeiramente sejam exauridas todas as
8. o do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene sa de e seguran a do trabalho garantido por norma de ordem p blica art 71 da CLT e art 7 XXII da CF 1988 infenso negocia o coletiva Em igual posicionamento a Orienta o Jurisprudencial n 31 da Se o de Diss dios Coletivos SDC N o poss vel a preval ncia de acordo sobre legisla o vigente quando ele menos ben fico do que a pr pria lei porquanto o car ter imperativo desta ltima restringe o campo de atua o da vontade das partes Recurso de revista provido TST RR 903 2004 026 03 00 9 4 T Rel Juiz Conv Jos Antonio Pancotti DJU 04 11 2005 em Juris S ntese n 61 Em refor o tese adotada sindicato profissional seja para assim pronunciou se nosso Egr gio excluir seja para reduzir sua Tribunal Regional do Trabalho da 3 dura o salvo mediante Regi o Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 O empregado mesmo sob habilita o pela via negocial coletiva de cumprir dura o de trabalho de final stica compensat ria maior que a ordinariamente prescrita como normal mais de oito horas dia e vale a redund ncia para a devida compreens o laborando em jornada maior de seis horas tem que ter intervalo no curso dela intrajornada pena do tempo respectivo que lhe seja subtra do parcial que seja deve ser lhe pago pelo empregad
9. que dever o ser corrigidos na forma do que disp e a OJ n 198 da SDI I do Col TST 12 Do benef cio da justi a gratuita Em que pese o resultado favor vel ao autor considerando a declara o de hipossufici ncia econ mica de f 10 e 72 CONCEDEM SE ao reclamante os benef cios da 567 justi a gratuita com base no art 4 da Lei 1 060 50 1 e 3 do art 790 da CLT e OJs n 269 e 331 da SDI I do C TST 13 Dos juros e corre o monet ria A corre o monet ria incidir na forma do par grafo nico do art 459 da CLT da S mula n 381 do TST da OJ n 302 da SDI I do TST e S mula n 1 do TRT da 3 Regi o a partir do 1 primeiro dia seguinte ao m s da presta o de servi os Os juros incidir o conforme o disposto no art 883 da CLT art 39 da Lei n 8 177 91 Lei n 10 192 01 e S mula n 200 do TST ou seja raz o de 01 um por cento ao m s a partir do dia da distribui o da peti o inicial incidentes sobre o valor da condena o j corrigida monetariamente 14 Dos recolhimentos fiscais e previdenci rios Os descontos fiscais dever o ser recolhidos e comprovados pelas reclamadas na forma do artigo 46 da Lei n 8 541 92 do Decreto n 3 000 99 da Consolida o dos Provimentos da Corregedoria Geral da Justi a do Trabalho arts 74 a 77 e da S mula n 368 do TST Os recolhimentos previdenci rios incidentes sobre as verbas salariais deferidas sal rios re
10. 32 R 3 T Proc n 00931 2000 087 03 00 2 AP Rel MM Juiz FernandoA Vi gas Peixoto MG 04 06 2005 p 04 F Da justi a gratuita Pleiteia o reclamante os benef cios da justi a gratuita Junta declara o de miserabilidade f 13 Como explicita o MM Juiz Dr M rcio Fl vio Salem Vidigal JUSTI A GRATUITA Mister que se fa a a diferencia o entre Justi a Gratuita e Assist ncia Judici ria para que n o haja confus o na aprecia o do pedido Assist ncia Judici ria Gratuita diz respeito a assist ncia profissional competente a que t m direito todos os empregados atrav s do seu respectivo sindicato Justi a Gratuita se traduz na isen o de despesas processuais pela condi o de miserabilidade do autor da a o em detrimento do pr prio sustento TRT 32 R 42T Rel Juiz M rcio Fl vio Salem Vidigal RO7174 01 publ MG 28 ul 01 p 13 f 13 o reclamante declara seu estado de pobreza tudo nos termos da Lei n 1 060 50 e seu art 4 com as modifica es da Lei n 7 510 86 Procedente o pedido at porque entendo que a Lei n 5 584 70 n o teve por escopo impedir a aplica o da Lei n 1 060 50 Aplic vel tamb m esp cie a OJ n 331 da SDI I do C TST Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 500 G Da compensa o Pugna a 1 reclamada pela compensa o As verbas objeto da presente condena o n o foram pag
11. Nos termos dos incisos e Il do art 333 do CPC c c o art 818 da CLT compete ao autor fazer prova dos fatos constitutivos que aduzir Em contrapartida r compete a prova dos fatos impeditivos modificativos e extintivos do direito do autor No caso em tela por conta de cl usula prevista em instrumento normativo a r n o registra os hor rios de concess o do intervalo intrajornada de seus empregados Referida cl usula versa que os funcion rios gozar o do intervalo para refei o de 01 uma hora no almo o e no jantar e a empresa poder dispensar a marca o do cart o de ponto nestes intervalos Trata se de cl usula consonante com o disposto no 8 2 do art 74 da CLT que determina a pr assinala o do intervalo de modo que ao autor competia demonstrar a inexist ncia do intervalo para refei o nus do qual n o se desincumbiu Improcede o pedido 539 LIII Horas in itinere Pretende ainda o reclamante o pagamento como horas in itinere do tempo de deslocamento at o local de trabalho e o de seu retorno alegando que levava cerca de 35min no percurso de ida e de 60min no de volta em transporte fornecido pelo empregador A reclamada afirma que forneceu transporte para o reclamante mas que tamb m havia transporte p blico regular e em hor rio compat vel As provas testemunhais contudo demonstraram a inveracidade das alega es patronais A primeira testemunha do obreiro declaro
12. Unicidade contratual Sucess o de empregadores No caso dos autos n o h que se falar em unicidade contratual j que n o pedido o v nculo de emprego com a 4 reclamada diante da expressa veda o constitucional inciso Il do art 37 da CR Assim rejeito o pedido XIII da prefacial Tamb m n o h que se falar em sucess o de empregadores porque ausentes os seus requisitos quais sejam a mudan a na estrutura jur dica ou na propriedade da empresa como ocorre na compra e venda sucess o heredit ria arrendamento incorpora o fus o cis o etc b continuidade do ramo do neg cio Rejeita se I 8 Revelia e pena de confiss o Ausente a 1 reclamada audi ncia de f 838 n o obstante sua ci ncia f 837 aplica se lhe a pena de confiss o ficta abrangente da mat ria f tica existente nos autos configurando se a revelia tudo conforme art 844 da CLT e S mula n 122 do TST induzindo tal efeito em rela o aos fatos comuns n o contestados pelas demais reclamadas a teor do inciso do art 320 do CPC Cumpre salientar entretanto que ante a verdade real perseguida no processo referida confiss o cede se existentes nos autos outros elementos de convic o Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 Todavia a penalidade abrangente mat ria f tica art 844 da CLT produz efeitos moderados uma vez que existem provas oral e docume
13. a Secretaria desta Vara dever oficiar Caixa Econ mica Federal especificamente ag ncia em que a autora prestou servi os para que informe ao ju zo o cargo e o n vel no PCS e o respectivo sal rio de funcion rios contratados diretamente pela CEF para o cargo ou fun o igual Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 ou equivalente ao exercido pela reclamante Tesoureiros Caixas e outros empregados de Tesouraria que efetuam pagamentos ou recebimentos Os reflexos das diferen as salariais em face da isonomia por mero corol rio da condi o salarial da verba s o devidos em aviso pr vio 13 sal rios f rias 1 3 FGTS 40 Rejeito o pedido de reflexos em RSRs eis que a diferen a salarial deferida baseia se em sal rio mensal e neste j est inclu do o valor relativo ao repouso semanal Sobre o pedido de horas extras porque pleiteado em item espec fico na inicial ser apreciado na senten a em t pico pr prio em todos os termos inclusive quanto aos par metros de apura o Reprise se que o tratamento ison mico acima deferido em face da interpreta o anal gica da al nea a do art 12 da Lei n 6 019 74 tem limita o imposta pelo pr prio dispositivo em que se busca a interpreta o anal gica a isonomia de sal rio N o se est por bvio a tratar de equipara o salarial porque nesse caso mister o trabalho para o
14. ao serem admitidos na COTEMINAS eram informados de que a associa o ao sindicato ocorria de forma autom tica tanto assim que nos seus vencimentos j viria o desconto da taxa assistencial sob a rubrica de contribui o confederativa O exame das provas e demais circunst ncias dos autos deixa evidente que na pr tica a formalidade da inscri o como associado n o era requisito indispens vel conditio sine qua non para que o trabalhador da Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 456 categoria pudesse participar da vida sindical inclusive votar e ser votado inclusive usufruir de benef cios oferecidos ou Ppropiciados pelo sindicato Observe se que a alega o de que empregados da empresa r n o filiados ao sindicato votavam nas elei es sindicais restou corroborada pelo depoimento da testemunha ROG RIO TRINDADE Com efeito declarou a testemunha que trabalhou na COTEMINAS de janeiro de 1997 a abril de 2006 como t cnico t xtil Informou que nesse tempo o depoente votou em 02 elei es para escolha dos dirigentes do sindicato de sua categoria profissional Disse a testemunha que nunca foi ao sindicato com a finalidade de filiar se entidade sindical Afirmou que eram convidados pelos superiores hier rquicos supervisores para participarem do pleito sindical os quais n o entravam em considera es acerca de filia o sindical Es
15. bem como demais procedimentos necess rios ao tratamento de sa de do autor sob pena de incidir nas astreintes fixadas na decis o liminar aqui in totum confirmada 2 2 Da CAT ACAT foi regularmente fornecida pela r como se comprova atrav s do documento de f 72 Improcede 513 2 3 Da justi a gratuita e dos honor rios Declarada a pobreza no sentido legal pelo autor concede se ao mesmo o benef cio da justi a gratuita nos termos do 3 do art 790 da CLT e OJ n 331 da SDlI I do TST N o se verificando os requisitos da Lei n 5 584 70 na medida em que n o se constata a presen a de credencial sindical nos autos improcede o pedido referente a honor rios assistenciais DISPOSITIVO EM FACE DO EXPOSTO decido JULGAR PROCEDENTES os PEDIDOS formulados na a o ajuizada por RONALDO GON ALVES FLORIANO em face de MOINHA DIVIN POLIS LTDA ME e PRONTOMED LTDA na forma descrita na fundamenta o para declarar a responsabilidade solid ria das r s nos termos do par grafo nico do art 942 do CC 2002 pela realiza o de todos os exames de risco cir rgico consultas interna es procedimentos cir rgicos bem como demais procedimentos necess rios ao tratamento de sa de do autor sob pena de incidir nas astreintes fixadas na decis o liminar aqui in totum confirmada Custas de R 200 00 art 789 da CLT calculadas sobre o valor arbitrado condena o de R 10 000 00 a serem satisfeitas
16. d bito quanto ao ltimo Se assim e considerando o fato de que a r utilizou irregularmente do divisor 220 para o pagamento das horas extras quando do turno ininterrupto de revezamento s o devidas pela reclamada 2 duas horas por cada dia de trabalho referentes s 72 e 8 horas t o somente do per odo de 24 de abril de 2002 a 25 de outubro de 2003 com acr scimo de 50 e reflexos no aviso pr vio FGTS acrescido de 40 RSR f rias acrescidas de 1 3 gratifica es natalinas e adicional noturno Quanto aos domingos e feriados o reclamante n o se desincumbiu do nus de provar o labor nesses dias e a respectiva falta de pagamento ou gozo em compensa o Ao contr rio pelos contracheques apresentados pela reclamada percebe se que os eventuais feriados trabalhados foram Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 corretamente pagos Indefere se portanto o pedido de domingos e feriados em dobro e seus reflexos LII Intervalo intrajornada Pretende o reclamante a condena o da reclamada ao pagamento da indeniza o por aus ncia do intervalo intrajornada eis que usufru a cerca de 30 minutos para refei o e descanso A reclamada op e se ao argumento de que o intervalo foi corretamente gozado sendo que era dispens vel a sua marca o no cart o de ponto desde que a refei o fosse realizada em seu pr prio estabelecimento conforme previs o em CCTs
17. destinado quita o dos in meros processos trabalhistas que corriam e ainda correm contra a CISM Ora a constitui o de uma Cooperativa foi o modo que se encontrou para n o fechar a Santa Matilde e deixar centenas de empregados ao l u N o seria de se cogitar de outro emprego a m dio ou curto prazo e muito menos de alguma chance de receber verbas rescis rias da Santa Matilde h processo na Vara contra CISM em tramita o h mais de 25 anos Mas por certo a id ia do cooperativismo logo se perdeu A chamada diretoria assumiu o controle dos contratos do dinheiro que corria dos trabalhadores E nisso n o vai nenhuma cr tica desairosa diretoria passada ou atual N o se trata disso O que resta certo quando se examinam detidamente os autos que a tal diretoria incluindo se no termo todos Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 516 aqueles que tomaram o destino da Cooperativa nas m os num dado momento tomou mesmo as r deas do neg cio assumindo sozinha o controle de tudo o que se passava sem ouvir os que eram chamados de cooperados Viraram patr es e os cooperados empregados Passou se a exigir cumprimento de metas e de hor rios exemplo disso s o os documentos juntados e a pagar se sal rio fixo e n o de acordo com a produ o de cada um Os recibos salariais juntados ao processo demonstram isso claramente Ent o certo qu
18. e o referido artigo que se compreendem no pedido principal os juros legais Isto quer dizer que nas obriga es de presta o em dinheiro o pedido implicitamente sempre compreende o acess rio que s o os juros legais nos termos dos arts 1 061 e 1 064 do C digo Civil de 1916 CC de 2002 arts 404 e 407 THEODORO J NIOR Humberto V Forense 2004 p 337 473 Se para o Processo Civil h certa flexibilidade na interpreta o dos pedidos efetuados pela parte o que a meu ver englobaria tamb m flexibilidade de interpreta o na causa de pedir o que se dizer da Justi a do Trabalho em que por for a do disposto no 8 1 do art 840 da CLT tem se na peti o inicial uma breve exposi o dos fatos destaque e grifo meus de que resulte o diss dio o pedido a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante Como ensina o Professor C ndido Rangel Dinamarco Por isso para a coer ncia l gica do sistema jur dico como um todo o sujeito que postula em ju zo deve obrigatoriamente explicitar quais os fatos que lhe teriam dado direito a obter o bem e qual o preceito pelo qual esses fatos geram o direito afirmado Isso explica a composi o mista da causa petendi indicada no C digo de Processo Civil como fatos e fundamentos jur dicos do pedido art 282 inc III Al m disso para que seja necess ria a tutela jurisdicional indispens vel que o direito alegado pe
19. jan jun 2007 demanda reexame de fatos S mula 7 Amulta di ria fixada pelas inst ncias ordin rias com base nas provas e na gravidade da situa o n o pode ser revista em recurso especial Incide a S mula 7 DJ 14 05 2007 p 283 TERCEIRA TURMA Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS REsp 729891 SP RECURSO ESPECIAL 2005 0034125 8 Nesse sentido que se declara que o 8 2 do art 2 da Resolu o n 10 de 03 de novembro de 1998 do Conselho de Sa de Suplementar n o se aplica hip tese de plano de sa de corporativo que tenha previs o em instrumento normativo de categoria Neste caso n o havendo autoriza o expressa na norma coletiva de restri o cobertura de acidente do trabalho torna se obrigat ria a cobertura dos procedimentos relacionados a este evento Tal obrigatoriedade acentua se no caso em tela no qual o custeio do plano de sa de n o representa uma liberalidade convencional enquanto que o instrumento normativo autoriza que o custo do plano excedente ao valor de R 86 18 mas limitado a 10 do sal rio do funcion rio pudesse ser descontado em folha de pagamento caracterizando onerosidade e sinalagma na rela o entre empregado e gestora de plano de sa de f 43 Nem se objete que o seguro de acidente do trabalho seria por defini o legal um seguro p blico Efetivamente a CF 88 traz a previs o de seguro por acidente do trabalho nos termos do art 7 XXVIII
20. lei de acidentes do trabalho p 11 Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 512 regime privado sustentando se a tese de ilegitimidade da gestora do plano de sa de frente a obriga o que s poderia competir ao INSS O racioc nio da parte levado a ltima inst ncia representaria a ilegitimidade das gestoras dos planos de sa de a responder em qualquer processo j que o pr prio direito sa de representa um direito universal e exig vel frente o Estado enquanto que o art 196 da CF 88 disp e que A sa de direito de todos e dever do Estado Diversos s o os regimes de seguro p blico obrigat rio como o que se faz sobre ve culos automotores e por bvio que esses s o pass veis de serem cumulados com seguros privados o que ali s reflete tend ncia moderna de socializa o dos riscos Por outro lado a par da conduta da primeira r tamb m vislumbramos hip tese de quebra de contrato por parte da segunda requerida a justificar a responsabiliza o da mesma pelo tratamento do requerente na medida em que apesar de haver previs o contratual de exclus o da responsabilidade por infort nio laboral paralelamente o contrato de assist ncia sa de prev a seguinte cl usula 7 6 Emerg ncias e Urg ncias est o cobertos pelo presente contrato os atendimentos em regime ambulatorial e de interna o para casos de urg ncia e emerg ncia que impli
21. mais o entendimento vertido nesta decis o no sentido de que a Justi a do Trabalho competente para apreciar rela o jur dica envolvendo obriga o trabalhista de assist ncia m dica mesmo que figure gestora de plano de sa de que n o se confunde com o empregador no p lo passivo Em termos se antes da EC n 45 04 interessavam caracteriza o da compet ncia da Justi a do Trabalho todos os elementos da rela o jur dica sujeitos objeto e v nculo ap s a reforma constitucional n o mais h que se perquirir acerca dos sujeitos da rela o para a defini o de compet ncia desde que o objeto da mesma seja o trabalho e o instituto regrat rio do v nculo represente norma trabalhista 5 Os sujeitos s o os pontos terminais entre os quais a rela o jur dica se estabelece S o eles o titular do direito subjetivo e o onerado com o correspondente dever ou sujei o os destinat rios do lado ativo e do lado passivo da rela o e destinat rios que efetivamente recebem e det m ou suportam o que lhes destinado Normalmente s o os titulares ou portadores dos dois interesses contrapostos cujo conflito a lei regula pela preval ncia de um e pelo sacrif cio de outro Objeto da rela o jur dica aquilo sobre que incide o direito subjetivo sobre que incide o poder ou poderes em que este direito se analisa N o pois o pr prio direito subjetivo e o correspondente dever jur dico estes
22. o consistente do pedido Rejeita se a preliminar eri ada Isso porque a pe a de ingresso atendeu aos requisitos exigidos 1 do art 840 da CLT n o se constatando obscuridade contradi o ou demais v cios insertos no art 295 do CPC possibilitando a produ o de defesa til pela reclamada inciso LV do art 5 da Constitui o Federal 11 3 Litispend ncia Saliente se por inicial e oportuno que a 3 reclamada n o se desincumbiu de seu encargo probat rio a contento porque n o carreou aos autos provas cabais de litispend ncia c pia das a es que diz id nticas em rela o s partes a causa de pedir e aos pedidos Allegare nihil et allegatum non probare paria sunt N o provados os fatos alegados por quem tem o dever de prov los n o decorre o direito que deles se originaria se provado e como conseqi ncia permanece o estado anterior demanda Rejeito 11 4 Ilegitimidade passiva ad causam Impossibilidade de litiscons rcio passivo Da leitura da inicial depreende se claramente que o autor declina a presen a de uma rela o de emprego Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 572 com a 12 a 22 e a 3 reclamadas pretendendo a responsabilidade subsidi ria solid ria da 4 r Da que pela narrativa dos fatos todas as reclamadas elencadas na pe a de ingresso s o partes leg timas para figurar no p lo passivo O fato
23. o que se pode perceber que houve contrato verbal ainda que dist ncia sendo que os e mails carreados aos autos confirmam a alega o obreira Nem se diga que o per odo de treinamento mencionado f 24 n o se trataria ainda de per odo trabalhado Ao contr rio tal per odo integra o contrato de trabalho para todos efeitos tratando se de per odo em que a reclamante estaria disposi o do novo empregador sendo que no pr prio e mail supracitado a diretora operacional deixa claro que o in cio dos trabalhos se daria em 07 09 06 estando dessa maneira incorporado o per odo de treinamento ao contrato de trabalho Observe se que conforme se extrai dos autos o in cio dos trabalhos da reclamante em favor da reclamada somente n o se concretizou por problemas financeiros enfrentados pela reclamada o que se pode perceber claramente pelo documento de f 27 Entretanto tal infort nio n o pode ser absorvido pela reclamante sob pena desta ser prejudicada duplamente pela perda do emprego anterior e pela n o efetiva o de seu contrato com a reclamada Nesse aspecto vale salientar que ao contr rio da alega o feita pela reclamada em sua tese defensiva o risco do neg cio inclusive em fase pr contratual deve ser inteiramente suportado pelo empregador e n o pelo empregado que se apresenta como parte hipossuficiente na rela o de emprego nos termos do que disp e o artigo 2 da Consolida o das Leis d
24. para os que trabalham em turnos ininterruptos de revezamento foi reduzida para seis horas salvo negocia o coletiva dispondo em sentido diverso art 7 XIV Logo ap s o advento deste benef cio houve certa hesita o na jurisprud ncia se a concess o de intervalos para descanso e o repouso semanal descaracterizariam o turno ininterrupto de revezamento Entretanto conforme j mencionamos as agress es aos ritmos circadianos os desajustamentos familiares e sociais continuam concedendo se ou n o intervalo ou repouso semanal N o pode o int rprete se ater exclusivamente ao crit rio literal ignorando a teleologia da norma Ademais o benef cio da jornada reduzida n o conflita nem exclui o direito aos intervalos para refei o e Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 490 descanso e ao repouso semanal remunerado grifo nosso Deve ser afastada a pol tica dos pagamentos de adicionais para compensar agress es dos turnos de revezamento monetiza o do risco como tem ocorrido com alguns acordos coletivos estabelecendo a manuten o da jornada de 8 horas mediante o pagamento do adicional de turno Os dirigentes sindicais que celebram tais acordos est o na verdade prejudicando toda a categoria que deveriam amparar preferindo o caminho f cil do acr scimo financeiro em troca dos comprovados danos sa de que s mais tarde ser o constatad
25. qualquer repara o indenizat ria Todavia restou demonstrada tamb m a exist ncia de outra doen a intitulada Cervicobraquialgia dor no pesco o e membro superior f 284 e 287 como decorrente das condi es de execu o dos servi os prestados ou seja o trabalho na forma como executado atuou como concausa potencial ao agravamento da sa de do trabalhador direito constitucional fundamental deste CR 88 art 7 XXII c c arts 200 VIII e 225 sendo pois dever do empregador preservar a integridade e higidez f sica daquele Nesse sentido O not vel progresso do direito ambiental influencia beneficamente a tutela jur dica da sa de do trabalhador e contribui na combina o dos esfor os conjugados de v rios ramos da ci ncia jur dica em prol do meio ambiente saud vel nele inclu do o do trabalho O meio ambiente do trabalho est Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 524 inserido no meio ambiente geral Art 200 VIII da Constitui o da Rep blica de modo que imposs vel alcan ar qualidade de vida sem ter qualidade do trabalho nem se pode atingir meio ambiente equilibrado e sustent vel ignorando o meio ambiente do trabalho Essa preocupa o do enfoque multidisciplinar para a melhora do ambiente laboral de suma import ncia porque o homem passa a maior parte da sua vida til no trabalho exatamente no per odo da plenitu
26. que poca era coordenador do setor em que o depoente trabalhava e hoje ocupa o cargo de gerente da CEBRATEX empresa do grupo COTEMINAS Importante registrar ainda que tramitam neste foro trabalhista centenas de reclamat rias ajuizadas pelos empregados da empresa r denunciando aus ncia de concess o de descanso intervalar dentre outras irregularidades contratuais todas ao que se sabe patrocinadas por advogados particulares sem qualquer assist ncia jur dica da entidade sindical Oportuno registrar o entendimento da Se o Especializada de Diss dios Individuais do Eg TRT que nas raz es que motivaram o voto da decis o proferida no mandado de seguran a impetrado pela empresa r c pia nos autos pronunciou se nos seguintes termos Desprover in continenti os litisconsortes da garantia de emprego ao menos at que se tenha o provimento judicial acerca das quest es levantadas na a o anulat ria do certame eleitoral do seu Sindicato especialmente quanto aos alegados obst culos milit ncia sindical dos litisconsortes oriundos da articula o empresa sindicato implicaria s rio obst culo ao exerc cio da liberdade sindical dado que os trabalhadores neste caso teriam sempre que optar entre perder o emprego ou n o enfrentar os v cios de uma pol tica sindical retr gada e patrimonialista como a que em regra campeia no meio sindical brasileiro salvo aqueles setores em que o sindica
27. que o reclamante e o vice presidente da sua chapa foram dispensados que os demais desistiram da candidatura que o fato relativo demiss o do autor foi muito noticiado em Serra dos Aimor s sendo que os empregados da r ficavam ca oando do reclamante que ap s esses fatos o depoente foi na casa do autor e constatou que o mesmo se encontrava deprimido e sem nimo para procurar outro emprego que ap s esses fatos o reclamante n o conseguiu outro emprego na regi o Disse a segunda testemunha que o Sr Luciano gerente da r disse ao depoente e ao reclamante que se eles n o desistissem da elei o seriam dispensados que a reclamada dispensou o depoente e o reclamante porque eles n o desistiram da elei o que o reclamante ficou deprimido ap s esses fatos que o mesmo ocorreu com o depoente que o reclamante tamb m recebia liga es de pessoas que riam da situa o dos mesmos e que diziam que a corda sempre arrebenta pelo lado mais fraco que depoente e reclamante n o mais conseguiram emprego na regi o que a justificativa para a n o contrata o do depoente era de que sindicalistas n o seriam contratados que o Sr Milson encarregado da r disse ao depoente e ao reclamante que eles nunca mais seriam contratados pela reclamada que a depress o noticiada se deveu Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 544 ao fato de que o depoente e
28. reclamante perderam o emprego e al m disso n o puderam concorrer elei o que n o f cil conseguir emprego na regi o de Nanuque e Serra dos Aimor s MG que o depoente e reclamante deixaram de ser contratados por exemplo pela KWA e Alcana sob alega o de que eram sindicalistas Por fim a terceira testemunha declarou que alguns integrantes da chapa de oposi o assinaram documentos desistindo da elei o devido a determina o da r nesse sentido sob pena de demiss o que ap s sua demiss o o autor foi alvo de chacotas visto que o presidente do sindicato candidato reelei o era ex empreiteiro da r Em suma o que se deu foi o seguinte alguns empregados um deles o autor da presente reclama o formaram uma chapa para concorrer elei o da diretoria do sindicato da categoria profissional ligada a uma empresa de uma pequena cidade cuja economia por ela movida e cujos habitantes servem de m o de obra quela Os candidatos ent o sofreram intimida es pela empresa e pelo sindicato sendo que o autor e o candidato vice presid ncia foram dispensados sem justa causa por n o abrirem m o de seu direito constitucional liberdade sindical por n o desistirem de concorrer quela elei o Tal fato inevitavelmente repercutiu por toda a cidade e gerou forte abalo emocional naqueles trabalhadores que inclusive foram objeto da insensibilidade de alguns sofrendo piadas
29. rias indenizadas FGTS acrescido de 40 545 reflexos das horas extraordin rias nas f rias acrescidas de 1 3 e FGTS acrescido de 40 As demais parcelas t m natureza remunerat ria raz o pela qual sobre elas deve haver incid ncia da contribui o social No tocante aos descontos fiscais bem como em rela o forma de c lculo das contribui es previdenci rias observe se a S mula n 368 do TST Ressalta se que sobre a indeniza o por danos morais n o incide imposto de renda haja vista a disposi o literal da Lei n 7 713 1988 no sentido de que ficam isentos do imposto de renda os rendimentos percebidos por pessoa f sica referentes s indeniza es por acidente do trabalho I X Of cios Ante a gravidade dos fatos narrados nos presentes autos expe am se de imediato of cios ao Minist rio P blico do Trabalho e Minist rio do Trabalho e Emprego com c pia dos documentos de f 3 20 23 30 144 147 e da presente senten a a fim de que adotem as provid ncias que entenderem cab veis e que sejam aptas a coibir as pr ticas contra a liberdade sindical informadas na presente senten a DISPOSITIVO Por todo o exposto julgo PROCEDENTES EM PARTE os pedidos formulados por MARCOS MOREIRA DA SILVA para condenar DASA DESTILARIA DE LCOOL LTDA a pagar ao reclamante as seguintes parcelas tudo na forma da fundamenta o supra Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 4
30. 2006 pagamento de 13 sal rio do ano de 2005 pagamento de f rias referentes ao per odo aquisitivo de 16 07 2005 a 15 07 2006 aviso pr vio indenizado diferen as de FGTS n o depositado e da multa de 40 f 432 Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 O preposto da 1 reclamada afirmou ainda que n o foi paga a diferen a do vale refei o As reclamadas n o demonstraram atrav s de recibos o pagamento dos vales transporte n o se desincumbindo do nus probat rio que lhes cabia CLT art 818 e CPC art 333 II No que tange ao FGTS o reclamante declarou que limita seu pedido de diferen a do FGTS ao per odo n o depositado e consequentemente n o sacado por ele Assim consoante o disposto no inciso Il do art 269 do CPC PROCEDEM os pedidos de pagamento das seguintes verbas a sal rios referentes aos meses de maio junho e julho 2006 b 13 sal rio do ano de 2005 c f rias acrescidas de 1 3 referentes ao per odo aquisitivo de 16 07 2005 a 15 07 2006 d aviso pr vio indenizado e diferen as de FGTS n o depositado f multa de 40 incidente sobre os dep sitos fundi rios g vales refei o referentes aos meses de maio junho e julho 2006 h vales transporte referentes aos meses de maio junho e julho 2006 A liquida o ser realizada por c lculos e observar o per odo imprescrito o real sal rio do reclamant
31. ALVES RODRIGUES Aos 28 dias do m s de junho de 2007 s 16h45min na sede da 2 Vara do Trabalho de Divin polis sob o exerc cio jurisdicional do Juiz do Trabalho Bruno Alves Rodrigues realizou se a audi ncia de julgamento da a o ajuizada por RONALDO GON ALVES FLORIANO em face de MOINHA DIVIN POLIS LTDA ME e PRONTOMED LTDA Submetido o processo a julgamento passo a proferir a seguinte SENTEN A RELAT RIO RONALDO GON ALVES FLORIANO ajuizou a o em face de MOINHA DIVIN POLIS LTDA ME e PRONTOMED LTDA aduzindo em s ntese que no dia 31 de maio de 2007 durante sua jornada de trabalho sofreu um acidente caindo ao tirar lona de cima de carreta lesionando gravemente o bra o e a perna esquerda Alega que necessitava de submeter se a um procedimento cir rgico que estaria agendado para 07 de junho s 8h30min no Hospital Santa L cia e que para ser operado precisaria fazer exames agendados para o dia 06 de junho de 2007 s 8h30min no mesmo Hospital Observa que procurou a primeira requerida empregadora do autor que sugeriu a via do SUS que por sua vez mostrou se moroso para resolver o problema de sa de do requerente o que colocaria em risco o resultado da cirurgia Requereu a concess o de medida cautelar inaudita altera pars determinando que a primeira ou a segunda requerida autorizem os exames de risco cir rgico consultas interna es procedimentos cir rgicos e demais procedimentos nece
32. CC 2002 arts 949 e 950 f trabalho atuante como fator de concausa e n o causa nica e espec fica Logo considerando a idade do autor de 39 anos dados na fotoc pia de sua carteira de identidade de f 12 e a prov vel expectativa de vida do brasileiro sexo masculino de 77 anos conforme Tabelas de Expectativa de Vida no Brasil Ano 2003 IBGE o autor sobreviver a princ pio por mais 38 anos com a deformidade corporal Ainda levar se em considera o na an lise da capacidade financeira dos agentes envolvidos tanto a remunera o mensal do reclamante de R 757 96 setecentos e cinquenta e sete reais e noventa e seis centavos 7 OLIVEIRA Sebasti o Geraldo de Op cit p 404 Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 530 conforme fotoc pia do recibo mensal de pagamento do m s de abril 2005 f 135 bem como o capital social da reclamada de R 7 500 000 00 sete milh es e meio de reais conforme contrato social de f 176 184 Por tais fundamentos tem se por justa e razo vel a condena o da reclamada a t tulo de indeniza o por danos est ticos no valor de R 30 000 00 Quanto ao pedido de danos morais inequ voca a dor interna e o sofrimento inerente pr pria dignidade e personalidade do ser humano CR 88 art 1 III c c CC 2002 art 11 et seg Todavia o valor pleiteado pelo reclamante por demais exacerbado A jurisprud nc
33. E REGULADO POR ACORDO Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 506 COLETIVO DE TRABALHO VI VA DE EX EMPREGADO QUE ASSUME A CONDI O DE TITULAR POR DISPOSI O EXPRESSA DESSE INSTRUMENTO NORMATIVO REAJUSTE DO PR MIO PAGO DISCIPLINADO TAMB M POR ACORDO COLETIVO COMPET NCIA DA JUSTI A DO TRABALHO PARA DIRIMIR A CONTROV RSIA N o obstante a exist ncia de precedentes no sentido de que as controv rsias entre os segurados de planos ou seguros sa de empresariais e a entidade prestadora desses servi os devam ser promovidas perante o ju zo c vel de se observar que na hip tese dos autos todo o contrato inclusive o ndice de reajuste e a condi o da autora de titular do plano est o disciplinados em acordo coletivo de trabalho homologado pela Justi a do Trabalho A compet ncia para a interpreta o das regras de tais instrumentos nos termos do art 1 da Lei n 8 984 95 da Justi a do Trabalho Essa conclus o n o se modifica pelos precedentes de que as a es que discutam benef cios complementares de previd ncia devam ser discutidas perante o ju zo c vel porquanto tal fato decorre do que disp e o art 202 8 2 da CF Tamb m n o influem nesta conclus o os precedentes desta Corte no sentido de que as a es por acidente de trabalho propostas pelos pr prios empregados devam ser decididas pela Justi a do Trabalho e aquelas propost
34. PV para contabiliza o que a reclamante sempre fez esta atividade independentemente de qual empresa que a ngela usava o e mail interno para comunicar com a reclamante que havia funcion rio da Caixa Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 que fazia o servi o da reclamante como parte do servi o dele que a ngela n o faltava muito Sr Glauco Nunes Soares Registre se que a pr pria 2 reclamada confessou f 1121 que o trabalho foi sempre em favor da Caixa Ora a rela o de emprego com a 2 reclamada exsurge clara l mpida apesar de todas as tentativas de dissimul la Mas certo at porque norma legal que o Direito do Trabalho n o se impressiona com os meros aspectos formais buscando sua ess ncia sua REALIDADE N o h na ordem jur dica do pa s preceito legal a dar validade trabalhista a contratos mediante os quais uma pessoa f sica preste servi os n o eventuais onerosos pessoais e subordinados a outrem sem que esse tomador responda juridicamente pela rela o empregat cia estabelecida Portanto restando comprovado que o envolt rio cooperativista n o atendeu s finalidades e princ pios inerentes ao cooperativismo evidenciando se nos autos ao contr rio os elementos caracterizadores da rela o de emprego entre reclamante e 22 r resta reconhecido o v nculo de emprego no per odo de 31 08 01 a 28 05 03 afastando se a re
35. SILVA devidamente qualificado nos autos ajuizou reclama o trabalhista em face de DASA DESTILARIA DE LCOOL LTDA tamb m qualificada pretendendo em suma o pagamento de diferen as de horas extras adicionais de periculosidade e insalubridade domingos e feriados trabalhados horas in itinere indeniza o por aus ncia de intervalo intrajornada indeniza o por danos morais e materiais e lucros cessantes Requereu por fim a realiza o de per cia e os benef cios da assist ncia judici ria gratuita Atribuiu causa o valor de R 30 000 00 Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 538 Juntou documentos s f 08 21 Realizada audi ncia inaugural f 23 foi colhida a defesa f 24 30 e documentos f 31 114 assim como determinada a realiza o de prova pericial O autor manifestou se s f 117 124 quanto aos documentos juntados pela r Produzida prova pericial cujo laudo consta s f 126 138 Em audi ncia de instru o foi colhido o depoimento de quatro testemunhas Sem mais provas encerrou se a instru o processual Raz es finais e ltima proposta conciliat ria prejudicadas Tudo visto e relatado decide se FUNDAMENTA O M rito II Diferen as de horas extraordin rias domingos e feriados Pretende o reclamante a condena o da r ao pagamento em dobro dos domingos e feriados por ele supostamente laborados bem
36. T RO 00984 2005 078 03 00 7 Rel Juiz Luiz Philippe Vieira de Melo Filho DJMG 03 12 2005 p 20 DANO MORAL DECORRENTE DE DOEN A DO TRABALHO CONCAUSA A predisposi o do autor ou a concausa para a instala o da patologia sofrida pelo empregado n o atua isoladamente na elimina o da culpa da empresa mas t o s na mitiga o do valor da indeniza o Se o empregador conhece os riscos ergon micos presentes no ambiente de trabalho de seu empregado e mesmo assim n o lhe proporciona medidas preventivas das mol stias que sabidamente t m origem nos referidos riscos pratica il cito que vai ensejar a repara o TRT 3 Reg 1 T RO 01640 2005 153 03 00 7 Rel Ju za Ta sa Maria Macena de Lima DJMG 10 02 2006 p 07 Assim presentes os requisitos ensejadores da responsabilidade civil do empregador CR 88 art 7 XXVIII c c CC 2002 art 186 quais sejam omiss o na ado o de medidas ergon micas no ambiente de trabalho nexo de concausalidade com o agravamento de doen a ocupacional e o dano sa de do trabalhador A 2 Danos materiais A 2 1 Danos emergentes Tratamento da convalesc ncia Quanto ao pedido dos danos materiais visando o ressarcimento das despesas m dicas e de tratamento submetido pelo autor existem nos autos os recibos de f 31 R 700 00 e f 36 R 120 00 nus que competia ao autor por se tratar de fato constitutivo de seu direito CLT art
37. ao funcion rio Cl udio Augusto de Oliveira Em rela o ao referido modelo a documenta o colacionada aos autos n o demonstrou que o reclamante exercia id ntica fun o ao contr rio o paradigma exercia a fun o de Supervisor de Atendimento de Vendas enquanto o autor exercia a fun o de Agente de Atendimento de Vendas Como as partes convencionaram que esse pedido seria julgado de acordo com a aludida documenta o f 432 n o h como acolher a pretens o autoral porque o nus da prova competia ao reclamante que n o Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 demonstrou fatos que ensejassem o deferimento de seu pedido CLT art 818 e CPC art 333 1 Dessa maneira IMPROCEDE o pedido de equipara o salarial formulado pelo reclamante 3 Do adicional de periculosidade ou insalubridade O reclamante afirma que durante o seu per odo de trabalho estava exposto a condi es perigosas e insalubres A 1 reclamada declara que ao reclamante n o devido o adicional de insalubridade ou periculosidade porque as fun es desenvolvidas por ele n o podem ser consideradas perigosas ou insalubres As 2 e 3 reclamadas n o se defenderam especificamente sobre esse pedido A prova pericial assim se manifestou acerca da insalubridade Com base nos crit rios estabelecidos na NR 15 e seus anexos da portaria 3 214 78 do Minist rio do Trabalho e Emprego carac
38. atividades realmente essenciais da empresa como se fossem acess rias terceirizando as SUSSEKIND Arnaldo MARANH O D lio VIANNA Segadas Participa o de TEIXEIRA FILHO Jo o de Lima In Institui es de Direito do Trabalho 17 ed S o Paulo LTr 1997 p 284 Indubitavelmente a conduta da r caracteriza a terceiriza o il cita Se se tratasse de um banco privado a autora poderia inequivocamente pretender o v nculo direto com o tomador do servi o Mas n o o caso e a autora tamb m n o pretendeu at porque n o h suporte jur dico Em vista do exposto todas as reclamadas s o respons veis solidariamente para fins justrabalhistas art 9 da CLT c c art 942 do CCb viola o do direito obreiro em rela o aos per odos dos contratos de trabalho mantidos com a reclamante n o havendo falar em responsabilidade subsidi ria em vista da fraude perpetrada pelas r s Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 11 13 Enquadramento sindical Diferen as vindicadas O enquadramento sindical do empregado via de regra definido pela atividade preponderante de seu empregador 2 do art 511 da CLT exceto quanto queles pertencentes s categorias diferenciadas E mesmo para estes a aplica o dos instrumentos coletivos de sua categoria depende de ter o empregador deles participado ou os subscrito No caso dos autos n o havendo pedido de
39. coletivas de trabalho possuem previs o constitucional art 7 inc XXVI bem como incisos VI e XIV bem como na CLT arts 611 e segs Como bem esclareceu o Ministro do Tribunal Superior do Trabalho Ex Juiz Dr Vantuil Abdala Ap s a Constitui o de 1988 que veio consagrar a efic cia das conven es e acordos coletivos art 7 XXVI admitindo at a validade de pactos para redu o salarial inciso VI que o direito maior do trabalhador aqueles h o de ser respeitados sempre ainda que implique afastamento de algum direito dos membros das categorias respectivas A conven o ou acordo coletivo resulta de uma negocia o na qual s o feitas concess es em Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 488 troca de vantagens outras pelo qual h o de ser considerados em seu todo a teoria da conglobaliza o dos pactos coletivos Recurso de revista conhecido e provido TST 2 T Ac n 688 96 rel Min Vantuil Abdala DJ 19 04 96 p 12433 H que se destacar que o citado art 7 inciso XIII possibilita a negocia o da jornada mediante acordo ou conven o coletiva Entretanto princ pios como o da irrenunciabilidade dos direitos o do v cio presumido de consentimento e da norma mais ben fica devem ser observados Em palestra proferida na cidade de Uberaba no Congresso Jur dico Mineiro em 29 09 01 o Ministro do C TST MM Jui
40. das rela es Compreendemos que sempre que tal dirigismo pr fun o social servir em abstrato a uma nivela o de desigualdade entre contraentes observada a pressuposi o normativa de desvantagem do prestador de servi os em rela o ao tomador estamos diante de uma verdadeira rela o trabalhista Seguindo esse racioc nio sempre que nos depararmos com a pretens o de aplica o de normas de dirigismo contratual a equilibrar as condi es de sujeitos em determinada rela o de presta o de servi os em face da presumida subordina o de uma delas estaremos diante de norma trabalhista como ocorre no caso em tela que trata da obriga o normativa de contrata o de plano de assist ncia sa de que pauta a vontade dos sujeitos do contrato de emprego S assim a Justi a do Trabalho se mant m apegada sua teleologia de dar efetividade s normas trabalhistas o que a distingue da Justi a Comum qual deve se reservar o delineamento residual de compet ncia naquilo que n o concerne ao valor trabalho e portanto ao resguardo dos efeitos obrigacionais pr prios e conexos s rela es de trabalho nesse sentido que se tem evolu do a jurisprud ncia do STJ e dos tribunais trabalhistas como se infere dos seguintes arestos PROCESSO CIVIL CONFLITO DE COMPET NCIA JU ZO C VEL E JUSTI A DO TRABALHO PLANO DE SA DE OFERECIDO EM SISTEMA DE AUTOGEST O POR INSTITUI O BANC RIA
41. de ativos da empresa em recupera o judicial da sucess o trabalhista O Senado da Rep blica casa legislativa onde se prop s a exclus o da sucess o trabalhista no processo de recupera o judicial atrav s da Emenda n 12 PLEN rejeitou a proposi o prevalecendo a responsabilidade do arrematante pelos cr ditos trabalhistas da empresa em recupera o judicial Dessa forma n o se pode considerar que a Lei n 11 101 2005 autorize que as 2 e 3 reclamadas adquiram a Unidade Produtiva da VARIG UPV sem que estas respondam pelos direitos trabalhistas dos empregados da 1 reclamada Conforme o Princ pio da Alteridade o empregador assume os riscos do empreendimento do pr prio contrato de trabalho e de sua execu o Logo por esse primado do Direito do Trabalho n o pode o empregador transferir parcela ou totalidade de sua responsabilidade para o empregado Dessa forma em sendo considerada a inexist ncia da sucess o trabalhista entre as reclamadas haveria uma injusta transfer ncia para os empregados da 1 r do nus do insucesso da atividade econ mica da empresa o que afronta os princ pios trabalhistas mais corriqueiros Em que pese a inten o de manuten o da exist ncia de uma companhia a rea de grande porte e tradicional em nosso pa s esse prop sito n o pode sobrepor se a direitos fundamentais do ser humano dentre os quais o da sobreviv ncia e o do respeito sua dignidade O direito l
