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Revista Brasileira de Bioética volume 6, números 1

1. Conclusi n El texto de Lipovetsky habilita comprender una construcci n co lectiva dentro de la cual la bio tica deber estar atenta a una so ciedad que avanza hacia un horizonte que se diluye mientras cree aproximarse ya que toda soluci n plantea nuevos dilemas El impacto de la ciencia y la tecnologia como la transformaci n de la vida cotidiana han invadido ideol gicamente diversas esferas de la cotidianeidad ejerciendo efectos homogeneizadores han logrado desaparecer formas de vivir ancestrales y aut ctonas y han padroni zado otras provocando un nico modo material de realizaci n de la vida erigiendo un supuesto criterio de progreso civilizatorio a pesar de una insustentable dependencia y consiguiente disminuci n de la sociodiversidad Anhelo una nueva jerarqu a de valores donde los sujetos cedan paso a otras prioridades a un nuevo imaginario de la vida en socie dad y del buen vivir Mercedes Cecilia Salamano Programa de P s gradua o em Bio tica Faculdade de Ci ncias da Sa de Universidade de Bras lia Bras lia Brasil msalamano hotmail com 143 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 144 146 Atualiza o cient fica Esta se o destina se apresenta o de resumos e coment rios de artigos cient ficos recentes Fosbenner S Pharmaceutical industry s ethical responsibility to HIV AIDS sufferers in developing countries Penn Bioethics Journal 2010 VI I 13 17 O artigo di
2. dica Pelas raz es expostas podemos falar de v rias ticas pois elas re presentam o substrato que precede a uma normatividade Nesse sen tido se a moral indica a normatividade dos comportamentos em uma sociedade a tica seria o ponto comum de todas as consci ncias n o importando quais sejam suas diferen as Portanto n o h moral sem tica mas pode haver uma tica sem uma respectiva moral Partindo dessa assertiva a bio tica n o deve se ater normativa em si mas tica Desta forma poss vel abordar todos os casos e contemplar a diversidade Pelo exposto fica n tido que o ponto que a bio tica e a laicidade podem compartilhar o genu no respeito pela diferen a pois a laici dade uma ferramenta que pretende permitir a conviv ncia harm nica e pac fica dos indiv duos em sociedade compreendendo suas origens cren as op es sexuais pol ticas e demais aspectos relativos liberdade de consci ncia J a bio tica deve considerar a diversida de de cada indiv duo e suas caracter sticas particulares refor ando o respeito pela diferen a e estimulando o sentimento de pertencimento sem exigir a redu o ao modelo considerado socialmente dominante para somente ent o considerar a inclus o como se verifica em alguns 64 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 53 68 casos Conflitos que surgem nas quest es que envolvem a sa de e s o analisados desde uma abordagem bio tica frequente
3. o Ao que parece a prontid o do revestimento interno do tero para a implanta o do ovo realmente pode ser afetada pelos contraceptivos orais combinados Todavia pouco prov vel que este efeito desem penhe um papel central na preven o da gravidez quando se observa o conjunto dos mecanismos de a o das p lulas em quest o 11 Por outro lado parece n o haver d vidas de que as progesteronas pre sentes nos contraceptivos hormonais t m potencial para exercer um 74 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 69 84 profundo efeito contraceptivo atrav s da sua influ ncia sobre o en dom trio 15 O terceiro mecanismo pouco conhecido e por isso pode ser apenas suposto at o momento Por m h um interessante relato de caso de uma mulher em uso de contraceptivos orais em que a ovula o a fertiliza o e a implanta o foram documentados por m todos hormonais e de imagem Nesse caso a implanta o foi incompleta e mal sucedida resul tando numa gravidez registrada apenas por m todos bioqu micos Tendo como pressuposto os efeitos dos ACOs sobre o endom trio aventou se a possibilidade de que a interrup o da gesta o tenha ocorrido em raz o das condi es inapropriadas do endom trio para a nida o do ovo 16 Desse modo n o se pode afastar a possibilidade de que o terceiro mecanismo seja capaz de impedir pelo menos em alguns casos a continuidade da gesta o Muito e
4. o da justi a resultando numa f rmula vazia 1 Faz portanto uma l cida autocr tica acerca do quanto mencio nado para outras concep es de justi a que desde Arist teles rela cionam justi a e igualdade dizer tratar igualmente aos iguais e desigualmente aos desiguais na medida de sua desigualdade po r m sem lograr definir os requisitos para se identificar tal igualdade ou desigualdade Os crit rios de justi a e de aloca o apresentados por Perelman terminam por resumir a maioria das vis es de justi a historicamente desenvolvidas segundo as quais a justi a concreta poderia ser feita mediante a atribui o a cada um 1 da mesma coisa uma concep o igualit ria de forma absoluta vez que n o leva em considera o caracteres particulares de cada um entendendo que a todos cabe id ntica parcela 2 segundo seus m ritos prop e se aqui uma avalia o de proporcio nalidade com o quanto o indiv duo j representou ou produziu para o grupo segundo o merecimento pessoal e social O pr prio autor por m reconhece as dificuldades ticas dessa an lise 3 segundo suas obras assemelha se ao crit rio anterior ao levar em conta tamb m a proporcionalidade da produ o individual buscan do entretanto uma vertente mais objetiva O autor exemplifica esse tipo de justi a em concreto com o pagamento de sal rios a partir da produtividade 4 segundo suas necessidades a no o de justi a a
5. o ou repress o n o seja de sua al ada foi solicitado apoio da Pol cia Federal No momento da abordagem policial averiguou se que os norte americanos n o portavam passaportes Conduzidos delegacia da Policia Federal ficou constatado que os mesmos possu am somente visto simples de turistas n o estando por conseguinte autorizados ao exerc cio profissional em solo brasileiro Em decorr ncia dos fatos todos foram orientados a se retirar do pa s 5 O atendimento que era ofertado para a popula o estava envolto sob a justificativa de ser um trabalho volunt rio apoiado por uma or ganiza o n o governamental ONG da cidade de S o Jos 5 De acordo com o estudo realizado pela Consultoria do Senado Federal em 1999 ONG seria um grupo social organizado sem 88 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 85 97 fins lucrativos constitu do formal e autonomamente caracterizado por a es de solidariedade no campo das pol ticas p blicas e pelo leg timo exerc cio de press es pol ticas em proveito de popula es exclu das das condi es da cidadania 6 No entanto a pr tica da solidariedade e o exerc cio de poss veis press es pol ticas n o podem sublimar a ilegalidade da interven o terap utica Outro fator agravante que surgiu ao longo da apura o da de n ncia foi a exist ncia de den ncias da atua o do grupo em outros estados do Brasil Contudo a primeira vez em que a opera
6. e Las abreviaturas de nombres de revistas deben estar de acuerdo con el Index Medicus http www nlm nih gov Los nombres de personas ciudades y pa ses deben ser citados en la lengua ori ginal de la publicaci n 159 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 156 163 Todas las referencias citadas en el texto deben estar presentes en las referencias bibliogr ficas T tulos de libros lugar de publicaci n y casas editoras no se abrevian El las referencias bibliogr ficas los art culos con varios autores pueden incluir hasta seis 6 nombres que deber n ser seguidos por et al en el caso de que sean m s los autores Todas las referencias bibliogr ficas deben presentarse de modo correcto y com pleto La veracidad de las informaciones contenidas en la lista de referencias bibliogr ficas es de responsabilidad de los autores ENGLISH RBB will accept issues for the sections e Original articles production of conceptual or documental nature or resulting from an empirical research in the field of ethics or a critical revision related to this subject which shall be submitted to the Editorial Council Book review presentation and analysis of recent publications according to the editors criteria Scientific update review and commentary of recent scientific papers according to the editors criteria e List of theses dissertations and monographs Requirements for presenting papers RBB will
7. este resultante da fecunda o O ltimo deles respons vel por impedir a nida o implanta o do ovo no endom trio ser doravante denominado como o terceiro mecanismo A descri o desses tr s mecanismos de a o do ACO est inclu sive presente nas bulas dos medicamentos Na bula do Concepnor levonorgestrel 0 15mg etinilestradiol 0 03mg por exemplo consta que o medicamento quando corretamente empregado inibe a ovu la o e promove altera es do muco cervical tornando o mais visco so e que al m disso a membrana uterina n o est preparada para a nida o do ovo 13 Vale destacar que esse medicamento est dispo n vel em muitas Unidades de Sa de da Fam lia USF J na bula do Ciclo 21 outro ACO que largamente distribu do nas USF e que tem a mesma composi o do Concepnor informa que embora o mecanismo prim rio dessa a o seja a inibi o da ovula o outras altera es incluem mudan as no muco cervical que aumenta a dificuldade de entrada do esperma no tero e no endom trio que reduz a possibilidade de implanta o 14 Diante do exposto surge uma quest o pol mica quando o ter ceiro mecanismo o respons vel pelo efeito contraceptivo do ACO estaria havendo um abortamento A resposta para esta pergunta depende de alguns coment rios so bre a a o exercida no endom trio pelo ACO que ocorre quando o terceiro mecanismo se torna a via de contracep
8. Considera es sobre a laicidade e a diversidade e suas conex es com a bio tica Remarks on secularism and diversity and their connections with bioethics Marcia Mocellin Raymundo Daniel Guti rrez Mart nez O m dico cat lico e o contraceptivo oral conflitos ticos religiosos e legais Catholic doctors and oral contraceptives ethical religious and legal conflicts Ricardo Petroni Smiderle Passamani Paula Regina Souza Pr tica ilegal da quiropraxia por norte americanos em popula es socialmente vulner veis no Estado de Santa Catarina uma an lise bio tica Illegal practicing of chiropractic by Americans in socially vulnerable populations in the state of Santa Catarina a bioethical analysis Lizia Fabiola Almeida Silva Claudio Lorenzo 98 115 139 144 147 155 156 Bruno Metre Fernades Paulo Luis Crocomo Ensino de bio tica no ensino m dio reflex es e desafios para a forma o de professores de ci ncias e biologia Teaching of bioethics at high school level reflections on and challenges of training science and biology teachers Paulo Fraga da Silva Bio tica e Bio Tecnologia Bio ethics and bio technology Marcio Rojas da Cruz Gabriele Cornelli Se es Resenha de livros Atualiza o cient fica Documentos Lista de pareceristas do volume 6 Normas editoriais Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 7 8 Editorial Relev ncia da Bio tica para a Coopera o Internac
9. a causa final tida por Arist teles como sendo a de maior import ncia dentre as quatro causas final eficiente formal e material substitu da da posi o de destaque pela causa eficiente Ou seja pelo entendimento de que as rela es entre as di versas possibilidades de causas e os seus respectivos e consequen tes efeitos permitiriam descrever melhor o mundo de nossa realidade e muito objetivamente manipular as causas de forma a alcan ar os efeitos desejados habilitando nos a construir a ponte entre a ci ncia e a tecnologia tornando nos produtores e fabricantes 6 Assim a ci ncia moderna nasce com a revolu o cient fica do s culo 17 promovida fundamentalmente por profundas e significativas altera es na estrutura lingu stica adotada pela ci ncia a matema tiza o geometriza o e a vernaculiza o do conhecimento Se a primeira contribuiu para a introdu o da experimenta o e para uma maior precis o das teorias cient ficas a segunda contribuiu para o in cremento na acessibilidade e na difus o das teorias cient ficas ent o vigentes Sai de cena o homo viator e entra em cena o homo faber 121 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 A biotecnologia e a bio tica A biotecnologia pode ser entendida como um conjunto de tecnolo gias habilitadoras que possibilitam utilizar alterar e otimizar organis mos vivos ou suas partes funcionantes c lulas organelas e mol culas para ger
10. a express o apresenta no discurso como recurso t pico e ret rico de importante efeito em todos os tempos Ross aponta a men o justi a como poderosa for a motivadora produzindo um discurso argumen tativo de grande capacidade persuasiva que a todos comove e esti mula 2 Tamb m para a bio tica a no o de justi a tem forte impacto es tando associada a um de seus mais cl ssicos princ pios A dificuldade contudo em precisar a justi a e em como realiz la seja no mbito bio tico ou no espectro jur dico inicia se pela pr pria defini o a ser adotada para a express o O principio bio tico da justi a tamb m chamado por alguns au tores de princ pio da equidade 3 reconhecido por muitos como o mais olvidado e o menos conhecido e estudado dos princ pios bio ti cos classicamente arrolados por Beauchamp e Childress em que pese sua ineg vel import ncia no cotidiano social da sa de Ele consiste segundo Maria Helena Diniz 4 na imparcialidade na distribui o dos benef cios riscos e encargos e guarda ntima rela o com a vis o jusfilos fica de justi a notadamente da justi a como equidade teorizada por John Rawls Para os mentores do principialismo o princ pio em tela se refere equitativa distribui o de recursos naturalmente escassos de modo que todos possam deles se beneficiar e suportem os nus de modo ison mico e equ nime 5 Remete se aqui ideia atribu da
11. as paradigm ticas e da caracter stica de incomensurabilidade entre paradigmas que se sucedem ao longo do desenvolvimento do pensamento cient fico exp e a fragilidade da aceita o de teorias cient ficas vigentes como conhecimento demons trado pela ci ncia dotado da caracter stica de verdade corroborada e permanente certeza imut vel alcan ada Ao procedermos a compara o entre as distintas teorias com vo ca o para oferecer uma vis o organizada de um mesmo grupo de fe n menos naturais a aplica o do r tulo verdade deve ser mais parci moniosa qui talvez deva vir acompanhada da complementa o at o momento ou por enquanto Teorias hist ricas deixaram de ocupar o lugar do consenso por se considerar luz de teoria mais recente falsas ainda que tenham sido tidas como verdadeiras em suas pocas Na din mica cient fica o discurso que trata da verdade deve assumir um tom impl cito de provisoriedade de interinidade Diante dessa nova realidade na qual houve o descarte da certeza da independ ncia entre fatos e cren as e tamb m da certeza de que a ci ncia nos aproxima cada vez mais do mundo real que independe de nossas culturas e de nossas mentes Kuhn indica dois relevantes aspectos de uma reconceitua o Em primeiro lugar o que os cientistas produzem e avaliam n o a cren a tout court mas mudan a de cren a Em segundo aquilo que a avalia o procura selecionar n o s o cren as que
12. cific genetic use restriction technologies Nesse a altera o gen tica apresentaria efeitos em n vel de atributo restringindo se apenas a uma caracter stica espec fica Resist ncia ao ataque por insetos in cremento na produtividade e controle de alguma fase de desenvol vimento da planta s o atributos que confeririam valor agregado ao produto Plantas produzidas pelas T GURTs dependeriam de est mulo externo para a manifesta o do atributo conferido ao genoma do or ganismo mas n o para a produ o de sementes f rteis Uma atitude moralmente aceita seria empregar as V GURTs como forma de controle em plantios experimentais e comerciais impedindo 117 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 assim que genes artificialmente introduzidos em dada variedade de planta disseminassem se podendo causar danos para as variedades silvestres da mesma planta ou at mesmo para outras popula es ve getais e animais Em contrapartida as T GURIs poderiam ser empregadas como forma de domina o econ mica limitando a capacidade de agriculto res de praticarem o chamado privil gio do agricultor pr tica esta que consiste em reservar uma parte das sementes produzidas em uma es ta o para us la em plantios da pr xima esta o sem a necessidade de novas autoriza es por parte do detentor dos direitos de proprie dade intelectual Uma vez que a atividade cient fica e tecnol gica hoje o resulta do de uma coleti
13. culo 20 conforme citado por Ro mano Potenciadas essas formas de representa o pelas ideologias totalit rias os massacres de milh es de seres humanos mos traram que a pura racionalidade cient fica tudo menos ing nua Sem cair no erro de apontar as Luzes como a fonte do totalitarismo pode se dizer que nelas foram gestados alguns tipos de pensamento que se tornaram cru is realidades em nossos dias 2 Analisemos brevemente a t tulo de ilustra o o caso das tecnolo gias de restri o do uso gen tico genetic use restriction technologies GURTS Com desenvolvimentos iniciados na d cada de 1990 as GURIs podem ser definidas como um conjunto de t cnicas que por meio da transforma o gen tica de plantas introduz um mecanismo interruptor gen tico e por conseguinte previne o uso n o autorizado do germoplasma de uma planta particular ou dos atributos associados a este germoplasma 3 As GURIS podem ser classificadas em dois grandes grupos No primeiro denominado V GURTs variety level genetic use restriction technologies a altera o gen tica apresentaria efeitos em n vel de variedade fazendo que as plantas produzidas desta forma apenas pu dessem produzir sementes est reis inviabilizando a pr xima gera o A germina o de sementes de plantas produzidas pelas V GURTS condicionada estimula o externa antes do plantio O segundo grupo por sua vez denominado T GURIS trait spe
14. de Secretaria de Pol ticas de Sa de rea T c nica de Sa de da Mulher Assist ncia em Planejamento Familiar Manual T cnico Secretaria de Pol ticas de Sa de rea T cnica de Sa de da Mulher 4 edi o Bras lia Brasil Minist rio da Sa de 2002 11 Brasil Minist rio da Sa de internet Pesquisa Nacional de Demografia e Sa de da Mulher PNDS 2006 acesso em 10 Mar 2010 Dispon vel em http bvsms saude gov br bvs pnds 12 Rivera R Yacobson I Grimes D The mechanism of action of hormonal contraceptives and intrauterine contraceptive devices Am J Obstet Gynecol 1999 181 1263 9 13 Concepnor levonorgestrel e etinilestradiol comprimidos Marco Aur lio Limiro G Filho An polis GO Laborat rio Neo Quimica Bula do Medica mento 14 Ciclo 21 levonorgestrel e etinilestradiol comprimidos Ishii Massayuki Embu Gua u SP Uni o Qu mica Farmac utica Nacional S A Bula do medi camento 83 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 69 84 15 Benagiano G Pera A Primiero FM The endometrium and hormonal con traceptives Human Reproduction 2000 15 1 101 118 16 Noci I Marchionni M Fambrini M Cioni R Scarselli G Fertilisation and implantation failure in an oral contraceptive user European Journal of Obste trics and Gynecology and Reproductive Biology 2002 104 73 75 17 Moore K Persaud PVN orgs Embriologia B sica Rio de Janeiro Else vier 2008 18 Carta M dica do Rio d
15. mientos para una cooperaci n global bio ticamente integradora que necesita persona cada vez m s inteligentes La bio tica de Intervenci n de Garrafa Por su parte la bio tica de intervenci n recoge la vocaci n social poteriana y su sentido tico revolucionario con respecto a la teoria Desde sus primeros pasos la bio tica de intervenci n comienza a tra bajar por el avance de una bio tica transformadora comprometida e identificada con la realidad de los pa ses en v as de desarrollo y por eso recibe la denominaci n de bio tica de intervenci n lo que equi vale a decir una bio tica que no se reduce al discurso sino que se vuelva hacia la pr ctica de las relaciones sociales propone y realiza la intervenci n en ellos La propuesta de una bio tica de intervenci n fue introducida en congresos de bio tica realizados en Brasil Argentina Panam Boli via y M xico a partir de 1995 En el afio 2002 en el marco del sex to Congreso Mundial de Bio tica comenzaron a trazarse las pautas sociales en el mbito mundial que hasta entonces s lo se trataban 16 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 tangencialmente Se tomaron en consideraci n y se analizaron los asuntos socio pol ticos principalmente las diferencias sociales y eco n micas La bio tica de intervenci n tiene base utilitarista y consecuencia lista Con un nuevo marco referencial cr tico y epistemol gico dial c ticamente engarza
16. nsia de multiplicar seus lucros cobi am o mercado educacional brasileiro Tenho em minhas m os o jornal Dynamic Chiropractic publicado nos Estados Unidos da Am rica pela World Federation of Chi 89 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 85 97 ropractic Federa o Mundial de Quiropraxia em 09 de abril de 2007 que estampa na capa ilustrado com uma sequ ncia de notas de Real mat ria em ingl s cuja tradu o do t tulo diz o seguinte Briga pela quiropraxia no Brasil tem import ncia global relata com detalhes que esta Federa o lan ou uma campanha para arrecadar fundos junto s suas 87 associa es filiadas com o objetivo de arrecadar US 100 000 para que a WFC possa financiar a batalha pela aprova o do Projeto de Lei que regulamenta a profiss o de quiropraxista e que se encontra em tramita o na C mara dos Deputados do Brasil A tradu o de trechos da mat ria da Dynamic Chiropractic revela ainda que para a WFC a regulamenta o da profiss o de quiropraxia no Brasil tem import ncia estrat gica para as segurar a expans o dos cursos superiores de quiropraxia em outros pa ses da Am rica Latina e do mundo Em defesa de nosso Congresso Nacional requeiro Mesa da C mara dos Deputados que adote as provid ncias necess rias para repelir as insinua es assacadas contra o Legislativo brasileiro por esta publica o bem como para exigir explica es sobre os reais objetivos da campanh
17. o de recursos escassos Abstract The law and bioethics are often faced with difficulties in seeking and doing justice when for example there are limited resources for attending to unlimited needs which is a fairly common situation in healthcare In this regard the text discusses issues relating to the idea of justice in allocating healthcare resources such as Is justice the same as equality But equality of what What are the criteria for promoting allocation of scarce resources justly and equitably when they are insufficient for everyone notwithstanding the universal right to healthcare Although this paper makes no claims to provide a definitive answer for such longstanding questions discussion of this issue is shown to be useful as an aid for seeking better resource distribution in the light of the reality of shortages relating to the so called tragic choices within healthcare Key words Distributive justice Equality Equity Health Allocation of scarce resources 29 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 A preocupa o com a justi a uma constante para o direito A pr pria express o latina que designa o direito jus guarda correla o com justitia sendo tamb m m xima jur dica que diz repousar a jus ti a dos julgamentos nas premissas da igualdade de todos perante a lei e na ideia de que casos semelhantes merecem semelhante deci s o Cumpre destacar outrossim a relevante fun o emotiva 1 que
18. o artigo discute a imposi o de cren as ou ideias mostrando que tal procedimento fere viola ou at mesmo impede a constru o de um estado verdadeiramente laico que represente to dos os cidad os Estabelece paralelo entre as situa es que ferem os preceitos da laicidade com algumas circunst ncias que envolvem a reflex o bio tica e sua pr tica na rea da sa de argumentando que tamb m nesses casos cons tata se a influ ncia direta da nega o da diversidade Conclui considerando que o princ pio que a bio tica e a laicidade compartilham o respeito pela di feren a que permite a conviv ncia dos indiv duos em sociedade respeitadas suas origens cren as op es sexuais pol ticas e demais aspectos relativos liberdade de consci ncia Palavras chave laicidade bio tica diversidade cultural humanidades Abstract This paper presents a discussion on secularism making use of ety 53 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 53 68 mology sociology and political science to establish the definition of the term and establish comparisons with other concepts commonly used as synonyms According to the presuppositions of these fields of knowledge secularism re lates to individuals peaceful and harmonic coexistence within society with out imposition of religious faith of any nature This paper takes the standpoint that secularism is not an ideology or doctrine and discusses the imposition of faiths or ideas
19. o de fis caliza o obteve xito foi nesse caso da cidade de S o Jos Exposto o epis dio surge a d vida sobre o que de fato faziam os acad micos e seus mestres no Brasil Ele emerge em meio a impor tantes discuss es que t m sido travadas em torno de um projeto de lei para regulamenta o da quiropraxia enquanto profiss o independen te no Brasil o Projeto de Lei N 4 199 2001 7 O n cleo do conflito tem sido a tentativa sistematizada de impor ao Brasil um modelo de pr tica da quiropraxia inadequado ao contex to sociocultural e econ mico brasileiro ao modelo de aten o sa de adotado pelo pa s e s normas que historicamente s o adotadas para regular essa pr tica As inten es ocultas nas press es para a aprova o dessa legali za o t m sido associadas com o interesse na expans o do mercado uma vez que grande quantidade de equipamentos e instrumentos costuma acompanhar a assist ncia na rea de quiropraxia em pa ses como os Estados Unidos Parte dessa discuss o pode ser observada na transcri o taqui gr fica do pronunciamento da deputada Alice Portugal na sess o da C mara dos Deputados do dia 16 de maio de 2007 Trago ao plen rio da C mara dos Deputados uma de n ncia grave documentada uma den ncia que mostra a exist ncia de uma campanha internacional de arrecada o de recursos para sustentar um lobby que representa poderosos interesses privados estrangeiros que na
20. ria livre mente discutida entre os te logos mas se trata de um ensinamento que pertence ao patrim nio permanente da doutrina moral da Igreja 8 A pol tica nacional de planejamento familiar A partir da d cada de 1950 do ponto de vista individual e familiar as pessoas passaram a demandar meios para a regula o da fecundi dade Todavia as leis brasileiras continuavam a ser aquelas que proi biam o aborto a esteriliza o a propaganda e a venda de m todos contraceptivos Em 1983 foi lan ado o Programa de Assist ncia Integral Sa de da Mulher PAISM em um contexto de avan o das conquistas femi nistas e do processo de redemocratiza o O PAISM tinha como finalidade atender a sa de da mulher du rante todo seu ciclo vital oferecendo aten o integral Entre suas ac es o PAISM oferecia preven o ao c ncer acompanhamento gi necol gico planejamento familiar e tratamento para a infertilidade Somente em 1996 o Congresso Nacional aprovou a lei n 9 263 de 12 de janeiro de 1996 que regulamenta o par grafo 7 do art 226 da Constitui o Federal que trata do planejamento familiar no Brasil Esta lei incorporou muito do que havia sido discutido anterior mente no pa s sobre o planejamento familiar estabelecendo o como um direito da mulher do homem e do casal e como parte do conjunto de a es de atendimento global e integral sa de Al m disso essa lei pro biu qualquer medida coercitiva no campo do p
21. s da den ncia a Pol cia Federal flagrou o grupo em um gin sio de esportes em condi es prec rias para atendimento da quiropraxia um tipo de manipula o corporal que se executada de forma inadequada pode trazer danos irrevers veis ao sistema nervoso e ao aparelho locomotor Ao desrespeitar a legisla o do pa s bem como as profiss es regulamentadas para a pr tica da quiropraxia j que a quiropraxia um dos recursos manipulativos e uma das especialidades da Fisioterapia a pr tica ilegal permitiu uma s rie de questionamentos ticos A partir do contexto apresentado feita uma an lise bio tica sobre a pr tica de laborat rios humanos envoltos na premissa de pr tica volunt ria aplicada em popula es socialmente vulner veis 85 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 85 97 Palavras chaves Quiropraxia Fisioterapia Ilegal Bio tica tica Abstract This paper focuses on the accusation made by the Regional Physio therapy Council of the 10th Region regarding professional activities illegally practiced by a group of 26 Americans from Palmer University Florida who had come to the state of Santa Catarina southern Brazil with tourist status The attendance for needy individuals was provided in June 2008 Acting on the accusation the Federal Police caught the group red handed in a sports gymnasium that provided poor conditions for chiropractic attendance This is a type of body manipulation that if carried ou
22. se possam compreender uns aos outros os motivos das a es ou formas culturais que se estabelecem no espa o de socializa o De modo que se alcance uma redu o das viol ncias que destroem os grupos e sociedades humanas e animais e as pessoas possam decidir sobre suas vidas de acordo com suas cren as convic es filosofias e liberdade de consci ncia Que a sociedade respeite essas decis es e o Estado garanta o espa o de conviv ncia social sem o monop lio e imposi es de determinada cren a ideologia filosofia ou igreja particulares Refer ncias 1 Milot M La laicit Otawa Novalis 2008 2 Blancarte RJ Introducci n In Blancarte RJ coordinador Los retos de la laicidad y la secularizaci n en el mundo contempor neo M xico DF El Co legio de M xico 2008 p 9 27 3 Blancarte R El porqu de un Estado laico In Blancarte RJ coordinador 67 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 53 68 Los retos de la laicidad y la secularizaci n en el mundo contempor neo M xico DF El Colegio de M xico 2008 p 29 46 4 Baub rot J Les laicit s dans le monde Paris PUF 2009 5 Oro AP A laicidade na Am rica Latina uma aprecia o antropol gica In Lorea RA organizador Em defesa das liberdades laicas Porto Alegre Livrar ia do Advogado Editora 2008 p 81 96 6 Durkheim E Les formes l mentaires de la vie religieuse Paris PUF Quadrige 5e dition 2005 7 Sarmento D O crucifixo
23. showing that such procedures harm violate or even impede the construction of a truly secular state that represents all citizens A parallel is established between situations that harm the precepts of secularism and certain circumstances that involve bioethical reflection and the practice of bioethics within healthcare by arguing that in those cases too the direct in fluence of the denial of diversity is observed The paper concludes by taking the view that the principle that bioethics and secularism share is the respect for differences that allows individuals to live together within society with re spect for their origins beliefs sexual orientation politics and other matters relating to freedom of conscience Key words Secularism Bioethics Cultural diversity Humanity O termo laicidade aparece recentemente no cen rio brasileiro ape sar de representar uma antiga proposta politica e de governo dos es tados nacionais e rep blicas constitu das nos ltimos dois s culos sobretudo nos pa ses latino americanos com heran a cultural e pol ti ca iluminista De fato os princ pios da laicidade foram os pilares ide ol gicos que legitimaram a constitui o das rep blicas que surgiram no s culo 19 Muitos pa ses constitu ram seus regimes de acordo com a laicida de do estado Isto significa que a laicidade n o privativa de uma s cultura uma s na o ou uma hist ria particular Al m disso neces s rio apontar que
24. tica ilegal no Brasil e a quest o da legaliza o como profiss o isolada Em junho de 2008 o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 10 Regi o recebeu uma den ncia de exerc cio ilegal da fisioterapia Tratava se do exerc cio da quiropraxia de manipula o osteomioligamentar manipula o de extrema complexidade e que se for executada de maneira inadequada pode lesar a coluna vertebral causando danos irrevers veis ao sistema neurol gico do paciente De acordo com o CREFFITO da 10 Regi o ficou constatado que as atividades ocorreram na cidade de S o Jose situada na regi o me tropolitana de Florian polis no Estado de Santa Catarina durante o m s de junho de 2008 No procedimento de fiscaliza o verificou se que vinte e um acad micos e cinco professores da Palmer Universidade da Florida realizavam a quiropraxia em um gin sio de esportes da localidade A fiscaliza o constatou que o grupo n o portava documentos que lhes autorizassem o exerc cio profissional em territ rio brasileiro ou qualquer licen a emitida por autoridades brasileiras que garantissem tal atua o Em raz o dos fatos apurados e em aten o ao disposto no inciso TIT do Art 7 da Lei de 6 316 75 que confere aos Conselhos Regio nais de Fisioterapia a compet ncia de fiscalizar o exerc cio profissio nal na rea de sua jurisdi o representando inclusive s autoridades competentes sobre os fatos que apurar e cuja solu
25. 1 4 115 138 cia para se entrar em contato com alguma descri o ou algum relato de abusos cometidos contra inocentes tendo por justificativa o avan o da ci ncia Lembremo nos apenas do cl ssico artigo de Henry Bee cher publicado h mais de quatro d cadas no prestigiado peri di co The New England Journal of Medicine que alertando para o fato de que graves erros ticos estavam aumentando n o s em n meros mas tamb m em variedades apresenta 22 exemplos de experimentos m dicos cujas realiza es jamais deveriam ter sido realizados 19 Aceitemos ent o como nos sugere Leon Oliv que a ci ncia e igualmente a tecnologia s o assim como tantos outros sistemas de a es intencionais Ou seja os sistemas tecnocient ficos apresentam agentes colocando em pr tica determinados meios obtendo determi nados resultados buscando deliberadamente alcan ar determinados fins movidos por determinados interesses Por corol rio uma vez que os pesquisadores agem de acordo com suas cren as conhecimentos valores e normas particulares a pr tica para aquisi o de conhecimento cient fico pode ser louv vel ou con den vel influenciando no julgamento os meios utilizados os resul tados gerados os fins almejados e o tratamento atribu do s pessoas considerando as agentes morais Dessa forma a ci ncia n o etica mente neutra 20 Corroborando este posicionamento temos a reflex o de Thomas Kuhn a respeito do processo
26. As rela es entre a reflex o bio tica e a pr tica da fisio terapia s o ainda muito incipientes Basta que se fa a uma busca nos bancos de artigos a partir desses dois descritores para se constatar a raridade da produ o em bio tica sobre temas originados nessa rea O exerc cio das profiss es da sa de regulamentado por lei no Brasil e est sob o crivo dos respectivos conselhos profissionais esta belecidos no pa s Estes rg os t m a fun o de contribuir para a se guran a da popula o fiscalizando a atividade de seus profissionais que devem estar devidamente regularizados A bio tica pode contribuir para a melhoria das pr ticas exatamen te naquilo que ultrapassa o alcance da norma deontol gica ou da lei 95 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 85 97 Por isso importante a aproxima o da fisioterapia com os modelos e os fundamentos da bio tica O fato aqui analisado demonstra o quanto inaceit vel para qual quer profiss o em especial aquelas que lidam com vidas humanas que pessoas n o habilitadas ou n o autorizadas pelo pa s pratiquem sob a denomina o de trabalho volunt rio um laborat rio humano onde a corrup o de preceitos ticos e legais exponha as pessoas a riscos sem qualquer possibilidade de regula o e controle social Tal como tem sido concebida pelos autores brasileiros e latino americanos a bio tica n o se reduz a um modelo de resolu o de conflitos na dime
27. Editora EDUSC 2001 6 Ribeiro RJ Novas fronteiras entre natureza e cultura In Novaes A orga nizador O Homem m quina a ci ncia manipula o corpo S o Paulo Compa nhia das Letras 2003 7 Mir L organizador Gen mica S o Paulo Editora Atheneu 2004 8 Assad ALD Auc lio JG Biotecnologia no Brasil recentes esforcos In Silveira JMFJ Dal Poz ME e Assad ALD organizadores Biotecnologia e re cursos gen ticos desafios e oportunidades para o Brasil Campinas Instituto de Economia Financiadora de Estudos e Projetos 2004 9 Food and Agriculture Organization of the United Nations Commission on Genetic Resources for Food and Agriculture Towards a code of conduct for plant biotechnology as it affects the conservation and utilization of plant ge netic resources Rome 14 Oct 2002 10 Brasil Minist rio do Meio Ambiente internet Diversidade biol gica do Brasil acesso em 26 Set 2005 Dispon vel em http www mma gov br port sbf chm biodiv brasil html 11 Brasil Minist rio da Agricultura Pecu ria e Abastecimento internet Agroneg cio brasileiro uma oportunidade de investimentos acesso em 26 Set 2005 Dispon vel em http www agricultura gov br portal page pa geid 33 968707 amp dad portal amp schema PORTAL 12 Martinson BC Anderson MS De Vries R Scientists behaving badly Na ture 2005 435 737 738 13 Garrafa V Bio tica e ci ncia at onde avan ar sem agredir In Costa SIF Ga
28. F internet Instru o sobre o respeito da vida humana nascente e a dignidade da pro cria o Donum vitae AAS acesso em 18 Fev 2010 80 1988 70 102 Dis pon vel em http www vatican va roman_curia congregations cfaith docu ments rc con cfaith doc 19870222 respect for human life po html 5 Santa S Paulo VI internet Carta Enc clica Humanae Vitae AAS aces so em 18 Fev 2010 60 1968 481 503 Dispon vel em http www vatican va holy father paul vi encyclicals documents hf p vi enc 25071968 huma nae vitae po html 6 Oliveira E Biotecnologias de procria o e bio tica Cadernos Pagu 1998 10 53 81 7 Can o Nova Not cias internet Bento XVI reafirma posi o da Igreja sobre contraceptivos acesso em 5 Fev 2010 Dispon vel em http noticias cancaonova com noticia php id 271255 8 Aquino F internet Paternidade responsavel Especial Saiba tudo so bre o m todo Billings Entrevista com o professor Felipe de Aquino aces so em 18 Fev 2010 Dispon vel em http www cleofas com br virtual texto php doc ENTREVISTA amp id ent0096 9 Alves JED As Pol ticas Populacionais e o planejamento familiar na Am rica Latina e no Brasil In Brasil Minist rio do Planejamento Or amento e Gest o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBGE Escola Nacio nal de Ci ncias Estat sticas Textos para discuss o N 21 Rio de Janeiro Brasil 2006 10 Brasil Minist rio da Sa
29. S o Paulo Loyola S o Camilo 2003 p 113 124 39 Gracia D Fundamentos de Bio tica Madrid Eudema 1989 40 Kilner JF Who lives Who dies Ethical Criteria in Patient Selection Lon don Yale University Press 1990 Recebido em 25 09 2010 Aprovado em 12 07 2010 52 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 53 68 Artigos de atualiza o Esta se o destina se a trabalhos que relatam e discutem informa es atuais sobre temas de interesse da bio tica e espontaneamente envia dos pelos autores Considera es sobre a laicidade e a diversidade e suas cone x0es com a bio tica Remarks on secularism and diversity and their connections with bioethics Marcia Mocellin Raymundo Hospital de Cl nicas de Porto Alegre Porto Alegre Rio Grande do Sul Brasil marciamocellin gmail com Daniel Guti rrez Martinez Universidad Nacional Autonoma de M xico Ciudad de M xico DF M xico dgutierrezcolmex yahoo fr Resumo O artigo apresenta discuss o sobre a laicidade recorrendo etimo logia sociologia e ci ncia pol tica para estabelecer a defini o do termo e estabelecer compara es com outros conceitos comumente utilizados como sinon mia Segundo os pressupostos dessas reas do conhecimento a laici dade visa conviv ncia harm nica e pac fica dos indiv duos em sociedade sem imposi o de cren as de qualquer natureza Defendendo a ideia de que a laicidade n o uma ideologia ou doutrina
30. a aplica o do direito positivo Seu conte do todavia perma nece ref m das humanas conting ncias Nesses termos que o jus naturalismo em sua propens o pr revolucion ria alimentou muitas vezes a luta contra o status quo sob a alega o de disson ncia entre o direito posto e o ideal supostamente natural de justi a De outro lado uma vez rec m estabelecido um ordenamento p s revolucion rio a argumenta o jusnaturalista adquire contornos conservadores iden tificando o direito positivado com a manifesta o perfeita da justi a cujo conte do sustenta estaria enfim desvendado Com tudo isso a despeito de sua longevidade hist rica peca a vis o jusnaturalista da justi a por sua excessiva vagueza e generalidade culminando por desenhar f rmulas vazias ou tautol gicas Atestando a relatividade das concep es de justi a e a dificuldade de preencher as f rmulas apresentadas para a justi a cabe real ar novamente a narrativa de Arist teles 8 Segundo ele as muitas for mas de governo foram institu das por homens que concordavam una nimemente em sua poca que a justi a era a igualdade proporcional e todavia falharam ao estabelecer em que consistia essa igualdade proporcional Ele divide ainda a justi a em distributiva referente reparti o das honras e dos bens comutativa que se preocupa com a vida e o bem coletivo e n o individual corretiva ou retificadora que posterior
31. a e se renova cotidianamente alimentada por uma ci ncia que lhe possibilita romper com as barreiras antes n o imagin veis e um Poder Legislativo que sistematicamente se omite no enfrentamento de quest es que envolvam aspectos morais Elda Coelho de Azevedo Bussinguer Programa de P s gradua o em Bio tica da Universidade de Bras lia Bras lia Brasil elda cab gmail com 148 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 147 154 CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA RESOLU O CFM n 1 957 2010 Publicada no D O U de 06 de janeiro de 2011 Se o I p 79 A Resolu o CFM n 1 358 92 ap s 18 anos de vig ncia recebeu modifica es relativas reprodu o assistida o que gerou a presente resolu o que a substitui in totum O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA no uso das atribui es conferidas pela Lei n 3 268 de 30 de setembro de 1957 alterada pela Lei n 11 000 de 15 de dezembro de 2004 regulamentada pelo Decreto n 44 045 de 19 de julho de 1958 e CONSIDERANDO a import ncia da infertilidade humana como um problema de sa de com implica es m dicas e psicol gicas e a legitimidade do anseio de super la CONSIDERANDO que o avan o do conhecimento cient fico permite solucionar v rios dos casos de reprodu o humana CONSIDERANDO que as t cnicas de reprodu o assistida t m possibilitado a procria o em diversas circunst ncias o que n o era poss vel pelos procedimentos tradicionais CONSIDE
