Home

DISSERTAÇÃO FINAL - 07-04-2014

Contents

1. importante o registo dessa informa o que se sup e ser influente na resposta ao programa de tratamento dos residentes da CTGSF Este trabalho tem suas limita es por se apoiar somente em dados do prontu rio haja vista que muitas informa es n o foram registradas e cerca de 76 75 das informa es no que diz respeito a quantidade e frequ ncia com que os indiv duos 95 usavam as drogas n o constava dos processos cl nicos o que dificultou o tratamento estat stico dessa vari vel Portanto urge a necessidade de melhorar as anota es feitas por profissionais dos servi os de sa de e criar ma base de dados informatizados pela equipa gestora do centro uma vez que ajuda no planeamento do cuidado permitir fazer estudos mais abrangentes e influencia a resposta ao programa de tratamento dos residentes A percentagem de comorbidades identificadas ultrapassa 200 porque a maioria dos residentes 69 7 apresentavam mais de uma delas Praticamente n o h informa es sobre o uso de lcool e do tabaco apesar de representarem a primeira e a segunda comorbidade j que a categoria mais representada foi a de transtorno por consumo de tabaco 74 4 seguida de transtorno por uso de lcool 50 2 e a menos a doen as do aparelho respirat rio 1 9 Os transtornos mentais e comportamentais foram identificados em 7 9 dos residentes Essa tend ncia j tinha sido comprovada no de trabalho de Diez et al 2000 numa pesquisa
2. H1 A percentagem dos dependentes de subst ncias psicoactivas de g nero masculino que adere ao programa de tratamento e o completa superior a percentagem das mulheres H2 A maioria dos residentes da Comunidade Terap utica de Granja S o Filipe que n o adere ao programa de tratamento e o completa composta por aqueles que j consumiram dois ou mais tipos de drogas H3 A maioria dos residentes da Comunidade Terap utica de Granja S o Filipe que n o completa o programa de tratamento iniciou o uso da droga antes dos 18 anos H4 H associa es espec ficas entre caracter sticas sociodemogr ficas padr es de uso e comorbidades 1 7 Etapas da investiga o A realiza o desta investiga o teve in cio em Setembro de 2011 e t rminos em Abril 2014 Come ou com uma pesquisa bibliogr fica aprofundada sobre o tema que serviu de base contribui o pr tica seguidamente dirigiu se a Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe e por meio de aplica o de um formul rio fez se levantamento dos dados que constavam do processo cl nico dos indiv duos admitidos CTGSF entre 01 de Janeiro de 2006 e 31 de Dezembro de 2010 Por fim procedeu se fase de an lise tratamento apresenta o e discuss o dos resultados 1 8 Estrutura do trabalho 2 Do ponto de vista estrutural este trabalho composto por oito cap tulos O Cap tulo I pertence introdu o e neste pretende se apresentar justificativa
3. Martins E R amp Corr a A K 2004 Lidar com subst ncias psicoacti8vas o significado para o trabalhador de enfermagem Revista Latino Americana de Enfermagem 12 398 405 Disponivel em http www scielo br pdf rlae v 1 2nspe v 12nspeal5 pdf Martins H S Neto A S amp Velasco I T 2005 Emerg ncias Clinicas Baseadas em Evid ncias Disciplina de Emerg ncias Clinicas do Hospital das Cl nicas da Faculdade de Medicina da Universidade de S o Paulo Ed Atheneu Martins M Santos M A amp Pillon S C 2008 Percep es de fam lias de baixa renda sobre o uso de drogas por um de seus membros Revista Latino Americana de Enfermagem 16 2 293 298 Dispon vel em http www scielo br pdf rlae v 16n2 pt 19 pdf Mel s R Guti rrez T 1996 Programa de mantenimiento con naltrexona Adicciones 8 1 5 18 Dispon vel em http dialnet unirioja es servlet articulo codigo 4474000 Meyers R J Apodaca T R Flicker S M Sharon M amp Slesnick N 2000 Evidence based approaches for the treatment of substance abusers by involving family members The Family Journal 10 281 288 From http tfj sagepub com content 10 3 28 1 short Milby J B 1988 A Depend ncia de drogas e seu tratamento Sao Paulo Pioneira EDUSP 144 Miller L L amp Branconnier R J 1983 Cannabis effects on memory and the cholinergic limbic system Hollister LE Health aspects of cannabis Pharmacology Psy
4. Nicotina em Pacientes do Programa de Atendimento ao Alcoolista da UFES Trabalho de Conclus o de Curso Enfermagem e Obstetr cia Vit ria Departamento de Enfermagem Universidade Federal do Esp rito Santo Brady K T Sonne S Randall C L Adinoff B amp Malcolm R 1995 Features of cocaine dependence with concurrent alcohol abuse Drug Alcohol Dependence 39 1 69 71 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 7587977 Brands B Sproule B amp Marshman J 1998 Drugs and drug abuse Addiction Research Foundation 3 Edition Toronto Brands B Sproule B amp Marshman J 1998 Drugs amp Drug Abuse 3 ed Toronto Ontario Addiction Research Foundation Editors Brasiliano S 2005 Comorbidade entre depend ncia de subst ncias psicoativas e transtornos alimentares perfil e evolu o de mulheres em um tratamento 121 espec fico para depend ncia qu mica Tese de Doutoramento Dispon vel em http www teses usp br teses disponiveis 5 5160 tde 21082007 113755 pt br php Brasiliano S Hochgraf P B amp Torres R S 2002 Comportamento sexual de mulheres dependentes qu micas Revista Brasileira de Psiquiatria 24 2 5 25 Dispon vel em http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S1516 44462002000600003 Brewel C amp Streel E 2003 Implantes de Naltrexona un avance terap utico tanto terap utico como farmacol gico Adicciones 15 299 308
5. O t rmino de tratamento uma quest o complexa para os que lidam com a depend ncia qu mica j que envolve complexas quest es de natureza socioecon mica f sica biol gica e legal tanto pr prias dos dependentes de drogas como daqueles que os rodeiam Lacks amp Quaglia 2006 Sabe se que a recupera o dos dependentes de subst ncias psicoactivas um processo de longo prazo todavia as pessoas deixam o tratamento precocemente o que resulta em reca das frequentes portanto a perman ncia em tratamento por um per odo adequado fundamental para a recupera o National Institute on Drug Abuse 2012 Na literatura cient fica s o escassos os dados referentes resposta ao programa de tratamento numa CT Uma dessas respostas precisamente o abandono que pode ser considerado como um dos indicadores de insucesso das actividades terap uticas O abandono dos tratamentos constitui um dos principais problemas na rea de sa de particularmente importante nos programas de tratamento das depend ncias de subst ncias psicoactivas Villa amp Benavente 2000 Alguns autores chamam aten o para exist ncia de elevadas taxas de abandono de tratamento frequentemente encontradas em programas de sa de mental em geral Young Grusky Jordan amp Belin 2000 H informa es que estudos recentes conduzidos em centros de sa de mental em diversos pa ses dentre os quais Inglaterra Estados Unidos e Espanha estimaram taxas
6. amp Lima D S de 2011 Implica es dos modelos de aten o depend ncia de lcool e outras drogas na rede b sica em sa de Psico 42 2 168 178 Dispon vel em http revistaseletronicas pucrs br ojs index php revistapsico article view 7 153 65 18 Scmitz J M Schneider N G amp Jarvivik M E 1997 Nicotine n Lowinson J H Ruiz P Millman R B B amp Langrod J C Editors Substance Abuse A comprehensive textbook pp 276 294 Williams amp Wilkins Seabra P N R Barbosa S amp Nassano S 2010 Programa de minimiza o e redu o de riscos em Torres Vedras Revista Toxicodepend ncias 16 2 79 86 Dispon vel em http www scielo gpeari mctes pt pdf tox v 16n2 v16n2a07 pdf Secretaria Nacional de Pol ticas sobre Drogas 2006 Sistema para detec o do Uso abusivo e depend ncia de subst ncias Psicoativas Encaminhamento interven o breve Reinser o social e Acompanhamento S o Paulo Secretaria Nacional de Pol ticas sobre Drogas 2010 Gloss rio de lcool e drogas 2 ed Brasilia Brasil SENAD Secretaria Nacional de Politicas sobre Drogas 2011 Perfil dos usudrios de crack e ou similares no Brasil Disponivel em Www casacivil gov br noticias perfil brasil pdf 157 Shaw J M Kolesar G S Sellers E M Kaplan H L amp Sandor 1981 Development of optimal treatment tactics for alcohol with drawal Journal Clinic of Psychopharmacolology 1
7. primeira droga consumida os resultados assinalam que a primeira droga usada foi canabin ides em 86 5 dos casos seguida da coca na em 8 8 dos casos e que apenas 0 5 usou sedativos e hipn ticos na primeira vez Em nenhum caso a primeira subst ncia psicoativa usada foi lcool tabaco opi ceo solvente vol til alucin geno ou outros 81 Tabela 4 Frequ ncia e percentagem dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe segundo tipos de drogas consumidas Cabo Verde 2006 2010 Tipos de drogas consumidas N Coca na 211 Canabin ides 196 M ltiplas drogas 192 Opi ceos 23 Outros estimulantes 18 Sedativos e hipn ticos 10 Alucin genos 7 Solventes vol teis 7 Fonte elabora o do autor a partir dos processos cl nicos dos residentes 98 1 91 2 89 3 10 7 8 4 4 7 3 3 3 3 No que respeita ao tipo de drogas consumida observou se que 98 1 dos participantes consumiram coca na 91 2 usaram canabin ides e 89 3 consumiram m ltiplas drogas N o havia nos prontu rios anotac es referentes ao uso de lcool nem de tabaco 82 Tabela 5 Frequ ncia e percentagem das m ltiplas subst ncias psicoactivas usadas por residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe Cabo Verde 2006 2010 M ltiplas drogas N Canabin ides Coca na 156 72 6 Opi ceos Canabin ides Coca na 14 6 5 Canabin ides Coca na Outros estimulantes 4 1 8 Canabin ides Sedativos e hipn ticos Coc
8. 1997 Guimar es et al 2008 Seabra et al 2010 Castro et al 2012 Capistrano et al 2013 argumentam que entre os dependentes de subst ncias psicoactivas apresentam uma taxa de desemprego consider vel Com base em Souza et al 2006 a deteriora o gradual do usu rio nos aspectos biopsicossocial na depend ncia qu mica geram dificuldades e o preconceito com que encaram relativamente a oportunidades para o trabalho ou a perman ncia nesse No que respeita ao estado civil foi observado que a maioria dos indiv duos pesquisados solteira 04 da amostra Diez et al 2000 encontraram uma preval ncia tamb m elevada 77 de indiv duos solteiros dependentes de subst ncias psicoactivas Estes resultados v o de encontro aos achados do estudo realizado por Go i et al 2008 que revelaram que a preval ncia de indiv duos solteiros dependente quimico de 79 2 Desta forma Batista et al 2012 especificam que a tend ncia do consumo de drogas por esses indiv duos aumentar tendo em conta que se verificou um acr scimo de 14 35 no per odo 2000 a 2009 entre os usu rios solteiros 103 Atendendo ao tipo de coabita o cerca de um ter o dos participantes 33 5 vivia com ao menos um dos pais 29 3 viviam com outros parentes 13 9 viviam com pessoas sem rela o de parentesco 12 6 viviam sozinhos e 10 7 coabitavam com c njuge companheiro Neste sentido David et al 1997 num estudo sobre Tratamento Comb
9. 28 6 as anfetaminas 14 3 o lcool 11 9 e as benzodiazepinas 2 4 sendo que a m dia total de consumo foi de 11 1 anos distribu dos da seguinte forma hero na 10 65 anos coca na 11 5 anos lcool 14 6 anos anfetaminas 10 25 anos e benzodiazepinas n o ultrapassaram dois anos de consumo Outro estudo em Oviedo Espanha revelou que 57 dos homens e 60 5 das mulheres procuraram o tratamento devido depend ncia de coca na 20 58 dos 56 homens e 19 6 das mulheres ao haxixe e 24 7 dos homens e 22 22 das mulheres aos opi ceos e nenhuma dessas subst ncias implicam maior risco de abandono Sirvent et al 2010 Os dependentes de coca na que fazem uso abusivo de lcool apresentam maiores ndices de psicose induzida pela coca na Brady 1995 depress o Kenna 2007 pelo que a presen a de transtornos mentais piora o progn stico e dificulta o tratamento do poliusu rio Hopwood et al 2011 Este tipo de uso quantificado em moderada ou intensa bastante associado a transtornos mentais inclusive com tentativas de suic dio Smith et al 2011 O lcool est presente em quase todas as combina es de subst ncias consideradas entre poliusu rios Swendsen et al 2010 O consumo de coca na tamb m est associado ao uso de lcool frequentemente pois o lcool atenua a hiperatividade causada pela intoxica o por coca na Wang et al 1997 A coca na antagoniza o efeito sedativo Foltin Fis
10. N Landa Lorea E I amp Zarzuela A 2004 Trastornos de personalidad y abandonos terap uticos en pacientes adictos resultados en una comunidad terap utica Disponivel em http www redalyc org articulo oa id 33740202 Monteiro C F S F L C M Moreira M A C Albuquerque I E M Silva M G amp Passamani M C 2011 Perfil sociodemogr fico e ades o ao tratamento de dependentes de lcool em CAPS ad do Piau Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 15 1 90 95 Dispon vel em http www scielo br pdf ean v15n1 13 pdf Mora M Rei Corona M P Cravioto P Villatoro J amp Kurl P Del 2002 Tabaco al uso de otras drogas el uso temprano de tabaco aumenta la probabilidad de usar otras drogas Salud P blica Disponivel em http scielo unam mx scielo php pid S0036 36342002000700016 amp script sci_arttext Mora M E amp Real T 2008 Epidemiology of inhalant use Curr Opin Psychiatry 2008 21 247 251 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 18382222 Morel A Boulanger M Herv F amp Tonnelet G 2001 Preven o das Toxicomanias 1 ed Lisboa Portugal Climepsi Editores Mota L 2009 Depend ncia qu mica e representa es sociais pecado crime ou doen a Curitiba Juru Muchata T amp Martins C 2010 Impacto da toxicodepend ncia na parentalidade e sa de mental dos filhos uma revis o bibliogr fica Dispon vel em http www idt pt PT RevistaT
11. Psicoactivas Factores de Conclus o do tratamento ABSTRACT The consumption of psychoactive substances is a devastating problem with enormous impact on public health in both Cape Verde and the rest of the globe Several organizations based therapeutic programs have worked with a view to combating this scourge that is affecting considerable numbers of individuals worldwide The Comunidade Terap utica Granja de Sao Felipe is one of the institutions with the use of their therapeutic program has struggled to ensure that their users are freed of substance dependencies and not always residents have responded adequately to the treatment program This study aims to identify describe and analyze sociodemographic clinical and pattern of psychoactive substance use characteristics of residents in a therapeutic community and its relation to the response to the treatment program This study is characterized by a descriptive research with quantitative approach The universe was composed of 215 individuals who underwent CTGSF Through the application form was made a survey of the processes of ex residents of Comunidade Terapeutica Granja de Sao Filipe the responses to the treatment program were identified Of these records information regarding sociodemographic characteristics clinical characteristics comorbidities and the pattern of psychoactive substance use were collected The results indicate that 46 5 responded with completion of the program 27
12. ed S o Paulo Artmed 119 Bados A Balaguer G amp Salda a C 2007 The eficacy of cognitive behavior therapy and the problem of drop out Journal Clinical of Psycholology 63 6 585 592 From http onlinelibrary wiley com doi 10 1002 jclp 20368 abstract Baltieri D A Eric C S Dias J C Scivoletto S Malbergier A Nicastri S Jer nimo C amp Andrade A G de 2004 2004 Diretrizes para o tratamento de pacientes com s ndrome de depend ncia de opi ides no Brasil Revista Brasileira de Psiquiatria 26 4 259 69 Dispon vel em http www scielo br pdf rbp v26n4 al 1v26n4 pdf Baptista C Morais A T Florindo J amp Duarte R 2008 Andlise descritivas dos toxicodependentes com filhos Disponivel em http www idt pt PT RevistaToxicodependencias Artigos 20Ficheiros 2008 2 art 05 voll4 N2 pdf Batista L S S de Batista M amp Constantino P 2012 Perfil dos usu rios de subst ncias psicoativas do Capsad em 2000 e 2009 Campos dos Goytacazes Rio de Janeiro Dispon vel em http journaldatabase org articles perfil dos usuarios substancias html Beltr o M A Bernardo W M Castro L A G P Karniol I G Kerr Correia F Nicastri S Nobre M R C amp Oliveira R A 2003 Usu rios In R Laranjeira R de Oliveira R A Nobre M R C amp Bernardo W M Orgs Usu rios de subst ncias psicoactivas abordagem diagn stico e tratamento 2 ed S o
13. pesquisadores Montalvo et al 2004 Guimar es et al 2008 Capistrano et al 2013 102 que nos seus estudos podem constatar que a m dia de idade entre os dependentes em tratamento de 30 anos oscilando entre 18 e 49 anos Este facto pode ser explicado atrav s de Diez et al 2000 Filho et al e Cavalcante et al 2008 que afirmam que primeiro contacto com as substancias psicoactivas possa ocorrer em qualquer idade nao obstante a frequente mais elevada ocorre na adolesc ncia Nesta pesquisa verificou se que 60 9 possu am o ensino secund rio 30 7 o ensino b sico 4 2 o ensino t cnico e 3 3 o ensino superior Pouco menos de 1 0 9 n o tinha nenhuma escolaridade o que demonsta uma fraca escolaridade entre os residentes da CTGSF David et al 1997 Martins et al 2008 Seabra et al 2010 Batista et al 2010 e Capristano et al 2013 confirmam existir de facto uma hegemonia de baixa escolaridade uma realidade alarmante entre os dependentes qu micos e est relacionado ao desenvolvimento da depend ncia qu mica Ferreira et al 2003 explicam que o consumo de subst ncias psicoactivas lesa o desempenho de qualquer actividade sendo que o dependente de subst ncias psicoactivas apresenta menor capacidade de julgamento e compreens o Foi observado que em Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe que 76 7 dos residentes se encontravam desempregados ao passo que 23 3 empregados David et al
14. 2007 O in cio do consumo de sust ncias psicoactivas apenas ocorre durante adolesc ncia e o consumo de tabaco e lcool continua em propor es muito superiores a medida que avan a a idade nos mesmos grupos et rios ONUDC 2012 ressaltando que idade m dia de in cio de consumo aproximadamente entre 13 e 14 anos ainda que a vulnerabilidade para depend ncia n o est relacionada apenas idade Everett et al 1999 Badtrips diz respeito a jarg o usado pelos usu rios de drogas referentes a manifesta o de feitos colaterais com o uso da subst ncia relativos a sensa o de perda de controlo distor es da imagem corporal alucina es medo de morrer e de enlouquecer ideac o suicida taquicardia n use sudorese dentre outras Dias amp Pinto 2006 Flashback refere as recorr ncias dos eventos ps quicos que originalmente ocorrem durante o uso da subst ncia Dias amp Pinto 2006 52 Zz A nicotina uma poderosa substancia psicoativa dotado de um complexo mecanismo de ac o Brands et al 1998 consumido com maior frequ ncia atrav s do cigarro embora possa ser encontrado no charuto cachimbo tabaco mascado dentre outros produtos Dias amp Pinto 2006 Ao ser fumado absorvido pelo organismo incluindo pulm es boca mucosa nasal pele e aparelho gastrointestinal Taylor 1996 atinge o c rebro em torno dos 10 20 segundos Scmitz Schneider amp Jarvivik 1997 sendo que ac
15. es da nicotina no Sistema Nervoso Central s o mediadas por receptores nicot nicos localizados em diferentes reas do c rebro e da coluna vertebral Scmitz et al 1997 Inicialmente o contacto coma subst ncia pode causar dor de cabe a tontura ins nia tosse n usea que tende a desaparecer rapidamente e aparecem outros sintomas caracter sticos do uso em curto per odo como sensa o de bem estar aumento da concentra o e relaxamento Perkins 1992 A nicotina causa um leve aumento da frequ ncia card aca e da press o arterial reduz o apetite e consequentemente diminui o peso corporal sendo que o uso cr nico do tabaco afecta os sistemas cardiovasculares e respirat rios devido a presen a da nicotina mon xido de carbono e aos outros elementos nocivos Dias amp Pinto 2006 Neste sentido a nicotina relaciona se com a depend ncia f sica e com influ ncia no sistema sangu neo sendo que a depend ncia no consumo de tabaco tamb m comprometer os processos de toler ncia e de abstin ncia Gavazzoni 2008 Ent o por um lado aparecem os sintomas transit rios que caracterizam a aut ntica s ndrome de abstin ncia de nicotina como depress o diminui o da concentra o irritabilidade ansiedade inquieta o aumento de apetite entre outros que habitualmente tem uma dura o de aproximadamente seis semanas por outro lado surgem os sintomas compensat rios que s o os da doen a prim ria anteriorme
16. mais dopamin rgicas e despertam tamb m pensamentos paran ides agita o del rios 51 Giannini amp Collins 2001 e s ndromes como ataxia tremores e midriase s o provocados pelo uso do LSD Transportation Research Board 2006 Estes efeitos s o intensificados quando o uso dessas subst ncias associado sedativos e depressores como lcool Anderson 2003 Os principais efeitos desejados e procurados s o euforia efeitos m sticos alucina es e sensa o de prazer Os usu rios acabam por experimentar preju zo cognitivo confus o tontura comprometimento da coordena o motor discurso incompress vel Efeitos adversos ou badtrips e flashback podem ocorrer Dias amp Pinto 2006 Embora a ingest o frequente de doses moderadas de LSD tem a capacidade de gerar toler ncia droga no organismo os alucin genos t m um potencial baixo para causar depend ncia Sordi Kreische amp Diemen 2012 e n o descrito nenhum quadro clinicamente significativo de retirada para os alucin genos Lacks amp Juli o 2006 Tabaco Cerca de um bilh o de pessoas s o fumantes no mundo e na d cada de 2030 estima se que esse total poder chegar a dois bilh es no qual a grande parte destes fumantes vai estar nos pa ses em desenvolvimento OMS 2004 embora abundantemente consumida em todo o mundo e seu uso considerado como via de inicia o para a consumo de outras drogas Iglesias Cavada Silava amp Caceres
17. o express o Disserta o de Mestrado Faculdade de Medicina da Universidade de S o Paulo S o Paulo Dispon vel em www teses usp br teses disponiveis 5 5142 CiriloLiberatoriTissot pdf Torrens M San L Peri J M amp Olle J M 1991 Cocaine abuse among heroin addicts in Spain Drug Alcohol Dependence 27 1 29 34 Disponivel em http europepmc org abstract MED 2029857 reload 0 jsessionid iDAOQ2RpoJb bVnZKIFVC 12 Transportation Research Board 2005 Drugs and Alcohol committee Drugs and traffic In Symposium Transportation Research Circular E C096 2006 Massachusetts EUA Massachusetts From http onlinepubs trb org onlinepubs circulars ec096 pdf Tyrer P 1988 Dependence as a limiting factor in the clinical use of minor tranquillizers Pharmac Therapy 36 173 188 United Nations Officce on Drugs and Crime 2012 World_Drug_Report_2011 From http www unodc org documents datanalysis WDR2011 World_Drug_R eport _2011_ebook pdf United Nations Office for Drug Control and Crime Prevention 2001 Global illicit drug trends 2001 Vienna UNODCCP From http www undcp org adhoc report 2001 06 26 1 report 2001 06 26 1 pdf United Nations Office on Drugs and Crime 2012 World Drug 2012 From http www unodc org documents southerncone Topics drugs WDR 2012 WD R 2012 Web Small pdf Vaillant G E 1996 A long term follow up of male alcohol abuse Arch Gen Psychiatry 53 243 249 From http
18. o pode apresentar se como exclusiva Anedonia diz respeito a perda da capacidade de sentir prazer enquanto disforia refere aos sentimentos perturbados 16 nem de um estado m rbido nem de um estado natural da estrutura do pr prio sujeito Contudo Leon 2003 destaca algumas caracter sticas t picas dos dependentes qu micos relativamente a aprendizagem social percep o limitada de quantas as suas ac es afecta a si como aos outros e da maneira que s o afectadas pelas ac es dos outros dificuldade para pensar nas consequ ncias do comportamento impulsivo Lacuna de julgamento para resolver problemas e tomar decis es uma vez que funciona no imediatismo dificuldade de identificar a rela o entre suas ac es sentimentos e drogas imperfei o na compreens o da realidade pois percepciona a realidade diferente daquilo que confundindo com seus pr prios sentimentos e limita o originados pelo despreparo para o seu auto sustento atrav s de ocupa es profissionais ou quando n o o caso os preju zos adv m do envolvimento com drogas 2 4 Dados epidemiol gicos sobre uso de drogas Segundo o mais recente relat rio sobre a utiliza o de subst ncias psicoactivas produzido pelo Escrit rio das Na es Unidas contra Drogas e Crime UNODC 2012 indica que em todo o mundo o consumo e produ o de drogas il citas tradicionais coca na hero na cannabis mant m se est vel apesar de algumas mudan as
19. pr xima do Golfo P rsico tornaram se pioneiros ao deixarem as suas testemunhas nas suas tabuinhas relativamente rela o ntima estranha e fascinante dos homens com as drogas Consideram pio sin nimo de j bilo e regozijo Angel Richard amp Valleur 2002 De acordo com os mesmos autores os Eg pcios extraiam o pio da Papoila utilizados simultaneamente como medicamento e veneno Al m disso dois mil anos previamente nossa poca usavam c nhamo Indiano para fugir das preocupa es di rias fome fadiga qui para se aproximarem dos deuses j que ela consumida sob a injun o do sumo sacerdote Nas civiliza es Pr colombianas os Incas mascavam as folhas de coca e chamavam na de Mama Coca e cr em que a planta era uma d diva dos deuses para que pudessem enfrentar tanto a fome como a fadiga Escohotado 1996 Nas escritas de Her doto evoca as virtudes terap uticas do pio Hip crates iniciador da observa o clinica embora recorria a tratamento simples reconhecia que se podia aliviar o mal gra as ao pio e Galeno refor a que o pio era um dos constituintes da teriaga Angel Richard amp Valleur 2002 No per odo da Antiguidade cl ssica as subst ncias psicoactivas foram utilizadas com fins m dicas rituais e profanas A partir do s culo XVIII foram realizadas diversas experi ncias cient ficas resultando numa enorme quantidade de medicamentos produzidos a partir dos
20. que variou de 14 16 anos para canabin ides 12 22 anos para opi ides 10 9 anos para sedativos e hipn ticos 10 86 anos tanto para alucin negos como para solventes vol teis 8 94 anos para as m ltiplas drogas e 8 73 anos para coca na Essa tend ncia de tempo m nimo j havia sido evidenciada no trabalho de Baptista et al 2008 que estudaram 117 utentes da popula o de Viseu que 108 recorreu a equipa de tratamento pela primeira vez durante o ano de 2006 Assim constataram que uma importante oscila o tempo de consumo j que a maioria se situava nos 11 a 15 anos com 35 prosseguindo os seis a 10 anos e 21 a 25 anos representando 19 respectivamente e os 16 a 20 anos com 16 Os que consomem a mais de 26 anos com 7 e os de um a cinco anos com apenas 4 O tempo total de consumo tamb m se verifica na pesquisa de Montalvo et al 2004 que desenvolveram em Comunidade Terap utica da Fundacion Proyeto Hombre de Navarra Espanha um estudo ex post facto de car cter prospectivo num universo de 125 pacientes verificaram que a m dia total de consumo foi de 11 1 anos distribu dos da seguinte forma hero na 10 65 anos coca na 11 5 anos lcool 14 6 anos anfetaminas 10 25 anos e benzodiazepinas n o ultrapassou dois anos de consumo Em Diez et al 2000 numa pesquisa longitudinal com uma amostra com 231 sujeitos pode se constatar que o tempo de consumo de 1 a 5 anos corresponde a 39 8 dos casos de 6 a 10 anos 30 8 dos
21. with abandon 22 8 with expulsion 3 3 and 0 5 with trail and death Gender time use of the drug that led the individual to seek treatment prior treatment and comorbidities significantly associated with non completion of the treatment program The findings of this study are of importance to detect on admission patients with factors associated with non completion of the treatment program proposed in the Therapeutic Community Grange St Philip in order to contribute to improve the response to treatment program for residents and prognosis Key words Treatment Therapeutic Community Dependent Substance Factors Completion of treatment CCCD MJ CCS SIDA CT CTGSF CTs HCV JOCUM LSD OBCs ONGs SENAD SIDA SPSS THC TPS UNICEF UNODC VIH ABREVIATURAS Comit de Coordena o do Combate Droga Minist rio da Justi a Comit de Coordena o do Combate SIDA Comunidade Terap utica Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe Comunidades Terap uticas V rus de Hepatite C Jovens Com Uma Miss o Dietelamina de cido Lis rgico Organiza es de Base Comunit ria Organiza es N o governamentais Secretaria Nacional de Pol ticas sobre Drogas S ndrome da Imunodefici ncia Adquirida Statistical Package for the Social Sciences Tetrahidrocannabinol Trabalhadoras Profissionais de Sexo Fundo das Na es Unidas para a Crian a Escrit rio das Na es Unidas contra Drogas e Crime V rus da Imunodefici
22. www ncbi nlm nih gov pubmed 8611061 162 Valderas J M Mercer S W amp Fortin M 2011 Research on patients with multiple health conditions different constructs different views one voice Journal of Comorbidity 1 1 3 From http jcomorbidity com index php test article download 11 15 Vasters G P amp Pillon S C 2011 O uso de drogas por adolescentes e suas percep es sobre ades o e abandono de tratamento especializado Revista Latino Americana de Enfermagem 19 2 317 124 http www scielo br pdf rlae v 19n2 pt 13 pdf Veach L J Remley T P Kippers S M amp Sorg J D 2000 Retention predictors related to intensive outpatient programs for substance use disorders American Journal of Drug and Alcohol Abuse 26 417 428 From http www researchgate net publication 12344917 Veiga J M da 1992 A droga em Cabo Verde seu consumo tr fego e combate Mindelo Autor Velho S R B R da 2010 Perfil epidemiol gico dos usu rios de subst ncias psicoativas atendidos no Capsad Londrina PR Dispon vel em www uel br pos saudecoletiva Mestrado diss 112 pdf Verheul R Van den Brimk W amp Hartegers C 1998 Personality disorders predict relapse in alcoholic patients Addict Behaviors 23 6 869 882 Victor M 1992 The effects of alcohol on the nervous system Jn Mendelson J H Mello N K editors The medical diagnosis and treatment of alcoholism New York Mc
23. 1914 a primeira lei contra essa subst ncia que culminou na aprova o de um determinativo leg timo que interditava a venda distribui o e o consumo de bebidas alco licas em todo territ rio americano Volstead Act Lei Seca que vigorou entre 1919 a 1933 Ara jo amp Moreira 2006 A comunidade messi nica e sionista negra da Jamaica crendo que o Imperador da Eti pia o r s Taffari os faria regressar a Africa os rastafarianos precipitadamente evangelizaram que a cannabis uma erva sagrada crida por Deus com o fim de levar sabedoria do seu povo Morel Boulanger Herv amp Tonnelet 2001 No decorrer do s culo XX as reduzias listas de drogas existentes multiplicaram se para n meros infinitos acompanhando as descobertas dos cientistas das mol culas produtoras de efeitos prazerosos ao n vel cerebral Foram o lcool passou a ser misturado aos barbit ricos a coca na s anfetaminas e mentanfetaminas e a cannabis a uma nova gama de drogas alucinog nias sint ticas desde o LSD PCP Fenciclidina e MDMA Metilenodioximentanfetamina Os narc ticos sint ticos e semi sint ticos eram analogamente numerosos da metadona e hidromorfona a meperidina e hero na DuPont 2005 Em 1943 enquanto decorria a segunda guerra mundial imensos soldados consumiam as anfetaminas e Albert Hoffman descobriu o cido lis rgico no quadro do laborat rio farmac utico su o Sandoz tendo mesmo por advert ncia consumido es
24. A amp Ryan R M 2006 Social pressure coercion and client engagement at treatment entry A self determination theory perspective Addictive Behaviours 31 1858 1872 From http www selfdeterminationtheory org SDT documents 2006_WildCunningham Ryan_SD pdf Wilkins J N Conner B T Gorelick D A 1998 Management of stimulant phencyclidine hallucinogen marijuana and multiple drug intoxication and withdrawal In Graham A W Schultz T K editors Principles of addiction medicine Chevy Chase ASAM Wise R A 1984 Multiple mechanisms of the reinforcing action of cocaine In National Institute on Drug Abuse NIDA Cocaine pharmacology effects and treatment abuse Rockville Department of Health and Human Services 1984 Research Monograph Series n 50 165 Wold Health Organisation 2009 WHO Report on the Global Tobacco Epidemic 2009 From http www who int tobacco mpower en index html World Health Organization 2011 Substance Abuse From http www who int topics substance_abuse en World Medical Association 2008 Declaration of Geneva Young A S Grusky O Jordan D amp Belin T R 2000 Routine outcome monitoring in a public mental health system the impact of patients who leave care Psychiatric Services 51 1 85 91 From http journals psychiatryonline org article aspx Volume 5 1 amp page 85 amp journall D 18 Yui K Ykemoto S amp Goto K 2002 Factors for
25. Cuiab MT Dispon vel em www scielo br pdf bpsiq v61n4 06 pdf Armstrong T D Costello E J 2002 Comunitty studies on adolescent substance use abuse or dependence and psychiatric comorbidity Journal Consult Clinical Psychology 70 1224 1239 From http devepi duhs duke edu library pdf 15203 pdf Arnau C D 1998 El tratamiento de la drogodependencia y las Comunidades Terap uticas Minist rio de Sanidad y Consumo Madrid 1988 Arnau D C 201 La metodolog a de la Comunidad Terap utica Madrid Fundaci n Atenea Associa o Americana de Psicologia 2002 Manual Diagn stico e Estat stico de Transtornos Mentais DSM IV TR Porto Alegre ARTMED Associa o Americana de Psiquiatria 2002 DSM IV TR Manual de diagn stico e estat stica das perturba es mentais 4 ed Lisboa Climepsi Editores Associa o Brasileira de Psiquiatria 2012 Projeto Diretrizes Abuso e Depend nciade Inalantes Dispon vel em www abp org br portal educacao diretrizes Avila H C amp Lagha P A 2005 Inhalants In Kranzler H R amp Ciraulo D A Clinical Manual of Addiction psycho pharmacology American Psychiatric Publishing Inc Washington DC London England pp 269 314 Azevedo R C S amp Oliveira K D 2011 Poliusu rios de subst ncias psicoativas In Diehl A Cordeiro D C amp Laranjeira R Depend ncia qu mica preven o tratamento e pol ticas p blicas 1
26. D C amp Laranjeira R 2010 Abuso de cannabis em pacientes com transtornos psiqui tricos atualiza o para uma antiga evid ncia Revista Brasileira de Psiquiatria 32 1 541 545 Dispon vel em http www scielo br pdf rbp v32s1 a07v32sl pdf Diez P S Alcoriza J V P amp Bad a M A P 2000 Variables predictoras de evoluci n en una unidad de deshabituaci n residencial Adicciones 12 4 487 491 Dispon vel em http www adicciones es files 487 491 200riginal pdf Dishman R K 1998 Determinants of physical activity and exercise for persons 65 years of age or older In American Physical Academy of Physical Education Activity and aging Champaign Human Kinetics American Academy of Physical Education Papers 22 140 162 Drieschner K D Lammers S D amp Staak C P 2004 Treatment motivation an attemp clarification of amb guos concept Clinical Psychology Review 23 1115 1127 Duailibi L B Ribeiro M amp Laranjeira R 2008 Profile of cocaine and crack users in Brazil Cadernos de Sa de P blica 24 4 545 557 From http www scielo br scielo php Duailibi L B Ribeiro M amp Laranjeira R 2008 Perfil dos usu rios de coca na e crack no Brasil Cadernos de Sa de P blica 24 4 545 557 Dispon vel em http www abead com br artigos arquivos perfil usuario coca crack pdf2008 Dudley R F 2002 Fermenting fruit and historical ecology of ethanol
27. Dawe S Loxton J N Kavanagh D J amp Mattick R P 2002 Review of diagnostic screening instrument for alcohol and other drug use and other psychiatric disorders 2 ed Common Health of Australia Dias J C amp Pinto IM 2006 Subst ncias psicoactivas Classifica es Mecanismo de ac o e feitos sobre o organismo Jn D Silveira amp F Moreira Orgs Panorama actual de drogas e depend ncias 39 49 S o Paulo Artheneu Dias J C amp Pinto LM 2006 Subst ncias psicoactivas classifica es mecanismos de ac o e efeitos sobre o organismo In Silveira D da amp Moreira Orgs Panorama Atual de Drogas e Depend ncias 40 49 S o Paulo Brasil Artheneu DiClemente C C Bellino L E amp Neavins T M 1999 Motivation for change and alcoholism treatment Alcohol research and health 23 2 86 92 Diehl A Cordeiro D C amp Laranjeiro R 2010 Depend ncia de m ltiplas substancias em poliusuarios de drogas Jn Diehl A et al Tratamentos farmacol gicos para depend ncia qu mica da evid ncia cient fica pr tica cl nica 1 ed p 317 23 S o Paulo Artmed 126 Diehl A Cordeiro D C Laranjeira R 2010 Depend ncia de m ltiplas subst ncias em poliusu rios de drogas In Diehl A et al Tratamentos farmacol gicos para depend ncia qu mica da evid ncia cient fica a pr tica cl nica 1 ed S o Paulo Artmed p 317 323 Diehl A Cordeiro
28. J editors Cocaine scientific and social dimensions Chichester John Wiley amp Sons p 9 40 Ciba Foundation Symposium 166 Neto T B 1999 Atividade Fisica e Qualidade de vida In Anais do I Congresso Centro Oeste de Educa o F sica Esporte e Lazer Brasilia Nobrega M P S S amp Oliveira E M 2005 Mulheres usu rias de lcool an lise qualitativa Revista Sa de P blica 39 5 816 823 S o Paulo Dispon vel em http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0034 Noto A R Galdur z J C F Nappo A S amp Carlini E A 2003 Levantamento nacional sobre o uso de drogas entre crian as e adolescentes em situa o de rua nas 27 capitais brasileiras S o Paulo CEBRID Centro Brasileiro de Informa o sobre Drogas Psicotr picas UNIFESP Universidade Federal de S o Paulo O Brien C amp McLellan A 1996 Myths about the treatmentof addiction The Lancet 347 237 240 From http www ncbi nlm nih gov pmc articles PMC2607333 148 Ochoa E Madoz G A amp Salvador E 2008 Diferencias de g nero en el tratamiento de la dependencia de opidceos Disponivel em http www generoydrogodependencias org wpcontent uploads 2012 09 Diferenci as de g C3 A9nero en el tratamiento de la dependencia de opi C3 Alceos pdf Ogden J 2004 Psicologia da sa de 2 ed Lisboa Climepsi Olievenstein C 1988 Drogas e toxic manos S o Paulo Brasiliense Oliveira H
29. Lopes R C 2000 tica e Toxicodepend ncia Informar 4 22 23 84 88 Maciel C amp Correa K F 2004 Complica es psiqui tricas do uso cr nico do lcool s ndrome de abstin ncia e outras doen as psiqui tricas Revista Brasileira de Psiquiatria 26 1 47 50 Dispon vel em http www scielo br pdf rbp v26s1 a12v26sl pdf Mackay J amp Eriksen M 2002 Thetobaccoatlas Geneva World Health Organization Maglione M Chao B amp Anglin M D 2000 Correlates of outpatient drug treatment drop out among methamphetamine users Journal Psychoact Drugs 32 221 228 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 10908011 142 Magrinelli M 2003 Padr es de consumo e motiva o para mudan a em dependentes de coca na Tese de Mestrado Porto Alegre Pontificia Universidade Cat lica do Rio Grande Sul Magura S Knight L E Vogel H S Mahmood D Laudet A B amp Rosenblum A 2003 Mediators of Effectiveness in Dual Focus Self Help Groups American Journal of Drug and Abuse 29 2 301 322 From http www ncbi nlm nih gov pmc articles PMC1828912 Malbergier A amp Oliveira J R Pereira H da 2005 Depend ncia de tabaco e comorbidade psiqui trica Revista de Psiquiatria Cl nica 32 5 276 282 Dispon vel em http www scielo br pdf rpc v32n5 27702 pdf Mandell W Edelen M O Wenzel S L Dahl J Ebener P A 2008 Do dimensions of therapeutic community tre
30. Nappo 2007 12 Para Olievenstein 1988 em 1958 foi criada na Calif rnia a funda o Synanon sociedade sem fim lucrativos determinadas a ajudar a reabilita o e cura dos drogados Fracasso 2011 refere que a Comunidade Terap utica Daytop Village o exemplo mais expressivo deste tipo de abordagem Foi fundada em 1963 pelo William B brien e David Deitch tornando se um programa terap utico profundamente articulado Para a mesma autora essas abordagens terap uticas proliferaram se transpondo o Oceano Atl ntico concedendo abertura a programas terap uticos no norte da Europa principalmente na Inglaterra Holanda B lgica Su cia e Alemanha Segundo Arnau 2010 com base em esquema proposto por Maxwel Jones refere que a metodologia de Comunidade Terap utica caracteriza se por um conjunto de tra os e componentes que s o e Uma Comunidade Terap utica um centro residencial em que se permanece a maior parte do tempo onde os residentes convivem continuamente com os membros da equipa t cnica e A perman ncia no centro tem uma dura o determinada pr definida mediante crit rios temporais ou com alcance de determinados objectivos mas sempre com um limite temporal m ximo e Cada Comunidade Terap utica orienta se perfazendo colectivo social com um perfil concreto e previamente estabelecido Apenas indiv duos que t m o dito perfil est o capacitados para residir no centro e A admiss o vo