42. de realizar o aproveitamento e explora o de jazidas minerais em todo Territ rio Nacional tais como pesquisa explora o industrializa o beneficiamento e comercializa o de recursos minerais e servi os de transportes rodovi rios de cargas A 1 reclamada firmou com o 2 reclamado contrato de presta o de servi os cujo objeto era a constru o de 11000m onze mil metros quadrados de cal amento e piso no Parque Industrial Jo o Vareda no Munic pio de Papagaio MG f 48 Para dar cumprimento a esse contrato o 2 reclamado recrutou os servi os do reclamante na fun o de quebrador de pedras O ju zo de 1 grau cabe no art 455 da CLT reconheceu a responsabilidade subsidi ria da 1 reclamada pelos d bitos do 2 reclamado A 1 reclamada por sua vez insiste na inaplicabilidade daquele dispositivo alegando que dona da obra e n o empreiteira principal Indubitavelmente a 1 reclamada dona da obra mas tal circunst ncia por si s n o a isenta da responsabiliza o trabalhista H situa es que n o autorizam a responsabilidade do dono da obra regra ampla e situa es que exigem essa Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 responsabiliza o regra excepcional Incide a regra da n o responsabiliza o quando se tratar de empreitada ou presta o de servi os ajustados perante terceiros por pessoa f s
43. de ser ou n o empregador de existir ou n o a responsabilidade por determinado per odo s o quest es que ser o analisadas mais adiante Assim inexiste ilegitimidade passiva ad causam da 4 reclamada ou impossibilidade de litiscons rcio passivo no caso dos autos Rejeita se II 5 Car ncia de a o Impossibilidade jur dica do pedido A possibilidade jur dica do pedido condi o da a o relacionada pretens o e se afigura quando esta in abstracto regulada pelo direito objetivo ou n o expressamente vedada Dever o pleito constituir se em uma pretens o que abstratamente seja tutelada pela ordem jur dica isto acerca da qual seja admitida a provid ncia jurisdicional solicitada pelo autor Ora in casu n o h veda o legal aos pedidos formulados na exordial Assim presentes as condi es da a o interesse de agir possibilidade jur dica do pedido e legitimidade de parte rejeita se a prefacial 11 6 Compensa o dedu o Com a observa o de que incab vel neste caso qualquer compensa o no sentido t cnico do termo art 368 do CC de 2002 n o obstante o uso da terminologia no art 767 da CLT autorizo a dedu o das parcelas quitadas sob a mesma rubrica dos pedidos acolhidos em caso de eventual condena o porque vedado o enriquecimento sem causa art 884 do CC de 2002 Por bvio se n o houver parcela quitada a id ntico t tulo nada a ser deduzido 11 7
44. documentos e procura o Foram citados o r u os confrontantes e demais interessados A autora requereu a concess o de liminar para a manuten o de sua posse no im vel objeto da usucapi o em face da adjudica o do mesmo em reclamat ria que tramita perante a Justi a do Trabalho at a decis o de m rito nos termos da peti o de f 43 49 Juntou os documentos de f 50 93 A Justi a Comum Estadual proferiu a decis o de f 94 97 em que foi concedida a liminar de manuten o de posse Houve manifesta o do Munic pio de Betim s f 107 110 da Uni o s f 135 136 e do Estado de Minas Gerais s f 144 145 O r u manifestou se f 141 requerendo a realiza o de per cia sobre a qual disse a autora s f 142 143 Foram juntadas aos autos c pias das decis es relativas a o anulat ria de adjudica o intentada pela autora perante a Justi a do Trabalho em face de Eduardo de Oliveira Souza 10 f 178 199 A autora suscitou o conflito de compet ncia positivo decidido pelo v ac rd o de f 288 290 que fixou a compet ncia desta Justi a Especializada para processar e julgar as presentes a es Os autos vieram ter a esta Vara do Trabalho f 291 Na audi ncia designada ausente a autora e sem provas a produzir encerrou se a instru o processual frustradas as tentativas conciliat rias MARCELO RESENDE NICOLAU MARCOS VIN CIOS SENA SOUZA WALTER DE OLIVEIRA TAVARES ajuiz
45. e chacotas Ora indubit vel a gravidade de tais fatos Condutas como essa devem ser repreendidas com toda veem ncia pelo Poder Judici rio Imaginar que no atual Estado de Direito que hoje nos encontramos atitudes como essa possam perpetuar demonstra de forma cristalina que ainda existem fortes setores da sociedade arraigados cultura secular de explora o do homem pelo homem Pela simples leitura do ora exposto est o presentes todos os tr s requisitos para a configura o do dano moral sofrido pelo autor que no caso em tela foi levado ao limite do imagin rio humano evidente que toda a repercuss o desse fato em um universo de conviv ncia do porte de uma cidade pequena gera um enorme abalo E o Poder Judici rio deve ent o falar altura para o que hoje se decide tenha a mesma repercuss o que o ato lesivo da reclamada Nesse sentido a li o de S rgio Cavalieri Filho O dano moral est nsito na pr pria ofensa decorre da gravidade do il cito em si Se a ofensa grave e de repercuss o por si s justifica a concess o de uma satisfa o de ordem pecuni ria ao lesado Em outras palavras o dano moral existe in re ipsa deriva inexoravelmente do pr prio fato ofensivo de tal modo que provada a ofensa ipso facto est demonstrado o dano moral guisa de uma presun o natural uma presun o hominis ou facti que decorre das regras de experi ncia comum CAVALIERI FILHO S r
46. julgar o RE 238 737 a 1 Turma do STF decidiu que da Justi a do Trabalho a compet ncia para o julgamento da a o de indeniza o por danos morais decorrente da rela o de emprego restando pacificado o entendimento Quando o empregado alega que no mbito de seu contrato de trabalho sofreu dano material e moral causado por seu empregador e pleiteia as indeniza es correspondentes est configurado diss dio decorrente da rela o de trabalho pouco importando se deva ser decidido luz de normas do Direito Civil Rejeito a preliminar ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DA 1 RECLAMADA MICAPEL MINERA O CAP O DAS PEDRAS LTDA A 1 reclamada sustenta que a responsabilidade pela contrata o de empregados inteira e exclusivamente atribu vel ao empreiteiro 2 reclamada f 153 item 2 Acrescenta que nunca foi empreiteira principal e sim dona da obra inexistindo assim qualquer responsabilidade Finaliza dizendo que o 2 reclamado empreiteiro id neo O 2 reclamado requer a exclus o da lide da 12 reclamada alegando que o reclamante n o prestou servi os subordinados em favor da 1 reclamada Primeiramente deve ser salientado que o 2 reclamado carece de legitimidade para pedir a exclus o da lide da 1 reclamada Quanto s alega es da 1 reclamada n o lhe assiste raz o Consoante instrumento de constitui o da sociedade f 32 o objeto social da 1 reclamada o
47. justi a gratuita neste momento processual D Efeito secund rio Hipoteca judici ria Nos termos do art 466 do CPC a senten a condenat ria do r u ao pagamento de uma presta o valer como t tulo constitutivo de hipoteca judici ria 8 A hipoteca judici ria prevista no art 466 do CPC decorre da disposi o do art 824 do C digo Civil que atribui ao exequente o direito de prosseguir na execu o da senten a contra os adquirentes dos bens do condenado Este sem d vida um dos mais expressivos efeitos secund rios da senten a condenat ria e sua compatibilidade com o processo do trabalho parece nos incontest vel TEIXEIRA FILHO Manoel Antonio A senten a no processo do trabalho 3 ed LTr 2004 p 309 Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 532 O t tulo constitutivo da hipoteca efeito secund rio da senten a decorrente da pr pria legisla o s vezes produz a senten a certos efeitos n o porque o juiz tenha querido que se produzissem ou porque a sua produ o tenha constitu do objeto declarado ou impl cito da decis o mas porque fora do campo no qual se pode confinar o poder de decis o do juiz a senten a considerada pela lei como fato produtor de efeitos jur dicos preestabelecidos pela pr pria lei e n o dependentes do comando contido na senten a Poderemos falar nestes casos da senten a como fato jur d
48. liquida o Determina se com fulcro no disposto no 2 do art 22 da Lei n 8 213 91 86 do art 336 do Decreto n 3 048 99 e art 225 da Instru o Normativa do INSS n 118 2005 Secretaria desta Vara do Trabalho que expe a o Comunicado de Acidente do Trabalho em favor da autora no prazo de cinco dias considerando se como data de ocorr ncia do sinistro o dia 20 07 2005 Em seguida intime se a reclamante em quarenta e oito horas para buscar o documento de que ora se trata Por fim garante se autora o direito estabilidade provis ria nos doze meses subsequentes alta concedida pelo INSS Da in pcia da inicial Da ilegitimidade passiva ad causam Da incid ncia da prescri o quinquenal Da caracteriza o da mol stia como doen a ocupacional Dos danos materiais e morais Dos danos morais Da concess o dos benef cios da justi a gratuita Da expedi o de of cios Conforme determinado nos fundamentos supra os quais integram o dispositivo Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 522 Dos honor rios periciais em favor do perito m dico Hermano Jos Onofre Pela reclamada no valor ora arbitrado de R 1 000 00 e corrigido na forma da OJ n 198 da SDI I do TST Dedu o do IR na forma legal N o h incid ncia de contribui o previdenci ria na hip tese ante a natureza indenizat ria da parcela deferida Arbitra se o valor d
49. m trabalhadores para labutarem em seus campos e dos trabalhadores que passam a contar com empregos garantidos O i professor Nelson Nery J nior em seu livro Princ pios do processo civil na Constitui o Federal discorre sobre o princ pio da proporcionalidade Vejamos o que diz o mestre Segundo o princ pio da proporcionalidade tamb m denominado de lei da pondera o na interpreta o de determinada norma jur dica constitucional ou infraconstitucional devem ser sopesados os interesses e direitos em jogo de modo a dar se a solu o concreta mais justa Assim o desatendimento de um preceito n o pode ser mais forte e nem ir al m do que indica a finalidade da medida a ser tomada contra o preceito a ser sacrificado NERY J NIOR Nelson Princ pios do processo civil na Constitui o Federal 8 ed S o Paulo Revista dos Tribunais p 197 Dessa forma a exacerba o na onera o dos custos da empresa far com que esta repense seu local de produ o No meio rural atualmente poucos locais h de trabalho para quem n o teve a sorte de ser educado em escolas As m quinas tratores colheitadeiras ro adeiras etc est o cada vez mais modernas e isso retira do trabalhador seu emprego Se a empresa isso em meu sentir entrega ao trabalhador uma facilidade como s i Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 acontecer com o fornecimento de transp
50. maior extens o do seu poder normativo mas semelhante extens o n o destr i antes confirma dia a dia a generalidade e a universalidade dos princ pios gerais in O direito e a vida dos direitos 3 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1991 v 1 p 22 preciso ter em mente que a raiz hist rica da responsabilidade subsidi ria do tomador dos servi os no Direito do Trabalho est fincada no art 455 da CLT cujo teor o seguinte Art 455 da CLT Nos contratos de subempreitada responder o subempreiteiro pelas obriga es derivadas do contrato de trabalho que celebrar cabendo todavia aos empregados o direito de reclama o contra o empreiteiro principal pelo 485 inadimplemento daquelas obriga es por parte do primeiro Par grafo nico Ao empreiteiro principal fica ressalvada nos termos da lei civil a o regressiva contra o subempreiteiro e a reten o das import ncias a este devidas para a garantia das obriga es previstas neste artigo Como se verifica na norma legal em vigor h mais de meio s culo basta o inadimplemento da obriga o pelo devedor principal para que a execu o de imediato passe a ser promovida contra o devedor subsidi rio Em momento algum o dispositivo da lei estabelece que s ap s esgotados todos os meios legais colocados disposi o do Judici rio de executar o devedor principal que se passaria a responsabilidade para o devedor
51. mesmo empregador Assim entendo n o haver espa o interpretativo qui anal gico para se estender o tratamento ison mico al m do sal rio que a hip tese prevista na al nea a do artigo 12 da Lein 6 019 74 sendo indevidos pois os aux lios refei o e alimenta o previstos nos instrumentos normativos referentes CEF porque conforme os pr prios termos normativos trata se de parcelas indenizat rias Al m disso n o se trata aqui de reconhecimento da condi o de banc rio mas simplesmente de isonomia salarial em fun o de pessoas que exercem atividade profissional em 579 situa o de igualdade mesmo que para empregadores distintos mas no mesmo local e em prol de uma mesma empresa a evitar a discrimina o entre trabalhadores elevados a um n vel de igualdade pelo servi o que desenvolvem 1 15 Horas extras Intervalo intrajornada Reflexos Saliente se por inicial e oportuno que inexiste nos autos prova de que a autora tenha trabalhado al m da jornada constitucionalmente determinada A alega o na exordial de jornada de trabalho inferior a 8 horas di rias e 40 horas semanais Assim j por esse aspecto incomposs vel o acolhimento da pretens o esposada na pe a de ingresso de bom alvitre salientar para que n o pairem d vidas no esp rito dos jurisdicionados que a revelia e confiss o aplicadas s reclamadas n o incidem no particular diante da jornada de tra
52. ncia entre padr es de remunera o de pessoas que executam fun es id nticas em prol de um mesmo empregador redunda em ato discriminat rio e aviltante da for a de trabalho de uns em rela o a outros trabalhadores Admitir se judicialmente tal conduta certamente seria consagrar a terceiriza o como fen meno jur dico de desvirtuamento do Direito do Trabalho al m de outras implica es ilegais de ordem p blica como a burla da lei previdenci ria e fiscal Constitucionalmente a mat ria tem tratamento espec fico a teor do art 7 inciso XXXII que pro be a distin o entre trabalho manual t cnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos princ pio da isonomia salarial Al m disso a al nea a do art 12 da Lei n 6 019 74 fixa o chamado sal rio equitativo no trabalho tempor rio que por analogia plenamente compat vel com a terceiriza o e particularmente situa o dos autos diante do art 2 do mesmo diploma deve ser considerada pela for a atrativa do art 8 da CLT corroborada pelo art 4 da Lei de Introdu o ao C digo Civil Quando a lei for omissa o juiz decidir o caso de acordo com a analogia os costumes e os princ pios gerais de direito O art 126 do CPC tamb m se aplica O Juiz n o se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei No julgamento da lide caber lhe aplicar as normas legais n o as havend
53. ncia ratione materiae A decis o liminar de f 51 antecipa entendimento deste ju zo no sentido de que tendo em vista que a contrata o do plano de sa de tem como pano de fundo a rela o de trabalho refletindo simples materializa o de cl usula de instrumento normativo da categoria Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 inarred vel se torna a compet ncia desta Especializada para apreciar o feito As obriga es do contrato de plano de sa de corporativo decorrente de previs o em ACT ou CCT possuem natureza de efeito conexo ao contrato de trabalho O contrato de trabalho apesar de poder ser classificado como um contrato de Direito Privado possui particularidade de tratamento em face de seu multifacet rio regramento por fontes aut nomas e heter nomas al m das cl usulas contratuais pactuadas individualmente pelas partes o que distingue essa figura dentre as categorias cl ssicas da Teoria Geral de Direito Privado RODRIGUES tratando das referidas categorias cita Darcy Bessone e Ferrante no sentido de que preciso submeter an lise as rela es entre vontade e os efeitos dela provindos H efeitos que sendo previstos e desejados pelo agente originam se de sua vontade H entretanto efeitos que embora decorrendo de ato volunt rio perd o etc verificam se ex lege sem se apurar se o agente os previu ou desejou Os primeiros s o pr prio
54. ncia subjetiva da a o ou seja basta que o reclamante afirme ser credor da 2 e da 3 reclamadas para se afigurar a legitimidade destas para a causa Teoria da Asser o A an lise que ora se faz abstrata haja vista que a rela o jur dica de direito processual independe da rela o jur dica de direito material Por isso REJEITA SE a preliminar de ilegitimidade passiva arguida pelas 2 e 3 reclamadas Prejudicial de m rito Prescri o As 2 e 3 reclamadas suscitaram a prejudicial de prescri o sobre a pretens o autoral sabido que o prazo prescricional deve ser contado da ci ncia da les o do direito actio nata Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 Isso representa que est o prescritas todas as parcelas vencidas h mais de 05 cinco anos contados da propositura da a o CR 88 art 7 XXIX item I da S mula n 308 do TST ou seja anteriores a 28 de agosto de 2001 Assim tendo em vista que a presente a o foi ajuizada em 28 08 2006 EXTINGUE SE com resolu o do m rito o processo no que tange aos pedidos relativos a les es de direitos antecedentes a 28 de agosto de 2001 nos termos do inciso IV do artigo 269 do CPC Ressalte se que a prescri o da pretens o de reclamar o n o recolhimento do FGTS trinten ria S mula n 362 do TST M rito 1 Da responsabilidade das 2 e 3 reclamadas Sucess o trabalhista
55. o recolhimento das contribui es fiscais se houver porque decorrem de normas legais imperativas portanto de encargos legais observando se a S mula n 368 do TST itens Ile III Condeno as r s a recolherem as contribui es previdenci rias incidentes sobre os sal rios mensais e demais parcelas de incid ncia pagos no curso dos contratos de trabalho observados os per odos respectivos para que se d maior efetividade ao direito ora declarado sendo certo que este ju zo n o comunga do entendimento pretoriano item da S mula n 368 do TST porquanto trata se de contribuintes obrigat rios Condeno a 4 reclamada Caixa Econ mica Federal solidariamente ao pagamento de todas as obriga es pecuni rias impostas nesta decis o Torno definitiva a liminar deferida f 786 relativamente ao pedido de expedi o de alvar para levantamento do FGTS em nome da autora Defiro os benef cios da justi a gratuita reclamante Rejeito os demais pedidos da autora e das reclamadas Os valores resultantes da condena o ser o apurados em liquida o de senten a por c lculos autorizados os descontos legais levando se em conta os limites dos pedidos e as determina es acima Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 Os juros de mora dever o incidir a partir da data do ajuizamento da a o art 883 da CLT observado o disposto no Decreto lei n 2 322 87 na Le
56. pelas demandadas Cientes as partes na forma da S mula n 197 do TST Nada mais Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 514 ATA DE AUDI NCIA PROCESSO N 53 2006 Data 26 03 2007 DECIS O DA VARA DO TRABALHO DE CONSELHEIRO LAFAIETE MG Ju za Titular Dr ROS NGELA PEREIRA BHERING Aos 26 dias do m s de mar o de 2007 a MM Ju za Titular da Vara do Trabalho de Conselheiro Lafaiete Ros ngela Pereira Bhering apreciando a a o trabalhista proposta por Jair Pereira da Costa contra Cooperativa Mineira de Equipamentos Ferrovi rios Ltda e Amsted Maxion Fundi o e Equipamentos Ferrovi rios S A julgou a nos termos seguintes O reclamante aju za a a o ao fundamento de que trabalhou para as r s sem registro de contrato na CTPS e sob a falsa alega o de ser associado da primeira Sempre atuou como empregado sem que lhe fossem deferidos os direitos trabalhistas previstos em lei como horas extras sal rio equiparado a empregado de igual fun o f rias e 13 sal rios e verbas rescis rias decorrentes da dispensa imotivada Tamb m n o recebeu adicional de insalubridade Defendendo se a primeira r COOMEFER disse que n o h v nculo de emprego entre ela e o reclamante eis que se trata de uma rela o entre associado e cooperativa sendo esta regularmente institu da e de regular funcionamento N o houve dispensa j que os cooperados podem se deslig
57. porque contr ria aos princ pios emanados da pr pria Constitui o TST 12 T Proc ED RR 206 774 95 Rel Min Ursulino Santos DJ n 226 97 em Repert rio Jurisprudencial op 790 Renovar ACORDO COLETIVO DE TRABALHO INTERVALO INTRAJORNADA REDU O IMPOSSIBILIDADE ART 71 8 3 DA CLT NORMA DE ORDEM P BLICA PRESERVA O DA HIGIDEZ F SICA E PS QUICA DO EMPREGADO A cl usula constante de acordo coletivo de trabalho que reduz o intervalo de descanso e refei o intrajornada sem a chancela do Minist rio do Trabalho carece de efic cia jur dica O art 71 8 3 da CLT de ordem p blica na medida em que procura assegurar m nimo per odo para repouso e alimenta o ao trabalhador no curso de uma jornada de 8 horas di rias de servi o raz o pela qual n o comporta disponibilidade pelas partes e muito menos pelo negocia o coletiva com assist ncia expressa do Minist rio do Trabalho que tem o dever de verificar se o estabelecimento atende integralmente s exig ncias concernentes organiza o dos refeit rios e constate igualmente que os empregados n o est o sob regime de trabalho prorrogado em horas suplementares Registre se que a Se o de Diss dios Individuais desta Corte por meio da recente Orienta o Jurisprudencial n 342 firmou entendimento de que inv lida cl usula de acordo ou conven o coletiva de trabalho contemplando a supress o ou redu
58. possibilidades de recebimento do devedor principal at mesmo estendendo se a execu o contra os s cios da empresa adotando se a teoria da supera o da pessoa jur dica Somente no caso de todas estas tentativas resultarem infrut feras que caberia a execu o contra o devedor subsidi rio Haveria no caso um duplo benef cio de ordem primeiro a empresa devedora em seguida os s cios desta empresa para s depois acionar o respons vel subsidi rio Alguns j est o chamando esta sequ ncia de subsidiariedade de segundo grau Entendemos todavia que esse posicionamento n o tem acolhida no processo do trabalho e destoa frontalmente do pensamento recente da extens o da responsabilidade ao tomador dos servi os Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 O avan o jurisprudencial da S mula n 331 IV deve ser interpretado luz da poca atual e da tend ncia de maior prote o ao cr dito do trabalhador A din mica dos fatos desafia o aplicador da lei para decidir casos novos muitas vezes com regras antigas mas sempre com apoio nos princ pios gerais que conseguem amoldar os comandos normativos s conting ncias espec ficas de cada poca Nesse sentido oportuna e s bia a li o de Vicente R o Por for a de necessidades novas novas regras s o necess rias para a solu o dos problemas do nosso tempo Transforma se pois o Direito no sentido da
59. primeiras Recurso de revista provido TST RR 641401 4 T Rel Min Milton de Moura Fran a DJU 14 11 2003 todas as ementas em Juris S ntese n 45 Em recente decis o assim manifestou se o Eg TRT da 3 Regi o Mat ria encaminhada Imprensa Oficial em 29 de junho de 2005 Jurisprud ncia Trabalhista Publica o de Ac rd o na ntegra TRT RO 00768 2003 050 03 00 4 RECORRENTES H LIO EUST QUIO FARIA MICAPEL MINERA O CAP O DAS PEDRAS LTDA RECORRIDOS OS MESMOS e JOS IRACI IZIDORO EMENTA DONO DA OBRA HIP TESE DE RESPONSABILIDADE SUBSIDI RIA Indubitavelmente a 12 reclamada dona da obra mas tal circunst ncia por si s n o a isenta da responsabiliza o trabalhista H situa es que n o autorizam a responsabilidade do dono da obra regra ampla e situa es que exigem essa responsabiliza o regra excepcional Incide a regra da n o responsabiliza o quando se tratar de empreitada ou presta o de servi os ajustados perante terceiros por pessoa f sica como valor essencial de uso reforma de resid ncia por exemplo Tal regra pode beneficiar tamb m a pessoa jur dica que de modo espor dico e eventual contrate a realiza o de obra espec fica N o caracterizada a situa o acima incide a regra da responsabiliza o da dona da obra Trata se de contratos de empreitada ou de presta o de servi os entre duas empresas em que a dona da obra ou
60. que a entidade sindical jamais se posicionou a favor dos empregados da empresa r como fazem prova as in meras reclamat rias trabalhistas que tramitam neste foro Ponderam os reclamantes que o estatuto do sindicato r u tendencioso haja vista que no processo eleitoral o pr prio Presidente da entidade tamb m candidato concorrente ao pleito que preside as elei es inclusive nomeando comiss o que decide sobre impugna o de registro de chapas Relatam que foram impedidos de terem acesso aos documentos referentes Chapa 01 integrada pelo Presidente do sindicato Sustentam que inexiste divulga o em tempo h bil a respeito das elei es da entidade ou mesmo esclarecimentos acerca dos requisitos necess rios para participa o no pleito vista do exposto batem se pela proced ncia e pugnam pela condena o dos requeridos na exibi o dos documentos enumerados s f 10 11 itens 3 1 e 3 2 Pleiteiam a concess o de liminar objetivando a cassa o suspens o da dispensa dos requerentes e reintegra o dos mesmos no emprego bem como a garantia de estabilidade provis ria at resultado final da presente a o Requerem ainda a declara o de nulidade da elei o ocorrida em 12 06 2006 e a declara o de validade do registro da Chapa 02 Postulam por fim a gratuidade de justi a e a condena o dos requeridos no pagamento dos honor rios advocat cios Atribuem causa o valor de R 1 0
61. que n o possui em princ pio prazo para terminar O segundo fundamento apresentado pela 1 r tamb m n o merece prosperar uma vez que esta n o comprovou o ajuizamento da a o em que se estaria discutindo a validade ou n o das normas aut nomas CLT art 818e CPC art 333 Logo REJEITA SE a presente preliminar que visa a suspens o deste feito Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 556 4 Da in pcia dos pedidos de pagamentos de reflexos da equipara o salarial e dos adicionais de insalubridade e periculosidade em horas extras O reclamante pleiteia o pagamento de reflexos de diferen as salarias decorrentes de equipara o salarial e dos adicionais de insalubridade e periculosidade em horas extras itens 4 e 8 da peti o inicial f 05 06 Entretanto o autor n o apontou quaisquer fatos que ensejassem o pagamento de sobrejornada trabalhada e consequentemente dos reflexos sobre essas horas extras A doutrina diferencia pedido inepto de pedido deficiente Este dificulta a defesa e a an lise jurisdicional enquanto o primeiro impossibilita o exerc cio do contradit rio e o julgamento da pretens o No presente caso constata se a impossibilidade do julgamento dos reflexos pedidos uma vez que este ju zo n o pode suprir de of cio um dever que da parte ou seja descrever pedido certo e determinado CLT art 840 8 1 e CPC art 286 caput s
62. recupera o judicial e fal ncia que constam do cap tulo II do mesmo diploma legal arts 5 at 46 Al m disso o art 60 e seu par grafo nico regras integrantes do cap tulo regente da recupera o judicial n o se referem s obriga es trabalhistas e acident rias devidas aos empregados embora concedam a vantagem excetiva aus ncia de sucess o quanto s obriga es de natureza tribut ria Por fim estes mesmos dispositivos art 60 caput e par grafo nico somente se reportam ao 1 do art 141 mantendo se significativamente silentes quanto s regras lan adas no inciso Il e 8 2 do citado art 141 estas sim fixadoras da aus ncia de sucess o trabalhista medida que os cr ditos dos empregados trabalhistas e acident rios t m absoluta preponder ncia na ordem jur dica em face dos princ pios constitucionais da preval ncia do valor trabalho da dignidade da pessoa humana e da subordina o da propriedade sua fun o social torna se invi vel tecnicamente proceder se interpreta o extensiva de regras infraconstitucionais agressoras de direitos constitucionalmente assegurados DESTAQUES NOSSOS Analogicamente o C digo Civil brasileiro em seu artigo 1 025 estabeleceu que o s cio admitido em sociedade j constitu da n o se exime das d vidas sociais anteriores ou seja as d vidas de natureza trabalhista dever o ser suportadas pelo novo s cio em uma em
63. rio quando suporta o pagamento do d bito est exatamente na prerrogativa que disp e de acionar regressivamente o devedor principal que n o se deve esquecer foi por ele escolhido para lhe prestar servi os Se o pagamento pelo devedor subsidi rio por vezes pode parecer injusto conv m n o perder de vista que o erro foi dele mesmo ao escolher mal o seu prestador de servi os ou ainda por n o acompanhar o cumprimento do contrato Muitas empresas no entanto est o se utilizando da faculdade prevista no par grafo nico do art 455 da CLT retendo um percentual do pagamento devido ao prestador Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 dos servi os para garantir o cumprimento integral das obriga es o que sem d vida recomend vel Em conclus o a execu o contra o devedor subsidi rio deve ser iniciada logo ap s o inadimplemento por parte do devedor principal ou seja ap s a cita o do executado para que pague em 48 horas ou garanta a execu o conforme previsto no art 880 da CLT grifo e destaque meus Com alguma toler ncia pode se admitir o prosseguimento da execu o contra o devedor principal se o respons vel subsidi rio indicar bens daquele livres e desembara ados de nus situados no mesmo munic pio suficientes para solver o d bito por aplica o subsidi ria dos artigos 4 8 3 da Lei n 6 830 80 595 do CPC e 1 491 do C dig
64. rios S A para declarar a exist ncia de v nculo de emprego entre reclamante e segunda 517 r Amsted no per odo de 14 01 03 a 19 04 05 e para condenar ambas as r s de forma solid ria a pagar lhe com juros e corre o monet ria ndice do m s subsequente ao vencimento da obriga o e juros a partir da postula o simples 1 a m autorizados os descontos previdenci rios e fiscais incidentes sobre as parcelas de natureza salarial e tribut vel objetos de condena o aviso pr vio f rias integrais e dobradas de 2003 2004 integrais e simples de 2004 2005 e proporcionais de 2005 2006 todas acrescidas de um ter o 13 sal rio de 2003 12 12 2004 12 12 e 2005 5 12 adicional de insalubridade raz o de 20 do sal rio m nimo por todo o per odo do contrato com reflexo em todas as parcelas aqui deferidas Quando se apurar o d bito previdenci rio do reclamante compensar se nele o valor que a primeira reclamada efetivamente tenha descontado a maior no curso do contrato A segunda reclamada registrar o contrato de trabalho na CTPS do reclamante com as datas fun o e sal rio indicados na inicial Entregar lhe tamb m as guias pr prias para saque do FGTS com 40 e para requerimento de seguro desemprego pena de ver a obriga o de dar convertida em obriga o de pagar Honor rios periciais raz o de R 950 00 pelas reclamadas Custas de R 100 00 calculadas sobre R 5 0
65. sentido amplo podem contribuir causas ligadas atividade profissional com outras extralaborais sem qualquer v nculo com a fun o exercida pelo empregado Al m disso mesmo o acidente j ocorrido pode ser agravado por outra causa como por exemplo um erro cir rgico no atendimento hospitalar ou a superveni ncia de uma infec o por t tano depois de pequeno ferimento de um trabalhador rural No entanto a aceita o normativa da etiologia multicausal n o dispensa a exist ncia de uma causa eficiente decorrente da atividade laborativa que haja contribu do diretamente para o acidente do trabalho ou situa o equipar vel ou em outras palavras a concausa n o dispensa a causa de origem ocupacional Deve se verificar se o trabalho atuou como fator contributivo do acidente ou doen a ocupacional se atuou como fator desencadeante ou agravante de doen as preexistentes ou ainda se provocou a precocidade de doen as comuns mesmo daquelas de cunho degenerativo ou inerente a grupo et rio As concausas podem ocorrer por fatores preexistentes supervenientes ou concomitantes com aquela 525 causa que desencadeou o acidente ou a doen a ocupacional Nesse sentido a jurisprud ncia do E TRT da 3 Regi o DOEN A PROFISSIONAL NEXO CAUSAL CONCAUSA INDENIZA O Diante dos esclarecimentos constantes da per cia m dica ficou patenteado que o reclamante portador de uma tenossinovite
66. sua vez consiste na subven o da categoria como um todo por imposi o de lei e respaldo na Constitui o controlada pelo Estado e destinada ao custeio da atividade assistencial das organiza es sindicais e do seguro desemprego O sindicato reconhece que a contribui o confederativa cobrada de empregados n o associados recolhida compulsoriamente e apenas dos trabalhadores da categoria arca com a contribui o sindical que possui natureza compuls ria E quanto s contribui es dos associados art 31 IH cuja quita o exigida como requisito de elegibilidade Segundo o Presidente do sindicato a contribui o do associado deduzida da contribui o confederativa contudo inexiste nos autos qualquer elemento de prova de tal alega o sequer instrumento jur dico ata de assembl ia e ou instrumento coletivo que autorize tal conduta Ressalte se que os requerentes foram impedidos de participar das elei es n o apenas porque n o possu am uma ficha de associado igual s fichas irregulares de f 1456 1638 mas tamb m porque n o comprovaram a quita o da contribui o de associado As folhas de pagamento dos autores referentes ao m s de mar o documentos que se encontram sob a guarda da Diretora da Vara cf f 1664 1665 e 1666 cont m o desconto da contribui o sindical que custeia as atividades sindicais e outras previstas Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v
67. trabalho por meio de cooperativas havendo presun o de legalidade no trabalho prestado Portanto havendo alega o de fraude cabe ao obreiro comprovar as supostas irregularidades e o v nculo caracterizado por todos os elementos f tico jur dicos da rela o de emprego E desse nus se desincumbiu a reclamante j que as provas dos autos em especial o depoimento da testemunha Glauco Nunes Soares f 1122 espancaram a quest o sen o vejamos que a reclamante fazia montagem de processos de contesta o e de inadimpl ncia que a preposta da Cooperativa era a ngela que a reclamante recebia ordens da ngela que a ngela recebia ordens do Ricardo que o Ricardo passava a atividade a ser feita para a ngela e esta para a reclamante que quem decidia sobre mudan a de hor rio era a ngela que quando a ngela n o estava presente era o Ricardo que dava ordens para a reclamante que a san o pelo n o comparecimento era a perda do dia e sendo que se faltasse muitos dias poderia ser desligada da Cooperativa que havia advert ncia da empresa no caso de falta que no per odo da Cooperativa a sigla do setor da reclamante era RET PV que a reclamante n o autenticava documentos que a reclamante colhia a assinatura da unidade e preenchia DLE que n o sabe dizer se a reclamante efetuava comando para estorno que a reclamante n o providenciava a recomposi o da conta do cliente que recebia o processo do
68. 00 00 arbitrados condena o nus das r s Partes intimadas Nada mais Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 518 ATA DE AUDI NCIA PROCESSO N 00048 2006 018 03 00 3 Data 05 02 2007 DECIS O DA 18 VARA DO TRABALHO DE BELO HORIZONTE MG Ju za Titular Dr VANDA DE F TIMA QUINT O JACOB Em 05 02 2007 s 16h30min nos autos do processo 00048 2006 018 03 00 3 movido por NADIR JOS DE ASSIS FREITAS em face de D M A DISTRIBUIDORA S A a Ju za Vanda de F tima Quint o Jacob proferiu a seguinte senten a RELAT RIO Nadir Jos de Assis Freitas ajuizou a o em face de D M A Distribuidora S A alegando em s ntese que foi contratada pela reclamada em 02 08 1999 para exercer a fun o de auxiliar de servi os gerais e que foi dispensada sem justa causa em 08 11 2005 Alega que adquiriu doen a ocupacional em raz o das atividades laborativas realizadas durante a vig ncia do contrato de trabalho motivo por que requer seja decretada nula a dispensa e consequentemente postula sua reintegra o no quadro de funcion rios da r Reclama os pedidos indicados s f 08 10 dos autos Colacionou documentos As partes compareceram audi ncia designada V os os esfor os conciliat rios Foi designada a realiza o de per cia m dica para se apurarem as condi es f sicas da reclamante Na defesa a r arg i a in pcia da inicial
69. 00 00 e juntam com a inicial as procura es de f 14 26 e os documentos de f 27 155 Pelo ju zo foi determinado que a Secretaria da Vara juntasse aos autos c pia de documentos do Processo n 0850 2006 145 03 00 4 despacho de f 159 Os documentos foram juntados s f 160 163 Os autores apresentaram emenda inicial nos termos da peti o de f 164 Houve a concess o de medida liminar de natureza cautelar para determinar empresa r que Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 reintegrasse os requerentes j dispensados bem como para que n o efetuasse a dispensa dos demais at a decis o final da presente demanda f 165 167 A Secretaria da Vara certificou f 306 noticiando a decis o liminar proferida no mandado de seguran a impetrado pela COTEMINAS TRT MS 00989 2006 000 03 00 9 tendo a referida liminar cassado a ordem proferida s f 165 167 Regularmente notificados os requeridos compareceram audi ncia rejeitando a proposta de concilia o Naquela assentada determinou o juiz que os requeridos juntassem aos autos os documentos referidos no respectivo termo f 309 Em sua defesa escrita nos termos da peti o de f 311 323 o sindicato r u arg i a ilegitimidade ativa ad causam e alega em resumo que os autores jamais requereram filia o e nunca participaram da vida sindical de sua categoria Afirma que os requerentes se a
70. 005 regulat ria do processo falimentar e de recupera o empresarial Nas fal ncias processadas a partir do imp rio do novo diploma n o incidir sucess o de empregadores no caso de aliena o da empresa falida ou de um ou alguns de seus estabelecimentos art 141 le 2 Lei n 11 101 2005 Em consequ ncia ser o tidos como novos os contratos de trabalho iniciados com o empregador adquirente ainda que se tratando de antigos empregados da antiga empresa extinta 8 2 do art 141 da Lei n 11 101 2005 A presente exce o contudo n o se aplica a aliena es efetivadas durante processos de simples recupera o extrajudicial ou judicial de empresas nos moldes da recente lei falimentar Quanto modalidade extrajudicial tal n o abrang ncia da excludente sucess ria bastante clara na Lei n 11 101 2005 art 161 8 1 art 163 8 1 combinado com o art 83 todos do referido diploma normativo No tocante recupera o judicial esta n o abrang ncia resulta de interpreta o l gico sistem tica da nova lei uma vez que semelhante vantagem somente foi concedida para os casos de fal ncia conforme inciso Ile 8 2 do art 141 preceitos integrantes do cap tulo legal espec fico do processo falimentar Nada h a respeito da generaliza o da vantagem Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 560 empresarial nos dispositivos comuns
71. 036 44 teve in cio a previs o legal da repara o civil nos casos de acidente de trabalho e situa es equipar veis quando o empregador agia com dolo A S mula 229 do Supremo Tribunal Federal estendeu o direito da indeniza o quando o empregador tivesse dolo ou culpa grave no evento A Constitui o da Rep blica de 1988 dissipou as d vidas a respeito prevendo o direito do empregado ao seguro contra acidente do trabalho a cargo do empregador sem excluir a indeniza o a que este est obrigado quando incorrer em dolo ou culpa art 7 XXVIII sem qualificar a natureza desta culpa Assim mesmo na culpa lev ssima cab vel a indeniza o Finalmente o art 121 da Lei n 8 213 91 estabeleceu que o pagamento pela Previd ncia Social das presta es por acidente do trabalho n o exclui a responsabilidade civil da empresa ou de outrem n o 8 Idem Ibidem p 238 havendo mais qualquer d vida de que as repara es s o distintas e podem ser acumuladas TRT 3 Reg 52 T RO 4098 99 Rel Des Sebasti o Geraldo de Oliveira DJMG 03 06 2000 Fundamentos pelos quais nos termos do art 950 do CC 2002 dever a reclamada proceder ao pagamento de pens o mensal ao reclamante vital cia ou enquanto perdurar a sua incapacidade para a fun o exercida quesitos 5 de f 263 e 11 de f 265 art 47 da Lei n 8 213 91 c c TST S mula n 160 O valor da pens o ser de R 378 98 t
72. 1 2007 000 03 00 0 nos quais recrudesce a discuss o acerca da compet ncia desta Especializada para processar e julgar o presente feito quest o que j havia sido decidida pelo STJ no conflito de compet ncia n 51 175 MG f 288 290 11 2 3 Assist ncia judici ria Presentes os requisitos legais defiro autora os benef cios da assist ncia judici ria nos moldes do 8 3 do art 790 da CLT 11 2 4 Litig ncia de m f A conduta da autora e do r u na a o de usucapi o ao tentar por meio de tal demanda impedir a execu o de cr ditos trabalhistas dos oponentes encerra flagrantemente m f na medida em que importa em altera o da verdade dos fatos com fins il citos enquadrando se nas hip teses previstas no art 17 do CPC atraindo por isso a aplica o da penalidade prevista nos 88 1 e 2 do art 18 daquele Diploma Legal Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 472 Pelo exposto reputam se autora e r u litigantes de m f e por isso os condeno ao pagamento da multa de 1 sobre o valor da causa em favor dos oponentes al m da indeniza o prevista no supracitado dispositivo legal que ora se fixa em 20 sobre o valor da causa tamb m revertida em benef cio dos oponentes Ill CONCLUS O Isso posto decido julgar procedente o pedido formulado por MARCELO RESENDE NICOLAU MARCOS VIN CIOS SENA SOUZA e WALTER DE OLIVEIRA TAVAR
73. 1 do Colendo TST A responsabilidade subsidi ria emerge sim da chamada culpa in contrahendo nas suas modalidades espec ficas in eligendo e in vigilando por for a da desastrada escolha da empresa contratada e prestadora de servi os A exist ncia de pr via licita o p blica n o elide a responsabilidade subsidi ria eis que a culpa in eligendo decorre da m escolha da empresa prestadora de servi os que se afere n o apenas no momento da celebra o do contrato mas tamb m durante o curso de sua execu o No mesmo sentido TRT 3 R RO 20865 97 Rel MM Juiz Sebasti o Geraldo de Oliveira 22 T publ MG 21 08 98 N o se pode desconsiderar que a segunda reclamada beneficiou se diretamente dos servi os executados pelo reclamante E assim sendo a veda o constante no item Il da S mula n 331 do C TST n o afasta a responsabilidade prevista no item IV da referida S mula Por fim pede se v nia para citar se decis o exarada pelo MM Juiz Dr M rcio Fl vio Salem Vidigal que analisa com particular brilhantismo o caso em tela Assinale se em seguida que a responsabilidade subsidi ria n o exige para que seja reconhecida tenha havido v nculo de emprego na rela o substancial com aquele que responsabilizado Parece evidente que se configura a rela o de emprego diretamente com o tomador de servi os n o h falar em subsidiariedade por isso que a responsabilidade decor
74. 2006 1 3 8 2 4 FGTS 40 8 2 5 multa do art 477 da CLT base de um sal rio da autora 8 2 6 multa do art 467 da CLT equivalente a 50 do valor das verbas rescis rias aviso pr vio 13 sal rio f rias proporcionais multa de 40 do FGTS 8 2 7 diferen as entre os sal rios base recebidos pela autora e o piso salarial dos Tesoureiros Caixas e outros empregados de Tesouraria que efetuam pagamentos ou recebimentos auferido pelos funcion rios da Caixa Econ mica Federal atuantes no mesmo setor e fun o da autora 8 2 8 reflexos das diferen as salariais em face da isonomia em aviso pr vio 13 sal rios f rias 1 3 FGTS 40 Quando da liquida o de senten a ainda que em execu o provis ria a Secretaria desta Vara dever oficiar Caixa Econ mica Federal especificamente ag ncia em Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 582 que a autora prestou servi os para que informe ao ju zo o cargo e o n vel no PCS e o respectivo sal rio de funcion rios contratados diretamente pela CEF para o cargo ou fun o igual ou equivalente ao exercido pela reclamante Tesoureiros Caixas e outros empregados de Tesouraria que efetuam pagamentos ou recebimentos Condeno a 3 reclamada LITORAL NORTE SERVICE EMPREENDIMENTOS LTDA a entregar as guias CD e SD autora no prazo de 8 dias ap s o passado em julgado desta decis
75. 2007 554 n o s o respons veis pelas verbas pleiteadas pelo autor porque n o houve caracteriza o de responsabilidade solid ria ou subsidi ria ou ainda da sucess o de empregadores e que na recupera o judicial prevista na Lei n 11 101 2005 n o se verificam quaisquer das hip teses retroelencadas que os dispositivos constantes na referida Lei sobrep em se aos mandamentos da CLT haja vista tratar se de normas especiais aplic veis ao processo de recupera o que o reclamante n o prestou servi os s 2 e 3 reclamadas que n o h grupo econ mico entre estas e a 1 r que os ativos da 1 reclamada foram adquiridos e produziram os devidos frutos a esta para que houvesse a regular quita o de seus d bitos que a unidade produtiva adquirida pelas 2 e 3 r s praticamente n o subtraiu qualquer ativo da 1 reclamada Pedem a declara o da prescri o quinguenal sobre os cr ditos do reclamante e impugnam os pedidos embasados em normas coletivas as multas pleiteadas e a tutela antecipada requerida Foram apresentados os documentos de f 203 309 sobre os quais se manifestou o reclamante f 385 387 Realizada a prova pericial f 391 403 Manifesta o do reclamante f 404 Manifesta o da 1 reclamada s f 408 415 Manifesta o das 2 e 3 reclamadas s f 416 421 e doc e 422 427 Audi ncia de instru o designada para 16 03 2007 Aberta a audi ncia compareceu o recl
