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um estudo de caso sobre o - Repositório da Universidade de Lisboa

1. 39 2 3 Instrumentos de recolha de dados re 40 Ded A ODSCIVAS dO O ae O fal 8 sat 41 Pool L Diario de che 43 2 3 2 Conversas informais rer 44 2 3 3 Tarefas de inspira o projeetivar aan 44 2 3 4 Recolha documental incida Kenia 46 24 Progedimento s aa an did dai ii 47 DAN Recolha de dad 08 u Qaya Q 47 24 2 Amalis ede AMOS isc ais bile Poles sas un un acc 49 CAPO 53 Resultados Apresenta o e discuss o 53 3 1 Organiza o das din micas e pr ticas do CNO 53 seen 54 3 12 Drasnostied E a as 55 8 1 5 Encaminhamento uu a 56 3 1 4 Processo de RV ae 57 31641 Sess es COM ee 58 3 1 4 1 1 a profissional de RVC 58 3 1 4 1 2 a formadora de LC CE aan 60 3 1 4 1 3 ea eu 63 3 1 4 2 J ri de certifica o 66 3 2 Um grupo de A O 71 da 75 33 L Maman O un 75 3 3 1 1 Porco pessoal lee ab astan 75 3 9 1 2 Percurso acad mico TA 3 3 1 3 Pereurs profissional u ea 77 3 3 1 4 Desenvolvimento do processo de RVCC
2. O gr fico que antecede reflecte a estatistica relativa as chamadas telef nicas efectuadas e recebidas no meu local de trabalho A escolha deste t pico prende se com o facto de ele estar sustentado na minha pr tica laboral di ria e consequentemente reflectir credibilidade de dados e proximidade afectiva pois trata se da minha profiss o Este trabalho efectuado a partir da observa o di ria das chamadas efectuadas e recebidas durante 15 dias teis POPULA O Em n vel estat stico popula o sin nimo de universo isto a colec o completa de unidades exemplos pessoas institui es registos ou acontecimentos a partir da qual se podem constituir amostras Para este trabalho a popula o considerada s o as chamadas telef nicas efectuadas e recebidas AMOSTRA um subconjunto de elementos pertencentes a uma popula o Para este trabalho a amostra considerada s o as chamadas telef nicas efectuadas e recebidas durante 15 dias teis M DIA A m dia aritm tica a mais utilizada no nosso dia a dia obtida dividindo se a soma das observa es pelo n mero de observa es realizadas M dia das Chamadas Efectuadas 48 55 61 51 55 46 50 44 40 67 46 66 59 58 63 810 54 15 15 Recebidas 85 93 105 87 110 90 98 105 85 115 100 82 84 90 113 1440 96 15 15 A aplica o pr tica das m dias apuradas Como exemplo poderiam servir para as chefias afectar mais m
3. deixa um rasto composto por documentos e registos que tra am a sua hist ria e estado actual Os documentos e registos incluem n o somente os t picos pap is tal como memorandos relat rios e planos mas tamb m ficheiros electr nicos cassetes udio e v deo e outros artefactos Mertens 1998 p 324 Estes documentos facilitam ao investigador um pano de fundo sobre o local onde decorre a investiga o as din micas e pr ticas quotidianas pois O investigador n o pode estar em todos os lugares simultaneamente assim documentos e registos d o ao 46 investigador acesso a informag o que caso contr rio n o estaria disponivel Mertens 1998 p 324 Assim a recolha documental uma forma de acesso aos participantes que favorece uma melhor compreens o do cen rio em estudo Para Merriam 1988 a recolha documental apresenta vantagens numa investiga o de abordagem interpretativa pois Muitos documentos s o de f cil acesso gratuitos e cont m informa es que levariam ao investigador imenso tempo e esfor o para os recolher por si s Os dados encontrados em documentos podem ser usados da mesma forma que os dados de entrevistas ou observa es p 108 No decorrer desta investiga o recolhemos diversos materiais no CNO nomeadamente 1 ficheiros de mensagens de correio electr nico entre os elementos da equipa t cnico pedag gica bem como entre a equipa e os candidatos 1 documenta
4. Ll Certificados de Forma o Profissional Oo OUTOS gt CS diosa Oo Fotografias Pessoais Familiares O 224 Profissionais aura tada A ea caes Tempos da Outras Outros Documentos referentes a hist ria de vida do candidato Pessoais e Familiares Escolares e Formativos Profissionais Aprecia o Global do Dossier Muito Bom Bom M dio Insuficiente Organizac o Apresentac o Documentacao Criatividade 225 5 Apreciag o da Equipa Profissional Formador a de LC Formador a de CE Formador a de MV Formador a de TIC 226 Avaliador a Externo a 6 Momento de Juri de Validac o e Certificac o Apresentacao Muito Bom Bom M dio Insuficiente Organiza o Criatividade Oralidade Conte do 7 Avalia o Global das Compet ncias do Adulto Dados os pareceres anteriores a equipa t cnico pedag gica considera que apresenta as compet ncias necess rias para ser presente a um Juri de Valida o com vista a certifica o para o nivelB__ Data Profissional RVC Formadores Avaliador Externo 227 228 ANEXO 17 PLANO INTERVENC O INDIVIDUAL PII3 229 230 Plano de Interve
5. WA WILD Curt RES es oN tao Al QUE no ANS IM S Tr latle de Loupe de da Aureus its Figura 8 Comentario da Maria como resposta a uma tarefa desenvolvida na area de compet ncias chave de LC A Maria quando questionada sobre a qualidade do processo firme quando afirma que processo de RVCC que esta a desenvolver feito com bastante rigor e exige bastante trabalho e dedicac o partilhando que nao um processo facil A candidata elucida nos sobre a exig ncia do processo remetendo nos para a exig ncia dos formadores e caracterizando os como cautelosos Possivelmente a candidata encara os formadores como cautelosos porque zelam pela qualidade dos trabalhos desenvolvidos atendendo as din micas e a especificidade deste tipo de processo A candidata mostra nos tamb m que existem momentos em que pensou em desistir ao que denominou de momentos de desist ncia e apontou constrangimentos temporais para desenvolver o processo de RVCC como um dos contributos para a exist ncia de momentos de desist ncia Os candidatos que desenvolvem processos de RVCC enfrentam habitualmente dificuldades em conciliar a vida pessoal e profissional com o desenvolvimento do processo de RVCC Esta caracter stica n o especifica de um sistema de educac o formac o sendo partilhada pelos candidatos adultos que 81 desenvolvem processo de RVCC bem como pelos estudantes adultos do ensino recorrente e de curriculos alte
6. Maria p 3 Pouco tempo depois da consumag o do matrim nio foi m e aos 20 75 anos de idade de uma crianga que viria a falecer aos seis meses Este acontecimento tatuou a vida da candidata que se faz acompanhar ainda hoje pela dor da perda do filho Investigador DB 02 04 2008 p 31 Um ano depois em 1972 voltou a ser m e e tudo decorria normalmente at que em resultado da revolug o de 25 de Abril de 1974 alter mos o nosso modo de vida fixando nos em Luanda Por essa altura tirei a carta de condu o de autom veis e arranjei o meu primeiro emprego como operadora de cabine de som num supermercado P o de Ac car mudando me algum tempo depois para uma instituig o banc ria como telefonista Fiz o curso de dactilografia e de mecanografia Ap s o qual comecei a trabalhar na mecanografia na parte de contabilidade e responsabilidades da mesma instituig o banc ria Maria HV p 3 A revolu o de 25 de Abril trouxe a Maria uma maior liberdade tornando se mais empreendedora quanto aos projectos pessoais tais como tirar a carta de condu o conseguir emprego e apostar na forma o cont nua neste caso pela frequ ncia nos cursos de dactilografia e de mecanografia Em 1979 numa viagem que realizou com o filho a Portugal decidiu ficar por este pa s pois conseguiria proporcionar ao meu filho ainda pequeno uma educa o que dificilmente conseguiria em Angola na altura a que me reporto
7. 40 Quadro 2 Trabalho desenvolvido pela Maria na rea de compet ncias chave de Mi e a oN Reeth 87 Figura 1 Modelo relacional entre modelos e cen rios contextos educacionais Palhares 2007 D Bl 13 Figura 2 Gr fico sobre a evolug o da criag o de CNO desde a implementac o do processo de RVCCis ii ec 20 Figura 3 Fluxograma dos eixos estruturantes do processo de RVCC Gomes amp Sim es RAR ed S a nya 24 Figura 4 Articulag o entre reas de compet ncias chave e o candidato Modelo adaptado de Alonso e seus colaboradores 2002 27 Figura 5 Fluxograma das etapas de interven o dos CNO Gomes amp Sim es OO E ee 53 Figura 6 Resposta dada pela Maria tarefa Pondo em comum 79 Figura 7 Resposta da Maria TIP Para mim o processo de reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias 80 Figura 8 Coment rio da Maria como resposta a uma tarefa desenvolvida na rea de compet ncias chaye de LC une m aan 81 Figura 9 Resposta da Maria a uma tarefa desenvolvida na rea de compet ncias chave aa 82 Figura 10 Resposta da Maria a TIP Para mim o processo de reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias foi nee east 84 Figura
8. 5 Lincoln Eds Handbook of qualitative research pp 377 392 Thousand Oaks CA Sage Ag ncia Nacional para a Qualificac o ANQ 2008a The development and state of the art of adult learning and education ALE National report of Portugal Recuperado em Fevereiro 14 2009 de www unesco org fileadmin MULTIMEDIA INSTITUTES UIL confintea pdf N ational_Reports Europe 20 20North 20America Portugal pdf 2008b Iniciativa novas oportunidades Dois anos em balango Recuperado em Janeiro 15 2008 de http www ang gov pt 2008c Dezembro Reflex es do encontro Comunicag o oral apresentada no 2 Encontro Nacional de Centros Novas Oportunidades Dezembro 2 2008 Costa da Caparica Portugal 2008d Novembro O sistema nacional de qualificag es Desafios instrumentos e estruturas Comunicac o oral apresentada no Encontro Novas Oportunidades Novos Desafios Novembro 11 2008 Caparica Portugal Cesar M amp Ainscow M 2006 Inclusive education ten years after Salamanca Setting the agenda European Journal of Psychology of Education XXI 3 231 238 Alheit P amp Dausien B 2006 Processo de formag o e aprendizagens ao longo da vida Educac o e Pesquisa 32 1 177 197 Almeida M Candeias P Morais E Milagre C amp Lopes G 2008 Metodologia de acolhimento diagn stico e encaminhamento de adultos Centros novas oportunidades Lisboa ANQ Alonso L Imagin rio L Ma
9. Informag o e Empregabilidade Comunicac o para a Vida Comunicac o Necessidades formativas EAS 150 p l CN E C CS C A Profissional de RVC 151 152 ANEXO 3 PLANO DE INTERVEN O INDIVIDUAL INICIAL PII 153 154 Plano de Intervenc o Individual Inicial 1 IDENTIFICAGAO KV Il s m A A CI DEN ia a gt gt gt Nivel de Certificac o Pretendido RR DI mero 2 CANDIDATO COM PERFIL N vel de candidatura Tecnologias de Cidadania e Linguageme Matem tica E Informa o e Empregabilidade Comunica o para a Vida Comunica o Necessidades formativas 155 Aspectos a salvaguardar durante a realizac o do processo A Profissional de RVC O Candidato Data 156 Plano de Intervenc o Individual 1 IDENTIFICAGAO Een o N vel de Certifica o Pretendido Po ol Profiss o A poa Tarefas Profissionais 2 CANDIDATO SEM PERFIL Curso Profissional A Profissional de RVC O Candidato Data 157 158 ANEXO 4 CALENDARIZACAO DAS SESSOES P 159 160 Sess es 1 Entrevista Individual 23 Sess o de Encaminhamento PPQ Orientac o para o Processo PII 3 Sess o de Apresenta o e Apresenta o da Profissional de RVC e Formadores Explica o do Processo de RVCC e Apresenta o dos adultos A Minha Fotografia Levantamento de Expec
10. o do dossi t cnico pedag gico do CNO nomeadamente os projectos estrat gicos de interven o dos anos civis de 2006 2007 e 2008 iii s mulas das entrevistas individuais realizadas aos adultos elaboradas pelas profissionais iv os perfis de cada candidato ver Anexo 2 v o plano de interven o individual inicial e final de cada adulto ver respectivamente Anexo 3 e 17 e vi documenta o espec fica acess vel atrav s da plataforma on line denominada sistema de informa o e gest o da oferta educativa e formativa SIGO entre outros O cruzamento desta documenta o com outros dados recolhidos por meio de instrumentos diversificados potenciou o conhecimento sobre a problem tica que pretendemos aprofundar e clarificar com este estudo 2 4 PROCEDIMENTOS 2 4 1 RECOLHA DE DADOS Partilhamos o que escreve Hamido 2005 quando refere que Os procedimentos constituem as interven es do investigador a maneira como ele pontua o curso dos acontecimentos com a sua presen a observa o interroga o N o ser amos capazes de esgotar todos os movimentos que realiz mos nesses sentidos pelo que damos apenas um esbo o Hamido 2005 p 268 O trabalho emp rico que suporta esta investiga o n o foi todo ele pensado e planeado previamente como habitualmente nos estudos de caso Stake 1995 47 medida que nos infiltravamos no campo de investigag o a necessidade de aprofundar alg
11. Assim atrav s de observa es sistem ticas os investigadores s o confrontados com ac es fen menos ou comportamentos que emergem no seio das rela es que os diferentes intervenientes estabelecem intra cen rio 2 3 1 1 Di rio de bordo Ao longo do trabalho emp rico mantivemos um di rio de bordo onde transcrevemos por palavras desenhos e esquemas as experi ncias que viv amos no CNO e com as pessoas candidatos e equipa t cnica onde regist mos o que observ vamos sent amos e pens vamos Procur mos n o ocultar o posicionamento de formador investigador os sentimentos as preocupa es bem como as reflex es sobre os acontecimentos pois este um instrumento pessoal do investigador que o acompanha diariamente ao longo da investiga o e at quando este n o se encontra no local de estudo O di rio de bordo funciona como complemento observa o e sempre que sentimos necessidade foi escrita uma nova entrada utilizando um estilo de escrita livre onde procur mos expor o que fora observado Apesar do car cter livre que tent mos trazer ao di rio de bordo procur mos que este contribu sse para um melhor esclarecimento sobre o problema em estudo Portanto em vez de uma abordagem muito estruturada opt mos por ao longo da interac o com o cen rio realizar notas de campo in situ sobre o experienciado Brown amp Dowling 1999 que serviam posteriormente para elaborar entradas mais organizadas no
12. Nesta tarefa os candidatos deviam posicionar se face a uma listagem de capacidades e compet ncias identificando as experi ncias onde desenvolveram essas capacidades e compet ncias bem como as dificuldades que sentem na mobilizac o dessas compet ncias noutros cen rios contextos Esta tarefa foi posteriormente alvo de uma correc o ao n vel dos erros ortogr ficos e de sintaxe pela formadora e entregue aos candidatos para que pudessem inclui la na hist ria de vida que iriam come ar a desenvolver com a profissional de RVC Assim o objectivo desta 60 tarefa seria o de facilitar a evidencia o de compet ncias desenvolvidas em diferentes cen rios contextos ao longo da vida Na sess o de reconhecimento da rea de compet ncias chave de LC os candidatos realizaram duas tarefas A primeira tarefa LC1 ver Anexo 9 consistia na resolu o de uma ficha de trabalho onde os candidatos individualmente tinham que ordenar interpretar e resumir textos bem como redigir textos de opini o Desta ficha de trabalho constam duas quest es que consideramos importantes para aceder representa o social que os candidatos manifestam sobre o processo de RVCC Uma das quest es solicita aos candidatos um coment rio sobre uma afirma o relacionada com a qualidade no e do processo de RVCC A segunda quest o solicitava a elabora o de um coment rio de resposta publica o de um blog que foi a inspira o para a cria o dest
13. O avaliador externo presente na sess o de j ri de certifica o onde a Elisabete estava assumiu comportamentos que consideramos desajustados ao processo de RVCC nomeadamente o tempo de an lise do portef lio da Elisabete Consideramos que estas pr ticas se revelam desadequadas para este processo O avaliador externo tem a miss o de juntamente com a equipa t cnico pedag gica auxiliar cada candidato na constru o de um percurso de educa o forma o p s processo de RVCC Se o avaliador externo n o conhece o percurso do adulto a motiva o que o levou a desenvolver um processo de RVCC bem como as aspira es pessoais e profissionais n o pode desenvolver interven es em prol dos candidatos A profissional de RVC sobre o percurso que a Elisabete construiu ao longo do processo de RVCC escreveu Candidata bastante ass dua comparecendo a todas as sess es a que foi solicitada assim como entregando os trabalhos pedidos nas datas marcadas De valorizar o facto de nos apresentar um dossi bastante personalizado com uma ptima apresenta o organiza o e conte do Os documentos que colocou em anexo est o devidamente contextualizados ao longo da sua hist ria de vida De elogiar o seu trabalho relativo aos seus projectos futuros onde no qual exp e que pretende fazer um curso de ingl s de inform tica e frequentar um curso superior de enfermagem descrevendo os passos que pretende seguir e as Institui es que pretende
14. Paulston R 1972 Non formal education An annotated international bibliography New York London Praeger Publishers Perret Clermont A N amp Perret J 2006 Apprendre quand le m tier change Educacion Permanente 2 11 13 129 Pinto H 2004 Construir o futuro Manual t cnico Lisboa CEGOC TEA Pinto H Vale I Soares M amp Morais E 2008 Instrumentos de apoio a construg o de um projecto vocacional nos centros novas oportunidades Lisboa ANQ Pires A 1999 A aprendizagem experiencial dos adultos Formar 31 27 35 Pires A 2005 Educa o e forma o ao longo da vida An lise cr tica dos sitemas e dispositivos de reconhecimento e valida o de aprendizagens e de compet ncias Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian amp Funda o para a Ci ncia e a Tecnologia Piscarreta S amp C sar M 2001 Import ncia das t cnicas projectivas para o estudo das representa es sociais da matem tica In B D da Silva amp L S Almeida Eds Actas do VI Congresso Galaico Portugu s de Psicopedagogia vol II pp 381 394 Braga Universidade do Minho Ponte J P 2004 O estudo de caso na investiga o em educa o matem tica Quadrante 3 1 3 18 Presid ncia do Conselho de Ministros PCM amp MFAP 2008 Despacho n 14753 2008 de 28 de Maio Di rio da Rep blica II S rie N 102 Lisboa INCM Pureza J Henriques A Cibele C amp Praia M 2001 Educac o p
15. como finalidade que o adulto reflictisse sobre si e construisse uma apresenta o de si pr prio de forma livre apelando sua criatividade e s formas de express o em que se sente mais confort vel e em que tem mais compet ncias DGFV 2004 p 29 Na constru o original desta tarefa era fornecida uma folha A4 apenas com um pequeno texto explicativo sobre a tarefa que ocupava a zona superior da folha e o restante espa o mostrava se livre para receber os textos hist rias desenhos frases poemas esquemas entre outras formas de express o que os candidatos pudessem elaborar No instrumento adaptado A minha fotografia foram adicionadas quest es para que A fotografia de si do candidato inclu sse tamb m desejos expectativas sonhos projectos DGFV 2004 p 29 ou seja que o adulto se projectasse no futuro A segunda TIP intitulada Pondo em comum TIP2 ver Anexo 6 tamb m da mesma publica o da DGFV 2004 mas sem qualquer adapta o Esta tarefa tem 45 como objectivos a partilha entre os adultos que iniciam o processo de reconhecimento e valida o de compet ncias das suas expectativas d vidas receios desejos objectivos e necessidades relativamente a este processo DGFV 2004 p 11 Esta TIP apresenta contudo uma particularidade que pode dificultar as respostas dos candidatos pois exige que se expressem apenas atrav s da escrita apesar de nem todos os ca
16. luz do referencial de compet ncias de n vel b sico Investigador DB 19 03 2008 p 26 As primeiras tarefas solicitadas nesta sess o eram tarefas de inspira o projectiva TIP O formador distribuiu folhas A4 brancas por todos os candidatos com a indica o de que poderiam responder tarefa como se sentissem mais confort veis De seguida projectou num quadro branco o texto Desenhe e ou Escreva Para mim o processo de reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias TIP3 Ap s todos os candidatos terem conclu do esta tarefa de inspira o projectiva introduzi uma outra Desenhe e ou Escreva Na minha vida a Matem tica est presente quando Os adultos ficaram surpresos pelo desenhe Penso que nunca ningu m lhes pediu para desenharem enquanto adultos Muitos responderam a estas tarefas atrav s de um desenho complementando a resposta com algumas palavras Raros foram aqueles que optaram simplesmente pelo desenho Investigador DB 19 03 2008 pp 26 27 aspas no original As TIP facilitam nos acesso s representa es sociais que estes candidatos constru ram sobre o processo de RVCC e possibilitam tamb m aos candidatos que sentem maior dificuldade em expressar se atrav s do c digo escrito uma outra forma de express o como o desenho Investigador DB 19 03 2008 p 27 Quando todos os candidatos terminaram as TIP o formador projectou um filme onde se po
17. que por lutadores entendia todas aquelas pessoas que se interessam e se esfor am para atingir um modo de viver diferente Neste momento com o esfor o que tenho dado nunca atingi os meus objectivos Por isso inscrevi me nas novas oportunidades para ver se al m do emprego que tenho arranjo outro que me d mais qualidade de vida para poder concretizar o meu sonho tal como desejo Para tudo na vida temos de saber lutar Mafalda PRA s p Esta adulta evidencia neste excerto a motiva o que a levou a realizar o processo de RVCC melhorar a qualidade de vida para conseguir concretizar sonhos O objectivo de vida desta candidata passa por conseguir um emprego que se ajuste melhor s expectativas e capacidades desenvolvidas possibilitando lhe viver um estilo de vida diferente do que tem vindo a viver A Mafalda era um dos elementos deste grupo que queria ver reconhecidas as compet ncias desenvolvidas ao longo da vida para aceder a uma certifica o escolar Este grupo era bastante descontra do animado comunicativo e mostravam se motivados para desenvolver o processo de RVCC Investigador DB 05 03 2008 p 20 Logo nas primeiras sess es de grupo observ mos a forma o de quatro subgrupos no grande grupo Um dos subgrupos era constitu do pelos homens que habitualmente se sentavam juntos e debatiam assuntos da actualidade desportiva e pol tica A Elisabete constitu a ela pr pria um subgrupo pelo isolamento que ma
18. 103 109 Vila Real APM CdRom C sar M 2002 E depois do adeus Reflex es a prop sito de um follow up de duas turmas de um curr culo em alternativa In D Moreira C Lopes I Oliveira J M Matos amp L Vicente Eds Matem tica e comunidades A diversidade social no ensino aprendizagem da matem tica pp 93 104 Lisboa SPCE SEM amp 123 Colardyn D amp Bjornavold J 2004 Validation of formal non formal and informal learning Policy and practices in EU member states European Journal of Education 39 1 69 89 Comiss o das Comunidades Europeias CCE 2000 Memorando sobre aprendizagem ao longo da vida Bruxelas Comunidade Europeia CCE 2001 Tornar espa o europeu de aprendizagem ao longo da vida uma realidade Bruxelas Comunidade Europeia CCE 2005 Recomendac o do parlamento europeu e do conselho sobre as compet ncias chave para a aprendizagem ao longo da vida Bruxelas Comunidade Europeia Comiss o Europeia CE 2003 Validation of non formal and informal learning Contribution of the commission expert group Bruxelas CE CE 2004 Implementation of Education and Training 2010 work programme Focus group on key competences Bruxelas CE Conselho da Europa 1970 Permanent education Estrasburgo Conselho da Europa Courela C 2007 Comegar de novo Contributo de um curriculo em alternativa para percursos de vida inclusivos de estudantes adultos A mediag o dos tra
19. 1986 Vettickal 1980 citados por Cresson e Dean 2000 Imperativo considerar a ALV em cen rios contextos formais n o formais e informais Tamb m Pires 2005 considera que A problem tica da aprendizagem ao longo da vida tal como o campo da educac o formag o de adultos de dif cil delimitag o porque A diversidade de contextos e de oportunidades de aprendizagem torna se cada vez mais vasta obrigando a uma maior articula o entre aprendizagens formais e n o formais bem como informais p 104 Segundo Eliasson 1996 a ALV t o mais eficaz quanto for considerada como um sistema que beneficie de uma simbiose com um sistema escolar eficiente bem como por um refor o consider vel das iniciativas e dos esfor os de forma o dos pr prios indiv duos e por uma reorganiza o do mercado de trabalho incitando os individuos a fazerem prova de mobilidade de compet ncias para melhorar as suas perspectivas e para aprender ao longo do percurso p 4 Assim o cruzamento de aprendizagens formais n o formais e informais revela se um desafio essencial para todos independentemente das traject rias pessoais acad micas e profissionais 1 2 1 APRENDIZAGENS FORMAIS NAO FORMAIS E INFORMAIS Nas sociedades actuais alertas e conhecedoras da vital import ncia da ALV pode se encarar a ALV como resultado das m ltiplas interac es do indiv duo em diferentes cen rios contextos como send
20. 78 3 3 1 4 1 Representa o Social ast als 79 3 3 1 4 2 Tarefas desenvolvidas ao longo do processo de RVCC 85 ProJectossfutureoS asus a 90 SS 91 33 2 1 Percurso pessoal nern 91 3 93 22 Perc rso 8081 atap yastaaa ETA 96 3 3 2 3 Percurso profissional Sds aa 97 3 3 2 4 Desenvolvimento do processo de RVCC 99 3 3 2 4 1 Representa o Odd 101 3 3 2 4 2 Tarefas desenvolvidas ao longo do processo de RVCC 107 3 32 33 Projectos TULILOS a dc 112 Considera es ANAIS asa a e a GU dass 115 4 1 A minha experi ncia contal a 115 vi 4 2 Investigar Impactes pessoais e profissionais 117 24 3 a 119 Referencias bibliogr ficas 121 ANCXOS ti 133 Ls eS ae 135 Guido da entrevistada 135 ANERO Dres E 145 Perfil do candidato PO een 145 153 Plano de interven o individual inicial PII1 153 ANEXO A ee ee en ee er 159 Calendariza o das sess es Pu iu an 159 een 163 Tarefa de inspira o projectiva A minha fotografia TIP1 163 ae a as ee 167 Tarefa de inspir
21. Din micas de aprendizagem nas organizag es O impacto do processo de reconhecimento validac o e certificac o de compet ncias Lisboa ISCTE Dissertac o de mestrado documento policopiado Faure E 1972 Learning to be The world of education today and tomorrow Paris UNESCO Fernandes O in press Cruzar compet ncias em vidas que se cruzam In Actas do X Congresso da SPCE Braganga SPCE Fernandes O amp C sar M 2008 Re descobrir a matem tica em mim O percurso de dois adultos num centro novas oportunidades In APM Ed Actas do ProfMat 2008 Elvas APM CdRom Fernandes O amp C sar M in press A experi ncia oculta num rosto In Actas do XVII Col quio da AFIRSE Lisboa FPCEUL amp AFIRSE Fernand z S 2005 Modelos actuais de educac o de pessoas adultas In R Can rio amp B Cabrito Eds Educac o e formac o de adultos Mutag es e converg ncias pp 73 96 Lisboa Educa Field J 2003 Setembro Social capital and lifelong learning An analysis of survey data Comunicag o oral apresentada na European Conference on Educational Research Setembro 17 20 2003 Hamburgo Alemanha Field J 2004 Outubro Lifelong learning and cultural change An european perspective Comunicag o oral apresentada na Confer ncia Lifelong Learning and New Learning Culture Outubro 1 2 2004 Bangkok Tail ndia Gomes I P Coimbra J L amp Menezes I 2008 Educac o e formac o de adulto
22. INCM Morse J M 1998 Designing funded qualitative research In N K Denzin amp Y S Lincoln Eds Strategies of qualitative inquiry pp 56 85 Thousand Oaks CA Sage Moscovici S 1984 The phenomenon of social representation In R Farr amp S Moscovici Eds Social representations pp 3 69 Cambridge Cambridge University Press Moscovici S 2000 Social representations Explorations in social psychology Oxford Polity Press Nogueira A 2007 Contextos educativos n o formais Reconhecimento valorizac o e capacidade motivacional Lisboa DGFV Onwuegbuzie A J amp Leech N L 2007 Validity and qualitative research An oxymoron Quality amp Quantity 41 233 249 Organiza o de Coopera o e de Desenvolvimento Econ micos OCDE 2005 Education at a glance Paris OCDE OCDE 2008 Education at a glance Paris OCDE Palhares J A 2007 Um olhar retrospectivo sobre a educac o n o formal A institucionaliza o as din micas e as reconfigura es actuais de um subcampo educativo In A Estrela L Marmoz A Duarte J do L Carvalho J Ferreira et al Eds Para um balanco da investigac o em educac o de 1960 a 2005 Actas do XIV Col quio da AFIRSE Lisboa SPCE FPCEUL amp AFIRSE CdRom Patton M 1980 Qualitative evaluation methods Newbury Park CA Sage Patton M 1990 2002 Qualitative research and evaluation methods 3 ed Thousand Oaks CA Sage
23. STICO O diagn stico a etapa de interven o do CNO onde o perfil do adulto desenvolvido e aprofundado com base em informa es recolhidas em momentos anteriores Com esta etapa tamb m desenvolvida pelo t cnico de diagn stico e encaminhamento pretende se aceder s expectativas do adulto bem como aos interesses motiva es e necessidades para que se possa definir de forma negociada uma traject ria de qualifica o personalizada delineada com recurso a um vasto conjunto de ofertas de requalifica o dispon veis na rea geogr fica do CNO Neste CNO a etapa de diagn stico era tamb m desenvolvida pelas profissionais de RVC e organizada em dois momentos O primeiro momento consistia numa entrevista individual com o adulto e o segundo momento na negocia o com o adulto de uma traject ria de re qualifica o Na entrevista individual os candidatos eram convidados a preencher um question rio Q1 composto por quest es abertas e fechadas a que a equipa intitulou de Gui o da entrevista O procedimento previsto com este instrumento era 1 o question rio em suporte papel era fornecido ao adulto ii a cada adulto eram atribu dos cerca de 30 minutos para preencher por escrito e individualmente este documento 11 ap s o preenchimento deste question rio a profissional de RVC aprofundava junto do adulto algumas quest es deste instrumento para o conhecer melhor fazendo anota es no question rio previamente
24. aspas e mai sculas no original importante que nas primeiras sess es do processo de RVCC os elementos da equipa t cnico pedag gica assumam uma linguagem cuidada e simples evitando o recurso a siglas mas que apresentem desde o in cio a terminologia deste processo para que os candidatos se possam apropriar dela A apropria o desta terminologia espec fica ao processo de RVCC reveste se de dificuldades para candidatos mas tamb m para os elementos da equipa do CNO porque habitualmente a terminologia que conhecem e utilizam a usada em cen rios contextos educativos formais e n o formais Ap s as sess es de apresenta o das reas de compet ncias chave a profissional de RVC intervinha dinamizando duas sess es de explora o da hist ria de vida dos candidatos Estas sess es eram realizadas na sala de inform tica muitas vezes com a restante equipa t cnico pedag gica presente a desenvolver outras actividades Nestas 59 sess es observ mos dois modelos de trabalho i em grupo onde cada candidato utilizava um computador e atrav s das orienta es da profissional de RVC que circulava na sala desenvolvia a hist ria de vida e 11 uma componente individual onde a profissional de RVC auxiliava os candidatos na organizac o do portef lio Houve um momento em que apesar da profissional de RVC j ter esgotado as sess es planificadas para os candidatos desenvolverem a hist ria de vida esta t cnica rev
25. cnico pedag gica revela se essencial para que os candidatos se sintam seguros No caso desta candidata a Maria veio para junto de mim formador de MV TIC tentar acalmar se Investigador DB 23 07 2008 p 44 revelando uma vez mais os lagos de cumplicidade que se podem desenvolver neste tipo de processo com os candidatos Na sess o de j ri de certifica o a Maria foi a primeira a realizar a apresenta o Nessa apresenta o a Maria pretendia mostrar que ao longo da vida desenvolveu capacidades e compet ncias que luz do referencial de compet ncias chave facilitam acesso a uma certificac o escolar Esta apresentag o baseou se na vida e obra do poeta Castro Alves que uma refer ncia para esta candidata que tamb m ela poetisa Comegou a apresentag o n o com o discurso caracter stico o meu nome mas com a declamag o de um poema deste autor intitulado A garca triste A candidata s depois de declamar de uma forma calorosa o poema que se apresentou numa tentativa bem conseguida de ser original Investigador DB 23 07 2008 p 44 it lico no original Ap s a apresenta o da candidata ao j ri de certifica o seguiram se coment rios de elementos do j ri A profissional de RVC comentou que inicialmente esta candidata mostrou se muito insegura e foi dif cil desocultar as compet ncias que tinha mas agora j sabe as compet ncias que tem e que com a a
26. do ensino prim rio como uma vit ria Elisabete s p Continuou a forma o acad mica no Cac m e no ano lectivo de 1986 87 concluiu o 6 ano de escolaridade Foi nesta fase que come ou a desenvolver mais trabalhos em dom nios art sticos como a pintura e o desenho que influenciaram a tomada de decis o de tirar um curso de pintura mas tudo n o passou do pensamento Elisabete HV s p acabando por n o continuar a desenvolver se nestes dom nios Apesar dos v rios momentos de insucesso acad mico tentou a todo o custo estudar Frequentei o s timo ano mas sem xito Elisabete HV s p at idade de 16 anos Esta candidata evidencia a import ncia que atribui Escola e s aprendizagens apropriadas neste cen rio de educa o formal atrav s das tentativas para prosseguir os estudos apesar das dificuldades que enfrentou O percurso acad mico desta candidata foi marcado pelo insucesso acad mico motivando a sa da da Elisabete do sistema de ensino formal A Elisabete assinala esta traject ria acad mica como consequ ncia das dificuldades de aprendizagem que manifestava Elisabete Q1 p 3 Por m a import ncia que a aprendizagem assume na vida da Elisabete impulsionou a inscri o neste CNO para desenvolver um processo de RVCC procurando continuar a caminhar para atingir um objectivo que ficou suspenso no tempo 3 3 2 3 Percurso profissional Foi aos oito anos de idade influenc
27. j que depois da conclus o dos cursos comegou a trabalhar na mecanografia no sector de contabilidade da mesma instituig o banc ria Maria HV p 3 Quando se sediou em Portugal em Lisboa comegou por trabalhar num lar de atendimento terceira idade onde era respons vel por auxiliar ao domicilio utentes acamados Maria p 4 Em 1982 ingressou na fun o p blica como cont nua a actual designa o auxiliar de ac o educativa tendo sido destacada para v rios estabelecimentos de ensino na rea de Lisboa Em 2001 foi destacada para o Minist rio da Educa o como telefonista fun es que ainda desempenha Maria Q1 p 4 3 3 1 4 Desenvolvimento do processo de RVCC Esta candidata inscreveu se neste CNO em Mar o de 2007 ap s ter tomado conhecimento da iniciativa novas oportunidades pela televis o Maria Q1 p 2 Onze meses ap s a inscri o em Fevereiro de 2007 a candidata foi chamada pela profissional de RVC para uma entrevista No question rio distribu do no primeiro momento da entrevista deixou muitas quest es em branco sendo a maior parte dos registos no question rio realizados pela profissional de RVC Na entrevista partilhou com a profissional que se inscreveu neste processo por quest es relacionadas com a valoriza o profissional pois uma certifica o ao n vel do 9 ano de escolaridade permitia lhe manter a actividade profissional na fun o p blica bem como pelo gosto de apren
28. o social do investimento em educa o e 18 forma o de adultos numa ptica de aprendizagem ao longo da vida e em particular do sistema de reconhecimento de compet ncias como oportunidade de certifica o e refor o de aprendizagens MTSS amp ME 2008a p 8 Integrados na iniciativa novas oportunidades surgem os CNO onde se desenvolvem processos de RVCC que se assumem como um pilar da estrat gia de Lisboa para a re qualifica o da popula o adulta Almeida et al 2008 1 3 1 CENTROS NOVAS OPORTUNIDADES Em Portugal o dispositivo por excel ncia reconhecido como executor de orienta es para o reconhecimento de compet ncias s o os CNO Os CNO podem ser encarados como uma porta de entrada Fernandes amp C sar 2008 Gomes amp Sim es 2007 para a re definig o de traject rias qualificantes de adultos pouco escolarizados Os CNO t m a miss o de assegurar a todos cidad os maiores de 18 anos uma oportunidade de qualifica o e de certifica o de n vel b sico e secund rio adequada ao seu perfil e necessidades Gomes amp Sim es 2007 p 10 promovendo a procura de novos processos de aprendizagem de forma o e de certifica o por parte dos adultos com baixos n veis de qualifica o escolar e profissional p 10 Assim atribu do aos CNO o duplo desafio da valoriza o pessoal e profissional bem como responsabilidades no progresso social que pode advir da ce
29. que antecedeu ao encaminhamento para processo de RVCC mas que esse nervosismo j deixou de ter significado Elisabete LC1 Esta distin o que a candidata assinala entre a fase inicial das etapas de intervenc o do CNO e o desenvolvimento do processo de RVCC 105 tem a influ ncia da equipa t cnico pedag gica como destaca Ap s conhecer a profissional de RVC os formadores que a ajudaram a desenvolver processo de RVCC a candidata sente se mais confiante ao desenvolver este processo iluminando a componente afectiva associada ao desenvolvimento deste processo e que requer a participa o dos t cnicos do CNO 8 Elabore um texto de resposta coment rio ao post publicado explicitando a sua opini o e justificando No seu coment rio dever fazer um balan o geral do processo de reconhecimento de compet ncias tal como ele vivido e sentido por si Coment rios reconneu Sch 2 vauida o de PF ri minna primeira entrevista senh um pequeno Ievorsis mo Apos Jer conhecido G ppa en Que 4m sido Gxolentes Rrmadores e me tem ajudado alcan ar 05 meus chgeckvos necvosisma 3d da ks significado Do meu ver este RS kona ee tem ajudada muitos pot gueSes a Concluir e promover q Suas Qualificacias que h algo ms anos deixaram para tras Seus estudos n o os Tela Concbbind E Peste menare la Serem TECOnhecidos pelos ST A O A
30. sess es de organiza o do PRA e v j ri de certifica o e plano de desenvolvimento pessoal Para uma melhor compreens o da operacionalizac o do processo de RVCC incluindo a estrutura adoptada por este CNO bem como as pr ticas desenvolvidas apresentamos as viv ncias nas sess es desenvolvidas pelos diferentes elementos da equipa t cnico pedag gica 3 1 4 1 Sess es com 3 1 4 1 1 a profissional de RVC A primeira sess o do processo de RVCC com a profissional de RVC e sempre que poss vel com a presen a dos formadores das respectivas reas de compet ncias chave Nesta sess o inicialmente a profissional de RVC faz uma breve apresentag o da equipa t cnico pedag gica do CNO e responde a quest es sobre o processo de RVCC Depois convida os candidatos a decidirem um nome para grupo Nesse momento 3 Ao que a equipa t cnico pedag gica denomina de dossier pessoal optamos por assumir a denominag o de portef lio reflexivo de aprendizagens PRA ou simplesmente portef lio pelas caracter stica que o portef lio apresenta e atendendo s din micas que se estabelecem nos CNO 58 Ihes entregue a folha de Apresentac o do candidato AC onde se pode ler o nome do candidato do grupo bem como o nome dos elementos da equipa do CNO que o v o acompanhar ao longo do processo de RVCC Os candidatos realizam nesta sess o duas tarefas A minha fotografia TIP 1 um question rio composto por quest es a
31. so lwe aus ap seweu old w os paw ou ou seodenys siew seu uj zip enb o 081 ap 5 Wa oded oe njos ens e eJed onqujuoo 9 SIBIDOS seuu qoid sooljsawop sop oedSeiedas e oey 919 6 9 50198 WE opuedionued segdeioosse einboJed e wos opueJogejo9 spepiunuoo ep eu ODIAID 8 josgsuodsa opou ap oded auou wog esed opuingujuoo s elo selajquiesse w BANBIDOSSE eu 949 s esisnuu sie1 e seanlodsap sepepiagoe sn snuu e SBJISIA 5 05 5 81 sopepiagoe w od s z ed a o duu x Jod so u no soy ap 1819059 epia e oyuedwoay seossad eus ojusupuajua a oe opnfy ser essedeuyn esed 19zej ossod anb o a oJuodusa anb 5 ZJ O OWOD ZIJ onb O elSu duuo2o PJS9 zil i n no ozijyn nb w sepu dx no s o5en is e augJ9dwoyg pepiliqeB iduug 9 eruepepio 181 seuuou se nbijioc ds selolledns a seB o5 WO Ap 9 919 sojuauwIpaxo4d soleJoy oyjegeAy ap 850 naw op ozu weuopuny ap sew ou se oiduno BISIA ap sojuod snas so JopussJduoo 0 U9 9 SOJ NO SO o n5s3 sepepingoe ouweJBOJA SIBIDOS a SIBUO
32. stico e encaminhamento resulta de uma negociac o entre a equipa t cnico pedag gica do CNO e adulto e fundamentado no perfil deste identificado e constru do nas etapas anteriores Os adultos podem ser encaminhados para um processo de RVCC que 56 desenvolvem CNO ou para uma traject ria de qualifica o externa tendo em conta a oferta dispon vel na rede territorial a que o CNO est afecto Alguns exemplos deste tipo de ofertas s o os cursos de educa o e forma o de adultos EFA cursos de educa o e forma o CEF entre outras ofertas educativas e formativas Esta etapa deve ser composta por pelo menos duas sess es Uma onde o t cnico de diagn stico e encaminhamento apresenta todas as ofertas educativas e formativas que se adequam ao adulto Numa segunda sess o o adulto manifesta a prefer ncia por uma das sugest es apresentadas pelo t cnico de diagn stico e encaminhamento Neste CNO o encaminhamento do adulto ocorre quando a profissional de RVC e os formadores analisam os instrumentos Perfil do candidato e Gui o da entrevista Estes instrumentos mostravam se por vezes insuficientes para que a equipa t cnico pedag gica pudesse fazer o encaminhamento mais adequado para cada adulto atendendo s necessidades espec ficas individuais Por m n o se observou nenhuma iniciativa da equipa que fosse ao encontro desta necessidade partilhada por todos os elementos da equipa do CNO Investigador DB 12 0
33. ticos 7 2 Documentos Relativos aos Projectos Profissionais ex Pesquisa da Internet do local de trabalho por exemplo an ncios de emprego a que poder responder 7 3 Documentos Relativos aos Tempos Livres Projectos pessoais e ou Projectos sociais ex Pesquisa da Internet panfletos de actividades a que gostaria poderia aderir 214 8 Trabalho Final tema livre desenvolvido pelo candidato para apresentac o na sess o de j ri Notas a Para facilitar a organizac o poder utilizar separadores e constituir cap tulos de acordo com a sugest o dada ou de acordo com a sua originalidade b Depois de reunidos e organizados todos os documentos dever realizar a pagina o do dossier e respectivo ndice Bom Trabalho 215 2 6 15 QUESTION RIO DE AVALIACAO DAS ACTIVIDADES DO CNO Q2 217 215 uestionario de Avaliacao do Processo de RVCC A sua opini o sobre o processo de Reconhecimento Validac o e Certificac o de Compet ncias que acabou de vivenciar 6 para n s muito importante Dar a oportunidade a todos os cidad os maiores de dezoito anos de ver reconhecidas e certificadas as compet ncias que adquiriram ao longo da sua vida uma miss o em que verdadeiramente apostamos e que permanentemente queremos melhorar Convidamo lo a por isso a responder as quest6es que se seguem assinalando com X a resposta que melhor traduz a sua opini o de acordo com a seguinte escala e