31. Tratamentos anteriores N o Refer ncia 1 IA DLS Tipos de drogas que ja usou Cocaina Refer ncia 0 212 1 Canabin ides 0 279 0 552 M ltiplas drogas e outras subst ncias 1 AAA Comorbidades Alcool e tabaco Refer ncia 0 630 1 Comorbidades Cl nicas 0 456 0 612 E A N mero de Comorbidades Sem comorbidades Refer ncia 0 090 1 Uma comorbidade 0 036 3 452 Duas comorbidades 0 217 2 041 Tr s ou mais comorbidades 0 552 1 453 Fonte Elabora o do autor a partir dos processos cl nicos dos residentes 91 An lise Os dados da tabela 13 mostram a associa o ou n o entre a n o conclus o do programa de tratamento e algumas vari veis selecionadas Este teste feito atrav s do modelo da regress o log stica para vari veis qualitativas Quando todas estas vari veis s o postas no mesmo modelo poucas delas conseguem ter efeito l quido estatisticamente significativos O que leva a averiguar algum efeito concorrencial das vari veis embora n o tenha havido uma correla o clara entre as diferentes vari veis explicativas seleccionadas Mas dada alguma complexidade do fen meno resposta ao programa de tratamento dos dependentes de subst ncias psicoactivas fica um pouco dif cil distinguir o efeito l quido individual de cada uma das vari veis em estudo De qualquer forma verifica se que na CTGSF quando controlados para poss veis vari veis confundidoras o g nero e o n mero de comorbidades continuam a ter
32. altiplanos andinos A macera o das folhas misturada a determinados produtos qu micos produz uma pasta de natureza alcalina denominada pasta base de coca na Negrete 1992 sendo na forma de cloridrato de coca na consumido de duas maneiras dissolvido em gua e aplicado por via endovenosa ou ainda aspirado e absorvido pelas mucosas Nassif et al 1999 Lizasoain Moro amp Lorenzo 2002 citado por Alves amp Carneiro 2008 cujo consumo atinge todos os estratos sociais Dunn Ferri amp Laranjeira 2001 consumido por 0 3 da popula o mundial ONUDC 2012 nos quais a maior parte dos usu rios concentra se nas Am ricas cerca de 70 Galdur z Noto amp Carlini 1997 A estabilidade geral do consumo e a fabricac o de coca na ao n vel mundial apresenta tend ncias diferentes nos diferentes pa ses e regi es Verificou se uma diminui o geral gra as a baixa produ o dessa droga em Col mbia durante o quinqu nio 2006 2010 0s principais mercados de coca na continuam em Am rica do Norte Europa e Oce nia especialmente Austr lia e Nova Zel ndia Em Am rica do Norte registou se uma clara diminui o do consumo de coca na de 3 0 2006 a 2 2 2010 dos adultos de 15 a 64 anos J na Europa o consumo de coca na manteve se est vel durante esse per odo enquanto na Austr lia o consumo aumentava ONUDC 2012 A coca na possui m ltiplas ac es perif ricas e centrais considerado um potente anest sico loc
33. caracterizado por uma desorganiza o ideativa sempre acompanhados por importantes n veis estimula o dolorosa relacionados com uma intensa situa o de ang stia e com enorme dificuldade de controlo a toler ncia ao stresse Agra 1998 A respeito do efeito da droga constantemente o dependente dominado por ang stias e temores cuja intensidade o transforma em sentimentos absolutamente intoler veis para seu ego e a p s o consumo de drogas o sentimento de fragilidade transforma em sentimento de excepcional de estabilidade e for a mera alucina o de ter conseguido vencer o insucesso do ego Kalina amp Kovadloff 1988 O mesmo autor chama aten o para o facto de que a rela o do toxicodependente com o meio inconsistente pois instante orienta se pelo mundo das suas ideias e pensamentos momento pelos aspectos afectivos emocionais e externas que construiu no seu interior Leon 2003 esclarece que relativamente ao aspecto psicol gico que o dependente qu mico tem uma percep o negativa de si mesma pois exterioriza baixa auto estima identidade pessoal negativa dificuldades em gerir os seus sentimentos yes oe z mes 2 i reduzida toler ncia sentimentos de culpa hostilidade e raiva disforia e anedonia Segundo Bergeret 1988 p 65 por mais de tr s d cadas de investiga o constatou se que n o existe nenhuma estrutura de personalidade pr pria da toxicodepend ncia e que a toxicodepend ncia n
34. coca na e crack com particular associa o de transtornos relacionados ao uso de lcool abuso e depend ncia Carlini et al 2007 e estima se que entre 60 a 90 dos dependentes de coca na tenham diagn stico de abuso ou depend ncia de lcool Noto Galdur z Nappo amp Carlini 2003 Um estudo brasileiro que avaliou 183 dependentes de drogas psicotr picas que procuraram tratamento mostrou que 45 3 dos entrevistados utilizavam tr s ou mais drogas Oliveira 2010 sendo as drogas mais frequentemente associadas foram lcool cannabis e de coca na Oliveira amp Nappo 2008b e subst ncias como coca na hero na e cannabis eram consumidos por 49 3 dos indiv duos Seabra et al 2010 Um estudo europeu que avaliou 70 000 adolescentes entre 15 e 16 anos em 22 pa ses indicou que 30 haviam consumido pelo menos dois tipos de drogas psicotr picas no m s anterior avalia o sendo a combina o mais frequente lcool e tabaco seguida de cannabis com lcool e ou tabaco e em baixa frequ ncia cannabis com lcool ou tabaco mais ecstasy coca na anfetaminas LSD ou hero na Griffiths et al 2011 Montalvo et al 2004 desenvolveram em Comunidade Terap utica da Fundacion Proyeto Hombre de Navarra Espanha um estudo ex post facto de car cter prospectivo num universo de 125 pacientes verificaram que principais subst ncias que mais motivaram os indiv duos a buscar o tratamento foram a hero na 42 9 a coca na
35. da 2 guerra Mundial pata atender os casos Dist rbio de Stress P s Traum tico entre prisioneiros torturados e outros indiv duos que tinham sofrido tratamentos degradantes durante o conflito Arnau 2010 As primeiras Comunidades Terap uticas tinham fins diversos dos que hoje se conhece e embora globalmente enquadradas numa configura o de sa de mental destinavam se inicialmente a promover em ambiente seguro a reabilita o psicossocial de soldados que padeciam de transtornos ps quicos decorrente de guerra Instituto da Droga e Toxicodepend ncia IDT 2011 A aparente diminuta ajuda da psiquiatria tradicional aos pacientes dependentes qu micos fez com que o Dr Maxwell Jones convidasse v rios profissionais para reuni o mundial propondo investigar como falar directamente com seus pacientes em seu pr prio n vel procurando deste modo revelar a imagem do autoritarismo hospitalar com enorme insist ncia na ideia de auto ajuda de entreajuda trabalho conjunto para ajudarem a si mesmos e uma as outras Kalina amp Kovadloff 1998 Em 1935 apareceu o grupo dos Alco licos An nimos fundado por Bill Wilson definiram um regulamento moral de 12 passos cuja princ pio se fundamentou na intensa experiencia espiritual baseada no seu fundador ap s este ter passado por diversas tentativas fracassadas de desintoxica o alco lica atrav s dos meios m dicos tradicionais Galanter 2005 como citado em Sanchez amp
36. da investiga o delimita o do problema objectivos as principais hip teses formuladas e por fim as perguntas a serem respondidas pela pesquisa O Cap tulo II referente a revis o da literatura cujo conte do dar suporte ao problema em estudo Neste cap tulo ser o abordados alguns aspectos hist ricos e conceitos relativamente depend ncia de subst ncias psicoactivas dados epidemiol gicos sobre uso de drogas programa nacional integrado de combate s drogas tratamento onde ser o tratados os factores gerais que contribuem ou dificultam completar o programa de tratamento entre eles tipos de drogas consumidas comorbidades programa terap utico descri o do modelo terap utico e filosofia intr nseca ao programa de tratamento e finalizando com as principais actividades psicoterap utica desenvolvidas O Cap tulo III diz respeito a metodologia onde se aborda os aspectos fundamentais relacionados com a investiga o de campo como tipo de estudo local do estudo defini o e operacionaliza o das vari veis em estudo sujeitos unidades de an lise descri o do instrumento de colheita de dados colheita de dados processamento de dados e procedimentos formais ticos legais em pesquisa com seres humanos O Cap tulo IV corresponde aos resultados onde se faz a an lise descritiva e inferencial dos mesmos No Cap tulo V dedica se a discuss o dos resultados do estudo real ando os mais relevantes as implic
37. de abandono variando entre 24 e 66 Bados Balaguer amp Salda a 2007 Negrete L pez e Silvestre 2010 afirmam que o abandono do tratamento pode variar entre 20 e 80 dependendo principalmente das caracter sticas do usu rio ou do tratamento Nesta l gica Fiorini 2004 observa que o problema do abandono nas psicoterapias alcan a uma gravidade preocupante chegando mesmo a atingir de 30 a 65 dos casos com interven o de uma s rie de vari veis Sirvent et al 2010 25 percepcionam que este fen meno constitui uma crescente preocupa o e prioridade nas tarefas de investiga o Go i 2005 num estudo ex post facto de car cter prospectivo com uma amostra de 618 indiv duos dependentes de lcool haxixe anfetaminas barbit ricos hero na coca na speed ball e alucin genos crack e outras subst ncias psicoactivas realizada e Comunidade Terap utica de Proyecto Hombre de Navarra Espanha constatou que apenas 34 3 conclu ram o tratamento O mesmo pesquisador referiu que n o houve diferen a nas taxas de conclus o e de abandono de tratamento nos indiv duos com hist rias de internamentos pr vios Diez et al 2000 num estudo longitudinal com uma amostra com 231 sujeitos dependentes de hero na coca na tabaco lcool anfetaminas psicof rmacos e hipn ticos realizada em Unidade de Desabitua o Residencial Balsa Blanca verificaram que o tempo m dio de perman ncia em programa de tratamento
38. de drogas no dom nio da redu o da procura desafios globais no Refor o do Estado de Direito Democr tico e de Luta contra a Criminalidade Transnacional e Organizada e Assist ncia t cnica e coopera o internacional 2 5 4 Desafios Priorit rios de Cabo Verde em mat ria do Combate Droga e Crime O tr fico de drogas e o crime organizado s o amea as para a seguran a e a estabilidade do pa s Sendo assim de se reconhecer que o compromisso e a coopera o entre todos os intervenientes ser o necess rios para se garantir a seguran a nossa popula o um dos suportes para garantir tamb m a sustentabilidade do pa s A frica Ocidental representa para as Na es Unidas em geral e para o ONUDC em particular um dos grandes desafios e continua a ser uma das suas principais prioridades enquanto sub regi o mais inst veis do mundo onde se regista um aumento do tr fico e consumo de drogas sinais de produ o pirataria e inseguran a 22 Nesse cen rio a localiza o geoestrat gica de Cabo Verde requer uma aten o especial sobre os desafios associados ao desenvolvimento do terrorismo internacional o branqueamento de capitais o tr fico de seres humanos e de drogas Um outro factor inquietante o aumento do consumo abusivo do Crack que requer refor o de programas de preven o incluindo HIV SIDA com nfase na juventude e nos usu rios de drogas e toxicodependentes incluindo mulheres usu rias de
39. de tratamento segundo o g nero os homens tiveram melhor progn stico que as mulheres As pesquisas de Monteiro et al 2011 de natureza quantitativa realizado no munic pio de Teresina cujo objetivo era levantar o perfil sociodemogr fico e a ades o ao tratamento de dependentes do lcool no Centro de Aten o Psicossocial lcool e Drogas atrav s do levantamento de informa es presentes nos prontu rios dos 227 sujeitos verificaram que na faixa et ria entre 15 e 18 anos a m dia de perman ncia encontrada foi de 5 5 meses desvio padr o 4 3 para a faixa compreendida entre 19 e 59 anos de idade foi de 6 3 meses desvio padr o 5 1 e para 60 anos e mais a m dia em meses foi de 9 8 e desvio padr o de 10 4 Os mesmos autores constataram que 55 da amostra usava diariamente o lcool seguido de 35 2 para mais de tr s vezes por semana e 8 8 para uma a duas vezes por semana e 0 8 consumia quinzenalmente Por sua vez segundo Portugal et al 2010 os pacientes atendidos no Programa de Atendimento ao Alcoolista do Hospital Universit rio Cassiano Ant nio Moraes da Universidade Federal do Esp rito Santo antes do in cio do seu tratamento constataram que a maioria dos sujeitos pesquisados 26 3 consumia de 21 a 25 doses de lcool Laranjeira Pinsky Zaleski e Caetano 2007 averiguaram que na regi o sul do Brasil o consumo de lcool era de cinco doses sendo cinco para homens e quatro para 28 2 m
40. devido ao preconceito Figlie et al 2010 devido a quest es culturais com rela o aos usu rios de drogas que mais vincado entre as mulheres Faria amp Schneider 2009 Sendo assim envergonham com a doen a afastando do tratamento Rossetti amp Santos 2006 Contudo quando entram em tratamento inicialmente as mulheres aceitam os limites e normas no tratamento Por m posteriormente apresentam complica es para manterem se no cumprimento reagindo negativamente a directiva mostrando maior dificuldade frente a norma comparativamente aos homens Desta forma necessitam mais explica es para aceitar as normas mais fundamentos para compreender o sentido das mesmas Santamaria amp Aljama 2004 Nota se com alguma predomin ncia da faixa et ria dos 21 a 40 anos Batista et al 2012 Capistrano Silva Ferreira Alves amp Kalinke 2013 numa m dia de idade de 30 anos que oscila entre 18 e 49 anos Montalvo et al 2004 Guimaraes et al 2008 Seabra et al 2010 Peixoto et al 2010 Capistrano et al 2013 sendo os individuos solteiros os mais afectados Melis amp Guti rrez 1996 David et al 1997 Arnau 1998 Diez et al 2000 Guimaraes et al 2008 Monteiro et al 2011 Castro et al 2012 A depend ncia de subst ncias psicoactivas interfere na capacidade de ser m e ou ser pai sendo que a problem tica de comportamento dependente de subst ncias 34 psicoactivas dificulta a fun o parental a
41. do uso abusivo do lcool ainda mais quando se trata de centro de recupera o que n o admite dependentes do lcool para tratamento Cabe tamb m salientar que as percentagens superiores de tabaco encontrada neste estudo entre dependentes de subst ncias psicoativas il citas podem ter uma raz o de ser j que a maioria desses dependentes qu micos necessitam do tabaco para consumir as drogas particularmente as m ltiplas drogas crack de entre outras drogas N o foi identificada nenhuma comorbidade em 5 6 dos residentes e em cerca de 30 deles foram identificadas duas ou mais comorbidades sendo que em quase 2 deles foram anotadas seis ou mais comorbidades Este resultado est em conformidade com as afirma es de Uchtenhagen e Zeiglg nsberger 2000 citados por EMCDDA 2004 que estimam que entre os consumidores de drogas cerca de 10 a 50 dos pacientes apresentam comorbilidade de mais do que uma perturba o de personalidade ou psiqui trica Na mesma linha de resultados Armstrong e Costello 2002 citados por 97 Ribeiro e Laranjeira 2010 numa revis o com estudos comunit rios respeitante a comorbidade psiqui trica realizada com jovens usu rios de lcool e outras drogas mostraram que 60 dos sujeitos apresentavam uma comorbidade sendo o transtorno de conduta e o transtorno desafiador opositor os mais comuns seguidos pelo transtorno depressivo No mesmo sentido Flynn e Brown 2008 relatam que a maioria dos usu
42. drogas Esses fen menos afectam principalmente a popula o masculina e jovens desempregados e t m consequ ncias sobre o tecido social de Cabo Verde levando o Estado a tomar medidas para melhor compreender a magnitude de tais eventos e planear interven es mais eficazes O programa nacional integrado abrangente multidisciplinar multissectorial e transversal Resultado de um trabalho de diversos sectores governamentais e n o governamentais e servi os competentes na mat ria e tem como objectivo a m dio prazo consolidar os ganhos conseguidos por Cabo Verde em mat ria de luta contra o narcotr fico e crime organizado refor ar e melhorar a capacidade de resposta das autoridades nacionais em mat ria de preven o garantindo sa de paz e seguran a no quadro da promo o dos direitos humanos e da boa governa o Para a materializa o do programa nacional integrado de combate droga e crime foram eleitos quatro eixos priorit rios de interven o Preven o e Pesquisa Tratamento e Reinser o Socioprofissional dos Toxicodependentes Combate ao Tr fico Il cito Crime Organizado e Terrorismo e Justi a e Integridade 2 6 Tratamento Em virtude do car cter cr nico dos quadros psicopatol gicos decorrentes do uso das subst ncias psicoactivas e das frequentes reca das dos usu rios que tentam entrar em abstin ncia gradualmente o tratamento de grande parcela desses usu rios passou a ser realizado em CTs Cont
43. era de 4 8 meses e 31 2 dos sujeitos que compuseram a sua amostra finalizaram com xito o programa de tratamento Os mesmos pesquisadores afirmam que os indiv duos que tinham consumido a droga por mais tempo apresentaram maior probabilidade de concluir o programa terap utico Perrone 2012 num estudo em duas CTs no interior do Estado de S o Paulo Brasil com depend ncia de lcool e depend ncia cruzada constatou que 55 e 75 dos residentes desistiram de tratamento nas referidas CTs respectivamente Numa destas 58 dos residentes que abandonaram o tratamento j haviam estado internados anteriormente apenas em CT Seabra Nagr o Barbosa e Nassano 2010 num estudo com 241 indiv duos dos quais 204 eram homens que entraram num programa de redu o de riscos e minimiza o de danos atrav s de um programa de metadona em Torrres Vedras Portugal verificaram que os sujeitos permaneciam em m dia 2 3 meses cuja taxa de abandono de tratamento era de 49 cerca de 49 3 dos doentes consumiam coca na entrada simult neos com hero na bem como outras subst ncias designadamente cannabis revelando uma clara situa o de consumo de m ltiplas drogas 26 Ravndal et al 2005 num estudo prospectivo de 13 programas em Noruega com uma amostra consecutiva de 307 sujeitos dependentes de hero na lcool e outras subst ncias psicoactivas mostram que apenas 40 dos sujeitos completaram o tratamento indicado independentemente de s
44. escolaridade e sem v nculos empregat cios formais embora atinja todas as classes sociais Oliveira amp Nappo 2008a Geralmente os efeitos f sico e ps quicos produzidos por esta subst ncia s o id nticos aos da coca na por m extremamente agravados e acrescidos em nocividade pois atingem o c rebro em poucos segundos s o mais r pidos e intensos e o indiv duo pode come ar por sentir euforia e sensa o de bem estar intensa e excita o sexual n o obstante os efeitos positivos poder o ser rapidamente substitu dos por ardor nos olhos secura na boca palpita es contrac es musculares dilata o das pupilas cefaleias depress o forte irritabilidade ang stia e diminui o do apetite Marques amp Fugas 1990 O crack pode gerar um quadro de ins nias agita o psicomotora emagrecimento indiferen a sexual desestrutura o da identidade da pessoa desenvolver psicoses paran ia comportamento excessivamente anti social Essa subst ncia psicotr pica apresenta um enorme potencial de depend ncia ps quica que se instala em muito pouco tempo j que a sua toler ncia bastante elevada e desenvolve se com facilidade Marques amp Fugas 1990 e o seu quadro de abstin ncia s o semelhantes aos quadros associados ao uso de coca na e relatados anteriormente Oliveira amp Tedesco 2006 Outros estimulantes Estima se que os estimulantes de tipo anfetam nico excepto o ecstasy e a segunda sub
45. ingestion Is alcoholism in modern humans an evolutionary hangover Addiction 97 381 388 127 Dunn J Ferri C P amp Laranjeira R 2001 Does multisite sampling improve de patient heterogeneity in drug misuse research Drug Alcohol Depend 63 79 85 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 1 1297833 Dunn J Laranjeira R 1999 Cocaine profiles drugs histories and patterns of use of patientes from Brasil Substance Use and Misuse 34 11 1527 1548 From http www scielo br pdf csp v24s4 07 pdf DuPont R L 1991 Crack cocaine a challenge for prevention Rockville U S Department of Health and Human Services Public Health Service Alcohol Drug Abuse and Mental Health Administration OSAP prevention monograph DuPont L R 2005 C rebro lcool e drogas o c rebro ego sta aprender com depend ncias Lisboa St ria Editores Edelen M O Tucker J S Wenzel S L Paddock S M Ebener P A Dahl J amp Mandell W 2007 Treatment process in the therapeutic community Associations with retentions and outcomes among adolescent residential clients Journal of Substance Abuse Treatment 32 415 421 Elbreder M F Laranjeira R Siqueira M M amp Barbosa D A 2008 Perfil de mulheres Usu rias de lcool em ambulat rio especializado em depend ncia qu mica In Jornal Brasileiro de Psiquiatria 57 1 9 13 Dispon vel em http www scielo br pdf jbpsiq v57n1 v57n1a03 pdf El
46. lcool e porventura tabaco Nessa dial ctica a presen a de uma segunda comorbidade psiqui trica habitual entre os usu rios de coca na e crack Leite 1996 sendo que a depress o e transtornos ansiosos s o as comorbidades psiqui tricas mais observadas Terra 2000 esquizofrenia e tabagismo SENAD 2006 j que o tabagismo est fortemente associado ao alcoolismo Bossato 2005 logicamente a presen a da comorbidade aumenta a gravidade de ambas as doen as Duailibi Ribeiro amp Laranjeira 2008 piora o progn stico dos usu rios de subst ncias psicoactivas Leite 1999 Essas afirma es foram constatadas por Magrinell 2003 num estudo realizado com 50 pacientes internados em Porto Alegre encontrou correla o significativa entre os sintomas de depress o e ansiedade e a gravidade da depend ncia 61 Verifica se uma elevada percentagem de dependentes qu micos policonsumidores Capistrano et al 2013 e nestes h uma maior ocorr ncia de psicopatologias e risco de suic dio Hess Almeida amp Moraes 2012 Contrariamente Wagner 2002 numa pesquisa entre os usu rios de coca na e crack internados para tratamento na cidade de Pelotas entre 1998 2000 mostrou que a presen a de depress o maior e a depend ncia de coca na aumentava ades o dos portadores de ambas ao tratamento institu do Normalmente aqueles que consomem abusivamente coca na e crack apresentam graves comorbidades Heim amp Andrade 2008 e q
47. longitudinal com uma amostra de 231 sujeitos dependentes de hero na coca na tabaco lcool anfetaminas psicof rmacos e hipn ticos realizada em Unidade de Desabitua o Residencial Balsa Blanca constataram que de entre todas as outras drogas consumidas o tabaco em 96 1 dos casos o tipo de subst ncia psicoactiva mais usada consequentemente a maior frequ ncia de comorbidades encontrada Portugal et al 2010 numa pesquisa descritivo de car cter retrospectivo cujo objetivo era descrever o perfil de pacientes atendidos no Programa de Atendimento ao Alcoolista do Hospital Universit rio Cassiano Ant nio Moraes da Universidade Federal do Esp rito Santo portadores de comorbidades observaram que 63 7 dos indiv duos apresentavam transtornos psiqui tricos sendo que a maioria indiscut vel era representado pelo tabagismo 58 1 dos casos Segundo a EMCDDA 2004 o consumo problem tico de drogas e perturba es psiqui tricas constituem uma combina o frequente j que cerca de 80 dos pacientes aos quais diagnosticado depend ncia de subst ncia psicoactivas apresentam igualmente perturba es psiqui tricas co m rbidas Por sua vez Scheffer e Pasa 2010 numa pesquisa de car cter transversal quantitativo com 32 individuos aplicando um Mini International Neuropsychiatric Interview aferiram alta preval ncia de transtornos 96 psiqui tricos em dois grupos de dependentes qu micos coca na crack e lc
48. n usea 46 sendo que convuls o 2 4 comer mais e ganhar peso 4 8 e sonhos v vidos 7 7 s o os sintomas menos comuns relatados No entanto o uso cr nico de inalantes associa se com sintomas psic ticos transtornos do humor e de ansiedade uso de outras drogas suic dio VIH delinqu ncia e transtornos de personalidade Associa o Brasileira de Psiquiatria 2012 Numa perspectiva cl nica o uso cr nico de inalantes associa se a dano cerebral tais como preju zo de mem ria comprometimento cognitivo perda auditiva e da sensa o olfativa comprometimento da coordena o motora com ataxia da marcha e dem ncia Avila amp Lagha 2005 por m outros rg os e sistemas tamb m podem sofrer les es como sistema hematol gico o f gado rins pulm es e cora o Tasman 2010 A interrup o do uso de solventes n o est associada a nenhum quadro de abstin ncia clinicamente importante Oliveira amp Tedesco 2006 M ltiplas drogas Faz poucas d cadas que o consumo de m ltiplas drogas era considerado excep o e actualmente quase uma norma em diversos pa ses Baseando se num grupo diverso de 15 pa ses Alemanha Argentina Austr lia Bol via Brasil Canad Chile Espanha Estados Unidos Filipinas Indon sia It lia M xico Peru e Reino Unido os quais o n mero total de consumidores de cinco drogas cannabis anfetaminas ecstasy coca na e opi ceos ultrapassou a m dia dos 20 do n mero total
49. ncia Humana SUMARIO CAP TULO TS INERODU O iii snadastvessasnsasecatecessdaceuesecchsteusdcapasinssavanessaunsapeaabstuvbassnuaeseatnn L Valls Go alo o cp AND CD RR cates O RR RR sec RR dt esei 1 1 2 Delimita o do proble Macia 2 13 DUS CMI CAL yas eaa idee E EE ge ed as bee andes R 3 LA OB O it da a 3 1 4 1 Objectivo geral hee a RR a mre iets na trist on cits 3 14 2 Objectivos especifica 4 1 5 Perguntas a serem TESPON I AS ar noise a 4 NG AIP SES A ade ce DIGAS NOTA SABER SN la 4 1 Btapas da INV CSL SAC AO cas css Sons ria ariana DGE ne ose ee 5 1 8 Estruturado trabalho sinesi rnn a a e a Rae o rua 5 CAP TULO II REVIS O DA LITERATURA cccccscccsccccssscsccssssccscssccsscscssccscccssssccsosssssceseece 7 2 1 Perspectivas hist rico culturais de uso de drogas 7 2 2 Hist ria e caracteriza o das Comunidades Terap uticas ooooonnoccconoccnooncnnnoncnnnns 11 2 3 Dependentes de Subst ncias Psicoactivas cscccesscecesncecesececeeeeecseececseeeeeeeeeees 15 2 4 Dados epidemiol gicos sobre uso de drogas 16 2 5 Programa Nacional Integrado de Luta Contra Droga e Crime em Cabo Verde 2012 2016 yea sass i a ens E A A Sau Sigh pa Spain RAE ARE 19 2 5 1 An lise e avalia o de algumas medidas implementadas eee 20 2 5 2 Estruturas de preven o e de tratamento ri nono nn nono rena conan ona rra n nan cnnncnneo 20 2 5 3 Medidas e pol ticas adoptadas o oooncnnncnnoninonnon
50. no fluxo e mercados de consumo dessas subst ncias com propens o de crescimento nos pa ses em desenvolvimento O referido relat rio n vel mundial estima que em 2010 entre 153 milh es e 300 milh es de pessoas na faixa et ria de 15 aos 64 anos entre os 3 4 e os 6 6 da popula o mundial desse grupo de idade consumiram uma subst ncia il cita pelo menos uma vez no ltimo ano Por sua vez a World Health Organization WHO 2011 estima que 76 3 milh es de pessoas sejam dependentes de lcool e 15 3 milh es apresentem transtornos mentais e comportamental em decorr ncia do uso de outras drogas Cerca de 2 3 milh es de consumidores de subst ncias psicoactivas por injec o tinham contra do hepatite B H cada vez mais ind cios de que o consumo de drogas por outros meios diferentes da injec o tamb m acarreta um maior risco de contrair o VIH especialmente por falta de protec o nas rela es sexuais United Nations Office on Drugs and Crime UNODC 2012 17 Do ponto de vista da preval ncia de acordo com aquele organismo das Na es Unidas a cannabis continua sendo a subst ncia il cita de maior consumo mundial com uma preval ncia estimada em 2010 de 2 6 e 5 da popula o adulta entre 119 milh es e 224 milh es de usu rios de 15 a 64 anos de idade A preval ncia anual de consumo de cannabis em frica especialmente em frica ocidental e central muito superior a m dia mundial 5 2 a 13 5 da
51. o das vari veis em estudo As seguintes caracter sticas s cio demogr ficas foram consideradas para o presente estudo g nero idade escolaridade filhos profiss o ocupa o estado civil e tipo de coabita o Tamb m foram analisadas as seguintes caracter sticas de padr o de uso idade de in cio do uso de drogas primeira droga consumida tipos de drogas que j 12 usou droga que levou a procurar o tratamento tempo de consumo tratamentos anteriores tempo de perman ncia no programa de tratamento e resposta ao mesmo Finalmente averiguaram se as comorbidades associadas depend ncia de subst ncias psicoactivas 3 8 Vari vel Dependente Neste estudo considera se como vari vel dependente a n o conclus o do programa de tratamento 3 9 Vari veis Independentes S o consideradas no mbito desse estudo as seguintes vari veis independentes sobre as quais codificadas pelo autor da seguinte maneira G nero Observado como uma vari vel qualitativa com duas categorias 1 Masculino 2 Feminino Idade Observado como uma vari vel quantitativa discreta representando anos completos podendo variar de 18 a 48 Estado civil Vari vel qualitativa com tr s modalidades 1 Divorciados ou separados 2 casados ou vivendo em uni o de facto 3 Solteiros Ocupa o e situa o laboral Vari vel qualitativa com duas modalidades 1 Empregados 2 Desempregados Filhos Observado como uma vari vel qualit
52. peculiaridades Resultados preliminares Jornal Brasileiro de Psiquiatria 55 3 208 211 Dispon vel em http www scielo br pdf jbpsig V55n 3a6 pdf Comiss o de Coordena o do Combate Droga 2010 Tratamento Comunidade Terap utica Granja S o Filipe Dispon vel em http www cccd cv article 27 Comiss o de Coordena o do Combate Droga Minist rio da Justi a 2013 1 Inqu rito Nacional sobre a preval ncia de consumo de subst ncias psicoactivas na popula o geral Praia Autor 124 Comit de Coordena o do Combate SIDA 2011 Cartografia e estudo s cio comportamental e de seropreval ncia do VIH Sida nas profissionais de sexo Relat rio de Pesquisa 2011 Praia Autor Comptom W M Grant B F Colliver J D Glantz M D amp Stinson F S 2004 Prevalence of marijuana use disorders in the United States 1991 1992 and 2001 2002 JAMA 291 17 2004 Copeland J amp Hall W 1992 A comparison of predictors of treatment drop out of women seeking drug and alcohol treatment in specialist women s and two traditional mexed sex treatment services British Journal of Addiction 87 883 890 Cordeiro M 2004 Dos 10 as 15 adolescentes e adolesc ncias II Vol 2 ed Jardim dos Ulmeiros Publisher Team Costa M amp Barreto S 2003 Tipos de estudos epidemiol gicos conceitos b sicos e aplica es na rea do envelhecimento Epidemiologia e Servi os de S
53. rios de subst ncias psicoactivas dentro do ambiente de tratamento possui ao menos um transtorno mental Silva et al 2009 numa pesquisa com 31 sujeitos diagnosticados como dependentes de lcool ou coca na crack em regime de internamneto no Centro especializado de Depend ncia Qu mica da Unidade do Hospital Parque Bel m localizado em Porto Alegre RS atrav s da aplica o do Mini International Neuropsychiatric Interview M I N I verificaram que 83 9 dos participantes deste estudo apresentaram ao menos um outro transtorno mental Destes 61 3 foram diagnosticados com dois ou mais transtornos mentais apontando para a presen a de comorbidades m ltiplas em expressiva parcela da amostra estudada No grupo de indiv duos alco licos somente 18 8 n o apresentaram comorbidades psiqui tricas enquanto no grupo de dependentes de coca na crack em somente 13 3 n o foi diagnosticado nenhum outro transtorno psiqui trico O ideal seria ter um psiquiatra no centro de tratamento e sensivelmente desde os meados de 2012 que CTGSF j n o disp e de ajuda do m dico de cl nica geral Assim h que considerar a possibilidade de ainda durante o primeiro trimestre de tratamento todos os residentes tirem ao menos uma consulta com um psiquiatra que era de extrema import ncia pois ajudava no diagn stico e tratamento das comorbidades psiqui tricas e por conseguinte melhorava a resposta ao programa de tratamento Constata se que em divers
54. s da partilha dos seus sentimentos Trabalha se a necessidade de abstin ncia e recebe se ajuda que vai ao encontro daquilo de que o residente precisa Grupo de Danos e Impot ncia grupo facilitado por um conselheiro terapeuta ou psic logo terapeuta no qual partilham se danos espec ficos causados a si e aos outros referindo se ao lugar em que ocorreram e os sentimentos predominantes tanto no momento da ocorr ncia como no instante da partilha Segue se a entreajuda que facilita a quebra da nega o Grupo de Desgovernos e Desonestidades grupo directivo e de confronta o realizado todas as segundas feiras que leva o residente a se responsabilizar pelos seus actos praticar honestidade e facultar mudan as de atitudes e comportamentos melhorar os defeitos de car cter a linguagem a higiene pessoal a pontualidade entre outros Grupo de Mudan as de Objectivos grupo realizada a cada duas semanas no qual se faz o balan o e a avalia o de cada elemento do grupo e do grupo como um todo Cada residente aponta os aspectos positivos e negativos e prop e mudan as a serem postas em pr tica durante as duas semanas seguintes Actividades Orientadas e Diversas S o actividades voltadas para a coopera o trabalho em equipa que os ajudam a desenvolver algumas habilidades de descontrac o e socializac o Com isso pretende se ajudar os residentes a tomar consci ncia que poss vel viver e divertirem se sem terem que recor
55. sendo que 79 dos adolescentes usam tais drogas de forma concomitante Silveira 2001 provou numa pesquisa retrospectiva em Curitiba que analisou 682 prontu rios dos adolescentes na faixa et ria dos 10 20 anos internados por depend ncia qu mica registou que o crack era a segunda subst ncia mais consumida 49 a frente do lcool 39 e da coca na aspirada 29 unicamente atr s da cannabis Negreiros 2002 num estudo realizado com 176 consumidores problem ticos de drogas verificou que as principais drogas utilizadas pelos entrevistados eram a hero na 30 5 coca na hero na 48 8 dos individuos consumos cumulativos de hero na coca na e haxixe 8 As outras drogas como as anfetaminas ou o ecstasy eram consumidas por um n mero muito reduzido de sujeitos 107 As m ltiplas drogas mais encontradas foram canabin ides coca na em 72 6 dos residentes seguidas de opi ceos canabin ides coca na com 6 5 e de canabin ides coca na outros estimulantes representando 1 8 Nenhuma outra categoria m ltiplas drogas esteve representada por mais de 1 3 dos residentes Actualmente a quest o de consumo de m ltiplas subst ncias muito frequente n o so pelo seu uso em s1 mas tamb m pelos estudos que sido realizado nest mat ria Neste sentido Oliveira 2010 num estudo brasileiro que avaliou 183 dependentes de subst ncias psicoactivas que buscaram o tratamento afirmou que 45 3 dos entrevistados utilizavam tr s ou mais drog
56. um desejo persistente ou esfor os mal sucedidos para diminuir ou controlar o uso da subst ncia 5 Muito tempo despendido em actividades necess rias para obter a subst ncia utiliz la ou recuperar se de seus efeitos 6 Abdica se de ou reduzem se atividades sociais ocupacionais ou recreativas devido ao uso da subst ncia 7 O uso da subst ncia cont nuo apesar da consci ncia de terem um problema f sico ou psicol gico persistente ou recorrente que deve ter sido provavelmente causado ou exacerbado pela subst ncia American Psychiatric Association 2000 Canabin ides A cannabis sativa cont m pelo menos 60 canabin ides muitos dos quais biologicamente activos sendo Delta 9 tetrahidrocanabinol THC um dos seus constituintes mais activo o qual pode ser detectado na urina v rias semanas ap s seu uso segundo a SENAD 2010 e sua concentra o oscila entre 1 a 10 ou mais em produtos da folha enquanto em os produtos manipulados a partir da resina haxixe podem alcan ar concentra es de 20 a 70 Brands et al 1998 sendo que pode apresentar algumas formas de prepara o marijuana ou erva haxixe e leo de cannabis ou leo de haxixe Neto 1999 A cannabis subst ncia il cita de maior consumo a n vel mundial UNODC 2012 sendo que a sua preval ncia fica somente atr s do consumo de lcool e tabaco Watson amp Benson 2000 A import ncia relativa de haxixe e da cannabis varia de acordo com a regi o A
57. 0 que constataram que 79 dos adolescentes usaram crack e cannabis de forma concomitante Percentagens mais elevadas j tinham sido encontradas por Sanchez e Nappo 2002 que verificou que entre os usu rios de crack a preval ncia do uso de cannabis chega a 60 na forma sequencial ou no uso combinado num mesmo cigarro designado mesclado A ONUDC 2012 chama aten o para o facto de o n mero total de consumidores de cinco drogas cannabis anfetaminas ecstasy coca na e opi ceos transp s a m dia dos 20 do n mero total de consumidores de drogas il citas Constata se nos estudos de Oliveira 2010 que dentre os dependentes de subst ncias psicotr picas que procuraram tratamento 45 3 dos entrevistados utilizavam tr s ou mais drogas Percentagens relativamente id nticas foram observadas por Seabra et al 2010 que evidenciaram que a coca na hero na e cannabis eram consumidos por 49 3 dos indiv duos Uma poss vel explica o para estes resultados pode estar relacionada com o facto que segundo Guindalini et al 2006 Mombelli et al 2010 un nime que consumo subst ncias psicoactivas licitas se inicia particularmente com drogas l citas lcool e tabaco em idade prematura e de forma pesada No sentido de complementar essa afirma o Mora et al 2002 afirmam que o uso dessas subst ncias l citas aumenta a probabilidade de envolvimento s rio com uma ou mais drogas il citas Kandel e Yamaguchi 1993
58. 000 constataram que 74 5 dos dependentes qu micos da Unidade de Desabitua o Residencial Balsa Blanca n o tinha filhos Muchata e Martins 2010 compreendem que a depend ncia de subst ncias psicoactivas interfere na capacidade de ser m e ou ser pai sendo que a problem tica de comportamento dependente de subst ncias psicoactivas evidenciam que os pais centram se menos nas crian as e mais em si pr prios apresentam complica o no controlo das emo es s o poucos sens veis respons veis e afetuosos s o mais negligentes com as necessidades f sicas dos seus filhos e frequentemente geram se condi es nas quais a crian a fica separada de um dos pais ou de ambos O que eventualmente poder estar na base desses resultados Schenker e Minayo 2003 explicam que comummente os usu rios n o mant m uma fam lia ou nunca formaram uma e quando comp em t m dificuldade em sustentar a composi o familiar Dessa forma em vez de eles relacionar se com pessoas acabam por se relacionar com a subst ncia de de consumo exagerado Relativamente a idade dos sujeitos ela variou de 18 a 48 anos numa m dia de 30 25 anos Se por um lado estes dados aproxima se dos resultados revelados pelos investigadores SENAD 2005 Batista et al 2012 que costataram que h alguma predomin ncia dos dependentes quimicos na faixa et ria dos 21 a 40 anos Por outro lado estes achados est o em conformidade com dados eveidenciados pelos
59. 19 3 e Hero na 12 5 e a preval ncia do VIH nas Trabalhadoras profissionais de Sexo TPS significativamente superior 6 0 quando comparada com as TPS que n o consomem drogas 4 2 Conv m ressaltar que este estudo foi realizado nos principais concelhos do pa s que teve por grupo alvo os usu rios de drogas nas cadeias institui es de tratamento e nas comunidades onde o problema de consumo de droga mais preocupante 18 De acordo com 1 Inqu rito Nacional sobre a preval ncia de consumo de subst ncias psicoactivas na popula o geral realizado e produzido pela Comiss o de Coordena o do Combate Droga Minist rio da Justi a CCCD MJ 2013 revelam que Cabo Verde apresenta taxas de preval ncia de declara es de consumo de qualquer subst ncia psicoactiva il cita ao longo da vida de 7 6 entre a popula o residente entre os 15 e 64 anos sendo de longe a subst ncia il cita mais consumida a cannabis apresenta uma taxa de preval ncia de 7 2 ao longo da vida e de 1 5 ao longo do ltimo ano Os homens consomem mais coca na do que as mulheres 66 7 dos homens e 33 3 das mulheres consumiram actualmente esta subst ncia sendo que a maioria dos actuais consumidores desta subst ncia jovem com idade compreendida entre 15 24 anos 66 7 O lcool a subst ncia l cita mais consumida na popula o geral e apresenta uma preval ncia de 63 5 ao longo da vida seguida de tabaco 17 4 e de med
60. 2 Fonte elabora o do autor a partir dos processos cl nicos dos residentes A percentagem de comorbidades identificadas ultrapassa 200 porque a maioria dos residentes 69 7 apresentavam mais de uma delas A categoria mais representada foi a de transtorno por uso de tabaco 74 4 seguida de transtorno por consumo de lcool 50 2 e a menos a doen as do aparelho respirat rio 1 9 Os transtornos mentais e comportamentais foram identificados em 7 9 dos residentes As comorbidades foram codificadas de acordo com a Classifica o Internacional de Doen as CID 10 e as outras doen as dizem respeito a hipertens o arterial varizes e epilepsia 86 Tabela 10 Frequ ncia e percentagem dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de Sao Filipe por n mero de comorbidades Cabo Verde 2006 2010 Numero de comorbidades N 0 12 5 6 1 53 24 7 2 65 30 2 3 47 21 9 4 26 12 1 5 8 3 7 6 4 1 8 Total 215 100 Fonte elabora o do autor a partir dos processos cl nicos dos residentes N o foi identificada nenhuma comorbidade em 5 6 dos residentes e em cerca de 30 deles foram identificadas duas ou mais comorbidades sendo que em quase 2 deles foram anotadas seis ou mais comorbidades Quanto resposta ao tratamento pouco menos da metade 46 5 dos residentes concluiu o programa de tratamento ao passo que a maioria 53 5 n o o concluiu pelas raz es indicadas na tabela seguinte e pouco ma