76. 3 jan jun 2007 498 N o se configurando pois a situa o de per odo disposi o da empregadora inscrita no aludido dispositivo legal decidiu corretamente a Eg Turma do TST ao rejeitar as horas extras postuladas pelo Reclamante Nego portanto provimento aos presentes embargos ISTO POSTO ACORDAM os Ministros da Subse o Especializada em Diss dios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho por unanimidade conhecer dos embargos apenas quanto ao tema horas extras per odo de espera do transporte da Empresa por diverg ncia jurisprudencial e no m rito negar lhes provimento E RR 438297 1998 4 Relator Ministro Jo o Oreste Dalazen publ DJ em 12 08 05 D Da indeniza o referente dispensa realizada dentro do trint dio que antecede a data base O reclamante pretende ver se indenizado com base no disposto no art 9 da Lei n 6 708 79 e art 9 da Lei n 7 238 84 j que teria sido dispensado trinta dias antes da data base da categoria A 1 reclamada contesta o pleito afirmando que o reclamante recebeu em audi ncia as diferen as das verbas rescis rias devidas dada a data de sua dispensa e a data base da categoria que o reclamante teve o aviso pr vio indenizado e assim a data de sua dispensa projetou se para ap s a data base da categoria n o inserida assim no trint dio que antecede a data base colaciona jurisprud ncia em favor de sua tese O reclamant
77. 449 ATA DE AUDI NCIA PROCESSO N 01142 2006 145 03 00 0 Data 30 05 2007 DECIS O DA 3 VARA DO TRABALHO DE MONTES CLAROS MG Juiz Titular Dr JO O L CIO DA SILVA Aos 30 trinta dias do m s de maio do ano de 2007 s 16h59min na sede da 3 Vara do Trabalho de Montes Claros MG procedeu se ao julgamento da a o anulat ria de elei o sindical c c a o declarat ria de validade de registro de chapa ajuizada por LUC DIO BARBOSA NETO e outros 13 em face do SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS IND STRIAS DE FIA O E TECELAGEM DE MONTES CLAROS e da COMPANHIA DE TECIDOS NORTE DE MINAS COTEMINAS Aberta a audi ncia foram apregoadas as partes constatando se a aus ncia das mesmas Pelo MM Juiz Titular DR JO O L CIO DASILVA foi ent o proferida a seguinte senten a 1 RELAT RIO LUC DIO BARBOSA NETO 1 RENATO ADEN ZIO PEREIRA 02 VALDIR OLIVEIRA ARA JO 03 EDICARLOS FERREIRA SANTOS 04 ANDR IA ALMEIDA ASSUN O 05 LEILA RIBEIRO RODRIGUES 06 F BIO FERREIRA GON ALVES 07 MARLI ALVES DE JESUS 08 CLAUDINEY DE ARA JO PEREIRA 09 FERNANDO SANTOS PEREIRA 10 LOURIVAL SOARES RIBEIRO 11 AILTON VELOSO DA SILVA 12 LU S VENCESLAU BATISTA DA SILVA 13 e GILSON APARECIDO PEREIRA DE QUEIROZ 14 qualificados s f 02 03 e 164 emenda inicial ajuizaram a o anulat ria de elei o sindical c c a o declarat ria de validade de registro de chapa em face do SIND
78. 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007
79. 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 458 em lei e m s a m s descontada a contribui o confederativa dos sal rios dos obreiros f 443 1392 Tudo isso indica que o sindicato almejava t o somente receber as contribui es compuls rias sem permitir a efetiva participa o dos representados na entidade Releva registrar que o sindicato tem nas suas m os os interesses e reivindica es de todo um grupo aproximadamente 4 000 trabalhadores no caso dos autos e como forma aut noma de representa o independe da vontade dos n o filiados 2 8 Das elei es sindicais pleito ocorrido em junho 2006 De olhos postos nos princ pios que norteiam o direito sindical cumpre salientar que especialmente na elei o dos dirigentes dever o ser observados os princ pios da democracia interna e da razoabilidade Nesse aspecto relembra Jos Carlos Arouca que democracia interna implica a igualdade de oportunidades n o podendo o regimento obstaculizar o direito de votar e de ser votado a previs o de uma inst ncia recursal tamb m coletiva independente e neutra a garantia de transpar ncia da convoca o das elei es e dos procedimentos a serem adotados a possibilidade de efetiva fiscaliza o de lisura na coleta de votos e de sua apura o op cit f 193 O artigo 42 do Estatuto prev que eleitor todo associado que contar com mais de 06 seis meses de inscri o no quadro social e mai
80. 49 583 jan jun 2007 546 2 duas horas extras por cada dia de trabalho referentes s 72 e 8 horas t o somente do per odo de 24 de abril de 2002 a 25 de outubro de 2003 com acr scimo de 50 e reflexos no aviso pr vio FGTS acrescido de 40 RSR f rias acrescidas de 1 3 gratifica es natalinas e adicional noturno 95min extraordin rios di rios nos dias efetivamente trabalhados relativos ao tempo in itinere que dever o ser pagos com adicional de 50 com reflexos em aviso pr vio FGTS acrescido de 40 RSR f rias acrescidas de 1 3 gratifica es natalinas e adicional noturno adicional de insalubridade nos dois primeiros per odos de entressafra no importe de 40 quarenta por cento com reflexos no aviso pr vio FGTS acrescido de 40 RSR f rias acrescidas de 1 3 gratifica es natalinas adicional noturno horas in itinere e horas extras pagas e apuradas nos presentes autos adicional de periculosidade no terceiro per odo de entressafra no importe de 30 trinta por cento do sal rio base do autor com reflexos no aviso pr vio FGTS acrescido de 40 RSR f rias acrescidas de 1 3 gratifica es natalinas adicional noturno horas in itinere e horas extras pagas e apuradas nos presentes autos indeniza o por lucros cessantes no valor de todas as parcelas n o recebidas pelo obreiro na hip tese de uma eventual estabilidade provis ria quais sejam sal rios FGTS ac
81. 818 c c CPC art 333 1 e do qual se desincumbiu Raz o pela qual dever a reclamada indenizar o reembolso dos danos emergentes inerentes s despesas m dicas no valor de R 820 00 oitocentos e vinte reais nos termos do art 949 do CC 2002 Na resposta ao 9 quesito f 261 o laudo pericial categ rico ao afirmar que o tratamento m dico e fisioter pico do reclamante dever ser permanente Fundamentos pelos quais nos termos dos arts 949 e 950 do CC 2002 dever a reclamada custear 50 do tratamento m dico e fisioter pico do mesmo tendo em vista que o trabalho n o atuou como causa nica ao agravamento do quadro cl nico da sa de do reclamante mas sim como fator de concausa Assim tratando se de obriga o de fazer dever a reclamada nos termos do art 461 do CPC para assegurar o resultado pr tico equivalente constituir um plano de sa de espec fico ao tratamento do reclamante Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 O n o cumprimento da obriga o de fazer importar na incid ncia de multa di ria de R 350 00 trezentos e cinquenta reais a favor do reclamante podendo a multa ser majorada de of cio a qualquer momento at que se obtenha o efetivo cumprimento da obriga o nos termos dos 88 4 e 6 do art 461 do CPC Tratando se de san o de natureza processual n o haver limite de incid ncia da multa di ria que venha a ser estip
82. DEN ZIO PEREIRA 02 VALDIR OLIVEIRA ARA JO 03 EDICARLOS FERREIRA SANTOS 04 ANDR IA ALMEIDA ASSUN O 05 LEILA RIBEIRO RODRIGUES 06 F BIO FERREIRA GON ALVES 07 MARLI ALVES DE JESUS 08 CLAUDINEY DE ARA JO PEREIRA 09 FERNANDO SANTOS PEREIRA 10 LOURIVAL SOARES RIBEIRO 11 AILTON VELOSO DA SILVA 12 LU S VENCESLAU BATISTA DA SILVA 13 e GILSON APARECIDO PEREIRA DE QUEIROZ 14 em face do SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS IND STRIAS DE FIA O E TECELAGEM DE MONTES CLAROS e da COMPANHIA DE TECIDOS DO NORTE DE MINAS COTEMINAS para reconhecer e declarar a nulidade das elei es realizadas pelo sindicato r u em junho 2006 e determinar o afastamento dos membros eleitos naquele pleito II determinar que no prazo de 15 quinze dias o Presidente em exerc cio mandato residual convoque Assembl ia Geral Extraordin ria para constitui o de uma Junta Governativa Provis ria nos exatos termos do disposto na letra a do item 2 10 III determinar que seja deflagrado novo processo eleitoral para realiza o de elei es sindicais no prazo m ximo de 90 noventa dias de conformidade com o disposto na letra b item 2 10 IV assentar que os autores encontram se habilitados como pr candidatos s elei es sindicais gozando da prote o contra o despedimento nos precisos termos do disposto na letra c item 2 10 V ratificar a ordem de reintegra o nos respectiv
83. Declara o autor que a 1 reclamada foi adquirida pelas 2 e 3 reclamadas o que caracteriza sucess o de empregadores Contesta a 1 reclamada aduzindo que n o procede o pedido de condena o solid ria ou subsidi ria da empresa VARIGLOG uma vez que esta adquiriu parte da 1 reclamada mas n o o seu passivo trabalhista As 2 e 3 reclamadas afirmam que n o s o respons veis porque n o houve caracteriza o de responsabilidade solid ria ou subsidi ria ou ainda da sucess o de empregadores e que na recupera o judicial prevista na Lei n 11 101 2005 n o se verificam quaisquer das hip teses retroelencadas que os dispositivos constantes na referida Lei sobrep em se aos mandamentos da CLT haja vista tratar se de normas especiais aplic veis ao processo de 557 recupera o que o reclamante n o prestou servi os s 2 e 3 reclamadas que n o h grupo econ mico entre estas e a 1 r que os ativos da 1 reclamada foram adquiridos e produziram os devidos frutos a esta para que houvesse a regular quita o de seus d bitos que a unidade produtiva adquirida pelas 2 e 3 r s praticamente n o subtraiu qualquer ativo da 1 reclamada A an lise desse pedido deve ocorrer sob a tica da Lein 11 101 2005 Nova Lei de Fal ncias e Recupera o de Empresas e sob dos princ pios e normas que regem o Direito do Trabalho Ao lado do Princ pio da Prote o o Princ pio da Continuidade da Re
84. E EST TICOS O 2 reclamado sustenta que o reclamante abandonou o servi o Acrescenta que o reclamante agiu com imprud ncia ou neglig ncia resultando de seu pr prio comportamento a perda da vis o do olho esquerdo Sem raz o O alegado abandono de servi o n o foi comprovado nos autos art 818 da CLT c c art 333 II do CPC Por outro lado h prova cabal do acidente de trabalho e dos demais elementos que ensejam a responsabiliza o do empregador No dia 08 04 2003 s 16 30 horas ao quebrar pedras com a marreta o reclamante teve seu olho atingido por uma lasca de pedra Realizada a prova t cnica laudo pericial de f 102 111 o Perito do Ju zo constatou 1 a perda da vis o do olho esquerdo por traumatismo em acidente de trabalho nexo causal 2 incapacidade parcial do reclamante 3 culpa do empregador Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 484 pelo n o cumprimento no disposto na NR 06 a saber a Adquirir o tipo adequado de EPI atividade do empregado b Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado c Tornar obrigat rio o seu uso Diante do exposto nos termos do art 7 XXVIII da Constitui o da Rep blica e art 189 caput do C digo Civil de 2002 o empregador responde pelos danos sofridos pelo empregado Relativamente ao valor da indeniza o por danos morais e est ticos nada a reparar O valor fixado pelo Ju zo de 1 Grau
85. ES na A O DE OPOSI O proposta em face de MARIA DE LOURDES FREITAS LIMA e M RIO YOLETTE FREITAS CARNEIRO para declarar que o dom nio do im vel em lit gio pertence aos oponentes na propor o do cr dito trabalhista de cada um em face do segundo oposto conforme consta dos autos da carta precat ria n 90092 02 00 julgar improcedente o pedido formulado por MARIA DE LOURDES FREITAS LIMA na A O DE USUCAPI O proposta em face de M RIO YOLETTE FREITAS CARNEIRO condenando a autora e o r u desta ltima a pagarem multa de 1 e indeniza o de 20 por litig ncia de m f ambas calculadas sobre o valor da causa em favor dos oponentes Fixo o valor da causa em R 130 000 00 Defiro aos oponentes e primeira oposta autora da a o de usucapi o os benef cios da assist ncia judici ria gratuita o que n o abrange os efeitos da litiga o de m f Custas por MARIA DE LOURDES FREITAS LIMA que fica isenta do recolhimento e por M RIO YOLETTE FREITAS CARNEIRO no importe de R 2 600 00 calculadas sobre R 130 000 00 valor fixado para a causa Cientes as partes S mula n 197 do TST Encerrou se a audi ncia ATA DE AUDI NCIA PROCESSO N 00176 2007 063 03 00 2 Data 09 03 2007 DECIS O DA VARA DO TRABALHO DE ITUIUTABA MG Juiz Substituto Dr ALEXANDRE CHIBANTE MARTINS Aos nove dias do m s de mar o de dois mil e sete o Dr Alexandre Chibante Martins Juiz Federal do Trabalho Substituto t
86. FGTS em nome da autora Il CONCLUS O Do exposto DECIDO na a o ajuizada por JULIANA ROBERTI em face de ROSCH ADMINISTRADORA DE SERVI OS E INFORM TICA LTDA COOPERATIVA DOS PROFISSIONAIS DE SERVI OS M LTIPLOS COOPSERVI O LITORAL NORTE SERVICE EMPREENDIMENTOS LTDA e CAIXA ECON MICA FEDERAL 1 rejeitar as preliminares de arquivamento por aus ncia de liquida o de pedidos in pcia da inicial litispend ncia ilegitimidade passiva ad causam impossibilidade de litiscons rcio passivo impossibilidade jur dica do pedido e car ncia de a o 2 autorizar a dedu o 3 aplicar 1 reclamada a pena de confiss o ficta abrangente da mat ria f tica existente nos autos 4 aplicar s 1 2 e 3 Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 reclamadas a pena de confiss o a teor do art 358 III c c art 359 Il ambos do CPC 5 reconhecer o v nculo de emprego entre reclamante e 2 reclamada no per odo de 31 08 01 a 28 05 03 6 aplicar a prescri o bienal e declarar prescritos eventuais direitos pleiteados na exordial em rela o ao contrato de emprego firmado entre reclamante e 2 reclamada exce o da pretens o relativa s anota es da CTPS que se revela de car ter declarat rio para fins de prova junto Previd ncia Social 8 1 do art 11 da CLT 7 declarar prescritos eventuais direitos pleiteados na exordial cuja exigibil
87. GTS 01 12 de 13 sal rio 2006 e 01 12 de f rias 2006 1 3 indeniza o por danos morais no valor de R 16 536 00 Incidem juros de 1 ao m s sobre todas as parcelas apuradas em liquida o de senten a n o capitalizados pro rata die na forma da Lei n 8 177 91 e corre o monet ria com base no ndice do m s subsequente ao trabalhado nos termos do artigo 459 da CLT e da S mula n 381 do C TST Deferem se reclamante os benef cios da justi a gratuita Custas pela reclamada no importe de R 420 00 calculadas sobre R 21 000 00 valor arbitrado condena o INTIMEM SE as Encerrou se partes Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 552 ATA DE AUDI NCIA PROCESSO N 01562 2006 092 03 00 6 Data 26 03 2007 DECIS O DA VARA DO TRABALHO DE PEDRO LEOPOLDO MG Juiz Substituto Dr CL UDIO ANT NIO FREITAS DELLI ZOTTI No dia 26 do m s de mar o do ano de 2007 s 17h59min na sede da VARA DO TRABALHO DE PEDRO LEOPOLDO MG sob o exerc cio jurisdicional do MM Juiz do Trabalho Substituto CL UDIO ANT NIO FREITAS DELLI ZOTTI realizou se a audi ncia de julgamento da A O TRABALHISTA ajuizada por WALSON ARA JO MACIEL em face de VARIG S A VIA O RIO GRANDENSE A REO TRANSPORTES A REOS S A e VARIG LOG STICA S A Aberta a audi ncia por ordem do MM Juiz foram apregoadas as partes Partes ausentes Concilia o final prejudicada Vistos e
88. ICATO DOS TRABALHADORES NAS IND STRIAS DE FIA O E TECELAGEM DE MONTES CLAROS 01 e da COMPANHIA DE TECIDOS NORTE DE MINAS COTEMINAS 02 tamb m qualificados alegando em s ntese que s o empregados da empresa reclamada e integrantes da categoria representada pelo sindicato r u Afirmam que ap s tomarem conhecimento da publica o de edital comunicando a realiza o de elei es sindicais escrut nio agendado para o dia 12 06 2006 constitu ram a chapa denominada Chapa 02 promovendo o pedido de registro de candidatura em 10 05 2006 Aduzem que foram notificados no dia 18 05 2006 para complementarem a documenta o de registro e no mesmo dia atenderam determina o da entidade sindical Ressaltam que o pedido de registro da chapa foi indeferido e concomitantemente a empresa COTEMINAS demitiu onze dos dezesseis integrantes da Chapa 02 Alegam que nunca houve por parte do sindicato r u interesse em haver concorr ncia administra o do mesmo sendo que os diretores atuais s o os mesmos h mais de vinte anos Relatam que ao serem admitidos pela COTEMINAS procuraram o sindicato para se associarem sendo informados que a associa o autom tica bastando serem contratados pela empresa para integrarem o seu quadro de associados tanto assim que nos seus vencimentos j viria o desconto da taxa assistencial sob a rubrica de Contribui o Confederativa Rev T
89. Jos Ten rio n o tinha contato com os trabalhadores sendo que quando ele ia na r fazia reuni es com o gerente da mesma que isso ocorria na poca de negocia es Por fim disse a terceira testemunha que ap s sua demiss o o autor foi alvo de chacotas visto que o presidente do sindicato candidato reelei o era ex empreiteiro da r indicado da r que na diretoria do Sr Jos Ten rio h empregados da r indicados por esta que a comiss o eleitoral do sindicato era integrada por empregados da r com cargos administrativos os quais indeferiram o registro da chapa do autor embora ela preenchesse a todos os requisitos do regimento interno do sindicato Ora trata se de uma situa o grav ssima O presidente de um sindicato em parceria com a principal Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 542 empresa da cidade de Serra dos Aimor s utilizou se da estrutura patronal para conservar o elo que sufoca interesses e direitos da categoria profissional A dispensa de um empregado nas condi es relatadas pelas testemunhas representa uma verdadeira viol ncia aos princ pios elementares que regem a liberdade sindical protegida por nossa Carta Maior diplomas internacionais e legisla o infraconstitucional Em pleno s culo XXI inadmiss vel qualquer postura dessa natureza por uma empresa do porte da DASA Todavia afora uma estranheza ini
90. O TRABALHO DE BELO HORIZONTE MG Juiz Substituto Dr NELSON HENRIQUE REZENDE PEREIRA Aos vinte e nove dias do m s de mar o do ano dois mil e sete s 16h07min na sala de sess es da 26 Vara do Trabalho em sua sede na Rua Goitacases n 1475 13 andar Belo Horizonte MG sob a titularidade do Juiz do Trabalho Substituto NELSON HENRIQUE REZENDE PEREIRA realizou se a audi ncia para julgamento do processo em ep grafe em que s o partes RENATA JUNQUEIRA DE MELO reclamante e SHISHINDO MANDALA SPA ZEN reclamado Submetido o processo a julgamento proferiu se a seguinte SENTEN A RELAT RIO RENATA JUNQUEIRA DE MELO qualificada nos autos ajuizou reclama o trabalhista em face de SHISHINDO MANDALA SPA ZEN alegando em resumo que trabalhava como turism loga na BBTUR Viagens e Turismo Ltda desde abril de 2006 percebendo como ltima remunera o a import ncia de R 1 378 00 em 05 09 06 pediu demiss o na referida empresa em face de proposta de emprego feita pela reclamada o novo emprego teria in cio em 07 09 06 na cidade de Campinas no dia 06 09 06 recebeu mensagem da reclamada informando que sua contrata o estava cancelada por motivo de problemas financeiros Entende que houve no caso danos materiais e morais gerados pela conduta da reclamada Formulou pedidos elencados s f 16 17 Apresentou documentos de f 18 28 declara o f 29 e procura o f 30 Em audi ncia f 35 a reclamada apre
91. OS PROFISSIONAIS DE SERVI OS M LTIPLOS COOPSERVI O LITORAL NORTE SERVICE EMPREENDIMENTOS LTDA e CAIXA ECON MICA FEDERAL Aberta a audi ncia foram apregoadas as partes Ausentes Em seguida foi proferida a seguinte DECIS O I RELAT RIO JULIANA ROBERTI qualificada f 03 ajuizou a o trabalhista inciso XXIX do art 7 da CR 88 em face de ROSCH ADMINISTRADORA DE SERVI OS E INFORM TICA LTDA COOPERATIVA DOS PROFISSIONAIS DE SERVI OS M LTIPLOS COOPSERVI O LITORAL NORTE SERVICE EMPREENDIMENTOS LTDA e CAIXAECON MICAFEDERAL dizendo em s ntese que prestou servi os exclusivamente em atividades fim da 4 r atrav s das demais reclamadas havendo unicidade contratual que houve sucess o empresarial que existiu fraude no per odo da Cooperativa que exerceu fun o id ntica a dos funcion rios banc rios da 4 r Informa jornada e pede horas extras Pedidos s f 19 23 Anexou documentos e instrumento de mandato Atribuiu causa o valor de R 20 000 00 Inconciliados Regularmente notificadas somente a 1 reclamada n o apresentou defesa Preliminarmente arg em as reclamadas impossibilidade de Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 litiscons rcio passivo impossibilidade jur dica dos pedidos in pcia da inicial litispend ncia ilegitimidade passiva car ncia de a o e aus ncia de liquida o de pedidos Dizem que os pedidos da
92. a o de fazer a CTPS do reclamante para fazer constar como data de sa da o dia 30 de agosto de 2006 A CTPS do reclamante dever ser anotada em 05 cinco dias ap s o tr nsito em julgado desta decis o sob pena de faz lo a Secretaria da Vara CLT art 39 8 1 A fundamenta o acima parte integrante deste dispositivo INDEFERE SE a antecipa o de tutela pretendida em face da perda de seu objeto cumprimento espont neo pelas reclamadas INDEFERE SE o pedido de compensa o A liquida o ser realizada por c lculos e observar o per odo imprescrito o real sal rio do reclamante acrescido do adicional de periculosidade deferido acima a evolu o salarial do autor e os valores depositados em sua conta vinculada e j sacados por ele Defere se o benef cio da justi a gratuita ao reclamante Os juros e corre o monet ria incidir o conforme o disposto nos arts 459 par grafo nico e 883 da CLT art 39 da Lei n 8 177 91 Lei n 10 192 01 S mulas n 200 e 381 do TST OJ n 302 da SDI I do TST e S mula n 1 do TRT da 3 Regi o Os descontos fiscais e previdenci rios dever o ser recolhidos e comprovados pelas reclamadas na forma do art 28 da Lein 8 212 91 art Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 570 46 da Lei n 8 541 92 do Decreto n 3 000 99 dos arts 198 201 e segs e 276 do Decreto n 3 048 99 da Consolida o d
93. a a o CLT art 883 e incidem sobre o montante total corrigido S mula n 200 do TST 2 14 Justi a gratuita A declara o de pobreza firmada pelos reclamantes atrav s de seu procurador autoriza o deferimento da gratuidade de justi a Atendidas s exig ncias legais concede se aos autores a benesse para isent los do pagamento das custas processuais 8 3 do artigo 790 da CLT 2 15 Honor rios advocat cios A presente a o versa sobre lide sindical mat ria submetida aprecia o desta Especializada em virtude da nova compet ncia da Justi a do Trabalho Emenda Constitucional n 45 2004 Disp e o artigo 5 da Instru o Normativa n 27 do TST que Exceto nas lides decorrentes da rela o de emprego os honor rios advocat cios s o devidos pela mera sucumb ncia Devidos portanto os honor rios advocat cios pelo sindicato r u em favor dos requerentes calculados base de 10 do valor fixado causa nesta senten a Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 464 3 CONCLUS O Por esses fundamentos que ficam fazendo parte integrante deste dispositivo resolve o Ju zo da 3 Vara do Trabalho de Montes Claros MG julgar PROCEDENTES EM PARTE os pedidos formulados na presente a o anulat ria de elei o sindical c c a o declarat ria de validade de registro de chapa proposta por LUC DIO BARBOSA NETO 01 RENATO A
94. a condena o em R 7 000 00 sobre o qual a reclamada pagar as custas no importe de R 140 00 Oficie se ao INSS dando lhe ci ncia do inteiro teor desta decis o ap s o tr nsito em julgado para que tome as provid ncias cab veis relativamente empresa ante a n o comunica o da ocorr ncia do sinistro ocorrido com a autora Intimem se as partes ATA DE AUDI NCIA PROCESSO N 00739 2006 063 03 00 1 Data 26 02 2007 DECIS O DA VARA DO TRABALHO DE ITUIUTABA MG Posto Avan ado de Iturama MG Juiz Substituto Dr MARCEL LOPES MACHADO Aos 26 de fevereiro de 2007 s 16h50min na sede do Posto Avan ado de Iturama MG na presen a do Dr Marcel Lopes Machado Juiz do Trabalho Substituto foi aberta a audi ncia de julgamento da a o de indeniza o proposta por Elmo Leal de Alem o em face de Friboi Ltda Aberta a audi ncia Apregoadas as partes ausentes Submetido o processo a julgamento foi proferida a seguinte decis o l RELAT RIO Elmo Leal de Alem o ajuizou a o de indeniza o em face de Friboi Ltda alegando admitido em 19 04 1994 para trabalhar na fun o de lombador com o decorrer dos anos sofreu problemas em sua sa de relacionados ao trabalho foi aposentado por invalidez estando incapacitado para o trabalho n o gozava da folga de 20 minutos a cada 01 hora e 40 minutos trabalhados Formulou os pedidos de indeniza o por danos morais materiais e est ticos e hor
95. a estabilidade provis ria A reclamada dever comprovar nos autos no prazo de 48 quarenta e oito horas a reintegra o dos requerentes dispensados determinada s f 165 167 temporariamente suspensa por for a de liminar concedida no mandamus e finalmente restaurada no julgamento final da a o de seguran a sob pena de pagamento de multa di ria de R 50 00 por cada requerente n o reintegrado que se reverter em proveito dos mesmos Por ltimo vale lembrar reclamada que a liberdade sindical nas suas m ltiplas acep es constitui valor protegido pela Constitui o Federal no seu artigo 8 e que para tornar efetivo o exerc cio desse direito subjetivo e o eficaz desenvolvimento da atividade sindical o ordenamento jur dico repele energicamente os atos ou condutas que possam caracterizar se como anti sindicais 2 12 Of cio ao MPT Tendo em vista as irregularidades constatadas nestes autos conveniente a 463 expedi o de of cio ao Minist rio P blico do Trabalho com c pia desta senten a para ci ncia e provid ncias que entender cab veis o que fica determinado 2 13 Juros e corre o monet ria Os valores decorrentes desta condena o ser o corrigidos pelos ndices de atualiza o monet ria a partir do primeiro dia do m s subsequente ao do d bito na forma da S mula n 381 do TST Os juros de mora 1 ao m s n o capitalizado s o devidos a partir do ajuizamento d
96. a ilegitimidade passiva ad causam a incid ncia da prescri o quinguenal e impugna os pedidos conforme raz es que explicita Colacionou documentos Manifestou se a autora sobre a defesa e sobre os documentos juntados pela requerida s f 65 66 O laudo pericial e os respectivos esclarecimentos encontram se s f 106 115 136 140 e 153 157 sobre os quais as litigantes se manifestaram oportunamente As partes compareceram audi ncia de instru o em prosseguimento Infrut feros os conciliat rios Converteu se o julgamento em dilig ncia para determinar se a realiza o de nova per cia m dica cujo laudo encontra se s f 181 199 Sobre o trabalho da expert manifestaram se as partes em lit gio oportunamente Encerrada a instru o processual os autos vieram conclusos para julgamento Tudo visto e examinado esfor os I DECIS O FUNDAMENTOS DA II I Da in pcia da inicial Os fatos est o satisfatoriamente descritos na pe a de ingresso em breve relato com pedidos certos e determinados o suficiente para o deslinde da controv rsia consoante preceitua o 1 do artigo 840 da CLT Por fim a demandada defendeu se plena e satisfatoriamente tendo se utilizado inclusive do princ pio da eventualidade Afasta se portanto a preliminar aventada na pe a de defesa Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 ILII Da ilegitimidade passiva a
97. a natureza contratual do seguro de acidente do trabalho para um sistema de seguro social de solidariedade mais ampla cujos benef cios s o concedidos ao acidentado independentemente da prova da culpa j que o trabalho de certa forma implica riscos Demais n o se deve esquecer de que o trabalhador tamb m contribui para a Previd ncia Social e a empresa paga um percentual a mais para financiar os benef cios acident rios O seguro social obrigat rio entretanto n o exime o empregador do dever de dilig ncia de garantir o direito ao ambiente de trabalho saud vel e redu o dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sa de higiene e seguran a Assim quando o empregador descuidado dos seus deveres concorrer para o evento do acidente com dolo ou culpa por a o ou omiss o fica caracterizado o ato il cito gerando o direito repara o de natureza civil independente da cobertura acident ria A rigor a causa do acidente nessa hip tese n o decorre do trabalho mas do Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 528 descumprimento dos deveres legais atribu dos ao empregador INDENIZA O POR DANOS MATERIAIS E MORAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DO TRABALHO Atualmente est pacificada a controv rsia sobre o cabimento da repara o civil independentemente da indeniza o acident ria a cargo da Previd ncia Social Desde o Decreto lei n 7
98. a o munic pio Em princ pio a condi o de filiado exsurge da inscri o formal do trabalhador no quadro de associado do sindicato Para tanto prev o Estatuto em seu art 3 inciso IV a exist ncia no sindicato de um controle destinado ao registro de associados onde dever o constar todos os dados necess rios quais sejam a n mero de inscri o b nome data de nascimento estado civil nacionalidade profiss o fun o n mero e s rie da CTPS empresa onde trabalha data de admiss o etc c Munic pio onde exerce a profiss o f 37 Entretanto no caso em exame imp e se pesquisar se de fato havia esse controle de associados ou se como alegado na inicial a associa o autom tica bastando serem contratados pela empresa de fia o e tecelagem para integrarem o quadro de associados Esta a quest o nodal a ser enfrentada certo que a entidade sindical bateu veementemente contra as alega es obreiras invocando o artigo 3 da Conven o n 87 da OIT e o livre exerc cio do direito sindical Todavia no que concerne liberdade sindical cumpre registrar que a autonomia dos sindicatos tem a ver com a liberdade frente ao Estado mas n o como poder concorrente e sim como direito de n o submiss o ficando a salvo pois de Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 qualquer inger ncia em sua administra o ou interven
99. a preliminar Il Do m rito A Da solidariedade e da subsidiariedade O reclamante pugna pela declara o de subsidiariedade ou de solidariedade em face da 2 reclamada j que era ela a tomadora de servi os da 1 reclamada esta prestadora dos servi os de vigil ncia menciona o item IV da S mula n 331 do C TST A 22 reclamada refuta quaisquer Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 responsabilidades em cr ditos pretendidos pelo reclamante afirmando que ele n o era seu empregado e que a 12 reclamada foi contratada para a execu o de servi os de vigil ncia e de seguran a sendo l cita a contrata o de terceiros para tal fim De fato a contrata o de terceiros no caso uma empresa de vigil ncia e seguran a patrimoniais nada tem de irregular pelo menos no caso em tela aplica o do item III da S mula n 331 do C TST Essa verdadeiramente n o a quest o A quest o se a 2 reclamada responder subsidiariamente ou solidariamente em eventual condena o da 1 reclamada a pagar ao reclamante seus pedidos ou alguns deles O contrato entre as 1 e 2 reclamadas encontra se s f 58 63 Preciosa li o nos dada pelo i Magistrado desta 3 Regi o MM Juiz Dr Mauricio Godinho Delgado Ineg vel a emerg ncia da figura em contextos de frustra o de cr ditos trabalhistas por empresas contratadas por outras na din mica empr
100. a simula o O sr M rio Yolette j dava por perdida a sua propriedade para seus credores trabalhistas quando teve a brilhante id ia de tentar safar se da expropria o do bem colocando sua idosa m e como autora de uma usucapi o da qual vale frisar ela afirma que sequer tinha conhecimento sob a question vel alega o de posse mansa pac fica ininterrupta e incontestada do im vel h 31 anos vide f 05 Ora se a primeira oposta alguma vez residiu no im vel o que n o pac fico visto que ela mesma cuidou de juntar aos autos documentos relativos de seu benef cio previdenci rio no qual consta ser domiciliada em Belo Horizonte vide f 93 o fez porque seu filho M rio Yolette permitiu na condi o de dependente jamais com a inten o Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 468 de permitir que se tornasse propriet ria Vista assim a quest o a primeira oposta e autora da a o de usucapi o det m apenas a denominada posse prec ria sem animus domini o que n o conduz a usucapi o Orlando Gomes ao tratar do tema esclarece que a posse que conduz usucapi o deve ser exercida com animus domini mansa e pacificamente cont nua e publicamente E continua a O animus domini precisa ser frisado para de logo afastar a possibilidade de usucapi o dos f mulos da posse b A posse deve ser mansa e pac fica isto ex
101. ade sendo que a demiss o destes nada mais traduz que o leg timo poder diretivo empres rio Reafirma que os requerentes n o possu am legitimidade para concorrerem s elei es realizadas em 12 junho 2006 Traz cola o o inteiro teor da decis o proferida no mandado de seguran a e pugna pela improced ncia dos pedidos Junta documentos carta de preposi o e procura o f 352 440 Atendendo determina o contida na ata de f 309 a empresa r apresentou os documentos de f 443 1393 O sindicato requerido juntou os documentos de f 1396 1638 Instado a manifestar se acerca das contesta es e documentos o autor pronunciou se na forma da peti o de f 1640 1646 A empresa COTEMINAS apresentou novos documentos que com a concord ncia das partes foram deixados sob a guarda da Sr Diretora de Secretaria da Vara nos termos do despacho de f 1664 1665 e certid o de f 1666 Colheu se o depoimento do Presidente do sindicato requerido e Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 452 foram inquiridas 03 tr s testemunhas a rogo dos reclamantes f 1680 1682 Sem outras provas a serem produzidas encerrou se a instru o processual f 1682 Renovada sem xito a proposta conciliat ria Como autorizado a empresa r apresentou memoriais escritos f 1686 os requerentes s f 1688 1695 e o sindicato requerido s f 1696 1704 carrea
102. amante acompanhado por seu procurador e as reclamadas atrav s de prepostos e advogados A 1 reclamada reconheceu a proced ncia de parte dos pedidos do autor Colhido o depoimento do preposto da 1 r Ap s as partes declararam que n o pretendiam produzir outras provas e requereram o encerramento da instru o processual o que foi deferido Instru o processual encerrada f 432 Raz es finais orais pelas partes Frustradas as tentativas de concilia o o RELAT RIO Decide se FUNDAMENTOS Preliminares 1 Da incompet ncia absoluta da Justi a do Trabalho Arg em as reclamadas a preliminar de incompet ncia absoluta desta Justi a Especializada sob o argumento de que se encontra em tr mite perante a douta 8 Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro RJ procedimento de recupera o judicial e que esta Vara do Trabalho n o possui compet ncia para processar a presente reclama o trabalhista Ademais afirmam que as decis es a serem emanadas deste ju zo podem colocar em risco o desenvolvimento do plano de recupera o acima referido Raz o n o lhes assiste A compet ncia material se define pelo pedido e pela causa de pedir Considerando que os pedidos formulados pelo autor s o pr prios da legisla o trabalhista n o h como acolher a presente preliminar A compet ncia material fixada pela natureza das pretens es deduzidas em ju zo declara o de responsabilidade s
103. an jun 2007 502 apartadas pelas r s ambas acompanhadas de documentos A primeira r aduziu preliminar de in pcia da exordial por n o se ter demonstrado os requisitos contidos no inciso Ill do art 801 do CPC na medida em que n o se teria indicado a lide principal a ser proposta Aduz ainda preliminar de ilegitimidade passiva ad causam j que o tratamento m dico hospitalar caberia ao SUS ante a sua responsabilidade pelo pagamento por parte da empregadora do seguro acidente Observa que a r contratou a PRONTOMED LTDA plano de sa de no valor convencionado sem que houvesse imposi o ou especifica o de que fosse a r obrigada a promover a cobertura a t tulo de acidente do trabalho Alega que cumpre suas obriga es pertinentes ao PCMSO Apresenta tese no sentido de que o legislador brasileiro teria adotado pol tica no sentido de que a responsabilidade pelo infort nio correria pela Previd ncia Social Requer assim que o processo seja extinto sem julgamento do m rito com responsabiliza o do autor pelo pagamento das despesas No m rito alega que haveria m f do autor Que a CAT foi emitida em 04 06 2006 e que o autor foi atendido no dia do acidente contudo a cirurgia foi feita de forma eletiva para 7 dias posteriores o que n o se considera mais como emerg ncia ou urg ncia Procedeu se conforme contrato e inexiste cobertura pois a responsabilidade seria do SUS Ratifica que os fatos r
104. apa de oposi o tr s op es desistir da candidatura pedir demiss o ou ser dispensado que o reclamante e o vice presidente da sua chapa foram dispensados que os demais desistiram da candidatura que o Sr Jos Ten rio possuiu empresa que fornecia m o de obra para a r que o depoente trabalhava para essa empresa prestando servi os nas depend ncias da r que o fato relativo demiss o do autor foi muito noticiado em Serra dos Aimor s sendo que os empregados da r ficavam ca oando do reclamante que ap s esses fatos o depoente foi na casa do autor e constatou que o mesmo se encontrava deprimido e sem nimo para procurar outro trabalho que ap s esses fatos o reclamante n o conseguiu outro emprego na regi o que ouviu dizer que o reclamante n o conseguiu emprego por influ ncia do Sr Jos Ten rio e do gerente da reclamada Sr Luciano Oliveira Junior que o depoente se encontrava nas depend ncias da r quando o autor registrou sua 541 chapa que o emprego na regi o de Nanuque e Serra dos Aimor s dif cil de conseguir que n o ocorreu a elei o ante a impugna o da chapa do autor que sempre via o Sr Jos Ten rio em contato com o gerente geral cerca de 01 vez por semana Os demais depoimentos testemunhais foram nesse mesmo sentido A segunda testemunha acrescentou tamb m que o Sr Jos Ten rio n o era empregado da r mas sim presidente do sindicato que o Sr
105. aplic vel altera se o valor da causa para R 30 000 00 para todos os fins e efeitos 2 4 Ilegitimidade ativa ad causam Arg i o sindicato r u a ilegitimidade dos autores para a propositura da presente a o ao argumento de que nunca foram inscritos como associados e j n o mais pertencem categoria profissional representada uma vez que tiveram consolidado o processo demissional Sem raz o o defendente A discuss o a respeito da filia o dos autores e das dispensas efetivadas pela empresa r constitui o cerne da controv rsia raz o pela qual tais quest es n o configuram mat ria de ordem processual que deva ser aferida em sede de preliminar Trata se isso sim de quest o relacionada com o m rito da demanda para onde se remete o seu exame Registre se que todas as condi es da a o encontram se presentes no processado as partes na rela o processual coincidem com os Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 titulares da rela o jur dica litigiosa os pedidos formulados na exordial t m previs o no ordenamento jur dico p trio o interesse processual se mostra evidenciado pela resist ncia oposta pretens o dos autores Rejeita se a preliminar em destaque 2 5 Considera es iniciais Oportuno trazer cola o parte das raz es de decidir consignadas na decis o de f 165 167 que motivaram a concess o de liminar d
106. ar por determinado per odo ou pedir desligamento definitivo N o se cogita de equipara o salarial em caso de cooperativa at porque n o houve indica o de paradigma A segunda r deve ser exclu da da lide n o foi empregadora jamais fiscalizou o trabalho mas apenas a entrega do produto final A jornada de trabalho era fixada pelos pr prios cooperados levando se em conta o trabalho que tinham de executar e entregar Asegunda r Amsted defendeu se para pedir que fosse decretada a car ncia de a o Jamais foi empregadora do reclamante ou agiu como tal N o dirigia a presta o laboral t o somente a entrega do produto final objeto de contrato com a primeira r Produzida vasta prova documental pelas partes Inconcili veis Isso posto O reclamante n o carecedor de a o simplesmente pelo fato de a defesa da segunda r alegar aus ncia de v nculo de emprego com ele A proced ncia ou n o do pedido nada tem a ver com a car ncia de a o Todos os pressupostos para o ajuizamento da a o est o presentes e se o reclamante tem ou n o raz o no que pede a decis o de m rito o dir A prova documental produzida nos autos pelas partes muito rica rica o suficiente para demonstrar ao julgador a realidade dos fatos narrados ou contestados Isso aliado s pr prias alega es das partes postas na inicial e nas defesas No entanto como requerido pelas partes a prova oral foi regularment
107. aram A O DE OPOSI O em face de MARIA DE LOURDES FREITAS LIMA Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 466 e M RIO YOLETTE FREITAS CARNEIRO alegando em suma que o objetivo da a o de usucapi o uma tentativa do segundo oposto de manter a propriedade do im vel impedindo que os oponentes tenham seus direitos trabalhistas atendidos consoante raz es expendidas s f 303 306 Juntaram documentos e procura es Deram causa o valor de R 130 000 00 Em sua defesa a primeira oposta s f 335 340 aduziu litiscons rcio necess rio litig ncia de m f e pugnando pela improced ncia da oposi o Os oponentes manifestaram se s f 344 346 juntando os documentos de f 347 350 O segundo oposto apresentou defesa da oposi o s f 359 360 sobre a qual os oponentes se manifestaram s f 361 362 juntando os documentos de f 363 369 Na audi ncia em prosseguimento foi determinada a reuni o dos autos das a es de usucapi o e de oposi o e sem outras provas a produzir encerrou se a instru o processual frustrados os derradeiros esfor os conciliat rios Il FUNDAMENTOS Com vistas ao ordenamento do julgado ser objeto de exame em primeiro lugar a a o de oposi o conforme determina o art 61 do C digo de Processo Civil 11 1 Oposi o 11 1 1 Litiscons rcio necess rio Os opostos afirmam ser obrigat ria a forma o de litis
108. argos alusivo ao tema em debate HORAS EXTRAS PER ODO DE ESPERA DO TRANSPORTE DA EMPRESA 497 A pretens o do Reclamante nos autos de pagamento como horas extras do per odo em que permanecia espera de condu o fornecida pela Empresa ao in cio e ao t rmino da jornada de trabalho O artigo 4 da CLT disp e Considera se como de servi o efetivo o per odo em que o empregado esteja disposi o do empregador aguardando ou executando ordens salvo disposi o especial expressamente consignada Da an lise do dispositivo legal transcrito fica claro que o per odo considerado como tempo disposi o do empregador e que integra a jornada de trabalho aquele em que o empregado permanece executando ordens ou aguardando instru es da empresa Na hip tese dos autos o Eg TRT de origem ao manter a improced ncia do pedido de horas extras consignou que o Reclamante permanecia aguardando condu o da Reclamada fornecida por for a de cl usula normativa mas n o executando ou aguardando ordens ac rd o regional f 335 Ademais conv m salientar que o empregado tem a faculdade de deixar o estabelecimento de trabalho logo ap s o t rmino da jornada tomando o destino que entender por bem e utilizando se do transporte que melhor lhe aprouver sem a obriga o ou necessidade de aguardar o ve culo da Reclamada Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 58
109. as por seu ua vi vo a ou filhos devam correr perante a justi a c vel que em tais hip teses a demanda tem natureza exclusivamente civil e n o h direitos pleiteados pelo trabalhador ou tampouco por pessoas na condi o de herdeiros ou sucessores destes direitos Os autores possuem direitos pr prios ausente rela o de trabalho entre estes e o r u CC n 54 210 RO DJ de 12 12 2005 Conflito conhecido e estabelecida a compet ncia da Justi a do Trabalho ora suscitante DJ 17 05 2007 p 197 CC 76953 SP CONFLITO DE COMPET NCIA 2006 0233738 0 Ministra NANCY ANDRIGHI S2 SEGUNDA SE O EMENTA CONTRATA O DE SEGURO DE VIDA PARA O TRABALHADOR CHAMAMENTO DA EMPRESA SEGURADORA AO PAGAMENTO COMPET NCIA DA JUSTI A DO TRABALHO A compet ncia desta Especializada se firmar sempre que a controv rsia estabelecida na demanda tiver origem na rela o de trabalho ou a natureza do conflito que Ihe tenha sido submetido se der entre empregado e empregador pouco importando que para sua solu o seja necess rio o enfrentamento de quest es prejudiciais que sejam disciplinadas por preceitos e princ pios de outros ramos do Direito as quais somente ser o decididas incidenter tantum Se a pretens o deduzida em Ju zo Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 vem calcada como esta em obriga o prevista no contrato de trabalho firma se a co
110. as n o havendo que se falar em compensa o DISPOSITIVO CONCLUS O Isso posto afastam se as preliminares de ilegitimidade de parte e in pcia da inicial e acolhem se em parte os pedidos formulados por Luciano Guimar es de Souza em face de Globalseg Vigil ncia e Seguran a Ltda condenando se a 1 reclamada com responsabilidade subsidi ria da 2 reclamada Laginha Agroindustrial S A nos termos da fundamenta o supra que passa a fazer parte integrante deste dispositivo a pagar ao reclamante ap s o tr nsito em julgado desta decis o as seguintes parcelas a uma hora extraordin ria di ria jornada 12X36 a t tulo de intervalo descanso refei o n o gozado com adicional convencional e dada a habitualidade e integra o na remunera o diferen as de aviso pr vio f rias mais 1 3 13 sal rio DSR e FGTS mais 40 Valores a serem apurados em posterior liquida o de senten a com juros nos moldes da S mula n 200 do C TST e corre o monet ria na forma da S mula n 381 do C TST A 2 reclamada responder subsidiariamente aos termos da presente condena o inclusive no pertinente s contribui es previdenci rias e ou tribut rias acaso devidas pela 1 reclamada objeto desta condena o e por esta n o quitadas Nos termos do Provimento n 01 99 da Douta Corregedoria do Eg TRT da 3 Regi o recolhimentos previdenci rios m s a m s pelas partes incidindo sobre as
