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Fragmentos remanescentes da bacia do ribeirão das Anhumas

1. 195 CONCLUSOES atera seach ae 199 BT EOS uranio 201 ANEXOS essen ass 217 X1V XV RESUMO O ambiente um complexo espa o temporal resultante de fatores abi ticos e bi ticos tamb m definido pela hist ria e anseios humanos A fragmenta o de habitats est dentre as principais amea as biodiversidade global e desencadeada por dist rbios como expans es urbana e da agropecu ria bem como a explora o de recursos naturais Para compreender os efeitos da fragmenta o de habitats indispens vel aliar bases ecol gicas a valores e pr ticas humanos Este trabalho buscou compreender a fragmenta o na bacia do ribeir o das Anhumas Campinas SP aliando a an lise da evolu o dos fragmentos a informa es hist ricas de cada um deles Al m disso buscou compreender os diferentes contextos nos quais os fragmentos est o inseridos e de que forma essas informa es obtidas poderiam contribuir para promover pr ticas de conserva o efetivas Foram utilizados SIG para an lise de fotos a reas multitemporais 1962 1972 e 2002 realizadas visitas aos fragmentos entrevistas com propriet rios ou respons veis e analisados documentos da Prefeitura Municipal de Campinas e de hemerotecas A rea total dos fragmentos decaiu de 615 34ha 1962 para 451 62ha 1972 e ent o para 422 72ha 2002 correspondendo hoje a 2 82 da rea total da bacia Atualmente existem 34 fragmentos na bacia dos quais 11 s o reas p b
2. Genebra em 1855 a fazenda foi comprada pelo Marqu s de Valen a seu sogro que lhe mudou o nome para Fazenda Santa Genebra Foi em 1870 que a administra o da Fazenda passou para Geraldo Ribeiro de Sousa Rezende o outro filho do Marqu s de Valen a comendador e amigo pessoal de D Pedro II que viria a se tornar o c lebre Bar o Geraldo de Rezende em 1889 nomeando o Distrito de Campinas A Fazenda Santa Genebra destacou se n o apenas por ser uma das maiores da regi o e por hospedar ilustres membros da corte como o Conde D Eu e Campos Salles entre outros mas segundo Ribeiro 2000 tamb m por seu pioneirismo marcado por constantes inova es no campo da agricultura podendo ser considerada um modelo internacional Com o tempo a produ o da fazenda iria se tornar modelo de efici ncia para o restante da prov ncia como exemplo temos que desde o in cio do s culo XX l havia plantadoras americanas de tra o animal enquanto que o restante do Brasil conheceu essas m quinas apenas no fim da d cada de 40 Ribeiro 2000 Entretanto o dispendioso custo de vida do Bar o Geraldo de Rezende e de toda sua fam lia residentes na corte do Rio de Janeiro fizeram com que suas economias entrassem em crise levando o fal ncia Portanto em 1907 assolada economicamente a fazenda hipotecada passou a ser propriedade do Comendador Luiz de Oliveira Lins de Vasconcelos que a manteve como produtora de caf at vend la para Cri
3. 12 4 A UNICAMP 7475000 BACIA HIDROGR FICA De DO RIBEIR O DAS ANHUMAS FRAGMENTOS 1972 7470000 Hidrografia Uso N o Urbano Uso Urbano e IAC Fragmentos 2A 1 0 1Km a A 1 75 000 7465000 285000 290000 295000 Figura 6 Bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas em destaque os fragmentos numerados que podem ser identificados a partir da numera o na Tabela 2 Imagem elaborada a partir do mosaico de ortofotos de 1972 60 7480000 7475000 Shopping BACIA HIDROGR FICA DO RIBEIR O DAS ANHUMAS FRAGMENTOS 2002 7470000 Hidrografia Uso Nao Urbano Uso Urbano Fragmentos 1 75 000 7465000 285000 290000 295000 Figura 7 Bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas em destaque os fragmentos numerados que podem ser identificados a partir da numera o na Tabela 2 Imagem elaborada a partir do mosaico de ortofotos de 2002 61 62 7480000 7475000 7470000 7465000 BACIA HIDROGR FICA DO RIBEIRAO DAS ANHUMAS 1962 285000 290000 Figura 8 Mosaico da bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas 1962 Fonte Adami et al 2006 295000 63 64 7480000 7475000 7470000 7465000 BACIA HIDROGR FICA DO RIBEIRAO DAS ANHUMAS 285000 290000 Figura 9 Mosaico da bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas 1972 Fonte Adami et al 2006 295000 65 66 7480000 7475000 7470000 7465000 BACIA
4. 5b Fazenda Rio das Pedras 423 0 94 1 38 5c Fazenda Rio das Pedras 1 53 1 92 RMSG 63 24 53 04 55 41 Recanto Yara 0 26 0 35 0 30 Santa Genebrinha 3 61 3 22 5 41 9 Fazenda Anhumas 1 68 2 28 1 23 10a Fazenda Argentina 0 34 0 76 0 86 10b Fazenda Argentina 0 47 0 64 0 71 11 San Martinho Boldrini 0 38 0 51 0 51 12 P E Herm genes de F L Filho 0 13 0 18 0 21 13 LNLS 1 14 3 05 2 43 14 Faz Pau D Alho S S o Francisco 0 43 0 08 0 78 1 21 15a Condom nio Est ncia Para so 0 14 0 32 0 13 15b Condom nio Est ncia Para so 0 27 0 10 0 11 16a Fazenda Monte D Este 0 34 0 64 1 03 16b Fazenda Monte D Este 0 82 0 70 0 86 16c Fazenda Monte D Este 0 40 0 50 17 Fazenda S o Bento 2 99 3 94 4 29 18 Parque Xangril 1 24 1 51 1 31 19 Jardim Miriam Moreira da Costa 0 44 0 54 0 18 Continua o da Tabela 3 N FRAGMENTO 1962 1972 2002 20 Alphaville Campinas 0 61 0 81 0 95 21 P E Monsenhor Em lio Jos Salim 0 94 1 27 1 19 22 Bosque dos Jequitib s 1 68 2 28 255 23 Bosque S o Jos 0 46 0 62 0 77 24 Bosque dos Alem es 0 36 0 49 0 51 25 Bosque dos Italianos 0 27 0 37 0 39 26 Bosque da Paz 1 02 1 05 0 99 27 Bosque Chico Mendes 4 50 4 52 0 73 28a Mata do Chico Brinco Boi Fal 3 04 1 77 0 10 1 10 28b Mata do Chico Brinco Boi Fal 1 53 TOTAL 100 100 100 Os motivos das c lulas em branco e da mesclagem de dados de mais de um fragmento s o os mesmos j explicitados na Tabela 2 Como a bacia do ribeir o das Anhu
5. Continua o da Tabela 8 N FRAGMENTO SITUA O TOMBAMENTO PROPRIEDADE 25 Bosque dos Italianos CONDEPACC 04 2003 municipal 26 Bosque da Paz CONDEPACC 04 2003 municipal 27 Bosque Chico Mendes CONDEPACC 04 2001 municipal 28a Mata do Chico Brinco Boi Fal CONDEPACC 04 2003 particular O tombamento uma a o administrativa que se inicia com o pedido de abertura de processo por iniciativa de um cidad o associa o ou de membros do pr prio Conselho Este pedido submetido delibera o do CONDEPACC Caso seja aprovada a abertura do processo de estudo de tombamento a resolu o publicada no Di rio Oficial do Munic pio e o propriet rio do fragmento ser notificado disponibilizando de 15 dias para contestar a medida junto ao Conselho Com a abertura do processo o fragmento em estudo ter o mesmo regime de preserva o do bem tombado ou seja estar legalmente protegido at que se d a resolu o final a respeito do processo aberto Iniciam se ent o a obten o de uma s rie de pareceres pertinentes ao pedido realizados por t cnicos das Secretaria Municipal de Urbanismo Secretaria Municipal de Planejamento Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente e Secretaria Municipal de Assuntos Jur dicos O tombamento n o interfere apenas no bem em quest o a rea de entorno localizada na vizinhan a dos bens tombados passa a receber algumas restri es sendo delimitada com objetivo de preservar o ambiente e impedir que n
6. Contribui o percentual de cada fragmento para a rea total de fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas em cada um dos anos 1962 1972 e 2002 Tabela 4 Porcentagem de incremento e decr scimo da rea dos maiores fragmentos da bacia do ribeir o Anhumas tanto os exclu dos como os Inclu dos desta categoria em dois intervalos de tempo 1962 1972 e 1972 2002 Tabela 5 Fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas e porcentagem da classifica o relativa leitura de uso do solo realizada por Adami et al 2006 para cada um dos fragmentos em 1962 1972 e 2002 Tabela 6 Visita o no Parque Ecol gico Monsenhor Em lio Jos Salim em algumas datas e a expectativa no aumento da visita o ap s firmada a gest o compartilhada Tabela 7 Fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas e dist rbios associados a cada um Tabela 8 Fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas situa o referente ao tombamento da rea n mero dos processos e classifica o quanto propriedade de cada um XXI XXI NDICE DE FIGURAS Figura 1 Reconstitui o da evolu o da cobertura florestal do estado de S o Paulo Figura 2 O munic pio de Campinas sua localiza o na Regi o Metropoliatana de Campinas RMC e a inser o desta no estado de S o Paulo Em destaque a bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas Figura 3 Vegeta o original do munic pio de Campinas segundo Christofoletti amp Federici 1972
7. MACDONALD S E BURTON P J CHEN J BROSOFSKE K D SAUDERS S C EUSKIRCHEN E S ROBERTS D JAITEH M S ESSEEN P 2005 Edge influence on forest structure and composition in fragmented landscapes CONSERVATION BIOLOGY 19 3 768 782 HARRIS L D 1984 The fragmented forest island biogeography theory and the preservation of biotic diversity Chicago Illinois University of Chicago Press 21 1p HASS C A 1995 Dispesal and use of corridors by birds in wooded patches on an agricultural landscape CONSERVATION BIOLOGY 9 845 854 HEURI D VARJABEDIAN R SCIFONI S ESMERIZ C M R P GERALDI S M RODRIGUES A A V 1993 Revis o da regulamenta o da rea envolt ria do Bosque dos Jequitib s In Processo de tombamento do Bosque dos Jequitib s Campinas Prefeitura Municipal de Campinas CONDEPACC resolu o n 13 de 02 09 93 HOGAN D J CUNHA J M P CARMO R L OLIVEIRA A A B 2001 Urbaniza o e vulnerabilidade s cio ambiental o caso de Campinas In Hogan D J Baeninger R Cunha J M P Carmo R L orgs Migra o e ambiente nas aglomera es urbanas 2001 Campinas N cleo de Estudos Populacionais Universidade de Campinas 515p 397 420 205 HOLLANDA S B 1948 Expans o paulista em fins do s culo XVI e princ pio do s culo XVII Pesquisas do Instituto de Administra o 29 25 p S o Paulo Universidade de S o Paulo HUSBAND B amp BARRETT S 1996 A metapopulation perspe
8. definida tamb m como floresta semidec dua de planalto floresta latifoliada semicaducifolia floresta tropical subcaducifolia e floresta mes fila semidec dual e florestas ou matas de planalto Leit o Filho 1982 1987 Segundo IBGE 1991 o conceito ecol gico deste tipo de vegeta o est condicionado pela dupla estacionalidade clim tica uma tropical com poca de intensas chuvas de ver o seguida por estiagem acentuada e outra subtropical sem per odo seco mas com seca fisiol gica Em Campinas esta a fisionomia predominante formando um cont nuo na regi o leste onde as diferentes condi es de solo em fun o da geologia e relevo determinavam varia es tanto na estrutura como na composi o flor stica desta vegeta o Este cont nuo estendia se para a regi o noroeste abrangendo grande parte do Distrito de Bar o Geraldo no qual havia uma zona de transi o para o cerrado e tamb m na regi o central da cidade Esta forma o compreenderia tr s subgrupos florestas de transi o em reas ecotonais florestas de altitude 24 ou florestas montanas acima de 800m e florestas ciliares localizadas ao longo dos cursos d gua Santin 1999 Vegeta o Rupestre dos Lajedos Rochosos afloramentos restritos a rochedos em meio s florestas de altitude com desenvolvimento de flora muito particular composta por n mero pequeno de esp cies rup culas de fam lias espec ficas Os lajedos rochosos encontram se cra
9. fragmentos cuja rela o com grande n mero de pessoas seja mais ntima ou antiga foram os 168 fragmentos contidos nos bosques e parques e os fragmentos de condom nios que mais se fizeram presentes nessa categoria embora Uma vez que a ambos esses grupos intr nseca a presen a da arboriza o tradicionalmente empregada com esp cies ornamentais ex ticas compreens vel esta domin ncia pois estas esp cies acabam por se propagar nos fragmentos importante ressaltar todavia que em grande parte das vezes a introdu o de animais e plantas ex ticas n o ocorre passivamente Muitos cidad os t m uma rela o afetiva com os bosques parques e fragmentos de seus condom nios e as expressam atrav s de aten o e cuidados que nem sempre imaginam serem danosos Assim plantam e cultivam esp cies ex ticas flor feras e frut feras que tenham para eles algum valor cultural Um dos entrevistados no Bosque dos Italianos ilustrou muito bem essa situa o ap s relatar sobre a retirada de diversos indiv duos de esp cies frut feras conduzida por pesquisadores da Unicamp acrescentou J plantamos de novo Ta tudo crescendo a Que mal pode fazer um abacateiro Ao mesmo tempo em que a presen a de esp cies ex ticas e invasoras pode ser fruto de uma demonstra o de apego e dedica o tamb m o pode ser de irresponsabilidade Tanto o Bosque dos Italianos como o Bosque dos Jequitib s e o Parque Ecol gi
10. grandes Institui es comerciais atacadistas da regi o CEASA Central de Abastecimento Agr cola S A e institui es de pesquisa e tecnologia P lo I e II da CIATEC As reas urbanas aqui existentes encontram se geralmente isoladas conectando se apenas pelos eixos rodovi rios 45 Campinas 1995 Esse isolamento relativo facilitado pelo fato desta regi o deter a maior rea de glebas n o parceladas dentro do per metro urbano do munic pio Campinas 1995 predominando os estabelecimentos rurais como fazendas e ch caras Por sua vez a Macrozona 4 corresponde a 50 da rea da bacia e compreende rea de urbaniza o consolidada onde se inclui a regi o central da cidade e segundo o Plano Diretor concentra o maior n mero de atividades urbanas t picas como com rcios e servi os abrangendo toda a rea central e bairros residenciais de classes m dia e alta caracterizada por ser a regi o mais verticalizada da cidade Devido presen a de diversos n cleos de baixa renda e favelas nas reas de entorno de c rregos canais e rios apresenta tamb m s rios problemas de enchentes FECAMP 1994 A infra estrutura vi ria toma um aspecto muito caracter stico na bacia suas principais vias Rodovia D Pedro I SP065 Rodovia Adhemar de Barros SP340 Rodovia General Milton Tavares de Lima SP332 Rodovia Heitor Penteado e Estrada da Rhodia via que atravessa o distrito de Bar o Geraldo levando at a ind stria da Rho
11. o de cada um dos propriet rios adequar se aplicabilidade das leis e t cnicas de manejo Na bacia do ribeir o Anhumas h exemplos de propriet rios que dignificam essa responsabilidade contribuindo para a preserva o dos fragmentos al m do simples cumprimento e acomoda o s leis Por outro lado a aus ncia de fiscaliza o e planejamento municipal de manejo dos fragmentos particulares tolera que muitos desses sejam extremamente afetados por pr tica ou omiss o dos propriet rios Al m disso aus ncia de um um plano de manejo do sistema integral de reas verdes do munic pio que integre as reas verdes artificiais e os fragmentos naturais com suas devidas caracter sticas e restri es contribuem para um arrefecimento das expectativas em rela o sua preserva o Todavia estas sombrias constata es n o s o o nico aspecto da realidade O contexto da crise que abarca a fragmenta o de habitats da origem do processo preserva o e manejo dos fragmentos n o somente ecol gica trata se tamb m de uma crise pol tica em parte fruto da injusti a e desorganiza o da sociedade A palavra crise vem do grego krisis que significa a um s tempo separar e decidir Sua etimologia tem origem na medicina de Hip crates que a conformou para indicar a transforma o decisiva a ocorrer no ponto culminante de uma doen a aquele em que recua ou avan a ponto de vida ou de morte Os chineses usam d
12. poca de grande extens o da Fazenda era vizinho a um eucaliptal e ainda hoje podem ser encontrados indiv duos desta esp cie em seu Interior O fragmento 5a mostra um tend ncia ao incremento de rea em ambos os intervalos de tempo desvirtuada pela cria o do Condom nio Residencial Rio das Pedras que fracionou o fragmento criando o fragmento 4 Um dos argumento dos propriet rios contra o tombamento foi de que nossa legisla o ja farta em regulamentar meios espec ficos para a prote o ambiental Contesta o Adalpra 29 12 97 in processo de estudo de tombamento CONDEPACC n 05 2003 e de que a preocupa o com o meio ambiente sempre fora um valor indiscut vel para eles e que sua atua o privilegiara a seguran a prote o e manuten o da fauna e flora E para firmar tal posi o citavam os loteamentos Cidade Universit ria Rio das Pedras e Bar o do Caf como exemplares na preserva o do meio ambiente Comunica o Adalpra 03 1998 in processo de estudo de tombamento CONDEPACC n 05 2003 e a cria o de reas de mata onde antes havia apenas pastagens e canaviais desde a aquisi o da propriedade em 1959 Realmente esta cria o de reas de mata pode ser comprovada nas imagens a reas e trata se de um plantio realizado margem nordeste do lago da Fazenda na imagem de 1962 ele surge como alguns indiv duos arb reos esparsos em 1972 j poss vel visualizar um adensam
13. s manchas muitas vezes pela aus ncia de corredores Outro importante atributo dos fragmentos sua forma A forma do fragmento tem efeito cr tico nos desempenhos ecol gicos dos mesmos segundo Forman 1998 formas compactas s o mais efetivas em conservar recursos pois quanto menor a raz o per metro rea mais reduzida a troca entre o interior do fragmento e a matriz Do mesmo modo formas convolutas e com longas fronteiras entre fragmento e matriz s o efetivas em aumentar Intera es entre ambos como o fluxo de animais de mat ria e energia de forma a descaracterizar os habitats remanescentes Essa descaracteriza o prov m principalmente do que chamamos efeito de borda Cunhado por Leopold 1933 apud Harper et al 2005 esse conceito vem a ser o efeito das respostas bi ticas e abi ticas da fragmenta o na borda dos fragmentos que resultam em diferen as na composi o estrutura ou funcionamento do ecossistema pr ximo fronteira em 11 rela o a ambos os elementos adjacentes fragmento e matriz Harper et al 2005 Contrariamente a bordas naturais ou ec tonos onde duas diferentes comunidades vegetais ou est gios sucessionais se encontram e influenciam gradativamente as bordas oriundas da fragmenta o s o origin rias de uma brusca mudan a ambiental entre os remanescentes de habitat e a matriz Murcia 1995 afirma que a forma o de bordas florestais causa mudan as abi ticas mudan as bi ticas
14. 184 Resgatando ent o a hip tese antes apresentada de que talvez a valora o do natural atrav s dos fragmentos remanescentes nos condom nios significasse uma maior prote o e manejo adequado dos mesmos podemos refut la Enquanto elemento de fetiche os fragmentos n o s o de fato considerados integralmente em sua realidade e ficam distantes do manejo que lhes deveria ser dispensado As Fazendas Boa Esperan a Rio das Pedras Santa Genebrinha e a Fazenda S o Bento est o dentre as propriedades rurais com fragmentos que j demonstraram interesse no loteamento residencial de suas terras Algumas propriedades onde localiza se o fragmento do Recanto Yara exce o deste grupo seguem a mesma tend ncia das propriedades privadas com intuito de loteamento estando apenas adequadam sua realidade uma vez que se localizam em rea impossibilitada de se converter em um grande empreendimento imobili rio como um condom nio Como foi mais detalhadamente relatado no item 2 3 2 ja houve tentativa mal sucedida de se construir um Centro de Conven es com atrativos diversificados no local h alguns anos atr s As outras seis propriedades privadas Vila Hol ndia Fazenda Anhumas Fazenda Argentina LNLS S tio S o Martinho Centro M dico Boldrini e o S tio S o Francisco n o apresentam nenhuma tend ncia de mudan a que possa afetar as condi es dos fragmentos Dentre elas apenas o S tio S o Francisco e o LNLS apresentam tent
15. Bignoniaceae O fragmento do Recanto Yara uma floresta palud cula que apresentou redu o de rea no intervalo de tempo de 1972 2002 Tabela 2 O uso urbano de seu entorno tem aumentado nas ltimas d cadas passando de 16 48 em 1972 para 82 15 em 2002 Tabela 5 Afirma a lei municipal de n 9 199 de 27 12 1996 que institui o Plano Local de Gest o Urbana de Bar o Geraldo que o projeto especial do Parque Recanto Yara visa recupera o da mata tombada a preserva o de seu ecossistema a manuten o da qualidade paisag stica do conjunto formado pelo vale do c rrego que des gua na lagoa da Fazenda Rio das Pedras bem como sua Incorpora o como rea de acesso p blico e interliga o ao sistema de parques lineares e ciclovias propostos para Bar o Geraldo Alguns anos depois em mar o de 1998 um propriet rio de parte da rea em quest o envia ao CONDEPACC respons vel pela aprova o na altera o de bens tombados e a regulamenta o de seu entorno e ent o Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano seu projeto para um empreendimento local J lhe havia sido negada em 1987 a autoriza o para que constru sse um hotel em outro local de Bar o Geraldo caracterizado por zoneamento residencial singular Entretanto dessa vez o empreendimento 128 maior um Centro de Conven es com atrativos tur sticos salas comerciais restaurante e pousada totalizando 3 650m de rea co
16. Cooperativa Habitacional Chapad o 130 Fazenda Boa Esperan a Loteamento Engenho do Bar o xiii E O 134 S tio San Martinho Centro M dico Boldrini eee 135 PFIZER ALTEA td 136 Fazenda Anhumas Fazenda Nanandiba c oocccncccnnccnnoconiconnncnnoconancnnncnnnccnnacnnaronanonos 137 Laborat rio Nacional de Luz S ncrotron LNLS ccc cecccsecceecceesseeeseeeseees 138 S tio S o Francisco Fazenda Pau D Alho ceccesecceecccecceeccesssesccesseeseees 140 Loteamento Condom nio Est ncia Para so ooooooocccnnnnncnnnnncnnnnnnnnnnnnnnnonananananocnnncnnnnos 143 Fazenda Tozan Fazenda Monte d Este ccecccsecccsscesecceescesececescessseeseeeseues 146 Fazenda S o BONO oa 148 Parque Xans lla ae 149 Jardim Miriam Moreira da Costa iia a T 151 Sociedade Residencial Alphaville Campinas ooooooonnnnnnnnnnnnonnnocnnnnnnononananonnnnnnnnonnnnos 152 2 3 3 Eixos de Analises dos Fragmentos ae I E AR 163 PRESS ES sisi ii ale 163 O Tombamento dos Erag mentos ar la 170 Da Posse dos Fras mentos a 2 2 a ia a 177 Prasmentos REvados quis Asia ia teen ence viene e Acne ae eee eens 180 Fras menos PUBlCOS een een 185 Plano de Diagn stico e Manejo de reas Verdes Naturais do Municipio de Campinas anne 189 Outros Atores os Fragmentos a Academia e o Cidad o ccccocccniccccnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnos 191 A Paisagem Fragmentada na Bacia do Ribeir o das Anhumas
17. D A Fazenda Rio a gt das Pedras 5c Outros 1 9 Fazenda Rio 18 8 das Pedras 5a 1 5 Figura 14 Contribui o dos fragmentos para a rea total de fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas 2002 Em destaque os 8 maiores fragmentos 81 16 do total 74 poss vel perceber que com exce o do fragmento que originou a Reserva Municipal da Mata de Santa Genebra RMSG nas tr s datas o maior fragmento da bacia nenhum dos outros fragmentos manteve se na mesma posi o em rela o sua contribui o percentual para a rea total dos fragmentos Embora a RMSG tenha apresentado uma perda de mais de 40 de rea no intervalo de tempo de 1962 a 1972 continuou sendo o maior fragmento da bacia do ribeir o das Anhumas com aproximadamente 235ha necess rio relembrar que mesmo a RMSG sendo um fragmento que se encontra apenas parcialmente na bacia do ribeir o das Anhumas para fins de caracteriza o de sua rea foi considerada tamb m a por o do fragmento que se extende al m dos limites da bacia No ano de 1962 os seis maiores fragmentos da bacia foram suficientes para perfazer 82 03 da rea total de fragmentos da bacia Em 1972 entretanto para um percentual aproximado 81 46 o n mero passou para nove fragmentos Como sabemos que a rea total da bacia do ribeir o das Anhumas ocupada por fragmentos remanescentes decaiu Figura 11 podemos inferir que a contribui o individual dos fragmentos
18. Figura 4 Vegeta o original do munic pio de Campinas segundo Santin 1999 Figura 5 Bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas em destaque os fragmentos que podem ser identificados a partir da numera o na Tabela 2 Imagem elaborada a partir do mosaico de ortofotos de 1962 Figura 6 Bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas em destaque os fragmentos que podem ser identificados a partir da numera o na Tabela 2 Imagem elaborada a partir do mosaico de ortofotos de 1972 Figura 7 Bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas em destaque os fragmentos que podem ser identificados a partir da numera o na Tabela 2 Imagem elaborada a partir do mosaico de ortofotos de 2002 Figura 8 Mosaico de ortofotos da bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas 1962 Figura 9 Mosaico de ortofotos da bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas 1972 Figura 10 Mosaico de ortofotos da bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas 2002 Figura 11 Porcentagem da rea total dos fragmentos em rela o rea da bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas em 1962 1972 e 2002 e taxa de desflorestamento Figura 12 Contribui o percentual dos fragmentos para a rea total de fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas 1962 Em destaque os 6 maiores fragmentos 82 03 do total Figura 13 Contribui o percentual dos fragmentos para a rea total de fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas 1972 Em
19. Paulo Henrique Pedro Castelo Branco Carmem Dri e Marcos Virg lio Aos demais alunos do curso pelo companheirismo e troca de experi ncias toda a equipe do Projeto Anhumas Recupera o ambiental participa o e poder p blico uma experi ncia em Campinas FAPESP Processo n 01 02952 1 pelo trabalho rduo e sedento de Vill transforma es especialmente a Ricardo Coelho IAC Samuel Adami IAC Salvador Carpi J nior Unicamp Jo o Paulo IAC Marilis PMC e a querida Roseli IAC pelo envolvimento profissionalismo e dedica o carinhosa com que se relacionam com seu trabalho e com as pessoas Ao profissionalismo com amor e aten o dispensada por Rozely Ferreira dos Santos Unicamp Elson Roney Servilha PMC Unicamp M rcia Corr a PROESP e Laura Jane Gomes Universidade Federal de Sergipe A todos os funcion rios da Prefeitura Municipal de Campinas sem cujas ricas contribui es esta disserta o seria imposs vel especialmente a Ricardo DU Claudia Esmeris e Maura GDR Mara Estela e Maria Eug nia DMA Deisy Soraia Paulo e Quincas CSPC Thiago RMSG Adriana Campos DMA M rcio e Gomes DIDC Rodrigo gabinete A todos os chefes de bosque funcion rios das reas p blicas e propriet rios de fragmentos e moradores da vizinhan a que me receberam e permitiram melhor compreens o das quest es pertinentes a esta disserta o compartilhando da hist ria de Campinas e tantas vezes da his
20. blicas Colli et al 2005 apresentado no item 1 1 3 foi o de que uma das principais press es nos fragmentos ap s a fragmenta o est relacionada pr tica inadequada na matriz como a utiliza o de fogo e agrot xicos que se alastram pelos fragmentos Coll et al 2005 Tscharntke et al 2002 tamb m afirmam que a intensifica o da produ o agr cola incluindo fertiliza o e aplica o de pesticidas comprometeu os campos com alta riqueza de esp cies da Europa Central Segundo Rozza 2003 quanto mais longo e intensivo for o uso hist rico da rea por ex produ o agr cola manual x mecanizada pastoreio leve x intensivo cultivo sem utiliza o de fogo x com utiliza o de fogo e quanto maior o tamanho da rea afetada aumentando a dist ncia a ser superada por prop gulos al ctones menor ser o potencial de regenera o natural do ecossistema degradado e maior o tempo necess rio para que ocorra sua restaura o Westman 1985 Uhl et al 1990 Finegan 1996 Cochrane amp Schulze 1999 Aide et al 2000 Ashton et al 2001 Segundo Rozza 2003 as florestas tropicais encontram se entre os principais ecossistemas amea ados pela ocupa o humana A ocupa o humana tem a caracter stica de ser extremamente r pida e devastadora segundo o sum rio Mata Atl ntica MMA 2000 a Mata Atl ntica e os Campos Sulinos enfrentam grandes desafios pois apesar de serem biomas que apresentam altos ndices de biodiversida
21. com o intuito de administrar e preservar este fragmento florestal Lei Municipal n 5118 de 4 de julho de 1981 O ato da doa o foi formalizado com apresenta o de algumas pe as pela Orquestra Sinf nica Municipal com 84 membros Di rio do Povo 16 07 1982 Por mais incr vel que pare a dado o grau de perturba o sonora e de n mero de visitantes que esse evento teve ele foi realizado no interior da mata Correio Popular 15 07 1981 A regulamenta o da doa o da Mata tem aspectos muito interessantes em sua maioria condi es exigidas por D Jandyra Um deles legitima o costume de dizermos que n o houve doa o da Mata e sim da sombra da Mata Isto porque segundo essa lei o desaparecimento da mata objeto de doa o implica no retorno do solo onde esta se situa ao uso da primeira doadora ou seus sucessores Lei Municipal n 5118 art 11 sendo o mesmo aplic vel ao desaparecimento parcial da mata Ou seja realmente apenas a Mata de Santa Genebra que pertence ao poder p blico e n o o solo no qual ela se encontra Havendo inc ndios derrubada de rvores ou mesmo qualquer outro tipo de supress o vegetal quantitativamente significativa a propriedade volta s m os da fam lia de Jos Pedro de Oliveira Este direito esteve pr ximo de ser exigido poucos meses ap s a doa o da Mata quando ocorreu um grande inc ndio que engoliu aproximadamente 10ha da reserva Segundo ata da primeira reuni o do conselho de adm
22. contribui o para a somat ria total dos fragmentos da bacia variou de 0 10 a 0 32 Tabela 4 Embora n o tenha sido cont nua ambos dos fragmentos apresentaram uma tend ncia geral em decr scimo de rea Tabela 2 e um grande aumento do uso urbano do entorno Tabela 5 Segundo o levantamento realizado pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas as esp cies 143 mais frequentes coincidentes a ambos os fragmentos s o Centrolobium tomentosum Guillemin ex Benth Fabaceae e Croton floribundus Spreng Euphorbiaceae Torres et al no prelo O uso e prote o de ambos os fragmentos difere um pouco do que ocorre em outros condom nios al m de serem muito reduzidos s o utilizados como rea verde do condom nio Al m de caminhadas e passeios atividades t picas de reas comuns os cond minos utilizam se das reas como uma extens o de suas pr prias resid ncias realizando nelas o plantio de mudas arb reas particulares que crescem em demasia Ent o a medida que eles tomam transfer las para esta rea comum do condom nio que n o apresenta tantas restri es urban sticas Isso costuma acontecer com freqii ncia segundo o entrevistado que me guiou na visita e eu mesma pude ver v rios indiv duos de esp cies ex ticas crescendo entre as rvores Neste caso a utiliza o dos fragmentos como rea verde t pica do condom nio pareceu ser facilitada devido a tr s caracter sticas principais a primeira que a est
23. lia residiu na fazenda do irm o de Jacques pr xima de Salto de Itu Com experi ncia anterior de cria o de gado produ o de leite e processamento de queijos engajaram se em adaptar esse conhecimento s novas condi es ambientais e variedades de cultivos Ap s alguns anos o primo de seu grande amigo Herman Moraes Barros quis vender sua fazenda em Campinas A Fazenda Pau D Alho participara do auge da produ o da cana de a car sendo depois sua produ o convertida ao caf era uma bela fazenda com bom solo muita gua e uma enorme casa de 200 anos Eles j haviam sido hospedados na casa em 1947 por ocasi o do nascimento da segunda filha Hillegonda Maria e como Marguerite recebera um dinheiro de heran a decorrente do assassinato de um familiar provocado pelos alem es eles resolveram iniciar essa nova jornada agora em terras campineiras Eis ent o que em 1948 a fam lia adquiriu a Fazenda Pau D Alho A rela o pr xima da fam lia com centros de pesquisa e ensino locais na rea de agricultura e veterin ria promovia a realiza o de experimentos na fazenda e ajuda dos t cnicos e pesquisadores Marguerite inclusive trabalhou com melhoramento de gado e mantinha v nculo de pesquisa com Holambra cidade pr xima fundada por holandeses migrantes ap s a II Guerra Mundial e com a Secretaria de Agricultura A casa estava sempre aberta a visitas e as discuss es a respeito de m todos e resultados e ci ncia em geral e
24. m padece com a instabilidade oriunda das altera es pol ticas municipais a grande maioria de seus funcion rios da Diretoria T cnico Cient fica tamb m comissionada 192 Em rela o participa o da comunidade campineira nos assuntos relacionados aos fragmentos remanescentes da bacia do ribeir o das Anhumas pode se dizer que ela corresponde forma que a comunidade lida com quest o ambiental de uma forma geral Ou seja h v rias tend ncias que se tornam mais ou menos percept veis em diferentes momentos e dependendo da perspectiva de an lise De uma forma geral poss vel notar a sensibiliza o da comunidade v rios eventos ao longo da hist ria de Campinas evidenciaram o apego da popula o a alguns simbolos naturais Um evento marcante ocorreu em 1982 na administra o do Prefeito Mokarzel segundo jornais di rios da poca a popula o protestou durante duas semanas contra a retirada de uma antiga Tipuana Tipuana tipo Benth Kuntze Fabaceae de aproximadamente 40 anos na Avenida Brasil uma importante via da cidade que viria a ser duplicada O Estado de S o Paulo 01 09 1982 A rvore teve que ser arrancada de madrugada num ato garantido pela Pol cia Militar com a utiliza o de escudos cassetete e g s lacrimog nio Entretanto embora esse evento possa tendenciar uma constatac o geral de mobilizac o da populac o pela quest o ambiental esta constatac o pode ser precoce P
25. o por parte dos moradores Como o morador no momento em que optou pelo condom nio residencial negou o espaco p blico e obteve seu conforto e seguranca atrav s da compra do conjunto de produtos que lhe foi oferecido pela publicidade ele se sente possuidor dos mesmos e o di logo e a constru o de solu es muitas vezes n o se fazem presentes Ou seja da constru o da cidadania passa se exig ncia e decis o do consumidor o que muitas vezes n o torna a realidade melhor Al m disso tamb m conflitante pois s o muitos os consumidores para um mesmo produto Essa situa o pode ser curiosamente ilustrada atrav s do ocorrido no Bosque dos Jequitib s que embora seja um espa o p blico apresentou certa semelhan a Segundo relat rio do CONDEPACC 1992 os habitantes dos centros urbanos s o atra dos pelos apelos ecol gicos das propagandas de empreendimentos imobili rios mas n o est o dispostos a tolerar os inc modos dessa conviv ncia No fim da d cada de 1980 embora o Bosque fosse um atrativo vizinhan a moradores promoveram insistentes protestos contra os terr veis morcegos que sa am do Bosque dos Jequitib s e adentravam suas propriedades Ap s muito insistirem eles conseguiram que o respons vel pelo Bosque pulverizasse os abrigos dos morcegos com subst ncias qu micas promovendo morte de incont veis morcegos frug voros e insetivoros al m de intoxicar o ambiente e outros integrantes da fauna
26. o tidos como as principais amea as biodiversidade global Burgess amp Sharpe 1981 Noss 1983 Harris 1984 Wilcox amp Murphy 1985 Wilcove et al 1986 Quinn amp Harrison 1988 Noss amp Cooperrider 1994 Baur amp Erhardt 1995 por causar mudan as dr sticas na geometria e atributos da paisagem que alteram o microclima do habitat expondo organismos insola o ventos e desseca o Lovejoy et al 1986 alterando tamb m a din mica composi o estrutura e intera es da comunidade Estas dr sticas altera es das condi es ambientais tamb m influenciam diretamente nossa sa de e qualidade de vida n o sendo apenas quest es para jornalismo sensacionalista de florestas distantes tantas vezes utilizado para preencher as manh s vazias de domingo A fun o hidrol gica das matas ciliares por exemplo est ligada uma s rie de fatores Importantes para a manuten o do ecossistema como o escoamento das guas da chuva atenua o do pico dos per odos de cheia dissipa o da energia do escoamento superficial estabilidade das margens e barrancos de corpos d gua e equil brio t rmico das guas Barbosa 2000 Mesmo as reas verdes localizadas na malha urbana tantas vezes subvalorizadas por seu tamanho e grau de perturba o t m import ncia relacionada ao conforto ambiental pois amenizam a rida paisagem de concreto das cidades auxiliam na redu o da temperatura do ar e na absor o de poluentes e
27. observou se um aumento de 6 76 na densidade das rvores mortas e tamb m um aumento das esp cies ex ticas de 9 para 38 indiv duos Segundo Conforti amp Dechoum 2003 num relat rio t cnico que prop e um plano de manejo para o fragmento as perturba es antr picas mais prov veis de serem causas de degrada o da vegeta o nativa do Bosque dos Jequitib s s o O pisoteio dos visitantes na vegeta o nativa em crescimento prejudicando o estabelecimento de pl ntulas e o recrutamento de jovens reduzindo o potencial de regenera o natural da floresta a presen a de lixo no interior da mata O n mero excessivo de trilhas cortando a mata possibilitando o acesso do visitante floresta sem nenhum tipo de orienta o a alta densidade de animais como cotias e gatos dom sticos que atuam como predadores da flora e da fauna respectivamente a presen a de esp cies ex ticas arb reas arbustivas e herb ceas ocupando expressivas reas e descaracterizando a vegeta o nativa e 95 a r pida expans o de lianas em alguns pontos da borda da mata e no seu interior em locais nos quais foram observadas quedas de indiv duos arb reos adultos Infelizmente esta proposta n o se manteve na nova administra o municipal Pesquisando nos documentos do Centro de Documenta o CD da CSPC Coordenadoria Setorial do Patrim nio Cultural constata se o grande numero de pedidos e autoriza es isoladas para po
28. picos a serem cobertos a fim de orientar o pesquisador Segundo Alencar 1999 o momento e o modo como os t picos s o transformados em quest o decorrer o do desenrolar da entrevista n o havendo restri o quanto ao aprofundamento dos t picos por meio de quest es que emergem durante a conversa Al m de requerer habilidade do entrevistador e conhecimento e seguran a a respeito do tema abordado a entrevista realizada com aux lio de roteiro exige extrema aten o e cuidado para que n o se impe a a manifesta o do entrevistado para que ele n o se afaste muito do foco proposto e concomitantemente para que as respostas n o sejam induzidas por coment rios ou express es do entrevistador Ou seja necess rio que haja uma postura atenta e madura do entrevistador para que ele saiba dosar sua interfer ncia Esta foi a meta ao longo de todas as entrevistas A proposta era ainda utilizar gravador de voz port til em todas as entrevistas ap s a permiss o dos envolvidos de forma que a posterior transcri o permitisse uma an lise detalhada das informa es Os roteiros Anexo I foram elaborados para entrevistas realizadas basicamente com dois grupos de pessoas Grupo I Pessoas relacionadas diretamente aos fragmentos em quest o Este grupo congrega os funcion rios dos bosques e parques propriet rios e funcion rios de propriedades particulares na qual haja um ou mais fragmentos e moradores vizinhos da rea nas quais se enc
29. rios Este foi um dos fragmentos que apresentou menor altera o de rea nos dois intervalos de tempo amostrados Tabela 2 Quando questionado a respeito dos planos futuros para a rea e o fragmento o propriet rio alegou que aguardavam o momento certo para loteamento Tudo tem 148 seu tempo E que nesse caso ao fragmento caberia ser doado como rea verde do loteamento residencial Na face oeste o fragmento distancia se algumas centenas de metros da rodovia Adhemar de Barros SP340 da qual se separa por um plantio de milho Da estrada ao passar nessa altura poss vel ver uma placa Round up o melhor para folhas largas O uso urbano do entorno do fragmento da antiga Fazenda S o Bento tem aumentado passando de O para 26 15 O fragmento da antiga Fazenda S o Bento tamb m est incluso no processo de estudo de tombamento CONDEPACC n 04 2003 Parque Xangril n 18 Rodovia Adhemar de Barros km 121 5 norte Parque Xangril rea 7 65ha 1962 6 83ha 1972 5 52ha 2002 Segundo o processo de estudo de tombamento da mata arquivado no centro de documenta o da CSPC CONDEPACC 05 2001 desde 1989 j havia tentativas da comunidade local em proteger o fragmento de inc ndios dep sito de lixo e outros danos inclusive atribu dos ao poder p blico municipal Em 1990 quando o Viveiro Municipal foi transferido do Parque Ecol gico Herm genes de Freitas Leit o Filho na Cidade Universit ria do distr
30. s sete anos de sua defesa que uma c pia da pesquisa de Santin 1999 chegou s m os do funcion rio da CSPC respons vel pelo andamento dos processos de tombamento das reas de Campinas Um outro fator constantemente citado pelos entrevistados que tamb m contribui para a inacessibilidade de funcion rios da PMC as pesquisas existentes foi a omiss o dos pesquisadores em retornar aos locais da pesquisa os resultados e constata es apreendidos Segundo um entrevistado funcion rio da PMC a quest o ainda um pouco mais complexa o retorno do trabalho final poderia ser til no manejo do parque mas eles n o entregam mas n o resolveria tamb m Tem trabalhos l jogados no DPJ ningu m sabe o que fazer com aquilo se tocar fogo na churrasqueira vai ser mais til N o sabe n o tem corpo t cnico para analisar usar e tirar um resultado A realidade da RMSG extremamente diferente da realidade dos outros fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas Gerenciada pela Funda o Jos Pedro de Oliveira ela possui um corpo t cnico muito mais completo e capacitado e o pr prio prop sito e condi o de exist ncia da RMSG conforme ja apresentado em seu hist rico est intrinsecamente relacionado pesquisa Conforme dados fornecidos pela Diretoria T cnico Cient fica da Funda o somente entre 1997 e 2005 foram iniciadas 118 pesquisas na RMSG envolvendo pelo menos 15 diferentes institui es Infelizmente a RMSG tamb
31. 1997 Protocolo n 76 652 97 Prefeitura Municipal de Campinas Assunto Implanta o de n cleo habitacional pr ximo s instala es da empresa Campinas TERMO ADITIVO 03 91 de 20 DE JUNHO DE 1991 Conv nio de Coopera o da UNICAMP com a Prefeitura Municipal de Campinas para a implanta o de um Parque Comunit rio Campinas 215 216 ANEXOS 217 218 ANEXO I Roteiro Geral das Entrevistas Realizadas Identifica o do Entrevistado rea Nome Tel Email Tempo de atua o profissional Atua es Tempo de v nculo na PMC Atua es T picos Hist rico da rea em quest o Origem conflitos dificuldades Estrutura f sica e atividades que ocorrem na rea intera o com a comunidade Fatores que atingem ou atingiram diretamente o fragmento Participa o da sociedade n o acad mica no manejo e gest o da rea Rela o Academia Fragmentos Tem conhecimento de pesquisas cient ficas realizadas na rea Quais H banco de dados de pesquisas cient ficas realizadas na rea De que forma se d a intera o Academia fragmento H retorno dessas pesquisas por interven o ou proposta direta do pesquisador Institui o que representa Rela o PMC Fragmentos 219 Ha plano de manejo do fragmento Como ele foi elaborado como acompanhado Quem participa H manejo integrado das reas verdes de Campinas realizado pela PMC A PMC utiliza o resultado das pesquisas acad micas nas interve
32. 69ha 1962 1 43ha 0 46 1972 0 56ha 0 46ha 2002 A rea atual localizada no distrito de Bar o Geraldo pr xima ao acesso da rodovia Adhemar de Barros SP340 foi loteada a partir de uma propriedade rural produtora de frutas A decis o foi da pr pria fam lia e h pouco tempo faleceu a propriet ria da fazenda agora a casa sede na qual moravam os propriet rios localizada na rea central do loteamento ser repartida em novos lotes O loteamento fica em uma regi o antes caracter stica pela produ o rural principalmente frutas in natura Um dos entrevistados al m de trabalhar h mais de 15 anos no condom nio tamb m era morador da regi o quando crian a ent o tem muitas lembran as a respeito da hist ria do lugar Este mais um dos casos de fragmentos em rea de loteamento residencial fechado neste caso s o dois pequenos fragmentos Um dos fragmentos separado pelo ribeir o das Anhumas apenas por um muro Em fevereiro de 2003 o rio transbordou e inundou essa rea do condom nio A rea uma APP e ap s o lago h um pequeno corpo d gua que corre pelo condom nio passa por algumas outras propriedades agr colas e desemboca no ribeir o das Anhumas O segundo fragmento encontra se mais ao norte do loteamento distante de corpos d gua Ambos os fragmentos s o e sempre foram extremamente pequenos em rela o aos outros fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas e nas tr s datas 1962 1972 e 2002 sua
33. Anhumas no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Solos e Recursos Ambientais do IAC Adami et al 2006 A base cartogr fica de 2002 foi cedida pelo Instituto Geol gico e Cartogr fico Secretaria de Estado de Economia e Planejamento rg o respons vel pelo mapeamento sistem tico do estado de S o Paulo Os dados digitais com a escala 1 10 000 cujo datum horizontal SAD 69 e o sistema de proje o UTM prov m das folhas listadas na Tabela 1 Tabela 1 Folhas topogr ficas cedidas pelo Instituto Geol gico e Cartogr fico IGC que originaram a base cartogr fica de 2002 utilizada no Projeto Anhumas Nome da Folha Sistema Cartogr fico Nacional Vila Lut cia SF 23 Y A V 4 NE A Bairro Bananal SF 23 Y A V 4 NE B Bar o Geraldo SF 23 Y A V 4 NE C Parque Xangri l SF 23 Y A V 4 NE A Campinas I SF 23 Y A V 4 NE E Campinas II SF 23 Y A V 4 NE F Souzas I SF 23 Y A V 4 NO E Campinas III SF 23 Y A V 4 SE A Campinas IV SF 23 Y A V 4 SE B Souzas II SF 23 Y A V 4 SO A Campinas VI SF 23 Y A V 4 SE C Campinas VII SF 23 Y A V 4 SE D Esta base cartogr fica foi introduzida no sistema de informa o geogr fica onde foi realizado o georeferenciamento para transfer ncia de coordenadas al m da geocodifica o Jensen 1996 que a reamostragem da imagem e da montagem dos mosaicos para que esta fique orientada em dire o ao norte Durante a geocodifica o das aerofotos foi tamb m corrigida a distor o do relevo tornando as orto
34. ECOLOGICAL MONOGRAPHS 68 3 295 323 DOBSON A P BRADSHAW A D amp BAKER A J M 1997 Hopes for the future restoration ecology and conservation biology SCIENCE 277 515 522 DUPAS G 2003 Tens es contempor neas entre o p blico e o privado Sao Paulo Paz e Terra 145p EMBRAPA 1999 Centro Nacional de Pesquisa de Solos Sistema Brasileiro de Classifica o de Solos Bras lia Embrapa Produ o de Informa o e Rio de Janeiro Embrapa Solos 412 p FAHRIG L 2003 Efects of habitat fragmentation on biodiversity ANNUAL REVIEW OF ECOLOGY EVOLUTION AND SYSTEMATICS 34 487 515 FEARNSIDE P M 2005 Deforestation in Brazilian Amazonia history rates and consequences Conservation Biology 19 3 680 688 FECAMP FUNDA O ECONOMIA DE CAMPINAS 1994 PROCEN Programa de Combate s enchentes no municipio de Campinas estudo de impactos ambientais Campinas FERREIRA L O 1999 Os peri dicos m dicos e a inven o de uma agenda sanit ria para o Brasil 1827 43 Hist ria Ci ncia Sa de Manguinhos Rio de Janeiro 6 2 331 51 Dispon vel em lt http www scielo br gt Acesso em 01 de Maio de 2005 IBGE 1991 Manual t cnico da vegeta o brasileira Rio de Janeiro Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Departamento de recursos naturais e estudos ambientais S rie manuais t cnicos em geoci ncias n 1 FIGUEIREDO R A 1996 Vertebrates at neotropical fig species in a forest fragment
35. Fazenda Sao Bento Parque Xangrila Jardim Miriam Moreira da Costa Alphaville Campinas P E Monsenhor Emilio Jos Salim Bosque dos Jequitibas Bosque Sao Jos Bosque dos Alem es SITUACAO TOMBAMENTO CONDEPACC 02 2002 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC resolu o n 41 de 13 11 2003 CONDEPACC resolu o n 41 de 13 11 2003 CONDEPACC resolu o n 41 de 13 11 2003 CONDEPACC resolu o n 11 de 29 09 1992 CONDEPHAAT resolu o n 03 de 03 02 1983 CONDEPACC resolu o n 25 de 9 5 1996 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC 07 2000 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC 05 2001 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC resolu o n 37 de 22 10 2002 CONDEPHAAT resolu o n 34 de 10 05 1982 CONDEPACC resolu o n 13 de 02 09 1993 CONDEEPHAAT resolu o de 09 04 1970 CONDEPACC 04 2003 CONDEPACC 04 2003 PROPRIEDADE particular particular particular particular particular particular particular municipal particular particular particular particular particular particular municipal particular particular particular particular particular particular particular particular municipal municipal particular estadual municipal municipal municipal
36. Rodovia Estadual General Milton Tavares de Lima SP332 Para desafogar o impacto do sistema vi rio que os novos loteamentos trariam o parecer t cnico da Coordenadoria Setorial de Uso e Ocupa o do Solo ent o ligada Secretaria de Planejamento Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente SEPLAMA CSU 23 08 01 in COMDEMA n 05 02 de 27 08 2002 ressalta a necessidade de estrutura o de outra via de acesso alternativa e que para tanto deveria se cruzar toda a zona rural de Bar o Geraldo medida que acabaria por induzir indesej vel urbaniza o dessa rea Indesej vel urbaniza o j apontada anteriormente no Plano Local de Gest o Urbana de Bar o Geraldo Lei n 9 199 de 27 12 1996 a fim de impedir a conurba o com a rea do munic pio de Paul nia onde se encontram empresas qu micas de grande porte e devido necessidade de um estudo vi rio e s cio ambiental detalhado que identificasse e avaliasse os riscos Impactos e consequ ncias que a aprova o de tais empreendimentos trariam para a preserva o de reas rurais do distrito A pr pria Rhodia S A empresa do ramo qu mico e com grande n mero de poluentes como produto final pr xima das glebas em quest o manifestara se junto PMC a respeito de instala es residenciais pr ximas a preocupa o face aos riscos potenciais e inerentes das unidades de processamento qu mico existentes no Site Industrial que certamente trar como conseqii ncia futura fortes
37. a estrada de ferro j refor ara a tend ncia industrial e oper ria dos bairros Ponte Preta e Bonfim ela tamb m determinou o surgimento da Vila Industrial Isso fez com que os bairros do Cambu e do Guanabara ficassem reservados com diversas ch caras e pastagens Badar 1996 o que posteriormente determinou estes bairros como regi o f rtil para o desenvolvimento da atividade imobili ria Isto contribuiu para a conserva o de alguns fragmentos que posteriormente tomaram a forma de bosques municipais fato que ser retomado durante o hist rico dos fragmentos Dentre os macrodeterminantes fundamentais atual configura o socio espacial de Campinas listados por Hogan et al 2001 um deles a constru o da rede rodo ferrovi ria ligando as principais regi es econ micas do estado de S o Paulo ao resto do pa s consolidando e intensificando a economia regional ao longo desses corredores A localiza o privilegiada de Campinas no estado teria sido um fator importante para a sua configura o como ponto de conex o entre v rias vias de transporte Essas vias de transporte que cruzam o munic pio tornaram se vetores determinantes do valor e do uso da terra Outros dois macrodeterminantes s o as decis es sobre a localiza o dos Investimentos p blicos e a concentra o da popula o na regi o de Campinas na bacia do Rio Piracicaba Este fator visto como resultado da especula o imobili ria associada aos Interesse
38. and conservation In Soul M E amp Wilcox B A eds Conservation biology an evolutionary ecological perspective 1980 Sunderland Sinauer Associates 95 117 WILCOX B A amp MURPHY D D 1985 Conservation strategy the effects of fragmentation on extinction AMERICAN NATURALIST 125 879 887 WILSON E O 1992 The diversity of life Cambridge Belknap Press of Harvard University Press 424 p ARTIGOS DE JORNAIS Correio Popular Campinas Sao Paulo 20 09 1978 Prefeito Chico Amaral AR3 retirou da Fazenda S o Quirino 100 caminh es de cascalho 27 11 1987 Campinas ter um Parque Ecol gico do Estado 23 10 1988 Campinas ter o maior Parque Ecol gico da regi o 07 03 1991 Novo parque amplia contempla o ecol gica e cultural de Campinas 11 07 1992 Parque Ecol gico espa o para lazer 13 01 1995 Prefeitura paralisa obras de novos parques 23 02 1995 Diverg ncias amea am conv nio sobre transfer ncia do Parque Ecol gico 01 09 1995 Funda o confirma data de fechamento 02 09 1995 Funda o inicia desmanche do Ecol gico pelo menos 100 dos 200 funcion rios s o demitidos organiza es ambientalistas come am movimento contra fechamento 04 09 1995 Conv nio mant m Parque Ecol gico aberto vigias ser o remanejados de outros parques 04 09 1995 Conv nio mant m Parque Ecol gico aberto Magalh es Teixeira encaminha hoje C mara pedido de autoriza o para
39. ap pecto TA empag HBP op ajpauiqes OVOVULSININGY VA VANINALSA VA OdVILITIMAIS VIAVADONVIAO 179 Fragmentos Privados Uma das categorias de fragmentos privados da bacia do ribeir o das Anhumas os fragmentos presentes em condom nios residenciais compartilham de uma caracter stica muito Interessante complementando um contempor neo fetiche o dos enclaves fortificados Caldeira 2003 que v m a ser empreendimentos urbanos que conferem seguran a e status como produto Os condom nios fechados seriam a vers o residencial dos enclaves fortificados Segundo Caldeira 2003 os condom nios fechados horizontais passaram a ser constru dos no Brasil no final dos anos 70 especialmente nos munic pios adjacentes a S o Paulo na parte oeste da regi o metropolitana tendo sido uma das respostas crescente viol ncia Dados apresentados por Caldeira 2003 apontam que as ocorr ncias policiais na regi o metropolitana de S o Paulo tiveram um acr scimo de 37 5 entre 1973 e 1994 o que sugere autora que este aumento teve papel importante na prolifera o dos condom nios Paralelamente tamb m nas ltimas d cadas f z se da seguran a n o um aspecto revelador das condi es e desigualdades sociais e meta a ser alcan ada coletivamente mas sim um produto E como todo produto passou a ser comercializado no mercado alimentando uma ind stria altamente lucrativa e segregadora Embora n o haja fontes robustas para o Brasil sabe se
40. blico em defesa do patrim nio coletivo Segundo o artigo 15 da lei n 5 885 os bens tombados n o poder o ser destru dos dissolvidos mutilados ou alterados nem reparados pintados ou restaurados sem pr via autoriza o do Conselho sob pena de multa e os pedidos de novas constru es ou qualquer Interven o numa rea de 30m ao redor de bens naturais em estudo de tombamento matas pra as lagoas dever o ter seus projetos analisados e aprovados pela CSPC a fim de garantir a integridade do bem at a decis o final de tombamento decreto n 15 471 de 16 05 2006 Al m da prote o por tombamento os fragmentos ficam sujeitos inspe o peri dica do Conselho artigo 18 da lei n 5 885 e em caso de den ncia o propriet rio deve se pronunciar a respeito da prote o dispensada a eles Todas essas restri es contribuem por um lado para maior prote o dos fragmentos tombados ou em estudo de tombamento Certamente alguns fragmentos j teriam sido suprimidos total ou parcialmente ou teriam sofrido maior degrada o se n o estivessem respaldados pelo tombamento devido expans o urbana ou agr cola press o imobili ria ou pelo simples descaso que emerge como a es de vandalismo queimadas e corte raso entre outras Afinal infelizmente s o ainda os atos de coer o e puni es por multas e n o as medidas educativas e esclarecedoras que geram maior resultado Por outro lado nem sempre o tombamento
41. cada um dos fragmentos as figuras devem ser analisadas conjuntamente com a Tabela 2 que apresenta a lista dos fragmentos sua localiza o geogr fica e fisionomia e tamb m a rea de cada um dos fragmentos nas tr s datas 1962 1972 2002 A mudan a mais f cil de se notar a grande perda de uma rea adjacente Reserva Municipal de Santa Genebra fragmento 6 Foram inventariados um total de 34 fragmentos remanescentes Como a numera o fol sequencial respeitando a propriedade de cada fragmento nas tabelas e nas figuras ela vai somente at 28 sendo que os n meros 5 10 15 16 e 28 t m sub itens ficando numerados 55 em 5a 5b e 5c 10a e 10b 15a e 15b 16a 16b e 16c e 28 ae 28b Esta organiza o teve o intuito de evidenciar fragmentos submetidos condi es mais similares entre si do que entre quaisquer outros da bacia Em rela o ao invent rio anterior realizado por Santin 1999 este apresentou tr s fragmentos a menos devido ao fato de Santin 1999 ter inclu do reas de reflorestamento enquanto nesta disserta o foram inventariados apenas os fragmentos remanescentes nativos e devido perda integral de um fragmento de cerrado localizado no S tio Yamaguti De acordo com o levantamento realizado entre a primeira 1962 e a ltima 2002 data analisada houve uma perda de mais de 30 do total das reas remanescentes na bacia do ribeir o das Anhumas Os fragmentos da bacia cujas reas somadas passavam
