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universidade federal do espírito santo centro pedagógico programa

1. s vezes eu acho que a gente se aprofunda em coisas que n o s o t o necess rias Por exemplo acho que isso tem a ver n o s com o curr culo mas com o professor Direito que a gente teve pra mim deveria ser basicamente direito trabalhista s que a gente viu muita coisa que n o tinha nada a ver As vezes aquilo seria importante mas ele se aprofundou em outra coisa foi deixando de lado Tem muito disso em toda disciplina tem aluna Mar lia Outros alunos e tamb m professores entendem ser de grande import ncia para sua forma o o mergulho profundo nas discuss es propostas uma vez que n o pensam somente nos aspectos t cnicos da forma o em seguran a do trabalho Muitas vezes o problema est na forma de abordagem dos assuntos Alguns professores n o t m a preocupa o de contextualizar as discuss es para o aluno compreender o porqu de estud las Este grupo de professores entende que o estar na escola para uma forma o t cnica uma oportunidade de ampliar os horizontes aprendendo al m do que proposto no curr culo oficial E mais acreditam que um t cnico de Seguran a precisa pela pr pria especificidade da profiss o ter conhecimentos mais 94 amplos porque trabalhar com pessoas e precisar no m nimo entender de gente Os alunos apontaram em seus coment rios problemas em rela o pr tica de sala de aula pois neste espa o de aprendizagem cotidiana que eles passam
2. Curr culo Achei que cada uma complementa em alguma coisa Cada rea que voc vai seguir l dentro as documenta es por exemplo o PPRA PCMSO a oportunidade de voc saber se est correta uma instala o el trica tema a metalurgia para saber se o ru do da m quina normal da m quina ou n o ent o eu acho que estava de acordo mesmo com o curso cada uma supria o que era o necess rio mesmo Quest es Acho que n o h O curso sempre foi a fam lia CEFETES A gente sempre teve um entrosamento muito bom entre os alunos e professores Eles demonstravam que preocupados se os alunos iriam aprender eles n o falavam faz isso para tirar nota mas estavam preocupados se os alunos iriam aprender Rela o com o mercado do trabalho O CEFETES j tem um nome no mercado de trabalho e pelo que estudei at agora n o est deixando a desejar porque no mercado de trabalho a gente v que o que a gente aprendeu aqui o que estamos aplicando mesmo l dentro A vis o do curso l fora ainda est muito boa Eu devo admitir que entrei no curso uma pessoa e sa outra porque o per odo dentro do curso e o conv vio com as pessoas muda muito Diria que vou sa mais confiante para o mercado de trabalho n o s para o mercado de trabalho mas tamb m para o conv vio com as pessoas consciente que eu tenho algo a mais que as outras pessoas Eu entrei s com o ensino m dio e n o tinha nem sabia que caminho seguir
3. CDU 37 Ao meu esposo Andr pelo incentivo incondicional e em todos os momentos e nossa filha Ana Lee pela inspira o que nos proporciona Sua vinda a este mundo o maior e melhor presente de Deus para n s Agrade o a Deus o autor da vida minha fam lia em especial minha m e Tuca minha irm zinha Ana Elisa minhas sobrinhas Let cia e Samyra e minha prima Scheila Seu apoio possibilitou a finaliza o deste projeto Aos meus colegas do IFES Vit ria pelas valiosas contribui es Ao IFES Campus Vit ria A todos os alunos e professores que aceitaram o convite e participaram das entrevistas Aos amigos que direta ou indiretamente contribu ram para a realiza o deste trabalho A todos a minha gratid o N o a agress o a emo o fundamental que define o humano mas o amor a coexist ncia na aceita o do outro como um leg timo outro na conviv ncia N o a luta o modo fundamental de rela o humana mas a colabora o Humberto Maturana RESUMO O principal objetivo dessa pesquisa problematizar fragmentos das redes de saberesfazerespoderes tecidas pelos sujeitos praticantes no cotidiano do Curso T cnico de Seguran a do Trabalho do Instituto Federal do Esp rito Santo IFES Campus Vit ria Buscamos potencializar a amplia o e o fortalecimento de teoriaspr ticas que possam questionar rela es pautadas na l gica de competi o que tem caracteriz
4. Realizar inspe es e auditorias de sa de e seguran a do trabalho Analisar projetos relacionando os com as exig ncias legais da rea de seguran a e sa de do trabalho Bases Tecnol gicas Normas T cnicas nacionais e internacionais Prote o ativa e passiva Teoria de propaga o do fogo Classes de inc ndio M todos de extin o do fogo Equipamentos de combate ao inc ndio e de detec o e alarme A es da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros No es b sicas de explosividade Legisla o do Corpo de Bombeiros Normas Leis Decretos 155 Tecnologia e preven o de combate a inc ndio Atua es de companhias de seguros Seguran a do Trabalho Higiene seguran a e medicina do Trabalho Inflamabilidade e explosividade Fundamentos de confiabilidade Procedimentos b sicos de emerg ncia T cnicas de dire o defensiva Equipamentos de detec o de alarme T cnicas de abandono de rea A es da Defesa Civil do Departamento de Tr nsito e do Corpo de Bombeiros Seguran a no tr nsito Caracter sticas dos programas de preven o Elementos do sistema de gest o Caracter sticas de uma pol tica de SST T cnicas de planejamento das a es Par metros para uma an lise cr tica do sistema No es de desenho T cnico Legisla o trabalhista Estat stica aplicada a Sa de e Seguran a no Trabalho Per cias e fiscaliza es administrativas judiciais e outras pertin
5. aspectos culturais Tomando como relevantes as contribui es de Pacheco 2005 discuss o hist rica sobre curr culo desenvolvida neste cap tulo seguimos no texto destacando a refer ncia do autor s duas tradi es existentes para o conceito a saber a tradi o t cnica e a tradi o pr tica e emancipat ria O conhecimento dessas duas tradi es contribuiria para a defini o do termo curr culo uma vez que este sofreu ao longo dos anos muitas ressignifica es pelas diferentes escolas de pensamento curricular A tradi o t cnica teve in cio na Idade M dia pelo ensino do Trivium e Quadrivium O curr culo nesta perspectiva reduzido prescri o de uma forma o pr determinada pela expectativa dos resultados organizado a partir de finalidades e do estabelecimento de objetivos Na tradi o t cnica curr culo significa o conjunto de todas as experi ncias planificadas no mbito da escolariza o dos alunos vinculando se a aprendizagem a planos de instru o que predeterminam os resultados e valorizam os fundamentos de uma psicologia de natureza comportamentalista PACHECO 2005 p 33 Na segunda tradi o cuja perspectiva emancipat ria e pr tica a defini o de curr culo supera a vis o da primeira tradi o que o define como um plano de inten es O curr culo definido nesta segunda tradi o como o conjunto das experi ncias educativas dos alunos e tamb m como um p
6. es importantes ocorridas na natureza e extens o da produ o do conhecimento o curr culo continua fundamentalmente centrado em disciplinas tradicionais Essa disciplinaridade constitui talvez o n cleo que primeiro deva ser atacado numa estrat gia de desconstru o da organiza o curricular existente Tem se veiculado com insist ncia nesse contexto o papel da chamada interdisciplinaridade Apesar de sua apar ncia transgressora preciso reconhecer que o movimento da interdisciplinaridade sup e a disciplinaridade deixando assim intacto exatamente o fundamento da presente estrutura curricular Seria necess rio talvez um movimento mais radical para minar com mais profundidade essa estrutura MOREIRA SILVA 1994 p 32 Galo apud ALVES GARCIA 2002 destaca ainda que para responder aos problemas cotidianos s o necess rios saberes h bridos ou seja outros saberes diferentes da forma disciplinar uma vez que os problemas cotidianos tamb m se apresentam h bridos Sugere que preciso pensar numa educa o n o disciplinar e que para tanto necess rio buscar outras formas de se pensar o processo de constru o do conhecimento Para romper com o paradigma da hierarquiza o desenvolvida a partir de Deleuze e Guattari a met fora do rizoma Num rizoma h o princ pio da conex o em que qualquer ponto pode estar conectado a outro o princ pio da heterogeneidade da multiplicidade da ruptura a signi
7. o da pol tica SST Sa de e Seguran a no Trabalho Implantar a pol tica de SST Sa de e Seguran a no Trabalho Realizar auditorias acompanhamentos e avalia o na rea de SST Sa de e Seguran a no Trabalho Identificar vari veis de controle de doen as acidentes qualidade de vida e meio ambiente Desenvolver a es educativas na rea de SST Sa de e Seguran a no Trabalho Participar de per cias e fiscaliza es Os objetivos de forma o do t cnico de Seguran a do Trabalho visam n o s a prepara o de um profissional que responda tecnicamente e de modo eficiente eficaz s demandas de seu trabalho mas conforme o projeto do curso 16 Ver resumo do projeto do curso no Anexo A 28 seja capaz de propor alternativas criativas com iniciativa e criticidade compreendendo o seu papel de cidad o com direitos e deveres numa sociedade que carece de valores como justi a e solidariedade e em constante transforma o Projeto do curso T cnico de Seguran a do Trabalho Cefetes Vit ria p g 8 grifo nosso Quanto oferta de vagas para o curso podemos observar a grande procura de candidatos por meio da an lise de candidatos vagas percentuais dos ltimos cinco anos A partir da entrada destes j poss vel perceber pelo menos inicialmente e a partir das escutas as raz es do interesse dos candidatos no curso Diferentes fatores t m influenciado esta decis o A maioria dos candida
8. tortura 12 Em minha lembran a quando estudava m sica embora meus pais procurassem saber se estava feliz minhas maiores preocupa es eram chegar o dia da aula e n o ter tido condi es de preparar as li es medo de errar e consequentemente decepcionar as professoras medo de dizer que era necess rio mais tempo para alcan ar o n vel do curr culo ou o repert rio que havia sido escolhido para mim ou que gostaria de estudar esta ou aquela m sica L no fundo quando senti o desejo de trabalhar com a educa o musical nas escolas tinha como projeto pessoal retornar s ra zes musicais para aplicar algumas id ias que vinha amadurecendo h algum tempo sem ter ainda a chance de experiment las Pensava que o aluno de m sica deveria ter na aula um momento de cria o em que ele pudesse externalizar suas prefer ncias musicais ouvindo e fazendo m sica e n o somente cumprindo um curr culo te rico pr tico pr determinado Minha experi ncia no ensino de m sica se deu durante o per odo de um ano em tr s escolas sendo uma de ensino infantil e duas de n vel infantil e fundamental Nestas institui es tive a oportunidade de colocar em pr tica a proposta de ensino de m sica em que acreditava e foi muito bom perceber a resposta positiva dos alunos Os encontros eram na maioria das vezes produtivos pois as turmas demonstravam grande interesse Em outros momentos no entanto como normal acontecer seu int
9. 2002 ALVES Nilda et al Org Criar Curr culo no Cotidiano S o Paulo Cortez 2004 Artefatos tecnol gicos relacionados imagem e ao som na express o da cultura de afro brasileiros e seu uso em processos curriculares de forma o de professores na Educa o Superior o caso do curso de Pedagogia da UERJ Campus Maracan Projeto incorporado ao PROCI NCIA agosto de 2005 ASSMANN Hugo Reencantar a educa o rumo sociedade aprendente Petr polis Vozes 1998 BECKER Fernando O que construtivismo Revista de Educa o AEC Bras lia V 21 n 83 p 07 15 abr jun 1992 Dispon vel em lt www crmariocovas sp gov br pdf ideias 20 p gt Acesso em 11 de jul de 2009 BRASIL Decreto n 2 208 de 17 de abril de 1997 Regulamenta o 2 do art 36 e os artigos 39 a 42 da Lei 9 394 de 20 de dezembro de 1996 Dispon vel em lt portal mec gov br seesp arquivos pdf dec2208 pdf gt Acesso em 10 de jul de 2009 BRASIL Portaria GM n 3214 de 08 de junho de 1978 NR 4 Servi os Especializados em Engenharia de Seguran a e em Medicina do Trabalho Dispon vel em lt http www mte gov br gt Acesso em 11 de maio de 2009 CANDAU Vera Maria Org Ensinar e aprender sujeitos saberes e pesquisa Encontro Nacional de Did tica e Pr tica de Ensino Endipe Rio de Janeiro DP amp A 2000 CARVALHO Janete Magalh es Org Diferentes perspectivas da profiss o docente na atualidad
10. Considerando as an lises feitas at aqui e observando como tem sido a pr tica de avalia o no cotidiano do curso podemos identificar que as pr ticas avaliativas continuam fundamentadas na quantifica o do aproveitamento do aluno muito embora exista uma orienta o no regulamento da Institui o que direciona o foco da avalia o para o aspecto qualitativo do aproveitamento do aluno Tamb m n o podemos deixar de registrar que algumas pr ticas de professores adotam sim o aspecto qualitativo do aproveitamento dos alunos buscando valorizar a aprendizagem em seu sentido mais amplo N o podemos afirmar que todas as pr ticas docentes t m observado o texto do projeto que citamos a seguir 106 A apropria o do significado da avalia o pelo aluno como etapa diagn stica e sinalizadora de novos rumos desmitificar a hora da prova e o conduzir ao comprometimento com a pr pria aprendizagem contribuindo para a melhoria do processo e consequente produtividade Projeto do curso p 19 20 grifo nosso A raz o de assim nos expressarmos est ligada observa o que fazemos em negrito no texto do projeto a apropria o do significado da avalia o pelo aluno como etapa diagn stica e sinalizadora de novos rumos porque se essa apropria o tem acontecido n o tem servido para desmistificar a hora da prova Ouvindo os alunos n o temos recebido queixas generalizadas quanto aos instrumentos de avali
11. HAMILTON GIBBONS 1980 apud GOODSON 1995 p 32 Com a revolu o industrial o ensino dos filhos antes assumido pelos pais foi assumido pelo sistema de escolariza o estatal a partir do come o do s culo XX e baseado na trilogia pedagogia curr culo e avalia o A estrutura de salas de aula que comportavam grupos maiores de crian as e adolescentes possibilitou o investimento no ensino em grupo que acabou sobrepondo se ao ensino individualizado O sistema de salas de aula introduziu uma s rie de hor rios e de aulas compartimentalizadas a manifesta o curricular dessa mudan a sistem tica foi a mat ria escolar E apesar das muitas formas alternativas de conceitualiza o e organiza o do curr culo a conven o da mat ria escolar deteve a supremacia Na era moderna j tratamos o curr culo essencialmente como mat ria escolar GOODSON 1995 p 35 Neste contexto em que a escolariza o transformada numa atividade de massa subsidiada pelo Estado Inglaterra e a mat ria escolar alcan a a supremacia s o definidos os Regulamentos Secund rios 1904 estabelecendo as mat rias 2 Calvinismo doutrina criada por Jo o Calvino reformador protestante que tentou criar uma teocracia forma de governo em que a autoridade emanada dos deuses ou de Deus exercida por seus representantes na Terra 42 consideradas b sicas para o Certificado Escolar colaborou para o conflito curricular que temo
12. o TIC aponta para a necessidade de se considerar al m dos aspectos positivos inerentes Sociedade da Informa o SI que emerge neste contexto tamb m seus riscos Por isso importante frisar que essa r pida transforma o ocorre num per odo hist rico marcado a escala mundial por uma estarrecedora l gica da exclus o acompanhada por uma diminui o significativa da sensibilidade solid ria ASSMANN 1998 p 18 A reflex o proposta por Assmann 1998 deposita nas rela es de solidariedade ampliadas pela era das redes a possibilidade de ruptura da id ia de competi o sadia que alimenta as rela es de empregabilidade na sociedade contempor nea Em uma das discuss es durante as aulas do mestrado o professor Carlos Eduardo Ferra o assim se expressou H que se produzir uma forma de vida marcada por rela es menos hierarquizadas informa o verbal Nas rela es hierarquizadas h a nega o do outro a exig ncia de obedi ncia pelo uso do poder MATURANA 1998 Na era das redes vislumbro a possibilidade de aproveitamento de algumas de suas caracter sticas hipertextualidade conectividade transversalidade em prol do investimento nas rela es de solidariedade entre os homens considerando a A id ia de sujeitos praticantes foi tomada de Certeau 1994 21 exist ncia do outro para a conviv ncia social numa rela o solid ria n o hierarquizada Tomando como ref
13. o do profissional de seguran a do trabalho proposta de forma o do curso do CEFETES e o mercado de trabalho s metodologias e did ticas usadas e sistem tica de avalia o A proposta deste cap tulo apresentar os dados produzidos a partir das entrevistas e a sua rela o com os curr culos tecidos em redes no cotidiano do curso tendo como referencial os eixos tem ticos apontados anteriormente e discutidos ao longo do cap tulo Na entrevista foram feitas as seguintes perguntas quais as suas impress es sobre o curso de Seguran a do Trabalho do CEFETES Quais a principais quest es a serem discutidas em rela o ao curso Como voc percebe o curr culo do curso Qual a rela o que voc v entre a forma o t cnica em Seguran a do Trabalho e o mercado de trabalho Ao iniciar o processo de pesquisa foi detectado conversando informalmente com os alunos e professores do curso que algumas quest es relacionadas s suas expectativas quanto forma o t cnica em Seguran a do Trabalho eram frequentemente discutidas por eles Pensei ent o como uma primeira aproxima o dos curr culos em redes na utiliza o de um instrumento de pesquisa que possibilitasse ouvir a opini o de um grupo grande de alunos dos quatro m dulos do curso para ter uma vis o geral sobre estas expectativas Conversando com os alunos a partir de uma sondagem realizada por ocasi o da avalia o docente discente do per odo em c
14. o do t cnico em Seguran a do Trabalho T m sentido dificuldade no trato de algumas quest es com os alunos do turno vespertino especialmente em fun o disso Outra observa o dos professores em rela o aos alunos do turno vespertino relaciona se ao desinteresse deles no curso e por conseguinte prioriza o de outras atividades como o curso de gradua o por exemplo em detrimento do curso de seguran a Quando chegamos ao IFES Vit ria e fomos direcionados para acompanhar a seguran a fomos informados de que n o ter amos problema de que o curso era muito tranquilo os professores de bom relacionamento os alunos quase n o compareciam ao n cleo pedag gico e que n s ir amos gostar muito de trabalhar com o curso De fato no que se refere rela o estabelecida com os professores e coordenador bem como com os alunos essa expectativa se efetivou Entretanto algumas quest es em nossa opini o precisam ser discutidas com cuidado porque elas t m fragilizado a imagem do curso Temos pensado em toda essa tranquilidade como preocupante tamb m se analisarmos as quest es que emergem do cotidiano No turno vespertino os alunos s o em sua maioria jovens ou adolescentes e alguns ainda n o conclu ram o Ensino M dio Pensando na proposta do curso de Seguran a do Trabalho em sua finalidade de fato acreditamos que seria necess rio um trabalho mais amplo com os alunos no sentido de situ los melhor
15. 9 Professor 180 r Impress es E um bom curso que j esteve mais valorizado dentro desta institui o a valoriza o aqui dentro reflete muitas vezes o curso no mercado porque aconteceu que h dez anos atr s s o CEFETES formava profissionais nesta rea E isso ocorreu num determinado momento em que o mercado estava demandando profissional da rea de seguran a ao mesmo tempo que o mercado estava passando por uma certa retra o nas outras atividades como por exemplo na mec nica e na metalurgia ent o o tec de seguran a estava sendo bem aceito no mercado havia v rias possibilidades inclusive est vamos com muitos profissionais de Minas Gerais vindo para c mas os outros profissionais de rea industrial com certa restri o Neste contexto agora de 10 anos depois em que v rias escolas est o dando tamb m o curso de seguran a a gente vem acompanhando os projetos de expans o da Vale do Rio Doce CST e Samarco a gente percebe uma supervaloriza o desses outros cursos t cnicos e uma demanda menor do curso t cnico de seguran a Assim que eu cheguei aqui na escola me defrontei com outra realidade aquele que era um curso mais valorizado na escola hoje j n o em detrimento dos outros cursos de eletrot cnica de mec nica Ent o quando eu passei aqui e vi a tomada de investimento nos laborat rios da mec nica de algum modo aquilo me assustou Ent o eu percebo que o CEFETES tem tradi o em formar bons prof
16. A experi ncia obtida com a pesquisa no do com o cotidiano do Curso T cnico de Seguran a do Trabalho significou para n s uma possibilidade de perceber o que acontecia naquele cotidiano como forma de supera o das estruturas j postas nem sempre estruturas que conseguiam atender s necessidades dos sujeitos mas que continuavam a ser desenvolvidas cotidianamente 134 Conforme Sampaio apud ALVES 2008 coloca discutindo as motiva es do pesquisador ao entrar em sala de aula ou em todos os espa os do vivido nossas op es n o s o neutras n o h uma entrada desinteressada que objetive apenas o aspecto cognitivo Ao fazermos essas op es estamos tamb m sendo conduzidos pelo afetivo ou seja por aquilo que mexe conosco e nos faz desejar entender melhor como pensam e sentem os sujeitos Assim poder amos dizer que a op o pela pesquisa no curso de Seguran a do Trabalho foi totalmente interessada na medida em que este interesse originou se a partir de nossas inquieta es sobre o que v amos ouv amos e perceb amos de alunos professores e comunidade escolar E assim Envolvidos plenamente em nosso contexto de estudo a tradicional dominante e cartesiana forma de estud lo a partir do olhar foi ampliada incluindo sentimentos atitudes e sentidos outros como compartilhar enredar ajudar ouvir tocar degustar cheirar intervir discutir etc FERRA O 2008 p 103 Esta cita o de Ferra o 2008 r
17. Curr culo Luciana Acho que em quest o de mat rias acho que tem mat rias que deveriam ser colocadas como exemplo a gente tem inform tica que o que aprendemos totalmente desnecess rio que montar e desmontar um computador um t cnico pra mim nunca vai fazer isso A gente poderia ter AutoCAD que tem a ver caro no mercado e outros cursos tamb m mesmo inform tica b sica Windows Word Excell que a gente n o viu e algumas mat rias que a gente aprende antes e poderia ver mais no final poderia ter mais maturidade para essas mat rias e j tem outras mat rias que a gente passa o m dulo todo vendo assuntos que a gente vai ver l no quarto poderia colocar no primeiro pegar outras coisas do primeiro que n o tem tanta import ncia e jogar para o quarto deixar para o final para ver melhor Acrescentaria para minha forma o no es de primeiros socorros Geila Na verdade o que a gente falou aqui a impress o do curso de fora muito bom mas aqui de dentro a gente v muitas falhas Essa quest o de inform tica eu cheguei at a conversar com o ele eu falei para ele que alegou que quest es sobre isso aparecem em concurso p blico Eu disse a ele tudo bem mas quest es de o que tem na placa m e o que tem num gabinete voc pode fazer uma estat stica caem uma duas quest es enquanto no mercado voc n o vai fazer isso voc vai fazer planilhas vai mexer com coisas que o curso infelizmente n o
18. Psicologia Administra o Inform tica Arquitetura e Enfermagem Medicina do Trabalho Para cumprimento dos pr requisitos do concurso p blico ou de prova de t tulos pede se que os candidatos vaga tenham a gradua o em Engenharia e a Especializa o em Seguran a do Trabalho O curso conta no per odo em que escrevo este texto com 20 professores efetivos e 07 contratados No turno vespertino temos hoje atuando 15 professores sendo 11 efetivos e 04 contratados conforme especificado a seguir 26 TABELA 1 DOCENTES DO CURSO T CNICO DE SEGURAN A DO TRABALHO DO TURNO VESPERTINO PROFESSOR FORMA O DISCIPLINA SITUA O Arlete Psicologia Psicologia do Trabalho Efetivo 40h vesp not Virg nia Administra o Fundamentos da Administra o Efetivo 40h vesp Silvana Direito Direito Aplicado ao Trabalho Efetivo 40h vesp F bio Inform tica Inform tica Aplicada ao Trabalho Efetivo 40h vesp not Arnaldo Matem tica Estat stica Aplicada ao Trabalho Efetivo 40h vesp not Henrique Eng El trica Fundamentos da Eletrot cnica Efetivo 20h vesp not Fernando Eng Mec nica Fundamentos da Mec nica Efetivo 40h vesp not Alfredo Eng Civil Fund da Constru o Civil e Minera o Efetivo 40h vesp Charles Arquitetura Desenho T cnico Efetivo 40h vesp not Thomas Eng Mec nica ST na Atividade de Transportes Contratado 20h vesp Rafael Eng Mec nica Sistema de Gest o em Sa
19. Saber o que Porque voc fala da norma Eu falo porque quando vou falar de processo de industrial eu entendo que o curso n o para ele ser um siderurgista Eu estudei siderurgia 5 anos para ser um engenheiro metalurgista Ent o para ele conhecer de um modo geral o que ocorre nas reas quais os riscos e a Norma Regulamentadora que ele vai adotar Eu entendo que assim O pessoal n o desenvolveu muito isso n o Acho que a vis o do t cnico de seguran a isso O aluno tem que saber o que fazer quando chegar na empresa 176 Curr culo forma o Em termos de grade eu n o mexeria Eu peguei a grade e dei uma olhada nela e n o vejo o que mudar n o O que eu sugeriria o seguinte como n s estamos falando que o t cnico de seguran a vai bater na rea para trabalhar o aluno precisaria ter um pouco mais de bagagem pr tica Por exemplo Fundamentos da mec nica o pessoal bota l caldeira vasos de press o uma s rie de outras coisas mas eles n o sabem o que um parafuso uma porca uma arruela uma pupilha isso s o coisas que ele vai pegar por exemplo lubrifica o ele n o vai lubrificar o motor O motor tem um eixo ele n o sabe o que um eixo Rela o com o mercado O curso atende o mercado sim mas preciso preparar mais o aluno l pra fora Talvez o comportamental Hoje o aluno tem muita liberdade e l fora n o bem assim cumprimento de prazos de hor rios de a
20. a do Trabalho com os outros segmentos e sistemas da empresa Manter um canal de informa o com os trabalhadores em que estejam listados os riscos profissionais que possam originar se nos locais de trabalho e as formas de preven o a eles Implantar e acompanhar programas oficiais de Sa de e Seguran a do Trabalho Aplicar t cnicas seguras de transporte movimenta o armazenagem e manuseio de materiais Elaborar e manter comunica o interna entre v rios n veis e fun es de organiza o e responder e manter um controle de recebimento de documentos externos 154 Formatar programas de seguran a e sa de ocupacional em n vel institucional Realizar inspe es e auditoria em Sa de e Seguran a do Trabalho Acompanhar inspe es fiscaliza es externas disponibilizando documentos Executar procedimentos t cnicos que contenham controles mitigadores para a es potenciais de acidente do trabalho Coordenar os trabalhos do setor de seguran a do trabalho Elaborar check list para inspe o e lista da verifica o para auditoria Preparar um plano de auditoria para a realiza o de verifica es sist micas Elaborar relat rio de auditoria e planos de a o para as a es corretivas necess rias Aplicar t cnicas crit rios evid ncias e conclus es de uma auditoria Verificar a efic cia do sistema de sa de e seguran a do trabalho identificando falhas boas pr ticas e promover a melhoria cont nua
21. de e ST Contratado 20h vesp Gustavo Eng Mec nica Agentes de Riscos Qu micos Efetivo 40h vesp not Larissa Eng Civil Ergonomia Efetivo 20h vesp M rcia Enfermagem Medicina e Bioseguran a Contratado 20h vesp not Guilherme Ge grafo Gest o Ambiental Contratado 20h vesp Obs Os professores assinalados n o fazem parte da coordenadoria do curso de Seguran a do Trabalho Eles trabalham com as turmas participam das reuni es mas n o frequentam a coordenadoria do curso e por isso nem sempre participam ou tomam ci ncia das decis es Citei apenas uma disciplina ministrada por cada um dos professores mas em virtude da forma o que t m podem ministrar e o fazem outras disciplinas Os nomes dos professores s o fict cios A abrevia o ST significa Seguran a do Trabalho Alguns professores lotados na coordenadoria de Seguran a do Trabalho que atuam no turno vespertino e que aceitaram participar da pesquisa s o professores do curso praticamente desde o seu in cio S o eles Arlete 11 anos no curso Henrique 14 anos no curso e Charles 13 anos no curso Os professores F bio 13 anos no CEFETES Alfredo 4 anos no curso e Fernando 3 meses no curso chegaram um pouco mais tarde Ao todo participaram das entrevistas 10 professores sendo 6 efetivos e 4 tempor rios e 15 alunos do 1 ao 4 m dulos do curso ou seja 25 pessoas Apenas 1 professor n o teve seu depoimento gravado e transcr
22. desinteresse e perda de foco Os alunos destacam ainda a necessidade de que haja um direcionamento do que estudam para o que exigido pelo mercado de trabalho Nas avalia es realizadas at aqui especialmente naquelas nas quais foi poss vel ouvir as percep es dos alunos e transcrev las houve uma demonstra o de preocupa o com a metodologia de trabalho de cada professor Os alunos demonstraram uma liga o muito enraizada com o ensino tradicional uma vez que suas solicita es refor am a necessidade de aulas expositivas mais din micas ou 19 Essa uma quest o que tem atravessado todas as discuss es do curso sobretudo nos momentos da avalia o institucional Nesse sentido pensamos na necessidade de propormos junto ao coletivo do curso problematizar que sentidos est o sendo dados s id ias de pr tica e de teoria 36 seja que o professor busque apresentar sempre os conte dos de forma variada Demonstram ainda uma dificuldade de organizarem a pr pria vida escolar citando como exemplo inclusive como os seus professores do Ensino M dio agiam na organiza o das aulas com uso de exerc cios de fixa o listagem de conte do no quadro negro apostilas etc A organiza o da matriz curricular em disciplinas e de cada disciplina em conte dos continua sendo vista como a melhor uma vez que n o houve nos depoimentos destaques de outras experi ncias de organiza o curricular talvez
23. em 167 cima de prote es coletivas depois se n o houver nem viabilidade t cnica nem condi es financeiras n s partimos para as prote es individuais Eu costumo dizer para o meu aluno que a seguran a do s c XVII o protetor auricular o capacete s o os culos de seguran a a botina ningu m gosta disso porque ningu m nasceu com isso no corpo seria interessante investirmos em sistema de despoeiramento enclausuramento de m quinas com rela o a ru do e outras coisas mais e dando manuten o naquilo que necess rio ou seja investir pesadamente na preven o de m quinas equipamentos e instala es cuidar do meio ambiente do trabalho e n o somente proteger o indiv duo em si Protegendo o ambiente do trabalho voc estar necessariamente protegendo coletivamente todos os indiv duos presentes neste ambiente de trabalho E ao solucionar os problemas ambientais sugerindo melhorias em termos de higiene conforto limpeza de locais de trabalho o nosso t cnico n o para por a a sua atua o ele continua para poder de forma permanente fazer o controle e o monitoramento dessa rea para que a mesma n o volte a situa es anteriores e que volte novamente a agredir a integridade f sica e a sa de ocupacional do trabalhador Eu acho que o nosso aluno sai com esse m nimo de conhecimento detectar o tipo de agente nocivo sa de do trabalhador detectar a fonte de onde ele est sendo gerado propo
24. o gostam muito mas tem que utilizar pelo menos o m nimo Precisa fazer uma adequa o para o mercado de trabalho Antigamente o mercado de trabalho absorvia o t cnico de seguran a do trabalho s precisava do cumprimento de normas regulamentadoras Hoje ele pede um profissional com qualifica o a mais se uma constru o civil ele pede um t cnico de seguran a do trabalho como forma o em edifica es se uma oficina mec nica ele pede um profissional como metalurgia ou mec nica Ent o o mercado vai pedir este profissional Quando fiz o curso 60 j era t cnico formado A grande maioria j tinha uma ambienta o profissional isso facilita Dificulta hoje o aluno egresso que nunca trabalhou O Curr culo Eu acho muito bom o curr culo O problema aqui da escola t cnica o seguinte voc tem que fazer um revis o disso pra essa disciplina n o ser dada muito superficial Por exemplo montar uma apostila um trabalho did tico pra voc abranger com o profissional da rea com recursos mesmo para melhorar a forma o O que acontece 172 que a gente vai falar sobre eletrot cnica a gente pega uma apostila da eletrot cnica a gente n o pega uma apostila da eletrot cnica adaptada ao curso de seguran a do trabalho O curr culo hoje din mico medida que surge vamos supor Rochas Ornamentais daqui uns dias vai surgir no CEFETES de Cachoeiro no curso de seguran a do trabalho uma disciplina seguran
25. rico das mudan as ocorridas no setor produtivo nos ltimos anos podemos perceber uma transforma o radical quando de sua reestrutura o motivada pela globaliza o da economia A situa o existente at o momento da reestrutura o era o modelo taylorista fordista que dividia claramente as fun es na f brica os que pensavam supervisores e engenheiros dos que executavam m o de obra oper ria um modelo de produ o baseado na linha de montagem Qualidade Total Conjunto de caracter sticas de todo produto e servi o ou rela o planejada praticada e verificada visando superar as expectativas de satisfa o das pessoas envolvidas Portal Sebrae SP acesso em 29 07 2009 123 A reestrutura o produtiva incorporou ci ncia e tecnologia em seus processos passando ao dom nio dos trabalhadores e incentivando a competitividade e qualidade Um novo modelo de gerenciamento e com eles novas formas de controle interno s o instalados no interior da f brica Um novo tipo de profissional exigido capaz de adaptar se s mudan as e com capacidades intelectuais diferenciadas tais como habilidade de comunica o auto desenvolvimento habilidade de lideran a e o pr prio comprometimento com o trabalho Com a nfase conferida s compet ncias h uma tend ncia maior exclus o de trabalhadores uma vez que surge uma nova classe de profissionais qualificados a qualifica o profissiona
26. uma vez que ainda n o tinham nenhuma ocupa o Como consequ ncia dessa decis o os alunos acabam por levar o curso de uma maneira mais descompromissada o que gera a insatisfa o dos professores que justificam seu desest mulo em dar aula tomando como base o desinteresse dos alunos Alguns professores j chegaram a comentar informalmente que o turno vespertino deveria ser extinto e ser criada mais uma turma no noturno Ainda n o vimos esta proposta ser discutida pelos professores nem no vespertino nem no noturno A situa o de falta de interesse e desest mulo dos alunos intensifica as justificativas para as aus ncias e atrasos e amplia as reclama es em rela o aos diferentes aspectos das aulas Os professores do turno vespertino vez ou outra destacam como exemplo algumas das atitudes dos alunos como algo que lhes incomoda e sempre os est o comparando aos alunos do seu tempo Os alunos deste tempo t m atitudes comportamentais diferentes porque demonstram menor preocupa o com a postura de aluno vista como a mais adequada Para os professores a postura assumida pela nova gera o representa preocupa o porque no m nimo desrespeitosa Os alunos ficam de bon na sala de aula n o usam uniformes alimentam se em sala de aula ficam de costas enquanto o 113 professor fala usam o celular a todo o momento mas todas estas atitudes penso eu podem e devem ser negociados entre alunos e prof
27. Cruz 2001 devemos considerar que as no es de compet ncia s o hist ricas e portanto determinadas pelo espa o tempo e pelas rela es sociais em que s o geradas apud ALVARENGA OLIVEIRA 2002 p 50 V rios autores discutem o termo e para o entendimento do seu sentido na perspectiva da estrutura o curricular do curso preciso considerar o que diz Manfredi ao chamar a aten o para as rela es que s o estabelecidas entre compet ncia e desempenho Os conceitos de compet ncia e qualifica o s o poliss micos e variam de acordo com os par metros te rico metodol gicos utilizados para investig los Por tudo isso n o se pode confundir compet ncia com mero desempenho MANFREDI apud ALVARENGA OLIVEIRA 1999 p 49 50 Nas entrevistas realizadas com os alunos principalmente foi poss vel observar a nfase que davam ao fator desempenho na forma o Uma de suas preocupa es com a dificuldade de est gio estava relacionada a esta quest o uma vez que entendiam o est gio como o momento em que poderiam exercitar na pr tica os conte dos aprendidos na teoria em sala de aula e ainda pela incompletude do t cnico formado sem a pr tica do est gio 120 Para a maioria dos alunos a palavra desempenho est diretamente relacionada desenvoltura demonstrada pelo profissional no exerc cio de sua profiss o oportunizada pela pr tica dos conhecimentos te ricos aprendidos no curso O pleno dese
28. ORGANIZA O DID TICA indicar os crit rios de acesso CAP TULO 04 ORGANIZA O CURRICULAR No Projeto de Educa o da Escola vislumbra se uma educa o voltada para o desenvolvimento de compet ncias e habilidades capazes de formar o Cidad o Integral cr tico e agente de mudan a social afinado com o paradigma da Sociedade Contempor nea dentro de uma perspectiva hol stica e construtora da pr pria hist ria Nesse contexto o t cnico que pretendemos formar n o se constitui apenas de um trabalhador capaz de executar com efici ncia e efic cia os componentes t cnicos de sua forma o mas que seja capaz de propor alternativas criativas com iniciativa e criticidade compreendendo o seu papel de cidad o com direitos e deveres numa sociedade que carece de valores como justi a e solidariedade e em constante transforma o A Organiza o Curricular buscou contemplar os Princ pios Norteadores da Reforma eo esp rito humano e profissional para construir uma educa o de qualidade que contribua para a forma o de cidad os agentes de mudan a social trabalhadores e construtores de uma sociedade mais justa e humana O Curso se constitui de quatro m dulos onde foram inclu das as fun es e sub fun es identificadas no processo produtivo da rea da Sa de contempladas as compet ncias gerais divulgadas nacionalmente as compet ncias espec ficas que identificam o perfil do t cnico para atender as demandas regionais
29. a de trabalho de 8 10 anos atr s n o o mesmo hoje o mercado exige uma mudan a muito grande Ent o para quem est acompanhando mais de perto ou est na rea h mais tempo fica mais f cil mas para gente que n o da rea espec fica acho que empobrece Curr culo O curr culo do curso pobre por falta da intera o que eu falei no primeiro momento Porque a partir do momento que h uma intera o maior entre os professores para que a gente conhe a quais os conte dos que est o abordando fica mais f cil at para a gente atualizar o curr culo em fun o daquilo que a gente acabou de dizer O mercado exige um perfil que seja constantemente atualizado ent o a partir do momento em que os professores tem uma intera o maior fica mais f cil a gente ter um curr culo que atenda s necessidades do aluno e do mercado de trabalho Rela o com o mercado Est defasado Os alunos dos CEFETES s o bem recebidos pelas empresas porque o CEFETES ainda tem um nome tem um respeito por estes alunos porque acham que eles t m um conhecimento diferenciado dos alunos das demais escolas E a minha preocupa o e exatamente isso Vai chegar um determinado momento que a qualidade do curso o n vel de conhecimento te rico principalmente destes alunos porque eles precisam teoria para depois ir para a pr tica eu acho que est ficando a desejar E ent o vai chegar um determinado momento em que o mercado de trabalho n o vai ab
30. a maior parte do tempo Os alunos demonstraram a necessidade de que os professores se atualizem quanto did tica para que a qualidade das aulas seja recuperada assim como o interesse dos alunos Eles falaram do uso excessivo do projetor multim dia com slides que nem sempre s o preparados com a preocupa o de facilitar a visualiza o pelos alunos Alguns professores t m utilizado unicamente este recurso causando nos alunos um grande desconforto imposs vel o aluno prender a aten o dele no professor durante essas tr s aulas ent o outro ponto muito importante dinamizar as aulas levar uma coisa diferente para sala de aula a n o ser power point data show eles pensam que falta do interesse do aluno aluna Jussara Eu concordo com ela D muito sono Igual segunda feira tivemos seis aulas com data show Com professores diferentes mas cansativo aluna Adriana Outros professores optam pela aula expositiva e dela n o abrem m o Outros preferem as atividades em grupo Independentemente das op es metodol gicas dos professores para suas aulas o mais importante considerar a que grupo se destina a aula Eu tenho a impress o que o curr culo aqui parou no tempo Desenho t cnico um semestre inteiro n o se usa mais n o h necessidade o que poderia ser feito com o AutoCAD poder amos desenvolver ali algumas t cnicas que nos ajudariam no mercado de trabalho aluna Geila A qu
31. acompanhamento e observa o do professor e dos resultados dos instrumentos de avalia o e auto avalia o aplicados Quando o aluno n o atingir as compet ncias t cnicas o m nimo exigido em cada m dulo a sua Progress o se dar nos moldes definidos pelo CEFETES A ficha de Acompanhamento dos alunos explicitar o processo de aquisi o das Compet ncias Habilidades e os estudos posteriores necess rios para tang las A metodologia de trabalho para o desenvolvimento de Compet ncias pode ser adotada tamb m para a recupera o do aluno no processo compreendendo o trabalho diversificado com a turma e a nfase na aquisi o de valores habilidades atitudinais necess rios ao trabalho em grupo e desenvolvimento pessoal como coopera o responsabilidade assiduidade etc No trabalho de avalia o por Compet ncias identificar as compet ncias e habilidades n o atingidas fundamental Para isso preciso recorrer aos Registros de Acompanhamento e buscar o comprometimento do aluno com a sua pr pria aprendizagem esclarecendo os objetivos e finalidades da avalia o para que ele se aproprie do significado da tarefa que ir realizar A apropria o do significado da avalia o pelo aluno como etapa diagn stica e sinalizadora de novos rumos desmitificar hora da prova e o conduzir ao comprometimento com a pr pria aprendizagem contribuindo para a melhoria do processo e consequente produtividade 162 ANEX
32. alunos e os professores do curso foi poss vel perceber tamb m que existe uma grande desmotiva o segundo discuss o anterior contrariando as expectativas iniciais de ambas as partes Quando os alunos ingressam na escola s o recepcionados pelo pedagogo pedagoga respons vel pelo curso e pelo coordenador no projeto que denominamos Boas vindas Os alunos recebem informa es gerais sobre a escola sobre o regulamento da organiza o did tica sobre o funcionamento do curso e sua estrutura feita normalmente uma atividade de integra o e proposta uma reflex o sobre a forma o profissional t cnica a partir de um texto ou uma mensagem Acreditamos que este primeiro contato com o curso 109 e com as pessoas que participam dele fundamental para que o aluno comece a se envolver Tamb m procuramos neste primeiro contato conversar sobre as expectativas dos alunos em rela o forma o t cnica de Seguran a do Trabalho e comum ouvirmos falas do tipo escolhi o curso porque estava toa em casa e resolvi fazer um curso t cnico meu colega me falou do curso e eu resolvi fazer o processo seletivo e passei meu pai falou para eu fazer um curso profissionalizante porque seria bom para o curr culo principalmente se eu fizesse no CEFETES o curso de Seguran a do Trabalho um curso tranquilo n o tem muito c lculo mais f cil para fazer entre outras Percebemos com isso que os alunos
33. alunos e professores t m investido no aproveitamento de eventos como feiras palestras visitas t cnicas trabalhos extraclasse e aulas em laborat rios ou salas t cnicas de outros cursos como estrat gias metodol gicas para o ensino Houve uma semana de educa o no tr nsito a Vieram 4 palestrantes um antrop logo um educador um m dico um jornalista onde eu levei os alunos Foram 4 palestras que eu levei os alunos eu disse aproveita pela manh mas voc s precisam sair desse meio para ouvir os diferentes pontos de vista e assim que a gente vai juntando os conhecimentos 99 Outro detalhe que vejo tamb m s o visitas t cnicas Se n o mostrarmos para o aluno que a visita at mais importante que uma aula em sala O aluno pode perder uma aula na UFES e a visita servir tanto para o CEFETES quanto pra Ufes Eu acho que o problema da visita dificulta na forma o porque uma forma de conviver um pouco mais com o trabalhador professor D Em algumas situa es os alunos se organizaram sem a interven o do professor para participar dos eventos mas n o tiveram xito Certa feita um grupo de alunos nos relatou que queriam participar de uma feira de neg cios que aconteceria no Pavilh o de Carapina Serra ES porque entendiam que seria uma boa oportunidade de conhecerem empresas e as atividades na rea de Seguran a desenvolvidas por elas Segundo os alunos a feira aconteceria no d
34. apoiar Entretanto para que iniciativas como esta sejam concretizadas preciso ouvir os alunos e tamb m os professores para que haja um engajamento de todos em todas as etapas da atividade um grande esfor o coletivo uma aposta nas propostas de inova o pensadas pelos pr prios protagonistas do cotidiano Ap s ouvirmos os alunos e tamb m os professores por ocasi o da pesquisa e de termos a chance de ver o curso sob o ponto de vista de seus protagonistas pudemos identificar algumas pistas que nos ajudaram a entender um pouco melhor o cotidiano do curso e algumas quest es que emergem dele pensando nas implica es da forma o do T cnico de Seguran a do Trabalho para o mundo do trabalho no contexto atual Buscando entender essas implica es para discutir a forma o t cnica do aluno para o trabalho neste novo contexto entendemos que preciso resgatar as mudan as ocorridas ao longo dos anos em rela o ao setor produtivo a cnamada reestrutura o produtiva do in cio dos anos 70 hoje subsidiado pelas altas tecnologias As transforma es ocorridas no setor necessitaram criar um novo modelo de Estado que pudesse superar as crises no sistema capitalista e sustentar a nova fase A cria o do Estado Neoliberal promoveu mudan as em servi os essenciais como a Educa o trazendo tamb m consequ ncias A partir das mudan as ocorridas no campo educacional emergiram alguns questionamentos quanto s novas qualific
35. bastante Mercado Elaine Acho que o CEFETES tem o status por ser federal Ent o voc j tem uma facilidade mais por estar aqui dentro de conseguir um emprego Uma vis o errada que as pessoas tem que se voc est aqui dentro voc j est empregado as pessoas perguntam ah verdade que voc j est empregado N o n o assim A gente tem muita dificuldade hor rio muita gente fazendo curso de seguran a do trabalho ent o a concorr ncia grande n o t o simples voc se inserir no mercado s fazendo curso t cnico voc precisa ter um diferencial curso de ingl s inform tica 193 Adriana Acho que a pessoa tem que gostar da rea acho que n o adianta ter feito o curso t cnico no CEFETES acho que n o importa o conhecimento hoje em dia n o dif cil tem internet as revistas est o a conhecimento de ingl s tamb m de f cil acesso ent o acho que o principal mesmo gostar 5 Valmir Impress es Antes de entrar para o curso eu tinha uma vis o um pouco diferente do curso eu pensava o que seria o seguran a do trabalho Via s o sujeito na obra s mandar use o capacete use luva uma coisa bem b sica mesmo agora depois de terminar o curso vi que envolve muito mais que isso envolve palestras treinamentos uma preocupa o maior com a vida do trabalhador mesmo claro tem essa parte de estar l no meio tamb m cobrando o uso de EPI mas tem muito mais que s isso
36. chegam ao curso com expectativas despertadas por outras pessoas Essas justificativas para ingresso no curso apresentadas pelos alunos chamaram nossa aten o porque revelaram a diversidade de objetivos que os estimularam a ingressar na escola Ao mesmo tempo poss vel perceber um conflito de interesses se considerarmos os objetivos e as expectativas dos alunos e tamb m dos professores Ao ingressarem no curso os alunos est o relativamente motivados energizados demonstram curiosidade interesse e t m uma participa o efetiva nas aulas embora ainda estejam se adaptando a um novo contexto Com o decorrer do tempo ao avan arem nos m dulos esta energia come a a diminuir e com ela o interesse a curiosidade e a participa o Os alunos come am a apontar problemas no curso com professores na coordena o e j n o t m a mesma motiva o Ao ouvir os alunos foi poss vel observar que as raz es para as desist ncias no curso s o identificadas por eles como sendo a pequena oferta de est gio pelas empresas o n mero excessivo de aulas vagas devido necessidade de contrata o de professores no meio do m dulo o excesso de teoriza o no segundo m dulo do curso tornando as aulas muito cansativas a aprova o no vestibular alguns alunos iniciam o curso mas n o objetivam de fato conclu lo pois o interesse maior est na forma o em n vel de gradua o a frustra o dos alunos quando percebem q
