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GISELLE ALMEIDA BARRETO

1. rea Tem tica 2004 2005 2006 2007 2008 Comunica o 01 02 02 02 01 Cultura 04 01 05 04 08 Direitos Humanos 05 04 01 01 04 Educa o 15 13 12 12 12 Meio Ambiente 11 11 12 13 07 Tecnologia 13 10 10 08 14 Trabalho 09 05 06 06 11 Total 70 Fonte Novo Manual de Extens o PROEX UENF 2008 GORE 60 107 O quadro 7 demonstra que houve um crescimento progressivo dos projetos extensionistas distribu dos em suas respectivas reas tem ticas com um pequeno decr scimo no ano de 2007 Contudo a diferen a foi facilmente recuperada no ano de 2008 com um aumento de 23 na totalidade de projetos em compara o ao ano de 2007 Sobre um panorama geral das a es extensionistas desenvolvidas atualmente na UENF temos a seguinte fala do Prof Silv rio Paiva Olha temos cadastrados hoje com bolsas 59 projetos e temos 70 projetos cadastrados nem todos com bolsa todos tem um vi s diretamente com a comunidade principalmente as mais carentes Tem alguns programas que a universidade vem desenvolvendo Tem uma seqii ncia n Primeiro a extens o come ou com a Profa Lana em 1999 depois veio o Prof D lcio e depois teve um salto em qualidade e quantidade com a Profa L lian com a introdu o do Programa de bolsa Universidade Aberta que implementou uma liga o maior com a comunidade e fez crescer ainda mais a extens o Agora programas temos v rios a com a comunidade por exemplo temos Programas de Sa
2. Fonte Novo Manual de Extens o PROEX UENF 2008 109 Quando nos voltamos mais diretamente para o extensionismo universit rio na rea de sa de p blica podemos verificar que j em 1999 pesquisadores da UENF preocuparam se com a quest o como o caso da Professora Theresa Lieberman Kipnis respons vel pela Coordenadoria de P s Gradua o da UENF desde outubro de 1995 que contatou o Dr N lio Artilles m dico infectologista do Hospital Ferreira Machado e professor da Faculdade de Medicina de Campos em busca de informa es sobre a incid ncia de doen as infecciosas Nesta ocasi o foram desenvolvidas pesquisas sobre a tuberculose hansen ase e ainda sobre a paracoccidioidomicose brasiliensis doen a causada por um fungo comum em regi es de canaviais LIMA amp ALVES 2003 p 56 A significativa incid ncia de toxoplasmose doen a causada por um protozo rio foi alvo tamb m de preocupa o pela Professora L lian Maria Garcia Bahia de Oliveira que juntamente com suas pesquisas sobre a doen a desenvolveu um projeto visando diagnostic la nas comunidades carentes da regi o do qual resultou a cria o do Programa de Preven o Diagn stico e Tratamento da Toxoplasmose em Campos em parceria com a Secretaria Municipal de Sa de e a Faculdade de Medicina desenvolvido a partir de 1997 que atendeu a cerca de 8 mil pacientes at 2002 A dimens o do estudo foi tamanha a ponto de tornar a UENF a nica
3. Em rela o Previd ncia Social Vargas cogitava a necessidade de novos projetos para a sua reestrutura o dentre eles destacava se a elabora o da Lei Org nica da Previd ncia Social LOPS promulgada apenas ao final do governo de Juscelino Kubitschek em 1960 sob press o dos trabalhadores que naquele momento passaram a exigir a uniformiza o dos benef cios prestados pelos institutos e a assist ncia m dica individual como parte inerente da Previd ncia Social VEN NCIO 2001 A partir da d cada de 1950 o processo de industrializa o do Brasil determinou um deslocamento do p lo din mico da economia do meio rural para os centros urbanos quando uma massa de oper rios com demandas de atendimento de sa de tamb m ganhou visibilidade Este fato levou mudan a no sistema de prote o com r pida e progressiva expans o dos servi os de sa de O modelo de sa de passa a se basear no atendimento hospitalar com a incorpora o da l gica de especializa o dos recursos humanos em conson ncia com a tend ncia mundial obtida pela ci ncia m dica do p s guerra BAPTISTA 2007 No Brasil n o se viu configurar nesse per odo tais como nos pa ses avan ados uma pol tica de bem estar social e sim uma ideologia desenvolvimentista que indicava a necessidade de pol ticas que resultassem em melhora do n vel de sa de da popula o 13 como condi o para se alcan ar o desenvolvimento este foi o primeiro
4. Percebe se entretanto que o envolvimento dos docentes com a extens o ainda na UENF equivocadamente correlacionado a dimens es vocacionais voltadas para a solidariedade coopera o e at mesmo caridade o que denota o quanto de esfor o ainda se requer da institucionaliza o da extens o universit ria na jovem universidade Tamb m por conta da dificuldade de se ver a trilogia ensino pesquisa extens o em p de igualdade apesar do empenho dos gestores universit rios e dos coordenadores dos projetos Nas entrevistas foi ressaltado que os par metros de avalia o da produ o cient fica logo de maior acesso s pol ticas de fomento mant m a hierarquiza o das pr ticas acad micas na medida em que colocam a pesquisa isoladamente e a publica o de seus resultados mediante artigos nas revistas cient ficas sobretudo internacionais como o principal instrumento de legitima o da compet ncia de um profissional acad mico cabendo aos n o t o bem sucedidos a dedica o a outras frentes de trabalho na universidade A atitude discriminat ria tende a prejudicar as a es extensionistas Os professores entrevistados n o identificam os benef cios das a es extensionistas em sua carreira acad mica refor ando seu sentimento de discrimina o pelos pr prios colegas Ainda que as Pr Reitorias na UENF estejam constitu das de forma equ nime notam a aus ncia do reconhecimento devido pr tica extensionista como
5. Trata se da comunidade universit ria atribuir um valor a esta pr tica at mesmo para que esta n o seja subsumida s a es beneficientes o que foge a seus prop sitos mesmo tendo a promo o social um de seus objetivos A nova extens o um dos pilares da universidade e faz parte de suas atividades em condi es de simetria com a pesquisa e o ensino de maneira a remodel los tamb m A extens o t o trabalhosa ou mais que as demais a es universit rias e exige dos envolvidos compet ncias que n o podem ser subestimadas Mais uma vez deve se dizer que a extens o sup e uma nova concep o de universidade e de desenvolvimento cient fico e tecnol gico entretanto as resist ncias da comunidade cient fica ainda s o in meras iii Assistencialismo versus Consci ncia Sanit ria As press es exercidas pelo projeto capitalista liberal t m for ado muitas TES p blicas para a operacionaliza o da extens o universit ria n o somente sob a tica da presta o de servi os numa perspectiva que n o se alia constru o do conhecimento e ainda pode veicular a extens o s rela es de barganha e troca de favores tipicamente encontradas em pr ticas de assistencialismo como tamb m direcionando a para a venda de servi os A Pol tica Nacional de Extens o tal como foi institu da no entanto apresenta a pr tica extensionista com diretrizes que visam rela o dial gica entre a universidade e
6. o emergente que se funda nas novas ci ncias e nas tecnologias avan adas e ainda o dever de garantir regi o Norte Fluminense os instrumentos t cnicos e cient ficos e ainda pessoal qualificado indispens veis ao aprimoramento e expans o de suas atividades produtivas A linguagem da nova civiliza o a da ci ncia e suas aplica es tecnol gicas Nessas circunst ncias que se imp e a uma nova universidade o objetivo primacial de alcan ar o pleno e inteiro dom nio das ci ncias e das tecnologias dela decorrentes com uma clara no o de problemas que fa a do saber um instrumento de diagn stico das causas do atraso e um fator de acelera o da hist ria RIBEIRO 1993 p 13 Para Darcy Ribeiro 1993 criar uma universidade requeria uma avalia o da experi ncia mundial e local e ainda das tend ncias presentes de desenvolvimento da civiliza o considerando que este deveria ser o n vel de opera o da universidade como seu instrumento superior de dom nio e transmiss o dos corpos do saber nos quais 37 ela se funda Uma universidade que iria preparar profissionais para atuarem depois do ano 2000 ou seja no Terceiro Mil nio deveria fundamentar se na pesquisa no ensino e na experimenta o integrando estudos dos temas e problemas mais relevantes para o desenvolvimento social e cultural aut nomo do pa s Nesse sentido Darcy Ribeiro rejeitou a id ia de fazer da Universidade Estadual do N
7. fazem muito ali e que a gente quer levar mais problemas e causar mais preju zos a eles E precisa ter mais parcerias com o governo com as secretarias Professor Olney Motta A necessidade de parceria com o Poder P blico municipal para estimular as pessoas a conhecerem nossas propostas j que eles t m maior poder de persuas o sobre a popula o Eles tem posto de sa de tem escola est tudo na m o deles e a universidade quer entrar para melhorar o n vel de conhecimento da popula o n vel de esclarecimento Agora a falta de transporte atrapalha muito mas a gente acaba trabalhando A universidade paga s as bolsas os materiais educativos a gente consegue com parcerias a gente est sempre buscando parcerias O Plano Nacional de Extens o 2000 2001 p 11 discorre que as fontes de recursos advir o dos rg os federais e estaduais de educa o e das pr prias universidades O financiamento das metas relativas articula o com a sociedade ser definido a partir de realiza o de parcerias com rg os e institui es ligadas s reas e articula es pol ticas com ag ncias de desenvolvimento Assim o reconhecimento de que a parceria com o Poder P blico vital indica que os coordenadores dos projetos est o em sintonia com a proposta do F rum na medida em que testificam que as universidades devem participar na elabora o discuss o e execu o das pol ticas p blicas 164 A express o
8. o ensino pesquisa extens o assistencialismo versus consci ncia sanit ria consci ncia cidad participa o da comunidade e promo o de sa de parcerias interinstitucionais desafios desdobramentos e resultados dos projetos de extens o Vari veis como crescimento e evolu o da extens o universit ria na UENF desafios e obst culos para a realiza o da pr tica extensionista intera o UENF comunidade poder p blico local as virtudes da pesquisa a o trilogia ensino pesquisa extens o comprometimento do corpo docente com a extens o universit ria benef cios para os discentes entre outras foram selecionadas para an lise dos dados da segunda e terceira fases De posse dos resultados obtidos segui para as considera es finais 141 4 3 Projetos de extens o desenvolvidos pela UENF no ano de 2007 uma reflex o No ano de 2007 foram desenvolvidos oito projetos de extens o na rea tem tica Sa de sendo que sete foram aprovados pelo Edital FAPERJ 2007 e um projeto desenvolvido desde 1999 em andamento em 2007 se apresentava cadastrado como um projeto de extens o contudo sem a devida institucionaliza o pelo Edital da FAPERJ Ap ndice 6 Ap s o levantamento dos 08 oito projetos de extens o em desenvolvimento no mbito da Sa de a partir da UENF e respectiva descri o em acordo com a documenta o existente na PROEX pude selecionar aqueles que deveriam ser mais aprofun
9. 2004a 11lp Dispon vel em http portal saude gov br portal arquivos pdf aprendersus pdf Acesso em 18 01 2009 188 Minist rio da Sa de Secretaria de Gest o do Trabalho e da Educa o na Sa de Departamento de Gest o da Educa o na Sa de Ver SUS Brasil cadernos de textos S rie B Textos B sicos de Sa de Bras lia DF 2004b 299 p Dispon vel em http bvsms saude gov br bvs publicacoes cadernoversus pdf Acesso em 05 04 2009 Minist rio da Sa de Secretaria de Vigil ncia em Sa de Departamento de Vigil ncia Epidemiol gica Guia de Vigil ncia Epidemiol gica 6 ed Bras lia DF 2005a 816 p Dispon vel em http bvsms saude gov br publica es Guiavigiepid pdf Acesso em 11 01 2009 Minist rio da Sa de Conselho Nacional de Sa de III Confer ncia Nacional de Gest o do Trabalho e da Educa o na Sa de Trabalhadores de Sa de e a Sa de de Todos os Brasileiros pr ticas de trabalho gest o forma o e participa o Documento Base Bras lia DF 2005b 23p Minist rio da Sa de Secretaria de Gest o Estrat gica e Participativa I Semin rio de Gest o Participativa em Sa de da Regi o Norte do Rio de Janeiro In Cadernos Regionais Panorama Sanit rio da Regi o Norte Fluminense Bras lia DF Minist rio da Sa de p 17 18 2007 Dispon vel em http www saude gov br editora Acesso em 11 02 2009 Minist rio da Sa de Secretaria de Vigil ncia em Sa d
10. 4 11 Como a Sra visualiza o futuro da extens o na UENF 4 12 Na realidade do Norte Fluminense como a Sra veria o potencial ainda n o explorado da extens o na UENF 196 5 Extens o Universit ria e Promo o da Sa de 5 1 Na rea de sa de especificamente como o Sra percebe o potencial de atua o da extens o universit ria 5 2 Em rela o s a es extensionistas na rea da sa de a Sra poderia pontuar os benef cios trazidos para a comunidade envolvida 5 3 E para a pesquisa em sa de na universidade 5 4 Como cientistas das reas hard e cientistas sociais poderiam trabalhar em projetos de extens o na rea de sa de A Sra teria como me falar de experi ncias de outras universidades que poderiam nos servir como exemplos 5 4 J foi poss vel identificar a es p blicas de sa de implementadas no munic pio a partir dos projetos de extens o na rea de sa de desenvolvidos pela UENF durante sua gest o 5 5 Com sua experi ncia profissional a Sra acredita que a extens o universit ria pode atuar para a implementa o de pol ticas p blicas de sa de Durante o per odo de sua gest o isto j foi visualizado 197 APENDICE 4 ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMI ESTRUTURADA DIRECIONADA AO PRO REITOR DE EXTENS O E ASSUNTOS COMUNITARIOS DA UENF Modelo ita UENF Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Programa de P s Gradua o em Pol ticas Sociais PPGPS
11. ABRASCO 1985 PACHECO Carlos Augusto G es A aplica o e o impacto de royalties do petr leo no desenvolvimento econ mico dos munic pios confrontantes da Bacia de Campos dos Goytacazes Monografia apresentada para o curso de Bacharelado em Economia Instituto de Economia UFRJ Rio de Janeiro 2003 Dispon vel em http www gee je ufrj br Acesso em 16 05 2009 PAIM Jairnilson S Desenvolvimento te rico conceitual do ensino em sa de coletiva In ABRASCO Ensino da sa de p blica medicina preventiva e social no Brasil Rio de Janeiro ABRASCO NUTES CLATES 1982 183 PAIM Jairnilson S Reforma Sanit ria Brasileira avan os limites e perspectivas In MATTA Gustavo Corr a amp LIMA J lio C sar Fran a Orgs Estado Sociedade e Forma o Profissional em Sa de Rio de Janeiro Editora FIOCRUZ EPSJV p 91 122 2008 PAIM Jairnilson S amp ALMEIDA FILHO Naomar Sa de Coletiva uma nova sa de p blica ou campo aberto a novos paradigmas Revista de Sa de P blica S o Paulo vol 32 n 04 agosto p 299 316 1998 Dispon vel em lt http www scielo br gt Acesso em outubro de 2006 PARANHOS Paulo O A car no Norte Fluminense Hist rica Revista on line do Arquivo P blico de S o Paulo Edi o n 8 de Mar o de 2006 Dispon vel em http www historica arquivoestado sp gov br Acesso em 22 09 2008 PESSANHA Roberto Moraes Radiografando o or amento de Campos dos Goytac
12. Aprender SUS 2 A partir de ent o o SUS e os cursos de gradua o na 6l A partir do ano de 2003 a educa o na sa de ganhou estatuto de pol tica p blica para a forma o e desenvolvimento no mbito do SUS Como pol tica p blica ela requer o compartilhamento de responsabilidades na condu o acompanhamento e avalia o da sua implementa o BRASIL 2005 Cf em BRASIL Minist rio da Sa de Secretaria de Gest o do Trabalho e da Educa o na Sa de Departamento de Gest o da Educa o na Sa de Aprender SUS o SUS e os cursos de gradua o da rea 124 rea da sa de passaram a ser gerenciados sob nova abordagem capaz de articular de modo estrat gico saberes e pr ticas multidisciplinares usu rio centradas identificadas com os pressupostos da reforma sanit ria e com o conceito ampliado de sa de BRASIL 20044 Para Ceccim amp Feurwerker 2004 o perfil de forma o dos profissionais de sa de e sua capacidade de trabalho em equipe e de oferecer aten o integral devem ser tomadas como determinantes na formula o de uma transforma o da pol tica do SUS para a forma o em busca de mudan as tanto na organiza o dos cursos quanto nas pr ticas pedag gicas March et al 2006 apontam para a disputa por uma nova hegemonia no campo da forma o de profissionais em sa de reivindicada por um re gerenciamento dos processos de ensino aprendizagem l cus da forma o em sa de e de todas
13. Desprendendo se teoricamente da corrente psicossociol gica a pesquisa a o passou a se ancorar em princ pios humanistas religiosos e marxistas adquirindo dinamismo pr prio especialmente atrav s da vertente educativa de Paulo Freire Como forma de resist ncia aos governos autorit rios sobretudo nas d cadas de 60 e 70 Thiollent pontua que a Am rica latina vivenciou o desenvolvimento das mais variadas pr ticas de pesquisa libertadora como ant doto ao controle dos grupos sociais por meio de a es paliativas e assistencialistas para a manuten o do status quo No caso brasileiro na d cada de 60 e 70 se falava muito em pesquisa participante e a pesquisa a o veio paralelamente a isto se firmando mais para os anos 80 Houve uma tentativa de unifica o da pesquisa a o e da pesquisa participante mas elas historicamente tiveram um papel muito forte na pr tica de movimentos sociais na d cada de 70 sim com muitos atores envolvidos Dizem que a pesquisa a o s faz sentido se estiver ligada a uma proposta transformadora ou de democracia participa o mas internacionalmente j existem propostas que colocam a pesquisa a o como mais instrumentais ou seja de adapta o realidade atual o compromisso emancipat rio n o obrigatoriamente inerente j na Am rica Latina este pensamento existe a proposta da pesquisa a o voltada para a luta contra o apartheid para a democratiza o pa
14. Essa investiga o gerou a primeira disserta o de mestrado da UENF originada inteiramente de um projeto de Extens o A partir do contato com a comunidade foram observadas novas demandas que invocaram a necessidade de mais a es que viessem a melhorar suas condi es de vida surgindo da o projeto Helmint ases Intestinais que passou a atuar tamb m na regi o Outros projetos se incorporaram ampliando os objetivos iniciais e incorporando novas linhas de pesquisa como Alergias Zoonoses Nutri o entre outras tendo sempre em vista a gera o de dados cient ficos mas com compromisso social numa perspectiva de pesquisa a o Dispon vel em http parasitosesnf googlepages com 2 O Programa Bairro Saud vel consiste numa proposta de investiga o sobre as possibilidades de cria o de um modelo de pr tica onde a intera o ensino comunidade institui es de ensino superior seja capaz de contribuir para o processo de transforma o de um bairro vulner vel em um bairro saud vel Para tanto focaliza tr s eixos distintos por m inter relacionados O primeiro eixo tem como foco o Centro de Sa de Escola de Custod polis CSEC reconhecido como um ve culo impulsionador de melhorias na qualidade de vida de aproximadamente vinte mil pessoas j listadas em seu cadastro O segundo eixo abrange as possibilidades de investimento em um cen rio multidisciplinar de aprendizagem articulando ensino pesquisa e e
15. Mais um motivo de se refor ar as campanhas de esclarecimento junto popula o A transmiss o vertical do HIV refere se situa o em que a crian a infectada pelo v rus da AIDS durante a gesta o no parto ou por meio da A probabilidade de transmiss o vertical da infec o pelo HIV foi largamente mostrada por v rios estudos A maioria dos casos de transmiss o cerca de 65 ocorre durante o trabalho de parto e no parto propriamente dito e os 35 restantes ocorrem intra tero principalmente nas ltimas semanas de gesta o Al m disso o aleitamento materno representa risco adicional de transmiss o de 7 a 22 Pesquisas mostraram que s o v rios os fatores associados ao aumento do risco de transmiss o do HIV da m o para o filho Brito et al 2006 apud Concei o 2008 54 amamenta o No entanto acrian a filha de m e infectada pelo HIV tem a oportunidade de n o se infectar pelo HIV Atualmente existem medidas eficazes para evitar o risco de transmiss o tais como o diagn stico precoce da gestante infectada o uso de drogas anti retrovirais o parto cesariano programado a suspens o do aleitamento materno substituindo o por leite artificial f rmula infantil e outros alimentos de acordo com a idade da crian a Durante o pr natal toda gestante tem o direito e deve realizar o teste HIV Quanto mais precoce o diagn stico da infec o pelo HIV na gestante maiores s o as chances de evitar a
16. Norte Fluminense no qual esse projeto se insere gt Produzir material did tico de qualidade cartilhas cartazes sobre educa o em sa de que sirvam de apoio s a es desse projeto e do programa Parasitoses do Norte Fluminense gt Aplicar o material e metodologias desenvolvidos e avaliar a sua efici ncia gt Desenvolver metodologias de educa o em sa de de comprovada efici ncia na preven o de DST s e AIDS gt Estabelecer parcerias com o poder p blico entidades de financiamento iniciativa privada e ONGs a fim de viabilizar a produ o de material did tico em grande escala gt Tra ar um perfil real e atualizado sobre AIDS e DST s na cidade de Campos dos Goytacazes gt Realizar a es que exer am um impacto efetivo nas comunidades investigadas na preven o das DST s e AIDS 212 P blico alvo e rea de atua o Pessoas em idade reprodutiva na Cidade de Campos dos Goytacazes em especial de comunidades carentes Comunidades do Matadouro Parque Santu rio e Parque Aldeia e Cerca de 8 escolas selecionadas no munic pio Estimativa de pessoas beneficiadas com o projeto viv o No Y Cerca de 300 fam lias de comunidades carentes de Campos dos Goytacazes e cerca de 1000 escolares acima dos 13 anos podendo ser ampliada de acordo com as parcerias firmadas Professores Colaboradores Antonio Henrique de Moraes Neto FIOCRUZ Jo o Carlos de Aquino Almeida UEN
17. Sa de Linha Program tica Sa de da Fam lia Coordenador do Projeto Dr Jo o Carlos de Aquino Almeida Forma o Acad mica Atua o Profissional e Lota o Administrativa na UENF do coordenador do projeto Graduado em em Licenciatura em Ci ncias Biol gicas pela UFRJ 1991 mestrado em Ci ncias Biol gicas Biof sica pela UFRJ 1996 e Doutorado em Ci ncias Biol gicas Biof sica pela UFRJ 2000 Atualmente Professor Associado IV da UENF Tem experi ncia na rea de Biof sica com nfase em Biof sica Celular Atua atualmente com educa o em ci ncias e sa de principalmente com os temas HIV AIDS DSTSs Educa o Especial deficientes visuais qualidade da gua e parasitoses Coordena o Programa Parasitoses do Norte Fluminense CBB UENF Unidade e sub unidade de vincula o do projeto Centro de Bioci ncia e Biotecnologia Laborat rio de Fisiologia e Bioqu mica de Microorganismos Objetivos gt Realizar um levantamento epidemiol gico sobre AIDS e DSTs no Munic pio de Campos dos Goytacazes a partir da aplica o de question rios e da an lise dos dados do CTA Campos gt Realizar um levantamento sobre os conceitos e percep es sobre AIDS e DSTs em comunidades carentes e em escolares em idade reprodutiva gt Desenvolver estrat gias em educa o a fim de repassar conceitos sobre AIDS e DSTs assim como outras doen as abordadas pelo programa Parasitoses do
18. Segundo Paim amp Almeida Filho 1998 a Sa de Coletiva apresenta se pois como um movimento ideol gico comprometido com a transforma o social com possibilidades de articula o com novos paradigmas cient ficos capazes de abordar o objeto sa de doen a wT cuidado Noutros termos a sa de coletiva possui seu marco te rico que quando desprezado inviabiliza seu prop sito Segundo Paim 1982 A Sa de enquanto estado vital setor de produ o e campo do saber est articulada estrutura da sociedade atrav s das suas inst ncias econ mica e pol tico ideol gica possuindo portanto uma historicidade As a es de sa de promo o prote o recupera o e reabilita o constituem uma pr tica social e trazem consigo as influ ncias do relacionamento dos grupos sociais O objetivo da Sa de Coletiva constru do nos limites do biol gico e do social e compreende a investiga o dos determinantes da produ o social das doen as e da organiza o dos servi os de sa de e o estudo da historicidade do saber e das pr ticas sobre os mesmos Nesses sentindo o car ter interdisciplinar desse objeto sugere uma integra o no plano do conhecimento e n o no plano da estrat gia de reunir profissionais com m ltiplas forma es 117 O conhecimento n o se d pelo contato com a realidade mas pela compreens o das suas leis e pelo comprometiment
19. de como o DST AIDS o Programa Parasitoses do Norte Fluminense com projetos sobre zoonoses arte na escola Tivemos recentemente a Semana do Produtor Rural que um programa agr rio que ajuda muito no meio rural durante uma semana foram oferecidos mais de 70 cursos com intenso envolvimento com os professores e a comunidade N s temos este ano em torno de 220 cursos oferecidos digo no per odo da minha gest o e s o v rios cursos como inclus o digital promovido l na Villa Maria capacita o para multiplicadores promovido pela Profa Adelia uma gama de cursos e isto uma constante na universidade Mesmo com certa resist ncia por parte de alguns professores o interesse e envolvimento dos professores com a extens o v m aumentando e hoje segundo Professor Silv rio Paiva temos praticamente um quarto dos professores da institui o atuando diretamente com extens o universit ria Hoje temos uma gama de professores envolvidos com extens o olha temos aqui na UENF mais de 300 professores e cerca de 70 envolvidos com extens o universit ria Isto uma amostra muito positiva Cada vez mais vem aumentando o interesse e o envolvimento dos professores com a extens o Os resumos deste ano est o com uma qualidade muito grande tem resumos expandidos mostrando uma integra o muito grande com a comunidade a gente espera que possa crescer mais que os professores possam buscar mais recursos e
20. las dificultando a visibilidade dessas a es e a posterior avalia o da extens o universit ria O Reitor da UENF na poca Professor Salassier Bernardo enfatizara a cria o das Pr Reitorias e a necessidade de colocar a universidade sobre o trip ensino pesquisa e extens o uma vez que at sua gest o a Pr Reitoria de Extens o ainda n o existia embora a extens o j se fizesse presente nos laborat rios e em projetos de pesquisadores Com o novo estatuto da universidade foram implantadas com pesos iguais e equ nimes as tr s Pr Reitorias de Gradua o P s gradua o e de Extens o e Assuntos Comunit rios LIMA amp ALVES 2003 p 104 5 A Professora Lana Lage advinda do Centro de Ci ncias do Homem CCH assumiu a primeira gest o da Pr Reitoria de Extens o e Assuntos Comunit rios da UENF Durante sua gest o participou do F rum de Pr Reitores de Extens o das Universidades P blicas Brasileiras representando a universidade que lhe propiciou o conhecimento das diretrizes conceituais e pol ticas que orientavam a extens o universit ria Este momento favoreceu ainda a intera o da UENF com outras universidades sobretudo com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro que na ocasi o j apresentava reconhecida pol tica extensionista que veio a servir de base para a estrutura o da Pr Reitoria de Extens o da UENF IBID p 110 11 No segundo semestre de 1999 a Casa de Cultura Villa Ma
21. o de multiplicadores P blico alvo e rea de atua o gt Alunos do segundo segmento do ensino fundamental e professores das redes p blica e privada e gt Escolas de bairros de alta incid ncia do mosquito conforme informa es do Centro de Controle de Zoonoses de Campos no ano 2007 Os maiores ndices s o nos bairros de Guarus Horto e Jardim Maria de Queiroz 207 Estimativa de pessoas N o poss vel estimarmos no momento o n mero exato de beneficiadas com o pessoas que ser o atingidas projeto Professores gt Desiely Silva Gusm o CEFET Co Orientadora dos Colaboradores Bolsistas e gt Telma Ferreira Costa Aguiar Secretaria Municipal de Educa o de campos e Col gio Liceu de Humanidades de Campos Apoio Pedag gico Parcerias gt Centro de Educa o e Tecnologia de Campos CEFET gt Centro de Controle de Zoonoses CCZ Valor do Apoio N o consta informa o PROEX UENF Financeiro Equipe Al m dos professores colaboradores o projeto no ano e 2007 contava com tr s bolsistas gt Camilla Torquato Barcellos discente 20 hs gt Tatiane Sanches Soares Programa Universidade Aberta superior 40h gt Nat lia Neto dos Santos Nunes Universidade Aberta superior 40hs Programa Resultados esperados N o consta esta informa o na ficha do projeto na PROEx UENF 3 Projeto n o vinculado programa 208 Projeto 3
22. o social da sa de interliga se fortemente ao enfrentamento de desafios educacionais e sociais N o por acaso em 2007 iniciei o curso de Mestrado no Programa de P s Gradua o em Pol ticas Sociais do CCH UENF passando a interagir num ambiente novo a universidade p blica Para mim n o se tratava de mais uma universidade p blica Tratava se da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro que j em meus tempos de acad mica na Faculdade de Odontologia de Campos FOC ocupava meu imagin rio Naquela ocasi o iniciava se o movimento pela vinda da Universidade Estadual do Norte Fluminense liderado ent o pelas personalidades campistas Lembro me que no in cio dos anos 1990 eram realizadas n o poucas reuni es em nossa Faculdade e tamb m na Faculdade de Filosofia de Campos FAFIC situada bem ao lado da Faculdade de Odontologia O que se dizia por ali e em toda cidade era que as faculdades privadas como a de Direito Medicina Odontologia e at mesmo a FAFIC seriam a UENF tornar se iam uma s e melhor uma institui o p blica na qual os alunos n o mais precisariam pagar seus estudos o que pessoalmente me agradava dada a situa o financeira de minha fam lia Contudo a UENF foi instalada mas n o reuniu as IESs privadas de Campos conforme o esperado e ainda moldou se de forma completamente diferente do ent o imaginado Minha pouca idade no ano de 1993 apenas me permitia lamentar o ocorrido j que
23. reformas iniciadas com base nas id ias norteadoras da Reforma Sanit ria que objetivavam o fortalecimento do setor p blico a universaliza o do atendimento a descentraliza o pol tica administrativa e a municipaliza o da sa de que serviram de ponte para a cria o do Sistema Unico de Sa de anos mais tarde 8 O SINPAS ent o formado pelo Instituto de Administra o Financeira da Previd ncia Social TAPAS que cuidava do setor financeiro e pelo Instituto Nacional de Assist ncia M dica da Previd ncia Social INAMPS respons vel pela assist ncia m dica OLIVEIRA amp TEIXEIRA 1985 76 2 2 Da Reforma Sanit ria Constitui o Cidad por uma nova pedagogia da sa de O panorama das condi es de sa de da popula o brasileira na d cada de 70 colocava em xeque enfim as premissas e previs es do paradigma cient fico microbiano que por v rios anos fundamentou a metodologia das a es em sa de As necessidades sociais de sa de denunciam a insufici ncia de pr ticas centradas na interven o para a garantia da aus ncia de doen as subsidiada pelo modelo assistencial curativista e por medidas pontuais de sa de p blica Entretanto romper com o paradigma vigente imp e movimentos de cr ticas e de supera o capazes de realizar uma constru o no plano epistemol gico com efici ncia para fazer emergir um novo paradigma que atenda demandas de promo o da sa de e n o apenas a cura de doen as
24. rias rea de Concentra o Parasitologia pela UFRRJ 1995 1999 Atualmente Professora Associada da UENF Experi ncia Profissional com nfase em Parasitologia Patologia Cl nica e Cl nica e terap utica principalmente nos seguintes temas Sa de Coletiva Controle de Zoonoses em comunidade de baixa renda e Medicina Veterin ria Alternativa Homeopatia Fitoterapia e Acupuntura interagindo com agro ecologia Tamb m Respons vel pelo Setor de Parasitologia Hv Lsa Ccta UENF Unidade e sub unidade de Centro de Ci ncia e Tecnologia Agropecu ria vincula o do projeto Laborat rio de Sanidade Animal Objetivos gt Diagnosticar controlar e tratar zoonoses dos animais dom sticos gt Realizar exames parasitol gicos em crian as e animais dom sticos gt Realizar palestras sobre o tema higiene e sa de visando ampliar a consci ncia sanit ria e ambiental gt Realizar coleta da gua de po o para posterior an lise gt Relatar em palestras os resultados encontrados nos exames e gt Realizar encaminhamento para a unidade de sa de mais pr xima P blico alvo e rea de atua o Fam lias da comunidade do matadouro e goiabal Escola Municipal S o Francisco de Assis e Creche Municipal Luz YYY 215 Estimativa de pessoas beneficiadas com projeto o Aproximadamente 100 fam lias com 5 a 10 integrantes Professores Colaboradores N
25. 1990 autorizando o Poder Executivo a criar a Universidade com sede em Campos dos Goytacazes resguardando a personalidade jur dica de Direito P blico da universidade observados os princ pios de autonomia did tico cient fica administrativa e de gest o financeira e patrimonial e as disposi es constitucionais e legislativas estaduais e federais espec ficas bem como sua destina o a fun es de ensino pesquisa e extens o Leonel Brizola ao assumir o governo do Estado convidou o professor Darcy Ribeiro para definir a organiza o e a estrutura funcional da UENF Na trajet ria profissional de Darcy Ribeiro j se destacavam na rea de educa o realiza es como a implanta o dos Centros Integrados de Educa o Popular CIEPs a cria o da Universidade de Bras lia a participa o na cria o da Universidade Nacional da Costa Rica e a Universidade de Argel a orienta o de programas de reformas em universidades no Uruguai Venezuela e Peru e ainda consta como sendo de sua autoria com a colabora o do Senador Marco Maciel o projeto de lei da atual LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional n 9 394 96 O Decreto n 17 206 91 incumbiu a Secretaria Extraordin ria de Programas Especiais de fornecer suporte t cnico administrativo e or ament rio necess rios implanta o da universidade destacando a necessidade da nova institui o em responder ao desafio de integrar o Brasil na civiliza
26. A o PPI ECD Programa o Pactuada Integrada Epidemiologia e Controle de Doen as PSB Partido Socialista Brasileiro PSF Programa Sa de da Fam lia SES Secretaria Estadual de Sa de SESAC Semana de Sa de Comunit ria SESP Servi o Especial de Sa de P blica SIM Sistema de Informa es sobre Mortalidades SMS Secretaria Municipal de Sa de SINAN Sistema de Informa o de Agravos de Notifica o SINPAS Sistema Nacional de Previd ncia e Assist ncia Social SNS Sistema Nacional de Sa de SVS Secretaria de Vigil ncia em Sa de XIV SUS Sistema nico de Sa de UBS Unidade B sica de Sa de UFMG Universidade Federal de Minas Gerais UENF Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro UERJ Universidade Estadual do Rio de Janeiro UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRRJ Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro UFSC Universidade Federal de Santa Catarina UNESP Universidade Estadual Paulista J lio de Mesquita Filho UNICAMP Universidade Estadual de Campinas USP Universidade de S o Paulo XV SUM RIO INTRODU O 18 CAP TULO 1 CAMPOS E REGI O NORTE FLUMINENSE Universidade Conhecimento e Sa de P blica 1 1 Extens o universit ria para onde Uma apresenta o de Campos dos Goytacazes e regi o Norte Fluminense 27 1 2 Extens o universit ria com quem Capital social e implica es na pol
27. Carvalho assumiu a Pr Reitoria de Extens o e Assuntos Comunit rios da UENF Quando entrevistado em sua sala na Pr Reitoria de Extens o Professor Silv rio Freitas explicitou o que o motivara a aceitar ent o o convite Primeiramente eu gosto muito da rea de extens o trabalhei como extensionista rural no estado do Amazonas durante dez anos com comunidades carentes em projetos que envolviam o desenvolvimento social destas comunidades e tamb m porque acompanhei o trabalho da extens o aqui na UENF com o Prof D lcio participei das reuni es da C mara de Extens o e no Centro No CCTA j desenvolvia trabalhos de extens o e tamb m pelo convite do prof Almy por acreditar que a gente poderia contribuir com a universidade para motivar os professores a trabalharem com extens o A universidade come ou com um centro de pesquisa muito voltado para as ci ncias b sicas a ci ncia pura mas a sociedade cobra um perfil voltado para a integra o da universidade com a comunidade Eu achava isto bastante importante 105 2 Marilena Chau 2001 enfatiza que a universidade uma institui o social cient fica e educativa com identidade fundada em princ pios valores regras e formas de organiza o que lhe s o inerentes Sua legitimidade social e seu reconhecimento somente ser o afirmados caso se coloque uma ponte no abismo que a separa da sociedade A ntima rela o entre a universidade e a sociedade
28. Federal do Rio de Janeiro Sub Reitoria de Desenvolvimento e Extens o p 29 40 2003 CASTI EIRAS Terezinha Marta P PEDRO Luciana G F MARTINS Fernando S V Doen a meningoc cica Dispon vel em http www cives ufrj br informacao dm dm iv html Acesso em 13 03 2009 CECCIM Ricardo B amp FEURWERKER Laura C M O quadril tero da forma o para a rea da sa de ensino gest o aten o e controle social Physis Revista de Sa de Coletiva Rio de Janeiro vol 14 n 1 p 41 65 2004 CHAU Marilena de Souza Escritos sobre Universidade S o Paulo Editora UNESP 2001 178 COSTA Nilson do Ros rio et al Demandas Populares Pol ticas P blicas de Sa de ci ncias sociais e sa de coletiva Petr polis Vozes RJ 1989 CRUZ Jos Luis V Moderniza o produtiva crescimento econ mico e pobreza no Norte Fluminense 1970 2000 In PESSANHA Roberto Moraes amp SILVA NETO Romeu Orgs Economia e desenvolvimento no Norte Fluminense da cana de a car aos royalties do petr leo Campos dos Goytacazes WTC Editora p 77 116 2004 CUNHA Rachel Dias ABREU Carolina de C ssia R de Discutindo o retrato s cio econ mico e ambiental da favela da Chatuba Campos dos Goytacazes RJ Revista V rtices Ano 5 n 2 agosto 2003 Dispon vel em http www cefet campos br Acesso em 04 12 2008 DEMO Pedro Lugar da extens o In FARIA D ris Santos de Org Constru o Conceitual
29. Jo o Almeida Bom a quest o do preconceito que a gente sofre por pesquisar neste campo inclusive dentro da pr pria rea das ci ncias duras que tem preconceito Para voc ter uma id ia o chefe de meu laborat rio se nega a assinar as bolsas de extens o de meus alunos ent o todas as bolsas s o assinadas pelos diretores de centro e teve coisas que ele j me for ou como por exemplo para assinar projeto s se eu assinasse que nenhum de meus alunos iriam praticar a es dentro do laborat rio Isto tudo posso provar H uma discrimina o Tem uma dificuldade pessoal dentro da pr pria UENF em que as pessoas tentam dificultar porque tem preconceito H desvaloriza o dos pr prios colegas Houve poca em que achavam que coordenador de extens o n o deveria ser remunerado como se ele fosse menos coordenador do que os outros Acrescenta se a isso a dificuldade de intera o com o Poder P blico nada institucionalizado tamb m acho que a quest o do financiamento um outro obst culo Acho que tem poucos editais porque est tudo junto Temos uma ci ncia que valoriza o quantitativo e n o o qualitativo e tem editais que privilegiam mais os projetos na rea dura que muitas vezes n o s o significativos e outros projetos que poderiam trazer mudan a para o social a gente n o consegue financiamento f cil 165 Faria 2001 pontua que o prop sito da Extens o Universit ria somente se cumprir quando acont
30. N cleo de Apoio Reprodu o de Carn voros C digo 2007 020 T TULO DO PROJETO 4 N cleo de Apoio Reprodu o de Carn voros Area Tem tica Sa de Linha Program tica Hospitais e Cl nicas Veterin rias Coordenador do Projeto Dra Isabel Candia Nunes da Cunha Forma o Acad mica Atua o Profissional e Lota o Administrativa na UENF do coordenador do projeto Graduada em Medicina Veterin ria pela UNESP 1993 Mestrado em Medicina Veterin ria pela UNESP 1997 e Doutora em Medicina Veterin ria pela UNESP 2002 Atualmente Professora Associada da Universidade Estadual do Norte Fluminense onde coordena o N cleo de Apoio Reprodu o de Carn voros Unidade e sub unidade de vincula o do projeto Centro de Ci ncias e Tecnologia Agropecu ria Laborat rio de Reprodu o e Melhoramento Gen tico Animal Objetivos gt Cria o de um Banco de S men de C es e de um Banco Gen mico de Carn voros Brasileiros amea ados de extin o Controle Populacional dos C es Errantes do campus da UENF Sensibiliza o da Popula o sobre Posse Respons vel e Informa o Sobre o Ciclo Estral da Cadela para Conhecimento de T cnicos de Controle Populacional de C es Oferecer Procedimentos de Insemina o Artificial a um n mero maior de criadores de c es da regi o gt P blico alvo e rea de gt Criadores de c es e gatos da comunidade em geral
31. Parcerias N o consta esta informa o na ficha do projeto na PROEx UENF Valor do Apoio N o consta informa o PROEX UENF Financeiro Equipe gt Ra ssa Oliveira Lima Volunt ria Atua em Atendimentos Especializados na Oftalmologia Veterin ria gt Paula Moreira Borges Discente Bolsista 20h Resultados esperados A ocorr ncia de afec es oculares nas esp cies dom sticas muito comum devido a falta de informa o da popula o Desta forma o projeto pretende expandir os 214 conhecimentos direcionados cl nica oft lmica Projeto n o vinculado Programa Projeto 7 Zoonoses Parasit rias End micas Tratamento Controle Profilaxia Educa o Sanit ria e Ambiental em Comunidades do munic pio de Campos dos Goytacazes RJ C digo 2007 054 T TULO DO PROJETO s Zoonoses Parasit rias End micas Tratamento Controle Profilaxia Educa o Sanit ria e Ambiental em Comunidades do munic pio de Campos dos Goytacazes RJ Area Tem tica Sa de Linha Program tica Desenvolvimento do Sistema de Sa de Coordenador do Projeto Dra Maria Ang lica Vieira da Costa Pereira Forma o Acad mica Atua o Profissional e Lota o Administrativa na UENF do coordenador do projeto Graduada em Medicina Veterin ria pela UFRRJ 1988 Mestrado em Medicina Veterin ria pela UFRRJ 1990 1993 e Doutorado em Ci ncias Veterin
32. Programa Universidade Aberta fazendo coleta de material humano porque n s veterin rios n o podemos mexer em humanos assim eu e meus bolsistas fazemos coletas nos animais e eles nas pessoas um aluno de gradua o e um volunt rio discente Tamb m vamos ampliar o projeto para uma comunidade um assentamento em Barcelos e tamb m a amplia o em Custod polis com a parceria com o Programa Bairro Saud vel Agora temos uma perspectiva de montarmos um laborat rio para recep o de amostras para serem processados aqui na UENF e nas comunidades que atuamos Professor Jo o Almeida Estamos finalizando o material did tico inclusive para deficientes visuais Estamos expandindo para mais uma comunidade que Urura e ampliando nossas a es em Custod polis juntamente com o Projeto Bairro Saud vel Quando a gente fala em produ o de material did tico n s temos uma vis o Cabe registrar que Barcelos um distrito do munic pio de S o Jo o da Barra 162 bastante ampliada devido a uma parceria com o Instituto Benjamim Constant e assim esperamos que este material did tico seja disponibilizado em forma de kit para ser distribu do para o Brasil inteiro e at mesmo no exterior No projeto Educa o Sa de e Cidadania forma o e atua o de agentes multiplicadores de informa o em DST AIDS encontramos um diferencial em que a parceria com o Poder P blico municipal ocorre atrav s do Programa DST AID
33. SANTOS Boaventura de Souza A Universidade no s culo XXI para uma reforma democr tica e emancipat ria da universidade 2 ed S o Paulo Cortez 2005a Pela m o de Alice o social e o pol tico na p s modernidade 10 ed S o Paulo Cortez 2005b SANTOS Carlos Roberto Antunes A nova miss o da universidade a inclus o social Revista Brasileira de Extens o Universit ria F rum de Pr Reitores de Extens o das Universidades P blicas Brasileiras vol 1 n 1 Rio de Janeiro UFRJ UNIRIO p 07 11 2003 SANTOS Wanderley Guilherme Cidadania e Justi a 3 ed Rio de Janeiro Campus 1994 SOUSA Ana Luiza Lima A Hist ria da Extens o Universit ria Campinas SP Editora Al nea 2000 SOUZA NETO Jo o C amp GUARNIERI ATIK Maria L Orgs Extens o Universit ria constru o de solidariedade S o Paulo Express o amp Arte 2005 185 TAVARES Maria das Gra as M Os m ltiplos conceitos de Extens o In FARIA D ris Santos de Org Constru o Conceitual da Extens o Universit ria na Am rica Latina Bras lia DF Universidade de Bras lia p 73 84 2001 THIOLLENT Michel Metodologia da Pesquisa a o 8 ed S o Paulo Cortez 1998 Metodologia participativa e extens o universit ria In THIOLLENT Michel et al Orgs Extens o Universit ria conceitos m todos e pr ticas Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Sub Reitoria de Desenvolvimento e Exte
34. Tem tica Sa de Linha Program tica Educa o Continuada Coordenador do Projeto Dr Cl udio Baptista de Carvalho Forma o Acad mica Atua o Profissional e Lota o Administrativa na UENF do coordenador do projeto Possui gradua o em Veterin ria pela UFRRJ 1965 Mestrado em Medicina Veterin ria pela UFMG 1973 e Doutorado em Escola Superior de Medicina Veterinaria pela Universitat Hannover 1988 Atualmente professor titular da UENF e Membro de corpo editorial da Jornal Brasileiro de Ci ncia Animal Tem experi ncia na rea de Medicina Veterin ria com nfase em Cl nica e Cirurgia Animal Unidade e sub unidade de vincula o do projeto Centro de Ci ncia e Tecnologia Laborat rio de Sanidade Animal Agropecu ria Objetivos gt Notifica o dos animais com altera es oculares nas comunidades carentes de Campos dos Goytacazes com visitas peri dicas gt Realiza o de exame oft lmico minucioso em animais com oftalmopatias e gt Distribuir folder informativo popula o existente em reas de comunidades carentes e perif ricas P blico alvo e rea de atua o Integrantes das comunidades carentes e perif ricas que buscarem atendimento gratuito e especializado no Hospital Veterin rio da UENF Estimativa de pessoas gt Aproximadamente 300 pessoas beneficiadas com o projeto Professores N o apresenta Colaboradores