34. 2 Quais os motivos que o levaram a abandonar a escola Falta de motivag o Dificuldades de aprendizagem Dificuldades em conciliar trabalho e os estudos Necessidade de comegar a trabalhar Falta de recursos financeiros Outra Qual 3 Ao longo da sua vida fez algum curso de formag o Em que area Curso Local Data 139 4 Os cursos forma es que referiu anteriormente tiveram aplicabilidade na sua vida pessoal ou profissional Especifique BLOCO D SITUA O PROFISSIONAL 1 Com que idade come ou a trabalhar 2 Qual tem sido o seu percurso profissional Principais Entidade Local Data Profiss o Fung o tarefas Dura o 140 3 Que perspectivas tem relativamente ao seu percurso profissional BLOCO E CARACTERISTICAS PESSOAIS E SOCIAIS 1 Como amp que se define Indique 3 qualidades e 3 defeitos 2 Que caracter sticas da sua personalidade pensa que ola podem ajudar e ou prejudicar neste processo RVCC 3 Gosta mais de trabalhar individualmente ou em grupo Porqu 141 BLOCO F TEMPOS LIVRES 1 Como ocupa os seus tempos livres 2 Gosta de ler O qu 2 1 Com que regularidade l 2 2 Que g neros de livros que 18 2 3 Qual foi o ltimo livro que leu 3 Costuma escrever 3 1 O que que costuma escrever 3 2 Em que contextos 4 Costuma efectuar c
35. 4 classes em Luanda numa escola s de raparigas e com bastantes dificuldades econ micas para adquirir material escolar Maria HV p 2 Ap s a conclus o da 4 classe deixou de frequentar o ensino formal pelas dificuldades econ micas que se viviam no seio do agregado familiar Por este motivo ficava em casa dos tios onde realizava tarefas dom sticas e educava os cinco filhos do casal n o tendo surgido a oportunidade para continuar a apostar em traject rias de qualifica o J em Portugal em 1983 com mais de 30 anos de idade voltou a estudar conseguindo concluir o 6 ano de escolaridade Tentou prosseguir um percurso formativo mas como a pr pria escreveu tinha que dar asistencia sic ao filho e tive que optar Maria Q1 p 3 Ao longo do percurso pessoal profissional frequentou diversas ac es de forma o nomeadamente sobre primeiros socorros em 1986 ingl s em 1998 99 processador de texto em 2007 e atendimento ao p blico tamb m em 2007 Maria Q1 p 3 Sobre as ac es de forma o que tem vindo a frequentar assume uma postura cr tica nomeadamente sobre a aplicabilidade destas na vida profissional Segundo a candidata a nica ac o de forma o que teve impactes profissionais foi a ac o de forma o relacionada com o atendimento ao p blico Maria Q1 pp 3 4 e lamentou que a ac o de forma o sobre processamento de texto fosse de apenas 18 horas que se revelaram insufici
36. CNO dos 10 candidatos seis foram certificados com o 9 ano de escolaridade Os restantes n o conseguiram at Julho de 2008 apresentar o portef lio ao j ri de certificag o para terminarem o processo de RVCC Indag mos sobre os motivos que levaram estes candidatos a n o prosseguirem os processos de RVCC com um ritmo mais c lere Um dos candidatos por motivos de sa de teve de suspender o processo de RVCC pois a recuperag o mostrou se morosa e exigente do ponto de vista f sico e psicol gico Os restantes tr s candidatos sentiram que a partir de um determinado momento o processo estava a ser demasiado exigente e n o conseguiam corresponder s expectativas pelo que resolveram descansar um pouco Investigador DB 30 07 2008 p 48 Contudo n o alertaram a equipa do CNO para esta situa o e Sempre que entr vamos em contacto mostravam interesse em continuar com o processo e que em breve iriam ao CNO mas esse em breve mostrava se longinquo Investigador DB 30 07 2008 p 48 it lico no original Os canais de informag o entre candidatos e CNO devem estabelecer se com base na transpar ncia pois s assim que as equipas podem proporcionar a estes candidatos um processo de RVCC personalizado atendendo aos constrangimentos e particularidades de cada candidato Conv m contudo acrescentar que at Junho de 2009 estes candidatos ainda n o conclu ram o processo de RVCC Os seis candidatos certificados d
37. Elisabete quando questionada sobre a qualidade dos processos de RVCC desenvolvidos nesta iniciativa de qualificag o certificag o afirma claramente que nao concorda com a provocat ria afirma o Esta candidata sustenta o argumento com base na filosofia do processo de RVCC reconhecer compet ncias desenvolvidas ao longo da vida em diferentes cen rios contextos A Elisabete confere validade social e reconhece qualidade neste processo pois est a dar as nossas todos os candidatos compet ncias ao longo da vida Toda aprendizagem que a vida nos ensinou e nos foi dada a conhecer Elisabete LC1 aceitando ser possivel estabelecer uma relag o entre uma certificag o escolar e as compet ncias desenvolvidas ao longo da vida atrav s do processo de RVCC um processo de e para quem n o concluiu os estudos nas palavras da candidata que se deve facilitar o acesso s aprendizagens que cada candidato apropriou e s capacidades e compet ncias que desenvolveu ao longo da vida para que possam ser posteriormente reconhecidas validadas e certificadas Tamb m nesta tarefa de LC a Elisabete construiu um coment rio cr tico sobre o processo de RVCC e de um modo geral como o tem vivido ver Figura 14 p 106 A Elisabete considera que o processo de RVCC tem sido gratificante evidenciando a exist ncia de impactes positivos deste processo na vida da candidata Recorda que se sentiu nervosa na entrevista com a profissional de RVC
38. Inicialmente a direc o do olhar e as ac es do investigador no campo s o influenciadas pelo problema em estudo e pelas quest es de investiga o tal como afirma Merriam 1988 mas onde focar ou parar a ac o de observar n o pode ser determinado atempadamente Deve se permitir que o foco emirja e de facto pode mudar ao longo do estudo p 90 As observa es ocorreram em ambiente natural e n o limit mos o olhar por categorias pr determinadas de resposta a comportamentos Adler amp Adler 1994 facilitando nos uma observa o livre onde observ mos os acontecimentos que o olhar e restantes sentidos podia m captar Assim na presente investiga o opt mos por n o limitar o que ir amos observar N o foram criadas grelhas de registos ou categorias de observa o e limit mo nos simplesmente a olhar em redor quando nos 42 encontr vamos no local onde desenvolvemos o estudo Observ vamos as pessoas as interac es que estabeleciam as express es faciais quando reagiam aos t cnicos do CNO as formas e pertin ncia das interven es entre outros aspectos Segundo Mertens 1998 para minimizar o grau de subjectividade dos investigadores nas observag es recolhidas O investigador deve observar o tempo suficiente para identificar temas salientes O investigador deve evitar um encerramento prematuro isto chegar a uma conclus o sobre uma situa o sem observa es suficientes p 182
39. Muito Bom 4 e Satisfat rio 2 Bom 3 Insatisfat rio 1 1 Aprecie o relacionamento que estabeleceu com a equipa do Centro RVCC tendo em conta Profissional de RVCC Formador de Linguagem e Comunicag o Formador de Cidadania e Empregabilidade Formador de Matematica para a Vida Formador de Tecnologias de Informa o e Comunica o 2 Aprecie as informa es prestadas pela equipa ao longo de todo o processo RVCC 1 2 3 3 As actividades realizadas durante o processo de reconhecimento de compet ncias foram 4 Aprecie os materiais instrumentos utilizados no processo de reconhecimento de Compet ncias por Profissional de RVCC Formador de Linguagem e Comunica o Formador de Cidadania e Empregabilidade Formador de Matem tica para a Vida Formador de Tecnologias de Informa o e Comunica o 5 Considera que a dura o do processo de reconhecimento de compet ncias foi 1 2 3 219 6 Aprecie os materiais instrumentos utilizados nas formag
40. Na pr tica cumpre as mesmas fung es que as suas colegas com o 12 ano mas tem um sal rio consideravelmente mais baixo e n o pode ser promovida devido sua falta de habilita es acad micas Como forma de obter algum maior conforto financeiro e visto que os seus filhos eram agora mais aut nomos tinham entre 14 e 20 anos inscreveu se no processo de certifica o N Ordene o restante texto atendendo organiza o l gica das ideias Quinze dias mais tarde era momento de apresentar em grupo uma auto avalia o interm dia em que se relacionavam experi ncias de vida compet ncias adquiridas e formas de as certificar luz do Referencial de Compet ncias Chave para a Educa o e Forma o de Adultos Entre hesita es Lurdes l foi dizendo que tinha alguns conhecimentos em cuidados de sa de de or amentos e impostos bem como de agricultura pelo que com estudo acreditava conseguir explorar v rios temas Por outro lado era bastante observadora e poderia reconstituir muitos dos h bitos culturais da sua aldeia natal bem como escrever um texto sobre os modos de funcionamento e disfun es de um Hospital Na entrevista individual Lurdes apresentou as v rias experi ncias que tinha registado tal como lhe tinha sido pedido e o olhar interessado e confiante da t cnica acabou por diluir o temor que sentira ao longo de todo o dia de que o seu trabalho n o tivesse correspondido ao esperado Com pequenas al
41. Para mim os lutadores n o s o por assim dizer indiv duos que lutam uns contra os outros at se ferirem e morrerem H v rias maneiras de ver o significado desta palavra Quando se fala em lutadores a palavra ao principio parece fria e cortante mas eu n o vejo o seu significado de uma forma negativa Para mim lutar tem o significado de lutar por uma causa 108 Neste momento n s somos um grupo de doze pessoas que est actualmente a lutar para poder alcancar um objectivo que nos comum Tentamos mostrar as nossas compet ncias a n s pr prios e aos outros o que realmente valemos e do que somos capazes Temos assim uma luta pela frente para conseguirmos atingir o nosso objectivo Lutamos tamb m quando estamos doentes pois apesar do estado d bil devido doenca lutamos com as poucas forgas que temos para voltar vida e a um estado s o com a forga que vem do nosso interior para que essa doenga desapareca Vou dar um exemplo eu tive um filho s portas da morte O tempo era uma ang stia e eu s perguntava qual era o dia em que eu l chegaria de manh e o meu filho j l n o estaria Mas o seu olhar terno dizia me e dava me forga para acreditar que ele la conseguir lutar contra todo esse desespero Ambos tivemos uma luta eu para conseguir ver o meu filho sair daquele hospital com vida e ele pela pr pria vida Foram quatro meses de desespero Mas vencemos A vida uma luta Elisabete PRA s p A Elis
42. Pediu aos candidatos que apresentassem um relat rio de auto avalia o final com o balan o de compet ncias as necessidades de forma o e a organiza o do trabalho futuro que ap s ser discutido com ela conduziria fase seguinte do processo 185 Lurdes voltou a sentir um aperto no est mago quando dias mais tarde apresentou relat rio de auto avaliac o final Continha uma introdug o em que explicava a situac o actual e as expectativas quanto ao processo RVCC Em seguida apresentava algumas experi ncias de vida nas quais pensava ter adquirido compet ncias v lidas para a certificac o Ser a gestora do condom nio do seu pr dio tendo que gerir diversos interesses e lidar com v rias instituic es p blicas de cariz local e central poderia evidenciar compet ncias de cidadania Apenas na rea TIC sentia ser indispens vel mais formag o Discutiram um pouco a situac o e Sofia aconselhou a enquanto avangava com os trabalhos a frequentar um curso de TIC no qual poderia explorar novas compet ncias tecnol gicas lingu sticas e at de cidadania Lurdes entusiasmou se com a ideia at porque poderia recorrer ajuda do seu filho mais velho cuja principal paix o era a inform tica No blog http rvccno blogspot com foi colocado o seguinte post O Processo RVCC Centros Novas Oportunidades Este espaco destina se a um lugar de troca de informac o recursos e debate para os profissionais d
43. a coser sapatos e mochilas pois o meu irm o tinha apenas tr s anos de idade e eu oito A minha m e n o tinha quem ficasse comigo e com meu irm o Elisabete HV s p pelo que os filhos acompanhavam diariamente a m e Cerca de tr s anos depois em 1982 a m e de Elisabete em busca de um melhor emprego deslocou se para o Cac m implicando que este agregado familiar mudasse novamente de lar e enfrentasse novos desafios e dificuldades Elisabete HV s p Nesse ano a m e de Elisabete pressionada pelas dificuldades que vivia na altura sofreu 92 um esgotamento fez uma tentativa de suicidio Estes acontecimentos potenciaram o crescimento psicol gico desta candidata por ter que enfrentar experi ncias que n o eram ajustadas idade que apresentava Na altura Eu estava no quarto ano e o meu irm o no primeiro ano lectivo Era eu quem o levava escola Por vezes eu n o conseguia ir escola pois tinha a minha m e doente e n o a podia deixar sozinha visto que era eu que tratava dela mas apesar das circunst ncias nunca deixei de frequentar a escola e conclui o quarto ano com onze anos Elisabete HV s p Apesar das dificuldades a candidata cresceu com um sonho Gostaria de ter sido m dica ou enfermeira mas n o consegui concluir os estudos Elisabete HV s p Este sonho foi sempre interrompido pelas actividades profissionais que a Elisabete veio a desempenhar ao longo da adol
44. a diferenciar os percursos e os ritmos conforme as necessidades dos formandos nos seus contextos de vida p 11 it lico no original Apesar das reformula es que este instrumento j sofreu a estrutura org nica do referencial mant m se estabelecendo articula es intra e inter reas de compet ncias chave A articula o intra reas de compet ncias chave assume se t o mais complexa quanto mais avan ada for a certifica o escolar ou seja para cada rea de 26 compet ncias chave os crit rios de evid ncia assumem se mais exigentes ao nivel da autonomia do candidato da capacidade de colaborac o cr tica e reflex o dos processos mentais entre outros quer se trate de uma certifica o ao nivel do Bl B2 ou B3 Ao nivel das rela es inter reas de compet ncias chave partilhamos da vis o integradora de Alonso e seus colaboradores 2002 de que se deve estabelece r entre candidatos e as reas de compet ncias chave O esquema da Figura 4 ilumina a interpreta o que assumimos quanto organiza o e operacionalizac o do referencial de EFA de n vel b sico i a Tecnologias de e e aa Linguageme o nforma o Comunica o __ e di 4 i Com ca o 22232223 u a Bass o e LinguaEstrangeira a Matem tica ho paraa _ eu gt VIS ANOS Figura 4 Articulac o entre reas d
45. alerta os candidatos para a forma o cont nua e para a promo o da empregabilidade As ac es de forma o que a candidata mais anseia s o as relacionadas com a rea das novas tecnologias pelo que Maria espera Conseguir frequentar um curso de inform tica de modo a melhorar os meus conhecimentos e tamb m gostaria de aprender a tocar Violino Maria PII3 A Maria n o prev evolu es no percurso profissional pois j se encontra no topo de carreira mas pretende re qualificar se e desenvolver novas capacidades e compet ncias para que possa ser uma melhor profissional e acima de tudo uma melhor pessoa Com o processo de RVCC a Maria aprendeu a valorizar se mais pessoal e profissionalmente re conhecendo dimens es da sua personalidade que eram pouco evidenciadas anteriormente para ela pr pria como a criatividade 3 3 2 ELISABETE 3 3 2 1 Percurso pessoal A Elisabete era uma candidata de 36 anos com o 6 ano de escolaridade conclu do casada e m e de tr s filhos menores um rapaz com 14 anos e duas raparigas com nove e seis anos At ao momento em que concluiu o processo de RVCC a Elisabete encontrava se desempregada desempenhando fun es dom sticas no lar Nasceu em 1971 em Leiria Ainda em tenra idade o agregado familiar deslocou se para Gr ndola onde cresceu Deste per odo da vida destaca se no portef lio da candidata o bucolismo que marcou a apropria o de conhecimentos no dominio das
46. candidatos ao longo do processo Assim consegu amos ajustar as pr ticas e apresentar junto dos candidatos uma interven o mais ajustada s necessidades que apresentavam Ao longo do processo de RVCC as interac es entre candidatos e elementos da equipa t cnico pedag gica iluminam a interfer ncia na constru o da representa o social sobre o processo de RVCC das interac es sociais A equipa t cnico pedag gica constitui se como um agente transformador das representa es sociais Assim podermos aceder num primeiro momento s representa es sociais que estes candidatos constru ram sobre o processo de RVCC s o determinantes para ajustar as respostas que damos s quest es que os candidatos colocam sobre o processo de RVCC Este trabalho de investiga o mostra nos uma perspectiva da import ncia das interac es sociais no desenvolvimento dos processos de RVCC As equipas dos CNO muitas vezes desajustadas para o n mero de candidatos no CNO ou pressionadas por metas quantitativas t m dificuldade em concentrar esfor os num candidato de cada vez para lhe proporcionar o melhor processo de re descoberta das compet ncias e capacidades que desenvolveu ao longo da vida A vida intensa que se vive nos CNO n o facilita aos elementos da equipa momentos de reflex o sobre as pr ticas e sobre a filosofia do processo de RVCC bem como a frequ ncia aut noma de ac es de forma o para se tornarem melhores profissionai
47. concretiza o dos objectivos da iniciativa novas oportunidades ME 2008 SEE 2007 Este retorno da educa o de adultos Escola ocorre apesar dos riscos inerentes de escolariza o do processo de RVCC Esta associa o ainda que n o desej vel parecia quase inevit vel atendendo a que Nos ltimos anos tem se assistido a uma acentuada mobiliza o de organismos institui es nacionais no sentido de promover a procura de novas oportunidades de aprendizagem qualifica o e certifica o por parte de adultos com baixos n veis de qualifica o escolar e profissional com vista supera o dos baixos indicadores de escolariza o e forma o com que a popula o portuguesa se depara Almeida Candeias Morais Milagre amp Lopes 2008 p 9 Segundo Can rio 2006 a partir da segunda metade do s culo XX com impulso do movimento educa o permanente que se incrementou a visibilidade de processos n o formais de aprendizagens reconhecendo se a Escola como apenas um melo entre outros de proporcionar aprendizagens Tamb m segundo Nogueira 2007 assiste se actualmente a um novo movimento social que gradualmente substituindo os movimentos populares e de associativismo Este movimento social que urge privilegia a articulag o entre a educac o formal n o formal e informal em torno de temas transversais compet ncias transversais educa o ambiental educa o para a assertividade educa
48. consistem em descri es detalhadas de situa es eventos pessoas interac es e comportamentos observados cita es directas de pessoas sobre as suas experi ncias atitudes cren as e pensamentos e excertos ou passagens completas de documentos correspond ncia grava es e hist rias de casos Patton 1980 p 22 Para analisar qualitativamnete os dados que recolhemos assumimos uma 50 abordagem indutiva Smaling 1987 citado por Meijer et al 2002 pp 146 147 onde intuitivamente relacionamos os dados de diferentes instrumentos Com terminus do processo de recolha de dados procedemos sistematicamente a uma an lise de conte do mais aprofundada para que pudessem emergir categorias indutivas de an lise Comeg mos por analisar as TIP que categoriz mos de acordo com as representa es sociais que os adultos manifestavam sobre o processo de RVCC e procur mos triangular estes resultados com outras fontes de dados com o intuito de encontrarmos consist ncia no produto destas triangulac es para a produ o de descric es densas Atribu mos depois ao pr prio leitor a miss o de construir sentidos e fazer juizos relativamente aos resultados apresentados e discutidos nesta dissertag o 51 52 CAPITULO 3 RESULTADOS APRESENTACAO E DISCUSSAO 3 1 ORGANIZACAO DAS DIN MICAS E PR TICAS DO CNO Nos CNO funcionam equipas multidisciplinares de formac es acad micas diversas que devem ser es
49. de LC Grupo 3h00 e CE Formadora de LC Grupo 3h00 Data 27e28 Fev 5 Mar 12 Mar 19 Mar 26 Mar 2 Abril 9 Abril 16 Abril 23 Abril 30 Abril 161 Cidadania e Empregabilidade 123 Sess o de Tecnologias de Informa o e Comunica o 13 Sess o de Tecnologias de Informa o e Comunica o 14 Sess o de Organiza o e Conclus o do Dossier Pessoal Plano de Interven o Individual e Orienta o Conclus o do Projecto Pessoal e Organiza o final do Dossier Pessoal PII Final Projectos Futuros Balan o do Processo de RVCC 15 Sess o de Organiza o e Conclus o do Dossier Pessoal e Orienta o Conclus o do Projecto Pessoal Organiza o final do Dossier Pessoal 16 Sess o de Prepara o do J ri de Valida o e Revis o Final do Dossier Pessoal Explicita o e prepara o para a Sess o de J ri de Valida o e Preencher o Pedido de Valida o 17 Sess o de J ri de Valida o e CE Formador de MV Grupo 3h00 7 Maio e TIC Grupo 3h00 Formador de MV 14 Maio e TIC Grupo 1h30m Individual 1h30m 21 Maio Profissional de RVC Grupo Profissional de 3h00 28 Maio RVC Opcional Grupo Profissional de 3h00 RVC 4 Junho Formadores Profissional de Grupo 6 RVC 3h00 11 Junho Formadores 30min por Avaliador Externo adulto 162 ANEXO 5 TAREFA I
50. dos candidatos para responderem a uma TIP onde pretendia que desenhassem e ou escrevessem o que era para cada um deles o processo de RVCC A Elisabete mostrou se bastante surpreendida por poder manifestar se atrav s do desenho possivelmente por n o ser habitual no quotidiano solicitar se a um adulto que se expresse por este modo Investigador DB 19 03 2008 p 26 A Elisabete aderiu de imediato express o atrav s do desenho influenciada por experi ncias de vida anteriores complementando o com uma frase no topo da folha ver Figura 12 p 103 O entusiasmo desta candidata para responder a esta tarefa foi tanto que foi a ltima a terminar esta actividade A dedica o a dar uma 102 resposta a esta tarefa foi de tal ordem que a Elisabete solicitou a aten o do formador para perguntar se era necess rio colorir o desenho Investigador DB 19 03 2008 p 27 Paea mim O processo de reconheamerts de Conpetencas Alargar nossor orzonte gt Dor a conhecer as nossa apecradses e o nosso Conhet ments Que Kvemos ao lonse de viola trosiromos o que Somos e o que valemol Figura 12 Resposta da Elisabete TIP Para mim o processo de reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias Nesta tarefa a candidata partilha que o processo de RVCC uma oportunidade para alargar horizontes iluminando uma representa o social positiva deste processo A Elisabete quando escreveu que este processo
51. e desenvolverem novas compet ncias em cen rios contextos de vida formais n o formais ou informais podem assumir se enquanto cidad os mais activos inclusivos promovendo uma sociedade mais tolerante inovadora e cr tica A cidadania deve ser apropriada por cada um e a educa o para a cidadania como recurso para fomentar o exerc cio de uma cidadania activa cr tica e reflexiva promotora de mudan as internas e externas ao indiv duo s faz sentido numa l gica de aprender fazendo em todas as escalas desde a sala de aula rela o com o mundo passando pela escola pela comunidade envolvente pela cidade e pelo pa s Mem rias valores e pr ticas s o pois as mat rias primas que sustentam as atitudes e compet ncias matriciais da cidadania democr tica em cada tempo hist rico A aquisi o destas compet ncias e a permanente reflex o cr tica sobre elas o centro do processo de Educa o para a Cidadania Pureza Henriques Cibele amp Praia 2001 p 6 it lico aspas e mai sculas no original A Escola tem sido reconhecida como a principal inst ncia promotora do desenvolvimento de compet ncias Duarte 2004 Rold o 2003 Por m segundo Somtrakool 2002 um curr culo formal mostra se insuficiente para fazer face aos desafios que se apresentam nas actuais sociedades A ALV ilumina algumas respostas a esta insufici ncia da educa o formal pelo que segundo Boucouvalas 1981 Jarvis 11
52. encontra se preenchida de pontos positivos como por exemplo a definig o do ensino secund rio 12 anos de escolariza o como patamar m nimo de qualifica o certifica o semelhan a da tend ncia internacional bem como pela valoriza o e diversifica o da dimens o profissionalizante Para al m destes objectivos esta pol tica pretende tamb m promover o crescimento econ mico e a empregabilidade j que Relativamente ao PIB estimado que no espa o da Uni o Europeia a eleva o em um ano do n vel m dio de escolaridade se traduza no aumento da taxa de crescimento anual entre 0 3 a 0 5 pontos percentuais tamb m reconhecido que o investimento em capital humano constitui uma condi o primordial para promover a competitividade assente na inova o e na qualidade do servi o e para assegurar a capta o de sectores de base tecnol gica Mostra se tamb m poss vel reconhecer uma rela o positiva entre o investimento em capital humano e as din micas de actividade e emprego bem como uma rela o entre a escolaridade e a remunera o salarial sendo Portugal um dos pa ses em que o pr mio salarial em resultado do investimento em educa o e forma o maior em particular ao n vel do ensino secund rio onde o diferencial salarial o maior de toda a OCDE MTSS amp ME 2006 p 7 negrito e mai sculas no original Nos documentos de pol tica educativa destacam se nitidamente os ben
53. ensino recorrente Quando o desejo de ser se cruza com a raz o Lisboa DEFCUL Disserta o de mestrado documento policopiado Bassey M 1999 Case study research in educational settings Londres Open University Press Bergman M amp Coxon A P M 2005 The quality in qualitative methods Forum Qualitative Social Research 6 2 Recuperado em Janeiro 15 2008 de http www qualitative research net fqs Berntsen K Sampson J amp sterlie T 2004 Interpretive research methods in computer science Recuperado em Abril 25 2008 de http www idi ntnu no thomasos paper interpretive pdf Documento n o publicado Bogdan R amp Biklen S 1994 Investigac o qualitativa em educac o M J Alvarez S Bahia amp M Baptista Trads Porto Porto Editora Brown A amp Dowling P 1999 Doing research reading research A mode of interrogation for education Londres Falmer Press Can rio R 2000 Educac o de adultos Um campo e uma problem tica Lisboa Educa Can rio R 2005 Dezembro Multiplicar as oportunidades educativas Comunicac o oral na apresentag o da Iniciativa Novas Oportunidades Dezembro 14 2005 122 Lisboa Portugal Recuperado em Abril 1 2009 de http www debatereducacao pt relatorio files CpIV11 pdf Canario R 2006 Aprender sem ser ensinado Noesis 67 22 23 Capucha L 2008 Dezembro Iniciativa novas oportunidades Eixo adultos Objectivos 2010 Com
54. entre outros documentos Numa das tarefas na primeira sess o de grupo com a profissional de RVC foi proposto o desafio do grupo chegar a um consenso sobre um nome para o grupo Deveria ser um nome com que se identificassem e depois deviam elaborar um ensaio sobre o que os motivou a propor apoiar aquele nome Este grupo optou por lutadores sobre o que Maria escreveu Quando se fala em lutadores geralmente a primeira imagem que nos vem a mente de indiv duos atl ticos altamente treinados para os variados esfor os f sicos Mas se olharmos nossa volta em todos os momentos e nas mais variadas formas deparamos com os verdadeiros lutadores aqueles que dia a dia v o dando o melhor de si para ultrapassar os problemas da vida que v o surgindo S o os pais angustiados que tentam evitar que o flagelo da droga atinja os seus filhos os desempregados que v o inventando formas de sobreviv ncia os idosos e tantos outros incluindo este grupo de candidatos que independentemente das suas idades e formag o se inscreveu nas novas oportunidades para lutando preservar os seus postos de trabalho Maria PRA s p 85 Esta candidata manifesta preocupa es sociais neste texto mas que tamb m s o espelhadas no portef lio uma vez que na tarefa de LC O mundo a minha volta a candidata explora alguma destas quest es nomeadamente o papel dos sindicatos a reintegrac o de v timas de acidente o papel do Estado na promoc o da sa de do
55. es com cerca de 275 000 havendo uma ligeira diminui o em 2008 onde se registaram cerca de 250 000 inscri es Acompanhando este incremento de inscri es tamb m aumentou o n mero de adultos encaminhados para outras ofertas educativas formativas exteriores aos CNO Este aumento pode ser explicado pela nova estrutura o da oferta educativa e formativa que se ajustou s necessidades espec ficas do contexto da educa o de adultos em Portugal bem como pela real disponibilidade desta oferta Para a 2008c A Iniciativa Novas Oportunidades est a operar essa ruptura em termos de qualifica o trazendo para o sistema de ensino e forma o muitas centenas de milhares de pessoas que com a sua ades o medida mostram como ela para al m de oportuna concebida de forma a merecer o apoio alargado da popula o e de parceiros estrat gicos pp 1 2 mai sculas no original Apesar da iniciativa novas oportunidades ter surgido em finais de 2005 com uma nova estrutura o da oferta educativa e formativa para jovens e adultos os valores de inscritos em percursos de qualifica o mostravam se diminutos comparativamente aos esperados Assim surge em 2007 uma massiva campanha publicit ria com recurso a diferentes meios audiovisuais que procurou promover a ades o junto desta popula o a assumirem responsabilidade pela qualifica o escolar e profissional que apresentam bem como promover a valoriza
56. es complementares 1 2 3 Linguagem e Comunicag o Cidadania e Empregabilidade Matem tica para a Vida Tecnologias de Informag o e Comunicag o 7 Se frequentou formac es complementares considera que a sua durac o foi 1 2 3 Linguagem e Comunicag o Cidadania e Empregabilidade Matem tica para a Vida Tecnologias de Informag o e Comunicag o 8 Como avalia o Projecto Pessoal que realizou no mbito do Balanco de Compet ncias 1 2 3 9 Aprecie a sess o do J ri de Validag o 10 Aprecie as instala es onde decorreu o processo de RVCC 1 2 3 11 Aprecie o hor rio de funcionamento do Centro de RVCC 1 2 3 12 Aprecie a contribuig o do processo de RVCC para a sua formac o a n vel 12 1 pessoal 1 2 3 12 2 profissional Sugest es e ou cr ticas acerca do processo de RVCC em que participou Muito Obrigado a pela colaborag o 220 ANEXO 16 GRELHA AN LISE DO DOSSIER PESSOAL GADP
57. fisicamente dos problemas de sa de que apresentou desde a nascen a Este epis dio ilustra nos um exemplo de luta no percurso de vida da Elisabete que lhe permitiu desenvolver v rias compet ncias bem como apropriar conhecimentos nomeadamente sobre a presta o de cuidados de sa de 109 Ao longo do processo de RVCC esta candidata desenvolveu diversas tarefas sugeridas pelos formadores das reas de compet ncias chave Na tarefa de LC O mundo minha volta esta candidata posicionou se face reintegra o de v timas de acidentes apresentou a rela o que estabelece com diferentes rg os de soberania portugueses como a presid ncia da rep blica o governo entre outros Ainda nesta tarefa a Elisabete reconhece a import ncia da frequ ncia de ac es de forma o Apesar de nunca ter frequentado ao longo da vida qualquer forma o Elisabete HV s p apologista de que devemos frequentar v rios cursos ou ac es de forma o pois o nosso conhecimento n o finito e por isso devemos aprender sempre mais Elisabete PRA s p Esta candidata mostra nos um vido desejo em aprender ao longo da vida reconhecendo a import ncia da forma o cont nua no desenvolvimento pessoal e profissional dos cidad os Esta candidata reconhece a forma o dist ncia como uma alternativa para quem n o tem disponibilidade temporal para frequentar forma es pois facilita desta forma a aprendizagem com mai
58. forma o profissional de gest o directa ou participada t m ainda como atribui o proceder valida o final dos percursos de forma o modular dos adultos para efeitos de certifica o de um n vel de escolaridade e de qualifica o no quadro da regulamenta o aplic vel forma o modular MTSS amp ME 2008b p 2899 mai sculas no original Nos CNO ap s uma fase de apresenta o da iniciativa novas oportunidades ocorre a negocia o entre o candidato e o t cnico de diagn stico e encaminhamento 21 para a definig o de uma traject ria qualificante ajustada ao perfil e expectativas evidenciadas Um dos poss veis percursos o processo de RVCC atrav s do qual poss vel actualmente concluir uma certificac o escolar ao n vel do 4 6 9 e 12 ano de escolaridade por jovens e adultos com idade igual ou superior a 18 anos em torno de reas de compet ncias chave expressas nos referenciais de educa o e forma o de adultos EFA de n vel b sico e secund rio Apesar dos CNO poderem atender um p blico mais jovem a maior procura d se por uma populac o adulta geralmente acima dos 30 anos Entre 2006 e 2007 inscreveram se nos CNO para uma certificac o de nivel b sico 130 578 candidatos destes 64 apresentavam idade superior a 35 anos ANQ 2008a 2008b Os CNO enquanto mecanismos de acesso certificac o de compet ncias em articulag o com outras ofertas educativas formativas desenv
59. formadores formulavam alguma quest o direccionada para ela Investigador DB 19 03 2008 p 28 Ap s a entrevista e uma breve reuni o entre a profissional de RVC e os dois formadores das quatro reas de compet ncias chave a equipa decidiu que esta candidata deveria ser encaminhada para processo de RVCC de n vel B3 9 ano escolaridade Ap s este encaminhamento foi definido um Plano de interveng o individual inicial para a candidata onde a equipa destacou as necessidades formativas na rea das TIC nomeadamente o uso das aplica es processador de texto apresenta es folha de c lculo e a utiliza o de um browser Equipa t cnico pedag gica p 1 Tamb m para a rea de LC foi identificada necessidade formativa pois a candidata Poder necessitar de alguma forma o devido a ter dado alguns erros ortogr ficos no question rio Equipa t cnico pedag gica PII1 p 1 No dia 5 de Mar o de 2008 a candidata iniciou o processo de RVCC onde espera aprender mais e tentar atingir os meus objectivos para o longo da vida Elisabete TIP2 3 3 2 4 1 Representa o social A Elisabete mostrou se nas diversas sess es do processo de RVCC uma candidata introvertida com receio de expressar o que pensava mas atenta s orienta es dos t cnicos do CNO ao que se passava em redor Investigador DB 19 03 2008 p 28 Esta candidata mostrou se apreensiva quando recebeu a tarefa Pondo em comum p
60. ganhos um longo Aa ide Figura 14 Resposta da Elisabete a uma tarefa desenvolvida na rea de compet ncias chave de LC Observamos ainda que esta candidata n o partilha da terminologia habitual neste processo pois identifica todos os elementos da equipa t cnico pedag gica como formadores n o diferenciando o papel de profissional de RVC ainda que estes agentes do processo de RVCC assumam fung es diferenciadas Contudo e apesar das evidentes dificuldades que esta candidata manifesta na express o escrita observamos uma evolu o na compreens o do que um processo de RVCC e dos objectivos da iniciativa novas oportunidades bem como na pr pria express o escrita que mais correcta e organizada Solicit mos ap s a sess o de j ri de certifica o a colabora o da Elisabete para o preenchimento de uma ltima TIP onde atrav s do desenho e ou escrita a candidata pudesse expressar como vivenciou o processo de RVCC ver Figura 15 p 106 107 Ao compararmos a resposta produzida por esta candidata neste momento com a resposta que produziu numa fase inicial do processo de RVCC ver Figura 12 p 103 sentimos a aus ncia do desenho como principal forma de express o Esta aus ncia pode prender se com a evoluc o que a candidata assinala na lingua portuguesa Agora mais confiante nas capacidades de produ o escrita que desenvolveu Elisabete consegue expressar se com maior facilidade n o recorrendo ao desenho pa
61. habitual nos estudos de caso intr nsecos a escolha dos participantes revestiu se de intencionalidades dos investigadores Stake 1995 Apesar de n o procurarmos generalizac es tent mos representar variedade nos participantes tal como sugerido por Patton 1990 2002 Para Morse 1998 este crit rio para a selecg o de participantes um processo deliberado para a selec o de uma amostra heterog nea e observac o de evid ncias comuns nas suas experi ncias um m todo bastante til de selec o de uma amostra quando se exploram conceitos abstractos p 73 tal como o reconhecimento de compet ncias medida que a profissional de RVC realizava entrevistas a adultos interessados em realizar o processo de RVCC a equipa de formadores de n vel b sico onde tamb m se inclui o investigador reunia se com a respectiva profissional de RVC para que se discutisse e decidisse o encaminhamento dos adultos entrevistados Os adultos encaminhados para realizar o processo de RVCC constitu am um grupo Assim n o tinhamos op o de escolher de forma aut noma os sujeitos que constitu am os grupos pelo que se tornou necess rio optar entre os grupos que se iam constituindo por um para desenvolver esta investiga o Mediante os grupos que se iam formando opt mos por um em que a presen a de sujeitos do g nero masculino e feminino era equilibrada os participantes apresentavam diferentes n veis de escolaridade idades
62. informais tarefas de inspira o projectiva e recolha documental 2 3 1 OBSERVA O E atrav s do olhar e das lentes do investigador que o leitor se pode sentir como que colocado dentro dos acontecimentos independentemente do espa o tempo em que a investiga o decorreu Contudo por n o conseguirmos ser neutros face ao que observamos n o reagirmos Tuckman 2002 alerta nos que O aspecto mais cr tico da observa o olhar tentando apreender tanto quanto poss vel sem influenciar aquilo para que est a olhar Contudo deve estar prevenido de que o que se passa perante si como investigador representa pelo menos em parte uma performance que visa influenciar os seus ju zos de valor Quanto mais observa es fizer e quanto mais discreto permanecer menos vai influenciar provavelmente o que se est a passar junto de si p 521 aspas it lico no original Na presente investiga o a posi o de participante observador que Merriam 1988 define como sendo 41 As actividades de observag o do investigador que s o conhecidas do grupo e s o subordinadas ao papel do investigador como participante A negocia o aqui entre a densidade da informa o revelada ao investigador e o nivel de confidencialidade prometido ao grupo de forma a obter a informag o pp 92 93 E este papel de participante observador que o investigador assume que tem a vantagem de no
63. lculos 4 1 Que tipo de c lculos costuma efectuar calculadora pesagens medi es percentagens 4 2 Em que contextos 142 5 Tem computador no seu local de trabalho Em casa 5 1 Para que amp que utiliza computador 5 2 Com que frequ ncia 5 3 Que programas conhece utiliza ou ja utilizou 5 3 1 Com que finalidade 5 4 Utiliza o e mail 6 Tem telem vel 6 1 Que operag es costuma realizar telefonemas mensagens escritas agenda despertador calculadora 7 Utiliza as caixas de Multibanco 7 1 Que opera es costuma realizar nas caixas de Multibanco levantamentos pagamentos de servi os transfer ncias 8 Que outros equipamentos tecnol gicos utiliza no seu dia a dia electrodom sticos leitor de DVD agendas electr nicas GPS centrais telef nicas fax fotocopiadora 9 Participa ou j participou em alguma Associa o Clube Recreativo Colectividade religiosa recreativa cultural desportiva ou profissional Sindicato ou Manifesta o de Direitos Humanos 143 10 Quais as fung es que desempenhava 11 Tem cart o de eleitor 11 1 Costuma votar 12 Tem preocupag es ambientais ex separagao do lixo 13 Depois do processo de RVCC pretende retomar os seus estudos ou desenvolver algum projecto pessoal profissional de formag o Quais os motivos OBSERVA ES 144 ANEXO 2 PERFIL PC 145 1
64. meu objectivo que o 9 ano Maria TIP2 3 3 1 4 1 Representa o social A Maria foi de todo o grupo a candidata que manifestou mais preocupa es em ficar esclarecida sobre o que o processo de reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias Investigador DB 05 03 2008 p 21 Quando foi proposta a tarefa Pondo em comum a candidata n o respondeu pois necessitava de receber mais orienta es j que manifestava muitas d vidas sobre o que era o processo o que deveria fazer e como fazer Investigador DB 05 03 2008 p 20 Solicitou que lhe fosse dado mais tempo para conseguir responder tarefa No in cio de Maio a candidata entregou profissional de RVC esta tarefa que decidiu realizar informaticamente ver Figura 6 Para mim Reconhecimento e Valida o de Compet ncias A maneira de ver ou reconhecer a minha aprendizagem que adquiri at esta data Figura 6 Resposta dada pela Maria tarefa Pondo em comum Para esta candidata um processo de RVCC uma forma de reconhecer as aprendizagens apropriadas ao longo das experi ncias de vida poss vel observarmos na resposta dada pela Maria a subjectividade que atribui ao processo de RVCC quando o encara como uma maneira de ver as aprendizagens apropriadas Observamos tamb m que esta candidata assume o processo de RVCC como pessoal seu que possibilita o 79 reconhecimento de aprendizagens que realizou ilum
65. ncia Gostaria de tirar um curso de enfermagem embora saiba que dif cil pois requer in meros requisitos tais como o 12 ano de escolaridade e provas de ingresso na Universidade com exames nas disciplinas de Biologia Geologia F sica Qu mica ou Psicologia mas penso que com muito esfor o e bastante estudo conseguirei ultrapassar as minhas dificuldades e alcan ar o meu objectivo Durante este processo no RVCC tive algumas dificuldades ao n vel da inform tica que pretendo colmatar ao inscrever me num curso de inform tica o mais depressa poss vel num centro de forma o especializada junto da minha rea de resid ncia ou no Centro de Emprego e Forma o Profissional de modo a aprender a trabalhar eficazmente e sem problemas com o processador de texto WORD a folha de c lculo EXCEL e a explorar com maior facilidade o mundo da INTERNET uma vez que s o os programas mais utilizados Elisabete PII3 Esta candidata pretende ap s a realiza o do processo de RVCC de n vel b sico 9 ano de escolaridade inscrever se para a realiza o de um processo de RVCC de n vel secund rio apesar da equipa t cnico pedag gica ter sugerido que deveria apostar noutro percurso para concluir o ensino secund rio Investigador DB 04 07 2008 p 112 44 A candidata quando passou pela etapa do diagn stico encaminhamento com a profissional de R VC foi encaminhada para realizar o processo de nivel b sico 9 an
