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NACIONAL CONSTITUINTE ASSEMBLtIA

1. ANO I N 43 N S fee E ee Ro em p E e ee E DO Dama AO SEXTA FEIRA 10 DE ABRIL DE 1987 Rep blica Federativa do Brasil NACIONAL CONSTITUINTE DI RIO BRAS LIA DF ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE 1 ATA DA 48 SESS O DA ASSEM BL IA NACIONAL CONSTITUINTE EM 9 DE ABRIL DE 1987 I Abertura da sess o Il Leitura da ata da sess o anterior que sem observa es assinada HI Leitura do Expediente OF CIO N 039 87 Do Senhor M rio Covas L der do Partido do Movimento Democr tico Brasi leiro PMDB junto a Assembl ia Nacional Constituinte indicando nos termos regimen tais a Senhora Rose de Freitas para integrar o Col gio de Vice L deres daquela agremia o partid ria MENDES RIBEIRO Quest o de ordem sobre necessidade de compatibiliza o dos hor rios de funcionamento das Comiss es e do Plen rio da Assembl ia Nacional Consti tuinte PRESIDENTE Resposta quest o de or dem do Constituinte Mendes Ribeiro AMARAL NETTO Reclama o sobre ra z es da aus ncia do PDS a reuni es convo cadas pelo Presidente da Assembl ia Nacional Constituinte Decis o do PDS de obstruir vota o de pedido de licen a do Presidente Jos Sarney para ausentar se do Pa s Intoler ncia das declara es do Constituinte Haroldo Lima sobre inclus o do tema For as Armadas em Comiss o presidida pel
2. como que a Uni o poder exigir o pagamento de um imposto que n o mais imposto confis co Sabem V Ex e os ilustres pares que se ape nas as assinaturas colhidas em S o Paulo em n mero de 53 mil se converterem em a es judi ciais contra o que no meu modesto entender totalmente inconstitucional atrav s das modifi ca es feitas pelo Imposto de Renda n o haver vara federal que consiga desentulhar se nos pr xi mos cinco seis ou dez anos Imaginem se isso se alastrar em todo o Brasil Isso porque fomos derrubados da nossa principal atividade Estas ser o as minhas pr ximas sugest es que os princ pios da tributa o sejam respeitados e que n o haja tributo sem lei anterior que o defina e que seja v lida apenas para o exerc cio seguinte Palmas Durante o discurso do Sr Mendes Ribeiro o Sr Jorge Arbage 1 Vice Presidente deixa a cadeira da presid ncia que ocupada pelo Sr M rio Maia 2 Secret rio O SR PRESIDENTE M rio Maia Tem a palavra o Sr Hermes Zaneti O SR HERMES ZANETI PMDB RS Sem revis o do orador Sr Presidente Sr s e Srs Constituintes como educador entendi que minha campanha Assembl ia Nacional Constituinte deveria ter como fundamento um trabalho peda g gico Por isso em meu material de campanha pol tica inclu um impresso chamado Cartilha do Constituinte Nela al m de elaborarmos um hist rico das Constitui es brasileiras
3. De que adianta ser tantos por cento do sal rio m nimo se este sal rio de fome E quem ga rante que os reajustes desses Cz 1 300 00 de agora para frente ser o verdadeiros Por acaso o sal rio m nimo de hoje n o t o miser vel exatamente porque no passar dos anos os gover nos aplicaram sobre eles ndices de corre o fal sos O Presidente Samey disse recentemente que quer fazer justi a Que piada Vejamos o caso dos trabalhadores rurais para desmascarar o go verno Por acaso esses trabalhadores s o brasi leiros de segunda classe Por que o trabalhador rural n o tem aposentadoria por tempo de servi o Por que meio sal rio m nimo Precisamos introduzir na Nova Constitui o dis positivos que garantam aposentadorias pec lios e pens es capazes de dar aos trabalhadores um descanso com dignidade Precisamos buscar a paridade salarial entre aposentados e trabalhadores da ativa O traba lhador tem de aposentar se com o ltimo sal rio ou com a m dia dos ltimos 12 meses corrigido pela infla o Nunca uma m dia sem corre o O trabalhador deve receber na aposentadoria exatamente o que receberia se estivesse traba lhando Isto que seria justi a Afinal de contas h quantos anos estamos en terrando bilh es e bilh es de cruzados em usinas nucleares A troco de qu Na verdade falta a este Pa s muita coisa para tornar se s rio Sr Presidente Srs Constituintes fomos eleitos para ela
4. o porque n o prosperaria Creio que aqui est o homens e mu lheres livres para construir o Brasil das nossas esperan as o Brasil das mudan as que alme jamos VI O SR PRESIDENTE Jorge Arbage Os Srs Constituintes que tenham sugest es a apresentar queiram faz lo Apresentaram sugest es os seguintes Srs Constituintes Ricardo Izar Adhemar de Barros Filho Victor Faccioni Iram Saraiva Eliel Rodrigues Beth Azize Pedro Canedo Osmir Lima Aldo Arantes Nelson Seixas Maguito Vilela Ivo Lech L cia Braga Nil son Gibson Gonzaga Patriota Paulo Zarzur Davi Alves Silva Paes de Andrade Doreto Campanari Gustavo de Faria Francisco Rollemberg Jamil Haddad Eunice Michiles Domingos Leonelli Aloysio Chaves M rio Maia Felipe Mendes Si queira Campos Leur Lomanto Ant nio Salim Cu riati Gerson Peres Eduardo Jorge F bio Lucena Lourenberg Nunes Rocha Nelson Jobim Joa quim Francisco Mauro Borges Eraldo Trindade Mozarildo Cavalcanti Michel Temer Nivaldo Ma chado Nyder Barbosa Mendes Ribeiro Irma Pas soni VII O SR PRESIDENTE Jorge Arbage Passa se ao Hor rio de Pronunciamentos sobre Mat ria Constitucional Tem a palavra a Sra Irma Passoni A SRA IRMA PASSONI PT SP Pronun cia o seguinte discurso Sr Presidente Sras e Srs Constituintes virou moda afirmar que o Governo perdeu o norte Esta afirma o n o descabida Devemos no entanto observar que
5. o de seguran a Al m dis so a Golden continuar com sua campanha de combate ao fumo que feita nos hospitais e cl ni Abril de 1987 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta feira 10 1245 cas conveniadas ou pr prias Este ano vamos inovar dando apoio m dico e psicol gico s pes soas que desejem parar de fumar A Golden tam b m est estudando uma campanha de preven o AIDS informou o Presidente Blue Cross faz seus primeiros contatos no Brasil O Presidente da Blue Cross e da Blue Child John McCabe visitou o Brasil pela primeira vez esta semana A maior organiza o de assist ncia m dica dos Estados Unidos atende a 70 milh es de associados movimentando anualmente US 7 5 bilh es Segundo McCabe que tamb m Pre sidente da Federa o Internacional de Sistemas de Sa de qual no Brasil apenas a Golden Cross filiada a visita foi apenas para manter o inter c mbio da Federa o Ele informou ainda que a Blue Cross que existe no Brasil n o filiada Blue Cross americana que inclusive est mo vendo uma a o contra a empresa brasileira por uso indevido do nome Espalhada por toda a Am rica a organiza o tem aproximadamente 80 empresas e 330 mil m dicos associados nos diversos Estados ameri canos Apesar de n o ter filiais fora dos Estados Unidos o associado da Blue Cross reembolsado por suas despesas m dicas no exterior McCabe apontou dois p
6. Jofran Frejat PFL Jonas Pinheiro PFL Joni val Lucas PFL Jorge Arbage PDS Jorge Hage PMDB Jorge Leite PMDB Jorge Ue qued PMDB Jorge Vianna PMDB Jos Agri pino PFL Jos Carlos Coutinho PL Jos Carlos Grecco PMDB Jos Carlos Martinez PMDB Jos Carlos Sab ia PMDB Jos Carlos Vasconcelos PMDB Jos Costa PMDB Jos Dutra PMDB Jos Egreja PTB Jos Elias PTB Jos Elias Murad PTB Jos Fernandes PDT Jos Foga a PMDB Jos Freire PMDB Jos Geno no PT Jos Ge raldo PMDB Jos Guedes PMDB Jos Ign cio Ferreira PMDB Jos Jorge PFL Jos Lins PFL Jos Louren o PFL Jos Luiz de S PL Jos Luiz Maia PDS Jos Mara nh o PMDB Jos Maria Eymael PDQ Jos Melo PMDB Jos Mendon a Bezerra PFL Jos Mendon a de Morais PMDB Jos Moura PFL Jos Paulo Bisol PMDB Jos Queiroz PFL Jos Richa PMDB Jos Santana PFL Jos Serra PMDB Jos Tavares PMDB Jos Teixeira PFL Jos Thomaz Non PFL Jos Tinoco PFL Jos Ul sses de Oliveira PMDB Jos Viana PMDB Jovanni Masini PMDB Juarez Antunes PDT J lio Campos PFL J lio Costamilan PMDB Jutahy J nior PMDB Jutahy Magalh es PMDB Koyu lha PMDB Lael Varella PFL Lavoisier Maia PDS Leite Chaves PMDB L li
7. grantes de diversas reas do Executivo e do Legis lativo filiados aos dois partidos governamentais entre os quais os Ministros Aureliano Chaves Mar co Maciel e Paulo Brossard os Governadores H lio Garcia e Jos Richa al m de v rios senadores e deputados tanto do PMDB quanto do PFL que t m advogado a n o desapropria o de proprie dades rurais de seus protegidos Em face da morosidade da falta de sensibi lidade social e da incompet ncia do Governo da Nova Rep blica v m se sucedendo freq entes despejos de dezenas e centenas de fam lias de trabalhadores rurais inclusive em reas que j s o objeto de decreto de desapropria o para fins de reforma agr ria como no caso da Fazenda Serrote Branco no Munic pio de Jaguaretama Estado do Cear s v speras do Natal de 1986 Depois da publica o do decreto que desapro priou a fazenda citada o seu propriet rio promo veu o despejo das fam lias que ocupavam o im vel Al m disso acompanhado de 25 homens ar mados dentre eles 7 policiais comandados pelo Delegado Especial da Pol cia do Munic pio de Ja guaretama o propriet rio da Fazenda Serrote Branco tentou impedir a realiza o de reuni o do Sindicato de Trablhadores Rurais daquela ci dade Cresce a suspeita da realiza o de um acordo secreto e macabro entre os latifundi rios e o Go verno Durante os seis meses que antecederam as elei es de novembro passado reduziu se con sideravelmente
8. marcantemente nacional Acredito que o Presidente Sarney que ainda recentemente se encontrou com os grandes in dustriais com as lideran as sindicais oper rias com a sensibilidade que possui e com o prop sito de levar o Pa s ao seu verdadeiro destino poder promover a curto prazo a um encontro com re presentantes da pequena e m dia empresas as sim como fez com as grandes empresas Seria uma iniciativa altamente v lida que permitiria o di logo daqueles que corajosamente acreditaram no Cruzado em grande maioria ampliaram suas pequenas empresas e hoje se mostram aflitos diante das dificuldades presentes E uma respeitosa sugest o que deixo ao Presi dente Jos Samey e ao Ministro da Ind stria e do Com rcio Castelo Branco para que levem avante esse encontro com as pequenas e m dias empresas o que por si s daria um grande alento a esse segmento do empresariado nacional O SR GONZAGA PATRIOTA PMDB PE Pronuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs e Srs Constituintes estamos apresentando desta tribuna proposta Assembl ia Nacional Constituinte dispondo sobre o direito de voto e a elegibilidade para os que n o possuem o primei ro grau Entendemos por demais necess rio que seja restabelecido na nova Constitui o o voto do cabo e do soldado pois a nica diferen a entre o cida d o civil e o militar a farda Na ntegra a seguir nossa proposta e justifi ca o para discuss o
9. o atual estabelece a educa o obrigat ria universal e gratuita dos 7 aos 14 anos importante j existir essa garantia Agora precisamos estabelecer novos espa os a educa o um direito da crian a desde o nasci mento E obriga o do Estado proporcionar as condi es para a educa o fam lia fica assegu rado o direito de colocar ou n o seus filhos em institui es de educa o pr escolar funda mental que se realize na pr tica uma educa o de qualidade para todas as crian as Sr Presidente Srs Constituintes desejo ainda tratar outro assunto Os graves problemas que se abatem sobre mi lh es de fam lias de trabalhadores rurais perma necem ignorados pelo Governo da Nova Rep blica o qual reedita o comportamento dos gover nos militares que antecederam o do Presidente Sarney N o s o adotadas as provid ncias necess rias para a solu o da quest o agr ria ao mesmo tempo que o Pa s constata os sucessivos recuos e desvios dos objetivos da reforma agr ria as contradi es entre os programas oficiais para o campo e a aus ncia de uma pol tica agr cola de apoio aos pequenos produtores Em conseq n Abril de 1987 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta feira 10 1235 cia disso continua a intensifica o dos conflitos de terra a viol ncia o processo de concentra o da terra e da renda no meio rural O Plano Nacional de Reforma Agr ria apesar de t mido
10. soberania ou o da luta que se deve materializar na elabo ra o de uma Constitui o capaz de servir de quadro institucional para o desenvolvimento de mocr tico Nosso objetivo o de que este Con gresso se conscientize da envergadura de sua miss o e saiba em consegii ncia agir Certa de que a nova constitui o n o deve ser o retrato da sociedade tal como mas sim o desenho daquilo que ela deve ser viemos aqui lutar por propostas que formalizem o reconhe cimento efetivo e n o meramente ret rico da soberania popular Este reconhecimento passa pela ado o da norma fundamental de que toda organiza o dos poderes pol ticos sociais e econ micos deve ter por finalidade suprema assegurar a todos condi es de vida digna e feliz Isto quer dizer que a organiza o estatal existe para servir ao homem e n o o contr rio Nossas propostas reconhecer o a dignidade humana e sua dupla dimens o individual e social As liberdades sociais que em nossa tradi o constitucional nunca passaram de simples aspira es ou de proclama es ornamentais em nos sas propostas assumir o o car ter de regras auto aplic veis de defesa das grandes maiorias contra o poder olig rquico Na nova Constitui o a quest o essencial da soberania do povo deve manifestar se em tr s n veis consentimento popular como condi o de legitimidade da atribui o e do exerc cio do poder em todos os n veis participa
11. sobre as formas desta interven o j que mes mo o golpe militar de 1964 dado em nome da livre iniciativa terminou promovendo pol ticas cla ramente estatizantes Nossas propostas constituintes procurar o in troduzir a democracia na gest o das estatais combater as mordomias aumentando assim a efic cia destas empresas que devem ser conside radas como fator importante do desenvolvimento Para atingir o desenvolvimento tamb m ne cess rio que a Constitui o estabele a claramen te que os principais setores da atividade econ mica n o devem funcionar de modo irracional e arbitr rio mas de forma harm nica Para a reali za o do grande objetivo nacional o desenvol vimento o planejamento n o deve ser mero indi cativo mas obrigat rio preciso estabelecer na Constitui o que a gran de empresa uma organiza o econ mica que transcende a pessoa do empres rio e que a pro priedade do capital n o constitui t tulo leg timo para o exerc cio solit rio do poder E necess rio que os acionistas e trabalhadores participem das decis es destas empresas pois estas decis es afetam grandes contingentes humanos N o se pode falar seriamente em nova Consti tui o sem se colocar a quest o agr ria Pa s dos equ vocos no Brasil ningu m se declara clara mente contra a reforma agr ria Aqui mesmo os piores inimigos da reforma agr ria se dizem a favor mas colocam tantas restri es que na pr t
12. C sar Cals Neto PDS Chagas Duarte PFL Chagas Neto PMDB Chagas Rodrigues PMDB Chico Humberto PDT Christ vam Chiaradia PFL Cid Carvalho PMDB Cid Sab ia de Carvalho PMDB Cl udio vila PFL Cleon ncio Fonseca PFL Costa Ferreira PFL Cristina Tavares PMDB Cunha Bueno PDS D lton Canabrava PMDB Darcy Deitos PMDB Darcy Pozza PDS Daso Coimbra PMDB Davi Alves Silva PDS Del Bosco Amaral PMDB Delfim Netto PDS D lio Braz PMDB Denisar Arneiro PMDB Dionisio Dal Pr PFL Dion sio Hage PFL Dirceu Carneiro PMDB Divaldo Suruagy PFL Dje nal Gon alves PMDB Domingos Juvenil PMDB Domingos Leonelli PMDB Doreto Campanari PMDB Ed sio Frias PDT Edi milson Valentim PC do B Edison Lob o PFL Edivaldo Motta PMDB Edme Tavares PFL Eduardo Bonfim PC do B Eduardo Jorge Secret rio PT Eduardo Moreira PMDB Eg dio Ferreira Lima PMDB Eliel Rodrigues PMDB Eli zer Moreira PFL Enoc Vieira PFL Eraldo Tinoco PFL Eraldo Trindade PFL Erico Pegoraro PFL Ervin Bonkoski PMDB Etevaldo No gueira PFL Euclides Scalco PMDB Eunice Michiles PFL Evaldo Gon alves PFL Expe dito J nior PMDB Expedito Machado PMDB Ezio Ferreira PFL F bio Feldmann PMDB F bio Lucena PMDB F bio Raunheitti PTB Farabulini
13. E quero aproveitar a oportunidade para desta tribuna dirigir um apelo a S Ex Presto esta homenagem com isen o partid ria e pe o ao Dr Bernardo Cabral que se comporte com isen o de magistrado no cargo de Relator da Comiss o de Sistematiza o e mantenha essa postura com todos os partidos pol ticos n o ape nas em rela o ao PMDB que o indicou para o cargo de Relator mas especialmente no tocante aos partidos minorit rios que t m sido absurda mente humilhados marginalizados no processo de debate da Constitui o neste plen rio Este o apelo que fa o em forma de homena gem ao meu conterr neo que com sua vit ria engrandece e prestigia sobretudo o povo do Esta do do Amazonas O Sr Jos Maria Eymael Sr Presidente pe o a palavra para uma comunica o como l der do PDC O SR PRESIDENTE Jorge Arbage Tem a palavra o nobre Constituinte O SR JOS MARIA EYMAEL PDC SP Sem revis o do orador Sr Presidente Srs Constituintes de 1987 gostar amos de utilizar esta tribuna t o somente para abordar temas constitu cionais Mas n o temos for as para isto N o en contramos maneira de permanecer indiferentes realidade do Pa s e situa o tr gica em que est a sociedade brasileira Em todo lugar vemos a desesperan a a aus ncia de caminhos o incon formismo com o imobilismo do Estado E entre as causas que povoam os esp ritos dessa deses peran a est indiscutivelm
14. PMDB Ant nio Brito PMDB Ant nio C mara PMDB Ant nio Carlos Franco PMDB Ant niocarlos Konder Reis PDS Anto nio Carlos Mendes Thame PFL Antonio de Jesus PMDB Antonio Farias PMB Antonio Ferreira PFL Antonio Gaspar PMDB Anto nio Mariz PMDB Antonio Perosa PMDB Ant nio Salim Curiati PDS Antonio Ueno PFL Arnaldo Faria de S PTB Arnaldo Moraes PMDB Arnaldo Prieto PFL Amold Fiora vante PDS Arolde de Oliveira PFL Artenir Werner PDS Artur da T vola PMDB Asdru Arnaldo Faria de S 3 Secret rio bal Bentes PMDB Assis Canuto PFL tila Lira PFL Augusto Carvalho PCB Bas lio Vilani PMDB Benedicto Monteiro PMDB Benedita da Silva PT Benito Gama PFL Bernardo Cabral PMDB Bete Mendes PMDB Beth Azize PSB Bezerra de Melo PMDB Bocayuva Cunha PDT Bonif cio de Andrada PDS Borges da Silveira PMDB Bosco Fran a PMDB Brand o Monteiro PDT Caio Pompeu PMDB Cardoso Alves PMDB Carlos Alberto PTB Carlos Alberto Ca PDT Carlos Benevides PMDB Carlos Cardi nal PDT Carlos Chiarelli PFL Carlos Cotta PMDB Carlos De Carli PMDB Carlos Mos coni PMDB Carlos Sant Anna PMDB Carlos Vinagre PMDB Carlos Virg lio PDS Carrel Benevides PMDB C ssio Cunha Lima PMDB C lio de Castro PMDB Celso Dourado PMDB
15. Sem revis o do orador Sr Presidente ainda com refer ncia informa o h pouco dada por V Ex que respondeu quest o de ordem por mim levantada anteontem indagaria pois posso n o ter escutado perfeitamente se existe uma justifi cativa da Mesa para esta delibera o visto que isto implica uma mudan a da jurisprud ncia exis tente no Brasil segundo a qual a quest o das For as Armadas tratada no item referente ao Poder Executivo A prop sito ontem procurei o Secret rio Geral da Mesa para lhe perguntar a mesma coisa embora em car ter pessoal e S S me disse que seria na Subcomiss o do Poder Executivo porque isso da norma brasileira O pr prio Relator do Regimento Interno o Consti tuinte Fernando Henrique Cardoso disse me que foi tamb m seu ponto de vista quando fez o rela t rio que a quest o das For as Armadas seria tratada na Subcomiss o do Poder Executivo E n s quando indicamos as pessoas para participar das Comiss es em diversos setores o fizemos com essa suposi o Parece nos que houve uma mudan a de atitude Gostar amos de saber com que justificativa isso foi feito O Sr Gerson Peres Sr Presidente pe o a palavra pela ordem O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es Tem a palavra o nobre Constituinte O SR GERSON PERES PDS PA Sem revis o do orador Sr Presidente n o proce dem os argumentos do eminente L der do PC do B uma vez que S Ex alega
16. com base no Regimento e que expressam na realidade o anseio genera lizado dos Srs Parlamentares E a quest o que submeto a V Ex pedindo que tome as provid ncias necess rias para que tudo seja efetuado de acordo com nossa lei in terna O SR PRESIDENTE Jorge Arbage A Presid ncia informa a V Ex que a mat ria j est sendo objeto de estudo atrav s da Presid ncia da Assembl ia Nacional Constituinte e da C mara dos Deputados na pessoa do Deputado Ulysses Guimar es juntamente com o Sr Presidente do Congresso Nacional para as provid ncias cab veis O SR BONIF CIO DE ANDRADA Sr Presidente quero declarar a V Ex para encami nhamento Mesa do Senado que se at os lti mos dias da Semana Santa essa mat ria n o for decidida entraremos com um mandado de segu ran a a fim de que o direito l quido e certo dos Parlamentares de examinarem o Decreto lei seja realmente respeitado pela Mesa do Congresso Nacional E o que tenho a dizer a V Ex O SR PRESIDENTE Jorge Arbage A advert ncia de V Ex ser comunicada ao Presi dente da Assembl ia Nacional Constituinte O SR PRESIDENTE Jorge Arbage Tem a palavra o Sr Felipe Mendes Pausa O SR FELIPE MENDES PDS PI Pronun cia o seguinte discurso Sr Presidente Srs constituintes a grave crise econ mica por que passa o Pa s uma das causas da crise pol tica que a cada dia se toma mais aguda e esta por
17. e desenvolvimento redu o ou simplifica o de suas obriga es trabalhistas e da garantia de cr dito em condi es favorecidas bem como priori dade no atendimento de um percentual m nimo no mercado de compras governamentais N o h na Hist ria do Brasil Srs Constituintes registro de Assembl ia Nacional Constituinte que ao tratar da Ordem Econ mica e Social tenha fixado suas preocupa es nas pequenas m dias e microempresas que j em 1980 ocupavam 83 75 da massa trabalhadora que no dia 15 de novembro nos elegeu com seus representan tes nesta Constituinte Da mesma forma desde a segunda Guerra Mundial o modelo econ mico brasileiro voltado para o exterior marcado por crescente interven o estatal em todas as atividades produtivas e apresentando tend ncia na dire o da concen tra o de capitais n o levou na devida conside ra o a posi o estrat gica daqueles empreendi mentos que o Presidente Jos Sarney chamou carinhosamente de pequeninas c lulas de ope rosidade Em 1960 houve uma tentativa de formula o de pol tica voltada especificamente para esses mi lh es de lojas bazares oficinas restaurantes em p rios padarias bares hot is olarias cl nicas es colas escrit rios de contabilidade advocacia en genharia ateli s laborat rios e outros estabeleci mentos que constituem o universo dos pequenos neg cios As conclus es e sugest es apresentadas pelo en
18. jamento coerente de investimentos e treinamento de pessoal s existe no papel N o h pol tica salarial A Rede perde espa o perde prest gio perde efici ncia e sobretudo vai caindo no con ceito da popula o com os lament veis aconteci mentos que se verificam repetidamente em pre ju zo do patrim nio nacional e do usu rio Parece at Sr Presidente que h um prop sito velado de ir se minando a capacidade da empre sa um dos mais antigos e queridos patrim nios do nosso desenvolvimento Chega se a pensar isto diante do verdadeiro descaso com que os ferrovi rios v m sendo tratados pela dire o da Rede e da CBTU em todo o Pa s Para se ter uma id ia um maquinista da Rede est ganhan do hoje menos do que um motorista de trans porte coletivo de outras empresas A pr pria pol tica de forma o de pessoal deixa a desejar J n o h mais aquela preocupa o de formar o pessoal e aproveit lo A Rede virou uma escola de prepara o de m o de obra para outras em presas Mal o empregado recebe as primeiras in forma es j contratado por empresas mais s rias que pagam melhor A Rede perdeu o con tato com o mercado de trabalho para sal rios defasados e n o compete mais com as outr s organiza es que aproveitam seus funcion rios depois de treinados Esta situa o faz com que haja uma alta rotatividade de m o de obra na em presa reduzindo seu potencial de servi os So mente nos lt
19. n o pode ser outra a todos os trabalhadores sem quaisquer distin es Sim essas normas s o dirigidas a todos os trabalhadores Primeiro por for a de regra cl s sica de hermen utica de acordo com a qual quando a Constitui o n o discrimina n o cabe ao int rprete discriminar Segundo pelo pr prio sistema normativo l gico adotado pela Consti tui o Veja se que o 1 do art 153 ordena peremptoriamente que todos s o iguais perante a lei sem distin o de sexo ra a trabalho credo religioso ou convic o pol tica o velho primado republicano esteio m ximo da democracia No item III do art 165 a Constitui o estabelece proibi o de diferen a de sal rios e de crit rios de admiss o por motivo de sexo cor e estado civil O item XVII expressamente pro be distin o entre trabalho manual t cnico ou intelectual ou entre os profissionais respectivos V se pois que o texto constitucional reitera damente afasta qualquer forma de discrimina o injusta quanto ao trabalho Da o conceito consti tucional de trabalhador para efeitos de incid ncia das normas de garantia dos direitos sociais deve ser o mais amplo poss vel Deve incluir todos os trabalhadores sejam profissionais liberais cientis tas professores ou t cnicos sejam os modestos oper rios os comerci rios ou os trabalhadores do campo Infelizmente essa igualdade ainda n o saiu do papel E o caso dos trabalhadores r
20. ncias par tid rias e ideol gicas todos aqueles que conquis taram um assento na Assembl ia Nacional Cons tituinte pelo voto popular tenham a consci ncia comprometida com os interesses nacionais N o acredito que diante de dados t o contun dentes que afirmam a explora o dos nossos recursos minerais n o renov veis por empresas multinacionais algu m possa crer que o Brasil em contrapartida usufrua quaisquer vant gens N o acredito que tenhamos nesta Casa divis o quanto ao dever de lutar pela preserva o dos interesses nacionais no que conceme aos recur sos naturais n o renov veis A campanha O Petr leo nosso que agora alguns brasileiros patriotas tentam reacender buscando nosso apoio n o pode ser esquecida Urge que todos n s Constituintes nos engajemos na luta patri tica em defesa dos nossos recursos naturais n o renov veis Um outro fato e o segundo fato a que me refiro ocorreu no Estado do Rio de Janeiro Ontem por volta das 19 horas na Central do Brasil local para onde converge a classe trabalha dora depois de um rduo expediente de trabalho houve paralisa o e atraso dos trens Todos sabe mos que o trem um transporte coletivo de massa utilizado quase que exclusivamente pela classe trabalhadora J movidos pelo desespero natural pelas ago nias que passam no dia a dia com pouca liber dade e baixos sal rios foram os trabalhadores ainda insuflados por outras c
21. nova Carta Pol tica uma das nossas maiores tarefas ao longo do nosso mandato A pol tica tal como a entendemos a mais nobre e recompensadora das atividades huma nas Servir ao povo reclama dedica o noites in dormidas desprendimento sacrif cio e vis o abrangente do quadro exibido pela realidade Parodiando Viriaine afirmamos Com o xtase e o terror de haver sido eleito entrego me hoje ao servi o da Na o O SR FRANCISCO AMARAL PMDB SP Pronuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituntes a dif cil situa o econ mico financeira que o Pa s vive est alcan ando um segmento industrial que floreceu expandiu se e se p s mais vibrantemente a servi o da P tria acreditando seriamente no Cruzado as peque nas e m dias empresas Na onda de pessimismo que a coletividade vive em raz o das dificuldades dos ltimos tempos a perspectiva de que do setor empresarial o que mais sofrer ser realmente esse segmento das m dias e pequenas empresas Por isso elas se movimentam e ainda na pr xi ma segunda feira dia 13 de abril a entidade que congrega as m dias e pequenas empresas da regi o de Campinas promover um encontro de seus s cios tiveram a gentileza de convidar os Parlamentares Constituintes brasileiros oca si o em que certamente tra ar o diretrizes de conduta para salvar de uma situa o pior esse important ssimo segmento empresarial brasileiro
22. o se devem repetir no funciona mento das comiss es tem ticas e nas respectivas subcomiss es A Presid nria representada por mim e pelos nobres Constituintes Jorge Arbage e M rio Maia diligenciar no sentido de que n o mais se repitam esses fatos Assim teremos apri morado o funcionamento das comiss es IV O SR PRESIDENTE Mauro Bene vides Est finda a leitura do expediente Passa se ao Pequeno Expediente Tem a palavra o Sr Jos Geno no O SR JOS GENO NO PT SP Sem revis o do orador Sr Presidente Sra e Srs Constituintes quero tornar h bito nesta Casa no Pinga Fogo o acompanhamento da evolu o da conjuntura pol tica deste Pa s De ontem para hoje ocorreram tr s fatos pol ti cos da maior import ncia e que merecem uma an lise de nossa parte Dois deles relacionam se com a crise interna do Governo e outro com a crise instalada nas ruas e nas pra as Fato lament vel ocorreu ontem noite no Rio le Janeiro Os jornais de hoje estampam na pri neira p gina o tiroteio promovido pela guarda fer ovi ria do Rio de Janeiro contra a popula o verdadeiro desespero em que os maqui nistas apenas aplicavam a chamada opera o pa dr o isto movimentar os trens obedecendo s normas vigentes em seu c digo Todo mundo conhece a situa o de precariedade de abandono a que chegou o transporte ferrovi rio neste Pa s e de maneira geral o transporte de massa Mas
23. s fui at Para napebas cidade que nasceu da for a de vontade da bravura do vigor e da f de brasileiros de todos os rinc es que para l se deslocaram em busca de trabalho quer na agricultura quer na minera o E o que sentimos Um povo triste empobrecido desalentado por viver no meio de tanta riqueza sem dela participar Ao voltar a esta Casa fui surpreendido com uma not cia publicada em jornais de minha terra dando conta de que garimpeiros invadiram a rea de minera o da Companhia Vale do Rio Doce O informante funcion rio da empresa afirmou aos jornalistas que tal invas o teria sido incitada por pol ticos cujos nomes preferiu omitir Pol tico militante naquela regi o Deputado Fe deral Constituinte mais votado no Munic pio de Marab venho publicamente da tribuna desta Casa repudiar a acusa o leviana e mentirosa do funcion rio que para obter foros de verda deira teria obrigatoriamente de denunciar quem ou quais os pol ticos que incitaram indefesos la vradores e garimpeiros a penetrarem na bem pro tegida e policiada rea da CVRD N o o fazendo por certo n o passa de leviandade para acobertar a dura e triste realidade Em verdade Sr e Srs Constituintes o clima de tens o social permanente que vivemos naque la regi o tem origens bem diversas Em clima de reforma agr ria duro para o humilde lavrador ver tanta terra e n o dispor de nenhuma para trabalhar e prover o seu sustent
24. s do Minist rio da Sa de formular executar e controlar a Pol tica Nacional de Sa de O poder p blico organizar nos n veis federal estadual e municipal um sistema de sa de nico universal igualit rio gratuito e descentralizado garantindo a participa o popular na formula o execu o e controle da assist ncia Sa de Par grafo 1 As institui es sem fins lucrativos poder o ser chamadas a colaborar na cobertura assistencial popula o sob as condi es estabelecidas em contrato de direito p blico ficando vedada a utiliza o de recursos p blicos para o financiamento de formas lucrativas de assist ncia Sa de Par grafo 2 Compete ao poder p blico a organiza o de um sistema estatal de pro du o e distribui o sob o princ pio da sobe rania nacional de componentes farmac u ticos b sicos medicamentos produtos qu micos biotecnol gicos imunobiol gicos e hemoderivados estabelecendo uma rela o b sica de produtos com rigoroso controle de qualidade visando suprir toda a demanda tornando se acess veis a toda a popula o Art 5 A Uni o os Estados o Distrito Fe deral e os Munic pios aplicar o anualmente n o menos de 13 do produto resultante da sua receita na manuten o e desenvol vimento do Sistema Nacional de Sa de Art 6 A lei dispor sobre a cria o de facilidades para o transplante de rg os per mitindo se a remo o de cad veres huma nos
25. sua vez impede que se reordene com a urg ncia por todos reclamada a estrutura e os objetivos do nosso sistema econ mico Por outro lado a crise econ mica tem sido alimentadora do agravamento da crise social esta a mais s ria porque atinge e esmaga impiedo samente a maioria da j t o sofrida popula o brasileira Temos assim o tri ngulo das crises a nos en volver e angustiar cada uma constituindo se em causa e efeito das demais O Governo se sente imobilizado por press es externas nem sempre leg timas e por press es internas sempre justas avolumadas pela indefi ni o do quadro institucional com a Na o pro curando caminhos duradouros atrav s de uma nova Constitui o No mbito da economia se assim poss vel separar presenciamos n o de hoje uma su cessiva elabora o de planos e pacotes os quais por n o serem bons s o revogados ou simples mente finalizam se no fracasso certamente por que lhes tem faltado o elemento essencial e ine rente sua aceita o qual seja o respaldo sen o a pr pria feitura por parte dos representantes do povo neste Congresso A imprensa tem divulgado a prop sito de refor mas ministeriais que a Secretaria de Planejamen to agora tamb m de Coordena o da Presi d ncia da Rep blica tratar dos planos de m dio e longo prazos enquanto o Minist rio da Fazenda cuidar dos planos de curto prazo como se tais planos n o devessem
26. 450 de 23 12 85 apertis verbis Art 7 Tratando se de rendimento do trabalho assalariado em nenhuma hip tese haver reten o do imposto se o valor do rendimento bruto for igual ou inferior ao valor de 5 cinco sal rios m nimos no m s de compet ncia Par grafo nico O disposto neste artigo n o dispensa a inclus o do rendimento no c lculo de imposto progressivo por ocasi o da declara o anual 7 2 Com essa eleva o do limite de isen o em despropor o com o limite da decla ra o anual liberou se grande massa de re cursos a qual injetada na economia consti tuiu se em fator a aquecer a demanda de bens e servi os E aquecida a demanda n o DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE s os estoques da produ o industrial foram exauridos como se portou incentivo a novos investimentos tanto mais robustecida essa perspectiva quando na esteira do plano cru zado colimou se assegurar a estabilidade econ mica 7 3 Abortada a ciranda financeira por aquele plano n o restou outro meio de bus car a riqueza sen o atrav s da atividade eco n mica sadia substantiva dessa que aumen ta as for as da economia 8 Nesse quadro em julho deste ano foi preciso desacelerar a demanda superaque cida bem acima da capacidade da ind stria e de novos investimentos 8 1 E entre os mecanismos adotados corrigiu se no campo do Imposto de Renda a tabela progressiva do ajuste anual Nela o
27. ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1987 Acho que n o vou fazer isso Mas o nobre Cons tituinte Haroldo Lima chega a dar vontade de fazer coisas piores N o pretendo chegar ao ponto em que S Ex chegou mas n o admito que se atinja um companheiro como o Constituinte Jarbas Passarinho Presidente do meu partido e que tem mais direitos do que qualquer outro at em mat ria profissional de estar numa Comiss o que vai dar opini o sobre a posi o das For as Armadas Era o que tinha a dizer Sr Presidente O SR PRESIDENTE Mauro Benevides Diante da reclama o trazida ao conhecimento do Plen rio pelo nobre Lider Amaral Netto a Presi d ncia sente se no dever de prestar um esclareci mento com rela o composi o das Comiss es e ao fato de os representantes de uma das subco miss es eleger outro Presidente que n o o do PDS conforme pactuado pelas Lideran as Esse fato j foi levado pelo Vice Presidente da Mesa Diretora Constituinte Jorge Arbage ao conheci mento do Presidente Ulysses Guimar es No que tange tramita o da mensagem do Sr Presidente da Rep blica solicitando autori za o do Congresso Nacional para se ausentar do Pa s essa mat ria pertinente s duas Casa do Parlamento que conjuntamente apreciar o o pedido de S Ex o primeiro mandat rio do Pa s No que se relaciona mat ria ontem suscitada pelo nobre Constituinte Haroldo Lima e focalizada tamb m na
28. Explora o dos recursos minerais n o renov veis do Pa s por empresas multinacionais Repress o a manifesta o po pular contra atraso de trens da Central do Bra sil do Rio de Janeiro Estado do Rio de Janeiro BONIF CIO DE ANDRADA Quest o de ordem sobre convoca o de sess es do Con gresso Nacional para aprecia o de decretos leis baixados pelo Presidente da Rep blica PRESIDENTE Resposta quest o de or dem do Constituinte Bonif cio de Andrada FELIPE MENDES Obrigatoriedade na futura Constitui o de elabora o pelo Exe cutivo de Plano Nacional de Desenvolvimento Econ mico e Social OCT VIO EL SIO Greve dos professores e servidores das universidades p blicas brasi leiras Manifesto em defesa da escola p blica e gratuita GERALDO ALCKMIN Necessidade de corre o do valor da aposentadoria do traba lhador rural FERNANDO SANTANA Convite do F rum da Educa o aos Constituintes para en contro no Sal o Negro da C mara dos Depu tados IVO MAINARDI Direito da mulher do campo aposentadoria ALDO ARANTES Propostas do PC do B para a futura Constitui o ADEMIR ANDRADE Exist ncia de traba lho escravo em Santana do Araguaia Estado do Par ROBERTO FREIRE Decis o do Tribunal Federal de Recursos de responsabilizar a Uni o pela morte do oper rio Manoel Fiel Fi lho AMAURY M LLER Falhas existentes no anteprojeto do Governo que p
29. PMDB H lio Costa PMDB H lio Duque PMDB H lio Manh es PMDB H lio Rosa PMDB Henrique C rdova PDS Henrique Eduardo Alves PMDB Her clito Fortes PMDB Hermes Zaneti PMDB Hil rio Braun PMDB Homero Santos PFL Hugo Napole o PFL Humberto Lucena PMDB Humberto Souto PFL Iber Ferreira PFL lbsen Pinheiro PMDB Inoc ncio Oli veira PFL Iraj Rodrigues PMDB Iram Sarai va PMDB Irapuan Costa J nior PMDB Irma Passoni PT Ismael Wanderley PMDB Israel Pinheiro PMDB Itamar Franco PL Ivan Bo nato PFL Ivo Cers simo PMDB Ivo Lech PMDB Ivo Mainardi PMDB Ivo Vanderlinde PMDB Jacy Scanagatta PFL Jairo Azi PFL Jairo Carneiro PFL Jalles Fontoura PFL Jamil Haddad PSB Jarbas Passarinho PDS Jayme Paliarin PTB Jayme Santana PFL Jess Freire PFL Jesualdo Cavalcanti PFL Jesus Tajra PFL Joaci G es PMDB Jo o Agripino PMDB Jo o Alves PFL Jo o Calmon PMDB Jo o Carlos Bacelar PMDB Jo o Castelo PDS Jo o Cunha PMDB Jo o da Mata PFL Jo o de Deus Antunes PDT Jo o Herrmann Neto PMDB Jo o Lobo PFL Jo o Machado Rollemberg PFL Jo o Menezes PFL Jo o Natal PMDB Jo o Paulo PT Jo o Rezek PMDB Joaquim Bevil cqua PTB Joaquim Francisco PFL Joaquim Hayckel PMDB Joaquim Sucena PMDB
30. Roma Londres Paris New York Moscou ou Pequim Como poeta como escritor e agora como ho mem p blico quero tamb m dar este meu teste munho N o podemos discutir um novo destino para o nosso povo e para a nossa P tria sem incorporar ao presente o nosso passado remoto e recente que foi todo gasto em construir um Pa s latifun di rio e exportador de mat ria prima Como falar em reforma agr ria sem levar em conta que nossa P tria est formada sobre quase cinco s culos de Jatif ndio Como encarar o crescimento explo sivo da nossa popula o se toda ela foi formada para a colheita e o extrativismo mineral e vegetal Como equacionar os problemas de vida e de mo radia dessa popula o que nos ltimos vinte anos no maior xodo da hist ria se transfere do campo para a cidade E como compreender esta realidade abstraindo a nossa permanente vincula o e depend ncia da economia mundial e das empresas transacionais Todos os princ pios sociais e todas as palavras relacionadas com esses princ pios continuar o in cuos no texto constitucional se permanecer mos um Pa s latifundi rio e apenas exportador de mat rias primas Mat rias primas extra das tanto do nosso solo e subsolo como do sangue de milh es de brasileiros que fornecem a m o de obra mais barata do mundo paga por uma moeda oscilante cujo valor controlado pelo sistema monet rio internacional que por sua vez con trolado pelos Estado
31. SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es V Ex est inscrito para falar como L der e oportu namente poder faz lo O Sr Airton Cordeiro Sr Presidente pe o a palavra para uma comunica o como L der do PDT O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es Tem a palavra o nobre Constituinte O SR AIRTON CORDEIRO PDT PR Sem revis o do orador Sr Presidente Sras e Srs Constituintes um dos assuntos mais sens veis e pol micos do novo texto constitucional o que trata dos meios de comunica o social no Pa s Todos sabemos que a concess o dos direitos de explora o dos canais de r dio e televi s o se transformou atrav s dos anos em instru mento poderoso de a o pol tica em instrumento cerceador da voz daqueles compromissados com os princ pios democr ticos do Pa s Ainda hoje a Federa o Nacional dos Jorna listas Profissionais deflagra uma campanha nacio nal pela democratiza o dos meios de comuni ca o social Vejo com muita apreens o o uso do r dio e da televis o em especial numa verdadeira catequese verdadeira doutrina o uma imensa lavagem cerebral em toda a Na o brasileira Sou do Paran No meu Estado assisti pela televis o mensagens transmitidas por governos estaduais que nada t m a ver com o Paran Infe lizmente ao meu Estado v m tamb m chegam tamb m em televis o mensagens publicit rias de outras unidades da Federa o brasileira qu
32. a faixa econ mica dessa comunidade n o ultrapassa 3 sal rios m ni mos o que dificulta o acesso ao hospital mais pr ximo Santa Casa de Santo Amaro que dista 11 km do HEWA Negligentemente a mantenedora sup s que o Centro de Sa de pudesse arcar com as responsa bilidades do hospital o que n o poss vel visto que este funciona em regime ambulatorial e que n o tem condi es e nem disp e de infra es trutura para atendimentos de urg ncia o que elucidado pelas mortes que vem ocorrendo no Centro de Sa de pesaroso para n s acad micos de Medicina constatar que ainda grande a procura da nossa assist ncia mesmo o hospital estando fechado fazendo nos acreditar que a reabertura do HEWA deva ser imediata Alunos da Faculdade de Medicina de Santo Amaro N s moradores representantes do Movimento de Sa de da Regi o Interlagos de associa es de bairro CEBS Comunidades Eclesiais de Base SABS Sociedades Amigos de Bairro CR Centro de Recurso da Regi o CEOC Centro de Estudos Orienta o e Conviv ncia ACM Associa o Cultural Multir o Grupo de Cultura da Regi o Interlagos Comiss o Condominial Jar dim Palmares Diret rio Acad mico Gaspar de Oliveira Viana e outras Associa es de moradores da Regi o onde est situada a Faculdade de Medi cina de Santo Amaro OSEC vivenciando a situa o de Sa de P blica que gradativamente se deteriora onde planos s o elaboradas
33. a oberva o de que a parcela carente da popula o se devidamente assistida e orientada adquirir condi es m nimas dentro de algum tempo de cuidar de si pr pria ganhan do o seu sustento e satisfazendo suas necessi dades b sicas Sempre haver pessoas carentes e o Estado n o pode eximir se de suas responsabilidades so ciais perante os mais pobres e dependentes Da nossa proposta que estamos certos os nobres Constituintes apreciar o devidamente O SR ASSIS CANUTO PFL RO Pronun cia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituintes acredito que esta Casa esteja a imaginar que possa eu com frequ ncia estar co metendo injusti as para com setores do Governo Federal quando tenho apresentado cr ticas con tundentes relativas galopante infla o ao prote cionismo e ao esvaziamento s cio econ mico do nosso Pa s Talvez at V Ex s creditem a acidez das cr ticas minha condi o de oposicionista Ocorre entretanto que para comprovar a vera cidade das mesmas diariamente recebemos queixas e temos not cias pela imprensa nacional falada escrita e televisionada que proclamam o que j hav amos denunciado ou seja que dia a dia se agrava a situa o do povo brasileiro em face do desemprego da infla o galopante dos baixos sal rios incompat veis com o alto custo de vida al m de in meras injusti as de que s o alvo os brasileiros Deixarei de repisar aqui o
34. administrativa Necess rio se faz afirmar no ensejo que os recursos gerados pela aplica o da lei supracitada se encontram depositados em conta espec fica da Petrobr s aguardando a publica o do decre to sem serem corrigidos e que se maior demora houver no repassamento dos valores nominais ali consignados j nada mais valer o quando da sua entrega Urge portanto da parte do Poder Executivo a ado o imediata das medidas ora reclamadas Era o que t nhamos a dizer Sr Presidente O SR PAES DE ANDRADE PMDB CE Pronuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs constituintes o Sr Presidente da Rep blica ao criar com o Decreto n 93 277 de 19 de setem bro de 1986 a Escola Nacional de Administra o P blica ENAP e o Centro de Desenvolvimento da Administra o P blica CEDAM reconhe ceu implicitamente ser inadi vel e urgente a pro fissionaliza o e a valoriza o do servi o p blico na Federa o Pretende se simultaneamente promover uma reforma administrativa de base de profundidade condizente com os leg timos anseios da Na o e os novos tempos em que vivemos Muitas s o por m as distor es que precisam ser corrigidas n o por decretos e reformas oca sionais mas de forma definitiva e duradoura o que somente ser poss vel atrav s de dispositivo constitucional Tais distor es criaram no Pa s uma verdadeira subvers o de valores Com isto generalizou
35. assis t ncia t cnica e credit cia que foi dada quase que exclusivamente aos grandes produtores e ex portadores Temos portanto de enfrentar seriamente o crescimento explosivo da nossa popula o n o com a f rmula econ mica simplista e demag gica de que preciso crescer o bolo para depois distribuir nem tampouco com campanhas anti conceptivas dos laborat rios estrangeiros e nacio nais mas com o conhecimento pr vio das neces sidades e potencialidades da nossa juventude e da nossa mocidade Citei especificamente a Reforma Agr ria para mostrar como ela est sendo mal discutida e mui to mal executada Mas no caso do crescimento populacional explosivo os fatores de educa o e de sa de t m que ser pr vios e priorit rios O d ficit educacional e de sa de do povo brasi leiro impressionante e de crescimento vertigi noso E sem sa de e educa o no pr prio local detrabalho simplesmente rid culo falar em refor ma agr ria Como rid culo priorizar hoje a refor ma agr ria sem atacar concomitantemente a re forma urbana Nestes vinte anos de ditadura tec nocr tico militar o xodo rural inverteu o pro cesso demogr fico brasileiro fazendo com que 70 da nossa popula o viesse morar nas cida des e deixando apenas 30 morando no meio rural Mas para enfrentar seriamente o crescimento vertiginoso de nossa popula o e o seu crescente processo migrat rio reconhe o que precisamos de
36. coloca a pura e simples esta tiza o do atual sistema de assist ncia pois este sistema foi montado objetivando maximizar a concentra o do capital e n o para atender s reais necessidades da popu la o O que realmente se coloca como objetivo a ser alcan ado a implanta o de um no vo sistema de sa de que dever utilizar par tes do atual sistema por m com outra l gica Este novo sistema dever ser composto pe los servi os p blicos dos n veis federal esta duais e municipais pelas institui es priva das sem fins lucrativos e por algumas institui es privadas com fins lucrativos que por estarem estrategicamente localizadas e que ap s estudos regionais seja aconselh vel sua desapropria o Assim esse novo siste ma de sa de dever ser unificado sociali zado descentralizado sob controle da popu la o e que ofere a assist ncia sa de de igual qualidade ao conjunto da popula o independentemente das pessoas serem da rea urbana e rural previdenci rias ou n o Assim fundamental ocorrer a n vel fe deral a defini o de um comando nico para o sistema de sa de Esta unidade de coman do dever ser reproduzida a n vel estadual e municipal descentralizando imediatamen te os n veis de decis o O governo dever investir na amplia o e na melhoria do atendimento da rede p bli ca dando passos no sentido socializa o e progressiva estatiza o da assis