111. as do Estado Democr tico de Direito cabendo ao juiz de qualquer grau determin la em nome do princ pio da legalidade Para o cumprimento da determina o legal o juiz oficiar os cart rios de registro de im veis Onde se encontrarem im veis registrados em nome da reclamada sobre eles incidir at o valor da execu o a hipoteca judici ria TRT 3 Regi o 4 T 00536 2005 043 03 00 0 RO Juiz Relator Ant nio lvares da Silva DJMG 13 05 2006 p 11 1 No mesmo sentido s o os seguintes ac rd os da 4 Turma RO 00689 2005 043 03 00 7 Juiz Relator Carlos Humberto Pinto Viana DJMG 25 02 2006 p 11 e RO 00955 2004 103 03 00 0 Juiz Relator Ant nio lvares da Silva DJMG 11 12 2004 p 14 Ainda o ac rd o da 1 Turma AP 1019 98 1 T Juiz Relator Eduardo Augusto Lobato DJMG 18 09 1998 p 03 Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 534 Dever a Secretaria nos termos do art 399 do CPC expedir of cio ao Cart rio de Registro de Im veis desta cidade para que seja registrado margem da s matr cula s do s im vel eis do s reclamado s o t tulo constitutivo da hipoteca judici ria conforme preceitua o art 167 2 da Lein 6 015 73 c c inciso Il do art 1 489 do CC 2002 e art 466 do CPC E Cumprimento da decis o Em sendo a efetividade da entrega da presta o jurisdicional garantia constitucional insc
112. as extras Atribuiu causa o valor de R 464 485 00 quatrocentos e sessenta e quatro mil quatrocentos e oitenta e cinco reais Juntou os docs de f 12 39 e procura o de f 40 Notificada a reclamada compareceu em audi ncia e apresentou defesa escrita contestou todos os fatos inerentes ao acidente do trabalho e sua atribui o de culpa houve a concess o dos 20 minutos de intervalo a cada 01 hora e 40 minutos trabalhados Juntou os docs de f 67 184 substabelecimento de f 185 carta de preposi o de f 186 e procura o de f 187 Quesitos periciais da reclamada s f 189 190 Manifesta o do reclamante s f 191 198 e quesitos periciais f 199 C pia do processo administrativo de concess o de benef cio aposentadoria por invalidez ao reclamante pelo INSS s f 209 241 C pias dos autos de infra o lavrados pelo MTE DRT s f 243 248 Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 Laudo pericial s f 259 265 com esclarecimentos s f 283 287 Em audi ncia de instru o ata de f 293 296 colheram se os depoimentos pessoais das partes e a oitiva de 02 duas testemunhas do reclamante e 01 uma da reclamada Convers o do julgamento em dilig ncia s f 297 300 Esclarecimentos periciais ao ju zo s f 304 306 Em audi ncia de encerramento da instru o ata de f 315 novos esclarecimentos periciais s partes Encerrada a instru o proc
113. as vezes pesados sabe se da rela o utilizando os ditos cooperados da primeira r preciso que se atente que quando se fala em prote o ao trabalho e n o simplesmente ao trabalhador como j dito aqui na verdade o que se tem em mente a prote o dignidade do pr prio ser humano Pois n o o trabalho que dignifica o homem Ent o as necessidades empresariais leiam se econ micas financeiras etc da primeira e da segunda r s n o podem se sobrepor dignidade dos trabalhadores que em prol delas d o o suor Muito menos se camufladas sob falsas vestes no caso uma cooperativa e uma tomadora de um servi o terceirizado Ent o de se declarar o v nculo de emprego entre o reclamante e a segunda r Amsted que dever registrar o contrato na carteira de trabalho observadas as datas fun es e sal rio indicados na inicial Declarada a exist ncia do v nculo de emprego imp e se a aprecia o dos pedidos formulados na inicial Ainda que se entendesse que o pedido de desligamento do reclamante na Cooperativa tivesse algum valor n o era cooperado como visto a colet nea de irregularidades praticadas por ambas as r s embora bastasse a tentativa de fraudar a aplica o da lei trabalhista constitui motivo suficiente para decretar se a rescis o contratual sem culpa do empregado Ent o as parcelas Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 r
114. atuais consoante explanado pelo expert s o compat veis com programa de reabilita o profissional 11 VI Dos danos morais N o h que se falar em indeniza o por danos morais na hip tese uma vez que luz do disposto no art 818 da CLT e inciso do art 333 do CPC n o restou evidenciada m cula honra imagem reputa o ou dignidade da autora H VII Da concess o dos benef cios da justi a gratuita Defere se ante a declara o de f 17 a qual se presume verdadeira m ngua de prova em sentido contr rio nos autos inciso LXXIV do art 5 da CR 88e 8 3 do art 790 da CLT I1 VIIl Dos honor rios periciais em favor do perito m dico Hermano Jos Onofre Pela reclamada no valor ora arbitrado de R 1 000 00 e corrigido na forma da OJ n 198 da SDI I do TST I1 1X Da expedi o de of cios Oficie se ao INSS consoante determinado na rubrica II I supra 521 Ill CONCLUS O Pelo exposto decreta se a nulidade da dispensa da autora estando o contrato de trabalho na hip tese suspenso e julga se procedente em parte o pedido formulado por NADIR JOS DE ASSIS FREITAS em face de D M A DISTRIBUIDORA S A para condenar esta ltima observando se estritamente os par metros tra ados na fundamenta o supra a qual integra este decisum ao pagamento de indeniza o por danos materiais no importe de R 5 000 00 quarenta e oito horas ap s a homologa o dos c lculos de
115. autonomia de vontade que pressup e elabora o de direitos e obriga es de ordem privada concernente s pessoas na forma primitivamente concebida pelo art 1 do CC de 1916 Diga se na forma primitivamente definida pelo C digo Civil de 1916 tendo em vista que acompanhando o desenvolvimento do ordenamento jur dico e das rela es sociais o C digo Civil vigente suprimiu a disposi o preliminar que estabelecia que este C digo regula os direitos e obriga es de ordem privada concernente s pessoas aos bens e s suas rela es O motivo simples Se antigamente havia n tida distin o entre esfera de rela es p blicas e privadas essa dicotomia tornou se cada vez mais t nue com o desenvolvimento dos direitos sociais e principalmente pelo desenvolvimento do pr prio Direito do Trabalho que j foi definido at mesmo como direito misto pela doutrina Por certo que o C digo Civil continua a regular as rela es privadas O que mudou foi a concep o que se mant m sobre o pr prio conceito de privado que hoje compromete se muito mais com a fun o social dos direitos e obriga es concernente s pessoas aos bens e s suas rela es do que em 1916 quando priorizava se a simples no o de autonomia Assim que o C digo Civil vigente traz disciplina de rela es jur dicas segundo dirigismo heter nomo 505 necess rio satisfa o da mencionada fun o social
116. b Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 Emenda n 12 PLEN A Emenda n 12 do Senador ARTHUR VIRG LIO que constitui reitera o da emenda apresentada pelo Senador RODOLFO TOURINHO Comiss o de Constitui o Justi a e Cidadania visa a modificar o par grafo nico do artigo 60 do Substitutivo para estabelecer a n o responsabiliza o do arrematante pelo passivo trabalhista nas vendas judiciais de empresas no mbito da recupera o judicial ou seja prop e o fim da sucess o trabalhista tamb m na recupera o judicial Nosso parecer pela rejei o da Emenda porque a exclus o da sucess o trabalhista na recupera o judicial pode dar margem a fraudes aos direitos dos trabalhadores e a comportamentos oportunistas por parte dos empres rios Al m disso preciso ressaltar que diferentemente do cr dito tribut rio protegido ao menos pela certid o negativa ou positiva com efeito de negativa para a concess o da recupera o judicial o cr dito trabalhista fica desguarnecido caso a empresa seja vendida e o valor apurado seja dissipado pela administra o da empresa em recupera o judicial j que n o h na recupera o judicial ao contr rio da fal ncia vincula o ou destina o espec fica desses valores 1 Dispon vel em www senado gov br 561 Portanto n o resta qualquer d vida de que a Lei n 11 101 2005 n o isenta o adquirente
117. balho relatada na prefacial Por outro lado n o h prova nos autos de labor em jornada de trabalho superior quela prevista na Carta Magna nus que incumbia reclamante nos termos do art 818 da CLT e inciso do art 333 do CPC Portanto rejeito o pedido de horas extras e reflexos respectivos 11 16 Anota o retifica o na CTPS Pelo exposto condeno a 2 reclamada a anotar a CTPS da autora ap s o passado em julgado desta senten a nos termos do art 29 da CLT para constar a data de admiss o em 31 08 01 e a data de sa da em 28 05 03 Para tanto ter o prazo de dez dias contado do recebimento da Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 580 notifica o espec fica a tal fim a ser expedida ap s o tr nsito em julgado desta decis o sob pena de multa di ria arts 461 4 e 644 do CPC de R 50 00 cinquenta reais em favor da autora at o limite de R 1 000 00 mil reais Ultrapassados trinta dias sem a respectiva retifica o na anota o da CTPS a Secretaria da Vara dever faz la nos termos do art 39 da CLT sem preju zo da cobran a da multa ora cominada A reclamante dever entregar sua CTPS na Secretaria da Vara no prazo de 5 dias ap s o tr nsito em julgado desta decis o independentemente de intima o para as devidas anota es 11 17 Imposto de renda N o se pode imputar s reclamadas a culpa pelo desconto de imp
118. briga o abusiva ao consumidor que em situa o presumida de car ncia de cuidados m dico hospitalares por uma situa o de urg ncia restaria desamparado em eventual interna o a partir da d cima segunda hora do atendimento inciso IV do art 51 do CDC Nesse sentido Seguro sa de Interna o de emerg ncia Cl usula abusiva Reconhecimento pelo ac rd o de nulidade de pleno direito Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 Dano moral 1 A negativa de cobertura de interna o de emerg ncia gera a obriga o de indenizar o dano moral da resultante considerando a severa repercuss o na esfera ntima do paciente j fr gil pela patologia aguda que o acometeu Processo DJ 20 02 2006 p 332 25 10 2005 Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO REsp 618290 DF RECURSO ESPECIAL 2003 0230122 7 TERCEIRA TURMA Assim a par da responsabilidade da primeira requerida por ter operado restri o n o autorizada em instrumento coletivo no contrato de assist ncia sa de h tamb m responsabilidade direta e contratual da segunda requerida a ser observada Portanto resta confirmada em sede de provimento definitivo a decis o liminar de f 51 54 que declara a responsabilidade solid ria das r s nos termos do par grafo nico do art 942 do CC 2002 pela realiza o de todos os exames de risco cir rgico consultas interna es procedimentos cir rgicos
119. carem risco imediato de vida ou de les es irrepar veis para o paciente benefici rio entendendo se para os fins deste contrato e nos termos da lei por emerg ncia todos aqueles casos que implicarem risco imediato de vida ou de les es irrepar veis para o paciente caracterizado por declara o do m dico assistente e por urg ncia todos aqueles casos resultantes de acidentes pessoais ou de complica es no processo gestacional Numa leitura teleol gica do referido dispositivo vertido ainda por um crit rio de dignidade da pessoa humana n o h como se acolher a possibilidade de se recusar a cobertura de hip tese de urg ncia declarada expressamente por m dico como a do caso em tela apenas em fun o da associa o da sua causa ao trabalho A cobertura de emerg ncia ou urg ncia assim incondicionada quanto a causa respeitando a prem ncia de prote o da vida e da integridade f sica Nem se diga que a urg ncia ou emerg ncia seria aquela que expiraria com o transcurso das doze primeiras horas de atendimento com a responsabilidade do paciente pela interna o subsequente na forma disposta pela cl usula 7 6 3 1 na medida em que esse termo do contrato nulo de pleno direito n o s pelo v cio de forma j que representa cl usula restritiva de direito que n o se encontra em destaque como exigido pelo 4 do art 54 da Lein 8 078 90 mas tamb m por v cio material j que impinge o
120. cia aplic vel A responsabilidade subsidi ria decorre do contrato mantido entre a empresa tomadora de servi os e a prestadora de servi os O tomador de m o de obra n o pode se esquivar da responsabilidade subsidi ria dos cr ditos trabalhistas devidos ao empregado sob argumento de que nenhuma norma legal o obriga Ac Un nime TRT 1 Reg 22 T RO 2607 96 Rel Ju za Am lia Valad o Lopes DO RJ 22 07 98 p 126 in Dicion rio de Decis es Trabalhistas Calheiros Bomfim Silv rio dos Santos Cristina Kaway Stamato 29 ed p 528 529 De tudo quanto se exp s observa se que n o houve Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 afronta ao art 5 incisos XXXV e XXXVI da Constitui o Federal ou a qualquer outro dispositivo constitucional e legal n o havendo falar em ilegalidade da r decis o recorrida A responsabiliza o por ato de terceiro est prevista em normas de direito civil e tratando se de direito do trabalho a sua incid ncia se d de forma mais contundente ainda eis que de fato n o se pode negar que a for a de trabalho despendida pelo trabalhador se reverteu ao final em favor da tomadora de servi os No que respeita ao primeiro preceito constitucional invocado no apelo est evidente submetida que est a mat ria aprecia o do Poder Judici rio n o h falar em afronta quele dispositivo Quanto ao segundo inciso invocado os
121. cial que possa parecer n o se configura no caso a estabilidade provis ria e consequentemente a reintegra o ou a indeniza o substitutiva eis que n o preenchidos os requisitos desse instituto A teor do 8 3 do art 543 da CLT s o requisitos indispens veis para a forma o da estabilidade o registro da sua candidatura a cargo de dire o ou representa o de entidade sindical ou de associa o profissional e a elei o do candidato inclusive como suplente De fato est claro que a reclamada com a participa o do sindicato trabalhou para impedir o registro da candidatura do empregado bice esse que at poderia ser superado em face desses motivos J a elei o do candidato esse um requisito que jamais poderemos saber se seria atendido ou n o visto que isso depende diretamente dos votos de cada empregado filiado Por outro lado com aquela postura inid nea por parte da r e do sindicato perfeitamente plaus vel entender pela supress o da possibilidade de vit ria do candidato e consequentemente extin o da sua poss vel estabilidade provis ria Se assim o instituto aplic vel hip tese o dos lucros cessantes cujos requisitos s o o evento danoso a culpa lato sensu da reclamada e o nexo causal entre os danos causados ao autor e a a o omiss o da reclamada todos eles presentes nos autos Em outras palavras a reclamada com aquela atitude deplor vel suprimiu do au
122. clareceu que como encarregado de turma o supervisor do depoente determinava que o mesmo fosse encaminhando os trabalhadores da se o aleatoriamente de 02 em 02 para a vota o Declarou que antes de votarem assinavam uma lista de presen a sendo que a chamada para vota o n o obedecia a qualquer listagem sendo que eram convocados para votar todos os presentes no setor de trabalho naquele dia Informou ainda que o supervisor de quem recebia ordens para encaminhar o pessoal para a vota o chama se Marcio Roberto Domingues f 1681 O depoimento da testemunha ROSSY SOARES DE MELO no mesmo sentido tendo afirmado que trabalhou na COTEMINAS de junho de 1995 a abril de 2006 sendo que j votou em 01 elei o sindical n o se recordando exatamente o ano mas se recorda de que foi pouco depois de come ar na empresa Esclareceu que poca havia 02 chapas concorrendo s elei es sendo uma encabe ada pelo Sr Vicente e a outra pelo Sr Zuba Afirmou a testemunha que nunca foi ao sindicato para filiar se entidade representativa da categoria Declarou ainda que j usufruiu dos servi os odontol gicos oferecidos pelo sindicato f 1681 1682 Tudo leva a crer que os requerentes foram mesmo induzidos a erro no que se refere desnecessidade de formaliza o do registro como associado do sindicato r u com o preenchimento de ficha de filia o A s
123. co dias ap s o tr nsito em julgado desta decis o sob pena de faz lo a Secretaria da Vara CLT art 39 8 1 9 Da tutela antecipada requerida pelo reclamante Considerando que a pretens o da tutela antecipada pedida consiste na entrega do TRCT ou na expedi o do competente alvar judicial para saque do FGTS depositado na conta vinculada Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 do reclamante est prejudicada a an lise dessa pretens o porque o reclamante declarou na audi ncia do dia 02 10 2006 que recebeu o TRCT e que sacou os valores do FGTS que estavam depositados ressalvando o direito de diferen as j postuladas no presente feito f 78 Essa declara o foi ratificada na audi ncia do dia 16 03 2007 f 432 Logo INDEFERE SE a antecipa o de tutela pretendida em face da perda de seu objeto cumprimento espont neo pelas reclamadas 10 Compensa o A 1 reclamada arg iu tempestivamente a compensa o art 767 da CLT Contudo as r s n o comprovaram o pagamento de parcelas pagas sob os mesmos t tulos ou fundamentos das verbas trabalhistas ora deferidas na presente decis o Logo INDEFERE SE o pedido de compensa o 11 Dos honor rios periciais ARCAR O as reclamadas com os honor rios da per cia t cnica ora arbitrados em R 1 400 00 mil e quatrocentos reais observada a complexidade do trabalho desenvolvido pelo Sr Perito
124. com seus irm os propriet rios do bem e sua genitora A sua posse origina se de atos de mera toler ncia dos irm os que deixaram que a sua fam lia m e e irm o permanecesse no bem medida que eles que s o os verdadeiros propriet rios dele se afastavam por contra rem matrim nio A posse prec ria n o induz a aquisi o por meio de usucapi o mormente quando comprovada a simples toler ncia no uso do bem TJMG Apela o Cv n 1 0145 03 069481 7 001 1 Org Julgador 17 C mara C vel Rel Desemb Lucas Pereira Publ 25 05 2006 EMENTA USUCAPI O ANIMUS DOMINI BEM IM VEL POSSE PRECARIEDADE LIBERALIDADE ANIMUS DOMINI DESCARACTERIZA O Aquele que possui o im vel por mera liberalidade do propriet rio n o pode usucapi lo por lhe faltar o nimo de dono requisito indispens vel para a caracteriza o da prescritiva aquisitiva Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 TJMG Apela o Cv n 2 0000 00 373 569 3 000 1 Org Julgador 15 C mara C vel Rel Desemb Manuel Saramago EMENTA USUCAPI O REIVINDICAT RIA CONEX O REGISTRO POSSE PREC RIA COMODATO USUCAPI O INEXISTENTE Pedido reivindicat rio cede lugar ao usucapi o existindo comprova o da prescri o aquisitiva do possuidor Se a posse decorre de comodato prec ria jamais convalidando se em posse com animus domini e ad usucapionem raz o
125. como ao pagamento das diferen as de horas extraordin rias acrescidas de 50 e seus reflexos uma vez que em se tratando de turno ininterrupto de revezamento a reclamada pagava apenas as excedentes 8 hora ficando em d bito contudo quanto s 7 e 8 horas A reclamada por outro lado afirma que domingos feriados e todas as horas em sobrelabor foram corretamente pagas Analisando se os cart es de ponto de f 57 58 verifica se que a jornada de trabalho era em m dia das 07h s 19h em uma semana e das 19h s 07h na outra ou seja a jornada di ria era de 12 doze horas em regime de revezamento Para fins de sobrejornada a r no entanto considerava apenas as que excediam 8 hora 3 6 horas extras por dia nas semanas onde n o havia per odo noturno e 4 6 horas extras naquelas em que havia consoante suas pr prias anota es em referidos cart es e reconhecidas em contracheques de f 42 43 46 47 50 51 e 53 Esses cart es demonstram por outro lado que o turno ininterrupto de revezamento n o persistiu durante todo o contrato de trabalho A partir de 26 de outubro de 2003 at sua dispensa fica claro que o empregado n o mais estava sujeito a esse instituto mas apenas jornada de 07h as 17h estendendo se em alguns meses at as 19h ou 21h Est claro que tanto nesse per odo quanto no outro o pagamento das horas extras teve por base o divisor 220 n o estando comprovadas diferen as em
126. cons rcio ativo entre os oponentes e os demais adjudicantes do im vel objeto do lit gio Sem raz o contudo A teor do disposto no art 56 do CPC a oposi o pode ser oferecida por quem pretender no todo ou em parte a coisa ou direito sobre o que controvertem autor e r u E no presente caso os oponentes pretendem o im vel objeto da usucapi o na propor o de seus cr ditos trabalhistas que deram azo adjudica o perante esta Especializada Logo desnecess rio o litiscons rcio entre todos os adjudicantes n o havendo que se falar em aplica o do disposto no 1 do art 267 do CPC Rejeita se 11 1 2 M rito Narram os oponentes que adquiriram o direito de propriedade do im vel objeto da a o de usucapi o promovida pela primeira oposta Sr Maria de Lourdes Freitas Lima em face de seu filho M rio Yolette Freitas Carneiro segundo oposto por meio de decis o homologat ria de adjudica o exarada por esta Vara no auto n 01 90092 02 nos quais se processa execu o de cr ditos trabalhistas dos oponentes devidos pelo segundo oposto Em raz o disso o nico bem poss vel de constri o e garantia do d bito trabalhista foi o im vel objeto da usucapi o Afirmam ainda que o referido im vel utilizado como s tio de lazer e a a o de usucapi o referida resultado de um conluio entre os opostos com o intuito de subtra lo da execu o trabalhista Asseveram por fim que a prime
127. cr nica do tend o do supraespinhoso configurando uma les o do manguito rotador fase Il havendo nexo causal entre referida doen a e as atividades por ele desenvolvidas no reclamado N o resta d vida de que a conduta do reclamante em n o seguir as orienta es m dicas de afastamento do trabalho e comunicar seu estado ao empregador agravou seu quadro Todavia essa circunst ncia n o afasta de forma alguma a culpa do reclamado nem o nexo causal isto porque trata se na realidade de uma concausa que n o tem o cond o de excluir o nexo causal desencadeado pela conduta principal qual seja a responsabilidade do reclamado a quem cabia executar um programa de preven o das LER DORT identificando os fatores de risco presentes nas situa es de trabalho bem como de dar condi es adequadas de trabalho para seus empregados OLIVEIRA Sebasti o Geraldo de Indeniza es por acidente ou doen a ocupacional LTr 2005 p 47 48 Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 526 INDENIZA O POR DANO MATERIAL E MORAL DECORRENTE DE DOEN A PROFISSIONAL EQUIPARADAA ACIDENTE DO TRABALHO Comprovado o nexo de causalidade entre a doen a acometida pelo empregado TENOSSINOVITE e as atividades por ele exercidas na empresa assim como a culpa do empregador imp e se o reconhecimento do direito dele indeniza o por danos morais e materiais TRT 3 Reg 5
128. d causam A legitimidade passiva ad causam uma das condi es da a o e deduz se dos pr prios termos do pedido A autora demanda em face de quem entende ser respons vel pelo cumprimento da obriga o que satisfa a a sua pretens o Imp e se portanto o exame do m rito da causa para se perquirir a exist ncia de poss veis obriga es e responsabilidades cometidas reclamada o que conduzir proced ncia ou improced ncia do pedido intelig ncia do art 114 da CR 88 ILII Da incid ncia da prescri o q inq enal Inaplic vel hip tese dos autos o prazo prescricional a que alude o inciso XXIX do art 7 da Constitui o da Rep blica uma vez que a presente a o versa sobre pedido de repara o por danos materiais e morais em virtude de poss vel doen a ocupacional adquirida pela obreira no curso do pacto laboral cuja natureza eminentemente civil e n o sobre parcelas trabalhistas propriamente ditas Incide portanto no caso em exame o prazo prescricional previsto no inciso V do 8 3 do art 206 do C digo Civil o qual fora respeitado ILIV Da caracteriza o da mol stia como doen a ocupacional O perito m dico respons vel pela avalia o das condi es f sicas da autora dr Hermano Jos Onofre constatou que esta encontra se acometida por dist rbio osteomolecular relacionado ao trabalho tendo sofrido perda permanente de 10 de sua capacidade laborativa 519 A pe
129. de de suas for as f sicas e mentais da por que o trabalho frequentemente determina o seu estilo de vida influencia nas condi es de sa de interfere na apar ncia e apresenta o pessoal e at determina muitas vezes a forma da morte Com a promulga o da atual Carta Magna em 05 10 1988 a prote o jur dica seguran a e sa de no trabalho ganhou status constitucional especialmente porque o art 7 de nossa Lei Fundamental ao enumerar os direitos elementares dos trabalhadores urbanos e rurais brasileiros em inciso espec fico assegurou lhes a redu o dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de seguran a e sa de no trabalho As v rias normas legais at ent o existentes e destinadas a promover o bem estar do trabalhador continuam em vigor 1 OLIVEIRA Sebasti o Geraldo de Prote o jur dica sa de do trabalhador 4 ed LTr p 129 posto que guardam perfeita sintonia com o Texto Constitucional Em decorr ncia da acelerada revolu o tecnol gica que tem desencadeado profundas mudan as na rela o capital trabalho as normas regulamentadoras da prote o jur dica seguran a e sa de no trabalho encontram se em cont nuo processo de atualiza o e moderniza o objetivando a melhoria das condi es ambientais de trabalho afinal de contas miss o institucional do Estado velar pela sa de e integridade f sica de sua for a produtiva Definitivament
130. do art 114 da CF 88 p s EC n 45 04 A Justi a do Trabalho se justifica como institui o de garantia da n o instrumentaliza o do pr prio trabalho da preserva o deste como dado de valor nsito e n o como objeto de troca livremente regido por regras de interesse mercado Justifica se assim como ramo especializado de preserva o do dado de distin o do Estado na supera o do modelo liberal para o modelo social est gio para constitui o do Estado Democr tico de Direito O trabalho se apresenta como elemento essencial realiza o da justi a social pautada na concretiza o dos valores liberdade e igualdade definindo crit rio de m rito da justi a distributiva agora num contexto p s guerra e p s totalitarista que redefine o indiv duo pelo princ pio da dignidade da pessoa humana sempre merecedor de garantias em face do desnivelamento gerado pelo poder econ mico nas rela es Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 Compete ao int rprete assim apresentar delineamento do que deve ser compreendido por rela o de trabalho express o elegida pelo art 114 da CF 88 e nesse sentido observamos que n o obstante seja clara a diferencia o entre trabalho e emprego a express o trabalhista sempre esteve ligada a um modelo de prote o heter noma apenas admiss vel no ordenamento jur dico quando inexistente plaus vel
131. e acrescido do adicional de periculosidade deferido acima e os valores depositados na conta vinculada do autor e j sacados por este 565 6 Das multas coletivas O reclamante aduz que a 1 reclamada descumpriu o disposto em normas coletivas devendo responder pelas correspondentes multas A 12 r afirma que n o deixou de pagar nenhum dia trabalhado que pagou todas as verbas rescis rias devidas bem como as f rias postuladas que forneceu os vales transporte e os vales refei o pedidos pelo reclamante e que multa coletiva pleiteada indevida porque n o houve o descumprimento de nenhum instrumento coletivo As 2 e 3 reclamadas contestam o pedido sob o argumento de que esse deve ater se s vig ncias das mencionadas normas aut nomas e que na eventualidade desse pleito ser deferido a condena o deve limitar se 1 reclamada uma vez que foi ela a descumpridora dos instrumentos coletivos e n o as 2 e 3 r s Declaram que os pedidos embasados em normas coletivas n o juntadas aos autos devem ser julgados improcedentes O direito ao recebimento dos vales refei o e vales transporte est previsto nas cl usulas 16 e 54 respectivamente da Conven o Coletiva de Trabalho 2005 2007 f 22 23 e 30 O preposto da 1 reclamada afirmou ainda que n o foi paga a diferen a do vale refei o As reclamadas n o demonstraram atrav s de recibos o pagamento dos vales transporte n o se desincumb
132. e restou demonstrado pela prova testemunhal ata f 293 296 que os empregados carregam excesso de peso em seus ombros relativos a 1 4 de boi m dia compreendida entre 40 a 120 kg no curso de sua jornada di ria contratual restando violado pois o ambiente ergon mico das 2 GON ALVES Edwar Abreu Manual de seguran a e sa de no trabalho 3 ed LTr p 31 32 3 Ergonomia pode ser entendida como a ci ncia que estuda a adapta o do trabalho ao homem no ambiente de trabalho visando propiciar uma solicita o adequada do trabalhador evitando o desgaste prematuro de suas potencialidades profissionais e objetivando alcan ar a otimiza o do sistema de trabalho Ergonomia transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga suportado inteiramente por um s trabalhador compreendendo o levantamento e a deposi o da carga enquanto transporte manual regular de cargas corresponde a toda atividade realizada de maneira cont nua ou que inclua mesmo de forma descont nua o transporte manual de cargas Idem Ibidem p 542 e 544 Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 rela es de trabalho especificamente o j anacr nico art 198 da CLT e item 17 2 2 da NR 17 da Portaria n 3 214 1978 do MTPS caracterizando pois a culpa patronal para o desenvolvimento da concausa relativa doen a ocupacional Para o acidente do trabalho em
133. e a reclamante ainda seria submetida a um treinamento entendendo n o fazer jus aos pedidos formulados na inicial Pelos documentos carreados aos autos em especial o TRCT def 23 tem se que a reclamante encontrava se empregada pela empresa BBTUR Viagens e Turismo Ltda percebendo remunera o na import ncia de R 1 378 00 e que em 05 09 2006 pediu demiss o de seu emprego Entretanto o que se tem como ponto crucial para a resolu o da lide saber se houve ou n o pr contrato entre a reclamante e a reclamada a ponto de tal pr contrato ter motivado a reclamante a pedir demiss o de seu emprego anterior em fun o de expectativa gerada pela reclamada Em seu depoimento pessoal f 35 a preposta da reclamada confirmou o recebimento e envio dos e mails que constam nos autos Nesse compasso o e mail de f 24 enviado reclamante pela diretora da reclamada Sr Rosa Cohen Maier n o deixa qualquer d vida acerca da expectativa que a reclamante tinha em come ar a trabalhar para a empresa r no dia 07 09 06 Anote se que no referido documento a diretora mencionada afirmou Conforme conversamos o seu in cio na empresa se dar em 07 09 2006 grifamos Dessa forma o que se verifica de forma cristalina que a contrata o da 549 reclamante j havia se efetivado tendo inclusive data certa para seu in cio ou seja 07 09 06 n o havendo falar que n o houve pr contrato no caso em exame Ali s
134. e cooperado o reclamante nunca foi Mas h um outro ente nessa rela o exatamente a segunda r O que a prova documental tamb m deixa claro que a segunda r praticamente o nico cliente da Cooperativa Certo que tamb m houve uma ou outra presta o de servi o para a MRS A OMINAS Mas o cliente preferencial sempre foi a segunda r At porque a partir do contrato firmado entre ela e a Cooperativa n o haveria mesmo maquin rio ou m o de obra para atender a outro cliente De outro lado o que a prova documental tamb m deixa claro que a segunda r foi muito mais que um cliente da Cooperativa Na verdade pelos contratos firmados verifica se sem sombra de d vida que o que houve foi intermedia o de m o de obra com o nico objetivo de fraudar a Consolida o Ora o trabalho que se contratou com a Cooperativa n o era destinado a atender necessidade meio da segunda r mas sim atender a sua necessidade produtiva portanto essencial Ent o o papel da primeira reclamada fora de t o somente intermediar irregularmente m o de obra para que a segunda r atingisse seus objetivos sociais Em suma ao inv s de contratar seu pr prio empregado para executar atividades essenciais sua necessidade produtiva os trabalhadores s o todos soldadores mec nicos ma ariqueiros etc a segunda r houve por bem receber o mesmo servi o mas sem contratar empregado e arcar com os nus muit
135. e emoldura na dic o do art 4 da Lei Consolidada TRT 32 R 12 T RO 2241 98 Rel Ju za M nica Sette Lopes DJMG 23 10 1998 p 07 Nem se diga que somente a empresa obt m vantagens com o fornecimento do transporte a seus empregados Se assim fosse ent o tamb m as empresas instaladas em grandes cidades geralmente em bairros afastados que demandam ao trabalhador muitas vezes quil metros a p para se atingir um local onde se apanha um trem lotado para apanharem se mais um dois ou at tr s nibus enfrentarem se filas pagarem se v rias passagens perdendo tempo precioso de suas vidas e do conv vio com os seus iniciando o ritual novamente na volta obt m vantagens e tamb m deveriam perceber as horas de deslocamento Mas n o o que ocorre e isso ningu m questiona O trabalhador quando recebe gratuitamente o transporte coletivo fica isento de filas de espera em pontos de nibus tem o trabalho garantido no dia e entregue no ponto onde apanhou o coletivo Geralmente este trabalhador rural carrega suas ferramentas e esses nibus que o transportam levam nas O calor o suor o contato com a terra a chuva a lama fazem com que subam esses trabalhadores nos nibus que os transportam muitas vezes com as pr prias roupas do trabalho pesado que usaram no dia Como ent o fariam para apanhar um ve culo para irem ou retornarem s suas casas H vantagens rec procas das empresas que t
136. e foi dispensado em 06 12 06 mas teve de fato seu aviso pr vio indenizado TRCT de f 11 e 28 A data base da categoria em 1 de janeiro ver cl usula 38 f 10 da CCT juntada pelo reclamante A 1 reclamada pagou em audi ncia o valor de R 67 68 sessenta e sete reais e sessenta e oito centavos que atribui rescis o complementar O reclamante n o impugnou especificamente o valor pago em audi ncia apenas ratificou sua inicial pleiteando a indeniza o decorrente das Leis n 6 708 79 e n 7 238 84 Assim disp e a S mula n 182 do C TST AVISO PR VIO INDENIZA O COMPENSAT RIA LEI N 6 708 DE 30 10 1979 REDA O DADA PELA RES 5 1983 DJ 09 11 1983 O tempo do aviso pr vio mesmo indenizado conta se para efeito da indeniza o adicional prevista no art 9 da Lei n 6 708 de 30 10 1979 Como visto acima o reclamante teve seu aviso pr vio indenizado e portanto o tempo desse conta se para os efeitos do art 9 da Lei n 6 708 79 Importa mencionar o teor do disposto na S mula n 314 do C TST in verbis INDENIZA O ADICIONAL VERBAS RESCIS RIAS SAL RIO CORRIGIDO Se ocorrer a rescis o contratual no per odo de 30 trinta dias que antecede data base observada a S mula n 182 do Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 TST o pagamento das verbas rescis rias com o sal rio j corrigido n o afasta o direito indeniza
137. e que possu am mais de 02 anos na respectiva fun o que ao reclamante n o devido o adicional de insalubridade ou periculosidade porque as fun es desenvolvidas por ele n o podem ser consideradas perigosas ou insalubres que a proje o do aviso pr vio foi realizada a tempo e modo que as multas previstas nos arts 467 e 477 da CLT s o indevidas que multa coletiva pleiteada indevida porque n o houve o descumprimento de nenhum instrumento coletivo que n o procede o pedido de condena o solid ria ou subsidi ria da empresa VARIGLOG uma vez que esta adquiriu parte da 1 reclamada mas n o o seu passivo trabalhista Pede a condena o do reclamante nas custas e despesas do processo Requer a compensa o das parcelas pagas a id ntico valor Impugna os pedidos do reclamante Com a defesa foram apresentados documentos f 100 179 e 312 378 sobre os quais se manifestou o reclamante f 385 387 As 2 e 3 reclamadas defendem se conjuntamente alegando que fazem parte do mesmo grupo econ mico e preliminarmente requerem a extin o sem resolu o do m rito do presente feito sob o argumento de falta de pressuposto de constitui o v lida e regular do processo a declara o de incompet ncia absoluta desta Justi a Especializada e o reconhecimento da ilegitimidade passiva das 2 e 3 reclamadas No m rito afirmam que Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun
138. e reintegra o dos autores OS requerentes num primeiro momento ajuizaram reclamat rias em face apenas da COTEMINAS buscando a reintegra o ao emprego em raz o de sua alegada condi o de candidatos ao referido pleito f 137 145 tendo os processos duas a es distintas tramitado perante a 1 e 3 Varas do Trabalho de Montes Claros Os documentos de f 160 161 demonstram que foram deferidas as reintegra es de forma liminar sendo que posteriormente as partes entabularam o acordo de f 162 163 nos seguintes termos A reclamada garante a manuten o do emprego dos reclamantes at a elei o do sindicato da categoria ou se eleitos em processo eleitoral regular at um ano ap s o t rmino do mandato nos termos do artigo 8 VIII da Constitui o Federal 88 Num segundo momento os requerentes ajuizaram reclamat ria em face do 453 sindicato requerido postulando a declara o de validade do registro da candidatura e a garantia de participa o em todo o processo eleitoral f 149 153 tendo o feito tramitado perante a 1 Vara de Montes Claros Proc n 450 2006 f 151 153 O ju zo concedeu liminar suspendendo a elei o sendo a decis o cassada em mandado de seguran a impetrado pelo sindicato Realizada a elei o sindical em 12 06 2006 os autores retornam agora a esta Especializada atrav s da presente a o enumerando diversas irregularidades ocorridas naquele ple
139. e tomada O reclamante diz na inicial que trabalhou para ambas as r s f cil compreender por que o reclamante tem certa dificuldade em definir quem fora exatamente seu empregador E pode se registrar logo de in cio que cooperado o reclamante n o era e nem nunca foi Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 E n o porque a Cooperativa n o tenha sido regularmente constitu da ou que do ponto de vista formal n o tenha exist ncia legal Muito pelo contr rio A prova documental atesta que a Cooperativa primeira r foi regularmente institu da observados os ditames legais Mas a constitui o regular de uma Cooperativa por si s n o suficiente para que se diga que n o s o empregados aqueles que para ela ou nela trabalhem Na verdade quando a lei diz que entre cooperativa e cooperado n o haver v nculo de emprego porque presume que naquela rela o de coopera o inexiste subordina o N o h chefe ou patr o nem empregado H uma comunh o de interesses visando um objetivo comum Mas se se comprova que aquela rela o de coopera o inexiste e que na verdade o que se v na rela o s o as figuras de quem manda e de quem obedece ou seja o patr o e o empregado aquela presun o que a lei outorga deixa de existir Ora se o objetivo da lei a prote o do trabalho e isso muito mais do que simplesmente proteger o empregado e
140. ecido pela empresa este local deixa de ser de dif cil acesso pois possibilita ao empregado chegar ao local de trabalho E se atentarmos para o fato de que dif cil acesso seria o do trabalhador ao local de trabalho dada a defici ncia de transporte quando a empresa fornece esse transporte o local de trabalho passa a ser de f cil acesso A inexist ncia de transporte p blico levaria o trabalhador a deslocar se a p at o local de trabalho Quando a empresa proporciona ao trabalhador o transporte at o local de trabalho na verdade est fazendo com que o trabalhador economize com passagens de nibus metr trens e proporcionando lhe facilidades para que chegue empresa pois poderia ter que usar s vezes de mais de uma condu o O MM Juiz do Trabalho da 15 Regi o Dr Melch ades Rodrigues Martins traz nos preciosa li o sobre o tema Outro aspecto a ser considerado est na explana o de Dirceu Galdino e Aparecido Errerias Lopes Manual do Direito do Trabalho Rural 1995 3 Edi o p g 281 os quais referindo se ao Enunciado n mero 90 afirmam que Jno aspecto social tornam se ainda piores os efeitos daquele Enunciado N o ser o empregador motivado a fornecer condu o gratuita ao empregado porque tal atitude lhe acarretar mais Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 nus Poder fornecer condu o por m ir cobr la
141. efinitiva a declara o de nulidade da elei o ocorrida em 12 06 2006 no sindicato requerido bem como a declara o de validade do registro da Chapa 02 com a reintegra o dos empregados candidatos que foram dispensados pela empresa requerida O sindicato r u insurge se contra a pretens o deduzida na inicial sustentando que os autores n o preencheram o requisito de elegibilidade contido no inciso IX do 8 2 do art 46 do Estatuto haja vista que n o eram associados entidade Aduz que os requerentes n o regularizaram a documenta o faltante raz o pela qual ocorreu o indeferimento da candidatura dos mesmos luz dos princ pios informativos notadamente de direito coletivo e das normas de reg ncia passa o ju zo ao exame da mat ria f tica controvertida buscando formar o seu convencimento a partir do vasto complexo probat rio 2 6 Da condi o de associado A pedra de toque para o deslinde da controv rsia consiste em responder seguinte indaga o os autores afinal eram ou n o eram associados ao sindicato De fato esse um requisito b sico de elegibilidade luz do estatuto da entidade sindical Vale lembrar que a exist ncia e o funcionamento do sindicato est o regrados pelos estatutos sociais que segundo Henrique Macedo Hinz ser o para a entidade sindical o que o contrato social para uma sociedade de cotas de responsabilidade limitada ou a lei org nica par
142. eglig ncia da reclamada relativamente sa de da autora Tal conclus o foi extra da da an lise da conduta dos m dicos da empresa os quais n o foram capazes de ponderar a condi o f sica da obreira que por sua vez teve de se submeter a procedimento cir rgico para retirada de n dulo no punho Frise se que ap s reiteradas queixas de dor os m dicos sequer detectaram a presen a do cisto tendo se limitado a prescrever autora o uso de medicamentos contra a dor Concomitantemente a reclamante procurou atendimento em posto de sa de sendo que o m dico que a atendeu recomendou lhe a realiza o imediata de cirurgia para retirada do cisto o que foi feito no pr prio posto Ante o exposto luz do Princ pio da Razoabilidade considerada a extens o da les o sofrida pela parte autora as limita es a ela impostas em virtude da doen a de que portadora sua condi o socioecon mica e o porte Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 econ mico da r arbitra se o valor da indeniza o por danos materiais no importe de R 5 000 00 Por fim n o h que se falar em direito de haver da reclamada pens o vital cia com fulcro no Princ pio da Razoabilidade porquanto conforme constatado pelo perito m dico dr Hermano Jos Onofre a reclamante possui condi es de voltar a exercer as fun es para as quais era habilitada Ademais suas condi es de sa de
143. ela qual requer a condena o da r ao pagamento do adicional de periculosidade ou de insalubridade aquele que lhe for mais ben fico pretens o que foi impugnada pela r Determinada a realiza o de prova pericial cujo laudo encontra se s f 126 138 o d Experto entendeu que o autor trabalhou em condi es perigosas e insalubres de acordo com cada entressafra in verbis 11 CONCLUS O Existiu o direito percep o do adicional de insalubridade em grau m ximo 40 quarenta por cento nos per odos referentes primeira e segunda entressafra pelos motivos expostos no item 8 2 do presente laudo O direito ao adicional de periculosidade no percentual de 30 trinta por cento incidente sobre o sal rio base no per odo da terceira entressafra pelos motivos expostos no item 8 2 do presente laudo conclus o do laudo pericial f 136 Pelos cart es de ponto apresentados pela reclamada e pelo laudo pericial entende se ainda que o per odo de entressafra refere se aos meses de dezembro a mar o Assim tendo sido comprovado o labor em condi es perigosas e insalubres condena se a reclamada a pagar ao autor o adicional de insalubridade nos dois primeiros per odos de entressafra no importe de 40 quarenta por cento com reflexos no aviso pr vio FGTS acrescido de 40 RSR f rias acrescidas de 1 3 gratifica es natalinas adicional noturno horas in itinere e horas extra
144. elacionados com acidente do trabalho n o foram contratados tendo em vista que a CCT previa um valor para o pagamento do plano por parte do empregador e este est sendo cumprido sendo que a mesma n o exigiu cobertura de acidente do trabalho e o sindicato de classe chancelou o sem ressalva Roga pela improced ncia das pretens es com a imposi o da responsabilidade pelo pagamento das despesas m dico hospitalares ao autor A segunda r deduz as mesmas preliminares de in pcia da exordial e ilegitimidade passiva ad causam acrescendo nesta prefacial que a cobertura de acidente do trabalho estaria exclu da pela cl usula oitava do contrato firmado com a empregadora do autor Observa que a Resolu o n 10 de 03 de novembro de 1998 do CONSU confere s operadoras de plano assistencial sa de a prerrogativa de estabelecer ou n o cl usulas contratuais para abranger o ressarcimento das despesas oriundas de tratamento de acidentes causados por atividade laborativa No m rito destaca que a par de n o haver previs o contratual de cobertura a hip tese do autor n o mais poderia ser considerada de urg ncia ou emerg ncia pelo transcurso de mais de 12 horas do atendimento j que a cirurgia teria sido marcada para sete dias Roga pela improced ncia das pretens es com a imposi o da responsabilidade pelo pagamento das despesas m dico hospitalares ao autor FUNDAMENTA O Preliminares 1 1 Da compet