61. 382 387 From http www researchgate net publication 15865249 Development of optimal tre atment tactics for alcohol withdrawal TI Assessment and effectiveness of su pportive care Siegal H A Li L Rapp R C 2002 Abstinence trajectories among treated crack cocaine users Addict Behavior 27 3 437 449 Silva A L da amp Ciampone M H 2003 Um olhar paradigm tico sobre a Assist ncia De Enfermagem um caminhar para o cuidado complexo Disponivel em http www scielo br pdf reeusp v37n4 02 pdf Silva C R da Kolling N M de Carvalho J C N Silvia C S M da amp Kristensen C H 2009 Comorbidade psiqui trica em dependentes de cocaina crack e alcoolistas um estudo explorat rio Aletheia 30 101 112 Dispon vel em http pepsic bvsalud org pdf aletheia n30 n30a09 pdf Silva L H P Borba L O Paes M R Guimar es N A Mantovani M F amp Maftum M A 2010 Perfil dos dependentes qu micos atendidos em uma unidade de reabilita o de um hospital psiqui trico Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 14 3 585 590 Dispon vel em http www scielo br pdf ean v 14n3 v 14n3a21 pdf Silva L V E R Malbergier A Stempliuk V A amp Andrade A G 2006 Fatores associados ao consumo de lcool e drogas entre estudantes universit rios Revista de Saude Publica 40 2 Dispon vel em http www scielosp org pdf rsp v40n2 28533 pdf Silva T amp Quintas J 2010
62. 4 2 2 Padr o de consumo de subst ncias psicoactivas Relativamente idade de in cio de uso de drogas verificou se que a idade m nima de in cio de uso de drogas variou entre 09 e 15 e anos sendo que a idade m xima de in cio oscilou dos 26 aos 38 anos A m dia de idade de in cio de uso de drogas oscilou entre 16 18 anos para canabin ides e 21 59 anos para coca na N o houve registro de uso de lcool nem de tabaco nos prontu rios de nenhum sujeito Tabela 2 Tabela 2 Idade em anos de in cio de uso de drogas em Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe por tipo de subst ncia psicoactiva Cabo Verde 2006 2010 Tipo de subst ncia psicoactiva M dia M nimo M ximo Coca na 21 59 12 38 M ltiplas drogas e outras subst ncias 21 51 12 38 Opi ceos 21 22 13 32 Sedativos e hipn ticos 21 00 13 30 Outros estimulantes 20 78 15 28 Alucin genos 20 43 15 26 Solventes vol teis 20 43 15 26 Canabin ides 16 18 9 32 Fonte elabora o do autor a partir dos processos cl nicos dos residentes Tabela 3 Frequ ncia e percentagem dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe conforme a primeira subst ncia psicoactiva consumida Cabo Verde 2006 2010 Tipo de subst ncia psicoactiva N Canabin ides 186 86 5 Coca na 19 8 8 M ltiplas drogas 9 4 2 Sedativos e hipn ticos 1 0 5 Total 215 100 Fonte elaborag o do autor a partir dos processos cl nicos dos residentes No que respeita
63. 95 sendo as apresenta es mais comuns dos inalantes s o os fluidos de g s thinner colas verniz tintas removedores de esmalte adesivos propulsores de aerossol alguns agentes de limpeza seco spray de pintura fluidos de corre o de m quina de escrever OMS 2006 Ap s a inala o pela boca ou pelo nariz em segundos surgem os sintomas Laranjeira et al 2003 exercendo a sua ac o depressora no sistema nervoso central e numa primeira fase aparece euforia excita o desinibi o risos imotivados e altera es sensoriais semelhantes intoxica o alco lica Posteriormente surge euforia relaxamento vertigem cefaleia batimentos card acos acelerados confus o mental verborreia diminui o do apetite e amn sia n o obstante esses sinais e sintomas dependem da frequ ncia do uso Garland et al 2011 Isso acarreta a diversos comportamentos de risco tais como manter rela o sexual sem prote o envolvimento em brigas comportamentos antissociais maior probabilidade de experimenta o e uso de outras drogas de abuso assim como idea o e tentativa de suic dio Howard et al 2010 Garland et al 2011 N o existe consenso entre os pesquisadores ao descrever o quadro t pico de uso e depend ncia de inalantes APA 2002 e comparando a abstin ncia de inalantes com coca na observa se preval ncia significativamente maior de sintomas com inalantes do 54 tipo hipers nia 63 6 cansa o 55 4
64. C3 ADna 20e 20metanfetamina pdf Alves H kessler F amp Ratto L R C 2004 Comorbidade uso de lcool e outros transtornos psiqui tricos Revista Brasileira de Psiquiatria 26 1 51 53 Dispon vel em http www scielo br pdf 0D rbp v26sl a13v26s1 pdf American Psychiatric Association 2000 Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders 4th ed revised Washington Aminoff M J 2007 Neurology and General Medicine 4th Ed Churchill Livingstone Anderson G 2003 Nida Notes National Institute of Drug Abuse Us Department of Health and Human Services National Institute of Health 18 4 Editors From archives drugabuse gov nidanotes NNVol18N4 p Andrade I 1994 A face oculta das drogas Porto Porto Editora Angel P Richard D amp Valleur M 2002 Toxicomanias 1 ed Lisboa Climepsi Editores Ara jo M R amp Moreira F G 2006 Hist ria das drogas In D Silveira da amp F Moreira Orgs Panorama actual de drogas e depend ncias 9 14 Sao Paulo Brasil Artheneu Ara jo M R amp Moreira F G 2006 Hist ria das drogas In D Silveira da amp F Moreira Orgs Panorama actual de drogas e depend ncias 9 14 S o Paulo Brasil Artheneu 118 Araujo N B de Marcon S R Silva N G amp Oliveira R T de 2012 Perfil cl nico e sociodemogr ico de adolescente que permaneceram e n o permaneceram no tratamento em um CAPSad de
65. Cocaina 8 73 1 23 Fonte elabora o do autor a partir dos processos cl nicos dos residentes Em rela o ao tempo de consumo de qualquer subst ncia psicoativa observou se que o tempo m nimo variou de 01 a 07 anos com o tempo m ximo oscilando entre 23 a 33 anos A m dia de tempo de consumo variou de 8 73 anos para coca na a 14 16 anos para canabin ides Tabela 7 Frequ ncia e percentagem dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe por tipo de droga que levou a procurar o tratamento Cabo Verde 2006 2010 Tipo de droga que levou a procurar o tratamento N Cocaina 171 79 5 M ltiplas drogas 35 16 3 Canabin ides 5 2 3 Opi ceos 4 1 9 Total 215 100 Fonte elabora o do autor a partir dos processos cl nicos dos residentes A maioria 79 5 dos sujeitos que buscou tratamento na CTGSF alegou ter sido motivada pelas consequ ncias do uso de coca na 16 3 indicou m ltiplas drogas 2 3 canabin ides e menos de 2 1 9 procuraram o tratamento pela depend ncia de opi ides 84 Tabela 8 Frequ ncia e percentagem dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de Sao Filipe segundo n meros de drogas consumidas Cabo Verde 2006 2010 N mero de drogas consumidas N 1 23 10 7 2 156 72 6 3 21 9 8 4 3 3 5 4 1 8 6 0 9 7 2 0 9 Total 215 100 Fonte elabora o do autor a partir dos processos cl nicos dos residentes No que se refere ao n mero de subst ncias consumidas
66. Consumo de lcool em toxicodependentes em tratamento Toxicodepend ncias 16 3 45 58 Dispon vel em http www scielo oces mctes pt pdf tox v 16n3 v 16n3a05 pdf 158 Silveira R A 2001 Caracteriza o dos adolescentes internados por lcool e outras drogas na cidade de Curitiba Tese de Doutorado Curitiba Universidade Federal do Paran Silveira D X da amp Moreira F G 2006 Reflex es preliminares sobre a quest o das subst ncias psicoactivas Jn D Silveira da amp F Moreira Orgs Panorama actual de drogas e depend ncias S o Paulo Brasil Artheneu Simpson D D 2004 A conceptual framework for drug treatment process and outcomes Journal of Substance Abuse Treatment 27 121 199 From http cbirg fiu edu secure 61 14 Simpson 202004 pdf Simpson D D Joe G W amp Broome K M 2002 A national 5 year follow up of treatment outcomes for cocaine dependence Arch Gen Psychiatry 59 6 538 44 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 12044196 Simpson D D Joe G W amp Szal R G A 1997 Drug abuse treatment retention and process effects on follow up outcomes Drug and Alcohol Dependence 47 227 235 Dispon vel em http www gesundinhaft eu wpcontent uploads 2008 1 1 finalrep_moretreat08101 pdf Sirvent C Moral M V Blanco Rivas C Linares M amp Quintana L 2010 11 Congresso Virtual de Psiquiatria Interpsiquis 2010 Prediccion del Abandona vs exito t
67. Dispon vel em http www scielo br pdf csc v 13s2 v13s2a34 pdf Ribeiro L 2006 Uso religioso e ritual de subst ncias psicoactivas In D Silveira da amp F Moreira Orgs Panorama actual de drogas e depend ncias 435 439 S o Paulo Artheneu Ribeiro M S Ribeiro L C Souza M A G G F de Sousa K D C de amp Nogueira R B 2008 Fatores associados ades o a um programa de tratamento de Alcoolistas Jornal Brasileiro de Psiquiatria 57 3 203 211 Dispon vel em www scielosp org scielo php script sci_arttextHY PERLINK http www scielos p org scielo php script sci_arttext amp pid S 14138 1232008000600032 amp HY PERLI NK http www scielosp org scielo php script sci_arttext amp pid S 1413812320080 00600032 pid S 1413 81232008000600032 153 Ribeiro M amp Laranjeira R 2010 Tratamento da depend ncia do crack As bases eos mitos In Ribeiro M Laranjeira R O tratamento do usu rio de crack 1 ed S o Paulo P 14 23 Ribeiro M S Alves M J M Vieira E M M de Silva P M e amp Lamas C V B Dal 2008 Fatores associados ao abandono de tratamento em sa de mental em uma unidade de n vel secund rio do Sistema Municipal de Sa de Jornal Brasileiro de Psiquiatria 57 1 16 22 Dispon vel em http www scielo br pdf jbpsiq v57n1 v57n1a04 pdf Rodrigues M C Viegas C A A de Gomes E L Godoy J P M de amp Zakir J C O de 2009 Preval ncia do t
68. Disponivel em http dialnet unirioja es servlet articulo codigo 785767 Brewer D D Catalano R F Haggerty K Gainey R R amp Fleming C B 1998 A meta analysis of predictors of continued drug used during and after treatment for opiate addition Addition 93 73 92 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 9624713 Brody S L Slovis C M Wrenn K D 1990 Cocaine related medical problems consecutive series of 233 patients American Journal Medicine 88 325 31 From http www sciencedirect com science article p11 000293439090484U Brown R A Monti P M Myers M G Martin R A Rivinus T amp Dubreuil M E T 1998 Depression among cocaine abusers in treatment Relation to cocaine and alcohol use and treatment outcome American Journal of Psychiatry 155 220 5 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 9464201 Brown S B O Grady K E Battjes R J amp Katz C E 2004 The community assessment inventory cliente views of support to drug abuse treatment Jornal of substances abuse treament 27 3 241 251 Cacho J M S amp Jim nez M P M del 2010 Eficiencia en el tratamento de adicciones en un contexto residencial Disponivel em http www unad org actualidad opinion 53470 html 122 Calheiros P Andretta I amp Oliveira M 2006 Avalia o da motiva o para mudan a nos comportamentos aditivos In Werlang B S amp Oliveira M S editors Tem
69. Ea Vere Y UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA unes J LIO DE MESQUITA FILHO Campus de Botucatu UNIVERSIDADE DE CABO VERDE DEPARTAMENTO DE CI NCIA E TECNOLOGIA MESTRADO EM SA DE P BLICA LINHA DE PESQUISA SA DE MENTAL M RIO ANT NIO SOARES ALMADA BARROS CARACTER STICAS SOCIODEMOGR FICAS CL NICAS PADR O DE USO DE SUBST NCIAS PSICOACTIVAS RESPOSTA AO PROGRAMA DE TRATAMENTO DOS RESIDENTES DA COMUNIDADE TERAP UTICA GRANJA DE SAO FILIPE CIDADE DA PRAIA 2014 MARIO ANTONIO SOARES ALMADA BARROS CARACTER STICAS SOCIODEMOGRAFICAS CL NICAS PADR O DE USO DE SUBSTANCIAS PSICOACTIVAS RESPOSTA AO PROGRAMA DE TRATAMENTO DOS RESIDENTES DA COMUNIDADE TERAPEUTICA GRANJA DE SAO FILIPE Disserta o apresentada a Universidade de Cabo Verde em parceria com Universidade Estadual Paulista e Faculdade de Medicina de Botucatu como parte dos requisitos para obten o do grau de Mestre em Sa de P blica ORIENTADOR PROFESSOR DOUTOR JOSE MANOEL BERTOLOTE CIDADE DA PRAIA 2014 MARIO ANTONIO SOARES ALMADA BARROS CARACTERISTICAS SOCIODEMOGRAFICAS CLINICAS PADRAO DE USO DE SUBSTANCIAS PSICOACTIVAS RESPOSTA AO PROGRAMA DE TRATAMENTO DOS RESIDENTES DA COMUNIDADE TERAPEUTICA GRANJA DE SAO FILIPE Disserta o apresentada a Universidade de Cabo Verde em parceria com Universidade Estadual Paulista e Faculdade de Medicina de Botucatu como parte dos requisitos para obten o do grau de Mestre em Sa de P blica Aprova
70. Etapas TCE num Centro de Atendimento de Toxicodependentes de Lisboa Em rela o ao tempo de perman ncia em m dia os participantes do estudo permaneceram entre 1 e 1187 dias com uma m dia de perman ncia de 196 97 dias 5 7 meses e tendo um desvio padr o de 141 8 dias 4 7 meses Tal facto assemelha se a um estudo realizado por Monteiro et al 2011 na sua pesquisa de car cter quantitativo realizado no munic pio de Teresina cujo objetivo era levantar o perfil sociodemogr fico e a ades o ao tratamento de dependentes do lcool no Centro de Aten o Psicossocial lcool e Drogas atrav s do levantamento de informa es presentes nos prontu rios dos 227 sujeitos conferiram que na faixa et ria entre 15 e 18 anos a m dia de perman ncia encontrada foi de 5 5 meses cujo desvio padr o era de 4 3 para a faixa compreendida entre 19 e 59 anos de idade foi de 6 3 meses num desvio padr o de 5 1 meses Resultado id ntico encontrado por Diez et al 2000 num estudo longitudinal com uma amostra com 231 sujeitos dependentes de hero na coca na tabaco lcool anfetaminas psicof rmacos e hipn ticos realizadas em Unidade de Desabitua o Residencial Balsa Blanca verificaram que o tempo m dio de perman ncia em programa de tratamento era de 4 8 meses Em contraposi o a estes resultados Seabra et al 2010 numa pequisa com 241 indiv duos maioritariamente constitu do por homens 204 que entraram num prog
71. Graw Hill p 201 262 Villa R S amp Hermida J R 2000 C mo mejorar las tasas de retenci n en los tratamientos de drogodependencias Disponivel em http www adicciones es files 353 363 20Ori ginal 204 pdf 163 Villa R S amp Benavente M Y 2000 Predictores de la Retencion en una Comunidad Terap utica para Drogodependientes Adicciones 12 3 365 371 Disponivel em http www adicciones es files 365 37 1 20Ori ginal 20H Y PERLINK http www adicciones es files 365 37 20Original 205 pdf 5 pdf Villa R S amp Hermida J R F 2000 C mo mejorar las tasas de retenci n en los tratamentos de drogodependencias Adicciones 12 353 363 Disponivel em http www adicciones es files 353 363 200riginal 204 pdf Wagner A V 2002 A comorbidade entre depend ncia coca na e depress o como fator associado desist ncia ao tratamento em comunidade terap utica Pelotas Universidade Cat lica de Pelotas Disponivel em http www scielo br scielo php script sci nlinks amp ref 000259 amp pid S0102 311X200800160000700083 amp Ing en Wallace B C 1991 Crack Cocaine a practical treatment approach for the chemically dependent New York Brunner Mazel Wallace B C 1991 Crack Cocaine a practical treatment approach for the chemically dependent New York Brunner Mazel Wang M Q Collins C B DiClemente R J Wingood G amp Kohler C L 1997 Depressive symptons as correlat
72. IDA From http 165 112 78 61 pdf monographs 144 pdf Leri F Bruneau J amp Stewart J 2003 Understanding polydrug use review of heroin and cocaine co use Addiction 98 1 7 22 From http www oatc ca wpcontent uploads 2013 04 Understanding polydrug use_ a mong_ MMT_ patients pdf 141 Leweke F M amp Koethe D 2008 Cannabis and psychiatric disorders it is not only addiction Addiction Biology 13 2 264 275 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 18482435 Lima M S Soares B G Reisser A A Farrell M 2002 Pharmacological treatment of cocaine dependence a systematic review Addiction 97 931 949 Lito A M Sousa I amp Tormenta S 2005 Toxicodependente traject rias perfis sociopsicol gicos padr es familiares e processos mentais Dispon vel em http docbweb idt pt 81 multimedia pdfs m 6676 pdf Lizasoain I Moro M A amp Lorenzo P 2002 Coca na aspectos farmacol gicos Adicciones 14 1 57 64 Disponivel em http www adicciones es files lizasoain pdf Londero I Sordi A O Kreische F amp Diemen L von 2012 Coca na e Crack In Secretaria Nacional de Pol ticas sobre Drogas Tratamento da depend ncia de crack lcool e outras drogas aperfei oamento para profissionais de sa de e assist ncia social UFRGS Bras lia SENAD Dispon vel em http media wix com ugd 7ba6db 3b4ec8cb8c7b4866a81 1d8a7d46222ad pdf Loureiro C Andr M C amp
73. Nivel Interm dio 7 3 2 Representante dos Poderes Legislativo e Executivo Diretores e Gestores Executivo 4 1 9 Pessoal Administrativo 3 1 4 Profiss es Especificamente Militares 2 0 9 Total 215 100 Fonte elabora o do autor a partir dos processos cl nicos dos residentes H um claro predom nio da frequ ncia de homens 89 contra a de mulheres 11 No que respeita ao estado civil observou se que 94 dos participantes eram solteiros 4 2 eram casados ou viviam em uni o de facto e 1 9 eram divorciados ou separados Apesar de a maioria ser solteira 57 dos participantes tinham filhos Relativamente coabita o cerca de um ter o dos participantes 33 5 vivia com ao menos um dos pais 29 3 viviam com outros parentes 13 9 viviam com pessoas sem rela o de parentesco 12 6 viviam sozinhos e 10 7 coabitavam com c njuge companheiro Quanto ao grau de escolaridade a maioria 60 9 possu a o ensino secund rio e menos de 1 0 9 n o tinha nenhuma escolaridade Quanto ocupa o e situa o laboral constatou se que 76 7 se encontravam desempregados Em rela o profiss o notou se que a categoria mais representada foi a de profiss es elementares 38 1 seguida de profiss es qualificadas da Ind stria Constru o e de Art fices 24 7 e do pessoal de servi os seguran a e vendedores 13 5 nenhuma outra categoria profissional esteve representada por mais de 7 dos sujeitos 80
74. P amp Malbergier A 2003 Motiva o para o tratamento em dependentes de lcool que procuram tratamento especializado Revista Brasileira de Psiquiatria 25 1 5 10 Oliveira K D 2010 Perfil s cio Demogr fico padr o de consumo e comportamento criminoso em usu rios de subst ncias psicoativas que iniciaram tratamento Tese de Mestrado Unicamp S o Paulo Dispon vel em www bibliotecadigital unicamp br document down 000771722 Oliveira L G de amp Nappo S A 2008 Caracteriza o da cultura de crack na cidade de S o Paulo padr o de uso controlado Revista de Sa de Publica 42 4 664 671 Dispon vel em http www scielo br pdf rsp v42n4 6645 pdf Oliveira L G amp Nappo S A 2008b Crack na cidade de S o Paulo acessibilidade estrat gias de mercado e formas de uso Revista Psiquiatria Cl nica 34 6 Dispon vel em http www scielo br pdf rpc v35n6 v35n5a02 pdf Oliveira M P T de amp Tedesco S 2006 Acl nica das farmacodepend ncias o acolhimento In Silveira D da amp Moreira Orgs Panorama Atual de Drogas e Depend ncias 53 66 S o Paulo Brasil Artheneu 149 Oliveira S M Szupszynski K R amp DiClemente C 2010 Estudo dos Estagios motivacionais no tratamento de adolescentes usuarios de substancias psicoativas ilicitas Disponivel em http revistaseletronicas pucrs br ojs index php revistapsico article viewFile 7207 521 Orford J am
75. Paulo Brasil Associa o M dica Brasileira Benbrahim F N Garcia C V S ez B L Gastelurrutia M A amp Faus M J 2009 Adherence review of education research practice and policy in Spain Pharmacy Practice 7 3 125 138 From http scielo isciii es pdf pharmacin v7n3 125 138 pdf Benowitz N L 1992 How toxic is cocaine In Bock GR Whelan J editors Cocaine scientific and social dimensions Chichester John Wiley amp Sons P 125 142 120 Bergeret J 1988 La personalit du toxicomane Jn J Bergeret e J Leblanc Pr cis des toxicomanies Paris Masson Beynon C M McMinn A M amp Marr A J 2008 Factors predicting drop out from and retention in specialist drug treatment services A case control study in the North West of England BMC Public Health From http www ncbi nlm nih gov pubmed 18460202 Bickel W K Marion I amp Lowinson J 1997 Treatment of alcoholic methadone patient a review Journal of substance treatment 4 15 19 Borini P Guimaraes R C amp Borini S B 2003 Usuarios de drogas ilicitas internados em um hospital psiqui trico padr es de uso e aspectos demogr ficos e epidemiol gicos Jornal Brasileiro de Psiquiatria 52 3 171 197 Dispon vel em http www ufsj edu br portal2repositorio File TECNOLOGIAS 20EM 20SAU DE Pesquisa QualidadesPsic ometricas QLS_2003 pdf page 6 Bossato J P 2005 A Co Depend ncia ao lcool e
76. a es e as limita es do estudo bem como as recomenda es No Cap tulo VI refere se as conclus es do estudo destacando as principais Por fim as refer ncia bibliogr ficas e posteriormente os ap ndices Cap tulos VII e VIII respectivamente Ainda como suporte utilizou se as normas APA 6 edi o e o regulamento do trabalho do fim de curso propostos pela Universidade de Cabo Verde Cap tulo Il Revis o da Literatura 2 1 Perspectivas hist rico culturais de uso de drogas O consumo e depend ncias de subst ncias psicoactivas um fen meno que remonta antiguidade pelo que n o se pode considerar fen menos contempor neos un nime a opini o dos diversos autores no que se refere a esse assunto Andrade 1994 Gomes et al 2004 Cordeiro 2004 Brasiliano 2005 Dias amp Pinto 2006 Mota 2009 Para Ara jo e Moreira 2006 por exemplo o consumo de plantas psicoactivas remonta aos ancestrais do homem e o assunto pol mico dos nossos tempos de facto um tema trivial na hist ria da humanidade Outrora utlizados dentro de rituais religiosos como medicamentos ou em car cter recreativo Musto 2002 Ara jo amp Moreira 2006 Ribeiro 2006 Em tempos o uso das drogas era sobretudo para tolerar as adversidades do ambiente em que vivia o homem Sullivan amp Hagen 2002 aumentar o prazer e diminuir o sofrimento Martins amp Correia 2004 servindo lhe de alimento Dudley 2002 embora poderia caus
77. a agravamento da mem ria amn sia anter grada tontura zumbidos quedas e fracturas e entre outras Gorenstein amp Pomp ia 1999 sendo que 50 dos pacientes que usam benzodiazep nicos por mais de 12 meses evoluem com s ndrome de abstin ncia manifestado ao n vel f sico por tremores sudorese palpita es letargia n useas v mitos anorexia s ndromes gripais cefaleias e dores musculares ao n vel ps quico ins nia irritabilidade dificuldade de concentra o inquieta o agita o pesadelos disforia preju zo da mem ria despersonaliza o desrealiza o Por vezes podem chegar a sinais maiores de abstin ncia como convuls es alucina es e delirium Miller 1995 Ainda por uso prolongado pode aumentar o risco de acidente overdose em combina o com outras drogas tentavivas 47 de suic dio especialmente em depress o atitudes anti sociais Para al m disso contribui para problemas na interac o interpessoal e redu o da capacidade de trabalho e desemprego Juergens amp Cowley 1998 Portanto o uso de sedativos e hipn ticos pode causar a depend ncia qu mica com marcada toler ncia e escalonamento de doses Tyrer 1988 sendo que a taxa de abandono de dito consumo muito inferior a taxa de abandono das drogas il citas especialmente entre as mulheres UNODC 2012 Coca na A coca na um alcal ide extra do das folhas da coca Erythroxylon coca planta origin ria dos
78. a de 12 4 Dispon vel em http scielo iec pa gov br pdf ess v 12n4 v 12n4a03 pdf Cotrim C B 1995 Inhalant Use among Brazilian Nida Research Monograph 148 64 78 From http archives drugabuse gov pdf monographs download148 html Darke S amp Hall W 1995 Leveles and correlates of polydrug use amog heroin users and regular amphetamine users Drug Alcohol Dependent 39 231 235 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 8556972 Darke S Campbell G amp Popple G 2012 Retention early dropout and treatment completion among therapeutic community admissions Drug and alcohol review 31 1 64 71 From http onlinelibrary wiley com doi 10 1111 14653362 2011 00298 x abstract den ted AccessCustomisedMessage amp userls Authenticated false 125 Darke S Campbell G amp Popple G 2012 Reten o evas o e tratamento precoce conclus o entre terap uticas admiss es comunidade Drogas lcool Revista 31 64 71 Dispon vel em http www drugfields org au research in brief 2012 2 9 retention early dropout and treatment completion among thera html David M Geada M amp Neto D 1997 Influencia dos factores sociodemogr ficas e familiares na evolu o terap utica de heroinodependentes no programam de tratatmento combinado por etapas Restelo Lisboa Acta M dica Portuguesa 12 899 904 Dispon vel em http www actamedicaportuguesa com revista index php amp article viewFile 25 26 1940
79. a na 3 1 3 Opi ceos Canabin ides Coca na Outros estimulantes 3 13 Canabin ides Coca na outros estimulantes Alucin genos Solventes vol teis 2 0 9 SC DO CO er age E EA estimulantes Alucin genos Solventes vol teis Canabin ides Coca na outros estimulantes 1 0 5 Canabin ides Coca na Outros estimulantes Alucin genos Solventes vol teis 1 0 5 Canabin ides Sedativos e hipn ticos Coca na Outros estimulantes 1 0 5 Caisse SaaS Ge aS COST ele ir EO A E mm estimulantes Alucin genos Solventes vol teis Opi ceos Canabin ides Coca na Outros estimulantes Alucin genos Solventes 1 0 5 vol teis Opi ceos Canabin ides Sedativos e hipn ticos 1 0 5 Opi ceos Canabin ides Sedativos e hipn ticos Coca na Outros estimulantes 1 0 5 Opi ceos Canabin ides Sedativos e hipn ticos Outros estimulantes 1 0 5 Total 192 89 3 Fonte elaborag o do autor a partir dos processos cl nicos dos residentes A combina o de m ltiplas subst ncias psicoactivas mais encontrada foi a de canabin ides coca na em 72 6 dos residentes 83 Tabela 6 Tempo de consumo em anos dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de Sao Filipe por depend ncia Cabo Verde 2006 2010 Tipo de substancia psicoactiva M dia Minimo Maximo Canabinoides 14 16 2 33 Opidides 12 22 1 28 Sedativos e hipn ticos 10 9 1 23 Alucin genos 10 86 7 28 Solventes vol teis 10 86 7 28 Outros estimulantes 9 83 3 33 M ltiplas drogas e outras subst ncias 8 94 1 28
80. a a investiga o dado que cada paciente que inicia o tratamento na CTGSF gera um arquivo cont m quase todas as informa es a seu respeito O arquivo da CTGSF est organizado por ordem alfab tica da sa da dos pacientes Dentro dessas pastas encontram se al m da ficha de encaminhamento com a maioria de informa es dos pacientes o registo do processo cl nico a ficha de trabalho do residente a ficha de admiss o o contrato de internamento e a ficha informativa sobre as drogas e trabalhos terap uticos Para a essa pesquisa adoptou se como crit rios de inclus o registos com fichas de encaminhamento completa uma vez que os dados de interesse destinado esta pesquisa encontram se maioritariamente nesse documento Como crit rio de exclus o a figuram todos os registos que apesar de englobando os documentos para a inclus o n o englobavam a maior parte da informa o de interesse para a pesquisa Tampouco as readmiss es foram inclu das no estudo Para o estudo foram considerados 230 registos dos quais 215 foram utilizadas e 5 foram exclu das devido a falta de ficha de encaminhamento 03 registos e processo incompleto 02 registos Havia ainda outros 10 registos correspondentes a readmiss es que n o foram inclu dos no estudo Portanto trata se da utiliza o de todo o universo de sujeitos que foram admitidos CTGSF no per odo mencionado e n o apenas de uma amostra 3 7 Defini o e operacionaliza
81. a amostra de 74 heroinodependentes que foram admitidos sucessivamente num programa terap utico denominado Tratamento Combinado por Etapas TCE verificaram que h uma rela o entre escolaridade e o tempo total de perman ncia dos sujeitos no programa ou seja quanto menor a escolaridade do individuo menor ser o tempo de perman ncia esperado no tratamento 33 Opini o id ntica foi defendida por Negrete et al 2010 ao afirmarem que os indiv duos com mais tempo de perman ncia em tratamento s o aqueles com mais escolaridade Portanto um baixo n vel educativo e baixa escolaridade influem tamb m no abandona do tratamento Szal Joe amp Simpson 2000 Sayre et al 2002 Garc a et al 2007 Rodr guez et al 2007 A literatura tem demonstrado que h uma predomin ncia dos dependentes subst ncias psicoactivas do g nero masculino sobre o feminino nos centros de tratamento David et al 1997 Diez et al 2000 Montalvo et al 2004 Ravndal et al 2005 Faria amp Schneider 2009 Mangado 2009 Figlie et al 2010 Batista Batista amp Constantino 2012 Castro Feitosa Noronha Carvalho amp Castro 2012 j que as mulheres conseguem disfar ar a depend ncia por mais tempo e que em virtude da forma como a sociedade v a mulher alco latra h preocupa o acrescida relativamente autoimagem ao expor se a um tratamento no qual ter que se encarar com outras pessoas Peixoto et al 2010 demoram a procurar ajuda
82. a de outras drogas Experiencia se por exemplo que 90 dos alco licos fumam e que muito mais dif cil parar de fumar sem suspender o consumo da outra subst ncia da qual se usa concomitantemente Laranjeira Zaleski amp Ratto 2004 pelo que h uma forte associa o entre o tabagismo e o uso de lcool e de outras drogas Rodrigues et al 2009 de ocorr ncia na adolesc ncia fase marcada pela exposi o e vulnerabilidade e experimenta o e ao abuso de drogas Santil n 2007 sendo que essa associa o 62 constitui uma forma da nicotina antagonizar os efeitos depressores do alcool no sistema nervoso central Gigliotti 2005 e o tabaco desempenha a fun o de facilitador para o consumo de coca na cannabis e outras drogas il citas Schmitz Kruse amp Kugler 2003 e quando se consome em simult neo o tabaco e outros psicoestimulantes como a coca na prov vel que a nicotina ao estimular a libera o de neurotensina um neurol ptico end geno diminua as altera es perceptuais induzidas pelos psicoestimulantes bem como os sintomas iniciais de abstin ncia Fredrichson Boules Lin amp Richelson 2005 e no tratamento n o se verifique diferen as significativas das taxas de recupera o entre fumantes e n o fumantes quando se trata de depend ncia de subst ncias estimulantes por exemplo a coca na Laranjeira et al 2004 Neste sentido em Rodrigues et al 2009 num estudo epidemiol gico nas esco
83. a de Sa de P blica 37 6 751 759 Dispon vel em http www scielo br pdf rsp v37n6 18018 pdf Ferri C P Laranjeira R Silveira D X da J Dunn J amp Formigoni M L O S 1997 Aumento da procura de tratamento por usu rio de crack em dois ambulat rio na cidade de S o Paulo nos anos de 1990 a 1993 Revista da Associa o Medica Brasileira 43 1 25 28 Dispon vel em http www scielo br pdf ramb v43n1 2068 pdf Figlie N B Bordin S amp Laranjeiro R 2010 Aconselhamento em Depend ncia Qu mica 2 ed S o Paulo Roca Fiorini H J 2004 Teoria e t cnica de psicoterapias Sao Paulo Martins Fontes 1 ed Dispon vel em http pt scribd com doc 145718154 Teoria e Tecnica de Psicoterapias Hector Juan Fiorini Fishman J Reynolds T amp Riedel E 1999 A retrospective investigation of an intensive outpatient substance abuse treatment program American Journal of Drug and Alcohol Abuse 25 185 196 http informahealthcare com doi abs 10 1081 ADA 100101854 130 Fleisch B 1991 Approaches in the treatment of adolescents with emotional and substance abuse problems Washington DC DHHS Pub ADM 1744 1791Supt From https www ncjrs gov App publications Abstract aspx 7id 145307 Flynn P M amp Bronw B S 2008 Co occorring disorders in substance abuse tretment issues and prospects Journal Substance Treatment 34 1 36 47 From http www ncbi nlm nih gov pmc ar
84. a e hipertens o arterial entre outros Corr a amp Maciel 2004 A sua ingest o do lcool de forma aguda ou cr nica pode produzir uma variedade de estados psic ticos incluindo a agita o e psicose aguda da intoxica o psicoses paran ides e o delirium tremens Giannini amp Collins 2001 levando inclusive a quadros mais graves como a S ndrome de Wernicke Korsakov caracterizado por delirium altera es oculomotoras ataxia sintomas psic ticos e amn sia acompanhada de confabula o s vezes irrevers vel Fergusson 2001 at o desenvolvimento da depend ncia ao lcool Vaillant 1996 Opi ceos Estima se que a preval ncia anual dos oipi ides oscila entre o 0 6 e o 0 8 da popula o de 15 a 64 anos o consumo de opioides especialmente hero na morfina e opi ides de venda com receita consumidos com fins n o m dicos sendo Afeganist o e Myanmar com importantes paises produtores UNODC 2012 apesar que em 2002 os principais pa ses que produziam pio ilegalmente eram o Afeganist o 76 Mianmar 18 Laos 2 e Col mbia 1 Baltieri et al 2004 traficando grandes quantidades de hero na pela rota principal dos Balc es que vai de Afganist o a Europa Ocidental e Central pasando por Europa Sudoriental Costa de frica assim como nos pa ses de Asia Sudoriental UNODC 2012 O cosumo de opi des pode levar a intoxica o depend ncia e a sua supress o pode originar sindromes de abstin n
85. a efic cia de la Comunidad Terap utica de Proyecto Hombre de Navarra Tese Doutorado Universidad Publica de Navarra Departamento de Psicolog a y Pedagog a Pamplona Espa a Dispon vel em http www proyectohombrenavarra org documentacion tesisjope pdf Go i L J J Montalvo F J Illescas C N Landa amp Lorea E I 2008 Razones para el abandono del tratamiento en una comunidad terap utica Dispon vel em http www researchgate net publication 28222878_Razones_para_el_abandono_d el_tratamiento_en_una_comunidad_teraputica 133 Gorenstein C Pomp ia S 1999 Farmacocin tica e Farmacodin mica dos benzodiazep nicos In Bernik M A editor Benzodiazep nicos quatro d cadas de experi ncia S o Paulo Bernik M A Grella C E Hser Y L Joshi V amp Rounds Bryant J 2001 Drug treatment outcomes for adolescents with comorbidity mental and substance use disorders Journal Nerv Mental Disease 189 6 384 392 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 1 1434639 Grella C Hser Y amp Hsieh S 2003 Predictors of drug treatment re entry following relapse to cocaine use in DATOS Journal Substance Abuse Treatment 25 145 154 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 14670520 Grella C Stein J 2006 Impact of program services on treatment outcomes of patients with co morbid mental and substance use disorders Psychiatric Services 57 1007 1015 From http www ncbi nlm nih g
86. a importante elabora o deste estudo 1 4 1 Objectivo geral e Reconhecer as caracter sticas sociodemogr ficas caracter sticas cl nicas e padr es de uso de subst ncias psicoactivas dos residentes da CTGSF e sua rela o com completar ou n o os nove meses de dura o regulamentar do programa de tratamento 1 4 2 Objectivos especificos e Descrever as caracter sticas sociodemogr ficas cl nicas comorbidades e os padr es de uso de subst ncias psicoactivas de residentes da CTGSF e Analisar as rela es entre caracter sticas sociodemogr ficas cl nicas comorbidades e padr es de uso de residentes da CTGSF com completar ou n o o programa de tratamento 1 5 Perguntas a serem respondidas Este estudo descritivo anal tico surgiu de v rias quest es para as quais investiga se respostas e que serviu de trajecto na elabora o deste trabalho Assim identificou se as seguintes perguntas de investiga o P1 Qual a propor o dos dependentes de subst ncia psicoactiva admitida que completam os nove meses de tratamento na CTGSF P2 Quais as caracter sticas sociodemogr ficas dos dependentes de subst ncia psicoactiva admitidos a CTGSF que determinam a conclus o dos nove meses regulamentares P3 Quais padr es de uso associados a essa completude P4 Quais os factores cl nicos comorbidades associados s caracter sticas sociodemogr ficas e aos padr es de uso encontrados 1 6 Hip teses
87. abagismo e associa o com o uso de outras drogas entre escolares do Distrito Federal Jornal brasileiro de Pneumologia 35 10 986 991 Dispon vel em http www scielo br pdf jbpneu v35n10 v35n10a07 pdf Rodr guez O G Villa R S Rodr guez H A Rodriguez A R A Hermida J R F Carballo J L P rez J M E amp Diaz S H Al 2007 Efecto de los incentivos sobre la retenci n en un tratamiento ambulatorio para adictos a la coca na Psicothema 19 1 134 139 Dispon vel em http www psicothema com pdf 3339 pdf Rodr guez O G Villa R S Rodr guez H Rodr guez A R Hermida J R Carballo J L P rez J M E Y amp Susana D S H Al 2007 Efecto de los incentivos sobre la retenci n en un tratamento ambulatorio para adictos a la coca na Psicothema 19 1 134 139 Dispon vel em http www psicothema com pdf 3339 pdf Rodr guez A H Silva R P Gomez M V Hern ndez G R N brega M P S S de Mitchell C P rez F B Harrison J amp Smith P H 2012 Policonsumo simult neo de drogas en estudiantes de facultades de ciencias de la salud ciencias m dicas en siete universidades de cinco pa ses de Am rica Latinay un pa s del Caribe implicaciones de g nero legales y sociales Dispon vel em http www scielo br pdf tce v2 Inspe v2 Inspea02 pdf 154 Roffman R A Klepsch R Wertz J S Simpson E E amp Stephens R S 1993 Predictors or attri
88. ades o ao tratamento s o modalidades de tratamento psicossociais Foote et al 1994 Hoffman et al 1994 tratamentos anteriores Carlson et al 2010 conceitos dos pacientes em rela o ao seu pr prio problema Orford amp Keddie 1986 efeito da expectativa em rela o ao tratamento Roffman 1993 Copeland amp Hall 1992 a prontid o para o mesmo Hser et al 2004 Determinadas estrat gias podem aumentar a reten o e a efic cia do tratamento Altemar et al 2000 Lacks amp Quaglia 2006 embora a gravidade da depend ncia afigure se como factor de comprometimento do sucesso terap utico Altemar et al 2000 Neste sentido processos relevantes para a conclus o dos tratamentos t m sido evidenciados por v rios estudos como a ades o e o envolvimento nestes Veremos seguidamente que essas pesquisas t m identificado conjunto de factores influentes nos processos mencionados e seguindo como refer ncia seus resultados norteia o desenvolvimento de opera es espec ficas no intuito de incrementar a termo dos programas de tratamentos 2 6 4 Factores que dificultam a ades o e o envolvimento em programas de tratamento e sua conclus o A aus ncia de suporte familiar ou social dificulta a ades o ao tratamento O Brien amp McLellan 1996 Por conseguinte deve se dar aten o aos conflitos relacionados com aceita o da depend ncia de drogas como um problema trabalhar a resist ncia do paciente e ajudar a r
89. al com propriedades vasoconstritoras e estimulante do SNC Hatsukami amp Fischman 1996 cuja dura o do efeito varia entre 10 a 90 minutos dependendo da via 48 de consumo Gold 1993 Assim produzem tanto os sintomas fisicos Aumento do estado de vig lia euforia Sensa o de bem estar autoconfian a elevada acelera o do pensamento como ps quicos aumento da frequ ncia card aca aumento da temperatura corp rea aumento da frequ ncia respirat ria sudorese tremor leve de extremidades espasmos musculares especialmente l ngua e mand bula tiques midr ase Wise 1994 sendo a overdose a mais conhecida de entre as complica es agudas relacionadas com o consumo de coca na Benowitz 1992 z A depend ncia a principal complica o cr nica associada ao consumo de coca na Lima amp Soares 2002 e complica es psiqui tricas s o o principal motivo de busca por aten o m dica entre os usu rios de coca na Brody Slovis amp Wrenn 1990 al m de ser respons vel pelo aparecimento de uma s rie de transtornos psiqui tricos agudos disforia ansiedade agita o heteroagressividade sintomas paran ides e alucina es e cr nicos Wetli amp Fishbai 1985 psicose coca nica id ntica psicose esquizofr nica com ideias delirantes de tipo persecut rio e alucina es Langue amp Hillis 2001 A diminui o ou interrup o abrupta de uso em pacientes dependentes n o desen
90. alcal ides destas plantas Ara jo amp Moreira 2006 Nos finais do s culo XIX nos Estado Unidos coca na acabou por se tornar um dos componentes da Coca cola da o nome Coca e vendiam a hero na sob a forma de xarope sedativo n o s para beb s como tamb m para o tratamento para o alcoolismo DuPont 2005 Teriaga prepara o farmac utica de uso comum contra as mordeduras de serpentes preparado por Galeno primeiro m dico moderno que influenciou todas as ci ncias medicas desde do seculo II ao s culo XVII da nossa era Segundo Escohotado 1996 baseando no espirito contestador do Romantismo a finalidade de uso de subst ncia psicoactivas era meramente recreativa Foi uma poca caracterizada pelo enorme complac ncia com surgimento de vinhos a base de coca abertura de sal es de pio fumeries e consumo de cannabis Esta nova condi o de consumo das subst ncias psicoactivas carente de princ pio cultural e rituais de controlo proporcionou novos padr es de uso com surgimento de complica es e danos f sicos psicol gicos e sociais O Estado sentiu necessidade de criar mecanismos de controlo sendo que nos finais do s culo XIX e princ pio do s culo XX a zona ocidental contempor nea ocorreu se o primeiro ciclo de intoler ncia ao uso de subst ncias psicoactivas Nos Estados Unidos essa persegui o iniciou se com pio 1870 passou pela campanha contra coca na e foi aprovada Harrison Act