37. com a Argentina Chile e Venezuela veremos que temos uma mortalidade geral e infantil superior desses pa ses da Am rica Latina Internamente observamos diferen as muito grandes no estado de sa de entre os brasileiros das diversas regi es e das diversas classes sbciais um nordestino pobre vive 30 anos menos que um sulista rico nos grupos pobres e explorados da popula o em todas as regi es o risco da mortalidade infantil de 10 vezes maior Em virtude desse processo de acumula o do capital da explora o do trabalho da ur baniza o desordenada da produ o indus DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE trial que se utiliza de equipamentos e subs t ncias agressivas ao trabalhador estabele cem se altos ndices de incid ncia dos diver sos tipos de doen as nas diferentes regi es do Pa s Registra se nas regi es Sul e Sudeste uma grande incid ncia das doen as denominadas modernas e industriais ou outras decor rentes das formas atuais de acumula o do capital e explora o da for a de trabalho rit mo de produ o organiza o do trabalho contato com subst ncias nocivas m quinas inseguras etc A morte por doen as cardio vasculares c ncer doen as profissionais acidentes do trabalho e por outras formas de viol ncia como suic dio homic dio aci dentes de tr nsito cresceram bastante de 1960 para c As doen as cr nico degene rativas constituem causa importante
38. constitui se numa das mais graves ques t es a desafiar a administra o p blica no sentido de elevar o n vel dos servi os oferecidos popula o As prec rias condi es desses servi os es pecialmente aqueles disposi o dos segmentos menos aquinhoados de nossa popula o muito pouco t m contribu do nas ltimas d cadas para a melhoria da qualidade de vida em nossa cidade Pelo contr rio a defici ncia cr nica dos sistemas de transportes p blicos em S o Paulo acarreta diuturnamente enorme desperd cio de tempo aos trabalhadores consumindo lhes ainda energia pessoal que muito melhor aproveitada seria se despendida em atividades produtivas para o Pa s Ademais tal situa o se configura como de f cil explora o pol tica por pessoas e grupos nem sempre efetivamente interessados no bem estar da popula o provocando s rias desestabiliza es e com isso agravando ainda mais o quadro de perdas para a economia nacional Nesse contexto ressalta por sua excepcional import ncia o papel da CMTC Companhia Municipal de Transportes Coletivos empresa sob o controle acion rio da Prefeitura de S o Paulo e concession ria exclusiva dos servi os de trans portes urbanos nesse munic pio Elevar o n vel de seus servi os representa o ponto focal de a o da administra o municipal Ocorre entretanto que a municipalidade j exauriu todos os recursos dispon veis para subsidiar os transportes
39. convencido de que este o caminho para o futuro do nosso Pa s Por fim Sr Presidente Sr e Srs Constituintes falarei sobre a profissionaliza o das For as Ar madas Quero que seja militar quem quiser que seja treinado para a tarefa a que j me referi mas que na hora dos confrontos n o venham os dirigentes militares como fizeram na Argen tina buscar os jovens de 16 17 18 anos para como bucha de canh o coloc los no front de guerra escondendo se aqueles que deveriam ter esta atribui o Eram estas algumas das id ias que desejava trazer aqui com fulcro e na delega o que o povo me outorgou Quero reafirmar mesmo diante do riso ir nico de um Sr Constituinte que nos assiste que escrevi isto e aqui estou repetindo o que disse no palanque Obtive 45 701 votos com este discurso Tenho um mandato atrav s do qual defenderei estas id ias Sr Presidente Srs e Srs Constituintes Muito obrigado Palmas O SR BENEDICTO MONTEIRO PMDB PA Pronuncia o seguinte discurso Sr Presi dente Srs Constituintes o grande poeta e pensa 1260 Sexta feira 10 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1987 dor latino americano Ot vio Paz considera que as mudan as mais significativas por que passa a humanidade s se concretizam na dura o longa dos processos civilizat rios Como tal du ra o longa n o pode ser medida pela cronologia usual dos povos ele identifica e
40. de apo sentadoria por invalidez e as cardiovascu lares principalmente a hipertens o arterial as doen as mentais e as osteoartrites consti tu ram 58 7 dos motivos de aposentadoria pelo INPS em 1980 Por outro lado n o resolvemos os proble mas decorrentes da alta incid ncia das doen as tradicionais ou da probreza perif rica ligados s formas mais atrasadas de acumula o do capital explora o do traba lho e ocupa o do solo Tais doen as alguns delas ocorrendo desde a poca colonial res tringiam se principalmente a determinadas regi es do pa s principalmente de produ o agr cola No entanto hoje elas emergem nas zonas urbanas e expandem se nas fronteiras de ocupa o territorial como na Amaz nia e em Rond nia esquitossomose 6 a 8 mi lh es tuberculose 1 milh o doen a de chagas mais ou menos 6 milh es mal ria 160 mil casos novos por ano desnutri o 40 milh es as doen as infecciosas asso ciadas desnutri o s o respons veis por 26 da mortalidade de crian as menores de 5 anos Essas doen as denunciam as p s simas condi es de vida da popula o sal rios baix ssimos alimenta o insuficiente m s condi es de habita o e saneamento Aproximadamente 300 mil crian as morrem por ano no pa s por doen as que a medicina brasileira poderia resolver E mais recente mente agravando ainda mais o n vel de sa de da popula o vivemos a eclos o das
41. de bases corren tes em verdade grande avan o na t cnica e justi a do imposto a que se chegou por evolu o implicou necess ria e obvia mente em sens veis mudan as 5 1 De pronto as tabelas de reten o do imposto sobre rendimentos do trabalho vinculado e do sem v nculo empregat cio re cebidos de pessoa jur dica foram unificadas Uma s tabela Nela aumentou se substan cialmente o limite de isen o E a progressi vidade na base da pir mide foi amenizada Passou a 5 quando antes come ada em 10 Tanto no limite de isen o quanto na suavidade da base todos os contribuintes fo ram beneficiados normente os de baixa ren Abril de 1987 5 2 Unificada a tabela estendeu se a sua aplica o ao pagamento antecipado quando dos rendimentos do trabalho sem v nculo empregat cio alugu is e royalties percebi dos de outra pessoa f sica Portanto rendi mento de pessoa f sica para pessoa f sica 5 3 E j a partir de agosto ltimo alcan ou aquela tabela os alugu is royalties e assemelhados percebidos de pessoa jur dica art do Decreto lei n 2 287 de 23 7 86 Antes tributados na fonte com o teor de ante cipa o al quota de 20 Agora no regime de bases correntes tributados naquela tabela progressiva 5 3 1 Com a mudan a anotada assegu rou se simetria incid ncia porquanto per cebido aquele rendimento alugu is ou royalties tanto de pessoa f sica quan
42. depend ncias do DOI CODI de S o Paulo Essa importante decis o do TFR se d em mo mento muito oportuno Como disse o advogado S rgio Bermudes um dos dois que trataram do caso pela fam lia de Fiel Filho O Brasil hoje est olhando para o futuro mas preciso lembrar o terror E realmente preciso lembrar que s o os mes mos setores fascistas respons veis pelo assas sinato de Fiel Filho Vladimir Herzog entre outros que ensaiam hoje uma ofensiva pol tica com a publica o de livros entrevistas e declara es imprensa entre outras manifesta es nas quais al m de procurarem justificar o injustific vel a tortura e o assassinato ainda deixam clara a sua insatisfa o com a democratiza o do Pa s buscando a desestabiliza o do Governo Sarney e do processo de transi o com o objetivo de alcan ar o retrocesso pol tico no qual quem sa be poderiam voltar a cometer as mesmas atroci dades de ontem E importante lembrar ainda que poca da morte de Fiel Filho e Herzog em 1975 1976 o regime ditatorial j ensaiava os primeiros passos no sentido de tentar a sua auto reforma Viv amos os tempos da abertura lenta e gradual do ent o Presidente Geisel e foram exatamente os setores do regime mais ligados tortura e repress o que visando a desestabilizar aquele processo de abertura ainda que lenta e gradual organizaram um poder paralelo que prendeu centenas de pes so
43. deveres de nosso mandato votando na Assem bl ia Constituinte que tanto pode reformar a Constitui o vigente como promulgar nova Cons titui o aqueles ordenamentos jur dicos que nos ponham em conson ncia com a soberania nacio nal pois fomos eleitos pelo povo para governar Abril de 1987 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta feira 10 1253 no n vel federal dando ordenamentos e precei tua es aos demais poderes Nosso primeiro passo corajoso e sereno deve ser o de repudiar o poder ileg timo que se instau rou no Pa s desde 31 de mar o de 1964 com a rebeldia dos comandos militare Os chamados atos institucionais por eles impostos n o foram mais do que procedimentos inconstitucionais agress es legalidade constitucional n o impor ta hajam sido homologados pelo Parlamento ou absorvidos pela Constitui o bi nica de 1967 e sacramentados pela Carta outorgada de 1969 Arrancada a aprova o daqueles atos a um Le gislativo intimidado e subserviente n o s o cons titui es nem leis Trata se apenas de abusos de for a institucionalizados pelo temor apoiados apenas por alguns cidad os que rapinaram o po der dos eleitos pelo povo no vergonhoso epis dio das cassa es sucessivas Diante disso proponho que como primeiro ato os leg timos representantes do povo reafirmem o poder soberano de que se acham investidos profligando as agress es passadas e desarticu lando as futuras con
44. dos mesmos direitos sociais garantidos s demais mulheres trabalhadoras 1228 Sexta feira 10 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1987 Desde j apresento proposta no que se refere aposentadoria da trabalhadora rural nos seguin tes termos Art E reconhecida a profiss o de tra balhadora rural mulher do agricultor que labuta ao seu lado na lavoura com direito aposentadoria nunca inferior a 1 hum sa l rio m nimo Finalmente como provid ncia de emerg ncia proponho projeto de lei a fim de estender efetiva mente esse regime de aposentadoria mulher trabalhadora rural com a conseguente e imediata revis o da legisla o em vigor que nesse aspecto se mostra absolutamente injusta O SR ALDO ARANTES PMDB GO Sem revis o do orador Sr Presidente Srs Consti tuintes hoje a bancada do PC do B juntamente com in meros patriotas e nacionalistas desta Ca sa apresentar proposta constitucional sobre a quest o da soberania Como sabemos o mundo est dividido em al gumas poucas pot ncias dominadoras e uma grande maioria de na es dominadas A quest o da soberania nacional b sica para esses pa ses particularmente para o Brasil Sabemos muito bem que a concep o a ideologia de que o de senvolvimento nacional se deveria fazer basica mente em fun o dos capitais estrangeiros trouxe graves consequ ncias para a economia brasileira V rias medida
45. e aprova o pelas comis s es e subcomiss es PROPOSTA ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE Do Deputado Gonzaga Patriota Disp e sobre o direito de voto e elegi bilidade Incluam se onde couberem Art S o eleitores os brasileiros que data da elei o contem 18 dezoito anos ou mais alistados na forma da lei 1 O alistamento e o voto s o obriga t rios para os brasileiros de ambos os sexos salvo as exce es previstas em lei 2 Os militares s o alist veis indepen dentemente do posto que ocupe 3 N o poder o alistar se eleitores a os que n o saibam exprimir se na l n gua nacional b os que estiverem privados tempor ria ou definitivamente dos direitos pol ticos Art S o ineleg veis os inalist veis e os que n o possuam o primeiro grau de es colaridade completo data de posse em car go eletivo Par grafo nico Os militares s o eleg veis atendidas as seguintes condi es a sejam filiados a partidos pol ticos b ao candidatar se a cargo eletivo seja afastado temporariamente do servi o ativo na forma da lei c se eleito seja no ato da diploma o afastado do servi o ativo at o dia seguinte ao t rmino do mandato Justifica o I Direito de voto a cabos e soldados N o entendo porque os cabos e soldados n o votam vez que o voto o exerc cio da cidadania e ser cidad o e uma das exig ncias para ser solda do cabo etc A
46. e competente pode cum prir seu papel de agente da soberania cultu ral cient fica art stica e tecnol gica do pa s Neste momento arregimentam se as for as privativas interessadas em se apropriar de mais ve bas p blicas do ensino para servir grupos minorit rios da popula o E chega da a hora de uma grande Campanha Nacio nal em Defesa da Escola P blica e Gratuita para todos No interesse da maioria a Consti tuinte precisa garantir os seguintes princ pios b sicos 1 A educa o direito de todo cidad o sendo dever do Estado oferecer ensino p blico gratuito e laico para todos em todos tos n veis 2 O Governo federal destinar nunca menos de 13 e os governos dos Estados do Distrito Federal e dos Munic pios aplica r o no m nimo 25 de sua receita tribut ria na manuten o e desenvolvimento do ensi no p blico e gratuito 3 As verbas p blicas destinam se exclu sivamente s escolas p blicas criadas e mantidas pelo governo Federal pelos Esta dos Distrito Federal e Munic pios 4 A democratiza o da escola em todos os n veis deve ser assegurada quanto ao acesso perman ncia e gest o Abril de 1987 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta feira 10 1227 Conclamamos todos os brasileiros a se manifestarem publicamente na defesa destes princ pios para garantir sua aprova o na Constituinte Vamos organizar uma ampla e massiva Campanha em Defesa da E
47. e insuficiente para solu o do problema foi descumprido pelo pr prio Governo que o apro vou As metas que previam o assentamento de apenas 150 mil fam lias em 1986 reduziram se a pouqu ssimas fam lias efetivamente assentadas Os dados do pr prio INCRA revelam em toda sua plenitude a incompet ncia e o despreparo do atual Governo De 15 3 85 a 23 1 87 foram declarados de interesse social para fins de desa propria o e reforma agr ria um milh o e 500 mil hectares o que corresponde a 1 3 do total Estes n meros demonstram em toda a sua exten s o a inefic cia do INCRA do MIRAD enfim do Governo da Nova Rep blica pois 2 3 do total da rea desapropriada dependem ainda de provi d ncias judiciais e administrativas para serem apropriadas pelo INCRA A aus ncia de uma clara defini o de reforma agr ria como compromisso e prioridade do Go verno vem dando ensejo a uma postura conser vadora e reacion ria de um agrupamento fascista conhecido pela sigla UDR raivosamente coman dada por um m dico ap trida H ainda a postura anti reforma de setores do Judici rio ligados ao Executivo como o caso do Ministro C lio Borja que assessorou o Presidente da Rep blica na re da o final do Plano Nacional de Reforma Agr ria e foi depois nomeado para o Supremo Tribunal Federal onde vem concedendo uma s rie de me didas favor veis aos latifundi rios S o tamb m conhecidas v rias a es anti reformas de inte
48. esse fato est relacionado com a reuni o no mes mo dia em S o Paulo dos Governadores que tentam voltar poca da Rep blica Velha e dese jam que o Govemo mude primeiro o Minist rio para depois estabelecer um plano econ mico e pol tico E para n o ficar s nisso o Ministro da Fazenda e o Presidente do Banco Central v o negociar a d vida externa e o Presidente da Rep blica nomeou um chefe das negocia es dessa d vida estranho a rea econ mica Essa crise de governo por dentro e por fora que leva o Gover no Samey a uma situa o de colapso s compo si es que acomodaram a Alian a Democr tica n o suportam os choques provocados pela crise A bancarrota econ mica leva o Governo a se per der no emaranhado de suas pr prias contradi es DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE e impasses Querer enfrentar essa crise pela tica da Alian a Democr tica pela tica do conserva dorismo e das afirma es e privil gios pol ticos e econ micos que estiveram presentes e predo minaram na forma o deste Governo apro fundar a pr pria crise Neste momento reafirmamos a import ncia pol tica da campanha pelas elei es diretas logo Se no passado eram elei es diretas j agora devemos promover a campanha pelas diretas logo a fim de enfrentarmos essa crise em que a Alian a Democr tica mergulhou A natureza desse impasse est na pr pria ess ncia na ori gem dos compromissos e dos
49. exemplo em 1981 o INAMPS gastou 6 vezes mais com os previ denci rios do Rio de Janeiro do que com os previdenci rios do Maranh o 2 Direito de assist ncia sa de Caracteriza o do direito sa de de ca da ser humano como de interesse coletivo como dever do Estado Acesso igualit rio de todos os habitan tes do territ rio nacional s a es e servi os de promo o prote o e recupera o da sa de em todos os n veis Caracteriza o dos servi os de sa de como p blicos e essenciais 3 Organiza o dos servi os de sa de Como vimos a organiza o atual dos ser vi os de sa de no Brasil tem por principal objetivo o lucro Apenas como exemplo ainda podemos citar a exist ncia em 1984 de 70 tom grafos computadorizados con centrados na rea mais rica do Pa s Este n mero de aparelhos daria para atender 490 milh es de habitantes ou seja para a nossa realidade seriam suficientes apenas 20 apa relhos desde que distribu dos adequada DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE mente A instala o de laborat rios de outros equipamentos e at a constru o de hospi tais e cl nicas obedecem l gica da maximi za o do lucro Esta a quest o central que deve ser denunciada pois sa de n o mer cadoria e o objetivo lucro incompat vel com a assist ncia sa de igualit ria e de boa qualidade ao conjunto da popula o Assim n o se
50. extraordin rios recursos financeiros para equa cionar e solucionar os seus problemas b sicos E como vamos conseguir se o Pa s deve cem bilh es de d lares aos bancos internacionais e deve quase um trilh o de cruzados internamente ao povo brasileiro E evidente que a solu o dos problemas b si cos da nossa popula o passam inevitavelmente pela morat ria unilateral da nossa d vida externa que o Presidente Jos Sarney teve a coragem de decretar mas que ainda permanece na fase de negocia o E a quando precisamos considerar o trans tempo para interpretar e equacionar os problemas da realidade brasileira Esta nossa d vida externa por exemplo tem a idade da nossa independ ncia pol tica e toda a idade da nossa depend ncia eco n mica Figura desde o remoto passado da nossa hist ria Sua solu o o presente mais flagrante mais agudo e mais imediato Mas nessa equa o se encerra tamb m e principalmente a maior a mais esperan osa e a mais grave perspectiva do nosso futuro A C mara dos Deputados atrav s da Comiss o Parlamentar de Inqu rito j investigou e j se ma nifestou sobre nossa d vida externa conforme se v no Projeto de Resolu o de n 338 85 Para isso os deputados tiveram que se valer da medida extrema do inqu rito parlamentar uma vez que nessa poca o Poder Executivo e o Poder Legis lativo estavam sob a hegemonia do ltimo gover no de regime autorit rio instalado em 19
51. independentemente da autoriza o em vida desde que n o haja oposi o da fam lia Par grafo nico Fica proibido o com r cio de rg os e de elementos do corpo hu mano Art 7 Fica proibida em todo o territ rio nacional a propaganda comercial de quais quer medicamentos e formas de tratamento de bebidas alco licas e tabacos Disposi es Transit rias 1 Com o objetivo de consolidar o Siste ma Qnico de Sa de poder o ser desapro priados pelo Estado servi os privados neces s rios montagem do sistema 2 APrevid ncia Social alocar o m nimo de 45 da contribui o patronal ao Fundo Abril de 1987 Nacional de Sa de Estes recursos da Previ d ncia Social destinados ao financiamento do Sistema Nacional de Sa de ser o gra dualmente substitu dos por outras fontes a partir do momento que o gasto nacional em sa de alcance o equivalente a 10 do Produ to Interno Bruto Justifica o 1 Caracteriza o Geral O n vel de sa de da popula o resulta de um conjunto de condi es associ adas ao trabalho alimenta o habita o transporte educa o renda meio ambiente liberdade lazer posse da terra e acesso aos servi os de sa de Desta forma a sa de de um povo resultado da forma de organiza o social da produ o e da apropria o dos bens e servi os que na sociedade brasileira tem ge rado grandes desigualdades nos n veis de vida e de sa de Assim se as camadas s
52. justi a e no fundamento humanit rio da quest o A tal ponto chegou o custo da repress o viol ncia que na Fran a est o sendo privatizadas as pris es Enten do que com 36 milh es de menores carentes e abandonados neste Pa s nos pr ximos anos ningu m poder deixar de recolher se s suas resid ncias ap s as 18 horas Quero ratificar minha posi o sou dos que re conhecem direito viol ncia s v timas da viol n cia social N o poss vel pois que esta Assem bl ia conclua seus trabalhos sem redimir a inf n cia brasileira e sem assegurar s crian as de O a 6 anos condi es m nimas de vida humana Al m disso Sr Presidente Sras e Srs Consti tuintes inadmiss vel falar em igualdade de opor tunidades na escola para a faixa dos 7 anos se n o se assegurar um m nimo de condi es para a faixa de O a 6 anos A manuten o da aposentadoria especial por tempo de servi o e reg ncia de classes aos profes sores e professoras outro ponto Trata se de manuten o no texto constitucional de um per centual m nimo de verbas destinadas educa o E aqui ouso dizer que a Emenda Calmon impor tante contribui o ao processo no Brasil hoje insuficiente Defendo uma fixa o percentual m nima de 15 da receita or ament ria total da Uni o destinada educa o e 25 da receita or ament ria total dos Estados e munic pios para a educa o Sr Presidente Sras e Srs Constitui
53. ltimos meses p s cruzado e que atinge principalmente o setor de microempresas que se encontram hoje em estado de crise perma nente s portas da fal ncia Com a crise econ mica que se abateu sobre a Na o a volta da ciranda financeira promovida por inescrupulosos banqueiros que auferem grandes lucros fruto da cobran a desordenada de altas taxas de juros com a total falta de infor ma o por parte do Governo cuja rea econ mica nos parece neste momento desajustada acumulado n o libera o de verbas do Gover no para acionar a linha de cr dito e financiamento cria se no setor de microempresas um verdadeiro caos uma total descren a Paira sobre os microempres rios que estive ram reunidos em Bras lia no ltimo m s de mar o a amea a de que se n o houver uma atitude imediata do Governo este segmento vir a desa parecer porquanto esperam desde o dia 20 de mar o pelo cumprimento da proposta sugerida pelo Presidente da Rep blica de libera o de ver ba da ordem de Cz 15 bilh es de cruzados raz o da LBC Letra do Banco Central integral e mais 0 5 de juros m s Ocorre Sr Presidente que nem mesmo a libe ra o anunciada pelo Governo e que seria repas sada pelo BNDES encontra precis o de nforma es pois segundo o Presidente da Associa o das Microempresas de Campina Grande Para ba Jos Antonio da Silva o pr prio Presidente do BNDES declarou publicamente que des
54. lutam pela constru o do Pa s aque les que sofrem as agonias da crise Precisamos compreender essa luta comum Precisamos dar as m os e juntos elaborar uma Constitui o que sirva de base de fundamento para que a classe trabalhadora n o s prevale a numa democracia mas seja hegem nica neste Pa s Muito obrigado O Sr Bonif cio de Andrada Sr Presi dente pe o a palavra pela ordem O SR PRESIDENTE Jorge Arbage Tem a palavra o nobre Constituinte O SR BONIF CIO DE ANDRADA PDS MG Sem revis o do orador Sr Presidente em sess es anteriores da Assembl ia Nacional Constituinte e da C mara dos Deputados solicita mos Mesa informa es e fizemos um apelo a respeito do funcionamento do Congresso Na cional para que possamos com base no Regi mento desta Assembl ia exercer uma de nossas tarefas mais importantes a elabora o da legisla o ordin ria E na rea de legisla o ordin ria o decreto lei aquele que neste instante vem reclamando as maiores aten es do Pa s visto que h mais de oito meses o Poder Legislativo brasileiro nada aprecia em termos dessa legisla o t pica em que se incluem as medidas relativas ao empr stimo compuls rio e ao Plano Cruzado J as quais precisam do referendo desta Casa Infelizmente verificamos que a Mesa do Senado at agora n o convocou pelo que sei o Congresso Nacional apesar das solicita es j feitas nesta tribuna
55. ncia dever contar com o sistema unificado de informa o gerencial e operacional pa ra responder as necessidades pr prias infor ma es referentes a produ o vigil ncia epidemiol gica recursos humanos custos medicamentos materiais e outros bem co mo as institucionais dever contar com o sistema de custos que leve em considera o os v rios compo nentes do M dulo que permita n o s a ava lia o de cada componente mas tamb m a avalia o comparativa entre eles e entre os M dulos as tecnologias de apoio diagn stico e tratamento laborat rio cl nico radiologia transporte manuten o etc abastecimen to e processamento abastecimento de mate riais lavanderia etc e administrativo de ver servir a todas as Unidades componentes do M dulo todas as a es a serem desenvolvidas ser o planejadas implantadas acompanha das e avaliadas a n vel do M dulo O M dulo analisar o impacto das a es sobre a popu la o alvo a efic cia e a efici ncia dos servi os prestados devendo reorient los quan do necess rio o M dulo programar suas atividades a partir das necessidades de sa de da popu la o de sua rea de atua o utilizando o enfoque de risco na determina o de priori dade com base na rela o demanda de sa de tecnologia dispon vel o M dulo ser dotado de capacidade assistencial para resolver a grande maioria de p
56. nica diferen a vis vel entre o cidad o civil e o militar a farda pois ambos t m a mesma obriga o de trabalhar e defender a P tria a mes ma condi o de pensar t m as mesmas necessi dades de escola de sa de de moradia e de lazer Porque ent o somente os cabos e soldados n o t m o direito de se manifestarem atrav s do voto Alegam alguns graduados que os cabos e sol dados s o pessoas sem forma o e rebeldes por isso n o podem votar se s o assim pergunto porque os admitem nas fileiras militares e entre gam em suas m os a seguran a de uma Na o Acredito que se s vezes apresentam alguma rebeldia isso fruto da discrimina o que sofrem tanto por parte da sociedade quanto nos pr prios quart is onde a discrimina o mais vis vel onde existe por exemplo clubes para sargentos e clu bes para oficiais menos para soldados e cabos N o essa discrimina o que faz o homem ser disciplinado cumprir rigorosamente as nor mas e obedecer a hierarquia pois se assim o fosse o Banco do Brasil o Bradesco o Bando do Nordeste do Brasil a Petrobr s seriam uma verdadeira baderna mas pelo contr rio nessas institui es e empresas existem ordem assidui dade ao trabalho cumprimento das normas e rigorosa obedi ncia hier rquica com todos parti cipando unidos no trabalho no lazer independen temente da sua condi o de auxiliar de portaria cont nuo de gerente ou diretor Alegam a
57. o FMI e acarretariam com plica es incalcul veis no nosso relacionamento internacional e na vida de algumas entidades fi nanceiras existentes no nosso Pa s Seria no m ni mo um rompimento do Brasil com o Sistema Monet rio Internacional Por isso mesmo aqueles pol ticos e economistas favor veis morat ria t m receio de sua decreta o e preferem conti nuar tentando f rmulas econ micas ou moneta ristas que contornem esta medida radical Alguns pol ticos favor veis morat ria consideram que o Presidente Jos Samey n o teria respaldo legal da sociedade para tomar uma atitude de tal gravi dade n o s porque n o teria sido eleito em pleito direto mas tamb m porque alguns setores da sociedade lhe negaram apoio Creio que a Assembl ia Nacional Constituinte rec m eleita representa hoje mais do que nunca 1262 Sexta feira 10 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1987 a sociedade brasileira at mesmo pela presen a de alguns parlamentares que pertenceram aos governos passados em postos de decis o e de comando e pelas bancadas dos partidos comu nistas e dos trabalhadores que representam as classes trabalhistas Levamos quarenta anos para ter uma Assem bl ia Nacional Constituinte e n o se quanto tem po levaremos para ter outra oportunidade como esta um Poder Constituinte al m e acima de todos os Poderes A maioria dos tratadistas acham que todo poder constituinte revolu
58. o n mero de despejos e a viol n cia contra trabalhadores Abertas as primeiras ur nas elevaram se dr stica e rapidamente os n meros relativos a despejos em massa bem como os relativos aos conflitos e viol ncias seguidas de assassinatos de trabalhadores rurais Nesse quadro de viol ncia e perpetua o dos conflitos dois aspectos s o preocupantes o au mento dos despejos em massa e a presen a nos Estados governados pelos partidos que com p em a Alian a Democr tica da Pol cia Militar ao lado de latifundi rios Lamentavelmente cons tatamos tanto nos despejos judiciais como nos despejos ilegais promovidos por latifundi rios e grileiros sem autoriza o judicial o aumento da participa o ostensiva da Pol cia Militar em con luio com a mil cia privada de mercen rios e jagun os A partir do dia 6 de janeiro passado sete possei ros da Fazenda Agro Pecus em Santana do Ara guaia Par foram presos ilegalmente e subme tidos a tortura por integrantes da Pol cia Militar dos Estados do Par e Goi s Esses posseiros durante dez dias seguidos foram submetidos a espancamentos choques el tricos e outros tipos de tortura para que confessassem a sua partici pa o no assassinato de Tarley de Andrade filho do Sr Jairo de Andrade tesoureiro da UDR Poste riormente foi decretada a pris o preventiva desses sete posseiros e de outros quinze inclusive do Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais
59. o popular no exer c cio do poder p blico e a garantia dos direitos e liberdades fundamentais Com isso queremos assegurar que a demo cracia n o se resuma ao ritual peri dico das elei es mas que deva ser assegurada na vida coti diana da cidadania no processo de tomada de decis es econ micas que dizem respeito socie dade na orienta o da vida pol tica social e cultu ral do Pa s Queremos atribuir ao cidad o o direito de parti cipar no exerc cio das fun es p blicas por isso que defendemos aqui que a nova Consti tui o atribua tamb m a ele a iniciativa das leis Da mesma maneira que queremos estabelecer que cada cidad o tenha o direito de levantar os casos de inconstitucionalidade por omiss o cada vez que o Legislativo deixar de votar as leis com plementares necess rias correta realiza o das normas constitucionais Em resumo j que estamos conscientes de que a vis o liberal sem controle de qualidade e olig rquica que existe no terceiro mundo fra cassou como instrumento de promo o do de senvolvimento econ mico e social e que o mo delo militarista tamb m fracassou propomos uma Constitui o democr tica mas precisa no reconhecimento dos direitos sociais fundada na soberania popular e na soberania nacional certos de que a supera o do subdesenvolvimento s ocorrer com a participa o de todo o povo Ainda no campo da amplia o dos espa os democr ticos cabe
60. para remover o entu lho ditatorial incrustrado em todas as institui es principalmente num Executivo hipertrofiado que podia tudo dominando acintosamente os meios de divulga o O que vimos na verdade foi num pleito em que os postulantes aos Governos dos Estados tiveram a parte do le o na propaganda eleitoral frustrando o povo melhor escolha quanto composi o desta Casa onde vemos a maior par te das discuss es nas tribunas nos corredores nos concili bulos partid rios girar em torno do mandato do atual Presidente da Rep blica como se o voto indireto tivesse o cond o da perpetui dade ou fosse um corol rio da imortalidade aca d mica Na verdade esse um problema a ser tratado nas Disposi es Constitucionais Transit rias e disso sabia muito bem Tancredo Neves quando declarou preferir quatro aos seis anos que lhe prescrevia a agonizantes Constitui o em vigor N o podemos negar hoje a perplexidade da manifesta o popular no ltimo pleito quando os votos brancos e nulos assumiram propor es nunca vistas antes E como se isso n o bastasse logo depois o Governo promove uma reforma econ mica repudiada pela quase totalidade da Na o penitenciando se o povo do voto dado quando ningu m fora os tecnocratas reunidos nos concili bulos palacianos foi convidado a opi nar sobre a mat ria De tal modo confuso foi o processo de apura o dos votos que os Tribunais Regionais Eleito rais
61. pro cede leitura da ata da sess o antecedente a qual sem observa es assinada O SR PRESIDENTE Mauro Benevides Passa se leitura do expediente O SR MARCELO CORDEIRO 1 Secret rio procede leitura do seguinte II EXPEDIENTE OF CIO Do Sr Constituinte M rio Covas L der do PMDB nos seguintes termos Of cio n 39 87 Bras lia 8 de abril de 1987 Senhor Presidente Tenho a honra de indicar nos termos do Artigo 12 2 do Regimento Interno da Assembl ia Na cional Constituinte a Deputado Rose de Freitas para exercer o cargo de Vice L der do PMDB na Abril de 1987 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta feira 10 1221 Assembl ia Nacional Constitunte instalada em 1 de fevereiro do corrente ano Sem mais para o momento reitero a Vossa Excel ncia protestos de estima e considera o Senador M rio Covas O Sr Mendes Ribeiro Sr Presidente pe o a palavra pela ordem O SR PRESIDENTE Mauro Benevides Tem a palavra o nobre Constituinte O SR MENDES RIBEIRO PMDB RS Sem revis o do orador Sr Presidente minha quest o de ordem est calcada na possbilidade de o Constituinte manifestar se sobre as disci plinas do trabalho invocando o poder que tem V Ex para resolver os casos omissos neste Regi mento consoante determina seu art 83 Foi este Constituinte convocado hoje pela ma nh para as seguintes atividades a partir d
62. problema da educa o nos mais variados n veis Era o que t nhamos a dizer Sr Presidente O SR THEODORO MENDES PMDB SP Pronuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituintes durante toda minha carreira pol tica n o conheci outros partidos que n o o PMDB e o MDB ao qual me filiei em 1966 com o regime de exce o em pleno vigor Desde 1974 venho recebendo dos meus conci dad os sucessivos mandatos parlamentares per meados por um intervalo apenas quando fui chamado para dirigir os destinos do grande muni c pio paulista de Sorocaba como seu Prefeito Municipal Fui com muita honra o primeiro chefe de Po der Executivo a reintegrar no servi o p blico os servidores arbitrariamente afastados de seus car gos por atos de exce o Lutei nos campos das id ias da participa o formando na trincheira dos que combatiam pelo retorno ao Estado de Direito com profunda m goa Sr Presidente Srs Constituintes que constato hoje n o a exist ncia de um Estado de Direito sen o a exist ncia de um Estado apesar do Direito De repente cada um se julga em condi es de por crit rio pessoal pr prio subjetivo consi derar injusta esta ou aquela lei e por consegii n cia descumpri la N o se dedica o menor respeito ao ordena mento jur dico Desdenha se de tudo da mais simples norma municipal s disposi es constitu cionais A greve no servi o p blico bem como nas at
63. professores os estudantes e a escola s o brasi leiros e que n o teremos futuro sem resolver o problema da educa o Sem a solu o do proble ma da educa o n o resolveremos os outros Vou mais longe Sr Presidente e Srs Consti tuintes Se levarmos em conta a defini o de anal fabetos segundo a Unesco constataremos que o nosso Pa s tem mais de 50 milh es de analfa betos E poss vel pergunto ao Brasil pensar em ter democracia em ter justi a social se n o se resolver o problema do analfabetismo Esta Assembl ia Nacional Constituinte n o po de sob pena de inserir uma p gina espantosa em sua hist ria encerrar seus trabalhos sem equacionar a quest o do analfabetismo com a exist ncia de oito milh es de crian as na faixa et ria de 7 a 14 anos ainda fora da escola Este Pa s n o ter futuro sem a solu o desse pro blema Quero ainda defender a democratiza o da escola com elei es dos seus dirigentes pela co munidade escolar nos diferentes n veis e asse gurar na Constitui o a liberdade de ensinar e de aprender Que nenhum professor neste Pa s seja mais torturado preso demitido perseguido exilado ou assassinado por suas id ias pelo que ensina Precisamos garantir isto Ou o com imenso prazer o aparte do emi nente Constituinte Farabulini J nior O Sr Farabulini J nior Nobre Deputado V Ex traz Casa assuntos e problemas dos mais importantes que devem na
64. reclama o do L der Amaral Netto devo dizer que j foi decidida pelo titular da Presi d ncia o nobre Constituinte Ulysses Guimar es O Sr Amaury Muller Sr Presidente pe o a palavra para uma reclama o O SR PRESIDENTE Mauro Benevides Tem a palavra o nobre Constituinte O SR AMAURY M LLER PDT RS Sem revis o do orador Sr Presidente conforme estabelece o 6 do art 62 do Regimento Interno a Mesa tem dez dias para decidir sobre requeri mentos de informa o que uma vez aprovados aguardar o no m ximo vinte dias a resposta para a tomada de novas provid ncias Ora Sr Presidente encaminhei Mesa e a Mesa os recebeu ficando a presun o de que os aprovou sumariamente v rios requerimen tos de informa o tratando de quest es da maior import ncia entre elas a escandalosa importa o de alimentos que tantos males causou e continua causando economia do Pa s a conta Delta IV que suscitou uma enorme pol mica na imprensa nacional sobre a poss vel compra de equipamen tos militares pelo Brasil ao Governo de Israel e a presen a fora do mbito diplom tico de agen tes secretos daquele pa s operando em empresas privadas como agentes de seguran a Isso Sr Presidente j faz muito mais do que um m s e n o obtive nenhuma resposta da Mesa Por isso estou dirigindo sob a forma de quest o de ordem esta reclama o a V Ex Sr Presidente V Ex j receb
65. restabelecimento sub rept cio da corre o monet ria da mesma forma que s o v timas das manipula es pol ticas da UDR entidade terro rista que com o benepl cito do Governo tenta criar uma base popular para o fascismo Diante de quadro t o desastroso n o de sur preender que o povo se mobilize para lutar por seus direitos Espantosa a rea o do Governo que procura transformar a quest o social numa quest o militar ocupando portos e refinarias es pancando banc rios e parlamentares reprimindo brutalmente os agricultores como o fez semana passada no Rio Grande do Sul Enquanto isso o fantasma do golpe habilmen te manipulado pela imprensa e pelo Planalto volta a percorrer o Pa s Para n s pouco importa espe cular se Samey ou n o candidato a Bordeberry Pouco importa saber onde tal Senador passar seu pr ximo ex lio dourado mas evidente que a orquestra o visa a intimidar a oposi o pol tica e o movimento sindical Com golpe ou com autogolpe continuamos a acreditar que a democracia se constr i com sua pr tica e que a democracia pol tica insepa r vel da democracia social e econ mica Verificamos tamb m que usando de meios desproporcionais o stablishment sistema militar persegue um objetivo manter na nova Consti tui o o seu direito de tutelar a Na o nos mol des prescritos pela doutrina da seguran a nacio nal O exagero reside no fato de que este Con gresso j d
66. rio e financeiro internacional que limitou a liberdade de a o dos governos nacio nais e provocou o irracional endividamento des controlado de grande n mero de pa ses do Ter ceiro Mundo como caso expressivo do Brasil S que esse sistema aut nomo e internacional foi formado e desenvolvido unilateralmente pelos pr prios grupos financeiros completamente margem do tratado de Bretton Woods e sem qual quer participa o da comunidade internacional Da mesma forma o nosso capitalismo de esta do instituiu na nossa economia um estatismo bu rocr tico que representando 70 dos nossos in vestimentos monopoliza hoje todos os setores da energia vastos setores da produ o de min rios e dos servi os credit cios Companhias como a Petrobr s a Eletrobr s a Siderbr s a CVRD a CEF os Banco do Brasil o BNDES os bancos regionais e dos Estados e centenas de outras esta tais formam grupos de empresas p blicas que embora tenham situa es econ micas privilegia das e sejam esteios da nossa economia tratam os seus empregados e o p blico da mesma forma que qualquer outra empresa de capital privado O que certo insofism vel que o passado do nosso povo e da nossa P tria est presente entre n s atrav s dessa gigantesca d vida externa presente neste nosso imenso territ rio com quase cinco s culos de latif ndio e neste capitalismo de estado burocr tico que privilegia setores da burguesia e continua a es
67. rio no controle de qualidade dos ser vi os o M dulo adotar como a o funda mental as atividades de desenvolvimento de recursos humanos com vistas eleva o e manuten o dos n veis de atendimento e de capacidade resolutiva desej vel o M dulo adotar uma estrutura e uma pol tica de pesquisas operacionais que con tribuam para o desenvolvimento dos servi os de sa de 4 As Quest es do Acesso e da Qua lidade Admite se que implanta o adequada do sistema unificado de sa de dever garantir atendimento oportuno segundo as ne cessidades respeito dignidade dos usu rios por parte dos servidores e prestadores de servi os de sa de atendimento de qualidade compat vel com est gio de desenvolvimento do conheci mento na rea de sa de direito de acompanhamento pelos fa miliares a doentes internados garantida a as sist ncia integral inclusive nos aspectos psi col gicos e sociais 5 Quest o da Participa o Popular A pr tica tem mostrado que as principais caracter sticas dos movimentos populares foram as seguintes organizarem se a partir da iniciativa da pr pria popula o independentemente do Estado e dos partidos pol ticos ganharem import ncia porque conse guiram a ampla participa o da popula o constituindo se em movimentos de massa garantirem ampla participa o da po pula o devido ao alto grau de democracia interna
68. ros rio de sacrif cios do brasileiro em geral para ater me apenas s den ncias dos 5 381 candidatos concursados e aprovados para vagas de Fiscais do Trabalho em todo o Pa s at a presente data o Minist rio do Trabalho se mant m at com obstina o no prop sito de n o atender aos leg timos direitos desses concursados Justificando sua posi o o titular daquela pasta evoca o Decreto n 91 403 85 publicado Di rio Oficial da Uni o em 8 7 1985 Ocorre Sr Presidente que o referido decreto posterior homologa o do concurso e portan to sem validade al m de violar direito adquirido por mais de 5 000 concursados abalroa a pr pria Constitui o da Rep blica No entanto as nomea es realizadas pelo Go verno Federal de pessoas que sequer foram con cursadas continuam o que nos leva conclus o l gica das incoer ncias que se cometem neste Pa s E f cil constatarmos as condi es desumanas de trabalho al m de podermos afirmar que a classe oper ria em nosso Pa s continua merc de muitos patr es eis a a situa o calamitosa em que se encontra a fiscaliza o do trabalho no Brasil o que representa a inexist ncia de qual quer fiscaliza o pelo Minist rio do Trabalho As recentes greves que v m ocorrendo reivindi cando inclusive fiscaliza o regular atrav s do Minist rio do Trabalho deixam claro que ape nas o Exm Ministro do Trabalho insiste em igno rar
69. rumo claro e expl cito no programa do PT Lutamos pela constru o de uma democracia que garanta aos tra balhadores em todos os n veis a dire o das decis es pol ticas e econ micas do Pa s Uma dire o segundo os interesses dos tra balhadores e atrav s de seus organismos de base 6 Trabalhadores da rea de Sa de admiss o no servi o p blico s por concurso p blico remunera o condigna e isonomia sa larial entre as mesmas categorias profissio nais nos n veis federal estadual e municipal estabelecimento urgente e imediato de car reiras profissionais com planos de cargos e sal rios estabelecimento de oportunidades de aperfei oamento e atualiza o profissional peri dica pol tica salarial discutida com os traba lhadores da sa de reconhecimento de liberdade sindical dos servidores composi o multiprofissional das equi pes de acordo com as caracter sticas da de manda de cada regi o em conson ncia com os padr es de cobertura de assist ncia prepara o do trabalhador da sa de pa ra reconhecer o direito e estimular a partici pa o da popula o no desenvolvimento das atividades de sa de participa o nos conselhos em conjun to com a popula o refor o do compromis so do servidor com a popula o usu ria para eliminar o autoritarismo existente nesta rela o 7 Ensino e Pesquisa recupera o e amplia o dos centr
70. se entre os servidores sobretudo entre os de carreira um natural senti mento de inconforma o de apatia de desinte resse pelo encargo p blico Mas n o isto o que quer a Na o O povo brasileiro em memor veis concentra es em pra a p blica deixou claro que exige mudan as E n s somos os fiadores de tais mudan as A hora de faz las chegada Esta mos com a responsabilidade de elaborar a nova Constitui o que dever representar os leg timos anseios da Na o No caso espec fico do servi o p blico imp e se uma mudan a radical nos crit rios e normas disciplinadoras do acesso s fun es e cargos N o mais poss vel continuar a atual situa o de anomalias e distor es com centenas de servi dores exercendo os mesmos cargos e atribui es mas percebendo vencimentos d spares Em consequ ncia incont veis valores do fun cionalismo est o sendo atra dos pela iniciativa pri vada inconformados naturalmente com os ina ceit veis privil gios existentes no servi o p blico Assim Sr Presidente e Srs Constituintes en tendi por bem submeter ao exame da Assembl ia Nacional Constituinte proposi o destinada a cor Figir as distor es a que aludi anteriormente res gatando a dignidade do servidor p blico A minha proposi o do teor seguinte PROPOSTA CONSTITUI O N Inclua se onde couber Art Equiparam se todos os direitos e obriga es dos servidores d
71. se encontre Com refer ncia ao problema dos vencimentos ent o as distor es s o mais gritantes pois pro vocam em alguns setores o xodo dos funcio n rios para a empresa privada onde a remune ra o em geral mais atraente ocasionando um esvaziamento na administra o federal com a saf da dos melhores profissionais As entidades representativas dos servidores p blicos t m documentado suficientemente os as pectos nefastos dessas distor es que pretende mos eliminar atrav s desta sugest o Plen rio da Constituinte Bras lia 9 de abril de 1987 Paes de Andrade O SR HENRIQUE EDUARDO ALVES PMDB RN Pronuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituintes um grupo de trabalho constitu do de representantes dos Mi nist rios da Educa o da Cultura do Planeja mento da Justi a da Sa de do Trabalho e da Previd ncia Social vai estudar um plano de mobili za o da sociedade para discuss o dos direitos da crian a de zero a seis anos para que sejam encaminhadas propostas Assembl ia Nacional Constituinte com vistas elabora o de uma pol tica para a inf ncia H dois meses tem havido reuni es desse gru po interministerial que deflagar durante todo o semestre um debate em torno do assunto em todo o territ rio brasileiro A partir deste m s j ser o realizados encontros interestaduais com a finalidade de reunir propos tas diversas para uma poste
72. segun do requerimento ainda ontem pedindo provid n cias por parte da Mesa para regularizar o sal rio dos funcion rios do Congresso Nacional princi palmente dos que servem aos novos Deputados os quais nem sabem quanto est o ganhando e t m menos benef cios do que os mais antigos E preciso que a Mesa atenda prontamente a esse requerimento n o apenas em respeito ao Depu tado Mendes Ribeiro mas a todos os Constituin tes eis que precisamos saber como tratada a quest o dos funcion rios Acho que se n o fizermos as coisas funcio narem corretamente daqui para a frente haver certa confus o nesta Constituinte O PMDB e o PFL n o podem tratar os assuntos da Constituinte como se fosse coisa particular O Deputado Ulys ses Guimar es disse h pouco que n o atenderia ao pedido do Deputado do PC do B porque n o podia retardar a instala o da Comiss o de Siste matiza o Muito bem N o podia atrasar por meia hora Mas a Comiss o de Sistematiza o deveria ter sido instalada na semana passada Por uma briguinha interna do PMDB com o PFL ela teve sua instala o adiada para ontem E ontem por uma briguinha do Senador Fernando Henrique Cardoso e de outros Deputados foi adiada para hoje numa demonstra o de que se os partidos majorit rios PMDB e PFL continuarem a tratar os Congressistas Constituintes da forma co mo v m fazendo ter o que assumir a responsa bilidade pelo tipo de Co