145. enhadas garante se lhe o direito estabilidade provis ria nos doze meses subsequentes alta concedida pelo INSS consoante prev o enunciado do art 118 da Lei n 8 213 91 Por fim determina se seja expedido of cio a essa autarquia para que tome as provid ncias cab veis relativamente empresa ante a n o comunica o da ocorr ncia do sinistro sendo verificadas altera es que revelem qualquer tipo de disfun o de rg o ou sistema biol gico item 7 4 8 da NR 07 da Portaria n 3 214 78 expedida pelo MTb I V Dos danos materiais e morais Requer a autora conforme noticiado na pe a de ingresso a condena o da reclamada ao pagamento de indeniza o por danos materiais em raz o da mesopatia por ela desenvolvida durante a vig ncia do pacto laboral Cumpre ressaltar que o fato de a empregadora recolher de forma habitual a contribui o relativa ao seguro acident rio tal fato por si s n o exclui a responsabilidade de repara o a ela imposta em caso de ocorr ncia de dolo ou de culpa Prevalece a responsabilidade do empregador de indenizar desde que comprovados a ocorr ncia de dano ao empregado o nexo de causalidade entre o infort nio e as atividades laborativas por ele desenvolvidas e a conduta dolosa ou culposa da entidade patronal Nesse sentido categ rico o enunciado do inciso XXVIII do art 7 da Constitui o da Rep blica Na hip tese dos autos manifesta a n
146. eral com reciprocidade entre os agentes envolvidos h bil a gerar normas jur dicas Tamb m n o prevalece a adequa o setorial negociada se concernente a direitos revestidos de indisponibilidade absoluta e n o indisponibilidade relativa os quais n o podem ser transacionados nem mesmo por negocia o sindical coletiva Tais parcelas s o aquelas imantadas por uma tutela de interesse p blico por constitu rem um patamar civilizat rio m nimo que a sociedade democr tica n o concebe ver reduzido em qualquer segmento econ mico profissional sob pena de se afrontarem a pr pria dignidade da pessoa humana e a valoriza o m nima defer vel ao trabalho arts 1 Ille 170 caput CF 88 Expressam ilustrativamente essas parcelas de indisponibilidade absoluta a anota o de CTPS o pagamento 489 de sal rio m nimo as normas de medicina e seguran a do trabalho Direito coletivo do trabalho LTr p 137 138 O Professor e Magistrado deste Tribunal Regional do Trabalho da 3 Regi o Merit ssimo Juiz Dr Sebasti o Geraldo de Oliveira faz coloca es extremamente pertinentes sobre o tema em foco Na quest o relativa sa de e seguran a do trabalhador todas as normas s o cogentes ou de ordem p blica n o dispondo as partes de liberdade alguma para ignorar ou disciplinar de forma diversa os preceitos estabelecidos Com a promulga o da Constitui o da Rep blica de 1988 a jornada
147. ercida sem oposi o O possuidor tem de se comportar como dono da coisa possuindo a tranquilamente A vontade de conduzir se como propriet rio do bem carece ser traduzida por atos inequ vocos Posse mansa e pac fica numa palavra a que n o est viciada de equ voco Na apar ncia oferece a certeza de que o possuidor propriet rio c Al m de pac fica a posse precisa ser cont nua Direitos reais p 155 No mesmo diapas o leciona o ilustre professor Caio M rio da Silva Pereira N o qualquer posse repetimos n o basta o comportamento exterior do agente em face da coisa em atitude an loga do propriet rio n o suficiente a gerar aquisi o que se patenteie a visibilidade do dom nio A posse ad usucapionem assim nas fontes como no direito moderno h de ser rodeada de elementos que nem por serem acidentais deixam de ter a mais profunda significa o pois a lei a requer cont nua pac fica ou incontestada por todo o tempo estipulado e com inten o de dono Requer se ainda a aus ncia de contesta o posse n o para significar que ningu m possa ter d vida sobre a conditio do possuidor ou ningu m possa p la em d vida mas para assentar que a contesta o a que se alude a de quem tenha leg timo interesse ou seja da parte do propriet rio contra quem se visa a usucapir A posse ad usucapionem aquela que se exerce com inten o de dono cum anim
148. esarial regular destas O abuso do direito emergeria da circunst ncia dos contratos laborais terem se firmado ou se mantido em virtude do interesse empresarial do tomador da obra ou servi o portanto do exerc cio do direito deste convolando se em abuso pela frustra o absoluta do pagamento se n o acatada a responsabiliza o subsidi ria do tomador origin rio Cabe assim a garantia subsidi ria dos direitos trabalhistas pelo tomador da obra ou servi o n o apenas 475 em virtude da responsabilidade m nima por ato de terceiro como tamb m pela veda o jur dica ao abuso de direito harmonizados os dois princ pios com a preval ncia hier rquica dos direitos laborais na ordem jur dica do pa s Ao contratar uma obra ou servi o b sicas sua din mica negocial a empresa detona e leva reprodu o rela es laborais no mbito da outra empresa contratada tendo em decorr ncia responsabilidade subsidi ria em face dos direitos trabalhistas dali advindos A responsabilidade derivada dessa compreens o l gica sistem tica e teleol gica do sistema normativo do Pa s como visto de corte subsidi rio uma vez que n o se trata de perquirir por fraude na contrata o ou insolv ncia do empregador efetivo mas simples inadimplemento do t tulo trabalhista judicial Evidente que para se tornar r pida e eficaz a garantia deve o devedor subsidi rio constar do t tulo jud
149. escis rias lhe s o devidas Entendo no entanto n o serem devidas as multas dos artigos 467 e 477 ambos da CLT porque embora no esp rito do julgador a quest o tenha se demonstrado de forma clara na verdade a controv rsia nos autos ineg vel Com rela o s horas extras n o houve prova da pr tica delas Indefiro Com rela o diferen a de sal rio ao fundamento de isonomia indefere se o pedido A alega o de isonomia soa bastante vaga quando o reclamante n o indica sequer um nome de empregado da segunda r trabalhando em id nticas condi es com o sal rio maior E nem de isonomia lato sensu se pode tratar porque tanto neste como noutros processos evidencia se que n o havia empregado da Amsted trabalhando na produ o ao lado dos cooperados Os valores que a primeira r tenha eventualmente descontado a maior do reclamante a t tulo de INSS no curso do contrato ser o compensados com os valores que forem devidos pelo reclamante em raz o das parcelas objeto de condena o sobre as quais incida contribui o previdenci ria A prova pericial conclus o de f 430 definiu que o reclamante trabalhou em todo o per odo sob a agress o de agente classificado no m ximo grau Imp e se a proced ncia do pedido Julgo parcialmente procedente o pedido feito por Jair Pereira da Costa contra Cooperativa Mineira de Equipamentos Ferrovi rios Ltda e Amsted Maxion Fundi o e Equipamentos Ferrovi
150. esmo a ressalva feita ao final do ac rd o quanto a uma interpreta o restritiva da compet ncia desta Especializada para a aprecia o de a es ajuizadas por dependentes encontra se superada pela recente jurisprud ncia da Corte Constitucional EMENTA AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDIN RIO CONSTITUCIONAL COMPET NCIA EM RAZ O DA MAT RIA INDENIZA O POR DANOS MORAIS E PATRIMONIAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DO TRABALHO A O AJUIZADA OU ASSUMIDA PELOS DEPENDENTES DO TRABALHADOR FALECIDO COMPET NCIA DA JUSTI A ESPECIAL Compete Justi a do Trabalho apreciar e julgar pedido de indeniza o por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente do trabalho nos termos da reda o origin ria do artigo 114 c c inciso do artigo 109 da Lei Maior Precedente CC 7 204 Compet ncia que remanesce ainda quando a a o ajuizada ou assumida pelos dependentes do trabalhador falecido pois a causa do pedido de indeniza o continua sendo o acidente sofrido pelo trabalhador Agravo regimental desprovido STF 1 Turma RE AgR 503043 SP Rel Ministro Carlos Ayres Britto DJ 01 06 2007 Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 508 Com esse precedente a Corte Constitucional abandona de vez o crit rio de defini o de compet ncia em raz o da pessoa na Justi a do Trabalho ran o da reda o do art 114 da CF 88 pr EC n 45 04 o que autoriza ainda
151. ess ria a constitui o de capital ou cau o fidejuss ria para a garantia de pagamento da pens o independentemente da situa o financeira do demandado PROCESSO CIVIL INDENIZA O POR ACIDENTE DE TRABALHO MORTE PENS O CONSTITUI O DE CAPITAL A experi ncia comum previne ser temer rio em face da celeridade das varia es e das incertezas econ micas no mundo de hoje asseverar que uma empresa particular por s lida e confort vel que seja a sua situa o atual nela seguramente permanecer por longo prazo com o mesmo status econ mico em que presentemente possa ela se encontrar A finalidade primordial da norma contida no caput e nos par grafos 1 e 3 do artigo 602 do CPC a de dar ao lesado a seguran a de que 531 n o ser frustrado quanto ao efetivo recebimento das presta es futuras Por isso a cautela recomenda a constitui o de um capital ou a presta o de uma cau o fidejuss ria para garantia do recebimento das presta es de quem na causa foi exitoso Recurso especial n o conhecido STJ 4 T REsp 627 649 SC Rel Min Cesar Asfor Rocha DJU 11 10 2004 p 348 C Justi a gratuita Presentes os requisitos ensejadores da admissibilidade do pedido de justi a gratuita basta o requerimento formulado pelo advogado do reclamante CLT art 790 8 3 e OJ n 304 da SDI I do TST para concess o da justi a gratuita Concedem se ao reclamante os benef cios da
152. essado na pe a de defesa f 181 simplesmente passaram a ser propriet rias da nica fra o saud vel e vi vel da empresa recuperanda 1 reclamada a denominada parte boa permanecendo a 12 r com toda a parte deficit ria inclusive o enorme passivo trabalhista que alcan a milh es de reais conforme amplamente noticiado na imprensa televisiva e escrita Em seu Curso de Direito do Trabalho 5 ed Editora LTr 2006 p 409 410 e 418 419 o Professor e Desembargador Federal do Trabalho do TRT da 3 Regi o Mauricio Godinho Delgado ao dispor sobre a situa o do presente processo afirma que Conforme j exposto a generalidade e imprecis o dos arts 10 e 448 da CLT t m permitido jurisprud ncia proceder a uma adequa o do tipo legal sucess rio a situa es f tico jur dicas novas surgidas no mercado empresarial dos ltimos anos no pa s Essas situa es novas que se tornaram comuns no final do s culo XX em decorr ncia da profunda reestrutura o do mercado empresarial brasileiro em especial mercado financeiro de privatiza es e outros segmentos conduziram a jurisprud ncia a reler os dois preceitos celetistas encontrando neles um tipo legal mais amplo do que o originalmente concebido pela doutrina e jurisprud ncia dominantes Para essa nova interpreta o o sentido e Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 objetivos do instituto s
153. essual Raz es orais finais remissivas Ambas propostas conciliat rias perpetradas a tempo e modo oportunos restaram infrut feras Il FUNDAMENTA O lli 1 In pcia da inicial Aus ncia de pedido A Jornada contratual Horas extras Verifica se na causa de pedir que a inicial refere se a n o concess o do intervalo de 20 minutos a cada 01 hora e 40 minutos trabalhados CLT art 253 Todavia no rol de pedidos formulados f 11 deixou de postular expressamente o pedido em rela o viola o do intervalo de 20 minutos caracterizando o v cio processual da in pcia da inicial CPC art 295 Fundamentos pelos quais acolhe se de of cio CPC art 301 III c c 8 4 a preliminar de in pcia da inicial por falta de pedido em rela o s horas extras para julgar se sem resolu o do m rito CPC art 267 a respectiva pretens o da causa de pedir 523 II 2 M rito A Pressupostos da repara o civil A 1 Agente A o Omiss o Nexo de causalidade Dano Os laudos periciais de f 259 265 f 283 287 e f 304 306 apontam ser o reclamante portador de uma doen a degenerativa de car ter cr nico e progressivo intitulada Cervicalgia devida a transtorno de disco intervertebral CID 10 M51 1 f 283 Essa doen a de origem degenerativa n o equiparada a doen a ocupacional do trabalho ex vi do art 20 1 a da Lei n 8 213 91 n o ensejando pois
154. esta o de servi os para atender a 1 situa es empresariais que autorizem contrata o de trabalho tempor rio Lei n 6 019 74 necessidades transit rias de substitui o de pessoal regular e permanente da empresa tomadora ou necessidade resultante de acr scimo extraordin rio de servi os dessa empresa 2 atividades de vigil ncia Lei n 7 102 83 3 atividades de conserva o e limpeza e 4 servi os especializados ligados atividade meio do tomador Registre se que nos itens 2 3 e 4 acima desde que inexistente a pessoalidade e subordina o direta entre trabalhador terceirizado e tomador de servi os Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 576 N o obstante n o h como se negar a exist ncia de um sem n mero de empresas criadas em desacordo com os genu nos prop sitos da terceiriza o tratando se na verdade de meras intermediadoras de m o de obra em preju zo dos trabalhadores Pois bem Depreende se das provas dos autos que a reclamante laborava nas atividades fim da 4 reclamada A pr pria Caixa Econ mica Federal confessou f 1121 que a reclamante montava processo para seguro de cr dito interno o encaminhava para o setor de cobran a xerocava documentos para estes processos que a reclamante preenchia DLE que determinava que fosse feito d bito e cr dito do DLE que a reclamante n o autenticava documentos e nem recebia o
155. este gerido pelo INSS antes mesmo da Carta Magna Lein 5 316 67 Segundo 511 a Lein 6 367 76 que trata da prote o dos infort nios laborais dos trabalhadores urbanos s o segurados da previd ncia social aqueles que exercem atividade remunerada no meio urbano assim todos os segurados empregados o trabalhador tempor rio o trabalhador avulso e o presidi rio que exer a atividade remunerada A exist ncia desse seguro justifica se na medida em que como esclarece RUSSOMANO Sofrido o acidente tempor ria ou definitivamente n o importa O trabalhador fica impedido de exercer sua atividade normal Por outras palavras a sociedade perde ao menos por algum tempo a colabora o do indiv duo que a constitui Eis o motivo por que ensina POZZO la sociedad debe crear sistemas de seguridad que garantizen los medios de vida del individuo mientras se encuentra privado de prestar sus energias al servicio de un empleador porque los fines sociales deben asegurar la vida y tranquilidad econ mica de aquellos que formando parte de la sociedad le han entregado parte de sus energias f sicas y mentales cuando se encontraron en condiciones de hacerlo Contudo patente o sofismo da tese patronal de que a exist ncia desse regime p blico de prote o ao trabalhador seria excludente de um 8 OLIVEIRA Acidentes de trabalho teoria pr tica jurisprud ncia p 13 7 RUSSOMANO Coment rios
156. evido Repita se basta o descumprimento por parte do empregador quanto a suas obriga es trabalhistas para se aceitar como parte leg tima ad causam passiva a tomadora de servi os ob cit p 589 590 grifamos A responsabilidade subsidi ria na hip tese se d objetivamente inadimplemento das obriga es trabalhistas j que do trabalho prestado usufruiu o recorrente havendo de responder de forma supletiva pelas obriga es desta mesma presta o de trabalho Do mesmo modo dispensa se a exist ncia de inidoneidade da prestadora de fraude na contrata o desta ou legisla o trabalhista A quest o est situada no campo da responsabilidade sendo desnecess rio no mbito trabalhista que se trate de contrato de empreitada e subempreitada na forma do art 455 da Consolida o das Leis do Trabalho n o cabendo falar na esp cie em dono da obra como motivo excludente da responsabilidade na presta o de servi os O art 179 da Constitui o Federal dirigido s empresas de pequeno porte n o isenta a responsabilidade do tomador de servi os pelo s fato de destinar tratamento diferenciado quelas empresas Por outro lado a situa o econ mico financeira do primeiro reclamado ao contr rio de isentar imp e com maior raz o ainda a responsabilidade da recorrente quando se trata de parcela de natureza trabalhista A prop sito do tema veja se o entendimento da correta jurisprud n
157. ferentes aos meses de maio junho e julho 2006 e o 13 sal rio do ano de 2005 dever o ser efetuados e comprovados na forma do art 28 da Lei n 8 212 91 dos arts 198 201 e segs e 276 do Decreto n 3 048 99 da Consolida o dos Provimentos da Corregedoria Geral da Justi a do Trabalho arts 78 a 92 e da S mula n Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 568 368 do TST sob pena de execu o direta pela quantia equivalente inciso VIII do artigo 114 da CR 88 15 Dos of cios Considerando o que foi apurado nos presentes autos remetam se of cios com c pia desta decis o para o Minist rio P blico do Trabalho MPT para a Delegacia Regional do Trabalho DRT ao INSS e Caixa Econ mica Federal Ressalte se que n o h necessidade do tr nsito em julgado desta senten a para a expedi o dos referidos of cios CONCLUS O Isso posto resolve o ju zo da VARA DO TRABALHO DE PEDRO LEOPOLDO MG REJEITAR as preliminares de incompet ncia absoluta da Justi a do Trabalho de extin o do feito por aus ncia de pressuposto de constitui o e desenvolvimento v lido e regular do processo de suspens o do processo e de ilegitimidade passiva arg idas pelas reclamadas DECLARAR de of cio a in pcia da peti o inicial no que tange ao pedido de reflexos de diferen as salariais decorrentes de equipara o salarial e dos adicionais de insalubridade e pericu
158. for a do princ pio da efetividade das normas constitucionais A id ia de efetividade conquanto de desenvolvimento relativamente recente traduz a mais not vel preocupa o do constitucionalismo nos ltimos tempos Ligada ao fen meno da juridiciza o da Constitui o e ao reconhecimento e incremento de sua for a normativa a efetividade merece cap tulo obrigat rio na interpreta o constitucional Os grandes autores da atualidade referem se necessidade de dar prefer ncia nos problemas constitucionais aos pontos de vista que levem as normas a obter m xima efic cia ante as circunst ncias de cada caso Esse princ pio tamb m designado de princ pio da efici ncia ou princ pio da interpreta o efetiva pode ser formulado da seguinte maneira a uma norma constitucional deve ser atribu do o sentido que maior efic cia lhe d um princ pio operativo em rela o a todas e quaisquer normas constitucionais e embora 14 BARROSO Lu s Roberto Interpreta o e aplica o da constitui o 6 ed Saraiva p 246 535 sua origem esteja ligada tese da actualidade das normas program ticas Thoma hoje sobretudo invocado no mbito dos direitos fundamentais em caso de d vidas deve preferir se a interpreta o que reconhe a maior efic cia aos direitos fundamentais Portanto liquidada a decis o ter a reclamada o prazo de 15 dias para cumprimento da decis o sob pena de a
159. formam o conte do da rela o jur dica N o s o t o pouco os poderes que o direito subjetivo comporta esses s o o conte do desse direito Objeto da rela o jur dica ser pois em ltima an lise a mesma coisa que objeto de direitos ANDRADE Teoria geral da rela o jur dica p 19 20 Declara se assim a compet ncia desta Especializada para conhecer da demanda 1 2 Da aptid o da inicial O 87 do art 273 do CPC determina que o juiz observe o princ pio da fungibilidade quando houver confus o na cataloga o entre medida cautelar e de antecipa o de tutela o que efetivamente se presenciou no caso em tela enquanto que n o obstante o autor intitule como cautelar a medida pretendida por bvio que o objeto pretendido visa resguardar o pr prio direito material e n o o processo Nesse sentido que se acolhem as pretens es da exordial como pretens es de direito material em rela o s quais postulou se e restou deferida a antecipa o de tutela E nesse sentido resta prejudicada a preliminar de defesa das reclamadas quanto a inexist ncia de processo principal merecendo aprecia o a defesa merit ria procedida pelas r s 1 3 Da legitimidade passiva ad causam A primeira e a segunda reclamadas foram indicadas como devedoras nas rela es de direito material mantidas com o autor A primeira em fun o da rela o de emprego e a segunda em fun o da rela o sec
160. fundamentos aduzidos demonstram de forma clara que n o h falar em ofensa a direito adquirido ato jur dico perfeito ou coisa julgada no caso em tela Tenho por caracterizada a 479 do entendimento consubstanciado na Orienta o Jurisprudencial n 191 do TST TRT 42 R RO 00023 231 00 9 2 T Rel Juiz Conv Luiz Alberto de Vargas J 05 11 2003 RESPONSABILIDADE SUBSIDI RIA EMPREITADA MULTIPLICIDADE DE OBRAS ESTRUTURAIS E DE APOIO ATIVIDADE PRINCIPAL DO TOMADOR DOS SERVI OS Verificando se a concretiza o de uma multiplicidade de empreitadas sucessivas destinadas realiza o de obras estruturais e de apoio que est o normalmente inseridas na din mica da atividade empresarial tem se como correta a incid ncia do Enunciado n 331 IV do c TST e n o da Orienta o Jurisprudencial n 191 da SBDI I daquela Corte pois a frequ ncia e variedade de atividades desenvolvidas descartam a caracteriza o de uma simples empreitada denotando verdadeira intermedia o de m o de obra o que justifica a responsabilidade subsidi ria da 2 reclamada A jurisprud ncia p tria n o destoa do at aqui decidido responsabiliza o subsidi ria do dono da obra TRT 24 R RO 0370 2001 071 24 00 2 Rel Juiz Amaury RESPONSABILIDADE SUBSIDI RIA DONO DA OBRA Como a obra contratada n o atividade permanente necess ria consecu o da atividade fim da recorrente ente
161. gadora Tal nexo consoante constatado e amplamente fundamentado pelo dr Hermano restou configurado na hip tese dos autos Ante o exposto decreta se a nulidade da dispensa da autora uma vez que se encontra acometida de doen a ocupacional intelig ncia do inciso Il do Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 520 art 20 da Lei n 8 213 91 e do disposto no anexo Ill quadro n 08 a do Decreto n 3 048 99 estando seu contrato de trabalho suspenso Determina se ainda com fulcro no disposto no 2 do art 22 da Lei n 8 213 91 8 6 do art 336 do Decreto n 3 048 99 e art 225 da Instru o Normativa do INSS n 118 2005 Secretaria desta Vara do Trabalho que expe a o Comunicado de Acidente do Trabalho em favor da autora no prazo de cinco dias considerando se como data de ocorr ncia do sinistro o dia 20 07 2005 documento de f 11 Em seguida a reclamante dever ser intimada em quarenta e oito horas a buscar o documento de que ora se trata Frise se que o benef cio aux lio acidente devido obreira consoante disp e o 2 do art 86 da Lei n 8 213 91 a partir da data da supress o do benef cio aux lio doen a ou seja a partir do dia 16 08 2005 documento de f 13 Insta salientar que comprovados a circunst ncia de ser a reclamante portadora de mesopatia e o nexo de causalidade entre o desenvolvimento da doen a e as fun es por ela desemp
162. gio Programa de responsabilidade civil 2005 p 108 Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 Assim pelos fundamentos aduzidos condena se a reclamada ao pagamento de R 50 000 00 cinquenta mil reais a t tulo de indeniza o por danos morais Quanto ao alegado dano material em decorr ncia de sua demiss o por ter participado da elei o sindical n o se desincumbiu o autor do seu nus de provar os preju zos materiais sofridos por este danos emergentes tampouco indicou que preju zos seriam esses Indefere se portanto esse pleito A indeniza o dos lucros cessantes foi deferida no t pico anterior LVII Honor rios periciais Uma vez sucumbente no objeto da per cia condena se ainda a reclamada ao pagamento dos honor rios periciais ora arbitrados em R 1 600 00 um mil e seiscentos reais LVIII Justi a gratuita vista da declara o de pobreza contida na peti o inicial deferem se ao reclamante os benef cios da justi a gratuita com fundamento no 3 do artigo 790 da CLT I IX Descontos fiscais e previdenci rios Em respeito ao 3 do artigo 832 da CLT com reda o da Lei n 10 035 de 25 10 2000 declaro que as parcelas de natureza indenizat ria da presente senten a para efeitos previdenci rios s o as supradeferidas que constam do 8 9 do artigo 28 da Lei n 8 212 91 quais sejam indeniza o por danos morais f
163. ha de exce o arbitrariamente Pontua que em tudo o sindicato deve pautar sua a o conforme os princ pios de democracia interna e transpar ncia administrativa Segundo Arouca o sindicato o conjunto que se aglutina para a defesa de interesses comuns N o a face de sua dire o op cit f 39 40 grifou se 2 9 Do processo eleitoral Dada a relev ncia da quest o cabe prosseguir na an lise de outros ngulos do processo eleitoral que culminou na elei o da Chapa 01 f 67 Embora n o tenha havido a juntada aos autos das pe as essenciais ao processo eleitoral cf art 67 do Estatuto f 54 extrai se do conjunto probat rio que houve a reelei o dos dirigentes da Entidade exce o de ngela Maria Pereira secret ria cf docs de f 67 e 326 As atas de elei o e posse de f 340 e 341 comprovam que a mesma diretoria sindical exerceu os mandatos nos tri nios 1995 1998 e Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 460 1998 2001 em 2001 a reelei o ocorreu para uma gest o de 05 anos de 2001 2006 Verifica se ainda que houve amplia o do mandato dos dirigentes sindicais passando de 03 para 05 anos todavia inexiste nos autos c pia da ata de Assembl ia Geral que autorizou a altera o do prazo de mandato Estender o mandato para 05 anos foge do crit rio da razoabilidade haja vista que supera inclusive o prazo estabe
164. i n 8 177 91 e nas S mulas n 200 304 e 307 do TST no que couber Todos os valores ser o atualizados monetariamente at a data do respectivo pagamento Observem se as S mulas n 187 304 311 e 381 do TST e a OJ n 302 FGTS da SDI I do TST no que couber Observe se a legisla o pertinente em todos os seus termos idem os fundamentos da decis o que integram este dispositivo Conforme determina o emergente do 3 do art 832 da CLT discriminam se as parcelas salariais 13 sal rios diferen as entre os sal rios base recebidos pela autora e o piso salarial dos Tesoureiros Caixas e outros empregados 583 de Tesouraria que efetuam pagamentos ou recebimentos auferido pelos funcion rios da Caixa Econ mica Federal atuantes no mesmo setor e fun o da autora reflexos das diferen as salariais em face da isonomia em 13 sal rios f rias gozadas 1 3 FGTS 40 Custas pelas reclamadas no importe de R 480 00 calculadas sobre R 24 000 00 valor arbitrado condena o Descumpridos diversos dispositivos legais expe a se of cio ao INSS artigos 33 e 44 da Lein 8 212 91 Receita Federal ao Minist rio P blico do Trabalho e Delegacia Regional do Trabalho para que tomem ci ncia dos termos desta decis o Intimem se a 1 e a 3 reclamadas na forma anterior Demais partes cientes S mula n 197 do TST Encerrou se a audi ncia Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v
165. ia do E STJ possui entendimento de que a condena o em danos morais ser fixada segundo o prudente arb trio do magistrado observado o preceito constitucional de fundamenta o CR 88 art 93 IX ADMINISTRATIVO CONCURSO P BLICO CANDIDATO REPROVADO EM EXAME F SICO ANULA O DO LAUDO M DICO REPARA O DE DANO MORAL FIXA O DO QUANTUM JULGAMENTO ULTRA PETITA 1 Ajurisprud ncia un nime em remeter ao prudente arb trio judicial a fixa o do quantum para a composi o do dano moral no que o regramento positivo n o conhece quaisquer restri es ou limita es 2 N o h julgamento ultra petita quando a senten a fixa o quantum indenizat rio do dano moral em crit rio coincidente com o observado para a fixa o de dano material desde que entenda necess rio para a real satisfa o do preju zo sofrido 3 Recurso n o conhecido STJ 52 T REsp 151 767 ES Rel Min Edson Vidigal DJU 08 03 1999 p 240 Responsabilidade civil Imprensa publica o de not cia ofensiva Ofensa honra Dano moral Valor da indeniza o 1 Consoante a decis o recorrida Valor indenizat rio a ser estabelecido de acordo com o crit rio do prudente arb trio judicial de modo a compor o dano moral de modo razo vel e que n o se ponha irris rio para a empresa jornal stica pondo se como forma de efetiva prote o na preserva o dos direitos constitucionais intimidade e do nome das pess
166. iado nos autos que as 1 2 e 3 reclamadas n o constituem estabelecimentos banc rios tendo sido contratadas como prestadoras de servi os terceirizados pela CEF tem se que o pacto laboral havido entre as partes rege se pelas normas espec ficas das categorias das 12 22 e 3 reclamadas e n o aquelas atinentes aos banc rios Improcede pois o pedido de enquadramento sindical da reclamante na categoria dos banc rios juntamente com os pleitos decorrentes em especial os formulados nos itens IV V VP VIP VIIP IX X e XII da inicial 11 14 Diferen as salariais Isonomia Mister salientar que a discuss o quanto a se estar terceirizando atividade fim ou atividade meio efetivamente se esvai no particular pois mesmo na hip tese de terceiriza o l cita em rela o atividade meio plenamente poss vel a discuss o de tratamento ison mico aplic vel ao obreiro terceirizado em face dos trabalhadores diretamente admitidos pela empresa tomadora de servi os E a mat ria tratada doutrin ria e jurisprudencialmente Entende este ju zo que mesmo em caso de terceiriza o l cita n o se poderia admitir discrep ncia entre o padr o remunerat rio da empresa tomadora e o padr o remunerat rio dos trabalhadores terceirizados a servi o da mesma empresa Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 578 Obviamente que a diverg
167. ic cia plena e imediata CF 5 8 1 n o necessita de regulamenta o para ser aplicada Aplica o imediata das normas sobre direitos e garantias fundamentais O Texto Constitucional por demais claro e evita a perenidade das normas program ticas no tocante aos direitos e garantias fundamentais Todo e qualquer direito previsto na CF 5 pode ser desde j invocado ainda que n o exista norma infraconstitucional que o regule 8 Art 880 da CLT O juiz ou presidente do tribunal requerida a execu o mandar expedir mandado de cita o ao executado a fim de que cumpra a decis o ou o acordo no prazo pelo modo e sob as comina es estabelecidas ou em se tratando de pagamento em dinheiro inclu das as contribui es previdenci rias sociais devidas ao INSS para que pague em quarenta e oito horas ou garanta a execu o sob pena de penhora NERY JR Nelson e ANDRADE NERY Rosa Maria de Constitui o federal comentada e legisla o constitucional S o Paulo RT 2006 p 140 Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 Logo harmoniza se com todo o sistema de Direito Constitucional Processual a compatibilidade e aplica o da multa do art 475 J do CPC com o Processo do Trabalho buscando se interpreta o que d a m xima efetividade e concretude aos direitos e garantias constitucionais fundamentais CR 88 art 5 8 1 por
168. ica como valor essencial de uso reforma de resid ncia por exemplo Tal regra pode beneficiar tamb m a pessoa jur dica que de modo espor dico e eventual contrate a realiza o de obra espec fica N o caracterizada a situa o acima incide a regra da responsabiliza o da dona da obra Trata se de contratos de empreitada ou de presta o de servi os entre duas empresas em que a dona da obra ou tomadora necessariamente tenha de realizar tais empreendimentos mesmo que estes assumam car ter infra estrutural e de mero apoio sua din mica normal de funcionamento Em tais situa es parece clara a responsabilidade subsidi ria da dona da obra ou tomadora de servi os pelas verbas laborais contratadas pela empresa executora da obra ou servi os Ou seja a regra da n o responsabiliza o inerente ao texto literal do art 455 da CLT n o abrange estas ltimas situa es ocorrentes no mercado da presta o de servi os DELGADO Mauricio Godinho Curso de direito do trabalho 3 ed S o Paulo LTr 2004 p 480 481 483 Pelos termos do contrato de presta o de servi os firmados entre a 1 reclamada e o 2 reclamado fica evidenciado que a obra contratada diz respeito a infra estrutura da 12 reclamada o que atrai a regra da responsabiliza o Por tais fundamentos mantenho a decis o recorrida neste particular M RITO ACIDENTE DE TRABALHO INDENIZA O POR DANOS MORAIS
169. icato que tiverem sofrido desconto nos sal rios a t tulo de contribui o confederativa Ficam ressalvados todos os acordos conven es coletivos e ou diss dios coletivos realizados e formalizados desde a posse da diretoria ora afastada a fim de resguardar a estabilidade jur dica dos atos praticados em raz o da boa f dos 461 terceiros signat rios empregadores e empregados mesmo porque de presumir se que todos os acordos tenham sido amplamente discutidos com os trabalhadores e referendados pela categoria profissional vista do que ficou decidido nas al neas a e b nulidade das elei es e deflagra o de novo processo eleitoral e assentado na al nea c no sentido de que os autores encontram se habilitados como pr candidatos para os efeitos do disposto no item 7 1 da Recomenda o n 143 da OIT imp e se indeferir o pedido de declara o de validade de registro de chapa com pedido liminar 2 11 Da reintegra o dos reclamantes Os requerentes alegam na inicial que desde que demonstraram o interesse em concorrer nas elei es est o sendo perseguidos dentro da empresa sofrendo retalia es sendo inclusive demitidos f 09 Requerem a reintegra o daqueles que foram dispensados pela 2 reclamada e a garantia da estabilidade provis ria para os demais Invocando o princ pio da necessidade sustentam que a dispensa inviabiliza a sua participa
170. ici ria Presentes os requisitos legais defiro aos opoentes os benef cios da assist ncia judici ria nos moldes do 3 do art 790 da CLT 11 2 Da usucapi o 1 2 1 Valor da causa A autora atribuiu causa o valor de R 1 000 00 para efeitos fiscais f 08 No entanto o im vel objeto da usucapi o foi avaliado pelo sr oficial de justi a em R 130 000 00 no dia 05 02 2002 conforme se observa no auto de penhora e avalia o f 55 N o obstante inexistir crit rio legal para atribui o do valor da causa nas a es de usucapi o a doutrina e jurisprud ncia s o un nimes em aplicar subsidiariamente a regra estabelecida pelo inciso VII do artigo 259 do CPC observando a estimativa oficial para lan amento do imposto e na sua aus ncia avalia o atrav s de per cia ou ainda de oficial de justi a avaliador Assim decidiu o E Tribunal de Justi a de Minas Gerais Ac na Ap n 2 0000 00 407611 9 000 6 C mara C vel Rel Desemb D rcio Lopardi Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 470 Mendes julg em 05 03 2003 in www timg gov br dispon vel em 01 02 2007 Nessas circunst ncias considerando se que as regras sobre o valor da causa s o de ordem p blica e que o valor atribu do pela autora na inicial R 1 000 00 manifestamente discrepante do real conte do econ mico do feito R 130 000 00 fixo o mesmo em R 130 000 00 nos termos d
171. icial Enunciado n 205 TST para o que h de ser citado para esse eventual objetivo ao in cio do processo de conhecimento Curso de direito do trabalho homenagem a C lio Goyat coordena o de Alice Monteiro de Barros v 3 ed LTr O i Magistrado desta 3 Regi o MM Juiz Dr J lio Bernardo do Carmo quando relator na 1 T do Egr gio TRT desta 3 Regi o no RO 1434 97 publicado no MG 24 04 98 analisou de forma precisa caso semelhante Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 476 Em que pese em princ pio a tomadora de servi os n o responda pelos cr ditos trabalhistas da empresa prestadora de servi os de se reconhecer a responsabilidade subsidi ria daquela porque tamb m part cipe culpa in eligendo e real benefici ria das viola es dos direitos trabalhistas A responsabilidade subsidi ria n o decorre na esp cie da exist ncia de uma rela o de emprego entre a tomadora e seu prestador pessoa f sica at porque sendo o co reclamado Caixa Econ mica Federal S A entidade vinculada administra o p blica indireta na qualidade de sociedade de economia mista nos mesmos moldes da segunda reclamada conforme f 17 adendo nosso o relacionamento laboral n o se forma ex vido disposto no art 37 item 2 da Constitui o da Rep blica e da jurisprud ncia hoje estratificada nos itens Il e III do Enunciado 33
172. ico em sentido restrito Tem pois raz o CALAMANDREI em considerar como efeito secund rio a hipoteca judicial Trata se de aut ntica norma processual que visa fundamentalmente perquirir a Tais efeitos produzem se t o s pelo fato de existirem senten as dessas esp cies pouco importando o que nelas conste a respeito do tema Efeito secund rio aquele que embora independa de pedido da parte para que seja produzido precisa estar contemplado na senten a para que se produza Portanto e assim como efeito principal uma consequ ncia da senten a considerada como ato jur dico WAMBIER Luiz Rodrigues Coord Curso avan ado de processo civil 4 ed Editora Revista dos Tribunais 2001 v p 629 LIEBMAN Enrico T lio Efic cia e autoridade da senten a e outros escritos sobre a coisa julgada Trad Ada Pellegrini Grinover 4 ed Rio de Janeiro Editora Forense p 72 e 75 efetividade da entrega da tutela jurisdicional garantia fundamental do cidad o jurisdicionado CR 88 art 5 LXXVIII garantindo se a concretude pr tica do comando seq encial atribuindo ao credor o direito de seq ela sobre o patrim nio do devedor Nesse sentido vem se pronunciando o E TRT desta Regi o EMENTA MULTAS ADMINISTRATIVAS COMPET NCIA DA JUSTI A DO TRABALHO A Justi a do Trabalho na forma do art 114 da CF competente para aplicar multas da al ada da autoridade admi
173. idade cujo adicional perfaz 30 Registre se que a base de c lculo do adicional de periculosidade o sal rio b sico percebido pelo trabalhador Tendo em vista o ndice do adicional de periculosidade 30 bem como sua base de c lculo sal rio b sico S mula n 191 do TST este mais ben fico que o adicional de insalubridade As reclamadas impugnaram o resultado do laudo por m n o trouxeram argumentos t cnicos que pudessem comprovadamente Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 564 desqualificar as conclus es do Sr Perito f 408 427 Al m disso as r s n o apresentaram quesitos suplementares que pudessem esclarecer eventuais falhas na referida prova pericial O item I da S mula n 364 do TST atesta que Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que de forma intermitente sujeita se a condi es de risco Indevido apenas quando o contato d se de forma eventual assim considerado o fortuito ou o que sendo habitual d se por tempo extremamente reduzido O laudo pericial constatou que at 03 2004 o reclamante mantinha contato com agentes perigosos de forma habitual Ap s esse per odo o autor sujeitava se a condi es perigosas de forma eventual Contudo as reclamadas n o provaram que o contato eventual do reclamante a situa es perigosas se deu de forma fortuita ou por tempo extremamente reduz
174. idade tenha termo em data anterior a 28 11 01 prescri o quinquenal 8 julgar PROCEDENTES EM PARTE os pedidos exordiais para 8 1 condenar a 1 reclamada ROSCH ADMINISTRADORA DE SERVI OS E INFORM TICA LTDA a pagar reclamante no prazo legal em rela o ao contrato de trabalho referente ao per odo de 29 05 03 a 28 08 06 as seguintes parcelas 8 1 1 aviso pr vio 8 1 2 8 12 de 13 sal rio de 2006 8 1 3 3 12 de f rias de 2006 1 3 8 1 4 FGTS 40 8 1 5 multa do art 477 da CLT base de um sal rio da autora 8 1 6 multa do art 467 da CLT equivalente a 50 do valor das verbas rescis rias aviso pr vio 13 sal rio f rias proporcionais multa de 40 do FGTS 8 1 7 diferen as entre os sal rios base recebidos pela autora e o piso salarial dos Tesoureiros Caixas e 581 outros empregados de Tesouraria que efetuam pagamentos ou recebimentos auferido pelos funcion rios da Caixa Econ mica Federal atuantes no mesmo setor e fun o da autora 8 1 8 reflexos das diferen as salariais em face da isonomia em aviso pr vio 13 sal rios f rias 1 3 FGTS 40 8 2 condenar a 3 reclamada LITORAL NORTE SERVICE EMPREENDIMENTOS LTDA a pagar reclamante no prazo legal em rela o ao contrato de trabalho referente ao per odo de 29 08 06 a 17 10 06 as seguintes parcelas 8 2 1 aviso pr vio 8 2 2 3 12 de 13 sal rio de 2006 8 2 3 3 12 de f rias de
175. ide da 12 reclamada No m rito impugna a pens o vital cia concedida Que o acidente perda da vis o de um 481 olho ocorreu por imprud ncia ou neglig ncia do autor que inclusive abandonou o servi o A 1 r insurge se s f 151 165 com preliminar de incompet ncia da Justi a do Trabalho em raz o da mat ria Alega sua ilegitimidade passiva para a a o citando jurisprud ncias f 154 156 Contra raz es foram apresentadas s f 169 171 e 172 175 respectivamente Dispensada a remessa dos autos ao d MPT conforme artigo 82 do R I desta Casa o relat rio VOTO ADMISSIBILIDADE Presentes os pressupostos de admissibilidade conhe o dos recursos Por versarem sobre a quase totalidade dos assuntos examino os em conjunto PRELIMINAR DE INCOMPET NCIA DA JUSTI A DO TRABALHO Arg ida pelos R us ao argumento de que falece compet ncia Justi a do Trabalho para examinar e decidir pedido de indeniza o por danos materiais e moral em consequ ncia de acidente de trabalho A quest o tem causado diverg ncia jurisprudencial Todavia tendo em conta a natureza da pretens o deduzida em ju zo repara o de danos material moral e est tico que se reportam s condi es da execu o do contrato laboral Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 482 tenho que a compet ncia da Justi a do Trabalho em raz o do artigo 114 da CF 88 Ao
176. ido apesar de deterem o nus probat rio em rela o a esses fatos CLT art 818 e CPC art 333 II Por conseguinte PROCEDEM os pedidos de pagamento do adicional de periculosidade e de seus reflexos em aviso pr vio 13 sal rio f rias mais 1 3 e FGTS mais 40 A liquida o ser feita por c lculos e dever observar os seguintes par metros a base de c lculo sal rio b sico do reclamante conforme a S mula n 191 do TST b adicional 30 trinta por cento c per odo de incid ncia 28 08 2001 a 31 07 2006 per odo imprescrito d evolu o salarial do reclamante 4 Do fornecimento do TRCT e das guias CD SD O reclamante declarou na audi ncia do dia 02 10 2006 f 78 que lhe foram entregues as guias CD SD para recebimento do benef cio do seguro desemprego bem como o TRCT Afirmou que recebeu o FGTS pelo que estava depositado ressalvando o direito de diferen as j postuladas no presente feito Essa declara o foi ratificada na audi ncia do dia 16 03 2007 f 432 Destarte EXTINGUE SE com resolu o do m rito o processo no que tange a esses pedidos porque essas obriga es j se encontram devidamente cumpridas 5 Do reconhecimento da proced ncia parcial dos pedidos do reclamante A 1 r assim se manifestou na audi ncia realizada no dia 16 03 2007 a 1 reclamada reconhece a proced ncia dos pedidos de pagamento de sal rios dos meses de maio junho e julho
177. incidir o sobre a import ncia corrigida TST S mula n 200 A corre o monet ria e os juros incidir o at a data da efetiva quita o do cr dito TRT 3 Regi o S mula n 15 Nos termos do 9 do art 28 da Lei n 8212 91 e 8 9 do art 214 do Decreto n 3 048 99 s o parcelas de natureza indenizat ria e que n o integram o sal rio de contribui o previdenci rio indeniza o por acidente do trabalho ou doen a ocupacional do trabalho art 214 8 9 m do Decreto Nos termos da Lei n 7 713 88 do Decreto n 3 000 99 s o parcelas n o sujeitas incid ncia fiscal indeniza o por danos materiais e morais decorrentes de acidente de trabalho ou doen a ocupacional do trabalho inciso IV do art 6 da Lei c c inciso XVI do art 39 do Decreto O valor atribu do pens o mensal a favor do reclamante inferior ao atual teto de incid ncia tribut ria no valor de R 1 257 12 raz o pela qual n o est sujeito tributa o Fundamentos pelos quais declaro inexistirem contribui es previdenci rias e recolhimentos fiscais Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 a incidirem nos valores atribu dos na presente condena o Tornada l quida a conta intime se o INSS nos termos do 3 do art 879 da CLT Concedidos ao reclamante os benef cios da justi a gratuita Honor rios periciais no valor de R 500 00 quinhentos reais pe
178. indisponibilidade de direitos realmente afrontado mas de modo a atingir somente parcelas de indisponibilidade relativa Estas assim se qualificam quer pela natureza pr pria parcela mesma ilustrativamente modalidade de pagamento salarial tipo de jornada pactuada fornecimento ou n o de utilidades e suas repercuss es no contrato etc quer pela exist ncia de expresso permissivo jur dico heter nomo a seu respeito por exemplo montante salarial artigo 7 VI CF 88 ou montante de jornada artigo 7 XIII e XIV CF 88 s o amplas portanto as possibilidades de validade e efic cia jur dica das normas aut nomas coletivas em face das normas heter nomas imperativas luz do princ pio da Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 adequa o setorial negociada Entretanto est tamb m claro que essas possibilidades n o s o plenas e irrefre veis H limites objetivos adequa o setorial negociada limites jur dicos objetivos criatividade jur dica da negocia o coletiva trabalhista Desse modo ela n o prevalece se concretizada mediante ato estrito de ren ncia e n o transa o que ao processo negocial coletivo falece poderes de ren ncia sobre direitos de terceiros isto despojamento unilateral sem contrapartida do agente adverso Cabe lhe essencialmente promover transa o ou seja despojamento bilateral ou multilat
179. indo do nus probat rio que lhes cabia CLT art 818 e CPC art 333 II Considerando a sucess o trabalhista declarada acima e a responsabilidade solid ria entre as 2 e 3 reclamadas que est o reunidas em grupo econ mico estas dever o suportar tamb m o pagamento das presentes penalidades Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 566 Logo levando em considera o o disposto na cl usula 26 da CCT 2005 2007 PROCEDE o pedido para condenar as reclamadas ao pagamento de duas multas coletivas uma pelo n o fornecimento dos vales refei o e a outra pelo n o fornecimento dos vales transporte em favor do autor no importe de R 61 69 sessenta e um reais e sessenta e nove centavos cada uma 7 Das multas previstas nos arts 467 e 477 da CLT No que tange multa prevista no 88 do art 477 da CLT h de se acolher o pedido do reclamante uma vez que ficou provado que as verbas rescis rias n o foram pagas no prazo previsto no 6 do referido dispositivo legal PROCEDE o pedido de pagamento da multa do 8 do art 477 da CLT em valor correspondente ao ltimo sal rio do autor No que se refere multa do art 467 da CLT n o h como acolher esse pleito haja vista que houve discuss o acerca da quita o ou n o das verbas trabalhistas pleiteadas consoante as raz es esposadas na contesta o da 1 reclamada IMPROCEDE o pedido de pagamen