35. Virais PNHV tem a miss o de reduzir a incid ncia das hepatites virais e melhorar a qualidade de vida dos portadores da doen a promovendo a es de preven o vigil ncia controle e assist ncia no territ rio nacional respeitando os princ pios e as diretrizes do Sistema nico de Sa de BRASIL 2008b Campos dos Goytacazes possui um Centro de Refer ncia em Hepatite desde 2003 sendo que o maior n mero de casos atendidos refere se a casos de Hepatite A normalmente transmitida por gua contaminada Em 2007 dos 140 casos notificados Gr fico 10 22 ocorreram em crian as na localidade de Rio Preto em apenas dois meses Na ocasi o a Empresa Municipal de Habita o EMHAB foi solicitada para realizar um levantamento t cnico das quatro mini esta es de esgotos existentes h seis anos na localidade sem manuten o e com possibilidade de estarem contaminando a gua Al m disso nem todos os moradores possuem rede de abastecimento de gua O sistema de abastecimento de gua de Rio Preto de responsabilidade da Concession ria guas do Para ba que abastece 90 da rea central do distrito Dispon vel em http www campos rj gov br mat ria publicada em 25 10 2007 Gr fico 10 Notifica o Compuls ria da Hepatite Viral no munic pio de Campos dos Goytacazes RJ de 2005 a 2007 E Hepatite Viral Fonte Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Sa de de Campos dos Goytacazes 63 O gr f
36. Zoologia 1993 pela Universidade Federal de Juiz de Fora Mestrado em Medicina Veterin ria em Parasitologia Veterin ria 1996 e Doutorado em 2000 pela UFFRJ Tem experi ncia em Pesquisa e Extens o em Parasitologia Humana e Animal com nfase em Helmintologia Atualmente Professor Associado da UENF e Coordenador do Biot rio Central da UENF Unidade e sub unidade de vincula o do projeto Centro de Bioci ncia e Biotecnologia Laborat rio de Biologia Celular e Tecidual Objetivos gt Realizar um inqu rito epidemiol gico da ocorr ncia de parasitoses nas comunidades envolvidas e gt Realizar um Programa Integrado de Interven o Participativa para o Controle das Parasitoses Humanas em comunidades carentes de Campos dos Goytacazes visando a melhoria da qualidade de vida da popula o P blico alvo e rea de atua o gt Fam lias de localidades carentes do Distrito de Travess o Crian as em Idade Escolar 07 A 14 Anos da Rede P blica e Privada de Travess o e rea metropolitana de Campos dos Goytacazes RJ Estimativa de pessoas beneficiadas com o projeto M dia de 200 casos equivalente a 200 fam lias beneficiadas M dia de 50 M dicos Veterin rios em Campos e regi o Professores Colaboradores Antonio Henrique de Moraes Neto FIOCRUZ Jo o Carlos de Aquino Almeida UENF Olney Vieira da Motta UENF N dia Francisca Sant Anna Nogueira UENF Antonio Carlo
37. a o quando temos tamb m outros m todos participativos que n o s o exatamente pesquisa a o Thiollent 2003 p 65 enfatiza que dos anos de 1960 aos 2000 a metodologia participativa experimentou altos e baixos mas ainda assim se percebe que houve um forte desenvolvimento tanto no plano te rico quanto no plano operacional apesar de manter se restrita a uma minoria que adere s metodologias participativas necess rio lembrar que n o s aqui no Brasil mas no exterior tamb m a pesquisa a o sempre uma proposta minorit ria porque de um modo geral n o traz uma concep o positivista de pesquisa convencional com concep o burocr tica A pesquisa a o normalmente vem chacoalhar um pouco esta vis o e por isto s vezes mal visto tem gente que acha que pesquisa a o n o ci ncia mas um tipo de agita o revolucion rio confuso mas n o cient fico at hoje aqui no Brasil existem mentalidades que dizem que pesquisa a o algo pra quem n o quer fazer ci ncia Nas universidades em rg os de fomentos nas avalia es de projetos e de papers ainda existem muita resist ncia quanto pesquisa a o por vezes preconceito por vezes uma vis o de estranheza Em nome da pesquisa a o se cometeu alguns equ vocos o pessoal rotulou pesquisa a o como algo muito fraco com pouca consist ncia Vista como pr tica engajada ou militante a pesquisa participativa tende a ser u
38. a ter direito a utilizar o nome da UENF como sua marca com a qual autentica a qualidade do seu produto em tempos no qual a economia legitimada pelo conhecimento cient fico viabilizado pela utiliza o das Tecnologias de Informa o e Comunica o TIC s que propicia o estabelecimento de parcerias dist ncia Maria Ang lica Bom o parceiro forte que eu tenho a Diagnostek que fornece os kits chamados de Parates gratuitamente h quase dois anos eles fornecem a quantidade que a gente pedir a gente faz uma parceria em que eles levam o nosso nome nos lugares nos stands que eles v o vender ent o com o nome da UENF envolvido isto os ajuda a vender e em troca eles me enviam a quantidade que eu quiser de kits O interessante que os descobri pela internet sem v nculo algum com a UENF Outro parceiro a PROEX com as bolsas o Programa DST AIDS e a Faculdade de Medicina tamb m ajudam indiretamente e o postinho daqui da comunidade porque encaminhamos as crian as para l Em termos de gua o CCZ tamb m nos atendeu para fazer a avalia o da gua de po o dos moradores na verdade a parceria com o CCZ j de longa data pois j h uma parceria da UENF com o CCZ s que hoje o CCZ tem um olhar exclusivo para a dengue ent o fica caro para eles se envolverem com mais problemas e eu j estou fazendo o papel deles A Pastoral da crian a tamb m ajudou trazendo as demandas da comunidade e igrejas pentec
39. animais e a poss vel transmiss o para as pessoas mais pr ximas gt Verificar a presen a de pat genos em pontos cr ticos nas instala es de postos de sa de e instala es de escolas locais gt Selecionar os agentes patog nicos e investigar os seus fatores de virul ncia gt Trabalhar junto s comunidades para a conscientiza o dos moradores locais sobre a import ncia das zoonoses e os cuidados com os animais criados pelos seus moradores gt Realizar palestras dentro do tema zoonoses com todos os participantes e estudantes locais principalmente crian as gt Publicar os resultados obtidos com a execu o do projeto P blico alvo e rea de Seis comunidades carentes escolas e postos de sa de locais comunidades de Tira gosto Arraial e Cobra atra o D gua distrito de travess o Parque Santu rio Matadouro e Custod polis Estimativa de pessoas Aproximadamente 200 fam lias nas comunidades do ba distrito de Travess o 50 fam lias na comunidade do pensciadas Ea Matadouro e no m nimo 200 fam lias em Custod polis projeto Professores gt Antonio Henrique de Moraes Neto FIOCRUZ Colaboradores gt Jo o Carlos de Aquino Almeida UENF gt Cl vis de Paula Santos UENF gt N dia Francisca Sant Anna Nogueira UENF gt Antonio Carlos da Silva UERJ gt J lio Vianna Barbosa FIOCRUZ gt Maria da Gl ria Alves UENF e gt Maria de F tima
40. ano de 2007 para a cataloga o em fichas contendo informa es de acordo com a padroniza o da PROEX Ap ndice 1 Y T tulo do Projeto v rea Tem tica Linha Program tica Y Coordena o do Projeto v Forma o acad mica atua o profissional e lota o administrativa na UENF Unidade e sub unidade de vincula o do projeto Objetivos P blico alvo e rea de atua o Professores colaboradores Parcerias estabelecidas Valor do apoio financeiro Equipe go A Og T o SO a S Resultados esperados A escolha do ano de 2007 n o foi espont nea Esta op o deveu se a sua posi o como um ano j completo e imediatamente anterior ao ano de in cio de minha pesquisa o que me proporcionaria dados mais recentes e completos acerca dos projetos de extens o desenvolvidos sob a rubrica sa de na UENF d Entrevistas semi estruturadas As qualidades da entrevista semi estruturada consistem em enumerar de forma mais abrangente poss vel as quest es em que o pesquisador quer abordar no campo a partir de suas hip teses ou pressupostos advindos obviamente da defini o do objeto 137 de investiga o MINAYO 1999 p 121 Esta modalidade de entrevista permite relativa flexibilidade durante sua execu o onde as quest es n o precisam seguir a ordem prevista no roteiro previamente realizado e poder o ser formuladas novas quest es no decorrer da entrevista As principais vanta
41. ano de idade Um dos objetivos para ado o desses componentes o de poder observar o impacto de distintas medidas adotadas pois quanto melhor o n vel de vida da popula o menor a propor o de bitos 22 A taxa de mortalidade infantil corresponde ao n mero de crian as mortas at um ano de vida para cada mil nascidas vivas As informa es sobre mortalidade est o dispon veis no site www datasus gov br do Minist rio da Sa de Brasil e no SIM Sistema de informa o de Mortalidade dispon vel em n vel local 49 infantis no per odo p s neonatal j que estes s o mais sens veis s medidas sociais ambientais e sanit rias Outro indicador empregado especialmente para avaliar o risco de morte de acordo com as condi es da gravidez e do parto a mortalidade perinatal que no munic pio de Campos totalizou 72 bitos representando 48 98 do total de bitos infantis Cabe destacar que no per odo p s neonatal considerado per odo inf ncia tardia o total de 54 bitos representou 36 7 do total Esses dados permitem nos notar que al m dos problemas com o sistema de sa de local para o adequado atendimento dos rec m natos per odo neonatal tamb m poss vel atestar que existem falhas quanto ao programa de pr natal que podem n o estar assistindo as gestantes adequadamente ou at mesmo falta de motiva o para o devido acompanhamento das especifica es do programa fato muito comum em adol
42. as ci ncias b sicas orientando as tecnologias delas decorrentes e em novas quest es sobre a vida e sobre o homem Durante os dois primeiros anos da gradua o os estudantes vivenciariam um simult neo de estudos de disciplinas gerais formativas capazes de criar nestes alunos uma consci ncia cr tica solid ria e bem informada acerca da realidade e dos problemas da sociedade brasileira Seguia se ent o o Ciclo Profissional com dura o de dois anos ou mais ministrado pela faculdade com forma o espec fica para a profiss o escolhida pelo aluno Outro ponto relevante no Plano Orientador da UENF dizia respeito sua organiza o como uma Universidade Aberta onde os m ltiplos cursos curriculares e extracurriculares seriam fregiientados por qualquer pessoa na regi o capaz de curs los com proveito Um intelectual militante assinava o Plano Orientador da mais nova universidade p blica do Estado do Rio de Janeiro Seu par metro de transforma o social e de enfrentamento das desigualdades sociais brasileiras revelava as cren as nas quais foi formado isto a aposta na ci ncia e na tecnologia como fator de desenvolvimento da na o nesse quadro que nasce a UENF para fazer se herdeira das tradi es regionais do saber popular e erudito mas comprometida a conquistar o que l precisa florescer para que toda a regi o se integre na Civiliza o Emergente fundada na ci ncia e na t cnica Sua miss o adornar se c
43. bem como a ind stria de cer mica vermelha Com rela o aos servi os educacionais nos n veis infantil fundamental e m dio Campos dos Goytacazes apresenta nas redes p blica e privada 876 estabelecimentos de ensino 8 043 fun es docentes e 131 306 matr culas em 2001 segundo dados do INEP MEC 2001 No ensino superior j atuam no munic pio doze institui es S o elas e UENF Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro e CEFET Centro Federal de Educa o Tecnol gica de Campos e UFF Universidade Federal Fluminense e UFRRJ Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e UCAM Universidade C ndido Mendes e UNIVERSO Universidade Salgado de Oliveira e UNESA Universidade Est cio de S e FDC Faculdade de Direito de Campos e FMC Faculdade de Medicina de Campos e FOC Faculdade de Odontologia de Campos e FAFIC Faculdade de Filosofia de Campos e ISEPAM Instituto Superior de Educa o Professor Aldo Muylaert e e ESANFFGV Escola Superior de Administra o e Neg cios do Norte Fluminense Funda o Get lio Vargas Dados do Censo 2001 do INEP MEC apontam 14 204 matr culas efetuadas nas institui es de ensino superior de Campos em 30 04 2000 Entretanto estima se que o n mero de estudantes universit rios em Campos j ultrapasse 20 mil 8 Dispon vel em www inep gov br Acesso em 11 03 2009 31 Quanto aos servi os de sa de encontra se em Campos uma gr
44. cidad os de Campos um estranhamento m tuo e nalgumas vezes hostilidades de ambas as partes se evidenciaram As ci ncias hard que marcariam a UENF e ainda hoje a sua principal identidade ao se concentrar nos laborat rios incentivavam o n o estabelecimento do di logo com a comunidade local Adianta se aqui a fala de uma de nossas entrevistadas ao longo da disserta o Professora L lian Bahia Pr Reitora de Extens o e Assuntos Comunit rios durante a gest o 2003 2006 e atual Pr Reitora de Gradua o que avalia que os embates ocorridos por ocasi o da implanta o da UENF em Campos repercutiram de maneira negativa na jovem universidade dificultando sua rela o tanto com a sociedade campista quanto com o Poder P blico Municipal Pergunta Professora a Senhora acha que aqueles conflitos e embates na ocasi o da implanta o da UENF podem ter dificultado a intera o da universidade com o munic pio Professora L lian Bahia Da UENF de um modo geral com Campos Em minha opini o sem sombra de d vida eles repercutiram de maneira extremamente negativa sobre a universidade Al m disto tem a quest o intr nseca da implanta o de qualquer universidade que envolve o fato de que os pesquisadores quando vem para uma universidade j trazem seus projetos de pesquisas que estavam feitos em algum lugar que n o tem nada a ver com o local em que eles est o agora ent o n o tem como voc evitar este distanciamento
45. cie de seguro social garantindo benef cios como aposentadoria e assist ncia m dica somente para aqueles que contribu am para a Previd ncia Assim o direito assist ncia sa de estava restrito condi o de segurado 2 O Estado assume ativamente a partir dos anos 1930 o papel de regulador da economia e define um projeto econ mico baseado na industrializa o absorvendo m o de obra advinda do campo e alavancando a economia nacional O crescimento da economia e da industrializa o a partir do governo Vargas desloca a necessidade de sanear os espa os de circula o de mercadorias para atuar sobre a for a de trabalho Fazia parte das pretens es de Vargas a transforma o do pa s em um Estado forte e centralizador desta forma as a es de sa de do governo ficaram envoltas no interesse estatal de garantir a integridade do novo foco de sua aten o o corpo do trabalhador LIMA FONSECA amp HOCHMAN 2005 Nesta perspectiva observa se um gradativo fortalecimento do projeto pol tico ideol gico de constru o nacional acompanhado de medidas que favoreceram sua Embora os presidentes das CAPs fossem nomeados pelo Presidente da Rep blica e houvesse um interesse claro do governo na manuten o deste sistema as CAPs eram mantidas e geridas pelas empresas e seus empregados e assim n o se configuravam como uma iniciativa do Estado para o alcance da preserva o da sa de de todos os cidad os Mendes 1999 As CAPs
46. coeficiente de preval ncia da regi o sudeste de 2 4 por 10 mil habitantes Se tomarmos o ano de 2007 como referencial de compara o observamos que em Campos dos Goytacazes ocorreram 104 casos notificados da doen a conforme gr fico 9 Como o munic pio segundo informa o do IBGE 2007 apresenta uma popula o estimada em 426 154 habitantes conclui se que estatisticamente o n mero de casos de hansen ase para cada 10 mil habitantes fica em torno de 2 4 o que denota um quadro end mico correspondente ao coeficiente de preval ncia da regi o sudeste conforme estimativa do Minist rio da Sa de Em setembro de 2007 foi inaugurado em Campos o Centro de Refer ncia Augusto Alves especializado em Tuberculose e Hansen ase As chances de cura da hansen ase apresentam propor o de 100 quando tratada Todo acompanhamento deve ser feito no Centro gratuitamente 30 O ndice de Infesta o Predial do mosquito da dengue em 1 o considerado normal pelo Minist rio da Sa de Acima disto a localidade infestada fica em situa o de alerta 1 a 3 9 a situa o de risco caracterizada quando o ndice de infesta o atinge 4 Fonte SINAN SES IBGE 2005 61 Gr fico 9 Notifica o Compuls ria da Hansen ase no munic pio de Campos dos Goytacazes RJ de 2005 a 2007 E Hansen ase Fonte Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Sa de de Campos dos Goytacazes e Hepatite Viral As hepatites v
47. com os pressupostos da Sa de Coletiva e desta forma pode atuar como uma grande aliada do pr prio Sistema nico de Sa de atrav s de a es que tamb m visam prote o promo o e recupera o da sa de dos cidad os Professora Maria Ang lica A conscientiza o em si os dados descobertos os encaminhamentos realizados O caso do descobrimento de uma fam lia com Schistosoma mansoni que n o comum ter aqui ent o a gente encaminhou e foi um ganho muito grande porque eu percebi que esta fam lia mudava muito de lugar ent o para onde eles iam eles levavam o parasito quando a gente identificou e encaminhou para tratamento houve uma medida de impedir que este parasito se propagasse para outros lugares O projeto de fluxo cont nuo temos o diagn stico e controle das zoonoses mas agora aumenta nossa responsabilidade que envolver a posse respons vel do animal e controle de natalidade de c es e gatos porque eles mesmos pedem para castrar os animais Realizamos uma palestra na FAETEC para o curso de Patologia Cl nica e depois participamos da Feira de Ci ncias mostramos os parasitas nos recipientes e os resultados j alcan ados com o projeto De acordo com Luchese 2004 as pol ticas p blicas podem ser definidas como conjuntos de disposi es medidas e procedimentos que traduzem a orienta o pol tica do Estado e regulam as atividades governamentais relacionadas s tarefas de interesse p blico S o
48. da PROEX UENF Ap s a an lise das informa es obtidas foi poss vel constatar que a Extens o Universit ria o principal canal pelo qual a UENF reverte a imagem inicial de uma universidade que nascia estrangeira na regi o em raz o de especificidades hist ricas Tamb m conclui se que os projetos extensionistas investigados apresentam se como instrumentos com plena capacidade para colaborar no processo de Promo o de Sa de local Constatam se por m dificuldades a serem superadas como o financiamento dos projetos de extens o a institucionaliza o de parcerias com Poder P blico Local e a cria o de um novo ethos cient fico que valorize a participa o e a emancipa o social Ainda assim visualiza se a Extens o Universit ria na UENF como uma experi ncia que atua como um instrumento pol tico social capaz de viabilizar a intera o entre universidade comunidade poder p blico local em prol da Sa de P blica Palavras chave Extens o Universit ria Promo o de Sa de Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Campos dos Goytacazes viii ABSTRACT The study problematizes the debate about university extension with emphasis in the relation among education extension activities and health policies paying attention to the potentialities of the university of local reality as an important articulator of social participation in the definition and implementation of health public policies The
49. da pesquisa vinculando se ao exerc cio de transforma o da sociedade O artigo 207 da Constitui o Brasileira disp e que As universidades gozam de autonomia did tico cient fica administrativa e de gest o financeira e patrimonial e obedecer o ao princ pio da indissociabilidade entre ensino pesquisa e extens o BRASIL 1988 89 A partir do F rum de Pr Reitores de Extens o das Universidades P blicas Brasileiras foi elaborado o Plano Nacional de Extens o Universit ria que apresenta informa es fundamentais para o embasamento das atividades de extens o discutindo sua hist ria conceitua o institucionaliza o princ pios b sicos objetivos e metas FORPROEX 2001 2002 Faria 2001 p 179 pontua que tr s n cleos conceituais permeiam a atividade extensionista Primeiramente o n cleo funcional que se refere a sua vincula o aos processos culturais e ou educativos e ou cient ficos O n cleo acad mico que remonta a extens o atividade acad mica relacionada com o ensino e a pesquisa e o n cleo social que conceitua a Extens o a partir da intera o Universidade Comunidade Observa se frequentemente que os trabalhos de extens o transitam nas tr s vertentes a extens o atuante como processo acad mico com a funcionalidade t pica do trabalho universit rio aplicado s reas do conhecimento multidisciplinar e com implica es sociais Todavia muitas vezes a sociedade desconhece as fun es da
50. da sa de visto que as pol ticas educacionais que nela se desenvolvem visam satisfa o do indiv duo e da coletividade Professor Olney Motta a Faculdade de Medicina de Campos a FAPERJ que paga as bolsas a pr pria comunidade as igrejas A nossa parceria mais de car ter humano n o tem nada escrito n o uma coisa que a gente tem de confian a entre pessoas Professor Jo o Almeida Temos parceria com a FIOCRUZ com a Faculdade de Medicina A gente consegue muito mais estabelecer parcerias com a sociedade civil organizada do que com o Poder P blico por exemplo a gente tem parceria com a Pastoral da Crian a com o Rotary que doa cestas b sicas mas com o Poder P blico a intera o se d n vel de pessoas que para n s pesquisadores um desgaste muito grande porque a gente perde muito tempo tentando estas intera es As parcerias entre programas de ensino e de pesquisa objetivando um trabalho interdisciplinar e transdisciplinar permitem muitos ganhos tal como mediante a articula o entre diferentes institui es de n vel superior que permite que se amplie o escopo de a es e a comunica o entre diferentes reas de saber muitas vezes unindo ci ncias sociais e naturais com um mesmo objetivo que neste caso espec fico refere se melhoria da qualidade de vida das pessoas Professor Olney Motta Agora conto com mais cinco pessoas Tenho dois m dicos um enfermeiro que recebem bolsa do
51. de trabalho com aumento do segmento informal do desemprego estrutural e fragiliza o do movimento sindical A hegemonia do projeto neoliberal na sa de consolidado nos anos 1980 veio ocasionar uma reciclagem da proposta conservadora do modelo m dico assistencial privatista ou seja por baixo do estridente e aparentemente consensualizado ide rio da reforma sanit ria constr i se um projeto conservador da sa de com o fortalecimento de um subsistema privado e forte e de baixa regula o pelo Estado o da aten o m dica supletiva fazendo retornar s ra zes no conceito da universaliza o excludente Mendes 1999 O processo de descentraliza o em sa de do tipo pol tico administrativo tornou se a nica diretriz do SUS que n o colidia com as id ias neoliberais dado que ocorreu no contexto de uma proposta de minimiza o do Estado Com efeito as responsabilidades das a es e servi os de sa de foram redistribu das entre os v rios n veis de governo desencadeando a t o sonhada Municipaliza o da Sa de A municipaliza o dos servi os de sa de passou a ser entendida como o nico meio que permitiria ao mesmo tempo maior racionalidade administrativa controle financeiro e participa o democr tica da comunidade no gerenciamento do sistema em oposi o excessiva centraliza o do modelo anterior Esperava se tamb m que este novo sistema estimulasse o desenvolvimento de uma medicina mais hol stic
52. de P blica Rio de Janeiro ENSP FIOCRUZ 2001 C Legisla o e Documentos BRASIL Constitui o de 1988 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia DF Senado 1988 F rum de Pr Reitores das Universidades P blicas Brasileiras Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o Superior Plano Nacional de Extens o Universit ria Edi o atualizada Bras lia DF 2000 2001 Dispon vel em http www ufac br Acesso em 02 12 2008 Minist rio da Educa o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Sinopse estat stica da educa o b sica censo escolar 2001 Bras lia DF abril de 2002 315 p Dispon vel em http www inep gov br Acesso em 15 01 2009 BRASIL Minist rio da Sa de Secretaria de Pol ticas de Sa de Departamento de Aten o B sica Manual t cnico para o controle da tuberculose cadernos de aten o b sica 6 ed Bras lia DF Minist rio da Sa de 2002 70p Dispon vel em http portal saude gov br portal arquivos pdf Acesso em 03 03 2009 Minist rio da Sa de Secretaria de Vigil ncia em Sa de Departamento de An lise de Situa o de Sa de Atlas de Sa de do Brasil Bras lia DF maio de 2004 Dispon vel em CD ROM Minist rio da Sa de Secretaria de Gest o do Trabalho e da Educa o na Sa de Departamento de Gest o da Educa o na Sa de Aprender SUS o SUS e os cursos de gradua o da rea da sa de Bras lia DF
53. de forma que para Smiderle 2004 j n o fazia sentido que uma universidade que tenha sido apresentada como o passaporte para o desenvolvimento regional fosse considerada fechada e indiferente ao seu entorno argumento de algumas acusa es Esta percep o na verdade envolve pressupostos mais profundos Campos dos Goytacazes na d cada de 1990 per odo em que a UENF foi idealizada e implantada apresentava se com um atraso s cio econ mico devido decad ncia de sua principal economia a atividade canavieira Contudo ainda estavam presentes suas oligarquias e seus coron is com a forte influ ncia no capital social de Campos de seu legado escravocrata caracterizado por rela es sociais de mando e obedi ncia de forma muito significativa com repercuss es na administra o p blica e nas disputas eleitorais O poder antes centralizado no usineiro que figurava como representante da cidade ap s a decad ncia da monocultura da cana de a car ressurge ligado s personalidades 145 que comp em o grupo pol tico da cidade profissionais liberais que v o perpetuar o poder perdido com a decad ncia econ mica Darcy Ribeiro reconhecera o cen rio por ocasi o da implanta o da universidade e sabia que o mesmo n o propiciava espa o social e pol tico para um papel renovador ou progressista a ser desempenhado pela UENF j que esta poderia aquecer novos setores produtivos e instabiliz
54. de pr ticas em tese superadas no trabalho com comunidades C preocupante esperar que os pesquisadores sem incentivos especiais mantenham em tempos de sobrecarga de trabalho e de responsabilidades na universidade p blica sua devo o causa da extens o universit ria Importa portanto que a Universidade sociedades cient ficas ag ncias de fomento encontrem formas de premia o daqueles que criativamente se empenham na promo o do modelo do ensino pesquisa extens o em suas respectivas carreiras acad micas D Cabe ainda a PROEX a tarefa maior de garantir aos professores coordenadores de projetos de extens o o respaldo s suas iniciativas de parcerias e apoios propondo e orientando parcerias estimulando o di logo inter centros fomentando programas viabilizando aproxima es entre os pesquisadores e o Poder P blico Municipal Se o Plano Orientador de Darcy Ribeiro n o previa nesta intensidade os desafios extens o universit ria isto se deve aos limites mesmos que se colocam a todo pensamento que antes de tudo contextual A autonomia dos que hoje abra am a UENF em Campos o de poder dar continuidade e aperfei oar o plano original revendo algumas posi es inovando com outras N o h d vidas do quanto ainda a cidade de Campos e a regi o espera de sua Universidade 176 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS A Livros Cap tulos de livros e Artigos AGUILAR FILHO H lio de Afonso Atraso e des
55. de promo o de sa de consideradas como uma nova sa de p blica n o tem apenas o servi o m dico como local privilegiado para sua promo o pois est o presentes tamb m na escola na universidade no local de trabalho dentre outros NADANOVSKI 2000 Uma nova forma de pensar ganha espa o e nos alerta para a inevit vel rela o entre sa de e educa o considerando sua complexidade e suas interfer ncias preciso considerar que os indiv duos recebem influ ncias de todo tipo sejam elas intencionais ou n o e vindas de muitas e diferentes inst ncias e meios sociais Nosso olhar volta se ent o para o indiv duo como fruto de uma cultura no qual o seu corpo e o estado de sa de ou doen a s o produtos de uma constru o ling stica e cultural e n o simplesmente mat ria biol gica MEYER et al 2006 p 1337 apud GHIORZI 2008 p 24 Segundo Nadanovski 2000 a promo o de sa de efetiva se atrav s de cinco reas de a o que mutuamente contribuem para a melhoria da sa de da popula o Estas incluem educa o em sa de interven es cl nicas pol tica p blica saud vel reorienta o dos servi os de sa de e a cria o de ambientes favor veis sa de Sob esta tica a rela o educativa com as pessoas preza o di logo e valoriza a sabedoria pr tica dos indiv duos e comunidades que produzem resultados significativos em usu rios e agentes educativos Passa se a se considerar que as pessoas n o
56. dos sujeitos que se reflita em cumplicidade com a coletividade MEYER et al 2006 p 1342 apud GHIORZI 2008 p 25 Esta aproxima o entre sa de e educa o por m est longe de ser espont nea Ela depende da intencionalidade das institui es atrav s de planejamentos pol ticas p blicas aloca o de recursos e implementa o de projetos visando conquista de melhores condi es de vida Os resultados satisfat rios n o s o obtidos em curto espa o de tempo Envolvem profundas mudan as de valores sociais e atitudes num processo amplo de transforma o da sociedade Ceccim amp Feurwerker 2004 trouxeram uma grande contribui o para o processo de inova o das pol ticas p blicas de sa de que a partir da constitui o do Sistema nico de Sa de tornaram se centradas na integralidade da aten o sa de dos cidad os Como meio de alcan ar a efetiva o desta nova dimens o os autores destacaram um conjunto de agentes implicados diretamente neste processo de inova o que comp em o quadril tero de forma o para a sa de que compreendem ensino docentes e estudantes gest o gestores do sistema aten o trabalhadores e servi os de sa de e controle social usu rios movimentos sociais e a sociedade O princ pio de integralidade da aten o em sa de como diretriz do ensino em sa de surge como pol tica p blica em 2004 com o lan amento pelo Minist rio da Sa de do
57. enfatizar aspectos diferentes do processo de pesquisa a o Embora haja dissensos a maioria dos investigadores concorda que a pesquisa a o consiste em ciclos de colabora o participa o planejamento a o e reflex o ou ainda para alguns avalia o 114 De acordo com Barbier 1985 37 apud Haguette 2007 p 111 Lewin se refere pesquisa a o da seguinte maneira Quando falamos de pesquisa estamos pensando em pesquisa a o isto uma a o em n vel realista sempre acompanhada de uma reflex o autocr tica objetiva e de uma avalia o dos resultados N o queremos a o sem pesquisa nem pesquisa sem a o 66 Barbier 1985 p 37 apud Haguette 2007 p 112 complementa que a pesquisa a o de Lewin pode ser definida como uma pesquisa psicol gica de campo que tem por objetivo uma mudan a de ordem psicossocial Seu desenvolvimento especialmente nos pa ses anglo sax nicos ampliou esta concep o e possibilitou uma redefini o da pesquisa a o A metodologia da pesquisa a o tem por finalidade contribuir simultaneamente para o al vio das preocupa es de ordem pr tica das pessoas que est o em situa o problem tica e para o desenvolvimento das ci ncias sociais atrav s de colabora o que as re ne de acordo com um sistema tico mutuamente aceit vel Ibid Os trabalhos de Lewin e de seus disc pulos orientados para a solu o de problemas sociais experimentad
58. entrevista com Dra Maria Ang lica Vieira da Costa Pereira no Hospital Veterin rio da UENF 139 LISTA DE GR FICOS Gr fico 1 Rendimento mediano em R dos chefes de domic lios dos munic pios da Regi o Norte Fluminense 2000 45 Gr fico 2 Propor o da popula o menor de 05 anos e maior de 60 anos na Regi o Norte Fluminense 2000 47 Gr fico 3 Taxa de fecundidade por munic pio da regi o Norte Fluminense 2000 48 Gr fico 4 Mortalidade proporcional segundo Grande Grupo de Causa CID 10 no munic pio de Campos dos Goytacazes no ano de 2005 50 Gr fico 5 Notifica o Compuls ria da AIDS adulto e infantil no munic pio de Campos dos Goytacazes RJ de 2005 a 2007 54 X Gr fico 6 Notifica o Compuls ria da S filis Cong nita no munic pio de Campos de Goytacazes RJ de 2005 a 2007 Gr fico 7 Notifica o Compuls ria da Tuberculose no munic pio de Campos dos Goytacazes RJ de 2005 a 2007 Gr fico 8 Notifica o Compuls ria da Dengue no munic pio de Campos dos Goytacazes RJ de 2005 a 2007 Gr fico 9 Notifica o Compuls ria da Hansen ase no munic pio de Campos dos Goytacazes RJ de 2005 a 2007 Gr fico 10 Notifica o Compuls ria da Hepatite Viral no munic pio de Campos dos Goytacazes RJ de 2005 a 2007 Gr fico 11 Notifica o Compuls ria da Leptospirose no munic pio de Campos dos Goytacazes RJ de 2005 a 2007 Gr fico 12 Notifica o Compuls r
59. extens o universit ria atuar 68 CAP TULO 2 OS DESAFIOS DA DEMOCRATIZA O Sa de P blica e Pol ticas Sociais e a raz o de ser da Universidade 2 1 Breve Hist rico da Sa de P blica Brasileira A rea da sa de tem passado por sucessivos movimentos de recomposi o das pr ticas sanit rias decorrentes das distintas articula es entre sociedade e o Estado que definem as respostas sociais s necessidades e aos problemas de sa de De acordo com Merhy amp Queiroz 1993 a hist ria da sa de p blica inicia se no in cio do s culo XX com Em lio Ribas em S o Paulo e Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro Em acordo com a chamada teoria bacteriol gica dentro da escola pasteuriana concebiam a sa de e a doen a como um processo resultante dos est mulos externos que o corpo biol gico recebe do meio social natural insalubre A descoberta e o isolamento dos indiv duos doentes o saneamento do meio a destrui o dos vetores biol gicos e a prote o dos sadios portanto consistiam os princ pios fundamentais desta perspectiva Partindo desta premissa a instrumentaliza o das a es de sa de era de responsabilidade da pol cia sanit ria que por meio de um modelo campanhista de interven o buscava conter a dissemina o de doen as principalmente nas reas urbanas de import ncia para a manuten o do modelo agro exportador Gilberto Hochman em seu livro A Era do Saneamento as bases das pol ticas de
60. extensionistas na rea da sa de o Sr poderia pontuar os benef cios trazidos para a comunidade envolvida 5 2 E para a pesquisa em sa de na universidade 5 3 E para os alunos envolvidos com a extens o 5 4 O Sr pode citar programas projetos e cursos promovidos na rea da sa de at este momento 5 5 J foi poss vel identificar Pol ticas P blicas de Sa de implementadas no munic pio a partir dos projetos de extens o na rea de sa de desenvolvidos pela UENF 5 6 H informa es adicionais 200 AP NDICE 5 ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMI ESTRUTURADA DIRECIONADA AO CONSULTOR DE EXTENSAO DA PROEX UENF Modelo ita UENF Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Programa de P s Gradua o em Pol ticas Sociais PPGPS LEEA CCH Orientadora Prof Adelia Maria Miglievich Ribeiro Mestranda Giselle Almeida Barreto PESQUISA UENF EXTENS O E POL TICAS DE SA DE UM DEBATE ACERCA DA RELA O ENTRE UNIVERSIDADE COMUNIDADE E PODER PUBLICO NO MUNIC PIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ 1 Identifica o 1 1 Data da Entrevista 1 2 Lugar da Entrevista 1 3 Dura o da Entrevista In cio horas e T rmino 2 Entrevistado 2 1 Nome 2 2 Qual sua forma o acad mica 2 3 Qual sua atua o profissional na UENF 3 Conceito de Extens o Universit ria 3 1 Em sua opini o o que extens o universit ria 3 2 Hoje qual a sua percep
61. fundamental para o entrela amento entre o ensino e a pesquisa no interior da universidade em prol da efetiva o dos diferentes pilares acad micos Os coordenadores dos projetos de extens o e os gestores e consultor entrevistados afirmam por m que as parcerias firmadas para o desenvolvimento dos projetos de extens o s o de extrema import ncia para a conforma o de uma Universidade Cidad Tais parcerias abrangem escolas outras universidades igrejas institui es de caridade empresas privadas e num nico caso examinado o poder p blico local Importa mencionar entretanto que as parcerias s o buscadas pelos pr prios executores dos projetos e n o se trata de uma pol tica institucional sob a responsabilidade da PROEX UENF como sugerem os entrevistados como o desej vel 172 A car ncia de recursos financeiros e materiais s o apontados pelos entrevistados como os principais desafios e obst culos para o crescimento da extens o universit ria na UENF e para a efetiva o das metas propostas pelos projetos o que se relaciona em muito ao desinvestimento na universidade p blica em tempos de minimiza o do papel do Estado como coordenador da vida em sociedade A n o institucionaliza o dos projetos de extens o somada ao ainda pouco preparo da comunidade universit ria para lidar com os desafios referentes capta o de recursos pode provocar o desvirtuamento dos fins do novo extensionismo As dificuldades no di
62. gt M dicos Veterin rios de Campos e regi o e amatay Ambulat rio do Hospital Veterin rio da UENF Escolas e Comunidades Estimativa de pessoas gt M dia de 200 casos equivalente a 200 fam lias beneficiadas com o projeto beneficiadas gt M dia de 50 M dicos Veterin rios em Campos e regi o Professores Colaboradores N o consta esta informa o na ficha do projeto na PROEX UENF Parcerias gt FAPERJ gt FUNDENOR Valor do Apoio Financeiro N o consta informa o PROEX UENF Equipe Bolsistas Carolina Montes Silva Discente Bolsista 20h Israel Pereira dos Santos Programa Universidade Aberta Superior 20h Jos Leonardo Gualberto Ramos Universidade Aberta Superior 20h gt gt gt Programa Resultados esperados Disponibilizar para a popula o em geral Biotecnologia avan os e m todos diagn sticos e conhecimento em reprodu o assistidas de c es e gatos Projeto n o vinculado programa 209 Projeto 4 Parasitoses Humanas C digo 2007 048 T TULO DO PROJETO s Parasitoses Humanas Area Tem tica Sa de Linha Program tica Sa de da Fam lia Coordenador do Projeto Dr Cl vis de Paula Santos Forma o Acad mica Atua o Profissional e Lota o Administrativa na UENF do coordenador do projeto Graduado em Ci ncias Biol gicas Licenciatura 1990 e Bacharelado nfase em
63. institui o no mundo com metodologia desenvolvida para diagnosticar a presen a do Toxoplasma Gondii na gua Ibid p 57 Em entrevista Professora L lian Bahia comentou que o projeto n o era de extens o mas um projeto de pesquisa desenvolvido pelo Laborat rio de Biologia do CBB por m com um vi s extensionista sem contudo pretender poca uma metodologia de participa o espec fica Professora L lian Bahia Nunca foi um projeto de extens o era um projeto de pesquisa funciona como uma a o de extens o porque envolve a intera o da universidade com os pacientes que s o acometidos por esta infec o ent o ele tem um vi s de extens o mas n o foi concebido como um projeto de extens o ele era um projeto de pesquisa na rea de sa de porque muitas vezes projetos de pesquisa na rea de sa de se confundem com projetos de extens o a Segundo a Pr reitora o programa de preven o est ativo na Secretaria de Sa de e a intera o com a UENF ocorre apenas a n vel acad mico e pessoal Houve v rias tentativas de vincula o institucional com o poder p blico municipal por m todas foram frustradas demonstrando que mesmo um programa de tamanha amplitude que atendeu a um grande contingente de pessoas e foi reconhecido internacionalmente 110 n o foi capaz de despertar interesse no poder p blico municipal para seu desenvolvimento Acerca das motiva es da dificuldade de intera o da universida
64. integrada uma vez que a cultura de fragmenta o do setor ainda uma realidade decorrente da falta do h bito de conviv ncia multiprofissional Nesse sentido o VER SUS oportuniza o conv vio a discuss o da organiza o do sistema de sa de brasileiro e a aprendizagem cr tica aos estudantes de diferentes cursos da rea da sa de e afins 6 Cf em http portal saude gov br portal 132 Em sua vers o extensionista o VER SUS Extens o um componente do projeto VER SUS em que o Minist rio da Sa de vem constituindo parcerias com as Pr Reitorias de Extens o das universidades p blicas para o desenvolvimento de dois programas espec ficos Est gios Rurais Interprofissionais no SUS e Viv ncias em Educa o Popular no SUS Um dos objetivos dessa estrat gia a forma o de profissionais voltados para as necessidades de sa de da popula o e do Sistema nico de Sa de por meio do fortalecimento e amplia o dos processos de mudan a da gradua o e articula o entre as institui es de ensino na rea da sa de e os servi os Tamb m visado atrav s do programa contribuir para a implementa o de pol ticas p blicas de sa de em diferentes locorregi es com abertura para a es intersetoriais por meio da extens o universit ria pela integra o com outros cursos como agronomia economia direito comunica o e pedagogia por exemplo Para isso a proposi o das viv ncias em n veis lo
65. mudan as introduzidas a partir do texto constitucional da Lei Org nica da Sa de Lei 8 080 90 e tamb m da Lei n 8 142 90 as decis es em mat ria de sa de p blica passaram a envolver novos e m ltiplos atores impondo modifica es significativas no desenho e formula o das 23 pol ticas de sa de com importantes inova es institucionais em termos da estrutura e din mica do processo decis rio A crise da sa de vivenciada na atualidade parte integrante da crise social a engendrar desafios que atravessam toda organiza o social desde a produ o distribui o e consumo de bens e servi os at as formas de organiza o do Estado e dos seus aparelhos nas suas rela es com a sociedade Na medida em que a Sa de Coletiva apresenta se como um movimento ideol gico comprometido com a transforma o social com possibilidades de articula o com novos paradigmas cient ficos capazes de abordar o objeto sa de doen a cuidado PAIM amp ALMEIDA FILHO 1998 Goergen 1998 destaca a import ncia dos canais de comunica o entre universidade Estado e sociedade civil a fim de se possibilitar uma articula o sist mica e integrada no cen rio epistemol gico e social emergente Neste a universidade assume uma nova identidade a partir de sua interse o com o ambiente no qual se encontra inserida Ao se entender como fun o b sica da universidade a produ o e a socializa o dissemina o do conhecime
66. municipal digital do Brasil situa o em 2005 Rio de Janeiro IBGE 2006 Dispon vel em http www ibge gov br cidadesat topwindow htm Acesso em 05 04 2009 S ntese de indicadores sociais uma analise das condi es de vida da popula o brasileira S rie estudos e pesquisas informa o demogr fica e socioecon mica n 23 Rio de Janeiro IBGE 2008 Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Pr Reitoria de Extens o e Assuntos Comunit rios Cat logo de Extens o 2001 2002 Campos dos Goytacazes PROEX UENF 2001 2002 189 p Novo Manual da Extens o Campos dos Goytacazes PROEX UENF 2008 62 191 AP NDICE 1 FICHA DOS PROJETOS ita UENF Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Programa de P s Gradua o em Pol ticas Sociais PPGPS LEEA CCH Orientadora Prof Adelia Maria Miglievich Ribeiro Mestranda Giselle Almeida Barreto PESQUISA UENF EXTENS O E POL TICAS DE SA DE UM DEBATE ACERCA DA RELA O ENTRE UNIVERSIDADE COMUNIDADE E PODER PUBLICO NO MUNIC PIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ T TULO DO PROJETO Area Tem tica Linha Program tica Coordenador do Projeto Forma o Acad mica Atua o Profissional e Lota o Administrativa na UENF do coordenador do projeto Unidade e sub unidade de vincula o do projeto Objetivos P blico alvo e rea de atua o Estimativa de pessoas beneficiadas co
67. natural inerente ao processo de implanta o porque at abrir novas linhas de pesquisa fechar aquelas escrever novos projetos enfim assim que vai nascer a universidade Ent o al m da quest o dos embates pol ticos da poca da implanta o da UENF com toda aquela pol mica da fala do Darcy das demandas regionais do Plano Orientador e tal acrescentam se as 2 Professora L lian Bahia graduada em Ci ncias Biol gicas e Doutora em Bioqu mica e Imunologia pela Universidade Federal de Minas Gerais UFMG Tendo ingressado na UENF em 1998 exerceu a fun o de Pr Reitora de Extens o e Assuntos comunit rios na gest o 2003 2006 Atualmente Pr Reitora de Gradua o da universidade e coordena projetos de pesquisa em toxoplasmose no norte do estado do Rio de Janeiro com nfase em Imunologia Aplicada 43 quest es da implanta o propriamente dita e desses fatores intr nsecos que eu estou colocando dos projetos de pesquisa iniciais e das linhas que n o se adaptam ao local e isto tamb m aconteceu aqui principalmente com os projetos de sa de A supera o definitiva do mal estar provocado pelos embates pol ticos que marcaram a funda o da UENF tende a ser minimizados com o passar dos anos na medida da inclus o social promovida pela universidade e da inclus o social da universidade mesma no munic pio Mais do que nunca o tema da extens o universit ria trazido ao debate na id ntica import ncia com