73. ser colocado em quest o e serem apresentadas leis que garantam de fato um siste ma penitenci rio condizente com nossas aspira es democr ticas Era o que t nhamos a dizer Sr Presidente O SR UBIRATAN AGUIAR PMDB CE Pronuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs constituintes depende apenas de regulamen ta o pelo Presidente da Rep blica a Lei n 7 528 de 22 de julho de 1986 que estabelece crit rios visando fixa o de valor dos produtos nela espe cificados al m de determinar o rateio das indeni za es devidas aos Munic pios em virtude de ex plora o de leo ou g s extra dos da plataforma continental Para os efeitos da lei consideram se confron tantes com po os produtores os Estados Territ rios e Munic pios cont guos rea mar tima deli mitada pelas linhas de proje o dos respectivos limites territoriais t a linha de limite da plata forma continental onde estiverem situados os po os Se ocorrer a coincid ncia de confronta es de correntes de intersec o das proje es de limites estaduais e intermunicipais a indeniza o ser partilhada por igual entre as unidades contidas na rea de intersec o O percentual de um e meio por cento atribu do ao Munic pio confrontante e respectivas reas geoecon micas ser proporcionalmente rateado entre eles criando se um fundo especial de um por cento previsto na Lei n 2 004 de 1953 obe decidos cri
74. um grave movimento de insatisfa o no que diz respeito ao Imposto de Renda Surpreendidos ao fazer s as declara es e ao tomar conhecimento do grande n mero de cr ticas nova sistem tica do Imposto de Renda os contribuintes est o es 1232 Sexta feira 10 bo ando uma manifesta o de protesto de gran de alcance ao estilo desobedi ncia civil As explica es do Minist rio da Fazenda e da Receita Federal n o foram suficientes para acal mar os contribuintes que fazem as contas so mam dois e dois e encontram sempre um resul tado negativo Todos percebem que v o pagar mais muito mais do que no ano passado Mas as autoridades insistem em garantir que agora a rela o entre imposto devido e renda l quida menor do que no ano passado A situa o particularmente grave porque grande n mero de contribuintes j decidiu que n o pagar o imposto devido enquanto n o hou ver a restitui o do ano passado E pretendem anexar declara o uma c pia do comprovante da restitui o que permanece retida se confir mar esse movimento de desobedi ncia civil suas consequ ncias ser o devastadoras j que o Go verno promete punir com rigor os contribuintes faltosos Isso significa que haver milhares de a es judiciais patrocinadas pela Receita Federal o que representar um verdadeiro caos nas varas j sobrecarregadas de quest es Em meio a essa onda de insatisfa o popular preciso esclarecer
75. uma grande d vida estar o Governo mentindo ao afirmar que este ano menor a rela o entre renda l quida e imposto devido Esta a conclus o a que t m chegado os perplexos contribuintes At agora nem o Minist rio da Fazenda nem a Receita Federal conseguiram explicar com cla reza tal situa o aumentando a desconfian a dos contribuintes Justamente por isso entendemos ser da maior import ncia o artigo publicado no jornal O Globo pelo Delegado da Receita Fede ral no Rio Sr Br ulio Caf Trata se de um escla recimento extremamente oportuno que deveria ser distribu do pelo Governo a todos os contri buintes Explica o tributarista Br ulio Caf que o proble ma decorre da altera o da sistem tica At o exerc cio de 1986 o regime de arrecada o do imposto de renda para pessoa f sica era o de ano base Isso significa que o imposto de renda de cada exerc cio tinha por base os rendimentos auferidos no ano anterior A partir de 86 por m passou se a adotar o sistema de bases correntes Ou seja o imposto devido simultaneamente auferi o do rendimento mensal Quando preenchida a declara o anual ocorre ent o ape nas um ajuste de uma pequena diferen a via de regra em favor da Fazenda e excepcionalmente a favor do contribuinte N o foi o que aconteceu Como todos sabem nas declara es surgiram grandes diferen as a favor da Fazenda Explica o Sr Br ulio Caf que o problema sur g
76. verdade presidir a consci ncia dos Constituintes nesta fase decisiva da Hist ria brasileira A grande realidade que o ensino p blico est como V Ex acabou de afirmar totalmente defasado do ponto de vista da sua estrutura e tamb m do ponto de vista de abarcar a maioria da popula o brasileira Por isso mesmo o ensino privado tomou conta de grande espa o no setor educacional do Pa s e aqui vemos nobre Constituinte que os estudantes das escolas privadas est o a bra os com proble mas dos mais s rios O principal deles o alto custo do ensino fator impeditivo para que a jovem sociedade brasileira alcance os degraus da educa o Quem sabe n o possamos estabelecer uma porcentagem obrigat ria na Nova Constitui o segundo a qual a empresa prevista que presta servi os na rea educaional as entidades mante nedoras reservem citemos um n mero ao acaso 10 de suas vagas que seriam aumentadas por determina o legal constitucional para bol sas de estudo E assim quem sabe centenas de milhares de estudantes seriam por elas benefi ciadas Desta forma terminar amos com este en trave muito grande que a possibilidade de estu dante frequentar tanto na escola p blica como o col gio privado O SR HERMES ZANETTI Agrade o a V Ex o aparte e registro seu pensamento Concedo com prazer o aparte ao nobre Consti tuinte Chico Humberto O Sr Chico Humberto O nobre Consti tuinte tratou muito
77. 10 1239 ca o Os governos que at hoje n o cumpriram com a sua parte Hoje os sal rios est o congelados e os pre os liberados e subindo assustadoramente a cada dia sem nenhum escr pulo O professor j n o ganha o suficiente para viver decentemente A justi a exige que se pague bem a quem traba lha e se demita quem n o quer trabalhar e que a regra seja aplicada a todos igualmente Finalmente em nome da coer ncia e da verda de que me conduziu fun o de Deputado digo que ap io um plano pol tico de moraliza o com crit rios pr estabelecidos que fa a corre o ba seada na justi a Entrei na vida p blica em nome da coer ncia e em nome da coer ncia defendo agora o cumprimento dos acordos e leis conquis tados pelo magist rio dos quais sou inclusive sig nat rio Quero ajudar o Governo do Rio Grande do Sul a p r se de p diante do Governo Federal e a contribuir para as profundas transforma es que prometemos ao povo no rumo da constru o de uma sociedade democr tica livre justa e sobe rana como Pa s O SR CHICO HUMBERTO PDT MG Pronuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituintes mais uma vez o Poder Execu tivo respons vel absoluto pela aplica o das leis no Brasil o primeiro a descumprir ou n o aplicar aquilo que ele pr prio criou at com decretos leis Parece at que nesta Rep blica do faz de conta que se diz Nova as leis s o elaborad
78. 4 mil microempresas existentes do Estado est o amea adas de fechar suas portas dentro de 60 dias Ele disse ainda que est o aguardando provi d ncia do Governador Tarcisio Burity no sentido de levantar sua voz e n o deixar que este seg mento venha a desaparecer Segundo Jos Ant nio s o in meras as microempresas de Campina Grande e de todo o Estado que est o falindo Fizemos financiamentos na poca do Plano Cruzado pagando taxa de juros fixada em 3 ao m s Hoje estamos pagando esse mesmo fi nanciamento com uma taxa de 20 O Pa s cres ceu com o Plano Cruzado e as microempresas tiveram uma grande participa o neste cresci mento Hoje a realidade outra O que se v fal ncia concordata das microempresas en fatizou Jos Ant nio Protesto Diante dessa situa o os microempres rios realizaram no dia 20 de mar o um protesto em Bras lia Na mesma semana segundo Jos Ant nio o Governo anunciou a libera o de uma verba de 15 bilh es de cruzados raz o da LBC Letra do Banco Central integral mais 0 5 de juros m s No in cio do m s de mar o foi anunciada a libera o de uma linha de 20 bilh es de cruza dos para o mesmo segmento disse seguir essa mesma linha de cr dito passou para 40 bilh es de cruzados continuou Jos Ant nio a ser repassada pelo BNDES aos microempres rios pelo Banco do Brasil O pr prio presidente do BNDES informou ainda no
79. 64 Mes mo assim atrav s de depoimentos e provas docu mentais constataram a inconstitucionalidade e a ilegalidade dos contratos bem como a corrup o e malversa o dos recursos emprestados A CPI constatou ainda que tais conv nios e contra tos n o foram submetidos ao conhecimento e ao pronunciamento do Congresso Nacional Ape sar disso a C mara dos Deputados aprovando o Projeto de Resolu o 338 85 determinou que se representasse ao Procurador Geral da Rep blica pedindo a responsabilidade civil e criminal dos assinantes dos acordos e das autoridades e pessoas envolvidas direta ou indiretamente nas negocia es obten es e emprego dos valores assim contratados N o sei como se encontram os processamen tos pedidos no relat rio da CPI E n o sei tamb m detalhes das medidas que o nosso governo est adotando para negociar a morat ria decretada S sei que n o podemos tomar qualquer posi o diante de t o importante quest o sem levar em conta o que j foi decidido e pedido pela C mara dos Deputados no seu exerc cio de vigil ncia que lhe cabe como Poder Legislativo Por esta e por muitas raz es que constam do relat rio da CPI considero que a Assembl ia Na cional Constituinte como Poder Constituinte que n o pode discutir qualquer item da nossa Cons titui o sem que os Constituintes recuperem de fato as suas prerrogativas de soberania avocando a si o exame de todos os acordos e conv nios
80. A Mesa j verificou que n o h trinta e cinco Cons tituintes apoiando o pedido N o poss vel fazer a chamada N o cabe a verifica o porque n o se tem o apoiamento O Sr Aldo Arantes Sr Presidente pe o a palavra pela ordem O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es Tem a palavra o nobre Constituinte O SR ALDO ARANTES PC do B GO Sem revis o do orador Sr Presidente que V Ex interprete que n o se pode levar em conta o voto das lideran as j question vel porque de acordo com todos os outros artigos do Regi mento Interno decide se pelo n mero ou pelas lideran as correspondentes Pe o a V Ex que fa a a contagem dos votos dos trinta e cinco Constituintes que aqui est o presentes O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es A Mesa vai repetir a vota o Os que forem a favor a que se d provimento ao recurso queiram levantar a m o O Sr Lys neas Maciel PDT RJ Sem revi s o do orador Sr Presidente creio que V Ex est conduzindo os trabalhos da Assembl ia e n o o ilustre Deputado Constituinte que est at respondendo quest o de ordem N o S Ex que tem que conferir nem responder ques t o de ordem O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es Houve vinte e tr s apoiamentos N o h n mero Prossegue a sess o O Sr Haroldo Lima L der do PC do B Sr Presidente pe o a palavra para uma comu nica o O SR PRESIDENTE Ulysses Guima
81. DO POSTERIORMEN TE O SR COSTA FERREIRA PFL MA Pro nuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituintes a mortalidade infantil isto a mortalidade de crian as em seu primeiro ano de vida um dos mais graves problemas que enfrentam os pa ses subdesenvolvidos e os em desenvolvimento pois tem seri ssimas repercus s es negativas sobre o futuro da humanidade Embora seja o Brasil um pa s em desenvol vimento a mortalidade infantil superior no geral a 60 1 000 nascimentos ou seja quatro vezes maior do que aquela dos pa ses desenvolvidos sendo que em algumas regi es Nordeste Nor te e Centro Oeste ela alcan a n veis alarman tes que superam n o raro os 100 1 000 nasci mentos compar vel das regi es mais pobres do mundo A mortalidade infantil o resultado da pobreza em elevado grau que reduz os n veis de alimen ta o e higiene das crian as que j nascem fra cas desnutridas predispostas ao falecimento pre maturo As condi es de vida de milhares de nos sos compatriotas s o t o prec rias que no Nor deste segundo estudos realizados por cientistas j se prev a n o ser que s rias mudan as ocorram com urg ncia uma gera o de an es f sicos e mentais resultante da subnutri o do feto uma vez que a m e n o se alimenta adequa damente Muito se tem falado em tal problema e ele continua t o s rio quanto antes apesar de j haver m
82. EMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta feira 10 1219 JOS MARIA EYMAEL Primado do traba lho sobre o capital JAIRO CARNEIRO Destina o constitu cional das For as Armadas nos pa ses demo cr ticos VI Sugest es dos Constituintes RICARDO IZAR ADHEMAR DE BARROS FI LHO VICTOR FACCIONI IRAM SARAIVA ELIEL RODRIGUES BETH AZIZE PEDRO CANEDO OSMIR LIMA ALDO ARANTES NELSON SEIXAS MAGUITO VILELA IVO LECH L CIA BRAGA NILSON GIBSON GONZAGA PATRIOTA PAULO ZARZUR DAVI ALVES SILVA PAES DE ANDRADE DORE TO CAMPANARI GUSTAVO DE FARIA FRANCISCO ROLLEMBERG JAMIL HAD DAD EUNICE MICHILES DOMINGOS LEO NELLI ALOYSIO CHAVES M RIO MAIA FE LIPE MENDES ALDO ARANTES SIQUEIRA CAMPOS LEUR LOMANTO ANT NIO SA LIM CURIATI GERSON PERES EDUARDO JORGE F BIO LUCENA LOUREMBERG NUNES ROCHA NELSON JOBIM JOAQUIM FRANCISCO MAURO BORGES ERALDO TRINDADE MOZARILDO CAVALCANTI MI CHEL TEMER NIVALDO MACHADO NYDER BARBOSA MENDES RIBEIRO IRMA PASSO NI Apresenta o de sugest es Assem bl ia Nacional Constituinte VII Pronunciamentos sobre mat ria constitucional IRMA PASSONI Filosofia inspiradora das propostas da oradora para a futura Consti tui o MENDES RIBEIRO Sugest es do orador para a futura Constitui o HERMES ZANETTI Posicionamento do orador em tomo de temas relacionados com a educa o Cria o do Minist rio da Defesa BENED
83. For as Armadas As For as Armadas n o s o um poder nem devem ser o ap ndice de um poder para que n o queiram assumir a fei o do poder As For as Armadas s o e dever o ser equidistantes do po der com a miss o prec pua da defesa das institui es da defesa e prote o da liberdade e da sobe rania nacional N o poderia deixar de proferir estas breves pala vras N o fa o defesa de partidos Defendo a con vic o pol tica e democr tica que tenho e que acredito seja a que todos os Constituintes devem alimentar sobre a miss o e o papel das For as Armadas seja no Brasil seja na R ssia nos Esta dos Unidos ou em qualquer pa s democr tico ou n o Fa o este registro porque sinto que neces s rio demonstrar que n s como Poder Consti 1 tuinte n o somos um Poder acuado n o recebe mos qualquer insinua o ou press o de quem quer que seja para que o trato da tem tica esteja subordinado a comiss o ou subcomiss o como bem definiu o Presidente da Casa em resposta a uma quest o de ordem Somos livres e indepen dentes aqui e deveremos lutar sempre para de cabe a erguida construir o Estado nacional aspi ra o do povo brasileiro Fa o um apelo aos nobres colegas para que de algum modo n o difundam a id ia ou a ima gem de que o poder armado estaria querendo impor a sua vontade sobre as nossas cabe as Isto n o existe porque n o senti n o percebi nem recebi qualquer aceno ou insinua
84. ICTO MONTEIRO Quest es a serem debatidas pela Assembl ia Nacional Constituinte VIII Encerramento Ata da 48 Sess o em 9 de abril de 1987 Presid ncia dos Srs Ulysses Guimar es Presidente Mauro Benevides 1 Vice Presidente Jorge Arbage 2 gt Vice Presidente M rio Maia S 14 30 HORAS COMPARECEM OS SENHO RES Abigail Feitosa PMDB Acival Gomes PMDB Adauto Pereira PDS Ademir Andrade PMDB Adhemar de Barros Filho PDT Adol fo Oliveira PL Adroaldo Streck PDT Adylson Motta PDS A cio de Borba PDS A cio Neves PMDB Affonso Camargo PMDB Afif Domingos PL Afonso Arinos PFL Agassiz Almeida PMDB Agripino de Oliveira Lima PFL Airton Cordeiro PDT Airton Sandoval PMDB Alarico Abib PMDB Albano Franco PMDB Alb rico Cordeiro PFL Alb rico Filho PMDB Alceni Guerra PFL Aldo Arantes PC do B Al rcio Dias PFL Alexandre Costa PFL Alexandre Puzyna PMDB Alfredo Cam pos PMDB Almir Gabriel PMDB Alo sio Vasconcelos PMDB Aloysio Chaves PFL Aloysio Teixeira PMDB Alu zio Bezerra PMDB Alu zio Campos PMDB lvaro Ant nio PMDB lvaro Dias PMDB lvaro Valle PL Alysson Paulinelli PFL Amaral Netto PDS Amaury M ller PDT Amilcar Moreira PMDB Angelo Magalh es PFL Anna Maria Rattes PMDB Annilbal Barcellos PFL Antero de Barros
85. J nior PTB Fausto Feman des PMDB Fausto Rocha PFL Felipe Men des PDS Ferez Nader PDT Fernando Be zerra Coelho PMDB Fernando Cunha PMDB Fernando Gasparian PMDB Fernando Gomes PMDB Fernando Henrique Cardoso PMDB Fernando Lyra PMDB Fernando Santana PCB Fernando Velasco PMDB Firmo de Castro PMDB Flavio Palmier da Veiga PMDB Fl vio Rocha PFL Florestan Feman no Paix o PDT Fran a Teixeira PMDB Fran cisco Amaral PMDB Francisco Benjamim PFL Francisco Carneiro PMDB Francisco Coelho PFL Francisco Dornelles PFL Fran cisco Kuster PMDB Francisco Pinto PMDB Francisco Rollemberg PMDB Francisco Rossi PTB Francisco Sales PMDB Furtado Leite PFL Gabriel Guerreiro PMDB Gandi Jamil PFL Gastone Righi PTB Genebaldo Correia PMDB Gen sio Bernardino PMDB Geovani Borges PFL Geraldo Alckmin PMDB Ge raldo Bulh es PMDB Geraldo Campos PMDB Geraldo Fleming PMDB Geraldo Melo PMDB Gerson Camata PMDB Gerson Mar condes PMDB Gerson Peres PDS Gil C sar PMDB Gilson Machado PFL Gonzaga Pa triota PMDB Guilherme Palmeira PFL Gu mercindo Milhomem PT Gustavo de Faria 1220 Sexta feira 10 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1987 PMDB Harlan Gadelha PMDB Haroldo Lima PC do B Haroldo Sab ia
86. Mesa da ANC para que seja encaminhada Comiss o da Ordem So cial e sua Subcomiss o de Sa de Seguri dade e Meio Ambiente incluam se para integrar o Projeto de Constitui o os seguintes dispositivos Da Sa de Art 1 A sa de direito inalien vel da pessoa humana dever do Estado e interesse da sociedade a quem cabe defend la e pro mov la Par grafo 1 O direito sa de significa condi es dignas de vida acesso terra e aos meios de produ o e o respeito ecolo gia Par grafo 2 Todas as pessoas indepen dentemente da natureza de sua defici ncia ou de sua doen a gozam plenamente dos direitos e est o sujeitos aos deveres consig nados na Constitui o Art 2 Ningu m pode ser obrigado a um determinado procedimento diagn stico e a tratamento sen o por lei Art 3 O Estado garante o direito pro te o seguran a e higiene do trabalho O processo produtivo ser organizado de modo a garantir a sa de e a vida dos trabalhadores cabendo ao servi o p blico de sa de e s organiza es dos trabalhadores fiscalizar e controlar as condi es dos equipamentos dos ambientes e da organiza o do trabalho Par grafo nico As pessoas que det m o poder de decis o sobre a forma do pro cesso produtivo ser o responsabilizadas judi cialmente pelos acidentes do trabalho pelas doen as causadas pelas condi es de tra balho Art 4 Compete exclusivamente ao Es tado atrav
87. PDT em apoio posi o do nobre L der do PC do B Haroldo Lima Ademais Sr Presidente o pr prio Relator Geral Constituinte Fernando Hen rique Cardoso sustentou v rias vezes que o papel das For as Armadas deveria ser tratado pela Sub comiss o do Poder Executivo O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es A Mesa reitera que uma das Subcomiss es tratar das proposi es que digam respeito defesa do Estado inclusive em termos de soberania em termos internacionais da sociedade e de sua se guran a e outra da garantia de todas as institui es Al m disso da Subcomiss o a mat ria vai para a Comiss o e futuramente para a Comiss o de Sistematiza o a fim de que a Casa se pronun cie sobre esse importante assunto que est con fiado decis o da Constituinte O Sr Haroldo Lima Sr Presidente pe o a palavra pela ordem O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es Tem a palavra o nobre Constituinte O SR HAROLDO LIMA PC do B BA Sem revis o do orador Sr Presidente pe o a palavra ainda a respeito da mat ria O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es A quest o de ordem j est resolvida nobre Cons tituinte Abril de 1987 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta feira 10 1251 O SR HAROLDO LIMA V Ex acaba de tomar uma decis o e eu apoiado no art 74 3 segundo o qual da decis o da Presid ncia em quest o de ordem caber com o apoiament
88. Poder Legislativo com rela o s greves ocorridas no Distrito Federal Na ocasi o chamei a aten o do Presidente da Cons tituinte visa a que as coisas n o funcionem para o descaso com o Governador do Distrito Federal estava tratando as categorias subordinadas a seu Governo Pedi ao Sr Presidente da Constituinte que tentasse interceder junto ao Governador para que desse um tratamento s greves como acon tece num pa s democr tico j que normal at do ponto de vista l gico entender o trata mento que o empres rio privado d a uma greve mas n o l gico vermos um Governo de Estado conduzir uma greve como se fosse um empre s rio como se estivesse atr s de lucros Alertava S Ex para a situa o dos professores dos com panheiros da administra o escolar que j est o h mais de dez dias em greve E o Governo do Distrito Federal parece me que preocupado com as festas que acontecem aqui em Bras lia at hoje n o se dignou a resolver este problema Tampouco ao que me parece o Presidente da Constituinte interferiu para que se pudesse cui dar da quest o da greve como deveria ocorrer num regime democr tico Outra perplexidade que no ltimo s bado tomamos conhecimento atrav s da televis o e dos jornais de uma reuni o do Presidente da Rep blica com os sindicalistas Partiamos do pressuposto de que o Sr Presidente da Rep blica tinha interesse em tentar atender a algumas das dezenove re
89. Sampaio PMDB Max Rosen mann PMDB Meira Filho PMDB Mello Reis PDS Mendes Botelho PTB Mendes Ribeiro PMDB Messias G is PFL Messias Soares PMDB Michel Temer PMDB Milton Barbosa PMDB Milton Lima PMDB Milton Reis PMDB Miro Teixeira PMDB Moema S o Thia go PDT Moys s Pimentel PMDB Mozarildo Cavalcanti PFL Mussa Demes PFL Myrian Portella PDS Nabor J nior PMDB Naphtal Alves PMDB Narciso Mendes PDS Nelson Aguiar PMDB Nelson Carneiro PMDB Nel son Jobim PMDB Nelson Seixas PDT Nel son Wedekin PMDB Nelton Friedrich PMDB Nestor Duarte PMDB Nilson Gibson PMDB Nion Albernaz PMDB Nivaldo Ma chado PFL Noel de Carvalho PDT Nyder Barbosa PMDB Oct vio El sio PMDB Oda cir Soares PFL Olavo Pires PMDB Ol vio Dutra PT Onofre Corr a PMDB Orlando Bezerra PFL Orlando Pacheco PFL Oscar Corr a PFL Osmar Leit o PFL Osmir Lima PMDB Osmundo Rebou as PMDB Osvaldo Bender PDS Osvaldo Coelho PFL Osvaldo Macedo PMDB Osvaldo Sobrinho PMDB Oswaldo Almeida PL Osvaldo Lima Filho PMDB Ottomar Pinto PTB Paes de Andrade PMDB Paes Landim PFL Paulo Almada PMDB Paulo Macarini PMDB Paulo Mar ques PFL Paulo Mincarone PMDB Paulo Pimentel PFL Paulo Ramos PMDB Paulo Roberto PMDB Paulo Rober
90. URY M LLER Pode V Ex me dizer a data em que a Mesa aprovou pelo menos a remessa desses requerimentos ao rg o com petente O SR PRESIDENTE Mauro Benevides Diria a V Ex com absoluta precis o que foi na segunda feira desta semana s 10 horas quando ocorreu a primeira reuni o da Mesa Os requeri mentos com pedidos de informa o que haviam sido formulados com embasamento no 8 1 do art 26 do Regimento provis rio sofreram um processo de ajustamento aos novos dispositivos regimentais Aos membros da Mesa foi distribu da essa mat ria n o apenas os pedidos de informa o de V Ex mas tamb m de outros constituintes que com a mesma preocupa o de se inteirar dos problemas nacionais encaminharam esse ti po de requerimento Acredito que na pr xima reuni o todos eles receber o parecer da Mesa Diretora da Assembl ia Nacional Constituinte O SR AMAURY M LLER Muito obrigado a V Ex A Sra Benedita da Silva Sr Presidente pe o a palavra para uma reclama o O SR PRESIDENTE Mauro Benevides Tem a palavra a nobre Constituinte A SRA BENEDITA DA SILVA PT RJ Sem revis o da oradora Sr Presidente sabe mos que j foram instaladas as comiss es e tam b m que tivemos uma s rie de problemas Na instala o da Comiss o de Ordem Social por exemplo foi preciso procurarmos pelos corre dores os suplentes pois os titulares n o estavam presentes Entendi n
91. a por 63 sessenta e tr s membros titulares e igual n mero de suplentes 1 Al m das Comiss es referidas neste artigo haver uma Comiss o de Sistema tiza o integrada inicialmente por 49 qua renta e nove membros e igual n mero de suplentes a qual ter sua composi o com plementada com os Presidentes e Relatores das demais Comiss es e os Relatores das Subcomiss es assegurada a participa o de todos os partidos com assento na Assem bl ia Sr Presidente tenho em m os a distribui o do n mero de membros feita na Comiss o de Sistematiza o que totaliza 53 Este n mero con traria o art 13 no seu caput e em seu 8 1 pois o n mero de 49 tem uma raz o de ser em fun o do n mero de membros de cada Comis s o ser 63 Foi feito um c lculo que tenho em m os e apresentado aos partidos de uma proporcio nalidade que inclu a todos eles at o partido que colocaria um membro na Comiss o de Sistema tiza o Para os demais que pelo c lculo n o estariam inclu dos foram acrescidos quatro membros n mero que foi distribu do entre os tr s partidos majorit rios no caso o PMDB o PFL e o PDS Esse c lculo deveria seguir exatamente a letra seguinte do Regimento Interno que diz que s o 49 com a presen a de todos os partidos coloca um de cada partido s o 12 A partir da estabe lece a proporcionalidade para preencher o n me ro de 49 membros Como n o foi feito a
92. a a maioria da popula o brasileira e pela desinfor ma o a que est submetida Sabe se que aos 16 anos cometem se crimes brutais acobertados pela impunidade Proponho pois que a maiori dade penal se d aos 16 anos enquanto que a maioridade civil seja alcan ada aos 18 anos Incluo nas disposi es relativas fam lia artigo normativo quanto dissolu o do casamento Sr Presidente eu que rotulei de excresc ncia a Comiss o de Not veis cujo trabalho foi engave tado pelo Poder Executivo aqui concordo com o que foi por ela resolvido O casamento no Brasil h muito tempo se d ou pelos tr mites normais ou pelas uni es est veis E quando se dissolve ou de fato ou de direito o que se nota Nota se que nas uni es est veis n o h tulela do Estado porque elas n o s o de direito muitas vezes como os casamentos religiosos pretensamente seriam considerados casamentos de direito mas n o o s o porque n o registrados devidamente desco bre se que aqueles que pensam ser casados n o o s o Isto constatou certo a Comiss o Ent o inclua se que o casamento na sua configura o jur dica n o apenas o in cio da fam lia porque cometeremos o crime de dar aos filhos das uni es est veis a condi o de bastardos quando isso n o ocorre e n o pode acontecer Diga se assim que a fam lia tem a sua constitui o pelo casa mento ou por uni es est veis muito importante mas reconhecendo a igualdade
93. a acontecer O SR BEZERRA DE MELO PMDB CE Pronuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituintes necess ria e indispens vel a atua o ass dua do Poder Legislativo indepen dentemente do exerc cio pleno da Assembl ia Na cional Constituinte porque o cio e o repouso virtual do Congresso implica uma anomalia cons titucional a comprovar em termos n tidos que a institui o republicana apresenta grave falha na sua din mica pol tica Quando o pensador Montesquieu preconizou a teoria dos tr s poderes o Executivo o Legis lativo e o Judici rio entendeu que o regime civil teria de apoiar se num ponto de equil brio harm nico de modo que a sociedade pol tica pudesse dispor de n veis de m xima estabilidade resguar dada a sintonia entre si dos segmentos sociais O corpo congressual constitu do da C mara dos Deputados e do Senado Federal de acordo com o sistema bicameral exerce o papel funda mental de fazer as leis do Pa s al m de apreciar aprovar ou rejeitar a mat ria origin ria do Poder Executivo E porque estamos cumprindo um de ver da mais elevada import ncia no Congresso Constituinte n o poderemos sob qualquer hip tese deliberar sobre a omiss o pura e simples do Congresso ordin rio hora em que tantas quest es de relev ncia est o em pend ncia aguardando solu es inadi veis como os proje tos de lei de ineg vel interesse social atualmente estagnados Com
94. a aparente aus ncia de pol ticas governamentais pode constituir se numa pol tica que se mate rializa em alguns pontos bem definidos Estes pontos s o os seguintes 1 A subservi ncia ao capital estrangeiro into c vel 2 crise tem que ser paga pelos assalariados e pelos pequenos empres rios 3 quest o social um caso de pol cia ou no m ximo um caso de televis o Quer dizer gasta se mais com a divulga o propagand stica dos programas sociais do que com sua execu o Uma pol tica econ mica baseada em tais pon tos n o poderia deixar de provocar rea es Uma infla o de 12 ao m s perturba o funciona mento de toda a economia e leva a ang stia e a incerteza aos lares mais humildes A pol tica de expropria o contra os setores m dios se materializa na carga do Imposto de 1256 Sexta feira 10 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1987 Renda sobre os assalariados o que particu larmente insultuoso neste para so fiscal que o Brasil dos ricos Tamb m dram tica a situa o das milhares de microempresas fundadas durante a febre do Plano Cruzado l por pessoas de boa f que ca ram no engodo da propaganda do Governo e que agora enfrentam a perspectiva da fal ncia em massa causada pelos juros extorsivos pela infla o e pela retra o do consumo N o muito diferente a situa o dos pequenos e m dios produtores rurais v timas dos juros altos e do
95. a configuram a melhor pol tica para derrot los O SR AMAURY M LLER PDT RS Pro nuncia o seguinte discurso Sr Presidente Sras e Srs Constituintes a proposta oficial que p e fim ao enquadramento sindical e trata da negocia o coletiva e do direito de greve embora exiba alguns avan os representa na verdade pe rigosa manobra contra os pr prios trabalhadores O projeto do Governo entre outras aberra es impede o ajuizamento do diss dio coletivo desde a decreta o da greve e enquanto ela perdurar atribuindo Justi a do Trabalho poder normativo para apreciar e decidir sobre as cl usulas reivindi cadas que n o foram objeto de acordo entre as partes A lei em vigor concede Justi a do Traba lho a prerrogativa de julgar se o movimento gre vista legal ou ilegal Ora esse grav ssimo erro mantido na proposta governamental Ademais n o h como admitir tal como pretende o Ministro Almir Pazzianotto que o direito de cessa o da greve possa ser remetido diretoria do sindicato quando a inst ncia supe rior a assembl ia geral da categoria profissional Eis a mais uma falha grosseira da proposta oficial De resto o artigo 11 do projeto explicita que os direitos gerados com base nas normas cole tivas n o ser o automaticamente incorporados aos contratos individuais de trabalho circunst n cia que lesa e violenta o princ pio constitucional do direito adquirido Mais ainda
96. a cons tru o da democracia em nosso pa s Constitui o que queremos n o pode ter co mo marca fundamental o descompromisso com a maioria da sociedade com seus an seios de justi a e com suas leg timas aspira es de igualdade e de respeito aos direitos individuais e sociais Hoje o Congresso Constituinte apesar das limita es a que est submetido pela vig n cia da legisla o da ditadura militar inclusive a lei da greve e de seguran a nacional e pelo abuso do poder econ mico no processo eleitoral contudo um importante espa o de luta e conquista social Queremos uma educa o para todos os brasileiros e marcada pela significativa am plia o do espa o democr tico E preciso reverter a sa da prematura de tantos alunos do sistema educacional oferecendo condi es para que nele permane am por mais tempo e com maior proveito E preciso que a escola tenha uma gest o democr tica E preciso que a universidade tenha plenamente garantida sua autonomia pedag gica cient fica e administrativa A educa o pela qual lutamos conjuga sa ber cr tico e compromisso com a realidade social e sua transforma o O ensino em to dos os n veis deve voltar se para o desenvol vimento da capacidade de pensar julgar e agir S a escola p blica gratuita democr tica e de boa qualidade pode cumprir este papel para o conjunto da popula o S a universidade p blica gratuita aut noma democr tica
97. a legisla o vigente determina o pagamento dos sal rios correspondentes aos dias de paralisa o desde que julgado procedente o diss dio A proposi o do Governo estranha e curiosamente transfere ao Tribunal a prerrogativa de decidir a quest o Por ltimo cabe ressaltar alguns aspectos niti damente autorit rios do projeto ou anteprojeto do Governo 1 Ao prever a aplica o de san es civis contra a dire o das entidades sindicais o Poder Executivo na verdade est formalizando o meca nismo da repara o econ mica impondo san es antecipadas por eventuais danos que o patri m nio da empresa possa sofrer no decorrer da paralisa o Ora Sr Presidente a depreda o por exemplo de nibus ou trens que servem ao transporte de massa n o pode ser atribu da nica e exclusivamente dire o do sindicato Quaisquer viol ncias que ocorram no transcorrer de uma greve seja de parte dos rg os policiais de repress o seja de parte da popula o devem ser apuradas com todo o rigor a fim de identificar e punir os respons veis com as penas dalei Toda via impor previamente san es dire o do sin dicato constitui no m nimo uma viol ncia pr pria dos regimes autorit rios 2 Ao autorizar o patr o a contratar pessoal necess rio preserva o de instala es e equipa mentos o Govemo sob esse esfarrapado pre texto estar legitimando a forma o de mil cias pri
98. abili za o nossa balan a comercial Dentro dessa linha de pensamento um fato novo chama a nossa aten o Sr Presidente A Universidade de Bras lia acaba de criar juntamen te com o laborat rio associado de desenvolvi mento de produto desenho industrial da Univer sidade de Santa Catarina o primeiro prot tipo de uma m quina multifuncional de lapida o de pedras preciosas Essa m quina foi desenvolvida num espa o de tr s anos com recurso do CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient fico e Tecno l gico E nica no mundo pois ser o capaz de efetuar quatro opera es b sicas do processo de lapida o isto o corte ou serra o esmerilha mento o facetamento e o seu polimento final Antes essas fun es eram feitas por quatro m quinas diferentes em alguns casos por duas adquiridas no exterior a pre os exorbitantes Se gundo levantamentos feitos o pre o dessa m quina ser de mais ou menos 25 mil cruzados e ser 30 mais barata do que a importada que faria somente uma das quatro fases da lapida o Essa conquista brasileira foi projetada por Gui Bonsiepe com o aux lio de Andr Joyce e dos estudantes Alvaro Eduardo Valente e Maria Regi na Dias Com essa m quina haver tamb m um aumento da qualidade das pedras preciosas ou semipreciosas uma vez que os pequenos empre s rios por n o terem como importar m quinas estrangeiras empregam nesse trabalho um pro cesso
99. acordos que leva ram forma o da Alian a Democr tica Um Go verno assim constitu do que conservou o autori tarismo o conservadorismo teria de produzir cri ses profundas E a que estamos enfrentando n o pode ficar ao sabor dos interesses da Alian a De mocr tica mas ser solucionada atrav s da mobili za o popular Este inclusive o caminho para enfrentarmos politicamente os bochinchos a fan tasia e a paran ia de golpe O que se procura com essa id ia de que h um golpe em marcha apoio para sustentar o pr prio Pal cio do Pla nalto E a velha pr tica das elites brasileiras querer sempre apresentar o status quo como a nica coisa que deve ser mantida confundindo a manu ten o dessa crise como a nica sa da que resta aos trabalhadores e ao povo brasileiro As press es que v m dos Estados e dos gover nadores que querem estabelecer sua pr pria pol tica as press es que ocorrem na rea econ mica e que s o muito fortes a disputa que envolve hoje o PMDB e o PFL e que envolve inclusive gente do Pal cio do Planalto como o Sr Marco Maciel que envolve a nomea o do ex Ministro das Rela es Exteriores Saraiva Guerreiro para negociar a d vida externa tudo isso toda essa disputa pesada essa briga de foice no escuro entre as elites brasileiras n o pode ser resolvido ao modo delas isto entre os grupos econ micos entre bancos privados e oligop lios com o objetivo de saber
100. ade da rea liza o de sess es plen rias s ter as quartas quintas e sextas feiras a Presid ncia se defronta com essa dificuldade primeira vista intranspo n vel Propomo nos a levar o apelo decorrente da quest o de ordem do nobre L der ao exame da Mesa da pr pria Assembl ia para que seja discutido mais percucientemente n o apenas pela Mesa mas igualmente pelas lideran as partid rias a fim de que se possa chegar ao deslinde desta quest o que reflete de fato a realidade eo funcionamento da Assembl ia Nacional Cons tituinte A Mesa portanto interpreta a manifesta o do nobre Constituinte Mendes Ribeiro como uma su gest o para que se reveja a norma regimental que explicitamente determina a realiza o de sess es nas ter as quartas e quintas feiras tarde e nas sextas feira pela manh O SR MENDES RIBEIRO V Ex muito bondoso na sua interpreta o Estou atento para o que determina o Regimento e tamb m para as palavras do Presidente Ulysses Guimar es quando diz que a lei n o foi feita para atrapalhar O Sr Amaral Netto Sr Presidente pe o a palavra para uma reclama o O SR PRESIDENTE Mauro Benevides Tem a palavra o nobre Constituinte O SR AMARAL NETTO PDS RJ Sr Presidente em primeiro lugar comunico a V Ex que recebi um of cio do Presidente Ulysses Gui mar es convocando a Lideran a do PDS para uma reuni o hoje s sete hor
101. ade p blica de vendo ser fixado um percentual nos or a mentos da uni o estados e munic pios valor indicativo 13 em cada n vel a fixa o imediata de 25 da arreca da o do IAPAS para a assist ncia sa de e sua transfer ncia para o sistema unificado de sa de Este valor dever ser reduzido pro gressivamente de acordo com o desenvol vimento de fontes alternativas de receitas pa ra que a arrecada o do IAPAS seja destinada exclusivamente para estabelecimento de um seguro social justo para os trabalhadores da cidade e do campo SR EDIVALDO MOTTA PMDB PB Pro nuncia o seguinte discurso Sr Presidente Sras e Srs Constituintes as dificuldades existen tes no Nordeste est o mergulhando numa nova e perigosa fase nos ltimos meses por conta e risco de medidas discriminat rias tomadas pelo Governo contra os interesses daquela regi o Primeiro foi o malfadado Plano Cruzado Il que elevou a n veis insuport veis os juros das opera es de cr dito para custeio levando os produ tores ao desespero Muitos deles entregaram aos bancos suas propriedades como parte do paga mento das d vidas contra das junto aos estabeleci mentos de cr dito e outros avan aram no peque no capital na tentativa de manterem um equil brio que vem sendo dif cil manter Agora vem o Governo anunciar o confisco do algod o nordestino atrav s de conden vel expe diente pagando pre os vis pela safra e
102. ado de S o Paulo de ser respons vel pelo crime ocorrido em Leme quando se constatou que a culpa da pol cia O caso caiu no esquecimento e o processo hoje sequer encontrado Na semana passada foi assassinado um diri gente sindical em S o Caetano do Sul Como n o poderia deixar de ser a acusa o recai sobre o Partido dos Trabalhadores e sobre a CUT Nova mente voltam a dizer que o PT e a CUT s o res pons veis antes de se apurarem os fatos antes de haver inqu rito e antes do resultado final do processo Quero apenas alert los para a circunst ncia de que o PT tem um comportamento p blico de retid o e isto n o segredo para ningu m nem aqui dentro nem l fora Entendemos que antes de o PT ser acusado preciso que se abra um processo se fa a um inqu rito e o resultado final seja divulgado Acabei de falar com a Pol cia Federal pois o Ministro da Justi a n o estava no Pa s exigindo que investiguem a morte do dirigente sindical antes que algumas pessoas co mecem a falar asneiras pelo r dio e pela televis o Mas n o se encerra a minha perplexidade Sr Presidente No terceiro ou quarto dia de instala o da Cons tituinte entrei com um requerimento sobre os crit rios adotados para concess o de esta o de r dio e televis o no Pa s Entreguei o Mesa pois acreditava novato que era que deste modo gt provid ncias fluiriam com maior rapidez e den tro de uma semana estar
103. amento de suas d vidas at que o Governo proponha solu es que possam tirar esse segmento do grau de estagna o em que se encontra Devemos recordar a prop sito que em 27 de agosto de 1985 o Presidente Jos Sarney recebendo uma caravana de microempres rios acompanhada do ent o Ministro da Desburocra tiza o Paulo Lustosa comprometeu se por todo o seu governo a conceder a maior prioridade aos empreendimentos de pequeno porte Disse na ocasi o o Sr Presidente da Rep blica Anotei atentamente os pleitos das mi croempresas que no Brasil somam com suas irm s pequenas e m dias cerca de tr s milh es Representam elas 95 dos estabe lecimentos que empregam 80 da m o de obra industrial Essas pequeninas c lulas de operosidade geram 75 da produ o com participa o ainda maior nos setores do co m rcio e da presta o de servi os Essa for a impressionante tem sido no Brasil o her i que cai de p As microempresas t m vida ef mera 81 das firmas industriais e 72 das comerciais vivem menos de 10 anos Temos a mais plena certeza Sr Presidente de que os altos ndices de mortalidade das empresas brasileiras seriam drasticamente reduzidos se as Constitui es e os modelos econ micos que o Brasil adotou ao longo da Hist ria tivessem dado abrigo a dispositivo que estabelecesse para as de pequeno porte tratamento legal diferenciado de forma a incentivar sua cria o preserva o
104. ampanha pol tica da mobiliza o da organiza o da conscientiza o desse clima de descontentamento Se n o nos organizarmos se n o nos politizarmos esse des contentamento que est pairando nas pra as e nas ruas se transformar numa situa o explosiva e sem controle E necess rio que os partidos comprometidos com os interesses populares conduzam essa re beli o essa revolta no sentido da realiza o das aspira es populares de mudan as e das transfor ma es que as elites brasileiras se negam a pro mover As elites sempre deram um jeitinho para resolver seus problemas jeitinho cantado em pro sa e verso na historiografia brasileira Mas o jeiti nho para resolver os problemas do povo do sal rio da reforma agr ria e da mis ria n o existe O que existe o jeitinho brasileiro para atender aos interesses dos dominantes As elites mant m a velha tradi o da repress o do autoritarismo e do conservadorismo E hora de ocuparmos no vamente as pra as e as ruas com campanha pol tica por elei es diretas logo Muito obrigado Sr Presidente Durante o discurso do Sr Jos Geno no o Sr Mauro Benevides 1 Vice Presidente deixa a cadeira da presid ncia que cu pada pelo Sr Jorge Arbage 2 Vice Presi dente O SR PRESIDENTE Jorge Arbage Tem a palavra o Sr Jos Mendon a de Morais Pausa O SR JOS MENDON A DE MORAIS PMDB MG Sem revis o do orador Sr President
105. ando se na declara o da pes soa f sica do benefici rio t o s a al quota especial de 3 tr s por cento ex vi dos arts 18 e 19 daquele diploma legal apertis verbis Art 18 N o ensejar instaura o de pro cesso fiscal com base em acr scimo patri monial a descoberto a inclus o na decla ra o relativa ao exerc cio financeiro de 1987 de bens ou valores n o inclu dos em declara es j apresentadas pelo contribuinte pes soa f sica observado o disposto neste Decre to lei Art 19 O valor do acr scimo patrimonial a que se refere o artigo anterior ficar sujeito incid ncia do imposto de renda a uma al quota especial de 3 tr s por cento 10 4 Ao que se viu e bom enfatizar o Governo exortou naquele amplo e gene roso leque de anistia o contribuinte a que sane a inadimpl ncia encetando vida fiscal escorreita 10 5 N o conhecemos ao longo de nossa viv ncia funcional anistia fiscal t o ampla A tal ponto que algures e alhures tem ense jado at em coment rios jornal sticos a cr ti ca de que anistia t o ampla porta a conota o de castigo ao contribuinte adimplente Ao contribuinte que sempre e religiosamente cumpriu a exa o tribut ria O SR JUAREZ ANTUNES PDT RJ Pro nuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituintes volto a falar da situa o de pe n ria em que se encontram milh es de aposen tados pensionistas e vi
106. aquele momento que esse fato ocorria porque todas as comiss es estavam sendo instaladas Por isso tivemos grandes difi culdades Todavia hoje na sess o das subco miss es observei que tivemos a mesma dificul dade na medida em que n o conseguimos o quorum necess rio para realizar a reuni o Res salto Sr Presidente que esta comiss o com posta por tr s suvcomiss es a primeira dos direi tos dos trabalhadores a segunda da sa de e a ltima dos ndios negros e deficientes Pude observar que os membros desta subcomiss o na sua totalidade foram quase que empurrados para l na medida em que houve necessidade de uma arruma o pol tica Entretanto esses membros deixaram de comparecer a essa reu ni o N o temos Sr Presidente neste momento condi es de prosseguir os trabalhos porque os suplentes dessas comiss es como j foi bem colocado aqui est o como titulares em outras subcomiss es que tamb m t m as suas reuni es no mesmo hor rio Os titulares est o a reclamar pelos corredores pois n o est o satisfeitos com essa situa o Apelamos desta tribuna para os partidos pol ti cos principalmente os majorit rios PMDB e PFL no sentido de que sentem novamente Mesa e fa am valer o interesse dos membros de cada subcomiss o a fim de que o andamento do servi o n o seja prejudicado pelas acomoda es poli ticas que n o foram feitas E imposs vel darmos prosseguimento a ess
107. ara cobran a da respectiva obriga o Ora o que est acontecendo no momento um verdadeiro abuso pois as institui es finan ceiras acionam o mecanismo da resolu o sem que se intente a a o judicial devida e com isso exorbita atrav s de cobran a que obriga o cliente multa de at 10 ao dia do valor do d bito J n o seria nada f cil conviver com os ndices reais de infla o que aniquila os consumidores etorpedeia os comerciantes os produtores rurais os empres rios e os industriais aqueles que afi nal geram o emprego para evitar o pior Como se n o bastasse o Governo resolveu premiar nos com uma norma que um verdadeiro acinte contrariando inclusive o Decreto n 22 626 de 7 4 33 a chamada Lei de Usura pois esta esta belece em seu art 1 que vedado e ser puni do nos termos desta lei estipular em quaisquer contratos taxas de juros superiores ao dobro da taxa legal e preceitua ainda em seu 1 que essas taxas n o exceder o de 10 ao ano se os contratos forem garantidos com hipotecas ur banas nem de 8 ao ano se as garantias forem de hipotecas rurais ou de penhores agr colas Ainda em seu art 2 a Lei de Usura veda o recebimento a pretexto de comiss o de taxas superiores s que a mesma permite O que estamos vivendo e presenciando Sr Pre sidente n o s o flagrante desrespeito a uma legisla o complementar do C digo Civil pois os juro
108. ares a saber Marinha Ex rcito Aeron utica Estado Maior das For as Armadas e Servi o Nacional de Informa es Ha veria limita es em rela o s suas atribui es quanto vigil ncia e guarda da soberania nacio nal ou seja a chamada defesa externa ou defesa da integridade territorial brasileira N o poss vel que as For as Armadas continuem a imiscuir se no processo pol tico brasileiro pois por dezenove vezes na nossa Hist ria as For as Armadas inter firiram no processo pol tico A sociedade civil bra sileira deve assumir a plenitude do direito de auto conduzir se Especialmente nos pa ses do Ter ceiro Mundo as For as Armadas n o t m o papel de defender os seus povos contra invas es estran Sexta feira 10 1259 geiras mas a tarefa hist rica de investir contra seu povo impedindo o de organizar se As For as Armadas nos pa ses do Terceiro Mundo t m sido aliadas do grande capital reprimindo o povo co mo de resto h poucos dias assistimos em nosso Pa s no epis dio do assalto s refinarias aos na vios e aos portos Sr Presidente Srs Constituintes reafirmo aqui minha profunda convic o de que enquanto as For as Armadas tiverem atribui o constitucional de defesa da lei e da ordem e por esta via pude rem imiscuir se autorizadas pela Constitui o no processo pol tico interno os pa ses do terceiro mundo n o ter o condi es de organizarem se politicamente de ter
109. arra na falta de recursos para estabelecer a estrutura desses servi os E esbarra sobretudo nesta pol tica econ mica e financeira dependente que ora produz a infla o ora a recess o excluindo sem pre do gozo de nossas riquezas a grande maioria do povo brasileiro Como diz o economista Joelmir Betting o sal rio o pre o do passado os juros s o o pre o do futuro Eu completaria a frase do economista dizendo que a mis ria o pre o do presente Dois bancos nacionais como o Ita e o Bradesco podem numa situa o de crise como a nossa ter lucros superiores aos do Banco do Brasil en quanto milh es de brasileiros passam fome sem ter a possibilidade de pensar e de viver Otranstempo e essa nossa incontrol vel expan s o demogr fica colocam sal rio pre o e juros neste cadinho terr vel da nossa realidade nacional Vamos fazer um barril de p lvora Vamos estru turar modernamente uma nova e grande senzala Ou vamos construir uma na o livre rica e sobe rana com um povo tamb m livre rico e soberano que n o perca a grande esperan a de existir Com estas perguntas ao Plen rio e principal mente bancada do meu partido o PMDB sub meto estas modestas considera es ao exame e decis o da Assembl ia Nacional Constituinte sem contudo deixar de lembrar que o PMDb a maioria absoluta nesta Casa E que nele que confio para que a resposta seja positiva no sentido da aprova o de medidas q