37. das metodologias e did ticas usadas nas aulas pelos professores citada nas falas repetidas vezes e por isso precisa ser discutida neste cap tulo A discuss o sobre a forma o t cnica de seguran a do trabalho oferecida pelo CEFETES trouxe tamb m alguns elementos que precisam ser analisados bem como sugest es dos pr prios sujeitos da pesquisa para a melhoria do curso Alguns alunos e professores destacam a necessidade do exerc cio do di logo entre teoria e pr tica nas aulas Os alunos colocam que um curso t cnico n o pode formar apenas com a teoria mas fundamental que o aluno tenha a possibilidade de aplicar na pr tica o que v na teoria Este tem sido principalmente para os alunos um grande desafio para o curso Os professores v em o Seguran a do Trabalho como um curso que n o favorece a aplica o dos conte dos ensinados pois muito te rico Alguns at j chegaram a dizer em outras oportunidades que essa ansiedade dos alunos normal mas que quando chegarem pr tica na empresa tudo se resolver Os alunos por m sentem muito a falta dessa pr tica e buscam pensar em alternativas para minimizar o que para eles um problema Muitos s o os depoimentos que confirmam essa preocupa o tanto de alunos quanto de professores 91 No curso t cnico os alunos est o voltados aplica o pelo pr prio perfil deles Ent o s o alunos que n o est o pr dispostos a entender o porqu das
38. de 4 5 anos de idade e logo depois no segundo ano com a 1 A no o de redes de experi ncias aqui proposta tem a inten o de pensar o conhecimento para al m da met fora da constru o arquitet nica associada id ia de experi ncia proposta por Larrosa 2002 A experi ncia o que nos passa o que nos acontece o que nos toca N o o que se passa n o o que acontece ou o que toca 2 A id ia de proposta curricular est relacionada organiza o do conjunto de disciplinas curriculares com seus respectivos componentes justificativa objetivos gerais e espec ficos conte dos cargas hor rias n mero de aulas metodologias formas de avalia o recursos instrucionais e bibliografia b sica e complementar definidos no projeto de cada curso e de acordo com a especificidade de cada um 3 Sobre a escrita unindo palavras Alves Garcia Ferra o Oliveira e outros pesquisadores ao fazerem uso deste recurso buscam mostrar que esses processos ocorrem enredados tudo junto no sentido que empregamos aqui E uma tentativa de expressar novos modos de pensar e fazer diferentes da fragmenta o herdada da modernidade 10 alfabetiza o deles Nesta primeira experi ncia pude participar de uma capacita o com os colegas que seriam contratados momento que tive de rever algumas das quest es j discutidas na gradua o em pedagogia acerca do Construtivismo Ao ter a oportunidade de trabalhar numa escol
39. de um emprego significa para os trabalhadores uma forma de garantir a sobreviv ncia ou at mesmo de n o morrer mas n o h a busca pelo bem viver O referido autor ainda tece uma cr tica ao deslocamento da fun o da escola que neste contexto tem como primeira preocupa o a prepara o para o trabalho Na concep o de homem e de educa o explicitada por Paro 1999 escola cabe a tarefa de contribuir para o bem viver do homem e n o para o viver pelo trabalho e para o trabalho A escola tem contribu do muito mais para o mercado de trabalho n o quando tenta diretamente formar profissionais para exercer suas fun es no sistema produtivo mas quando deixa de lado suas outras fun es sociais relacionadas ado o de um saber critico a respeito da sociedade do trabalho alienado pois n o preparar para a cr tica do trabalho alienado uma forma de preparar para ele PARO 1999 p 112 113 130 A centralidade do trabalho como fim atribu do escola subjuga a organiza o curricular uma vez que todas as pr ticas escolares ficam sujeitas a ter como objetivo o preparo de mais trabalhadores para dar conta de carregar o jugo Uma organiza o curricular que busque outras possibilidades de articula o dos saberes cotidianos dificultada porque ter como meta a organiza o de um conjunto de saberes pr determinados pelos interesses de forma o profissional do mercado de trabalho Maturana 1998 di
40. desafio com uma grande chance de aprendizagem e remunera o atrativa 14 Recebi uma proposta para trabalhar em uma empresa que prestava servi o a outras empresas na rea de treinamento e desenvolvimento de pessoas Meu trabalho envolvia o desenvolvimento de projetos de forma o de pessoal partindo da necessidade das organiza es deixando sempre muito claro que n o acreditava na entrega de recados mas na melhoria do ser humano a partir da reflex o acerca das discuss es propostas Iniciando as atividades neste novo contexto percebi a necessidade de me atualizar e me familiarizar com a linguagem falada e por isso decidi fazer uma especializa o em Administra o de Recursos Humanos No curso pude perceber que existiam algumas incoer ncias nas falas trazidas pelos pr prios professores a come ar pela denomina o do pr prio curso Que sentidos podem ser atribu dos a uma pr tica que trata pessoas como recursos e busca ferramentas mais efetivas para administr las O que seria melhor administrar pessoas Gerir pessoas Gerir recursos humanos Administrar talentos Administrar recursos No que diz respeito s teoriza es relacionadas ao ambiente organizacional comum ocorrerem mudan as conceituais e consequentemente a absor o de novas terminologias A conceitua o dos empregados de uma Organiza o como recursos humanos num primeiro momento pode n o gerar desconforto mas considerando que as pr
41. di logo acabando por impedi lo e ficando a decis o sobre a atitude mais coerente a crit rio de cada professor mesmo sem que houvesse um entendimento entre todos De certa forma alguns professores e alunos t m sentido a necessidade de a es mais solid rias e coletivas na resolu o dos problemas que surgem Em v rios momentos alguns professores j sugeriram tanto coordena o do curso quanto 117 coordena o pedag gica que houvesse mais reuni es do grupo para que fosse poss vel o interc mbio de id ias afim de que a comunica o entre eles flu sse melhor Ao longo deste per odo em que estive acompanhando pedagogicamente o curso ao surgirem os questionamentos buscamos promover entre os alunos momentos em que pud ssemos discutir as quest es que mais os afligiam e incentiv los a fazerem suas propostas document las e encaminh las aquele s que possivelmente poderiam implementar as mudan as sugeridas no curso Percebi por m que embora existisse um desejo de levar adiante as propostas os alunos n o se articulavam para pensar juntos estas alternativas Mesmo diante das dificuldades enfrentadas no curso e de sua pr pria desmotiva o pensavam sim as alternativas para mobilizar professores e coordena o eles mesmos mas muitas vezes individualmente quando poderiam exercitar um trabalho coletivo e participativo Em rela o ao est gio por exemplo dois alunos do 4 m dulo 2008 2
42. discuss es mais abrangentes quanto aos prop sitos de forma o do curso uma vez que est vamos concentrados em pensar novos modelos de organiza o da matriz curricular somente t nhamos como pretens o provocar tais discuss es aproveitando este espa o que fora criado Al s em rela o a essa experi ncia uma das oportunidades criadas ao longo do per odo em que acompanh vamos o curso para discutir o curr culo podemos afirmar que os envolvidos membros da comiss o estavam muito dispostos s discuss es a fim de construir realmente uma proposta curricular que pudesse atender s solicita es feitas Os trabalhos dessa comiss o aconteceram antes mesmo que inici ssemos a produ o de dados referentes a esta pesquisa Durante o per odo em que o grupo esteve reunido uma das quest es trazidas discuss o era a forma como a estrutura atual do curso tinha sido estabelecida 83 Segundo um dos professores do grupo que participou da elabora o do projeto e que modularizou organizou em m dulos o Curso de Seguran a do Trabalho e os outros cursos da escola n o era esta a melhor alternativa de organiza o de um curso de seguran a Segundo o referido professor a comiss o composta para pensar o projeto do curso havia apresentado uma proposta diferente que levou tempo e esfor o coletivo para ser constru da mas n o foi aproveitada na ntegra Outro questionamento que n o s este grupo levantou mas
43. dos 32 alunos ingressantes que responderam pesquisa 1 n o respondeu quest o 1 indicou a imagem da escola perante a sociedade 4 indicaram a prepara o para o ingresso na universidade e 26 indicaram a prepara o para o trabalho e No semestre 2008 2 dos 27 alunos ingressantes que responderam pesquisa 3 indicaram a gratuidade do ensino 1 indicou a imagem da escola perante a sociedade 1 indicou a imposi o dos familiares e 22 indicaram a prepara o para o trabalho Alguns alunos demonstram o desejo de ingressar na Universidade mas ao mesmo tempo vivenciam um conflito por n o saberem se devem ou n o abrir m o de uma forma o profissionalizante considerando a quest o da empregabilidade Com o prop sito de conhecer melhor o perfil dos alunos ingressantes no curso de Seguran a do Trabalho foram trazidos alguns dados informados no question rio s cio econ mico Para fins de an lise nesta pesquisa 8 quest es dentre as 27 elencadas no question rio foram selecionadas aquelas que trazem as informa es consideradas mais pertinentes para os prop sitos deste trabalho Nas quest es selecionadas foram destacados os aspectos de maior incid ncia O levantamento foi feito a partir dos question rios respondidos pelos alunos ingressantes no curso dos semestres 2007 1 2007 2 2008 1 2008 2 no turno vespertino dentre os quais alguns foram participantes da pesquisa O quadro a seguir um demonstrativo dos res
44. e prescri o foi forjada desde muito cedo e com o passar do tempo sobreviveu e fortaleceu se Num primeiro momento o termo foi relacionado id ia de classes baseada no programa do College of Montaign de 1509 no qual os alunos eram organizados de acordo com a idade e n vel de conhecimento O College of Montaign de 1509 usado por Goodson para exemplicar o modelo de divis o dos grupos de aprendizes alunos em classes 41 o College of Montaign inaugurou o sistema de classes da Renascen a mas a conex o vital a ser estabelecida refere se ao modo como a organiza o em classes foi associada ao curr culo prescrito e sequenciado em est gios ou n veis GOODSON 1995 p 32 Outras rela es com o curr culo foram sendo estabelecidas no decorrer do tempo dentre as quais a id ia de disciplina ess ncia do Calvinismo numa poca em que este movimento ganhava proje o em pa ses da Europa medida que no final do s culo XVI na Su a Esc cia e Holanda os disc pulos de Calvino conquistavam uma ascend ncia pol tica e tamb m teol gica a id ia de disciplina ess ncia mesma do Calvinismo come ava a denotar os princ pios internos e o aparato externo do governo civil e da conduta pessoal Dentro desta perspectiva percebe se uma rela o hom loga entre curr culo e disciplina o curr culo era para a pr tica educacional calvinista o que era a disciplina para a pr tica social calvinista
45. empregado que pudesse atender s caracter sticas da cultura empresarial na qual estava inserido A t nica era conscientiza o e o argumento era a sobreviv ncia do profissional num mundo globalizado no qual a competitividade exigia dele cada vez mais a excel ncia alcan ada pela aplica o da filosofia da Qualidade Total Interessante observar que as metodologias de trabalho e as filosofias s quais precisava me adequar eram na maioria das vezes ferramentas pensadas para outros contextos mas era preciso adequar me Embora o discurso me soasse inicialmente como excludente era preciso vender a id ia aos parceiros Al m disso era esta a minha viv ncia de ent o a linguagem usada os temas discutidos as refer ncias bibliogr ficas estudadas e utilizadas na elabora o de apostilas enfim o mundo do trabalho estava assim representado e o treinamento e desenvolvimento do profissional era minha responsabilidade Ap s algum tempo na pr tica os discursos passam a ser a verdade e ent o a reflex o embora exista torna se t mida diante da l gica na qual estamos imersos No per odo em que trabalhei com o treinamento empresarial tive a necessidade de ler muito sobre comportamento organizacional perfil profissional filosofia de O aspecto comportamental ao qual me referi perpassava todas as discuss es nos momentos de forma o buscando sempre demonstrar a import ncia de pensar a pr tica dos profis
46. empresas pequenas ele que est presente Ent o deveria ter uma forma o mais forte inclusive na produ o na pr tica n o acontece isso ele fica numa postura reativa professor E Quanto a esta expectativa do mercado de trabalho na forma o do t cnico de seguran a do trabalho foi citada pelos professores a necessidade de que a forma o tivesse um car ter mais multifuncional ou seja uma forma o mais ampla para atender s demandas do mercado o t cnico de seguran a precisa sair mais preparado porque l fora o mercado est cobrando a multifuncionalidade dele Ent o o t cnico de seguran a precisa ter um bom conhecimento da rea ambiental e um conhecimento da rea trabalhista e da rea m dica tamb m que parte da medicina do trabalho professor H Ao referir se multifuncionalidade na forma o do profissional o professor citado acima quis destacar a necessidade de se pensar uma forma o que possa oportunizar ao profissional conhecimentos mais abrangentes ou seja que abarquem outras reas que s vezes n o s o enfatizadas no curso mas de igual modo importantes para o aluno que busca uma oportunidade no mundo do trabalho Tamb m uma preocupa o do professor que a forma o t cnica busque desenvolver nos profissionais o chamado jogo de cintura ou numa linguagem mais pr xima do que a que costumamos ouvir a compet ncia de adaptar se aos diferentes contextos com maior
47. entre os que vendem sua for a de trabalho e aqueles que possuem os meios de produ o Assim o trabalho intelectual continua pertencente a um grupo cada vez menor de trabalhadores enquanto a maioria deles com o trabalho instrumental esvaziado de conte do Um curr culo estruturado com o objetivo de preparar o aluno para o mercado de trabalho al m de abordar as informa es de cunho t cnico n o pode deixar de lado a perspectiva de uma forma o humanista Ao discutir com os alunos a estrutura curricular atual do curso percebemos que a organiza o modular e disciplinar n o vista por eles como algo que dificulta a aprendizagem ali s eles n o t m a compreens o de que poderia haver outra forma de organiza o curricular Entretanto tanto os alunos quanto os professores apontaram a necessidade de que houvesse di logo entre as partes para que n o houvesse repeti o de 125 conte dos ou para que fosse poss vel a pr tica de atividades em conjunto Os alunos chegaram a dizer da grande contribui o que as aulas poderiam receber com este interc mbio de id ias entre professores do curso e professores tempor rios uma vez que estes podem trazer experi ncias de fora da Institui o Ao conversar com alunos e professores do curso foi destacado que uma forma o t cnica precisa ter uma abordagem espec fica nos conte dos t cnicos mas uma forma o t cnica em seguran a do trabalho precisa al m de uma nfase
48. era tanta que achei a contrata o do professor lament vel Nada contra ele pode ser um timo profissional mas n o dominava s vezes n o nem a did tica acho que se voc tem uma d vida o professor precisa responder ou buscar a resposta mas o professor tem que ter um conhecimento daquilo e isso n o acontecia Eu s ia na aula de medicina para n o levar falta N o consegui tirar nada naquela aula de medicina Acho que a parte do Recursos Humanos a parte docente acho que hoje o que precisa ser dada nfase na seguran a Outra parte de estrutura acho que n o teria maiores problemas a gente tem uma sala de Equipamento de Prote o Individual que d suporte de m dia hoje em dia d um suporte maior com o investimento que foi feito l a outra sala do 4 m dulo tem ar condicionado outras n o tem mas isso algo n o deve ser pensado como o ideal para que o curso de seguran a se torne melhor Mercado de trabalho O aluno destaca que o fato da institui o ser federal e promover processo seletivo incentiva a intera o entre os alunos de classes sociais distintas e com isso contribui para que as diferen as de atitudes sejam superadas e aja uma rela o interpessoal melhor Acho que na rea eu seria um excelente t cnico mod stia parte pelo tanto pelo conhecimento as d vidas que eu tirei porque eu acho que o aluno tem que estudar correr atr s n o o professor entregar tudo mastigado o aluno te
49. escola privada ent o acho que j uma vantagem sair do CEFETES Eu n o sei bem qual a grade curricular de outras institui es mas acho que sair daqui j uma vantagem em rela o forma o O que eu vejo nos alunos do vespertino pouco interesse mas n o focado ao profissional eu vejo que eles est o mais interessados em concluir o curso Alguns est o loucos para terminar o curso para trabalhar na rea outros n o est o focados nisso Os alunos n o demonstram que compreendem a especificidade que abarco rea de sa de preciso abrir porque o mercado est saturado e tem haver diferencial Tem muitos lugares que o pessoal nem olha 4 Professor D Impress es O curso atende s necessidades de mercado eu acho O que o mercado est exigindo at ent o que o conhecimento das normas ele tem plenamente condi es de aprender Logicamente existem alunos com dificuldade maior muitos deles dizem que vieram fazer o curso porque algu m disse que n o tinha muito c lculo Ningu m quer fazer muito c lculo n o quer fazer mec nica n o quer fazer eletrot cnica porque um curso um pouco mais puxado Isso n o quer dizer quer o curso de seguran a n o seja puxado mas ele abrange um leque de disciplinas um pouco maior que o normal que o curso padr o curso de eletro de metalurgia Como ele tem um leque possibilidade de aprender um pouco de tudo e foge um pouco da rea de exatas que s vezes as pessoas n
50. estava bem estruturado Sobre o curr culo ainda n o pode falar porque est na escola h pouco tempo Ministra a disciplina de Medicina e Bioseguran a percebeu que a ementa est de acordo com a forma o recebida na p s gradua o mas est pequena poderia ampliar mais Percebe que existem outras possibilidades da profiss o em reas como por exemplo sa de No geral o curso direcionado Constru o Civil e Ind stria de um modo geral Tem tentado ajud los a associar os conte dos estudados rea hospitalar que sua experi ncia A disciplina traz para o aluno de importante para qualquer rea primeiros socorros Uso desta ferramenta nos diferentes contextos Outro conte do a no o das normas que regulamentam o PCMSO Al m disso o objetivo geral compreender possibilidade de salvar vidas em qualquer situa o necess rio acrescentar algum conhecimento ao curr culo posto Pensando na forma o como seria o curr culo necess rio ouvir o trabalhador e enxerg lo como um todo e n o compartimentalizado observando G nero e Idade Eu colocaria disciplinas que ajudassem os alunos a ter esta vis o do ser humano sociologia antropologia psicologia focada nestas 171 quest es falta base de hist ria do trabalho uma introdu o para os alunos vindo logo no in cio no primeiro m dulo Mercado Eu acho que saindo do CEFETES j um nome e l no mercado vai competir com muita
51. eu ia falando o nosso aluno tem muito mais dificuldade de conseguir est gio porque n o existe uma lei que obrigue o empres rio a contratar o estagi rio de t cnico de seguran a do trabalho mas existe uma lei obrigando o empregador a contrat lo de acordo com a NRO4 de acordo com o grau de 169 risco e com o n mero de funcion rios daquela atividade econ mica Ent o eu vejo neste tipo de situa o o maior empecilho para os nossos alunos mas de uma forma geral aqueles alunos que se sobressaem durante todo o per odo de curso seja ele qual modalidade for os melhores alunos com certeza ir o se sobressair no mercado de trabalho porque aqueles conhecimentos b sicos aqueles conhecimentos m nimos eles o tem eles o levam para o mercado de trabalho 2 Professor B O curso O curso bom ele bem fundamentado ele bem estruturado para aquilo que o mercado de seguran a do trabalho precisa assim como outros cursos do CEFETES tamb m ou seja a coluna vertebral do curso muito bem estruturada diria que pass vel de uma mudan a principalmente acrescentando mais disciplinas que tenham como base como ferramenta a inform tica tipo o desenho ao inv s de ser em papel fosse em AutoCAD e disciplinas tamb m ministradas pelos colegas como Ergonomia e outras disciplinas fossem mais voltadas para a tela do computador visto que os alunos tem mais familiaridade com isso O curr culo O curr culo proposto na minh
52. fosse por afinidade dialogar J que as regras n o surtiram efeito ainda ent o que pelo menos pela afinidade pudessem discutir a quest o do conte do s vezes voc tenta amarrar mas na seguran a do trabalho muito dif cil amarrar Era para os professores estarem ali para falar do que quisessem s vezes as pessoas ficam com ci mes o outro est falando do meu conte do era s n o se aprofundar Era para ter AutoCAD os alunos montarem um programa de seguran a abordar os programas que tem a fora n s temos a disciplina de inform tica desenho e projeto que n o interagem Ent o se nas empresas se adota inform tica porque este aluno n o pode montar este projeto ao final do curso A intera o com os outros cursos que n s nunca conseguimos fazer Dar aula em outros cursos nas semanas tecnol gicas nos eventos assim eles iriam exercitando professores e alunos A mec nica est receptiva a eletro tamb m 175 Rela o do curso com o mercado de trabalho Isso n o existe N o tem como fiscalizar os est gios J foram tentadas v rias vezes n o f cil Cada professor deveria fazer isso mas eles v o dizer que n o A escola teria que colocar um carro para o cara ir s empresas 6 Professor F Impress es sobre o curso primeira impress o a seguinte a fama do curso muito boa Existe uma aceita o muito grande dos t cnicos de seguran a do CEFETES no mercado Quando
53. fundamentos do curso uma vez que a aus ncia de intera o destes professores com os professores da coordenadoria de seguran a impossibiltam a articula o dos saberes que deveriam ser abarcados pela especificidade do curso Nos fundamentos os professores parecem que n o t m um direcionamento de que forma eles t m que dar mat ria a eles chegam aqui aprofundam demais mas n o focam na rea de seguran a Os professores que n o s o da coordenadoria embora se esforcem para dar o conte do n o t m nada a ver com seguran a alunas Let cia e Neusa poss vel perceber a partir dos depoimentos acima dentre outros que tivemos a oportunidade de compartilhar que professores e alunos sentem falta do di logo como possibilidade de articular as diferentes id ias no cotidiano escolar Existe uma vontade de exercitar essa troca de promover encontros intera es mas ao mesmo tempo parece existir tamb m uma expectativa projetada no outro como se todos aguardassem que esse outro tomasse a iniciativa de propor esses momentos mas como esse outro n o se apresenta despotencializam se as vontades Alguns aspectos s o apontados nas entrevistas como limitadores compreens o e implementa o de uma pr tica mais articulada de trabalho tais como a aus ncia de forma o continuada para os docentes para dar lhes a possibilidade de ampliar seus conhecimentos na rea de atua o bem como conhecer metodologias diversifica
54. h ventiladores que nem sempre funcionam mas recebem manuten o quando solicitado O calor das tardes no per odo do ver o tem sido um grande desestimulador das aulas H professores inclusive que reclamam da dificuldade em usar multim dia devido intensa claridade nas salas FOTOGRAFIAS 1 E 2 ESPA O F SICO HORA DO INTERVALO OS ALUNOS AGUARDANDO O IN CIO DA AULA 38 FOTOGRAFIAS 3 E 4 ESPA O F SICO ATIVIDADE DE ABERTURA DO SEMESTRE LETIVO COM OS ALUNOS INGRESSANTES FOTOGRAFIA 5 ESPA O F SICO ATIVIDADE NA SALA DE DESENHO T CNICO 39 A Matriz Curricular est estruturada com componentes curriculares b sicos no primeiro m dulo com os fundamentos do curso no segundo m dulo e com os componentes espec ficos nos dois ltimos m dulos O projeto do curso prev uma forma o t cnica com duas habilita es Assim sendo o aluno forma se T cnico em Seguran a do Trabalho ao final dos 4 m dulos mas tem a op o de concluir antes o curso se desejar apenas habilita o em Higiene Ocupacional ou Preven o de Acidentes Embora n o existam registros de alunos que tenham optado por concluir o curso em uma ou outra habilita o elas est o previstas no projeto O curso tem uma carga hor ria total de 1660 horas sendo 1200 horas aula e 460 horas de est gio 20 A Matriz Curricular est no Anexo C 40 3 PRINCIPAIS REFER NCIAS TE RICO METODOL GICAS 3 1 O CAMPO DO CURR CULO HI
55. j sugeriram coordena o dar novo formato atividade visto que grande a dificuldade de se conseguir est gio frente concorr ncia que existe hoje Os alunos pensaram na possibilidade de parceria com os outros cursos do Cefetes por exemplo Eletrot cnica e Mec nica para o desenvolvimento de projetos que pudessem ao menos possibilitar uma pr tica nos laborat rios destes cursos focados nas pr ticas de seguran a do trabalho Os alunos v em nestas redes tecidas com os outros cursos uma excelente oportunidade de amplia o dos conhecimentos trabalhados no Curso de Seguran a buscando assim minimizar a falta do est gio ampliar os conhecimentos sobre a mat ria e ampliar as redes de solidariedade tecidas Outra alternativa levantada pelos alunos foi a organiza o de um evento a ser realizado na Institui o com o objetivo de promover o curso de Seguran a do Trabalho e resgatar sua imagem e import ncia O evento seria uma maneira de divulgar as a es do t cnico de seguran a do trabalho chamando a aten o de todos para a import ncia da Seguran a para o trabalhador nas Organiza es 118 Os alunos v em nesta atividade uma excelente oportunidade de reunir os alunos do curso os professores as fam lias os outros cursos e todos os envolvidos nas quest es do ensino na institui o e despert los para a relev ncia do curso Tanto alunos quanto professores sentem muita falta deste movimento e est o dispostos a
56. n o tenho id ia do que poderia ser feito mas algu m pode ter Criar um curso s de manh ou todos noite ou o CEFETES procurar empresas que se interessem em colocar est gio no hor rio que eles conseguem encaixar que hor rio da manh que o nico hor rio livre que a gente tem porque na sa da j n o d para fazer mais nada Fica muito invi vel Na minha sala poucas pessoas fizeram est gio Geraldo j fez mas foi um est gio n o remunerado que n o incentiva muito o aluno a buscar este tipo de est gio Ent o acho que este ponto deveria ser frizado se o hor rio do curso tarde vi vel para o aluno ou n o 2 L cio Impress es Eu aposto bastante neste curso porque eu vejo que l fora o curso n o t cnico n o t o bom quanto aqui dentro Todo mundo fala que o curso muito bom que eu posso por estar estudando no CEFETES ter certeza de emprego Mas tem tamb m aqueles que dizem que o t cnico de seguran a do trabalho n o consegue est gio e n o consegue emprego mas eu n o penso nisso n o eu penso depois de formado ser bom profissional estar no meio de trabalho como um bom profissional Eu n o quero ficar s formado jogado quero estar focado mantendo objetivos depois pretendo fazer engenharia Curr culo Eu posso fazer uma an lise assim se as disciplinas fossem um pouco mais mescladas acho que daria por exemplo na quest o do est gio pra gente ter uma no o maior do que vai pega
57. na tentativa de resgatar historicamente os significados do que seria curr culo destacam o curr culo como ferramenta de massifica o da sociedade industrial proposto por Diaz Barriga 1992 o curr culo como plano estruturado de estudos proposto por Hamilton 1991 o curr culo como qualquer indica o do que se ensina proposto por Marsh 1988 ao buscar as ra zes desse conceito em Plat o Para Hamilton 1991 o curr culo origina se a partir da utiliza o do termo para indicar um plano de estudos Sobre esta linha de racioc nio surgiram pondera es como o cuidado que se deve ter para n o se reduzir a origem do termo sua emerg ncia como por exemplo se considerarmos que a id ia de prescri o sobre o ensino existe antes do surgimento do termo curr culo J em Marsh 1988 o curr culo sempre co existiu com a prescri o sobre o ensino ou intencionalidade na educa o Se este o sentido curriculum existiu sempre que houve prescri o sobre o ensino e portanto sempre que tenha existido intencionalidade na educa o BRASLAVSKY apud TERIGI 1976 p 164 45 Diaz Barriga 1992 defende que a teoria curricular surgiu pela pedagogia estadunidense ap s a segunda guerra mundial para ele curriculum n o se refere a uma prescri o sobre os conte dos mas a ferramenta pedag gica que substituiu a did tica tendo uma vis o utilitarista cujos conceitos de objetivos diagn stico de necessidades
58. o nesses processos e a sua supera o no confronto com outras tantas pr ticas ALVES 2005 p 2 grifo nosso Alves 2005 utiliza a id ia do trabalho com narrativas como possibilidade de trazer tona hist rias ainda n o contadas ou ignoradas permitindo a escrita de hist rias 67 diferentes das escolas a partir dos diferentes dados produzidos Al m disso as narrativas tecem diferentes lugares praticados pelos sujeitos narradores preciso pois que incorporemos a id ia que ao dizer uma hist ria somos narradores praticantes tran ado tran ando as redes dos m ltiplos relatos que chegaram chegam at n s neles inserindo sempre o fio do nosso modo pr prio de contar ALVES GARCIA 2002 P 274 Assumindo com Certeau 1994 nossa condi o de pesquisadores praticantes entendemos que somos tamb m respons veis pelos conhecimentos produzidos nas pesquisas a partir das narrativas tecidas por outras narrativas 68 4 FRAGMENTOS DOS CURR CULOS TECIDOS EM REDES NO COTIDIANO DO CURSO DE SEGURAN A DO TRABALHO DO CEFETES A pesquisa no do com o cotidiano do Curso T cnico de Seguran a do Trabalho foi desenvolvida a partir de entrevistas estruturadas cujas perguntas foram pensadas para serem feitas aos sujeitos praticantes do cotidiano e participantes da pesquisa alunos e professores do curso Foram elaboradas a fim de nos dar pistas quanto s principais necessidades e expectativas deles em rela o forma
59. para gera o hist rias aparentemente esquecidas embora registradas em di rios de classe em cadernos de planos de aula em simples apontamentos de professoras em atas de conselhos de classe em lbuns de turmas onde cotidianamente algum dos alunos ou alunas deixa a sua marca pessoal ao escrever sobre o que foi ensinado e aprendido em fotografias de formatura de festas de passeios Tudo isso sem falar nas hist rias inscritas no corpo nas v sceras no cora o sede das mem rias como t o bem entendeu Plat o LINHARES GARCIA 2001 p 49 Nos estudos do cotidiano partindo da observa o de toda essa diversidade contida na realidade e usando todos os sentidos busca se tamb m compreender as pr ticas curriculares como multicoloridas porque os mesmos conte dos repetidos todos os anos em turmas diferentes s o trabalhados de maneiras diversas Mudam os sujeitos os contextos as necessidades e as situa es ampliando as possibilidades de abordagem dos conte dos curriculares 57 nesse sentido que entendemos as pr ticas curriculares cotidianas como multicoloridas pois suas tonalidades v o depender sempre das possibilidades daqueles que as fazem e das circunst ncias nas quais est o envolvidos ALVES E OLIVEIRA apud LOPES MACEDO 2002 pag 97 Uma contradi o identificada pelas autoras nas pesquisas realizadas quanto s pr ticas escolares h um incentivo por um lado produ o do aluno co
60. pelos alunos para justificar suas preocupa es A ele um professor entregou um cronograma pra gente J estamos na terceira semana de aula e ele usou uma aula s para explicar a folha mais uma aula s para explicar o trabalho hoje mais uma aula para explicar um trabalho que vai ser apresentado em novembro Eu n o vejo com bons olhos porque voc tem um limite para apresentar trabalhos porque n o apresentar dois grupos por dia Por que apresentar um grupo e todos v o embora Eu cheguei a comentar com ele sobre o trabalho e disse que o ensino no CEFETES autodidata a mesma coisa eu chegar em casa e ler a NR norma regulamentadora Eu n o aprendo mais aqui do que a NR aluna Geila Os alunos destacam que o uso de semin rios como instrumento de estudo e avalia o n o tem sido bem explorado Em alguns casos o professor distribui os temas e agenda as apresenta es s vezes para ocupar a carga hor ria da disciplina uma por dia de aula deixando os alunos sa rem bem mais cedo da aula sendo que o objetivo que os grupos ou os alunos respons veis pelos temas 103 expliquem os conte dos da disciplina nas apresenta es O professor nem mesmo aproveita o tempo restante da aula para abrir a discuss o retirar d vidas ou fazer sugest es aos respons veis pelo trabalho importante frizarmos que segundo os pr prios alunos atitudes como a deste professor em quest o n o podem ser vistas como comuns aos ou
61. persistia porque n o consegu amos enxergar o cinza pelo cinza ou seja o quadro que se apresentava cinza simbolicamente representando um cen rio de apatia desinteresse despotencializa o denotaria uma condi o de estagna o aus ncia de movimento como se n o fosse poss vel acrescentar ao cinza outros tons Um cen rio cinza pode em princ pio denotar aus ncia de pot ncia mas ser amos contradit rios injustos e limitados em nosso modo de analisar toda essa conjuntura se n s que v amos no cotidiano os movimentos de rea o acontecendo apesar das for as contr rias a ela estarem tamb m presentes ali n o perceb ssemos ou identific ssemos movimentos de mudan as Esta experi ncia nos ajudou a ressignificar o car ter negativo da pintura cinza do curso Embora a afirmativa do colega tenha ampliado nossa an lise do curso sob o ponto de vista est tico devido aos aspectos negativos observados as reflex es posteriores me fizeram enxergar o cinza com outras possibilidades Os sujeitos praticantes do cotidiano do curso de Seguran a do Trabalho t m potenciais s o din micos cr ticos criativos est o vidos por mudan as t m objetivos e interesses diferentes que por si s j os impulsionam a superar os obst culos Em meio s descobertas que essas buscas permitiram a partir desta pesquisa encontramos em Paro 1999 um referencial que ajuda a ampliar as reflex es quanto as rela es do homem
62. pr prios alunos respondam s quest es individualmente ou em grupos No final por m esta pr tica gera uma enorme quantidade de dados a serem transformados em um relat rio J experimentamos os dois formul rios em metodologias diferentes de aplica o e j 34 passamos por algumas das dificuldades de finaliza o dos resultados que estes instrumentos podem gerar No ltimo semestre experimentamos um novo caminho para a avalia o docente Conseguimos junto aos respons veis pela rea de pesquisa e avalia o da institui o que os formul rios de avalia o fossem disponibilizados no sistema acad mico para que os alunos respondessem s quest es at mesmo de seu computador pessoal Embora esta fosse uma solicita o de muitos professores e alunos estes ltimos n o corresponderam s nossas expectativas n o havendo nesse processo de avalia o do curso de Seguran a do Trabalho uma participa o representativa dos alunos Alguns professores questionaram estes resultados e demonstraram total insatisfa o solicitando at que a partir dos pr ximos m dulos fosse resgatada a avalia o quantitativa sendo que o pedagogo pedagoga do curso deveria ir a cada sala de aula acompanhar o processo junto com os alunos Ainda n o sabemos como equacionar a quest o e nem se isso ser poss vel mas esta uma das tarefas a serem desenvolvidas Quando um ciclo de avalia es conclu do temos por pr tica con
63. profissional a forma o de compet ncias seria mais til ao empregador porque garantiria um profissional instru do de acordo com suas reais necessidades produtivas O Banco mundial tem sido o respons vel pelas propostas de reformas nos sistemas de ensino ocasionando mudan as radicais A escola p blica e privada por ser considerada altamente lucrativa tem estado sob a l gica da administra o empresarial organizada segundo os seus princ pios IANNI 2005 A globaliza o da economia e com ela as mudan as decorridas da reestrutura o produtiva provocam novas exig ncias de disciplinamento da escola pelo capital A filosofia da Qualidade Total entra no cen rio tendo como principal caracter stica a cren a nas qualidades do mercado livre para dirigir as rela es sociais da forma mais adequada poss vel aos cidad os em geral PARO apud FERRETI 1999 p 102 grifo nosso V rios autores tem se debru ado em analisar e criticar a aplica o da filosofia da Qualidade Total nas escolas que implica introduzir a l gica do mercado nos assuntos educacionais H uma proposta curricular presente no cotidiano da escola que se responsabiliza pela introdu o dos ideais da filosofia da qualidade total sendo absorvida pelos alunos Quando a escola n o oportuniza a pr tica da reflex o cr tica a respeito destas quest es acaba cumprindo o papel inverso contribui para a aliena o dos sujeitos Fazendo um resgate hist
64. quatro 4 novas reas no mar e tr s 3 na por o terrestre da bacia As estimativas de volumes recuper veis s o de cerca de 168 milh es de boe barril de petr leo Significando novas frentes de trabalho no Estado do Esp rito Santo 18 Ao ser direcionada para trabalhar junto ao curso iniciei um processo de observa o e registro das caracter sticas necessidades dificuldades e dos aspectos positivos de seu desenvolvimento relacionados por alunos seus pais professores e coordenador al m de minhas pr prias observa es Ap s essa fase que serviu para mim como uma adapta o ao curso e ao processo de trabalho desenvolvido na escola uma vez que havia sido efetivada recentemente prossegui minhas atividades procurando n o perder de vista as quest es tidas como problemas algumas j destacadas anteriormente pelos sujeitos ouvidos especialmente com o intuito de buscar alternativas Participando do cotidiano do Curso de Seguran a do Trabalho percebi que a linguagem as quest es discutidas e os desafios que se apresentavam aproximavam se em alguns momentos da experi ncia que tive nos processos de treinamento e desenvolvimento de pessoas nas Organiza es Percebi ainda que o curr culo do curso de Seguran a diferentemente de outros cursos oferecidos pela escola buscava incluir uma perspectiva mais humanista ao tratar por exemplo de quest es voltadas para a sa de do trabalhador Assim como em alguns
65. que super interessante mas eu acho que num curso t cnico deveria ter a parte laboral pra voc trabalhar com isso Acho que o foco importante mas em algumas mat rias n o me recordo do que foi abordado acho que faltou um pouco mais de entrosamento entre professor e aluno Acho que o professor fingiu que deu aula e a gente fingiu que aprendeu Faltou a parte do professor ser um pouquinho mais exigente Por exemplo no 4 m dulo a gente tem professores ali que s o muito exigentes como Professores A e B ent o a gente foi obrigado a estar ali seguindo a mat ria mas nos outros m dulos tirando a Professora C que tamb m muito exigente alguns professores n o foram t o exigentes e deixaram a desejar nesse ponto Quest es Como eu sou aluno e estou entrando no mercado agora eu n o tenho muita vis o geral de toda a rea de seguran a apesar de ter estudando bastante j eu ou o professor comentar que algumas mat rias deveriam ser dadas no come o e est o sendo deixadas no final ent o a pessoa fica sem um rumo Eu ouvi falar um professor falou com a gente que a organiza o curricular n o a ideal Sobre isso eu n o posso muito falar porque n o estou em campo e n o posso saber o que deveria ter sido dado antes ou que n o deveria ter sido dado antes Mas seria a parte de professor n o sei se seria um problema de fazer 195 concurso mas fica complicado inclusive a necessidade do professor de medicina
66. quest o problema principal seria o foco em alguns conte dos e deixar outros para o final vistos muito corrido prejudicando o aprendizado Quest es Fernando Aus ncia de professores Considerar a opini o dos alunos A avalia o docente parece desconsiderar a opini o dos alunos devido a toda uma pol tica de contrata o Organizar os hor rios Fabiana Maior presen a do curso no mercado de trabalho Contrata o de professores sem conhecer a rea que ir trabalhar Distribui o do tempo nos conte dos a serem trabalhados Mercado de trabalho Fernando Ainda n o estagiei e acho dif cil avaliar como somos recebidos mas acho que as grandes empresas preocupam se com a seguran a do trabalho em todos os aspectos As pequenas empresas n o t m s vezes conhecimento do que a Seguran a do Trabalho Acham que a seguran a uma despesa A sociedade v o CEFETES como tima institui o mas desconhece o curso de seguran a do trabalho A sociedade acha que a empresa feita s de Mec nica e Eletrot cnica Fabiana O curso muito importante para as empresas porque visa vida e sa de As pessoas n o t m no o de para que serve a Seguran a do Trabalho da import ncia da seguran a do trabalho A sociedade n o tem esse conhecimento H discrimina o tamb m dentro do CEFETES Senti falta do incentivo dos professores est mulo pegarem no p 199 ANEXO F DESCRI O DE PROCEDIMENTO
67. respeito e a flexibilidade na medida do poss vel Embora considerem o sistema de avalia o adequado dentro dos padr es conhecidos e praticados destacam a necessidade de uma maior clareza nos crit rios adotados A postura docente em sala de aula por m constantemente destacada como sendo falha em alguns aspectos mau uso dos recursos did ticos desorganiza o das id ias na exposi o dos conte dos planejamento nem sempre eficaz redund ncia dos conte dos das disciplinas e excesso de teoriza o Em rela o ao excesso de teoriza o os alunos t m destacado tamb m a dissocia o dos conte dos estudados com a pr tica Eles dizem sentir a necessidade de que o professor relacione o que ensina com a pr tica que eles enfrentar o no trabalho Quanto a este aspecto os alunos costumam destacar a import ncia dos professores tempor rios que atuam no mercado de trabalho como seus professores porque segundo eles estes agregam muito ao seu conhecimento ao trazerem exemplos mais pr ximos da realidade e mais atualizados Outro aspecto tamb m levantado nas avalia es diz respeito ao cumprimento das ementas Os alunos costumam destacar a necessidade de que os professores cumpram o que foi apresentado a eles como ementa de cada disciplina Segundo eles os assuntos se perdem no meio do processo confundem se com outros e quando o professor n o esclarece os objetivos aplica es do que estudado isso gera confus o
68. ria e t m idade entre 16 e 18 anos H poucos alunos com idade superior a 30 anos mas agora com o ingresso das turmas do curso t cnico de Seguran a do Trabalho Integrado ao Ensino M dio na modalidade PROEJA Programa de Educa o de Jovens e Adultos possivelmente teremos mais alunos nesta faixa et ria 31 Normalmente os alunos ainda n o trabalham mas t m outras atividades al m do curso no IFES Vit ria Alguns fazem outro idioma outros estagiam em alguns casos em atividades n o vinculadas ao curso outros fazem gradua o em institui es de ensino p blicas e particulares e outros est o concluindo o ensino m dio concomitantemente com o curso t cnico A partir das informa es contidas no question rio foi poss vel identificar que os alunos em sua maioria responderam que a leitura de livros sua principal atividade de lazer e ainda que o acesso internet na resid ncia uma realidade para muitos deles O Curso T cnico de Seguran a do Trabalho oferecido no IFES Vit ria um curso p s m dio dividido em quatro m dulos de aproximadamente quatro meses de dura o Atualmente funcionam oito turmas sendo quatro no turno vespertino e quatro no noturno Temos duas situa es distintas em rela o aos turnos pois eles recebem um p blico com caracter sticas diferenciadas em rela o condi o social econ mica financeira de forma o etc e t m objetivos tamb m diferenciados Os al
69. se considerarmos o curr culo como um projeto de forma o que envolve as experi ncias dos sujeitos valores atitudes e conte dos dentro dos contextos sociais culturais pol ticos ideol gicos e econ micos Essa diversidade que marca as discuss es sobre o curr culo aponta para novas perspectivas do pensamento curricular como as discuss es propostas nas pesquisas nos dos com os cotidianos Conforme expressa Goodson Curr culo tamb m um projecto uma pr xis sobre um conhecimento controlado por um lado no contexto social em que o conhecimento concebido e produzido e por outro no modo como esse conhecimento traduzido para ser utilizado num determinado meio educativo GOODSON apud PACHECO 2005 p 42 3 2 PRINCIPAIS CONTRIBUI ES DOS ESTUDOS E PESQUISAS NOS DOS COM OS COTIDIANOS PARA A FUNDAMENTA O DA NO O DE CURR CULO EM REDES TECIDAS NO COTIDIANO ESCOLAR Alves e Oliveira apud LOPES MACEDO 2002 ao discorrerem sobre as contribui es dos estudos do cotidiano escolar ao campo do curr culo iniciam o texto representando o modo de se ver a escola com a met fora da caixa preta A caixa preta foi um recurso talvez emprestado do ensino de ci ncias utilizado nos estudos sobre o cotidiano nos Estados Unidos cujo objetivo era adivinhar o que estava contido nela como uma forma de incentivar o aluno a criar inventar possibilidades de respostas Na atividade da caixa preta n o interessava o q
70. sempre voc para ser um profissional tem que ter tr s caracter sticas b sicas tr s capacidades b sicas capacidade cognitiva seu conhecimento sua capacidade emocional que muito importante para o seu trabalho Eu j tive professor aqui da escola t cnica que dizia Ah rapaz aula de psicologia do trabalho n o liga para isso n o na matem tica dois e dois s o 4 na psicologia 5 6 8 1 n o nada ou seja a forma o do professor como ele engenheiro acha que o emocional do aluno n o tem influ ncia e eu acho que tem muita influ ncia A capacidade social do nosso aluno muito pequena A imaturidade dos alunos tem rela o com a idade Professor s vezes pode ter conhecimento t cnica mas ele tem que ser artista No meu tempo eu tinha outro contexto precisava trabalhar mas nosso aluno est em outro contexto Tem situa o financeira muito melhor acesso informa o muito diferente do meu tempo preciso contextualizar para que o aluno possa compreender o porqu de se estudar determinados conte dos 173 O que pode ser trabalhado com os alunos para ajud los a ampliar a habilidade social o lidar com outro Na pr pria disciplina de psicologia a professora pode entrar um pouco em sociologia e associar por meio de oficinas as dificuldades que o aluno encontrar no trabalho para lidar com as diferen as entre as pessoas Este um conhecimento ali s que ele levar para a vida Num trein
71. sendo preciso atribuir lhes significado em conson ncia com a sua aplica o no mundo o conhecimento em si tem natureza multidisciplinar e transversal esse conhecimento que se reveste de sentido e favorece a aprendizagem d Est tica da Sensibilidade Na elabora o dos curr culos de forma o profissional buscamos imprimir uma vis o capaz de apreender os sinais de reviravolta dos padr es de qualidade diversidade de tend ncias e conceitos A est tica da sensibilidade permite intuir dire es de forma antiburocr tica e estimuladora da criatividade beleza e ousadia em conson ncia com um mundo do trabalho menos desqualificante e repetitivo que valorize mais a compet ncia do trabalhador A est tica da sensibilidade deve orientar a pr tica pedag gica de acordo com os valores da liberdade criatividade leveza respeito vida e intui o e Pol tica da Igualdade Como express o dos direitos b sicos da cidadania educa o de qualidade e direito ao trabalho mesmo que por si s n o tenha o poder de gerar emprego esse princ pio auxilia a elabora o do curr culo e a pr tica pedag gica oportunizando ao aluno a apropria o do saber igualdade de direitos considerando as diversidades econ mico culturais do indiv duo reconhecendo e respeitando as diferentes capacidades e necessidades de aprendizagem interesses projetos de vida etc valorizando o pr prio trabalho e o dos outros para o bem comum f
72. ser levadas 2 Mas embaixo down vivem os praticantes ordin rios da cidade Forma elementar dessa experi ncia eles s o caminhantes pedestres Wandersmanner cujo corpo obedece aos cheios e vazios de um texto urbano que escrevem sem poder l lo CERTEAU 1994 p 171 65 para o cotidiano ou que elas ficassem em algum lugar como que pairando no ar Os protagonistas e autores das pesquisas s o os pr prios sujeitos praticantes do cotidiano N o s o meros objetos de an lise Entendermos que ao mergulharmos no cotidiano em busca de pistas estamos tamb m buscando a n s mesmos Buscamos nossas pr prias hist rias de vida respostas para dilemas pessoais enfim pesquisamos a n s mesmos A possibilidade de leitura do real trabalhando com a id ia de ind cios de Ginzburg 1989 representa para a pesquisa no do com o cotidiano uma alternativa valiosa se pensarmos nas dificuldades que este estudo apresenta pelas suas caracter sticas de imprevisibilidade multiplicidade enredamento entre outras aqui que a id ia de capta o e uso dos ind cios ganha import ncia na medida em que busca superar a impossibilidade de se compreender tantos e t o enredados elementos aos quais n o temos acesso direto devido s suas caracter sticas atrav s da percep o e do uso dos ind cios fornecidos pelas pr ticas reais OLIVEIRA 2005 p 84 Alves 2008 discorrendo acerca destes m
73. tamb m outros professores do curso vez ou outra fazem est relacionado s no es de compet ncias e habilidades Elas objetivam direcionar o trabalho encabe am as ementas das disciplinas mas nem sempre s o compreendidas e atendidas pelos professores quando ministram seus conte dos Os professores preferem pensar em objetivos gerais e espec ficos pela dificuldade que v em em descrever quais seriam as compet ncias e habilidades a serem desenvolvidas Assim que cheguei ao curso e tomei conhecimento do trabalho pedag gico anteriormente desenvolvido vi que a pedagoga fez um trabalho de forma o com os professores para esclarecer as d vidas quanto s no es de compet ncias e habilidades esclarecendo conceitos Entretanto ainda hoje no momento de reelabora o destes conceitos para as disciplinas sentimos as dificuldades Outro aspecto que chamou nos a aten o foi a incompreens o do que era o curr culo do curso Percebi que quando me referia express o curr culo alguns alunos entendiam como sendo o conjunto das qualifica es deles para disputar uma vaga de emprego ou a hist ria de vida deles Foi necess rio em muitas situa es explicar a que curr culo eu me referia Interessante observar a vis o de alunos e professores sobre o que deve ser ensinado no curso e como observado que o curso hoje n o o mesmo de quando foi criado e nem deveria ser porque as pessoas mudam os contextos mudam e os professor