180. intervalo para repouso ou alimenta o do trabalhador Por seu turno quando o trabalho di rio exceder de seis horas o intervalo ter de ser em princ pio estipulado com dura o de uma a duas horas S poder ser superior a duas horas se o permitir acordo escrito entre o empregador e os empregados acordo coletivo celebrado entre a empresa e o sindicato dos seus empregados ou ainda conven o coletiva firmada entre os sindicatos representativos das correspondentes categorias s poder ser inferior a uma hora se o autorizar decis o do Ministro do Trabalho depois de verificar com a audi ncia obrigat ria da Secretaria de Seguran a e Medicina do Trabalho que o estabelecimento atende integralmente s exig ncias concernentes organiza o dos refeit rios e ainda assim quando os respectivos empregados n o estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares 8 3 do art 71 SUSSEKIND Arnado et al Institui es de direito do trabalho v 1 LTr ed 96 p 789 790 Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 O Colendo TST j se pronunciou a respeito Cl usula de acordo coletivo que disp e sobre a n o remunera o dos intervalos entre jornadas para descanso ou refei o n o encontra prote o no art 7 XXVI da CF 88 cuja exegese n o se conforma com disposi o contratual menos ben fica ao trabalhador
181. io Linhares Renault Revisor Des Ant nio lvares da Silva A an lise relativa ocorr ncia ou n o de pr contrato adentra ao m rito e com ele ser verificada Declara se pois a compet ncia da Justi a do Trabalho para apreciar e julgar os pedidos formulados na pe a de ingresso M rito Pr contrato de trabalho Verbas postuladas Narra a reclamante que laborava na empresa BBTUR Viagens e Turismo Ltda desde 05 04 2006 alegando que recebeu proposta pela reclamada para trabalhar em seu favor a partir de 07 09 06 Alega que em fun o da proposta feita pela reclamada pediu demiss o em 05 09 06 do seu antigo emprego Afirma que ap s ter pedido demiss o do emprego anterior e antes de iniciar os trabalhos em prol da reclamada esta unilateralmente cancelou sua contrata o argumentando problemas financeiros Esclarece a reclamante que a conduta da reclamada lhe gerou danos tanto de ordem material quanto de ordem moral requerendo o pagamento de indeniza o da decorrente Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 A reclamada contesta argumentando que n o houve qualquer pr contrato no caso Alega que apenas ocorreram meras tratativas e que essas n o se conclu ram afirmando que a reclamante se precipitou em pedir demiss o do emprego anterior sob o argumento de que sua eventual futura contrata o n o havia ainda sido confirmada Alega tamb m qu
182. ira oposta jamais teve a posse mansa pac fica e sem oposi o do im vel tampouco o teve como seu sabedora que o bem pertence ao seu filho segundo oposto Assiste inteira raz o aos Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 oponentes pelo que se depreende do conjunto probat rio dos autos O registro juntado s f 310 312 relativo ao im vel em quest o revela que esse foi penhorado em 25 04 2002 para garantir a execu o trabalhista dos cr ditos dos oponentes em face do segundo oposto Sr M rio Yolette Em seguida os oponentes juntamente com os demais credores nos autos da mencionada precat ria 01 90092 02 adjudicaram o im vel tendo a carta de adjudica o sido expedida no dia 12 11 2003 e registrada a adjudica o no dia 31 03 2004 vide f 311 verso No interregno entre a expedi o da carta de adjudica o e o seu respectivo registro no cart rio de im veis houve o ajuizamento da a o de usucapi o no dia 23 12 2008 conforme protocolo de f 31 Na referida a o de usucapi o a primeira oposta tenta obter o t tulo de dom nio do im vel penhorado que antes da adjudica o pertencia a seu pr prio filho segundo oposto afirmando ser possuidora do im vel h mais de 30 anos de forma mansa e pac fica e com animus domini Enquanto tal a o seguia seus tr mites a primeira oposta tentou a anula o da adjudica o no que n o logrou xito c
183. ito dentre as quais a participa o de n o filiados como votantes Reafirmam que os dirigentes sindicais reeleitos est o na dire o do sindicato h mais de vinte anos e relatam as dificuldades enfrentadas pelos membros da categoria profissional de se filiarem ao sindicato Alegam ainda que desde que demonstraram o interesse em concorrer nas elei es est o sendo perseguidos dentro da empresa sofrendo retalia es sendo inclusive demitidos f 09 A ordem de reintegra o dos litisconsortes demitidos e a proibi o de dispensa dos demais litisconsortes foi cassada pela 1 SDI do TRT atrav s da liminar concedida no MS 00989 2006 certid o f 306 Entretanto reformulando os fundamentos provisoriamente exarados na liminar concedida a 12 SDI do TRT reconheceu a presen a dos requisitos do fumus boni Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 454 iuris e do periculum in mora e restabeleceu a liminar concedida por este ju zo Ao faz lo proclama o v ac rd o Em obedi ncia aos princ pios constitucionais superiores da autonomia coletiva e do contradit rio faz se mister assegurar aos trabalhadores que se aventuraram a remar contra a mar o direito estabilidade no emprego at a decis o de m rito da a o ordin ria anulat ria das elei es f 1717 Pois bem Pretendem os autores na presente a o como tutela d
184. itular em exerc cio na Vara do Trabalho de Ituiutaba MG julgou a reclama o trabalhista movida por LUCIANO GUIMAR ES DE SOUZA em face de GLOBAL SEG VIGIL NCIA E SEGURAN A LTDA e LAGINHA AGROINDUSTRIAL S A Aberta a audi ncia foram de ordem do MM Juiz titular em exerc cio apregoadas as partes Ausentes Submetido o processo a julgamento proferiu se a seguinte SENTEN A RELAT RIO relat rio nos termos do art 852 I da CLT Tratando se de procedimento DECIDE SE sumar ssimo dispensado est o Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 FUNDAMENTOS Das preliminares A Da in pcia da inicial pedidos de letras b d e f A 1 reclamada pretende a declara o de in pcia dos pleitos de letras b reflexos das horas extras d reflexos das horas in itinere e f honor rios assistenciais Ensina o Professor Humberto Theodoro J nior que Admite o C digo de Processo Civil todavia alguns pedidos impl citos como o caso das presta es vincendas em obriga es de trato sucessivo art 290 e o do nus das despesas processuais que o juiz deve impor ao vencido mesmo diante do sil ncio do vencedor art 20 O pr prio art 293 que preconiza a interpreta o restritiva dos pedidos cont m em sua parte final uma ressalva que nada mais do que a previs o de mais um caso de pedido impl cito Com efeito disp
185. ivre iniciativa e o exerc cio da atividade econ mica devem conviver harmonicamente com os princ pios da justi a social e do valor social do trabalho Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 562 Diante da fundamenta o acima exposta evidencia se claramente a sucess o trabalhista cl ssica onde os sucessores dever o responder pelas obriga es derivadas da rela o de trabalho originariamente mantida com a empresa sucedida na forma dos artigos 10 e 448 da CLT Assim em decorr ncia das raz es acima elencadas e com norte nos princ pios e normas que regem o Direito do Trabalho DECLARA SE que as 2 e 32 reclamadas A REO TRANSPORTES A REOS S A e VARIG LOG STICA S A empresas reunidas em grupo econ mico conforme confessado na contesta o f 181 s o sucessoras da 1 reclamada VARIG S A VIA O RIO GRANDENSE devendo por isso responderem solidariamente 8 2 do art 2 da CLT pelas verbas trabalhistas e multas eventualmente deferidas nesta senten a 2 Da equipara o salarial pedida pelo reclamante O reclamante afirma que sempre exerceu as mesmas atividades dos Srs Cl udio Augusto de Oliveira e Domingos Joannis Korres com a mesma capacidade produtividade e perfei o t cnica apesar de receber um sal rio menor do que os percebidos pelos aludidos funcion rios A 1 reclamada defende se declarando que o autor n o faz jus equipara
186. la o cooperativista simulada art 9 da CLT 11 11 Prescri o aus ncia de causas interruptiva suspensiva e impeditiva e tendo sido arg ida na inst ncia pr pria S mula n 153do TST acata se a prescri o bienal 02 anos ap s a extin o do contrato de trabalho a incidir sobre todos os direitos pleiteados na inicial em rela o ao contrato de emprego firmado entre reclamante e 22 reclamada nos termos 575 do inciso XXIX do artigo 7 da CR 88 tendo em vista a ruptura do pacto laboral em 28 05 03 e a propositura da a o em 28 11 06 exce o da pretens o relativa s anota es da CTPS que se revela de car ter declarat rio para fins de prova junto Previd ncia Social 1 do art 11 da CLT Acata se ainda a prescri o quinguenal a incidir sobre todas as verbas pleiteadas na exordial cuja exigibilidade tenha termo em data anterior a 28 11 01 05 anos retroativos data do ajuizamento da a o nos termos do inciso XXIX do artigo 7 da CR 88 e item da S mula n 308 do TST 11 12 Da responsabilidade da 4 reclamada Fraude Terceiriza o sabido e consabido que o Direito do Trabalho veda a contrata o de trabalhadores por empresa interposta formando se o v nculo empregat cio diretamente com a empresa tomadora dos servi os salvo nas hip teses de terceiriza o l cita Somente se admite a contrata o de empresa terceirizada S mula n 331 do TST para pr
187. la o de Emprego e da Empresa trar ao presente caso os par metros necess rios para que seja adotada a melhor decis o Este princ pio refere se diretamente s rela es vinculadas empresa inser o do trabalhador na sua estrutura produtiva sempre em aten o ao trabalho humano e garantia do pleno emprego conforme preconiza a Constitui o da Rep blica em seu artigo 1 incisos Ill e IV que estabelecem como fundamentos da Rep blica Federativa do Brasil dentre outros a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho constituindo se um direito fundamental do cidad o brasileiro o livre exerc cio de qualquer trabalho inciso XIII do art 5 da CR 88 O trabalho al m de um direito fundamental constitui se em uma forma de dignifica o da pessoa humana e de diminui o das desigualdades sociais As reclamadas invocam a Lei n 11 101 2005 para defenderem a regularidade da aquisi o de ativos realizada Por m a mesma Lei em seu Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 558 artigo 47 privilegia o valor do trabalho como forma de manuten o da empresa em dificuldades financeiras O Princ pio da Continuidade da Empresa significa que as altera es na pessoa do empregador n o podem repercutir no contrato de emprego e nem prejudicar a solvabilidade dos cr ditos alimentares a que faz jus o trabalhador No contrato de emprego temos de
188. la reclamada sucumbente na pretens o do objeto da per cia CLT art 790 B atualiz veis na forma da OJ n 198 da SBDI I do TST Custas pela reclamada no importe de R 1 000 00 um mil reais calculadas sobre R 50 000 00 cinquenta mil reais valor arbitrado condena o 537 Of cio DRT ante ao descumprimento da legisla o trabalhista Of cio ao MPT com c pia da presente decis o ante a possibilidade de macroles es ao interesse p blico e aos interesses sociais constitucionalmente tutelados inerentes prote o jur dica da sa de dos trabalhadores no ambiente de trabalho CR 88 art 127 c c art 129 III Of cio imediato ao CRI desta cidade para que seja registrado margem da s matr cula s do s im vel eis da reclamada o t tulo constitutivo da hipoteca judici ria Cientes as partes nos termos da S mula n 197 do TST Nada mais encerrou se ATA DE AUDI NCIA PROCESSO N 00006 2007 146 03 00 0 Data 24 05 2007 DECIS O DA VARA DO TRABALHO DE NANUQUE MG Ju za Substituta Dr HELEN MABLE CARRE O ALMEIDA RAMOS E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus daqueles que s o chamados por seu decreto Romanos 8 28 Aos 24 dias do m s de maio de 2007 s 16h30min a Ju za do Trabalho Helen Mable Carre o Almeida Ramos publicou nos autos do presente processo a seguinte SENTEN A Vistos etc RELAT RIO MARCOS MOREIRA DA
189. laborista na hip tese de invalidez para o trabalho por qualquer causa podendo a empresa optar pela contrata o Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 510 de seguro ao fazer esta op o o seguro deve cobrir exatamente a hip tese prevista na norma convencional Se o seguro limita se a invalidez total ou parcial por acidente a empresa arcar com a indeniza o prevista na norma coletiva se a invalidez do empregado ocorreu por causa diversa O n o cumprimento da obriga o de fazer pela empregadora atrai a sua convers o em indeniza o art 879 do C Civil Processo RO 14202 01 15 02 2002 DJMG P gina 19 Relatora Desembargadora Denise Alves Horta EMENTA INVALIDEZ PERMANENTE POR DOEN A SEGURO DE VIDA NORMA CONVENCIONAL A empregadora deve ser diligente contratando um seguro de vida e acidentes pessoais em grupo observadas as coberturas m nimas exigidas pela Conven o Coletiva de Trabalho da categoria de forma a cumprir as determina es ali constantes Assinando contrato de seguro que cont m mais exig ncias do que a norma coletiva prev a empregadora deve ser responsabilizada pelo pagamento da indeniza o pleiteada Processo RO 14831 01 Data de Publica o 08 02 2002 DJMG P gina 12 Primeira Turma Juiz Jos Marlon de Freitas o condicionamento da presta o da assist ncia circunst ncia de a causa do problema de sa de n
190. lar que a maioria das fichas de filia o carreadas para os autos n o trazem sequer a data de inscri o do trabalhador no quadro social do sindicato Observe se por exemplo a ficha de f 1518 Raimundo Soares dos Santos que refere se admiss o em 06 05 91 e a data de 455 filia o consigna o ano de 1986 As fichas dos representados Laughton Alves Pereira f 1567 e Jo o Ant nio P Santos f 1487 n o cont m os dados para o registro do associado sequer as datas de admiss o na empresa e de filia o Note se que inexiste entre as fichas de f 1458 1638 o comprovante de registro de associado de alguns integrantes da chapa 01 dirigentes reeleitos como PEDRO LEAL DA SILVA MARIA ELIANA FERREIRA SANTOS RENATO S RGIO PEREIRA NATAL CIO RIBEIRO LOPES e LEONARDO DA SILVA LEITE SANTOS A ficha de filia o de HILTON MAGOS FERREIRA VELOSO n o cont m data de filia o e a assinatura apresenta se ileg vel Tamb m apresentam irregularidades as fichas dos dirigentes reeleitos C LIO PEREIRA DO NASCIMENTO f 1515 de MIGUEL RAIMUNDO f 1529 VALDEIR FERREIRA SOUTO f 1506 OROZINO BISPO DE OLIVEIRA f 1504 JOS BRITO SALES f 1560 JOS RIBEIRO DIAS f 1508 e JOS OSMAR DA COSTA f 1564 A inexist ncia de um efetivo e consistente controle de registro de associados torna veross mil a alega o dos requerentes de que desconheciam a condi o de n o filiados visto que
191. lecido para o pr prio Poder Executivo No que tange reelei o dos dirigentes sindicais tamb m n o h qualquer previs o no Estatuto Sindical e mais uma vez n o veio aos autos ata de Assembl ia Geral autorizando e regulamentando tal hip tese Al m disso vale repisar que o processo eleitoral foi todo conduzido pelo Presidente do sindicato tamb m candidato reelei o O Estatuto atribui ao Presidente da entidade a compet ncia para as quest es pertinentes ao processo eleitoral art 72 f 55 por m n o parece razo vel que Presidente candidato coordene a pr pria reelei o inclusive indeferindo o registro da chapa concorrente docs 65 67 Num processo eleitoral democr tico reelei o de dirigentes sindicais espera se no m nimo que seja comandado por uma comiss o independente e neutra Nota se ainda que a convoca o dos associados para as elei es e registro de candidaturas n o ocorreu de forma ampla e transparente A publica o do aviso resumido do edital em jornal da capital do Estado certamente n o atende ao objetivo de dar a necess ria divulga o s elei es sindicais N o parece cr vel que todos os empregados da empresa r com sede nesta cidade se dediquem leitura di ria de jornais editados na capital do Estado Certamente a op o escolhida pelo sindicato requerido como divulga o do edital 1 do art 41 do Estatuto n o aquela esperada de um p
192. lismo tem cumprido seu dever de of cio Entendo caber ao Poder Judici rio frente quest o atinente s disputas internas da pol tica sindical o nobil ssimo papel de assegurar a regularidade do procedimento eleitoral nos termos dos direitos constitucionais de liberdade e igualdade assegurando aos membros da categoria o exerc cio da autonomia pol tica importante ao princ pio da cidadania que se tem como um dos fundamentos da Rep blica art 1 Il CF 88 Trata se efetivamente de uma op o de julgamento que d preval ncia ao princ pio de democracia nas rela es sindicais sobre as formas compreendendo que compete categoria dar o veredito e com isto avan ar no aprendizado da milit ncia sindical democr tica Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 ainda muito t mida e tantas vezes degenerada por autoritarismos e toda sorte de despaut rios agora descortinados perante esta Justi a Especializada nas in meras a es relativas gest o sindical grifou se Na esteira desse hist rico entendimento pretoriano imp e se ratificar a ordem concedida em sede de liminar para manter a reintegra o dos litisconsortes dispensados pela empresa r nos respectivos postos de trabalho bem como a ordem de proibi o de dispensa dos litisconsortes que continuam na ativa at a realiza o das novas elei es sindicais e se eleitos pelo prazo legal d
193. lo autor esteja em crise A consequ ncia que a demanda deve necessariamente al m de individualizar fatos e propor seu enquadramento jur dico para a demonstra o do direito alegado descrever tamb m os fatos caracterizadores da crise jur dica lamentada Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 474 Vige no sistema processual brasileiro o sistema da substancia o pelo qual os fatos narrados influem na delimita o objetiva da demanda e consequentemente da senten a art 128 mas os fundamentos jur dicos n o Tratando se de elementos puramente jur dicos e nada tendo de concreto relativamente ao conflito e demanda a invoca o dos fundamentos jur dicos na peti o inicial n o passa de mera proposta ou sugest o endere ada ao juiz ao qual compete fazer depois os enquadramentos adequados para o que levar em conta a narrativa de fatos contida na peti o inicial a prova realizada e sua pr pria cultura jur dica podendo inclusive dar aos fatos narrados e provados uma qualifica o jur dica diferente daquela que o demandante sustentara narra mihi factum dabo tibi jus DINAMARCO C ndido Rangel Institui es de direito processual civil 2 ed Malheiros 2002 p 126 128 Afirma o reclamante que nunca gozou de intervalo descanso refei o e faz jus pois ao pagamento de horas extraordin rias Eis o fato O ou os pedidos decorr
194. losidade em horas extras itens 4 e 8 f 05 06 pelo que SE EXTINGUE sem resolu o do m rito o processo no que se refere a esses pedidos CPC art 267 I c c art 295 I par grafo nico e ACOLHER a prejudicial de prescri o para EXTINGUIR com resolu o do m rito o processo no que tange aos pedidos relativos a les es de direitos antecedentes a 28 de agosto de 2001 nos termos do inciso IV do artigo 269 do CPC No m rito resolve o ju zo da VARA DO TRABALHO DE PEDRO LEOPOLDO MG EXTINGUIR com resolu o do m rito o processo no que se refere ao pedido de fornecimento das guias CD SD e do TRCT porque essas obriga es j se encontram devidamente cumpridas e JULGAR PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados pelo reclamante WALSON ARA JO MACIEL em face de VARIG S A VIA O RIO GRANDENSE A REO TRANSPORTES A REOS S A e VARIG LOG STICA S A nos autos do processo n 01562 2006 092 03 00 6 para I DECLARAR que as 22 e 32 reclamadas A REO TRANSPORTES A REOS S A e VARIG LOG STICA S A empresas reunidas em grupo econ mico conforme confessado na contesta o f 181 s o sucessoras da 1 reclamada VARIG S A VIA O RIO GRANDENSE devendo por isso responderem solidariamente 2 do art 2 da CLT pelas verbas trabalhistas e multas ora deferidas nesta senten a II DECLARAR que o t rmino do contrato de trabalho do autor ocorreu em 30 08 2006 HI CONDENAR solidariamen
195. mento desta Especializada Por outro lado a 3 r admitiu f 970 971 que a reclamante executava jornada de apenas seis horas di rias com quinze minutos de intervalo de segunda a sexta feira com folgas aos s bados domingos e feriados entretanto n o apresentou justificativa plaus vel para o n o acolhimento da determina o de entrega de documentos Registre se que a 12 r quedou se inerte Pois bem Restou incontroversa a exist ncia dos recibos de pagamento e contratos firmados com a autora cart es de ponto e comprovantes dos dep sitos fundi rios constituindo nus das reclamadas possu los e traz los a conhecimento do ju zo N o se admitindo a escusa para n o trazer tais documentos por terem conte do comum s partes aplico s 12 22 e 3 reclamadas a pena de confiss o a teor do art 358 III c c art 359 Il ambos do CPC A confiss o aplicada 3 reclamada faz que sejam procedentes em face de seus suportes eminentemente f ticos e inexist ncia de documentos e outras provas a demonstrar de forma diversa em rela o ao contrato de trabalho referente ao per odo de 29 08 06 a 17 10 06 as seguintes parcelas a aviso pr vio b 3 12 de 13 sal rio de 2006 c 3 12 de f rias de 2006 1 3 d FGTS 40 e multa do art 477 da CLT base de um sal rio da autora f multa do art 467 da CLT equivalente a 50 do valor das verbas rescis rias aviso pr vio 13 sal
196. mos da Lei n 1 060 50 Juros e corre o monet ria Descontos fiscais e previdenci rios Incidem juros de 1 ao m s sobre todas as parcelas apuradas em liquida o de senten a n o capitalizados pro rata die na forma da Lei n 8 177 91 e corre o monet ria com base no ndice do m s subsequente ao trabalhado nos termos do artigo 459 da CLT e da S mula n 381 do C TST N o h falar em descontos previdenci rios em face da natureza indenizat ria das verbas ora deferidas Il CONCLUS O DECIDE o Ju zo da 26 Vara do Trabalho de Belo Horizonte MG rejeitar a preliminar de incompet ncia da Justi a do Trabalho e no M RITO julgar PROCEDENTES EM PARTE os pedidos formulados pela reclamante RENATA JUNQUEIRA DE MELO para condenar a reclamada SHISHINDO 551 MANDALA SPA ZEN a satisfazer e a pagar lhe no prazo de oito dias conforme se apurar em liquida o por c lculos as seguintes obriga es l indeniza o por danos materiais em valor equivalente diferen a entre o que a reclamante recebeu por ocasi o do acerto rescis rio decorrente do pedido de demiss o e o que receberia numa eventual rescis o sem justa causa no emprego anterior ou seja valor equivalente ao aviso pr vio R 1 378 00 indeniza o substitutiva do seguro desemprego nas parcelas e valores a que teria direito na poca de sua dispensa conforme estabelecido pelo CODEFAT multa de 40 sobre os dep sitos do F
197. mpet ncia desta Especializada com espeque nos artigos 114 da CR 88 e 652 IV da CLT segundo os quais competir Justi a do Trabalho conciliar e julgar os diss dios individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores e na forma da lei outras controv rsias decorrentes da rela o de emprego Se os autores s o herdeiros do empregado que no mbito de seu contrato de trabalho aderiu a contrato de seguro de vida em grupo que lhe teria assegurado indeniza o por morte e via de consequ ncia aqueles pleiteiam o pagamento correspondente est configurado diss dio decorrente da rela o de emprego Ainda que o p lo passivo da presente demanda seja ocupado por um terceiro em litiscons rcio com a empregadora do falecido empregado esse fato n o importa afastar a compet ncia da Justi a do Trabalho porque a controv rsia gravita no mbito do contrato de trabalho eis que foi atrav s dele que esse terceiro que a companhia seguradora obrigou se a pagar aos herdeiros do trabalhador um pr mio diante do implemento do sinistro contratado Da por que a primeira reclamada a empregadora tem legitimidade juntamente com a segunda seguradora para responder perante esta Especializada pelas obriga es ajustadas com o de cujus 507 Processo 00780 2006 010 03 00 2 RO 16 03 2007 DJMG P gina 6 Primeira Turma Ju za Ta sa Maria Macena de Lima Registre se quanto ao aresto do STJ que m
198. n o este o elemento que faz surgir aquela responsabilidade Nem h falar na exig ncia da prova da inidoneidade ou inadimpl ncia da empresa prestadora de servi os pois o que se reclama no caso apenas o descumprimento das obriga es trabalhistas A refer ncia aos artigos 2 e 9 da CLT no recurso n o tem por isso mesmo qualquer pertin ncia com a mat ria sub judice ou quando menos n o se aplica controv rsia pois como assinalado a responsabiliza o no particular independe de ilegalidade do contrato firmado assim como n o exige a presen a de fraude ou grupo econ mico 477 Vale transcrever ainda que parcialmente a palestra proferida pelo Ministro togado do Tribunal Superior do Trabalho Vantuil Abdala e publicada na ntegra pela Revista LTr 60 05 587 sobre a quest o ora sob exame para que n o pairem quaisquer d vidas quanto a ter a responsabilidade em tela indiscut vel amparo legal sen o vejamos O C digo Civil em seu art 1 522 estipula entre outros casos que o empregador respons vel pela repara o do dano causado a outrem por seus empregados e prepostos no exerc cio do trabalho desde que tenha ele empregador concorrido para o dano por culpa ou neglig ncia art 1 523 J a cinq entona CLT previa em seu artigo 455 a responsabilidade do empreiteiro principal nos contratos de subempreitada em virtude do inadimplemento do subempreiteiro com rela
199. natural e recorrente das cl usulas 2 N o consideramos a express o contrato m nimo a de melhor t cnica para se denotar aquilo que com ela se quer expressar Isso porque tratando se de imposi es de ordem p blica os efeitos pretendidos por tais normas podem ou n o confundir se com os pretendidos pelas partes sendo que no entanto a ades o da vontade das partes aos efeitos visados pela lei n o o que d ess ncia a esse complexo normativo Este vige independente de tal assun o por parte do destinat rio da norma o que lhe retirar fundamento de neg cio jur dico para aproxim lo do ato jur dico priorizando se o car ter coercitivo da norma jur dica Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 504 contratuais trabalhistas S o repercuss es obrigacionais inevit veis estrutura e din mica do contrato empregat cio ou que ajustadas pelas partes n o se afastam do conjunto b sico do conte do do contrato As mais importantes s o respectivamente a obriga o do empregador de pagar parcelas salariais e a do empregado de prestar servi os ou colocar se profissionalmente disposi o do empregador Pode se dizer em outras palavras que quanto mais se aproximarem os efeitos do contrato de emprego daqueles pretendidos autonomamente pelas partes tanto mais observar se o os efeitos pr prios desse contrato A defini o de efeitos conexos tamb m
200. nde se caracterizado o simples contrato de empreitada e n o o de presta o de servi os terceirizados Caso de aplica o Rodrigues Pinto J nior J 02 04 2003 DONO DA OBRA RESPONSABILIDADE SUBSIDI RIA INEXIST NCIA distinta a rela o jur dica que existe entre o empreiteiro e o dono da obra Esta possui natureza eminentemente civil e aquela se estabelece entre o Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 480 empreiteiro e seus empregados e integralmente regida pela legisla o trabalhista O dono da obra n o empregador dos trabalhadores que laboram para o empreiteiro e em rela o a eles n o titular de nenhum direito ou obriga o de cunho trabalhista Esse entendimento est consagrado na Orienta o Jurisprudencial n 191 do TST nestes termos Diante da inexist ncia de previs o legal o contrato de empreitada entre o dono da obra e o empreiteiro n o enseja responsabilidade solid ria ou subsidi ria nas obriga es trabalhistas contra das pelo empreiteiro salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora O Enunciado n 331 do TST n o guarda rela o com o v nculo havido entre o empreiteiro e o dono da obra O citado enunciado se aplica s empresas prestadoras de servi os atribuindo s empresas tomadoras a responsabilidade subsidi ria pelo inadimplemento das obriga es trabalhistas assumidas pelas
201. ndo novos documentos f 1705 1707 Houve a suspens o do julgamento do feito nos termos da decis o de f 1708 A decis o proferida nos autos do mandado de seguran a foi juntada s f 1709 1720 em s ntese o RELAT RIO Tudo visto e examinado decide se 2 FUNDAMENTOS 2 1 Compet ncia da Justi a do Trabalho A Emenda Constitucional n 45 2004 que alterou o artigo 114 da Constitui o Federal atribuiu a esta Justi a Especializada a compet ncia para conhecer e julgar todas as a es alusivas representa o sindical como o caso em an lise inciso III do artigo 114 da CF 88 Indiscut vel portanto a compet ncia material deste ju zo para conhecer instruir e julgar o presente feito 2 2 Juntada extempor nea de documentos De forma temer ria eis que a instru o j se encontrava encerrada o sindicato carreou com os memoriais as declara es de f 1705 1707 O ju zo deixa de conhecer de tais documentos porquanto manifestamente extempor neos 2 3 Rito ordin rio valor da causa N o obstante o valor atribu do causa na inicial R 1 000 00 tem se por adequada a tramita o do feito pelo PROCEDIMENTO ORDIN RIO tendo em vista a real express o econ mica do lit gio e o disposto no art 1 da Instru o Normativa n 27 editada pelo TST atrav s da Resolu o n 126 2005 Em atendimento exig ncia contida no art 258 do CPC subsidiariamente
202. nistrativa quando a viola o de norma trabalhista estiver provada nos autos Nos diss dios entre empregados e empregadores compreende se tamb m a compet ncia para aplica o de multas CLT art 652 d Se da compet ncia da Justi a do Trabalho decidir sobre o direito trabalhista claro que ela tamb m competente por natural ila o para aplicar a multa que derive do direito reconhecido em sua senten a pois se trata de um diss dio t pico entre empregado e empregador derivado da rela o de trabalho Apenas se diferencia do diss dio comumente decidido num aspecto em vez de ter uma fun o ressarcit ria a multa possui finalidade punitiva Esta fun o na pr tica t o importante quanto a condena o patrimonial para a garantia do ordenamento trabalhista Como os mecanismos ressarcit rios s o insuficientes a multa refor a a condena o e ajuda no estabelecimento de um quadro Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 desfavor vel ao demandismo pois a protela o passa a ser um nus e n o uma vantagem para o devedor S assim se extinguir esta litigiosidade absurda que hoje se cultiva na Justi a do Trabalho sem d vida a maior e a mais cara do mundo Al m do mais se garantir o efeito educativo da lei com a revers o da expectativa que hoje reina no f rum trabalhista melhor cumpri la e pagar o d bito do que empurr lo an
203. nsporte Por outro lado o inciso Ill do 2 do art 458 da CLT assim disp e 8 2 Para os efeitos previstos neste artigo n o ser o consideradas como sal rio grifo e destaque meus as seguintes utilidades concedidas pelo empregador Il transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno em percurso servido ou n o por transporte p blico A jurisprud ncia p tria n o destoa do at aqui decidido HORAS ITINERANTES TEMPO ALUSIVO A MERA COMODIDADE DO TRABALHADOR INCOMPUT VEL NA JORNADA O transporte oferecido pela empregadora como mera comodidade do empregado insuscept vel de o tempo de sua dura o repercutir e ou ser computado na jornada de trabalho Significa dizer que nos casos em que o transporte pela empregadora seja indispens vel para a consecu o de sua atividade econ mica como emoldurado no Enunciado 90 e exclus es tamb m sedimentadas em verbetes sumulares do TST o tempo despendido na locomo o que se habilita integra o da jornada estrito e restrito ao gasto para ir ao trabalho e ao cabo desta retornar O tempo de traslado do Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 496 empregado para ir alimentar se gozando o intervalo intrajornada e retornar para a segunda etapa ao trabalho n o comput vel como de dura o do labor porque este retrata a mais irretocada comodidade do obreiro que n o s
204. ntal nos autos A revelia e pena de confiss o aplicadas 1 reclamada fazem que sejam procedentes em face de seus suportes eminentemente f ticos e inexist ncia de documentos e outras provas a demonstrar de forma diversa em rela o ao contrato de trabalho referente ao per odo de 29 05 03 a 28 08 06 as seguintes parcelas a aviso pr vio b 8 12 de 13 sal rio de 2006 c 3 12 de f rias de 2006 1 3 d FGTS 40 e multa do art 477 da CLT base de um sal rio da autora f multa do art 467 da CLT equivalente a 50 do valor das verbas rescis rias aviso pr vio 13 sal rio f rias proporcionais multa de 40 do FGTS uma vez que todas s o incontroversas diante da revelia II 9 Confiss o Apresenta o de documentos Artigo 359 do CPC A requerimento do autor f 1113 determinou se a juntada pelas 1 2 e 3 reclamadas dos recibos de pagamento e contratos firmados com a autora cart es de ponto e comprovantes dos dep sitos fundi rios sob as penas do art 359 do CPC A 2 reclamada alegou f 1123 que em vista da natureza da rela o jur dica entre reclamante e a reclamada ou seja de cooperativismo os documentos solicitados n o existem Todavia a declara o n o cr vel j que a autora prestou servi os nas depend ncias da Caixa Econ mica Federal nos mesmos moldes dos seus servidores que possuem controle de 573 jornada em regra como do conheci
205. nte ia para o trabalho em sua motocicleta que o reclamante declarou que n o necessitava de vale transporte conforme demonstra documento anexo Por vezes ao apreciar id ntico pedido adoto posicionamento contr rio ao deferimento das horas in itinere N o h como se acolher a pretens o obreira O simples fato de a empresa fornecer aos seus empregados transporte por si s n o justifica o pagamento das horas in itinere pleiteadas Posiciono me no sentido de que o transporte fornecido pelo empregador aos seus empregados se trata de benef cio para o trabalho e n o pelo trabalho Entendimento contr rio seria apenar quem apenas tenta suprir falha do poder p blico municipal que deveria manter satisfatoriamente transporte regular p blico para os seus cidad os Alie se a tais argumentos o fato de que caso a empresa n o fornecesse referido transporte estaria o reclamante obrigado a arcar com despesas referentes condu o o que com certeza pesaria consideravelmente em seu or amento familiar A empresa apenas contribui para que isso n o ocorra Frise se que talvez esteja na hora de reavaliar se o pagamento das chamadas horas in itinere Nos grandes centros trabalhadores acordam de madrugada usam nibus para chegar ao local de trabalho quando n o se utilizam de trens ou do metr e ao que se saiba nenhum deles recebe horas in itinere Mais se o local de trabalho de dif cil acesso com o transporte forn
206. o recorrer analogia aos costumes e aos princ pios gerais de direito Ora no caso dos autos restou fartamente demonstrado que a reclamante exercia as mesmas fun es dos funcion rios da Caixa Econ mica Federal Ver a prop sito todos os documentos juntados pela autora e os depoimentos de f 1121 1122 Diante de todas essas considera es a isonomia salarial plenamente aplic vel figura abalizadora da equival ncia remunerat ria entre a reclamante e os funcion rios da CEF que atuavam no mesmo setor e na mesma fun o da autora durante o pacto laboral desta com a prestadora dos servi os terceirizados Assim s o devidas as diferen as entre os sal rios base recebidos pela autora e o piso salarial dos Tesoureiros Caixas e outros empregados de Tesouraria que efetuam pagamentos ou recebimentos condi o que restou demonstrada pela provas dos autos em especial pela prova oral de f 1121 1122 daqueles funcion rios da Caixa Econ mica Federal atuantes no mesmo setor e fun o da autora por todo o per odo imprescrito Como n o se trata de equipara o n o h que se cogitar de sal rio id ntico ao de um funcion rio espec fico da CEF ou daqueles que exer am a mesma fun o porquanto a exigir se ia a presen a de todos os requisitos do art 461 da CLT circunst ncia sequer cogitada na inicial e ausente dos autos Quando da liquida o de senten a ainda que em execu o provis ria
207. o domini Este requisito ps quico de tal maneira se integra na posse que adquire t nus de essencialidade Institui es de direito civil v IV p 105 Incide aqui a regra do art 497 do C digo Civil de 1916 art 1 208 do CC de 2002 segundo a qual n o induzem posse os atos de mera permiss o ou toler ncia posse prec ria E a posse prec ria jamais convalesce porque a precariedade n o cessa nunca Em suma mesmo que a oposta tivesse comprovado residir no im vel durante trinta e um anos jamais poderia usucapi lo porquanto sua perman ncia no im vel decorreu da autoriza o ou permiss o de seu filho para tanto Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 Cabe agora retomar a quest o principal em an lise que n o apenas a possibilidade na verdade a impossibilidade da primeira oposta usucapir o bem mas sim os motivos que ensejaram a pr pria propositura da a o de usucapi o O principal deles j foi mencionado qual seja a tentativa de impedir a expropria o do bem na execu o trabalhista E essa tentativa teria xito na hip tese de o pedido de usucapi o ser considerado procedente haja vista que o im vel passaria para o patrim nio da primeira oposta e o sr M rio Yolette na qualidade de herdeiro da mesma teria novamente a propriedade do bem em um c rculo perfeito por m vicioso E tal possibilidade n o t o remota assim na medida em q
208. o que reduzir o ganho remunerat rio do empregado E numa an lise da perspectiva do empregado torna se injusto o empregador cobrar porque este tamb m tem uma obriga o acess ria de assistir socialmente quele Por m o empregado sentir que estar pagando para trabalhar Direito do trabalho rural estudos em homenagem a Irany Ferrari 2 ed LTr p 515 Ressalte se o coment rio do mestre de todos n s Professor Arnaldo S ssekind Dando ampl ssima e critic vel grifo e destaque meus interpreta o ao art 4 da CLT que considera como de servi o o tempo que o empregado permanece disposi o do empregador o Tribunal Superior do Trabalho adotou o Enunciado n 90 SUSSEKIND Arnaldo et al Em Institui es de direito do trabalho v LTr p 788 H que se destacar tamb m que a Lei do Vale Transporte Lei n 7 418 85 em seu art 8 assegura aos empregadores que fornecerem transporte aos trabalhadores os seus benef cios criando um incentivo a quem fornece transporte aos trabalhadores Assim como apenar se uma empresa que fornece transporte a seus trabalhadores que com isso chegam mais cedo em suas resid ncias passam a dispor de um tempo maior com seus familiares j que p blico e not rio que o transporte p blico at pelas 495 constantes paradas nos pontos demanda um maior tempo no trajeto Al m das vantagens acima elencadas n o h gastos com o tra
209. o sob pena de arcar com indeniza o correspondente na hip tese de n o percep o do benef cio por culpa empres ria art 247 do CCb Condeno a 2 reclamada COOPERATIVA DOS PROFISSIONAIS DE SERVI OS M LTIPLOS COOPSERVI O a anotar a CTPS da autora ap s o passado em julgado desta senten a nos termos do art 29 da CLT para constar a data de admiss o em 31 08 01 e a data de sa da em 28 05 08 Para tanto ter o prazo de dez dias contado do recebimento da notifica o espec fica a tal fim a ser expedida ap s o tr nsito em julgado desta decis o sob pena de multa di ria arts 461 4 e 644 do CPC de R 50 00 cinquenta reais em favor da autora at o limite de R 1 000 00 mil reais Ultrapassados trinta dias sem a respectiva retifica o na anota o da CTPS a Secretaria da Vara dever faz la nos termos do art 39 da CLT sem preju zo da cobran a da multa ora cominada A reclamante dever entregar sua CTPS na Secretaria da Vara no prazo de 5 dias ap s o tr nsito em julgado desta decis o independentemente de intima o para as devidas anota es Condeno todas as reclamadas a comprovarem nos autos em at oito dias ap s o passado em julgado desta senten a observados os per odos dos contratos de trabalho respectivos os recolhimentos previdenci rios cota patronal e obreira incidentes sobre as parcelas de natureza salarial que foram objeto da condena o e a efetuarem
210. o Civil B Das horas extraordin rias Intervalo descanso refei o O reclamante pugna pelo pagamento de horas extraordin rias que teriam sido laboradas durante o intervalo descanso refei o A 1 reclamada contesta o pleito aduzindo que apenas aplicou o 8 da cl usula 16 da CCT da categoria que a conven o coletiva faz lei entre as partes e se sobrep e norma celetista Bem a jornada do reclamante era a de 12 X 36 fato incontroverso ou seja laborava doze horas seguidas e descansava trinta e seis horas Sua fun o era a de vigilante ou seja Que vigia ou vigila vigiante v gil zeloso diligente cuidadoso cauteloso precavido atento vigiante Dicion rio eletr nico Aur lio 487 ACCT de f 09 10 foi juntada pelo reclamante A esta CCT a 1 reclamada faz men o em sua contesta o Assim est descrito no 8 da cl usula 16 f 09 v Os empregados que trabalham sob regime de jornada especial 12X36 est o desobrigados a assinalar o intervalo de refei o e descanso nos registros de ponto uma vez que este intervalo encontra se incorporado na jornada O empregado permanecer 12 doze horas disposi o do empregador n o havendo incid ncia do acr scimo previsto no art 71 8 4 da Consolida o das Leis do Trabalho considerando que o intervalo concedido dentro da jornada di ria j remunerada sem dila o da mesma Os acordos ou conven es
211. o Trabalho Acrescente se que houve no caso em tela quebra pela reclamada do princ pio da boa f ou seja a reclamada Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 550 n o agiu com lealdade em rela o reclamante comportamento que nos termos do artigo 187 do C digo Civil caracteriza ato il cito o que implica dever da empresa r de reparar o dano causado reclamante conforme disp e o art 927 daquele diploma Anote se que o procedimento da reclamada causou danos reclamante que se viu completamente privada de sua fonte de renda em raz o da promessa n o cumprida pela empresa em contrat la Cumpre ainda registrar que n o se pode dizer que o pedido de demiss o da reclamante tenha sido feito de maneira precipitada como argumenta a r em sua pe a defensiva f 41 Ao contr rio os e mails carreados aos autos demonstram que a conduta da reclamante foi fundamentada em promessa da pr pria reclamada em lhe proporcionar possibilidade de galgar novos degraus em sua vida profissional sendo que em todo o tempo nos e mails enviados reclamada a autora demonstrava plena consci ncia acerca do envolvimento de sua fam lia em rela o ao passo que estava dando com a nova oportunidade de trabalho diga se mais uma vez proporcionada pela r Vale acrescentar que para boa parte da doutrina totalmente poss vel a ocorr ncia de dano antes de concretizado o cont
212. o aos direitos dos empregados deste E a doutrina veio a consagrar a teoria da culpa extracontratual baseada no dever geral de n o causar dano a outrem nascendo da a teoria do risco bem como a da culpa in eligendo quando h m escolha da pessoa a quem uma tarefa confiada O princ pio de prote o ao trabalhador e a teoria do risco explicam a preocupa o de n o deixar ao desabrigo o obreiro pontificando uma responsabilidade indireta daquele que embora n o seja o empregador direto tenha se beneficiado da atividade dos trabalhadores contratados pelo subempreiteiro Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 478 Foi com base nesses institutos e doutrina que a jurisprud ncia do Tribunal Superior do Trabalho veio a se orientar no sentido da responsabilidade subsidi ria do tomador de servi os quando em um leg timo contrato de presta o de servi os a prestadora n o tiver idoneidade econ mico financeira para satisfazer os haveres de seus empregados Cabe acentuar que basta o inadimplemento das obriga es trabalhistas por parte do empregador para emergir a responsabilidade subsidi ria do tomador de servi os Assim n o necess rio para que se legitime a propositura da a o tamb m contra o tomador que o empregado comprove antes a insolv ncia do empregador ou a impossibilidade por qualquer motivo de receber deste o que lhe d
213. o art 261 do CPC 11 2 2 M rito A autora pretende ver reconhecido o seu dom nio sobre o im vel identificado nos autos docs de f 17 18 e 310 311 atrav s de usucapi o especial rural ao argumento de que o possui h 31 anos de forma mansa pac fica ininterrupta e com nimo de dona A pretens o n o pode ser atendida Conforme as raz es j expendidas a presente a o de usucapi o fruto de um conluio entre a autora e r u m e e filho respectivamente com o intuito de frustrar execu o trabalhista impedindo que o im vel deixe o patrim nio da fam lia E mesmo que assim n o fosse a autora n o preenche os requisitos legais para a usucapi o especial rural em primeiro lugar porque n o det m a posse com animus domini haja vista que se eventualmente residiu ou reside no im vel o fez por mera permiss o do ent o propriet rio na condi o de dependente financeira deste de acordo com o verificado anteriormente tendo apenas posse prec ria decorrente de um comodato que n o permite a usucapi o Sendo a posse prec ria com intuitu familiae jamais se convalida em posse com animus domini e ad usucapionem Ajurisprud ncia do C Tribunal de Justi a do Estado de Minas Gerais pac fica quanto ao tema EMENTA USUCAPI O POSSE PREC RIA REQUISITOS N O OCORR NCIA Restou claro nos depoimentos prestados que a autora reside no im vel deste o seu nascimento mas juntamente