91. almente excita o e seda o respectivamente do que do surgimento de um efeito novo Possivelmente os usu rios experimentam uma sensa o subjetiva de maior prazer com a mistura qualitativamente distinto dos efeitos individuais destas drogas Leri Bruneau amp Stewart 2003 O risco de ansiedade comportamento obsessivo compulsivo sintomas psic ticos altera es do humor somatiza o deficit de mem ria de aprendizagem e na capacidade de julgamento social e emocional aumentado nos usu rios de ecstasy que fazem uso de outras subst ncias Hadjiefthyvoulou 2011 e a overdose mais frequentemente encontrada em combina es como coca na e lcool pioides com lcool sedativos hipn ticos e ansiol ticos e MDMA e outros estimulantes Koller et al 2003 Dessa interac o entre as m ltiplas drogas pode aumentar o dano f sico neurol gico e psicol gico no usu rio Diehl et al 2010 e geralmente os poliusu rios apresentam anormalidades em determinadas regi es cerebrais com dano cerebral e consequente preju zo aumento do risco de sintomas paran ides e altera es de humor principalmente mania e hipomania durante a intoxica o crises epileptiformes al m de anedonia Stevens Peschk amp Schwarz 2007 2 8 Comorbidades Feinstein 1970 citado por Valderas Mercer e Fortin 2011 definiu originalmente a comorbidade como qualquer entidade cl nica distinta adicional que existe ou pode o
92. am respons veis pelo 109 encaminhamento de 13 1 dos casos dos quais 44 7 de crack e 5 3 de cannabis e os que procuraram o tratamento de forma espont nea pouco mais de metade 50 8 eram usu rios de crack Neste mesmo estudo realizado no Centro de Aten o Psicossocial lcool e Drogas situado na regi o centro sul do munic pio de Londrina com residentes que passaram pela triagem entre julho e dezembro de 2008 verificou se que de entre as subst ncias que levaram os individuos a procurarem o tratamento o crack representou 44 4 dos sujeitos seguido por cannabis 5 8 coca na aspirada 3 1 ansiol ticos 0 4 e solvente 0 2 Na mesm linha de resultados Sirvent et al 2010 num outro estudo em Oviedo Espanha revelou que 57 dos homens e 60 5 das mulheres procuraram o tratamento devido depend ncia de coca na 20 58 dos homens e 19 6 das mulheres ao haxixe e 24 7 dos homens e 22 22 das mulheres aos opi ceos e nenhuma dessas subst ncias implicam maior risco de abandono Em contraposi o aos resultados supracitados Montalvo et al 2004 demonstraram nas suas pesquisas que as principais subst ncias que mais motivaram os indiv duos a buscar o tratamento foram a hero na 42 9 a coca na 28 6 as anfetaminas 14 3 o lcool 11 9 e as benzodiazepinas 2 4 Na mesma perspectiva e curiosamente a ONUDC 2012 refere que em frica a subst ncia psiocoativa que mais leva o individuo a busc
93. amento foi de 53 5 Go i et al 2008 num estudo de uma amostra de 61 pacientes dependentes de hero na coca na speed ball mistura de ambas as subst ncias lcool cannabis do Proyecto Hombre de Navarra Espanha encontraram taxas de abandono oscilando entre 60 e 80 tanto no tratamento ambulatorial como no residencial Os resultados encontrados por Ravndal et al 2005 num estudo prospectivo de 13 programas em Noruega com uma amostra consecutiva de 307 sujeitos dependentes de hero na lcool e outras subst ncias psicoactivas mostram que apenas 40 dos sujeitos completaram o tratamento indicado Desta forma percebe se que 60 dos indiv duos n o conclu ram o programa de tratamento Diez et al 2000 num estudo longitudinal com uma amostra com 231 sujeitos dependentes de hero na coca na tabaco lcool anfetaminas psicof rmacos e hipn ticos realizadas em Unidade de Desabitua o Residencial Balsa Blanca constataram que exclusivamente 31 2 dos indiv duos conclu ram com sucesso o programa de tratamento Este achado ilustra que cerca de 68 8 dos indiv duos n o finalizaram com xito o programa de tratamento Por se tratar da maioria dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe que n o concluiu o programa de tratamento ent o os resultados dos estudos supracitados embora em percentagem superiores s o concordantes com este estudo Apesar das limita es o estudo apresenta alguns i
94. anez E M amp Fern ndez G G 2010 Abandono del tratamiento en adictos a la coca na Adicciones Revista de socidrogalcohol 22 1 59 64 Dispon vel emhttp www adicciones es files 59 64 20sanchez hervas pdf Herv s E S Gradol T V Gall s E M Gurrea R del amp Bou N M 2002 Caracter sticas cl nicas en tres grupos de dependientes a drogas Salud y droga 2 2 28 40 Dispon vel em http www redalyc org pdf 839 83920204 pdf Hess A R B Almeida R M M de amp Moraes A L 2012 Comorbidades psiqui tricas em dependentes qu micos em abstin ncia em ambiente protegido Estudos de Psicologia 17 1 171 178 Dispon vel em http www scielo br pdf epsic v17n1 21 pdf Hirschfeld R M A 1993 General Introduction In Benzodiazepines Report of the W P A Presidential Educational Task Force Edited by Y Pelicier Hoffman J A Caudill B D Koman J J 3rd Lukey j W Flyn P M amp Humbard R L 1994 Comparative abuse cocaine treatment strategies Enhancing client retention and treatment exposure Journal of Addictive Diseases 13 4 115 128 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 7734463 Hopwood C J Morey L C Skodol A E Sanislow C A Grilo C M Ansell E B McGlashan T H Markowitz J C Pinto A Yen S Shea M T Gunderson J G Zanarini M C amp Stout R L 2011 Pathological personality traits among patients with absent curren
95. anos Pereira Souza Buaiz amp Siqueira 2008 Batista et al 2012 embora possa ocorrer mais precocemente aos quatro anos particularmente o lcool Portugal et al 2010 embora a canabin ides costuma ser a droga de in cio de consumo David et al 1997 e mais consumida entre as subst ncias psicoactivas il citas Monteiro et al 2011 Silva Malbergier Stempliuk amp Andrade 2006 Apesar de consumo prematuro dos canabin ides a idade de in cio de consumo da hero na que possui alguma capacidade preditiva no desfecho final de tratamento Villa amp Benavente 2000 Cerca de 14 dos entrevistados come aram a consumir a droga de in cio entre os oito e os 12 anos de idade sendo que essa m dia de 36 idade foi de 15 7 anos ligeiramente inferior a m dia da idade de inicia o da droga de abuso principal que se situou a volta dos 19 anos Negreiros 2002 A n o ades o ao tratamento constitui um das principais causas de insucesso terap utico problema do qual todos os profissionais de sa de se deparam Villa amp Hermida 2000 Negrete et al 2010 independentemente do tipo de paciente tendo o abandono precoce do tratamento uma das formas de n o ades o particularmente no mbito das depend ncias de subst ncias psicoactivas onde sua taxa elevada Villa amp Hermida 2000 Laredo Orejudo amp Carrobles 2005 Outros fatores identificados por diversos e distintos pesquisadores como facilitadores da
96. antes do in cio do seu tratamento constataram que a maioria dos sujeitos pesquisados 26 3 consumia de 21 a 25 doses de lcool Por sua vez a SENAD 2011 em parceria com outras institui es realizaram uma pesquisa sobre o Perfil dos usu rios de crack e ou similares no Brasil tomando como refer ncia as 26 capitais o Distrito Federal munic pios selecionados das nove Regi es Metropolitanas Federais e uma amostra representativa de cidades de pequeno e m dio porte selecionadas a partir dos dois extremos observaram que n mero m dio de pedras usadas por usu rio nas capitais foi de 11 e 16 por dia nos munic pios e capitais respectivamente 94 Analisando a frequ ncia do consumo de subst ncias psicoactivas o resultado deste estudo revela alguma semelhan a ao resultado encontrado por Negreiros 2002 que num estudo realizado com 176 consumidores problem ticos de drogas sendo que 38 consumidores problem ticos eram de bairros Sociais 57 num Centro de Apoio a Toxicodependentes e 40 em meio prisional 38 sujeitos encontravam se no momento das entrevistas em tratamento em Comunidade Terap utica j que observou que cerca de 84 6 dos entrevistados consumiam a droga principal diariamente e apenas 3 concordavam que o consumo era regular ou seja tr s vezes por semana durante pelo menos um m s O consumo di rio tamb m predominante em Monteiro et al 2011 que num estudo de natureza quantitativa realizado no mu
97. apenas 23 residentes menos de 11 admitiu ter consumido apenas um tipo de droga todos os demais consumiram dois ou mais tipos diferentes de subst ncias psicoativas A maioria dos prontu rios 76 75 n o continha informa es adequadas relativas ao padr o de uso quantidade e frequ ncia de uso das drogas Contudo dos 23 25 das informa es v lidas relativas ao padr o de uso foi poss vel verificar que 43 9 dos indiv duos consumiam de 1 a 9 doses de drogas dia 17 4 consumiam 10 ou mais doses dia Estes 23 25 dos prontu rios informavam ainda que 35 6 consumiam drogas diariamente e 3 semanalmente 4 2 3 Caracteristicas clinicas Comorbidades 85 Tabela 9 Frequ ncia e percentagem das comorbidades apresentadas pelos residentes da Comunidade Terap utica Granja de Sao Filipe Cabo Verde 2006 2010 Comorbidades N Transtorno por uso de tabaco 160 74 4 Transtorno por uso de lcool 108 50 2 Doen as da pele e do tecido subcut neo 61 28 4 Doen as da cavidade oral das gl ndulas salivares e dos maxilares 31 14 4 Doen as do aparelho digestivo 21 9 8 Doen as infecciosas e parasit rias 21 9 8 Doen as do olho e anexos 18 8 4 Transtornos mentais e comportamentais 17 7 9 Doengas do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo 17 7 9 Outras doengas 15 7 0 Doen as do aparelho geniturin rio 11 5 1 Doengas do ouvido nariz faringe e laringe 8 3 7 Doen as do aparelho respirat rio 4 1 9 Total 49
98. ar lhe o bem ou mal a vida ou a morte Escohotado 1996 Efectivamente tanto os padres e depois os m dicos que exerciam uma arte sagrada tinham por prescrever de modo ritual o uso de drogas Foi interdito o uso de drogas fora dos quadros prescritos pela religi o o que justifica estes la os eternos entre as drogas e o sagrado Angel Richard amp Valleur 2002 Os primeiros ancestrais humanos eram herb voros e as frutas nozes ra zes e tub rculos constitufam a sua principal fonte de alimenta o As drogas psicoactivas tamb m integravam a sua regime alimentar eram consumidas na forma de plantas as quais eram ingeridas como alimentos Ara jo amp Moreira 2006 Segundo Escohotado 1996 antes do Hip critas entre a t cnica m dica e magia eram unidos tudo aquilo que alterasse o nimo era milagroso ou divino As plantas com essas propriedades eram vistas pelos sacerdotes como ente genas criam Deus dentro da pessoa instrumento fundamental para os curandeiros nas suas opera es lustrais e divinat rias Para Andrade 1994 desde 7000 anos a C a utiliza o de plantas nos rituais religioso a propagou se pela India Europa e Am ricas Uma esp cie de cogumelo produzia um suco que era fermentado e o resultado era um preparado alco lico til como medicamento na comunica o com Deuses e no al vio da dor f sica moral resultante das ang stias Os Sum rios que viveram cinco mil anos a C numa regi o
99. ar o tratamento a cannabis Presume se que o que est na base de elevada procura por tratamento devido ao consumo de coca na particularmente na sua forma de crack conforme Carlini et al 2001 o consumo desta subst ncia origina uma euforia exacerbada de curta dura o continuada de fissura intensa Nesta l gica Dunn e Laranjeira 1999 afirmam que a procura por tratamento aparenta ser mais precoce entre os usu rios de crack comparativamente aos de coca na aspirada Apesar dessa aparente prematuridade na busca por tratamento no seio dos consumidores de crack Carlson et al 2010 salientam que os usu rios de crack s o os que menos buscam ajuda entre os usu rios de drogas il citas e no entanto existem factores que predisp e a demanda por tratamento nomeadamente aumento da severidade da depend ncia problemas legais e presen a de tratamentos anteriores 110 Ressalta se neste estudo que 91 2 dos indiv duos usaram canabin ides todavia apenas 2 3 dos sujeitos procuram o tratamento pelo seu uso Nesta perspectiva Silveira 2001 cita que a cannabis uma subst ncia que por si s dificilmente constitui a raz o de internamento Atendendo ao n mero de drogas consumidas apenas 23 residentes menos de 11 admitiu ter consumido apenas um tipo de droga todos os demais consumiram mais de dois tipos diferentes de drogas Trata se de uma tend ncia que j tinha sido evidenciado na pesquisa de Mombelli et al 201
100. as Oliveira e Nappo 2008b expecificam que as drogas mais vulgarmente associadas foram lcool cannabis e de coca na Por sua vez Seabra et al 2010 evidenciaram que coca na hero na e cannabis eram consumidos por 49 3 dos indiv duos Griffiths et al 2011 na avalia o de 70 000 adolescentes entre 15 e 16 anos em 22 pa ses europeu encontrou se 30 dos sujeitos que tinham consumido pelo menos dois tipos de drogas psicotr picas no m s anterior avaliag o sendo a combinag o mais frequente lcool e tabaco seguida de cannabis com lcool e ou tabaco e em baixa frequ ncia cannabis com lcool ou tabaco mais ecstasy coca na anfetaminas LSD ou hero na Uma poss vel tentativa de explicac o deste tipo de consumo Leri et al 2003 referem que possivelmente os usu rios experimentam uma sensa o subjectiva de maior prazer com a mistura qualitativamente distinto dos efeitos individuais destas drogas Por seu turno Sanchez e Nappo 2002 exclarecem que entre os usu rios de crack a preval ncia do uso de cannabis esta a volta dos 60 tanto na sua forma sequencial como no consumo misturado em um mesmo cigarro designado mesclado consumido com o objetivo de diminuir a fissura e demais efeitos ansiog nicos do crack Em rela o ao tempo de consumo observou se que o tempo m nimo variou de um a sete anos com o tempo m ximo oscilando entre 23 a 33 anos A m dia total de tempo de consumo foi de 10 8 anos
101. as e n o completar o programa de tratamento 93 Capitulo V Discussao Este o primeiro estudo Cabo verdiano que investiga a resposta ao programa de tratamento dos dependentes de subst ncias psicoativas num programa espec fico para depend ncia qu mica De forma sucinta os resultados aqui encontrados n o demonstraram muita discrep ncia relativamente aos estudos anteriores Contudo este estudo traz evid ncia qualidade ou aus ncia dela nos prontu rios ou seja menos de um quarto deles informa sobre padr o de uso praticamente n o h informa es sobre o uso do tabaco e de lcool apesar de representarem a primeira e a segunda comorbidades respectivamente Neste sentido ao observar a quantidade e frequ ncia de uso foi poss vel verificar que 43 9 dos indiv duos consumiam de um a nove doses de drogas e 17 4 consumia de 10 e mais doses e 35 6 consumiam diariamente enquanto 3 semanalmente as restantes informa es n o constavam no processo cl nico Tal facto assemelha se ao resultado de Laranjeira et al 2007 pois constataram que na regi o sul do Brasil o consumo de lcool era de cinco doses sendo cinco para homens e quatro para mulheres que considerado o beber de maior risco 29 bebe dessa forma e 48 abaixo de duas doses Em contraposi o Portugal et al 2010 no Programa de Atendimento ao Alcoolista do Hospital Universit rio Cassiano Ant nio Moraes da Universidade Federal do Esp rito Santo
102. as em Psicologia Cl nica S o Paulo Casa do Psic logo Cantwell B amp McBridge A J 1998 Self detoxification by amphetamine dependent patients a pilot study Drug Alcohol Dependence 49 2 157 163 From http psycnet apa org index cfm fa search displayRecord amp UID 1998 01040 005 Capistrano F C Ferreira A C Z Silva T L Kalinke L P amp Maftum M A 2013 Perfil sociodemogr fico e cl nico de dependentes qu micos em tratamento an lise de Prontu rios Revista de Enfermagem Escola Anna Nery impr 17 2 234 241 Dispon vel em http www scielo br pdf ean v 17n2 v 17n2a05 pdf Carlini E A Nappo S A Galdur z J C F amp Noto A R 2001 Droga psicotr picas o que s o e como agem Revista IMESC n 3 p 935 Dispon vel em http www imesc sp gov br pdf artigo 201 20 20DROGAS 20PSICOTR PI CAS 200 20QUE 208A0 20E 20COMO 20AGEM pdf Carlini E A Nappo S A amp Galdur z J M 2003 Changes in cocaine use as viewed by key informants a qualitative study carried out in 1994 and 1999 in S o Paulo Brazil Journal of Psychoactive Drugs San Francisco 33 3 241 253 Carlini E A 2004 The good and the bad effects of Trans delta 9 tetrahydrocannabinol Delta 9 THC on humans Toxicon 44 4 461 467 Carlini E A Galdur z J C Noto amp A R Nappo S A 2002 I Levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotr picas no Brasil Centro Bras
103. ativa com duas modalidades 1 Sim 2 N o Tratamentos anteriores Vari vel qualitativa com duas modalidades 1 Sim 2 N o 73 Tempo de perman ncia Vari vel quantitativa discreta derivada a partir da data do internamento e da data da alta medida em dias Idade de in cio do uso de drogas Vari vel quantitativa discreta representando anos completos variando de 9 a 38 Primeira droga consumida Vari vel qualitativa com dez modalidades de tipos de drogas 1 lcool 2 Opi ceos 3 Canabin ides 4 Sedativos e hipn ticos 5 Coca na 6 Outros estimulantes inclui anfetamina e cafe na 7 Alucin genos 8 Tabaco 9 Solventes vol teis 10 M ltiplas drogas e outras subst ncias Tipos de drogas que j usou Vari vel qualitativa com dez modalidades de tipos de drogas 1 lcool 2 Opi ceos 3 Canabin ides 4 Sedativos e hipn ticos 5 Coca na 6 Outros estimulantes inclui anfetamina e cafe na 7 Alucin genos 8 Tabaco 9 Solventes vol teis 10 M ltiplas drogas e outras subst ncias Tempo de consumo Vari vel quantitativa discreta que indica os anos de consumo de cada tipo de droga 1 lcool 2 Opi ceos 3 Canabin ides 4 Sedativos e hipn ticos 5 Coca na 6 Outros estimulantes inclui anfetamina e cafe na 7 Alucin genos 8 Tabaco 9 Solventes vol teis 10 M ltiplas drogas e outras subst ncias Droga que levou a procurar o tratamento Vari vel qualita
104. atment predict retention and outcomes Journal of Substance Abuse Treatment 35 223 231 Mangado E O 2009 Diferencias de g nero en el tratamiento de la dependencias de sustancias In XXXVI Jornadas Nacionales de Socidrogalcohol Salamanca Disponivel em http www alcoholofilia org Noticias_docs Socidrogalcohol_jornadas_2009 pdf Marques A C P R Buscatti D amp Formigoni M L O S 2002 O abandono no tratamento da depend ncia de lcool e outras drogas como diminuir este fen meno Jornal Brasileiro de Depend ncia Qu mica 3 1 17 23 Dispon vel em http www scielo br scielo php script sci_nlinks amp ref 000175 amp pid S0103 166X200800040000400017 amp Ing en Marques A amp Fugas C 1990 Consumo il cito de drogas 2 Edi o Gabinete de Planeamento e de Coordena o do Combate Droga GPCCD Lisboa Marsden V F M G 2009 Comorbidades entre depend ncia qu mica distimia HIV e HCV relato de caso Revista de Psiquiatria Cl nica 36 1 31 33 Dispon vel em http www scielo br pdf rpc v36n1 a05v36n1 pdf 143 Martin K A Sinden A R 2001 Who will stay and who will go A review of older adults adherence to randomized controlled trials of exercise Journal of Champaign 9 91 114 Martin P R amp Hubbard J R 2000 Substance related disorders Jn Ebert MH Loosen P T Nurcombe B Current diagnosis amp treatment in psychiatry New York McGraw Hill p 233 259
105. atria 23 2 17 20 Dispon vel em http www scielo br pdf jbpsig v57n1 v57nla04 pdf 151 Planeta C S amp Cruz F C 2005 Bases neurofisiol gicas da depend ncia do tabaco Revista de Psiquiatria Clinica 32 5 251 258 Disponivel em http www scielo br pdf rpc v32n5 27699 pdf Portugal F B Corr a A P M amp Siqueira M M de 2010 Alcoolismo e comorbidade em um programa de assist ncia aos dependentes de lcool Dispon vel em http pepsic bvsalud org pdf smad v6n1 06 pdf Prado M A M amp Queiroz I S 2012 A emerg ncia da politiza o da intimidade na experi ncia de mulheres usu rias de drogas Estudos de Psicologia 17 2 305 312 Consultado Dispon vel em http www scielo br pdf epsic v177n2 15 pdf Pratta E M M amp Santos M A dos 2006 Reflex es sobre as rela esdrogadi o adolesc ncia e fam lia um estudo bibliogr fico Estudos de Psicologia Natal 11 3 315 322 Dispon vel em http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S1413294X20060003000 09 Pratta E M M Santos M A dos 2009 O Processo Sa de Doen a e a Depend ncia Qu mica Interfaces e Evolug o Psicologia Teoria e Pesquisa 25 2 203 211 Dispon vel em http www scielo br pdf ptp v25n2 a08v25n2 pdf Prochaska J O DiClemente C C Norcross J C 1994 Changing for Good New York Paperback Raupp L M amp Sapiro M C 2008 A reeduca o de A
106. aumentando a probabilidade de reca das Almeida amp Monteirro 2011 A progress o da quantidade e frequ ncia de uso de subst ncias psicoactivas decorre a medida que organismo se adapta as subst ncias j que o efeito da subst ncia torna se menos intenso e mais passageiro naqueles que usam diariamente e para obter o mesmo efeito os usu rios aumentam o consumo e a dose Borini Guimar es amp Borini 2003 sendo os usu rios de crack podem consumir drogas de forma ininterrupta 42 por nove dias e parar somente perante o esgotamento f sico ps quico ou financeiro Silva et al 2010 lcool O n vel de consumo de bebidas alco licas declinou nos ltimos 20 anos e pa ses desenvolvidos mas est aumentando em pa ses em desenvolvimento especialmente na Regi o do Pac fico Ocidental onde o consumo per capita entre adultos varia entre cinco a nove litros de lcool puro e tamb m em pa ses da antiga Uni o Sovi tica As taxas de consumo em pa ses Asi ticos s o at um certo ponto respons veis pelo aumento dos pa ses em desenvolvimento O n vel de consumo de lcool nas Regi es da Africa do Mediterr neo Oriental e da Asia do Sudeste muito inferior Organiza o Mundial da Sa de 2004 Contudo estimativa aponta que preval ncia anual do consumo de lcool de 42 levando em conta que o consumo de lcool legal em maioria dos pa ses valores que oito vezes superior a preval ncia anual do c
107. cadeia uma s ndrome de abstin ncia caracter stica Sinais e sintomas inespecificos tais como ansiedade ins nia depress o inapet ncia desejo intenso de consumir a subst ncia Gawin amp Kleber 1996 como citado em Oliveira amp Tedesco 2006 Crack O Crack coca na na sua base livre Wallace 1991 que surgiu entre 1984 e 1985 em bairros pobres e marginalizados de Los Angeles New York e Miami Reinarman 1997 As drogas eram obtidas a partir de um processo caseiro Ellenhorn Schonwald amp Wasserberger 1997 e utilizado em grupos em casas abandonadas e prec rias crack houses Geter 1994 Quando os cristais eram fumados em cachimbos estalavam cracking ao serem expostos ao fogo da o nome da droga Ellenhorn Schonwald amp Wasserberger 1997 produzindo uma euforia de elevada magnitude e curta dura o seguida de fissura intensa e quase sempre seguidos por um desejo incoerc vel de repeti o do consumo Carlini Nappo Galdur z amp Noto 2001 Tal como a coca na o crack consumido por 0 3 da popula o mundial ONUDC 2001 nos quais a maior parte dos usu rios concentra se nas Am ricas cerca de 70 Galdur z Noto amp Carlini 49 1997 Geralmente a popula o de usu rios extremamente jovem variando dos 15 aos 45 anos com predom nio da faixa et ria dos 20 aos 30 anos Londero Sordi Kreische amp Diemen 2012 homem jovem solteiro de baixa classe socioecon mica baixo n vel de
108. car a variabilidade e intensidade do fen meno em estudo O n vel de signific ncia adoptado para o modelo final foi de 5 Durante as an lises das frequ ncias verificou se que certas categorias apresentavam algumas semelhan as entre elas nomeadamente frequ ncias e percentagens baixas optou se por agrupar algumas delas a saber sem escolaridade ensino b sico ensino t cnico secund rio sem profiss o ou profiss es elementares profiss o t cnica ou superior m ltiplas drogas e outras subst ncias lcool e tabaco comorbidades cl nicas e tr s ou mais comorbidades A an lise de regress o log stica foi realizada atrav s do programa estat stico SPSS 19 0 com 215 dados Foram seleccionadas as vari veis que poderiam contribuir significativamente para a n o conclus o do programa de tratamento de depend ncia de subst ncias psicoactivas Valendo se da Regress o Log stica Bin ria foram determinadas as vari veis relevantes para explicar a n o conclus o do programa de tratamento no intuito de estabelecer um modelo de aux lio tomada de decis o Para identificar os factores associados a n o conclus o do programa de tratamento residentes da CTGSF por meio da an lise de regress o o ponto de partida para o ajuste do modelo foi a pr sele o das vari veis predictoras Assim sendo considerando como crit rio o valor de p por meio da regress o log stica simples cada uma das 12 vari veis independentes fo
109. casos 11 a 15 anos 23 8 dos casos e 16 a 20 anos em 5 6 dos casos tempo inferior a este estudo tal como Peixo et al 2010 analisaram 316 prontu rios de pacientes do CAPSad de Campo Grande MS com isso puderam observar que os grupos de pacientes que aderiram ao tratamento apresentaram maior tempo de uso de drogas 20 0 anos contra 15 7 anos do grupo que n o aderiram ao tratamento O que poder estar na base dessas diferen as de tempo de consumo com base em Carlson et al 2010 os usu rios de crack s o os que menos procuram ajuda entre os usu rios de drogas il citas todavia existem factores que predisp e a demanda por tratamento nomeadamente aumento da severidade da depend ncia problemas legais e presen a de tratamentos anteriores Uma hip tese mais prov vel da varia o do tempo de consumo pode estar realaciona com a data da cria o da CTGSF que foi inaugurada no dia seis de Julho de 2005 e recebeu seus primeiros residentes em 27 de Outubro de 2005 Sendo assim os indiv duos passaram a beneficiar de um tratamento especializado nico no pa s por ventura a primeira Comunidade Terap uitca da frica Ocidental Analisando a droga que motivou a busca do tratamento 79 5 foram impulsionados pela coca na 16 3 pelas m ltiplas drogas 2 3 pelos canabin ides menos de 2 1 9 procuraram o tratamento pela depend ncia de opi ides Constata se nos estudos de Velho 2010 que as unidades b sicas de sa de for
110. chman amp Levin 1995 e os deficits na performance psicomotora e aprendizado induzidos pelo lcool Pennings Leccese amp Wolff 2002 o que leva muitos usu rios ao uso sequencial Wang et al 1997 O lcool empregado como paliativo aos efeitos negativos do crack arrastando para um ciclo lcool crack de maneira que uma droga passa a estimular o consumo de outra e vice versa Oliveira amp Nappo 2008b Devido a sua ampla disponibilidade o lcool torna se a subst ncia base dessas combina es sobretudo em contextos recreativos e no uso dos consumidores intensivos de drogas Griffiths et al 2011 Entre os usu rios de crack a preval ncia do uso de cannabis chega a 60 seja na forma sequencial seja no uso combinado em um mesmo cigarro denominado mesclado empregado com o objetivo de diminuir a fissura e demais efeitos ansiog nicos do crack Sanchez amp Nappo 2002 e prolonga a dura o do crack seja administrada simultaneamente como coquetel ou ap s o crack Oliveira amp Nappo 2008b Da mesma forma o consumo combinado de crack com cloridrato de coca na aspirada aumenta a intensidade e dura o dos efeitos positivos al m de actuar como paliativos aos efeitos negativos Oliveira amp Nappo 2008b 57 Outra associa o frequente coca na e hero na conhecida como speedball o efeito psicoativo sugere decorrer mais da somat ria dos efeitos destas duas subst ncias Ferreira et al 2003 individu
111. chol Bull 93 3 441 456 Miller M D 2009 Principles of Addiction Medicine Maryland American Society of Addiction Miller N S 1995 Liability and efficacy from long term use of benzodiazepines documentation and interpretation Psychiatric Ann 3 166 173 Miller W R 1985 Enhancing motivation for change In Miller W R amp Heather N Eds Treating addictive behaviors 2 3 24 Nova York Plenum Press Miller W R Forcehimes A O Leary M amp LaNoue D M 2008 Spiritual Direction in Addiction Treatment Two Clinical Trials Journal of Substance Abuse Treatment 35 4 434 442 From http www ncbi nlm nih gov pmc articles PMC2600849 Minist rio da Justi a amp Escrit rio das Na es Unidas Contra Droga e Crime 2011 Programa Nacional Integrado de Luta Contra Droga e Crime em Cabo Verde 2012 2016 Praia Cabo Verde Autores Minist rio da Sa de de Cabo Verde 2009 Plano Estrat gico Nacional para a Sa de Mental 2009 2013 Dispon vel em http www minsaude gov cv Mombelli M A C Marcon S S amp Costa J B 2010 Caracteriza o das interna es psiqui tricas para desintoxica o de adolescentes dependentes qu micos Dispon vel e http bases bireme br cgibin wxislind exe iah online IsisScript iah iah xis amp src google amp base BDEN amp lang p amp nextAction Ink amp exprSearch 20837 amp indexSe arch ID 145 Montalvo F J Go i L J J Illescas C
112. cia Neste sentido Martin e Hubbard 2000 destaca um conjunto de sinais e sintomas Relativamente a intoxica o por opi ides caracteriza se pela analgesia sentimentos de euforia ou disforia sentimentos de calor rubor facial coceira na face boca seca e constri o da pupila O uso intravenoso de um opi ide pode causar sensa es na regi o inferior do abd men descritas como mpeto orgi stico seguido por uma sensa o de seda o e sonhos A intoxica o grave pode causar depress o respirat ria arreflexia hipotens o taquicardia apneia cianose e morte Na maioria das vezes esse quadro cl nico pode ser tratada em servi os de emerg ncia m dica Os sintomas de abstin ncia de opi ides podem incluir hiperalgesia fotofobia pele arrepiada diarreia taquicardia press o arterial aumentada c imbras gastrointestinais dores articulares e musculares ansiedade e humor deprimido 44 Por fim A s ndrome de depend ncia de opi ides se caracteriza por um conjunto de sinais e sintomas associados ao uso patol gico de opi ides como um padr o mal adaptativo de uso da subst ncia levando a preju zo ou sofrimento clinicamente significativos que se manifestar o em tr s ou mais dos seguintes sintomas ocorrendo a qualquer momento em um per odo de 12 meses 1 Toler ncia 2 S ndrome de abstin ncia 3 A subst ncia geralmente consumida em maiores quantidades ou em um per odo mais longo do que o pretendido 4 H
113. co de bronquite quadro asm tico cancer pulmonar de cabe a e do pesco o Oliveira amp Tedesco 2006 n o obstante estes achados ainda care am decomprova o cientifica Oliveira amp Tedesco 2006 Diehl et al 2010 Geralmente a interrup o do uso frequente da cannabis n o desencadeia sintomas de abstin ncia quando estes s o observados caracterizam se pela especificidade como fadiga irritabilidade ins nia e diminui o do apetite de breve dura o e pouca intensidade Oliveira amp Tedesco 2006 De acordo com Carlini 2004 ultimamente ocorreu um aumento de interesse acercado uso terap utico do Delta tetrahidrocanabinol tendo sido demonstradas diversas utilidades cl nicas como por exemplo para o tratamento da dor n usea e v mito causados por quimioterapia perda de apetite em pacientes com SIDA dist rbios do movimento glaucoma e doen as cardiovasculares Se por um lado o consumo do cannabis amplamente descrito na literatura cient fica como sendo prejudicial a sa de dos indiv duos por outro lado h quem usa essa droga para obter efeito terap utico perante o acima exposto pelos autores h uma controv rsia aparentemente sem ind cios de chegar um consenso 46 Sedativos e hipn ticos Estima se que cada cl nico tenha em sua lista 50 pacientes dependentes de benzodiazep nicos Hallfors amp Saxe 1993 sendo que metade destes gostariam de parar o uso Hirschfeld 1993 apesa
114. copatol gica numa popula o toxicodependente do Alentejo Toxicodepend ncias 17 1 33 41 Dispon vel em http www scielo gpeari mctes pt pdf tox v17n1 v17n1a04 pdf Saupe R amp Alves E D 2000 Contribui o constru o de projectos Pol tico pedag gicos na enfermagem Revista Latino de Enfermagem 8 2 60 67 Dispon vel em http www scielo br pdf rlae v8n2 12419 pdf Sayre S L Schmitz J M Stotts A L Averill P M Rhoades H M amp Grabowski J J 2002 Determining predictors of attrition in an outpatient substance abuse program American Journal of Drug and Alcohol Abuse 28 1 55 72 From http informahealthcare com doi abs 10 1081 ADA 120001281 Scheffer M amp Pasa G G 2010 Depend ncia de lcool Coca na e Crack e Transtornos Psiqui tricos Psicologia Teoria e Pesquisa 26 3 533 541 Disponivel em http www scielo br pdf ptp v26n3 a16v26n3 pdf 156 Schenker M amp Minayo M C S 2003 A implica o da fam lia no uso abusivo de drogas uma revis o cr tica Ci ncia amp Sa de Coletiva 8 1 299 306 Dispon vel em http www scielo br scielo php pid S141381232003000100022 amp script sci abstr act amp ting pt Schmitz N Kruse J amp Kugler J 2003 Disabilities Quality of Life and Mental Disorders Associated with Smoking and Nicotine Dependence pp 1670 1676 From www researchgate net Disabilities quality of life Schneider D R
115. correr durante o curso cl nico de um paciente que tem a doen a ndice em estudo No entanto Guidetti e Galli 2012 explicitam que o conceito actual refere se associa o mais que informal mas provavelmente n o causal entre uma doen a ou transtorno ndice e uma ou mais patologias f sicas ou psicol gicas Para Marsden a comorbidade entre depend ncia de subst ncias psicoactivas e doen as infecto contagiosas sobejamente reconhecida tanto quanto a rela o existente entre transtornos de humor e uso de subst ncias psicoactivas Marsden 2009 Desse modo alguns pesquisadores t m pesquisado nos ltimos anos a coexist ncia de outros transtornos psiqui tricos como transtornos do humor a depress o os transtornos de 58 ansiedade os transtornos de conduta o deficit de aten o e hiperatividade a esquizofrenia e o tabagismo em dependentes de lcool e outras subst ncias psicoactivas Grella et al 2001 Ross Dermatis Lavounis amp Galanter 2003 A presen a de comorbidades acarreta dificuldades aos processos de tratamento Dawe Loxton Kavanagh amp Mattick 2002 sendo que a gravidade da psicopatologia o melhor preditor nos programas de tratamento Herv s et al 2010 e a presen a de sintomas de ansiedade e depress o tende se associar fortemente ao abandono de tratamento Oliveira et al 2010 A European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction EMCDDA 2004 refere que o consume prob
116. ctados pelos v rus VIH A perturba o da personalidade afecta 50 90 dos consumidores de drogas sendo considerada o diagn stico psiqui trico mais comum entre esses seguida das perturba es de ordem afectiva 20 60 e das perturba es psic ticas 20 e estima se que 10 a 50 dos pacientes apresentam co morbilidade de mais do que uma perturba o de personalidade ou psiqui trica Uchtenhagen amp Zeiglg nsberger 2000 citado por EMCDDA 2004 Scheffer e Pasa 2010 num estudo de car cter transversal quantitativo com 32 indiv duos por meio do Mini International Neuropsychiatric Interview M I N I Plus verificaram que a frequ ncia de transtornos psiqui tricos em dois grupos de dependentes qu micos coca na crack e lcool coca na crack e constataram uma alta preval ncia de transtornos psiqui tricos nos dependentes qu micos j que ambos os grupos apresentaram diagn stico para pelo menos um transtorno de humor tendo o grupo de dependentes de coca na crack apresentado igual preval ncia para Epis dio Depressivo Maior e Epis dio Man aco 52 9 e Risco de Suic dio 41 2 Dentre os dependentes de lcool coca na crack 66 7 apresentaram Epis dio Depressivo Maior acompanhado por Risco de Suic dio 66 7 e Epis dio Depressivo Maior com caracter sticas Melanc licas 53 3 60 Armstrong e Costello 2002 citados por Ribeiro e Laranjeira 2010 numa revis o envolvendo estudos comunit rios relativamen
117. da em O J ri Orientador Arguente Presidente CIDADE DA PRAIA 2014 Devemos ndo apenas acreditar que as coisas t m de mudar mas tamb m acreditar que Eu tenho de mud las Devemos considerar a n s mesmos como a fonte da mudan a Caso contr rio ficaremos sempre procura de outra pessoa para fazer a mudan a por n s e sempre teremos algu m para culpar quando n o der certo Devemos ser a fonte de nossa mudan a se quisermos que essa mudan a dure Anthony Robbins DEDICATORIA Aos Dependentes de Substancias Psicoactivas especialmente aos que participaram nesta resposta ao programa de tratamento uma importante estrat gia para aumentar a taxa de conclus o do programa de tratamento A todos os funcion rios da CTGSF particularmente aos enfermeiros pelo apoio prestado em todos os momentos As estruturas especialmente as de sa de que desde da abertura do centro t m colaborado no envio de ficha de encaminhamento Ao Manuel Soares Sena in Memorian meu querido Av Pai pelos valores que me passou por tudo que me ofereceu de forma incondicional desde da minha inf ncia Um exemplo de homem na sua postura digna perante a vida AGRADECIMENTO Ao meu Senhor Bom Deus pela sua protec o pela sua for a nos momentos de des nimo e pela ilumina o da mente nos instantes da confus o Ao Professor Doutor Jos Manoel Bertolote meu orientador aut ntico modelo a seguir
118. dade complexa a um s instante f sica biol gica ps quica cultural social e hist rica Um dos fundamentos principais da CTGSF corresponde espiritualidade na qual se apoia ela se pauta pela cren a em um Poder Superior na forma como os residentes o concebem Neste sentido sup e que a apresenta o dos pressupostos terap uticos do programa recorrendo a vertente espiritual que o subsidia pode ser influente na resposta ao programa de tratamento dos seus utentes O programa de recupera o da CTGSF desenvolve se numa perspectiva da vida com uma base espiritual n o religiosa na qual o Poder superior essencial para o tratamento do dependente assim como em outras reas da sua vida A cren a num Poder Superior na forma como o residente o concebe de capital import ncia pois ajuda o individuo na gest o dos estados emocionais das situa es de riscos e de estresse e essencial para seu envolvimento com o programa terap utico sua manuten o e sua recupera o da depend ncia de subst ncias psicoactivas 67 Com intuito de ajudar os indiv duos em sua recupera o torna se necess rio motiv los a descobrir seus interesses e habilidades a fim de promover uma ruptura completa com seu estilo de vida anterior Esse rompimento facilitado pelo internamento durante o qual o individuo depois de j ter sido submetido a uma desabitua o f sica ou desintoxica o pr via realizada em diversas estrut
119. das pela maioria dos pesquisadores que examinaram essa quest o diversas investiga es se propuseram a identificar os factores respons veis por esse abandono Entre os factores mais pesquisados se encontram g nero idade tempo de uso gravidade do quadro tipo de droga usada e presen a de altera es psicopatol gicas pr vias ao uso de subst ncias psicoactivas Os achados at agora est o longe de serem conclusivos como veremos a seguir 27 Maglione Chao e Anglin 2000 numa amostra de 2337 sujeitos dependentes de mentanfetamina num programa de tratamento ambulat rio mostraram que os pacientes homens t m uma maior probabilidade de abandono do tratamento do que as mulheres De acordo com Negrete et al 2010 num estudo retrospectivo elaborado com dados recuperados de expedientes e de bases de dados do Sistema de Informa o Epidemiol gica do Consumo de Drogas de Centros de Integra o Juvenil Ensefianza M xico a partir de selec o de uma amostra inicial de 1922 usu rios de drogas il citas encontraram que comparadas com os homens uma propor o significativamente maior de mulheres conclu ram o tratamento Por sua vez Mangado 2009 num estudo observacional retrospectivo de tratamento em grupo com uma amostra de 1432 dependentes de lcool coca na e hero na avaliou o papel do g nero na reten o no tratamento em uma Unidade de Toxicodepend ncia Madrid Espanha e encontrou diferen as relevantes na evolu o
120. de habilita es litetr rias origina uma baixa qualifica o profissional Ao observar os tratamentos anteriores constatou se que 50 7 dos pesquisados n o tinha efectuado nenhum tratamento anterior e 49 3 j o tinha realizado Os dados do NIDA 2011 apontam que cerca de 60 dos dependentes qu micos pesquisados j tinham alguma experiencia pr via de tratamento sem resultados positivos ou seja apenas 40 dos indiv duos n o tinha realizado pelo menos um tratamento perecentagem inferior encontrada nesta pesquisa Surjan et al 2000 numa pesquisa realizada em cl nica de recupera o na cidade de S o Paulo com pacientes dependentes de lcool e outras drogas cerca de 48 deles j tinham efectuado pelo menos um tratamento anterior quer isto dizer que 52 dos sujeitos 104 estudados n o tinha passado por uma experiencia anterior de tratamento portanto esses resultados coincidem com os achados deste estudo Z Resultados semelhantes foram obtidos por Velho 2010 semelhante a este estudo pois verificou que dos usuarios que buscaram o tratamento 54 8 nem se quer tinha realizado um tratamento anterior Contrariamente percentagens mais elevadas dos dependentes da hero na que tinha realizado nenhum tratamento num centro de tratamento 68 foram alcan ados pelo David et al 1997 numa amostra de 74 heroinodependentes admitidos sucessivamente num programa terap utico denominado Tratamento Combinado por