32. accept original articles book reviews or scientific updates written in Portuguese Spanish or English following the orthographic rules of the chosen lan guage The papers should be submitted electronically e mail diskette or CD using a word processor compatible with Windows The papers submitted should not had been sent to another publication The opinions and concepts presented in the articles as well as the procedency and the exactitude of citations are a responsibility exclusive of the author s The individual contribution of each author should be specified at the end of text Ex DJ Kipper worked on the papers conception and on the final revision and G Os elka worked on the outline and application of the research The magazine will not publish graphics tables or photographies The published articles will be propriety of RBB and its reproduction as a whole or a part is authorized at any divulgation mean printed or electonic since the source is mentioned Identification of original articles The article should have a title at the same language of the text written at lower case letters followed if necessary by its translation to English written in italics and bold Under the title should be written the author s name s the institution to which s he they is are joint city state and country This identification should have also the author s e mail Guidelines for original article preparation A
33. an lisis intencional de las convergencias y divergencias nos har pensar y reflexionar y permitir tambi n mover conciencias y posibilitar acciones No se trata de una simple coincidencia en asuntos a tratar sino tambi n de cuestiones te ricas relevantes pues la bio tica social 1 Armado Hart D valos destacado abogado y dirigente de la revoluci n cubana Presidente de la Oficina del Programa Martiano en Cuba 12 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 mente comprometida necesita tomar conciencia de la magnitud de los problemas que tiene por delante y los aspectos te ricos que ya han sido elaborados previamente en el pensamiento revolucionario mientras que este ltimo est urgido de revaluar y elevar siempre la pertinencia de sus presupuestos ticos imprescindibles Esa base no es dif cil de alcanzar si consideramos que la bio tica que se hace en la regi n ha venido radicalizando sus compromisos con el cambio As la bio tica de intervenci n se propone en el hori zonte inmediato el compromiso social con el cambio en la situaci n de los oprimidos y las grandes masas latinoamericanas 15 Ese es un presupuesto que la enlaza con lo m s elevado del pensamiento revolucionario latinoamericano Sin embargo en nuestro tiempo la palabra revoluci n ha sido desplazada del l xico acad mico y pare ciera que los discursos bio ticos no tienen nada en com n con el pen samiento pol tico revolucionario Por
34. apenas suas opini es dificuldade em lidar com discuss es o interesse em apenas ensinar ci ncias pois a rea de ci ncias sociais j trabalha com as habilidades de discuss o a falta de tempo entre 103 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 98 114 outras O estudo fez tamb m um relato das percep es dos estudantes quanto s controv rsias Estes s o un nimes em apontar que as dis cuss es quando ocorrem na aula s o provocadas ou iniciadas por alu nos em raz o de algo que leem na m dia e raramente ou ocasional mente s o provocadas pelos professores Na vis o dos estudantes nas discuss es os professores s o sem pre neutros Para eles a discuss o como um ap ndice da aula e nun ca a integrada Importante ressaltar que a despeito das dificuldades o estudo mostra que tanto professores quanto alunos consideram es sencial e valioso a discuss o dos aspectos ticos e sociais no ensino de ci ncias principalmente aqueles apresentados pela biotecnologia 7 O ensino em bio tica O ensino em bio tica no Brasil tem se restringido s reas da sa de Discute se a import ncia da bio tica em seu car ter interdiscipli nar ultrapassando a tica deontol gica esta marcada pelos c digos profissionais Neste sentido Rego faz uma cr tica ao ambiente for mador desses profissionais que por muito tempo tem se pautado no cumprimento heter nomo das leis e normas que regem a profiss o 8 O a
35. as decis es destes sejam neutras puramente di tadas pela racionalidade cient fica Neste modelo os conhecimentos cient ficos assumiriam o papel determinante de pol ticas a serem se guidas isto a popula o ou a sociedade delegaria aos especialistas a decis o ou ainda o que fazer em cada situa o 100 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 98 114 Este modelo bem difundido em nossa sociedade evidenciado no discurso de muitos que depositam na ci ncia uma real esperan a para a solu o dos problemas da humanidade Tal discurso na esco la observado e potencializado quando alunos dep em sobre ou co mentam not cias relacionadas ao desenvolvimento cient fico ou aos produtos da ci ncia 4 Krasilchik menciona que isto decorr ncia da abordagem da bio logia nas escolas de ensino fundamental e m dio que reflete o mo mento hist rico do grande desenvolvimento cient fico das d cadas de 50 e 60 5 O modelo decisionista pelo contr rio distingue entre os fins e os meios Os objetivos devem ser determinados por decis es livres de maneira independente da ci ncia enquanto que os meios seriam de terminados pelos especialistas Este modelo portanto faz uma distin o entre tomadores de decis o e t cnicos Uns determinam os fins outros os meios Este modelo diminui a depend ncia em rela o ao t cnico uma vez que s o as pr prias pessoas que decidem sobre os seus objetivos Por ltimo
36. atua o e interven o na rea da sa de no pa s A aus ncia de profissionais autorizados a atuar no Brasil e de for maliza o para o atendimento m dico e a observa o dos tr mites inerentes somada as condi es prec rias e improvisadas do local sem infra estrutura adequada e higiene potencializavam os riscos A pr tica envolta sob o v u da gratuidade oferecida a t tulo de trabalho volunt rio n o oferecia nenhuma garantia de tratamento ou indeniza es diante da ocorr ncia de eventos adversos sempre pro v veis quando se manipula a coluna vertebral Al m disso os sujeitos recrutados para esse tipo de pr tica pre c ria e em uma cidade perif rica eram evidentemente oriundos de uma popula o socialmente vulner vel que em virtude de car ncia de acesso aos servi os de sa de e ao baixo n vel de instru o e renda tinham menores possibilidades de defenderem seus interesses e de compreenderem os riscos que a pr tica proposta comportava A Declara o Universal sobre Bio tica e Direitos Humanos adota da por aclama o em 19 de outubro de 2005 na 33 Sess o da Con fer ncia Geral da Unesco prev em seu artigo 8 as rela es entre a ci ncia as pr ticas de sa de e a vulnerabilidade humana A vulnerabilidade humana deve ser levada em considera o na aplica o e no avan o do conhecimento cient fico das pr ticas m dicas e de tecnologias associadas Indiv duos e gru pos de vulnerab
37. cada vez mais cedo o mesmo sucedendo com a ado o dos m todos contraceptivos 11 Segundo dados de 2006 33 das mulheres brasileiras com at 15 anos j haviam tido rela es sexuais valor que representa o triplo do registrado em 1996 Por sua vez 66 das jovens de 15 a 19 anos sexu almente ativas j haviam usado algum m todo contraceptivo sendo que o preservativo 33 a p lula 27 e os injet veis 5 foram os mais utilizados 11 Sobre os contraceptivos orais Embora toda forma de contracep o artificial seja rejeitada pela doutrina cat lica neste artigo se dar particular aten o ao anticon cepcional oral ACO Os coment rios que seguem abaixo se referem s tradicionais p lulas combinadas contendo estrog nio e progeste rona Para iluminar a discuss o que se segue importante descrever sucintamente quais s o os mecanismos de a o dos contraceptivos orais combinados Basicamente s o tr s os principais mecanismos que proporcio 73 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 69 84 nam o impedimento da gesta o atrav s do uso dos ACO O primeiro e de longe o mais importante deles a inibi o da ovula o 12 Al m desse mais difundido h mais dois mecanismos de a o que completam e asseguram a contracep o que s o as mudan as no muco cervical que dificultam a subida dos espermatoz ides e as altera es no endom trio tornando o hostil implanta o do ovo
38. correspondam a um chamado mundo externo real mas simplesmente ao melhor entre dois ou o melhor dentre todos os corpos de cren a efetivamente apresentados 131 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 aos avaliadores no momento em que chegam a seu veredicto 21 Bobbio chama a aten o para o fato de que da mesma forma que o progresso cient fico pode apresentar em sua hist ria revolu es signi ficativas assim tamb m pode se dar com o progresso moral do ponto de vista da filosofia da hist ria como pode ser exemplificado pela afirma o dos direitos do homem e sua transi o de uma fase doutri nal no pensamento jusnaturalista para uma fase pr tico pol tica nas Declara es do fim do s culo 18 Essas s o consideradas por Bobbio uma verdadeira e pr pria re volu o copernicana remetendo nos ao exemplo de Kuhn anterior mente citado Bobbio afirma que encontraremos sempre um c digo de deveres ou de obriga es caso nossa busca se d no in cio da hist ria da moral E em que pese o fato de que dever e direito s o termos correla tos no sentido de que um n o pode existir sem o outro c digos de direi tos somente surgiram muito mais tardiamente na hist ria da moral 23 Consideramos importante salientar que seria um equ voco ex trapolar a depend ncia entre os fatos observ veis na natureza e as teorias cient ficas correlacionadas para a concep o extremista da completa independ ncia
39. da precau o pela avalia o racional dos benef cios previstos de serem alcan ados e dos riscos poss veis de serem aceitos poderia em princ pio permitir que a ci ncia e a tecnologia avan assem de modo seguro para o aumento da qualidade de vida da popula o em geral A maturidade na aplica o do princ pio da precau o implica a participa o dos diversos atores envolvidos em toda a cadeia de acontecimentos do cientista que descobre passando pelo tecnologis ta que realiza e chegando ao cidad o comum alvo final da aplica o do conhecimento Isto claro sem excluir legisladores reguladores produtores e quem mais for afeto ao tema em quest o Infelizmente hodiernamente n o s o raros os alertas de que no mbito dos poderes Legislativo e Executivo a ci ncia vem sendo em pregada como uma ferramenta til para tornar argumentos defen s veis em justificativas leg timas para decis es previamente estabe lecidas e acordadas que tiveram como par metros influenciadores quest es comerciais pol ticas ou de outras naturezas similarmente comprometedoras Esse alerta se torna particularmente relevante quando da cons tata o de que em praticamente todas as reas do conhecimento cient fico tendo em vista a alta complexidade das quest es tratadas existem especialistas de not rios saber e compet ncia que apresen tam opini es extra ci ncia dura diametralmente opostas tornando relativamente f cil fazer es
40. da psicologia do desenvolvimento moral 16 Na an lise preliminar de dados identificaram se fatores que in viabilizariam a inser o da dimens o bio tica no ensino de ci ncias e biologia o que consideramos como desafios a serem ultrapassados 107 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 98 114 e que quando transpostos poderiam vir a alavancar a forma o des ses futuros profissionais Nesta discuss o a diferen a entre educa o e doutrina o e relativismo e universalismo foram aspectos conside rados Alguns resultados e an lises Do total de 106 participantes 78 encontravam se na fase inicial dos seus cursos isto entre os 2 3 e 4 semestres Praticamente todos os licenciandos 90 deles concordavam que as disciplinas de ci ncias e biologia devem ser espa os de promo o de valores tico morais Apesar dessa concord ncia pouco se tem feito a fim de tema tizar ou explicitar valores tico morais no ensino dessas disciplinas Neste sentido a bio tica e seu tem rio poderiam fornecer bases para tal demanda como tamb m cumprir seu papel como rica fer ramenta metodol gica Infelizmente pouca aten o tem sido dada ao ensino de Bio tica quer seja permeando o ensino de ci ncias e biologia quanto tamb m na forma o e prepara o dos seus futuros professores A an lise de algumas quest es permitiu tra ar o seguinte pano rama os licenciandos admitem que a forma o tico moral
41. devem ser especificadas ao final do texto ex DJ Kipper trabalhou na concep o do trabalho e na revis o final e G Oselka no delineamento e aplica o da pesquisa e A revista n o publicar gr ficos tabelas ou fotografias Os artigos publicados ser o propriedade da RBB sendo autorizada sua repro du o total ou parcial em qualquer meio de divulga o impressa ou eletr nica desde que citada a fonte Identifica o de artigos originais O artigo deve ser precedido do t tulo no idioma utilizado no texto em caixa bai xa seguido quando for o caso por sua tradu o em ingl s em it lico e negrito Sob o t tulo devem constar o s nomes s do s autor es a institui o qual est o ligado s a cidade estado e pa s Aidentifica o deve trazer ainda o endere o eletr nico do s autor es Formata o de artigos originais Ap s a identifica o os artigos em portugu s ou espanhol devem trazer um resumo conciso com um m ximo de 1 200 caracteres no idioma original al m de sua tradu o para o ingl s abstract com a mesma caracter stica Aos artigos submetidos em ingl s solicita se apenas o abstract Cada resumo deve ser acompanhado de no m nimo quatro e no m ximo de seis palavras chave descritoras do conte do do trabalho apresentadas no final do resumo 156 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 156 163 na l ngua original e em ingl s key words Notas de rodap d
42. e n o apenas aquelas relacionadas infec o pelo HIV a autora conclui ser crucial que a ind stria farmac utica siga utilizando seu poder e riqueza para expandir o acesso aos medica mentos antirretrovirais ao redor do mundo Ana Cl udia Machado Psic loga e especialista em bio tica naclau gmail com 146 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 147 154 Documentos Esta se o destina se a apresentar documentos de interesse relevante para a bio tica Apresenta o O desafio e a coragem de superar o atraso legislativo brasileiro A Resolu o do Conselho Federal de Medicina 1957 2010 representa um avan o no enfrentamento das quest es ticas relativas reprodu o assistida no Brasil e coloca o Conselho Federal de Medicina CEM como o protagonista normativo de problemas sociais que j deveriam ter sido objeto de decis o do Poder Legislativo Ela evidencia o descompasso entre o tempo social e o tempo legislativo e o atraso a que ficamos submetidos enquanto o legislativo n o consegue dar conta de uma sociedade que renova seus padr es ticos e de uma ci ncia em permanente avan o Nesses dezoito anos que separam a Resolu o CFM 1358 92 da Resolu o CFM 1957 2010 que tratam das normas ticas para utiliza o das t cnicas de reprodu o assistida muita coisa mudou na sociedade na ci ncia e na pr tica m dica Nesse tempo as cl nicas de reprodu o assistida se multiplicaram pelo pa s n o hav
43. ele onde estiver viva ele da forma que viver caso seja capaz de desenvolver absolutamente sem limita es sua capaci dade de conhecer o mundo alcan ar a exata mesma cren a acerca do mundo que qualquer outro ser humano que igualmente goze da extrema aus ncia de interfer ncia no que tange ao exerc cio da racio nalidade alcan ar No cerne desta cren a segundo Oliv repousa o equ voco de que h rela es causais objetivas no mundo isto rela es cuja exis t ncia independente do que cada indiv duo acredite s quais em princ pio podem ter acesso epist mico todos os seres humanos 20 Significativa contribui o para esta discuss o surgiu do trabalho de Thomas Kuhn com suas reflex es acerca das revolu es cient ficas e da incomensurabilidade caracter stica entre teorias cient ficas que se sucederam por meio de uma mudan a paradigm tica Para Kuhn a ci ncia pode avan ar mediante uma evolu o do tipo cumulativa normal ou seja quando novos conhecimentos apenas s o agregados ao conhecimento previamente dispon vel ou por interm dio de uma mudan a revolucion ria que necessariamente envolve descobertas cujos conceitos n o estavam j em uso com mudan as nas leis da natureza e nos crit rios pelos quais alguns termos est o ligados na tureza 21 Em rela o incomensurabilidade Kuhn utiliza metaforicamen te este termo originalmente empregado na geometria para designar ne
44. est ticas e duradouras demonstra a nega o tanto intelectual quanto pol tica da pluralidade e da diversidade que sempre existiram e que historicamente retroalimen taram os processos identit rios institucionais e pessoais 10 Para Camps preciso considerar que a diferen a parece opor se e contradizer o sentido universal inerente tica cuja fun o delimitar algo comum humanidade e que a essa ideia pertencem os valores e os direitos tais como a liberdade igualdade justi a paz dignidade entre outros que s o historicamente reconhecidos e con quistados e por isso mesmo universaliz veis 11 Ao mesmo tempo se deve reconhecer que essa ineg vel tend ncia ao universal acom 62 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 53 68 panhada tamb m pela convic o de que a tica nasce precisamente do conflito entre o universal e o particular nos meandros entre o esta belecido pela lei e o costume Algumas situa es que envolvem a sa de e consequentemente que repercutem na bio tica sofrem influ ncia direta dessa tens o e algumas vezes chegam a ferir os preceitos da laicidade e a negar a diversidade de religi es filosofias etnias e cren as Vale enfatizar que a laicidade n o se ocupa apenas das quest es religiosas uma vez que existem v rias maneiras de se impor as cren as bem como de discriminar ou desconsiderar aquilo que diferente Exemplo dessa situa o a proibi o da p
45. funda mental para a forma o do estudante creem que a escola bem como outros ambientes sociais vinculados ao estudante s o co respons veis por esta forma o Para eles h uma concord ncia que estudantes do ensino fundamental e m dio estejam em pleno desenvolvimento de sua personalidade moral Apesar da valoriza o da forma o tico moral os licenciandos admitem o perigo dessa inten o se tornar doutrina o Para 51 dos licenciandos a educa o para a forma o tico moral ou de valores pode facilmente tornar se doutrina o enquanto que 43 dos entrevistados discordam de tal posi o Esta quest o foi central na discuss o empreendida na pesquisa Este posicionamento dos licenciandos um tanto quanto equilibrado reflete recorrentes discuss es em torno da educa o moral ou de va lores o seu efetivo papel no ambiente escolar e o perigo dela se tornar uma proposta doutrin ria A resist ncia em n o explicitar ou tematizar valores morais nas 108 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 98 114 pr ticas docentes pode ser atribu do a esta preocupa o de futuros professores e ao receio de facilmente agirem como doutrinadores hi p tese subjacente levantada pelo nosso estudo Cortina ao abordar a diferen a entre doutrina o e educa o destaca que tal diferen a n o est no m todo utilizado e nem no con te do Para ela a distin o reside no objetivo que o doutrinador e o educador pe
46. imposs vel construir uma sociedade au tenticamente democr tica contando apenas com indiv duos t cnica e socialmente capacitados porque tal sociedade pre cisa fundamentar se em valores para os quais a raz o instru mental cega valores como a autonomia e a solidariedade que comp em de forma inevit vel a consci ncia racional das institui es democr ticas 21 A autora vai mais adiante afirmando que se as pretens es da edu ca o se restringirem forma o de uma pessoa que s busca seu pr prio bem estar ent o suficiente uma educa o baseada na ra cionalidade instrumental mas se o prop sito for a forma o de pesso as aut nomas com desejo de autorealiza o ent o necess ria uma educa o moral no mais amplo sentido da palavra moral 21 A quest o do relativismo e universalismo tamb m deve ser con siderada quando se discute uma proposta em educa o em valores Muitos educadores inquietam se diante do fato de qual proposta po deria contemplar satisfatoriamente a discuss o de valores num mun do plural Cortina e Puig apontam que na sociedade moderna aberta 1 Este termo reafirma a presen a de um contexto competitivo permanente caracter s tico das sociedades modernas 110 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 98 114 e plural na qual h coexist ncia de diferentes modelos de vida e o desaparecimento de certezas absolutas urgente ocupar se da edu ca o moral 17 22 O
47. involucren los actos conscientes de todos los ciudadanos Cuando el Estado y el poder revolucionarios establecen relacio nes de dominaci n como la subordinaci n del individuo y su consi deraci n s lo como masa el trabajo con la consciencia se desvanece y la revoluci n se compromete Che trata de propiciar una salida a esta contradicci n entre el individuo y la sociedad por varias v as y una de las fundamentales es la que ofrece la tica En este plano hay una coincidencia fundamental con la bio tica que tambi n se vuelve hacia el individuo y reclama una responsabili dad que emane de su participaci n consciente Aqu el pensamiento tico revolucionario del Che y la bio tica vuelven a darse la mano para encontrar soluciones a los problemas nuevos y a aquellos que han frustrado importantes procesos revolucionarios que no han sabi do o podido resolver la contraposici n entre el individuo y las estruc 26 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 turas del poder revolucionario La vinculaci n de la tica a la transformaci n revolucionaria debe constituir un eslab n que permita que el pensamiento revolucionario pueda construir una bio tica que sea capaz de salvar no solo los pro blemas del individuo sino los problemas de la sociedad Referencias 1 Arcos A Evocando al Che Habana Editora Ciencias Sociales 2007 2 Ch vez A Del pensamiento tico del Che Habana Editora Pol tica 1983 3 Sosa T C
48. la bio tica global de Potter y la pro puesta de una bio tica contextualizada y comprometida con los opri midos la bio tica de intervenci n propuesta por Garrafa El pensamiento tico revolucionario de Ernesto Che Guevara es pilar indispensable para comprender el cambio social y la transfor maci n revolucionaria de la sociedad Asimismo es imprescindible para trabajar los principales problemas del mundo subdesarrollado Am rica Latina y la sociedad cubana 1 2 3 4 Van Rensselaer Potter y su propuesta de bio tica global produjo un cambio revolucionario en la tica al ampliar el c rculo de la moralidad para incluir a la naturaleza realizar una cr tica a las ticas dominantes en el capitalismo contempor neo pensar los problemas del conocimien to no manejable y la supervivencia de la humanidad 5 6 Volnei Garrafa al proponer la bio tica de intervenci n ha con textualizado la cr tica tica en las problem ticas de la salud y el desa rrollo cient fico tecnol gico Simult neamente se compromete con la b squeda de soluciones a los problemas persistentes la pobreza la marginaci n la falta de equidad 7 8 El art culo muestra las potencialidades que existen para un di logo fruct fero entre la tica revolucionaria la bio tica global y la bio tica de intervenci n 9 Exploramos las posibilidades que ofre cen de conjunto para el fortalecimiento de las bases de una bio tica comprometida con el cambio
49. lula do dia seguinte em alguns pa ses da Am rica Latina se fundamenta primordialmente em preceitos morais particulares de algumas religi es Do mesmo modo a discuss o sobre a descriminaliza o do aborto cujos argu mentos contr rios em sua maioria repousam sobre os fundamentos de algumas confiss es religiosas e s o impostos a todos os indiv duos da sociedade Dessa forma a liberdade de consci ncia de cada um bem como o direito de decidir sobre o pr prio corpo s o solapados Este o caso das discuss es sobre a eutan sia outro exemplo que tamb m se encaixa na perspectiva de nega o da diversidade Sobre esse tema muitas vezes os dilemas s o discutidos nas esferas cien t fica e jur dica de forma totalmente parcial j que os protagonistas dos debates n o consideram a diversidade e buscam impor a toda sociedade preceitos religiosos ou filos ficos particulares inclusive in vocando argumentos religiosos mormente travestidos de cient ficos Quaisquer destes temas que podem ser questionados desde o ponto de vista da laicidade tamb m o podem ser discutidos a partir da bio tica que da mesma forma pode ser vista como ferramenta para media o de conflitos Contudo ocorre que a pr pria bio tica tam b m algumas vezes utilizada de forma dogm tica sob a influ ncia das reas biom dicas cuja proemin ncia pode levar ao esquecimento da ess ncia da tica valorizando se apenas os aspectos cient ficos e as t
50. luz da laicidade destaca se logo no pre mbulo do documento a alus o feita a Deus 8 Tal refer ncia do legislador cons tituinte tem ensejado manifesta es equivocadas decorrentes de uma err nea interpreta o que atribui valor normativo ao cap tulo inicial Portanto a partir dos exemplos citados poss vel compreender que a autonomia do pol tico frente ao religioso n o a mesma coisa que separa o entre o Estado e as igrejas Fundamentos da laicidade Milot e Blancarte apontam que s o tr s os aspectos fundamentais da laicidade 1 2 O primeiro deles seria o da independ ncia do Esta do em rela o igreja e a autonomia das organiza es religiosas em rela o ao poder pol tico O Estado n o tira sua legitimidade de uma igreja ou de uma transcend ncia religiosa A ordem pol tica livre para elaborar normas coletivas de interesse geral sem que nenhuma 59 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 53 68 religi o ou convic o particular domine ou controle o poder pol tico ou as institui es p blicas Segundo as autoras existem duas modalidades de separa o 1 2 Uma delas aparece na forma de preceito constitucional adotada por pa ses como a Fran a o M xico a Turquia e o Brasil A outra modali dade se caracteriza como uma independ ncia que se insere gradual mente na governan a pol tica de tal modo que uma separa o efetiva se inscreve progressivamente na interpreta o do direito
51. maco a justi a n o outra coisa sen o a conveni ncia do mais forte Nessa poca soava naturalmente justo que houvesse livres e escravos com tratamentos distintos conforme a classe social o sexo a nacionalidade aproximando se do crit rio de que a cada um conforme sua posi o atual na sociedade Na mesma obra por outro lado atribui se a S crates na discus s o com Tras maco a identifica o entre a virtude da justi a e a ver dade 12 essa virtude de justi a resume se em proferir a verdade e em restituir o que se tomou de algu m Por esse ltimo prisma permite se recordar o cuique suum tribuere atribuir a cada um o seu o que lhe devido do direito romano que passou hist ria como defini o das mais habituais de justi a na formula o de Jus tiniano que caracterizou a justi a como o constante e permanente desejo de dar a cada um o que lhe devido 13 A dificuldade nessa defini o consiste exatamente em depender de um direito pr vio que diga qual o seu devido a cada um Do mesmo modo al m de refu tar o pensamento defendido por Tras maco acerca do direito do mais forte contesta S crates tamb m a ideia atribu da a Sim nides de que a justi a consistiria em promover o bem dos amigos e o mal dos inimi gos evidenciando se nesse trecho a multiplicidade de concep es de justi a numa mesma poca e local Embasada numa no o de justi a retributiva foi de se dest
52. mail dis quete o CD ROM en procesador de texto compatible con el Windows Los trabajos presentados no pueden haber sido presentados a otros peri dicos Las opiniones y conceptos presentados en los art culos as como su procedencia y la exactitud de las citas son de responsabilidad exclusiva de los autores Las colaboraciones individuales de cada autor en la elaboraci n del art culo de ben ser especificadas en el fin del texto por ejemplo DJ Kipper trabaj en la concep ci n del trabajo y en la revisi n final y G Oselka en el delineamiento y en la aplicaci n de la investigaci n e La revista no publicar gr ficos tablas o fotograf as e Los art culos publicados ser n de propiedad de la RBB siendo permitida su reproducci n total o parcial en cualquier medio de divulgaci n impresa o electr nica desde que se cite la fuente Identificaci n en los art culos originales El art culo debe ser precedido del t tulo en el idioma utilizado en el texto en caja baja seguido seg n el caso por su traducci n en ingl s en cursivas y negritas Abajo del t tulo deben estar el nombre del autor o de los autores la instituci n a la cual pertenece la ciudad estado y pa s e La identificaci n tambi n debe contener el e mail del autor o autores Normas de estilo para los art culos originales Luego abajo de la identificaci n del autor los art culos en portugu s o espa ol deben contener un resumen con
53. nos tribunais e a laicidade do estado In Lorea RA organizador Em defesa das liberdades laicas Porto Alegre Livraria do Advogado Editora 2008 p 189 201 8 Lorea RA O ass dio religioso In Lorea RA organizador Em defesa das liberdades laicas Porto Alegre Livraria do Advogado Editora 2008 p 159 72 9 Woodward K Identidade e diferen a uma introdu o te rica conceitual In Tadeu da Silva T organizador Identidade e diferen a a perspectiva dos estudos culturais Petr polis Editora Vozes 8 ed 2008 p 7 72 10 Guti rrez Martinez D Religiosidad y creencias en un mundo multicul tural In Guti rrez Martinez D coordinador Multiculturalismo Desafios y perspectivas M xico DF Siglo XXI 2006 p 157 86 11 Camps V El derecho a la diferencia In Oliv L compilador tica y diver sidad cultural M xico Fondo de Cultura Econ mica 2 ed 2004 p 87 101 12 Gonz lez Valenzuela J Que tica para la bio tica In Gonz lez Valen zuela J coordinadora Perspectivas de bio tica M xico Fondo de Cultura Econ mica 2008 p 9 50 13 Viesca Trevi o C Bio tica Conceptos y m todos In Gonz lez Valenzu ela J coordinadora Perspectivas de Bio tica M xico Fondo de Cultura Econ mica 2008 53 89 14 Morin E Ci ncia com consci ncia Rio de Janeiro Bertrand Brasil 1996 p 175 275 15 Guti rrez CB Reflexiones hermen uticas en torno de tica y diversidad cultural In Oliv L com
54. o de que a quali fica o moral de uma a o como boa ou m depende de cada cultura ou de cada grupo isto n o h nada universal no mbito moral Assim o relativismo torna se insustent vel na medida em que em se tratando da discuss o em torno de uma proposta de educa o moral h uma recusa ao di logo por consider lo imposs vel Contrariamente ao relativismo o universalismo sob a forma de um dogmatismo um tanto quanto nocivo produzindo uma paralisia na discuss o at aqui empreendida Tal tend ncia preconiza que no terreno moral existem conte dos inquestion veis v lidos permanen temente sem possibilidade de discuss o Neste contexto dogm tico qualquer proposta de educa o moral 111 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 98 114 segundo Puig pautada numa concep o absoluta dos valores im postos com ajuda de algum poder autorit rio suas pr ticas t m como principal objetivo a transmiss o unilateral de valores e normas a se rem respeitados utilizando se de m todos de convencimento e at mesmo coa es para fazer com que todos os alunos os adotem necess rio o reconhecimento da variabilidade dos conte dos morais para a supera o desse universalismo revestido de dogmatis mo que tem como seu maior equ voco a recusa ao di logo mas dife rentemente do relativismo por pressupor a sua desnecessidade 22 Considera es finais Em se tratando do contexto atual torna se
55. otra parte la bio tica ha levantado un conjunto de problemas ticos cruciales que colocan en entredichos viejos dogmas morales y viejas formas de asumir la moralidad Ubicados en esta situaci n de diversidad y hasta cierto punto po laridad nos preguntamos acerca de la fertilizaci n mutua posible en tre el pensamiento bio tico y el revolucionario y espec ficamente con respecto a los aportes del Che desde la perspectiva tica revoluciona ria que es siempre una perspectiva pol tica As como en la bibliograf a tica existen numerosos estudios acer ca del pensamiento tico revolucionario en la bio tica se han desa rrollado estudios sobre los or genes rasgos y esencia del pensamien to bio tico Aunque en este ltimo caso una parte importante de los estudios est centrado en la bio tica biom dica y las metodolog as bio ticas trabajos como los de Gracia 16 17 Engelhardt Spinsanti 18 y entre nosotros Acosta 11 19 y Delgado 20 21 han prestado atenci n a los or genes de la bio tica en Potter su car cter cr tico y revolucionador de la tica Necesitamos investigaciones que vinculen directamente y busquen establecer un di logo y esclarecer los v n culos de continuidad y ruptura de complementaci n entre la tica revolucionaria la bio tica global y la bio tica de intervenci n La Bio tica nos propone una tica social abierta a los problemas m s apremiantes dado el desarrollo tecnol gico y cient
56. pensamento d bil ou p s moderno neo individualista em uma poca p s moral nas palavras de Cortina rejeita a possibilidade de fundamentar a moral principalmente porque considera que a tradi o filos fica moderna foi v tima de um encantamento centrado na epistemologia 21 Este pensamento tem como uma de suas carac ter sticas o abandono de ideais universalistas de justi a liberdade igualdade solidariedade entre outros a relativiza o e desmitifica o de qualquer afirma o inclu das as pr prias declara es neo individualismo com cultivo do mbito privado e abandono do p blico nas m os dos especialistas Tal pensamento prega o niilismo e neste sentido a autora ma nifesta a sua insufici ncia por lhe faltar uma aut ntica capacidade cr tica e pelo resvalamento consequente para posturas conformistas conservadoras na medida em que deixa espa o para a arbitrariedade a falta de solidariedade e de comunica o sem oferecer alternativa coerente Puig critica uma educa o moral baseada nesta concep o relati vista dos valores 22 Nela como a decis o do sujeito baseada em crit rios estritamente subjetivos esvai se de sentido e mesmo de sua exist ncia Apesar desse modelo destacar uma prov vel relev ncia da autonomia do sujeito moral desconsidera os envolvidos em sua deci s o assim pouco solid ria e excessivamente individualista Entre as m ximas do relativismo est a afirma
57. relaciones familiares religi n pol tica organiza ciones sindicales cultura y tiempo disponible Lipovetsky dir que la condici n parad jica de la felicidad del hi perconsumidor nace de un consumo que funcionar como un impe rio Por un lado un sujeto informado y libre que ampl a sus opciones de elecci n y se preocupa por optimizar la relaci n calidad precio y por el otro un sujeto m s dependiente de los tent culos del orden comercial 140 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 139 143 Los gastos en salud aumentan m s consultas m s f rmacos m s an lisis m s tratamientos un proceso acelerado que no parece tener fin Se consumen programas de TV radio p ginas web art culos para el gran p blico gu as y enciclopedias m dicas obras de divulgaci n La salud erigida en primer valor aparece como una preocu paci n omnipresente en casi todas las edades ahora se trata de in tervenir por adelantado para desviar su curso anticiparse al futuro cambiar los comportamientos y conductas de riesgo dar constancia de la buena observancia Al mismo tiempo la competencia m dica se extiende a todos los dominios de la vida para mejorar su calidad Los bienes de consumo pueblan cada vez m s la dimensi n de la salud alimentos turismo h bitat cosm ticos El tema de la salud se con vierte en un argumento de venta decisivo y se anuncia como la poca de la medicalizaci n de la vida otros autores la enti
58. se pode olvidar a necessidade de que a discuss o dos crit rios de aloca o seja pr via evitando se solu es exclusivamen te ad hoc naturalmente parciais Nesse sentido afirma Kilner 40 num dos mais detalhados estudos sobre o tema dos crit rios de aloca o de recursos escassos em sa de que ad hoc selection is unfair H tamb m de se observar a exig ncia de que os recursos recla mados sejam de fato eficazes para a finalidade a que se destinam sob pena de ensejar desperd cio e injusti a ao conceder a quem n o ter vantagem de fato recursos de que outros fariam melhor uso Melhor 49 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 seria dizer se ent o como s ntese para cada um conforme sua capa cidade a cada um segundo suas necessidades observados a efic cia do recurso reclamado e os limites reais dos bens dispon veis segundo crit rios adrede discutidos fato que os crit rios existentes est o longe de serem perfeitos e tampouco respondem peremptoriamente a todas as d vidas mas preciso adotar alguma diretriz para que se entenda por que A e n o B Essa op o parte da organiza o de ideias e da fundamenta o da escolha e n o h como prescindir de algum par metro preferen cialmente aqueles que mais se aproximem da equidade pretendida porquanto os recursos se esgotam e as necessidades crescem coti dianamente Buscar e discutir tais par metros intenta otimizar tanto
59. sea ins trumento de explotaci n del hombre por el hombre 23 Muchas personas en el mundo lo han convertido en un dolo en un santo en un dios al cual le rezan y le piden milagros Para otros es el h roe m tico que admiramos por sus cualidades inalcanzables Algunos denominados marxistas dicen que el hombre nuevo que l preconizaba solo se alcanzar en el comunismo y los que se dicen m s realistas esperan que las nuevas generaciones logren alcanzar a ser como l El Che era ante todo un hombre articulado en torno a tres pilares b sicos en su pensamiento su humanismo marxista la moral del combatiente revolucionario y su concepci n sobre el hom bre nuevo Estos son los pilares b sicos que nos sirven de herramien ta transformadora para una bio tica en Am rica Latina 3 Am rica Latina es innegable que ha cambiado su esp ritu inte grador sus gobernantes el discurso de sus l deres lo demuestran Pero todav a le falta mucho sobre todo en lo social y para lograrlo se necesita propuestas alternativas para esa mejora Y avanzar por el m s poderoso de los instintos el de conservaci n que no es una simple reacci n primaria sino que es la opci n pol tica econ mica cultural y espiritual m s aceptada tica revolucionaria y bio tica comprometida con el cambio social La falta de di logo entre la tica revolucionaria y la bio tica com prometida con el cambio social puede tener su origen como se al 20
60. seus m ritos guarda similitude com o crit rio do merecimento um dos par metros costu meiramente citados em bio tica para aloca o que tem a desvanta gem e todos os crit rios por humanos que s o t m alguma des vantagem de suscitar determinados preconceitos sobretudo no que tange s chamadas doen as estigmatizantes A avalia o dos m ritos afinal apesar de levada em conta quase inconscientemente envolve perigoso grau de subjetividade num mbito de interesse vital para todos como as decis es de justi a em sa de O terceiro crit rio mencionado por Perelman a cada um segun do suas obras se aproxima substancialmente do anterior n o tendo merecido abordagem pr pria e restando naquele absorvido Nota se contudo ter sido um dos crit rios intuitivamente adotados em Seattle quando o primeiro comit de aloca o destinado a avaliar os benefi ci rios para di lise renal elegeu aqueles que estavam empregados e em dia com suas contribui es sociais O quarto crit rio a cada um conforme suas necessidades igual dade de acesso para necessidades iguais 33 caracteriza as chama das teorias comunistas de justi a por m recai na dificuldade apurada quanto ao primeiro crit rio face inelut vel escassez dos recursos segundo a qual pode haver mais necessitados do que os recursos dis pon veis para atender a todos O crit rio da necessidade ganhou nova roupagem no mbito da bio tica subdividindo se co
61. should appear at bibliography Book titles place and publishing house should not be abbreviated 161 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 156 163 In the references articles of many authors should include up to six 6 names followed by et al When there are more than six authors All references should be presented in a complete and correct way The veracity of information present in the list of references is a author s responsibility EXEMPLOS DE COMO CITAR REFER NCIAS EJEMPLOS DE CITACI N WRITING REFERENCES Peri dicos Peri dico Periodic publication Artigo padr o Art culos Standart article Schramm FR A autonomia dif cil Bio tica 1998 6 1 27 38 Costa SIF Bio tica cl nica e a terceira idade Revista Brasileira de Bio tica 2005 1 3 279 88 Institui o como autor Instituici n como autor Institution as author UNESCO Esbo o da Declara o Universal sobre Bio tica e Direitos Humanos Revista Brasileira de Bio tica 2005 1 2 213 27 Sem indica o de autoria Sin indicaci n de autor without author Bioethics colonialism Editorial Bioethics 2004 18 5 iii iv 445 Volume 1 no 4 2005 Livro Libro Book Indiv duo como autor Oliveira MF Oficinas mulher negra e sa de Belo Horizonte Mazza 1998 Editor ou organizador como autor Editor ou organizador comop autor Editor or orga nizer as author Garrafa V Kottow M amp Saada A orgs Bases conceituais da bio tica enfoq
62. social en Am rica Latina 10 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 El cambio social en la agenda de la bio tica latinoamericana El cambio social es una de las problem ticas centrales de la his toria latinoamericana Sin embargo los problemas acumulados y la larga historia de avances retrocesos y frustraciones nos enfrenta a la paradoja de que un riqu simo pensamiento pol tico revolucionario comprometido con valores y presupuestos ticos bien definidos y ele vados no ha podido cambiar el panorama desolador de la pobreza la desigualdad y la opresi n social generalizados El progreso cient fico y tecnol gico de la segunda mitad del siglo 20 lleg a la regi n trayendo problemas nuevos y profundizando las brechas y las polarizaciones ya existentes Como parte de esos pro cesos lleg tambi n la bio tica comprometida en gran medida con problem ticas biom dicas Pero no pas mucho tiempo para que la problem tica social se hiciera presente en la agenda bio tica lo que ha provocado que la atenci n de muchos bioeticistas de la regi n se volviera hacia la propuesta global de Potter 10 revolucionaria desde el punto de vista tico y cr tica de las formas que adopta la tica en el capitalismo contempor neo Muchos autores con diversa cercania al legado de Potter han coincidido en la necesidad de ampliar la agenda de la bio tica que se hace en la regi n para incluir de manera directa cr tica y comprom
63. solo pensamiento que no tenga como punto de partida y de llegada el inter s humano se trata de la formaci n del sujeto que har posible la edificaci n de un mundo de equidad y justicia social Central en esa propuesta es la toma de conciencia individual que permita develar un hombre nuevo que no es una meta a la que se llega sino un proceso en el que par ticipan todos los ciudadanos empe ados en la construcci n de una sociedad nueva Por otra parte el pensamiento tico del Che es un pensamiento integral que piensa los problemas del cambio pol tico desde una respectiva tica que rescata el lugar de la responsabilidad individual y colectiva Todos estos son aspectos importantes para una bio tica de intervenci n 19 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 El Che ratific sus ideas sobre la necesidad de una nueva con ciencia donde deb an predominar los intereses sociales por encima de los particulares La esencia del pensamiento tico del Che tanto en el plano econ mico militar pol tico y cultural radica en el hombre y su formaci n de hombre nuevo hacia un mundo de justicia y de equidad para construir una sociedad mejor En su pensamiento tico revolucionario plantea que deben ponerse en tensi n las fuerzas de los pa ses sub desarrollados y tomar firmemente la ruta de la construcci n de una sociedad nueva p ngasele el nombre que se le pon ga donde la m quina instrumento de trabajo no