68. no mbito da Extens o Universit ria Isto traz reconhecimento para ele como cientista 4 Extens o Universit ria na UENF 4 1 Qual foi o per odo de sua gest o como Pr reitora de Extens o e Assuntos Comunit rios da UENF 4 2 Quais as raz es da Senhora ter aceitado o convite para este cargo poca 4 3 No livro UENF a Universidade do Terceiro Mil nio uma mem ria 1993 2003 fala se que os estudos e pesquisas desenvolvidos pela Sra sobre a quest o da toxoplasmose nas comunidades carentes resultaram na cria o do Programa de preven o diagn stico e tratamento da Toxoplasmose em Campos em parceria com a Secretaria Municipal de Sa de e a Faculdade de Medicina estes projetos apresentaram se como projetos de extens o na ocasi o 4 4 Qual o papel da Extens o na UENF 4 5 A Uenf tem uma hist ria singular no modo como foi implementada em Campos por Darcy Ribeiro ent o Governo Brizola e renomados cientistas nacionais e internacionais Que impacto isto teve na cidade 4 6 Como a rela o entre a UENF e a comunidade 4 7 E com o poder local 4 8 Como a Sra v o comprometimento do corpo docente com as a es extensionistas Considera que est havendo um maior interesse dos professores na execu o de projetos de extens o 4 9 O que o Programa Universidade Aberta 4 10 Quais s o os principais desafios e obst culos visualizados ainda hoje para a extens o universit ria na UENF
69. o apresenta Parcerias VVNVNNVNNNNN Escola Municipal S o Francisco de Assis Creche Municipal Luz FAPERJ Empresa Diagnostek SP Programa DST AIDS Faculdade de Medicina de Campos Centro de Controle de Zoonoses CZZ e Pastoral da Crian a de Campos Valor do Apoio Financeiro O apoio oferecido para a execu o do projeto vem via Empresa Diagnostek SP que fornece os kits para exames e todo material educativo necess rio Equipe gt Suzana Corr a Wagner Barros Programa Universidade Aberta superior 40h e L via Munay Kindlovits Discente Bolsista 20h Resultados esperados gt gt gt Ampliar a educa o sanit ria e ambiental ao p blico alvo Contribuir para a redu o da ocorr ncia de parasitoses de potencial zoon tico dos animais dom sticos das comunidades envolvidas e Contribuir para que doen as zoon ticas n o sejam transmitidas para as crian as s Projeto n o vinculado a Programa 216 Projeto 8 Educa o Sa de e Cidadania forma o e atua o de agentes multiplicadores de informa o em DST AIDS N o apresenta c digo T TULO DO PROJETO Educa o Sa de e Cidadania forma o e atua o de agentes multiplicadores de informa o em DST AIDS Area Tem tica N o apresenta Linha Program tica N o apresenta Coordenador do Projeto Maria Helena Ribeiro de Barros Barbosa Forma o Acad
70. o cient ficos e na revaloriza o do pr prio saber cient fico ao faz lo dialogar com os demais saberes Emerge assim um modelo de aplica o da ci ncia alternativo ao modelo puramente t cnico que cede lugar eticidade cient fica isto o comprometimento profissional com o impacto da aplica o na sociedade SANTOS 2005b p 224 Fala se aqui de uma revolu o de prioridades No lugar da meta de produtividade ingressa a aposta na melhor conviv ncia humana e com seu ambiente Para Santos isto n o apenas algo que alguns desejam e outros n o a realidade objetiva obriga este confronto entre o conhecimento cient fico e outras formas 85 de conhecimento A universidade em especial possui um n vel de responsabiliza o social mais elevado diante das demandas que surgem Boaventura de Sousa Santos sintetiza e descreve as crises que permeiam a universidade contemporaneamente 1 a crise de hegemonia 2 a crise de legitimidade e 3 a crise institucional A crise de hegemonia a mais ampla porque nela questiona se a exclusividade acad mica dos conhecimentos que a universidade produz e transmite Na crise de legitimidade torna se socialmente vis vel a fal ncia dos objetivos coletivos assumidos isto a transmiss o e a democratiza o dos conhecimentos produzidos Por fim a crise institucional figura como a terceira contradi o da universidade situada entre a autonomia institucional e a produtividade social isto
71. o da extens o universit ria no Brasil principalmente ap s 1987 com a implanta o do Plano Nacional de Extens o Estamos vivendo realmente o chamado novo extensionismo 3 3 Em sua trajet ria como professor da UFRJ COPPE qual seu envolvimento com a extens o universit ria Se atrav s de projetos quais gostaria de citar Se h atua o no debate a respeito da gest o universit ria e dos pr prios 3 4 3 5 3 6 3 7 3 8 201 rumos da extens o de que debates se tratavam e quais foram os avan os ou retrocessos que testemunhou Que projetos que n o fa am uso da participa o da sociedade civil pode ser entendidos como projetos de extens o as universidades ainda chamam pr ticas assistencialistas de projetos de extens o Em que isso encontra sustenta o Quais os principais desafios da extens o universit ria hoje ou ainda quais os principais desafios da universidade hoje Qual a import ncia para o aluno da gradua o o seu envolvimento com atividades extensionistas E para o professor Quais s o os ganhos a seu ver Qual sua percep o sobre o reconhecimento das atividades extensionistas na universidade E na comunidade envolvida Quais s o os obst culos observados para a efetiva o da proposta de extens o universit ria em nosso pa s 4 A metodologia da Pesquisa a o 4 1 4 2 4 3 4 4 4 5 4 6 Sua rea de atua o por excel ncia o dese
72. o mercado 2005b p 190 93 A crise institucional da universidade na grande maioria das vezes foi provocada pela perda de prioridade do bem p blico nas pol ticas p blicas e consequente descapitaliza o das universidades p blicas Para Santos esta perda de prioridade das universidades p blicas nas pol ticas de Estado foi resultado da perda geral de prioridade das pol ticas sociais como educa o e sa de induzida pelo modelo de desenvolvimento econ mico conhecido por neoliberalismo que a partir da d cada de 1980 se imp s internacionalmente e no caso especifico das universidades p blicas mas n o apenas delas serviu para a abertura deste bem p blico explora o comercial 2005a p 13 6 A reforma progressista da universidade proposta pelo soci logo apresenta tr s protagonistas para sua efetiva o a pr pria universidade p blica ou seja quem nela est interessado num novo modelo de desenvolvimento o Estado nacional quando n o se deixa cooptar pelo projeto neoliberal e passa a oferecer condi es para a universidade resistir s press es do capitalismo global na proposta pol tica de uma globaliza o solid ria da universidade e os cidad os individualmente ou coletivamente organizados grupos sociais sindicatos movimentos sociais organiza es n o governamentais e suas redes governos locais progressistas interessados em articula es cooperativas entre a universidade e os interesses sociais que repr
73. orientam e promovem a Extens o nos respectivos Centros Os Setores da PROEX prestam aux lio administrativo e nas reas espec ficas de Educa o F sica e Servi o Social NOVO MANUAL DE EXTENS O PROEX UENF 2008 O Servi o Social da UENF foi implantado em julho de 1997 pela assistente social Maria Helena Ribeiro de Barros Barbosa funcion ria da UENF Foi de iniciativa de Maria Helena a implanta o do Programa de Preven o s DST AIDS com o intuito de orientar e conscientizar os alunos da universidade das escolas p blicas e particulares e a popula o em geral com especial aten o aos moradores das comunidades carentes do entorno da UENF Matadouro Goiabal e Tira Gosto acerca das pr ticas necess rias para a preven o destas doen as LIMA amp ALVES 2003 p 113 100 A atual composi o da PROEX UENF Quadro 2 Composi o da C mara de Extens o e Assuntos Comunit rios no ano de 2008 omposi o da C mara de Extens o Atividade exercida na UENF e Assuntos Comunit rios Prof Silv rio de Paiva Freitas Pr Reitor Prof Gustavo de Castro Xavier Assessor da Pr Reitoria Prof Javier Lifschitz Coordenador de Extens o do CCH Prof Edmilson Jos Maria Coordenador de Extens o do CCT Prof Carlos Eduardo Veiga de Carvalho Coordenador de Extens o do CBB Prof F bio Cunha Coelho Coordenador de Extens o do CCTA L dia Larr bia Granja Moreira Repres
74. p 70 77 1991 Org Pesquisa Social teoria m todo e criatividade Rio de Janeiro Vozes 1996 O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em Sa de Rio de Janeiro ABRASCO S o Paulo HUCITEC 1999 182 MORA OSEJO Luis E BORDA Orlando Fals A supera o do eurocentrismo Enriquecimento do saber sist mico e end geno sobre o nosso contexto tropical In SANTOS Boaventura de Souza Org Conhecimento Prudente para uma Vida Decente um discurso sobre as ci ncias revisitado 2 ed S o Paulo Cortez p 711 720 2006 MOTA Suet nio Introdu o engenharia ambiental 3 ed Rio de Janeiro ABES 2003 NADANOVSKI Paulo Promo o da Sa de e Preven o das Doen as Bucais In PINTO V tor G Sa de Bucal Coletiva 4 ed S o Paulo Santos p 293 310 2000 NOGUEIRA Maria das Dores Pimentel Extens o Universit ria no Brasil uma revis o conceitual In FARIA D ris Santos de Org Constru o Conceitual da Extens o Universit ria na Am rica Latina Bras lia DF Universidade de Bras lia p 57 72 2001 OLIVEIRA Marcos Barbosa da Desmercantilizar a tecnoci ncia In SANTOS Boaventura de Souza Org Conhecimento Prudente para uma Vida Decente um discurso sobre as ci ncias revisitado 2 ed S o Paulo Cortez p 241 268 2006 OLIVEIRA J A amp TEIXEIRA S M Im Previd ncia Social 60 anos de Hist ria da Previd ncia Social 2 ed Petr polis Vozes
75. parte dos docentes das faculdades particulares atuava como profissionais liberais sobretudo nas reas de Direito Medicina e Odontologia e exerciam suas fun es laborais em escrit rios e consult rios particulares e n o dispunham de tempo h bil para se dedicarem integralmente universidade LIMA amp ALVES 2003 p 30 Indiferente aos interesses dos professores campistas Darcy Ribeiro prometia trazer cientistas de renome internacional a come ar pelos russos e eles vieram Prometia ainda desenvolver tecnologias aplicadas ao desenvolvimento regional e a UENF se instalou com equipamentos de alta precis o e pessoal ultraqualificado para os 5 Wanderley de Souza primeiro Reitor da UENF destaca que desde o in cio do Projeto Darcy havia a id ia de criar centros de pesquisa com professores doutores que captasse recursos das ag ncias de fomento nacionais e internacionais Por isso al m da exig ncia da titula o o regime de dedica o exclusiva e a nfase nos cursos de p s gradua o LIMA amp ALVES 2003 p 36 38 padr es locais Prometia pesquisar a agropecu ria e a ind stria da regi o e a Universidade j nascia com programas de p s gradua o em n vel de mestrado e doutorado SMIDERLE 2004 p 111 2 O discurso de Darcy era o de que uma verdadeira universidade apresenta se a partir do entrosamento entre a civiliza o emergente e a universidade necess ria como linguagem da nova civiliza o
76. passo para uma discuss o mais aprofundada sobre o direito sa de e prote o social como pol tica p blica O sanitarismo desenvolvimentista reagia ao campanhismo da sa de p blica centraliza o decis ria fragilidade dos governos locais e ao baixo conhecimento do estado sanit rio do pa s e propunha a compreens o das rela es entre sa de e doen a e sua import ncia para a transforma o social e pol tica do pa s LIMA FONSECA amp HOCHMAN 2005 ainda que nos anos do desenvolvimentismo n o se tenha alterado a l gica da dicotomia entre medicina previdenci ria e sa de p blica com a nega o do direito universal sa de para todo cidad o brasileiro Com o advento do regime militar ap s 1964 uma gigantesca estrutura foi criada em torno da Previd ncia Social numa clara vincula o com os interesses do capital nacional e estrangeiro A partir de ent o o Estado passa a ser o grande gerenciador do sistema de seguro social abolida a participa o dos usu rios na gest o da Previd ncia Social fortalecendo ainda mais o controle governamental BARRETO 2003 Desta forma incrementa se o papel regulador do Estado principalmente ap s a substitui o dos IAPs pelo Instituto Nacional da Previd ncia Social INPS em 1966 unificando as institui es previdenci rias e buscando avan o administrativo organizacional pela racionalidade e produtividade do sistema MENDES 1999 S o seus efeitos perversos contudo
77. que se discute a pesquisa e o ensino que a ela se entrela am uma vez que se observa a fun o social da institui o Cientes disso voltamos s perguntas motivadoras desta pesquisa como tem sido exercida a fun o social da UENF no que concerne rea da sa de especificamente mediante a extens o universit ria O que se pode ainda realizar no enfrentamento da quest o da sa de p blica numa regi o extremamente carente Como o extensionismo universit rio pode ampliar sua atua o e ultrapassar qualquer confus o entre extens o universit ria e assistencialismo Como conjugar cuidado com a sa de e educa o Mas afinal nosso munic pio est doente A seguir tra aremos um diagn stico da sa de em Campos dos Goytacazes 1 4 Pobreza e sa de local as car ncias da popula o entorno da UENF Campos dos Goytacazes e a regi o Norte Fluminense possuem um volume significativo de informa es quando se considera a caracteriza o econ mica e suas transforma es Geralmente fala se de uma cidade com in meras fontes de oportunidades e condi es de progresso em diversas atividades setoriais desde as do setor prim rio at o setor terci rio perpassando pelos p los universit rios e pelo petr leo No entanto apesar desse progresso com a queda do setor sucroalcooleiro a migra o dos trabalhadores rurais desempregados para rea urbana desde os anos 1980 formou os bols es de pobreza num processo de forma o de fa
78. realiza o de compara es entre as frequ ncias das endemias locais e o padr o estabelecido 140 nacionalmente verificado em sites como http www ibge gov br www datasus gov br www saude gov br dentre outros permitindo me identificar de um modo geral por meio de dados quantitativos as condi es de sa de da popula o Auxiliou me tamb m nesta etapa pesquisas ao site da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes http www campos rj gov br que me ofereceu dados complementares para realiza o de um breve diagn stico das condi es de sa de da popula o f Operacionaliza o dos dados As entrevistas foram transcritas e analisadas pela entrevistadora Os dados coletados foram organizados de acordo com as categorias selecionadas entendidas como preponderantes para o alcance dos resultados objetivados com a pesquisa e analisadas luz do marco te rico proposto de forma comparativa com as falas dos entrevistados Como as entrevistas foram realizadas em etapas distintas conforme o perfil experi ncia e atua o profissional dos entrevistados a an lise suscitou a decodifica o de vari veis atendendo as categorias selecionadas em cada fase buscando responder as quest es levantadas para a realiza o deste estudo Desta forma as vari veis selecionadas na primeira fase da realiza o de entrevistas foram Intera o universidade comunidade poder p blico local Intera
79. reflection of Boaventura de Sousa Santos about the production and dissemination of knowledge and the citizen s accomplishments in the field of University Extension and Collective Health constitute the basis for the analyzes and discussions here performed with emphasis in the democratization of society and the autonomy of subects The research of a quantitative and qualitative character takes the North Fluminense State University Darcy Ribeiro UENF as a privileged case of analyzis Of the eight extension projects developed under the signature health in the year 2007 at UENF four were selected fot this study In the quantitative stage a data research was made which examines under the light of the descriptive epidemiology has allowed the construction of a brief health diagnosis in the municipality of Campos dos Goytacazes The qualitative stage has been divided in four phases exploratory research bibliographical and documentary research field research performed at the Pro Reitoria of Extention and Communitary Subjects at UENF with the making of semi structured interviews taped with the coordinators managers and the consultant of the selected projects of the University Extention of the PROEX UENF After an analyzis of the obtained information it was possible to realize that University Extention is the main means through which UENF reverts the initial image of a university that was born a foreigner in the region because of hi
80. ria Ao longo deste tempo afastei me da pr tica cl nica passando a atuar como sanitarista na Coordenadoria de Vigil ncia Sanit ria de Maca e no Departamento de Fiscaliza o e Vigil ncia Sanit ria de Campos dos Goytacazes Os novos cargos exigiram me o compromisso com o desenvolvimento de projetos sociais com a principal meta de gerar e estimular a consci ncia sanit ria e cidad nas pessoas Cf MIGLIEVICH RIBEIRO Adelia M Apresenta o de edi o Agenda Social Revista do PPGPS v 2 n 2 mai set 2008 Dispon vel em http www uenf br Uenf Pages CCH Agenda Social 2 Minha nova socializa o a acad mica deu se no NETS N cleo de Estudos em Teoria Social coordenado pela Professora Adelia Miglievich Ribeiro no CCH UENF onde conheci v rios colegas doutorandos mestres mestrandos e graduandos Pesquisas orienta es projetos de extens o organiza o e participa o em semin rios revistas cient ficas artigos passaram a compor ent o meu novo cotidiano No NETS descobri que a UENF e a regi o Darcy Ribeiro seu pensamento e obra o Brasil e a modernidade perif rica a universidade e a cultura eram objetos de estudo por excel ncia Cursei Odontologia em Sa de Coletiva ABO Campos Sa de P blica com nfase em Sa de da Fam lia UNESA Campos Forma o de Facilitadores em Educa o Permanente em Sa de ENSP FIOCRUZ 19 Aprofundou se em mim a certeza de que efic cia na promo
81. s o vulner veis mas podem estar vulner veis a alguns agravos e n o a outros sob determinadas condi es em algum momento de suas vidas Esta maneira de reorganizar o campo da educa o em sa de sob a perspectiva da vulnerabilidade permite gerar mudan as nas condi es de vida das pessoas Por isso n o mais se separam as experi ncias ditas patog nicas das rela es intersubjetivas dos que as desenvolvem que s o antes de tudo pessoas que existem em acordo com determinados padr es culturais estabelecidos socialmente Assim a id ia de cuidado em sa de se realiza no mundo 123 real do sujeito o que implica ser ele um aliado em potencial dos agentes de sa de que assumem uma condi o de tamb m educadores que ao menos em tese n o imp em regras que dificilmente seriam seguidas mas prop em novas rotinas na comunica o dial gica com as comunidades A educa o em sa de sob esta perspectiva considera que a possibilidade das pessoas adoecerem portanto o resultado da soma de fatores individuais coletivos e contextuais A mera transmiss o de conhecimentos t cnico cient ficos de forma racional que tentam persuadir o indiv duo a agir desse ou daquele modo como nos discursos positivistas n o suficiente para mudar comportamentos A educa o em sa de mais abrangente que nos orienta para escolhas pol tico pedag gicas significativas nas quais se busca um ponto de intersec o dentre as diversidades
82. s demandas da popula o possibilitando se tornar o l cus de forma o do profissional cidad o e de produ o do conhecimento significativo para a supera o das desigualdades sociais existentes Neste particular torna se importante o incentivo participa o e elabora o de projetos de extens o que cumpram o papel de sensibiliza o de estudantes e professores para as reais necessidades sociais al m do desenvolvimento de pesquisas mais aprofundadas na rea da sa de com capacidade de novas descobertas a partir do di logo com a comunidade Transformar a sociedade buscando a solu o de impasses que corroboram para a persist ncia das desigualdades sociais o principal ato revolucion rio hoje aquele que vai ao encontro da gera o de uma vida mais digna e mais aut ntica nas coletividades humanas A transforma o requerida portanto tamb m nos conhecimentos que s o socialmente gerados Z A pr xis revolucion ria o fundamento e a finalidade do conhecimento um conhecimento que o homem produz ao produzir as condi es necess rias sua exist ncia atrav s do trabalho O ponto de partida portanto para a elabora o do conhecimento s o os homens em sua atividade em seu trabalho no interior das rela es sociais que eles geram E a universidade n o pode pensar em si mesma como institui o formadora se ignora o ambiente social na forma o de seus profissionais SOUSA 2000 p 130 150 Pr
83. ser assistido na hora Ele diz assim eu estou com uma diarr ia e quero um rem dio quero que resolva logo isto Ele n o quer saber se ele bebe gua podre n o quer saber se ele comeu um quilo de chocolate ele n o quer saber O que ele pensa o seguinte voc m dico e tem que resolver o problema da minha diarr ia porque voc pago para isto e pronto N o existe em momento nenhum uma proposta para que o indiv duo passe da condi o passiva para a condi o ativa e a extens o para mim a nica que pode atuar para isto e mudar esta cultura Neste sentido a integralidade em sa de parece exigir sobretudo da universidade um papel protagonista na difus o para a sociedade na medida em que as rela es e intera es s o desenvolvidas com xito nas pr ticas cotidianas de novas posturas que expressem o fortalecimento da cultura cidad dentre profissionais e usu rios do sistema de sa de democratizando assim a demanda em sa de e a ado o do cuidado como categoria nucleadora para emancipa o e autonomia dos sujeitos Os programas de extens o universit ria t m potencial de se assumirem nesta perspectiva uma vez que a universidade congrega profissionais capacitados e aut nomos para a lideran a de projetos inovadores que possibilitem a aproxima o entre o ensino a pesquisa e a comunidade no confronto das teorias com as necessidades e os desejos no mundo real Na rea da sa de tais programas assumem par
84. seus empregados em troca de subs dios da Previd ncia MENDES 1999 O II PND significou a composi o de uma pol tica de desenvolvimento que tinha como meta b sica a formula o de estrat gias de desenvolvimento social buscando a integra o e a interdepend ncia das pol ticas estatais um avan o na pol tica de Estado pois selava o compromisso de conjuga o da pol tica econ mica e social Por outro lado o processo de abertura possibilitou a expans o e express o gradativa dos movimentos sociais at ent o sob forte repress o e sem espa o para vocalizar as demandas BAPTISTA 2007 Com a V Confer ncia Nacional de Sa de realizada em 1975 que se vislumbra a cria o de estruturas simplificadas como a regionaliza o hierarquiza o e a 42 O crescimento desta modalidade se estendeu progressivamente atingindo em 1977 4 699 conv nios e serviu de base para o nascimento de um subsistema que viria tornar se hegem nico na d cada de 80 a medicina supletiva MENDES 1999 75 descentraliza o com o aproveitamento total da capacidade instalada do setor p blico e a uni o entre as a es preventivas e curativas Aqui inicia se um movimento de renova o da sa de p blica centrado na cr tica do modelo dominante da pr tica m dica fazendo emergir propostas de medicina comunit ria como uma chance de extens o de cobertura dos servi os de sa de visando universaliza o do cuidado em sa de COSTA et
85. so Usina Santa Cruz Usina S o Jos S A e Usina Sapucaia AZEVEDO 2004 Segundo Mamani 2007 a atra o de grandes investimentos para regi o vem concentrando esfor os das autoridades estaduais e de todos os munic pios da regi o Nesse sentido Campos e o Governo do Estado promoveram uma grande mobiliza o em 2005 pela constru o de uma Refinaria de Dispon vel em http www ibge gov br cidadesat topwindow htm 7 Os royalties constituem se a mais antiga forma de arrecada o existente no mundo Em 1910 j se pagava royalties por atividades de minera o em libras esterlinas por tonelada O termo royalty um anglicismo cuja raiz royal significa da realeza ou relativo ao rei e refere se em contrapartida ao direito real para uso de minerais concedido pelo soberano a uma pessoa ou corpora o PACHECO 2003 30 Petr leo no Norte Fluminense Por outro lado nos ltimos meses Campos e Quissam investem na constru o de um porto off shore na Barra do Furado enquanto S o Jo o da Barra e Campos esperam a constru o de um Minerioduto e um porto no A u Contemporaneamente Campos dos Goytacazes apresenta um potencial significativo para o desenvolvimento tamb m da pesca de gua salgada Ainda a pecu ria extensiva de corte e de leite encontra se bastante desenvolvida com potencial no setor inclusive para exporta o Destacam se ainda a ind stria de equipamentos eletr nicos e qu mica fina
86. sociedade e transforma o da realidade social no atendimento s demandas apresentadas pela pr pria sociedade tendo como princ pio a educa o o processo formativo FORPROEX 2007a Sendo assim o novo extensionismo apresentado como um instrumento pol tico social para o enfrentamento das desigualdades sociais atua com potencialidades de supera o da vertente assistencialista ou de venda de servi os uma vez que colabora diretamente para a forma o de uma nova consci ncia 153 cidad que no campo da sa de representa a cria o de espa os de reflex o e de cr tica para a prote o e a promo o da sa de Segundo VALLA 1999 p 139 apud MARCH et al 2006 p 192 o reconhecimento por parte dos docentes e discentes de que os saberes populares s o essenciais na rela o universidade e comunidade entendendo que as classes populares t m pensamento pr prio e constroem seus pr prios conhecimentos apresenta se como altamente preponderante para efetiva o do princ pio da integralidade em sa de e consegiientemente para a promo o da sa de assim tamb m se faz necess rio que os membros do componente comunidade tenham consci ncia do fato de que t m o que dizer aos professores pesquisadores e estudantes para a efetiva o da democracia e dos pressupostos de cidadania Neste particular importante lembrar que as a es educativas devem despertar interesses nos atores envolvidos visto que
87. sua vida profissional 3 6 E para os professores Qual o ganho a seu ver 3 7 Como ocorre o reconhecimento desta atividade na universidade E na comunidade 4 Hist rico do Projeto 4 1 Como surgiu a id ia de formula o do projeto Quais foram os fatores de motiva o Existem antecedentes do projeto O projeto existe h quanto tempo 4 2 Poderia falar sucintamente sobre o processo de andamento do projeto as a es realizadas no ano de 20079 4 3 Existiam parcerias Quem eram os parceiros 4 4 Processo de parcerias a UENF que foi convidada ou ela como autora do projeto convidou outras institui es 4 5 Poderia falar de forma sucinta sobre o hist rico das parcerias 4 6 Objetivos do projeto no ano de 2007 4 7 E quanto ao p blico alvo e ao p blico atingido Poderia quantificar o n mero de pessoas que foram beneficiadas por suas a es em 2007 4 8 E quanto aos principais obst culos encontrados para sua execu o 4 9 Existia participa o da comunidade envolvimento e compromisso 5 Extens o Universit ria e Promo o da Sa de 5 1 Como classificaria a extens o universit ria no processo de promo o da sa de 5 2 Acredita que existem virtudes e potencialidades para a promo o da sa de por meio de projetos de extens o ou ainda h um dom nio de pr ticas meramente assistenciais 5 3 Houve alcance dos resultados esperados com a execu o do projeto E quanto aos desdobramentos e per
88. tamb m definidas como todas as a es de governo divididas em atividades diretas de produ o de servi os pelo pr prio Estado e em atividades de regula o de outros agentes econ micos Como vimos no Brasil as pol ticas p blicas de sa de orientam se conforme a Constitui o Federal de 1988 pelos princ pios de universalidade e equidade no acesso s a es e aos servi os e pelas diretrizes de descentraliza o da gest o de integralidade do atendimento e de participa o da comunidade na organiza o de um sistema nico de sa de no territ rio nacional As pol ticas p blicas de sa de materializam se atrav s da a o concreta de sujeitos sociais e de atividades institucionais que as realizam em cada contexto e condicionam seus resultados Por isso o acompanhamento dos processos pelos quais elas s o implementadas e a avalia o de seu impacto sobre a situa o existente devem ser permanentes Neste sentido a rela o entre universidade e outros setores da sociedade traz o potencial de viabiliza o de transforma es sociais por meio de uma atua o deliberada voltada para os interesses e necessidades da comunidade envolvida isto como pol tica 167 p blica Na pr tica isto depende do poder de decis o das institui es envolvidas e do direcionamento de seus gestores O projeto Educa o Sa de e Cidadania forma o e atua o de agentes multiplicadores de informa o em DST AIDS coorden
89. tendem a perder a efic cia quando n o correspondem s reais necessidades do indiv duo ou da coletividade Os profissionais devem atentar ainda para o fato de que as a es educativas em sa de n o devem possuir um car ter vertical para isso primeiramente procura se conhecer a realidade do indiv duo ou do grupo mergulhar em seu cotidiano para em seguida fomentar a responsabilidade individual e a coopera o coletiva Assim necess ria uma an lise das pr ticas e dos processos heterog neos por meio dos quais os seres humanos v m a se relacionar consigo e com os outros enquanto sujeitos de sua pr pria realidade O depoimento de Professor Jo o Almeida quanto metodologia adotada para realiza o de seu projeto remonta para o fato da import ncia de se pesquisar a cultura da comunidade antes do planejamento das a es pois influencia diretamente para a efic cia das metas institu das evitando o risco de cair em pr ticas meramente assistenciais Professor Jo o Almeida O projeto tem uma vis o de investiga o do comportamento s cio cultural da popula o seus h bitos seus costumes como ela v a quest o da sa de com suas crendices e a gente tenta fazer uma associa o com este perfil social comportamental e de conhecimento da popula o com o dado epidemiol gico e mais que isto a gente tenta estabelecer um di logo com a comunidade de m o dupla n o s ela nos trazendo estas informa es mas a gente r
90. transmiss o para o beb O tratamento gratuito e dispon vel no SUS Programa Nacional de DST AIDS Minist rio da Sa de Dispon vel em http www aids gov br data Pages A taxa de transmiss o vertical do HIV pode chegar a 20 ou seja a cada 100 crian as nascidas de m es infectadas 20 podem tornar se HIV Com a es de preven o no entanto a transmiss o pode reduzir se para menos de 1 No ano de 2004 estimou se que cerca de 12 000 parturientes estavam infectadas pelo HIV no Brasil Foram notificados ao Minist rio da Sa de de janeiro de 1983 a junho de 2006 10 846 casos de AIDS em menores de 13 anos de idade devido transmiss o vertical Este n mero vem reduzindo ano a ano com a ado o de medidas de preven o Ibid Gr fico 5 Notifica o Compuls ria da AIDS adulto e infantil no munic pio de Campos dos Goytacazes RJ de 2005 a 2007 E AIDS Adulto m AIDS Crian a Fonte Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Sa de de Campos dos Goytacazes 55 A freq ncia de HIV na popula o adulta de Campos dos Goytacazes conforme Gr fico 5 nos revela uma redu o do n mero de casos se tomarmos por base que no ano de 2005 ocorreu uma notifica o de 385 casos e no ano de 2007 foram notificados 130 casos Observa se tamb m que o mesmo aconteceu com os casos de AIDS em crian as que teve uma notifica o de 9 casos em 2005 e 5 casos em 2007 demonstrando uma redu o de qua
91. uma parte de pesquisa mais aprofundada a extens o nesta hora come a a se misturar com a pesquisa que o objetivo da extens o moderna Isto est dentro do novo conceito de extens o Professor Jo o Almeida Realizamos pesquisa ensino e extens o porque cada vez mais n s fomos percebemos como era crucial a quest o da educa o sanit ria do que simplesmente o levantamento do dado epidemiol gico Professora Maria Ang lica N s temos que unir esta tr ade eu procuro dar o melhor de mim em todos os tr s Quando vou comunidade coleto material para pesquisa emito os resultados nas palestras e ainda tenho cerca de dez alunos envolvidos com o projeto Assim trabalho na pesquisa na extens o retornando para comunidade conscientizando e encaminhando e fa o o poss vel para que os alunos participem Maria Helena enfatiza que no projeto que coordena realizou uma pesquisa durante a execu o das a es extensionistas em que os dados encontrados foram utilizados tamb m para a realiza o de sua disserta o de mestrado no Programa de P s gradua o em Pol ticas Sociais PPGPS UENF Este fato demonstra que de uma atividade extensionista poss vel nascer uma pesquisa cient fica mostrando o vigor novo da extens o em oposi o aos tempos em que a extens o era considerada uma atividade menor o patinho feio da UENF Maria Helena Na comunidade do matadouro realizamos uma pesquisa intensa com ap
92. universidade ou seja n o tem sequer consci ncia de suas potencialidades Carlos Roberto Antunes dos Santos 2003 defende que o rompimento desta situa o de isolamento cabe universidade que deve criar as condi es necess rias para o despertar desta consci ncia nos diversos segmentos sociais da institui o aliando sua fun o acad mica atividade extensionista Novo mundo nova hist ria nova universidade A universidade contempor nea e em particular a universidade brasileira perdeu a sua exclusividade como centro de produ o do saber e instrumento de prepara o para o trabalho e para o emprego mas continua a ser a nica institui o que permite o encontro a articula o e o di logo cr tico e livre entre distintos saberes e modos de conhecer ANTUNES DOS SANTOS 2003 p 08 Como institui o social a universidade tem incorporado ao longo do tempo e em diferentes contextos fun es diversas tais como as fun es de transmiss o de produ o e de extens o do saber sendo o ensino a fun o mais tradicional Os sinais de exist ncia da extens o universit ria s o evidenciados na fun o de socializa o do saber que a universidade produz responsabilizando se tamb m pela integra o social dos indiv duos O termo Extens o j foi apresentado como a proje o da Universidade ao meio pelo Conselho de Reitores das Universidades P blicas Brasileiras em 1976 ou 90 como uma atitud
93. universo de cren as valores significados e outros construtos profundos das rela es que n o podem ser reduzidos operacionaliza o de vari veis MINAYO 1996 p 21 22 Meu novo lugar de estudante de p s gradua o e observadora dentro da UENF possibilitou me algumas vantagens dentre elas a oportunidade de conhecer uma realidade mais complexa que filtrada pela observa o sistem tica que se imp e pesquisa social proporcionou me um questionamento tanto quanto poss vel do quanto 135 a posi o do sujeito da pesquisa interfere na forma que realiza sua interpreta o N o se pode negar pois a subjetiva o no trabalho de investiga o que expressa um conjunto de pr ticas sociais pass vel de v rias opini es vers es e cr ticas mas n o significa o descompromisso com a objetividade que se apresenta na medida em que minhas escolhas tornam se pass veis de serem comunicadas a Fase explorat ria A pesquisa explorat ria foi realizada no intuito de buscar maior familiaridade com o fen meno que pretendia pesquisar a necessidade de desenvolver quest es mais precisas e ainda minimizar chances de incorrer em erro durante minha investiga o partindo do pressuposto de que a aprendizagem melhor se realiza quando se parte do conhecido Nesta etapa realizei uma pesquisa na Pr Reitoria de Extens o e Assuntos Comunit rios PROEX UENF com o objetivo de reunir informa es sobre o andamen
94. usada por Professor Olney Motta a universidade paga s as bolsas os materiais educativos a gente consegue com parcerias a gente est sempre buscando parcerias demonstra que o financiamento por parte da universidade prec rio e que o estabelecimento de parcerias imprescind vel para garantir os materiais necess rios para o cumprimento das metas do projeto Outro ponto de extrema relev ncia consiste na conforma o do modelo atual de avalia o da produ o cient fica em que embora a id ia de indissociabilidade institua um car ter de equival ncia entre extens o pesquisa e ensino os par metros de avalia o dos docentes e da institui o negam este car ter e produzem uma hierarquiza o das pr ticas acad micas colocando o ensino e a pesquisa como referenciais legitima o da produ o do conhecimento e negligenciando as atividades extensionistas Relegada muitas vezes a uma simples pr tica de presta o de servi os sociais que no extremo pode se voltar para o assistencialismo com seus efeitos nefastos como o clientelismo as diferentes formas institu das de fazer extens o tem gerado ainda no mbito da academia um olhar de menor import ncia e at mesmo de preconceito N o h d vidas por m que a universidade p blica hoje um campo social muito fragmentado e no seu seio digladiam se setores e interesses contradit rios conforme nos atesta a declara o de Professor Jo o Almeida Professor
95. 000 o sal rio m nimo contava R 136 00 cento e trinta e seis reais Isto significa que a renda m dia dos chefes de domic lio no munic pio correspondia a dois sal rios m nimos mensais o equivalente classe econ mica D entre dois e quatro sal rios m nimos Gr fico 1 Rendimento mediano em R dos chefes de domic lios dos munic pios da Regi o Norte Fluminense 2000 500 0 I I Carapebus Campos Cardoso Concei o Maca Quissa S o S o Fi lis S o Jo o dos Moreira de Macabu Francisco da Barra Goytacazes de Itabapoana Fonte Atlas de Sa de do Brasil Minist rio da Sa de 2004 46 Conforme afirma Mota 2003 p 239 com o aumento e a diversifica o das atividades antr picas as a es do saneamento se tornam cada vez mais amplas e necess rias para garantir a qualidade de vida dos cidad os As pol ticas de saneamento b sico incluem o abastecimento de gua e disposi o de esgotos al m da coleta e destino final do lixo O ac mulo de lixo como de conhecimento acaba propiciando a prolifera o de vetores importantes no ciclo biol gico de in meras parasitoses e protozooses que acometem o ser humano tais como febre tif ide leptospirose e disenterias Importa destacar que dados do COPPE UFRJ de 2002 apontam que na bacia do Rio Para ba do Sul 55 da popula o n o atendida por rede coletora de esgoto
96. 190 1 Extens o Universit ria 2 Sa de P blica Campos dos Goytacazes RJ I Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Centro de Ci ncias do Homem II T tulo CDD 378 103 UENF EXTENS O E POL TICAS DE SA DE UM DEBATE ACERCA DA RELA O ENTRE UNIVERSIDADE COMUNIDADE E PODER P BLICO NO MUNIC PIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ GISELLE ALMEIDA BARRETO Disserta o apresentada ao Programa de P s Gradua o em Pol ticas Sociais do Centro de Ci ncias do Homem da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro como parte das exig ncias para obten o do t tulo de Mestre em Pol ticas Sociais Aprovado em 20 07 2009 Banca Examinadora Prof Dr Dalton Jos Alves Doutor em Educa o UNICAMP Prof Dr Jo o Carlos de Aquino Almeida Doutor em Ci ncias Biol gicas UFRJ Prof Dr Michel Jean Marie Thiollent Doutor em Sociologia Universite de Paris V Rene Descartes Fran a Profa Dra Adelia Maria Miglievich Ribeiro Doutora em Sociologia e Antropologia UFRJ Orientadora iii Dedico este trabalho minha querida av Domingas que tanto amo e admiro Aos meus queridos pais por todo amor carinho cuidado e dedica o Aos meus amados irm os minha querida sobrinha Ana Carolina e toda minha fam lia Aos meus dois preciosos filhos Jo o V tor e Jo o Lucas presentes de Deus em minha vida Ao meu amado Joaquim Lu s pela sua de
97. 2003 2004 2005 PA PROEX 211 189 47 401 CCTA 529 1935 1337 2894 CBB 80 423 750 390 CCH 154 782 506 180 CCT 415 329 1320 73 Fonte Novo Manual de Extens o PROEX UENF 2008 Segundo Professora L lian o crescimento da extens o significa o crescimento da universidade Numa analise mais profunda bastante vis vel o bem que fez a universidade amplia o de seus projetos de extens o Atualmente podemos ver o aumento pela procura atrav s dos editais na medida em que a universidade foi conhecendo a possibilidade de implantar mais e mais projetos de extens o Os recursos quando a gente assumiu que eram alocados para bolsa cresceram numa escala exponencial pois antes a universidade sistematicamente devolvia recursos descentralizados da FAPERJ na ordem de 1 milh o de reais Estes recursos que eram devolvidos passaram a ser locados para execu o de projetos de extens o na medida em que a universidade foi avan ando na implementa o de projetos e na institucionaliza o da extens o 58 Cabe registrar que o CCTA constitui se na unidade que mais desenvolve atividades extensionistas desde o ano de 2003 Nos anos de 2001 e 2002 a pr pria Pr Reitoria de Extens o se apresentou como a unidade com maior n mero de a es contando 125 em 2001 e 81 em 2002 CAT LOGO DE EXTENS O 2001 2002 NOVO MANUAL DE EXTENS O 2008 104 Professora L lian Bahia faz ainda quest o de registrar que o Programa
98. 2008 relembra Roberto DaMatta para pensar o Brasil sob o ngulo do capital social O antrop logo havia proposto a exist ncia de dois tipos de sociedade a saber as sociedades modernas e individualistas que entendem o indiv duo como ser moral o centro do sistema tendo este os atributos de igualdade e de liberdade e as sociedades tradicionais que apresentam como princ pio b sico da sociedade a posi o que se ocupa na hierarquia e n o os valores individuais ou seja o valor maior seguir sendo conferido pessoa e s suas teias de rela o O Brasil na an lise de DaMatta herdou dos estados ib ricos o centralismo e a burocracia patrimonialista como caracter sticas de suas institui es Desta forma a cultura brasileira estimularia um tipo de capital social cujo tra o mais marcante o personalismo e o patrimonialismo que fazem refer ncia s rela es de compadrio de fam lia de amizade e de troca de favores e interesses como elementos fundamentais em contraposi o aos crit rios impessoais e racionais legais que forjam a modernidade Isto permitiria tamb m compreender as rela es pol ticas em Campos dos Goytacazes Desde tempos remotos o poder pol tico sempre ficou nas m os dos grandes propriet rios de terra originalmente os donat rios das capitanias heredit rias que de acordo com uma express o definitiva de Raymundo Faoro tornaram se os donos do poder por constitu rem o poder olig rquico local S
99. 5 Nordeste 1415 1 356 1 297 1 066 1 270 1 058 900 725 718 568 10 373 Sudeste 4 198 3 401 3 163 2 586 2 530 2 040 1 873 1 662 2 007 1 773 25 233 Sul 1 074 998 958 922 720 643 675 597 562 355 7 504 Centro Oeste 276 330 348 268 229 169 139 128 131 140 2 158 Total 7 321 6 325 6 061 5 235 5 019 4 228 3 872 3 375 3 666 2 981 48 083 Fonte MS SVS 2006 A ocorr ncia da Meningite no munic pio de Campos no per odo entre 2005 e 2007 Gr fico 12 revela uma estabilidade quanto ao n mero de casos apresentando um controle sobre a endemia devidamente relacionado s medidas de preven o realizadas pelo Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Sa de de Campos dos Goytacazes j que o maior grau de endemicidade da Meningite est localizado na regi o sudeste Tabela 4 impulsionando o governo federal a exigir dos munic pios a es mais efetivas de controle da doen a a CASTI EIRAS Terezinha Marta P P PEDRO Luciana G F MARTINS Fernando S V Doen a meningoc cica Dispon vel em http www cives ufrj br informacao leptospirose lep iv html Acesso em 13 03 2009 66 Gr fico 12 Notifica o Compuls ria da Meningite no munic pio de Campos dos Goytacazes RJ de 2005 a 2007 Fonte Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Sa de de Campos dos Goytacazes O que nos permitido concluir que a sa de p blica sem sombra de d vida um desafio para o Brasil seus gestores e seus cidad os Em Campo
100. A percep o da generaliza o da interdepend ncia e seus efeitos seriam marcados por um senso abstrato de responsabilidades e pelo debate em torno de solu es que melhorariam a situa o daqueles que estavam em estado de priva o e consegiientemente atenuariam a amea a aos poderosos ricos e sadios HOCHMAN 1998 p 52 A reforma da sa de implementada sob a coordena o de Oswaldo Cruz que assume a Diretoria Geral da Sa de P blica prop e em 1904 um c digo sanit rio que institui a legalidade dos atos p blicos como a desinfec o inclusive domiciliar o arrasamento de edifica es consideradas nocivas sa de p blica a notifica o permanente de casos de febre amarela var ola e peste bub nica a atua o da pol cia sanit ria e a campanha de vacina o obrigat ria As atua es de Oswaldo Cruz apesar das cr ticas por serem consideradas repressoras e submeterem a sa de a uma quest o de pol ticas permanentes amplas e coletivas com fun es preventivas a fim de combater os riscos de infec o e cont gio em massa HOCHMAN 1998 37 A Diretoria Geral de Sa de P blica DGSP criada em 1897 incentivou pesquisas nas faculdades de medicina e no exterior Instituto Pasteur e ainda a cria o de institutos espec ficos de pesquisa como o Instituto Soroter pico Federal criado em 1900 e renomeado Instituto Oswaldo Cruz IOC um ano depois 38 Algumas expedi es foram acompanhadas por escritor