121. de consumidores de drogas il citas Nos pa ses com mercados de drogas il citas altamente diversificados como o Reino Unido e os Estados Unidos esse n mero excedia os 40 Se adicionarem outras categorias de drogas como os alucin genos sedativos e hipn ticos obt m se um n mero aproximadamente de 60 nos Estados Unidos o que mostra que o consumo de m ltiplas drogas muito comum nesse pa s ONUDC 2012 A associa o de drogas psicotr picas pode estar relacionada a diversos factores entre eles a busca de maximiza o de sensa es percebidas como prazerosas pelo usu rio a minimiza o de efeitos relacionados intoxica o e abstin ncia e tamb m pode refletir a disponibilidade de drogas e os padr es de consumo pr prios de momentos ou contextos espec ficos Geralmente este tipo de uso se inicia na adolesc ncia sendo que as primeiras drogas psicotr picas usadas costumam ser as l citas lcool e tabaco Azevedo amp Oliveira 2011 e o in cio precoce do uso de drogas 55 l citas como factor que predisp e ao poliuso e a depend ncia de drogas psicotr picas Kandel amp Yamaguchi 1993 indicativo de maior gravidade e maior probabilidade de desenvolvimento de depend ncia Azevedo amp Oliveira 2011 que j usu rio de tabaco e ou lcool e normalmente inicia se pelo uso de cannabis ou coca na aspirada Sanchez amp Nappo 2002 Pensa se que existe uma preval ncia de policonsumo em usu rios de
122. dentes construir racionalmente um projecto de vida alternativo desde qual tais problemas podem minimizar se e Numa Comunidade Terap utica os residentes n o limitam apenas a receber ajuda profissional mas adoptam uma postura progressiva crescentes responsabilidades assumindo regras que contribuem para dinamizar a vida comunit ria ajudando os mais novos a integrar se no grupo Atrav s desse processo se desenvolva um potencial de auto ajuda que contribui significativamente para o desenvolvimento e a melhoria pessoal e Uma Comunidade Terap utica um centro residencial que ostenta in meras vantagens contudo n o soluciona todos os problemas dos residentes Frequentemente os residentes apresentam situa es problem ticas agudas e se requer um v nculo mais estreito com os servi os gerais o que exige que a Comunidade Terap utica tem nos seus quadros t cnicos capazes de realizar a tarefa que a coordena o pretende e A metodologia da Comunidade Terap utica exige uma pr tica de avalia o cont nua pelo menos a tr s n veis 1 avalia o dos casos individuais por parte da equipa t cnica 2 a avalia o dos processos procedimentos e resultados grupais por parte de este equipa t cnica e se poss vel com supervisores externos 3 avalia o dos resultados Para Fracasso 2011 existe uma hierarquia exclusivamente funcional e sem interfer ncia nas rela es entre os indiv duos e cada elemento responsabiliza pelo seu pr
123. do pr experimental realizado em Rio Grande do Sul Brasil com uma de amostra 103 adolescentes usu rios de subst ncias psicoactivas il citas cannabis Oliveira et al 2010 constataram se que os adolescentes que possu am o diagn stico de transtorno de conduta apresentaram maior tend ncia a desistir do tratamento Os pesquisadores Montalvo et al 2008 desenvolveram em Comunidade Terap utica da Fundacion Proyeto Hombre de Navarra Espanha um estudo ex post facto de car cter prospectivo num universo de 125 pacientes foi retirado uma amostra de 42 pacientes dependentes da hero na coca na lcool anfetaminas e benzodiazepinas mostraram que pelo menos 76 2 dos pacientes apresentava um transtorno de personaliadade sendo que o transtorno de maior preval ncia o trastorno anti social da personalidade 42 9 seguido de transtorno passivo agressivo da personalidade 40 5 e do transtorno narcisista da personalidade 21 4 e conclu ram que a presen a de perturba es de personalidade associou se com uma maior e mais precoce probabilidade de abandono do tratamento Numa amostra de 74 heroinodependentes admitidos sucessivamente num programa terap utico denominado Tratamento Combinado por Etapas TCE num Centro de Atendimento de Toxicodependentes em Lisboa encontraram uma rela o entre escolaridade e o tempo total de perman ncia dos sujeitos no programa ou seja quanto menor a escolaridade do individuo menor foi o tem
124. dolescentes em uma Comunidade Terap utica o Tratamento da Drogadi o em uma Institui o Religiosa Psicologia Teoria e Pesquisa 24 3 361 368 Dispon vel em http www scielo br scielo php pid S0102 37722008000300013 amp script sci abstract amp tIng pt 152 Ravndal E Vaglum P amp Lauritzen G 2005 La finalizaci n del tratamento de internamento a largo plazo para drogadictos Estudio prospectivo de 13 unidades RET Revista de toxicomanias 44 25 30 Disponivel emhttp www researchgate net publication 28 106657_La_finalizacin_del_tratami ento_de_internamiento_a_largo_plazo_para_drogadictos_estudio_prospectivo_de 13 unidades file 79e41508ea4648765c pdf Ray G Weisner C amp Mertens J 2005 Relationship between use of psychiatric services and five year alcohol and drug treatment outcomes Psychiatry Services 56 2 164 171 From http ps psychiatryonline org data Journals PSS 3635 164 pdf Reale D 2004 O diagn stico em crise a descoberta do uso de droga na adolesc ncia In Simp sio Internacional do Adolescente 2 S o Paulo Dispon vel em http www proceedings scielo br scielo php script sci arttext amp pid MSC000000 0082005000200067 amp Ing en amp nrm abn gt Reiners A A O De Azevedo R C S Vieira M A amp De arruda A L G 2008 Produ o bibliogr fica sobre ades o n o ades o de pessoas ao tratamento de sa de Ci ncias e Sa de Coletiva 13 2 2299 2306
125. dos Direitos Humanos e da Cidadania e da Juventude Sete ONGs activas no sector incluindo a Associa o Nacional do Munic pios de Cabo Verde vem completar o comit A CCCD tem como principal atribui o a coordena o de todas as ac es de luta contra a droga no pa s e teve como a primeira tarefa a elabora o de um Programa Nacional de luta contra a Droga 1999 2001 com objectivos e resultados esperados nas diferentes vertentes do combate a droga Preven o prim ria tratamento reinser o social e repress o 2 5 2 Estruturas de preven o e de tratamento Cabo Verde conta com diversas estruturas de preven o e tratamento entre as quais os Centros de Juventude Comunidade Terap utica Granja S Filipe CTGSF Tendas do El Shadai JOCUM Comit de Coordena o da Luta contra a SIDA CCSSIDA Rede da Sociedade Civil VERDEFAM Associa o cabo verdiana para a Protec o da Fam lia Direc o Geral dos Servi os Penitenci rios e de Reinser o Social Direc o dos Servi os de Reinser o Social e a Comiss o de Coordena o de Combate Droga sendo o Secretariado Permanente da CCCD coordenado pela Secret ria Executiva o servi o respons vel pela coordena o das ac es de preven o ao uso de drogas Destaca se que atrav s do Decreto do Decreto Lei n 50 2005 de 25 de Julho foi criada a primeira Comunidade Terap utica Centro Nacional de tratamento dos Toxicodependentes masculinos e femininos com
126. e de um tratamento Fleisch 1991 e os indiv duos que abandonam o tratamento t m uma depend ncia mais grave que os que finalizam o tratamento Essa gravidade poderia estar associada ao maior n mero de anos de consumo de drogas e com a maior probabilidade de ser um policonsumidor Villa amp Hermida 2000 A n o percep o do uso de drogas como um problema a ser tratado representa uma enorme barreira Vasters amp Pillon 2011 por exemplo os jovens possuem uma percep o oposta da realidade no que diz respeito gravidade do problema envolvendo o uso de drogas Reale 2004 j que neste per odo da vida normal a imaturidade de pensar que tudo est sob o seu controlo e que conseguem deixar de usar as drogas quando e pretenderem Jatob et al 2012 Ferri et al 1997 observaram que o consumo de coca na aspirada manteve se constante em servi os especializados e aumento entre usu rios de crack principalmente na Cidade de S o Paulo nos tr s primeiros anos da d cada de 90 com aumento de procura de tratamento desses usu rios em dois servi os p blicos nos ltimos quatro anos Neste sentido Duailibi Ribeiro e Laranjeira 2008 afirmam que tem se verificado 38 um aumento da procura de usuarios de crack por tratamento no inicio dos anos 90 passando de 50 para 80 entre usu rios de drogas il citas em servi os ambulat rias especializados na cidade de S o Paulo nos cinco anos subsequentes Velho 2010 as
127. e dos programas de tratamento no intuito de melhorar os resultados obtidos pelos pacientes A ades o um factor importante para o sucesso do tratamento Marques et al 2002 e essencial para a predi o da evolu o do tratamento Simpson et al 1997 afigurando se como um dos determinantes fundamentais para o xito do tratamento e a n o ades o um grave problema que afecta tanto o paciente como o sistema de sa de Jimmy amp Jose 2011 Presume se que a exist ncia de determinadas peculiaridades intr nsecas aos indiv duos tem dificultado a ades o a programas de tratamento em CTs No entanto leg timo pensar que pacientes com determinadas caracter sticas se adaptariam melhor a um determinado tipo de tratamento que colmatasse adequadamente suas necessidades Lacks amp Quaglia 2006 que aumentasse seus ndices de ades o e consequentemente levasse a uma maior efectividade do tratamento Fuller 1991 2 Neste sentido a taxa de abandono dos programas de tratamento um dos problemas mais graves no mbito das toxicodepend ncias A identifica o precoce de factores preditor de risco de abandono pode proporcionar informa o til sobre as necessidades espec fica de tratamento deste tipo de paciente Herv s et al 2010 sendo a aceita o do problema do paciente primordial no in cio e no decorrer do tratamento constitui um desses factores Janeiro 2007 2 6 3 Factores que contribuem para a ades
128. econhecer a sua doen a e a necessidade de se entregar ao tratamento Frances Franklin amp Borg 1997 citados por Janeiro 2007 37 A exist ncia de problemas psicopatol gicos em geral independentemente daqueles especificamente decorrentes do uso de subst ncias psicoactivas amplamente reconhecida pelos profissionais integrantes das equipas de tratamento como fatores que dificultam o processo de tratamento dos toxicodependentes Santos Calado Coxo Trindade amp Parente 2011 e o progn stico torna se mais reservado quando se trata de um poliusu rio que apresenta alguma comorbidade Galaif 1999 Neste sentido o consumo de mais de uma droga um dos principais factores contribuintes para dificultar o tratamento da depend ncia de droga Em geral sup e que os usu rios que consomem v rios tipos de drogas apresentam uma maior dificuldade na manuten o do tratamento at ao final do programa do que aqueles que usam apenas um s tipo de droga nesta perspectiva que o uso de m ltiplas subst ncias uma das limita es do tratamento da depend ncia de drogas Jesus amp Rezende 2008 e t m pior progn stico quando comparados a monousu rios Diehl Cordeiro amp Laranjeira 2010 As reca das o pouco envolvimento no mbito escolar e no trabalho o lazer insatisfat rio a depend ncia de m ltiplas drogas e as altera es de comportamento s o factores que de acordo com alguns autores reduzem a efetividad
129. elas Psicologia amp Saberes 1 1 58 63 Disponivel em www fejal com br revista index php psicologia article download 45 24 Jesus C F de amp Rezende M M 2008 Dirigentes de institui oes que assistem dependentes qu micos no Vale de Para ba Estudos de Psicoologia 25 4 499 507 Dispon vel em http www scielo br pdf estpsi v25n4 a04v25n4 pdf Jha P amp Chaloupka F J 1990 Curbing the epidemic governments and the economics of tobacco control Washington World Bank Jimmy B amp Jos J 2011 Patient Medication Adherence Measures in Daily Practice Oman Medical Journal 26 155 9 From http www ncbi nlm nih gov pmc articles PMC3191684 138 Joe G W Simpson D D Szal R G amp Greener J M 1999 Integrative modeling of client engagement outcomes during the first 6 months of methadone treatment Addictive behaviours 24 5 649 659 Ju rez A O R 2002 Factor de riesgo para el consumo de tabaco en una poblaci n de adolescentes escolarizados Tese de especialidade Universidad Nacional Mayor de San Marcos De Cana de Am rica Per Disponivel em http www bvsde paho org bvsacd cd90 1008R ABfac pdf Juergens S M amp Cowley D 1998 The Pharmacology of Sedatives Hypnotics in In Graham A W amp Schultz T K Principles of addiction medicine Chevy Chase ASAM 2 117 130 Jungerman F S amp laranjeira R R 2008 Charactheristics of cannabis user
130. emograficas 78 Tabela 1 Frequ ncia e percentagem dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe segundo as caracter sticas sociodemogr ficas Cabo Verde 2006 2010 G nero Escolaridade Ocupa o e situa o laboral Estado Civil Tipo de coabita o Filhos Caracter sticas sociodemogr ficas N ue Masculino 191 89 Feminino 24 11 Total 215 100 Ensino Secund rio 131 60 9 Ensino B sico 66 30 7 Ensino T cnico 9 4 2 Ensino Superior 3 3 Sem Escolaridade 0 9 Total 215 100 Desempregado 165 76 7 Empregado 50 23 3 Total 215 100 Solteiro 202 94 Casado ou uni o de facto 9 4 2 Separado ou divorciado 4 1 8 Total 215 100 Pai M e Ambos 72 33 5 Outros parentes 63 29 3 Outros 23 13 9 S 27 12 6 C njuge Companheiro 23 10 7 Total 215 100 Sim 122 56 7 N o 93 43 3 Total 215 100 6 4 Outros parentes referem se a Irm os av s e tios 7 E TIA ae Outros dizem respeitos os amigos vizinhos e rua 79 Profiss o N Profiss es Elementares 82 38 1 Trabalhadores Qualificados da Industria Constru o e Art fices 53 24 7 Pessoal de Servi os Pessoais de Prote o e Seguran a e Vendedores 29 13 5 Especialistas das Actividades Intelectuais e Cient ficas 15 7 0 Operadores de Instala es e M quinas e Trabalhadores da Montagem 12 5 6 Agricultores e Trabalhadores Qualificados da Agricultura da Pesca e da Floresta 8 3 7 T cnicos e Profissionais de
131. erapeutico en adicciones presentacion del cuestinonario VPA 30 cSirvent 2009 de variables predictoras de abandono y adherencia altratamiento en adicciones Dispon vel em http www fispiral com images 08 ArticulosPublicaciones Prediccion del abandono pdf Slotkin T A 2002 Nicotine and the Adolescent Brain insights from an animal model Neurotoxicol Teratol 24 3 369 384 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 12009492 159 Smith G W Farrell M Bunting B P Houston J E amp Shevlin M 2011 Patterns of polydrug use in Great Britain findings from a national household population survey Drug Alcohol Depend 113 2 3 222 228 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 20863629 Sordi A O Kreische F amp Diemen L von 2012 Alucin genos Jn Secretaria Nacional de Pol ticas sobre Drogas Tratamento da depend ncia de crack lcool e outras drogas aperfei oamento para profissionais de sa de e assist ncia social UFRGS Bras lia SENAD Dispon vel em http media wix com ugd 7ba6db_3b4ec8cb8c7b4866a8 1d8a7d46222ad pdf Souza J de Kantorski L P amp Mielke F B 2006 Vinculos e redes sociais de individuos dependentes de substancias psicoativas sob tratamento em Capsad SMAD Revista Eletr nica Sa de mental lcool e drogas 2 1 Ribeir o Preto Dispon vel em http www revistasusp sibi ups br scielo php pid S 180669762006000100003 Srisurapanont M Jarusuraisin N amp Kitt
132. erem pacientes de primeira interna o ou n o Esses autores referem que em estudos n rdicos e internacionais a percentagem dos dependentes que completam o tratamento varia entre que 20 e 40 e que os pacientes que tinham consumido anfetaminas de forma habitual entre tr s e cinco anos tinham significativamente mais probabilidade de completar o tratamento que os clientes que as tinham consumido durante menos tempo De acordo Tissot 2006 num estudo qualitativo realizado em Comunidade Terap utica Greenwood S o Paulo por Tissot com 31 pacientes dependentes de subst ncias psicoactivas mostrou que 47 8 deles abandonou precocemente o tratamento Mooney et al 2007 afirmam que as taxas de conclus o de tratamento s o muitas vezes iguais ou inferiores a 50 ou inferior Por seu turno Go i et al 2008 num estudo de uma amostra de 61 pacientes dependentes de hero na coca na speed ball mistura de ambas as subst ncias lcool cannabis do Proyecto Hombre de Navarra Espanha relataram taxas de abandono que variaram entre 60 e 80 tanto no tratamento ambulatorial como no residencial na sua maioria homens solteiros 77 e de baixa escolaridade Herv s et al 2010 em seu estudo de 91 dependentes de coca na realizado em v rias unidades de assistenciais p blicas de uma cidade espanhola constataram que 50 5 deles abandonaram o tratamento antes de seis meses de tratamento A partir das elevadas taxas de abandono observa
133. erentes 63 aspectos metodol gicas de interven o que s o o modelo jur dico moral o biom dico o psicossocial e o sociocultural Cada um desses assenta se em concep es pr prias a problem tica relacionada ao uso de subst ncias psicoactivas suas complica es e desenvolvimentos as possibilidades da aten o ao problema e suas t cnicas de interven o Rezende 2000 como citado em Schneider amp Lima 2011 Por exemplo Milby 1988 refere que as abordagens socioculturais abarcam as metodologias seguidas pelas Comunidades Terap uticas e os Grupos de Narc ticos An nimos No entanto h que real ar o facto de que n o existe um nico modelo de tratamento a melhor via passa pela combina o dos modelos tendo como refer ncia as necessidades do paciente National Institute on Drug Abuse NIDA 2009 A depend ncia de subst ncias psicoactivas uma doen a cr nica que afecta o indiv duo na sua globalidade e na sua rela o interpessoal A deteriora o da sua sa de f sica mental e espiritual acompanha a progress o da sua doen a Para o dependente de subst ncias psicoactivas a dificuldade de viver sem recorrer s drogas uma situa o apavorante e aumenta a sua inseguran a interior que o torna uma pessoa extremamente fr gil e dependentes das coisas extr nsecas e das pessoas exigindo delas uns suportes em condi es de lhe garantir A sua insatisfa o aumenta e para colmat la incrementa o
134. ersas idades iniciando prematuramente na adolesc ncia originando altera es importantes no mbito biol gico ps quico familiar social e profissional V rios s o os dependentes qu micos que procuram o tratamento na Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe visando a recupera o e conclus o do programa de tratamento no entanto esses consumidores por diferentes motivos acabam por n o cumprir os objectivos proposto inicialmente Neste sentido o presente estudo refere a elementos para o conhecimento de factores que contribuem para a n o conclus o do programa de tratamento e melhorar os resultados do tratamento A resposta ao programa de tratamento dos dependentes de subst ncias psicoativas constitui um fen meno complexo e por conseguinte exige pondera o no momento de concluir sobre os factores que afectam a n o conclus o do programa de tratamento Neste sentido os resultados deste estudo parecem confirmar tend ncias observadas por diferentes autores que t m evidenciado que vari veis sociodemogr ficas e cl nicas podem ser consideradas predictoras de n o conclus o de programa de tratamento Desta forma oferece par metros para um poss vel progn stico de resultados de tratamento assente na presen a ou aus ncia das caracter sticas associadas aos mesmos no sentido de reduzir as percentagens de n o conclus o do programa de tratamento consequ ncia da influ ncia de determinadas caracter sticas dos dependen
135. es o ao programa de tratamento De qualquer forma necess rio um melhor entendimento do fen meno em estudo Por outro lado Nobrega 2005 refere que certos autores apontam para a dificuldade da mulher alco latra e usu rios de outras drogas al m do lcool em buscar ou encontrar tratamento adequado para as suas demandas As mulheres na CTGSF relatam que muitas vezes durante algumas sess es de terapias de grupo sentem se constrangidas e n o partilham com profundidade j que os homens manifestam dificuldades na percep o das suas partilhas e por conseguinte as ajudas que recebem n o s o as mais adequadas De acordo com um estudo de Cesar 2006 num espa o espec fico para tratamento de Grupo de Mulheres Alco latras revelou uma ades o ao tratamento de 70 das mulheres atendidas contra 10 antes da cria o desse espa o Mas considera os dados insuficientes para indicar a necessidade de tratamento das mulheres separadamente dos homens contudo de opini o que mudan as nos modelos de aten o junto s mulheres alco latras poderiam favorecer ac es mais efectivas por parte das equipas de sa de nessa rea 24 Assim poder melhorar um pouco mais a resposta ao programa de tratamento das mulheres na CTGSF tendo em conta que um pouco mais de 80 das mulheres n o respondem adequadamente ao programa de tratamento 2 6 1 Factores gerais que contribuem ou dificultam completar o programa de tratamento
136. es na mat ria e Estudo Qualitativo e Estimativa do Tamanho de duas Popula es em risco para o VIH SIDA usu rios de drogas inject veis e profissionais do sexo 2006 e Estudo de Opini o P blica sobre a Criminalidade em Cabo Verde 2006 e 2008 e Inqu rito sobre o crime e a corrup o em Cabo Verde 2006 e 2008 e Estudo sobre a situa o das drogas e sua rela o com o VIH Sida 2008 e Estudo S cio comportamental e de Sero preval ncia do VIH Sida nos Usu rios de Drogas 2011 O Programa Nacional Integrado de Luta contra a Droga e Crime em Cabo Verde 2012 2016 foi disponibilizado pela Comiss o de Coordena o de Combate Droga 20 2 5 1 An lise e avalia o de algumas medidas implementadas Relativamente ao quadro legal diversas medidas foram implementadas no ao n vel do plano nacional plano regional e plano internacional no Quadro Institucional foram criadas Estruturas de Coordena o e de Repress o pol cia e outras entidade como a Comiss o de Coordena o do Combate Droga que uma comiss o Interministerial para o controle de drogas tamb m chamada CCCD tutelada pelo Minist rio da Justi a foi criada em 1995 Al m do Minist rio da Justi a tamb m fazem parte dessa Comiss o Representantes do Conselho Superior da Magistratura Judicial e do Minist rio P blico os Minist rios da Sa de da Educa o das Finan as das Rela es Exteriores da Defesa do Trabalho e Solidariedade Comiss o Nacional
137. es of polydrug use for blacks in hight risk community South Medicine Journal 90 11 1123 1128 Washton A M Potash A C Gold M S 1984 Naltrexone in addicted business executives and physicians Journal Clinic of psychiatry 45 4 6 Watson S J Benson J A amp Joy J E 2000 Marijuana and medicine assessing the science base a summary of the 1999 Institute of Medicine report Arch Gen Psychiatry 57 6 547 552 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 10839332 164 Weiser S D Dilworth S E Neilands T B Cohen j Bangsberg D R Riley E D 2006 Gender specific correlates of sex trade among homeless and marginally housed individuals in San Francisco Journal Urban Health 83 49 736 740 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 16845499 Wetli C V amp Fishbain D A 1985 Cocaine induced psychosis and sudden death in recreational cocaine users Journal of Forensic Science 30 873 880 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 4031813 White W amp Kurtz E 2006 The varieties of recovery experience International Journal of Self Help and Self Care 3 1 2 21 61 From http www naadac org assets 1959 whitewkurtze2006_the_varieties_of_recovery _experience pdf White W amp Whiters D 2005 Faith based recovery its historical roots Counselor 6 5 58 62 From http www facesandvoicesofrecovery org pdf White Faith_based_recovery pdf Wild T C Cunningham J
138. esso a categoria de Assessor da carreira T cnica Superior de Sa de Ramo de Psicologia Clinica do I D T Lakatos E M amp Marconi M A 2010 Fundamentos de metodologia cientifica 7 ed S o Paulo Atlas Lange R A amp Hillis L D 2001 Cardiovascular complications of cocaine use New England Journal of Medicine 345 5 351 358 From http www nejm org doi full 10 1056 neym200 108023450507 Laranjeira R Dunn J Rassi R amp Fernandes M 1996 Extase 3 4 Metilenodioximetanfetamina MDMA uma droga velha e um problema novo RevistaAPB APAL 18 3 77 81 Dispon vel em http www worldcat org title extase 34 metilenodioximetanfetamina mdma uma droga velha e um problema novo oclc 69887869 Laranjeira R Oliveira Reinaldo A de Nobre M R C Bernardo Wanderley M 2003 Associa o M dica Brasileira 2003 Usu rios diagn sticos e tratamento 2 Edi o S o Paulo Conselho Regional de Medicina do Estado de S o Paulo Associa o M dica Brasileira p 120 Laranjeira R Pinsky I Zaleski M amp Caetano R 2007 I Levantamento Nacional sobre os Padr es de Consumo de lcool na Popula o Brasileira Bras lia Secretaria Nacional Antidrogas SENAD Dispon vel em www uniad org br docs ILev Alcool PDF Laranjeira R Zaleski M amp Ratto L 2004 Comorbidades psiqui tricas uma vis o global In Comorbidades transtornos mentais x transtornos por uso de sub
139. ey Addiction 105 6 1117 1128 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 20331554 Szal R G A Joe G W amp Simpson D D 2000 Treatment retention ofcrack and cocaine users in a nacional simple of long term residencial clients Addiction research and Theory 8 1 51 64 From http informahealthcare com doi abs 10 3109 16066350009004409 Tasman A 2010 Inhalants In First M B amp Tasman A Clinical Guide to the Diagnosis and Treatment of Mental Disorders John Wiley amp Sons West Sussex 2nd ed pp 203 209 Taylor P 1996 Agentes que atuam na jun o neuromuscular e nos g nglios Aut nomos Jn Hardman J C amp Limbird L E Editores In Good Man amp Gilma Asbases farmacol gicas da terap utica 143 145 9 edic o M xico Terra M B 2000 Fobia social e transtorno de p nico em pacientes dependentes de subst ncias psicoactivas hospitalizados Disserta o de Mestrado Rio de Janeiro Universidade Federal de Rio de Janeiro Dispon vel em http www proad unifesp br pdf dissertacoes teses tese doutorado mauro pdf Tinoco R 2006 Comunidades terap uticas livres de drogas da interven o terap utica a interven o ideol gica Revistas toxicodepend ncias 12 1 21 30 Dispon vel em comum rcaap pt bitstream 3112 1 Comunidades 20terapeuticas pdf 161 Tissot C L 2006 A influ ncia da familia sobre a ades o do dependente qu mico um estudo piloto sobre a emo
140. fetando o desenvolvimento saud vel dos filhos que ficam mais vulner veis ao comprometimento de desenvolvimento normal dos filhos Muchata amp Martins 2010 e uma percentagem consider vel do dependentes de subst ncias psicoactivas n o tem filhos Roig 1996 Mel s amp Guti rrez 1996 Arnau 1998 Diez et al 2000 Seabra et al 2010 Batista et al 2012 mas a presen a de filhos foi predominante em 66 2 dos casos Capistrano et al 2013 tais pais centram se menos nas crian as e mais em si pr prios t m dificuldade no controlo das emo es s o menos sens veis respons veis e afetuosos s o mais negligentes com as necessidades f sicas dos seus filhos e muitas vezes criam se situa es em que a crian a fica separada de um dos pais ou de ambos Muchata amp Martins 2010 pois os usu rios de drogas n o seguram uma fam lia ou nunca compuseram uma e quando a comp em manifesta dificuldade em mant la j que em vez de se relacionar com pessoas acabam por faz lo com a subst ncia de consumo exageradamente Schenker amp Minayo 2003 Uma boa parte dos dependentes quimicos coabitam com pai e irm os esposo a companheiro a Seabra et al 2010 87 dos heroinodependentes vivem com os pais David et al 1997 Desta forma a coabita o entre pais e filhos pode constituir um factor protector no uso de subst ncias psicoactivas pois pais que n o usam de forma n o abusiva contribuem do mesmo modo para que os f
141. ght disorders Jn Gold M S amp Slaby A E Dual diagnoses in substance abuse New york Marce dekker 132 Giannini A Collins G B 2001 Substance abuse and thought disorders In Gold M S amp Slaby A E Dual diagnoses in substance abuse New york Marcel dekker Inc Gigliotti A amp Lemos T 2005 Comorbidade Psiquiatrica em Tabagismo x Depend ncia de lcool e outras subst ncias Revista ABEAD Associa o Brasileira de Estudo de lcool e outras Drogas S o Paulo ABEAD p 55 60 Dispon vel em www revistas usp br smad article download 38703 41554 Gil A C 2008 M todos e t cnicas de pesquisa social 6 ed S o Paulo Atlas Gil I A amp Arroyo A O 2010 La coordinaci n entre las redes generales y los centros residenciales In Arnau D C Org La metodolog a de la Comunidad Terap utica Madrid Espanha Fundaci n Atenea Goeb J L Coste J Bigot T amp Ferrand I 200 Prospective study of favorable factors in follow up of drugs addict patients apropos of 257 patients of the Cassini Center in Paris Encephale 26 6 11 20 Gold M S 1993 Cocaine New York Plenum Medical Book Company Gold M S 1996 Cocaine New York Plenum Medical Book Company Gomes F C Cunha H Carvalho A Silva A Dias C amp Feij o F 2004 Usos abusos e depend ncias alcoolismo e Toxicodepend ncia Lisboa Climepsi Go i J J L 2005 Evaluaci n de l
142. goria de compara o Sem escolaridade B sico Profiss o a categoria de compara o sem profiss o ou profiss es elementares Ocupa o e situa o laboral a categoria de compara o desempregada 0 Tipo de coabita o a categoria de refer ncia sozinha 0 Tratamentos anteriores a categoria de refer ncia n o Tipos de drogas que j usou a categoria de refer ncia coca na Comorbidades a categoria de refer ncia lcool e tabaco N meros de comorbidades a categoria de refer ncia sem comorbidades 89 90 4 4 Resultado de Analise de Regressao Logistica Binaria Tabela 13 An lise da regress o log stica bin ria para a n o conclus o do programa de tratamento n 215 Factores de predi o P valor Signific ncia Odd ratio Exp B Grupo et rio 18 A 34 Refer ncia 1 E ed e aa 1 765 G nero Feminino Refer ncia 1 Estado civil Solteiro Refer ncia 0 239 1 Casado ou uni o de facto 0 195 0 196 Divorciado ou separado A 0872 Filhos Sem filhos Refer ncia 1 li O oss PARE 1 272 Habilita es Liter rias Sem escolaridade B sico Refer ncia 1 __Ensino T cnico Secund rio ou mais Rs DDE Profiss o Sem profiss o ou profiss es elementares Refer ncia 1 a MI A a a aaaea be Ocupa o e situa o laboral Desempregado Refer ncia 1 Tipo de coabita o Sozinho Refer ncia 0 744 1 C njuge companheiro 0 513 0 730 Pai m e ambos 0 374 0 578 Outros 0 391 0 729
143. hance de n o concluir o programa de tratamento entre os 99 indiv duos com uma comorbidade apresentada em compara o com aqueles que n o apresentam patologia associada doen a de base em estudo Essa tend ncia j tinha sido percebida nas afirma es de Brown et al 1998 que declararam que os pacientes portadores de comorbidades est o mais expostos ao insucesso ou abandono de tratamento do que aqueles que n o apresentam nehuma patologia associada Na mesma perspectiva Oliveira et al 2010 em estudo pr experimental realizado em Rio Grande do Sul Brasil numa de amostra 103 adolescentes usu rios de subst ncias psicoactivas ilicitas cannabis verificaram que os adolescentes que possu am o diagn stico de transtorno de conduta apresentaram maior tend ncia a desistir do tratamento Montalvo et al 2004 que desenvolveram um estudo ex post facto de car cter prospectivo num universo de 125 pacientes seleccionaram uma amostra de 42 pacientes e conclu ram que a presen a de elevadas taxas de perturba es de personalidade se associa com uma maior e mais precoce probabilidade de abandono do tratamento Cabe destacar tamb m neste estudo a aus ncia de diferen as significativas entre as vari veis grupo et rio e tratamento anterior e n o conclus o do programa de tratamento que em alguns estudos ocorreram associa o significativa entre essas vari veis e n o conclus o do programa de tratamento O grupo et rio u
144. iatria de um hospital geral localizado na cidade de Cascavel constataram que as drogas consumidas com maior frequ ncia nos adolescentes internados para desintoxica o foram o crack 87 6 e a cannabis 85 2 sendo que 79 dos adolescentes usam tais drogas de forma concomitante Por sua vez Diez et al 2000 num estudo longitudinal com uma amostra com 231 sujeitos observaram que o tipo de droga mais usada foi o tabaco em 96 1 dos casos seguida da cannabis 85 7 dos casos lcool 69 3 dos casos coca na 63 2 dos casos anfetaminas 56 7 dos casos alucin genos 52 8 dos casos psicof rmacos 49 4 dos casos e que apenas 34 6 usou hipn ticos Portugal et al 2010 num estudo descritivo de car cter retrospectivo cujo objetivo era descrever o perfil de pacientes atendidos no Programa de Atendimento ao 39 Alcoolista do Hospital Universit rio Cassiano Ant nio Moraes da Universidade Federal do Espirito Santo portadores de comorbidades observaram que cannabis 67 9 coca na 57 1 crack 21 4 e outras subst ncias tais como rebite e inalantes 14 3 sendo que a idade m nima encontrada foi de 4 anos e m xima de 40 numa m dia de idade de 15 91 anos Negreiros 2002 num estudo realizado com 176 consumidores problem ticos de drogas sendo que 38 consumidores problem ticos era de bairros sociais 57 num Centro de Apoio a Toxicodependentes e 40 em meio prisional 38 sujeitos encontravam se no mo
145. icamentos sedativos hipn ticos estimulantes 8 8 19 2 5 Programa Nacional Integrado de Luta Contra Droga e Crime em Cabo Verde 2012 2016 De acordo com os dados de recenseamento de 2010 a popula o residente de 492 mil habitantes aproximadamente sendo 50 5 popula o feminina Pode se dizer ainda que 32 da popula o tem menos de 15 anos 43 7 tem menos de 20 anos e 54 tem menos de 24 anos de idade O aumento anual da popula o de 1 2 Actualmente a esperan a de vida de 777 anos para mulheres e 69 anos para homens Cabo Verde est inserido na zona estrat gica do tr fico internacional entre a Europa a frica e a Am rica do Norte e do Sul Este factor aliado sua excelente posi o geogr fica no mundo e ao facto de possuir um vast ssimo mar 700 Km de guas territoriais constituem factores propensos a atrac o de grupos e redes internacionais organizados ligados criminalidade transfronteiri a sendo a droga um dos exemplos N o se pode excluir que as guas territoriais principalmente nos espa os desprotegidos sejam utilizadas para outras pr ticas de crime transnacional Para melhor conhecimento da realidade no que tange ao consumo de drogas e a toxicodepend ncia em Cabo Vede pode se recorrer principalmente de alguns estudos explorat rios e de estimativa bem como de alguns relat rios que foram realizados e apresentados sob a iniciativa da CCCD e ou de outras entidades relevant
146. idas Cabo Verde 2006 2010 84 Tabela 9 Frequ ncia e percentagem das comorbidades apresentadas pelos residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe Cabo Verde 2006 2010 85 Tabela 10 Frequ ncia e percentagem dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe por n mero de comorbidades Cabo Verde 2006 2010 86 Tabela 11 Frequ ncia e percentagem dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de Sao Filipe por resposta ao programa de tratamento Cabo Verde 2006 2010 86 Tabela 12 Compara es das percentagens das respostas ao programa de tratamento dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe por g nero Cabo Verde 2006 2010 tua dA ia E 87 Tabela 13 An lise da regress o log stica bin ria para a n o conclus o do programa de tratamento N 215 mese Seitas atira AA des 90 Cap tulo Introdu o 2 O presente trabalho que um estudo quantitativo Caracter sticas sociodemogr ficas cl nicas padr o de uso de subst ncias psicoactivas e resposta ao programa de tratamento dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe enquadra se no mbito do primeiro Curso de Mestrado em Sa de P blica realizado pela Universidade de Cabo Verde em parceria com a Faculdade de Medicina Botucatu e Universidade Estadual Paulista J lio Mesquita Filho como requisito parcial para ob
147. identificar descrever e analisar caracter sticas sociodemogr ficas clinicas e padr o de uso de subst ncias psicoactivas de residentes numa Comunidade Terap utica e sua rela o com a resposta ao programa de tratamento O presente estudo caracterizado por uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa O universo foi composto por 215 indiv duos que passaram pela CTGSF Por meio de aplica o de formul rio fez se um levantamento dos processos dos ex residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe foram identificados as respostas ao programa de tratamento Desses prontu rios foram colhidas as informa es a respeito das caracter sticas sociodemogr ficas das caracter sticas cl nicas comorbidades e do padr o de uso de subst ncias psicoactivas Os resultados indicam que 46 5 responderam com conclus o do programa 27 com abandono 22 8 com expuls o 3 3 com fuga e 0 5 com bito O g nero e o n mero de comorbidades associaram significativamente a n o conclus o do programa de tratamento Os achados deste estudo s o de import ncia para detectar na admiss o os pacientes portadores de factores associados n o conclus o do programa de tratamento proposto na Comunidade Terap utica granja de S o Filipe no sentido de poder contribuir para melhorar a resposta ao programa de tratamento dos residentes bem como seu progn stico Palavras chave Tratamento Comunidade Terap utica Dependentes de Subst ncias
148. ileiro de Informa es sobre Drogas Psicotr picas S o Paulo UNIFESP 123 Carlini E A Galdur z J C F Noto A R Fonseca A M Carlini C M amp Oliveira L G 2007 II levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotr picas no Brasil estudo envolvendo as 108 maiores cidades do Pais 2005 Brasilia Secretaria Nacional Antidrogas Carlson R G Sexton R Wang j Falck R Leukefeld C G amp Booth B M 2010 predictors of substance abuse treatment entry among rural illicit stimulant users in Ohio Arkansas and Kentucky Substance Abuse 31 1 1 7 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 2039 1264 Carter T M 1998 The effects of spiritual practices on recovery from substance abuse Journal of Psychiatric and Mental Health Nursing 5 5 409 413 Castro B L G de Luc ola F L G G C Noronha C K C de Carvalho P M A L de Castro I L P G M de 2012 Levantamento sociodemogr fico do uso abuso do crack e adictos em tratamento 2012 Disponivel em http 177 184 194 68 cbcenf sistemainscricoes arquivos Trabalhos I41135 E10 T 7807 D6AP pdf Cavalcante M B P T Alves M D S amp Barroso M G T 2008 Adolesc ncia lcool e drogas uma revis o na perspectiva da promo o da sa de Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 12 3 555 559 Dispon vel em http www scielo br pdf ean v12n3 v12n3a24 Cesar B A L 2006 Alcoolismo feminino um estudo de suas
149. ilhos n o o fa am Horta amp Pinheiro 2006 H certa predomin ncia do dependente qu mico nos centros de tratamento habilitado com ensino b sico David et al 1997 Martins Santos amp Pillon 2008 Seabra et al 2010 Batista et al 2012 Capistrano et al 2013 sendo que esta baixa escolaridade entre os dependentes qu micos est relacionado ao desenvolvimento da depend ncia qu mica que se torna inquietante medida que o baixo n vel de escolaridade origina uma baixa qualifica o profissional Peixoto et al 2010 Monteiro et al 2011 sendo que individuos dependentes quimicos encontram se maoritariamnte nas categorias profissionais dos Oper rios Condutores e Similares 35 dos Empregados de Servi os e Vendedores 23 e dos Trabalhadores n o Qualificados 16 e naturalmente promovendo uma baixa espectativa de vida Peixoto et al 2010 Monteiro et al 2011 pois o uso de subst ncias psicoactivas prejudica o desempenho de qualquer actividade sendo que o dependente qu mico apresenta menor 35 capacidade de julgamento compreens o n o assumindo os seus compromissos Franco Turchi Laranjeira amp Castelo 2003 Grande parte desses indiv duos prov m de fam lias desestruturadas Nappo Galdur z Raymundo amp Carlini 2003 maioritariamente solteiros 77 Diez et al 2000 e 79 2 Go i et al 2008 Desta forma a tend ncia do consumo de drogas por esses indiv duos aumentar pois con
150. inado por Etapas constatram que 87 dos heroinodependentes vivem com os pais Seabra et al 2010 constataram que 51 dos indiv duos que participaram no seu programa de redu o de danos coabitavam com os pais Apesar dessas percentagens consider veis de indiv duos que coabitam com os pais Horta e Pinheiro 2006 tenta explicar que a conviv ncia entre pais e filhos pode constituir um factor protector no uso de subst ncias psicoactivas uma vez que pais que n o consomem de forma n o abusiva colaboram do mesmo modo para que os filhos n o o fa am Analisando a profiss o constatou se que a categoria mais representada foi a de Profiss es Elementares 38 1 seguida de Profiss es Qualificadas da Ind stria Constru o e de Art fices 24 7 Pessoal de Servi os Seguran a e Vendedores 13 5 e de Especialistas das Actividades Intelectuais e Cient ficas 7 Os resultados de encontrados por Lito et al 2005 demonstram que os individuos toxicodependentes encontram se sobretudo nas categorias profissionais dos Oper rios Condutores e Similares 35 dos Empregados de Servi os e Vendedores 23 dos Trabalhadores n o Qualificados 16 e das Profiss es Intelectuais e Cient ficas 3 Peixoto et al 2010 Monteiro et al 2011 sustentam que esta baixa escolaridade entre os dependentes de susbt ncias psicoactivas est relacionado ao desenvolvimento da depend ncia qu mica que se torna inquietante medida que o baixo n vel