64. texto n o excluem outros decorrentes do regime e dos princ pios por ela adota dos ou ainda aqueles direitos e garantia originados de tratados inter nacionais dos quais a Rep blica Federativa do Brasil seja signat ria 23 Entende se dessa forma que os direitos garantidos nos tratados de direitos humanos ratificados pelo Brasil integram a rela o de di reitos constitucionalmente protegidos 24 Discuss o Embora seja evidente vale destacar mais uma vez a diametral oposi o entre a doutrina da Igreja e a contracep o artificial con forme se pode perceber no texto dos documentos e pronunciamentos do magist rio da Igreja Cat lica aqui apresentados resumidamente Outro aspecto que merece destaque a idade cada vez mais pre coce em que as mulheres iniciam sua vida sexual De 1996 at 2006 triplicou o n mero de jovens de at 15 anos que j haviam perdido a castidade Se n o se pode afirmar com certeza que a populariza o da contracep o artificial contribui para isso no m nimo curioso que tal fato tenha sido j apontado por Paulo VI em sua Carta Enc clica Humanae Vitae Sobre o ACO combinado a discuss o n o pode correr sem tocar na quest o do abortamento silencioso que teoricamente poss vel considerando a probabilidade de que ocorra o impedimento da nida o O Catecismo da Igreja Cat lica ensina que a vida humana deve 19 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 69 84 ser respeitada e
65. tica de intervenci n Pero influidas por la bio tica global y en algunos casos puede que sin propon rselos se acercan a las problem ticas sociales que demandan compromisos im postergables Los discursos biopol ticos surgen como respuestas al control cada vez m s crecientes que hace el Estado a las personas a normar lo natural que tiene que ver con la vida de los seres humanos Garrafa plantea que el Estado tiene responsabilidad no minimiza el poder del estado es un punto de coincidencia con el pensamiento revolucionario al reconocer que el estado tiene responsabilidad por los m s despose dos con los m s pobres as aboga por el cambio pol tico plantea un cambio social un cambio revolucionario de la so ciedad Existe un punto en com n de la bio tica con la biopol tica pero no se puede reducir la primera a la segunda La bio tica no tiene un inter s eminentemente de relaciones de poder ni de control del esta do sobre las poblaciones la bio tica tiene que ver con la tica huma na Se preocupa por todo lo que tiene que ver con la vida y las cien cias que estudian la vida y que generan conocimientos que afectan la vida humana a las plantas los animales en la naturaleza del planeta La bio tica se propone la libertad individual y la pluralidad de la sociedad para llegar a la supervivencia de la humanidad ampliando los c rculos de la moralidad como lo expresa Potter y es una de sus caracter sticas m s signific
66. vel identificar que as tentativas de im posi o de determinadas cren as como a origem de muitos conflitos intensos e de certo modo associar tais conflitos ao pr prio surgimen to das primeiras liberdades civis que avaliadas por essa perspectiva podem ser descritas como liberdades religiosas Estas tens es simb licas e religiosas repercutem tamb m em con flitos nas reas da sa de e ambiente conflitos os quais t m sido per manentes ainda que s recentemente notados e sistematizados de maneira mais intensa A percep o dessa repercuss o por sua vez motivada por fatores s cio hist ricos t pico da modernidade tardia tais como os processos de seculariza o e moderniza o exacerbadas S o temas como as diferen as entre as cosmovis es as liberdades civis e os aspectos da sa de do corpo e do ambiente que permitem estabelecer a liga o entre a bio tica e o princ pio de laicidade As sociedades s o caracterizadas por fatores din micos que to mam formas pol ticas diversas segundo o contexto s cio hist rico no qual esses fatores se apresentam A necessidade de superar os desa fios latentes para o conv vio social demanda a constante ado o de novas a es pol ticas neste sentido que surge na atualidade o interesse pela reflex o acerca da conviv ncia em sociedades plurais ou mais precisamen te em sociedades diversas em fun o desse interesse a no o de laicidade ressurge com intensidade A
67. with the notorious opposition of the Catholic Church s doc trine and family planning policies regarding conception and contraception catholic doctors find themselves in an awkward situation when patients seek consultations regarding their desire for artificial contraceptive practices This situation causes a conflict between the doctor s religious freedom and the patient s autonomy thereby opening to the path to a wide ranging religious ethical and legal discussion on the conduct of catholic professionals The present paper discusses these issues in a preliminary but not superficial man ner and shows that doctors have the right to refuse to prescribe contraceptive methods that go against their conscience Key words Catholic Contraception Contraceptives Ethics Catholic doctors 69 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 69 84 O s culo 20 foi marcado por um turbilh o de experi ncias sociais culturais e pol ticas que aconteceram em uma velocidade jamais an tes experimentada pela humanidade Neste per odo os homens so freram as consequ ncias nem sempre previs veis de seus pr prios atos com uma intensidade n o observada em nenhum outro momen to da hist ria 1 No Brasil as profundas modifica es do pensamento e da cultura nos ltimos dez dec nios s o evidentes at mesmo na evolu o dos textos das leis do pa s Por exemplo em 1932 por decreto do ent o Presidente da Rep blica Get lio Vargas era veda
68. 003 29 Teich N Economia da Sa de como Instrumento Decis rio em Auditoria In Gon alves VF editor Fronteiras da Auditoria em Sa de S o Paulo RTM 2008 p 33 60 30 Neves MCP Aloca o de Recursos em Sa de Considera es ticas Bio tica 1999 7 2 159 163 31 Kottow M Bio tica e pol tica de recursos em sa de In Garrafa V Costa SIF organizadores A Bio tica no S culo XXI Bras lia UNB 2000 p 67 75 32 Amaral G Direito Escassez amp Escolha Em busca de crit rios jur dicos para lidar com a escassez de recursos e as decis es tr gicas Rio de Janeiro Renovar 2001 33 Cohn A A Sa de como Direito e como Servi o S o Paulo Cortez 2008 34 Fortes PAC Bio tica equidade e pol ticas p blicas O Mundo da Sa de 2002 26 1 143 147 35 Goldim JR internet Princ pio da Justi a acesso em 07 jun 2006 Dis pon vel em http www ufrgs br bioetica justica htm 36 Goldim JR internet Aloca es de recursos e Idade acesso em 09 jun 2006 Dispon vel em http www ufrgs br bioetica geraloc htm 37 Goldim JR internet tica aplicada Aloca o de Recursos Escassos acesso em 09 jun 2006 Dispon vel em http www ufrgs br bioetica aloca htm 38 Spinetti SR Fortes PAC Pesquisas em sa de p blica uma breve reflex o sobre o retorno dos resultados In Fortes PAC Zoboli ELCP organizadores 51 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 Bio tica e Sa de P blica 2 ed
69. 148 9 Garrafa V Introdu o Bio tica In Introduction to bioethics Revista do Hospital Universit rio UFMA 2005 6 2 9 13 10 Beringuer G Quest es de vida tica ci ncia e sa de S o Paulo APCE Hucitec CEBES 1993 11 Singer P tica Pr tica S o Paulo Editora Martins Fontes 1994 12 Engelhardt H T Fundamentos da Bio tica S o Paulo Edi es Loyola 1998 13 Gama W Velho L A coopera o cient fica internacional na Amaz nia Estud av 2005 19 54 205 224 14 Organiza o das Na es Unidas para a Educa o a Ci ncia e a Cultura Declara o Universal sobre Bio tica e Direitos Humanos Edi o e tradu o C tedra UNESCO de Bio tica da Universidade de Bras lia Bras lia 2005 15 Masi J Dignidad Humana y situaciones terminales An Sist Sanit Na var 2007 30 Supl 3 39 55 16 Tealdi JC dir Diccionario latinoamericano de bio tica Bogot UNES CO Universidad Nacional de Colombia 2008 17 Berlinguer G A Doen a S o Paulo Editora Hucitec Centro de Estudos de Sa de 1984 18 Tealdi JC El Universalismo de la Declaraci n sobre Bio tica y Derechos Humanos de la UNESCO y su significado em la historia de la bio tica Re vista Brasileira de Bio tica 2006 2 4 468 482 Recebido em 12 03 2011 Aprovado em 06 04 2011 97 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 98 114 Ensino de bio tica no ensino m dio reflex es e desafios para a forma o de professor
70. 5 Washington Kennedy Institute of Bioethics Georgetown Univer sity Dispon vel em http www3 georgetown edu research nrcbl hsbioethics index html 14 Silva P F Bio tica e valores um estudo sobre a forma o de professores de Ci ncias e Biologia S o Paulo tese de Doutorado Faculdade de Educa o da Universidade de S o Paulo 2008 15 Kottow MH Coment rios sobre Bio tica Vulnerabilidade e Prote o In Garrafa V Pessini L organizadores Bio tica Poder e Injusti a S o Paulo Ed Loyola Sociedade Brasileira de Bio tica 2003 p 71 78 16 Kohlberg L The Psychology of Moral Develpment essays on moral de velopment San Francisco Harper amp Row 1984 17 Cortina A Fazer tico guia para educa o moral S o Paulo Ed Mod erna 2003 18 Hare RM Essays on religion and education Oxford Oxford Clarendon Press In Cortina A Fazer tico guia para educa o moral S o Paulo Mod erna 2003 19 Wilson J Education and indoctrination In Cortina A Fazer tico guia para educa o moral S o Paulo Ed Moderna 2003 20 Aranha MLA Filosofia da Educa o 2 ed S o Paulo Ed Moderna 1996 21 Cortina A Martinez E tica S o Paulo Loyola 2005 22 Puig JM tica e Valores m todos para um ensino transversal S o Paulo Casa do Psic logo 1988 Recebido em 20 09 2010 Aprovado em 14 03 2011 114 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 Bio ti
71. Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 nossa capacidade intelectual Na verdade as certezas das quais dis pomos hoje s fazem sentido quando apresentadas em um contexto espec fico em conjunto com uma s rie de outros componentes do sa ber Essas certezas tiveram suas origens em d vidas que precisavam ser confirmadas e que por sua vez foram confrontadas com certezas pr vias que por alguma raz o se revelaram incompletas ou incorre tas enfim n o t o certas quanto se supunha Na Idade M dia a preocupa o que reinava no cotidiano era a conquista do direito de se gozar a vida eterna no para so e a atitu de humana diante da natureza era fundamentalmente contemplati va Na Idade Moderna por sua vez com a migra o da preocupa o para o momento presente a fase de contempla o d lugar fase de dom nio da natureza Para Alexandre Koyr a hist ria do pensamento cient fico da Ida de M dia e da Renascen a pode ser didaticamente apresentada por tr s tipos distintos de pensamento O primeiro consta da f sica aris tot lica cujas cren as principais s o a exist ncia de naturezas quali tativamente definidas e a exist ncia de um cosmo com princ pios de ordem e ordena o hier rquica do conjunto dos seres reais Com a incapacidade da din mica aristot lica de lidar com a per sist ncia do movimento ao se separar corpo e motor sendo o ltimo o respons vel pelo movimento do primeiro como por exemplo
72. Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 156 163 publica o Todas as refer ncias citadas no texto devem fazer parte das refer ncias bibliogr ficas T tulos de livros locais e editoras n o devem ser abreviados e Nas refer ncias artigos com v rios autores devem incluir at seis 6 nomes seguidos de et al quando exceder esse n mero e Todas as refer ncias devem ser apresentadas de modo correto e completo A ve racidade das informa es contidas na lista de refer ncias de responsabilidade do s autor es ESPANOL Se aceptan trabajos para las siguientes secciones e Art culos originales producci n de naturaleza conceptual documental o resul tante de investigaci n emp rica en el campo de la tica o revisi n cr tica relacionada con esta tem tica deben ser aprobados por el Consejo Editorial Rese as de libros presentaci n y an lisis de publicaciones recientes deben ser aprobadas por los editores e Actualizaci n cient fica resumen y comentarios de art culos cient ficos recien tes los textos deben ser aprobados por los editores Relaci n de tesis y monograf as Requisitos para la presentaci n de trabajos Se aceptar n art culos originales rese as de libros o actualizaci n cient fica en portugu s espa ol e ingl s En cada caso deben ser respetadas las reglas ortogr ficas corrientes del idioma elegido e Los trabajos presentados deben ser enviados en medio electr nico e
73. Emprego internet Classifica o Brasileira de Ocupa es Classifica o Brasileira de Ocupa es 2236 Fisioterapeutas acesso em 14 Jun 2009 Dispon vel em http www mtecbo gov br cbosite pages pesquisas BuscaPorTituloResultado jsf 5 Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 10 Regi o internet Portal de Not cias do CREFITO 10 acesso em 14 Jun 2009 Dis pon vel em http www crefito10 org site jsp 96 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 85 97 6 Associa o Brasileira de Organiza es N o Governamentais in ternet Dispon vel em http www2 abong org b1 final livre php cd_ materia 18034 0 20que 20 acesso em 14 Jul 2009 7 Brasil Congresso C mara dos Deputados Comiss o de Educa o e Cultura internet Projeto de Lei n 4 199 de 08 de mar o de 2001 Disp e sobre o reconhecimento da profiss o do Quiropr tico ou Quiropraxista e a defini o da atividade privativa da Quiropraxia para o tratamento de dis t rbios bio mec nicos do sistema neuro m sculo esquel tico e desalianha mento articular da coluna vertebral acesso em 15 julho 2009 Dispon vel em http www camara gov br proposicoesWeb fichadetramitacao idProposi cao 26520 8 Portugal A internet Alice denuncia inger ncia no debate sobre regulamen ta o profissional acesso em 15 julho 2009 Dispon vel em http www ali ceportugal org br site index2 php option com content amp do pdf 1 amp id
74. RANDO a necessidade de harmonizar o uso dessas t cnicas com os princ pios da tica m dica CONSIDERANDO finalmente o decidido na sess o plen ria do Conselho Federal de Medicina realizada em 15 de dezembro de 2010 RESOLVE Art 1 Adotar as NORMAS TICAS PARA A UTILIZA O DAS T CNICAS DE REPRODU O ASSISTIDA anexas presente resolu o como dispositivo deontol gico a ser seguido pelos m dicos Art 2 Esta resolu o entra em vigor na data de sua publica o revogando se a Resolu o CFM n 1 358 92 publicada no DOU se o I de 19 de novembro de 1992 p gina 16053 Bras lia DF 15 de dezembro de 2010 149 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 147 154 ROBERTO LUIZ D AVILA Presidente HENRIQUE BATISTA E SILVA Secret rio geral ANEXO NICO DA RESOLU O CFM n 1 957 10 NORMAS TICAS PARA A UTILIZA O DAS T CNICAS DE REPRODU O ASSISTIDA I PRINC PIOS GERAIS 1 As t cnicas de reprodu o assistida RA t m o papel de auxiliar na resolu o dos problemas de reprodu o humana facilitando o processo de procria o quando outras terap uticas tenham se revelado ineficazes ou consideradas inapropriadas 2 As t cnicas de RA podem ser utilizadas desde que exista probabilidade efetiva de sucesso e n o se incorra em risco grave de sa de para a paciente ou o poss vel descendente 3 O consentimento informado ser obrigat rio a todos os pacientes submetidos s t cni
75. Revista Brasileira de Bio tica Volume 6 N meros 1 4 2010 CA SOCIEDADE CA BRASILEIRA DE BIO TICA SOCIEDADE BRASILEIRA DE BIO TICA SBB Diretoria 2009 2011 Presidente Paulo Antonio de Carvalho Fortes SP 1 Vice Claudio Forte Garcia Lorenzo DF 2 Vice Jos Roberto Goldim RS 3 Vice S rgio Ibiapina Ferreira Costa PI 1 Secretaria Maria Cristina Komatsu Braga Massarollo SP 2 Secret rio Roberto Luis D vila SC 1 Tesoureiro Fabiano Maluf DF 2 Tesoureiro Antonio Ferreira Seoane SP Revista Brasileira de Bio tica RBB Editor chefe Volnei Garrafa CONSELHO FISCAL Carlos Dimas Martins Ribeiro RJ Marisa Pal cios Cunha Mello de Almeida Rego RJ Nilza Diniz PR COMISS O PERMANENTE DE TICA Aline Albuquerque Sant Anna de Oliveira DF Dirceu Bartolomeu Greco MG Fermin Roland Schramm RJ Jos Roque Junges RS Josim rio Jo o da Silva PE M rcio Fabri dos Anjos SP Editores executivos Rodrigo Batagello Natan Monsores de S Thiago Rocha da Cunha Editores associados Fermin Roland Schramm Gabriel Wolf Oselka Jos Roque Junges e Marco Segre Assistentes de edi o Gustavo de Oliveira Cardoso Bento Secret ria Vanessa de Santana Sert o Revis o David George Elliff ingl s Jornalista responsavel Rodrigo Caetano MTb DF 4804 14 83 Editora o Wagner Rizzo Capa Marcelo Terraza Conselho Editorial Ana Tapaj s Anton
76. Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 bamos en la introducci n en la diferencia entre la problem tica espe cificamente revolucionaria y pol tica comprometida con las acciones para cambiar el orden social de manera radical esencial para el pen samiento revolucionario y el pensamiento bio tico m s acad mico y desligado de la lucha pol tica de masas Apunt bamos adem s que la diferencia en el lenguaje espec fico de cada una de ellas conspira contra el di logo Estas diferencias permanecen y constituyen barreras a sortear para que sea posible un di logo entre ellas Ciertamente el pensa miento tico revolucionario justifica el cambio revolucionario del or den social capitalista y los diversos planteamientos desde la bio tica comprometida con el cambio social no lo hacen y esta es una dife rencia cualitativa importante Y no es menor tampoco el reto de los conceptos y la especificidad de los aparatos categoriales Aunque no trabajamos a fondo esta problem tica del an lisis mi nimo realizado con respecto a los conceptos equidad e igualdad que da claro que las diferencias no constituyen un obst culo insalvable Los cuatro rasgos del pensamiento tico revolucionario del Che nos permiten encontrar una base s lida para establecer la necesaria comunicaci n La integralidad del pensamiento tico Es m s que una coincidencia un punto de partida fundamental de todas estas vertientes Che Garrafa y Potter
77. Rossi P Naufr gios sem espectador A id ia de progresso S o Paulo Edi tora UNESP 2000 26 Hume D Tratado da natureza humana S o Paulo Unesp Imprensa Ofi cial 2000 27 Mayor E Ci ncia e poder hoje e amanh In Mayor F Forti A Ci ncia e poder Campinas Papirus 1998 28 Forti A Introdu o In Mayor F Forti A Ci ncia e poder Campinas Papirus 1998 29 Ferrarotti E A Revolu o industrial e os novos trunfos da ci ncia da tec nologia e do poder In Mayor F Forti A Ci ncia e poder Campinas Papirus 1998 30 Schramm FR Bio tica e moralidade das biotecnologias Rio de Janeiro Interci ncia 1999 Recebido em 21 06 2010 Aprovado em 20 09 2010 138 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 139 143 Resenha de livros Esta se o destina se apresenta o de resenhas de livros de interesse para a bio tica La felicidad parad jica Lipovetsky G Barcelona Anagrama 2007 ISBN 978 84 339 7386 3 El eje central del libro La felicidad parad jica se sit a en el an li sis del paso de la modernidad a la hipermodernidad en las sociedades desarrolladas La arquitectura de la obra muestra la aparici n de un nuevo ar quetipo social el hiperconsumidor que es la consecuencia evolutiva de tres etapas a trav s de las cuales se despliega la sociedad contem por nea Se trata de un ser que ya no desea s lo el bienestar sino que ahora anhela armon a plenitud y felicidad La
78. VII SOBRE A GESTA O DE SUBSTITUI O DOA O TEMPOR RIA DO TERO As cl nicas centros ou servi os de reprodu o humana podem usar t cnicas de RA para criarem a situa o identificada como gesta o de substitui o desde que exista um problema m dico que impe a ou contraindique a gesta o na doadora gen tica 1 As doadoras tempor rias do tero devem pertencer fam lia da doadora gen tica num parentesco at o segundo grau sendo os demais casos sujeitos autoriza o do Conselho Regional de Medicina 2 A doa o tempor ria do tero n o poder ter car ter lucrativo ou comercial 153 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 147 154 VIII REPRODU O ASSISTIDA POST MORTEM N o constitui il cito tico a reprodu o assistida post mortem desde que haja autoriza o pr via espec fica do a falecido a para o uso do material biol gico criopreservado de acordo com a legisla o vigente 154 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 155 Lista de pareceristas do volume 6 Pareceristas RBB Volume 6 Aline Albuquerque Sant Anna de Oliveira DF Fermim Rolland Schramm RJ Jos Eduardo Siqueira PR Marcio Fabri dos Anjos SP Natan Monsores de Sa DF Paulo Antonio de Carvalho Fortes SP Wilton Barroso Filho DF Pareceristas Ad hoc Alcino Eduardo Bonella MG Antonio Macena de Figueiredo RJ Jos G D rea DF M rcia Mocellin Raymundo RS M
79. a Arist teles segundo a qual h de se tratar de forma igual aos iguais e desigualmente aos desiguais na medida de sua desigualdade N o se explicitam contudo os crit rios pelos quais e em que medida dois indiv duos ser o considerados iguais No mbito material erigem se os diferentes crit rios para a justi a distributiva com as vantagens e cr ticas que lhes s o poss veis Os autores mencionam nesse ponto diretrizes como a todas as pessoas 30 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 uma parte igual a cada um de acordo com sua necessidade a cada um de acordo com seu esfor o a cada um de acordo com sua con tribui o a cada um de acordo com seu merecimento a cada um de acordo com as trocas do livre mercado No Direito e mais precisamente no campo do direito sa de o princ pio bio tico da justi a encontra guarida na previs o constitu cional de igualdade e nas normas que asseguram a todos o acesso sa de e s melhores condi es poss veis para sua manuten o e recu pera o Na realidade pr tica todavia observam se numerosas difi culdades concretas ao exerc cio desses preceitos Diante da inevit vel limita o dos recursos dispon veis torna se necess rio organizar sua distribui o da maneira mais equilibrada poss vel sabendo se entre tanto que eles podem n o ser suficientes s necessidades de toda a popula o Com efeito mesmo nos centros mais avan ados e bem equ
80. a de arrecada o de fundos para financiar a aprova o de lei regulamentando uma profiss o no Brasil Em conclus o a forma o acad mica do fisiote rapeuta o habilita plenamente a cuidar de problemas do siste ma neuro m sculo esquel tico e assim com especializa o adequada a praticar a quiropraxia 8 As implica es do envolvimento de popula es socialmente vulne r veis em laborat rios de treinamento de quiropraxistas estrangeiros a tentativa de imposi o de modelos estrangeiros de assist ncia fisio ter pica e a defesa de interesses privados dissimulados na cria o de uma nova profiss o de sa de ultrapassa a dimens o legal e deontol gica e torna se claramente um conflito de natureza tamb m bio tica An lise bio tica Atualmente a bio tica se apresenta como a procura de um com portamento respons vel de parte daquelas pessoas que devem decidir 90 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 85 97 tipos de tratamento e de pesquisa com rela o humanidade 9 10 O exerc cio profissional ilegal no contexto apresentado n o o fa tor primordial muito embora o Conselho Federal de Fisioterapia esta bele a os crit rios para a prote o dos fisioterapeutas e sua profiss o bem como a prote o da sociedade quando reconhece a habilidade do profissional para determinadas pr ticas como no caso da quiropra xia O contexto levantado pela pr tica dos norte americanos no Brasi
81. a e igualdade herdada do passado O ju zo pol tico leva em conta o futu ro pois reinterpreta a tradi o e a prossegue decidindo qual ser a organiza o futura da comunidade A educa o do ju zo pol tico uma educa o para a discuss o pelo confronto de ideias que o indiv duo escapa estreiteza de suas opini es para aceder a uma concep o de conjunto mais realista e mais concreta dos problemas e do interesse da comunidade nesse contexto que se pode colocar a import ncia das discipli nas de ci ncias e biologia como contribuintes dessa perspectiva de constru o de cidadania uma vez que diante de experi ncias enri quecedoras em algumas atividades de ensino orientadas pela va loriza o do debate e pelo com confronto de ideias e valores per cebe se a mudan a de postura dos alunos para uma concep o mais concreta dos problemas e do interesse do coletivo A educa o para uma cidadania ativa no exerc cio de participa o e desenvolvimento da argumenta o deve oferecer as condi es para que os estudantes tenham nas palavras de Canivez 6 o gosto e o h bito da discuss o elementos que n o s o observados nos cursos de ci ncias conforme o apontado por Bryce e Gray 7 Os autores em recente estudo destacaram as dificuldades que os professores t m em lidar com quest es controversas As justificativas v o desde o desconforto em se expor o medo em n o apresentar os fatos mas
82. a justi a de se destacar a re lev ncia do pensamento de autores como Mill Walzer Nozick Sen e Rawls que a despeito da forma o liberalista e das cr ticas acerca do alcance de sua teoria em concreto teve o ineg vel m rito de trazer a lume de modo mais marcante nos dias atuais a relev ncia do tema erigindo se como te rico de influ ncia igualitarista 5 em que pese ter sido alvo de cr ticas tanto por liberais quanto por igualitaristas ao fundamento de que sua teoria n o era suficientemente liberal nem suficientemente igualitarista 15 As teorias da justi a A depender da vis o de justi a e consequentemente dos crit rios indicados por cada autor fala se em teorias utilitaristas liberais co munitaristas e igualitaristas de justi a 5 As teorias utilitaristas enfa tizam a efici ncia social e o m ximo benef cio global considerando o alcance do justo mediante a promo o e obten o da maior quantida de de bem poss vel maior utilidade p blica mais prazer e bem estar para a maior quantidade poss vel de pessoas ampliando o somat rio de felicidade social Para isso admite se a possibilidade de que uma minoria sofra alguns sacrif cios justificados pelo bem maior S o teo rias tamb m chamadas de consequencialistas ou tica de resultados por sopesarem a quantidade final de bem resultante de uma escolha 34 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 16 Conquanto habitualmente asso
83. acar a Lei de Tali o em que o justo era relacionado com a reprodu o em id ntica medida do mal causado como meio de promover a igual dade ou ao menos a propor o entre o dano e a puni o Em poca mais recente o contratualismo de Rousseau mescla concep es ainda jusnaturalistas com uma percep o da justi a como equidade comba tendo ainda a suposta justi a de um direito do mais forte lastreada 33 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 apenas na for a ao defender que somente quando consegue con verter se em direito o poder da for a se legitima 14 o que enseja ainda alguma evoca o associa o entre direito e justi a Cumpre recordar ainda no hist rico evolutivo da mat ria o ceti cismo de Hans Kelsen pai do positivismo jur dico em rela o ide a o de justi a Isso se deve em parte ao distanciamento axiol gico proposto pelo pensamento positivista original como tamb m con clus o do autor de que n o h nem pode haver justi a absoluta para um conhecimento racional que se trata de um problema insol vel para o conhecimento humano problema esse que portanto deve ser eliminado do dom nio deste conhecimento 10 Embora assim t o ruidosamente expurgado no campo dogm tico pelo positivismo mister se faz n o perder de vista a relev ncia da discuss o que em ltima an lise legitima o discurso jur dico Nessa fun o de resgate da discuss o sobre
84. al biol gico humano que ser transferido aos pacientes das t cnicas de RA com a finalidade prec pua de evitar a transmiss o de doen as IV DOA O DE GAMETAS OU EMBRI ES 1 A doa o nunca ter car ter lucrativo ou comercial 2 Os doadores n o devem conhecer a identidade dos receptores e vice versa 3 Obrigatoriamente ser mantido o sigilo sobre a identidade dos doadores de gametas e embri es bem como dos receptores Em situa es especiais as informa es sobre doadores por motiva o m dica podem ser fornecidas exclusivamente para m dicos resguardando se a identidade civil do doador 4 As cl nicas centros ou servi os que empregam a doa o devem manter de forma permanente um registro de dados cl nicos de car ter geral caracter sticas fenot picas e uma amostra de material celular dos doadores 5 Na regi o de localiza o da unidade o registro dos nascimentos evitar que um a doador a venha a produzir mais do que uma gesta o de crian a de sexo diferente numa rea de um milh o de habitantes 6 A escolha dos doadores de responsabilidade da unidade Dentro do poss vel dever garantir que o doador tenha a maior semelhan a fenot pica e imunol gica e a m xima possibilidade de compatibilidade com a receptora 7 N o ser permitido ao m dico respons vel pelas cl nicas unidades ou servi os nem aos integrantes da equipe multidisciplinar que nelas trabalham participar como
85. al en bio tica 2000 May 3 4 Panam OPS OMS 2000 13 Garrafa V Da bio tica de princ pios uma bio tica interventiva Bio tica 2005 13 1 125 36 14 Hart A Los dos liberalismos Granma 2008 Julio 11 5 15 Garrafa V De una bio tica de principios a una bio tica interventiva cr tica y socialmente comprometida Rev Arg Cir Cardiov 2005 3 2 99 103 16 Gracias D Fundamentos de Bio tica Madrid Universidad Complutense 1989 27 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 17 Gracia D Democracia y bio tica In Acosta JR Hern ndez E editores Bio tica para la sustentabilidad Habana Publicaciones Acuario 2002 p 157 70 18 Spinsanti S Bio tica Global o la sabidur a para sobrevivir Cuad Programa Reg Bio t 1998 7 7 21 19 Acosta JR ed Bio tica desde una perspectiva cubana 3 ed Habana Centro F lix Varela 2007 20 Delgado CJ Hacia un nuevo saber la bio tica en la revoluci n contem por nea del saber Habana Publicaciones Acuario 2007 21 Delgado CJ La Bio tica en la Revoluci n contempor nea del saber In N ez J Llanes ME editores Reflexiones sobre Ciencia tecnologia y Socie dad Lecturas escogidas Habana Editorial Ciencias M dicas 2008 22 Garrafa V Bio tica y Salud Publica I Curso de Educaci n a Distancia en Bio tica Cl nica C rdoba Argentina Red Latino Americana y del Caribe de Bio tica de UNESCO Redbio tica 2007 23 Guevara E Discurs
86. aneiro de 1995 Regulamenta os incisos II e V do par grafo 1 do art 225 da Constitui o Federal estabelece normas para o uso das t cnicas de engenharia gen tica e libera o no meio ambiente de organismos geneticamente modificados e d outras provid ncias Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil DF 6jan 1995 Internet Segre M A prop sito da utiliza o de c lulas tronco http www consciencia br reportagens celulas 11 shml acesso em 5 Set 2004 Para onde enviar Direcci n de correo Address for sending works Revista Brasileira de Bio tica C tedra Unesco de Bio tica da UnB Caixa Postal 04451 CEP 70904 970 Bras lia DF Brasil rbbioetica unb br 163 164 Ficha de afilia o SBB NOME secar Da Sexo F M Naturalidade Nacionalidade RO una padece an rg o Expedidor serrr A Data de Nascimento Endere o Residencial eee Cidades oirn desde rider Estado COD tis desnatado O Instrituic io onde trabalha ooonccccnnncnnnononnnonnnnnnnnononnnnnnnnrorarenenenencnos 71 01 1 Essas agia ea de resind qegaa Tas aa Dadas ria sd fone uta Qualifica o Profissional Gradua o Maior titula o acad mMiCa cocccccnnnncnnnnnnnninnnnnnnnnnnnnnnnnnnnrnnnnnnnncnnnnnnnoo Assinatura Valor da Anuidade 2009 R 150 00 Dep sito Banco do Brasil ag ncia 3475 4 conta corrente 10247 4 Favor preencher a ficha de afilia o e enviar junto com o comprov
87. ante que as bases da laicidade reportam se garantia dos direitos humanos fundamentais igualdade de respeito por maiorias e minorias Portanto n o se trata de estabelecer pol ticas p blicas embasadas nos desejos de um grupo maior ou menor mas pol ticas p blicas que contemplem a diversidade que n o imponham a ningu m o cumprimento de preceitos alheios a sua liberdade de consci ncia Assim n o necess rio que as pessoas se separem ou renunciem aos seus princ pios mas somente que n o os imponham aos outros Sob tal acep o a laicidade busca a conviv ncia harmoniosa e pac fica da sociedade frente diversidade religiosa moral e filos fica social e cultural embasada no respeito s liberdades civis e aos direi tos fundamentais do ser humano Em decorr ncia essa perspectiva ela n o deve ser encarada como ideol gica ou doutrin ria mas como um instrumento social capaz de dar conta do respeito pela diversida de e da inclus o de todos os cidad os na esfera p blica e que estimu la a no o de pertencimento 61 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 53 68 Cabe aqui portanto uma reflex o sobre a compreens o do que seja a diversidade tomada hodiernamente como um fen meno exclu sivamente contempor neo Tom la dessa forma como um fato novo um equ voco pois a diversidade sempre foi uma caracter stica in tr nseca conforma o da pr pria sociedade assim como o dinamis mo do compor
88. ante de dep sito banc rio SBB Valor da anuidade da RBB R 100 00 quatro n meros por ano franqueada aos s cios adimplentes Dep sito Banco do Brasil ag ncia 3475 4 conta corrente 10247 4 Favor preencher a ficha de afilia o e enviar junto com o comprovante de dep sito banc rio SBB 165 166 Programa de P s Gradua o em Bio tica C tedra da UNESCO de Bio tica Faculdade de Ci ncias da Sa de Universidade de Bras lia Caixa Postal 04451 70904 970 Bras lia DF bioetica unb br
89. ar produtos processos e servi os especializados com aplica es diversas nas reas da sa de agropecu ria e meio ambiente 7 O Brasil vem demonstrando avan os satisfat rios nesse segmen to A biotecnologia integra a base produtiva de diversos setores da economia com um mercado de produtos que atinge cerca de 2 8 do Produto Interno Bruto PIB nacional apesar de ainda n o possuir do m nio completo de tecnologias mais avan adas que contribuam para o desenvolvimento econ mico sustent vel 8 Reconhecendo que as descobertas cient ficas podem resultar em conquistas tecnol gicas causadoras de benef cios ou preju zos parti cularmente para pa ses em desenvolvimento e comunidades locais a Comiss o de Recursos Gen ticos para Agricultura e Alimenta o da Organiza o das Na es Unidas para Agricultura e Alimenta o Food and Agriculture Organization of the United Nations FAO ela borou uma proposta de C digo de Conduta em Biotecnologia Entre os seus objetivos esse c digo estabelecer recomenda es para o uso seguro respons vel e equitativo da biotecnologia Ao mesmo tempo em que chama a aten o para a import ncia da contribui o da biotecnologia para a melhoria das condi es de vida por meio do aumento do n mero de empregos e da renda redu o da depend ncia externa apoio ao desenvolvimento mais est vel e dur vel e preserva o dos recursos naturais o C digo de Conduta alerta para os poss v
90. ar um novo conceito do conheci mento um novo conceito da ci ncia e at substituir um ponto de vista bastante natural o do senso comum por um outro que absolutamente n o o 4 Merecem men o os obst culos que tiveram de ser vencidos pe los fundadores da ci ncia moderna considerados por Koyr inimigos poderosos a autoridade a tradi o e o senso comum sendo este lti mo tido como o pior de todos 4 Estes inimigos eram especialmente fortalecidos por aquilo que o historiador da ci ncia Paolo Rossi denomina uma esp cie de paradig ma dominante e que durante muitos s culos poderia ser encontrado como configurado na cultura europ ia a tese de um saber secreto das coisas essenciais cuja divulga o poderia trazer consequ ncias nefastas At o s culo 14 estas consequ ncias nefastas consistiam na con fus o entre o homo animalis numerosos homens simples e igno rantes destinados a uma exist ncia guiada por instintos na busca pela supera o das necessidades mais b sicas e o homo spiritualis poucos homens s bios e eleitos que detinham o controle da possi bilidade de purifica o da alma e do alcance da salva o por meio do conhecimento transmitido enigmaticamente por mestres em busca da perfei o individual A partir do s culo 15 o segredo passa a ser mais valorizado por artes os e por engenheiros sendo que as consequ ncias nefastas n o eram mais a conquista do conhecimento por p
91. aracter stica del pensamiento tico del Che Monografia Ciu dad de la Habana Centro de Estudios de Salud y Bienestar Humano Univer sidad de la Habana 2008 4 Guevara E El socialismo y el hombre en Cuba La Habana Casa Editora Abril 2007 5 Potter VR Global Bioethics Building on the Lepold Legacy East Lansing Michigan State University Press 1988 6 Potter VR Bio tica puente Bio tica global y Bio tica profunda Cuad Pro grama Reg Bio t 1998 7 21 36 7 Garrafa V Bio tica poder e injusticia por una tica de intervenci n En Acosta JR Hern ndez E editores Bio tica para la sustentabilidad Habana Publicaciones Acuario 2002 p 185 200 8 Garrafa V Machado do Prado M Una bio tica de intervenci n lo mejor para la mayoria En Perspectivas de Salud 2002 7 1 6 15 9 Sosa T El pensamiento tico del Che y su aporte para una bio tica de in tervenci n en Am rica Latina Tesis Habana Centro de Estudios de Salud y Bienestar Humano Universidad de la Habana 2009 10 Schramm FR Nuevas tendencias en bio tica La Bio tica Global de Van Rensselaer Cuad Programa Reg Bio t 1997 4 8 21 11 Acosta JR La bio tica de Potter a Potter En Acosta JR Hern ndez E eds Bio tica para la sustentabilidad Habana Publicaciones Acuario 2002 p 13 23 12 Casas JA Los retos de la Bio tica en Am rica Latina Equidad salud y derechos humanos Acta de la segunda reuni n del Comit Asesor Interna cion
92. arecedores na presente discuss o O cap tulo V do CEM que trata da rela o com pacientes e fami liares diz em seu artigo 42 que vedado ao m dico desrespeitar o direito do paciente de decidir livremente sobre m todo contraceptivo devendo sempre esclarec lo sobre indica o seguran a reversibili dade e risco de cada m todo 21 Ao examinador mais apressado poder parecer claro neste ponto que n o h o direito do m dico de negar se a prescrever ACO por quest es de consci ncia religiosa Ali s importante destacar que n o pretens o do presente artigo discutir o direito do paciente de escolher seu m todo contraceptivo O debate que se prop e sobre o direito do m dico de se negar a prescrev lo A decis o do m dico de n o fazer a prescri o do ACO nunca ir representar o veto ao direito constitucional da paciente de decidir livremente sobre m todo contraceptivo uma vez que ela a pacien te pode recorrer a outro m dico para conseguir aquele m todo que deseja Assim o m dico n o interfere exatamente na livre decis o do paciente mas antes de fechar um parecer definitivo necess rio fa zer um exame mais atento de todo o CEM 77 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 69 84 O cap tulo I do C digo de tica M dica que apresenta os prin c pios fundamentais diz em seu artigo VII in verbis que o m dico exercer sua profiss o com autonomia n o sendo obrigado a presta
93. arte da sociedade comum mas os potenciais preju zos econ micos resultantes da di vulga o irrestrita dos inventos mec nicos Tanto que os primeiros mecanismos de prote o de propriedade intelectual as primeiras pa 120 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 tentes surgiram no s culo 15 apresentando significativo aumento j no s culo 16 5 O primeiro passo para que o segredo deixasse de ser valor e pas sasse a ser desvalor no meio cient fico veio com a obra Dialogo sopra i due massimi sistemi del mondo tolemaico e copernicano de autoria do j mencionado Galileu Galilei em 1632 Pela primeira vez surge uma publica o cient fica escrita em l ngua vern cula no caso o ita liano transparecendo o intuito de se priorizar a educa o do clero da corte e da burguesia em detrimento do convencimento dos catedr ticos da poca Composto por quatro jornadas o Dialogo exp e na primeira as falhas da cosmologia aristot lica na segunda o movimento diurno da Terra na terceira o movimento anual da Terra e na quarta a teoria das mar s considerada por Galilei argumento comprobat rio para o movimento terrestre 5 Outros autores ao analisar a contribui o de Galileu e a evolu o da pr tica da ci ncia ao alcan ar a Modernidade dedicaram se s interpreta es que complementam as aqui apresentadas Renato Ribeiro por exemplo chama a aten o para o fato de que neste processo de evolu o
94. ativas de su car cter revolucionario Uno de los problemas que ser a conveniente explorar en el futuro porque coincide con la bio tica de intervenci n propuesta por Ga rrafa es el reconocimiento del papel del Estado y de la necesidad del control de las poblaciones las condiciones de naturaleza biol gi ca Es un punto de coincidencia con la orientaci n del pensamiento revolucionario que aboga tambi n por esa responsabilidad que tiene 24 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 el Estado con los asuntos de naturaleza biol gica y con las poblacio nes m s necesitadas La bio tica interventiva cr tica y socialmente comprometida tiene la necesidad de unir sus planteamientos con la lucha del pensamiento revolucionario de una rica trayectoria en Am rica Latina y del Caribe que es conocido como herramienta de luchas por las grandes mayorias A modo de conclusi n podemos afirmar considerando las carac ter sticas del pensamiento tico del Che la bio tica global de Potter y la bio tica de intervenci n que La bio tica global planteada por Potter es revolucionaria en sen tido te rico por su ampliaci n del c rculo de la moralidad y por su cr tica a las ticas no comprometidas con el cambio social Su planteo es desarrollar una nueva disciplina para cotejar el conocimiento ge nerado del desarrollo cient fico y el conocimiento de los valores hu manos que lleven a la humanidad hacia la sabiduria i
95. bas sugere uma inser o em processos e valores sociais Em outras palavras ao mesmo tempo em que influenciada pelos pro cessos sociais a ci ncia influencia a sociedade caracterizando a cha mada imbrica o de uma esfera aut noma da vida social a ci ncia na sociedade A autora acrescenta que a ci ncia frequentemente considerada como parte pura limpa das impurezas sociais pol ticas e econ micas enquanto que a tecnologia compreendida como estra t gica pol tica e econ mica Assim algumas vis es apontam que cer tas organiza es protegem os ju zos cient ficos das press es sociais Neste aspecto a comunidade cient fica considerada como uma esfera aut noma da vida social e por isso como nica capaz de jul 99 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 98 114 gar a si mesma reveste a com uma for a e autoridade sem igual Fica assim o desafio para uma sociedade que busca ser democr tica na qual o exerc cio da inter cr tica deveria ser permanente entre os seus v rios segmentos Um importante aspecto a apontar seria em rela o ideia de pro gresso do conhecimento Morin quando a desenvolve aponta para um duplo jogo no universo f sico O fen meno est condicionado organiza o e ordem por m associado a ele e de forma perturbadora h um ininterrupto processo de degrada o e de dispers o 2 O au tor acrescenta que os subprodutos regressivos ou destrutivos do pro gresso pode