101. Boulevard como os caf s teatros lojas de tecidos finos e todo arcabou o de planejamento do espa o urbano a sociedade campista permanecia atrelada aos valores coloniais e tradicionalistas permeados pelo coronelismo personalismo e patrimonialismo Os profissionais liberais que com a decad ncia da atividade canavieira compunham as elites da cidade eram ao mesmo tempo os latifundi rios A exemplo o m dico Luiz Sobral que se destacara como grande l der municipal na primeira metade do s culo tamb m a partir dos anos 1950 se reconhece um n mero elevado de m dicos exercendo lideran as na pol tica municipal como Ferreira Paes Jo o Barcelos Martins Cardoso de Melo Maximino Ramalho Alcindor Bessa N lson Martins Edgardo Machado Lourival Beda Ary Viana Edson Coelho dos Santos e muitos outros que incrementam a listagem Mesmo com a Constitui o de 1946 que reinstala nossa democracia muitas personalidades pol ticas herdadas do per odo ditatorial permanecem nos pleitos eleitorais que se seguem Na esteira de Get lio Vargas que retorna Presid ncia pelo voto de esmagadora maioria nas elei es de 1950 tamb m se constata em Campos semelhante ocorr ncia quando o Dr Ferreira Paes ex prefeito por nomea o ganha o pleito de 1947 Apenas no final da d cada de 80 exatamente em 1988 o campo pol tico em Campos apresentou chances de modifica es num cen rio marcado pelo mandonismo das fam lias propriet rias de te
102. Brasileiras no ano de 2005 e o Encontro do F rum de Pr Reitores de Extens o das Universidades P blicas da regi o Sudeste realizado em 2006 Em entrevista realizada em sua sala na Pr Reitoria de Gradua o da UENF define a extens o universit ria como Um processo educativo cultural e cientifico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissoci vel e que viabiliza a rela o transformadora entre universidade e sociedade A extens o uma via de m o dupla com tr nsito assegurado comunidade acad mica que encontrar na sociedade a oportunidade de elabora o da pr xis de conhecimento acad mico No retorno universidade os docentes e discentes trar o um aprendizado que submetido reflex o te rica 103 Z ser acrescida de conhecimento Para mim esta a melhor conceitua o que tem Em sua gest o 2003 2006 a Extens o na UENF cresceu de forma significativa Uma vez que necess rio registrar toda a o extensionista desenvolvida pela Universidade para a emiss o de certificados das mesmas pela PROEX pelos milhares de certificados emitidos NOVO MANUAL DE EXTENS O PROEX UENF 2008 pode se constatar a expans o deste servi o prestado pela universidade Nos anos de 2003 a 2006 Quadro 5 verificamos este crescimento Quadro 5 Distribui o dos Certificados emitidos pelo PROEX UENF no per odo entre 2003 e 2006 CERTIFICADOS EMITIDOS ANO PROEX UENF seg
103. ENF Maria Helena Ribeiro de Barros Barbosa que teve in cio no ano de 1999 vindo a ser institucionalizado por meio do edital da FAPERJ em 2008 ga No quadro 9 poss vel verificar maior sistematiza o da extens o universit ria na UENF na rea tem tica sa de por meio de suas modalidades de apresenta o dispostas no per odo entre os anos de 2004 e 2007 Quadro 9 Distribui o das a es extensionistas na rea tem tica Sa de no per odo entre 2004 e 2007 A ES EXTENSIONISTAS ANO PROEX UENF 2004 2005 2006 2007 REA TEM TICA SA DE PROJETOS 12 14 12 08 CURSOS 10 09 09 10 EVENTOS 04 05 09 05 SERVI OS 08 04 07 03 PUBLICA ES 01 05 a Fonte Manual de Extens o PROEX UENF 2008 Inclu do no recorte dos projetos desenvolvidos no ano de 2007 que ser o analisados nesta disserta o o projeto de extens o citado ser exposto mais detalhadamente adiante 134 Ao se evidenciar a extens o universit ria em seu potencial de promo o da sa de p blica numa perspectiva cidad em conformidade com as conquistas da sociedade civil nas ltimas d cadas desejamos conhecer os desafios atualmente enfrentados neste campo pela extens o universit ria na UENF nas vozes dos profissionais que est o frente de alguns destes projetos 4 2 O percurso metodol gico Ao levar em conta que conforme os pressupostos de Minayo 1999 p 27 a
104. F Olney Vieira da Motta UENF N dia Francisca Sant Anna Nogueira UENF Antonio Carlos da Silva UERJ J lio Vianna Barbosa FIOCRUZ Maria da Gl ria Alves UENF e Maria de F tima Sarro da Silva UFRJ Parcerias YYYY O NINVNNVNNNNN Prefeitura Municipal de Campos Hospital de Travess o e Hospital Geral de Guarus FIOCRUZ UERJ Pastoral da Crian a Rotary Club de Campos Valor do Apoio Financeiro N o consta informa o PROEX UENF Equipe Y YY VY V V Al m dos professores colaboradores o projeto contou no ano de 2007 com os seguintes bolsistas Roberta Ferreira Nagipe da Silva Universidade Aberta Leandro Barbosa Campos Programa Universidade Aberta Frederico Gervazoni Bastos de Alencar Programa Universidade Aberta rika Fernandes Programa Universidade Aberta N bia Grazielle Vieira Programa Universidade Aberta e Fernando Rossi Programa Universidade Aberta Programa Resultados esperados Realiza o das metas do projeto 6 Projeto vinculado ao Programa Parasitoses do Norte Fluminense CBB UENF 213 Projeto 6 Apoio Diagn stico na Especialidade de Oftalmologia Veterin ria nas Comunidades Perif ricas no Munic pio de Campos dos Goytacazes C digo 2007 009 T TULO DO Apoio Diagn stico na Especialidade de Oftalmologia PROJETO Veterin ria nas Comunidades Perif ricas no Munic pio de Campos dos Goytacazes Area
105. Figura 7 Realiza o de entrevista com Dr Figura 8 Realiza o de entrevista com Dra Jo o Aquino de Almeida em 16 07 08 na sala Maria Ang lica Vieira da Costa Pereira no 208 A do CBB Hospital Veterin rio da UENF e Pesquisa de Campo no Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Sa de de Campos dos Goytacazes Com base nos pressupostos da Epidemiologia Descritiva busquei verificar a frequ ncia de algumas doen as de notifica o compuls ria consideradas de relev ncia para a Sa de P blica Durante esta etapa realizei visitas ao Departamento de Epidemiologia do munic pio para solicitar dados epidemiol gicos de determinadas doen as durante o per odo entre os anos de 2005 e 2007 Segundo Rouquayrol 1993 a Epidemiologia Descritiva compreende o estudo da distribui o de frequ ncia das doen as e dos agravos sa de coletiva em fun o de vari veis ligadas ao tempo ao espa o e pessoa possibilitando o detalhamento do perfil epidemiol gico com vistas promo o da sa de Cabe registrar aqui que para realiza o desta etapa tive que romper algumas barreiras e resist ncias Ainda que eu tivesse cumprido as exig ncias de apresentar um of cio com o objetivo de minha pesquisa e a respeito de minha futura utiliza o dos dados que eu requisitava ao final n o me foi oferecido o quantitativo de endemias requeridas inicialmente Contudo com os dados que me foram disponibilizados foi poss vel a
106. GISELLE ALMEIDA BARRETO UENF EXTENS O E POL TICAS DE SA DE UM DEBATE ACERCA DA RELA O ENTRE UNIVERSIDADE COMUNIDADE E PODER P BLICO NO MUNIC PIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO UENF CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ JULHO 2009 UENF EXTENS O E POL TICAS DE SA DE UM DEBATE ACERCA DA RELA O ENTRE UNIVERSIDADE COMUNIDADE E PODER P BLICO NO MUNIC PIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ GISELLE ALMEIDA BARRETO Disserta o apresentada ao Programa de P s Gradua o em Pol ticas Sociais do Centro de Ci ncias do Homem da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro como parte das exig ncias para obten o do t tulo de Mestre em Pol ticas Sociais Orientadora Profa Dra ADELIA MARIA MIGLIEVICH RIBEIRO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO UENF CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ JULHO 2009 STE FICHA CATALOGR FICA Preparada pela Biblioteca do CCH UENF 026 20 B273 Barreto Giselle Almeida UENF extens o e pol ticas de sa de um debate acerca da rela o entre universidade comunidade e poder p blico no munic pio de Campos dos Goytacazes RJ Giselle Almeida Barreto Campos dos Goytacazes RJ 2009 217f il Orientador Adelia Maria Miglievich Ribeiro Disserta o Mestrado em Pol ticas Sociais Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Centro de Ci ncias do Homem 2009 Bibliografia f 176
107. LEEA CCH Orientadora Prof Adelia Maria Miglievich Ribeiro Mestranda Giselle Almeida Barreto PESQUISA UENF EXTENS O E POL TICAS DE SA DE UM DEBATE ACERCA DA RELA O ENTRE UNIVERSIDADE COMUNIDADE E PODER PUBLICO NO MUNIC PIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ 1 Identifica o 1 1 Data da Entrevista 1 2 Lugar da Entrevista 1 3 Dura o da Entrevista In cio horas e T rmino Entrevistado 2 1 Nome 2 2 Qual sua forma o acad mica 2 3 Quando ingressou na UENF 2 4 Qual sua atua o profissional na UENF 3 Conceito de Extens o Universit ria 3 1 O que extens o universit ria 3 2 Qual o papel da Extens o na universidade 3 3 Considera que hoje a trilogia Ensino Pesquisa e Extens o se encontram de forma equ nimes na universidade 3 4 Um cientista valorizado em suas comunidades cientificas e nas mais importantes ag ncias de fomento por realizar trabalhos no mbito da Extens o Universit ria Isto traz reconhecimento para ele como cientista 198 4 Extens o Universit ria na UENF 4 1 4 2 4 3 4 4 4 5 4 6 4 7 4 8 4 9 4 10 4 11 4 12 4 13 4 14 4 15 Quando o Sr assumiu a Pr Reitoria de Extens o e Assuntos Comunit rios da UENF Quais as raz es do Sr ter aceito o convite para este cargo Qual o papel da extens o universit ria na UENF O Sr poderia estimar o n atual de projetos de extens o
108. P blico alvo e rea de gt Fam lias da comunidade do matadouro adolescentes z adultos e idosos anacaq gt Professores e alunos da Escola Municipal S o Francisco de Assis gt Professores e alunos do CIEP da Lapa gt Professores e alunos da Escola Estadual Constantino Fernandes gt Professores e alunos do Liceu de Humanidades de Campos 217 Professores e alunos da Escola Jo o Pessoa Estimativa de pessoas beneficiadas com o projeto Aproximadamente 1000 pessoas da comunidade do matadouro Professores e alunos das escolas envolvidas com o projeto Professores Colaboradores Dr Jo o Carlos de Aquino Almeida CBB UENF Parcerias gt gt gt gt Prefeitura Municipal de Campos Secretaria Municipal de Sa de Programa DST AIDS institucionalizada por meio de documentos assinados pelo Programa e pela Pr Reitoria de Extens o de Assuntos Comunit rios Faculdade de Medicina de Campos Coordenadoria Regional de Educa o e Pastoral da Crian a de Campos Valor do Apoio Financeiro N o apresenta apoio financeiro mas todos os materiais necess rios s o fornecidos pelo Programa DST AIDS tais como material educativo folhetos folderes banners e 2 016 preservativos por m s Equipe gt 25 alunos universit rios UENF UFF e CEFET capacitados como multiplicadores para ministra o de cursos para forma o de novos multiplicadores Profissionais de n v
109. S portanto mediante acordos firmados mutuamente na forma documental Maria Helena A parceria com a Prefeitura de Campos Secretaria de Sa de Programa municipal DST AIDS nossa parceria forte o programa que d todo suporte para execu o do projeto recebemos 2 016 preservativos m s porque n s temos um banco de preservativos tudo documentado direitinho firmamos parceria com tudo assinado entre o programa e a Pr Reitoria Tamb m temos a pr pria comunidade as universidades as escolas vi Resultados desafios e desdobramentos dos projetos de extens o Desde sua cria o em 1987 o F rum Nacional de Pr Reitores de Extens o das Universidades P blicas Brasileiras tem como uma de suas principais reivindica es a cria o de pol ticas espec ficas de extens o como parte das pol ticas p blicas para a educa o superior brasileira Dentre essas pol ticas o financiamento da extens o sempre teve papel de destaque como um ponto b sico de reivindica o dada a sempre presente necessidade de se fomentar projetos sistem ticos nas universidades p blicas na interface com a comunidade FORPROEX 2007b Um dos grandes obst culos para a universidade nesta ltima d cada decorre do desinvestimento do Estado na universidade p blica e de sua globaliza o mercantil que segundo Santos 2005a p 18 s o duas faces de uma mesma moeda A falta de recursos financeiros para a execu o dos projetos de e
110. Sarro da Silva UFRJ Parcerias gt Faculdade de Medicina de Campos Programa Bairro Saud vel 2 gt Universidade Federal Fluminense UFF Campos gt CEFET gt Universidade Est cio de S e gt Universidade C ndido Mendes Valor do Apoio N o consta informa o PROEx UENF Financeiro Equipe Al m dos professores colaboradores o projeto no ano de 2007 contou com dois bolsistas 205 gt Paula Nascimento Santoro discente gt Carlos Eduardo Siqueira Programa Universidade Aberta Resultados esperados gt Publica o de artigos dentro da rea de estudo gt Apresenta o de palestras de esclarecimento nas comunidades envolvidas gt Visitar outras reas n o programadas que podem surgir durante o projeto gt Obter dados in ditos no munic pio de Campos dos Goytacazes de estafilococcias entre indiv duos das diferentes categorias propostas crian as adultos e idosos e a presen a destas bact rias em animais de estima o ou seja fazer uma correla o entre os indiv duos e determinar a ocorr ncia de zoonoses 1 Sob a coordena o do Dr Jo o Carlos de Aquino Almeida o Programa Parasitoses do Norte Fluminense surgiu em 2004 a partir do Projeto gua Travess o originado da demanda da assistente social do Hospital de Travess o que relatou o grande n mero de problemas verificado nos atendimentos desse Hospital com v rios sintomas relacionados qualidade da gua
111. Taenia eu n o emito laudo eu fa o encaminhamento porque eu n o posso emitir laudo para humano por isso eu pego a fam lia que tem o cachorro o gato o su no P4 e trabalho com esta fam lia Olha sempre assim diagn stico e controle de zoonoses atrav s da conscientiza o iv Consci ncia Cidad participa o da comunidade e promo o da sa de De acordo com Boaventura de Sousa Santos 2005b p 270 71 a renova o da teoria democr tica assenta se na formula o de crit rios democr ticos de participa o pol tica que n o confinem esta ao ato de votar Implica pois uma articula o entre democracia representativa e democracia participativa Contudo para que tal articula o seja poss vel necess rio que o campo do pol tico seja redefinido e ampliado uma vez que a teoria pol tica liberal transformou o pol tico numa dimens o setorial confinada ao Estado Desta forma as dimens es das pr ticas sociais foram despolitizadas e com isto se tornado imunes ao exerc cio da cidadania Segundo Volney Garrafa 1993 o campo da extens o universit ria representa um exemplo de como um setor de atividades pode se transformar em instrumento de cidadania A proposta do FORPROEX que reivindica a intera o entre universidade e comunidade contribui para a compreens o do verdadeiro significado de cidadania 156 direitos individuais e coletivos compromissos e deveres no momento em que a popul
112. a o Ent o esta intera o do estudante com os atores da comunidade faz o aluno amadurecer no sentido do exerc cio da cidadania Assim eu considero que este o instrumento mais importante que o aluno pode ter para sua forma o cidad dentro universidade Prof Thiollent Para o aluno este envolvimento com a extens o justamente ter um conhecimento completo da realidade em que vive C s vezes um aluno de classe m dia que n o tem nenhuma no o do mundo em que vai atuar o que pobreza por exemplo Ir a campo atuar em comunidades um ganho de grande dimens o O novo projeto Rondon tem muito disso de levar ao aluno um conhecimento e uma experi ncia que ele n o tinha Na Fran a eu vi em algumas escolas de engenharia este incentivo de ida ao campo tipo vai conversar com um morador de rua com um deficiente f sico conhecer suas limita es e dificuldades e isto bom Nesse sentido a extens o universit ria deve ser compreendida como uma pr tica que oportuniza a democratiza o do saber o desenvolvimento e a organiza o da sociedade civil e a forma o de cidad os conscientes e aut nomos num processo que ultrapassa as limita es do assistencialismo uma vez que no mundo real surgem problemas e dificuldades que para serem solucionados exigem do cientista e da comunidade o entendimento de seu contexto psicossocial que passa ent o a ser tamb m uma preocupa o dos programas e pro
113. a o de projetos na rea da sexualidade pelo rg o de fomento 142 gt Resultados esperados com a execu o do projeto e novas perspectivas de modo que aqueles que induzissem para desdobramentos de a o teriam uma aten o especial no processo de sele o dos projetos Assim dos 08 oito projetos em desenvolvimento em 2007 foram descartados os seguintes Processo Educativo de Alunos da Rede P blica do Munic pio de Campos dos Goytacazes como Estrat gia de Controle do mosquito da Dengue N cleo de Apoio Reprodu o de Carn voros Parasitoses Humanas e Apoio Diagn stico na Especialidade de Oftalmologia Veterin ria nas Comunidades Perif ricas no Munic pio de Campos dos Goytacazes Puderam ser selecionados 04 quatro projetos a saber 1 AIDS DST s e Educa o em Sa de 2 Zoonoses conv vio do homem com seus animais e a vis o da comunidade sobre doen as bacterianas transmiss veis na regi o Norte Noroeste do estado do Rio de Janeiro 3 Zoonoses Parasit rias End micas tratamento controle profilaxia educa o sanit ria e ambiental em comunidades de baixa renda do munic pio de Campos dos Goytacazes e 4 Educa o Sa de e Cidadania forma o e atua o de agentes multiplicadores de informa o em DST AIDS A seguir alguns pontos destacados como alvos privilegiados de reflex o nas falas dos seguintes coordenadores Prof Jo o Carlos de Aquino Almeida CBB UENF Prof Olney Vie
114. a o dos grupos universit rios da complexidade e a da interdisciplinaridade nas diferentes circunst ncias sociais em que interagem Sendo assim a comunidade alcan ada n o visualizada apenas como um p blico alvo e sim como atores em seu cotidiano de vida que interagem com a equipe universit ria Na mesma perspectiva Almeida 2002 acrescenta que a introdu o e valoriza o dos saberes populares no escopo da cultura cient fica concorrem para destruir o estado de esp rito que considera o saber quase um luxo e a ci ncia como um dom nio parte te rico e abstrato sem pontos de contato com a vida real A Extens o Universit ria se destina a preparar uma mentalidade coletiva e n o apenas a difundir conhecimentos isolados Neste particular Dr Silv rio Paiva de Freitas quando entrevistado em sua p q 50 Importa registrar tamb m que desde a d cada de 60 Paulo Freire j alertava que a express o Extens o deveria ser substitu da por uma concep o que enfatizasse a comunica o com a sociedade em vez de apenas preocupar se em estender o que tinha BOTOM 2001 p 160 l Prof Silv rio Paiva engenheiro agr nomo e Doutor em Fitotecnia pela Universidade Federal de Vi osa 1997 Ingressou na Universidade Estadual do Norte Fluminense em 1997 como bolsista e posteriormente foi aprovado em concurso p blico para o cargo de professor na rea de Fitotecnia Atuou na Extens o Rural no per odo de 1977
115. a o torna se consciente destes direitos e deveres passando a ser mais rigorosa consigo mesma e com os pol ticos autoridades bem como com os programas e pol ticas que lhes s o apresentados O autor acrescenta ainda que tais princ pios difundidos pela extens o universit ria podem ser perfeitamente aplicados ao campo da sa de Na pr xis da extens o fundamental a conscientiza o da comunidade sobre quest es ticas que envolvam seu cotidiano de forma que os atores sociais comprometidos nesse processo possam crescer pessoal intelectual social e politicamente ao mesmo tempo em que a intera o comunidade universidade tamb m cresce no mesmo sentido possibilitando a reflex o cr tica sobre a necessidade de mudan as sociais indo ao encontro do exerc cio de um pensamento tico pol tico social THIOLLENT et al 2003 p 32 A defini o de novas estruturas acad micas articuladas entre si vem sendo requisitada em novas reas demandadas a partir da sociedade do conhecimento Informa o forma o conhecimento transformado em saberes e compet ncias e conscientiza o saber pensar que leva participa o cidad s o os fundamentos para o semear de uma nova cidadania na qual a educa o superior tem papel preponderante com universidades concebidas sob a gide da participa o e do compromisso social ANTUNES DOS SANTOS 2003 p 10 Smiderle 2004 verificou que no norte fluminense e em C
116. a Ibid p 42 3 Segundo Santos 2005a p 43 nos pa ses pluri tnicos e multinacionais o conhecimento pluriversit rio emerge do interior da pr pria universidade no momento em que os estudantes advindos de grupos minorit rios verificam que sua inclus o tamb m uma forma de exclus o verificada na subestima o de suas culturas e dos conhecimentos pr prios da comunidade de onde se sentem origin rios Em sua leitura a universidade representa um conjunto de saberes produzidos pelas tr s racionalidades da modernidade a racionalidade cognitivo instrumental das ci ncias a racionalidade moral pr tica do direito e da tica e a racionalidade est tico expressiva das artes e da literatura Pelos moldes modernos a racionalidade cognitivo instrumental apropriada pelas ci ncias da natureza manteve o dom nio do saber universit rio cuja hegemonia passou a representar o desenvolvimento do paradigma da ci ncia moderna que submete as demais racionalidades a seus pressupostos Santos 2005b chama aten o para o momento de transi o dos paradigmas da sociedade contempor nea a passagem da ci ncia moderna para uma ci ncia p s moderna que requisita uma transi o epistemol gica capaz de afetar o sentido da pr tica acad mica Assim a racionalidade moral pr tica e a racionalidade est tico expressiva passariam a anteceder a racionalidade cognitivo instrumental dado que a ci ncia p s moderna baseia se na revaloriza o dos saberes n
117. a gravitasse em torno dos verdadeiros problemas de sa de da comunidade e provesse uma melhor organiza o do sistema MERHY amp QUEIROZ 1993 p 180 Nesta perspectiva o Sistema nico de Sa de tem assumido um papel ativo na reorienta o das estrat gias e modos de cuidar tratar e acompanhar a sa de individual e coletiva e tem sido capaz de provocar importantes mudan as nas estrat gias e modos de ensinar e aprender Alguns programas do SUS t m possibilitado a mobiliza o de pessoas e de institui es no sentido de uma aproxima o entre as institui es formadoras e as a es e servi os do SUS como tamb m o desenvolvimento de 80 condi es de cr tica e de reflex o sistem tica estimulando o fortalecimento do movimento por mudan as no processo de forma o dos profissionais de sa de introduzindo mudan as pontuais nos modelos hegem nicos de forma o e de cuidado em sa de A descentraliza o apresenta se no contexto da reforma sanit ria como uma forma de democratiza o do processo decis rio na sa de j que at ent o se estabeleciam pr ticas centralizadoras de poder no mbito federal de governo A descentraliza o pode ser vista como uma estrat gia para o enfrentamento das desigualdades regionais e sociais considerando a redistribui o das responsabilidades quanto s a es e servi os de sa de entre os v rios n veis de governo A participa o da comunidade representa a garan
118. a m dia anual de 210 casos Neste particular foi inaugurado em 25 de setembro de 2007 o Centro de Refer ncia para o Controle da Tuberculose e Hansen ase com o objetivo de ampliar as atividades para redu o da incid ncia da tuberculose por meio da detec o da doen a com laborat rio de refer ncia instalado no Hospital Geral de Guarus medida que aumenta consideravelmente as chances de cura da tuberculose que segundo o Minist rio da Sa de chega a 100 em muitos munic pios 8 Cf em http www campos rj gov br 58 De acordo com o Coordenador do Programa de Controle da Tuberculose do munic pio o m dico Luiz Cl vis Parente em Campos a taxa de cura atualmente de 72 com um ndice de 12 de abandono A extens o do munic pio a falta do Programa de Sa de da Fam lia e as doen as associadas tuberculose justificam em parte estes dados A tuberculose uma doen a grave por m cur vel em praticamente 100 dos casos desde que seja feito uso de medica o adequada Entrevista publicada em 23 03 2009 Dispon vel em http www campos rj gov br Gr fico 7 Notifica o Compuls ria da Tuberculose no munic pio de Campos dos Goytacazes RJ de 2005 a 2007 Fonte Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Sa de de Campos dos Goytacazes e Dengue 2 A dengue considerada atualmente a mais importante arbovirose que vem afetando a popula o comportando se como um s rio problema d
119. a 1988 e atualmente Pr Reitor de Extens o e Assuntos 91 sala na Pr Reitoria de Extens o e Assuntos Comunit rios apontou que este entrosamento entre cultura acad mica e cultura popular traz ganhos tamb m para o processo cient fico aperfei oando o para o cumprimento da fun o social da universidade com base no trip ensino pesquisa extens o O papel da universidade baseado na indissociabilidade entre ensino pesquisa e extens o envolve um trabalho bem integrado dentro da ci ncia aplicada transformando o ensino em um ensino de qualidade e este conhecimento adquirido com a pesquisa tamb m tem que ser aplicado junto da comunidade fundamental a intera o entre universidade e comunidade onde se busca o saber popular e integra este ao saber cient fico te rico tendo como base a contribui o da comunidade Com efeito neste in cio de s culo fundamental repensar o ensino superior sob a id ia de um novo contrato social entre Universidade Poder P blico e Sociedade que tenha a educa o como media o realizadora Retoma se assim para a universidade o papel indiscut vel na produ o e difus o do conhecimento com requisi o de modifica es no processo de ensino aprendizagem na constru o e atualiza o dos curr culos na fus o das ramifica es do saber e na produ o e transfer ncia de conhecimentos do mundo acad mico sociedade ANTUNES DOS SANTOS 2003 p 09 10 Cabe re
120. a com nfase na rela o entre educa o atividades extensionistas e pol ticas de sa de atentando para as potencialidades da universidade na realidade local como importante articuladora da participa o social na defini o e implementa o de pol ticas p blicas de sa de A reflex o de Boaventura de Sousa Santos sobre a produ o e a dissemina o do conhecimento e as conquistas cidad s no mbito da Extens o Universit ria e da Sa de Coletiva constituem a base para as an lises e discuss es aqui realizadas na nfase democratiza o da sociedade e autonomiza o dos sujeitos A pesquisa de car ter quanti qualitativo toma a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro UENF como caso privilegiado de an lise Dos oito projetos de extens o desenvolvidos sob a rubrica sa de no ano de 2007 na UENF quatro foram selecionados para este estudo Na etapa quantitativa fez se um levantamento de dados que examinado luz da epidemiologia descritiva propiciou a constru o de um breve diagn stico de sa de do munic pio de Campos dos Goytacazes A etapa qualitativa dividiu se em tr s fases pesquisa explorat ria bibliogr fica documental pesquisa de campo realizada na Pr Reitoria de Extens o e Assuntos Comunit rios da UENF com a realiza o de entrevistas semi estruturadas dial gicas gravadas com os coordenadores dos projetos selecionados gestores e o consultor da Extens o Universit ria
121. a da fecundidade e do aumento da esperan a de vida Assim podemos verificar que a regi o Norte Fluminense vem acompanhando o panorama nacional no que se refere aos segmentos populacionais crian as mulheres e idosos 2 Cf em http www ibge gov br home estatistica populacao trabalhoerendimento pnad2007 48 Gr fico 3 Taxa de fecundidade por munic pio da regi o norte 2000 Concei o de Quissam S o Fanciscode Cardoso Moreira Maca Carapebus Camposdos S oJo oda Barra S o Fid lis Macabu Itabapoana Goytacazes Fonte Atlas de Sa de do Brasil Minist rio da Sa de 2004 O desenvolvimento de sistemas de informa o em sa de que contenham confi vel base de dados e um estruturado fluxo de notifica o nos fornece indicadores de relev ncia para expressar as condi es de vida da popula o viabilizando a formula o de pol ticas p blicas de sa de adequada s reais demandas dos cidad os O coeficiente de mortalidade infantil um bom indicador em sa de p blica para retratar as condi es de vida de uma popula o e ainda revelar a oportunidade de acesso e qualidades das a es e servi os de sa de de um munic pio O Quadro 1 indica o n mero de bitos em menores de 1 ano de idade no munic pio de Campos dos Goytacazes em 2006 de acordo com os componentes neonatal bitos ocorridos at 27 dias de idade e p s neonatal 28 dias at o 12 m s de vida antes portanto da crian a completar 1
122. a e de 12 mil nascidos vivos com s filis cong nita considerando uma taxa de transmiss o vertical de 25 Essa preval ncia variou de 1 9 na regi o Nordeste a 1 3 na regi o Centro Oeste A estimativa de preval ncia de s filis em gestantes de aproximadamente 2 ou seja 2 casos para cada 1000 crian as nascidas vivas Ibid Gr fico 6 Notifica o Compuls ria da S filis Cong nita no munic pio de Campos dos Goytacazes RJ de 2005 a 2007 E S filis Cong nita Fonte Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Sa de de Campos dos Goytacazes A an lise do Gr fico 6 demonstra que o n mero de casos de s filis cong nita em Campos dos Goytacazes neste per odo encontra se est vel Os dados revelam 3 casos em 2005 9 em 2006 e 6 em 2007 Dados do IBGE computam 8 336 nascidos vivos em Campos no ano de 2007 Isto significa dizer que o quantitativo de 6 casos acompanha estimativa do Minist rio da Sa de que no panorama nacional aponta uma preval ncia de 2 ou seja 2 casos a cada 1000 nascidos vivos Ainda assim deve se considerar que a S filis Cong nita um problema de sa de absolutamente evit vel tendo em vista exigir no SUS protocolo para atendimento as gestantes medidas para o diagn stico precoce e tratamento com vistas a evitar a transmiss o m e filho Nesse sentido casos 57 de s filis cong nita s o importantes eventos tra adores da cobertura e qualidade da assist ncia pr nat
123. a o treinamento de pessoal sem forma o secund ria a fim de produzir uma m o de obra qualificada de forma que o conhecimento pudesse gerar tecnologias sociais como um meio de servir melhor comunidade RIBEIRO 1993 p 21 Tamb m no Plano da UENF Darcy Ribeiro prop s um aperfei oamento no que tange ao gerenciamento da universidade O reitor eleito por seus pares e nomeado pelo governador assumiria a autonomia acad mica conferida universidade propriamente dita e a funda o mantenedora seria conduzida por um presidente livremente nomeado pelo governador e respons vel por toda administra o da Universidade Superam se assim as ambig idades resultantes da uni o dessas entidades como ocorreu quando organizamos a Universidade de Bras lia onde o reitor e o presidente da funda o s o a mesma pessoa RIBEIRO 1993 p 50 E 8 Esta inova o se converteria no foco de conflito mais agudo vivido pela UENF nos seus oito primeiros anos de exist ncia at que a Assembl ia Legislativa aprovasse em 2001 o projeto do governador Anthony Garotinho propondo a concess o a UENF da autonomia administrativa e de gest o financeira desvinculando se de sua antiga mantenedora a Funda o Estadual Norte Fluminense SMIDERLE 2004 p 70 41 A UENF tamb m trouxe uma caracter stica que a distinguia dos cursos convencionais a inser o do Ciclo B sico Comum com o objetivo de instituir uma base human stica para
124. a pesquisa a o tanto na rea de extens o quanto nas demais aplicabilidades apresentam para a adequada realiza o desta metodologia que segundo o entrevistado fica por vezes incipientemente explicitada nas entrelinhas do projeto e executada sem conformidade aos procedimentos metodol gicos Em projetos nas linhas de pol ticas p blicas as pessoas n o se preocupam muito com metodologia e sim com a capacidade de articula o pol tica dos projetos a metodologia fica nas entrelinhas O excessivo v nculo com a pol tica pode enfraquecer a metodologia ideal e desejada Eu critico isto Quando h intera o entre atores tem que haver metodologia participativa nisto querendo ou n o s vezes as pessoas n o conhecem muito bem isto e improvisam O conhecimento metodol gico das pessoas neste assunto muito fraco na verdade querem fazer algo participativo mas ainda n o est usando o m todo participativo A pesquisa a o n o uma coisa f cil de se fazer existe um m todo a ser seguido tem que produzir conhecimento e validar este conhecimento Esta dificuldade tamb m foi citada pela Profa L lian Bahia Para a viabiliza o da pesquisa a o os professores e seus alunos toda equipe do projeto tem que est muito afinada com a metodologia necess rio que a universidade nunca deixe de discutir este assunto com ela mesma este assunto sempre deve estar em pauta e os editais de convoca o de pro
125. a quarta parte Os Sentidos da Extens o Universit ria exp e a reformula o de conceito de extens o 26 universit ria a partir do F rum de Pr Reitores das Universidades P blicas Brasileiras ocorrido em 1987 que traz a consagra o de um novo extensionismo incorporado Constitui o de 1988 que reafirma a indissociabilidade entre ensino pesquisa e extens o reconhecendo o devido lugar da extens o no interior da universidade O terceiro cap tulo A EXTENS O NA UENF em busca de novos paradigmas apresenta se com duas partes A primeira Hist rico estado e perspectivas da extens o universit ria na UENF retrata a hist ria e evolu o da extens o uenfiana ao longo do tempo enfocando as a es extensionistas inscritas na rea tem tica sa de e o segundo A metodologia da pesquisa a o pontua que dentre as metodologias participativas a metodologia da pesquisa a o tem sido a que apresenta virtudes para a realiza o de projetos extensionistas devido ao grau de interlocu o proporcionado para a devida intera o entre pesquisadores e pesquisados O quarto cap tulo PROMO O DE SA DE EXTENSIONISMO UNIVERSIT RIO E O CASO UENF um estudo a partir dos projetos de extens o em sa de p blica est sub dividido em tr s partes Promo o de Sa de e Extens o Universit ria demonstra que o desenvolvimento de a es de educa o em sa de exige a participa o de profissio
126. ad associatedDocument 2004 Acesso em 16 03 2009 MAC DO Maria do Carmo dos S et al Cen rios de Aprendizagem interse o entre os mundos do trabalho e da forma o In PINHEIRO Roseni CECCIM Ricardo Burg MATTOS Ruben Ara jo de Orgs Ensinar Sa de a integralidade e o SUS nos cursos de gradua o na rea da sa de Rio de Janeiro IMS UERJ CEPESQ ABRASCO p 230 50 2006 MAMANI Hern n Armando Economia Informal Mercado de trabalho e Pol ticas P blicas notas iniciais para um estudo do Norte Fluminense Agenda Social Revista do PPGPS UENF Campos dos Goytacazes n 1 abr jul p 36 59 2007 MARCH Cl udia FERNANDEZ Ver nica S PINHEIRO Roseni Ampliando saberes e pr ticas sobre forma o em sa de processos de inova o e caminhos para a transforma o In PINHEIRO Roseni CECCIM Ricardo Burg MATTOS Ruben Ara jo de orgs Ensinar Sa de a integralidade e o SUS nos cursos de gradua o na rea da sa de Rio de Janeiro IMS UERJ CEPESQ ABRASCO p 1779 204 2006 MARTINS Fernando S V CASTINEIRAS Terezinha Marta P P Leptospirose Dispon vel em http www cives ufrj br informacao leptospirose lep iv html Acesso em 06 05 2009 MELO NETO Jos Francisco de Extens o universit ria uma an lise cr tica Jo o Pessoa Editora Universit ria UFPB 2001 MERHY Emerson E A perda da dimens o cuidadora na produ o da sa de uma discuss o do modelo assistencial e da inter
127. ado por Maria Helena Ribeiro de Barros Barbosa destaca como sua grande vit ria a assinatura do acordo para a implanta o do P lo de Capacita o para os profissionais de sa de do munic pio em outubro de 2008 Esta proposta vai ao encontro da Pol tica Nacional de Educa o Permanente em Sa de institu da no ano de 2004 pelo Minist rio da Sa de objetivando a implementa o dos P los de Educa o Permanente em Sa de em todo pa s Maria Helena A import ncia de se trabalhar com multiplicadores de trabalhar a preven o nesta rea que foi criado agora saiu em assinatura solene o termo de coopera o t cnica entre as Universidades e a Prefeitura e isto partiu deste nosso trabalho Ent o entrou UENF UFF CEFET e Prefeitura Municipal de Campos Secretaria de Sa de Programa DST AIDS e foi feito agora em outubro este acordo criando o P lo de Capacita o Norte e Noroeste Fluminense Foi feito uma assinatura solene entre o Secret rio de Sa de o Reitor da UENF o representante do CEFET e tamb m da UFF e assinaram a cria o deste P lo Tudo quanto que curso na rea de sa de vai sair deste P lo 75 A Pol tica Nacional de Educa o Permanente em Sa de PNEPS uma proposta de a o estrat gica que visa a contribuir para transformar e qualificar as pr ticas de sa de a organiza o das a es e dos servi os de sa de os processos formativos e as pr ticas pedag gicas na forma o
128. aduado em Medicina Veterin ria pela UFRRJ 1981 Atua o Profissional e Mestrado em Produ o Animal 1997 e Doutorado em Lota o Administrativa Bioci ncias e Biotecnologia 2001 pela UENF na UENF do coordenador Atualmente professor associado da UENF Possui do projeto experi ncia na rea de Medicina Veterin ria com nfase em doen as infectocontagiosas Unidade e sub unidade de Centro de Ci ncia e Tecnologia vincula o do projeto Agropecu ria Laborat rio de Sanidade Animal Objetivos gt Estabelecer a rela o existente entre as doen as dermatol gicas e digestivas que ocorrem entre indiv duos nas comunidades estudadas e a presen a de animais de estima o e aqueles criados para consumo gt Obter informa es relativas a ocorr ncia de doen as de car ter zoon tico nos postos de sa des destas comunidades junto aos profissionais de sa de atuantes gt Catalogar os principais agentes encontrados e quando necess rio realizar testes de antibiograma para detectar poss veis agentes resistentes a drogas gt Trabalhar com m dicos no sentido de orientar os 204 indiv duos idosos pacientes com perfil portador de imunossupress o ou doen as intercorrentes dos riscos diante de agentes patog nicos encontrados no local onde vivem gt Orientar pequenos criadores de animais para consumo humano da necessidade de cuidados especiais para evitarem a ocorr ncia de doen as nos
129. ais por sa de sob uma gide tico pol tico pedag gica da integralidade e do direito sa de O princ pio da integralidade h de ser levado tamb m para a sala de aula laborat rios est gios e outros isto a humaniza o da educa o e a percep o de sua dimens o pol tica s o fatores a distinguir os profissionais de sa de que se quer formar A crise aguda dos paradigmas que configuram ainda o atual modelo de aten o sa de foi marcada dentre outros de acordo com Merhy 1998 p 109 pelo distanciamento entre profissionais e usu rios pelo isolamento produzido nas rela es entre eles mesmos no processo de trabalho pela desvaloriza o da import ncia das pr ticas interprofissionais de sa de e pelo predom nio das modalidades de preven o centradas nas tecnologias duras a partir de um saber fortemente estruturado e reduzido produ o de procedimentos cuja marca a impessoalidade Para Professora L lian Bahia em entrevista um dos muitos fatores que propicia o distanciamento da pessoa em face de suas reais necessidades de sa de encontra se no paradigma de atendimento pautado em procedimentos m dico centrados A falta da devida interlocu o com o paciente no momento da consulta que assim chamado De acordo com Paulo Freire 1997 cen rios de aprendizagem s o espa os para conhecer na a o concreta no mundo lugares de constru o de conhecimento de viv ncias e desenvolvimento de ati
130. al 1989 A Lei n 6229 75 cria o Sistema Nacional de Sa de SNS e representa o primeiro passo para a extens o de cobertura e reorganiza o institucional do sistema de sa de no Brasil em busca de maior eq idade Neste contexto em 1976 os minist rios envolvidos com o setor da sa de inspirados nos princ pios da medicina comunit ria criam o Programa de Interioriza o das A es de Servi os de Sa de e Saneamento PIASS para ser implementado em regi es que n o tinham cobertura m dico sanit ria De acordo com Costa et al 1989 verifica se enfim a nfase na articula o e integra o dos diversos n veis de atendimento buscando de fato um sistema bem como a preocupa o com o chamado cuidado prim rio ou aten o prim ria sa de que levou cria o de unidades b sicas e permanentes de sa de com participa o comunit ria Tamb m em prosseguimento s diretrizes do II Plano Nacional de Desenvolvimento em 1977 foi criado o Sistema Nacional de Previd ncia e Assist ncia Social SINPAS com a inten o de modificar a estrutura t cnico gerencial da Previd ncia Social onde as a es relacionadas Previd ncia e assist ncia m dica ficam divididas A partir de 1979 por m o sistema previdenci rio come a a mostrar sinais de fal ncia Segundo Oliveira amp Teixeira 1985 o momento de crises concomitante perda de legitimidade dos governos autorit rios era prop cio ao aparecimento de
131. al de atua o da extens o universit ria Como cientistas das reas hard e cientistas sociais poderiam trabalhar em projetos de extens o na rea de sa de O Sr teria como me falar de experi ncias de outras universidades que poderiam nos servir como exemplos O Sr acredita que a extens o universit ria pode atuar para a implementa o de pol ticas p blicas de sa de Em sua trajet ria profissional isto j foi visualizado H informa es adicionais que o senhor gostaria de complementar 203 AP NDICE 6 PROJETOS DE EXTENS O DESENVOLVIDOS PELA PROEX UENF NA AREA TEM TICA SAUDE NO ANO DE 2007 ita UENF Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Programa de P s Gradua o em Pol ticas Sociais PPGPS LEEA CCH Orientadora Prof Adelia Maria Miglievich Ribeiro Mestranda Giselle Almeida Barreto Projeto 1 Zoonoses Conv vio do Homem com seus animais e a vis o da Comunidade Sobre as Doen as Bacterianas Transmiss veis na Regi o Norte Noroeste do Estado do Rio de Janeiro C digo 2007 054 T TULO DO Zoonoses Conv vio do Homem com seus animais e a PROJETO vis o da Comunidade Sobre as Doen as Bacterianas Transmiss veis na Regi o Norte Noroeste do Estado do Rio de Janeiro Area Tem tica Sa de Linha Program tica Desenvolvimento do Sistema de Sa de Coordenador do Projeto Dr Olney Vieira da Mota Forma o Acad mica Gr
132. al em um munic pio e Tuberculose A tuberculose um dos problemas mais s rios em sa de p blica juntamente com os outros pa ses em desenvolvimento s o respons veis por 80 dos casos mundiais da doen a De acordo com o Minist rio da Sa de atualmente ocorrem em torno de oito milh es de novos casos e quase tr s milh es de mortes por tuberculose Cerca de 80 dos casos incidem em 22 pa ses com o Brasil na 16 posi o com aproximadamente 85 mil casos novos por ano e 6 mil bitos por ano Estima se que 75 dos casos novos incidam em 315 munic pios considerados priorit rios pelo Minist rio da Sa de BRASIL 2002 A doen a considerada a segunda maior causa de morte por doen a infecciosa no mundo perdendo apenas para a AIDS Com propor es alarmantes a Tuberculose considerada prioridade estadual O estado do Rio de Janeiro apresenta a mais alta taxa de incid ncia do Pa s o campe o nacional em incid ncia mais de 100 casos 100 000 habitantes devido principalmente regi o metropolitana da cidade do Rio de Janeiro No estado s o 32 os munic pios priorit rios sendo Campos dos Goytacazes um deles IBID A tuberculose em Campos dos Goytacazes como em todo Brasil predominantemente urbana 85 dos casos sendo que a metade dos casos registrados no munic pio s o detectados no sub distrito de Guarus Entre 2001 e 2007 foram registrados um total de 1497 casos da doen a no munic pio compreendendo a um
133. ampos num p lo h uma sociedade sensivelmente marcada pela tradi o herdeira da monocultura e da escravid o negra no outro existe um dos cones da modernidade a academia detentora do monop lio da produ o do conhecimento can nico um n cleo de conviv ncia que personifica os ideais da ci ncia da t cnica e das rela es impessoais Se tomarmos a pesquisa realizada por Robert Putnam 1996 entre a regi o norte e a regi o sul da It lia podemos atestar que o munic pio de Campos dos Goytacazes apresenta comportamento semelhante Cal bria localizada ao sul da It lia no que diz respeito s caracter sticas feudais com uma sociedade fragmentada e detentora de prec rio Capital Social devido aus ncia de cultura voltada para a participa o pol tica nos processos decis rios sob os termos da democracia participativa Desta forma as quest es culturais em que est o imersas a popula o campista trazem fatores que interferem diretamente no processo de participa o da comunidade como por exemplo a incipiente tomada de consci ncia de que a sa de um direito de todos e que como cidad os que vivem numa democracia devem 157 participar efetivamente nos processos de constru o das pol ticas p blicas que dizem respeito tamb m promo o de sua sa de Professor Jo o Almeida retrata que a quest o cultural envolta na aus ncia de consci ncia cidad traduzida pela acomoda o da comunidade e por pr tica