42. conflitos entre ind stria e comunidade responsabilidade do servi o p blico evitar tal situa o preservando no planejamento urbano a separa o distanciamento entre reas industriais das estritamente residenciais Rhodia S A 1997 in delibera o COMDEMA n 05 02 de 27 08 2002 A grande cr tica das associa es de moradores ambientalistas e do pr prio COMDEMA foi a de que os projetos de loteamento n o foram tratados da forma devida embora eles dissessem respeito ao parcelamento de mais de 1 000 000m de uma mesma fazenda os empreendimentos foram analisados separadamente sem se levar em considera o os impactos provocados pelo seu conjunto 132 O fragmento em quest o est localizado na por o destinada ao loteamento Engenho do Bar o Um dos projetos da empreendedora para o local o Parque Linear Fazenda Boa Esperan a O projeto realizar plantios recuperando toda a rea do entorno da lagoa e conectar o fragmento de mata nativa com a mata da APP Em uma das margens j se iniciou o plantio O Parque Linear fica na rea de uni o dos tr s loteamentos e por toda sua extens o est planejada uma ciclovia com exce o do fragmento remanescente que ser protegido por um alambrado Segundo Santin 1999 Matayba elaeagnoides Radlk Sapindaceae foi a esp cie predominante no fragmento Segundo o levantamento realizado pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas Torres et al no prelo a esp cie mais frequente
43. cultivo da cana de a car era realizado da mesma maneira que a lavoura de subsist ncia com derrubada e queimada a floresta prim ria era queimada e derrubada onde ocorresse pois recobria solos mais f rteis e a cana plantada sobre as cinzas da vegeta o era colhida ap s um ano e deixada a rebrotar por mais duas colheitas para depois ser queimada e replantada Dean 1996 O impacto da cana de a car foi intenso devido aos seus dois desdobramentos o primeiro resultante da necessidade de rea para produ o levou ao corte da floresta para 32 abrigar o plantio da cana e de outras culturas para alimentar os novos habitantes O segundo foi o corte da floresta para fornecer lenha na alimenta o das caldeiras para a produ o do a car e da pinga Dean 1996 Al m disso n o podemos nos esquecer da necessidade de pastos que suportassem o gado e os cavalos trazidos para a col nia e que as madeiras para constru o das casas m veis lenha carros de boi ferramentas e moendas eram todas extra das das florestas vizinhas Logo os cultivos agr colas uma vez que estavam relacionados ao aumento populacional e estabelecimento de n cleos habitacionais significavam um grande impacto direto em rela o ao desflorestamento devido abertura de reas agr colas e um impacto indireto em rela o explora o de madeiras devido Infraestrutura necess ria para manter os n cleos habitacionais A monocultura da cana de a c
44. da paisagem oriundos deste processo s o denominados matriz componente mais extenso da paisagem altamente conectado que controla a din mica regional Forman 1998 fragmentos remanescentes do habitat original agora reorganizado espacialmente em manchas menores e de menor rea total que apresentam certo grau de isolamento entre si e os corredores que v m a ser estreitas faixas que diferem da matriz circundante e conectam manchas com caracter sticas vegetais similares Forman amp Godron 1986 matriz vem a ser o elemento mais novo da paisagem diretamente relacionada com o dist rbio que provocou a fragmenta o Metzger 2001 apresenta duas perspectivas poss veis para reconhecer a matriz numa paisagem a unidade que recobre a maior parte da paisagem e o conjunto de unidades n o habitat para uma determinada comunidade ou esp cie estudada ou seja uma unidade hostil a organismos previamente estabelecidos no local Usualmente na maioria dos estudos realizados estas duas caracter sticas est o associadas Como a matriz um elemento oriundo diretamente do dist rbio que provocou a fragmenta o ela pode apresentar diferentes composi es sendo de natureza agr cola pastoril urbana industrial entre outras ou seja estando diretamente relacionada ao uso do solo no entorno do fragmento Borgmann amp Rodewald 2004 afirmam que a natureza da matriz influencia fortemente a preda o de ninhos uma das primeiras for as modela
45. de 12 meses tendo sido abordados composi o e estado de conserva o de fragmentos identifica o de esp cies arb reas coleta inclusive com t cnicas de escalada arb rea e armazenamento de sementes nativas Com todas essas altera es ap s um ano e meio este projeto gerou um total de 20 000 mudas arb reas de 105 esp cies todas coletadas em fragmentos de vegeta o nativa de Campinas Conforti amp Dechoum 2004 al m da produ o oriunda das matrizes de arboriza o urbana Outro ponto que ilustra o diferencial entre o manejo dessa administra o e de outras a manuten o dos plantios Devido ao esclarecimento e forma o dos t cnicos envolvidos o corte costumeiramente utilizado para evitar o sufocamento das mudas passou a ser realizado seletivamente exterminando se as gram neas invasoras como braqui ria e coloni o e permitindo a perman ncia das outras esp cies 190 Essas esp cies ruderais s o as chamadas pioneiras no processo de sucess o ecol gica pois s o as primeiras a se estabelecer em reas nas quais n o h mais vegeta o S o esp cies tolerantes que crescem r pido sendo algumas delas anuais estando bastante adaptadas ao sol intenso S o muito interessantes pois atraem uma grande quantidade de insetos tais como borboletas mariposas besouros que por sua vez atraem aves em busca de alimento que trazem sementes de esp cies arbustivas e arb reas de reas pr ximas Esse tr nsi
46. de incentivos dados pelo governo ao cultivo da cana de a car tamb m acelerou a devasta o das vegeta es das margens dos rios ou de mananciais devido a proximidade da gua e fertilidade elevada do solo preservando se apenas trechos de dificil acesso como depress es ou encostas ngremes Rodrigues 1989 Rodrigues amp Gandolfi 2000 Fearnside 2005 relaciona o desflorestamento na Amaz nia com fatores macroecon micos segundo ele em anos de retra o econ mica o Estado n o teria verbas para Investir em projetos de rodovias e assentamentos na regi o Norte e os grandes fazendeiros com maior facilidade em obter benef cios estatais e acompanhar as mudan as econ micas como taxas retornos financeiros e cr ditos agr colas subsidiados pelo governo n o seriam capazes de expandir a fronteira agropastoril Como a concentra o de terras no Brasil extremamente alta esta retra o econ mica estaria diretamente relacionada diminui o do desflorestamento Thompson et al 2002 afirmam que a uni o de informa es hist ricas a respeito do uso dos ecossistemas com informa es ambientais como solo e topografia para compreender o estado atual dos ecossistemas tem sido uma abordagem muito bem sucedida para florestas temperadas e boreais Entretanto h poucos estudos tropicais que sintetizem caracter sticas ambientais e o uso da terra para explicar padr es atuais Thompson et al 2002 e a hist ria tem sido frequentemen
47. de informa es geogr ficas 2006 In Torres R B Costa M C Nogueira F P amp Perez Filho A coords Recupera o ambiental participa o e poder p blico uma experi ncia em Campinas 2006 Relat rio de pesquisa Processo FAPESP n 01 02952 1 AIZEN M A amp FEINSINGER P 1994 Forest fragmentation pollination and plant reproduction 1n a chaco dry forest Argentina ECOLOGY 75 2 330 351 ALENCAR E 1999 Introdu o metodologia de pesquisa social Lavras Universidade Federal de Lavras 125p ANANINA G PEIXOTO A P BITNER MATHE B C SOUZA W N SILVA L B VALENTE V L S amp KLACZKO L B 2004 Chromossomal inversion polymorphism in Drosophila mediopunctata seasonal altitudinal and latitudinal variation GENETICS AND MOLECULAR BIOLOGY 27 1 61 69 ANDERSON J R HARDY E E ROACH J T WITMER R E 1976 A land use and land cover classification system for use with remote sensing data GEOLOGICAL SURVEY PROFESSIONAL PAPER n 964 ARRUDA V L amp SAZIMA M 1988 Poliniza o e reprodu o de Celtis iguanaea Jacq Sarg Ulmaceae uma esp cie anem fila REVISTA BRASILEIRA BOTANICA 11 113 122 ASHTON M S GUNATILLEKE C V S SINGHAKUMARA B M P GUNATILLEKE IA U N 2001 Restoration pathways for rain forest in southwest Sri Lanka a review of concepts and models FOREST ECOLOGY AND MANAGEMENT 154 3 409 430 AVELINO M F amp VIELLIARD J M E 2004 Comparative analysis
48. de uso predominantemente rural Matthes 1980 afirma que no caso do Bosque dos Jequitib s Figura 16 por exemplo as funda es dos pr dios que o circundam em forma de cintur o alteram o curso d gua no subsolo e que as constru es fizeram com que fosse reduzido o n mero de horas de luz solar que a mata precisa Al m disso o pared o de edif cios no entorno faz com que haja a forma o de uma corrente de ventos que pode eliminar gua das plantas e at derrubar rvores 80 Usualmente as matrizes urbanas congregam um maior n mero de pessoas que transitam entre maiores dist ncias e apresentam comportamentos diferenciados em rela o aos fragmentos e mesmo dita quest o ambiental o que muitas vezes pode intensificar a dispers o de pat genos e esp cies invasoras e ex ticas Caracter sticas da arboriza o urbana por exemplo como composi o diversidade taxon mica e gen tica e condi es fitossanit rias trazem aspectos intimamente relacionados propaga o de pat genos e esp cies invasoras e ex ticas nos fragmentos uma vez que os indiv duos utilizados na arboriza o podem servir como fonte latente de pat genos ou apresentarem maior habilidade competitiva em rela o s esp cies nativas Outro fator que diferencia as matrizes predominantemente urbanas a maior presen a de vias expressas e autom veis que dificulta a permeabilidade da matriz e exp e os animais aos frequentes atropelamentos Ent
49. destaque os 9 maiores fragmentos 81 46 do total Figura 14 Contribui o percentual dos fragmentos para a rea total de fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas 2002 Em destaque os 8 maiores fragmentos 81 16 do total XX1V Figura 15 Evolu o do entorno dos fragmentos da bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas por classes de uso do solo em 1962 1972 e 2002 ha Figura 16 Bosque dos Jequitib s 2002 Figura 17 Fazenda Rio das Pedras distrito de Bar o Geraldo 1962 Figura 18 Fazenda Rio das Pedras distrito de Bar o Geraldo 1972 Figura 19 Mata do Chico Brinco Mata do Boi Fal 1962 Figura 20 Mata do Chico Brinco Mata do Boi Fal 1972 Figura 21 Mata do Chico Brinco Mata do Boi Fal 2002 Figura 22 Foto a rea de sobrev o da regi o da Fazenda Pau D Alho fim da d cada de 1960 V se a rodovia Adhemar de Barros e do outro lado o morro reflorestado pelos Dutilh Figura 23 S tio S o Francisco 1962 Figura 24 S tio S o Francisco 2002 Figura 25 Fazenda Santa Teresinha atual Sociedade Residencial Alphaville Campinas 1962 Figura 26 Fazenda Santa Teresinha atual Sociedade Residencial Alphaville Campinas 1972 Figura 27 Fazenda Santa Teresinha atual Sociedade Residencial Alphaville Campinas 2002 Figura 28 Situa o de tombamento dos fragmentos p blicos da bacia do ribeir o das Anhumas Figura 29 Situa o de
50. distantes quanto Dallas Hava ou Seul mas nem uma s dessas doze crian as conhece a Pra a da S no centro de S o Paulo Informa o sobre o resto da cidade chega a elas pela televis o e t o remota quanto as not cias de guerra da B snia Herzegovina ali s as imagens do sofrimento de crian as brancas e da destrui o de casas de alvenaria s o a sempre mais pr ximas e terr veis que o massacre de crian as de rua em uma pra a ou favela do Rio de Janeiro Segundo Caldeira 2003 o ideal do condom nio fechado a cria o de uma ordem privada atrav s da qual os moradores possam evitar muitos dos problemas da cidade e desfrutar de um estilo de vida alternativo com pessoas do mesmo grupo social representando assim o lado complementar da privatiza o da seguran a e transforma o das concep es do p blico Este modelo de segrega o fomentado pelas propagandas que se comprometem a seduzir os poss veis consumidores utilizando um repert rio de imagens e valores que sensibiliza a fantasia das pessoas Essa op o passa a se opor ao caos urbano evidenciado atrav s da polui o viol ncia tr nsito e fei ra e exp e o condom nio fechado como possibilidade de ordem seguran a lazer sa de qualidade de vida e felicidade Propagandas com esses elementos como apelo s o ordin rias dentre as veiculadas e os elementos que podem ser associados a natureza meio ambiente ou ecologia s o extremam
51. do Meio Ambiente 2000 Avalia o e a es priorit rias para a conserva o da biodiversidade da Mata Atl ntica e Campos Sulinos Conservation International do Brasil Funda o SOS Mata Atl ntica 207 Funda o Biodiversitas Instituto de Pesquisas Ecol gicas Secretaria do Meio Ambiente do Estado de S o Paulo SEMAD Instituto Estadual de Florestas MG Bras lia MMA SBF 40p MONBEIG P 1984 Pioneiros e fazendeiros de S o Paulo S o Paulo HUCITEC 392p MORELLATO L P C 2004 Phenology sex ratio and spatial distribution among dioecius species of Trichilia Meliaceae PLANT BIOLOGY 6 491 497 MURCIA C 1995 Edge effects in fragmented forests implications for conservation TRENDS IN ECOLOGY AND EVOLUTION 10 58 62 NOSS R F 1983 A regional landscape approach to maintain diversity BIOSCIENCE 33 700 706 NOSS R F amp COOPERRIDER A Y 1994 Saving nature s legacy protecting and restoring biodiversity Washington D C Island Press ORTOLANI A A CAMARGO M B P PEDRO J NIOR M J 1995 Normas clim ticas dos postos meteorol gicos do Instituto Agron mico Campinas Centro Experimental de Campinas Boletim t cnico do IAC 155 13p PEREIRA S Y amp CHIARELLI E 2006 Estudos hidrol gicos na bacia do ribeir o das Anhumas In Torres R B Costa M C Nogueira F P amp Perez Filho A coords Recupera o ambiental participa o e poder p blico uma experi ncia em Campinas Relat rio
52. do ribeir o das Cabras em Souzas e do ribeir o das Anhumas em Paul nia Christofoletti amp Federici 1972 Saint Hilaire 1953 relata que a vegeta o que cobria o munic pio de Campinas no in cio do s culo XIX era formada por um mosaico de forma es constitu do predominantemente por florestas altas e densas com grandes rvores de troncos retil neos entremeadas de forma es n o florestais abertas e mais altas onde predominavam rvores de m dio e grande porte de troncos tortuosos e suberosos ou rvores esparsas de pequeno porte Christofoletti amp Federici 1972 afirmam que a cobertura vegetal de Campinas era originalmente constitu da por florestas cerrados e campos Esses autores caracterizam as florestas existentes que recobriam a maior por o das terras do munic pio e estavam associada com solos provenientes de rochas cristalinas ou intrusivas b sicas como Floresta Latifoliada Perene o cerrado como um tipo de vegeta o menos densa que a floresta dotado de arbustos e pequenas rvores e relacionado a solos arenosos e os campos como uma forma o que ocupava reas pequenas e descont nuas do munic pio com fisionomia de gram neas e arvores e arbustos esparsos Figura 3 Segundo Santin 1999 a partir de recobrimento e interliga o das reas com fragmentos de forma o semelhantes as forma es vegetais originalmente predominantes no munic pio eram Figura 4 Floresta Estacional Semidecidual FES
53. estudo de condom nios horizontais fechados S o Carlos S o Paulo Tese de Doutorado Campinas Instituto de Filosofia e Ci ncias Humanas Universidade Estadual de Campinas ROBBINS C S DAWSON D amp DOWELL B 1989 Habitat area requirments of breeding forest birds of the Middle Atlantic States WILDLIFE MONOGRAPHS 103 1 34 208 RODRIGUES R R LEITAO FILHO H de F amp CRESTANA M C 1992 Revegetac o do entorno da represa de abastecimento de gua do munic pio de Iracem polis SP In Anais do Simp sio sobre Recupera o de Areas Degradadas RODRIGUES R R 1989 An lise estrutural das forma es florestais rip rias Jn Anais do Simp sio sobre Mata Ciliar Campinas Funda o Cargill 335p 99 119 RODRIGUES R R amp GANDOLFI S 2000 Conceitos tend ncias e a es para a recupera o de florestas ciliares In Rodrigues R R amp Leit o Filho H F ed Matas ciliares conserva o e recupera o 2000 BARBOSA L M 2000 S o Paulo Ed da USP FAPESP 320p 235 247 ROZZA A F 2003 Manejo e regenera o de trecho degradado de floresta estacional semidecidual Reserva Municipal de Santa Genebra Campinas SP Tese de Doutorado Campinas Instituto de Biologia Universidade Estadual de Campinas SAINT HILAIRE A 1953 Segunda viagem S o Paulo e quadro hist rico da prov ncia de S o Paulo S o Paulo Ed Martins 223p SALIS S M SHEPHERD G J amp JOLY C A 1995 Floristic c
54. forma padronizar as informa es obtidas oriundas das entrevistas Isso porque se somente as informa es brutas fornecidas pelos administradores e propriet rios fossem ser consideradas n o seria poss vel analisar as realidades sob uma s perpectiva integradora e robusta pois esta an lise seria ref m de m ltiplas percep es e diferentes crit rios dos entrevistados Dessa forma fez se imprescind vel a visita aos fragmentos e as impress es tomadas acrescidas das informa es fornecidas pelos entrevistados assim ao inv s de ref m das m ltiplas percep es e diferentes crit rios esta an lise foi enriquecida por eles Em alguns casos a visita o dos fragmentos com acompanhamento de propriet rio ou respons vel por cada uma das reas fez se imposs vel dada a dificuldade de interlocu o com os mesmos Alguns se negaram a manter um canal de comunica o enquanto outros apesar de inicialmente aceitarem o contato depois n o fizeram dele algo efetivo Muitos dos respons veis pelas reas particulares reagem desconfiadamente e n o s o amig veis quando abordados a respeito dos fragmentos e de suas condi es de preserva o por temerem se comprometer com algum tipo de fiscaliza o sendo comum perguntarem a respeito da poss vel associa o das visitas e das perguntas com rg os da Prefeitura o DEPRN ou mesmo o IBAMA Utilizando o SIG ARCGIS 3 2 e com base na leitura do mapa de usos e ocupa es das terras da b
55. formalizar acordo entre Prefeitura e Secretaria do Meio Ambiente 04 09 1995 PT e PV v o pedir levantamento de gastos 28 10 1995 Governo do Estado decide fechar Parque Ecol gico 09 04 1998 Crise amea a patrim nio 14 05 2000 Inc ndio atinge 20 do Parque Ecol gico 12 10 2002 Fogo consome 6 3 da vegeta o do Parque Ecol gico 30 10 2002 Izalene defende comiss o para gerenciar parque depois de alegar que a Prefeitura deveria assumir a administra o do Ecol gico prefeita recua e negocia comiss o tripartite 211 05 09 2003 Outra vez inc ndio atinge o Parque Ecol gico Di rio do Povo Campinas S o Paulo 17 01 1988 Sem t tulo 25 10 1990 Qu rcia anuncia Parque Ecol gico exemplar 12 12 1994 Abandono Ambiental 25 07 1998 Entidades campineiras se unem para acabar com as queimadas Folha de S o Paulo S o Paulo S o Paulo 15 09 1978 Campinas paralisa a destrui o de bosque 08 07 1990 Campinas tem a maior verba para ambiente 29 12 1990 rea ter 15 mil mudas de 200 esp cies Folha Tarde S o Paulo S o Paulo 12 07 1992 Tombamento s atrapalha Gazeta de Campinas Campinas S o Paulo 19 9 1880 Sem t tulo Jornal de Bar o Campinas S o Paulo Mar o 1993 Morte de Jandyra deixa tristezas e d vidas Jornal de Hoje Campinas S o Paulo 22 03 1980 Sem t tulo 12 04 1981 o fim do para so ecol gico O Estado de S o P
56. funda es dos pr dios que circundam o Bosque em forma de cintur o alteram o curso d gua no subsolo e as constru es fizeram com que fosse reduzido o n mero de horas de luz solar que a mata precisa Al m disso o pared o de edifica es no entorno faz com que a haja a forma o de 94 uma corrente de ventos que pode eliminar gua dos plantas e at derrubar rvores Heuri et al 1993 No Bosque dos Jequitib s a vegeta o nativa vem sofrendo com a press o exercida sobre o fragmento e podemos chegar a essa constata o ap s uma r pida caminhada s o comuns reas ocupadas por lianas ervas arbustos e rvores ex ticos troncos de rvores de grande porte secos e rvores jovens mortas Objetivando analisar a din mica deste remanescente um pesquisador vinculado ao Projeto Anhumas refez o levantamento do estrato arb reo utilizando o mesmo crit rio de inclus o do estudo realizado por Matthes et al 1988 Como resultado Gomes et al 2006 obteve 37 novas ocorr ncias de esp cies em rela o ao trabalho anterior e 48 esp cies nao reamostradas sendo que ainda assim as fam lias mais ricas mantiveram se Fabaceae Myrtaceae Lauraceae Euphorbiaceae e Rutaceae como no trabalho de Matthes et al 1988 que tamb m havia identificado como esp cies dominantes Trichilia claussenii CDC Meliaceae Machaerium nictitans Vell Benth Fabaceae e Centrolobium tomentosum Guillemin ex Benth Fabaceae Al m disso
57. mais de 20 ligado a ambos os Bosques h anualmente concentra o de cat licos para a Missa de Ramos que depois v o em peregrina o at a Igreja Nossa Senhora de Lourdes Para ele tamb m ficam marcados na mem ria dois casamentos ocorridos no Bosque dos Alem es em1994 um cat lico e outro protestante O Jardim Guanabara bairro onde se situa o Bosque dos Alem es hoje um bairro tradicional de classe m dia caracterizando se o uso do entorno como absolutamente urbano com resid ncias e pequenos estabelecimentos comerciais e de presta o de servi os Hoje ele est no cora o de malha vi ria com grande fluxo de di rio de ve culos pr ximo a duas das mais movimentadas avenidas de Campinas a Avenida Brasil e a Avenida Andrade Neves Entretanto h algumas d cadas atr s essa situa o era muito diferente em 1962 apenas 0 37 do entorno do Bosque dos Alem es era considerado de uso urbano Tabela 5 sendo que no intervalo de tempo de 1972 a 2002 o fragmento sofreu uma pequena redu o Tabela 2 De acordo com o levantamento realizado em 2005 2006 pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas Torres et al no prelo as esp cies mais frequentes foram Ocotea corymbosa Meisn Mez Lauraceae Piptadenia gonoacantha Mart J F Macbr Fabaceae O Bosque dos Alem es consta no processo de estudo de tombamento do conjunto de areas verdes de Campinas CONDEPACC n 04 2003 92 Bosque dos Jequitib s n 22 Coronel Qui
58. mica populacional seja o resultado de uma s rie de extin es e recoloniza es nos fragmentos de habitat e que esta din mica deve ser estudada sob a perspectiva das popula es locais pois o equil brio mais do que ocorrer em uma s popula o seria o resultado de um n mero de subpopula es interconectadas e distribu das em uma regi o Husband amp Barrett 1996 Assim caso a sub popula o de um fragmento seja extinta este pode ser eventualmente recolonizado por prop gulos de outra subpopula o da vizinhan a Husband amp Barrett 1996 gerando o denominado efeito resgate neste cen rio te rico que a Teoria de Fragmenta o de Habitats passa a ser aplicada em ambientes terrestres Segundo Wilcox 1980 entre 1970 e 1980 com a crescente percep o da destrui o de habitats o modelo de biogeografia de ilhas passou a ser transferido e aplicado a fragmentos de habitats terrestres processo tamb m conhecido por insulariza o ou seja tomar como ilha o que n o ilha por natureza Os primeiros estudos sobre fragmenta o de habitats tinham por objetivo propor princ pios gerais de delineamento de ref gios como formato tamanho e conectividade com o intuito de reduzir as taxas de extin o nessas isoladas reas de prote o Simberloff 1988 Com o passar dos anos a aplica o da Teoria de Fragmenta o de Habitats extrapolou o delineamento de ref gios passando a ser uma forma de compreender a
59. movimentos que prevalecem em dois momentos temporalmente distintos O primeiro movimento comum na hist ria de todos os condom nios atuais inicia se quando os propriet rios da rea na qual se encontra o fragmento na maioria das vezes grandes fazendas optam pelo loteamento residencial Nesse momento a mata que h anos quedava se entre o gado ou cultivos da fazenda em quest o toma um valor diferenciado e agrega se ao restante da infraestrutura necess ria para persuadir o consumidor ante a id ia do condom nio residencial fechado A import ncia de sua presen a na conquista do consumidor evidenciada tanto atrav s de conversas com moradores e funcion rios dos condom nios como da valora o que dada s casas mais pr ximas do fragmento foi comum ouvir das administra es que os lotes defronte s matas foram os primeiros a serem comercializados e que o entorno da mata o percurso preferido dos moradores em suas caminhadas quando a conforma o do loteamento permite Entretanto um fragmento n o pode ser tratado da mesma maneira que algum outro patrim nio f sico como um edif cio ou monumento Considero este momento da percep o da responsabilidade que acarreta um fragmento nas depend ncias de um condom nio o in cio do segundo movimento Este movimento caracterizado pelo despreparo dos administradores em como lidar com o fragmento e em intermediar a rela o dos moradores com o fragmento Entre os administradores enco
60. o efeito de borda o componente mais importante em fragmentos at 900 ha Outras Consequ ncias da Fragmenta o Conforme ja foi apresentado a fragmenta o tem a capacidade de alterar fortemente a composi o e estrutura da comunidade al m do funcionamento dos ecossistemas Klein 1989 em um estudo sobre o efeito da fragmenta o na comunidade de besouros da Amaz nia Central encontrou uma correla o positiva entre a diversidade e equitabilidade de esp cies e o grau de Integridade do habitat sendo eles floresta cont nua fragmentos grandes fragmentos pequenos e matriz de extra o madeireira Al m disso a floresta cont nua foi a rea que apresentou para as mesmas esp cies de besouros indiv duos de maior tamanho e as poucas esp cies presentes na matriz pertenciam majoritariamente 98 a um nico g nero caracter stico de ambientes alterados Este um estudo que exemplifica claramente algumas poss veis consequ ncias da fragmenta o a matriz e os fragmentos seriam os habitats mais in spitos para a maioria das esp cies sendo que na primeira a composi o da comunidade caracteriza se por esp cies t picas de ambientes com dist rbio Isso pode ocorrer devido s altera es microclim ticas oriundas do processo de fragmenta o e no caso dos fragmentos da expans o do efeito de borda principalmente nas manchas menores O fato dos maiores indiv duos de uma mesma esp cie serem da rea de floresta cont n
61. o fragmento por todas as suas faces a por o voltada para o s tio n o cercada sendo n o somente cont gua planta o de abacates Persea americana Mill Lauraceae mas com acesso facilitado atrav s desta propriedade De acordo com o levantamento realizado em 2005 2006 pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas Torres et al no prelo a esp cie mais frequente foi Trichilia pallida Sw Meliaceae 130 O aumento do uso urbano do solo no entorno deste fragmento est intimamente relacionado com a expans o urbana no distrito de Bar o Geraldo At 1972 com entorno integralmente n o urbano atualmente mais de 70 do entorno do fragmento do Residencial Ibirapuera j pode ser considerado de uso urbano Tabela 5 Fazenda Boa Esperan a Loteamento Engenho do Bar o n 2 Av Albino J B de Oliveira 1 885 Estrada da Rhodia Vila Hol ndia rea 2 73ha 1962 2 61ha 1972 2 77ha 2002 Este caso foi muito interessante pois foi o nico exemplar que pude acompanhar num momento de convers o de propriedade rural particular para loteamento residencial fechado de m dio alto padr o O entrevistado foi um dos pr prios propriet rios da Fazenda Boa Esperan a que est nas m os da fam lia h 40 anos Entretanto como ele nunca residiu na Fazenda seu envolvimento com esta propriedade mais de car ter comercial do que afetiva A Fazenda produziu cana de a car durante muitos anos o plantio da cana era inicia
62. o ao bairro Campo Grande e ao Aeroporto Internacional de Campinas o Viracopos Ainda segundo Santin 1999 existem apenas sete fragmentos de cerrado em todo o municipio o que corresponderia a irris rios 3 3 da vegeta o remanescente Campinas originariamente distribu das em pequenas manchas situadas no extremo norte da regi o noroeste do munic pio pr ximas ao bairro Vale das Gar as na regi o oeste em rea correspondente ao Jardim Santa Rosa e na regi o sul em faixa marginal ao c rrego da Brita e outras duas manchas Esta forma o foi considerada extinta no munic pio por Santin 1999 25 Segundo diagn stico detalhado da cobertura vegetal atual de Campinas realizado por Santin 1999 o munic pio possui aproximadamente 2 55 de seu territ rio cobertos por vegeta o nativa o que compreende aproximadamente 2 033 6ha distribu dos em 197 fragmentos Estes fragmentos encontram se isolados e distantes entre si apresentando diferentes estados de conserva o predominando os estados muito a extremamente perturbados 62 Segundo Santin 1999 dos 2 55 2 42 da vegeta o nativa remanescente de Campinas constitu da pelas florestas estacionais semideciduais 0 08 pelos cerrados e 0 05 pelas florestas paludosas Esse valores corresponderiam respectivamente a 1 927 22ha 65 49ha e 40 89ha O Invent rio Florestal realizado pelo Governo do Estado de S o Paulo S o Paulo 2005 por sua vez indica que os 2 294
63. o das Anhumas e consequentemente uma sub bacia do Piracicaba Sua grande rea de solo perme vel contribui para a capta o de gua de chuva diminuindo a possibilidade de inunda es nos bairros vizinhos 104 Em rela o ao fragmento propriamente dito tombado pelo CONDEPACC resolu o n 37 de 22 10 2002 n o podemos dizer que haja algum manejo frequente a administra o n o interfere na estrutura da mata nem com podas nem com varri o ou supress o do sub bosque Em 1999 o XX Encontro Nacional dos Estudantes de Biologia XX ENEB realizado pelos estudantes do curso de Ci ncias Biol gicas do Instituto de Biologia Unicamp sob o tema O que fazer com o conhecimento promoveram inserido nas atividades do Encontro um plantio de rvores nativas com intuito de enriquecer e adensar o remanescente Essa atividade foi semente vigorosa na decis o de se criar no Instituto de Biologia o Viveiro de Mudas Nativas posteriormente denominado Viveiro Guapuruvu atrav s do qual os interessados em consenso com professores respons veis sistematizavam a coleta de sementes produ o de mudas e plantio em reas espec ficas sempre seguindo diretrizes da rea de recupera o de reas degradadas O fragmento sofreu pouca altera o de rea no intervalo de tempo analisado apresentando um decr scimo de 0 77ha entre 1962 e 2002 Atualmente uma das amea as ao fragmento s o os Inc ndios que devoram reas do Parque muito co
64. o de informa es hist ricas a respeito do uso dos ecossistemas com informa es ambientais como solo e topografia para compreender o estado atual dos ecossistemas tem sido uma abordagem muito bem sucedida para florestas temperadas e boreais Entretanto h poucos estudos tropicais que sintetizem caracter sticas ambientais e o uso da terra para explicar padr es atuais Thompson et al 2002 e a hist ria tem sido frequentemente ignorada em pesquisas com florestas tropicais Clark 1996 Whitmore amp Burslem 1998 Assim sendo os objetivos gerais desta disserta o foram e Inventariar os fragmentos atuais da bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas e acompanhar sua evolu o e Apreender as dimens es dos processos que contribu ram para a fragmenta o da bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas e Identificar o contexto a que est submetido cada um dos fragmentos e Compreender de que forma as diferentes conjunturas influenciam cada um dos fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas e Apreender a realidade da bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas sob a perspectiva do processo de fragmenta o de habitats Esta disserta o est dividida da seguinte forma e Introdu o que apresenta a problem tica ambiental atual como uma quest o intimamente relacionada aos aspectos sociais e pol tico econ micos e a fragmenta o como um importante processo ecol gico associado essa problem tica Neste t pico s o
65. o houve um estudo de impacto s cio econ mico dada sua possibilidade de influenciar no com rcio de pequeno e m dio porte e no fluxo vi rio dos bairros vizinhos A Mata do Chico Brinco cont gua ao Shopping Ela foi assim batizada devido ao nome do funcion rio que l morava e cuidava desta rea da fazenda h muito tempo atr s perdeu cerca de metade de seu tamanho quando da desapropria o para a constru o da Rodovia D Pedro I fato que podemos comprovar quando comparamos os mosaicos das tr s datas Figuras 19 20 e 21 Segundo o entrevistado nas imedia es deste fragmento onde hoje h planta o de soja era plantado algod o at 1985 e Santin 1999 h alguns anos j relatara ind cios de fogo e corte seletivo Jacaratia spinosa Aubl A DC Caricaceae foi a esp cie dominante do invent rio de Santin 1999 De acordo com o levantamento realizado em 2005 2006 pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas Torres et al no prelo a esp cie mais frequente foi Gallesia integrifolia Spreng Harms Phytolaccaceae 126 Hoje devido ao f cil acesso por estar encostado na Rodovia D Pedro I os propriet rios ja tiveram problemas com pessoas que invadem o fragmento por isso determinaram o cercamento da rea No fim da d cada de 90 uma empresa de reciclagem de baterias localizada nos arredores foi autuada por conduzir produtos t xicos para dentro do fragmento Atualmente o uso urbano do solo no entorno muit
66. o que surgiam no Brasil muitas provindas de a es e concep es de D Pedro II Tudo isso ressoava em Jacques que segundo Julie sempre teve um lado protecionista bem forte Estes valores podem ser evidenciados no pr prio manejo que foi dado Fazenda como a proibi o de ca adas e a preserva o de elementos importantes como a vegeta o protetora de nascentes e manuten o de reas brejosas fragmento de mata nativa e at mesmo o reflorestamento de um morro da fazenda antes nu onde foram utilizadas rvores nativas tendo sido esse um dos primeiros reflorestamentos para recupera o de reas em Campinas Figura 22 Em rela o a esse plantio Julie lembra se n o s do pr prio como de combater as sa vas que amea avam as mudas com fuma a Aprendi sobre esp cies pioneiras desde crian a garante Em 1976 decidiu se pela instala o do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da TELEBR S CPqD hoje Funda o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunica es pr ximo Unicamp onde foram realizados o projeto de fibra tica e todo o desenvolvimento da telefonia nacional a partir de 1980 Entretanto para que se isso de desse foram realizados algumas desapropria es de terra que inclu ram parte da rea da Fazenda Pau D Alho Segundo J ia 2000 os tr s fatores mais significativos apontados pela TELEBR S para 141 a escolha do local de instala o do CPqD foram disponibilidade de m o de o
67. outras propriedades os encarregados n o demonstram ter grande conhecimento a respeito das limita es legais e leis ambientais e mesmo quando recorrem a rg os p blicos alegam n o receberem informa es esclarecedoras O pedido de estudo de 152 tombamento do CONDEPACC n 04 2003 incluiu o fragmento do Alphaville dentre todos os outros listados 153 154 E u ei s mar A a Vi Ben pp A E cd ee 0 25 50 Figura 17 Fazenda Rio das Pedras Bar o Geraldo 1962 Figura 18 Fazenda Rio das Pedras Bar o Geraldo 1972 155 156 al qe Ba 100 m 0 25 50 100 m _ a ka s Figura 19 Mata do Chico Brinco Mata do Boi Figura 20 Mata do Chico Brinco Fal 1962 Mata do Boi Fal 1972 Figuras 21 Mata do Chico Brinco Mata do Boi Fal 2002 Nota se a rodovia D Pedro I e a al a de acesso ao shopping vizinho ao fragmento 157 158 Figura 22 Foto a rea de sobrev o da regi o da Fazenda Pau D Alho fim da d cada de 1960 V se a rodovia Adhemar de Barros e direita o morro reflorestado pelos Dutilh Fonte Acervo Dutilh Figura 23 S tio S o Francisco 1962 Figura 24 S tio S o Francisco 2002 direita a Rodovia Adhemar de Barros 159 160 Figura 25 Fazenda Santa Teresinha atual Figura 26 Fazenda Santa Teresinha atual Sociedade Residencial Alphaville Campinas 1962 Sociedade Residencial Alphavill
68. para atividades e a Biblioteca Municipal Monteiro Lobato inaugurada em outubro de 1985 que 89 chega a ter 11 000 visitantes por ano Atualmente o uso do Bosque muito diverso divers o infantil dois grupos de Tai Chi Chuan caminhada lazer e descanso Segundo um antigo funcion rio do Bosque que est ha 27 anos na prefeitura o Bosque dos Italianos bem como o dos Alem es j tiveram uma poca melhor mais gloriosa onde a visita o era muito maior Ele associa o desinteresse da comunidade ao valor e dedica o atribu do pela prefeitura e relembra que a poca mais gloriosa dos Bosques foi na administra o do prefeito Magalh es Teixeira cujo primeiro mandato foi de 1983 a 1988 Muitas das a es e implementa es realizadas no Bosque como a reforma e constru o de pr dios por exemplo t m participa o da Associa o Amigos do Bosque dos Italianos fundada por moradores do bairro Em agosto de 2004 por exemplo segundo ata da reuni o ordin ria do CONDEPACC CONDEPACC Processo de estudo de tombamento n 04 2003 aprovado conforme pedido da Associa o a execu o de melhorias no Bosque neste caso reforma do alambrado e plantio de esp cies nativas Como algumas dificuldades do dia a dia do Bosque foram apresentadas o consumo de drogas por alguns jovens Entram para fumar maconha mas logo j v o embora e os gatos abandonados ainda filhotes que acabam sendo alimentados pela popula
69. parte de um conjunto de medidas destinadas ao saneamento financeiro do Estado Projeto de Lei Estadual n 238 de 22 04 1999 102 Finalmente em novembro de 2004 a PMC e a SEMA firmam o Sistema de Gest o Compartilhada no qual comprometem se a unir for as para elaborar e efetivar o Plano de Recupera o Manuten o Manejo e Desenvolvimento do Parque SMA 2004 O governo do Estado fica respons vel pela coordena o geral do Parque mas a gest o ser compartilhada entre os dois poderes Fica expl cita tamb m a celebra o de parcerias com entidades p blicas ou privadas Quando acordada a Gest o Compartilhada j haviam sido fechados alguns conv nios com as empresas Shell do Brasil Petrobr s e Companhia Paulista de For a e Luz CPFL totalizando R 4 000 000 00 revertidos na recupera o das edifica es existentes e instala o de novos equipamentos conforme apontado no Projeto de Revitaliza o do Parque SMA 2004 Com o passar dos anos o descaso administrativo os roubos e vandalismos contra o patrim nio o minguar da programa o e a falta de identidade da popula o provocaram um elevado grau de deteriora o do Parque comprometendo significativamente o ndice de visita o p blica e consequentemente os projetos de educa o ambiental Tabela 6 Tabela 6 Visita o no Parque Ecol gico Monsenhor Em lio Jos Salim em algumas datas e a expectativa no aumento da visita o ap s firmada a gest o com
70. por parte do mercado imobili rio 71 78 O uso urbano do solo no entorno de 300m de cada fragmento totalizou aproximadamente 14 73 em 1962 22 em 1972 e 47 94 em 2002 A Figura 15 apresenta a area total do entorno dos fragmentos da bacia hidrografica do ribeirao das Anhumas por classes de uso do solo em 1962 1972 e 2002 Uma vez que o uso urbano foi tido como as reas do territ rio que s o utilizadas diretamente pela urbanidade ou que servem como corredores entre n cleos urbanos nestas sendo inclu das reas residenciais comerciais industriais estruturas de comunica o e energia el trica entre as outras j especificadas no item 2 2 1 podemos perceber que o tipo de press o nos fragmentos teve sua natureza alterada ao longo desses 40 anos Na classe urbana de uso do solo uma importante caracter stica a impermeabilizac o do solo que ocorre numa intensidade extremamente alta O aumento da impermeabilizac o do solo traz s rios agravantes para o escoamento das guas pluviais agravando as enchentes e comprometendo a recarga do len ol fre tico Segundo Pereira amp Chiarelli 2006 o consumo de gua subterr nea na bacia do ribeir o das Anhumas bem como na RMC est em alto grau de criticidade pois se acredita que o balan o atual entre a disponibilidade e o consumo seja negativo Segundo as autoras a estimativa do consumo de gua subterr nea na RMC baseada no numero de po os de 1 73 m s ou 54 6 milh es de me
71. pouco mais do que 615ha em 1962 em 2002 diminuiram para 451 62ha e hoje representam apenas 2 82 da rea total da bacia Figura 11 Embora essa perda possa n o parecer muito significativa uma vez que na data inicial 1962 a soma dos fragmentos n o representava mais do que 4 10 da rea total da bacia devemos lembrar que a bacia do ribeir o das Anhumas est relacionada com o embri o da cidade de Campinas Isto faz com que esta regi o apresente uma hist ria longa e ntima com o processo de fragmenta o intensificado em meados do s culo XVIII quando o decl nio da minera o nas Minas Gerais levou ao assentamento nos arredores e posterior introdu o da agricultura em larga escala inicialmente com o a car e mais tarde com o caf Assim na d cada de 60 j eram poucos e pequenos os fragmentos da bacia resistentes s d cadas de explora o madeireira desflorestamento para culturas agropastoris e urbaniza o 56 7480000 gt 127 i UNICAMP 7475000 BACIA HIDROGR FICA DO RIBEIR O DAS ANHUMAS FRAGMENTOS 1962 470000 Hidrografia Uso Nao Urbano Uso Urbano nd EE Fragmentos 24 V 1 0 1Km e 1 75 000 7465000 285000 290000 295000 Figura 5 Bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas em destaque os fragmentos numerados que podem ser identificados a partir da numera o na Tabela 2 Imagem elaborada a partir do mosaico de ortofotos 1962 57 58 7480000
72. que as grandes cidades como S o Paulo e Campinas cada qual em sua escala tendem a se assemelhar a outros pa ses em meados dos anos 90 o n mero de empregados em seguran a privada ultrapassou o de policiais em quase tr s vezes nos Estados Unidos United States House 1993 apud Caldeira 2003 e em cerca de duas vezes na Gr Bretanha e Canad Bayley amp Shering 1996 apud Caldeira 2003 Os grupos que optam por essa segrega o espacial n o o fazem apenas em rela o s suas resid ncias eis ent o que surgem os enclaves fortificados que associam trabalho lazer consumo e estudos sendo o pice dessa configura o a combina o de alguns desses aspectos Ilustrada pelos grandes condom nios cuja infra estrutura de suas microcidades planejadas pode manter os moradores praticamente independentes e alheios realidade Roberts 2002 faz a seguinte coloca o a respeito do Alphaville S o Paulo dentre os pioneiros condom nios residenciais fechados de alto padr o Alphaville uma ilha virtual de prosperidade e bem estar muito bem armada contra primeiro seus vizinhos de uma franja urbana miser vel e ca tica depois contra o resto da cidade Entre doze crian as consultadas aleatoriamente por 180 suas ruas amplas de cal adas sombreadas cinco declararam ter feito pelo menos uma viagem ao exterior uma j perdera a conta e as demais esperavam viajar em breve para fora Entre os lugares visitados constam paragens t o
73. quest o pol mica diz respeito diretamente rela o entre a Unicamp e o Parque h muitos anos a universidade acusada de lan ar efluentes qu micos e de esgoto na lagoa do Parque Ecol gico Entre 2003 2004 alguns moradores de Bar o mobilizaram se para reivindicar melhorias das condi es do Parque Cerca de um ano depois uma parceria entre a SANASA ea Prefeitura do Campus da Unicamp levou constru o de um emiss rio para o esgoto desta ltima Segundo a revista local Semana 3 08 205 este emiss rio desviou o esgoto que era direcionado lagoa para a rede da SANASA que o despeja mais adiante na conflu ncia do ribeir o das Pedras com o ribeir o das Anhumas O funcion rio entrevistado alega que sente muita falta de interesse de todos os lados falta de determina o projeto planejamento e continuidade das pol ticas por parte da PMC e falta de participa o da comunidade Particularmente referente a esta alega que ela deixa muito a desejar mesmo sendo um cone de refer ncia por ser em sua maioria altamente instru da e de boas condi es sociais N o h procura pela administra o do Parque e muitas vezes ele sabe de acontecimentos relacionados ao Parque ou questionado pelos meios de comunica o mas nunca diretamente pela comunidade As pessoas v m caminhar correr Entram vazias e saem vazias Encontramos neste Parque uma cr tica muito bem elaborada em rela o postura dos usu rios segundo o en
74. requisitos foi necess ria a revis o do Plano sua adequa o situa o atual da cidade e s metas desejadas para os pr ximos anos Assim as Informa es apresentadas com base no Plano Diretor original Campinas 1995 podem em breve ficar defasadas O Projeto Anhumas O projeto Recupera o Ambiental participa o e poder p blico uma experi ncia em Campinas mais conhecido como Projeto Anhumas cujo relat rio final est dispon vel no s tio Www lac sp gov br projetoanhumas foi um projeto tem tico na rea de pol ticas p blicas Fapesp n 01 02952 1 realizado com a participa o de diversas institui es de ensino pesquisa e da administra o municipal de Campinas Este projeto iniciado em 2003 teve por objetivo o detalhamento do uso e ocupa o das terras na bacia do ribeir o das Anhumas e o aprofundamento do diagn stico ambiental e s cio econ mico participativo a fim de dar suporte a planejamentos de melhoria ambiental e implementa o de pol ticas p blicas com o objetivo de conservar e ou recuperar o ambiente e integrar a popula o Foi a partir do conhecimento do Projeto Anhumas que vinha de encontro com meus anseios e questionamentos que se originou esta disserta o Como nos identificamos e identificamos a paisagem atual a partir de nossa hist ria e valores e como concebemos as condi es deste presente e as trabalhamos para tanger o futuro desejado instigante avistar diariamente algun
75. resolu o n 25 de 09 05 1996 Ap s o In cio do estudo de tombamento desenvolveu se um longo processo de pareceres favor veis ao tombamento da rea e contesta es S o comuns os argumentos de que o processo 127 de tombamento como instrumento de interesse coletivo tem efeitos sobre a propriedade individual e embora seja emblem tica a prote o de um bem comum a responsabilidade e custos do bem tombado caibam aos propriet rios Este assunto ser aprofundado posteriormente Entretanto apesar de todas as contesta es em 1996 saiu a resolu o favor vel ao tombamento CONDEPACC resolu o n 25 de 9 5 1996 Entre os pareceres favor veis encontramos um do professor Herm genes de Freitas Leit o Filho que foi de grande import ncia para a decis o final este tipo de forma o vegetal raro e pouco representado no estado de S o Paulo Especialmente no munic pio de Campinas estas matas est o quase extintas e a preserva o de seus remanescentes condi o essencial CONDEPACC resolu o n 25 de 9 5 1996 Foi neste fragmento que foi atestada a primeira cita o de Rollinia fruticosa Annonaceae um araticunzinho em Campinas Santin 1999 De acordo com o levantamento realizado em 2005 2006 pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas Torres et al no prelo as esp cies mais frequentes foram Cestrum schlechtendalii G Don Solanaceae Calophyllum brasiliense Cambess Clusiaceae e Spathodea nilotica Seem
76. restrita no que concerne an lise qualitativa dos mesmos como por exemplo sua estrutura e composi o Por 1sso para atingir os objetivos dessa disserta o e melhor compreender os aspectos sociais que interferem no processo de fragmenta o fez se necess ria inicialmente a integra o dos dados advindos de SIG com o mapeamento j existente da vegeta o remanescente realizado por Santin 1999 e posteriormente o resultado desta combina o foi conferido e atualizado atrav s de sa das a campo Os mosaicos utilizados nesta disserta o bem como a leitura de usos e ocupa es das terras s o parte dos resultados oriundos do Projeto Anhumas e foram produzidos no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Solos e Recursos Ambientais do Instituto Agron mico de Campinas IAC Adami et al 2006 Aos dados obtidos a partir da fotointerpreta o foram integrados os resultados de Santin 1999 que realizou o mapeamento da vegeta o de Campinas levantamento flor stico arb reo expedito caracteriza o fision mica das forma es e a diagnose dos fragmentos com estimativa dos estados de conserva o Todavia mesmo realizando a integra o de ambas as fontes tamb m se fizeram necess rias idas a campo para a confer ncia e atualiza o das informa es 49 Fotointerpreta o Os mosaicos de 1962 1972 e 2002 foram produzidos pela equipe de cartografia sensoriamento remoto e sistemas de informa es geogr ficas do Projeto
77. significa prote o integral ao fragmento devido a um motivo b sico a desarticula o o despreparo e a incapacidade do poder municipal em lidar com determinadas quest es Estes s o evidenciados de muitas formas a primeira que embora pass veis de fiscaliza o dificilmente h visitas rotineiras aos fragmentos dado o n mero insuficiente de funcion rios da CSPC e mesmo em caso de den ncia muitas vezes a visita dos 175 fiscais ocorre apenas ap s meses Ou seja os rg os respons veis pela fiscaliza o e acompanhamento carecem de verbas e funcion rios e n o conseguem desempenhar adequadamente todas as fun es que lhes caberiam Outra evid ncia o fato de n o haver um programa municipal voltado ao manejo dos fragmentos e reas verdes artificiais Sabemos que a diminui o do fluxo gen tico a altera o de luminosidade e temperatura e o aumento de esp cies invasoras s o alguns dos muitos fatores que podem levar um fragmento ao colapso principalmente os fragmentos pequenos como a maioria dos fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas Ent o uma decis o como o tombamento de um fragmento pol tica important ssima para a conserva o mas n o a meta final Al m disso como o tombamento exige que qualquer altera o do bem em quest o seja aprovada pelo CONDEPACC mesmo as iniciativas favor veis a conserva o dos fragmentos em alguns casos oriundas dos propriet rios ficam mais restritas Um dos p
78. sul e leste da bacia os latossolos predominam no norte e oeste Gleissolos ocorrem nas restritas plan cies aluvionais que t m maiores extens es nos trechos mais a jusante mais ao norte da bacia Nitossolos e Neossolos ocorrem de maneira restrita em associa es com outras classes de solo A regi o da bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas conforme o Instituto Geol gico 1993 est a oeste sobre aluvi es do per odo quatern rio diab sios de idade jurassico cretacea que ocorrem sob a forma de sills gnaisses do per odo proteroz ico m dio complexo Itapira arenitos e ritmitos compostos de siltitos argilitos e arenitos finos que 44 constituem reas restritas do Subgrupo Itarar dentro do dom nio de rochas metam rficas do complexo Itapira e hornblenda biotita granitos porfir ticos da suite gran tica Jaguari na A leste da bacia encontram se diab sios de idade jur ssico cret cea aluvi es do per odo quatern rio gnaisses do per odo proteroz ico m dio complexo Itapira e protomilonito de idade proteroz ica superior cambro ordoviciana e ao sul da bacia h aluvi es do per odo quaternario gnaisses bandados e xistosos do proteroz ico m dio complexo Itapira A bacia do ribeir o das Anhumas situa se em rea de transi o entre o Planalto Atl ntico e a Depress o Perif rica Paulista Instituto Geol gico 1993 A norte e nordeste da bacia ocorre predominantemente o relevo de colinas amplas com inc
79. 002 Anos Figura 11 Porcentagem da rea total dos fragmentos em rela o rea da bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas em 1962 1972 e 2002 e taxa de desflorestamento A taxa de desflorestamento de cada ano foi calculada a partir do ano imediatamente anterior com exce o de 1962 que foi considerado como data inicial Em rela o taxa de desflorestamento o primeiro Intervalo de tempo 1962 1972 apresentou uma taxa maior 0 27 do que o segundo 0 06 mesmo sendo este um maior intervalo Figura 11 Isso aponta que at a d cada de 1970 a ocupa o e uso da bacia do ribeir o das Anhumas j se encontravam fortemente consolidados tendo sido at ent o que o desflorestamento portou se como um agente de press o mais intenso nos fragmentos Segundo J ia 2000 a partir dos anos 50 houve uma verdadeira renova o do parque industrial de Campinas e de alguns munic pio vizinhos passando se de uma situa o de predom nio de ind strias tradicionais para outra de dom nio das ind strias din micas principalmente de capitais estrangeiros come aram ent o a se instalar grandes empresas Industriais de bens intermedi rios principalmente qu micas ao longo da Rodovia Anhanguera e pr ximas s cidades de Campinas e Jundia antecipando o movimento t pico da industrializa o pesada no Brasil especialmente no estado de S o Paulo Estes eventos associados ao crescimento populacional e ao predom nio da exp
80. 2 24 17ha 4 23ha 1972 32 51ha 2002 A Vila Hol ndia localiza se na rea lim trofe do distrito de Bar o Geraldo e Paul nia Os moradores s o na sua grande maioria idosos e representantes de fam lias antigas em Bar o Geraldo que testemunharam participaram e sofreram muitas mudan as que ocorreram no local podendo contribuir ricamente na reconstru o da hist ria local Uma das antigas moradoras entrevistadas l nascida e hoje com mais de 75 anos tem como forte lembran a de sua inf ncia os banhos e pescarias no ribeir o das Anhumas Hoje ela testemunha com rico relato a altera o da din mica do ribeir o e a Invas o das capivaras em sua planta o O fragmento fica em rea denominada de Terras do Ton o propriedade de familia estrangeira atualmente residente em S o Paulo O pedido de tombamento do remanescente data de 2002 n o havendo ainda um posicionamento final do CONDEPACC O pedido de abertura do tombamento do fragmento foi iniciativa dos moradores do bairro mobilizados por uma propriet ria que desde de que adquiriu uma ch cara na Vila Hol ndia h aproximadamente 8 anos tem investido bastante em algumas mudan as locais como melhorias no transporte p blico e infra estrutura do bairro altera o de seu nome antes bairro Quilombo e na mobiliza o da comunidade e parceiros para seus projetos Ela tem muitos projetos para o local inclusive o de criar um Centro de Estudos em parceria com a Unicamp que vi
81. 2006 Campinas localiza se no entroncamento de grandes e importante rodovias estaduais como a Rodovia dos Bandeirantes SP348 Rodovia Anhanguera SP330 Rodovia D Pedro I SP065 e a Rodovia Adhemar de Barros SP340 e faz divisas com os municipios de Jaguari na norte Pedreira nordeste Morungaba leste Itatiba e Valinhos sudeste Indaiatuba e Itupeva sul sudoeste Monte Mor e Hortol ndia oeste e Sumar e Paul nia noroeste apresentando extensa conurba o com os munic pios de Vinhedo Valinhos Monte Mor Hortol ndia Sumar Nova Odessa Americana Santa B rbara d Oeste e Paul nia Hoje Campinas constitu o centro da Regi o Metropolitana de Campinas Figura 2 intitucionalizada pela Lei Complementar Estadual n 870 2000 e constitu da por 19 munic pios que abriga uma popula o de mais de 5 milh es de habitantes dos quais aproximadamente 90 moram em reas urbanas Miranda 2002 Saramago J 1986 A bagagem do viajante As terras 2 Ed Lisboa Editorial Caminho 244p 21 MO a REGI O METROPOLITANA werd DE CAMPINAS Y Sn BR y Y ARTUR NOGUEIRA pe a se pL Y 1 Ca c SANTO ANT NIO La DE POSSE 4 cosm rouIs 7 M ua gt Ny aa PEDREIRA PAULINA o 1 NOVA ODESSA A j u i z CAMPINAS i f L mu y MONTE MOR Y A if o EM VINHEDO q Bacia Hidrogr fica do A O TR CEA mm Ribeir o das Anhumas 4 a A F