66. no discurso pedag gico oficial In Actas do IV Col gio Luso Brasileiro sobre Quest es Curriculares Santa Catarina Universidade Federal de Santa Catarina Lengrand P 1970 An introduction to lifelong learning Paris UNESCO Lessard H bert M Goyette G amp Boutin G 1990 Investiga o qualitativa Fundamentos e pr ticas M J Reis Trad Lisboa Instituto Piaget Li tard B 1999 La reconnaissance des acquis un nouvel espace de formation In P Carr amp P Caspar Eds Trait des sciences et des techniques de la formation Paris Dunod Lima L 1988 A reorganiza o e a administra o da educa o de adultos nos trabalhos da reforma educativa Revista Portuguesa de Educa o 1 3 69 86 Lima L 2004 Adult education as social policy Reforming and post reforming strategies in Portugal In L Lima amp P Guimar es Eds Perspectives on adult education pp 17 38 Braga Universidade do Minho Lima L 2005 A educa o de adultos em Portugal 1974 2004 In R Can rio amp B Cabrito Eds Educa o e forma o de adultos Muta es e converg ncias pp 25 53 Lisboa Educa Lincoln Y amp Guba E 1991 Naturalistic inquiry New York Sage Livingstone D Mirchandani K amp Sawchuk P Eds 2008 The future of lifelong learning and work Critical perspectives Rotterdam Sense Publishers Matos J F amp Carreira S 1994 Estudos de caso em educa o m
67. o para a sa de educa o sexual educa o do consumidor educa o familiar educa o para as tecnologias da informa o educa o para a iniciativa empreendorismo Nogueira 2007 p 91 iluminando as exig ncias que se imp em actualmente a um cidad o numa sociedade dita p s moderna 1 2 APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA Nos documentos oficiais de pol tica educativa assiste se a uma nova perspectiva sobre a educa o de adultos que assume cada vez mais relev ncia impar Referimo nos ao por vezes intitulado de novo paradigma educacional Quintas 2008 aprendizagem ao longo da vida ALV Apesar da ALV ser referida actualmente com bastante frequ ncia nos documentos de pol tica educativa a g nese da ALV n o recente Antikainen 1998b 2001 Field 2004 Gon alves 2007 Pires 2005 A ALV significa que se uma pessoa tem o desejo de aprender ela ter condi es de faz lo independentemente de onde e quando isso ocorre Para tanto necess ria a conflu ncia de tr s factores que a pessoa tenha a predisposi o de aprendizagem que existam ambientes de aprendizagens adequadamente organizados e que haja pessoas que possam auxiliar o aprendiz no processo de aprender agentes de aprendizagem para al m de que esta aprendizagem deve ir ao encontro das necessidades do mercado de trabalho se quiser fazer face ao desemprego Sitoe 2006 pp 287 288 A ALV um conceito mais frequente no
68. o processo de RVCC considera que liberta nos os pensamentos da rotina acabando por criar assim uma diversidade de pensamentos receptivel a aprendizagem Por exemplo recentemente descobri o meu interesse pela leitura Julgo que isso tenha muito relacionado com este processo Tiago TIP3 O Jotaele e a Mafalda encararam o processo de RVCC como uma oportunidade de valorizac o pessoal mas principalmente profissional Por exemplo a Mafalda pretende candidatar se posic o de auxiliar de acg o educativa na func o p blica mas para ser opositora ao concurso necessita do 9 ano de escolaridade O Jotaele encara o processo de RVCC como um processo de transi o para o ensino formal pois ambiciona prosseguir os estudos Jotaele TIP2 Todos estes candidatos aquando da sess o de j ri de certificac o preencheram um question rio de avalia o do processo Este question rio era composto por quest es de resposta fechada com uma escala de Likert de um a quatro sendo quatro a pontua o mais elevada e uma quest o de resposta aberta qual nenhum dos adultos deu resposta A moda de pontua o atribu da s tarefas desenvolvidas ao longo do processo de RVCC foi de tr s A moda de pontua o foi id ntica quando questionados sobre a dura o do processo bem como sobre os impactes do processo de RVCC na vida profissional Em todas as outras quest es do question rio os adultos atribu ram a pontua o m xim
69. o profissional ME amp MSST 2004 57 informais ao longo da vida Neste processo os candidatos desenvolvem com a equipa t cnico pedag gica do CNO um portef lio reflexivo de aprendizagens PRA tamb m denominado apenas de portef lio orientado por um dos referenciais de educac o e forma o de adultos Est previsto no processo de RVCC um momento de forma o complementar com a durac o m xima de 50 horas por candidato para todas as reas de compet ncias chave com o objectivo de facilitar o desenvolvimento de compet ncias necess rias para a conclus o do processo de RVCC Neste CNO as profissionais de RVC e os formadores das reas de compet ncias chave adoptaram a organizag o que j vinha da anterior equipa do CNO n o havendo propriamente uma reuni o conjunta desta nova equipa para estruturar todo o processo Penso que todos os t cnicos como t m experi ncias de outros centros est o a agarrar se demasiado a essas experi ncias n o permitindo criar um novo processo 0 processo criado por esta equipa Investigador DB 19 02 2008 p 8 Foi elaborada uma planificag o das sess es com periodicidade semanal tendo cada uma a dura o de tr s horas Destacamos cinco momentos i apresenta es sobre o processo de RVCC e as reas de compet ncias chave ii sess es de balan o de compet ncias com a profissional de RVC iii sess es com os formadores das reas de compet ncias chave iv
70. porque n o foi poss vel concluir um percurso acad mico que possibilitasse exercer as profiss es com que sonhava Aos 15 anos de idade come ou a trabalhar em per odo de f rias escolares numa f brica de cal ado j que o volume de trabalho que a m e apresentava na altura n o justificava uma colabora o entre elas Elisabete HV s p Nesta f brica assumia as fun es de colagem de palmilhas e coloca o de atacadores Aos 16 anos ap s a desist ncia do ensino formal come ou a trabalhar numa outra f brica de cal ado onde desenvolveu novas capacidades e compet ncias como coser m quina e a constru o de pompons Elisabete HV s p Recorda no portef lio que nesta f brica os colegas de trabalho desempenharam um papel de media o entre ela pr pria e a apropria o de novas aprendizagens pois teve o apoio dos colegas de trabalho que eram mais velhos do que eu e apenas me ensinaram como lidar com as m quinas que tinha de usar Elisabete HV s p Este um processo frequente e relevante para as aprendizagens apropriadas pelos adultos Perret Clermont amp Perret 2006 Em 1989 j com 18 anos come ou a desempenhar as fun es de ajudante de cabeleireira As experi ncias de Elisabete tinham sido at este momento ligadas rea do vestu rio cal ado pelo que No primeiro dia de trabalho estava nervosa nunca tinha estado ligada beleza para mim era tudo novidade mas rapidamente ap
71. sem o apoio do meu marido que ainda n o tinha vindo para Portugal Maria HV p 3 Com a chegada do marido a Portugal algumas das dificuldades que sentira dissiparam se Conseguiram empr stimo banc rio e adquiriram habita o pr pria estabelecendo se em Lisboa Actualmente esta candidata caracteriza se como uma pessoa bastante exigente consigo pr pria e com os outros amiga refilona e impulsiva Maria Q1 p 5 Apesar do olhar triste e cansado que muitas vezes carregava Investigador DB 02 04 2008 p 31 reconheceu que se encontrava motivada para realizar e concluir o processo de RVCC e que essa motiva o poderia ser encarada como uma caracter stica a favor do desenvolvimento do processo de reconhecimento de compet ncias Maria Q1 p 6 Sobre o percurso de vida lamenta n o Ter estudado um pouco mais n o ter feito ballet patinagem no gelo e tocar o violino Maria TIP1 e considera se actualmente uma mulher feliz pelo filho que educou que casado com uma italiana o que me leva a visitar com alguma frequ ncia aquele pa s mais propriamente as cidades de Roma Mil o Siena e Pisa Maria HV p 4 promovendo assim o contacto com um pa s com h bitos culturais diferentes dos que conhecia 76 3 3 1 2 Percurso acad mico O percurso escolar da Maria passa por Angola Frequentou os dois primeiros anos da instrug o prim ria em Nova Lisboa hoje designada por Huambo E a 33 e
72. sess o de j ri consequ ncia de um acontecimento na pr pria sess o de j ri Investigador DB 30 07 2008 p 46 Enquanto decorre a delibera o do j ri de certifica o os candidatos preenchem um question rio Q2 ver Anexo 15 an nimo composto por quest es fechadas e uma aberta para avaliarem as actividades desenvolvidas no CNO No final do preenchimento dos question rios e da delibera o o presidente do j ri de certifica o comunica aos candidatos a certifica o ou n o certifica o neste momento que os candidatos recebem o diploma ou equivalente em substitui o de 4 6 9 ou 12 ano de escolaridade Como este CNO n o entidade certificadora tem uma parceria com um outro CNO que tem a responsabilidade de homologar os diplomas dos adultos certificados por este CNO todos os adultos certificados recebem um certificado de conclus o do processo de RVCC enquanto aguardam a emiss o do diploma essencial que ap s o j ri de certifica o seja entregue aos candidatos o portef lio que desenvolveram e desej vel que seja entregue uma declara o sobre a conclus o do processo de RVCC Quando Os candidatos l em a declara o que atesta que conclu ram o processo de RVCC e para todos os efeitos legais encontram se certificados academicamente com o 9 ano ou outro ciclo mostram se orgulhosos e esbo am um rosto de miss o cumprida consegui finalmente Investigadoor DB 30 07 2008 p 4
73. tipo de dados Nas conversas informais a voz dos participantes est carregada de espontaneidade O investigador em interac o com os participantes e atrav s de conversas informais pode aceder a temas pertinentes para o desenvolvimento da investiga o Na presente investiga o as conversas informais com os candidatos surgiram nos dias das sess es de reconhecimento de compet ncias ou nos intervalos destas de forma informal Com os elementos da equipa do CNO surgiram habitualmente quando trabalh vamos na mesma sala e por vezes quando est vamos em momentos informais nomeadamente pausas para caf e almo o 2 3 3 TAREFAS DE INSPIRA O PROJECTIVA As t cnicas projectivas t m origem na psicologia cl nica e pressup em que tal como Anzieu 1978 citado por Hamido 2005 afirma a imagem do n cleo secreto da personalidade se fixa sobre um revelador permitindo depois a sua leitura por meio da projec o ampliadora O que est escondido fica assim iluminado o latente se torna manifesto o interior trazido superf cie o que h em n s de est vel e tamb m emaranhado se desvenda pp 265 266 44 N o pretendendo construir um teste projectivo pois exigiria a estandardizag o do mesmo utiliz mos e constru mos tarefas de inspirag o projectiva TIP apelando a diferentes formas de express o dos candidatos que facilitassem a desoculta o e acesso a por exemplo tra os da personalidade v
74. trabalho emp rico tal como afirma Roth 2005 desej vel que a interpreta o acompanhe o trabalho emp rico e mostrando se cont nua acontecendo simultaneamente ao momento da recolha de dados pois podemos tomar decis es acerca das traject rias a tomar na investiga o tendo como bases pr entendimentos pre understandings Roth 2005 que constru mos ao longo da recolha de dados Reconhecemos neste estudo e nos que seguem uma abordagem interpretativa a influ ncia do s investigador es na re construg o dos acontecimentos no campo de estudo Para minimizarmos essa influ ncia sobre os dados recolhidos adoptamos procedimentos para que as interpreta es fossem as mais fi is poss veis ao que os 49 participantes partilharam Recorremos assim t cnica que Denzin 1970 denomina de triangulac o e demos os casos a ler aos participantes para confrontar as suas interpreta es com as que o investigador tinha escrito Triangulag o a procura de consist ncia de evid ncias nos instrumentos de recolha de dados Meijer Verloop amp Beijaard 2002 Mertens 1998 Onwuegbuzie Leech 2007 e surge como um recurso necess rio segundo Stake 1995 para bastantes investigadores que seguem uma abordagem interpretativa que acreditam que existem m ltiplas perspectivas ou pontos de vista do caso que necessitam de ser representados mas que n o existe forma de estabelecer de forma segura a vis o mais cor
75. um conjunto de processos de apropria o de conhecimentos bem como de mobiliza o desenvolvimento de compet ncias e capacidades cont nuo com diferentes graus de consciencializac o que o ser humano vai realizando ao longo da vida desde o nascimento at morte Aprender um processo que n o tem fim portanto inerente a estar vivo C sar 2001 A Comiss o das Comunidades Europeias 2000 considera a ALV como todo o processo de aquisi o de conhecimentos como um cont nuo ininterrupto do berco sepultura p 8 aspas no original ou seja como sendo toda a actividade da aprendizagem ao longo da vida com o objectivo de melhorar os conhecimentos as qualificagdes e as compet ncias numa perspectiva pessoal c vica social e ou relacionada com o emprego CCE 2001 p 42 A introdug o deste cont nuo na apropriac o de aprendizagens bem como a mobilizag o desenvolvimento de compet ncias n o novidade O destaque surge da descentraliza o do dominio da Escola como entidade por excel ncia que promove aprendizagens significativas bem como a mobilizag o desenvolvimento de competencias Can rio 2006 Dewey 1916 1997 Duarte 2004 Rold o 2003 Reconhece se finalmente a import ncia da interacg o do ser humano com o mundo como simbiose promotora de aprendizagens e de mobiliza o desenvolvimento de compet ncias tamb m elas significativas Estas novas lentes sobre a ALV imp em aos s
76. 0 53 Os CNO interv m desde 2007 com a publicag o da Carta de qualidade dos centros novas oportunidades Gomes amp Sim es 2007 em torno dos seguintes eixos 1 acolhimento 11 diagn stico 111 encaminhamento iv processo de RVCC v forma o complementar vi j ri de certifica o e vii plano de desenvolvimento pessoal 3 1 1 ACOLHIMENTO O acolhimento consiste no atendimento inicial proporcionado aos adultos que procuram os CNO do qual pode resultar a inscri o do adulto Neste atendimento podem ser prestados esclarecimentos sobre a iniciativa novas oportunidades bem como sobre as pr ticas e din micas desenvolvidas nos CNO onde destacamos o processo de RVCC bem como esclarecimentos sobre as diferentes ofertas educativas O acolhimento termina com a marcag o de um contacto entre o candidato e o t cnico de diagn stico e encaminhamento No CNO onde ocorreu esta investiga o a inscri o no CNO podia ser realizada de duas formas 1 presencial onde v rias colaboradoras da institui o respondiam s mais diversas quest es dos jovens e adultos que podiam depois formalizar uma inscri o mediante apresenta o do bilhete de identidade e n mero de contribuinte ou ii on line com a resposta a um question rio onde se solicitava dados de ndole pessoal Os adultos eram contactados posteriormente para formalizarem a inscri o Com este formul rio de pr inscri o o CNO mostra se aberto
77. 1 uma melhoria na qualidade das abordagens metodol gicas utilizadas pelos diversos sistemas de valida o ii promover os direitos individuais dos cidad os europeus que pretendam ver as compet ncias e capacidades que desenvolveram ao longo da vida reconhecidas facilitando acesso a essa valida o num esp rito de igualdade de oportunidades comunit rio bem como iii promover a comunica o entre os diferentes sistemas de valida o dentro de fronteiras e para al m destas Um outro desafio que se imp e Europa e atendendo livre circula o de cidad os europeus entre pa ses da Uni o Europeia passa por considerar grupos culturais espec ficos Por exemplo como operacionalizar o reconhecimento de compet ncias junto de cidad os de cultura cigana junto de imigrantes ou outros grupos espec ficos Ser que estes grupos revelam necessidades espec ficas dentro dos espa os e programas europeus Havendo necessidades espec ficas para o g nero masculino e feminino poder o reconhecimento de compet ncias responder a essas necessidades Considerando que os cidad os europeus s o um dos trunfos da Europa face a um mundo cada vez mais exigente ao n vel da actualiza o dos conhecimentos exig ncia de mobiliza o desenvolvimento de compet ncias e capacidades as pol ticas europeias assumem os cidad os europeus como pilar essencial O investimento no tecido humano deve enfatizar cada vez mais a emerg ncia e urg ncia d
78. 11 Resposta da Elisabete tarefa Pondo em comum 101 Figura 12 Resposta da Elisabete TIP Para mim o processo de reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias 103 Figura 13 Coment rio da Elisabete como resposta a uma tarefa desenvolvida na rea de competencias have de DC ssa 105 Figura 14 Resposta da Elisabete a uma tarefa desenvolvida na rea de compet ncias chave de Llana 106 Figura 15 Resposta da Elisabete TIP Para mim o processo de reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias foi 107 Figura 16 Portef lio da Elisabete 108 IX INTRODUCAO A educa o de adultos tem sido ao longo de varios anos ignorada na lista de prioridades nas politicas educativas de Portugal Courela 2007 Lima 2004 Melo 2004 Deve contudo ser uma aposta priorit ria e indissoci vel dos processos de desenvolvimento e de democratizac o Rothes 1997 Observam se pontualmente nos documentos de politica educativa iniciativas que pretendem dar resposta as necessidades educativas desta popula o contudo n o provocam uma forte ades o junto do p blico alvo Um exemplo o ensino recorrente vila 2005 A popula o adulta apresenta caracter sticas particulares que a distinguem de outros aprendent
79. 1970 An introduction to lifelong learning orientando assim o programa educativo da UNESCO para uma filosofia de ALV Finalmente a OCDE em 1973 define educa o cont nua como a estrat gia para promover oportunidades educativas ao longo da vida estabelecendo liga es entre a educa o formal inicial a forma o no trabalho e experi ncias em cen rios contextos informais Kallen amp Bengtsson 1973 Segundo Colardyn e Bjornavold 2004 a ALV surge no espa o europeu como uma pol tica mais do que meramente educativa que promove a competitividade econ mica a empregabilidade bem como a realiza o e o desenvolvimento pessoal Consagrada no Livro branco Ensinar e aprender rumo sociedade cognitiva UNESCO 1995 refor ada em 1996 o ano europeu da educa o e da forma o ao longo da vida o impacte medi tico ocorre com a publica o do Memorando sobre a aprendizagem ao longo da vida pela CCE 2000 A ALV est bem presente nas agendas pol ticas de diversos pa ses do mundo e de uma forma influente nos pa ses da Uni o Europeia com O objectivo fundamental de procurar uma solu o positiva para o desemprego na Europa e de uma situa o em que a actualiza o dos conhecimentos profissionais se torne um imperativo para todos os trabalhadores e n o apenas para alguns de n s Eliasson 1996 p 1 A no o de ALV est muitas vezes associada exclusivamente educa o incluindo as traject ria
80. 221 222 Grelha de An lise do Dossier Pessoal 1 Dados Pessoais Nome Naturalidade Profiss o Idade Escolaridade actual Nivel a que se candidata Profissional RVC Local de realizac o do processo RVCC Data de an lise do dossier 2 Percurso do Candidato no CNO Data de in cio do Processo de RVCC Sess es Frequentadas Tipo de Sess es N de Sess es Frequentadas Sess es de Balan o de Compet ncias Sess es de Reconhecimento de Compet ncias Forma o Complementar MV Forma o Complementar LC Forma o Complementar TIC Forma o Complementar CE Sess es de Prepara o para J ri Interrup es no Processo Data Causa das Interrup es 223 Participa o em Forma es Pr vias Data Forma es 3 Expectativas e Motiva es face ao Processo 4 An lise do Dossier Documentos Trabalhos Apresentac o do Candidato Plano de Intervenc o Individual Inicial Nome do Grupo Curr culo Hist ria de Vida Actividades de Reconhecimento de Compet ncias Plano de Intervenc o Individual Interm dio Actividades de Forma o Complementar Plano de Intervenc o Individual Final Projectos Futuros An lise Cr tica Certificados Arquivados no Dossier Certificado de Habilita es
81. 3 2008 p 24 Ap s a an lise destes instrumentos a profissional de RVC re ne se com o candidato para encontrar com este a traject ria de re qualificag o que mais se ajusta ao perfil evidenciado Para os adultos encaminhados para outra oferta educativa que n o o processo de RVCC o CNO assumia a responsabilidade de emiss o de um Plano pessoal de qualifica o PPQ onde se indica o percurso negociado com o adulto caso fossem encaminhados para desenvolver um processo de RVCC a profissional de R VC elaborava um Plano de interven o individual inicial PIIL onde constavam alguns dados de identifica o do candidato o n vel de certifica o a que se estava a candidatar bem como poss veis necessidades de forma o nas diferentes reas de compet ncias chave 3 1 4 PROCESSO DE RVCC O processo de RVCC baseia se em pressupostos metodol gicos espec ficos como o balan o de compet ncias o recurso hist ria de vida a abordagem auto biogr fica entre outros que facilitam a evidencia o de compet ncias desenvolvidas pelo candidato em diferentes cen rios contextos formais n o formais e 2 Os CEF s o direccionados para jovens com idade igual ou superior a 15 anos em risco de abandono escolar ou que j tenham abandonado o sistema educativo sem completar o 12 ano de escolaridade S o tamb m p blico alvo dos CEF todos os que j tendo conclu do o 12 ano de escolaridade desejem concluir uma qualifica
82. 46 PERFIL DO CANDIDATO N DE INSCRIG O DATA DA ENTREVISTA PROFISSIONAL RVC 1 IDENTIFICA O IN Esse mm S moemoe zr r Tarefas Profissionais Percepc o do Adulto pela Profissional Como o Adulto se descreve Caracter sticas identificadas como favor veis para o Processo RVCC Caracter sticas identificadas como desfavor veis para o Processo RVCC 3 INTERESSES E POTENCIAL DA Valorizac o Profissional Subida de Carreira Categoria Motivac o Mudanca de rea Profissional Prosseguimento de Estudos Acesso a Cursos Acc es de Formac o AAA Hist ria de Vida gt Hist ria de Vida rases Hist ria de Vida Social Epis dios es TEL PR Ts 145 4 COMPETENCIAS EVIDENCIADAS NAS QUATRO REAS DE COMPETENCIA CHAVE LINGUAGEM E POTENCIALIDADES DIFICULDADES COMUNICAC O Linguagem N o Verbal CIDADANIA E POTENCIALIDADES DIFICULDADES EMPREGABILIDADE A Compet ncias para trabalhar em Grupo Participa o em Associac es Clubes Recreativos Colectividades Sindicatos ou Manifestac es de Direitos Humanos Formac o ao longo da Vida Preocupac es com o Ambiente Outros 149 A E We en L o sana L E L T Word Excel Powerpoint Internet E mail Tem acesso a um PC Onde Outros 5 PLANO DE INTERVEN O INDIVIDUAL I o Tecnologias de Cidadania e Linguagem e Matem tica _ u
83. 7 mai sculas e it lico no original At ao momento em que colabor mos com este CNO n o estava previsto qualquer acompanhamento aos adultos ap s a certifica o Investigador DB 30 07 2008 p 48 ou seja n o existe nenhum momento de acompanhamento p s processo de RVCC para auscultar junto dos adultos certificados os impactes deste processo na vida pessoal profissional e social procedimento que assumimos ser uma 70 lacuna no servi o prestado por este CNO Esta falta de acompanhamento pode dever se em parte aos escassos recursos humanos afectos ao CNO e ao volume de candidatos que aguardavam uma resposta do CNO para iniciarem traject rias de re qualificag o 3 2 UM GRUPO DE LUTADORES Este foi o primeiro grupo com que este CNO trabalhou desde a reabertura de actividade em Fevereiro de 2008 Este grupo de 10 candidatos propuseram se atrav s do processo de RVCC certificar compet ncias desenvolvidas ao longo da vida Na primeira sess o de reconhecimento com a profissional de RVC foi sugerido aos candidatos que escolhessem um nome para o grupo que fosse do agrado de todos Ap s algumas op es e discuss es optaram por se chamar Os lutadores pois est o a lutar por um sonho por um objectivo ver as compet ncias reconhecidas e certificadas academicamente Investigador DB 05 03 2008 p 22 Sobre o nome que atribu ram ao grupo a que pertenciam Mafalda uma adulta deste grupo que foi certificada escreveu
84. E GERAL FIRES a era a ic 1 Abstraet nun il ATAC CIMENTO ol Hi ndice geral a R ndice de quadros e figuras A id ix A ee ua 1 Capitulo n as us puasa usu basear a a dari usaq 5 Ouadro de refer ncia Eon 5 1 1 Nova oportunidade para a educa o de adultos 5 1 2 Aprendizagem ao longo da vida 8 1 2 1 Aprendizagens formais n o formais e informalis 12 1 3 Iniciativa novas oportunidades ia isa 14 1 3 1 Centros novas oportunidades 19 1 4 Processo de reconhecimento validag o e certificac o de compet ncias 22 1 4 1 O referencial de educag o e formac o de adultos de nivel b sico 26 1 4 2 Desafios europeus na certifica o de compet ncias 28 Capitulo 2 bacana na Ra agua 31 Problematiza o e metodologia ua ii seed aan 31 la AAA make 31 2 2 Op es metodol giIcas n 33 2 2 1 Abordagem Interpretativa ea pone oa 33 2 2 2 Est do SS CASO a u T cece 35 2 2 3 Participante Sinoda AA N 37 2 2 3 1 Caracteriza o do centro novas oportunidades 38 2 2 3 2 Caracteriza o dos participantes
85. Gostaria de trabalhar em contabilidade na empresa do marido Profissional de RVC PC p 2 e 3 prosseguimento de estudos na medida em que esta candidata Gostaria de frequentar um curso de contabilidade Profissional de RVC PC p 2 Apesar das dificuldades que esta candidata apresenta na l ngua portuguesa Investigador DB 05 03 2008 p 22 a profissional de RVC n o assinalou no perfil da Elisabete nenhum aspecto que pudesse dificultar o desenvolvimento do processo de RVCC Profissional de RVC PC p 3 iluminando desta forma um diagn stico que n o focou algumas caracter sticas da candidata Contudo assinala como potencialidades na rea de compet ncias chave de LC a oralidade os h bitos de leitura bem como a capacidade de escrever alguns recados Profissional de RVC PC p 3 Ainda no perfil de Elisabete a profissional de RVC assinalou que um dos constrangimentos ao longo do desenvolvimento do processo de RVCC poderia ser a aus ncia de frequ ncia de forma es por parte da candidata bem como nunca ter trabalhado em grupo apesar desta candidata j ter trabalhado em grupo ao longo da vida profissional A Elisabete no question rio que preencheu identifica que as compet ncias de oralidade podem prejudic la no processo e que tem sempre medo de errar Elisabete Q1 p 6 pelo que a candidata assumiu em todas as sess es uma postura t mida mantendo se 100 silenciosa s falando quando os
86. ISSIJOJA sleossed SPAI EINIU OUIO L sepeJodsoul no seAou saoden is e au ojdepy no odni6 un ep oedsewiue oe33311p eu od s ed no 9 ou piooS sepepinnoe sojosloJd sn ui SOP SOISI s o5ipuo5 se 5 99 SO oljeay 58978 se s enb anb puj s A 1B 5 5 ajusiquie op oyjegeN Op soueuny 50 911 sop esajap TSI ejeg 9WON emo owo 8 453 S9J9A9P 5 911 SNOW SOP 291992 OW JEULIOJUI O1NIOd e opezijesipuis nos 1 50 911 snaw sop osn ou s o i n nsu 58558 e 0 110991 a 8 O el enb w seodenys se anbijinadsy 919 seSueuy ednsnf apnes oBaldua ap 5 18905 e3uelnBas au ap oyua sienb se woo sao31n313sul siedi9ulid se odayuoy 56189 sessap ojuauiduno eJed euo jed apepijua e ouoly se anbiuoadsy oul eqeJ ou esuembas a u lBiu ap seba se oiduno TAREFA DA REA COMPETENCIAS CHAVE DE LC LC1 183 184 Linguagem e Comunicag o Leia atentamente texto que segue A Maria de Lurdes tem 52 anos e vive com os seus tr s filhos Deixou a escola quando n o conseguiu passar no exame da 4 classe e comegou a trabalhar aos 13 anos como empregada dom stica H mais de 15 anos que auxiliar numa instituig o p blica
87. M amp Minist rio da Seguran a Social e do Trabalho MSST 2002 Despacho n 13563 2002 de 15 de Junho Di rio da Rep blica II S rie N 136 Lisboa INCM ME amp MSST 2004 Despacho conjunto n 453 2004 de 27 de Julho Di rio da Rep blica II S rie N 175 Lisboa INCM ME amp Minist rio do Trabalho e da Solidariedade MTS 2001 Portaria n 1082 A 2001 de 5 de Setembro Di rio da Rep blica S rie I B N 206 Lisboa INCM Minist rio das Finan as e da Administra o P blica MFAP MTSS amp ME 2007 Portaria n 959 2007 de 21 de Agosto Di rio da Rep blica I S rie N 160 Lisboa INCM MTSS 2007 Decreto Lei n 396 2007 de 31 de Dezembro Di rio da Rep blica 1 S rie N 251 Lisboa INCM MTSS amp ME Eds 2006 Novas oportunidades Aprender compensa Lisboa Minist rio da Educa o MTSS amp 2007 Portearia n 86 2007 de 12 de Janeiro Di rio da Rep blica 1 S rie N 9 Lisboa INCM MTSS amp ME Eds 20084 Iniciativa novas oportunidades Dois anos em balan o Lisboa MTSS amp ME 128 MTSS amp 20080 Portaria n 370 2008 de 21 de Maio Di rio da Rep blica I Serie N 98 Lisboa INCM MTSS amp ME 2008c Portaria n 230 2008 de 7 de Marco Di rio da Rep blica I Serie N 48 Lisboa INCM MTSS amp ME 2009 Aviso n 10265 2009 de 29 de Maio Di rio da Rep blica II Serie N 104 Lisboa
88. N LISE DE DADOS Retratamos a an lise qualitativa de dados de pessoal e por vezes com processos pouco expl citos onde as evid ncias emergem gradualmente atrav s das interpreta es que o investigador constr i sobre as evid ncias emp ricas De acordo com Patton 1990 2002 os dados que recolhemos no campo de investiga o captam e comunicam a experi ncia do mundo de outra pessoa pelas nossas pr prias palavras p 47 Como esta comunica o concretizada pela escrita do investigador inevit vel contamin la com o olhar subjectivo deste que descreve as experi ncias de outrem e tenta descortin las bem como compreend las para compreender os comos e os porqu s que motivaram o que fora observado Segundo Bergman e Coxon 2005 os investigadores habitualmente lidam com a subjectividade no trabalho emp rico de uma de tr s formas 1 aceitam na como algo inevit vel ii consideram na uma falha que pode ser parcialmente eliminada pela escolha de uma modalidade e procedimento de investiga o cuidado ou iii aceitam este fen meno como uma parte natural da investiga o Nesta investiga o adopt mos o posicionamento de aceitar a subjectividade como um fen meno inerente ao processo de investiga o tal como assumem tamb m Hamido e C sar 2009 A interpreta o dos dados que se v o recolhendo ao longo das interac es com os participantes e o cen rio desej vel que acompanhe a evolu o do
89. NSPIRACAO PROJECTIVA A MINHA FOTOGRAFIA 163 164 A Minha Fotografia Quem sou eu Qual meu aspecto O que eu mais gosto de fisico fazer Quais s o os meus pontos fortes Quais s o os meus pontos fracos Que beneficios posso retirar dos meus O que posso fazer para os resolver pontos fortes O que eu gostaria de ter feito e n o tive Um desenho ou uma palavra que me oportunidade descreva Nome Data 165 166 ANEXO 6 TAREFA INSPIRACAO PROJECTIVA PONDO EM COMUM TIP2 167 168 Pondo em Comum Para mim Reconhecimento e Validac o de Compet ncias O que eu espero Estou aqui porque Tenho d vidas sobre Desejo Nome Data 169 170 ANEXO 7 TAREFA PROJECTO PESSOAL 171 172 Projecto Pessoal Fa a um pequeno trabalho sobre um tema que seja do seu agrado viagens tempos livres experi ncias profissionais voluntariado ambiente animais de estimag o emigrag o o qual ser apresentado na sess o de J ri de Validac o de Compet ncias v O trabalho dever ser apresentado em PowerPoint de uma forma sucinta v A apresenta o do tema n o dever exceder os 10 minutos v Na abordagem do tema de modo a que o mesmo fique mais enriquecido dever ter em conta as quatro reas de compet ncia chave do Referencial v A apresenta o dever estar estruturada da seguinte forma Capa com o t tulo do trabalho imagem il
90. Stake 1995 necess rio fornecer ao leitor momentos narrativos situados no espa o tempo bem como a descri o dos participantes ou comportamentos e ou caracter sticas que se destacam constru dos a partir da descri o dos v rios participantes Ao facultarmos ao leitor a descri o dos instrumentos bem como os procedimentos incluindo as triangula es possibilitamos ao leitor a constru o de interpreta es e sentidos evitando que a validade deste trabalho resulte somente do olhar e das lentes dos investigadores 2 2 3 PARTICIPANTES A escolha dos participantes foi intencional e estrat gica tal como sugerem Merriam 1988 e Patton 1990 2002 para um estudo de caso Foi realizada ap s decidirmos qual o problema que quer amos investigar e delinearmos as quest es de investiga o A escolha foi cuidadosa para que os participantes pudessem ao longo da investiga o fornecer informa es ricas para a compreens o da problem tica Por j colaborarmos com um CNO a tempo parcial e trabalharmos com v rios grupos de adultos que queriam ver reconhecidas atrav s de um diploma as compet ncias que haviam desenvolvido ao longo da vida opt mos por realizar a investiga o nesse CNO com os adultos pouco escolarizados que o procuraram Assim pod amos mergulhar no campo de investiga o mais regularmente interagindo com os 37 t cnicos do CNO bem como com os adultos que o frequentavam para que ganh ssemos
91. Surviving within complexity A meta systemic approach to research on social interactions in formal educational scenarios In K Kumpulainen C Hmelo Silver amp M C sar Eds Investigating classroom interactions Methodologies in action Rotterdam Sense Publishers Holford J Jarvis P Eds 2006 Is lifelong learning adult education International Journal of lifelong learning 25 6 545 546 Imagin rio L 2007 Novembro Re Valorizar a aprendizagem Pr ticas e respostas europeias valida o de aprendizagens n o formais e informais Comunica o oral apresentada na Confer ncia Valorizar a aprendizagem Pr ticas europeias de valida o de aprendizagens n o formais e informais Novembro 26 27 2007 Lisboa Portugal Instituto Nacional de Estat stica INE 2007 Inqu rito educa o e forma o de adultos Recuperado em Maio 27 2008 de http www ine pt INE 2008 Anu rio estat stico de Portugal 2007 Recuperado em Maio 21 2009 de http www ine pt Folha de c lculo de suporte publica o Kallen D amp Bengtsson J 1973 Recurrent education A strategy for lifelong learning Paris OCDE 126 La Belle 1982 Formal nonformal and informal education A holistic perspective on lifelong learning International Review at Education XXVIII 2 158 175 Laranjeira R amp Castro R 2008 Educa o e forma o de adultos em Portugal Concep es de literacia letramento
92. TSS amp ME 2006 p 15 O primeiro eixo est direccionado para a populac o jovem e o segundo eixo para a popula o adulta O primeiro eixo abrange uma popula o mais jovem e configura se como um recurso essencial para a preven o da sa da precoce de jovens do sistema educativo sem que tenham conclu do pelo menos o ensino secund rio Assim e para fomentar a ades o desta popula o a adoptar traject rias de qualifica o este eixo assenta num claro esfor o de dupla certifica o escolar e profissional definindo como patamar m nimo de certifica o escolar o 12 ano de escolaridade Para o MTSS e o ME 2006 algumas das metas deste eixo s o 1 abranger at 2010 mais de 650 000 jovens em cursos de dupla certifica o escolar e profissional ao n vel do 12 ano de escolaridade integrar em vias profissionalizantes com vista conclus o do 9 ano de escolaridade todos os jovens que revelem risco de abandono do sistema educativo sem a escolaridade m nima obrigat ria actualmente nove anos de escolariza o 111 alargar a oferta de cursos profissionais s escolas secund rias da rede p blica de estabelecimentos de ensino iv criar condi es de flexibilidade entre as ofertas do cat logo de qualifica es e sistemas de educa o e forma o permitindo que a traject ria de forma o de um jovem que se inicia num determinado curso possa ser conclu da noutro atrav s de processos de equival n
93. UNIVERSIDADE LISBOA FACULDADE DE CIENCIAS DEPARTAMENTO DE EDUCACAO A MINHA EXPERIENCIA CONTA UM ESTUDO DE CASO SOBRE O PROCESSO DE RVCC scar Ricardo Brito Fernandes MESTRADO EM EDUCACAO ESPECIALIZACAO FORMACAO E APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA 2009 UNIVERSIDADE LISBOA FACULDADE DE CIENCIAS DEPARTAMENTO DE EDUCACAO A MINHA EXPERIENCIA CONTA UM ESTUDO DE CASO SOBRE O PROCESSO DE RVCC scar Ricardo Brito Fernandes Dissertac o orientada pela Professora Doutora Margarida Cesar e co orientada pela Professora Doutora Conceic o Courela MESTRADO EM EDUCACAO ESPECIALIZA O FORMA O E APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA 2009 RESUMO A educag o de adultos em Portugal tem vindo a ser um dominio educativo sem interven es significativas e de sucesso de organismos governamentais evidenciado pelas elevadas taxas de analfabetismo e n mero de cidad os activos que n o concluiram o 12 ano de escolaridade Iniciativas como o ensino recorrente mostraram uma fraca ades o por parte dos adultos bem como taxas de conclus o muito aquem das expectativas Em 1999 surge o sistema nacional de reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias SNRVCC como resposta social s baixas qualifica es escolares e profissionais dos cidad os activos Actualmente assistimos a uma ades o mpar iniciativa novas oportunidades sendo os centros novas oportunidades CNO o dispositivo com mai
94. V de cada candidato seguindo as orienta es do modelo europeu A segunda tarefa consistia numa din mica em grupo Os candidatos organizavam se em pequenos grupos e concretizavam a tarefa Abrigo subterr neo ver Anexo 11 Depois de todos os grupos terem concretizado a tarefa a 61 formadora promovia uma discuss o em grande grupo estabelecendo pontes com alguns dos crit rios de evid ncia de compet ncias da rea de CE A terceira e ltima tarefa da rea de compet ncias chave de CE denomina se O mundo minha volta CE1 ver Anexo 12 Nesta tarefa os candidatos deveriam escolher alguns dos temas sugeridos pela formadora e com base em pesquisas realizadas em diferentes fontes deveriam elaborar um texto Ap s a distribuig o dos enunciados da tarefa A formadora comegou por ler o texto que fazia parte da tarefa enquanto os adultos acompanharam a leitura medida que a formadora ia lendo e explicando a tarefa come aram a surgir v rias quest es algumas das quais pertinentes Se n o formos sindicalizados Dizemos porque que n o somos ou ainda Isto um trabalho parte Investigador DB 14 05 2008 p 36 it lico para identificar a transcrig o integral das quest es Estas preocupa es manifestadas pelos candidatos iluminam as dificuldades que sentem ao longo do processo de RVCC que tem como principal fonte de informa o a interpreta o e a constru o de sentidos pelos candidatos das pr pri
95. a o projectiva Pondo em comum TIP2 167 ANEXO Tia ee e es o 171 Tarefa ra ein 171 ANEXO 175 Tarefa Que compet ncias das reas de compet ncias chave de LC CE 175 AMERO I nu a ie ea A A isa 183 Tarefa da rea de compet ncias chave de LC LC1 183 ADC ee S 191 Tarefa da rea de compet ncias chave de LC LC2 191 Anexo une erste 195 Tarefa Abrigo subterr neo en 195 A T A 199 Tarefa da rea de compet ncias chave de CE CFE1 199 A een en EE 203 Tarefa Que compet ncias das reas de compet ncias chave de MV TIC 203 Anexo nen 211 Proposta de estrutura para a organiza o do portef lio 211 a ea are 217 Question rio de avalia o das actividades do CNO Q2 217 vil viii Anexo MG sizes AA ae Neh ton AA A AAA 221 Grelha de an lise do dossier pessoal GADP 221 A AS 229 Plano de interven o individual final 3 229 INDICE QUADROS E FIGURAS Quadro 1 S ntese informativa sobre o grupo seleccionado
96. a quatro Vamo nos focar nos casos de duas adultas certificadas com o 9 ano de escolaridade atrav s do processo de RVCC a Maria e a Elisabete nomes fict cios Opt mos por apresentar e explorar estes dois casos por representarem duas viv ncias ricas e diversificadas no processo de RVCC A partir das representa es sociais destas candidatas sobre o processo de RVCC bem como do percurso que realizaram podemos compreender melhor as representa es sociais da popula o a quem os CNO servem bem como os impactes do processo de RVCC na esfera pessoal e profissional 74 3 3 ADULTAS CERTIFICADAS 3 3 1 MARIA 3 3 1 1 Percurso pessoal A Maria era uma candidata de 57 anos casada com um filho de 35 anos a residir fora de Portugal Esta candidata exercia as fun es de telefonista e tinha 6 ano de escolaridade conclu do Posiciona se no mundo como mais um ser humano que erra e que com estes erros vou aprendendo ao longo desta caminhada a tornar me um ser melhor Maria TIP1 Esta candidata nasceu em 1951 em Luanda Angola num agregado familiar composto pelos pais e tr s irm os O pai era ferrovi rio e a m e dom stica e apesar dos tempos mais dif ceis Maria HV p 2 teve experi ncias bastante felizes nos primeiros anos de inf ncia Por m com apenas cinco anos de idade faleceu o pal e um ano depois a m e Como a Maria disse foi ap s estas experi ncias dolorosas que tudo se desinteg
97. a Educac o e Formac o de Adultos 186 Terca feira 11 de Dezembro de 2007 O ponto sem retorno O projecto de Reconhecimento e Validac o de Compet ncias n o novo N o tem dois ou tr s anos Tem muito mais E ao longo dos ltimos tempos com a ajuda de uma imensa publicidade foi massificado Nada tenho contra a massificac o que o programa Novas Oportunidades trouxe a esta forma de ver reconhecidas aprendizagens adquiridas ao longo da vida Nada tenho contra e pelo contr rio sempre acreditei nesta forma de promover a qualificac o de quem por v rias raz es n o conseguiu concluir um ciclo de estudos No entanto e depois de 5 anos a acompanhar o projecto RVCC olho para tr s e fico com a ideia que estamos num ponto decisivo para este processo Ontem o Primeiro Ministro apresentou com a devida pompa medi tica os primeiros 65 certificados do 12 9 Ano Anunciou ainda o alargamento da rede de Centros Novas Oportunidades at ao n mero de 500 Sendo avaliador externo olho para tudo isto com a certeza que novamente a ideia que passa da comunicac o social para o grande p blico de um certo facilitismo De uma certa rapidez De uma certa forma errada A publicidade tem destas coisas Pode ser mais prejudicial que ben fica E verdade que atrav s dos media que a maioria das pessoas tem acesso a informac o Mas tamb m verdade que durante um discurso pol tico de qualquer dirigente n o se ouviu uma nica vez as pal
98. a Elisabete Ao longo do processo de RVCC existem momentos de tens o que exigem maior resist ncia e empenho dos candidatos A Elisabete no desenho parece assinalar estes momentos de tens o e de adversidades atrav s do mar agitado que banha a ilha bem como pelas nuvens que cobrem quase na totalidade a luz solar Contudo e apesar de todas as adversidades o sol brilha entre as nuvens mostrando que h esperan a de xito Esta candidata parece estar decidida ao longo do processo de RVCC em mostrar quem do que capaz superando as adversidades com que se possa deparar 104 Posteriormente na sess o de LC a Elisabete respondeu a uma tarefa onde era solicitado que comentasse uma afirmag o referente a ambic o do n mero de candidatos certificados pela iniciativa novas oportunidades assumido publicamente pelo governo portugu s ver Figura 13 5 Comente a seguinte afirmag o Corremos risco de ter um milh o de portugueses certificados sem qualificac o nenhuma Concorda ou n o Porqu a had Concordo Porque s estama a dar as nossos compet ncias au onso da vida Soda Aprendiza gem que lt vida nos Ensinou e nos foi dada q Conhecer Blesta firma mostrar apr en ali zagems adquiridas q reconhecidas Mam processo de quem n v Conlulo os Sous estudos eee ae Figura 13 Coment rio da Elisabete como resposta a uma tarefa desenvolvida na rea de compet ncias chave de LC A