110. artesanal que leva a aproveitar o m ximo do peso da pedra sem levar em conta o ngulo de refra o dos cortes ficando a j ia com menos brilho e beleza e muit ssimo menor valor comer cial havendo pa ses que tratam adequadamente as nosas gemas com lucros que poderiam ser do nosso Pa s O Brasil Sr Presidente figura nos ltimos luga res entre os grandes produtores de gemas do mundo No entanto recentes mapeamentos e descobertas de novas reas diamant feras na Amaz nia brasileira calcula se em aproximada mente 60 das reservas mundiais podem mudar o panorama mundial e mesmo assim a produ o est gerando empregos a mais de meio mi lh o de pessoas em mais de 500 munic pios que est o hoje voltados para essa atividade E segun do o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Precio sos IBGM os impostos arrecadados e as contri bui es previdenci rias no setor indicam o per centual nada desprez vel de 0 5 do Produto Interno Bruto Para se avaliar a import ncia da citada inven o gostaria de relembrar que o Brasil det m 84 das jazidas minerais de quartzo mineral que exportado bruto a um d lar por quilo Depois importado beneficiado por 100 d lares e se em grau tico por 4 000 d lares Veja Sr Presi dente a validade que teria o desenvolvimento da tecnologia nesse setor como acontece no mo mento em rela o lapida o de pedras pre ciosas Sempre bom lembrar Sr Pr
111. as com a finalidade de tratar de problemas das Subcomiss es Pedi ao Deputado Jorge Arbage 2 Vice Presidente da Assembl ia Nacional Constituinte e membro da minha bancada que me representasse n o ofi cialmente mas para dizer ao Presidente Ulysses Guimar es meu prezado amigo e a quem muito respeito que o PDS n o atende a nenhuma con voca o ligada Constituinte enquanto n o se der ao nosso partido a satisfa o devida pela mo lecagem que sofreu anteontem de um grupo de Deputados do PFL e do PMDB Enquanto n o for restitu da ao PDS a comiss o a que tinha direi to por lei por determina o por dignidade por car ter dos partidos as Lideran as est o desmo ralizadas e a Constituinte tamb m Em segundo lugar Sr Presidente estamos sa bendo que est chegando Casa mensagem na qual o Presidente da Rep blica pede licen a para visitar a Argentina o Uruguai a ndia Angola e a China enquanto o povo se dana e os tiroteios come am a acontecer no Brasil fora os saques e depreda es que se seguir o desgra adamen te Ora Sr Presidente o PDS nunca colocou ne nhuma dificuldade para o Presidente viajar at porque quando ele viaja menos coisas ruins acontecem aqui Mas diria a V Ex que no ano passado como L der do PDS me comprometi indevidamente n o podia mas fi lo com um cam de viagem a prazo para que o Sr Jos Sarney pudesse durante seis meses sair do Pa s e ir aonde quisesse
112. as 9h30 min elei es do representante do PMDB como Relator na Comiss o de Sistematiza o estava certo era um problema intestino da bancada s 10h j n o se trata mais de um problema intestino da bancada mas de funcionamento da Constituinte este Deputado Constituinte foi convocado para estar na Comiss o da Organi za o dos poderes e Sistema de Governo da qual na subcomiss o que trata especificamente do Ju dici rio suplente por novo ato foi convocado para estar s 10 h ou seja mesma hora na Comiss o da Comunica o Ci ncia e Tecnolo gia da qual ele humildemente membro titular Como se isso n o bastasse s 10h25min a ban cada do Rio Grande do Sul era recebida no Pal cio pelo Presidente Jos Sarney Ora ao contr rio de Jesus Cristo o dom da multiloca o n o de nenhum Constituinte Rogo a V Ex que se ordenem os trabalhos das diversas subcomiss es de forma a n o se criar uma utopia O suplente aquele que supre a vaga do titular Mas para que se supra a vaga do titular o suplente deve ter a possibilidade f sica de comparecer comis s o Se a comiss o da qual sou suplente funciona simultaneamente com a Comiss o da qual sou titular n o h raz o para que seja considerado suplente porque para suprir a aus ncia do titular da Comiss o na qual sou suplente faltaria com minha obriga o principal ou vice versa Mas cau sar problemas em que pese complexidade e
113. as For as Armadas est sendo atropelada por V Ex O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es A Mesa tem o testemunho de toda a Casa de que n o houve n mero suficiente para apoiamen to que de trinta e cinco Constituintes O SR HAROLDO LIMA Sr Presidente tr s Lideran as aqui formam trinta e cinco Consti tuintes Essa a tradi o V Ex bem sabe que quando tr s Lideran as perfazem mais de trinta e cinco Constituintes o n mero para apoiamento suficiente Nenhum dispositivo do Regimento estabelece que o pleito que tem o apoiamento de tr s lideran as que correspondam a mais de trinta e cinco constituintes n o seja levado em conta O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es A Casa sabe que esta n o a sistem tica adotada na Constituinte Sempre se determinou que se fizesse a contagem dos Constituintes O SR HAROLDO LIMA Sr Presidente sendo assim solicito a V Ex que proceda conta gem Se n o houver trinta e cinco Constituintes que n o ap iem a nossa solicita o que haja uma recorr ncia ao Plen rio da decis o tomada sobre o papel das For as Armadas pois o assunto ser tratado numa comiss o que n o estava pre vista Solicito a V Ex que proceda contagem de votos O Sr G rson Peres O Regimento n o fala em Lideran a mas em apoiamento num rico Eles t m que ter trinta e cinco Constituintes para garantir o recurso O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es
114. as contrangidos por uma apo sentadoria t o dilapidada pelo alt ssimo custo de vida que nos atinge a todos pois apesar de apo sentados e economicamente inativos t m encar gos tribut rios arcam com exorbitantes custos de moradia tarifas de servi os p blicos cada vez mais altas e uma s rie de outras despesas inclu sive as de alimenta o E preciso trabalharmos para que os idosos te nham dias menos ruins com n veis de exist ncia mais dignos para que a sobrevida desses que trabalharam em per odos mais dif cies de nossa hist ria n o seja apenas uma luta de sobreviv n cia mas uma caminhada para a dignidade do futuro Muito obrigado O SR JOAQUIM FRANCISCO PFL PE Pronuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituintes uma exposi o de motivos subscrita pelo MEC e pelo SEDAP de 18 de mar o ltimo acompanha anteprojeto de lei visando ao estabelecimento do princ pio da isonomia en tre as institui es de ensino superior aut rquicas e as fundacionais problemas que h muitos anos Sexta feira 10 1247 vinha repercutindo no magist rio na imprensa e nas Casas do Parlamento O surpreendente atendimento antiga reivindica o apresenta uma novidade ao dispor tamb m sobre os qua dros funcionais de professores do primeiro e se gundo graus Trata se de resto de um ato de justi a referindo se equitativamente a professo res com iguais m ritos qualquer que seja o seu n v
115. as e torturou as al m de assassinar algumas delas Aquele poder paralelo que preciso dizer est presente ainda hoje embora n o mais tortu rando e matando mas quem sabe articulando repress es como a da greve dos banc rios aqui em Bras lia na qual foram atingidos inclusive companheiros Constituintes s come ou a perder for a com a exonera o do Comand nte do Il Ex rcito pelo Presidente Geisel exatamente ap s a morte de Fiel Filho Por outro lado devemos relembrar que o alvo privilegiado daquela articula o fascista foi o Par tido Comunista Brasileiro exatamente por defen der e aplicar a pol tica que a levou derrota de ampla unidade democr tica de ocupar espa os e de participa o nas institui es que come ara a dar resultados concretos a partir da vit ria das oposi es nas elei es de 1974 Por fim reafirmamos que a decis o da Justi a brasileira vem realmente em boa hora pois ocorre no momento em que aqueles mesmos setores fascistas voltam a articular se visando agora a desestabilizar a transi o democr tica aprovei tando se para isso da crise econ mica E preciso dessa forma termos clareza sobre quem s o es ses personagens que ontem como hoje querem estabelecer o fascismo o obscurantismo e o arb trio em nosso Pa s e tamb m termos clareza de que ontem como hoje a unidade das for as de mocr ticas e a organiza o e a mobiliza o da sociedade brasileir
116. as para n o serem cumpridas E as alega es para tal s o as mais estapaf rdias veja se a afirma o agora dos governadores do PMDB querendo acabar com o gatilho salarial para os vencimentos mensais de todos os servidores p blicos A vincula o que prev apenas a repara o das perdas salariais provocadas pela infla o e que seria uma aplica o obrigat ria criada pelo Go verno Federal j merece deste ltimo um estudo apoiado pelos governadores de alguns Estados brasileiros que n o est o pagando sequer os sal rios ganhos m s a m s Se tra armos um quadro comparativo dos lti mos 4 meses veremos que por lei o sal rio m ni mo que foi aumentado duas vezes deveria estar hoje 58 7 maior Isto quer dizer que para cada mil cruzados recebidos deixam de ser pagos Cz 587 00 para cada trabalhador do ensino e aos demais servidores p blicos municipais estaduais e federais Dizem at que a sugest o da administra o da esperan a e mudan a seria a cria o de dois tipos de sal rios m nimos no Pa s ficaria o servi o p blico com um e a iniciativa privada com outro e logicamente encontrar amos no pri meiro sal rio o de menor valor por motivos bvios 1 o patr o estatal mal pagador che gando quase a ser caloteiro 2 porque esta pr tica iria dividir o cidad o em duas categorias sala riais e de poder aquisitivo Essas e outras atitudes tomadas por parte dos governantes
117. as utopias foram muitas vezes ben ficas Despertados de sua letargia para realizar grandes sonhos os povos acabavam con cretizando pelo menos parte deles Na opini o de Oscar Wilde o progresso a realiza o de utopias Mas a utopia n o ficou restrita ao passado Tem acompanhado o curso hist rico de muitos povos da outra frase espirituosa de Oscar Wilde apli car se em especial aos que fazem carreira pol tica Um mapa do mundo que n o inclua Utopia n o merece uma olhada sequer porque omite justa mente o pa s em que a Humanidade est sempre desembarcando Acrescentar amos que tam pouco mereceria uma olhada um livro sobre a arte da pol tica que n o inclu sse um cap tulo so bre utopia Podemos exemplificar a presen a da utopia num dito governamental que pretenda usar a pol tica do congelamento de pre os como instru mento eficaz no combate especula o e pr tica na cobran a de gios v mo la tamb m em medidas de combate infla o adotadas via de cretos leis para reduzi la ao n vel de zero ou ain da quando se prop e a decis o de uma morat ria t cnica pressupondo a n o rea o dos credores atrav s de respostas retaliadoras ou mesmo se a Na o est sob impacto da insatisfa o e o Governo reclama do pessimismo porque grandes e exuberantes s o as riquezas nacionais para uma breve recupera o ao longo do tempo e do espa o Dif cil perscrutar o ntim
118. bem do problema do ensino p blico no Pa s Mas teremos de enfrentar aqui interesses de v rios grupos ou lobbies palavra que hoje est na moda Ao lado disso V Ex DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE citou o problema da viol ncia que para mim o que se pratica hoje no Brasil atrav s da tirania dos Governos dos Estados quando n o respei tam a condi o de vida do professor precisa re correr s greves para reivindicar um sal rio digno Foram eles vilipendiados e tra dos depois de uma campanha eleitoral em que muitas vezes lhes acenaram com promessas de elei es diretas pa ra diretor de sal rios dignos etc E por sinal hoje 9 de abril dia da nossa manifesta o ocorre a paralisa o nacional dos trabalhadores no ensino Este um fato que gostaria de deixar anexado ao seu pronunciamento a fim de que n s Consti tuintes com a responsabilidade de elaborar uma nova Constitui o a fa amos da forma mais dig na e perene para sermos respeitados na nossa velhice O SR HERMES ZANETTI Agrade o a V Ex o aparte e o incorporo ao meu pronun ciamento Al m disso Sr Presidente desejaria apenas enunciar um conjunto de posi es e o fa o em virtude da escassez de tempo plebiscito que refe rende o novo texto constitucional tanto o plebis cito geral quanto o tem tico nos termos de uma emenda que apresentei em outra oportunidade e voltarei a tratar do assunto a quest o da ref
119. borar um novo projeto social para o Pa s Com isso foi decretado a fal ncia das rela es estabelecidas pelas constitui es passadas N o era de se esperar por muito tempo que tal situa o ocorresse Deve se a dois motivos em primeiro lugar os constituintes passados n o queriam realmente buscar um caminho de civili za o coerente com a realidade brasileira onde os costumes o povo e as riquezas do Pa s fossem valorizados em segundo lugar indica que os constituintes tinham vergonha de ser brasileiros ao formular normas e condi es de vida tiveram a preocupa o de esconder esta realidade e mos trar ao mundo desenvolvido que aqui tamb m existe uma civiliza o desenvolvida Esta a mentalidade das ditas elites brasileiras Mentalidade colonizadora mentalidade subde senvolvida Os verdadeiros problemas brasileiros nunca fo ram tocados continuam comprometendo a nos sa soberania e autonomia social O analfabetismo a fome habita o sa de transporte enfim toda a situa o que n s conhecemos a cada dia se agrava N o vou falar de todos esses problemas mas quero registrar a minha indigna o quanto ao menor abandonado in meras crian as que an dam nas ruas dormindo nas pra as de todas as cidades do Pa s n o podem continuar desse jeito E o Governo tem de abrir os olhos para esta situa o O Estado tem de assumir a paternidade e a maternidade desses menores Eles n o s o culpados por este
120. bunal de Justi a do Distrito Federal o afastamento do cargo O juiz considera que todos os seus esfor os para resolver a dif cil situa o no Sistema Penitenci rio do DF j foram esgotadas ao longo de tr s anos em que esteve frente da Vara de Execu es Criminais Sr Presidente Srs Constituintes este apenas um r pido quadro que estou expondo do atual Sistema Penitenci rio do distrito Federal Na reali dade o Pa s inteiro passa por esse agravamento Est o a as rebeli es nos pres dios Est a a re volta dos internos que pagam suas penas mas s o diariamente massacrados pela falta de uma pol tica mais correta no sistema penitenci rio N o quero portanto limitar me ao problema da Paputa Quero lembrar que como o pres dio da Papuda se encontram centenas de outros presi dios do Brasil O problema repito a estrutura do sistema penitenci rio brasileiro sistema desu mano preconceituoso discriminat rio Desuma no porque aniquila todas as for as f sicas e morais do detento preconceituoso porque qualifica o preso como um animal sem possibilidades de 1236 Sexta feira 10 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1987 retornar ao conv vio da sociedade discriminat rio porque distingue o preso rico e o preso pobre O Brasil prepara se para escrever sua nova Car ta Magna Que ela seja completa e que ou a toda a sociedade O grave problema que ora relato pode e deve
121. camos com a primeira premissa O Sr Jairo Carneiro Sr Presidente pe o a palavra para uma comunica o como l der do PFL O SR PRESIDENTE Jorge Arbage Tem a palavra o nobre Constituinte O SR JAIRO CARNEIRO PFL BA Sem revis o do orador Sr Presidente ilustres Constituintes n o poderia silenciar diante do que presenciei hoje aqui uma grave acusa o de um ilustre Constituinte que merece todo o respei to o nobre Deputado Haroldo Lima a prop sito da diverg ncia que estabelece sobre a tese contra outras lideran as partid rias Mas democrata convicto que sou membro do Partido da Frente Liberal julgo que o sil ncio e a omiss o se consti tuiriam num pecado N o estou aqui para defen der as For as Armadas Todavia qualquer que seja a concep o ideol gica que algu m sustente sabemos que em um Estado organizado seja do mundo das liberdades ou de outros mundos n o haver soberania sem For as Armadas n o have r institui es que funcionem sem For as Arma das Se nos situarmos no Brasil na democracia que queremos construir progressista e avan ada maior raz o para que haja respeito na o politi camente organizada Para que haja defesa e prote o da nossa soberania preciso que tenhamos o povo armado que s o as For as Armadas para que tenhamos poderes constitu dos e respeitados em sua soberania e independ ncia constitucional indispens vel que tenhamos
122. cessidade do parlamenta rismo no Brasil a de que n o temos partidos fortes Essa alega o esfarrapada se faz quando o PMDB representa a maioria absoluta deste Ple n rio enquanto o PFL e o PDS tamb m mostram bancadas bastante representativas A n o ser no tempo do obsceno bipartidarismo imposto pela ditadura quando os partidos eram t o numerosos quanto fracos nunca tivemos no Brasil um exemplo de tal pujan a partid ria como o atual Pode o PMDB formar um Governo unipartid rio sem qualquer coliga o para sus tentar o parlamentarismo como em qualquer grande rep blica do mundo da mais adiantada mais ordeira Trata se al m disso de um partido de centro esquerda fiel s nossas melhores tradi es pol ti cas e perm avel s mais ousadas pr ticas revolu cion rias podendo oferecer ao povo alternativas pol ticas diversas Mas preciso saber se o PMDB tem coragem para assumir o desafio hist rico de tirar o Brasil da situa o constrangedora a que foi levado pelos governantes revolucion rios e se as oposi es aceitam o desafio de apresentar ao povo solu es melhores Nas pr ximas elei es o povo julgaria esse desempenho no livre jogo da competi o Quando tamb m julgaria os parlamentares talvez nas propor es do ltimo referendo eleitoral Cumpre se esclarecer porque somos parla mentaristas Em primeiro lugar a divis o correta dos pode res No Parlamentarismo os eleitos pel
123. chamar a aten o para o fato de que n o haver democracia sem a incorpo ra o integral das mulheres no processo pol tico econ mico e social em igualdade de condi es com o homem poir isso que lutaremos para que a nova Constitui o inspire diversas mudan as na legisla o civil estabelecendo a A completa igualdade entre os c njuges no que diz respeito dire o da sociedade conju gal administra o dos bens do casal respon sabilidade em rela o aos filhos fixa o do do mic lio da fam lia e ao p trio poder b A igualdade dos c njuges no que diz respeito ao registro dos filhos c A igualdade entre filhos independente mente do v nculo matrimonial existente entre os pais d Prote o da fam lia seja ela institu da civil ou naturalmente e Acesso da mulher rural a todos os bene f cios da Reforma Agr ria qualquer que seja seu estado civil f O Estado deve assegurar os mecanismos do desempenho da maternidade e da paterni dade g A lei deve coibir a viol ncia na const ncia das rela es familiares bem como o abandono dos filhos menores Estabelecidos os princ pios gerais do exerc cio da democracia pol tica cabe a este Congresso estabelecer as normas para a pr tica da demo cracia econ mica N o tem cabimento se discutir se o Estado deve ou n o intervir no processo econ mico A esta altura do s culo a nica discuss o poss vel
124. chega a conde nar o mandante de algum desses crimes a vez de a pol cia fazer prova de sua inefici ncia os criminosos continuam em liberdade promo vendo novas empreitadas favorecidas pela omis s o e coniv ncia das autoridades Diante das considera es acima queremos manifestar nossa posi o exigindo 1 Refor mula o do Plano Nacional de Reforma Agr ria de modo a compatibiliz lo com as reais necessi dades do Pa s e com as reivindica es dos traba lhadores rurais expressas no 4 Congresso pro movido pela CONTAG em 1985 2 Desapro pria o das terras exploradas por parceiros arren dat rios e trabalhadores assemelhados conforme _ determina o Estatuto da Terra 3 Desapropria o imediata de todas as reas de conflito fundi rio 4 Exigimos ainda uma defini o pol tica do Governo de forma clara e p blica de combate viol ncia no campo Sem essa defini o os inqu ritos policiais continuar o sendo conduzidos de forma a n o identificar ou n o punir os crimino sos e mandantes e o Judici rio continuar ou se omitindo ou em alguns casos servindo de instrumento aos grileiros e latifundi rios O SR MAURO SAMPAIO PMDB CE Pronuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituintes tenho acompanhado atrav s da imprensa local a situa o grave em que se encontra o sistema penitenci rio do Distrito Fede ral mais exatamente o pres dio da Papuda R
125. cia mento provis rio junto ao Banco do Brasil da ordem de 600 milh es de cruzados e est pendente em virtude da impossibilidade de a Empresa pagar juros alt ssimos e outras exig ncias incompat veis tendo se em vista que esses recursos s o destinados ao atendi mento de transporte coletivo de interesse eminentemente popular Ao Estado cumpre manter o servi o de transporte coletivo e portanto indispens vel no caso a pronta colabora o da Uni o Os trabalhadores da CMTC amea am paralisar a popula o n o suporta novos aumentos tarif rios quanto s passagens do que se conclui que a partici pa o do Governo Federal indeclin vel O Presidente da Rep blica cioso em corres ponder aos anseios da popula o n o pode r omitir se no caso sob pena de ser respon sabilizado pela opini o p blica pelo que po der ocorrer em S o Paulo nesse mbito Assim Senhor Presidente respeitosamen te rogo apoio imediato CMTC atrav s do Banco do Brasil cuja estrutura dever per mitir tratamento especial no caso do trans porte coletivo Era o que tinha a dizer O SR FERES NADER PDT RJ Pronuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Cons tituintes o saudoso Presidente Tancredo Neves ainda sob o calor de sua vit ria memor vel no Col gio Eleitoral disse que a Constitui o n o assunto restrito aos juristas aos s bios ou aos pol ticos N o pode ser ato de algumas elites Em v
126. cion rio Pode instituir constituir e destituir direitos e poderes Pode instituir e constituir formas e regimes de governo teoricamente hoje nada h no Pa s aci ma desta Assembl ia Podemos tudo Podemos voltar ao passado ficar no presente ou projetar o nosso destino para o futuro Estamos vivendo o transtempo Mas este nosso superpoder s est limitado pela nossa d vida externa e pelos neg cios financeiros das empresas transacionais esta d vida que nos amarra ao passado nos sacri fica o presente e nos impede at de sonhar o futuro Creio que n o preciso repetir aqui o grau de depend ncia e mis ria e o grande sacrif cio que a d vida externa imp e ao povo brasileiro Isto n o seria novidade netes cento e cinquenta anos de independ ncia formal e pol tica Grande parte do nosso povo j tem consci ncia disso Mas o que nunca tinha acontecido na nossa hist ria esta contradi o flagrante entre o pagamento apenas dos juros dessa d vida e os objetivos pr ti cos da pol tica social do Presidente da Rep blica Reparem bem que propositadamente n o estou dizendo pol tica social do governo estou falando dos objetivos sociais do Presidente Jos Sarney Sua vontade de dar leite a todas as crian as brasi leiras sua vontade de fazer a reforma agr ria sua vontade de resolver os problemas b sicos de ali menta o sa de educa o transporte e sal rio para os trabalhadores de todo o Brasil esb
127. conhece qualquer informa o sobre repasse de recursos para esta rea Com essa confus o de informa es de se perguntar quem ter direito a esse financiamento qual o crit rio adotado e quando ser o liberados os recursos Os pequenos empre s rios est o em atraso com seus compromissos muitos inclusive est o com t tulos protestados e atravessando verdadeira crise Tenho em m os mat ria publicada pelo jornal O Norte de Jo o Pessoa constando de entre vista concedida pelo Presidente da Associa o das Microempresas de Campina Grande que re presenta cerca de 40 das 14 mil empresas exis tentes em meu Estado e que gostaria fosse incor porada a este breve pronunciamento e inserida nos Anais desta Casa Tenho pelo Sr Jos Antonio da Silva o maior respeito pois sei que um bata lhador em defesa dos microempres rios do nosso Estado a Para ba Era o que tinha a dizer Sr Presidente Muito obrigado 1246 Sexta feira 10 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1987 DOCUMENTO A QUE SE REFERE O ORADOR Microempresas est o s portas da fal ncia adverte sindicalista Com a cobran a de altas taxas de juros e a n o libera o de uma verba pelo BNDES os mi croempres rios da Para ba a exemplo dos de to do o Pa s est o s portas da fal ncia Segundo informa es de Jos Ant nio da Silva presidente da Associa o das Microempresas de Campina Grande cerca de 40 das 1
128. correu a defla o de todos os seus valores desde o limite de isen o s classes de renda l quida como ainda dos quantitativos das de du es e abatimentos ex vi do art 9 e seu par grafo nico do Decreto Lei n 2 287 de 23 7 86 abaixo transcrito o referido par grafo nico Par grafo nico Os valores de abati mentos e dedu es vigentes no exerc cio fi nanceiro de 1986 ser o multiplicados pelo coeficiente de 2 1 dois v rgula um 8 1 1 Entretanto e para refrear se de um lado a demanda superaquecida e de outro diminuir se a diferen a do imposto a pagar quando do ajuste anual n o se corrigiu a Tabela Unificada 8 1 2 Com isso protegeu se o contri buinte o qual quando do ajuste anual ter saldo do imposto a pagar em montante me nor do que ocorreria se se corrigisse tam b m a tabela unificada Buscou se assim mi nimizar o desembolso do contribuinte quan do do ajuste anual 82 Em que pese esse salutar escopo o saldo do imposto a pagar no exerc cio de 1987 ainda ser ponder vel para boa par te de contribuintes m xime para os de altos rendimentos 82 1 Qual o indicador desse evento 8 2 1 1 Evidente que a falta de equali za o entre a Tabela Unificada de pagamento mensal art 4 da Lei n 7 450 85 e a Tabela de Reajuste Anual art 9 desse mesmo diplo ma legal 83 De feito a Tabela de Pagamento Mensal se apresenta deveras branda em des compasso not ri
129. cravizar o nosso povo O presente esta vertiginosa expans o demo gr fica de cento e trinta milh es de habitantes com noventa milh es morando mal nas cidades O futuro tamb m est presente e incerto em nos sas m os Cabe a esta Assembl ia Nacional Cons tituinte cabe a n s parlamentares decidir que futuro ter o o nosso povo e a nossa P tria Pode mos fazer leis que mantenham o nosso povo po bre subdesenvolvido morando num pa s latifun di rio sempre dependente do capital internacio nal como tem sido at hoje ou podemos fazer leis para que o nosso povo possa ser rico dono de suas terras dono de suas minas de suas flores tas de suas fontes de energia dono de seu dinhei ro de sua for a de trabalho capaz de operar todas as transforma es de que a Na o precisa para o seu grande e soberano destino Tem se dito que a morat ria da nossa d vida externa decretada unilateralmente pelo Governo seria uma das raras medidas pol ticas e econ micas que modificaria estruturalmente a socie dade brasileira Deixar amos de enviar um bilh o de d lares mensalmente para o pagamento ape nas dos juros das nossas d vidas e ficar amos com pequena quantia de cruzados para atender as nossas necessidades b sicas de energia de transporte de sa de de educa o e da nossa estrutura urbana e agr ria E certo que uma medida dessa natureza impli caria graves problemas diplom ticos com v rios pa ses do mundo com
130. da Capi tal mais n o podendo fazer sem prejudicar outras reas onde o poder p blico n o pode deixar de estar presente Com rela o ao segundo aspecto ou seja a situa o que hoje atravessa a CMTC trata se da aus ncia total de financiamentos para cumprir seu objetivo primeiro qual seja colocar dispo si o da popula o ve culos adequados em per feito estado de conserva o oferecendo o trans porte que a popula o merece e de que necessita Neste diapas o e j que aquela concession ria h anos sobrevive de subs dios eis que as tarifas cobradas n o suprem suas necessidades o Ex mo Sr Prefeito Dr J nio da Silva Quadros desde o in cio de sua gest o vem lutando com todos os meios para sustentar as tarifas em n vel social Ao Exmo Sr Presidente da Rep blica deu ci ncia da calamidade que se aproximava reclamando provid ncias notadamente no que se refere reti rada de vinte e dois bilh es de cruzados decor rentes da arrecada o do empr stimo compul s rio sobre o uso de gasolina para aumentar o capital da CMTC e a financiamento provis rio junto ao Banco do Brasil S A da ordem de seis centos milh es de cruzados o qual n o pode ser conclu do em virtude da obriga o de paga mento de juros o que inviabilizou o pedido al m de outras medidas pleiteadas e que permanecem sem qualquer atendimento A solu o para a efic cia do transporte depende de recursos que viabilizem a aq
131. dade e da preven o de doen as carenciais infantis com campanhas de mbito nacional a maioria das vezes visando erradica o de enfermidades mais dissemina das como a poliomielite a desidrata o e males de car ter tempor rio como o dengue a mal ria etc E sem d vida important ssimo esse tipo de inte resse e assist ncia mas chegada a hora de tamb m darmos aten o a duas outras faixas et rias tamb m carentes as quais sofrem proble mas s vezes de dific limas solu es visto serem resultados de causas acumuladas ao longo de anos e anos de abandono trata se do amparo velhice modernamente chamada de terceira idade e juventude DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE A assist ncia aos jovens compreende tanto os cuidados com o adolescente tais como a prote o e vigil ncia aos menores de 18 anos de idade no sentido de sua integridade f sica e de sua segu ran a como o amparo inf ncia Com rela o aos jovens mister se faz atender premente necessidade de sua forma o t cni co profissional j que forma quase a metade do contigente demogr fico da Na o preparando os para o engajamento no esfor o produtivo da eco nomia nacional Nesse sentido indispens vel a multiplica o de escolas para forma o t cnico profissional de segundo grau nos v rios setores da atividade eco n mica tanto na cidade como no campo As pos sibilidades n o se restri
132. de Santana do Araguaia Natal Viana Ribeiro No dia 3 de fevereiro ltimo nos Munic pios de Xinguara e Marab tamb m situados no Esta do do Par cerca de cem soldados da Pol cia Militar comandados pelo Coronel Ant nio Carlos e chefiados pelo Capit o Saldanha iniciaram uma opera o oficialmente declarada para o desarma mento geral nas reas de castanhais Entretanto essa opera o vem sendo executada exclusiva mente contra os posseiros dos povoados de Mon te Santo Para nas Pau Ferrado Cin Bamerindus e Sta Cruz da Tona que tiveram suas casas inva didas e queimadas Nessa opera o foram presos de forma ilegal e arbitr ria mais de oitenta possei ros Trinta desses posseiros foram obrigados a ingerir excremento de animais enquanto mulhe res e crian as foram v timas de abusos sexuais Essa escalada de viol ncia no campo n o casual As suas bases est o na manuten o da injusta estrutura agr ria e nas pol cias governa mentais que estimulam a concentra o da pro priedade da terra Outro est mulo imediato conti nua o dessa viol ncia reside na impunidade Ra ramente s o as viol ncias apuradas Quando s o abertos inqu ritos via de regra s o demorados e parciais Ainda mais raramente os respons veis s o indiciados Os processos se arrastam na Justi a e os ju zes nem sempre demonstram a isen o necess ria Quando em situa es que podem ser contadas nos dedos a Justi a
133. de recurso ao Plen rio da decis o da Presid ncia PRESIDENTE Resposta quest o de or dem do Constituinte Haroldo Lima ALDO ARANTES Quest o de ordem so bre conveni ncia de repeti o da venfica o de apoiamento ao recurso do Constituinte Ha roldo Lima PRESIDENTE Resposta quest o de or dem do Constituinte Aldo Arantes HAROLDO LIMA Proposta do PC do B para a futura Constitui o VALMIR CAMPELO Atendimento pelo Governo do Distrito Federal das reivindica es dos professores IRMA PASSONI Quest o de ordem sobre aqui o de carros oficiais pela Assembl ia Nacional Constituinte para uso de secret rios de Comiss es PRESIDENTE Resposta quest o de or dem da Constituinte Irma Passoni DORETO CAMPANARI Vantagens do re gime parlamentarista sobre o presidencialista LUIZ IN CIO LULA DA SILVA Descaso do Governo do Distrito Federal com as reivin dica es dos servidores em greve Inocuidade da reuni o do Presidente Jos Sarney com l deres sindicais Raz es do pedido de exone ra o do Ministro Dilson Funaro por Governa dores de Estado Crit rios adotados para a concess o de canais de r dio e televis o Re munera o dos auxiliares dos Deputados de primeira Legislatura BETH AZIZE Regozijo do PSB com a escolha do Constituinte Bernardo Cabral para Relator da Comiss o de Sistematiza o Abril de 1987 Abril de 1987 DI RIO DA ASS
134. der ser denominado o esc ndalo do s culo pois n o se compreendem as raz es pelas quais o MIRAD antes de desapropriar n o cobra a quem de direito indeniza es pelo fracasso do Projeto de Coloniza o de Tucum Ao adquirir a rea assumiu a empresa citada compromissos com o desenvolvimento agr rio da Amaz nia Por que n o se investigam com rigor as causas dessa inaceit vel revers o at mesmo impatri tica Consta inclusive que grande parte da rea est coberta com alvar s de pesquisas minerais concedidos a empresas Ser o estas subsidi rias possivelmente ligadas pr pria expropriada Res ponda o Governo Assembl ia Nacional Cons tituinte Neste pedido de informa es oficiais move nos apenas o esp rito p blico e nenhum outro menor A gravidade do problema tamanha que um Ministro que se respeita n o poder tomar qualquer iniciativa de propor tal desapropria o antes de esclarecer minuciosamente cada item das d vidas que cercam a opera o Sobretudo agora quando enviou ao Presidente da Rep blica a Exposi o de Motivos que deu origem ao Projeto de Lei n 21 87 alterando a reda o do art 105 da Lei n 4 304 64 Estatuto da Terra onde se pretende contrariamente ao que disp e o art 161 da Constitui o Federal que os t tulos da d vida agr ria possam ser dados em cau o para garan tia de quaisquer contratos celebrados com a Uni o Concluindo espero que
135. dia 16 de mar o que n o tem conhecimento de nenhum recurso Com essa confus o de infor ma es n s questionamos quem ter direito a esse financiamento uma vez que muitos est o em atraso com seus compromissos e com t tulos protestados devido crise econ mica e cobran a de altas taxas de juros O presidente da entidade disse que se o quadro atual n o for revertido ele aconselhar os associa dos a fecharem as portas das microempresas uma vez que melhor fech las com dignidade do que v las sendo fechadas pela Justi a de pois que foram saqueados pelas altas taxas de juros Regulamenta o Uma nova regulamenta o no Estatuto da Mi croempresa outra reivindica o que a categoria est fazendo ao Governador Burity Segundo Jos Ant nio o que foi publicado no dia 20 de fevereiro pelo ent o Governador Milton Cabral al m de aprese ar falhas n o satisfaz categoria Ele um erdadeira decep o uma vez que foi ela boraao sem a participa o das classes interes sadas Queremos discutir o novo estatuto que dever ser regulamentado por Burity explicou O SR JORGE ARBAGE PDS PA Pronun cia o seguinte discurso Sr Presidente Sras e Srs Constituintes nada parece mais grave na vida de uma na o do que v la submetida ao imperativo de governos escravizados pela ceguei ra da utopia que tanto prejudicial no ramo da ci ncia pol tica como na forma de se admin
136. dignamente Sr Presidente Jos Sarney a V Ex que tem ido tantas vezes ao Projeto Caraj s a V Ex que tem levado presidentes de outros pa ses a visitar o grande projeto a V Ex que se tem deleitado com a beleza da nossa natureza e a riqueza do nosso subsolo fa o agora um apelo Em sua pr xima visita Serra dos Caraj s des a a Serra Presidente V a Paranapebas no p da Serra Sinta o doloroso contraste o verdadeiro paradoxo Veja a mis ria em que vive o nosso povo de Para napebas Curion polis e Serra Pelada Des a a Serra Sr Presidente Fa a como fez em Tucuru quando desceu da cidade do luxo e viu a cidade do lixo e se compadeceu de seu povo Fa a o mesmo em Caraj s Presidente Des a a Serra Cobre da Vale do Rio Doce a imensa d vida social que tem para com o meu Estado e o nosso povo Se os poderosos da Vale do Rio Doce n o lhe quiserem ensinar o caminho estou ao seu dispor como guia ou cicerone para que V Ex sinta de perto o sofrimento do nosso povo Des a a Serra Presidente e ajude nos a participar da riqueza que nossa O SR ANTONIO SALIM CURIATI PDS SP Pronuncia o seguinte discurso Sr Presi dente Sras e Srs Constituintes nos ltimos dec nios vem se dando crescente e justa import ncia quest o do menor o que se concretizou de certa forma em redu o da mortalidade infantil mormente na primeira inf ncia em virtude da melhor assist ncia materni
137. dois anos e que n o exer am sua profiss o na empresa prestar concurso para aproveitamento de sua forma o superior Exemplo um metal rgico auxiliar de escrit rio hoje com forma o superior h mais de dois anos e que quer prestar concurso para advogado impedido por Resolu o da Diretoria porque formado h mais de dois anos o que absurdo Sr Presidente Srs Constituintes no momento de dificuldade que vive nosso pa s espero que o Presidente da Companhia Sider rgica Nacional tenha sensibilidade para que n o seja preciso que os metal rgicos entrem em greve a fim de que vejam atendidas as suas reivindica es Ser o evi tados assim preju zos para a comunidade e o Pa s Nossa comunidade de Volta Redonda j se en contra em expectativa quanto aos acordos sala riais Os servidores p blicos est o descontentes com o aumento dado pelo Governo municipal e espera do gatilho os aposentados perplexos pelo recebimento dos reajustes somente em ju nho e aguardando a t o sonhada paridade pela qual tenho lutado preciso dar aten o aos movimentos dos tra balhadores em Volta Redonda N o s tirar co mo aconteceu com o Imposto de Renda Acredito que os trabalhadores ter o dificuldades quanto ao pagamento Finalmente reitero meu apelo no sentido do atendimento dessas reivindica es O SR MENDES BOTELHO PDT SP Pro nuncia o seguinte discurso Sr Presidente Sras e Srs Const
138. e Sr e Srs Constituintes assumi em pra a p blica o compromisso de defender a vida nos trabalhos da Constituinte Por esta raz o re queiro a inclus o no texto do anteprojeto da se guinte proposta que tomo a liberdade de ler para conhecimento desta Casa PROPOSTA ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE Sugest o N Do Constituinte Jos Mendon a de Morais Inclua se no anteprojeto de texto constitucional na parte relativa aos Direitos e Garantias Indivi duais o seguinte dispositivo Art Toda vida humana ser preser vada desde o primeiro instante da concep o at a morte natural punindo se como homic dio todos os atentados contra ela se jam f sicos psicol gicos ou morais Justifica o preciso assegurar a cada pessoa humana o desenvolvimento pleno da vida que de Deus recebe A vida humana dom sagrado invio l vel desde seu primeiro instante A pessoa huma na tem o direito de nascer crescer e realizar se como pessoa e morrer naturalmente E inacredit vel como a pervers o do crit rio moral pode ofuscar tanto que n o se queira perce 1224 Sexta feira 10 ber a gravidade e hediondez do homic dio contra o nascituro indefeso e contra o doente terminal Os que pedem a legaliza o do aborto e da eutan sia devem dar se conta de que est o assu mindo a responsabilidade por um genoc dio pre ventivo O bem estar da Na o n o pode prescindir dos valores ticos A his
139. e nada t m a ver com o Paran Nota se claramente que o poder discricion rio do Executivo ao conceder o direito de explora o de emissoras de r dio e televis o acabou por se transformar em mecanismo ditatorial perigo s ssimo para o Brasil Quero propor Mesa da Assembl ia Nacional Constituinte que em certo momento alertou tanto nossa aten o para sua soberania que buscou espa o para sua independ ncia plena e absoluta para representar com dignidade a vontade nacio nal que adote uma posi o formal no sentido de que sejam suspensos todos os processos de concess o de r dio e televis o no Brasil em trami ta o no Minist rio das Comunica es Alguns deles se encontram j no gabinete de S Ex o Sr Presidente da Rep blica Se queremos ter compromisso democr tico com os interesses da Na o se queremos que o Brasil seja um pa s livre temos de ter a coragem de enfrentar neste momento essa quest o cruciante A concess o de emissoras de r dio e televis o n o pode ser um trampolim pura e simplesmente para objeti vos pol ticos n o pode ser o cerceamento do direito opini o livre manifesta o de todos os cidad os deste Pa s Trago esta proposta Constituinte na esperan a de que se coloque um paradeiro nesta verdadeira parafern lia em que se transformou a concess o dos canais de r dio e televis o de que se estabele am crit rios justos racionais comprometidos com a liberdade plena
140. e de que n o apenas os crit rios pol ticos sejam norteadores do recebimento deste favor governa Abril de 1987 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta feira 10 1249 mental Se queremos ter independ ncia e cons ci ncia pol tica preciso que o povo brasileiro comece a pensar por si s e n o seja induzido pela massifica o dos meios de comunica o sobretudo quando ela tendenciosa e negativa ao Pa s Apelo Presid ncia deste Poder no sentido de que fa a as gest es necess rias a fim de que o Poder Executivo a partir desta data e at a promulga o do novo texto constitucional em respeito Assembl ia Nacional Constituinte n o conceda esse direito a nenhum dos grupos que est o concorrendo nos bastidores e nos escani nhos do Poder da Rep blica em nosso Pa s Pal mas O Sr Jos Geno no Sr Presidente pe o a palavra pela ordem O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es Tem a palavra o nobre Constituinte O SR JOS GENO NO PT SP Sem revis o do orador Sr Presidente esperei at este momento para formular esta quest o de or dem Presid ncia da Mesa com a presen a inclu sive do seu Secret rio Geral porque quest o da maior import ncia Baseio me no art 13 do Regimento Interno da Assembl ia Nacional Constituinte Art 13 As Comiss es incumbidas de elaborar o Projeto de Constitui o em n me ro de 8 oito ser o integradas cada um
141. e fazermos algumas defini es te ricas sobre esse processo indicamos nossos principais compromissos Entendemos sempre que um Constituinte na verdade um procurador que em nome do povo brasileiro deve decidir o destino do Pa s e do pr prio povo Entendo entretanto que o povo n o poderia passar uma procura o em branco Deveria antes saber que a es seriam desenvolvidas pelo seu procurador o Constituin te Por isso explicitamos aqui nossos pontos de vista e nosso posicionamento sobre as grandes quest es nacionais com base nesta cartilha e nes ses compromissos Trata se de um conjunto de sistemas que faremos chegar s diferentes Co miss es nos pr ximos dias e que basicamente contemplam alguns pontos O primeiro deles Sr Presidente a quest o da educa o Na condi o de Presidente do Centro de Profes sores do Rio Grande do Sul de Presidente da Confedera o de Professores do Brasil de mem bro do Comit Executivo da Confedera o Mun dial das Organiza es de Profissionais de Ensino de professor e supervisor de ensino bem como de diretor de escola tive larga experi ncia e mili t ncia nas diferentes quest es da educa o e do magist rio Com base nesses conhecimentos pensei ser importante defender aqui primeiramente a tese do ensino p blico gratuito para todos e em todos os n veis Estou feliz em usar a tribuna nesta oportu nidade porque este dia 9 de abril foi indicad
142. e fim ao enqua dramento sindical e trata da negocia o cole tiva e do direito de greve MOZARILDO CAVALCANTI Propostas do orador para a futura Constitui o FARABULINI J NIOR Causa da precarie dade do transporte coletivo em S o Paulo Estado de S o Paulo FERES NADER A Constitui o como re sultado do consenso nacional FRANCISCO AMARAL Encontro de pe quenos e m dios empres rios de Campinas Estado de S o Paulo para avalia o da crise econ mico financeira vivida pelo setor 1218 Sexta feira 10 GONZAGA PATRIOTA Extens o do direi to de voto a cabos e soldados lnelegibilidade para os n o portadores de certificado do 1 grau de escolaridade GUSTAVO DE FARIA Esclarecimentos do Delegado da Receita Federal do Rio de Janeiro aos contribuintes sobre a sistem tica da cobran a do Imposto de Renda JUAREZ ANTUNES Paridade salarial en tre aposentados e pensionistas Educa o gra tuita para a crian a carente Reforma agr ria MAURO SAMPAIO Atuais condi es do sistema penitenci rio do Distrito Federal UBIRATAN AGUIAR Pagamento das in deniza es devidas aos munic pios confron tantes plataforma continental em virtude da explora o de leo ou g s PAES DE ANDRADE Equipara o dos direitos e obriga es dos servidores dos Pode res da Uni o HENRIQUE EDUARDO ALVES Mobili za o da sociedade para discuss o dos direi tos da crian a de z
143. e n o executados como o PMS Plano Metropolitano de Sa de onde decretos s o cancelados como o Decreto n 20 862 de 23 de abril de 1985 que declarava de Utilidade P blica im vel de pro priedade particular situado no 32 Subdistrito Capela do Socorro e outros fatos que compro vam os descasos das autoridades anteriores n o podemos mais ficar calados Queremos lembrar que n s moradores da re gi o Interlagos estamos reivindicando um hospital p blico a mais de 3 anos e depois de muitas idas aos gabinetes conquistamos um terreno pa ra a constru o do hospital atrav s do decreto de utilidade p blica n 20 862 de 23 de abril de 1985 O mesmo decreto foi cancelado pelo atual prefeito a fim de beneficiar a empresa Veloso de Castro da foi nos prometido pelas autoridades da rea de Sa de P blica que o Hospital da OSEC seria o Hospital M dulo da Regi o de Interlagos Este Hospital era o nico recurso que embora precariamente atendia a numerosa e carente po pula o que aproximadamente a 15 anos com at 350 casos di rios de atendimento de emer g ncia Este nico recurso hospitalar acaba sendo passado para o grupo empresarial Golden Cross que fechou o hospital para a popula o e para o campo de atua o pr tica dos alunos Nas condi es de moradores organizados nas associa es supra citadas de usu rios e estudan tes n o podemos deixar de interceder junto autoridade m xima es
144. e se fa a justi a queles que labutam no campo A injusti a mais evidente n o foi de forma algu ma corrigida Os trabalhadores rurais permane cem do ponto de vista do Poder P blico cidad os de segunda classe Enquanto este quadro se man tiver toda e qualquer altera o na Previd ncia Social por maior que seja a sua import ncia para os demais benefici rios trar um vezo de hipo crisia e discrimina o Palmas O Sr Fernando Santana Sr Presidente pe o a palavra pela ordem O SR PRESIDENTE Arnaldo Faria de S Tem a palavra o nobre Constituinte O SR FERNANDO SANTANA PCB BA Sem revis o do orador Sr Presidente o f rum da educa o na Constituinte convida todos os presentes para um encontro hoje no Sal o Negro do Congresso Nacional s 15 horas Como se trata de problema t o importante a Campanha Nacional em Defesa do Ensino P bli co acho que V Ex fez essa concess o em bene f cio do Pa s O SR PRESIDENTE Amnaldo Faria de S Tem a palavra o Sr Ivo Mainardi Pausa O SR IVO MAINARDI PMDB RS Pronun cia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituintes a Constitui o Federal no art 165 assegura aos trabalhadores os direitos enume rados nos itens I a XXI al m de outros que nos termos da lei visem melhoria de sua condi o social Mas a quais trabalhadores quis a Constitui o assegurar direitos sociais A resposta direta e