82. 9 1981 Disp e sobre o tombamento do Bosque dos Jequitib s Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo LEI MUNICIPAL n 5 885 de 17 12 1987 Disp e sobre a prote o e preserva o do patrim nio hist rico art stico est tico arquitet nico arqueol gico documental e ambiental do munic pio de campinas e d outras provid ncias Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo LEI MUNICIPAL n 6 031 de 29 12 1988 Institui a Lei de Uso e Ocupa o do Solo de Campinas Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo 214 LEI MUNICIPAL n 8 424 de 10 07 1995 Disp e sobre a cria o da Escola T cnica do Meio Ambiente do Brasil Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo LEI MUNICIPAL n 9 199 de 27 12 1996 Institui o Plano Local de Gest o Urbana de Bar o Geraldo Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo LEI ORG NICA DO MUNIC PIO DE CAMPINAS de 31 03 1990 Prefeitura Municipal de Campinas Campinas S o Paulo PMC 1995 Termo de Acordo e Compromisso entre a Prefeitura Municipal de Campinas e a Cooperativa Habitacional Chapad o Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo PROJETO DE LEI ESTADUAL n 238 de 22 04 1999 Disp e sobre medidas destinadas ao saneamento financeiro do Estado de S o Paulo entre elas venda de parte da rea do Parque Ecol gico Estadual Monsenhor Em lio Jos Salim S o Paulo Governo do Estado de S o Paulo RHODIA S A
83. 99 taipa de pil o e pau a pique j havia sido tombada pelo CONDEPHAAT Resolu o n 34 de 10 05 1982 por suas caracter sticas arquitet nicas A expectativa de visitantes era de aproximadamente 30 000 pessoas por fim de semana o dobro do que o Parque Portugal Lagoa do Taquaral arrebatava Correio Popular 07 03 1991 A Lagoa do Taquaral juntamente com o Bosque dos Jequitib s forma a dupla dos parques mais populares na cidade de Campinas As atividades de educa o ambiental levaram cerca de 240 mil visitantes ao Parque Ecol gico entre sua inaugura o at maio de 1992 sendo que 30 mil foram estudantes que participaram da programa o do CIPAM Centro Integrado de Percep o Ambiental Correio Popular 11 07 92 Segundo a funcion ria entrevistada a equipe de educa o ambiental realizava muitos trabalhos principalmente com a comunidade carente da Vila Brandina Assim al m de complementar a educa o buscavam ampliar o reconhecimento e a valoriza o das pessoas com o Parque e com seu pr prio barro Na rea de recupera o ambiental e paisagismo o conceito de flora nativa notavelmente tangido embora com outra nomenclatura e sem aprofundamento a respeito dos argumentos t cnicos O pr prio Burle Marx afirmou que em seu projeto incluiria a flora aut ctone da regi o campineira porque muitas rvores do estado de S o Paulo ou desapareceram ou n o t m sido suficientemente plantadas Correio Popular 27 11 87 E
84. 99 History of a voyage to the land of Brazil otherwise called America Berkley CA 102p Dean W 1996 A ferro e fogo a hist ria e a devasta o da Mata Atl ntica brasileira S o Paulo Compania das Letras 484 p distribu dos em 197 fragmentos O Invent rio Florestal da Vegeta o Natural do Estado de S o Paulo S o Paulo 2005 baseado em imagens orbitais dos sat lites LANDSAT 5 e 7 2000 2001 escala 1 50 000 e fotografias a reas 2000 2001 escala 1 35 000 aponta para Campinas uma rea total de 2 294ha de vegeta o natural o que corresponderia a 2 6 do territ rio do munic pio O isolamento dos fragmentos bem como o padr o espacial da paisagem que se refere ao n mero tamanho e justaposi o deste e dos outros elementos gerados pelo processo de fragmenta o alteram a composi o e a estrutura da comunidade Em Campinas a fragmenta o um processo iniciado h muito podendo ser relacionada a Infra estrutura necess ria aos pousos das expedi es de bandeirantes e posteriormente aos grandes ciclos econ micos que tiveram importante participa o na hist ria do Brasil o a car e o caf Entretanto associar a fragmenta o apenas com seus dist rbios desprezar que a hist ria e op es humanas al m de criar e modelar os fragmentos tamb m podem preserv los Este cap tulo apresenta a fragmenta o de habitats seus dist rbios causadores e as altera es que ela causa na estrutura din mica e
85. Anhumas Torres et al no prelo a esp cie mais frequente foi Endlicheria paniculata Spreng J F Macbr Lauraceae Fazenda Argentina n 10a e 10b Acesso pela Rodovia Adhemar de Barros km 117 sul rea 2 12ha 2 90ha 1962 3 43ha 2 90ha 1972 3 64ha 2 99ha 2002 Nesta propriedade h dois fragmentos muito degradados com alta incid ncia de lianas circundados por terras com plantio de cana de a car Isso os tornam suscet vel a inc ndios principalmente na poca de estiagem no inverno Entretanto como para um dos fragmentos o acesso facilitado pela exist ncia de um acesso a partir da Rodovia Adhemar de Barros SP340 136 ao CPqD Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Telebr s h casos de invas o e algumas vezes focos de inc ndio com suspeitas de serem criminosos Segundo antigos funcion rios ao menos nas ltimas 3 d cadas nunca houve corte seletivo de madeira e nem mesmo ca a devido a aus ncia de animais de se ca ar Antes da morte do propriet rio h 18 anos a principal atividade econ mica da Fazenda era a cria o de gado mas depois desse acontecimento os herdeiros optaram por arrendar a terra para cultivo de cana de a car da Usina A ucareira Ester S A Segundo Carvalho et al 2006 hoje a Fazenda Argentina possui 101 8ha destinados planta o de cana de a car e 26 8ha pastagem Ambos os fragmentos apresentaram incremento de rea progressivo entre 1962 2002 Tabe
86. CC Resolu o n 43 de 13 11 2003 Disp e sobre o tombamento do Conjunto Arquitet nico da Fazenda Rio das Pedras Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo CONDEPACC Resolu o n 41 de 13 11 2003 Disp e sobre o tombamento de cinco matas e as duas lagoas localizadas na Fazenda Rio das Pedras bens de interesse ambiental e hist rico cultural Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo 213 CONDEPACC Resolu o n 47 de 21 10 2004 Regulamenta o da rea Envolt ria do Bem Natural Maci o C Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo CONDEPHAAT Resolu o n 34 de 10 05 1982 Disp e sobre o tombamento da casa sede da Fazenda Mato Dentro ent o Parque Ecol gico Monsenhor Em lio Jos Salim por suas caracter sticas arquitet nicas e como patrim nio hist rico e cultural S o Paulo Governo do Estado de S o Paulo CONDEPHAAT Resolu o n 03 de 03 02 1983 Tombamento da Mata de Santa Genebra pelo CONDEPHAAT Conselho de Defesa do Patrim nio Hist rico Arqueol gico Art stico e Tur stico de S o Paulo Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo DECRETO ESTADUAL n 2 903 de 15 01 1937 Decreta a aquisi o da Fazenda Mato Dentro Campinas SP pelo Governo do Estado Governo do Estado de S o Paulo S o Paulo DECRETO ESTADUAL n 27 071 de 06 1987 Disp e sobre a cria o do Parque Ecol gico Monsenhor Em lio Jos SalimGoverno do Estado de S o Paulo S o P
87. EUVOS Criada 3 CAP TULO 1 A FRAGMENTA O NA CIDADE DE CAMPINAS 5 LLA Praementacao de Habitats aaa te 6 CLEDD incinen l COMCO er nen dd idad 7 1 1 2 A Paisacem Fraom ntada els 8 Componentes e Atributos da Paisagem Fragmentada ooooonnnnnnccccnnnonnonnnnnnnnnnonnnannnnnnss 9 Outras Consequ ncias da Fragmenta o oocccccccnnnnocccnnnnnnnnnnnnnnnonnnnnnnnnononannnnnnnnnnnnnnnos 13 1 1 3 Ressalvas ao Delineamento da Fragmenta o ccccocoonnocccccnnnnnnnnnnnnonnnnnnnnnononaninenoss 15 1 1 4 Dist rbios Causadores da Fragmenta o cocccccccnnnnocccnnnnnnnnnnnanonnnnnnnnnnnonanannnnnnnnnns 16 1 2 A Expans o de Campinas e a Fragmenta o de Habitats 12 10 Mu nicipiode Campinas aiei E E erties 21 1 2 2 Campinas e a Fragmenta o de Habitats oooncccncccccnnnononcnnnnnnnnnnonanannnnnnnnnnnonanos 31 OQ Acucar 0 Careca Industria nara en ai 32 Ideais e Pr ticas Urbanistas cis 37 X11 CAP TULO 2 OS FRAGMENTOS DA BACIA DO RIBEIR O DAS ANHUMAS 43 2 1 A Bacia do Ribeir o das Anhumas dees eae RE SEES a aca 44 Caracter sticas Politico Administrativas ooocccncnnnnnnnnnnnnnononenananononononoccnnnnnnnnnnnnnss 45 O Cro CIO DUNAS anal 47 JD CLIV OS CSPE CLIC io E a whee 48 22 DI 000 DI Eee ee nee se Meere ea ce 48 2 2 1 Evolu o dos Fragmentos da Bacia do Ribeir o das Anhumas 49 EOtomterprelacao ee ee 50 Fragmentos Remanescentes de Campinas cocccccccnnnnnnccccnnnnnnnnononanonnnnnnnn
88. Francisco FES FP 291160 7476820 2 66 0 46 3 51 5 12 15a Condominio Estancia Paraiso FES 290370 7477400 0 86 1 43 0 56 15b Condominio Estancia Paraiso FES 290400 7477100 1 69 0 46 0 46 16a Fazenda Monte D Este FP 291450 7479400 2 09 2 87 4 34 16b Fazenda Monte D Este FP 290950 7478950 5 3 15 3 63 16c Fazenda Monte D Este FP 290800 7479100 Re 1 81 22 17 Fazenda S o Bento FES 292750 7478330 18 43 17 79 18 15 18 Parque Xangrila FES 292860 7477540 7 65 6 83 5 92 19 Jardim Miriam Moreira da Costa FES 291350 7415960 2 68 2 46 0 76 20 Alphaville Campinas FES 291680 7474860 3 75 3 64 4 02 21 P E Mons Emilio Jos Salim FES 292400 7465400 5 79 5 73 5 02 22 Bosque dos Jequitib s FES 289860 7465200 10 31 10 31 10 78 23 Bosque S o Jos FES 290200 7463750 2 81 2 81 3 25 24 Bosque dos Alem es FES 289860 7467200 2 24 2 24 2 15 25 Bosque dos Italianos FES 287350 7467550 1 65 1 65 1 65 69 Continua o da Tabela 2 COORDENADAS REA REA AREA N FRAGMENTO AMBIENTE UTM 1962 1972 2002 h h h Eixo x Eixo y a on 26 Bosque da Paz FES 291900 7469500 6 28 4 75 4 19 27 Bosque Chico Mendes FES 291500 7471200 27 70 20 41 3 10 28a Mata do Chico Brinco Boi Fal FES 288800 7472300 qa 7 99 0 43 4 65 28b Mata do Chico Brinco Boi Fal FES 288600 7472200 6 93 TOTAL ha 615 34 451 62 422 72 FES floresta estacional semidecidual C cerrado FP floresta paludosa Condom nio Residencial Parque Rio das Pedr
89. Gerenciamento UGHI 5 composta das bacias hidrogr ficas dos rios Piracicaba Capivari e Jundia O ribeir o Anhumas considerado o maior curso de gua integralmente campineiro pois suas cabeceiras encontram se na pr pria rea urbana de Campinas Christofoletti amp Federici 1972 As nascentes do ribeir o das Anhumas est o em reas altamente urbanizadas devido tend ncia herdada do per odo colonial em que as ocupa es e explora es territoriais eram feitas margeando rios o que fez com que os grandes centros urbanos brasileiros nascessem e se expandissem ao longo destes Campinas 1995 Uma pequena parte da bacia encontra se no munic pio de Paul nia SP onde o ribeir o desemboca no rio Atibaia Aproximadamente 46 da rea da bacia s o considerados urbanizados Briguenti 2005 havendo muita press o em toda sua extens o que compreende desde o centro hist rico de funda o da cidade at trechos de reas rurais e reas de uso rural dentro do per metro urbano passando por reas de recente urbaniza o como o distrito de Bar o Geraldo Segundo Gomes et al 2004 e Coelho et al 2006 os solos da bacia do ribeir o das Anhumas podem ser caracterizados em cinco das ordens do Sistema Brasileiro de Classifica o de Solos EMBRAPA 1999 latossolos argissolos gleissolos nitossolos e neossolos Latossolos e argissolos ocupam propor es equivalentes caracterizando mais de 90 da bacia enquanto estes predominam no
90. HIDROGR FICA DO RIBEIRAO DAS ANHUMAS 2002 285000 290000 Figura 10 Mosaico da bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas 2002 Fonte Adami et al 2006 295000 67 68 Tabela 2 Fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas sua fisionomia ponto central de localiza o geogr fica e rea de cada um em 1962 1972 e 2002 ha A numera o dos fragmentos corresponde apresentada nas imagens 5 6 e 7 COORDENADAS REA REA AREA N FRAGMENTO AMBIENTE UTM 1962 1972 2002 Eixo x Eixo y Na ha ha 1 Vila Hol ndia FES C 285800 7480800 20 97 24 17 32 51 2 Fazenda Boa Esperan a FES 285150 7479700 2 13 2 61 2 77 3 Residencial Ibirapuera FES 286150 7478260 1 00 1 00 1 12 4 Cond Parque Rio das Pedras FES 286750 7476900 2 19 5a Fazenda Rio das Pedras FES 286650 7476650 5 39 7 67 6 18 5b Fazenda Rio das Pedras FES 285000 7476250 gt 4 23 5 82 5c Fazenda Rio das Pedras FES 285400 7476400 an 6 91 8 10 RMSG FES 283400 7474800 389 15 239 56 234 22 Recanto Yara FP 285850 7474170 1 59 1 59 1 27 8 Santa Genebrinha FES 287750 7473720 22 18 23 57 22 89 9 Fazenda Anhumas FES 289550 7473850 10 32 10 32 5 19 10a Fazenda Argentina FES 289100 7475360 2 12 3 43 3 64 10b Fazenda Argentina FP 289950 7475200 2 90 2 90 2 99 11 San Martinho Boldrini FP 288300 7476250 2 31 2 31 2 17 12 P E Herm genes de F L Filho FP 287670 7475860 0 79 0 79 0 88 13 LNLS C 289600 7476850 7 02 13 78 10 26 14 F Pau D Alho S S o
91. Mata do Chico Brinco Boi Fal 71 12 28 88 a O motivo da mesclagem de dados de mais de um fragmento o mesmo j explicitado na Tabela 2 Como urbano entendem se as reas do territ rio que s o utilizadas diretamente pela urbanidade ou que servem como corredores entre n cleos urbanos reas residenciais comerciais industriais sistemas de transporte estruturas de comunica o e energia el trica reas em urbaniza o Institui es de educa o e pesquisa cemit rios reas de lazer e pra as 19 2000 ad 273 9 hast 95 m Uso urbano ha h 1200 Uso n o urbano ha 800 1586 0 1510 4 iii 972 9 0 1962 1972 2002 Anos Figura 15 Evolu o do uso do solo no entorno dos fragmentos da bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas por classes de urbano e n o urbano em 1962 1972 e 2002 ha Al m das altera es causadas pelo pr prio processo de fragmenta o como mudan as na geometria e atributos da paisagem altera o do microclima maior exposi o insola o ventos e desseca o e outras condi es abi ticas ideais para germina o florescimento e reprodu o de esp cies nativas ja aprofundadas no item 1 1 2 a fragmenta o com predomin ncia de matrizes de uso urbano apresenta ainda alguns aspectos complicadores A velocidade dos fluxos e as altera es na matriz urbana normalmente ocorrem mais rapidamente do que estas mesmas caracter sticas em matrizes
92. RP USP LAPA J R A 1996 A cidade os cantos e os antros Campinas 1850 1900 S o Paulo Ed da USP 361p LEIT O FILHO H F 1982 Aspectos taxon micos das florestas do Estado de S o Paulo Silvicultura em S o Paulo Congresso Nacional de Ess ncias Nativas 16 A 197 206 LEIT O FILHO H F 1987 Considera es sobre a flor stica de florestas tropicais e subtropicais do Brasil IPEF 35 41 46 LEIT O FILHO H F 1995 A vegeta o da Reserva de Santa Genebra Jn Morellato P C amp Leit o Filho H F org Ecologia e preserva o de uma floresta tropical urbana Reserva de Santa Genebra 1995 Campinas Editora da UNICAMP 136p 19 29 LEITE R P 2004 Contra usos da cidade lugares e espa os p blicos na experi ncia urbana contempor nea Campinas Editora da Unicamp Aracaju Editora da Universidade Federal de Sergipe 342p LENNARTSSON T 2002 Extinction thresholds and disrupted plant pollinator interactions in fragmented plant populations ECOLOGY 83 11 3060 3072 LIMA S B 2000 Os Jardins de Campinas o surgimento de uma nova cidade 1850 1935 Disserta o de Mestrado Campinas Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Pontif cia Universidade Cat lica de Campinas LOBO P A 1977 Velhas figuras de S o Paulo S o Paulo Ed Academia Paulista de Letras 268p 206 LORENZI H 1992 rvores brasileiras manual de identifica o e cultivo de plantas arb reas nativas do Brasil vol 1 Nova O
93. TROPICAL ECOLOGY 37 1 139 141 FJPO 2003 Plano participativo de manejo do entorno da mata de santa genebra FJPO 2003a Semin rio Barra Vento Campinas Reserva Municipal da Mata de Santa Genebra Funda o Jos Pedro de Oliveira Prefeitura Municipal de Campinas 27 05 2003 Datilografado FONSECA M G MARTINI A M Z amp SANTOS F A M 2004 Spatial structure of Aspidosperma polyneuron in two semi deciduous forests in Southeast Brazil JOURNAL OF VEGETATION SCIENCE 15 41 48 FORMAN R T T 1998 Land Mosaics the ecology of landscapes and regions Cambridge Cambridge University Press 632p FORMAN R T T amp GODRON M 1986 Landscape ecology New York John Wiley Press 619p FRISCHENBRUDER M T M 2001 Gest o municipal e conserva o da natureza a bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas Campinas SP Tese de doutorado S o Paulo Faculdade de Filosofia Letras e Ci ncias Humanas Universidade de S o Paulo 204 GALETTI M 1993 Projeto de urbaniza o e manejo dos arredores da Mata de Santa Genebra Campinas Datilografado GALETTI M 1993 Diet of the scaly headed parrot Pionus maximiliani in a semideciduous forest in southeastern Brazil BIOTROPICA 25 4 419 425 GERMAINE S S ROSENSTOCK S S SCHWEINSBURG R E amp RICHARDSON W S 1998 Relationships among breeding bird habitat and residential development in greater Tucson Arizona ECOLOGICAL APPLICATIONS 8 680 691 GILPIN M a
94. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS __ SECRETARIA Y N DE 1 P S GRADUA O N LB SILVIA DE MELO FUTADA Fragmentos remanescentes da bacia do ribeir o das Anhumas Campinas SP evolu o e contexto war Este exemplar corresponde reda o final Disserta o apresentada ao Instituto de Biologia para obten o do T tulo de Mestre em Ecologia Orientador Prof Dr Carlos Alfredo Joly Campinas 2007 11 FICHA CATALOGR FICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO INSTITUTO DE BIOLOGIA UNICAMP Futada Silvia de Melo Fragmentos remanescentes da bacia do ribeir o das Anhumas Campinas SP evolu o e contexio Silvia de Melo Futada Campinas SP s n 2007 Orientador Carlos Alfredo Joly Disserta o mestrado Universidade Estadual de Campinas Instituto de Biologia 1 Fragmeniac o florestal 2 Ecologia urbana Biologia 3 Pol ticas p blicas Brasil Aspectos ambientais Joly Carlos Alfredo Il Universidade Estadual de Campinas Instituto de Biologia Ill T tulo Titulo em ingl s Forest remnants of the hydrographic basin of Anhumas river Campinas SP evolution and context Palavras chave em ingl s Forest fragmentation Urban ecology Biology Public policy Brazil Environmental aspects Area de concentra o Ecologia Titula o Mestre em Ecologia Banca examinadora Carlos Alfredo Joly Roseli Buzanelli Torres Olga Kotchetko
95. a o ambiental Para tanto fariam parte de sua Infra estrutura lagos e cascatas anfiteatro ao ar livre mirante quadra poliesportivas parque com brinquedos infantis campo de futebol sanit rios e vesti rios rea para piquenique com churrasqueira lanchonetes e restaurantes e dois estacionamentos um com capacidade para 400 e outro para 600 ve culos al m do plantio de esp cies nativas e projeto paisag stico de autoria de 98 Roberto Burle Marx e Haruyoshi Ono Criado pelo governo do estado de S o Paulo na poca de administra o de Orestes Qu rcia em junho de 1987 atrav s do decreto n 27 071 e idealizado pelo Departamento de Projetos da Paisagem da Secretaria do Meio Ambiente o projeto chamou muita aten o devido a sua grandiosidade e pela estrat gia de unir hist ria cultura e segundo o verbete mais usual meio ambiente Segundo a arquiteta diretora do Departamento na poca o Parque servir para o entrosamento do homem com a natureza desenvolver m todos de recupera o de reas degradadas e mostrar s pessoas a import ncia de uma boa conviv ncia com o meio ambiente Di rio do Povo 25 10 90 O Parque Ecol gico Monsenhor Em lio Jos Salim situado no quil metro 3 2 da Rodovia Heitor Penteado principal via de acesso ao distrito de Sousas ocupa parte da antiga Fazenda Mato Dentro Fundada em 1806 pelo Tenente Coronel Joaquim Aranha Barreto de Camargo ent o com 1 515 alqueires a fazenda foi ba
96. a o da rea em lazer ecol gico e conserva o e trazendo o termo ecol gico embora fosse implantado nos moldes de um parque comum Grande parte da sua estrutura e diversidade vegetal atual devem se diretamente ao fato da rea ter sido antes ocupada pelo Viveiro Municipal segundo o entrevistado muitas das rvores adultas hoje no Parque s o resqu cios da produ o do viveiro como parte das mudas eram alocadas diretamente em sacos no ch o acabaram por enraizar e se estabelecerem ali mesmo sem uma interfer ncia ou planejamento Isso esclarece o fato do grupo de vegeta o do Projeto Anhumas Torres et al 2006 ter documentado as esp cies Spathodea nilotica Seem Bignoniaceae e Erythrina speciosa Andrews Fabaceae como as mais frequentes neste fragmento mesmo sendo esta de plan cie litor nea Lorenzi 1992 uma vez que ambas as esp cies foram utilizadas na arboriza o urbana seu cultivo no ent o Viveiro Municipal de Campinas e sua persist ncia e propaga o a partir dele podem ser facilmente compreendidas Santin 1999 havia detectado a presen a de Schinus terebinthifolius Raddi Anacardiaceae e Cecropia pachystachya Tr cul Cecropiaceae Ao longo do per odo de tempo analisado o fragmento do Parque Ecol gico Herm genes de Freitas Leit o Filho teve um pequeno incremento de rea passando de 0 79ha em 1962 e 1972 para 0 88ha em 2002 Tabela 2 O Parque oferece hoje aos visitantes m dia mensal de 5 600 p
97. a G bor Flora Fabiana Andr estrela caminhante Ana Paula Z Perequet Allan Victor R Nitta Shauzinha Ana Bastos Rossano Z Vicente m sica e poesia Shanti com sua l cida loucura Serginho com sua doce alegria Douglas e Tati irmandade incondicional Andr Murrer A Duda luz em forma de som e m sica por nosso amor t o belo bruto e lapidado As crian as que proporcionam 1X luz e significado diminuindo a intensidade de nossas sombras a princesa Violeta o galanteador Caio o musical Francisco a decidida Iara Laura e Luana nossos anjinhos a bela Laura D Oro o amigo Iago o inquisitivo Jo o Lui Vicente meu pequenino raio de sol E a todos os outros indispens veis no alimentar de meus questionamentos e cren as em rela o vida Unicamp aos sonhos Biologia companheiros sedentos de que a maior compreens o do mundo seja para semear luz e cores Pedro Castelo Branco pelo que cr e faz al m do carinho t mido e dos empr stimos de livros Alik luz que irradia amor e compreens o vontade de compartilhar a vida e comemorar cada vit ria di ria Rafael por tudo o que se diz e pelo sil ncio irm o amado cujo olhar para o mundo e para mim enriquece o viver Raquel pela s bria malandragem Teresa pelo carinho presente distante que sei existir Mari pelo interesse disposi o em ajudar aceita o e riso alegre e puro que alegra o caminhar Ma ra irmandade que floresce no sil ncio e pela
98. a Campinas SP Rozza 2003 dentre outras Em 1998 o 7 Grupo de Inc ndio do Corpo de Bombeiros doou funda o da Mata o caminh o de salvamento AC 21 com capacidade para mil litros de gua pr prio para pequenos inc ndios Di rio do Povo 25 07 1998 As atribui o administrativas da Funda o Jos Pedro de Oliveira tamb m s o em grande parte norteadas por condi es impostas no ato de doa o A Mata atualmente tem um grande rol de atividades de car ter cient fico e de educa o ambiental mas n o aberta visita o livre A limita o de acesso mata e seu uso como passeio p blico e seu estreito v nculo com conserva o e pesquisa tamb m j haviam sido explicitados no momento da doa o e o n o cumprimento dos mesmos ou desvio de finalidade importar em revoga o da doa o e retorno da mata fam lia Lei Municipal n 5118 art 12 A RMSG definida como floresta mes fila semidec dua e est assentada sobre relevo levemente ondulado com tr s regi es mais baixas e midas e duas discretas eleva es Leit o Filho 1995 sendo que nas baixadas a floresta semidec dua substitu da pelas florestas higr filas Talvez os principais fatores que contribuam para que a Reserva Florestal Mata de Santa Genebra seja um dos fragmentos da bacia do ribeir o Anhumas com maior n mero de pesquisas realizadas totalizando 118 estudos dentre Inicia es Cient ficas Mestrados Doutorados P s dou
99. a cidade com tamanho mpeto que deixam cicatrizes t o profundas quanto a devasta o causada pela febre amarela Uma ordin ria forma de lidar com o desconhecido que nos atemoriza a destrui o por completo do que pode ser a origem de nosso mal Encontramos um bom exemplo desta heran a em Hollanda 1948 38 reportando nos uma cita o do Di rio de Navega o de Lopes de Souza sobre o comportamento de uma expedi o portuguesa na costa brasileira Martim Afonso de Souza chegou ent o a uma ilha coberta de ninhos de fragatas e mergulh es Ordenou que se lan asse um esquife para que ele e alguns de seus oficiais pudessem aportar e ca ar Mataram in meras aves com as quais encheram o esquife Satisfeitos arremeteram de volta para os navios mas ent o sentiram soprando sobre eles da crista da ilha um s bito vento quente que parecia nada al m de fogo Notando que as bandeiras no mastro principal estavam ondulando em uma dire o contr ria foram tomados pelo temor de que o vento pernicioso pudesse infligir lhes uma febre Assim relatou o cronista T o logo devolvi o capit o ao seu navio voltei ilha e ateei fogo nela Em Campinas as medidas para a erradica o da epidemia levaram implanta o dos servi os de gua e esgoto na cidade cogitados desde 1880 e inaugurados em 1891 e 1892 respectivamente Santos Filho amp Novaes 1996 Todavia mesmo assim a febre amarela permanecera sob forma end mica e
100. a e precis o a respeito do estudo de tombamento da rea N o h nenhum manejo realizado na rea como podas conten o de trepadeiras ou mesmo plantios O fragmento n o de f cil acesso pois por um lado cont guo a reas de cultivo e por outro ao muro da PUC Campinas Segundo o propriet rio essa restri o ao acesso mant m o fragmento protegido de usu rios de drogas e transeuntes muitas vezes apontados como causadores de inc ndios Mesmo assim houve uma grande redu o em sua rea no Intervalo de tempo entre 1972 2002 Tabela 2 Figuras 6 e 7 Observando o mosaico de 2002 Figura 10 podemos constatar que a rea oriunda da redu o do fragmento ampliou a rea de cultivo de cana A presen a deste cultivo no entorno do fragmento j havia sido apontada por Santin 1999 como prov vel causador dos focos de inc ndio na mata Guarea guidonia L Sleumer Meliaceae foi citada como a esp cie predominante Santin 1999 O propriet rio da Fazenda Anhumas vem contestando o tombamento do fragmento desde que foi informado da abertura do processo mas esta situa o n o apresentou grandes mudan as nos ltimos anos Al m disso ele tamb m n o autorizou a entrada da equipe de vegeta o do Projeto Anhumas para fins de pesquisa Laborat rio Nacional de Luz S ncrotron LNLS n 13 Rua Giuseppe M ximo Scolfaro 10000 P lo II de Alta Tecnologia de Campinas rea 7 02ha 1962 13 78ha 1972 10 26ha 2002 Este
101. a propriedade individual e de que embora seja emblem tica a prote o de um bem comum a responsabilidade e custos caibam aos propriet rios s o comuns em grande parte dos processos analisados Um bom exemplo que ilustra uma tentativa de driblar essa responsabilidade a situa o deflagrada no Residencial Ibirapuera o acordo feito com a PMC e os empreendedores do loteamento determina que assim que forem finalizadas as obras o fragmento ser doado PMC Este momento ansiosamente aguardado pelos empreendedores devido responsabilidade e aos cuidados que a guarda de um fragmento tombado demanda Uma mata tombada e de posse da administra o p blica mant m presente o atrativo natureza do loteamento sem acarretar multas ou grandes responsabilidades Embora o tombamento de um bem sinalize maior prote o ao mesmo h vezes em que a possibilidade de tombamento faz acelerar o processo de degrada o segundo o di rio Folha da Tarde 12 07 92 Jos Sampaio Moreira um cidad o paulistano derrubou sua casa um exemplar art nouveau de 1900 na rua Vit ria cidade de S o Paulo SP mesmo com aus ncia de planos ou projetos para o local Achei que ela seria tombada Foi um ato de precau o ante a possibilidade de ver se de m os atadas e obrigado a preservar seu im vel Realmente desestimulante e triste concordar que dada a vagarosidade de muitos tr mites legais no Brasil e o parco envolvimento que o povo brasileiro
102. a regi o central de Campinas A segunda frente de atua o seria promover a conectividade da paisagem Como a bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas difere dentre matrizes predominantemente rurais a 197 urbanas o aumento da conectividade da paisagem deve ser realizado considerando estas diferentes realidades Assim ao norte da bacia juntamente com as estrat gias de conserva o j citadas deveria ser promovida a conectividade dos fragmentos atrav s da cria o de corredores ecol gicos que possibilitassem maior mobilidade e dispers o dos organismos na paisagem Esta regi o rica em corpos d gua e conjugar a prote o destes com a implementa o de corredores ecol gicos uma medida j com respaldo legal importante lembrar que al m do isolamento j caracter stico dos fragmentos de habitat a delimita o dos fragmentos com muros ou alambrados um fator que intensifica este isolamento diminuindo a mobilidade de animais de porte m dio e grande que podem tamb m atuar como dispersores O Plano Local de Gest o Urbana de Bar o Geraldo instituiu o Projeto Especial Parque Ribeir o das Pedras Se o IV do Cap tulo I T tulo III da Lei n 9 199 de 27 12 1996 que tinha como uma das finalidades a estrutura o de um parque linear ao longo do c rrego Iniciativas como essas deveriam ser ampliadas por todo o munic pio e realizadas de forma efetiva e com cont nua manuten o A conectividade da por o cen
103. a trouxesse a restri o de n o representar uma ampla pol tica ambiental municipal ao menos teria como aliado o conhecimento aprofundado e rotineiro dos funcion rios de cada rea Entretanto esta tamb m uma possibilidade remota O corpo funcional ligado aos bosques diminuiu muito ao longo dos anos em muitos bosques n o h efetivamente mais do que tr s ou quatro funcion rios operacionais que acabam envolvidos apenas com as atribui es de manuten o 187 geral dos bosques como varri o pintura e concerto de equipamentos Al m disso embora muitos tenham uma rela o ntima e longa com as reas verdes de Campinas o conhecimento aprofundado e t cnico para a realiza o de um manejo adequado dos fragmentos remanescentes fica aqu m do necess rio Mesmo o cargo dos chefes de bosque os quais deveriam ser suficientemente instru dos para lidar com toda a complexidade das quest es que envolvem a preserva o de fragmentos remanescentes e das reas de lazer da cidade n o concebido com a devida seriedade Foi extremamente comum durante as visitas realizadas aos bosques e parques ter dificuldade de encontrar o chefe de bosque respons vel Como este um cargo comissionado podendo ser renomeado um novo funcion rio cada novo mandato da PMC rotineiramente utilizado como moeda pol tica e usual que os chefes estejam envolvidos com outras quest es do mandato dever que os afastam dos bosques Assim o cotidiano a
104. acia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas Adami et al 2006 foram produzidos mapas para 1962 1972 e 2002 que ilustram a evolu o dos fragmentos e o padr o de crescimento urbano da cidade de Campinas Foram ainda calculadas para cada fragmento as altera es do entorno num raio de 300m entre as classes urbano e n o urbano para cada uma das datas 1962 1972 2002 2 2 2 Entrevistas A fim de aprofundar o conhecimento a respeito da hist ria manejo e impactos nos fragmentos e das quest es administrativas a eles relacionadas foram realizadas entrevistas no 32 Intervalo de tempo entre junho 2005 e agosto 2006 Embora as entrevistas pudessem ter sido realizadas atrav s do envio de question rio por correio tradicional correio eletr nico ou feitas pelo telefone optou se conscientemente pela entrevista face a face sempre que poss vel pois embora mais trabalhosa ela possibilita maior intimidade com o entrevistado e por conseguinte com o objeto de estudo aprofundando as quest es abordadas Inicialmente as entrevistas foram elaboradas como question rios semi estruturados ou seja formados por quest es padronizadas mas abertas de modo que a resposta fica a crit rio do entrevistado o qual n o precisa limitar se gama de respostas previamente definida Entretanto ap s alguns testes ela n o se mostrou muito eficaz tendo sido ent o adotada a utiliza o de um roteiro norteador Um roteiro de entrevistas relaciona os t
105. ade de acerto do passo seguinte sem para isso rememorar os erros que j se foram Um agradecimento emocionado aos pais e irm os indispens veis pelo apoio que s o s de sab los pela alegria de t los pelo aprendizado da conviv ncia por me ensinarem que n o basta o amor mais Intenso e protetor para que brote a felicidade e harmonia mas que atrav s dele e com dedica o tudo poss vel Ao meu pai Herm nio fonte de meu amor e simplicidade e minha m e Olga origem de minha for a e questionamento agrade o por todo o suporte por me permitirem buscar e encontrar minha irm zinha Paula agrade o pelo carinho e preocupa o pela florida companhia em minha vida ao irmaozao Fipe por me lembrar de onde vim e para onde olhar pelas simples e boas lembran as e ao sempre pequeno irmaozinho Mateus valioso presente de Deus Determina o for a discernimento e alegria o mais amado artista um lindo ator malabarista palha o percussionista dan arino Presen a que trouxe como significado da vida o aprendizado e a supera o das dificuldades com os mais fortes aliados f ingenuidade e um nariz de palha o xl SUMARIO RESUMO sn te nen ae en XV ABSTRACT sd A ee tonic xvii Indiee deS laS seele O Ra XIX ndice de Tabelas ccccccecsccsescsescscscsesescscscscscscacacscscacavavavavavavavavavavavavavavavavavavavsesesesesenesevene XXi ndice de Figuras Eo XX111 ndice de ANEXOS RO XXV ERODE A tes eto es a E coi 1 ODJ
106. ade de realidade sendo apresentados primeiramente os fragmentos p blicos em sua maioria bosques municipais e depois os privados Esta sequ ncia foi alterada apenas quando similaridade da realidade atual se sobrep s uma hist ria comum dos fragmentos importante para a compreens o da evolu o e contexto dos mesmos Bosque Chico Mendes n 27 Rua Moscou s n Pq S o Quirino rea 27 Oha 1962 20 40ha 1972 3 10ha 2002 A area onde hoje se localiza o Bosque Chico Mendes pertencia antiga fazenda Sao Quirino de posse dos irm os Jos Bonif cio Coutinho Nogueira e Paulo Nogueira Neto e foi doada ao munic pio para constru o de uma pra a e sistema recreativo na poca em que se formou o loteamento Ch caras S o Quirino no in cio da d cada de 70 Folha de S o Paulo 15 09 1978 A rea ficou aberta e abandonada durante v rios anos durante os quais era comum o corte de rvores para abastecimento de lenha entre os moradores da regi o e a utiliza o da rea do Bosque como dep sito de lixo a es talvez respons veis pela desestrutura o da mata que vemos hoje evidenciada na aus ncia dos tr s estratos e com dossel extremamente aberto e indiv duos arb reos isolados Santin 1999 relata a presen a de Lonchocarpus muehlbergianus Hassl Fabaceae e Aspidosperma ramiflorum M ll Arg Apocynaceae De acordo com o levantamento realizado pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas Torres et al no pre
107. ado ja limitador este o foi ainda mais tanto devido ao meu extraordin rio percurso como s dificuldades de acesso e comunica o com as diversas reas da Prefeitura Municipal de Campinas Assim sendo os objetivos espec ficos desta disserta o foram e Identificar quais s o os fragmentos atuais da bacia e acompanhar sua altera o de tamanho atrav s da interpreta o de fotos a reas multitemporais 1962 1972 2002 e sa das a campo e Apreender as dimens es dos processos que contribu ram para a fragmenta o da vegeta o analisando o hist rico do munic pio e interpretando o uso do solo na bacia a partir das fotos a reas multitemporais 1962 1972 2002 e Identificar o contexto municipal dos fragmentos e como as diferentes conjunturas influenciam cada um deles H diferen a entre a posse p blica ou privada dos fragmentos De que forma as pol ticas municipais ambientais atuam na conserva o e manejo dos fragmentos e Ap s inventariar os fragmentos sua evolu o e contexto compreender de que forma as diretrizes da Teoria da Fragmenta o de Habitats podem ser aplicadas na bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas de modo a propiciar uma paisagem ecologicamente mais est vel e conectada 2 2 Metodologia A metodologia aplicada nesta disserta o foi estruturada em tr s eixos principais no primeiro foi utilizada a combina o de fotointerpretac o de imagens multitemporais 1962 1972 2002 com dados
108. ados pela popula o campineira e tamb m est no processo de estudo de tombamento CONDEPACC n 04 2003 A rea onde hoje se situa o Bosque fazia parte da fazenda Chapad o de propriedade do Sr Otaviano Alves de Lima No cora o do bairro Guanabara segundo a Prefeitura Municipal de Campinas www campinas sp gov br acesso em 22 05 2005 a rea do Bosque dos Italianos surgiu dos planos de loteamento do Jardim Chapad o aprovados pela municipalidade em 1927 O loteamento foi dividido em v rias partes e comercializado e a parte que continha o Bosque foi adquirida pela S o Paulo Land Company A doa o deste terreno municipalidade ocorreu em 1960 denominando se na ocasi o de Parque I do loteamento Jardim Chapad o Durante muitos anos esta rea coberta de densa vegeta o arb rea arbustiva e forrageira prestou se a abrigar o Recanto Infantil n 1 que por dificuldades diversas foi extinto em 1977 A partir de ent o coube ao Departamento de Parques e Jardins propor um projeto de reurbaniza o do Bosque pretendendo se associar semelhan a do Bosque dos Alem es a cria o de um novo espa o de lazer com a preserva o e manuten o Integral da mata nativa Foi no final da d cada de 1970 que o Bosque dos Italianos recebeu equipamentos de recrea o infantil os quais ainda possui uma biblioteca e a constru o de novo sistema de drenagem A esses bens foram somados a casa do Tarzan rea para festas rea coberta
109. ados anteriormente no contexto de ecossistemas urbanos ela adquire ainda maiores consequ ncias Nas reas urbanas a vegeta o amortece a amplitude de temperaturas a velocidade dos ventos e os ru dos citadinos contribui para a manuten o dos n veis habituais dos corpos d gua diminuindo riscos de inunda es devido ao aumento do solo perme vel e atenua a artificialidade antr pica tornando a paisagem mais serena A realidade da bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas n o das mais animadoras no intervalo de tempo estudado 1962 2002 houve uma grande redu o do habitat original remanescente A impermeabiliza o do solo alta e as demais press es que deterioram os fragmentos como fogo polui o invas o de esp cies e press o imobili ria est o intensamente presentes na grande maioria dos fragmentos e embora todos os fragmentos estejam legitimamente protegidos atrav s dos tombamentos ou processos de estudos de tombamento a Prefeitura de Campinas n o disp e de meios suficientemente efetivos de fiscaliza o O tombamento dos fragmentos embora seja uma a o administrativa com intuito de coloc los sob a guarda do Estado alegando maior conserva o e prote o n o tem se mostrado suficientemente gil e eficaz em Campinas 199 Muitos fragmentos de tamanho e import ncia consider veis s o propriedades particulares o que diversifica as possibilidades de sua preserva o e os torna sujeitos a disposi
110. af como melhor investimento agr cola Badar 1996 Embora em alguns lugares do mundo o caf fosse cultivado na sombra aqui no Brasil ao inv s de se preservar o dossel nativo a floresta inteira era destru da derrubada e queimada talvez por ser a maneira mais barata de iniciar a produ o Dean 1996 Ab S ber 2001 33 afirma que durante o ciclo do caf fazendeiros e trabalhadores sabiam identificar empiricamente os diferentes tipos de matas existentes nos planaltos interiores e atrav s de alguns componentes arb reos indicar fertilidade e adequa es dos solos que serviam de suporte ecol gico a determinados tipos de mata Ou seja a expans o das propriedades agr colas n o ocorria aleatoriamente mas a partir da aptid o agr cola devido s caracter sticas do solo espig es divisores e manchas de oxisolos roxos e clima A press o inicial foi sobre as florestas nos cerrados Iniciou se bem posteriormente por volta de 1970 por m de maneira muito agressiva devido aos incentivos governamentais de produ o do lcool Kotchetkoff Henriques 2003 No in cio da d cada de 60 do s culo XIX Campinas j era um dos principais produtores de caf da Prov ncia de S o Paulo Semeghini 1988 e em 1870 gra as ao desenvolvimento da agricultura cafeeira e da industrializa o era considerado o munic pio mais rico do Oeste paulista Segundo Bittencourt 1990 foi a que se deu a verdadeira explos o urbana em Campina
111. al de Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico COMDEMA Conselho Municipal de Meio Ambiente CONDEPACC Conselho de Defesa do Patrim nio Art stico e Cultural de Campinas CONDEPHAAT Conselho de Defesa do Patrim nio Hist rico Art stico e Arquitet nico do Estado de S o Paulo CPFL Companhia Paulista de Luz e For a CPqD Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Telebr s CSPC Coordenadoria Setorial do Patrim nio Cultural CONDEPACC DEPRN Departamento Estadual de Prote o aos Recursos Naturais Governo do Estado de S o Paulo DIDC Departamento de Informa o Documenta o e Cadastro Prefeitura Municipal de Campinas DMA Departamento de Meio Ambiente Prefeitura Municipal de Campinas DPJ Departamento de Parques e Jardins Prefeitura Municipal de Campinas DUOS Departamento de Uso e Ocupa o do Solo Prefeitura Municipal de Campinas EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu ria ENEB Encontro Nacional dos Estudantes de Biologia ESALQ Escola Superior de Agronomia Lu s de Queir s Universidade de S o Paulo ETE Esta o de Tratamento de Esgoto FJPO Funda o Jos Pedro de Oliveira Reserva Municipal da mata de Santa Genebra Prefeitura Municipal de Campinas GARRA Grupo Armado de Repress o a Roubos e Assaltos XX GDR Grupo de Desenvolvimento Rural Sustent vel e Seguran a Alimentar Prefeitura Municipal de Campinas IAC Instituto Agron mico de Campinas IBAMA Ins
112. alismo ou intencionalmente suscitados ou inc ndios que adv em da queima dos plantios de cana de a car Este ltimo caso merece aten o especial na regi o da bacia pertencente ao distritode Bar o Geraldo e arredores onde muitas terras fornecem cana de a car para a Usina A ucareira Ester S A 167 A hist ria da Usina Acucareira Ester S A inicia se em 1898 quando o grupo Nogueira adquiriu uma rea de 6 000 alqueires paulistas pr xima a Campinas a qual era propriedade da Companhia Sul Brasileira e Colonizadora presidida pelo Bar o Geraldo de Rezende Compunha se a propriedade de quatro fazendas com as seguintes denomina es Fazenda do Funil Fazenda da Grama Tr s Barras Fazenda S o Bento e Fazenda Boa Vista Hoje a sede da Usina situa se em Cosm polis SP e ela se dedica produ o e comercializa o de a car e lcool De acordo com a divulga o da pr pria Usina www usinaester com br acesso em 25 03 2006 em 1903 inicia se a constru o da usina de a car e o incremento da cultura da cana que veio a ter sua produ o aumentada a partir de 1975 com a cria o do Programa Nacional do lcool Pro lcool A safra 2004 2005 da Usina foi de 1 562 212ton de moagem de cana para 2 177 000 sacas de a car e 60 857 400 litros de lcool Hoje a Usina trabalha com as variedades SP801842 SP792233 RB835486 RB825336 de cana de a car Mesmo tendo as terras pr prias da Usina Ester aumentado consideravelm
113. am atrativos para instala o da ind stria e crescimento desordenado e desconectado da mancha urbana Muitos dos vazios urbanos gerados por esse crescimento desordenado localizam se na bacia do ribeir o das Anhumas que tem sofrido com uma veemente e cont nua press o com as propostas de altera o do per metro da cidade o que permitiria a Intensifica o do loteamento e impermeabilizac o do solo da regi o devido ao valor imobili rio que atingiram atualmente Segundo Carvalho et al 2006 em 1981 foram destacadas reas das fazendas Anhumas Argentina e Pau D Alho localizadas na regi o da Rodovia Adhemar de Barros SP340 quando foi aprovada a Lei de Expans o Urbana do Munic pio 1981 Desde ent o esta rea foi destinada para Institui es de alta tecnologia surgindo empresas estatais e particulares e a rea para a CIATEC Companhia de Desenvolvimento do P lo de Tecnologia de Campinas Restaram ent o algumas poucas pequenas propriedades agr colas produtivas esmagadas pelo progresso A urbaniza o intensa causando a substitui o de reas vegetadas por pavimenta o e impermeabiliza o da superf cie do solo aliada destrui o da vegeta o ciliar e ao assoreamento dos corpos de gua s o fatores que contribuem para intensificar os impactos das freq entes inunda es que ocorrem no munic pio FECAMP 1994 Ideais e Pr ticas Urbanistas Conforme j demonstrado os valores e pr ticas s cio
114. ambio do valor de 10 0008000 cada uma venc veis annualmente e sem juros Lima 2000 O Bosque dos Jequitib s Figura 16 n o somente o mais antigo como tamb m dos mais populares e visitados bosques de Campinas De acordo com a PMC a estimativa de visitantes no parque de 18 mil pessoas nos finais de semana e milh o de pessoas ao ano incluindo p blicos de lazer recreativo contemplativo e did tico Conforti amp Dechoum 2003 Ele possui uma diversificada Infra estrutura rea de alimenta o com diversas lanchonetes rea de recrea o com brinquedos infantis fontes e um trenzinho o Teatro Carlos Maia o Museu de Hist ria Natural o Aqu rio e o Zool gico Municipal H tamb m algumas atividades para a popula o 93 que j est o embutidas na rotina do Bosque como o curso de f rias de ecologia oficinas para professores e alunos e programa de educa o ambiental O zool gico do Bosque das grandes atra es da cidade e embora tamb m apresente defici ncias por falta de funcion rios recebe muita dedica o de alguns funcion rios Inclusive da administradora ha 16 anos na PMC em 1986 estagi ria no Bosque e atualmente bi loga do zool gico desde 1991 Todas as instala es do zool gico e os aspectos de alimenta o e tratamento dos animais est o atualmente adequados s normas do IBAMA H uma quantidade razo vel de animais como arara azul c o vinagre lobo guar felinos hipop tamos prim
115. analto Atl ntico assim foi essa a rea que os bandeirantes palmilharam ao norte em busca das minas de Goi s fato profundamente relacionado s origens de Campinas De acordo com a classifica o de K ppen o clima do municipio de Campinas do tipo Cwa ou clima mesot rmico com ver es quentes e esta o seca de inverno Segundo dados do Instituto Agron mico de Campinas IAC coletados entre 1890 e 1964 a temperatura m dia no munic pio de 20 6 C variando de 16 6 C nos meses de inverno a 22 8 C no ver o IAC apud Christofoletti amp Federici 1972 Ortolani et al 1995 apresentam Campinas dotada de uma esta o quente e chuvosa de outubro a mar o com temperaturas m dias de 22 a 24 C e precipita o em torno de 1 057 mm e uma esta o seca de abril a setembro com temperaturas variando entre 18 e 22 C e precipita o de cerca de 325 mm Ainda por estes mesmos autores a umidade relativa m dia anual de 72 variando em torno de 65 e 77 nos meses mais secos O territ rio de Campinas est compreendido pela bacia hidrogr fica do rio Capivari localizada na faixa sul e a bacia do rio Atibaia formadora do rio Piracicaba na por o norte nordeste do munic pio Christofoletti amp Federici 1972 ambas integrantes da bacia hidrogr fica do rio Tiet O rio Atibaia o grande rio do territ rio municipal pois corta o 23 munic pio numa grande extens o na dire o sudeste norte recebendo as guas
116. ans o horizontal no processo de expans o urbana de Campinas que produziu uma mancha cont nua e espraiada Miranda 2002 est o relacionados ao desflorestamento deste per odo Todavia embora a consider vel redu o da rea de vegeta o tenha sido o padr o para a bacia do ribeir o das Anhumas neste intervalo de tempo 1962 2002 n o foram todos os fragmentos que apresentaram o mesmo comportamento observando a evolu o individual dos 71 12 fragmentos Tabela 2 notamos que alguns apresentaram um aumento de rea como por exemplo o fragmento da Vila Hol ndia n 1 cuja rea passou de 20 97ha para 32 51ha um aumento de aproximadamente 55 Como cada fragmento apresentou uma din mica pr pria em rela o evolu o ao longo dos anos analisados a contribui o de cada um para a rea total de fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas foi alterada ao longo dos anos A Tabela 3 apresenta a contribui o individual do tamanho de cada fragmento para a rea total dos fragmentos da bacia nos tr s anos 1962 1972 e 2002 Tabela 3 Contribui o percentual de cada fragmento para a rea total de fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas em cada um dos anos 1962 1972 e 2002 N FRAGMENTO 1962 1972 2002 1 Vila Hol ndia 3 41 5 35 7 69 2 Fazenda Boa Esperan a 0 44 0 58 0 65 3 Residencial Ibirapuera 0 16 0 22 0 26 4 Cond Res Parque Rio das Pedras 0 66 5a Fazenda Rio das Pedras 0 88 1 70 1 46
117. ar permaneceu at meados do s culo XIX e segundo Serr o 2002 atingiu seu auge na regi o de Campinas em 1836 sendo que durante esse per odo a popula o campineira saltou de 185 habitantes em 1767 para 31 397 habitantes em 1874 Dean 1996 afirma que as exporta es brasileiras de a car podem ter atingido em m dia 16 mil toneladas por ano durante todo o s culo XVIII aumentando talvez para 30 mil toneladas em 1850 especulando que se os fazendeiros cultivassem seus campos por cerca de 20 anos ent o a derrubada durante um s culo e meio totalizaria 7500km dentre florestas prim rias secund rias e reas abertas naturais ou criadas pelos ind genas Segundo Christofoletti amp Federici 1972 em Campinas a cana de a car ocupou originariamente a regi o oeste do munic pio localizada predominantemente na depress o perif rica que adentra at o sudoeste do estado de S o Paulo Com a introdu o do caf a rea de plantio foi expandida al m das reas cristalinas que originaram a terra roxa localizadas a leste e norte do munic pio O uso do caf na Europa generaliza se entre 1800 e 1830 ano em que o Brasil se torna o maior produtor mundial deste g nero A produ o do caf para exporta o torna se significativa em Campinas por volta de 1835 quando os pre os internacionais a menor for a de trabalho requerida e as geadas que se abateram sobre a prov ncia comprometendo a produtividade de a car indicam o c
118. as Consta somente na listagem de 2002 pois antes do loteamento do condom nio formava um cont nuo com o fragmento 5a 2 Os fragmentos 5b e 5c formavam um nico fragmento que foi fracionado para uso agr cola entre 1962 1972 3 EIN B E AN gt A rea da Reserva Municipal da Mata de Santa Genebra foi considerada integralmente embora ela seja o nico fragmento que n o se encontra completamente inserida nos limites da bacia A Parque Ecol gico Herm genes de Freitas Leit o Filho gt Laborat rio Nacional de Luz S ncroton Fazenda Pau D Alho S tio S o Francisco 7 Em 1962 o S tio S o Francisco possu a dois fragmentos os quais em 1972 j formavam um s cont nuo 8 Tozan 2 Os fragmentos 16b e 16c formavam um nico fragmento que foi fracionado entre 1962 1972 an Parque Ecol gico Monsenhor Emilio Jose Salim Qu Pra a Francisco Vivaldi Ou Pra a Jo o Lech Junior Ou Pra a Samuel Wainer 14 Ou Bosque Yitzhak Rabin 5 Os fragmentos 28a e 28b formavam um nico fragmento que foi atravessado pela rodovia D Pedro I SP065 entre 1962 1972 Atualmente o fragmento 28a composto por duas manchas extremamente pr ximas sendo que para qualquer manejo eles devem ser analisados conjuntamente pois o menor deve ser ecologicamente dependente do maior 10 da rea total dos fragmentos taxa de desflorestamento 5 0 4 10 4 0 3 01 3 0 2 82 2 0 1 0 1 00 0 27 0 06 0 0 1962 1972 2
119. as esp cies alvo de ca adores Para lidar da forma adequada com tais Impactos bem como para definir o manejo e a es espec ficas da Unidade de Conserva o UC e estabelecer integra o com a comunidade do entorno foi estabelecido no Cap tulo I Art 2 XVII da Lei n 9985 de 18 07 2000 SNUC que o plano de manejo de uma UC o documento t cnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma Unidade de Conserva o se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da rea e o manejo dos recursos naturais inclusive a implanta o das estruturas f sicas necess rias gest o da Unidade Ou seja documento imprescind vel para o estabelecimento de diretrizes a m dio e longo prazo e a avalia o de seu cumprimento Entretanto embora tenha havido algumas tentativas uma inclusive em andamento nos anos de 2005 2006 e da qual participei at este momento a Reserva Florestal Mata de Santa Genebra n o possui um plano de manejo 120 O que existe na RMSG uma tradicional postura de mbito interno que pode sofrer algumas altera es de acordo com quem estiver na Diretoria T cnica Cient fica e na Presid ncia da Funda o e leis e normas municipais que buscam regulamentar o entorno da Mata H ainda diversas recomenda es provenientes de grupos de trabalho como as do Projeto de Urbaniza o e Manejo dos Arredores da Mata de Santa Genebra Galetti 1993 Proposta de Recupera o Ma
120. as principais pe as de propaganda de campanha das elei es de 1991 para governador do Estado Correio Popular 09 04 1998 do ent o candidato pelo PMDB Luiz Ant nio Fleury Filho mandato 03 1991 a 01 1995 do partido de Orestes Qu rcia mandato 03 1987 03 1991 Durante os anos em que a decis o a respeito do Parque era sempre postergada surgiram in meras possibilidades para a provis o de fundos ao Parque sua transforma o em Parque Zoobot nico em mais uma unidade do grupo Playcenter em redes de fast food e at mesmo na constru o de um posto de combust vel ecol gico cujos lucros beneficiassem o Parque Al m disso outros pequenos conv nios foram se firmando s duras penas e sempre por breve momento mas serviam para alimentar a esperan a dos adeptos sobreviv ncia do Parque o Projeto Viva Parque em 1998 apoiado pela rede Anhanguera de Comunica o a Escola T cnica do Meio Ambiente do Brasil criada por lei municipal Lei n 8 424 de 10 07 1995 mas nunca efetivada conv nios com empresas privadas que financiaram algumas atividades espec ficas do Parque Al m disso surgiram tamb m outros conflituosos momentos que dividiram a popula o e os formadores de opini o como a proposta de instala o de uma base do Grupo Armado de Repress o a Roubos e Assaltos Garra da Pol cia Civil em 2002 barrada em audi ncia p blica na C mara dos Vereadores de Campinas e a venda de rea do Parque cerca de 74ha como
121. as que margeiam a Mata n o possu am bocas de lobo funcionais algumas guas empo avam na frente da UC enquanto outras eram levadas at o interior do fragmento contaminando o solo a fauna e a flora Mesmo com todas essas press es a RMSG dos fragmentos com maior ndice de diversidade Shannon amp Weaver H 3 66 Torres et al 2006 importante relembrar que embora a RMSG n o se encontre inteiramente na bacia do ribeir o das Anhumas conforme pode ser visto nas Figuras 5 6 e 7 na metodologia desta disserta o foi considerada sua rea integral a fim de analisar a evolu o hist rico e press es no fragmento e n o apenas a rea contida na bacia Entretanto o ndice de diversidade de Shannon amp Weaver deste fragmento obtido pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas Torres et al 2006 corresponde amostragem realizada apenas na por o do fragmento pertencente bacia Mesmo assim o fato da RMSG ter apresentado um dos maiores ndices de diversidade pode ser devido ao fato deste fragmento ser um grande cont nuo sob prote o especial o que contribui para a manuten o das condi es originais do habitat Na Tabela 5 poss vel acompanhar a evolu o do uso do solo do entorno da RMSG Conforme se v foi no intervalo de tempo entre 1972 2002 que o uso urbano do solo aumentou de zero para 46 69 o que comprova a altera o das press es a que este fragmento est submetido Em 1992 o CONDEPACC de
122. assl Hochr Euphorbiaceae Os impactos aos quais a RMSG est sujeita s o os mesmos comuns a alguns dos outros remanescentes contamina o pelas reas de cultivo que utilizam aplica o de fertilizantes qu micos herbicidas inseticidas e diversas outras subst ncias denominadas defensivos agr colas a proximidade e facilidade de acesso de moradores e transeuntes provocando ca adas abertura de trilhas e a introdu o de outras esp cies principalmente dom sticas ocupa o urbana irregular incluindo resid ncias com cerca el trica amea a constante aos animais silvestres visita o de reas vizinhas de cultivo por animais silvestres que se tornam mais suscet veis exposi o de agrot xicos acidentes e apreens o e que muitas vezes podem retornar Mata dispersando esp cies ex ticas e invasoras e o fogo oriundo de limpezas de terrenos baldios e reas de cultivo agr cola principalmente cana de a car Al m de todos esses impactos a mata tamb m j havia sofrido com a extra o de madeiras de lei e corte de rvores para lenha Leitao Filho 1995 na poca em que compunha terras da Fazenda Santa Genebra levando forma o de varias clareiras de diferentes tamanhos Galetti 1993 em um projeto de conserva o e manejo dos arredores da Mata tamb m prop e que o uso para lazer e ca a tenha sido Intenso quando o fragmento ainda pertencia Fazenda Santa Genebra o que justificaria a inexist ncia de v ri