74. tentativa de discutir as necessidades e pensar alternativas que pudessem ajud los a suprir as faltas que sentiam em sua forma o Desse modo surgiram alternativas sugeridas por professores e alunos Assim em v rios momentos como alguns professores sugerem alternativas Quando eu entrei aqui n o ouvia falar muito sobre palestras feiras sobre seguran a do trabalho hoje o neg cio est crescendo Quase toda semana tem um evento semin rio palestra alguma coisa pra fazer referente seguran a do trabalho Os professores falam com a gente sobre isso aluno L cio 101 Dar aula em outros cursos nas semanas tecnol gicas nos eventos assim eles iriam exercitando professores e alunos A mec nica est receptiva a eletro tamb m professor E No 1 e 2 m dulo a gente v o b sico mas se a gente visse alguma coisa fora j ajudaria muito Igual a gente estava discutindo agora a pouco a gente estar uma vez por m s os alunos passarem uma semana em cada empresa Se as empresas se dispusessem a isso Algumas escolas t cnicas fazem isso em cada semestre os alunos ficam um m s num lugar aluna Let cia 4 4 SISTEM TICA DE AVALIA O NECESSIDADES E EXPECTATIVAS Neste eixo comecemos com trechos das falas alguns j utilizados no texto de alguns dos sujeitos da pesquisa que expressam o entendimento de um grupo quanto postura docente diante da vida escolar de um aluno ent o eu acho que os
75. tica da Identidade Embasados em todos os princ pios citados os curr culos por compet ncia possibilitam a constru o de uma identidade junto ao educando e uma maior autonomia para gerenciar a sua vida profissional trabalhando as condutas para fazer dos alunos defensores do valor da compet ncia do m rito do gosto de buscar toda perfei o de que somos suscet veis sem favorecer uns em preju zo de outros 146 M dulo 01 B sico l M dulo 01 B sico l Disciplinas C H Aulas Semestre Aulas Semana Direito Aplicado 48 64 04 Fundamentos da Administra o 48 64 04 Psicologia do Trabalho 48 64 04 Estat stica Aplicada 48 64 04 Inform tica Aplicada 48 64 04 Fundamentos da Seguran a do 60 80 05 Trabalho e Higiene Ocupacional Total 300 400 25 Compet ncias Estabelecer rela o entre o trabalho e a sa de do trabalhador e compreender as interfaces com o meio ambiente Analisar o papel do trabalho dentro da sociedade Identificar e relacionar os aspectos econ micos sociais e tecnol gicos que comp em os processos laborais e que interferem na qualidade de vida Desenvolver e viabilizar procedimentos t cnicos e administrativos voltados para eleva o do n vel da qualidade de vida Analisar interpretar e avaliar os impactos da legisla o Previdenci ria e Trabalhista do pa s Assessorar na composi o elei o forma o e desenvolvimento do trabalho da C
76. unidades extintoras para instala o nos locais selecionados anteriormente Elaborar projeto de sinaliza o para identifica o da prote o ativa Elaborar simula es e viv ncias pr ticas de combate a inc ndio Reconhecer o car ter aleat rio e n o determin stico dos fen menos Conhecer e identificar os elementos de um plano de emerg ncia Dimensionar e especificar os recursos materiais e humanos necess rios para os planos de emerg ncia Planejar e organizar o trabalho de modo que as emerg ncias sejam contornadas num per odo curto de tempo Formular estrat gias para implanta o dos programas necess rios Definir prioridades para os aspectos e impactos de seguran a e sa de ocupacional e ambiental Avaliar os impactos das tecnologias nos processos de produ o buscando reduzir os riscos oriundos dos novos processos Analisar as consequ ncias dos riscos principalmente em inc ndios explos o e vazamentos Confrontar opini es pontos de vista e teorias na elabora o dos programas e projetos Avaliar rotinas protocolos de trabalho instala es e equipamentos Interpretar plantas desenhos e croquis de uma organiza o tendo como foco os ambientes de trabalho Estabelecer crit rios para escolha de Equipamentos de Prote o Individual e de combate a inc ndio Avaliar o desempenho do Servi o Especializado em Engenharia de Seguran a e em Medicina do Trabalho Avaliar o cumprimento das cl us
77. 07 demonstrarem Significa dizer que a postura docente assumida aqui despotencializa os alunos partindo do pressuposto de que eles n o ter o condi es de alcan ar o que almeja o professor Como estrat gia de sobreviv ncia diante de atitudes como as que se apresentam no cotidiano temos percebido que os alunos buscam no compartilhamento uns com os outros superar r tulos que lhes s o atribu dos e para superar tamb m as dificuldades que surgem durante seu processo de aprendizagem organizam se para o estudo dentro e fora da escola buscam a monitoria por exemplo Observamos tamb m considerando relatos como o citado anteriormente que alguns alunos demonstram muita seguran a quanto ao seu potencial e sabem que podem produzir muito mais do que o que pode ser medido pelos instrumentos convencionais de avalia o Embora existam pr ticas dessa natureza acontecendo no cotidiano do curso outras de natureza bem diferente tamb m est o acontecendo e s o reconhecidas pelos alunos Processos avaliativos cuja postura qualitativa assumida pelo professor privilegia a compreens o a participa o o compromisso entre outros valores usados como crit rios sinalizam uma busca por formas de avalia o mais coerentes com uma forma o que tem o aluno como centro do processo de aprendizagem 108 5 PROBLEMATIZA ES A PARTIR DOS FRAGMENTOS DOS CURR CULOS EM REDES DO CURSO DE SEGURAN A DO TRABALHO Neste cap tulo pretende
78. 102 Embora possamos perceber nos depoimentos que os alunos sentem falta desta cobran a por resultado de alguns professores preciso avaliar com cuidado as origens desta percep o Para alguns alunos faz falta um professor mais exigente mais rigoroso que os force a produzir mas a percep o deles tem sido de uma postura ap tica e s vezes at descomprometida do professor Podemos considerar tamb m que toda a pol tica educacional que n o coloca o aluno enquanto respons vel pela sua aprendizagem mas enquanto sujeito passivo no processo contribui para percep es como esta Quando iniciamos esta reflex o come amos a perceber que o sentimento dos alunos em rela o a esta postura docente estava muito ligado tamb m sua pr pria condi o de des nimo com o curso resultado de outras quest es vistas como problemas Os alunos fizeram essas declara es at mesmo num tom de desabafo porque demonstraram perceber uma vis o preconceituosa em rela o a eles como se houvesse de antem o uma imagem dos alunos como desinteressados imaturos sem compromisso enfim adjetivos que para eles n o se aplicam na ntegra ou n o deveriam ter o peso que carregam principalmente colocando os todos num mesmo patamar de avalia o e com isso definindo as condutas a serem adotadas por todos os professores com todas as turmas Nos processos avaliativos assunto discutido neste eixo algumas quest es foram destacadas
79. B SICO I Disciplinas C H Aulas Semestre Aulas Semana Direito Aplicado 48 64 04 Fundamentos da Administra o 48 64 04 Psicologia do Trabalho 48 64 04 Estat stica 48 64 04 Estat stica Aplicada 48 64 04 Inform tica Aplicada 48 64 04 Fundamentos da Seguran a do Trabalho e Higiene 60 80 05 Ocupacional TOTAL 300 400 25 M DULO 2 B SICO II Disciplinas C H Aulas Semestre Aulas Semana Processos Industriais 36 48 03 Fundamentos de Mec nica 36 48 03 Fundamentos de Metalurgia e Materiais 36 48 03 Fundamentos de Constru o Civil 36 48 03 Fundamentos de Eletrot cnica 36 48 03 T cnicas de Did tica e Pesquisa 36 48 03 Desenho T cnico 36 48 03 Preven o e Controle de Perdas 48 64 04 TOTAL 300 400 25 M DULO 3 M dulo 3 1 Preven o de Acidentes Disciplinas C H Aulas Semestre Aulas Semana Seg Trabalho na Constru o Civil e Minera o 48 64 04 Seg Trabalho na Atividade Industrial 48 64 04 Seg Trabalho na Atividade de Transporte 48 64 04 Seg Trabalho na Atividade Rural 24 32 02 Projetos e Instala es Aplicada 48 64 04 Preven o e Controle de Sinistro 48 64 04 Sistema de Gest o de Seguran a e Sa de do Trabalho 36 48 03 TOTAL 300 400 25 M dulo 3 2 Higiene Ocupacional Disciplinas C H Aulas Semestre Aulas Semana Agente de Risco F sico I 48 64 04 Ag
80. Conversamos sobre as situa es em que o aluno poder perder sua matr cula os direitos que eles t m em rela o dispensa de disciplina trancamento do curso e mudan a de turno conversamos sobre o sistema de avalia o especialmente o funcionamento do regime de Depend ncia nos componentes curriculares enfim procuramos tirar todas as d vidas que possam surgir sobre o regulamento Quando o aluno conclui o segundo m dulo e autorizado a estagiar come amos a ter problemas porque em geral as vagas raras para est gio s o em hor rios que exigem do aluno a mudan a no turno de estudo Como as turmas do noturno est o sempre com todas as vagas preenchidas tem sido muito dif cil mudar o aluno da tarde para a noite Al m dessa situa o existe a quest o do cumprimento do calend rio que tamb m tem sido um dificultador Quando o aluno consegue a oportunidade de est gio ou at mesmo um emprego ou ainda a aprova o num concurso acaba abrindo m o 116 quando esta oportunidade n o acontece no per odo previsto no calend rio escolar para as solicita es recomenda o da Institui o respeitar os prazos do calend rio acad mico ent o n o poss vel ao aluno fazer qualquer solicita o fora dos prazos Em casos de trancamento por motivos de sa de devidamente atestados permitido a qualquer momento Assim a atitude dos alunos embora sem a aquiesc ncia da Coordena o do curso do Registro Escol
81. ESQUISA cicctemeneseseseeereresenereerersersarreneremreraseneases 23 3 PRINCIPAIS REFER NCIAS TE RICO METODOL GICAS se 40 3 1 O CAMPO DO CURR CULO HIST RICO E PRINCIPAIS TEND NCIAS 40 3 2 PRINCIPAIS CONTRIBUI ES DOS ESTUDOS E PESQUISAS NOS DOS COM OS COTIDIANOS PARA A FUNDAMENTA O DA NO O DE CURR CULO EM REDES TECIDAS NO COTIDIANO ESCOLAR 51 3 3 ALGUNS PRESSUPOSTOS DE PESQUISA NOS DOS COM OS COBNDIANOS a A O OR E a O 61 4 FRAGMENTOS DOS CURR CULOS TECIDOS EM REDES NO COTIDIANO DO CURSO DE SEGURAN A DO TRABALHO DO IFES VIT RIA 68 4 1 FORMA O DO PROFISSIONAL DE SEGURAN A DO TRABALHO NECESSIDADES E EXPECTATIVAS sousa pe ses pen Es asao ea SR oa 71 4 2 PROPOSTA DE FORMA O DO PROFISSIONAL DE SEGURAN A DO TRABALHO DO CURSO DO IFES VIT RIA NECESSIDADES E EXPECTATIVAS ckana e a a A A 81 4 3 METODOLOGIAS E DID TICAS USADAS NECESSIDADES E A EO TAT VAO ira E N 90 4 4 SISTEM TICA DE AVALIA O NECESSIDADES E EXPECTATIVAS minn onea n Taa a 0 a 101 5 PROBLEMATIZA ES A PARTIR DOS FRAGMENTOS DOS CURR CULOS EM REDES DO CURSO DE SEGURAN A DO TRABALHO cstseessess 108 E CONCESS O EPEE EEEE Ss aa ORI ND a TET 133 Z REFER NCIAS ssa a a A 137 ANEXOS sis aiaa ipa apa a Espa aiia 142 1 INTRODU O FRAGMENTOS DA HIST RIA DE VIDA PROFISSIONAL E AS QUEST ES SOBRE CURR CULO O principal objetivo desta pesquisa compartilhar com o le
82. FETES diploma 35 t cnicos de seguran a por ano o que n o atende a necessidade do mercado devido maioria destes alunos cursarem em paralelos outros cursos de n vel superior ocorrendo um desvio da rea O Curso T cnico de Seguran a do Trabalho sempre um dos mais procurados no processo seletivo realizado pelo CEFETES chegando a uma m dia de 14 candidatos por vaga o que nos leva a concluir o grande interesse da nossa comunidade para essa profiss o 1 2 OBJETIVOS Promover a ado o de meios e recursos t cnicos administrativos e educacionais capazes de criarem e desenvolverem a es prevencionistas de modo cient fico e t cnico para sanar as defici ncias das condi es do ambiente de trabalho Estimular e garantir um processo de cont nuo autodesenvolvimento das t cnicas prevencionistas de modo a assegurar maior participa o dos empregados e dirigentes na redu o de acidentes e a melhoria da produ o visando assim promo o humana social e profissional CAP TULO 02 REQUISITOS DE ACESSO Os alunos poder o ser admitidos no curso t cnico de Seguran a do Trabalho do Centro Federal de Educa o Tecnol gica ES Vit ria atrav s do Concurso P blico ou Conv nios apresentando como requisitos Ter conclu do o Ensino M dio com as respectivas compet ncias e habilidades ou estar cursando o Ensino M dio j tendo conclu do a segunda s rie 143 No caso da concomit ncia interna o REGULAMENTO DA
83. Finalizando a discuss o do tema Etimologias epistemologias e o emergir do curr culo Goodson resgata as experi ncias educacionais anteriores ao modelo de educa o estatal institucionalizado a partir do s culo XX Evidencia que durante o s culo XIX quando a instru o era dada no lar pessoas leigas ou religiosas abriam escolas onde desenvolviam uma pr tica diversificada uma varia o dos programas considerando a aptid o de cada aluno Nesse per odo era poss vel segundo o autor haver um aproveitamento da experi ncia e cultura dos alunos Goodson considera este sistema de ensino como local e pessoal de educa o GOODSON 1995 p 40 grifo nosso e assim possibilitava para os grupos da classe oper ria um curr culo que tinha como tra o a valoriza o da experi ncia de vida dos alunos A elimina o destas escolas ocorreu com a introdu o do modelo de escolariza o estatal ap s o Ato de 1870 estimulado pelos temores gerados pela Revolu o Francesa A partir deste momento o Estado passou a regular a organiza o da escolariza o e do curr culo O modelo de curr culo e epistemologia associado escolariza o estatal foi aos poucos ocupando todo o ambiente educacional GOODSON 1995 p 41 at que em fins do s culo XIX estabeleceu se como padr o de escolariza o consolidado pela distribui o de recursos e atribui o de status O autor nos alerta ainda para a tend ncia naturaliza
84. Lisboa 7 p 105 120 2006 FERRETTI Celso Jos OLIVEIRA Maria Rita N S SILVA JR Jo o dos Reis Org Trabalho Forma o e Curr culo para onde vai a escola S o Paulo Xam 1999 139 FREIRE Paulo Pedagogia da Autonomia saberes necess rios pr tica educativa S o Paulo Paz e Terra 1996 GARCIA Regina Leite Org M todo pesquisa com o cotidiano Rio de Janeiro DP amp A 2008 M todo m todos contram todos S o Paulo Cortez 2003 GOODSON Ivor F Curr culo teoria e hist ria Petr polis Vozes 1995 GUIMAR ES Valter Soares Org Formar para o mercado ou para a autonomia O papel da universidade S o Paulo Papirus 2006 INSTITUTO FEDERAL DO ESP RITO SANTO Projeto do Curso T cnico de Seguran a do Trabalho Integrado ao Ensino M dio na Modalidade PROEJA Vit ria agosto 2009 JOLSGRILBERG F B Cotidiano e Inven o S o Paulo Escrituras 2005 KUENZER Ac cia Zeneida Org Ensino M dio construindo uma proposta para os que vivem do trabalho S o Paulo Cortez 2007 LARROSA Jorge Bond a Notas sobre a experi ncia e o saber de experi ncia Tradu o de Jo o Wanderley Geraldi Revista Brasileira de Educa o n 19 p 21 2002 Dispon vel em lt www anped org br RBDE19 04 JORGE LARROSA BONDIA pdf gt Acesso em 11 de jul de 2009 LIB NEO Jos Carlos Did tica S o Paulo Cortez 1994 LINHARES C lia Fras o GARCIA Regina Leite Observando
85. O B QUESTION RIO S CIO ECON MICO ALUNOS INGRESSANTES ANO 2008 1 ESTADO CIVIL E 2 RESPOSTAS INV LIDAS MM 4 CASADO A E 26 SOLTEIRO A FAIXA ETARIA EM 1 RESPOSTAS INV LIDAS EEE 8 19421 ANOS E 3 13A1SANOS EE 6 22 A30 ANOS O 12 16 418 ANOS EO 2 31 OU MAIS ANOS GRAU DE INSTRU O ER 1 M O RESPONDERAM A QUEST O E 2 2 ANO DO ENSINO M DIO E 12 ENSINO FUNDAMENTAL EE 10 3 ANO DO ENSINO MEDIO E 4 1 ANO DO ENSINO MEDIO EE 3 ENSINO M DIO COMPLETO 163 QUAL A ATIVIDADE DE LAZER QUE VOCE MAIS PRATICA E N O RESPONDERAM A QUEST O EEE 3 PRAIA ERR 1 VISGEM EE 3 SHOPPING E 10 LEIURA E 3 ESPORTES EEE 3 CINEMA EE 2 NENHUMA VOC ACESSA A INTERNET RR 4 N O RESPONDERAM A QUEST O EEE 11 OUTROS E 12 EM SUA RESID NCIA E 5 NAO TENHO ACESSO A INTERNET O 3 MNA ESCOLA QUAL O PRINCIPAL MOTIVO QUE O LEVOU A OPTAR PELO CURSO ERR N O RESPONDERAM A QUEST O E 4 PREPARA O PARA INGRESSO N EE i IMAGEM DA ESCOLA PERANTE A EEE 25 PREPARA O PARA O TRABALHO 164 ERR N O RESPONDERAM A QUEST O E 10 JORNAIS E 1 REVISTAS NAO TECNICAS N 11 LIVROS N 1 NENHUM EO INTERNET QUAL O TIPO DE ATIVIDADE QUE VOCE EXERCE ERR 1 N O RESPONDERAM A QUEST O EE 2 com rcio ER 1 ESTAGI RIOS EE 5 AUT NOMO RR S SERVI OS ERRO 20 N O TRABALHO ANEXO C MATRIZ CURRICULAR Curso T cnico P s M dio Modular de Seguran a do Trabalho 165 M DULO 1
86. S DA COORDENA O DE SEGURAN A DO TRABALHO DO COORDENADOR AOS ALUNOS 2 ALUNOS 2 1 N o ser permitido o uso do telefone e dos computadores da coordena o por parte dos alunos pois esta pr tica causava transtorno e desorganiza o na sala de coordena o prejudicando a privacidade e trabalho dos professores 2 2 O atendimento aos alunos ser feito de forma individual e organizada por parte do coordenador ou de qualquer outro professor no interior da coordena o evitando se assim qualquer tipo de transtorno e desorganiza o 2 3 Quaisquer solicita es de alunos dever o ser feitas em formul rio pr prio de solicita o de aluno em modelo confeccionado pela coordena o salvo exce es Obs O formul rio ficar na mesa do coordenador e na sua aus ncia ser fornecido ao aluno pelos bolsistas da coordena o O formul rio dever ser preenchido imediatamente e entregue ao bolsista para depois ser encaminhado ao coordenador quando de sua aus ncia na sala 2 4 N o ser permitido a perman ncia de alunos no corredor quando da exist ncia de alguma aula vaga Esta pr tica provoca transtorno e atrapalha as aulas de outros professores ao lado No caso de aula vaga ocorrer no in cio do turno vespertino ou noturno ou no meio do turno vespertino ou noturno o aluno dever se encaminhar para a biblioteca a fim de dar prosseguimento a algum estudo ou pesquisa na internet utilizando se da sala de micros ou s
87. ST RICO E PRINCIPAIS TEND NCIAS Para a discuss o da no o de curr culo em rede no Curso T cnico de Seguran a do Trabalho buscamos como fundamenta o algumas concep es e id ias no campo do Curr culo na tentativa de entender historicamente como se deu o surgimento das discuss es a ele relacionadas Alguns autores t m se dedicado a essa tem tica produzindo diferentes perspectivas te rico metodol gicas Ainda nesse sentido observamos na literatura estudada tentativas de identifica o e ou organiza o das tend ncias e ou fases a partir das quais o campo do curr culo poderia ser abordado Sem ter a pretens o de esgotar essa discuss o empenhamo nos em trazer as principais contribui es de Goodson 1995 Pacheco 2005 Alves 2004 Alves e Oliveira 2002 entre outros buscando fazer um apanhado desde a origem do significado do termo at a no o de curr culo em rede proposta por Alves 2004 Goodson 1995 discorrendo sobre a teoria hist ria do curr culo destaca que a palavra curr culo do latim Scurrere correr curso etimologicamente definida como um curso a ser seguido A palavra curr culo vem da palavra latina Scurrere correr e refere se a curso ou carro de corrida As implica es etimol gicas s o que com isso o curr culo definido como um curso a ser seguido ou mais especificamente apresentado GOODSON 1995 p 31 Para Goodson 1995 p 31 a rela o entre curr culo
88. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESP RITO SANTO CENTRO PEDAG GICO PROGRAMA DE P S GRADUA O EM EDUCA O LEESSANNY CARLESSO DOS SANTOS LIRIO O CURR CULO REALIZADO NO CURSO DE SEGURAN A DO TRABALHO DO IFES VIT RIA PISTAS PARA O FORTALECIMENTO DAS REDES DE RELA ES SOLID RIAS VIT RIA 2009 LEESSANNY CARLESSO DOS SANTOS LIRIO O CURR CULO REALIZADO NO CURSO DE SEGURAN A DO TRABALHO DO IFES VIT RIA PISTAS PARA O FORTALECIMENTO DAS REDES DE RELA ES SOLID RIAS Disserta o apresentada ao Programa de P s Gradua o em Educa o do Centro Pedag gico da Universidade Federal do Esp rito Santo como requisito parcial para obten o do grau de Mestre em educa o Orientador Professor Dr Carlos Eduardo Ferra o VIT RIA 2009 Dados Internacionais de Cataloga o na publica o CIP iblioteca Central da Universidade Federal do Esp rito Santo ES Brasil L768c Lirio Leessanny Carlesso dos Santos 1977 O curr culo realizado no curso de seguran a do trabalho do IFES Vit ria pistas para o fortalecimento das redes de rela es solid rias Leessanny Carlesso dos Santos Lirio 2009 201 f il Orientador Carlos Eduardo Ferra o Disserta o mestrado Universidade Federal do Esp rito Santo Centro de Educa o 1 Curr culos 2 Trabalho 3 Solidariedade Ferra o Carlos Eduardo 1959 Il Universidade Federal do Esp rito Santo Centro de Educa o Ill T tulo
89. a at mais importante que uma aula em sala O aluno pode perder uma aula na UFES e a visita servir tanto para o CEFETES quanto pra UFES Eu acho que o problema da visita dificulta na forma o porque uma forma de conviver um pouco mais com o trabalhador 5 Professor E Impress es A minoria que fica no mercado de trabalho como t cnico O curso d um uma forma o geral as pessoas passam por ele para adquirir conhecimentos para outras fun es Ent o o T cnico de Seguran a deveria ter uma forma o mais ampla de maneira que ele tamb m chegasse a gerenciar certas coisas O poder do T cnico de Seguran a muito limitado e na maioria das empresas pequenas ele que est presente Ent o deveria ter uma forma o gerencial mais forte inclusive na produ o Hoje ele n o est inserido na produ o apesar de na teoria ele estar na produ o na pr tica n o acontece isso ele fica numa postura reativa 174 Curr culo O t cnico de seguran a acaba sendo ele a nica pessoa na pr tica em determinadas empresas Ent o ele deveria ter uma forma o maior para tentar mudar sen o ele apenas se limita a registrar o fato consumado e ruim por isso que s vezes ele se desestimula Ent o voc conta nos dedos os t cnicos que ficam muitos anos trabalhando como t cnico de seguran a eles acabam migrando para outras atividades Eles cansam de bater nessa quest o do fato consumado do custo a seguran a tr
90. a es exigidas dos profissionais A no o de habilidades e compet ncias surgiu no cen rio como alternativa no o de qualifica o de at ent o A produ o voltada para uma nova filosofia de atendimento ao cliente exigiu mudan as no perfil do trabalhador e como consequ ncia disso na forma o escolar deste sujeito Os curr culos escolares passaram a ser revistos e reorganizados visando uma forma o que desenvolvesse as habilidades e compet ncias 119 necess rias ao trabalho Essa adequa o curricular s demandas do mercado t m representado uma valoriza o de saberes habilidades deixando de lado o Conhecimento As demandas que o mercado faz escola t m sido definidas com uma educa o que busque padr es de aperfei oamento em detrimento de padr es de qualifica o e desempenho Uma forma o geral de tal forma abrangente que permita o enfrentamento das diferentes tecnologias e das diferenciadas possibilidades de trabalho em um contexto de rotatividade e de amea a de desemprego MACEDO 2002 p 135 Os curr culos por compet ncia t m surgido na intera o com um mercado produtivo com essas caracter sticas CNE apud MACEDO 2001 O curr culo oficial do Curso T cnico de Seguran a do Trabalho adota a no o de compet ncia como fundamento te rico para o estabelecimento dos objetivos de forma o profissional do aluno O conceito desenvolvido sob muitos aspectos diferentes e segundo
91. a o crit rios recupera o paralela limita o de oportunidades para recupera o de notas ou posturas arbitr rias dos professores no que diz respeito s negocia es que s o feitas junto aos alunos na defini o do processo avaliativo O dado que nos chamou aten o e nos trouxe preocupa o partiu do relato de um aluno num di logo que teve com um dos professores do curso que justificando a aplica o de uma avalia o com quest es consideradas pelo aluno com baixo n vel de exig ncia teria questionado a capacidade da turma O referido professor ao responder indaga o do aluno sobre o porqu da elabora o de uma prova com n vel de exig ncia t o baixo teria assim se expressado Voc sabe que se a gente exigir aqui o que deveria ser exigido vai todo mundo reprovar Ent o n o faz sentido eu fazer uma prova dif cil porque todo mundo reprova Eu n o posso pegar pesado porque sen o todo mundo reprova O aluno ent o fez a seguinte considera o Ent o eu falei pra ele eu prefiro reprovar e aprender e ter que correr atr s do que ficar aqui nesse oba oba ler um trabalhinho apresentar e tirar dez o professor d uma lista de exerc cios hoje e amanh a prova igualzinha s muda a ordem aluna Geila Por que preocupante essa situa o Porque a l gica assumida aqui desqualifica os alunos negando seu potencial sem ao menos dar lhes a possibilidade de o 1
92. a forma o pois traz para as discuss es de sala de aula as suas experi ncias de trabalho nas empresas as not cias atualizadas sobre o contexto do mercado e sobre 93 a pr pria profiss o do t cnico de seguran a Embora j tivessem passado por problemas quanto s aus ncias e atrasos desta categoria de professores uma vez que estes t m normalmente atividades externas ao CEFETES n o desqualificaram a riqueza da contribui o que podem dar ao curso O professor tempor rio tem sido uma boa alternativa para os alunos no sentido de que eles realizam bem a rela o entre teoria e pr tica mesmo sem o uso da pr tica de laborat rio que um dos desejos apontados pelos alunos A defici ncia na a o educativa de relacionar os conte dos te ricos pr tica tem representado para os alunos um sentimento de inseguran a frente possibilidade de num est gio ou numa primeira oportunidade de emprego n o conseguirem aplicar o que aprenderam Uma quest o que se torna contradit ria entre os alunos seu entendimento quanto ao aprofundamento das discuss es nas aulas pelo professor Alguns alunos n o v em a necessidade do professor aprofund las porque entendem o curso t cnico como muito espec fico e por isso n o necessita ir muito fundo no estudo dos conte dos Um questionamento sobre isso tem sido o aprofundamento em quest es sem grande relev ncia enquanto os de grande relev ncia s o tratados superficialmente
93. a n o assimilou os objetivos da profiss o do t cnico a preven o de acidentes a partir tamb m da utiliza o de Normas Regulamentadoras e que acaba muitas vezes sendo absorvida pela escola Como alternativa para a recupera o da imagem do curso dentro do CEFETES e tamb m energiz lo os alunos t m apontado a organiza o pela coordenadoria do curso e pelos alunos de uma semana de atividades focadas na seguran a do trabalho Um projeto como este representaria uma grande oportunidade de recupera o da auto estima da motiva o e da energia de todos aqueles que participam da vida do curso Essa rela o da seguran a com o mercado de trabalho poderia ser mais estreitada se n s consegu ssemos fazer a semana da seguran a uma semana em que a gente pudesse trazer o pessoal das empresas para c os t cnicos para c porque queira ou n o essa rela o acaba sendo mais estreitada Ent o al m do aluno ouvir coisas novas n o s o que os professores aqui falam mas as pessoas de fora as pessoas que est o l na rea est o vivendo o dia a dia delas ao ouvir estas experi ncias e tamb m com a rela o com estas pessoas vai ajudar muito mais o aluno vai abrir mais possibilidades de est gios Ent o eu acho que seria fundamental a gente fazer a semana da seguran a do CEFETES professor G Na tentativa de recuperar o que n o foi contemplado nas aulas de ampliar as discuss es e de dinamizar o curso
94. a cuja proposta curricular estava pautada nos princ pios construtivistas pude observar a dificuldade das professoras incluindo eu mesma em lidar com aquela proposta de ensino porque todas t nhamos como entendimento que o Construtivismo dava maior liberdade de atua o tanto s professoras quanto aos alunos mas n o sab amos bem o que fazer com esta liberdade Na verdade existia uma expectativa muito grande em rela o proposta no sentido de que ela era a nosso ver a melhor proposta que j existira Entretanto a dificuldade no planejamento das atividades permanecia porque enquanto tent vamos propor um trabalho que possibilitasse maior oportunidade de desenvolver o esp rito criativo nos alunos que pudesse gerar maior satisfa o no aprender e que pud ssemos enquanto professoras ter a chance tamb m de inovar fazendo proposi es diferentes conviv amos com uma d vida N o sab amos se est vamos ou n o no caminho certo muito mais em fun o das expectativas dos pais por resultados do que pela nossa credibilidade no sucesso do projeto Ao matricularem seus filhos os pais recebiam orienta o acerca da proposta de ensino da escola e a informa o de que o alcance dos objetivos dependeria da integra o fam lia escola e da confian a deles no trabalho desenvolvido O cr dito dado pelos pais proposta da escola mais a ansiedade de alguns pelo resultado al m da nossa pr pria busca em desenvolver um trabalho d
95. a do trabalho na minera o e constru o civil a nfase vai ser na minera o porque a atividade que tem sido desenvolvida naquele munic pio A rea de Cachoeiro que a economia vive em fun o de rochas ornamentais temeroso fazer um curso de seguran a s para isso mas que no curso de seguran a ter uma disciplina que d um nfase porque um mercado de trabalho que necessita desse perfil de trabalhador Antigamente n o era assim hoje o mercado j se aproxima da escola e diz eu preciso de um profissional com este perfil mais ou menos a escola forma Mas a escola n o forma o cidad o s para a empresa ela forma para comunidade tamb m para outras oportunidades de trabalho Quanto ao curr culo ele vem atendendo e a medida que mudam as tecnologias o curr culo vai mudar com certeza Quest es a discutir A escola como tem uma sele o uma estrutura ela forma muito bem o profissional Voc pode olhar em concurso como Petrobras que os primeiros colocados s o alunos do CEFETES Primeiro por ele ter se esfor ado para passar no processo de sele o aqui e ter muito mais condi es pedag gicas de encontrar profissionais de melhor qualifica o e tamb m m rito dos alunos Agora n o s isso que o t cnico precisa para atuar como profissional de seguran a Quando a gente come a a formar uma pessoa muito t cnica a gente pensa que tudo que t cnico resolve o problema basta ter o conhecimento Eu falo
96. a opini o carece de uma adequa o ao tempo atual porque j tem um tempo decorrido e em seguran a do trabalho as normas mudam os EPIS mudam tamb m ent o eu diria que bom revisar periodicamente o curso de tr s em tr s anos de quatro em quatro anos acrescentando ou tirando disciplinas de acordo com a realidade do mercado n o s em seguran a mas de uma maneira geral no CEFETES assim feito e n o diferente para o curso de seguran a do trabalho Poderia sofrer uma adequa o a atual realidade Principais quest es Carga hor ria de algumas disciplinas inadequada precisar amos rever exatamente a carga hor ria de algumas disciplinas o acr scimo de outras disciplinas face a demanda do mercado mais visitas para alunos a partir do 3 m dulo quando eles entram em fase de est gio tem tido muito poucas visitas n o s dos alunos principalmente da coordena o um envolvimento maior da coordena o do curso para visitas com os alunos e a possibilidade de voc ter profissionais de fora dando palestras aqui dentro ao inv s de voc deslocar uma turma meia turma ou um grupo de alunos para ver profissionais de fora para palestrar fazer semin rios com eles para que eles tenham uma proximidade maior com o mercado de trabalho e n o fique s em uma mera teoria um arcabou o te rico muito forte e uma estrutura te rica muito pesada mas a parte de pr tica mesmo muito distante 170 Rela o com o mercad
97. a presen a do t cnico em seguran a do trabalho A necessidade do nosso profissional de acordo com o grau de risco da atividade econ mica espec fica e a quantidade de profissionais presentes em cada empresa dentro de cada atividade econ mica espec fica Eu vejo que h necessidade de t cnicos de seguran a do trabalho em quase todos os lugares que n s possamos imaginar O curso procura ent o dar este suporte t cnico em termo de conhecimentos de preven o de riscos ambientais O nosso aluno capaz de sair do curso e poder detectar quais s o as fontes de riscos ambientais que agridem a integridade f sica do trabalhador todos os trabalhadores de uma forma geral reconhecer esses riscos reconhecer a fonte onde este risco gerado reconhecer estes riscos de forma qualitativa sem instrumenta o nenhuma sem nenhum tipo de medi o e reconhecer tamb m estes riscos de forma quantitativa com medi es e compar los aos n veis de a o e aos limites de toler ncia permitidos pela lei e ver se aquele agente nocivo agride o trabalhador de uma forma moderada substancial toler vel ou intoler vel s o os quatro n veis de risco Ao se conhecer a situa o destes agentes nocivos incidentes em cima do trabalhador o nosso profissional rec m formado t cnico de seguran a do trabalho tem condi es m nimas de propor solu es atrav s de implanta o de prote es coletivas e ou individuais O nosso primeiro enfrentamento
98. a um denominador comum Ao mesmo tempo em que o professor se sente ultrajado com a postura displicente do aluno n o julga a advert ncia como forma de resolu o da quest o Ao mesmo tempo em que entende ser desrespeitosa a atitude dos alunos julga natural que eles se comportem assim e prefere n o aplicar o C digo de tica e Disciplina da Institui o para n o se indispor com o aluno gerando um clima de desconforto e inimizade Os alunos da Seguran a normalmente n o saem das atividades das salas de aula s vezes v o em pequenos grupos para a cantina lanchar e conversar mas na 31 A resumo das orienta es para os alunos encontra se no Anexo F 114 maioria das vezes permanecem em sala ou nos corredores Algumas imagens caracterizam bem estes momentos Buscamos durante o per odo da pesquisa registrar imagens dos alunos em outros momentos outros lugares mas n o conseguimos exatamente porque seja nas atividades ou nos intervalos eles permanecem em geral nos espa os onde se d o curso Na tessitura dessas redes a pr tica docente se mostra muito ligada aos princ pios de um ensino tradicional Alguns professores demonstram buscar mudan a em rela o metodologia ao relacionamento com os alunos forma de avalia o e ao lidar com as situa es que ocorrem no dia a dia da sala de aula entretanto muitos deles experimentaram um modelo que t m como o melhor o que deu certo o mais efi
99. ado a sociedade contempor nea Apostamos nas rela es reguladas nos princ pios de solidariedade buscando superar as no es de Compet ncia e Habilidade que fundamentam o curr culo oficial do curso A partir desse objetivo principal buscamos perceber os sentidos atribu dos pelos participantes da pesquisa ao curr culo realizado no curso de Seguran a do Trabalho O desenvolvimento desta pesquisa se deu a partir da metodologia da Pesquisa no do com os cotidianos escolares na qual utilizamos como instrumentos para a produ o de dados a Entrevista Estruturada e a Observa o Participante A partir dos depoimentos e das observa es do cotidiano do curso percebemos a exist ncia de redes de rela es que de forma solid ria buscam repensar as teoriaspr ticas pedag gicas hoje assumidas Vislumbramos assim novas possibilidades de pensar o curr culo deslocando a nfase na forma o t cnica dirigida para o atendimento s exig ncias do mercado de trabalho competitivo e individualista para a nfase numa forma o mais humanizada e solid ria Palavras chave Curr culo Trabalho Solidariedade ABSTRACT We have as our main aim to problematize the fragments of the knowledgedoingempowering networks woven by the subjects who practice in the quotidian of the Technical Course of Occupational Safety of the Federal Institute of Espirito Santo IFES Campus Victory We look for leveraging the widening and strengthening of teoriespract
100. agora j tenho uma id ia uma dire o j um curso interessante 6 Marcos Impress es 194 O que pesou foi a desorganiza o em rela o falta de professor principalmente que o que fez com que os alunos uma vez que estavam motivados se desmotivaram acabaram perdendo a vontade ou achando que o curso n o o que queriam Acho que isso foi o fator principal a desorganiza o porque no come o todo mundo estava interessado em saber sobre o curso procurar uma vez que esse fator n o foi a gente n o teve uma resposta muito boa em rela o a professor o pessoal foi desanimando alguns pararam outros trancaram o curso isso da foi uma impress o geral que eu tive sobre o curso Curr culo Em rela o s disciplinas foi muito bem abordado principalmente no 4 per odo acho que o 4 per odo foi em que eu consegui tirar bastante coisa para o mercado de trabalho foi no 4 per odo que foi a parte de higiene do trabalho Como as outras disciplinas principalmente no come o era algo bem pincelado era algo bem lapidado acredito que em geral o curr culo realmente atende principalmente no 4 m dulo eu acho que atende Acho que nos m dulos iniciais tem algumas disciplinas por exemplo organiza o do trabalho eu acho que uma disciplina que apesar de ter um objetivo interessante eu acho que voc perde um tempo que voc podia estar Essa uma disciplina t cnicas de did tica e pesquisa
101. amento os alunos precisar o equilibrar as situa es de qual capacidade eles precisar o mais Na realidade o que fazemos na escola muito l dico na hora do trabalho eles ver o que n o funciona exatamente como viram em sala de aula Houve uma semana de educa o no tr nsito a Vieram 4 palestrantes um antrop logo um educador um m dico um jornalista onde eu levei os alunos Foram 4 palestras que eu levei os alunos eu disse aproveita pela manh mas voc s precisam sair desse meio para ouvir os diferentes pontos de vista e assim que a gente vai juntando os conhecimentos Eu quando vejo uma boa palestra dentro do contexto do curso gratuita o dia para ver qual professor est na minha rede ou seja no meu dia de aula converso com ele Em rela o a isso nunca tive problema n o sei se tem algum professor que precisa quebrar a barreira Outro detalhe que vejo tamb m s o visitas t cnicas Quando tive na faculdade tive duas visitas t cnicas Vou fazer 30 anos de formado e lembro das visitas Agora pergunta quem era o professor de Hidr ulica Que disciplina ele deu Eu n o lembro Ent o para um aluno nosso que sente essa dificuldade de compreender quando voc explica para ele na pr tica como uma empresa na realidade ent o essa visita Eu acho que deveria ter na coordena o uma programa o de visitas e incentivar com a cobran a de relat rios Se n o mostrarmos para o aluno que a visit
102. aplicar que s o muito muito muito importantes pra qualquer rea que a gente v trabalhar Curr culo Mar lia eu vejo muito erro ainda sou muito cr tica quanto a isso eu vejo muito erro coisas que a gente a meu ver deveria ter estudado e n o estudou igual voc comentou na sala que a gente n o aprendeu a fazer um relat rio s vezes eu acho que a gente se aprofunda em coisas que n o s o t o necess rias Por exemplo acho que isso tem a ver n o s com o curr culo mas com o professor Direito que a gente teve pra mim deveria ser basicamente direito trabalhista s que a gente viu muita coisa que n o tinha nada a ver A gente viu l insalubridade n o sei quantos por cento mas n o vimos o porqu n o viu a fundo ent o a 184 gente pode ter visto de tudo mas n o aprofundou no que deveria Acho que estat stica foi nica mat ria que eu posso dizer que aprendi mesmo eu tenho certeza que qualquer coisa relacionada estat stica de acidente eu vi agora n o sei se o tempo ficou faltando muita coisa a chega no final o professor corre muito com o assunto e diz que faltam duas coisas que n o falou mas deixa para a ltima aula s vezes aquilo seria importante mas ele se aprofundou em outra coisa foi deixando de lado Tem muito disso em toda disciplina tem Geraldo acho que o curr culo n o deveria tirar nada a do quadro n o Tinha que ter o direito trabalhista administra o te
103. aquara JM Editora 2003 PARA SO Marlucy Alves Estudos sobre curr culo no Brasil tend ncias das publica es na ltima d cada In Educa o e Realidade 19 2 p 95 114 jul dez 1994 RAMOS Marise Nogueira A pedagogia das compet ncias autonomia ou adapta o S o Paulo Cortez 2006 ROCHA J NIOR Armando Compet ncia e sensibilidade solid ria educar para a esperan a Dispon vel em lt www mackenzie br fileadmin Editora v3n1 res1 pdf gt Acesso em 25 de jul de 2009 Resenha de ASSMANN Hugo e SUNG Jung Mo Compet ncia e Sensibilidade Solid ria Cidade editora 2000 141 ROCKWELL Elsie EZPELETA Justa A escola relato de um processo inacabado de constru o Revista Curr culo Sem Fronteiras cidade v 7 n 2 p 131 147 jul dez 2007 ROSA Agostinho et al Conscientiza o como uma linguagem diversificada Recife 2005 Dispon vel em lt www paulofreire org br gt Acesso em 11 de jul de 2009 SANTOS Boaventura de Sousa A cr tica da raz o indolente contra o desperd cio da experi ncia S o Paulo Cortez 2005 SILVA Alacir de Ara jo BARROS Maria Elizabeth Barros de Org Alguns Hibridismos Poss veis Vit ria Saberes Instituto de Ensino 2000 SILVA Tomaz Tadeu da Documentos de Identidade uma introdu o s teorias do curr culo Belo Horizonte Aut ntica 2005 TERIGI Fl via Notas para uma genealogia do curriculum escolar Revista Educa o amp Rea
104. aquilo Eu at conversei com o professor sobre isso porque ele mandou a gente ir e depois falou que o trabalho n o estava do jeito que ele queria Ent o eu falei pra ele que desde o primeiro m dulo os professores mandam a gente pra empresa mas nenhum deles disse eu vou levar voc s empresa eu vou mostrar como voc s v o fazer uma visita t cnica como voc s v o se portar numa empresa como voc s v o conversar com o t cnico o que voc s tem que prestar aten o Eu acho que falta isso visitas t cnicas equipamentos pra gente usar porque eles falam voc s v o medir ru do medir isso medir aquilo mas a gente n o tem nada aqui pra medir n o aquele equipamento pra gente ver 185 A gente aprende a calcular Aprende mas na hora que gente chegar no trabalho e pegar aquela m quina a gente vai dizer o que vou fazer com isso Ent o nosso laborat rio muito pobre e eu j falei isso com um professor o coordenador tem muita for a aqui dentro do CEFETES Ele n o coordenador do curso toa Acho que cabe ao coordenador juntar com os alunos com voc e com os professores e discutir o que deve ser mudado mesmo talvez o seu trabalho possa ser mostrado pra isso pra ver a posi o dos alunos pra ver o que deve ser mudado porque tem muita coisa errada Geraldo No come o as pessoas se queixam que as disciplinas mais gerais n o tem muita rela o com seguran a do trabalho mas acho que assim mesmo
105. ar e do N cleo Pedag gico por necessidade pr pria tem sido assistir s aulas no noturno sem estarem matriculados na turma e solicitar aos professores que aceitem esta situa o d em as avalia es tamb m a eles e encaminhem suas notas e frequ ncia ao professor do turno onde est o matriculados no caso o vespertino Os alunos que decidem agir dessa maneira sabem que dever o arcar com os riscos porque eles estar o sujeitos ao professor que n o ter qualquer responsabilidade por eles uma vez que n o estar o matriculados em suas pautas H professores que concordam em cooperar com os alunos nestes casos mas h outros que n o concordam e entendem que nenhum professor deveria fazer acordo com os alunos Situa es como esta conflituosas para os alunos acabam fortalecendo a es individualizadas Os alunos por um lado tentam criar estrat gias para driblar as regras em prol de resolverem seus problemas os professores por sua vez entram numa rela o conflituosa uns com os outros porque t m pontos de vista diferentes O dilema est posto Pensam eles facilitando a mudan a de turno para o aluno que precisa mas n o conseguiu pelo caminho regulamentar estamos cooperando para que ele consiga concluir o curso ou simplesmente estamos descumprindo o regulamento e dando um mal exemplo Nos casos em que testemunhamos este conflito sendo discutido pelos professores percebemos que houve um estranhamento que desgastou o
106. as custos e procedimentos de avalia o Formular estrat gias para implanta o dos programas necess rios Elaborar programas de elimina o e controle de riscos ambientais Definir prioridades para os aspectos e impactos de seguran a e sa de ocupacional e ambiental Confrontar opini es pontos de vista e teorias na elabora o dos programas e projetos Conhecer e situar a empresa no contexto global Interpretar o conte do do trabalho tomando como base a distribui o do trabalho execu o das tarefas rela es sociais e o posto de trabalho Identificar carga f sica mental e ps quica nas tarefas realizadas na organiza o Estruturar e desenvolver avalia es ergon micas nos ambientes de trabalho Avaliar rotinas protocolos de trabalho instala es e equipamentos Analisar normas de produ o o modo operat rio a exig ncia de tempo a determina o do conte do do tempo o ritmo de trabalho e o conte do das tarefas Criar mecanismo para antecipa o dos riscos para o ingresso de novas tecnologias na empresa Mensurar o impacto de uma nova tecnologia num processo de trabalho Estabelecer rela o entre o trabalho e a sa de do trabalhador e compreender as interfaces com o meio ambiente Formular hip teses sobre os fatos que ocorrem na natureza ou sobre as poss veis rela es existentes entre eles Identificar os riscos ergon micos existentes nos ambientes Conhecer as t cnicas normas e metodo
107. as a discutir a obrigatoriedade ou n o no cumprimento do est gio para a obten o do certificado de conclus o de curso A coordenadoria do Curso de Seguran a do Trabalho depois de se reunir por duas vezes optou pela n o obrigatoriedade do est gio no curso n o porque concordasse com ela mas por causa das in meras reclama es dos alunos sobre a dificuldade de serem absorvidos pelo mercado de trabalho tamb m em fun o da legisla o que regulamenta a profiss o do t cnico de seguran a que dificulta ainda mais essa absor o Alguns professores j chegaram a dizer mais f cil para o t cnico de Seguran a conseguir emprego do que para o aluno conseguir est gio 92 Diante do exposto fica ainda mais evidente a import ncia atribu da por alunos e professores ao est gio No entendimento deles existe uma grande diferen a entre teoria e pr tica Em v rios momentos destacam essa diferen a como sendo prejudicial ao seu aprendizado porque pensam numa rela o dicot mica entre pr tica e teoria Teoria segundo a sua concep o seria o conjunto de conte dos ensinados pelos professores em sala de aula Pr tica seria a aplica o da teoria o fazer fora do contexto de sala de aula ou seja na empresa nos laborat rios em outros espa os que possibilitem este fazer Esta vis o dicot mica herdada da modernidade ainda muito presente no cotidiano do curso conforme j exemplificado aqui Existe ent o u
108. as perdas de um sistema Identificar vari veis relevantes em processos e procedimentos Avaliar os impactos das tecnologias nos processos de produ o buscando reduzir os riscos oriundos dos novos processos 150 Conhecer fundamentos de desenho t cnico e arquitet nico Planejar e executar programas e projetos de an lises de riscos estabelecendo metas cronogramas custos e procedimentos de avalia o Habilidades selecionar os recursos audiovisuais para uma apresenta o oral Preparar e realizar apresenta es orais em cursos treinamentos e palestras de sa de e seguran a do trabalho Utilizar adequadamente os recursos audiovisuais em suas apresenta es Utilizar m todos e t cnicas de comunica o que estimulam o racioc nio a experimenta o a coopera o e a solu o de problemas Aplicar recursos expressivos das diferentes linguagens de comunica o de acordo com as condi es do receptor Descrever e identificar os riscos ambientais existentes nos diversos processos e atividades laborais Informar aos trabalhadores sobre erros de execu o e de omiss o enfatizando o desconhecimento dos riscos Interpretar e desenhar plantas e croquis Compreender terminologias t cnicas utilizadas em reas fins Bases Tecnol gicas Fundamentos e t cnicas de apresenta o oral e utiliza o de recursos audiovisuais Caracter sticas dos recursos audiovisuais Conhecimento de inform tica pa
109. atada como custo e n o como investimento O curr culo deveria ser mais din mico abordasse as quest es do ingl s do portugu s da comunica o da tecnologia do gerenciamento e do relacionamento com a comunidade cient fica enfim ele tem que estar envolvido com as quest es atuais de conhecimento certo Ele fica muito protegido pela reserva de mercado contrato t cnico porque sou obrigado ele tamb m tinha que ser preparado para o cen rio que n o tivesse essa reserva de mercado Tamb m n o resolve o problema de empregabilidade S 1 das empresas tem obrigatoriedade de ter algu m na rea de sa de e seguran a O professor deveria transitar em outras disciplinas O problema da fragmenta o dos conte dos e do desligamento entre as disciplinas tamb m uma quest o de falta de treinamento dos docentes Eles mesmos n o t m a no o do todo em rela o s tem ticas desenvolvidas no curso A institui o n o oportuniza esse tipo de capacita o por exemplo um mestrado que fosse direcionado para a especificidade do curso Os professores acabam tendo dificuldade na abordagem de outros assuntos e n o conseguem transitar em outras disciplinas S o poucos professores que t m condi es disso Quest es para discutir uma quest o que j existe desde o in cio do curso a quest o dos professores dialogarem apesar das reuni es n o serem aproveitadas por uma s rie de quest es que os professores nem que