134. an a normas e sistemas que tornam poss veis a es coordenadas dito de outra forma um conjunto de valores ou normas informais partilhadas por membros de um grupo que lhes permite cooperar entre si BOEIRA amp BORBA 2006 O capital social frequentemente definido em termos de como se formam grupos e redes normas e confian a para fins produtivos Para a formula o da Teoria do Capital Social o autor utilizou a evolu o de Emilia Romagna ao norte da It lia e de Cal bria ao sul a fim de identificar os diversos aspectos que condicionavam as diferen as regionais encontradas na It lia Putnam evidenciou ent o que ambas nas primeiras d cadas do s culo XX tinham padr o de desenvolvimentos semelhantes mas nas oito d cadas posteriores criou se uma desigualdade bastante acentuada entre estas regi es tendo se tornado Emilia Romagna 32 uma regi o de grande participa o pol tica e solidariedade social uma das mais pr speras regi es da Europa Cal bria por sua vez com suas caracter sticas feudais manteve se fragmentada e isolada sendo hoje a regi o mais atrasada da It lia PUTNAM 1996 De acordo com Aguilar Filho 2008 autores como Putnam 1997 North 1990 e Lipset Lens 2002 destacam que institui es que incentivam as associa es impessoais e a coopera o complexa prov em s sociedades de mecanismos de coordena o necess rios ao bom andamento econ mico Em seu estudo Aguilar Filho
135. ande variedade de hospitais cl nicas e servi os m dicos e odontol gicos Segundo dados do IBGE 2006 s o 191 estabelecimentos de sa de e 1 680 leitos distribu dos entre hospitais e unidades de atendimento Al m de uma extensa rede p blica de hospitais e postos de atendimento onde se destacam o Hospital Ferreira Machado refer ncia regional e o Hospital Geral de Guarus Campos apresenta uma moderna e variada rede privada de hospitais com destaque para o Hospital Dr Beda Pr Cl nicas Prontoc rdio e Hospital dos Plantadores de Cana todos concentrados na rea em torno da Avenida Conselheiro Otaviano CIDE 2003 Tais aspectos relativos ao desenvolvimento econ mico do munic pio e regi o e aos servi os de educa o e de sa de se mostrar o relevantes na medida da constru o de nosso objeto de estudo ao longo da disserta o 1 2 Extens o universit ria com quem Capital social e implica es na pol tica local A literatura sobre a abordagem do capital social vasta e pode traduzir numa perspectiva mais progressista estudos em prol do empoderamento da sociedade civil do pluralismo e da democratiza o isto um instrumento de luta para conquistas de espa os p blicos equidade e cidadania O cientista pol tico Robert Putnam hoje considerado a principal refer ncia te rica na literatura sobre capital social entendendo o como um conjunto de caracter sticas da organiza o social confi
136. aquela com o dom nio das ci ncias e de suas aplica es tecnol gicas de cuja difus o depende a sobreviv ncia de cada sociedade e na o Complementa que nessas circunst ncias que se imp e a uma nova universidade o objetivo primeiro de alcan ar o pleno e inteiro dom nio das ci ncias e das tecnologias delas decorrentes com uma clara no o dos problemas que fa am do saber um instrumento de diagn stico das causas do atraso e um fator de acelera o da hist ria RIBEIRO 1993 p 13 Nesta perspectiva Darcy Ribeiro expressa sua convic o para a Universidade Estadual do Norte Fluminense ao escrever Uma universidade moderna que atualize o Brasil nos principais campos do saber e que aqui implante laborat rios e centros de pesquisa nos quais as tecnologias mais avan adas possam ser praticadas fecundamente ensinadas eficazmente e aplicadas utilmente Uma UNIVERSIDADE DO TERCEIRO MIL NIO RIBEIRO 1993 p 14 Para ajud lo no planejamento e implanta o da UENF Darcy Ribeiro elegeu membros do meio acad mico que valorizavam a cultura cient fica e as ci ncias da observa o Os intelectuais convidados por Darcy Ribeiro eram considerados expert nas reas da ci ncia aplicada e das tecnologias de ponta e assim atendiam perspectiva modernizante defendida por Darcy no Plano Orientador da UENF cujos pressupostos te rico ideol gicos eram o oposto do modelo institucional tradicional que segundo o antrop logo e p
137. ar o poder local Na percep o darcyniana tratava se de proteger a universidade das influ ncias de setores mais conservadores da sociedade fazendo a o mais desembara ada poss vel dos mecanismos de controle pol tico local O grau de tens o e de explicita o de conflito verificado por ocasi o do movimento dos professores e dos funcion rios da UENF em 2001 pela autonomia universit ria com a desvincula o da institui o de sua antiga mantenedora FENORTE atesta a dif cil rela o entre os grupos de poder local e a comunidade universit ria Neste momento travou se uma acirrada luta pelo controle pol tico da universidade em que de um lado estava o Governo do Estado do Rio de Janeiro poca o Governo Garotinho principal interessado em manter o dom nio pol tico em sua terra natal de outro lado os professores funcion rios e alunos da UENF 10 Diante do exposto poss vel supor que a dificuldade de relacionamento entre a UENF e o poder pol tico local hoje traz as marcas de um passado que ainda n o t o remoto Este fato pode ser considerado como um elemento que dificultou o crescimento da extens o na UENF no atingimento de um dos objetivos do Plano Nacional de Extens o a saber a cria o de condi es para a universidade participar na elabora o das pol ticas p blicas voltadas para a maioria da popula o bem como se constituir em organismo leg timo para acompanhar e avaliar a implanta o das mesmas A p
138. articipativa e da pesquisa a o por excel ncia que propicia um tipo de aprendizagem voltado para a garantia da cidadania expressa como autonomia e compromisso facilitando a apreens o dos novos 155 atributos do conceito de sa de Cabe ressaltar aqui que segundo Santos 2005a a pesquisa a o situa se na procura de uma reorienta o solid ria da rela o universidade comunidade No momento em que se definem os m todos mais adequados para o planejamento execu o e avalia o das a es de extens o que a compreens o de que os fatores sociais interferem nas condi es de sa de dos indiv duos ganha relev ncia para a efic cia da utiliza o da extens o como uma ferramenta educacional capaz de proporcionar mudan as por meio da intera o entre diferentes saberes A partir das m ltiplas dimens es biol gica social e cultural que envolvem o bin mio sa de doen a a extens o funciona como um instrumento capaz de proporcionar a conscientiza o dos riscos e agravos sa de bem como dos meios para sua preven o Maria Ang lica As palestras s o sempre voltadas para a higiene porque imagina como trabalhar com pessoas que n o t m banheiro Eu fa o o diagn stico das crian as e dos animais Comento os resultados l na palestra e digo qual a situa o por meio de gr ficos simples e pe o que levem as crian as no m dico e digam olha a professora falou que tem Ascaris que tem
139. articipei de alguns eventos ano passado para discutir uma metodologia mais definida para a extens o para ser mais participativa mais interveniente para estimular a universidade a trabalhar com isto acho que tem melhorado muito mas tem mais projetos de extens o vinculados pesquisa do que extens o tem muitos projetos de intera o com a comunidade carente tamb m o entrosamento entre as atividades de extens o realizadas em laborat rio para a comunidade deve ser mais aperfei oado porque por vezes aquilo que se est pesquisando em laborat rio n o tem interesse imediato para a popula o ent o melhor ir at a popula o primeiro conhecer sua demanda e pesquisar de acordo com esta realidade entende Sobretudo Professor Thiollent observa a necessidade de que a extens o seja percebida pelos docentes como uma pr tica fundada em concep es de participa o e de 113 autonomiza o das popula es para as quais se dirigem Neste sentido sua maior contribui o a transfer ncia de conhecimentos acerca dos conceitos embutidos na metodologia cunhada como pesquisa a o Sobre ela tratamos agora 3 2 A metodologia da pesquisa a o Boaventura de Sousa de Santos 2005a p 75 define a pesquisa a o como a execu o participativa de projetos de pesquisa envolvendo as comunidades onde os interesses sociais s o articulados com os interesses cient ficos dos pesquisadores e a produ o do conhec
140. as intergovernamentais de recursos financeiros na rea da sa de e d outras provid ncias Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil 28 de dezembro de 1990 Dispon vel em http www planalto gov br Acesso em agosto de 2006 F RUM NACIONAL DE PR REITORES DE EXTENS O DAS UNIVERSIDADES P BLICAS BRASILEIRAS Extens o Universit ria organiza o e sistematiza o Organiza o Edison Jos Corr a Coordena o Nacional do FORPROEX Belo Horizonte COOPMED 2007a 112p Dispon vel em http www renex org br Acesso em 13 10 08 Comiss o Permanente de Avalia o da Extens o Universit ria Institucionaliza o da extens o nas universidades p blicas brasileiras estudo comparativo 1993 2004 2 ed Jo o Pessoa Editora Universit ria da UFPB Belo Horizonte COOPMED 2007b 90 p Cole o Extens o Universit ria 5 Dispon vel em http www renex org br Acesso em 13 10 2008 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Censo demogr fico fam lias e domic lios Rio de Janeiro IBGE 2000 Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Pesquisa de or amentos familiares 2002 2003 primeiros resultados Brasil e grandes regi es Rio de Janeiro IBGE 2004 276p Dispon vel em 190 http www ibge gov br home estatistica populacao condicaodevida pof pdf Acesso em 05 04 2009 Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Assist ncia M dica Sanit ria 2005 Malha
141. as vari veis envolvidas Isto significa dizer que em todos os mbitos dos sistemas de sa de e principalmente nos espa os mais duros do saber m dico e das pr ticas altamente tecnologizadas e fragmentadas deve ser definido o ideal de uma abordagem integral hol stica e humanizada centrada na constru o de um saber interdisciplinar e na cria o de rela es mais horizontais e democr ticas dentro do processo de trabalho em sa de Esta metodologia de aprendizagem permite que o estudante se aproprie da realidade social e exercite seu potencial criativo de articula o entre saberes e pr ticas aliando o pensar fazer sentir Os cen rios de aprendizagem assim desenvolvidos constituem se em campos de experimenta o e espa os de amplia o de experi ncias de ensino em dire o multiprofissionalidade a interdisciplinaridade e a integralidade em pr ticas cuidadoras MAC DO et al 2006 A forma o n o pode tomar como refer ncia apenas a busca eficiente de evid ncias ao diagn stico cuidado tratamento progn stico etiologia e profilaxia das doen as e agravos mas a busca do desenvolvimento de condi es de atendimento s necessidades de sa de das pessoas e da popula o da gest o setorial e do controle social em sa de redimensionando o desenvolvimento da autonomia da sa de Bras lia agosto de 2004 lp Dispon vel em http portal sa de gov br portal arquivos pdf aprendersus A elei o da
142. as rela es clientelistas do Estado como a troca de favores a barganha de interesses e o jogo dos benef cios para os aliados do poder BAPTISTA 2007 De acordo com Mendes 1999 o INPS marca o privil gio da pr tica m dico curativa individual assistencialista e especializada em detrimento da sa de p blica a partir da cria o atrav s da interven o estatal de um complexo m dico industrial que reorganiza a pr tica m dica orientada em termos de lucratividade do setor sa de propiciando a capitaliza o da medicina e privatiza o dos servi os A cria o do INPS constitui se num fato paradigm tico na conforma o do modelo m dico assistencial privativista que se configura e se fortalece dada a sua concomit ncia com o per odo do milagre econ mico e com a situa o de estabilidade autorit ria que se associa a o solid ria de atores relevantes tais como a tecnoburocracia os produtores de servi os e de bens m dicos alcan ados em an is burocr ticos e a cont nua expans o da clientela previdenci ria MENDES 1999 p 22 3 Na medida em que se ampliava o mbito de a o da Previd ncia Social tamb m tornava se transparente o car ter discriminat rio da pol tica de sa de ficando s claras 74 as desigualdades no acesso quantitativo e qualitativo entre as diferentes clientelas urbanas e entre estas e as rurais Formula se assim um processo chamado de universaliza o excludente das
143. aves ict ricos s o geralmente diagnosticados e eventualmente notificados A leptospirose sem icter cia frequentemente tratada como outras doen as a exemplo da dengue e da gripe ou n o leva procura de assist ncia m dica Os casos notificados provavelmente representam apenas uma pequena parcela cerca de 10 do n mero real de casos no Brasil Ibid A tabela 3 indica que a regi o sudeste apresentou o maior n mero de casos notificados no per odo entre os anos de 1996 e 2005 3 MARTINS Fernando S V CASTI EIRAS Terezinha Marta P P Leptospirose Dispon vel em http www cives ufr br informa o leptospirose Acesso em 06 03 2009 64 Tabela 3 Leptospirose no Brasil Casos confirmados por local de transmiss o 1996 2005 Regi o 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total Norte 689 484 584 340 391 142 230 248 202 181 3 49 Nordeste 1 002 847 514 194 1 006 643 598 501 801 600 6 706 Sudeste 3 350 944 1 242 1 102 948 1 188 901 986 1 305 1 029 12 995 Sul 502 863 1 084 782 1 094 1 617 851 1 158 656 838 9 445 Centro Oeste 36 160 25 15 48 44 38 54 68 49 537 Total 5 579 3 298 3 449 2 433 3 487 3 634 2 618 2 947 3 032 2 697 33 174 Fonte MS SVS 2006 No que tange ao munic pio de Campos dos Goytacazes apesar da enchente ocorrida no in cio do ano de 2007 o n mero de casos notificados de leptospirose menor do que nos anos anteriores Gr fico1l1 Gr fico 11 Notifica o Compul
144. azes In PESSANHA Roberto Moraes amp SILVA NETO Romeu Orgs Economia e desenvolvimento no Norte Fluminense da cana de a car aos royalties do petr leo Campos dos Goytacazes WTC Editora p 193 266 2004 POHLMANN Maria Alice de O O discurso higienista na constru o da cidade moderna o papel da Revista Aurora Lettras Artes Sci ncias Disserta o de Mestrado Campos dos Goytacazes PPGPS CCH UENF 2003 PUTNAM Robert D Comunidade e Democracia a experi ncia da It lia moderna Rio de Janeiro Editora Funda o Get lio Vargas 1996 RIBEIRO Darcy Universidade do 3 Mil nio vol 1 Campos dos Goytacazes UENF 1993 ROCHA Roberto Mauro G Extens o universit ria momento de aplica o do conhecimento e de interc mbio de saberes na rela o universidade sociedade In THIOLLENT Michel et al Orgs Extens o Universit ria conceitos m todos e 184 pr ticas Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Sub Reitoria de Desenvolvimento e Extens o p 17 27 2003 ROUQUAYROL Maria Z Epidemiologia amp Sa de 4 ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 RUIVO Maria da Concei o A ci ncia tal como se faz ou tal se diz In SANTOS Boaventura de Souza Org Conhecimento Prudente para uma Vida Decente um discurso sobre as ci ncias revisitado 2 ed S o Paulo Cortez p 585 600 2006 SANTOS Boaventura de Souza Um Discurso sobre as Ci ncias Porto Afrontamento 1987
145. ca e pol tica no Brasil tamb m propiciou o in cio do capitalismo em Campos aliado ao fen meno do xodo rural dada a forte competitividade entre a produ o industrial de a car em grande escala e a pequena produ o que acabou por eliminar completamente os engenhos sob a press o do capital FARIA 2008 Novos grupos constitu dos por comerciantes investidores industriais profissionais liberais intelectuais e altos funcion rios p blicos se distinguem na paisagem da cidade Esta diversifica o e heterogeneidade social foram poss veis gra as ao movimento de moderniza o que trouxe as ind strias companhias de navega o e de transporte ferrovi rio um com rcio variado e tamb m novos servi os p blicos Uma nova elite evidenciada no munic pio ou seja a antiga aristocracia substitu da por uma nova ordem burguesa que participa da organiza o do espa o 29 urbano atrav s de seus valores escolhas est ticas necessidades e de desejos IBID 2008 Dentre as atividades que podemos definir como urbanas destacaram se no meio pol tico os m dicos e engenheiros que conduziram tamb m numa perspectiva higienista as reformas urbanas A partir da cria o de setores especializados em sa de e higiene p blicas tais profissionais vieram a ocupar um lugar seguro na administra o municipal Al m disso os m dicos foram respons veis pela publica o de v rias revistas relativas higiene e sa de que se to
146. cal e regional passar pela articula o local entre gestores institui es de ensino superior estudantes movimentos sociais e inst ncias do controle social pois a sua viabilidade depende das parcerias locais institucionalizadas nos programas de extens o Segundo Michel Thiollent em entrevista atualmente se faz not ria a atua o da extens o universit ria como um instrumento de pol tica social principalmente ap s a constitui o das Pr Reitorias de Extens o que t m fortalecido a rela o entre extens o e pol ticas p blicas em reas como a sa de e a educa o Atualmente not ria a atua o da extens o universit ria como um instrumento de pol tica social onde pol ticas p blicas v m sendo auxiliadas por certas atividades extensionistas A pr pria constitui o da Pr Reitoria de Extens o tem fortalecido a rela o entre a Extens o e as pol ticas p blicas principalmente na rea da educa o e da sa de Existem grandes projetos de extens o na rea da sa de A pr pria Pr Reitoria contribui para isto deixando claro que a extens o n o qualquer coisa que tem um fundamento vejo que a extens o tem uma certa respeitabilidade agora Um fator de crescimento desta nova extens o o fato de se encaixar na resposta de uma demanda de pol tica p blica a extens o n o vista como uma pol tica p blica mas certas pol ticas p blicas est o sendo auxiliadas por certas atividades de exte
147. cep o e atua o no mundo Desta forma as crescentes assimetrias no mundo do conhecimento requerem uma dose consider vel de senso comum ou talvez de um novo senso comum Ibid p 120 A quest o que se coloca a de saber em que medida o conhecimento cient fico hoje pode contribuir para criar este novo senso comum ou seja como que a ci ncia pode se reconstituir como cultura De acordo com Ruivo 2006 p 596 97 a cria o de um senso comum esclarecido e permeado pela cultura cient fica um sonho antigo contido no velho sonho emancipador do S culo das Luzes As bases da ci ncia moderna e a cren a nos poderes da raz o serviram de guia para o projeto ambicioso de liberta o do ser humano atrav s do conhecimento Contudo ficou o questionamento a ci ncia moderna cumpriu a promessa de emancipar o cidad o fato que o desenvolvimento cient fico dos ltimos tr s s culos mudou a vida da humanidade que mesmo com os novos problemas criou melhores condi es materiais para a vida no planeta Todavia grande parte da humanidade nunca teve acesso aos benef cios da civiliza o Al m disso altamente question vel hoje se o progresso cient fico nos tenha trazido uma maior sabedoria de vida e se o fosso entre o saber cient fico e o saber comum n o tenha deixado de aumentar RUIVO 2006 p 597 A ci ncia como Santos observou em sua fase regulat ria serviu como padr o para avaliar todas as demais formas de conh
148. chel Thiollent 1998 p 14 que define a pesquisa a o como um tipo de pesquisa social com base emp rica que concebida e realizada em estreita associa o com uma a o ou com a resolu o de um problema coletivo no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situa o ou do problema est o envolvidos de modo cooperativo ou participativo Assim se a pesquisa a o permite o envolvimento de todos os interlocutores no projeto desde o seu in cio aprofundando o di logo entre pesquisadores e pesquisados tornando os sujeitos da pesquisa ao mesmo tempo em que exige de todos o aprendizado da auto reflexividade Cabe observar sua efetiva contribui o na concretiza o dos objetivos da extens o universit ria a fim de que esta supere definitivamente qualquer confus o com pr ticas caritativas Ao contr rio na extens o universit ria os interesses sociais articulam se aos interesses cient ficos dos pesquisadores e a produ o do conhecimento ocorre estreitamente ligada satisfa o das necessidades dos grupos sociais Para os discentes a pr tica extensionista pode ser ainda visualizada como uma ferramenta para a forma o do profissional cidad o aproximando o tamb m dos problemas sociais em novos cen rios de aprendizagem j que o aluno come a a conhecer e a se envolver com a 170 realidade local desde sua gradua o preparando se para atuar no mercado de trabalho que neste caso n o indife
149. cipa o em grupo associa es de moradores entre outros Desta forma o estabelecimento de parceria com o PSF pode ajudar os executores de projetos de extens o na rea da sa de a conhecerem melhor as demandas e estreitar os la os com a comunidade escolhida para melhor planejamento das a es de seus projetos Por fim como esta pesquisa pretendeu n o se limitar apenas investiga o da extens o universit ria uenfiana mas desejou somar esfor os para seu aperfei oamento algumas elucida es e sugest es a respeito desta pr tica na universidade podem ser tamb m postuladas A A car ncia de quadros a se envolver nas a es extensionistas bem como a ainda cis o entre ensino pesquisa extens o requer a revis o do projeto pedag gico dos cursos de gradua o de modo a se garantir os espa os mensurados em cr ditos e carga hor ria para o efetivo envolvimento dos docentes e discentes na pr tica extensionista de modo a se perceber a intera o comunit ria como uma nova ambi ncia para aprofundar a rela o universidade comunidade 175 B A ainda pouca comunica o entre os pesquisadores e seus projetos bem como a dificuldade na intera o entre os saberes t cnicos e sociais n o incentivam as parcerias inter centros No que concerne ao dom nio das metodologias de pesquisa e gest o participativas o ainda rarefeito di logo entre cientistas sociais e cientistas hard na pr pria universidade levam a manuten o
150. comunidade com no es de cidadania porque eles passam a conhecer quais s o seus direitos enquanto cidad os Sousa 2000 enfatiza que participar desse resgate da cidadania obriga o da Academia e a extens o pode ser o instrumento viabilizador dessa participa o A posi o assumida pela universidade somando sua qualidade a seu sentido cr tico pode estar contribuindo pela Extens o para a revaloriza o da universidade perante o p blico mais amplo e para a sua legitimidade em tempos de crise das institui es sociais sobretudo dado seus usos muitas vezes equivocados 159 v Parcerias Interinstitucionais Na atualidade discutem se a import ncia e necessidade das universidades encontrarem parceiros do lado de fora de seus muros para co assumir sua miss o social Por isso mesmo h de se saber escolher os parceiros e se ter claros os objetivos a serem buscados com ela A crise financeira em que se encontram as universidades sabemos que isto adv m da crise mundial do modelo do Welfare State cuja vers o mais aproximada no Brasil havia sido o Estado Desenvolvimentista induz ao firmamento de parcerias externas por vezes para gera o de receitas pr prias a fim de que os projetos de pesquisa e tamb m de extens o sejam viabilizados No caso espec fico do projeto coordenado pela Professora Maria Ang lica identificamos a parceria com uma empresa privada localizada no estado de S o Paulo que passa
151. constitui a ess ncia da universidade sua raz o de ser sua identidade e sua fun o transformadora expressa na sua fun o social A par disso Professor Silv rio Paiva pontua que o papel da extens o dentro da universidade o de possibilitar esta comunica o entre universidade e comunidade visando transforma o social A extens o uma forma de voc ter um aprendizado e um ensino de m o dupla onde quem ensina aprende e quem aprende ensina ent o neste sentido que a gente acredita que a universidade pode interagir com a comunidade e contribuir para crescimento da regi o E a UENF tem este potencial transformador o pr prio Darcy Ribeiro sonhou com isto o Paulo Freire e muitos outros pensadores sonharam com uma universidade que por meio da extens o pudesse trazer transforma o da realidade social Este elo que liga as elites intelectuais comunidades menos favorecidas ou seja o aprendizado que se obt m com a extens o que traz conhecimentos da comunidade com ampla possibilidade para melhorar a qualidade da nossa pesquisa e consegiientemente a qualidade do nosso ensino Ainda que no Plano Orientador da UENF inexistisse qualquer men o espec fica a uma pol tica extensionista j se p de discutir nesta disserta o como Darcy Ribeiro enfatizava a necessidade das pesquisas estarem canalizadas para os problemas regionais portanto a inspira o que ter deixado em alguns professores da uni
152. da Extens o Universit ria na Am rica Latina Bras lia DF Universidade de Bras lia p 141 158 2001 DERRIDA Jacques O Olho da Universidade S o Paulo Esta o Liberdade 1999 159 p ESCOBAR Arturo Actores redes novos produtores de conhecimentos os movimentos sociais e a transi o paradigm tica nas ci ncias In SANTOS Boaventura de Souza Org Conhecimento Prudente para uma Vida Decente um discurso sobre as ci ncias revisitado 2 ed S o Paulo Cortez p 639 665 2006 ESCOREL Sarah Sa de P blica utopia de Brasil Rio de Janeiro Relume Dumar 2000 FARIA D ris Santos de Constru o Conceitual da Extens o Universit ria uma conclus o Des autor izada In Org Constru o Conceitual da Extens o Universit ria na Am rica Latina Bras lia DF Universidade de Bras lia p 177 185 2001 179 FARIA Teresa P Campos dos Goytacazes nos anos 1870 1880 a moderniza o brasileira e o mundo citadino Agenda Social Revista do PPGPS UENF Campos dos Goytacazes vol 2 n 2 mai set p 40 64 2008 FREIRE Paulo Extens o ou comunica o 13 ed S o Paulo Paz e Terra 2006 Pedagogia da Autonomia saberes populares necess rios pr tica educativa 6 ed S o Paulo Paz e Terra 1997 GARRAFA Volnei Desafios ticos na pol tica de recursos humanos frente s necessidades de sa de Caderno RH Sa de ano I vol 01 n 03 1993 GOERGEN Pedro Ci ncia socieda
153. da sa de prestadores e usu rios descentraliza o dire o nica em cada ente federativo regionaliza o e hierarquiza o divulga o de informa es utiliza o da epidemiologia e dos servi os p blicos evitando a duplicidade de meios para fins id nticos Com a cria o do SUS foram tra ados os novos marcos institucionais como a Lei n 8 080 90 conhecida como Lei Org nica da Sa de que disp e principalmente sobre a promo o prote o e recupera o da sa de A participa o social foi regulamentada pela Lei n 8 142 90 onde se definem a configura o dos conselhos de sa de e a realiza o peri dica a cada quatro anos das confer ncias de sa de em cada esfera de governo Todas as conquistas alcan adas no texto constitucional de 1988 entretanto esbarraram nas contradi es de um processo de transi o que vem na contracorrente das Dispon vel em http bvsarouca icict fiocruz br sanitarista 79 tend ncias hegem nicas de reforma do Estado nos anos 1980 que apontava para a minimiza o das pol ticas sociais no bojo do projeto neoliberal de hegemonia mundial Sua implementa o nos anos 1990 se d em uma conjuntura bastante adversa Levcovitz et al 2001 marcada dentre outros pela privatiza o de empresas estatais redu o do tamanho do Estado e do quadro de funcionalismo p blico incluindo a agenda da previd ncia e a reforma do aparelho do Estado mudan as nas rela es
154. da universidade encontram se na indefini o de sua raz o de ser sua autonomia que deve ser preservada dos interesses do mercado e de uma regula o estatal que n o coincidam com o bem p blico para que n o abra m o da riqueza de sua diversidade nos espa os institucionais da reflex o da cria o da interroga o da busca da curiosidade da inven o e da descoberta Os que vivem no cotidiano da universidade devem pois respirar a liberdade ainda que na intera o com as limita es impostas pr pria universidade cabendo a esta encontrar solu es e medidas adequadas para super las 2 4 Os sentidos da Extens o Universit ria A rela o com a sociedade necess ria e indispens vel pois com ela se estabelece a troca entre o saber acad mico e o saber popular e al m disso todo conhecimento cient fico tecnol gico e filos fico produzido na academia precisa ser testado realimentado e reformulado mediante o confronto com a realidade concreta NOGUEIRA 2001 p 69 A partir da d cada de 1980 com o in cio da abertura pol tica no Brasil as atividades extensionistas experimentam uma nova fase e torna se poss vel identificar verdadeira preocupa o por parte das Institui es de Ensino Superior TES em Esta nova fase est relacionada a um processo de reflex o sobre a conceitua o da Extens o Universit ria mediante a realiza o de semin rios nacionais regionais e locais cursos e
155. dados mediante entrevistas de car ter semi estruturado com seus coordenadores Para a sele o os crit rios estabelecidos foram gt Relev ncia da endemia abordada no projeto conforme levantamento de dados de morbidade disponibilizados pelo Minist rio da Sa de gt P blico alvo levando se em conta os segmentos populacionais atendidos rea de atua o escolhida e o quantitativo de pessoas beneficiadas com as metas do projeto gt Projeto vinculado a programa projeto n o vinculado programa e projeto sem v nculo institucional com a PROEX UENF de modo a se ter projetos em diferentes fase de institucionaliza o gt Reconhecimento da import ncia na constru o da consci ncia cidad e sanit ria tendo em vista os pressupostos te ricos destacados na narrativa dos avan os dos movimentos sociais na rea de sa de nas ltimas d cadas gt Disponibilidade dos coordenadores para colaborar com a pesquisa dado que a metodologia deste levantamento estaria centrada na interlocu o com os respons veis na UENF pelo desenvolvimento dos projetos selecionados gt Parcerias interinstitucionais especialmente com o poder p blico local que em havendo seria alvo de an lise priorit ria 67 Dados obtidos no PROEX UENF durante a pesquisa de campo Este projeto iniciou se em 1999 mas somente conseguiu aprova o pelo Edital da FAPERJ no ano de 2008 Anteriormente n o houve aprova o devido a n o contempl
156. de com o poder p blico local Professora L lian Bahia pondera que existe uma quest o cultural um modus operandi justificado pela falta de costume das autoridades municipais em trabalhar com as universidades uma vez que as mesmas possuem um grau de autonomia que facilita o processo de discuss o das demandas locais Professora L lian Bahia complementa que a possibilidade da extens o universit ria cooperar para a implementa o de pol ticas p blicas de sa de municipal hip tese utilizada neste estudo lhe uma quest o muito cara Em sua opini o a realiza o de projetos piloto de pol ticas p blicas por meio da extens o universit ria o caminho ideal para a concretiza o de pol ticas p blicas adequadas s necessidades locais Um exemplo cl ssico disto o projeto de Direitos Humanos Ele pretendeu no seu esbo o tra ar um planejamento em que a escola de n vel m dio desde a coordenadoria regional at a escola propriamente dita discutisse a proposta de direitos humanos perpassando pelo projeto pol tico pedag gico daquela escola ent o obrigatoriamente teria que haver um envolvimento com as coordenadorias regionais diretores de escolas etc Isto foi um piloto de pol tica p blica que rendeu UENF um pr mio nacional ent o eu acredito que talvez a fun o mais nobre da extens o seja a universidade se debru ar e propor projetos pilotos de pol ticas p blicas O sonho de consumo de quem trabalha com
157. de Bioci ncias e Biotecnologia CBB e o Centro de Ci ncia e Tecnologias Agropecu rias CCTA O Centro de Humanidades mais tarde designado Centro de Ci ncias do Homem existia por m apenas no organograma da universidade com suas tarefas definidas entre as quais a incumb ncia de promover uma intera o com os centros tecnol gicos com o intuito de evitar a forma o de especialistas da ci ncia e da t cnica destitu dos de uma vis o cr tica da sociedade e do mundo LIMA amp ALVES 2003 p 47 51 Afinal Darcy Ribeiro havia posto como desafio que a Universidade neste novo s culo garantisse a prepara o de profissionais motivados e capacitados para a reconstru o de nossa realidade social a fim de fazer o brasileiro comum mais pr spero mais feliz e mais livre Em sua concep o o alcance desta meta derivava do cultivo das ci ncias e de t cnicas aliado necessariamente pr tica experimental e a o social participativa presentes na agenda curricular e extracurricular da institui o RIBEIRO 1993 p 45 Seu objetivo da universidade essencial dominar cultivar aplicar difundir e fruir o patrim nio do saber e das artes que confere espiritualidade vida das comunidades humanas e as faz evoluir cultural e socialmente A UENF guardar sempre expresso compromisso com os problemas do Brasil e do Rio de Janeiro cujos diagn sticos e solu es interessar o vitalmente a todos o
158. de bolsas Universidade Aberta criado em sua gest o colaborou positivamente para a incorpora o de v rias pessoas de diferente forma o profissional em diversos projetos de extens o j que consiste num programa que permite a vincula o de pessoas que n o s o estudantes nem de gradua o e nem de p s gradua o a projetos de extens o da universidade incrementando o extensionismo na UENF Pergunta O Manual de Extens o de mar o de 2004 afirma que a UENF tem se esfor ado para desempenhar o papel que lhe foi conferido a promo o e desenvolvimento regional Poderia pontuar como as a es extensionistas na UENF no per odo de sua gest o corroboraram para ajudar a universidade no cumprimento desta meta Professora L lian Bahia A primeira pontua o foi a cria o do Programa Universidade Aberta Quando come amos na gest o t nhamos apenas 6 projetos e fechamos a gest o com 66 sendo que dentre estes t nhamos programas ent o na verdade t nhamos muito mais projetos Tamb m em rela o aos recursos porque quando come amos eram utilizados 40 mil anuais e terminamos com mais de 1 milh o de reais por ano que se referem a recursos que antes eram devolvidos e depois passaram a ser implementados A partir do m s de julho do ano de 2007 Professor Silv rio Paiva Freitas advindo do Centro de Ci ncia e Tecnologias Agropecu rias CCTA convidado pelo novo Reitor da Universidade Professor Almy Junior Cordeiro de
159. de controle das UTI particulares pelo estado Dificuldade em garantir acesso a servi os de terapia intensiva Baixa disponibilidade de leitos de UTI neonatal na rede neonatal p blica Dificuldade de vagas nas transfer ncias de urg ncia emerg ncia para rec m nascidos de alto risco Defici ncia de RH capacitados em sa de mental Pouca oferta de servi os de sa de Falta de leitos para interna o de urg ncia em sa de mental extra hospitalares Caps mental Naps Hospital Dia Cala Lar E p i Aus ncia de uma melhor distribui o de RH na rea de sa de mental Fonte SES Plano Estadual de Sa de 2001 De acordo com a Tabela 1 o Plano Estadual de Sa de de 2001 delineou macro problemas que se constituem em obst culos para a exist ncia de uma rede de aten o a Cf em BRASIL Minist rio da Sa de Secretaria de Gest o Estrat gica e Participativa I Semin rio de Gest o Participativa em Sa de da Regi o Norte do Rio de Janeiro In Cadernos Regionais Panorama Sanit rio da Regi o Norte Fluminense Bras lia DF Minist rio da Sa de p 17 18 2007 Dispon vel em http www saude gov br editora Acesso em 11 02 2009 52 sa de mais eficiente e eficaz na regi o Norte Fluminense A insufici ncia de leitos UTI neonatal representa um problema de alta gravidade em sa de p blica no entanto a meu ver a baixa cobertura do Programa Sa de da Fam lia 17 7 e a insufici ncia de atividad
160. de e universidade Educa o e Sociedade vol 19 n 63 agosto 1998 HAGUETTE Teresa Maria Frota Metodologias Qualitativas na Sociologia 11 ed Petr polis RJ Vozes 2007 HENNINGTON lida Azevedo Acolhimento como pr tica interdisciplinar num programa de extens o universit ria Caderno de Sa de P blica Rio de Janeiro vol 21 n 01 jan fev p 256 265 2005 Dispon vel em lt http www scielo com br gt Acesso em novembro de 2007 HOCHMAN Gilberto A era do Saneamento as bases da pol tica de Sa de P blica no Brasil ANPOCS S o Paulo HUCITEC 1998 LEVCOVITZ Eduardo LIMA Luciana Dias de MACHADO Cristiani Vieira Pol tica de sa de nos anos 90 rela es intergovernamentais e o papel das Normas Operacionais B sicas Ci ncia e Sa de Coletiva vol 06 n 02 p 269 291 2001 LIMA Lana Lage da Gama amp ALVES Helo sa de C cia Manh es UENF a Universidade do Terceiro Mil nio uma mem ria 1993 2003 Campos dos Goytacazes UENF 2003 180 LIMA N sia T FONSECA Cristina M 0 HOCHMAN Gilberto O Sistema nico de Sa de em perspectiva hist rica In Lima N T et al Orgs Sa de e democracia hist ria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz p 127 152 2005 LUCCHESE Patr cia T org Informa o para Tomadores de Decis o em Sa de P blica Pol ticas P blicas em Sa de S o Paulo BIREME OPAS OMS 2004 90p Dispon vel em http itd bvs br public uplo
161. dica o paci ncia e disposi o para me ajudar desde o in cio deste curso de mestrado iV AGRADECIMENTOS Ao meu Senhor meu Deus e meu Pai por me conceder a vida pelo Seu imenso amor por mim por me conduzir em todo caminho que devo seguir e por colocar em meu cora o todos os sonhos que Ele mesmo sonhou para mim A Pastora Elen Ressiguier minha pastora que me ajudou com a rica e poderosa palavra de Deus e pelas ora es por todas as reas de minha vida A minha amiga Angela Casanova por sua verdadeira amizade suas palavras motivadoras que me impulsionaram a seguir em frente com a confian a de que tudo poss vel ao que cr minha amiga professora e orientadora Adelia Miglievich que admiro e respeito pela sua sabedoria compet ncia dignidade lealdade e dedica o em todos os seus feitos Sei que foi para cumprir um prop sito de Deus que nos encontramos na caminhada da vida e tenho certeza que Ele tem grande galard o reservado para queles que se dedicam com afinco para o cumprimento dos direitos sociais A minha amiga e madrinha Muniba Musser por estar sempre presente em minha vida me ajudando e me aconselhando e por cuidar dos meus filhos nos momentos em que preciso me ausentar A todos os profissionais que se dispuseram a colaborar com este estudo Em especial professora L lian Bahia que com sua experi ncia profissional colaborou com preciosas sugest es durante a qualifica o do projeto de
162. ditos observa o e a o como tamb m para os projetos de ensino promovendo a pesquisa dos estudantes e professores como fonte de conhecimento e para o planejamento mediante a defini o coletiva de estrat gias fixa o interativa de objetivos e escolha de meios Atualmente a pesquisa a o tende a ser aplicada em diversos campos de atua o tais como a educa o comunica o organiza o servi o social difus o de tecnologia rural dentre outros Na pesquisa a o deve ser considerado o papel do pesquisador em termos n o s de suas habilidades como de sua qualifica o espec fica para o tipo de interven o que se prop e a fazer A pesquisa a o requer um n vel de intera o entre pesquisadores e pesquisados capaz de prevenir riscos de desestrutura o dos grupos pois uma vez mal As verbaliza es constam de descri o de fatos e problemas afirma es de cren as e opini es queixas e reivindica es junto s autoridades propostas de solu es e de pol ticas Este material permite a constru o de mapas cognitivos ordenando aspectos considerados essenciais para formula o de resultados representa es sistematizadas que sugerem procedimentos de resolu o de problemas THIOLLENT 2003 p 61 119 sucedida pode levar a interpreta es err neas sobre a situa o real do que est sendo estudado Thiollent alerta para a dificuldade que os pesquisadores e atores envolvidos com
163. do existe uma s rie de desafios institucionais que envolvem o devido reconhecimento da extens o como uma adequada gest o dos projetos a inser o dos alunos em sua pr tica e muitas vezes dos pr prios docentes que n o a valorizam por n o apresentar rendimento satisfat rio na avalia o acad mica Acho que a extens o tem que se preocupar com publica o divulga o O problema que o sistema de avalia o que temos n o valoriza a extens o Os crit rios de excel ncia utilizados internacionalmente n o valorizam o conhecimento local As publica es nacionais t m que acontecer necess rio tamb m a implanta o de uma Pol tica 53 Professor Michel Jean Marie Thiollent possui gradua o em Desenvolvimento Econ mico e Social Institut d Etude du D veloppement conomique et Social em 1969 mestrado em D veloppement conomique et Social Universit de Paris I Panth on Sorbonne em 1971 e Doutorado em Sociologia Universit de Paris V Ren Descartes 1975 Atua como professor adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro Tem experi ncia na rea de An lise organizacional com nfase em Planejamento Projeto e Sistemas de Produ o atuando principalmente nos seguintes temas pesquisa a o metodologia coopera o m todos de pesquisa e de extens o universit ria Atualmente Prof Thiollent Consultor da Pr Reitoria de Extens o e Assuntos Comunit rios da UENF e tamb m um dos organizad
164. do incluindo novos projetos e ampliando os j existentes O quadro 4 exp e a quantidade de cursos por rea tem tica realizados entre 2001 e 2002 Dos 144 cursos oferecidos apenas cinco destinaram se rea da sa de com quatro cursos desenvolvidos em 2001 e um curso em 2002 102 Quadro 4 Cursos por rea tem tica oferecidos pela PROEX UENF nos anos de 2001 2002 CULTURA i 05 EDUCA O 39 16 SA DE 04 01 TECNOLOGIA 21 18 MEIO AMBIENTE 06 02 TRABALHO 31 01 106 Fonte Cat logo de Extens o PROEX UENF 2001 2002 A pr tica extensionista iniciou seu crescimento a partir da inclus o da UENF no cons rcio destinado cria o do Centro Universit rio de Ensino Dist ncia do Estado do Rio de Janeiro CEDERJ implantado em janeiro de 2000 com o objetivo de oferecer cursos de gradua o p s gradua o e extens o pela internet telefone ou pelos correios favorecendo desta forma a democratiza o do acesso universidade A partir do ano de 2003 Professora L lian Maria Garcia Bahia de Oliveira assume a Pr Reitoria de Extens o e Assuntos Comunit rios da UENF advinda do Centro de Bioci ncias e Biotecnologia CBB a convite do novo Reitor Professor Raimundo Braz Filho que lhe confiou esta fun o Ap s assumir o cargo em julho de 2003 organizou eventos na rea de extens o universit ria como o Encontro de Pr Reitores de Extens o das Universidades P blicas
165. e bitos num determinado per odo e local multiplicado por 100 utilizado para subsidiar processos de planejamento gest o e avalia o de pol ticas de sa de tendentes a reduzir o n mero de bitos Dispon vel em http www saude rj gov br Guia_sus_cidadao pg_16 shtml 51 Tabela 1 Principais Problemas de Sa de da Regi o Norte Fluminense Processo de compra e entrega de medicamentos lento em Distribui o inadequada de n vel municipal e estadual medicamentos Car ncia de medicamentos para o usu rio Baixa cobertura do PSF Cobertura de 17 70 inadequada pol tica de recursos Inexist ncia de plano de cargos carreiras e sal rios em humanos todos os munic pios Integra o dos programas e atividades de Promo o Insufici ncia das atividades de Sa de ainda deficiente promo o sa de Inexist ncia de n cleo de educa o em sa de regional Teto financeiro insuficiente para exames procedimentos interligados s atividades do Cacon Alguns munic pios n o utilizam recursos da PPI ECD e do Para a regi o a PAB na sua totalidade microrregionaliza o proposta apresenta problemas para o L gica inadequada de financiamento para o m nimo da acesso ao m nimo da m dia g q P m dia proposta pela Noas Falta de gerenciamento pelo secret rio de sa de do fundo municipal de sa de em alguns munic pios Insufici ncia de leitos de UTI neonatal Falta
166. e Departamento de Vigil ncia Epidemiol gica Situa o Epidemiol gica da Dengue Nota T cnica Bras lia 28 de mar o de 2008a 6p Dispon vel em http portal saude gov br dengue 2803 pdf Acesso em 19 04 2009 Minist rio da Sa de Secretaria de Vigil ncia em Sa de Departamento de Vigil ncia Epidemiol gica Hepatites Virais o Brasil est atento 3 ed Bras lia DF 2008b 62p Dispon vel em http portal saude gov br portal arquivos pdf hepatitesviraisbrasilatento pdf Acesso em 19 04 2009 Acesso 19 04 2009 Minist rio da Sa de Secretaria de Gest o do Trabalho e da Educa o na Sa de Departamento de Gest o da Educa o em Sa de Pol tica Nacional de 189 Educa o Permanente em Sa de Bras lia DF Minist rio da Sa de 2009 64 p Dispon vel em http portal saude gov br portal arquivos pdf volume9 pdf Acesso em 29 03 2009 Presid ncia da Rep blica Lei n 8 080 de 19 de setembro de 1990 Disp e sobre as condi es para a promo o prote o e recupera o da sa de a organiza o e o funcionamento dos servi os correspondentes e d outras provid ncias Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil 20 de setembro de 1990 Dispon vel em http www planalto gov br Acesso em agosto de 2006 Lei n 8 142 de 28 de dezembro de 1990 Disp e sobre a participa o da comunidade na gest o do Sistema nico de Sa de e sobre as transfer nci