96. bio tica global propuesta por Potter result revolucionaria por su cr tica al estado de la tica y el conocimiento social de una parte y al estado de las ciencias y el conocimiento cient fico de la otra Su convocatoria a desarrollar una nueva disciplina cient fica que conju gara los valores humanos y el conocimiento cient fico para alcanzar la sabiduria necesaria para manejar el conocimiento La bio tica irrumpe en el desarrollo del pensamiento tico y pro duce una ruptura que todav a no ha sido plenamente reconocida incluso por quienes se inscriben en la amplia vertiente de la bio tica contempor nea que se ha dado en llamar global Potter ampli el car cter revolucionario de su propuesta al enlazar la problem tica bio tica a una ampliaci n del c rculo de la moralidad para reconocer el lugar de la naturaleza y la vida y no puso punto final aqu pues se aventur a un terreno todav a m s escabroso el de la vinculaci n de la bio tica y la pol tica en una postura franca de rechazo a la tica liberal y neoliberal Lo anterior nos permite decir que en el campo de la tica las ideas de Potter han abierto un sendero revolucionario por su naturaleza cr tica Revolucionario en el sentido de los cambios que produce en la ti ca y revolucionario porque al cuestionarse los presupuestos liberales ubica y contextualiza su discurso bio tico para asumir compromisos con la multiculturalidad y la diversidad social y pol t
97. ca e Bio Tecnologia Bio ethics and bio technology M rcio Rojas da Cruz Universidade de Bras lia Bras lia Distrito Federal Brasil mrojas mct gov br Gabriele Cornelli Universidade de Brasilia Brasilia Distrito Federal Brasil cornelli unb br Resumo A biotecnologia de modo similar ao que ocorre com outras areas do conhecimento ao mesmo tempo em que pode gerar grandes beneficios pode igualmente gerar grandes riscos Em alguns casos a condi o que distingue o leg timo do ileg timo t o t nue que uma pr tica question vel do ponto de vista moral pode facilmente ser aceita por significativa parcela dos atores envolvidos Diante desse cen rio de t o especial interesse para a sociedade este trabalho buscar investigar a rela o entre a bio tica e a biotecnologia tendo por base a contribui o de reflex es sobre a inocuidade do conhecimento a neutralidade da ci ncia a converg ncia na racionalidade epist mica e o progresso Palavras chave Bio tica Biotecnologia GURTs Neutralidade da ci ncia Progresso Abstract In the same way as occurs in other fields of knowledge not only can biotechnology generate large benefits but also at the same time it can equally generate large risks In some cases the condition that distinguishes what is legitimate from what is not is so tenuous that a practice that is ques tionable from a moral point of view may easily be accepted by a significant portion of the play
98. cada vez mais evidente a necessidade de contar com alguns princ pios morais que tenham o respaldo un nime de todos os povos para enfrentar responsavelmente os graves problemas que se apresentam e que amea am o futuro Tais como fome guerras e deteriora o do ambiente entre outros S o princ pios que quando ausentes destituem o ser humano de humanidade Desse modo seriam universalizados n o porque subje tivamente sejam desejados mas porque parecem fazer parte da hu manidade Da a op o pela denomina o de princ pios ou valores morais universaliz veis ao inv s de universais A dif cil tarefa de fundamentar racionalmente uma moral univer sal se deve em parte segundo Cortina ao pr prio desenvolvimen to t cnico cient fico porque o mesmo veio acompanhado de uma mentalidade cientificista que capitalizou a categoria de objetividade identificando a com o conceito de neutralidade ou com a aus ncia de valores e consequentemente relegando o mbito das decis es mo rais esfera do subjetivo e irracional 21 Uma das formas da linguagem moral que tem pretens es de vali dade universal seria a da justi a Assim esse seria um princ pio uni versaliz vel Tal princ pio emergir nas obras dos fil sofos iluministas Kant e Rousseau como nas postula es de Piaget e Kohlberg Para este ltimo o desenvolvimento moral desemboca numa moral univer sal para as quest es de justi a segundo palavras de Cortina num u
99. cas de reprodu o assistida inclusive aos doadores Os aspectos m dicos envolvendo as circunst ncias da aplica o de uma t cnica de RA ser o detalhadamente expostos assim como os resultados obtidos naquela unidade de tratamento com a t cnica proposta As informa es devem tamb m atingir dados de car ter biol gico jur dico tico e econ mico O documento de consentimento informado ser expresso em formul rio especial e estar completo com a concord ncia por escrito das pessoas submetidas s t cnicas de reprodu o assistida 4 As t cnicas de RA n o devem ser aplicadas com a inten o de selecionar o sexo sexagem ou qualquer outra caracter stica biol gica do futuro filho exceto quando se trate de evitar doen as ligadas ao sexo do filho que venha a nascer 5 proibida a fecunda o de o citos humanos com qualquer outra finalidade que n o a procria o humana 150 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 147 154 6 O n mero m ximo de o citos e embri es a serem transferidos para a receptora n o pode ser superior a quatro Em rela o ao n mero de embri es a serem transferidos s o feitas as seguintes determina es a mulheres com at 35 anos at dois embri es b mulheres entre 36 e 39 anos at tr s embri es c mulheres com 40 anos ou mais at quatro embri es 7 Em caso de gravidez m ltipla decorrente do uso de t cnicas de RA proibida a utiliza o de procedimen
100. cedes Sosa S nchez Hospital Universitario General Calixto Garcia La Habana Cuba tere sosa infomed sid cu Resumen La llegada de la bio tica a Latinoam rica encontr un pensamiento tico revolucionario avanzado Sin embargo a pesar de que la bio tica en la regi n abandon en un per odo relativamente corto de tiempo la preocu paci n exclusiva por los asuntos estrictamente biom dicos para abrirse a la problematica social y al compromiso con el cambio social no se observa un di logo de la bio tica con el pensamiento tico revolucionario La ausencia de di logo parece divorciar por completo estas vertientes del pensamiento tico como si no tuvieran nada en com n o no pudiera resultar efectiva una fertilizaci n mutua a partir del intercambio de las ideas fundamentales que aportan Lo que significa realizar un esfuerzo en ese sentido realizo l ar t culo para comprender la interconexi n entre la tica revolucionaria como tica del cambio social por excelencia y la bio tica comprometida con el cam bio social representada en lo general por la bio tica global como pensamiento tico nuevo y en espec fico por la bio tica de intervenci n como propuesta contextualizada y comprometida con ese cambio Palabras claves Di logo Bio tica Pensamiento revolucionario Bio tica de intervenci n Latinoam rica Pensamiento tico Abstract The arrival of bioethics encountered a situation in which ethical r
101. ciado em sua origem a Jeremy Bentham Stuart Mill entre outros Cortina e Martinez 17 atribuem a primeira men o ao utilitarismo cl ssica obra de Beccaria Dei Delitti e delle Pene onde dito que todas as a es da sociedade se di rigem a um nico fim todo o bem estar poss vel para a maioria 18 As teorias utilitaristas foram diretamente combatidas por Rawls 7 em raz o da tend ncia a no escopo de maximizar o bem social terminar por minimizar a import ncia dada ao ser humano individu almente considerado Segundo esse autor n o h justi a na redu o imerecida da liberdade de uns mesmo que ao fundamento da am plia o do somat rio total de satisfa es sociais Para tal contesta o busca entre suas bases o imperativo de Kant segundo o qual h que se agir de tal maneira que sua conduta fosse por si querida como lei universal 1 10 19 Assemelha se com isso chamada regra de ouro da moralidade referente a agir com o outro como se gostaria que agissem consigo Da deduz Rawls que n o se haveria de agir com a referida minoria como n o se admitira agir consigo ou como conduta universal Diz Elster 20 que levado ao extremo o utilitarismo poderia ge rar absurdos como na hip tese de se cogitar que matar um indiv duo poderia produzir rg os suficientes para salvar v rios outros o que ampliaria globalmente o montante de satisfa o na sociedade Adver te Fortes 21 contudo que tal pensamen
102. ciso con no m s de 1200 caracteres en el idioma ori 158 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 156 163 ginal adem s de su traducci n para el ingl s abstract con las mismas caracter sticas En los art culos presentados en ingl s es necesario solamente el abstract Cada resumen tambi n debe ser seguido de por lo menos cuatro y no m s de seis palabras clave que describan el contenido del trabajo en la lengua original y en ingl s key words Notas deber n estar en pie de p gina con no m s de cinco l neas seguidas por referencias a autor y fecha e Los art culos deben tener como m ximo 8000 palabras en el formato de papel A4 letra Times New Roman fuente 12 pt espacio 1 5 con m rgenes de 2 5 cm El l mite de palabras incluye el texto y las referencias bibliogr ficas la identifi caci n el trabajo y el resumen no son considerados en este l mite Se sugiere que los textos sean divididos en secciones con t tulos y subt tulos si necesario Cada una de esas partes o subpartes debe ser indicada con recursos gr ficos como negritas modificaci n de los m rgenes y nunca por numeraci n progresiva Cuando un autor es citado en el cuerpo del texto se debe poner solamente el n mero de la referencia en fuente normal sin subrayados entre par ntesis Documentos en el cuerpo del texto deben ser citados en cursivas e La publicaci n de trabajos de investigaci n con seres humanos es de completa
103. colhas pretensamente cient ficas 27 Deve se buscar devolver a ci ncia aos cidad os na tentativa de garantir que as pol ticas cient ficas governamentais sejam o resultado de extensa reflex o por parte de todos os elementos da sociedade e n o mais decididas tendo por base as recomenda es de um limitado grupo de cientistas especialistas 28 Nesse sentido a informa o social deve receber a aten o necess ria para que suas tr s fun es 135 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 b sicas sejam exercidas de forma adequada a impedir que a iniciativa popular se extinga em raz o de complica es burocr ticas e de institui es est ticas fecha das em si mesmas b garantir at certo ponto a efici ncia da press o vinda de baixo como um instrumento democr tico de primeira linha c tender a manter certo grau de con tato entre as decis es pol ticas e as aspira es dos cidad os protegendo os tanto da precipita o autorit ria como das ten d ncias paternalistas 29 Fermin Roland Schramm chama a aten o para a necessidade de controle da atividade cient fica a fim de evitar abusos de poder por parte de cientistas e institui es tecnoburocr ticas e igualmente de controle do controle a fim de evitar as poss veis consequ ncias perversas do controle como as influ ncias de coer es fanatismos e ignor ncias que podem comprometer a autonomia positiva da ci ncia 30 A n
104. como ocor re no Canad e na Dinamarca A independ ncia do Estado em rela o s organiza es religiosas representa a condi o essencial para que o estado possa tratar todos os cidad os de maneira equitativa respeitando a diversidade cultural e as diferen as de identidade ou sentimento de pertencimento a um determinado grupo Decorre da outro fundamento o da imparcialidade J mencio nado anteriormente trata se de uma exig ncia restritiva que o Estado deve se impor visando n o favorecer nem gerir direta ou indireta mente nenhuma cren a ou ideologia particular Entretanto o poder pol tico deve se manter imparcial aos diferentes grupos de convic o que est o presentes em uma sociedade pluralista O Estado n o representa um ou outro grupo mas a sociedade civil como um todo A independ ncia e a imparcialidade garantem que todos os seres humanos tenham direito ao respeito liberdade de consci ncia de cren as de religi o e mesmo a liberdade de adotar o ceticismo Outro fundamento essencial laicidade o do respeito pela liber dade de consci ncia e a igualdade de tratamento que visa assegurar que n o haja discrimina o entre os cidad os que possuem orienta es d spares Esses direitos s o o sustent culo da realidade social e jur dica da laicidade e pretendem assegurar a liberdade pessoal de ades o a uma religi o ou s convic es filos ficas ao reconhecimento da autono mia da consci ncia
105. conduta na realiza o de pesquisas com f rmacos nos pa ses em desenvolvimento Segundo o duplo standard os n veis de riscos para uso de placebo nos ensaios cl nicos que n o seriam aceitos em pa ses desenvolvidos s o adotados em pa ses em desenvolvimento A ado o desses n veis tem sido justificada com base em padr es epidemiol gicos distintos e na situa o de assist ncia farmac utica prec ria t pica desses pa ses Tais pr ticas caracterizam explora o por se aproveitarem de uma desvantagem s cio econ mica local e aus ncia ou flexibilidade da regula o protetora para obter vantagens nos interesses privados Outro ponto que merece destaque o fato de que a instala o desse tipo de laborat rio de treinamento em quiropraxia para estu dantes estrangeiros no Brasil j foi denunciada em outras oportuni dades e aponta para a possibilidade de uma a o coordenada visan do estabelecer no Brasil a pr tica da quiropraxia na forma como executada e legitimada em outros pa ses segundo interesses que n o s o genuinamente brasileiros Considera es Finais A bio tica traz em sua gama reflexiva a quest o de uma tica que permeia da teoria para uma pr tica A norma e a realidade n o devem ser antag nicas principalmente quando vidas humanas est o em evi d ncia Esta discord ncia entre o universo normativo e o universo da realidade nos obriga a pensar nas diferen as entre o abstrato e o concreto 18
106. dade de um n o implique necess ria e consequentemente a desigualdade em outra esfera Quer evitar com isso o predom nio 37 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 de forma que o s fato da deten o do bem x interfira automaticamen te na distribui o e na percep o do bem y ensejando tirania 24 Exemplifica nesse sentido em rela o renda e chance de obter educa o e a partir dela mais possibilidades inclusive de renda de modo que tudo desemboque nesta como meio de domina o As teorias igualit rias ou igualitaristas sustentam o igual acesso aos bens que toda pessoa racional valoriza ou ao menos uma equita tiva igualdade de oportunidades no acesso a esses bens se necess rio mediante a discrimina o positiva dizer a garantia de programas que eliminem reduzam ou equilibrem as desigualdades naturais princ pio da diferen a T m portanto um car ter mais universalis ta lastreado numa no o de dignidade intr nseca da pessoa humana A teoria de Rawls enquadra se nesse mbito embora n o seja a nica sendo poss vel listar tantas teorias igualitaristas quantos s o os nume rosos par metros poss veis de igualdade Nesse sentido fala Sen 11 em igualitarismo de renda de bem estar entre outros Aduz afinal que a s men o justi a como for ma de promover igualdade n o diz muito de concreto podendo se considerar que sob dado ponto de vista mesmo as teorias lib
107. de negocia o pelo qual uma comuni dade ou um grupo cient fico gera um consenso dominante por meio da negocia o que se d o estabelecimento dos fatos que devem ser considerados relevantes para a extra o de conclus es cientifi cas bem como das pr prias conclus es ltimas a cren a dominan te Uma vez que estes dois aspectos o factual e o interpretativo da negocia o ocorrem concomitantemente ao mesmo tempo em que as conclus es moldam as descri es dos fatos os fatos moldam as conclus es deles geradas fica comprometida a seguran a de que a experimenta o apresenta papel determinante nos resultados cienti ficos Em ltima an lise diferen as na hist ria individual no campo de pesquisa e no interesse pessoal exercem influ ncia significativa no processo de negocia o o que explica a exist ncia de diverg ncias nas conclus es por parte dos diversos atores envolvidos 21 Feyerabend aproveitando a contribui o de Galison acerca da 127 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 distin o entre o contexto da descoberta e o da justifica o coloca as certezas de qualquer sistema de conhecimento naturalmente in cluindo o sistema cient fico como resultados de decis es pr ticas ou como simples resultados de modos de se viver e n o apenas de intui es estritamente te ricas Assim considerando a semelhan a entre grupos de pesquisa e partidos pol ticos ambos dotados de in
108. div duo No entanto os valores transmitidos pela sociedade nem sempre s o claramente tematizados na escola e at mesmo muitos educadores n o baseiam suas pr ticas em uma reflex o mais atenta a esse respeito Infelizmente no espa o escolar tem ocorrido frequentemente uma nfase em educar estritamente visando aquisi o de conhecimento e desenvolvimento de habilidades cognitivas Muito embora seja re conhecida a presen a de valores e atitudes perpassando a escola n o 109 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 98 114 os explicitar conscientemente faz com que a institui o se ausente de uma responsabilidade que lhe pertence Ao desenvolver a ideia de uma educa o moral democr tica Cor tina destaca que preciso distinguir algumas habilidades que se pre tendem desenvolver nos educandos nas sociedades modernas Entre elas destaca as habilidades t cnicas conhecimentos instrumentais para poderem se defender na vida Um tipo especial de habilidade t cnica denominada pela autora de habilidade social seria a capacidade do estudante de criar ao seu redor uma boa rede de rela es com pessoas mais bem situadas de modo que com a ajuda delas tenha a possibilidade de prosperar sem excessivas dificuldades Longe de desprezar ou menosprezar as habi lidades t cnicas Cortina aponta que estas n o s o suficientes quando se tem como refer ncia uma sociedade que se pretende democr tica Mas o certo que
109. do ao m dico adotar pr ticas para impedir a concep o 2 J final do s culo 20 o ent o Presidente Fernando Henrique Car doso sancionou a chamada Lei do Planejamento Familiar 3 segun do a qual o planejamento familiar direito de todo cidad o Segundo a lei deve se entender o planejamento familiar como o conjunto de a es de regula o da fecundidade que garanta direitos iguais de constitui o limita o ou aumento da prole pela mulher pelo homem ou pelo casal N o obstante a mudan a relativamente r pida dos conceitos da sociedade brasileira e demais sociedades internacionais sobre a con cep o e a contracep o evidenciada aqui pela flagrante oposi o entre dois documentos separados no tempo por pouco mais de meio s culo a doutrina da Igreja Cat lica n o acompanhou esta tend ncia conforme ser exposto adiante Doutrina da Igreja e a contracep o Gra as ao progresso das ci ncias biol gicas e m dicas o homem pode dispor de recursos terap uticos sempre mais eficazes mas pode adquirir tamb m novos poderes sobre a vida humana em seu pr prio in cio ou nos seus primeiros est gios As diversas t cnicas hoje existentes permitem uma interven o n o apenas na assist ncia mas tamb m no dom nio dos processos da procria o 4 Marcadamente atrav s da Carta Enc clica Humanae Vitae 5 o Papa Paulo VI atualizou a doutrina da Igreja sobre o tema no ano de 1968 pouco tempo depois do advent
110. do en las necesidades de las mayor as populares excluidas del proceso del desarrollo los dilemas de la bio tica reitera damente detectados pueden ser enfrentados por la bio tica de inter venci n con una mayor objetividad As considera a la bio tica como una importante herramienta metodol gica para debatir e intervenir en los problemas Se interesa en la responsabilidad del Estado ha cia sus ciudadanos particularmente aquellos con mayor necesidad y tambi n hacia la preservaci n de la biodiversidad y el ecosistema que son posesiones que deben estar conservadas para las futuras ge neraciones Define a los pa ses centrales como aquellos donde los problemas b sicos como salud educaci n alimentaci n vivienda y trasporte ya est n resueltos o con soluciones bien encaminadas Y a los pa ses pe rif ricos como pa ses que los organismos internacionales acostum bran llamar en desarrollo donde la mayoria de la poblaci n contin a luchando por la obtenci n de condiciones m nimas de supervivencia y dignidad En los pa ses perif ricos es donde la concentraci n de poder y riqueza se encuentra en manos de un n mero reducido y cada vez menos representativo de personas En otro sentido la bio tica de intervenci n ha considerado divi dir las situaciones sociales que requieren atenci n en dos situaciones b sicas 1 La primera se relaciona con aquellas condiciones que existen en las sociedades humanas desde la antig edad c
111. doador nos programas de RA V CRIOPRESERVA O DE GAMETAS OU EMBRI ES 1 As cl nicas centros ou servi os podem criopreservar espermatozoides vulos e embri es 2 Do n mero total de embri es produzidos em laborat rio os excedentes vi veis ser o criopreservados 152 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 147 154 3 No momento da criopreserva o os c njuges ou companheiros devem expressar sua vontade por escrito quanto ao destino que ser dado aos pr embri es criopreservados em caso de div rcio doen as graves ou falecimento de um deles ou de ambos e quando desejam do los VI DIAGN STICO E TRATAMENTO DE EMBRI ES As t cnicas de RA tamb m podem ser utilizadas na preserva o e tratamento de doen as gen ticas ou heredit rias quando perfeitamente indicadas e com suficientes garantias de diagn stico e terap utica 1 Toda interven o sobre embri es in vitro com fins diagn sticos n o poder ter outra finalidade que n o a de avaliar sua viabilidade ou detectar doen as heredit rias sendo obrigat rio o consentimento informado do casal 2 Toda interven o com fins terap uticos sobre embri es in vitro n o ter outra finalidade que n o a de tratar uma doen a ou impedir sua transmiss o com garantias reais de sucesso sendo obrigat rio o consentimento informado do casal 3 O tempo m ximo de desenvolvimento de embri es in vitro ser de 14 dias
112. e Janeiro O M dico e a vida humana diante da tecnologia e da bio tica VII Conclave Brasileiro de Academias de Medicina Rio de Janeiro Brasil 1998 19 Pinto LPM internet Pessoa humana direito e bio tica acesso em 2 Mai 2010 Dispon vel em http www buscalegis ufsc br revistas index php buscalegis article viewFile 26456 26019 20 Conselho Regional de Medicina do Estado do Cear Processo consulta N 06 2008 Declara es de Nascido Vivo e de bito em casos de Abortamen to Parecerista Conselheiro Helv cio Neves Feitosa Fortaleza Brasil 2008 21 Brasil Conselho Federal de Medicina Resolu o n 1931 2009 Aprova o C digo de tica M dica Di rio Oficial da Uni ol DF 24 set 2009 22 Organiza o das Na es Unidas internet Declara o Universal dos Di reitos Humanos acesso em 2 mai 2010 Dispon vel em http www onu brasil org br documentos direitoshumanos phprep blica 23 Brasil Constitui o 1988 Constitui o da Rep blica Federativa do Bra sil Bras lia DF Senado 1988 24 Campos MV internet Direitos Humanos e Liberdade Religiosa acesso em 16 abr 2010 Dispon vel em http www liberdadereligiosa org br objeti vos html 25 Santa S C ria Romana internet Catecismo da Igreja Cat lica Edi o t pica latina aprovada e promulgada pela Carta Apost lica Laetamur Magno pere acesso em 2 mai 2010 1997 Dispon vel em http www vatican va archive cat
113. e focar o conceito de efici ncia adequa o entre os meios e os fins propostos bem como conceitos proximamente re lacionados inter alia factibilidade que seja pass vel de realiza o l gica e materialmente efic cia que alcance os fins propostos e confiabilidade que a efici ncia seja est vel A avalia o externa por sua vez deve contemplar o contexto social e o cultural oferecendo oportunidade de discuss o sobre a desejabilidade das inova es tec nol gicas e do desenvolvimento tecnol gico para a sociedade que sofrer o impacto das aplica es desses sistemas em quest o 24 Sugere se por conseguinte que a nica justificativa moralmen te plaus vel para o investimento em uma tecnologia espec fica seria a sua contribui o ao bem estar dos seres humanos sem que haja danos inaceit veis a animais ou ao meio ambiente sendo permitida apenas a explora o racional destes recursos bem como o aproveita mento moralmente aceit vel dos sistemas sociais 24 A converg ncia na racionalidade epist mica Tal qual ocorre com a concep o da neutralidade da ci ncia a concep o da converg ncia na racionalidade epist mica pode ser en contrada de forma bem difundida em nossa sociedade atual espe cialmente na comunidade acad mica ocupada com as ci ncias duras 129 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 Esta corrente baseia se na id ia de que qualquer ser humano seja ele quem for esteja
114. e momento a bio ti ca deve integrar o curr culo escolar Em quais n veis de escolaridade Trata se de uma disciplina aut noma No Brasil especula se que o momento adequado para in cio des sas reflex es seria no ensino m dio e que os professores de biologia s o os que t m maior oportunidade para criar esse espa o de discus s o em sala de aula no ensino m dio que se encontram jovens com certa maturidade modalidade de ensino no qual o conhecimento adquirido da biologia permite a responsabilidade de decis o desper tando assim uma consci ncia cr tica uma consci ncia bio tica que priorize o resgate da fun o social das ci ncias biol gicas Conv m ressaltar que sem informa o a sociedade n o tem como realizar controle social e tico sobre novos saberes e poderes das bio ci ncias A volta do ensino de filosofia no ensino m dio foi uma boa not cia por m n o podemos prescindir das disciplinas cient ficas incluindo se a biologia na discuss o desse tema uma vez que por meio dos conhecimentos biol gicos que nos familiarizamos com o lin guajar e os meios que nos possibilitam questionar as novas biotecno logias parte substancial do tem rio da bio tica 9 Martins enfatiza a pertin ncia da inser o do ensino de bio tica no contexto brasileiro Nesse sentido prop e que o ensino de bio tica precisa fundamentar se na profunda vis o dos valores dominantes Valores estes que prioriza
115. e pesquisa e desenvolvimento Estudo re cente o primeiro a oferecer evid ncia emp rica com base em relatos pr prios de amostra representativa de pesquisadores estadunidenses que contam com apoio financeiro dos National Institutes of Health NIH indicou que 33 dos pesquisadores participaram nos ltimos tr s anos de pelo menos um ato com alta probabilidade de uma vez descoberto gerar s rio problema em n vel institucional ou federal A significativa influ ncia de interesses econ micos revelada pelo fato de que 15 5 dos pesquisadores entrevistados j alteraram o dese nho a metodologia ou o resultado de um estudo em raz o da press o exercida por uma fonte de financiamento 12 Segundo Volnei Garrafa a oscila o entre a pr tica humana e a desumana no desenvolvimento da ci ncia favorece o surgimento de duas tend ncias antag nicas A primeira defendida por cient latras invoca uma bio tica racional e justificada por meio da qual tudo aquilo que pode ser feito deve ser feito Esta tend ncia remete nos aos conceitos de imperativo tecnol gico tudo o que poss vel fazer dever ser feito e de ladeira escorregadia slippery slope se algo poss vel de ser feito inevitavelmente ser feito que de formas levemente distintas alertam para a aplicabilidade de absolutamente todo o conhecimento cient fico indiferentemente dos valores ticos e morais envolvidos A segunda defendida por tecnof bic
116. eara prover um ponto de partida equ nime de sorte a n o negar de prima as oportunida des poss veis de desenvolvimento humano Nesse sentido entende Kottow 31 que o justo ordenamento so cial aquele que possibilita a satisfa o das necessidades individu ais de sorte que cada pessoa possa ter op es abertas para a concre tiza o de seu plano de vida o que no mbito da sa de significa que todos devem ter acesso ao menos s medidas preventivas pertinen tes e a medidas curativas decentes compat veis com um tratamento condigno ao ser humano ainda que n o seja o padr o ouro Segundo Schramm 22 preciso ter em mente em rela o s negativas de 43 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 alguns pedidos que mesmo dentro de uma vis o n o utilitarista os indiv duos que comp em a coletividade devem ser razo veis na me dida em que a equidade consiste em distribuir n o somente benefi cios mas tamb m muitas vezes frustra es consideradas as limita es e desde que mantido um patamar condizente com a dignidade no tratamento ao ser humano Justi a e aloca o de recursos Enquanto o segundo princ pio rawlsiano encontra maior reper cuss o pol tica em escala de macrojusti a e macroaloca o de re cursos observa se que o primeiro princ pio em especial serviu de ampla inspira o aos princ pios bio ticos tanto no que se refere mais propriamente aloca o de rec
117. ecessidade das atividades de controle e controle do controle conforme proposto por Schramm vem em sintonia com a id ia de equil brio entre os cient latras e os tecnof bicos previamente comen tada O di logo genuinamente plural com representa es de todos os setores interessados em que a racionalidade e a imparcialidade aparecem como elementos valorizados surge como o caminho certo para o alcance dos mais significativos benef cios das biotecnologias com os menores riscos poss veis e aceit veis Refer ncias 1 Oliveira LA Biontes bi ides e borgues In Novaes A organizador O Ho mem m quina a ci ncia manipula o corpo S o Paulo Companhia das Le tras 2003 2 Romano R Moral e ci ncia a monstruosidade no s culo XVIII S o Paulo Editora SENAC 2003 3 United Nations Environment Programme Convention on Biological Di versity Subsidiary Body on Scientific Technical and Technological Advice internet Recommendation IV 5 Consequences of the use of the new tech nology for the control of plant gene expression for the conservation and sus tainable use of biological diversity Montreal CA 21 25 Jun 1999 Dispon vel 136 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 em http www cbd int recommendation sbstta id 7015 4 Koyr A Estudos de hist ria do pensamento cient fico Rio de Janeiro Edi tora Forense Universit ria 1991 5 Rossi P O nascimento da ci ncia moderna na Europa Bauru
118. ecimento e poder permite que se fale em conhecimento perigo so Mesmo que se argumente que o problema n o o conhecimento perigoso mas sim a ignor ncia perigosa uma vez que o perigo resi de na nossa incapacidade de prever todas as consequ ncias da apli cabilidade do conhecimento ou todas as intera es que determinado conhecimento apresentar com outros conhecimentos perigoso se ria ignorar o fato de que a ci ncia ao mesmo tempo em que prop e solu es para alguns dos problemas do mundo tamb m cria novos problemas para o mundo 16 A neutralidade da ci ncia Ainda hoje relativamente comum encontrarmos pesquisadores alheios a qualquer tipo de reflex o bio tica al m das superficiais con cep es cada vez mais difundidas pelos meios de comunica o de massa Em que pese o fato de que os cientistas diretamente envolvi dos com experimenta es em seres humanos demonstram cada vez mais consci ncia dos direitos dos sujeitos de pesquisa ideias como a de que a ci ncia deve ser completamente livre de qualquer contro le moral ou cultural ilustram a aceita o da neutralidade da ci ncia em nossa sociedade e em outras tantas desconhecendo fronteiras O cerne desta concep o repousa na cren a de que a ci ncia nos per mite alcan ar o conhecimento puro e enquanto tal fora da esfera dos valores Entretanto n o necess rio ser um dedicado historiador da ci n 126 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6
119. eda de respuestas m s adecuadas con lo cual el di logo cr tico se hace inevitable La bio tica de intervenci n es un intento de b squeda de respuestas m s adecuadas especialmente para el an lisis de los macro problemas y conflictos colectivos que tienen rela ci n concreta con los temas bio ticos persistentes constatados en los pa ses pobres y en v as de desarrollo 22 En la propuesta de Garrafa se enfatiza la necesidad de asumir la problem tica social en el contexto actual de la bio tica Esto signifi ca metodol gicamente que los problemas deben ser vistos desde el contexto propio de cada pa s de cada cultura Incluso dentro de una misma naci n estos problemas deben ser abordados tambi n de mo dos diferentes atendiendo a las diferencias regionales identitarias y sociales Su formaci n como profesional de la medicina conform su in ter s por proteger a los m s vulnerables en el vertiginoso desarrollo cient fico tecnol gico para conformar el camino del di logo bio tico en la soluci n de los macro problemas sociales Garrafa va m s all en lo individual comenzando a perfilar sus ideas en la corporeidad como marco de intervenciones ticas las sen saciones de dolor y placer son inherentes a todos los grupos humanos A partir de estas sensaciones de la cultura y la relaci n con el medio 18 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 ambiente se condiciona la conducta de las personas Conside
120. egorias por elas definidas como seme lhantes A imparcialidade fairness na aplica o do direito assim importante elemento da concep o de justi a desenhada pelo autor independentemente de qual seja seu exato e contingente teor Ra wls distingue com isso a justi a formal da justi a substantiva a qual depende dos princ pios sobre os quais sua estrutura montada seu conte do material Defende esse autor inclusive que a for a mesma das exig ncias da justi a formal a obedi ncia ao sistema e o pr prio estado de direito dependem da justi a substantiva das institui es Para a defini o do agir justo afinal parte o autor de sua comen tada men o ao v u de ignor ncia 7 Essa ideia se apoia na premis sa de que em uma situa o hipot tica de liberdade e igualdade na qual as pessoas se achassem cobertas por uma esp cie de v u que as impedisse de ver sua real posi o na sociedade e suas condi es con cretas escolheriam com plena racionalidade e razoabilidade os prin c pios de justi a a nortear a atribui o de direitos e deveres b sicos e a determinar a divis o dos benef cios sociais dizer que quando da escolha dos princ pios as pessoas n o saberiam qual posi o ocupa riam na sociedade sua idade sexo ra a intelig ncia habilidades ou dotes naturais e sociais nada que pudesse ensejar interesses pesso ais a macular consciente ou inconscientemente a escolha Defende o autor que n
121. egundo Bobbio a utiliza o da investiga o cient fica para fins imorais ainda que isto diga respeito mais t cnica do que ci ncia n o depende da ci ncia mas sim de determinados grupos de cientis tas que por meio da aplica o das t cnicas de investiga o cient fica acabam por gerar efeitos socialmente danosos Entretanto vivendo em uma poca na qual encontramos rios de 128 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 tinta acerca da depend ncia m tua entre os dados e as teorias cien t ficas bem como em rela o ao fato do progresso t cnico cient fico n o ter trazido o aperfei oamento moral da humanidade mas ape nas melhoramento material para parte dela capacitando essa parte a exercer com maior efic cia sua vontade de pot ncia o pre o pago para se manter a ci ncia imaculada foi tentar trazer a neutralidade para seu cerne registrando a sua defini o como sendo o conjunto das t cnicas de pesquisa que devem servir para restringir ao m ximo grau a interven o das nossas prefer ncias ou dos nossos ju zos de valor 23 O reconhecimento de que a ci ncia n o eticamente neutra en caminha nos necessariamente reflex o sobre os valores envolvidos nas atividades cient ficas e igualmente sobre os fins buscados por elas Regressando a Oliv os sistemas tecnocient ficos devem estar submetidos a uma avalia o em dois n veis interno e externo A ava lia o interna dev
122. egundo princ pio com subprinc pios quando n o se possa aplicar 41 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 imediatamente o primeiro mas sem perd lo de vista b as desi gualdades econ micas e sociais devem satisfazer a duas condi es primeiro devem estar vinculadas a cargos e posi es acess veis a to dos em condi es de igualdade equitativa de oportunidades e em segundo lugar t m de beneficiar ao m ximo os membros menos favo recidos da sociedade princ pio da diferen a Com isso entende Rawls 7 que dizer que os seres humanos de vem ser tratados como iguais remete veda o de tratamentos prefe renciais na aus ncia de motivos relevantes que o justifiquem o que por seu turno embasa se no princ pio adjuvante da diferen a o qual prev o tratamento desigual dos desiguais e enseja se necess rio si tua es de discrimina o positiva a fim de favorecer uma igualdade b sica de oportunidades princ pio da igualdade equitativa de opor tunidades pelo qual se h de promover artificialmente uma eventual desigualdade de meios que aumente as chances dos que contam com oportunidades menores Nesse contexto o primeiro princ pio pode ser associado aproxi madamente ao que se denomina equidade horizontal corresponden te ao tratamento igual queles que se acham em iguais condi es 29 30 Em rela o aos cuidados de sa de equivaleria a dizer que aqueles que t m as mesmas nec
123. eis efeitos sociais econ micos e ambientais negativos 9 Todos esses fatores ganham evidente relev ncia quando consi deramos a realidade nacional O Brasil apresenta grande variedade de biomas floresta amaz nica mata atl ntica pantanal cerrado e caatinga a maior biodiversidade do mundo cont m mais de 20 do n mero total de esp cies de seres vivos do planeta e a mais alta taxa de endemismo 68 esp cies de mam feros 191 esp cies de aves 172 esp cies de r pteis e 294 esp cies de anf bios por exemplo 10 Al m disso o setor de agroneg cios responde por 33 do PIB 42 das exporta es totais e 37 dos empregos brasileiros Com 122 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 aproximadamente 300 milh es de hectares de terras agricult veis f rteis e de alta produtividade sendo explorados o Brasil o primeiro produtor e exportador mundial de caf a car lcool e sucos de fru tas liderando ainda as vendas externas de soja carne bovina carne de frango tabaco e couro 11 Soma se ainda o fato de que grande parte do investimento mundial em biotecnologia tem sido emprega da em sintonia com as necessidades e as preocupa es dos pa ses industrializados e por consequ ncia os pa ses em desenvolvimento n o necessariamente se beneficiar o dos avan os cient ficos e tecno l gicos alcan ados digno de nota que a comunidade cient fica n o est isenta de m s condutas nas pr ticas d
124. eitar as defici ncias Caso n o se possa promover esse equil brio de oportunidades pelos crit rios adotados s ent o se admite a imprescindibilidade do tratamento diferenciado Busca se com isso claro est compensar as desvantagens naturais ou sociais s quais o indiv duo n o deu causa mas que comprome tem seu acesso aos bens e condi es favor veis socialmente dispon veis A se situa a atua o positiva do Estado mediante a es afirma tivas que promovam essa discrimina o positiva compensat ria das oportunidades A quest o da igualdade de oportunidades suscita o questiona mento mais uma vez acerca dos par metros para tal igualdade igualar a quem Qual o padr o Tais pondera es servem n o ape nas eticamente mas tamb m para nortear a interpreta o do direito e princ pio da igualdade assegurado constitucionalmente Diz En gelhardt 13 que a igualdade absoluta de oportunidades ut pica j que alguns t m mais dinheiro enquanto outros t m mais sa de mais talentos mais habilidade social ou melhor apar ncia o que sempre interferir de algum modo em rela o s oportunidades de modo nem sempre compens vel pelas institui es fato ainda que a igualdade de oportunidades n o assegura uma igualdade efetiva de resultados a qual depender n o apenas das condi es de cada um mas de seu empenho pessoal e de habilidades outras no manejo das mesmas armas necess rio contudo nessa s
125. el pensamiento revolucionario La tica revolucionaria se mueve todav a en los a os cincuenta y se sentas dentro de derroteros que no incluyen la naturaleza es b sica mente antropoc ntrica La propuesta de Potter tiene valor entonces para comprender por qu debemos avanzar hoy hacia un pensamiento revolucionario que se comprometa con la naturaleza no s lo en t rminos econ micos sino fundamentalmente en t rminos ticos La preocupaci n por el futuro revolucionario debe incluir esta variable que todav a no era perentoria en los cincuenta pero sin la cual en el presente ning n pensamiento tico puede aspirar a la condici n de pensamiento ge nuinamente revolucionario Si centramos ahora la mirada en la bio tica de intervenci n con textualizada para trabajar y establecer prioridades con respecto a los problemas persistentes y los problemas emergentes encontraremos niveles de compromisos tangibles y espec ficos Los planteamientos 23 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 con relaci n a la igualdad la equidad el papel del Estado y los es tablecimientos de prioridad a los m s desfavorecidos replantean por igual problem ticas coincidentes con el pensamiento tico revolu cionario Ya hemos sefialado antes que estas dos vertientes dentro de la bio tica no son excepci n Una parte importante de las discusiones bio ticas en Am rica Latina no son partidarias o no se relacionan directamente con la bio
126. elas feitas s defini es particulares como a aus ncia de clareza sobre o que norteia a defendida propor o Assim embora evidenciada a multiplicidade de interpreta es conferidas no o de justi a de reconhecer que ainda hoje a de fini o n o resta de modo algum tranquila Hodiernamente surge ainda nova aplica o para a ideia de justi a resgatando sua fun o distributiva de maneira mais voltada para as quest es na rea da sa de e da biotecnologia ante o surgimento da bio tica na segunda me tade do s culo 20 e seu princ pio da justi a reiterando a relev ncia e a persist ncia da discuss o nesse contexto que se optou aqui por detalhar a no o de justi a como equidade laborada por Rawls na medida em que al m de bem reconhecida no mbito jur dico tem servido de importante subs dio tamb m para o princ pio bio tico da justi a mostrando se portan to particularmente til ao desafio da aloca o de recursos em sa de ainda que persistam flagrantes suas dificuldades pr ticas A vis o da justi a como equidade encontra forte amparo contem por neo na obra de John Rawls que embasou sua teoria da justi a nessa ideia e constitui na avalia o de Sen 11 a teoria mais in fluente e acredito que a mais importante apresentada nesse s culo no mbito do tema da justi a de se destacar que a despeito da nfase que Rawls procura dar a sua alega o de que sua t