110. ava de tanto v um tema at que a gente usa muito na geografia voc v que est errado mas a gente acaba naturalizando Ent o com isso a gente acaba voltando a percep o que deveria ser a natural mesmo que v as coisas erradas e perceber um pouco mais isso entender que h muita coisa que d para ser mudada em v rios aspectos n o s de trabalho mas dentro de casa mesmo coisas que a gente pode mudar Eu acho isso Eu percebi pelo menos me tocou mais nas coisas que est o erradas em v rios lugares Geraldo foi o que a Mar lia falou at mesmo a quest o de andar na rua aten o na rua coisas simples voc observa de outra forma tem olhos diferentes para estas coisas porque antigamente voc n o tinha nenhuma vis o agora com toda a teoria que voc tem dos riscos s de voc sair da escola e at mesmo dentro da escola voc tem outra vis o para ajudar a pessoa que est do seu lado que n o sabe de nada e at mesmo da sua pr pria seguran a Jussara eu percebi que no come o a gente n o sabia nada do que era seguran a n o tinha no o de nada do que significava seguran a do trabalho Hoje isso faz parte da nossa vida eu percebi o profissional de seguran a do trabalho independente da rea um dos profissionais do meio mais importante porque eu me considero importante como t cnico de seguran a do trabalho pelo conhecimento que eu agreguei aqui coisas que eu n o sou sabia que eu vou poder
111. ber a carga hor ria pequena ou muito extensa das disciplinas os conte dos desatualizados das ementas a aus ncia de algumas disciplinas que abarcariam discuss es atuais dentre outras quest es A avalia o docente e do curso um dos meios que utilizam para estes questionamentos como tamb m para apontarem sugest es Durante o processo de pesquisa atrav s da observa o participante foi poss vel tamb m a identifica o destes e de outros aspectos trazidos pelos alunos Nas discuss es para a composi o do projeto a comiss o designada faz reuni es sistem ticas a fim de discutir as quest es de cunho te rico que fundamentam o curso e este o momento em que temos buscado superar paulatinamente o legado tecnicista que influencia todo o processo de ensino na institui o Na atualiza o dos projetos esta tamb m tem sido a t nica embora ainda exista uma forte tend ncia ao aproveitamento das id ias j postas anteriormente e a preocupa o voltada para ajustes na formata o do texto na gram tica no acr scimo e ou exclus o de disciplinas Nossa preocupa o como pedagogos pedagogas e t cnicos t cnicas em assuntos educacionais atuando no N cleo de Gest o Pedag gica e respons veis pela atualiza o dos projetos tem sido fomentar os debates quando poss vel no sentido de que as quest es te ricas que delineiam todo o curso sejam discutidas e revistas 25 buscando evidenciar os sujeitos protagonis
112. caz e assim tem sido dif cil assimilar as mudan as que outras propostas de ensino apresentam Conversando com os alunos nos corredores ouvimos a necessidade de que no curso houvesse mais atividades extracurriculares ou seja atividades em que eles pudessem conhecer mais de perto a a o do T cnico de Seguran a do Trabalho O curso de Seguran a pode oferecer oportunidades para isso porque possibilita um dinamismo muito grande Os alunos sentem falta de participar de palestras de cursos de complementa o como Primeiros Socorros de cursos de forma o nas reas n o abarcadas pelo curso de participar de simula es como Brigada de Inc ndio e de visitas t cnicas que t m sido inclusive muito solicitadas por eles As visitas ficaram comprometidas porque os pr prios alunos que assumiam o compromisso em comparecer acabavam n o cumprindo com o combinado gerando um desgaste muito grande da coordena o e dos professores envolvidos H professores que n o dispensam os alunos para atividades externas porque n o acreditam que o grupo ir de fato comparecer e aproveitar o tempo da aula participando dos eventos Outra dificuldade que se pode verificar que muitas vezes o professor n o reconhece as atividades extraclasse como timas oportunidades de aprendizagem e fixa o de conte dos estudados nas aulas Para este o conceito de aula se restringe troca de informa es no ambiente de sala de aula 115 No q
113. cobrando eles s o mais conscientes amor ao dinheiro s vezes eu estou pagando ent o eu quero aprender se n o est legal eu vou cobrar Mas a id ia que a gente tem diferente ent o a gente n o cobra porque acha que n o est pagando aluna Mar lia Segundo a legisla o referente s exig ncias de se ter um profissional da rea de seguran a contida na Norma Regulamentadora N 4 Embora n o seja este o foco do nosso trabalho achamos que seria interessante fazer men o desta experi ncia pensando nela como exemplo do movimento a que me referi que tem buscado discutir o modelo de compet ncias e habilidades hoje na Institui o 80 4 1 As empresas privadas e p blicas os rg os p blicos da administra o direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judici rio que possuam empregados regidos pela Consolida o das Leis do Trabalho CLT manter o obrigatoriamente Servi os Especializados em Engenharia de Seguran a e em Medicina do Trabalho com a finalidade de promover a sa de e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho 4 2 O dimensionamento dos Servi os Especializados em Engenharia de Seguran a e em Medicina do Trabalho vincula se grada o do risco da atividade principal e ao n mero total de empregados do estabelecimento constantes dos Quadros e Il anexos observadas as exce es previstas nesta NR 4 4 1 Para fins desta NR as empresas obrigadas a c
114. coisas mas querem de fato trabalhar com a aplica o delas professor Eu acho tamb m em rela o s aulas muito cansativo somente aula te rica Todos somos estudantes e n s sabemos que cansativo demais ficar sentado na cadeira e ficar ouvindo aluna Jussara Quanto ao est gio dif cil porque d at medo de atuar depois que formar porque n o conhecemos nada fora aluna Neusa O n o est gio Geralmente h empresas que disponibilizam est gio mas a carga hor ria n o bate com a daqui A gente poderia fazer 4 horas mas os est gios s o de 6 ou 8 horas Ent o n o d tempo para chegar aqui aluna Carla Os alunos e tamb m alguns professores t m apostado no interc mbio com os outros cursos para minimizar a falta que sentem das atividades pr ticas e quem sabe at na formata o de um est gio alternativo dentro da pr pria Institui o Sobre isso temos um professor do curso que falou a intera o com os outros cursos que n s nunca conseguimos fazer Dar aula em outros cursos nas semanas tecnol gicas nos eventos assim eles iriam exercitando professores e alunos A mec nica est receptiva a eletro tamb m professor E Os depoimentos dos alunos e professores mais alunos do que professores depositam a responsabilidade de seu poss vel insucesso profissional na aus ncia de est gio Atualmente com a nova lei de est gio aprovada em 2008 as coordenadorias dos cursos foram convidad
115. com o trabalho constitu das historicamente bem como suas possibilidades e contradi es Aventurei me tamb m a tentar estabelecer um di logo 129 deste autor com as id ias de Maturana 1998 que acompanharam o texto quando buscamos problematizar a aposta que nesse trabalho na constru o de rela es mais solid rias Paro 1999 ao discutir a quest o da centralidade do trabalho para a exist ncia do homem destaca que n o pode haver confus o o trabalho n o a raz o de ser do homem seu objetivo ltimo ele possibilita o seu bem viver a media o que o homem necessita para construir se historicamente PARO 1999 p 106 grifo nosso A centralidade do trabalho est em seu poder de possibilitar o bem viver ao homem ou seja que o homem possa usufruir de tudo o que trabalho pode lhe possibilitar Essa fun o mediadora do trabalho para o bem viver somente ser poss vel se os outros elementos que fundamentam a humanidade do homem forem considerados sua condi o de sujeito em rela o de colabora o com os outros sujeitos As rela es sociais que est o sob a gide do Capital necessitam compreender que a condi o do trabalho como mediador s garantida quando garantido ao homem relacionar se com os outros homens em atitude de colabora o e nunca de domina o A cr tica de Paro 1999 situa se na forte tend ncia de nossa sociedade de tomar o trabalho alienado como refer ncia A conquista
116. como produto Interessam as pr ticas dos sujeitos que vivenciam o dia a dia da escola e as potencialidades que emergem desse contexto Uma pr tica curricular consistente somente pode ser encontrada no saber dos sujeitos praticantes do curr culo sendo portanto sempre tecida em todos os momentos da escola Nesta perspectiva emerge uma nova compreens o de curr culo N o estamos falando de um produto que pode ser constru do seguindo modelos preestabelecidos mas de um processo atrav s do qual os praticantes do curr culo ressignificam suas experi ncias a partir das redes de poderes saberes e fazeres das quais participam ALVES 2004 p 41 Partindo do entendimento que as redes j existem independentemente de uma tentativa de se organizar um curr culo em redes o movimento necess rio evidenciar sempre que poss vel as diversas redes tecidas cotidianamente na escola e ao mesmo tempo tecer outros fios dessas redes O desafio que se apresenta dentro desta nova perspectiva de estudo do cotidiano fazer com que essas tessituras dos conhecimentos possam ser consideradas como potentes para a discuss o do curr culo Infelizmente boa parte de nossas propostas curriculares tem sido incapaz de incorporar essas experi ncias pretendendo pairar acima da atividade pr tica di ria dos sujeitos que constituem a escola Inverter o eixo desse processo significa entender a tessitura curricular como um processo de fazer aparecer as a
117. concretos da vida cotidiana ALVES et al 2004 p 30 grifo nosso no contexto da educa o onde percebemos as pr ticas muito focadas na racionalidade cient fica com a manuten o da organiza o curricular em disciplinas que come aram a acontecer os movimentos de revis o das estruturas vigentes a 58 partir de novas pr ticas mais soltas de cunho mais pr tico cujo entendimento que a base para a tessitura do conhecimento est na informa o e na forma encontrada para seu partilhamento A id ia de rede diferenciada da id ia de constru o come ou a ganhar espa o em todas as atividades humanas Estes movimentos vieram demonstrar a necessidade de uma cr tica ao modelo dominante de organiza o do fazer pedag gico no mbito das escolas A met fora das redes surge num momento no qual as reflex es apontam para a necessidade de um novo modo de se visualizar o conhecimento que est sendo compartilhado no cotidiano escolar movimento que denominado tecer o conhecimento em todas as reas Anteriormente discuss o da id ia de curr culo em redes o pensamento pedag gico no campo do curr culo a partir dos conceitos advindos da modernidade era representado pela grafia de uma rvore na qual o conhecimento era constru do de modo linear hierarquizado e compartimentalizado A organiza o dos conte dos em disciplinas evidenciava n o s a fragmenta o do ensino mas tamb m a quem pert
118. conte dos para que eles tenham interesse pelo estudo 16 No meu tempo eu tinha outro contexto precisava trabalhar mas nosso aluno est em outro contexto Tem situa o financeira muito melhor acesso informa o E muito diferente do meu tempo E preciso contextualizar para que o aluno possa compreender o porqu de se estudar determinados conte dos professor D ent o eu acho que os professores deveriam cobrar mais aos alunos porque todos que entram aqui s o capacitados n o qualquer um que vai entrar aqui ent o o aluno deve ser cobrado porque o aluno s corresponde se for cobrado porque ele s vai deixando fluir do jeito que est est tirando nota est passando conseguindo m dia est com nota boa est tranquilo ent o se ele for cobrado ele vai aceitar vai reclamar claro o aluno n o vai gostar de n o ter moleza mas vai sair muito mais preparado aluno Geraldo Por isso a forma o t cnica nessa rea deve considerar outros aspectos al m do t cnico para preparar os profissionais que atuar o nas empresas e antes de tudo preparar a si mesmos Alguns professores apontaram a necessidade de preparar o profissional buscando ampliar sua habilidade no trato com outras pessoas O que pode ser trabalhado com os alunos para ajud los a ampliar a habilidade social o lidar com o outro Na pr pria disciplina de psicologia a professora pode entrar um pouco em sociologia e associar por meio de oficina
119. corte uma ruptura na rede e o indiv duo n o mais capaz de se conceber como parte integrante como um n da rede sem o qual ela come a a se esgar ar MATURANA 1999 Uma pr tica pautada em rela es mais solid rias possibilitaria uma abertura para o novo o diferente o inusitado uma vez que teria como pressuposto segundo Assmann e Sung 2000 o respeito diferen a como condi o b sica para uma solidariedade genu na 90 4 3 METODOLOGIAS E DID TICAS USADAS NECESSIDADES E EXPECTATIVAS Analisando as falas dos alunos percebi que para uma mesma quest o havia pontos de vista diferentes e s vezes at opostos Por exemplo ao responderem sobre o compromisso em estudar independentemente da cobran a do professor havia dois posicionamentos opostos enquanto um aluno defendia o compromisso do educando com seus pr prios estudos mesmo que n o houvesse uma cobran a do professor para isso outro aluno via o professor como nico respons vel pelo repasse de informa es e com isso o respons vel por cobrar do aluno que estudasse fixando os assuntos discutidos nas aulas Analisando as entrevistas fica clara a impress o de que os alunos do vespertino t m necessidades expectativas e objetivos que se distanciam da busca inicial deles quando ingressaram no curso Parece que eles v em os problemas mais concentrados no dia a dia da sala de aula do que no programa do curso ou na institui o como um todo A quest o
120. dadosa na distribui o das disciplinas pelos professores a cada semestre para evitar que um nico professor acumule 3 ou 4 disciplinas numa mesma turma gerando um desgaste enorme tanto do professor quanto da turma Outra coisa tamb m o mesmo professor dando aula de v rias mat rias Acho que isso atrapalha um pouco porque cada professor tem seu m todo cada mat ria tem m todo diferente ent o se o professor dar v rias disciplinas como a gente tem o mesmo m todo fica cansativo porque voc j est acostumado o professor at bom mas voc cansa de ver a cara da mesma pessoa tantas vezes N s temos 8 mat rias ent o dever amos ter 8 professores diferentes aluna Elaine opini o de alunos e professores que o curso de seguran a do trabalho precisa ser revisto O sentimento de des nimo expresso pelos alunos comum em rela o ao interesse demonstrado por alguns professores em ministrar as aulas 96 Os alunos dizem ter a sensa o de que alguns professores desejam o t rmino da aula o quanto antes e embora sejam preparados para a fun o docente n o revelam dinamismo prazer no ensino e desejo de compartilhar O aluno est acostumado em receber a informa o um pouco solta o aluno tem recebido a informa o mas o professor tem profundidade do assunto mas n o apresenta esta profundidade em sala de aula O aluno tem questionado que o professor n o d conte do termina a aula faltando 30 minutos pa
121. das o afastamento do mundo do trabalho que acaba por dificultar o enriquecimento das aulas a partir de exemplos atualizados o conceito de aula enquanto um momento indispens vel ao processo de aprendizagem validado somente se praticado no ambiente escolar mais especificamente na sala o excessivo encastelamento das disciplinas ALVES 2004 Eu quando vejo uma boa palestra dentro do contexto do curso gratuita o dia para ver qual professor est na minha rede ou seja no meu dia de aula converso com ele Em rela o a isso nunca tive problema n o sei se tem professor que precisa quebrar a barreira professor D 88 Mesmo diante de falas que se repetiam insistindo na atua o determinante do mercado de trabalho ditando as regras na escola como uma pr tica natural foi poss vel identificar em outras falas uma perspectiva diferente de forma o profissional n o voltada especificamente para as demandas deste mercado hoje o mercado j se aproxima da escola e diz eu preciso de um profissional com este perfil mais ou menos a escola forma Mas a escola n o forma s para a empresa ela forma para a comunidade tamb m para outras oportunidades de trabalho professor D Faz parte do entendimento especialmente dos professores que preciso pensar numa forma o al m da t cnica preciso formar ou contribuir para a uma forma o que pense o aluno como um ser humano que ir lidar com ou
122. demandas de forma o para o mercado de trabalho uma das finalidades da institui o De acordo com o Estatuto do Centro Federal de Educa o Tecnol gica do Esp rito Santo 2004 em seu art 2 O Cefetes tem por finalidades formar e qualificar profissionais no mbito da educa o tecnol gica nos diferentes n veis e modalidades de ensino para os diversos setores da economia bem como realizar pesquisa aplicada e promover o desenvolvimento tecnol gico de novos processos produtos e servi os em estreita articula o com os setores produtivos e a sociedade especialmente os de abrang ncia local e regional oferecendo mecanismos para a educa o continuada A cada novo curso oferecido na Institui o um novo projeto discutido e elaborado Dentre as atividades da comiss o composta por indica o e portaria respons vel pelo projeto de curso est a realiza o de uma pesquisa da demanda de mercado para que possam ser ofertados cursos que respondam s necessidades da sociedade Depois de finalizado o projeto e ofertado o curso e estando este em atividade orienta o do Regulamento da Organiza o Did tica ROD e da escola a revis o semestral do projeto do curso a fim de que sejam feitas adapta es corre es e atualiza es O projeto do curso traz todas as diretrizes para a sua estrutura o e funcionamento No corpo do projeto do curso t m se a apresenta o do curso a justificativa e os objetivos pa
123. deu nfase pra gente Eu tenho a impress o de que o curr culo aqui parou no tempo O curso come ou e permanece com esse curr culo Desenho t cnico um semestre inteiro n o se usa mais n o h necessidade o que poderia ser feito com o AutoCAD poder amos desenvolver ali algumas t cnicas que a nos ajudariam no mercado de trabalho Outro questionamento a mat ria de did tica A gente ficou de seis meses de curso quatro meses a gente aprendeu o que um objetivo de um trabalho s que o objetivo um dos itens dos diversos que a gente desenvolve num projeto ent o acho que a carga hor ria do curr culo deveria ser modificado ou os professores tivessem mais flexibilidade porque a gente chegou a sugerir Outro curso que a gente paga caro para fazer fora o MSProject que muita gente faz isso tamb m legal para o t cnico de seguran a porque no jornal tem oportunidade de emprego s pra quem tem esse curso Quest es Luciana e Geila A impress o que se tem de que os professores s o tampa buracos Falta professor aqui trazem outro e colocam no lugar se faltam ali pegam outro e colocam l Ent o os professores s o formados mas parece que n o est o preparados para dar algum tipo de assunto porque n o tem professor porque n o chegou a gente vivenciou 190 uma cena dessas agora Chegou ao ponto do coordenador disciplina porque o professor desistiu porque est com estresse ent o a partir de ag
124. deve ensinar ou aquilo que os alunos devem aprender O curr culo o que se deve ensinar e aprender ou tamb m o que se ensina e aprende na pr tica O curr culo o que se deve ensinar e aprender ou inclui tamb m a metodologia as estrat gias m todos e os processos de ensino O curr culo algo especificado delimitado e acabado que logo se aplica ou de igual modo algo aberto que se delimita no pr prio processo de aplica o PACHECO 2005 p 35 Responder a estes questionamentos representa um grande desafio pois h muitas possibilidades de respostas Esta multiplicidade vista como positiva por aqueles que pensam o curr culo pois permite uma problematiza o mais profunda sobre o tema No campo epistemol gico h a busca por consenso em rela o ao objeto de estudo do curr culo de natureza pr tica e educacional e em rela o metodologia de natureza interdisciplinar ligada s ci ncias sociais e humanas As tentativas de defini o do curr culo estariam relacionadas aos contextos e s pessoas que fazem 51 parte destes contextos e suas inten es de cunho pol tico ideol gico pedag gico e ou administrativo Diante do processo hist rico de discuss es acerca da defini o de curr culo chegamos s conclus es de Pacheco 2005 que retoma a quest o da diversidade do pensamento curricular Para ele essa diversidade pode tanto complexificar as discuss es propostas quanto facilit las
125. disse Professor do jeito que estou falando este hor rio institucional e deve ser seguido se voc quer que a aula comece 13 10 h ent o mude todos os hor rios para 13 10 h se aqui na sala tiver dois tr s alunos n o interessa porque o papel do professor estar aqui 12 50h hor rio institucional Mesmo que n o haja aluno e os outros alunos se o hor rio 12 50h porque ele quer alterar o hor rio Eu disse a ele que a proposi o n o tinha validade nenhuma A ele disse que eu estava exaltada e n o sabia por que eu estava batendo boca com ele A ele entregou um cronograma pra gente J estamos na terceira semana de aula e ele usou uma aula s para explicar a folha mais uma aula s para explicar o trabalho hoje mais uma aula para explicar um trabalho que vai ser apresentado em novembro Eu n o vejo com bons olhos porque voc tem um limite para apresentar trabalhos porque n o apresentar dois grupos por dia Por que apresentar um grupo e todos v o embora Eu vejo como um ganha tempo dele porque com vota o ou sem vota o ele continua chegando atrasado e at discutiu com o inspetor que deu falta nele Eu acho que falta muito interesse vis o de mercado o pessoal do vespertino tem dificuldade de conseguir est gio dif cil o acesso ao coordenador que muito cabe a dura Eu cheguei a comentar com ele sobre o trabalho e disse que o ensino no CEFETES autodidata a mesma coisa eu chegar em casa e ler a Norma Regulam
126. do daquilo que foi silenciado LINHARES GARCIA 2001 As autoras apontam como uma grave tend ncia das certezas internalizadas o olhar sobre a escola que identifica apenas os aspectos negativos A escola deixa de 56 ser vista tamb m como um espa o de m ltiplas possibilidades O controle t o presente no dia a dia pode ser resqu cio dessa tend ncia observa o negativa e o des nimo dos professores estar relacionado ao excesso de avalia es negativas feitas sobre seu trabalho que deixa de destacar os aspectos positivos tamb m presentes em suas pr ticas preciso nos desvencilharmos de cren as que nos faziam ver por tanto tempo apenas a feiura a incompet ncia e a falta de sentido da escola Quando vamos a campo investigar as escolas e nos pomos a observar a complexidade que se revela no cotidiano escolar come amos a ver a riqueza do processo ensino aprendizagem a teoria em permanente movimento de atualiza o a repeti o que se mostra recria o a reinven o a cada dia da escola LINHARES GARCIA 2001 p 47 48 Linhares e Garcia 2001 falam da necessidade de rompermos com esta tend ncia garimpando o terreno f rtil da escola de onde poderemos ver surgir pelas m ltiplas hist rias ali presentes os saberes docentes acumulados nos documentos oficiais nos regimentos internos nas normas nas viv ncias que comp em a mem ria da escola Hist rias que passam de boca em boca de gera o
127. do ensino t cnico profissionalizante Enquanto pedagoga do IFES Instituto Federal do Esp rito Santo Campus Vit ria tenho trabalhado junto ao Curso T cnico de Seguran a do Trabalho e desse modo Quando iniciei a produ o de dados e a escrita do texto da disserta o a institui o ainda era denominada CEFETES mas a partir do final de 2008 houve uma mudan a de denomina o para Instituto Federal do Esp rito Santo IFES Campus Vit ria Assim tentarei utilizar esta nova denomina o sempre que se falar de quest es relacionadas ao momento atual 17 tido a oportunidade de conviver com os sujeitos envolvidos no curso professores alunos coordenador de curso e pais de alunos Por ter a possibilidade de ouvir as muitas e diferentes falas destes sujeitos no cotidiano escolar algumas inquieta es surgiram e s o o motivo de minha reflex o nesta disserta o A principal observa o que tem sido feita especialmente por alunos e professores o desinteresse dos alunos no curso Esta fala tem sido recorrente e inclusive incomodado professores que atuam no turno da noite Outra quest o que vem sendo destacada a dificuldade em se conseguir professor para o turno vespertino Os alunos que s o os principais prejudicados s vezes ficam semanas sem aula at que todo o processo de contrata o de professor substituto seja conclu do A grande dificuldade do turno vespertino est relacionada indispon
128. do o que a filosofia organizacional da qual faziam parte esperava deles Trabalhando durante um per odo aproximado de cinco anos nessa perspectiva percebi como naturais e v lidos os assuntos discutidos e entendi serem realmente necess rios ao trabalhador que dependia daquelas informa es para permanecer na Organiza o Interessante que tal racioc nio passa a fazer parte de sua pr pria filosofia de vida e se n o se buscar rever os conceitos ou outros pontos de vista como por exemplo pensar no investimento em uma forma o que tenha como objetivo n o s a melhoria da t cnica ou das rela es interpessoais no ambiente de trabalho mas uma forma o que amplie a vis o de ser humano possibilitando aos sujeitos refletir sobre tudo que os cerca e n o somente reproduzir conceitos corre se o risco de se adotar um nico ponto de vista como verdade absoluta e influenciar outros Ainda quando trabalhava com treinamento e desenvolvimento de pessoas decidi investir nos estudos visando participar dos concursos p blicos que vinham sendo oferecidos Ao ser aprovada no concurso p blico para t cnico em assuntos educacionais do Centro Federal de Educa o Tecnol gica do Esp rito Santo CEFETES no ano de 2006 e chamada imediatamente para exercer a fun o fiquei entusiasmada com o fato de ser uma escola de forma o t cnica uma vez que vinha desenvolvendo um trabalho que supostamente possu a afinidade com a proposta
129. e esta t m sido uma preocupa o de professores e alunos Um professor que atua no curso mas est lotado em outra coordenadoria e n o participou diretamente da pesquisa destacou que em sua opini o as raz es para esta desmotiva o estariam relacionadas ao contexto atual em que os alunos est o inseridos Muita press o da sociedade do mercado e da fam lia para que o jovem especialmente aproveite bem as oportunidades que surgem porque elas n o caem do c u duas vezes O aluno ent o estaria sendo bombardeado por informa es como esta e tendo grande dificuldade em planejar sua carreira Ele estaria assim buscando conciliar muitas atividades desfocadas e sofrendo um enorme desgaste f sico mental emocional e com isso desistindo do que em princ pio seria o menos relevante para sua forma o profissional Normalmente o curso oferece 38 vagas para o vespertino e 38 vagas para o noturno Todas s o preenchidas e s vezes as turmas chegam a ter 40 alunos Devido principalmente necessidade do est gio ou trabalho ao chegarem no 3 m dulo do t cnico em que o est gio v lido para curr culo permitido alguns alunos do vespertino tendem a solicitar mudan a de turno Atualmente poucos t m conseguido essa mudan a porque as turmas do noturno oferecem poucas vagas quando poss vel oferecer Assim as turmas do vespertino tendem a ficar mais vazias no 3 e 4 m dulos por causa dos alunos que cons
130. e Vit ria Edufes 2002 138 CENTRO FEDERAL DE EDUCA O TECNOL GICA DO ESP RITO SANTO Estatuto Vit ria 2004 CENTRO FEDERAL DE EDUCA O TECNOL GICA DO ESP RITO SANTO Regulamento da Organiza o Did tica Vit ria 2007 CENTRO FEDERAL DE EDUCA O TECNOL GICA DO ESP RITO SANTO Projeto do Curso T cnico de Seguran a do Trabalho Vit ria janeiro 2001 CERTEAU Michel de A inven o do cotidiano artes de fazer Rio de Janeiro Vozes 1994 COSTA Maria Vorraber Org O curr culo nos limiares do contempor neo Rio de Janeiro DP amp A 1998 Caminhos investigativos novos olhares na pesquisa em educa o Rio de Janeiro DP amp A 2002 CURY Carlos Roberto Jamil Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Lei 9 394 96 Rio de Janeiro DP amp A 2004 FERRA O Carlos Eduardo OLIVEIRA In s Barbosa de P REZ Carmen L cia Vidal Aprendizagens cotidianas com a pesquisa novas reflex es em pesquisa nos dos com os cotidianos das escolas Petr polis DP et Alii 2008 FERRA O Carlos Eduardo Org Cotidiano escolar forma o de professores as e curr culo S o Paulo Cortez 2005 FERRA O Carlos Eduardo Dossi Cotidiano Escolar Revista Educa o amp Sociedade Campinas v 28 n 98 jan abr 2007 FERREIRA Rosilda Arruda Sociologia da Educa o Uma an lise de suas origens e desenvolvimento a partir de um enfoque da sociologia do conhecimento Revista Lus fona de Educa o
131. e consideremos os saberespr ticas dos sujeitos tidos segundo Najmanovich 2001 como complexos e encarnados Al m disso necess rio que o cotidiano articule se com os aspectos macrosc picos da realidade ou melhor com as macroestruturas que a todo tempo interv m nas a es concretas desenvolvidas no cotidiano Essa preocupa o pode ser traduzida nas leituras em pequena e grande escala Santos 2005 s quais pretendem captar tanto os aspectos micro quanto os aspectos macro da organiza o da sociedade Oliveira 2005 ao articular metaforicamente as escalas e os estudos da sociedade afirma que o que captamos em pequena escala s o regras e caracter sticas gerais de funcionamento estruturas de poder e mecanismos de domina o j a leitura em grande escala permite nos visualizar e entender as singularidades dos modos de 64 fazer dos praticantes ordin rios as transgress es s normas e outras especificidades dos nos microespa os do viver cotidiano Nesse sentido o grau de pormenoriza o do espa otempo selecionado para estudo vai depender da escolha da escala Parafraseando Oliveira 2005 a leitura de mapas em pequena escala permite nos captar em grandes linhas a l gica geral do espa o a leitura em grande escala permite nos um grau mais elevado de pormenoriza o ou seja divulga muito de uma pequena rea selecionada Ressalto no entanto que na articula o permanente n o somente entre as dive
132. e dirigir para os locais de conv vio dos alunos organizadamente e sem causar transtornos at chegar a hora da pr xima aula No caso da aula vaga ocorrer no fim do turno vespertino ou noturno e sendo a ltima aula o aluno ou poder estudar e pesquisar na biblioteca at o final do turno vespertino ou noturno ou ir embora Obs Os casos de aulas vagas dever o ser resolvidos depois entre o coordenador a institui o e o professor no sentido de que as mesmas sejam remarcadas e os alunos n o sejam prejudicados com a falta dos conte dos O professor dever entrar em contato com a turma e negociar dia e hora das aulas de reposi o ou de alguma visita t cnica que possa repor os conte dos das aulas vagas
133. e o conjunto de respectivas habilidades e bases tecnol gicas necess rias forma o do t cnico de seguran a do trabalho 4 1 ESTRUTURA GERAL Em termos gerais a estrutura o b sica para o Curso de Seguran a do Trabalho constitu da por 04 m dulos e est gio supervisionado totalizando 1660 horas M dulo Carga Hor ria B sico 300 horas B sico ll 300 horas Preven o de Acidentes 300 horas Higiene Ocupacional 300 horas Est gio Supervisionado 460 horas Conclus o 1660 horas 144 M dulo B sico M dulo 2 B sico Ill M DULO 3 1 M dulo 3 2 Preven o de ES Higiene Ocupacional Acidentes 4 2 Estrutura Modular A estrutura modular apresentada permite certificar o aluno ap s conclus o dos m dulos 3 1 Preven o de Acidentes e 3 2 Higiene Ocupacional entretanto para certifica o do curso T cnico de Seguran a do Trabalho torna se necess rio concluir todos m dulos observando o caminho determinado no item anterior Ap s cada m dulo o aluno receber um Certificado de Compet ncias desenvolvidas O Diploma de T cnico de Seguran a do Trabalho ser entregue mediante a conclus o de todos os m dulos Cada componente curricular ter registrado itens pertinentes ao Planejamento Did tico Pedag gico compet ncias habilidades conte dos program ticos estrat gias de aprendizagem recursos e avalia o crit rios e i
134. e o entendimento deles possibilita compreender a complexidade que o cotidiano pois o cotidiano tem como caracter sticas fundamentais a multiplicidade a provisoriedade o dinamismo e a imprevisibilidade OLIVEIRA 2005 p 52 Tomando a observa o participante os depoimentos e hist rias de vida dos sujeitos sua pesquisa buscou trazer tona a trajet ria de forma o dos professores e os aspectos subjacentes a ela que constitu ram sua identidade profissional Na reflex o sobre o car ter multicor das pr ticas curriculares observou se que preciso estudar os cotidianos tais como s o considerando que h muitas possibilidades de realiza o dos curr culos Com Ginzburg 1989 entendeu se a rela o estreita entre os estudos do cotidiano e o paradigma indici rio em que h a possibilidade de se lan ar m o de ind cios para se compreender o que n o visto pelos meios tradicionais de pesquisa Por fim o uso de imagens possibilitou uma leitura que os textos escritos n o d o conta de expressar com toda a sensibilidade que a realidade requer Por isso mesmo Alves 2005 afirma que A pr tica que interessa nessas pesquisas n o assim aquela observada pela pesquisadora mas aquela narrada pelos praticantes a partir da mem ria que t m dos processos curriculares variados tanto passados como presentes compreendendo que as poss veis pr ticas futuras t m a ver com as marcas criadas conscientes ou n
135. e pelo curso se mant m A partir das respostas quanto s suas expectativas em rela o ao curso foi poss vel ter uma vis o mais clara de como os alunos t m enxergado a sua forma o quantos t m investido em outras reas de estudo e como est o suas expectativas e objetivos em rela o forma o t cnica em Seguran a do Trabalho Na sequ ncia do texto ser utilizada para efeito de organiza o das id ias uma estrutura que permita abordar as necessidades e expectativas trazidas pelos sujeitos protagonistas da pesquisa pensadas em quatro eixos a saber forma o do profissional de Seguran a do Trabalho necessidades e expectativas proposta de forma o do profissional de Seguran a do Trabalho do curso do CEFETES necessidades e expectativas metodologias e did ticas usadas necessidades e expectativas e por ltimo sistem tica de avalia o necessidades e expectativas A tentativa de partindo das necessidades e expectativas colocadas pensar o curr culo praticado no curso t cnico de Seguran a do Trabalho e evidenciar suas potencialidades 4 1 FORMA O DO PROFISSIONAL DE SEGURAN A DO TRABALHO NECESSIDADES E EXPECTATIVAS Tanto professores como alunos v em a profiss o de t cnico em seguran a do trabalho como cada vez mais necess ria ao contexto atual do trabalho Embora sintam que a vis o da necessidade deste t cnico pelas empresas seja estimulada pela obrigatoriedade legal tamb m h um entendime
136. e seu dom nio professores de outras coordenadorias que contribuem com a Coordenadoria de Seguran a ministrando os fundamentos do curso que acabam se aprofundando demais nos conte dos sem relacionar as discuss es com os aspectos ligados s normas de Seguran a do Trabalho e deixando no aluno uma sensa o de vazio 86 Os fundamentos os professores parecem que n o tem um direcionamento de que forma eles tem que dar mat ria a eles chegam aqui aprofundam demais mas n o focam na rea de seguran a Isso aliado nossa falta de pr tica a gente pensa assim Pra que eu fiz essa mat ria aluna Luciana Apontam ainda a desarticula o entre teoria e pr tica que poderia ser conseguida tamb m se houvesse um laborat rio equipado adequadamente recorrente nas falas dos sujeitos a potencializa o das discuss es dos assuntos contidos nas disciplinas se houvesse uma pr tica de troca de id ias mais cont nua Esta a o aparece com denomina es diferentes mas todas elas com um mesmo sentido Por pr tica interdisciplinar entendem a troca de id ias integra o entre disciplinas compartilhamento de id ias ou di logo entre professores uma quest o que j existe desde o in cio do curso a quest o dos professores dialogarem apesar das reuni es n o serem aproveitadas por uma s rie de quest es que os professores nem que fosse por afinidade dialogar professor E Acho que essa falta de intera
137. ebate a experi ncia do sujeito PEREZ E AZEVEDO apud ALVES 2008 p 41 42 Em nossas reflex es finalizando o que para n s apenas o in cio de um repensar as pr ticas cotidianas do curso percebemos que em rela o aos aspectos curriculares metodol gicos e avaliativos h tanto uma identifica o de necessidades de mudan as quanto um esfor o ainda t mido de alguns professores e alunos na busca por alternativas Quanto forma o t cnica recebida no curso h uma cren a na tradi o da Institui o em formar bons T cnicos de Seguran a do 136 Trabalho que refor ada pelos resultados dos processos seletivos para vagas nas empresas conquistadas por alunos egressos da Institui o Quanto a essa forma o t cnica sobre a qual nos esfor amos em discutir no texto acreditamos que preciso avan ar nas discuss es uma vez que nossa aposta est na tentativa de buscar outras formas de se pensar os saberes produzidos no cotidiano com nfase n o em compet ncias e habilidades que estejam direcionadas aos interesses mercadol gicos colocando nos subservientes s l gicas do capital mas que valorizem o sujeito humano como possuidor de potencial a ser desenvolvido e ampliado Quanto aos princ pios de solidariedade constituidores das redes de intera es no curso acreditamos neles enquanto elementos balizadores de pr ticas cotidianas que contribuam para a amplia o dos objetivos de forma o dos
138. ebe se que tal concep o absorvida por ela e tende a reduzir as compet ncias a um conjunto de aptid es e habilidades exigidas pelo capital desvinculando o trabalho das concep es culturais e sociais Os autores citados at aqui direcionam a forma o t cnica para o atendimento das exig ncias do mercado seguindo o mesmo racioc nio dos autores que escrevem sobre as teorias do capital humano 121 As reformas curriculares visam reorientar a pr tica pedag gica em torno da transmiss o de conte dos disciplinares para uma pr tica voltada para a constru o de compet ncias RAMOS 2001 apud ALVARENGA OLIVEIRA p 54 55 A no o de compet ncia apontada no Decreto n 2 208 97 como norteadora das diretrizes curriculares para os cursos t cnicos em que habilidades e compet ncias b sicas seriam definidas por rea profissional Por ocasi o da defini o das compet ncias por rea profissional a SEMTEC participou de duas etapas an lise dos processos de trabalho e constru o da matriz referencial de compet ncias s institui es de ensino profissional coube a etapa de elabora o do projeto pedag gico e dos planos de curso O resultado deste trabalho lista de compet ncias identifica o perfil profissional a ser requerido na forma o t cnica de cada rea BERGER apud RAMOS 2006 p 148 149 Uma das cr ticas id ia de compet ncias est relacionada ao estreitamento dos conte dos a serem ensinado
139. ecimento que inclusive n o est o 100 restritas sala de aula Esta revis o de postura urgente especialmente quando vemos nos pr prios protagonistas o interesse em resgatar a vida em seu cotidiano de aprendizagem interessante observar tamb m que em alguns depoimentos os alunos fazem men o da palavra medo para caracterizar como se sentem em rela o sua forma o Meu medo esse sair daqui com o nome do CEFETES e chegar l fora n o estar bem preparado aluno Marcos Quanto ao est gio dif cil porque d at medo de atuar depois que formar porque n o conhecemos nada fora aluna Neusa Enquanto os professores falam de um mercado de trabalho que dita suas exig ncias de forma o sem dar a chance de questionamentos os alunos expressam uma preocupa o diferente A figura do mercado de trabalho para eles existe e tem sim suas expectativas e exig ncias que precisam ser atendidas mas n o colocam o foco nele Os alunos demonstraram ter receio ou medo como disseram daquilo que os aguardava l fora o desconhecido Por m ao mesmo tempo que revelaram sua preocupa o em achar que a forma o estava incompleta muito em fun o da import ncia atribu da ao est gio que n o conseguiam cumprir viam as possibilidades de mudan a emergindo de suas pr prias contribui es ao curso por meio das rela es solid rias tecidas no cotidiano como o di logo constru do entre as turmas na
140. eflete bem nosso esfor o durante a pesquisa Como respons veis pelos aspectos pedag gicos do curso t nhamos como postura cumprir as atividades referentes fun o de pedagogos numa atitude de observa o permanente Busc vamos sempre dialogar com os sujeitos para conhecer suas percep es e a partir dessas escutas faz amos nossos registros continuamente A proposta metodol gica utilizada nessa pesquisa veio ao encontro das pr ticas que j t nhamos junto ao curso e por isso facilitou posteriormente nossas reflex es Para o alcance do que t nhamos como objetivo inicialmente fazia se necess rio estar l inteiramente sempre convivendo com cada um e com todos juntos Num primeiro momento fomos levados pelo impulso natural acreditamos assim de ver as lacunas ouvir o lado negativo identificar os problemas enfim fazermos pesquisa sem nos colocarmos como parte daquele contexto Com o tempo e o entendimento da proposta metodol gica e ainda com a busca por nos colocarmos como parte do processo chegamos a algumas constata es inclusive percep o de algumas lacunas que n s mesmos enquanto parte do processo respons veis 135 que ramos pelas quest es pedag gicas tamb m hav amos deixado abertas N o se tratava de buscar culpados mas de assumir uma condi o de co respons veis pelo atendimento s demandas vistas por n s mesmos como problemas Vivenciando o processo de pesquisa pudemos am
141. eguem a mudan a de turno ou por causa da desist ncia daqueles que n o conseguem Cada turma tem permanecido com uma m dia de 30 alunos que somados nas quatro turmas perfazem um total de 120 alunos no turno vespertino Em reuni o realizada com os professores do curso esta situa o foi levantada pontos de vista foram ouvidos e uma sugest o foi dada a elabora o de um 18 Tomando como refer ncia os processos seletivos dos per odos de 2007 1 a 2008 1 alunos da modalidade subsequente temos 2007 1 38 ingressaram e 26 conclu ram 2007 2 40 ingressaram e 38 conclu ram 2008 1 30 ingressaram e 26 est o matriculados no ltimo m dulo do curso A partir de 2008 2 n o houve mais ingresso de alunos na modalidade subsequente vespertino Este turno passou a absorver os alunos da modalidade PROEJA 33 instrumento de pesquisa que pudesse identificar a s causa s do crescimento das desist ncias no curso Embora a sugest o tenha sido bem recebida n o houve investimento pelo menos a princ pio dos professores presentes na ocasi o A avalia o docente discente tem sido uma ferramenta importante para que os alunos possam falar o que pensam sobre o curso e seus professores e para que possam pensar sobre si mesmos enquanto alunos A avalia o habitualmente feita antes da Reuni o Pedag gica que chamamos de Intermedi ria Assim a denominamos porque acontece no meio do semestre objetivando fazer um levantamento
142. ei 6517 77 Cap tulo V da CLT As atribui es desta profiss o foram estabelecidas pela Portaria n 3275 89 do Minist rio do Trabalho e Emprego Projeto Pedag gico do Curso T cnico de Seguran a do Trabalho Integrado ao Ensino M dio na Modalidade PROEJA 2009 Alguns professores que atuam no curso hoje e que participaram de sua implanta o em 1990 falam das mudan as ocorridas ao longo do tempo e at de aspectos bons do curso que se perderam Entendem ser necess ria uma avalia o da estrutura atual para que se sejam feitas mudan as adapta es e melhorias Alunos e professores ao falarem sobre a forma o t cnica em seguran a do trabalho confirmam a import ncia do profissional para o ambiente do trabalho A forma o deste profissional ainda uma necessidade na medida em que h o 13 crescimento dos setores produtivos e tamb m o crescimento da ades o dos empres rios de pequeno e m dio porte s concep es de seguran a apregoadas pelo t cnico N s gerenciamos risco em cima de todas as atividades econ micas presentes no mercado de trabalho A necessidade do nosso profissional de acordo com o grau de risco da atividade econ mica espec fica e a quantidade de profissionais presentes em cada empresa dentro de cada atividade econ mica espec fica professor A Nas conversas com professores e alunos foi poss vel perceber que embora haja um movimento de mudan a na vis o da necessidade do t cn
143. emonstram apatia Ambos os grupos t m impress es parecidas um do outro e mesmo que aparentemente existam dois grupos caminhando em dire es opostas as alternativas que surgem do di logo 97 entre eles e com eles nos corredores revelam alguma aproxima o de sentimentos interesses e expectativas Em algumas falas ficou claro o entendimento de que a tradi o do CEFETES na forma o de bons t cnicos os melhores n o se sustentar por muito tempo se considerarmos a exist ncia e o crescimento de outras institui es com o mesmo fim O CEFETES n o usufrui mais da primazia na oferta de cursos t cnicos e mesmo que seja ainda uma marca forte precisar ter seus princ pios pr ticas e valores revistos se quiser sobreviver junto aos demais Eu penso que o curso est perdendo a quest o do status porque antigamente era um curso muito respeitado os alunos de alto n vel ent o era um curso de elite do CEFETES E hoje a gente percebe que isso est se perdendo Os alunos est o com dificuldade querem as coisas mais prontas a gente percebe que apesar de terem passado no vestibular para o curso eles n o chegam com o mesmo conhecimento que tinham antes professor G O curso hoje pelo que tenho verificado fora ele tem tradi o Temos a tradi o de formar bons profissionais Mas o que venho contemplando hoje em termos da forma o do aluno que hoje est no CEFETES n o est diferente da forma o do aluno que
144. encia o poder de definir o que quando quanto e como ensinar A id ia de disciplina vai al m de uma organiza o dos conte dos pois nela est impl cita a intencionalidade do controle sobre o comportamento dos alunos a separa o clara de quem det m o poder no territ rio escolar Galo apud ALVES GARCIA 2002 destaca que existe uma contradi o entre o saber e a realidade fruto do processo hist rico que experimentou nosso sistema de ensino em que a fragmenta o dos conhecimentos e a consequente compartimentaliza o deles acabou impedindo a comunica o entre os diversos saberes Por isso h a necessidade de se buscar outros caminhos que possam proporcionar a integra o destes saberes desarticulados A partir da constata o de Galo em meados de 1980 surgiu a discuss o sobre a interdisciplinaridade como alternativa de rompimento das fronteiras existentes entre as disciplinas e possibilidade de di logo entre elas Embora seja esta uma possibilidade de aproxima o dos saberes que n o deve ser negada existem 2 Interdisciplinaridade Proposta de ensino que pressup e o di logo entre as disciplinas ou diferentes conhecimentos 59 questionamentos acerca de sua efic cia O mesmo autor destaca a contradi o existente nesta proposta uma vez que a interdisciplinaridade refor a a disciplinariza o dos saberes pois s pode haver um trabalho interdisciplinar entre disciplinas Apesar de todas as transforma
145. encial legal das normas regulamentadoras e estimular suas aplica es Classificar e identificar os riscos ambientais Realizar investiga o e an lise de acidente Manter atualizado o Sistema de Sa de e Seguran a do Trabalho com referencias s atualiza es da legisla o Trabalhista e Previdenci ria Aplicar os requisitos da legisla o Previdenci ria e Trabalhista do pa s Aplicar estat sticas nos dados gerados na rea de estudo Calcular custos de acidentes Manipular os principais softwares utilizados na editora o de textos planilhas apresenta o de trabalhos e de navega o na internet Elaborar relat rios de investiga o e an lise de acidentes Manter organizado banco de dados 148 Desenvolver adequado n vel de comunica o com os trabalhadores Elevar o n vel de compromisso para a seguran a e sa de do trabalho Analisar comportamentos relacionando os aos fatores pessoais de inseguran a Desenvolver percep o de comportamentos predisponentes a acidentes Comunicar aos trabalhadores sobre os efeitos resultantes exposi o de agentes agressivos Estabelecer um guia de interven o que promova atitudes corretas e comportamentos adequados em rela o sa de e seguran a do trabalho Bases Tecnol gicas Fundamentos e T cnicas de Higiene e seguran a do Trabalho Psicologia do trabalho Agentes agressivos e efeitos no homem T cnicas de comunica o para grupos Comportament
146. entadora Eu n o aprendo mais aqui do que a Norma Regulamentadora agora estou aprendendo com o Professor X o Professor Y tamb m mas 191 ele se prende muito NR S o bons professores mas eles s o presos carga hor ria e ao que a grade est exigindo Ele falou pra mim assim se sabe que se a gente exigir aqui o que deveria ser exigido vai todo mundo reprovar Ent o n o faz sentido eu fazer uma prova dif cil porque todo mundo reprova Ele falou isso na frente da sala inteira Ent o eu falei pra ele eu prefiro reprovar e aprender e ter que correr atr s do que ficar aqui nesse oba oba ler um trabalhinho apresenta e tirar dez o professor da uma lista de exerc cios hoje e amanh a prova igualzinha s muda a ordem Mas ele disse eu n o posso pegar pesado porque sen o todo mundo reprova Eu acho assim aluno sendo bom ou ruim se voc n o cobrar ter prova ter trabalho ter mat ria ele n o vai chegar em casa abrir a NR e ler a NR toda porque ele bom aluno Tem muitos alunos que fazem isso mas quem vai chegar em casa e estudar correr atr s de mat rias que o professor n o passa esperando que ele possa cobrar A gente espera ser cobrado pra estar correndo atr s ter prova pra ver o que a gente aprendeu Na verdade faltam diretrizes de cada mat ria S o poucos raros os que cumprem o cronograma A gente fica perdido um ou outro segue mas a maioria n o d data de nada 4 Ad