145. e tanto hoje foi discutido eis que diz respeito s For as Armadas O alistamento e o voto s o direitos dos brasileiros capazes de ambos os sexos que con tem data da elei o 18 anos ou mais salvo as exce es dos que cumpram pena imposta por senten a transitada em julgado Isto torna o voto um direito e n o uma obriga o O atual manda mento constitucional paradoxal Se tenho o de ver de votar n o tenho que cogitar de direito se tenho o direito de votar devo ter a liberdade e a op o de exercit lo at porque do primado do Direito que quando se tem um direito pode se exercit lo ou n o Trago para o contingente de eleitores os solda dos aqueles que at hoje n o votaram porque entendo que o soldado um civil fardado e o civil um militar paisana Pelo menos teorica mente deve ser assim E n o o fato de algu m se alistar que lhe passa um atestado de incapa cidade Portanto ao assegurar o voto como direi to trago o direito de votar ao soldado ser inclu do na nova Constitui o nas suas disposi es transit rias e finais sugiro que seja corporificado um dispositivo que andou na boca de quase todos os candidatos ou seja a soberania do povo o seu primado quando dizia se que o povo o Constituinte Pois bem se o povo o Constituinte cabe lhe dizer se a procura o por ele passada foi ou n o honrada por aqueles em quem confiou Uma coisa o homem antes do poder out
146. e trabalho pois que alguns constituintes aparecem na subcomiss o apenas na hora da vota o Poderemos ser apanhados em flagrante na medida em que estamos neste momento fortalecendo os preconceitos e n o dando o devido valor ao tema em discuss o Esta mos preocupados no momento com as reivindi ca es das v rias entidades movimentos ind ge nas negros deficientes e de minorias que est o esperando muito dessas subcomiss es No en tanto a n vel pol tico elas n o t m recebido a Abril de 1987 considera o necess ria Neste sentido podere mos sofrer um grande desgaste na medida em que n o priorizarmos essas subcomiss es t o importantes como qualquer outra Acredito que exista o mesmo problema junto aos trabalhadores da rea de sa de porque somos quantitativa mente maiores nas Subcomiss es A e B Fa o neste momento um apelo a todos os Constituintes inscritos nessa subcomiss o tanto titulares como suplentes no sentido de que aque les que n o estiverem interessados nos temas ali debatidos procurem seus partidos pol ticos entrem em entendimento com eles a fim de parti ciparem de subcomiss es que mais lhes interes sem social ideol gica e politicamente mas n o impe am que esse trabalho avance esta a minha reclama o Sr Presidente O SR PRESIDENTE Mauro Benevides A Mesa acolhe a reclama o da nobre Consti tunte Benedita da Silva Entende outrossim que esses fatos n
147. ecen temente ali esteve a Comiss o de Direitos Huma nos da Organiza o dos Advogados Brasileiros OAB e nessa visita foram constatadas as p ssi mas e humilhantes condi es em que vivem os detentos A equipe al m de reconhecer a situa o em que literalmente s o jogados os presos que vivem amontoados nas celas sem instala es sa nit rias normais ouviu tamb m dos detentos in meras queixas como provoca es espancamen tos e castigo por parte dos guardas e agentes penitenci rios E mais a assist ncia jur dica que deveria ser prestada pela Secretaria de Seguran a na realidade inexistente O Poder Judici rio tam b m omisso diante o problema A administra o do pres dio arquiva todos os inqu ritos de den n cia de espancamentos Os presos n o tiveram di reito ao indulto do ltimo Natal decretado pelo Minist rio da Justi a As correspond ncias dos familiares dos detentos s o violadas nunca che gando s suas m os A Funda o Educacional do DF doou aos presidi rios um aparelho de TV a cores mas segundo constatou a comiss o da OAB o referido aparelho encontra se no gabinete do Diretor do pres dio O mesmo destino toma ram outros objetos doados como um v deocas sete que deveria ser utilizado para exibi o de filmes com cursos para os internos E entre tantos outros itens do grave problema o juiz da Vara de Execu es Criminais Sr Jos Jer nimo Be zerra de Souza requereu ao Tri
148. ei Em 46 os militares num aceno liberal resolveram aceitar que deviam tratar da lei e da ordem Agora eles v m dizer que admitem tudo menos mudar essa quest o Considero que a mu dan a que houve por parte da dire o da Consti tuinte no sentido de colocar o problema das For as Armadas poder ser tratada diferentemente do que estava acertado do que era o entendi mento do Relator do agente interno Senador Fer nando Henrique Cardoso diferentemente do que me informou e ao Deputado Aldo Arantes o Sece ret rio Geral da Casa diferentemente da d vida que tem V Ex de que iria investigar melhor o assunto Seja na atual Constitui o na anterior ou em todas a quest o das For as Armadas ou tratada no item do Poder Executivo ou no item espec fico jamais foi tratada no item da Organiza o Eleito ral Isso constitui um achincalhe Constitui o a ser elaborada uma desmoraliza o da Consti tuinte que mais uma vez se acovarda na questa da sua soberania Mais uma vez as For as Arma das imp em o seu ponto de vista da forma que querem com uma subcomiss o que tem o Depu tado Prisco Vianna como Relator do PDS partido contra o qual V Ex durante tantos anos lutou e como Presidente o Coronel Jarbas Passarinho Considero isso um achincalhe Constituinte sobretudo quando todos est vamos t o esperan osos tendo o apoio de V Ex ao vermos restau rada a identidade a independ ncia e a autonomia des
149. eiros chamados gatos recruta ram esses homens em Porto Nacional para traba lharem nas fazendas S o Geraldo Rio 18 Naja por e Rio Cristalino no Munic pio de Santana do Araguaia e fazenda Santo Ant nio em S o F lix do Xingu todas no Estado do Par L esses trabalhadores j chegam com d vidas que nunca conseguem pagar N o t m carteira assinada nenhum direito trabalhista nenhuma assist ncia m dica e pelos d bitos contra dos com a viagem e alimenta o s o obrigados ao trabalho for ado vigiados por homens armados s vezes at doentes de mal ria contra da nas matas Alguns dos lavradores presentes conseguiram fugir da Fazenda Rio 18 e pediram socorro para os seus companheiros que l ficaram Estiveram no Minist rio da Justi a da Reforma Agr ria e do Trabalho solicitando provid ncias Acusam os gatos Dilson de Souza Monteiro Juracy Franco Ant nio Francisco e Alberto Aze vedo pelo absoluto desrespeito aos direitos huma nos e s leis vigentes Na verdade os grandes criminosos desta hist ria s o os propriet rios dessas grandes fazendas pois legalmente lhes cabe a responsabilidade so bre todos que trabalham nas suas terras Entre os presentes os parentes de quatro traba lhadores desaparecidos pais de fam lia cujas mu lheres encontram se em estado de desespero Valdir Pereira Brito desaparecido desde 11 4 86 Gumercino Lima dos Santos desapare cido d
150. el para beneficiar se do princ pio da isonomia Na verdade um professor de quadro t cnico le cionando em estabelecimento superior aut rqui co equipara se for osamente a outro do mesmo n vel lecionando em funda o O que estranhamos na proposi o MEC SE DAP a n o inclus o dos professores das Escolas T cnicas e Agrot cnicas Federais circunst ncia que contribuir de maneira evidente para o des n vel efetivo entre as categorias de docentes do servi o p blico federal principalmente quando o Governo da Uni o vem procurando estimular e expandir a educa o t cnica para atendimento aos imperativos do desenvolvimento nacional Diante disso encaminhamos veemente apelo ao Ministro Jorge Konder Bornhausen titular da Educa o e ao Ministro Aluizio Alves da Adminis tra o no sentido de com a sensibilidade que os caracteriza apurarem a den ncia que recebe mos do Diretor da Escola T cnica Federal de Pernambuco Prof R mulo de Lacerda J nior a fim de que se tomem as provid ncias corretivas necess rias para que n o seja preciso a apresen ta o de emenda nas comiss es t cnicas ou no plen rio o que implicar o retardamento da pro posi o aguardada com a maior urg ncia pelo magist rio oficial Era o que t nhamos a dizer Sr Presidente V O SR PRESIDENTE Arnaldo Faria de S Est findo o tempo destinado ao Pequeno Expediente Vai se passar ao Hor rio de Comunica es da
151. elhorado no Centro Sul Agora temos oportunidade de fazer alguma coisa em benef cio de nossas crian as do futuro pois empenhados na elabora o de uma nova Constitui o Devemos inserir nela os princ pios fundamentais para a solu o de nossos graves problemas e a mortalidade infantil um dos mais graves Como faz lo para neutralizar t o angus tiante sofrimento que enluta e entristece grande parte da fam lia brasileira Certamente atrav s de uma a o conjunta dos Constituintes a fim de obrigar o Estado a assumir conscientemente sua responsabilidade na me lhoria de vida de nossa gente e em particular da mulher gestante at o parto e em seguida proporcionar ao rec m nascido a assist ncia m dico hospitalar e alimentar no caso dos mais po bres indispens vel a seu crescimento sadio e pro missor Ao Estado compete combater efetiva e eficaz mente as doen as infantis tais como o sarampo a caxumba a poliomielite a diarr ia e outras doen as infecto contagiosas que roubam anual mente a vida de milhares de crian as procedi mento este que reduzir a mortalidade a n veis razo veis Assim agindo estaremos trabalhando para a melhoria de vida de nossa sofrida gente para o futuro do Brasil para seu progresso e n o tere Abril de 1987 mos vergonha de sermos justamente responsa bilizados pelo fracasso das gera es vindouras visto que em tempo tomamos a iniciativa para que este n o venha
152. em fun es em regi es insalubres ou cujas profiss es ofere am riscos sa de ou vida 2 Estabelece limites para o estabelecimento de reservas ind genas nas faixas de fronteiras ter restres 3 Torna volunt rio o servi o militar 4 Disp e sobre a constitui o o funciona mento e a dissolu o das associa es e sindi catos 5 Estabelece reserva de mercado para as empresas nacionais na rea de diagn stico em sa de Quero hoje enfocar esta ltima que est assim apresentada e publicada Assegura reserva de mercado para as em presas nacionais da rea de diagn stico em sa de Inclua se onde couber Art E privativo das empresas nacionais a produ o comercializa o e importa o de bens e insumos destinados rea de diagn stico 1230 Sexta feira 10 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1987 em sa de bem como a pesquisa e a presta o de servi os nessa rea Par grafo nico Para os efeitos deste artigo consideram se empresas nacionais as pessoas ju r dicas constitu das e com sede no Pa s cujo con trole decis rio tecnol gico e de capital esteja em car ter permanente e exclusivo sob a titulari dade direta ou indireta de pessoas f sicas brasi leiras residentes e domiciliadas no Pa s ou por entidades de direito p blico interno Justifica o A rea de diagn stico em sa de pouco conhe cida mas de import ncia
153. em partidos fortes e de dita rem o seu pr prio destino Extens o de todos os direitos civis aos militares em sua condi o individual inclusive do direito de voto a cabos e soldados Servi o militar faculta tivo Se o servi o militar t o bom assim por que obrigar os cidad os a servirem ao Ex rcito Marinha ou Aeron utica Nasci Sr Presidente Srs Constituintes em uma vila onde mora at hoje minha fam lia cha mada Monte B rico no Munic pio de Veran polis Quantos jovens foram tirados do interior de suas fam lias Para onde foram E n o voltaram mais Foram servir ao Ex rcito que se pretende identi ficar como sendo sin nimo de servir P tria For as Armadas sin nimo de P tria S o algumas quest es que precisamos investigar aprofundar e discutir para obtermos uma resposta adequada s reiteradas manifesta es dos militares quando dizem alto e bom som que nada h a mudar na Constitui o no que diz respeito atribui o das For as Armadas Aqui estou com o voto do povo que me elegeu Na qualidade de Constituinte vou decidir se h algo a mudar na Constitui o ou n o em rela o atribui o das For as Armadas Se h colegas Constituintes militares aqui n o sei se h e se est o aqui com o voto do povo eu os respeito Estes podem falar sobre o assunto porque t m mandato popular para isto Mantenho minha posi o Vou brigar por estes pontos aqui por estar
154. emos que nos integrar ou nos dissociar nesses ritmos hist ricos uma vez que eles independem de nossa interfer ncia quer como povo quer como Na o Mas a Constitui o que vamos debater elaborar e aprovar nesta Casa n o pode ficar alheia a esses graves problemas com os quais se defronta a humanidade Sobretudo porque eles causam pro fundas consequ ncias que resultam em proble mas espec ficos para o nosso povo e para nossa P tria A civiliza o Maia e os historiadores franceses tamb m j haviam identificado essas duas formas de medir o tempo a de dura o longa e a de dura o curta E de acordo com essas duas for mas de medir o tempo interpretaram se e at julgaram se as pessoas os povos os fatos e os processos civilizat rios Hoje em dia dois pensadores tamb m latino a mericanos Jorge Luiz Borges e Gilberto Freyre consideram que a concep o cl ssica do tempo j n o existe O tempo j n o decorre segundo as cronologias estabelecidas pelas ci ncias e pe las religi es O lustro a d cada o jubileu o s culo e at os mil nios s o medidas incompat veis para marcar e demarcar os momentos hist ricos defi nitivos que acontecem na vida dos povos Hoje em decorr ncia e em conseqii ncia dos progres sos cient ficos e tecnol gicos quebraram se bar reiras e medidas gigantescas e infinitesimais E quando ultrapassa a velocidade do som mergu lha no infimo bloco do tomo e aspira a ultra pa
155. ente a raiz econ mica do processo atual na qual centenas de milhares de pequenos empres rios e produtores nas cida des e nos campos encontram se hoje em fase praticamente falimentar J est o entregando tu do aos bancos oficiais e particulares e em poucos meses destrundo o que levaram uma vida inteira para construir Ainda h pouco Sr Presidente ocupava a tribu na o nobre Constituinte Roberto Balestra que des nudava esta quest o e a enfocava em detalhes Fazemos coro ao grande Constituinte que corajo samente mais uma vez advertiu o Governo para a realidade nacional Um dos v rios caminhos para sanear esta situa o indiscutivelmente um basta ao d ficit p blico a esse alimentar das veias estatais dilatadas pela incompet ncia gerando a desgra a do povo Sr Presidente o Governo n o pode permane cer nesse cego imobilismo nessa cega indife ren a como se a vida da Na o nada significasse como se os brasileiros fossem apenas n meros como se n o existisse a desgra a a que estamos assistindo com a economia sendo destro ada pelos descaminhos governamentais Nada justi fica que centenas de milhares de pequenos em pres rios e produtores rurais entreguem assim tudo aquilo que constru ram apenas pela gan n cia do capital Que sociedade queremos criar Sr Presidente Temos de definir o que queremos se o primado do trabalho ou o primado ego sta do capital N s da democracia crist fi
156. entre o homem e a mulher e garantindo a sua tutela pelos poderes do Estado O casamento poder ser dissolvido nos casos expressos em lei e sempre que compro vada a pr via separa o por mais de dois anos Sr Presidente s o estas as sugest es que j encaminhei Assembl ia Nacional Constituinte Devo encaminhar nos pr ximos dias algumas sugest es que dizem respeito a um dos maiores cancros desta Rep blica que espero continue fe derativa e venha a ser parlamentarista tamb m a tributa o e a centraliza o que esmaga as uni dades federativas e liquida os munic pios Partindo da verdade de que no munic pio sede de toda a arrecada o fica menos de 7 do total arreca dado partindo da verdade de que as unidades federativas n o chegam a ficar com 27 con clui se que a Uni o tem o grosso da arrecada o e devolve encargos e n o recursos Por isso faz se mister a redistribui o na forma de tributar devol vendo maior compet ncia tribut ria para as uni dades federativas e assegurando sua maior arre cada o para que deixem de esmolar junto Federa o que hoje mais um Estado unit rio do que uma Federa o devolvendo a esta Casa uma prerrogativa sem a qual ela n o tem neces sidade de existir ou seja ela a fiscal da execu o do Or amento quando se sabe que hoje ridicula mente cada estatal um estado parte dentro do Estado E algo soberano com os or amentos fugindo por complet
157. epi demias de febre amarela e dengue doen as que j estavam sob controle desde as primei ras d cadas deste s culo no Brasil Nos ltimos 26 anos o estado de sa de da popula o brasileira mant m as desigual dades regionais No per odo verifica se para as capitais brasileiras uma queda na ocor r ncia de mortalidade das doen as dos pa ses perif ricos como por exemplo as infec to contagiosas e da mortalidade em meno res de 1 ano No entanto os n veis alcan ados est o longe do aceit vel para o padr o de desenvolvimento atingido pela sociedade brasileira al m de manter o mesmo padr o de desigualdade regional da d cada de 60 Por outro lado no mesmo per odo a morta lidade nas capitais para as doen as dos pa ses centrais como por exemplo as cr nico degenerativas v m apresentando significa Sexta feira 10 1241 tivo aumento nas regi es mais industrializa das do pa s como o Sul e o Sudeste Portanto infere se que as chamadas doen as dos pa ses perif ricos continuam sendo um problema importante para o Brasil como um todo ao mesmo tempo em que as doen as dos pa ses centrais crescem de import ncia no quadro nosol gico brasi leiro principalmente nas regi es mais indus trializadas Em linhas gerais esta situa o configura um quadro sanit rio peculiar onde na 8 Economia capitalista convivem problemas de sa de mais frequentes nos pa ses capita listas p
158. er com graves preju zos para os usu rios O SR HERMES ZANETI PMDB RS Pro nuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituinte este um momento de muita responsabilidade pois o quadro pol tico que vive mos delicado chegando mesmo a ser grave a situa o do Pa s e especialmente do Rio Grande do Sul Numa hora como esta preciso mais do que nunca evocar o compromisso com a verdade que sempre pautou o nosso caminhar e chamar os homens p blicos a esse compromisso E necess rio reafirmar aqui e agora que verdade que as finan as p blicas do Rio Grande est o falidas verdade que a corrup o o autoritarismo e o desmando levaram o Rio Grande ao caos O clientelismo pol tico o empreguismo de senfreado e a pr tica do favor incharam a adminis tra o p blica rio grandense O centralismo comandado de Bras lia esma gou nosso Estado reduzindo o a uma prov ncia sem vontade pol tica O Governo Central financiou sua pol tica de incentivo s exporta es assaltando o or amento do nosso Estado E preciso dizer tamb m que a verdade para uma solu o dos graves problemas do Rio Gran de n o passa pelo esmagamento do sal rio de seu funcionalismo nem pela continuidade da po l tica de submiss o ao Governo Central e ao FMI O Governo Federal deve devolver ao Rio Gran de o que retirou do Rio Grande A recupera o do Rio Grande n o pode passar por mais
159. ercado produzindo os no Pa s ou seminacionalizando os produtos que antes im portavam amea ando as pequenas e m dias em presas brasileiras que atuam na rea e que n o possuem recursos financeiros para competir com seu poderio econ mico Considerando ser a sa de tema de seguran a nacional e que um pa s que dependa de reagentes e insumos estrangeiros para diagnosticar suas doen as nunca poder ser realmente indepeden te apresentamos a presente proposta conside ra o da Assembl ia Nacional Constituinte asse gurando reserva de mercado para as empresas nacionais que atuam nesse setor A presente sugest o nos foi enviada pela Assi bral Associa o das Ind strias de Produtos pa ra Laborat rios entidade que congrega todas aquelas empresas mister que se assegure a reserva de mercado para que tenhamos a rea de diagn stico em sa de cem por cento brasileira eficiente produtiva e tecnologicamente avan a da Era o que tinha a dizer O SR FARABULINI J NIOR PTB SP Pronuncia o seguinte discurso Sr Presidente Sras e Srs Constituintes o assunto que me traz tribuna apresenta dois aspectos fundamentais O primeiro diz respeito ao sistema de transporte coletivo de passageiros no Munic pio de S o Paulo e o segundo aplica o dos recursos da Prefei tura Municipal nessa atividade Como todos sabem o transporte coletivo de passageiros em particular no Munic pio de S o Paulo
160. erdade responsabilidade de todo o povo que Abril de 1987 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta feira 10 1231 deve sugerir os caminhos que lhe s o indicados pelas suas aspira es Da a preocupa o de que ela n o surja no a odamento mas resulte de uma profunda reflex o nacional Na condi o de Deputados Constituintes man dat rios da soberania popular precisamos nos tornar refrat rios ao passionalismo e aos interes ses restritos a fim de que possamos redigir uma Carta Pol tica ajustada s circunst ncias hist ri cas particularmente aos anseios do povo brasi leiro Perme vel e imperativa em seus princ pios a Constitui o dever ser flex vel quanto ao modo para que as crises pol ticas conjunturais sejam contidas na intelig ncia da lei Para que esse objetivo seja conquistado preci samos convocar todos ao grande debate constitu cional Devemos discutir em todos os audit rios na imprensa e nas ruas nos partidos e nos parla mentos nas universidades e nos sindicatos os grandes problemas nacionais e os leg timos inte resses de cada grupo social E nessa discuss o ampla que iremos identificar mat rias que por sua natureza espec fica possam estar equidistantes de nossa concep o de nossa consci ncia de nossa rea de visibilidade Por isso sem abandonar os deveres e preocu pa es de cada dia temos de concentrar os nos sos esfor os na busca de consenso b sico
161. ergencial de maior custo e menos efic cia nos momentos de epide mias inexistindo nas unidades b sicas de sa de condi es para o controle e o diag n stico rotineiro dessas doen as A a o des sas unidades n o inclui tamb m medidas de controle dirigidas aos agravos gerados pelo processo de produ o polui o ambiental acidentes de trabalho doen as profissionais bem como os acidentes de um modo geral como dom sticos de tr nsito Outro aspecto a ressaltar a assist ncia m dico odontol gica prestada pelos sindica tos de trabalhadores urbanos e rurais atrav s dos conv nios com o INAMPS e FUNRURAL substituindo as obriga es do Estado no se tor e refor ando as a es assistenciais do sindicato em detrimento de suas lutas Tamb m em rela o presta o de servi os de sa de devemos apontar para a extre ma desigualdade de servi os a que a popu la o tem direito e acesso As diferen as se d o entre previdenci rios e n o previdenci rios entre previdenci rios das v rias regi es entre previdenci rios urbanos e rurais entre previdenci rios com conv nio empresa e sem conv nio empresa entre empregados e desempregados subempregados traba lhadores n o registrados b ias frias empre gados dom sticos etc Enquanto para o trabalhador urbano o INAMPS propiciou 2 05 consultas ano em 1980 para o trabalhador rural o ndice ficou por volta de 0 4 consul tas ano um outro
162. erif ricos e aqueles que ocorrem nas economias mais desenvolvidas do mundo capitalista Por outro lado na configura o dos servi os de sa de podemos tamb m perceber os reflexos do processo de acumula o do capital principalmente dos ltimos 20 anos Enquanto em muitos pa ses de forma o ca pitalista as pol ticas sociais tendem a se constituir em mecanismos de redistribui o de renda entre as regi es geogr ficas e entre as classes sociais no Brasil ao contr rio a pol tica de sa de n o s tem favorecido uma maior concentra o de renda como tem possibilitado a constitui o de mais um ramo de acumula o do capital Diferentemente do que se deu em outros pa ses da Am rica Latina o Estado brasileiro pouco investiu na implementa o de servi os p blicos de sa de Mais grave ainda nos ltimos 20 anos passou a subsidiar o desenvolvimento de um amplo setor privado de presta o de asssis t ncia m dica com os recursos provenientes das contribui es dos trabalhadores para a Previd ncia Social Isto foi poss vel com a exclus o da participa o dos trabalhadores dos organismos do sistema previd nci rio ap s a cria o do INPS em 1967 e pela cria o de elos entre a tecnoburocracia esta tal e os grupos privados empresariais e da rea de sa de Os grupos privados na sa de se desenvol veram atrav s de duas principais modalida des de presta o de servi os a os servi os hospitala
163. ero a seis anos THEODORO MENDES Clima de desres peito lei no Pa s GEOVANI BORGES Responsabilidades sociais do Estado com as pessoas carentes ASSIS CANUTO Situa o dos candida tos aprovados em concurso para Fiscal do Trabalho ROBERTO BALESTRA Efeitos negativos da Resolu o n 1 129 do Banco Central JOS LUIZ DE S Atendimento pela Companhia Sider rgica Nacional das reivindi ca es dos metal rgicos MENDES BOTELHO Deteriora o ad ministrativa e t cnica do sistema ferrovi rio brasileiro causa da manifesta o popular na Central do Brasil no Rio de Janeiro Estado do Rio de Janeiro HERMES ZANETI Cumprimento pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul de acordos firmados com o magist rio ga cho CHICO HUMBERTO Solidariedade do orador aos professores em greve NELSON SEIXAS Cria o pela Univer sidade de Bras lia do primeiro prot tipo de m quina multifuncional de lapida o de pe dras preciosas EDUARDO JORGE Propostas do orador para a futura Constitui o EDIVALDO MOTTA Prorroga o do EGF para a cultura do algod o na Regi o Nordeste IRMA PASSONI Den ncia contida em Boletim Informativo dos alunos da Faculdade de Medicina de Santo Amaro sobre responsa DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE bilidade da Golden Cross no fechamento do Hospital Escola Wladimir Arruda PEDRO CANEDO Tratamento tribut rio d
164. esas nacionais sob controle de brasi leiros e n o como o atualmente por sociedades organizadas no Pa s as quais podem ter controle estrangeiro 2 Substituir por uma indeniza o a partici pa o do propriet rio do solo nos resultados da lavra 3 Preservar as terras ind genas da gan ncia de aventureiros e do pr prio Estado Srs Constituintes estes s o pontos b sicos pa ra uma Constitui o democr tica embora o espa o n o tenha permitido tratar de outros aspectos igualmente importantes como a organiza o do Estado o papel das For as Armadas cujo dever constitucional deve ser a defesa das fronteiras a organiza o partid ria e eleitoral que deve rom per definitivamente com a triste tradi o dos ca su smos que servem apenas para deformar a von tade do eleitorado Espero no entanto abordar estas quest es em outra ocasi o Palmas O SR MENDES RIBEIRO PMDB RS Sem revis o do orador Sr Presidente Srs Constituintes no entardecer de quinta feira quan do Bras lia se esvazia cabe me ocupar esta tribu na talvez na nica oportunidade que o Regimento me conceda ao longo de todo o trabalho consti tuinte para fazer um balan o das sugest es que j encaminhei e colocar algumas id ias a respeito das mesmas primeira sugest o fixa a data de 15 de novem bro de 1988 para a elei o direta do Presidente e do Vive Presidente da Rep blica Estar o fatal mente cumprid
165. esde 16 10 86 Manoel Melqu ades Lustosa desaparecido desde 23 11 86 Raul Batista de Souza desaparecido desde 23 2 86 Todos eles foram recrutados para trabalhar nessas grandes fazendas e agora suas esposas exigem provid ncias do Governo N o de agora que denunciamos o trabalho escravo nas grandes propriedades rurais do nosso Estado N o bastasse a a o de policiais de outros Estados a servirem de mil cias privadas para os grandes propriet rios que expulsam e matam os trabalhadores rurais conforme ficou comprovado na Fazenda Nazar em Concei o do Araguaia ainda vivemos uma situa o constrangedora co mo esta de termos trabalho escravo em pleno s culo XX Por esta raz o defenderemos na nova Consti tui o a limita o do m dulo m ximo da proprie dade rural e a cria o de f rmulas que propiciem que com as press es necess rias dos trabalha dores rurais se possa implantar de fato a reforma agr ria Levantamos nossa voz junto desses trabalha dores exigindo que o Governo tome provid ncias para acabar com o trabalho escravo ora denun ciado e localizar o paradeiro desses desapare cidos Finalmente registramos o of cio daquele Sindi cato nos Anais desta Assembl ia para que ao se escrever a Nova Constitui o se possa levar em conta esta dura e triste realidade dos nossos dias SINDICATO DOS TRABALHADORES RU RAIS Porto Nacional 6 de abril de 1987 Exm s Sr
166. esidente que os min rios no mundo inteiro n o t m uma segunda safra Por isso a nossa alegria Sr Presidente quando lapidarmos nossas pedras preciosas dentro do solo brasileiro evitaremos a evas o de divisas e ao mesmo tempo n o incorreremos nos riscos de contrabando Sabemos tamb m que n o existe no Brasil uma pol tica que abranja sistematicamente o setor que s o necess rios novos incentivos a pesquisas co mo essa que gerou uma nova m quina que o CNPq continue o trabalho que sabemos rduo e exaustivo que sejam dadas pelo poder p blico novas verbas que do Legislativo saiam novas f r mulas de incentivos atrav s de leis constitucionais ou ordin rias que o homem brasileiro se volte para o desenvolvimento de nossa tecnologia do nosso know how De parab ns a equipe dessas duas universi dades de parab ns o CNPq por esse trabalho realizado Era o que tinha a dizer O SR EDUARDO JORGE PT SP Pro nuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituintes quero neste momento apre sentar uma s rie de propostas que articuladas visam a garantir na Constituinte uma verdadeira e profunda reforma agr ria Est o elas baseadas em debates e em lutas concretas dos trabalhadores e procuram tamb m desenvolver as teses aprovadas na VIII Confer n cia Nacional de Sa de Passo a ler as sugest es e respectivas justifi cativas PROPOSTA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Ao Presidente da
167. estrat gica para o Pa s eis que produz os reagentes que detectam as prin cipais doen as e medem todos os par metros de funcionamento do corpo humano para os la borat rios de an lises cl nicas e patol gicas bem como fornecem os respectivos equipamentos E de sua responsabilidade fabricar testes para diag n stico da AIDS chagas hepatite toxoplasmose rub ola s filis blenorragia diarr ia infantil febre tif ide brucelose tifo e outras doen as Seus rea gentes medem o n vel de glicose colesterol trigle cerides lip dios ur ia creatinina cido rico e muitos outros fatores que se relacionam com a sa de S o cerca de 60 empresas produtoras e 800 distribuidoras todas elas eminentemente nacio nais sem participa o de multinacionais e que movimentam perto de 2 bilh es de d lares anuais e exportam 20 do que fabricam O Brasil l der na Am rica Latina e no Terceiro Mundo nesse setor sendo seu n vel tecnol gico equivalente ao das grandes empresas que at pouco tempo do minavam nosso mercado Esse desenvolvimento foi conseguido em grande parte gra as aplica o da Lei do Similar Nacional pela CACEX que lhes tem garantido reserva de mercado Entretanto o perigo da invas o do mercado pelas multinacionais persiste porquanto elas que durante anos fomentaram a importa o dos pro dutos que comercializavam aqui sem se preocu parem em produzi los no Brasil agora tentam recuperar esse m
168. eu a quest o de ordem do nobre Constituinte Amaral Netto Pedi ria o minimo de aten o para as coloca es que estou fazendo Estou reclamando a n o obser v ncia do art 62 6 do Regimento Interno O SR PRESIDENTE Mauro Benevides A Presid ncia est atenta ao que V Ex est trazen do ao conhecimento do Plen rio nobre Consti tuinte Amaury Muller O SR AMAURY M LLER Estou mencio nando os requerimentos de informa o O SR PRESIDENTE Mauro Benevides Jamais a Presid ncia cometeria um gesto que significasse menos prezo a manifesta o de V Ex ou de qualquer outro integrante desta Assem bl ia inclusive porque algumas das suas mat rias aqui focalizadas j mereceram a aprecia o da Mesa Diretora A Presid ncia oportunamente for necer a V Ex e Casa as explica es neces s rias O SR AMAURY M LLER N o quero pole mizar mas enquanto colocava a minha quest o de ordem V Ex atendia ao Constituinte Amaral Netto Acho imposs vel ao Sr Presidente atender s duas quest es de ordem ao mesmo tempo Em todo caso a minha reclama o no sentido de que a Mesa d uma satisfa o ao Plen rio da Assembl ia Nacional Constituinte a respeito do andamento desses dois requerimentos de in forma o Posso mencion los requerimento por requerimento a fim de que a Mesa possa dar uma satisfa o J faz mais de 10 dias que est o em vigor as normas definitivas Portan
169. eu suficientes provas de subservi ncia para merecer t o rude trato Cientes de que a democracia s se constr i atrav s de sua pr tica e de que o povo n o disp e da alternativa do ex lio dourado s nos resta a alternativa da luta Ela vai continuar se expres sando na resist ncia popular s pol ticas antide mocr ticas de concentra o da riqueza mas deve expressar se aqui tamb m atrav s da apresen ta o de propostas constituintes capazes de viabi lizar o desenvolvimento democr tico do Brasil Para atingir aquele objetivo a nova Constitui o deve consagrar a soberania popular fundando a cidadania nesta sociedade t o terrivelmente marcada por uma persistente voca o escravista de suas classes dominantes por isso que aqui advogaremos a tese de que todo o poder emenda do povo e em seu nome com seu consentimento e sua participa o exercido O objetivo principal do Estado deve ser assegurar a todos condi es de vida digna e feliz Naturalmente a concretiza o destes objetivos passa pelo aperfei oamento da democracia que sin nimo de participa o popular E por isso que temos o dever de estabelecer normas demo cr ticas que superem o simples formalismo da tradi o liberal fazendo da democracia algo pal p vel Vivemos um momento grave de nossa Hist ria Este Congresso tem dois caminhos a seguir o da omiss o percorrido at agora e que se mate rializa exemplarmente na ren ncia
170. gem apenas ao com rcio e ind stria agricultura pecu ria e minera o h ainda vasta rea nas explora es labora toriais e tecnol gicas especializa es que se de senvolver o tanto melhor quanto maior for o apri moramento obtido na forma o escolar O problema da delingu ncia juvenil decorre em grande parte do abandono do menor por fam lias economicamente mal situadas das con di es subumanas de habita o nas favelas onde vivem e principalmente da falta de planos des centralizados de emprego dos recursos nacionais cuja aplica o municipalizada pode resultar na cria o de institutos laboratoriais semelhan a do que t m feito o SENAC e o SENAI Com rela o aos idosos merecem eles nossa crescente preocupa o tanto mais que sua ex pectativa de vida vem sendo prolongada a cada ano pelos avan os m dicos e tecnol gicos Mes mo assim o problema do amparo velhice vasto abrangendo o aposentado o pensionista o inativo sem renda pr pria pessoas que neces sitam do uso gratuito de servi os p blicos e tam b m de amparo moral e psicol gico de lazer e enfim de participa o por inteiro na vida social o que evita serem considerados pesos mortos da comunidade j que para ela contribu ram por anos a fio prestigiando a sociedade com o melhor de suas vidas em benef cio da prosperidade da Na o N o admiss vel que sejam eles obrigados a viver seus ltimos di
171. ha poder amos transitoriamente adotar as normas constitucio nais da Alemanh da It lia ou da Gr cia Com este pronunciamento convido todos os Constituintes c ncios da sua dignidade de repre sentantes do povo a tomarem posi o diante de tais problemas fundamentais de modo que pos samos come ar a satisfazer as expectativas do povo Era o que tinhamos a dizer Sr Presidente Durante o discurso do Sr Doreto Campa nari o Sr Ulysses Guimar es Presidente dei xa a cadeira da presid ncia que ocupado pelo Sr Jorge Arbage 2 Vice Presidente O SR Luiz In cio Lula da Silva L der do PT Sr Presidente pe o a palavra para uma comunica o O SR PRESIDENTE Jorge Arbage Tem a palavra o nobre Constituinte O SR LUIZ IN CIO LULA DA SILVA PT SP Sem revis o do orador Sr Presidente Srs Constituintes h mais ou menos quarenta 1254 Sexta feira 10 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1987 dias eu disse aqui desta tribuna que estava per plexo com alguns acontecimentos havidos na Constituinte Hoje fa o uso da palavra para reafir mar que se h quarenta dias estava perplexo hoje estou perplexo e meio Parece me que a es trutura do Congresso Constituinte para que haja um emperramento quase total em tudo que os Constituintes reivindicam H cerca de vinte dias procurei o Deputado Ulysses Guimar es para alert lo de que era pre ciso uma posi o do
172. ho com sal rio integral Assim n o por falta de previs o constitucional que a mulher trabalhadora do campo n o con templada como benefici ria do direito aposen tadoria trata se na verdade de interpreta o res tritiva do pr prio texto da Constitui o Esse des caso n o pode continuar sob pena de estar o Legislativo fechando os olhos a essa flagrante dis crimina o social particularmente neste momen to em que a for a feminina de trabalho merc de uma conscientiza o vem assumindo tarefas as mais elevadas na condu o dos neg cios do Pa s inclusive com mandatos populares nas C maras de Vereadores nas Assembl ias Legisla tivas e neste Congresso Nacional Diante dessas considera es a Assembl ia Na cional Constituinte foro maior das quest es so ciais n o pode calar se Assim dever a nova Carta pol tica conter de forma que n o se permi tam interpreta es ou constru es evasivas o rol dos direitos da trabalhadora rural As normas constitucionais quando tratam de direitos sociais devem ser postas de forma impositiva de fato as chamadas regras program ticas embora com a beleza pr pria das poesias t m destino fluido e pueril s o condenadas eterna pris o dos pap is sem jamais poderem gozar da realidade dos fatos concretos Proponho pois que a nova Constitui o Fede ral contenha expressamente de forma clara e inequ voca a garantia trabalhadora rural
173. i ca terminam inviabilizando a preciso superar a hipocrisia e legislar claramente sobre o assunto estabelecendo que 1 A propriedade enquanto garantia de prote o pessoa humana n o pode ser suprimida ou sacrificada aos interesses so ciais porque a dignidade humana o primei ro e mais fundamental valor social Abril de 1987 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta feira 10 1257 2 Nas hip teses em que ela n o condi o da dignidade humana a propriedade pri vada deve ceder o passo realiza o dos interesses sociais com indeniza o limitada ou mesmo sem indeniza o alguma no caso da concentra o abusiva Os crit rios acima citados devem tamb m ser aplicados propriedade urbana onde a preva l ncia do interesse social sup e o estabelecimen to das seguintes normas a imposto progressivo sobre im veis ociosos b direito de prefer ncia da administra o municipal sobre a aquisi o dos im veis urbanos desapropria o por interesse p blico d decreta o de rea de utilidade p blica e tombamento preserva o e regime espe cial de prote o urban stica e bens naturais ou constru dos pelo homem f direito real de cess o de uso No que diz respeito explora o dos recursos minerais a nova Constitui o deve estabelecer pelo menos dois pontos b sicos 1 Que a explora o seja feita unicamente por empr
174. i gentemente o meu Pa s E a atitude desses gover nadores neste momento n o atende de modo algum aos interesses superiores da Na o bra sileira Enquanto isto o Sr Eduardo Balladur Ministro de Estado da Fran a prop e em Washington revis o completa das d vidas dos pa ses da frica Segundo esse mesmo jornal sua proposta vai at morat ria redu o de juros etc Entretanto os nossos governadores risonhos e felizes pe dem a cabe a do Ministro Dilson Funaro no mo mento mais inoportuno da vida brasileira Meus p sames a esses governadores Palmas Durante o discurso do Sr Fernando Santa na o Sr Arnaldo Faria de S 3Secret rio deixa a cadeira da presid ncia que ocu pada pelo Sr Ulysses Guimar es Presidente O Sr Haroldo Lima Sr Presidente pe o a palavra pela ordem O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es Tem a palavra o nobre Constituinte O SR HAROLDO LIMA PC do B BA Sem revis o do orador Sr Presidente para uma quest o de ordem O art 93 inciso VII do Regimento da C mara dos Deputados que deve ser observado como suplementar ao Regimento da Constituinte me asseguraria o direito de falar quando fosse citado nominalmente No primeiro hor rio o nobre L der Amaral Netto fez longa ex plana o a respeito de interven o que h poucos dias dirigi a V Ex Pediria tempo para responder j que meu nome foi citado diversas vezes nesse epis dio O
175. ia E uma luta pela transforma o da educa o que temos Os problemas centrais da educa o no Brasil s o o descompromisso do poder p bli co com a educa o e a privatiza o do ensi no resultando no baix ssimo n vel de escola ridade da popula o Fugindo sua respon sabilidade social com o ensino e a produ o do saber o governo desenvolve uma pol tica educacional que favorece o empresariamen to do ensino tratado como mercadoria Oito milh es de crian as em idade escolar est o fora do sistema educacional Trinta mi lh es de brasileiros s o analfabetos S o pou cos os filhos de trabalhadores que continuam seus estudos al m de algumas s ries iniciais O descaso com a educa o e o desvio de recursos governamentais para os estabeleci mentos particulares v m prejudicando a qua lidade do ensino p blico que continua apre sentando car ncias cr nicas e dram ticas Apesar das conquistas dos trabalhadores da educa o seus sal rios continuam aviltados e as condi es de trabalho permanecem pre c rias Defendemos a escola p blica e gratuita porque a educa o um direito de todo cida d o Esta luta passa hoje principalmente pe Abril de 1987 la exig ncia de uma efetiva pol tica de amplia o e fortalecimento de toda a rede oficial de 1 e 2 graus faculdades e universidades Os princ pios desta politica devem estar ex pressos na Constitui o Vivemos um momento crucial para
176. ia com os dados em m os Ontem vi aqui o L der do PDT Deputado Bran d o Monteiro com uma rela o de documentos que demonstravam que trezentas e poucas con cess es foram feitas pela Nova Rep blica N o me preocupo Sr Presidente Srs Constituintes com a quantidade de concess es Preocupa me a imoralidade S Ex o Presidente da Rep blica que tem poderes para fazer concess es neste Pa s n o poderia at por quest o de tica conce der mais de um canal de televis o para seu filho na cidade de Imperatriz N o poderia faz lo at por respeito ao cargo que hoje ocupa O SR PRESIDENTE Jorge Arbage A Presid ncia pede a V Ex que conclua O SR LUIZ IN CIO LULA DA SILVA esse o estado de perplexidade que espero n o continue Concluo solicitando Mesa que providencie o mais r pido poss vel o atendimento ao requeri mento que fiz datado do in cio de fevereiro para que possamos dar conhecimento Na o de quem s o os amigos do Ministro das Comuni ca es quem s o os amigos do Presidente da Rep blica que pedem uma esta o de r dio ou de televis o e a conseguem enquanto o Mov mento sindical brasileiro faz a mesma reivindi ca o e eles dizem que n o sabem como atender pois n o t m o h bito de conceder r dio e televi s o para sindicatos Ao terminar quero apenas informar ao Presi dente da Mesa e aos Srs Constituintes que o Deputado Mendes Ribeiro entrou com um
177. iado da socie dade brasileira e est o pouco preocupados com o fato de se os trabalhadores est o ganhando pouco ou se est o necessitados A terceira perplexidade diz respeito reuni o dos Governadores realizada ontem em S o Pau lo E pasmem Srs Constituintes a impress o que se tenta passar atrav s da imprensa hoje a de que aqueles Governadores estavam deveras preocupados com os problemas sociais tendo at proposto a ren ncia do Ministro Dilson Fu naro Em primeiro lugar quero deixar claro que n o sou nem contra nem a favor do Ministro Dilson Funaro porque n o fui eu que o indiquei A res ponsabilidade do PMDB e do PFL que o indica ram O que est por tr s do pedido dos Governa dores n o preocupa o com a pol tica econ mica O que existe o fato de que os Ministros que est o a foram colocados pelos Governadores eleitos em 1982 O que S Ex querem realmente tir los para poderem indicar outros Ministros sem a preocupa o b sica com os problemas sociais Ao inv s de os Governadores estarem propon do a troca de Ministros deveriam exigir de seus partidos que apresentassem Na o um plano econ mico capaz de tirar o Pa s do lodo em que a Nova Rep blica o jogou Outra perplexidade que mais uma vez se fa zem acusa es ao Partido dos Trabalhadores To dos aqui acompanharam o caso de Leme O PT foi acusado mentirosamente pelo Ministro da Justi a e pelo Governo do Est
178. ica lan amos um veemente apelo no sentido de que as autoridades competentes se sensibilizem e co loquem fim draconiana Resolu o n 1 129 de 15 5 86 que est corroendo o povo Muito obrigado O SR JOS LUIZ DE S PL RJ Pronun cia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituintes preocupado com as expectativas que se tem hoje no meu munic pio Volta Redon da quando se est em negocia o para estabe lecer novo acordo de trabalho que entra em vigor a 1 de maio entre a Companhia Sider rgica Na cional e o Sindicato dos Metal rgicos que apre sentou proposta com 25 reivindica es fa o des ta tribuna um apelo ao Presidente da Companhia Sider rgica Nacional Dr Juvenal Oz rio para que atenda s reivindica es dos metal rgicos que s o importantes para desenvolver o trabalho de atingir as metas estabelecidas pelo Governo Dirijo apelo tamb m dire o do Sindicato dos Metal rgicos no sentido de que fa a incluir na pauta de reivindica es mais duas que consi dero importantes para a classe Trata se do paga mento das horas extras para os m dicos do hos pital da Companhia Sider rgica Nacional A ele fazem jus considerando se que sua carga hor ria de 4 horas e trabalham 6 horas e tendo em vista que a gratifica o que recebiam foi incorpo rada ao sal rio A outra reivindica o no sentido de que possam os metal rgicos com forma o de nivel superior h mais de
179. icipa o efetiva na comunidade que atrav s de impostos contribui para a forma o do indiv duo aguardando o justo retorno em termos de exerc cio profissional A sa de como suporte indispens vel ao de sempenho de todos os pap is sociais inerentes ao cidad o Vimos observando nos ltimos tempos signifi cativos movimentos dos profissionais do magis t rio p blicos e particular Louvo Srs Constituintes o idealismo que im pulsiona as atividades desse setor bem como os esfor os envidados pela classe para manter em n vel satisfat rio a qualidade do ensino Reconhe o a exist ncia de defici ncias admi nistrativas financeiras e s vezes de ordem at pedag gica que obstruem o funcionamento do sistema educacional brasileiro E hora Sr Presidente e Srs Constituintes de ouvirmos as reivindica es dos professores Urge sejam oferecidos a esta laboriosa classe os meios necess rios tanto ao exerc cio profis sional quanto ao atendimento das pr prias neces sidades de subsist ncia dos mestres E indispen s vel proporcionar lhes uma exist ncia condizen te com a import ncia da fun o social do trabalho que desempenham Analisemos sumariamente as tr s principais preocupa es dos professores da Funda o Edu cacional do Distrito federal aqueles que contam com 18 anos ou mais de dedica o a essa Funda o n o mais poder o mudar de carreira os inte grantes da Classe A e a se situam os
180. ico na avalia o das etapas da evolu o social colocam em risco a nossa rec m nas cida democracia Tudo se permite ao arrepio da lei porque se vive o que eu chamaria de s ndrome do autorita rismo Teme se que a atitude de autoridade decor rente da lei seja confundida com as manifes ta es de autoritarismo quando na realidade es te mau esp rito o autoritarismo s ser exorci zado se houver respeito autoridade da lei A sociedade onde cada qual s respeita sua pr pria lei leva fatalmente nega o de todos os direitos do ser humano Desarranja se a economia Desequilibra se a sociedade Alastra se a desobedi ncia civil O princ pio da autoridade desmaia Vive se uma guerra civil n o declarada Basta O SR GEOVANI BORGES PFL AP Pro nuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituintes cumpre sem d vida ao Esta do por meio de pol ticas de desenvolvimento e de promo o social assegurar assist ncia social que ser gratuita para as pessoas carentes garan tindo assim a participa o de todos nos beneficios da organiza o pol tica e social do Pa s Deve constituir uma obriga o primordial do Estado essa forma de assist ncia aos carentes de modo a permitir a integra o dos mesmos sociedade Sendo indiscut vel esse dever do Estado mo derno para com as camadas menos favorecidas do povo poder se ia refor ar esse entendimento se fosse o caso com