214. o estar relacionada ao pr prio trabalho Salta aos olhos o desalinhamento entre essa condi o e o princ pio da boa f contratual o que torna essa cl usula restritiva de amparo sa de abusiva como se tem observado na jurisprud ncia em situa es an logas Nesse sentido Plano de Sa de Cl usula de exclus o AIDS A cl usula de contrato de seguro sa de excludente de tratamento de doen as infectocontagiosas caso da AIDS nula porque abusiva Il Nos contratos de trato sucessivo aplicam se as disposi es do CDC ainda mais quando a ades o da consumidora ocorreu j em sua vig ncia Ill Recurso especial conhecido e provido DJ 20 06 2005 p 263 REVJUR v 333 p 113 RSTJ v 198 p 268 TERCEIRA TURMA Ministro ANT NIO DE P DUA RIBEIRO REsp 244847 SP RECURSO ESPECIAL 2000 0001419 2 SEGURO SA DE CL USULA DE EXCLUS O DOEN AS INFECTOCONTAGIOSAS HEPATITE C CERCEAMENTO DE DEFESA VALOR DA MULTA COMINAT RIA S MULA 7 abusiva a cl usula de contrato de seguro sa de excludente de tratamento de doen as infectocontagiosas dentre elas a Se a causa do contrato de hepatite C Apurar se a assist ncia sa de reside exatamente produ o de provas al m das j em uma norma trabalhista por bvio carreadas aos autos que representa contradi o inaceit vel imprescind vel tarefa que Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583
215. o salarial pretendida haja vista que os paradigmas apontados n o exercem as mesmas fun es do autor que desempenhavam estas com uma maior qualidade e que possu am mais de 02 anos na respectiva fun o As 2 e 3 reclamadas n o se defenderam especificamente sobre esse pedido A 12 r apresentou documentos com escopo de provar que o autor n o faz jus equipara o salarial f 320 376 Esses documentos n o foram impugnados pelo reclamante Na audi ncia realizada no dia 16 03 2006 as partes concordaram que o presente pedido seria julgado de acordo com a prova documental juntada e n o impugnada f 432 Registre se que os documentos acima citados trazem elementos acerca dos funcion rios Cl udio Augusto de Oliveira e Patr cia Faria Carvalho Lima ou seja n o h men o no que toca s fun es exercidas pelo Sr Domingos Joannis Korres Ato cont nuo o reclamante n o impugnou a documenta o apresentada e nem apresentou provas de que seu sal rio deve ser equiparado ao paradigma Domingos Joannis Korres apesar de ter o nus probat rio dos fatos constitutivos de seu direito CLT art 818 e CPC art 333 Assim IMPROCEDE o pedido de equipara o salarial no que tange ao paradigma Domingos Joannis Korres haja vista a omiss o do reclamante em provar que a equipara o salarial em rela o a este funcion rio devida Via de consequ ncia o presente pleito ser apreciado apenas em rela o
216. oas Inaplicabilidade do tarifamento previsto na Lei de Imprensa diante do fato de a reportagem beirar o dolo eventual hip tese a afastar sua incid ncia al m de se mostrarem irris rios os valores naquela estabelecidos tamb m n o preencherem os requisitos da repara o e principalmente da sua atua o como freio s viola es dos direitos da personalidade Em tal sentido na jurisprud ncia do STJ Resp s 52 842 e 53 321 DJ s de 27 10 97 e 24 11 97 2 S mulas 283 STF e 7 STJ quanto a cl usula diante do fato de a reportagem beirar o dolo eventual 3 Inexist ncia de diss dio jurisprudencial 4 Recurso especial n o conhecido STJ 32 T REsp 192 786 RS Rel Min Nilson Naves DJU 27 03 2000 p 95 Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 Assim pautando se nos mesmos crit rios estabelecidos para fixa o dos danos est ticos sem todavia estender os mesmos valores pecuni rios arbitra se a condena o dos danos morais em R 15 000 00 B Constitui o de capital Nos termos do art 475 Q do CPC c c S mula n 313 do STJ dever a reclamada proceder constitui o de capital a favor do reclamante para lhe assegurar o pagamento da pens o mensal ora imposta capital esse inalien vel e ou impenhor vel observando se os 88 1 e ou 2 do art 475 Q do CPC S mula n 313 STJ Em a o de indeniza o procedente o pedido nec
217. ob pena de julgamento ultra ou extra petita CPC arts 2 128 e 460 caput Assim DECLARA SE de of cio a in pcia da peti o inicial no que tange ao pedido de reflexos de diferen as salariais decorrentes de equipara o salarial e dos adicionais de insalubridade e periculosidade em horas extras itens 4 e 8 da peti o inicial f 05 06 pelo que SE EXTINGUE sem resolu o do m rito o processo no que se refere a esses pedidos CPC art 267 I c c art 295 par grafo nico 5 Da ilegitimidade passiva das 2 e 3 reclamadas Suscitam as reclamadas serem partes ileg timas para figurarem no p lo passivo da presente demanda porque as verbas pleiteadas s o de responsabilidade da 1 reclamada de acordo com o Plano de Recupera o Judicial Lei n 11 101 2005 e o contrato de trabalho foi celebrado e extinto pela 1 r para a qual trabalhou o reclamante Afirmam que n o houve sucess o trabalhista que as 2 e 3 reclamadas n o possuem qualquer inger ncia junto a 1 r que suas obriga es hoje em dia consistem apenas no aporte de capital junto VARIG sem que isso implique qualquer transfer ncia de administra o desta e que at a 2 reclamada obter todas as autoriza es e concess es necess rias da ANAC para a presta o de servi os a reos a responsabilidade por todos os v os da 1 reclamada Raz o n o lhes assiste porquanto a legitimidade de parte a pertin
218. olid ria ou subsidi ria ou da sucess o trabalhista e o consequente pagamento Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 de verbas decorrentes da rela o de trabalho sendo a Justi a do Trabalho a nica competente para o julgamento desta a o CR 88 art 114 Al m disso as acionadas n o est o em processo de recupera o judicial e ainda que assim n o fosse a pr pria Lei n 11 101 05 prev em seu artigo 6 8 2 que as a es de natureza trabalhista ser o processadas perante esta Justi a Especial sendo os outros ju zos estranhos a este ramo do Poder Judici rio carentes de qualquer compet ncia constitucional para declarar a responsabilidade solid ria ou subsidi ria ou a sucess o trabalhista porventura ocorrida bem como a proced ncia ou improced ncia das verbas trabalhistas ora pleiteadas REJEITA SE a preliminar de incompet ncia absoluta da Justi a do Trabalho arg ida pelas reclamadas 2 Da extin o do processo requerida pelas 2 e 3 reclamadas Aduzem as 2 e 3 reclamadas que o presente feito deve ser extinto em face da aus ncia de pressuposto de constitui o e desenvolvimento v lido e regular do processo uma vez que segundo as r s elas foram inclu das no p lo passivo como se fossem uma s empresa Na audi ncia realizada no dia 02 10 2006 as partes convencionaram e requereram conjuntamente a retifica o do p lo passivo
219. onforme se observa nas decis es de f 178 199 onde restou verificado que a a o de usucapi o fruto de um conluio entre a primeira oposta e seu filho com o nico objetivo de frustrar a penhora e a subseq ente adjudica o leg tima e legalmente processada vide f 180 e 190 E diante dos contornos que a situa o assume nos autos com base nos elementos probat rios outra n o a conclus o poss vel De fato a primeira oposta quando interrogada nos autos da a o 467 anulat ria da adjudica o informou que m e de M rio Yolette afirmando com todas as letras que n o est brigada com o filho Mariolete de jeito nenhum que n o sabe se est na Justi a contra o filho Mariolete j que ele mesmo quem sustenta a depoente f 347 Disse ainda que no s tio planta pouca coisa que no s tio tem piscina que mora junto com seu motorista e sua empregada e apenas eles Os depoimentos das testemunhas ouvidas naqueles autos apenas revelam que a propriedade um s tio de lazer mantido pelo Sr M rio Yolette para uso de sua fam lia da qual faz parte evidentemente sua pr pria genitora vide f 348 349 E a primeira oposta como se v mant m uma rela o de depend ncia financeira com seu filho M rio Yolette o que explica o porqu de ter sido colocada como autora da a o de usucapi o Nesse contexto n o preciso um grande esfor o intelectual para perceber
220. or sal rio da correspondente hor ria acrescido de cinquenta por cento em inexistindo norma coletiva dispondo de adicional ou percentual maior consoante a disposi o de ordem p blica insculpida no 4 do art 71 da Lei Consolidada grifo nosso N o h franquia constitucional erradica o deste intervalo pela negocia o coletiva de modo que em se tratando de trabalho de dura o maior que seis horas cont nuas n o concess o de per odo intervalar em seu curso h a obriga o do empregador contraprestar ao empregado acrescido do adicional estipulado pela lei ou outro superior estatu do em norma coletiva o tempo que devesse ser o de descanso e alimenta o pactuado ou incidente no contrato e na falta o m nimo prescrito na forma legal a contar de 28 de julho de 1994 vig ncia da Lei n 8 923 94 A concess o via da negocia o coletiva cinge se redu o do tempo de intervalo a pelo menos 30 minutos nunca sua exclus o TRT 3 Reg 1 T Proc ED 5 291 97 Rel Juiz Ricardo 493 Mohallem DJ MG de 21 11 97 em Repert rio Jo o de Lima Teixeira Filho v 7 Renovar p 830 A espancar quaisquer d vidas o teor da OJ n 342 da SDlI I do C TST in verbis INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTA O N O CONCESS O OU REDU O PREVIS O EM NORMA COLETIVA VALIDADE inv lida cl usula de acordo ou conven o coletiva de trabalho contemplando a s
221. ordos coletivos realiza se por meio de concess es m tuas pode autorizar tal entendimento porquanto como j afirmado decorre tal preceito da vontade soberana do legislador constitucional Assim reduzir ou suprimir intervalo de refei o sem a observ ncia da regra do art 71 8 3 da CLT importa em desrespeito norma infraconstitucional de ordem p blica n o sendo poss vel pratic la tal como convencionado n o resultando dessa postura a ado o da teoria da acumula o mas apenas a an lise da efetividade de tal regra convencional frente vontade da Lei Maior adotando se tal posi o em modifica o de entendimento anterior desse mesmo Relator Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 O descanso para repouso e alimenta o norma de ordem p blica cogente n o podendo ser transacionado por meio de acordo ou conven o coletivos um direito revestido de indisponibilidade absoluta n o podendo as partes disciplinarem de forma diversa o preceito estabelecido na CLT como acima exposto Assim sendo o 8 da cl usula 16 da Conven o Coletiva que estabeleceu a redu o do intervalo para repouso e alimenta o acostada s f 10 11 dos autos n o tem efic cia no caso em tela E a quest o pode ser analisada sob outro aspecto se algu m pago para vigiar para cuidar do patrim nio de algu m por bvio que n o poderia se afasta
222. orte coletivo por que transformar uma benesse em mais um custo O que deveria ser feito e isto j consta das mais modernas conven es e acordos coletivos que tal benef cio conste desses ACTs ou CCTs e mais que os ve culos empregados nos transportes sejam devidamente fiscalizados pelas autoridades competentes trazendo pois seguran a ao trabalhador o que raramente ocorre Aceitam se as condi es de transporte o tempo despendido no transporte tido como horas disposi o do empregador mas os ve culos de transporte continuam sem qualquer fiscaliza o Assim quando n o h que se falar em horas in itinere reduz se o custo do trabalhador que deve ser levado em conta no custo final do produto ainda que particularmente entenda que o empregado n o significa propriamente um custo mas sim um investimento mas se lhe d um transporte mais seguro Por tais raz es e em nome do princ pio da proporcionalidade e nos termos do inciso Ill do 2 do art 458 da CLT n o faz jus o obreiro ao recebimento de horas in itinere O mesmo ocorre com o pedido de reflexos de tais horas nas demais parcelas recebidas durante o contrato de trabalho e aquelas pleiteadas na presente demanda Ora uma vez inexistente o principal n o h falar se no acess rio uma vez que este segue a sorte daquele o que se extrai do art 59 do CC Improcedente o pedido Assim decidiu o Colendo TST em julgamento de recurso de emb
223. os Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 termos dos artigos 27 e 28 do Estatuto aplica o anal gica que se encarregar da administra o do sindicato r u at a elei o e posse dos novos dirigentes sindicais b determinar que seja aberto novo processo eleitoral para realiza o de elei es sindicais no prazo m ximo de 90 noventa dias com a nomea o de uma comiss o eleitoral com poderes para deliberar sobre as quest es atinentes ao pleito como registro de chapas vota o apura o e decidir eventuais recursos c assentar que os autores encontram se habilitados como pr candidatos s elei es sindicais gozando da prote o concedida na Recomenda o n 143 da OIT item 7 1 que estende aos trabalhadores apresentados como candidatos a garantia contra o despedimento prevista para os representantes dos trabalhadores nas empresas Dever ser considerado como associado para as elei es referidas no item b com direito a votar e ser votado todo trabalhador integrante da categoria profissional que promover ou ratificar formalmente a sua filia o ao sindicato r u no prazo a ser fixado pela Junta Governativa no m nimo de trinta dias e preencher os demais requisitos previstos no Estatuto Para os fins previstos nos artigos 42 e 46 do Estatuto consideram se quitadas as mensalidades sindicais dos trabalhadores representados pelo sind
224. os comissivos ou omissivos um dano um nexo causal e a culpa do causador em qualquer de suas modalidades A aus ncia de qualquer desses elementos por intelig ncia do art 186 do novo C digo Civil brasileiro e dos incisos V e X do art 5 da CF 88 afasta a possibilidade de repara o Em se tratando de a o de indeniza o com fulcro no art 186 do novo C digo Civil indispens vel que a parte autora demonstre cabalmente a ocorr ncia dos tr s elementos caracterizadores da responsabilidade civil quais sejam o dano a culpa e o nexo de causalidade entre o dano e a culpa pois a simples alega o de ocorr ncia de dano n o suficiente para a obten o de indeniza o Como em qualquer rea da responsabilidade civil p e se em evid ncia como pressuposto da obriga o de reparar o dano moral o nexo de causalidade entre a a o ou omiss o volunt ria e o resultado lesivo nesse sentido ali s a regra geral do art 186 do novo C digo Civil Analisando se os depoimentos testemunhais apresentados constata se com clareza a presen a de todos os tr s requisitos Vejamos Afirmou a primeira testemunha que fato p blico e not rio na reclamada que o reclamante foi dispensado por ter lan ado chapa que se opunha ent o diretoria do sindicato dos trabalhadores que foram dadas aos integrantes da chapa de oposi o tr s op es desistir da candidatura pedir 543 demiss o ou ser dispensado
225. os O simples pagamento do adicional n o rep e a sa de consumida na fadiga do trabalho nem restabelece o ritmo circadiano e a harmonia do relacionamento familiar e social OLIVEIRA Sebasti o Geraldo de Prote o jur dica sa de do trabalhador 2 ed LTr p 153 154 Como explicita o MM Juiz Dr Emerson Jos Alves Lage em voto proferido quando do julgamento de recurso ordin rio TRT 3 R RO 6048 02 5 T Publ MG 03 08 02 p 13 14 n o se pode sob o argumento da livre negocia o vista pela roupagem do art 7 XXVI da CF 88 derrogar direitos m nimos assegurados ao trabalhador Essa disposi o legal na verdade n o representa mais do que o reconhecimento da exist ncia dos mecanismos de negocia es coletivas que menciona sem no entanto dar lhes exist ncia al m daquilo que a pr pria Constitui o autoriza Vale dizer n o obstante reconhecidos os acordos e as conven es coletivas estes s o instrumentos h beis para a derroga o de direitos m nimos e ou preceitos de ordem p blica insertos na legisla o constitucional e infraconstitucional a n o ser que se apresentem como tal para melhorar as condi es m nimas j estabelecidas ou ainda quando tratando de mat ria de que fala os incisos VI XIII e XIV todos do art 7 da Constitui o Federal de 1988 Nem mesmo o argumento de que para a concretiza o das conven es e ac
226. os afora pelo caminho tortuoso e demorado dos recursos trabalhistas Os juros reais e as multas desestimular o o neg cio que hoje se pratica em nome da controv rsia trabalhista e custa do cr dito do trabalhador EMENTA GARANTIA DE EXECU O HIPOTECA JUDICI RIA O art 466 do CPC determina que A senten a que condenar o r u no pagamento de uma presta o consistente em dinheiro ou em coisa valer como t tulo constitutivo de hipoteca judici ria cuja inscri o ser ordenada pelo juiz na forma prescrita na Lei de Registros P blicos Par grafo nico A condena o produz a hipoteca judici ria embora a condena o seja gen rica Il pendente arresto de bens do devedor III ainda quando o credor possa promover a execu o provis ria da senten a Portanto havendo condena o 533 em presta o de dinheiro ou coisa automaticamente se constitui o t tulo da hipoteca judici ria que incidir sobre os bens do devedor correspondentes ao valor da condena o gerando o direito real de sequela at seu pagamento A hipoteca judici ria de ordem p blica independe de requerimento da parte e visa garantir o cumprimento das decis es judiciais impedindo o desbaratamento dos bens do r u em preju zo da futura execu o Ao juiz cabe envidar esfor os para que as decis es sejam cumpridas pois a realiza o concreta dos comandos judiciais uma das principais taref
227. os Provimentos da Corregedoria Geral da Justi a do Trabalho arts 74 a 92 e da S mula n 368 do TST Arcar o as reclamadas com os honor rios da per cia t cnica ora arbitrados em R 1 400 00 mil e quatrocentos reais observada a complexidade do trabalho desenvolvido pelo Sr Perito que dever o ser corrigidos na forma que disp e a OJ n 198 da SDI I do Col TST Expe am se of cios com c pia desta decis o para o Minist rio P blico do Trabalho MPT para a Delegacia Regional do Trabalho DRT ao INSS e Caixa Econ mica Federal Ressalte se que n o h necessidade do tr nsito em julgado desta senten a para a expedi o dos referidos of cios Custas no importe de R 700 00 setecentos reais calculadas sobre R 35 000 00 trinta e cinco mil reais valor arbitrado condena o pelas reclamadas Partes intimadas na forma da S mula n 197 do TST Nada mais Encerrou se ATA DE AUDI NCIA PROCESSO N 01262 2006 114 03 00 0 Data 17 05 2007 DECIS O DA 35 VARA DO TRABALHO DE BELO HORIZONTE MG Ju za Titular Dr ADRIANA GOULART DE SENA Aos 17 dias do m s de maio do ano de 2007 s 16h45min na sede da 35 Vara do Trabalho de Belo Horizonte MG com a MM Ju za do Trabalho ADRIANA GOULART DE SENA realizou se a audi ncia de JULGAMENTO dos pedidos formulados na a o trabalhista ajuizada por JULIANA ROBERTI em face de ROSCH ADMINISTRADORA DE SERVI OS E INFORM TICALTDA COOPERATIVA D
228. os postos de trabalho dos litisconsortes dispensados pela empresa r bem como a ordem de proibi o de dispensa dos demais litisconsortes que continuam na ativa at a realiza o das novas elei es sindicais e se eleitos pelo prazo legal da estabilidade provis ria item 2 11 Incumbe 2 reclamada comprovar nos autos no prazo de 48 quarenta e oito horas a reintegra o dos litisconsortes dispensados sob pena de pagamento de multa di ria de R 50 00 por cada requerente em proveito dos mesmos As parcelas deferidas nesta senten a ser o apuradas em liquida o na forma do Provimento n 04 2000 da CRT 3 Regi o Todos os valores ser o corrigidos monetariamente at a data do efetivo pagamento incidindo juros morat rios sobre o montante total corrigido item 2 13 Expe a se of cio ao Minist rio P blico do Trabalho com c pia desta decis o como determinado no item 2 12 Concedem se aos autores os benef cios da justi a gratuita 2 14 e julgam se improcedentes os demais pedidos Honor rios advocat cios pelo sindicato requerido base de 10 sobre o valor fixado causa nesta senten a itens 2 3 e 2 15 Custas processuais pelos requeridos no importe de R 600 00 calculadas sobre R 30 000 00 valor arbitrado condena o para os efeitos legais Intimem se as partes Encerrou se a audi ncia Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007
229. osto de renda supostamente sofrido a maior pela reclamante em face do recebimento de cr dito trabalhista em ju zo Isso porque o imposto sobre a renda incidente sobre os rendimentos pagos em cumprimento de decis o judicial ser retido no momento em que por qualquer forma o recebimento se torne dispon vel para o benefici rio nos termos da legisla o que rege a mat ria Tem se portanto que por imperativo legal atribu da a responsabilidade exclusiva autora pelo pagamento do tributo inexistindo previs o de indeniza o do valor correspondente ao desconto havido no cr dito trabalhista recebido pela via judicial Por outro lado inexiste suporte legal condena o das reclamadas ao pagamento do que exceder como se a autora tivesse recebendo as parcelas deferidas m s a m s porque esta vai receber um montante s ou at mesmo parcelado em caso de acordo que poder estar abaixo da faixa de tributa o A legisla o clara O imposto incidir sobre a totalidade do rendimento mensal recebido o que for retido quando da declara o anual poder ser reavido pelo empregado Rejeita se 11 18 Justi a gratuita Declarando ser pobre f 774 sob as penas da lei e n o havendo prova em contr rio defiro autora os benef cios da justi a gratuita 11 19 Tutela antecipada Torno definitiva a liminar deferida f 786 relativamente ao pedido de expedi o de alvar para levantamento do
230. ou que os trabalhadores n o associados pagam apenas a contribui o confederativa e quem associado n o paga cumulativamente a contribui o confederativa e a mensalidade Afirmou que a mensalidade no caso dos associados 02 deduzida da contribui o confederativa Declarou o Presidente que aqueles que trazem no contracheque desconto sobre a rubrica contribui o confederativa nem sempre s o associados Disse que apenas uns 400 500 s o associados sendo que na base territorial de Montes Claros existem aproximadamente 4 000 trabalhadores dos quais cerca de 1 000 pagam apenas a contribui o sindical antigo imposto sindical Afirmou ainda que dos demais as empresas efetuam desconto sob a rubrica contribui o confederativa mas desse contingente apenas uns 400 500 trabalhadores s o efetivamente filiados ao sindicato f 1680 Como visto nem mesmo o sindicato sabe diferenciar as contribui es descontadas dos sal rios dos empregados da empresa r e recebidas pela entidade N o custa relembrar que a contribui o confederativa compuls ria apenas 457 para os filiados do sindicato s obrigando os pertencentes ao seu quadro social Nesse sentido decidiu o STF atrav s da S mula n 666 A contribui o confederativa de que trata o art 8 IV da Constitui o s exig vel dos filiados ao sindicato respectivo A contribui o sindical por
231. para que constasse como 2 reclamada a empresa A REO TRANSPORTES A REOS S A e como 3 reclamada a empresa VARIG LOG STICA S A f 78 Dessa maneira tendo em vista que as pr prias reclamadas anu ram no saneamento de uma hipot tica irregularidade processual fica prejudicada a an lise da presente preliminar 555 Al m disso as pr prias 2 e 3 reclamadas confessaram em sua defesa que fazem parte do mesmo grupo econ mico o que atrai a aplica o do disposto no 8 2 do art 2 da CLT f 181 REJEITA SE a preliminar de extin o do processo por aus ncia de pressuposto de constitui o e desenvolvimento v lido e regular do processo 3 Da suspens o do processo requerida pela 1 reclamada Aduz a 1 reclamada que a quase totalidade dos pedidos do autor s o objeto de um acordo coletivo de trabalho em vias de ser firmado entre a 12 r e os sindicatos representantes da categoria entre eles o Sindicato Nacional dos Aeronautas J no que tange aos pedidos embasados nas conven es coletivas da categoria afirma a 1 reclamada que os aludidos instrumentos coletivos encontram se eivados de v cios sendo que seus termos est o sendo discutidos em a o pr pria O primeiro argumento apresentado pela 1 reclamada n o encontra embasamento legal uma vez que o direito de a o de natureza fundamental CR art 5 XXXV e n o pode ser obstado por um incerto acordo que est sendo entabulado e
232. pela qual deve ser acolhido o pedido reivindicat rio do propriet rio e desacolhido o pedido de usucapi o do detentor a t tulo prec rio TJMG Apela o Cv n 2 0000 00 404213 1 000 1 Org Julgador 5 C mara C vel Rel Desemb Armando Freire USUCAPI O POSSE PREC RIA E MERA PERMISS O INTUITU FAMILIAE IMPOSSIBILIDADE DE USUCAPIR N o poss vel usucapir bem im vel quando a posse exercida por mera permiss o do propriet rio em face do intuitu familiae TJMG Apela o Cv n 2 0000 00 510319 7 000 1 Rel Desemb Fernando Caldeira Brant Publ 08 04 2006 Al m disso a propriedade n o utilizada pela autora para a produ o rural servindo apenas como s tio de lazer o que se conclui a partir das pr prias palavras da autora em seu depoimento de f 347 valendo destacar 471 o seguinte trecho que vive do sal rio deixado por seu marido e da ajuda dos filhos que no s tio planta pouca coisa que no s tio tem piscina Por esses fundamentos improcede o pleito de usucapi o Registre se por oportuno que al m da a o em tela a autora tem demandado incessantemente nesta Especializada sempre com o intuito de discutir sua suposta posse e tentar impedir a referida execu o trabalhista valendo destacar al m da a o anulat ria de adjudica o j mencionada dois mandados de seguran a contra atos deste ju zo Autos n 00046 2007 000 03 00 7 e n 0007
233. plica o da multa de 10 a favor do reclamante incidente sobre o valor l quido da condena o nos termos do art 475 J do CPC IH DISPOSITIVO Ante ao exposto e por tudo mais que consta da fundamenta o acolhida de of cio a preliminar de in pcia da inicial por falta de pedido das horas extras julgam se PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados por Elmo Leal de Alem o em face de Friboi Ltda para conden la a pagar em 15 dias ap s a intima o da liquida o por c lculos as seguintes parcelas a Indeniza o por danos materiais assim compreendida a 1 Reembolso das despesas de tratamento m dico comprovadas no valor de R 820 00 a 2 Custeio de 50 do tratamento m dico e fisioter pico do reclamante inerente sequela produzida pela cervicobraquialgia 18 CANOTILHO Jos Joaquim Gomes apud BARROSO Lu s Roberto Idem ibidem Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 536 a 2 1 Tratando se de obriga o de fazer dever a reclamada nos termos do art 461 do CPC para assegurar o resultado pr tico equivalente constituir um plano de sa de espec fico ao tratamento do reclamante a 2 2 O n o cumprimento da obriga o de fazer constitui o de plano m dico importar na incid ncia de multa di ria de R 350 00 trezentos e cinquenta reais a favor do reclamante podendo a multa ser majorada de of cio a qualquer momento a
234. presa compatibilizando se a norma civilista com os artigos 10 e 448 da CLT Em rela o figura da responsabilidade do sucessor adquirente do estabelecimento o C digo Civil assevera que O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos d bitos anteriores transfer ncia desde que regularmente contabilizados continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano a partir quanto aos cr ditos vencidos da publica o e quanto aos outros da data do vencimento art 1 146 O C digo Civil privilegia a fun o social do contrato e prev que ao se inserir em uma sociedade o novo s cio n o se exime das d vidas sociais passadas obviamente inclu das as de natureza trabalhista ocorrendo o mesmo com o adquirente do estabelecimento Por fim registre se a inten o do legislador na elabora o e vota o do projeto de lei que deu origem citada norma No processo legislativo origin rio da Lei n 11 101 2005 onde na C mara dos Deputados o projeto apresentado pelo Poder Executivo tramitou sob o n 4 376 1993 sendo apresentado em 22 12 1993 e no Senado Federal se transmutou em Projeto da C mara n 71 2003 interessante ressaltar que a Emenda n 12 PLEN que propunha a exclus o expressa da sucess o trabalhista tamb m na recupera o judicial foi rejeitada tendo prevalecido o parecer do Senador Fernando Bezerra pelos motivos que merecem transcri o Rev Tri
235. que a reclamante recebeu por ocasi o do acerto rescis rio decorrente do pedido de demiss o e o que receberia numa eventual rescis o sem justa causa no emprego anterior ou seja valor equivalente ao aviso pr vio R 1 378 00 indeniza o substitutiva do seguro desemprego nas parcelas e valores a que teria direito na poca de sua dispensa conforme estabelecido pelo CODEFAT multa de 40 sobre os dep sitos do FGTS 01 12 de 13 sal rio 2006 e 01 12 de f rias 1 3 Quanto indeniza o por danos morais considerando os par metros j mencionados fixo seu valor em R 16 536 00 import ncia equivalente ao que receberia em um ano de trabalho em favor do seu antigo empregador Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 N o h falar em pagamento a t tulo de indeniza o por danos materiais de valor equivalente a sal rios referentes ao per odo de desemprego eis que o valor do seguro desemprego j cobre a finalidade pretendida pela autora Tampouco h falar em valor a t tulo de indeniza o por reflexos de horas extras em aviso pr vio eis que n o existem provas nos autos no sentido de que a reclamante tenha laborado em horas extras com habitualidade em valores que alcancem o patamar indicado na inicial Declarado pela reclamante f 29 seu estado de pobreza na acep o jur dica do termo s o deferidos os benef cios da assist ncia judici ria gratuita nos ter
236. r de seu posto para se alimentar deixando tal posto sem ningu m Se um meliante qualquer estivesse na espreita tal momento seria o adequado para o ingresso nas instala es da 2 reclamada E o trabalhador seria certamente punido por tal des dia Bastaria a 1 reclamada colocar um folguista para os momentos em que o s trabalhador es estivesse m almo ando A seguran a do local seria preservada e a legisla o atendida O art 71 da CLT diz ser obrigat rio um intervalo descanso refei o de no m nimo uma hora ap s qualquer trabalho cont nuo cuja dura o seja superior a seis horas O 4 do mencionado artigo fala em acr scimo de 50 sobre o valor da remunera o da hora normal de trabalho se n o concedido o referido intervalo Como j acima explicitado para todo trabalho cont nuo al m de seis horas faz se necess rio um intervalo para repouso ou alimenta o de no m nimo uma hora O trabalho da reclamante estava al m das seis horas di rias Faria jus assim a um intervalo para descanso refei o 491 O que se deve buscar antes de tudo o porqu da exist ncia de um intervalo para descanso refei o para o homem e a resposta est em que visou o legislador prote o da sa de do trabalhador O mestre de todos n s Professor Arnaldo Si ssekind tra a alguns coment rios sobre o tema em tela obriga a lei brasileira que no curso de cada jornada de trabalho seja observado o
237. rato o que decorre de um dever de conduta inerente aos sujeitos do contrato mas que por algum daqueles n o foi observado Assim restando provado que a reclamada gerou na reclamante a expectativa de trabalhar em seu favor a tal ponto desta pedir demiss o de seu antigo emprego considerando as provas produzidas nos autos no sentido de que a reclamante iniciaria seus trabalhos apenas dois dias ap s ter pedido demiss o e que tal fato somente n o se concretizou por problemas financeiros enfrentados pela reclamada considerando que o pedido de demiss o feito pela reclamante seguido da n o concretiza o de sua contrata o pela reclamada gerou lhe danos materiais e morais materiais pelas verbas rescis rias recebidas a menor no antigo emprego e morais pela dor sofrimento e sentimento de humilha o pelos quais passou a reclamante tendo em vista o princ pio da boa f objetiva princ pio b sico nas rela es humanas e norteador dos neg cios jur dicos s o PROCEDENTES os pedidos relativos ao pagamento de indeniza o por danos morais e materiais Para a fixa o do quantum deve se levar em conta os princ pios da razoabilidade e da proporcionalidade levando se ainda em considera o a les o sofrida pela autora sua necessidade bem como a capacidade de pagamento da r Destarte considerando se os par metros retrocitados fixo a indeniza o por danos materiais em valor equivalente diferen a entre o
238. rdens diretamente do PV ponto de vendas fora isso fazia todas as fun es de f 157 que a reclamante trabalhou para todas as reclamadas que o fato da empresa ter mudado a reclamante n o alterou as suas fun es que nos tr s ltimos anos era o chefe do setor e dirigia o servi o da autora que a reclamante tinha um e mail interno da Caixa que a reclamante trabalhou no RET PV Retaguarda de PV que no RET PV n o tinha ningu m funcion rio da Caixa que fazia as mesmas fun es da reclamante que tinha funcion rios da Caixa que faziam o mesmo servi o da reclamante e outros que a Lucy al m do trabalho da reclamante fazia contato com clientes liga es etc Ora sobreditos servi os s o imprescind veis consecu o do fim social do empreendimento explorado pela Caixa Econ mica Federal tanto que restou provado que havia funcion rios da CEF exercendo as mesmas fun es desempenhadas pela reclamante como se depreende da prova oral Desse modo resta evidente que a atitude da 4 r teve o n tido intento de terceirizar atividade de seu pr prio fim E isso ocorre na medida em que realizando desmembramento dos servi os transpassa a execu o de tarefas imprescind veis consecu o do objetivo social do empreendimento o que entretanto esbarra nos limites da legalidade da terceiriza o de servi os No presente caso a fraude legisla o trabalhista reside precisamente em seccionar
239. reclamante s o totalmente improcedentes Anexaram documentos preposi o instrumento de mandato Impugna o aos documentos s f 1101 1112 Ouvidas as partes e testemunhas f 1121 1122 As partes n o tinham mais provas a produzir tendo sido encerrada a instru o processual Raz es finais orais pela autora 2 e 4 reclamadas Imposs vel a concilia o Tudo visto e examinado o relat rio ll FUNDAMENTOS 11 1 Arquivamento Aus ncia de liquida o de pedidos N o constitui requisito essencial da pe a de ingresso no rito ordin rio a atribui o de valor monet rio aos pedidos declinados em ju zo Tal exig ncia vigora apenas no procedimento sumar ssimo inciso do art 852 B da CLT e caso a inicial n o atenda ao ali estabelecido ser devidamente arquivada 8 1 do art 852 B da CLT sem possibilidade de aplica o do art 284 do CPC nem da S mula n 263 do TST No caso dos autos a preliminar eri ada pela 4 reclamada n o poder ser acolhida porque n o se trata de a o distribu da sob o rito sumar ssimo Rejeito 11 2 In pcia da inicial Sabido e consabido que a in pcia da peti o inicial diz respeito ao 571 libelo sendo este inepto quando n o cont m pedido ou havendo os pleitos s o incompat veis entre si ou vedados pelo ordenamento jur dico p trio ou narra fatos sem clareza n o expressa com exatid o a pretens o ou dele n o se chega conclus
240. referente ao ano de 2005 as f rias relativas ao per odo 2005 2006 e o adicional de insalubridade ou periculosidade o que for mais favor vel Aduz que a 1 reclamada descumpriu o disposto em normas coletivas devendo responder pelas correspondentes multas e que a 1 reclamada foi adquirida pelas 2 e 3 reclamadas o que caracteriza sucess o de empregadores Pede a declara o da sucess o trabalhista ocorrida e ou a declara o da responsabilidade solid ria ou subsidi ria das 2 e 3 reclamadas a concess o da tutela antecipada requerida a condena o das reclamadas em obriga o de fazer ou seja entrega do TRCT e das guias CD SD a condena o das reclamadas ao pagamento das seguintes verbas diferen as salariais decorrentes da equipara o com os paradigmas Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 apontados sal rios dos meses de maio junho e julho de 2006 bem como os vales transporte e vales refei o estipulados em normas coletivas 13 sal rio do ano de 2005 f rias referentes ao per odo aquisitivo 2005 2006 adicional de insalubridade ou periculosidade aviso pr vio indenizado multa do art 477 da CLT diferen as do FGTS n o depositado multa de 40 incidente sobre o FGTS 02 duas cotas da multa coletiva prevista na Conven o Coletiva de Trabalho 2005 2007 e multa do art 467 da CLT Requer a concess o dos benef cios da justi a gratuita Atrib
241. rem do fato H pois causa de pedir com rela o aos reflexos das horas extraordin rias e horas in itinere pretendidos De outro norte a 12 reclamada produziu substanciosa contesta o presumindo se pois que interpretou a contento o desejo do reclamante Tenho pois que quando o reclamante pugna pelo pagamento de horas extraordin rias e de horas in itinere est impl cito o pleito de reflexos de tais parcelas nas verbas rescis rias ou decorrentes do contrato de trabalho Afasto a in pcia pretendida com rela o aos pedidos de letras b e d Com rela o ao pedido de letra f o sindicato assistente quem faz os pedidos representando o reclamante como se pode observar da inicial f 02 Afasta se a prefacial eri ada tamb m no particular B Das condi es de a o ilegitimidade passiva da 2 reclamada No caso em tela n o h que se falar em ilegitimidade passiva ad causam pois a 2 reclamada foi a pessoa indicada pelo reclamante como uma das devedoras da rela o jur dica material n o importando se ou n o a verdadeira devedora quest o essa a ser analisada quando do exame do m rito e com ele decidida N o se deve confundir a rela o jur dica material com rela o jur dica processual pois nesta a simples indica o pelo reclamante de que o reclamado o devedor do direito material basta para torn lo parte leg tima a responder a a o Superada est
242. reria no caso da exist ncia mesma do v nculo Por esta raz o e nesta linha de racioc nio pouco importa que o reclamante n o tenha sido empregado da segunda reclamada A responsabilidade subsidi ria na esp cie n o se coloca no plano da rela o de emprego mas da garantia do cr dito Evidenciada a presen a do contrato de presta o de servi os a mat ria resolve se com a aplica o do Enunciado 331 item IV do Colendo Tribunal Superior do Trabalho segundo o qual o inadimplemento das obriga es Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 trabalhistas por parte do empregador implica a responsabilidade subsidi ria do tomador de servi os quanto quelas obriga es desde que este tenha participado da rela o processual e conste tamb m do t tulo executivo judicial afastando se assim com estas raz es a alega o de inexist ncia de terceiriza o por isso que n o s ela que capaz de determinar a responsabilidade solid ria ou subsidi ria na esfera do direito laboral A responsabilidade no caso de natureza indireta tem suporte na culpa presumida considerando se que a inadimpl ncia da prestadora de servi os decorreu de atividade da qual se beneficiou a tomadora N o importa de outro lado que o contrato de presta o de servi os seja l cito leg timo ou legal de modo a caracterizar a contrata o por interposta pessoa pois
243. rescido de 40 RSR f rias acrescidas de 1 3 gratifica es natalinas adicional noturno horas in itinere horas extras adicional de periculosidade nos per odos de entressafra e n o de insalubridade j que conforme laudo pericial poca de sua dispensa fazia jus quele adicional tudo isso a contar do dia seguinte sua dispensa at 1 um ano ap s o final do mandato que concorreria indeniza o por danos morais no importe de R 50 000 00 cinquenta mil reais Deduzam se os valores pagos sob id ntico t tulo Deferem se ao autor os benef cios da justi a gratuita Custas de R 1 000 00 um mil reais calculadas sobre R 50 000 00 cinquenta mil reais pela reclamada Honor rios periciais no importe de R 1 600 00 um mil e seiscentos reais pela r Os descontos fiscais e previdenci rios dever o ser realizados em conformidade com a fundamenta o supra observando se as orienta es contidas na S mula n 368 do C TST Expe am se de imediato of cios ao Minist rio P blico do Trabalho e Minist rio do Trabalho e Emprego com c pia dos documentos de f 3 20 23 30 144 147 e da presente senten a Cumpra se Partes cientes na forma da S mula n 197 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 547 ATA DE AUDI NCIA PROCESSO N 00230 2007 105 03 00 7 Data 29 03 2007 DECIS O DA 26 VARA D
244. rezentos e setenta e oito reais e noventa e oito centavos observados os supervenientes reajustes salariais anuais impostos pelo Governo Federal e ou decorrentes da negocia o coletiva Isso porque levam se em considera o 50 da ltima remunera o do reclamante conforme fotoc pia do recibo mensal de pagamento do m s de abril 2005 f 135 tendo em vista que o trabalho n o atuou como causa nica e espec fica para agravamento de seu quadro cl nico A 3 Danos est ticos e danos morais A prova pericial foi contundente na exist ncia do dano est tico corporal do autor e de sua pr pria gravidade consistente na atrofia de seus membros superiores com percentual de perda de 100 resposta ao 3 quesito f 259 e 6 quesito de f 263 bem como os seus danos reflexos resultantes quanto incapacidade para o desenvolvimento de qualquer atividade bra al respostas aos 1 2 de f 262 Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 Fundamentos pelos quais resta demonstrada a altera o da harmonia corporal do autor e suas respectivas limita es A jurisprud ncia do E STJ unissona a admitir a possibilidade de cumula o de indeniza es pelos danos morais e est ticos CIVIL DANOS EST TICOS E MORAIS CUMULA O Os danos est ticos devem ser indenizados independentemente do ressarcimento dos danos morais sempre que tiverem causa aut noma Recurso e
245. rib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 450 Sustentam que foram induzidos a erro pelo sindicato pois sempre acreditaram que fossem associados Informam que foi permitido que alguns trabalhadores exercessem o direito de voto em pleitos passados sem serem formalmente filiados e sem quitarem qualquer mensalidade sindical o que em princ pio constitui viola o a normas estatut rias Apontam como exemplo o requerente Lourival Soares Ribeiro que mesmo sem se filiar entidade votou na elei o sindical e ainda obteve autoriza o para tratamento odontol gico conveniado com o sindicato Ressaltam os autores que todos os empregados da empresa COTEMINAS ainda que n o filiados ao sindicato sempre puderam votar nas elei es sindicais inclusive nesta objeto do lit gio como se filiados fossem Apresentam como exemplos os empregados Erotido Gomes dos Santos e Adenilson Oliveira de Lima f 06 Acentuam que sempre que provocado sobre a quest o o sindicato informava que a Contribui o Confederativa descontada em seus vencimentos tamb m se refere mensalidade sindical Afirmam que a dire o do sindicato r u subserviente aos interesses da empresa COTEMINAS havendo um claro jogo de interesses Entendem que o fato de serem dispensados logo ap s se inscreverem como candidatos ao pleito eleitoral confirma tal suspeita Destacam ainda
246. rio f rias proporcionais multa de 40 do FGTS Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 574 Tendo em vista a rescis o do contrato de trabalho acolho o pedido XXI e condeno a 3 reclamada a entregar as guias CD e SD autora porque atendidos aos requisitos da Lei n 7 998 90 no prazo de 8 dias ap s o passado em julgado desta decis o sob pena de arcar com indeniza o correspondente na hip tese de n o percep o do benef cio por culpa empres ria art 247 do CCb 11 10 Cooperativismo Rela o de emprego Anota o na CTPS A reclamante afirma em s ntese que foi admitida pela 2 reclamada em 31 08 01 para trabalhar para a 4 reclamada at 28 05 03 que houve rela o de emprego entre a autora e a cooperativa 22 r A sociedade cooperativa apresenta como requisitos b sicos a espontaneidade de cria o a independ ncia e a autonomia de seus associados o objetivo comum que os une a autogest o a liberdade de associa o e a n o flutua o dos associados no quadro cooperativo Uma vez ausente qualquer um desses requisitos e comprovados os pressupostos do art 3 da CLT h de ser reconhecido o v nculo empregat cio com o tomador Deve ser pontuado que para o Direito de Trabalho a regra geral a de que todo trabalho decorre de um contrato de emprego Todavia a fraude n o se presume prova se j que a lei prev expressamente o
247. rita m dica nomeada posteriormente para confec o de novo laudo conforme requerimento da reclamada por seu turno n o constatou a exist ncia de incapacidade laborativa ou de nexo de causalidade entre a mol stia apresentada e as atividades outrora desenvolvidas pela obreira durante a vig ncia do pacto laboral Compulsando se os laudos apresentados pelos experts luz do disposto nos arts 436 e 439 par grafo nico ambos do C digo de Processo Civil aplic veis subsidiariamente hip tese dos autos por for a do disposto no art 769 da CLT entende este ju zo que devem prevalecer as conclus es extra das do laudo do dr Hermano Jos Onofre Com efeito consoante sobejamente demonstrado pelo expert no corpo do laudo ap s criteriosa anamnese das condi es f sicas da reclamante e nos diversos esclarecimentos por ele prestados veross mil ante a observa o do que ordinariamente acontece que a pessoa que desempenha atividades laborativas bra ais repetitivas com carga deslocando se frequentemente est sensivelmente suscet vel a adquirir dist rbios ortop dicos em virtude do exerc cio de tais fun es manifesta a exposi o da reclamante ao risco de desenvolver doen a dessa ndole Insta salientar por oportuno que a exist ncia de nexo causal ou concausal entre a doen a adquirida pela trabalhadora e as condi es de trabalho dela pressuposto da indeniza o a ser suportada pela empre