123. atas que se tornam objeto de grande n mero de pesquisas na rea de animais em cativeiro como estudo de esperma fecunda o e anestesia Segundo uma pesquisadora profundamente ciente da quest o ambiental de Campinas a adequa o das jaulas do zool gico foi feita custa da vegeta o nativa Um grande problema no Bosque a quantidade de gatos soltos comum que sejam abandonadas crias de gatos dom sticos que acabam sendo alimentados pela popula o e causando um grande impacto no Bosque A Associa o de Moradores do entorno do Bosque existente h muitos anos n o participa efetivamente da gest o mas contribui na divulga o do que lhes comunicado pela administra o atrav s de jornaizinhos e cartazes a fim de esclarecer e educar os visitantes Outro pol mico debate que envolve o Bosque a presen a de diversas cotias soltas cuja presen a apontada como uma agress o s esp cies arb reas uma vez que seriam v timas de anelamentos em seus troncos Outra quest o pertinente a influ ncia direta das constru es no entorno do Bosque que alteram a caracter sticas de sombreamento n vel do len ol fre tico e radia o solar no remanescente Embora na administra o do prefeito Francisco Amaral uma lei tenha proibido a constru o de pr dios com mais de dois pavimentos num raio de 100m do Bosque Lei municipal n 5138 de 24 09 81 isso n o p s um ponto final quest o Segundo especialistas as
124. ativa de manejo do fragmento sendo que ambas t m profissionais competentes envolvidos no processo O caso do S tio S o Franscisco uma exce o e foi aprofundado no tem 2 3 2 Infelizmente o caso do fragmento situado ao LNLS n o pode ser profundamente conhecido pois apesar de muitas e exaustivas tentativas a comunica o n o se estabeleceu de modo fecundo Embora todos os fragmentos privados estejam tombados ou sejam objeto de estudo de tombamento Figura 29 car ter que deveria lhes garantir maior prote o segundo um pr prio funcion rio da PMC o condom nio pode at dar satisfa o mas n o tem como a prefeitura acompanhar Fragmentos P blicos J aprofundado o contexto dos fragmentos privados abordaremos agora os fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas pertencentes ao poder p blico Como ja foi dito a maioria dos fragmentos p blicos est o hoje sob a categoria de bosques ou parques sendo que apenas 185 dois s o pra as p blicas Tabela 8 os fragmentos do Parque Xangril e do Jardim Miriam Moreira da Costa Uma informa o essencial para compreender o contexto e o manejo dos fragmentos p blicos de Campinas a de que todos eles com exce o da Reserva Municipal da Mata de Santa Genebra RMSG encontram se sob responsabilidade do Departamento de Parques e Jardins DPJ rg o da Secretaria Municipal de Infraestrutura Figura 30 Isto aproxima as pr ticas de manejo e manuten o dos fragme
125. aulo DECRETO FEDERAL n 91 885 de 05 11 1985 Declara a Mata de Santa Genebra como rea de Relevante Interesse Ecol gico ARIE Rep blica Federativa do Brasil DECRETO MUNICIPAL n 15 471 de 16 05 2006 Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo FJPO s data Estatuto da Funda o Jos Pedro de Oliveira Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo FJPO 04 11 1981 Ata da primeira reuni o do conselho de administra o da funda o Jos Pedro de Oliveira Registrada no Cart rio Privativo de Registro Civil das Pessoas Jur dicas Protocolado sob o n 50565 Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL n 870 de 19 06 2000 Cria a Regi o Metropolitana de Campinas Governo do Estado de S o Paulo S o Paulo LEI DE EXPANS O URBANA DO MUNICIPIO 1981 Disp es sobre a configura o do per metro da zona de expans o urbana para atender exig ncias da Lei Federal n 6 766 79 e que vigorou at a unifica o dos dois per metros pela Lei 8 161 94 LEI FEDERAL n 4 771 de 15 09 1965 Institui o C digo Florestal Rep blica Federativa do Brasil LEI FEDERAL n 9 985 de 18 07 00 Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conserva o Rep blica Federativa do Brasil LEI MUNICIPAL n 5118 de 14 07 1981 Disp e sobre a cria o da Funda o Jos Pedro de Oliveira Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo LEI MUNICIPAL n 5138 de 24 0
126. aulo S o Paulo S o Paulo 01 09 1982 Popula o em combate derrubada de rvore de 40 anos uma tipuana no bal o da Av Brasil Semana 3 Campinas S o Paulo Julho agosto 2005 Ano 4 n 32 Parque amigo SITES WWW AMBIENTE SP GOV BR PPMA RESBIOS1 HTM Portal da Secretaria de Estado do Meio Ambiente Acesso em 25 01 2007 WWW CAMPINAS SP GOV BR Portal da Prefeitura Municipal de Campinas Parques e Bosques Bosque dos Italianos P a Samuel Wainer Acesso em 22 05 2005 212 WWW CAMPINAS SP GOV BR Portal da Prefeitura Municipal de Campinas Parques e Bosques Bosque dos Alem es P a Jo o Lech J nior Acesso em 22 05 2005 WWW LNLS BR Portal do Laborat rio Nacional de Luz S ncrotron Acesso em 22 08 2006 WWW SEADE SP GOV BR Portal do Sistema Estadual de An lise de Dados Perfil Municipal de Campinas Acesso em 20 11 2006 WWW SHOPPINGDOMPEDRO COM BR Portal do Shopping Dom Pedro Acesso em 25 03 2006 WWW USINAESTER COM BR Portal da Usina A ucareira Ester S A Acesso em 25 03 2006 LEIS COMDEMA n 05 02 de 27 08 2002 Parecer n 02 02 referente implanta o de loteamentos em glebas cont guas resultantes da subdivis o da Fazenda Boa Esperan a Distrito de Bar o Geraldo Campinas Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo COMDEMA n 05 02 de 27 08 2002 Parecer t cnico de 23 08 01 da Coordenadoria Setorial de Uso e Ocupa o do Solo Campinas Secretaria de Plane
127. bacia do ribeir o das Anhumas a fim de situar o leitor na rea de estudo Posteriormente na segunda se o apresento a metodologia utilizada nesta disserta o a obten o e tratamento das imagens em sistemas de informa es geogr ficas SIG as visitas realizadas aos fragmentos as entrevistas e a pesquisa realizada em acervos de documentos municipais e institucionais e em outras fontes bibliogr ficas A terceira parte deste cap tulo compreende os resultados e a discuss o oriundos de todo este processo e foi subdividida da seguinte forma evolu o dos fragmentos e de seu entorno dentre outros aspectos importantes relacionados com os resultados obtidos do SIG s ntese do hist rico dos fragmentos com considera es a respeito das press es e manejo de cada um deles e por ltimo uma an lise conjunta a partir de eixos estabelecidos sobre algumas caracter sticas dos fragmentos 43 2 1 A Bacia do Ribeir o das Anhumas A bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas est circunscrita pelas coordenadas UTM Zona 23 de 7 462 827 a 7 482 500 N e de 282 500 a 296 870 E correspondendo a uma superf cie de 15 011 26ha aproximadamente 150 km Figura 1 Esta bacia est majoritariamente inserida no munic pio de Campinas SP cortando o no sentido sul norte e constitui se na maior bacia do munic pio dentre as contribuintes do rio Atibaia Em termos de gerenciamento de recursos h dricos a rea localiza se dentro da Unidade de
128. bilidade do Departamento de Parques e Jardins DPJ rg o da Secretaria Municipal de Infraestrutura Figura 30 tamb m respons vel pelas forma es ciliares do munic pio A nica exce o dentre estes fragmentos a Reserva Municipal da Mata de Santa Genebra RMSG administrada pela Funda o Jos Pedro de Oliveira FJPO que responde diretamente ao gabinete do prefeito Figura 30 a realidade da RMSG completamente distinta dos outros fragmentos p blicos j tendo sido detalhada no item 23 2 178 S910 9S SNIS SOP SUNS E sEIJUEISUI sessop OUTO seuade seprejuosaidal op So LUILIBOUPSIO ASAN BILBAO SP OPd 9sof ov epuny e a ordrarun y Op 2190 ELIOPIANG E sredrorunul SerIeJa199s 9 OPU OJI3J9IH OP Jourgro op OXTEQB SBIDURISUT Y opusoiduioo vIajduros rinynmso Y 9007 OF oy nf us oyraferdqns op ajautqey ojad seproausoy sogsesaye 6661 60 51 SHZ OT of 19 amp W09 OPIOHK AP oprordus eurisouesIo JE PANSIJ SON ers ep oesednao a osf ap oquauggreda OdSD PAH ome une J op PHOS ELOpEUapICOM Tam super a sanbieg ap oquaumgreda OD OMSepeo a oBjEquaumoa or QE SB Uno 70 ap opa umgreda FI 3103 QUE 0737 ap oquaumgredar SVNIdIAVO HIV dIDINDIA VO Id OUUS IE QUA ap edi tun E Leganoas 197387 a sajgrodsg 2104 05 ap pdin ELHegaras 210309838430 ap pedia maga empag Odd EJANG SP opad asof OB Ep UN UFPI AS aquarqury Olay 3 OTE oyua TAJO AU3sSa oqua ur ate
129. br prpg acesso em 20 08 2005 A relev ncia da produ o de conhecimento cient fico e t cnico das outras intituic es citadas tamb m dificilmente pode ser contestada Devido a esse contexto surpreendeu a constata o de que s o rar ssimas as pesquisas conhecidas e empregadas pelos funcion rios das reas p blicas de Campinas dos parques e bosques e Inst ncias superiores no manejo dos fragmentos Salvas as exce es apresentadas anteriormente da Reserva Municipal da Mata de Santa Genebra e do Bosque dos Jequitib s 191 a cujos funcion rios s o extremamente melhor qualificados em rela o compreens o das quest es ambientais mais complexas e da utiliza o do conhecimento acad mico produzido poucos entrevistados citaram alguma pesquisa importante em suas atribui es di rias A expectativa n o era a de que funcion rios da PMC possu ssem um grande conhecimento na rea de pesquisas mas que ao menos algumas contribu ssem para nortear o manejo dos fragmentos A pesquisa de car ter ambiental mais conhecida no munic pio amplamente discutida no mbito institucional e na imprensa de Campinas o levantamento e diagn stico das reas verdes remanescentes do munic pio Santin 1999 resultado de um doutorado realizado na Unicamp Entretanto como ja foi citado muitas vezes a vagarosidade da m quina p blica compromete alguns processos foi somente durante o encerramento desta disserta o em setembro de 2006 ap
130. bra especializada proximidade de universidades e Institutos de pesquisa e boa qualidade de vida no munic pio H alguns anos o Sitio S o Francisco foi desmembrado da Fazenda Pau D Alho embora ainda permane a com a fam lia cabendo o fragmento em quest o agora rea do s tio Em rela o ao fragmento atual desde que Julie tem conhecimento nunca houve corte seletivo de madeira nem outras interven es Apenas em 1988 um princ pio de queimada rapidamente controlado O nico manejo que h o aceiro para que a mata n o seja atingida pelo fogo provindo do s tio vizinho que eventualmente amea a o remanescente tendo j havido controle de trepadeiras iniciado em 1986 O fragmento possui uma trilha atrav s do qual poss vel percorrer grande parte dele Este fragmento que j havia sido classificado por Santin 1999 como rea muito conservada uma exce o dentre todos os outros locado em rea privada recebe prote o e manejo preventivo devido aos valores grau de instru o e esclarecimento dos propriet rios mesmo n o recebendo nenhum apoio ou acompanhamento por parte de rg os da PMC Estas a es levaram ao Incremento da rea do fragmento ao ponto de unir dois fragmentos existentes anteriormente Tabela 2 Figuras 23 e 24 mesmo havendo um aumento do uso urbano do solo no entorno Tabela 5 Pouco perturbado o fragmento mant m estratifica o vertical bem definida e dossel fechado na sua maior parte agregan
131. bras do Residencial Como j foi detalhado no hist rico deste fragmento item 2 3 2 este momento aguardado pelos empreendedores com esperan a uma vez que significa menor responsabilidade do loteamento em rela o prote o do fragmento A condi o da propriedade do fragmento um dos fatores que se mostraram chave para a compreens o do manejo dispensado a eles Os fragmentos particulares pertencem a um dos seguintes casos ou situam se em condom nios residenciais fechados ou em propriedades particulares estas predominantemente com caracter sticas rurais Isso lhes assegura um acesso restrito da popula o sendo que no caso dos fragmentos localizados em condom nios residenciais os moradores que t m a facilidade de visit los A nica exce o dentre estes fragmentos o Recanto Yara o qual embora esteja localizado em propriedades privadas est inserido em rea urbana Al m do Recanto Yara n o possuir nenhum obst culo para os 177 interessados em adentrar nele como muros ou alambrados ele est localizado em local de passagem o que tamb m facilita seu acesso Os fragmentos do poder p blico por sua vez caracterizam se por serem ou estarem situados em parques municipais em Campinas mais conhecidos por bosques ou estadual no caso do Parque Ecol gico Monsenhor Em lio Jos Salim e pra as A maioria dos fragmentos p blicos est hoje sob a categoria de bosques ou parques sendo que apenas dois os fra
132. cial Rio das Pedras tamb m muito interessante Como ja foi detalhado no hist rico deste fragmento ele surgiu a partir de um desmembramento da Fazenda Rio das Pedras ap s a doa o de terras para o estabelecimento da Unicamp Neste caso espec fico o estabelecimento do loteamento n o causou decr cimo da rea do fragmento Pelo contr rio ao comparar sua rea em 1972 com a rea total que lhe diria respeito em 2002 poss vel notar um acr scimo de quase 17 Todavia o que ocorreu foi que devido pr pria proposta de seguran a do Condom nio foi necess rio isola lo Como o fragmento encontrava se num dos limites do Condom nio foi constru do um muro para evitar o fluxo indesejado de pessoas Embora este muro esteja representado na Figura 7 n o poss vel not lo no mosaico de 2002 Figura 10 pois fica encoberto pela copa das rvores Assim deu se o fracionamento de um remanescente j fragmentado dificultando o fluxo de animais importante ressaltar que al m deste muro separar em dois um fragmento de mata antes cont nuo dificultando o fluxo de animais e a dispers o de frutos e sementes n o zooc ricos ele encontra se em uma APP As queimadas outro dist rbio que pode causar redu o da rea dos fragmentos tamb m s o comuns entre os fragmentos da bacia Elas podem ser de natureza diversa inc ndios acidentais provenientes de eventos religiosos dentre outros inc ndios criminosos origin rios de atos de vand
133. cimento pudesse gerar muita pol mica como foi oferecido ao homem uma outra rea para que morasse ali mesmo na rua Moscou a quest o foi rapidamente resolvida Em rela o s dificuldades no manejo do Bosque e a interlocu o com a administra o do DPJ e da prefeitura o entrevistado mostrou se paciente e sem grandes cr ticas As vezes as crian as quebram as luzes mas s pedir que eles v m repor Quando n o podem vir logo v m assim que podem No momento da realiza o deste projeto estava em andamento o Projeto de Revitaliza o do Entorno do Ribeir o Anhumas coordenado pela Secretaria Municipal de 86 Habita o cuja meta a reurbaniza o e revitaliza o da rua Moscou incluindo a retirada das fam lias e remo o das casas em situa o de risco da margem esquerda do ribeir o das Anhumas At agosto de 2006 um total de 420 fam lias havia sido removido finalizando a primeira etapa do Projeto Fernando Pupo Secret rio da Habita o da PMC com pess Ainda faria parte do Projeto a remo o de mais 130 fam lias o plantio em rea de mata ciliar o cal amento de acesso a pedestres a constru o de pista de caminhada quadras poliesportivas e coloca o de equipamentos urbanos como lumin rias bancos e aparelhos de gin stica Certamente toda essa altera o deve ser considerada quando avaliado o uso e impactos futuros no Bosque pois alterar fortemente a rela o dos moradores do entorno
134. co A PMC n o tem engenheiro agr nomo acho que tem dois caras Tem bi logo l N o tem bi logo acho que s tem bi logo na sa de As pessoas est o l mas elas n o d o conta do recado tem que ter mais gente Assim como voc precisa de 10 engenheiros civis para tomar conta de n o sei quantas obras a voc precisa de 10 bi logos por isso que a gente est nesse caos por isso que tudo quanto rvore est morrendo na cidade N o existe a vis o do meio bi tico na Prefeitura Falta corpo t cnico O DPJ queria formar uma equipe de plantio eram extra das 1 500 rvores por m s em m dia o intuito era plantar pelo menos 800 1000 Nunca conseguimos equipe para plantar que fosse um caminh o quatro pessoas Para rodar os bairros fazendo um planejamento de plantio Quando conseguia equipe n o conseguia um t cnico para acompanhar e orientar O que devia ser um trabalho rotineiro tinha que ter um esfor o para acontecer Tudo isso comprova que sequer a pr tica da arboriza o responde demanda do munic pio e que os rg os municipais est o ainda muito aqu m de conceber as diferen as entre as reas verdes plantadas e os fragmentos remanescentes Uma segunda possibilidade na falta de respaldo institucional e conhecimento t cnico proveniente do DMA e do DPJ capaz de manejar os fragmentos adequadamente seria recorrer equipe administrativa pr pria de cada bosque ou parque Esta solu o embor
135. co Monsenhor Salim dentre alguns outros s o usualmente utilizados pela popula o como destina o de animais dom sticos que passam a ser indesejados ou intolerados em seus lares Assim frequente o despejo de ninhadas de gatos tartarugas d gua e coelhos nos fragmentos principalmente nos bosques e parques p blicos Outro dist rbio que pode comprometer a din mica dos fragmentos a presen a de polui o org nica qu mica ou de res duos s lidos Da mesma forma que a introdu o de esp cies ex ticas e invasoras est mais associada aos fragmentos localizados predominantemente em matrizes urbanas bosques parques e fragmentos inseridos em condom nios fechados a polui o org nica qu mica ou de res duos s lidos direta pode ser associada aos fragmentos vizinhos a reas de cultivo Com algumas exce es a maioria dos fragmentos sujeitos polui o o s o devido pr tica de utiliza o de insumos agr colas em reas adjacentes O dist rbio identificado como press o imobili ria n o um dist rbio objetivamente mas foi assim rotulado por apresentar uma tend ncia da rea em tornar se um condom nio residencial 169 fechado capaz de ser precursor de diversas outras altera es do fragmento mais profundamente abordadas no t pico referente s propriedades privadas O Tombamento dos Fragmentos Um dos recursos de prote o aos fragmentos remanescentes de Campinas o tombamento O tombamento o at
136. com o Bosque Chico Mendes Este fragmento encontra se em estudo de processo de tombamento CONDEPACC 04 2001 Bosque S o Jos Pra a Francisco Vivaldi n 23 Rua Capistrano de Abreu s n Vila Lemos rea 2 81ha 1962 2 81ha 1972 3 25ha 2002 Inaugurado em 13 11 1972 embora sua ilumina o date apenas de setembro de 1975 o Bosque utilizado de diferentes formas principalmente pela comunidade do bairro Semanalmente h visita o da associa o de deficientes visuais e esporadicamente das crian as da creche infantil do bairro al m das caminhadas di rias principalmente de manh cedo e no fim da tarde e grupo de Tai Chi Chuan aos s bados H rea de recrea o para adultos e crian as e cal ada para passeio O Bosque tem um hist rico diferente da maioria das outras reas e o funcion rio entrevistado afirma que n o h hist rico de corte de madeira da mata Talvez esse seja um dos motivos que contribuam para o fato deste fragmento ter tido o mais alto ndice de diversidade de Shannon amp Weaver H 3 67 segundo o levantamento realizado pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas Torres et al 2006 mesmo sendo um fragmento urbano relativamente pequeno e com a substitui o da vegeta o nativa por esp cies herb ceas ex ticas potencialmente 7 invasoras em trechos que margeiam o caminho para visitantes como o caso do hisbisco 87 Hibiscus spp Malvaceae Ainda de acordo com este l
137. composi o do ecossistema e um pouco da hist ria de Campinas e seus processos relacionados fragmenta o e preserva o dos fragmentos 1 1 A Fragmenta o de Habitats Alguns cientistas acreditam que a terra est passando pela maior extin o em massa em 65x10 anos Wilson 1992 A destrui o de habitats e a fragmenta o s o tidas como as principais amea as biodiversidade global Burgess amp Sharpe 1981 Noss 1983 Harris 1984 Wilcox amp Murphy 1985 Wilcove et al 1986 Quinn amp Harrison 1988 Noss amp Cooperrider 1994 Baur amp Erhardt 1995 pois enquanto a primeira causa extin o de habitats e esp cies a segunda altera drasticamente a composi o estrutura e padr es espaciais dos ecossistemas gerando efeitos mais complexos dos que os oriundos da simples destrui o de habitats Segundo Whitmore 1997 a taxa de desflorestamento tropical excede 15x10 ha anualmente resultando em extensas paisagens florestais fragmentadas A realidade brasileira n o menos assustadora a partir de imagens de sat lite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE Fearnside 2005 aponta que a taxa de desflorestamento da Amaz nia Brasileira chegou a 23 8x10 km em 2003 A fragmenta o de habitats consiste na ruptura de um habitat ecossistema ou paisagem em peda os menores e desconectados Turner et al 2001 ou seja o processo no qual ap s dado dist rbio uma grande extens o de habitat s
138. cterizados Todavia poucos percebem isso e muitos continuam os crendo autosuficientes e tomam como desnecess rias pr ticas de manuten o do fragmento De acordo com o pr prio Diretor do Departamento de Parques e Jardins da PMC n o tem uma degrada o grande n o as pessoas n o estragam as rvores A tend ncia de manuten o da mata semente mesmo e aparecer novas rvores assim justificando serem desnecess rias pr ticas de plantios rotineiras O agrupamento dos dist rbios nesses dois grupos foi intencional para que estes aspectos fossem notados e pudessem ser aprofundados Os fragmentos que no per odo analisado apresentaram redu o de rea tiveram este desflorestamento causado pela expans o agropastoril Fazenda Rio das Pedras por exemplo ou pelas consequ ncias do processo de urbaniza o como constru o de autovias por exemplo Mata do Chico Brinco ou condom nios residenciais Condom nio Residencial Rio das Pedra por exemplo Em alguns casos n o a implementa o dos condom nios que pode ser diretamente responsabilizada pelo decr scimo das reas dos fragmentos mesmo porque muitas vezes como ser aprofundado mais frente o fragmento faz parte do s mbolo de um produto que agrega valor aos condom nios Entretanto a m dio e longo prazo o desconhecimento das pr ticas adequadas por parte dos empreendedores e moradores pode contribuir para a cont nua degrada o dos fragmentos Um interessante ca
139. ctive in plant population biology JOURNAL OF ECOLOGY 84 461 469 INSTITUTO GEOL GICO 1993 Subs dios do meio f sico geol gico ao planejamento do munic pio de Campinas SP Programa Cartas geol gicas e geot cnicas para o planejamento ambiental na regi o entre Sorocaba e Campinas S o Paulo Secretaria do Meio Ambiente Instituto Geol gico 3v ITC 1997 Ilwis 2 1 for windows integrated land and water information system user s guide Enschede ITC 520p JENSEN J R 1996 Introductory digital image processing a remote sensing perspective Upper Saddle River Prentice Hall 2 ed 318p J IA P R 2000 Novas trajet rias da alta tecnologia no Brasil sob a influ ncia da a o do estado uma an lise do p lo tecnol gico regional de Campinas SP Tese de Doutorado Rio Claro Instituto de Geoci ncias e Ci ncias Exatas Universidade Estadual Paulista J lio de Mesquita Filho KINOSHITA L S TORRES R B FORNI MARTINS E R SPINELLI T AHN Y J amp CONSTANCIO S S 2006 Composi o flor stica e s ndromes de poliniza o e de dispers o da mata do Sitio S o Francisco Campinas SP Brasil ACTA BOT BRAS 2002 313 327 KLEIN B C 1989 Effects of forest fragmentation on dung and carrion beetle communities in Central Amazonia ECOLOGY 70 6 1715 1725 KOTCHETKOFF HENRIQUES O 2003 Caracteriza o da vegeta o natural em Ribeir o Preto SP bases para conserva o Tese de Doutorado Ribeir o Preto FFCL
140. da rea ou para o pr prio fragmento o entrevistado deu a entender que n o ha porque haver planos a mata fica l e vai acabar entrando como doa o num futuro empreendimento residencial Mata do Chico Brinco Mata do Boi Fal n 28a e 28b Rodovia D Pedro I km 137 Jd Nil polis rea 18 73ha 1962 7 99ha 6 63ha 1972 0 44ha 4 65ha 2002 Este fragmento embora seja hoje por muitos conhecido por Mata do Boi Fal sempre foi denominado Mata do Chico Brinco pela fam lia e funcion rios da Fazenda Santa Genebra ao qual era integrado Para hist rico mais rico a respeito da propriedade recomendo leitura do fragmento Reserva Municipal Mata de Santa Genebra Com exce o das reas doadas por Bar o Geraldo de Rezende ao IAC em 1896 Lobo 1977 e aos Padres Salesianos para a instaura o do Liceu e Col gio a Fazenda n o havia sofrido fracionamento at a d cada de 70 quando se deram os loteamentos dos bairros Santa Genebra I e II Vila Costa e Silva e a constru o da CEASA Ribeiro 2000 Entretanto ap s o falecimento de D Jandyra Pamplona de Oliveira iniciou se a partilha dos bens da fam lia e a Fazenda de Santa Genebra foi subdividida em diversas outras propriedades H poucos anos uma rea ao longo da rodovia D Pedro I foi comercializada para se instalar o empreendimento Shopping D 125 Pedro o maior da Am rica Latina nesse g nero Os empreendedores do Shopping D Pedro adquiriram um passivo ambi
141. da Rio das Pedras 100 100 00 6 RMSG 100 100 53 31 46 69 7 Recanto Yara 98 47 1 53 83 52 16 48 17 85 82 15 8 Santa Genebrinha 100 97 20 2 80 79 55 20 45 9 Fazenda Anhumas 100 74 24 25 76 72 01 27 99 10a Fazenda Argentina 100 100 93 75 6 25 10b Fazenda Argentina 100 100 76 21 23 19 11 San Martinho Boldrini 100 70 92 29 08 54 98 45 02 12 P E Herm genes de F L Filho 100 53 39 46 61 20 59 19 41 13 LNLS 100 100 85 11 14 89 14 Faz Pau D Alho S S o Francisco 97 29 97 9 2 71 2 0 93 49 6 51 81 72 18 28 15a Condom nio Est ncia Para so 100 100 70 61 29 39 15b Condom nio Est ncia Para so 100 100 57 81 42 19 16a Fazenda Monte D Este 100 100 100 00 16b Fazenda Monte D Este 100 f 100 97 04 2 96 16c Fazenda Monte D Este 100 10 48 89 52 17 Fazenda S o Bento 100 100 73 85 26 15 18 Parque Xangril 100 100 36 70 63 30 19 Jardim Miriam Moreira da Costa 97 10 2 90 91 49 8 51 48 59 51 41 20 Alphaville Campinas 100 100 18 30 81 70 21 P E Monsenhor Em lio Jos Salim 97 72 2 28 93 89 6 11 6 95 93 05 22 Bosque dos Jequitib s 99 11 0 89 0 70 99 30 0 70 99 30 23 Bosque S o Jos 99 42 0 58 0 10 99 90 0 19 99 81 24 Bosque dos Alem es 99 63 0 37 0 22 99 78 0 01 99 99 25 Bosque dos Italianos 99 67 0 33 100 0 03 99 97 26 Bosque da Paz 72 04 27 96 39 70 60 30 1 00 99 00 27 Bosque Chico Mendes 41 05 58 95 26 13 73 87 3 03 96 97 28a Mata do Chico Brinco Boi Fal 82 25 17 75 17 25 82 75 100 28b
142. dado no pr ximo item 2 3 2 81 2 3 2 Fragmentos Hist ria Manejo e Press es A partir do levantamento bibliogr fico das visitas e entrevistas realizadas e das Informa es oriundas da an lise de evolu o dos fragmentos e do uso do entorno foi redigido um hist rico para cada um dos fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas Neste hist rico foram abordados as origens de cada um dos fragmentos os principais usos da rea propriamente dita ou de seu entorno e as press es sofridas ao longo de sua exist ncia recente Al m disso as pr ticas de manejo dos fragmentos tamb m foram averiguadas a fim de compreender de que forma a administra o p blica ou os propriet rios contornam os impactos causados pela fragmenta o Os fragmentos podem ser localizados na bacia a partir da numera o na Tabela 2 Figuras 5 6 e 7 Foram apresentadas tamb m as esp cies vegetais mais comuns para cada fragmento de acordo com o levantamento de Santin 1999 e o levantamento realizado entre 2005 2006 pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas Torres et al no prelo As entrevistas que inicialmente haviam sido concebidas como question rios semi estruturados foram alteradas para entrevistas norteadas por um roteiro Question rios semi estruturados s o formados por quest es padronizadas mas abertas de modo que a resposta fica a crit rio do entrevistado o qual n o precisa limitar se gama de respostas previamente definida Contudo l
143. das de rvores no Bosque dos Jequitib s sem que estivessem relacionadas a um plano de manejo A execu o desses servi os de forma dispersa embora seja necessidade premente no dia a dia dos administradores e visitantes do Bosque n o contribui para manejo do fragmento a longo prazo dificultando sua viabiliza o e persist ncia Outro important ssimo desequil brio sofrido pelo Bosque s o as doen as vasculares causadas por fungos que colonizam o sistema vascular da planta causando um colapso no sistema de transporte de seiva bruta e em muitos casos causando a morte Segundo Conforti 2005 em Campinas al m presentes na arboriza o urbana as doen as vasculares foram observadas no interior do Bosque naquela poca j em estado avan ado Foram detectados cerca de 30 pontos de incid ncia distribu dos por toda a rea do Bosque Diversas rvores de diferentes esp cies j morreram e foram observados mais de 10 indiv duos arb reos doentes de Jequitib Cariniana estrellensis Raddi Kuntze e Cariniana legalis Mart Kuntze Lecythidaceae Conforti 2005 O entorno do Bosque dos Jequitib s tamb m sofreu uma dr stica altera o no intervalo de tempo estudado passando de majoritariamente n o urbano 0 89 em 1962 para na pr tica integralmente urbano 99 30 Bosque da Paz Bosque Yitzhak Rabin n 26 Prof Ary Monteiro Galv o Jardim Madalena rea 6 28ha 1962 4 75ha 1972 4 19ha 2002 O Bosque da Pa
144. de se for necess rio o DMA tem uma liga o com todas as reas n Mas no dia a dia n o Eles est o mais ligados aos parques lineares Um outro t cnico arremata O DMA em Campinas muito particular n um departamento que trabalha s com o meio f sico Tem l um ou outro que entende de vegeta o mas n o tem um trabalho com vegeta o l o trabalho com vegeta o do DPJ Tem a Funda o Funda o Jos Pedro de Oliveira administradora da RMSG mas a Funda o por estatuto s pode trabalhar com a Mata RMSG Assim sendo o dia a dia da quest o ambiental fica a cargo do DPJ que por falta de forma o t cnica e conhecimento aprofundado maneja os fragmentos remanecentes como se f ssem reas verdes urbanizadas O DPJ era um departamento que cuidava de todas as 186 reas verdes da cidade independente de que tipo de rea verde est se falando se uma rea grande como a Lagoa do Taquaral uma rea de lazer recrea o completamente constru da com projeto de paisagismo ou uma rea como o Bosque dos Jequitib s que uma rea natural com 100 anos de hist ria com um projeto de paisagismo que procurou preservar as caracter sticas naturais Eu acho que o servi o um funil o pedido sai l do cidad o e chega no diretor do departamento O servi o tem que funcionar E nisso que eu acho que a PMC tem que pensar N o pulverizar servi o Funda o Parque Ecol gi
145. de Servi os P blicos da PMC afirmava que 10 guardas seriam suficientes j que na Lagoa do Taquaral havia apenas seis Correio Popular 04 09 1995 gritante a diferen a dos investimentos realizados pela Funda o Florestal e o planejamento de gastos apresentado pela PMC Entretanto se era exacerbadamente simples a manuten o que a PMC propunha se a dedicar ao Parque Ecol gico explicitada na designa o de suficiente uma equipe de 10 guardas para uma rea de 110ha pareciam tamb m exacerbados os gastos da Funda o Florestal Portanto n o foi muita surpresa quando surgiram 101 as acusa es de superfaturamento de contratos a equipe de vigil ncia de 20 guardas do Parque custava R 100 000 00 mensais enquanto a PMC despendia mensalmente R 40 000 00 por um contrato que inclu a 56 homens e 3 viaturas Correio Popular 04 09 1995 Os gastos do Governo do Estado com o Parque Ecol gico Monsenhor Em lio Jos Salim j haviam sido questionados anteriormente teriam sido alocados mais recursos para a constru o do Parque do que para manuten o de todas as unidades de conserva o do Estado na mesma administra o Folha de S o Paulo 08 07 90 Enquanto membros do governo defendiam o gasto como necess rio para a implementa o de um projeto estrat gico e alegavam que a implementa o de um parque mais dispendiosa do que a manuten o outros acusavam o empreendimento de eleitoreiro o parque foi acusado de ser d
146. de e de endemismo encontram se em situa o cr tica de altera o de seus ecossistemas naturais seus dom nios abrigam 70 da popula o al m das maiores cidades e os mais importantes p los industriais do Brasil O resultado dessa concentra o pode ser evidenciado por exemplo pelo fato de a Mata Atl ntica estar reduzida a 8 de sua cobertura original no pa s MMA 2000 Em rela o evolu o da cobertura florestal do estado de S o Paulo o invent rio florestal S o Paulo 2005 afirma que 81 8 do territ rio do estado era coberto por fitofisionomias florestais em 1500 Figura 1 sendo que em 2000 apenas 7 3 do territ rio ainda possuia remanescentes dessa forma o original 17 Secretaria de Estado do Meio Ambiente http www ambiente sp gov br ppma resbios1 htm acesso em 25 01 2007 O estado de S o Paulo caracteriza se pela paisagem fortemente modificada dominada por reas agr colas e urbanas onde a vegeta o remanescente encontra se em sua maior parte pulverizada em manchas isoladas Os fragmentos localizados pr ximos a grandes municipios se n o forem protegidos manejados e fiscalizados intensamente tendem a desaparecer por completo devido maior press o urbana e especula o imobili ria que v em a receber Segundo Petenusci 2004 al m da expans o urbana a expans o da fronteira agr cola no Brasil partir da d cada de 1970 ocorrida sem um planejamento ambiental pr vio principalmente atrav s
147. de pesquisa Processo FAPESP n 01 02952 1 PETENUSCI M C 2004 Plano de manejo para parque em rea urbana Estudo de caso ribeir o Viracopos Campinas SP Disserta o de mestrado Campinas Faculdade de Engenharia Civil Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas PICKETT S T A amp OSTFELD R S 1995 The sifting paradigm in Ecology In Knight R amp Bates S F eds A new century for natural resources management Washington Island 398p PICKETT S T A OSTFELD R S SHACHACK M amp LIKENS G E eds 1997 The ecological basis of conservation heterogeneity ecosystems and biodiversity New York Chapman amp Hall 466p PUPO C M M 1969 Campinas seu ber o e juventude Campinas Academia Campinense de Letras 335p PUPO C M M 1983 Campinas munic pio no imp rio funda o e constitui o usos familiares a morada sesmarias engenhos e fazendas S o Paulo Imprensa Oficial do Estado de S o Paulo SA 231p QUINN J F amp HARRISON S P 1988 Effects of habitat fragmentation and isolation on species richness evidence from biogeographic patterns OECOLOGIA 75 132 140 REMES V 2003 Effects of exotic habitat on nesting success territory density and settlement patterns in the Blackap Sylvia atricapilla CONSERVATION BIOLOGY 17 1127 1133 RIBEIRO R 2000 Bar o Geraldo hist ria e evolu o Campinas Ed do Autor 104p ROBERTS A M S 2002 Cidadania interditada um
148. de queda de rvores No momento da inaugura o oficial o projeto paisag stico do Bosque conciliou a prote o da mata nativa remanescente com a coloca o de grama canteiros de plantas ornamentais e plantio de esp cies comuns em arboriza o urbana tanto nativas como ex ticas totalizando aproximadamente 3 000 mudas Apesar do est gio de degrada o em que se encontrava a cria o do Bosque com a recupera o do fragmento mostrou se uma necessidade por constituir se na nica alternativa de lazer para a popula o do entorno Di rio do Povo 12 12 1994 O manejo realizado m nimo os funcion rios varrem apenas as folhas do passeio e as acumulam entre as rvores para que estas virem adubo para as rvores e n o interferem no fragmento atrav s de podas Entretanto mesmo assim anos de dist rbio e manejo inadequado influenciaram extremamente na composi o e estrutura do fragmento este um dos fragmentos da bacia cujo sub bosque mais escasso quase ausente Segundo relato de t cnicos da PMC 85 durante anos houve o corte do sob bosque como meio de seguran a para evitar abrigo de criminosos e uso de t xicos ilegais O Condom nio S o Quirino loteamento de alto padr o e fronteiri o ao Bosque abriga alguns animais que anteriormente encontrar amos na mata os saguis por exemplo que parecem preferir o condom nio afinal do lado de l do muro s o muito bem cuidados como diz um funcion rio do Bosq
149. de ru dos na atmosfera No caso de reas muito urbanizadas nas quais o solo encontra se quase totalmente impermeabilizado s o importantes ainda como reas com maior permeabilidade agindo como tamp es no escoamento de gua para os cursos d gua reduzindo os efeitos de grandes enchentes Al m disso as reas verdes urbanas tem o potencial de redu o do estresse e de sensibiliza o dos cidad os sendo um elemento importante na configura o da cidade Sendo a fragmenta o origin ria de dist rbios antr picos como o processo de ocupa o do solo com a implanta o de sistemas agropastoris explora o de recursos naturais industrializa o explos o demogr fica e expans o urbana importante que consideremos a inser o hist rica dos fragmentos para compreender de que forma as diferentes press es exercidas sobre eles podem contribuir para suas condi es ecol gicas atuais Enquanto na Mata Atl ntica por exemplo os fragmentos localizam se predominantemente em locais mais ngremes nos terrenos alagados ou topos de morro onde qualquer tipo de explora o agr cola praticamente imposs vel ou economicamente invi vel Santin 1999 na Amaz nia o desflorestamento tamb m n o aleat rio espacialmente uma vez que o desenvolvimento de n cleos urbanos e de extra o de recursos tem se concentrado ao longo dos rios os respons veis pelo fluxo na regi o Desouza 2001 Thompson et al 2002 afirmam que a uni
150. de um levantamento de fragmentos remanescentes realizado anteriormente em Campinas e a atualiza o e confer ncia destas informa es atrav s de sa das a campo No segundo eixo foram realizadas entrevistas com pessoas relacionadas diretamente aos fragmentos ou quest o ambiental do munic pio e por fim no terceiro eixo foi realizada extensa pesquisa bibliogr fica e documental Assim buscou se inventariar os 48 fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas compreender de que forma deu se sua evolu o quais os fatores que contribu ram na din mica de cada fragmento e como estes ou outros fatores contribuem para o manejo preserva o e press es em cada um dos fragmentos 2 2 1 Evolu o dos Fragmentos da Bacia do Ribeir o das Anhumas Os Sistemas de Informa es Geogr ficas SIG s s o conjuntos de ferramentas utilizadas em estudos ambientais que segundo C mara 1995 possibilitam a coleta armazenamento verifica o integra o manipula o an lise modelagem e visualiza o de dados referenciados A utiliza o de aerofotos e SIG para medir magnitude ritmo e padr o das altera es no uso e cobertura da superf cie terrestre tem se tornado recurso cada vez mais frequente e dotado de possibilidades antes inexistentes em estudos ambientais Entretanto embora esta ferramenta apresente se adequada para a obten o de dados quantitativos com precis o no caso dos fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas
151. delimitados os objetivos gerais da disserta o e O Cap tulo 1 subdividido em dois eixos o primeiro aborda a fragmenta o de habitats seu delineamento te rico e as consequ ncias da fragmenta o e o segundo traz um breve hist rico da cidade de Campinas relacionando a fragmenta o com a expans o da cidade e seus ciclos e O Cap tulo 2 que trata propriamente dos fragmentos da bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas a partir dos objetivos espec ficos desta disserta o sua evolu o 1962 2002 sua hist ria e contexto e As Conclus es CAP TULO I A FRAGMENTA O NA CIDADE DE CAMPINAS SP Voc s franceses s o uns grandes idiotas precisam sofrer tanto para cruzar o mar no qual como voc nos contou suportaram tantas priva es apenas para ajuntar riquezas para seus filhos ou para aqueles que v o suced los A terra que alimenta voc s n o ser suficiente para alimenta los Um tupi Nos meses frios de maio a junho turmas de lenhadores itinerantes eram contratadas para executar a tarefa da derrubada segundo um sistema chamado picarias Trabalhando de baixo para cima a partir da base da montanha brandiam os machados sucessivamente contra cada rvore talhando at que o tronco ainda Inteiro gemesse com a imin ncia de sua queda Um capataz experiente observava cuidadosamente a rampa da montanha a posi o de cada rvore e os cip s abundantes nesse setor da Mata Atl nt
152. der p blico uma experi ncia em Campinas Relat rio de pesquisa Processo FAPESP n 01 02952 1 TSCHARNTKE T STEFFAN DEWENTER I KRUESS A amp THIES C 2002 Contribution of small habitat fragments to conservation of insect communities os grassland cropland landscapes ECOLOGICAL APPLICATIONS 12 2 354 363 TURNER MG RH GARDNER AND RV O NEILL 2001 Landscape ecology in theory and practice Pattern and Process New York Springer Verlag 404p VALIO LF M amp SCARPA F M 2001 Germination of seeds of tropical pioneer species under controlled and natural conditions REVISTA BRASILEIRA DE BOTANICA 24 1 79 84 VICTOR M A M 1979 A devasta o florestal S o Paulo Sociedade Brasileira de Silvicultura 48p WHITMORE T C 1997 Tropical forest disturbance disapearance and species loss In Laurance W F amp Bierregard Jr R O ed Tropical forest remnants ecology management and conservation of fragmented communities Chicago Illinois University of Chicago Press 3 12 210 WHITMORE T C amp BURSLEM D F R P 1998 Major disturbances in tropical rainforests In Newbery D M Prins H H T Brown N D eds Dynamics of tropical communities 1998 Oxford Blackwell 549 565 WILCOVE D S MCLELLAN C H amp DOBSON A P 1986 Habitat fragmentation in the temperate zone Jn Soul M S ed Conservation biology 1986 Sunderland Sinauer Associates 237 256 WILCOX B A 1980 Insular ecology
153. dessa Plantarum 352p LOVEJOY T E BIERREGAARD R O RYLANDS A B MALCOM J R QUINTELA C E HARPER L H BROWN K S POWELL A H POWEL G V N SCHUBART H O R amp HAYS M B 1986 Edge and other effects of isolation on Amazon forest fragments In Soul M E ed Conservation biology the science of scarcity and diversity 1986 Sunderland Massachussets Sinauer Associates 584p 257 285 LUDWIG D MANGEL M amp HADDAD B 2001 Ecology Conservation and Public Policy ANNU REV ECOL SYST 32 481 517 MACEDO S S amp SAKATA F G 2002 Parques Urbanos no Brasil S o Paulo Ed da USP 207p MACHADO P A L 2002 Direito Ambiental Brasileiro S o Paulo Malheiros Editores 1064p MARINHO FILHO J S amp REIS M L 1989 A fauna de mam feros associados s matas de galeria Anais do Simp sio sobre Mata Ciliar Campinas Funda o Cargill 335p 43 60 MARTINS S V COLLETTI JR R RODRIGUES R R amp GANDOLFI S 2004 Colonization of gaps produced by death of bamboo clumps in a semideciduous mesophytic forest in south eastern Brazil PLANT ECOLOGY 172 121 131 MATTHES L A F 1980 Composi o flor stica estrutura e fenologia de uma floresta residual de planalto paulista Bosque dos Jequitib s Campinas SP Tese de Mestrado Campinas Instituto de Biologia Universidade Estadual de Campinas MATTHES L A F LEIT O FILHO H F amp MARTINS F R 1988 Bosque dos Jequitib s Campinas SP c
154. dia s margens do rio Atibaia formam um sistema complexo muito competente no sentido de fomentar o crescimento de servi os escoamento de produtos e comunica o e mobilidade de pessoas Segundos dados da SANASA 1992 apud Seva Filho 2001 e do DAEE 1990 apud Sev Filho 2001 o ribeir o das Anhumas des gua no rio Atibaia trazendo cerca de 40 dos esgotos n o tratados de Campinas Sev Filho 2001 afirma que o ribeir o das Anhumas um dos rios mais polu dos do pa s pelo fato de atravessar quase metade da rea urbana de Campinas e de trazer tamb m quase metade do esgoto da cidade o equivalente a mais de 400 000 habitantes al m das descargas de algumas ind strias e servi os com grande volume de guas pluviais e esgotos como shoppings grandes lojas clubes estacionamentos garagens e oficinas Na poca da elabora o desta disserta o encontrava se em andamento a constru o da ETE Anhumas pr xima Rodovia D Pedro I cuja ativa o somar ao munic pio 62 de esgoto tratado Durante a etapa final desta disserta o a revis o do Plano Diretor do Munic pio Campinas estava em andamento pois de acordo com o Estatuto da Cidade todo munic pio com mais de 20 mil habitantes sede de Regi o Metropolitana e que n o tenha seu Plano Diretor ou o tenha aprovado h mais de 10 anos teria que elaborar novo Plano ou revisar o existente Campinas 2006 Assim como a realidade de Campinas corresponde a todos esses 46
155. diminuiu tendo sido por isso necess ria a inclus o de um maior n mero de fragmentos para completar uma porcentagem similar da rea da bacia No ano de 2002 o n mero de fragmentos necess rios para completar aproximadamente 81 16 da rea de fragmentos da bacia tornou a decair atingindo o total de oito fragmentos Como dentre estes oito fragmentos est o inclu dos os fragmentos da Vila Hol ndia da Fazenda S o Bento e o fragmento pr ximo ao lago da Fazenda Rio das Pedras todos eles fragmentos que apresentaram incremento de rea nesse per odo Tabela 2 prov vel que a tend ncia comum a estes tr s fragmentos aliada redu o da rea de outros fragmentos destacados no ano de 1972 tenha sido suficiente para alterar a signific ncia destes ltimos As altera es das reas dos fragmentos destacados nas Figuras 12 13 e 14 podem ser melhor visualizadas na Tabela 4 Nela podemos acompanhar as porcentagens de incremento e decr scimo da rea dos maiores fragmentos da bacia do ribeir o Anhumas que foram exclu dos ou inclu dos nesta categoria nos dois intervalos de tempo 1962 1972 e 1972 2002 Os fragmentos que permaneceram dentre os mais significativos em rela o sua contribui o para a rea total dos fragmentos como o caso da Reserva Municipal da Mata de Santa Genebra por exemplo n o foram representados agora poss vel notar que em ambos os Intervalos de tempo todos os fragmentos que foram exclu dos da ca
156. diretas e mudan as bi ticas Indiretas tudo isso numa escala de tempo extremamante reduzida O efeito de borda mais estudado e conhecido em forma es florestais por ser extremamente mais percept vel e impactante devido s grandes diferen as fitofision micas das florestas e das matrizes que normalmente est o envolvidas no processo de fragmenta o de car ter agropastoril ou urbano As mudan as abi ticas seriam as respostas prim rias ap s a fragmenta o caracterizando se por altera es microclimaticas na temperatura umidade luminosidade e ventos a redistribui o de nutrientes e a altera o dos fluxos de material e energia devido exposi o de uma por o do habitat antes caracter stico de interior da forma o florestal o que pode afetar negativamente esp cies intera es e processos ecol gicos dependentes de condi es associadas ao interior Em rela o a matrizes de vegeta o aberta Murcia 1995 afirma que comparadas s florestas as pastagens e planta es permitem que maiores quantidades de radia o solar alcancem o solo durante o dia e tamb m promovam maior Irradia o para a atmosfera noite consequentemente a temperatura nas pastagens e planta es tendem a apresentar m ximas mais altas bem como amplas flutua es Essas caracter sticas contrastantes causam altera es microclim ticas no fragmento e em sua borda principalmente As mudan as bi ticas diretas podem ser causadas pela
157. dministrativo da maioria dos bosques e parques fica legado a um antigo funcion rio j pertencente ao corpo operacional que normalmente n o possui uma forma o adequada para este cargo Segundo um entrevistado Voc precisa colocar pessoas que te ajudaram na campanha que s o do governo que v o ajudar a m quina a funcionar Ent o o cargo de Chefe de bosque um desses entendeu N o importa muito se o cara t cnico na rea ali s isso n o importa Importa se ele tem uma desenvoltura para a coisa ou n o Se ele tem capacidade de ver se a grama cresce capacidade de coordenar um equipe falar quando que tem que cortar A ele j pode virar chefe de bosque A ele est recrutado j E a alguns d o liga e fazem o servi o e outros n o e quem fica cuidando do bosque um funcion rio abaixo dele Claro que depende tem casos e casos O Parque Ecol gico Herm genes de Freitas Leit o Filho e o Bosque dos Jequitib s s o das mais claras exce es do munic pio Os chefe dessas reas t m uma forma o de ensino superior aprofundada em reas do conhecimento que facilitam a compreens o e manejo dos fragmentos No caso do Bosque a chefe mant m uma rela o ntima com o Bosque h mais de 15 anos e tem parte do m rito do Bosque hoje realizar suas pr prias pesquisas principalmente da area de biologia de animais em cativeiro Entretanto mesmo no Bosque dos Jequitib s a concep o e manejo do fragmento n o muit
158. do segundo o funcion rio entrevistado uma grande diversidade de aves e mam feros como tucanos lebres cachorro do mato cotias e tatus e gamb s dentre outros marsupiais Al m disso segundo a pr pria moradora ap s o In cio do controle de trepadeiras foi percept vel que varias rvores voltaram ou seja n o foram suprimidas nem apresentaram maior ndice de mortalidade devido press o exercida pelas trepadeiras Este um resultado muito interessante uma vez que abund ncia de trepadeiras uma das press es mais intensas que o processo de fragmenta o pode gerar O fragmento cont m uma rea de baixada alagada e nascentes que confluem para o ribeir o das Anhumas ainda dentro da fazenda Pau D Alho A an lise de similaridade com outros sete fragmentos do munic pio realizada por Kinoshita et al 2006 mostrou a mata do S tio S o Francisco em posi o intermedi ria entre as forma es higr filas e as estacionais semidec duas Segundo o levantamento realizado pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas a esp cie mais frequente 142 neste fragmento foi Esenbeckia febrifuga A St Hil A Juss ex Mart Rutaceae Torres et al no prelo O fragmento do S tio S o Francisco consta no processo de estudo de tombamento de dezembro de 2003 CONDEPACC n 04 2003 ainda sem parecer final Loteamento Condom nio Est ncia Para so n 15a e 15b Luis Ant nio Lalone 321 Bosque das Palmeiras rea 0 86ha 1
159. doras de comunidades de aves Al m da vulnerabilidade da comunidade de aves causada diretamente pela urbaniza o e degrada o ambiental Mills et al 1989 Germaine et al 1998 Remes 2003 resultados comuns do processo de fragmenta o Borgmann amp Rodewald 2004 sugerem que esta correla o entre matriz e preda o de ninhos deva se ao fato das matrizes urbanas facilitarem a infesta o de arbustos ex ticos nas florestas riparias de Ohio Estados Unidos da Am rica Nessas esp cies ex ticas arbustivas Lonicera maackii Rupr Herder e Lonicera tatarica L a distribui o dos ninhos da comunidade de aves tende a ser 1 5 2m mais pr xima do solo do que nos arbustos nativos diferen a suficiente para aumentar a efici ncia de mam feros predadores os principais predadores de ninhos no local de estudo A composi o da matriz tamb m uma das vari veis que altera a conectividade da paisagem Metzger 2001 atribui conectividade capacidade da paisagem em facilitar os fluxos biol gicos ou seja conectividade refere se continuidade espacial do habitat original Forman 1988 Portanto em uma paisagem cuja matriz possui baixa permeabilidade a mobilidade dos organismos e sua consequente dispers o e coloniza o de novos fragmentos comprometida A conectividade da paisagem depende da propor o da paisagem que os fragmentos ocupam caracter stica diretamente relacionada ao tamanho dos fragmentos ao grau de isolamen
160. e 2003 cerca de 40 000 mudas por ano distribu das em aproximadamente 100 esp cies destinadas arboriza o urbana Conforti amp Dechoum 2004 Essa produ o era oriunda de sementes de esp cies ex ticas e nativas localizadas em locais de f cil acesso como pra as ruas e avenidas ou atrav s de doa es de outras institui es como o IAC Com o in cio do Plano de Manejo de reas Verdes iniciou se uma reestrutura o geral das atividades do viveiro com o principal objetivo de produ o de mudas de esp cies arb reas nativas de Campinas Isso deu se atrav s de um programa de coleta de sementes que objetivou identificar matrizes arb reas localizadas em diferentes regi es do munic pio para posterior obten o de mudas Essas matrizes localizavam se al m dos lugares antes usuais nos fragmentos remanescentes de Campinas e na cole o de rvores e palmeiras do Complexo Bot nico Monjolinho na Fazenda Santa Elisa rea experimental do IAC Assim buscou se diversificar as esp cies utilizadas na arboriza o urbana e restaura o de reas degradadas primando pelo cultivo de mudas obtidas apartir de matrizes nativas locais Iniciou se tamb m a organiza o de sementes e mudas em lotes e a sistematiza o de dados referentes coleta armazenamento tratamento e germina o das sementes bem como o destino de mudas Segundo Conforti amp Dechoum 2004 a capacita o de funcion rios foi um trabalho cont nuo de cerca
161. e Campinas 1972 Figura 27 Fazenda Santa Teresinha atual Sociedade Residencial Alphaville Campinas 2002 161 162 2 3 3 Eixos de an lise dos fragmentos Tendo j sido apresentados todos os fragmentos remanescentes da bacia do ribeir o das Anhumas uma s ntese do hist rico de cada um e a evolu o do tamanho dos fragmentos a partir de fotos a reas de 1962 1972 e 2002 entre outros aspectos Importantes partimos agora para uma an lise conjunta a partir de outro recorte eixos estabelecidos ap s observa o detalhada das condi es de conserva o dos fragmentos entre outras de suas caracter sticas e a partir de considera es a respeito do seu contexto municipal Os eixos de an lise s o as press es sofridas pelos fragmentos o tombamento como possibilidade de prote o dos fragmentos a rela o entre a posse e a preserva o dos fragmentos a contribui o da academia e dos cidad os para prote o e manejo desses fragmentos e uma vis o integrada da bacia do ribeir o das Anhumas sob a perspectiva da Teoria da Fragmenta o de Habitats Embora estas quest es tenham sido apresentadas detalhadamente no item 2 3 2 no hist rico de cada fragmento a inten o neste momento tecer uma an lise transversal aprofundando as e aproximando as da realidade dos fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas importante lembrar que uma classifica o e agrupamento como esses s o apenas um recurso de esclarecer e
162. e S o Carlos em 17797 Campinas tornou se finalmente cidade sede em 1842 e atualmente uma maiores cidades do estado de S o Paulo com 887km de extens o aproximadamente 1 029 898 habitantes e um PIB per capita maior do que o PIB m dio do estado SEADE http www seade sp gov br acesso em 20 11 2006 Entretanto at chegarmos situa o de hoje um longo caminho de hist rias conquistas poder devasta o das matas e explora o dos recursos e prote o e conserva o de reas foi percorrido Para compreendermos melhor a rela o das fases hist ricas e de sua influ ncia na fragmenta o da paisagem em Campinas esta an lise foi realizada atrav s de alguns eixos os ciclos econ micos como as principais pr ticas agr colas de Campinas e sua industrializa o e ideais e pr ticas urbanistas O A car o Caf e a Ind stria Segundo fontes da Prefeitura Municipal de Campinas Campinas 1991 a eleva o de Campinas Freguesia e Bairro em 1745 devia se j ao projeto de implanta o de fazendas de produ o de a car pois a eleva o dos pre os do a car na Europa justificava esta modifica o de atividades e h bitos Badar 1996 Fundada na monocultura de larga escala a cana de a car promoveu a reuni o das pequenas propriedades rurais para o surgimento dos latif ndios os famosos engenhos Segundo Petrone 1968 apud Semeghini 1988 de tr s engenhos em 1775 Campinas passou a sediar 93 em 1836 O
163. e se encontra o Bosque dos Alem es foi doada Prefeitura de Campinas em 1928 pela S o Paulo Land Company Limited nas proximidades da ent o Vila Mac Hardy O Bosque passava nesta ocasi o a integrar o Jardim Guanabara em forma o No curso das d cadas seguintes a aus ncia de cercas ou alambrados de prote o os cortes de algumas rvores e o ac mulo de detritos urbanos danificaram a vegeta o criando se dificuldades de preserva o e renova o da cobertura vegetal Cielo Filho amp Santim 2002 afirmam que segundo relatos de moradores antigos a rea era alvo constante de inc ndios e chegou a sofrer corte raso da vegeta o sendo mantidas algumas rvores maiores e alguns eucaliptos Entretanto n o foi poss vel comparar esta informa o com a fotointerpreta o deste fragmento e como a Informa o n o foi datada fica a suposi o de que estes intensos dist rbios tenham ocorrido h muito Em 1978 no entanto o Bosque dos Alem es foi alvo de um novo projeto mais atento aos processos de destrui o e urg ncia de se instalar mecanismos de controle e preserva o da mata que ainda neste per odo mantinha cerca de 80 de sua flora nativa www campinas sp gov br acesso em 22 05 2005 Foi nessa reinaugurac o que houve o adensamento do Bosque com plantio de v rias esp cies arb reas nativas e ex ticas como Triplaris americana L Polygonaceae pau de formiga Senna spectabilis DC H S Irwin amp Barneby Ca