181. iferenciado para as pequenas e microem presas AGASSIZ ALMEIDA Situa o pr fali mentar das microempresas nacionais JORGE ARBAGE A utopia na pol tica governamental ASDR BAL BENTES Improced ncia de not cia veiculada pela imprensa de incita o por pol ticos paraenses de invas o de rea de minera o da Companhia Vale do Rio Doce por garimpeiros ANT NIO SALIM CURIATI Amparo go vernamental ao menor juventude e velhice JOAQUIM FRANCISCO N o inclus o dos professores das Escolas T cnicas e Agro t cnicas Federais no plano de isonomia entre as institui es de ensino superior aut rquicas e fundacionais V Comunica es das Lideran as JOS EGREJA Painel de debates sobre temas constituintes promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de S o Paulo Estado de S o Paulo JESUS TAJRA Quest o de ordem sobre conveni ncia de Presidentes de Comiss es e Subcomiss es informarem local e hor rio das reuni es dos respectivos rg os PRESIDENTE Resposta quest o de or dem do Constituinte Jesus Tajra FERNANDO SANTANA O pedido de exonera o do Ministro Dilson Funaro feito por Governadores de Estado e sua repercus s o na discuss o da d vida externa brasileira HAROLDO LIMA Quest o de ordem so bre concess o da palavra ao orador nos ter mos do art 93 VIII do Regimento Interno da C mara dos Deputados subsidi rio do Regi
182. il dos educa dores das entidades sindicais cuja participa o ir esclarecer a import ncia dos temas sobre os quais esta Assembl ia Nacional Constituinte to mar decis es A participa o fundamental agora e precisa estar organicamente ligada s atividades do pro cesso constitucional Esta mobiliza o tamb m organiza a sociedade E somente uma sociedade civil forte e organizada pode garantir a obedi ncia aos dispositivos constitucionais Sr Presidente Srs Constituintes o f rum da Educa o na Constituinte constitu do da ANDE ANDES ANPAE ANPED CPB CEDES CGT CUT FASUBRA OAB SBPC SEAF UBES e UNE lan a hoje no Sal o Negro do Congresso a Cam panha Nacional em Defesa do Ensino P blico e Gratuito que traz sugest es para a Assembl ia Nacional Constituinte e pretende levar o debate e a mobiliza o a todos os Estados Quero louvar a iniciativa e reafirmar aqui a import ncia deste esfor o que vem sendo feito pelos educadores pela comunidade educacional brasileira no sen tido de passar a limpo a triste realidade de nossa educa o escolar a partir da mobiliza o nacio nal Pe o o registro nos Anais da Assembl ia Nacio nal Constituinte do manifesto que passo a ler MANIFESTO EM DEFESA DA ESCOLA P BLICA E GRATUITA Lutamos por uma educa o p blica gra tuita cr tica laica democr tica e de quali dade Se esta uma luta j antiga hoje mais do que nunca ela necess r
183. imos quatro meses mais de 400 empregados pediram demiss o da rede CBTU em S o Paulo E n o para menos o funcion rio quer ser valorizado quer um tratamento digno e exige que as altas responsabilidades de que se investe tenham compensa o financeira Agora mesmo os maquinistas da Central do Brasil no Rio est o parados Pedem al m de sal rios compat veis trens equipados e em dia com a manuten o prevista pelo Regulamento Geral de Opera es de Tr fego S o disposi es que a Rede n o vem cumprindo porque suas m qui nas est o velhas e o equipamento obsoleto Ora os equipamentos a partir de determinado tempo de utiliza o exigem manuten o mais cuidado sa O resultado disso que os trens n o cumprem os hor rios previstos Em S o Paulo mais de 50 dos trens respons veis pelo transporte de 800 000 passageiros dia correm com atraso Todos ainda temos na mem ria o acidente acontecido em S o Paulo onde ficou constatado que o equipamento utilizado nas ferrovias obsoleto e n o oferece seguran a aos funcion rios e usu rios Ao lamentar os acontecimentos do Rio de Ja neiro fazemos mais um apelo ao Sr Ministro dos Transportes e dire o da Rede para que veja a condi o dos ferrovi rios Vamos mais longe DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE pedimos ao pr prio Presidente Jos Samey que determine provid ncias junto Rede para que novos problemas n o venham a acontec
184. incoer ncia do Regimento n o fun o de quem quer ver a Casa marchar na sua normalidade Atrevo me a requerer Mesa que estude uma f rmula de compatibilizar os hor rios de funciona mento das comiss es reduzindo inclusive o n mero de sess es plen rias da Constituinte N o falo em liguid las mas em reduzir o n mero pelo simples fato de que as subcomiss es se re nem em um prazo m ximo de quarenta dias e acataremos tendo apenas tr s dias para discutir a espinha dorsal de cada subcomiss o Quando a lei n o funciona na pr tica m e deve se adequ la pr tica Estou fazendo mais do que uma quest o de ordem embora assim seja resumindo a em um apelo a V Ex Sr Presi dente no sentido de que n s Constituintes pos samos trabalhar adequadamente O SR PRESIDENTE Mauro Benevides A Mesa respondendo quest o de ordem susci tada pelo nobre Constituinte Mendes Ribeiro es clarece a S Ex e Casa que embora justas as raz es que determinaram a formula o da ques t o de ordem a Presid ncia esbarra na letra regi mental expressa conforme se infere do art 34 1 As sess es ordin rias realizar se o em todos os dias teis exceto s segundas feiras e s bados come ando s 14h30m e termi nando s 18h30m salvo nas sextas feiras quando ser o realizadas das 9h30m s 13h30m Ora se h realmente uma norma regimental expressa estabelecendo a obrigatoried
185. inda o perigo da tend ncia pol tica partid ria No entanto nunca se viu rebeli o de cabos e soldados nem governos por eles derruba dos pois o perigo n o est no comandado mas sim no que o comanda I lnelegibilidade para os que n o possuam o 1 grau Para que qualquer cidad o se submeta a um concurso p blico a primeira exig ncia que pos sua o primeiro grau de escolaridade completo isso s vezes para simplesmente atender a clien tela em casas comerciais ou para preencher for mul rios que para tanto j existem normas ou para contabilizar valores fazer simples correspon d ncias comerciais e fazer alguns requerimentos para cujos servi os j existem enquadramento cont beis e manuais que ensinam tudo O que n o conceb vel que a legisla o brasi leira permita que pessoas semi analfabetas sem o menor conhecimento t cnico jur dico e con t bil concorra e exer a mandato eletivo para exa minar or amentos e presta es de contas e o que pior votar leis oriundas tanto do executivo quanto do pr prio legislativo com interesses di versos que ir influenciar diretamente nas vidas de milhares de pessoas projetos de leis s vezes absurdos totalmente fora dos ditames constitu cionais Sala das Sess es 9 de abril de 1987 Gon zaga Patriota O SR GUSTAVO DE FARIA PMDB RJ Pronuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Deputados em todo o Pa s est ocorrendo
186. internacionais na forma do que disp e o item Ido art 44 da Constitui o da Rep blica Fede rativa do Brasil Fa o esta proposta porque tenho consci ncia de que s resolvendo primeiro este problema da nossa d vida externa que poderemos resolver os da d vida interna e da execu o de algumas metas sociais b sicas do pr prio Presidente da Rep blica metas fundamentais para a realiza o da reforma agr ria da reforma urbana e da refor ma tribut ria t o ligadas melhoria de qualidade de vida do povo brasileiro A d vida externa n o s o s mbolo da nossa depend ncia econ mica ela fato concreto que nos amarra politicamente ao passado imobiliza nos no presente e tolhe nos o direito de nos proje tar para o futuro Sem resolvermos a quest o do pagamento dos juros dessa d vida que como todo mundo sabe j vai a mais de um bilh o de d lares por m s n o teremos dinheiro para resolver qualquer meta b sica do Governo Basta fazer um c lculo da nossa popula o para verificar que o nosso or amento sangrado dessa quantia mensalmente n o tem a m nima possibilidade de atender os brasileiros desde a alimenta o at a educa o e sa de Isto sem falar nos nossos meios de energia e transporte que j est o quase estrangulados por falta de investimentos na sua preserva o e amplia o Sabemos que a transacionaliza o de empre sas e bancos gerou um novo sistema de decis es no plano monet
187. invindica es dos tra balhadores Para cada uma delas S Ex o Presi dente da Rep blica no entanto n o tinha outra coisa a dizer sen o apresentar a desculpa de que tudo seria resolvido na Constituinte Ao contr rio do comportamento que teve com os empres rios que a partir da churrascada de Atibaia tiveram algumas de suas reinvindica es atendidas e anunciadas pelo Ministro Dilson Funaro na reu ni o com a bancada do PMDB na semana pas sada E preciso denunciar o fato desta tribuna mas necess rio tamb m que os ouvidos do Presi dente n o se tornem moucos E preciso que as den ncias sejam encaminhadas e que os proble mas sejam solucionados A reuni o que o Presidente realizou com diri gentes sindicais se resumiu pura e simplesmente a uma reuni o do Conselho Pol tico que agora vai querer discutir a quest o do direito de greve quando se sabe perfeitamente que na Constituinte vamos discutir n o apenas o direito de greve mas toda a legisla o sindical porque ela ultrapas sada data de 1943 Se o Sr Presidente da Rep blica da oferecer classe trabalhadora que tenha a digni dade de dizer de p blico que nada lhe pode ofere cer Que n o fique por m sofismardo em rela o a reinvindica es que a classe trabalhadora h muito vem apresentando e que jamais foram atendidas por S Ex e pelos outros Presidentes que o antecederam Todos eles pertencem na verdade a um segmento privileg
188. ircunst ncias Verifi cou se ent o um confronto s rio entre brasileiros alguns representando a Rede Ferrovi ria e enten dendo que utilizando armas de fogo estariam pre servando o patrim nio da empresa outros deses perados pela impossibilidade de chegarem em casa para o necess rio descanso promoveram um ato que merece a nossa aten o a nossa considera o Hoje diante da crise que atravessa o Pa s diante das dificuldades enfrentadas por todo o povo bra sileiro naturalmente com exce o das elites que dominam o Pa s daqueles que se utilizam de todos os mecanismos para reprimir o povo especialmente os trabalhadores n o podemos de forma alguma dissociar duas realidades da explora o dos nossos recursos e da explora o do nosso povo cujo desespero manifestado nas ruas foi manifestado ontem na Central do Brasil Precisamos compreender que a atitude dos tra balhadores na Central do Brasil tem muito a ver com a luta que todos travamos para a preserva o dos interesses nacionais dos nossos recursos na turais Precisamos tirar das m os das multina cionais e colocar nas m os dos brasileiros a explo ra o dos recursos naturais n o renov veis e a participa o em tudo que diz respeito a esse setor Precisamos compreender que a consci ncia democr tica pura est na classe trabalhadora e precisamos compreender como brasileiros que temos de estar unidos ao trabalhador unidos queles que
189. iro de 1986 Senhores Ministros estamos em Bras lia uma Comiss o formada por parentes de lavra dores desaparecidos e outros que conseguiram voltar para denunciar esses crimes dar todas Abril de 1987 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta feira 10 1229 as provas necess rias e pedir provid ncias ur gentes quais sejam 1 localizar liberar e devolver s suas fam lias os desaparecidos 2 punir os empreiteiros gatos Dilson de Souza Monteiro Juracy Franco Ant nio Francisco e Alberto Azevedo Todos residentes em Santana do Araguaia PA e punir os donos das fazendas onde os trabalhadores foram su jeitos a regime de trabalho escravo Fazenda S o Geraldo Fazenda Rio 18 Fazenda Naja por Fazenda Rio Cristalino e no munic pio de S o F lix do Xingu Fazenda Santo Ant nio Entre estas a Fazenda Rio Cristalino de pro priedade da Volkswagen 3 aplicar as Leis Trabalhistas indeniza o e san o Atenciosamente Pedrinho Alves de Alen car Presidente do STR de Porto Nacional Go Era o que tinha a dizer O SR ROBERTO FREIRE PCB PE Pro nuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituintes o Jornal do Brasil de ontem quarta feira dia 8 d com destaque a not cia da decis o tomada por unanimidade pelo Tribu nal Federal de Recursos responsabilizando a Uni o pela morte do oper rio Manoel Fiel Filho ocorrida em janeiro de 1976 nas
190. iscalizar detalhadamente os passos e as a es dos que governam Vejam bem V Ex o que est acontecendo Desejamos que o Sr Ministro Chefe da Casa Civil da Presid ncia da Rep blica nos termos do art 62 item IV combinado com o 5 da Resolu o m 2 presta esclarecimentos Assembl ia Nacio nal Constituinte sobre a veracidade da informa o publicada na revista Veja n 670 p g 39 a res peito da desapropria o de reas de terras no total de 400 000 hectares de propriedade da Construtora Andrade Gutierrez anteriormente pertencentes Uni o Federal e ao Estado do Par destinadas execu o do Projeto de Coloniza o Tucum no Munic pio de S o Felix do Xingu no sul do Par 1250 Sexta feira 10 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1987 De acordo com a not cia no lugar do fracas sado projeto pretende o MIRAD com tal desapro pria o assentar 12 100 fam lias de colonos sem terra O que se estranha nessa poss vel transa o o absurdo de o Pa s vir a desembolsar como indeniza o quantia equivalente a 29 milh es de d lares Vou repetir e pe o que V Ex prestem bem aten o o que se estranha nessa poss vel transa o o absurdo de o Pa s vir a desembolsar como indeniza o a quantia de 29 milh es de d lares n o s o de cruzados mas de d lares Se isso ocorrer perpetra se mais um ato lesivo aos interesses da Amaz nia e do Pa s que po
191. istimos ontem a dois fatos que embora distintos e verificados em dois pontos distantes do Pa s guardam entre si uma corre Abril de 1987 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta feira 10 1225 la o que exige a aten o de todos os Consti tuintes Recebemos ontem nesta Casa v rios brasileiros ilustres ligados Hist ria do Brasil principalmente pelos sentimentos democr ticos e pelos senti mentos de defesa dos interesses nacionais que marcaram suas vidas Ontem estiveram nesta Ca sa o Sr Barbosa Lima Sobrinho e o Sr Eus bio Rocha juntamente com representantes de v rias entidades classistas para num ato c vico mani festarem a preocupa o e o desejo de verem rea cesa a luta em defesa do monop lio estatal do petr leo e contra os contratos de risco Ontem quando o tema era tratado na palavra de um outro brasileiro ilustre que hoje ocupa uma das cadeiras da Assembl ia Nacional Consti tuinte o Deputado da Bahia pelo Partido Comu nista Brasileiro Fernando Santana recebemos ainda outros esclarecimentos sobre fatos j do nosso conhecimento mas que merecem sempre ser reavivados na mem ria dos brasileiros Todos os brasileiros ilustres que usaram ontem da palavra nesse ato c vico a que me referi trata ram da explora o e da fraude de todos os nossos recursos minerais n o renov veis efetuadas por empresas multinacionais Acredito e acredito sin ceramente que n o obstante as diverg
192. istrar o destino dos povos A palavra utopia vem do t tulo do livro de Thomas More Utopia nome de uma ilha onde o autor imagina ter sido estabelecido um Estado ideal organizado no interesse m ximo dos seus habitantes e isento dos males que assolam nossas sociedades como o crime a mis ria a avareza Tal fora a popularidade do livro na poca do seu lan amento que da por diante utopia se tornou um substantivo para designar todos os esquemas de estados imagin rios mesmo aqueles ideali zados antes de Thomas More como a Rep blica de Plat o e A cidade de Deus de Santo Agostinho Embora a utopia se localize s vezes nos tem pos antigos eis que certos autores como Rous seau acreditam que o homem nasce bom e a sociedade o corrompe para tais pensadores a perfei o existia nas primeiras pocas da Huma nidade e depois se perdeu Portanto no mundo da utopia alguns sonhadores conseguiram con vencer seus contempor neos e a si mesmos da exist ncia em algum lugar da terra de pa ses transbordantes de d divas in ditas e de que basta chegar l para tornar se ou rico ou feliz Tr s exemplos s o particularmente c lebres o Eldo rado a Atl ntida e as Ilhas Afortunadas Em verdade nenhuma pessoa interessada na arte da pol tica pode desconhecer o lado ut pico da mente humana e todas as fantasias de que esta capaz Convenhamos que quando n o le varam loucura coletiva
193. ituintes o bom senso e a boa vontade n o est o sendo os princ pios b sicos da administra o da Rede Ferrovi ria Federal e da CBTU levando a acontecimentos sob todos os pontos de vista lament veis O que aconteceu ontem no Rio onde 29 pessoas ficaram feridas em consequ ncia de tumultos no sagu o da Esta o Dom Pedro Il da Central do Brasil o resul tado da desastrada atua o da administra o do sistema ferrovi rio brasileiro Conduzia com des caso com verdadeiro desprezo para com os fun cion rios a Rede Ferrovi ria Federal hoje uma sombra da outrora altaneira empresa que tantos servi os tem prestado ao Pa s N o a primeira vez que venho falar sobre isto Sr Presidente N o a primeira vez que insis to com a Rede com o Minist rio dos Transportes com o Governo enfim sobre a necessidade da Abril de 1987 mudan a de m todos em rela o ao sistema fer rovi rio E infelizmente tamb m n o a primeira vez que venho tribuna trazer assuntos t o lamen t veis como estes que aconteceram no Rio e que amea am a vida de milhares de usu rios Como sabem V Exas sou Presidente do Sindi cato dos Ferrovi rios de S o Paulo e Engenheiro da Rede Ferrovi ria Federal Acompanho esta em presa h muitos anos e venho observando a dete riora o administrativa e t cnica do sistema ferro vi rio brasileiro como um todo ano a ano N o h uma pol tica s ria de pessoal n o h um plane
194. iu pela falta de equaliza o entre a tabela unifi cada de pagamento mensal e a tabela de reajuste anual Se essas tabelas tivessem sido devidamen te ajustadas o problema n o teria ocorrido Numa poca em que tanto se fala em transpa r ncia seria conveniente que a Secretaria de Re ceita Federal e o Minist rio da Fazenda esclare cessem os contribuintes em linguagem simples e objetiva para evitar que ocorram movimentos de insatisfa o e desobedi ncia civil que a nin gu m interessam j que p em em risco a estabi lidade do regime democr tico Segundo o esclarecimento do Delegado da Re ceita no Rio houve um erro estrat gico propi DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE ciando baixo recolhimento na fonte no decorrer de 86 fazendo com que muitos contribuintes acostumados a terem devolu es fossem obriga dos a pagar desta vez Afirma o Sr Br ulio Caf que na pr xima decla ra o os contribuintes ter o uma boa surpresa pois a grande maioria nada ter a pagar Receita ao final do exerc cio porque a equaliza o entre as tabelas j foi providenciada Entendo que por sua import ncia este esclare cimento Na o n o poderia deixar de ser feito desta tribuna pois o Congresso Nacional que representa os contribuintes brasileiros E leio para que seja transcrito nos Anais o artigo do tributa rista Br ulio Caf O IMPOSTO DE RENDA Para bem entendermos a tributa o da pessoa f
195. ivi dades essenciais definidas em lei di lo a Consti tui o proibida N o nego aos que prestam tais servi os o direito de reivindicar justi a para que seus sal rios n o sejam corrompidos em seu poder aquisitivo Deve se buscar instrumental apropriado a uma press o leg tima Talvez at a cria o de um fundo que garanta ao servidor que seus vencimentos acompanhem os ga nhos salariais de outras categorias O direito da corpora o n o pode sobrepor se ao direito de toda sociedade E esta como um todo tem direito sa de que n o espera a volta ao trabalho de m dicos ou atendentes tem direito educa o e n o pode ver seus filhos voltando da escola porque aulas foram suspensas tem di reito ao transporte e n o pode ver os seus traba lhadores dormindo ao relento porque a volta do trabalho para casa foi impossibilitada pela aus n cia de condu o tem direito de ver vi vas e apo sentados recebendo os seus proventos ainda que parcos nas ag ncias banc rias e n o pode assis tir ao seu desespero por n o ter como os sacar tem o direito inalien vel de ir e vir e n o pode aceitar estradas bloqueadas que impedem o tra balho dos demais e que levam crian as inocentes morte dentro de uma ambul ncia proibida de furar o cerco da barreira tem direito Justi a e n o pode aceitar a justi a feita com as pr prias m os A demagogia o cinismo a irresponsabilidade o erro hist r
196. levaram mais de quinze dias para executar uma tarefa que normalmente n o demoraria mais de quarenta e oito horas Em um dia apenas proclamam se os eleitos e em pa ses como a Inglaterra por exemplo o novo governo apre sentado ao Parlamento em duas semanas Aqui diferente Os parlamentares se re nem quase tr s meses depois de eleitos enquanto os mais velhos que obtiveram reelei o decidem com os membros do Executivo tudo o que fazer distribuindo os comandos como lhes parece sem qualquer audi ncia dos novos componentes do colegiado Os chamados experts do Parlamento impro visam regimentos delongam discuss es sobre o bvio e agora mais de cento e vinte dias depois da elei o da Constituinte ainda estamos apre sentando sugest es para a elabora o de um Pro jeto Constitucional que ser evidentemente uma colcha de retalhos sem ao menos saber se conti nuaremos com o velho cr tico presidencialismo ou experimentamos um Governo colegiado com maiores poderes e responsabilidades do Parla mento O povo repudiou nas elei es geralmente os mais velhos Negou se a eleger antigos caciques eleitorais que vinham servindo h vinte anos ditadura Porque a Na o desejava renova o r pida e eficaz Ent o aqui estamos n s quase dois ter os elei tos pela primeira vez ou depois de ligeira passa gem anterior por esta Casa silenciosos e contra feitos obedientes e cabisbaixos enquanto velhas rap
197. lho e manifesto o meu mais irrestrito apoio aos concursados para Fiscal do Trabalho em todo o Pa s formulando votos de que suas lutas n o sejam em v o e de que consigam em breve espa o de tempo o atendimento a suas justas reivindica es Era o que tinha a dizer O SR ROBERTO BALESTRA PDC GO Pronuncia o seguinte discurso Sr Presidente Sras e Srs Constituintes ao estrear nesta tribuna gostaria que a mat ria enfocada fosse algo que refletisse o que a Na o tanto espera que o equil brio da economia ou a solu o imediata dos cruciantes problemas que a cada instante s o acrescidos a outros para mergulharem o Pa s no caos incontrol vel e na bancarrota Venho denunciar a agiotagem brutal que est sendo praticada por bancos oficiais privados cai xas econ micas e outras institui es financeiras do Pa s a pretexto da exist ncia de uma resolu o do Banco Central qualificada como de n 1 129 e datada de 15 5 86 Esta resolu o Sr Presidente Sras e Srs Constituintes n o pode ter sido gerada com a melhor das inten es pois ao facultar s institui es financeiras a cobran a por dia de atraso de seus devedores al m dos juros de mora co miss o de perman ncia abriu uma lacuna para que a parte devedora passasse a ser engolida pelos seus credores isto porque a referida resolu o que n o passa de mera aberra o estabelece que o c lculo das taxas cobradas pode obedece
198. m preju zo do ajuste do art 8 desta lei 4 1 Assim na declara o anual onde feito aquele ajuste o saldo ali consignado se a favor da Fazenda configurar imposto a pagar ou se a favor do contribuinte impos to a restituir 4 1 1 No caso de saldo de imposto a pagar operou se em rela o ao status quo ante a redu o do n mero de quotas de oito para seis com a antecipa o do paga mento da primeira quota de abril para mar o do exerc cio financeiro art 16 do Decreto lei n 2 303 de 21 11 86 4 1 2 Tal ocorreu para guardar conso n ncia com o regime da pessoa jur dica quando o pagamento da primeira quota se d no m s de vencimento do prazo para a apresenta o da declara o pertinente 4 2 De notar a prop sito de corre o monet ria a diferen a de que no regime de ano base o imposto antecipado era corri gido antes da compensa o agora no regi me de bases correntes n o o porquanto quando retido o imposto cura se de paga mento ao inv s de antecipa o 4 2 1 Ilustrativo desse ngulo que a re ten o do imposto na fonte ou a antecipa o do seu pagamento mesmo ocorrente nos meses de janeiro ou fevereiro de 1986 quan do ainda vigia o instituto da corre o mone t ria s admite compensa o na tabela de ajuste anual pelo valor nominal E tanto pela raz o de que o regime de pagamento do imposto passou a ser o de bases cor rentes 5 A ado o do regime
199. mento Interno da Assembl ia Nacional Cons tituinte PRESIDENTE Resposta quest o de or dem do Constituinte Haroldo Lima AIRTON CORDEIRO Suspens o dos processos de concess o de canais de r dio e televis o em tramita o no Minist rio das Comunica es JOS GENO NO Quest o de ordem so bre incorre o no c lculo para encontro do n mero de integrantes da Comiss o de Siste matiza o PRESIDENTE Resposta quest o de or dem do Constituinte Jos Geno no GERSON PERES Not cia publicada na revista Veja sobre pagamento pela Uni o de indeniza o Construtora Andrade Gutier rez pela desapropria o de terras no Estado do Par PRESIDENTE Resposta quest o de or dem formulada pelo Constituinte Haroldo Li ma em sess o anterior sobre Subcomiss o incumbida de examinar as sugest es constitu cionais relacionadas com o tema For as Ar madas HAROLDO LIMA Quest o de ordem so bre raz es da retirada do tema For as Arma das da compet ncia da Subcomiss o do Po der Executivo GERSON PERES Contradita quest o de ordem do Constituinte Haroldo Lima AMAURY M LLER Quest o de ordem sobre pertin ncia da inclus o do tema For as Armadas na compet ncia da Subcomiss o do Poder Executivo PRESIDENTE Resposta quest o de or dem do Constituinte Haroldo Lima HAROLDO LIMA Quest o de ordem so bre apresenta o
200. n o foi feita levando se em conta os 89 Ela foi feita sobre 49 e depois sobre os relatores presidentes e sub relatores Ent o ela n o pode ser aplicada Se fosse aplicada no total a composi o seria outra Esse o proble ma participa o de todos os partidos sobre os 49 integrantes e n o sobre os 53 Ent o Sr Presidente necess rio o compro misso de V Ex como Presidente da Assembl ia Nacional Constituinte no sentido de rever essa anormalidade regimental mesmo com a insta la o O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es Se houver justi a na reclama o de V Ex em atitude at liberal isso ser feito A Mesa tem tido essa mesma atitude tamb m com rela o aos pequenos partidos O Sr Gerson Peres Sr Presidente pe o a palavra para uma comunica o como L der do PDS O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es Tem a palavra o nobre Constituinte O SR GERSON PERES PDS PA Sem revis o do orador Sr Presidente Srs Consti tuintes prefer vel acender se uma velinha a ca minhar se na escurid o Da por que tomo a hber dade de solicitar uma informa o oficial sobre assunto da mais alta gravidade que se est pro cessando nos bastidores da administra o do Mi nist rio da Reforma Agr ria A Oposi o para ser respeitada tem de ser vigilante severa cr tica e justa N o pode tripudiar sobre os que det m democraticamente o poder mas tem o dever de f
201. na ditadura castrense deve ser removido quanto an tes Outro fato sobre que se imp e medita o desta Casa a introdu o imediata do regime parlamentar no Brasil N o se trata de repetir uma experi ncia imposta contra Jo o Goulart e rejeitada por um plebiscito de duvidosa legitimidade Trata se de dotar o Go verno da Na o de instrumentos pr prios e expe ditos para garantir a estabilidade pol tica sem as convuls es das crises presidencialistas que t m deturpado a vida republicana Estamos numa excelente conjuntura para a re forma parlamentarista No plano federal somente os Constituintes det m representatividade popu lar os nicos eleitos a n vel nacional como deten tores da soberania popular O Presidente que temos por maiores que sejam seus atributos pessoais seus t tulos acad micos e suas habilidades pol ticas n o aquele que o povo desejou explicitamente para ocupar a Che fia da Na o Teve votos para Deputado para Senador para governador do Maranh o nunca no entanto para Presidente da Rep blica pois at num pleito indireto s foi votado para Vice Pre sidente Al m do mais o col gio que lhe deu o segundo posto naquela escolha n o era leg timo Aisso Srs Constituintes se reduziu o presiden cialismo brasileiro depois de cinco Presidentes militares escolhidos pelo mesmo tipo de sufr gio bi nico A desculpa dos presidencialistas procurando negar a premente ne
202. ncelamento autom tico arquivando se os respectivos processos de todos os d bitos inscritos ou n o como d vida ativa inclusive os j em execu o fiscal de valor origin rio igual ou inferior a Cz 500 00 quinhentos cruzados ou de valor consolidado igual ou inferior a Cz 10 000 00 dez mil cruzados com fato gerador ocorrido at 28 de fevereiro de 1986 art 29 10 1 1 Entende se por valor origin rio o do imposto e corre o monet ria quando do lan amento primitivo exclu das as multas e demais encargos legais art 29 1 e por valor consolidado o d bito nele compu tados os encargos legais devidamente atuali 1234 Sexta feira 10 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1987 zado e convertido em cruzados em 28 de fevereiro de 1986 art 29 2 10 1 2 Em decorr ncia j ocorreu o can celamento de d bitos de cerca de 84 000 devedores 10 2 No segundo plano se o d bito n o se beneficiar com aquela anista poder ser pago at 24 de maio do ano em curso com a dispensa das multas juros de mora e encar go da sucumb ncia e nos 90 noventa dias subsequentes com a redu o metade do valor desses encargos legais e ap s mais 60 sessenta dias com a redu o em 25 dos mencionados encargos art 23 Enfim vasto espa o aberto ao saneamento da ina dimpl ncia 10 3 No terceiro plano convite a que os frutos da economia invis vel assomem luz do dia sujeit
203. ndo digo co munista fulano de tal digo o com todo o respeito que tenho pela sua posi o Mas o nobre Consti tuinte Haroldo Lima cometeu um grave erro quan do primeiro disse que h uma confus o em torno do problema das For as Armadas As For as Ar madas desde a feitura do Regimento est o inclu das nessa Comiss o Vou esclarecer melhor em bora n o deva satisfa o ao nobre colega Haroldo Lima O Sr Jarbas Passarinho s se tornou Presi dente depois de ser indicado para essa Comiss o porque s recebemos essa Comiss o depois da distribui o dos nossos deputados Aquilo por exemplo que se passou anteontem na Comiss o do Deputado Carlos Virg lio um fato que s se explica pela indignidade do procedimento por que ele j era da Comiss o antes de recebermos o cargo No entanto Sr Presidente eu j soube que o Presidente Ulysses Guimar es resolveu a quest o levantada pelo Constituinte Haroldo Lima como deveria faz lo ou seja negando lhe qual quer proced ncia Mas lamento que comecemos esta Constituinte com coisas desta ordem Esta intoler ncia Sr Presidente vai levar nos daqui a pouco a dizer que n o admitimos comunistas porque s o ven dedores da P tria traidores e levam at o filho do Presidente da Rep blica a se contaminar com tudo isso ao pedir aqui uma estultice como esta de se trazer o Sr Fidel Castro para participar da Constituinte brasileira 1222 Sexta feira 10 DI RIO DA
204. nstitui o que teremos neste Pa s Palmas A Sr Beth Azize Sr Presidente pe o a palavra para uma comunica o O SR PRESIDENTE Jorge Arbage Tem a palavra a nobre Constituinte A SRA BETH AZIZE PSB AM Sem revi s o da oradora Sr Presidente Srs Consti Abril de 1987 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta feira 10 1255 tuintes fa o uso do tempo destinado Comuni ca o de Lideran a do meu partido e serei breve pois dispomos de pouco tempo para aplaudir em nome do PSB a escolha do Dr Ber nardo Cabral para o cargo de Relator da Comiss o de Sistematiza o Palmas Presto esta homenagem ao meu conterr neo Bernardo Cabral deixando de lado de modo abso luto nossas diverg ncias partid rias porque o Brasil inteiro sabe que o grande advers rio e inimi go pol tico do Partido Socialista Brasileiro no Amazonas o PMDB daquele Estado Por motivos que o Brasil inteiro tamb m conhe ce o PMDB do Amazonas consegue ter em seus quadros a figura ilustre do Dr Bernardo Cabral que engrandece qualquer partido pol tico mas tem tamb m tipos como o Sr Gilberto Mestrinho que comanda uma gangue da qual faz parte um Senador da Rep blica o Sr De Carli conhecido como estelionat rio profissional no Pa s Sr Presidente minha homenagem ao Dr Ber nardo Cabral menos do que um preito pessoal reflete um fato pol tico da maior import ncia para o meu Estado
205. ntes depois de aprovarmos uma emenda Constitui o de pois de aprovarmos um projeto de lei regulamen tando a podemos hoje constatar que continuam e at se agravaram os problemas das univer sidades bem como dos diferentes graus de ensi no Ou se est burlando a Constitui o ou o per centual nela fixado absolutamente n o suficiente para a manuten o da educa o neste Pa s Por isto advogo a id ia de que 15 inclusive das transfer ncias para o or amento monet rio e das verbas destinadas aos incentivos e mesmo do montante sobre as isen es devem ser canali zados pelo Tesouro Nacional para o setor educa cional Defendo amda um estatuto nacional do magis t rio que contemple os professores com os mes mos direitos a n vel nacional j que t m todos a mesma forma o para os mesmos deveres Defendo tamb m um sistema nacional de ensi no integrado e harm nico entre os diferentes n veis com defini o de responsabilidades encar gos e recursos nas diferentes esferas adminis trativas N o podemos mais continuar classifican do uma escola municipal estadual e federal de 1 2 e 3 graus pr escola ou p s gradua o como se fossem coisas estanques que dissessem respeito a diferentes mundos Temos que encarar Abril de 1987 a proposta de educa o como uma proposta glo bal e elaborar um plano nacional para a educa o brasileira que leve em conta o fato de que os
206. o de no m nimo trinta e cinco Constituintes recur so sem efeito suspensivo ao Plen rio ouvida a Comiss o de Organiza o dos Poderes e Sistema de Governo data venia recorro da decis o de V Ex ao Plen rio O Sr G rson Peres Sr Presidente pe o a palavra pela ordem Solicito a V Ex que verifique se o nobre colega tem apoiamento de trinta e cinco representantes para garantir o recurso O Sr Amaury M ller PDT RS Sem revis o do orador A Lideran a do PDT ap ia O recurso O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es A Mesa pede a aten o da Casa O Sr Secret rio da Mesa far a contagem para verificar se h o n mero para o apoiamento necess rio O SR HAROLDO LIMA Sr Presidente as lideran as do PDT e do PT est o de acordo O Sr G rson Peres Sr Presidente o Regi mento claro tem de ser de Constituintes e n o de L deres O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es N o se verificou a quantidade suficiente de Consti tuintes Lamento mas a Mesa n o poder aceitar o recurso formulado por V Ex o nobre L der poder apresentar sugest es sobre a mat ria na pr pria Comiss o O SR HAROLDO LIMA Sr Presidente insistimos em que s o trinta e cinco ou L deres que correspondam ao n mero de Constituintes equivalentes O meu recurso n o est sendo con siderado por V Ex e se trata de assunto da m xi ma import ncia Considero que essa quest o do papel d
207. o em rela o Tabela de Reajuste Anual E com a circunst ncia de naquela escapar reten o do imposto o ganho mensal at cinco sal rios m nimos 8 4 Impede sob o prisma da lege feren da proceder se a retoques com vistas equaliza o daquelas duas Tabelas a fim de que em exerc cios futuros o saldo do impos to a pagar quando ocorrer seja de pequena monta De somenos 9 Explicitada essa din mica no regime de arrecada o sob bases correntes de se perquirir Aumentou a carga tribut ria 9 1 N o Claro que n o Bem ao contr rio diminuiu a carga tribut ria N o s atrav s do aumento substancial do limite de isen o Sexta feira 10 1233 quer na tabela unificada quer na tabela do quando na tabela de ajuste anual a progres sividade foi reduzida de 60 para 50 com a elimina o de duas classes de renda E ainda foi reduzida a carga tribut ria quando no rol das dedu es e abatimentos tanto na tabela unificada quanto na do ajuste anual esses benef cios foram aumentados substan cialmente Seus quantitativos foram contem plados com aumentos acima da infla o 9 1 1 Releva sublinhar que o elenco dos abatimentos da renda bruta foi enriquecido com o de car ter cultural sob a forma de doa es patroc nio e investimento explici tado no art 1 e seus 88 1 e 2 da Lei n 7 505 de 2 7 86 abaixo transcritos 8 1 Observado o limite m ximo de 10 dez po
208. o pela Organiza o dos Professores Brasileiros co mo um dia de luta nacional Hoje Sr Presidente Srs s e Srs Constituintes s 16 horas um con junto de entidades ANDES AMPAES CPB CEDS CGT CUT Fasulbra OAB SBPC CEA UBES e UNE lan ou um manifesto em defesa da escola p blica gratuita no Sal o Negro do Congresso Nacional A campanha nacional que se inaugura hoje bus ca conforme diz o manifesto a defesa da escola p blica e gratuita no Pa s Quero pois solidari zar me com esse movimento e instar todos os Constituintes a que tenhamos presente essa mo biliza o no sentido de restituirmos escola p blica brasileira a dignidade salarial dos seus pro fessores e de resto de todos os professores das universidades brasileiras que continuam em gre ve Em greve est o os professores das escolas pri vadas de muitos Estados e inclusive estar o nos pr ximos dias os professores p blicos estaduais de muitas Unidades da Federa o A educa o chegou a n vies absolutamente in sustent veis e o tratamento dado aos sal rios des sa categoria ofende quem paga e humilha quem recebe O segundo ponto trata da isen o total do paga mento de qualquer taxa na rede p blica de ensino Apresentei projeto de lei nesse sentido o qual tramita h mais de tr s anos defini o j consti tucional seria a de que o ensino dos 7 aos 14 anos devesse ser gratuito na escola p blica Ali s diz a Lei Mai
209. o Constituinte Jarbas Passarinho PRESIDENTE Resposta reclama o do Constituinte Amaral Netto AMAURY MULLER Reclama o sobre inobserv ncia pela Mesa Diretora do prazo de dez dias previsto no art 62 6 do Regi mento Interno para decis o sobre requeri mentos de informa es apresentados PRESIDENTE Resposta reclama o do Constituinte Amaury M ller SUM RIO BENEDITA DA SILVA Reclama o sobre impossibilidade pr tica de funcionamento da Comiss o de Ordem Social por aus ncia dos membros titulares PRESIDENTE Resposta reclama o da Constituinte Benedita da Silva IV Pequeno Expediente JOSE GENO NO Elei es diretas para a Presid ncia da Rep blica nica sa da para a crise pol tica instaurada no Governo Sarney JOSE MENDON A DE MORAIS Garan tia de preserva o da vida humana na futura Constitui o Impossibilidade de assentamen to pelo INCRA de colonos em reas desapro priadas M RIO LIMA Retirado pelo orador para revis o Responsabilidade do orador na fun o de Relator da Subcomiss o dos direi tos dos trabalhadores e servidores p blicos Encontro do Presidente Jos Sarney com l de res sindicais COSTA FERREIRA Previs o na futura Constitui o de instrumentos de combate ao alto ndice de mortalidade infantil no Pa s BEZERRA DE MELO Realiza o de ses s es normais pela C mara dos Deputados PAULO RAMOS
210. o Presidente Jos Sar ney desperte e d toda a aten o a este pedido de informa es Por detr s desta transa o de vem o Congresso e a Constituinte estar vigilantes para que a Na o n o seja mais uma vez lesada nos confort veis neg cios de desapropria o de terras no Brasil O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es Onobre Deputado Haroldo Lima levantou na ses s o de ontem quest o de ordem indagando da Mesa qual seria a Comiss o e em consequ ncia a Subcomiss o competente para examinar as su gest es relacionadas com as For as Armadas Pelo exame das normas constantes do art 15 do Regimento Interno particularmente inciso IV Comiss o de Organiza o Eleitoral Partid ria e Garantia das Institui es e a respectiva letra b Subcomiss o de Defesa do Estado da Socie dade e de sua Seguran a observa se serem estes os rg os competentes para a an lise inicial da mat ria Assim decide a Presid ncia que as sugest es relacionadas com as For as Armadas ser o obje to de exame inicialmente pela Subcomiss o de Defesa do Estado da Sociedade e de sua Segu ran a e posteriormente pela Comiss o de Orga niza o Eleitoral Partid ria e Garantia das Insti tui es E a decis o sobre a quest o de ordem O Sr Haroldo Lima Sr Presidente pe o a palavra pela ordem O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es Tem a palavra o nobre Constituinte SR HAROLDO LIMA PC do B BA
211. o Souza PMDB Leopoldo Bessone PMDB Leopoldo Perez PMDB Leur Lomanto PFL Levy Dias PFL Lezio Sathler PMDB L dice da Mata PC do B Loureiberg Nunes Rocha PMDB Lourival Baptista PFL L cia Braga PFL L cia V nia PMDB L cio Alc ntara PFL Lu s Eduardo PFL Lu s Roberto Ponte PMDB Luiz Alberto Rodrigues PMDB Luiz Frei re PMDB Luiz Gushiken PT Luiz Henrique PMDB Luiz In cio Lula da Silva PT Luiz Marques PFL Luiz Salom o PDT Luiz Soyer PMDB Luiz Viana PMDB Luiz Viana Neto PMDB Lys neas Maciel PDT Maguito Vilela PMDB Maluly Neto PFL Manoel Castro PFL Manoel Moreira PMDB Manoel Ribeiro PMDB Mansueto de Lavor PMDB Manuel Viana PMDB Marcelo Cordeiro PMDB M r cia Kubitschek PMDB M rcio Braga PMDB M rcio Lacerda PMDB Marcondes Gadelha PFL Marcos Lima PMDB Marcos Queiroz PMDB Maria de Lourdes Abadia PFL Maria L cia PMDB M rio Assad PFL M rio Covas PMDB M rio de Oliveira PMDB M rio Lima PDT M rio Maia PDT Marluce Pinto PTB Matheus lensen PMDB Maur cio Campos PFL Maur cio Corr a PDT Maur cio Fruet PMDB Maur cio Nasser PMDB Maur cio P dua PMDB Maur lio Ferreira Lima PMDB Mauro Benevides PMDB Mauro Borges PDC Mauro Campos PMDB Mauro Miranda PMDB Mauro
212. o ao controle da Uni o Sr Presidente uma regrinha prim ria n o pode haver tributo sem lei que previamente o deter mine de um exerc cio para outro Se essa regra valesse estar amos vivendo hoje n o um movi 1258 Sexta feira 10 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1987 mento de rebeldia nacional mas um movimento de constata o da impossibilidade de o cidad o atender ao confisco e n o ao Imposto de Renda O primado do tributo Sr Presidente a como didade Quando fala a lei em comodidade em princ pio do direito econ mico fala que o tributo tem de ser adequado capacidade de quem con tribui porque se ela for exaurida ocorrer a hist ria da galinha dos ovos de ouro se matarmos nada teremos Hoje dou o exemplo do meu Estado que deve 112 bilh es de cruzados O Estado do Rio Grande do Sul como as demais unidades federativas nunca pagou a sua d vida Uni o Mas a Uni o tamb m n o lhe d o que deve A Previd ncia Social Sr Presidente alarmantemente furtada Como frisei antes anistiam maus pagadores cha mando de tolos aqueles que cumprem em dia suas fun es Pagar o Imposto de Renda todos querem Mas h uma diferen a entre querer e poder Se o meu Estado comete o absurdo de prestacionar o ressarcimento do funcion rio que ganha 8 mil cruzados porque n o tem dinheiro para pagar embora tenha dinheiro para pagar aos que ganham mais coisa que n o entendo
213. o do Ministro Dilson Funaro para saber se em qual dos tr s casos S Ex sonha incluir o Brasil dos nossos dias se no Eldorado na At ntida ou nas Ilhas Afortunadas Plat o desejou em seu del rio ut pico edificar um Estado onde a paz a justi a e a conc rdia rejam os cidad os e onde se desconhe am as lutas e as ambi es pessoais prov vel que esse n o seja o modelo de Estado configurado no liris mo ing nuo do Ministro da Fazenda At porque para chegar se a ele teriam de ser removidos os obst culos das lutas e ambi es pessoais que dificultam at mesmo a composi o das Comis s es Tem ticas criadas pela Assembl ia Nacional Constituinte Todavia fa a se justi a ao desmesurado esp rito otimista do atual Governo Dentro da tica que visualiza os problemas nacionais o pessi mismo est centrado do outro lado do Pal cio do Planalto Somos todos em verdade v timas da desco berta vocabular de Thomas More a Utopia O SR ASDR BAL BENTES PMDB PA Pronuncia o seguinte discurso Sr Presidente Sr e Srs Constituintes voltei ao meu Estado fim da semana passada para participar das festas comemorativas do 74 anivers rio do Munic pio de Marab Na terra do ferro do cobre do ouro da castanha da madeira do boi gordo e de tantas outras riquezas encontrei um povo ainda espe ran oso mas j a denotar sinais de cansa o de temor e at de desespero Estiquei ao p da Serra de Caraj
214. o e o de sua fam lia E constrangedor Sr Presidente que milhares de brasileiros vivam humilhados espezinhados impedidos de ir e vir em territ rio nacional direito que lhes assegurado pela Constitui o por uma corrente guarnecida por forte esquema de segu ran a E deprimente para os sofridos garimpeiros Abril de 1987 do meu Pa s saber que h tanta riqueza tanto min rio em seu subsolo e apenas uma empresa det m a posse de 411 mil hectares de terras na qual n o lhes permitem sequer a entrada ou o livre tr nsito N o somos contra o Projeto Caraj s Julga mo lo de relevante interesse para a economia na cional muito embora para o meu Estado e para os Munic pios do Sul do Par muito pouco repre sente em termos econ micos pol ticos e sociais Para estes o que resta mesmo o pesado nus dos graves problemas sociais Enquanto isso a todo poderosa Companhia Vale do Rio Doce ex trai o nosso min rio torna se cada vez mais rica e o nosso povo cada vez mais pobre e sofredor N o lhes d ra CVRD o direito de chegarem s suas terras para trabalhar Humilham nos impe dindo os de transitar por suas concess es como se estiv ssemos em outro pa s Lan am contra o nosso povo os seus seguran as e pedem re for o policial ao Governo do meu Estado como se os trabalhadores de minha terra fossem crimi nosos Na verdade o nico crime que eles est o cometendo o de lutar pelo direito do trabalhar con
215. o pode ser interrompido o poder de legislar e examinar as mensagens do Governo Ser com preens vel a um Parlamento cair em sil ncio vo lunt rio quando nenhum regime arbitr rio lhe cerrou as portas ou lhe vedou o exerc cio normal E perfeitamente vi vel e sobretudo coerente o funcionamento simult neo do Congresso ordin rio e da Assembl ia Nacional Constituinte O ina ceit vel a susta o das tarefas legislativas nor mais o que representa a procrastina o de impor tantes deveres inerentes a n s todos mandat rios do povo que aqui chegamos com os mais solenes compromissos a observar e cumprir Espero destarte que a Mesa da C mara dos Deputados em conson ncia com o Plen rio deli bere sobre a convoca o de sess es normais e assim sejam retomados os trabalhos ordin rios com a dinamiza o da pauta interna Ao obser varmos este crit rio estaremos prestando alto ser vi o ao Pa s nos termos reivindicados pelo povo que livremente nos elegeu Admito que a c pula desta institui o legislativa assimilar o sentido l gico de minha opini o N o subsiste d vida de que os eminentes pares enten der o o car ter racional desta proposta Ademais evidente concluir que com a omiss o n o se aperfei oa a democracia nem se atendem os re clamos justos da coletividade o que tenho a dizer O SR PAULO RAMOS PMDB RJ Sem revis o do orador Sr Presidente Sras e Srs Constituintes ass
216. o povo as sumem o poder pol tico seja na condu o do povo atrav s da chefia administrativa seja na feitu ra de normas est veis as leis elaborados os de cretos pelo Executivo Os servidores p blicos ci vis e militares realizam as tarefas executivas se gundo as diretrizes do poder pol tico O Presidente da Rep blica ainda exerce um poder arbitral na qualidade de magistrado fiscal da legalidade dos atos do poder p blico J no sistema presidencialista confundem se os poderes h conflitos entre eles surgem crises institucionais com os conflitos pol ticos ou parla mentares Do poder pol tico conferido pelo povo o Presidente se reserva a maior parte escolhendo os ministros ao seu talante muitos deles servi dores p blicos ou empres rios privados consti tuindo se uma tecnoburocracia que joga a segun do plano a representa o congressual como po tentados da Na o Nesse contexto os legisladores terminam por n o ter autonomia decidindo apenas sobre mat rias de interesse do Executivo muitas vezes em prazos ex guos Terminam propondo pequenas leis altera es praticamente regulamentares pro posituras de segunda categoria gastando o tem po no pedido de favores para seus Estados Muni c pios e eleitores presciso falta de consci ncia da pr pria digni dade pol tica e representativa para um Deputado aceitar conscientemente esse regime Por outro lado o parlamentarismo propicia go verno