127. en o con tinua ou curtamente peri dica do Estado para ser restaurada mas lembra o pr prio poder do Estado terminaria por se tornar fonte de desigualdade 24 Ademais nem tudo alcan vel economicamente e isso tamb m observa Sen 11 uma igual condi o financeira n o enseja em absoluto igual satisfa o nem id nticas possibilidades de resultados a cada pessoa Aigualdade n o pretende assim diz Walzer 24 abolir todas as diferen as mas determinado conjunto delas e um conjunto diferen te em cada poca e lugar Pergunta esse autor 24 o que parcela justa Refere ent o de in cio a m xima talm dica segundo a qual os pobres devem ser ajudados proporcionalmente a suas necessidades Diz que nesse sentido o Estado Social deve prover o atendimento s necessidades sociais at o limite real dos bens dispon veis e n o dos bens excedentes visto que s haver de fato excedente quando provi do o necess rio Diz ele que nenhuma comunidade pode permitir por exemplo que seus membros morram de fome quando h alimentos dispon veis N o se deve abster contudo de analisar tamb m a razo abilidade do pedido no que tange a avaliar se o pleito trata efetiva mente de uma necessidade Defende assim que em um sistema de igualdade complexa ne nhum bem social espec fico sirva de meio de domina o e que a va riedade de bens seja levada em considera o de sorte que ao menos a desigual
128. enden como me dicamentalizaci n Sin ninguna ambig edad ha perdido operatividad el paradigma de la distinci n s lo queda la optimizaci n de la salud mediante au tovigilancia y demanda exponencial de la maquinaria tecnocient fica que es quien tiene las cartas en la mano y conduce las operaciones excluyendo El cuerpo se considera un material que puede corregirse o trans formarse a voluntad como un objeto totalmente a disposici n del su jeto Las cirug as est ticas las fecundaciones in vitro o el consumo de psicotr picos son ejemplos que proponen gestionar los problemas existenciales de esta relaci n individualista con el cuerpo Los sujetos pueden elegir su estado de nimo controlar sus vivencias cotidianas ser due os de las eventualidades emocionales y para ello recurren a medicamentos psicotr picos cuyo consumo no deja de crecer A medida que se afirma el principio de soberan a personal sobre el cuerpo el individuo conf a su suerte a la acci n de sustancias qui micas que modifican sus estados psicol gicos desde el exterior sin an lisis ni trabajo subjetivo ya que s lo cuentan la eliminaci n inme diata de los desajustes fatiga insomnio ansiedad con la mayor efi cacia posible y el deseo de producir estados afectivos por encargo El autor dir que la gente se declara mayoritariamente feliz a pesar de que la infelicidad sexual persiste y las incitaciones al hedo nismo est n por todas partes
129. endo sobre elas qualquer tipo de controle mais efetivo que pudesse garantir condi es m nimas de sujei o a padr es eticamente aceit veis Na falta de uma legisla o que apontasse diretrizes claras sobre as condutas a serem adotadas nos procedimentos de reprodu o humana assistida pressionadas pela clientela sem sofrer fiscaliza o dos rg os competentes e possuindo as condi es t cnicas para oferecer tal servi o cada cl nica passou a adotar condutas as mais diversas deixando surgir conflitos ticos e jur dicos que precisavam ser enfrentados em primeiro lugar pelo Poder Legislativo e pelo Conselho Federal de Medicina como rg o respons vel pela conduta dos m dicos Para enfrentar o problema da gravidez m ltipla o CFM fixa o n mero m ximo de o citos e embri es que podem ser transferidos para a receptora Enquanto a resolu o anterior falava que o n mero ideal n o 147 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 147 154 deve ser superior a quatro deixando margem para uma decis o do profissional ou dos demais envolvidos a nova resolu o fixa categoricamente que o n mero m ximo n o pode ser superior a quatro A mudan a aparentemente singela faz toda a diferen a Assim a Resolu o CFM 1358 92 tinha um car ter meramente orientador a Resolu o CFM 1957 10 um car ter taxativo Al m dessa defini o a resolu o estabelece tamb m e de forma muito apropriada a rela o
130. ente uma declara o descritiva Ilustra esta afirma o o desenvolvi mento de armas de destrui o em massa uma vez que o conden vel justamente o fato de que as armas mais recentes por serem tecno logicamente superiores apresentam maior poder de destrui o 18 Conclus o A lei de Hume exposta no Tratado da Natureza Humana como uma observa o que talvez se mostre de alguma import ncia faz se inquestionavelmente cada dia mais relevante para a reflex o da interface entre as quest es de natureza epistemol gica e as quest es de natureza tica Ao constatar com surpresa que em todo sistema moral em um dado momento do discurso as c pulas proposicionais usuais e n o passam a ser sistematicamente substitu das por deve e n o deve Hume teceu o seguinte coment rio Essa mudan a impercept vel por m da maior import ncia Pois como esse deve ou n o deve expressa uma nova rela o ou afirma o esta precisaria ser notada e explicada ao mes 134 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 mo tempo seria preciso que se desse uma raz o para algo que parece inteiramente inconceb vel ou seja como essa nova re la o pode ser deduzida de outras inteiramente diferentes 26 Impedidos por corol rio de derivarmos o que devemos fazer da quilo que podemos fazer resta nos uma atitude de prud ncia dian te dos avan os biotecnocient ficos A aplica o madura do princ pio
131. entes de forma paradoxal 12 Os autores apontam grandes quest es bio ti cas para serem tematizadas tais como as contradi es alimenta o e desnutri o sa de e doen a trabalho e desemprego educa o e car ncia cultural conviv ncia social e discrimina o Portanto a bio tica tem o desafio de ultrapassar a dimens o puramente biol gica e resgatar a vis o biossociol gica Uma proposta de educa o em bio tica voltada especificamente para os estudantes do final do ensino fundamental e ensino m dio oferecida por Bishop Ela aponta que os objetivos de tal aprendizagem e ensino seriam entre outros o desenvolvimento da percep o tica das habilidades de racioc nio anal tico a constru o de um senso de responsabilidade pessoal e a capacidade de lidar com a ambiguidade moral 13 Logicamente o sucesso dessa abordagem depende do preparo cui dadoso da aula e de um certo background por parte do professor para 106 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 98 114 que possa guiar a discuss o da classe de maneira que os alunos sejam le vados a descobrir e expressar quest es de valores por si pr prios e a pen sar a respeito dos pr s e contras diante de uma determinada situa o A autora prop e uma forma de apresentar os dilemas bio ticos a partir de estudos de casos Neles os dilemas apresentados podem aproximar as d vidas da vida real e os fatos da ci ncia Assim os alu nos desenvolvem habil
132. entre eles Inquestionavelmente o mundo real estabelece certo grau de comunica o com as teorias cient ficas manifestando determinados aspectos condicionantes A contribui o do mundo real para as teorias cient ficas se d via de regra por restri es que resultam no descarte de hip teses candidatas a teorias n o suficientemente ancoradas em argumentos observa es ou experi menta es racionais Tendo isto posto Oliv nos conduz ao reconhecimento de que a raz o comum a todos os seres humanos ou seja todos n s temos a capacidade de aprender e usar uma linguagem ter representa es do mundo escolher fins eleger os meios poss veis para se alcan ar tais fins conectar diferentes ideias realizar infer ncias l gicas construir e analisar argumentos e por fim aceitar ou rejeitar ideias valores e normas de conduta com base em raz es Trata se de aceitar a posi o equil brio entre o absolutismo valores e normas morais com valida de absoluta e o relativismo extremo ju zos de valor com validade espec fica exclusivamente para determinados grupos humanos o 132 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 pluralismo Trata se de aceitar que nenhum conceito apresenta um significado absoluto e por corol rio n o s o v lidos para toda a cul tura humana nem mesmo o conceito de direitos humanos que para o pluralismo s o t o somente direitos reconhecidos pelas sociedades modernas a todos os s
133. entre o n mero de embri es transferidos e a idade da paciente evitando os riscos decorrentes da gravidez m ltipla A proibi o da redu o embrion ria permanece inalterada na resolu o de 2010 evidenciando que a concep o de vida e de morte da sociedade n o se alterou at a presente data Outra mudan a significativa na resolu o refere se aos indiv duos que ser o submetidos t cnica de reprodu o assistida Enquanto a resolu o anterior falava em mulher referindo se s usu rias das t cnicas a Resolu o CFM 1957 10 fala em pessoa ampliando o leque dos sujeitos com possibilidade de utiliza o da t cnica e respeitando os novos arranjos sociais e familiares Al m dos ajustes necess rios em rela o resolu o anterior como a defini o do n mero de embri es fertilizados que podem ser implantados em cada paciente o CFM enfrentou o problema da insemina o post mortem decis o essa que certamente ter desdobramentos na seara jur dica e que suscitar conflitos ticos importantes Finalmente cabe destacar que o CFM ao revisar sua resolu o assume uma posi o de pioneirismo provocando o Legislativo e o Executivo a que renovem o atual arcabou o jur dico Dentro dos limites de sua compet ncia o CFM decidiu acerca de quest es consideradas pol micas se antecipando aos tr s Poderes A Resolu o CFM 1957 2010 um demonstrativo claro desse descompasso existente entre uma sociedade que avan
134. eoria se aplica a institui es portanto na macroaloca o ou macrojusti a e n o a casos individuais 7 foi tamb m neste ltimo uso que se desta cou sua aplica o no campo atual da bio tica Primeiramente cumpre ressaltar o zelo do autor em esclarecer que tomar a justi a como equidade n o significa dizer que justi a e equidade tenham o mesmo significado 7 mas que a justi a se far a partir de uma situa o de equidade que a justi a se promover me diante a equidade a qual se associa com a proporcionalidade o meio termo donde a men o feita por Arist teles 6 origem comum dos termos d kaion justo dikha juiz dikhast s meio e dikha divis o 39 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 em duas partes proporcionalmente iguais entre o ganho e a perda Cabe outrossim atentar nesse sentido para a distin o feita por Rawls entre igualdade cl ssico par metro da justi a e equidade Tal distin o tamb m a viu Arist teles 6 quando relacionou justi a e igualdade apontando por m a equidade como recurso que socorre o julgador no equil brio das defici ncias da lei ou seja quando esta fugisse do ideal de justo ent o adotado Observa Rawls 7 que a no o de justi a sempre tende a expres sar algum tipo de igualdade de sorte que pela concep o formal de justi a exige se para sua administra o que as leis e institui es se apliquem igualmente s cat
135. eorias morais N o raro verifica se essa postura nas abordagens bio ticas prin cipalmente em decorr ncia do reducionismo cient fico que desconsi dera o todo possibilitando que seja identificado como uma forma de imposi o O recurso excessivo ci ncia tamb m pode transformar 63 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 53 68 argumentos em dogmas e com isso imp em se as cren as cientifi cas ferindo os direitos fundamentais dos indiv duos A redu o de um comportamento sexual a uma doen a um exemplo no qual se percebe a influ ncia desse tipo de determinismo elucidativo refletir sobre casos onde equipes compostas por diferen tes especialidades incluindo a bio tica buscam definir a identidade de g nero de uma crian a portadora de Dist rbio da Diferencia o Sexual DDS Tais equipes acabam agindo fundamentadas em ar gumentos que v o al m de crit rios m dicos sobretudo baseados na defini o de um tipo de g nero de ser humano binomial homem mulher estabelecido por predomin ncia cultural Se a condi o de portador de DDS n o colocar em risco a vida de uma pessoa ela tem o direito de decidir se deseja manter sua con di o como uma forma de diversidade sexual e ser ainda assim plenamente aceita em sociedade ou se deseja se transformar e optar por um g nero determinado Exemplos como esse podem representar problemas de ordem mais sociol gica e de tica do que moral e m
136. epousa em uma educa o da faculdade de julgar O cidad o deve saber pensar ultrapassar a mera express o de seus interesses particulares aceder a um ponto de vista universal encarar os problemas considerando o interesse da comunidade em seu conjunto O autor analisa essa tese ao considerar dois tipos de ju zo e por conseguinte dois modos de educa o para o universal De um lado considera o ju zo cr tico que tem seus crit rios definidos pela lei fun damental que a Constitui o e al m disso pelos Direitos Humanos x fundados no respeito pessoa Tal ju zo permite discernir o que 102 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 98 114 aceit vel ou n o em fun o dos valores fundamentais da comunida de que definem uma concep o do homem em geral Por outro lado considera o ju zo pol tico que deve ir al m da mera cr tica mesmo se esta permanecer indispens vel e deve tam b m considerar solu es poss veis imaginar o que conv m fazer que seja para propor para aprovar ou para decidir Trata se de elaborar um modelo de justi a pr prio para resolver os problemas do momento melhorando a atual organiza o da comunidade A no o de igualdade permeia esses dois tipos de julgamento O ju zo cr tico aplica s a es presentes ou passadas a concep o de igualdade formulada pelas leis de determinado Estado por esta ou aquela declara o de direitos isto uma concep o de justi
137. erais e utilitaristas podem ser igualit rias no sentido de postularem res pectivamente a igual liberdade no mbito mercadol gico e a igual import ncia das utilidades sociais a ponto de se buscar o resultado que represente a maior soma delas independentemente de quem as detenha A quest o saber portanto em que termos e acerca do qu se defende essa igualdade justa Justi a como equidade Numa tentativa de conciliar as v rias teorias Reale 25 vislumbra a justi a como sendo a realiza o do bem comum segundo a propor o exigida pelos valores da pessoa e pela conserva o e desenvolvi mento da cultura representando o valor fim que serve de fundamento ltimo e pr prio do Direito Observa se a simultaneamente a vi s o de respeito ao ser humano individual pregada pela justi a como equidade ao pugnar em favor da propor o exigida pelos valores da pessoa conservando a ideia da propor o comumente associada com a justi a sem olvidar a utilidade social representada pela 38 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 realiza o do bem comum e agregando o aspecto da cultura em conson ncia com a identifica o do direito que deve ter na justi a seu valor fim como objeto cultural Nota se portanto maior riqueza de elementos o que se por um lado preenche brechas deixadas por outras defini es de outro lado abre ensejo a cr ticas mais variadas somando aqu
138. eres huma nos especialmente em um momento de revaloriza o da diversidade Origens do termo laicidade A palavra laicidade tem uma origem etimol gica dupla Uma de suas origens est no vocabul rio eclesi stico latino laicus que sig nifica aquele que n o recebeu as ordens religiosas Tal palavra era usada para diferenciar o clero do laico em uma comunidade crist Outra origem mais antiga do grego laik s que significa do povo e do qual deriva a palavra laos que pode ser traduzida por povo Essa palavra foi originalmente utilizada para designar os fi is cris t os distinguindo os dos membros do clero que controlavam os sa cramentos os di conos os sacerdotes os bispos etc At o s culo 19 o termo laico denotava o espa o que escapava ao controle eclesi stico J o termo seculariza o deriva do latim saeculare que significa tanto siglo como mundo por esta raz o que se estabeleceu o uso de secular como um adjetivo para tudo aquilo que mundano em opo si o ao que espiritual e divino De saeculum tamb m deriva a palavra seglar utilizada para iden 56 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 53 68 tificar os membros da Igreja que n o s o cl rigos Desta forma secular se op e a religioso tal como profano se op e a sagrado tamb m por esta raz o que se fala na seculariza o dos cemit rios por exemplo No mundo anglo sax o a palavra laico designa aqueles que n o s o sacerdo
139. eres humanos pelo simples fato de pertencerem esp cie humana 24 O progresso Por fim chegamos quarta reflex o aquela que acredita haver uma necess ria rela o entre a evolu o da sabedoria pela ci ncia e da capacidade pela tecnologia com a evolu o de conceitos morais Ou seja o aumento do conhecimento est diretamente implicando um crescimento moral em dire o a um aperfei oamento da esp cie humana Essa afirma o teve sua origem em uma imagem moderna da ci ncia que segundo Paolo Rossi pode ser caracterizada por tr s fatos primeiro a convic o de que diferentes gera es contribuem suces sivamente no sentido de aumentar o saber cient fico segundo a con vic o de que este processo se d sempre de forma incompleta ou seja o saber cient fico pode ilimitadamente sofrer acr scimos inte gra es ou revis es e terceiro a convic o de que existe uma esp cie de tradi o cient fica mais de cunho institucional do que em n vel de teorias na qual s o acrescentadas as contribui es individuais Essa imagem moderna da ci ncia teve de superar dois obst culos pr prios da tradi o herm tica presentes na cultura do s culo 17 a nega o da pr tica da ci ncia com car ter secreto e inici tico e a nega o da ideia de que a origem de toda a sapi ncia mantida es condida em um passado long nquo 25 Assim discorrendo sobre a f no progresso e da procura pela lei do progresso a
140. ers involved In the light of this scenario of special interest for society the present study seeks to investigate the relationship between bioethics and biotechnology based on contributions from reflections on the harmlessness of knowledge neutrality of science convergence of epistemic rationality and progress Keywords Bioethics Biotechnology GURTs Neutrality of science Scientific progress 115 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 Dar in cio a este texto com um exemplo recente de uma aplica o biotecnol gica com claras implica es bio ticas seria por mais recen te que fosse o exemplo correr o s rio risco de aparentar obsoletismo Isto porque hodiernamente somos expostos novidades no emprego de t cnicas biotecnol gicas com tamanha velocidade que mal temos tempo de concluir de forma adequada a reflex o dos t picos impostos pelas conquistas cient ficas Com o desenrolar da hist ria humana a t cnica nascida para ha bilitar seus criadores a sanarem necessidades foi aos poucos passan do a ocupar um papel de destaque em nossa civiliza o impulsiona da pela cren a de que sempre h algo para ser melhorado e a nossa voca o encontrar os meios que nos permitam alcan ar o conheci mento e o instrumental pr tico para tal miss o Para que se tenha uma id ia do impacto oriundo de investimen tos e gera o de conhecimento nesse campo a biotecnologia figura ao lado da rob tica e da nan
141. es de ci ncias e biologia Teaching of bioethics at high school level reflections on and challenges of training science and biology teachers Paulo Fraga da Silva Universidade Presbiteriana Mackenzie S o Paulo Brasil paulofragadasilva gmail com Resumo Os avan os da ci ncia e da tecnologia e as not veis transforma es sociais resultantes destas conquistas s o vis veis O impacto dessas transfor ma es tem sido objeto de debate pelo seu potencial de danos e benef cios como tamb m pelas suas implica es ticas e sociais Discute se hoje a im port ncia de se antecipar o ensino de bio tica para a educa o b sica pois nota se que a educa o em ci ncias n o tem produzido bons resultados no que se refere a uma prepara o dos educandos para a tomada de decis es Assim se coloca a import ncia de se investigar a forma o inicial de profes sores O presente estudo parte integrante de um projeto de doutorado j fina lizado teve como foco a forma o inicial de professores de ci ncias e biolo gia O objetivo foi analisar sob a tica destes as implica es do seu papel na forma o tico moral dos estudantes na identifica o das dificuldades apre sentadas pelos mesmos assim como na organiza o do ensino que valorize o exerc cio de tomada de decis o A bio tica numa perspectiva de prote o e a psicologia do desenvolvimento moral se constitu ram um dos referenciais te ricos Na an lise foram ide
142. essa posi o origin ria de igualdade to dos laborariam com a preocupa o na boa escolha de princ pios que permitissem o acesso equitativo aos bens essenciais e o equil brio das eventuais diferen as com vistas a uma condi o mais favor vel para todos e sem onerar excessivamente ningu m na medida em que tais princ pios poderiam no retorno sociedade real contra si mesmos 40 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 serem utilizados Esclarece Rawls que a alegoria da posi o original n o se equipara ao estado natural que segundo Rousseau antece deria historicamente o estado social em que pese o fato de a ideia de um consenso original situar Rawls entre os contratualistas 26 27 Uma sociedade justamente ordenada consistiria ent o sob a ti ca de Rawls 7 naquela que receberia a aprova o de um observador imparcial cuja neutralidade pelo desconhecimento dos interesses envolvidos garantiria a racionalidade dos princ pios de justi a assim eleitos Por esse diapas o o conte do do justo estaria ent o no que as pessoas assim preparadas se dispusessem a aceitar tomando o pr prio senso moral Naturalmente com tal ideia o autor se exp e s habituais cr ticas de que faz depender sua teoria de um ordenamen to moral Tamb m poss vel alegar acrescente se que sua vis o de justi a como equidade muito mais uma indica o procedimental de busca justi a do que propriamente uma def
143. esse processo contaminado virtuosamente pelo princ pio da solidariedade voltado para a redu o das desigualdades entre os pa ses de forma associada ao postulado da sa de como direito humano e n o apenas como resultante do processo de desenvolvimento a ser estimulado via coopera o externa Nesse sentido as experi ncias reais desse novo paradigma de coopera o devem enfrentar os dilemas bio ticos a presentes gerados na intersec o entre os interesses diplom ticos dos Estados e os princ pios de equidade justi a e solidariedade em torno da sa de como direito humano As avalia es sobre as condi es de vida e sa de nas diferentes partes do mundo revelam discrep ncias entre os padr es de bem estar e riqueza e as condi es sanit rias da maioria das popula es suscitando considera es ticas tanto na explica o desses problemas como na escolha de alternati vas para equacionamento dos mesmos As tens es no campo das rela es internacionais circunscrevem de forma cada dia mais preocupante quest es relacionadas sa de vis a vis o desenvolvimento cient fico e tecnol gico UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME Forging a global south Uni ted Nations Day for south south cooperation 19 december 2004 Dispon vel em www undp org cn downloads ssc forgingaglobalsouth pdf Acesso em 07 jul 2011 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 7 8 com graves implica es bio ticas a exemplo da regula o de pe
144. essidades de sa de devem receber os mesmos cuidados J o princ pio da diferen a equivale chamada equidade vertical referente ao tratamento desigual queles que se mostrem desiguais sob aspectos relevantes incluindo o provimento de mais a quem tem menos ou segundo sugere o autor que pessoas com maiores ganhos devam arcar com maiores custos em sa de e que pessoas com mais necessidades devam receber mais cuidados em sa de para fazerem frente a essas necessidades Veja se que a observa o de tais princ pios e da hierarquia que lhes foi proposta permite apurar as distin es do pensamento de Rawls em rela o vis o utilitarista de justi a A prioriza o das liberdades individuais representada aqui pelo primeiro princ pio nesta ordem apresentado j per si assegura a inviolabilidade da pessoa humana em face de outros interesses sobretudo de interesses econ micos e coletivos referidos no princ pio que o sucede Veda se com isso de logo o tratamento do ser humano como um meio para a maximiza o do bem estar da coletividade possivelmente mais aquinhoada ou 42 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 pelo menos amparada por uma maioria num rica ou representativa Por fim a abordagem proposta para o segundo princ pio eviden cia com suas condi es ou subprinc pios a preocupa o em priorizar a promo o da equidade em dire o ao resgate da igualdade origi nal antes de meramente ac
145. etida la problem tica social que rebasa los l mi tes de lo individual 11 12 13 Dentro de estas propuestas destaca la bio tica de intervenci n por el car cter n tido de su compromiso so cial cr tico que contextualiza la problem tica bio tica global y busca soluciones a los problemas nuevos y a aquellos heredados del pasado pero que son completamente presentes los problemas persistentes A pesar de que existen hoy en la regi n estos tres tipos de re flexi n tica comprometida con el cambio social la tica revolucio naria la bio tica global y la bio tica de intervenci n no se observa un di logo entre la primera y las dos segundas que si dialogan en tre s Esta situaci n resulta bastante irregular incluso parad jica La bio tica que lleg a Latinoam rica encontr en la regi n una fuerte tradici n de pensamiento tico revolucionario comprometido con el cambio social y es l gico suponer que la preocupaci n ulterior de los bioeticistas por los problemas sociales no depende nicamente de la persistencia de stos o la sensibilidad de aquellos Parece obvio 11 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 que la herencia de pensamiento tico influye en la aparici n de esas preocupaciones Sin embargo es parad jico que la preocupaci n co m n no se haya transformado en un di logo sistem tico con aquel pensamiento fundacional y no generara un pensamiento bio tico dialogante con el pensamie
146. eve levar em considera o a diversidade e propor uma tica que realmente atenda 66 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 53 68 a esses m ltiplos pontos em comum e n o apenas aos referenciais morais not rio que a laicidade passa a constituir importante instru mento para o sucesso dessa abordagem na qual cada um faz a sua parte para obter um resultado constru do em conjunto Assim questiona se como alcan ar uma conviv ncia pac fica en tra as diversidades sem privil gios e nem dios Para tanto se pode tomar como ponto de partida o postulado por Guti rrez quando pro p e que a grande tarefa do ser humano consiste no esfor o para se conscientizar de seus preconceitos de seus desejos e seus interesses a fim de que o outro deixe de ser invis vel e passe a valer por si mes mo Portanto entende se que a laicidade ferramenta imprescindi vel pr tica bio tica tornando a realmente inclusiva e tratando de contemplar as diferen as de forma a contribuir para uma conviv ncia harm nica e pac fica 15 Isso n o significa de outro lado que se esteja buscando insis tentemente o consenso absoluto que as pessoas tenham que estar for osamente de acordo com as formas de pensar e fazer alheios de outras sociedades e culturas e nem tampouco que se acredite ino centemente que os conflitos e tens es desaparecer o O que se busca a intera o entre os membros da sociedade de maneira que ao menos
147. ever o ser apresentadas no formato de p de p gina sem ultrapassar cinco linhas seguidas de autor e data O tamanho limite dos artigos de 8 000 palavras formatado em papel A4 letra Times New Roman tamanho de fonte 12 espa o 1 5 com margens de 2 5cm O limite de palavras inclui o texto e refer ncias bibliogr ficas a identifica o do trabalho e o resumo s o considerados parte Sugere se que os textos sejam divididos em se es com os t tulos e subt tulos quando necess rio Cada uma dessas partes ou sub partes deve ser indicada apenas com recursos gr ficos como negrito recuo na margem em subt tulos nunca por nume ra o progressiva As cita es n o dever o exceder cinco 5 linhas e n o devem ser consecutivas Quando um autor for citado no corpo do texto colocar unicamente o n mero da refer ncia em fonte normal sem subscrito entre par nteses Documentos no corpo do texto devem ser citados em it lico A publica o de trabalhos de pesquisa envolvendo seres humanos de inteira responsabilidade dos autores e deve estar em conformidade com os princ pios da De clara o de Helsinque da Associa o M dica Mundial 1964 reformulada em 1975 1983 1989 1996 e 2000 al m de atender a legisla o espec fica do pa s onde a pes quisa foi desenvolvida Os editores reservam se o direito de promover altera es de ordem normativa ortogr fica e gramatical nos textos com vistas a manter o
148. evolutionary thought had advanced to Latin America However even though bioethics in this region abandoned its exclusive concern for strictly biomedi cal subjects within a relatively short time such that it opened up to social problems and to commitment towards social change no dialogue between bioethics and ethical revolutionary thought is seen This absence of dialogue seems to represent complete separation of ethical thought from its sources as if they had nothing in common thus denying the possibility that there Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 could be effective mutual cross fertilization starting from interchanges of the fundamental ideas that they contribute To achieve such aims efforts have to be made and this paper was produced within this respect towards un derstand the interconnection between ethical revolutionary like amendment of the articles of incorporation par excellence and bioethics with a commit ment towards amendment of the articles of incorporation This is generally represented in overall bioethics as ethical new thought and specifically in intervention bioethics as contextualized proposals with commitment to such change Key words Dialogue Bioethics Revolutionary thought Intervention Bioethics Ethical thought Latin America Tres elementos que se enlazan en nuestra propuesta de di logo la tica revolucionaria representada en el pensamiento del Che el sur gimiento de una nueva tica
149. existem diferentes graus de laicidade que variam de acordo com a poca e o contexto de refer ncia Neste sentido n o se pode tomar essa proposta pol tica como um processo finito e acabado mas como uma ferramenta pol tica que per mite encontrar acordos razo veis na busca de princ pios m nimos de conviv ncia entre os indiv duos e grupos humanos A laicidade cor responde a uma proposta que busca fomentar o respeito e a equidade de tratamento para todos n o importando a origem tnica a cren a religiosa a op o sexual ou a posi o pol tica assim como a garantia das liberdades de express o de culto e de consci ncia em seu mais amplo sentido 54 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 53 68 Provavelmente esses princ pios surgiram durante o per odo de conforma o das rep blicas e estados na es modernos associados principalmente ao conceito de cidadania e acabaram por se estender a todas as ideologias republicanas O emblema ordem e progresso inscrito na bandeira brasileira carrega impl cito tais fundamentos Durante os s culos 18 e 19 se desenvolveu a tradi o de pen samento da esperan a no progresso que de algum modo pode ser compreendida como uma forma de cren a ou religi o secular que apresentava em seus fundamentos a busca de uma conviv ncia har m nica sob os ausp cios da raz o e da isen o de influ ncia religiosa nas decis es pol ticas Ao longo da hist ria poss
150. fico que se 13 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 inici en la segunda mitad del siglo 20 que aporta beneficios a la humanidad y a su vez nuevos dilemas que urge solucionar Ha sido en parte una tica de grupos o sectores dentro de la sociedad se la ha confundido con las ticas profesionales y se la ha ubicado dentro de las ticas aplicadas se ha pretendido reducirla a un conjunto de principios que se aplicar an a cualquier realidad social Indudable mente hay un conjunto de discursos bio ticos distantes entre s y dis tantes en gran parte de la problem tica del cambio social Pero hay otros discursos que colocan la problem tica social en el centro de la bio tica Esta l nea de pensamiento bio tico comienza con la obra del fundador Van Rensselaer Potter y tiene diversas manifestaciones en Am rica Latina entre las que se encuentran la bio tica que se trabaja en Cuba y m s recientemente la propuesta de una bio tica de inter venci n promovida por Volnei Garrafa De la bio tica global de Potter El onc logo norteamericano Van Rensselaer Potter creador de la bio tica la planteaba como una nueva disciplina a la vez tica cien t fica y pol tica comprometida con la intervenci n y el cambio de la sociedad La defin a desde una perspectiva estrictamente tica como tica cient fica que combina la humildad la responsabilidad y la competencia que es interdisciplinaria e intercultura
151. forma es habilidades ideologias diversas e diversos acessos quilo que se estaria pronto para aceitar como fatos objetivos o autor descreve de forma clara e direta o processo adotado pela comunidade cient fica para a resolu o de disputas cient ficas ressaltando esta similaridade existente particularmente no que diz respeito aos processos que an tecedem a conclus o de uma tratativa pol tica H indaga es desenvolvidas em pequena equipe h nego cia es por telefone por carta pain is confer ncias um gru po cede alguma coisa aqui o outro alguma coisa l no debate entram os interesses nacionais as quest es financeiras at que finalmente cada qual est pronto a assinar muito em bora nem todos fiquem felizes 22 Para Kuhn os cientistas cientes ou n o recebem treinamentos e recompensas que os impulsionam para a resolu o de quebra cabe as intrincados que habitam a interface entre o mundo fenomenal e as cren as de suas comunidades a respeito deste particular mundo fenomenal mergulhando os em quest es de interesse pol tica poder e autoridade 21 Refor ando a famosa frase de Francis Bacon pela qual se afirma categoricamente que ci ncia poder Norberto Bobbio reconhece que a ci ncia um imenso instrumento de poder n o necessariamen te por tornar os cientistas poderosos mas por criar instrumentos que aumentam o poder dos que s o capazes de se utilizarem dela 23 S
152. fter identification the articles in Portuguese or Spanish should have a concise abstract not exceeding 1 200 characters in the original language and its translation to 160 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 156 163 English with the same characteristics Articles submitted in English should have only the abstract Each abstract should have a minimum of four and not exceed six key words descriptive of the work presented after the abstract t the original language and in Eng lish Footnotes should be typeset at the footnote format not exceeding five lines fol lowed by the author s name and date Articles should not exceed 8 000 words typed using 12pt Times New Roman font The page should be A4 format 1 5 space 2 5cm margins on all sides The limit of words includes the text and bibliography the work identification and abstract are considered separatelly We suggest the division of texts in sections with titles and subtitles if necessary Each part should be indicated by graphic resources such as bold letter larger space from margin but never with progressive numbers When an author is mentioned within the text it should have just a number of reference normal font without underline in parenthesis Documents mentioned within the text should be written in italics Publication of research works involving human beings is of entire esponsibility of its author s and should be according to Helsink Declarat
153. grandes mayorias Lo m s importante en esta coincidencia no es que se atiendan es tos asuntos sino que el planteamiento de su atenci n resulte central Potter que desarroll la concepci n m s te rica no pudo evitar plan tearse de manera resuelta la problem tica del humanismo concreto mediante la cr tica de la tica capitalista y el conjunto de las ticas que sostienen el sistema de relaciones de dominaci n Esto concreta su humanismo en una opci n abiertamente pol tica que fundamenta por qu la bio tica no puede ser menos que una bio tica pol tica Al seguir esta l nea Garrafa como hemos dicho contextualiza y concretiza el asunto de la acci n pol tica que se necesita No una acci n de discurso sino una intervenci n comprometida con la reali zaci n del cambio efectivo en las situaciones persistentes Se trata en los tres casos de un humanismo que se concreta en acciones que reconocen a los seres humanos en su diversidad Sensibilidad compromiso personal y ejemplo revolucionarios No escapa a ninguna de las tres propuestas la necesidad de una sensibilidad que incluya el compromiso personal y el ejemplo que hagan posible el cambio Claro est las diferencias entre una tica que convoca a la acci n pol tica global anticapitalista y una bio tica que convoca a encontrar soluciones a problemas heredados es gran de en lo que a la profundidad se refiere pero esto no disminuye la im portancia del valor que confiere
154. hechism po index new prima pagina cic po html 26 Brasil Lei n 10 406 de 10 de janeiro de 2002 Institui o C digo Civil Di rio Oficial da Uni o DE 11 jan 2002 Recebido em 01 06 2010 Aprovado em 10 09 2010 84 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 85 97 Pr tica ilegal da quiropraxia por norte americanos em popula es socialmente vulner veis no Estado de Santa Catarina uma an lise bio tica Illegal practicing of chiropractic by Americans in socially vulnerable populations in the state of Santa Catarina a bioethical analysis Lizia Fabiola Almeida Silva Universidade de Brasilia Brasilia Distrito Federal Brasil lizia unb br Claudio Lorenzo Universidade de Brasilia Brasilia Distrito Federal Brasil claudiolorenzo unb br Bruno Metre Fernades Faculdade Alvorada Brasilia Distrito Federal Brasil acupunturabrasilia yahoo com br Paulo Luis Crocomo Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 10 Regi o Florian polis Santa Catarina Brasil pcrocomo terra com br Resumo O presente artigo enfoca a den ncia realizada pelo Conselho Regional de Fisioterapia da 10 Regi o sobre exerc cio profissional ilegalmente exercido por um grupo composto por 26 norte americanos da Universidade de Palmer na Fl rida que estavam na condi o de turistas no Estado de Santa Catarina ao sul do Brasil Os atendimentos s pessoas carentes foram realizados no m s de junho de 2008 Atrav
155. ica lo que equiva le a un compromiso en la lucha contra las diversas formas de opresi n Las caracter sticas m s importantes de la bio tica global de Potter quedan expresadas en el libro de Delgado y son las siguientes 1 La preocupaci n por el futuro y las consecuencias a largo plazo de las acciones humanas La orientaci n de la tica ha cia el futuro y hacia la Naturaleza 2 La necesidad de adoptar una conducta de humildad ante el 15 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 conocimiento y el progreso material 3 La constataci n de una contradicci n entre el conocimiento y el progreso material del hombre de una parte y la falta de una sabiduria para manejarlo En consecuencia la delimita ci n del problema de la Bio tica como b squeda de una sabi duria para manejar el conocimiento 4 La suposici n de que las ciencias biol gicas tienen poten cialidad como fuentes de moralidad 5 La critica a la tica tradicional por considerarla inadecuada para responder por la preocupacion por el futuro La orienta ci n de la bio tica a atender el problema de la supervivencia humana 21 Potter se pronunci por la necesidad de que es una obligaci n tica el abastecimiento de la alimentaci n sustentable para una po blaci n mundial que va en crecimiento sin abandonar la urgencia de preservar la diversidad biol gica del mundo natural Estamos frente a diversas necesidades del desarrollo de conoci
156. icionalmente altera es en dometriais que podem dificultar a implanta o do ovo ou zigoto que aqui foi denominado terceiro mecanismo Embora evidente que tanto as pacientes que utilizam os ACO quanto os m dicos que os prescrevem busquem t o somente o efeito 81 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 69 84 contraceptivo do medicamento necess rio que ambos tenham em mente os mecanismos de a o complementares dessas drogas que ainda n o s o claramete conhecidos principalmente a do terceiro mecanismo moralmente necess rio que se garante s pessoas inclusive aos m dicos a possibilidade de aderir ou n o ao uso de determinado m todo contraceptivo conforme a oreinta o religiosa pessoal e de forma plenamente esclarecida justo que os cidad os possam tomar suas decis es ap s obte rem o pleno conhecimento sem qualquer omiss o das v rias faces da contracep o assunto que ainda hoje est longe de ser consensual ao contr rio do que possa parecer Ao analisar com cautela os artigos do C digo de tica M dica conclui se que l cito ao m dico cat lico se manter fiel sua religi o podendo se negar a prescrever anticoncepcionais artificiais Tal con clus o encontra subs dio tamb m na Declara o Universal dos Direi tos Humanos Em ltima an lise o m dico n o pode ser em nenhuma hip tese obrigado a prescrever contraceptivos artificiais se isto for contr rio aos ditames de sua co
157. idade Federal da Bahia 2009 16 Fortes PAC tica e Sa de Quest es ticas deontol gicas e legais S o 50 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 Paulo EPU 1998 17 Cortina A Martinez E tica S o Paulo Loyola 2005 18 Beccaria C Dos Delitos e das Penas 11 ed Rio de Janeiro Ediouro 1996 19 Kant I Cr tica da Raz o Pr tica Rio de Janeiro Tecnoprint 1967 20 Elster J Local Justice How Institutions Allocate Scarce Goods and Nec essary Burdens New York Russell Sage Foundation 1992 21 Fortes PAC Reflex es sobre o principio tico da justi a distributiva apli cada aos sistemas de sa de In Fortes PAC amp Zoboli ELCP organizadores Bio tica e Sa de P blica 2 ed S o Paulo Loyola S o Camilo 2003 p 35 48 22 Schramm FR A Bio tica da Prote o em Sa de P blica In Fortes PAC amp Zoboli ELCP Bio tica e Sa de P blica 2 ed S o Paulo Loyola S o Camilo 2003 p 71 84 23 Nozick R Anarchy State and Utopia New York Basic Books 1974 24 Walzer M Esferas da Justi a Uma defesa do pluralismo e da igualdade S o Paulo Martins Fontes 2003 25 Reale M Fundamentos do Direito 3 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1998 26 Daniels N Just Health Care Cambridge Cambridge University Press 1985 27 Dworkin R Levando os Direitos a S rio S o Paulo Martins Fontes 2002 28 Rawls J Justi a como Eq idade Uma Reformula o S o Paulo Martins Fontes 2