147. ente valorizando a vida n o apenas como cumprimento de regras inerentes ao trabalho Alguns alunos n o v em a forma o t cnica como o fim mas a v em como meio Entendem que uma das etapas pelas quais precisar o passar para alcan ar outros objetivos e por isso mesmo dedicam se inteiramente s atividades propostas no curso 18 uma experi ncia de vida que voc tem por mais que voc n o utilize tudo mas voc estar aprendendo uma experi ncia de vida aluna Elaine Mas tem tamb m aqueles que dizem que o t cnico de seguran a do trabalho n o consegue emprego mas eu n o penso nisso n o eu penso depois de formado Eu n o quero ficar s formado jogado quero estar focado mantendo objetivos depois pretendo fazer engenharia aluno L cio Acreditamos que as redes v m sendo tecidas no cotidiano do curso produzindo reflex es sobre a forma o do t cnico de seguran a ainda timidamente mas sem deixar de ser importante o fato de que a tessitura acontece Os professores t m se colocado a par dessa quest o e ao mesmo tempo investido tempo em suas aulas para pensar junto com os alunos a forma o do profissional de seguran a do trabalho para al m da proposta curricular baseada nos princ pios de compet ncias e habilidades A escola forma muito bem o profissional Agora n o s isso que o t cnico precisa para atuar como profissional de seguran a Quando a
148. ente de Risco F sico II 36 48 03 Agente de Risco Qu mico 84 112 07 Medicina Trabalho e Bioseguran a 48 64 04 Ergonomia 48 64 04 Gest o Ambiental 36 48 03 TOTAL 300 400 25 CARGA HOR RIA 1200 horas CARGA HOR RIA DE EST GIO 460 horas CARGA HOR RIA TOTAL DO CURSO 1660 horas 166 ANEXO D TRANSCRI O DAS ENTREVISTAS PROFESSORES Quest es para a Entrevista 1 Quais as suas impress es sobre o Curso T cnico de Seguran a do IFES Campus Vit ria 2 Quais quest es precisam ser discutidas em rela o ao curso 3 Como voc percebe o curr culo do curso 4 Como voc percebe a rela o entre mercado de trabalho e forma o profissional 1 Professor A Minhas impress es sobre o curso Eu acho que o curso procura na medida do poss vel se inserir no mercado de trabalho atuando como um suporte t cnico s mais variadas atividades econ micas do mercado Nosso curso se adapta a ind stria aliment cia ind stria sider rgica ind stria hospitalar e todas as outras ind strias que se possa imaginar N s temos penetra o em quase todas as reas do conhecimento como atividade de apoio apoio t cnico N s n o somos produ o n s n o fazemos parte da produ o N s gerenciamos risco em cima de todas as atividades econ micas presentes no mercado de trabalho Por exemplo at uma institui o de ensino seja ela p blica ou particular at neste tipo de atividade cujo grau de risco 2 necess rio
149. entes rea de Seguran a e Sa de Ocupacional T cnicas de gerenciamento Fundamentos e t cnicas de an lise de or amentos e propostas de servi os e SST 156 Bases legais legisla o reguladora das rela es profissionais das condi es de produ o e de consumo e ferramentas de negocia o de gest o de contratos t picos com terceiros em que sejam necess rios clausulas de SST T cnicas de elabora o de mapas de riscos T cnicas de cadastro e classifica o de acidentes Caracter sticas t cnicas de equipamentos de prote o coletiva e individual Metodologia de planejamento e gest o Pol ticas de sa de e seguran a do trabalho e pol ticas p blicas e privadas nas reas de meio ambiente qualidade de vida produtividade qualidade dos produtos e servi os e outras pertinentes Confiabilidade dos Sistemas Perfil de responsabilidade do auditor Procedimentos processos e t cnicas de auditoria M dulo 3 2 Higiene Ocupacional M dulo 3 2 Higiene Ocupacional Disciplinas C H Aulas Semestre Aulas Semana Agente de Risco F sico 36 48 03 Agente de Risco F sico ll 48 64 04 Agente de Risco Qu mico 84 112 07 Medicina Trabalho e Biosseguran a 48 64 04 Ergonomia 48 64 04 Gest o Ambiental 36 48 03 Total 300 400 25 157 Compet ncias Planejar e executar programas de riscos ambientais estabelecendo metas cronogram
150. er ncia a discuss o proposta por Maturana 1998 entende se que a competi o sadia n o existe porque a id ia de competi o j traz consigo a nega o do outro Ainda segundo Maturana 1998 o fen meno da competi o se d no mbito cultural humano e implica a contradi o e a nega o do outro A vit ria um fen meno cultural que se constitui na derrota do outro MATURANA 1998 p 21 Portanto n o a competi o que caracteriza os seres humanos mas as rela es de solidariedade Pereira apud PORTO 2003 ao discutir o desafio da toler ncia na cidade contempor nea caracteriza esta cidade como proliferadora dos iguais dos comportamentos em s rie das massas e com isso nos qualifica como urban ides que toleram pouco a multiplicidade Diante do quadro que exp e chama nos a aten o para a necessidade de estarmos dispon veis para a diferen a no outro nos outros PEREIRA apud PORTO 2003 p 30 grifo nosso e al m disso coloca como alternativa tend ncia de padroniza o da cidade o estabelecimento de uma rela o mais particular com a vida PEREIRA apud PORTO 2008 p 26 grifo nosso A partir do entendimento de que os seres humanos s o caracterizados pelas rela es de solidariedade preciso acreditar numa educa o pautada por uma atitude solid ria que busque romper com os processos de exclus o oriundos da l gica de competi o presente na sociedade contempor
151. er os aparelhos tudo o que a gente vai fazer profissionalmente em seguran a do trabalho na empresa isso teria que ser mostrado Marcar mais visitas t cnicas levar uma coisa diferente para sala de aula a n o ser power point data show eles pensam que falta de interesse do aluno mas geralmente n o porque n o tem como todos na sala de aula s o muito jovens j hiperativo n o gosta de ficar parado n o gosta de ficar prestando aten o em algo que cansativo ent o acho que eles tinham que dinamizar muito as aulas isso pra todas as aulas tamb m 186 Rela o com o mercado Mar lia Acho que nestas ltimas d cadas ltimos anos que as pessoas tem percebido a import ncia da seguran a do trabalho e consequentemente a import ncia de ter um t cnico de seguran a do trabalho A gente v tamb m que tem ocasionado em todas as escolas de curso t cnico ter um curso de seguran a do trabalho Isso eu acho interessante porque as pessoas naturalizam muito o que v em ent o com muito mais gente estudando Seguran a do Trabalho o aluno chega em casa e fala pro pai fala pra m e e s o nas coisas m nimas que v o mudando ent o atravessar a rua com mais cuidado como Geraldo falou ent o isso acaba modificando toda a sociedade mesmo Em rela o ao curso do CEFETES eu acho que s vezes as pessoas falam muito voc estuda no CEFETES mas eu acho que alguns professores n o est o fazendo jus ao noss
152. eresse estava direcionado para outras atividades como por exemplo uma avalia o que seria aplicada ou uma aula de educa o f sica que se aproximava Os momentos vivenciados junto aos alunos nestas escolas foram muito relevantes A partir deles pude avaliar minha pr tica enquanto educadora musical e o projeto de forma o musical que havia idealizado at aquele momento Um dos fatores que influenciaram minha decis o de deixar a educa o musical foi a percep o do lugar que ela ocupava nos projetos das escolas A fala de um profissional de uma das escolas em que trabalhei embora tivesse me decepcionado fez me refletir Aconteceu durante uma das aulas de m sica que desenvolvia em uma turma de pr escola como descrito a seguir 13 Em uma das aulas propus turma que organizasse as carteiras em c rculo e que se sentasse no ch o tamb m em c rculo Depois disso distribu os instrumentos musicais e sugeri a cada aluno que escolhesse seu instrumento para aquele dia A proposta do encontro era que cada aluno explorasse o instrumento da maneira que quisesse e depois conversar amos sobre as propriedades sonoras de cada um timbre altura Ap s esta etapa propus um jogo em que cada aluno seria o instrumento que havia escolhido e explorado anteriormente Para uma atividade como esta precis vamos de espa o e com toda certeza produzir amos muito som Assim aconteceu e os alunos amaram a experi ncia Enqua
153. es e a qualifica o destes est o em constante mudan a Estes elementos s o apontados com frequ ncia pelos sujeitos que participaram da pesquisa e por todos que fazem o curso 84 O curr culo deveria ser mais din mico abordasse as quest es do ingl s do portugu s da comunica o da tecnologia do gerenciamento e do relacionamento com a comunidade cient fica enfim ele tem que estar envolvido com as quest es atuais de conhecimento certo professor E A matriz apresenta as disciplinas que s o ministradas e a forma como est organizada eu acredito que possa sofrer algumas melhorias professor 1 Eu tenho a impress o de que o curr culo aqui parou no tempo O curso come ou e permanece com esse curr culo aluna Geila Alguns professores e tamb m alunos falam da necessidade de incluir disciplinas na matriz do curso sem alter la Seriam algumas delas portugu s produ o de relat rio t cnico AutoCAD e ingl s t cnico Para eles estas disciplinas teriam grande utilidade uma vez que trabalhariam as principais dificuldades dos alunos no quesito leitura e escrita bastante solicitadas do t cnico A gente poderia ter AutoCAD que tem a ver caro no mercado e outros cursos tamb m mesmo inform tica b sica Windows Word Excell que a gente n o viu e algumas mat rias que a gente aprende e poderia ver mais no final poderia ter mais maturidade para essas mat rias e j tem outras mat rias q
154. essores Os alunos v em suas atitudes como naturais e quando s o abordados para serem cobrados disso respondem Isso n o podia quando era Escola T cnica agora somos Cefetes Os alunos destacam esta fase como o per odo em que na escola z t cnica nada era permitido entretanto no momento atual tudo permitido A coordenadoria cobra dos colegas respons veis pela inspetoria ou assistente de alunos um maior rigor e controle sobre estes alunos inclusive o atual coordenador do curso 2007 2 2009 1 elaborou um documento com orienta es aos alunos e professores que apresentado por ele aos ingressantes no primeiro dia de aula No documento os alunos t m al m das orienta es quanto ao atendimento na coordenadoria normas de conduta deveres De fato preciso aceitar que o p blico hoje atendido pelo IFES Vit ria vivencia um momento de grandes mudan as em todo o contexto econ mico pol tico e social As fam lias mudaram as rela es de trabalho mudaram a sociedade mudou Ent o o que se percebe n o um p blico novo diferente mas um p blico cujo entorno experimenta mudan as a todo o momento e ele participa delas O uso do bon o namoro nas imedia es da escola e s vezes at dentro de sala a postura relapsa nos corredores o jogo durante as aulas que s o consideradas desinteressantes t m sido motivo de reclama es constantes e discuss es nas reuni es que n o chegam
155. est na rede privada Ent o devido a essa tradi o os profissionais daqui tem muita aceita o no mercado de trabalho S que isso est mudando porque a gente tem no mercado que n o s a quest o do conhecimento mas tem a quest o do perfil professor Este entendimento tem despertado nos alunos a preocupa o em resgatar a imagem do curso de Seguran a do Trabalho dentro da Institui o visto que para alguns alunos e professores ele foi esquecido Os investimentos e melhorias foram direcionados a outros cursos t cnicos ficando o curso de Seguran a em segundo plano O curso muito importante para as empresas porque visa vida e sa de As pessoas n o t m no o do para que serve a Seguran a do Trabalho da import ncia da seguran a do trabalho A sociedade n o tem esse conhecimento H discrimina o tamb m dentro do CEFETES aluno Fernando Talvez essa discrimina o qual o aluno se referiu seja percebida por eles dentro da escola em fun o da percep o que as pessoas t m do curso preconceituosa 98 sim devido s atividades desenvolvidas pelo t cnico de seguran a visto como aquele que aponta as falhas no cumprimento das normas de seguran a N o se trata de um preconceito que acontece exclusivamente no CEFETES mas de uma vis o estereotipada que se origina fora da escola na pr pria percep o da sociedade incluindo empres rios funcion rios das empresas outros que aind
156. est gio no site Let cia At hoje nunca fui informada de nada Nunca recebi nenhum an ncio de nada Fiquei sabendo de empresas que vieram aqui mas parece indica o porque a turma nem ficou sabendo 8 Fernando e Fabiana Impress es Eu acho que mais do que eu imaginava Quando entrei achei que era s usar capacete e outros equipamentos Tentei conciliar faculdade e o curso mas tive dificuldade Vejo que o CEFETES n o se preocupa em correr atr s de est gio diferente da escola particular Achei uma disparidade a contrata o de professores e a utiliza o deles em disciplinas n o afins devido a remunera o Fabiana N o discordo de nada que Fernando falou mas quero reiterar a quest o do est gio Pelo nome CEFETES dever amos estar na frente O curso de Seguran a do trabalho do CEFETES ficou a desejar em fun o das disciplinas que ficaram para tr s e eram importantes para n s principalmente em rela o did tica 198 Curr culo Fernando Acho que um bom curr culo afinal somos uma institui o p blica e federal Talvez n o estejamos bem por causa dos professores j levantados professores e est gio Acho que dois anos pouco se queremos um curso bem feito Em dois anos estudamos 10 Normas Regulamentadoras apenas A grade curricular bem feita Fabiana No in cio do curso parecia ser boa mas deixou a desejar em rela o a alguns materiais O curr culo parece ser bom A
157. est o metodol gica aqui discutida embora pare a simples de ser equacionada tem sido apontada como uma das grandes causadoras do desinteresse dos alunos uma vez que h o registro constante das reivindica es dos mesmos aos professores para uma mudan a quanto s maneiras de condu o das aulas que 95 n o tem ocorrido em propor es necess rias a uma eleva o da motiva o dos alunos e consequentemente sua maior participa o nas aulas Os pr prios alunos t m indicado que uma alternativa seria a diversifica o das pr ticas metodol gicas pelos professores ent o acho que a carga hor ria do curr culo deveria ser modificada ou os professores tivessem mais flexibilidade porque a gente chegou a sugerir aluna Geila Al m da preocupa o com a metodologia de ensino h outros aspectos levantados pelos alunos como a necessidade de atualiza o dos recursos instrucionais e materiais de estudo apostila bibliografia etc o estudo por parte da coordenadoria sobre a oferta do curso no turno vespertino uma vez que o est gio obrigat rio n o tem sido ofertado facilmente e alguns alunos acabam precisando mudar de turno para trabalhar a revis o da carga hor ria das disciplinas uma vez que eles t m observado que o professor conclui a aula s vezes at 30 minutos mais cedo e muitos ficam na superficialidade dando a entender que a disciplina n o tem muito para ser discutido e ainda a an lise mais cui
158. estudos posteriores necess rios para atingi las Projeto do curso p 19 20 Nos documentos oficiais do curso onde s o feitos os registros finais dos resultados n o foi poss vel identificar tamb m a ado o destes instrumentos citados no projeto Se os professores t m feito registros de acompanhamento dos alunos neste referido processo de aquisi o de compet ncias habilidades esta tem sido uma pr tica particular ou seja cada professor utiliza seus registros particulares como parte dos crit rios de avalia o que adota A metodologia de trabalho para o desenvolvimento de Compet ncias pode ser adotada tamb m para a recupera o do aluno no processo compreendendo o trabalho diversificado com a turma e a nfase na aquisi o de valores habilidades atitudinais necess rios ao trabalho em grupo e desenvolvimento pessoal como coopera o responsabilidade assiduidade etc Projeto do curso p 19 20 Temos observado no cotidiano do curso que o processo de recupera o paralela tem sido observado pelos professores como recomenda o do regulamento da escola mas cada um fazendo sua maneira N o h neste mesmo regulamento uma metodologia para esta forma de recupera o Assim cada professor tem a possibilidade de criar uma metodologia para a recupera o Embora exista no projeto do curso uma sugest o do que pode ser considerado nas avalia es esta decis o tamb m tem ficado a crit rio de cada professor
159. facilidade E ainda que ele possa com esta amplitude adquirida nessa proposta de forma o generalista exercer outras atribui es no exerc cio de sua fun o Nos depoimentos de alguns dos professores entrevistados que foram aqui explicitados e considerando as falas dos outros professores evidenciou se uma preocupa o comum quanto ao atendimento das expectativas mercadol gicas da forma o do t cnico de seguran a especialmente em rela o a uma forma o que seja t cnica mas que tamb m envolva o desenvolvimento de atitudes que auxiliem o profissional no trato com os empregados no ambiente de trabalho No racioc nio apresentado claro o papel do mercado nessas determina es quanto forma o 15 t cnica do sujeito Em muitos momentos nos depoimentos dos professores isso p de ser confirmado o curso hoje ele atende perfeitamente o que a ind stria exige professor B O curso atende s necessidades de mercado eu acho O que o mercado est exigindo at ent o que o conhecimento das normas ele tem plenamente condi es de aprender professor D O curso atende o mercado sim mas preciso preparar mais o aluno l pra fora professor F O mercado exige um perfil que seja constantemente atualizado professor G interessante observar que h uma tend ncia de personifica o do mercado de trabalho ao mesmo tempo em que lhe atribu do o poder de definir e ditar
160. ficante ou seja um rascunho que pode ser modificado sempre da cartografia porque pode ser acessado de infinitos pontos e acessar qualquer outro ponto de seu territ rio tamb m e ainda o princ pio da decalcomania que permite ao rizoma ser copiado reproduzido A partir do paradigma rizom tico poss vel pensar num rompimento da compartimentaliza o do ensino tendo como ve culo a pr tica da transversalidade ou seja a possibilidade de outros saberes transitarem nos diferentes campos de conhecimento sem a necessidade de se identificarem com nenhum deles 2 Caule radiciforme de alguns vegetais formado por pequenas ra zes emaranhadas em meio a pequenos bulbos armazenat cios 60 Ao romper com essa hierarquia estanque o rizoma pede por m uma nova forma de tr nsito poss vel por entre seus in meros campos de saberes podemos encontr la na transversalidade GALO apud ALVES GARCIA 2002 p 32 No entendimento da tessitura do conhecimento em rede a no o de curr culo diferente da at ent o apregoada pois o conceito ainda em vigor define curr culo como algo est tico que planejado e depois implantado os instrumentos avaliativos servem ent o como controle do processo um term metro que mensura se os conte dos escolares s o de fato absorvidos pelos alunos garantindo assim sua escolariza o Na met fora do conhecimento tecido em rede o curr culo compreendido como processo e n o apenas
161. gente come a a formar uma pessoa muito t cnica a gente pensa que tudo que t cnico resolve o problema basta o conhecimento professor D Ali s os princ pios de compet ncias e habilidades ainda est o presentes nos documentos no imagin rio no discurso de professores de alunos e de toda a comunidade escolar embora j exista um movimento que pensa neles como inadequados proposta de forma o de um t cnico Na medida em que surgem os programas governamentais em nosso caso e precisamos rapidamente nos organizar para nos adequar a eles percebemos este movimento de professores pedagogos gestores e alunos no interior da Institui o que busca pensar criticamente os projetos na tentativa de pensar propostas de trabalho que possam caminhar em outra dire o ou seja cumprir o que foi solicitado mas da forma que acreditamos ser preciso para o alcance dos objetivos de aprendizagem No per odo em que foi desenvolvida a pesquisa e escrita final deste texto surgiu a oportunidade de participar das discuss es quanto a proposta de reestrutura o do 19 curr culo do Curso T cnico de Seguran a do Trabalho na modalidade PROEJA Durante os encontros de forma o que visavam discutir as experi ncias j vividas muitas reflex es foram feitas buscando trazer a necessidade de repensarmos o modelo de forma o assumido at ent o baseado nas compet ncias e habilidades dos sujeitos e considerando os princ p
162. gente tem todos os fundamentos no 3 a gente j em uma no o maior na rea de seguran a e no 4 c lculos mais espec ficos mesmo Os fundamentos os professores parecem que n o tem um direcionamento de que forma eles tem que dar mat ria a eles cnegam aqui aprofundam demais mas n o focam na rea de seguran a Isso aliado nossa falta de pr tica a gente pensa assim Pra que eu fiz essa mat ria Neusa s vezes o professor chega e fala mas voc s j viram isso nos m dulos passados A gente responde n o N o tem nem id ia do que o outro professor deu vem de outra coordenadoria e n o tem nem no o da nossa rea Foi o que aconteceu com a gente no 2 m dulo T nhamos fundamentos que professores n o eram nem da coordenadoria e n o tinham no o do que tinham que dar Os professores que n o s o da coordenadoria embora se esforcem para dar o conte do mas aquilo n o tem nada a ver com seguran a Quanto ao est gio dif cil porque d at medo de atuar depois que formar porque n o conhecemos nada fora Quest es Est gio Let cia Tinha que ter uma forma melhor de administrar o est gio No 1 e 2 m dulo a gente v o b sico mas se a gente visse alguma coisa fora j ajudaria muito Igual a gente estava discutindo agora a pouco a gente estar uma vez por m s os alunos passarem uma semana em cada empresa Se as empresas se dispusessem a isso Algumas escolas t cnicas fa
163. hes oportunidades de recupera o no decorrer do m dulo Quanto aos crit rios de avalia o observamos que embora estivessem pautados na an lise por compet ncias inclusive previstos no projeto do curso de acordo com informa es dos pr prios professores da coordenadoria de Seguran a do Trabalho a avalia o n o chegou a ser realizada considerando os crit rios estabelecidos na vers o anterior do Regulamento da 104 Organiza o Did tica A atribui o de valores notas aos instrumentos de avalia o continuou sendo adotada pelos professores Segundo o texto do cap tulo 6 do projeto do curso baseado no cap tulo Avalia o do Regulamento A avalia o como parte integrante do processo ensino aprendizagem dever ser concebida no seu car ter diagn stico cont nuo e processual e priorizar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos com verifica o de Compet ncias e Habilidades atingidas desenvolvidas atrav s de instrumentos diversificados tais como execu o de projetos relat rios trabalhos individuais e em grupo fichas de observa o onde procedimentos do mundo do trabalho poder o ser simulados e efetuados registros das compet ncias e habilidades demonstradas nessas situa es de aprendizagem e avalia o planejadas durante a execu o de cada m dulo O registro dessa avalia o poder ser efetivado atrav s de conceitos Excelente Muito Bom Bom Razo vel Em Desenvolvimento def
164. i o Assim a empresa prefere admitir um empregado para que este seja moldado sua maneira ou ent o se este j vem moldado de acordo com os princ pios por ela esperados melhor Observando o cotidiano do curso de Seguran a do Trabalho pudemos perceber que a busca dos alunos vai al m do atendimento s compet ncias requeridas porque entre suas expectativas sobre o curso e objetivos pessoais existe uma reflex o cont nua acerca do que de fato os mobiliza a estar naquele lugar Alguns alunos no transcorrer do curso descobrem que tomaram a rota errada mas decidem finalizar o caminho percorrido at ali para n o ter o arrependimento de perder o tempo investido Conversando com os alunos tivemos a impress o de que eles pareciam perdidos ali e desejavam algo mais Entretanto ao indag los sobre este sentimento todos concordaram que o objetivo do curso estava sendo cumprido mas que uma forma o t cnica em seguran a do trabalho precisava investir mais no aspecto humano Sentiam falta da oportunidade de amadurecer o entendimento acerca do objeto de sua atua o o pr prio homem 127 Os professores entrevistados tamb m apontaram esta necessidade e alguns at sugeriram quais mudan as poderiam ser feitas na proposta curricular do curso Assim como tamb m sentiam a falta de que o exerc cio do di logo a troca de experi ncias fosse mais praticada nos momentos de reuni o entre os colegas A nfase no aspecto huma
165. ia da aula de um professor que ao ser indagado sobre a possibilidade de liber los para participar do evento inclusive sob o compromisso deles de entregar lhe o relat rio da visita respondeu lhes com a outra pergunta Voc s acham que participar desse evento mais importante que a minha aula Os alunos responderam que n o se tratava de ser mais ou menos importante que a aula do professor mas que eles estavam tratando esse evento como uma aula de campo em que eles estavam tendo a iniciativa de participar inclusive arcando com as despesas que houvesse Solicitaram novamente a autoriza o do professor para ausentarem se de sua aula ao que ele respondeu Se voc s acham que este evento mais importante que a minha aula podem ir mas eu vou considerar como aula dada Depois disso os alunos frustrados decidiram que n o seria conveniente deixar de participar da aula do professor se ele mesmo n o via como v lida a presen a de seus alunos em atividades daquela natureza Como consequ ncia desse epis dio a turma deixou de buscar espontaneamente participar de atividades que dependessem da aprova o de seus professores Podemos constatar a partir do relato que algumas posturas precisam ser revistas para que propostas inovadoras que podem recuperar algo aparentemente perdido tenham espa o no cotidiano escolar preciso que haja o entendimento de que h muitas e diferentes formas de se produzir conh
166. iam a quest o do Estudo de Caso em pesquisa educacional e embasaram as discuss es propostas por ALVES E OLIVEIRA afirmaram que a forma como a escola era vista n o bastava para a compreens o do cotidiano Era necess rio observar o dia a dia da escola para se apreender toda a complexidade dos processos de constitui o do cotidiano escolar ALVES E OLIVEIRA apud LOPES MACEDO 2002 Os estudos de Stenhouse 1991 quanto id ia do professor pesquisador vieram contribuir com os estudos do cotidiano na medida em que atribu ram ao professor por estar inserido no cotidiano escolar a possibilidade de efetivar interven es no cotidiano a partir dos seus questionamentos s pr ticas vigentes ALVES E OLIVEIRA apud LOPES MACEDO 2002 Outra importante contribui o aos estudos do cotidiano se deu com a tradu o dos estudos realizados no M xico que apontaram para o entendimento de que o estudo das escolas deveria ser feito exercitando se a supera o dos julgamentos de valor Elas deveriam ser pesquisadas em sua realidade exatamente como s o buscando se evitar a tend ncia atual de descri o dos aspectos negativos nelas existentes Aproximar se da escola com a id ia de vida cotidiana significa algo mais que chegar a observar o que ali ocorre diariamente Antes a orienta o de uma certa busca e de uma certa interpreta o daquilo que pode ser observado na escola ROCKWELL EZPELETA 2007 p 140 Os estudos do c
167. ibilidade de profissionais para atuar como professores porque neste hor rio os poss veis candidatos vaga est o em seus empregos Outra quest o levantada por alguns alunos e professores diz respeito exig ncia de forma o em Engenharia que o curso faz aos candidatos dificultando ainda mais o processo seletivo A abertura para profissionais com forma o t cnica segundo eles ampliaria a procura pelas vagas Essa aus ncia de professores tamb m contribui para o desinteresse dos alunos Alguns especialmente aqueles que fazem faculdade j estagiaram ou estagiam destacam a necessidade de o curso atualizar os recursos did ticos os conte dos e as metodologias utilizadas para que estes estejam mais ligados s demandas do mercado como por exemplo rea de petr leo e g s Estes alunos tamb m v em como positiva a contrata o de professores substitutos pois estes profissionais contribuem muito com a atualiza o das informa es al m de auxiliarem na rela o dos assuntos discutidos com a pr tica Embora a contrata o de professores seja uma estrat gia para cobrir a falta de professores efetivos e todo o processo seletivo tamb m resulte em transtornos os alunos sentem se beneficiados A pesquisa foi realizada com alunos e professores do turno vespertino 12 Essa demanda se justifica pelas informa es divulgadas por exemplo pela Petrobras em seu site de que na Bacia do Esp rito Santo foram definidos
168. ices that are able to question relations following the logic of competition that has caracterized the contemporary society We bet in the relations following the principle of solidarity seeking to surpass the notions of Competence and Hability that fundament the official curriculum of the course Starting with our main aim we looked for noticing the senses attributed by the participants of the research to the curriculum carried out in the course of Occupation Safety The development of this research ocurred starting with the metodology of Research in of with the school quotidians in which we used as instruments to the data production the Structured Interview and the Participant Observation Setting up the testimonies and observation of the quotidian of the course we noticed the existence of relational networks that in a solidarian way seek to rethink the pedagogic theoriespractices assumed nowadays We glimpse thus new possibilities of thinking about the curriculum dislocating the enphasis on the technical formation directed to the following of the requirements of the labor market competitive and individualist to the enphasis in a more human and solidary way Key words Curriculum Work Solidarity SUM RIO 1 INTRODU O FRAGMENTOS DA HIST RIA DE VIDA PROFISSIONAL E AS QUEST ES SOBRE CURR CULO i is ireemeserersesereremsesererere serena reneraeners 9 2CONTEXTUALIZANDO OS ESPA OSTEMPOS E AS QUEST ES MOBILIZADORAS DA P
169. ico de seguran a para as empresas ainda existem posturas que desqualificam o t cnico ou n o aproveitam todo o seu potencial O depoimento a seguir denota o entendimento de que ao t cnico deveria ser dada a oportunidade de exercer outros aspectos de suas atribui es que n o estivessem ligados produ o de relat rios somente Esse tipo de atividade importante mas rotineira e que n o aproveitaria em tese todo o potencial do profissional acabaria por gerar desest mulo para o trabalho a minoria fica no mercado de trabalho como t cnico O poder do t cnico de seguran a muito limitado O t cnico de seguran a acaba sendo ele a nica pessoa na pr tica em determinadas empresas Ent o ele deveria ter uma forma o maior para tentar mudar sen o ele apenas se limita a registrar o fato consumado e ruim por isso que s vezes ele se desestimula professor E Outra quest o levantada pelos sujeitos da pesquisa refere se postura do profissional no ambiente organizacional num contexto em que somente o conhecimento t cnico n o suficiente para que o t cnico atue junto aos empregados especialmente em situa es mais complexas O mercado de trabalho cada vez mais exigente necessita de um profissional de seguran a que n o s trate das quest es burocr ticas mas que tenha uma postura mais pr ativa agindo preventivamente 14 O poder do t cnico de seguran a limitado e na maioria das
170. iferenciado que de fato apresentasse resultados sem saber no entanto se trilh vamos o caminho correto definem bem as expectativas e os temores que todos os envolvidos no processo tinham em fun o do novo Entendo que preciso superar a id ia de capacita o que sugere uma condi o de incapacidade do sujeito substituindo o termo por exemplo por forma o continuada que d a id ia da forma o como um processo 5 Sobre a no o de Construtivismo trabalhada na gradua o implica dizer segundo Becker 1992 que o conhecimento n o dado Ele se constitui pela intera o do Indiv duo com o meio f sico e social com o simbolismo humano com o mundo das rela es 11 A experi ncia obtida naquela escola me ajudou a avaliar os pr prios conceitos e valores em rela o ao ensino aprendizagem e naquele momento realmente percebia a proposta construtivista como sendo um caminho coerente Precisava ter a chance de conhecer melhor sua aplica o na pr tica No entanto a remunera o e o desejo de experi ncias diferentes me impulsionaram a buscar uma nova oportunidade de trabalho sem perder de vista a educa o infantil Assim decidi que seria um bom momento para retornar educa o musical Retornar porque foi ministrando aulas particulares de m sica que comecei minha trajet ria profissional em educa o Como professora de m sica busquei oportunizar aos alunos um processo de aprendizage
171. ima de 460 quatrocentos e sessenta horas rendimentos em termos de conhecimentos habilidades e atitudes pertinentes s t cnicas de trabalho relativas ocupa o Ap s a conclus o dos m dulos b sicos o aluno poder realizar o est gio supervisionado durante o estudo de qualquer um dos m dulos oferecidos O CEFETES manter conv nio com empresas que atendam as exig ncias para o desenvolvimento do est gio supervisionado CAP TULO 05 CRIT RIOS DE APROVEITAMENTO DE CONHECIMENTOS E EXPERI NCIAS ANTERIORES Ap s o processo de sele o ou conv nio os alunos que apresentarem comprova o de estudos em Institui es Formais de Ensino ou experi ncias profissionais anteriores poder o requerer o aproveitamento dos mesmos desde que n o fira o perfil profissional de conclus o de cada m dulo cujos crit rios e procedimentos s o a Para o aproveitamento de estudos em Institui es Formais An lise de curr culo a ser realizada por comiss o composta por professores do m dulo e membro da NGP N cleo de Gest o Pedag gica conforme ROD Regulamento da Organiza o Did tica b Para o aproveitamento de experi ncias anteriores adquiridas no exerc cio profissional comprovado An lise dos documentos apresentados pelo aluno oriundos de sua experi ncia profissional Carteira de Trabalho Declara es e outros e avalia o das compet ncias por comiss o composta de professores do m dulo e NGP N c
172. imentos Em algumas falas ficou clara a vis o da forma o t cnica na rea de seguran a que eles possuem e de como a profiss o imbricou se pr pria vida deles aos seus cotidianos agora com toda a teoria que voc tem dos riscos s de voc sair da escola e at mesmo dentro da escola voc tem outra vis o para ajudar a pessoa que est do seu lado que n o sabe de nada e at mesmo da sua pr pria seguran a aluno Geraldo eu percebi que no come o a gente n o sabia nada do que era seguran a Hoje isso faz parte da nossa vida eu percebi o t cnico de seguran a do trabalho independente da rea um dos profissionais do meio mais importante porque eu me considero importante como t cnico de seguran a do trabalho pelo conhecimento que agreguei aqui aluna Jussara Al m dessa mudan a de atitude diante das quest es de seguran a vivenciadas pelos alunos e trazida nas falas deles interessante observar o seu entendimento de como as quest es discutidas no curso servir o para a pr pria vida N o se trata apenas de uma forma o t cnica mas de uma forma o para a vida uma vez que o profissional t cnico de Seguran a do Trabalho ter a responsabilidade de ser um incentivador das discuss es quanto quest o dos riscos de acidente que v o al m dos ambientes de trabalho buscando orientar os trabalhadores a observarem em outros contextos a exist ncia dos riscos para agir preventivam
173. indo da escuta dos alunos e tamb m dos professores foi poss vel perceber que para alguns a forma o t cnica em seguran a do trabalho oferecida no IFES Vit ria tem boa aceita o Alunos e professores classificaram o curso como bom e acreditam que a forma o atende s necessidades da profiss o junto ao mercado de trabalho mas mesmo aqueles que v em o curso como bom n o desconsideram a necessidade de revis o de aspectos relacionados a ele O curso bom ele bem fundamentado ele bem estruturado para aquilo que o mercado de seguran a do trabalho precisa assim como outros cursos do CEFETES tamb m ou seja a coluna vertebral do curso muito bem estruturada diria que pass vel de uma mudan a professor B Ficou claro tamb m que quando discutimos a forma o do t cnico de seguran a do IFES Vit ria v rios aspectos pass veis de melhoria ou de mudan a s o apontados O enfoque maior foi atribu do ao curr culo oficial do curso H um entendimento da necessidade de reformula o da matriz curricular segundo alguns professores e alunos para aplica o dos conte dos nas aulas Conversando informalmente com alguns alunos por ocasi o do processo de avalia o docente e discente alguns pontos foram levantados quanto ao programa do curso de seguran a Chamou nos a aten o a preocupa o dos alunos com o cumprimento das ementas das disciplinas Dentre as reivindica es deles estavam o cump
174. inidos a partir de crit rios de excel ncia do m dulo curso Projeto do curso p 19 20 Na pr tica os crit rios de avalia o explicitados na cita o n o foram adotados Os alunos precisam alcan ar uma m dia de 60 pontos no m nimo e no m ximo 100 pontos al m de frequ ncia de 75 nas aulas conforme legisla o espec fica para serem aprovados em cada disciplina No processo avaliativo a recomenda o que a recupera o dos alunos que n o alcan assem os resultados esperados fosse feita paralelamente ao andamento das atividades no decorrer do m dulo para que ao t rmino dele fossem definidos os resultados finais N o h no curso t cnico modular subsequente o momento da prova final apesar de alguns professores ainda adotarem essa nomenclatura e s vezes at criarem este momento no final do semestre letivo como uma ltima oportunidade para os alunos alcan arem a m dia O projeto do curso traz em rela o recupera o paralela a seguinte orienta o A recupera o paralela se dar com base nos registros de acompanhamento e observa o do professor e dos resultados dos instrumentos de avalia o e auto avalia o aplicados Quando o aluno n o atingir as compet ncias t cnicas o m nimo exigido em cada m dulo a sua 105 Progress o se dar nos moldes definidos pelo CEFETES A ficha de Acompanhamento dos alunos explicitar o processo de aquisi o das Compet ncias Habilidades e os
175. ios filos ficos contidos nesta abordagem que estariam na contram o do processo de forma o do p blico alvo do PROEJA Podemos dizer dos avan os percebidos a partir dessas reflex es porque elas come aram a permear os debates e serem consideradas como elementos fundamentais para a organiza o curricular pretendida Embora estas discuss es estivessem voltadas para outro p blico alvo no caso alunos do PROEJA elas alcan aram grande proje o chegando ao p blico alvo subsequente ou seja aos alunos que j conclu ram o Ensino M dio e fazem apenas a etapa t cnica do curso sujeitos de nossa pesquisa Temos visto hoje certa preocupa o dos alunos quanto absor o do t cnico de seguran a do trabalho pelo mercado uma vez que o IFES Vit ria n o mais a nica escola preparat ria destes profissionais Outras institui es de ensino que oferecem a forma o nesta rea t m representado forte concorr ncia e inclusive investido nos acordos de est gio junto s empresas Eu vi no processo seletivo que participei da empresa V eu imaginei que s teria gente do CEFETES mas n o tinha gente de outras escolas e teve gente que passou de outras escolas Ent o eu falo muito isso n s estamos saindo daqui com o nome do CEFETES mas eles est o saindo com o conhecimento Meu medo esse sair daqui com o nome do CEFETES e chegar l fora n o estar bem preparado porque eles est o pagando e est o
176. iss o No segundo m dulo dos 26 alunos que responderam s quest es 19 fazem curso de gradua o cerca de 3 fazem curso em rea afim t cnica e cerca de 53 pretendem seguir na profiss o No terceiro m dulo dos 26 alunos que responderam as quest es em torno de 23 fazem curso de gradua o 11 fazem curso em rea afim t cnica e 57 pretendem seguir na profiss o E no quarto m dulo dos 17 alunos que responderam s quest es cerca de 52 fazem curso de gradua o 17 fazem curso em rea afim t cnica e 41 pretendem seguir na profiss o Foi poss vel perceber que no per odo pesquisado houve um decr scimo no n vel de interesse dos alunos em concluir a forma o t cnica Por ocasi o da entrevista tamb m foi questionado aos alunos o que esperavam do curso Ao que responderam Alunos do primeiro m dulo grupo formado por alunos do t cnico subsequente na modalidade PROEJA e alunos do t cnico integrado ao ensino m dio na modalidade PROEJA 10 Prepara o para o mercado de trabalho Uma boa capacita o para o mercado de trabalho Espero terminar o curso para poder trabalhar na Petrobras Espero sair do curso um t cnico diferenciado Alunos do segundo m dulo Estagiar na rea e conseguir um bom emprego Qualifica o para o mercado Adquirir conhecimento para atuar na minha rea Adquirir conhecimentos gerais Alunos do terceiro
177. issionais com isso os profissionais daqui s o diferenciados em rela o aos outros das outras escolas mas eu percebo o curso com uma certa desvaloriza o dentro da escola um curso que deveria avan ar um pouco mais quando eu fa o essa compara o com os outros cursos Isso passa pela exig ncia do mercado que a gente est acompanhando e passa tamb m pela estrutura o do pr prio curso Curr culo A matriz apresenta as disciplinas que s o ministradas e a forma como est organizada eu acredito que possa sofrer algumas melhorias mas ainda assim ela propicia a execu o das disciplinas com certa qualidade Ou seja a qualidade ou n o o resultado final n o depende da ordem em que elas est o distribu das mas depende muitas vezes de como os conte dos est o sendo ministrados Ent o quanto ao curr culo a grade eu sei quem ela pode ser melhorada em alguns aspectos mas ela n o o nosso principal limitador da qualidade do curso hoje No curso t cnico os alunos est o voltados aplica o pelo pr prio perfil deles ou seja pegar um certo conhecimento que eles tem das coisas e fazer a aplica o dele Ent o s o alunos que n o est o pr dispostos a entender o porqu das coisas mas querem de fato trabalhar com a aplica o delas Ent o quando chega aqui aplicando essas disciplinas em cada m dulo percebemos que as ementas elas nos d o o conte do b sico que precisa ser trabalhado mas a a gente olha para essa p
178. itiva do ser humano como medir Ent o hoje o que estou tentando dar em gest o da seguran a foco do curso tentar mostrar o sistema de gest o de seguran a interligada com o sistema de gest o integrada de uma empresa O aluno tem sair daqui com esta vis o A seguran a n o tratada de sozinha ela tem que fazer parte de um processo de gest o total Isso eu tenho colocado a na disciplina de gest o Rela o com o mercado O que eu vejo o seguinte o nome muito forte natural se tiver 4 alunos o que do CEFETES j melhor do que os outros Por que eu falo isso porque e todo mundo faz essa avalia o pelo processo seletivo Primeiro o cara briga para entrar aqui os que est o nas outras porque n o conseguiu entrar aqui Ent o a gente tem um ponto positivo quem tem o melhor aluno tem o melhor profissional Ent o vai depender muito da gente E muitas vezes o aluno vai ser um aluno bom independente do curso s vezes 0 cara chega aqui achando o curso uma maravilha e n o mas como ele j em objetivo compensa essa postura Tem espa o sim no mercado O mercado est carente de profissional O estava que faltando o empres rio se conscientizar da import ncia da seguran a no processo produtivo dele porque ele s estava contratando por obriga o legal agora com a portaria dando obrigatoriedade dos rg os p blicos que v o ser obrigados a contratar Ent o existe uma perspectiva grande
179. ito porque acabou o entregou por escrito algum tempo depois de finalizarmos as entrevistas O curso t cnico de Seguran a do Trabalho foi oferecido pela primeira vez no CEFETES no ano de 1990 A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional de 1996 complementada pelo decreto n 2208 97 que d destaque Educa o Profissional houve um esfor o por parte da coordenadoria do curso em 21 organizar um grupo de trabalho que pudesse discutir sua reformula o visando adequ lo s novas diretrizes O curso tem pelo menos dois grandes objetivos previstos em seu projeto Promover a ado o de meios e recursos t cnicos administrativos e educacionais capazes de criarem e desenvolverem a es prevencionistas de modo cient fico e t cnico para sanar as defici ncias das condi es de ambiente de trabalho Estimular e garantir um processo de cont nuo autodesenvolvimento das t cnicas prevencionistas de modo a assegurar maior participa o dos empregados e dirigentes na redu o de acidentes e a melhoria da produ o visando assim promo o humana social e profissional Projeto do curso T cnico de Seguran a do Trabalho CEFETES Vit ria p g 6 O projeto do curso tamb m trata do perfil profissional de conclus o esperado tomando como base a defini o de compet ncias e habilidades que o profissional de Seguran a dever desenvolver no ambiente de trabalho Elaborar e ou participar da elabora
180. itor um pouco de minha trajet ria profissional pois esta evoca a tessitura de redes de experi ncias diferentes que contribu ram significativamente para meu aprendizado e desenvolvimento profissional Talvez ao tomar conhecimento dos fatos aqui relatados em princ pio o leitor n o veja que h uma rela o entre eles mas com certeza ao perceber o principal elemento que os liga isto as quest es relacionadas s propostas curriculares de cada institui o de ensino passar a compreender que minhas experi ncias profissionais est o imbricadas Nos diferentes cen rios pelos quais passei at chegar onde estou no presente momento os desafios apontados na implementa o das propostas curriculares sempre chamaram minha aten o levando me reflex o A decis o sobre o melhor momento para entrar e sair desses espa ostempos educativos sempre esteve relacionada s quest es curriculares e ao desejo de novas experi ncias Iniciei minha trajet ria profissional na educa o escolar a partir do t rmino do curso de Pedagogia na Universidade Federal do Esp rito Santo UFES Como pedagoga formada nesta institui o de ensino com habilita o em Educa o Infantil tive como experi ncia de trabalho dois anos na fun o de recreadora numa creche escola hotelzinho onde pude trabalhar no primeiro ano de seu funcionamento Este foi tamb m meu primeiro ano de trabalho em escolas com uma turma de alunos com faixa et ria
181. iva de experi ncias de aprendizagem destinadas a permitir que os alunos possam receber esse conhecimento dentro da escola EGGLESTON apud TERIGI 1976 p 171 A id ia de prescri o sobre o ensino que marca a genealogia do curriculum sofreu tr s rupturas te ricas importantes a primeira pela introdu o de um novo conceito 46 de curr culo o curr culo oculto a segunda pela produ o de um texto intitulado Conocimiento y Control Nuevas direcciones para la Sociologia de La Educaci n e a terceira pelo conceito de transposi o did tica O conceito de curr culo oculto segundo a autora d nos a possibilidade de pensar o curr culo para al m da prescri o ou seja de considerar como contribui es ao curr culo prescrito os conte dos que n o est o no curr culo oficial mas est o presentes na sala de aula valores atitudes h bitos forma de organiza o dos trabalhos que tamb m s o aprendidos O conceito curriculum oculto surgido quase como um conceito anal gico destinado a mostrar a efic cia formativa dos elementos n o prescritivos do cotidiano escolar fundou conceptualmente a possibilidade de come ar a ir mais al m do curriculum como prescri o TERIGI 1976 p 174 A segunda ruptura veio questionar a legitimidade do curriculum acad mico com sua neutralidade conte do compartimentaliza o das disciplinas e a determina o do que deve ser ensinado Estes questi
182. izar entrevistas para levantamento das condi es de trabalho estat stica de acidentes e doen as do trabalho Aplicar princ pios e normas de conserva o de recursos n o renov veis e de preserva o do meio ambiente Reportar os resultados da sa de e seguran a do trabalho dire o e divulgar os resultados entre os funcion rios Identificar avaliar e analisar riscos ambientais Definir estrat gias de avalia o Manusear aparelhagem de medi o dos agentes ambientais Interpretar resultados de avalia o 159 Prestar primeiros socorros s v timas de acidentes ou mal s bito observando a escala de prioridades preconizada para o atendimento Providenciar socorro m dico e ou realizar imobiliza o e transporte adequado da v tima Realizar an lises ergon micas em postos de trabalho Bases Tecnol gicas Normas T cnicas Nacionais e Internacionais No es b sicas de explosividade Normas leis e decretos Higiene seguran a e medicina do trabalho Inflamabilidade e explosividade Metodologia de avalia o Fundamentos de psicologia do trabalho No es de epidemiologia Estat stica aplicada Caracter sticas dos programas de preven o T cnicas de educa o ambiental Fundamentos e t cnica de higiene do trabalho Confiabilidade de documentos Ergonomia Sistema de gest o ambiental Metodologia e planejamento de gest o Po