217. o que desarticula o propriet rio e n o beneficia o assentado Encarecemos a aten o de V Ex para a neces sidade inarred vel de condicionar que autoriza o de nova emiss o de TDA ter que ficar vinculada verifica o de assentamento consequente do limite anterior Recomendamos ainda verificar viola o dos ar tigos 61 e 161 da Constitui o brasileira Cordialmente Gilman Viana Rodrigues Pre sidente da Sociedade Mineira de Agricultura Sr Presidente transcrito na integra esse telex nos Anais desta Casa pe o ainda a considera o dos assessores do Minist rio da Reforma e do Desenvolvimento Agr rio no sentido de que le vem ao conhecimento daquele rg o esta preo cupa o que tamb m minha em Minas Gerais come am a ser desapropriadas reas e mais reas sem os assentamentos devidos Essas desapro pria es est o causando confus o isto tira se a terra de quem ainda propriet rio e n o se coloca ali ningu m para que se tenham os frutos dela que o povo bem merece preocupa o relativa terra Sr Presidente de muitos brasi leiros principalmente daqueles bem intenciona dos que desejam uma reforma agr ria em todas DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE as terras que estejam ociosas e que o respon dam sua fun o social o bem escar da pessoa humana Muito obrigado O SR M RIO LIMA PRONUNCIA DISCUR SO QUE ENTREGUE A REVIS O DO ORA DOR SER PUBLICA
218. ociais mais ricas apresentam n veis de vida e de sa de seme lhantes s dos pa ses capitalistas centrais a maioria da popula o tem um n vel de vida e de sa de igual dos pa ses mais pobres do mundo As exig ncias do processo de acumula o do capital nas ltimas d cadas no pa s res pons vel pelo desenvolvimento de um mo delo econ mico baseado na grande concen tra o do capital nacional associado ao capi tal intemacional na transfer ncia para o Bra sil de linhas de produ o industrial extrema mente lesivas para a sa de do trabalhador e na superexplora o da for a de trabalho transfer ncia de grandes contingentes de trabalhadores do campo para a periferia das cidades vivendo em condi es subumanas sem emprego fixo sem prote o trabalhista e previd nci ria perda do valor real dos sal rios aumento da jornada de trabalho intensi fica o do ritmo de produ o etc Isto trouxe reflexos graves para a qualidade de vida da popula o que se encontra hoje em n veis que n o correspondem ao grau de desenvolvimento econ mico que o pa s alcan ou Segundo o ltimo Censo 67 da popula o ativa no Brasil recebe at 2 sal rios m nimos sendo que no Nordeste essa porcentagem chega a 84 e dentre estes 65 recebe menos de 1 sal rio m nimo A situa o de sa de da popula o brasi leira tamb m n o corresponde ao est gio atual de desenvolvimento do Pa s se compa rarmos
219. omiss es e Subcomiss es tamb m dela participar o E estabeleceu que ser assegurada a participa o de todos os partidos com assento na Assembl ia Nacional Constituinte Esta com posi o formada originariamente pelos indica dos entre 48 ou 49 Srs Deputados e posterior mente pelos relatores sub relatores e presiden tes o que foi feito pela Mesa assegurando a todos os p rtidos representa o junto a esta Comiss o A Mesa ir examinar as pondera es formu ladas por V Ex como j fez em outras oportuni dades Se V Ex tiver raz o em reclamar n o ficar prejudicado Mas a Mesa confirma a elei o N o poss vel adi la mesmo porque se trata exclusivamente da elei o de presidente e relator em face de entendimentos j havidos Quanto ao funcionamento o importante que a Mesa ir examinar com toda a aten o a quest o de ordem levantada por V Ex O SR JOS GENO NO Sr Presidente pela ordem V Ex me desculpe mas quest o da maior import ncia pois diz respeito Comis s o de Sistematiza o O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es A quest o de ordem j est resolvida e V Ex n o pode continuar questionando V Ex deve encaminhar os elementos para examinarmos a quest o at num prop sito liberal e se V Ex estiver com a raz o a Mesa reformular O SR JOS GENO NO Sr Presidente s para apresentar outro argumento A quest o da proporcionalidade
220. on Borges dos Reis Paulo Macarini Roberto Jefferson Ant nio Pedrosa Ottomar Pinto Del Bosco Amaral PT Robson Marinho L der Ant nio Britto Luiz In cio Lula da Silva Gonzaga Patriota Vice L deres Osmir Lima Pl nio Arruda Sampaio Jos Guedes Jos Genoino Gibel Dantas Henrique Eduardo Alves PL Rose de Freitas L der PFL Adolfo Oliveira L der Jos Louren o PDC Vice L deres L der Fausto Rocha Mauro Borges Ricardo Fiuza Vice L deres Geovani Borges Jos Maria Eymael Mozarildo Cavalcanti Siqueira Campos Valmir Campelo PC do B Messias G is L der Arolde de Oliveira Haroldo Lima Gandi Jamil Vice L der PDS L der Aldo Arantes Amaral Netto PCB Vice L deres L der Virg lio T vora Roberto Freire Henrique C rdova Vice L der Victor Faccioni Fernando Santana PDT L der Brand o Monteiro Vice L deres Amaury M ller Vivaldo Barbosa Adhemar de Barros Filho Moema S o Thiago PSB L der Jamil Haddad Vice L der Beth Azize PMB L der Ant nio Farias Centro Gr fico do Senado Federal Caixa Postal 07 1203 Bras lia DF EDI O DE HOJE 48 P GINAS PRE O DESTE EXEMPLAR Cz 2 00
221. or que a instru o gratuita para todos dos 7 aos 14 anos Entretanto vemos uma parafern lia imensa sob os mais variados t tulos fazendo do ensino gratuito ensino pago Outro ponto a amplia o do sal rio educa o vinculando o ao faturamento das empresas e n o ao sal rio de contribui o interessante analisar isso hoje o sal rio e duca o incide em 2 5 sobre o sal rio de con tribui o das folhas de pagamento das empresas eem0 8 sobre o sal rio dos diretores e produtos das empresas rurais Aqui se observa uma viol ncia j que o grande complexo industrial especialmente as multina cionais as montadoras t m imenso faturamento e n o contribuem praticamente com o sal rio e duca o S o os grandes benefici rios do pro cesso tecnol gico e no entanto n o ressarcem o Poder P blico por esse benef cio C lculos preli minares indicam que se se descontasse 0 8 sobre o faturamento das empresas ter amos au mentado em cinco vezes o sal rio educa o hoje recolhido valor significativo para a manuten o do ensino p blico para todos em todos os n veis Outro aspecto o que se refere ao atendimento ao pr escolar de O a 6 anos obrigat rio para o Estado e facultativo para a crian a e sua fam lia Sr Presidente Sr s e Srs Constituintes tenho a convic o de que custa muito menos ao Estado amparar a inf ncia do que reprimir a viol ncia depois sem falar no aspecto da
222. orma agr ria que assumimos como de ime diata radical e antilatifundi ria com teto m ximo por regi o que garanta terra aos que nela traba lham e conduza a uma pol tica agr cola nova vol tada para a alimenta o do povo brasileiro sus pens o imediata do pagamento da d vida externa com auditoria para determinar quem tomou o dinheiro emprestado quanto onde e especial mente onde est investido este dinheiro para que n o continuemos a pagar uma d vida que subor dina o Pa s violenta a nossa soberania e trunca qualquer perspectiva de futuro estatiza o do sis tema banc rio elei o direta para Presidente go vernador e prefeito em dois turnos com mandato de quatro anos e direito reelei o sistema parla mentar de governo Poder Legislativo unicameral com a institui o da Assembl ia Nacional no lugar do Congresso Nacional bicameral direito de voto a partir dos 16 anos emenda constitucional neste sentido j apresentamos em 1985 tramita no Congresso Nacional e foi inclusive objeto de uma sess o cancelada por tumulto nas galerias que lastimamos pois em decorr ncia disso os jovens com idade entre 16 e 18 anos n o puderam participar do processo constituinte brasileiro Finalmente Sr Presidente Srs Constituintes quero tratar da quest o militar Trago uma pro posta no sentido de que criemos o Minist rio da Defesa cujo titular seria um civil e que aglutinaria todos os minist rios milit
223. os formadores de recursos humanos e integra o de sua pol tica educacional e de seus servi os ao sistema unificado de sa de forma o dos profissionais de sa de em todos os n veis de forma integrada ao modelo de assist ncia que dever ser pres tada pelo sistema unificado de sa de regio nalizado e hierarquizado inclus o no ensino de sa de do conhe cimento de pr ticas alternativas de assist n cia desenvolvimento de atividades de pes quisa nas reas biom dicas de equipamen tos e de servi os de sa de tamb m nos servi os de assist ncia com a participa o do pessoal da execu o de forma integrada com as entidades de ensino e pesquisa 8 Equipamentos e Medicamentos estabelecer controle social sobre a in corpora o da tecnologia na rea da sa de para evitar que a orienta o do progresso da assist ncia sa de fique sob o dom nio das empresas multinacionais de equipamen tos e medicamentos desenvolver nas institui es nacionais de pesquisa sem fins lucrativos tecnologia adequada s nossas necessidades garantir a produ o estatal de soros va cina e lista b sica de medicamentos e distri bu los gratuitamente popula o atrav s do sistema unificado de sa de 9 Financiamento dever o ser formados fundos nicos de sa de nos n veis federal estadual e muni cipal o financiamento do sistema unificado de sa de de responsabilid
224. os abusos dos mais poderosos em detrimento aos direitos dos trabalhadores indefesos perante a necessidade maior de sobreviv ncia Sentimos Sr Presidnete o clima de trns o so cial grav ssimo no nosso Pa s clima que poder redundar em muito sangue e muitas l grimas N o podemos admitir impass veis que tais fatos venham a ocorrer pelo estrangulamento da m quina governamental que n o tem estrutura para gerir a seguran a da Na o Esses concursados j criaram a sua associa o a Abrafitra Associa o Brasileira dos Concursa dos para Fiscal do Trabalho a fim de pleitearem seus direitos j que o Governo se nega termi nantemente a faz lo e conclamam a n s os Constituintes aderir luta que objetiva a efetiva o de medidas para que seja divulgada a injusti fic vel situa o em que se encontram pela nica e exclusiva raz o da in rcia do pr prio Ministro do Trabalho cujo argumento vulner vel e insus tent vel o de falta de verba sobejamente conhecido Sr Presidente que os fiscais n o representam nus para os cofres p blicos uma vez que melhor fiscalizadas as em presas passam a cumprir plenamente suas obri ga es o que garante recursos financeiros supe riores para a Uni o os Estados e os Munic pios 1238 Sexta feira 10 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1987 Agui deixo registrado o meu protesto com reh o atitude do Ministro do Traba
225. os at essa data todos os ditos pressupostos para tal fim per odo de transi o Constituinte Constitui o organiza o de parti dos regras e tempo para campanha Sr Presidente Srs Constituintes nada mais le gitimador do que o voto Ou o Brasil atende ao reclamo popular e vota ou a Na o vai mergulhar num choque social numa revolu o porque n o mais poss vel contemplarmos a cada dia que passa a prepot ncia de poucos sobre muitos Incluo nas disposi es relativas aos direitos e garantias individuais uma velha aspira o dos aposentados deste Pa s O trabalhador inativo ter a mesmo n vel de remunera o que usufruiria se em atividade Isto j acontece com os militares com os magistrados com os banc rios a n vel de Federa o pois sabemos que a Caixa Econ mica tem institui o que completa os vencimen tos at mesmo com gratfica es S n o conce dido tal benef cio grande massa trabalhadora a celetistas cuja contribui o literalmente furta da pela Federa o qe anistia os maus pagadores e chama de tolos aqueles que pagam e deposit rios infi is das quantias de que deveriam ser meros repassadores e n o o s o usurpan do as e enriquecendo se com o direito alheio ante a complac ncia e a coniv ncia dos poderes p blicos Proponho incluir na nova Carta na parte desti nada declara o dos direitos algo que me pare ce muito importante e est ligado ao qu
226. os tr s Poderes quanto ao ingresso obrigat rio por concurso p blico de provas e t tulos de per odo de f rias e licen a de percep o dos mesmos vencimentos para categorias e fun es cor respondentes promo es f rias e aposen tadoria Justifica o Como presidente que fui por duas vezes da Comiss o de Servi o P blico da C mara dos De putados tendo realizado nas duas oportunidades debates e simp sios sobre as quest es relativas ao funcionalismo p blico civil da Uni o pude per ceber que uma das mais graves distor es desta rea a disparidade de tratamento desses servi dores Hoje no servi o p blico sentam se lado a lado funcion rios que exercem as mesmas fun es e cumprem as mesmas tarefas administrativas com vencimentos e vantagens diversificados E isso ocorre n o apenas em rela o aos servidores estatut rios comparados aos celetistas mas tam b m queles que comissionados ou requisitados se encontram trabalhando em um mesmo setor Como a pol tica da adminitra o federal serve de base aos Estados Territ rios Distrito Federal e Munic pios de toda prud ncia que a Consti tuinte fixe par metros harm nicos a fim de que essas distor es n o permane am Com uma pol tica definida no setor da adminis tra o federal ser poss vel harmonizar a ativi dade das unidades federativas permitindo que se fa a justi a ao servidor em qualquer dos esca J es em que
227. osas se apossam de tudo e v o fazer uma Constitui o para sua gl ria e seu servi o Assim n o se pode continuar nem se pode construir Para que o Brasil caminhe para que o povo brasileiro ganhe confian a nos eleitos depois de mostrar que n o confia mais nos velhos precisamos recuperar o tempo perdido adotando medidas urgentes de impacto que consistam em reformar imediatamente a Constitui o ainda em vigor por totalmente imprest vel democracia como uma sombra amea adora sobre a Carta nascente que desejamos livre do entulho ditato rial contido naquela Al m dessa derroga o con sistindo antes de tudo na devolu o das atribui es do Poder Legislativos precisamos por emenda constitucional introduzir no Pa s o regime parlamentar que colocar em segunda plana e escolha do Chefe do Estado nica preocupa o do presidencialismo de plena confian a do Con gresso o Chefe do Governo ou Primeiro Ministro Queremos afirmar desde logo que n s os constituintes sagrados diretamente pelo povo so mos a nica autoridade leg tima e soberana a n vel federal porque segundo afirmaram todas as Constitui es republicanas todo o poder emana do povo e em seu nome exercido Im poss vel aceitar que algu m por mais respeit vel n o ungido pelo mandato popular possa ditar nos ordens mas tem que ouvi las quando da con veni ncia nacional E preciso que assumamos em plenitude os
228. ovo brasileiro Nem se diga que foram as estruturas do poder as m quinas admi nistrativas os grupos pol ticos e as influ ncias econ micas que impediram essa maior e melhor representatividade Os setenta e sete milh es de brasileiros que n o comem o indispens vel para viver e os quarenta milh es de pobres absolutos os doze milh es de homens sem terra e trinta e seis milh es de jovens carentes e as mulheres que constituem a grande maioria passiva da po pula o brasileira infelizmente n o est o aqui de vidamente representados N s Constituintes queiramos ou n o repre sentamos apenas parte da Na o brasileira mas temos a responsabilidade de debater elaborar e aprovar uma Constitui o que vai decidir o des tino de todo o nosso povo principalmente da juventude e das mulheres que representam hoje a grande maioria da nossa popula o Apesar dis so podemos dizer que representamos a m dia do pensamento nacional mesmo por que os qua renta milh es de pobres absolutos n o t m nem o direito nem a capacidade org nica de pensar Por isso antes de debatermos os assuntos pr prios da nacionalidade devemos posicionar nos diante dos graves problemas que afetam hoje toda a humanidade Para isso acho que temos que nos situar fora das certezas ideol gicas com pre tens es de universalidades enciclop dicas das verdades dogm ticas das religi es ou dos centros reais ou supostos da hist ria contempor nea co mo
229. problema social E aqui n o se trata de se achar um culpado mas de resolver o problema o Estado que tem o dever de arcar com este nus N o s o menor abandonado tem o direito a uma educa o respeitada al m desses existem no Pa s milh es de crian as necessitando de edu ca o Hoje n s temos no Brasil 15 milh es de crian as entre 2 e 6 anos sendo que somente desses 20 frequentam escolas isto sem falar dos me nores abandonados que n o t m um lar para morar Sr Presidente Srs Constituintes para n o cair mos nos mesmos erros das elites conservadoras precisamos desenvolver projetos de integra o social dessas crian as com o desenvolvimento que queremos desse Pa s E o primeiro passo para podermos dizer que a nossa sociedade cami nha para a civiliza o A crian a n o um ser apenas biol gico ela tamb m um ser social Sua aprendizagem ocorre na integra o com o meio social E esta integra o se d atrav s de uma educa o sem elitismo pedag gico J se foi o tempo em que a crian a tinha apren dizado no seio familiar com o desenvolvimento da sociedade as primeiras experi ncias se d o dentro da escola Todas as crian as t m de ter as mesmas condi es de educa o A educa o um direito da crian a desde o nascimento N o h argumento algum de natu reza filos fica ou psicol gica que estabele a limite de idade para esse direito No entanto a Constitui
230. que h uma juris prud ncia e n o a cita S Ex poderia no m ximo alegar alguns fatos de tradi o hist rica sobre a coloca o do tratamento das For as Armadas na Constitui o brasileira S Ex est totalmente equivocado ao buscar nas Constitui es brasi leirras todas as mat rias referentes s for as milita res A Constitui o de 1824 trata da for a militar como uma quest o de seguran a nacional A Constitui o democr tica de 1934 trata da segu ran a nacional E parte referente seguran a nacional que elas est o ligadas E n o poderia ser de outra maneira pela pr pria conceitua o que a Constitui o d s For as Armadas a qual traduz o sentido de seguran a nacional de segu ran a interna e externa Na de 1937 o problema tamb m era tratado no cap tulo referente segu ran a nacional Nas de 46 a de 67 a mat ria sempre foi encaminhada dentro do mbito da seguran a nacional E at estapaf rdio o que eles pregam Querem que sejam estudados os problemas das for as militares sob a tica do Poder Executivo e ao mesmo tempo querem tirar as for as militares do mbito da depend ncia do Poder Executivo Como Quando excluem a compet ncia de ela tratar dos problemas internos do Pa s Querem que as for as militares sejam destinadas s para coisas externas Ent o est o se contradizendo Isso posto acho que V Ex n o deve tomar em considera o esta quest o uma vez que as Fo
231. que permitia a todos a participa o no processo de decis es que encaminhavam as lutas ao apresentarem suas reivindica es permaneciam organizados e pressionando o poder p blico n o confiavam que as autori dades atenderiam sem press o popular As vit rias t m servido de est mulos para novas lutas e n o para desmobiliza o e acomo damento buscaram a unifica o dos movimentos atrav s de propostas de lutas conjuntas e n o atrav s de entendimentos entre c pulas formaram programas de luta cada vez mais amplos e abrangentes souberam desafiar a lei e as amea as vindas de cima confiando em que a nica maneira de enfrentar as suas necessidades era assumir a luta pelos seus direitos com as suas pr prias m os e com a for a de sua uni o Considerando estes aspectos o PT na rea de sa de defende o respeito autonomia dos movimen tos populares e suas formas de organiza o democratiza o dos conhecimentos e informa es de sa de para facilitar a partici pa o da popula o defini o de espa os adequados de participa o popular e dos trabalhadores de sa de no planejamento decis o da aloca o de recursos controle e avalia o dos servi os e programas nos diversos n veis do sistema unificado de sa de inclusive de institui es privadas sem fins lucrativos que recebem re cursos p blicos Concluindo consideramos que a partici pa o popular tem um
232. quem tem maior influ ncia na rea econ mica do Governo Enquanto isso acontece a popula o est em situa o de desespero de abandono de falta de confian a pol tica para encontrar solu o para seus graves problemas A fim de enfrentarmos o problema da d vida externa preciso primeiro uma redistribui o de renda uma modifica o substancial na pol tica de impostos uma altera o na pol tica de juros e na pol tica de sal rios e o congelamento dos g neros de primeira necessi dade Essas mudan as n o constam dos planos do Governo nem da Alian a Democr tica Elas s ser o alcan adas com as elei es diretas para a Presid ncia da Rep blica com o estabelecimen to de outro n vel pol tico para o atendimento des sas reivindica es da popula o brasileira N o podemos ficar aqui passivos assistindo popu la o brasileira num prazo de quatro anos acu mular cinco decep es a decep o com as dire tas com o Col gio Eleitoral com o Cruzado 1 e com a elei o de 1986 quando mentiram para a popula o com o objetivo de conseguir votos e a decep o com rela o Assembl ia Nacional Constituinte Sr Presidente Sras e Srs Constituintes n o h povo que aguente num prazo t o curto 5 Sexta feira 10 1223 frustra es Essa situa o de desespero de per plexidade ter de ser resolvida mais uma vez conclamando se a popula o brasileira para se pronunciar por meio de c
233. qui a pou co garantir a participa o de todos os partidos um membro de cada partido princ pio este con sagrado no Regimento Interno A partir da apli ca se a proporcionalidade A sim ser feita a corre o do crit rio da proporcionalidade H ou tro ponto Se isto n o for aplicado o PT no caso perder no c lculo feito pela Secretaria Geral da Mesa Tenho este c lculo e posso entreg lo a V Ex Acho importante que esta quest o de or dem seja resolvida porque a Comiss o de Siste matiza o n o pode instalar se contrariando o Re gimento interno Al m do mais se criarmos a l gica de contrariar o Regimento Interno em ques t es como a composi o da Comiss o de Siste matiza o que muito importante pois sistema tizar ao trabalho que vem das Subcomiss es e das Comiss es estaremos abrindo um preceden te muito s rio N o quero relatar aqui outros mo mentos em que este Regimento Interno teve de ser alterado por uma s rie de motivos que n o importam agora Mas a Comiss o de Sistema tiza o poder voto n mero de gente que participa e n o se pode instalar com esta anorma lidade regimental O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es A Mesa pondera ao eminente autor da quest o de ordem e Casa que o art 13 no seu 1 ao fixar em 49 o n mero dos que devem integrar logo de in cio a Comiss o de Sistematiza o res salvou que os Presidentes e os Relatores das de mais C
234. r Como fazer transparente a administra o p blica Mecanismos de con trole popular Esse tema altamente interessante para os Srs Constituintes como todos os outros ali s No dia 28 de abril teremos o painel Como garantir a informa o ao povo No dia 5 de maio A justi a para o povo na Constitui o No dia 12 de maio Mecanismos de particr pa o popular no Governo No dia 19 de maio A preserva o do meio ambiente na Constitui o No dia 26 de maio Reforma urbana E por ltimo no dia 2 de junho um tema alta mente pol mico Reforma Agr ria Sr s e Srs Constituintes como disse embora n o sendo Bacharel em Direito concito os a parti ciparem desses eventos porque grandes profes sores em ritos advogados e juristas de renome nacional l estar o transmitindo a todos os pre sentes suas luzes cerca de cada um desses assuntos Congratulo me com a OAB por t o feliz iniciativa e pe o a V Ex que d em a devida aten o a esses importantes eventos Era o que tinha a dizer Sr Presidente Sr s e Srs Constituintes O Sr Jesus Tajra Sr Presidente pe o a palavra pela ordem O SR PRESIDENTE Arnaldo Faria de S Tem a palavra o nobre Constituinte O SR JESUS TAJRA PFL PI Sem revis o do orador Sr Presidente o Regimento Interno estabelece que todos n s Constituintes podemos participar de qualquer Comiss o sem direi
235. r s normas do pacto original ou taxa de mercado do dia do pagamento O que se estranha tamb m o montante da taxa que no momento sofre uma terr vel especu la o de 20 a 40 ao m s E outro ponto questio n vel o que se refere sua determina o Como existe de uma institui o financeira para outra uma diferen a de ndice conclui se a necessidade de se esclarecer o rg o competente para deter minar essa taxa Precisa se o quanto antes que se indique uma taxa referencial de forma expl cita de modo que se n o for estabelecida uma tabela fixa que ent o se publique essa taxa todos os dias para que se evite essa desastrosa onda de especula o que varia de uma institui o finan ceira para outra Esclarece o item Il da referida resolu o que n o ser permitida a cobran a de outras quantias compensat rias pelo atraso no pagamento dos d bitos vencidos al m dos estipulados no item I da resolu o em quest o E patente e parece que at intencional a cap ciosidade do item II ao referir se a quantias com pensat rias n o vedando expressamente a co bran a de multa de natureza morat ria que s permitida com fundamento na Lei de Usura que em seu art 8 proclama As multas ou cl usulas penais quando convencionadas reputam se estabelecidas para atender a despesas judiciais e hono r rios advocat cios e n o poder o ser exigi das quando n o for intentada a o judicial p
236. r as Armadas pertencem seguran a nacio nal E at l gica a coloca o Pensar o contr rio ou seja colocar as For as Armadas no cap tulo do Poder Executivo me parece uma id ia estapa f rdia O Sr Amaury M ller Sr Presidente pe o a palavra pela ordem O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es Tem a palavra o nobre Constituinte O SR AMAURY M LLER PDT RS Sem revis o do orador Sr Presidente quero la mentar que o nobre Constituinte G rson Peres haja invocado a Constitui o de 1967 porque houve um equ voco na sua coloca o O Cap tulo VII que trata do Poder Executivo estabelece no seu art 90 textualmente que as For as Arma das constitu das pela Marinha pelo Ex rcito e pela Aeron utica s o institui es nacionais per manentes e regulares organizadas com base na hierarquia e na disciphna sob a autoridade supre ma do Presidente da Rep blica e dentro dos limi tes da lei O par grafo nico do art 91 reza que cabe ao Presidente da Rep blica a dire o da pol tica da guerra e a escolha dos Comandan tes Chefe O Sr G rson Peres Isso nos regimes presi dencialistas O SR AMAURY M LLER Ora Sr Presi dente temos a n tida impress o de que a quest o relativa ao papel das For as Armadas deve ficar na Comiss o da Organiza o dos Poderes e Siste ma de Governo mais precisamente na Subco miss o do Poder Executivo Esta a posi o do
237. r es Tem a palavra o nobre Constituinte O SR HAROLDO LIMA PC do B BA Sem revis o do orador Sr Presidente na tarde de hoje o PC do B est entrando com uma pro posta Constitui o relacionada com a soberania do Pa s nossa proposta implica seis cap tulos e pretende que a quest o da soberania sejatratada de forma espec fica pela natureza destacada que ela tem assumido nos ltimos anos em nosso Pa s Gostaria inclusive de tecer maiores comen t rios a respeito dessa quest o mas neste preciso instante pe o v nia para falar de outro assunto Sr Presidente opini o da Lideran a do PC do B que as For as Armadas acabam de interferir na Constituinte mais uma vez Digo interferir por que ainda hoje em artigo publicado em jornais h a opini o de que o Ex rcito encaminhou a alguns Constituintes um documento com 29 p ginas esclarecendo em que aspectos os militares admitiem que haja mudan as na Constitui o brasileira Chegam a admitir a retirada do artigo que trata das For as Armadas como essenciais soberania nacional quest o que eles impuse ram a partir do golpe de 64 Colocam de outro modo que n o tolerar o que o artigo que diz que as For as Armadas tratar o da lei e da ordem seja suprimido Estudioso do assunto sei que isso foi imposto pela corrente militarista brasileira em 1934 pelo General G is Monteiro que estabe leceu que as For as Armadas tratariam da ordem e da l
238. r cento da renda bruta a pessoa f sica poder abater I at 100 cem por cento do valor da doa o li at 80 oitenta por cento do valor do patroc nio HH at 50 cincoenta por cento do va lor do investimento 8 2 O abatimento previsto no 1 deste artigo n o est sujeito ao limite de 50 cin coenta por cento da renda bruta prevista na legisla o do imposto de renda 9 1 2 Ao que se v tal abatimento con templado no bojo da chamada Lei Sarney apresenta conota o de abatimento privile giado por isso que at o limite de 50 a que est o sujeitos todos os abatimentos de ordem econ mico social ele escapa o que lhe transmite dimens o e alcance inusitados Especiais 9 2 Acerca da Lei Samey de incentivos fiscais cultura em cujo elenco se inclui aquele abatimento privilegiado cumpre lou var o seu elevado descort nio desde que a par de propiciar recursos para a auto sus tenta o da cultura transfere a sua realiza o e desenvolvimento para a sociedade Essa natural e necessariamente mais afeita quele desenvolvimento do que o Estado tanto mais que a cultura nos seus v os e movimentos pressup e o primado da liberdade e criati vidade 10 E para coroar o quadro de provid n cias legais buscando acertar situa es pret ritas o Decreto lei n 2 303 de 21 1 86 trou xe num amplo espectro a anistia fiscal em tr s planos 10 1 No primeiro plano o ca
239. ra coisa o homem exercendo o poder Uma coisa algu m receber o mandato outra coisa esse algu m exercitando a procura o recebida Ent o o texto da Constitui o ser sub metido a plebiscito logo ap s a sua aprova o pelo Plen rio e antes que seja homologado para que o povo diga se os seus representantes se sa ram bem ou n o na empreitada que lhes foi confiada No cap tulo dos Direitos e Garantias Individuais Sr Presidente incluo algo que me parece nesta poca de comunica o para que tenha a for a necess ria a liberdade de qualquer manifesta o de pensamento sem que dependa de censura pr via determinando que cada um responda nos casos e na forma que a lei preceituar pelos abusos que cometeram N o permitido o anonimato E assegurado o direito de resposta N o ser tole rada a propaganda de guerra ou procedimento que atente contra as institui es ou promova pre conceitos de ra a ou classe Mas a liberdade de express o sem a censura pr via que distorce desde a arte ao pronunciamento democr tico im p e se como princ pio basilar de qualquer Carta que se preze Para incluir onde melhor couber chamo a aten o para uma realidade escancarada ou seja que se traga para os 16 anos o limite m nimo para a promo o da responsabilidade criminal Se olharmos para a realidade deste Pais veremos que o aumento da criminalidade for ado antes de mais nada pela fome a que est condenad
240. receber o sempre a nossa total desaprova o Temos o dever de combater cada dia com maior veem ncia as causas e fatores estruturais da mis ria da classe trabalhadora e defender junto com esta suas mais dignas aspira es e reivindi ca es bem definidas pelo Conselho de Entida des da CPB quais seja a piso vinculado ao sal 1240 Sexta feira 10 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1987 rio m nimo mais gatilho b sal rio digno para o professor c democracia na escola d plano nacional de carreira e verbas p blicas para o ensino p blico f sal rio m nimo real g reformas tribut rias e agr rias h n o pagamento da d vida externa Sendo assim Sr Presidente e Srs Constituin tes em meu nome e no do meu partido o PDT venho desta tribuna hipotecar nossa solidariedade greve geral nacional dos trabalhadores do ensi no neste 9 de abril Era o que tinha a dizer O SR NELSON SEIXAS PDT SP Pro nuncia o seguinte discurso Sr Presidente Sras e Srs Constituintes a depend ncia tecnol gica do Brasil no concerto das na es desen volvidas assunto que sempre me causou preo cupa o O Brasil um pa s com solo riqu ssimo e sua produ o uma vez metodizada teria condi es de firm lo entre as maiores na es do mun do dentro de um mercado mundial cada dia mais necessitado de bens de consumo e alimentos e geraria divisas de tal monta que traria est
241. res representados na sua maioria pela FBH Federa o Brasileira de Hospitais que na d cada de 70 conseguiram benefi ciar se de financiamento p blico para am plia o de seus leitos via recursos da Caixa Econ mica Federal pelo Fundo de Apoio So cial e s o mantidos pelos contratos que ce lebram com o INAMPS para atendimento dos previdenci rios urbanos e rurais b os conv nios com empresas ou medicinas de gru po representadas pela ABRAMGE Ass Bra Sileira de Medicina de Grupo em que se d a converg ncia dos interesses lucrativos dos empres rios m dicos com os interesses de lucratividade e controle do trabalhador por parte das empresas industriais comerciais e financeiras localizadas principalmente na regi o Sudeste Em contrapartida nesse mesmo per odo o Estado diminuiu o investimento de recur sos na presta o de servi os atrav s dos hos pitais estatais dos centros de sa de dos am 1242 Sexta feira 10 bulat rios p blicos bem como dos hospitais e ambulat rios pr prios do INAMPS Por essas raz es chegamos decada de 80 com a destina o de 85 dos recursos p blicos federais do INAMPS e Minist rio da Sa de aos servi os m dicos hospitala res principalmente privados de custo eleva do e qualidade question vel enquanto s o insignificantes os recursos destinados ao controle das doen as transmiss veis bem co mo as medidas adotadas para combat las s o de car ter em
242. respon s veis pelas s ries iniciais do 1 grau n o ser o reclassificados e os n o habilitados isto aque les que n o possuem licenciatura n o ser o en quadrados E preciso que se observe a inexist ncia de licen ciatura para diversas disciplinas espec ficas De vem ser outrossim ressaltadas as dificuldades financeiras desses professores As licenciaturas de curta ou plenas dura o oferecidas pelas fa culdades particulares exigem mensalidades aci ma do que a categoria poderia pagar Estes s o aspectos que embora concernentes a um problemas do Distrito Federal refletem de forma ineg vel a situa o dos professores de todo o Pa s E o Brasil precisa dessa classe Sr Presi dente e Srs Constituintes para que as novas gera es possam aperfei oar as bases sociais e eco n micas da Democracia que todos defendemos neste Plen rio Lan o portanto o meu apelo s autoridades do Executivo local para que seja encontrada a forma justa de atendimento a essas reivindica es Que os professores possam retornar s salas de aula com tranquilidade indispens vel ao exer c cio de suas fun es Muito obrigado A Sr Irma Passoni Sr Presidente pe o a palavra pela ordem O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es Tem a palavra a nobre Constituinte A SRA IRMA PASSONI PT SP Sem revis o da oradora Sr Presidente a Casa pre cisa ser informada sobre algumas quest es que es
243. rior discuss o em semin rio nacional marcada para o per odo de 10 a 12 de outubro em Bras lia O lan amento da campanha em torno da edu ca o escolar dos sete aos quatorze anos ocorrer no dia 27 deste m s quando a Embratel trans mitir para todo o Pa s o programa inicial elabo rado pela comiss o interministerial Abril de 1987 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta feira 10 1237 Acrian a na Constituinte encerrar a motiva o principal da campanha promovendo se o debate organizado em tomo de garantias efetivas na Constituinte para o amparo ao menor entre zero e quatorze anos tornada efetiva a obrigatoriedade e gratuidade do ensino nessa faixa et ria Antes dessa movimenta o os Estados de Mi nas Gerais Cear S o Paulo Rio Grande do Sul Pernambuco e Mato Grosso do Sul j est o em condi es de promover os debates preparat rios com uma estrutura montada que facilitar o tra balho local A id ia do Governo de suscitar essa importan t ssima discuss o vai atender necessidade do mais amplo equacionamento de um programa que tem desafiado sucessivos governos enquan to cresce o abandono da inf ncia a car ncia edu cacional maior que a car ncia sanit ria e a car n cia alimentar Como se afirma que cada na o tem a educa o que pode pagar poss vel que essa comis s o estude um processo de vincular percentuais da arrecada o tribut ria ao
244. rno a ser adotado imperioso que o Pa s retome a marcha rumo prosperidade e ao bem estar do seu povo E nosso dever como constituintes estabelecer o princ pio de que para que a Na o tenha um plano o Executivo e o Congresso devem deixar de lado suas idiossincrasias assumindo como co respons veis os rumos do Pa s em benef cio de todo o povo brasileiro Era o que tinha a dizer Durante o discurso do Sr Felipe Mendes o Sr Jorge Arbage 1 Vice Presidente deixa a cadeira da presid ncia que ocupada pelo Sr Arnaldo Faria de S 3 Secret rio O SR PRESIDENTE Arnaldo Faria de S Tem a palavra o Sr Oct vio El sio Pausa O SR OCT VIO EL SIO PMDB MG Pro nuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituintes hoje 9 de abril toda a educa o brasileira est paralisada Em todo o Pa s est o em greve as universi dades p blicas na luta por mais recursos para a educa o condi es adequadas de ensino e pesquisa e melhores sal rios para professores e funcion rios Os baixos sal rios dos professores paralisam tamb m escolas particulares em v rios Estados Sintomas de uma realidade que todos j conhecem uma escola que n o vai bem uma educa o que n o democr tica e que n o acess vel a todos os jovens e adultos e com profis sionais da educa o ganhando mal sem condi es adequadas de trabalho sem uma carreira com ingresso apenas por conc
245. roblema de sa de da rea estima se em resolver 85 a 90 dos problemas Os principais componentes que levar o a resul tados desejados s o a capacidade resolutiva de cada n vel UBS e HG operacionaliza o adequada de atividades o modelo organiza cional a ser adotado recursos materiais e recursos humanos capacitados para execu o das atividades o M dulo desenvolver os mecanismos da refer ncia e contra refer ncia entre UBS e HG A refer ncia e contra refer ncia s o elementos formais que garantem a continui dade do atendimento e ter o import ncia fundamental para a obten o de credibili dade dos usu rios imprescind vel no suces so do M dulo de assist ncia proposto o M dulo articula se com outro servi o de maior complexibilidade localizados dentro ou fora da rea geogr fica do mesmo para referir problemas de sa de que necessitam de tecnologia que o M dulo n o disponha Esse tipo de apoio dever ser garantido atra v s de instrumentos formais a serem estabe lecidos entre as institui es p blicas e ou pri vadas sem fins lucrativos o M dulo desenvolver mecanismos de controle de qualidade de seu produto utili zando tecnologia conhecidas ou desenvol vendo outras participa o da comunidade Abril de 1987 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta feira 10 1243 na gest o do M dulo dever ser estimulada com a ptica de promover a participa o do usu
246. roblemas principais que enfrenta a assist ncia m dica americana Em pri meiro lugar est a grande competi o entre em presas pois em todo o pa s surgem novos planos privados O segundo problema enfrentado pela empresa o controle de custo devido aos altos pre os alcan ados pela tecnologia e pela elevada m dia de idade dos americanos Hoje a m dia de idade chega a 65 anos 15 da popula o mas estu dos d o conta que no ano 2000 esta m dia ser de 85 anos O grande problema da velhice que devido aos v cios como bebidas cigarros drogas que estragam a vida quando um paciente chega a procurar a assist ncia privada j est com grandes problemas e quer san los de qualquer maneira esclareceu o Presidente Segundo McCabe o maior custa da medicina est nos tr s ltimos meses do paciente sendo as doen as degenerativas arteriosclerose doen as de cora o c ncer e ataques cerebrais as mais preocupantes para a assist ncia privada O custo de uma interna o nos EUA varia entre US 500 e US 4 000 Cz 11 mil a Cz 88 mil por dia Em fun o destes custos torna se ne cess rio um r gido controle e a otimiza o dos recursos afirma O SR PEDRO CANEDO PFL GO Pro nuncia o seguinte discurso Sr Presidente Sras e Srs Constituintes com a perspectiva de fal ncia geral de suas empresas milhares de mi croempres rios de todo o Pa s est o anunciando a suspens o do pag
247. rrogue o EGF do algod o para que as cooperativas possam sobreviver e os produtores continuem plantando e colhendo por que de outra forma o desest mulo poder levar o produtor dessa fibra a arran car todas as suas planta es por consider las impr prias para a subsist ncia e sobreviv ncia A mudan a do EGF em AGF como deseja o Governo ocorre diante da flutua o da pol tica financeira amea ando o produtor que n o conse guiu comercializar sua produ o a repass la a pre os antigos que s correspondem a um ter o do valor de hoje Acreditamos que este Govemo n o quer ver o Nordeste sucumbir porque assim permitindo sucumbir com ele Por isso espero que essa injusti a seja sanada em favor de uma classe sofrida e perseguida pela sorte pelos homens e pelo tempo A SRA IRMA PASSONI PT SP Pronun cia o seguinte discurso Sr Presidente Sras e Srs Constituintes registro nesta Assembl ia Na cional Constituinte boletim informativo dos alu nos da Faculdade de Medicina de Santo Amaro e do Movimento de Sa de da Regi o Interlagos CEBs SABs e outros que questionam a Golden Cross pelo modo absurdo como age na nossa regi o comprando o Hospital Escola e o fechando Conclamamos o Ministro Marco Ma ciel que intermediou a negocia o desta opera o em 1985 atrav s do Minist rio da Educa o o Ministro da Sa de e o Governador Orestes Qu r cia para que tomem medidas urgen
248. s Ministro do Trabalho Ministro da Justi a Ministro da Reforma Agr ria Srs Ministros O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porto Nacional Estado de Goi s vem levar ao conhecimento das autoridades a situa o de trabalho escravo a que est o sendo submetidos trabalhadores de Porto Nacional levados para o munic pio de Santana do Araguaia Estado do Par Estamos juntando em anexo sob forma de escrituras p blicas de declara es de lavrado res e de fam lias de outros lavradores desapare cidos que foram levados de Porto Nacional por empreiteiros gatos para trabalharem em v rias fazendas de Santana do Araguaia PA nos dias 11 de abril 16 de outubro e 23 de novembro de 1986 Em mar o deste ano seis destes trabalha dores conseguiram voltar ap s meses de traba lho sem receber nada tendo trabalhado sob a guarda de fiscais armados sendo vendidos para sucessivos gatos E l contraindo a ma l ria eram submetidos a assist ncia de alto ris co de vida At hoje pelo menos quatro trabalhadores de que temos conhecimento entre muitos que podem estar desaparecidos e trabalhando em fazendas no Par ainda n o voltaram Valdir Pereira Brito desaparecido desde 11 de abril de 1986 Gumercino Lima dos Santos desapare cido desde 16 de outubro de 1986 Manoel Melqu ades Lustosa desaparecido desde 23 de novembro de 1986 Raul Batista de Souza desaparecido des de 23 de fevere
249. s Lideran as O Sr Jos Egreja Sr Presidente pe o a palavra para uma comunica o como L der do PTB O SR PRESIDENTE Araldo Fara de S Tem a palavra o nobre Constituinte O SR JOS EGREJA PTB SP Sem revi s o do orador Sr Presidente Sr e Srs Consti tuintes venho a esta tribuna trazer algumas pala vras de aplauso e tamb m para fazer um convite a V Ex s Na ltima ter a feira tive a ventura de participar em S o Paulo de evento que deveria estar moti vando todos os Srs Constituintes Trata se de um painel de debates sobre temas constituintes pro movido pela Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de S o Paulo Embora n o sendo bacharel em Direito de dico me a outro ramo de atividade na minha vida privada senti me vontade naquela casa de leis onde recebemos muitos ensinamentos na primeira sess o realizada na sexta feira de ma nh Sr Presidente ao trazer essas palavras de aplau so OAB pela contribui o que est dando aos trabalhos desta Constituinte promovendo deba tes na Capital de S o Paulo gostaria de citar aqui os temas dos pr ximos debates para que esse 1248 Sexta feira 10 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1987 convite n o ficasse apenas na teoria mas fosse levado pr tica com o hor rio e os dias das respectivas tem ticas No dia21 de abril a OAB far realizar o segundo painel cujo tema se
250. s Unidos da Am rica do Nor te As palavras liberdade igualdade e fraternidade que a Revolu o Francesa colocou na boca dos jovens de todo o mundo tornam se rid culas dian te dos mecanismos de poder das estruturas eco n micas e sociais e das m quinas pol ticas E o processo democr tico que constitui hoje o ni co instrumento pac fico de luta de todos os povos torna se um jogo sujo ou uma farsa publicit ria que adia de tempo em tempo a solu o dos problemas mais importantes da grande maioria das comunidades A nossa expans o demogr fica requer que a estas palavras seja incorporada a palavra participa o conforme consta o progra ma do nosso partido o PMDB Se a democracia formal bastou para as popula es organizadas e centradas nos seus n cleos produtivos hoje ela se torna insuficiente para as popula es explo sivas de intermit ncias migrat rias bem como para o supercongestionamento urbano gerado por estas migra es Temos assistido e ainda vamos assistir s justas press es da massa que podem superlotar as galerias deste plen rio ou atravancar os vastos sal es corredores e p tios do nosso Congresso S o brasileiros que n o en contraram nem encontram canais de participa o atrav s de seus pr prios organismos profissionais e populares mas que precisam e buscam obt la das autoridades da solu o para seus problemas urgentes e inadi veis Para se ter uma id ia clara do que represen
251. s de equipe din micos flex veis como na Inglaterra no Jap o na Alemanha Valoriza os partidos e atende melhor aos interesses do povo J o presidencialismo n o passa de verdadeira monarquia a prazo escola de sobas estaduais e tiranos federais mal endere ados em seus obje tivos pol ticos porque pode eleger J nio Quadros e ter que se contentar com Jo o Goulart escolher Tancredo Neves e sujeitar se onipresen a de Sarney pode suportar por seis anos um Figuei redo doente e cansado enquanto deixava na re serva um vice presidente h gido e din mico co mo Aureliano Chaves lan ado ao ostracismo No parlamentarismo o partido do poder troca logo o Primeiro Ministro ou os ministros cansados e os que erram colocando no lugar quem indicado como o melhor Esta hora de mudan a hora de contas ao povo hora de escrever o futuro desta p tria t o digna de melhor sorte pensando apenas no seu futuro na sua grandeza na sua sobarania Por isso que para n o causar traumas Na o pe o ao Presidente Sarney que prestigie os diretamente eleitos pelo povo que tantas vezes o escolheu em pleito direto renunciando es pontaneamente chefia da Na o Ter amos ent o durante a Constituinte opor tunidade de eleg lo Presidente parlamentar pelo prazo de um ano tempo necess rio para comple tar se a nova Carta e superar o per odo de transi o que enfrentamos Para a normalidade de escol
252. s foram adotadas logo ap s o golpe militar como a revoga o da Lei de Remessa de Lucros e o acordo de garantia dos investi mentos estrangeiros A pol tica econ mica da di tadura abriu as portas para o capital estrangeiro A desnacionaliza o da nossa economia foi gri tante As empresas estrangeiras ampliaram sua participa o n o apenas na produ o de bens de consumo dur veis mas na produ o de equi pamentos na explora o de min rios na agrope cu ria e at na presta o de servi os Al gica do modelo econ mico dependente do capital estrangeiro levou o Pa s a uma d vida exter na impag vel A medida tomada pelo Governo de suspens o do pagamento dos juros da divida externa toca parcialmente no problema Por isso mesmo Sras e Srs Constituintes necess rio darmos tratamento definitivo soberania nacio nal Da apresentarmos hoje proposta no sentido de que a futura Constitui o tenha um cap tulo especial destinado a esta quest o dada sua im port ncia em nosso Pa s Concluindo Sr Presidente nossa proposta est sintetizada nos seguintes pontos N o aceita o de inger ncia externa na eco nomia pol tica e orienta o cultural N o reconhecimento de governos que prati quem discrimina o racial ou adotem regimes pol ticos fascistas A contrata o ou aval de empr stimos es trangeiros estar sujeita aprova o do Congres so Nacional Nas disposi es tran