151. inicio de consumo Posi o id ntica defendida tanto por Sanchez e Nappo 2002 como pelos pesquisadores Mombelli et al 2010 ao afirmarem que habitualmente cannabis a primeira droga il cita sendo que a progress o do uso fortemente influenciado pela idade Negreiros 2002 num estudo realizado com 176 consumidores problem ticos de drogas sendo que 38 consumidores problem ticos era de bairros Sociais 57 num Centro de Apoio a Toxicodependentes e 40 em meio prisional 38 sujeitos encontravam se no momento das entrevistas em tratamento em Comunidade Terap utica do Meil o e Comunidades Terap uticas da Dianova casa Azul e casa Grande verificou que Cerca de 86 7 dos indiv duos entrevistados iniciaram o seu consumo atrav s da cannabis e 9 dos sujeitos come aram pela hero na tendo 91 dos sujeitos a referir hero na como droga de abuso principal contra os 8 da coca na Atendendo ao tipo de drogas consumida observou se que 98 1 dos participantes consumiram coca na 91 2 usaram canabin ides 89 3 consumiram m ltiplas drogas e nenhuma outra droga foi usada por mais de 3 3 dos individuos Na mesma linha de resultados Mombelli et al 2010 no estudo transversal retrospectivo realizado na Unidade de Psiquiatria de um hospital geral localizado na cidade de Cascavel constataram que as drogas consumidas com maior frequ ncia nos adolescentes internados para desintoxica o foram o crack 87 6 e a cannabis 85 2
152. iples of drug addiction treatment a Research based guide 3 ed From http www drugabuse gov publications principles drug addiction treatment research based guide third edition principles effective treatment National Institute on Drug Abuse 2012 Principles of drug addiction treatment A research based guide 3 ed From http www drugabuse gov publications principles drug addiction treatment research based guide third edition principles effective treatment 147 National Survey on Drug Use and Health 2010 Summary of National Findings Substance Abuse and Mental Health Services Administration Results from the Mental Health Foundation MHF Guidelines for the prevention and treatment of benzodiazepine dependence Washington MHF Negreiros J 2002 Estimativa da preval ncia e padr es de consumo problem tico de drogas em Portugal Relat rio final apresentado ao Instituto Portugu s da Droga e Toxicodepend ncia Dispon vel em www 1dt pt pt investigacao relatorio consumo problematico pdf Negrete D B D L pez G D A amp Silvestre J K 2010 Sistema institucional de evaluaci n de programas de tratamiento consulta externa segundo informe an lisis de la permanencia en tratamiento Informe de investigaci n 10 05 Dispon vel em http www cij gob mx Especialistas pdf 10 05 pdf Negrete J C 1992 Cocaine problems in the coca growing countries of South America In Bock G R amp Whelan
153. irattanapaiboon P 2000 Treatment foramphetamine withdrawal Data base System Revision From http www ncbi nlm nih gov pubmed 19370579 Stevens A Peschk I amp Schwarz J 2007 Implicit learning executive function and hedonic activity in chronic polydrug abusers currently abstinent polydrug abusers and controls Addiction 102 6 937 946 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 17523989 Stotts A L Mooney M E Sayre S L Novy M Schmitz J M amp Grabowski J 2007 Illusory predictors Generalizability of findings in cocaine treatment retention research Addictive Behaviours 32 2819 2836 From http www ncbi nlm nih gov pmc articles PMC2249556 Straub R O 2005 Psicologia da Saude Porto Alegre Artmed Sullivan R J amp Hagen E H 2002 Psychotropic substance seeking EvolutionaryPathology or adaptation Addition 97 389 400 160 Surjan J Pillon S amp Laranjeira R 2000 O que acontece com os pacientes dependentes de lcool e drogas que desaparecem das primeiras consultas Dispon vel em http www uniad org br desenvolvimento images stories publicacoes science Dep endentes 20e 20as 20primeiras 20consultas pdf Swendsen J Conway K P Degenhardt L Glantz M Jin R Merikangas K R Sampson N amp Kessler R C 2010 Mental Disorders as Risk factors for Substance Use Abuse and Dependence Results from the 10 year Follow up of the National Comorbidity Surv
154. is os usu rios de crack s o os que menos buscam ajuda entre os usu rios de drogas il citas No entanto o aumento da severidade da depend ncia problemas legais e presen a de tratamentos anteriores constituem os factores predisponentes a busca por tratamento Carlson et al 2010 A literatura evidencia que os indiv duos mais jovens abandonam mais precocemente o tratamento Beynon McMinn amp Marr 2008 Ribeiro et al 2008 Monteiro et al 2011 e as abordagens terap uticas s o mais eficazes em pacientes com idades mais avan adas pois t m v rios anos de consumo continuo e consequentemente j experienciaram um intenso sofrimento Guimar es Santos Freitas amp Ara jo 2008 Peixoto et al 2010 Ravndal et al 2005 sustentam que a idade o n mero de anos de consumo de anfetaminas n mero de transtorno de personalidade e o n mero de tratamentos anterior demonstrou ter impacto positivo na conclus o de tratamento entre os que j tinham efectuado um tratamento pr vio Os achados de Cacho e Jim nez 2010 em duas comunidades terap utica em Espanha demonstram 70 dos indiv duos tiveram alta terap utica na primeira comunidade enquanto 30 conclu ram o programa na segunda comunidade terap utica 36 4 saiu por alta volunt ria na primeira enquanto 64 6 f lo no segundo centro de tratamento 33 3 e 66 7 tiveram alta disciplinar respectivamente no primeiro e segundo centro de tratamento David et al 1997 num
155. is que isso 49 8 abandonou ou foram expulsos do programa Tabela 11 Frequ ncia e percentagem dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe por resposta ao programa de tratamento Cabo Verde 2006 2010 Resposta ao programa de tratamento N Conclus o 100 46 5 Abandono 58 27 Expuls o 49 22 8 Fuga 7 3 3 bito 1 0 5 Total 215 100 Fonte elabora o do autor a partir dos processos cl nicos dos residentes Quanto ao g nero menos de um quinto 17 dos residentes do g nero feminino concluiu o programa de tratamento e quase 80 abandonaram ou foram expulsos do programa Metade dos residentes de g nero masculino concluiu o programa de tratamento e pouco menos da metade abandonou ou foi expulsa do programa como demonstra a tabela 12 87 Tabela 12 Compara es das percentagens das respostas ao programa de tratamento dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe por g nero Cabo Verde 2006 2010 Resposta ao programa de tratamento Masculino Feminino por g nero N N Conclus o 96 50 3 4 16 7 Abandono 52 27 2 6 25 Expuls o 36 18 84 13 54 2 Fuga 6 3 14 1 4 1 bito 1 0 52 0 0 Total 191 100 24 100 Fonte elabora o do autor a partir dos processos cl nicos dos residentes No que se refere aos tratamentos anteriores verificou se que 50 7 dos pesquisados n o tinham efectuado nenhum tratamento anterior e 49 3 j o tinham realizado Em rela o ao te
156. it vel ou indesej vel que n o a conseguindo resolver ou dela se esquivar tem como op o a altera o da percep o dessa realidade atrav s de subst ncias psicoactivas Silveira 1995 citado em Silveira amp Moreira 2006 Um dos m todos de tratamento para depend ncia de subst ncias psicoactivas precisamente o de abordagem em Comunidade Terap utica As Comunidades Terap uticas CT s o unidades especializadas de tratamento residencial de dura o prolongada em regime de internamento que atrav s de apoio psicoterap utico e socioterap utico se procura ajudar a reorganiza o do mundo interior dos toxicodependentes e a perspectivar o seu futuro Instituto da Droga e Toxicodepend ncia 2011 Ainda de acordo com o mesmo organismo as Comunidades Terap uticas constituem espa os residenciais destinados a promover a reabilita o biopsicossocial do doente toxicodependente por meio de um programa terap utico estruturado em diferentes fases S o diversas as vari veis intervenientes no processo de tratamento do dependente qu mico entre estas destacam se as caracter sticas sociodemogr ficas que segundo Ju rez 2002 s o um conjunto de caracter sticas biol gicas socioecon micas e culturais que est o presentes na popula o submetido a investiga o e que s o suscept veis de mensura o 1 2 Delimita o do problema O abandono precoce do tratamento uma ocorr ncia constante no tratamento de us
157. j haviam considerado o in cio do uso de drogas l citas na tenra idade como factor que predisp e ao poliuso e a depend ncia de drogas psicotr picas Neste estudo o uso de m ltiplas drogas constitui um problema j que uma elevada percentagens dos residentes as consome Perante essa dificuldade dif cil de se lidar torna se pertinente uma reflex o por parte dos profissionais da sa de e entidades 111 competentes no intuito de chegar a uma conscientiza o da gravidade deste fen meno para uma poss vel interven o psicossocial diferente junto desses tipos de usu rios de drogas pois h uma car ncia de uma avalia o cl nica e psiqui trica com maior profundidade H que ressaltar que neste centro de tratamento n o existe nenhum t cnico especializado em depend ncia qu mica somente h t cnicos com alguns anos de experi ncia nesta rea Nesta perspectiva impera a necessidade de qualificar a equipa para fazer frente a este t o grave problema de sa de p blica Menos da metade 46 5 dos residentes concluiu o programa de tratamento e pouco mais que isso 49 8 abandonaram ou foram expulsos do programa Menos de um quarto 17 dos residentes do g nero feminino concluiu o programa de tratamento e pouco menos de 80 79 abandonaram ou foram expulsos do programa Metade dos residentes de g nero masculino respondeu ao programa de tratamento com conclus o e pouco menos de 50 46 abandonaram ou foram expulsos d
158. las do Distrito Federal numa amostra de 2 661 alunos com idades entre 9 e 19 anos atrav s de aplica o de um question rio padr o verificou se que a preval ncia do tabagismo entre lcool e outras subst ncias psicoactivas de 10 5 entre essas escolas 2 9 Programa Terap utico Grande parte das informa es aqui apresentadas originou se da consulta do site da Comiss o de Coordena o de Combate a Droga http www cccd cv institui o que tutela a Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe o que fundamenta a escassez das refer ncias te ricas que se verifica nesse ponto Existem diferentes m todos de tratamento para depend ncia de subst ncias psicoactivas cada qual com a sua especificidade Estudos sobre adolesc ncia e uso indevido de drogas Ozechowski amp Liddle 2000 Meyers Apodaca Flicker Sharon amp Slesnick 2002 Muck Schwebel Titus Fishman Godley amp Zempolich 2001 Jaffe 2002 apresentam diversas formas de tratamento que seguidamente mencionam se as principais Terapia Comportamental Terapia Cognitiva Comportamental Terapia Motivacional Interven es Farmacol gicas Terapia dos 12 Passos Modelo Minnesota Abordagem da Comunidade Terap utica Interven es Multi Sist micas e Baseadas na fam lia No que se refere ao modelo de an lise Existem quatro modelos de an lise da depend ncia de drogas sustentadas em diferentes ra zes te rico epistemol gicas nas quais se desenvolve em dif
159. lem tico de drogas e perturba es psiqui tricas constituem uma combinac o frequente j que cerca de 80 dos pacientes aos quais diagnosticado depend ncia de subst ncia psicoactivas apresentam igualmente perturba es psiqui tricas co m rbidas Essa entidade reconhece que tanto das equipas psiqui tricas como os servi os para toxicodepend ncia t m dificuldade em diagnosticar essa patologia pois as s ndromes psiqui tricas agudas de um paciente com diagn stico duplo que procuram tratamento podem ser confundidas com sintomas induzidos pelo consumo de drogas ou contrariamente fen menos de desabitua o e intoxica o ser incorrectamente interpretados como doen as do f rum psiqui trico Petribu 2001 chama aten o para o facto de que a exist ncia de comorbidade influencia a evolu o da doen a para a cronicidade com um progn stico desfavor vel e resposta negativa ao tratamento ou seja mais exposto a fracasso ou abandono de tratamento do que os isentos de comorbidades Brown et al 1998 p s embora alguns servi os psiqui tricos e alguns servi os de assist ncia toxicodepend ncia podem obter ptimos resultados mesmo em pacientes com comorbidade EMCDDA 2004 A coca na vulnerabiliza o individuo ao risco de contrair o VIH devido a trocas de sexo por droga e compartilha de seringas aumentando a probabilidade do contacto com prov veis parceiros infectados Carlini Galdur z Noto amp Nappo 2002 sendo
160. lenhorn M J amp Schonwald S Ordog G amp Wasserberger J 1997 Amphetamines and designer drugs Jn Ellenhorn M J Schonwald S Ordog G Wasserberger J editors Ellenhornis me Depend dical toxicology diagnosis and treatment of human poisoning Maryland William amp Wilkins PP 340 355 Ellenhorn M J 1992 The Alcohols Jn Hall J B Schmidt G A amp Wood L H D editors Principles of critical care New York McGraw Hill p 2080 2093 128 Ellenhorn M J Schonwald S Ordog G amp Wasserberger J 1997 Ellenhorns medical toxicology diagnosis and treatment of human poisoning 2nd ed Baltimore Williams amp Wilkins Escohotado A 1996 Historia de las drogas Madrid Alianza Editorial Escrit rio das Na es Unidas sobre Drogas e Crime 2009 Programa Regional para a Africa Ocidental 2010 2014 Disponivel em http www unodc org documents westandcentralafrica FINAL_RP_PT_complete _15032011 pdf European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction 2004 Co morbidity In EMCDDA 2004 Annual report on the state of the drugs problem in the European Union and Norway From www emcdda europa eu attachements att_37366 PT sel2004 3 pt pdf European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction 2012 United Kingdom drug situation annual report on the European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction EMCDDA 2011 Fromwww emcdda europa eu att 214116 EN UnitedKingdo
161. lho da CTGSF que s o passados em revista a seguir J no decorrer dos anos 1950 nos Estados Unidos mais concretamente no Estado de Minnesota o psiquiatra Robert Smith e o psic logo Bill Wilson alco lico por entenderem que abordagem da doen a alcoolismo deveria ser radicalmente diferente do que propunha a tradi o psiqui trica desenvolveram um programa que se baseava nos 12 passos dos Alco licos Narc ticos An nimos AA NA 68 sendo orientado por conselheiros alco licos recuperados que posteriormente veio a ser internacionalmente conhecido como o Modelo Minnesota de car cter humanista cujo objectivo era a abstin ncia total do consumo de subst ncias psicoactivas Em 1953 a Associa o Norte Americana de Psiquiatria reconheceu essa doen a como uma doen a prim ria cr nica progressiva e fatal n o tem cura mas pode ser tratada N o tratada e se a progress o n o for interrompida pode assumir uma grave dimens o biopsicossocial e espiritual com a particularidade de atingir a fam lia na sua integridade e ser causa de in meros bitos O objectivo deste modelo de ensinar tanto o dependente de subst ncias psicoactivas como a sua fam lia a mudar de atitudes e comportamentos por meio de um m todo de trabalho que se baseia num conjunto de actividades psicoterap uticas descritas a seguir 3 5 Principais Actividades Psicoterap utica A ocorr ncia de mudan as do indiv duo no dom nio comportamental e
162. lunt rio sem recursos a estrat gias e medidas de reten o quer v o contra os direitos individuais dos indiv duos e Uma Comunidade Terap utica exige a presen a e a interven o de uma equipa t cnica multidisciplinar com grande predom nio e componentes psicossociais e educativos e A vida em Comunidade Terap utica trata se de uma tentativa de reproduzir uma vida quotidiana real em toda a equipa t cnica e os residentes cumprem com suas verdadeira regras interagem e atrav s de desenvolvimento dos seus pap is nesse micro sociedade geram intensos e feitos sobre os residentes 13 e A vida di ria real em Comunidade uma fonte de aprendizagem social produzido num contexto de especial intensidade das rela es sociais o que por seu turno implica embora implicitamente fortes controlos informais e A equipa t cnica deve desenvolver num conjunto de procedimentos facilitadores de interc mbio de informa es e as tomadas de decis es terap uticas sobre os residentes no sentido que essa complexidade n o exceda ou transforma a Comunidade num espa o ca tico e pouco terap utico e A Comunidade Terap utica recebe pessoa com diferentes tipos problemas com perfis diversificados que geralmente apresentam uma combina o especialmente mort fera de problemas sanit rios sociais psicol gicos e morais A admiss o tem como objectivo prim rio ajudar a solucionar esses problemas contudo o objectivo essencial auxiliar os resi
163. m NR2012 p Everett S A Warren C W Sharp D Kann L Husten C G amp Crossett L S 1999 Initiation ofcigarette smoking and subsequent smokingbehavior among U S High school students Preventive Medicine 29 327 233 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 10564623 Everett S A Warren C W Sharp D Kann L Husten C G amp Crossett L S 1999 Initiation of cigarette smoking and subsequent smoking behavior among U S High school students Prevention Medicine 29 327 33 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 10564623 Faria J G de amp Schneider D R 2009 O perfil dos usu rios do CAPSad Blumenau e as pol ticas p blicas em sa de mental Dispon vel em http www scielo br pdf psoc v2 1n3 a05v21n3 pdf 129 Feij o F 2004 Aspectos epidemiol gicos do uso de drogas In Ferreira Borges C amp Filho H C Alcoolismo e Toxicodepend ncia Manual T cnico 2 55 82 Projecto lcool Tabaco Drogas Lisboa Portugal Climepsi Editores Fergusson D M 2001 The comorbidities of cannabis use a comment on Degenhardt etal Addiction 96 12 1861 1863 Ferreira A M C 2007 Gravidade de depend ncia e motiva o para tratamento Dispon vel em http www psicologia pt artigos textos TL0088 pdf Ferreira O F Filho Turchi M D Laranjeira R amp Castelo A 2003 Perfil Sociodemogr fico e padr es de uso entre dependentes de coca na hospitalizados Revist
164. ma vari vel importante que n o se associou significativamente com a n o conclus o do programa de tratamento que no entanto merece ser destacado pois outros estudos t m demonstrado que ela se associou significativamente a n o conclus o do programa de tratamento Por exemplo Almeida 2013 a partir de uma pesquisa descritivo explorat ria de abordagem quantitativa de car cter retrospectivo realizado com uma amostra de 706 indiv duos usu rios de lcool tabaco crack cannabis coca na inalantes e medicamento demonstrou que o factor idade esteve associado ao abandono de tratamento no Centro de Aten o Psicossocial lcool e outras Drogas no Municipio Jo o Pessoa Brasil Os achados de Go i et al 2008 aparentam para uma poss vel rela o entre a n o conclus o de programa de tratamento e a idade dos sujeitos pois numa amostra de 61 pacientes maioritariamente solteiros 77 de Comunidade Terap utica Proyeto Hombre de Navarra nos seus estudos constaram que indiv duos mais jovens apresentam uma maior probabilidade de abandonar o tratamento Este resultado semelhante com os estudos de Diez et al 100 2000 que num estudo longitudinal com 231 sujeitos observaram que sujeitos com menor idade t m um maior ndice de alta por abandono Em contraposi o David et al 1997 numa amostra de 74 heroinodependentes admitidos sucessivamente num programa terap utico denominado Tratamento Combinado por Etapas no Centro de Ate
165. maiores de 18 anos de idade um centro de recupera o em regime residencial e que sob a supervis o e a coordena o da 21 CCCD tem como atribui es o tratamento a recupera o e a reintegra o social dos toxicodependentes Garante o acompanhamento m dico psicol gico e complementarmente tem actividades no dom nio da terapia ocupacional seja via forma o profissional e seja via desenvolvimentos de actividades produtivas ou geradoras de renda Para ser internado na CTGSF o interessado deve dirigir se s Delegacias e Centros de Sa de Servi os de Psiquiatria ou CCCD para avalia o e encaminhamento CTGSF Desde a sua cria o foram estabelecidos protocolos de articula o com as estruturas de sa de a n vel nacional de forma a facilitar os cuidados e tratamentos das toxicodepend ncias a n vel das localidades Ainda conseguiu estabelecer protocolos de articula o com as estruturas judiciais e estabelecimentos de reinser o social para em que circunst ncia o toxicodependente estiver o seu tratamento seja assegurado 2 5 3 Medidas e pol ticas adoptadas O Governo tem prosseguido com uma abordagem multissectorial concertada e integrada no tocante preven o e combate ao tr fico e ao consumo de droga Assim no quadro da materializa o da estrat gia nacional de luta contra a droga e crime conexo de 2004 que implicou v rios intervenientes de real ar os avan os no dom nio da redu o de oferta
166. mento das entrevistas em tratamento em Comunidade Terap utica do Meil o e Comunidades Terap uticas da Dianova casa Azul e casa Grande verificou que as principais drogas utilizadas pelos entrevistados eram a hero na 30 5 coca na hero na 48 8 dos individuos consumos cumulativos de hero na coca na e haxixe 8 As outras drogas como as anfetaminas ou o ecstasy eram consumidas por um n mero muito reduzido de sujeitos Cerca de 86 7 dos indiv duos entrevistados iniciaram o seu consumo atrav s da cannabis e 9 dos sujeitos come aram pela hero na tendo 91 dos sujeitos a referir hero na como droga de abuso principal contra os 8 da coca na No estudo de Velho 2010 realizado no Centro de Aten o Psicossocial lcool e Drogas situado na regi o centro sul do munic pio de Londrina com residentes que passaram pela triagem entre julho e dezembro de 2008 constatou que a subst ncia manifesta ou seja subst ncia que levou o individuo a procurar o tratamento crack representou 44 4 dos indiv duos seguido por cannabis 5 8 coca na aspirada 3 1 ansiol ticos 0 4 e solvente 0 2 Os resultados de v rios estudos aparentam sugerir que os indiv duos que n o conclu ram o programa de tratamento t m uma adi o mais severa que os que permanecem e concluem o programa de tratamento Assim os dados da severidade da depend ncia indica um mau progn stico Brewel amp Streel 2003 Essa severidade adictiva tor
167. miliares dos residentes e aos profissionais que visitam as instala es A CTGSF bem iluminada possui cozinha bem equipada dormit rios confort veis e modernos uma unidade m dica e de enfermagem uma f brica de desidrata o de bananas um pavilh o oficina para artes decorativas terrenos para cultivo de rvores de fruto e horticultura campo 66 desportivo gin sio Ainda h v rias salas para terapias de grupo salas de reuni es salas de leitura salas para pessoal t cnico salas para terapias individuais sala para administra o A CTGSF tem capacidade para acolher 38 residentes sendo 28 do g nero masculino e 10 do g nero feminino para tratamento com dura o prevista de nove meses Quanto aos recursos humanos actualmente a CTGSF conta com um Director uma Administradora um Assistente Administrativo tr s Seguran as tr s Cozinheiras dois Ajudantes de Servi os Gerais um Conselheiro quatro Psic logos quatro Enfermeiros um M dico e um Condutor 3 4 Local do estudo descri o do modelo terap utico e filosofia intr nseca ao programa de tratamento A Comunidade Terap utica Granja de S o Felipe CTGSF emprega uma abordagem com foco no indiv duo caracterizada pelo humanismo pelo holismo e pela flexibilidade ja que trata o dependente de subst ncias psicoactivas com dignidade respeito ao seu corpo sua mente e ao seu esp rito Silva e Ciampone 2003 consideram que o ser humano uma uni
168. mocional afectivo cognitivo e espiritual s o os objectivos propostos no tratamento As actividades ajudam a atingir os objectivos propostos A finalidade das mesmas levar o residente ressocializa o e ruptura com o anterior estilo de vida por meio de novas aprendizagens Destaca se um conjunto de actividades terap uticas sendo maior parte de grupo permitindo aos residentes a identifica o com o outro e a se ajudarem mutuamente e se sentirem capazes de se tratarem Medita o o primeiro grupo terap utico realizado diariamente e coordenado pelo residente respons vel pelo grupo Constitui um momento de introspec o e reflex o baseado num texto do livro S por hoje dos Narc ticos An nimos 2000 no qual se fala sobre sentimentos e pensamentos desencadeados pelo mesmo Atendimento Individual um momento em que se estabelece a rela o terapeuta paciente e a ajuda no restabelecimento e na reconstru o da confian a prejudicada pela Z depend ncia E uma oportunidade que o residente tem para expor seus problemas 69 espec ficos e mais ntimos que n o se sente confian a em levar para o grupo e no qual de forma mais profunda se procura encontrar estrat gias e formas de os superar Zz Grupo de Terapia um espa o de encontros nos quais sob a orienta o e coordena o de um conselheiro terapeuta ou psic logo terapeuta os residentes se sentem acolhidos entre colegas atrav
169. mpo de perman ncia os participantes do estudo permaneceram em m dia entre 1 e 1187 dias com uma m dia de perman ncia de 196 97 dias desvio padr o de 141 8 dias 88 4 3 Analise inferencial Os factores associados n o conclus o do programa de tratamento foram evidenciados pelo ajuste de um modelo de regress o log stica considerando a n o conclus o do programa de tratamento como a vari vel dependente e as demais cont nuas como explanat rias a fim de verificar quais as que mais se associaram n o conclus o Outras vari veis de ajustes como g nero grupo et rio filhos estado civil profiss o ocupa o e situa o laboral tipo de coabita o n vel de escolaridade tratamentos anteriores n mero de comorbidades tipos de drogas e tempo de consumo da droga que levou a procurar o tratamento foram inclu das no modelo 4 3 1 Categorias de refer ncia Para o efeito da compara o entre as categorias das vari veis qualitativas todas as modalidades das vari veis qualitativas foram tratadas como uma vari vel dicot mica 0 1 ou polit micas com mais de duas categorias em que uma delas ser considerada como categoria de compara o ou de refer ncia Grupo et rio a categoria de refer ncia 18 a 34 anos G nero a categoria de refer ncia feminina Estado civil a categoria de compara o solteira 0 Filhos a categoria de refer ncia sem filhos N vel de escolaridade a cate
170. n Rassi amp Fernandes 1996 No uso cr nico torna o individuo distante da realidade irritado paran ide e impulsivo descuidado com a apar ncia e seus compromissos Wilkins et al 1998 com presen a de sintomas psic ticos Hall Hando Darke amp Ross 1996 como del rios persecut rios e auto referentes alucina es auditivas e visuais Yui Ykemoto amp Goto 2002 complica es cl nicas desnutri o infarto agudo do mioc rdio cegueira cortical transit ria cardiopatias irrevers veis vasoespasmos sist micos e edema agudo de pulm o Ellenhorn Schonwald Ordog amp Wasserberger 1997 E por fim pode causar depend ncia Srisurapanont Jarusuraisin amp Kittirattanapaiboon 2000 Alucin genos Diferentemente dos Estados Unidos onde o uso na vida de alucin genos entre estudantes foi relatado por 6 4 e do Chile 1 9 no Brasil este uso foi de 0 6 O Rio de Janeiro foi a capital com a maior percentagem de estudantes que relataram uso na vida de alucin genos 1 1 Galdur z 2006 As drogas psicod licas s o bem conhecidas por sua habilidade de provocar rea es psic ticas sendo os sintomas mais caracter sticos s o alucina es visuais e auditivas acompanhadas de despersonaliza o desrealiza o desorienta o e dissocia o Giannini amp Collins 2001 Tanto a fenciclidina PCP como a ketamina podem produzir alucina es analgesia e amn sia Anderson 2003 cuja sua ac o
171. na se operacional levando em conta as variava psicopatologia associada ser policonsumidor e n mero de anos consumindo subst ncias psicoactivas Villa amp Hermida 2000 O consumo de coca na entre dependentes a opi ceos elevado Darke amp Hall 1995 Leri Bruneau amp Stewart 2003 Esse consumo da coca na influencia negativamente Nurco 1998 citado por EMCDDA 2012 o abandono precoce de 40 tratamento Hervas et al 2010 maior propor o de psicopatologia e VIH Torrens San Peri amp Olle 1991 Tanto os pesquisadores Fishman Reynolds e Riedel 1999 como Veach Remley Kippers e Sorg 2000 relatam que as taxas de abandono nos dependentes da coca na s o superiores s de outras subst ncias Nessa l gica de acordo com Negrete et al 2010 um individuo consumidor de crack ou de coca na apresenta mais elevadas taxas de interrup o de tratamento comparativamente as outras subst ncias psicoactivas n o obstante os achados de Go i et al 2008 evidenciaram que os dependentes da hero na s o os que mais abandonam o tratamento 41 2 7 Tipos de drogas consumidas Veremos seguidamente que v rios usu rios ou dependentes de subst ncias psicoactivas consomem drogas de uma determinada forma sequencial ou associada por imposi o do pr prio organismo ou motivada por outros factores externos a ele por vezes para obter um determinado efeito outras vezes para atingir um certo objectivo Presume se q
172. ndicadores que possibilitam a compreens o das caracter sticas dos indiv duos que influenciam a n o conclus o do programa de tratamento Os resultados sugerem a necessidade de desenvolvimento de estrat gias diferenciadas para aten o as mulheres pois h um n mero reduzido do g nero feminino que procura o tratamento e ainda mais poucos concluem o programa de tratamento Ainda torna se importante detectar precocemente na admiss o os pacientes portadores de factores com uma certa predi o de n o concluir o programa de tratamento proposto na Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe a fim de poder 113 influenciar positivamente a sua resposta ao programa de tratamento bem como seu prognostico Diante disso seria pertinente aprofundar a identifica o de factores preditores de n o conclus o do programa de tratamento quer seja intr nsecos aos indiv duos quer seja intr nseco ao pr prio programa de tratamento para melhor compreender porque uns indiv duos concluem o programa de tratamento e outros n o aplicando um estudo qualitativo complementar a este Provavelmente isso possibilitaria melhor a compreens o do fen meno estudado e a mudan a das pr ticas dos profissionais envolvidos no processo de tratamento dos dependentes qu micos e consequentemente melhor resposta ao programa de tratamento 114 Capitulo VI Conclusao A depend ncia de subst ncias psicoativas uma doen a cr nica atinge div
173. ndimento de Toxicodependentes Lisboa verificaram que a idade foi preditor significativo do tempo total de perman ncia no programa quanto maior a idade do indiv duo menor era o tempo de perman ncia no programa de tratamento Neste estudo n o ocorreu associa o significativa entre o tratamento anterior e n o conclus o do programa de tratamento Todavia NIDA 2011 refere que 60 dos dependentes de subst ncias psicoactivas estudados j tinham passado por algum tipo de tratamento e sem sucesso Perrone 2012 num estudo em duas CTs no interior do Estado de S o Paulo Brasil com sujeitos dependendentes de lcool e com depend ncia cruzada constatou que numa destas 58 dos residentes que abandonaram o tratamento ja haviam estado internados anteriormente apenas em CT Tal facto contrap e se a uma pesquisa realizada por Go i 2005 que num estudo ex post facto de car cter prospectivo com uma amostra de 618 indiv duos dependentes de lcool haxixe anfetaminas barbituricos hero na cocaina speed ball alucin genos crack e outras subst ncias psicoactivas realizada em Comunidade Terap utica de Proyecto Hombre de Navarra Espanha constatou que n o houve diferen a nas taxas de conclus o e de abandono de tratamento nos indiv duos com hist rias de internamentos pr vios Os resultados obtidos em an lises das caracter sticas sociodemogr ficas coincidem com os achados por outros autores nos seus diferentes estudos Por exem
174. nic pio de Teresina cujo objetivo era levantar o perfil sociodemogr fico e a ades o ao tratamento de dependentes do lcool no Centro de Aten o Psicossocial lcool e Drogas atrav s do levantamento de informa es presentes nos prontu rios dos 227 sujeitos constataram que 55 da amostra usava diariamente o lcool seguido de 35 2 para mais de tr s vezes por semana e 8 8 para uma a duas vezes por semana e 0 8 consumia quinzenalmente Cabe destacar tamb m a aus ncia nos processos cl nicos de cerca de 76 75 das informa es relativamente a vari vel padr o de uso quantidade e frequ ncia de consumo das drogas Uma poss vel hip tese para este facto que a maioria das fichas de encaminhamento proveniente dos centros de sa de e delegacias de sa de que preenchida por m dicos e psic logos que nem sempre est o bem preparados e capacitados tecnicamente para o fazer apesar de tamb m se reconhecer a dificuldade do paciente em identificar a sua quantidade e frequ ncia de consumo de subst ncias psicoactivas Contudo quando as fichas de encaminhamento s o preenchidas por um psiquiatra ou no servi o de psiquiatria geralmente as informa es relativamente a esta mat ria nelas contidas s o mais completas Mesmo com o paciente em tratamento n o h aquela preocupa o de complementar as informa es em falta no que concerne a este assunto talvez por falta de forma o nesta rea e n o conseguem enxergar o qu o
175. nnonnnonannncnnn canon neon nooo nc nn nene rena nena area area anar cn nccn nes 21 2 5 4 Desafios Priorit rios de Cabo Verde em mat ria do Combate Droga e Crime 21 20 Tratamento nessa on a Meadd A aa 22 2 6 1 Factores gerais que contribuem ou dificultam completar o programa de tratamento 24 2 6 2 Factores que interferem com a ades o e o envolvimento em programas de tratamento e sua CONCIUS O ad ase e 30 2 6 3 Factores que contribuem para a ades o e o envolvimento em programas de tratamento e sua CONCIUS O Ai ek 31 2 6 4 Factores que dificultam a ades o e o envolvimento em programas de tratamento e sua CONCIUSGO s Rati AS Set Hin aA as ch SN A a cee ia hie hl O MEd O thc ata ok SAGE bed 36 2 7 Tipos de drogas consumidas erica iia secci 41 2 BIC 6moOrbidades at a 57 2 9 PEO SHAMIA Terap e coins t o A tees ee ee 62 CAP TULO III METODOLOGIA cccccccsssssccscsscccccsccsccscscccsccsssssccsessccccesssscsscessssscsseees OD SL ME A AS aN 65 3 2 PO CS EMO ti 65 3 3 Local do Estudo iii td ia 65 3 4 Local do estudo descrig o do modelo terap utico e filosof a intr nseca ao programa de tratamento einen a AA dica aan TA cias cidad 66 3 5 Principais Actividades Psic terap ntica miii aida sia 68 3 6 Ponte d dados O ia 71 3 7 Defini o e operacionaliza o das vari veis em estudo oooocnnocnononoccnonnnnnanconncnns 71 A e a S TE Saai 72 3 9 Vari veis A seca vous
176. nte mascarada pelo uso da nicotina Os sintomas compensat rios podem se acumular s ndrome de abstin ncia verdadeira tornando a aparentemente mais profunda e mais prolongada podendo em alguns casos fazer com que os indiv duos acabem por voltar ao consumo para mitigar seu sofrimento Slotkin 2002 Solventes vol teis 53 O uso na vida de inalantes na popula o mundial est entre 12 a 19 Howard et al 2010 sendo a idade m dia de experimenta o entre os 14 e 15 anos adolescentes com transtornos do humor ou de ansiedade em conflito com a lei onde a experimenta o tende a ser ainda mais precoce Garland Howard Vaughn amp Perron 2011 Neste sentido diversos estudos epidemiol gicos em diferentes pa ses do mundo t m apontado que o uso abuso e a depend ncia de subst ncias inalantes s o especialmente prevalentes entre adolescentes e crian as muito jovens com uma variedade de desfechos e consequ ncias negativas para esta popula o Mora amp Real 2008 Garland Howard Vaughn amp Perron 2011 Por exemplo o Brasil apresenta um dos maiores ndices de uso na vida de solventes entre os estudantes 18 0 n o sendo ultrapassado por nenhum outro pa s tanto das Am ricas quanto da Europa Galdur z 2006 Os efeitos causados pela intoxica o aguda por inalantes assemelham aos do lcool e os sintomas variam com o tipo de produto inalado somente casualmente pode apresentar alucina es Cotrim 19
177. ntre abandono e g nero e idade sugerindo que nem o g nero nem a idade por si s s o factores de risco para n o conclus o de tratamento H indica es de que os indiv duos mais jovens abandonam mais precocemente o tratamento Ribeiro et al 2008 Monteiro et al 2011 A confirmar tal hip tese Almeida a partir de uma pesquisa descritivo explorat ria de abordagem quantitativa de car cter retrospectivo realizado com uma amostra de 706 indiv duos usu rios de lcool tabaco crack cannabis coca na inalantes e medicamento evidenciou que o factor idade esteve associado ao abandono de tratamento no Centro de Aten o Psicossocial lcool e outras Drogas no Munic pio Jo o Pessoa Brasil Almeida 2013 Por outro lado David et al 1997 numa amostra de 74 heroinodependentes admitidos sucessivamente num programa terap utico denominado Tratamento Combinado por Etapas no Centro de Atendimento de Toxicodependentes Lisboa 29 verificaram que a idade foi preditor significativo do tempo total de perman ncia no programa quanto maior a idade do indiv duo menor foi o tempo de perman ncia no programa de tratamento Entretanto Villa e Hermida 2000 mencionam um estudo realizado por Garfield em que este autor j em 1994 afirmava que as vari veis como idade e g nero bem como as vari veis medidas por testes psicol gicos n o eram bons preditores do abandono ou da finalizag o de tratamentos psicol gicos Num estu
178. o e o envolvimento em programas de tratamento e sua conclus o A reten o no tratamento de depend ncia de subst ncias psicoactivas de enorme import ncia para a sua conclus o o que a tornou um objectivo fundamental Stotts et al 2007 sendo a maior probabilidade de permanecer em CT para os adolescentes relaciona se com a postura cr tica deles no primeiro m s e com um maior apoio dos seus familiares ou rede de apoio Edelen et al 2007 J os adultos aparentam conseguir maiores probabilidades de se manterem na CT devido a factores intr nsecos comunidade como por exemplo sensa o de suporte e trocas de experi ncia entre residentes do que por factores individuais Mandell et al 2008 32 A rela o entre a conclus o dos programas de tratamento e a gravidade da depend ncia tem sido alvo da investiga o por alguns pesquisadores Simpson 2004 Stotts et al 2007 Assim os anos da depend ncia parecem estimular a motiva o e conclus o do tratamento Ferreira 2007 Percebe se ent o que quanto mais anos de consumo o individuo tiver maior ser a sua motiva o para concluir o tratamento j que experienciou diversas consequ ncias da depend ncia e pode estar mais preparado para mudan a A satisfa o com o tratamento aparenta estar associada reten o Grella amp Stein 2006 por m a taxa da reten o do consumidor de crack mais baixa pois mais dif cil de se tratar Herv s et al 2010 po
179. o programa Ressalta se aqui que 54 2 dos residentes do g nero feminino foram expulsas contra 18 4 dos homens Isso pode estar na base do grande impacto nas baixas percentagens das mulheres que completam o programa de tratamento Essa situa o de expuls o pode ser explicada atrav s de Santamaria e Aljama 2004 pois observaram que inicialmente as mulheres aceitam os limites e normas no tratamento Contudo posteriormente exp em enormes dificuldades para se manterem no cumprimento reagindo negativamente a directiva sendo que o confronto com a norma mais forte que nos indiv duos do g nero oposto A propor o de n o conclus o do programa de tratamento foi de 53 5 mas a varia o entre as diferentes formas de n o conclus o foi consider vel entre 1 de bito e 27 abandono relativamente ao g nero masculino 0 de bito e 54 de expuls o Isto indica que mesmo dentro da mesma modalidade de n o conclus o de programa de tratamento psicossocial as percentagens de n o conclus o podem ser muito distintos Somente a dura o do programa aparenta ser insuficiente para explicar essas diferen as e ainda ilude transparecer que a varia o poderia dever se a interac o din mica entre os dependentes de subst ncias psicoactivas os t cnicos prestadores de cuidados e os factores do programa 112 Analisando a resposta ao programa de tratamento a propor o dos residentes que n o conclu ram o programa de trat