183. izar se nas diferentes mentalidades deles mantendo se ainda a diferencia o de classe e status social A nfase nas diferentes mentalidades passou a definir curr culos diferenciados para cada grupo de alunos sendo o primeiro grupo formado a partir de um curr culo associado escola secund ria e voltado para assumir profiss es liberais ou cargos de dire o o segundo grupo composto por alunos interessados nas ci ncias ou artes aplicadas e voltados para as escolas t cnicas e o terceiro grupo formado por alunos mais voltados para lidar com o mundo dos neg cios sendo necess rio para isso um curr culo mais pr tico com nfase em atividades manuais 43 Observamos por conseguinte o emergir de um padr o definido para prioriza o de alunos atrav s do curr culo A atua o atrav s da distribui o padronizada de recursos representa um processo de tend ncia acad mica que angustia os subgrupos que promovem as mat rias escolares Por isso reas t o diversas como as de trabalho em madeira e metal educa o f sica arte estudos t cnicos contabilidade costura e economia dom stica t m procurado melhoria de status defendendo uma intensifica o de exames e habilita es no estilo acad mico GOODSON 1995 p 37 O sistema de escolariza o estatal tinha como epistemologia situar a disciplina acad mica no topo do curr culo e garantir os recursos e a manuten o do status a ela conferidos
184. jardins no ch o de escolas In SIMP SIO INTERNACIONAL CRISE DA RAZ O E CRISE DA POL TICA NA FORMA O DOCENTE 2001 Rio de Janeiro Universidade Federal Fluminense p 43 52 LOMBARDI Jos Claudinei SANFELICE Jos Lu s SAVIANI Dermerval Org Capitalismo Trabalho e Educa o S o Paulo Autores Associados 2005 LOPES Alice Casimiro MACEDO Elizabeth Org Curr culo debates contempor neos S o Paulo Cortez 2002 140 Disciplinas e integra o curricular hist ria e pol ticas Rio de Janeiro DP amp A 2002 MATURANA Humberto Emo es e linguagem na educa o e na pol tica Belo Horizonte UFMG 1998 e Varela Francisco A rvore do conhecimento S o Paulo PSY 1995 MOREIRA A F e SILVA T T Curr culo cultura e sociedade S o Paulo Cortez 1994 NAJMANOVICH Denise O sujeito encarnado quest es para pesquisa no do cotidiano Rio de Janeiro DP amp A 2001 OLIVEIRA In s Barbosa de Curr culos Praticados entre a regula o e a emancipa o Rio de Janeiro DP amp A 2005 Curr culos Praticados entre a regula o e a emancipa o Rio de Janeiro DP amp A 2008 OLIVEIRA In s Barbosa de SGARBI Paulo Estudos do cotidiano e Educa o Belo Horizonte Aut ntica 2008 PACHECO Jos Augusto Escritos curriculares S o Paulo Cortez 2005 PORTO Tania Maria Esperon Org Redes em constru o meios de comunica o e pr ticas educativas Arar
185. l tica de sa de e seguran a do trabalho e pol tica p blicas e privadas nas reas de meio ambiente qualidade de vida produtividade qualidade dos produtos e servi os e outros pertinentes 4 3 EST GIO SUPERVISIONADO A atividade est gio supervisionado ser desenvolvida em Empresas P blicas e Privadas que mant m o Servi o Especializado de Engenharia de Seguran a e Medicina do Trabalho ou em empresa prestadora de servi os na rea de Seguran a Higiene e Medicina do Trabalho O est gio ter configura o de procedimento consolidador da teoria e pr tica profissional e dever ser acompanhado orientado e supervisionado por Engenheiros de Seguran a do Trabalho ou T cnicos de Seguran a do Trabalho A empresa concedente dever apresentar um programa de est gio relatando as principais atividades a serem desenvolvidas pelo estagi rio Essas atividades dever o ser compat veis 160 com o Curso T cnico em Seguran a do Trabalho O est gio s ser autorizado ap s an lise e aprova o do programa pela Coordenadoria do curso T cnico de Seguran a do Trabalho do CEFETES A avalia o do est gio envolver processo sistematizado mediante a utiliza o de t cnicas e instrumentais espec ficos fundamentada na observa o direta do desempenho do aluno pelo profissional orientador tendo como centro o julgamento dos seguintes aspectos definidos como cr ticas de avalia o cumprimento da carga hor ria m n
186. l passa repousar sobre conhecimentos e habilidades cognitivas e comportamentais que permitam ao cidad o produtor trabalhar intelectualmente dominando o m todo cient fico de modo a ser capaz de se utilizar de conhecimentos cient ficos e tecnol gicos de modo articulado para resolver problemas da pr tica social e produtiva KUENZER 1999 pag 130 131 No modelo taylorista fordista t nhamos uma pr tica de fragmenta o no trabalho pedag gico uma vez que prevalecia a dualidade estrutural ou seja modelos de escola constitu dos a partir da divis o social de classes a fragmenta o curricular percebido na organiza o de conte do por disciplinas tratadas isoladamente a forma o de professores focando a especializa o nas reas e dificultando um trabalho articulado entre as especialidades o plano de cargos e sal rios que prev a contrata o dos professores por aulas dadas e desligando os da viv ncia junto escola al m da fragmenta o do trabalho pedag gico KUENZER 2005 p 84 85 A mudan a dos procedimentos r gidos para os flex veis com a introdu o das novas tecnologias passam a exigir mudan as tamb m no desenvolvimento de novas habilidades comportamentais e cognitivas com a introdu o dos princ pios do toyotismo na escola A pedagogia das compet ncias surge neste cen rio para buscar atender mais uma vez aos ditames do capital preparando agora neste novo modelo o trabalhador multitarefa ao cont
187. leo de Gest o Pedag gica conforme os crit rios de avalia o institu dos pelo CEFETES Il Aproveitamento de estudos para fins de certifica o externa aproveitamento de conhecimentos e experi ncias anteriores de pessoas n o matriculadas no CEFETES A certifica o de compet ncias neste caso depende de regulamenta o espec fica do CNE Conselho Nacional de Educa o que ser disponibilizada ap s a sua homologa o atrav s do rg o competente 161 CAP TULO 06 CRIT RIOS DA AVALIA O DA APRENDIZAGEM A avalia o como parte integrante do processo ensino aprendizagem dever ser concebida no seu car ter diagn stico cont nuo e processual e priorizar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos com verifica o de Compet ncias e Habilidades atingidas desenvolvidas atrav s de instrumentos diversificados tais como execu o de projetos relat rios trabalhos individuais e em grupo fichas de observa o onde procedimentos do mundo do trabalho poder o ser simulados e efetuados registros das compet ncias e habilidades demonstradas nessas situa es de aprendizagem e avalia o planejadas durante a execu o de cada m dulo O registro dessa avalia o poder ser efetivado atrav s de conceitos Excelente Muito Bom Bom Razo vel Em Desenvolvimento definidos a partir de crit rios de excel ncia do m dulo curso A recupera o paralela se dar com base nos registros de
188. lidade Porto Alegre v 1 n 1 p 159 186 fev 1976 142 ANEXO A RESUMO DO PROJETO DO CURSO T CNICO DE SEGURAN A DO TABALHO CAP TULO 01 JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS 1 1 JUSTIFICATIVA O Servi o Especializado em Engenharia de Seguran a e Medicina do Trabalho SESMT criado em 1943 sob o respaldo da Consolida o das Leis do Trabalho CLT poca em que a regulamenta o era palavra de ordem do governo getulista passa hoje por uma situa o de total reformula o os SESMT s precisam ser revigorados dando lugar a um novo paradigma que contemple com efici ncia as quest es de seguran a e sa de do trabalho acreditamos no T cnico de Seguran a do Trabalho como vanguarda em termos de constru o de um processo de melhorias cont nuas na seguran a e sa de do trabalhador portadores que s o de conhecimentos t cnicos e sociais e ainda de habilidades que se alinhem com tend ncias prospectivas Neste contexto importante ressaltar que a atual Norma Regulamentadora NR 4 da Portaria 3214 78 do Minist rio do Trabalho e Emprego obriga as empresas em fun o do n mero de funcion rios e do grau de risco a manter em seu quadro de empregados o profissional T cnico de Seguran a do Trabalho portador do diploma expedido por estabelecimento de ensino reconhecido O Centro Federal de Educa o Tecnol gica do Esp rito Santo oferece o Curso T cnico de Seguran a do Trabalho desde 1990 Em m dia o CE
189. loca a interven o do Estado na educa o para o controle do mercado educativo nos pr ximos anos o curriculum em sua velha acep o de prescri o sobre o ensino seja substitu do pela avalia o Em termos ilustrativos se at agora para estabelecer o que se devia ensinar era preciso analisar o curriculum prescrito a partir de agora ser sobretudo a avalia o que dever ser conhecida TERIGI 1976 p 179 Terigi 1976 conclui suas reflex es destacando que seria um esfor o desperdi ado a tentativa de atribuir outros sentidos ao termo curriculum uma vez que muitos sentidos j lhe foram atribu dos por outros estudiosos do campo ao longo dos anos Entretanto sugere a necessidade de discutirmos as quest es concernentes aos processos de planejamento avalia o e desenvolvimento buscando esclarecer as abordagens deste campo Buscando seguir na an lise hist rica sobre o campo do curr culo ainda ser o utilizadas as reflex es de Berticell 1998 desta feita contextualizando as discuss es no Brasil O autor estabelece em v rios momentos do texto um di logo com Terigi acerca das possibilidades de origem do curr culo Acrescenta ao di logo algumas reflex es importantes como a neutralidade quando da escolha de uma destas possibilidades de origem do curr culo Para o autor n o h neutralidade porque toda escolha estaria ligada a algum tipo de poder E o autor se interroga a seguir sobre q
190. logia de avalia o dos riscos ergon micos Identificar o impacto dos processos produtivos e demais contextos relevantes nas atividades laborais Estabelecer rela o entre riscos ambientais e doen as ocupacionais 158 Atuar como cidad o na presta o de primeiros socorros a v timas de acidentes ou mal s bito visando manter a vida e prevenir complica es at a chegada de atendimento m dico Avaliar a v tima com vistas a determinar as prioridades de atendimento em situa es de emerg ncia e trauma Habilidades Informar aos trabalhadores sobre os efeitos resultantes exposi o de agentes agressivos Elaborar pareceres t cnicos Verificar a efic cia das a es de controle de riscos ambientais Realizar avalia o qualitativa e quantitativa dos riscos Aplicar princ pios ergon micos na realiza o dos trabalhos Realizar diagn stico da empresa em rela o sa de e seguran a do trabalho interpretando a informa o obtida nos levantamentos de dados Preparar question rio de avalia es sobre as condi es de trabalho Colaborar com outros programas da organiza o que visem programa o e preserva o da sa de do conjunto de trabalhadores Executar procedimentos t cnicos que evitam patologias geradas por agentes ambientais Executar procedimentos t cnicos que contenham controles mitigadores para a es potenciais de acidentes do trabalho e doen as do trabalho e ocupacionais Real
191. lternativas constru das cotidianamente e j em curso ALVES 2002 p 34 61 Oliveira 2003 p 68 69 corrobora com essa discuss o ao afirmar que O cotidiano aparece como espa o privilegiado de produ o curricular para al m do previsto nas propostas oficiais Especificamente no que diz respeito aos processos de ensino aprendizagem as formas criativas e particulares atrav s das quais professoras e professores buscam o aprendizado de seus alunos avan am muito al m daquilo que poder amos captar ou compreender pela via dos textos que definem e explicam as propostas em curso No processo de produ o de dados junto aos sujeitos praticantes do cotidiano do Curso T cnico de Seguran a do Trabalho foi necess rio antes de tudo compreender minimamente algumas das id ias discutidas por Ferra o 2008 para que a pesquisa n o corresse o risco de ser enquadrada em categorias estanques de an lise Vejamos as principais perceber que as redes de fazeressaberes n o est o no cotidiano elas s o o cotidiano compreender que os sujeitos da pesquisa s o protagonistas atores e n o objetos de an lise entender ainda dentre outras id ias trazidas pelo autor que para fazer pesquisa no do com o cotidiano preciso que o pesquisador se veja parte deste cotidiano e que ao fazer pesquisa tamb m haja uma busca de si mesmo A assimila o desta proposta metodol gica de pesquisa representa para mim um grande desafio pois ainda tenh
192. m dulo Que eu consiga me encaixar no mercado de trabalho Que seja til para minha vida profissional Quero ter uma oportunidade de emprego Obter conhecimento para inserir no mercado de trabalho Alunos do quarto m dulo Que me d um bom emprego logo Ter uma atividade profissional mais rapidamente que a gradua o e atuar com preven o gosto A formatura Complementar o curr culo Considerando os maiores ndices obtidos na entrevista pode se observar que os alunos expressam um desejo forte de concluir o curso e se poss vel j sair da escola empregado Ent o o objetivo de forma o profissional para o trabalho se mant m para boa parte do grupo entrevistado O investimento em forma o 71 superior concomitantemente ao t cnico tamb m expressa uma realidade que vai tomando uma proje o maior nos dois ltimos m dulos Em rela o complementa o de estudos esta tamb m uma preocupa o dos alunos mas em menor grau Faz se importante aqui o registro de que os alunos que participaram da entrevista 100 alunos t m uma representatividade de cerca de 78 do total de alunos do curso cerca de 128 alunos se se considerar o n mero de alunos por turma no turno vespertino 32 alunos Ent o nesse sentido as entrevistas podem ser consideradas como express o da realidade vivenciada no curso que para o p blico alcan ado pelas entrevistas o interess
193. m a ver porque a gente trabalha com pessoas da administra o mas acho que a gente tem que acrescentar uma que o portugu s porque d muita palestra eu j trabalhei e tem que lidar muito com palestra conversar com gente de cargo acima de voc tem que ter outro n vel de assunto tem que argumentar com a pessoa ou at mesmo pra fazer relat rio Tem que estar sempre certinho faz tempo que a gente n o tem aquela aula de portugu s frequente ou faz pouco tempo e acaba fazendo relat rio e cometendo aqueles erros chatinhos coisa que o aluno na pressa vacila um pouquinho mas que a aula de portugu s poderia ajudar a melhorar este assunto Jussara Respondeu em conjunto com as quest es a serem discutidas Quest es Mar lia eu acho que o nosso curso aqui no CEFETES um curso esquecido Eu vejo que o pessoal da mec nica da el trica tem os laborat rios deles com equipamentos bons novos talvez isso tenha sido uma coisa que os coordenadores passados n o brigaram para garantir nosso espa o no CEFETES os alunos talvez por demonstrarem pouco interesse ent o a gente acaba n o tendo toda a infra estrutura que seria necess ria porque a gente v l Calor mas a gente n o viu direito como vamos medir calor Ent o falta aula pr tica mesmo o professor levar a gente numa empresa fazer uma visita t cnica com a gente porque o que os professores fazem muito aqui mandar a gente ir visitar uma empresa e fazer isso ou
194. m prazeroso tentando perceber se de fato a m sica era seu interesse ou se o desejo dos pais os levava a estudar um instrumento A partir desta observa o procurei na medida do poss vel desenvolver um trabalho que pudesse estimular tamb m queles alunos cujo interesse n o estava voltado para a educa o musical Em v rias situa es os alunos n o se interessavam pela forma o em m sica dificultando seu processo de desenvolvimento Embora eu n o tivesse na poca a maturidade suficiente para compreender as raz es da desmotiva o dos alunos aos poucos comecei a associar os comportamentos deles com a minha experi ncia e perceber que eu havia durante muito tempo me sentido como eles sufocada n o porque n o gostasse de m sica mas porque alguns dos professores dos quais fui aluna tornaram as aulas em momentos de tens o que em nada contribu ram para meu aprendizado Em minha pr tica docente tive a preocupa o de n o tratar as aulas como momentos em que a press o pela performance perfeita fosse a t nica aulas estafantes entediantes e tensas como foram algumas na fase em que estudava Sempre percebi o interesse pela m sica como algo que necessitasse de est mulo e investimento mas ao me tornar professora particular possu a como meta jamais for ar a barra do aluno isso porque m sica agrad vel e estudar um instrumento uma experi ncia fant stica a menos que seja transformada em um momento de
195. m que correr e quando n o souber certo ponto ele deve recorrer ao professor Ent o acho que todo o suporte que precisei eu tive do CEFETES Quando tive d vida em rela o a alguma coisa e era bastante coisa eu recorriao CEFETES e fui atendido 7 Let cia Carla Neusa Impress es Let cia legal mas eu acho que chega um ponto que se torna muito cansativo n o sei se pela disposi o das mat rias s o interessantes as mat rias mas uma hora que te rico demais Neusa Eu achei que a gente fez poucas visitas t cnicas a gente ficou muito na sala de aula Ent o n o tem como a gente conhecer pessoalmente onde a gente vai trabalhar Carla O mercado de seguran a do trabalho um mercado amplo a gente estuda reas mas n o tem muito contato mesmo com o mercado A gente vai fazer o est gio mas vai 196 pegar uma rea do est gio mas vai ficar s na rea de Constru o civil por exemplo mas tem a rea naval que a gente acaba n o pegando isso que falta no curso Curr culo Carla Para mim at que um curr culo bacana ele fala dos fundamentos da el trica da mec nica mas os professores que d o estes fundamentos pra gente n o s o da rea de seguran a ent o eles n o focam pra rea O professor de Direito fala do direito da fam lia e n o falou do direito trabalhista mesmo a gente n o teve bem Let cia legal porque a gente tem o b sico no 1 m dulo no 2 a
196. ma necessidade de superarmos essa l gica uma vez que ela separando tamb m reduz a pot ncia da rela o teoriapratica Esta rela o precisa ser pensada junta porque acontece junta Alguns depoimentos de professores tamb m apontam para esse saberfazer acontecendo de forma enredada Est faltando o aluno realizar e participar de eventos A parte de eventos levantar um semin rio de seguran a fazer uma SIPAT fazer um modelo simula o de como fazer uma elei o Isso ajudaria na forma o Ent o hoje o que estou tentando dar em gest o da seguran a foco do curso tentar mostrar o sistema de gest o de seguran a interligada com o sistema de gest o integrada de uma empresa professor H Dentro dessa reflex o os alunos destacam a presen a do professor substituto no curso Este professor passa pelo processo seletivo da escola para suprir a car ncia de professores efetivos na rea O Curso de Seguran a tem por princ pio somente ofertar vagas de professor substituto para profissionais com forma o em Engenharia e Especializa o em Seguran a do Trabalho Para alguns professores a op o pelo n o aproveitamento de profissionais com outra forma o superior e especializa o na rea da seguran a tem sido um dificultador do processo de sele o A experi ncia com professores tempor rios tem sido segundo os pr prios alunos de grande proveito Eles dizem que este professor tem contribu do muito para su
197. mo Candeias 2001 as autoras pretendem evidenciar a necessidade de se compreender como os professores e professoras agem cotidianamente na busca de levar os seus alunos aprendizagem que elementos criam a partir de suas redes de saberes de pr ticas e de subjetividades como criam os seus fazeres e desenvolvem suas pr ticas em fun o do que s o CANDEIAS apud ALVES OLIVEIRA 2002 pag 94 Se para o estudo e compreens o do cotidiano o primeiro movimento apontado pelas autoras como necess rio seria aceitar todas as teorias aprendidas como v lidas o segundo movimento seria ouvir as vozes dos que praticam o cotidiano cotidianamente Sobre este segundo movimento reportaremo nos a Linhares e Garcia 2001 ao escreverem para o Simp sio Internacional Crise da Raz o e Crise da Pol tica na Forma o Docente Discutiram acerca das raz es da obstru o da reflex o educativa que especialmente aqui no Brasil vimos experimentando seria a resist ncia ao questionamento das certezas Certezas essas que dificultam o processo de pesquisa uma vez que s o tomadas como um a priori e assim acabam servindo para confirmar o que j est revelado Perdemos com isso a possibilidade de conhecer toda a complexidade do campo educacional A tend ncia de tomarmos as certezas como pontos de partida e chegada das pesquisas acabam por impedir a apreens o dos elementos surpresa do inusitado daquilo que n o espera
198. momentos dos cursos de forma o das empresas uma das premissas era o desenvolvimento do ser humano e n o apenas sua capacita o t cnica para o servi o muito embora fosse poss vel perceber em alguns momentos uma inquieta o dos participantes dos cursos como se aceitassem n o concordando com os argumentos apresentados O aluno com forma o t cnica em seguran a do trabalho precisava receber al m dos conhecimentos t cnicos necess rios para o exerc cio de sua fun o outros relacionados a uma forma o que pudesse potencializar a rela o com o outro assumindo o na qualidade de ser humano Minha inser o no mestrado tamb m procurou responder aos desafios e quest es vividos no cotidiano do Curso de Seguran a do Trabalho representando para mim o rein cio de uma caminhada uma vez que retomando leituras e discutindo quest es que desde o per odo da gradua o n o fazia pude problematizar alguns pontos de vista repensar sobre nossa pr tica de at ent o e perceber a necessidade de superar a busca por uma verdade ltima questionando as certezas defendidas por 19 mim nos espa os onde trabalhei e nos quais fui porta voz de discursos homogeneizados mesmo n o acreditando totalmente neles Este per odo de estudos pelo qual passei tamb m serviu para ampliar as reflex es acerca das id ias sobre as quais o Curso T cnico de Seguran a do Trabalho est fundamentado e a partir das leituras fei
199. mos abordar de forma geral os principais pontos discutidos ao longo do texto e que representam as preocupa es mais evidenciadas pelos sujeitos praticantes do cotidiano escolar do curso Em alguns momentos do texto enfatizaremos alguns destes pontos ou situa es tendo em vista a relev ncia deles para o grupo pesquisado Abordaremos a quest o da no o de compet ncia e sua inser o no curso a partir do Decreto n 2 208 97 e as implica es principais na tentativa de supera o desta vis o Como pedagogos que assistimos o curso temos buscado momentos nos quais possamos conversar informalmente com os alunos e tentar entender quais as suas necessidades e expectativas em rela o forma o profissional A partir das escutas temos procurado identificar o que os tem desagradado no dia a dia do curso para buscar junto com eles alternativas de melhoria A avalia o docente tem sido um momento importante porque uma oportunidade que os alunos t m de pensar a pr tica dos professores e tecer coment rios visando o aperfei oamento do seu trabalho Por m neste per odo como j relatado anteriormente n o temos percebido interesse em grande parte dos alunos em participar do processo avaliativo Questionando as raz es para este desinteresse temos ouvido deles que n o adianta fazer avalia o porque a gente fala fala fala critica pede mudan a mas elas nunca acontecem continua tudo do mesmo jeito Ouvindo os
200. n o h fen meno social Maturana 1998 coloca ainda que nem todas as rela es humanas s o sociais porque nem todas elas est o fundadas no amor Exemplifica sua afirmativa tomando como exemplo as rela es hier rquicas e as rela es de trabalho Para o autor nas rela es hier rquicas o que prevalece a nega o do outro uma vez que implicitamente a exig ncia de obedi ncia constitui o poder como instrumento de controle nessas rela es As rela es hier rquicas pressup em uma sobreposi o ao outro o estar sobre o outro exercendo dom nio sobre o outro As rela es de trabalho pensadas sob este prisma n o s o consideradas sociais porque est o submetidas domina o do Capital e desse modo l gica de competi o individualismo exclus o ou seja nega o do outro Entendemos que Paro 1999 quando discute a centralidade no trabalho o faz acreditando nele como meio de garantia do atendimento s necessidades do ser humano para que este viva bem mas considera para isto que seja superada a 132 tend ncia humana de viver para o trabalho alienado ou seja colocar o trabalho como meio e fim sem contudo perceber as rela es de domina o que o envolvem e aprisionam negando sua legitimidade O autor assim como Maturana entende que o ser humano precisa ter nas rela es sociais de colabora o e n o de domina o as condi es para o seu bem viver Mas distancia se dele qua
201. na coopera o que segundo Maturana 1998 o que constitui o social Seguindo em suas reflex es Maturana 1998 agora coloca em discuss o o que caracterizaria o homem Para ele quando nos declaramos seres racionais 131 refor amos uma cultura que nega as emo es como parte de nossa constitui o humana ao nos declararmos seres racionais vivemos uma cultura que desvaloriza as emo es e n o vivemos um entrela amento cotidiano entre raz o e emo o que constitui nosso viver humano e n o nos damos conta de que todo sistema racional tem um fundamento emocional MATURANA 1998 p 15 O autor afirma que O amor a emo o que constitui o dom nio de a es em que nossas intera es recorrentes com o outro fazem do outro um leg timo outro na conviv ncia MATURANA 1998 p 22 A conviv ncia estabilizada e ampliada a partir das intera es que se d o pelo amor ao passo que as intera es que se d o na agress o causam rupturas conviv ncia Pelo amor abrimos espa os de conviv ncia onde as intera es com o outro acontecem sem exig ncias Para que haja conviv ncia social preciso aceitar o outro com toda a sua especificidade como leg timo que considerando e aceitando as diferen as Por isso mesmo que o autor coloca o amor como emo o fundamental hominiza o Ele fundamenta o social portanto se n o h amor n o h aceita o do outro na conviv ncia
202. na proposta de forma o do t cnico de seguran a Inicialmente discutir com eles a grande responsabilidade conferida pela legisla o que rege a profiss o bastante complexa se considerarmos que o trabalho do profissional t cnico de seguran a do trabalho visa preserva o de vidas humanas No turno vespertino os alunos buscam o curso como uma garantia profissional S o orientados pelos familiares amigos namorados as a fazer um curso t cnico para que n o fiquem desprovidos de uma forma o Os alunos nem sempre sabem o que 112 vieram fazer no IFES Vit ria ali s conversando com alguns professores ouvimos deles que os alunos do turno vespertino n o buscam a forma o t cnica de seguran a do trabalho s o raros os alunos que t m esse objetivo e investem nele Percebemos tamb m que enquanto os alunos chegam dessa forma ao curso os professores por sua vez mant m suas expectativas elevadas em rela o s turmas Entendem que a partir do momento que ingressam no curso estar o voltados totalmente para ele o que acaba n o acontecendo No transcorrer dos m dulos as insatisfa es come am a surgir tanto por parte dos alunos quanto por parte dos professores Desde que assumimos o curso percebemos que os alunos demonstram grande apatia muitas vezes desde o primeiro m dulo Conversando com eles comum ouvirmos que o curso representa uma alternativa para ocupar de forma produtiva o hor rio da tarde
203. ndo v o trabalho como possibilitador dessas condi es ao homem Partindo das reflex es dos autores entende se que a escola pode ser considerada um espa o de conviv ncia onde poss vel como aponta Paro 1999 discutir o trabalho como meio mas superando a aliena o que tem acometido os sujeitos e os impedido de enxergar as l gicas excludentes que est o engendradas nos processos de forma o baseadas nos modelos de educa o capitalista preciso trazer para o cotidiano da escola a partir das reflex es propostas por Maturana e outros autores o entendimento de que na rela o de aceita o m tua com o outro na conviv ncia que se tornar poss vel pensar uma forma o que tenha como objetivo n o o servir aos interesses individuais mas coletividade Pensar uma forma o baseada em princ pios mais solid rios e mais humanos Uma forma o para um mundo diferente Conforme o mesmo autor Um mundo em que meus filhos cres am como pessoas que se aceitam e se respeitam aceitando e respeitando outros num espa o de conviv ncia e que os outros os aceitam e respeitam a partir do aceitar se e respeitar se a si mesmos Num espa o de conviv ncia desse tipo a nega o do outro ser sempre um erro detect vel que se pode e se deseja corrigir Como conseguir isso E f cil Vivendo esse espa o de conviv ncia MATURANA 1998 p 30 133 6 CONCLUS O Inicialmente gostar amos de expressar o que significo
204. nea Os motivos que contribu ram para a pesquisa dessa tem tica alicer am se na possibilidade que a atua o na fun o de pedagoga junto ao Curso de Seguran a do Trabalho do IFES Instituto Federal do Esp rito Santo Campus Vit ria abre de conviv ncia com os diversos sujeitos envolvidos no curso oportunizando me assim ouvir as suas m ltiplas falas referentes aos saberesfazerespoderes ensinados e encenados no cotidiano escolar e refletir sobre as quest es que da emergem A partir do objetivo principal buscarei perceber os sentidos atribu dos pelos alunos e professores ao curr culo realizado observando se a demanda do mercado de 22 trabalho para o T cnico de Seguran a do Trabalho influencia as tessituras das redes do cotidiano escolar e ainda problematizar a forma o do t cnico de Seguran a do Trabalho pensada pelos sujeitos praticantes do cotidiano escolar O desenvolvimento desta pesquisa se deu a partir da metodologia da pesquisa no do com os cotidianos escolares uma vez que foi neste caminho de pesquisa que encontrei a possibilidade de mergulhar no cotidiano escolar na tentativa de compreend lo 23 2 CONTEXTUALIZANDO OS ESPA OSTEMPOS E AS QUEST ES MOBILIZADORAS DA PESQUISA Ao longo de sua hist ria o Centro Federal de Educa o Tecnol gica CEFETES passou por muitas mudan as visando acompanhar o pr prio movimento de mudan a na economia no decorrer dos anos e porque n o dizer das
205. no por v rias vezes citada neste texto reflete uma necessidade que v m sendo percebida por alunos e professores O entendimento de que a proposta curricular do curso precisa ser revista buscando ampliar outros aspectos da forma o do t cnico de Seguran a do Trabalho para al m dos conhecimentos t cnicos j demonstra o dos movimentos que t m acontecido no cotidiano do curso frutos das a es em sua maioria ainda individuais mas importantes tendo em vista o impacto que t m causado nos sujeitos praticantes A pot ncia da Rede no curso de Seguran a do Trabalho tem sido percebida a partir destas iniciativas que se encontrarem o apoio de outras podem ampliar ainda mais as possibilidades de mudan as naquele contexto Pensando nisso temos apostado em uma Rede de Rela es Solid rias constitu da como uma alternativa aos processos de mudan a sinalizados como necess rios dinamiza o do curso e consequentemente supera o da l gica predominante nas rela es que conduz ao individualismo competi o exclus o Parafraseando Maturana e Varela 1995 poder amos pensar as redes de solidariedade como tudo o que vivo desde uma c lula at uma sociedade mantendo se atrav s de rela es que tudo interligam de forma cada vez mais complexa Assim a rede ou a teia da vida como a denomina Fritjof Capra em sua obra de mesmo nome O que transmitido nessa rede e faz com que ela se mantenha a energia q
206. nos conhecimentos t cnicos tamb m uma preocupa o maior com a forma o voltada para o humano porque o t cnico em seguran a lida com vidas humanas e precisa de uma gama muito maior de conhecimentos necess rios sua pr tica que os conte dos hoje previstos na matriz curricular Um professor chegou a refor ar a necessidade de que houvesse um investimento maior em momentos onde os professores pudessem discutir sua pr tica e sugerir aos colegas outras possibilidades de abordagem dos conte dos discutidos nas aulas Um curr culo organizado por disciplinas e direcionado para o desenvolvimento de compet ncias pode limitar o aproveitamento dos alunos e a pr tica docente ao que previsto no projeto do curso para o atendimento s necessidades das Organiza es O termo compet ncia carrega consigo uma carga de responsabilidade muito grande porque se entende o indiv duo competente como aquele que capaz de exercer uma atividade espec fica Logo incompetente aquele indiv duo que n o tem condi es de exercer uma determinada atividade Este determinismo imp e limites ao indiv duo uma vez que desconsidera seu potencial Analisando a matriz curricular do curso bem como as ementas das disciplinas podemos perceber que as compet ncias requeridas se repetem guardando alguma diferen a pela especificidade t cnica de cada disciplina Pensando nisso podemos entender que no que se refere s compet ncias a serem desenvol
207. nsiderando sua experi ncia e de outro o refor o s pr ticas conservadoras tais como os modelos de avalia o O car ter multicor das pr ticas curriculares significa a complexidade que praticar o curr culo no cotidiano uma vez que re ne diferentes saberes de alunos e professores que se misturam aos saberes formalmente definidos como conte do curricular ALVES E OLIVEIRA apud LOPES MACEDO 2002 pag 99 O entendimento acerca do conhecimento como algo que constru do conforme a met fora da rvore come ou a ser questionado a partir do s culo XX ganhando espa o as reflex es que partiram de tr s movimentos segundo abordagem de Alves et al no livro Criar curr culo no cotidiano 2004 No primeiro deles que discute a racionalidade como nica forma de aquisi o do conhecimento e que ainda contribui para a organiza o curricular por disciplinas a no o de redes vem demonstrar que existem trocas permanentes de conhecimentos que precisam ser vistas e valorizadas No segundo movimento que traz novos estudos que necessitam das novas tecnologias de ponta como a inform tica e os novos campos de conhecimento como a discuss o sobre cultura a met fora das redes torna se ainda mais necess ria na medida em que sugere o rompimento de uma organiza o disciplinar e limitada dos saberes H ainda um terceiro movimento que v na subjetividade um caminho para se buscar respostas concretas para problemas
208. nstrumentos em formul rio pr prio Os m dulos foram concebidos objetivando atender os princ pios norteadores da Reforma da Educa o Profissional a saber a Flexibilidade Autonomia Modulariza o Objetivando atender as demandas do mundo produtivo as especificidades de cada regi o e as necessidades do educando mediante o perfil profissional identificado A modulariza o como modo de organiza o curricular facilita o atendimento a estas necessidades Esse princ pio foi atendido dentro das limita es que o MTB imp e sobre a profiss o de T cnico de Seguran a do Trabalho b Empregabilidade Laboralidade Numa sociedade em constante muta o novas fun es surgem e outras desaparecem O desenvolvimento tecnol gico sinaliza para a necessidade de um profissional mais 145 polivalente que se adapte e continue aprendendo conquistando o seu espa o de modo a transitar com maior desenvoltura para atender as v rias demandas de uma rea profissional posto que as fronteiras entre os postos de trabalho s o cada vez mais t nues c Contextualiza o interdisciplinaridade Os Componentes Curriculares como recortes da realidade precisam buscar a contextualiza o sob pena de n o atender as demandas do mundo produtivo e formar para nada O sentido dos componentes curriculares repousa na capacidade de contextualiza o de cada professor educador Os Componentes Curriculares n o t m um fim em si mesmo assim
209. nto a turma ainda estava realizando a segunda parte da tarefa o referido profissional da institui o abriu a porta da sala estupidamente e falou tr s frases num tom desnecessariamente agressivo Que bagun a essa Que barulheira Voc s est o sem professor Voltei me para ele apresenteiime como respons vel pela turma expliquei a atividade que faz amos e pedi desculpas pelo inc modo Ele nada falou apenas fechou a porta e saiu Os alunos que estavam euf ricos pareciam ter recebido um banho com gua bem fria mas mesmo acanhados pela interrup o apenas trataram de guardar os instrumentos e arrumar a sala Na tentativa de quebrar o clima perguntei o que eles haviam achado da aula e eles puderam expressar o quanto haviam gostado Diante da vis o de educa o musical que tinham as escolas especialmente esta ltima entendi que naquele momento eu n o estava disposta a insistir em uma mudan a de vis o acerca da educa o musical e ent o passei a buscar outras oportunidades de trabalho Quando conclu o curso de Pedagogia meu alvo era trabalhar em escolas porque mesmo na universidade onde circula tanta gente e as informa es s o t o diversificadas n o tinha conhecimento de que poderia enquanto pedagoga buscar outros nichos de mercado Ent o quando surgiu a oportunidade de utilizar os conhecimentos pedag gicos na empresa a denominada Pedagogia Empresarial achei que seria muito bom aceitar o
210. nto de que a seguran a do 12 trabalho precisa ser observada no ambiente organizacional fruto da conscientiza o dos empres rios frente s estat sticas de acidentes A profiss o relativamente nova e a oferta do curso pela primeira vez no CEFETES gerou uma procura muito grande inicialmente de profissionais de diferentes reas que atuavam em empresas e que viram na forma o t cnica uma oportunidade de aprimoramento e preparo para atuar em seus locais de trabalho inserindo a vis o de seguran a at ent o pouco conhecida Embora o processo de industrializa o no Brasil tenha sido lento as estat sticas de acidentes no trabalho demonstravam a urg ncia de provid ncias para a redu o dos ndices Em 1970 o Brasil era considerado o campe o mundial de acidentes do trabalho A hist ria do prevencionismo no Brasil nos d uma no o das a es legais que foram tomadas a partir de 15 de janeiro de 1919 com a promulga o da primeira Lei n 3724 sobre acidente de trabalho j com o conceito de risco profissional Em 10 de novembro de 1944 esta lei j com algumas modifica es revogada pelo Decreto n 7036 que dava ao Minist rio do Trabalho a incumb ncia de Fiscalizar a Lei dos Acidentes do Trabalho A profiss o de T cnico de Seguran a do Trabalho regulamentada pela Norma Regulamentadora NR 27 Portaria n 3214 78 alterada pela Portaria n 262 08 de 29 05 2008 do Minist rio do Trabalho e Emprego L
211. nvolvimento das compet ncias determinadas no projeto do curso dependeria muito da pr tica fora do ambiente escolar de aprendizagem Hirata 1994 p 50 e Goldberg 1974 p 51 ao discutirem a no o de compet ncia deixam claro que o este conceito tem como foco o desempenho do profissional no trabalho a no o de compet ncia ainda bastante imprecisa e decorreu da necessidade de avaliar e classificar novos conhecimentos e habilidades gestados a partir de novas exig ncias de situa es concretas de trabalho HIRATA apud ALVARENGA OLIVEIRA 1994 Pag 50 Goldberg apud ALVARENGA OLIVEIRA 1994 p 51 discute o car ter relativo da compet ncia e afirma que n o existe um modelo a ser seguido mas que o que temos s o modelos hist ricos O alcance das compet ncias exigidas para um determinado cargo s poderiam ser alcan adas com o profissional atuando sob condi es espec ficas As organiza es t m utilizado as compet ncias como crit rio avaliativo para o profissional que se candidata a uma vaga e depois para mant lo no emprego As equipes de recrutamento e sele o t m lan ado m o do conceito de habilidades e compet ncias como proposta alternativa qualifica o do empregado mas de modo desvinculado das dimens es de tempo e espa o A no o de Compet ncia foi integrada reforma educacional brasileira em 20 de dezembro de 1999 na nova LDB com a Lei 9394 Observando a legisla o perc
212. o encarnado muitas das concep es pertencentes ao paradigma da modernidade sedimentadas no decorrer dos anos especialmente em minha trajet ria profissional Entretanto sinto que come o a perceber com esfor o a partir das leituras oriundas da observa o participante especialmente que a possibilidade de fazer pesquisa nesta perspectiva j representou um primeiro passo na busca por outras formas de se conceber a produ o de conhecimento no cotidiano escolar bem como os fazeressaberes que emergem dele 3 3 ALGUNS PRESSUPOSTOS DE PESQUISA NOS DOS COM OS COTIDIANOS Ferra o 2008 ao discorrer acerca dos limites e possibilidades da pesquisa no do com o cotidiano aborda a quest o do que seria o cotidiano como espa otempo de suas pesquisas Numa tentativa de aproxima o de respostas a esta quest o utiliza se de Certeau 1992 que entende o cotidiano como 62 aquilo que nos dado cada dia nos pressiona dia ap s dia nos oprime pois existe uma opress o do presente O cotidiano aquilo que nos prende intimamente a partir do interior O que interessa ao historiador do cotidiano o invis vel CERTEAU 1992 p 32 Em rela o quest o metodol gica o autor coloca a necessidade que v de buscar outras possibilidades de se pensar o cotidiano para al m da categoriza o e ou estrutura o pr via de an lise formas e modelos estes herdados do pensamento dominante da ci ncia moderna P
213. o Eu diria que nosso t cnico hoje compat vel a estrutura do curso todo o conhecimento adquirido no curso suficiente para o mercado de trabalho que se prop e por m como foi falado nas quest es anteriores eu acrescentaria simp sios congressos visitas t cnicas para o aluno ter uma maior dimens o entre o que ele aprende em sala de aula e a realidade da ind stria Mas veja o seguinte o curso hoje ele atende perfeitamente o que a ind stria exige visto que os v rios profissionais que n s formamos semestralmente eles s o inseridos no mercado de trabalho e o feedback que n s temos o retorno que n s temos dos dirigentes desta ind stria atendem perfeitamente ao que lhes exigido 3 Professor C Impress es Eu j tinha uma impress o antes de entrar de uma escola como CEFETES que uma escola muito s ria tem um processo seletivo s rio que dif cil at da pessoa estar passando e sempre achei uma excelente escola para curso t cnico e assim que entrei eu vi que o curso t cnico de seguran a do trabalho um dos mais novos aqui dentro acho que ele de 92 Ouvi falar muito dos outros cursos mas do t cnico de seguran a era mais novo e n o ouvi muito falar mas no dia que entrei a minha primeira impress o foi de ser um curso muito bom estava bem estruturado falavam de 4 m dulos mas a primeira impress o foi muito boa um curso bom estava dentro do CEFETES j tem esse nome e a entrei e percebi que
214. o tipo perfil do profissional que necessita Essa tem sido uma caracter stica marcante nos depoimentos especialmente dos professores do curso Pode se perceber que essa atribui o de responsabilidade ao mercado de trabalho quanto defini o da forma o do profissional est atrelada necessidade de um curr culo baseado na l gica das compet ncias que carrega em si tamb m uma l gica de competitividade Falar da forma o de um perfil que seja adequado s exig ncias profissionais do mercado de trabalho significa na l gica das compet ncias falar de uma forma de exclus o uma vez que paralelamente a este discurso h um processo de filtragem acontecendo selecionando aqueles que se encaixam nas exig ncias deste mercado profissional possuidores das compet ncias determinadas por ele Logo se o que buscamos a retomada de rela es mais solid rias podemos e devemos olhar de forma mais cuidadosa o que nos est sendo imposto e n o assumirmos o papel de simples reprodutores destas l gicas Fica evidenciado tamb m que a relev ncia da profiss o uma certeza para eles e tamb m para os alunos Existe a compreens o de que a aceita o da profiss o al m de ser estimulada pela legisla o deve come ar pelo pr prio aluno que se disp e a se preparar para atuar nela Segundo depoimento de um professor o contexto hoje diferente e por isso preciso demonstrar aos alunos a relev ncia do estudo de determinados
215. o CEFETES como tem alunos tamb m mas se voc quer cobrar dos alunos voc tem que ter professores Voc n o pode ter professor que n o est satisfazendo muito e querer que o aluno seja t o bom assim Ent o eu acho que aqui deveria ter uma discuss o mudar um pouco a aula o curr culo os professores ou ent o orientar os que tem dificuldade Dar um curso de did tica alguma reciclagem porque eu tenho medo de a gente pelo fato de ser p blico n o estar pagando achar que est bom e n o pode cobrar Ent o eu tenho medo a gente estar saindo daqui hoje n o estar preparado como aluno que est saindo do particular Eu vi no processo seletivo que participei da Vale eu imaginei que s teria gente do CEFETES mas n o tinha gente de outras escolas e teve gente que passou de outras escolas Ent o eu falou muito isso n s estamos saindo daqui com o nome CEFETES mas eles est o saindo com o conhecimento Meu medo esse sair daqui com o nome do CEFETES e chegar l fora n o estar bem preparado porque eles est o pagando e est o cobrando eles s o mais conscientes amor ao dinheiro s vezes eu estou pagando ent o eu quero aprender se n o estar legal eu vou cobrar Mas a id ia que a gente tem diferente ent o a gente n o cobra porque acha que n o est pagando O nosso laborat rio por exemplo pode ser que l fora eles tenham um laborat rio muito melhor que o nosso Est mudando muito crescend
216. o com v nculo empregat cio porque h uma lei chamada NRO4 que de acordo com o grau de risco e o n mero de funcion rios de cada empresa e em cima de cada atividade econ mica espec fica diferenciada exige uma determinada quantidade de engenheiros do trabalho m dicos do trabalho enfermeiros do trabalho t cnicos do trabalho auxiliares de enfermagem do trabalho s o cinco profissionais que tem emprego na nossa rea segundo a NRO4 Eu acho at que deveria entrar um sexto profissional na nossa rea que seria um psic logo sei l de repente um psic logo do trabalho seria um profissional interessante porque v rios dos acidentes ocorridos em nossa rea de trabalho s o tamb m devido a fatores heredit rios fatores psicol gicos professor A 81 Atualmente tem se percebido uma preocupa o dos alunos quanto sua absor o pelo mercado de trabalho uma vez que outras institui es de ensino principalmente da rede privada t m ofertado o Curso de Seguran a do Trabalho formando t cnicos a cada semestre e num per odo menor que o curso t cnico do IFES Vit ria Os alunos t m compartilhado conosco essa preocupa o inclusive pelo fato de acharem que o IFES Vit ria n o investe na busca por oportunidades de emprego para seus alunos na mesma propor o que as institui es privadas de ensino 4 2 PROPOSTA DE FORMA O DO PROFISSIONAL DE SEGURAN A DO TRABALHO DO CURSO DO CEFETES NECESSIDADES E EXPECTATIVAS Part
217. o da vis o de um curr culo acad mico associado s disciplinas universit rias constitu do assim historicamente como um processo determinado e por isso imut vel Aponta contrariando esta tend ncia como pr tica alternativa a educa o de adultos que tem como pressuposto que 44 as disciplinas n o podem ser transformadas como destila es finais de um conhecimento que n o muda nem pode mudar Nem devem ser ensinadas como se fossem estruturas e textos incontest veis e fundamentais As alternativas para esta vis o dominante continuam emergindo superf cie GOODSON 1995 p 43 Partindo das reflex es de Goodson que discorreu sobre as origens do curr culo enfatizando as diferentes concep es que recebeu ao longo dos anos chegamos a Terigi 1976 que parte de uma an lise do campo do curriculum como se apresenta hoje mas busca tamb m na origem do voc bulo curr culo outros aspectos relevantes an lise do campo Segundo a autora a produ o acerca do curriculum escolar extensa e complexa por abarcar muitas quest es A tend ncia de abranger tudo o que visto como educativo resultou numa an lise do campo em situa o de explos o TERIGI 1976 p 161 grifo nosso Para tentar entender esta situa o de explos o que caracteriza o conceito de curriculum a autora busca discutir algumas quest es na origem do termo Quanto origem do termo encontramos no texto alguns autores que
218. o das comunidades e grupos sociais Princ pios de Administra o e Economia Direito Aplicado Princ pios de Ci ncias Pol tica Estat stica Aplicada Organiza o do Trabalho Rela es Interpessoais Inform tica Legisla o sobre Seguran a e Medicina do Trabalho M dulo 02 B sico Il 149 M dulo 02 B sico Il Disciplinas C H Aulas Semestre Aulas Semana Processos Industriais 36 48 03 Fundamentos de Mec nica 36 48 03 Fundamentos de Metalurgia e 36 48 03 Materiais Fundamentos de Constru o Civil 36 48 03 Fundamentos de Eletrot cnica 36 48 03 T cnicas de Did tica e Pesquisa 36 48 03 Desenho T cnico 36 48 03 Preven o e Controle de Perdas 48 64 04 Total 300 400 25 Compet ncias Inter relacionar comunica o e educa o Distinguir os valores que permeiam os processos educativos aplicados comunica o Reconhecer e avaliar as conven es e cultura prevencionista do pa s e sua regi o Compreender os impactos das desenvolvimento do conhecimento e nas rela es sociais Classificar selecionar e aplicar metodologias de an lise de riscos tecnologias nos processos de produ o no Identificar os riscos sob tica de probabilidade e consequ ncia dos mesmos Reconhecer rea recursos e fluxos dos locais de trabalho Identificar os equipamentos e instala es como fator de perdas Analisar e avaliar