253. s hoje cobrados com embasamento na comiss o de perman ncia s o extorsivos aplica dos a bel prazer pelos credores mas tamb m uma situa o que poder levar todos os deve dores a transcender a inadimpl ncia ao n o po derem saldar seus compromissos em virtude dos altos juros e ao atingirem a fal ncia compelidos que est o a uma norma do Banco Central que de forma indireta e cruel oficializa a contagem dos juros dos juros O Partido Democrata Crist o Sr Presidente n o poderia ficar deriva motivo pelo qual vimos a esta tribuna protestar contra a Resolu o n 1 129 do Banco Central e solicitar ao Presidente daquela institui o Dr Francisco Gros que a re vogue e crie uma outra norma mais compat vel com as necessidades e compromissos dos deve dores antes das classes empresariais e camadas populares envolvidas mergulharem na fal ncia ir revers vel Temos recebido reiterados apelos de associa es de classe de pessoas humildes da popu la o brasileira para que atrav s desta tribuna lancemos um brado de alerta no sentido de que as autoridades da rea econ mica se sensibilizem e revoguem esta medida em car ter de urg ncia urgent ssima sob pena de n o mais poderem sair do atoleiro em que se encontram os devedo res sem qualquer distin o de classe Para finalizar Sr Presidente em nome de toda a popula o brasileira sacrificada e massacrada pelas medidas adotadas pela rea econ m
254. s quatro governadores pe dem a cabe a de S Ex A nosso ver n o h momento mais inoportuno do que este para tal press o por parte dos Governadores Ningu m acredita que S Ex estejam pedindo a cabe a do Sr Dilson Funaro simplesmente pe los poss veis erros cometidos Todos t m inte resse em encaixar ministros nessa chamada refor ma ministerial O Governador de S o Paulo todos sabem tem candidato para o Minist rio da Fazen da e os outros para o Minist rio da Ind stria e Com rcio O Governador Newton Cardoso tem v rios can didatos para outros Minist rios Evidentemente acreditamos que uma reforma ministerial pode ser feita na medida em que o Governo queira modificar esses Minist rios mas n o sob press o n o sob o loteamento do Pa s pelos Estados de Minas Gerais S o Paulo Rio de Janeiro ou mes mo pelo meu Estado Uma reforma ministerial tem de atender antes e acima de tudo aos interes ses do Pa s que est o em jogo devendo se esco lher para esses Minist rios os homens mais capa zes evidentemente sejam eles de que Estado fo rem Sr Presidente exatamente na hora em que o Ministro Dilson Funaro da Fazenda discute pro blemas da d vida externa esses quatro risonhos e felizes cidad os pedem a sua cabe a A nosso ver est o eles praticando ato impatri tico e des servindo ao seu Pa s Palmas N o sou defensor do Ministro Dilson Funaro mas sinto me na obriga o de defender intrans
255. sagem em rela o evolu o da pol tica salarial de 1979 a 1984 estende ao trabalhador rural os benef cios de aux lio reclus o e aux lio doen a e reconhece o direito pens o dos dependentes de trabalha dor rural falecido anteriormente a 26 de maio de 1971 data da institui o do Funrural Importante benef cio para o cidad o brasileiro a Previd ncia Social A aposentadoria um dos mais leg timos direitos da cidadania Os latinos diziam otium com dignitate A aposentadoria o cio com dignidade daqueles que trabalharam 25 30 35 anos o tempo determinado por lei et m o direito assegurado na Constitui o brasi leira de aposentadoria e previd ncia social dig nas Mas o Exm Sr Presidente da Rep blica n o corrigiu uma das mais graves injusti as a que assiste o Brasil de forma impass vel a aposen tadoria dos trabalhadores do campo O trabalha dor rural n o se aposenta por tempo de servi o mas somente por idade aos 65 anos Como no campo se come a a trabalhar muito cedo aos 15 ou 16 anos fica o trabalhador rural condenado atrabalhar meio s culo s vezes mais de cinquen ta anos para receber apenas meio sal rio m nimo seiscentos e setenta e poucos cruzados Queremos asseverar aos companheiros de Constituinte que uma de nossas tarefas mais ur gentes e necess rias a de inserir na pr xima Constitui o o princ pio da isonomia entre os tra balhadores urbanos e rurais para qu
256. scola P blica e Gratuita Entidades que Subscrevem e Associa o Nacional de Educa o ANDE e Associa o Nacional de Docentes de Ensino Superior ANDES e Associa o Nacional de Profissionais de Administra o da Educa o ANPAE e Associa o Nacional de Pesquisa e P s Gradua o em Educa o ANPEd e Confedera o dos Professores do Brasil CPB e Centro de Estudos Educa o e Socie dade CEDES e Central Geral dos Trabalhadores CGT e Central Unica dos Trabalhadores cur e Federa o das Associa es dos Servi dores das Universidades Brasileiras FASU BRA e Ordem dos Advogados do Brasil OAB e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ci ncia SBPC e Sociedade de Estudos e Atividades Filo s ficos SEAF e Uni o Brasileira dos Estudantes Secun daristas UBES e Uni o Nacional dos Estudantes UNE Era o que tinha a dizer O SR GERALDO ALCKMIN PMDB SP Sem revis o do orador Sr Presidente Srs Constituintes na ltima segunda feira o Sr Presi dente da Rep blica enviou ao Congresso Nacional projeto de lei que estabeleceu como valor m nimo dos benef cios da previd ncia urbana de aposen tadoria aux lio doen a aux lio reclus o e pens o por morte em seu valor integral a quantia de Cz 1 300 00 equivalente a 95 do sal rio m ni mo atual recomp e o valor de aposentadorias e pens es que sofreram injustific vel defa
257. sem consultar o Congresso No entanto Sr Presidente neste momento algu ma coisa tem de ser paga pelo Presidente Acabo de comunicar ao Presidente Ulysses Guimar es que a Bancada do PDS n o dar n mero e pedir verifica o de quorum para qualquer vota o de licen a para o Presidente viajar enquanto o Gover no n o nos der o direito pela sua maioria no Senado e na C mara de votar aqui aquilo que se chama Imposto Compuls rio Sem pagar o Imposto Compuls rio o Presidente s viaja se a Maioria der n mero absoluto para se votar aqui essa mensagem Em terceiro lugar Sr Presidente tomei conhe cimento ontem da fala do Constituinte Haroldo Lima do Partido Comunista do Brasil sobre o problema das For as Armadas na Comiss o em que se encontra o nosso companheiro Jarbas Passarinho e da qual ele presidente Considerei em primeiro lugar alguma coisa de uma desele g ncia absoluta e em segundo lugar de uma intoler ncia incompreens vel vinda de um partido que defende aquilo que chama de toler ncia Pa rece que o meu companheiro Haroldo Lima pensa que est na Alb nia N o est S Ex est no Brasil embora o Pa s esteja muito mal Isso se justificaria talvez na Alb nia Nunca fui homem e duro sempre fui em mat ria da minha posi o ideol gica de debater aqui em termos de ofensas ideol gicas Nunca vim tribuna para falar da ideologia de algu m como crime como den ncia ou como dedo duro Qua
258. sica no campo do imposto de ren da cumpre distinguir o regime de arreca da o do ano base do regime de bases cor rentes 1 1 Nessa distin o reside a pedra de toque daquele entendimento Inclusive e es pecialmente para aferirmos se o gravame aumentou ou diminuiu 2 At o exerc cio de 1986 o regime de arrecada o do Imposto de Renda Pessoa F sica era o de ano base Importa dizer o imposto de cada exerc cio tinha por base os rendimentos auferidos no ano imediatamen te anterior 2 1 E no correr do ano base o contri buinte se obrigava a antecipar parcelas do imposto propor o que percebia rendi mentos tribut veis nas v rias c dulas de sua declara o exceto os da explora o agro pe cu ria esses com tratamento especial 2 2 Essas antecipa es porque confi guravam cr ditos do contribuinte contra a Fazenda Nacional em conjuntura inflacio n ria eram quando da feitura de sua decla ra o de rendimentos atualizados moneta riamente para efeito de compensa o no im posto ali devido 2 3 Para efeito dessas antecipa es no tangente aos rendimentos do trabalho assa lariado e n o assalariado havia duas tabelas de reten o com pequeno l mite de insen o e progressividade de 12 a 45 e 10 a 45 respectivamente 24 A exce o desses dois rendimentos trabalho com ou sem v nculo empregat cio nos demais a antecipa o ocorria sob a for ma de reten o na fonte a al q
259. sit rias propomos Suspens o do pagamento da d vida externa e estabelecimento de uma auditoria pol tica a partir do Congresso Nacional Garantia da reserva de mercado para empre sas nacionais nos setores de inform tica biotec nologia mec nica de precis o qu mica fina Monop lio estatal do petr leo inclusive a distribui o Anula o dos contratos de risco Ex clusividade para brasileiros na explora o das ri quezas minerais Anula o das concess es de pesquisa e lavra de min rios no Projeto Grande Caraj s para as empresas multinacionais E finalmente monop lio da importa o de mat iras primas b sicas destinadas ind stria farmac utica e cria o de uma empresa de pro du o e comercializa o de medicamentos e ma t rias primas destinadas ind stria farmac utica O SR ADEMIR ANDRADE PMDB PA Pronuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituintes parece inacredit vel que nos dias de hoje quando toda a Na o brasileira se debate na elabora o da nova Constitui o na busca dos princ pios da justi a das garantias indi viduais nossa realidade esteja t o distante destes anseios Recebemos hoje em nosso gabinete o Presi dente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porto Nacional Goi s juntamente com trabalha dores rurais que eram obrigados ao trabalho es cravo e parentes de trabalhadores desaparecidos nestes servi os Os empreit
260. spira es Fa amos em consequ ncia a seguinte decla ra o O povo brasileiro desde a independ ncia composto de cidad os livres s delega o poder pol tico pelo voto a patr cios que re presentam a soberania nacional Assim todo o poder emana do povo e s leg timo aque le que prov m de elei es diretas e secretas Todas as Constitui es e leis que desde 31 de mar o de 1964 foram impostas ao povo brasileiro em contradi o com esee princ pio s o ileg timas portanto nulas e abolida sua imperatividade Para o futuro todo brasileiro ter cons ci ncia de que s leg timo o poder que emana de recenseamento eleitoral aut ntico enquanto qualquer outro tipo de poder sub versivo e inimigo do povo Todo cidad o a come ar pelos servidores p blicos civis e militares tem o direito e o dever de se opor essa viol ncia e elimin la Cumprindo essa declara o em cada ato da nossa vida parlamentar e p blica conseguiremos obter uma limpeza de todo o entulho autorit rio alertando o povo contra poss veis levantes futuros No plano legislativo precisamos instituir uma comiss o que examine com a necess ria rapidez tudo aquilo que est em vigor na legisla o brasi leira e que contrasta com os princ pios democr ticos principalmente a autonomia do Legislativo as garantias e direitos individuais e a hipertrofia do Poder Executivo Esse imenso acervo draconiano imposto
261. ssar a velocidade da luz o homem passa a viver no transtempo Pois o transtempo se cons titui num mesmo instante do passado do pre sente e do futuro cristalizados num ato pol tico econ mico e social O transtempo n o corre nem decorre Ele simplesmente ocorre contendo o presente o passado e o futuro numa dimens o hist rica que s medidas f sicas qu micas biol gicas e matem ticas n o possuem condi es de classificar Esta Assembl ia Nacional Constituinte ou este Congresso Nacional Constituinte foi eleito numa poca de transi o pol tica econ mica e social em que a Na o brasileira se reafirma atrav s de uma verdadeira reformula o demogr fica Na ltima elei o direta para Presidente da Rep blica por exemplo o vencedor ostentava o recorde de ter sido eleito com seis milh es de votos quando hoje s o Senador M rio Covas teve quase oito milh es de votos no Estado de S o Paulo Esta expans o demogr fica justamente o que carac teriza hoje profundamente a vida de nosso Pa s governado tamb m nestas ltimas d cadas por um estatismo burocr tico que marca profunda mente a nossa economia a nossa pol tica e a nossa vida social Esta elei o que nos delegou os nossos man datos por isso mesmo traz a marca dessa refor mula o e dessa expans o demogr fica Embora esta seja legal e leg tima do ponto de vista do processo democr tico ela n o representativa da maioria do p
262. ssas mudan as como sendo grandes ritmos hist ricos que em bora se venham desenvolvendo h s culos so mente h uns dez anos se tornaram vis veis e segundo o pr prio poeta aterrorizadores para to da a humanidade N o posso come ar o meu primeiro discurso sobre a Constitui o nesta Assembl ia Nacional Constituinte sem mencionar esses ritmos que ao meu ver v o influenciar profundamente a exist n cia de toda a humanidade e conseguentemente a exist ncia do nosso povo em nossa P tria S o eles o crescimento vertiginoso da popula o nos pa ses subdesenvolvidos a diminui o das fontes de energia e o emprego perigoso e incontrol vel da energia nuclear a polui o da estratosfera da atmosfera dos mares dos rios e das planta es as enfermidades cr nicas da economia mundial que passa da infla o recess o de maneira c clica a expans o e a multiplica o das ortodoxias ideol gicas cada qual com pretens es de universalidade enfim a chaga das nossas so ciedades o terror a tecnoburocracia e sua contra partida os dos grupos transacionais fan ticos e ultra radicais de todos os matizes A tecnoburo cracia e os grupos transacionais foram acrescen tados por mim levando em considera o a reali dade brasileira Claro que cabe a n s brasileiros neste mo mento hist rico em que vivemos de debate e ins tala o da Assembl ia Nacional Constituinte de frontarmo nos com tais problemas T
263. ssim h uma anormalidade regimental temos 53 membros e o Regimento claro em termos de 49 Alideran a do PT aplicou o c lculo que tenho em m os Considerando a letra do Regimento Interno que garante 49 membros e um represen tante de cada partido teriamos outra composi o na Comiss o de Sistematiza o E o mais estra nho Sr Presidente neste c lculo correto incluir um representante de todos os partidos o que universal e inclusive usado pela Justi a Eleitoral para fazer a distribui o das sobras que o Partido dos Trabalhadores o nico que perde uma vaga na Comiss o de Sistematiza o Ent o o c lculo para a proporcionalidade parti d ria aplicada pelo Regimento Interno foi casu s tico Este c lculo somou 53 favorecendo os tr s partidos majorit rios nesta Casa isto os partidos que t m maior bancada Algu m teve de perder neste c lculo Qual foi o partido que teve a perda O Partido dos Trabalhadores deveria ter dois membros da Comiss o de Sisternatiza o se fos se aplicado o c lculo correto entre os 49 e tem apenas um Temos a tr s problemas s rios A Comiss o de Sistematiza o n o se pode instalar com 53 integrantes tem de ter 49 porque se forem 53 existir o Comiss es com menos de se impasse Estou com o c lculo nas m os necess rio Sr Presidente concluir minha quest o de ordem que s ria porque a Comis s o de Sistematiza o vai se instalar da
264. stocada h tr s anos A medida certamente levar fal n cia todas as cooperativas de algod o industriais e cotonicultores da regi o nordestina que ao in v s de receberem incentivos t m o seu algod o confiscado a pre os m nimos v lidos h tr s anos Quando os agricultores nordestinos esperam decis es de impacto do Governo visando solu cionar os graves problemas do setor prim rio vemos ao contr rio medidas que visam desesta bilizar a atividade no campo aumentando o xodo e o desest mulo dos produtores Essas medidas n o correspondem ansiedade dos homens do campo em busca de melhores dias de juros mais justos e investimentos mais substanciosos H um decl nio agudo do volume de recursos nos programas agr colas faltam investimentos para os produtores e isso tem provocado s rio desequil brio na regi o diante da deteriora o da atividade rural atualmente em n veis insupor 1244 Sexta feira 10 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1987 t veis para uma classe que h muito s tem vivido de esperan a Enquanto o Governo n o mudar a mentalidade dos dirigentes da agricultura brasileira esta Na o n o ter como progredir porque nossa riqueza est no campo de onde o homem retira o seu alimento e fonte de divisas para enriquecer o Pa s Para isto bastam unicamente incentivos Diante deste quadro desejo apelar para o Ban co do Brasil no sentido de que pro
265. t ncia sa de no Pa s Neste sentido fundamental iso lar e n o transferir mais recursos p blicos para as institui es privadas com fins lucra tivos e ampliar a integra o e o apoio s institui es sem fins lucrativos Santas Casas e institui es beneficentes dentro de um programa de democratiza o da administra o e controle destas institui es com vistas descentraliza o e hierarquiza o dos servi os no sistema unificado de sa de O sistema unificado de sa de dever ser implantado progressivamente de acordo com as condi es locais organizando m du los de sa de O M dulo de Sa de concebido como uma rede de Unidades B sicas de Sa de UBS e um Hospital Geral HG organizados de forma hier rquica em n veis de comple xidade e articulados funcionalmente sob ge r ncia nica A UBS porta de entrada prin cipal da clientela para esse sistema de sa de que tem por objetivo prestar assist ncia inte gral sa de da popula o em rea geografi camente delimitada O M dulo de Sa de apresenta as seguintes caracter sticas a unidade organizacional e de planeja mento de todas as a es a serem desen volvidas Abril de 1987 desenvolve suas atividades sob ger n cia nica com autonomia or ament ria e ad ministrativa gua estrutura organizacional e funcional dever ser compat vel com a viabiliza o e manuten o do novo modelo de assist
266. t o Grupo de Amparo s Pequenas e M dias Empresas o GEAMPE foram ignoradas Com o autoritarismo de 1964 acentuou se a interfer n cia do Estado na economia e prefer ncias pelo grande e ou estrangeiro prejudicaram o pequeno e o nacional S mais recentemente a Comiss o de Estudos Constitucionais presidida pelo ilustre jurista e companheiro do PFL Prof Afonso Arinos deu os primeiros passos no sentido da corre o desse erro incluindo em sua Proposta Constitu cional dispositivo segundo o qual os tributos te r o car ter pessoal sempre que isso for poss vel e ser o graduados conforme a capacidade econ mica do contribuinte segundo crit rios fixados em lei complementar que assegurar s peque nas e microempresas tratamento tribut rio com pat vel com a sua receita bruta Estamos encaminhando Comiss o compe tente desta douta Assembl ia Nacional Consti tuinte Sr Presidente proposta no sentido de fazer com que a nova Carta Constitucional corrija esse erro de uma vez por todas atendendo aos anseios de dezenas de entidades representativas de micro e pequenos empres rios canalizados atrav s do Centro Brasileiro de Apoio Pequena e M dia Empresa presidido pelo ilustre companheiro ex Deputado Paulo Lustosa O SR AGASSIZ ALMEIDA PMDB PB Pronuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs e Sras Constituintes trago tribuna grave preocupa o que assola todo Pa s notadamente nos
267. t o sendo levantadas que embora n o sejam t o importantes acredito serem decisivas para o seu bom funcionamento Primeiramente gosta ria de saber se V Ex confirma a compra de carros oficiais pela Casa se os secret rios das comiss es ter o direito a carros e qual a estrutura de apoio que esses secret rios realmente ter o Lembro a V Ex que os secret rios s o funcio n rios e n o Constituintes Deputados e Sena dores Tenho certeza de que V Ex n o deliberou sobre esse assunto A Casa precisa ser informada sobre quem delibera a respeito dessa quest o O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es N o tenho qualquer informa o nem tomei qual quer provid ncia a respeito desse assunto Em todo o caso alertado por V Ex vou fazer as verifi ca es necess rias no universo em que se consti tuem o Senado a C mara e a Constituinte O Sr Doreto Campanari Sr Presidente pe o a palavra para uma comunica o O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es Tem a palavra o nobre Constituinte O SR DORETO CAMPANARI PMDB SP Pronuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituintes em novembro do ano passado a voz do povo nas ruas os cronistas pol ticos mais autorizados dos rg as de divulga o a inte lig ncia das academias a Igreja a voz dos sindica tos as verdadeiras for as vivas da Na o reclama vam uma Constituinte exclusiva manifesta o nica da soberania nacional
268. t ria dos ltimos dec nios comprova que o aborto a eutan sia a viol ncia e as injusti as t m todos a mesma raiz a viola o da dignidade da pessoa humana Assim que nesta proposta quero consignar minha posi o de rep dio a toda forma de agres s o pessoa humana seja atrav s da viola o maior do direito vida intra uterma o fato de o nascituro estar na m e n o da m e e sim um ente aut nomo seja atrav s de todas as outras formas de destrui o do ser humano sob o arbitrio da viol ncia Sala das Sess es 9 de abril de 1987 Jos Mendon a de Morais Sr Presidente datei e assinei esta sugest o que gostaria de ver analisada com muita serie dade na Subcomiss o e na Comiss o da qual fa o parte O segundo assunto Sr Presidente se refere a um telex que acabo de receber e que passo a ler na ntegra Exm Sr Dep Jos Mendon a Morais C mara dos Deputados Bras lia DF No mpeto de desapropriar o INCRA n o tem zelado pela capacidade de assentamento de pre tendentes posse da terra Assim cresce incrivel mente a extens o das reas desapropriadas sem que os assentamentos guardem correla o Para vota o na pr xima segunda feira dia 6 o MIRAD conseguiu que projeto de lei fosse vota o ur gente mudando o teto anual de 300 000 000 da TDA para n vel sem limite Com isto pretende o MIRAD ampliar a veloci dade desapropriat ria sem contemplar assenta mentos
269. t rios semelhantes aos dos Fundos de Participa o dos Estados dos Territ rios e dos Munic pios A lei ainda n o regulamentada defluiu do Pro jeto de Lei n 7 528 de 1986 que teve parecer unanimemente favor vel de todas as Comiss es nas duas Casas do Congresso Decorreu a proposi o da Exposi o de Moti vos n 47 de 30 de abril de 1986 dos Ministros da Fazenda das Minas e Energia do Interior e da SEPLAN em que se buscavam as medidas legislativas indispens veis ao cumprimento de disposi es legais relacionadas com as indeni za es decorrentes da produ o petrol fera na plataforma continental a fim de que todos os Estados Territ rios e Munic pios possam receber recursos eq itativos Entretanto as normas complementares baixa das por lei restam in cuas porque at agora o Executivo n o estabeleceu a necess ria regula menta o o que as torna inexegu veis Da reiterarmos nosso apelo ao Presidente da Rep blica para que determine o rateio e as indeni za es devidas aos Munic pios com a publica o do decreto regulamentar Lei n 7 528 de 2 de junho de 1986 Esta medida atende a uma aspira o de todos os Estados e Territ rios e de milha res de Munic pios brasileiros principalmente da queles que fustigados por uma pol tica injusta de distribui o da renda nacional enfrentam difi culdades de ordem financeira que os impossi bilitam da manuten o de sua pr pria m quina
270. ta a quest o fundamental da expans o vertiginosa da nossa popula o em contraposi o ao desen volvimento nacional basta compar la com algu mas metas do governo atual reforma agr ria por exemplo t o debatida t o combatida e ainda n o executada Em que dados estat sticos se baseou S Ex o Ministro para estipular os n meros para o famo so Plano Nacional E com que quantidade de verbas e de homens habilitados contava S Ex para execut lo Hoje passados mais de dois anos sabemos que S Ex n o tinha nem verbas nem homens para executar o seu famoso plano Pois apesar das desapropria es decretadas segundo as informa es oficiais o govemo s conseguiu promover o assentamento de dez mil fam lias das cento e cinquenta mil previstas para o ano de 1986 assentamentos esses que s o apenas in cio de uma regulariza o fundi ria pois que todos os assentados j se encontravam prati Abril de 1987 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta feira 10 1261 camente na posse da terra E isto sem falar na coloniza o que o INCRA vinha praticando guisa de Reforma Agr ria que deixou na beira das estra das e das vicinais milhares e milhares de brasi leiros entregues a sua pr pria sorte sem trans porte sem educa o sem sa de e sem cr dito merc da mal ria e dos atravessadores E tam b m sem falar na totalidade da popula o rural brasileira completamente marginalizada da
271. ta Casa Considera a Lideran a do PC do B que acaba neste instante a oportunidade de se discutir a quest o das For as Armadas nessa comiss o es tabelecida pela Mesa Passaremos agora a lutar para que essa quest o seja discutida em primeiro lugar pelo povo brasileiro Convocaremos os se tores democratas a aqui comparecerem Consti tuinte para pressionarem os constituintes a fim de que levem em conta os anseios mais gerais da nossa P tria Em segundo lugar pelo plen rio desta Casa Era o que tinha a dizer Palmas O Sr Valmir Campelo Sr Presidente pe o a palavra para uma comunica o como l der do PFL O SR PRESIDENTE Ulysses Guimar es Tem a palavra p nobre Constituinte O SR VALMIR CAMPELO PFL DF Pro nuncia o seguinte discurso Sr Presidente Srs Constituintes o momento exige que nos pro nunciemos publicamente quanto ao impasse que ora se registra no setor educacional do Distrito Federal A greve dos professores constitui um alerta uma s ria advert ncia quanto aos graves problemas que afetam n o somente esses profis sionais mas o ensino e consegu ntemente a educa o no Brasil 1252 Sexta feira 10 DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1987 Considero Sr Presidente a educa o e a sa de as pedras angulares do desenvolvimento social e econ mico de um povo A educa o por dotar os indiv duos dos instru mentos indispens veis part
272. tadual S Ex o Governador Orestes Qu rcia no sentido de tomar provid ncias imediatas justas e necess rias para a reabertura do HEWA Na certeza de que esta urgente e justa reivindi ca o ser atendida continuaremos nos organi zando e mantendo contatos com S Ex e seus secret rios at que tenhamos solucionado a rea bertura do Hospital e a constru o do Hospital P blico em nossa regi o Golden Cross assume o controle da Ebam A Golden Cross uma das maiores empresas de assist ncia m dica do Pa s acabou de comprar a Ebam tamb m da rea de servi os m dicos do empres rio e quase deputado Delvi Berger por Cz 250 milh es A compra da Ebam significa para a Golden mais 100 mil associados e 35 centros m dicos que se juntam aos atuais 2 milh es de associados A Golden tem hoje 12 mil m dicos credenciados e mais de 1 500 entidades entre hospitais labora t rios e cl nicas que cobrem 80 munic pios em todo o Pa s O Presidente e fundador da Golden Milton Afonso v com otimismo a assist ncia m dica no Brasil A cada dia a sociedade est mais cons ciente da necessidade de ter um plano de sa de o que nos d um caminho do crescimento no Pa s A meta para 87 continua chegar aos 2 5 milh es de associados Golden Cross foi criada em 1971 e total mente brasileira Segundo o Presidente da empre sa no primeiro ano de exist ncia a Golden conse guiu reunir mil associados chegando a qua
273. ter o mesmo sentido e a mesma dire o e como se o longo prazo n o fosse uma sucess o de curtos e m dios prazos Sabemos que n o por falta de planos que a economia se encontra desorganizada Ao con tr rio s o o excesso de planos e a excessiva inter fer ncia do Governo na economia as causas de tanta desorienta o Entretanto com a nova Constitui o fica prati camente sem efeito o I PND da Nova Rep blica aprovado pela Lei n 7 486 de 6 de junho de 1986 portanto na legislatura passada Ademais Srs e Sras constituintes Governo e Congresso t m o indeclin vel dever de acertar o sentido e a dire o dos planos que haver o de nos resgatar desta intermin vel crise agora triangular Deste modo Sr Presidente estou encaminhan do Mesa com fundamento no 2 do artigo 1226 Sexta feira 10 14 do Regimento Interno sugest o de artigos a serem inclu dos no cap tulo da Ordem Econ mica e Social e nas Disposi es Transit rias da futura Constitui o dispondo que o Poder Execu tivo encaminhar ao Congresso Nacional no pra zo de at 60 dias ap s a promulga o da Consti tui o dispositivo sobre o instituto do Plano Na cional de Desenvolvimento Econ mico e Social de car ter peri dico e sobre a obrigatoriedade de elabora o de um plano de desenvolvimento econ mico e social para o Pa s que ser discutido em regime de urg ncia e aprovado em 30 dias independentemente do regime de gove
274. tes a respeito S o as consequ ncias da medicina privada neste Pa s Apropriam se de equipamento socias com o fim de destruir o m nimo de apoio que a popu la o de extrema car ncia possu a com o nico objetivo de fazer da doen a um motivo de lucro degradante injusto e desumano Minha solidariedade total aos moradores da re gi o onde resido Exigimos seriedade dos Minis t rios correspondentes Solicito tamb m a divul ga o do artigo do jornal a que me referi DOCUMENTOS A QUE SE REFERE A ORADORA BOLETIM INFORMATIVO N s alunos da Faculdade de Medicina de Santo Amaro vimos por meio deste denunciar o fecha mento do nosso Hospital Escola Wladimir Arruda dotado de quatro cl nicas Ginecologia e Obste tr cia Pediatra Cl nica M dica e Cl nica Cir rgica atendendo diariamente cerca de 300 casos em seu Pronto Socorro A entidade mantenedora Golden Cross utili zando como pretesto estragos facilmente repar veis ocorridos devido s fortes chuvas do dia 23 1 87 fechou o hospital no dia 27 do mesmo m s dando para sua reabertura o prazo de 7 meses Al m dos alunos encontra se tamb m lesada a popula o carente que era atendida por nosso hospital Desta forma o fechamento do HEWA teve consequ ncias graves meio milh o de habi tantes ocupando um ter o da rea total do bairro de Santo Amaro ou seja da Capela do Socorro at Parelheiros ficou sem Assist ncia M dica E importante salientar que
275. to esses 10 dias a que se refere o 8 6 do art 62 ou foram cumpridos ou n o Portanto os 20 dias igualmente estabelecidos por esse dispositivo de ver o ou n o ser cumpridos De modo Sr Presi dente que a minha reclama o no sentido de que a Mesa nos d uma satisfa o Esses requeri mentos n o podem apodrecer nas gavetas da Mesa da Assembl ia Nacional Constituinte A Na o precisa de uma resposta Pe o a V Ex v nia para fazer esta reclama o O SR PRESIDENTE Mauro Benevides A Presid ncia sente se no dever de esclarecer ao nobre Constituinte Amaury Muller e por seu inter m dio aos demais membros da Assembl ia Na cional Constituinte que na ltima reuni o da Me sa Diretora da Assembl ia Nacional Constituinte que foi a primeira delas foram apreciados aproxi madamente vinte pedidos de informa o Evi dentemente outros est o pendentes de manifes ta o daquele colegiado Mas recordo me muito bem pela repercuss o e pela relev ncia da mat ria focalizada por V Ex nos seus requerimentos de que um deles o referente conta Delta 4 j teve seguimento para a Presid ncia da Rep blica Os outros pedidos de informa o solicita dos por V Ex em requerimentos diversos tam b m ser o certamente apreciados na reuni o da pr xima segunda feira quando o Presidente Ulys ses Guimar es convocar a Mesa Ent o ele ulti mar a aprecia o de toda essa mat ria O SR AMA
276. to Cunha PDC Paulo Silva PMDB Paulo Zarzur PMDB Pe dro Canedo PFL Pedro Ceolin PFL Percival Muniz PMDB Pimenta da Veiga PMDB Pl nio Arruda Sampaio PT Pl nio Martins PMDB Pompeu ds Souza PMDB Prisco Viana PMDB Rachid Saldanha Derzi PDMB Raimun do Bezerra PMDB Raimundo Lira PMDB Raimundo Rezende PMDB Ralph Biasi PMDB Raquel C ndido PFL Raquel Capibe ribe PMDB Raul Bel m PMDB Raul Ferraz PMDB Renan Calheiros PMDB Renato Ber nardi PMDB Renato Johnsson PMDB Rena to Vianna PMDB Ricardo Fiuza PFL Ricardo kar PFL Rita Camata PMDB Rita Furtado PFL Roberto Augusto PTB Roberto Balestra rto Brant PMDB Roberto Campos PDS Roberto D vila PDT Roberto Freire PCB Roberto Jefferson PTB Roberto Rollemberg PMDB Roberto Torres PTB Roberto Vital PMDB Robson Marinho PMDB Rodrigues Palma PMDB Ronaldo Arag o PMDB Ro naldo Carvalho PMDB Ronaldo Cezar Coelho PMDB Ronan Tito PMDB Ronaro Corr a PFL Rosa Prata PMDB Rose de Freitas PMDB Rospide Netto PMDB Rubem Bran quinho PMDB Rubem Medina PFL Ruben Figueir PMDB Ruberval Pilotto PDS Ruy Bacelar PMDB Ruy Nedel PMDB Sadie Hauache PFL Salatiel Carvalho PFL Samir Ach a PMDB Sandra Cavalcanti PFL Santi nho Furtado PMDB Sarne
277. to a voto mas com direito palavra a id ias e suges t es Sugeriria Mesa da Constituinte que fizesse um quadro dos pontos estrat gicos do pr dio do Congresso Nacional para que os presidentes das Comiss es informassem o hor rio de reuni es e o seu local a fim de podermos nos orientar e dar nossa presen a porque as convoca es s o feitas exclusivamente aos participantes efeti vos das Comiss es e Subcomiss es Dessa ma neira tomar amos conhecimento desses hor rios e poder amos comparecer O SR PRESIDENTE Arnaldo faria de S Totalmente pertinente o pedido do nobre Constituinte Esse quadro que j existe em forma to reduzido dever ser ampliado contendo a loca liza o de todas as Comiss es O Sr Fernando Santana Sr Presidente pe o a palavra para uma comunica o como l der do PCB O SR PRESIDENTE Arnaldo Faria de S Tem a palavra o nobre Constituinte O SR FERNANDO SANTANA PCB BA Sem revis o do orador Sr Presidente O Es tado de S Paulo publica foto de quatro governa dores juntos risonhos e felizes como se estives sem num mundo muito organizado Orestes Qu rcia de S o Paulo Moreira Franco do Rio de Janeiro Newton Cardoso de Minas Gerais e Marcelo Miranda de Mato Grosso do Sul Todos sorriem justamente em um momento em que o Ministro Dilson Funaro se encontra no exterior discutindo a quest o da d vida externa de nossa P tria Risonhos esse
278. to de jur dica a sua natureza a mesma logo para ambos os casos imp e se id ntica dis ciplina tribut ria 6 O ajuste na declara o anual tem su porte na tabela espelhada no art 9 da Lei n 7 450 85 cuja progressividade vai de 5 a 50 ap s contemplar substancial limite de isen o 6 1 important ssimo nessa Tabela o pice da pir mide que antes ascendia a 60 foi reduzido para 50 com a elimina o de duas classes de renda l quida a que corres pondiam as al quotas de 55 e 60 respecti vamente 6 2 Ao passar se do regime de arre a da o de ano base para o de bases correntes aquele fato singular de redu o da progres sividade em 10 traduz e de maneira insofis m vel redu o da carga tribut ria tanto mais se se ativer a que o limite de isen o foi aumentado substancialmente 7 No regime de bases correntes sabido que o ajuste ocorrido na declara o anual mera proje o do que foi satisfeito ao longo do ano a Tabela Unificada ou as al quotas para os casos fora dessa Tabela devem ser a miniatura daquela tabela anual 7 1 Sucedeu que por raz es sociais e de investimento duas diretrizes que sobrele vam no Governo Sarney na tabela unificada elevou se sensivelmente o limite de isen o ficando fora da reten o o rendimento do trabalho assalariado quando igual ou inferior ao valor de cinco sal rios m nimos ex vi do art 7 e seu par grafo nico da Lei n 7
279. tro mil quatro anos depois De tr s anos para c o n mero de associados chegou a 450 mil pes soas Atualmente associam se Golden Cross 120 mil pessoas por m s sendo que em fevereiro 72 mil fam lias ingressaram na empresa Prestando assist ncia m dica a cinco mil em presas do Brasil filiadas ao plano Dame a Golden tem hoje uma arrecada o de Cz 450 milh es por m s com uma despesa de Cz 400 milh es A empresa oferece tr s tipos de planos de assis t ncia o Dame que representa 75 dos associa dos 1 3 milh o o PAI que garante assist ncia integral e o plano VIP com 30 mil associados que permite a livre escolha do m dico a n vel nacional e internacional Este ltimo ser relan ado este ano com uma forte campanha publi cit ria Na rea de filantropia a Golden mant m 14 orfanatos no Brasil com mais de 500 crian as atende a mais de 250 mil pessoas em favelas do Rio de Janeiro possui oito lanchas m dicas que percorrem a regi o Amaz nica e fornece 15 mil bolsas de estudos em todos os n veis Com esta rea foram gastos em 86 Cz 80 milh es Para 87 o marketing da empresa dar nfase a tr s campanhas e para isso j renovou por Cz 3 milh es anuais o contrato com o piloto N lson Piquet que h tr s anos vende a imagem da em presa Tr s das campanhas visar o os planos de sa de sendo que o VIP ser relan ado e uma ser institucional mostrando o papel do pai e da m e em uma rela
280. ue restituam a n s Constituintes as prerrogativas soberanas e intransfer veis de tamb m decidir sobre o des tino do povo brasileiro Palmas O SR PRESIDENTE M rio Maia Nada mais havendo a tratar vou encerrar a sess o DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES Alair Ferreira PFL C sar Maia PDT Dirce Tutu Quadros PTB Felipe Cheidde PMDB Francisco Di genes PDS Gidel Dantas PMDB Jos Camargo PFL Jos Maur cio PDT M rio Bouchardet PMDB Mattos Le o PMDB Paulo Almada PMDB Paulo Paim PT Vieira da Silva PDS Virg lio T vora PDS Wilson Martins PMDB O SR PRESIDENTE M rio Maia Encerro a sess o convocando outra para amanh 6 feira dia 10 s 9 30 horas VII Encerra se a Sess o s 18 horas e 33 minutos amre d ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Presidente Ulysses Guimar es 1 Vice Presidente Mauro Benevides 2 Vice Presidente Jorge Arbage 1 Secret rio Marcelo Cordeiro Secret rio M rio Maia 3 Secret rio Arnaldo Faria de S 1 Suplente de Secret rio Benedita da Silva 2 Suplente de Secret rio Luiz Soyer 3 Suplente de Secret rio Sotero Cunha LIDERAN AS NA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE PMDB PIB L der L der M rio Covas Gastone Righi Vice L deres Vice L deres Euclides Scalco S l
281. uisi o de novos ve culos e pe as de reposi o para manuten o e reforma da frota patrimonial Ademais h escas sez de m o de obra problema gerado pelos bai xos sal rios pagos pela CMTC que melhor n o pode fazer o que prejudica a obten o de efici n cia no setor Cumpre nos ainda ressaltar que faltam duzentos e trinta milh es de cruzados para concluir as obras do sistema vi rio que se encon tram a cargo daquela empresa quais sejam os corredores de tr fego e terminais de transfer ncia de passageiros Cabe nos pois aqui relevar nosso intuito de atrav s dos cofres federais levar ao Munic pio de S o Paulo um transporte mais digno e eficaz Sr Presidente Sras e Srs Constituintes estou encaminhando ao Sr Presidente da Rep blica o seguinte telegrama para fazer sentir a S Ex a necessidade absoluta de reconhecer as dificul dades por que est passando a CMTC de S o Paulo e que envolvem o sistema de transporte coletivo de uma das maiores cidades do mundo Senhor Presidente Rogo a Vossa Excel ncia examine com o crit rio que prevalece nas suas decis es a possibilidade imediata de atender aos recla mos financeiros da CMTC de S o Paulo Realmente o Prefeito de S o Paulo e a dign s sima diretoria dessa Empresa lutam para im pedir o aumento do pre o da passagem Es sa luta que da Presid ncia da Empresa e do Prefeito precisa contar com o apoio de Vossa Excel ncia e consiste em finan
282. um esmagamento de seu povo e de seu funcionalismo Tem de passar pelo ato pol tico de p r se de p diante do Governo Federal e do capitalismo internacional mostrando que temos um grande parque industrial e uma fant s tica produ o agr cola que n o vamos continuar pensando com a cabe a que querem impor ao nosso corpo e assim continuar pagando crimino sos incentivos e isen es aos grandes capitalistas do centro do Pa s e do exterior N o posso aceitar a continuidade desta pol tica de exporta es da nossa produ o para pagar uma d vida externa fraudulenta que cada vez mais leva nosso povo mis ria e depend ncia preciso dizer tamb m que N o verdade que o magist rio ganhe altos sal rios N o verdade que o magist rio seja respon s vel pelos problemas financeiros do Estado N o verdade que 20 mil professores ga nhem sem trabalhar O magist rio desde os prim rdios de seus movimentos reivindicat rios exigiu o quadro de pessoal por escola admiss o somente por con curso p blico exclus o da folha de pagamento da Secretaria de Educa o dos professores que estavam fora do sistema e a moraliza o da admi nistra o p blica Foi decis o da Assembl ia Geral do CPERS e posterior interfer ncia nossa que saiu a CPI do magist rio e o censo por ela proposto Os professores fizeram greves assinaram acor dos e conquistaram leis pela moraliza o da edu Sexta feira
283. uotas fixas com a posterior inclus o do rendimento na declara o anual e a compensa o do im posto retido na fonte essa a regra Contudo em casos expressos deferia se ao contri buinte com o car ter de exce o a faculdade de optar pela tributa o definitva na fonte Importa afirmar o que retido em car ter pro vis rio transmudava se op o do contri buinte em tributa o definitiva na fonte a exemplo de dividendos de a es nominativas ou ao portador identificado 3 Essa a tradi o Acontece que a Lei n 7 450 de 23 12 85 rompeu essa tradi o Estabeleceu um divisor de guas Com efeito adotou o regime de ano base antes descrito Mas o de bases correntes em que o imposto Abril de 1987 devido pari passu com a auferi o dos rendimentos ocorrendo um ajuste quando da declara o anual 3 1 No regime de bases correntes o im posto tem que ser estabelecido de tal ma neira que quando do ajuste a declara o anual acuse t o s pequena diferen a via de regra a favor da Fazenda e excepcional mente a favor do contribuinte Esse o prin c pio cardeal A explicit lo em seus linea mentos acode nos a doutrina A precis lo depara se a legisla o que o esposa 4 A ado o do regime de bases corren tes est espelhado no art 3 da Lei n 7 450 85 in verbis Art 3 Oimposto de renda das pessoas f sicas ser devido medida em que os rendi mentos forem auferidos se
284. urais especial mente da mulher do campo que suporta dupla discrimina o mulher e da ro a O sistema de aposentadoria para o trabalho rural injusto pois deixa a mulher fora de sua prote o E isso contr rio letra e ao esp rito da Constitui o De fato o art 165 no item XIX garante aposen tadoria para a mulher aos trinta anos de trabalho com sal rio integral E aqui conforme demonstrado e enquanto houver democracia n o se pode admitir qualquer discrimina o Mulher trabalhadora para a Cons titui o tanto a oper ria da cidade quanto aque la que labuta no campo Negar esse fato fechar os olhos ao suor que escorre daqueles rostos no dia a dia que marca o tempo da jornada de trabalho somente pela luz do sol fechar os olhos aquelas m os calejadas que tanto colaboram pa ra que o Brasil possa exercer a sua voca o agro pastoril Portanto se a Constitui o n o discrimina se ao int rprete n o cabe discriminar se mulher tra balhadora antes de mais nada consegii ncia de um fato social e econ mico e n o apenas uma fic o ou uma constru o metaf sica n o h Srs Parlamentares qualquer raz o para negar mulher do campo o direito aposentadoria Direito esse que deve ser reconhecido nas mes mas condi es das demais trabalhadoras ou seja por for a da Constitui o art 165 item XIX apo sentadoria para a trabalhadora rural aos trinta anos de trabal
285. urso p blico e sem direito sindicaliza o Sr Presidente Srs Constituintes este Governo da Nova Rep blica atrav s do Minist rio da Edu ca o n o vem cumprindo os compromissos as sumidos com a educa o escolar e o magist rio apesar da atual Constitui o definir educa o co mo direito de todos e dever do Estado art 176 e estabelecer que a Uni o aplicar nunca menos de 13 da receita de impostos na manu ten o e desenvolvimento do ensino 8 4 art 176 o que levou a triplicar o or amento do MEC E nem assim melhoraram os recursos para a es cola p blica de 1 e 2 graus em grande parte sob responsabilidade de Estados e Munic pios e a universidade brasileiora continua a viver uma crise por mais recursos para custeio e melhores sal rios para professores e funcion rios N o poss vel que continue a omiss o do MEC diante desse quadro Insistimos na necessidade urgente de se retomarem negocia es que atendendo s reivindica es ponham fim greve DI RIO DA ASSEMBL IA NACIONAL CONSTITUINTE Sr Presidente Srs Constituintes a nova Consti tui o n o far nenhum milagre n o ir resolver por si s e de imediato os problemas econ micos e sociais que enfrentamos Temos de lutar para escrever o cap tulo da educa o com vistas solu o desses problemas que vivemos Mas temos de salientar o quanto importante o deba te a mobiliza o da sociedade civ
286. va deste Pa s Esses milh es de brasileiros contribu ram para os cofres da Previd ncia durante 25 30 35 anos e hora do descanso hora em que deveriam encontrar certa tranquilidade s o abandonadas pr pria sorte Previd ncia despreparada para atender a essa massa de trabalhadores Previd ncia que precisa de uma reformula o geral pois em toda a sua exist ncia s se deteriorou servindo de cabide para emprego de pol ticos Nunca se tratou a Pre vid ncia com seriedade Ora atendendo aos pol ti cos aos interesses destes ora atendendo aos do nos de casas de sa de e de laborat rios o dinhei ro suado do trabalhador usado para satisfazer os apetites pessoais de uma corja de aprovei tadores Antigamente o PTB hoje o PMDB E os velhi nhos aposentados deste Pa s continuam abando nados nos bancos de pra as e jardins remoendo sua mis ria desiludidos de tudo Sai governo en tre governo e aos aposentados as migalhas as sobras da Na o por quem deram uma vida de trabalho Nunca se buscou uma legisla o definitiva para dar tranquilidade ao homem na velhice Sempre o Ministro da Previd ncia a preocupar se com o saldo de caixa quando devia preocupar se so mente com o saldo de sa de de vida de trang i lidade dos aposentados Sempre medidas paliativas Ainda agora vem o Presidente Sarney bater no peito com esses Cz 1 300 00 como m nimo para os aposentados e pensionistas De que vale isso
287. vadas ou de for as paramilitares atropelando o dispositivo constitucional que regula a mat ria Em resumo a proposta oficial embora acene com maior autonomia e sugira o pluralismo sindi cal cont m v cios antigos e sabidamente peri gosos que poder o contribuir para amorda ar ainda mais os direitos dos trabalhadores O PDT n o pretende aceitar f rmulas estereo tipadas O tema complexo e pol mico Por isso mesmo est a exigir ampla e democr tica discus s o Afinal o Governo n o det m o monop lio da verdade O projeto ou anteprojeto precisa sofrer profundas altera es a fim de ser moder nizado escoimado de equ vocos grosseiros e ade quado s mais leg timas aspira es da classe tra balhadora Do contr rio representar desde que mantida sua formula o original nova e violenta agress o s lutas hist ricas do operariado brasileiro Eu e meu partido Sr Presidente jamais com pactuaremos com a farsa com o embuste e com a mentira Era o que tinha a dizer O SR MOZARILDO CAVALCANTI PFL RR Pronuncia o seguinte discurso Sr Presi dente Srs Constituintes estou apresentando ho je cinco proposi es ao Projeto de Constitui o sobre os seguintes temas 1 Acr scimo de um ter o para o tempo de servi o prestado em regi es de fronteiras da Ama z nia Legal pelos servidores p blicos civis e milita res e gratifica o de 50 nos vencimentos para os que exerc
288. y Filho PFL Saulo Queir z PFL S rgio Brito PFL S rgio Naya PMDB S rgio Spada PMDB S rgio Wer neck PMDB Severo Gomes PMDB Sigma ringa Seixas PMDB S lvio Abreu PMDB Sim o Sessim PFL Siqueira Campos PDC S lon Borges dos Reis PTB Sotero Cunha PDQ St lio Dias PFL Tadeu Fran a PMDB Telmo Kirst PDS Teot nio Vilela Filho PMDB Theodoro Mendes PMDB Ubiratan Aguiar PMDB Ubiratan Spinelli PDS Uldu rico Pinto PMDB Ulysses Guimar es PMDB Valmir Campelo PFL Valter Pereira PMDB Vasco Alves PMDB Vicente Bogo PMDB Victor Faccioni PDS Victor Fontana PFL Victor Trov o PFL Vilson Souza PMDB Vingt Rosado PMDB Vinicius Cansan o PFL Virgild sio de Senna PMDB Virg lio Ga lassi PDS Virg lio Guimar es PT Vitor Buaiz PT Vivaldo Barbosa PDT Vladimir Palmeira PT Wagner Lago PMDB Waldec Orn las PFL Waldyr Pugliesi PMDB Walmor de Luca PMDB Wilma Maia PDS Wilson Cam pos PMDB Ziza Valadares PMDB O SR PRESIDENTE Mauro Benevides A lista de presen a registra o comparecimento de 417 Senhores Constituintes Est aberta a sess o Sob a prote o de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos O Sr Secret rio proceder leitura da ata da sess o anterior li O SR M RIO MAIA 2 Secret rio

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