164. e trepadeiras deva ser aprovada pelo CONDEPACC Plano de Diagn stico e Manejo de reas Verdes Naturais do Munic pio de Campinas Umas das tentativas mais inovadoras que buscou construir um plano de manejo Integrado dos fragmentos remanescentes do munic pio de Campinas ocorreu entre 2003 2004 na gest o da ent o prefeita Izalene Tiene Partido dos Trabalhadores Nesse per odo devido ao ingresso de novos funcion rios capacitados o trabalho desenvolvido pelo DPJ nos fragmentos concentrou se principalmente em duas linhas de a o conservar os fragmentos p blicos j existentes e restaurar as reas perturbadas e degradadas principalmente as matas ciliares Dado o objeto de estudo desta disserta o ser apresentada apenas a primeira linha de a o A conserva o dos fragmentos foi realizada atrav s da implanta o do Plano de Diagn stico e Manejo de reas Verdes Naturais do Munic pio de Campinas j que at ent o essas reas eram manejadas com a abordagem t cnica e infraestrutura direcionada para as reas verdes artificiais projetadas como ja foi apresentado Este novo programa tinha dois eixos principais e complementares entre si a reestrutura o do viveiro municipal e a capacita o t cnica de funcion rios da PMC a fim de ampliar seu conhecimento a respeito de 189 recupera o de fragmentos com esp cies nativas e possibilitar seu envolvimento com o novo programa O viveiro municipal produzia at o in cio d
165. eas com a cria o da Cidade Universit ria Residencial Rio das Pedras e Residencial Bar o do Caf O n cleo principal da Fazenda ainda envolve se com a produ o agropecu ria e em 1998 segundo of cio da pr pria Adalpra encaminhado ao CONDEPACC as atividades econ micas da fazenda eram cria o de gado Nelore Santa Gertrudis e Pardo Su o produ o de leite milho e fardos e administra o de haras de eq inos o Centro H pico Rio das Pedras Este n cleo restante est delimitado pelos loteamentos residenciais unifamiliares horizontais de alto padr o e m dia a alta densidade de ocupa o Residencial Bar o do Caf e Residencial Rio das Pedras ao norte pelo loteamento Cidade Universit ria ao sul tamb m um residencial unifamiliar horizontal de alto padr o e alta densidade de ocupa o sendo a rua Maria Teresa Dias da Silva localizada mais pr xima Fazenda de uso misto comercial e residencial pela Vila S o Jo o Vila Santa Isabel ao sul loteamentos unifamiliares horizontais de baixo a m dio padr o e m dia a alta densidade de ocupa o e a oeste pelas propriedades agr colas Fazenda Figuron e Fazenda Campal nessa rea restante que se localizam dois dos fragmentos tombados 5b e 5c pelo CONDEPACC resolu o n 41 de 13 11 2003 ap s longos seis anos de processo corrido e a 107 rea brejosa e maci o arb reo em estudo de tombamento CONDEPACC processo de estudo de tombamento n 05 2003 O pedido
166. ebra n 6 Mata Atl ntica s n Bosque de Bar o rea 389 15ha 1962 239 56ha 1972 234 22ha 2002 A Reserva Municipal da Mata de Santa Genebra foi tombada como patrim nio natural do munic pio pelo CONDEPACC resolu o n 11 de 29 09 1992 tendo antes sido tombada pelo CONDEPHAAT resolu o n 03 de 03 02 1983 e classificada como rea de Relevante Interesse Ecol gico ARIE pelo Governo Federal Decreto n 91 885 de 05 11 1985 atualmente regulamentada pelo Sistema Nacional de Unidades de Conserva o SNUC Lei n 9 985 de 18 07 00 Entretanto prov vel que nada disso ocorresse se antes em 14 de julho de 1981 no anivers rio de 207 anos de Campinas Dona Jandyra Pamplona de Oliveira ent o propriet ria da Fazenda Santa Genebra n o tivesse formalizado a doa o da mata ao munic pio A Fazenda Santa Genebra e a Fazenda Rio das Pedras compartilham parte de sua hist ria Segundo Serr o 2002 ambas vieram diretamente da ltima sesmaria da regi o que foi concedida em 1799 ao Brigadeiro Lu s Antonio de Sousa Queiroz e posteriormente dividida em duas fazendas Morro Grande dividida em v rias outras dentre as quais a Fazenda Santa Genebra e Morro Alto depois denominada Fazenda Rio das Pedras A fazenda Morro Grande era produtora de cana de a car seguindo o padr o existente no restante da regi o e era administrada pelo casal Genebra Miquelina e Lu s de Sousa Rezende Com o falecimento de 115
167. econ micos s o grandes definidores da fragmenta o orientando tanto o desflorestamento e a explora o de recursos como a localiza o tamanho e condi es dos fragmentos Serr o 2002 afirma que na maioria das propriedades rurais em Campinas uma parte da mata era poupada provavelmente por causa da dificuldade de elimin la quer devido sua densidade quer devido declividade do terreno ou para garantir constante suprimento de madeiras para as atividades di rias Al m disso elas tamb m eram vistas como as pr ximas reas destinadas ao cultivo de novos p s de 37 caf Bacellar 1996 Monbeig 1984 atribui a sobreviv ncia de alguns fragmentos de mata em meio a planta es quest o jur dica de t tulos de propriedade de terra Assim ao manterem se reas cobertas por florestas poss veis d vidas sobre divisas geogr ficas n o poderiam ser verificadas Uma medida que favorecia o propriet rio pois este acabava ficando com toda a rea que mesmo sendo coberta por mata poderia ser posteriormente explorada ou apenas suprimida dando lugar para novos plantios Todavia algumas outras for as tamb m contribuem para essa orienta o Neste item ser o ressaltadas as contribui es dos ideais e pr ticas urbanistas que atuaram na cidade de Campinas tanto devido tradi o do ordenamento urbano e planejamento por quest es est ticas quanto por saneamento no fim do s culo XIX A partir de 1889 tr s surtos co
168. edindo aten o e ajuda nesta quest o para o prefeito seguinte Jos Roberto Magalh es Teixeira numa carta de junho de 1995 assinada pela Comiss o de Meio Ambiente do Parque Xangril O que fica evidente no caso do Parque Xangril que muitas vezes s o a es de responsabilidade da PMC que interferem na deteriora o do remanescente uma outra acusa o dos moradores feita em junho de 1997 que a empresa Biolchine Engenharia de Constru o Ltda teria desmatado 250 m do remanescente para instalar uma tubula o para despejo de guas pluviais provocando assoreamento e eros es E segundo eles isso acarretaria rapidamente em degrada o da rea A empresa foi vencedora de licita o municipal e j havia registros de queixa contra ela Consta que no momento de asfaltamento dos Parques Luciamar e Xangril o c rrego tenha sido canalizado no interior da mata aumentando a degrada o Segundo os moradores embora tivessem solicitado um relat rio t cnico prefeitura para que acompanhasse as obras eles n o obtiveram sucesso Hoje o fragmento encontra se muito degradado havendo uma grande abund ncia de bambus e trepadeiras na rea Este fragmento juntamente com o do Jardim Miriam o do Bosque Chico Mendes a Mata do Chico Brinco e o hoje menor fragmento do Condom nio Est ncia Para so foram os que mais apresentaram uma redu o em sua rea total quando tomado como ponto inicial o ano de 1962 Croton floribundus Spren
169. eendimento A aquisi o do remanescente em quest o coincide com a aquisi o da rea O Termo de Acordo e Compromisso firmado entre a PMC e a Cooperativa Habitacional Chapad o PMC 1995 declara que ao t rmino das obras planejadas pelo empreendimento haver a doa o da mata a PMC mas que at ela se concretizar est sob responsabilidade da empreendedora Este fragmento tamb m est listado no processo de tombamento CONDEPACC n 04 2003 O fragmento parcialmente cercado por um alambrado e n o h manejo da rea a n o ser a poda de cip s quando saem do cercamento Ainda que o acesso n o seja permitido a presen a do fragmento agrega valor ao condom nio os moradores preferem caminhar ao seu redor e alegam o frescor a beleza e a possibilidade de verem animais como sagul tei e capivara Outra fato que comprova esse valor que os primeiros lotes a serem adquiridos por cond minos foram os logo defronte mata A administra o todavia n o v a presen a do fragmento com simpatia e est ansiosa para concretizar a doa o PMC o nosso maior calo Isso porque a responsabilidade legal do fragmento demanda vigil ncia constante durante a primeira etapa do empreendimento eles ja foram autuados e multados por adentrarem com cabos de utiliza o tempor ria alguns metros na rea protegida ao inv s de pass los por fora da mata Como o fragmento delimita o condom nio e o s tio a empreendedora n o isolou
170. eita n o somente por acrescentar elementos arquitet nicos de pocas posteriores mas com uma profunda mudan a na sua estrutura 106 e tra ado arquitet nico original tanto interna quanto externamente Mesmo assim o tombamento foi decretado no ano de 2003 CONDEPACC resolu o n 43 de 13 11 2003 Em meados da d cada de 60 entretanto a situa o se modificou Almeida Prado decide Investir no ramo imobili rio e criando as condi es prop cias para tal investimento d uma cartada de mestre disponibiliza inicialmente uma gleba de 20 alqueires para o estabelecimento da Unicamp em 1966 e logo em seguida doa outra rea para a instala o do Centro M dico de Campinas Para Zeferino Vaz idealizador da Unicamp o lugar era perfeito um terreno plano e f rtil de f cil acesso por estradas pavimentadas Rodovia D Pedro I SP065 e Rodovia Adhemar de Barros SP340 Este ato foi divisor de guas na hist ria do Distrito de Bar o Geraldo pois impulsionou uma grande necessidade de reas residenciais e de servi os nas proximidades da nova universidade nessa fase que o fracionamento da Fazenda continua mas agora com um outro intuito o de oferecer morada segura e atraente principalmente aos Intelectuais atra dos ao longo do crescimento da Unicamp e do distrito de Bar o Geraldo Eis ent o que sob responsabilidade da Adalpra Agr cola Comercial Ltda sociedade civil de direito privado inicia se o loteamento de algumas r
171. eja a combina o de esp cies encontrada em fragmentos pequenos n o simplesmente uma subamostragem das esp cies encontradas em fragmentos grandes Outra pertinente ressalva a da real natureza insular dos fragmentos Alguns exemplos ja apresentados neste capitulo Borgmann amp Rodewald 2004 Harper et al 2005 comprovam a influ ncia da matriz na din mica do fragmento indicando que n o seria adequado tra ar um paralelo entre a matriz oriunda de fragmenta o terrestre e o oceano da Teoria da Biogeografia de Ilhas Essa indevida insulariza o tamb m estaria comprometida devido hist ria evolutiva das ilhas e dos fragmentos ilhas s o naturalmente isoladas desde sua exist ncia e por isso apresentam uma hist ria evolutiva mais independente do que fragmentos terrestres que se apresentavam interconectados e at interdependentes entre si e s outras unidades do habitat original Segundo Haila 2002 e Fahrig 2003 al m da natureza insular dos fragmentos terrestres todo o delineamento da Teoria da Fragmenta o question vel Isso se daria principalmente porque a fragmenta o n o existiria como um processo por si s mas seria a forma de reconhecermos quatro diferentes processos ecol gicos concomitantes a redu o de habitat a diminui o do tamanho das manchas o aumento do n mero de manchas de habitats e o aumento do isolamento das manchas O fato de n o diferenciarmos esses processos seria respons vel
172. em grande parte pela aus ncia de padr es gerais nos estudos de fragmenta o 1 1 4 Dist rbios Causadores da Fragmenta o J vista a intensa altera o proporcionada pela fragmenta o de habitats resta nos compreender melhor quais s o os dist rbios que a causam Todas as atividades humanas relacionadas degrada o ambiental s o dist rbios potenciais fragmenta o explora o madeireira expans o urbana e agropecu ria sistema vi rio sistemas de infraestrutura como rede de gua esgoto g s e energia el trica dentre outras atividades humanas que causam dist rbios no ambiente como principalmente o desflorestamento Entretanto a a o antr pica n o determinante somente do in cio do processo de fragmenta o Mesmo ap s a fragmenta o a a o antr pica continua e a sucess o restaura o e din mica da comunidade segundo Pickett amp Ostfeld 1995 e Pickett et al 16 1997 nao s o processos deterministicos mas sim estoc stico sendo influenciados por hist rias espec ficas e fatores externos ao ecossistema Logo compreender estes processos e seus principais fatores condicionantes pr requisito para o desenvolvimento de iniciativas voltadas para conserva o manejo e restaura o de ecossistemas Dobson et al 1997 Ashton et al 2001 Uma das constata es gerais do projeto Fragmenta o de Ecossistemas causas efeitos sobre a biodiversidade e recomenda es de pol ticas p
173. ens vel no mar de loucura em que nos arremessamos Carinho lucidez descontra o companhia Alicerce nesta tempestuosa trajet ria do mestrado Ah e por ensinar a formata o de layout de figuras Mi olhar que explica parte de minha origem e mesmo assim avesso de minha exist ncia Aprendizado na presen a e na aus ncia por me olhar pelas m os entrela adas ao caminhar e mesmo que nada disso houvesse por existir onde quer que fosse isso ja seria norteador em minha jornada Agrade o infinitamente Marina B R Biju pelo esteio em meus momentos mais dif ceis na jornada do mestrado e por acreditar em minha vit ria em cada um deles Temperada Estrela Amarela radiante de carinho encontro repleto de aprendizado amor e transforma es que me ajudou a ver quem sou e quem posso ser Pela bela significa o dos pequenos momentos di rios Pelas ardorosas discuss es bio geogr ficas diferen as que enriquecem a concep o de mundo ci ncia e trabalho Gratid o eterna e alegre pela companhia no desbravar os caminhos de luz desta intensa longa breve jornada da vida ao som da cortante voz de Edith Piaf toda fam lia pela torcida espont nea mesmo distante principalmente aos titios Olza Maura Elias e aos sempre priminhos Karina Cau e Caio pelo interesse e carinho ao Mafu por me acompanhar h tanto tempo e nos momentos mais alegres e dif ceis doa o e lealdade e principalmente por sempre acreditar na possibilid
174. ent ficos Eles envolvem muitas disciplinas acad micas tradicionais que n o podem ser separadas de valores como equidade e justi a Ludwig et al 2001 Lidar com esses problemas envolve muito mais do que ecologia e ci ncia requer uma compreens o de como fatores econ micos e sociais interagem com a ci ncia ecol gica e evolutiva Ludwig et al 2001 Mais do que qualquer outra gera o anterior os ec logos atuais t m como desafio a aplica o de seu trabalho nas emergentes quest es sociais dada a triste realidade na qual estamos imersos E para os efeitos de sua pesquisa e ci ncia serem realmente efetivos devem considerar os aspectos sociais e ticos da conserva o De alguma forma o conhecimento cient fico deve estar integrado com a clareza pol tica econ mica social tica e religiosa e temperado com o respeito pela dignidade humana e a biosfera Ludwig et al 2001 Carroll L 2002 Aventuras de Alice no Pa s das Maravilhas amp Atrav s do Espelho edi o comentada John Tenniel introdu o e notas Rio de Janeiro Jorge Zahar Ed Hoje n o se discute degrada o ambiental e conserva o de recursos naturais sem adentrar no tema fragmenta o de habitats A fragmenta o o processo no qual uma grande extens o de habitat subdividida em um n mero de fragmentos menores que apresentam menor rea total e est o isolados um do outro Wilcove et al 1986 A destrui o e a fragmenta o de habitats s
175. ental Serr o 2002 sendo esses apenas alguns exemplos da extensa lista existente H ainda na RMSG o Borbolet rio que contribui para a realiza o de pesquisas na Mata um complexo composto por um viveiro de borboletas uma casa de cria o um jardim e um pequeno viveiro de plantas utilizadas para a alimenta o das lagartas A Mata de Santa Genebra localiza se na transi o entre a rea urbana rural de Bar o Geraldo e lim trofe a loteamentos residenciais CEASA o maior entreposto de agroind stria do interior do estado do S o Paulo e a cultivos de monocultura milho cana soja Embora n o seja vis vel nos mosaicos por estar al m da limita o da bacia do ribeir o das Anhumas o fragmento que se tornou a RMSG passou de 389 15ha em 1962 para 234 22ha em 2002 Tabela 2 poss vel ver a proje o deste fragmento para al m dos limites da bacia do ribeir o das Anhumas nas imagens elaboradas a partir dos mosaicos Figura 5 e 6 Sua supress o ocorreu mais intensificamente no intervalo entre 1962 1972 sendo a rea oriunda do desflorestmento destinada a empreendimento agr cola De acordo com o levantamento realizado em 2005 2006 pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas Torres et al no prelo as esp cies mais frequentes foram Croton floribundus Spreng Euphorbiaceae e Croton piptocalyx M ll Arg 119 Euphorbiaceae Astronium graveolens Jacq Anacardiaceae e Actinostemon concepcionis Chodat amp H
176. ental devido a inadequa es no momento de sua constru o e atrav s deste tomaram a responsabilidade por aproximadamente 159 000m do Parque Linear Ribeir o das Pedras que se estende da rea cont gua ao Shopping at o distrito de Bar o Geraldo Embora a tutela desta rea do Parque Linear fosse devida a um passivo ambiental n o dessa forma que os empreendedores utilizam se do fato o Shopping optou pela etiqueta de ecologicamente correto e socialmente justo e divulga abertamente que a quest o ambiental uma das principais preocupa es dos empreendedores www shoppingdompedro com br acesso em 25 03 2006 Para comprov la apresenta o seu programa de economia de energia atrav s do aproveitamento de ilumina o natural e do manejo inteligente de temperaturas internas o programa de reaproveitamento da gua com esta o pr pria de tratamento e reutiliza o para fins de limpeza e irriga o e tamb m seu projeto de reflorestamento doado ao munic pio caracterizado pelo plantio de 25 mil mudas em trecho adotado do Parque Linear Ribeir o das Pedras www shoppingdompedro com br 25 03 2006 Tudo isso sob a denomina o Meio Ambiente como Parceiro Este empreendimento foi muito criticado por ter sido executado com aus ncia de um Estudo de Impacto Ambiental EIA procedimento comum e necess rio a empreendimentos desse porte Roseli B Torres com pess Na poca deste empreendimento tamb m n
177. ente importantes na conquista do consumidor Nomes de condom nios com elementos naturais como esp cies arb reas animais ou rios chamadas publicit rias como vende se ar puro viva perto da natureza e a presen a de matas ou reas de preserva o dentre a estrutura e servi os oferecidos est o presentes na maioria dos empreendimentos dessa categoria Embora todo esse apelo consumista seja percept vel necess rio pens lo sob uma perspectiva mais ampla Campbell 1987 nos traz que um ato de consumo possui um significado sociocultural profundo e n o deve ser visto apenas em termos econ micos Ele ressalta ainda que mercadorias s o s mbolos e t m import ncia como tal e n o somente objetos que possam trazer satisfa o intr nseca imediata a quest o n o como os bens s o feitos mas como adquirem significado 181 7 E nesse momento que os fragmentos remanescentes tornam se pe a fundamental para complementar esse produto j idealizado entre tantas pessoas Devido a isso poderia se argumentar que desse movimento de prolifera o dos condom nios residenciais que deflagra um aspecto n o muito agrad vel de nossa violenta realidade surgiria um bom fruto a import ncia que se d aos fragmentos como exemplares naturais e possibilidade de se vivenciar a natureza de perto Em rela o bacia do ribeir o das Anhumas essa hip tese merece ser abordada com aten o e profundidade Para tanto reconhe o dois
178. ente desde o inicio do s culo XX passando de 8 915ha para 9 440ha na d cada de 70 e totalizando hoje 12 350ha de terras pr prias necess rio atualmente o arrendamento de outras reas para o plantio da cana de a car Cinco dos fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas s o lim trofes a plantios de cana de a car da Usina Ester ou est o contidos em propriedades que arrendam suas terras para a Usina S o eles os fragmentos das Fazendas Anhumas Boa Esperan a e Argentina bem como o fragmento da Vila Hol ndia e a Reserva Municipal da Mata de Santa Genebra e suas condi es est o melhor detalhadas no hist rico dos fragmentos item 2 3 2 Como a queima da cana uma t cnica ainda comum e utilizada pelos produtores locais na poca de estiagem o perigo de focos de inc ndio oriundos das planta es de cana intensifica se sendo um motivo de risco intenso aos fragmentos Dentre os dist rbios relacionados altera o da composi o e estrutura da comunidade a Tabela 7 apresenta a presen a intencional ou acidental de esp cies ex ticas ou invasoras a retirada de elementos ou esp cies dos fragmentos solo vegeta o ca a e a polui o org nica qu mica ou de res duos s lidos Como era de se esperar embora seja praticamente imposs vel que algum dos fragmentos n o possua esp cies ex ticas e ou invasoras altera o frequente no processo de fragmenta o a presen a delas pode ser mais fortemente associada com os
179. ento arb reo rarefeito e finalmente em 2002 notamos uma relativamente grande e cont nua forma o vegetal Os novos loteamentos e a sua caracter stica de transforma o local atrav s do aumento populacional satura o da malha vi ria e da rede de servi os crescimento local e altera o de valores e padr es entre outros t m sido quest es muito discutidas em Bar o Geraldo local de import ncia prima para a ind stria imobili ria e no munic pio de Campinas como um todo No cerne desta discuss o est o posicionamento da manuten o de reas rurais na cidade A inten o 109 do Grupo de Desenvolvimento Rural Sustent vel e Seguran a Alimentar GDR da PMC segundo um conselheiro do CONDEPACC CONDEPACC ata reuni o ordin ria 259 de 09 08 2001 era de que a rea da Fazenda Rio das Pedras se mantivesse como produ o rural Ele acrescenta ainda que uma importante discuss o interna na PMC ocorria na poca que era que a cidade de Campinas n o comportava mais que 600 000 habitantes e j possu a mais de 1 milh o e que o GDR tinha grande import ncia como participante na quest o de crescimento da cidade importante atestar que os propriet rios da Fazenda Rio das Pedras n o permitiram o acesso da equipe de vegeta o do Projeto Anhumas aos fragmentos por mais veementes e frequentes que tenham sido os pedidos Parque Ecol gico Herm genes de Freitas Leit o Filho n 12 Av Luiz de Tella s n Cidade Univers
180. ento da conectividade entre os fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas as estrat gias de conserva o poderiam ter duas frentes de atua o uma voltada para os fragmentos situados ao norte da bacia de caracter sticas n o exclusivamente urbanas seria a restaura o ecol gica atrav s de plantios de rvores nativas ampliando a rea e adensando os fragmentos e a cria o de zonas de amortecimento nos fragmentos O planejamento dos plantios poderia se dar a partir dos estudos fitossociol gicos j realizados para cada fragmento e atendo se realidade geral da bacia As zonas de amortecimento poderiam ser de diferentes naturezas dependendo do contexto do fragmento No entorno de alguns fragmentos ainda h a possibilidade de serem estimuladas reas agr colas org nicas o que contribuiria para a diminui o do impacto nos fragmentos Nos outros casos como por exemplo nos condom nios residenciais fechados ainda em implanta o prefer vel que o entorno dos fragmentos seja composto por reas comuns de lazer bem planejadas integradas ao sistema de reas verdes do condom nio do que por lotes particulares Isso permitiria atua o coesa da administra o ao longo de todo o fragmento e diminuiria a diversidade de press es geradas pela utiliza o inadequada pode parte dos moradores Estas medidas n o podem ser aplicadas em todos os fragmentos pois muitos encontram se incrustrados em matriz exclusivamente urbana inclusive n
181. entre o Governo do Estado e a PMC n o exigia participa o financeira da Prefeitura e os gastos mensais apresentados pela Funda o alcan avam mensalmente de R 383 000 00 Correio Popular 01 09 1995 a R 580 000 00 Correio Popular 28 10 1995 Alegando altos gastos com a manuten o do Parque a Funda o Florestal anuncia seu fechamento tempor rio com o intuito de redu o de gastos em 80 e busca de parcerias privadas Iniciam se as demiss es em massa ao menos 100 dos 200 funcion rios j est o desligados em 1995 Correio Popular 02 09 1995 Durante algum tempo a proposta de municipaliza o foi esporadicamente reapresentada aos cidad os como nica salva o do Parque tendo sido descartada somente na administra o da prefeita Izalene Tiene 2001 2004 sob alega o de que a exist ncia de terrenos do Estado anexos gleba impunha que o Estado continuasse participando da administra o do local Correio Popular 30 10 2002 Entretanto antes dessa decis o por algum tempo a PMC afirmava que seria poss vel fazer a manuten o da rea com R 60 000 00 mensais Correio Popular 04 09 1995 realizando tamb m o remanejamento de funcion rios de manuten o como eletricistas encanadores e pintores e de vigilantes de outros Bosques municipais Contrariando o que havia sido planejado na fase de inaugura o do Parque Ecol gico quando foi divulgada a aloca o de 30 guardas diurnos e 30 noturnos em revezamento o Secret rio
182. epid mica e s viria a desaparecer depois das obras de saneamento efetuadas na cidade sob a supervis o do engenheiro Saturnino Rodrigues de Brito Santos 1999 que realizou canaliza o e retifica o de cursos d gua principalmente os que passavam no centro da cidade como o c rrego do Proen a Tanquinho e o c rrego do Serafim paralelo avenida Orozimbo Maia em frente atual prefeitura Al m disso eliminou tamb m reas das v rzeas e alagadi as dos brejos determinando seu aterramento drenagem das nascentes canaliza o dos cursos d guas e a destrui o das matas ciliares Servilha 2003 apresentando se tamb m como um impacto aos fragmentos ainda localizados na rea central da cidade Segundo Bittencourt 1990 a epidemia introduz na cidade uma profunda interven o na urbaniza o do per odo e partir dela que aumentam os investimentos em gua pot vel esgotos capta o de guas pluviais cal amento de ruas drenagem de alagadi os nomea o de fiscais de higiene e elabora o do primeiro C digo de Obras da cidade 1895 que legisla sobre o controle das condi es sanit rias das novas constru es Frischenbruder 2001 A presen a dos jardins em Campinas tamb m est relacionada s quest es higienistas A pr tica do jardim no Brasil teve in cio no final do s culo XVIII com a constru o do Passeio P blico do Rio de Janeiro em 1783 persistindo durante todo o s culo XIX Lima 2000 Os jard
183. errubada de florestas e o exterm nio de qualquer desconhecido mal que o meio natural possa causar como por exemplo a possibilidade da febre amarela torna a paisagem mais segura a reinser o da natureza atrav s dos parques segundo Serr o 2002 orientada conforme crit rios estabelecidos pelo conhecimento cient fico e aprecia o est tica humana que garantem que nessa reconstru o o resultado seja uma floresta que pode ser controlada e monitorada isenta de riscos para a popula o o ser humano escolhe quais ser o seus habitantes e os governa importante ressaltar que nas ltimas d cadas no Brasil os mecanismos legais de prote o aos recursos naturais e ao dito meio ambiente diversificaram se bastante e a pol tica de fiscaliza o tamb m tornou se mais exigente Segundo Machado 2002 a constitui o de 1988 insere no Brasil o tema meio ambiente em sua concep o unit ria postulando o direito dos cidad os a um ambiente ecologicamente equilibrado conceituando o como bem de uso comum do povo Assim foram criadas diversas normas de restri o de uso e degrada o que contribu ram para a prote o de muitos fragmentos 41 42 CAP TULO II OS FRAGMENTOS DA BACIA DO RIBEIR O DAS ANHUMAS Este segundo cap tulo compreende mais especificamente o trabalho realizado e os resultados obtidos nesta disserta o Apresento primeiramente aspectos da forma o vegetal geografia e hidrografia da
184. es reas privadas de lazer e prote o reas de conserva o assistida ou mesmo reas ociosas podendo estas estarem sob o agir da especula o imobili ria Esta caracter stica torna mais complexa a gest o das reas verdes remanescentes da bacia pois envolve diferentes agentes sociais que estabelecem distintas rela es com os fragmentos e com as quest es concernentes a eles Conforme j havia sido detectado para a realidade brasileira Colli et al 2005 uma das principais press es aos fragmentos particulares e na Reserva Municipal de Santa Genebra est relacionada s pr ticas inadequadas na matriz como a utiliza o de fogo e agrot xicos e a difus o de esp cies ex ticas Estas press es detalhadas a partir da Tabela 7 poderiam ser melhor controladas atrav s do cumprimento da regulamenta o que rege as propriedades nas quais os fragmentos est o inseridos e seu entorno e da fiscaliza o municipal mais efetiva Em rela o aos fragmentos p blicos como a grande maioria encontra se em matriz predominantemente urbana e na forma de bosques e parques as press es mais intensas prov em de pr ticas n o esclarecidas dos visitantes e est o relacionadas difus o de esp cies ex ticas e Invasoras No intervalo de tempo estudado 1962 2002 a conectividade dos fragmentos remanescentes da bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas tornou se mais baixa em parte devido baixa permeabilidade da matriz que se tornou ma
185. es atuante em diversos f runs deliberativos como o Conselho do Patrim nio Cultural e Art stico de Campinas CONDEPACC no Conselho de Meio Ambiente de Campinas CONDEMA e no Conselho da Funda o Jos Pedro de Oliveira e assembl ias municipais A PROESP uma organiza o n o governamental institucional e legalmente constitu da como uma associa o civil fundada em abril de 1977 que tem por objetivos a preserva o da flora e da fauna atrav s de Incentivos cria o e defesa de reservas naturais da amplia o de reas de preserva o e recupera o das matas ciliares e do combate ca a e aprisionamento das esp cies silvestres www proesp org br acesso em 22 08 2006 Entretanto embora as iniciativas da organiza o civil sejam necess rias ao amadurecimento pol tico da cidadania e dotadas da possibilidade de alterar a realidade local tamb m podem ser capazes de comprometer a gest o p blica Al m do envolvimento das organiza es civis poder aproximar da gest o do munic pio profissionais cujos saber e aptid o t cnicos n o s o aprofundados na rea em quest o ou cuja apreens o da realidade do 194 Ed munic pio n o suficientemente esclarecida h ainda uma outra fragilidade O estabelecimento dessa rela o das organiza es civis com a esfera da gest o p blica traz a possibilidade da cria o de um poder paralelo de gest o neste caso do manejo dos fragmentos que pode n o ser acompanhad
186. esalpinaceae c ssia carnaval Caesalpinia echinata Lam Caesalpinaceae pau brasil Bombacopsis glabra Pasq A Robyns Bombacaeae castanha do maranhao e Jacaranda mimosaefolia D Don Bignoniaceae jacarand mimoso Copaifera langsdorffii Desf Fabaceae copaiba Cariniana legalis Mart Kuntze Lecythidaceae jequitib rosa Cedrela 91 fissilis Vell Meliaceae cedro rosa Esenbeckia leiocarpa Engl Rutaceae guarant Syagrus romanzoffiana Cham Glassman Arecaceae jeriva e Aspidosperma polyneuron M ll Arg Apocynaceae peroba rosa Cielo Filho amp Santim 2002 O Bosque foi cercado por alambrados e controlado por quatro port es de acesso sendo instalados em seu interior equipamentos de lazer e OS passeios tra ados com a Inten o de refor ar a percep o da flora Curiosamente por mais que estejam distanciados apenas por algumas dezenas de metros os Bosques dos Alem es e dos Italianos n o apresentam apenas semelhan as como gatos abandonados e alimentados pela popula o e o baix ssimo n mero de funcion rios Conforme relatado para o Bosque dos Italianos ambos os Bosques j tiveram somados 88 funcion rios e hoje eles n o passam de 13 Eles apresentam v rias diferen as tamb m relativas ao uso manuten o e rela o com a comunidade No caso do Bosque dos Alem es por exemplo o roubo da fia o el trica j ocorreu algumas vezes Aqui tamb m segundo um antigo funcion rio h
187. eserva Municipal Mata de Santa Genebra Este foi mais um dos fragmentos incorporados ao processo de estudo de tombamento CONDEPACC n 04 2003 Hoje o fragmento Santa Genebrinha localiza se no Distrito de Bar o Geraldo em meio a uma rea de soja podendo ser avistado da rea m dica da Unicamp no trajeto para a PUC Rodovia D Pedro I SP065 Pelo fragmento passa o ribeir o das Pedras rec m chegado no Distrito ap s cruzar a Rodovia D Pedro I para depois de passar por parte de Bar o Geraldo encontrar se com o ribeir o das Anhumas mais frente Onde hoje h plantio de soja segundo o entrevistado era plantado algod o at 1985 e depois cana de a car at 2002 A Santa Genebrinha encontra se muito tomada por lianas e sem nenhuma prote o aos ventos fortes que por ali passam Embora n o haja hist rico de inc ndio a integridade do fragmento amea ada pelo risco de fogo aumentado na poca seca do ano principalmente devido presen a de capim e pela invas o de pessoas Segundo o respons vel o aceiro n o uma pr tica permitida pela PMC devido ao fragmento estar em processo de tombamento Ele afirma ainda que o fragmento usualmente invadido por frequentadores da Unicamp sendo usuais os vest gios de uso de drogas na rea e estragos nos plantios da Fazenda cont guos ao fragmento Deve se ressaltar que a Fazenda lim trofe rea hospitalar e m dica da Unicamp caracterizada por um fluxo de visita o In
188. essoas pista de caminhada mesas parquinho e equipamento para gin stica Grande parte de seu p blico de moradores de bairros de classe m dia alta alta como Cidade Universit ria Guar com alguma liga o com a Unicamp professores familiares de professores que caminham no in cio da manh e ao fim do dia Recentemente em 2005 iniciou se o Projeto Parque Amigo parceria da PMC e Unicamp na qual foi apresentada uma proposta com medidas de curto m dio e longo prazo e permanentes visando a sua revitaliza o As maiores dificuldades da administra o s o similares s das outras reas p blicas falta de verbas manuten o material necess rio e colabora o da comunidade Casos particularmente pertinentes e pol micos s o os carrapatos e os animais de estima o Os primeiros deve se presen a das capivaras que acabam contribuindo para a manuten o e aumento da popula o de 111 carrapatos na rea Este foi o alvo de uma pol mica municipal h alguns anos dado o n mero de casos de febre maculosa na cidade Muitos cidad os que participaram da quest o tomaram partido pronunciando se favor veis ao exterm nio dos transmissores dos carrapatos Em rela o aos animais de estima o ocorre aqui algo semelhante ao Bosque dos Jequitib s dos Italianos e dos Alem es em rela o aos gatos dom stico h uma grande abund ncia de coelhos e tartarugas tigre d gua que s o soltos pela comunidade Outra
189. estabelece com s mbolos de sua hist ria muitas vezes o tombamento significa isolamento e esquecimento A realidade de Campinas n o muito diferente De acordo com o levantamento que realizei no Centro de Documenta o da Coordenadoria Setorial do Patrim nio Cultural em mar o de 2006 o munic pio somava um total de 87 bens tombados ou em estudo de tombamento sendo 12 bens ambientais tombados e 10 em estudo de tombamento Infelizmente como os conselheiros do CONDEPACC s o representantes de outras organiza es j tendo suas atribui es principais e n o h verba dispon vel para realizar o aprofundamento dos estudos referentes ao tombamento das reas o que ocorre que muitas vezes os processos ap s abertos 174 demoram anos para que cheguem sua etapa final O procedimento que para cada processo aberto seja indicado um relator respons vel dentre os membros do Conselho que deve acompanhar o processo at sua resolu o final Como este cargo exige dedica o e muitas vezes gastos n o incomum que muitos dos conselheiros se isentem dessa atividade e caiba a poucos a rdua responsabilidade por muitos processos Isso limita a participa o ampla nesta importante quest o municipal e lega a prote o aos fragmentos disposi o e disponibilidade de alguns membros mais ativos do Conselho n o sendo assumido como desdobramento da pol tica municipal de defesa e prote o do patrim nio logo um ato do poder p
190. evantamento as esp cies mais comuns foram Nectandra megapotamica Spreng Mez Lauraceae Cabralea canjerana Vell Mart Meliaceae e Colubrina glandulosa Perkins Rhamnaceae Torres et al no prelo A constru o da cerca que delimita o Bosque ocorreu na d cada de 80 por pedido dos moradores que alegavam que a rea estava sendo utilizada para uso de drogas principalmente de noite e gerava temor por ser foco de viol ncia Santin et al 1996 apud Santin 1999 apontam como esp cies mais abundantes Nectandra megapotamica Spreng Mez Lauraceae Centrolobium tomentosum Guillemin ex Benth Fabaceae e Trichilia claussenii C DC Meliaceae O uso do entorno do Bosque S o Jos foi drasticamente alterado passando de 0 58 de uso urbano em 1962 para 99 81 em 2002 Tabela 5 O entrevistado n o considera o DPJ ou a PMC omissos ele garante que muitos recursos t m sido disponibilizados e at ent o t m tido facilidade para executar os projetos propostos manuten o do cal amento instala o de corrim os nas escadas e de rampas de acesso Por acreditar que o Bosque sub utilizado pretende realizar a constru o de um viveiro de pequenos p ssaros para atrair mais a popula o As crian as gostam n Tamb m afirmou que j houve no passado placas de identifica o de rvores hoje inexistentes Como principais dificuldades ressalta duas quest es a insufici ncia de guardas e a grande frequ ncia e volume de
191. facilitar a compreens o da realidade Entretanto a situa o de cada fragmento nica e ainda que os mesmos fatores estejam presentes entre os fragmentos eles podem se manifestar de forma ou intensidades diferentes dada a realidade de cada um Press es Al m dos dist rbios oriundos do pr prio processo de fragmenta o como maior exposi o de reas internas de mata e altera o das caracter sticas microclim ticas dentre todos os outros ja explicitados anteriormente item 1 1 os fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas tamb m encontram se amea ados por outros eventos como queimadas a press o imobili ria e dissemina o de esp cies invasoras ex ticas muitas vezes intencionalmente A Tabela 7 apresenta os fragmentos da bacia e os dist rbios associados a cada um Como a situa o de cada fragmento em rela o s press es que sofrem j foi pormenorizada no hist rico item 2 3 2 para este aprofundamento geral houve um agrupamento dos dist rbios 163 Tabela 7 Fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas e dist rbios associados a cada um Os dist rbios foram agrupados em dist rbios que causam diretamente a redu o da rea dos fragmentos desflorestamento queimadas dist rbios que causam altera o da composi o e estrutura da comunidade introdu o esp cies ex ticas e invasoras retirada de elementos ou esp cies solo vegeta o ca a e polui o org nica qu mica ou de res duos s l
192. fezes de c es na cal ada externa que circunda o Bosque motivo das maiores reclama es dos usu rios Em agosto de 2005 houve um in cio de fogo que foi controlado gra as presen a do guarda Uns moleques atearam fogo e sa ram correndo Entretanto como o Bosque razoavelmente grande devido insufici ncia de guardas mesmo com a ronda noturna poss vel acontecerem acidentes H uma nascente dentro do Bosque mas devido a uma proposta para constru o do parquinho para crian as agora a nascente corre direto pela galeria de guas pluviais H algum tempo foi encontrado por um pessoal da rea da sa de o Aedes aegypti Culicidae mosquito transmissor da dengue em um dos parquinhos do Bosque motivo que obrigou a drenagem da rea O entorno majoritariamente residencial e o entrevistado garante que s n o h muita degrada o da vegeta o do Bosque pois os funcion rios impedem a popula o de retir la e 88 alter la mas que esse trabalho di rio uma vez que as tentativas n o cessam a cada passeio ou caminhada n o faltam visitantes que querem levar mudas de plantas do Bosque para casa Este fragmento tamb m consta no processo de estudo de tombamento CONDEPACC n 04 2003 Bosque dos Italianos Pca Samuel Wainer n 25 Dr Miguel Penteado s n Guanabara rea 1 65ha 1962 1 65ha 1972 1 65ha 2002 O Bosque dos Italianos assim como o Bosque dos Alem es um dos mais consagr
193. ff Henriques Data da defesa 22 02 2007 Programa de P s Gradua o Ecologia 111 Campinas 22 de fevereiro de 2007 BANCA EXAMINADORA Prof Dr Carlos Alfredo Joly Orientador Profa Dra Roseli Buzanelli Torres Dra Olga Kotchetkoff Henriques i j i iN b f Assinatura SJ Prof Dr Fl vio Nunes Ramos pe Assinatura Prof Dr Andr Victor Lucci Freitas Assinatura 1V a Projeto Anhumas Pol ticas P blicas FAPESP n 01 02952 1 Ser humano ter a possibilidade da canaliza o da luz em nosso mundo contribuindo para as transforma es necess rias ao aprendizado felicidade e liberta o humanas Dedico todo meu trabalho este os que j foram e os que vir o aos que fazem jus e aos que propiciam essa a o maior gra a que poder amos almejar vi vil AGRADECIMENTOS O agradecimento vai a todos e tudo o que ja foi afinal n o poderia ser diferente por ser meu passado que me trouxe at aqui Entretanto como o mundo pede objetividade e palavras lembremos daqueles mais diretamente envolvidos neste processo Ao meu orientador prof Carlos Alfredo Joly pela confian a carinho amizade e pertinente olhar e agir no mundo personagem ja important ssimo durante minha gradua o que possibilitou este frut fero reencontro no mestrado A pr banca e banca Olga Kotchetkoff Henriques Fl vio Nunes Ramos e Roseli Buzanelli Torres e Andr Victor Lucci Freitas pela a
194. foi Chrysophyllum gonocarpum Engl Sapotaceae A presen a da estrada mesmo n o pavimentada d um car ter de passagem ao local facilitando o acesso de usu rios de drogas normalmente maconha segundo o entrevistado e a ocorr ncia de focos de inc ndios acidentais e criminosos Em meados de mar o de 2006 houve mais um inicio de inc ndio criminoso com testemunhas Embora a maioria desses focos ocorram no canavial adjacente eles amea am o fragmento A Usina Acucareira Ester S A por ainda arrendar algumas terras mant m um caminh o pipa rondando a rea que costuma ser ativado em caso de necessidade Segundo o entrevistado desde a aquisi o das terras da fam lia n o h nenhuma Interfer ncia direta sobre o fragmento Entretanto devido grande quantidade de sa vas que se concentram na rea do fragmento em algumas pocas eles aplicam formicida no entorno da mata Em agosto de 2006 o CONDEPACC recebeu uma den ncia de que o fragmento estaria sendo utilizado como local para despejo de restos de material de constru o e tamb m de que estaria sendo utilizado indevidamente pelos trabalhadores envolvidos na constru o do loteamento Como a mais recente foto a rea data de 2002 o uso urbano do solo no entorno apresenta se defasado embora a leitura indique 6 54 de uso urbano do solo Tabela 5 atualmente esta porcentagem maior 133 Vila Holandia n 1 Fonte das Flores s n Vila Florida rea 20 97ha 196
195. forte chuva tornando se essa quest o um problema invis vel para a maioria da popula o de Bar o a situa o ainda n o est resolvida Em maio do ano passado por exemplo uma moradora do bairro encaminhou den ncia ao CONDEPACC de que embora ap s as obras da rede coletora a situa o tivesse melhorado ela temia que houvesse retrocesso pois algumas ch caras e organiza es religiosas estariam promovendo o lan amento clandestino de esgoto no local deteriorando a rea brejosa Den ncia de 17 05 2003 anexo ao processo tombamento CONDEPACC resolu o n 25 de 9 5 1996 O Plano Local de Gest o Urbana de Bar o Geraldo lei n 9 199 de 17 dezembro de 1996 instituiu o Projeto Especial Parque do Recanto Yara T tulo IH Cap tulo I Se o HI que visava n o apenas a recupera o do fragmento como sua incorpora o como rea de acesso p blico e Interliga o ao sistema de parques lineares e ciclovias proposto para Bar o Geraldo Entretanto ap s quase 10 anos de sua reda o nenhuma medida foi ainda tomada nessa dire o 129 Residencial Ibirapuera Cooperativa Habitacional Chapad o n 3 Av Albino J B de Oliveira 5555 rea 1ha 1962 1ha 1972 1 12ha 2002 O Residencial Ibirapuera situa se em rea antes constituinte do S tio Vicentim ou S tio da Pontinha como era mais conhecido pelos moradores locais no distrito de Bar o Geraldo Em 1991 houve o desmembramento das terras e deu se o In cio do empr
196. fotos com as mesmas propriedades de um mapa Todos estes procedimentos foram desenvolvidos no SIG lwis ITC 1997 Ap s os procedimentos de georeferenciamento e geocodifica o procedeu se sele o das grandes reas teis das aerofotos para gera o dos mosaicos da bacia do ribeir o 50 das Anhumas com resolu o espacial de 0 8m para o mosaico de 2002 e de 1 5m para os mosaicos de 1962 e 1972 Tamb m foi utilizada a leitura de usos e ocupa es das terras da bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas realizada por Adami et al 2006 sendo que as classes de uso das terras identificam os tipos de atividades antr picas enquanto aquelas das ocupa es est o relacionadas ao modo e ao material com que determinada atividade recobre a superf cie do terreno Anderson et al 1976 Assim al m de cursos e reservat rios d gua foram identificadas tr s classes de uso das terras Urbano reas residenciais comerciais industriais sistemas de transporte estruturas de comunica o e energia el trica reas em urbaniza o institui es de educa o e pesquisa cemit rios reas de lazer e pra as isto as reas do territ rio que s o utilizadas diretamente pela urbanidade ou que servem como corredores entre n cleos urbanos estas s o englobadas pela classe de uso urbano Rural cultura arb rea cultura herb cea pasto pasto sujo solo exposto horticultura misto agroind stria reas de reflorestamento e s
197. fragmento de cerrado encontra se na rea do Laborat rio Nacional de Luz S ncrotron no distrito de Bar o Geraldo e tamb m objeto do processo de estudo de tombamento CONDEPACC n 04 2003 De acordo com Santin 1999 durante o processo de 138 estabelecimento do LNLS a presen a de valas entulho e a constru o do estacionamento contribu ram muito para a deteriora o do fragmento O Laborat rio Nacional de Luz S ncrotron LNLS um centro nacional de Ci ncia e Tecnologia operado pela Associa o Brasileira de Tecnologia de Luz S ncrotron ABTLuS mediante um contrato de gest o assinado com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico CNPq e o Minist rio da Ci ncia e Tecnologia MCT Durante 10 anos 1987 1997 o Minist rio da Ci ncia e Tecnologia MCT e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico CNPq investiram na implanta o do Laborat rio Localizado numa rea de 380 000m o LNLS hoje uma refer ncia em pesquisas avan adas de materiais e seu intuito atuar como institui o aberta e multidisciplinar promovendo e realizando pesquisa desenvolvimento e transfer ncia de tecnologias que contribuam para elevar o n vel tecnol gico e cient fico do Brasil www Inls br acesso em 22 08 2006 Este um dos fragmentos que apresentou incremento em sua rea e adensamento ao longo do intervalo temporal estudado Segundo Roseli B Torres com pess esta rea teria
198. g Euphorbiaceae e Cupania vernalis Cambess Sapindaceae foram consideradas esp cies predominantes Santin 1999 Este fragmento tem apresentado uma constante redu o de rea no intervalo de tempo analisado passando de 7 65ha em 1962 para 5 52ha em 2002 Tabela 2 Segundo o levantamento realizado pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas as esp cies mais comuns neste fragmento s o Esenbeckia febrifuga A St Hil A Juss ex Mart Rutaceae e Galipea jasminiflora A St Hil Engl Rutaceae Torres et al no prelo 150 Ainda n o h nenhum posicionamento final do CONDEPACC a respeito do processo de estudo de tombamento embora este tenha se iniciado j h cinco anos Jardim Miriam Moreira da Costa n 19 Rodovia Adhemar de Barros km 118 5 Jardim Miriam Moreira da Costa rea 2 68ha 1962 2 46ha 1972 0 76ha 2002 Tamb m incluso no processo de estudo de tombamento CONDEPACC n 04 2003 o fragmento do Jardim Miriam uma rea aberta sem nenhuma prote o ou identifica o Fica pr xima a um campo de futebol do bairro que segundo um antigo morador muito pouco utilizado Embora encontre se em um bairro residencial quaisquer casa ou estabelecimento comercial distam pelo menos 200m do fragmento apenas alguns cultivos de baixa escala situam se mais pr ximos do remanescente A face leste do fragmento faz limite com um terreno baldio com marcas de lixo incinerado e a face oeste dista poucos metros do aces
199. gmentos do Parque Xangril e do Jardim Miriam Moreira da Costa s o pra as p blicas Embora todos perten am ao poder p blico e por isso seja permitido o acesso livre os fragmentos da categoria de parques diferem das pra as devido a diversas condi es Em primeiro lugar um parque ou bosque uma reserva de espa o verde proporcionada pelo munic pio comunidade como base f sica da recrea o urbana art 247 1 da Lei Organica do Munic pio Esta defini o j nos conduz s diferentes caracter sticas que eles podem apresentar al m de estarem delimitados e protegidos por muros ou alambrados e possu rem cada um deles uma equipe administrativa e funcional pr pria que coordena as atividades e mant m os equipamentos existentes o intuito de sua exist ncia est aliado ao lazer e salubridade conforme foi apresentado no tem 1 2 2 sobre a influ ncia dos ideais e pr ticas urbanistas nos fragamentos Isto fica claro durante a leitura do hist rico dos fragmentos item 2 3 2 e confere aos bosques atrav s das atividades de lazer fixas como grupos de gin stica caminhada ou parque infantil dentre outras um p blico regular e cativo As pra as por sua vez s o reas abertas de acesso irrestrito e n o h nenhum corpo funcional respons vel exclusiva e diretamente por elas Embora os bosques possuam uma equipe administrativa pr pria todos esses fragmentos pertencentes ao poder p blico encontram se sob responsa
200. guran a divide se em dois turnos de 8 funcion rios somados de rondas matutinas e vespertinas da Pol cia Militar e da Guarda Municipal e n o lhe parece suficiente para resolver os problemas de seguran a apresentados pelo Parque Os roubos de equipamentos do parque como pias vasos sanit rios e placas indicativas e a depreda o de alambrados e das quadras esportivas ocorrem com frequ ncia Al m disso preservativos masculinos camisinhas e seringas s o comumente encontradas nas rondas realizadas A localiza o do Parque Ecol gico muito interessante lim trofe a bairros de caracter sticas muito diferentes Os funcion rios dizem serem capazes de saber para qual bairro as pe as de constru o do Parque est o sendo levadas pelo trajeto percorrido dentro do Parque muitas vezes encontram as pe as escondidas dentro da mata ou entre as rvores e acreditam que tenham sido l deixadas para serem buscadas posteriormente porque ou a aproxima o da ronda pode ter afugentado os contraventores ou eles n o teriam conseguido carregar tudo Apresenta tamb m como entrave as dificuldades geradas da gest o compartilhada ao inv s dos esfor os municipais e estaduais se aliarem na realiza o dos projetos do Parque ele fica merc da disposi o de duas esferas pol ticas e da harmonia entre ambas A rea da fazenda Mato Dentro com sua vegeta o e nascentes encontra se na micro bacia do riacho Mato Dentro afluente do ribeir
201. ha de vegeta o nativa remanescente est o distribu dos em 315 fragmentos divididos nas seguintes classes de tamanho 266 seriam inferiores a 10ha 34 classe entre 10ha 20ha 10 classe de 20ha 50ha 3 classe de 50ha 100ha e apenas dois maiores que 200ha perfazendo 2 6 do territ rio do munic pio 26 EN hun I florestas HH cerrados campos limites atuais da cidade Figura 3 Vegeta o original do munic pio de Campinas segundo Christofoletti amp Federici 1972 24 28 a E r _ 1 enbe p sosiy SOQUAZIA SOHN SO tios ESP ap qui BUEQIN euaz Sn VAN Mah ELLY ejej 25131 ep 0634407 CE pg ep obasJo7 a Tee dig p eade ony 2 Pele qu oi q Jenhe oy e ale all Eb abe RON YOM JUOWNE SO UPS poy 5 seseg ap Jewaypy pay apa O Poy E Sajuenapueg poy g esanbueyuy eropoy seudwey B opale g senbsoq a sanbueg ae 5P 101614 sepsa amp ope Ja E jgnpospulas 242 59 215930 4 gh As seu ap odiaiunw op jepabaa 24013900 ep CALHIJO 0118439 op BABLIISI 6 BIND De val SOBRA HOH J1HOH al 5003 di 6000507 mjes VEN DNNHO JuVHOS M Gl GS 97 i fo SA 04 tz af TEER a Win Wid a Da e A LE a S YNDI Figura 4 Vegeta o original do munic pio de Campinas segundo Santin 1999 29 30 1 2 2 Campinas e a Fragmenta o de Habitats O surgiment
202. ias Christofoletti amp Federici 1972 34 Al m dessa revolu o no transporte e comunica o impulsionar o crescimento urbano e estimular o aumento e fluxo populacional e o setor de com rcio de Campinas o que por si s ja podem ser traduzidos como um desflorestamento de maior impacto e uma maior explora o de recursos as pr prias linhas ferrovi rias trouxeram uma nova necessidade o abastecimento dos trens O abastecimento dos trens foi suprido de duas formas principais o corte das florestas e o plantio de Pinus spp e Eucaliptus spp esp cies arb reas ex ticas amplamente difundidas pelo pa s a partir de ent o Dean 1996 afirma que embora a Estrada de Ferro Paulista e o Servi o Florestal do Estado criassem suas pr prias reservas de lenha de Eucaliptus spp essa produ o era muito inferior produ o de lenha necess ria para manter o abastecimento dos trens A Companhia Mogiana atuante em Campinas tamb m estabeleceu reservas para fornecimento de madeira mas nenhuma muito grande Dean 1996 Em 1950 logo que as locomotivas el tricas e a diesel come aram a substituir a frota a vapor as ferrovias paulistas consumiam anualmente cerca de 12 4 milh es de m de lenha o equivalente a aproximadamente 620km de floresta Souza 1947 apud Dean 1996 Com o ac mulo de capital oriundo do caf e toda a infraestrutura e desenvolvimento das cidades e do com rcio o fomento do setor industrial ocorreu rapidamente Seg
203. ica que prendiam cada uma a sua vizinha e dirigia o corte de forma a cada rvore ficar posicionada para cair em uma dire o precisa Os lenhadores iam subindo talhando em um e depois em outro tronco cada vez mais acima at que se chegava ao cume Ent o a tarefa do capataz era decidir qual a rvore mestra a gigante que seria cortada at o fim carregando consigo todas as outras Se fosse bem sucedido o sop inteiro desabava com uma tremenda explos o levantando uma nuvem de fragmentos bandos de papagaios tucanos aves canoras e da parte dos lenhadores um grito de alegria e al vio Warren Dean Campinas relatada por Saint Hilaire 1953 no in cio do s culo XIX como uma cidade cuja vegeta o cobria a maior parte do munic pio sendo formada por florestas altas e densas com grandes rvores de troncos retil neos entremeadas de forma es n o florestais abertas e mais altas onde predominavam rvores de m dio e grande porte de troncos tortuosos e suberosos ou rvores esparsas de pequeno porte Segundo ele ainda as fisionomias florestais n o se localizavam muito distantes da sede da cidade Com a fragmenta o de habitats que consiste na ruptura de um habitat cont nuo em menores e desconectados peda os Turner et al 2001 segundo Santin 1999 o munic pio possui hoje aproximadamente 2 55 de seu territ rio cobertos por vegeta o nativa o que compreende aproximadamente 2 033 6ha L ry J 19