219. o e a gente estar perdendo mercado Geraldo A Mar lia tocou num ponto muito importante que s o as escolas particulares com a federal ent o eu acho que os professores deveriam cobrar mais os alunos porque todos que entram aqui s o capacitados n o qualquer que vai entrar aqui ent o o aluno deve ser cobrado porque o aluno s corresponde se for cobrado porque ele s vai deixando fluir do jeito que est est tirando nota est passando conseguindo m dia est com nota boa est tranquilo ent o se ele for cobrado ele vai aceitar vai reclamar claro o aluno n o vai gostar de n o ter moleza mas vai sair muito mais preparado O CEFETES tem nome com 187 certeza mas outras escolas S o Gon alo e todas as outras s vezes est o at superando os alunos do CEFETES que poderiam estar bem melhor preparados s vezes o que n o est o conseguindo abordar aqui dentro eles conseguem abordar l fora porque por exemplo os equipamentos eles conseguem equipamentos melhores na hora Aqui n o porque aqui tem que ter licita o complicado mas preciso ter uma vis o melhor disso a Uma vez o professor foi tentar montar um aparelho mas estava sem pilhas e todo quebrado Ent o como vai conseguir mostrar o equipamento Jussara eu gostaria de falar do hor rio do curso tarde pelo amor de Deus Eu acho que o hor rio do curso a tarde atrapalha muito o aluno conseguir est gio nesse hor rio Eu n o sei
220. o entre os professores um ponto tamb m H uma dispers o o professor de fundamentos da eletrot cnica n o conhece o que o professor de psicologia fala o professor de psicologia n o conhece o que o professor de Ergonomia fala Ent o se houvesse uma intera o maior entre os professores ficaria mais f cil trabalhar a interdisciplinaridade professor G Percebo que os professores aplicam de forma diferente um mesmo conte do S o experi ncias que vem dando certo e que precisam ser socializadas entre os professores para que possa trazer benef cios para qualquer turma Ent o discutir a forma de aplica o dos conte dos o que se espera quais as estrat gias que vamos adotar que tipo de oficinas que experi ncias professor A vis o de curr culo como a s ntese de conte dos organizados em disciplinas e a fragmenta o dos conhecimentos remonta a conceitos aprendidos e incorporados pelos sujeitos praticantes do curr culo que continuam fazendo parte do discurso Embora essa pr tica de compartimentaliza o dos conte dos esteja presente professores e alunos expressaram a necessidade de uma intera o para que eles pudessem contribuir uns com os outros na produ o de id ias 8 Discutiremos posteriormente esta dicotomia teoria e pr tica 87 Os alunos voltaram a destacar a incoer ncia que h quando da necessidade de se ter professores de outras coordenadorias atuando no curso sobretudo nas disciplinas que s o
221. omiss o Interna de Preven o de Acidentes Estabelecer crit rios para escolha de Equipamentos de Prote o Individual Definir indicadores relevantes taxa de freq ncia taxa de gravidade absente smo doen as ocupacionais Reconhecer as caracter sticas psicofisiol gicas dos trabalhadores e a natureza do trabalho Adequar a legisla o ao empreendimento sob an lise procurando manter as pol ticas administrativas desta 147 Identificar a necessidade de sinaliza o nos ambientes de trabalho e propor a ado o da mesma Estabelecer comunica es interpessoais Elaborar e implantar um sistema de documenta o em Sa de e Seguran a do Trabalho de acordo com o porte da empresa Verificar a aplica o dos aportes financeiros para os servi os de SST Conhecer os softwares b sicos para desenvolver atividades de planejamento acompanhamento e prepara o de relat rios para seguran a do trabalho Identificar e aplicar legisla o referente aos direitos e deveres do trabalhador Habilidades Desenvolver e viabilizar procedimentos t cnicos administrativos voltados para a eleva o do n vel de qualidade de vida Interpretar e compatibilizar a pol tica administrativa da institui o e as disposi es legais de seguran a e sa de do trabalho Utilizar instrumentos adequados observa o t cnica medi o determina o de amostras e c lculos de probabilidade Avaliar a proced ncia do refer
222. onamentos receberam as contribui es dos movimentos te ricos que surgiram no per odo como o p s modernismo o feminismo a teoria cr tica do curriculum e os Estudos Culturais A Nova Sociologia da Educa o NSE foi um movimento te rico que propunha um novo enfoque da problem tica das desigualdades na educa o tendo como marca fundamental a prioriza o dos aspectos culturais da educa o O curriculum adquire assim um novo sentido come a a ser concebido como uma produ o cultural implicada em rela es de poder TERIGI 1976 p 174 A teoria da transposi o did tica terceira ruptura surge em um cen rio em que a introdu o da matem tica moderna na escola questionada Chevallard 1980 aponta que este movimento fracassou devido constata o da dist ncia existente entre o saber erudito e o saber ensinado nas escolas A teoria veio responder aos questionamentos advindos deste conflito sustentando a tese de que n o h outro modo do saber erudito entrar na escola a n o ser por meio da transposi o dos saberes em conte dos curriculares CHEVALLARD apud TERIGI 1976 p 176 41 Na d cada de 90 o enfoque passa a n o estar mais no que ensinado mas no controle atrav s da avalia o do que ensinado A extens o da l gica de mercado educa o pr pria do neoliberalismo deslocou a preocupa o que havia no processo de aprendizagem para o resultado dele O Curriculum Nacional des
223. onstituir Servi os Especializados em Engenharia de Seguran a e em Medicina do Trabalho dever o exigir dos profissionais que os integram comprova o de que satisfazem os seguintes requisitos e T cnico de Seguran a do Trabalho t cnico portador de comprova o de Registro Profissional expedido pelo Minist rio do Trabalho 4 4 1 1 Em rela o s Categorias mencionadas nas al neas a e c observar se o disposto na Lei no 7 410 de 27 de novembro de 1985 4 8 O t cnico de seguran a do trabalho e o auxiliar de enfermagem do trabalho dever o dedicar oito oito horas por dia para as atividades dos Servi os Especializados em Engenharia de Seguran a e em Medicina do Trabalho de acordo com o estabelecido no Quadro Il anexo www mte gov br Observamos portanto que os segmentos empresariais de acordo com a legisla o devem ter um programa de seguran a do trabalho e consequentemente o t cnico de seguran a do trabalho em seu quadro de funcion rios sendo que o n mero de t cnicos dever ser dimensionado de acordo com o grau de risco representado pela atividade desenvolvida pela empresa A legisla o e a certifica o exigem das empresas especialmente de m dio e grande porte a contrata o dos profissionais de seguran a e consequentemente abrem s institui es de ensino a possibilidade de manter a forma o t cnica em seguran a do trabalho Nosso aluno sempre teve mais facilidade de conseguir empreg
224. or isso questiona Qual a legitimidade no uso de estruturas para falar de algo que ef mero incontrol vel ca tico e imprevis vel Qual o sentido em extrair conceitos atribuir classifica es e propor estruturas conceituais ao permanente devir cotidiano FERRA O 2008 p 23 Esteban 2003 analisa os riscos colocados pela pesquisa no do com o cotidiano considerando que nossas id ias s o tradu es do real n o os reflexos dele sendo por isso que A pesquisa no cotidiano nos conduz por um terreno movedi o h brido opaco cindido no qual estamos todos os sujeitos implicados na pesquisa deriva percorrendo portanto um caminho que se vai constituindo como o poss vel com riscos ESTEBAN apud FERRA O 2008 p 24 Com base nessas considera es podemos compreender que embora haja o entendimento dos riscos que uma metodologia no do com o cotidiano nos coloca h tamb m a possibilidade de condu o destas pesquisas de forma comprometida com os resultados e com o rigor no processo Uma metodologia de pesquisa no do com o cotidiano que n o objetiva limitar se an lise dos fen menos mas compreender a realidade busca avan ar nas teorias que a fundamentam superando modelos de pesquisa que se baseiam em pressupostos herdados da ci ncia moderna Conforme Ferra o 2008 coloca 63 Um dos aspectos compartilhados pelos pesquisadores diz respeito necessidade de rompimento com determinadas ama
225. ora j emenda O professor n o tinha planejado a aula n o sabia acaba que a gente fica ali vendo aquela confus o aquele transtorno na nossa frente imagina como fica o aluno Perde o professor e perde o aluno porque o professor fica na sala perdido n o tem conte do n o tem viv ncia do mercado que o que a gente est buscando ele faz a parte dele Tem professores que s o espec ficos da rea professor de Sinistros voc pergunta qualquer coisa da rea que ele vai saber o neg cio dele aquele ali Agora tem outros que est o ali tapando buraco que ficam ali enrolam procuram mudam de assunto sabe voc n o nota uma especializa o nele E quando o professor da rea que trabalha ou mesmo s da aula voc consegue notar isso quando ele d atividade de uma forma mais simplificada sem um monte de trabalho e prova uma ou duas aulas a gente consegue entender o que ele est querendo sem ter que for ar vai para casa l esta Norma Regulamentadora e depois d prova Eu n o sei se ele vai ouvir mas por exemplo a falta de est mulo dele t o grande que ele fez uma proposta pra gente no primeiro dia de aula Ele colocou no quadro assim gente o hor rio institucional 12 50 h Ele colocou 12 50 h 13 00 h 13 10h Eu proponho a voc s a gente come ar a aula 13 10h pra ter mais ibope mais gente pra eu dar aula Eu n o queria come ar 12 50 h porque ningu m chega nesse hor rio A eu levantei a m o e
226. os daqui Por outro lado a forma como o curso foi concebido lendo o projeto do curso a gente entende que h um objetivo s que devido esses m dulo serem separados eles deram os nomes de b sico e b sico Il preven o de acidentes e higiene S que a higiene a base do curso que abranger quais s o os riscos da atividade laboral e toda essa parte profunda dada no ltimo m dulo mas se o professor que for dar essa fundamenta o no primeiro fazer tamb m uma rela o de interdisciplinaridade com os outros professores d para gente minimizar este problema sem mexer na grade do curso Tem um objetivo o curso assim s que a gente entra e ningu m fala nada Ent o teria que algu m coordenar isso realmente e dizer como realmente A uma coisa que eu achava que era uma falha quando li o projeto vi que n o era uma falha porque o projeto foi concebido e tem objetivos A eu explicando ao aluno que o profissional tem que ter um conhecimento multidisciplinar tem que ser pr ativo a eu falei voc sabe que o acidente do trabalho agora crime e eles disseram que n o viram isso A eu perguntei voc s fizeram direito do trabalho N s fizemos direito da fam lia Curr culo um curr culo da rea de seguran a completo da rea de seguran a A gente estava questionando o posicionamento da grade mas em fun o disso que eu estou te falando ser que n o valeria a pena a gente sentar e ver os programas da di
227. otidiano vieram contribuir para um resgate das discuss es sobre os saberes negligenciados pela modernidade senso comum quando de sua necessidade em firmar a ci ncia como a nica verdade O saber cient fico dominante com sua caracter stica de privilegiar os elementos control veis e 54 quantific veis negou os aspectos n o control veis e n o quantific veis da vida cotidiana ou seja desprezou os aspectos qualitativos da realidade ALVES E OLIVEIRA apud LOPES MACEDO 2002 Pensar o cotidiano considerando somente os aspectos que o pensamento cient fico valoriza reduzi lo a uma simples rotina de atividades normatizadas reguladas sem vida Entretanto se o considerarmos como espa o de vida veremos que o que faz a diferen a nestas atividades rotineiras n o s o as tarefas em si mas o modo de execu o e as pessoas que executam Se entretanto recuperamos da nossa vida os aspectos singulares e qualitativos dessas pr ticas aparentemente repetidas ad infinitum vamos nos dar conta de que na forma de fazer cada uma dessas atividades nunca h repeti o ALVES E OLIVEIRA apud LOPES MACEDO 2002 p 68 85 Para tanto preciso nos desvencilhar dos saberes apreendidos com a modernidade sem neg los porque eles fazem parte de nossa forma o enquanto indiv duos mas entendendo que estes saberes desconsideram os conhecimentos oriundos dos cotidianos vividos o primeiro movimento necess rio para
228. ovimentos aponta a sua dificuldade inicial de superar o anteriormente aprendido e encarnado modo de pensar e fazer ci ncia para conseguir fazer pesquisa no cotidiano Al m disso h a compreens o da necessidade de se trabalhar com a d vida e a incerteza permanentemente A autora destaca quatro movimentos necess rios pesquisa nos dos com os cotidianos a saber 1 O sentimento do mundo em que preciso mergulhar com todos os sentidos no que se almeja estudar tendo um olhar mais amplo em rela o realidade definida pelo pensamento moderno Olhar despido de preconceitos ou julgamentos a priori e olhar al m daquilo que se apresenta Virar de ponta cabe a em que preciso ver como limite e n o s como apoio o conjunto de teorias categorias e conceitos herdados das ci ncias para compreender as l gicas de tessitura dos conhecimentos nos cotidianos 66 3 Beber em todas as fontes em que preciso ampliar o conceito de fonte incorporando tudo o que antes era visto como dispens vel relatos fotografias arquivos escritos considerando a heterogeneidade dos praticantes do cotidiano 4 Narrar a vida e literaturizar a ci ncia em que preciso buscar uma nova maneira de escrever o que se quer falar para ser entendido por todos especialmente os praticantes do cotidiano ALVES OLIVEIRA 2008 p 42 grifo nosso Alves levanta a discuss o sobre tais movimentos destacando qu
229. para poder estruturar o PCMAT que um documento de gerenciamento de riscos para obras civis Da forma como est atualmente a minha disciplina vem antes de riscos qu micos ent o eles n o tem base 168 de medi o para poder fazer o meu PCMAT ent o eles fazem o PCMAT de uma forma qualitativa e n o quantitativa Como percebe o curr culo do curso Eu tenho percebido da seguinte forma desde que eu entrei na institui o dia 05 10 2004 n s seguimos o mesmo curr culo o mesmo conte do program tico de todas as disciplinas daquela poca at agora e neste meio tempo n s n o nos reunimos ainda para tentar que se modificasse uma ou outra disciplina no caso alguma disciplina que poderia ser inserida outra que poderia ser retirada como a inser o de reda o t cnico ingl s t cnico que seria uma outra disciplina interessante para se inserir num curso t cnico de seguran a do trabalho porque volta e meio o t cnico de seguran a ele pode estar s voltas com um manual t cnico em l ngua inglesa e na hora de traduzir este manual que seria interessante conhecimentos b sicos de ingl s t cnico por exemplo E eu vejo por um outro lado tamb m como eu j disse anteriormente a coloca o de certas disciplinas nos diferentes m dulos do curso que uma outra discuss o quem n s temos que ter em nossa coordena o at agora ela n o foi feita ainda mas h um planejamento e h quase que uma consci ncia coletiva den
230. perfil do egresso etc comp em o planejamento curricular O autor est se referindo a uma nova abordagem de educa o articulada estrutura econ mica A l gica interna do curricular preocupou se com o desenvolvimento de habilidades t cnico profissionais requeridas pela incorpora o do sujeito ao mercado de trabalho em detrimento de uma forma o mais ampla O controle como determina o exata do conte do a ser ensinado o comportamento conduta que se deseja obter da necessidade por satisfazer converte se no eixo desta problem tica DIAZ BARRIGA apud TERIGI 1976 p 168 A impossibilidade de se encontrar verdades quanto s origens da terminologia conduziu a autora a falar de pontos de emerg ncia A id ia de pontos de emerg ncia al m de enfatizar o componente de irrup o tem outro matiz que interessa destacar nada diz sobre a origem nem sobre o destino daquilo que irrompe N o tra a nenhum caminho n o nos diz de onde vem nem em que devir Est portanto aberta conting ncia TERIGI 1976 p 170 Assim poss vel percebermos nas conceitua es dos te ricos acerca dos sentidos do curriculum que o elemento prescri o sobre o ensino est presente em boa parte delas Eggleston por exemplo ao discutir a emerg ncia do termo numa perspectiva sociol gica afirma que Ao curr culo interessa a apresenta o do conhecimento e compreende uma pauta instrumental e express
231. pliar nossa percep o acerca das tentativas de supera o do que estava determinado Para alcan armos este prop sito a metodologia de pesquisa no do com o cotidiano nos ajudou enormemente Passamos a entender que s poss vel ao pesquisador apreender o m ximo dos sentidos presentes no cotidiano de pesquisa se estiver presente e participar dessa viv ncia Assim poder perceber com todos os sentidos os movimentos que nele se passam Os sujeitos praticantes do cotidiano e tamb m participantes da pesquisa contribu ram significativamente com suas viv ncias no curso e expressaram sua expectativa de que os resultados pudessem de alguma maneira contribuir para o melhoramento das pr ticas realizadas no curso Mesmo aqueles que n o estariam mais na Institui o para participar das poss veis mudan as participaram ativamente como forma de deixar sua contribui o queles que viriam ap s eles Houve tamb m quem imprimisse certa dificuldade em rela o aos agendamentos das entrevistas muito mais em fun o de n o conseguirem um espa o em suas agendas do que pela recusa em participar As quest es formuladas para as entrevistas visavam apreender ao m ximo as pr ticas que se davam no cotidiano do curso porque entendemos como P rez e Azevedo que A pesquisa com o cotidiano uma pesquisa feita de hist rias Na pesquisa com o cotidiano a pr tica tem centralidade Tomar a pr tica como centralidade colocar no centro do d
232. por n o conhecerem outras propostas Eles t m na organiza o atual uma boa refer ncia que precisa apenas ser atualizada e talvez rearrumada como poderemos observar nas sugest es que foram dadas O que mais nos tem preocupado em rela o aos processos de avalia o docente a perda de interesse dos alunos em aproveitar esta ferramenta como uma oportunidade de discutir o que precisa ser melhorado no curso Quando promovemos este momento no decorrer do m dulo almejamos dar esta oportunidade aos alunos mas com o passar dos m dulos quando chegamos a este momento os alunos respiram fundo alguns saem da sala outros permanecem mas n o participam outros ironizam e ridicularizam o processo e outros at participam mas n o usam de honestidade ao responderem s quest es Ent o nossa atitude tem sido tentar trazer de volta argumentos que possam mostrar a eles que vale a pena usar bem a oportunidade Procuro deixar claro que embora n o possamos garantir todas as mudan as sugeridas continua sendo importante deixar registrado o que nos incomoda bem como o que consideramos positivo no curso afinal estes registros t m um poder especial para impulsionar mudan as A busca pela pesquisa nos dos com os cotidianos como alternativa para superar os problemas encontrados com a utiliza o dos modelos formais de avalia o revelou se como uma possibilidade de um maior envolvimento com os sujeitos praticantes do cotidiano do c
233. professores deveriam cobrar mais os alunos porque todos que entram aqui s o capacitados n o qualquer um que vai entrar aqui ent o o aluno deve ser cobrado aluno Geraldo Quando eu fiquei sabendo que passei no Cefetes nossa vou estudar no Cefetes nome meu Deus achei que fosse ficar aqui o dia inteiro estudando e n o isso n o t o cobrado mas eu esperava mais coisas do curso aluna Luciana Eu acho assim aluno sendo bom ou ruim se voc n o cobrar ter prova ter trabalho ter mat ria ele n o vai chegar em casa abrir a NR e ler a NR toda porque ele bom aluno A gente espera ser cobrado pra estar correndo atr s ter prova pra ver o que a gente aprendeu aluno Geraldo Analisando o depoimento citado a partir do cen rio apresentado nesta pesquisa poder amos destacar alguns ind cios que explicam o ponto de vista deste grupo de alunos colocando o professor como o respons vel pelo seu desenvolvimento intelectual Segundo os alunos autores das refer ncias acima preciso que o professor assuma uma atitude de cobran a em rela o ao aluno para que este cumpra com suas obriga es escolares Para eles o aluno que cobrado corresponde muito melhor s solicita es do professor 30 Considerando essa impossibilidade de captar o real enquanto tal Ginzburg 1989 nos remete necessidade de trabalhar sobre os ind cios que ele apresenta OLIVEIRA 2005 p 85
234. quando chega no 4 m dulo vemos as disciplinas mais espec ficas Jussara Todas as mat rias dadas s o muito importantes muito necess rias mas todas elas tinham que ter um v nculo muito forte com seguran a do trabalho vis vel porque tem certas mat rias que n s temos que falam sobre um assunto mas eles n o envolvem a seguran a do trabalho ele um assunto isolado parte n s temos que ou perguntar ou imaginar qual a rela o daquilo com o ambiente do trabalho v rias mat rias o pessoal da turma reparou isso essa n o rela o da mat ria com seguran a do trabalho Isso eu achei muito errado porque tem certas coisas que a gente j aprendeu no ensino m dio e est sendo passado a mesma coisa sendo que a gente j aprendeu e sem aquele v nculo com a seguran a do trabalho eu acho que isso deveria ter em todas as mat rias essa rela o com seguran a do trabalho Eu acho tamb m em rela o s aulas muito cansativo somente aula te rica Todos somos estudantes e n s sabemos que cansativo demais ficar sentado na cadeira e ficar ouvindo imposs vel para o ser humano captar tudo aquilo que o professor est falando falando falando durante aquelas quase tr s horas de aula que a gente j chegou a ter imposs vel o aluno prender a aten o dele no professor durante essas tr s aulas de aula ent o outro ponto muito importante dinamizar as aulas ent o como a Mar lia falou mostrar o que a gente vai faz
235. r rio do modelo taylorista fordista que buscava um trabalhador especialista 124 O curr culo neste novo contexto tamb m sofre reformula es uma vez que a cren a na quantidade de informa es para determinar o conhecimento repensada com o advento da politecnia A politecnia sup e portanto uma nova forma de integra o entre os v rios conhecimentos atrav s do estabelecimento de ricas e variadas rela es as quais quebram os bloqueios artificiais que transformam as disciplinas em compartimentos espec ficos express o da fragmenta o da ci ncia KUENZER apud FERRETI 2005 pag 89 Diferentemente da polival ncia que implica ampliar a capacidade do trabalhador na aplica o de tecnologias sem que haja a preocupa o com a articula o de saberes e com a compreens o da totalidade a politecnia busca superar a vis o fragmentada do conhecimento possibilitando a recomposi o de tarefas de modo criativo e cr tico Nesta concep o evidencia se que conhecer a totalidade n o dominar todos os fatos mas as rela es entre eles sempre reconstru das no movimento da hist ria KUENZER apud FERRETI 2005 p 89 A an lise que se pode fazer deste novo conceito na pr tica resulta no entendimento de que n o poss vel sua aplica o sem que haja a supera o hist rica da divis o entre capital e trabalho que tem suas bases no regime de acumula o capitalista A acumula o flex vel acentua a divis o
236. r l fora porque no primeiro m dulo s o os fundamentos ainda no segundo vamos come ar a mexer ainda praticamente a gente quase n o vai ter condi o de pegar um est gio para pegar com firmeza Quest es A gente tem discutido bastante desde a poca do ensino m dio a gente tem visto bastante sobre sa de higiene direito as leis as Normas Regulamentadoras sistema de gest o a gente tem visto bastante de l pra c nessa rea de seguran a mas v o colocando aos poucos a mat ria pra gente 188 Rela o com o mercado de trabalho No aspecto econ mico tem muita gente que fala que dif cil conseguir est gio nesta rea mas eu acredito que pra frente vai melhorar Hoje as pessoas falam que eu n o tenho est gio mas ao mesmo tempo eles falam que eu estou na melhor escola Ent o se eu estou na melhor escola vou estar primeiro que os outros Se a oportunidade de est gio aparecer vai ser para os alunos do CEFETES Quando eu entrei aqui n o ouvia falar muito sobre palestras feiras sobre seguran a do trabalho hoje o neg cio est crescendo Quase toda semana tem um evento semin rio palestra alguma coisa pra fazer referente seguran a do trabalho Os professores falam com a gente sobre isso 3 Geila Luciana Impress es Geila Hoje em dia tenho uma impress o completamente diferente de quando entrei eu tinha outras expectativas n o s referente ao mercado de trabalho Porque a gente entrou aq
237. r melhorias sugest es de melhorias di rias de ambientes de trabalho e fazer o controle e o monitoramento dessas reas permanentemente Quest es a serem discutidas De repente n s poder amos discutir a inser o ou n o de uma ou outra disciplina por exemplo reda o t cnica que eu acho b sico O nosso profissional um profissional dissertativo Ele tem que se reportar sua chefia imediata de forma dissertativa E infelizmente a maioria dos nossos alunos n o gosta de quest es dissertativas Eu por exemplo sou um professor que dou mais valor a esse tipo de quest o mas o aluno n o gosta muito porque a maioria escreve pouco devido tamb m a que o n vel de leitura deles tamb m baixo eles l em pouco todo aluno que l pouco acaba escrevendo pouco tamb m ou ent o n o sabendo escrever ent o uma coisa gera a outra um problema gera o outro mas disciplinas como reda o t cnica que uma coloca o de certas disciplinas na grade curricular do curso como um todo isso pode ser modificado por exemplo a minha disciplina Seguran a na constru o civil e minera o ela pode ser colocada por exemplo depois de Riscos qu micos porque em Riscos qu micos os alunos aprendem como medir como fazer um PPRA em cima de agentes qu micos produtos qu micos gases vapores e tudo que envolve o processo qu mico e na minha disciplina eles j teriam o conhecimento b sico destas medi es
238. ra o hor rio ent o s o pontua es que eu acho que fragiliza professor Os alunos gostariam de sentir o professor mais entusiasmado com o ensino mais exigente com eles solicitando e cobrando resultado mas a mensagem que v em o professor transmitindo o cumprimento de uma obriga o com a Institui o somente Eu acho assim aluno sendo bom ou ruim se voc n o cobrar ter prova ter trabalho ter mat ria ele n o vai chegar em casa abrir a NR e ler toda porque ele bom aluno Tem muitos alunos que fazem isso mas quem vai chegar em casa e estudar correr atr s de mat rias que o professor n o passa esperando que ele pode cobrar A gente espera ser cobrado pra estar correndo atr s ter prova pra ver o que a gente aprendeu aluno Geraldo Por outro lado alguns professores se queixam dos alunos no mesmo sentido N o entendem porque alguns alunos ou para alguns professores a maioria dos alunos se candidatam a uma vaga no turno vespertino do Curso de Seguran a se na verdade a forma o t cnica na rea n o seu interesse Alguns professores dizem n o sentir est mulo no preparo das aulas e na pr tica delas porque de antem o sabem o que v o encontrar pela frente alunos que conversam em paralelo e em demasia n o permanecem na sala de aula atendem o telefone celular a todo momento sem nenhum crit rio n o os respeitam como professores e muito menos aos colegas Professores e alunos do curso d
239. ra sua implanta o o perfil de forma o profissional a matriz curricular as ementas dos componentes curriculares a organiza o did tico pedag gica o sistema de avalia o o quadro de professores e sua respectiva titula o a forma de 15 Nesse sentido pensamos na possibilidade de nossa disserta o de mestrado contribuir com discuss es problematiza es e sugest es para a pr xima revis o do referido curso 24 ingresso as diretrizes para o est gio as atividades complementares e os recursos f sicos necess rios ao curso A recomenda o tanto do Regulamento da Organiza o Did tica quanto da escola em rela o atualiza o dos conte dos a cada semestre nem sempre pode ser atendida uma vez que envolvidos com as atividades di rias de acompanhamento dos cursos e considerando o per odo letivo de aproximadamente quatro meses acabamos n o tendo tempo h bil para reunirmos os professores e discutirmos a atualiza o das ementas como se faz necess rio Esta atividade acaba ficando em segundo plano porque demanda mais tempo e algumas vezes encontramos tamb m dificuldades para agendamento com alguns professores Outro aspecto importante relacionado an lise e atualiza o dos projetos a contribui o dos alunos por meio de sugest es de melhoria Normalmente eles questionam as normas do regulamento da organiza o did tica bem como alguns aspectos da matriz curricular dos cursos a sa
240. ra uso em apresenta es Tratamento de Informa es t cnicas Risco no trabalho T cnicas de estrutura o de campanhas cursos e palestras educativas sobre seguran a do trabalho Guia de interven o em sa de e seguran a do trabalho Teoria de risco e perigo 151 Caracter stica de processo de trabalho T cnicas de identifica o e an lise de risco T cnicas de preven o e controle de perdas T cnicas de vulnerabilidade de pessoas e instala es M todo e t cnicas de pesquisa Processo de confiabilidade de equipamentos e pessoas Desenho T cnico Fundamentos de eletricidade mec nica materiais e constru o civil M dulo 3 1 Preven o de Acidentes M dulo 3 1 Preven o de Acidente Disciplinas C H Aulas Semestre Aulas Semana Seguran a do Trabalho na 48 64 04 Constru o Civil e Minera o Seguran a do Trabalho na Atividade 48 64 04 Industrial Seguran a do Trabalho na Atividade 48 64 04 de Transporte Seguran a do Trabalho na Atividade 24 32 02 Rural Projetos e Instala es Aplicados 48 64 04 Preven o e Controle de Sinistro 48 64 04 Sistema de Gest o de Seguran a e 36 48 03 Sa de do Trabalho Total 300 400 25 152 Compet ncias Identificar e monitorar a prote o ativa existente na empresa e reconhecer as caracter sticas da prote o passiva Dimensionar a quantidade necess ria de
241. rabalho abrange muito s o as normas regulamentadoras que est o inclusas em todas as disciplinas Cada disciplina tem uma Norma Regulamentadora espec fica e acho importante ver as normas que voc vai aplicar No curr culo acho que o ingl s que Adriana falou importante mas voc tem a possibilidade de fazer por fora Em rela o matriz curricular est tranquilo isso mesmo Adriana O ingl s eu acho importante porque outros cursos t m e porque o de seguran a n o Quest es Elaine as aulas poderiam ser mais din micas Ter um laborat rio espec fico de cada disciplina Por exemplo as aulas de metalurgia se fossem no laborat rio ver amos na pr tica como funciona sen o fica s naquela teoria Outra coisa tamb m o mesmo professor dando aula de v rias mat rias Acho que isso atrapalha um pouco porque cada professor tem seu m todo cada mat ria tem m todo diferente ent o se o professor der v rias disciplinas como a gente tem o mesmo m todo fica cansativo porque voc j est acostumado o professor at bom mas voc cansa de ver a cara da mesma pessoa tantas vezes N s temos 8 mat rias ent o dever amos ter 8 professores diferentes Adriana Eu concordo com ela D muito sono Igual segunda feira tivemos seis aulas com data show Com professores diferentes mas cansativo O pessoal da tarde tem dificuldade de estagiar por causa do hor rio Se houvesse uma mudan a acho quem ajudaria
242. recionadas para esta pr tica isso tamb m n o acontece somente no quarto e ltimo m dulo que os alunos v em enfim as disciplinas t o esperadas por eles mas a este tempo muitos j est o desmotivados com o curso Sobre as disciplinas do quarto m dulo um aluno disse Acrescentaria para minha forma o no es de primeiros socorros aluna Luciana A forma como a matriz do curso est estruturada constantemente questionada pelos alunos que percebem claramente como isso causa o desinteresse no curso Como alternativa sugeriu se uma reorganiza o das disciplinas na matriz deixando de concentrar as mais focadas na seguran a no ltimo m dulo e trazendo mais para o final as disciplinas como psicologia e administra o que segundo os pr prios alunos seriam mais bem aproveitadas se eles j tivessem um conhecimento preliminar dos assuntos tratados nas disciplinas espec ficas do curso Para este desgaste do interesse nas aulas sofrido aos poucos ao longo do curso alguns fatores foram apontados tais como a desatualiza o do curso e do curr culo a aus ncia de material did tico desenvolvido exclusivamente para o curso o desinteresse demonstrado por alguns docentes a sobrecarga colocada sobre o professor quando lhe s o designadas at quatro disciplinas a serem ministradas numa mesma turma sobrecarregando por conseguinte os alunos o n o aproveitamento dos professores nas disciplinas cujos conte dos sejam d
243. responsabilizando professores e alunos por falhas na aplica o dos referidos recursos ALVES E OLIVEIRA apud LOPES MACEDO 2002 p 80 O entendimento de que o mundo da escola estava separado do mundo real no campo de estudos do cotidiano incoerentemente permitia s autoridades inserir na escola de forma desarticulada recursos que sequer poderiam ser utilizados pelo desconhecimento do que se passava dentro dela e de suas reais necessidades Em Uma entrevista imagin ria conversas com cientistas Alves 2006 procura entender a partir do di logo com diferentes autores a situa o das escolas e seus praticantes No di logo que estabelece com Certeau 1994 assim se expressou 53 S aos que t m espa os pr prios em geral colocados em lugares fora e acima das escolas poss vel pensar e agir estrategicamente Por isto s a estes sujeitos de querer e poder poss vel desenvolver projetos e propostas pedag gicas e curriculares gerais estrat gias s quais segundo a vis o desses sujeitos os outros os sujeitos dos cotidianos escolares devem se adaptar Por isto mesmo digo que injusto e equivocado exigir desses ltimos propostas articuladas e globalizantes que o que costumam fazer as chamadas autoridades educacionais quando encontram oposi o aos seus projetos que s o eles sim sempre articulados e generalizantes ALVES 2006 p 38 As pesquisas de Stake 1983 que discut
244. riana e Elaine Impress es Elaine Eu entrei aqui sem saber bem como funcionava o curso de seguran a do trabalho n o sabia para que servia na verdade Entrando no curso fui descobrindo a import ncia de estar na empresa prevenindo acidentes e analisando a matriz curricular e vendo os cursos superiores porque eu pretendo fazer engenharia d muito pra voc aproveitar a matriz curricular desse curso num curso de engenharia por exemplo E uma experi ncia de vida que voc tem por mais que voc n o utilize tudo porque talvez voc escolha uma rea da seguran a do trabalho que voc n o vai precisar usar tudo o que voc aprendeu no curso mas voc estar aprendendo uma experi ncia de vida Adriana Eu acho que a grade curricular o que poderiam incluir O Ingl s acho que seria importante E no restante acho que o que conta muito s o os professores Eu ca meio de p ra quedas N o sabia o que o profissional de seguran a faz e fui come ando a perceber no m dio e depois chegando ao t cnico eu me assustei um pouquinho cheguei ao ponto de querer desistir s que agora eu estou me reanimando comecei a estagiar depois comecei a ver n o s a teoria mas a praticar alguma coisa estou mais animada 192 Curr culo Elaine Eu acho que tudo que vi at aqui de disciplinas vai ser aplicado na seguran a no curso que a gente est aprendendo Uma coisa que muito importante que o curso de seguran a do t
245. rimento das ementas 82 e o alcance do objetivo de forma o do curso com sua natureza t cnica Junto a este entendimento da natureza t cnica do curso veio a preocupa o com o aprofundamento das discuss es Alguns alunos viam como desnecess rio o aprofundamento das discuss es sob o argumento de que o curso visava formar o t cnico e n o o especialista Outra reivindica o dos alunos era a aplicabilidade dos conte dos estudados Eles entendiam que em um curso t cnico al m do direcionamento para os objetivos de forma o havia a necessidade de que os conte dos trabalhados estivessem diretamente focados naquilo que eles teriam que usar na pr tica ou seja que o curso os instrumentalizasse para o exerc cio da profiss o de t cnico A atualiza o das ementas das disciplinas e a reestrutura o da matriz curricular tamb m eram preocupa es dos alunos Em ocasi o anterior no ano de 2007 uma comiss o composta por professores das unidades de Vit ria e Colatina e da qual tamb m faz amos parte designada por uma Portaria iniciou um processo de discuss o quanto reestrutura o curricular do curso t cnico de seguran a do trabalho na modalidade subsequente que n o finalizou o trabalho por quest es de incompatibilidade de tempo Essas discuss es foram fomentadas tamb m pelas solicita es recorrentes dos alunos quanto necessidade de revis o da matriz curricular do curso Embora n o estivesse na agenda
246. rograma o justamente tentando enxergar como a gente pode transformar aquele conte do te rico tamb m num conte do pr tico E isso que faz muitas vezes que o aluno tenha maior ou 181 menor aceita o de uma determinada disciplina porque a vida dele nos locais de trabalho muitas vezes acaba sendo a realiza o da t cnica com a pr tica Ent o eu tenho que tentar o m ximo poss vel inserir um pouco de pr tica nesse conte do que no momento t o te rico Ent o quando eu fa o isso eu percebo que come a a ter uma maior aceita o desse aluno maior interesse come a a gerar questionamentos as d vidas porque n s temos duas realidades no curso t cnico o aluno do dia e da noite O aluno da noite como ele muitas vezes o aluno que trabalha ele j tem uma s rie de experi ncias vividas fora da escola que quando o professor coloca um conte do que n o condiz com a realidade de vida j come a a gerar d vidas questionamentos ele enriquece a aula O aluno do dia mais jovem muitos deles ainda n o trabalham ent o a informa o informa o pela informa o ele ainda n o tem elementos para fazer questionamentos para enriquecer as aulas para saber os problemas que vir o ali ent o percebendo isso o que a gente faz os questionamentos que n o s o colocados pelos alunos eu tenho que colocar o tempo todo para que ele verifique que aquela mat ria n o escrita pela escrita mas eu trabalho a problemati
247. rojeto flex vel que permanece aberto s discuss es Ou segundo Pacheco 3 Trivium e Quadrivium s o concep es de organiza o das disciplinas curriculares Trivium Gram tica Ret rica e Dial tica e Quadrivium Aritm tica Geometria M sica e Astronomia 50 como um todo organizado em fun o dos prop sitos educativos e de saberes atitudes cren as e valores que os intervenientes curriculares trazem consigo e que realizam no contexto das experi ncias e dos processos de aprendizagem formais e ou informais PACHECO 2005 p 33 O significado da experi ncia como elemento que determina o curr culo bem como sua determina o como sendo um curso de estudos podem ser consideradas na tentativa de pensar o curr culo Para o autor n o poss vel defini lo devido ambiguidade e complexidade que o termo apresenta Trata se de um conceito que n o tem um sentido un voco pois se situa na diversidade de fun es e de conceitos em fun o das perspectivas que se adotam o que vem a traduzir se por vezes em alguma imprecis o acerca da natureza e mbito do curr culo PACHECO 2005 p 34 H muitas quest es a serem respondidas cujas respostas s o diferentes impossibilitando o consenso acerca do conceito de curr culo Alguns dualismos s o apontados para serem observados buscando a sistematiza o de poss veis respostas indaga o o que curr culo O curr culo deve propor o que se
248. rras do modelo cartesiano de pesquisa entre os quais destacamos a dicotomias sujeito objeto e teoria pr tica a busca pela objetividade e neutralidade do conhecimento a nfase nas quantifica es dos processos com vistas a uma dimens o de cientificidade e a an lise da realidade pautada em princ pios de hierarquia linearidade causalidade e classifica o entre outros FERRA O 2008 p 26 Outra preocupa o trazida por Esteban 2003 se refere complexidade do cotidiano escolar A autora indaga sobre qual seria a maneira de se conduzir uma pesquisa frente a esta complexidade uma vez que h muitos caminhos poss veis um mesmo processo coletivo pode dar margem a diferentes procedimentos individuais marcados pela singularidade das experi ncias FERRA O 2008 p 25 exatamente nesta complexidade cotidiana que reside a riqueza de estudos com os cotidianos pois nessa perspectiva n o se busca um nico modelo de pesquisa mas alternativas e possibilidades a for a do campo est exatamente em seus m ltiplos processos de diferencia o e negocia o de sentidos e n o na busca por um manual de como fazer FERRA O 2008 p 5 Pensando nisso Ferra o 2008 nos chama aten o para o fato de que situar a pesquisa nas singularidades dos acontecimentos e sujeitos cotidianos n o significa reduzir a complexidade das quest es que perpassam o curr culo nas escolas Por isso preciso qu
249. rsas esferas da vida mas tamb m entre essas e as esferas da m dia e da pequena escala que precisamos nos situar OLIVEIRA 2005 p 62 Partindo das regularidades e perman ncias captadas nos estudos globalizantes realizados atrav s de mapas em pequena escala podemos construir os modelos mas os modos como as realidades locais expressam as normas e as modificam pelas suas especificidades s podem ser compreendidos se descemos s singularidades s percept veis nos mapas em grande escala Mais que isso acredito que estudar o cotidiano contribui para a compreens o do processo atrav s do qual os aspectos comuns compartilhados por pr ticas sempre distintas s o transformados pelas exig ncias de organiza o e de busca de regularidades colocadas pelo pensamento totalizante em modelos constitu dos pelos pontos de interse o nos conjuntos das pr ticas OLIVEIRA 2008 p 57 58 grifo nosso Num esbo o da proposta de metodologia de pesquisa no cotidiano estudado em meio s redes de fazeressaberes Ferra o 2008 relaciona alguns aspectos que devem ser observados a saber e A busca do pesquisador precisa estar direcionada para a produ o de dados junto ao cotidiano pesquisado vivenciando com os sujeitos os processos de negocia o os usos as narrativas as tradu es e O entendimento da id ia de redes de fazeressaberes como o pr prio cotidiano Ou seja desqualificar a id ia de que elas precisam
250. s ainda hoje uma vez que centralizou se na defini o e avalia o do conhecimento examin vel GOODSON 1995 p 35 36 Dessa centraliza o resultou a preocupa o das escolas secund rias com as mat rias acad micas As juntas examinadoras das universidades exerceram grande influ ncia no curr culo a partir da nfase nas mat rias de prova A introdu o do Certificado Geral de Educa o no ano de 1951 fez com que as mat rias que n o eram consideradas principais fossem dadas separadamente uma vez que elas n o deveriam entrar no certificado a introdu o do n vel A aumentou a especializa o das mat rias e acentuou a liga o entre exames acad micos e disciplinas universit rias As mat rias acad micas que predominavam nos exames de n vel O e em especial nos de n vel A estavam ent o estreitamente vinculadas s defini es universit rias As mat rias acad micas que requeriam forte vincula o com as disciplinas universit rias destinavam se aos alunos aptos GOODSON 1995 p 36 O atendimento aos alunos considerados aptos exigia uma diferencia o em rela o aos recursos empregados em sua escolariza o desde um corpo docente melhor remunerado e em maior n mero at maiores investimentos financeiros em equipamentos e livros BYRNE apud GOODSON 1995 A l gica de diferencia o entre alunos aptos e os outros alunos passou a central
251. s as dificuldades que o aluno encontrar no trabalho para lidar com as diferen as entre as pessoas Este um conhecimento ali s que ele levar para a vida professor D uma experi ncia de vida que voc tem por mais que voc n o utilize tudo porque talvez voc escolha uma rea da seguran a do trabalho que voc n o vai precisar usar tudo o que voc aprendeu no curso mas voc estar aprendendo uma experi ncia de vida aluna Elaine Mais uma vez percebe se a refer ncia no desenvolvimento de habilidades como condi o necess ria forma o do profissional Acreditamos que essa tend ncia percebida nos depoimentos dos professores quanto forma o baseada em compet ncias e habilidades descritas no projeto do curso que est em anexo tamb m refor ada pelos anos de contato com esse discurso e por isso mesmo acreditamos tamb m que o discurso foi encarnado mas n o necessariamente compreendido em sua ess ncia Cremos na possibilidade de que falar de uma forma o baseada em compet ncias e habilidades possa representar uma mera reprodu o de conceitos que n o foram de fato internalizados porque compreendidos e aceitos mas por for a da repeti o 11 Durante os estudos a partir das reflex es propostas j houve uma mudan a nos pr prios alunos sujeitos praticantes do cotidiano quando da compreens o dos princ pios que embasam a profiss o conforme se pode constatar ap s leitura dos seus depo
252. s os objetivos de quem os idealiza quais os caminhos metodol gicos que servir o como norteadores quais os fins a que se destinam A preocupa o primordial deve ser a garantia de espa os onde os sujeitos que estudamaprendem possam refletir discutir e produzir outros saberes sem perder de vista a concep o de uma forma o humana A no o de espa o aqui apresentada decorre da id ia de Michel de Certeau 1994 de entender espa o como lugar praticado pelos sujeitos ordin rios 20 Assim a presente pesquisa O curr culo realizado no curso de Seguran a do Trabalho do IFES Instituto Federal do Esp rito Santo Campus Vit ria pistas para o fortalecimento das redes de rela es solid rias tem como principal objetivo problematizar fragmentos das redes de saberesfazerespoderes tecidas pelos sujeitos praticantes nos cotidianos do referido curso buscando potencializar a amplia o e o fortalecimento de teoriaspr ticas que possam questionar rela es pautadas na l gica de competi o que tem caracterizado a sociedade contempor nea l gica essa que se vale em muitos momentos de princ pios de habilidades e compet ncias para a sua manuten o apostando nas rela es pautadas nos princ pios de solidariedade e do trabalho coletivo Assmann 1998 ao discutir os efeitos das mudan as que v m ocorrendo a partir da revolu o tecnol gica com a penetra o das Tecnologias da Informa o e Comunica
253. s perdendo se com isso a abrang ncia que poderia ser alcan ada Nesta abordagem pedag gica a busca de foco pode empobrecer o processo de aprendizagem do aluno uma vez que a dimens o instrumental conferida ao curr culo torna a sua forma o desarticulada por conta da tend ncia a especifica o e a prescri o al m de refor ar uma dimens o de forma o centrada na individualidade na competi o no cada um por si Na pedagogia das compet ncias onde o que importa aprender ao mesmo tempo os conte dos produzidos e os caminhos percorridos para produzi los como condi o para utiliz los e transform los coletivamente e assim reconstruir as rela es sociais passa a ser substitu do por comportamentos individuais e sociais desvinculados de conte dos e que a afetividade e a criatividade passam a ser racionalizadas o que definido socialmente aparece como resultado de a es individuais KUENZER 2007 p 21 Al m disso h a quest o da disciplinariza o dos conhecimentos impossibilitando o di logo entre as disciplinas A organiza o curricular por disciplinas acaba por distanciar os professores e dificultar o interc mbio de id ias Outra constata o relacionada ao emprego de um curr culo por compet ncias a busca de um estreitamento do v nculo da escola com a empresa reinteirando a id ia 122 de forma o para o mundo do trabalho Diferentemente do processo de qualifica o
254. scado auxiliar na avalia o do desempenho did tico dos candidatos especialmente tentando perceber o que despertou o interesse deles em ser professor do IFES Vit ria Nestes tr s anos tivemos boas e m s experi ncias com os professores tempor rios As boas experi ncias t m mostrado que h muito comprometimento com o trabalho demonstrado pelo atendimento s reuni es que s o convocadas pelo atendimento as solicita es que lhes s o feitas pelo constante di logo com o n cleo de gest o pedag gica al m de e principalmente por apresentarem grande coer ncia com o que ensinam A pr tica e a atualiza o s o o seu grande diferencial ficando os alunos muito satisfeitos As m s experi ncias ficam por conta da pouca participa o de alguns deles nas situa es aqui descritas uma vez que o trabalho externo s aulas no CEFETES s o sua prioridade Normalmente quando o professor tempor rio tem seu contrato conclu do os alunos manifestam preocupa o porque sabem da dificuldade que refazer o processo seletivo para novas contrata es Al m disso tamb m manifestam tristeza por n o poderem mais contar com a excelente contribui o do professor 111 Em rela o s observa es dos professores sobre os alunos tem sido destacada a quest o da pouca maturidade deles como um problema Eles entendem que muitas vezes a pouca maturidade dos alunos t m dificultado a compreens o dos princ pios b sicos da forma
255. sciplina e fizesse uma interdisciplinaridade real para que o aluno realmente visse o conte do necess rio para o m dulo seguinte Ent o sentar com os professores e discutir as nfases nos assuntos j que eles ser o repetidos Essa interdisciplinaridade que eu estou falando Tirar m ximo de proveito dos assuntos 179 Est faltando o aluno realizar e participar de eventos A parte de eventos levantar um semin rio de seguran a fazer uma SIPAT fazer um modelo simula o de como fazer uma elei o Isso ajudaria na forma o porque nosso aluno tem a dificuldade de est gio Ent o essa parte tem car ncia dessa parte pr tica Serviria para sensibilizar e definir a profiss o Quest es Eu colocaria apesar que a gente j tem essa preocupa o mas est solto que o t cnico de seguran a precisa sair preparado porque l fora o mercado est cobrando a multifuncionalidade dele Ent o o t cnico de seguran a precisa ter um bom conhecimento da rea ambiental e um com conhecimento da rea trabalhista a gente tem as disciplinas mas elas est o e da rea m dica tamb m que a parte da medicina do trabalho At o ano passado a gente tinha um problema porque o professor n o dava aula nenhuma a entrou uma professora que est dando aula s que precisa relacionar os efeitos dos riscos do trabalhador porque o aluno da seguran a n o vai ter a o m dica nenhuma mas precisa conhecer a parte aud