158. idades anal ticas aumentam sua criticidade praticam sua express o e capacidade de ouvir Os casos devem ser atraentes ou porque podem ser verdadeiros ou porque cada caso nico e n o h f rmulas para se decidir Sua an lise aponta tamb m para a complexidade mobilizando conte dos de ordem conceitual procedimental e atitudinal O contexto da pesquisa Dentro do panorama relatado que se coloca a import ncia de investigar a forma o inicial de professores de ci ncias e biologia A presente pesquisa produto de um doutoramento caracterizou se como um estudo explorat rio descritivo explicativo Seu percurso metodol gico passou pela an lise de respostas s assertivas dadas por 106 licenciandos de institui es de ensino superior de S o Paulo sobre a import ncia da forma o tico moral do estudante de ensino fundamental e m dio e para tanto do seu papel e qualifica o do cente 14 Os licenciandos participantes foram todos volunt rios manifes tando a sua disposi o por meio da assinatura do termo de consen timento livre e esclarecido anexado ao question rio procurando se evitar qualquer constrangimento A bio tica numa perspectiva de prote o constituiu se como um dos referenciais te ricos para as discuss es 15 Refer ncias sobre a import ncia do desenvolvimento dos dom nios afetivo e tico no aprendizado de ci ncias e biologia trouxeram tamb m suas contri bui es bem como contribui es
159. iguel ngelo Montagner DF Saulo Ferreira Feitosa DF Walqu ria Quida Salles Pereira Primo DF Wanderson Flor do Nascimento DF 155 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 156 163 Normas editoriais PORTUGU S Ser o aceitos trabalhos para as seguintes se es Artigos originais produ o de natureza conceitual documental ou resultante de pesquisa emp rica no campo da tica ou revis o cr tica relacionada a esta tem tica submetidos ao Conselho Editorial Resenha de livros apresenta o e an lise de publica es recentes a crit rio dos editores Atualiza o cient fica resumo e coment rios de artigos cient ficos recentes a crit rio dos editores Rela o de teses disserta es e monografias Requisitos para apresenta o de trabalhos Ser o aceitos artigos originais resenhas de livros ou atualiza o cient fica em portugu s espanhol e ingl s Em cada caso devem ser seguidas as regras ortogr ficas correntes do idioma escolhido Os trabalhos apresentados devem ser enviados por meio eletr nico email dis quete ou CD em processador de texto compat vel com Windows Os trabalhos submetidos n o podem ter sido encaminhados a outros peri dicos As opini es e conceitos apresentados nos artigos assim como a proced ncia e exatid o das cita es s o responsabilidade exclusiva do s autor es As colabora es individuais de cada autor na elabora o do artigo
160. ilidade espec fica devem ser protegidos e a 92 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 85 97 integridade individual de cada um deve ser respeitada 14 Ademais o seu artigo 4 estabelece exig ncias quanto maximi za o de benef cios e minimiza o de riscos que n o foram observa das pelos respons veis pelas pr ticas executadas na cidade de S o Jos Os benef cios diretos e indiretos a pacientes sujeitos de pes quisa e outros indiv duos afetados devem ser maximizados e qualquer dano poss vel a tais indiv duos deve ser minimizado quando se trate da aplica o e do avan o do conhecimento cient fico das pr ticas m dicas e tecnologias associadas 14 Em uma an lise da Declara o quais seriam os riscos da pr tica ilegal para a popula o Caracterizava a atua o um tipo de pesquisa ou laborat rio Como mensurar benef cios e danos diante da obscuri dade da pr tica Os pacientes tiveram conhecimentos dos riscos ou do fato de estarem sendo atendidos por pessoas n o legalizadas no pa s Sobre esses temas a Declara o Universal Sobre Bio tica e Direi tos Humanos prev em seu Artigo 6 que Qualquer interven o m dica preventiva diagn stica e te rap utica s deve ser realizada com o consentimento pr vio livre e esclarecido do indiv duo envolvido baseado em infor ma o adequada 14 E em seu Artigo 7 estabelece que A autoriza o para a pesquisa e pr
161. imos anos a grande maioria dos programas desenvolvidos para o ensino m dio indica a falta de an lise das implica es sociais do desenvolvimento cient fico e tecnol gico t o presentes nos meios de comunica o 5 A autora afirma que muitos educadores admi tem que a biologia al m das fun es que desempenha no curr culo escolar deve assumir a prepara o dos jovens para enfrentamento de dilemas alguns dos quais com n tidos componentes biol gicos Isto analisar as implica es sociais da ci ncia e do desenvolvimento tecnol gico Implica es para o ensino de ci ncias e biologia O contexto constru do e apresentado sobre a rela o entre ci ncia e sociedade traz importantes implica es para o ensino de ci ncias as quais o presente trabalho n o pretende esgotar pelas limita es impostas mas destacar alguns aspectos que servem de base para a reflex o O recorte proposto converge no conceito de cidadania que deve permear toda proposta educativa Canivez prop e uma forma de educa o que conv m s demo cracias para contemplar uma escola que realmente forme o cidad o 6 Este modelo retoma a moralidade que o s culo 18 designava de virtude dando aos indiv duos a possibilidade de se humanizarem ao aprenderem a constituir uma verdadeira comunidade fundamentada na recusa viol ncia e ao arb trio na liberdade reconhecida e ga rantida a cada um pelo direito O autor acrescentar que a cidadania ativa r
162. individual da liberdade de express o individual Contudo tais manifesta es devem ocorrer sempre dentro do limi te da ordem p blica democr tica e do respeito do direito do outro Concretamente isto significa que a garantia para que uma pessoa possa se expressar depende da capacidade que o outro tamb m tem 60 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 53 68 de faz lo sem que isto represente uma imposi o ou um monop lio das formas de express o Neste sentido pode se perguntar onde reside a legitimidade da imposi o s cat licas da interrup o da gravidez quando se esta belece uma pol tica p blica que contempla as necessidades de um grupo de mulheres que consideram necess ria a descriminaliza o do aborto at a d cima segunda semana Este argumento frequentemente utilizado de forma equivocada com rela o ao pleito para permitir a interrup o de gravidez de feto anenc falo Afinal o fato de ser permitido n o significa ser obriga t rio pois em um regime realmente laico caber a cada um decidir sem impor aos outros a sua pr pria decis o Laicidade bio tica e diversidade Embora com forte enfoque na quest o religiosa a laicidade pres sup e n o imposi o de cren as de qualquer natureza sejam elas religiosas pol ticas filos ficas ou op es pessoais A imposi o de cren as ou ideias fere viola e at mesmo impede a constru o de um Estado realmente laico Outro ponto import
163. ing that places value on decision making Bioethics from the perspective of protection and the psychology of moral development formed theoretical ref erence points In this analysis factors that would make it unviable to insert the bioethics dimension into science and biology teaching were identified Such factors were regarded as challenges to be overcome In this discussion the differences between education and indoctrination and between relativism and universalism were issues examined Key words Protection bioethics Science and biology teaching Education and indoctrination Relativism and universalism As transforma es sociais resultantes dos avan os da ci ncia e da tecnologia t m sido objeto de discuss o principalmente pelas im plica es ticas e sociais que tais avan os trazem Neste sentido as mudan as que incidam na vis o de ci ncia e tecnologia talvez se jam a principal dimens o do que se pretende alterar no ensino das ci ncias no ambiente escolar Ou seja encarar a produ o cient fica e tecnol gica como estando sujeita aos interesses econ micos pol ti cos sociais morais e ticos postura que desfaz a vis o do cientista um indiv duo movido por uma simples curiosidade desvinculado de um contexto Schor ao empreender discuss o em torno da imbrica o de ci ncia tecnologia e sociedade define a primeira como um padr o de racionalidade que explica e desenvolve a tecnologia 1 A rela o entre am
164. ini o material dela Ele procura no entanto indicar o substrato do justo ao apontar os dois princ pios que seriam eleitos a seu sentir pelas pessoas cobertas pelo v u de ignor ncia ou seja qual seria o conte do de justi a encontra do a partir do procedimento embasado na equitativa posi o original fazendo presumir ser essa a no o de justi a que satisfaz ao senso moral quando depurada dos interesses pessoais contingenciais Defende que os princ pios a serem reconhecidos h o de obede cer a certos requisitos a saber 7 devem ser universais e abstratos independendo portanto de um caso espec fico pr vio para serem elaborados devem ser universais em sua aplica o isso de vem ser v lidos para todos por sua s condi o de pessoas de vem ter publicidade face a sua pr pria origem contratualista Como concep o de justo que se prop em a ser devem impor certa ordem s reivindica es necess ria resolu o mesma dos conflitos me diante certa hierarquiza o e devem ter um car ter terminativo dos conflitos dando lhes afinal uma resposta Nessas perspectivas pensa Rawls 28 os princ pios desse con senso original em condi o de equidade s o como primeiro princi pio a cada pessoa tem o mesmo direito irrevog vel a um esquema plenamente adequado de liberdades b sicas e iguais que seja com pat vel com o mesmo esquema de liberdades para todos e como s
165. inquietudes decepciones insegurida 141 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 139 143 des sociales y personales en crecimiento constante Nunca antes los padres satisfacen tanto los deseos de sus hijos y paralelamente jam s se han observado conductas tan problem ticas ni tantas enfermeda des mentales en ellos De manera semejante la riqueza convive con enormes desigual dades y recursos cada vez m s escasos que ponen luz a un subconsu mo de necesidades b sicas La sociedad exalta los referentes del mayor bienestar de la ar monia y el equilibrio y por el otro se presenta como hipertrofiada e incontrolada poseedora de un orden bul mico que lleva al extremo y al caos Los perjuicios son dobles afectan tanto al orden subjetivo de las existencias como al ideal de justicia social Gilles Lipovetsky trabaja todos los aspectos que hacen de la socie dad del hiperconsumo la civilizaci n de la felicidad parad jica Ser que hay un abismo detr s del show de la abundancia y la comunicaci n Existir un progreso en el camino de la felicidad O se hace m s visible y persistente la insatisfacci n La espiral del hiperconsumo aparece inscripta en el gusto por lo f cil lo ligero lo evasivo y lo l dico La sociedad funciona como una sociedad de desorganizaci n psicol gica que precipita numerosos procesos de relanzamiento o redinamizaci n subjetiva Pero a pesar de la inflaci n de necesidades las razones pa
166. io Carlos Rodrigues da Cunha Christian de Paul de Barchi fontaine Claudio Cohen Claudio Lorenzo D lio Kipper Dirceu Greco Dora Porto Edvaldo Dias Carvalho Junior Eliane Azevedo Elias Abdalla Filho Elma Zoboli Gabriele Cornelli Ivan de Mou ra F Jos Eduardo de Siqueira Jos Geraldo Drummond Jos Roberto Goldim La s Z u Ara jo Leocir Pessini Louren o Zancanaro M rcio Fabri dos Anjos Maria Clara Albuquerque Maria Cristina Massarollo Maria de F tima Oliveira Marilena Corr a Marlene Braz Mauro Machado do Prado Nilza Diniz Paulo Fortes Rita Leal Paix o S rgio Rego Wilton Barroso Filho Apoio Programa de P s Gradua o em Bio tica Mestrado e Doutorado da Faculdade de Ci ncias da Sa de da Universidade de Bras lia C tedra UNESCO de Bio tica e Organiza o Pan Americana da Sa de OPAS e Ag ncia Nacional deVigil ncia Sanit ria Anvisa A SBB estimula e autoriza a reprodu o total ou parcial por todos os meios desde que citada a fonte Sum rio 29 53 69 85 Editorial Artigos especiais Propuesta de di logo entre bio tica y pensamiento revolucionario en Latinoam rica Proposal for dialogue between bioethics and revolutionary thought in Latin America Teresa de las Mercedes Sosa S nchez Justi a igualdade e equidade na aloca o de recursos em sa de Justice equality and equity in allocating healthcare resources Maria Elisa Villas B as Artigos de atualiza o
167. ion World Medical Asso ciation principles 1964 reviwed at 1975 1983 1989 1996 and 2000 besides of being according to specif law of the country where the research is developed Nomenclature The article should follow the biomedical nomenclature rules as well as abbrevia tions and conventions adopted by specialized disciplines e Abbreviations in the title and abstract will not be accepted The complete designation of an abbreviature should appear before the first oc curence of iot within the text unless it is a standard unit of weights and measures Acknowledgement If necessary acknowledgements should appear at the end of the text just before bibliography The same way when the work is an adaptation of a speech or conference In this case it should be specified the event place and year References References should be numerated in a consecutive way according to the order they are mentioned in the text e The numbers should be Arabic numerals 1 2 3 etc References mentioned should be listed at the article end in numerical order following the rules presented at Requisitos uniformes para manuscritos apresentados a peri dicos biom dicos http www icmje org e Publications names should be abbreviated according to Index Medicus http www nlm nih gov The name of author city and country should be mentioned in the original lan guage of the publication All references mentioned in the text
168. ional em Sa de A reconfigura o das rela es internacionais na transi o para o s culo 21 embora apresente marcante transforma o do quadro geopol tico da bipolari dade leste oeste e norte sul que se instalou no p s II Guerra Mundial man t m como tra o predominante as condi es de desigualdade e depend ncia nas rela es pol ticas econ micas e militares que separam um pequeno gru po de na es dentre as duas centenas de integrantes do sistema das Na es Unidas Tal caracter stica modula os processos de coopera o assist ncia ou ajuda externa praticados no seio dessa comunidade de pa ses cuja diversi dade sem ntica reveladora dos padr es de depend ncia e heteronomia em contraposi o aos ideais de equidade e autonomia que poderiam orientar as rela es entre os pa ses envolvidos nesses processos O fortalecimento dos interesses entre pa ses em desenvolvimento cons titui um elemento cada vez mais importante no novo cen rio das rela es internacionais num processo hist rico que h v rias d cadas congrega as na es majoritariamente situadas no hemisf rio sul raz o pela qual esse pro cesso vem sendo reconhecido como instituinte do Sul Global Cen rio no qual os pa ses pretendem construir projetos de coopera o agora designados pelo sufixo sul sul que correspondam a seus pr prios des gnios de desenvol vimento O novo enfoque da coopera o sul sul na rea da sa de germinou no bojo d
169. ipados podem n o existir recursos t cnicos suficientes para todos os que de les necessitam precisando se estabelecer os crit rios de acesso na tentativa de definir a distribui o que aquele grupo social considera a mais justa Justi a e igualdade J advertia Arist teles 6 acerca da ambiguidade e da multipli cidade de aspectos da express o justi a que separava da legalidade em dados pontos apresentando a equidade como recurso pelo qual o juiz minora a imperfei o da lei Em outro momento de sua obra por m identifica o homem injusto como sendo aquele que viola a lei fazendo corresponder o justo s ideias de legal e de igual para os iguais bem assim apresenta a justi a como uma virtude integral fonte de todas as demais No decorrer da hist ria a no o de justi a foi associada com a virtude universal com a igualdade proporcional com o direito posi tivo com a promo o do bem coletivo com a equidade entre outras concep es evidenciando a dificuldade qui intranspon vel de sua defini o precisa Talvez porque como observa Rawls a vis o da jus ti a seja indissociavelmente derivada de sua pr pria poca e socie dade 7 31 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 Para os defensores de um direito natural tentadora a concep o de uma justi a que nasce pronta seja da vontade divina seja da raz o humana e que resplandece perene e imut vel como farol aos que buscam
170. l mica em torno do terceiro mecanismo e seu te rico potencial abortivo Embora seja dif cil afirmar com precis o a efetiva atua o desse mecanismo tamb m imposs vel afirmar que n o ocorre No m nimo pode se afirmar que a quest o ainda per meada por incertezas No que concerne liberdade religiosa individual deve se consi derar como vigente e v lida o estabelecido pela Declara o Universal dos Direitos Humanos que define como direito de qualquer ser huma no manifestar e observar seus pensamentos e cren as uma vez que o Brasil ratifica e signat rio desse documento Estabelecido esse cen rio surge a necessidade de se questionar a validade da proibi o de o m dico exercer sua profiss o dentro dos limites da moralidade estabelecidos por seus princ pios religiosos Uma vez que como pessoa o m dico tem direito liberdade de 80 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 69 84 religi o n o devendo ser proibido de observar os preceitos morais de seu credo Nesta perspectiva e em um contexto ampliado a Declara o Universal dos Direitos Humanos corrobora o que se concluiu do examine do CEM Ou seja a garantinda de que o m dico possa dei xar de prescrever os meios artificiais de contracep o se estes forem contr rios sua consci ncia e religi o Vale ressaltar novamente a diferen a sutil por m decisiva entre liberdade religiosa e indiferen a religiosa Afirmar que todos t m di rei
171. l n o est apenas no mbito de um conflito tico deontol gico de uma tica do dever nem na exclus o do princ pio da n o malefic ncia mas sim de uma tica aplicada Peter Singer afirma que a tica n o um sistema ideal de grande nobreza na teoria mas inapropri vel na pr tica Ainda para o autor o contr rio dessa afirma o est mais pr ximo da verdade um ju zo tico que n o bom na pr tica deve se ressentir tamb m de um de feito te rico pois a quest o fundamental dos ju zos ticos orientar a pr tica 11 Engelhardt afirma que os jovens m dicos e enfermei ros aprendem valores e virtudes particulares por meio de modelos de comportamento Afirma ainda que incorporando as virtudes de um ponto de vista moral particular esses modelos mostram possibilidades para interpreta o do bem do mal e do significado da vida 12 A presta o dos atendimentos pelos estudantes e professores es tadunidenses de quiropraxia nos arredores de Florian polis na forma como foi testemunhada pela Pol cia Federal e Conselho Regional de Fisioterapia permite inferir que n o estava enfocada uma tica pr ti ca como coloca Singer e nos parece desprovida de ju zo tico e moral que orientasse a presen a e a manifesta o do grupo em territ rio brasileiro Quais modelos de comportamento esses jovens acad micos po der o incorporar em suas futuras pr ticas terap uticas infringindo as leis de um pa s estrangei
172. l y que inten sifica el sentido de la humanidad La bio tica como una forma nueva de valorar la vida debe de tener una comunicaci n con la salud y su promoci n en Am rica Latina Pero no puede limitarse a cuestiones estrictamente biom di cas La justicia la solidaridad el humanismo y la equidad solo por mencionar algunos principios que proporcionan mejores condiciones de vida de bienestar y derecho a una vida digna deben incluir se en los an lisis bio ticos Am rica Latina vive en un contexto de desigualdad donde a algunos s lo se les proporcionan sufrimientos mientras que otros disfrutan de condiciones de bienestar Urge re solver en primer t rmino los problemas b sicos pues de lo contrario seria imposible hablar siquiera de vida digna Pero si pretendemos al canzar equidad se necesita una bio tica m s comprometida De esta manera la bio tica en nuestra regi n debe tomar en cuenta el contex 14 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 to social Pero tambi n se necesita superar los referentes de discurso bio tico provenientes del principalismo por lo que se hace necesaria una relectura de los art culos y libros del padre de la bio tica y sus se guidores quienes forman parte de esa tendencia contempor nea que ha dado en llamarse bio tica global Estas premisas podr n conducir a un cambio en el di logo bio tico para que contribuya a la lucha por una nueva sociedad en Am rica Latina La
173. lanejamento fa miliar entre outras provid ncias 9 No ano de 2002 foi publicado o Manual T cnico de Assist ncia em Planejamento Familiar MTAPF do Minist rio da Sa de 10 Este manual embora descreva os m todos naturais de contracep o como o de Billings muco cervical e Ogino Knaus tabelinha enf tico ao destacar a autonomia da paciente na escolha do melhor m todo 72 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 69 84 para si Logo em seu pref cio o ent o Ministro da Sa de Barjas Negri afirmou que para garantir o exerc cio dos direitos reprodutivos no pa s preciso manter a oferta de m todos anticoncepcionais na rede p blica e contar com profissionais capacitados para auxiliar a mulher a fazer sua op o contraceptiva em cada momento da vida 10 No que concerne anticoncep o os servi os de sa de devem fornecer todos os m todos recomendados pelo Minist rio da Sa de 10 Considerando que a AIDS se estabeleceu como uma das princi pais causas de morte entre mulheres jovens o MTAPF orienta que fundamental que se estimule a pr tica da dupla prote o ou seja a preven o das doen as sexualmente transmiss veis e a gravidez in desejada Isso pode ser feito por exemplo usando preservativos em associa o ao anticoncepcional oral ou outro m todo da predile o do casal pertinente comentar que nos ltimos anos verificou se que as mulheres est o come ando sua vida sexual
174. lo em publicidade e ad ministra o 30 ou em seus acionistas 20 A teoria de an lise dos stakeholders adota a vis o de que os neg cios devem ser operados por raz es que v o al m da maximiza o do lucro e que dentre seus objetivos deve estar a satisfa o das necessi dades de todos os interessados envolvidos Por meio da compreens o da teoria n o se pode portanto considerar eticamente aceit vel que a ind stria farmac utica atue em prol da distribui o dos benef cios aos seus acionistas impondo preju zos significativos aos indiv duos soropositivos em pa ses desenvolvidos e vice versa O sacrif cio que a ind stria farmac utica e seus acionistas devem fazer para expandir o acesso aos antirretrovirais em pa ses em desen volvimento n o pode ser comparado ao sofrimento que a aus ncia desses medicamentos provoca Em n meros a autora sustenta que para tratar os 6 milh es de soropositivos sem acesso s drogas seriam necess rios aproximadamente US 21 bilh es por ano cifra que re presenta apenas 6 de seu lucro anual Ainda se for considerado que o provimento de acesso universal ao tratamento antirretroviral n o deve ser de responsabilidade exclusiva das companhias farmac uti cas sua possibilidade em contribuir com a quest o se torna ainda mais evidente Apesar de n o ter sido discutida a necessidade de acesso para popula o dos pa ses em desenvolvimento s drogas que tratem ou tras enfermidades
175. m em dado momento tornarem se produtos principais e aniquil lo Por exemplo vivemos durante dezenas de anos com a evid ncia de que o crescimento econ mico traz desenvolvimento social e humano aumento da qualidade de vida e de que tudo isso constituiria o progresso Mas come amos a perceber que pode haver dissocia o entre quantidade de bens e produtos e qualidade de vida Portanto o crescimento pode produzir mais preju zos do que bem es tar e que os subprodutos tendem a tornarem se produtos principais Enfim a ci ncia progride como conhecimento mas suas consequ ncias podem ser atrozes mortais 2 Conv m ressaltar que as poten cialidades negativas ou destrutivas n o se encontram unicamente no exterior do conhecimento cient fico ou seja na pol tica no Estado na sociedade encontram se tamb m no seu interior Uma forma de identificar como a ci ncia se relaciona ou interage com a sociedade proposta por Habermas Ele classifica essa rela o em tr s grupos distintos as intera es tecnocr ticas decisionistas e pragm tico pol ticas Essas tr s maneiras de se analisar a rela o em quest o n o existem em estado puro s o modelos conceituais que permitem uma representa o do fen meno 3 No modelo tecnocr tico de organiza o da sociedade h uma tend ncia a se recorrer aos especialistas Pressup e se que o comum dos mortais n o compreende nada e recorre se ent o aos que sa bem Espera se que
176. m pesso as vivendo com HIV Aids nos pa ses em desenvolvimento a autora baseia sua argumenta o na teoria de an lise dos stakeholders in teressados de Gumbus A partir dessa leitura as companhias farma c uticas poder o permitir acesso s drogas antirretrovirais sem que isso comprometa parte substancial de seus investimentos Em rela o 144 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 144 146 ao assunto a despeito das leis que garantem respeito patente por determinado per odo tempo a autora refor a a distin o j conhecida sobre o legal e o tico visto que enquanto o primeiro focaliza o direi to sobre algo o segundo evidencia a coisa certa a ser feita De acordo com o modelo de an lise dos stakeholders as organi za es operam para todos aqueles com quem se relaciona incluindo parceiros internos e externos Para Weber os stakeholders da ind stria farmac utica incluem seus acionistas m dicos pesquisadores e pa cientes que utilizam drogas medicinais Segundo esse autor para que uma ind stria farmac utica opere eticamente ela deve avaliar de que forma sua pr tica afeta diferentes grupos de interessados stakehol ders assegurando assim que os benef cios e lucros de suas a es sejam distribu dos de forma justa entre todos eles ainda que n o ne cessariamente de forma igual Nesse caso alcan ar o justo significa satisfazer a necessidade b sica de todos os envolvidos O artigo apresenta dados
177. mbora n o se possa afirmar o con tr rio com seguran a De toda a forma importante lembrar que o efeito dos ACOs so bre o endom trio efetiva 11 A dificuldade reside na capaidade de atestar na pr tica a participa o deste mecanismo interrup o das gesta es Assim faz se necess rio responder provoca o proposta ante riormente sobre o efeito abortivo ou n o do terceiro mecanismo Pro blema que como demonstrado anteriormente nem mesmo as bulas dos medicamentos omitem ou afastam Respondendo quest o do abortamento sobre o in cio da vida humana Antes de oferecer respota a esta provoca o se o terceiro meca nismo abortivo precisamos definir quando come a de fato a vida humana ou seja quando se d a concep o Para a Igreja Cat lica o fruto da gera o humana exige o respeito incondicional que moralmente devido ao ser humano na sua totali dade corporal e espiritual desde o primeiro momento da sua exist n cia isto a partir da constitui o do zigoto O ser humano deve ser respeitado e tratado como pessoa desde a sua concep o e por isso 15 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 69 84 ao zigoto devem ser reconhecidos os direitos da pessoa entre os quais e antes de tudo o direito inviol vel vida 3 De acordo com Moore e Persaud 17 do ponto de vista da em briologia podemos definir o termo concepto como sendo todas as es truturas do concepto a parti
178. mente Kant associar com a justi a retributiva da pena cal cada na m xima de que todo mal cometido deve ser punido 6 9 10 A no o de igualdade proporcional se assenta ent o na afirma o de que justi a igualdade mas apenas para os iguais entre si podendo a desigualdade ser justa para aqueles que s o entre si desi guais buscando se a partir da realizar a justi a distributiva O problema dessa defini o contudo n o identificar material mente os crit rios de igualdade e de desigualdade ou seja n o iden tificar quais as diferen as relevantes a ponto de ensejarem tratamento diferenciado e quais aquelas que devem ser relevadas para evitar protecionismos injustificados Equivale instigante pergunta feita por Amartya Sem 11 igualdade mas de qu Quais os par metros 32 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 considerados relevantes para dizer que se est diante de condi es iguais ou distintas a ponto de ensejar justo tratamento igual ou di ferente Em assim sendo pode se ainda falar de forma absoluta em igualdade Antes de Arist teles Plat o 12 j definira a justi a como fazer cada um o seu o que lhe compete Ao se vislumbrar por m uma fun o espec fica para cada um terminava se por chancelar de certa forma a defesa dos interesses pessoais dos socialmente mais favoreci dos dos amigos ou se chegava conclus o de que nas palavras atri bu das a Tras
179. mente s o pau tados por aspectos afetos liberdade de consci ncia s convic es religiosas e aos direitos fundamentais da pessoa Dentre estes des tacamos as limita es a determinados tratamentos restri o trans fus o de sangue ou recebimento de medicamentos e quest es que envolvem direitos sexuais e reprodutivos Neste cen rio muitas doutrinas bio ticas que s o utilizadas na busca de uma solu o para conflitos desta natureza s o pautadas por prefer ncias de uma maioria Como exemplo se pode apontar a op o pela teoria utilitarista ou pela pr pria tica das virtudes que podem auxiliar na solu o dos conflitos mas que sempre tomam como refe r ncia um modelo te rico de sociedade que n o d conta da diversi dade que efetivamente configura a sociedade concreta Conforme aponta Gonz lez Valenzuela a bio tica filos fica ne cessariamente laica n o apenas por rejeitar como sendo seus princi pios os dogmas metaf sico teol gicos e por sua converg ncia de co nhecimento cient fico human stico e filos fico Mas tamb m por sua essencial pluralidade e pelo car ter controvert vel que t m as ques t es bio ticas 12 Um exemplo que elucida apropriadamente essa quest o o que envolve a restri o do recebimento de sangue por parte de pacientes cuja confiss o religiosa a das Testemunhas de Jeov Diante desses casos geralmente as equipes de sa de invocam ar gumentos como a prerrogativa
180. mente vo lunt rio 20 Para esses autores focados na liberdade contratual e na autonomia individual o Estado n o pode obrigar os cidad os a ajudarem uns aos outros vigendo a m xima de a cada pessoa de acordo com as leis do livre mercado 21 Tais teorias n o resolvem portanto no mbito de um Estado de objetivos sociais as quest es de aloca o que ora se analisam As teorias comunitaristas exemplificadas por Michael Walzer en fatizam o pluralismo no sentido de priorizar as pr ticas e crit rios de justi a conformes evolu o daquela comunidade Correm o risco contudo de incorrer em relativismo perigoso no sentido de descon siderar conquistas da esp cie eventualmente n o incorporadas pela tradi o do grupo perenizando condutas de privil gios e discrimina es eticamente insustent veis De regra contudo a obra de Walzer 24 j indica um grande avan o em rela o s teorias francamente liberalistas no sentido da promo o de uma solidariedade ao defender ao menos um sistema dual de assist ncia sa de que assegure de um lado um m nimo digno para todos recordando que se deve prover assist ncia doen a e n o riqueza ao lado de uma liberdade contratual que fato permitir mais op es aos mais favorecidos dispostos a arcar com os custos extras da decorrentes de forma a tentar conciliar simultanea mente uma igualdade formal uma igualdade material b sica e o liv
181. mprescindible para hacer uso adecuado del poder que tiene en sus manos el saber manejar el conocimiento y resguardar la naturaleza y la vida La concepci n de la bio tica planteada por Potter como bio tica global y la bio tica interventiva cr tica planteada por Garrafa son re volucionarias porque cambian el modo de concebir la tica el lugar de la tica en la correlaci n en el intercambio y en la soluci n de los problemas sociales Pero mientras la bio tica global de Potter se queda en plantea mientos generales para las situaciones sociales Garrafa desde la bio tica de intervenci n hace una cr tica a los problemas sociales es pec ficos aboga por un compromiso del Estado por el cambio de las situaciones y aunque no se compromete con un discurso revolucio nario anticapitalista aboga por un cambio social que de producirse es indudablemente revolucionario Por otra parte existe una integralidad de pensamientos entre el pensamiento tico revolucionario del Che que vincula la tica con la pol tica y la bio tica global de Potter y la de Intervenci n de Garrafa que establecen v nculos con la pol tica donde se hacen cr ticas certe ras al pensamiento neoliberal y una actitud de denuncia por parte de la bio tica hacia la pobreza y la marginaci n social El pensamiento tico del Che le aporta a la bio tica un tipo de re flexi n que no solo pueda atender a las personas y conflictos sociales 25 Revista Brasilei
182. n a la sensibilidad ante los problemas el compromiso personal para abordarlos y el valor del ejemplo de las acciones comprometidas con el cambio 22 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 M s que una simple coincidencia nos encontramos aqu con un punto fundamental de coincidencia con todo el pensamiento tico anterior y con el punto que puede desencadenar en el futuro una ma yor radicalizaci n del pensamiento bio tico contempor neo Vinculaci n entre la transformaci n revolucionaria la praxis social revolucionaria y la maduraci n de formas superiores de pensa miento tico humanista y responsable La cuarta caracter stica no puede ser menos importante y coinci dente El cambio social no es cuesti n de peque as reformas aunque las incluya Significa un cambio en las personas como agentes de una actividad que lo transforma todo Esa actividad humana debe dotarse de un nuevo sentido de responsabilidad que con diversos t rminos se califica como modesta honesta altruista humilde Cuando miramos al pensamiento tico del Che desde la perspec tiva de la bio tica global nos percatamos que los cinco rasgos esboza dos en el ep grafe dedicado a la caracterizaci n de la bio tica global nos aportan un aspecto relevante el cambio en la tica El hecho de que Potter revolucionara el pensamiento tico con la ampliaci n del c rculo de la moralidad tiene una gran importancia para complementar y hacer avanzar
183. nforme o tipo de necessidade aventada em tr s vertentes poss veis uma sob o pris ma m dico no sentido da urg ncia e gravidade e duas sob o prisma 47 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 social no sentido da hipossufici ncia econ mica ou da exist ncia de dependentes n o s financeiros mas tamb m afetivos erigindo se como um dos par metros mais frequentes de aloca o na esp cie 34 35 36 37 O quinto dos crit rios de justi a levantados por Perelman prega que se deve prover a cada um segundo sua posi o Tal par metro bastante recha ado nos dias atuais aproxima se do chamado cliente lismo que implica a prote o ou a prioriza o de determinadas pes soas em raz o de interesses e diferen as que deveriam ser irrelevan tes tais como a posi o que ocupa na sociedade sendo geralmente apontado como exemplo de corrup o e iniquidade Para outros 5 poder se ia associar com distin es v lidas no sentido de priorizar clientes espec ficos como crian as em uma cl nica pedi trica ou ve teranos de guerra em um hospital a esses direcionado mas h tam b m situa es mais pol micas como priorizar os nacionais ou os da regi o em detrimento de estrangeiros para transplantes dos rg os obtidos localmente Outras situa es transitam entre a linha da ne cessidade social e da valoriza o da posi o como na prioriza o de prote o e salvamento do presidente de um
184. nfundidos no dia a dia inclusive nos meios de comunica o A liberdade religiosa se refere ao direito que todo ser humano tem de viver conforme sua cren a e expressar sua f publi camente J indiferen a religiosa trata de uma concep o modernista e relativista segundo a qual n o admiss vel seguir absolutamente uma religi o Neste sentido para os defensores da indiferen a reli giosa pertencer a esta ou aquela seita ou religi o irrelevante O que est previsto nas leis nacionais e internacionais a liberdade religio sa que em certo ponto o oposto de indiferen a religiosa 78 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 69 84 Vale mencionar a Declara o Universal dos Direitos Humanos 22 que um dos documentos b sicos das Organiza o das Na es Unidas onde s o enumerados os direitos que todos os seres humanos possuem Ela foi adotada pelos 58 estados membros da Organiza o das Na es Unidas em 10 de dezembro de 1948 no Palais de Chaillot em Paris O seu artigo XVIII garante que todo ser humano tenha direito li berdade de pensamento consci ncia e religi o direito este que inclui a liberdade de mudar de religi o ou cren a e a liberdade de manifes tar essa religi o ou cren a pelo ensino pela pr tica pelo culto e pela observ ncia em p blico ou em particular Na Constitui o Federal aprovada em 1988 consagrou se de for ma in dita que os direitos e garantias expressos em seu
185. nhuma linguagem comum chamando nossa aten o para o fato de que inexiste uma linguagem que seja capaz de viabilizar uma tra du o de uma teoria para outra caso ambas sejam incomensur veis sem que surjam neste processo de tradu o res duos ou perdas Por conseguinte um l xico espec fico capaz de oferecer acesso a apenas um conjunto de mundos poss veis ao mesmo tempo em que torna inacess vel outro conjunto de mundos poss veis Ap s longos anos de reflex o Kuhn apresenta a altera o do conhecimento da natureza intr nseco pr pria linguagem como sendo a principal caracter stica das revolu es cient ficas 21 Concorda com esta posi o o seguinte coment rio de Koyr que trata do papel fundante da linguagem geom trica para a ci ncia mo derna no contexto da revolu o cient fica do s culo XVII 130 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 A experimenta o consiste em interrogar metodicamente a natureza Essa interroga o pressup e e implica uma lingua gem na qual se formulam as perguntas Como sabemos para Galileu era atrav s de curvas c rculos e tri ngulos em linguagem matem tica ou mais precisamente em linguagem geom trica n o na linguagem do senso comum ou atrav s de puros s mbolos que nos devemos dirigir natureza e dela receber respostas 4 A contribui o de Kuhn por meio de sua reflex o tratando das re volu es cient ficas com mudan
186. niversalismo moral m nimo que pode ser defendido com argumen tos intersubjetivamente aceit veis 21 Esse universalismo abarca 112 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 98 114 valores como a vida liberdade igualdade solidariedade toler ncia entre outros e principalmente no valor absoluto da vida das pessoas com consequente reconhecimento de sua dignidade A perspectiva apresentada de um pensamento para al m do uni versalismo e do relativismo emana uma forma de educa o moral que segundo Puig caracterizada pela raz o di logo e no desejo de valor que permitem determinar os princ pios valiosos apontados ante riormente e que apesar de serem abstratos e formais podem se trans formar em guias suficientes do ju zo e da conduta humana 22 Da sua sugest o de se debru ar sobre a Declara o Universal de Direitos Humanos que apresenta valores morais universalmente desej veis distanciando se como j tratado de um universalismo dogm tico Dessa forma em um trabalho de educa o desafiador e urgente que se insere a bio tica Ela d condi es para explicita o de fatores que contribuam na melhora das rela es m tuas entre os homens com base na solidariedade e que permitam formas de olhar para os indiv duos mais vulner veis merecedores de maior prote o levan do os a preservar o seu bem maior a vida Eis a o desafio colocado para a escola Refer ncias 1 Schor T Reflex es
187. no modelo pragm tico pol tico de intera o entre a so ciedade e a ci ncia privilegia se a perp tua discuss o e negocia o entre o t cnico e os n o especialistas assemelhando se ao modelo an terior exceto pelo fato de que a rela o nesse caso permanente Nela se pressup e uma negocia o e uma discuss o um debate cont nuo entre o t cnico e o n o t cnico na qual os conhecimentos e as nego cia es sociopol ticas s o considerados Nesse modelo os meios es colhidos podem levar a modifica es dos objetivos o que nos remete s negocia es motivo pelo qual o denominamos pragm tico pol tico indicando assim poss veis caminhos para a decis o Neste ponto h sempre uma rela o delicada a partir de que momento se considera que os especialistas compreendem de maneira suficiente a vontade dos n o especialistas para poderem trabalhar sem consult los Esse ltimo modelo de intera o entre a ci ncia e a sociedade o que mais cria condi es para exerc cio da cidadania medida que abre um espa o permanente de discuss o debate e reflex o in cumbindo a sociedade ou seus cidad os para frequentes tomadas de decis es bem como o desenvolvimento de atitudes e valores que tais situa es lhes exigem 101 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 98 114 Conv m ressaltar o importante papel que a escola tem neste con texto Sobre o curr culo de biologia Krasilchik aponta que ao lon go dos lt
188. nos e principalmente o respeito au tonomia entre as esferas do poder pol tico e da influ ncia religiosa Apesar disso a laicidade n o deve ser encarada como uma postura antirreligiosa ou anticlerical mas como um marco na defesa da plura lidade cultural incluindo se a a diversidade religiosa A invoca o de todos estes fundamentos visa t o somente consi derar a pluralidade de confiss es religiosas bem como a liberdade de consci ncia sem a interfer ncia de nenhuma delas no setor pol tico Para Blancarte a laicidade pode ser definida como o estabeleci mento de um regime social onde as institui es pol ticas se legitimam na soberania popular e n o em elementos sagrados ou religiosos Por m definir a laicidade como um processo de transi o entre as formas de legitimidade pol tica fundadas em uma ordem sagrada e aquelas formas pol ticas democr ticas ou republicanas apoiadas na vontade popular n o pressup e que laicidade dependa da absoluta separa o entre o Estado e as igrejas Alguns Estados s o formalmente laicos contudo suas pol ticas p blicas permanecem independentes da influ ncia das confiss es re ligiosa Pa ses como a Inglaterra a Dinamarca e a Noruega possuem uma igreja nacional onde os pr prios ministros respons veis pelo culto s o funcion rios do Estado Contudo a legitimidade pol tica do estado democr tica e as pol ticas p blicas s o estabelecidas de for ma alheia pr pria m
189. ns o restrita das rela es interpessoais entre pres tadores de servi os de sa de e pacientes Ela se amplia para o en tendimento dos contextos e interesses pol ticos econ micos e sociais por tr s de cada pr tica de sa de sejam elas de investiga o ensino assist ncia ou preven o A presente an lise do epis dio envolvendo a den ncia e o desmonte do laborat rio estrangeiro de treinamento em quiropraxia no Brasil pretende ser um exemplo desse modelo de bio tica e pretende tamb m ser um est mulo ao desenvolvimento de novos trabalhos de bio tica envolvendo as pr ticas de fisioterapia Refer ncias 1 World Federation of Chiropractic internet Definition of chiropractic acesso em 14 Jun 2009 Dispon vel em http www wfc org website WFC Website nsf WebPage DefinitionOfChiropractictOpenDocument 2 Brasil Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional Resolu o n 220 2001 de 23 de maio de 2001 Disp e sobre o reconhecimento da Quiro praxia e da Osteopatia como especialidades do profissional Fisioterapeuta e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o DF 05 jun 2001 3 Brasil Minist rio do Trabalho e Emprego internet Classifica o Brasilei ra de Ocupa es 3221 Tecn logos e t cnicos em terapias alternativas e est ticas acesso em 14 Jun 2009 Dispon vel em http www mtecbo gov br cbosite pages pesquisas BuscaPorTituloResultado jsf 4 Brasil Minist rio do Trabalho e