204. idos e press o imobili ria S ES E N FRAGMENTO E E E E E E a E 2 1 Vila Hol ndia x x x X 2 Fazenda Boa Esperan a X X X 3 Residencial Ibirapuera X 4 Cond Res Parque Rio das Pedras X X X Sa Fazenda Rio das Pedras x x x X 5b Fazenda Rio das Pedras x x x X X Sc Fazenda Rio das Pedras x x x X X 6 RMSG x x x X X x Recanto Yara x x x x 8 Santa Genebrinha x X X 9 Fazenda Anhumas x X X X l0a Fazenda Argentina X X X 10b Fazenda Argentina X X X 11 San Martinho Boldrini x x x 12 P E Herm genes de F L Filho X X X 13 LNLS X 14 Faz Pau D Alho S S o Francisco 14 Faz Pau D Alho S Sao Francisco 15a Condom nio Est ncia Para so x x x 15b Condom nio Est ncia Para so x x x 16a Fazenda Monte D Este x 16b Fazenda Monte D Este x x l6c Fazenda Monte D Este x x x 17 Fazenda S o Bento x x x X 18 Parque Xangril X X X 19 Jardim Miriam Moreira da Costa x x x x 164 Continua o da Tabela 7 ES E D E E z E E s E g 2 N FRAGMENTO E E S E E E 4 3 2 7 z E E 20 Alphaville Campinas X X X 21 P E Monsenhor Em lio Jos Salim x x x x 22 Bosque dos Jequitib s X X 23 Bosque S o Jos X X 24 Bosque dos Alem es X X X X 25 Bosque dos Italianos X X X 26 Bosque da Paz X X X 27 Bosque Chico Mendes X X X 28a Mata do Chico Brinco Boi Fal x x X Eles est o agrupados em dist rbios que causam diretamente a reduc o da rea dos fragment
205. iginando 2 fragmentos No intervalo seguinte 1972 2002 ambos os fragmentos origin rios 146 desta subdivis o tiveram um incremento de rea importante resgatarmos neste momento a partir dos componentes da paisagem fragmentada e de seus atributos apresentados no tem 1 1 2 um pouco do significado desta situa o Um importante dist rbio gerado pela fragmenta o e respons vel pela descaracteriza o do habitat alterando a composi o e din mica do fragmento o efeito de borda Embora seja pol mica a delimita o da dist ncia da atua o do efeito de borda para o interior do fragmento Harper et al 2005 a partir de metan lise sugerem que dependendo do tipo da resposta a dist ncia do efeito de borda pode chegar at a 500m Assim quanto menores os fragmentos mais eles estar o sujeitos descaracteriza o oriunda do efeito de borda como dentre muitos outros a infesta o por esp cies ex ticas e invasoras Concluindo embora hoje a soma dos fragmentos seja maior do que a rea inicial que eles possu am quando ainda compunham um s fragmento Tabela 2 eles est o sujeitos a uma maior altera o microclim tica redistribui o de nutrientes e altera o dos fluxos de material e energia e exposi o aos pat genos e a esp cies invasoras No caso da Fazenda Monte D Este os fragmentos est o bem conservados sendo o fator mais comprometedos a perturba o do entorno potencializada pela densa p
206. igura 2 O estado de S o Paulo a Regi o Metropolitana de Campinas RMC e o munic pio de Campinas Em destaque a bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas 22 Ab Saber 1977 apud Ab Saber 2003 situa Campinas no Dominio dos Mares de Morros Florestados caracter stico por suas florestas tropicais biodiversas dotadas de diferentes biotas Campinas encontra se entre dois grandes compartimentos geomorfol gicos o Planalto Atl ntico origin rio da prov ncia cristalina e a Depress o Perif rica origin ria da prov ncia sedimentar Segundo Christofoletti amp Federici 1972 a transi o entre essas prov ncias litol gicas n o prontamente percept vel e a diferencia o entre as prov ncias somente pode ser vista gradualmente em Campinas o que corresponde a dizer que Campinas apresenta um relevo que vai das formas mais suaves para as mais movimentadas Em fun o disso o munic pio apresenta altitudes que variam de 560 580m nos pontos mais baixos junto aos cursos dos rios Capivari e Atibaia a 1030 1081m na Serra das Cabras extremo leste do munic pio Frischenbruder 2001 estando sua sede a uma altitude de 680m Segundo Christofoletti amp Federici 1972 o fato da Depress o Perif rica caracterizar se por relevo pouco movimentado colinoso de vertentes suaves e declives que n o fazem ngulo de mais de 10 foi uma das raz es que teria facilitado a circula o dos bandeirantes nessa rea se comparada com o Pl
207. ilvicultura Vegeta o IBGE 1991 sistemas prim rios fragmentos florestais ou fragmentos de cerrado ou sistemas secund rios capoeirinha capoeira ou areas reflorestadas Fragmentos Remanescentes de Campinas Dos 197 fragmentos remanescentes do munic pio de Campinas identificados por Santin 1999 ver item 1 2 1 38 foram listados como ocorrendo na bacia do ribeir o das Anhumas Em conjunto os fragmentos de vegeta o nativa ocupam uma rea muito reduzida apenas 2 82 do territ rio da bacia do ribeir o das Anhumas Essa porcentagem pr xima que encontramos para o munic pio como um todo onde a vegeta o nativa cobre uma rea de apenas 2 55 segundo os dados de Santin 1999 Ainda segundo Santin 1999 apenas 7 04 da extens o de rios c rregos e ribeir es da Campinas est o cobertos com vegeta o ciliar sendo que o ribeir o das Anhumas possui irrisOrios 1 12 de prote o em suas margens Atrav s de sa das de campo essas informa es foram atualizadas mantendo se apenas como foco deste estudo os fragmentos de vegeta o nativa O maior montante de informa es 51 a respeito dos fragmentos foi coletado a partir de visitas realizadas durante junho 2005 e agosto 2006 As visitas aos fragmentos tinham o intuito de conhecer cada uma das realidades dificuldades enfrentadas press es rela o com a comunidade do entorno prote o Investimento no manejo entre outras explor las e de certa
208. imadamente 26ha Tabela 2 sendo que nesse intervalo de tempo ele foi fracionado para que uma rea fosse destinada a cultivo agr cola gerando os dois fragmentos vizinhos atuais Hoje os fragmentos t m respectivamente 5 82ha e 8 10ha Tabela 2 Embora a Tabela 5 apresente ambos os fragmentos com seus entornos absolutamente n o urbanos Importante que este dado seja considerado no contexto da Fazenda Rio das Pedras Como j foi apresentado na metodologia foi considerado como entorno os 300m imediatamente adjacentes a cada fragmento Mesmo os fragmentos 5b e 5c estando sob forte press o imobili ria como ambos est o no Interior da Fazenda Rio das Pedras a observa o de seu entorno fora de seu contexto oculta a realidade O terceiro fragmento 5a pertencente Fazenda Rio das Pedras constitu a um s juntamente com o fragmento hoje pertencente ao Condom nio Parque Rio das Pedras Ainda hoje eles s o cont guos embora separados pelo muro do Condom nio O acesso a esse fragmento 108 irrestrito sem cercas ou placas e assim como no Recanto Yara poss vel a qualquer transeunte adentrar no fragmento O que talvez diminua seu acesso se comparado ao Recanto Yara seja sua vizinhan a ele lim trofe a dois loteamentos residenciais Condom nio Parque Rio das Pedras e Condom nio Bar o do Caf uma via de acesso a um deles Condom nio Bar o do Caf e uma via expressa do distrito a estrada da Rhodia Este fragmento na
209. inistra o da Funda o Jos Pedro de Oliveira FJPO 04 11 1981 o advogado e o representante da fam lia Pamplona de Oliveira alegaram que de acordo com o estatuto o solo correspondente rea da mata queimada passaria ao uso e gozo da fam lia doadora e que esta tinha a inten o de fazer cumprir o estipulado no referido par grafo Somente ap s apelos veementes do presidente da Funda o em exerc cio Jos Roberto Magalh es Teixeira do representante da PROESP Arnaldo Guido de Souza Coelho de Herm genes Freitas Leit o Filho professor da Unicamp e do representante da C mara 117 Municipal de Campinas S rgio Barros Barreto e explana es de que a Funda o ainda n o estava efetivamente em exerc cio e logo poderia ser isenta de qualquer responsabilidade que os representantes se prontificaram a consultar os membros da fam lia a respeito do n o cumprimento desta cl usula do termo de doa o Um importante argumento do professor Herm genes Freitas Leit o Filho foi o de que sob o aspecto de pesquisa e estudo do comportamento da vegeta o a rea continuava muito interessante Curiosamente ilustrando o argumento foram defendidas algumas teses na Unicamp a esse repeito intituladas Din mica da sucess o secund ria em mata ap s a ocorr ncia de fogo Santa Genebra Campinas SP Matthes 1992 Manejo e regenera o de trecho degradado de floresta estacional semidecidual reserva municipal de Santa Genebr
210. ins surgem como elemento necess rio no novo modelo de cidade um elemento 39 de car ter est tico e higi nico que promova contato salubre da popula o com a natureza e desenvolva atividades de lazer e cultura Lima 2000 importante contribui o ao sentido de identidade campineira necess rio para a reconstru o da cidade ap s a destrui o e estagna o consequente epidemia No contexto da pol tica sanitarista ou urbanismo sanitarista de car ter t cnico e cientificista os jardins se tornam um elemento saneador de espa os degradados em resposta a uma problem tica urbana de higiene e sa de Lima 2000 Combinando a quest o t cnica de drenagem natural do solo ao embelezamento urbano coordenados din mica maior da cidade os jardins implantados constr em a imagem citadina da salubridade simbolizada pelo elemento verde como purificador dos ares pela gua corrente dos chafarizes em contraponto as guas estagnadas pelos canais arborizados como objeto de passeio e deleite Lima 2000 A import ncia dos jardins consolidada atrav s das reformas no Passeio P blico no Largo do Ros rio e no Largo do Par entre tantos outros desencadeou uma maior aten o a outro importante local de Campinas na poca ainda uma propriedade particular o Bosque dos Jequitib s vide item 2 3 2 para maiores detalhes Do final do s culo XIX e inicio do s culo XX influenciados por ideais culturais europeus principa
211. irros residenciais do entorno A expans o e o crescimento populacional do distrito bem como o atrativo de se ter uma mata preservada na porta da pr pria casa proporcionou uma crescente demanda para constru es residenciais principalmente no setor leste da Mata De acordo com o estudo preliminar da Regulamenta o da rea Envolt ria da Mata de Santa Genebra CONDEPHAAT 1994 at meados de 1993 o CONDEPHAAT vinha aprovando os pedidos de constru o nos loteamentos 36 no total A partir da identificada a necessidade de regulamenta o do entorno levando em conta os crit rios de reas naturais os processos posteriores foram sobrestados 121 aguardando se proposta final para o setor A situa o delicada pois as constru es devem estar de acordo com as resolu es do CONDEPHAAT e do CONDEPACC com a Lei de Uso e Ocupa o do Solo de Campinas Lei n 6 031 de 29 12 1988 com o Plano Local de Gest o Urbana de Bar o Geraldo Lei n 9 199 de 27 12 1996 e demais legisla es municipais al m das regulamenta es propostas pela administra o da Mata Uma das grandes quest es prejudiciais Mata causada pelas resid ncias do entorno a rede de esgotos Embora a maioria das resid ncias do Bosque de Bar o possuam fossas s pticas alguns moradores fazem liga es clandestinas na rede de drenagem pluvial Segundo o Plano Participativo de Manejo do Entorno da Mata de Santa Genebra FJPO 2003 como duas ru
212. is urbanizada Figura 15 Metzger 2003 apresenta duas principais estrat gias para a conserva o de fragmentos remanescentes o aumento de rea efetivo dos fragmentos atrav s da restaura o e da prote o de bordas e cria o de zonas tamp o e o aumento da conectividade da paisagem atrav s do aumento da permeabilidade da matriz da cria o de corredores ecol gicos e da manuten o de trampolins ecol gicos stepping stones Isso porque uma paisagem fragmentada deve ter al m dos 196 grandes fragmentos uma rede de fragmentos menores interligados por corredores largos e imersos numa matriz perme vel de forma a aumentar sua conectividade funcional Metzger 2003 Assim segundo Metzger 1997 fragmentos com rea superior a 0 72ha t m condi o de assumir a fun o de trampolins ecol gicos na conex o do habitat Deve se lembrar tamb m que quanto maior o n mero de fragmentos mais representada est a heterogeneidade espacial original da regi o Dos 34 atuais fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas apenas dois n o atingem este tamanho sugerido Isto aliado exist ncia de grandes reas protegidas na regi o como a Reserva Municipal da Mata de Santa Genebra e a rea de Prote o Ambiental de Souzas e Joaquim Eg dio possibilita a redu o do processo de degrada o conservando os fragmentos mantendo a diversidade ecol gica e melhorando as condi es ambientais de Campinas Para possibilitar o aum
213. itaria Area 0 79ha 1962 0 79ha 1972 0 88ha 2002 A rea onde hoje situa se o Parque Ecol gico tamb m pertencia fazenda Rio das Pedras propriedade da fam lia Albino de Oliveira e posteriormente de Jo o Adhemar de Almeida Prado sendo o lago hoje existente uma obra da administra o da Fazenda Ali funcionou o viveiro municipal de 1970 a 1988 sendo ent o nesse ano transferido para o Parque Xangril localizado na Rodovia Adhemar de Barros SP340 O embri o do Parque data de 1990 e aparece em um documento encaminhado para a Prefeitura do campus da Unicamp pelo Prof Herm genes de Freitas Leit o Filho relatando reuni es t cnicas com o DPJ Na verdade nessa primeira proposta o Parque denominava se Parque Comunit rio e sua implanta o partira do Parque Ecol gico da Unicamp na poca o rg o respons vel pela manuten o e implanta o de reas verdes do campus No ano seguinte em 1991 assinado um Conv nio de Coopera o Termo Aditivo 003 91 entre a Unicamp e a PMC para a implanta o do Parque Comunit rio na beira do lago A partir de ent o o munic pio passou a responsabilizar se pelos servi os de manuten o limpeza e fiscaliza o do Parque Em 1996 pouco tempo ap s o falecimento do Prof Herm genes o Parque inaugurado com o nome de Parque Ecol gico Herm genes de Freitas Leit o Filho homenageando o 110 idealizador de sua cria o que houvera despertado aten o para a transform
214. ito de Bar o Geraldo para o Parque Xangril ele foi instalado ao lado do fragmento sendo utilizada a gua de sua lagoa e curso d gua para Irriga o das pl ntulas e mudas Segundo os moradores este uso ao longo dos anos causou o assoreamento do riacho Os moradores dos Parques Xangril e Luciamar mostraram se no decorrer dos anos cr ticos e participativos e creio que muito disso deve se ao fato de uma das moradoras ser reconhecidamente uma cidad envolvida nas quest es ambientais da cidade Al m de membro da PROESP ela tamb m ja se envolveu em conselhos deliberativos atuando como conselheira do CONDEPACC e escreve rotineiramente para jornais municipais de ampla distribui o Em uma carta enviada ao prefeito Jac Bittar os moradores documentam rep dio atitude unilateral desta prefeitura atrav s do Departamento de Parques e Jardins O chocante que enquanto Vossa Excel ncia quer plantar um milh o de rvores o DPJ j 149 destruiu algumas delas em fun o da constru o de um viveiro de plantas barrac es e estufas A par desse projeto antiecol gico as m quinas da empreiteira al m da derrubada de rvores nativas realizou uma terraplanagem de mais ou menos 150 a 200m de comprimento defronte lagoa existente nos loteamentos 27 04 1992 anexo do processo de estudo de tombamento CONDEPACC n 05 2001 Entretanto ainda assim a condi o n o melhora muito o que os leva a continuar p
215. izadas diversas fontes para encontrar as informa es necess rias A maioria das leis municipais bem como informa es dispon veis a respeito de alguns fragmentos foram obtidas atrav s do site oficial da Prefeitura Municipal de Campinas www campinas sp gov br No Setor de Informa es Cartogr ficas da Secretaria Municipal de Planejamento Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente SEPLAMA foi poss vel identificar propriet rios de algumas das reas com fragmentos e no Departamento de Uso e Ocupa o do Solo DUOS Secretaria Municipal de Urbanismo obter informa es a respeito dos loteamentos residenciais de Campinas No Centro de Documenta o da Coordenadoria Setorial do Patrim nio Cultural Secretaria Municipal de Cultura Esportes e Lazer foram acessadas informa es riqu ssimas e detalhadas a respeito dos processos de estudo de tombamento dos fragmentos pelo CONDEPACC Conselho de Defesa do Patrim nio Art stico e Cultural de Campinas indispens veis para a realiza o desta disserta o Esta foi das fontes mais Importantes na compreens o da din mica municipal de prote o dos fragmentos pois atrav s 54 dela poss vel acessar todos os of cios pareceres e atas pertinentes a cada processo de tombamento em quest o Outras informa es n o dispon veis em nenhuma dessas fontes a respeito da estrutura administrativa da Prefeitura de leis espec ficas projetos ou programas foram obtidas diretamente com f
216. jamento Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo COMDEMA n 05 02 de 27 08 2002 Rhodia S A 1997 Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo CONDEPACC Resolu o n 11 de 29 09 1992 Disp e sobre o tombamento da Mata de Santa Genebra bem de Interesse ambiental Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo CONDEPACC Resolu o n 13 de 02 09 1993 Disp e sobre o tombamento ex officio do Bosque dos Jequitib s bem de interesse ambiental Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo CONDEPACC Resolu o n 25 de 09 5 1996 Disp e sobre o tombamento dos bens de interesse ambiental rea brejosa e os dois maci os arb reos no Recanto Yara Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo CONDEPACC Ata reuni o ordin ria 259 de 09 08 2001 Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo CONDEPACC Processo de estudo de tombamento n 05 2001 Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo CONDEPACC Resolu o n 37 de 22 10 2002 Disp e sobre o tombamento do bem de interesse ambiental do Marques Ecol gico Estadual Monsenhor Jos Salim Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo CONDEPACC Processo de estudo de tombamento n 04 2003 Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo CONDEPACC Processo de estudo de tombamento n 05 2003 Campinas Prefeitura Municipal de Campinas S o Paulo CONDEPA
217. la 2 mesmo n o havendo registro de qualquer interven o por parte dos propriet rios e tendo aumentado o uso urbano do solo no entorno Tabela 5 Isso pode indicar um processo de regenera o natural Santin 1999 documentou Croton priscus Croizat Euphorbiaceae como a esp cie predominante neste fragmento Segundo o levantamento realizado pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas Torres et al no prelo as esp cies mais frequentes comuns a ambos os fragmentos foram Trichilia claussenii CDC Meliaceae e Guarea macrophylla Vahl Meliaceae Ambos os fragmentos foram inclusos no processo de estudo para tombamento CONDEPACC n 04 2003 Fazenda Anhumas Fazenda Nanandiba n 9 Fazenda Anhumas Area 10 32ha 1962 10 32ha 1972 5 19ha 2002 A Fazenda Anhumas era antes conhecida como Fazenda Nanandiba e o fragmento nela situado est incluso entre os fragmentos listados no processo de estudo para tombamento CONDEPACC n 04 2003 157 Embora o remanescente esteja na rea da fazenda o propriet rio recomendou que o contato fosse feito diretamente com os encarregados da Usina A ucareira Ester S A pois seu entorno arrendado para o plantio de cana de a car e ele acreditava que os encarregados da Usina Ester saberiam responder mais a respeito do fragmento do que ele Mesmo com essa ressalva ele se mostrou atualizado dos processos referentes ao fragmento sendo dos poucos propriet rios que puderam informar com clarez
218. lha oce nica seja explicado atrav s do equil brio din mico decorrente dos processos de imigra o e extin o na ilha Esses processos por sua vez seriam regulados pela combina o de duas vari veis preditivas principais o tamanho da ilha e a dist ncia da ilha em rela o fonte doadora de esp cies por exemplo o continente Dessa forma o n mero de esp cies seria diretamente proporcional ao tamanho da ilha uma vez que esta seria fonte de mais recursos habitats de diferentes qualidades e apresentaria uma maior capacidade suporte proporcionando o estabelecimento de mais esp cies Por outro lado o n mero de esp cies tamb m seria inversamente proporcional dist ncia da ilha em rela o fonte doadora de esp cies pois quanto maior a dist ncia para se colonizar uma ilha menos seriam as esp cies h beis em venc la e estabelecerem se na ilha em quest o Assim sendo as taxas de imigra o de esp cies seriam maiores em ilhas pr ximas do que em ilhas distantes enquanto as taxas de extin o seriam maiores em ilhas pequenas do que em ilhas grandes A combina o das categorias poss veis pequena pr xima pequena distante grande pr xima grande distante sugere que as ilhas que apresentariam um maior n mero de esp cies seriam as ilhas grandes e pr ximas da fonte doadora enquanto as ilhas pequenas e distantes apresentaram um menor n mero de esp cies Por sua vez a Teoria de Metapopula es sugere que a din
219. licas e 23 est o localizados em propriedades privadas Sete dos fragmentos est o tombados e 27 em estudo de tombamento Os fragmentos est o sujeitos a diferentes press es como inc ndio corte de rvores esp cies invasoras e ex ticas polui o e especula o imobili ria A condi o geral dos fragmentos da bacia desentusiasmante mas a articula o e o esclarecimento do poder p blico da sociedade civil organizada e dos propriet rios dos fragmentos podem ser capazes de alterar essa situa o Palvras chave Fragmenta o Florestal Ecologia Urbana Biologia Pol ticas P blicas Brasil Aspectos Ambientais XVI XVII ABSTRACT The environment 1s a spacial temporal complex resultant from not only abiotic and biotic factors but also from human history and aspirations The habitat fragmentation is one of the major threats to the world s biodiversity and it is due to urban and agribusiness expansions as well as exploitation of natural resources In order to understand habitat fragmentation s effects it is essencial to couple ecological foundations to human values This study aimed to understand the Anhumas river hydrographic basin Campinas SP fragmentation analysing the remnants evolution in relationship to their historical aspects Moreover this work intented to comprehend in which way the different remnants contexts could contribute to effective conservation practices The methods used were multitem
220. lina o em dire o ao rio Atibaia A leste encontram se colinas m dias e amplas e a oeste colinas pequenas e morrotes al m de colinas e morrotes que apresentam blocos rochosos esparsos por todo o terreno Caracter sticas Politico Administrativas O Plano Diretor do Municipio de Campinas Campinas 1995 dividiu o munic pio em 7 macrozonas de acordo com suas particularidades e propens es com o intuito do planejamento municipal De acordo com essa divis o a bacia localiza se predominantemente nas Macrozonas 2 3 e 4 respectivamente classificadas como rea com restri o urbaniza o rea de urbaniza o controlada do norte e rea de urbaniza o consolidada A por o da bacia classificada como Macrozona 2 abrang ncia bem mais reduzida do que as demais uma regi o predominantemente rural localizada nas proximidades da Rodovia Adhemar de Barros SP340 que liga Campinas a Mogi Mirim Mesmo as reas localizadas no per metro urbano est o circundadas pela zona rural distante das reas urbanas consolidadas e segundo o Plano Diretor devem ser mantidas as caracter sticas rurais Na Macrozona 3 encontra se a regi o do distrito de Bar o Geraldo e da Rodovia D Pedro I SP065 Esta a regi o onde prevalece o crescimento nas reas tecnol gica e industrial situando se importantes hospitais e centros de sa de a Universidade Estadual de Campinas Unicamp e a Pontif cia Universidade Cat lica de Campinas Puccamp
221. lmente destinado ao alambique da Fazenda posteriormente as terras foram arrendadas para produ o de cana de a car da Usina Acucareira Ester S A contrato que durava at a decis o pelo loteamento Consta no parecer n 02 da delibera o COMDEMA n 05 02 COMDEMA n 05 02 de 27 08 2002 que foi entre 1999 e 2000 que se aprovou o loteamento Terras do Bar o em gleba desmembrada da Fazenda Boa Esperan a cujo n mero de moradores especulava se em torno de 2 700 Segundo o mesmo parecer no pr prio ano de 2000 foram protocolados mais tr s solicita es para novos loteamentos em glebas cont guas perfazendo juntos um total de 908 423 5707m De acordo com a SANASA com os quatro lotamentos juntos ocupariam aproximadamente 1 170 000m havendo um incremento populacional de cerca de 10 000 novos moradores no distrito de Bar o Geraldo Todos os empreendimentos s o da mesma empreendedora aberta e gerenciada pelos pr prios membros da fam lia Quando decidimos lotear resolvemos n s mesmos fazer por que passar para outro colocou o propriet rio em entrevista 131 Isto significaria al m de um incremento em torno de 22 da popula o fixa do distrito um enorme impacto no sistema vi rio h drico e na rede de servi os e esgoto de Bar o Geraldo A fazenda est na divisa de Campinas e Paul nia Portanto ela dotada de uma estrada municipal n o pavimentada via de acesso mais r pida deste extremo de Bar o Geraldo
222. lmente franceses e ingleses Petenusci 2003 retirado o foco dos pequenos jardins e introduzido o conceito de parques Lima 2000 Segundo Macedo amp Sakata 2002 os parques urbanos s o concebidos sob os par metros ecl ticos e possuem uma configura o morfol gica estruturada por grandes maci os arb reos extensos relvados e guas sinuosas semelhan a dos parques europeus sendo os espa os de lazer contemplativos por excel ncia n o apenas no que se refere a observar a natureza mas principalmente ao ato de ver e ser visto O parque possui ent o caminhos sinuosos que conduzem a pontos focais ou recantos que abrigam elementos pitorescos a gua est sempre presente em fontes chafarizes lagos ou espelhos d gua e o uso da vegeta o bastante elaborado combinando esp cies de origem europ ia e nativa Petenusci 2003 nesse momento que s o criados alguns dos mais antigos parques urbanos de Campinas o Bosque dos Italianos e o Bosque dos Alem es vide item 2 3 2 para maiores detalhes Para a popula o o conceito de bosques ficou incorporado na cultura social como uma op o de urbaniza o das reas verdes estimulando a cria o e a manuten o de remanescentes de vegeta o nativa dentro da cidade Torres et al 2003 Delimitados a partir 40 de fragmentos de vegeta o nativa ele passam a simbolizar a institucionaliza o da paisagem selvagem ou a domina o da natureza pela cultura Se a d
223. lo as esp cies mais 84 frequentes foram Aloysia virgata Juss Verbenaceae e Centrolobium tomentosum Guillemin ex Benth Fabaceae Mesmo a Administra o Regional foi acusada de promover corte das rvores para retirar cascalho destinado ao combate eros o em ruas n o pavimentadas Correio popular 20 09 78 nessa poca segundo o mesmo di rio o bosque era maci o e sem nenhuma clareira Como podemos notar Figura 12 este fragmento estava entre os 6 maiores em 1962 e foi um dos fragmentos que sofreu maior redu o de rea total passando de 27 7Oha em 1962 para 3 10ha em 2002 Esta perda foi majoritariamente causada pelo parcelamento do solo do entorno principalmente pelo loteamento fechado residencial Ch caras S o Quirino hoje isolado do Bosque Chico Mendes apenas por um grande muro alto vis vel no mosaico de 2002 Figura 10 O entorno deste fragmento tamb m sofreu grande altera o no intervalo de tempo analisado passando de uma propor o similar entre urbano e n o urbano em 1962 para um uso majoritariamente urbano em 2002 96 97 como nos mostra a Tabela 5 Segundo os di rios da poca Correio Popular 13 01 1995 embora a rea tenha sido prometida com muito furor s v speras de elei o o Bosque n o foi efetivado com o mesmo engajamento tanto que sua inaugura o oficial tardou alguns anos a acontecer ocorrendo apenas em maio de 1995 At ent o a rea ainda n o havia sido cercada e havia registro
224. m nio Residencial Est ncia Para so s o tratados no dia a dia como se fossem bosques de passeio ou reas arborizadas Nestes casos poss vel confundir os indiv duos oriundos da arboriza o urbana do condom nio localizados ao longo das vias com os indiv duos do fragmento e a facilidade de acesso do moradores dificulta o estabelecimento de pl ntulas devido ao pisoteamento e compacta o do solo No caso dos outros tr s condom nios os fragmentos al m de maiores ou apresentam uma fisionomia mais conservada ou s o murados condi es que dificultam o acesso ao fragmento Entretanto embora menos acess vel tanto no Condom nio Residencial Parque Rio das Pedras quanto na Sociedade Residencial Alphaville Campinas a visita o dos respectivos fragmentos continua sendo permitida aos moradores que embora possam ter alguma consci ncia em rela o postura apropriada num fragmento natural ou receber orienta es da administra o n o s o acompanhados nessa visita Da falta de informa o dos moradores tamb m decorrem outras consequ ncias em todos os fragmentos poss vel notar a presen a de esp cies ex ticas em sua grande parte frut feras Muitos desses indiv duos foram plantados pelos pr prios moradores que pouco sabem dos agravantes que as esp cies ex ticas e as esp cies invasoras podem trazer ao fragmento Eles certamente o fazem com a melhor das inten es pois f cil notar que para eles o fragmento s
225. m meio de obter Informa es mais precisas e j amortecidas na mem ria das pessoas Todavia embora tenha sido muito importante para o prop sito desta pesquisa a utiliza o de artigos de jornais e revistas tamb m apresenta algumas limita es Em primeiro lugar a pr pria caracter stica de ser uma Informa o di ria para r pida circula o e p blico amplo traz a possibilidade de ser superficial e leviana Superficial devido rapidez com que deve ser elaborada e veiculada muitas vezes por autores que n o t m tempo para conferir a autenticidade das informa es e nem suficiente conhecimento t cnico para abordar de forma competente o que lhes cabe Leviana pois o di rios s o ainda dos meios de comunica o mais efetivos e comum notarmos sua utiliza o para manobras pol ticas 83 Em Campinas h uma grande centraliza o da m dia local a Rede Anhanguera de Comunica o n o s detentora da Ag ncia Anhanguera de Not cias como editora do Correio Popular e do Di rio do Povo maiores jornais locais o que empobrece o f rum de discuss o municipal Todas essas restri es fizeram com que essa fonte fosse considerada com alegria pelas possibilidades de detalhamento e riqueza que traz mas sem euforia muitas vezes obrigando a confirma o das informa es em outras fontes que a corroborassem ou a supress o de informa es de car ter duvidoso Os hist ricos dos fragmentos foram ordenados por similarid
226. m outro momento um profissional pertencente Concremat Engenharia e Tecnologia uma das empresas contratadas para a realiza o do projeto de recupera o afirma que todas as plantas utilizadas ser o nativas como o flamboyant Delonix regia Bojer Raf Fabaceae a sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Benth Caesalpiniaceae e o pau brasil Caesalpinia echinata Lam Caesalpiniaceae Folha de S o Paulo 29 12 1990 demonstrando falta de esclarecimento t cnico para realiza o de projetos desse mbito uma vez que o flamboyant uma esp cie oriunda da frica e n o uma esp cie nativa do Brasil Entretanto a promessa de ser um divisor de guas na hist ria do estado durou pouqu ssimos anos Em 1994 apenas tr s anos ap s a inaugura o do Parque Ecol gico a Funda o Florestal rg o respons vel pela administra o do Parque Ecol gico e vinculado Secretaria de Estado do Meio Ambiente SEMA anunciou seu fechamento 100 Da em diante nos pr ximos anos inicia se uma corrida de tentativas projetos palavras e palavras A administra o municipal de Jos Roberto Magalh es Teixeira cogita a municipaliza o do Parque que entretanto parece n o ter sido bem aceita nem pelo secret rio estadual do meio ambiente F bio Feldmann nem pelo diretor da Funda o Florestal da poca Marcos Eg dio Martins Correio Popular 23 02 1995 At ent o desde a cria o do Parque Ecol gico o acordo realizado
227. m tendem a variar ao longo do tempo A segunda raz o a que os efeitos da fragmenta o continuam se manifestando ap s consider veis per odos de tempo pois as esp cies envolvidas processam as Informa es e as 14 respondem em diferentes intervalos de tempos Enquanto o efeito da fragmenta o pode ser quase que instantaneamente notado em popula es de plantas anuais atrav s do recrutamento por exemplo rvores de ciclo longo podem responder tardiamente ao dist rbio O Projeto de Din mica Biol gica de Fragmentos Florestais BDFFP o projeto mais antigo para a compreens o de efeitos da fragmenta o de habitats em florestas tropicais realizado h 29 anos na Amaz nia possui um desenho experimental baseado na compara o de uma s rie de r plicas de fragmentos florestais de diferentes tamanhos e diferentes Intervalos de tempo de isolamento Ap s todos esses anos de estudo com diversos grupos de plantas e animais segundo Desouza et al 2001 a nica afirma o generalizada que pode ser feita a de que nenhum processo demonstrado em campo tem sido v lido para todos os grupos taxon micos O relat rio final do projeto Fragmenta o de Ecossistemas causas efeitos sobre a biodiversidade e recomenda es de pol ticas p blicas Colli et al 2005 projeto do Minist rio do Meio Ambiente Brasil que financiou 15 projetos em diferentes ecossistemas brasileiros e com diferentes grupos taxon micos tamb m apontou
228. mas caracterizada por diversos pequenos fragmentos com algumas exce es pode se dizer que a contribui o individual para a rea total da bacia reduzida Assim os fragmentos foram hierarquizados decrescentemente de acordo com sua contribui o para a rea da bacia em cada um dos anos sendo destacados os maiores fragmentos cuja somat ria perfaz ao menos 80 da rea total dos fragmentos da bacia Figuras 12 13 e 14 Bosque Chico Mendes 4 5 Fazenda Rio das Pedras 5c gt 4 2 Santa Genebrinha 3 6 Vila Hol ndia 3 4 Mata do Chico Brinco a 3 RMSG 63 2 Outros 18 Figura 12 Contribui o dos fragmentos para a rea total de fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas 1962 Em destaque os 6 maiores fragmentos 82 03 do total 13 Vila Hol ndia 5 4 u Santa Genebrinha 5 2 _ Bosque Chico Mendes RE _ RMSG 53 Fazenda Sao Bento 3 9 LNLS 3 1 Fazenda Anhumas 2 3 ee 2 x ra Bosque dos Jequitibas E ue 2 3 Mata do Chico gt Brinco 28a 1 8 Outros 18 5 Figura 13 Contribuic o dos fragmentos para a rea total de fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas 1972 Em destaque os 9 maiores fragmentos 81 46 do total r E Vila Hol ndia 7 7 i R x Santa Genebrinha 5 4 Fazenda S o Bento 4 3 N vor l N RMSG 55 4 e Fa N Bosque dos Jequitib s pe N 2 6 zZ J LNLS 24 N Ed
229. mas rvores frut feras ex ticas como mangueiras Mangifera indica L Anacardiaceae e certamente isso se deve ao fato dela ter hist rico ntimo com moradores e at hoje ser permitido o acesso deles ao fragmento Por volta de 2002 o loteamento recebeu doa o da Unicamp de 150 mudas arb reas que foram plantadas no fragmento Coube a um antigo funcion rio a decis o de onde plant las e ele buscou faz lo nas clareiras No fragmento h uma entrada de cerca de 30x40cm para o curso d gua que segundo o encarregado tamb m utilizado para fluxo de animais Embora esse fragmento esteja delimitado por um muro constru do pelo condom nio na APP ele constituia um fragmento maior datado ainda da poca da Fazenda Rio das Pedras A por o do fragmento que n o pertence ao Condom nio ainda hoje propriedade da Fazenda 114 A evolu o do tamanho deste fragmento deve ser analisada no conjuntamente com o fragmento 5a uma vez que ambos formavam um cont nuo A opini o de um dos moradores pesquisador da Embrapa tem um peso especial nas decis es ambientais do Condom nio conforme colocado pelo entrevistado Esta realidade tamb m cabou interferindo no andamente do Projeto Anhumas ap s interfer ncia deste morador os pesquisadores encontraram maior dificuldade para realizar amostragem no fragmento O fragmento encontra se em processo de estudo de tombamento CONDEPACC n 04 2003 Reserva Municipal Mata de Santa Gen
230. mbolo de natureza e realmente estabelecem com ele uma rela o de carinho e apego Devido tudo isso o esclarecimento rigor e determina o dos administradores s o indispens veis 183 Ed O fragmento do Alphaville Campinas o nico dos fragmentos situado em condom nios residenciais que se encontra delimitado por resid ncias em todos os lados Figura 27 p gina ou pelas vias de acessos de pedestres mata Como ja apresentado no tem 2 3 2 Isso faz com que al m das visita es realizadas pelos moradores do condom nio essa rela o seja intensificada com as casas cont guas Os lotes circundantes adentram alguns metros no fragmento e os propriet rios consideram se no direito de cercar a por o que adquiriram O uso que essas resid ncias vizinhas ao fragmento fazem dessa pequena rea muito diverso Alguns a ignoram e a excluem da planta da casa antecipando o muro que delimita sua resid ncia Outros fazem quest o de incorpor la ao uso cotidiano e adequam esse espa o com cadeiras e mesas de jardim e at mesmo projetos paisag sticos especiais Outros ainda promovem uma completa altera o desse espa o com corte de rvores e at mesmo impermeabiliza o do solo Todavia mesmo quando h tentativa de acerto administrativo at medidas que aparentemente apresentam se como simples podem muitas vezes encontrar dificuldade para serem estabelecidas nos condom nios devido ao conflito que geram e inaceitac
231. mp CRONE E E 2005 Patch size and connectivity threshold for butterfly habitat restoration CONSERVATION BIOLOGY 19 3 887 896 SEMEGHINI U C Campinas 1860 a 1980 agricultura industrializa o e urbaniza o 1988 Disserta o de Mestrado Campinas Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas 282p SEMEGHINI U C 1991 Do caf ind stria uma cidade e seu tempo Campinas Editora da Unicamp 197p SERR O S M 2002 Para al m dos dom nios da mata uma discuss o sobre o processo de preserva o da Reserva da Mata Santa Genebra Tese de Doutorado Campinas Faculdade de Educa o Universidade Estadual de Campinas 209 SERVILHA E R 2003 As reas de preserva o permanente dos cursos d gua urbanos para a ordem p blica Munic pio de Campinas SP Campinas Faculdade de Engenharia Civil Universidade Estadual de Campinas Campinas SEV FILHO A O 2001 As guas de Bar o Geraldo e as bacias dos rios das Pedras Anhumas Atibaia e Quilombo Resumo apresentado no evento Viv ncia das guas 10 11 2001 EEPG Jos Pedro Oliveira Bar o Geraldo Campinas Dispon vel em lt http www fem unicamp br seva gt SIGRIST M R amp SAZIMA M 2004 Pollination and reproductive biology of twelve species of neotropical malpighiaceae stigma morphology and its implications for the breeding system ANNALS OF BOTANY 94 33 41 SILVA M V 2005 Naturalismo e biologiza o das cidades na consti
232. mp HANSKI I eds 1991 Metapopulation dynamics empirical and theoretical investigations Academic Press London GOMES D C H COELHO R M MENK J R F ROSSI M 2004 O levantamento de solos como subs dio ao diagn stico s cio ambiental a bacia do ribeir o das Anhumas Campinas SP In Anais do Congresso Brasileiro de Ge grafos 18 a 23 de Julho de 2004 Goi nia Associa o de Ge grafos do Brasil 2004 255p GOMES J A M A TORRES R B amp BERNACCI L C 2006 Din mica da vegeta o nativa de um fragmento urbano Bosque dos Jequitib s Campinas SP REVISTA BRASILEIRA DE BOTANICA no prelo GROMBONE GUARANTINI M T amp RODRIGUES R R 2002 Seed bank and seed rain in a seasonal semi deciduous forest in southeastern Brazil JOURNAL OF TROPICAL ECOLOGY 18 759 774 HADDAD N 2000 Corridor length and patch colonization by a butterfly Junonia coenia CONSERVATION BIOLOGY 14 3 738 754 HAILA Y 2002 A conceptual genealogy of fragmentation research from island biogeography to landscape ecology ECOLOGICAL APPLICATIONS 12 2 321 334 HANSKI I amp OVASKAINEn O 2000 The metapopulation capacity of a fragmented landscape NATURE 404 755 758 HANSKI I amp SIMBERLOFF D 1997 Metapopulation dynamics brief history and conceptual domain In Hanski I amp Gilpin M E ed Metapopulation biology ecology genetics and evolution San Diego California Academic Press 512p 5 26 HARPER K A
233. muns em esta es secas 7Oha em 2002 Correio Popular 12 10 2002 e mais de 20ha em 2003 Correio Popular 05 09 2003 dentre outros muitos n o documentados Embora normalmente atinjam apenas as reas de pastagem n o atingindo o fragmento os focos de inc ndio s o risco iminente ao fragmento e aos animais do Parque Segundo a diretora do Parque Noventa e nove por cento dos casos de inc ndio no Parque s o de origem criminosa Correio Popular 05 09 2003 De acordo com o levantamento realizado em 2005 2006 pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas Torres et al no prelo a esp cie mais frequente foi Casearia sylvestris Sw Flacourtiaceae a qual s perdeu em posi o para a amostragem de rvores mortas 105 Fazenda Rio das Pedras n 5a 5b e 5c Estrada da Rhodia km 12 Bar o Geraldo Area 5 39ha 26 02ha 1962 7 67ha 6 91ha 4 23ha 1972 6 18ha 8 10ha 5 82ha 2002 A Fazenda Rio das Pedras foi uma importante e produtiva fazenda de Campinas fundada em 1863 e chegou a produzir 30 000kg de a car e possuir 150 000 p s de caf em 1885 Ribeiro 2000 quando ainda nas m os da fam lia Albino de Oliveira Segundo Serr o 2002 a fazenda proveio diretamente da ltima sesmaria da regi o que foi concedida em 1799 ao Brigadeiro Lu s Antonio de Sousa Queiroz e posteriormente dividida em 2 fazendas Morro Grande dividida em v rias outras dentre as quais a Fazenda Santa Genebra e Morro Alto de
234. n es realizadas Fatos importantes que tenham repercutido na quest o ambiental de Camp nas Maiores dificuldades no dia a dia Outros t picos relevantes pr prios de cada entrevista 220 This document was created with Win2PDF available at http www daneprairie com The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non commercial use only
235. nejo e Conserva o da Reserva Municipal da Mata de Santa Genebra CONDEPHAAT 1995 do Plano Participativo de Manejo do Entorno da Mata de Santa Genebra FJPO 2003 do Semin rio Barra Vento FJPO 2003a entre outros algumas elaboradas por pesquisadores de outras Institui es com participa o principal de pesquisadores e professores da UNICAMP outras pelo pr prio departamento t cnico cient fico da Mata Entretanto esses planos de gest o podem ou n o ser aceitos e implementados ficando ainda merc do tempo e disposi o da disputa pol tica municipal Mesmo assim a Reserva Municipal de Santa Genebra um fragmento muito diferenciado dos outros no que se refere ao manejo e atividades realizadas e um corpo de colaboradores muito mais esclarecido t cnica e politicamente acaba influenciando nas diretrizes da Reserva O fato do uso do entorno ser t o diferenciado podendo ser caracterizado como residencial de classe m dia Bairro Bosque de Bar o a ocupa es residenciais clandestinas Bairro Recanto dos P ssaros e grandes propriedades agr colas torna necess ria uma abordagem ampla quanto s recomenda es e restri es Em 1992 a resolu o de tombamento do CONDEPACC limitou os cultivos e pr ticas agr colas no entorno da Mata proibindo o uso de agrot xicos grandes movimenta es de solo e queimadas adjacentes CONDEPACC resolu o n 11 de 29 09 1992 Um processo ainda mais pol mico o de regulamenta o dos ba
236. nnnnnnannnncnnnnnos 51 SA UPON ASAS een 32 2 2 3 An lises de Documentos e da Bibliografia ccoooooooncnncnnnnnnnnnnnnocnnnnnnnnononnnons 54 Zi Resultados e Discuss 55 2 3 1 Evolu o dos Fragmentos e Uso do Entorno ooccccccnccnnnnnnncncnnnnnnnnnnnnnonnnnnnnnononnnnos 55 2 3 2 Fragmentos Hist ria Manejo e Press es ooccccccccccconooocnccnnnnnnonnnonccnnnnnnnonanannnnnss 82 Bosque C Mico Mendes anne c 84 Bosque S o Jos Pra a Francisco Vivaldi ooonncnnnccnnnnonccnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnononanos 87 Bosque dos Italianos Pra a Samuel Wainer ooonnnnnncccnonnnoccnnnnnnnononnnnncncnnnnnnnnnnnnos 89 Bosque dos Alem es Pra a Jo o Lech J nior ooooonnnnnnnncnnnnnnnocnnnnnnnnnnononinonnnss 91 Bosquedos JeQuit Das au aa un 93 Bosque da Paz Bosque Yitzhak Rabin ccccccccnononnnccnnnnnnnnnnnnncnnnnnnnnnnonnnannnnnos 96 Parque Ecol gico Monsenhor Em lio Jos Salim erre 98 FazendaR10 das Pedras deca 106 Parque Ecol gico Herm genes de Freitas Leit o Filho oooccccccncnnnnnocnnnnnnnnnos 110 Condom nio Residencial Parque Rio das Pedras oooonncnncncccncnnnnonnnnnnnnnnnnnnninnnnnss 113 Reserva Municipal Mata de Santa Genebra oooonnncnnncccccnnnnocnnnnnnnnnnnononnnnnnnnnnnonananonanss 115 Santa encolado 124 Mata do Chico Brinco Mata do Bol FalO occocccnccnnnccnnoccnuccnnoconononnncnnarcnnocaninonnss 125 RECAMO MATA a 127 Residencial Ibirapuera
237. nos da Imigra o Japonesa em 1958 Em 1927 a fam lia Iwasaki adquiriu 3 700ha de terra fundando ent o uma nova propriedade Com o passar dos anos a produ o da fazenda foi se consolidando e diversificando sendo hoje importante produtora de caf soja e feij o al m de milho realizado periodicamente principalmente em rea para descanso do solo Carvalho et al 2006 H tamb m a cria o de gado de corte al m da produ o de mat ria prima para alimentos e produtos de origem japonesa como saqu shoyo miss e vinagre de arroz Foi na Fazenda Tozan em parceria com o IAC que foi fixada uma nova linhagem de caf na d cada de 40 certificada de Mundo Novo Atualmente segundo Carvalho et al 2006 a Fazenda possui aproximadamente 1 140 000 cafeeiros numa rea de 240 ha dos quais 190 ha est o em produ o A colheita mec nica representa 40 e a colheita manual os outros 60 O caf reconhecido internacionalmente o principal produto de cultivo e comercializa o Os fragmentos de mata paludosa localizados na Fazenda Tozan apresentaram o seguinte padr o enquanto o fragmento localizado mais ao norte pr ximo lagoa da fazenda apresenta um incremento constante ao longo dos anos Tabela 2 o fragmento localizado mais ao sul passou por diferentes processos No primeiro intervalo de tempo 1962 1972 ele n o s apresentou uma pequena redu o de rea 0 09ha como ela foi respons vel por subdivid lo or
238. nsecutivos de febre amarela assolaram a cidade de Campinas interrompendo a longa fase de prosperidade que a colocara como principal for a econ mica da prov ncia Badar 1996 a popula o sofreu enorme queda demogr fica tanto devido aos falecimentos quanto ao xodo oriundo do horror peste Segundo Berg 1944 de 20 000 habitantes em 1888 a popula o passou em 1897 para 5 000 habitantes A obra Du Climat et des Maladies du Br sil 1844 do higienista franc s Xavier Sigaud segundo Ferreira 1999 considerada uma s ntese do pensamento higienista da primeira metade do s culo XIX as chamadas doen as tropicais s o quest o obrigat ria da sa de p blica brasileira Entretanto mesmo partilhando da cren a de que a implementa o de medidas higi nicas pudesse produzir melhorias na qualidade de vida nas cidades Sigaud advertia que tais a es nada poderiam contra os fatores patog nicos de ordem clim tica Ou seja segundo Silva 2005 a id ia era de que certas condi es ambientais alteradas propiciavam o aumento da concentra o de miasmas e consequentemente a corrup o do ar atmosf rico e tanto a febre amarela como o c lera eram importantes personagens desta discuss o Assim embora a febre amarela possa ser relacionada insalubridade da cidade deficiente estrutura de saneamento e coleta de lixo ela foi rapidamente associada a abund ncia de reas midas As medidas saneadoras s o inflingidas sobre
239. nstru da em um terreno de 21 250m of cio de 23 03 1998 in processo tombamento CONDEPACC resolu o n 25 de 9 5 1996 Inquestionavelmente se um empreendimento como esse vingasse atingiria o sucesso em pouco tempo dado o acelerado crescimento e a elitizac o que ocorre no distrito de Bar o Geraldo Todavia isto n o ocorreu e em julho de 1998 foi negada a licen a devido s restri es legais Al m das quest es da pertin ncia do tombamento e de uso de rea particular propriamente dita durante todos esses anos uma outra quest o conflituosa e degradante do remanescente foi a presen a de esgoto a c u aberto despejado no c rrego Burato que corre dali em dire o Fazenda Rio das Pedras para mais adiante desaguar no rideir o das Pedras Al m de correr a c u aberto em dias de chuva o c rrego transbordava invadindo algumas propriedades e o fragmento chegando at a inviabilizar o tr fego pela Avenida Santa Isabel J havia sido deflagrada a necessidade de redimensionamento da galeria de gua que passava pela Av Santa Isabel e elaborada uma proposta de drenagem pela SANASA e segundo relat rio t cnico de 2001 o esgoto local estaria deteriorando e contaminando o bem tombado relat rio t cnico da CSPC de 10 05 2001 in processo tombamento CONDEPACC resolu o n 25 de 9 5 1996 As obras de conserto do emiss rio de esgoto foram inauguradas em novembro de 2002 e embora o c rrego Burato n o transborde mais em dias de
240. ntalista vem a m quina do estado passa um trator por cima e cospe fora entendeu Ent o falta uma coisa e t cnico Por outro lado h quem afirme que nem mesmo bem informada a comunidade participar de forma ativa e contribuir para a prote o dos fragmentos e outras reas verdes urbanas Segundo esses a comunidade s quer saber de cortar rvore liga l PMC porque est caindo folha na calha tem que varrer todo o dia Alguns casos realmente s o preocupantes mas isso n o pode ser o tom da coisa o que d a cara da coisa S querem saber de tirar rvore porque a rvore atrapalha Outra funcion ria entrevistada garante que quando alguma rvore dos bosque e parques apresenta se doente ou com risco de queda de alguns de seus galhos h uma grande press o da comunidade para seu corte principalmente quando ela se encontra em rea pr xima s trilhas de caminhada Quando acontece de uma rvore cair tamb m h pedidos insistentes da comunidade e por vezes do chefe do parque para que o tronco seja retirado de dentro da mata porque acham que o bosque fica feio e que sinal de descuido Embora haja um n mero consider vel de ONG s ambientalistas em Campinas poucas s o conhecidas por serem formadoras de opini o p blica A mais antiga organiza o campineira participante das quest es ambientais de Campinas e reconhecida pela popula o a PROESP Associa o Protetora da Diversidade das Esp ci
241. ntin 1999 relata como rea muito perturbada com ocorr ncia de corte seletivo e fisionomia marcada por Aspidosperma polyneuron M ll Arg Apocynaceae Nectandra megapot mica Spreng Mez Lauraceae e Nectandra oppositifolia Nees amp Mart Lauraceae sendo esta ltima predominante no fragmento atualmente cercado por um alambrado e o acesso restrito por um port o cuja chave pode ser requisitada pelos moradores De acordo com o levantamento realizado em 2005 2006 pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas Torres et al no prelo as esp cies mais frequentes foram Piptadenia gonoacantha Mart J F Macbr Fabaceae as rvores mortas e Urera baccifera L Gaudich ex Wedd Urticaceae Entretanto como ele est na delimita o do condom nio j foi outrora liberado para acesso s resid ncias Hoje um foco que demanda especial aten o em rela o seguran a e j houve caso de quadrilhas que utilizaram o fragmento como acesso ao condom nio para assaltarem algumas resid ncias H a inten o de se elaborar projeto de manejo para o remanescente e os pr prios funcion rios s o capazes de ressaltar diversos pontos que cr em importantes como corte de trepadeiras aumento de diversidade atrav s de plantios barreira contra polui o de autom veis da estrada da Rhodia e outros que julgam demanda dos cond minos como trilhas de educa o ambiental e placas de informa o poss vel encontrar no fragmento algu
242. ntos em sua maioria bosques e parques municipais do olhar utilizado na arboriza o urbana Historicamente o intuito da arboriza o urbana relaciona conforto ambiental com beleza est tica Assim a arboriza o normalmente exercitada sob princ pios de beleza est tica e praticidade na produ o de mudas e manuten o dos indiv duos adultos Ou seja raramente a arboriza o concebida como elemento participante dos processos ecol gicos e na maioria das vezes a diversidadede esp cies e a diversidade gen tica intraespecifica extremamente reduzida Segundo relato do pr prio corpo t cnico da PMC obtido atrav s das entrevistas o secret rio de obra tem a vis o de obras O cara tem uma vis o de pavimento de obra de tijolo Ent o como ele enxerga N o sabe o que DEPRN o que ele tem que fazer com essas quest es Ele deve enxergar o DPJ como aquele rg o que tira as rvores do meio do caminho para ele O prefeito reclamou de tal pra a ele manda o DPJ l limpar Esta constata o validade pela afirma o do diretor do DPJ Estamos mais preocupados com a quest o urbana mesmo afirmou em entrevista realizada referindo se arboriza o O Departamento de Meio Ambiente PMC que poderia ser uma Inst ncia capacitada e envolvida nesta quest o responde a outra secretaria a Secretaria Municipal de Planejamento Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Figura 30 Segundo o diretor do DPJ na verda
243. ntramos basicamente dois tipos um aquele que alega que para conservar o fragmento basta impedir focos de inc ndio ca a corte de madeira ou invas o e ent o a tend ncia da natureza manter se A mata fica l Sob essa perspectiva n o atrapalhar seria j uma grande ajuda O outro tipo de administrador aquele que se apresenta mais informado a respeito de algumas consequ ncias da fragmenta o e do manejo de um fragmento sendo algumas vezes capaz at de listar as prioridades para sua realidade Com esses poss vel conversar a respeito de a es que contribuam na manuten o de condi es 182 favor veis aos fragmentos como dentre outros o controle de trepadeiras enriquecimento com esp cies vegetais supress o de esp cies invasoras coleta de sementes Entretanto mesmo aos mais informados falta o conhecimento espec fico de como lidar com a situa o Ou seja embora reconhe am a import ncia do manejo do fragmento eles n o est o preparados para tomar decis es a respeito sendo que em nenhum condom nio h um profissional capaz de conduzir esse manejo ou o h bito de se contratar consultorias ambientais Ent o o fragmento permanece sem um plano de manejo ou mesmo sem manuten o rotineira e muitas vezes fica legado a ser utilizado como rea de lazer dos moradores o que acarreta alguns impactos Fragmentos pequenos e com aus ncia praticamente integral de sub bosque como os encontrados no Condo
244. nvolvendo profissionais capacitados de reconhecidas institui es de Campinas que fomentam a interlocu o entre a popula o e a esfera administrativa Ou seja a participa o destas outras formas de organiza o extremamente importante todavia deve ser acompanhada por profissionais capacitados tecnicamente e permeada pela transpar ncia e intimidade com t cnicos e setores da esfera administrativa A Paisagem Fragmentada na Bacia do Ribeir o das Anhumas A bacia hidrogr fica do ribeir o das Anhumas apresenta uma paisagem extremamente fragmentada e desconectada Os poucos fragmentos de habitat original que restaram encontram se reorganizados espacialmente em manchas pequenas que variam de 0 46ha a 195 234ha e apresentam consideravel grau de isolamento entre si Os fragmentos pequenos s o a maioria absoluta na bacia sendo que apenas seis dos 34 fragmentos possuem rea maior do que l0ha O predom nio de fragmentos pequenos comum na maior parte do estado de S o Paulo no Brasil e no mundo Kotchetkoff Henriques 2003 e a bacia do ribeir o das Anhumas n o foge a este preceito A predomin ncia de pequenos fragmentos faz com que cada um deles esteja em uma realidade pr pria ainda que essas sejam congruentes dentre si Assim os fragmentos diferem entre si em rela o aos atributos de propriedade podendo ser p blicos ou privados e intento sendo ent o utilizados como reas p blicas de lazer urbano bosques e parqu
245. o como no Bosque dos Jequitib s Os gatos n o s o os nicos animais introduzidos h tamb m dois lagartos deixados no Bosque h aproximadamente 8 e 3 5 anos respectivamente A principal cr tica entretanto fica ao corpo respons vel com a intensa redu o do n mero de funcion rios a administra o dos Bosques fica muito comprometida O bairro onde se situa o Bosque dos Italianos um bairro tradicional de classe m dia caracterizando se o entorno como de uso absolutamente urbano com resid ncias pequenos estabelecimentos comerciais e de presta o de servi os pr ximos a duas das mais movimentadas avenidas de Campinas a Avenida Brasil e a Avenida Andrade Neves Santin 1999 relatou para o fragmento deste Bosque a predomin ncia de Copaifera langsdorffii Desf Fabaceae e Centrolobium tomentosum Guillemin ex Benth Fabaceae no estrato arb reo e a presen a de Hybanthus atropurpureus A St Hil Taub Violaceae De acordo com o levantamento realizado pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas Torres et al 90 no prelo as esp cies mais frequentes foram Piptadenia gonoacantha Mart J F Macbr Fabaceae e Maytenus salicifolia Reissek Celastraceae Bosque dos Alem es Pra a Jo o Lech J nior n 24 Albano de Almeida Lima Guanabara rea 2 24ha 1962 2 24ha 1972 2 15ha 2002 Segundo a Prefeitura Municipal de Campinas www campinas sp gov br acesso em 22 05 2005 a rea em que atualment