167. e OH Neoplasias tumores EX Doen as do aparelho respirat rio 15 BI Algumas doen as infecciosas e E XVI Algumas afec originadas no per odo 17 pernata Fonte Atlas de Sa de do Brasil Minist rio da Sa de 2004 A causa de morte por doen as do aparelho circulat rio ou cardiovasculares considerada na atualidade a principal causa de morte no Pa s O padr o de causas b sicas encadeia primeiramente as doen as cardiovasculares seguidas das neoplasias causas externas e doen as do aparelho respirat rio e no caso espec fico do munic pio de Campos dos Goytacazes as doen as cardiovasculares despontam como a maior causadora de bitos as demais causas definidas ocupam o segundo lugar as causas externas est o em terceiro e as neoplasias em quarto Mesmo que com pouca discrep ncia poss vel notar um comportamento nas causas de mortalidade segundo grande grupo de causas diferenciado do estabelecido no panorama nacional Tamb m chama a aten o no munic pio a import ncia das complica es decorrentes da gravidez e do parto 3 e a mortalidade por doen as respirat rias correspondendo a 11 do total de bitos tamb m deve ser destacada como um importante marcador da qualidade ambiental no munic pio g Expressa o percentual de bitos por grandes grupos de causas em rela o ao total de bitos obtido pelo n mero de bitos por determinado grupo de causas dividido pelo n mero total d
168. e da consci ncia cr tica portanto a redu o de sua fun o social ao assistencialismo d extens o universit ria um cunho compensat rio e extr nseco perigoso a universidade assumir atividades que s o de responsabilidade de outros rg os sociais p blicos sem a devida contextualiza o educativa e cient fica ou ainda utilizar a extens o como porta de entrada para a privatiza o de esferas p blicas DEMO 2001 p 155 A Universidade precisa por constitui o e voca o hist rica estar inserida na problem tica social porque faz parte da usina do futuro de qualquer sociedade A falta de compromisso social seria um esc rnio Mas precisa saber colocar o compromisso social dentro de seus mandatos essenciais que s o reconstruir o conhecimento e educar novas gera es DEMO 2001 p 155 De acordo com Faria 2001 p 178 nas sociedades modernas as universidades refletem a dial tica entre classes refletindo uma din mica entre universidades que 95 servem elite e realizam uma extens o assistencialista e universidades populares voltadas para o desenvolvimento social mas que tamb m n o conseguem superar a pr tica assistencial O fortalecimento do fen meno da globaliza o neoliberal colocou a pr tica extensionista numa inst ncia ainda mais conflitante uma vez que a universidade hoje passou a se caracterizar como uma universidade de mercado Exatamente entre o modelo tradicional assistencial
169. e de abertura da Institui o de Ensino Superior para a Comunidade no ano de 1983 e ainda como instrumento de forma o humana do acad mico e presta o de servi os comunidade As distintas concep es da extens o universit ria s o fruto da pr pria constru o da Hist ria da Educa o no Brasil ANTUNES DOS SANTOS 2003 p 11 Fagundes 1985 p 09 apud Sousa 2000 p 13 sinaliza que a compreens o da extens o como uma das modalidades do compromisso social da universidade passa pela compreens o da Hist ria da Educa o e da Universidade e este estudo n o pode deixar de modo algum de levar em considera o as m ltiplas e rec procas rela es entre universidade e sociedade Paulo Freire 2006 por exemplo rejeitava as a es extensionistas num contexto em que elas se ligavam manipula o e invas o cultural das comunidades Apresentava em contrapartida uma nova forma de visualizar a extens o universit ria como uma proposta de comunica o capaz de ampliar a possibilidade de uma rela o conscientizadora que permitisse aos cidad os se colocarem na condi o de sujeitos Condenou portanto a extens o que tinha uma rela o direta com a domestica o propondo em seu lugar a comunica o com liberta o Thiollent 2000 p 20 apud Castelo Branco amp Guimar es 2003 p 32 concebe a extens o universit ria como um campo de experimenta o em que a din mica de trabalho permite uma aproxim
170. e desenvolvimento dos trabalhadores de sa de A implanta o desta Pol tica implica em trabalho intersetorial capaz de articular desenvolvimento individual e institucional a es e servi os e gest o setorial e aten o sa de e controle social Institu da pela Portaria GM MS n 198 de 13 de fevereiro de 2004 foi alterada recentemente pela Portaria GM MS n 1 996 de 20 de agosto de 2007 que disp e sobre novas diretrizes e estrat gias para a implementa o da Pol tica Nacional de Educa o Permanente em Sa de BRASIL 2009 168 CONSIDERA ES FINAIS Darcy Ribeiro intentou trazer para o munic pio de Campos dos Goytacazes o que ele denominou de universidade necess ria a fim de superar o que qualificava em acordo com sua perspectiva de atraso hist rico da regi o A Universidade estaria assim empenhada em desenvolver tecnologias aplicadas ao desenvolvimento regional para atender civiliza o emergente do terceiro mil nio A UENF j iniciou suas atividades oferecendo cursos de mestrado e doutorado de modo que como exig ncia m nima seu corpo docente era integralmente composto por professores com o t tulo de doutorado fato que configurou uma barreira para os docentes universit rios campistas que em sua maioria conforme buscamos tratar nesta disserta o n o possu a a titula o requerida da que sua exclus o provocou n o poucos ressentimentos que ainda hoje explicam dificuldades de relaci
171. e envelhecimento populacional Apenas no munic pio de Maca 2 este dado n o confirmado fato que pode ser explicado pela presen a de uma 47 popula o sazonal j que grande contingente da popula o adulta se desloca de sua terra natal para o munic pio na esperan a de conseguirem emprego devido oferta de trabalho off shore conforme o gr fico 2 Gr fico 2 Propor o da popula o menor de 05 anos e maior de 60 anos na Regi o Norte Fluminense 2000 S o Fid lis Cardoso Moreira S o Jo o da Barra Campos dos Goytaca s Carapebus E gt 60 anos E lt 5anos S o Francisco de Itabapoana Quissam Concei o de Macabu Fonte Atlas de Sa de do Brasil Minist rio da Sa de 2004 Entre 1997 e 2007 a propor o de mulheres em idade reprodutiva com filhos nascidos vivos 15 a 49 anos de idade manteve se em 63 com especial aten o para a redu o do n mero de filhos por mulher em 1997 25 8 das mulheres tinham um filho s passando essa propor o para 30 7 em 2007 PNAD 2007 De acordo com o gr fico 3 nos munic pios da regi o Norte Fluminense a Taxa de Fecundidade encontra se com varia o entre 2 e 3 filhos acompanhando o padr o de fecundidade nacional Em termos demogr ficos conforme dados do IBGE 2008 a propor o de crian as e adolescentes na popula o brasileira vem reduzindo gradativamente devido aos fen menos da qued
172. e o modelo moderno mercadol gico que a nova extens o vem sendo cunhada em embate que tipicamente reflete o pr prio mundo contempor neo globalizado pela tecnologia e pela economia Santos 2005a p 73 alerta que o capitalismo global pretende funcionalizar a universidade a ponto de transform la numa ag ncia de extens o ao seu servi o Assim sendo mais uma vez a reforma da universidade exige que se confira uma nova centralidade s atividades de extens o concebidas de modo alternativo ao capitalismo global Com isso atribui se s universidades uma participa o ativa na constru o da coes o social bem como no aprofundamento da democracia na luta contra a exclus o social e na defesa da diversidade cultural O grande dilema situa se por m na supera o do clientelismo pol tico governamental a que muitas universidades est o sujeitas especialmente as p blicas e na conquista da autonomia necess ria para sua atua o conforme as reais necessidades da popula o Michel Thiollent retrata que a presta o de servi os por vezes necess ria especialmente em projetos de extens o na rea da sa de Contudo de forma alguma esta atua o deve ser utilizada como uma moeda pol tica fato comumente observado em pr ticas de assistencialismo Tem uma certa assist ncia prestada pela rea de sa de que n o assistencialismo porque o assistencialismo uma ideologia que se vincula para se entrar numa barganha pol t
173. e sa de p blica no Brasil e no mundo A transmiss o ocorre pela picada do mosquito Aedes aegypti uma esp cie hemat faga origin ria da frica que chegou ao continente americano na poca da coloniza o Ap s as epidemias de 1916 ocorrida em S o Paulo e 1923 em Niter i ambas sem comprova o laboratorial a primeira epidemia documentada cl nica e 59 laboratorialmente ocorreu entre os anos de 1981 e 1982 em Boa Vista RR causada pelos sorotipos 1 e 4 considerados os mais perigosos A partir de 1986 ocorreram epidemias atingindo o Rio de Janeiro e algumas capitais da regi o Nordeste mantendo se desde ent o com caracter sticas semelhantes a uma endemia A partir de 2002 a epidemia teve caracter sticas de casos com febre hemorr gica Dispon vel em http portal saude gov br portal saude A evolu o da dengue no Brasil desde 1986 vem demonstrando um crescimento ascendente do n mero de casos novos notificados com destaque para epidemia de 2002 que computou 791 245 casos A regi o sudeste que apresenta a maior concentra o de casos da doen a sendo considerada a regi o de dispers o da dengue no Brasil No Estado do Rio de Janeiro houve notifica o de 10 464 casos de dengue no ano de 2007 BRASIL 2008a sendo que deste montante 2 521 casos ocorreram no munic pio de Campos dos Goytacazes correspondendo a quase 25 dos casos totais notificados em todo estado Gr fico 8 Noti
174. ecanismo de capta o de recursos para investimentos que escaparam inteiramente ao controle dos trabalhadores possuindo como tra os marcantes a centraliza o a burocracia e a inefici ncia 12 acabaram exclu dos da cidadania todos aqueles cuja ocupa o a lei desconhecia como os trabalhadores rurais e os urbanos cujas ocupa es n o eram regulamentadas Vargas salientava que as quest es relacionadas com a sa de p blica reproduziam a situa o econ mico social do pa s admitindo que a solu o destas quest es nasceria do desenvolvimento brasileiro N o casual que neste per odo a Previd ncia tenha se tornado um instrumento de acumula o em m os do Estado gerando recursos que teriam outras destina es Segundo Marques da Silva 2003 recursos dos IAPs desde sua cria o eram aplicados pelo governo no financiamento da industrializa o do pa s uma vez que se via a solu o para os problemas sociais no desenvolvimento econ mico sem a nfase nas pol ticas sociais Tamb m apoiando se no Servi o Especial de Sa de P blica SESP que fora criado em 1942 Get lio propunha se a combater as falhas referentes nutri o ao saneamento assist ncia m dica e a educa o sanit ria do povo brasileiro investindo em grandes campanhas sanit rias tais como o combate doen a de Chagas mal ria e febre amarela por meio de atividades programadas com a finalidade de controlar certos malef cios VIEIRA 1983
175. ecer uma mudan a na pr xis acad mica Nas salas de aula e nos Laborat rios de Pesquisa a produ o deve ser mais socialmente identificada e disseminada do ponto de vista institucional tanto educacionais quanto culturais e cient fico tecnol gicas que integrem mais o fazer acad mico do ensino da pesquisa e da extens o igualmente inseridos na organiza o curricular da institui o Em que pesem as dificuldades salientadas poss vel enumerar v rios ganhos a partir dos projetos realizados no ano de 2007 dentre os quais est o expans o dos projetos para outras comunidades e escolas um maior n mero de pessoas envolvidas com os projetos e um maior quantitativo de pessoas beneficiadas com as a es de preven o e conscientiza o sanit ria e cidad A exemplo do que conta Maria Helena Maria Helena Agora estamos tamb m com um grupo em Tr s Vendas e formamos um grupo de ades o l para o uso de preservativos femininos Percebemos maior aceitabilidade do uso de preservativos agora e uma pesquisa realizada por uma aluna do curso de Biologia daqui mostrou que l no programa DST AIDS o maior n mero de visitas por pessoas da comunidade do matadouro em compara o s outras comunidades Isto com certeza devido ao trabalho de conscientiza o que fazemos l Atualmente em que o projeto saiu no Edital de Extens o ele est muito din mico estou com um grupo de nove multiplicadores bolsistas tr s de n vel supe
176. ecimento que n o se enquadravam nos seus limites nos regulamentos nas normas e nos princ pios daquilo que foi criado e concebido como uma supremacia epist mica A fase emancipat ria implicando na cria o de um novo senso comum pol tico pretende combater os excessos de regula o da modernidade atrav s da equa o entre subjetividade cidadania e emancipa o Uma nova cidadania tanto se constitui na obriga o pol tica vertical entre os cidad os e o Estado como na obriga o pol tica horizontal entre cidad os Com isto revaloriza se o princ pio da comunidade e com ele a id ia de igualdade de autonomia e de solidariedade SANTOS 2005b p 276 78 Em Um Discurso sobre as Ci ncias 1987 Boaventura de Sousa Santos tra a de forma lapidar um quadro daquilo que designa por crise do paradigma dominante e defende a emerg ncia de um novo paradigma assentado na revaloriza o de outras formas de saber as ci ncias sociais e humanas e as artes em particular De acordo com 83 Santos deixou de ter sentido a cria o de um conhecimento novo e aut nomo em confronto com o senso comum primeira ruptura se esse conhecimento n o se destinar a transformar o senso comum e a se transformar nele segunda ruptura O requerimento est pautado no reconhecimento da interdisciplinaridade como um dos caminhos mais promissores da investiga o bem como na cria o de um novo senso comum que garanta a emancipa o social De
177. ederal do Cear 1984 Mestrado em Bioqu mica Vegetal pela Universidade Federal do Cear 1988 Doutorado em Ci ncias Biol gicas Bioqu mica Pela Universidade de S o Paulo 1992 e P s Doutorado pela Case Western Reserve University 1995 Atualmente Professor Associado da UENF Tem Experi ncia na rea de Parasitologia Unidade e sub unidade de vincula o do projeto Centro de Bioci ncia e Biotecnologia Laborat rio de Biologia Celular e Tecidual Objetivos gt Esclarecer estudantes de ensino fundamental do 2 segmento 5 a 8 s rie sobre as caracter sticas do mosquito Aedes aegypti transmissor da Dengue e os perigos do conv vio com os mosquitos contaminados gt Capacitar profissionais para atuarem como agentes multiplicadores dessa conscientiza o gt Promover aos participantes diferencia o entre o Aedes aegypti e os demais mosquitos atrav s da observa o ao microsc pio esteriosc pico gt Observa o de todos os est gios de vida ovo os quatro est gios larvais pupa e mosquito adulto com o aux lio do microsc pio gt Conhecimento do modo de vida do inseto e como se utiliza disso para o combate eficaz dos s tios de procria o gt Aquisi o de conhecimento sobre os sintomas da doen a como agir em caso de infec o e principalmente como colaborar para a diminui o da popula o do vetor em nossa cidade gt Aplica o de question rios capacita o e cria
178. eiro FIOCRUZ Funda o Oswaldo Cruz FOC Faculdade de Odontologia de Campos FORPROEX F rum de Pr Reitores das Universidades P blicas Brasileiras FUNDENOR Funda o Norte Fluminense de Desenvolvimento Regional HGG Hospital Geral de Guarus IAPs Institutos de Aposentadorias e Pens es IAPAS Instituto de Administra o Financeira da Previd ncia Social xiii IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IMS Instituto de Medicina Social INAMPS Instituto Nacional de Assist ncia M dica da Previd ncia Social INEP Instituto Nacional de Educa o P blica INPS Instituto Nacional de Previd ncia Social IOC Instituto Oswaldo Cruz LOPS Lei Org nica da Previd ncia Social MEC Minist rio da Educa o e Cultura MESP Minist rio da Educa o e da Sa de P blica MS Minist rio da Sa de MTIC Minist rio do Trabalho Ind stria e Com rcio Naps N cleo de Apoio Psicossocial Noas Normas Operacionais de Assist ncia Sa de PAB Piso de Aten o B sica PDT Partido Democr tico Trabalhista PIASS Programa de Interioriza o das A es de Servi os de Sa de e Saneamento MCG Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes MDB Partido do Movimento Democr tico Brasileiro NEPS Pol tica Nacional de Educa o Permanente em Sa de P P PND Plano Nacional de Desenvolvimento P P NHV Programa Nacional de Hepatite Viral PPA Plano de Pronta
179. el superior do Programa DST AIDS tais como psic logos assistentes sociais e m dicos capacitados como multiplicadores e Agentes administrativos Resultados esperados Y Y VVW Redu o da ocorr ncia de DST s AIDS Conscientizar o p blico alcan ado quanto aos seus direitos de cidadania Aumento do n mero de multiplicadores nas escolas e comunidades envolvidas Amplia o do projeto para outras comunidades escolas e 9 Projeto n o cadastrado no Edital FAPERJ no ano de 2007 218
180. em Sa de a forma o e o trabalho do Agente Comunit rio de Sa de Vol 3 p 29 60 2007 BARBOSA Pedro Paulo Biazzo de Castro A Constitui o de uma periferia em face da moderniza o a produ o de a car e lcool no Brasil e as transforma es na regi o 177 Norte Fluminense In MARAFON Gl ucio Jos amp RIBEIRO Miguel ngelo Org Revisitando o territ rio fluminense Rio de Janeiro NEGEF 2003 BELIDO Vivaldo Pol tica Pol ticos e Elei es Rio de Janeiro Alvorada 1998 BOEIRA S rgio Lu s amp BORBA Julian Os fundamentos te ricos do capital social Ambiente e Sociedade vol 9 n 1 p 187 93 2006 Dispon vel em http social sciences scielo org Acesso em 14 04 2009 BOTOM Silvio Paulo Extens o Universit ria Equ vocos Exig ncias Prioridades e Perspectivas para a Universidade In FARIA D ris Santos de Org Constru o Conceitual da Extens o Universit ria na Am rica Latina Bras lia DF Universidade de Bras lia p 159 175 2001 BRAVO Maria I Servi o Social e Reforma Sanit ria lutas sociais e pr ticas profissionais S o Paulo Cortez 1996 CASTELO BRANCO Alba L cia amp GUIMAR ES Regina G M Extens o universit ria momento de aplica o do conhecimento e de interc mbio de saberes na rela o universidade sociedade In THIOLLENT Michel et al Orgs Extens o Universit ria conceitos m todos e pr ticas Rio de Janeiro Universidade
181. empenho Institucional o que a Antropologia de Roberto DaMatta tem a dizer sobre o capital social brasileiro Agenda Social Revista do PPGPS UENF Campos dos Goytacazes vol 2 n 3 out dez p 96 116 2008 ALMEIDA Miguel Os rio de A Vulgariza o do Saber In MASSARANI Luisa MOREIRA Ildeu de Castro BRITO F tima Orgs Ci ncia e P blico caminhos da divulga o cient fica no Brasil Rio de Janeiro Casa da Ci ncia Centro Cultural de Ci ncia e Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro p 65 72 2002 ALMEIDA N L T de Refletindo sobre o potencial instituinte de uma experi ncia de extens o universit ria no campo do lazer e da cultura Cadernos Especiais n 40 edi o 20 de novembro a 18 de dezembro de 2006 Dispon vel em http www assistentesocial com br Acesso em 27 09 07 AZEVEDO Hamilton Jorge de Uma an lise da cadeia produtiva da cana de a car na Regi o Norte Fluminense In PESSANHA Roberto Moraes amp SILVA NETO Romeu Orgs Economia e Desenvolvimento no Norte Fluminense da cana de a car aos royalties do petr leo Campos dos Goytacazes RJ WTC Editora p 117 172 2004 BAPTISTA Tatiana Wargas de Faria Hist ria das Pol ticas de Sa de no Brasil a trajet ria das pol ticas de sa de In MATTA Gustavo Corr a amp PONTES Ana L cia de M Orgs Pol ticas de Sa de operacionaliza o do Sistema nico de Sa de Cole o Educa o Profissional e Doc ncia
182. endem mais para pesquisa outros para extens o e o ensino fica ali no meio Ent o eu acho que ainda falta para a universidade perceber quais s o os instrumentos de articula o vi veis para fazerem a engrenagem entre ensino pesquisa e extens o mas ainda tem que trabalhar muito isto Uma proposta curricular que englobe a extens o universit ria de fundamental import ncia para evitar que a extens o assuma apenas um car ter de vincula es sociais compensat rias Demo 2001 enfatiza em seu texto O lugar da Extens o que primeiramente a extens o n o deveria ser assim chamada porque n o algo acess rio da institui o universit ria No entanto o desafio da cidadania geralmente despachado para a Extens o permanece algo extr nseco volunt rio e intermitente quando deveria ser a alma do curr culo das IES Na vis o de Demo a fun o social da universidade est estritamente ligada Pol tica Social do Conhecimento que busca garantir para a sociedade sobretudo para aquela mais exclu da o acesso capacidade de manejar o conhecimento tomando o como a vantagem comparativa decisiva o que difere de uma pr tica meramente assistencial Ao assumirmos que a pol tica social se destina a confrontar se com a desigualdade social a principal estrat gia de interven o a cidadania que conferiria o fim do assistencialismo flagrante em grande parte dos projetos de extens o A universidade o lugar proeminent
183. entante da Casa de Cultura Villa Maria Prof Ronaldo Novelli Representante do Espa o da Ci ncia Rulfe Tavarez Ferreira Representante dos alunos de p s gradua o F bio Afonso Mazzei Moura de Assis Figueiredo Suplente do representante dos alunos de p s gradua o Fonte Novo Manual de Extens o PROEX UENF 2008 Com a institucionaliza o da Pr Reitoria de Extens o e Assuntos Comunit rios outros projetos foram criados tais como os Projetos Um dia no Campus Anivers rio da UENF Capacita o para professores da rede p blica na rea de Hist ria e Pedagogia Verificou se tamb m a oficializa o dos jogos internos da UENF organizados pelos alunos desde 1996 e a institucionaliza o do Pr Vest idealizado para atender popula o de baixa renda desde 1995 Podemos citar ainda como uma a o daquela primeira gest o a padroniza o e emiss o dos certificados conferidos por todos os cursos de Extens o realizados na universidade bem como a coordena o da participa o da UENF na Exposi o Agropecu ria na Bienal do Livro de Campos e na Semana do Saber Fazer Saber realizados uma vez ao ano em nosso munic pio Ibid p 112 6 7 O Projeto Um Dia no Campus objetivava a recep o da comunidade no campus universit rio para realiza o de atividades culturais recreativas e acad micas o Projeto Anivers rio da UENF voltava se para programa es acad micas e culturais e o Proje
184. ento capacita o comunica o sempre elaborados para alcan ar objetivos em comum THIOLLENT 2003 p 57 116 Nas entrevistas concedidas para esta pesquisa p de se notar que tanto Professor Thiollent quanto Professora L lian Bahia entendem a metodologia da pesquisa a o como um dos m todos ligados execu o dos projetos de extens o Prof Michel Thiollent a pesquisa a o uma proposta metodol gica de pesquisa de atua o na sociedade em diversas reas culturais organizacionais educacionais e em particular nas quest es do desenvolvimento social e realidades regionais e locais Na pr tica extensionista a Pesquisa a o muito bem adaptada e encontra uma certa receptibilidade pois atende s exig ncias de intera o com os grupos sociais A Pesquisa a o uma das metodologias participativas e na atualidade torna se relevante a redefini o do seu escopo de atua o que corresponde manuten o de um compromisso com a produ o de conhecimento e n o apenas com o planejamento discuss o e avalia o de projetos Importa que haja uma contribui o para o conhecimento Profa L lian Bahia A metodologia mais adequada para se trabalhar todo processo que envolve a extens o universit ria a pesquisa a o n o vejo outra porque ela tem exatamente instrumentos que oferece voz ao sujeito de sua pesquisa e ele passa ser part cipe dos processos que v o gerar os objetivo
185. es como Euclides da Cunha que mais tarde atrav s da sua obra Os Sert es expressou as mazelas vividas pelo povo brasileiro nesta regi o BAPTISTA 2007 70 pol cia promoveram naquele contexto um avan o consider vel no controle e combate de algumas doen as Em 1907 a febre amarela e outras doen as j tinham sido erradicadas na cidade do Rio de Janeiro e em Bel m BAPTISTA 2007 Uma atua o do governo federal na rea da sa de de forma mais abrangente somente foi poss vel de ser verificada em 1923 com a cria o do Departamento Nacional de Sa de P blica cujas atribui es compreendiam o saneamento urbano e rural a propaganda sanit ria as higienes infantis industrial e profissional as atividades de supervis o e de fiscaliza o a sa de dos portos e as endemias rurais O Departamento Nacional de Sa de passou a cuidar portanto dos aspectos sanit rios no campo coletivo com a es de sa de p blica em n vel de campanhas sanit rias como por exemplo imuniza es controle de epidemias e saneamento ESCOREL 2000 Em continuidade s medidas de assist ncia sa de a Lei El i Chaves de 1923 cria a Previd ncia Social no Brasil que institui as diversas Caixas de Aposentadorias e Pens es CAPs Segundo Mendes 1999 no ano de 1930 j existiam 47 CAPs que davam cobertura a 142 464 benefici rios todavia estas foram fundadas por empresas estrat gicas para a economia nacional e funcionavam como uma esp
186. es destinadas promo o da sa de merecem especial destaque ao passo que representam medidas de aten o prim ria sa de e se encontram em posi o inferior na regi o principalmente se levarmos em conta que as medidas de promo o da sa de foram enfim garantidas por lei na Constitui o de 1988 com cria o do Sistema nico de Sa de e o Programa Sa de da Fam lia foi implantado no Brasil no ano de 1994 Com rela o morbidade a fonte de dados mais importante a notifica o de doen as e agravos de notifica o compuls ria De acordo com o Minist rio da Sa de 2005a s o doen as necess rias de notifica o compuls ria DNC quelas cuja gravidade magnitude transcend ncia capacidade de dissemina o do agente causador e potencial de causar surtos e epidemias exigem medidas eficazes para a sua preven o e controle Algumas t m per odo de incuba o curto e a ado o de medidas imediatas de controle ap s a detec o de um nico caso fundamental para impedir a dissemina o do agente e o aparecimento de casos secund rios no grupo populacional onde foi detectado o caso ndice Dispon vel em www saude gov br svs Por isso a lista de doen as de notifica o compuls ria estabelece quais DNC s o de notifica o imediata e ainda dentre estas quais devem ser notificadas simples suspei o O n o cumprimento desta exig ncia pode comprometer a efic cia das s Ze O med
187. es em face da participa o na promo o de pol ticas sociais 81 2 3 Universidade e o novo senso comum conhecimento e solidariedade As novas gera es de tecnologias n o podem ser pensadas em separado das novas gera es de pr ticas e imagin rios sociais por isso a universidade deve congregar os cidad os e os universit rios em aut nticas comunidades interpretativas que superem as usuais intera es em que os cidad os s o sempre for ados a renunciar a interpreta o da realidade social que lhe diz respeito SANTOS 2005b p 224 5 Boaventura de Sousa Santos soci logo contempor neo portugu s e professor catedr tico da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra n o casualmente tornou se refer ncia nos debates mais recentes acerca da extens o universit ria no Brasil do ponto de vista daqueles que se prop e a repensar a raz o de ser da universidade na sociedade contempor nea Portanto torna se deste estudo tamb m nosso mais importante interlocutor Em sua agenda encontramos duas formas de conhecimento que procede de seu diagn stico das duas rupturas epistemol gicas que separam a modernidade da p s modernidade cr tica A primeira considerada por ele fraca leva nos do senso comum ci ncia moderna que entende o saber como um mecanismo de regula o e controle de uma ordem que se baseia na id ia de coloniza o corroborando a manuten o do status quo A segunda ruptura ainda por rea
188. escentes e mulheres adultas gr vidas em comunidades de baixa renda Logo esses indicadores apontam a necessidade de melhoria da qualidade de cobertura da aten o s gestantes aos partos e s crian as com menos de 1 ano de idade Quadro 1 N bitos total por Faixa Et ria Infantil Segundo Munic pio Resid ncia Campos dos Goytacazes Per odo 2006 28 dias a 11 meses e 29 Municipio rale gt TES a ai dias Per odo Inf ncia Total Resid horas dias dias k Tardia anpa DD E 54 147 Goytacazes Fonte Sistema de Informa es sobre Mortalidade SIM Minist rio da Sa de Os coeficientes de mortalidade por grandes grupos de causas podem revelar o estado geral de sa de de uma coletividade Neste sentido com o objetivo de identificar as principais causas de bito da popula o campista buscamos o indicador de mortalidade proporcional por grupos de causas no ano de 2005 especificado no Gr fico 4 23 O per odo perinatal come a em 22 semanas completas 154 dias de gesta o poca em que o peso de nascimento normalmente de 500 g e termina com 7 dias completos ap s o nascimento Dispon vel no site www saude rj gov br informacoes sa de 50 Gr fico 4 Mortalidade proporcional segundo Grandes Grupos de Causas CID 10 no munic pio de Campos dos Goytacazes no ano de 2005 6 3 EIX Doen as do aparelho circulat rio E Demais causas definidas OXX Causas externas de morbidade e mortalidad
189. escrita entre ensino pesquisa e extens o est sendo respeitada H projetos direcionados s endemias locais Estes ressaltam a consci ncia sanit ria e cidad ou exercem papel meramente assistencial recaindo para o assistencialismo H parcerias De que tipo Quais os principais obst culos para a execu o destes projetos Pode se dizer que os projetos contribuem no debate e formula o de pol ticas p blicas de sa de ou s o apenas a es em sa de p blica fragmentadas Para a pesquisa meu pressuposto em acordo com Boaventura de Sousa Santos o de que a redefini o do sentido da universidade na contemporaneidade exige a revis o radical da ci ncia que praticamos Do futuro comportamento das ci ncias fala o soci logo portugu s em seu livro Um Discurso sobre as Ci ncias a partir da perda de 21 confian a epistemol gica ocasionada pela crise paradigm tica emergente Trata se a nova abordagem de uma ci ncia ancorada numa diversidade epistemol gica que corresponde ao horizonte para o qual converge o paradigma de transi o proposto por Santos que encerra a necessidade urgente de revaloriza o das humanidades e do senso comum como cruciais para o conhecimento que se destina s mudan as na realidade social A natureza da Revolu o Cient fica vivenciada nos dias de hoje estruturalmente diferente da que ocorreu anteriormente caracterizada por uma ruptura epistemol gica entre f e raz o em
190. esentam Este ltimo protagonista a Universidade deve ser conquistada pelos atores interessados mediante um conjunto de iniciativas que aprofundem a responsabilidade social da institui o na linha do conhecimento pluriversit rio solid rio SANTOS 2005a p 57 60 A universidade come a a sair de seu isolamento legitimado na modernidade e posto em xeque na p s modernidade com a promo o de alternativas de pesquisa de forma o de extens o e de organiza o que apontem para a democratiza o do bem 86 p blico universit rio ou seja para a contribui o espec fica da universidade na defini o e solu o coletivas dos problemas sociais nacionais e globais A reforma universit ria com vista a uma globaliza o solid ria como bem p blico tem de partir das redes que tanto podem ser entre universidades ou entre pessoas grupos movimentos e outras institui es A organiza o das universidades no interior de redes deve ser orientada para viabilizar e incentivar a concretiza o das quatro reas de legitima o acesso extens o pesquisa a o e ecologia de saberes A passagem de um conhecimento disciplinar para um conhecimento transdisciplinar de circuitos fechados de produ o para circuitos abertos de homogeneidade dos lugares e atores para a heterogeneidade da descontextualiza o social para a contextualiza o da aplica o t cnica disjun o entre aplica o comercial e aplica o edifica
191. esenvolvo nesta perspectiva uma pesquisa de car ter quanti qualitativo dividida em etapas Primeiramente realizo uma pesquisa explorat ria na Pr Reitoria de 24 Extens o e Assuntos Comunit rios da UENF mediante um levantamento documental que conta a hist ria da extens o universit ria na UENF desde sua implanta o Tamb m trato da an lise do Plano Orientador da UENF assinado por Darcy Ribeiro Em seguida dedico me a uma pesquisa bibliogr fica documental com a finalidade de coleta de dados em fontes prim rias de informa o documentos legisla o plano orientador projetos cat logos manuais e secund rias livros artigos cient ficos monografias teses dentre outros quer sobre a sa de p blica em Campos na regi o norte fluminense e no Brasil na nfase s demandas e desafios hoje como tamb m procuro inteirar me das quest es postas universidade e ao conhecimento Tendo feito tais leituras retorno pesquisa de campo que se divide em tr s fases Primeiramente na PROEX UENF realizo o mapeamento dos projetos de extens o cadastrados sob a rubrica sa de elegendo como ano base 2007 Fa o a cataloga o dos projetos em fichas contendo informa es de acordo com a padroniza o da Pr Reitoria Numa segunda etapa realizo entrevistas semi estruturadas gravadas com atores identificados durante a fase explorat ria a saber o atual Pr Reitor da Extens o da UENF bem como sua antecessora que em aco
192. etornando estas informa es de uma forma decodificada e n o apenas cientificamente adquirida quer dizer o objetivo trabalhar desta forma dial gica levando a informa o decodificada para que ao final a gente possa realizar um material did tico que esteja de acordo com a linguagem desta popula o dentro da particularidade da popula o estudada 154 Nesse sentido a extens o universit ria na rea da sa de em acordo com as novas diretrizes da extens o universit ria deve ser compreendida como uma pr tica que oportuniza uma rela o dial gica com a sociedade e a consegiiente forma o de cidad os conscientes cuja atua o influencia diretamente no campo das subjetividades onde se encontra a constru o de uma consci ncia sanit ria num processo considerado avesso s pr ticas de assistencialismo Professor Olney Motta pontua por m que toda ret rica que abrange o tema do assistencialismo at mesmo a utiliza o da extens o para fins assistencialistas ainda se encontra estigmatizada no comportamento das comunidades que esperam e cobram das institui es e tamb m da universidade a pr tica assistencialista Nesse sentido a proposta contida no novo extensionismo atua de forma pr ativa para a constru o da consci ncia sanit ria das pessoas ao passo que objetiva a conscientiza o de h bitos saud veis para a prote o e promo o da sa de dos cidad os Professor Olney Motta A gen
193. everes de cidadania Ibid p 85 A implanta o da Pr Reitoria coincidia com a consolida o do Plano Nacional de Extens o lan ado pelo MEC em dezembro de 1999 A partir da a universidade procurou registrar todas suas a es extensionistas por meio de cat logos organizados em acordo com os preceitos oriundos do Plano Nacional e ainda incluir os dados da extens o da UENF na Rede Nacional de Extens o RENEX A C mara de Extens o ent o constitu da passou a gerenciar juntamente com o Servi o Social da Universidade o Programa de Bolsas de Apoio Acad mico criado para prestar aux lio aos alunos carentes da universidade e o Programa de Bolsas de Extens o institu do para estimular o desenvolvimento de projetos de extens o na UENF Definou se tamb m um organograma para situar as rela es administrativas e acad micas entre a Pr Reitoria e as unidades e programas a ela vinculados bem como com a Casa de Cultura Villa Maria Espa o da Ci ncia Servi o Social Setor de educa o F sica Programa de Educa o Continuada e o Programa de Preven o em DST AIDS LIMA amp ALVES 2003 p 111 2 A Rede Nacional de Extens o RENEX constitui se como uma iniciativa do F rum de Pr Reitores de Extens o das Universidades P blicas Brasileiras e atualmente sua institui o hospedeira a Universidade Federal de Santa Catarina O site mant m cadastro atualizado das IES integrantes divulga a es exte
194. extens o ver a universidade realizando piloto de pol ticas p blicas e depois estes se considerados funcionais serem implementados como uma pol tica p blica Durante sua gest o como Pr reitora de Extens o Professora L lian Bahia ressalta que havia incubados diversos projetos pilotos de pol ticas p blicas na rea da sa de e que a implementa o de pol ticas p blicas a partir de algum projeto de extens o ficou inviabilizada devido a v rias dificuldades de intera o entendimento e interesse do poder p blico municipal Diante do exposto conclui se que n o s o poucos os obst culos a serem enfrentados pela extens o universit ria Na pauta dos obst culos encontrados para o desenvolvimento de atividades extensionistas est o os relacionados com a gest o e planejamento das a es e ainda a insufici ncia de informa es b sicas dispon veis sobre o tema capaz de manter por exemplo os planejadores e executores das a es mais entrosados com as metodologias de participa o popular Destaca se tamb m a precariedade de financiamento para as a es de extens o o pouco tempo 111 disponibilizado para planejamento e execu o destas atividades tanto na gradua o quanto na p s gradua o e o processo de comunica o da universidade com as comunidades CASTELO BRANCO amp GUIMAR ES 2003 p 34 Sobre este assunto Professor Silv rio Paiva coloca que especificamente no caso da UENF
195. fica o Compuls ria da Dengue no munic pio de Campos dos Goytacazes RJ de 2005 a 2007 Fonte Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Sa de de Campos dos Goytacazes Fonte MS SVS SINAN 2007 60 Fica evidente que no caso espec fico da dengue o munic pio de Campos dos Goytacazes apresentou um surto epid mico no ano de 2007 gr fico 8 facilmente justific vel por falhas nos procedimentos de controle da doen a Muitos bairros especialmente os de Guarus obtiveram ndice de infesta o superior a 19 Para efetividade no controle da dengue h necessidade de continuidade das a es de combate ao mosquito e conscientiza o da popula o para uma atua o conjunta aos rg os p blicos respons veis ou seja muita vigil ncia e preven o e Hansen ase A hansen ase uma doen a infecto contagiosa causada pelo Mycobacterium leprae tamb m conhecido como bacilo de Hansen de grande import ncia para a sa de p blica devido sua magnitude e seu alto poder incapacitante A prolifera o do bacilo acontece mais facilmente em reas de baixa condi o s cio econ mica onde h um maior aglomerado de pessoas em pequenos espa os Apesar dos avan os do SUS a hansen ase continua sendo uma doen a de importante endemicidade Dados do Minist rio da Sa de 2005 revelam que no Estado do Rio de Janeiro a endemicidade da doen a apresentou um grau moderado de 1 a 5 casos por 10 mil habitantes e o
196. foram criadas para algumas organiza es trabalhistas mais atuantes pol tica e financeiramente como os ferrovi rios e os mar timos ligados produ o exportadora 71 implementa o como o Minist rio da Educa o e da Sa de P blica MESP e o Minist rio do Trabalho Ind stria e Com rcio MTIC Pode se dizer que a configura o destes dois minist rios desenvolveu de um lado o arcabou o jur dico e material de assist ncia m dica individual previdenci ria a ser garantida pelo MTIC e de outro lado a defini o de a es de sa de p blica de car ter preventivo atribu das ao MESP IBID Muito al m de uma simples divis o e especifica o de fun es em raz o da rea de atua o de cada rg o em um contexto de reestrutura o e consolida o de pol ticas sociais a separa o correspondeu a um formato diferenciado de reconhecimento de direitos sociais LIMA FONSECA amp HOCHMAN 2005 p 41 A unifica o das CAPs em Institutos de Aposentadorias e Pens es os IAPs durante o momento autorit rio 1930 a 1945 representou o primeiro esbo o do sistema de prote o social brasileiro Os IAPs que sofreram progressiva incorpora o ao aparelho estatal em um processo de crescente centraliza o e burocratiza o com um expressivo car ter de seguro social e n o de seguridade social so passam a incluir em um mesmo instituto toda uma categoria profissional n o mais apenas a empresa e a co
197. gens das entrevistas semi estruturadas abarcam a possibilidade de acesso informa o al m do que se listou o aprofundamento da investiga o e a defini o de novas estrat gias e outros instrumentos O presente trabalho lan ou m o portanto da aplica o de entrevistas semi estruturadas que me permitiam aprender sobre o tema na medida em que inspirada num roteiro pr vio de quest es conversava com os entrevistados na cria o de uma situa o de di logo que tornava mais f cil a elabora o dos pontos de vista sobre uma atividade ainda nova e desafiante Profissional Quadro 10 Rela o dos profissionais entrevistados Fun o na UENF Local da Data e Tempo de Entrevistado na rea de entrevista dura o da extens o entrevista Universit ria Dra Maria Coordenador de Hospital 08 07 2008 Ang lica Vieira da Projeto de veterin rio da 1h e 5 min Costa Pereira Extens o UENF Dr Jo o Carlos de Coordenador de Sala 208 A do 16 07 2008 A Projeto de CBB UENF 1h e 20 min Aquino Almeida z Extens o Dr Olney Vieira Coordenador de Hospital 25 07 2008 da Motta Projeto de veterin rio da 1h e 12 min Extens o UENF Maria Helena Coordenador de Setor de Servi o 29 11 2008 Ribeiro de Barros Projeto de Social no 55 min Barbosa Extens o CCH UENF Dr Michel Consultor do Pr Reitoria de 17 09 2008 Thiollent PROEx UENF Extens o e 1h e 23 min Assuntos Comunit r
198. gistrar que as Institui es de Ensino Superior principalmente as p blicas t m convivido com um conjunto de normas externas s mesmas que regulamentam a avalia o do trabalho docente da p s gradua o da gradua o e da pesquisa levando as muitas vezes ao atendimento de demandas que n o necessariamente se pautam por uma qualidade do ensino superior socialmente referenciada MARCH et al 2006 p 199 Muitas vezes se criam perfis de professores de alunos e de comunidade que nada t m a ver com o que existe de fato ou o que mais s rio com o que as pessoas envolvidas querem que exista pondo em xeque sob o pretexto da produtividade a autonomia da institui o Isto expressa a for a das concep es neoliberais que valorizam unilateralmente a avalia o quantitativa da Comunit rios da UENF Tem experi ncia com manejo de culturas de plantas daninhas e plantas medicinais Dentro deste novo contrato uma parte constitu da pela sociedade que deve avalizar e legitimar o novo papel da universidade a outra parte cabe ao Poder P blico com a responsabilidade de formular pol ticas p blicas e fornecer as condi es para que a pr pria universidade terceira parte deste contrato assuma integralmente sua miss o de promover a inclus o social ANTUNES DOS SANTOS 2003 p 10 92 produtividade dos pesquisadores que passa a funcionar como um instrumento de press o no sentido de mercantilizar o conhecimento cien
199. ia com o Poder P blico tamb m um obst culo eu j fui l no HGG mas nada Eles acham que eles j fazem muito ali e que a gente quer levar mais problemas e causar mais preju zos a eles e precisa ter mais parcerias com o governo com as secretarias As express es n o h uma parceria forte e deveria ter e precisa ter mais parcerias com o governo com as secretarias verbalizadas respectivamente por Professor Jo o e Professora Maria Ang lica refor am a tese da necessidade de institucionaliza o da parceria com o Poder P blico para que se consiga a implementa o de pol ticas p blicas por meio da execu o de projetos de extens o ii Intera o ensino pesquisa extens o A partir do Plano Nacional de Extens o Universit ria Edi o Atualizada 2000 2001 a indissociabilidade entre ensino pesquisa extens o passa a ser definida como uma das diretrizes para a realiza o da extens o universit ria reafirmando a como um processo acad mico que aponta para uma nova tica do fazer cient fico embora fazeres e saberes acad micos com caracter sticas pr prias as atividades da universidade passam a ser reconhecidas com dimens es equivalentes e constitutivas da pr tica acad mica como promotoras e produtoras do conhecimento Os entrevistados declaram que n o medem esfor os para que seus projetos sejam executados dentro da proposta do novo extensionismo e s o un nimes em reconhecer a im
200. ia da Meningite no munic pio de Campos dos Goytacazes RJ de 2005 a 2007 LISTA DE QUADROS Quadro 1 N bitos total por Faixa Et ria Infantil Segundo Munic pio Resid ncia Campos dos Goytacazes Per odo 2006 Quadro 2 Composi o da C mara de Extens o e Assuntos Comunit rios no ano de 2008 Quadro 3 Dados estat sticos da extens o universit ria na UENF por tipo de a o 2001 2002 Quadro 4 Cursos por rea tem tica oferecidos pela PROEX UENF nos anos de 2001 2002 Quadro 5 Distribui o dos Certificados emitidos pelo PROEX UENF no per odo entre 2003 e 2006 Quadro 6 Distribui o das a es extensionistas realizadas pela PROEX UENF no ano de 2007 Quadro 7 Projetos de Extens o cadastrados na PROEX UENF nos ltimos cinco anos Quadro 8 Distribui o de resumos expandidos por unidades respons veis no VI Workshop de Extens o ocorrido no ano de 2008 xi 56 58 59 61 62 64 66 49 100 101 102 103 106 106 108 Quadro 9 Distribui o das a es extensionistas na rea tem tica Sa de no per odo entre 2004 e 2007 Quadro 10 Rela o dos profissionais entrevistados LISTA DE TABELAS Tabela 1 Principais Problemas de Sa de da Regi o Norte Fluminense Tabela 2 Taxa de Preval ncia de S filis em parturientes por Grande Regi o Brasil 2004 Tabela 3 Leptospirose no Brasil Casos confirmados por local de transmi