99. a a apropria o de novos conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e compet ncias quando afirma que sempre bom ter mais conhecimentos Elisabete TIP2 Na resposta que produziu a Elisabete destaca a import ncia da MV uma das reas de compet ncias chave destacando que a matem tica deve ser tam inportante como saber ler e escrever Elisabete TIP2 grafia original Observamos que inicialmente a candidata tinha terminado esta resposta manifestando o vido desejo de querer saber tudo mostrando disponibilidade para investir no processo de RVCC onde possivelmente espera conhecer e aprender novos assuntos Ainda na tarefa Pondo em comum a Elisabete assinala a presen a neste processo de certifica o porque Quero mostrar a mim mesma que sou capaz de atingir os meus valores que est o escondidos dentro de mim e que ainda n o os descobri Elisabete TIP2 iluminando neste processo de certifica o uma componente de auto descoberta das capacidades e compet ncias que desenvolvemos ao longo da vida mas das quais n o temos consci ncia Salientamos que nesta resposta podem ser observadas algumas correc es ao n vel da l ngua portuguesa realizadas pela formadora de LC na tentativa de que as frases escritas pela candidata sejam correctas evidenciando tamb m as dificuldades que a Elisabete apresenta ao n vel da l ngua materna Na primeira sess o de MV o formador apelou colabora o
100. a competitividade econ mica das sociedades bem como para a empregabilidade sustent vel a realiza o e o desenvolvimento pessoal profissional social cultural e comunit rio Can rio 2000 2005 Carneiro 2001 Colardyn amp Bjornavold 2004 Fernand z 2005 Partindo do pressuposto de que realizamos aprendizagens significativas Antikainen 1998a 1998b ao longo da vida em diferentes cen rios contextos com diferentes graus de conscientializa o Fernandes amp C sar 2008 imp e se o reconhecimento de aprendizagens e compet ncias desenvolvidas em cen rios contextos n o formais Para Can rio 2006 O reconhecimento da import ncia das aprendizagens por caminhos n o formais fez emergir a pr tica sistem tica de processos de reconhecimento valida o e certifica o de adquiridos experienciais que constituem hoje o elemento estruturador do programa Novas Oportunidades apresentado como estrat gico para a qualifica o da popula o portuguesa p 23 mai sculas no original 31 A problem tica da educac o de adultos tem sido historicamente alvo de esquecimento Badalo 2006 Can rio 2000 2005 Courela 2007 Lima 1988 Por m actualmente a educa o de adultos assume relevo nas pol ticas educativas bem como econ micas em Portugal Can rio 2000 2005 afastando se dos fracos investimentos ao longo da hist ria Lima 1988 E necess rio capacitar a educac o de adultos de melhores e maiores investi
101. a dia No Quadro 2 p 87 pode observar se um dos trabalhos desenvolvidos por Maria na rea de compet ncias chave de MV onde not rio um esfor o do formador de MV bem como da candidata para contextualizarem o trabalho em rela o vida pessoal profissional da candidata Investigador DB 23 07 2008 p 44 Este esfor o ganha relevo no par grafo em que a candidata escreveu que A escolha deste t pico prende se com o facto de ele estar sustentado na minha pr tica laboral di ria e consequentemente reflectir credibilidade de dados e proximidade afectiva pois trata se da minha profiss o Maria PRA s p Neste trabalho a candidata explora conceitos estat sticos como as medidas de tend ncia central utilizando esses recursos para analisar e avaliar a pr tica profissional Podemos observar que a Maria realizou pesquisas sobre as defini es de popula o e 86 amostra mobilizando compet ncias no dominio das TIC para elaborar este trabalho evidenciadas por exemplo pelo gr fico que elaborou Quadro 2 Trabalho desenvolvido pela Maria na rea de compet ncias chave de MV TRABALHO DE TELEFONISTA DIAS TEIS CHAMADAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Efectuadas 48 55 61 51 55 46 50 44 40 67 46 66 59 59 63 Recebidas 85 93 105 87 110 90 98 105 85 115 98 82 84 90 113 140 120 100 80 m Efectuadas 60 m Recebidas 40 20 4 O y 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
102. a procura de solu es para quest es da economia bem como problemas sociais ao n vel do emprego exclus o social probreza e alfabetiza o Essas solu es residem em todos n s 29 30 CAPITULO 2 PROBLEMATIZACAO E METODOLOGIA 2 1 PROBLEMETIZACAO Ao longo da nossa vida desenvolvemo nos atrav s das interac es que estabelecemos de forma situada em diversos cen rios contextos como por exemplo o social o profissional o acad mico o familiar o cultural ou o associativo Um dos espacos socialmente reconhecido como facilitador de desenvolvimento de capacidades e compet ncias bem como de apropria o de aprendizagens a Escola Duarte 2004 Rold o 2003 Contudo a Escola amp apenas um meio entre outros que facilita a mobilizag o desenvolvimento de compet ncias e capacidades Can rio 2006 Ao longo da vida desenvolvemos capacidades e compet ncias em cen rios contextos formais n o formais e informais Esta din mica entre o ser humano e os diferentes cen rios contextos conduz nos ao denominado de novo paradigma educacional Quintas 2008 a aprendizagem ao longo da vida ALV Mobilizar capacidades e compet ncias neste espa o tempo da sociedade portuguesa contempor nea em que parece j n o existir o emprego para a vida existindo rotatividade nos empregos e nas traject rias profissionais Esteves 2004 Fernandes in press Lima 2005 a ALV assume se como uma mais valia para a valoriza o d
103. a saber Miss o Princ pios orientadores Requisitos de estrutura o do trabalho Etapas Dimens es de interven o Gomes amp Sim es 2007 p 9 mai sculas no original As actividades desenvolvidas com o p blico que procura os CNO s o operacionalizadas por uma equipa t cnico pedag gica constitu da por um director um coordenador t cnicos de diagn stico e encaminhamento profissionais de RVC que apoiam os candidatos a desenvolver o processo de RVCC formadores professores profissionalizados para a doc ncia das reas de compet ncias chave que constituem o processo de RVCC bem como t cnicos administrativos A equipa de um CNO com pr ticas diversificadas articuladas e integradas tem como atribui es a O encaminhamento para ofertas de educa o e forma o que melhor se adequem ao perfil e s necessidades motiva es e expectativas de cada adulto b O reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias adquiridas ao longo da vida para efeitos de posicionamento em percursos de qualifica o c O reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias adquiridas ao longo da vida para efeitos de obten o de um n vel de escolaridade e de qualifica o 2 Os Centros Novas Oportunidades que sejam promovidos por estabelecimentos p blicos de ensino por estabelecimentos de ensino particular ou cooperativo com autonomia pedag gica incluindo as escolas profissionais e por centros de
104. a tarefa A segunda tarefa LC2 ver Anexo 10 consistia numa listagem de s mbolos que os candidatos deviam reconhecer evidenciando as circunst ncias em que estes s o utilizados Esta tarefa n o foi realizada na sess o com a formadora apenas foram dadas orienta es para que os candidatos pudessem dar resposta noutro cen rio Quando os candidatos concretizassem esta tarefa deveriam entreg la formadora de LC CE para que a pudesse corrigir Ap s a correc o da formadora os candidatos deveriam proceder s reformula es necess rias para incluir este trabalho no portef lio que t m vindo a desenvolver Estas correc es e sugest es de explora o n o eram sempre bem recebidas Ao entregar a uma candidata tarefas corrigidas pelos formadores a candidata respondeu prontamente que Com estes coment rios voc s d o me vontade de desistir Mandar tudo para tr s Foi o primeiro impacte com a exig ncia que pretendiamos os formadores incutir ao processo e a qualidade das tarefas desenvolvidas pelos candidatos Explic mos lhe o objectivo das correc es sugest es realizadas pelos formadores de forma algo brincalhona para que a candidata sorrisse Investigador DB 14 05 2008 p 35 aspas no original As sess es de reconhecimento na rea de compet ncias chave de CE tinham como base de trabalho entre a formadora e os candidatos tr s tarefas A primeira tarefa consistia na constru o do curriculum vitae C
105. abete neste texto mostra nos que um lutador n o tem que ser necessariamente aquele que luta contra um semelhante mas sim aquele que luta por uma causa Elisabete PRA s p tal como a qualifica o de cidad os pouco escolarizados atrav s da certifica o de compet ncias desenvolvidas ao longo da vida Esta candidata apesar de estar a realizar um processo de RVCC que individual e personalizado reconhece que os restantes candidatos partilharam a mesma luta mantendo um objectivo comum o reconhecimento e certifica o de compet ncias A Elisabete uma vez mais ilumina que no processo de RVCC os candidatos tentam mostrar as nossas compet ncias a n s pr prios e aos outros o que realmente valemos e do que somos capazes Elisabete PRA s p Esta vis o do processo de RVCC ilumina a componente de constru o social deste processo O processo de RVCC necessita do envolvimento de v rios agentes desde o candidato que quer ver reconhecidas as compet ncias que desenvolveu os elementos da equipa t cnico pedag gica que atrav s de diversas din micas acedem e desocultam compet ncias e capacidades desenvolvidas por estes candidatos bem como do avaliador externo que atesta a validade social das certifica es atribu das pelos CNO Tamb m nesta tarefa a Elisabete partilha uma luta pessoal que viveu lado a lado com o filho Durante longos meses esta candidata viveu em ansiedade e na esperan a que o filho recuperasse
106. ado segundo um Referencial de Compet ncias chave Gomes amp Sim es 2007 p 15 mai sculas no original As compet ncias n o s o apreendidas directamente pelo que se torna necess rio procurar as suas manifesta es em actos e comportamentos sendo assim avaliadas a partir do exterior tornando se objectos de formaliza o sob a forma de listas cartas portef lios ou referenciais Stroobants 1998 citado por vila 2005 p 116 atrav s dos materiais que o candidato produz e que coloca de modo contextualizado cr tico reflexivo e distanciado face ao vivido Cavaco 2007 no portef lio que os formadores validam as compet ncias e capacidades desenvolvidas pelo candidato ao longo da vida para num momento posterior serem certificadas O eixo valida o centra se na realiza o de uma sess o na qual o adulto e a equipa pedag gica analisam e avaliam o PRA face ao Referencial de Compet ncias Chave Referencial do RVCC Profissional identificando as compet ncias a validar e a evidenciar desenvolver 24 atrav s da continua o do processo de RVCC ou de forma o a realizar em entidade formadora certificada Gomes amp Sim es 2007 p 17 mai sculas no original Nesta fase do processo de RVCC ap s o balan o realizado entre a equipa do CNO o candidato pode acontecer que 1 o candidato seja convidado a continuar a desenvolver o portef lio indo ao encontro das exig ncias do re
107. ador encarado nesta investiga o como um instrumento de recolha de dados considerado por vezes 40 como principal instrumento de recolha e an lise de dados Merriam 1988 Sousa 2005 Stake 1994 1995 Yin 1984 2003 O investigador deve como afirma Eisenhart 1988 saber posicionar se na investigag o isto deve envolver se o suficiente no cen rio onde decorre a investigag o bem como com os participantes do estudo tornando se num insider mas deve tamb m saber distanciar se para que possa reflectir sobre os fen menos que observou torna se assim num outsider Com esta din mica em que o investigador alternadamente se posiciona como insider outsider pretende se desenvolver uma vis o hol stica da problem tica e construir sentidos sobre as quest es de investiga o facilitando tamb m a constru o de novas quest es Os dados podem surgir como refere Merriam 1988 como pequenos fragmentos de informa o que os classifica informalmente como 1 concretos e mensur veis como por exemplo o registo de presen as dos candidatos nas sess es de reconhecimento de compet ncias ou ii invis veis e dif ceis de se medir como os sentimentos neste seguimento que urge a necessidade de um leque diversificado de instrumentos de recolha de dados Nesta investiga o recorremos aos seguintes instrumentos de recolha de dados observa o registada em di rio de bordo do investigador conversas
108. al para a Qualifica o ANQ pelo Decreto Lei n 276 C de 31 de Julho de 2007 ME 2007 sob a tutela do Minist rio do Trabalho e da Solidariedade Social e da Educa o com a miss o de coordenar a execu o das pol ticas de educa o e forma o profissional de jovens e adultos e assegurar o desenvolvimento e a gest o do sistema de reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias ME 2007 p 4902 17 A cria o da ANQ assinala a extin o da DGFV bem como do Instituto para a Qualidade na Forma o IQF ME 2007 Por m os crit rios de selec o de pessoal necess rio prossecu o das atribui es da ANQ s o expl citos quando referem que os colaboradores ao servi o desta nova ag ncia devem ter assumido fun es na DGFV ou no IQF ME 2007 evidenciando uma mudan a burocr tica de designa o mas n o de pol ticas que continuadamente condenam a educa o de adultos Uma das unidades org nicas da ANQ o departamento de coordena o e gest o da rede de CNO que promove o desenvolvimento da capacidade e da qualidade de respostas da rede nacional de centros novas oportunidades nomeadamente do sistema integrado de reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias RVCC escolares e profissionais competindo lhe a Gerir e apoiar o funcionamento da rede de centros novas oportunidades CNO nas suas diferentes fun es de resposta ao p blico alvo b Apoiar e dinamiz
109. alores cren as preocupa es e sentimentos Piscarreta amp C sar 2001 As TIP s o propositadamente pouco estruturadas e amb guas com instru es de aplica o simples para facilitar a diversidade e a flexibilidade das respostas as respostas n o s o correctas nem incorrectas s o as pr prias interpreta es e cria es do indiv duo Freeman 1976 p 669 citado por Hamido 2005 p 266 Nesta investiga o recorremos a quatro TIP Duas dessas tarefas foram respondidas de acordo com a calendariza o distribu da aos adultos deste grupo ver Anexo 4 na terceira sess o a terceira TIP na sess o de apresenta o da rea de compet ncias chave de MV e TIC que correspondia quinta sess o da calendariza o e a ltima TIP foi apresentada s aos adultos certificados tendo sido aplicada no final do j ri de certifica o A primeira TIP intitula se A minha fotografia TIP1 ver Anexo 5 que uma adapta o de um instrumento publicado pela DGFV 2004 Esta adapta o j estava concretizada quando a equipa de novos formadores do CNO iniciou fun es em Fevereiro de 2008 Porque consider mos este instrumento interessante e porque ia ao encontro da problem tica em estudo por consider lo nesta investiga o Este instrumento tal como concebido pela DGFV 2004 apresentava um formato mais livre pois n o tinha espa os limitados para as respostas dos candidatos e tinha
110. am iv rigor e efici ncia na gest o do funcionamento do CNO bem como na condu o de processos de qualifica o e de certifica o e v responsabilidade autonomia para que possam desenvolver e manter redes de comunica o e de troca de experi ncias com outros CNO ou mesmo com estruturas da administra o central regional e local 20 Para dar resposta s fragilidades que este processo poderia apresentar ao nivel da certificac o subjectividade por exemplo foi emitida a carta de qualidade dos centros novas oportunidades Gomes amp Sim es 2007 como instrumento a disponibilizar a todos os Centros Novas Oportunidades que constituem a Rede Nacional que promova a qualidade dos processos de trabalho e clarifique os respectivos indicadores de resultados Este instrumento procura apoiar os Centros Novas Oportunidades na resposta aos objectivos de pol tica tragados no mbito da Iniciativa Novas Oportunidades no quadro de uma actuag o coerente a nivel nacional Neste sentido e n o encarando este instrumento como um manual de procedimentos uniformizador das din micas e estrat gias de trabalho que cada Centro deve construir parece nos fundamental a partir da identifica o dos aspectos cr ticos do seu funcionamento definir os pilares estruturantes e as orienta es a cumprir por cada um dos Centros Novas Oportunidades independentemente do seu enquadramento institucional e da sua contextualiza o local
111. ap eyo ewn ozin JUIOgIOMOd ojdwiaxea 10d Jopeynduiod ou s o5p u s ide og Jopeynduioo ou sejaqe no 9 5091818 3 sua eui wos soju unoop snow 50 15 939 5 9 56 65 SO X9 J9A9J19s9 eJed 1opeg ndwo 0ZI NN suoa esuaul 12901 9 OBSEULIOJUI 19 qo esed 1911914 e OZIN LOT 919 9U0J9 9 zn enbe ap seinjory 0331d 19 U1 0197 3919 auojajay seb enpe oes op soip uu souunsuo2 9 89 55594119 seu nb d seiqo s o5 er5 osse jeijlwej 5019118510 ap 8 586 e ode 3919 ousOy enbe aiqay seinyessdws 05a N seiouegJsip 2 so 5 qo osad sepipsw 0 11 01 U09Ua nb sapepinsyia piSu duuo2o 59 zili n no ozijyn nb w sepu dx no saodenys e augJadwoyg PpIA e esed eoyeworeyw 807 919 SOSIS ap ojusweuo dun Op seweu oud s iodsue SOLBIOU O nsuoy epepijenb a so5 id so suaq ap oe3isimbe e oulo5s3 Jejnojeo ap eulnbew e ozin 919 sepus ap sojusune sieue es sojusuine sounf sowljsaidwa sopjes susbejua9 ad ojnoje9 soq 2 1 no seinpe opeosawsedns ap 590 8 souueSueq S0 98 1IX9 ODIJLSA so quie3 souno no o1n3 opn9s3 0 m3 2 9 919 sepe ysa
112. aprendizagens apropriadas bem como as capacidades e compet ncias desenvolvidas e mobilizadas pelos jovens e adultos pouco escolarizados 22 em diferentes cen rios contextos No processo de RVCC s o os pr prios adultos com a sua experi ncia que constituem o recurso mais rico para as suas pr prias aprendizagens orientadas para a resoluc o de problemas e tarefas com que se confrontam na sua vida quotidiana Can rio 2000 p 133 Para Laranjeira e Castro 2008 quando falamos de adultos em processos educativos falamos de sujeitos com um capital experiencial alargado que se envolvem nas ac es pedag gicas por sua iniciativa conscientes das suas necessidades e potencialidades mas falamos ainda assim de sujeitos com diferengas acentuadas no que ao capital escolar e ao capital cultural diz respeito com acesso diferenciado aos bens culturais com biografias e projectos tamb m eles muito distintos p 6 Assim e segundo Cavaco 2007 Os adultos que aderem ao RVCC s o encarados como indiv duos portadores de uma experi ncia de vida nica que o seu principal recurso para a realiza o do processo p 23 onde desenvolvem um portef lio essencialmente auto biogr fico num processo que cria oportunidades para a recodifica o de experi ncias Gomes Coimbra amp Menezes 2008 p 3 Atrav s da descrig o re construg o reflex o e meta an lises sobre experi ncias de vi
113. ar por ser quem Agrade o lhe esta dan a de descobertas com algumas dores mas sempre preenchida por uma m o de sal que se estendia em aux lio Mas acima de tudo pela nossa amizade Os meus amigos e familiares por compreenderem todos os momentos em que a minha dedica o foi menor Obrigado pelas discuss es sobre este trabalho e pela companhia nas nossas aventuras O grupo de investigac o do projecto Interacc o e Conhecimento pela disponibilidade em ler e discutir este trabalho Juntos crescemos O Centro de Investigac o em Educac o da Faculdade de Ci ncias da Universidade de Lisboa pela simpatia com que me sempre brindaram efic cia nas pesquisas bibliogr ficas e pela disponibilidade de recursos Agradeco em especial s colaboradoras Isabel Rodrigues e Elisabete Viais por toda a dedicag o Os participantes nesta investigac o que contribuiram para que este trabalho fosse poss vel Infelizmente as vozes de todos n o se fizeram ouvir com a mesma intensidade mas jamais foram silenciadas Espero que o reflexo das palavras das vossas experi ncias que procurei descrever neste trabalho vos motivem a prosseguir traject rias de qualifica o bem como a embarcar viagens que vos fa am ir mais al m Um especial agradecimento ao CNO que abriu as portas para acolher esta investiga o A ti por todos os momentos nicos e inesquec veis Muito obrigado a todos Este trabalho tamb m vosso Hi iv INDIC
114. ar as capacidades individuais e as compet ncias desenvolvidas em termos pessoais sociais e profissionais Permitir o processo de reconhecimento validac o e certificac o de compet ncias Exemplo de organizac o do dossier 1 Apresentag o Apresentac o do Candidato Nome do Grupo Curr culo Contrato 2 Planos de Interveng o 2 1 Inicial 2 2 Interm dio 3 Hist ria de Vida texto relacionado com as experi ncias e aprendizagens significativas adquiridas ao longo da vida e n o uma mera descric o dos acontecimentos 4 Anexos Hist ria de Vida 4 1 Documentos comprovativos da Integrac o Social c pias de documentos pessoais como Bl Contribuinte Eleitor Sindicato 4 2 Documentos relativos Percurso Escolar Formativo Certificados 4 3 Documentos Relativos ao Percurso Profissional 4 4 Documentos Relativos aos Tempos Livres e outros Nota Qualquer anexo que inclua documentos fotos trabalhos manuais ou outros dever estar sempre devidamente justificado e contextualizado na Hist ria de Vida 213 5 Evid ncias de compet ncias 5 1 Linguagem e Comunica o ex Actividade LC no meu dia a dia actividades realizadas em sess o resumo de livros que leu e ou filmes pe as de teatro que viu etc 5 2 Cidadania e Empregabilidade ex Actividade CE no meu dia a dia Actividade O Mundo Minha Volta actividades realizadas em sess o textos reflexivos sobre te
115. ar o desenvolvimento dos processos de acolhimento diagn stico e encaminhamento dos p blicos que procuram os CNO para as respostas mais adequadas s suas caracter sticas e necessidades de qualifica o e Investigar e inovar no dom nio das metodologias de suporte ao reconhecimento e valida o de compet ncias f Monitorizar acompanhar e regular o funcionamento dos CNO em articula o com as estruturas desconcentradas do MTSS e do ME h Conceber e apoiar o desenvolvimento de uma pol tica de forma o de profissionais formadores e outro pessoal de apoio ao funcionamento dos CNO e do dispositivo RVCC i Conceber um modelo de garantia da qualidade que induza a credibilidade e a legitimidade social do dispositivo integrado de RVCC MFAP MTSS amp 2007 p 5508 mai sculas no original A ANQ assume fun es quando a iniciativa novas oportunidades acompanhada de uma campanha nacional de divulga o recorrendo a v rios segmentos dos media MTSS amp ME 2006 ganha intensidade junto da popula o adulta e promove a ades o desta popula o qualifica o No mbito desta iniciativa aos CRVCC atribu da a designag o de CNO MTSS amp ME 2007 Esta mudanga de designac o acompanha as novas din micas e exig ncias que s o atribu das aos CNO enquanto espagos que possibilitam a re defini o de traject rias qualificantes em fun o do perfil motiva o e experi ncias dos joven
116. ara a cidadania Lisboa Minist rio da Educac o Recuperado a Fevereiro 10 2008 de http www prof2000 pt users pinto Novos Encontros no Secundario educaca o cidadania pdf Queir s A amp Ribeiro M 1998 Balan o da educa o de adultos em Portugal In A Melo A Queir s A Silva L Salgado L Rothes amp M Ribeiro Eds Uma aposta educativa na participa o de todos Documento de estrat gia para o desenvolvimento da educa o de adultos pp 33 42 Lisboa ME Quintas H 2008 Educa o de adultos Vida no curr culo e curr culo na vida Lisboa ANQ Rarick A 2003 Case study as interpretative research An example and commentary Recuperado em Abril 25 2008 de http ssrn com abstract 1117624 Rold o M 2003 Gest o do curr culo e avaliac o de compet ncias As quest es dos professores Lisboa Editorial Presenca Roth W M 2005 Doing qualitative research Praxis of method Rotterdam Sense Publishers 130 Rothes L 1997 A afirmag o social dos processos n o formais da educag o de adultos In J Leit o Ed Mutag es sociais Mentalidades Comportamentos pp 22 26 Lisboa ME Salvador A 1988 Conhecer a crianca atrav s do desenho Porto Porto Editora Schram T H 2006 Conceptualizing and proposing qualitative research 2 ed Upper Saddle River NJ Pearson Merril Prentice Hall Secretaria de Estado da Educag o SEE 2007 Despacho n 7794 2007 de 27 d
117. as experi ncias vividas ao longo da vida A abordagem deve ser autobiogr fica mas h tarefas solicitadas pela equipa t cnico pedag gica que n o deixam clara esta forma de trabalho As concretiza es destas tarefas depois de analisadas pela formadora facilitam a compreens o das necessidades formativas de alguns candidatos Ap s a identifica o das necessidades formativas os candidatos podem frequentar sess es de forma o complementar at um limite de 50 horas por candidato Habitualmente ap s os esclarecimentos da formadora que seguiam a distribui o das tarefas pelos candidatos eram muitas as d vidas manifestadas Investigador DB 14 05 2008 p 36 Uma candidata permite iluminar uma das dificuldade sentidas e que pode configurar as d vidas que os candidatos partilhavam quando nos disse que Muitas vezes as nossas d vidas a nossa interpreta o do portugu s Investigador DB 14 05 2008 p 37 Para construirmos uma vis o global das tarefas solicitadas aos candidatos ao longo do processo de RVCC junt mo nos com as duas formadoras de LC CE do CNO a quem Pergunt mos se os adultos liam algum livro durante o desenvolvimento do processo de RVCC para promover h bitos de leitura nos candidatos bem como se realizavam alguma esp cie de resumo entre outras tarefas A S dominou a resposta como habitualmente sendo acompanhada pelo consentimento da formadora que acompanhava este grupo A S respondeu
118. as fontes e instrumentos de recolha de dados facilitava nos uma compreens o hol stica dos eventos contribuindo para nos apercebermos melhor das din micas e pr ticas do processo de RVCC Apesar da ainda curta experi ncia em investiga o pretendemos continuar este percurso Pretendemo nos desenvolver pessoal e profissionalmente neste dom nio onde nos vislumbramos num curto espa o de tempo a desenvolver outros trabalhos de investiga o que bebam mais da forma o inicial que conclu mos matem tica Gostar amos de compreender melhor como que estes adultos recorrem a ferramentas matem ticas no quotidiano como se apropriam de novas aprendizagens matem ticas quais as influ ncias da fam lia nuclear na apropria o dessas aprendizagens entre outras quest es que levantamos quando trabalhamos a rea de compet ncias chave de MV com esta popula o que durante bastante tempo se manteve afastada da Escola e de curr culos Sabemos que este um percurso repleto de adversidades mas temos a for a e o desejo que nos motivam a continuar Temos tamb m a companhia daqueles com quem 119 regularmente desenvolvemos discutimos trabalhos de indole investigativa que s o um apoio fulcral para caminharmos Ser uma caminhada em direcg o ao desconhecido mas motiva nos o conhecer ainda mais e melhor 120 REFERENCIAS BIBLIOGR FICAS Adler P amp Adler P 1994 Observational techniques In N K Denzin amp
119. atem tica Problemas actuais Quadrante 3 1 19 53 McMillan J H amp Schumacher S 1984 Research in education Boston Little Brown Meijer P C Verloop N amp Beijaard D 2002 Multi method triangulation in a qualitative study on teachers pratical knowledge An attempt to increase internal validity Quality amp Quantity 36 145 167 Melo A 2004 The absence of an adult education policy as a form of social control and some processes of resistance In L Lima amp P Guimar es Eds Perspectives on adult education pp 39 64 Braga Universidade do Minho 127 Melo A amp Rothes L 1998 Uma aposta educativa na participac o de todos Documento de estrat gia para o desenvolvimento da educac o de adultos Lisboa Minist rio da Educag o Merriam S B 1988 Case study research in education A qualitative approach S o Francisco Jossey Bass Publishers Merriam S B amp Brockett R G 1997 The profession and practice of adult education An introduction S o Francisco Jossey Bass Mertens D M 1998 Research methods in education and psychology Integrating diversity with qualitative and quantitative approaches Thousand Oaks CA Sage Minist rio da Educag o ME 2007 Decreto Lei n 276 C 2007 de 31 de Julho Di rio da Rep blica 1 S rie N 146 Lisboa INCM ME 2008 Despacho n 14310 2008 de 23 de Maio Di rio da Rep blica II S rie N 99 Lisboa INC
120. avras rigor credibilidade exig ncia Ouvimos falar de oportunidades Acho que altura de pensar seriamente no que ser o RVCC Corremos o risco de mais tarde ou mais cedo se os CNO ca rem tamb m porque muitas vezes s o empurrados no fazer por fazer ou no facilitismo de ter um milh o de portugueses certificados sem qualifica o nenhuma Repensemos nesta altura o processo Porque n o incluir formag o t cnica associada N o inclu da no processo mas complementar a este Porque n o promover uma articulac o com uma componente profissional Porque n o exigir mais do que ler escrever e contar O projecto RVCC est neste ponto sem retorno Espero sinceramente eu que vi nascer que ele n o morra na praia ou colapse externamente aos desejos politicos e arraste consigo uma descredibilizac o n o desejada Estarei mais um pouco para ver o que ser Lutarei por ele porque neste projecto acredito Mas com prud ncia Quero acreditar que ainda poss vel veremos Publicado por JL No dia 11 12 2007 187 Ap s ler texto responde s seguintes quest es 1 O que contribuiu para a massifica o do programa Novas Oportunidades 2 Em que data foram entregues os primeiros certificados do nivel secund rio 3 Segundo o autor que imagem do processo veiculada pela impressa 4 Qual a medida sugerida pelo autor para combater a certifica o sem conhecimentos 5 Comente a segui
121. balhos de projecto colaborativos desenvolvidos em educac o ambiental Lisboa DEFCUL Tese de doutoramento documento policopiado Cresson C amp Dean G 2000 Lifelong learning and adult educators beliefs Implications for theory and practice PAACE Journal of Lifelong Learning 9 87 98 Dave R H 1973 Lifelong education and school curriculum Hamburgo UNESCO Denzin N K 1970 The research act in sociology Chicago Aldine Denzin N K 1989 2002 Interpretive interactionism 2 ed London Sage Denzin N K amp Lincoln Y 5 Eds 1998 Strategies of qualitative inquiry Thousand Oaks CA Sage Dewey J 1916 1997 Democracy and education An introduction to the philosophy of education New york The Free Press Direcg o Geral de Formag o Vocacional DGFV 2004 Reconhecimento e validac o de compet ncias Instrumentos de mediac o Lisboa DGFV Duarte I 2004 The value of experiential learning in the centres of recognition validation and certification of competences In L C Lima amp P Guimar es 124 Eds Perspectives on adult education pp 129 154 Braga Universidade do Minho Eisenhart M 1988 The ethonographic research tradition and mathematics education research Journal for Research in Mathematics Education 19 99 114 Eliasson G 1996 Porqu amp aprendizagem ao longo da vida Revista Europeia Formag o Profissional Maio Dezembro 1 4 Esteves S 2004
122. bastante diferenciadas alguns eram colaboradores da entidade promotora do CNO e os restantes eram externos destes alguns encontravam se em situa o de desemprego A constitui o deste grupo deu nos resposta necessidade que sentimos de compreender o fen meno em estudo nos cen rios naturais Assim como afirma Stake 1994 as escolhas sobre quem devem ser os participantes devem garantir variedade mas n o necessariamente representatividade p 244 e as decis es devem ser ponderadas por quest es de acesso ao campo hospitalidade e constrangimentos espa o temporais 39 Apresentamos seguidamente um quadro onde se sintetiza informag o relevante sobre o grupo seleccionado nomeadamente quanto ao g nero idade ano de escolaridade concluido situac o face ao emprego e ao processo de RVCC Quadro 1 S ntese informativa sobre o grupo seleccionado 5 A a Situa o face ao G nero Idade Escolaridade Situa o face ao emprego processo de RVCC gol Empregado A M F luloc 2 6 7 8 Tenor Externo Desempregado a Certificado 4 6 47 12 1 7 141 5 3 2 4 6 Participaram nesta investigag o 10 adultos seis do g nero feminino e quatro do g nero masculino com uma m dia de idades de 47 anos e desvio padr o de 12 anos Os participantes apresentavam habilita es acad micas distintas um participante tinha o 4 ano de escolaridade con
123. bertas que nos possibilita conhecer mais aprofundadamente como o candidato se v a si pr prio e o Pondo em comum TIP2 uma tarefa de inspirag o projectiva que nos facilita acesso s representag es sociais que o candidato construiu sobre o processo de RVCC bem como s expectativas motivag es sentimentos e d vidas do candidato Estas tarefas s o adapta es de instrumentos de media o publicados pela DGFV 2004 Esta sess o termina com a leitura e distribui o dos contratos emitidos directamente do sistema de informa o e gest o da oferta educativa e formativa SIGO e com o pagamento de cinco euros para cobrir as despesas de imposto de selo na formaliza o do contrato Durante esta sess o observ mos que algumas express es que a profissional de RVC utilizava n o eram adequadas a este tipo de processo Por exemplo a profissional de RVC utiliza express es com os candidatos e que permite estes utilizaram express es como denominarem o processo de RVCC de curso chamarem os formadores de professores a utiliza o de termos como avaliar exerc cios aulas entre outras express es que n o devem ser utilizadas neste processo porque n o fazem sentido Todas estas express es derivam de um passado amarrado s experi ncias em cen rio contexto formal a escola Duvido que naquela sala todos soubessem qual o significado das siglas de RVCC Investigador DB 05 03 2008 p 20
124. cada um dos simbolos apresentados Simbolo Significado Circunst ncias em que habitualmente se confronta com o simbolo 193 194 ANEXO 11 TAREFA ABRIGO SUBTERR NEO 195 196 Din mica de grupo Abrigo Subterr neo O mundo est sob ameaca de uma bomba Existe um abrigo subterr neo que s pode acomodar seis pessoas mas h doze que pretendem entrar A seguir apresenta se uma lista das doze pessoas que est o interessadas em entrar no abrigo Em grupo seleccione quais as pessoas que dever o ser excluidas do abrigo todos os membros do grupo t m que concordar com a solug o apresentada no final Um violinista com 40 anos viciado em narc ticos Um advogado com 25 anos de idade A mulher do advogado com 24 anos de idade que acaba de sair do manic mio Ambos preferem ou ficar juntos no abrigo ou ficar fora dele Um sacerdote com 75 anos de idade Uma prostituta com 34 anos de idade Um ateu com 20 anos de idade autor de v rios assassinatos Uma universit ria que fez voto de castidade Um fisico com 28 anos que 5 aceita entrar no abrigo se puder levar consigo a sua arma Um declamador fan tico com 21 anos de idade Uma menina de 12 anos com alguns problemas mentais Um homossexual com 47 anos Uma professora com 32 anos que sofre de ataques epil pticos Selecc o Indi
125. ci ncias naturais como se pode observar no seguinte excerto da hist ria de vida que escreveu Morava perto de um pinhal numa casa t rrea Da nossa casa a vista era bastante agrad vel tudo era verde em seu redor De manh o vento fazia se ouvir ao som das folhas dos eucaliptos e dos pinheiros O meu pai ensinou me que a madeira vinha das rvores Foi me dado a conhecer como cresce uma rvore e que as ra zes servem para manter a planta fixada ao substrato e para absorver gua e minerais do solo A madeira quando cortada permite nos apreciar os an is de crescimento anual gra as diferen a de cor e textura entre a madeira primaveril menos compacta da madeira 91 estival que tem poros mais finos A casca e o crescimento secund rio d lugar ao souber composta por camadas de c lulas mortas impregnadas de uma subst ncia imperme vel A casca protege a planta dos mecanismos da perda de gua Tamb m aprendi como apanhar cogumelos identificando quais eram comestiveis tais como o miscaro o contharellus os chouteiros Hoje sei como foi saud vel ter crescido neste meio e como se reflecte na pessoa que sou hoje Elisabete HV s p Aos cinco anos de idade o agregado familiar aumentou com o nascimento de um rapaz fruto de uma relac o feliz entre os pais de Elisabete Elisabete HV s p Foi tamb m com essa idade que a candidata ingressou na escola prim ria repleta de sonhos e ilus es de crian a vincad
126. cias e reconhecimento de compet ncias v eliminar quaisquer incentivos p blicos contrata o de jovens at aos 23 anos que n o tenham conclu do ainda o 12 ano de escolaridade O segundo eixo o eixo adultos tem como principal objectivo a eleva o dos n veis de qualifica o de base da popula o adulta MTSS amp ME 2006 p 20 negrito no original Este eixo destina se a cidad os com idade igual ou superior a 18 anos que n o tenham conclu do o 4 6 9 e 12 ano de escolaridade e que pretendam aumentar as qualifica es escolares e profissionais de base Para o MTSS e o ME 2006 algumas das metas deste eixo s o 1 refor ar a oferta de cursos com car cter profissionalizante com especial incid ncia para a certifica o escolar ao n vel do 9 e 12 ano de 16 escolaridade abrangendo cerca de 350 000 adultos Um aumento dos cursos EFA de dupla certifica o escolar e profissional implica uma reestrutra o da rede de ofertas educativas formativas pelo que as escolas secund rias ser o um dos principais promotores destes cursos Pretende se assim promover um reencontro por vezes fatal com a Escola 11 reorganizar o modelo vigente do ensino recorrente de forma a assemelhar se aos cursos EFA facilitando traject rias de educa o forma o mais flex veis e ajustadas motiva o e expectativas da popula o adulta 1 expans o de rede de CNO com uma meta prevista
127. clu do sete conclu ram o 6 ano um participante tinha o 7 e outro o 8 ano de escolaridade apesar de assumir frequ ncia do 9 ano Deste grupo de 10 participantes metade colabora na institui o que promove o CNO e a outra metade s o externos institui o destes apenas dois se encontravam desempregados Os participantes residiam todos no distrito de Lisboa distribu dos pelos concelhos de Lisboa Loures Odivelas Oeiras Sintra e Vila Franca de Xira Neste trabalho de investiga o devido densidade das descri es relatos e interpreta o dos dados recolhidos n o nos poss vel centrar nas experi ncias dos 10 participantes Assim iremo nos focar na voz de duas adultas certificadas pelo processo de RVCC Opt mos por focar os casos destas adultas por iluminarem casos de sucesso no processo de RVCC bem como pelas caracter sticas nicas de cada caso que se contrastam Estes dois casos mostram duas gera es percursos de vida distintos diferentes sentidos sobre o processo de RVCC bem como projectos futuros com graus de ambi o e projec o no futuro distintos 2 3 INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS Uma abordagem interpretativa assume que o investigador n o neutro na rela o com o cen rio onde est inserido e que pretende estudar atrav s do investigador que se apresenta como um mediador entre os cen rios e os fen menos que neles ocorrem que nascem as interpreta es e os sentidos O investig
128. comunidade receptivo e dispon vel para ser contactado pelo maior n mero de cidad os As profissionais de RVC neste CNO desempenhavam tamb m as fun es definidas para o t cnico de diagn stico e encaminhamento uma vez que ainda n o existia uma pessoa respons vel para aquela fun o introduzida com a portaria n 370 2008 publicada a 21 de Maio de 2008 MTSS amp ME 2008b As profissionais de RVC realizavam sess es de acolhimento com uma dura o m dia de duas horas Em cada sess o estavam presentes cerca de 15 candidatos As convocat rias para estas sess es eram realizadas de acordo com uma lista ordenada das inscri es Os candidatos inscritos internos tinham prioridade sobre os externos Nessas sess es as profissionais de RVC partilhavam com os adultos o que s o os CNO e as din micas de funcionamento daquele CNO em particular O foco da apresenta o incidia na explicita o da fase que se seguia ao acolhimento o 54 diagn stico e o encaminhamento para um trajecto de qualifica o adequado a cada um No final da sess o a profissional de RVC agendava uma entrevista individual com cada um dos adultos Habitualmente as profissionais de RVC realizavam em media duas entrevistas por dia Investigador DB 19 02 2008 p 9 que se revelavam insuficientes para dar resposta aos 116 candidatos inscritos no nivel b sico que aguardavam uma resposta do CNO Investigador DB 19 02 2008 p 7 3 1 2 DIAGN
129. contactar Relativamente sua apresenta o do projecto pessoal gostaria de elogiar a sua apresenta o anima o e 111 conte do resultante de uma boa pesquisa Profissional de RVC GADP p 4 grafia original Este coment rio da profissional de RVC revela o empenho que a Elisabete evidenciou ao longo do processo de RVCC atrav s da assiduidade comparecendo a todas as sess es agendadas personaliza o do portef lio contextualiza o das experi ncias de vida ao longo do portef lio bem como na constru o do projecto futuro 3 3 2 5 Projectos futuros Um dos objectivos dos CNO que os candidatos certificados pelo sistema de RVCC se tornem aut nomos e assumam responsabilidade na constru o de projectos futuros A Elisabete inicialmente mostrava se bastante reservada quanto s capacidades e compet ncias que desenvolveu ao longo da vida Por m revela na constru o de projectos futuros que desenvolveu a auto estima positiva e mostra se mais confiante nas capacidades e compet ncias que desenvolveu ao longo do percurso de vida Ap s concluir o processo RVCC pretendo continuar os meus estudos inscrevendo me no RVCC de equival ncia ao 12 ano Para tal terei em primeiro lugar de tirar um curso de ingl s porque a l ngua universal e porque imprescind vel como ferramenta de trabalho e assim quero inscrever me no centro de L nguas The English Academy que se situa na minha rea de resid