246. o alto aproximadamente 85 vide Tabela 5 o que aumentou a sua impermeabiliza o Assim o fragmento muito impactado pelas guas pluviais do entorno que escoam para dentro da mata causando desagrega o do banco de sementes danos f sicos aos indiv duos j estabelecidos e eros o do solo O respons vel se lembra vagamente de algumas pesquisas realizadas no fragmento mas nunca obteve retorno de nenhuma Este fragmento tamb m se encontra listado no processo de estudo de tombamento CONDEPACC n 04 2003 Recanto Yara n 7 Av Santa Isabel s n Residencial Burato rea 1 59ha 1962 1 59ha 1972 1 27ha 2002 Ao passar pela Avenida Santa Isabel no Distrito de Bar o Geraldo no sentido dos bairros Vila Santa Isabel Burato ou Jardim Am rica em dire o ao centro invariavelmente passa se pelo Recanto Yara na baixada logo na altura da ponte Protegido pelo c digo florestal Lei Federal n 4 771 de 1965 o Recanto Yara teve aberto o estudo de tombamento de seus maci os arb reos em 1992 a pedido da PROESP Este um fragmento cuja extens o toma mais de uma propriedade o que somado ao fato de ser de f cil acesso popula o local configura impactos de diversos tipos e propor es Em 1993 por exemplo o estabelecimento vizinho localizado na Av Santa Isabel um com rcio de materiais de constru o foi acusado de aterrar o brejo para aumentar a rea do p tio Laudo da vistoria n 63 de 08 03 93 in CONDEPACC
247. o de Campinas est relacionado s expedi es de bandeirantes sa dos de Piratininga em dire o ao oeste paulista rumo s minas de ouro e diamante de Goi s Minas Gerais e Mato Grosso Santos 2002 assim como muitas outras cidades Campinas nasceu de pousos beira do caminho dos Goiases Segundo Pupo 1969 a estrada dos Golases vinda de Mogi seguia os caminhos mais favor veis aos percursos a p passando pelo atual centro de Campinas Esta foi uma rota secund ria e tardia do ciclo de minera o aberta em 1722 pelos paulistas que evitava as Minas Gerais palco ainda de diversos conflitos remanescentes da Guerra dos Emboabas Badar 1996 Esta maior facilidade de tr nsito corrobora a observa o de Christofoletti amp Federici 1972 apresentada no item 1 2 1 de que o relevo da regi o de Campinas teria favorecido a circula o dos bandeirantes nessa rea se comparada com o Planalto Atl ntico Segundo Santos 2002 o Caminho dos Goyazes teve import ncia na obra pol tica de osupa o do territ rio paulista a fim de assegurar fronteiras desenhou se um arco de ocupa o composto por cinco vilas paulistas exatamente no centro localizava se a Freguesia de Nossa Senhora da Concei o das Campinas do Mato Grosso de Jundia a nica criada sobre a pica estrada goiana Pupo 1983 associa estes locais de descanso denominados Paragens das Campinas do Mato Grosso aos campos cerrados localizados entre as flores
248. o de colocar bens im veis ou m veis sob a guarda do Estado alegando e comprovando que sendo de interesse p blico por seu valor hist rico arqueol gico arquitet nico art stico documental paisag stico ou ambiental os bens devem ser conservados e protegidos No Brasil o tombamento pode ser realizado pela Uni o atrav s do Instituto do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional IPHAN pelo Governo Estadual atrav s do Conselho de Defesa do Patrim nio Hist rico Art stico Arqueol gico e Tur stico do estado CONDEPHAAT ou pelas administra es municipais Em Campinas essa defini o cabe ao Conselho de Defesa do Patrim nio Art stico e Cultural de Campinas CONDEPACC ligado Secretaria Municipal de Cultura Esportes e Lazer e regulamentado pela lei n 5 885 de 17 de dezembro de 1987 Cabe ao CONDEPACC definir a pol tica municipal de defesa e prote o do patrim nio cultural coordenar integrar e executar as atividades referentes a essa pol tica e sugerir medidas para cumprimento das exig ncias decorrentes da execu o dessa pol tica inclusive a modifica o da legisla o em vigor artigo ID Este Conselho composto por 30 representantes oriundos de Secretarias Conselhos Municipais associa es de classe empresas Universidades Institutos de Pesquisa Organiza es Ambientalistas entre outros todos indicados por seus pares e nomeados pelo Prefeito O CONDEPACC presididos pelo Secret rio Municipal de Cul
249. o diferenciada da arboriza o Com todas essas dificuldades o manejo dos fragmentos propriamente ditos caracteriza se por ser extremamente simples cujas atividades principais dificilmente passam de podas de 188 rvores que obstruem a passagem ou comprometam a ilumina o Quando s o necess rios plantios eles se d o da seguinte forma os chefes de bosque informam qual o projeto aos t cnicos do DPJ e estes s o respons veis pela escolha das esp cies tamanho e quantidade de cada uma muitas vezes oriunda do viveiro municipal Mesmo para qualquer interven o de extra o ou poda dr stica de rvores os chefes de bosque t m que recorrer ao DPJ respons vel por obter as autoriza es necess rias junto aos rg os competentes Quando o fragmento em quest o ja foi tombado ou se encontra em processo de estudo para tombamento esta permiss o torna se ainda mais dif cil O tombamento como j foi apresentado uma a o administrativa cujo intuito conservar e proteger bens im veis ou m veis de interesse p blico por seu valor hist rico arqueol gico arquitet nico art stico documental paisag stico ou ambiental Conforme foi apresentado anteriormente todos os fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas encontram se tombados ou s o objetos de estudos de tombamento Figuras 28 e 29 o que determina que qualquer interven o nos mesmos desde as mais rotineiras como podas at grandes plantios ou conten o d
250. o intimamente pela Prefeitura Esta situa o exemplificada num interessante caso relatado pelo corpo t cnico da PMC a Associa o do Bosque dos Italianos composta por moradores dos arredores e visitantes ap s Instru o por um profissional qualificado adquiriu um determinado n mero de mudas arb reas Como essa Associa o extremamente presente e participa de muitas atividades e beneficiamentos do Bosque ela orientou os funcion rios do Bosque a realizarem o plantio sem obter autoriza o ou dar esclarecimentos aos t cnicos respons veis no DPJ mesmo sob veemente solicita o desses No Condom nio Rio das Pedras conforme j apresentado no hist rico deste fragmento algo semelhante ocorre Devido alguns moradores sobressairem se aos outros em rela o as suas forma o e rea de atua o a palavra destes toma um peso maior nas diretrizes ambientais do Condom nio Todavia como isto n o associado ao esclarecimento do restante dos moradores a fim de propiciar decis es e planejamento coletivos torna se uma forma de justificar medidas s quais ainda que respaldadas pelo conhecimento t cnico necess rio mant m se alheias ao dom nio administrativo neste caso a administra o do Condominio e ao exerc cio da cidadania Por outro lado importante ressaltar que algumas organiza es municipais ao lado da PROESP s o conhecidas por sua seriedade nas den ncias estudos de tombamento e propostas de manejo e
251. o o funcion rio respons vel pela infra estrutura e manuten o al m dos moradores cerca de 8 mil pessoas adentram os limites do loteamento diariamente A realidade do Alphaville muito similar com a de outros loteamentos residenciais Embora todos os moradores recebam instru es regras e normas quando fazem a aquisi o do lote s o muitos os que n o as seguem e isso com o tempo acaba gerando muitos desconfortos irregularidades ambientais e gastos O fragmento em quest o faz fundo com diversas resid ncias inclusive segundo palavras do pr prio entrevistado eles compraram uma rea protegida Figuras 25 26 e 27 Outra press o no fragmento tem sido as guas pluviais das casas do entorno que adentram a mata sem conten o Em alguns pontos j poss vel reconhecer sinais de desbarrancamento e desagrega o de solo tornando se de necessidade imediata a interven o com algum sistema de condu o de guas pluviais Embora sejam poucos alguns moradores utilizam o fragmento como local de passeio Como pode ser visto na Tabela 2 o fragmento do Alphaville sofreu um pequeno aumento de rea no segundo intervalo de tempo O uso urbano de seu entorno tamb m tem aumentado muito e hoje est pr ximo de 81 Segundo o levantamento realizado pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas Torres et al no prelo a esp cie mais comum neste fragmento foi Urera baccifera L Gaudich ex Wedd Urticaceae Como na maioria das
252. of the song of the rufous collared sparrow Zonotrichia capensis Emberizidae between Campinas and Botucatu S o Paulo State Brazil ANNUAL ACAD BRAZILIAN CIENC 76 2 345 349 BACELLAR C A P amp BROSCHI L R org 1996 Na Estrada do Anhangiiera Uma vis o regional da hist ria paulista S o Paulo Humanitas FFLCH USP 94 115 201 BADAR R S C 1996 Campinas o despontar da modernidade Campinas Ed Unicamp Centro de Mem ria Cole o Campiniana 161 p BARBOSA L M 2000 Considera es Gerais e Modelos de Recupera o de Forma es Ciliares In Rodrigues R R amp Leit o Filho H F ed Matas ciliares conserva o e recupera o 2000 289 312 S o Paulo Ed da USP FAPESP 320p BAUR B amp ERHARDT A 1995 Habitat fragmentation and habitat alterations principal threats to most animal and plant species GAIA 4 221 226 BERNARDO R G 2002 Hist rico da ocupa o do solo no municipio de Campinas Disserta o de Mestrado S o Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de S o Paulo BERG M E A 1944 Estudo geogr fico da cidade de Campinas In Anais do X Congresso Brasileiro de Geografia Rio de Janeiro vol 3 BITTENCOURT L C 1990 Desenho urbano de Campinas implanta o e evolu o Disserta o de mestrado S o Paulo Faculdade de Filosofia Letras e Ci ncias Humanas Universidade de S o Paulo BORGMANN K L amp RODEWALD A D 2004 Nest predation in an u
253. ogo no inicio de sua aplica o esta metodologia confrontou se com o fato de muitos dos entrevistados serem pessoas simples e da abordagem das perguntas ter a propriedade de revelar a es ilegais ou ineficientes inclusive de setores da PMC o que trouxe certo desconforto por parte dos entrevistados Assim optou se pela realiza o de entrevistas a partir de um roteiro norteador A vantagem deste tipo de entrevista segundo Alencar 1999 justamente a de permitir que o entrevistado manifeste suas opini es seus pontos de vista e seus argumentos com o desenrolar da entrevista A utiliza o de gravador de voz tamb m foi abandonada Esta pr tica apresentou se como ato inibidor e poderia levar n o obten o de grande parte das informa es desejadas al m de um estranhamento e mal estar por parte do entrevistado Apenas em duas entrevistas fo1 utilizado gravador de voz ap s consentimento dos entrevistados Essas foram as entrevistas realizadas com o diretor do Departamento de Parques e Jardins DPJ e com um ex t cnico da PMC Prefeitura Municipal de Campinas Em ambos os casos como havia um conhecimento pr vio 82 xs dos entrevistados considerou se que a perda da naturalidade devido a utilizac o do gravador seria nfima o que justificaria seu uso devido a riqueza e detalhes das entrevistas que n o poderiam ser integralmente documentadas n o fosse desta forma As informa es dispon veis na SEPLAMA a respeito das pr
254. omparison of mesophytic semideciduous forests of the interior of the state of S o Paulo Southeast Brazil PLANT ECOLOGY 119 2 155 164 SANTIN D A 1999 A vegeta o remanescente do munic pio de Campinas SP mapeamento caracteriza o fision mica e flor stica visando a conserva o Tese de Doutorado Campinas Instituto de Biologia Universidade Estadual de Campinas SANTOS A C 1999 Compra e venda de terra e gua e um tombamento na primeira sesmaria da freguesia de Nossa Senhora da Concei o das Campinas do Mato Grosso de Jundia 1732 1992 Tese de Doutorado S o Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de S o Paulo SANTOS A C 2002 Campinas das origens ao futuro compra e venda de terra e gua e um tombamento na primeira sesmaria da Freguesia de Nossa Senhora da Concei o das Campinas do Mato Grosso de Jundia 1732 1992 Campinas Editora da Unicamp 400p SANTOS S L amp V LIO LF M 2002 Litter accumulation and its effect on seedling recruitment in a Southeast Brazilian Tropical Forest REVISTA BRASILEIRA DE BOTANICA 25 1 89 92 SANTOS F L C amp NOVAES J N 1996 A febre amarela em Campinas 1889 1900 Campinas Editora da UNICAMP Cole o Campiniana 2 301p S O PAULO 2005 Invent rio florestal da vegeta o natural do Estado de S o Paulo S o Paulo Governo do Estado de S o Paulo Secretaria do Meio Ambiente Instituto Florestal Atlas colorido 200p SCHULTZ C B a
255. omposi o flor stica e estrutura fitossociol gica do estrato arb reo Anais do V Congresso da Sociedade Bot ncia de S o Paulo 55 76 MATTHES L A F 1992 Din mica da sucess o secund ria em mata ap s a ocorr ncia de fogo Santa Genebra Campinas SP Tese de Doutorado Campinas Instituto de Biologia Universidade Estadual de Campinas METZGER J P 1997 Relationship between landscape structure and tree species diversity intropical forest of south east Brazil LANDSCAPE AND URBAN PLANNING 37 29 35 METZGER J P 2000 Como restaurar a conectividade de paisagens fragmentadas In Anais do Simp sio de restaura o de ambientes degradados com esp cies nativas S o Paulo Ed da USP 7 21 METZGER J P 2001 O que ecologia de paisagens BIOTA NEOTROPICA 1 1 Dispon vel em lt www biotaneotropica org br gt METZGER J P 2003 Como restaurar a conectividade de paisagens fragmentadas In Kageyama P Y Oliveira R E Moraes L F D Engel V L Gandara F B Restaura o ecol gicas de ecossistemas naturais 2003 Botucatu FEPAF 51 76 MILLS G S DUNNING Jr J B amp BATES J M 1989 Effects of urbanization on breeding bird community structure in southwestern desert habitats CONDOR 91 416 428 MIRANDA Z A I 2002 A incorpora o de reas rurais s cidades um estudo de caso sobre Campinas SP Tese de Doutorado Campinas Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas MMA Minist rio
256. onte D Este ap s passar sob a pista da rodovia Adhemar de Barros SP340 Embora Santin 1999 tenha documentado para este fragmento a descontinuidade do dossel e a presen a de lianas ela o caracterizou como uma rea pouco perturbada com muitos indiv duos jovens de esp cies arb reas Centrolobium tomentosum Guillemin ex Benth Fabaceae Astronium graveolens Jacq Anacardiaceae e Trichilia claussenii C DC Meliaceae foram esp cies apontadas como dominantes por Santin 1999 Segundo o levantamento realizado pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas as esp cies mais frequentes neste fragmento foram Actinostemon concepcionis Chodat amp Hassl Hochr Euphorbiaceae e Galipea jasminiflora A St Hil Engl Rutaceae Torres et al no prelo O fragmento rodeado por uma rea utilizada para pasto desde 1980 antes disso o cultivo era algod o e milho O funcion rio e o propriet rio entrevistados n o t m registro de retirada de madeira e lembram apenas de um inc ndio no fragmento ocorrido h muitos anos atr s Neste fragmento os riscos s o diminutos devido ao dif cil acesso por transeuntes e pela prote o dos propriet rios que alegam sempre gostarem da floresta Ainda segundo o funcion rio mesmo para retirada de madeira eles n o utilizavam a mata mas sim os eucaliptos adjacentes esses sim plantados pelos propriet rios N o h manejo ou interven o de qualquer tipo no fragmento por parte dos propriet
257. ontra um ou mais fragmentos No caso da entrevista com moradores optou se pelos moradores com uma rela o mais ntima com o fragmento f sse pelo tempo em que residiam na rea ou por sua conduta 53 Grupo II Pessoas relacionadas a mais de um dos fragmentos ao mesmo tempo com uma abordagem idealmente mais integradora e administrativa Este grupo re ne funcion rios e t cnicos de diferentes reas da PMC inclusive o diretor do DPJ Departamento de Parques e Jardins A diferen a essencial que norteou as entrevistas foi o foco de abordagem Embora em ambos os casos o pano de fundo fosse os fragmentos de vegeta o nativa enquanto a experi ncia de membros do Grupo I era enriquecida pela intimidade hist rica e cotidiana com cada um dos fragmentos o Grupo II era formado majoritariamente por pessoas envolvidas na administra o da quest o ambiental de Campinas na qual se inclu am tamb m os fragmentos preciso deixar claro que esses grupos n o s o excludentes e sim apenas uma simplifica o da realidade H muitos membros do Grupo I por exemplo que tamb m t m uma boa vis o geral desta quest o no munic pio seja por j terem ocupado cargos desses setores ou pela sagacidade e amplitude de seu olhar Todos os nomes dos entrevistados foram omitidos apenas seus cargos s o citados quando essa informa o imprescind vel para a compreens o da narra o 2 2 3 An lises de Documentos e de Bibliografia Foram util
258. opriedades nas quais os fragmentos se encontram e dos loteamentos residenciais de Campinas n o estavam disponibilizadas como dados informatizados da PMC e nem mesmo em papel de forma integral e f cil acesso N o h sistema informatizado de uso e ocupa o do solo na PMC Todos os processos de HMH Habita es Multifamiliares Horizontais averiguados diziam respeito a aprova o sub normativo altera es nas instala es do loteamento com necessidade de aprova o legal correspondendo a aproximadamente 70 dos loteamentos totais do munic pio Esta pesquisa demandou tempo e dedica o que ao final n o foram justificados pela utiliza o que delas se fez na disserta o mas certamente ela enriqueceu o conhecimento acerca de mais este aspecto da cidade os empreendimentos imobili rios e sua fiscaliza o Todavia se por um lado a organiza o da PMC deixou a desejar a an lise dos di rios de ampla circula o excedeu as expectativas Embora este tipo de fonte seja muito diferente das fontes bibliogr ficas normalmente utilizadas em disserta es e teses em Ecologia nesta disserta o sua import ncia foi una Recorrer s hemerotecas foi compreender quest es hist ricas da cidade principalmente de notar o impacto e import ncia de alguns fatos de acordo com a perspectiva da poca e dar a possibilidade de acompanhar com informa es di rias o desenrolar de alguns acontecimentos Este tipo de fonte bibliogr fica ainda u
259. ora da Diversidade das Esp cies no ano de 2000 CONDEPACC n 07 00 As guas provindas das nascentes do fragmento descem pela Cidade 135 Nx Universit ria em dire o estrada da Rhodia e alimentam a lagoa do Parque Ecol gico Herm genes de Freitas Leit o Filho Outra das propriet rias alega que n o h uso do fragmento A mata cercada e preservada Segundo o processo de estudo de tombamento do remanescente CONDEPACC n 07 00 depositado no centro de documenta o da Coordenadoria Setorial do Patrim nio Cultural CSPC em setembro de 2000 o Centro M dico Boldrini foi acusado de promover movimenta o de terra e terraplanagem na rea sem alvar segundo den ncia de um fiscal da pr pria CSPC Ante essa acusa o um porta voz do Centro M dico alegou falta de tempo para conseguir autoriza o legal dos rg os competentes teriam recebido uma verba destinada a esse fim com o compromisso de utiliz la com urg ncia o que levou a n o buscarem formalizar a obra Ap s averigua o a den ncia foi declarada n o pertinente pois na verdade a rea onde se realizava a obra nem mesmo poderia ser considerada entorno da rea em estudo de tombamento Este fragmento apresentou um pequeno decr scimo de aproximadamente 0 2ha entre 1972 2002 Tabela 2 e o uso urbano de seu entorno tem se acentuado sendo atualmente de mais de 45 Tabela 5 De acordo com o levantamento realizado pela equipe de vegeta o do Projeto
260. os desflorestamento queimadas e dist rbios que causam altera o da composi o e estrutura da comunidade atrav s da introdu o de esp cies ex ticas e invasoras retirada de elementos ou esp cies solo vegeta o ca a ou polui o org nica qu mica ou de res duos s lidos Al m desses dist rbios foram identificados quais os fragmentos sujeitos a press es devidas atividade imobili ria da regi o Os dist rbios respons veis pela degrada o dos fragmentos foram separados nesses dois grupos principais tamb m por um outro motivo devido ao apressado e fracamente contextualizado olhar do dia a dia muitas vezes a degrada o dos fragmentos n o notada Esp cies ornamentais e ex ticas no interior da mata despejo de res duos a impermeabiliza o do solo do entorno gerando desagrega o e carregando o banco de sementes locais nos meses de intensas chuvas condi es abi ticas extremamente alteradas Essas observa es s o feitas normalmente por um olhar mais profundo passando desapercebidas para a grande maioria das pessoas principalmente devido s consequ ncias desses dist rbios poderem ser mais efetivamente notadas ap s um maior Intervalo de tempo A grande parte dos cidad os mostra se 165 mais atenta a eventos mais intensos como a supress o de uma grande rea florestada Dessa forma cria se uma terr vel aceita o de fragmentos fantasmas eles continuam l de p embora completamente descara
261. ovos elementos obstruam sua visibilidade descaracterizem ou alterem o bem O artigo 21 da lei n 5 885 de 17 de dezembro de 1987 determinava como rea de entorno a rea compreendida num raio de 300m independentemente da natureza do bem em estudo de tombamento ou seja fosse uma edifica o ou um fragmento todas as atividades e a es num raio de 300m estariam pass veis de controle e regulamenta o determinados pelo CONDEPACC Na administra o municipal de 2005 2008 a rea de entorno foi drasticamente reduzida passando de 300m para 30m decreto n 15 471 de 16 05 2006 Diferentemente do que muitos imaginam o tombamento n o est relacionado desapropria o uma vez que n o altera a propriedade de um bem somente pro be que venha a ser destru do ou descaracterizado Esse um dos motivos que gera insatisfa o por parte dos propriet rios no que tange aos efeitos jur dicos do tombamento a legisla o da Uni o Estados e Munic pios r gida dando a responsabilidade da preserva o dos bens tombados aos 173 propriet rios os impostos continuam a incidir sobre eles mas agora as possibilidades para com seus bens s o restritas e suas responsabilidades maiores A grande maioria dos processos de tombamento dos fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas foram veementemente contestados por seus propriet rios Argumentos como o de que o processo de tombamento como Instrumento de interesse coletivo tem efeitos sobre
262. para tombamento solicitado pela Associa o Protetora da Diversidade das Esp cies PROESP ap s visita realizada na Fazenda com representantes da Funda o Jos Pedro de Oliveira FJPO SANASA CONDEPACC da sub prefeitura do Distrito e Conselho Distrital de Bar o Geraldo arquivado junto ao processo de tombamento ressaltou que a rea vem sofrendo press o imobili ria o que deprime ainda mais os remanescentes de ref gio natural das esp cies de animais nativos A press o imobili ria citada parte tamb m da pr pria Adalpra num planejamento perfeitamente coerente com as decis es at ent o segundo parecer t cnico realizado por profissional contratado pela empresa durante o estudo de tombamento da propriedade o uso agropecu rio n o economicamente auto sustent vel e o potencial e voca o da propriedade seria o parcelamento ou loteamento inclusive j haveria elabora o de um macro projeto para constru o de diversos loteamentos e implanta o de reas comerciais e residenciais Estes dois fragmentos da Fazenda Rio das Pedras est o protegidos pelos limites da Fazenda O acesso a eles dificultado atrav s de placas de proibi o cercas e portarias Entretanto n o imposs vel acess los dada a extens o da margem e os diversos poss veis acessos existentes Esses dois fragmentos como pode ser observado atrav s das fotos a reas de 1962 e 1672 Figuras 17 e 18 respectivamente antes eram apenas um de aprox
263. partilhada DISCRIMINA O 1994 2001 2003 2004 2005 Visitantes em Projetos de Educa o Ambiental 36 000 0 6 358 901 30 000 Visitantes em Projetos de Cultura 9 323 0 36 029 14 788 75 000 Projetos de Educa o T cnica 0 1 curso 0 0 3 cursos TOTAL 1 005 323 4 030 138 387 111 689 1 000 145 Dados levantados at agosto de 2004 Dados estimativos x Projeto Jovem Viveirista com capacidade para 30 alunos e escola t cnica Fonte SMA 2004 Durante o ano de 2005 a reinaugura o do Parque Ecol gico foi adiada por tr s vezes e as visitas escolares dos alunos da rede p blica ficaram muito comprometidas devido aos casos de 103 febre maculosa na cidade novamente a exist ncia de capivaras torna se determinante na din mica de visita o de um parque campineiro A entrevista realizada foi riqu ssima em detalhes e compara es pois a funcion ria participou da equipe de Educa o Ambiental entre 1991 e 1995 at sua dissolu o pelo governo do Estado retornando em 2002 como volunt ria na mesma rea Hoje ela mant m as antigas atividades da equipe e busca captar interessados em monitorar essas atividades ap s receberem sua Instru o Sua experi ncia permeia toda a hist ria do Parque ela participou dos conflitos e dificuldade que os demais acompanhamos atrav s de jornais Uma grande dificuldade que ela encontra na administra o ainda a quest o da seguran a Hoje a equipe de se
264. plexos o modelo de incid ncia funcional e o modelo de dispers o rand mica este ltimo uma simula o espacial de comportamento individual de dispers o e demografia os autores obtiveram respostas fortemente concordantes De acordo com os resultados obtido nos tr s modelos s o os fragmentos maiores e mais conectados que apresentam melhores condi es para a viabilidade populacional desta esp cie de borboleta A conectividade da paisagem tamb m est intimamente relacionada com a exist ncia dos corredores outro elemento oriundo da fragmenta o Al m da capacidade de conectar fragmentos facilitando a sobreviv ncia dos organismos durante seu fluxo entre as manchas eles podem apresentar as condi es necess rias de habitat tempor rio ou permanente para algumas popula es Entretanto a efetividade dos corredores para a restaura o e manuten o dos atributos necess rio em uma paisagem preservada pol mica pois eles tamb m podem apresentar o inconveniente de facilitar a propaga o de algumas perturba es como fogo ou doen as Metzger 2003 Segundo Haddad 2000 desde o surgimento da proposta dos corredores como importante elemento na conectividade da paisagem muitos estudos t m mostrado seus efeitos positivos no movimento das esp cies Taylor 1993 afirma que muitas vezes a recoloniza o de fragmentos n o se d devido inospicidade do habitat mas sim devido impossibilidade das esp cies colonizadoras chegarem
265. pois denominada Fazenda Rio das Pedras A Fazenda foi representativa da elite de dois dos maiores ciclos hist ricos do Brasil a cana de a car e o caf e teve entre seus visitantes ilustres nomes da sociedade como Rui Barbosa a rainha da Inglaterra Elisabeth II Juscelino Kubitscheck e o general Castelo Branco A integridade da rea da fazenda n o perdurou ao longo dos anos e parece ter sido comum desde a primeira metade do s culo XX a divis o das glebas em bairros de pequenas propriedades agr colas que posteriormente vieram a se tornar os bairros hoje conhecidos por Vila Independ ncia Jardim Am rica e Vila Santa Isabel Ribeiro 2000 Em 1959 a Fazenda passa para posse de Jo o Adhemar de Almeida Prado presidente e propriet rio do ent o Banco de S o Paulo junto ao qual os propriet rios tinham grande d vida devido a empr stimos Ribeiro 2000 O novo propriet rio investiu tanto na Infra estrutura da fazenda com reformas e amplia es da rea residencial propriamente dita quanto nos projetos agropecu rios Essa reforma na casa sede veio a ser posteriormente argumento contra o processo de tombamento do conjunto arquitet nico da fazenda Segundo o processo arquivado no centro de documenta o da CSPC Coordenadoria Setorial do Patrim nio Cultural os advogados dos propriet rios alegaram que A reforma da sede principal em 1960 fez com que ela perdesse muitas caracter sticas originais Esta descaracteriza o foi f
266. poral 1962 1972 2002 aerial photographies analysis GIS remnants inspection interviews with the owners or people responsible for the remnants and analysis of documentation from the government of Campinas and from libraries The total remnants area has decreased from 615 34ha 1962 to 451 62ha 1972 and to 422 72ha 2002 Currently the total area of the Anhumas river basin corresponds to 2 82 of the original area There are 34 remnants in the basin 11 of them public areas and 23 private properties Seven of the remnants are spot listed and 27 are under assessment to be spot listed Timbering burning the presence of exotic and invasive species pollution and real estate development are some of the variables that make the conservation of the remnants more complex The present status of the Anhumas river basin s remnants is worrisome However the articulation and elucidation of public governments non government organizations and the owners of the remnants might be able to counter this situation Palvras chave Forest Fragmentation Urban Ecology Biology Public Policy Brazil Environmental Aspects XVIII XIX SIGLAS ABTLus Associa o Brasileira de Tecnologia de Luz S ncrotron APP rea de Prote o Permanente ARIE rea de Relevante Interesse Ecol gico CEASA Central de Abastecimento Agr cola S A CIATEC Companhia de Desenvolvimento do P lo de Tecnologia de Campinas CNPq Conselho Nacion
267. presenta o da realidade Todavia percept vel que as tr s caracter sticas n o s o 144 independentes e formam um s aspecto geral da realidade do condom nio O fato da rea de lazer do loteamento ser parcialmente localizada na APP por exemplo demonstra que a empreendedora n o planejou adequadamente o uso do espa o no condom nio primando pela prote o do fragmento mais pr ximo Ou ainda uma possibilidade bem plaus vel a de que realmente tenha planejado muito bem e que a oferta de uma rea verde pr xima rea de lazer do condom nio seja uma proposta do empreendimento para valoriza o do produto De acordo com o entrevistado houve um plantio h alguns anos de responsabilidade de um rapaz da UNICAMP que est com um retorno pendente para instala o de placas de identifica o das rvores desde ent o O administrador estava h apenas dois meses no cargo ent o tamb m n o pode dar informa es mais detalhadas O Condom nio Est ncia Para so parece n o possuir problemas da mesma natureza e dimens o do que o Condom nio Rio das Pedras no que se refere s quest es internas Enquanto no Condom nio Rio das Pedras os cond minos influenciem bastante nas decis es Internas e seja comum dividirem se em grupos de opini es fortemente contr rias e segundo um funcion rio pensam que o condom nio um quintal seu e que nele eles podem agir como quiserem no Condom nio Est ncia Para so algumas dessa
268. que a evolu o deste fragmento foi uma exce o dentre todos os outros tanto no primeiro Intervalo de tempo quanto no segundo h Incremento de rea Isto aliado ao fato do fragmento da Vila Hol ndia estar dentre os maiores da bacia fez com que sua contribui o para a rea total dos fragmentos aumentasse de 3 41 em 1962 para 7 69 em 2002 Figuras 13 e 14 Como nenhum dos entrevistados soube confirmar se nesse Intervalo de tempo houve algum manejo ou interven o no fragmento ficamos com a hip tese de que este incremento de mata deve se exclusivamente regenera o natural Segundo o levantamento realizado pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas Torres et al no prelo a esp cie mais frequente foi Mabea fistulifera Mart Euphorbiaceae No segundo semestre de 2006 iniciou se em rea cont gua ao fragmento a constru o da E T E Bar o Geraldo Segundo informa es de funcion rio do CONDEPACC as obras foram iniciadas sem permiss o S tio San Martinho Centro M dico Boldrini n 14 Entre as ruas M rcia Mendes e Dr Gabriel Porto Cidade Universit ria rea 2 31ha 1962 2 31ha 4 23ha 1972 2 17ha 2002 Este fragmento est localizado em mais de uma propriedade particular O acesso mata pelo Centro M dico Boldrini fechado e pode ser realizado apenas com permiss o do respons vel O pedido do estudo de tombamento da mata nativa de brejo da rea foi apresentado pela PROESP Associa o Protet
269. que as generaliza es feitas para as respostas da vegeta o fragmenta o podem ser mais mal ficas do que ben ficas uma vez que n o foi encontrado nenhum padr o entre elas Colli et al 2005 Isso compreens vel afinal tudo ir depender da esp cie em quest o e de suas caracter sticas biol gicas e ecol gicas como seu tamanho ciclo de vida e tempo de gera o pois mesmo uma barreira aparentemente intranspon vel para uma esp cie pode ser facilmente transit vel para outra 1 1 3 Ressalvas ao Delineamento da Fragmenta o Algumas ressalvas a respeito da Teoria de Fragmenta o de Habitats seu delineamento e limita es ser o apresentadas aqui com o intuito de proporcionar ao leitor uma vis o mais cr tica da Teoria Em rela o suposi o de que fragmentos maiores seriam sempre um habitat de maior valor ecol gico do que fragmentos menores Tscharntke et al 2002 afirmam que sob a perspectiva de paisagens fragmentos pequenos nem sempre s o simplesmente uma amostragem aleat ria de fragmentos maiores Aspectos abi ticos de fragmentos de habitat como os relacionados geologia e hidrologia juntamente com a permeabilidade da matriz dos fragmentos em quest o diferem numa escala geogr fica Ainda segundo Tscharntke et al 15 2002 usualmente um grupo de fragmentos pequenos ou m dios apresentam habitats muito melhores e uma heterogeneidade ambiental maior do que um grande e nico fragmento ou s
270. ram comuns Como na Pau D Alho a hospitalidade vencera a formalidade era proporcionada a conviv ncia com diferentes visitantes de todas as partes do mundo A principal li o que aprendi com meus pais foi estar sempre aberta para diferentes pessoas sua casa e voc mesmo Havia sempre algo a comer um 140 lugar para dormir e um bom ouvinte N o era a formalidade que era importante mas a hospitalidade e a conex o com as pessoas voc pode aprender muito se estiver disposta a ouvir atesta Julie a filha mais nova do casal hoje moradora do S tio S o Fracisco e bi loga pesquisadora Julie nasceu j nessa fazenda e segundo ela era timo crescer numa casa t o Interessante e com arredores t o belos Eu amava as plantas e os animais e desde cedo tinha meu pr prio e pequeno jardim cuidava dos c es e ajudava plantando rvores Logo que obtiveram a fazenda ela ainda estava ligada produ o de caf Depois a fam lia foi alterando a produ o para gado de leite mesti o algod o melancia caf milho e sojinha perene A preocupa o com a conserva o adequada da propriedade sempre esteve presente desde a aquisi o da fazenda pela fam lia e presente ainda hoje Os Moraes Barros fam lia do ent o embaixador do Brasil na Holanda foram amigos importantes no estabelecimento dos Dutilh van Schelle no pa s Pertenciam ao grupo de fazendeiros que buscava implementar novas tecnologias s id ias de conserva
271. rbanizing landscape the role of exotic shrubs ECOLOGICAL APPLCATIONS 14 6 1757 1765 BRIGUENTI E C 2005 Geoindicadores na Avalia o da Qualidade Ambiental da Bacia do Ribeir o das Anhumas Campinas SP Disserta o de Mestrado Campinas Instituto de Geoci ncias Universidade Estadual de Campinas BROWN JR K S amp FREITAS A V L 2002 Butterfly communities of urban forest fragments in Campinas Sao Paulo Brazil Structure instability environmental correlates and conservation JOURNAL OF INSECT CONSERVATION 6 217 231 BURGESS R L amp SHARPE D M ed 1981 Forest island dynamics in man dominated landscapes Springer Verlag New York New York USA CALDEIRA T P R 2003 Cidade de muros crime segrega o e cidadania em S o Paulo S o Paulo Editora 34 Editora da USP 2 edi o 400p C MARA G 1995 Modelos Linguagem e arquiteturas para bancos de dados geogr ficos Tese de Doutorado S o Jos dos Campos INPE CAMPBELL C 1987 The romantic ethic and the spirit of modern consumerism Oxford Basil Blackwell 312p CAMPINAS 1991 Secretaria Municipal de Planejamento Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Campinas Subsidios para a discussao do plano diretor Campinas Prefeitura Municipal de Campinas 292p CAMPINAS 1995 Secretaria Municipal de Planejamento Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Plano Diretor de Campinas Campinas Prefeitura Municipal de Campinas 153p CAMPINAS 2006 Secre
272. resen a de esp cies Invasoras Os administradores da Fazenda sempre divulgaram entre seus valores os de conserva o e de recupera o do solo Para expressar a indole de prote o aos fragmentos ainda os utilizam argumentando que j que filosofia da empresa o reflorestamento ent o ela n o permite a degrada o Atualmente n o h manejo dos fragmentos e o encarregado n o se lembra de nenhuma interfer ncia como plantios podas ou corte seletivo de madeira A prote o dos fragmentos limita se a dificultar a acessibilidade ao local Os fragmentos s o objetos de estudo de tombamento do processo CONDEPACC n 04 03 Segundo o levantamento realizado pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas as esp cies mais frequentes coincidentes nos fragmentos foram Styrax pohlii A DC Styracaceae e Tapirira guianensis Aubl Anacardiaceae Torres et al no prelo 147 Fazenda S o Bento n 17 Rodovia Adhemar de Barros SP340 km 120 5 norte rea 18 43ha 1962 17 79ha 1972 18 15ha 2002 A Fazenda S o Bento surgiu ap s fracionamento da antiga Fazenda Duas Pontes tamb m pertencente fam lia Oliveira propriet ria da Fazenda Santa Genebra Atualmente ela foi fracionada novamente entre herdeiros e o fragmento em quest o situa se em uma das propriedades oriundas deste fracionamento mais recente O fragmento da antiga Fazenda S o Bento ligado ao fragmento do Xangril pelo c rrego que segue at a fazenda M
273. retanto apesar de todas essas ressalvas os fragmentos localizados em matrizes predominantemente urbanas s o ainda valiosas reas de preserva o e deveriam ser como tal consideradas n o somente pelos recursos naturais que podem apresentar como pela capacidade de servir de trampolins ecol gicos stepping stones abrigo e alimenta o para a fauna e por seus atributos de qualidade ambiental como moderar temperatura estabilizar ribanceiras auxiliar a infiltra o das guas atrav s das ra zes e do solo n o impermeabilizado reduzindo a eros o laminar e proporcionando a recarga do len ol fre tico e proteger as margens dos cursos d gua contra o desbarrancamento e assoreamento Al m disso os fragmentos localizados pr ximos mancha urbana trazem em si a possibilidade nica de sensibiliza o e lazer da popula o aspecto que ser aprofundado adiante No intervalo de tempo entre 1962 2002 houve um aumento de 5 para 18 fragmentos que passaram a ser delimitados ao menos em algum de seus lados por uma matriz de uso urbano Tabela 5 Isso comprova que a maioria dos fragmentos teve uma altera o em rela o as press es sofridas ao longo do tempo A evolu o de cada fragmento sua contribui o para a totalidade dos fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas e as diferentes formas de cada fragmento responder s press es sofridas podem ser melhor compreendidas a partir do detalhamento hist rico de cada fragmento aprofun
274. ri ncia em Campinas 2006 Relat rio de pesquisa Processo FAPESP n 01 02952 1 COLLI G R ACCACIO G M ANTONINI Y CONSTANTINO R FRANCESCHINELLI E V LAPS R R SCARIOT A VIEIRA M V amp WIEDERHECKER H C 2005 A fragmenta o dos ecossistemas e a biodiversidade brasileira uma s ntese Jn Rambaldi D M amp Oliveira D A S orgs 2005 Fragmenta o de Ecossistemas causas efeitos sobre a biodiversidade e recomenda es de pol ticas p blicas Brasilia MMA SFB 2 ed 508p 317 324 CONDEPACC 1992 Invent rio dos bens naturais e do uso e ocupa o da rea envolt ria da Mata de Santa Genebra Campinas Prefeitura Municipal de Campinas CONDEPHAAT 1994 Regulamenta o da rea Envolt ria da Mata de Santa Genebra S o Paulo Governo do Estado de S o Paulo CONDEPHAAT 1995 Proposta de Recupera o Manejo e Conserva o da Reserva Municipal da Mata de Santa Genebra S o Paulo Governo do Estado de S o Paulo CONFORTI T B amp DECHOUM M S 2003 Plano de manejo da vegeta o nativa Parque Municipal Bosque dos Jequitib s Campinas Prefeitura Municipal de Campinas Departamento de Parques e Jardins Relat rio T cnico CONFORTI T B amp DECHOUM M S 2004 Plano de diagn stico e manejo de reas verdes naturais do munic pio de Campinas Campinas Prefeitura Municipal de Campinas Departamento de Parques e Jardins Relat rio T cnico CONFORTI T B 2005 Programa de avalia o con
275. rino 2 Cambu rea 10 31ha 1962 10 31ha 1972 10 78ha 2002 Em outubro de 1880 foi publicada no jornal diario de Campinas a informa o sobre a reforma que Francisco Bueno de Miranda acordava para sua propriedade O Bosque dos Jequitibas vai ficar magnificamente preparado conforme a planta que feita pelo ilustrado engenheiro Dr Ramos de Azevedo Gazeta de Campinas 19 9 1880 No ano seguinte ja inaugurados o lago artificial o Chal Restaurante e sanit rios chamados na poca de casa de banhos o Bosque era visitado com grande frequ ncia principalmente aos domingos por pessoas autorizadas pelo propriet rio Lima 2000 Em 1886 o Bosque recebe a visita de D Pedro II que impressionado com a beleza do local sugere que seja aberto ao p blico mediante pagamento de entrada ou convite por parte do propriet rio Mas segundo Lima 2000 somente dali a quase 20 anos que o Bosque passa para a administra o p blica municipal em 1915 na gest o do prefeito Heitor Penteado transforma se na principal rea de lazer de Campinas Esta prefeitura autorizada pela resolu o municipal n 472 de 4 de Maio de 1915 adquiriu do cidad o Francisco Bueno de Miranda o parque denominado Bosque dos Jequitib s de tradicional mem ria nesta cidade Esta aquisi o foi feita em boas condi es como os srs Vereadores sabem pela quantia de Rs 100 0008000 sendo 50 0008000 vista e 50 0008000 em cinco letras de c
276. rio dos fragmentos exclu dos a din mica dos fragmentos inclu dos dentre os que mais contribuem para a rea total de vegeta o remanescente n o se apresentam de forma t o clara Embora seja instintivo imaginar que para ser inclu do dentre esses fragmentos bastaria ter um acr scimo de tamanho esta rela o n o assim t o simples uma vez que estabelecida em fun o da contribui o de cada um dos fragmentos e da rea total de fragmentos da bacia Tomemos o primeiro intervalo de tempo 1962 1972 dentre os fragmentos que foram inclu dos nessa categoria temos tanto fragmentos que apresentaram um acr scimo de tamanho LNLS chegando quase a dobrar em rea como fragmentos que n o tiveram altera o de rea Fazenda Anhumas ou que apresentaram uma redu o de tamanho Fazenda S o Bento Compreender por que o fragmento do LNLS passa a ser inclu do nesta categoria simples vai de encontro s expectativas quanto maior a rea do fragmento maior sua contribui o para a totalidade dos fragmentos Todavia a inclus o dos outros dois fragmentos na categoria apresentada deve se mais s altera es sofridas pela totalidade dos fragmentos entre os anos de 1962 e 1972 a bacia do ribeir o das Anhumas apresenta a maior taxa de desflorestamento passando de 4 10 para 3 01 de cobertura remanescente A pr pria redu o da RMSG que significou perda de aproximadamente 150ha ocorreu nesse per odo e a inclus o do fragmen
277. rocessos de estudo de tombamento ambiental mais recentes o conhecido 04 03 nomeado Processo de Estudo de Tombamento de reas Verdes proposto por Dionete Santin e Luis Ant nio Ferraz Matthes CONDEPACC processo de estudo de tombamento 04 2003 Este processo refere se ao conjunto de reas verdes naturais fragmentos de matas remanescentes incluindo os parques e bosques que cont m reas de vegeta o nativa reas de floresta estacional semidecidual reas de floresta paludosa matas brejosas e rea de cerrado do munic pio de Campinas e foi baseado na tese de Doutorado de Santin 1999 O processo de estudo de tombamento CONDEPACC 04 2003 lista um total de 141 bens ambientais Vinte e tr s dos 34 fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas est o listados no processo de estudo de tombamento CONDEPACC 04 2003 Os fragmentos da Fazenda Rio das Pedras do Parque Ecol gico Monsenhor Em lio Jos Salim do Bosque dos Jequitib s e o Recanto Yara e a Reserva Municipal Mata de Santa Genebra j haviam sido tombados e outros quatro fragmentos Parque Xangril S tio San Martinho Centro M dico Boldrini Vila Hol ndia e Bosque Chico Mendes respondem a outros processos de estudo para tombamento Tabela 8 proposta conjunta de tombamento para as reas verdes naturais e fragmentos de floresta estacional semidecidual floresta paludosa e cerrado do munic pio de Campinas significou uma tentativa de somar 895 67ha de vegeta o aos 528 52ha
278. roporcionar condi es ambientais necess rias tanto para a preserva o dos fragmentos remanescentes quanto para a seguran a bem estar e qualidade de vida da popula o um desafio muito complexo que interrelaciona diversos aspectos e vai extremamente al m da prote o pontual a um ou dois exemplares arb reos H alguns anos Herm genes Freitas Leit o Filho e Luis Pegoraro importantes personalidades atuantes na quest o ambiental de Campinas j haviam se pronunciado a esse respeito segundo o Di rio do Povo 17 01 1988 eles ressaltavam que embora a sensibiliza o ambiental e recupera o e amplia o de reas verdes estivesse aumentando ao longo dos anos no munic pio sem planejamento as campanhas de massa poderiam acabar em verdadeiros desastres ecol gicos Segundo Herm genes os mutir es s o positivos mas tamb m passam a ser problem ticos quando feitos de maneira muito festiva onde a preocupa o nica e exclusiva a coloca o de mudas na terra sem a observa o de formas adequadas de plantio Ou seja atos 1solados n o s o ind cios de uma postura consciente e coerente Segundo um funcion rio da PMC mesmo quando algu m vem para defender na vis o l dica de proteger voc sabe N o uma vis o t cnica que pode te falar como catalisar essa mudan a como melhorar cada vez mais r pido E ai voc cai voc junta v rios l dicos 193 e cai naquela coisa de movimento ambie
279. rutura da mata realmente bem simplificada e ela se assemelha muito a uma rea verde cultivada sendo o estrato de sub bosque extremamente rarefeito e as pl ntulas praticamente ausentes embora o entrevistado garanta que n o haja a remo o de serrapilheira A segunda que uma delas cont gua rea comum de lazer do condom nio al m do atrativo do lago com peixes a rea reservada para festas com sal o sanit rios e outros equipamentos fazem limite com o remanescente E finalmente a terceira caracter stica que contribui para modelar o uso que feito dos fragmentos a falta de informa o da administra o do loteamento para esclarecer o prop sito e import ncia dos fragmentos nativos Sem conhecimento a respeito do prop sito e at mesmo das restri es legais aplicadas aos fragmentos inclusive por um deles estar parcialmente em uma APP os cond minos sequer t m a consci ncia de estarem infringindo regras Pelos plantios que realizam por exemplo n o recebem nenhum aviso de infra o ou mesmo orienta o por parte da administra o trazem sua muda plantam e quando muito informam algum respons vel Tudo isso facilita a mobilidade dos moradores no fragmento bem como a altera o na composi o flor stica na sua estrutura O reconhecimento dessas tr s caracter sticas que estariam contribuindo para o uso que se faz dos fragmentos e os impactos associados na verdade s o um recurso de compreens o e a
280. s de 1870 a 1893 quando em 23 anos teriam sido constru das 2 237 casas representando mais que o dobro do constru do em 73 anos desde a institucionalizac o da Vila de S o Carlos Entretanto como qualquer evento modifica a realidade mais do que se pode perceber diretamente o advento do caf como g nero agr cola tamb m contribuiu para o fortalecimento de um importante fator no desenvolvimento da cidade as linhas ferrovi rias Embora em 1840 o sistema vi rio regional j fosse considerado importante e centralizasse a parte agr cola e o transporte da parte mais importante do quadril tero do a car Semeghini 1988 o transporte do caf ainda era realizado por tropas de burros Assim as estradas de ferro em implanta o desde 1865 foram a eficiente resposta dos fazendeiros s dificuldades de transporte do caf das lavouras cada vez localizadas mais para o interior at o porto de Santos Badar 1996 Ab Saber 2001 afirma que a sele o de eixos rodovi rios se fez para a extens o progressiva das pontas de trilhos em arcos e setores de rentabilidade agr ria e urbana mais garantidas A constru o da Estrada de Ferro Mogiana partindo de Campinas em dire o ao norte representa mais uma confirma o desse condicionamento natural exercido pelo relevo pouco movimentado da Depress o Perif rica as trilhas ind genas seguiram se os caminhos dos bandeirantes e tropeiros aos quais sucederam as modernas rodovias e ferrov
281. s Pedras rico em hist rias e Interessante por ilustrar muito bem em menor escala quest es pertinentes cidade de Campinas possui minas d gua um lago o fragmento remanescente animais nativos e introduzidos a quest o de arboriza o urbana e moradores de classe m dia alta intelectualizados muitos dos quais formadores de opini o local e nacional Tudo isso gera quest es pertinentes e conflitos relacionados ao uso do local e destino dos recursos e traz dentre as diversas possibilidades a de uma realidade bem estruturada e resolvida Um antigo funcion rio h mais de 14 anos envolvido com a manuten o do condom nio respons vel por grande parte da arboriza o e conhecedor da hist ria do loteamento tenta h 5 anos convencer os cond minos a adquirir um triturador vegetal para transformar em composto a sobra de poda e varre o Eles tiram mensalmente 10 15 ca ambas desse material e a responsabilidade pela sua destina o correta do condom nio Uma certa quantidade despejada na rea de um vizinho sitiante para seu posterior uso e uso do pr prio condom nio mas grande parte do material tem que ser retirada por empresa especializada gerando grande gasto aos moradores A aquisi o do triturador traria um destino adequado s sobras de poda e 113 varri o gerando composto para ser utilizado no viveiro projeto da administra o na arboriza o e nas resid ncias O fragmento propriamente dito que Sa
282. s altera es microclim ticas no fragmento uma vez que o crescimento a mortalidade a abund ncia e a distribui o das plantas nesse novo ambiente podem ser afetadas pelas mudan as abi ticas Murcia 1995 Uma das altera es mais comuns relacionadas composi o da comunidade o surgimento de esp cies ex ticas e lianas muitas vezes t picas de ambientes com dist rbio que podem se tornar extremamente abundante e acabar suprimindo as esp cies naturais do local Por sua vez as altera es de v rios aspectos da hist ria de vida de plantas e animais na borda dos fragmentos podem resultar em mudan as bi ticas indiretas Murcia 1995 que viriam a ser as Intera es entre as esp cies preda o herbivora poliniza o e dispers o Em um estudo sobre 12 a influ ncia da fragmenta o de florestas tropicais em comunidades de besouros Didham et al 1998 afirmam que a proximidade da borda e o tamanho do fragmento influenciaram significativamente a composi o das esp cies de besouros Uma das grandes quest es em rela o ao efeito de borda at qual dist ncia para o Interior do fragmento seus efeitos podem ser percebidos Harper et al 2005 compilando estudos realizados em paisagens florestais fragmentadas sugerem que dependendo do tipo da resposta ao efeito de borda a dist ncia pode chegar at a 500m Segundo Desouza et al 2001 no desenho experimental de fragmenta o na Amaz nia acompanhado h 29 anos
283. s altera es num habitat ap s este ter sofrido um dist rbio 1 1 2 A Paisagem Fragmentada Compreendidas as origens da Teoria de Fragmenta o de Habitats fica nos agora mais f cil entender de que forma a estrutura e composi o da comunidade e os processos ecol gicos s o alterados pela fragmenta o Al m da redu o de habitat causada pelo desflorestamento e dos dist rbios proporcionados por este evento a fragmenta o torna o habitat antes cont nuo uma paisagem subdividida em um n mero de fragmentos menores que apresentam menor rea total do que o habitat inicial e est o isolados um do outro por uma matriz de habitat diferente do original Wilcove et al 1986 alterando completamente a estrutura espacial da paisagem Essas mudan as dr sticas na geometria e atributos da paisagem alteram o microclima do habitat expondo organismos insola o ventos e desseca o Lovejoy et al 1986 alterando a composi o e estrutura da comunidade uma vez que algumas esp cies s o extremamente dependentes de condi es abi ticas ideais para germina o crescimento estabelecimento florescimento e poliniza o A fragmenta o influencia tamb m nas Intera es entre plantas e animais consequentemente afetando a densidade populacional de polinizadores e dispersores e a demografia e o recrutamento das plantas Aizen 1994 Componentes e Atributos da Paisagem Fragmentada Dada ent o a fragmenta o os novos componentes
284. s d vidas que fortalecem minhas certezas Araca pequenos olhos brilhantes o sil ncio amigo e o amor que h tanto nos acompanha e por compartilharmos deste entender e caminhar que um mestrado e um viver coerente e simples Syl pela amizade presente alegre e disposi o em ajudar Marina Braun pelos momentos de descontra o alegria e amizade por compartilhar tantas transforma es e principalmente por simplesmente crer em mim Agrade o a Carla Criva Araketo Marcelo Paula Mi e Marina pela companhia atenta pr xima e amorosa pelo entender e por torcer a cada etapa Por compreenderem a import ncia deste trabalho em si por compreenderem a import ncia deste trabalho em mim Carlota pelo carinho e verdadeira amizade pela sensibilidade por saber ouvir e trilhar o caminho junto ainda que distante Pelo incondicional amor aos meus pequenos Mateus e Mafu Araketo amp Criva por tudo do gengibre sincera amizade sem questionamentos a Araketo obrigada pelo carinho e apadrinhamento do Mafuz ra Criva pelo carinho alegria e praticidade de se viver e claro pela paci ncia e pronto socorro Intermunicipal com o ArcView Agrade o a Marcelo pelos momentos profundos e sinceros de descoberta e constru o de um sempre novo amor por me abrir os port es de seu castelo de sonhos luz e sombra e por sempre acreditar no semear Paulinha irmandade conquistada ao longo de tantos anos de risos e l grimas m tuos presen a indisp
285. s fragmentos incrustrados em meio pressa e valores do dia a dia e notar como desarpecebida sua import ncia na participa o dos processos ecol gicos como exemplares de biodiversidade e atenuantes da artificialidade dos ambientes urbanos Al m disso como elementos da paisagem pode se atribuir a eles grande import ncia social e hist rica que certamente influencia as press es prote o e o manejo desses fragmentos Os lugares segundo Leite 2004 podem ser tomados como uma demarca o f sica ou simb lica no espa o cujos usos os qualificam e lhes atribuem sentidos diferenciados orientando a es sociais e sendo por estas delimitados Sejam f sica ou simbolicamente demarcados essas demarca es s o constru das socialmente de acordo com pressupostos valores e princ pios da poca de sua forma o Vinha me ent o a quest o que norteou esta disserta o se conforme nos traz Santos 2002 o espa o apropriado e consumido representa o resultado concreto do embate de for as politicamente contrapostas e onipresentes tendo como pano de fundo a disputa da terra de que forma esta disputa e a sucess o de diferentes 47 ciclos do crescimento econ mico teriam contribu do para a constitui o dos fragmentos remanescentes atuais O intuito inicial era abranger todos os fragmentos de Campinas n o privilegiando o recorte por bacia Entretanto esta meta foi se tornando cada vez mais imposs vel se o tempo de um mestr