190. nsci ncia Dada a vastid o do tema mais estudos e discuss es se fazem ne cess rios e desej vel que o Conselho Federal de Medicina e entida des de classe se manifestem a respeito do tema j que envolve par cela bastante significativa da popula o brasileira e do corpo m dico nacional Agradecimentos agrade o minha irm Roberta Petroni Smiderle Passamani acad mica de medicina pela contribui o com sugest es bibliogr ficas e bi loga Mar lia Barbosa de Faria pela constante ajuda nas reflex es Refer ncias Bibliogr ficas 1 Cotanda FC A sociedade no s culo XX Revista Brasileira de Hist ria amp Ci ncias Sociais internet 2009 acesso em 18 Fev 2010 1 2 Dispon vel em http www rbhcs com index_arquivos Page295 htm 2 Brasil Decreto n 20 931 de 11 de janeiro de 1932 Regula e fiscaliza o exer c cio da medicina da odontologia da medicina veterin ria e das profiss es de farmac utico parteira e enfermeira no Brasil e estabelece penas Di rio Oficial dos Estados Unidos do Brasil RJ 15 jan 1932 82 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 69 84 3 Brasil Lei n 9 263 de 12 de janeiro de 1996 Regula o Par grafo 7 do Artigo 226 da Constitui o Federal que trata do planejamento familiar estabelece penalidades e d outras provid ncias Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil DF 15 jan 1996 4 Santa S C ria Romana Congrega o para a Doutrina da
191. ntificados fatores que inviabilizariam a inser o da dimens o bio tica no ensino de ci ncias e biologia considerados como desafios a serem ultrapassados Nesta discuss o a diferen a entre educa o e doutrina o e entre relativismo e universalismo foram aspectos analisados Palavras chave Bio tica de prote o Ensino de ci ncias e biologia Educa o e doutrina o Relativismo e universalismo Abstract Advances within science and technology and the notable social transformations resulting from these achievements are easy to see The im pact of these transformations has been a subject of debate because of their potential for harm and benefits and also because of their ethical and social implications There are now discussions on the importance of bringing for ward bioethics teaching to the elementary school level because it has been noted that science education has not produced good results with regard to preparing students to make decisions Thus importance has been placed on investigating teachers initial training The present study formed part of a completed doctoral project and focused on the initial training for science and 98 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 98 114 biology teachers The aim was to analyze from the teachers viewpoint the implications of their role in providing ethical moral training for students and in identifying students difficulties along with their role in organizing teach
192. nto tico revolucionario precedente 9 Dicho de otra manera necesitamos pensar nuestras ra ces beber de ellas y pensar la bio tica desde ellas Como expresara Armando Hart D valos cualquier an lisis que realicemos debe partir de nuestra historia y de los v nculos que a lo largo de los siglos se han forjado entre los pa ses latinoamericanos y caribe os y que hacen de nuestra regi n la de mayor vocaci n hacia la inte graci n poseedora de un patrimonio espiritual de una riqueza impresionante 14 Hemos sido selectivos al tomar tres vertientes del pensamiento comprometido con el cambio social y al tomarlos en el contexto lati noamericano Pero al tomar al Che como una de sus cumbres m s re cientes podemos delimitar aspectos nucleares relevantes y alcanzar esclarecimientos y conclusiones pertinentes Suponemos entonces que el pensamiento del Che constituye una buena base para iniciar el di logo fruct fero entre bio tica y pensamiento tico revolucionario Comparte con la bio tica un conjunto de preocupaciones b si cas que permitir n comprender mejor las contextualizaciones socio culturales y pol ticas que han de considerarse en Am rica Latina Del di logo con una bio tica comprometida como la bio tica de interven ci n propuesta por Volnei Garrafa y un Che lejos de banderolas y camisetas podremos extraer nuevas comprensiones de los procesos vividos y las particularidades contempor neas El
193. o a seculariza o marca principalmente a diferencia o do mbito religioso e do mbito pol tico na esfera da vida p blica Ou seja fazem refer ncia separa o entre os planos de atua o do poder sagrado e do poder profano 6 Laicidade e seu conceito De acordo com Milot o sentido grego certamente o mais in fluente nas defini es modernas e se pode dizer que a laicidade evoca uma realidade pol tica segundo a qual o Estado n o fundamenta sua 57 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 53 68 legitimidade em uma igreja ou uma confiss o religiosa mas na sobe rania do povo Tal descri o indica claramente que o Estado n o um fim ou ob jetivo em si mesmo mas um meio para que o povo encontre espa os de conviv ncia e entendimento Importante enfatizar que na pr ti ca o significado do conceito de laicidade indica a dissocia o entre o Estado e qualquer confiss o religiosa Ou seja a imparcialidade frente s diferentes cren as ideologias e religi es Isso n o implica contudo o recha o a nenhuma delas mas sobretudo a neutralidade do Estado diante de todas e diante das diversas opini es 1 Entretanto a ado o dessa imparcialidade n o pressup e que a laicidade seja um regime de conviv ncia totalmente neutro Afinal a laicidade defende e preconiza uma s rie de valores tais como a democracia a liberdade de express o a toler ncia e o respeito di versidade e aos direitos huma
194. o da p lula anticoncepcional Dada sua import ncia hist rica e seu car ter basilar para a doutrina 70 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 69 84 cat lica para a discuss o sobre a concep o e a contracep o v rios trechos dessa enc clica ser o reproduzidos a seguir para clarificar os aspectos morais defendidos pelo catolicismo As biotecnologias anticonceptivas possibilitam a pr tica sexual com fins l dicos situando a no campo do prazer 6 Em precisa opo si o a isto na Humanae Vitae o magist rio da Igreja Cat lica afir mou que pela sua estrutura ntima o ato conjugal ao mesmo tempo em que une profundamente os esposos torna os aptos para a gera o de novas vidas segundo leis inscritas no pr prio ser do homem e da mulher Salvaguardando estes dois aspectos essenciais unitivo e pro criador o ato conjugal conserva integralmente o sentido de amor m tuo e verdadeiro bem como a sua ordena o para a alt ssima voca o do homem para a paternidade 5 Paulo VI escreveu que se existem motivos s rios para distanciar os nascimentos que derivem ou das condi es f sicas e psicol gicas dos c njuges ou de circunst ncias exteriores a Igreja ensina que en t o l cito ter em conta os ritmos naturais imanentes s fun es ge radoras para usar do matrim nio s nos per odos infecundos e deste modo regular a natalidade sem ofender os princ pios morais 5 Assim o Vaticano sustenta a legi
195. o de renunciar a parte deles para que outros possam obt lo em nome do equil brio 44 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 Elster 20 adverte para o risco de que a ideia da posi o original seja utilizada de forma utilitarista supondo se que a op o racional seria sempre em prol do bem estar da maioria A razoabilidade vem trazer contudo a sensibilidade quest o que n o apenas matem tica Presume se assim que sabendo que se poder estar na posi o da minoria escolham se hip teses que penalizem o menos poss vel quaisquer membros eventuais da sociedade j que o benef cio indivi dual para os membros da maioria pode n o compensar o pre o pago pela minoria sacrificada cujo risco n o se querer correr ou ao me nos querer se torn lo o mais razo vel e reduzido poss vel A cr tica de Walzer 24 26 por seu turno versa acerca do alegado surrealismo da posi o original de Rawls fato que a teoria de Rawls se apoia numa alegoria mas esta funciona como um lembrete e um recurso v lido no intuito de for ar um pensamento racional e razo vel quando diante de um caso concreto dizer como se resolveria racional e razoavelmente essa situa o o que se consideraria justo nesse caso equilibrando os interesses do indiv duo e da coletividade se isolado na maior medida poss vel o apelo emocional e econ mico que a situa o concreta tem em favor ou contra si mas tomando por ba
196. o en el Segundo Seminario de Solidaridad Afroasi ti ca Argel 1965 In El Che en la Revoluci n cubana Habana Editorial Min isterio del Az car 1970 Recebido em 05 09 2010 Aprovado em 30 03 2011 28 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 Justi a igualdade e equidade na aloca o de recursos em sa de Justice equality and equity in allocating healthcare resources Maria Elisa Villas B as Universidade Federal da Bahia UFBA Salvador Bahia Brasil mariaelisavbObol com br Resumo O Direito e a Bio tica se v em frequentemente diante da dificuldade de buscar e fazer a justica quando por exemplo h recursos limitados para atender as necessidades ilimitadas situac o assaz comum na assist ncia sa de Nesse sentido o texto discute quest es relativas ideia de justi a na aloca o de recursos em sa de como a justi a o mesmo que igualdade Mas igualdade de qu Quais os crit rios para se promover uma aloca o de recursos escassos de forma justa e equitativa quando eles n o s o suficientes para todos em que pese o direito universal sa de Embora n o se tenha a pretens o de uma resposta definitiva para quest es t o milenares a discuss o da mat ria se revela til como aux lio para a busca de uma melhor distribui o de recursos sob a realidade da escassez nas chamadas escolhas tr gicas em sa de Palavras chave Justi a distributiva Igualdade Equidade Sa de Aloca
197. o seu esfor o individual para cada pessoa de acordo com a contribui o social e para cada pessoa de acordo com o m rito 38 J Walzer 24 indica como princ pios ou crit rios distributivos poss veis o livre interc mbio o m rito e a necessidade mas reconhe ce que eles n o esgotam as quest es submetidas a sua aplica o Sen 11 por seu turno menciona os crit rios de justi a defen didos por algumas correntes socialistas que previam a atribui o de igual recompensa pelo igual trabalho realizado Refere entretanto que tais concep es foram objeto de cr tica pelo pr prio Marx por n o considerarem a desigualdade de necessidades de modo que ter minariam por equivaler a uma extens o do direito burgu s que con cebe os seres humanos apenas como produtores Criou se assim o slogan por cada um de acordo com sua capacidade a cada um de acordo com suas necessidades Ou ao menos como recorda Gracia 39 a cada pessoa conforme suas necessidades at o limite que per mitam os bens dispon veis O mentor do comunismo exemplificou na poca com o caso de fam lias numerosas em que ainda que se reconhe a certa respon sabilidade dos pais quanto ao n mero de filhos fato que isso n o reduz a for a das demandas e das necessidades destes propondo se ent o o uso de escalas de equival ncia visando a uma normaliza o adequada da renda nessas circunst ncias Conclus o Por fim n o
198. o v o de uma flecha ao se separar do arco surge o segundo tipo distinto de pensamento a f sica do impetus Trata se de algo transmitido ao corpo movido que lhe confere a capacidade de movimento trata se de uma causa imanente do mo vimento Sobrepujam se assim as dificuldades colocadas pelo movi mento no v cuo contudo persiste a incompatibilidade com o princ pio da in rcia Ademais tanto a din mica aristot lica quanto a din mica do impetus s o incompat veis com o m todo matem tico Por fim o terceiro tipo de pensamento cient fico representado pela f sica moderna tendo por pioneira a obra de Galileu Galilei que introduz a relatividade do movimento a imutabilidade do corpo es tando ele em movimento ou em repouso e a persist ncia dos estados de repouso e movimento diametralmente opostos entre si a famosa lei da in rcia 4 Destaca se o seguinte coment rio a respeito da ci ncia moderna 119 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 mais especificamente a respeito do papel que deveria ser exercido pelos fundadores da ci ncia moderna entre os quais Galileu papel este inteiramente diverso daquele de simplesmente corrigir teorias erradas ou substitu las por outras teorias melhores Tinham de destruir um mundo e substitu lo por outro Ti nham de reformar a estrutura de nossa pr pria intelig ncia reformular novamente e rever seus conceitos encarar o Ser de uma nova maneira elabor
199. omar como ponto de partida a defini o de in cio da vida humana proposta pela Igreja Cat lica e pela Carta do Rio pos s vel afirmar que o terceiro mecanismo abortivo uma vez que o con cepto por ocasi o do impedimento da nida o pesa menos de 500g O cerne da discuss o parece ent o encontrar se na defini o de in cio da vida humana sendo que o presente artigo asume posi o 76 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 69 84 consoante com a defendida pela Igreja Cat lica O C digo de tica M dica O m dico cat lico encontra se em dificuldade quando no exerci cio de sua profiss o visitado em consult rio p blico ou particular por paciente que deseja iniciar o uso de contraceptivos orais Nesse contexto ele n o pode simultaneamente atender ao desejo da paciente e satisfazer as orienta es da sua religi o Se sendo fiel doutrina cat lica se nega a fazer a prescri o ele contraria a vontade de sua paciente e a pol tica de planejamento familiar E se de modo oposto atende ao pedido de sua paciente e prescreve o uso de ACO contraria o ensino do magist rio da Igreja Assim acaba por se esta belecer um dilema entre atender o disposto pelo Minist rio da Sa de e as orienta es da Igreja ao mesmo tempo Sendo a conduta profissional do m dico regulada diretamente pelo C digo de tica M dica CEM ser o apresentados a seguir al guns artigos desse documento que podem ser muito escl
200. omo la discriminaci n de la mujer la exclusi n social el racismo la inequidad en la asigna ci n y distribuci n de recursos sanitarios el abandono de ni os y an cianos el aborto la eutanasia entre otras Todas estas son situaciones que persisten y la bio tica que las aborda ser a una bio tica de las situaciones persistentes 2 La segunda se relaciona con los conflictos que emanan del ace lerado desarrollo cient fico y tecnol gico acontecido en los ltimos cincuenta a os Entre ellos se encuentran las nuevas t cnicas de re 17 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 producci n incluida la clonaci n reproductiva y la terap utica el Proyecto Genoma Humano y los avances en el campo de la ingenieria gen tica los trasplantes de rganos y tejidos humanos Todas son si tuaciones emergentes y la bio tica que las aborda ser a una bio tica de las situaciones emergentes La bio tica de intervenci n se plantea entonces abordar temas sociales previamente existentes y los que fueron emergiendo con el desarrollo cient fico y tecnol gico y que la bio tica tradicional ha abordado al menos parcialmente Este es un punto de contacto im portante de la bio tica de intervenci n con el pensamiento revolu cionario pues los problemas previamente existentes han estado en la mira del pensamiento social revolucionario y se han formulado diversas propuestas de soluci n Asimismo Garrafa propone una b s qu
201. orais os profissionais e estudantes envolvidos violaram tamb m a soberania nacional Os mestres e aca d micos n o eram pessoas leigas e estavam cientes de que ao cruza rem a fronteira de seus pa ses estariam sob a vig ncia da legisla o do pa s visitado Isto evidentemente caracteriza uma inten o em burlar a vigil ncia tica e t cnica sobre as boas condutas na pr tica da quiropraxia Dificilmente se pode conceber que nos Estados Unidos um grupo de professores da rea de sa de possa ocupar um gin sio em uma pequena cidade e proceder ao treinamento de estudantes em pr ticas de assist ncia envolvendo riscos sem que isto tivesse sido autorizado e supervisionado pelas autoridades respons veis O pressuposto de que os pacientes n o teriam uma assist ncia futura ou garantias de continuidade de seus tratamentos pela pr pria ilegalidade do atendimento j inviabilizaria toda e qualquer inter ven o praticada sob os ausp cios do voluntariado Segundo Berlinguer os tratamentos errados ou inadequados se tornaram portanto perigosos n o as doen as e a doen a constan temente perda de poder f sico ou dignidade humana ao inv s de dor f sica fato que se traduz na prepot ncia dos sadios e que acentua a desigualdade social 17 O epis dio demonstra ainda algum tipo de semelhan a dessa 94 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 85 97 pr tica com o estabelecimento de duplo standard ou duplo padr o de
202. oral da igreja oficial 2 58 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 53 68 Essa confus o entre a separa o do Estado e das igrejas com a de fini o de laicidade resulta do fato de que alguns Estados laicos ado taram a separa o entre o Estado e igrejas para poderem introduzir em determinado momento um regime pol tico laico Esse foi o caso por exemplo da maioria dos pa ses latinoamericanos ao longo do processo de consolida o desses pa ses como na es independentes Entretanto isto n o significa que em um pa s onde n o exista formalmente a separa o o Estado e a igreja n o possam ser laicas suas pol ticas p blicas For oso reconhecer que o contr rio tamb m verdadeiro Esse por exemplo o caso do Brasil que embora seja um Estado com pre vis o constitucional de separa o entre o Estado e a igreja sofre in meras influ ncias de determinadas confiss es religiosas no processo de formula o de algumas de suas pol ticas p blicas Ilustra essa situa o o pr prio poder judici rio brasileiro que mant m crucifixos nas salas de sess es de diversos dos seus rg os Tal pr tica antiga e disseminada heran a cultural de um pa s onde catolicismo a religi o majorit ria e por outro n o possui uma tra di o enraizada de separa o entre o espa o religioso e a esfera jur dico estatal 7 Como bem aponta Lorea quando se examina a Constitui o Fe deral brasileira
203. os declara uma tend ncia conservadora com base no medo de que nosso futuro seja invadido por tecnologias ameacadoras 13 Partindo da apresentac o dos dois extremos a reflex o sobre o tema aponta para o equil brio entre os cient latras e os tecnof bicos 123 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 como a melhor solu o para a quest o A ci ncia e a tecnologia t m indiscutivelmente gerado uma melhor qualidade de vida da popula o em geral das mais diversas formas diretas e indiretas Pesquisas nas reas biotecnol gicas ambiental sa de humana produ o agropecu ria t m tornado a exist ncia individual da esp cie humana neste pla neta mais longa e segura Paradoxalmente n o s o raros os exemplos de consequ ncias perversas desta mesma ci ncia e tecnologia indi cando graves problemas para a exist ncia coletiva da esp cie humana Sobre este equil brio Ant nio Maia invoca a prud ncia para o enfrentamento da dicotomia entre a tecnofobia e a tecnolatria Dessa forma imbu dos de prud ncia devemos nos despir de qualquer vi s o sistematicamente pessimista e devemos nos privar de qualquer ing nua ilus o progressista t o comum em irrefletidas mensagens nos meios de comunica o de massa 14 Diante dessa realidade Hans Jonas prop e uma mudan a para digm tica O imperativo categ rico de Emmanuel Kant age de tal maneira que possas querer que a m xima de tua a o
204. os estilos de vida los gustos las expectativas y as piraciones La propia revoluci n del consumo se ha visto revoluciona da en la tarea de estimular la demanda y la multiplicaci n infinita de necesidades La renovaci n e innovaci n aparecen priorizadas en las agendas de las empresas al mismo tiempo que las capacidades instrumenta les en comunicaci n La colonizaci n de nuevos mercados comienza a utilizar estrategias cualitativas orientadas a la fidelizaci n de los consumidores Dentro de esta configuraci n soberana de la l gica financiera el rol central del consumidor identificado como cliente rey por el autor se construye como base inseparable de una economia mundializada Al interior de este nuevo orden econ mico el trabajador asalaria do los sindicados y el Estado mudan a un segundo plano y um homo consumericus de tercer tipo nace con imprevisibles y variados gustos liberado de las antiguas culturas de clase Es decir un consumidor atado a las imposiciones sociales del standing deja lugar a un hiper consumidor que tratar de experimentar nuevas marcas y mayores emociones bienestar y calidad de vida en un marco de la inmediatez de la comunicaci n El escenario se manifiesta como un continuo consumista c smico desincronizado e hiperindividualista donde todas las edades quedan expuestas al mercado incluyendo a ni os y ancianos Poco a poco el esp ritu consumista ha logrado infiltrarse en cues tiones cotidianas
205. otecnologia como uma das tr s grandes promessas de inova o tecnol gica para o s culo 21 segundo o f sico Luiz Oliveira Tendo por fundamento compartilhado a caracter stica de crescente habilidade na manipula o de objetos min sculos estas tr s grandes reas da ci ncia moderna nos impulsionam em dire o ao redesenho da forma humana sendo desnecess rio alertar para o fato de que essa virtualidade inteiramente singular na hist ria da cultura e nos imp e a considera o de quest es ticas t o rduas quanto urgentes 1 Assim como em outras reas do conhecimento a biotecnologia pode gerar grandes benef cios para nossa sociedade Estrat gias cada vez mais eficazes como o emprego de biomol culas mais seguras para o tratamento de diversas enfermidades t m inquestionavelmen te melhorado a qualidade de vida da sociedade humana Por outro lado armas biol gicas cada vez mais mortais podem ser alcan adas por meio das exatas mesmas t cnicas de manipula o de organismos vivos Em alguns casos a condi o que distingue o leg timo do ileg ti mo t o t nue que uma pr tica question vel do ponto de vista moral pode facilmente ser aceita por grande parte dos atores envolvidos Trata se por exemplo do caso das pesquisas m dicas que no s culo 18 tiveram suas doutrinas produzidas desembocando no experimen 116 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 talismo desenfreado observado no s
206. pa s ou de profissionais de sa de em meio a uma cat strofe com o fito de se dar seguimento s demais pr ticas de assist ncia O sexto e ltimo crit rio de Perelman a cada um segundo a lei segundo o direito lhe atribui tende a confundir decis es inicialmente ticas com decis es jur dicas o que muitas vezes pouco acrescenta na resolu o das d vidas quanto aloca o de se ver que a lei atribui a todos o direito vida e sa de nem sempre estipulando cri t rio de sele o ou ainda determinando prioridades que podem ser incompat veis entre si como a ordem de priorizar crian as em uma norma e idosos em outra sem definir qual entre ambos eleger se o conflito se der entre uma crian a e um idoso E interroga se ainda se houver uma terceira pessoa adulta n o idosa mais grave ou com melhores marcadores t cnicos de sucesso no tratamento V se portanto que s par metro legal n o resolve a quest o e ainda que o fizesse seriam necess rios crit rios para nortear a elabora o da lei Os crit rios arrolados por Perelman encontram eco tamb m no Relat rio Belmont relevante marco bio tico que considerou entre as v rias formas poss veis de distribui o de bens riscos e benef cios 48 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 uma divis o igual para cada pessoa para cada pessoa de acordo com as suas necessidades individuais para cada pessoa de acordo com
207. padr o culto da l ngua e a melhor compreens o dos artigos respeitando por m o estilo dos autores As provas finais n o ser o enviadas aos autores Nomenclatura Devem ser observadas as regras de nomenclatura biom dica assim como abre viaturas e conven es adotadas em disciplinas especializadas N o ser o aceitas abreviaturas no t tulo e no resumo A designa o completa qual se refere uma abreviatura deve preceder a primei ra ocorr ncia desta no texto a menos que se trate de uma unidade de medida padr o Agradecimentos Quando for necess rio o s agradecimento s deve m ser colocado s ao final do texto imediatamente antes das refer ncias bibliogr ficas em it lico Da mesma forma quando o trabalho for uma adapta o de palestra ou confer n cia Nesse caso especificar o evento local e ano Refer ncias As refer ncias devem ser numeradas de forma consecutiva de acordo com a ordem em que forem sendo citadas no texto e As refer ncias devem ser identificadas por n mero ar bico 1 e As refer ncias citadas devem ser listadas ao final do artigo em ordem num rica seguindo as normas gerais dos Requisitos uniformes para manuscritos apresentados a peri dicos biom dicos http www icmje org e Os nomes das revistas devem ser abreviados de acordo com o Index Medicus http www nlm nih gov O nome de pessoa cidades e pa ses devem ser citados na l ngua original da 157 Revista
208. pilador tica y diversidad cultural M xico Fondo de Cultura Econ mica 2 ed 2004 p 74 86 Recebido em 02 02 2011 Aprovado em 20 02 2011 68 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 69 84 O m dico cat lico e o contraceptivo oral conflitos ticos religiosos e legais Catholic doctors and oral contraceptives ethical religious and legal conflicts Ricardo Petroni Smiderle Passamani Sociedade Nacional de Educa o Ci ncia e Tecnologia SOET Maring Paran Brasil ricardopassamaniQuol com br Paula Regina Souza Universidade Federal de Goi s UFG Jata Goi s Brasil paularsouza usp br Resumo Em face da not ria oposi o entre as pol ticas de planejamento familiar e a doutrina da Igreja Cat lica em termos de concep o e contracep o o m dico cat lico encontra se em situa o constrangedora quando o paciente procura seu consult rio desejando pr ticas contraceptivas artificiais Esta situa o coloca em conflito a liberdade religiosa do m dico e a autonomia do paciente abrindo caminho para uma ampla discuss o religiosa tica e legal sobre da conduta do profissional cat lico O presente artigo discute estas quest es de forma preliminar mas n o superficial e mostra que direito do m dico se negar a prescrever m todos contraceptivos que contrariem sua consci ncia Palavras chave Cat lico Contracep o Anticoncepcional tica M dicos cat licos Abstract Faced
209. primer etapa comprendida entre 1880 y la segunda Guerra Mundial marca el inicio de la sociedad de consumo Son los a os de la producci n a gran escala y de la puesta a punto de las m quinas de fabricaci n continua que producen bienes con vocaci n de dura bilidad Hacia 1950 emerge un nuevo ciclo hist rico de las economias de consumo donde la capacidad de producci n se incrementa de tal for ma que se genera una mutaci n social que da lugar a la aparici n de la sociedad de consumo de masas Se abren supermercados centros comerciales hipermercados y el orden econ mico se rige por los prin c pios de seducci n y de lo ef mero Caen las antiguas resistencias culturales y se expande la sociedad del deseo La sociedad se presenta con una nueva jerarqu a de objetivos y una forma diferente de relacionamiento el ocio y el confort se cons tituyen en monedas de intercambio con las militancias y pasiones re volucionarias de d cadas anteriores En la tercera etapa a finales de los 70 la vida de las sociedades desarrolladas no hacen sino acumular signos de placer y felicidad 139 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 139 143 La producci n de bienes se centra en las personas y se erosionan las culturas de clase Sin embargo el hiperconsumidor se vuelve desconfiado e infiel Ya no sigue una marca ahora entra en la internet y compara analiza reflexiona y orienta sus deseos hacia lo que m s lo gratifica Han mudado l
210. prop sito do tardo iluminismo e do positivismo des sa forma que Rossi apresenta a ideia de progresso Essa f repousava principalmente sobre tr s convic es 1 na hist ria est presente uma lei que tende atrav s de graus ou etapas perfei o e felicidade do g nero humano 2 tal processo de aperfei oamento geralmente identificado com o 133 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 desenvolvimento e com o crescimento do saber cient fico e da t cnica 3 ci ncia e t cnica s o a principal fonte do progresso pol tico e moral constituindo a confirma o de tal progresso 25 Jonas interpreta o progresso n o s como lei mas igualmente como ideal A rela o que existe entre o julgamento de que as mu dan as do passado ocorreram em dire o a uma melhora a f de que esta dire o inerente din mica do processo e persistir no futuro e o compromisso em tornar esta situa o o objetivo da humanidade fazem que muitos de n s acabemos por adotar uma postura progres sista E sendo a tecnologia o s mbolo dominante do progresso nos dias atuais este passa a implicar necessariamente melhorias de aspecto material que por fim gerariam aumento na produtividade da econo mia global Tendo considerado essas quest es Jonas nos alerta para o fato de que ao julgarmos o recente superior ao anterior devemos ter em mente que n o se trata de emiss o de ju zos de valor mas de t o so m
211. protegida de maneira absoluta a partir do momento da concep o 25 Necess rio tamb m recorrer ao C digo de Direito Civil Brasileiro que em seu artigo 2 diz que a personalidade civil da pessoa come a do nascimento com vida mas a lei p e a salvo desde a concep o os direitos do nascituro 26 N o dif cil perceber diante da complexidade das quest es bio ticas envolvidas a contradi o que se apresenta aos m dicos cat li cos uma vez que s o incapazes de conciliar a sua orienta o religiosa que ao seguir a doutrina da Igreja podem se colocar como contr rios ao uso dos contraceptivos artificiais e a exig ncia do Minist rio da Sa de de que os m dicos dever o fazer a prescri o desses mes mos m todos justamente aqui que a discuss o encontra seu ponto alto Seria l cito que o m dico cat lico se recusasse a prescrever anticoncepcio nais em sua pr tica di ria por obedi ncia Igreja Cat lica Conforme o C digo de tica M dica o m dico n o pode ser obri gado a praticar um ato que embora permitido por lei seja contr rio sua consci ncia Como exemplo o m dico n o pode ser obrigado a praticar um aborto ainda que ele seja permitido pela a lei Semelhante racic nio se deve aplicar prescri o de contracep tivos que al m de serem intrinsecamente contr rios moral cat lica e aqui tratamos da quest o do ponto de vista do m dico cat lico trazem consigo a po
212. proxima se aqui segundo o autor da ideia de assist ncia ou de caridade visando se a compensar as car ncias e a assegurar um m nimo vital A concep o marxista remete a esta vis o quando exige de cada um segundo sua capacidade mas atribui a cada qual segundo suas necessidades 5 segundo sua posi o de origem grega privilegia a condi o social estabelecida e 6 segundo o que a lei lhe atribui vis o de justi a formal equipar vel vers o romana do dar a cada um o seu de cujo mesmo mal padece qual seja o fato de ensejar um c rculo vicioso que faz depender a 46 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 ideia de justi a do conte do de um ordenamento jur dico pr vio ao qual j n o poder avaliar ou servir de baliza ainda quando notada mente discrepante do senso comum de justi a gerando uma defini o est tica porquanto assentada na ordem estabelecida Dentre esses de logo se exclui como insuscet vel de compatibili za o com a realidade da escassez e finitude de recursos o primeiro crit rio apresentado por Perelman a cada um a mesma coisa pois primeiramente nem sempre todos precisam da mesma coisa em face exatamente de suas peculiaridades e em segundo lugar nem sempre h bens dispon veis para distribuir uma id ntica parte ideal a cada um a menos que se reduzam drasticamente as parcelas o que pode gerar evidentes subpresta es O segundo princ pio a cada um segundo
213. quanto poss vel as decis es tomadas diante dos casos concretos fa vorecendo n o apenas a equidade mas tamb m o melhor aprovei tamento dos recursos e a promo o da sa de simultaneamente da justi a Refer ncias 1 Perelman C tica e Direito S o Paulo Martins Fontes 2005 2 Ross A Direito e Justi a Bauru Edipro 2003 3 Lepargneur H Bio tica Novo Conceito a caminho do consenso S o Pau lo Loyola 1996 4 Diniz MH O estado atual do biodireito S o Paulo Saraiva 2001 5 Beauchamp T Childress J Princ pios de tica biom dica S o Paulo Loyola 2002 6 Arist teles tica a Nic maco 3 ed S o Paulo Martin Claret 2008 7 Rawls J Uma Teoria da Justi a S o Paulo Martins Fontes 2002 8 Arist teles Pol tica S o Paulo Martin Claret 2001 9 Santos MCCL O Equil brio do P ndulo A Bio tica e a Lei Implica es M dico Legais S o Paulo cone 1998 10 Kelsen H A Justi a e o Direito Natural Coimbra Arm nio Amado Editor 1963 11 Sen A Desigualdade Reexaminada 2 ed Rio de Janeiro Record 2008 12 Plat o A Rep blica S o Paulo Martin Claret 2002 13 Engelhardt HT Fundamentos da Bio tica 2 ed S o Paulo Loyola 2004 14 Rousseau JJ Do Contrato Social S o Paulo Martin Claret 2006 15 Globekner OA A Sa de entre o P blico e o Privado a Quest o da Equi dade no Acesso Social aos Recursos Sanit rios Escassos disserta o Salva dor Univers
214. que demonstram que pelo fato do lucro das ind strias farmac uticas fazer desse um neg cio bastante lucra tivo pode se afirmar que uma distribui o justa dos benef cios sobre todos os interessados poss vel de ser realizada sem que se abra m o de interesses particulares Por exemplo em 2007 o lucro das ind strias farmac uticas es tadunidenses alcan ou a cifra de US 315 bilh es e ao final desse mesmo ano apesar de que 3 milh es de pessoas nos pa ses em desenvolvimento terem tido assegurado o acesso aos medicamentos antirretrovirais 6 7 milh es ainda estavam descobertas desse tipo de tratamento cujas raz es incluem seu alto custo Apesar do pre o anual do tratamento antirretroviral por paciente ter ca do para US 350 nos pa ses em desenvolvimento ele ainda pode ser considerado como sendo elevado Cita se para ilustrar o valor do investimento anual em sa de da Suazil ndia pa s africano que possui a maior preval ncia mundial de HIV em adultos que de US 353 por cidad o Sobre o argumento utilizado pela ind stria farmac utica de que os pre os elevados das drogas se mant m em raz o dos altos investi mentos realizados em pesquisas futuras a autora contra argumenta com dados apenas 15 de seus lucros s o investidos em pesquisa e desenvolvimento propor o que pode ser considerada modesta se 145 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 144 146 comparada com o que se investe por exemp
215. r o princ pios como dignidade liberdade moral respeito por todas as formas de vida vulnerabilidade integridade solida riedade equidade e outros 10 105 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 98 112 Sgreccia alerta sobre urg ncia de um programa bio tico ou de uma bio tica que permeie os programas educativos A partir do momento em que a tutela da vida e da sa de de pende em grande parte do comportamento dos indiv duos e n o somente da medicina e da economia torna se urgente uma transi o da informa o e da forma o bio tica no m bito da educa o na fam lia na escola e nas chamadas ag n cias educativas ali compreendidos os meios de comunica o social 11 Ao partir para uma pedagogia problematizadora a bio tica torna se um importante instrumento Neste ponto configuram se atual mente v rios temas geradores de reflex o tais como a contracep o novas tecnologias reprodutivas conceptivas as manipula es gen ticas transplantes de rg os a sexualidade o acesso aos meios de manuten o da sa de alimentos transg nicos quest es voltadas ao meio ambiente polui o redu o de recursos energ ticos cresci mento populacional consumismo etc doen as fatais entre outros Pessini e Barchifontaine afirmam ainda que refletir a bio tica a partir do terceiro mundo implicaria saber o que significa viver nes ta realidade onde vida e morte est o constantemente pres
216. r servi os que contrariem os ditames de sua consci ncia ou a quem n o deseje excetuadas as situa es de aus ncia de outro m dico em caso de urg ncia ou emerg ncia ou quando sua recusa possa trazer danos sa de do paciente 21 Ora considerando o caso de o m dico se negar a prescrever o ACO ou outros m todos artificiais de contracep o certamente esta recusa n o trar propriamente danos sa de da paciente Do mes mo modo tal situa o n o pode ser classificada como caso de urg n cia ou emerg ncia Nessa sentido vale apontar que o m dico pode se negar a atender algu m que n o deseje e da mesma forma poder se eximir de fazer uma prescri o Essa posi o encontra respaldo no cap tulo II do CEM que versa sobre os direitos dos m dicos que em seu artigo IX afirma que direito do m dico recusar se a realizar atos m dicos que embora per mitidos por lei sejam contr rios aos ditames de sua consci ncia 21 Este artigo importante no caso em quest o Ainda que a prescri o de ACO e de outros m todos artificiais de contracep o seja um ato m dico permitido por lei n o se pode obrigar um m dico cat lico a execut lo no caso de se tratar de ato contr rio aos ditames de sua consci ncia A quest o da liberdade religiosa preciso destacar aqui uma discreta por m importante diferen a entre liberdade religiosa e indiferen a religiosa Estes conceitos s o amplamente co
217. r do instante da fecunda o ou seja o embri o e as membranas O pensamento cat lico sobre o in cio da vida humana est em conson ncia com a Carta do Rio documento redigido durante o VIII Conclave da Federa o Brasileira das Academias de Medicina reali zado no Rio de Janeiro entre 07 a 09 de maio de 1998 No documento est escrito que a vida humana tem in cio na fu s o do vulo com o espermatoz ide quando se forma o zigoto que come a a existir e operar como uma unidade desde o momento da fecunda o 18 H no entanto outras compreens es a respeito do in cio da vida humana Por exemplo pode se citar as id ias de Kant No modelo kantiano tamb m designado como modelo cultural a caracteriza o da pessoa humana depende da exist ncia de suficiente consci ncia e racionalidade tomadas pelo fil sofo como condi es para participar da comunidade autonomia moral Como ressaltou Kant a pessoa um ser moral caracterizado pela responsabilidade 19 Defini o de Abortamento De acordo com a Federa o Internacional de Ginecologia e Obs tetr cia FIGO o abortamento a expuls o ou extra o de concepto pesando menos de 500g o equivale a aproximadamente a um per odo de desenvolvimento entre 20 e 22 semanas completas ou de 145 a 154 dias completos 20 Note se que a defini o da FIGO estabelece apenas uma idade gestacional m xima para enquadramento no conceito de abortamen to Assim ao se t
218. ra de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 sino que midan las causas profundas de las desigualdades sociales e impida que la bio tica se quede en la superficialidad solo en el discurso El pensamiento esencialmente tico y pol tico del Che le indica a la bio tica que es necesario un cambio radical de las bases de la estructura de la sociedad para que las acciones de cambio deseadas puedan realizarse En este sentido el humanismo revolucionario con creto del Che es el aporte m s valioso a la bio tica comprometida con el cambio social en Am rica Latina y el mundo Esto le permitir a implementar las soluciones que necesitan los problemas de los ex cluidos Existe un punto de coincidencia del pensamiento tico revolucio nario del Che y la bio tica comprometida con el cambio social que no siempre se revela en las acciones de cambio revolucionario Este es un punto importante para el di logo Che apela constantemente a la elevaci n de la conciencia indi vidual pues nadie puede sustituir el trabajo con las personas y los niveles de responsabilidad que se alcanzan por esa v a A lo que el Che convoca es a despertar el nivel de la conciencia individual desde sus motores internos para la acci n No se trata de una utop a o una aventura voluntarista Todo lo contrario lo que indica es que las es tructuras del poder revolucionario no est n concebidas y preparadas a n y el prepararlas concierne a todos y no se podr alcanzar sin que se
219. ra que poder provocar placer o infligir dolor constituye las bases de las re laciones de poder que se legitima con la recompensa y el castigo y fundamentan la idea de justicia 22 A partir de estos aspectos individuales en lo biol gico en inte racci n con lo socio cultural construye el camino para intervenir en los problemas colectivos que requieren un abordaje tico donde cada pa s o regi n del mundo deben interpretar y actuar de acuerdo con sus contextos sociales culturales econ micos y biol gicos Del pensamiento tico revolucionario del Che Por su parte el pensamiento tico revolucionario tiene una larga historia y una abundante producci n te rica en Latinoam rica En ella destaca la figura de Ernesto Che Guevara por la claridad y siste matizaci n de sus ideas por el v nculo que establece entre la proble m tica tica y la problem tica de la salud humana y porque conjuga los problemas de la tica individual y social en un proceso de cambios que concibe como revolucionarios para la transformaci n de las con diciones de vida social en el sentido m s amplio En el Che la preocupaci n por el hombre comienza por su sensi bilidad humana y su vocaci n m dica Esto le permite enlazar desde una edad muy temprana y en estrecha relaci n con sus intereses per sonales y la maduraci n de su pensamiento pol tico la funci n social de la medicina y el cambio social En el pensamiento tico del Che no existe un
220. ra tener esperan za no han caducado El individuo sigue viviendo para algo m s que para los bienes materiales no han desaparecido los ideales de amor verdad justicia y altruismo no se perfila ning n nihilismo total Dir que la felicidad parad jica reclama soluciones igualmente parad jicas Tal vez sea el momento de la regulaci n y la modera ci n tal vez sea un tiempo destinado a potenciar motivaciones menos dependientes del mercado pero que nadie se llame a enga o se re quiere de m s consumo para que retroceda la pobreza para ayudar a la tercera edad para mejorar la salud p blica Nada destronar la creciente hegemon a del mercado ni el alud de nuevos productos con un ciclo de vida cada vez m s breve Finalmente el autor propone que la mutaci n futura vendr de nuevas metas sentidos perspectivas y prioridades en la vida Que seguramente aparecer otra clase de consciencia que llegar la hora en que se ponga de manifiesto todo lo quim rico que contiene el fre 142 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 139 143 nes consumista Que la transformaci n se ha de esperar menos pa rad jicamente de una revoluci n del modo de producci n que de una revoluci n de los valores o una mutaci n cultural que revise el lugar de los goces inmediatos Apuesta a un poshedonismo que tendr re percusiones en los sistemas de educaci n y formaci n en las formas de pensar el futuro y en la concepci n de la buena vida