130. curso de qualifica o pessoal e profissional 113 114 CONSIDERAC ES FINAIS 4 1 A MINHA EXPERI NCIA CONTA Afinal a minha experi ncia conta amp a frase que muitos candidatos que realizam o processo de RVCC verbalizam no fim do processo quando atribuem valor s experi ncias vividas e reconhecem que desenvolveram ao longo da vida compet ncias e capacidades Assim opt mos por considerar esta afirma o para encabe ar o t tulo desta dissertac o por considerarmos que reflecte a filosofia do processo de RVCC A iniciativa novas oportunidades est a receber uma ader ncia mpar pela populac o jovem e adulta pouco certificada Nenhuma outra iniciativa com o objectivo de proporcionar a este p blico outras oportunidades de educac o formac o mostrou receber tamanha ades o e visibilidade social E frequente no dia a dia profissional sermos abordados por v rios adultos que nos interrogam sobre O que isto de RVCC f cil r pido entre outras tantas quest es similares Conhecer e compreender as representa es sociais bem como o pr prio processo de RVCC que os candidatos desenvolvem revelou se assim imperativo para um melhor desempenho profissional Ao realizarmos uma ltima viagem por agora aos dados que recolhemos quando est vamos mergulhados no local onde decorreu esta investigac o observamos que emergem tr s aspectos essenciais 1 as representac es sociais que os candidatos desenvolveram sobre
131. da ac o Ao longo do desenvolvimento deste trabalho tivemos oportunidade de participar em congressos e outros eventos da especialidade onde contact mos com outros investigadores Estes encontros promotores de partilha de conhecimentos facilitam a partilha de experi ncias Tivemos oportunidade de apresentar o trabalho que est vamos 117 a desenvolver que foi comentado sob olhar critico de outras lentes mais ou menos focadas de outros investigadores que mostraram interesse pelo dominio e tema que investig vamos Foi poss vel atrav s destas interac es recolher contributos para o desenvolvimento desta investiga o Nestes eventos de especialidade tamb m tivemos a oportunidade de partilhar a experi ncia que desenvolvemos ao longo destes anos em CNO e cursos de EFA sob a forma de sugest es para trabalhos de investiga o de outros investigadores Estes momentos de partilha entre investigadores mais experientes e jovens investigadores facilitam a apropria o de uma linguagem mais refinada bem como de conceitos e constructos que permitiram alargar o quadro de refer ncia te rico desta investiga o Habitualmente nestes eventos da especialidade apresent vamos comunica es orais de artigos que submetiamos para publica o em actas Somos da opini o de que o conhecimento partilhado n o deve portanto residir fechado em cada um de n s pelo que partilh mos nestes artigos experi ncias que vivemos em CNO com di
132. da significativas Antikainen 1998a 1998b ou seja marcos no percurso de vida do indiv duo e na constru o identit ria re descobrem e tornam vis veis Li tard 1999 aprendizagens capacidades e compet ncias desenvolvidas em diferentes espacos tempos Este processo convida os adultos a desenvolverem novos sentidos sobre as experi ncias e aprendizagens apropriadas Pinto 2004 por um processo que embora dial gico individual Este car cter individual do processo de RVCC apontado segundo Usher e seus colaboradores 1997 como uma dificuldade e n o como um potenciador de aprendizagens e de desenvolvimento de compet ncias Assistimos nos CNO a ndices de ades o nunca antes alcangados por qualquer outro dispositivo criado para colmatar as necessidades da populac o adulta pouco escolarizada Segundo dados da 2008a da rede de 456 centros distribu dos pelo pa s atendendo a caracter sticas s cio demogr ficas desde 2006 286 253 adultos inscreveram se para uma certificag o do nivel b sico e 269 150 para o nivel secund rio sendo a maioria dos inscritos cidad os empregados O processo de RVCC de n vel b sico ou secund rio desenvolve se em torno de tr s eixos reconhecimento validac o e certifica o que podemos observar no fluxograma na Figura 3 p 24 23 D1 Reconhecimento de compet ncias sess es de balan o de compet ncias a desenvolver pelo Volume de trabalho Profissional de RVC indiv
133. dade Todos estes adultos confiaram nos hist rias de vida mpares fizeram nos viajar pelo tempo re viver acontecimentos nicos s vezes perdidos no tempo fizeram nos chorar rir e muito mais Palavras mostram se insuficientes para espelhar o que ganh mos ao longo destes anos a trabalhar com esta popula o que apresenta caracter sticas e necessidades espec ficas para as quais no in cio da carreira em educa o como professor de matem tica n o nos sent amos preparados Esta investigag o surgiu num momento de transformag es profissionais na vida do investigador que se mudou para Lisboa e em parte pelo prop sito de nos tornarmos melhores profissionais Compreendermos as representag es sociais que os adultos que participaram na investigag o construiram e desenvolveram sobre o processo de RVCC bem como analisar os percursos que vivenciaram obriga nos a reflectir sobre as pr ticas que assumimos nas sess es de reconhecimento de compet ncias bem como em novas tarefas que promovam a ilumina o de capacidades e compet ncias desenvolvidas em diferentes espa os tempos bem como o desenvolvimento destas Assim os impactes do desenvolvimento desta investiga o e escrita da disserta o abandonam a singularidade do investigador para contaminar tamb m aqueles com quem interage no dia a dia profissional sejam candidatos em processo de RVCC ou colegas de trabalho estendendo os contributos desta investiga o para o campo
134. de 500 centros em 2010 distribu dos geograficamente por Portugal excep o dos A ores atendendo s condi es s cio demogr ficas das regi es iv adapta o do processo de RVCC a pessoas diagnosticadas como apresentado necessidades especiais com a publica o de orienta es para a ac o para o acesso destes cidad os ao processo de RVCC Sousa et al 2009 Segundo Capucha 2008 a iniciativa novas oportunidades configura toda a resposta educativa e formativa direccionada a jovens e adultos que pretendam qualifica o Assim esta iniciativa promove uma mudan a de escala ou seja pretende que se abandonem respostas educativas residuais mas que se alarguem as respostas para um ambiente de aprender ao longo da vida Tamb m se assiste a uma mudan a conceptual nestes percursos de qualifica o pois cada vez mais tenta se conferir a estes cidad os dupla certifica o escolar e profissional atrav s de processos de aprendizagem e qualifica o diferenciados atendendo s capacidades e experi ncias de cada um beneficiando a pessoa bem como a sociedade atrav s do reconhecimento e certifica o das qualifica es Duas das medidas deste eixo que alcan aram maior destaque social s o o processo de reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias RVCC e os cursos de educa o e forma o de adultos EFA Os cursos EFA desenvolvem se principalmente segundo percursos de dupla certifica o esco
135. de na procura de informag o e esclarecimentos sobre o processo atrav s dos contactos que estabelece na actividade profissional Esta pr actividade pode surgir como uma necessidade pessoal uma vez que a candidata est ela pr pria a desenvolver um processo de RVCC mas tamb m porque profissionalmente necessita prestar esclarecimentos j que muitas vezes aparecem chamadas a perguntar por siglas e tento saber atrav s das pr prias pessoas mesmo elas n o me 80 sabem explicar Maria TIP3 A Maria ilumina uma das dificuldades que os candidatos identificam neste processo as siglas Por neste processo existirem bastantes siglas os candidatos sentem dificuldades em desenvolver um sentido sobre processo de RVCC Manifesta tamb m ansiedade em ver esclarecidas as d vidas sobre o que o processo mas de um modo geral pretende que Ihe ensinem novos assuntos ou seja est ali para ser ensinada segundo as suas pr prias palavras Num momento posterior respondeu a uma tarefa da rea de compet ncias chave de LC onde era pedido que comentasse uma af rmag o ver Figura 8 5 Comente a seguinte afirmag o Corremos o risco de ter um milh o de portugueses certificados sem qualifica o nenhuma Concorda ou n o Porqu lt E EN 3 Nas zt non MoD Emsa oh Lo lo CEM kan KON Q lo J SA istu Q 2 A A e t i x AM vaio Aa Ce loc Vis St no O Q mude ject x Ta Qua Co 45 anc domn OY
136. departamento de forma o da institui o de que faz parte este CNO onde se encontra a t cnica administrativa destacada para apoiar as actividades do CNO Este CNO auto financiado e foi acreditado pela DGFV em finais de 2006 A abertura deste CNO procurou ser uma resposta aos baixos n veis de qualifica o de muitos colaboradores da institui o promotora do centro O CNO tinha um hor rio laboral das 9h s 17h Eram elementos da equipa um director uma coordenadora pedag gica a tempo parcial duas profissionais de RVC duas formadoras a tempo inteiro uma de STC e outra respons vel pelas reas de compet ncias chave de LC CE e cultura l ngua comunica o CLC e seis formadores a tempo parcial duas de cidadania e profissionalidade CP uma de CLC e dois de MV TIC e STC O CNO tem uma parceria estabelecida com uma escola secund ria da rea da grande Lisboa que tem a responsabilidade de homologar os certificados e diplomas dos adultos certificados pelo CNO Fazia parte do plano estrat gico de interven o PET de 38 2008 do CNO estabelecimento de outras parcerias nomeadamente com centros de formag o e escolas para que o CNO pudesse ter acesso a uma rede de cursos formag es de inform tica lingua estrangeira ingl s principalmente e cursos EFA para satisfazer as necessidades formativas diagnosticadas nos candidatos que desenvolviam o processo de RVCC 2 2 3 2 Caracterizac o dos participantes Como
137. der Maria Q1 p 2 Do perfil tra ado pela profissional de RVC resultante de 30 minutos de conversa o com a candidata a profissional de RVC considerou que a Maria mostrou se motivada para frequentar o processo apesar de se mostrar um pouco fr gil em termos emocionais tendo se emocionado frequentemente ao longo da entrevista ao falar de alguns aspectos do seu percurso de vida e de algumas limita es em termos da sua vis o que a impedem de ler com a frequ ncia que gostaria Profissional de RVC PC p 1 78 A profissional de RVC destaca tamb m a oralidade da candidata bem como os h bitos de leitura principalmente sobre temas relacionados com poesia e a segunda guerra mundial e de escrita habitualmente poesia Profissional de RVC PC p 3 Ap s a entrevista e uma breve reuni o entre a profissional de RVC e os dois formadores das quatro reas de compet ncias chave a equipa decidiu que a candidata deveria ser encaminhada para processo de RVCC de n vel B3 9 ano escolaridade Ap s este encaminhamento foi definido um Plano de interveng o individual inicial para a candidata onde a equipa destacou as necessidades formativas na rea das TIC nomeadamente no uso das aplicac es processador de texto apresentag es e folha de c lculo Equipa t cnico pedag gica PII1 p 1 No inicio de Marco de 2008 a candidata comecou o processo de RVCC onde espera Aprender a trabalhar com o computador e alcangar o
138. di rio de bordo Habitualmente as entradas no di rio de bordo resultaram da compila o de pequenos apontamentos que realiz vamos ao longo das interac es As notas de campo n o tomaram o formato de descri es densas pois o investigador assumia simultaneamente as fun es de formador e era muitas vezes solicitado a fornecer resposta a quest es ou a desenvolver outras tarefas pelo que se tornava impratic vel realizar este tipo de descri es Contudo ap s as sess es com os candidatos realiz vamos registos onde partilh vamos 43 a vis o dos acontecimentos bem como as preocupag es reflex es quest es e tarefas a desenvolver Aceitamos que se recolhe muita informa o do cen rio sobre os fen menos que nele acontecem Por m temos tamb m presente que muita informag o se perde pois o investigador n o consegue eficientemente recolher toda a informa o que lhe chega No entanto esper mos que alguns dos dados que possam ter sido perdidos se manifestassem novamente ou que se manifestassem atrav s de outros instrumentos de recolha de dados 2 3 2 CONVERSAS INFORMAIS As conversas informais assemelham se de alguma forma no o de entrevista n o estruturada Patton 1990 2002 Do mesmo modo que as entrevistas s o reconhecidas como uma fonte de dados pois facilitam acesso aos relatos dos participantes que assumem um discurso na primeira pessoa tamb m as conversas informais facilitam acesso a este
139. diam observar as conex es que a matem tica estabelece com diversas actividades do dia a dia com a m sica entre outros dom nios Ao longo do filme os candidatos esbo aram olhares de surpresa pelas conex es entre a matem tica e a m sica pois n o imaginavam que se podia relacionar a matem tica com a m sica Para estes candidatos matem tica era sin nimo de n meros e opera es com n meros Investigador DB 19 03 2008 p 27 No fim da projec o promoveu se um debate onde formador e candidatos partilharam situa es do quotidiano onde a matem tica est presente Investigador DB 19 03 2008 p 27 Ap s este debate o formador apresentou a rea de compet ncias chave de TIC salientando a import ncia das novas tecnologias nomeadamente o computador e o acesso world wide web WWW no quotidiano De uma forma breve mencionou quais os programas inform ticos que s o contemplados na rea de compet ncias chave de TIC nos quais os candidatos teriam de evidenciar e ou desenvolver compet ncias 64 Em jeito de s ntese ap s a apresentag o da estrutura das reas de compet ncias chave o formador salientou que estas n o s o est ticas que devem ser vistas como partes de um todo Para esclarecer utilizei o exemplo de um bolo que depois de cozido est uniforme todos os ingredientes est o misturados embora saibamos que aquele bolo feito com ag car sal ovos farinha entre outros
140. do Os Oper i UL cede AUS e O Dans Go Sob GLC ORTEN ITET a ae Wc PSU oc in o att AQ patas WAS Com Od AS ym e DAR Con We eh dis r Sa laut Sun Yu be a com O VSKy Voy SAY Figura 10 Resposta da Maria TIP Para mim o processo de reconhecimento validac o e certificac o de compet ncias foi A Maria partilha que este processo pode servir como uma plataforma para a defini o de um percurso de qualifica o forma o que pretende estabelecer um elo de ligag o com as compet ncias j desenvolvidas em outros momentos da vida do candidato e mobilizar essas compet ncias noutros cen rios contextos como forma catalisadora de desenvolvimento de novas compet ncias Esta adulta metaforicamente denominou o processo de RVCC de safari possivelmente pelos contornos de perigo que est o associados a um safari bem como pela adrenalina busca e descoberta j que um processo de RVCC sendo autobiogr fico acaba por ser um processo de re descoberta onde se relembra o esquecido O sentido de safari est tamb m associado cultura africana onde viveu durante bastantes anos em Luanda facilitando esta an fora entre safari e o processo de RVCC Nesta TIP a Maria ilumina a relev ncia da componente emocional num processo de RVCC entre candidatos e equipa t cnico pedag gica quando afirma que Gostei deste safari feito em Lisboa com o Osky Very Sary Maria TIP4 Esta 84 candidata at
141. do processo de RVCC quando a equipa t cnico pedag gica encontra reunidas as condi es necess rias para a conclus o do processo ou seja quando se encontram reunidas as condi es necess rias para acesso a uma certifica o escolar Esta fase de interven o dos CNO consiste na valida o social das compet ncias desenvolvidas pelos candidatos em diferentes cen rios contextos ao longo da vida que s o certificadas oficial e formalmente atrav s de um processo de RVCC A certifica o das compet ncias validadas previamente pelos formadores e profissional de RVC ocorre num j ri de certifica o constitu do por estes elementos 66 bem como por um avaliador externo aos processos de RVCC e aos CNO De acordo com os principios de qualidade dos CNO expressos no documento Carta de qualidade dos centros novas oportunidades Gomes amp Sim es 2007 ao j ri de certifica o deve anteceder trabalho preparat rio entre a equipa t cnico pedag gica do CNO e o avaliador externo onde s o analisados os portef lios dos candidatos bem como o processo de RVCC desenvolvido por cada um Ap s o j ri de certifica o os CNO t m a responsabilidade de desenvolver com e para cada candidato certificado a promo o de novos processos de aprendizagem forma o e certifica o escolar e profissional facilitando o apoio cria o do pr prio emprego promo o gest o da empregabilidade bem como a constru o de u
142. dos que extrapolamos desta investiga o bem como os contributos desta nas pr ticas quotidianas dos CNO e sugest es de futuras investiga es sobre a tem tica CAP TULO 1 QUADRO DE REFER NCIA TE RICO 1 1 NOVA OPORTUNIDADE PARA A EDUCACAO DE ADULTOS A educag o em geral configurada pelos investimentos pol ticos e econ micos da Lima 1988 Melo amp Rothes 1998 Uma maior ades o tem vindo a surgir em relag o educag o de adultos por press o das pol ticas europeias nomeadamente com a publica o do livro branco sobre a educa o e forma o UNESCO 1995 pela participa o de Portugal na confer ncia de Hamburgo em 1997 e pelo fosso cada vez maior entre as qualifica es da popula o portuguesa e dos parceiros europeus OCDE 2005 2008 H alguns anos o problema da escolaridade e das qualifica es profissionais da popula o adulta n o era reconhecido de forma t o ampla como o actualmente Actualmente essa preocupa o n o se encerra na esfera pol tica abrangendo tamb m a rede laboral bem como a pr pria popula o adulta que come a a estar alerta para a import ncia da educa o e forma o como elementos configuradores de novas oportunidades facilitando acesso a melhor trabalho e sal rio maior reconhecimento social entre outros benef cios Fernandes in press A educa o de adultos nos ltimos 10 anos no discurso e pr ticas pol ticas tem sido ainda a
143. e Abril Di rio da Rep blica II S rie N 82 Lisboa INCM Sitoe R 2006 Aprendizagem ao longo da vida Um conceito ut pico Comportamento Organizacional e Gest o 12 2 283 290 Skemp R 1978 Relational understanding and instrumental understanding Arithmetic teacher November 9 15 Somtrakool K 2002 Lifelong learning for a modern learning society In C Medel A onuevo Ed Integrating lifelong perspectives pp 29 36 Hamburgo UNESCO Sousa A 2005 Investigac o em educac o Lisboa Horizonte Sousa J Ed Bin C Cris stomo C Rodrigues C Martins M Correia M et al 2009 Guia metodol gico para o acesso das pessoas com defici ncias e incapacidades ao processo de reconhecimento validac o e certificac o de compet ncias N vel b sico Lisboa Stake R E 1994 Case studies In N K Denzin amp Y S Lincoln Eds Handbook of qualitative research pp 236 247 Thousand Oaks CA Sage Stake R E 1995 The art of case study research Thousand Oaks CA Sage Stake R E 1998 Case studies In N K Denzin amp Y S Lincoln Eds Strategies of qualitative inquiry pp 86 109 Thousand Oaks CA Sage Sturman A 1994 Case study methods In J P Keeves Ed Educational research methodology and measurement pp 49 53 Oxford Pergamon Trilla Bernet J 1998 La educaci n fuera de la escuela mbitos no formales y educaci n social 3 ed Barcelo
144. e educa o de adultos aprendizagem ao longo da vida centros novas oportunidades processo de RVCC compet ncias ABSTRACT In Portugal adult education has become an educational domain with no meaningful or successful interventions from the government giving place to high rates of illiteracy and high numbers of citizens who do not accomplish the 12 grade Initiatives such as the system of credit units did not get adults attention and only a few of them completed their education using this kind of system In 1999 the national system of recognition validation and certification of competencies NSRVCC was created trying to become a social answer to the low school and professional qualifications of active citizens Nowadays we are witnessing a never seen upholding to the new opportunities initiative This initiative has its bases in the new opportunities centres NOC which are as a doorway to re define school and or professional paths of youngsters and adults The RVCC processes take place where less educated adults show through a n auto biographic approach their throughout life learning in different settings contexts in what concerns to abilities and skills This research assumes an interpretative approach We have done intrinsic multiple case studies in a NOC nearby Lisbon We selected a group of 10 candidates to a 9 grade certification We focused on the voice of two certified adults We collected data through informal con
145. e 172 centros RVCC e em 2008 onde foram autorizados 192 novos CNO Actualmente a rede de CNO conta com 456 CNO e continua a expandir se Encontra se em curso um periodo de candidaturas para a criac o de mais 44 CNO ultrapassando a meta de 500 CNO prevista para 2010 Esta ampliac o da rede de CNO revela se relevante Tendo em conta as necessidades de qualifica o da popula o adulta em Portugal e a actual cobertura territorial da rede de Centros Novas Oportunidades subsiste um defice face aos objectivos definidos na Iniciativa Novas Oportunidades e crescente ades o da populac o portuguesa a este programa 1 2 O actual procedimento concursal para a cria o destes CNO tem em vista suplantar esse d fice em fung o do crescimento da rede nacional MTSS amp ME 2009 p 21491 mai sculas no original Os CNO devem se reger segundo orienta es da ANQ Gomes amp Sim es 2007 por princ pios de 1 abertura e flexibilidade pois s o a porta de entrada para um p blico ecl tico com necessidades de educa o forma o e qualifica o bastante diferentes 11 confidencialidade para preservar a confidencialidade no tratamento de informa es prestadas pelo adulto ao longo do processo de reconhecimento de compet ncias iii orienta o para resultados na medida em que os CNO devem assegurar uma resposta s necessidades de qualifica o e certifica o em tempo til aos jovens e adultos que os procur
146. e Lisboa infelizmente Investigador DB 04 07 2008 p 42 mai sculas no original N o havendo um modelo r gido estabelecido sobre como deve ser organizada uma sess o de j ri de certificac o por exemplo sobre as apresentac es dos candidatos a disposi o da sala onde decorre a sess o de j ri entre outros aspectos cada CNO tem liberdade para criar diferentes din micas nas sess es de j ri Neste CNO habitualmente A disposig o dos presentes pelas mesas 6 em forma de U com os candidatos num lado os elementos do j ri no outro e eu que j n o tinha lugar entre os candidatos ocupei um lugar na base do U Investigador DB 30 07 2008 p 46 A disposig o que os elementos do j ri de certificac o assumem n o indiferente para os candidatos e pode configurar as representa es sociais que os candidatos manifestam sobre o processo de RVCC mesmo que numa fase j final deste bem como os comportamentos e sentimentos dos candidatos ao longo da sess o de j ri de certificac o Por exemplo numa das sess es de j ri de certificag o O avaliador externo ao apresentar se informou os candidatos que estava presente para dar a valida o e muito tranquilamente disse aos candidatos que li os vossos dossiers hoje de manh e tirei umas notas para falarmos hoje tarde Eu s me lembrava do que os candidatos antes de entrarem na sala diziam quando chamavam ao j ri de exame oral ou qua
147. e caracterizadas como intencionais e volunt rias pass veis de reconhecimento formal e acesso a certifica es e diplomas formalmente reconhecidos aprendizagem n o formal a aprendizagem que decorre em sistemas paralelos ao sistema de educa o e forma o mas que tamb m pode decorrer nestes e que n o conduz necessariamente a uma certifica o formal Estas aprendizagens podem estar incorporadas em actividades que n o t m de forma expl cita o objectivo de 13 proporcionar aprendizagens e aprendizagem informal a que realizada no quotidiano habitualmente caracterizadas como n o intencionais e sem uma estrutura de objectivos de aprendizagem cuja exist ncia pode at nem ser reconhecida pelo indiv duo como enriquecimento dos seus conhecimentos e aptid es e que n o conduz habitualmente a certificados ou diplomas Segundo Imagin rio 2007 a aprendizagem informal pode ainda ser chamada de aprender fazendo quando as aquisi es de aprendizagem resultam da repeti o da pr tica de uma tarefa ou de aprender usando quando as aquisic es de aprendizagem resultam da repetic o do uso de ferramentas ou habilidades em ambos os casos por amp m sem instrug es especificas 4 Apesar da literatura cientifica em torno destes conceitos tal como Grandstaff 1976 La Belle 1982 Paulston 1972 Trilla Bernet 1998 alertam os sentidos e a partilha de significados sobre estas no es de categoriza
148. e compet ncias chave e o candidato Modelo adaptado de Alonso e seus colaboradores 2002 Este esquema ilumina a import ncia nuclear que atribu mos ao candidato neste processo centrado nas diferentes reas de compet ncias chave onde realgamos uma estrutura integradora das experi ncias de vida dos candidatos enquadradas nas reas de compet ncias chave Ao longo da vida cada candidato em diferentes cen rios contextos desenvolve uma pan plia de capacidades e compet ncias apropriando diversos conhecimentos com diferentes graus de consciencializa o Em cada uma dessas experi ncias de aprendizagem o candidato enfrenta exig ncias que lhe possibilitam mobilizar ou exigem a mobiliza o de compet ncias ao n vel das reas de compet ncias chave Se observarmos a Figura 4 e nos focarmos no c rculo do adulto poss vel observar os diversos cruzamentos que as diferentes reas representam em rela o s experi ncias dos candidatos ao longo da vida evidenciando uma pluralidade de combina es entre as experi ncias do candidato e as reas de compet ncias chave assumindo a equipa do CNO a media o entre o bin mio referido Destacamos tamb m neste esquema a import ncia atribu da rea de compet ncias chave de CE onde as outras reas decorrem Como afirmam Alonso e seus colaboradores 2002 a rea de compet ncias chave de CE 27 reveste relativamente s outras tr s reas uma maior abrang ncia e tra
149. e comunica o LC tecnologias de informa o e comunica o TIC e matem tica para a vida MV Estas reas surgiram da sensibilidade dos autores do referencial que consideram todas elas necess rias para a forma o da pessoa cidad o no mundo actual Alonso et al 2002 p 10 cada vez mais exigente e complexo nas rela es estabelecidas entre indiv duos institui es e tecnologia Desde 2001 data de implementa o deste instrumento associado origem dos CNO anteriormente designados como centros de RVCC este referencial tem vindo a ser reformulado em todas estas reas nucleares excep o da rea de CE que se mant m na vers o original Estas reformula es surgem da necessidade de adequar os objectivos deste instrumento s necessidades de todos aqueles que o operacionalizam sejam as equipas dos CNO adultos ou outras institui es organismos que de alguma forma se interessam pelo dom nio da educa o de adultos Este instrumento est organizado em tr s n veis reas de compet ncias chave quatro unidades de compet ncia por rea e por cada unidade de compet ncia s o especificados alguns exemplos de crit rios de evid ncia Segundo Alonso e seus colaboradores 2002 Esta estrutura do referencial deve permitir uma leitura suficientemente flex vel de modo a possibilitar uma pluralidade de combina es de compet ncias nos diferentes projectos de reconhecimento e de forma o de forma
150. ectiva uma ideia central a de que a actividade humana fundamentalmente uma experi ncia social em que cada um constantemente elaborando significado meaning making p 8 it lico no original Esta abordagem com inspira o na fenomenologia procura compreender como os seres humanos constroem e atribuem sentido s suas ac es em situa es sociais concretas Denzin amp Lincoln 1998 p xvii Assim tendo presente o problema e quest es que norteiam esta investiga o procur mos compreender o mundo subjectivo da experi ncia de adultos pouco escolarizados num CNO Numa investiga o o papel desempenhado pelo investigador reveste se de elevada relev ncia ele que na an lise dos dados procura e constr i sentidos Andr 1991 Merriam 1988 facilitando uma compreens o mais densa sobre o problema em estudo Uma investiga o que segue uma abordagem interpretativa assume na opini o de Lessard H bert Goyette e Boutin 1990 que o objecto geral da investiga o o mundo humano enquanto criador de sentido deste modo a investiga o qualitativa interpretativa tem como objectivo a compreens o do significado ou da interpreta o dada pelos pr prios sujeitos inquiridos com frequ ncia implicitamente aos acontecimentos que lhes dizem respeito e aos comportamentos que manifestam que s o definidos em termos de ac es p 175 aspas no original A abordagem interpretat
151. ef cios impactes desta iniciativa ao n vel do crescimento econ mico e emprego como medidas para recuperar o atraso que distancia Portugal de outros pa ses europeus MTSS amp ME 2006 numa rela o directa e linear entre o investimento na qualifica o dos recursos humanos e o crescimento econ mico o desenvolvimento a supera o do atraso o emprego a produtividade a competitividade e a coes o social Can rio 2005 p 1 aspas no original Contudo Can rio 2005 semelhan a de Usher Bryant e Johnson 1997 salienta que associado ao aumento de qualifica es da popula o observa se um agravamento na desigualdade de oportunidades e acesso a traject rias de desenvolvimento pessoal e profissional bem como ao incremento nas taxas de desemprego precariedade e incerteza dos v nculos laborais Contudo destacamos tamb m os impactes desta iniciativa na promo o da valoriza o pessoal bem como numa participa o cr tica e informada numa sociedade cada vez mais exigente Esta iniciativa revela tamb m que a educa o de adultos assume relev ncia para a constru o de uma sociedade mais inclusiva C sar amp Ainscow 2006 Courela 2007 Esta iniciativa distingue dois eixos de interven o que embora articulados e apoiados por reformas em aspectos chave do funcionamento dos sistemas de educa o 15 e forma o apresentam uma estrat gia e metas pr prias M
152. eios humanos a este sector se reiteradamente o n mero de chamadas ultrapassasse as duas m dias apuradas MEDIANA o valor central que separa a metade superior da metade inferior do conjunto de dados Escrevendo os dados por ordem crescente temos Efectuadas 40 44 46 46 48 50 51 55 55 59 59 61 63 66 67 55 Recebidas 82 84 85 85 87 90 90 93 98 98 105 105 110 113 115 93 MODA o valor mais frequente no conjunto de dados Efectuadas 40 44 46 46 48 50 51 55 55 59 59 61 63 66 67 Tem tr s modas 46 55 e 59 Recebidas 82 84 85 85 87 90 90 93 98 98 105 105 110 113 115 Tem quatro modas 85 90 98 e 105 Esta candidata iniciou o processo de RVCC no in cio de Marco Terminou o com a sess o de j ri de certificac o no final de Julho Nesse dia mostrava se bastante nervosa tal como os outros candidatos que iriam terminar naquela sess o o processo 87 de RVCC Investigador DB 23 07 2008 p 44 Este nervosismo habitual nas sess es de j ri de certificac o Em parte porque os candidatos Estavam sempre habituados a vir ao CNO para estarem presentes em sess es de reconhecimento ou para organizarem o portef lio mas nunca estiveram presentes numa sess o de j ri de certifica o que uma sess o p blica onde pode estar presente qualquer cidad o Investigador DB 23 07 2008 p 44 mailisculas no original Neste dia apoio da equipa t
153. elou que nesta fase existem muitos candidatos que ainda n o sabem o que t m que fazer e que n o existe ainda uma apropria o da linguagem mais espec fica deste processo Investigador DB 02 04 2008 p 29 Ao longo do processo de RVCC a profissional de RVC vai agendando sess es com os candidatos em grupo ou individualmente para continuar a desenvolver com estes o portef lio bem como a tarefa Projecto pessoal PP ver Anexo 7 que habitualmente os candidatos apresentam sob a forma de uma apresentag o em suporte inform tico a ser utilizada em sess o de j ri de certifica o Investigador DB 02 04 2008 p 30 3 1 4 1 2 a formadora de LC CE Na primeira sess o de LC CE a formadora apresentou estas reas de compet ncias chave e alguns dos crit rios de evidenciag o de compet ncias para estas reas sugeridos no referencial de EFA de n vel b sico Tamb m nesta sess o a formadora distribuiu aos candidatos a tarefa Que compet ncias ver Anexo 8 Esta tarefa foi adaptada pela anterior equipa t cnico pedag gica tamb m da publicac o da DGFV 2004 e foi adoptada por esta nova equipa por considerarem que poderia ser til aos candidatos pois poderiam elaborar uma esp cie de invent rio das experi ncias mais significativas e das compet ncias desenvolvidas ao longo da vida e que se relacionam intimamente com a rea de compet ncias chave Investigador DB 14 05 2008 p 37
154. en menos que foram surgindo no campo de investiga o n o encaramos como problem tica a contamina o da vis o do investigador Bassey 1999 Courela 2007 Hamido 2005 Lessard H bert et al 1990 Merriam 1988 Mertens 1998 Rarick 2003 Stake 1995 Yin 1984 2003 Para Matos e Carreira 1994 o conceito tradicional de generaliza o n o faz sentido numa modalidade de 36 investigac o como o estudo de caso dado que se trataria de generalizar para uma populac o de casos nicos p 25 Consider mos no decurso deste trabalho investigativo crit rios que melhorassem a credibilidade da investiga o tal como sugerem Lincoln e Guba 1991 Para isso as pr ticas configuraram se do seguinte modo i mantivemos um envolvimento prolongado no campo diminuindo enviesamentos e falsas percep es ii mantivemos h bitos de observa o persistentes iii discutimos entre pares colegas de trabalho e investigadores facilitando o progresso da investigac o iv recorremos triangula o para isso consider mos v rias fontes de dados com diferentes procedimentos v us mos materiais adequados ao problema e s quest es de investiga o para a recolha de dados e vi consider mos um controlo pelos participantes das interpreta es que realiz mos bem como dos dados recolhidos e facilitamos uma revis o final do estudo aos participantes para considerarmos as suas interpreta es Como salienta
155. entes para aprender o que desejava pois foi muito breve e o ritmo muito acelerado Maria Q1 p 3 O interesse pelas TIC nomeadamente o computador foi um dos motivos que a levaram a inscrever se no CNO pois a Maria queria aprender computadores Investigador DB 05 03 2008 p 21 Esta motiva o pelas TIC fez com que se inscrevesse num centro de forma o perto deste CNO para frequentar ac es de forma o sobre programas inform ticos nomeadamente processador de texto folha de c lculo e programa de apresenta es que s o tamb m os programas que constam da rea de compet ncias chave de TIC do referencial de EFA de n vel b sico 3 3 1 3 Percurso profissional A Maria iniciou se no mundo laboral aos 19 anos em Angola num supermercado como operadora de som Era respons vel por anunciar promo es o 77 hor rio de funcionamento bem como informac es diversas Desenvolveu se pessoal e profissionalmente nesta empresa onde trabalhou tr s anos Entretanto casou se e devido s exig ncias da poca esteve dois anos apenas a desempenhar fun es dom sticas e a educar o filho Ap s este per odo de dois anos surgiu a oportunidade de reingressar no mercado de trabalho colaborando como telefonista num banco em Angola Paralelamente actividade profissional que desenvolvia continuou a apostar na formag o Frequentou um curso de dactilografia e de mecanograf a que tiveram impactes na vida profissional
156. es do sistema de ensino Assim qualquer iniciativa que promova traject rias de qualifica o junto de adultos tem que considerar a disponibilidade motiva o experi ncias pessoais e intencionalidade deste p blico para que a ades o se concretize com sucesso e retomem traject rias qualificantes Em Portugal dos cerca de 5 188 200 cidad os activos com idade maior ou igual a 15 anos 71 apresentam um n vel de escolaridade inferior ao ensino secund rio a taxa de analfabetismo nesta sociedade dita tecnol gica representa 5 do total de activos ANQ 2008a Estes valores s o ilustrativos de percursos acad micos curtos que desencadeiam consequ ncias como a precariedade pessoal profissional e cultural fraca qualifica o profissional aus ncia de participa o cr tica em exerc cios de cidadania e n o menos importante promove o cen rio de um mercado econ mico pouco competitivo O fosso crescente entre as qualifica es dos portugueses relativamente aos parceiros europeus OCDE 2005 2008 a sensibiliza o para novas din micas na educa o e forma o de adultos bem como a press o europeia com o livro branco sobre educa o e forma o UNESCO 1995 e a publica o da declara o de Hamburgo sobre a aprendizagem de adultos UNESCO 1997 impulsionaram Portugal a tomar uma posi o face educa o de adultos Fernandes amp C sar in press Como resposta urgente necessidade de qualificar escolar e profis
157. esc ncia bem como pela responsabilidade que assumia no selo familiar Elisabete HV s p pois Tinha obriga es em casa da minha tia saia de casa s sete e meia para pegar s oito Tinha uma hora de almoco do meio dia uma A hora de saida era s cinco Normalmente vinha logo para casa a n o ser que tivesse algum recado para fazer minha tia Quando chegava a casa normalmente lavava sempre a minha roupa m o e ia adiantando o jantar ajudava no que podia nas tarefas de casa Elisabete HV s p Apesar das dificuldades que a Elisabete enfrentou nesta fase da vida desenvolveu o gosto pelas artes pl sticas nomeadamente a pintura No portef lio regista mem rias do tempo Em menina Elisabete HV s p onde partilha que foi convidada pelo director de turma do sexto ano a pintar os vidros da sala de aula de E V T foi o meu segundo trabalho de pintura O primeiro ainda estava no quarto ano de escolaridade a minha professora gostava muito dos meus desenhos e dava apoio numa escola para meninos com defici ncia Sindroma de Down no Cac m Foi nessa escola que pela primeira vez pintei girass is numa parede na outra pintei nuvens um sol gaivotas e muitas flores Senti alegria por ter desenhado e pintado e por ver no rosto daqueles meninos da minha idade e mais velhos do que eu a alegria por verem a escolinha deles colorida e alegre Elisabete HV s p Neste excerto podemos tamb m observar as
158. este grupo encararam o processo de RVCC de modo diferenciado Para uns foi o concretizar de um sonho que me ajudou a enriquecer conhecimentos j um pouco esquecidos Investigador DB 04 07 2008 p 43 como partilhou a Elisabete na sess o de j ri de certificac o para a Z zinha o processo de RVCC foi uma aventura Investigador DB 04 07 2008 p 43 enquanto que para a Maria o processo de RVCC foi uma plataforma para se valorizar mais pessoal e profissionalmente bem como para desenvolver compet ncias ao n vel das TIC Ainda neste grupo de adulttos certificados temos o Tiago um jovem de 26 anos que mostrou compreender desde as primeiras sess es a filosofia do processo de RVCC apesar de ser aquele que de todo o grupo esteve afastado da escola e das pr ticas escolares h menos tempo Este candidato apesar da vida profissional preenchida e exigente conseguiu concluir este processo de certifica o e ambiciona tirar um curso superior que tenha possibilidade de por em pr tica no neg cio do 73 pai Investigador DB 04 07 2009 p 43 Apesar de poder candidatar se ao ensino superior atrav s do programa maiores de 23 n o se identifica com este percurso preferindo concluir o ensino secund rio pelo ensino recorrente e depois realizar provas de ingresso seguindo nas palavras do pr prio um percurso mais normal Investigador DB 04 07 2008 p 43 O Tiago analisando
159. experi ncias que a Elisabete viveu com jovens diagnosticados como apresentando diferentes tipos de defici ncia como ent o se designava Este cen rio facilitou jovem Elisabete experi ncias gratificantes mostrando se feliz por ter conseguido dar vida aquela escola fui beijada e abracada por meninos t o meigos e carinhosos Continuei a visitar esses meninos 93 durante algum tempo Elisabete HV s p Estas experi ncias influ ram nos h bitos gt gt que ainda hoje preserva como o gosto e curiosidade em aprofundar conhecimentos no dom nio da pintura como podemos observar pelo seguinte excerto Hoje ainda gosto de pintar e normalmente pinto frascos estatuetas de barro e guarda j las Hoje conhego alguns pintores tais como Picasso Rembrant Van Gogh e Da Vinci E Fui uma vez ver uma exposi o de pinturas a uma galeria no F rum Picoas Elisabete HV s p mai sculas no original Observamos no portef lio desta candidata o fraco destaque que d a adolesc ncia Foram anos marcados por dificuldades e por responsabilidades desajustadas idade que apresentava que fizeram com que Elisabete n o crescesse vivendo as experi ncias mais habituais para a idade e poca Sobre este per odo partilhou que Nunca me diverti na minha adolesc ncia pois era uma jovem que trabalhava e que tinha poucos amigos Elisabete HV s p Contudo os momentos mais positivos que a marcaram preserva na mem ria i
160. fazia a correc o em grande grupo Investigador DB 14 05 2008 p 37 Nesta sess o a formadora tamb m promovia um debate com os candidatos sobre este processo de certifica o de compet ncias que decorria de uma das quest es da tarefa corrigida para que pudessem evidenciar a capacidade de argumenta o por exemplo Investigador DB 14 05 2008 pp 37 38 3 1 4 1 3 o formador de MV TIC A primeira sess o de apresenta o aos candidatos das reas de compet ncias chave de MV e TIC come ou com uma breve apresenta o dos candidatos O formador questionou todos os candidatos sobre as motiva es para desenvolverem um processo de RVCC Alguns dos candidatos partilharam aspectos pessoais emocionais que facilitaram uma aproxima o entre os presentes desenvolvendo la os relacionais mais ntimos Investigador DB 19 03 2008 p 26 Ap s a apresenta o de todos os candidatos o formador tamb m partilhou parte do percurso pessoal e profissional j que Senti essa necessidade pois sei que estes adultos partilham imenso das suas vidas e sinto por vezes necessidade de tamb m dar um pouco da minha Investigador DB 19 03 2008 p 25 O formador ap s a apresenta o esclareceu o papel que desempenha no CNO elucidando que n o 63 era professor deles os candidatos era meramente um facilitador de correspond ncia entre as experi ncias de vida e as compet ncias que se pretendem ver evidenciadas
161. ferentes candidatos Fizemos ouvir a voz de v rios candidatos que partilharam connosco as experi ncias vividas ao longo de processos de RVCC nicos e individuais onde exploraram experi ncias de vida significativas facilitando a constru o de interpreta es sobre as experi ncias ao longo deste processo Vivemos epis dios memor veis nestes eventos que promoviam tamb m semelhan a das situa es anteriores o enriquecimento pessoal e profissional N o podemos deixar de mencionar o envolvimento na equipa do projecto de investiga o Interac o e Conhecimento IC uma experi ncia verdadeiramente rica partilhar a nossa experi ncia com investigadores mais experientes que trabalham e investigam em diferentes dom nios e que se mostram em todos os momentos dispon veis para acolher um jovem investigador Sentimo nos apoiados desde o primeiro momento o erro aceite como propulsor de uma melhor compreens o e apropria o de novos conhecimentos o apoio ao longo da escrita do primeiro artigo foi essencial bem como a presen a de elementos do IC e o conv vio na primeira comunica o oral Pertencer a este grupo de investiga o acreditar na partilha na for a da colabora o que juntos conseguimos desbravar trilhos ainda pouco explorados tamb m percorrer estes trilhos sem termos medo de nos perder pois neste grupo h sempre algu m que segura a luz que nos guiar a um destino que muitas vezes pode nem ser o