248. rita no rol dos direitos fundamentais do cidad o CR 88 art 5 LXXVIII competindo ao Poder Judici rio assegurar a todos a razo vel dura o do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramita o compat vel com o Processo do Trabalho a aplica o da multa prevista no art 475 J do CPC ex vi da disposi o dos arts 765 832 8 1 e 880 da CLT que estabelecem ao magistrado velar pelo r pido andamento das demandas determinando o cumprimento da decis o pelo modo prazo e sob as comina es estabelecidas 12 Inciso LXXVIII do art 5 da CR 88 a todos no mbito judicial e administrativo s o assegurados a razo vel dura o do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramita o Art 765 da CLT Os Ju zos e Tribunais do Trabalho ter o ampla liberdade na dire o e velar o pelo andamento r pido das causas podendo determinar qualquer dilig ncia necess ria aos esclarecimentos delas 8 1 do art 832 da CLT Quando a decis o concluir pela proced ncia do pedido determinar o prazo e as condi es para o seu cumprimento o Razoabilidade da dura o do processo A norma garante aos brasileiros e residentes no Brasil o direito razo vel dura o do processo judicial ou administrativo Razo vel dura o do processo conceito legal indeterminado que deve ser preenchido pelo juiz no caso concreto quando a garantia for invocada Norma de ef
249. rocesso eleitoral democr tico e transparente 2 10 Da anula o das elei es O ju zo est convencido de que as elei es sindicais ocorridas em 12 06 2006 n o Pprimaram pela transpar ncia nem tampouco pelo princ pio da democracia interna Mesmo o Estatuto do sindicato que em muitos pontos j n o reflete as diretrizes constitucionais pertinentes deixou de ser observado no tocante a exig ncias prim rias O que se verifica que a preocupa o dos dirigentes da entidade estava muito mais voltada para a literalidade dos dispositivos estatut rios quando isso lhes convinha do que para o verdadeiro esp rito das regras ali insculpidas Restou demonstrado saciedade que o processo eleitoral foi conduzido de forma arbitr ria tendenciosa restritiva de direitos de membros da categoria que dele tentaram obstinadamente participar Inquinado de vasta gama de v cios procedimentais inclusive a coniv ncia ou quando nada a leni ncia da empresa r n o pode o referido pleito ser placitado pelo Poder Judici rio Por todo o exposto imp e se reconhecer e declarar a nulidade das elei es realizadas pelo sindicato r u em junho 2006 para determinar o afastamento dos dirigentes eleitos naquele pleito e ainda a determinar que no prazo de 15 quinze dias o Presidente em exerc cio mandato residual convoque Assembl ia Geral Extraordin ria para constitui o de Junta Governativa Provis ria n
250. s pagas e apuradas nos presentes autos Condena se a reclamada por fim a pagar ao autor o adicional de periculosidade no terceiro per odo de entressafra no importe de 30 trinta por cento do sal rio base do autor com reflexos no aviso pr vio FGTS acrescido de 40 RSR f rias acrescidas de 1 3 gratifica es natalinas adicional noturno horas in itinere e horas extras pagas e apuradas nos presentes autos IV Reintegra o ou indeniza o substitutiva e lucros cessantes Pretende o reclamante a condena o da reclamada sua reintegra o ao trabalho ao fundamento de que possu a estabilidade sindical provis ria ou n o sendo poss vel sua indeniza o substitutiva A reclamada op e se aos pedidos formulados afirmando que houve apenas uma dispensa dentro dos par metros legais A primeira testemunha afirmou que antes de o depoente ser dispensado foi promovida a inscri o de 02 chapas para o Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 Sindicato dos trabalhadores que o reclamante era candidato presid ncia por uma das chapas que o candidato presid ncia pela outra chapa era o Sr Jos Ten rio que era presidente do sindicato naquela ocasi o que fato p blico e not rio na reclamada que o reclamante foi dispensado por ter lan ado chapa que se opunha ent o diretoria do Sindicato dos trabalhadores que foram dadas aos integrantes da ch
251. s de dois anos no efetivo exerc cio da profiss o ser maior de 18 dezoito anos e estar em gozo de seus direitos sindicais Na defesa apresentada s f 311 323 0 sindicato informa que o quadro de funcion rios da empresa r gira em torno de 3 300 trabalhadores aproximadamente sendo que deste universo apenas 420 s o sindicalizados ou seja apenas 12 Afirma ainda que desses empregados sindicalizados 349 estavam em condi es de voto e 182 compareceram e votaram nesta ltima elei o Constata se todavia que a maioria das fichas de filia o carreadas para os autos n o trazem a data de inscri o no quadro social v g f 1519 1582 1586 etc o que torna imposs vel aferir o requisito temporal exigido pelo estatuto para que o empregado filiado possa votar na elei o sindical 06 meses Veja se a t tulo de amostragem que as falhas apontadas nas fichas de inscri o de Raimundo Soares Santos f 1518 Laughton Alves Pereira f 1567 e Jo o Ant nio P Santos f 1487 como assinalado no item 2 5 n o permitem aferir a regularidade na filia o ao sindicato nem tampouco de que tenham preenchido o requisito temporal 06 meses para exerc cio do direito de voto No entanto referidos associados votaram na elei o sindical de 12 06 2006 conforme documentos de f 1451 e 1428 parte isso o sindicato r u n o trouxe aos autos a ata dos trabalhos eleitorais art 62 do E
252. s do neg cio jur dico os segundos do ato jur dico Evidentemente que o contrato como neg cio jur dico situado em uma sociedade regulada n o estritamente composto por cl usulas obrigacionais oriundas da estrita imperatividade da vontade das partes nessa medida n o seria puro isto s de origem e conte do particulares compondo se 1 MONTEIRO apud RODRIGUES Curso de direito do trabalho p 429 431 503 tamb m de conte do provindo de dispositivos legais Este car ter parcialmente heterodeterminado inquestion vel no contrato de emprego no qual se denota em sua ess ncia a prote o de um hipossuficiente com a marca da subordina o jur dica necessariamente balanceada por um dirigismo contratual N o outra a raz o de se falar da exist ncia de um contrato m nimo no contrato de emprego e que consistiria justamente na necessidade de os contraentes se submeterem s normas de ordem p blica ou coletivamente fixadas Assim que o contrato de trabalho gera uma multiplicidade de direitos e obriga es para o empregado e para o empregador podendo ser divididos os efeitos do contrato de trabalho segundo DELGADO em duas grandes modalidades efeitos pr prios e efeitos conexos ao contrato de trabalho Quanto aos efeitos pr prios disp e o autor que os mesmos s o os efeitos inerentes ao contrato empregat cio por decorrerem de sua natureza de seu objeto e do conjunto
253. sabiliza o Solidariedade e subsidiariedade na responsabiliza o trabalhista in Temas de Direito e Processo do Trabalho AMATRA III Editora Del Rey 1996 p 229 E esse entendimento fica ainda mais claro quando se observa a reda o do par grafo nico do art 455 da CLT estabelecendo que o empreiteiro principal respons vel subsidi rio tem assegurado o direito de propor a o regressiva contra o subempreiteiro devedor principal porque fica sub rogado no cr dito Ora se j tivessem esgotados todos os meios legais e judiciais para a cobran a do d bito do devedor principal de nenhum efeito seria a a o regressiva N o se pode esquecer tamb m da finalidade b sica da responsabilidade subsidi ria que o refor o da garantia do pagamento dos cr ditos trabalhistas O sal rio tem como primeira finalidade assegurar o alimento do trabalhador exatamente para repor as energias despendidas na execu o dos servi os por essa raz o n o pode o trabalhador aguardar o arrastamento da execu o indefinidamente at exaurir todas as possibilidades de recebimento do devedor principal ou dos s cios da pessoa jur dica unicamente para atender interesses do tomador dos servi os que j se beneficiou da atividade A prioridade da prote o est voltada para o cr dito do trabalhador e n o para o eventual cr dito dos benefici rios dos servi os A garantia que resta ao devedor subsidi
254. se aquele trabalho deixa de ter prote o quando se desvirtua o objetivo da lei n o se pode permitir que a lei seja usada em benef cio de quem a fraudou e por consequ ncia causando dano ao trabalho que ela visava proteger e em ltima an lise pessoa humana do trabalhador Assim se a cooperativa deixa de lado o conceito de coopera o e o que se v afluir a subordina o n o se pode mais negar a exist ncia de v nculo de emprego entre a cooperativa e a pessoa humana para quem ela trabalha e a quem se subordina No caso dos autos absolutamente evidente que n o h 515 rela o de coopera o entre primeira r e reclamante mas de subordina o bom registrar que a Cooperativa surgiu como resposta ao fechamento da unidade da Companhia Industrial Santa Matilde hoje falida nesta cidade de Conselheiro Lafaiete Firmaram a ent o CISM e a COOMEFER primeira r um contrato de cess o onerosa de direito de uso mediante o qual a Santa Matilde cedeu COOMEFER o direito de uso de todo o seu complexo industrial a compreendida a rea territorial todo o mobili rio m quinas utens lios ferramentas e ve culos E para qu Para que a Cooperativa continuasse a executar a mesma atividade empresarial da cedente E o contrato se disse oneroso porque nele restou expresso que a t tulo de pagamento a cession ria pagaria 1 de seu faturamento bruto sendo que o valor correspondente seria
255. seguintes parcelas de natureza salarial horas extras a t tulo de intervalo descanso refei o n o gozado com o adicional convencional e diferen as de d cimo terceiro sal rio e DSR devendo o recolhimento ser comprovado nos autos no prazo de 05 dias ap s o tr nsito em julgado desta decis o pela 1 reclamada Na liquida o a 1 reclamada reter o valor relativo devido pelo reclamante tudo na forma da legisla o vigente incid ncia da S mula n 368 do C TST Recolhimentos tribut rios na forma da lei incid ncia da S mula n 368 do C TST Honor rios assistenciais na base de 15 dos cr ditos brutos a serem apurados Custas pela 1 reclamada no importe de R 18 00 calculadas sobre o valor ora arbitrado condena o de R 900 00 Expe am se of cios DRT CEF ao INSS e Receita Federal ap s o tr nsito em julgado desta decis o Atentem as partes para a previs o contida nos arts 17 18 e 538 par grafo nico do CPC c c art 769 da CLT n o cabendo embargos de declara o para rever fatos provas ou a pr pria decis o ou simplesmente contestar o que foi decidido Cientes as partes nos termos da S mula n 197 do C TST Nada mais Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 501 ATA DE AUDI NCIA PROCESSO N 00689 2007 098 03 00 7 Data 28 06 2007 DECIS O DA 2 VARA DO TRABALHO DE DIVIN POLIS MG Juiz Substituto Dr BRUNO
256. sentou defesa escrita f 36 46 alegando em resumo que arg iu preliminarmente incompet ncia da Justi a do Trabalho No m rito contesta os pedidos da reclamante alegando n o ter havido qualquer pr contrato entre as partes Argumenta que a reclamante se submeteria ainda a um per odo de treinamento antes de ser efetivada Requer a improced ncia dos pedidos Juntou procura o s f 47 49 Manifesta o da reclamante em audi ncia Foram tomados os depoimentos pessoais das partes Sem outras provas encerrou se a instru o processual Raz es finais orais Restaram frustradas as tentativas de concilia o Tudo visto e examinado decide se Il FUNDAMENTA O Preliminares Incompet ncia da Justi a do Trabalho Arg iu a reclamada a incompet ncia da Justi a do Trabalho para apreciar os pedidos alegando n o ter ocorrido qualquer rela o de emprego ou pr contrato no caso em exame De acordo com o artigo 114 da Constitui o Federal Compete Justi a do Trabalho processar e julgar as a es oriundas da rela o de trabalho abrangidos os entes de direito p blico externo e da Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 548 administra o p blica direta e indireta da Uni o dos Estados do Distrito Federal e dos Munic pios A mat ria debatida nos autos decorrente de eventual rela o de emprego ainda que em sede de pr con
257. special conhecido e provido em parte STJ 32 T REsp 251 719 SP Rel Min Ari Pargendler DJU 02 05 2006 p 299 RESPONSABILIDADE CIVIL CUMULA O DANOS MORAIS E EST TICOS POSSIBILIDADE FIXA O EM VALOR NICO Na esteira dos precedentes desta Corte admite se a cumula o de indeniza o por danos morais e est ticos oriundos do mesmo fato o que n o afastado em hip teses como a dos autos em que a despeito de ter sido estipulado um valor nico levou se em considera o as duas esp cies de dano Recurso especial n o conhecido STJ 4 T REsp 662 659 DF Rel Min Cesar Asfor Rocha DJU 21 11 2005 p 246 Em igual sentido o Enunciado n 192 da Ill Jornada de Direito Civil promovida pelo STJ CJF Enunciado n 192 Arts 949 e 950 Os danos oriundos das 529 situa es previstas nos arts 949 e 950 do C digo Civil de 2002 devem ser analisados em conjunto para o efeito de atribuir indeniza o por perdas e danos materiais cumulada com dano moral e est tico Quanto ao valor devido a t tulo de indeniza o deve o julgador pautar se nos seguintes crit rios para fixa o do quantum a capacidade financeira dos agentes envolvidos b aplica o pedag gica da indeniza o c evitar o enriquecimento il cito sem deixar de observar a puni o ao agente causador punitive damages d grau de culpa da r e repara o pecuni ria at o fim da convalescen a
258. ss rios ao tratamento de sa de do requerente Postulou comina o de obriga o primeira r de fornecer CAT Juntou documentos Deu causa o valor de R 10 000 00 Juntou documentos Peticionou f 39 juntando aos autos instrumento normativo da categoria Processo conclu do para aprecia o da liminar requerida no dia 06 06 2007 f 49 com prola o de decis o liminar na mesma data f 51 a 54 determinando se que fosse expedido mandado em face da segunda requerida obrigando a mesma que procedesse imediatamente libera o de todas as guias e documenta es necess rias ao tratamento de sa de do requerente respeitada a determina o m dica de interna o perante o Hospital Santa L cia no dia 07 06 2007 Hospital que conforme certid o constante dos autos f 50 seria conveniado com a requerida A par dessa determina o e observada a autoriza o disposta no 5 do art 461 do CPC referente a ado o ex officio de medidas necess rias efetiva o da tutela bem como o disposto no art 466 A do CPC que permite ao juiz emitir declara o de vontade em substitui o da parte determinou se ainda a expedi o de mandado a ser cumprido perante o Hospital Santa L cia Expedidos e cumpridos os mandados na mesma data f 55 a 60 Audi ncia una reduzida a termo na ata de f 61 Defesas escritas em pe as Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 j
259. statuto f 53 que contivesse os dados referentes apura o dos votos quorum que culminou na reelei o da atual diretoria art 63 Tamb m n o houve comprova o do motivo pelo qual 71 dos empregados sindicalizados n o estavam em condi es de voto encargo processual que competia ao sindicato requerido a teor do disposto Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 no art 818 da CLT Como se n o bastasse os dados num ricos apresentados pela defesa 182 votantes destoam de forma gritante do total do n mero de votantes certificado nas atas das mesas coletoras 24 mesa 01 f 1411 108 mesa 02 f 1426 e 98 mesa 03 f 1442 total 230 votantes Al m disso a entidade sindical apresentou nos autos fichas de registro de apenas 178 associados f 1458 1638 Observe se que o art 38 do Estatuto define o voto dos associados como obrigat rio e desse modo faz se necess ria a apresenta o de justificativa para as absten es ocorridas na elei o o que n o foi demonstrado No que tange elegibilidade prev o artigo 43 do Estatuto que s o eleg veis todos os associados que preencham as condi es estabelecidas no presente Estatuto e n o incorrem em qualquer impedimento listado nos incisos a VI Os autores compuseram a Chapa 02 como pr candidatos ao pleito sindical ocorrido em 12 06 2006 mas n o obtiveram o registro da candidat
260. subsidi rio como vem entendendo alguns Nem mesmo nas obriga es de natureza civil ou cambi ria nos antigos institutos da fian a ou do aval esse entendimento tem acolhida Para o fiador exigir o benef cio de ordem de modo que primeiramente sejam excutidos os bens do devedor deve nomear bens deste sitos no mesmo munic pio livres e desembargados quantos bastem para solver o d bito art 1 491 do C digo Civil No mesmo sentido disp em o art 595 do CPC e o art 4 3 da Lei n 6 830 80 que trata da cobran a judicial da D vida Ativa da Fazenda P blica Vale ressaltar que n o se acolhe a indica o de bens Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 486 da massa falida porque neste caso tais bens n o s o livres e desembargados tanto que o art 1 492 do C digo Civil expressamente estabelece que n o cabe o benef cio de ordem quando o devedor for insolvente ou falido O entendimento consagrado na S mula n 331 IV do TST estabeleceu condi o praticamente id ntica quela prevista no art 455 da CLT basta o inadimplemento da obriga o pelo devedor principal para poder iniciar a execu o contra o devedor respons vel subsidi rio Nessa mesma linha de pensamento ao examinar a S mula n 331 do TST pontua o eminente Juiz Mauricio Godinho Delgado que o simples inadimplemento contratual trabalhista o quanto basta para detonar a respon
261. t que se obtenha o efetivo cumprimento da obriga o nos termos dos 88 4 e 6 do art 461 do CPC a 3 Pens o mensal ao reclamante vital cia ou enquanto perdurar a sua incapacidade para a fun o exercida art 47 da Lein 8 213 91 c c TST S mula n 160 no valor de R 378 98 trezentos e setenta e oito reais e noventa e oito centavos observados os reajustes salariais anuais impostos pelo Governo Federal e ou decorrentes da negocia o coletiva b Indeniza o por danos est ticos no valor de R 30 000 00 c Indeniza o por danos morais no valor de R 15 000 00 d Dever a reclamada proceder constitui o de capital a favor do reclamante para lhe assegurar o pagamento da pens o mensal ora imposta capital esse inalien vel e ou impenhor vel nos termos do art 475 Q do CPC c c S mula n 313 do STJ O n o cumprimento da presente decis o no prazo de 15 dias ap s a intima o da liquida o para pagamento implicar a incid ncia da multa de 10 do valor l quido da condena o a favor do reclamante nos termos do art 475 J do CPC A corre o monet ria incidir a partir da data da ci ncia do reclamante de sua incapacidade laborativa nos termos das S mulas n 43 e 278 do STJ qual seja 01 08 2005 data da concess o da aposentadoria por invalidez Os juros de mora no percentual de 1 a m nos termos do art 39 da Lei n 8 177 91 ser o devidos desde a inicial CLT art 883 e
262. tc Submetido o processo a julgamento profere se a seguinte SENTEN A RELAT RIO WALSON ARA JO MACIEL qualificado na inicial prop e reclama o trabalhista com pedido de tutela antecipada em face de VARIG S A VIA O RIO GRANDENSE A REO TRANSPORTES A REOS S A e VARIG LOG STICA S A alegando em s ntese que foi admitido pelo 1 reclamado em 16 07 2001 para exercer a fun o de agente de atendimento e que recebeu como ltima remunera o a quantia de R 1 370 64 mil trezentos e setenta reais e sessenta e quatro centavos Em 31 07 2006 o reclamante foi dispensado sem justa causa n o recebeu as verbas rescis rias e nem lhe foram entregues o TRCT para levantamento do FGTS e as guias CD SD para recebimento do benef cio do seguro desemprego Pleiteia antecipa o de tutela para que sejam liberados via alvar judicial os valores constantes em sua conta vinculada Afirma o autor que a data de sua sa da n o foi corretamente anotada em sua CTPS e que sempre exerceu as mesmas atividades dos Srs Cl udio Augusto de Oliveira e Domingos Joannis Korres com a mesma capacidade produtividade e perfei o t cnica apesar de receber um sal rio menor do que os percebidos pelos aludidos funcion rios Declara ainda que n o recebeu os sal rios referentes aos meses de maio junho e julho de 2006 bem como os vales transporte e vales refei o estipulados em normas coletivas que n o recebeu o 13 sal rio
263. te as reclamadas a a pagar o adicional de periculosidade e seus reflexos em aviso pr vio 13 sal rio f rias mais 1 3e FGTS mais 40 A liquida o ser feita por c lculos e dever observar os seguintes par metros Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 base de c lculo sal rio b sico do reclamante conforme a S mula n 191 do TST adicional 30 trinta por cento per odo de incid ncia 28 08 2001 a 31 07 2006 per odo imprescrito evolu o salarial do reclamante pagar os sal rios referentes aos meses de maio junho e julho 2006 pagar o 13 sal rio do ano de 2005 pagar as f rias acrescidas de 1 3 referentes ao per odo aquisitivo de 16 07 2005 a 15 07 2006 pagar o aviso pr vio indenizado pagar as diferen as de FGTS n o depositado pagar a multa de 40 incidente sobre os dep sitos fundi rios pagar os vales refei o referentes aos meses de maio junho e julho 2006 pagar os vales transporte referentes aos meses de maio junho e julho 2006 pagar 02 duas multas coletivas uma pelo n o fornecimento dos vales refei o e a outra pelo n o fornecimento dos vales transporte em favor do autor no importe de R 61 69 sessenta e um reais e sessenta e nove centavos cada uma 569 k pagar a multa do 8 do art 477 da CLT em valor correspondente ao ltimo sal rio do autor I retificar obrig
264. teriza se a insalubridade em grau m dio em exposi o ao agente ru do por falta de controle at 03 2004 nas atividades ou ambientes de trabalho do autor que eram mais habituais at esta data conforme diz o reclamante confirmado pelo informante e tamb m como o MM entender que mesmo o autor penetrando eventualmente na pista at 22 06 2006 ltimos v os da VARIG considera tamb m que estava exposto ao risco pois faltava o controle de fornecimento correto do EPI de acordo com a norma regulamentadora acima sic 563 No que se refere periculosidade assim se manifestou o Sr Perito Pelo fundamentado neste laudo e de acordo com a NR 16 NR 20 e seus anexos da Portaria 3 214 Lei 7369 85 e Decreto 93412 86 do Minist rio do Trabalho e Emprego caracteriza se a periculosidade devido perman ncia em rea de risco no per odo laboral de maior habitualidade at 03 2004 mas continuou tamb m penetrando na pista eventualmente conforme exposto pelo Reclamante e informante sic Dessa feita a prova t cnica constatou a presen a tanto do agente insalubre quanto do agente perigoso Segundo o 2 do art 193 da CLT o empregado pode optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido O reclamante em sua peti o inicial manifestou sua op o pelo que lhe for mais favor vel f 06 Foi detectada insalubridade em grau m dio cujo adicional no importe de 20 e periculos
265. to dessa multa Considerando a sucess o trabalhista declarada acima e a responsabilidade solid ria entre as 2 e 3 reclamadas que est o reunidas em grupo econ mico estas dever o suportar tamb m o pagamento da penalidade ora imposta 8 Data da real sa da do reclamante O reclamante afirma que o aviso pr vio indenizado n o foi considerado para fins de anota o da data de dispensa em sua CTPS e pede a declara o por senten a da data de sua real sa da qual seja o dia 30 08 2006 A 1 reclamada alega que a proje o do aviso pr vio foi realizada a tempo e modo As 2 e 3 reclamadas n o se defenderam especificamente sobre esse pedido O documento de f 12 comprova que a data de sa da constante na CTPS do autor n o considerou o prazo de 30 dias do aviso pr vio conforme entendimento jurisprudencial consubstanciado na OJ n 82 da SDI I do TST Ademais as reclamadas n o comprovaram que procederam correta retifica o da data de dispensa na CTPS do reclamante Dessa forma PROCEDE o pedido do reclamante para declarar que o t rmino do contrato de trabalho deste ocorreu em 30 08 2006 e via de consequ ncia condenar as reclamadas em obriga o de fazer referente anota o da data de dispensa em sua CTPS constando o dia 30 de agosto de 2006 como a data de sa da proje o dos 30 dias do aviso pr vio OJ n 82 da SDI I do TST A CTPS do reclamante dever ser anotada em 05 cin
266. tomadora necessariamente tenha de realizar tais empreendimentos mesmo que estes assumam car ter infra estrutural e de mero apoio sua din mica normal de funcionamento Em tais situa es Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 parece clara a responsabilidade subsidi ria da dona da obra ou tomadora de servi os pelas verbas laborais contratadas pela empresa executora da obra ou servi os Ou seja a regra da n o responsabiliza o inerente ao texto literal do art 455 da CLT n o abrange estas ltimas situa es ocorrentes no mercado da presta o de servi os DELGADO Mauricio Godinho Curso de direito do trabalho 3 ed S o Paulo LTr 2004 p 480 481 Pelos termos do contrato de presta o de servi os firmados entre a 1 reclamada e o 2 reclamado fica evidenciado que a obra contratada diz respeito a infra estrutura da 12 reclamada o que atrai a regra da responsabiliza o Vistos relatados e discutidos os autos RELAT RIO O MM Juiz da Vara do Trabalho de Bom Despacho pela senten a de f 129 140 cujo relat rio adoto e a este incorporo julgou procedentes em parte os pedidos contidos na inicial Inconformados os reclamados recorrem O 2 reclamado manifesta se s f 143 148 arg indo em preliminar a incompet ncia da Justi a do Trabalho para julgar pedidos de indeniza o por danos materiais e morais Requer a exclus o da l
267. tor a possibilidade de usufruir dos benef cios da estabilidade provis ria devendo portanto indeniz los Assim pelos fundamentos supra indefere se o pedido de reintegra o ou de indeniza o substitutiva com base na aus ncia da estabilidade provis ria e em contrapartida defere se indeniza o por lucros cessantes no valor de todas as parcelas n o recebidas pelo obreiro na hip tese de uma eventual estabilidade provis ria quais sejam sal rios FGTS acrescido de 40 RSR f rias acrescidas de 1 3 gratifica es natalinas adicional noturno horas in itinere horas extras adicional de periculosidade nos per odos de entressafra e n o de insalubridade j que conforme laudo pericial poca de sua dispensa fazia jus quele adicional tudo isso a contar do dia seguinte sua dispensa at 1 um ano ap s o final do mandato que concorreria I VI Indeniza o por danos morais e materiais Pretende o reclamante indeniza o por danos morais e materiais decorrentes da forma e motivos com que se deu a sua dispensa A reclamada op e se aos pedidos formulados afirmando que houve apenas uma dispensa dentro dos par metros legais Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 Conforme a teoria da responsabilidade subjetiva abra ada pelo nosso C digo Civil a reparabilidade do dano causado moral condiciona se diretamente concorr ncia de um ou mais at
268. trato n o havendo falar em incompet ncia desta Especializada Nesse sentido j se manifestou o Egr gio Tribunal Regional do Trabalho nos termos da ementa que se apresenta in verbis EMENTA PROMESSA DE CONTRATAR PR CONTRATO DESCUMPRIMENTO REPARA O DE DANOS A Justi a do Trabalho competente para apreciar e decidir pedido de repara o de dano causado pelo descumprimento da promessa de celebrar contrato de trabalho por tratar se de controv rsia decorrente de uma rela o de trabalho prometida e que n o teria se consumado por culpa de uma das partes Embora refutada por muitos existe a chamada responsabilidade pr contratual decorrente de a o ou omiss o culposas ocorridas entre a proposta e a aceita o Se a aceita o da proposta manifestada no tempo oportuno o contrato estar perfeito e acabado pelo simples acordo de vontades Mas em se tratando de proposta que n o exige aceita o imediata pode o policitante retratar se antes de manifestar o policitado sua vontade Entretanto se este foi ilaqueado em sua boa f e frustrado na sua fundada esperan a de contratar tem ele o direito repara o dos preju zos sofridos O dever de indenizar no caso explica se segundo alguns pela teoria da culpa in contrahendo ou segundo outros pelo abuso de direito mesmo que nessa fase n o se entenda j existirem direitos Processo RO 17739 00 Quarta Turma Relator Des Luiz Ot v
269. u que havia transporte p blico que servia o local de trabalho do depoente por m seu hor rio era incompat vel com o hor rio de trabalho do depoente e do reclamante J a segunda afirmou que o depoente e o reclamante utilizavam transporte fornecido pela r que n o seria poss vel utilizar o nibus de linha regular que sai de Nanuque s 05 50 horas porque tratava se de um s ve culo que n o comportaria todos os trabalhadores certo que a testemunha patronal informou que havia sim transporte p blico regular Todavia tendo em vista o fato de que o depoimento dessa testemunha diverge como um todo dos outros tr s dif cil atribuir lhe um m nimo de credibilidade Desse modo considerando se o tempo de ida de cerca de 35min e o de volta de 60min defere se ao reclamante o pagamento de 95min extraordin rios Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 540 di rios nos dias efetivamente trabalhados relativos ao tempo in itinere por ele utilizado at o local de trabalho no in cio e no final da jornada que dever o ser pagos com adicional de 50 Por habituais deferem se ainda os reflexos das horas in itinere no aviso pr vio FGTS acrescido de 40 RSR f rias acrescidas de 1 3 gratifica es natalinas e adicional noturno LIV Adicional de periculosidade e ou insalubridade Aduz o reclamante que laborava em ambiente perigoso e insalubre raz o p
270. ucess rio trabalhista residem na garantia de que qualquer mudan a intra ou inter empresarial n o poder afetar os contratos de trabalho arts 10 e 448 CLT O ponto central do instituto passa a ser qualquer mudan a intra ou inter empresarial significativa que possa afetar os contratos empregat cios Verificada tal mudan a operar se ia a sucess o trabalhista independentemente da continuidade efetiva da presta o laborativa luz dessa vertente interpretativa tamb m configura situa o pr pria sucess o de empregadores a aliena o ou transfer ncia de parte significativa do s estabelecimento s ou da empresa de modo a afetar significativamente os contratos de trabalho Ou seja a mudan a na empresa que afete a garantia original dos contratos empregat cios provoca a incid ncia do tipo legal dos arts 10 e 448 da CLT Isso significa que a separa o de bens obriga es e rela es jur dicas de um complexo empresarial com o fito de se transferir parte relevante dos ativos saud veis para outro titular direitos obriga es e rela es jur dicas preservando se o restante de bens obriga es e rela es jur dicas no antigo complexo agora significativamente empobrecido afeta sim de modo significativo os contratos de trabalho produzindo a sucess o trabalhista com respeito ao novo titular arts 10 e 448 CLT 559 Outra situa o excetiva foi criada pela Lei n 11 101 2
271. ue a primeira oposta conta com mais de noventa anos de idade tendo ultrapassado a expectativa m dia de vida dos brasileiros Sobre esse aspecto vale considerar que a todo instante nos autos da usucapi o da oposi o e naqueles nos quais se processa a execu o trabalhista que deu origem a estes os ilustres procuradores apelam para a quest o humanit ria ressaltando tratar se de pessoa idosa de sa de fr gil e argumentos do g nero com a clara inten o de encontrar nessas falaciosas constru es o desvio do cerne da verdadeira controv rsia claro que se poderia argumentar que M rio Yolette n o herdaria sozinho o im vel mas para quem j n o disp e do bem penhorado qualquer por o que lhe coubesse seria uma vantagem mormente em condom nio com seus irm os A tentativa de fraude fica assim evidenciada Nesse contexto uma vez verificado que a primeira oposta nunca teve posse capaz de justificar a 469 usucapi o e a a o correspondente resultou do conluio desta com seu filho a fim de impedir a transfer ncia do im vel para os oponentes enquanto adjudicantes do referido bem em execu o trabalhista e leg timos propriet rios desse julgo procedente a oposi o declarando se que o dom nio do im vel em lit gio pertence aos oponentes na propor o do cr dito trabalhista de cada um em face do segundo oposto conforme consta dos autos da precat ria n 90092 02 00 11 1 3 Assist ncia jud
272. ui causa o valor de R 50 000 00 cing enta mil reais Colaciona documentos f 11 73 Audi ncia inicial designada para 02 10 2006 Aberta a audi ncia compareceram as partes acompanhadas de seus advogados Rejeitada a tentativa de concilia o O reclamante declarou na referida audi ncia que j havia recebido as guias CD SD bem como o TRCT e que efetuou o levantamento do FGTS que estava depositado ressalvando o direito de diferen as j postuladas Determinada a realiza o de prova pericial As reclamadas apresentaram defesas escritas com documentos Defende se a 1 reclamada arg indo as preliminares da incompet ncia absoluta da Justi a do Trabalho e de suspens o do processo No m rito aduz que n o se recusou a fornecer o TRCT e as guias CD SD que todos os dep sitos fundi rios anteriores a 17 06 2005 foram realizados assevera que os valores posteriores referida data encontram se sub judice uma vez que a 1 r est submetida ao regime de recupera o judicial previsto na Lei n 11 101 2005 que n o deixou de pagar nenhum dia trabalhado que 553 pagou todas as verbas rescis rias devidas bem como as f rias postuladas que forneceu os vales transporte e vales refei o pedidos pelo reclamante que o autor n o faz jus equipara o salarial pretendida haja vista que os paradigmas apontados n o exercem as mesmas fun es do autor que desempenhavam essas com uma maior qualidade
273. ulada por n o constituir a mesma cl usula penal instituto de natureza de direito material CC 2002 art 408 A 2 2 Lucros cessantes Pens o mensal vital cia Nos termos do art 950 do CC 2002 resultando da ofensa defeito ao ofendido que o impossibilite de exercer a sua profiss o dever o respons vel pela repara o civil arcar com uma pens o mensal vital cia correspondente import ncia da remunera o do trabalho para o qual se inabilitou Se do acidente resultar defeito pelo qual o ofendido n o possa exercer o seu of cio ou profiss o ou se lhe diminua o valor do trabalho a indeniza o al m das despesas do tratamento e lucros cessantes at o fim da convalescen a incluir uma pens o correspondente import ncia do trabalho para o qual se inabilitou ou da deprecia o que sofreu Essa pens o tem sido deferida em car ter vital cio ou seja O pensionamento h de subsistir enquanto a v tima viver 5 Idem Prote o jur dica sa de do trabalhador 4 ed LTr p 256 527 N o vigora a tese da reclamada de que a concess o do benef cio previdenci rio impede a condena o nos danos materiais uma vez que vigora no ordenamento jur dico nacional o princ pio da autonomia da repara o acident ria nos termos do inciso XXVIII do art 7 da CR 88 c c art 121 da Lei n 8 213 91 diferente do seguro social a cargo da autarquia federal A cobertura previdenci ria deslocou
274. um lado o empregado pessoa f sica insubstitu vel em sua for a de trabalho posta disposi o do tomador de servi os car ter intuitu personae sendo irrelevante que o empregador seja empresa individual ou coletiva Como consequ ncia l gica extrai se que o empregador se apresenta de forma impessoal ou seja nenhum empecilho legal existe para que ele seja substitu do ou sua estrutura jur dica seja alterada permanecendo intactos os contratos de trabalho origin rios Portanto qualquer modifica o ou altera o subjetiva do empregador n o afeta os direitos aderidos ao contrato de trabalho Al m disso modifica es na propriedade ou na estrutura jur dica da empresa n o atingir o as rela es contratuais anteriores Conforme as 2 e 3 reclamadas a aquisi o de ativos UPV Unidade Produtiva da VARIG da 1 r ocorreu dentro do contexto da Lei n 11 101 2005 o que no entender daquelas retirar lhes ia quaisquer responsabilidades pertinentes ao contrato de trabalho em tela fato not rio CPC art 334 que a 1 reclamada VARIG S A Via o Rio Grandense detentora de um enorme passivo a inclu dos d bitos trabalhistas incontroversos relativos a sal rios atrasados FGTS incont veis senten as trabalhistas condenat rias transitadas em julgado dentre outros Ao adquirirem a Unidade Produtiva da VARIG UPV as 2 e 3 reclamadas constitu das em grupo econ mico conforme conf
275. upress o ou redu o do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene sa de e seguran a do trabalho garantido por norma de ordem p blica art 71 da CLT e art 7 XXII da CF 88 infenso negocia o coletiva Dever a 1 reclamada pagar ao reclamante com responsabilidade subsidi ria da 2 reclamada uma hora di ria a t tulo de intervalo descanso refei o com adicional convencional e dada a habitualidade e integra o na remunera o diferen as de aviso pr vio f rias mais 1 3 d cimo terceiro sal rio DSR e FGTS mais 40 aplica o da OJ n 307 da SDI I do C TST Tomar se o como base de c lculo das horas extraordin rias as verbas de natureza salarial sal rio base e adicional noturno A jornada do reclamante era a de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso Aplic vel na esp cie a S mula n 05 do Eg TRT da 3 Regi o Acolho o pedido no particular Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 494 C Das horas in itinere Pleiteia o reclamante que lhe sejam pagas horas in itinere j que teria laborado em locais de dif cil acesso al m do que os nibus p blicos n o seriam em n mero suficiente A 1 reclamada por sua vez aduz que pelas alega es do reclamante presume se que havia nibus p blico at o local de trabalho Por outro lado a 1 reclamada dispunha de transporte pr prio que o reclama
276. ura pois deixaram de encaminhar os documentos exigidos pelo artigo 46 8 2 de n meros II III IV V VI VII VIII IX X do Estatuto da Entidade de 08 membros da chapa bem como os documentos exigidos pelo artigo 46 2 de n meros IV V VI VII VIII IX e X referentes aos demais componentes da chapa notifica o de f 65 Destaque se entretanto que foram opostos obst culos de toda ordem para impedir o acesso da Chapa 02 s elei es sindicais Est claro que a preocupa o n o era propriamente zelar pela lisura do pleito e fiel observ ncia do Estatuto mas sim obstar a participa o de qualquer grupo de trabalhadores que pretendesse fazer oposi o 459 Assentada essa premissa n o causa estranheza que o processo eleitoral em todas as suas fases tenha sido conduzido pelo pr prio Presidente do sindicato ainda que candidato reelei o e n o por uma comiss o eleitoral isenta e adredemente constitu da para os trabalhos de coordena o das elei es sindicais cola o novamente o magist rio sempre l cido de Jos Carlos Arouca o princ pio de democracia sindical interna est ligado umbilicalmente ao Estado Democr tico de Direito dispensando expressa previs o em lei Ensina o doutrinador que sendo o sindicato express o do pluralismo pol tico que d sustenta o ao Estado Democr tico de Direito impens vel que possa agir dentro de uma lin
277. urit ria firmada a partir da rela o de emprego A configura o ou n o da responsabilidade das r s pretendida pelo autor constitui mat ria afeta ao m rito a ser oportunamente analisada Rejeita se Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 Il M RITO 2 1 Da assist ncia sa de As contesta es trazidas pelas r s com os elementos de prova que estas produziram nos autos n o alteram a ess ncia do convencimento firmado liminarmente pelo ju zo Como registramos na decis o de f 51 54 o relat rio m dico de f 11 dava conta de que o autor contava com fratura muito grave necessitando de procedimento cir rgico com urg ncia marcando cirurgia para o dia 07 06 07 com determina o de interna o para o pr prio dia 07 06 07 s 8h30min f 12 Por outro lado a manuten o do plano de sa de reveste se efetivamente de obriga o normativa que impinge sobre a primeira requerida conforme CCT constante dos autos cl usula 12 e esta ao contratar com a segunda requerida procedeu restri o n o autorizada quanto aos procedimentos de cobertura ao avalizar que ficassem exclu dos da cobertura os acidentes do trabalho de qualquer natureza f 27 bice apresentado pela segunda requerida para n o autorizar a cobertura do tratamento m dico do autor No caso em tela o princ pio tuitivo do Direito do Trabalho desautoriza ao empregador que proceda
278. urpresa sobreveio mesmo quando manifestaram interesse em participar como candidatos s elei es de exercer em toda sua plenitude os direitos inerentes sindicaliza o Razo vel portanto a aplica o supletiva do art 129 do C digo Civil CLT art 8 par grafo nico segundo o qual Reputa se verificada quanto aos efeitos jur dicos a condi o cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer considerando se ao contr rio n o verificada a condi o maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento 2 7 Do pagamento de mensalidades ao sindicato O sindicato requerido assinalou tamb m na notifica o de f 65 que os autores n o apresentaram o comprovante de quita o das mensalidades junto ao sindicato inciso X do art 46 do Estatuto Instada a Rev Trib Reg Trab 3 Reg Belo Horizonte v 45 n 75 p 449 583 jan jun 2007 apresentar a rela o de funcion rios que t m descontado em seus vencimentos valores a t tulo de mensalidade sindical a empresa COTEMINAS afirmou que inexiste qualquer desconto efetuado nos sal rios dos colaboradores da reclamada a tal t tulo Divergindo por m da assertiva empresarial o Presidente do sindicato requerido no depoimento prestado em audi ncia declarou que todos os associados pagam suas mensalidades ao sindicato mediante desconto em folha de pagamento ou recibo salarial Inform
279. v nculo de emprego com a 4 r n o h que se falar em enquadramento sindical da autora como banc ria Pontue se que ficou evidenciado nos autos que as 1 2 e 3 reclamadas t m como objetivos atividades n o banc rias Ora ainda que a reclamante exercesse atividades normalmente atribu das aos banc rios tal fato teria decorrido do contrato de presta o de servi os celebrado entre as reclamadas e a CEF Entretanto o seu enquadramento sindical regido pela atividade preponderante das suas empregadoras que n o s o a CEF E as empregadoras da autora que n o s o bancos n o podem ser compelidas a cumprir cl usulas de instrumentos coletivos que n o subscreveram pessoalmente ou atrav s do sindicato que as representam intelig ncia do disposto na S mula n 374 do TST Tampouco restou demonstrado nos autos que as reclamadas tenham recolhido as contribui es sindicais da autora em prol do Sindicato dos Banc rios ou que tenham concedido algum benef cio atinente aos banc rios por liberalidades suas vindo a suprimi lo de forma a ser necess ria a manuten o em respeito ao princ pio da inalterabilidade contratual 577 O fato de a autora trabalhar nas depend ncias da CEF por si s n o tem o cond o de enquadr la como banc ria uma vez que tal fato decorria da terceiriza o de m o de obra em que n o foi declarado o v nculo diretamente com o tomador dos servi os Destarte evidenc
280. venturaram em tentar disputar as elei es numa tentativa de retardar o processo demissional iniciado pela empresa requerida Sustenta que houve a devida notifica o aos autores para regularizarem a documenta o para inscri o da chapa com a concess o do prazo de 24 horas Impugna a alega o de concomit ncia do procedimento adotado pela empresa COTEMINAS com o indeferimento da candidatura asseverando que os requerentes j haviam recebido aviso pr vio quando o registro da chapa foi recusado Aduz que a assist ncia odontol gica fornecida pelo sindicato a todos os membros da categoria profissional representada independente de ser o paciente sindicalizado ou n o Informa que o quadro de funcion rios da empresa r gira em torno de 3 300 451 trabalhadores aproximadamente sendo que deste universo apenas 420 s o sindicalizados ou seja apenas 12 doze por cento Informa ainda que dentre os empregados sindicalizados 349 estavam em condi es de voto e 182 compareceram e votaram nesta ltima elei o Afirma que o documento de f 120 juntado como carteira de associado do funcion rio Erotido Gomes dos Santos ao sindicato refere se entidade estranha no processo Bate se pela improced ncia dos pedidos e junta os documentos de f 324 343 A empresa requerida defendeu se s f 343 351 alegando em s ntese que os demandantes n o s o detentores de estabilid
281. z Dr Gelson Azevedo discorreu sobre o tema com rara felicidade A grosso modo o i Ministro disse que h diferen as entre irrenunciabilidade e intransacionalidade A sa de pessoal de natureza social irrenunci vel porquanto constituiria interesse social J os direitos patrimoniais sal rio horas extraordin rias etc s o transacion veis Dos ensinamentos do Professor e MM Juiz Dr Mauricio Godinho Delgado Pelo princ pio da adequa o setorial negociada as normas aut nomas juscoletivas constru das para incidirem sobre certa comunidade econ mico profissional podem prevalecer sobre o padr o geral heter nomo justrabalhista desde que respeitados certos crit rios objetivamente fixados S o dois esses crit rios autorizativos a quando as normas aut nomas juscoletivas implementam um padr o setorial de direitos superior ao padr o geral oriundo da legisla o heter noma aplic vel b quando as normas aut nomas juscoletivas transacionam setorialmente parcelas justrabalhistas de indisponibilidade apenas relativa e n o de indisponibilidade absoluta No primeiro caso especificado as normas aut nomas elevam o patamar setorial de direitos trabalhistas em compara o com o padr o geral imperativo existente Assim o fazendo n o afrontam sequer o princ pio da indisponibilidade de direitos que inerente ao Direito Individual do Trabalho J no segundo caso o princ pio da

Decisões - TRT da 3ª Região

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