201. iado do processo de constru o da cidadania O Plano Nacional de Extens o Universit ria documento elaborado a partir do F rum 169 aponta para uma nova tica do fazer acad mico em que Ensino Pesquisa e Extens o passam a ser reconhecidos com dimens es equivalentes e constitutivas da pr tica acad mica como promotoras e produtoras de conhecimento Nesse particular a extens o universit ria entendida como um instrumento pol tico social com potencialidades para promover o confronto entre o conhecimento cient fico e a realidade objetiva por meio da intera o entre diferentes formas de saber que congregam uma ecologia de saberes express o cara a Boaventura de Sousa Santos 2005a O soci logo portugu s inclui nesta percep o sua cr tica modernidade que busca na racionalidade instrumental a efetiva o do discurso positivista que pretende renormalizar as institui es acad micas a favor da economia e da lei de mercado As universidades t m se abstido de aprofundar se na transi o paradigm tica contempor nea refugiando se em agendas mais convencionais e deixando de lado a reconvers o das humanidades objetivada produ o de conhecimento cr tico intersubjetivo com vistas transforma o social A metodologia participativa na modalidade da pesquisa a o pode ser entendida como o ideal para o processo de planejamento e execu o de projetos de extens o Neste debate destaca se a contribui o de Mi
202. ica num certo populismo J a assist ncia por vezes necess ria n o tem jeito mas n o deve usar isto como moeda pol tica Eu j vi em cidades interioranas a extens o sendo usada como moeda pol tica A universidade pode prestar certo tipo de assist ncia sem que isto seja aproveitado de outra forma Eu acho que os projetos de extens o vinculados rea tem tica da sa de teriam que trabalhar para fazer destas atividades uma fonte de informa o sobre a pr pria realidade das epidemias das doen as trazer informa es que constituam contribui o cient fica Parece uma atividade simpl ria mas muitas vezes ocorrem grandes descobertas durante a execu o destes projetos A aus ncia de uma dire o bem definida e de um sistema conceitual coerente para o que constitui o sistema universit rio contribui para deixar pouco claro qual deve 96 ser o papel da extens o universit ria em uma pol tica de desenvolvimento de Ci ncia Tecnologia e Ensino Superior para o pa s Isso facilita a atribui o de pouca import ncia para a extens o e a possibilidade de que ela seja utilizada para tarefas para o qual n o foi designada com um sistema de justificativas apropriadas s press es e conveni ncias do sistema existente Parece urgente definir universidade e extens o pelos seus fins e n o mais por suas atividades BOTOM 2001 p 164 O consenso maior quanto concep o da extens o universit ria est em
203. ico 10 demonstra que entre os anos de 2005 e 2007 vem ocorrendo decr scimo no n mero de casos notificados de hepatite viral apontando 350 casos em 2005 185 em 2006 e 140 em 2007 e Leptospirose A leptospirose uma doen a infecciosa febril aguda potencialmente grave causada por uma bact ria a Leptospira interrogans uma zoonose que ocorre no mundo inteiro exceto nas regi es polares Em seres humanos acomete pessoas de todas as idades e em ambos os sexos Na maioria 90 dos casos de leptospirose a evolu o benigna primariamente uma zoonose que acomete roedores e outros mam feros silvestres e um problema veterin rio relevante atingindo animais dom sticos c es gatos e outros de import ncia econ mica bois cavalos porcos cabras ovelhas Esses animais mesmo quando vacinados podem tornar se portadores assintom ticos e eliminar a L interrogans junto com a urina O rato de esgoto Rattus novergicus o principal respons vel pela infec o humana em raz o de existir em grande n mero e da proximidade com seres humanos A L interrogans multiplica se nos rins desses animais sem causar danos quando eliminada pela urina de animais sobrevive no solo mido ou na gua que tenham pH neutro ou alcalino As enchentes e guas contaminadas s o as principais transmissoras de leptospirose nas regi es pobres No Brasil entre 1996 e 2005 foram notificados 33 174 casos de leptospirose Apenas os casos mais gr
204. idas de preven o e controle dispon veis E 1 5 A pesquisa de campo explorat ria doen as e notifica es obrigat rias no munic pio Em fevereiro de 2009 durante a busca de dados acerca da Sa de P blica local visitei o Departamento de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Sa de de Campos dos Goytacazes Neste nterim solicitei informa es sobre a frequ ncia de algumas doen as de notifica o compuls ria Ap s o cumprimento de procedimentos 2 Cumpre enfatizar que a notifica o de uma situa o anormal sempre deve ser feita mesmo n o sendo de doen a ou agravo de notifica o compuls ria pois muitas vezes permite identificar novos agravos doen as emergentes ou reemergentes e divulgar orienta es importantes aos profissionais de sa de e a popula o A listagem das DNC com a discrimina o das referidas doen as destacando seus aspectos epidemiol gicos encontra se dispon vel no Guia de Vigil ncia Epidemiol gica do Minist rio da Sa de BRASIL 2005a 53 burocr ticos pude receber a ocorr ncia de determinadas doen as n o todas que solicitei com notifica o no per odo entre 2005 e 2007 e S ndrome da Imunodefici ncia Adquirida AIDS O Brasil tem aproximadamente 600 mil portadores do v rus da AIDS o HIV Segundo previs o do Banco Mundial o Brasil teria 1 2 milh o de infectados pelo HIV no ano 2000 Em m dia a pessoa infectada pelo HIV demora entre 8 e 10 anos para c
205. imento ocorre assim estreitamente ligada satisfa o das necessidades dos grupos sociais O termo pesquisa a o originou se na psicologia social tendo sido cunhado por Kurt Lewin na d cada de quarenta nos Estados Unidos Seu idealizador trouxe uma cr tica metodologia da pesquisa tradicional das ci ncias sociais especialmente no que se refere inexist ncia da neutralidade e recusa de aceita o do postulado de distanciamento entre sujeito e objeto de pesquisa A cr tica remete necessidade n o s da inser o do pesquisador no meio como de uma participa o efetiva da popula o pesquisada no processo de gera o de conhecimento concebido como um processo de educa o coletiva que encerra o princ pio tico de que a ci ncia n o para ser apropriada por grupos dominantes mas deve ser socializada n o somente em termos do seu pr prio processo de produ o como de seus usos o que requisita uma a o por parte daqueles envolvidos na investiga o pesquisador e pesquisado no intuito de minimizar as desigualdades sociais HAGUETTE 2007 p 109 Ap s mais de 50 anos da concep o de Lewis a id ia de pesquisa a o permanece como uma esp cie de guarda chuva para abrigar v rias atividades que pretendem promover mudan as seja nas organiza es ou nos demais segmentos da sociedade A partir da defini o de Lewin v rias concep es subsequentes denotam que outros autores mudaram a defini o original para
206. inclusive no que se refere segundo sua fala na entrevista concedida para este trabalho sua voca o e intencionalidade para tornar pr tica extensionista mais interessante mais forte e mais reconhecida dentro da universidade N o se pode dizer que a pesquisa a o seja uma modalidade espec fica das ci ncias sociais Reconhece se sua raiz ideol gica na op o pela organiza o dos grupos subalternos em suas lutas cotidianas Desta forma n o tem sido em geral uma prioridade para a universidade na medida em que esta n o necessariamente a op o pol tica dos cientistas pelo menos n o da maioria Este mais um motivo de se identificar no interesse de uma Universidade atrav s de sua Pr Reitoria de Extens o e Assuntos Comunit rios em formar aqueles pesquisadores que j demonstram uma consci ncia social na medida do seu envolvimento com projetos de extens o H muito por m a ser percorrido e por isso n o se pode perder parceiros potenciais 122 4 PROMO O DA SA DE EXTENSIONISMO UNIVERSIT RIO E O CASO UENF um estudo a partir dos projetos de extens o em sa de p blica 4 1 Promo o de Sa de e Extens o Universit ria A Promo o de Sa de um movimento amplo em busca da qualidade de vida das pessoas que considera os fatores sociais econ micos e psicol gicos como determinantes do bin mio sa de doen a n o estando estes condicionados meramente aos servi os m dicos As a es
207. integralidade como eixo de orienta o das pr ticas formativas em sa de revela a dimens o pol tica da forma o no tocante ao perfil profissional desejado como efeito do ensino superior ou seja n o somente formar bons ou excelentes t cnicos mas sim trabalhadores para o SUS sensibilizados pelo direito sa de MAC DO et al 2006 125 das pessoas at a condi o de influ ncia na formula o de pol ticas do cuidado BRASIL 20044 p 04 Em todo processo educativo em sa de torna se necess rio direcionar o ensino aprendizagem para a constru o e incorpora o de conhecimentos em lugar da ultrapassada do ponto de vista das desej veis mudan as no quadro da sa de do pa s decoreba de conceitos A aprendizagem se d com a resolu o de problemas que gera o desenvolvimento de atitudes para a pr tica de uma vida mais saud vel Os conhecimentos s ter o sentido se capazes de impulsionar as pessoas a refletir e tomar iniciativas a favor de escolhas saud veis que visem ao seu bem estar e o da sociedade TERVOLINO 2000 p 31 apud GHIORZI 2008 p 13 Para uma forma o em sa de que tenha nas pr ticas cuidadoras um elemento estruturante de sua profissionaliza o se faz necess rio a escolha de cen rios onde docentes e estudantes tenham a oportunidade de criar cen rios de aprendizagem ou seja espa os de interse o entre o mundo do ensino e a realidade objetiva transversalizados pelas demandas soci
208. io da integralidade em Sa de Os projetos de extens o na UENF desenvolvidos na rea tem tica sa de no ano de 2007 apresentam reais possibilidades de uma interven o transformadora na sa de local uma vez que se prop em a promover a es que ultrapassam o assistencialismo e centram se nos pressupostos da Sa de Coletiva Os desafios para que isto ocorra por m ainda s o muitos Conforme a pesquisa realizada no Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Sa de do munic pio e em sites que retratam as condi es de sa de da popula o pude constatar o quanto ainda n o feito em prol da sa de p blica em Campos e regi o tendo a UENF um papel relevante na soma de esfor os para tal Se desta pesquisa de car ter preliminar podem ser pensados poss veis nfases da extens o universit ria no caso UENF penso que posso sintetizar nos pontos abaixo minha tentativa de contribui o ao debate 1 Sabe se que as demandas em sa de p blica s o in meras e uma universidade que nasce comprometida com o desenvolvimento regional n o pode ignor las Doen as como tuberculose e hansen ase apresentam relev ncia epidemiol gica no munic pio o que tornam ainda mais necess rios os projetos de extens o direcionados a estas endemias principalmente em parceria com os Centros de Refer ncia que inaugurados em 2007 poderiam atuar para a redu o de suas ocorr ncias no munic pio 2 A escolha das comunidades contempladas
209. io profissional Tais evid ncias j foram incorporadas edi o atualizada do Plano Nacional de Extens o Universit ria que postula As universidades p blicas brasileiras s o institui es criadas para atender s necessidades do pa s e sempre estiveram associadas ao desenvolvimento econ mico social cultural e pol tico da na o constituindo se em espa os privilegiados para a produ o e a acumula o do conhecimento bem como para a forma o de profissionais cidad os e por isso sua participa o requerida nas discuss es elabora o e execu o de pol ticas p blicas que tenham a cidadania e o cidad o como suas principais refer ncias FORPROEX Plano Nacional de Extens o Universit ria 2000 2001 p 2 No mbito do Minist rio da Sa de em conjunto com as entidades estudantis dos cursos da rea da sa de e as secretarias municipais de sa de foi implementada uma pol tica p blica de sa de por meio da extens o universit ria O Projeto VER SUS amp com a miss o de promover a integra o dos futuros profissionais realidade da organiza o dos servi os de sa de levando se em considera o os aspectos de gest o do sistema as estrat gias de aten o o controle social e os processos de educa o na sa de BRASIL 2004b Nesse projeto uma importante dimens o contemplada e diz respeito hist rica dificuldade encontrada pelas diferentes profiss es da sa de para trabalharem de forma
210. ios da UENF Dr Silv rio de Pr Reitor de Pr Reitoria de 28 10 2008 Paiva Freitas Extens o e Extens o e 45 min Assuntos Assuntos Comunit rios da Comunit rios da UENF UENF Dra L lian Bahia Pr Reitora de Pr Reitoria de 31 03 2009 Gradua o da Gradua o da 1h e17 min UENF UENF 138 A grava o foi feita em tr s fases que pretendeu atingir distintos atores em fun o de seu grau de envolvimento institucional com a extens o universit ria A primeira fase de aplica o de entrevistas foi destinada aos coordenadores dos projetos de extens o selecionados com base num roteiro nico de perguntas previamente elaborado tendo como diretriz a Extens o Universit ria e a Sa de Coletiva O encadeamento de perguntas foi dividido em quatro partes a identifica o do entrevistado b conceito de extens o universit ria e extens o universit ria na UENF c hist rico do projeto de extens o e d extens o universit ria e promo o da sa de Ap ndice 2 Na segunda fase foram realizadas duas entrevistas com os gestores da extens o universit ria na UENF identificados durante a fase explorat ria da pesquisa respectivamente Professora L lian Bahia Pr Reitora de Extens o e Assuntos Comunit rios da UENF na gest o 2003 2006 Ap ndice 3 e Professor Silv rio Paiva atual Pr Reitor de Extens o e Assuntos Comunit rios da UENF Ap ndice 4 As categorias selecionadas para a formula o do roteir
211. ira da Motta CCTA UENF Prof Maria Ang lica Vieira da Costa 6 Importa mencionar que este projeto apresentava grande relev ncia para ser analisado nesta pesquisa e inicialmente foi um dos escolhidos contudo houve dificuldade quanto ao crit rio de sele o Disponibilidade dos coordenadores para colaborar com a pesquisa dado que a metodologia deste levantamento estaria centrada na interlocu o com os respons veis na UENF pelo desenvolvimento dos projetos selecionados 143 Pereira CCTA UENF e a Assistente Social Maria Helena Ribeiro de Barros Barbosa Servi o Social CCH UENF i Intera o Universidade Comunidade Poder P blico Boaventura de Sousa Santos 2005 destaca a import ncia da intera o entre o conhecimento cient fico e o saber comum no processo de constru o da cidadania posicionando a universidade como uma institui o que ao promover o reconhecimento de outras formas de saber e o confronto comunicativo entre elas pode se tornar um ponto privilegiado de encontro de saberes sens vel ao discernimento das demandas sociais da sociedade contempor nea Carlos Gustavo Smiderle em sua disserta o de mestrado 2004 demonstrou sua inquieta o quanto s dificuldades da Universidade Estadual do Norte Fluminense no que se refere ao seu entrosamento com a popula o local V rias circunst ncias embates conflitos e frustra es ocorridos durante a implanta o da universidade foram pontuados po
212. irais s o um grave problema de sa de p blica no Brasil e no mundo No momento o Minist rio da Sa de em conv nio com a Universidade de Pernambuco e a Organiza o Pan americana de Sa de vem conduzindo junto a pesquisadores de Universidades Federais Estaduais e de Secretarias Estaduais e Municipais de Sa de inqu rito nacional de base populacional nas capitais brasileiras que ir fornecer a real dimens o sobre a preval ncia dessa infec o por macroregional BRASIL 2008b S o doen as causadas mais comumente pelos v rus A B C ou D que provocam inflama o no f gado Possuem caracter sticas epidemiol gicas cl nicas e laboratoriais semelhantes por m com importantes particularidades S o silenciosas pois nem sempre apresentam sintomas Al m disso t m grande import ncia pelo n mero de indiv duos atingidos e pela possibilidade de complica es das formas agudas e evolu o para formas cr nicas podendo levar cirrose e ao c ncer de f gado IBID As equipes de aten o b sica das UBSs e do PSF t m papel relevante no diagn stico e no acompanhamento das pessoas portadoras sintom ticas ou n o de 62 hepatites Para que possam exercer esse papel necess rio que as equipes estejam aptas a identificar casos suspeitos solicitar exames laboratoriais adequados e realizar encaminhamentos a servi os de refer ncia dos casos indicados O Programa Nacional para a Preven o e o Controle das Hepatites
213. itoria de Extens o e coube ao Prof Silverio executar um edital que proporcionasse a vinda do Prof Thiollent para a UENF Prof Silv rio Paiva o Prof Thiollent foi contratado dentro do Programa Universidade Aberta para oferecer assessoria buscando a melhoria da qualidade da extens o Ent o as oficinas os treinamentos textos que ele escreve porque como ele especialista na rea ele tem levado nossos problemas para nossos colegas professores t cnicos alunos para o aperfei oamento da extens o aqui na UENF Isto vai trazer um salto de qualidade inclusive para o ensino e para a pesquisa aqui na universidade Professor Michel Thiollent como consultor da PROEX UENF relatou quando perguntado sobre o potencial da extens o na UENF que este ainda maior na medida de seu aperfei oamento mas chama aten o para o fato de que a extens o ainda mais fr gil do que a pesquisa e de que esta nem sempre se ad qua a demandas reais Sempre se tem um potencial maior do que se faz mas nos ltimos anos o n mero de atividades cursos projetos eventos aqui na UENF vem aumentando muito Entre 2004 e 2007 o n mero de cursos multiplicou por tr s o n mero de eventos aumentou em 50 o n mero de projetos n o aumentou muito neste per odo mas isto depende do CNPq mas o volume das atividades de extens o vem aumentando mas sempre o potencial maior mas o n mero de cursos oferecidos cresceu muito p
214. jetos desenvolvidos Assim a extens o de qualidade representa um meio para constru o de cidad os atuantes sobre a sua realidade contribuindo para importante forma o de profissionais de sa de comprometidos com o Sistema nico de Sa de percebido como cidadania universal principalmente no que se refere ao controle social e integralidade potencializando a es interdisciplinares Projetos de extens o na rea da sa de t m se constitu do em cen rios de aprendizagem dada sua potencialidade de interlocu o com a comunidade e de configura o de espa os para pr ticas interdisciplinares Nesse particular reconhecida a import ncia de organiza es curriculares flex veis que estimulem o estudante a participar de projetos intra e extramuros na universidade A exist ncia de novos cen rios internos e externos favorece o di logo multiprofissional e interdisciplinar onde 130 atividades coletivas de aprendizagem permitem o tr nsito do estudante por m ltiplas express es do conhecimento A interdisciplinaridade no ensino em sa de implica estreito di logo em torno de problemas oriundos da realidade de sa de em que os saberes disciplinares auxiliam na compreens o de uma realidade complexa estabelecendo entre si conex es e media es Minayo 1991 p 70 enfatiza que a interdisciplinaridade imprescind vel no campo da sa de e torna se nesta perspectiva uma quest o epistemol gica crucial A autora explica q
215. jetos devem exigir isto Por exemplo assim como a universidade investiu na vinda do Prof Thiollent ela colocou dinheiro ele veio ficou dispon vel a universidade deu oportunidade para as pessoas se capacitarem nesta metodologia ent o a partir disto a universidade tem toda legitimidade para exigir durante a convoca o que os projetos estejam dentro da metodologia da pesquisa a o e que ela seja de alto n vel Importa mencionar que a abrang ncia da pesquisa a o d se entre o n vel microsocial indiv duos pequenos grupos e o macrosocial sociedade movimentos N o se conhecem exemplos de pesquisa a o no n vel mais abrangente da sociedade inteira A pesquisa a o um instrumento de trabalho e de investiga o de grupos institui es coletividades de pequeno ou m dio porte THIOLLENT 1998 O depoimento do Prof Thiollent demonstra esta realidade 120 A pesquisa a o uma proposta para certos objetivos nem todos os problemas ser o resolvidos no n vel da pesquisa a o tem que ter dimens o do tamanho do problema e do tamanho da pesquisa A pesquisa a o na verdade interfere muito bem para realidades locais e regionais n o tem voca o em escala macro a n vel federal por exemplo mas poss vel estender o escopo da pesquisa a o mas por enquanto reduzido Tem que haver cuidado porque tamb m existem outras metodologias e s vezes temos a tend ncia de encaixarmos tudo na pesquisa
216. lica o de question rios entrevistas posso dizer que todas as fam lias da comunidade foram alcan adas conscientizadas Por meio deste trabalho ainda foi poss vel a realiza o de minha disserta o de mestrado devido ao vi s que o 7I Cf em BARBOSA Maria Helena Ribeiro de B Entre a submiss o e o prazer mulheres e DST AIDS na comunidade do matadouro Campos dos Goytacazes Disserta o de Mestrado Campos dos Goytacazes PPGPS CCH UENF 2006 149 trabalho tinha com a pesquisa Olha a extens o cresceu muito aqui na UENF Agora valorizada Eu me lembro quando come ou em 2000 a extens o n o tinha nada e ainda era exclu da e ainda hoje existe este olhar embora tenha melhorado bastante porque a universidade ensino pesquisa e extens o e parecia que a universidade era apenas ensino e pesquisa A extens o era o Z patinho feio mas na verdade a extens o tamb m pesquisa e tamb m ensino e miss o de toda universidade O Plano Nacional de Extens o pontua que para a forma o do profissional e do cidad o imprescind vel sua efetiva intera o com a sociedade seja para se situar nela como agente hist rico seja para se identificar culturalmente e ou para referenciar sua forma o t cnica aos problemas que um dia ter que enfrentar Partindo dessa premissa a extens o entendida como pr tica acad mica que liga a universidade nas suas atividades de ensino e de pesquisa
217. lica encontramos uma peculiaridade dado que a pr pria comunidade que pediu a ajuda da universidade para atender suas necessidades Professor Jo o Almeida a aceita o da comunidade muito boa e vejo tanto a universidade procurando a comunidade quanto a comunidade procurando a universidade No meu caso mesmo fui motivado a trabalhar com a metodologia da extens o quando fui procurado pela Assistente Social do Hospital de Travess o que estava preocupada com o alto ndice de crian as com diarr ias l na comunidade Professora Maria Ang lica N o vejo dificuldade de intera o n o A motiva o para este projeto veio pelo pedido de ajuda deles porque as crian as tomavam banho no rio e come aram a aparecer algumas les es de pele e eles achavam que era porque a sa da de esgoto aqui da UENF ia para o rio mas na verdade todo esgoto vai para o rio e eles n o sabiam n o conheciam isto Ent o a periculosidade e a insalubridade destes banhos eram desconhecidas para eles As professoras tamb m vinham agui porque queriam saber qual a raz o daquelas feridas nas cabe as das crian as que estavam ficando com falta de cabelo e eu disse Olha a gente pode ajudar E perguntei em rela o aos animais se eles tinham animais porque a causa tamb m podia ser de parasitoses dos animais que estavam passando para as crian as Como idealizado por Darcy Ribeiro a UENF teria como miss o principal o desenvolvimento regional
218. lizar ir conduzir nos ao novo senso comum isto ao conhecimento como emancipa o que real a a solidariedade Esta a vers o forte Tamb m poder nos levar numa vers o mais suave a uma diversidade de perspectivas a uma pluralidade de conhecimentos no qual o conhecimento surge sob uma multiplicidade de formas WAGNER 2006 p 117 18 A vers o forte tra a uma linha divis ria entre regula o e emancipa o e as respectivas formas de conhecimento Se a modernidade se apresenta como um projeto emancipat rio e inacabado sua proposi o tem a ver com liberdade e autonomia isto a autodetermina o que tem a ver com a auto regula o Ibid p 118 A hist ria da modernidade mostrou se uma hist ria de barbaridades em que o conhecimento instrumental baseado na ci ncia foi utilizado para justific las no decorrer de um processo hist rico que Boaventura de Sousa Santos chama de canibaliza o da emancipa o social A crescente assimetria entre regula o e emancipa o no mundo e 4 R i Cf www mec gov br reforma Documentos www comciencia br reportagens 2004 www renex org br www universidadepopular org www ufmg br diversa 8 entrevista htm www proex uel br entre outros 82 no mundo do conhecimento invoca uma revolu o capaz de posicionar as pr ticas cient ficas num lugar de relativiza o das reivindica es de certeza epist mica ao faz las se comunicar com outras formas de per
219. logo com a Prefeitura apontadas pelos professores e coordenadores de projetos com exce o da assistente social Maria Helena Ribeiro de Barros Barbosa prejudicam a expans o e o aprofundamento das a es extensionistas em seu potencial de implementa o de pol ticas p blicas Os entrevistados consensuam que os projetos vinculados a programas conseguem congregar um maior n mero de parcerias potencializando seus desdobramentos e ainda apresentam probabilidade maior de alcance dos resultados esperados em compara o com os projetos isolados Da a requisi o geral entre os professores coordenadores de projeto de extens o no sentido da institucionaliza o das parcerias estabelecidas ou a estabelecer como aquela com o Poder P blico Municipal como medida viabilizadora para a implementa o de pol ticas p blicas de sa de Neste item mais uma vez verifica se o delicado relacionamento entre a UENF e o poder p blico local como tamb m deste para com as iniciativas do novo extensionismo que vai ao encontro da valoriza o da democracia participativa Importa mencionar ainda que no processo de implementa o de pol ticas p blicas de sa de recomendada a participa o do cidad o nos momentos decis rios Como o munic pio de Campos dos Goytacazes apresenta uma realidade local marcada historicamente por um baixo capital social em refer ncia ao conceito de Putnam 1996 que revela uma ainda forte tradi o olig rquica fincada no
220. lves 2003 diante da possibilidade de se incluir emendas populares na nova Constitui o Estadual do Rio de Janeiro desde que tivessem pelo menos 3 000 assinaturas grupos ligados s institui es de ensino superior iniciaram a Campanha Popular em Defesa da Universidade A Emenda Popular levada Assembl ia Constituinte do Estado do Rio de Janeiro conquistou 4 431 assinaturas 13 Os conflitos em torno das demandas dos representantes das IES tradicionais e privadas em Campos dos Goytacazes que confrontavam com as exig ncias de Darcy Ribeiro podem ser conhecidos dentre outros na monografia de Glauber Rabelo Matias que se intitulou Uma sociologia dos c rculos sociais em Campos dos Goytacazes Darcy Ribeiro e intelectuais na constru o da Universidade Estadual do Norte Fluminense bem como na disserta o de Carlos Gustavo Smiderle UENF e Campos Encontro de dois mundos Uma etnografia da intera o entre a coletividade da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro e a sociedade de Campos dos Goytacazes RJ 2002 2004 PPGPS UENF 14 As exce es eram o curso de Servi o Social Universidade Federal Fluminense Campos os cursos de melhoramento vegetal Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e os cursos da antiga Escola T cnica Federal de Campos atual CEFET Campos 36 A Lei de cria o da UENF foi ent o aprovada pela Assembl ia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro ALERJ em 16 de outubro de
221. m o projeto Professores Colaboradores Parcerias Valor do Apoio Financeiro Equipe Resultados esperados 192 AP NDICE 2 ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMI ESTRUTURADA E DIRECIONADA AOS COORDENADORES DE PROJETOS DE EXTENSAO Modelo ita UENF Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Programa de P s Gradua o em Pol ticas Sociais PPGPS LEEA CCH Orientadora Prof Adelia Maria Miglievich Ribeiro Mestranda Giselle Almeida Barreto PESQUISA UENF EXTENS O E POL TICAS DE SA DE UM DEBATE ACERCA DA RELA O ENTRE UNIVERSIDADE COMUNIDADE E PODER PUBLICO NO MUNIC PIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ 1 Identifica o 1 1 Data da Entrevista __ 1 2 Lugar da Entrevista 1 3 Dura o da Entrevista In cio horas e T rmino Entrevistado 2 1 Nome 2 2 Qual sua forma o acad mica 2 3 Quando ingressou na UENF 2 4 Qual sua atua o profissional na UENF 3 Conceito de Extens o Universit ria e Extens o Universit ria na UENF 3 1 Poderia conceituar Extens o Universit ria Como visualiza a Extens o de um modo geral 3 2 E a Extens o na UENF 3 3 Qual a rela o entre a pesquisa e a extens o aqui na UENF 3 4 E a rela o entre a extens o e o ensino 193 3 5 Em sua opini o qual a import ncia para o aluno da gradua o seu envolvimento com as atividades extensionistas Que benef cios isto traria para
222. ma proposta de trabalho mais reconhecida do que no passado com vis vel aumento de seu escopo de atua o No caso peculiar da extens o universit ria tem se verificado a inclus o de estrat gias para o desenvolvimento e a adapta o de m todos participativos no cuidado em n o se recair em indesej veis manipula es que desviem a execu o do projeto em termos metodol gicos e ticos Este cuidado pareceu ser um dos principais objetivos do SEMPE Semin rio de Metodologia para Projetos de Extens o realizado pela UFSCar Universidade Federal de S o Carlos O SEMPE se apresenta como um reconhecido espa o para a discuss o de metodologias de pesquisa de car ter aplicado incluindo se a a pesquisa a o as Dispon vel em http www itoi ufr br sempe index htm http www itoi ufrj br sempe anais htm 121 metodologias participativas e as metodologias de comunica o e intera o em que se focaliza uma nova concep o da extens o universit ria agora n o mais percebida como um terceiro e isolado objetivo da universidade mas sim uma atividade que indissociada do ensino e da pesquisa d concretude ao objetivo da universidade de produzir conhecimento e torn lo acess vel comunidade Em 2008 na Universidade Federal de S o Carlos UFSCAR professor Michel Thiollent atuou como um dos organizadores do sexto SEMPE cuja discuss o centrou se no papel da pesquisa a o dentro da extens o universit ria
223. mento da popula o nas a es sobretudo preventivas atrav s do desenvolvimento do interesse e da autonomia do cidad o no cuidado sa de o mais indicado na busca de um sistema de sa de com equidade e justi a social A aten o sa de requer portanto uma pr tica pedag gica libertadora somente poss vel nas sociedades democr ticas onde as institui es sociais em suas especificidades contribuam efetivamente A universidade mais uma vez tem um papel ineg vel na implementa o de pol ticas p blicas de sa de local por meio da pr tica extensionista revista em acordo com as novas diretrizes da pol tica de ensino superior no Brasil 76 Tal percep o serviu de base para a constitui o de um Sistema nico de Sa de SUS que contempla o direito universal sa de enfatizando a como um direito de todos e um dever do Estado Dentro do arranjo organizacional do SUS o princ pio de Integralidade em Sa de coadunado Educa o em Sa de ganhou enfim papel de destaque reorientando as pr ticas em sa de e a agenda institucional do sistema 171 Na an lise do caso UENF a pesquisa de campo na PROEX UENF e a an lise dos projetos de extens o selecionados e em desenvolvimento no ano de 2007 permitiram me observar que o comprometimento do corpo docente com a pr tica extensionista vem aumentando de modo que cerca de um quarto dos professores da UENF encontra se hoje comprometido com algum tipo de a o extensionista
224. mica Atua o Profissional e Lota o Administrativa na UENF do coordenador do projeto Graduada em Servi o Social pela UFF 1974 P s graduada em Servi o Social Contempor neo pela UFF 1998 e Mestrado em Pol ticas Sociais CCH UENF 2006 Ingressou na UENF em 1997 e implantou o Servi o Social na universidade Tamb m atua no Programa DST AIDS do munic pio de Campos dos Goytacazes Unidade e sub unidade de vincula o do projeto Projeto vinculado ao Servi o Social localizado no Centro de Ci ncia do Homem da UENF Objetivos gt Prevenir DST s AIDS gt Aplicar question rios para mensurar o grau de conhecimento das pessoas quanto s DST s AIDS gt Incentivar as mulheres realiza o de exames como o Papa Nicolau e outros para detec o de DST s AIDS gt Incentivar as mulheres para o uso de preservativos femininos devido ao aumento consider vel do n mero de HIV em mulheres gt Incentivar os homens ao uso de preservativos e a realiza o de exames para detec o de DST S AIDS gt Oferecer cursos de capacita o para novos multiplicadores 10 gt Oferecer cursos de atualiza o para os multiplicadores atuantes gt Capacitar os professores para tornarem se multiplicadores na escola gt Realizar visitas domiciliares gt Cadastrar as pessoas que querem receber preservativos e gt Realizar palestras reuni es e eventos na comunidade e escolas envolvidas
225. miderle 2004 p 44 destaca que mesmo no per odo ureo da cana de a car a afirma o da modernidade n o denota desprezo tradi o j que apesar dos expressivos tra os de moderniza o Em conformidade com a perspectiva weberiana trata se de tipos ideais ou tipos puros que servem como recurso heur stico na an lise de casos emp ricos N o h pois a pretens o de exaust o da realidade mas d nfase em aspectos singulares desta WEBER 1989 10 E Cabe mencionar que Campos foi marcadamente uma terra de escravos e um lugar de forte movimento abolicionista a ponto de se constituir no terceiro maior consumidor de m o de obra negra no Brasil Na metade do s culo XIX quando a cidade j apresentava um significativo avan o modernizador paradoxalmente tamb m possu a 36 de sua popula o formada por escravos POLHMANN 2003 SMIDERLE 2004 33 mencionados anteriormente as elites locais n o se distanciavam dos ideais de nobreza tipicamente identificados na ascendente burguesia ligada economia a ucareira notadamente com a emerg ncia dos senhores de engenho de segunda gera o per odo dos engenhos a vapor Apesar do munic pio no in cio do s culo XX apresentar se com um padr o de desenvolvimento compar vel a cidades europ ias visto at mesmo que o munic pio constituiu se na primeira cidade da Am rica Latina a apresentar luz el trica e ainda os tra os modernos que se faziam notar pelo
226. modalidade de pesquisa qualitativa traz em seu bojo interesses mais abrangentes do que o objeto definido em seu campo espec fico tratando se portanto de uma abordagem din mica em que tanto a pesquisa quanto o pesquisador vivem sob o signo das conting ncias hist ricas de sua atividade Ibid esta pesquisa se iniciou com uma decidida etapa explorat ria Buscava compreender conceitos e id ias os quais serviriam de aporte para a formula o das quest es e das categorias a serem analisadas posteriormente Sabia que me interessava articular as quest es das pol ticas de sa de e do poder p blico local ao debate da fun o social da universidade mais especificamente da extens o universit ria Assim tinha como elemento norteador da pesquisa a intera o entre comunidade universidade poder p blico Tamb m a preocupa o com a rela o entre ensino pesquisa extens o para a efetiva o de pol ticas p blicas de sa de local A metodologia de pesquisa o caminho do pensamento a ser seguido Ocupa um lugar central na teoria e trata se basicamente do conjunto de t cnicas a ser adotada para construir uma realidade A pesquisa assim a atividade b sica da ci ncia na sua constru o da realidade A pesquisa qualitativa no entanto trata se de uma atividade da ci ncia que visa constru o da realidade mas que se preocupa com as ci ncias sociais em um n vel de realidade que n o pode ser quantificado trabalhando com o
227. muitos dos desafios e obst culos localizam se na ordem do pr prio processo de forma o da universidade nas resist ncias de alguns pesquisadores em rela o extens o no desconhecimento das metodologias apropriadas como a pesquisa a o na falta de recursos financeiros na dificuldade de intera o com a comunidade com o poder p blico e ainda na desvaloriza o dentro dos rg os de avalia o e fomento Percebo que existe uma s rie de coisas que a gente tem que trabalhar para quebrar paradigmas resist ncias mas a gente nota que houve grande avan o da pr tica extensionista aqui na UENF desde seu in cio at a atualidade Agora o grande desafio a intera o com o poder p blico local a rela o muito fr gil muito pequena ainda os prefeitos que por aqui passaram fizeram algumas visitas UENF mas acho que tem que ser uma parceria institucional o que temos hoje est muito mais relacionado a amizades pessoais ent o dever amos ter programas em que poder amos ter certeza da continuidade destes programas porque a cada gest o a gente n o tem certeza se aquela parceria vai continuar Pela grandiosidade do munic pio de Campos e pela arrecada o eu acho que o poder p blico poderia ter muito mais contato com a nossa universidade porque a gente tem muito a oferecer ao munic pio seria uma associa o ben fica positiva para a comunidade desde que houvesse interesse das autoridades podemos mostrar p
228. munidade conseguimos a implementa o de uma pol tica p blica l com a instala o de rede de abastecimento para distribuir gua tratada para a comunidade e isto foi um ganho muito grande para mim em rela o a minha pr pria percep o do conhecimento cient fico que foi modificada a partir da minha experi ncia com extens o porque eu vim de uma linha de pesquisa dura e percebo o sistema muito mecanicista onde o interessante n o a produ o de conhecimento e sim a produ o de artigos A rela o entre ensino e extens o uma estrat gia para proporcionar o contato direto de cientistas sobretudo das reas duras com a realidade objetiva por meio de atividades realizadas al m dos muros da universidade Durante a elabora o de um projeto de extens o profissionais de v rias reas podem interagir aprender e ensinar ao mesmo tempo em que oferecem sua contribui o para atender as demandas da popula o Na pesquisa as id ias e possibilidades de produ o de novos conhecimentos nascidas no enfrentamento dos desafios pr ticos teriam tudo tamb m para fazer das atividades extensionistas estrat gias igualmente n o dispens veis para os cientistas Mas neste campo cabe ressaltar que o princ pio da avalia o quantitativa pela 151 produtividade cient fica tem se tornado um fator desmotivador para o envolvimento dos docentes pesquisadores com a pr tica extensionista que acaba justificando o envolvimento de alg
229. n o era capaz de vislumbrar os significados dos novos rumos tomados pela universidade em sua face da pesquisa e do desenvolvimento para o munic pio e regi o com a vinda de um corpo de cientistas de v rios cantos do mundo e do Brasil Como campista aluna da FOC e residindo bem pr ximo a UENF o que vi foi meu sonho de me graduar em Odontologia numa universidade p blica desmoronar e ainda ter o condom nio onde morava invadido por estrangeiros e at brasileiros mas mesmo assim distantes de meu mundo Professores doutores europeus mais reservados havia os argentinos e os chilenos Estes ltimos eram muito simp ticos sempre rindo passavam acenando em seu fusquinha com a placa do Chile No condom nio eu ouvia Ah mudou se um casal da UENF para a casa n mero tal ou Aquele ali professor da UENF veio para c O que se percebe que os professores da UENF eram considerados pelos campistas como pessoas de outro planeta As demais pessoas que viessem para o condom nio eram consideradas pessoas 20 daqui mesmo Os professores da UENF n o Eu tinha a UENF t o perto e ao mesmo tempo bem longe de mim Quando ent o passada mais de uma d cada ingressei na UENF como mestranda experimentei o outro lado da moeda Feliz pela vit ria alcan ada num dia encontrei uma amiga colega de profiss o e sem hesitar fui logo dizendo para ela Pu estou fazendo mestrado na UENF Ela me perguntou Com
230. nais de diferentes reas do conhecimento bem como da comunidade em novos cen rios de aprendizagem num processo de intera o capaz de proporcionar melhorias na qualidade de vida da popula o pela via da extens o universit ria entendida como um instrumento de pol tica social com potencialidades para transforma o da realidade A segunda parte O percurso metodol gico traz o delineamento da pesquisa para obten o dos dados necess rios s an lises e interpreta es posteriores A terceira parte Projetos de Extens o em Sa de desenvolvidos pela UENF no ano de 2007 uma reflex o exp e os projetos de extens o desenvolvidos no ano de 2007 pela universidade de acordo com a padroniza o da PROEX UENF bem como os crit rios de escolha dos projetos selecionados para nossa reflex o a partir da elei o de vari veis na correla o com a fala de seus coordenadores Assim espero poder atingir o objetivo de conciliar minhas preocupa es com a sa de p blica no munic pio de Campos dos Goytacazes com a investiga o acerca da presen a da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro UENF na regi o na nfase s possibilidades contidas na miss o expressa pela chamada extens o universit ria 21 CAP TULO 1 CAMPOS E REGI O NORTE FLUMINENSE Universidade Conhecimento e Sa de P blica 1 1 Extens o universit ria para onde Uma apresenta o de Campos dos Goytacazes e regi o Nor
231. nicipal em Santa Isabel do Ava Por meio da pesquisa constatamos que ele tava l provamos isto e ganhamos um pr mio que foi a primeira publica o no mundo em rela o a isto E esta pesquisa foi desenvolvida aqui na universidade As pr ticas dos programas de extens o justificam se plenamente tamb m do ponto de vista das novas diretrizes pedag gicas para o ensino uma vez que colocam o aluno em contato direto com o mundo real permitindo a aplica o dos conhecimentos te ricos adquiridos na sala de aula em situa es do dia a dia A partir das intera es cotidianas com o processo do viver humano s o incorporados novas atitudes e valores que promovem uma amplia o do olhar dos estudantes Novas pr ticas pedag gicas em cen rios de aprendizagem ampliados e diversificados resultam n o poucas vezes da articula o do ensino com a extens o universit ria por meio de pol ticas integradoras no interior das universidades e em seu movimento em dire o sociedade MAC DO et al 2006 Os benef cios do envolvimento do discente com as pr ticas extensionistas s o reportadas pelos entrevistados da seguinte maneira 129 Profa L lian Acredito que seja a nica oportunidade para o aluno exercer na sua atua o pr tica a forma o cidad porque a extens o oferece a ele esta condi o de ir a campo enfrentar a quest o com o sujeito da pesquisa que ao mesmo tempo ator da pesquisa pela metodologia da pesquisa
232. no do conhecimento ignorando as crises reincidentes que amea am a sobreviv ncia da universidade que se vincula a seu sentido p blico Desta forma em seus argumentos Demo 2001 p 152 defende que o devido lugar da extens o no centro do sistema universit rio Extens o aponta para uma fun o acrescentada e que facilmente leva a impress o de excresc ncia ou res duo Por esta raz o nunca apareceu na trilogia em p de igualdade ensino e pesquisa sempre estiveram frente Na pauta dos obst culos ao crescimento e efetiva o da extens o universit ria tamb m reconhecido falta de equanimidade entre as pr ticas de Ensino Pesquisa e Extens o que conforme podemos evidenciar na fala da Profa L lian Bahia est o longe de se encontrar realmente em p de igualdade Pergunta Professora a Senhora considera que hoje ensino pesquisa e extens o est o realmente em p de igualdade Resposta n o absolutamente que n o infelizmente n o de forma alguma porque a vida de um professor universit rio muito atarefada e para voc ser um pesquisador produtivo para ser um bom professor e para se fazer uma boa extens o de qualidade eu acho que as tr s coisas ao mesmo tempo muito dif cil eu diria quase que imposs vel Voc teria que ter uma equipe muito grande recursos 94 dispon veis que por sinal um dos fatores que impedem que a extens o cres a realmente dif cil algumas pessoas t
233. ns o vol 1 p 57 67 2003 VIEIRA Evaldo Estado e Mis ria Social no Brasil de Get lio a Geisel S o Paulo Cortez 1983 WAGNER Peter Sobre guerras e revolu es In SANTOS Boaventura de Souza Org Conhecimento Prudente para uma Vida Decente um discurso sobre as ci ncias revisitado 2 edi o S o Paulo Cortez p 103 122 2006 WEBER Max A objetividade do conhecimento nas ci ncias sociais In COHN Gabriel Weber Sociologia S o Paulo tica p 79 127 1989 B Teses Disserta es e Monografias BARBOSA Maria Helena Ribeiro de B Entre a submiss o e o prazer mulheres e DST AIDS na comunidade do matadouro Campos dos Goytacazes Disserta o de Mestrado Campos dos Goytacazes PPGPS CCH UENF 2006 170 p BARRETO Giselle A O desafio da implementa o do processo de descentraliza o das a es e servi os de sa de no Brasil Monografia de P s Gradua o em Odontologia em Sa de Coletiva Campos dos Goytacazes Associa o Brasileira de Odontologia ABO 2003 105p 186 CONCEI O N dia Maria Pr ticas Sanit rias e Municipaliza o um olhar dos atores locais em S o Jo o da Barra RJ Disserta o de Mestrado Campos dos Goytacazes PPGPS CCH UENF 2008 198p GHIORGI Vana Cristhine de S D Sa de Bucal Tarefa do Professor Estudo de caso sobre o programa sa de na escola em duas institui es do norte fluminense Monografia de Gradua o em Licenciat