162. galh es J Barros G Castro J Os rio A et al 2002 Referencial de compet ncias chave para a educac o e formac o de adultos N vel b sico 2 ed Lisboa ANEFA Amorim J P Azevedo J Coimbra J L amp Imagin rio L 2008 Nem toda a comunidade cabe na educa o e forma o de adultos In J Ferreira A R Simoes amp P Figueiredo Eds Complexidade Um novo paradigma para investigar e intervir em educac o Actas do XV Col quio da AFIRSE Lisboa SPCE FPCEUL amp AFIRSE CdRom 121 Andr M J 1991 Etnografia da pr tica escolar Campinas Papirus Editora Antikainen A 1998a Between structure and subjectivity Life histories and lifelong learning International Review of Education 42 2 3 215 234 Antikainen A 1998b Life histories of learners the learning society and globalization The case of Finland from an international perspective Recuperado em Maio 21 2009 de http cc joensuu fi anti publ in english 159 pdf Antikainen A 2001 Agosto Is lifelong learning becoming a reality The case of Finland from a comparative perspective Comunica o oral aprsentada na 5 Conference of European Sociological Association 28 Agosto a 1 Setembro 2001 Helsinquia Finl ndia vila P 2005 A literacia dos adultos Compet ncias chave na sociedade do conhecimento Lisboa ISCTE Disserta o de doutoramento documento policopiado Badalo C 2006 Educa o de adultos e
163. iada pela ocupa o profissional da m e que cosia sapatos e mochilas que a Elisabete come ou a trabalhar na aldeia de Candeeiros Tinha oito anos quando comecei a trabalhar A minha m e ensinou me a coser sapatos e a arrematar as linhas das mochilas claro que a princ pio demorava mais tempo que a minha m e De manh a para a escola e tarde tinha que trabalhar Desde essa altura nunca mais deixei de trabalhar A minha inf ncia foi passando e eu crescendo as brincadeiras foram ficando para tr s mas os sonhos de uma crian a que gostava de brincar continuavam c dentro Elisabete HV s p A m e da Elisabete continuou a apostar na forma o profissional com a frequ ncia de um curso de tricotadeira em Lisboa Elisabete HV s p e em 97 busca de uma melhor oportunidade profissional o agregado familiar deslocou se para o Cac m Esta candidata continuou semelhan a de epis dios anteriores a acompanhar a evolu o das tarefas da m e j que aprendi a costurar camisolas de l continuei a estudar e a trabalhar com a minha m e e por vezes at s tr s da manh visto que havia prazos a cumprir Elisabete HV s p Em adolescente ambicionava desenvolver se pessoal e profissionalmente como m dica ou enfermeira Elisabete HV s p tal Como acontece com todos os jovens h sempre um sonho que se pretende realizar Elisabete HV s p Os sonhos n o se concretizaram
164. ida o das compet ncias do adulto Gomes amp Sim es 2007 p 18 mai sculas no original Ap s a certifica o definido um plano de desenvolvimento pessoal para cada adulto certificado pelo CNO com o objectivo de promover a continua o de traject rias de qualifica o bem como incentivar a autonomia na defini o dessas traject rias face motiva o interesse desejo e ambi o do adulto Os estudos j realizados sobre os impactes do processo de RVCC CIDEC 2004 2007 evidenciam que as principais mudan as nos adultos observam se no dom nio do auto conhecimento auto estima e auto valoriza o bem como na re definig o de traject rias de qualifica o e de prosseguimento de projectos pessoais e profissionais 25 1 4 1 O REFERENCIAL DE EDUCACAO E FORMACAO DE ADULTOS DE NIVEL B SICO O referencial de EFA de nivel b sico um documento de operacionalizac o flex vel que orienta as pr ticas de educa o e forma o de adultos na certifica o escolar de compet ncias desenvolvidas ao longo da vida em diferentes cen rios contextos Este instrumento estabelece uma ponte entre curriculo do ensino b sico formal e o ensino informal de adultos possibilitando a certifica o de compet ncias ao nivel do 4 6 e 9 ano de escolaridade respectivamente B1 B2 e B3 Este documento apresenta se organizado em torno de quatro reas de compet ncias chave cidadania e empregabilidade CE linguagem
165. ida Investigador DB 04 07 2008 p 43 Esta candidata mostrou um conhecimento relacional Carvalho amp C sar 2001 Skemp 1978 do conceito de percentagem bem como da no o de rea Ainda no portef lio 110 explora a exist ncia de figuras e s lidos geom tricos no quotidiano reconhecendo formas e padr es na constru o destas figuras em duas e tr s dimens es Elaborou tamb m um question rio sobre h bitos sustent veis que aplicou a familiares e colegas de trabalho Este question rio pretendia avaliar a exist ncia de h bitos sustent veis como por exemplo a pr tica da separa o de res duos s lidos para futura reciclagem A Elisabete escolheu este tema por mostrar se preocupada com os h bitos que tem vindo a observar ao longo dos anos sendo motivada pelo desejo de oferecer um mundo mais limpo e sustent vel aos filhos Investigador DB 04 07 2008 p 44 A candidata elaborou o question rio aplicou e tratou os dados recorrendo a uma folha de c lculo Tamb m calculou medidas de tend ncia central relacionando as com gr ficos que elaborou com a ajuda do programa Esta candidata iniciou o processo de RVCC em 5 de Mar o de 2008 concluindo com a presen a na sess o de j ri de certifica o a 4 de Julho de 2008 a primeira sess o de j ri realizada por esta equipa t cnico pedag gica neste CNO Investigador DB 04 07 2008 p 42 Este processo teve portanto a dura o de sensivelmente quatro meses
166. iduais e ou colectivas total Constru o do Portef lio Reflexivo de Aprendizagens PRA D2 Valida o de compet ncias organiza o de um J ri de Valida o com toda a equipa t cnico pedag gica para confrontar o com o Referencial de Compet ncias Chave e decidir o percurso futuro do adulto face s compet ncias Unidades de Compet ncias validadas Processos RVCC E inh t Nivel B sico JJ Prosseguimento e conclus o do 200h a 600h ELLA Processo de RVCC escolar e ou D3 Certifica o parcial gt Ai profissional e cestiica o BI B2 B3 ou n vel secund rio e ou Emiss o de um PPQ sa das profissionais do Cat logo Nacional de Qualifica es Processos RVCC L Nivel Secund rio 530h a 1060h Completar o percurso de formac o em Cursos EFA Portaria n 817 2007 identifica o das Unidades de Compet ncia do Referencial a completar em percurso de 4 Emiss o de um PPQ forma o D3 Certifica o total Certifica o J ri de certifica o Figura 3 Fluxograma dos eixos estruturantes do processo de RVCC Gomes amp Sim es 2007 p 21 O eixo reconhecimento do processo de RVCC baseia se num conjunto de pressupostos metodol gicos i e Balan o de Compet ncias Abordagem Auto biogr fica que permitem a evidencia o de compet ncias previamente desenvolvidas no qual se desenvolve a constru o de um Portef lio Reflexivo de Aprendizagens orient
167. ificuldades dos adultos inscritos nos CNO em desenvolverem o processo de RVCC Deste problema emergiram algumas quest es de investigac o que foram objecto de reformulac o ao longo do tempo 1 Quais as representa es sociais dos candidatos pouco escolarizados inscritos num CNO sobre o processo de RVCC 2 Qual o papel da equipa t cnico pedag gica na configura o das representa es sociais que os adultos certificados pelos CNO constru ram sobre o processo de RVCC 3 Que formas de participa o no processo de RVCC podemos observar nestes candidatos Estas quest es conduziram a actua o ao longo da investiga o e ser em torno destas que nos iremos focar neste trabalho onde damos voz s experi ncias reflex es preocupa es e sentimentos de duas candidatas a uma certifica o de 9 ano de escolaridade atrav s de um processo de RVCC 2 2 OP ES METODOL GICAS 2 2 1 ABORDAGEM INTERPRETATIVA Uma das op es metodol gicas do investigador posicionar se num dos paradigmas de investiga o Este posicionamento pessoal configurado pelas experi ncias valores cren as e representa es sociais do investigador A ess ncia do que somos e como vivemos n o mundo foram elementos que influenciaram a traject ria desta investiga o tal como sugere Mertens 1998 que segue uma abordagem interpretativa 33 Segundo Ponte 2004 a abordagem interpretativa baseia se na fenomenologia e Nesta persp
168. ilhos que nunca teve oportunidade de viver 95 Actualmente destaca se o desejo da Elisabete em viajar mais e conhecer outros pa ses e culturas Elisabete HV s p Salientamos tamb m a colaborac o em regime de voluntariado com uma associag o de apoio terceira idade no norte do pa s desde que ficou sens vel s situa es de isolamento dos idosos j reformados e desgastados pela vida do campo Elisabete HV s p Com esta colaborag o esta candidata acredita ter ajudado a desenvolver este projecto e no qual ainda hoje colaboro regularmente pois organizo muitas actividades que contribuem para o seu bem estar dos idosos o que me faz sentir entusiasmada ao v los completamente diferentes do que estavam cinco anos atr s mais alegres e activos Elisabete HV s p Este excerto permite iluminar a preocupag o social que apresenta sobre os cuidados prestados aos cidad os de terceira idade Observamos fortes preocupa es com a educa o e crescimento s cio cultural dos jovens onde destacamos as preocupa es manifestadas em rela o aos filhos bem como com os mais idosos A Elisabete parece desta forma preocupar se e gostar de cuidar das fases mais vulner veis do ser humano onde se depende mais do outro em diversos campos evidenciando ser uma pessoa solid ria que d bastante relevo aos afectos 3 3 2 2 Percurso acad mico A Elisabete ingressou no ensino formal com apenas c
169. inando car cter individual que atribui ao processo e que em parte o caracteriza Num outro momento na primeira sess o com formador de MV TIC a candidata respondeu a uma TIP onde partilhou o que era para si o processo de RVCC ver Figura 7 Deve se salientar que no caso da Maria esta tarefa foi respondida antes de ter sido dada resposta a uma solicitac o similar na tarefa Pondo em comum Nao Tuko Vor dasano Bonteciawerto As pone yo a C G contenta y to am Lu Lace Who utibigo ud de Maule Ve QD a kennel rates Ea ah NOS o lou ho Salen atau dos E el lt N Ben MNALAMG O ES o al Salma Q oaan AS VS p ear aaco LB que mre Qutu ao Gao AQU os low Figura 7 Resposta da Maria TIP Para mim o processo de reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias Nesta tarefa a candidata partilhou que nao sabe definir que processo de RVCC apesar de ja ter vivido algumas etapas no centro como o acolhimento diagn stico e encaminhamento e de ja ter frequentado algumas sess es de reconhecimento Associa a apropriac o de conhecimentos leitura e como no dia a dia profissional recorre maioritariamente oralidade afirma que n o sabe o que o processo de RVCC e mostra aus ncia de significado sobre as siglas RVCC Como n o consegue definir o processo de RVCC nem decifrar as imensas siglas associadas a este processo mostra pr activida
170. inco anos de idade em Gr ndola Sobre esta fase da vida recorda no portef lio que Gostava de aprender e no primeiro dia de aulas at pensei que chegava escola e ficava logo a saber ler Elisabete HV s p Nesse ano lectivo esta candidata n o experienciou sucesso acad mico pois foi transferida de escola duas vezes Estas transfer ncias foram motivadas por um dos acidentes de mota que o pai sofreu Como relata assim que o meu pai recuperou vim novamente para a minha escola onde tinha iniciado o meu ano lectivo Elisabete HV s p Ao longo desta fase da vida Elisabete assistiu transforma o de bastantes tra os da personalidade do pai a epis dios de viol ncia dom stica ruptura da rela o entre os pais e assumiu responsabilidades desajustadas para a idade que apresentava Esta multiplicidade de experi ncias potenciou o insucesso escolar ao longo do percurso acad mico desta candidata Ainda em Gr ndola completou a 1 e 2 classe do ensino prim rio como ent o se designava experienciando insucesso acad mico nestes dois anos de escolaridade 96 Elisabete HV s p Com a ruptura do matrim nio dos pais Elisabete mudou se com a m e e o irm o para o Cac m onde frequentou a 3 e 4 classe do ensino prim rio Na 3 classe confrontou se uma vez mais com o insucesso acad mico evidenciando uma traject ria escolar marcada pelo insucesso A Elisabete ainda hoje encara a conclus o
171. ingredientes Os candidatos s o o bolo as experi ncias de vida onde v o re conhecer compet ncias s o ingredientes e em tom de brincadeira o processo de RVCC a cereja no topo Desta forma esclareci junto dos adultos que as quatro reas de compet ncias do n vel b sico integram se todas na nossa vida e s o transversais Investigador DB 19 03 2008 p 27 No final da sess o o formador distribuiu aos candidatos a tarefa Que compet ncias ver Anexo 13 para que os candidatos pudessem referir experi ncias onde recorreram a ferramentas matem ticas bem como a situag es onde se tenham confrontado com as novas tecnologias Nas sess es seguintes com recurso a apresenta es o formador de MV TIC re trabalhou alguns conte dos matem ticos como o c lculo de percentagens convers es proporcionalidade directa e inversa entre outros Os candidatos inicialmente mostravam se bastante nervosos e relutantes sobre o que iriam ser as sess es desta rea Diziam mesmo Bem l vamos para a forca Investigador DB 09 04 2008 p 33 Por m com maior facilidade em alguns assuntos que outros os candidatos mostravam se participativos na sess o e exemplificavam com exemplos reais da vida de cada um situa es onde tivessem recorrido aos assuntos abordados Investigador DB 09 04 2008 p 33 No final de cada uma das sess es de reconhecimento de compet ncias o formador distribuiu aos candidatos uma lista com algumas ta
172. inicialmente previsto 118 4 3 DESCORTINAR O FUTURO H necessidade de investiga o no dom nio da EFA onde destacamos o processo de RVCC Este processo realiza se desde 2000 Contudo as investigag es sobre este processo de certificac o escolar e mais recentemente tamb m profissional mostram se escassas e dispersas Assim pretendemos continuar a investigar as pr ticas e as viv ncias neste processo de certificag o para nos desenvolvermos e nos tornarmos melhores profissionais Ao conhecermos novas pr ticas e contactarmos e partilharmos estas experi ncias com outros colegas nacionais e estrangeiros podemos alargar os horizontes de actuac o Este estudo restringiu se apenas a um CNO da rea de Lisboa Posteriormente poderia ser alargado a outros CNO Era tamb m interessante a realizac o de um follow up aos dez candidatos que participaram nesta investigac o para conhecermos os impactes que o processo de RVCC assumiu na vida destes em cen rios contextos pessoais profissionais e outros Revela se importante conhecer os impactes do processo de RVCC a uma escala mais macro visto este ser um processo de reconhecimento social que surgiu para colmatar os baixos ndices de qualifica o que a popula o portuguesa apresentava Esta investiga o poderia ser mais diversificada ao n vel dos instrumentos de recolha de dados semelhan a do que j foi realizado CIDEC 2004 2007 Deste modo a triangula o de divers
173. istemas educativos maior e melhor adapta o s novas necessidades e desafios considerando as exig ncias e necessidades individuais numa primeira inst ncia e das sociedades ditas tecnol gicas e do conhecimento numa segunda inst ncia mais global Constata se que as aprendizagens realizadas margem dos sistemas tradicionais de educa o forma o ao longo das traject rias pessoais sociais e profissionais dos adultos assumem uma import ncia decisiva na constru o das suas compet ncias e qualifica es contribuindo para o seu desenvolvimento pessoal e professional Pires 1999 p 27 A ideia de ALV surge por volta do s culo XIX com os primeiros movimentos que advogaram e promoveram a educa o de adultos em ambientes n o escolares Sitoe 2006 p 285 pretendendo promover quest es de natureza cultural social e indirectamente pol tica Kallen 1996 citado por Sitoe 2006 p 285 Contudo na d cada de 70 do s culo XX que os esfor os do Conselho da Europa UNESCO e OCDE convergem para um conceito perif rico ao de ALV Por esta altura o Conselho da Europa 1970 introduz o conceito de educa o permanente como proposta s cio pol tica para dar resposta s necessidades individuais de jovens e adultos no mbito de sociedades cada vez mais europeias Por sua vez em 1972 a UNESCO edita o relat rio Learning to be Faure 1972 que precedeu o trabalho de Lengrand
174. iva preocupa se essencialmente com processos e din micas tal como refere Ponte 2004 que reitera Merriam 1988 quando afirma que a abordagem interpretativa 1 preocupa se mais com os processos e as din micas mais do que qualquer outra abordagem ii depende de uma forma decisiva do s investigador es 11 procede por indu o induzindo a um constante refinamento do problema quest es de investiga o e instrumentos de recolha de dados e iv baseia se em descri o densa que surge na literatura como thick description que busca o sentido dos acontecimentos indo para al m de uma mera descri o factual dos acontecimentos A op o por desenvolvermos um estudo que assume uma abordagem interpretativa com um processo de an lise de dados qualitativo como Bogdan e Biklen 1994 preconizam decorre portanto do posicionamento que assumimos no mundo das concep es viv ncias e ideais nomeadamente de que as realidades s o socialmente constru das e de que a investiga o e os investigadores n o s o neutros tamb m configurada pela natureza do problema em estudo pelas quest es de investiga o e 34 pelas vantagens que a adop o de processos qualitativos pode trazer investiga o tal como sugere Mertens 1998 2 2 2 ESTUDO DE CASO O estudo de caso uma modalidade de investiga o que pode ser utilizada em investiga es de abordagem positivista interpretativa ou s cio cr tica O estudo de cas
175. lar e profissional MTSS amp ME 2008c integrando a perspectiva da educa o e forma o para dar resposta a adultos com idade maior ou igual a 18 anos e que apresentem baixos n veis de escolaridade e de qualifica o profissional 17 Amorim Azevedo Coimbra e Imagin rio 2008 temem que os cursos EFA e o processo de RVCC os pilares do eixo adultos da iniciativa novas oportunidades sejam encarados como f rmulas m gicas que habitualmente se operacionalizam desarticuladas entre si como com outras respostas que podem n o ser bastantes para resolver o cr nico atraso estrutural da educac o em Portugal e sobretudo para satisfazer uma procura que j de si reduzida se debate com uma oferta ainda mais reduzida p 1 Esta iniciativa procura mobilizar a populac o jovem e adulta para percursos de qualifica o Para isso surgem estas respostas que valorizam as traject rias pessoais e profissionais numa tentativa de promover a ades o desta popula o a percursos de qualifica o e de come ar a responder s necessidades educativas detectadas nesta popula o ANQ 2008b 2008d MTSS amp ME 2008b Desde 2005 in cio da iniciativa novas oportunidades que se observa uma maior ades o da popula o adulta a traject rias de qualifica o Segundo Capucha 2008 o n mero de inscritos que aderem a esta iniciativa tem vindo a crescer anualmente Em 2007 registou se o maior n mero de inscri
176. lisabete HV s p mai sculas no original visivel pelo excerto anterior o envolvimento que Elisabete assume na vida dos filhos que actualmente s o a sua principal ocupag o Elisabete HV s p Assim uma das qualidades que Elisabete reconhece em si pr pria a de Boa M e Elisabete Q1 p 5 Sobre a educac o dos filhos destaca a import ncia de incutir o interesse pela leitura a hist ria ou mesmo a interessarem se por programas culturais como visitas a museus tais como o museu da marinha o museu de nacional do traje e alguns monumentos pois s o sem d vida valores que ser o uma refer ncia no seu futuro Para complemento ao ensino que obt m nas respectivas escolas inscrevo os em cursos para que possam auxiliar os seus estudos como os cursos de inform tica e ingl s Assim posso dizer estar a cumprir devidamente o meu papel de m e e elemento fundamental na educa o dos meus filhos despertando lhe o interesse pela aprendizagem e procedendo para que tenham a melhor educa o Elisabete HV s p Esta candidata promove junto dos filhos o acompanhamento parental que n o teve ao longo da inf ncia e adolesc ncia e que muito possivelmente sempre desejou viver com acesso a um percurso de educa o formal mais de acordo com o previsto nos documentos de pol tica educativa e mais semelhante ao dos jovens que seguem um percurso escolar sem grandes constrangimentos facultando experi ncias aos f
177. lvo de pol ticas e pr ticas difusas marcadas pela forte instabilidade dos organismos nomeados para promover e difundir a educa o de adultos em 2006 que ocorre a extin o da Direc o Geral de Forma o Vocavional DGFV que marca mais um retrocesso na educa o de adultos em Portugal Esta extin o ocorre num momento em que o processo de RVCC come a a revelar ades o da popula o adulta e os CRVCC recebem cada vez mais relevo social como espa os de oportunidade para a re defini o de traject rias qualificantes nesta instabilidade que lan ada a n vel nacional a iniciativa novas oportunidade com o lema aprender compensa Esta iniciativa enquanto programa de ac o governativa com implica es ao n vel das pol ticas de educa o emprego e forma o profissional promove respostas aos baixos ndices de escolariza o e de qualifica o profissional da popula o portuguesa MTSS amp ME 2006 2007 No discurso pol tico associa se s ofertas de educa o de adultos a no o de educa o de segunda oportunidade adequadas para quem abandonou ou pode vir a abandonar a escola para quem n o teve ocasi o de a frequentar ou para quem numa perspectiva de valorizag o pessoal ou profissional a pretende vir a frequentar Laranjeira amp Castro 2008 p 2 Esta no o de segunda oportunidade parece estar subjacente iniciativa novas oportunidades Em 2007 criada a Ag ncia Nacion
178. m direito que tamb m tinha problemas de dilata o come ou a piorar porque estava em esfor o para compensar a falha do rim esquerdo que por sua vez se encontrava parado Nenhuma crian a pode viver assim Estava desesperada e queria engravidar por 94 duas raz es a primeira para tentar salvar meu filho e a segunda porque meu filho pedia todos os dias um mano Elisabete HV s p Este excerto ilumina a luta dor e sofrimento bem como os esforgos que marcaram a vida desta candidata ao longo destes anos em que enfrentou uma luta incessante para salvar o filho O desejo de engravidar concretizou se ap s dois casos de insucesso Em Novembro de 1998 deu luz uma menina saud vel Nasceu tamb m em Julho de 2001 uma outra menina que n o estava nos nossos planos Elisabete HV s p A Elisabete uma pessoa muito afectiva e dedicada aos filhos possivelmente por n o ter recebido os afectos que seriam de esperar enquanto crianca pelas circunst ncias em que cresceu Investigador DB 09 04 2008 p 33 Essa dedicac o faz com que Elisabete Desde o nascimento dos meus filhos que os tenho acompanhado na educag o e no percurso escolar orientag o e reuni o de pais em festas escolares em exposic es em desfiles de Carnaval e Natal Excurs es e organizag o de visita de estudo ao Badoca Parque Neste momento e j h alguns anos sou representante dos pais das turmas dos meus filhos E
179. m plano individual de desenvolvimento pessoal e profissional Fernandes in press No CNO onde ocorreu esta investiga o muitas sess es do processo de RVCC est o estruturadas e foram desenvolvidas em grupo tal como indicado na planifica o deste grupo de candidatos Todavia alertamos que o processo de RVCC individual e personalizado marcado pelo ritmo de cada candidato atendendo disponibilidade mostrada ao longo do processo Assim no grupo de candidatos que consider mos nesta investiga o os candidatos foram terminando o processo de RVCC com ritmos e em momentos diferentes Uma vez que este CNO tinha uma nova equipa t cnico pedag gica era desej vel que a equipa se reunisse para desenvolver um modelo para as sess es de j ri de certifica o por m N o nos reunimos previamente em equipa para discutir como deveria ser a din mica numa sess o de j ri Alguns minutos antes da sess o a J e a S abordaram me para perguntar como que eu visualizava a sess o de j ri como que eu estava a pensar organiz la Tendo como base a minha experi ncia anterior num outro centro e as minhas pr prias representa es do que um j ri de certifica o disse lhes que os elementos do j ri os formadores profissionais de RVC avaliador externo deviam estar sentados entre os candidatos para promover uma din mica de interac o entre todos os elementos da sala facilitadora do di logo e como forma dos candidatos
180. mas como o meio ambiente sa de ou reciclagem por exemplo etc 5 3 Matem tica para a Vida ex Actividade MV no meu dia a dia recibo de vencimento ou IRS com os c lculos realizados em termos de percentagens de descontos com gr fico comparativo com meses e ou anos anteriores etc situa es do seu dia a dia em que tem de usar c lculos matem ticos como nota o cient fica convers o cambial or amento familiar distribui o estat stica reas e per metros ou interpreta o de gr ficos por exemplo etc 5 4 TIC ex Actividade TIC no meu dia a dia mensagens de correio electr nicos e mails enviadas por si pesquisas na WWW realizadas por si tabelas listagens ficheiros elaborados por si como por exemplo folhas de c lculo folhas de texto apresenta es respectivamente Excel Word Powerpoint entre outros outros trabalhos realizados por si com recurso a softwares programas espec ficos ex Winrest Sisdoc Primavera SAP etc etc 6 Forma o complementar se necess rio 7 Plano de Interven o Final Projectos Perspectivas de Futuro Neste texto dever incluir os seguintes t picos projectos a n vel pessoal e profissional cursos ac es de forma o futuro profissional tempos livres quando se reformar 7 1 Documentos Relativos aos Projectos Acad micos Formativos ex pesquisa da Internet panfletos tabelas de pre os conte dos program
181. mentos que facilitem a mobilizac o desenvolvimento de capacidades e compet ncias que promovam a autonomia nos adultos em acompanharem as mudangas vertiginosas do mundo moderno C sar 2000 2002 O investimento em investiga o no dominio da educa o de adultos revela se ainda diminuto Queir s amp Ribeiro 1998 Assim estudar reas deste dom nio importante num pa s como Portugal que ainda apresenta baixos ndices de escolariza o e de sucesso educativo bem como elevados ndices de absentismo e abandono escolar Lima 1988 Por exemplo apenas 20 da popula o activa portuguesa apresenta 12 anos de escolariza o conclu dos enquanto que a m dia dos pa ses da OCDE de cerca 70 ANQ 2008d OCDE 2008 Em m dia a popula o portuguesa conclui oito anos de escolariza o o que contrasta com os 12 anos de escolariza o dos pa ses da OCDE MTSS amp ME 2006 OCDE 2005 2008 As elevadas taxas de insucesso acad mico influem nesta discrep ncia incrementando os baixos ndices de alfabetiza o da popula o No ano lectivo 2006 2007 as taxas de insucesso e abandono precoce escolar situaram se nos 11 com hegemonia do 3 ciclo do ensino b sico INE 2008 dando continuidade ao contexto portugu s no que concerne s baixas qualifica es Apesar das baixas qualifica es e ndices de escolariza o cerca de 31 da popula o com idades entre os 18 e 64 anos participaram em pr ticas educativas f
182. mp MSST 2002 pelos comportamentos assumidos ao longo da sess o de j ri de certifica o bem como pela aus ncia de articula o com a equipa do CNO Este coment rio mostra nos tamb m que o tempo dispendido leitura do portef lio da candidata foi insuficiente Podemos observar no coment rio deste avaliador que a Maria tinha como objectivo profissional a ascens o na carreira quando esta candidata refere em v rios momentos no portef lio que j atingiu o topo da carreira e que profissionalmente s ambiciona reformar se O avaliador reconheceu a organiza o estrutura e apresenta o do portef lio da Maria Por m referiu se documenta o e criatividade do portef lio como m dia Avaliador externo GADP p 5 Consideramos esta classifica o desajustada neste tipo de processo Sendo este um processo que tem uma forte componente autobiogr fica e que tem como base as experi ncias dos candidatos corre se o risco dos candidatos interpretarem que estas classifica es s o relativas s experi ncias de vida por exemplo As sess es de j ri s o um momento do processo onde os candidatos se revestem de bastante ansiedade pois assumem no como um julgamento sobre a validade das experi ncias de vida Investigador DB 04 07 2008 p 42 Assim responsabilidade da equipa do CNO bem como do avaliador externo garantir que este momento n o seja desconfort vel para os candidatos e seja um momento em que podem mo
183. na Ariel Tuckman B 2002 Manual de investigac o em educac o 2 ed A Rodrigues Lopes Trad Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian UNESCO 1995 White paper on education and training Teaching and learning towards the learning society Paris UNESCO 131 UNESCO 1997 Declarac o de Hamburgo Agenda para o futuro Hamburgo UNESCO Usher R Bryant I amp Johnston R 1997 Learning beyond the limits Londres Nova Iorque Routledge Yin R 1984 2003 Case study research Design and methods 3 ed Thousand Oaks CA Sage 132 ANEXOS 133 134 ANEXO 1 GUIAO DA ENTREVISTA 01 133 136 Gui o da Entrevista N vel B sico NOME N DE INSCRIG O DATA REALIZAGAO DO QUESTION RIO DATA DA ENTREVISTA PROFISSIONAL 137 BLOCO A IDENTIFICAC O 1 Nome 2 Data de Nascimento Idade 3 Estado Civil 4 Filhos Idades 5 Situa o Militar 6 N vel de Escolaridade 7 Profiss o Actual 8 Carta de Condu o Sim 8 1 Conduz Sim O Ol N o N o BLOCO B LEVANTAMENTO DE EXPECTATIVAS 1 Como que tomou conhecimento do Centro Novas Oportunidades da Secretaria Geral 2 Porque que decidiu inscrever se neste processo 138 BLOCO C PERCURSO ESCOLAR E DE FORMA O FORMAL 1 Onde estudou Nivel de escolaridade Escola Data 1 Ciclo 1 ao 4 ano 2 Ciclo 5 e 6 ano 3 Ciclo 7 ao 9 ano
184. nb 50108 sn s so woo SE opueinsIue sepe u s ide selpuajaduos seen se 81105 ajumbas ojpenb euS5u iq SIBUOISsIJOJd 9 sieoss d sersuajeduos seunB e 58 8 weunmwuled sy anb seodenys ap 5 4 nas op oBuo oy Seiduajaduos any 8L1 opu iduuo2o a sono so 3 sepigagal seodejuauo su pio se opuseJduos wepusalduwoo se sonno so anb e opow ap ezaJejo woo s o5e u uo no su pio soJno soe ONUISULAL opezijeued eyua au anb oesi9ap no ejsnful oedenys eun ep 891998 soodisodxa ode no 5 oju s idyv soJuswn le opuezijin e SIA ap sojuod snau so opuajag assau opuedionied no o ojeip o opue s u oojunwoD sjusujeJo soiposida 0 e a no SELIOJSIU ojuoS soueuolsenb e 0311989 Jod opuodsa a solle nuulJoj 5 ou5u ud 611 seno 919 su Be equi ap sojnjol sel nbn sojoquuis no OloI po un ap OWSUCI X9 SIBUIS 5811818 opu iduuo2 9 o idi ul 518115 so s B Jod o531iunuioo seJejndod s 1 zip sono 5 4 S uswepenbape ozijijn 9 odoyuos e SIA 1 NO 9 sIeuJo SOJAI 0197 epe ueje e oyejd eun esed Jazej o op zedeo opuas solnpoid no selap souejd oyuodxy 3919
185. nc o Individual Final Projectos Futuros Agora que o seu processo de RVCC esta a terminar propomos lhe que fa a uma reflex o sobre o que pensa realizar em termos futuros nas seguintes tr s esferas das sua vida a pessoal a profissional e a de forma o Projectos Pessoais Projectos Profissionais Projectos de Formag o 231
186. ndidatos se conseguirem expressar facil e ou correctamente atrav s dos c digos escritos A terceira TIP TIP 3 consistia em fornecer aos candidatos uma folha A4 branca sendo depois projectado o texto DESENHE e ou ESCREVA Para mim o processo de reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias Apesar desta tarefa ser similar a uma das solicita es da TIP2 nesta tarefa os candidatos tinham a possibilidade de se expressarem tamb m atrav s do desenho A quarta TIP TIP 4 foi aplicada s aos adultos certificados ap s a sess o de j ri de certifica o No formato e instru es a TIP4 id ntica TIP3 Os adultos certificados responderam numa folha branca A4 instru o de DESENHE e ou ESCREVA Para mim o processo de reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias foi Na aplica o destas TIP n o houve limita o temporal nem na extens o das respostas As instru es que precediam estas TIP eram fornecidas pelos t cnicos presentes nas sess es as primeiras duas tarefas foram propostas pela profissional de RVC e a terceira e quarta pelo investigador formador de uma forma clara e breve 2 3 4 RECOLHA DOCUMENTAL Efectu mos a recolha de diversos documentos em suporte papel e inform tico que pudessem fornecer evid ncias emp ricas para uma melhor compreens o dos fen menos que ocorreram no cen rio onde realizamos o estudo Como qualquer outro organismo um CNO tamb m
187. ndo se interrogavam se iam chumbar Mas a verdade que eu senti que eles estavam de facto numa sess o de exame oral Investigador DB 04 07 2008 p 43 Todos os elementos devem assumir pap is num j ri de certificac o em sintonia ou seja com as decis es que se tenham deliberado pr j ri de certificag o entre a equipa t cnico pedag gica e o avaliador externo pelo que estas reunides entre avaliadores externos e equipas t cnico pedag gicas assumem relevo na construg o social do que o processo de RVCC Ap s todas as apresentac es presentes no j ri de certificac o habitual alguns elementos do j ri tecerem coment rios Esses coment rios surgem de diversas formas 68 dependendo da representag o social que cada CNO apresenta sobre como deve ser uma sess o de j ri de certifica o As interven es podem surgir sob a forma de di logo entre candidatos e elementos do j ri ao longo da sess o e das apresenta es dos candidatos bem como somente no final da apresentag o de cada candidato ou somente no final de todas as apresenta es N o existem regras No caso deste CNO cada elemento do j ri de certifica o tecia um coment rio no fim da apresenta o de cada candidato Da interven o do avaliador externo destacamos as palavras sobre a an lise que realizou aos portef lios dos candidatos onde anunciou aos presentes na sess o de j ri de certifica o que Estive pouco tempo 15 min
188. nos que Nunca os obriguei a ler um livro e a fazer um 62 resumo Isso na escola Porque quem l sabe resumir quem n o l vai net por isso contornamos a quest o Aqui s reconhecemos se sabem ler e resumir N o fomentamos a leitura N o est no referencial Investigador DB 14 05 2008 p 37 aspas no original O referencial de EFA de n vel b sico pretende contemplar as compet ncias que se esperam mobiliz veis por adultos com o 4 6 ou 9 ano de escolaridade Este um instrumento flex vel sujeito interpreta o das equipas t cnico pedag gicas dos CNO bem como dos pr prios candidatos quando o conhecem Assim o discurso de uma das formadoras deste CNO permite iluminar a interpreta o e operacionaliza o r gida do referencial de compet ncias chave nos CNO onde muitas vezes a interpreta o literal do que est escrito nomeadamente as sugest es de crit rios de evid ncia de mobiliza o de compet ncias n o facilitam uma focagem mais abrangente e criativa do referencial e mais focalizada nas caracter sticas necessidades e compet ncias individuais dos candidatos que desenvolvem o processo de RVCC Quase todos os candidatos em processo de RVCC frequentavam uma sess o de forma o complementar de LC com a dura o de tr s horas Nesta sess o a formadora entregava aos candidatos as tarefas que realizavam na sess o de reconhecimento de compet ncias da rea de LC corrigidas e no quadro
189. nou para a vida Elisabete HV s p mostrando que consegue mobilizar as capacidades e compet ncias que desenvolveu noutros cen rios contextos da vida Em Janeiro de 1993 soube que estava gr vida e A partir do terceiro m s de gesta o tive que ficar de repouso absoluto estava em risco de perder o beb Elisabete HV s p O filho de Elisabete foi sujeito a internamentos hospitalares devido a problemas de sa de Estas situa es influ ram para que fosse dif cil de conciliar o meu emprego de cabeleireira com o novo papel que assumia na minha vida o de m e tendo me despedido em 1994 Elisabete HV s p Desde esse momento e at hoje a Elisabete n o realiza nenhuma actividade profissional sendo dom stica Elisabete HV s p Mas esta op o encarada como uma das qualidades que apresenta ser uma boa m e como ela se designa Elisabete p 5 No question rio que preencheu que antecede a entrevista pessoal com a profissional de RVC relativamente s perspectivas sobre o percurso profissional Elisabete n o deu qualquer resposta Elisabete Q1 p 5 porque actualmente N o encontro nenhum emprego que me permita conciliar a dedica o para com os meus filhos e as exig ncias do trabalho Investigador DB 09 04 2008 p 33 aspas para identificar a transcri o integral 3 3 2 4 Desenvolvimento do processo de RVCC A candidata inscreveu se neste CNO em Abril de 2007 a
190. nsversalidade As reas de compet ncias chave Linguagem e Comunicag o Tecnologias da Informa o e Comunica o e Matem tica para a Vida s o efectivamente instrumentais relativamente de Cidadania e Empregabilidade que por isso se colocaria num plano diferente do das outras tr s digamos o da express o de comportamentos de cidadania e de empregabilidade tornada poss vel pela apropria o de compet ncias que aquelas propiciariam p 97 aspas e mai sculas no original Iluminamos nesta figura n o s a import ncia da rea de CE numa sociedade cada vez mais exigente nas rela es psicossociais e que nos propicia mais e maiores desafios bem como a import ncia da l ngua estrangeira Associada rea de LC todos os candidatos que tenham desenvolvido compet ncias ao n vel da l ngua inglesa e ou francesa podem solicitar o reconhecimento dessas compet ncias Propositadamente atribuimos um destaque import ncia da l ngua estrangeira neste processo de certifica o uma vez que tem sido atribu do pouco relevo ao n vel da certifica o escolar do ensino b sico a esta componente do referencial tanto ao n vel da ANQ como nas pr ticas dos CNO O referencial um documento flex vel que apela interpreta o tanto das equipas dos CNO como dos pr prios candidatos que devem tomar conhecimento deste instrumento de trabalho com base nas interpreta es constru das atrav s das v rias leituras em dife
191. ntactos para conseguir aceder Ihes sempre que necess rio como o caso d A minha primeira sa da a noite aos dezassete anos na passagem de ano de 1988 para 1989 Elisabete HV s p J na fase adulta como define no portef lio a Elisabete conheceu um jovem Ap s dois anos de namoro esse jovem tornou se no marido de Elisabete em 1992 Adquiriram habita o pr pria e As responsabilidades come aram mas Consegu amos gerir tudo com normalidade e dentro das nossas possibilidades Elisabete HV s p Em Janeiro de 1993 engravidou Elisabete HV s p e A partir do terceiro m s de gesta o tive que ficar de repouso absoluto pois estava em risco de perder o beb Elisabete HV s p Esta situa o interferiu com as din micas e h bitos que mantinha na altura Em Setembro nasceu o filho com apenas 31 semanas tendo sido submetido a interven es m dico cir rgicas ao longo de dois meses devido aos problemas de sa de que apresentava Elisabete HV s p A crian a saiu do hospital em Novembro de 1993 exigindo total disponibilidade dos pais pois Devido ao problema de sa de do meu filho Elisabete estava sempre de baixa para lhe prestar assist ncia Durante seis anos caminhei para o hospital para fazer exames porque o rim esquerdo n o fazia o seu devido trabalho deixando mesmo de funcionar entre os quatro e cinco anos de idade sujeitando o a v rios exames semanais O ri
192. nte afirmac o Corremos o risco de ter um milh o de portugueses certificados sem qualificac o nenhuma Concorda ou n o Porqu 188 6 Indique se as afirmag es que se seguem 5 factos ou opini es F O a O processo de Reconhecimento Validac o e Certificag o de Compet ncias RVCC uma boa forma de promover a qualificag o escolar b Ontem o Primeiro ministro apresentou os primeiros 65 certificados do 12 ano c O processo de equival ncia escolar atrav s do RVCC f cil e r pido d Existem mais de 300 centros Novas Oportunidades espalhados pelo pa s e O projecto de Reconhecimento e Validac o de Compet ncias existe h mais de 3 anos 7 Faca um resumo do texto 189 8 Elabore um texto de resposta coment rio ao post publicado explicitando a sua opini o e justificando No seu coment rio dever fazer um balango geral do processo de reconhecimento de compet ncias tal como ele vivido e sentido por si as suas expectativas dificuldades etc Coment rios 190 10 TAREFA DA REA COMPETENCIAS CHAVE DE LC LC2 191 192 Reconhecimento de Unidades de Compet ncias Nome Nome do Grupo Linguagem e Comunicag o Data Z Ap s ter observado os simbolos da tabela dever escrever qual o seu significado e em seguida descrever em que circunst ncias se confronta habitualmente com
193. ntinha em rela o ao 71 restante grupo este isolamento pode ter origem possivelmente pela timidez baixa auto estima positiva que esta candidata apresentava Outro era constitu do por tr s candidatas que trabalhavam no mesmo organismo estatal Ainda que n o fossem muito unidas estas candidatas acompanhavam se nas sess es e partilhavam os avangos e dificuldades que sentiam ao longo do processo de RVCC Resta um ltimo subgrupo constitu do somente pela Maria Esta era uma das candidatas com mais idade que gostava de estar isolada porque como a pr pria afirmava precisava do seu tempo para entender as coisas e gostava de estar nos seus pensamentos Investigador DB 19 03 2008 p 28 Apesar de existirem estes subgrupos no in cio do processo enquanto grande grupo mostraram se sempre muito unidos e apoiavam se uns nos outros como forma de superar dificuldades Realcamos o epis dio por exemplo em que um candidato que estava mais a vontade com o computador levantou se para ajudar o colega Investigador DB 02 04 2008 p 31 Numa fase inicial do processo de RVCC os candidatos mostraram sentimentos de desorientac o pois n o sabiam o que fazer para desenvolver o portef lio Investigador DB 02 04 2008 p 30 A Maria por exemplo partilhou que n o queria escrever a hist ria de vida pois n o queria recordar Investigador DB 02 04 2008 p 31 e o Paulo n o sabia como escrever as e