180. odepend ncia 2011 Linhas orientadoras param o tratamento e reabilita o em comunidades terap uticas Dispon vel em http www idt pt PT Tratamento Documents LinhasOrientadorasTratamentoReab ilitacaoComunidadesTerapeuticas pdf Instituto Nacional de Estat stica e Instituto de Emprego e Forma o Profissional 2009 Classifica o Nacional das Profiss es de Cabo Verde 1 Revis o Dispon vel em http www ine cv forumsine Paginas Ficheiros Cabo Verde CP CNPVersao 20fi nal 2025 09 10 pdf 137 Instituto Nacional de Estat stica 2010 Recenseamento Geral da Popula o e Habita o Dispon vel em http www ine cv Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas 2011 La Comunidad Terap utica Dispon vel em http www nida nih gov ResearchReports Terapeutica Terapeutica html Instituto Nacional sobre el Abuso de Drogas 2003 La Comunidad Terap utica Washington NIDA Jaffe S L 2002 Treatment and relapse prevention for adolescent substance abuse Pediatric Clinics of North America 49 345 352 Janeiro L B 2007 Motiva o para o tratamento Estarat gias psicoterap uticas no tratamento da toxicodepend ncia Toxicodep ndencias 13 1 49 58 Dispon vel em www idt pt PT RevistaToxicodependencias 2007 2007 01 TXT6 Jatoba D F J nior O G L Calheiros M G F das 2012 Cl nicas involunt rias e comunidades terap uticas para dependentes qu micos h como sobreviver sem
181. olta dos 19 anos Essa tend ncia j tinha sido evidenciada tanto nos trabalhos de Pereira et al 2008 como nos estudos de Batista et al 2012 ao constatarem que cada vez mais o consumo de subst ncias psicoactivas ocorre mais prematuramente sendo a idade de consumo inicial das subst ncias psicoactivas a volta dos 10 anos Perante o supracitado Diez et al 2000 Montalvo et al 2004 Almeida et al 2007 e Cavalcante et al 2008 confirmam que efectivamente o primeiro contacto com as subst ncias psicoactivas possa ocorrer em qualquer idade apesar de ser mais frequente na adolesc ncia Todavia Portugal et al 2010 num estudo descritivo de car cter retrospectivo cujo objectivo era descrever o perfil de pacientes atendidos no Programa de Atendimento ao Alcoolista do Hospital Universit rio Cassiano Ant nio Moraes da Universidade Federal do Esp rito Santo verificou que os sujeitos pesquisados iniciaram o seu consumo aos quatro anos de idade No que respeita primeira droga consumida ressalta se que em nenhum caso a primeira subst ncia psicoactiva usada foi lcool tabaco opi ceo solvente vol til alucin geno ou outros sendo que os resultados assinalam que a primeira droga usada foi canabin ides em 86 5 dos casos seguida da coca na em 8 8 dos casos e que 106 apenas 0 5 usou sedativos e hipnoticos na primeira vez Efectivamente nos estudos de David et al 1997 verificou se que a cannabinoides a droga de
182. onsumo de drogas il citas Esse consumo cont nua en propor es muito maiores a medida que avan a a idade no mesmos grupos demogr ficos UNODC 2012 sendo que o uso abusivo mais frequente entre os homens Pala 2004 apesar de aumento da ingest o alco lica entre as mulheres de maneira mais precoce o que demonstra que a diferen a entre os g neros tem diminu do progressivamente Elbreder Laranjeira Siqueira amp Barbosa 2008 O lcool um desinibidor social Martins Neto amp Velasco 2005 e depressor do Sistema Nervoso Central Aminoff 2007 inicialmente pode induzir um estado desinibi o loquacidade euforia falsa seguran a em si pr prio e por vezes impulsos sexuais desinibidos ou agressivos Saavedra 2004 posteriormente os sinais e sintomas da intoxica o alco lica caracterizam se por n veis crescentes de depress o do sistema nervoso central Na fase inicial produz sintomas de euforia leve evoluindo para tontura ataxia e incoordena o motora passando para confus o desorienta o e atingindo graus vari veis de anestesia entre eles o estupor e o coma Victor 1992 sua supress o da ingest o cr nica ou sua redu o pode levar s ndrome de abstin ncia do lcool APA 2000 caracterizada por tremores ins nia agita o e inquieta o psicomotora Shaw et al 1981 Crises convulsivas Ellenhorn 1992 ansiedade 43 altera es de humor disforia n useas v mitos taquicardi
183. ool coca na crack Neste sentido faz se necess rio ressaltar que o resultado este estudo indica uma baix ssima taxa de transtornos mentais e comportamentais identificados em 7 9 dos residentes Uma poss vel hip tese para estes resultados que Cabo Verde um arquip lago de 10 ilhas sendo nove habitadas separadas pelas guas do mar com cerca de 500 mil habitantes e conta com apenas quatro 4 Psiquiatra em actividade 1 Psiquiatra 125 000 habitantes sendo distribu dos apenas em duas ilhas de maior densidade populacional por conseguinte a maioria dos dependentes qu micos que fazem tratamento em CTGSF n o avaliado por um especialista nessa rea Al m disso o centro conta com apoio de um M dico de Cl nica Geral que duas vezes por semana desloca Comunidade Terap utica para consultas respons vel pela identifica o de boa parte das comorbidades sendo que nos casos considerados mais cr ticos solicitado uma interconsulta com o servi o de psiquiatria Carlini et al 2007 refere que dentre as subst ncias l citas o lcool a mais utilizada seguida do tabaco Contudo este estudo revelou percentagens de lcool baixa comparativamente ao tabaco Tal facto aparenta estar relacionado com aus ncia de registos de dados at porque atribu da mais import ncia s subst ncias psicoactivas il citas do que as drogas l citas talvez devido ao facto de que as pessoas ainda n o conscientizaram das consequ ncias
184. os estudos aplicaram se O Addiction Severity Index Escala da Gravidade da Depend ncia ent o seria pertinente aplicar este m todo mundialmente reconhecido j que as caracter sticas dessa populag o assim o permitem A an lise da regress o log stica foi verificada uma associa o significativa entre o g nero e a n o conclus o do programa de tratamento evidenciando maior probabilidade de abandono entre os indiv duos do g nero masculino em rela o aos de g nero feminino Go i et al 2008 numa pesquisa de uma amostra de 61 pacientes 98 dependentes de hero na coca na speed ball lcool e cannabis do Proyecto Hombre de Navarra Espanha comprovaram que as percentagens de abandono tanto no tratamento ambulatorial como no residencial era na sua maioria homens Negrete et al num estudo retrospectivo elaborado com dados recuperados de expedientes e de bases de dados do Sistema de Informa o Epidemiol gica do Consumo de Drogas de Centros de Integra o Juvenil Ensefianza M xico a partir de selec o de uma amostra inicial de 1922 usu rios de drogas il citas encontraram que comparadas com os homens uma percentagem significativamente maior do g nero feminino conclu ram o tratamento Negrete et al 2010 Desta forma percebe se que os indiv duos do g nero masculino s o os que mais n o concluem o programa de tratamento Tal facto contrap e se a uma investiga o realizado por Mangado 2009 que num est
185. ov pmc articles PMC1904429 Griffiths P Mounteney J Lopez D Zobel F amp G tz W 2011 Monitoring the European drug situation the ongoing challenge for the European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction EMCDDA From www ncbi nlm nih gov pubmed 2 1539630 Griffiths P Mounteney J Lopez D Zobel F G tz W 2011 Monitoring the European drug situation the ongoing challenge for the European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction EMCDDA From http www ncbi nlm nih gov pubmed 2 1539630 Guidetti V amp Galli F 2012 Comorbidade psiqui trica Sociedade Brasileira de Cefaleia S o Paulo Dispon vel em http www sbcefaleia com associados index php option com_k2 amp view item amp id 55 comorbidade psiqui C3 A trica amp Itemid 567 134 Guimar es C F Santos D V V Freitas R C amp Ara jo R B 2008 Perfil do usu rio de crack e fatores relacionados criminalidade em unidade de interna o para desintoxica o no Hospital Psiqui trico S o Pedro em Porto Alegre RS Revista de Psiquiatria 30 2 101 108 Dispon vel em http twiki ufba br twiki bin view CetadHYPERLINK http twiki ufba br twiki b in view CetadObserva Obra554 Observa Obra554 Guindalini C Vallada H Breen B amp Laranjeira R 2006 Concorrent crack and powder cocaine users from S o Paulo Do they represent different group BMC PUB Health 6 10 From http www ncbi nlm nih gov
186. oxicodependencias Artigos 20Ficheiros 2010 1 Te xt4Vol16_n1E pdf Muck R Zempolich K A Titus J C Fishman M Godley M D amp Schwebel R 2001 An overview of the effectiveness of adolescent substance abuse treatment models Youth and Society 33 143 168 From http web utk edu dap SA2003 EffectadolescentSATx html 146 Musto D F 2002 One hundred years of heroin Auburn House Westport Nappo A S 2004 Comportamento de risco de mulheres usu rias de crack em rela o a DST AIDS S o Paulo CEBRID Dispon vel em http www obid senad gov br porais OBID biblioteca documentos Publicacoes 32 7986 pdf Nappo S A Galdur z J M Raymundo M amp Carlini E A 2003 Change in cocaine use as viewed by key informants a qualitative study carried out in 1994 and 1999 in Sao Paulo Brasil Journal Psychoactive Drugs 33 3 241 251 From https www ncjrs gov App publications abstract aspx ID 192562 Narc ticos An nimos 2000 S por hoje meditac o di ria para adictos em recuperac o VanNuis World Service Office Nassif A C N Filho Bettega S G Lunedo S Maestri J E amp Gortz F 1999 Repercuss es otorrinolaringol gicas do abuso de coca na e ou crack em dependentes de drogas Associa oM dica Brasileira 45 3 237 241 Dispon vel em http www scielo br scielo php pid S0104 42301999000300008 amp script sci arttext National Institute on Drug Abuse 2009 Princ
187. p Keddie A 1986 Abstinence or controlled drinking in clinical practice a test of the dependence and persuasion hypothesis British Journal of Addition 81 495 504 Organiza o Mundial da Sa de 2006 Neuroci ncia do uso S o Paulo Roca Organiza o Mundial da Sa de 2004 Neuroci ncias consumo e depend ncia de subst ncias psicoativas Geneva Organiza o Mundial da Sa de Dispon vel em www who int substance abuse publications en Neuroscience P pdf Otten R Barker E D Maughan B Arseneault L amp Angels R C M E 2010 Self control ansd its relation to join developmental trajectories of cannabis use and depressive mood symptoms Drug and Alcohol Dependence 112 201 208 Ozechowski T J amp Liddle H A 2000 Family based therapy for adolescent drug abuse knows and unknowns Clinical Child Family Psychology Review 3 269 298 Pala B 2004 Il Consumo alcolico femminile tra ricerca di parit e aumento del rischio quale prevenzione Annali dell Istituto Superiore di Sanita 40 1 411 446 Disponivel em http www hepatitis iss it binary publ publi 40141 1107854946 pdf 150 Pechansky F Diemen L von Kessler F Hirakata V Metzger D amp Woody G 2002 Trastornos relacionados ao uso abuso de substancias Revista Brasileira de Psiquiatria 24 2 05 25 Disponivel em http www scielo br scielo php script sci_arttext amp pid S 1516 44462002000600003 amp Ing en amp tlng
188. pdf ean v 1 1n4 v 1 In4a08 pdf Almeida J M C amp Xavier M 1995 Avalia o e garantia de qualidade dos servi os de sa de mental Acta M dica Portuguesa 8 119 131 Dispon vel em http actamedicaportuguesa com revista index php amp article viewFile 2669 206 0 Almeida P P de amp Monteiro M F 2011 Neuropsicologia e depend ncia quimica n Diehl A Cordeiro D C amp Laranjeiro R R Orgs Depend ncia Qu mica Preven o tratamento e pol ticas p blicas 98 105 Poro Alegre Artmed Almeida R A de 2013 Fatores associados ao abandono do tratamento por usu rios do centro de aten o psicossocial lcool e outras drogas em Jo o Pessoa Disserta o de Mestrado Universidade Federal da Para ba Jo o Pessoa Brasil Dispon vel em http www de ufpb br mds Dissertacoes Aprovadas Dissertacao Rosilene Alves Almeida 2013 pdf Altemar A L Mckay J Mulvaney F D Cnaan A Cacciola J S Turian K A Rutherford M J amp Merikle E P 2000 Baseline prediction of 7 month cocaine abstinence for cocaine dependence patients Drug and alcohol dependence 59 3 215 221 117 Alves B E P amp Carneiro E O de 2008 Drogas psicoestimulantes uma abordagem toxicol gica sobre coca na e metanfetamina Dispon vel em http www cpgls ucg br 7mostra Artigos S AUDE 20E 20BIOLOGICAS Drog as 20psicoestimulantes 20 20uma 20abordagem 20toxicol C3 B3gica 2 Osobre 20coca
189. pesquisa entendendo a minha longa aus ncia Aos meus irm os Gilson Fl vio Eur dice e Patr cia pelo incentivo demonstrado Ao meu tio e amigo Jos Maria Correia que desde cedo acompanhou o percurso acad mico contribuindo com a sua motiva o para que hoje concluo mais uma etapa na minha carreira acad mica psic loga Z nia Silva pela disponibiliza o dos documentos importantes na realiza o deste estudo Aos meus amigos Armando Rodolfo Varela Tavares e Ant nio Moreira Monteiro e Osvaldo Moreira e Armando Furtado pelo incentivo e partilha de v rios momentos da vida e sobretudo pela confian a depositada em mim na realiza o deste trabalho de enorme reconhecimento a ajuda prestada pelos amigos Nilson Oliveira Montrond Lopes e Raimundo Lopes RESUMO O consumo de subst ncias psicoactiva um problema devastadora com enorme impacto para sa de p blica tanto em Cabo Verde como no resto do globo Diversas organiza es baseadas em programas terap uticos t m trabalhado com intuito de combater este flagelo que vem afectando n meros consider veis de indiv duos em todo mundo A Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe uma das institui es que com o uso do seu programa terap utico tem lutado para que os seus utentes sejam libertados das depend ncias de subst ncias psicoactivas e nem sempre os residentes t m correspondido adequadamente ao programa de tratamento Este estudo tem como objectivo
190. plo mostra maior n mero de g nero masculino no centro de tratamento o que corrobora com v rios estudos que evidenciaram quest o do g nero na procura de tratamento ou seja h uma supremacia dos homens nos centros de tratamento comparativamente as mulheres David et al 1997 Diez et al 2000 Montalvo et al 2004 Ravndal et al 2005 Faria amp Schneider 2009 Mangado 2009 Figlie et al 2010 Batista et al 2012 Castro et al 2012 Uma poss vel explica o para este facto de acordo com Peixoto et al 2010 as mulheres conseguem disfar ar a depend ncia por mais tempo e que em virtude da forma como a sociedade v a mulher alco latra h preocupa o acrescida relativamente autoimagem ao expor se a um tratamento no qual ter que se encarar 101 com outras pessoas Segundo Rossetti e Santos 2006 as mulheres sentem vergonha da doen a consequentemente afastam do tratamento por outro lado Figlie et al 2010 sustentam que as mulheres demoram a procurar ajuda devido ao preconceito Para al m disso Faria e Schneider 2009 percepcionam que os indiv duos do g nero masculino s o mais amplamente atingidos pelo problema da depend ncia de drogas Atrav s dos resultados obtidos verifica se que 57 dos residentes tinham filhos Corroborando estes dados pesquisa revelados pelo Capistrano et al 2013 mostraram que a presen a de filhos foi predominante em 66 2 dos casos Contrariamente Diez et al 2
191. pmc articles PMC1388201 Hadjiefthyvoulou F amp Fisk J E 2011 Montgomery C Bridges N Prospective Memory functioning among ecstasy polydrug users evidence from the Cambridge Prospective Memory Test CAMPROMPT Psychopharmacology 215 4 761 774 From http www academia edu 911749 Prospective_memory_functioning_among_ecst asy_polydrug_users_evidence_from_the_Cambridge_Prospective_Memory_Test_ CAMPROMPT_ Hall W Hando J Darke S amp Ross J 1996 Psychological morbidity and route of administration among anfetamine users in Sidney Australia Addiction 91 81 87 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 8822016 Hallfors D D amp Saxe L 1993 The dependence potencial of short half life benzodiazepines a meta analysis American Journal Public Health 83 9 1300 1304 Hatsukami D K amp Fischman M W 1996 Crack cocaine and cocaine hydrochloride Are the differences myth or reality JAMA 276 1580 1587 From http jama jamanetwork com article aspx articleid 4 10806 135 Heim J amp Andrade A G 2008 Efeitos do uso do lcool e das drogas il citas no comportamento de adolescentes de risco uma revis o das publica es cient ficas entre 1997 e 2007 Revista de Psiquiatria Cl nica 35 1 61 64 Dispon vel em http www scielo br scielo php pid S010160832008000700013 amp script sci arex t Herv s E S Villa R S G mez F J S Romaguera F Z Rodr guez O G Y
192. po de perman ncia esperado no tratamento Cerca de 68 desses indiv duos n o tinham realizado nenhum tratamento anterior e nos estudos N rdicos e internacionais a percentagem dos dependentes que completam o tratamento como devido varia entre que 20 e 40 e os clientes que tinham consumido anfetaminas de forma habitual entre tr s e cinco anos tinham significativamente mais probabilidade de completar o tratamento que os clientes que as tinham consumido durante menos tempo David et al 1997 Portanto um baixo 30 nivel educativo e baixa escolaridade influem tamb m no abandono do tratamento Szal et al 2000 Sayre et al 2002 Garcia et al 2007 Rodriguez et al 2007 Peixo et al 2010 analisaram 316 prontu rios de pacientes do CAPSad de Campo Grande MS com isso puderam observar que os grupos de pacientes que aderem ao tratamento apresentaram maior tempo de uso de drogas 20 0 anos desvio padr o 13 8 contra 15 7 anos desvio padr o 12 6 do grupo que n o aderiram ao tratamento Por seu turno Diez et al 2000 num estudo longitudinal com uma amostra com 231 sujeitos observaram que o tempo de consumo de um a cinco anos corresponde a 39 8 dos casos de seis a 10 anos 30 8 dos casos 11 a 15 anos 23 8 dos casos e 16 a 20 anos em 5 6 dos casos Finalmente dados da NIDA apontam que cerca de 60 dos dependentes qu micos pesquisados j tinham alguma experiencia anterior de tratamento sem resultados posi
193. popula o de 15 a 64 anos Cerca de 50 da droga traficada na frica Ocidental incluindo Cabo Verde e Guin Bissau ali permanece e as subst ncias psicoactivas mais usadas s o a cannabis seguida das anfetaminas e depois a hero na Os opioides s o tipo de subst ncias psicoativas predominante na demanda de tratamento em Asia Europa e tamb m contribuem significativamente na demanda de tratamento em frica Am rica do Norte e Oce nia O tratamento relacionado com o consumo de coca na est em demanda principalmente em Am rica apesar que o cannabis a droga que da lugar a maior demanda de tratamento em frica United Nations Office on Drugs and Crime UNODC 2012 O Minist rio da Sa de de Cabo Verde MSCV 2009 no seu estudo sobre a sa de e estilo de vida dos adolescentes Cabo verdianos frequentando o ensino secund rio efectuado em Cabo Verde evidenciou que o in cio do uso de subst ncias psicoactivas nos adolescentes verifica se precocemente sendo para cannabis 14 anos e para a coca na 15 anos A droga mais experimentada a cannabis numa propor o de 6 nos rapazes onde ocorre mais cedo e 2 nas raparigas Um relat rio produzido pela Comit de Coordena o do Combate SIDA CCS Sida 2011 sobre cartografia e Estudo S cio comportamental e de Seropreval ncia do VIH Sida nas Profissionais de Sexo os dados apontam que as drogas mais consumidas s o a cannabis 93 9 coca na 55 0 Haxixe
194. por ter aceitado o desafio de me orientar acreditando e fazer me acreditar na conclus o deste trabalho Agrade o pela sua paci ncia toler ncia que teve comigo e fundamentalmente pela oportunidade que me proporcionou de crescer ao n vel pessoal e profissional durante este tempo todos os Professores pelas suas contribui es fundamentais neste processo de mestrado nomeadamente Profa Dra Eliana Goldfarb Cyrino Prof Dr Arlindo Vieira Profa Dra Patr cia Dantas dos Reis pelas vossas disponibilidades para partilhar ideias e tirar as d vidas contribuindo significativamente para a conclus o desse estudo Ao amigo Carlos Mendes um exemplo enquanto docente e pessoa pela sua paci ncia para comigo e seu enorme contributo neste estudo que v rias vezes deixou a sua familia para estar envolvido neste trabalho Aos meus colegas de p s gradua o sobretudo ao amigo Jo o Neves Ant nio Carlos Varela Eneida da Luz Herlander Rodrigues Jos Ant nio Reis Antonieta Martins Ant nio Roliano Domingas de Pina entre outros que desde o primeiro ao ltimo momento partilhamos as ideias d vidas os desesperos as conquistas em fim tudo que ocorreu durante essa longa caminhada A minha m e Celeste Almada para quem escasseiam palavras que possam expressar toda a minha gratid o por tudo aquilo que tem feito por mim minha filha Nathalie pela compreens o carinho e toler ncia demonstrado enquanto decorria essa
195. prio desenvolvimento pedindo ajuda necess ria aos outros para se ajudar Deste 14 modo cada residente se torna terapeuta de si mesmo e dos outros constituintes do grupo da Comunidade Tinoco 2006 considera fundamentais as concep es de auto ajuda e responsabilidade partilhada Coube a Todos os residentes assumirem as suas responsabilidades pelo que sabe testemunham e sentem dentro de uma comunidade terap utica e a reac o deve ser de todos residentes quando algu m errar Durante os anos 70 e maior parte dos anos 80 o conceito de Comunidade Terap utica associou se exclusivamente ao tratamento da hero na como uma forte presencia de componente de auto ajuda Leon 2002 como citado em Arnau 2010 Na d cada dos anos 90 gradualmente ocorria a profissionaliza o das Comunidades Terap uticas para adictos a drogas ilegais que se coincidiu com a restaura o da metodologia no campo de ac o de sa de mental e com sua projec o feita em outras reas NIDA 2003 0s m dicos psic logos enfermeiros assistentes sociais e terapeutas ocupacionais s o os profissionais especializados que passaram a figurar na equipa t cnica de comunidades terap uticas Ainda foram estabelecidas em certos s tios novas t cnicas como aprendizagem social e o treinamento de habilidades Leon 1994 Inspirado nos grupos de auto ajuda em Julho de 2005 foi criada a primeira Comunidade Terap utica em Cabo Verde Centro Nacional de
196. pt 10 1590 S1516 44462002000600003 Peixoto C Prado C H O Rodrigues C P Cheda J N D Mota L B T amp Veras A B 2010 Impacto do perfil cl nico e sociodemogr fico na ades o ao tratamento de pacientes de um Centro de Aten o Psicossocial a usu rios de lcool e Drogas CAPS ad Jornal Brasileiro de Psiquiatria 59 4 317 321 Dispon vel em http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0047 20852010000400008 Pennings E J Leccese A P amp Wolff F A 2002 Effects of concurrent use of alcohol and cocaine Addiction 97 7 773 783 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 12133112 Pereira D S Souza R S de Buaiz V Siqueira amp M M de 2008 Uso de substancias psicoativas entre universitarios de medicina da Universidade Federal do Espirito Santo Jornal Brasileiro de Psiquiatria 57 3 188 195 Disponivel em www scielo br pdf jbpsiq v57n3 06 pdf Perkins K A 1992 Metabolics affects of cigarette smoking Journal Apply Psysiology 72 2 401 409 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 1559911 Perrone P A K 2012 A sindrome dos tr s meses a desist ncia no tratamento da Depend ncia quimica em duas comunidades terap uticas do interior do Estado de S o Paulo Tese de Mestrado Faculdade Sudoeste Paulista Departamento de Psicologia S o Paulo Brasil Petribu K 2001 Comorbidade no transtorno obsessivo compulsivo Revista Brasileira de Psiqui
197. que esse risco pode estar aumentado nos usu rios de crack devido ao comportamento sexual de risco Ferri Laranjeira Silveira Dunn amp Formigoni 1997 pois os comportamentos de riscos mais observados nessa popula o s o o n mero elevado de parceiros o sexo sem protec o e a troca de sexo por crack ou por dinheiro para comprar a subst ncia Brasiliano Hochgraf amp Torres 2002 59 Weiser et al 2006 observam que apesar de esse comportamento ser mais frequente entre mulheres tal conduta verificado nos homens independentemente da sua orienta o sexual Essas informa es s o sustentadas pelos pesquisadores Pechansky et al 2002 que acompanharam por 18 meses em Porta Alegre um grupo de 138 usu rios de coca na objetivando investigar a incid ncia da infec o pelo VIH nesse per odo evidenciaram a via sexual como modo prim rio de transmiss o entre esses usu rios Nesse tocante Nappo 2004 refere que se trata maioritariamente de jovens m es com baixa escolaridade coabitando com fam lia pais ou companheiros e provedoras das suas casas Nos estudos de Diez et al 2000 mostraram que 29 9 dos seus residentes eram portadores de VIH Seabra et al 2010 verificaram no seu estudo que 46 dos sus doentes eram portadores de V rus de Hepatite C HCV J em estudos anteriores realizados tanto por Roig 1996 como por Mel s e Guti rrez 1996 encontraram percentagens mais baixas relativamente aos infe
198. r de n o se dispor de n meros mundial relativo ao consumo de sedativos e hipn ticos o consumo dessas drogas constitui um problema preocupante dado que a preval ncia de consumo destas subst ncias em alguns grupos de popula o e pa ses sobre os que se disp e de dados s o superior a de v rias subst ncias sujeitas a fiscaliza o Por exemplo Estados Unidos da Am rica apresentam uma preval ncia em algum momento da vida anual e mensual do consumo de drogas psicoterap uticas entre as pessoas de 12 anos ou mais ou mais de 20 4 o 6 3 e o 2 7 respectivamente em 2010 n meros que s o superiores a qualquer outro tipo de droga excepto o cannabis UNODC 2012 Segundo o mesmo organismo os dados dispon veis para o per odo 2005 2010 em 8 pa ses de Am rica do Sul e Am rica central e em 14 pa ses de Europa a preval ncia em algum momento da vida anual e no m s anterior do uso de tranquilizantes e sedantes entre as mulheres era muito superior a preval ncia dos homens Por exemplo Am rica do Sul e Am rica Central a preval ncia de consumo em algum momento da vida era de 6 6 entre as mulheres e de 3 8 entre os homens apesar que as taxas de preval ncia correspondentes em Europa eram de 13 0 entre as mulheres e 7 9 entre os homens O uso de Sedativos e hipn ticos pode provocar alguns efeitos colaterais principalmente nos primeiros dias Sonol ncia excessiva diurna ressaca complica o da descoordena o motor
199. ram testadas em rela o vari vel dependente n o conclus o do programa de tratamento 76 3 12 Procedimentos formais ticos legais em pesquisa com seres humanos Para poder se realizar essa colheita de dados dos processos clinicos dos individuos que constitu ram o nosso universo foi necess rio obter inicialmente uma autoriza o da CTGSF Uma vez esta obtida e ao abrigo do artigo n 11 do decreto lei n 26 2007 a Comit Nacional de tica em Pesquisa para Sa de na sua 31 Reuni o Ordin ria de 14 de Agosto de 2012 aprovou e deu o seu parecer final favor vel ao estudo por preencher os requisitos tico legais 77 Capitulo IV Resultados 4 1 Resultados Entre os anos 2006 e 2010 houve 230 admiss es na CTGSF para tratamento de depend ncia de substancias psicoactivas no total por m como 10 sujeitos foram readmitidos tivemos um total de 220 sujeitos Foram excluidos do estudo os prontu rios de 05 sujeitos 2 3 03 devido falta de ficha de encaminhamento 1 4 e 02 por prontu rio incompleto 0 9 A idade dos sujeitos variou de 18 a 48 anos a m dia foi de 30 25 anos com desvio padr o de 6 36 e mediana de 29 anos As demais caracter sticas sociodemogr ficas est o apresentadas na Tabela 1 Os dados de todas as tabelas quadros e gr ficos s o de elabora o do autor a partir dos processos cl nicos dos residentes 4 2 Analise descritiva das variaveis 4 2 1 Caracteristicas sociod
200. rama de redu o de riscos e minimiza o de danos atrav s de um programa de metadona em Torrres Vedras Portugal observaram que o tempo m dio de perman ncia em programa era de 2 3 meses 105 Perante o supracitdo uma poss vel hip tese para estes resultados que tanto a idade dos indiv duos como a sua escolaridade podem influir na sua perman ncia pois segundo David et al 1997 quanto maior a idade do indiv duo menor o tempo de perman ncia no programa de tratamento e quanto menor a escolaridade do sujeito menor ser o tempo de perman ncia esperado no tratamento Relativamente idade de in cio de uso de drogas salienta se que n o houve registo de uso de lcool nem de tabaco nos prontu rios de nenhum sujeito Contudo relativamente s outras subst ncias psicoactivas verificou se que a idade m nima de in cio de uso de drogas variou entre nove e 15 anos sendo que a idade m xima de in cio oscilou dos 26 aos 38 anos A m dia de idade de in cio de uso de drogas oscilou entre 16 18 anos para canabin ides e 21 59 anos para coca na Esses resultados assemelham aos de Negreiros 2002 que num estudo realizado com 176 consumidores problem ticos de drogas cerca de 14 dos entrevistados come aram a consumir a droga de in cio entre os oito e os 12 anos de idade sendo que essa m dia de idade foi de 15 7 anos ligeiramente inferior a m dia da idade de inicia o da droga de abuso principal que se situou a v
201. ranc s Ainda foram consultadas Disserta es Teses e Relat rios de Congressos 3 2 Tipo de estudo Esta pesquisa caracteriza se como um estudo epidemiol gico transversal retrospectivo descritivo quantitativo e anal tico a partir de dados secund rios que se encontram nos processos cl nicos dos residentes que j passaram pela CT Este estudo correlacional tem por objectivo descrever e analisar a rela o entre vari veis seleccionadas Deste modo pretende se estabelecer a rela o entre as vari veis sociodemogr ficas padr o de uso e comorbidades e as repercuss es na conclus o de programa de tratamento nesta vis o que Tripoldi et al citado em Lakatos amp Marconi 2010 p 170 consideram que c os estudos de descri o de popula o como estudos descritivos que possuem com fun o primordial a exacta descri o de certas caracter sticas de uma popula o como um todo organiza es ou outras colectividades especificas Gil 2008 complementa referindo que certas investiga es descritivas se aproximam da explicativa pois ultrapassam a identifica o b sica da exist ncia entre vari veis visando determinar a ess ncia dessa rela o 3 3 Local do estudo A CTGSF foi criada em 06 de Julho de 2005 e recebeu seus primeiros residentes em 27 de Outubro de 2005 Est localizada nos arredores da Cidade da Praia em S o Filipe na ilha de Santiago sendo de f cil acesso aos grupos de auto ajuda aos fa
202. rer ao uso de quaisquer subst ncias psicoactivas Dentre essas actividades destacam se pintura desenho culin ria horticultura inform tica reciclagem jogos filmes passeios etc Grupo de Prepara o de Fim de Semana grupo de orienta o para gest o ao fim de semana n o s para os residentes que saem de licen a de fim de semana como tamb m para os que permanecem no centro tendo em conta a aus ncia da maioria dos t cnicos 70 Grupos de Sentimentos grupo facilitado pelos enfermeiros todos os domingos tarde Os residentes identificam os sentimentos predominantes durante a semana sentem se compreendidos e recebem ajuda na gest o desses sentimentos Grupo T pico grupo de leitura e discuss o de textos sobre t picos espec ficos escolhidos pela equipa t cnica mediante as dificuldades actuais do grupo com o objectivo de as ultrapassar Mini Grupos e Grupo de Tarefas leitura de trabalhos espec ficos promovendo a entreajuda entre os membros e busca de uma certa autonomia para dialogar e confrontar diversas situa es problema Grupo de Encontro grupo seguro honesto frontal e confidencial facilitado semanalmente por um psic logo terapeuta ou conselheiro terapeuta no qual um residente confronta o outro por sua m atitude e comportamento no tratamento no intuito de o ajudar Palestras Espa o din mico aberto e participativo com t cnicos da CTGSF ou de outras institui es em que se deba
203. resina de cannabis predomina pr ximo Oriente M dio Oriente e na Asia Sul Ocidental embora em frica Setentrional e Europa os mercados de haxixe e de cannabis s o semelhantes Em outras partes do planeta inclu dos os Estados Unidos onde a produ o continua elevada predominam cannabis UNODC 2012 45 Nos humanos varios sao os efeitos subjectivos produzidos pela cannabis desde euforia disforia seda o altera o da percep o do tempo aumento da interfer ncia na aten o seletiva e no tempo de rea o altera o nas fun es sensoriais preju zo do controle motor do aprendizado e preju zo transit rio na mem ria de curto prazo al m de efeitos neurovegetativos como boca seca taquicardia at hipotens o postural Miller amp Branconnier 1983 e al m disso constata se alguns efeitos como crises de ansiedade transtorno psiqui trico como a depress o e psicopatologias da personalidade Comptom et al 2004 Em usu rios regulares da cannabis podem ocorrer preju zos acad micos baixo rendimento escolar e de aprendizagem das habilidades profissionais do desempenho social neurocognitivos motiva o planeamento fun o visuoespacial impulsividade desaten o e hiperatividade situa es id nticas observados em indiv duos com transtornos psic ticos Leweke amp Koethe 2008 elevar o risco de desenvolvimento de esquizofrenia e de sintomas psic ticos cr nicos Diehl et al 2010 aumenta o ris
204. s 2 3 Tempo de consumo tipo de drogas Tipo de droga Idade em anos em que usou a droga pela 1 vez Alcool Cannabis Cocaina aspirada Cocaina Fumada Crack Heroina fumada Hero na injectada Haxixe Outras 2 4 Tempo de Consumo da Droga que levou a procurar o tratamento em meses ou anos lcool Cannabis Coca na Coca na Hero na Haxixe Outras aspirada fumada Crack 2 5 Quantidade e frequ ncia de uso Subst ncia Psicoactiva Quantidade Frequ ncia 2 6 Tratamento Anterior Sim N o 3 Comorbidades 168 C rie dent ria Diminui o de acuidade visual Pitir ase Versicolor Infec o pelo VIH Infec o pelo Virus da Hepatite B Transtorno do sono Afec es digestivas Afec es respirat rias Outras especificar Ap ndice Il Autoriza o do servi o para realiza o do estudo Za Camis on itn q Ex Sr Director da Com nidade Terap utica Granja S o Filipe Praia 09 de Abril de 2012 M rio Ant nio Soares Almada Barros Enfermeiro a desempenhar fun o neste Centro de Tratamento na Cidade da Praia e aluno da Universidade de Cabo Verde UNICV a frequentar o Curso Mestrado em Sa de P blica sob a orienta o do Professor Jos Manuel Bertolote departamento Sa de P blica FMB UNESP Uni
205. s a 12 year longitudinal study Addictive Behaviors 24 5 607 631 From http youthandreligion nd edu related resources bibliography on youth religion substance use Galdur z J C Noto A R amp Carlini E A 1997 IV Levantamento sobre o usode drogas entre o 1 e 2 grau em 10 capitais estudantes de 1 brasileiras S o Paulo Centro Brasileiro de Informa es sobre Drogas Psicotr picas CEBRID Galdur z J C F 2006 M dulo1 Cap tulo 2 Epidemiologia do uso de subst ncias psicoativas no Brasil peculiaridades regionais e popula es espec ficas Dispon vel em ufrb edu br 5 curso de atualizacao sobre intervencao breve e aconsel Garland E L Howard M O 2011 Adverse Consequences of Acute Inhalant intoxication Experimental and Clinical Psychopharmacology 192 134 144 From http psycnet apa org journals pha 19 2 134 Garland E L Howard M O Vaughn amp M G Perron B E 2011 Volatile Substance Misuse in the United States Substance Use amp Misuse 46 8 20 From www researchgate net Volatile substance misuse 1 Gavazzoni J A 2008 Avalia o do efeito de um programa de interven o Comportamental sobre o comportamento de fumar cigarros Disserta o de Mestrado Londrina UEL Geter R S 1994 Drug user settings a crack house typology International Journal of Addict 29 8 1015 1027 Giannini A amp Collins G B 2001 Substance abuse and thou
206. s Seekig treatment in Sao Paulo Brazil Revista Panamericana de Salud P blica 23 6 384 393 From http www scielosp org pdf rpsp v23n6 a03v23n6 pdf Kalina E amp Kovadloff S 1988 Drogadic o Rio de Janeiro Francisco Alves Kandel D amp Yamaguchi K 1993 From beer to crack developmental patterns of drug involvement American Journal Public Health 83 6 851 855 From http www ncbi nlm nih gov pmc articles PMC 1694748 Kenna G A Nielsen D M Mello P Schiesl A amp Swift R M 2007 Pharmacotherapy of dual substance abuse and dependence CNS Drugs 21 3 213 237 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 17338593 Koller et al 2003 Complica es cl nicas do consumo de crack In Ribeiro M Laranjeira R O tratamento do usu rio de crack 1 ed S o Paulo P 74 98 Lacks V amp Juli o A 2006 Transtonrnos relacionados ao uso de drogas avali o diagn stica e uso de instrumentos de avalia o psiqui trica In D DaSilveira amp Moreira Orgs Panorama Actual de Drogas e Depend ncias 59 66 S o Paulo Brasil Artheneu 139 Lacks V amp Quaglia G 2006 T rmino do tratamento In D Silveira da amp Moreira Orgs Panorama Actual de Drogas e Depend ncias 129 133 S o Paulo Brasil Artheneu La ns M C 2006 Padr es de Consumo de lcool em Programa de Substitui o de Metadona Coimbra Trabalho realizado no 4mbito do concurso interno de ac
207. segura que as unidades b sicas de sa de s o respons veis pelo encaminhamento de 13 1 dos casos dos quais 47 4 de usu rios de lcool 44 7 de crack e 5 3 de cannabis e os que procuraram o tratamento de forma espont nea pr ximo de metade 50 8 eram usu rios de crack Nesta l gica Dunn e Laranjeira 1999 afirmam que a procura por tratamento aparenta ser mais precoce entre os usu rios de crack comparativamente aos de coca na aspirada Velho 2010 refere que dos usu rios que procuram o tratamento 54 8 n o tinha realizado um tratamento anterior e n o existe diferen as significativas entre os g neros na propor o do crack pois o uso dessa subst ncia entre as mulheres que procuraram o tratamento corresponde a 54 9 dos casos Contudo os usu rios de coca na e crack s o os que possuem maiores ndices de abandono Duailibi et al 2008 particularmente os dessa ltima subst ncia Dunn amp Laranjeira 1999 Na pesquisa retrospectiva de Silveira 2001 em Curitiba investigou 682 prontu rios de adolescentes na faixa et ria dos 10 20 anos internados por depend ncia qu mica registou que o crack era a segunda subst ncia mais consumida 49 a frente do lcool 39 e da coca na aspirada 29 somente atr s da cannabis subst ncia que de forma isolada dificilmente constitui a raz o de internamento Por sua vez Mombelli Marcon e Costa 2010 no estudo transversal retrospectivo realizado na Unidade de Psiqu
208. st ncia mais consumidos no mundo apenas ultarapassado pela cannabis com uma preval ncia estimada em 2010 de 0 3 a 1 2 entre 14 3 milh es e 52 5 milh es de usu rios cada vez mais frequente o uso de metanfetamina na Asia ocidental e na Asia central assim como a fabrica o il cita de essa subst ncia em algumas zonas permitem supor que seu consumo tamb m vai aumentar nessa regi o UNODC 2012 A preval ncia anual de consumo de ecstasy se calcula entre o 0 2 e o 0 6 da popula o de 15 a 64 anos entre 10 5 milh es e 28 milh es de consumidores apesar 50 de se comunicarem taxas superiores em Oceania 2 9 Am rica do Norte 0 9 e Europa ocidental e central 0 8 sendo que o consumo mais elevado entre os jovens Ap s o consumo de anfetaminas pode gerar quadros ansiosos agudos com sintomas de inquieta o podem aparecer na intoxica o aguda ou overdose irritabilidade tremor ansiedade labilidade do humor cefaleia calafrios v mitos sudorese e verborragia Wilkins Conner amp Gorelick 1998 sendo que a s ndrome de abstin ncia muito comum nesses usu rios e caracteriza se por fissura intensa agita o ansiedade pesadelos redu o de energia lentifica o e humor deprimido Cantwell amp McBridge 1998 o ecstasy produz um quadro de euforia e bem estar sensa o de intimidade e proximidade com os outros anorexia taquicardia tens o maxilar bruxismo e sudorese Laranjeira Dun
209. st nciade abuso S o Paulo ABEAD p 07 11 140 Laredo M L Orejudo S amp Carrobles J A 2005 Variables psicosociales en la adherencia al tratamiento antirretroviral en pacientes adscritos a un programa de mantenimiento con metadona Psicothema 17 267 271 Disponivel em http www psicothema com psicothema asp id 3148 Laudet B A amp William L W 2008 Capital de Recupera o como Prospective Predictor de recupera o sustentada satisfa o com a vida e estresse entre os ex usu rios de poli subst ncias Dispon vel em http www ncbi nlm nih gov pmc articles PMC2211734 Leite M C 1996 Rela es entre depend ncia de coca na e transtorno depressivo contribui o para o estudo da comorbidade psiqui trica em pacientes dependentes de subst ncias psicoactivas Tese de Doutourado S o Paulo Universidade de S o Paulo Leite M C 1999 Fatores preditivo de resposta terap utica em tratamento ambulatorial para dependentes de coca na Tese de Doutorado S o Paulo Universidade de S o Paulo Leon G de 1993 A Comunidade Terap utica Teoria Modelo e M todo S o Paulo Edi es Loyola p 14 21 Leon G de 2003 A Comunidade Terap utica teoria modelo e m todo S o Paulo Loyola Leon G de 1994 The Therapeutic Community Toward a General Theory and Model In National Institute on Drug Abuse Therapeutic Communities advances in research and application Rockville N