221. ras pode ser considerada como sendo uma das pedras angulares para o amadurecimento da proposta de bio tica de Potter como ponte para o futuro isto se deu justamente pela constata o de que a ci ncia ao mesmo tempo em que contribuiu para a organiza o da sociedade por meio da admi nistra o de informa es e da manipula o da natureza contribuiu igualmente para a desorganiza o da sociedade pela introdu o do conhecimento perigoso dangerous knowledge Para Potter com o crescimento em quantidade e em complexidade do conhecimento cient fico e a consequente especializa o dos cien tistas que passaram a conhecer muito melhor sobre cada vez menos t picos surgiu a dificuldade de se contextualizar as atividades labo ratoriais com os interesses e as prioridades da ci ncia como um todo e da sociedade Com o passar do tempo a incapacidade de se lidar adequada mente com essa dificuldade permitiu que um n mero cada vez maior de pesquisadores assumisse que todo conhecimento basicamente bom e que no curto ou no longo prazos todo conhecimento gerado seria capaz de contribuir positivamente para com a sociedade Con tudo exemplos como o dos gases t xicos utilizados nas duas grandes guerras encarregaram se de demonstrar que o conhecimento acerca do controle de fen menos biol gicos se comportava como uma faca de dois gumes e que jamais poderia ser confinada de volta gaveta 16 Hans Jonas idealizador da tica da respon
222. re mercado consagrados nas sociedades atuais O problema de lastrear a justi a na igualdade diz Walzer 24 que a pr pria igualdade um ideal prop cio trai o inclusive por aqueles que a defendem t o logo na melhor das inten es e no uso de suas particulares habilidades alcan am o poder para tanto Walzer diferencia ent o a igualdade simples do que denomina de igualdade complexa associada com o pluralismo A igualdade simples conside ra que todas diferen as podem ser concentradas no ajuste de um ni 36 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 co bem Aqueles que trabalham com a ideia da igualdade de renda por exemplo partem ainda que de forma inaudita do reconhecimen to do dinheiro como meio de alcance de todos os demais bens sociais de sorte que seu equil brio ensejaria a justi a social Observa o autor contudo que ainda quando promovida a igualdade financeira ela tenderia a se desequilibrar novamente em breve em face das demais condi es n o consideradas de desigualdade como o talento as habi lidades pessoais as necessidades espec ficas etc Diz ele sobre o tema que Vivendo numa sociedade capitalista talvez sonhemos com uma sociedade em que todos tenham o mesmo capital Mas sabemos que o dinheiro igualmente distribu do ao meio dia do domingo ter sido desigualmente redistribu do antes do fim de semana seguinte 24 A igualdade simples exigiria nesses termos interv
223. responsabilidad de los autores y debe estar de acuerdo con los principios de la Declara ci n de Helsinki de la Asociaci n M dica Mundial 1964 reformulada en 1975 1983 1989 1996 y 2000 adem s de respetar la legislaci n espec fica del pa s en el cual se desarroll la investigaci n Nomenclatura Deben ser respetadas las reglas de nomenclatura biom dica as como abrevia turas y convenciones adoptadas en disciplinas especializadas No se aceptan abreviaturas en el t tulo y en el resumen e La designaci n completa a la cual se refiere una abreviatura debe preceder la primera ocurrencia de esta ltima en el texto excepto cuando se trata de una unidad de medida est ndar Agradecimientos Si necesario los agradecimientos deben estar al final del texto inmediatamente antes de las referencias bibliogr ficas Lo mismo si el trabajo es una adaptaci n de una exposici n oral o conferencia En este caso especificar el evento el lugar y el a o Referencias bibliogr ficas Las referencias bibliogr ficas deben ser numeradas de forma consecutiva de acuerdo con el orden en que sean citadas en el texto Las referencias bibliogr ficas deben ser identificadas por n meros ar bicos 1 e Las referencias bibliogr ficas citadas deben estar al fin del art culo en orden nu m rica siguiendo las normas generales de los Requisitos uniformes para manuscritos presentados a peri dicos biom dicos http www icmje org
224. revaloriza o da diversidade e a necessidade de contemplar pessoas etnias cren as e religi es l nguas e prefer ncias sexuais diversas al m de outros aspectos que afetam indiv duos ou grupos no mundo atual levaram revis o das 55 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 53 68 regras e normas de conviv ncia na sociedade Portanto as reflex es sobre os voc bulos bio tica laicidade e di versidade estabelecem uma rela o com a revaloriza o da diferen a e consequentemente tamb m com os fen menos da intransig ncia da discrimina o e da intoler ncia Fen menos esses que hoje de maneira particular se difundem com maior intensidade Isso o que se pode ver cristalizado nas decis es cotidianas e institucionais que s o tomadas nos mbitos hospitalares cl nicos e de gest o da sa de Embora a manifesta o desses fen menos nas deci s es possa ser muitas vezes sutil ou velada ela produz repercuss es e danos aos indiv duos que t m seus direitos violados e em ltima inst ncia pr pria sociedade Em muitos casos os comit s de bio tica s o as inst ncias que tratam diretamente deste problema tamb m neste contexto que o estabelecimento e a manuten o de um Estado laico n o somen te constitucionalmente laico mas capaz de introduzir a lacidade na orienta o da vida pr tica se faz necess rio e torna se importante ferramenta para garantir a conviv ncia pac fica entre os s
225. ro e a tica norteadora da profiss o ao exe cutarem pr ticas de grande risco em um local com prec rias condi es Qual seria a perspectiva de tratamento dos poss veis riscos que poderiam advir de qualquer pr tica cl nica Se o intuito era a pr tica cl nica laboratorial para beneficiar seres humanos por que n o esta beleceram legalmente coopera o com alguma institui o de ensino regulamentada no pa s Se o intuito era a realiza o de pesquisas cl nicas por que n o formaliz las por meio de protocolos de pesqui 91 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 85 97 sas e submet las aprova o dos comit s de ticas em pesquisa Por que tal pr tica foi envolta sob o manto de trabalho volunt rio A presen a de profissionais estrangeiros no Brasil bem como a participa o cada vez mais ativa de pesquisas com coopera o es trangeira no pa s fundamental para a troca de experi ncias e fo mento do avan o das bioci ncias e biotecnologias A coopera o in ternacional em ci ncia e tecnologia tem crescido a uma taxa signifi cativa Partindo de uma base inexpressiva em meados do s culo 20 a coopera o internacional representa hoje uma parcela consider vel da pesquisa cient fica 13 No entanto as atitudes em an lise n o se enquadravam na categoria pesquisa com coopera o estrangeira tendo em vista que o grupo portava apenas o visto de turista sem qualquer autoriza o que possibilitasse a
226. rrafa V Oselka G organizadores Inicia o bio tica Bras lia Con selho Federal de Medicina 1998 14 Maia AC Biopoder biopol tica e o tempo presente In Novaes A organi zador O Homem maquina a ci ncia manipula o corpo S o Paulo Compa nhia das Letras 2003 15 Siqueira JE tica e tecnoci ncia Londrina Editora UEL 1998 16 Potter VR Bioethics Bridge to the future New Jersey Prentice Hall 1971 17 Potter VR Global bioethics building on the Leopold legacy Michigan Michigan State University Press 1988 18 Jonas H The imperative of responsibility in search of an ethics for the technological age Chicago The University of Chicago Press 1984 19 Beecher HK Ethics and clinical research The New England Journal of Medicine 1966 16 1354 1360 20 Oliv L Epistemologia na tica e nas ticas aplicadas In Garrafa V Kottow M Saada A organizadores Bases conceituais da bio tica enfoque 137 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 latino americano S o Paulo Editora Gaia 2006 21 Kuhn TS O Caminho desde a estrutura S o Paulo Editora Unesp 2003 22 Feyerabend PK Di logos sobre o conhecimento S o Paulo Perspectiva 2008 23 Bobbio N Teoria geral da pol tica A filosofia pol tica e as li es dos cl s sicos Rio de Janeiro Editora Campus 2000 24 Oliv L El bien el mal y la raz n Facetas de la ciencia y de la tecnolog a M xico Paid s 2000 25
227. rseguem respectivamente 17 18 19 Segundo Aranha e Cortina a doutrina o pode ser considerada uma pseudo educa o na medida em que n o respeita a liberdade do educando impondo lhe conhecimentos e valores transmitindo lhe conte dos morais com objetivo de que os incorpore e j n o deseje considerar outros conte dos poss veis perspectiva conhecida como moral fechada J a educa o moral pretende que o sujeito pense moralmente por si mesmo e na medida em que seu desenvolvimento lhe permita que se abra a conte dos novos e decida a partir de sua autonomia o que quer escolher dessa forma lan ando bases de uma moral aberta 20 17 Assim qualquer proposta doutrin ria n o respeita a liberdade do educando impondo lhe conhecimentos e valores isto todos s o submetidos a uma s maneira de pensar e agir destruindo se o pen samento divergente e mantendo se a tutela e a hierarquia Ao con tr rio disto a educa o com vistas ao desenvolvimento da cidadania tem outra proposta pois tende a diminuir a assimetria inicial entre o educador e o educando Ela sup e o processo de desenvolvimento in tegral do homem isto de sua capacidade f sica intelectual e moral visando n o s a forma o de habilidades mas tamb m do car ter e da personalidade social Percebemos assim que da ess ncia do ato de educar ou at mes mo do pr prio conceito de educa o n o se exclui a dimens o tico moral na forma o do in
228. s e terap uticos s o pr prios e exclusivos de profissional fisioterapeuta 3 Atualmente existem no Brasil ofertas de cursos para forma o em quiropraxia nas modalides de curso livre de gradua o e p s gradua o A Classifica o Brasileira de Ocupa es CBO inclui a pr tica quando separada da Fisioterapia dentro das ocupa es de quem 86 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 85 97 executa procedimentos terap uticos auxiliares de natureza manipu lativa energ tica e vibracional para tratamentos de mol stias psico neuro funcionais e m sculo esquel ticas Outra classifica o a do fisioterapeuta quiropraxista 4 enquanto profissional de sa de espe cializado nesta pr tica Esta maneira de conceber a pr tica da quiro praxia est relacionada s nossas tradi es disciplinares e s nossas caracter sticas socioculturais que influenciam o planejamento do sis tema de sa de bem como s demandas geradas por nossa popula o Os Estados Unidos da Am rica EUA est entre os pa ses em que a quiropraxia se tornou uma profiss o regulamentada e onde con siderada por muitos a segunda profiss o da sa de devido difus o de sua pr tica na sociedade americana Nesse pa s ela tem carac ter sticas pr prias e inerentes ao modelo norte americano de sa de Sua pr tica est relacionada portanto a uma atividade privatista apoiada pela utiliza o de uma grande quantidade de equipamentos e
229. sabilidade tamb m identifica no fen meno da especializa o com a consequente pro lifera o de subdivis es e fragmenta o do conhecimento um risco preocupante para a reflex o da gest o da atividade cient fica Os pesquisadores se veem for ados a renunciar participa o em tudo que n o diz respeito as suas cada vez mais limitadas compet n cias ficando comprometida dessa forma at mesmo uma adequada compreens o da ci ncia quando eles s o colocados em posi o de expectadores a partir de uma perspectiva mais global Jonas constata que o nascimento do perigo fruto das excessivas dimens es da civiliza o cient fica tecnol gica industrial com a in 125 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 cessante busca do conhecimento para o poder perante a natureza e a utiliza o deste poder para a melhoria do destino humano coloca nos diante da imposterg vel necessidade de amadurecimento de uma ti ca de preserva o e preven o ainda que isto implique sacrif cios nunca antes demandados 18 Assim segundo Potter conhecimento perigoso tem sido definido como conhecimento que foi acumulado mais rapidamente do que a sabedoria para geri lo em outras palavras conhecimento que produ ziu um desequil brio temporal por superar outros ramos de conheci mento 16 Mesmo assumindo que o conhecimento per se n o pode ser con siderado inerentemente bom ou mal a associa o indiscut vel entre conh
230. salvar a vida e os preceitos da tica deontol gica Entretanto os mesmos profissionais que justificam sua a o com base na prerrogativa de salvar a vida dos pacientes n o levam em considera o que a dita salva o da vida para uma Teste munha de Jeov pode significar exatamente o oposto daquilo que definido pela equipe de sa de Ou seja neste caso e segundo o enten dimento do paciente a vida s ser salva se ele n o receber o sangue Considerar o recebimento de sangue como a nica forma de sal var a vida remete a uma vis o un voca que o profissional de sa de pode adotar quando se orienta apenas pela deontologia ou ent o apenas por sua pr pria cren a Este o cl ssico exemplo de conflito entre duas cren as 65 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 53 68 O ponto se quer ressaltar aqui o desejo do paciente de n o re ceber o sangue n o imposto aos outros trata se de um pedido por respeito liberdade de consci ncia De outro lado os profissionais de sa de que desejam tratar a todos segundo seus princ pios deonto l gicos religiosos ou morais n o levam em considera o a diversi dade e exercem uma postura de imposi o por essa raz o que a bio tica deve resgatar a sua tica pois as teorias morais n o d o conta de encontrar um caminho que respei te o ponto em comum que no caso explorado o de salvar a vida sem olvidar a liberdade de consci ncia pessoal ne
231. scute o acesso medica o antirretroviral por indiv duos soropositivos que vivem em pa ses em desenvolvimento com especial foco nas quest es ticas que emergem do confronto por um lado do interesse da ind stria farmac utica em reaver investimentos realizados no desenvolvimento das drogas e por outro da necessi dade de pessoas infectadas pelo HIV terem essa medica o dispon vel para uso No texto defende se que as companhias farmac uticas devem estabelecer um equil brio entre a responsabilidade financeira para com seus acionistas e o compromisso em rela o aos indiv duos soropositivos em pa ses em desenvolvimento que muitas vezes n o encontram meios de acesso a tais medicamentos devido ao seu alto custo Com os recentes adventos cient ficos a soropositividade em re la o ao HIV se transformou em uma condi o de sa de cr nica tendo lhe sido retirado o sentido de fatalidade que imperava quando surgiram os primeiros casos conhecidos da infec o Mudan a que teve influ ncia significativa do desenvolvimento das drogas anti HIV Nos ltimos anos apesar do substancial decl nio dos pre os dos medicamentos antirretrovirais nos pa ses em desenvolvimento os mesmos ainda se mant m em um padr o de custo que ultrapassa as possibilidades financeiras da maior parte dos que deles necessitam Para defender o ponto de vista segundo o qual a ind stria farma c utica possui uma responsabilidade tica em colaborar co
232. se a condi o de pessoa nessa sociedade Observa Elster 20 que Rawls n o muito claro sobre os meca nismos concretos de redistribui o Da a necessidade dos crit rios de aloca o orientados no caso pelos princ pios gerais da justi a como equidade e que embora culturalmente condicionados em sua elabora o e escolha n o s o inconcili veis com a ideia da justi a pela equidade tanto pelo contr rio Servem como par metros para se identificarem as desigualdades a serem compensadas de modo a se buscar uma distribui o mais razo vel e coerente que atenda a uma igualdade de oportunidades e a uma discrimina o positiva quando necess ria Por esse prisma as diretrizes de aloca o de recursos para imple menta o do princ pio da justi a em bio tica guardam importante se melhan a com os par metros de justi a distributiva apresentados por Perelman 1 norteados ademais pelos princ pios e regras de justi a propostos por Rawls 7 Perelman apresenta assim seis crit rios ou princ pios macros c picos para a concretiza o da justi a distributiva Termina por m 45 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 por concluir que sua vis o de justi a verdadeiramente formal na medida em que conquanto se admita que por for a da justi a os seres de uma mesma categoria essencial devam ser tratados da mes ma forma n o se definem quais s o as categorias essenciais para a aplica
233. se converta em lei universal deveria ser substitu do pelo novo imperativo age de tal maneira que os efeitos de tua a o n o sejam lesivos para a futu ra possibilidade de vida humana 15 Jonas claramente acrescenta ao rol de compromissos da esp cie humana os direitos das gera es futuras passando ent o a apresentar status de dever para a gera o presente a responsabilidade de zelo coletivo considerando at mes mo aqueles indiv duos que ainda sequer existem A preocupa o com as gera es futuras foi precisamente uma das pedras angulares qui a pedra angular na constru o da bio tica Van Rensselaer Potter j em 1971 a partir da reflex o sobre os pro blemas gerados por conhecedores ou cientistas knowers e fazedores ou tecnologistas doers e ainda sobre o conceito de conhecimen to perigoso conhecimento acumulado mais rapidamente do que a sabedoria para manej lo identificou como for a motriz de nossa cultura uma variante do imperativo tecnol gico se pode ser feito e vendido com obten o de lucro vamos faz lo 16 Por corol rio o seu credo bio tico para indiv duos bioethical creed for individuals aborda de modo bem estreito a preocupa o com as gera es futuras e a necessidade de n o comprometimento da possibilidade de sua exist ncia 17 124 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 115 138 A inocuidade do conhecimento Se a preocupa o com as gera es futu
234. se plantean superar la fragmentaci n y hacer posible el cambio social mediante acciones que involucren a los individuos conscientemente En esas acciones el cambio en la postura moral de los involucrados es fundamental Ese cambio incluye una nueva actitud ante el conocimiento y la t c nica Che apelaba a que se alcanzara un conocimiento con responsabi lidad para lo que convocaba a la autopreparaci n de los individuos y a no sobrevalorar el desarrollo tecnol gico por encima del ser humano Nos encontramos nuevamente con esta idea en el contexto de la bio tica cuando se apela a la responsabilidad individual y colectiva Lo que el pensamiento tico revolucionario plantea en t rminos pol ticos como superaci n de la explotaci n del hombre por el hombre dominar la t cnica pero que sin que constituya una forma de explotaci n se 21 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 replantea en el pensamiento bio tico como necesidad pr ctica para en contrar soluciones a los nuevos conflictos ambientales y sociales El humanismo revolucionario Encuentra de la misma manera formas muy espec ficas que per miten hablar de continuidad a pesar de las diferencias Al colocar al ser humano y sus deberes en el centro de atenci n la tica revolu cionaria la bio tica global y la bio tica de intervenci n no pueden menos que coincidir en el planteamiento de la necesidad de atenci n prioritaria a los problemas que enfrentan las
235. sobre a imbrica o entre Ci ncia Tecnologia e Socie dade Scientiae Studia 2007 5 3 337 67 2 Morin E Ci ncia com consci ncia 3 ed Rio de Janeiro Bertrand 1999 3 Habermas J T cnica e Ci ncia como ideologia Lisboa Edi es 70 1987 4 Silva P E Percep es dos alunos de Ensino M dio sobre quest es bio ticas S o Paulo disserta o de Mestrado Faculdade de Educa o da Universi dade de S o Paulo 2002 5 Krasilchik M Pr tica de Ensino de Biologia 3 ed S o Paulo Harbra 1996 6 Canivez P Educar o cidad o Campinas Papirus 1991 7 Bryce T GRAY D Tough acts to follow the chalenges to science teach ers presented by biotechnological progress International Journal of Science Education 2004 26 6 717 33 8 Rego S A forma o tica dos m dicos saindo da adolesc ncia com a vida dos outros nas m os Rio de Janeiro Editora FIOCRUZ 2003 9 Oliveira F Bio tica uma face da cidadania S o Paulo Moderna 1997 10 Martins M V A A pertin ncia da bio tica para educa o num mundo globalizado In Siqueira J E organizador Bio tica estudos e reflex es Lon drina Ed UEL 2000 113 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 98 114 11 Sgreccia E A bio tica e o novo mil nio Bauru EDUSC 2000 p 18 12 Pessini L Barchifontaine C P Problemas Atuais de Bio tica S o Paulo Loyola 1991 13 Bishop L High School Bioethics Curriculum Project acesso em 06 Mai 200
236. specializados tanto para uso nas cl nicas quanto nos domic lios o que gera um mercado extremamente atrativo dentro do pr prio EUA e com grande potencial de expans o para seus parceiros comerciais Portanto a cria o de laborat rios de pr tica da quiropraxia em pa ses em desenvolvimento promove uma forma o mais r pida de pro fissionais por oferecer um novo contingente populacional de f cil recrutamento e contribui para a difus o das pr ticas tais como s o concebidas pelos pa ses desenvolvidos o que envolve naturalmente a abertura do mercado para novos equipamentos O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 10 regi o que abarca o estado de Santa Catarina localizado na re gi o sul do Brasil no exerc cio de sua fun o de fiscalizador acolheu den ncia envolvendo vinte e seis cidad os norte americanos que rea lizavam em junho de 2008 e na cidade de S o Jos no Estado de San ta Catarina atividades vinculadas pr tica da fisioterapia por meio de atendimentos qualificados de volunt rios em quiropraxia para a popula o local 5 O presente artigo faz uma abordagem bio tica desse evento mos trando a instrumentaliza o de sujeitos socialmente vulner veis no Brasil para o treinamento de estudantes estrangeiros travestida de pr tica filantr pica e que p s em risco comunidades de baixa renda no Brasil 87 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 85 97 A den ncia de pr
237. squisas en volvendo seres humanos o controle de armas biol gicas o reconhecimento de patentes de produtos de consumo humano e tantos outros V rios documentos internacionais pautam a relev ncia da bio tica no contexto das rela es entre os pa ses A Declara o Universal sobre Bio tica e Direitos Humanos aborda especificamente o tema da responsabilidade dos Estados na coopera o internacional voltada para o compartilhamento soli d rio dos benef cios do desenvolvimento t cnico e cient fico A Declara o de Alma Ata propugnou a redu o da lacuna existente entre o estado de sa de dos pa ses em desenvolvimento e o dos desenvolvidos e que os cui dados prim rios de sa de sejam desenvolvidos e aplicados em todo o mundo e particularmente nos pa ses em desenvolvimento num esp rito de coopera o t cnica e em conson ncia com a nova ordem econ mica internacional Esse elenco de conven es culmina com a Declara o da ONU sobre os oito Objetivos de Desenvolvimento do Mil nio ao incluir quatro compromissos diretamente relacionados sa de erradicar a extrema pobreza e a fome re duzir a mortalidade na inf ncia melhorar a sa de materna combater o HIV Aids a mal ria e outras doen as e tr s outros que constituem fatores asso ciados atingir o ensino b sico universal promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres garantir a sustentabilidade ambiental al m do ltimo estabelecer
238. sse sentido que a laicidade constitui importante fundamento bio tica Trata se de considerar o outro ou como sugere Viesca Trevi o reconhecer que existem diferentes racionalidades que oferecem elementos de refle x o tica dignos de considera o Abarcar esta pluralidade deve ser elemento essencial bio tica 13 Considera es finais Sendo a bio tica um campo interdisciplinar entende se que deva atuar de forma conjunta e em conex o com outras reas do saber Esta conex o deve prever o compartilhamento de informa es e aborda gens permitindo alcan ar um resultado comum pass vel a todos os campos Sem d vida a abordagem em bio tica t o mais frut fera quanto mais compartilhar saberes com outras reas tomando como refer n cia a complexidade proposta por Morin que compreende o todo como sendo muito mais que a soma das partes 14 H que se considerar ainda a situa o relacional entre os indiv duos de uma sociedade de forma a reconhecer as situa es individu ais ou unit rias contemplando a diversidade e sem gerar imposi o Morin sugere que a diversidade organiza a unidade e esta por sua vez organiza a diversidade e assim sucessivamente Por m segundo o autor n o basta conceber como problema central a manuten o das rela es entre o todo e a parte entre o uno e o diverso h que se cui dar tamb m do car ter complexo destas rela es No momento em que se percebe que a bio tica d
239. t inadequately could cause irreversible damage to the nervous system and locomotor system Through this disrespect for the country s legislation and for the professionals that are regulated for practicing chiropractic given that this manipulative technique is one of the specialties within physiotherapy these individuals illegal prac ticing of chiropractic raised a series of ethical issues From the context pre sented a bioethical analysis on human laboratory practice is made involving the premise that practice applied to socially vulnerable populations should be voluntary Key words Chiropractic Physiotherapy Illegal Bioethics Ethics De acordo com a Federa o Mundial de Quiropraxia WFC a quiro praxia uma profiss o de sa de que lida com desordens mec nicas do sistema de m sculo esquel tico e os efeitos dessas desordens nas fun es do sistema nervoso e na sa de geral com nfase em trata mentos manuais que incluem ajuste na coluna vertebral e manipula o de outras articula es 1 No Brasil diferentemente de outros pa ses a quiropraxia n o existe isoladamente enquanto profiss o regulamentada por lei Ela est regulamentada juntamente com outros recursos manipulativos e como uma das doze especialidades da Fisioterapia sob controle social por meio da resolu o COFFITO n 220 de 23 de maio de 2001 2 De acordo com essa resolu o os atos profissionais cinesiol gicos e ma nipulativos diagn stico
240. tamento social e as consequentes rela es identit rias Essa concep o falaciosa sobre a emerg ncia da diversidade como fen meno restrito ao mundo contempor neo refor ada pela escala na qual se processam atualmente as inter rela es sociais e a comunica o que atingem a dimens o global Nesse contexto evi denciam se os conflitos entre indiv duos grupos sociedades e cultu ras Por m como sustenta Woodward a pr pria identidade marcada pela diferen a que por sua vez sustentada pela exclus o A identi fica o acontece por semelhan as simb licas Portanto a identidade tamb m relacional e a diferen a estabelecida por uma marca o simb lica relativamente a outras identidades 9 A representa o inclui as pr ticas de significa o e os sistemas simb licos por meio dos quais os significados s o produzidos posicio nando nos como sujeito por meio dos significados produzidos pelas representa es que damos sentido nossa experi ncia e quilo que somos A representa o compreendida como um processo cultural estabelece identidades individuais e coletivas Portanto a bio tica deve levar em considera o a diversidade tratando de compreender que a religi o as cren as a cultura e outras formas de express o da identidade n o s o fixas mas que est o em cont nuo movimento A insist ncia na difus o de uma compreens o da cultura das reli gi es e das cren as como entidades
241. tes n o tendo sido criado ou difundido o neologismo laici ty que apenas come ou a ser introduzido recentemente Neste caso os anglo sax es utilizam o termo secular para designar o que escapa da esfera do religioso 1 2 3 4 comum que a laicidade seja confundida com o termo seculari za o Por m seculariza o significa a passagem de algo ou algu m da esfera religiosa para a p blica De certa maneira o secular e o laico passaram a ser compreendidos como denotando um sentido de contradi o em rela o ao religioso sendo tomados em algumas situ a es como sin nimos de anticlerical Entretanto uma revis o das teorias de seculariza o demonstrou que n o se trata de fazer desaparecer o religioso tampouco de se es tabelecer uma oposi o entre o religioso e o secular Tais teorias ape nas fazem refer ncia a um espa o independente da influ ncia religio sa A ideia de preservar a liberdade de consci ncia havia conduzido separa o entre o espa o religioso e a esfera p blica 2 De acordo com Oro o debate atual sobre o tema da seculariza o entre estudiosos latinoamericanos pol mico Pois segundo o autor enquanto alguns te ricos afirmam que o avan o da seculariza o um processo irrevers vel outros apontam para uma crise da laicidade por eles identificada nas situa es onde a esfera p blica volta a bus car legitimidade no mbito religioso 5 Em suma na sua dimens o de termo sociol gic
242. tica m dica deve ser ob tida no melhor interesse do indiv duo envolvido e de acordo com a legisla o nacional 14 Os professores e estudantes que vieram para o Brasil realizar a interven o deveriam seguir os imperativos ticos consensualmente acordados no plano internacional para as pr ticas de sa de Entre tanto n o havia qualquer registro de obten o de consentimento dos 93 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 85 97 sujeitos submetidos ao treinamento dos estudantes americanos A dignidade humana uma palavra chave patrim nio comum das ticas e das religi es cujo tratamento nos obriga a embasarmos na biologia e no pensamento Atrav s da dignidade humana perce bemos a exig ncia da sua inviolabilidade por parte de outras pessoas que tamb m exigem em absoluto serem respeitadas do mesmo modo que tamb m exigimos e desejamos 15 A dignidade humana faz refer ncia a um princ pio moral kantia no segundo o qual a pessoa humana nunca deve ser tratada somente como meio em si mas como um fim dizer que o ser humano n o deve ser nunca empregado como instrumento 16 No presente caso ficou claro que a finalidade da viagem n o era prestar assist ncia aos sujeitos mas aproveitar a vulnerabilidade so cial dos mesmos visando facilitar o recrutamento para o treinamento dos estudantes de forma a burlar as normas regulat rias do pa s sede e do pa s h spede Ao violar preceitos ticos e m
243. timidade dos m todos naturais de contracep o que consistem basicamente em per odos de absti n ncia sexual exercidos pelos esposos que precisando evitar o nasci mento dos filhos por motivos s rios se disp em a usar do matrim nio somente nos per odos inf rteis O Papa Paulo VI no mesmo documento fez um apelo aos m dicos e profissionais da sa de para que estes tentassem promover as solu es inspiradas na f e sugeriu que dentro de sua profiss o buscas sem todo o conhecimento necess rio para isso Quarenta anos mais tarde o Papa Bento XVI escreveu em uma mensagem dirigida aos participantes do Congresso Internacional Hu manae Vitae atualidade e profecia de uma enc clica que uma a o destinada a impedir a procria o significa negar a verdade ntima do amor conjugal e lembrou que muitos fi is t m dificuldade para com preender a mensagem da Igreja Tamb m afirmou que apesar da solu o t cnica parecer ser n o s no plano da procria o mas para todas as grandes quest es hu manas a sa da mais f cil ela esconde a quest o de fundo que diz 11 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 69 84 respeito ao sentido da sexualidade humana 7 O papa disse ainda que a t cnica n o pode substituir o amadure cimento da liberdade quando est em jogo o amor 7 Em certa ocasi o o Papa Jo o Paulo II disse que tudo que en sinado pela Igreja sobre a contracep o n o pertence mat
244. to a observar sua religi o e suas cren as diferente de dizer que todos est o obrigados a aceitar a equival ncia entre todas elas Em circunst ncia onde o profissional m dico sofre constrangi mentos de diferentes ordens motivados por sua posi o em rela o contracep o deveria prevalecer o cap tulo II do CEM que em seu artigo I expressa o direito do m dico de exercer a medicina sem ser discriminado por quest es de religi o etnia sexo nacionalidade cor orienta o sexual idade condi o social opini o pol tica ou de qual quer outra natureza Assim espera se que ades o do m dico a uma orienta o religiosa no caso a professada pela Igreja Cat lica n o sirva de argumento para que sofra constrangimentos ou qualquer im pedimento ao exerc cio profissional Conclus es O uso de meios artificais para regular a natalidade contraria a lei moral da Igreja Cat lica que prev o car ter unitivo e procriativo do ato sexual A Igreja afirma que uma a o destinada a impedir a procria o significa negar a verdade ntima do amor conjugal e ga rante que tudo que ensina sobre contracep o n o mat ria de livre discuss o entre os te logos mas um ensinamento que pertence ao patrim nio permanente da doutrina moral da Igreja Al m disso os contraceptivos orais trazem em si outras quest es bio ticas importantes particularmente o seu mecanismo de a o que al m da inibi o da ovula o inclui ad
245. to discrepa da vis o original de Stuart Mill segundo o qual numa vis o correta de utilitarismo o c lculo hedon stico 22 n o buscar produzir o bem estar da maio ria s custas do aumento ou da causa o de infelicidade minoria j que dentro de um contexto social adequado a felicidade dos demais tamb m parte da felicidade de cada um As teorias liberais de que exemplo a obra de Robert Nozick por seu turno focam a justi a e a igualdade no direito liberdade econ mica e social salientando mais a justi a procedimental do que resul tados substantivos Para tanto defende Nozick 5 20 23 que apenas tr s subprinc pios comp em e permitem alcan ar a justi a a saber justi a na aquisi o justi a na transfer ncia e justi a na repara o A justi a na aquisi o e na transfer ncia depende em sua vis o dos procedimentos do livre mercado ao passo que a justi a na repara o se deve aqueles que tiveram sua propriedade ilegitimamente dimi 35 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 29 52 nu da ou que foram ilegitimamente obstru dos em rela o ao livre mercado Pelas teorias liberalistas respeitadas as leis do mercado todos os atos s o v lidos se levados a cabo por pessoas aptas a consentir independentemente de qualquer considera o acerca da assimetria dessas rela es ou da eventual vulnerabilidade de seus participan tes que possam ter influenciado o consentimento aparente
246. tos que visem redu o embrion ria II PACIENTES DAS T CNICAS DE RA 1 Todas as pessoas capazes que tenham solicitado o procedimento e cuja indica o n o se afaste dos limites desta resolu o podem ser receptoras das t cnicas de RA desde que os participantes estejam de inteiro acordo e devidamente esclarecidos sobre o mesmo de acordo com a legisla o vigente HI REFERENTE S CLINICAS CENTROS OU SERVI OS QUE APLICAM T CNICAS DE RA As cl nicas centros ou servi os que aplicam t cnicas de RA s o respons veis pelo controle de doen as infectocontagiosas coleta manuseio conserva o distribui o transfer ncia e descarte de material biol gico humano para a paciente de t cnicas de RA devendo apresentar como requisitos m nimos 1 um diretor t cnico respons vel por todos os procedimentos m dicos e laboratoriais executados que ser obrigatoriamente um m dico registrado no Conselho Regional de Medicina de sua jurisdi o 2 um registro permanente obtido por meio de informa es observadas ou relatadas por fonte competente das gesta es nascimentos e malforma es de fetos ou rec m nascidos provenientes das diferentes t cnicas de RA aplicadas na unidade em apre o bem como dos procedimentos laboratoriais na manipula o de gametas e embri es 3 um registro permanente das provas diagn sticas a que 151 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 147 154 submetido o materi
247. ue latino americano S o Paulo Gaia UNESCO 2006 Cap tulo de livro Cap tulo de libro Chapter of book Anjos MF Bio tica abrang ncia e dinamismo In Barchifontaine CP amp Pessini L orgs Bio tica alguns desafios S o Paulo Loyola 2001 p 17 34 Tese Disserta o Tesis Monografia Thesis Dissertation Albuquerque MC Enfoque bio tico da comunica o na rela o m dico paciente nas unidades de terapia intensiva pedi trica tese Bras lia DF Universidade de Bra s lia 2002 Resumo em Anais de Congresso ou trabalhos completos em eventos cient ficos Caponi S Os biopoderes e a tica na pesquisa In Anais do VI Congresso Mundial de Bio tica 2002 Bras lia Brasil p 219 Selli L Bagatini T Junges JR Kolling V Vial EA Enfoque bio tico da integrali dade uma leitura a partir do Programa de Sa de da Fam lia In Anais do VI Congresso Brasileiro de Bio tica e I Congreso de Bio tica del Mercosur 2005 Foz do Igua u Brasil p 173 162 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 156 163 Publica es de Governo Publicaciones de gobierno Government publications Brasil Minist rio da Sa de Conselho Nacional de Sa de Comiss o Nacional de tica em Pesquisa Normas para Pesquisas Envolvendo Seres Humanos Resolu o CNS n 196 96 e outras Bras lia Brasil Minist rio da Sa de 2002 Documentos jur dicos Documentos jur dicos Law documents Brasil Lei n 8 974 de 5 de j
248. uma parceria mundial para o desenvolvimento que diz respeito solidariedade e portanto coopera o internacional A contribui o da bio tica para a formula o execu o e avalia o da coopera o sul sul como concretiza o do ide rio das rela es internacionais balizadas pela solidariedade consenso e equidade representa um desafio ante a situa o e tend ncias da sa de na Terra Desafio convertido em convite para a reflex o e para a a o que se apresenta neste editorial aos leitores da Revista Brasileira de Bio tica pesquisadores e estudiosos da Bio tica e aos congressistas do IX Congresso Brasileiro de Bio tica e I Congresso Brasileiro de Bio tica Cl nica Jos Paranagu de Santana Oficial nacional da OPAS OMS Representa o do Brasil Assessor t cnico principal do projeto NETHIS N cleo de Estudos sobre Bio tica e Diplomacia em Sa de Doutorando em Bio tica no PPG FS UnB Jos Roberto Ferreira Coordenador da Assessoria de Coopera o Internacional Centro de Rela es Internacionais em Sa de da Fiocruz Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 9 28 Artigos especiais Esta se o destina se publica o de artigos de autores convidados Os textos ser o publicados no idioma original Propuesta de di logo entre bio tica y pensamiento revolucio nario en Latinoam rica Proposal for dialogue between bioethics and revolutionary thought in Latin America Teresa de las Mer
249. ursos em sa de o chamado princ pio bio tico da justi a como no desenvolvimento do princ pio da auto nomia mediante a proposta de valoriza o das liberdades pessoais inviolabilidade do indiv duo e vis o n o utilitarista do ser humano A vis o da justi a a partir da equidade constitui portanto relevante ponto comum entre a teoria jusfilos fica da justi a e o pensamento bio tico no que tange ao tratamento justo e respeitoso pessoa hu mana especialmente no tocante a sua vida e sa de Pondera Norman Daniels 26 que levado ao extremo o segundo princ pio de Rawls tender se ia a drenar quantidade insustent vel de recursos para o atendimento de necessidades espec ficas em sa de reduzindo a comunidade pobreza Tamb m nesse sentido Gustavo Amaral 31 considera que a teoria de Rawls ignora em absoluto a quest o da escassez donde defende sua inaplicabilidade no mbito das pol ticas p blicas e decis es em sa de Diverge se Ao se utilizar os princ pios decorrentes da posi o original buscam se par metros para nortear uma distribui o mais justa de recursos inclusive em face de sua escassez onde entra a quest o da razoabilidade e da m xima distribui o poss vel de bens prim rios No mesmo sentido ora defendido parece a Fortes 21 que a teoria de Rawls trabalha exatamente com o pressuposto da finitude ao considerar que a dis tribui o de recursos n o ser igual para todos e que alguns ter
250. utor aponta a necessidade de agir de forma sistem tica e con creta no campo da educa o moral favorecendo formas do sujeito agir com autonomia isto na busca de que sua consci ncia moral se torne independente das normas prescritas pelos outros capacitando o a fazer uso cr tico da raz o e desenvolvendo seu compromisso com o di logo e o respeito aos outros O interesse do presente texto apontar a poss vel antecipa o do ensino da bio tica para a educa o b sica Como a bio tica se assenta sobre um original saber transdisciplinar isto n o est circunscrita a um campo delimitado mas se interliga num plano superior com v rios outros saberes ela acaba por se tornar um rico instrumento metodol gico no ensino das disciplinas cient ficas Oliveira nos indica que tem sido muito debatido um programa de educa o em bio tica 104 Revista Brasileira de Bio tica 2010 6 1 4 98 114 A preocupa o em assegurar informa es capazes de ajudar no exerc cio pleno da cidadania em tempos de DNA e a com preens o da relev ncia da bio tica para a Sa de P blica no pr ximo mil nio t m incentivado os debates no sentido de es truturar implantar e implementar programas de educa o em Bio tica em car ter formal e informal 9 Negar este debate especialmente aos jovens suprimir as refle x es num contexto de r pidas e profundas transforma es Contudo v rias perguntas adv m da em qu
251. vidade em que opini es singulares via de regra permanecem na esfera pessoal exercendo pouca ou nenhuma influ ncia pass vel de observa o acredita se necess ria ainda que n o suficiente a dedica o ao estudo do envolvimento de pol ticas p blicas e entidades governamentais de mbito federal Esse estudo se revela especialmente importante quando conside rado o fato de que caso n o haja equil brio entre os interesses dos pre sentes e os interesses dos futuros os atos praticados pelos primeiros poder o vir a comprometer a pr pria exist ncia dos segundos Esta possibilidade persiste mesmo quando se abdica de qualquer mentali dade excessivamente apocal ptica Diante desse cen rio de t o especial interesse para a sociedade este trabalho buscar investigar a rela o entre a bio tica e a biotec nologia tendo por base a contribui o de reflex es sobre a inocuida de do conhecimento a neutralidade da ci ncia a converg ncia na racionalidade epist mica e o progresso A ci ncia moderna O adjetivo simples n o raramente acompanha discuss es sobre re centes descobertas cient ficas at mesmo no seio de grupos de leigos cujo nico contato com o pensamento cient fico se deu por meio dos conte dos das grades curriculares dos ensinos fundamental e m dio N o obstante enganar nos iamos se acredit ssemos que o conhe cimento dispon vel hoje guarda uma exist ncia t o antiga quanto a 118 Revista

Revista Brasileira de Bioética volume 6, números 1

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