256. scutindo as raz es da educa o existir partindo de sua experi ncia no Chile coloca o dilema dos jovens quando precisam escolher entre se preparar para o mercado profissional que o que se espera deles ou seguir seus ideais de mudan a da ordem pol tico cultural imposta que tem gerado as desigualdades nas sociedades Seguindo nesta discuss o o autor mostra que este conflito acaba se desfazendo quando os jovens iniciam sua prepara o para o trabalho e entram num processo de nega o do outro a partir do discurso da livre competi o Para Maturana 1998 n o existe competi o sadia porque o ato de competir n o um fen meno da natureza biol gica do homem mas uma constru o cultural A competi o n o e nem pode ser sadia porque se constitui na nega o do outro A competi o sadia n o existe A competi o um fen meno cultural e humano e n o constitutivo do biol gico Como fen meno humano a competi o se constitui na nega o do outro MATURANA 1998 p 13 Penso que quando Paro 1999 coloca o trabalho n o alienado como centro na medida em que possibilita um bem viver ao homem sem consider lo como fim mas como meio e ainda quando afirma que para que o trabalho ofere a este bem viver ao homem este ter que ser baseado na colabora o ele se aproxima das id ias trazidas por Maturana 1998 Ambos os autores cada um sua maneira colocam a centralidade da rela o humana
257. se conhecer os nossos cotidianos de compreender que precisamos aceitar as tantas teorias aprendidas sobretudo como limite e n o s como potencialidade em nossas pesquisas na medida em que elas foram constru das negando a exist ncia desses cotidianos e dos conhecimentos que neles s o tecidos ALVES E OLIVEIRA apud LOPES MACEDO 2002 p 89 Para estudar o cotidiano preciso compreender que nossas cren as n o podem nos impedir de abrir as portas aprendizagem do novo de elementos que surgir o e n o far o parte do arcabou o que temos preciso olhar ouvir sentir livre de preconceitos preciso romper alguns dos n s cegos de nossas redes de saberes reguladores do que podemos perceber ALVES E OLIVEIRA apud LOPES MACEDO 2002 pag 91 Alves e Oliveira apud LOPES MACEDO 2002 destacam que necess rio romper com a tradi o simplista de se buscar os porqu s do suposto fracasso escolar 55 relacionando o inefic cia do saber dos professores e incapacidade dos alunos de aprender que caracterizariam o cotidiano das escolas Para as autoras as pesquisas devem evidenciar as potencialidades que emergem do cotidiano e as a es que s o praticadas pelos professores que t m levado seus alunos a aprenderem e que n o s o quantificadas pelas estat sticas Acreditam que talvez esta seja a quest o central a ser discutida nos estudos nos dos com os cotidianos voltados para os curr culos Assim co
258. sionais no ambiente de trabalho diretamente relacionada s suas atitudes junto s equipes e influenciada pelas suas condi es fisiol gicas psicol gicas e sociais Al m disso o enfoque no comportamento tinha como objetivo a mudan a das pr ticas n o condizentes com a filosofia de atendimento das empresas 7 Mais adiante retornarei a essa discuss o 8 A id ia de conscientiza o desenvolvida no contexto de forma o das empresas objetivava levar o empregado a compreender sua responsabilidade como agente de propaga o das id ias da empresa e do mercado partindo dos princ pios pertencentes cultura de cada uma delas diferentemente da id ia de Freire 2005 que entende a conscientiza o como um processo de liberta o do homem ao se descobrir a partir da sua intera o com o mundo e seus semelhantes problematizando e construindo respostas aos desafios que lhe s o colocados Mais adiante retornarei a essa discuss o 16 atendimento com excel ncia filosofia da qualidade total metodologia de gerenciamento do tempo das pessoas da rotina e de melhorias planejamento ferramentas da qualidade enfim v rias ferramentas que visavam contribuir com os parceiros para que os processos de trabalho caminhassem com qualidade Nos treinamentos meu trabalho era discutir os conceitos e quest es de cada ferramenta levando os participantes empregados a repensarem pr ticas e posturas e verificarem at que ponto estavam fazen
259. sobre o perfil da turma as poss veis dificuldades que possam estar apresentando os progressos do grupo e de igual modo possibilitar aos alunos apresentarem suas observa es acerca dos professores por interm dio dos representantes de turma Nem sempre poss vel garantir que essas avalia es aconte am num espa o de tempo adequado havendo em alguns momentos pouco aproveitamento delas N o temos uma nica metodologia de avalia o e n o utilizamos um formul rio nico no IFES Vit ria discutimos no n cleo pedag gico a possibilidade de cada pedagogo pedagoga utilizar o formul rio que entendesse ser o mais adequado ao seu curso Assim no Curso de Seguran a do Trabalho ainda n o fizemos op o por um formul rio de avalia o mas desde que assumimos o curso temos experimentado os modelos de que o n cleo pedag gico disp e As avalia es seguem basicamente duas linhas quantitativa e qualitativa sendo que na primeira utilizamos um question rio com quest es no qual o aluno assinala as op es sempre quase sempre nunca ou s vezes e ao final fazemos a tabula o dos pontos Na segunda utilizamos um formul rio no qual os alunos respondem quais os pontos positivos do professor e o que precisa ser melhorado por ele no trabalho que desenvolve Alguns colegas fazem o papel de mediador das discuss es dos alunos em sala de aula e eles mesmos preenchem o formul rio pela turma outros colegas preferem deixar que os
260. sorver mais estes alunos ou ent o vai ficar muito mais dif cil para eles porque v o ter que competir porque por enquanto eles est o com uma margem confort vel por serem alunos do CEFETES Agora vai chegar um determinado momento que se a gente n o priorizar a qualidade do conhecimento do aluno se a gente n o priorizar os conte dos eles v o 178 come ar a sentir dificuldade Os pr prios alunos dizem professor complicado l fora porque a gente percebe que muita coisa n o foi vista no curso Essa rela o da seguran a com o mercado de trabalho poderia ser mais estreitada se n s consegu ssemos fazer a semana da seguran a uma semana em que a gente pudesse trazer o pessoal das empresas para c os t cnicos para c porque queira ou n o essa rela o acaba sendo mais estreitada Ent o al m do aluno ouvir coisas novas n o s o que os professores aqui falam mas as pessoas de fora as pessoas que est o l na rea est o vivendo s o o dia a dia delas ao ouvir estas experi ncias e tamb m com a rela o com estas pessoas vai ajudar muito mais o aluno vai abrir mais possibilidades de est gios Ent o eu acho que seria fundamental a gente fazer a semana da seguran a do CEFETES 8 Professor H Impress es S o as melhores inclusive pelo respaldo que a institui o tem com o curso em todos os lugares na CST onde eu estava trabalhando por exemplo eles fizeram um processo seletivo e s chamou estagi ri
261. sos da Nova Sociologia da Educa o corrente de pensamento originada na Inglaterra que come ou a mostrar como o conte do cultural do curr culo estava vinculado s ideologias dos grupos dominantes Outras quest es sobre o curr culo come aram a emergir a partir das discuss es levantadas chegando se constata o de que para discutir curr culo era imprescind vel considerar as diferen as culturais Nos Estudos Culturais voltados para o curr culo n o se podem mais ignorar as diferen as culturais de g nero de ra a de cor sexo etc BERTICELLI 1998 p 173 Ambas as teorias cr ticas que debatiam no cen rio brasileiro na d cada de 80 Pedagogia Cr tico Social dos Conte dos e Pedagogia do Oprimido discutiram propostas de educa o embora tenham contribu do com os estudos sobre o curr culo Al m delas houve tamb m a introdu o do Construtivismo a partir dos estudos de Em lia Ferreiro e Ana Teberosky focalizando a quest o do conhecimento escolar 49 O curr culo est intimamente ligado s quest es culturais desde o momento que se faz a pergunta Curr culo para quem Afinal a quest o do curr culo a quest o central que diz respeito quilo que a escola faz e para quem faz ou deixa de fazer BERTICELLI 1998 p 174 A Nova Sociologia Educacional NSE introduziu nos debates curriculares o enfoque sociol gico gerando uma preocupa o com os problemas sociais e com os
262. spa os da escola 89 trabalho uma introdu o para os alunos vindo logo no in cio no primeiro m dulo professor C Uma forma o profissional para o mundo do trabalho mais solid ria aposta desse trabalho encontra apoio em vis es como a citada acima externalizadas pela professora que aqui chamamos C dentre outras Mesmo diante de um quadro que nem sempre se mostra promissor se considerarmos o atendimento s necessidades e expectativas dos sujeitos praticantes do cotidiano podemos perceber com certo entusiasmo que existe pot ncia em meio s redes tecidas sinalizando possibilidades de mudan as Segundo Prigogine e Stengers 1991 tomados como base para um projeto de monitoria de alunos da geografia denominado Viol ncia das escolas educando para a sensibilidade embora a fragmenta o da modernidade tenha causado rupturas nas sociedades especialmente no que tange s rela es entre os homens podemos visualizar um presente futuro marcado pela retomada dessas rela es pelo desenvolvimento de pr ticas mais solid rias Em Maturana 1999 temos que essas vis es marcadas pelo paradigma da modernidade acabam por impedir que se reconhe a a solidariedade como a principal caracter stica da humanidade Segundo ele cada ser humano precisa estar conectado na rede tanto consigo mesmo auto estima quanto com os outros e com o ambiente amor solidariedade Quando isso n o acontece como se houvesse um
263. sujeitos Acreditamos que a vis o de forma o profissional dos alunos deva ir al m da vis o que hoje o enfoque do curso H uma preocupa o com a forma o t cnico profissionalizante de qualidade objetivo da Institui o mas que ainda reproduz o modelo de competi o e individualismo por estar muito mais voltada s aspira es do mercado de trabalho na sociedade contempor nea Acreditamos na possibilidade de mudan as pensadas coletivamente a partir da percep o do que hoje praticado da compreens o das necessidades e expectativas que precisam ser atendidas n o somente como forma de melhoria do curso mas principalmente pela identifica o das concep es que fundamentam as pr ticas Acreditamos que a supera o e ou amplia o dessas concep es poder ser alcan ada s tamb m pelo estabelecimento de rela es mais solid rias que visualizem uma forma o de indiv duos mais preocupados com a coletividade Nosso esfor o de pesquisa aposta na amplia o das formas de pensar sentir e viver o Curso T cnico de Seguran a do Trabalho Desejamos que as pistas aqui identificadas sejam percebidas n o como cr ticas frias mas como contribui es para as reflex es aqui iniciadas 137 7 REFER NCIAS ALVES Nilda OLIVEIRA In s Barbosa Pesquisa nos dos com os cotidianos das escolas Petr polis DP et Alii 2008 ALVES Nilda GARCIA Regina Leite O sentido da Escola Rio de Janeiro DP amp A
264. t es a discutir O que n s fizemos com o PROEJA O fato dos alunos terem chegado do PROEJA eu acho que isso dificultou muito as quest es relacionadas com a seguran a do trabalho Por qu Esses alunos est o com dificuldade de formar perfil o conhecimento que eles trazem muito pouco para trabalhar os conte dos principalmente o perfil eu volto a 177 repetir eu bato nesta tecla constantemente essa quest o precisa discutir Como a gente vai formar o t cnico de seguran a do trabalho para colocar no mercado Interdisciplinaridade Acho que essa falta de intera o entre os professores um ponto tamb m H uma dispers o o professor de fundamentos da eletrot cnica n o conhece o que o professor de psicologia fala o professor de psicologia n o conhece o que o professor de Ergonomia fala Ent o se houvesse uma intera o maior entre os professores ficaria mais f cil trabalhar a interdisciplinaridade O professor de uma disciplina pode usar como exemplos pegando os conhecimentos de uma outra disciplina isso importante At para que certos conte dos n o sejam repetidos e os exemplos sejam mais ricos Tamb m a intera o vai proporcionar aos professores que aprendam muito mais que entendam muito mais porque eu por exemplo eu n o conhe o o suficiente de seguran a do trabalho e nessa intera o com certeza eu iria aprender muito mais entender melhor as mudan as que est o acontecendo porque o t cnico de seguran
265. tas do cotidiano dos cursos na tentativa de garantir lhes um car ter mais humanizado Atualmente o IFES Instituto Federal do Esp rito Santo Campus Vit ria local onde se deu esta pesquisa oferece cursos em sete modalidades de ensino T cnico Subsequente nas reas de Eletrot cnica Mec nica Constru o de Edif cios Seguran a do Trabalho e Metalurgia e Materiais T cnico Integrado ao Ensino M dio nas reas de Eletrot cnica Mec nica e Estrutura de Vias e Transportes T cnico PROEJA Programa de Educa o de Jovens e Adultos Integrado ao Ensino M dio nas reas de Metalurgia e Materiais Seguran a do Trabalho e Constru o de Edif cios Tecn logo nas reas de Saneamento Ambiental Siderurgia e Eletromec nica Gradua o com Licenciaturas em Matem tica e Qu mica e Bacharelado em Engenharias El trica e Metal rgica Especializa o Latu Sensu em Educa o de Jovens e Adultos EJA e Mestrado Strictu Sensu em Metalurgia e Materiais Cada curso tem uma coordenadoria onde est o lotados os professores e seu coordenador eleito pelos pares a cada dois anos O curso de Seguran a do Trabalho conta atualmente com vinte e seis professores nos dois turnos tendo a maioria forma o em Engenharia Mec nica Engenharia El trica Engenharia Civil e Engenharia Metal rgica Alguns dos professores t m forma o em outras reas em fun o da especificidade de alguns componentes curriculares do curso tais como Direito
266. tas e das discuss es promovidas nas aulas resgatar conceitos que j havia substitu do por outros os quais sem perceber assimilei durante o tempo em que vivi o cotidiano organizacional Ao final deste percurso vi a necessidade de repensar minhas pr concep es porque vivenciei um conflito muito grande quando pensei no trabalho que desenvolvi como instrutora de treinamento empresarial na experi ncia atual como t cnica em assuntos educacionais atuando junto aos cursos para dar apoio pedag gico e nas discuss es retomadas no mestrado Percebo que a linguagem que uso j representa um desafio e mais desafiador ainda saber que preciso ter cuidado com a reprodu o mec nica dos valores id ias e conceitos praticados pela l gica de mercado que perpassa o cotidiano de trabalho Minha busca no mestrado relaciona se tamb m a estas demandas pessoais Tenho percebido a partir da observa o no do com o cotidiano que algumas das pr ticas desenvolvidas no interior da escola s o similares aquelas desenvolvidas no treinamento dos trabalhadores das empresas Por outro lado pensando no objetivo final de um curso seja ele um treinamento a curto prazo como nas empresas ou um curso a m dio prazo como os cursos t cnicos numa institui o t cnica de ensino a forma o comportamentalt cnica do sujeito ambos os cursos cumprem o seu papel Cabe discutir entretanto quais s o as demandas que levam oferta destes cursos quai
267. ticas muitas vezes revelam uma invers o de sentidos percebi que a administra o dos empregados enquanto recursos existe e de fato segundo as concep es da Organiza o preciso administr los para a garantia da meta final o lucro claro que n o seria s bio cair no erro da generaliza o porque tamb m poss vel encontrar e encontramos situa es em que h um interesse no desenvolvimento dos profissionais das empresas com um enfoque mais voltado para as rela es humanas buscando em alguns momentos superar e ou minimizar as rela es de competi o utilizando se de metodologias a es menos tecnicistas e mais participativas como espa os de reflex o e compartilhamento de diferentes conhecimentos e sentimentos Entretanto durante este per odo tamb m participei como facilitadora de v rios cursos que objetivavam atender s demandas das empresas contratantes no que dizia respeito ao desenvolvimento de seus empregados especialmente quanto ao 15 aspecto comportamental Esta experi ncia me oportunizou conhecer mais de perto as diferentes culturas de cada Organiza o Nos treinamentos dos quais era facilitadora as discuss es giravam em torno da necessidade de o profissional desenvolver habilidades e compet ncias que pudessem atender ao mercado de trabalho Mesmo quando o curso acontecia dentro da empresa a quest o do perfil profissional era a t nica pois havia a necessidade de se manter um
268. tividades eles v o ter mais dificuldade l fora neste aspecto Se a grade for cumprida direitinho eles n o v o ter problema n o mas no comportamental O pessoal tem que dar muita import ncia aula de Psicologia que a parte comportamental talvez discutir mais esta parte comportamental como se relacionar com as pessoas como chegar nas pessoas aquela parte cultural das empresas Por exemplo ele vai chegar na CST vai encontrar um tipo de pessoas se na constru o civil vai encontrar outra completamente diferentes se na Vale do Rio Doce outras completamente diferentes ent o eu acho que eles precisam de um incremento nisso a 7 Professor G Impress es Eu penso que o curso est perdendo a quest o do status porque antigamente era um curso muito respeitado os alunos de alto n vel ent o era um curso de elite do CEFETES E hoje a gente percebe que isso est se perdendo Os alunos est o com dificuldade querem as coisas mais prontas a gente percebe que apesar de terem passado no vestibular para o curso eles n o chegam com o mesmo conhecimento que tinham antes A maioria dos alunos h uns seis anos mais ou menos j chegavam para o curso de seguran a do trabalho com uma boa bagagem porque a maioria j era alunos universit rios ent o o n vel era melhor e o perfil n o era dif cil de formar Hoje n o hoje est muito mais dif cil formar o perfil Ent o acho que o curso est perdendo muito com isso Ques
269. tos influenciada pela oferta de emprego divulgada pelos mais diferentes meios na rea de Seguran a do Trabalho das empresas outros decidem faz lo buscando t o somente uma forma o t cnica que em tese d menos trabalho outros ainda buscam a realiza o de um sonho seja pessoal ou familiar outros buscam o curso por acharem mais f cil a aprova o no processo seletivo outros porque ser qualificado no IFES Vit ria valoriza o curr culo Argumentos como estes t m sido apontados pelos alunos aprovados no processo seletivo como justificativa para sua escolha conforme foi poss vel observar no question rio s cio econ mico preenchido por eles na Institui o Em rela o ao questionamento sobre o principal motivo que levou os alunos aprovados nos processos seletivos dos semestres 2007 1 2007 2 2008 1 e 2008 2 alguns deles participantes desta pesquisa a fazerem sua op o pelo curso observamos que e No semestre 2007 1 dos 19 alunos ingressantes que responderam pesquisa 1 n o respondeu quest o 2 indicaram a gratuidade no ensino 2 indicaram a prepara o para o ingresso na universidade e 14 indicaram a prepara o para o trabalho e No semestre 2007 2 dos 34 alunos ingressantes que responderam pesquisa 3 indicaram a prepara o para o ingresso na universidade 2 indicaram a imagem da escola perante a sociedade e 29 indicaram a prepara o para o trabalho 29 e No semestre 2008 1
270. tro da nossa coordena o de que n s precisamos nos sentar para poder estruturar novamente todo este curso e adapt lo a uma modernidade h uma condi o mais atual de mercado de trabalho no caso Mercado de trabalho X forma o O que eu tenho percebido desde que eu entrei na institui o o seguinte nosso curso sempre ofereceu maiores dificuldades ao aluno com rela o a est gio supervisionado obrigat rio do que com rela o a emprego formal com carteira assinada com v nculo empregat cio Nosso aluno sempre teve mais facilidade de conseguir emprego com v nculo empregat cio porque h uma lei chamada Norma Regulamentadora N 04 NR 04 que de acordo com o grau de risco e o n mero de funcion rios de cada empresa e em cima de cada atividade econ mica espec fica diferenciada exige uma determinada quantidade de engenheiros do trabalho m dicos do trabalho enfermeiros do trabalho t cnicos do trabalho auxiliares de enfermagem do trabalho s o cinco profissionais que tem emprego na nossa rea segundo a NRO4 Eu acho at que deveria entrar um sexto profissional na nossa rea que seria um psic logo sei l de repente um psic logo do trabalho seria um profissional interessante porque v rios dos acidentes ocorridos em nossa rea de trabalho s o tamb m devido a fatores heredit rios fatores psicol gicos Ningu m melhor que um profissional de psicologia para entender a mente humana seria necess rio Mas como
271. tros seres humanos infelizmente est faltando nas escolas privadas e p blicas a preocupa o de trabalhar o perfil deste aluno ou seja nossa preocupa o n o s com o conte do com a profundidade das informa es A trabalhar a quest o do trabalho em equipe das rela es das responsabilidades professor O foco na prepara o puramente t cnica do aluno j n o a primeira e nica preocupa o dos docentes porque mesmo que demonstrem um distanciamento entre colegas e este distanciamento dificulte o interc mbio de id ias no espa o de sala de aula o mais frequentado pelos sujeitos praticantes do cotidiano do curso de Seguran a do Trabalho que as reflex es a esse respeito e outras t m acontecido e pela rede se conectado necess rio ouvir o trabalhador e enxerg lo como um todo e n o compartimentalizado observando g nero e idade Eu colocaria disciplinas que ajudassem os alunos a ter uma vis o do ser humano sociologia antropologia psicologia focada nestas quest es falta base de hist ria do 9 Os alunos do curso de Seguran a do Trabalho normalmente frequentam os espa os onde o curso acontece ou seja o laborat rio e as salas de aula As vezes agrupam se no corredor D onde ficam aguardando o in cio das aulas ou ap s o t rmino delas Da a dificuldade que tive e qual me referi em outro momento do texto para registrar imagens deles em outros e
272. tros professores O aluno entrevistado citou esta situa o como um exemplo do que aconteceu durante o tempo em que estudava porque lhe chamou aten o a postura inadequada assumida pelo professor Mesmo sendo esta situa o um caso isolado os alunos continuaram em seus depoimentos expressando que outras situa es tamb m problem ticas aconteciam Na verdade faltam diretrizes de cada mat ria S o poucos raros os que cumprem o cronograma A gente fica perdido um ou outro segue mas a maioria n o d data de nada aluna Geila Nos depoimentos os alunos n o trouxeram diretamente quest es problem ticas em rela o ao processo avaliativo mas percebemos com o que trouxeram que est o em busca de uma atitude docente mais comprometida que valorize mais o potencial dos alunos que demonstre mais organiza o e empenho para o alcance dos objetivos Quando os alunos trazem repetidamente este desejo de que seus professores sejam mais exigentes expressam que est o sentindo falta n o de um rigor desmedido que os afronte amedronte mas de uma postura docente que imponha um car ter mais sistem tico aos processos de ensino De um modo geral os professores t m cumprido as orienta es do Regulamento da Organiza o Did tica da Institui o como tamb m do c digo de tica e Disciplina Discente no que tange a obrigatoriedade de aplica o de no m nimo tr s instrumentos de avalia o para os alunos dando l
273. u para n s a possibilidade de utilizar a metodologia de pesquisa no do com o cotidiano sendo esta uma experi ncia totalmente nova e diferente de tudo o que j t nhamos visto at aqui A riqueza de nossa experi ncia tendo essa metodologia como norteadora esteve na possibilidade de alcan ar aquilo que nossos olhos n o poderiam enxergar grosso modo claro sem a pretens o de afirmar que o fizemos de modo apurado como requer uma pesquisa mas como um exerc cio de uma pr tica ainda nova para n s e por isso complexa Pela pesquisa no do com o cotidiano experimentamos um processo de descoberta de n s mesmos de nossos limites e potencialidades Tudo o que novo diferente causa num primeiro momento medo ansiedade e s vezes nos paralisa Por isso entendemos que precisamos ter o equil brio necess rio para aos poucos nos acostumarmos com a proposta at nos sentirmos relativamente seguros para continuar Assim nos sentimos durante algum tempo perdidos diante da multiplicidade do universo a ser pesquisado at o momento em que nos tornamos mais confiantes e come amos a identificar os caminhos que poderiam ser percorridos A proposi o de mergulhar no cotidiano com todos os sentidos condi o necess ria para a pesquisa nesta perspectiva Para este mergulho precisamos estar despidos de preconceitos e de tudo o mais que possa nos impedir de ver com todos os nossos sentidos ALVES 2008
274. ue a gente passa o m dulo todo vendo assuntos que a gente vai ver l no quarto m dulo poderia colocar no primeiro pegar outras coisas do primeiro que n o tem tanta import ncia e jogar para o quarto deixar para o final par ver melhor aluna Luciana Dentro da discuss o sobre a matriz curricular em vigor tem sido apontada por alunos e professores do curso a necessidade de uma revis o no projeto do curso e por conseguinte da matriz curricular tendo como foco a reorganiza o das disciplinas no m dulo do entendimento deles que a estrutura atual n o estimula o aluno a aprender Para alguns alunos o Curso de Seguran a do Trabalho n o dif cil de ser levado ou seja cursado considerando se a profundidade das discuss es a aus ncia de nfase em c lculos e o car ter te rico do mesmo Nos dois primeiros m dulos em que s o vistas as disciplinas que fundamentam as demais Psicologia do Trabalho Fundamentos da Administra o Inform tica Aplicada Estat stica Aplicada Direito Aplicado Fundamentos da Seguran a do Trabalho e Higiene Ocupacional Fundamentos de Constru o Civil Eletrot cnica Mec nica Metalurgia Processos industriais Preven o e Controle de Perdas 85 T cnicas de Did tica e Pesquisa e Desenho T cnico n o h disciplinas direcionadas para o trabalho do t cnico de seguran a na pr tica Assim ao chegar ao terceiro m dulo quando o aluno espera ver disciplinas mais di
275. ue a percorre denominada por Maturana solidariedade ou amor Sob a an lise proposta por Maturana 1998 n s seres humanos precisamos nos reencontrar em meio s rela es com o outro Rela es pautadas em preconceitos nega o e exclus o do outro n o podem ser consideradas sociais e quando convivemos sob estas rela es estamos negando nossa pr pria condi o biol gica de dependentes do amor Assim entendemos que este reencontro de n s mesmos precisa ser resgatado se quisermos conviver sob rela es de solidariedade 128 A emo o fundamental que torna poss vel a hist ria da hominiza o o amor O amor a emo o que constitui o dom nio de condutas em que se d a operacionalidade da aceita o do outro como leg timo outro na conviv ncia e esse modo de conviv ncia que conotamos quando falamos do social Sem a aceita o do outro na conviv ncia n o h fen meno social MATURANA 1998 p 23 24 Conversando com um colega de trabalho sobre essas reflex es em dado momento ele falou Se eu fosse fazer uma pintura representando o curso de Seguran a do Trabalho ela seria cinza Essa afirmativa nos inquietou durante algum tempo De fato considerando as dificuldades apontadas por alunos e professores as necessidades observadas as frustra es de alguns at ent o todo o cen rio que temos observado tamb m para n s num primeiro momento teria a cor cinza A inquieta o
276. ue o curso n o como imaginavam mais pr tico do que te rico mas o contr rio e o n vel de desmotiva o apresentado por alguns professores e o seu desinteresse em melhorar a pr tica de ensino que desestimula ainda mais os alunos 110 Em rela o ao corpo docente que atua na Seguran a do Trabalho percebeu se que embora nos depoimentos exista uma tend ncia identifica o das quest es que t m comprometido a imagem do curso frente aos alunos e por conseguinte comunidade n o h uma demonstra o clara de que ele mesmo se sinta parte do problema co respons vel tanto pelos desgastes que acometem o curso quanto pelo resgate de a es que possam revigor lo H uma necessidade de renova o nos procedimentos de ensino no projeto de curso no material did tico nos recursos materiais Coordenadoria professores N cleo Pedag gico e alunos precisam interagir mais constituindo as rela es mais solid rias s quais fiz men o neste trabalho a fim de implementar as a es necess rias continuidade das atividades do curso de modo a atender s expectativas de alunos professores e comunidade O Curso de Seguran a precisa constantemente fazer processo seletivo para professores tempor rios e a cada renova o de contratos experimenta se uma mudan a em rela o pr tica dos professores Nos primeiros processos seletivos ainda n o havia participado mas nos ltimos sim e desse modo tenho bu
277. ue se refere atividade de Est gio os alunos a v em como uma tima oportunidade de colocar em pr tica os conhecimentos que adquiriram ao longo do curso Entendem que fazer um curso t cnico sem estagiar uma grande incoer ncia visto que uma forma o t cnica que garanta minimamente ao mercado de trabalho um bom profissional necessita ter na pr tica de est gio uma ferramenta til de an lise e avalia o do aprendizado dos seus alunos H ainda um entendimento de que os alunos que conseguem fazer o est gio durante o curso na etapa em que s o autorizados para cumpri lo 3 e 4 m dulos podem avaliar se o curso tem alcan ado seus objetivos de forma o profissional Partindo de uma no o que busca pensar o est gio como pr tica numa rela o n o dicot mica com a teoria seria incoerente concordarmos com esta afirma o N o est no est gio o poder de definir o alcance dos objetivos de forma o do curso dada a complexidade de uma an lise como essa Existem outros par metros que devem ser considerados para que seja poss vel fazer uma avalia o do curso al m das experi ncias dos alunos nas empresas onde conseguem estagiar Outro problema vivido pelos alunos do curso est relacionado ao Regulamento da Organiza o Did tica do CEFETES ROD Quando os alunos s o recebidos ao ingressarem na Institui o n s pedagogos temos a responsabilidade de ler e digerir o regulamento junto com a turma
278. ue tinha dentro dela pois os objetivos eram outros assim tamb m na utiliza o desta met fora em compara o com a escola como se ela tamb m fosse uma caixa 52 preta n o importava o que se passava em seu interior mas sim os resultados aferidos pelos exames nacionais O uso dessa met fora e a sua operacionalidade como forma de entendimento do cotidiano tentava nos indicar a impossibilidade de se saber o que de fato se passa dentro da escola sustentando paralelamente a id ia de que certas aproxima es poss veis n o poderiam contar sen o com a inventividade dos que ao seu estudo se dedicassem ALVES E OLIVEIRA apud LOPES MACEDO 2002 p 79 80 A escola ideal representada pela met fora da caixa preta ficava sujeita aplica o dos planejamentos governamentais que desconheciam o que de fato se passava em seu interior ou seja quais eram suas reais necessidades Da mesma maneira negligente com a qual os respons veis pelos planejamentos das a es tratavam a escola com todos os problemas subjacentes a ela mas desconhecidos por eles havia a responsabiliza o da caixa preta acaso n o apresentasse os resultados esperados como por exemplo a responsabilidade pela conclus o dos estudos dos alunos Muitas vezes em caso de outputs indesej veis como o fracasso escolar os respons veis pelos planos e pelos recursos podiam e ainda o fazem hoje acusar a caixa preta de mau funcionamento
279. uem s o as pessoas que v o participar dessa tomada de decis es acerca da sele o de conte dos que visam ajudar as novas gera es a compreender o mundo que as cerca conhecer lhes sua hist ria promover valores e utopias Em tais decis es que se faz sentir o poder pol tico econ mico cultural e religioso BERTICELLI apud COSTA 1998 p 166 48 A partir desta constata o podemos entender que a constitui o de um curr culo precisar observar os movimentos da sociedade sejam eles de ordem pol tica ideol gica ou que envolvam a mem ria coletiva ou os conflitos simb licos No Brasil v rias das teorias j firmadas em pa ses desenvolvidos passaram a subsidiar as discuss es dos problemas curriculares Os atores desses processos de discuss es n o se limitaram a reproduzir os modelos mas iniciaram reflex es cr ticas com base no que havia sido importado Tomaz Tadeu da Silva apud COSTA 1998 aproveitando o contato com educadores estrangeiros promoveu v rias discuss es sobre os estudos curriculares criticando o que era feito at ent o e produzindo ensaios que tratavam do tema Com o in cio do processo de redemocratiza o a influ ncia americana sobre a elabora o curricular foi abalada e come aram a ganhar for a as teorias de cunho marxista Enquanto no pa s entravam em cena os discursos da pedagogia hist rico cr tica e da pedagogia do oprimido na Europa o cen rio era ocupado pelos discur
280. ui eu mesmo fa o faculdade e achei que n o daria conta por ser o curso mais puxado mas n o sei se falha da escola eu nunca tive nenhum par metro para adotar n o mas conversei com algumas pessoas aqui do CEFETES e a impress o que eu tenho que o curso e muito fraco muito largado muito sem vontade dos profissionais que est o envolvidos e acaba que isso deixa o aluno muito desmotivado muito sem interesse pela rea de seguran a que uma rea muito boa uma rea que tem muito futuro mas que eu acho que devido a alguns problemas que a gente viu aqui a gente encara isso com um pouco de des nimo um pouco de falta de vontade mesmo mas a impress o do curso de que um curso muito bom poderia ser bem melhor um curso muito bom mas h um desleixo muito grande dos profissionais principalmente Luciana Quando eu fiquei sabendo que passei no CEFETES nossa vou estudar no CEFETES nome meu Deus n o vou poder trabalhar como vou cuidar do marido de casa essa foi a impress o que eu tive achei que fosse ficar aqui o dia inteiro estudando que ia ser uma coisa mais puxada at mesmo porque seguran a do trabalho envolve muita responsabilidade para o mercado de trabalho e n o isso n o t o cobrado tem conte do tem professores que passam por cima tem professores que s vezes est o na sala e n o sabem o conte do que v o dar tem outros que cobram da gente mas eu esperava mais coisas do curso 189
281. ulas contratuais de SST nos servi os de terceiros Avaliar a forma sist mica da atua o da SST no processo de trabalho 153 Elaborar avaliar e revisar pol ticas e programas de SST Avaliar as an lises e investiga es de acidentes doen as e incidentes e avaliar a integra o da SST com outros sistemas de gest o existentes na empresa Habilidades Constituir a brigada de inc ndio estabelecendo as fun es e responsabilidades dos seus membros para que possam atuar de forma articulada e eficiente na ocorr ncia do sinistro Elaborar coordenar e aplicar um plano de emerg ncia com simula es peri dicas estabelecendo a es para o caso de acidentes do trabalho vazamentos de contaminantes qu micos e f sicos desabamento inunda es Elaborar programa de brigada de inc ndio e realiza treinamentos espec ficos sobre combate de inc ndio Exercer lideran a no processo de atendimento ao sinistro Utilizar os m todos e t cnicas de combate ao inc ndio Implantar o programa de preven o de riscos Realizar entrevistas para levantamento das condi es de trabalho estat sticas de acidentes e doen as do trabalho Programar treinamentos para dire o defensiva e transporte de materiais perigosos Estabelecer fun es e responsabilidades dos membros da equipe de emerg ncias Tratar situa es de emerg ncia minimizando perdas Implantar a es corretivas Integrar o Sistema de Gest o de Sa de e Seguran
282. ultados obtidos na an lise do question rio onde foram considerados os maiores ndices 17 O question rio S cio econ mico respondido pelos alunos ingressantes em 2008 1 encontra se no Anexo B apenas como exemplo 30 TABELA 2 RESUMO DO LEVANTAMENTO S CIO ECON MICO REALIZADO COM ALUNOS INGRESSANTES NO CURSO NO PER ODO EM QUE SE DEU A PESQUISA QUEST ES 2007 1 2007 2 2008 1 2008 2 19 alunos 34 alunos 32 alunos 27 alunos Estado Civil Solteiros Solteiros Solteiros Solteiros 57 33 81 96 Faixa et ria 19 a 21 anos 16a 18 anos 16 a 18 anos 16 a 18 anos 31 67 37 81 Grau de Instru o Ens Ens M dio Ens 3 ano do Ens Fundamental Completo Fundamental M dio 26 52 37 51 Atividade de Lazer Leitura Leitura Leitura Leitura 42 29 31 37 Acesso a Internet Na resid ncia Na resid ncia Na resid ncia Na resid ncia 47 70 37 85 Tipo de Leitura Jornais Jornais Livros Livros 52 38 34 48 Atividade que Exerce N o trabalham 68 N o trabalham 91 N o trabalham 62 N o trabalham 85 Motivo da op o pelo curso Prepara o para trabalho 73 Prepara o para trabalho 85 Prepara o para o trabalho 81 Prepara o para o trabalho 81 De acordo com os question rios analisados os alunos que ingressam no curso de Seguran a do Trabalho vespertino em sua maioria residem na Grande Vit
283. unos do noturno normalmente j trabalham alguns t m fam lia constitu da outros fazem cursos de n vel superior gradua o ficando o curso t cnico como uma segunda op o profissional caracter stica do curso subsequente p s m dio no hor rio noturno receber alunos com mais de 18 anos tarde temos a situa o de alunos que ainda n o conclu ram o ensino m dio e est o iniciando o curso t cnico com o 3 ano ainda em andamento possibilidade essa aberta pela modalidade do curso T cnico Subsequente Concomitante com o 3 ano do Ensino M dio Com isso temos alunos que n o completaram 18 anos e decidiram pelo curso t cnico mais por influ ncia da fam lia amigos entre outros do que por op o pessoal segundo observa es e depoimentos em momentos de avalia o institucional do curso De acordo com depoimentos de professores e dos pr prios alunos esta caracter stica das turmas do vespertino pode ser um dos fatores que motivam a desist ncia de alguns alunos do curso Outra quest o que segundo alguns professores pode estar incentivando a desist ncia dos alunos do curso cada vez mais cedo o seu n vel de motiva o 32 Professores t m percebido com preocupa o que h alguns anos os alunos desistiam no final do curso e com o passar dos anos eles t m desistido ainda nos primeiros m dulos Embora o n mero de alunos que desistem esteja dentro de um percentual que n o deve ser considerado alarmant
284. urso 2008 2 lancei algumas perguntas sobre os seus objetivos em rela o ao curso de Seguran a do Trabalho 69 Responderam s quest es somando os quatro m dulos um total de 100 alunos Ao concluir a an lise das respostas foi constatado que 23 alunos faziam curso de gradua o sendo 03 do primeiro m dulo 05 do segundo m dulo 06 do terceiro m dulo e 09 do quarto m dulo 07 alunos faziam outro curso ligado rea t cnica sendo 01 do segundo m dulo 03 do terceiro m dulo e 03 do quarto m dulo No primeiro m dulo n o houve resposta a esta quest o Em rela o quantidade de alunos que pretendiam seguir na profiss o de t cnico em Seguran a do Trabalho 64 alunos responderam que era esse seu interesse sendo 28 do primeiro m dulo 14 do segundo m dulo 15 do terceiro m dulo e 07 do quarto m dulo A partir das respostas dos alunos pudemos perceber que foi comum o interesse em fazer um curso de gradua o paralelamente forma o t cnica como tamb m a necessidade de complementa o da forma o t cnica com outros cursos afins Os alunos deste grupo em sua maioria desejam concluir a forma o t cnica Considerando o total de alunos que respondeu s quest es em cada m dulo pode se concluir em termos percentuais que no primeiro m dulo dos 31 alunos que responderam s quest es cerca de 9 fazem curso de gradua o 0 faz curso em rea afim t cnica e cerca de 90 pretendem seguir na prof
285. urso e desse modo tamb m a possibilidade de perceber com eles as principais quest es que precisavam ser discutidas O instrumento computacional utilizado no ltimo processo avaliativo afastou ainda mais os alunos deste di logo que busca envolv los e garantir uma maior participa o no processo avaliativo Quando n o conseguimos obter resposta 37 positiva dos professores ao convite para o di logo n o podemos dar continuidade s etapas do processo avaliativo Assim temos percebido uma fragiliza o da credibilidade dos alunos em rela o relev ncia do processo com a alega o de n o perceberem mudan as a partir de sua participa o nele O Curso de Seguran a do Trabalho por ter a maior parte dos componentes curriculares considerada te rica n o utiliza os laborat rios com tanta frequ ncia como os demais cursos da escola Embora o laborat rio de Seguran a do Trabalho exista segundo alunos e professores necessita de reparos e aquisi o de novos equipamentos A maior parte das aulas ministrada em salas de aula comuns com a utiliza o de multim dia e quadro negro As aulas acontecem no segundo pavimento da escola no corredor D A sala da coordenadoria fica logo no in cio do corredor oferecendo f cil acesso aos alunos e professores Na sala na qual estuda a turma do 4 m dulo do per odo vespertino h ar condicionado o que faz toda a diferen a especialmente nos per odos de calor Nas demais salas
286. utros olhos Mas em termos da aplica o disso dentro da escola muitas vezes est muito parecido muito similar s informa es que a gente est dando aqui com o que se faz l fora Ent o devido a essa 182 tradi o os profissionais daqui tem muita aceita o no mercado de trabalho S que isso est mudando porque a gente tem no mercado que n o s a quest o do conhecimento mas tem a quest o do perfil A forma como ele encara o mercado a forma como ele se estabelece nas rela es O que muitas vezes E infelizmente est faltando nas escolas privadas e p blicas a preocupa o de trabalhar o perfil deste aluno ou seja nossa preocupa o n o s com conte do com a profundidade das informa es mas como preparar este profissional ter postura no mercado de trabalho A trabalhar a quest o do trabalho em equipe das rela es das responsabilidades E isso infelizmente s vezes acaba n o acontecendo mas tem que ser assim Ent o se formar no CEFETES hoje tem um diferencial muito grande mas isso est cada vez mais caindo por terra infelizmente 183 ANEXO E TRANSCRI O DAS ENTREVISTAS ALUNOS 1 Mar lia Jussara Geraldo Impress o Mar lia Eu percebo que com o curso o que a gente naturalizava antes por exemplo uma coisa que a gente faz em casa que n o t o seguro a gente passa do lado de um andaime v um cara pendurado e ningu m percebe isso uma coisa que a gente naturaliz
287. vidar os professores que apresentaram resultados n o muito satisfat rios na avalia o dos alunos para receberem sua avalia o impressa e juntos conversarmos sobre os pontos mais destacados por eles Os professores s o orientados ent o a refletir sobre a pr tica junto a cada turma e verificar o que de fato pode ser melhorado N o conseguimos ainda no Curso de Seguran a resultados mais consistentes em rela o a este retorno pois preciso que o professor responda ao convite e compare a ao N cleo de Gest o Pedag gica quando convidado para tirar suas d vidas sobre o processo avaliativo e os resultados dele Os professores do curso de Seguran a do Trabalho em sua maioria t m buscado discutir o dia a dia da sala de aula conosco na tentativa de atender da melhor maneira poss vel s necessidades dos alunos Por m em alguns casos quando precisamos contar com o comparecimento de professores que n o t m apresentado para os alunos um bom desempenho em sua fun o n o temos recebido resposta positiva ao convite para dialogar sobre os resultados das avalia es feitas pelos alunos Analisando as avalia es docentes aplicadas s turmas do per odo 2006 2 ao 2008 2 sendo quantitativas ou qualitativas podemos observar que de um modo 35 geral os alunos aprovam seus professores considerando os bons conhecedores de sua rea de atua o al m de cultivarem um bom relacionamento com a turma facilitando o acesso o
288. vidas para o atendimento s exig ncias do mundo do trabalho elas podem ser divididas em compet ncias de natureza t cnica e compet ncias de natureza atitudinais ou comportamentais 126 Em rela o s compet ncias de natureza atitudinal parece ser comum a todas as disciplinas caracter sticas como comunica o trabalho em equipe comprometimento compromisso entre outros Assim poder amos pensar no por que destas caracter sticas serem discutidas de forma desarticulada e organizadas de forma disciplinar como se n o houvesse rela o de umas com as outras N o acreditamos que pensar no desenvolvimento de atitudes que contribuam com o homem em suas rela es de trabalho seja um erro discordamos sim em pens los como habilidades desconectadas com a forma o integral dos sujeitos e a servi o do mercado de trabalho ou melhor de um perfil que precisa ser moldado de acordo com as especificidades exigidas pelas Organiza es A vis o de mercado de trabalho explica se quando ouvimos a respeito de algumas pr ticas de recrutamento em que a empresa estabelece o perfil de um profissional desejado e o mercado tenta responder ao que lhe requerido Para a empresa necess rio desenvolver nos sujeitos compet ncias espec ficas porque existe uma especificidade do neg cio existe uma cultura organizacional que se consolida ao longo dos anos que precisa ser assimilada por todos que ingressam na Organiza o para prestar um serv
289. voc fala que fez curso de seguran a do CEFETES h uma aceita o muito boa Quando voc entra na grade do curso voc come a a ver algumas distor es do entendimento do que um t cnico de seguran a do trabalho Ent o por exemplo o que deveria ser discutido sobre curso qual a responsabilidade de um t cnico de seguran a Quando eu come o o curso a primeira aula que dou eu pergunto voc s sabem qual a responsabilidade de um t cnico de seguran a Eles respondem N o n s n o sabemos Segundo m dulo e nem no terceiro eles n o sabem A eu pe o para eles olharem a legisla o complementar L tem um lugarzinho que fala responsabilidade do t cnico de seguran a E quando voc come a a ler o pessoal come a a ficar preocupado porque n o sabia que era aquilo Outra quest o Que tem que ser discutida que eu vejo mais o seguinte o t cnico seguran a ele tem uma b blia que s o as normas a portaria 3214 Ele tem que pegar isso botar debaixo do bra o e decorar ler estudar Eu fiz o concurso para efetivo o que caiu Normas Voc vai fazer um concurso para a PETROBRAS o que cai norma Voc vai concorrer a uma vaga em qualquer empresa o que vai cair Conhecimento de Normas Semana passada saiu na A Gazeta e eu mostrei para o pessoal Aqui a impress o que eu tive do curso que o pessoal passou muito batido isso n o enfatizou a necessidade do conhecimento da norma Primeiro voc tem que conhecer a norma
290. za o dela Quest es A forma como os conte dos s o aplicados Percebo que os professores aplicam de forma diferente um mesmo conte do S o experi ncias que vem dando certo e que precisam ser socializadas entre os professores para que possa trazer benef cios para qualquer turma Ent o discutir a forma de aplica o dos conte dos o que se espera quais as estrat gias que vamos adotar que tipo de oficinas que experi ncias Isso em gerado uma coisa muito ruim que n o me deixa vontade quando meu aluno do dia compara um de n s com o professor da noite Num primeiro momento parece uma fragilidade do professor mas na verdade do curso O aluno est acostumado em receber a informa o um pouco solta o aluno tem recebido a informa o mas o professor tem profundidade do assunto mas n o apresenta esta profundidade em sala de aula O aluno tem questionado que o professor n o d conte do termina a aula faltando 30 minutos para o hor rio ent o s o pontua es que eu acho que fragiliza Rela o com o mercado O curso hoje pelo que tenho verificado fora ele tem tradi o Temos a tradi o de formar bons profissionais Mas o que venho contemplando hoje em termos da forma o do aluno que hoje est no CEFETES n o est diferente da forma o do aluno que est na rede privada Isso muitas vezes ainda n o percebido pelo mercado Ent o do CEFETES ent o voc j olha a pessoa com o
291. zem isso em cada semestre os alunos ficam um m s num lugar Ah Estou no 3 m dulo e sou obrigado a estagiar ent o eu entro em tal lugar s que l constru o civil ent o vou estagiar naquela rea e vou saber tudo daquilo ali mas de outras reas n o vou saber nada s que n o vamos ter o aux lio de um professor mais 197 Neusa A mesma coisa Carla A mesma coisa O n o est gio Geralmente as empresas que disponibilizam est gio mas a carga hor ria n o bate com a daqui A gente poderia fazer 4 horas mas os est gios s o de oito ou 6 horas Ent o n o d tempo para chegar aqui Mercado de trabalho Carla A demanda cresce a constru o em nosso estado est crescendo Tem a demanda boa mas temos que passar pelo est gio para chegar a ele mas acaba n o tendo est gio Let cia Tem empresas que vem aqui na escola buscar estagi rio mas a gente n o avisada Eles p em uma folhinha no mural e a gente tem que ficar olhando toda semana todo dia Ent o isso ruim pra gente porque a gente vive correndo de um lado para outro fazendo trocentas coisas Neusa Quando aparece ainda assim vagas para o sexo masculino e aqui s tem mulher estudando praticamente Carla A gente podia ter uma intera o maior com a internet aluno internet porque na escola quase n o tem nada na internet matr cula a gente tem que vir aqui tinha que ter an ncio de vagas de

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