286. s pol ticos locais e dinamismo do crescimento do p lo de Campinas atraindo a popula o para a parte mais comprometida da bacia e acentuando os problemas h dricos A ele uniu se o fato de a partir de 1922 os terrenos municipais estarem j escassos fato que abriu o mercado para a constitui o de empresas de loteamentos como protagonistas do novo desenho da cidade Badar 1996 J a localiza o dos investimentos p blicos resultou em uma distribui o horizontal e descontinuada da malha residencial A expans o dos servi os p blicos em dire o s reas ocupadas acabou valorizando os vazios urbanos intermedi rios resultando numa distribui o descont nua e desigual de servi os p blicos Serr o 2002 afirma que durante a primeira metade do s culo XX os propriet rios de terra em Campinas eram obrigados por lei a manter 10 da rea total de sua propriedade com 36 a cobertura vegetal entretanto com a fragmenta o das propriedades cedendo press o da expans o da urbaniza o essa rea acabava sendo diminu da Lapa 1996 A partir de ent o desde a d cada de 40 a mancha urbana de Campinas vem crescendo significativamente Tamb m segundo Bernardo 2002 a infra estrutura e localiza o da cidade tiveram importante papel neste crescimento o Aeroporto de Viracopos as linhas f rreas e rodovias al m dos sistemas estruturais urbanos instalados na periferia da cidade gua luz esgotos e galerias for
287. s quest es parecem inexistentes Inexistentes e n o consensuais Mesmo as regras definidas para a arboriza o das ruas no Est ncia Para so n o s o t o rigorosas os moradores s o respons veis pela escolha e manuten o das rvores em frente suas casas Uma possibilidade para isso talvez seja o fato do Condom nio estar estabelecido a menos de 10 anos alguns t picos problemas de arboriza o como doen as e morte de rvores e necessidade de poda ou supress o a fim de proteger a fia o vias de pedestres ou de autom veis s o caracter sticos de rvores em idade mais avan ada e maior porte Ambos os fragmentos constam no processo de tombamento CONDEPACC n 04 2003 145 Fazenda Tozan Fazenda Monte d Este n 16a 16b e 16c Rodovia Adhemar de Barros SP340 Km 121 5 sul rea 2 09ha 5 05ha 1962 2 87ha 3 15ha 1 81ha 1972 4 34 3 63ha 2 12ha 2002 Anteriormente parte integrante da Fazenda Ponte Alta de propriedade da fam lia Camargo Penteado a Fazenda Monte d Este data de 1798 e sua trajet ria acompanha alguns dos principais momentos hist ricos do Brasil ela j produziu a car caf tem rela o ntima com Imigra o Japonesa e nas ltimas d cadas diversificou a produ o Entre sua edifica es est o a Casa Sede Senzala Casa de Colono Museu Casa do Caf Casa Japonesa e Casa de Ch constru da para receber o pr ncipe e a princesa Mikasa do Jap o durante as comemora es dos 50 a
288. se a preserva o e manejo do fragmento e a educa o para a popula o local No pedido de tombamento da rea um dos objetivos apresentados foi o de promover a educa o ambiental Entretanto ela encontra muitas dificuldades para realiz los desde a pouca articula o e participa o at colabora o da PMC em suas diversas Inst ncias O fragmento um dos poucos exemplares da transi o de floresta estacional semidecidual para cerrado nesta por o do munic pio o que j caracteriza sua import ncia para conserva o Ele cont guo a uma rea da Rhodia arrendada para a Usina A ucareira Ester S A e s o comuns as den ncias a respeito de treminh es que prejudicam a mata quando v o fazer a retirada da cana de a car ao passarem pelo acesso de terra que corta o fragmento Santin 1999 134 ja havia relatado a exist ncia deste acesso na poca utilizado para proporcionar retirada de solo Esta todavia n o a nica amea a ao fragmento Segundo moradores j houve princ pios de inc ndio provenientes da pr tica da queima da cana de a car ou de eventos religiosos na mata apreens o de animais para venda retirada de terra de uma rea adjacente e deposi o de res duos E neste caso uma realidade reveladora segundo os moradores o lixo vem de Hortol ndia e Paul nia inclusive j foi reconhecido material impresso com timbre de escolas municipais de Paul nia Quando observamos a Tabela 2 notamos
289. so rodovia Adhemar de Barros SP340 Embora nenhum morador do bairro pudesse se recordar de algum dia ter testemunhado focos de inc ndio no fragmento numa rea n o muito distante na entrada do bairro os inc ndios s o muito comuns o que somado s evid ncias de incinera o de lixo no entorno contribuem para constatarmos a fragilidade do remanescente O fragmento do Jardim Miriam dos poucos fragmentos em que n o h nascentes ou cursos d gua Este fragmento sofreu pouca redu o de rea no intervalo entre 1962 1972 para no per odo seguinte apresentar perda de mais de 70 aproximadamente 1 7ha devido ao loteamento residencial do entorno Guarea kunthiana A Juss Meliaceae foi considerada a esp cie dominante segundo Santin 1999 De acordo com levantamento mais recente realizado pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas Torres et al no prelo a esp cie mais comum neste fragmento foi Piptadenia gonoacantha Mart J F Macbr Fabaceae Torres et al no prelo 151 Sociedade Residencial Alphaville Campinas n 20 Acesso pela Rodovia Adhemar de Barros SP340 km 117 rea 3 75ha 1962 3 64ha 1972 4 02ha 2002 A Sociedade Residencial Alphaville Campinas estabeleceu se na Fazenda Santa Terezinha pr xima rodovia Adhemar de Barros SP340 ha cerca de 8 anos atr s e hoje um dos maiores loteamentos residenciais da cidade atualmente j com 900 casas erguidas e outros lotes em constru o Segund
290. so relatado em documento t cnico da PMC CONDEPACC 1992 ilustra bem esta quest o e mesmo ocorrido em rea n o compreendida pela bacia tomar ci ncia dele ampliar o conhecimento da realidade do munic pio na Fazenda Emba ba localizada no distritode Sousas foi aprovado um loteamento cujo tamanho dos lotes respeitava as dimens es m nimas dos m dulos estabelecidos para a zona rural Entretanto os lotes eram grandes demais e por conseguinte caros demais para a faixa de mercado interessada em ch caras de lazer A pr pria empreendedora agrupava v rios interessados que acabavam por comprar um mesmo m dulo e partilhavam no em acordo interno subdividindo o lote Hoje pode se ver pequenas ch caras encostadas na mata cada uma com constru es pr prias e ornamenta o personalizadas 166 gerando um todo desarmonioso e agressivo al m de intensificarem e diversificarem as rela es de degrada o com a mata A evolu o do fragmento do Alphaville Campinas apresenta alguns aspectos semelhantes embora a rea do fragmento n o tenha sido reduzida entre 1972 e 2002 Tabela 2 per odo em que se deu o estabelecimento do condom nio poss vel notar que ele passa a sofrer maior press o tanto devido impermeabiliza o do solo do entorno quanto aos poss veis dist rbios gerados por uma vizinhan a numerosa e m ltipla Figuras 25 26 e 27 melhor detalhados no hist rico dos fragmentos e a seguir O caso do Condom nio Residen
291. sofrido corte raso h algumas d cadas atr s Conforme podemos acompanhar na Tabela 2 e nas Figura 5 e 6 entre 1962 e 1972 o fragmento teve um incremento de aproximadamente 6 7ha o que corresponde a mais de 96 da rea inicial uma quantia muito significativa Entretanto j no segundo intervalo de tempo 1972 2002 houve uma redu o de 13 78ha para 10 6ha Infelizmente esta foi uma das reas nas quais a comunica o com os respons veis deixou a desejar ent o n o foi poss vel compreender muito bem quais for as estiveram e est o presentes na evolu o deste fragmento Segundo o levantamento realizado pela equipe de vegeta o do Projeto Anhumas as esp cies mais frequentes neste fragmento foram Luehea grandiflora Mart Tiliaceae e Platypodium elegans Vogel Fabaceae Torres et al no prelo 139 Sitio S o Francisco Fazenda Pau D Alho n 14 Rodovia Adhemar de Barros SP340 km 118 5 rea 2 66ha 0 46ha 1962 3 51ha 1972 5 12ha 2002 Segundo o hist rico de sua filha Julie Dutilh o casal Jacques e Marguerite Dutilh van Schelle veio para a Am rica do Sul com um filho de um ano e um beb na barriga justamente quando findou a II Guerra Mundial na Holanda Embora fosse seu intuito desde o inicio vir para o Brasil eles foram inicialmente Argentina E ap s a ajuda de um amigo que trabalhava na embaixada alem conseguiram fazer os contatos para alguns meses depois virem ao Brasil Inicialmente a fam
292. stiano Os rio em 1914 Jornal de Bar o mar o 1993 Desde ent o a fazenda Santa Genebra manteve se sob administra o de um de seus filhos Jos Pedro de Oliveira sendo que apenas com seu falecimento sua esposa Jandyra Pamplona de Oliveira passaria a administr la Ela herdaria ent o a Fazenda ainda com tr s fragmentos remanescentes o maior hoje Reserva Municipal Mata de Santa Genebra e outros dois denominados Santa Genebrinha e Mata do Chico Brinco A doa o da Mata PMC ocorreu n o sem antes muita hesita o do ent o prefeito de Campinas Francisco Amaral Mesmo ante clamores da import ncia da preserva o da mata como forma de proteger a biodiversidade local inclusive devido s poss veis plantas medicinais que l estariam cura para muitas doen as Jornal de Hoje 12 04 1981 argumentos do uso da mata para fins de pesquisa e ensino Jornal de Hoje 22 03 1980 o prefeito alegava que o 116 municipio n o disponibilizava de verba suficiente para proteger e gerir a Mata e segundo suas pr prias palavras Se eu tiver que escolher entre cercar a Mata de Santa Genebra e dar ilumina o popula o prefiro gastar dinheiro com a luz Jornal de Hoje 12 04 1981 Entretanto ap s meses de incerteza ajustes pol ticos e press o da sociedade civil de entidades ambientalistas e de institui es de pesquisa a mata foi doada atrav s da cria o pelo Poder Executivo Municipal da Funda o Jos Pedro de Oliveira
293. t ria de sua pr pria fam lia especialmente a Gilberto Fazenda Boa Esperan a Irandaia Vila Hol ndia Agrimal e Eug nio Condom nio Rio das Pedras e Julie Fazenda Pau D Alho por nosso mergulho no passado possibilidades e sonhos Ao Alex encontro de luz e conhecimento pela indispens vel contribui o no caminhar por me ajudar a identificar e nomear meus fantasmas Por ajudar em meu reencontro e dele fazermos algo incomensuravelmente alegre amado harmonioso e repleto de responsabilidades A ele e todos os outros irm os de luz aprendizado acolhimento e trabalho Ricardo Laura Lurdes Luci Helena Neusa Concei o Rosana Kl ber Fernanda e Bruno M rcia e Cilica Bel Larissa C lia e Simone Idelma Eus bio Marilice Carla e Pedro Gilberto e Aparecida e doce J lia As irm s de morada caf e noites de trabalho adentro Virna irm imersa no radiante poder de meu guia Sol encontro que me fez compreender muito de mim mesma e meus anseios Elo de origem resgatado no compartilhar do reencontro di rio aprendizado intenso com luz e sombras Daphne a boneca de pano o mais belo elo entre o humano e a fantasia possibilidade de compreens o simples de minhas dificuldades mais exc ntricas exist ncia alegre e firme que alicer a dif ceis momentos F sse o mundo como voc o faz e n o como o pensa que alegre e musical seria Aos amigos que me fortaleceram e acompanharam neste longo processo rica Natash
294. tais Entretanto necess rio lembrar que dependendo do ecossistema e do hist rico da rea a situa o pode ter uma realidade muito espec fica comparando a Mata Atl ntica com a Amaz nia por exemplo temos que nesta a fragmenta o intensa muito mais recente Segundo Fearnside 2005 o desflorestamento moderno da Amaz nia brasileira pode ser considerado datando da d cada de 1970 com a constru o da transamaz nica enquanto na Mata Atl ntica a fragmenta o data de mais de 500 anos Devido a isso os fragmentos da Amaz nia n o passaram pelo longo e Intensivo hist rico de perturba o antr pica de ca a corte seletivo e fogo t o ordin rios na Mata Atl ntica Estas diferentes realidades alteram as respostas oriundas do processo de fragmenta o Outro ponto importante de ser lembrado o de que os resultados obtidos da an lise da fragmenta o podem variar dependendo do momento em que ela se encontra Isso se d principalmente por duas raz es a primeira que a fragmenta o um processo ou seja embora possa ser identificada no In cio do dist rbio que a causa como processo ela apresenta diferentes momentos cada qual com diferentes tend ncias A partir da fragmenta o inicial por exemplo pode haver a continuidade da perda de habitat o que levaria os fragmentos a se tornarem menores e seu grau de isolamento maior Com a altera o das vari vais abi ticas do ecossistema as respostas dos organismos tamb
295. taria Municipal de Planejamento Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente O que o Plano Diretor 2006 Campinas Prefeitura Municipal de Campinas 11p Dispon vel em www campinas sp gov br seplama projetos planodiretor2006 pdfinal pergresp pdf CAMPOS JR T S 1952 Hist ria da funda o de Campinas Subs dios In Monografia hist rica do municipio de Campinas Rio de Janeiro IBGE 202 CARVALHO D R E VUKOMANOVIC C R amp RODRIGUES J G 2006 A rea rural da bacia do ribeir o das Anhumas breve relato In Torres R B Costa M C Nogueira F P amp Perez Filho A coords Recupera o ambiental participa o e poder p blico uma experi ncia em Campinas 2006 Relat rio de pesquisa Processo FAPESP n 01 02952 1 CHRISTOFOLETTI A amp FEDERICI H 1972 A terra campineira Campinas Ind strias Gr ficas Mousinho 100p CIELO FILHO R amp SANTIN D A 2002 Estudo floristico e fitossociologico de um fragmento florestal urbano Bosque dos Alem es Campinas SP REVISTA BRASILEIRA DE BOTANICA 25 3 291 301 CLARK D B 1996 Abolishing virginity JOURNAL OF TROPICAL ECOLOGY 12 735 739 COELHO R M GOMES D C H ROSSI M MENK J R F ADAMI S F SOUZA L A GUADALUPE G W 2006 Levantamento pedol gico semidetalhado da bacia do ribeir o das anhumas In Torres R B Costa M C Nogueira F P amp Perez Filho A coords Recupera o ambiental participa o e poder p blico uma expe
296. tas virgens mais densas e altas Embora os pontos de pousadas fossem apenas um degrau para a explora o das minas mais adiante seu estabelecimento trouxe altera es aos recursos locais constru dos e mantidos com abundantes recursos vindos das matas que cobriam a regi o era comum o corte de madeiras para serem utilizadas na constru o de habita es ou como lenha Como n o havia como transport las para o litoral Serr o 2002 acredita que apenas a introdu o da agricultura em larga escala inicialmente com o a car e depois com o caf tenha trazido um desflorestamento mais Intenso das florestas da regi o Com o decl nio da minera o as expedi es foram diminuindo e os pousos tiveram alterados seus prop sitos de descanso e reabastecimento e passaram a estimular paradas perenes E foi assim que surgiu o Bairro do Mato Grosso das Campinas bairro rural que compunha a Vila de Jundia que em 1745 era um ajuntamento de pequenas propriedades agr colas nas quais os chefes com suas fam lias e poucos escravos cultivavam itens de 31 subsist ncia principalmente milho feij o e arroz Badar 1996 estando localizado na atual bacia do ribeir o das Anhumas Menos de 30 anos depois em 1774 Francisco Barreto Leme fundou a povoa o de Campinas do Mato Grosso mesmo ano em que a Igreja Matriz foi constru da passando a denominar o arraial de Freguesia de Nossa Senhora da Concei o Campos Jr 1952 Ap s passar Vila d
297. te ignorada em pesquisas com florestas tropicais Clark 1996 Whitmore amp Burslem 1998 18 Reconstitui o da Cobertura Florestal do Estado de S o Paulo Estimativa da cobertura 81 8 Situa o primitiva Figura 1 Reconstitui o da evolu o da cobertura florestal do estado de S o Paulo realizada por Victor 1979 Atentar reconstitui o de 2000 que foi projetada com as taxas de desflorestamento anteriores n o correspondendo realidade dos 7 3 atuais Secretaria de Estado do Meio Ambiente http www ambiente sp gov br ppma resbios1 htm acesso em 25 01 2007 Fonte S o Paulo 2005 19 20 1 2 A Expans o de Campinas e a Fragmenta o de Habitats Como um ser vivo as cidades crescem custa do que as rodeia O grande alimento das cidades a terra que tomada no seu imediato sentido de superf cie limitada ganha o nome de terreno no qual feita esta opera o ling stica passa a ser poss vel construir E enquanto n s vamos ali comprar o jornal o terreno desaparece e em seu lugar surge o im vel Jos Saramago 1 2 1 O Munic pio de Campinas O munic pio de Campinas situa se no interior do estado de S o Paulo a aproximadamente 100 km da capital na dire o noroeste entre as latitudes 22 45 00 e 23 02 30 S e as longitudes de 46 50 00 e 47 15 00 W com uma rea de aproximadamente 887km SEADE http www seade sp gov br acesso em 20 11
298. tegoria dos maiores 75 16 fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas passaram por um processo de redu o de rea como era de se esperar O nico fragmento exclu do da categoria no primeiro intervalo de tempo ou seja que 1962 constava dentre aqueles que perfaziam 82 03 da rea dos fragmentos da bacia ausentando se deste grupo em 1972 foi o fragmento localizado pr ximo ao lago da Fazenda Rio das Pedras que nesse intervalo de tempo perdeu 73 44 de sua rea J no segundo intervalo de tempo 1972 2002 foram os fragmentos da Fazenda Anhumas Bosque Chico Mendes e Mata do Chico Brinco que foram exclu dos desta categoria tendo perdido respectivamente 5 13ha 17 31ha e 2 9lha A Tabela 4 apresenta essas perdas e ganhos em porcentagem Tabela 4 Porcentagem de incremento e decr scimo da rea dos maiores fragmentos da bacia do ribeir o Anhumas tanto os exclu dos como os Inclu dos desta categoria em dois Intervalos de tempo 1962 1972 e 1972 2002 N Fragmentos 1962 1972 1972 2002 Fazenda Rio das Pedras S 13 44 E localizado pr ximo ao lago ee x 9 Fazenda Anhumas 49 68 amp 27 Bosque Chico Mendes 84 80 E 28 Mata do Chico Brinco 41 82 5 Fazenda Rio das Pedras gas localizado pr ximo ao frag4 Fazenda Rio das Pedras 5 ER 17 21 local zado pr ximo ao lago Fragmentos Incluidos NO Fazenda Anhumas 0 13 LNLS 96 20 17 Fazenda S o Bento 3 45 Ao contr
299. ten o dispensada e valios ssimas contribui es A Funda o MB que financiou parte desta disserta o tornando poss vel maior envolvimento com a pesquisa Ao Prof Thomas Michael Lewinsohn exist ncia importante durante meus dois mestrados luz nas encruzilhadas que criei em meu caminho pela m sica pelo carinho pela confian a e pela desconfian a pelo riso maroto E tamb m a toda comunidade LIIPiana Adriana M rio Kubota Rafael Andr Tehra Marina Ricardinho Paulo In cio Soraia pelos in meros conhecimentos pela irrever ncia e pelo aprendizado de trabalho em grupo Um agradecimento especial a Paulo In cio Prado pela do ura aten o e olhar cr tico sempre disposto a contribuir e Soraia mineira querida que irradia luz e sentido vida mesmo sem seus okyomes Aos professores envolvidos mais diretamente no processo desta disserta o pelo profissionalismo carinho e aprendizado Flavi o S rgio Reis Benson Baku Trigo Brown e ao ador vel e carinhoso carequinha Tamashiro o ranzinza Aos funcion rios da Secretaria de P s Gradua o presentes em cada etapa conquista e dificuldade especialmente C lia S lvia e Rafael que realizam suas fun es com efici ncia e carinho incomum Muito obrigada esquadrilha resgate para qualquer hora que al m da amizade e carinho compartilham da experi ncia e dos apertos proporcionados por uma p s gradua o Marina e Gui Cau Jo o Paulo Nat lia
300. tenso e de origem diversa devido refer ncia nacional do Hospital das Cl nicas da Unicamp na rea da sa de A alta incid ncia de bambus deve se ao fato desses terem sido ali cultivados para utiliza o dos moradores da Fazenda h muito tempo Nesse fragmento mesmo a certa dist ncia pode se notar um Jequitib Cariniana sp Lecythidaceae dentre outras rvores emergentes o qual segundo o entrevistado tem mais de 150 anos De acordo com o levantamento realizado em 2005 2006 pela equipe de vegeta o do 124 Projeto Anhumas Torres et al no prelo as esp cies mais frequentes foram Esenbeckia leiocarpa Engl Rutaceae e Galipea jasminiflora A St Hil Engl Rutaceae N o h nenhum tipo de manejo na rea como conten o de trepadeiras adensamento ou enriquecimento de arb reas ou mesmo prote o ao fogo O baixo ndice de diversidade de Shannon amp Weaver H 2 19 encontrado no estudo desenvolvido pelo Projeto Anhumas evidencia uma homogeneidade de esp cies umbr filas arbustivas e arb reas de sub bosque Torres 2006 et al Santin 1999 identificou Talauma ovata A St Hil Magnoliaceae Protium heptaphyllum Aubl March Burseraceae como esp cies predominantes neste fragmento A altera o do tamnho deste fragmento foi muito reduzida no Intervalo de tempo estudado Tabela 2 e a altera o do uso do solo no entorno foi maior entre 1972 2002 Tabela 5 Quando questionado a respeito de planos para o futuro
301. terminou o levantamento dos bens naturais situados no entorno 300m da Reserva de Santa Genebra tendo sido sugerida manuten o conserva o e 122 recupera o de todas as reas de vegeta o natural e mananciais com rela o direta com a Reserva Como resultado ap s um longo processo e muitos pareceres t cnicos e contesta es em 2004 os reas conhecidas como bens C e D foram tombados pelo CONDEPACC resolu o Ed n 47 de 21 10 2004 Ambas encontram se ao sul da Reserva sendo que o fragmento C margeado por canaviais arrendados Usina A ucareira Ester S A e o D um conjunto de pequenas matas lim trofe ao Centro de Pesquisa Agr cola da Monsanto cultivo de cana de a car e rea de lazer com clubes ch caras e pequenas hortas estendendo se at os fundos da CEASA De acordo com o relat rio para o tombamento dos bens naturais C e D localizados na rea envolt ria da Mata de Santa Genebra Corr a 2000 entregue ao Conselho do CONDEPACC durante o processo de estudo de tombamento muitos foram os pareceres t cnicos necess rios neste caso de t cnicos da PMC professores e pesquisadores de universidades federais estaduais e institutod de pesquisa Em sua maioria os pareceres alegavam a import ncia dos fragmentos como exemplar de matas higr filas com esp cies vegetais espec ficas e especializadas s particulares condi es locais import ncia para ref gio e alimenta o de di
302. tituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renov veis IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais LNLS Laborat rio Nacional de Luz S ncrotron MCT Minist rio da Ci ncia e Tecnologia PMC Prefeitura Municipal de Campinas PROESP Associa o Protetora da Diversidade das Esp cies PUCCAMP Pontif cia Universidade Cat lica de Campinas RMC Regi o Metropolitana de Campinas RMSG Reserva Municipal da Mata de Santa Genebra SANASA Sociedade de Abastecimento de gua e Saneamento S A SEPLAMA Secretaria Municipal de Planejamento Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Prefeitura Municipal de Campinas SIG Sistemas de Informa o Geogr fica SMA SEMA Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Estado de S o Paulo SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conserva o UC Unidade de Conserva o UFMG Universidade Federal de Minas Gerais UNESP Universidade Estadual de S o Paulo J lio de Mesquita Filho UNICAMP Universidade Estadual de Campinas USP Universidade de S o Paulo XXi NDICE DE TABELAS Tabela 1 Folhas topogr ficas cedidas pelo Instituto Geol gico e Cartogr fico IGC que originaram a base cartogr fica de 2002 utilizada no Projeto Anhumas Tabela 2 Fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas sua fisionomia ponto central de localiza o geogr fica e rea de cada um em 1962 1972 e 2002 ha Tabela 3
303. tizada com o nome do bairro rural em alus o s matas que cresciam nas terras e foi originalmente produtora de a car Por volta de 1820 sob administra o da ent o futura Viscondessa de Campinas Maria Luiza de Souza Aranha a produ o de a car aumenta e reativa se o plantio e beneficiamento do caf Quando da morte da Viscondessa aproximadamente sessenta anos depois a Mato Dentro era uma fazenda de grande porte das mais pr speras da regi o e detentora de mais de 200 escravos A fam lia propriet ria era ligada alta nobreza Joaquim Aranha Barreto de Camargo foi dos principais assessores de D Pedro I e a Princesa Isabel o Conde D Eu e D Pedro II e sua esposa D Teresa Cristina foram acolhidos e ciceroneados por membros da fam lia quando em Campinas entre os anos 1874 e 1886 Ap s anos de gl ria e riqueza a crise do caf em 1929 atinge duramente as finan as da fazenda e em 1937 ela comprada pelo governo do Estado Decreto Estadual n 2 903 de 15 01 1937 para implanta o do Instituto Biol gico sob jurisdi o da Secretaria da Agricultura e Abastecimento Devido a anterior fracionamento por heran a agora sua rea total de 117 alqueires Em mar o de 1991 o Parque Ecol gico foi inaugurado batizado com o nome de Monsenhor Em lio Jos Salim fundador da Pontif cia Universidade Cat lica de Campinas PUC Campinas A casa sede constru da entre 1840 e 1850 exemplar da arquitetura rural paulista em
304. to da Fazenda Rio das Pedras 5a ocorrida no segundo per odo de tempo tamb m pode ser explicada atrav s dessa tend ncia geral da bacia Tabela 4 Entretanto embora este padr o geral da diminui o de j escassos exemplares de fragmentos nativos devesse favorecer a prote o aos mesmos devido sua biodiversidade e sua contribui o para melhorar condi es ambientais como escoamento das guas da chuva dissipa o da energia do escoamento superficial estabilidade das margens e barrancos de corpos d gua e equil brio t rmico das guas Barbosa 2000 al m do maior conforto proporcionado por amenizarem a paisagem de concreto e auxiliarem na redu o da temperatura do ar e na emiss o de poluentes e ru dos sonoros na atmosfera ou seja condi es que interferem diretamente na seguran a p blica sa de e qualidade de vida dos cidad os n o fol isso que ocorreu na bacia Conforme representado nas Figuras 5 6 e 7 o crescimento de Campinas ao longo desses anos levou a uma forte press o nos fragmentos da bacia parte dela percebida atrav s do aumento do uso do solo com atividades urbanas que atingiu tamb m o entorno dos fragmentos A evolu o do entorno de cada fragmento em rela o ao uso do solo consta na Tabela 5 Nela podemos ver que dos 20 fragmentos cujos entornos 300m em 1962 eram exclusivamente rurais restaram apenas dois em 2002 os quais ainda assim encontram se cravados em uma rea onde sofrem grande press o
305. to de aves de uma rea para outra ajuda a aumentar a diversidade e acelera o processo de regenera o da vegeta o De certa forma s o formados corredores ecol gicos entre reas anteriormente isoladas Conforti amp Dechoum 2004 Infelizmente com o fim do mandato os t cnicos envolvidos foram desligados da PMC e o projeto ainda em fase de estrutura o A nfase atual das atividades do DPJ voltou a ser dirigida para a arboriza o urbana tornando se objeto de forte contesta o dos ambientalistas e da popula o de um modo geral Certamente h outras possibilidades que poderiam contribuir na conserva o enriquecimento e adensamento dos fragmentos remanescentes e na altera o da concep o de arboriza o urbana para um sistema municipal de reas verdes mais complexo Entretanto esta foi apresentada por ser a mais recente e integradora dentre as poss veis de se remontar Outros Atores os Fragmentos a Academia e o Cidad o A tradi o que Campinas possui em institui es de pesquisa e ensino de alta qualidade exemplificados atrav s da Unicamp Embrapa IAC e PUC dentre outras levou a crer que o manejo dos fragmentos do munic pio poderia ser em grande parte norteado por essas pesquisas A Unicamp por exemplo contabilizava de 1971 at agosto de 2005 um total de 23 228 disserta es de mestrado e teses de doutorado catalogadas desde 1971 segundo estat sticas da Pr Reitoria de P s Gradua o www unicamp
306. to entre os fragmentos barreiras espacial ou ecol gicas e exist ncia de corredores que os conectem Fragmentos maiores e com maior diversidade de habitats segundo a extrapola o da Teoria da Biogeografia de Ilhas t m mais condi es de manter os processos ecol gicos e um maior n mero de esp cies e popula es vi veis Muitos estudos apontam que a sensibilidade diminui o de rea um fator extremamente determinante na din mica de muitas esp cies Robbins et al 1989 em um estudo com p ssaros migrat rios neotropicais apontam a area como sendo um dos mais significantes aspectos do habitat para a maioria das esp cies analisadas Num estudo sobre o efeito da fragmenta o na ecologia reprodutiva de esp cies vegetais Cunningham 2000 encontrou uma correla o positiva entre o tamanho do fragmento e a propor o de frutos por infloresc ncia de Acacia brachybotrya Benth Fabaceae uma leguminosa arbustiva sugerindo que em fragmentos menores a diminui o da produ o de frutos seja devida escassez de insetos polinizadores A import ncia do tamanho dos fragmentos e de sua proximidade na restaura o e recoloniza o de uma popula o foi analisada por Schultz amp Crone 2005 para a esp cie de 10 borboleta caricia icarioides fenderi Macy Lycaenidae natural das pradarias norte americanas Atrav s de regras simples baseadas no comportamento de dispers o e demografia da esp cie e de dois modelos com
307. tombados e aos 192 71ha em estudo de tombamento na poca totalizando 1616 9ha o equivalente a 2 05 dos 2 55 que essas reas 176 representam na rea total do munic pio CONDEPACC processo de estudo de tombamento 04 2003 Todavia embora louv vel a proposta tem tido dificuldade de se consolidar em tombamentos em parte pelos motivos j descritos de insufici ncia de profissionais envolvidos Em agosto de 2006 quase tr s anos ap s a abertura do processo de acordo com o respons vel da CSPC n o houvera praticamente nenhum progresso no aprofundamento dos processos de tombamento Ainda segundo ele como foi aberto um processo conjunto referente ao tombamento de reas verdes s poder ser apresentada uma resolu o conjunta Ou seja n o poder haver nenhuma indica o para tombamento individual Antes necess rio que se fa a o estudo aprofundado de todos os bens listados e seja indicado um parecer para cada um deles para somente ent o os tombamentos seres indicados votados e aprovados ou n o Da Posse dos Fragmentos Dos 34 fragmentos mapeados 23 s o propriedades particulares e 11 s o propriedade do poder p blico dos quais 10 s o municipais e 1 estadual A Tabela 8 apresenta a situa o de cada um deles referente quest o de posse O fragmento do Residencial Ibirapuera encontra se em condi o at pica embora seja uma rea particular j foi acordado que ser doada ao munic pio quando finalizadas as o
308. tombamento dos fragmentos privados da bacia do ribeir o das Anhumas Figura 30 Organograma simplificado da estrutura da administra o p blica municipal de Campinas XXV INDICE DE ANEXOS Anexo I Roteiro das entrevistas realizadas Anexo II CD com imagens para melhor visualiza o Aw INTRODU A Poderia me dizer por favor que caminho devo tomar para ir embora daqui Depende de para onde quer ir respondeu o Gato N o me importa muito para onde disse Alice Ent o n o importa que caminho toma Lewis Carroll Se n o sabes para onde vai qualquer caminho te levar l Talmude O ambiente n o somente um complexo espa o temporal resultante de fatores abi ticos e bi ticos sensu stricto mas tamb m um complexo definido pol tica e economicamente pela hist ria a es e anseios humanos A degrada o e desequil brio ambientais que enfrentamos em parte respons veis pela nossa baixa qualidade de vida n o s o causados pelo funcionamento dos ecossistemas mas sim pelo funcionamento de nosso sistema tico S o fruto da injusti a social do desequilibrado acesso aos recursos naturais bens p blicos e da aus ncia de pol ticas que estabele am uma rela o justa e efetiva entre a comunidade e o poder p blico Quest es pol micas como a conserva o dos recursos naturais conserva o de esp cies amea adas e a mudan a clim tica mundial n o s o exclusivamente ecol gicos ou ci
309. torados e Aperfei oamentos de 1997 ano em que se iniciou a sistematiza o dessas informa es at 2005 Patr cia Lia Santarosa Departamento T cnico Cient fico RMSG com pess sejam a disponibilidade para execu o de pesquisas de car ter 118 cient fico proximidade com centros de pesquisa e ensino de import ncia nacional como a Unicamp o IAC e a Embrapa Monitoramento por Sat lite e sua f cil acessibilidade por estar Inserida em contexto urbano Segundo outra fonte Serr o 2002 havia quase 300 pesquisas realizadas na Mata at 2001 Embora as institui es acima citadas mantenham v nculo estreito com a Mata muitas outras podem ser listadas como a ESALQ Escola Superior de Agronomia Lu s de Queir s a Universidade de S o Paulo USP Universidade Estadual de S o Paulo J lio de Mesquita Filho UNESP a UFMG Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade S o Francisco Pesquisas de diversas reas s o realizadas na Mata de Santa Genebra poliniza o Arruda amp Sazima 1988 Sigrist amp Sazima 2004 ecologia vegetal Fonseca et al 2004 Martins et al 2004 Morellato 2004 Grombone Guarantini amp Rodrigues 2002 Santos amp V lio 2002 V lio amp Scarpa 2001 Salis et al 1995 gen tica Ananina et al 2004 ecologia animal Avelino amp Vielliard 2004 Brown Jr amp Freitas 2002 Figueiredo 1996 Galetti 1993 ecologia de intera es e processo de preserva o associado educa o ambi
310. trevistado eles tentam encontrar no Parque o natural de shopping claro que se entrar no mato pega carrapato pode at ser picado por cobra Isso natural Certamente essa cr tica tamb m questiona o conceito de Parque Ecol gico e da identifica o das pessoas com o lugar Quando as pessoas v m aqui o que pedem para p r mais um brinquedo para os filhos Isso tem em qualquer lugar Um Parque Ecol gico para voc vir e se relacionar com a natureza 112 O fragmento situado no Parque Ecol gico est listado no processo de tombamento do conjunto de reas verdes naturais fragmentos de matas remanescentes inclu dos os parques e bosques que cont m reas de vegeta o nativa reas de floresta estacional semidecidual reas de floresta paludosa matas brejosas e reas de cerrado no munic pio de Campinas CONDEPACC n 04 03 Condom nio Residencial Parque Rio das Pedras n 4 Estrada da Rhodia Km 13 Cidade Universit ria Area Oha 1962 Oha 1972 2 79ha 2002 O loteamento residencial Condom nio Rio das Pedras iniciou sua hist ria como um loteamento de ch caras de fim de semana desmembrado da ent o Fazenda Rio das Pedras ver hist rico da Fazenda para maiores detalhes Com o crescimento da Unicamp e do Distrito de Bar o Geraldo que geraram o aumento da oferta de servi os e empregos especializados o n mero de moradores principalmente professores da Unicamp cresceu O Condom nio Rio da
311. tro sul da bacia n o pode ser aumentada atrav s da cria o de corredores ecol gicos devido matriz urbana estabelecida Entretanto neste caso a arboriza o urbana pode ser uma forte aliada A domin ncia de esp cies vegetais nativas com alta diversidade gen tica e maior propor o de esp cies com frutos carnosos do que secos mais realista em compara o a ambientes naturais s o atributos da arboriza o que podem contribuir muito para o aumento da permeabilidade da matriz Assim mesmo sendo Imposs vel manter a fisionomia do habitat original a manuten o das esp cies vegetais deste habitat na paisagem fragmentada contribuiria para abrigo alimenta o e dispers o de diversas outras esp cies principalmente aves e Insetos 198 CONCLUS ES O futuro n o feito apenas de tend ncias mas de tend ncias e de vontades Milton Santos A fragmenta o de habitats simultaneamente causada pela devasta o ambiental e intensificadora das declinantes condi es ambientais a que estamos hoje submetidos Al m de todos os preju zos ecol gicos consequentes da fragmenta o como altera o das condi es microclim ticas perda da integridade e variabilidade gen tica das popula es diminui o de polinizadores e de dispersores invas o por esp cies generalistas e altera o no recrutamento principalmente de esp cies caracter sticas do Interior das forma es florestais dentre todos os outros j cit
312. trole e tratamento de doen as vasculares em esp cies arb reas da regi o central de Campinas Campinas Prefeitura Municipal de Campinas Departamento de Parques e Jardins Relat rio T cnico CORREA M H 2000 Relat rio para o tombamento dos Bens Naturais C e D localizados na rea envolt ria da Mata de Santa Genebra Campinas Prefeitura Municipal de Campinas CONDEPACC CSU Coordenadoria Setorial de Uso e Ocupa o do Solo 23 08 01 Parecer T cnico dos Protocolos da Prefeitura Municipal de Campinas de n s 75 249 99 52 287 00 61 232 00 61 233 00 e 61 234 00 Campinas Prefeitura Municipal de Campinas CUNNINGHAM S A 2000 Effects of habitat fragmentation on the reproductive ecology of four plant species in Mallee Woodland CONSERVATION BIOLOGY 14 3 758 768 203 DEAN W 1996 A ferro e fogo a hist ria e a devasta o da Mata Atl ntica brasileira Tradu o Cid Knipel Moreira S o Paulo Compania das Letras 484 p DESOUZA O SCHOEREDER J H BROWN V amp BIERREGAARD JR R O 2001 A Theoretical overview of the processes determining species richness in forest fragments n Bierregaard Jr R O Gascon C Lovejoy T E and Mesquita R orgs 2001 Lessons from Amazonia the ecology and conservation of a fragmented forest Michigan Yale University Press 478p 13 21 DIDHAM R K HAMMOND P M LAWTON J H EGGLETON P amp STORK N E 1998 Beetle species responses to tropical forest fragmentation
313. tros c bicos o que corresponde a uma elevad ssima taxa de explora o 79 da reserva ativa natural ou 54 da reserva total Na bacia do ribeir o das Anhumas o maior usu rio das guas subterr neas atribu do ao saneamento 39 3 seguido das ind strias 31 5 e com rcio 15 0 Pereira amp Chiarelli 2006 Deu se prefer ncia an lise da evolu o do uso do solo em detrimento das altera es legais do per metro urbano de Campinas por ela representar as modifica es efetivas na organiza o espacial do municipio por conseguinte sendo mais realista em rela o as press es exercidas sobre os fragmentos O per metro urbano delimita reas potenciais para usos espec ficos mas a mudan a efetiva do uso e ocupa o do solo ocorre apenas ap s um Intervalo de tempo desta altera o Tabela 5 Fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas e porcentagem da classifica o relativa leitura de uso do solo realizada por Adami et al 2006 para cada um dos fragmentos em 1962 1972 e 2002 1962 1972 2002 N Fragmento uso n o uso uson o uso uso n o uso urbano urbano urbano urbano urbano urbano 1 Vila Hol ndia 100 100 87 58 12 42 2 Fazenda Boa Esperan a 100 95 42 4 58 93 46 6 54 3 Residencial Ibirapuera 100 100 29 06 70 94 4 Cond Res Parque Rio das Pedras 21 29 78 71 5a Fazenda Rio das Pedras 100 66 06 33 94 29 04 70 96 5b Fazenda Rio das Pedras 100 f 100 100 00 5c Fazen
314. tui o da id ia de meio ambiente urbano Disserta o de Mestrado S o Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de S o Paulo SIMBERLOFF D 1988 The contribution of population and community biology to conservation science ANNUAL REVIEW OF ECOLOGY AND SYSTEMATICS 19 473 512 SMA SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE 2004 Sistema de Gestao Compartilhada gestao compartilhada solu es participativas para revitaliza o e operacionaliza o do Parque Ecol gico Monsenhor Emilio Jos Salim Campinas S o Paulo TAYLOR P D 1993 Connectivity is a vital element of lanscape structure OIKOS 68 3 571 573 THOMPSON J BROKAW N ZIMMERMAN J K WAIDE R B EVERHAM III E M LODGE D J TAYLOR C M GARCIA MONTIEL DIANA amp FLUET M 2002 Land use history environment and tree composition in a tropical forest ECOLOGICAL APPLICATIONS 12 5 1344 1363 TORRES R B NOGUEIRA F P COSTA M C da amp PEREZ FILHO A coord 2003 Recupera o ambiental participa o e poder p blico uma experi ncia em Campinas Relat rio de pesquisa Processo FAPESP n 01 02952 1 TORRES R B BERNACCI L C DECHOUM M S CONFORTI T B ESPELETA A S LORANDI A C FERREIRA IC M amp OLIVEIRA A S 2006 A vegeta o nativa remanescente na bacia do ribeir o das Anhumas In Torres R B Costa M C Nogueira F P amp Perez Filho A coords Recupera o ambiental participa o e po
315. tura Esportes e Lazer Dos 34 fragmentos inventariados na bacia do ribeir o das Anhumas 7 est o tombados e 27 s o objetos de estudos de tombamento Figuras 28 e 29 A Tabela 8 apresenta a situa o de cada um deles referente quest o de posse de tombamento e n mero dos processos 170 m Tombados Em estudo de tombamento Figura 28 Situa o de tombamento dos fragmentos p blicos da bacia do ribeir o das Anhumas m Tombados Em estudo de tombamento Figura 29 Situa o de tombamento dos fragmentos privados da bacia do ribeir o das Anhumas 171 Tabela 8 Fragmentos da bacia do ribeir o das Anhumas situa o referente aos tombamentos e informa o quanto propriedade de cada fragmento Em casos de tombamentos j efetivados consta a resolu o do tombamento N 1 2 5a 5b SC 10a 10b 11 12 13 14 15a 15b 16a 16b 16c 17 18 19 20 21 22 23 24 172 FRAGMENTO Vila Hol ndia Fazenda Boa Esperan a Residencial Ibirapuera Cond Res Parque Rio das Pedras Fazenda Rio das Pedras Fazenda Rio das Pedras Fazenda Rio das Pedras RMSG Recanto Yara Santa Genebrinha Fazenda Anhumas Fazenda Argentina Fazenda Argentina San Martinho Boldrini P E Herm genes de F L Filho LNLS Faz Pau D Alho S S o Francisco Condom nio Est ncia Para so Condom nio Est ncia Para so Fazenda Monte D Este Fazenda Monte D Este Fazenda Monte D Este
316. ua sugere que ela tenha uma capacidade de suporte maior e que lhes proporcione melhores condi es Klein 1989 sugere que isto tamb m possa estar relacionado a efeitos indiretos pois na mesma rea de estudo j havia sido detectada maior escassez de primatas e aves na matriz e nos fragmentos do que em rela o floresta cont nua e algumas das esp cies de besouros s o copr fagos desses grupos 13 A fragmenta o tamb m aumenta o risco de extin o das popula es locais e das metapopula es Hanski amp Ovaskainen 2000 Lennartsson 2002 num estudo experimental com acompanhamento demogr fico de 5 anos sobre o limiar de extin o e a ruptura da Intera o planta polinizador em popula es fragmentadas notou que popula es com pouca capacidade de auto poliniza o apresentaram uma viabilidade populacional fortemente reduzida tanto devido depress o por endocruzamento como pela reduzida produ o de sementes causada pelo d ficit de polinizadores no ambiente fragmentado Assim podemos afirmar como sendo consequ ncias da fragmenta o a endogamia e a perda da integridade e variabilidade gen tica das popula es a diminui o de polinizadores e de dispersores a invas o por esp cies generalistas nativas ou ex ticas que podem alterar expressivamente a composi o e a estrutura da comunidade e a altera o no recrutamento das esp cies principalmente das caracter sticas do interior das forma es flores
317. uas pinceladas para escrever a palavra crise uma delas significa perigo a outra significa oportunidade Ou seja sua compreens o deste momento em uma crise esteja atento ao perigo mas reconhe a a oportunidade Para que a prote o dos fragmentos seja efetiva ela deve ser um componente de um amplo projeto de reas verdes do munic pio Para isso fazem se necess rios a elabora o de um plano de manejo eficaz e cont nuo que promova a resignifica o destas reas junto popula o sejam fragmentos naturais ou reas verdes artificiais Al m disso deve se fomentar a participa o cidad proporcionando f runs de esclarecimento e debate mais acess veis ao p blico com o envolvimento de institui es de pesquisa do munic pio A contrata o de t cnicos especialistas pela PMC que possam planejar e executar projetos a m dio e longo prazo tamb m um fator indispens vel 200 BIBLIOGRAFIA ARTIGOS LIVROS RELAT RIOS E TESES AB SABER A 2001 Dom nio tropical atl ntico In Ab Saber A Os dom nios de natureza no Brasil potencialidades paisag sticas 2003 S o Paulo Ateli Editorial 159p 45 63 AB SABER A 2003 Os dominios de natureza no Brasil potencialidades paisagisticas S o Paulo Ateli Editorial 159p ADAMI S F NOGUEIRA F P MORAES J F L COSTA D C PEREZ FILHO A CARVALHO D R E PRADO M S B amp VUKOMANOVIC C R 2006 Cartografia sensoriamento remoto e sistemas
318. ubdividida em um n mero de fragmentos menores que apresentam menor rea total do que o habitat inicial e est o isolados um do outro por uma matriz de habitat diferente do original Wilcove et al 1986 Assim um habitat cont nuo a partir do processo de fragmenta o torna se uma paisagem com elementos antes inexistentes e as caracter sticas desses elementos e a forma como eles interagem entre s promovem respostas abi ticas e bidticas que alterar o a composi o e a estrutura da comunidade bem como o padr o espacial da paisagem que se refere ao n mero tamanho e justaposi o dos elementos Um dos princ pios centrais da ecologia de paisagens o de que todos os ecossistemas est o inter relacionados Forman 1998 e que a estrutura da paisagem influencia e influenciada pelos processos ecol gicos Forman amp Godron 1986 Ent o de que maneira as poss veis combina es das caracter sticas dos elementos oriundos da fragmenta o proporcionam as altera es referidas acima mais f cil compreender de que forma a fragmenta o altera um habitat se entendermos qual o delineamento te rico da fragmenta o 1 1 1 Delineamento Te rico A Teoria da Fragmenta o de Habitats sustentada pela Teoria do Equilibrio da Biogeografia de Ilhas 1967 estruturada por MacArthur amp Wilson e pela Teoria de Metapopula es Gilpin amp Hanski 1991 A Teoria da Biogeografia de Ilhas sugere que o n mero de esp cies em uma i
319. ue Os funcion rios do Bosque tem algumas Iniciativas para acostumar os sagiiis a permanecerem no Bosque dando lhes frutas mas quando n o h mais voltam para o condom nio que possui densa arboriza o Atualmente o uso do Bosque feito em grande parte pelo p blico infantil que utiliza as quadras poliesportivas e o gramado para jogos H tamb m alguns brinquedos no parquinho entretanto como esses exigem manuten o frequente muitas vezes ficam inutilizados O Bosque possui ainda equipamento para gin stica O uso pelo p blico adulto praticamente restringe se ao Bosque como via de acesso At hoje o Bosque tem o car ter de possibilitar o deslocamento de forma mais r pida para um grande n mero de moradores dos bairros pr ximos uma vez que tem um port o voltado rua Moscou e dois s ruas de cima A quantidade de transeuntes especialmente maior logo de manh quando da abertura do Bosque devido ao hor rio de entrada de trabalhadores da equipe de limpeza do Carrefour situado nas proximidades O encarregado entrevistado afirma que tanto a participa o quanto cr ticas da comunidade s o praticamente ausentes Como participa o citou apenas quando eles pedem luz nas quadras Os conflitos entre o Bosque e a comunidade tamb m foram listados de forma sucinta ao cercar a rea com o alambrado a Pol cia Militar teve que retirar um homem que morava em um barraco justamente onde hoje a entrada do Bosque Embora esse aconte
320. uncion rios ou ex funcion rios da rea administrativa da PMC mais propriamente atrav s do Departamento de Meio Ambiente DMA e Departamento de Informa o Documenta o e Cadastro DIDC ligados SEPLAMA do DUOS do Departamento de Parques e Jardins DPJ ligado Secretaria Municipal de Infraestrutura e da Funda o Jos Pedro de Oliveira FJPO A hemeroteca do Centro de Mem ria da Unicamp e o acervo da Associa o Protetora da Diversidade das Esp cies PROESP das mais tradicionais organiza es n o governamentais de Campinas fundada em 1977 foram analisados para se obter informa es hist ricas a respeito dos fragmentos propriamente ditos e da tal quest o ambiental na cidade que por sua vez abarca diversos aspectos desde medidas administrativas da PMC ou momentos de mobiliza o de diferentes setores da sociedade 2 3 Resultados e Discuss o 2 3 1 Evolu o dos Fragmentos e Uso do Entorno A situa o dos fragmentos e do uso do solo da bacia do ribeir o das Anhumas foi fortemente alterada no intervalo de tempo analisado Nas figuras elaboradas a partir dos mosaicos de 1962 1972 e 2002 vis vel o aumento da mancha urbana na bacia estendendo se para a regi o norte da mesma Figuras 5 6 e 7 respectivamente Atrav s dos mosaicos de ortofotos das tr s datas pode se acompanhar a evolu o dos fragmentos bem como do uso do solo na bacia Figuras 8 9 e 10 Para melhor compreens o da evolu o em
321. undo Badar 1996 o surgimento das primeiras ind strias em Campinas coincidiu com a expans o da lavoura cafeeira e com a consequente vinda dos primeiros Imigrantes europeus valendo se da experi ncia da col nia alem Segundo Pupo 1983 as primeiras ind strias de Campinas foram as de chap us f bricas de cerveja e licor serralherias e tijolos A crise de 1929 produzindo grande abalo financeiro nos setores vinculados ao caf deu novo impulso industrializa o no Brasil e Campinas tornou se uma cidade de economia predominantemente industrial Badar 1996 Como o Brasil estreou seu ciclo industrial sem estoque de combust veis f sseis e seu potencial hidrel trico s come ou a ser explorado na virada do s culo a ind stria brasileira continuou a depender primordialmente de seu enorme estoque de recursos vegetais nativos para combust vel Dean 1987 apud Dean 1996 Na d cada de 1860 em Campinas os bairro de Santa Cruz e Bonfim alojaram fundi es e pequenas ind strias na maioria voltadas para a produ o cafeeira e para um incipiente mercado urbano Badar 1996 Segundo um ex diretor da Diretoria do Meio 35 Ambiente da Secretaria Municipal de Planejamento Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente de Campinas SEPLAMA houve concentra o das ind strias mais poluidoras na bacia do ribeir o Pi arr o e das vilas oper rias a Vila Industrial o Parque Industrial o S o Bernardo do outro lado da cidade Assim como
322. vados na regi o nordeste de Campinas Santin 1999 Florestas Higr filas ou Paludosas FP forma es em reas permanentemente encharcadas em Campinas representada por fragmentos muito pequenos e isolados Segundo a autora esta forma o ocorreria tanto em locais espec ficos nas florestas estacionais semideciduais quanto nos cerrados restritos a reas de nascente ou de plan cie de inunda o e em pontos espec ficos na beira de lagos Em fun o da seletividade do ambiente essas florestas s o naturalmente pequenas e disjuntas Santin 1999 Cerrados ou Savana C vegeta o tipicamente xerom rfica esparsa de porte baixo com rvores de troncos tortuosos ocorrem em locais de solos mais pobres Em Campinas essa forma o que ocorria na regi o noroeste em manchas mais ou menos determinadas das proximidades com a Rodovia Adhemar de Barros SP340 passando pelo bairro do Guar e indo at a Universidade Estadual de Campinas Unicamp O cerrado ocorria ainda no extremo oeste da regi o na regi o centro oeste que inclu a parte da Fazenda Santa Elisa pertencente ao IAC Instituto Agron mico de Campinas e numa por o mais central entendendo se desde parte da Fazenda Mato Dentro at o entroncamento das rodovias D Pedro I SP 065 e Adhemar de Barros SP340 Na regi o oeste e sul os cerrados ocorriam desde as proximidades do entroncamento das Rodovias Anhanguera SP330 e Bandeirantes SP348 estendendo se em dire
323. valo de tempo 1962 1972 que o fragmento apresentou maior retra o Tabela 2 talvez porque j houvesse planos para seu estabelecimento fazendo se necess ria a libera o do terreno Hoje o entorno do Bosque da Paz j est completamente estabelecido podendo ser caracterizado como urbano Tabela 5 Segundo alguns t cnicos da Prefeitura a rela o com o condom nio vizinho delicada ja foi registrado algumas vezes que gamb s que passaram pelo muro foram mortos a pauladas e atirados de volta ao bosque Al m disso foram instalados holofotes de alta pot ncia apontados para dentro do bosque para evitar que marginais pulassem o altissimo muro e entrassem no condom nio Parque Ecol gico Monsenhor Em lio Jos Salim n 21 Rodovia Heitor Penteado Km 3 2 Jardim das Palmeiras rea 5 79ha 1962 5 73ha 1972 5 02ha 2002 No fim da d cada de 80 os jornais campineiros divulgaram orgulhosamente um empreendimento mpar a ser realizado na cidade o Parque Ecol gico Monsenhor Em lio Jos Salim A promessa era entregar 110ha para a popula o de Campinas e arredores criando o maior parque da regi o suplantando at mesmo o Parque do Ibirapuera em S o Paulo Correio Popular 23 10 1988 numa propriedade pertencente ao governo do Estado cuja rea total chegava a 285ha O projeto do Parque Ecol gico consistia em tr s carros chefes lazer para a popula o recupera o ambiental e atividades de educ
324. versas esp cies encontradas na Mata entre elas invertebrados principalmente borboletas e outros vertebrados de pequeno e m dio porte gamba Didelphis sp Didelphidae cu ca Lutreolina crassicaudata Desmarest 1804 Didelphidae prea Cavia aperea Erxleben 1777 Caviidae e pequenos roedores Oryzomys sp Muridae e Bolomys sp Muridae gato mourisco Herpailurus yagouaroundi Lac pede 1809 Felidae rat o do banhado Myocastor coypus Molina 1782 Myocastoridae e de grande porte como o veado mateiro Mazama americana Erxleben 1777 Cervidae Outros importantes argumentos de prote o das reas foi o de que os mananciais contribuiam para as bacias dos rios Atibaia e Piracicaba e o de que a prote o desses remanescentes seguida de manejo adequado e integrado entre os fragmentos do complexo ampliaria as dimens es da Reserva As reas em quest o sofrem impactos muito semelhantes aos j citados para a Reserva Municipal da Mata de Santa Genebra ca a corte seletivo e risco de queimada por rituais religiosos e cultivo vizinho de cana drenagem da rea de brejo 123 Santa Genebrinha n 8 Fazenda Santa Genebra Cidade Universit ria rea 22 18ha 1962 23 57ha 1972 22 89ha 2002 O fragmento denominado Santa Genebrinha tamb m compunha assim como o fragmento denominado Mata do Chico Brinco a Fazenda Santa Genebra Para maiores detalhes do hist rico destes dois fragmentos sugiro leitura do relato da R
325. visitante Sabe se entretanto que os visitantes deste fragmento s o constantemente vitimizados por carrapatos principalmente na esta o seca O entrevistado n o apontou insufici ncia no n mero de funcion rios como foi apontado na maioria dos outros Bosques e diz que os tr s funcion rios s o suficientes para a manuten o do dia a dia principalmente por que na poca de chuvas contam com o mutir o do DPJ que ajuda com as podas manuten o da grama e remo o do material produzido N o h um manejo rotineiro do fragmento embora uma conten o de trepadeiras tenha sido realizada na ltima administra o em 2002 Em dezembro de 2003 houve um plantio realizado pelo DPJ atividade integrante do Projeto Manejo de reas Verdes Naturais do Munic pio de Campinas De acordo com Conforti amp Dechoum 2004 houve o plantio de 63 mudas de 10 esp cies arb reas nativas ocorrentes no Bosque num trecho que come ava a sofrer eros o no talude da margem esquerda do curso d gua Santin 1999 indica Croton priscus Croizat Euphorbiaceae e Heliocarpus americanus L Tiliaceae como esp cies dominantes do fragmento De acordo com o levantamento realizado em 2005 2006 pela equipe de vegeta o do 97 Projeto Anhumas Torres et al no prelo a esp cie mais frequente foi Trichilia claussenii C DC Meliaceae Embora o loteamento residencial da face norte do fragmento tenha ocorrido apenas entre 1972 2002 foi no primeiro inter
326. z oferece aos freqiientadores pista de caminhada equipamentos para gin stica quadras esportivas mesas de dama e xadrez rea de recrea o infantil com brinquedos 96 Sua rea originada da antiga fazenda S o Quirino manteve se relativamente abandonada at 1995 quando foi transformada em Bosque Antes de se fechar a rea e ser criado o Bosque um morador do bairro se apropriava do espa o e criava porcos Foi necess ria muita persist ncia da Associa o de Moradores que para conseguir a cria o do Bosque junto PMC tiveram que enfrentar diversos obst culos De acordo com a declara o de um antigo morador atuante no processo de cria o do Bosque mesmo os que eram contra a sua cria o hoje freg entam no com seus netos O Bosque encontra se em uma rea de desn vel acentuado e possui uma nascente com bastante vaz o cujas guas somadas s outras que para l escoam com a chuva e nascentes mais acima formam um lago O lago com queda d gua est repleto de carpas l depositadas por um morador do bairro e til pias A pista de caminhada foi constru da beirando a mata que bem fechada embora apresente reas com muitas trepadeiras A vegeta o protege a nascente de um afluente do ribeir o das Anhumas As capivaras n o foram apontadas como um problema no Bosque e segundo o funcion rio entrevistado elas permanecem durante todo o dia no interior da mata saindo apenas de noite quando n o h nenhum

Fragmentos remanescentes da bacia do ribeirão das Anhumas

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