194. nto e posterior valida o e certifica o de capacidades e compet ncias desenvolvidas bem como de aprendizagens apropriadas em cen rios contextos formais n o formais e informais assenta sobre a igualdade de oportunidades entre aprendentes adultos Qualquer adulto independentemente do g nero idade e estatuto social tem o direito de ver reconhecidas aprendizagens apropriadas bem como compet ncias e capacidades desenvolvidas em diferentes espa os tempos da vida As representa es sociais nomeadamente as que desenvolvemos sobre o processo de RVCC constroem se na interac o com os outros Culturalmente situadas as representa es sociais s o influenciadas pelas experi ncias pessoais Com esta investiga o pretendemos conhecer mais detalhadamente as representa es sociais de adultos que desenvolveram um processo de RVCC e foram certificados com o 9 ano de escolaridade bem como a evolu o ao longo do processo dessas representa es sociais uma vez que estas s o din micas Moscovici 1984 2000 Procuramos tamb m compreender o papel da equipa t cnico pedag gica na configura o das representa es sociais sobre o processo de RVCC nos adultos certificados pelos CNO bem como diferentes formas de participa o destes adultos neste processo Para facilitar a leitura e compreens o dos temas discutidos nesta disserta o optamos por estrutur la do seguinte modo i na introdu o focamos a relev ncia do tema esc
195. o de escolaridade porque mostrava n o ter vivido experi ncias que proporcionassem o desenvolvimento de compet ncias necess rias para realizar um processo de reconhecimento de compet ncias de n vel secund rio Independentemente de apresentar perfil para desenvolver um processo de RVCC de n vel secund rio a Elisabete reconhece que apresenta dificuldades com a l ngua estrangeira pelo que pretende optar por um percurso de formag o onde pode desenvolver compet ncias ao nivel do ingl s Pretende igualmente frequentar uma ac o de forma o ao nivel das TIC reconhecendo o dom nio destas ferramentas inform ticas na actualidade O objectivo desta candidata em obter uma certifica o de 12 ano de escolaridade prende se com a ambi o da Elisabete em prosseguir os estudos no ensino superior atrav s da frequ ncia de uma licenciatura em enfermagem Com o processo de RVCC a Elisabete parece ter se valorizado mais sendo este um dos objectivos que esta candidata manifestava inicialmente quando respondeu tarefa Pondo em comum Desejo com todos os meus esfor o e meu estudo conseguir mostrar o meu trabalho E desejo conseguir E se conseguir sei que me vou valorizar mais e sentir me mais feliz Elisabete TIP2 resposta original Com este processo a Elisabete que se descreve pictograficamente como uma flor Elisabete re descobriu as potencialidades que pensava n o ter e conseguiu motivar se para continuar um per
196. o tem tradi es na rea da sa de psicologia sociologia antropologia bem como em outros dom nios Stake 1995 O estudo de caso facilita a compreens o de fen menos bem como a constru o de sentidos e interpreta es atrav s das quest es de investiga o formuladas para conhecer mais aprofundadamente os comos de uma problem tica Denzin 1989 2002 Em educa o o recurso ao estudo de caso surge nas ltimas d cadas do s culo XX sendo actualmente uma das modalidades de investiga o mais frequentes em investiga es que assumem uma abordagem interpretativa Stake 1995 Para Merriam 1988 o estudo de caso a modalidade ideal para se compreender e interpretar observa es de fen menos educacionais p 2 como o processo de RVCC Num estudo de caso o caso pode ser um indiv duo um grupo uma empresa um comportamento entre outros tal como sugerem Bassey 1999 Merriam 1988 Mertens 1988 Schram 2006 Stake 1994 1995 1998 Sturman 1994 e Yin 1984 2003 Partilhamos da vis o de Stake 1995 que assume o estudo de caso como sendo n o interventivo e emp tico Por outras palavras tentamos n o perturbar as actividades habituais do caso n o testando nem realizando entrevistas se conseguirmos obter a informa o que queremos por observa o discreta ou an lise documental Tentamos empenhadamente entender como os actores as pessoas que est o a ser estudadas v em as coisa
197. o das aprendizagens n o re nem consenso pelo que corremos o risco de quando invocada a mesma categoria nos referirmos a conceitos diferentes Mas porque as capacidades e compet ncias que desenvolvemos ao longo da vida n o se conseguem expressar por meros diplomas acad micos urge a problem tica da cria o viabilidade e sustentabilidade de sistemas e dispositivos de reconhecimento de compet ncias 1 3 INICIATIVA NOVAS OPORTUNIDADES Novas Oportunidades Aprender compensa o lema que acompanha a maior campanha publicit ria dedicada a promover a educa o de jovens e adultos pouco qualificados em Portugal Portugal na sequ ncia de pol ticas de educa o de adultos pouco definidas e difundidas distanciou se ao longo dos anos dos parceiros europeus no que concerne s qualifica es da popula o adulta activa Entendemos por qualifica o o resultado formal de um processo de avalia o e valida o comprovado por um rg o competente reconhecendo que o indiv duo adquiriu dir amos desenvolveu compet ncias em conformidade com os referenciais estabelecidos MTSS 2007 p 9168 A iniciativa novas oportunidades surge como uma interven o pol tica focalizada determinada continuada e em ritmo acelerado nesta rea sem a qual n o 14 possivel alcangar uma sociedade plenamente desenvolvida em todas as suas dimens es MTSS amp ME 2006 p 6 Para Can rio 2005 esta medida
198. o o acto de explicar entender conhecer e conviver com v rios modos estilos artes t cnicas e destrezas habilidades ao longo da vida Esta postura hol stica face aprendizagem permite transitar livremente por enfoques onde a complexidade e a diversidade de solu es s o contempladas O indiv duo nas suas m ltiplas dimens es tem aqui flexibilidade para a aprendizagem social hist rica cultural pol tica e ou emocional Gomes 2006 p 15 frequente nos discursos pol ticos e educativos sobre ALV a classifica o das aprendizagens em tr s categorias Essa classifica o depende do cen rio contexto facilitador da apropria o Assim as aprendizagens podem ser classificadas como formais n o formais e informais Segundo Palhares 2007 desde a d cada de 70 do s culo XX que se enraizou no discurso educacional esta classifica o e at recentemente n o houve uma 12 reformula o do significado destas classifica es no dominio educativo A CCE 2001 define aprendizagem formal como a aprendizagem tradicionalmente dispensada por um estabelecimento de ensino ou de formac o estruturada em termos de objectivos durac o e recursos conducente certificag o p 41 e intencional do ponto de vista do aprendente n o formal como sendo a aprendizagem n o dispensada por um estabelecimento de ensino ou forma o que n o conduz tradicionalmente certifica o e estrut
199. o processo de RVCC e como estas evolu ram ao longo do processo 11 as pr ticas que a equipa t cnico pedag gica adoptou para desenvolver junto dos candidatos processos de RVCC personalizados e individualizados e iii as influ ncias das interac es sociais entre adulto adulto equipa equipa e adulto equipa na constru o e desenvolvimento das representa es sociais sobre o processo de RVCC junto dos candidatos Inicialmente os candidatos do grupo que participou nesta investiga o apresentavam uma representa o social positiva do processo de RVCC Contudo mostravam desconhecimento sobre o que era este processo As pr ticas em que os candidatos se envolviam eram diferentes daquelas que conheciam do ensino formal pelo que inicialmente os candidatos mostravam se apreensivos e relutantes porque n o conseguiam compreender as tarefas que lhes eram solicitadas Enquanto formador num CNO conhecer as representa es sociais dos candidatos que desenvolvem um processo de RVCC reveste se de extrema import ncia 115 Desta forma podemos ajustar as pr ticas s expectativas motiva es e interesses dos candidatos para que possam desenvolver de um modo informado e consciente o portef lio necess rio para a certifica o de 4 6 9 ou 12 ano de escolaridade As TIP que os candidatos realizaram em diferentes momentos do processo de RVCC permitiram acompanhar a evolu o din mica das representa es sociais destes
200. ofissionais de RVC porque as pr prias sentiam muita press o dos candidatos para fornecerem pistas sobre a constru o do portef lio Nesse sentido elaboraram uma estrutura de portef lio um ndice que quase todos os candidatos acabaram por adoptar Investigador DB 30 07 2008 p 47 Ap s a s apresenta o es do s candidato s ao j ri de certifica o os elementos do j ri devem reunir se para deliberar onde devem discutir os 69 acontecimentos da sess o de j ri al m de confirmar ou infirmar a certificag o dos candidatos nas unidades de compet ncias das reas de compet ncias chave a que se propuseram Apesar da import ncia de mais este momento de reflex o cr tica por parte dos elementos do j ri de certificac o numa das sess es de j ri realizadas neste CNO Ap s as apresenta es destes candidatos a formadora que presidia a sess o n o anunciou uma pausa para o j ri se reunir e anunciou que estavam todos validados tendo dado os parab ns aos candidatos Eu e a J olh mo nos estranhando aquele comportamento pois deve haver uma delibera o do j ri desej vel que haja uma discuss o sobre os processos de RVCC e o que os adultos apresentaram A S diz que n o fez uma pausa porque n o precisa pois toda a gente fica validada e a pausa s uma formalidade Apresentei lhe uma situa o concreta que j tinha vivido em que uma candidata n o foi validada em todas as reas ap s a
201. olhido e a estrutura da disserta o 11 no primeiro cap tulo abordamos o foco que a educa o de adultos tem vindo a assumir nas pol ticas educativas em Portugal Iluminamos tamb m a relev ncia que a aprendizagem ao longo da vida assume nos discursos e pr ticas educativas com destaque na educac o de adultos Terminamos este cap tulo com uma an lise sint tica sobre a iniciativa novas oportunidades que concentra actualmente as respostas educativas para jovens e adultos pouco escolarizados 111 no segundo cap tulo apresentamos a problematizac o e a metodologia que norteou esta investigac o Neste cap tulo apresentamos tamb m o posicionamento enquanto investigadores bem como os participantes instrumentos de recolha de dados e procedimentos iv num terceiro cap tulo apresentamos e discutimos os resultados sendo de real ar que os participantes neste estudo apresentavam inicialmente uma representa o social positiva sobre o processo de RVCC apesar de revelarem desconhecimento sobre este processo Os resultados iluminam tamb m o papel das equipas t cnicos pedag gicas como agentes configuradores das representa es sociais sobre o processo de RVCC num CNO bem como a aus ncia de pr ticas de colabora o e de reflex o sobre o processo de RVCC que influem no desenvolvimento dos processos de RVCC dos candidatos e por fim apresentamos as considera es finais onde salientamos os principais resulta
202. olvem actividade no pressuposto de que a promo o da qualifica o de base da popula o adulta promove tamb m a efic cia e os resultados do investimento ao nivel da forma o cont nua de activos pelo que se constituem como espa os privilegiados para a execu o de uma perspectiva de Orienta o ao longo da vida Pinto Vale Soares amp Morais 2008 p 7 mai scula no original Assim os CNO desenvolvem junto dos candidatos a promo o de novos processos de aprendizagem forma o e certifica o escolar e profissional facilitando o apoio cria o do pr prio emprego promo o gest o da empregabilidade bem como a constru o de um plano individual de desenvolvimento pessoal e profissional 1 4 PROCESSO DE RECONHECIMENTO VALIDA O E CERTIFICA O DE COMPETENCIAS Os CNO s o o agente privilegiado da iniciativa novas oportunidades e s o a inst ncia onde ocorrem processos de RVCC Este processo tem vindo a proporcionar resposta s baixas qualifica es da popula o adulta activa que outrora suspenderam no tempo sonhos e objectivos de vida Fernandes amp C sar 2008 Para Cavaco 2007 as din micas em que se assenta o processo de RVCC parte do pressuposto de que h continuidade entre a aprendizagem e a experi ncia os processos de aprendizagem s o interdependentes da acumula o de experi ncias pp 22 23 pelo que se torna pertinente reconhecer as
203. ompreens o global do fen meno de interesse Ponte 2004 p 2 Os estudos de caso situam se segundo Lessard H bert e seus colaboradores 1990 num continuum em que varia o grau de construg o de abertura e de controlo do campo de investigac o pelo investigador p 168 it lico no original em que o estudo de caso dever ser a modalidade de investiga o mais real mais aberta e a menos controlada na medida em que se pretende retratar o mais fidedignamente e com o menor grau de interfer ncia do investigador o cen rio contexto do s caso s em estudo Temos vindo a colaborar com diferentes CNO facilitando acesso a v rias experi ncias de RVCC A import ncia e contributo destas experi ncias manifestaram se ao longo da investiga o na tomada de decis es que assumimos em diferentes momentos da investiga o Para Courela 2007 em investiga es de abordagem interpretativa a validade dos dados pode ser apreciada atrav s da honestidade profundidade riqueza e extens o dos dados da aproxima o aos participantes da extens o da triangula o e pelo desinteresse ou objectividade do investigador que n o consideramos poss vel nem desej vel p 347 Defendemos que a subjectividade do investigador n o prejudicial investiga o pelo contr rio enriquece a facilitando a constru o de uma compreens o multifacetada do problema Como n o pretendemos procurar generaliza es para os f
204. or flexibilidade Elisabete PRA s p Esta caracter stica partilhada pelo processo de RVCC um processo flex vel que cada candidato constr i em fun o da disponibilidade temporal das capacidades e compet ncias desenvolvidas ao longo da vida bem como das necessidades espec ficas de forma o Esta flexibilidade pode tamb m ser encarada como um ponto negativo neste tipo de processo Ainda sobre a forma o dist ncia a Elisabete preocupa se que Uma vez que n o sendo acompanhado presencialmente pelos profissionais que ministram esse curso o aluno poder por vezes debater se com d vidas ou quest es que ser o de dif cil esclarecimento o que acaba por prejudicar a aprendizagem Elisabete PRA s p Esta preocupa o da candidata pode se transpor para o processo de RVCC pois por diversas vezes o contacto realizado com os candidatos atrav s de telefone ou mensagens electr nicas possibilitando problemas de comunica o entre candidatos e equipa t cnico pedag gica revelando se um constrangimento ao desenvolvimento do processo Estes canais de comunica o devem ser usados com modera o bem como com precau es para que n o interfiram negativamente na motiva o dos candidatos em desenvolver o processo de RVCC Ainda no portef lio a candidata mostrou se bastante agradada com a rea de compet ncias chave de MV descobrindo capacidades e compet ncias que n o imaginava ter desenvolvido ao longo da v
205. or relevo social actuando como uma porta de entrada para a re defini o de traject rias de qualifica o escolar e ou profissional de jovens e adultos Nos CNO desenvolvem se processos de RVCC onde adultos pouco escolarizados evidenciam atrav s de uma abordagem auto biogr fica aprendizagens capacidades e compet ncias desenvolvidas ao longo da vida em diferentes cen rios contextos Esta investiga o assume uma abordagem interpretativa Realiz mos estudos de casos m ltiplos intr nsecos num CNO da grande Lisboa Seleccion mos um grupo de 10 candidatos a uma certifica o de 9 ano de escolaridade Foc mo nos na voz de duas adultas certificadas Recolhemos dados atrav s de conversas informais e observa es registadas em di rio de bordo do investigador do portef lio que constru ram e de recolha documental Realiz mos uma an lise de conte do sucessiva e aprofundada tendo emergido categorias indutivas Os resultados iluminam que estas candidatas desenvolveram uma representa o social positiva sobre o processo RVCC apesar de evidenciarem ao longo deste processo dificuldades em construir sentidos sobre o processo de RVCC bem como em distinguir os pap is dos agentes da equipa do CNO e das pr ticas Os resultados iluminam tamb m as potencialidades deste processo de certifica o para capacitar estes adultos a retomarem percursos de qualifica o pessoal escolar e ou profissional ao longo da vida Palavras chav
206. ormais e ou n o formais com maior incid ncia nos grupos mais escolarizados INE 2007 Nestas participa es desenvolvem capacidades e compet ncias que urgem ser certificadas formalmente Nas pol ticas educativas portuguesas podemos observar actualmente um maior dinamismo na qualifica o e forma o da popula o jovem e adulta com iniciativas que reconhecem validam e certificam compet ncias atribuindo certifica es formais a aprendizagens capacidades e compet ncias que n o foram desenvolvidas necessariamente em cen rios contextos formais A iniciativa novas oportunidades o exemplo por excel ncia deste esfor o de Portugal em qualificar a popula o adulta sendo os CNO os pilares da nova pol tica educativa para adultos MTSS amp ME 2006 32 Por nos desenvolvermos pessoal e profissionalmente em CNO observ mos que muitos adultos durante processo de RVCC ou ap s a certificag o evidenciavam dificuldades em descrever o que um processo de RVCC bem como as din micas em que se envolveram Procuramos assim com recursos aos diferentes agentes do processo de RVCC adultos e equipa t cnico pedag gica compreender melhor como vivem estes adultos o processo de RVCC A problematiza o que sustenta esta investiga o tem bases na experi ncia quotidiana pessoal e profissional do investigador McMillan amp Schumacher 1984 Merriam 1988 O problema que norteou esta investiga o remete nos para as d
207. os pelo gosto em aprender Elisabete HV s p Neste periodo pai de Elisabete num acidente de viag o sofreu um traumatismo craniano Este acidente fez com que agregado familiar se deslocasse de Grandola para a aldeia de Candeeiros em Leiria para que o pai de Elisabete pudesse recuperar Esta movimentag o implicou que num ano lectivo Elisabete fosse transferida de escola duas vezes que teve impactes no desempenho acad mico desta candidata marcado pelo insucesso Elisabete HV s p Contudo que a marcou especialmente foi que A partir desse ano foram s mudancas O meu pai ap s o acidente j n o era o mesmo Elisabete HV s p Ap s o acidente de viac o o pai da candidata tornou se violento e agressivo e n o tinha controle na bebida A vida de uma fam lia que era feliz deixou de o ser Ja n o havia alegria no nosso lar todo o amor que existia foi desaparecendo o carinho e afecto que o meu pai tinha por n s foi desaparecendo de dia para dia Escusado ser dizer mas tudo terminou entre a minha m e e o meu pai Fomos obrigados a abandonar o nosso lar Elisabete HV s p Aos oito anos de idade enfrentou a separac o dos pais libertando se de um ambiente de viol ncia dom stica que se arrastava h tr s anos Assim mudou de resid ncia com a m e e o irm o para a casa de uma tia onde encontraram uma oportunidade para re comegar a vida A Elisabete cresceu a ver a m e a trabalhar em casa
208. ossivelmente pelo car cter aberto de inspira o projectiva que caracteriza esta tarefa Investigador DB 05 03 2008 p 22 Nesta tarefa observamos que a candidata por diversas vezes rasura o que escreve e procede a reformula es tal como podemos observar na Figura 11 Para mim Reconhecimento e Valida o de Compet ncias G Saber ndo occupa lugar Esempre Dom der mais Conhecimentos A materna ea e pura a vide como Saber ler escrever e Figura 11 Resposta da Elisabete tarefa Pondo em comum Estas reformula es prendem se possivelmente com uma tentativa de melhoramento da express o escrita j que os elementos da equipa t cnico pedag gica iriam ler as respostas produzidas pelos candidatos Atendendo solicita o desta tarefa 101 a resposta que a candidata produziu n o aborda directamente que se solicitava Possivelmente foi intencional contornando o que Ihe era solicitado ocultando assim o desconhecimento sobre o que um processo de RVCC mas realcando tamb m o quanto valoriza aprender e saber Observamos ainda nesta resposta a import ncia que a candidata atribui ao saber e a apropriag o de conhecimentos onde O saber n o ocupa lugar Elisabete TIP2 Para esta candidata o reconhecimento e valida o de compet ncias est relacionado com saberes e conhecimentos que foram apropriados ao longo da vida na perspectiva de ALV que Elisabete situ
209. p s tomar conhecimento do processo de RVCC e da exist ncia deste CNO por uma amiga que concluiu neste centro um processo de RVCC Elisabete Q1 p 1 No in cio de Mar o de 2008 a Elisabete foi contactada por uma profissional de R VC para ser entrevistada 99 Num primeiro momento da entrevista esta candidata preencheu um question rio onde partilhou que optou por este tipo de processo porque sentia um vazio em n o ter o nono ano Elisabete Q1 p 1 e porque se sente infeliz s com o 6 ano Sinto que n o sei falar O que sei pelo o que leio e o que procuro esclarecer no meu dia a dia Elisabete Q1 p 9 grafia original O perfil desta candidata tragado pela profissional de RVC resultou de uma entrevista com cerca de 30 minutos de durac o ap s a qual a profissional de RVC considerou que A candidata mostrou se motivada para frequentar o processo pois pretende o 9 ano para valoriza o pessoal para prosseguimento de estudos e mudan a de rea profissional gostaria de trabalhar na rea de contabilidade na empresa do marido Profissional de RVC PC p 1 A profissional de RVC assinalou no perfil da candidata os tr s principais pilares motivacionais para a concretiza o de um processo de RVCC 1 valoriza o pessoal j que a candidata Sente se um pouco inferior com a escolaridade que possui Profissional de RVC PC p 2 2 mudan a de rea profissional pois
210. per odo em que decorriam as sess es de reconhecimento o formador viajava pelo portef lio de cada candidato sugerindo altera es e ou formas de explora o de experi ncias de vida onde os candidatos pudessem evidenciar compet ncias j desenvolvidas nesta fase do processo de reconhecimento de compet ncias que pode ocorrer a forma o complementar ao processo de RVCC Este formador organizava a forma o complementar de uma forma individual e personalizada para cada candidato para que pudessem reconhecer nas experi ncias de vida capacidades desenvolvidas bem como a mobiliza o de compet ncias Muitas vezes em sess es de forma o complementar o formador assumia o papel de profissional de R VC pois alguns candidatos precisavam de atendimentos individuais com a profissional de RVC de forma a desenvolver e organizar o portef lio Sinto que alguns candidatos andam um pouco deriva que n o sabem muito bem o que fazer fazem os trabalhos procurando a nossa aprova o e agrado mas n o indo ao encontro das exig ncias deles pr prios Investigador 02 06 2008 DB p 39 Nas sess es de forma o complementar o formador e os candidatos que necessitavam deste tipo de sess es completavam o portef lio com a explora o de crit rios de evid ncia da rea de compet ncias chave de MV e TIC nas experi ncias dos candidatos 3 1 4 2 J ri de certifica o O j ri de certifica o corresponde etapa final
211. permite Alargar os nossos orizontes Elisabete TIP3 grafia original n o atribui a ac o somente a ela pr pria isto n o apenas a candidata que pode alargar horizontes com o processo de RVCC mas tamb m os restantes candidatos e a equipa t cnico pedag gica que atrav s da interac o d o in cio a processos de desenvolvimento pessoal e profissional entre outros Neste processo os candidatos d o a conhecer as nossas apedid es e o nosso conhecimentos Que tivemos ao longo da vida Elisabete TIP3 grafia original iluminando uma componente activa por parte dos candidatos deste processo onde desencadeiam movimentos volunt rios para desenvolver um processo de RVCC Na resposta que esta candidata produziu para esta tarefa observamos evolu o relativamente resposta elaborada na tarefa Pondo em comum Nesta tarefa a Elisabete 103 identifica que num processo de RVCC os candidatos d o a conhecer aos t cnicos do CNO aptid es conhecimentos capacidades e compet ncias que desenvolveram ao longo da vida Atrav s deste processo de dar a conhecer Elisabete TIP3 os candidatos com o apoio da equipa t cnico pedag gica alargam horizontes superando dificuldades ao longo do processo e podem desenvolver novas capacidades e compet ncias A resposta da Elisabete permite ainda iluminar os impactes que este processo assume na vida desta candidata quando encara o processo de RVCC como o momento onde Mo
212. preenchido pelo candidato Habitualmente esta etapa durava entre 30 a 60 minutos variando em fun o dos adultos Este question rio foi constru do pelas profissionais de RVC com base em question rios de outros CNO iluminando a partilha de recursos entre CNO ainda que informalmente Durante a fase de concep o deste instrumento as profissionais Esta etapa de interven o dos CNO assume a designa o de diagn stico triagem Gomes amp Sim es 2007 Contudo vamos designar esta etapa apenas por diagn stico porque assumimos que a palavra triagem n o se adequa pol tica e filosofia dos CNO 55 revelaram alguma dificuldade em seleccionar dos question rios que tomaram como base a informa o que necessitavam Investigador DB 19 02 2008 p 9 N o houve um envolvimento da restante equipa na concepg o deste instrumento uma vez que n o se vivia um ambiente colaborativo entre os diferentes agentes formadores e profissionais de RVC observando se um distanciamento e disting o de tarefas perturbando a criac o de um processo coeso onde todos dariam o seu contributo Investigador DB 19 02 2008 p 9 Ap s a entrevista com o candidato a profissional de RVC preenchia o Perfil do candidato PC um instrumento adoptado da anterior equipa t cnico pedag gica onde constam dados identificativos do adulto bem como tragos da personalidade anotag es biogr ficas a motivag o para definir trajec
213. presentac o j mostrou as compet ncias que s o necess rias para LC e CE Investigador DB 23 07 2008 p 45 A inseguranga que a profissional de RVC refere pode ser uma influ ncia directa do constante posicionamento cr tico que a Maria revelava durante o processo de RVCC procurando uma justificac o para todas as tarefas que desenvolvia Seguiu se o coment rio do avaliador externo que apresentou um resumo do percurso da candidata que depois serviu para elaborar o coment rio que consta no instrumento Grelha de an lise do dossier pessoal GADP ver Anexo 16 88 Candidata de 57 anos e 6 ano de escolaridade Percurso profissional nas reas administrativa atendimento telef nico e servico educativo pedag gico Formag o profissional dirigida ao posto de trabalho e da higiene e seguranga Trabalho de Projecto sobre a sua actividade de telefonista com discurso bem estruturado acentua o e pontua o adequados e com aplica es associadas s TIC MV Com 9 valoriza o pessoal e profissional e com objectivos de ascens o na carreira profissional Portef lio Bem organizado estruturado e apresentado documenta o criatividade M dia Avaliador externo GADP p 5 coment rio original Estes coment rios iluminam o posicionamento relativamente ao processo de RVCC que o avaliador assume Consideramos que este agente do processo de RVCC n o tem clarificadas as fun es do avaliador externo ME a
214. r sticas dos cen rios de educa o formal n o contribuindo para que os candidatos consigam desenvolver uma representa o social deste percurso distanciada das pr ticas escolares que conhecem melhor e que s o mais frequentemente abordadas e discutidas nos media A Maria partilhou tamb m que uma forma o complementar ao R V C C traria ganhos objectivos quer para os instruendos que passariam a dispor de conhecimentos actualizados quer para o Pa s que passaria a ter um retorno mais qualificado do investimento que se est a fazer neste projecto Maria LC1 p 4 mai sculas no original Mais uma vez esta afirma o da candidata revela desconhecimento sobre as din micas nos CNO no que concerne ao processo de RVCC uma vez que est previsto no processo de RVCC momento s de forma o complementar nas diferentes reas de compet ncias chave num total de 50 horas candidato No final do j ri de certifica o solicit mos a colabora o da Maria para que respondesse a uma ltima tarefa de inspira o projectiva onde pudesse partilhar 83 atrav s de desenho e ou palavras que foi para a candidata processo de RVCC ver Figura 10 O Fan SSo aie Eno Lu Io Ri ca desc GU Q ni pa is amp ae Com w eucces Z des C SALA Lo N oR Aro qa E O 42 ex LU ASA AL er Ne ota A Q ao a Gan Con Rock aQ los lt A ayu Kan Q ue enla oq us
215. ra complementar a resposta a esta TIP O elhor que me aconteceu Conne C novo Colegas Adora mus Krmadsres agval me deram bastante foccs A prend u meer Com orab e a nivel de AC A tuvel de olimcve Blogues sent que no gt maus ER EEE I Figura 15 Resposta da Elisabete TIP Para mim o processo de reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias foi Sobre o processo de RVCC a Elisabete caracteriza o como O melhor que me aconteceu Elisabete TIP4 j que facilitou acesso a novos colegas e apropria o de aprendizagens tanto ao n vel das TIC como da l ngua portuguesa Esta candidata ilumina nesta tarefa a import ncia dos afectos no processo de RVCC quando partilha que Adorei os meus formadores a qual me deram bastante for a Elisabete TIP4 Real amos tamb m que apesar de ter concluido o processo de RVCC n o distingue ainda as pr ticas dos t cnicos com os quais desenvolveu o processo denominando os igualmente de formadores 3 3 2 4 2 Tarefas desenvolvidas ao longo do processo de RVCC A dura o do processo de reconhecimento de compet ncias da Elisabete foi de aproximadamente 40 horas distribu das ao longo de 19 sess es Destas uma hora e meia foram dedicadas ao diagn stico e encaminhamento da candidata duas sess es cerca de 33 horas de sess es de reconhecimento ao longo de 15 sess es das quais quatro foram sess es individuais de
216. reconhecimento com a profissional de RVC 107 totalizando tr amp s horas cinco foram sess es de reconhecimento em grupo tambem com a profissional de RVC 12 horas e seis sess es de reconhecimento em grupo com os diversos formadores totalizando 18 horas A Elisabete assistiu tamb m a uma sess o de tr s horas de forma o complementar da rea de compet ncias chave de LC e esteve presente a j ri de certifica o em Julho de 2008 numa sess o com a dura o de cerca de duas horas Ao longo do processo de RVCC esta candidata desenvolveu um portef lio onde constam as tarefas propostas pelos formadores pela profissional de RVC bem como documentac o que a candidata determinou como relevante para o processo de RVCC tal como textos que a candidata elaborou nomeadamente a hist ria de vida recolha foto documental entre outros documentos Esta candidata revelou especial empenho em personalizar o aspecto do portef lio ver Figura 16 colocando na parte frontal do portef lio as fotografias dos filhos fotos tratadas para garantir o anonimato pela import ncia que estes assumem na vida desta candidata Figura 16 Portef lio da Elisabete Uma das primeiras tarefas que a Elisabete elaborou foi desenvolvida na primeira sess o do processo de RVC com a profissional de RVC Nesta tarefa a candidata deveria escrever um texto onde justificasse a opc o do grupo pelo nome de lutadores Sobre este assunto Elisabete escreveu
217. recta p 108 Stake 1994 considera que podemos ganhar atrav s da triangulac o uma melhor compreens o das v rias dimens es da problem tica em estudo e por considerar que nenhumas observa es ou interpreta es s o perfeitamente repet veis a triangula o serve tamb m para clarificar o sentido ao identificar diferentes modos do fen meno ser encarado p 241 Para isso Stake 1995 sugere que precisamos de alguns protocolos ou procedimentos de triangula o que tanto os investigadores como os leitores esperam esfor os que v o para al m da simples repeti o de dados recolhidos num esfor o deliberado de procura da validade dos dados observados p 109 Assim para que pud ssemos aumentar o grau de validade deste estudo recorremos ao longo da investiga o a diferentes instrumentos de recolha de dados alguns utilizados ao longo de toda a investiga o nomeadamente a observa o e outros utilizados em momentos espec ficos Ao adoptarmos diferentes abordagens ao problema poss vel que iluminemos influ ncias externas nomeadamente a do investigador tal como afirma Stake 1995 Tent mos atrav s de diferentes triangula es criar consist ncia nas interpreta es que realiz mos Mas deix mos em ltima inst ncia ao leitor a miss o de valid las tal como referem Hamido e C sar 2009 Numa investiga o que assume uma abordagem interpretativa os dados frequentemente
218. refas que os candidatos poderiam desenvolver nos portef lios para que mais facilmente pudessem organizar a explora o da rea de compet ncias chave de MV no portef lio numa perspectiva autobiogr fica e integrada nas restantes reas de compet ncias chave Na rea de TIC os candidatos podiam ser agrupados em dois n veis distintos os que ja sabiam trabalhar com o computador num total de seis candidatos a maioria do grupo e os que nunca ou muito raramente trabalhavam com o computador num total de quatro candidatos que n o eram ainda aut nomos no recurso a este equipamento Investigador DB 07 05 2008 p 34 Nas sess es de reconhecimento o formador optou por desenvolver actividades paralelas com os candidatos em fun o do grau de autonomia que evidenciavam nas TIC Assim com os candidatos que j trabalhavam com o computador de modo quase aut nomo o formador solicitou que continuassem a elaborar os documentos 65 em suporte inform tico como por exemplo a hist ria de vida e as respostas s tarefas da area de LC CE Investigador DB 07 05 2008 p 34 Com os candidatos que n o mostravam autonomia com o computador o formador optou por um modelo de sess o mais formativo dando a conhecer alguns aspectos t cnicos dos computadores dispon veis na sala de forma o e em seguida come aram por explorar o ambiente de trabalho e algumas aplica es inform ticas Investigador DB 07 05 2008 p 34 Ap s o
219. rendi a desenvolver as minhas actividades e a cumprir com a das regras estabelecidas Elisabete HV s p grafia original Foi com esta experi ncia que esta candidata come ou a ficar alerta para as quest es da higiene e seguran a no trabalho que promovia lavando e limpando todos os utens lios usados pois tinham que ser esterilizados antes de uma nova utiliza o As toalhas usadas iam para o cesto de roupa suja Elisabete HV s p Ap s esta experi ncia profissional esteve a beneficiar do subs dio de desemprego No mbito dos programas desenvolvidos pelo organismo que tutelava este 98 subsidio para cidad os activos desempregados compareceu a v rias entrevistas tendo optado por uma oportunidade de emprego num outro cabeleireiro iniciando essa experi ncia profissional em 1992 Elisabete QI p 4 Neste local para al m das capacidades e compet ncias ja desenvolvidas neste dominio a Elisabete desenvolveu compet ncias sociais atrav s das interac es que estabeleceu com a propriet ria do cabeleireiro que foi sempre impec vel n o a considerava como patroa mas sim como uma amiga Elisabete HV s p assim como compet ncias t cnicas pois aprendeu a cortar e arranjar o cabelo das clientes a arranjar as unhas e a fazer depila es Elisabete HV s p Em suma sobre esta experi ncia profissional a candidata partilhou que gostou muito desta actividade e o que me ensi
220. rentes espa os tempo das reas de compet ncias chave e respectivas unidades de compet ncias chave e crit rios bem como na interac o entre as equipas dos CNO e na partilha de pr ticas entre CNO que as equipas t cnico pedag gicas reformulam as pr ticas que possibilitam uma certifica o escolar de 4 6 9 e com o referencial de n vel secund rio tamb m ao n vel do 12 ano de escolaridade 1 4 2 DESAFIOS EUROPEUS NA CERTIFICA O DE COMPET NCIAS Ao n vel europeu encontra se aceso o debate sobre a certifica o de aprendizagens apropriadas em cen rios contextos n o formais e informais e mais importante como operacionalizar num contexto europeu essas valida es Segundo a CE 2003 desde a Declara o de Copenhaga em 2002 a Europa sente a necessidade de princ pios orientadores e unificadores Estes princ pios devem servir numa primeira inst ncia para promover e fortalecer a compara o entre as diferentes abordagens na valida o e posterior certifica o de aprendizagens n o formais e informais que se realizam na Europa A CE n o pretende substituir o trabalho j desenvolvido nesta rea em diferentes n veis de interven o nacional regional e 28 local pretende por m desenvolver elementos que proporcionem liga es entre as diferentes abordagens j desenvolvidas a semelhanga do que j vai acontecendo com o ensino formal Esta comparabilidade que desej vel pode facilitar
221. ribuiu aos dois formadores que acompanharam o processo bem como profissional de RVC alcunhas que iluminam a rela o de cumplicidade que estabeleceu com estes elementos da equipa Habitualmente os candidatos deste processo de certificac o por apresentarem idade desajustada escolaridade a que se prop em atraves do processo de RVCC bem como pelos percursos de educac o que n o seguiram fluxo habitual necessitam de um malor suporte emocional por parte das equipas t cnico pedag gicas 3 3 1 4 2 Tarefas desenvolvidas ao longo do processo de RVCC A Maria esteve presente no CNO um total de 46 horas ao longo de 23 sess es Destas uma hora e meia foram dedicadas ao diagn stico da candidata duas sess es cerca de 43 horas foram sess es de reconhecimento ao longo de 19 sess es das quais sete foram sess es individuais de reconhecimento com a profissional de RVC cerca de 10 horas cinco foram sess es de reconhecimento em grupo tamb m com a profissional de RVC 12 horas e sete sess es de reconhecimento em grupo com os dois formadores totalizando 21 horas A Maria participou tamb m numa sess o de duas horas de formac o complementar de LC e esteve presente numa sess o de j ri de certificac o que durou cerca de uma hora Do portef lio da candidata fazem parte um conjunto de tarefas propostas pelos formadores e pela profissional de RVC os textos que a candidata elaborou pesquisas realizadas recolha foto documental
222. rnativos tal como iluminam os trabalhos de Badalo 2006 e Courela 2007 Iluminamos uma das maiores dificuldades que os adultos que retomam traject rias de qualifica o sentem a impossibilidade temporal que resulta da tentativa em conciliar as exig ncias das diferentes esferas de actuag o dos individuos com a qualifica o escolar profissional Na mesma tarefa da rea de compet ncias chave de LC a candidata realizou um coment rio cr tico sobre o processo de RVCC e como o tem vivido ver Figura 9 8 Elabore um texto de resposta coment rio ao post publicado explicitando a sua opini o e justificando No seu coment rio dever fazer um balango geral do processo de reconhecimento de compet ncias tal como ele vivido e sentido por si Coment rios ACTO a _Reeshoeirmonte Va deco Com AS tan Tam 1 9 activo a e GALA En Oy o d mice nes aaa rN 1 ado ema A i Glyn OC MAA N i AS Nido eee eon I Qutse mudo qu A Mualem aAa ASS Cu G gt OHQ man a U Cal e O D SOPE ae E C O cn yo Lom Q rto S PES Rm aso ae tu mam l Imvestimento at C mena o cctos Goalaue do Salient en O As Wq aQ upo mdo vlou pu nide d Bunkclice assi come NORD omas gu AD a clau boston Figura 9 Resposta da Maria a uma tarefa desenvolvida na rea de compet ncias chave de LC 82 A Maria encara processo de RVCC como
223. rou Eu e os meus irm os fomos separados e entregues a familiares tendo eu ficado com meu irm o mais novo com um ano de idade aos cuidados de um tio Maria HV p 2 O crescimento desta candidata influenciado pelas experi ncias que viveu em tenra idade foi vivido com sofrimento Esta candidata considera a juventude como a fase d O tormento Maria HV p 3 pois em casa do tio tornou se numa prematura dona de casa pois fazia os trabalhos dom sticos e ajudava a criar os cinco filhos do casal Este facto para al m do dinheiro n o abundar fez com que nunca me dessem a possibilidade de continuar a estudar para al m da 4 classe No seguimento da minha inf ncia a juventude foi toda passada como empregada dom stica na casa do mesmo casal Os nicos divertimentos que tinha resumiam se a festas de final de ano e de Carnaval em casa de amigos e vizinhos Tive uma proposta para a aprendizagem de cabeleireira mas tamb m n o fui autorizada a faz la Maria HV pp 2 3 Mesmo com acontecimentos t o marcantes ao n vel pessoal actualmente a Maria identifica se como uma pessoa sonhadora persistente e que gosta de ver as outras pessoas felizes Maria TIP1 Segundo a candidata o in cio da vida como adulta d se a partir do momento em que se casou aos 19 anos A partir daquele momento comegou a viajar bastante pelo interior de Angola para acompanhar o marido no exerc cio das actividades profissionais
224. rtifica o de compet ncias e ou aumento das qualifica es da popula o activa Almeida et al 2008 Para estes objectivos serem concretizados cada CNO assume a responsabilidade de contribuir e investir em estrat gias que conduzam redu o e supera o dos indicadores nacionais em termos de subcertifica o Almeida et al 2008 bem como desenvolver nestes candidatos h bitos conducentes a traject rias de qualifica o cont nua numa perspectiva de ALV Apesar das responsabilidades e miss es que recaem sobre este dispositivo os CNO s o ainda encarados como estruturas tempor rias PCM amp MFAP 2008 A rede de CNO tem vindo a aumentar desde a implementa o do processo de RVCC distribu da por Portugal continental e a ilha da Madeira atendendo s necessidades espec ficas de qualifica o da popula o adulta portuguesa Os CNO podem ser promovidos por entidades p blicas ou privadas sendo da compet ncia da ANQ a aprova o da cria o de novos CNO Esta expans o da rede de CNO que 19 podemos apreciar Figura 2 facilitou uma maior visibilidade social desta resposta educativa formativa 300 192 200 172 100 T 0 T wa T T T 1 Antesde 2005 2005 2006 2007 2008 Figura 2 Gr fico sobre a evoluc o da criac o de CNO desde a implementac o do processo de RVCC Inicialmente no ano 2000 existiam apenas seis centros de RVCC em contraste com o boom ocorrido em 2006 com a cria o d