210. statou se um acr scimo de 14 35 43 50 para 50 79 no per odo 2000 a 2009 no percentual de usu rios solteiros Batista et al 2012 Verifica se nos centros de recupera o que entre os dependentes de subst ncias psicoactivas que a taxa de desemprego consider vel David et al 1997 Guimar es et al 2008 Seabra et al 2010 Batista et al 2012 Castro et al 2012 Capistrano et al 2013 pois a degrada o progressiva do usu rio nos aspectos biopsicossocial na depend ncia qu mica acarretam lhes dificuldades e o preconceito com que deparam relativamente s oportunidades para o trabalho ou a perman ncia nesse Souza Kantorski amp Mielke 2006 A estabilidade profissional do sujeito e o n vel profissional superior Washton Potash amp Gold 1984 preditores de boa resposta ao tratamento Brewer Catalano Haggerty Gayney amp Fleiming 1998 Segundo Nappo et al 2003 tais usu rios t m um perfil jovem desempregado com baixa escolaridade pouco poder aquisitivo e provenientes de fam lias desestruturadas O primeiro contacto com as subst ncias psicoactivas possa ocorrer em qualquer idade embora mais frequente na adolesc ncia Diez et al 2000 Montalvo et al 2004 Almeida Ferreira Gomes Silva amp Santos 2007 Cavalcante Alves amp Barroso 2008 cada vez mais o consumo de subst ncias psicoactivas ocorre mais precocemente sendo a idade de uso inicial das subst ncias psicoactivas em torno dos 10
211. stina de forma a serem registadas as informa es de interesse Ele encontra se no Ap ndice I As vari veis investigadas incluem os dados biossociodemogr ficas para caracteriza o do universo em g nero idade escolaridade filhos profiss o ocupa o e situa o laboral estado civil coabita o Relativamente ao padr o de uso identificou se idade de in cio do uso de drogas primeira droga consumida tipos de drogas que j usou tempo de consumo tratamentos anteriores tempo de perman ncia na CTGSF e resposta ao programa de tratamento quanto s caracter sticas cl nicas foram analisadas as comorbidades Os dados foram coligidos a partir dos processos cl nicos dos ex residentes O pr prio pesquisador colheu esses dados o que foi facilitado pelo facto do mesmo trabalhar na referida institui o Os dados foram registrados e identificados por c digos num ricos primeiramente em papel e depois passados para um banco de dados computadorizado folha de Excel 75 3 11 Processamento de dados A partir das planilhas Excel os dados foram organizados no programa Microsoft Office Excel 2007 for Windows e posteriormente trabalhados no SPSS Statistical Package for the Social Sciences vers o 19 0 para Windows No que diz respeito as vari veis cont nuas foram analisadas as m dias e os desvios padr o Medidas de frequ ncias relativas e absolutas foram empregadas para as vari veis categ ricas com objectivo de verifi
212. studo 169 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Frequ ncia e percentagem dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de Sao Filipe segundo as caracteristicas sociodemograficas Cabo Verde 2006 2010 Tabela 2 Idade em anos de inicio de uso de drogas em Comunidade Terap utica Granja de Sao Filipe por tipo de substancia psicoactiva Cabo Verde 2006 2010 80 Tabela 3 Frequ ncia e percentagem dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe conforme a primeira subst ncia psicoactiva consumida Cabo Verde 2000 2010 A A A 80 Tabela 4 Frequ ncia e percentagem dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe segundo tipos de drogas consumidas Cabo Verde 2006 2010 81 Tabela 5 Frequ ncia e percentagem das m ltiplas subst ncias psicoactivas usadas por residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe Cabo Verde 2006 2010 Tabela 6 Tempo de consumo em anos dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe por depend ncia Cabo Verde 2006 2010 83 Tabela 7 Frequ ncia e percentagem dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe por tipo de droga que levou a procurar o tratamento Cabo Verde 2006 ii id i 83 Tabela 8 Frequ ncia e percentagem dos residentes da Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe segundo n meros de drogas consum
213. subst ncias psicoactivas tem tido um papel fulcral no aumentado da problem tica da sociedade em geral afectando milhares de pessoas Particularmente em Cabo Verde numa popula o a rondar os 500 mil habitantes tem se verificado uma procura significativa dos dependentes de subst ncias psicoactivas ao tratamento especializado em Comunidade terap utica Granja de S o Filipe Como este centro n o recebe indiv duos dependentes do lcool e tabaco o estudo n o cobre essas subst ncias ent o o eventual uso dessas drogas vai ser registado como comorbidade A maior parte dos residentes que passaram por esse centro n o tem respondido de forma eficaz ao programa de tratamento acabando mesmo por ser expulso abandonar ou mesmo fugir sobretudo as mulheres Perante estas constata es e o que a literatura tem publicado torna se necess rio agu ar o nosso olhar em direc o resposta ao programa de tratamento Deste modo percebe se o qu o relevante proceder um estudo para melhor compreens o desse processo din mico de tratamento e da resposta ao programa de tratamento dos residentes E para al m disso trata se de um trabalho acad mico cient fico que motiva tanto ao n vel pessoal como profissional 1 4 Objectivos A defini o dos objectivos tanto o geral como os espec ficos pelos quais o estudo se deve orientar foi com base nas convic es da problem tica da resposta ao programa de tratamento dos residentes que consider
214. susceptibility to episode recurrence in spontaneous recurrence of methamphetamine psychosis Ann New York Academie Science 965 292 304 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 12105105 Capitulo VIII Ap ndice Ap ndice Formul rio de colheita de dados Instrumento de recolha de informa es N de coleta de informa es 166 1 Vari veis sociodemogr ficas 1 1 Idade anos completos 1 2 G nero M ___F ___ 1 3 Estado Civil Solteiro Casado Separado Junto Vi vo Divorciado 1 4 Filhos Sim ___ Nao ___ 1 5 Habilita es liter rias Sem Ensino Ensino Ensino Ensino Ensino Escolaridade B sico Secund rio T cnico M dio Superior 1 6 Profiss o 1 7 Ocupa o 1 8 Coabita o Sozinho Pais Pai M e Irm o Av s Companheiro Outro 1 9 T rmino de tratamento Data da Data de Motivo da Completou admiss o sa da alta o programa 2 Padr o de uso de drogas 2 1 Primeira droga consumida 167 Alcool Cocaina aspirada Cannabis Cocaina fumada Crack Heroina Haxixe Outras 2 2 Idade de inico de uso de drogas tipo de drogas Tipo de droga Idade em anos em que usou a droga pela 1 vez Alcool Cannabis Cocaina aspirada Cocaina Fumada Crack Heroina fumada Hero na injectada Haxixe Outra
215. t and remitted substance use disorders Addict Behavior 36 11 1087 1090 From http www ncbi nlm nih gov pmc articles PMC3412532 136 Horta R L Horta B L amp Pinheiro R T 2006 Drogas familias que protegem e que exp em adolescentes ao risco Jornal Brasileiro de Psiquiatria 55 4 268 272 Dispon vel em http www scielo br pdf jbpsiq v55n4 a02v55n4 pdf Howard M O Perron B E Sacco P Ilgen M Vaughn M G Garland E amp Freedentahl S 2010 Suicide ideation and attempts among inhalant users results from the national epidemiologic survey on alcohol and related conditions Suicide Life Threat Behavior 40 276 286 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 20560749 Hser Y L Joshi V Anglin M D amp Fletcher B 1999 Prediting post treatment cocaine abstinence for first time admissions and treatment repeaters American Journal of Public Health 89 5 666 671 Hser Y Evans E Huang D amp Anglin D 2004 Relationship between drug treatment services retention and outcomes Psych Services 55 767 774 Fom http www drugfree org join together other study quality of care during Iglesias V Cavada G Silva C amp C ceres D 2007 Consumo precoz de tabaco y alcohol como factores modificadores del riesgo de uso de marihuana Revista de Sa de P blica 41 4 517 522 Dispon vel em http www scielo br pdf rsp v41n4 5822 pdf Instituto da Droga e Toxic
216. te p branco Angel Richard amp Valleur 2002 10 Moreira e Ara jo 2006 observam que desde o fim da d cada de 1970 o cen rio das drogas passou por uma era de mudan as pois chegaram aos diversos pa ses um segundo per odo de intoler ncia s dragas liderado pelos Estados Unidos e refor ado pela elabora o das Conven es Irm s da ONU Em meados de 1975 e 1976 as sementes de uma planta denominada cannabis sativa proveniente da sia Central e Ocidental difundida pela regi o tropicais e temperadas do mundo conhecidas por Liamba Padjinha chegaram a Cabo Verde atrav s dos Cabo verdianos que regressavam da Angola geralmente denominados de Retornados D Angola Veiga 1992 Segundo o mesmo autor esses retornados salientaram que trouxeram as sementes de Cangonha com objectivo de fazerem ch para dores de cabe a e que em Angola usavam nas como tabaco Actualmente suas complica es clinicas e sociais s o consideradas um problema de sa de p blica Beltr o et al 2003 Raupp amp Sapiro 2008 Pratta amp Santos 2009 constituindo uma realidade atemorizadora e nessa inclu a adolescentes jovens e adultos de todos os estratos sociais profiss es e religi es Loureiro Andr amp Lopes 2000 com a desestruturag o familiar isolamento social e afectivo criminalidade e superlota o tanto nas celas prisionais como nos hospitais a afigurar se entre as principais conseq
217. te a comorbidade psiqui trica efectuada com jovens usu rios de lcool e outras drogas constataram que cerca de 60 dos indiv duos apresentavam uma comorbidade tendo o transtorno de conduta e o transtorno desafiador opositor os mais comuns a frente do transtorno depressivo Neste sentido Flynn e Brown 2008 afirmam que a maioria dos usu rios de drogas dentro do ambiente de tratamento possui ao menos um transtorno mental Tal facto pode ser averiguado nos estudos de Silva et al 2009 com 31 sujeitos diagnosticados como dependentes de lcool ou coca na crack em regime de internamento no Centro especializado de Depend ncia Qu mica da Unidade do Hospital Parque Bel m localizado em Porto Alegre RS atrav s da aplica o do Mini International Neuropsychiatric Interview M I N I verificaram que 83 9 dos integrantes deste pesquisa apresentaram ao menos um outro transtorno mental Destes 61 3 foram diagnosticados com dois ou mais transtornos mentais direccionando para a presen a de comorbidades m ltiplas em expressiva parcela da amostra estudada No grupo de indiv duos alco licos somente 18 8 n o apresentaram comorbidades psiqui tricas enquanto no grupo de dependentes de coca na crack em somente 13 3 n o foi diagnosticado nenhum outro transtorno psiqui trico deixando transparecer que as comorbidades psiquiatricas s o mais comuns entre usu rios de outras drogas il citas como crack do que subst ncias psicoactivas como o
218. te deca east sats yeas oun eas ase soa 12 3 10 Instrumento de colheita de dados siii iria 14 3 11 Processamento de dados seseeeseeeeeseeessesessesssesressetsteseesetstestesstesetsereseesseseeesee 75 3 12 Procedimentos formais ticos legais em pesquisa com seres humanos 76 CAPITULO IV RESULTADOS spas siste neoon da atua tosse casas 1d AA ReSUMAdOS ua ng se ince UT A AAA A ARA E AER 77 4 2 An lise descritiva das VAN VEIS gaia A aaa ia A apa 78 4 2 1 Caracter sticas SOCIOdEeMORT FICAS cocococcconnnononanonanonanonnnnnn ono nnnn cono cn neon neon conan enn nena aeee nnnnrnnncnnes 78 4 2 2 Padr o de consumo de subst ncias psiCOAC IVAS ocoooccccnnocnonnnonncononono canon conoce na nonnncnn cnn nnnccn neo 80 4 2 3 Caracter sticas cl nicas Comorbidades oooooooonnnccnnnonocccnnonnnonnnnnnnnnnnnnccnnn nn nnnnn o rr rra arranco 85 4 3 An lise inferencial rron icra a tenses eb tando e a A A 88 AS Categorias de Tefervencid sis dpi iii ee ao Ashe 88 4 4 Resultado de An lise de Regress o Log stica Bin ria ooooonnnoconnoncccnoncccnoncconnnnnos 90 CAP TULO Ve DISCUSS O ad CAPITULO VI CONCLUSAO arica caida iento LLG CAP TULO VII REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS sssscsssscssscssscssscsssscsesscssscsssssssscseees 116 CAP TULO VIII AP NDICE asia t LOO Ap ndice I Formul rio de colheita de dados ie 166 Ap ndice II Autoriza o do servi o para realiza o do e
219. te n o s temas relacionados as depend ncias de subst ncias psicop ticas como tamb m temas ligados ao quotidiano Partilha Maravilha e Despertar Espiritual espa o em que o residente tem oportunidade de sair de si mesmo e mudar o seu relacionamento com o outro de respeitar as diferen as individuais e f de encontrar o bem estar e a paz interior e refor ar a sua rela o com o seu poder superior realizada todos os s bados tarde por ex residentes que est o em recupera o membros das igrejas entre outros Terapia Familiar realizada normalmente por ocasi o da sa da de fim de semana do residente na qual o psic logo terapeuta conselheiro terapeuta orienta a fam lia sobre o que a doen a de depend ncia de subst ncias psicoactivas e como ajudar o seu familiar A fam lia passa a entender o comportamento e os sintomas manifestados pelo dependente de subst ncias psicoactivas e que n o a causa dessa doen a cr nica ainda um espa o aproveitado para a confronta o de problemas entre fam lia e dependente vivenciados anteriormente entrada na CT 71 3 6 Fonte de dados e Sujeitos Os arquivos dos pacientes admitidos CTGSF entre 01 de Janeiro de 2006 dois meses ap s o in cio de suas atividades em 27 de Outubro de 2005 e 31 de Dezembro de 2010 constitu ram a principal fonte de dados deste estudo A escolha desse material deve se ao facto de ser o melhor mecanismo disposi o do investigador par
220. ten o do T tulo de Mestre em Sa de P blica 1 1 Conceitos Para uma melhor compreens o do trabalho torna se necess rio definir alguns conceitos relacionados depend ncia de subst ncias psicoactivas utilizados neste estudo A Organiza o Mundial de Sa de OMS 2006 define droga como qualquer subst ncia natural ou sint tica que administrada por qualquer via no organismo produz altera es na sua estrutura ou fun o Straub especifica que drogas psicoactivas s o subst ncias qu micas que actuam no c rebro modificando o humor a consci ncia outras fun es psicol gicas ou o comportamento Straub 2005 No processo de tratamento e recupera o do dependente qu mico h uma estreita rela o entre o conceito da droga de depend ncia de subst ncia psicoactiva de dependentes de subst ncias psicoactivas e de Comunidade Terap utica Deste modo a toxicodepend ncia ou depend ncia de subst ncias psicoactivas consiste numa condi o de depend ncia f sica e ou psicol gica de uma subst ncia t xica devido ao seu uso espor dico ou continuado OMS 2006 A depend ncia qu mica uma doen a cerebral de curso cr nica e recidivante caracterizada por altera es na estrutura e actividade desse rg o resultante do uso continuado de uma dada subst ncia psicoactiva Kaliva amp Wolkov 2005 citado por Laranjeira 2010 O dependente qu mico uma pessoa que se depara com uma situa o vivencial inace
221. tes qu micos Em s ntese dos 215 indiv duos estudados o perfil tipo da amostra estaria representado enquanto as vari veis sociodemogr ficas por um homem 89 com uma idade m dia de 30 25 anos solteiro 94 com filho 56 7 que coabita com pai m e ambos 33 5 habilitado com ensino secund rio 60 9 de profiss o elementar 38 1 e desempregado 76 7 Atendendo aos Padr o de consumo de subst ncias psicoactivas poderia assinalar que o perfil do usu rio se caracteriza por um sujeito que n o tinha realizado 115 nenhum tratamento anterior cuja m dia de tempo de perman ncia ronda os 196 97 dias sendo o tempo m nimo de um dia e o m ximo de 1187 Come ou a usar drogas canabin ides aos nove anos de idade e a primeira subst ncia psicoactiva consumida foi canabin ides 86 5 mas foi a coca na a que mais consumiu 98 1 sendo que as drogas m ltiplas eram constitu das essencialmente por canabin ides coca na 72 6 e tendo consumido durante 14 16 anos Por m procurou o tratamento devido ao consumo da coca na 79 5 e usava duas drogas 72 6 No que se refere as comorbidades este individuo padece de transtorno por uso de tabaco 74 4 e apresenta duas comorbidades 30 2 Com respeito a vari vel resposta ao programa de tratamento pode se indicar que o sujeito n o concluiu o programa de tratamento 53 5 O g nero e n mero de comorbidades apresentadas predi
222. ticles PMC2200799 Foltin R W Fischman M W amp Levin F R 1995 Cardiovascular effects of cocaine in humans laboratory studies Drug Alcohol Dependent 37 3 193 210 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 77967 14 Foote j Seligman M Magura S Handelsman L Rosenblum A Lovejoy M Arrington K amp Stimmel B 1994 An enhanced positive reinforcement model for the severely impaired cocaine abuser Journal substance Abuse treatment 11 6 525 539 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 7884836 Fracasso L 2011 Caracter sticas da Comunidade Terap utica In Serrata S M Drogas e lcool Preven o e Tratamento 6 ed Campinas SP Komedi P 272 288 Franco F O Turchi M D Laranjeira R amp Castelo A 2003 Perfil sociodemogr fico e de padr es de uso entre dependentes de coca na hospitalizados Revista de Sa de P blica 37 6 751 759 Dispon vel emwww scielo br scielo php pid S0034 89102003000600010 amp script sci arttext Fredrichson P Boules M Lin S C amp Richelson E 2005 Neurobiologic basis ofnicotine addiction and psychostimulant abuse a role for neurotensin Psychiatry Clinic North America pp 737 746 Fuller R K 1991 Assessment of treatment outcome Alcohol and alcoholism National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism 1 519 522 131 Galaif E R amp Newcombs M D 1999 Predictors of polydrug use among four ethnic group
223. tion from an Outpatient Marijuana dependence Counseling Program Addictive Behaviors 18 553 566 Roig T A 1996 El modelo americano de Comunidad Terapeutica y su difusion en Europa XIII Jornadas Nacionales de Socidrogalcohol Palma de Mallorca p 193 214 Ross S Dermatis H Lavounis S amp Galanter M 2003 A comparison between dually diagnostic in patients with and without axis II comorbidity and relationship to treatment outcome American Journal of Drug and Alcohol Abuse 29 2 263 279 From http www ncbi nlm nih gov pubmed 12765206 Rossetti A C K amp Santos V E P 2006 Dependente qu mico ades o ao tratamento Revista T cnico cientifico de Enfermagem 4 14 Disponivel em http www scielo br Saavedra F J F 2004 Actividade motora e toxicodepend ncia Estudo sobre o efeito de um programa espec fico de actividade f sica numa popula o toxicodependente Tese de Doutoramento Dispon vel em https repositorio utad pt bitstream 10348 20 1 phd fijfsaavedra voll pdf Sabino N M amp Cazenave S O S 2005 Comunidades terap uticas como forma de tratamento para a depend ncia de subst ncias psicoativas Estudos de psicologia 22 2 167 174 Dispon vel em www scielo br scielo php pid s0103 166x2005000200006 amp script Salgado J V Malloy D L F Campos V R Abrantes Fuentes D Bechara A amp Correa H 2009 Avalia o neuropsicol gica do comportamento imp
224. tiva com dez modalidades de tipos de drogas 1 lcool 2 Opi ceos 3 Canabin ides 4 Sedativos e hipn ticos 5 Coca na 6 Outros estimulantes inclui anfetamina e cafe na 7 Alucin genos 8 Tabaco 9 Solventes vol teis 10 M ltiplas drogas e outras subst ncias Comorbidades Vari vel qualitativa com onze modalidades 1 Doengas da cavidade oral das gl ndulas salivares e dos maxilares 2 Doen as do 74 aparelho digestivo 3 Doen as do ouvido nariz faringe e laringe 4 Doen as do aparelho respirat rio 5 Doen as do aparelho Geniturin rio 6 Doen as infecciosas e parasit rias 7 Transtornos mentais e comportamentais 8 Doen as do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo 9 Doen as da pele e do tecido subcut neo 10 Doen as do olho e anexos 11 Outras doen as N mero de comorbidades Vari vel qualitativa com quatro categorias 1 Sem comorbidades 2 Uma comorbidade 3 Duas comorbidades 4 Tr s ou mais comorbidades Resposta ao programa de tratamento Vari vel qualitativa com cinco modalidades 1 Conclus o 2 Expuls o 3 Abandono 4 Fuga 5 bito 3 10 Instrumento de colheita de dados O Instrumento de colheita de dados utilizado consistiu num formul rio de dados biossociodemogr ficos e de um levantamento de padr o de consumo e de comorbidades elaborado especificamente para este trabalho pelo pesquisador em fun o do tema em estudo dos objectivos da popula o a que se de
225. tivos NIDA 2011 Surjan Pillon e Laranjeira 2000 numa pesquisa realizada em cl nica de recupera o na cidade de S o Paulo com pacientes dependentes de lcool e outras drogas cerca de 48 deles j tinham efectuado pelo menos um tratamento anterior Neste sentido processos relevantes para a conclus o dos tratamentos t m sido evidenciados por v rios estudos como a ades o e o envolvimento nestes Veremos seguidamente que essas pesquisas t m identificado conjunto de factores influentes nos processos mencionados e seguindo como refer ncia seus resultados norteia o desenvolvimento de opera es espec ficas no intuito de incrementar a termo dos programas de tratamentos 2 6 2 Factores que interferem com a ades o e o envolvimento em programas de tratamento e sua conclus o Os dependentes de subst ncias psicoactivas demonstram enorme dificuldade em manter se no tratamento e t m uma rdua tarefa de focalizar na aquisi o de novos h bitos em detrimento da rotina de consumo de drogas Na linha de pensamento de Herv s et al 2010 pode se afirmar que a maior ou menor probabilidade do abandono do individuo relaciona se com a converg ncia de v rios factores e vari veis n o s relacionados com os pacientes como tamb m relacionados com o tratamento que 31 dinamicamente interagem ao longo do processo de tratamento Nesta perspectiva Almeida e Xavier 1995 consideram indispens vel aperfei oar a efectividad
226. tratamento dos indiv duos com maiores de 18 anos de idade Minist rio da Justi a amp Escrit rio das Na es Unidas Contra Droga e Crime MJ amp ONUDC 2011 Nas comunidades terap uticas profissionais actualmente existe uma vis o individualizada do toxicodependente de maneira que dentro de um programa geral existe um processo avaliativo espec fico considerando os factores comportamentais ou de personalidade sociol gicos fisiol gicos educacionais e culturais Assim cada indiv duo ser incorporado dentro do programa geral Gil amp Arroyo 2010 Nesta perspectiva a moderna comunidade terap utica veio enquadrar este modo de interven o sob o processo mais cient fico e humano Tinoco 2006 15 2 3 Dependentes de Substancias Psicoactivas H uma estreita rela o entre dependente de subst ncias psicoactivas e depend ncia de subst ncia Sendo assim segundo a depend ncia de subst ncias descrita por um agregado de sintomas cognitivos comportamentais e fisiol gicos evidenciando de que o individuo continua a consumir a subst ncia n o obstante as dificuldades relevantes relacionados com esta Existe um padr o de auto administra o repetida que resulta geralmente em toler ncia abstin ncia e comportamento compulsivo quanto ao consumo de drogas Associa o Psiqui trica Americana APA 2002 No que se refere ao pensamento os toxicodependentes manifestam um mundo de ideia que lhe peculiar
227. u ncias desse problema Feij o 2004 White amp Kurtz 2006 Essa situa o constitui objecto de preocupa o n o s para as fam lias como tamb m para as organiza es governamentais e n o governamentais White amp Whiters 2005 Percebe se que ao longo dos s culos as drogas acompanharam os passos do homens e por vezes relacionado intimamente com estes funcionado com duas faces bem e mal v o continuar a faz lo at os ltimos momentos das suas vidas preocupante a crescente onda de novas drogas sintetizadas cada vez mais aumenta o n mero de dependentes de subst ncias psicoactivas e as comorbidades associadas a elas tornado num dos mais s rios problemas de Sa de p blica Torna se necess rio um esfor o global para tentar travar ou minimizar essas aflu ncias de produ o tr fego e 11 consumo dessas subst ncias cujas consequ ncias negativas para a sa de do individuo fam lia comunidade sociedade e mundo s o as mais sinistras poss veis 2 2 Hist ria e caracteriza o das Comunidades Terap uticas De acordo com Prado e Queiroz 2012 as institui es entendidas como comunidades terap uticas s o antigas O termo Comunidade Terap utica foi primariamente utilizado por Maxwell Jones na Inglaterra em 1959 para caracterizar um movimento de reforma do hospital psiqui trico marcadas por medidas administrativas democr ticas participativas e colectivas A comunidade Terap utica nasceu depois
228. u rios de drogas Como a Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe CTGSF o nico servi o de Cabo Verde especializado no tratamento de dependentes de subst ncias psicoactivas o impacto que isso representa para o Programa Nacional de Sa de Mental e para o Programa Nacional Integrado de Luta Contra a Droga e Crime adquire propor es ainda mais significativas portanto mister documentar a real extens o desse problema e avan ar no entendimento de seus determinantes Destaque se que at 2005 em Cabo Verde os dependentes de subst ncias psicoactivas graves necessitados de cuidados hospitalares eram tratados conjuntamente com portadores dos demais transtornos mentais sem um local especializado compat vel com suas caracter sticas e necessidades cl nicas e terap uticas Embora desconhe amos qualquer estudo de avalia o do resultado dos tratamentos efectuados nesses servi os psiqui tricos gerais em Cabo Verde a experi ncia internacional un nime em considerar que os dependentes qu micos obt m os maiores benef cios terap uticos quando tratados em locais especializados Isso levou as autoridades nacionais a criarem em 2005 a Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe CTGSF com a finalidade prec pua de prestar atendimento a usu rios de subst ncias psicoactivas que houvessem atingido o est gio de depend ncia para o qual os cuidados ambulat rias eram insuficientes 1 3 Justificativa O consumo de
229. uanto maior gravidade de patologia org nica maior ser a probabilidade de conclus o do programa de tratamento Diez et al 2000 bastante frequente encontrar na literatura a exist ncia de consumo excessivo e situa es graves relacionado ao consumo do lcool em dependentes de outras subst ncias psicoactivas Para La ns 2006 not vel o aumento do consumo de lcool nos pacientes heroinodependentes em programas de substitui o Segundo Bickel Marion e Lowinson 1997 o uso abusivo do lcool e suas consequ ncias para a sa de simultaneamente com o consumo de coca na e infec o pelo VIH constitui um dos mais graves problemas entre os indiv duos em tratamento com programa de metadona Portugal et al 2010 numa pesquisa descritivo de car cter retrospectivo cujo objectivo era descrever o perfil de pacientes atendidos no Programa de Atendimento ao Alcoolista do Hospital Universit rio Cassiano Ant nio Moraes da Universidade Federal do Esp rito Santo portadores de comorbidades observaram que os transtornos cl nicos foram mais frequente 70 6 seguida de transtornos psiqui tricos 63 7 e sociais 34 4 De entre os primeiros a Hipertens o arterial 33 1 foi o mais prevalente sendo que o tabagismo 58 1 foi a que teve mais percentagem entre a segunda e por fim os conjugais 18 1 foi o mais frequente entre os problemas sociais Entre os fumantes refract rios est o aqueles indiv duos com depend nci
230. udo sabe se que o sucesso de qualquer terapia controle ou preven o de uma patologia depende essencialmente da ades o ao tratamento Benbrahim Garc a S ez amp Gastelurrutia 2009 Isso particularmente v lido para o tratamento de dependentes de subst ncias psicoactivas em comunidades terap uticas 23 Para Reiners Arruda Vieira e Azevedo 2008 os estudos relativos ades o fundamentam se na percep o dos profissionais de sa de de que os pacientes s o os grandes respons veis pela problem tica e que o defeito dos t cnicos assenta na promo o dum entendimento de maior profundidade concernente a ades o Neste sentido Ogden 2004 observa que uma das interven es para aperfei oar a ades o dos dependentes de subst ncias psicoactivas ao tratamento est vinculado ao aprimoramento do conte do da comunica o Os profissionais de sa de principalmente os que trabalham com esta problem tica t m uma responsabilidade embora menor do que a do paciente quando a quest o ades o ao programa de tratamento Assim uma investiga o atribui maior responsabilidade ao paciente quanto a ades o ao tratamento e que tanto os profissionais como os servi os de sa de sejam co respons veis por processo Reiners et al 2008 Isto sugere que um dos meios de melhorar a resposta ao programa de tratamento dos residentes numa comunidade terap utica passe precisamente por uma melhoria na comunica o e uma boa ad
231. udo observacional retrospectivo de tratamento em grupo com uma amostra de 1432 dependentes de lcool coca na e hero na avaliou o papel do g nero na reten o no tratamento numa Unidade de Toxicodepend ncia Madrid Espanha e encontrou diferen as relevantes na evolu o de tratamento segundo o g nero os homens tiveram melhor progn stico que as mulheres Apesar dessas controv rsias Sirvent et al 2010 mostraram se indiferente perante face a quest o do g nero respeitante conclus o ou n o do programam de tratamento j que num estudo retrospectivo de dois anos pesquisando os motivos da alta em dispositivos assistenciais de Fundaci n Instituto Spiral Oviedo Espanha numa amostra de 231 sujeitos dependentes de coca na opi ceos haxixe lcool psicof rmacos e m ltiplas drogas n o encontraram diferen as significativas entre abandono e g nero e idade sugerindo que o g nero por si s s o factores de risco para n o conclus o de tratamento Por conta desses resultados a literatura cient fica n o un nime relativamente a quest o do g nero no desfecho do programa de tratamento dos usu rios e dependentes de subst ncias psicoactivas embora reconhece uma predomin ncia dos indiv duos do g nero masculino nos centros de tratamento O segundo e ltimo achado deste estudo diz respeito associa o significativa entre o n mero de comorbidades e a n o conclus o do programa de tratamento demonstrando maior c
232. ue quando se consome qualquer droga seja ela l cita ou il cita altera e modifica o sistema nervoso e a susceptiblidade de criar depend ncia tanto psicol gica como f sica aumenta Geralmente o in cio de uso de drogas se da com subst ncias psicoactivas licitas nomeadamente lcool e tabaco em idade precoce e deforma pesada Guindalini Vallada Breen amp Laranjeira 2006 Mombelli et al 2010 aumentando a probabilidade de envolvimento s rio com uma ou mais drogas il citas Mora Corona Cravioto amp Villatoro 2002 a cannabis costuma ser a primeira droga il cita sendo que a progress o do uso bastante influenciado pela idade Sanchez amp Nappo 2002 Mombelli et al 2010 j que nos indiv duos mais velhos verifica se que o consumo de coca na aspirada e medicamentos e coca na inject vel precedem o consumo de crack Guindalini et al 2006 Dentre as subst ncias l citas o lcool a mais utilizada seguida do tabaco Carlini et al 2007 enquanto dentre as drogas il citas a cannabis a mais consumida no mundo Jungerman amp laranjeira 2008 directamente associado a sintomas depressivos em adolescente Otten Barker Maughan Arseneault amp Angels 2010 Estudos com dependentes de lcool e outras drogas t m apontado diversas les es nueropsicol gicos Salgado et al 2009 sintomas de depress o ansiedade hipomania mania Alves kessler amp Ratto 2004 podendo afectar ades o ao tratamento
233. ulheres que considerado o beber de maior risco 29 bebe dessa forma e 48 abaixo de duas doses No que se refere a frequ ncia de uso Negreiros 2002 observou que cerca de 84 6 dos entrevistados consumiam a droga principal diariamente e apenas 3 concordavam que o consumo era regular ou seja tr s vezes por semana durante pelo menos um m s A Secretaria Nacional de Pol ticas sobre Drogas SENAD 2011 em parceria com outras institui es realizaram uma pesquisa sobre o Perfil dos usu rios de crack e ou similares no Brasil tomando como refer ncia as 26 capitais o Distrito Federal munic pios seleccionados das nove Regi es Metropolitanas Federais e uma amostra representativa de cidades de pequeno e m dio porte seleccionadas a partir dos dois extremos constaram que h forte superposi o do uso de crack similares com o consumo de drogas l citas sendo o lcool e o tabaco as mais consumidas mais de 80 dos usu rios no Brasil Ainda verificaram que n mero m dio de pedras usadas por usu rio nas capitais de 16 por dia e nos demais munic pios o n mero de 11 pedras ao dia Por outro lado Sirvent et al 2010 num estudo retrospectivo de dois anos pesquisando os motivos da alta em dispositivos assistenciais de Fundaci n Instituto Spiral Oviedo Espanha numa amostra de 231 sujeitos dependentes de coca na opi ceos haxixe lcool psicof rmacos e m ltiplas drogas n o encontraram diferen as significativas e
234. ulsivo de sujeitos dependentes de lcool em abstin ncia Revista Brasileira de Psiquiatria 31 1 4 9 Dispon vel em http www scielo br pdf rbp v3 1n1 a03v3 1n1 pdf Sanchez M Z Van der amp Nappo S A 2002 Progression on drug use and its intervening factors among crack users Revista de Sa de P blica 36 4 420 430 155 Sanchez Z M amp Nappo S A 2007 A religiosidade a espiritualidade e 0 consumo de drogas Revista de Psiquiatria Clinica 34 1 73 81 Disponivel emhttp www scielo br pdf rpc v34s 1 al0v34s1 pdf Sanchez Z V D M amp Nappo S A 2002 Sequ ncias de drogas consumidas por usu rios de crack e fatores interferentes Revista de sa de P blica 36 4 420 430 Disponivel em http www scielo br pdf rsp v36n4 11760 pdf Santamaria E A amp Aljama A U 2004 La mujer drogodependiente especificidad de g nero Y factores asociados Dispon vel em http www osakidetza euskadi net v 1 90sk0002 es contenidos informacion publi cacions_ovd_otras_investi es_9061 adjuntos drogas_ocio pdf Santil n A E Thrasher J Bola os R R Ayala R C Velasco R S amp Ponce E 2007 Susceptibilidad al consumo de tabaco en estudiantes no fumadoresde 10 ciudades mexicanas Salud Publica Mexico 49 2 170 181 Disponivel em http www scielo org mx pdf spm v49s2 a07v49s2 pdf Santos A Calado A Coxo D Trindade M M amp Parente M 2011 Co morbilidade Psi
235. um efeito significativo sobre a n o conclus o do programa de tratamento A quest o que se apresentou foi ser que a n o conclus o do programa de tratamento depende ou n o do g nero dos dependentes de subst ncias psicoactivas Os homens pesquisados concluem geralmente mais que as mulheres Verifica se que nesta popula o quando a an lise foi controlada por outras vari veis O g nero continuou a ter um efeito significativo e forte sobre a n o conclus o do programa de tratamento pois o valor de p foi igual a 0 003 Isso significa que o risco de n o concluir o programam de tratamento para uma pessoa do g nero masculino quando comparado ao de um indiv duo de g nero feminino fica aumentado em 94 Contudo apesar de o n mero de mulheres nesta amostra ser menor que o de homens a n o conclus o do programa de tratamento em mulheres tamb m preocupante j que 83 dessas n o conclu ram o programa e tratamento na sua maioria 54 2 por expuls o Os resultados referentes ao n mero de comorbidades apontam que um valor de p igual a 0 036 indicando que h uma associa o entre as vari veis O n mero de comorbidades inversamente proporcional a n o conclus o do programa de tratamento Ou seja medida que aumenta o n mero de comorbidades o risco de n o concluir o programa de tratamento diminui 92 N o houve associa o estat stica significativa entre nenhuma das demais vari veis investigad
236. uras de sa de s o trabalhados no sentido de viver de acordo com o programa de tratamento do centro terap utico A filosofia desenvolvida especificamente na CTGSF tem como objectivos gerais tratar a depend ncia psicol gica promover uma maior autonomia e responsabilidade restabelecer a capacidade de desenvolver rela es saud veis reinser o inser o social Ou seja a CTGSF ajuda seus residentes a alcan arem um equil brio biopsicossocial emocional e espiritual Espera se que ao final do internamento e a partir da reestrutura o da sua personalidade os indiv duos reaprendam e reencontrem o prazer de viver sem recorrer ao uso de subst ncias psicoactivas O tratamento tem a dura o m dia de nove meses e divide se em tr s fases cada uma dessas fases tem o seu objectivo espec fico Como objectivo espec fico da primeira fase procura se que o individuo tenha uma separa o luto da droga e do estilo de vida anterior integre se ao grupo e s regras da CT Na segunda fase trabalha se com intuito de que o individuo tenha conhecimento de si pr prio aumente a sua responsabilidade e adquira novas atitudes capacidades e rela es A terceira fase baseia se sobretudo na repara o de atitudes e de comportamentos do passado iniciando um projecto pessoal elaborando sua separa o da CTGSF e inicie a vida fora da CT emprego estudo e procura de habita o Alguns marcos conceituais hist ricos que embasam o traba
237. uso de drogas fazendo com que ele perca o controlo da sua vida tornado se impotente perante as subst ncias psicoactivas Faz se necess ria uma abordagem multidisciplinar com envolvimento dos profissionais das ci ncias m dicas comportamental e social sem deixar de lado os conhecimentos espirituais e filos ficos Esta condi o imp e se pelo car cter cr nico da doen a que at ao momento n o tem um tratamento espec fico que por si s consiga subsidiar todos esses requisitos ess ncias para recupera o neste sentido que a Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe afigura se como um local de internamento com a dura o normal de nove meses seguindo o Modelo Minnesota com inclus o de alguns aspectos do Modelo Hier rquico para melhor adapta o realidade Cabo verdiana Conta com uma equipa multidisciplinar constitu da pelos enfermeiros psic logos m dico e conselheiro que tratam e reinserem socialmente os indiv duos que ali s constituem um dos objectivos fundamentais deste 64 centro al m de fornecer as directrizes de como viver saudavelmente tornado em pessoas mais aut nomos auto suficientes e fundamentalmente respons veis com maior capacidade de decis o assente em liberdade 65 Capitulo Ill Metodologia 3 1 M todo Para a composi o do presente trabalho pesquisou se sobretudo nas bases de dados Bireme e Scielo Pub Med procurando artigos em Ingl s Portugu s Espanhol e F
238. versidade Estadual Paulista Botucatu pretende elaborar um trabalho de investiga o sobre o tema Ades o ao programa de tratamento dos dependentes de subst ncias psicoactivas na Comunidade Terap utica Granja de S o Filipe caracter sticas sociodemogr ficas e cl nicas e padr o de uso dos residentes Ser utilizada a metodologia quantitativa aplica o de um instrumento de recolha de dados para as vari veis s cio demogr ficos e cl nicos e padr o de uso Para a elabora o do trabalho ser necess ria a colecta de dados nos processos dos ex residentes prevendo se que a mesma dever ser realizada ap s o consentimento do Comit de tica Comprometendo me desde j a n o perturbar o normal funcionamento do Servi o Assim venho por este meio solicitar a Sr Director que seja concedida a autoriza o para a realiza o do referido trabalho na institui o que Vossa Excia dirige Espero e agradece deferimento O Requerente M rio Ant nio Soares Almada Barros Pesquisador p E GRIS eos OWT e RES Jl AEF PE LOS 3 or es rue Lo Lolvaluar
239. zem a n o conclus o do programa de tratamento Essas vari veis poderiam influenciar a tomada decis o na selec o dos pacientes na admiss o melhor prepara o motivacional e monitoramento durante o tratamento e logicamente orientar a equipa terap utica para melhor intervir A n o conclus o do programa de tratamento aparenta estar influenciadas pelas caracter sticas sociodemogr ficas g nero e cl nicas n mero de comorbidades dos residentes A qualidade dos prontu rios impediu an lises mais aprofundadas Neste sentido o conte do e a qualidade do preenchimento dos processos cl nicos da Comunidade Terap utica Ganja de S o Filipe como de qualquer outro servi o de sa de poderiam ser aprimorados Ao t rmino deste trabalho percebe se que foi bastante gratificante pois houve muita aprendizagem apesar das suas limita es Espera se contribuir significativamente para sensibiliza o para a problem tica deste fen meno de todas que possam entrar em contacto com estes resultados especialmente os profissionais de sa de 116 Capitulo VII Refer ncias bibliogr ficas Agra C 1998 Entre Droga e Crime Atores Espa os Traject rias Editorial Noticias Lisboa Almeida A J Ferreira M A F Gomes M L B Silva R C amp Santos T C F 2007 O adolescente e as drogas consequ ncia para a sa de Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 11 4 605 610 Dispon vel em http www scielo br

Download Pdf Manuals

Related Search

Related Contents

Manuale d`uso User manual  voir formulaire d`enquête  here - Eizo  DeLOCK PCI Express Card  Manuale di installazione e manutenzione Elettrovalvole a 4/5  取扱説明書 - 日立の家電品  LGR 1800 Dehumidifer User Manual  三和掲示板 開閉薄型自立式 取扱説明書 SG タイプ    Sharp PN-E421P  

Copyright © All rights reserved. Failed to retrieve file