225. s p 12 A op o por esta modalidade de investiga o surgiu como Yin 1984 2003 e Berntsen Sampson e sterlie 2004 salientam pela necessidade desejo de entender um fen meno que social e complexo onde n o existe uma marca o n tida entre as fronteiras do fen meno em estudo e o cen rio caracter sticas por exemplo de um processo de RVCC Esta investiga o assume se como um estudo de caso m ltiplo intrinseco Stake 1995 1998 que resulta da necessidade dos investigadores constru rem um conhecimento mais aprofundado sobre o processo de RVCC como pr tica de educa o de adultos 33 Partilhamos da opini o de Merriam 1988 Ponte 2004 e Yin 1984 2003 que real am que se deve recorrer a um estudo de caso quando o investigador n o tem controlo nem quer ter sobre o fen meno a estudar e a multiplicidade de acontecimentos bem como quando n o possivel nem desej vel manipular as possiveis causas que geram os comportamentos dos participantes Como afirma Ponte 2004 O Investigador n o pretende modificar a situag o mas compreend la tal como ela p 2 Desta forma pretende se que o estudo de caso seja uma investigac o que se assume como particularistica isto que se debruca deliberadamente sobre uma situa o espec fica que se sup e ser nica em muitos aspectos procurando descobrir a sic que h nada de mais essencial e caracter stico e desse modo contribuir para a c
226. s A caminho do empowerment comunit rio In J Ferreira A R Sim es amp Figueiredo Eds Complexidade Um novo paradigma para investigar e intervir em educac o Actas do XV Col quio da AFIRSE Lisboa SPCE FPCEUL amp AFIRSE CdRom Gomes M Ed 2006 Referencial de compet ncias chave para a educac o e formac o de adultos N vel secund rio Lisboa DGFV 125 Gomes amp Sim es F 2007 Carta de qualidade dos centros novas oportunidades Lisboa ANQ Gongalves M J 2007 Formag o ao longo da vida igualdade de oportunidades e exclus o social In A Estrela L Marmoz A Duarte J do L Carvalho J Ferreira et al Eds Para um balanco da investigac o em educac o de 1960 a 2005 Actas do XIV Col quio da AFIRSE Lisboa SPCE FPCEUL amp AFIRSE CdRom Grandstaff M 1976 Nonformal education Some indicator for use Comparative Education Review 20 3 294 304 Guimar es P 2009 Pol ticas p blicas de educa o de adultos em Portugal Diversos sentidos para o direito educa o Rizoma Freireano Educaci n Ciudadania y Democracia 3 Recuperado em Maio 21 2009 de http www rizoma freireano org inder php politicas publicas Revista online Hamido G 2005 Meta an lise do processo de re constru o colectiva de um projecto curricular de forma o de professores Lisboa DEFCUL Tese de doutoramento documento policopiado Hamido G amp C sar M 2009
227. s cidad os entre outros assuntos Para al m das preocupa es sociais que a candidata evidencia permite nos aceder a uma das motiva es para que a popula o adulta pouco certificada contacte os CNO a manuten o dos postos de trabalho Hoje em dia num momento de expans o das sociedades ditas tecnol gicas em que parece j n o se viver o emprego para a vida e onde a qualifica o se vislumbra cada vez mais como elemento que discrimina negativamente o acesso a melhores oportunidades Esteves 2004 Fernandes in press Lima 2005 os candidatos procuram actualizar se aumentar os n veis de qualifica o n o s para a manuten o do posto de trabalho bem como pela procura de melhores oportunidades A rea de MV aquela que muitas vezes assusta mais os candidatos em processo de RVCC possivelmente por em cen rios de educa o formal n o terem vivenciado experi ncias positivas na disciplina de matem tica Fernandes amp C sar 2008 Para al m disso as not cias veiculadas pelos media em que frequentemente se discute esta disciplina tamb m contribuem em geral para acentuar as dificuldades relacionadas com o sucesso acad mico em matem tica ou as capacidades e compet ncias necess rias para conseguir aprender o que se ensina nesta disciplina A Maria partilhava deste receio Investigador DB 05 03 2008 p 20 Por m medida que ia desenvolvendo o portef lio re descobriu a matem tica que usava no dia
228. s como ilustra a an lise dos percursos das duas adultas certificadas Neste dom nio de investiga o h muito trabalho a desenvolver pelo que pretendemos continuar a investigar as din micas e pr ticas dos CNO envolvendo equipas e candidatos Assim poderemos compreender melhor o processo de RVCC e mostr lo como um processo que apela justi a social onde se reconhecem e validam compet ncias que os candidatos desenvolveram ao longo da vida em diferentes cen rios contextos que as traduzem num portef lio onde re constroem experi ncias de vida significativas 116 4 2 INVESTIGAR IMPACTES PESSOAIS E PROFISSIONAIS Desenvolver esta investigac o fol uma viagem nica que tomou contornos surpreendentes ao longo do caminho facilitando nos oportunidades singulares de desenvolvimento pessoal e profissional H mais de dois anos que colaboramos em CNO o que nos permitiu desenvolver interesse pelo dominio da educa o e forma o de adultos Estas experi ncias em CNO foram complementadas com experi ncias enquanto formador de cursos de EFA facilitando nos uma vis o mais integradora da oferta educativa formativa associada iniciativa novas oportunidades Ao longo destas experi ncias colabor mos com um CNO na regi o do Algarve e dois na grande Lisboa atrav s dos quais conhecemos v rios colegas de trabalho directores coordenadores profissionais de RVC e formadores e muitos adultos que procuravam uma nova oportuni
229. s colocar dentro dos acontecimentos e em condi es de os observar tal como eles se produzem Hamido 2005 p 262 facilitando nos uma compreens o sobre o cen rio e a actuag o das pessoas promovendo a construg o de uma vis o hol stica do campo de investigac o Patton 1990 2002 A op o de assumirmos o posicionamento de participante observador decorre do problema que pretendemos investigar do tipo de instrumento de recolha de dados bem como do grau de envolvimento com os participantes Este posicionamento enquanto observador para al m de influir nos constrangimentos que os candidatos pudessem sentir por saberem que estavam a ser observados vai ao encontro das relac es sociais que enquanto formador destes candidatos a uma certificag o escolar s o realizadas no cen rio em que estamos a desenvolver esta investigac o Hamido 2005 classifica o investigador como um sistema observante em que fazemos parte do que observamos pelo que influenciamos o que nos dado observar assim como somos influenciados pelo contexto de observa o em que nos encontramos p 262 em parte este sistema de influ ncias entre investigador participante e cen rio que para al m de contribuir para a subjectividade desta investiga o tamb m influiu na op o pela modalidade de participante observador O investigador pode de forma atempada concentrar os sentidos e observar determinados eventos comportamentos ou pessoas
230. s de Protec o Civil Fa a uma pesquisa e elabore um pequeno texto sobre cada um dos temas que seleccionou onde inclua as informa es que considere mais importantes ou interessantes 8 Lista de livros e ou de sites consultados 202 ANEXO 13 TAREFA QUE COMPETENCIAS DAS REAS DE COMPETENCIAS CHAVE DE MV TIC 203 204 Soc Jopeynduiod o ozll nn Jopeynduiod win uj n i suo5 anb solu uu 9 seuinbew no 9 soyuswed nba Jeuolounj e ouuod 219U9 edWOD 59 zi i n no oz j yn 01 U09Ua anb 5 pepinoa nb w seli5u li dx no s o5en is pi5u duioo oe 5eSiunuioo 9 OB BUIIOJU ep seIBojou5 seiocu duuoo seno as nb w euolssijoJd a eossad epia ap seodenys seno Jeonueapi WO ayisey Janissod soyu o 950 5 soueipgonh sojoe snes so wo 56 sepejuasalde selougjadwoo seuen se alqos opunosyel ajumbas oupenb o eyou ld SIBUOIssIJjo Jd a s eossad selaug od uoa seunB e 58 9 Junbpe weJnuned ey anb 5 epia ap osinaled n s op oBuo oy Sseiduajadulos any 907 ap 5 seule1bo d sono 319 se91je1B0303 seuinbew 5 6 5 99 sojuauiedinba oweu oid 99x3 ojdwiaxea 10d ojnojpo
231. s e adultos Fernandes amp C sar 2008 Guimar es 2009 Os CNO s o agentes centrais Gomes amp Sim es 2007 p 5 da iniciativa novas oportunidades e distribuem se numa rede territorial e institucionalmente diversificada orientados para o desenvolvimento e mobiliza o de respostas diferenciadas em fun o do perfil e do percurso dos adultos bem como a sua complementaridade e articulag o com as escolas os centros de formag o profissional as entidades formadoras e os agentes econ micos sociais e culturais s o factores determinantes da resposta s metas e s exig ncias definidas Gomes amp Sim es 2007 p 5 Com a campanha publicit ria nacional ainda a decorrer assistiu se em 2007 ao maior n mero de inscritos em CNO alguma vez registado com aproximadamente 300 000 inscri es Capucha 2008 Estes valores s o o reflexo de uma campanha publicit ria nacional que divulgou continuadamente os CNO bem como com o in cio dos processos de RVCC de n vel secund rio A rede de CNO existente mostrava se claramente insuficiente para fazer face a estes ndices de ades o bem como para cumprir as exigentes metas quantitativas assumidas na esfera pol tica Mostrou se urgente ent o a amplia o da rede de CNO Este alargamento da rede de CNO foi poss vel pelo incremento de CNO na rede de estabelecimentos educativos cuja capacidade instalada considerada uma mais valia para a
232. s formativas de adultos Field 2004 Holford amp Jarvis 2006 Sitoe 2006 focando apenas uma fase do desenvolvimento humano n o considerando 10 aprendizagens apropriadas em outras fases que influenciam as aprendizagens do individuo na idade adulta A ALV pode ser encarada como 1 sistemica pols facilita fluxo num sistema integrado e conectado de oportunidades de apropriag o de aprendizagens ao longo da vida bem como de mobiliza o desenvolvimento de capacidades e compet ncias ii centrada no aprendente independentemente da fase de desenvolvimento para corresponder s necessidades espec ficas das pessoa HI capaz de proporcionar motivac o para aprender desenvolvendo a compet ncia de aprender a aprender atrav s de aprendizagens auto dirigidas e individualmente ritmadas iv promotora de coes o social bem como uma pol tica de igualdade de oportunidade para todos A ALV impulsionadora de outros objectivos pol tico educativos tais como o desenvolvimento pessoal e social e interfere em aspectos s cio econ micos tais como a globaliza o e o desenvolvimento das sociedades ditas tecnol gicas e do conhecimento com o aumento da esperan a de vida traduzida num envelhecimento da popula o bem como pelas exig ncias dos actuais mercados de trabalho A ALV tem um papel fulcral nas sociedades contempor neas uma vez que os indiv duos que interagem nessa sociedade ao apropriarem se de novas aprendizagens
233. s pa ses europeus do que nos Estados Unidos da Am rica por exemplo pelo que a maioria das publica es sobre ALV surge na Europa Merriam amp Brockett 1997 A ALV tem assumido relev ncia nas agendas pol ticas nacionais e internacionais emergindo em parte pelas exig ncias de uma economia global mais competitiva bem como pelas exig ncias que se imp em s sociedades contempor neas que nos colocam perante ciclos de desafios e promovem o desenvolvimento humano Antikainen 1998b 2001 CCE 2000 2001 2005 CE 2003 2004 Cresson amp Dean 2000 Dave 1973 Field 2003 2004 Gon alves 2007 Livingstone Mirchandani amp Sawchuk 2008 Pires 2005 Somtrakool 2002 Definir ALV pode parecer consensual pois significado esta bem patente na terminologia e a partilha de sentidos mostra se mais harmoniosa entre agentes educativos e mercado de trabalho Contudo Alheit e Dausier 2006 consideram conceito de ALV mal definido e defendem a nog o de aprendizagem biogr fica que consideram mais ajustada aos sentidos atribuidos noc o de ALV Encaramos a ALV como um processo de aprendizagem que abrange as diferentes fases do desenvolvimento humano em diferentes esferas da vida deste familiar social profissional cultural entre outras em diferentes cen rios contextos local de trabalho quotidiano actividades culturais leitura de um livro conversas entre amigos escola ac es de forma o entre outros Assim
234. se sentirem mais confort veis e desmistificar a imagem que t m de um j ri de certifica o um julgamento das suas compet ncias e experi ncias de vida Apesar da partilha da minha experi ncia a S preferia que todos os candidatos estivessem de frente para o j ri de valida o tal como o avaliador externo que j tinha dado a sua opini o s minhas colegas E seguido da apresenta o de cada um dos candidatos cada elemento do j ri tecia alguns coment rios sobre o desenvolvimento do processo de RVCC desse candidato Investigador DB 04 07 2008 p 42 mai sculas no original De acordo com a Carta de qualidade dos CNO Gomes amp Sim es 2007 antes da sess o de j ri de certifica o a equipa t cnico pedag gica devia reunir se com o 67 avaliador externo para analisarem em conjunto portef lio dos candidatos Contudo nesta sess o esta reuni o preparat ria entre estes agentes n o existiu n o havendo lugar discuss o de casos No caso especifico desta sess o de j ri O avaliador externo havia chegado uma hora antes da sess o de j ri para analisar os portef lios dos candidatos cinco no total Perguntei me como que uma hora apenas se mostrava suficiente para analisar todos os portef lios de uma forma interessada cr tica Mas pelo que apurei mais tarde pelo cruzamento das experi ncias dos outros elementos do CNO esta parece ser uma pr tica comum de bastantes avaliadores externos da regi o d
235. sese sejue d no sedew ozin 607 pO euu e N E 9A apuo 59058 5 seno 919 e Sa no oe una eun eied oSedsa op oedSeziueBbio oueliqow op 4 5 soodeunuie os sy oSedsa o 919 seis1jou 58 5 9 5 1 e5iB5olouoi5 no e59u unu uu pio 1 919 sus epuos seolpaw sas jeue sownsuo9 so5 id so91Je16 no soipenb opu iduuo2 a 0197 919 seidwo9 ap 8151 seguin sej1999 sepip ui no 5905101 OZNpP3 1 no ojusuiny 919 soued seyjeo esed ap 9 soula ued ouu s p SEI1 N9WOAB seinBy ozin 319 yy 10d 0118111q0U1 5 5 opumbas suobejuow oey 210 14 PROPOSTA DE ESTRUTURA PARA A ORGANIZACAO DO PORTEFOLIO 211 212 Dossier Pessoal O Dossier Pessoal permite identificar de forma ordenada as experi ncias viv ncias e potencialidades do adulto Neste sentido um arquivo din mico de testemunhos pessoais onde s o registados e organizados todos os documentos que comprovam os v rios saberes e compet ncias adquiridos pelo adulto em diversos contextos ao longo da vida Objectivos Identificar as aprendizagens realizadas em diferentes situa es ao longo da vida Favorecer a auto descoberta dos saberes e das compet ncias adquiridas Reunir todos os documentos que permitam comprovar as compet ncias Valoriz
236. sionalmente jovens e adultos pouco escolarizados surge o sistema nacional de reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias SNRVCC promovido pela Ag ncia Nacional para a Educa o e Forma o de Adultos ANEFA ME amp MTS 2001 Este organismo tutelou uma rede de centros de reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias CRVCC onde se desenvolviam processos de RVCC Atendendo s novas ofertas educativas e formativas direccionadas a jovens e adultos pouco escolarizados os CRVCC transformam se em centros novas oportunidades CNO MTSS amp ME 2007 atendendo as novas din micas e pr ticas que come aram a ocorrer nestas respostas sociais aos baixos indices de qualifica o em Portugal Fernandes amp C sar 2008 Os CNO s o actualmente uma porta de entrada para jovens e adultos pouco qualificados onde com o aux lio de uma equipa t cnico pedag gica podem de forma negociada e dial gica re definir traject rias qualificantes Uma das ofertas educativas o processo de RVCC atrav s do qual se pode aceder a certifica es escolares de 4 6 9 e 12 ano de escolaridade No processo de RVCC os candidatos desenvolvem um portef lio onde partilham e exploram experi ncias de vida significativas Antikainen 1998a 1998b evidenciando o desenvolvimento de capacidades e compet ncias bem como de aprendizagens apropriadas ao longo da vida em diferentes cen rios contextos O reconhecime
237. solicitar a participa o informada na investiga o Destacamos a preocupa o com os candidatos Porque o processo de RVCC pessoal e explora experi ncias ntimas dos candidatos inform mo los de que tinham direito 1 privacidade ou n o participa o 11 a permanecer no anonimato seleccionando por exemplo um nome fict cio 111 confidencialidade e iv de exigir sentido de responsabilidade do investigador S ap s prestarmos estes esclarecimentos bem como outros solicitados pelos candidatos e elementos da equipa t cnico pedag gica e termos obtido as autoriza es assinadas inici mos a recolha documental no CNO A partir do momento em que estavam assinados os pedidos de autoriza o come mos por recolher outros materiais produzidos pelos candidatos em sess es anteriores nomeadamente 1 o question rio que os adultos responderam no momento de diagn stico e encaminhamento onde tamb m constam os coment rios da profissional de RVC esbo ados quando dialogou com o adulto ver Anexo 1 ii o Perfil do candidato iii as e TIP2 iv os Planos de interven o individual PID 48 bem como documenta o espec fica do CNO Simultaneamente recolha destes dados assumiamos a postura de participante observador e posteriormente regist vamos os momentos que consider mos mais marcantes em di rio de bordo que nos acompanhou ao longo de todo o trabalho emp rico e depois deste 2 4 2 A
238. spectivo referencial de compet ncias chave bem como da equipa do CNO e do pr prio candidato ii sejam diagnosticadas necessidades formativas ao candidato e que se defina dialogicamente um plano de forma o complementar que n o exceda as 50 horas por candidato iii o candidato re ne no portef lio documenta o relevante que evidencia as capacidades e compet ncias que desenvolveu ao longo da vida relevantes para uma certifica o s diferentes reas de compet ncias chave num j ri de certifica o ou iv a informa o que o candidato partilha no portef lio evidencia que face ao respectivo referencial de compet ncias chave as necessidades formativas para uma certifica o tendem a ultrapassar as 50 horas pelo que os candidatos s o certificados parcialmente e emite se um plano pessoal de qualifica es PPQ onde se tra a o percurso formativo que o candidato deve percorrer para aceder a uma certifica o total O eixo certifica o determina o fim do processo de RVCC O j ri de certifica o constituindo pelo profissional de RVC pelos formadores e por um avaliador externo ao processo de RVCC e ao CNO Os avaliadores externos s o agentes do processo de RVCC que assumem uma distin o clara entre o papel da equipa t cnico pedag gica do Centro Novas Oportunidades e o do avaliador externo competindo a este ltimo a aferi o e afirma o social do processo RVC desenvolvido no mbito da avalia o val
239. stramos o que somos e o que valemos Elisabete TIP3 Com um percurso de vida marcado pelo insucesso acad mico esta candidata vive esta nova oportunidade como um momento decisivo no percurso de vida onde tem de provar a si pr pria e socialmente o que capaz Estes aspectos podem de alguma forma influenciar as expectativas dos candidatos bem como as experi ncias que vivem ao longo de um processo de RVCC repercutindo se por vezes em desist ncias O desenho foi a forma de express o predominante na resposta desta candidata Como a Elisabete apresenta fragilidades no dom nio da l ngua portuguesa nomeadamente na constru o fr sica e adora desenhar ter a possibilidade de se expressar tamb m atrav s do desenho foi uma vantagem Assim sentiu se mais confort vel para responder ao que lhe era solicitado Investigador DB 19 03 2008 p 27 facilitando nos acesso a outros elementos que nos permitem construir uma interpreta o diferente da que construiriamos se a candidata tivesse somente produzido respostas escritas Para a Elisabete um processo de RVCC como uma pequena ilha deserta no mar Nessa ilha existem duas palmeiras desenhadas de forma pormenorizada de tamanho desproporcional comparativamente com a ilha Quem analisa desenhos afirma que os desenhos de rvores referem se fase da inf ncia Salvador 1988 Assim as grandes dimens es destas rvores referem se import ncia das viv ncias dessa poca na vida d
240. strar capacidades e compet ncias desenvolvidas bem como projectos futuros para que a equipa possa auxiliar na constru o de um plano de desenvolvimento futuro para cada um dos candidatos 89 3 3 1 5 Projectos futuros Esta candidata faz um balanco positivo do processo de RVCC que desenvolveu neste centro Com o processo de RVCC a Maria diz ter se valorizado pessoal e profissionalmente ter desenvolvido os seus conhecimentos na rea das TIC e ter conhecido mais alguma coisa com alguns professores que a ajudaram No final da apresentag o leu um poema que escreveu para os t cnicos do centro onde cada um deles assumia a forma de uma flor Investigador DB 23 07 2008 p 44 mai sculas no original Este processo promoveu nesta candidata a valorizac o pessoal e profissional bem como o desenvolvimento de compet ncias na rea em que a candidata sentia maiores fragilidades mas que simultaneamente era aquela em que desejava desenvolver novas compet ncias as TIC A candidata mostrou tamb m ao denominar de professores todos os elementos da equipa t cnico pedag gica que ainda n o se apropriou da terminologia utilizada no processo de RVCC mostrando que n o distingue ainda ao nivel do discurso oral as din micas deste processo comparativamente com outros como o ensino regular apesar de estar na ltima etapa do processo de RVCC Podemos tamb m observar que ao longo do processo esta candidata desenvolveu la os afecti
241. t rias de re qualificag o poss veis indicios de compet ncias que possam ja ter sido desenvolvidas bem como possiveis necessidades formativas Em determinados momentos estes perfis foram preenchidos pelos formadores da equipa t cnico pedag gica de nivel b sico e secund rio para ajudar as profissionais de RVC a actualizar os registos Investigador DB 12 03 2008 p 23 Ao participarmos nesta actualizag o dos perfis observ mos o qu o superficial e pouco fidedigno este documento pode ser principalmente no discurso que as profissionais de RVC utilizam para descrever as motiva es do adulto para frequentar o processo a postura ao longo da entrevista entre outros aspectos Pode se recolher bastante informag o deste instrumento mas alguma dela deve ser posta em causa pois est bastante contaminada Os formadores preenchiam estes perfis mas habitualmente nem conheciam ainda o candidato Investigador DB 12 03 2008 p 24 aspas e maiusculas no original O perfil do candidato era lido pelos formadores das reas de compet ncias chave de nivel b sico que mesmo sem terem contactado com o candidato apoiavam ou n o o encaminhamento do candidato para processo de RVCC 3 1 3 ENCAMINHAMENTO na etapa de encaminhamento que o adulto direccionado para uma resposta educativa adequada ao perfil necessidades e expectativas manifestadas O encaminhamento para uma das respostas sugeridas pelo t cnico de diagn
242. t veis para que possam partilhar e desenvolver a miss o dos CNO com sentido de responsabilidade rigor e sustentabilidade A equipa de um CNO deve ser constitu da por um director um coordenador um t cnico de diagn stico e encaminhamento profissionais de RVC formadores e pessoal administrativo O n mero destes t cnicos para os CNO que recebem fundos do Fundo Social Europeu atrav s do programa PRODEP III vari vel em fun o das metas quantitativas contratualizadas caso CNO seja auto financiado existe possibilidade de existirem diferentes configurag es da equipa Na Figura 5 pode observar se um fluxograma das etapas de interveng o de um CNO desde que um jovem ou adulto se inscreve at ao momento em que termina o percurso no CNO A Acolhimento B Diagn stico triagem 1 C Encaminhamento Outras ofertas educativas e formativas D Processo de Reconhecimento externas aos Centros Novas Oportunidades Valida o e rn Compet ncias Cursos EFA CEF CET Ensino Recorrente ificac i escolares e ou profissionais Cursos Profissionais Vias alternativas de po pe be 4 BI B2 B3 ou n vel secund rio e ou sa das profissionais do conclus o do secund rio Cat logo Nacional de Qualifica es I Certificag o pela Certificag o total gt E Plano de Desenvolvimento entidade formadora J ri de certifica o Pessoal Figura 5 Fluxograma das etapas de interven o dos CNO Gomes amp Sim es 2007 p 2
243. tativas Pondo em Comum Assinatura dos Contratos 4 Sess o de Apresenta o do Referencial de Compet ncias Chave e Descodifica o do Referencial de Compet ncias Chave LC CE e Que Compet ncias 5 Sess o de Apresenta o do Referencial de Compet ncias Chave e Descodifica o do Referencial de Compet ncias Chave MV TIC e Que Compet ncias 6 Sess o de Balan o de Compet ncias e Informa es sobre o Dossier Pessoal e Informa es sobre o Projecto Pessoal Levantamento da Hist ria de Vida per odo da inf ncia Levantamento da Hist ria de Vida per odo da adolesc ncia 7 Sess o de Balan o de Compet ncias Levantamento da Hist ria de Vida per odo da vida adulta e Orienta o do Projecto Pessoal 8 Sess o de Matem tica para a Vida 9 Sess o de Matem tica para a Vida 10 Sess o de Linguagem e Comunica o e Cidadania e Empregabilidade 11 Sess o de Linguagem e Comunica o e Elemento s da Equipa Profissional de Profissional de Profissional de RVC Profissional de RVC Formadora LC CE Profissional de RVC Formador MV TIC Profissional de RVC Profissional de RVC Formador de MV e TIC Individual Grupo Individual Individual 30min Grupo 3h00 Grupo 3h00 Grupo 3h00 Grupo 1h30m Individual 1h30m Grupo 1h30m Individual 1h30m Grupo 3h00 Formador de MV Grupo e TIC 3h00 Formadora
244. tem aspectos positivos e negativos pode contribuir para que haja mais polui o mas tamb m respons vel pelo aparecimento de tecnologias mais amigas do ambiente Que influ ncias positivas e negativas do desenvolvimento s cio econ mico identifica no meio ambiente que a rodeia 201 5 O papel do Estado na promo o da sa de dos cidad os O Estado deve ter um papel activo na promo o da sa de dos cidad os prevenindo por exemplo a toxicodepend ncia ou o tabagismo ou apelando a comportamentos c vicos e respons veis como o cumprimento de planos de vacina o Seleccione uma rea da sa de p blica e exponha a sua opini o relativamente efic cia das campanhas de sensibiliza o e das medidas tomadas na altera o dos comportamentos 6 Culturas diferentes diferentes s mbolos Escolha um tema da lista que se segue a simbologia dos n meros b cores de luto e do casamento c regras e gestos de etiqueta e cortesia d simbolos religiosos Pesquise o tema que escolheu na Internet em enciclop dias livros etc e elabore um texto onde explicite os s mbolos e ou significados diferentes que se encontram em culturas diferentes para designar uma mesma realidade 7 Eu e O que conhe o de A minha rela o com escolha dois temas Um da coluna A e outro da coluna B A B rg os de Soberania Seguran a Social Uni o Europeia Servi os de Emprego Organiza o das Na es Unidas Servi o
245. tera es o texto podia j ser o primeiro documento do seu Dossier Pessoal Na primeira sess o de grupo Sofia a T cnica de RVC come ou por pedir aos candidatos que contassem algo significativo sobre a sua vida bem como sobre as suas motiva es para a obten o do certificado de n vel b sico Lurdes foi pr diga em detalhes da sua hist ria de vida e daquilo que julgava ter aprendido nas casas particulares centros de sa de e hospitais por onde tinha passado apresentando se motivada at porque havia obtido a equival ncia ao 6 ano por esta via e gostara muito do processo No final desta sess o a t cnica explicou as etapas do processo de reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias e explicou que ao contr rio do que se passava na escola a forma o era apenas um complemento em reas espec ficas e n o o objectivo principal do processo Despediram se e marcaram entrevistas individuais para da a duas semanas ficando com o trabalho de registarem algumas das experi ncias mais significativas ao longo da sua vida e os conhecimentos que julgavam ter adquirido no decurso dessas experi ncias No final a t cnica explicou como os candidatos poderiam organizar o seu trabalho para reconhecer validar e certificar suas compet ncias enfatizando o facto de as compet ncias poderem ser apreendidas em variados contextos distinguindo se dos conhecimentos aprendidos na escola ou em certos trabalhos
246. um projecto com objectivo de conferir uma qualifica o acad mica que n o decorre de um plano de estudos semelhante ao do ensino regular onde existe um curr culo e conte dos program ticos a cumprir mas toma como base as experi ncias que o candidato vivenciou em diferentes cen rios contextos ao longo da vida de real ar um desenvolvimento no modo como a candidata exp e a sua opini o sobre o que o processo de RVCC Apesar do desenvolvimento evidenciado a candidata atribui ao processo apenas o objectivo de conferir qualifica o acad mica quando de um processo de RVCC decorrem ou podem decorrer muitos outros objectivos A representag o social que a candidata revela do processo tradicional enraizada nas experi ncias que teve na Escola quando afirma que a avaliac o que feita para esse reconhecimento deveria ser acompanhada de revis es de mat rias escolares e de alguma forma o profissional Maria LC1 p 4 N o deixa de ser curioso a candidata relacionar a formag o profissional um modelo institucionalizado h bem mais tempo que o processo de RVCC com um processo de reconhecimento de compet ncias Esta af rmac o da candidata ilumina a aus ncia de informag o sobre o que a ess ncia do processo de RVCC bem como sobre as din micas entre os CNO e as restantes ofertas educativas formativas Tamb m pode revelar que as pr ticas desenvolvidas neste CNO est o contaminadas por algumas das caracte
247. uma vis o holistica do fen meno compreendendo como os participantes nesta investigag o encararam e viveram o processo de RVCC 2 2 3 1 Caracterizac o do centro novas oportunidades O CNO onde realizamos esta investigac o est situado na grande Lisboa investigador colaborava com este CNO enquanto formador das reas de compet ncias chave de matem tica para a vida MV tecnologias de informag o e comunicag o TIC nivel b sico e sociedade tecnologia e ci ncia STC nivel secund rio O edificio onde o CNO desenvolve actividade constituido por 15 pisos apesar do CNO apenas funcionar no 1 e 4 andar No 1 andar existe um bar refeit rio quatro gabinetes dois deles de grandes dimens es duas salas de inform tica dois WC e uma sala de formac o dividida em dois espacos diferentes Num dos espacos encontram se mesas e cadeiras que se distribuem em forma de U com capacidade para 13 pessoas sentadas no outro espago uma pequena sala existe um computador e uma mesa de reuni es Para al m dos espa os comuns de livre acesso o CNO tem acesso a uma das salas de inform tica que serve simultaneamente de gabinete para a equipa de profissionais de RVC e formadores e sala de forma o Est previsto que o CNO possa ter acesso a mais um gabinete no edif cio Por m as remodela es revelaram se mais morosas que o desej vel e a expans o do CNO ficou suspensa No 4 piso situa se a parte nuclear do
248. umas quest es que emergiam do quotidiano deram origem a reformulag es nos planos iniciais Comeg mos por inicialmente apresentar a inten o e motiva o em desenvolver esta investiga o no CNO onde o investigador colaborava Manifest mos as preten es por escrito direc o do CNO para que esta desse deferimento ao pedido de autoriza o para o desenvolvimento da investiga o Ap s deferimento seleccion mos o grupo de adultos com o qual ir amos trabalhar A escolha do grupo foi realizada ap s reuni es com as orientadoras desta disserta o Assim que escolhemos o grupo na primeira sess o de reconhecimento de compet ncias da responsabilidade do formador investigador foi explicada aos candidatos a inten o de recolher dados para compreendermos melhor a problem tica em estudo onde explicit mos a necessidade e exig ncia da participa o na investiga o Foi ent o distribu do um pedido de autoriza o onde os candidatos manifestaram interesse em participar ou n o na investiga o Nessa mesma sess o o investigador prop s a realiza o da TIP 3 Como um processo de investiga o explora e invade a vida dos participantes a tica em investiga o revela se de extrema import ncia Nesse sentido e semelhan a do que Tuckman 2002 identifica como sendo direitos dos participantes na investiga o tivemos o cuidado de apresentar aos participantes bem como ao CNO um pedido formal de autoriza o a
249. unicag o oral apresentada no 2 Encontro Nacional de Centros Novas Oportunidades Dezembro 2 2008 Costa da Caparica Portugal Cameiro R Ed 2001 Padr es de aprendizagem empresarial na economia portuguesa Lisboa Direcg o Geral do Emprego e Formag o Profissional Carvalho C amp C sar M 2001 Interagir para aprender Dois casos de trabalho colaborativo em estatistica In B da Silva amp L Almeida Eds Actas do VI Congresso Galaico Portug es de Psicopedagogia vol U pp 65 80 Braga Universidade do Minho Cavaco C 2007 Reconhecimento valida o e certifica o de compet ncias Complexidade e novas actividades profissionais S sifo Revista de Ci ncias da Educa o 2 21 34 Centro Interdisciplinar de Estudos Econ micos CIDEC 2004 O impacto do reconhecimento e certifica o de compet ncias ao longo da vida Lisboa DGFV CIDEC 2007 O impacto do reconhecimento e certificacdo de competencias adquiridas ao longo da vida Actualizac o e aperfeigoamento Lisboa ME amp DGFV C sar M 2000 Interaction and knowledge Where are we going in the 21st century In M A Clements H H Tairab amp W K Yoong Eds Science mathematics and technical education in the 20th and 21st centuries pp 317 328 Bandar Seri Begawan Universiti Brunei Darussalem C sar M 2001 E que isso de aprender Reflex0es e exemplos de um processo complexo In APM Ed Actas do ProfMat 2001 pp
250. urada em termos de objectivos dura o e recursos p 43 e tamb m intencional do ponto de vista do aprendente e informais todas as aprendizagens decorrentes das actividades da vida quotidiana relacionadas com o trabalho a fam lia ou o lazer N o estruturada em termos de objectivos dura o e recursos e tradicionalmente n o conduz certifica o Pode ser intencional mas na maioria dos casos n o o car cter fortuito aleatorio pp 41 42 aspas no original Podemos observar no modelo seguinte as interac es entre os diferentes modos educacionais e os cen rios contextos onde se podem mobilizar desenvolver capacidades e compet ncias bem como aprendizagens Caracter sticas educacionais N o formal i Extra Educa o formal curricular Educag o n o formal Educag o informal Figura 1 Modelo relacional entre modelos e cen rios contextos educacionais Palhares 2007 p 6 Hierarquia dos graus escolares Participag o 7 Extra escolar sistem tico I I Experi ncia Certifica quotidiana Modos educacionais H Educa o familiar Local de trabalho Exemplos de processos e implica es organizacionais Assim entende se por aprendizagem formal a aprendizagem que decorre em institui es de ensino e forma o ou seja em cen rios contextos organizados e estruturados habitualment
251. ustrativa identifica o do candidato Introdu o explica o do porqu da escolha do tema Desenvolvimento abordagem do tema tendo em aten o as quatro reas Conclus o resumo do trabalho dificuldades sentidas o que gostaram mais de fazer e Bibliografia livros revistas jornais e ou sites da Internet consultados 173 174 ANEXO 8 TAREFA QUE COMPET NCIAS DAS REAS DE COMPET NCIAS CHAVE DE LC CE 173 176 LLI 919 ounBes wn esed su q ap seiduuo2 ap sejsi 058 019 sepeleyo seo op sedos sepeznio seinejed seinejed ap so of ode y 019 selloJsiy sewaod soliposida solounue sousnbed s l uliq 5 sus esusw s e sod sepeo soip uu souanbad 50 8 53 919 seo31my sul 1 18 1 sezeyeo SOJUSWINIOP 6 SIBUJO We se1auUewW s u i Jip op a OyuDSS Jod no a uau eJ 0 ez nzeu 1 op OeSEULIOJU O NSUOD 9 oin5oid sej essedeuyn eied 1976 0550 anb o a 01 U09Ua anb 5 ZIj O OWOD ZIJ anb O el5Su duuo2o 59 zi i n no oz j yn nb w sepu dx no saodenys e augJ9dwoyg oedes unwon 9 wabenbul4q selocu duuoo seno as anb w 9 jeossed epia ap sagens sesno we is u OBN 5504 Joyjaw o so OpuaraJ9sap soueipgo
252. utos a ler os vossos portef lios para depois fazer agora uma pequena avalia o Achei curioso quando se dirigiu a um candidato e disse que A sua apresenta o est muito organizada est segundo as normas Eu pergunto me Quais normas Pensei que n o houvesse qualquer regulamenta o sobre as apresenta es a j ri estas situa es preocupam me Investigador DB 30 07 2008 p 46 aspas no original Este excerto mostra nos um coment rio realizado num dos j ris de certifica o e permite iluminar alguns aspectos fundamentais sobre o processo de RVCC Um dos aspectos que os pr prios elementos do j ri de certifica o assumem neste processo um car cter avaliativo similar ao modelo do ensino regular Outro aspecto prende se com a organiza o do portef lio Por si s um portef lio n o tem padr o de constru o n o segue portanto nenhuma norma ao contr rio do que foi sugerido pelo avaliador externo Possivelmente o avaliador externo teceu este coment rio porque os portef lios que analisou eram similares na estrutura uma influ ncia directa da equipa t cnico pedag gica que entrega aos candidatos no in cio do processo de RVCC e refor a ao longo deste uma proposta de estrutura ver Anexo 14 influindo na criatividade e originalidade que se espera que os candidatos nos brindem nos portef lios que constroem Investigador DB 30 07 2008 pp 46 47 Esta proposta foi elaborada pelas pr
253. versations and observations registered in the researcher s diary from the candidate s portfolio and from documents We did a successive and in depth content analysis from which inductive categories emerged The results illuminate that these candidates developed a positive social representation towards the RVCC process Although they have shown throughout the process some doubts about the meaning of this process the differentiation of the roles of each team member and his her practices The results also illuminate the potential of this certification process to enable these adults to take over personal school and or professional qualification paths Key words adult education lifelong learning new opportunity centres RVCC process competencies AGRADECIMENTOS Agradeco a todos os que me acompanharam nesta caminhada que por vezes se revelou extremamente exigente Com o vosso apoio foi possivel conduzir at bom porto este trabalho que me d extremo regozijo apresentar vos Nos agradecimentos n o posso deixar de enaltecer em especial as seguintes personalidades entidades Os meus pais pelos ensinamentos ao longo da vida por me mostrarem a forga da uni o e por me proporcionarem a familia que hoje somos Os meus irm os Andr e Tom s Fernandes por todos os momentos deliciosos que passamos juntos Acreditem em voc s e todos os sonhos ser o poss veis eu estarel sempre a vosso lado para vos apoiar A Margarida C s
254. vidual Conclus o do grupo 197 198 ANEXO 12 TAREFA DA REA COMPETENCIAS CHAVE CE CE1 199 200 O mundo minha volta Elabore um pequeno texto sobre cada um dos temas abaixo indicados incluindo as informag es que considere mais interessantes Para tal dever realizar uma pesquisa usando os suportes que desejar Internet enciclop dias revistas etc 1 Eu e os sindicatos sindicalizado Elabore um pequeno texto onde apresente a sua opini o acerca dos sindicatos e das negocia es com o Governo e entidades patronais e justifique 2 Ac es de forma o a dist ncia J fez alguma ac o de forma o por correspond ncia ou na Internet Qual O que aprendeu Se a resposta for negativa fa a uma pesquisa por exemplo na Internet ou junto de centros de forma o e apresente uma lista de ac es de forma o dist ncia dispon veis actualmente Quais considera ser as vantagens e desvantagens deste tipo de forma o Justifique 3 A reintegra o das v timas de acidentes Que medidas apoios identifica que visem a integra o de v timas de acidentes de trabalho ou de via o por exemplo D sugest es de outras medidas que visem a reintegra o desses indiv duos num contexto social e profissional 4 O desenvolvimento s cio econ mico e o ambiente O desenvolvimento s cio econ mico associado a avan os na ci ncia e tecnologia
255. vos com os elementos da equipa t cnico pedag gica dedicando lhes um poema que escreveu e leu no final da apresenta o ao j ri de certifica o iluminando a import ncia dos afectos neste processo de certifica o Nesta caminhada deparei com tr s flores Um nen far uma a ucena e uma rosa O nen far s olhar era um calmante A ucena doce e meiga carinhosa A rosa parecia espinhosa mas dos espinhos Brotavam mel Investigador DB 23 07 2008 p 44 Uma das ltimas tarefas que a equipa t cnico pedag gica apresenta aos candidatos o Plano de interven o individual final PII3 onde solicitado aos candidatos que se projectem no futuro Esta candidata quando preencheu este documento apresentou como projectos pessoais Conseguir obter a reforma ter a possibilidade de viajar mais e conhecer v rios pa ses e culturas por exemplo a cultura indiana Maria PII3 Na esfera profissional a candidata manifestou que Gostava de continuar a trabalhar na mesma rea mas de uma 90 forma mais qualificada atrav s da frequ ncia de mais formac es profissionais Maria PII3 A candidata reconhece a import ncia da participa o em ac es de forma o profissional para desempenhar com sucesso obriga es profissionais de um modo mais qualificado apesar de se mostrar cr tica face aos impactes destas ac es na vida pessoal e profissional A Maria ilumina uma poss vel consequ ncia do processo de RVCC que
256. xperi ncias de vida em papel em parte porque j est tudo muito esquecido Investigador DB 02 04 2008 p 31 Estes candidatos iluminam um dos constrangimentos do processo de RVCC Porque este processo essencialmente autobiogr fico mesmo que os candidatos s partilhem e facilitem acesso aos epis dios que desejam sempre invasivo partilharmos as experi ncias de vida com pessoas estranhas que n o escolhemos como fazendo parte do n cleo de intimidade Contudo h a realgar que neste CNO apenas tr s elementos da equipa t cnico pedag gica trabalhavam com estes candidatos facilitando os lagos de intimidade que possibilitam aos candidatos a partilha de experi ncias onde podiam evidenciar desenvolvimento e mobilizag o de compet ncias Este grupo sentiu nas primeiras sess es do processo de RVCC a press o da exig ncia dos formadores Observ mos esse impacte nos candidatos quando por exemplo os candidatos receberam coment rios da equipa para melhorarem os primeiros trabalhos entregues e mostraram sentimentos de desilus o e fracasso As equipas dos CNO devem revelar exig ncia nas pr ticas e nos produtos de trabalho mas tamb m devem ser competentes em motivar os candidatos e em proporcionar Ihes 12 desenvolvimento de ferramentas para que possam superar as dificuldades que os impedem de desenvolver novas capacidades e compet ncias Deste grupo de lutadores at ao momento em que colabor mos com este

um estudo de caso sobre o - Repositório da Universidade de Lisboa

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