234. ns o Hoje h um fortalecimento da extens o ao inv s de se fazer da extens o uma atividade muito solta porque voc tem uma extens o mais ou menos solta e tem a extens o mais organizada em fun o de certos eixos de pol ticas p blicas Quest o de educa o b sica sa de ent o a extens o um instrumento de pol tica p blica que n o se faz sozinho temos parcerias com atores envolvidos neste processo Acho que este fator rela o extens o pol tica p blica pra mim elemento fundamental para o fortalecimento da extens o nas universidades 133 A extens o universit ria na UENF j em 2001 e 2002 demonstrou a preocupa o com temas relativos sa de coletiva de modo que se p de verificar a realiza o dos cursos em Plantas Medicinais 2001 An lise Sensorial de Alimentos 2001 T cnicas Higi nicas no Manuseio de Alimentos 2001 e 2002 e a Oficina DST AIDS 1 2001 Anteriormente a estas outras a es muito provavelmente tamb m ocorreram mas ainda n o se tinha na cultura universit ria a pr tica muitas vezes de se cadastrar em algum rg o interno a UENF um dado projeto N o poucas vezes as a es extensionistas feitas de forma voluntarista por alguns professores sequer dependeram de editais espec ficos Exemplar disso o projeto Educa o Sa de e Cidadania forma o e atua o de agentes multiplicadores de informa o em DST AIDS coordenado pela Assistente Social da U
235. nsionistas universit rias e coordena o Sistema Nacional de Informa es de Extens o SIEX Brasil banco de dados sobre as pr ticas de extens o no Brasil Dispon vel em http www renex org br 99 Figura 5 Organograma da PROEX UENF COORDENA O COORDENA O DE EXTENS O DE EXTENS O DO CCH C MARA DE DO CCT EXTENS O E ASSUNTOS E COMUNIT RIOS E COORDENA O COORDENA O DE EXTENS O DE EXTENS O DO CBB DO CCTA GABINETE DA PRO REITORIA Setor Setor de Setor Setor de Setor de Setor de de Apoio Educa o de Confec o e Educa o Servi o Acad mico Continuada Bolsas Emiss o de F sica Social Certificados Gabinete da Pr Reitoria rg o executor C mara de Extens o e Assuntos Comunit rios analisa discute julga e delibera Coordena es de Extens o orientam e promovem a Extens o nos Centros Setores da PROEX prestam aux lio administrativo e nas reas especificas de Educa o Fisica e Servi o Social Fonte Novo Manual de Extens o PROEX UENF 2008 Segundo o organograma o Gabinete da Pr Reitoria funciona como o rg o executor da Extens o Universit ria A C mara de Extens o e Assuntos Comunit rios tem a miss o de analisar discutir julgar e deliberar as a es extensionistas As Coordena es de Extens o comp em a C mara de Extens o e
236. ntar com a participa o do Estado em sua administra o controle e financiamento com o objetivo primordial de acumula o de capital no bojo da previd ncia enquanto a assist ncia m dica deixa de ser prioridade colocando se como fun o provis ria e secund ria MENDES 1999 Segundo Wanderley Guilherme dos Santos 1994 o padr o de pol ticas p blicas caracterizou se neste per odo pela no o de cidadania regulada e excludente pois se configurou num padr o de cidadania pelo qual o acesso a bens e servi os esteve fortemente associado ao v nculo empregat cio o que significa dizer que n o bastava ser brasileiro para gozar dos direitos sociais era necess rio ter carteira assinada e contribuir financeiramente para a Previd ncia Social mediante uma modalidade de seguro ou seja recebem benef cios somente aqueles que pagam por eles Desta forma De acordo com Oliveira e Teixeira 1986 apud Marques da Silva 2003 a no o de seguridade social parte da ideologia de um Estado que teria obriga es naturais e inalien veis para com qualquer cidad o o que se traduz num compromisso moral da previd ncia com o bem estar da popula o como um todo Sua abrang ncia maior que a do seguro social envolve eliminar as causas da mis ria abolir as necessidades e garantir a perman ncia de um m nimo de bem estar para todos 4L A Previd ncia Social converteu se segundo Cohn 1996 apud Ven ncio 2001 num m
237. ntativa foi com a Dra Elizabeth Tudesco chefe da epidemiologia ficou combinado que eles disponibilizariam carro para gente e estamos esperando at hoje Ent o a gente quer contribuir com todas as informa es que a gente colhe e que haja alguma atitude um direcionamento deles que demonstre interesse Algo que estamos construindo para trabalhar com os gestores de pol ticas p blicas de sa de por que este tamb m um dos objetivos do projeto mas infelizmente aqui em Campos A gente tem procurado muito em v rias vertentes mas n o h retorno Eu falo como um profissional que j trabalhou como Assessor da Pr Reitoria de Extens o e eu via que o acesso a pontos chave do Poder P blico era complicado j fomos parar em c mara de vereador para entrar em projeto de vereador que visassem integra o da universidade com o Poder P blico e isto n o deu em nada at hoje pelo o que eu saiba Professor Jo o refor a o depoimento de Professor Olney e deixa claro que a intera o com o Poder P blico al m de n o ser institucionalizada apresenta se fincada em personalismo Este fato nos remete a conjetura da Teoria de Capital Social de Robert Putnan utilizada nas an lises de DaMatta citadas no primeiro cap tulo deste estudo quanto s caracter sticas das sociedades tradicionais no Brasil fruto da heran a dos estados ib ricos que apresentam um tipo de capital social marcado pela rela o de amizade entre pessoas
238. nte Mas eles pr prios buscarem reivindicar seus direitos n o querem j se acomodaram em receber assist ncia e qualquer coisa que estejam necessitando Professor Olney Motta acrescenta que para a execu o das palestras educativas e qualquer movimento que envolva a participa o da comunidade sempre necess rio o oferecimento de atrativos porque n o existe uma cultura voltada para a participa o e controle social Mais um motivo para que a extens o universit ria se constitua num instrumento para o aprendizado dos valores de cidadania que implicam no reconhecimento da popula o de que a sa de um direito textualmente declarado na Constitui o de 1988 em seu artigo 196 quando diz que todos t m direito a ter direitos e deste modo devem participar dos processos de formula o de pol ticas p blicas que lhes dizem respeito Enquanto n o se d a mudan a de mentalidade ou a forma o de um capital social como nos termos de Putnam 1996 os coordenadores de projeto de extens o observam como funciona o envolvimento da comunidade nos projetos 158 Professor Olney Motta A gente tem sempre que oferecer alguma coisa um brinde por exemplo para atra los para as palestras se n o a frequ ncia duvidosa a gente nunca experimentou fazer sem isto Contudo eu acho que o grande objetivo da extens o o esclarecimento da comunidade quanto necessidade que ela tem de reivindicar ao Poder P blico a
239. nte ou solid ria Na fase de transi o em que nos encontramos os dois tipos de conhecimentos coexistem e o desenho institucional tem de ser suficientemente d ctil para alberg los e para possibilitar que o conhecimento pluriversit rio n o seja contextualizado apenas pelo mercado e pelo contr rio seja posto a servi o do interesse p blico da cidadania ativa e da constru o de alternativas solid rias e de longo prazo SANTOS 2005a p 98 A raz o de ser da universidade explicitada tamb m pelo fil sofo franc s p s moderno Jacques Derrida em sua obra O Olho da Universidade 1999 Ter uma raz o de ser para a universidade justificar a sua exist ncia seu sentido sua finalidade sua miss o em suma a destina o da universidade Neste sentido o autor pergunta Qual o olhar da Universidade ou Quais s o os olhares da Universidade Em particular no que tange sua fun o social o fundamental para Derrida seria saber ouvir poder escutar o que ressoa e muitas vezes humildemente saber fechar os olhos para escutar melhor Em tempos de transi o de paradigmas a universidade para a sua pr pria sobreviv ncia portanto h de assumir a responsabilidade na transforma o de seus processos de investiga o de ensino e de extens o a serem pautados segundo Santos 2005b em uma ci ncia revolucion ria O novo cen rio em acordo com Goergen 1998 requer que a universidade inicie um proce
240. nto que objetivam a interven o na realidade a possibilidade de acordos e de a o coletiva entre os agentes universit rios e a popula o percebe se que a extens o ao compor o trip universit rio apresenta se como indispens vel ao exerc cio da responsabilidade social da universidade atrav s das a es de promo o social not veis para a garantia dos valores democr ticos de igualdade e de justi a social N o se sabe por m at que ponto esta percep o est generalizada na comunidade acad mica Levando se em conta que a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro foi idealizada para promover o desenvolvimento regional e at mesmo nacional cabe examinar a presen a de sua pr tica extensionista neste intento No mbito da sa de o recorte deste estudo importa examinar a extens o universit ria em seu potencial de implementa o de pol ticas p blicas de sa de locais a partir dos projetos de extens o na propor o em que esta visualizada como um instrumento pol tico social capaz de viabilizar a intera o entre comunidade universidade poder p blico Partilho do ponto de vista de Hennington 2005 na constru o da hip tese de que os programas de extens o podem vir a servir de espa o diferenciado para novas experi ncias voltadas humaniza o ao cuidado em sa de e qualifica o da gest o e aten o em sa de visando ao adequado gerenciamento das a es de sa de p blica D
241. nvolvimento econ mico e social Como podemos relacionar esta meta com a pesquisa a o A pesquisa a o uma estrat gia que pode ser localizada na pr tica de movimentos sociais na d cada de 707 Fazia parte de uma hist ria de milit ncia pol tica em prol da democracia no caso brasileiro Como a universidade no exterior e no Brasil descobre a pesquisa a o Gostaria que o Senhor falasse brevemente sobre o conceito os objetivos e os benef cios da pesquisa a o para o desempenho da universidade 2 A pesquisa a o pesquisa e extens o Qual sua an lise cr tica da triparti o na universidade ensino pesquisa extens o A pesquisa a o a partir da universidade visa a um novo modelo de universidade Em tese poss vel se pensar em projeto de extens o sem a metodologia participativa 5 Extens o Universit ria na UENF 5 1 Na realidade do Norte Fluminense como o Sr veria o potencial ainda n o explorado da extens o na UENF 5 2 5 3 5 4 5 5 202 Poderia fazer uma estimativa do crescimento da extens o na UENF ao longo dos anos Quais os desafios obst culos para o crescimento da extens o na UENF Qual sua percep o sobre o reconhecimento das atividades extensionistas na UENF E quanto ao comprometimento dos professores 6 Extens o Universit ria e Promo o de Sa de 6 1 6 2 6 3 6 4 Na rea de sa de especificamente como o Sr percebe o potenci
242. o s necessidades do pesquisador e dos participantes THIOLLENT 1998 THIOLLENT 2003 Os projetos de extens o apresentam aspectos de ensino aprendizagem e em alguns casos de investiga o ou diagn stico de situa es sociais ou institucionais Tanto pela vertente do ensino quanto da pesquisa a metodologia participativa sugere uma orienta o para que os processos sejam concebidos e realizados na intera o entre grupos internos e externos A informa o viva coletada no contexto concreto a partir das verbaliza es dos indiv duos que atuam como co investigadores por meio de question rios entrevistas ou reuni es As informa es obtidas devem ser transformadas em resultados Nos projetos cuja metodologia baseada na pesquisa a o a principal transforma o que ocorre no decorrer do processo a passagem da constata o de fatos observ veis na situa o para uma a o transformadora apropriada THIOLLENT 2003 p 61 Segundo Demo 1994 apud Manual de Extens o da UENF 2008 a pesquisa a o uma modalidade de pesquisa qualitativa Como a pesquisa qualitativa mais participativa a pesquisa a o basicamente objetiva entender um fen meno espec fico em profundidade em que ao inv s do uso de estat sticas regras e outras generaliza es buscam se descri es compara es e interpreta es A linha da pesquisa a o usada como metodologia para os projetos de investiga o propriamente
243. o Compuls ria para realiza o de diagn sticos acerca das condi es de sa de da popula o local como tamb m para trazer tona as endemias de maior relev ncia no munic pio que contribu ram s an lises O segundo cap tulo OS DESAFIOS DA DEMOCRATIZA O Sa de P blica Pol ticas Sociais e a raz o de ser da Universidade est sub dividido em quatro partes a saber Breve Hist rico da Sa de P blica Brasileira relata a es em sa de p blica no Brasil desde o in cio do s culo passado correlacionando as com cada per odo hist rico A segunda parte Da Reforma Sanit ria Constitui o Cidad por uma nova pedagogia da sa de retrata o movimento sanit rio com nfase em seus ideais e perspectivas que serviram de base para a constru o do SUS no interior do texto constituinte de 1988 com princ pios e diretrizes orientados para a promo o prote o e recupera o da sa de A terceira parte A Universidade e o novo senso comum conhecimento e solidariedade retrata a ruptura epistemol gica que transita do totalitarismo epist mico da ci ncia moderna a um novo senso comum pautado num conhecimento pluriversit rio institu do por uma ecologia de saberes que na contemporaneidade invoca a conforma o de uma universidade comprometida com a democratiza o do conhecimento e com os problemas sociais em seu entorno mediante o novo paradigma cient fico proposto por Boaventura de Sousa Santos e
244. o com as for as capazes de transform la O movimento pela Reforma Sanit ria iniciado no Brasil na d cada de 1970 traz em seu interior os ide rios da Sa de Coletiva e se constitui num campo de saber que criava espa os para uma pol tica alternativa com uma difus o ideol gica que propunha alternativas para a estrutura o de um novo modelo de sa de Engajaram se nele movimentos populares e o movimento estudantil atrav s da Semana de Sa de Comunit ria SESAC e do Encontro Cient fico dos Estudantes de Medicina ECEM pela articula o de professores e pesquisadores de Medicina Social e Sa de P blica al m de profissionais de sa de A Reforma Sanit ria contou com o apoio de dezenas de institui es como o CEBES e a ABRASCO atuando na organiza o e condu o em n vel nacional do processo de proposi o do Sistema nico de Sa de a fim de se reverter a l gica centralizadora e excludente da assist ncia sa de no pa s BAPTISTA 2007 Em meio a tantas press es e reconhecendo a crise no setor sa de o pr prio governo monta o Plano PREV SA DE contudo sem sucesso Mais tarde cria se o CONASP Conselho Consultivo da Administra o de Sa de Previdenci ria que se configurou como a primeira tentativa concreta de enfrentamento da crise previdenci ria com a preocupa o de transferir recursos federais para estados e munic pios e tendo como principais propostas a serem viabilizadas pelas A es In
245. o de ambas as entrevistas foram a conceito de extens o universit ria b extens o universit ria na UENF e c extens o universit ria e promo o da sa de buscando compreender os significados das categorias selecionadas e as percep es de cada ator nas quest es abordadas O que torna a entrevista instrumento privilegiado de coleta de informa es a possibilidade de a fala ser reveladora de condi es estruturais de sistemas de valores normas e s mbolos sendo ela mesma um deles e ao mesmo tempo ter a magia de transmitir atrav s de um porta voz as representa es de grupos determinados em condi es hist ricas s cio econ micas e culturais espec ficas MINAYO 1996 p 109 Na terceira fase foi realizada uma entrevista com Professor Michel Jean Marie Thiollent atualmente consultor da Pr Reitoria de Extens o e Assuntos Comunit rios da UENF e tamb m organizador do SEMPE Semin rio de Metodologias para Projetos de Extens o O roteiro foi idealizado de acordo com sua viv ncia e experi ncia no tema da extens o universit ria sua atua o junto Pr Reitoria de Extens o da UENF e de modo especial sua proposta de pesquisa a o como um diferencial das atividades extensionistas Ap ndice 5 As categorias abordadas foram a conceito de extens o universit ria b a metodologia da Pesquisa a o c extens o universit ria na UENF e d extens o universit ria e promo o da sa de 139
246. o desta vez de rep dio a seu governo Enquanto isso Campos dos Goytacazes com uma das prefeituras mais ricas do pa s em raz o da arrecada o dos royalties tornou se alvo de disputa de grupos pol ticos pouco preocupados com as mudan as anunciadas em 1988 Ao contr rio o clientelismo aprofundava se e as den ncias de corrup o na m quina p blica de antagonistas e de parceiros de Garotinho ganhavam as primeiras p ginas dos principais jornais do pa s Em 2008 ap s vinte anos do primeiro mandato de Anthony Garotinho em 1988 Rosinha Garotinho vence o tumultuado pleito para prefeita da cidade juntamente com seu vice o m dico Francisco Oliveira conhecido como Dr Chic o personalidade de grande influ ncia no munic pio Uma popula o empobrecida assiste e corrobora a persist ncia de uma pr tica pol tica pessoal e patrimonialista ainda que adaptada a um sistema pol tico moderno a democracia representativa Neste cen rio localiza se a Universidade Estadual do Norte Fluminense 1 3 Extens o universit ria de qual universidade se fala Em 1993 a UENF inaugurada em Campos ap s ser idealizada e projetada por Darcy Ribeiro ent o Secret rio Extraordin rio de Programas Especiais do Rio de Dispon vel em http pt wikipedia org wiki Anexo ListadegovernadoresdoRiodeJaneiro 35 Janeiro no Governo Brizola iniciado em 1991 que descartou qualquer envolvimento com personalidades campistas exce
247. o voc conseguiu entrar l Giselle L n o entra ningu m de Campos Confesso que no momento n o sabia se me sentia lisonjeada por ter conseguido algo que parecia inalcan vel aos meus pr prios colegas ou se me sentia triste por ser considerada estrangeira em terra natal Esta dupla identidade de campista e de aluna da UENF participante portanto de um novo ethos institucional tornou se o principal motor de minhas indaga es Sabia que desejava persistir em meus estudos na rea da sa de p blica mas percebia que a universidade se tornava tamb m para mim um objeto de estudo Nada f cil visto que imediatamente percebi que para levar a cabo a realiza o de minha proposta de pesquisa rigorosa e id nea haveria de conjugar meus maiores esfor os para colocar em suspenso todas as pr no es preconceitos e o montante de id ias e concep es explicitadas pelas pessoas ao meu redor Encontrei na problematiza o da fun o social da Universidade P blica e do lugar da extens o universit ria nesse processo meu foco de interesse Na interface com minhas preocupa es relativas sa de p blica em Campos dos Goytacazes e regi o constru meu objeto de estudo na medida em que me perguntava 1 Como se d a intera o entre a UENF e a comunidade no mbito da sa de p blica E entre a UENF e o Poder P blico local O que a extens o universit ria Como ela vem sendo pensada ao longo dos anos A indissociabilidade pr
248. ociedade a oportunidade da elabora o da pr xis de um conhecimento acad mico No retorno Universidade docentes e discentes trar o um aprendizado que submetido reflex o te rica ser acrescido quele conhecimento Este fluxo que estabelece a troca de saberes sistematizados acad mico e popular ter como consegi ncia a produ o do conhecimento resultante do confronto com a realidade brasileira e regional a democratiza o do conhecimento acad mico e a participa o efetiva da comunidade na atua o da Universidade Al m de instrumentalizadora deste processo dial tico de teoria pr tica a Extens o um trabalho interdisciplinar que favorece a vis o integrada do social F RUM NACIONAL DE PR REITORES DAS UNIVERSIDADES P BLICAS BRASILEIRAS 1987 apud NOGUEIRA 2001 p 68 2 Este conceito ampliado de Extens o incorporado Constitui o Federal de 4 a ale a PENOS x P 1988 em acordo com o princ pio da indissociabilidade entre ensino pesquisa e extens o corroborando para a constru o de uma sociedade livre justa e solid ria em busca da promo o da cidadania e do desenvolvimento nacional A abertura democr tica permitiu o fortalecimento da categoria docente e a emerg ncia de um quadro de novos dirigentes universit rios comprometidos em situar a Universidade mais pr xima dos anseios da popula o Neste contexto a Extens o passou a ser entendida como articuladora do ensino e
249. ofessor Olney e Professor Jo o enfatizam que para o aluno a principal fun o da extens o vincula se ao ensino no entendimento da forma o mais ampla do profissional e do cidad o uma vez que propiciado ao estudante universit rio o envolvimento com a realidade local durante o per odo de sua gradua o Este movimento lembrado como indo ao encontro das metas de Darcy Ribeiro quando da idealiza o da UENF como uma institui o capaz de promover o desenvolvimento regional atendendo as demandas locais Professor Olney Motta Isto para mim o principal objetivo da extens o Eu falo por experi ncia pr pria porque quando aluno eu participei de 2 projetos Rondon O estudante de gradua o come a a lidar com as necessidades locais que o ponto principal que Darcy Ribeiro via na forma o e implementa o da UENF em Campos Agora para o professor tudo muito importante ter voca o mas se n o tiver perfil nunca tarde para tentar fazer porque inclusive isto j vem acontecendo Professor que a gente nunca imaginava que iam fazer extens o e hoje est fazendo porque eles viram que a extens o pode ser utilizada como uma ferramenta para divulgar aquilo ele trabalha as suas descobertas Professor Jo o Almeida Em 2003 com o desenvolvimento do projeto gua Travess o identificamos que a contamina o da gua era o fator causal das diarr ias Por uma press o nossa e da pr pria co
250. om sua tica de vida mas n o h uma correla o com benef cios palp veis para a carreira acad mica nas respectivas sociedades cient ficas A assistente social Maria Helena corrobora este ponto de vista e refor a as virtudes humanas dos cientistas que se dedicam extens o Maria Helena Acho de suma import ncia porque se o aluno s fica aqui dentro ele n o tem contato com a comunidade e tamb m n o d este retorno do que ele aprende pra comunidade fica uma coisa incompleta at pro mercado de trabalho Para os professores eu acho que tem uns que tem perfil mais para extens o mas tem outros que n o tem tanto uns s o mais vocacionados pesquisa sala de aula agora tem professores que t m caracter sticas espec ficas O Prof Silv rio um deles ele tem caracter sticas iminentemente extensionistas ele um incentivador ele valoriza muito a gente que se volta para a extens o Olha o Prof Silv rio a Profa Lana e a L lian s o pessoas que constru ram a extens o na UENF eles constru ram esta hist ria O destaque meu 152 Tais julgamentos por m s o perigosos para a implementa o do novo extensionismo pois coloca um peso excessivo sobre indiv duos que seriam especialmente sens veis s causas sociais quando se trata de recriar mecanismos de avalia o cient fica de todos os docentes que n o hierarquizem as v rias a es que se d o no mbito universit rio de forma interligada
251. ome ar a desenvolver os sintomas da doen a A partir de ent o que ocorre a notifica o de um novo caso de AIDS Dispon vel em http www aidsbrasil com A s ndrome da imunodefici ncia adquirida uma manifesta o cl nica avan ada da infec o pelo v rus HIV Geralmente a infec o pelo HIV leva a uma imunossupress o progressiva especialmente da imunidade celular e a uma desregula o imunit ria Tais desregula es e supress es imunit rias acabam por resultar em infec es oportunistas neoplasias e ou manifesta es dem ncia caquexia trombocitopenia etc que s o condi es definidoras de AIDS quando em presen a da infec o pelo HIV Ibid H alguns anos receber o diagn stico de AIDS era quase uma senten a de morte Atualmente por m a AIDS pode ser considerada uma doen a de perfil cr nico Isto significa que uma doen a que n o tem cura mas tem tratamento e uma pessoa infectada pelo HIV pode viver com o v rus por um longo per odo sem apresentar nenhum sintoma ou sinal Ibidem A epidemia ainda se encontra em n veis elevados no Brasil que possui um ter o dos portadores da Am rica Latina contudo o n mero de bitos vem diminuindo e se estabilizando gra as aos avan os tecnol gicos e as pesquisas que propiciam o desenvolvimento de exames e medicamentos cada vez mais eficazes e aos programas de preven o que incentivam o uso de seringas descart veis e preservativos CONCEI O 2008
252. onamento entre a universidade e a cidade Os embates ocorridos durante a implanta o da UENF afetaram diretamente o relacionamento da Universidade do Terceiro Mil nio com a sociedade campista e o poder p blico local fato que at hoje pode ser pontuado como um dos obst culos presen a da UENF na cidade ainda que ao longo dos ltimos 15 anos o quadro esteja mudando em favor do relacionamento da universidade com a comunidade Nesta revers o a PROEX UENF desempenha um papel crucial A extens o universit ria na UENF apresentou significativo crescimento em suas diferentes modalidades de apresenta o a partir da implanta o do Programa Universidade Aberta institu do durante a gest o da Professora L lian Bahia identificado como o per odo em que se alavancou o desenvolvimento da pr tica extensionista na UENF Embora a diretriz da indissociabilidade entre ensino pesquisa extens o tenha sido institu da legalmente fruto do amadurecimento e das lutas de grupos espec ficos na comunidade universit ria em mbito nacional a mentalidade generalizada ainda a da aparta o e a da discrimina o que v o extensionimo muitas vezes reduzido a pr ticas assistenciais e mesmo assistencialistas que corroboram os maus usos da m quina p blica Para a mudan a desta mentalidade o F rum de Extens o das Universidades P blicas Brasileiras criado em 1987 desempenha um papel decisivo ao defender as universidades como l cus privileg
253. ores do SEMPE Semin rio de Metodologias para Projetos de Extens o 93 Nacional de Divulga o Cient fica A extens o tem um papel fundamental nisto e at hoje isto muito mal tem algumas revistas de extens o mas s o de pouca circula o e se quisermos ver o papel da extens o como gerador de conhecimento temos que nos preocupar com a valoriza o e circula o deste conhecimento Profa L lian Bahia o sistema de avalia o hoje n o valoriza em nada o trabalho com extens o Isto uma quest o que eu acho que ela tem que vir de cima pra baixo ou seja para se ter uma valoriza o acad mica da extens o como pontua o e reprodu o de conhecimento reconhecida ela teria que ter um outro formato que ela ainda n o tem Por exemplo o que hoje diz a produtividade do individuo N o o Curriculo Lattes dele A extens o tinha que est ali Durante o tempo em que eu coordenei o F rum Regional de Pr Reitores de Extens o aqui no sudeste eu pegava todas as universidades p blicas do sudeste e n s batalhamos muito fui com os meus companheiros at Bras lia para conversar sobre o reconhecimento da extens o a partir do Curr culo Lattes com publica es e tal mas isto avan ou muito pouco Alguns dos impedimentos de uma reforma universit ria que comece pela extens o entendida como comunica o existem pelas condi es mesmas do sistema cient fico e tecnol gico que mant m sua cren a no paradigma moder
254. orte Fluminense apenas mais uma universidade regional conforme o desejo da sociedade local e prop s um modelo de universidade que pudesse ser comparado Universidade de Campinas que se constitu ra como um n cleo de renova o tecnol gica e cient fica Pontuou que o desafio era a constru o de uma verdadeira universidade que rompesse com o modelo de universidades p blicas e privadas dispostas como resultado residual de m ltiplas decis es isoladas e an rquicas referentes a interesses corporativos ou particularistas que n o correspondem concretiza o de um projeto pr prio e l cido de organiza o universit ria SMIDERLE 2004 Os campistas que assumiram a luta pela emenda popular na constitui o do Estado do Rio de Janeiro almejavam majoritariamente a transforma o das v rias faculdades j existentes em Campos em uma nova universidade estadual onde o corpo docente continuaria o mesmo N o se esperava que a UENF pudesse vir a ser constitu da noutro perfil As exig ncias presentes por m no Projeto Darcy no tocante ao corpo acad mico da universidade traziam implica es para o corpo docente de ensino superior local principalmente no que se refere obrigatoriedade do t tulo de Doutor para todos os professores da UENF 2 num contexto em que a maior parte dos professores respons veis pelo ensino superior em Campos ainda n o detinham tal t tulo requisito m nimo na UENF para a carreira do magist rio Grande
255. os meses em que realizei as consultas documentais e bibliogr ficas necess rias no decorrer de minha pesquisa de campo Aos professores do PPGPS e aos colegas de turma pelo aprendizado coletivo e compartilhado Em especial aos professores Hern n Armando Mamani Liete de Oliveira Acc cio e Sonia Martins de Almeida Nogueira e aos amigos Carlos Moraes Edmilson Tonny Paulo S rgio Marilene Ana Paula Serpa Josete e Janike Jamais esquecerei voc s porque moram em meu cora o VI Bem aventurados aqueles que t m seu prazer na lei do Senhor e nela medita de dia e de noite Pois ser como a rvore plantada junto a ribeiros de guas a qual d o seu fruto na esta o pr pria e cujas folhas n o caem e tudo quanto fizer prosperar s SALMO 1 2 3 N o tarde para se sonhar o c u ainda azul h esperan a s olhar no olhar de uma crian a e no sorriso de uma m e que deu luz Ouvirei os testemunhos de bravos homens que venceram ouvirei dos cegos que ainda esperam a vis o ouvirei can es que marcam toda uma gera o pois nunca tarde para se sonhar Minha for a vem de um Deus que faz milagres minha f est al m do imposs vel minha esperan a viva est meu cora o n o quer parar pois nunca tarde para se sonhar Trecho da m sica N o tarde cantada por Fernanda Brum e Ana Paula Valad o vii RESUMO O estudo problematiza o debate acerca da extens o universit ri
256. os pela sociedade americana durante e depois da Segunda Guerra Mundial colaboraram para a distin o de quatro tipos de pesquisa a o Barbier 1985 p 39 apud Haguette 2007 p 112 3 e A Pesquisa a o de diagn stico Apresenta o intuito de elaborar planos de a o solicitados A equipe de pesquisadores entra numa situa o existente estabelece o diagn stico e recomenda medidas para sanar o problema e A Pesquisa a o participante Neste caso h envolvimento desde o in cio do processo de pesquisa com os membros da comunidade amea ada e A Pesquisa a o emp rica Consiste em acumular dados de experi ncias de trabalho di rio em grupos sociais semelhantes Este tipo de pesquisa pode levar ao desenvolvimento de princ pios generalizados como ocorreu no caso da medicina cl nica e A Pesquisa a o experimental 115 Esta exige um estudo controlado da efici ncia relativa de t cnicas diferentes em situa es sociais praticamente id nticas a que possui maior potencial para fazer progredir os conhecimentos cient ficos dentro da perspectiva da cientificidade tradicional Michel Thiollent 1998 p 14 pontua que dentre as diversas defini es poss veis a pesquisa a o pode ser explicitada como Um tipo de pesquisa social com base emp rica que concebida e realizada em estreita associa o com uma a o ou com a resolu o de um problema coletivo no qual os pesquisadores e os participantes representa
257. ostais Professora Maria Ang lica complementa ao final de sua entrevista sobre a facilidade que apresenta hoje em dia para conseguir parcerias com empresas para 160 execu o de seus projetos e o quanto isto acaba por exigir do pesquisador compet ncias que n o seriam tipicamente suas mas que hoje lhe s o requeridas Voc sabe que eu tenho facilidade com isto Tem um empres rio que tem disponibilidade de financiar outro projeto meu N o que eu esteja procurando n o mas eles oferecem toda estrutura para eu desenvolver o projeto Ainda assim trata se conforme se pode ver do voluntarismo de uma professora de modo que independentemente deste cabe Universidade apostar nas estrat gias formais de conv nios e parcerias que possam tamb m atrair aqueles cientistas que se voltam extens o embora sem necessariamente o mesmo perfil na capta o de recursos no mercado privado Todavia parcerias locais institucionalizadas nos programas de extens o podem ser propositivas principalmente quando envolvem articula o local entre gestores institui es de ensino superior alunos movimentos sociais e inst ncias do controle social visando implementa o de pol ticas para a promo o da sa de da popula o Tratam se de articula es do tipo cooperativo baseadas na reciprocidade e no benef cio m tuo Segundo Boaventura de Sousa Santos 2005a p 42 3 o conhecimento pluriversit rio tem tido sua conc
258. oytacazes antigos habitantes da regi o A conquista do Cabo de S o Tom que na atualidade corresponde ao Estado do Rio de Janeiro era almejada pelos portugueses para o extrativismo vegetal notadamente do pau brasil Na segunda metade do s culo XVII mais precisamente em 1676 foi fundada a Vila de S o Salvador que hoje corresponde cidade de Campos dos Goytacazes pelo governador Salvador Correa de S A economia regional inicialmente destacou se pelo desenvolvimento da pecu ria e da atividade a ucareira O significativo desenvolvimento econ mico de Campos dos Goytacazes no s culo XIX pode ser creditado expans o da produ o a ucareira inicialmente feita nos engenhos de moenda que progressivamente foram substitu dos pelos engenhos a vapor at no per odo ureo industrial se vislumbrar a agroind stria a ucareira com a presen a de usinas Com a riqueza trazida pela cana de a car Campos dos Goytacazes cresceu e se desenvolveu as constru es de sobrados e solares confort veis se espalharam por todas as reas pr ximas ao Rio Para ba do Sul O comando da vida cultural da regi o passou dos solares rurais para o n cleo urbano Consegiientemente uma poderosa aristocracia agr ria surgiu da atividade a ucareira e passou a influir na pol tica e no poder local PARANHOS 2006 O desenvolvimento da ind stria no ltimo quartel do s culo XIX que anunciou o aparecimento de uma nova realidade s cio econ mi
259. pela extens o passaram a ser requeridas como forma de articular a universidade e a comunidade al m muros Como instrumentalizadora de um processo dial tico entre a teoria e a pr tica a Extens o Universit ria ganha os f runs de debates como um trabalho interdisciplinar que favorece a vis o integrada do social Souza Neto amp Guarnieri Atik 2005 definem extens o universit ria como um processo educativo que envolve a es de car ter cient fico cultural e art stico voltadas para a integra o da institui o universit ria possibilitando assim uma efetiva participa o da universidade na sociedade reconhecendo em ambas possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento do saber popular e cient fico Este fluxo sistematizado por sua vez traz como conseq ncia a produ o de um tipo de conhecimento que resulta do confronto com a realidade local permitindo a democratiza o do conhecimento e a participa o efetiva da comunidade na atua o da universidade tamb m no cen rio da abertura democr tica no Brasil que os movimentos sociais lutaram por um melhor modelo de aten o sa de a Reforma Sanit ria que proponha um conceito ampliado de sa de As id ias norteadoras da Reforma Sanit ria atuaram de forma pr ativa para a cria o do Sistema nico de Sa de SUS no texto constitucional de 1988 em que a sa de passa a ser reconhecida como direito social e de cidadania extensivo a toda popula o Com as
260. pelos projetos deveriam atender as necessidades locais A t tulo de exemplo o sub distrito de Guarus considerado como 174 um dos que apresentam grandes problemas de sa de p blica como verificado no caso da tuberculose em que metade dos casos notificados no munic pio s o oriundos desta localidade bem como quando houve a epidemia da dengue no ano de 2007 em que a localidade apresentou ndice de infesta o superior a 1 concentrando o maior n mero de casos notificados 3 Destaca se a car ncia ainda de projetos extensionistas direcionados s gestantes principalmente para as adolescentes de comunidades de baixa renda com medidas espec ficas de conscientiza o e iniciativas de encaminhamento durante o per odo de pr natal para o Programa de assist ncia gestantes do munic pio uma vez que os dados revelaram uma taxa de mortalidade infantil significativa no per odo neonatal no munic pio de campos no ano de 2006 4 O Programa Sa de da Fam lia desativado hoje em Campos mas ainda em funcionamento no ano de 2007 n o foi mencionado em nenhum projeto de extens o como um de seus parceiros A previs o de sua breve reativa o sugere a urg ncia de parcerias interinstitucionais pois o agente comunit rio de sa de novo personagem cuja caracter stica morar na comunidade e introduzir no cotidiano das fam lias uma aten o a sua sa de traz consigo as suas redes suas experi ncias de parti
261. personalismo e no patrimonialismo foi poss vel verificar que os coordenadores dos projetos inserem nas metas de seus projetos a es que visem conscientiza o sanit ria e cidad a fim de estimular a participa o da comunidade nos processos que dizem respeito ao seu bem estar e melhoria da qualidade de vida O Projeto Educa o Sa de e Cidadania forma o e atua o de agentes multiplicadores de informa o em DST AIDS configura se como um diferencial explicado pela parceria institucionalizada com o poder p blico local que viabilizou a 173 implementa o de uma pol tica p blica de sa de facilitada pelo v nculo empregat cio da coordenadora do projeto com a Prefeitura Municipal de Campos onde exerce suas atividades profissionais no Programa DST AIDS fato que aumentou as chances do projeto estabelecer parceria com o poder p blico municipal por meio do referido programa Ainda quanto aos desdobramentos e alcance dos resultados esperados foi constatado que os projetos de extens o necessitam de um desenvolvimento cont nuo para a concretiza o de suas metas No tocante s a es de Promo o de Sa de estas precisam tamb m de tempo uma vez que investem em quest es culturais que exigem uma interven o cautelosa e cuidadosa Faz se necess rio dentre outros o firmamento de a es intersetoriais com car ter transdisciplinar e interdisciplinar oportunizando maiores chances de consolida o do princ p
262. pesquisa as quais contribu ram para o desenvolvimento deste trabalho Ao professor Jo o Carlos de Aquino Almeida que se tornou meu amigo no decorrer desta pesquisa pela sua disposi o em me ajudar e pela aten o dispensada em todo tempo Ao professor Michel Thiollent que com toda humildade coopera o e compet ncia esteve pronto a me escutar e ajudar quando nos conhecemos na Pr Reitoria de Extens o da UENF e durante todo o percurso desta pesquisa Ao professor Silv rio Paiva uma pessoa especial que com sua calma e tranqiilidade n o mediu esfor os para a reuni o de informa es necess rias para a concretiza o desta disserta o Ao professor Dalton Jos Alves por ter aceitado o convite para compor a banca examinadora deste trabalho Sei que sua contribui o ser valiosa professora Vera L cia Marques da Silva por ter me ajudado na concretiza o deste trabalho com suas aprecia es e sugest es A Ana Paula Caputo secret ria do Programa de P s Gradua o em Pol ticas Sociais por sua calma paci ncia e aten o em todos os momentos em que necessitei de sua ajuda durante o curso de mestrado Aos meus colegas do N cleo de Estudos em Teoria Social o NETS pelos momentos de aprendizagem e troca de conhecimentos Em todo tempo aprendi muito com voc s e me sinto altamente privilegiada por compor a lista de integrantes deste grupo Aos funcion rios da PROEX UENF pela gentileza e aten o durante
263. pol ticas de sa de Assiste se ainda ao crescimento dos servi os m dicos empresariais e ao desenvolvimento de um ensino m dico desvinculado da realidade sanit ria da popula o voltado para a especializa o e a sofistica o tecnol gica MENDES 1999 As d cadas de 60 e 70 representam ainda a amplia o e consolida o da forma o de profissionais de sa de centradas nos especialismos e num desenho tecnoassistencial pautado pela valoriza o excessiva da utiliza o de tecnologias de alto custo e incorpora o t cnica por m de pouca resolutividade formando predominantemente profissionais procedimentos centrados MARCH et al 2006 A partir de meados da d cada de 1970 finalizado o milagre econ mico e em um cen rio de crise pol tica institucional e econ mica iminente do governo militar come am a se definir novas estrat gias pol ticas dentre elas est o o II Plano Nacional de Desenvolvimento PND e a pol tica de abertura do governo O II PND traz implica es diretas e indiretas nas pol ticas de sa de com especial destaque para a cria o do Minist rio da Previd ncia e Assist ncia Social e a implanta o do Plano de Pronta A o o PPA que se configura como uma nova modalidade assistencial a medicina de grupo viabilizada a partir do conv nio empresa constitu da como uma forma de intera o da Previd ncia Social e a empresa contratante que passa a responsabilizar se pela aten o m dica de
264. port ncia da tr ade ensino pesquisa extens o no processo de produ o do conhecimento pelo entendimento de que o fazer extensionista promove a pesquisa e o ensino tendo o aluno como um de seus protagonistas Na opini o de Dr Olney Motta o pesquisador deve conjugar pesquisa ensino extens o caso contr rio se torna um profissional ultrapassado Nos encontros de Extens o em que participou foi poss vel perceber o quanto algumas universidades do nordeste a UFMG a UFSC a federal do Rio de Grande do Sul e a UENF se enquadram no novo extensionismo 148 Professor Olney Motta Hoje em dia o pesquisador que n o trabalha com extens o ele ultrapassado ele tem que trabalhar a extens o junto com a pesquisa sempre ensino pesquisa e extens o Posso falar pelos Encontros de Extens o que j participei e vi que as universidades do nordeste est o dentro do novo extensionismo a UFMG a UFSC a federal do Rio Grande do Sul e a UENF Eu trabalho com v rios fungos em meu laborat rio mas do que me adianta eu pesquisar tudo sobre estes microorganismos saber que eles podem estar acometendo a comunidade e n o divulgar isto n o buscar a preven o perante estas comunidades e n o conscientiz los quanto aos riscos Quando coletamos amostras de animais fazemos o isolamento e pesquisamos qual o perfil de virul ncia dos microorganismos encontrados a resist ncia medicamentos o que eles podem ocasionar para estas pessoas j
265. que a concep o ocidental passa a negar o car ter racional de qualquer forma de conhecimento que n o se pautarem em seus princ pios epistemol gicos e em suas regras metodol gicas Na atualidade observa se uma Revolu o Cient fica que ocorre numa sociedade em que ela pr pria revolucionada pela ci ncia e o paradigma a emergir a partir dela n o pode ser apenas um paradigma cient fico o paradigma de um conhecimento prudente mas precisa ser tamb m um paradigma social o paradigma de uma vida decente SANTOS 1987 p 36 7 Boaventura de Sousa Santos 2005b distingue dois pilares em tens o dial tica na modernidade o pilar da regula o social e o pilar da emancipa o social O primeiro pilar corresponde a formas hegem nicas de globaliza o O segundo pilar refere se a formas de globaliza o contra hegem nicas que deste modo apontam para a possibilidade de reinven o da emancipa o social Com efeito a revolu o neoliberal traz tona a re ideologiza o do modelo dominante que busca na racionalidade instrumental da modernidade a efetiva o do discurso positivista que pretende renormalizar as institui es acad micas a favor da economia e da lei de mercado Verifica se que as universidades t m se abstido de levar a cabo a transi o paradigm tica contempor nea refugiando se em agendas mais convencionais e deixando de lado a produ o de conhecimento cr tico intersubjetivo com vistas transforma o
266. que desenvolvidos na UENF Quais s o os programas em desenvolvimento que o Sr destacaria hoje na extens o E quantos e quais foram os cursos oferecidos e eventos universit rios destinados extens o universit ria desde o in cio de sua gest o Quais s o os principais desafios e obst culos visualizados ainda hoje para a extens o universit ria na UENF Como a rela o entre a UENF e a comunidade E com o poder p blico local Como o Sr v o comprometimento do corpo docente com as a es extensionistas o Sr considera que est havendo um maior interesse dos professores na execu o de projetos de extens o E o reconhecimento desta atividade na universidade de um modo geral Existe algum incentivo para que os professores exer am atividades de extens o Quais Como o Sr pensa a valoriza o do profissional que al m de se dedicar ao ensino e a pesquisa tamb m faz extens o Como Pr Reitor de extens o como o Sr poderia classificar o entrela amento entre ensino pesquisa e extens o na UENF O manual de extens o de mar o de 2004 afirma que a UENF tem se esfor ado para desempenhar o papel que lhe foi conferido a promo o e desenvolvimento regional Como as a es extensionistas na UENF v m atuando para ajudar a universidade no cumprimento desta meta Como o Sr visualiza o futuro da extens o na UENF 199 5 Extens o Universit ria e Promo o da Sa de 5 1 Em rela o s a es
267. quilo que ela tem de direito onde ela pode chegar porque eles pagam impostos Ent o o Poder P blico da mesma forma que pede o voto tamb m tem que retribuir a popula o o que direito deles Nas palestras n s falamos sobre isto e me parece que j surtiu efeito em Travess o N s pressionamos e a comunidade tamb m e houve um ganho para a sa de p blica em larga escala porque a gua passou a ser tratada l Professora Maria Ang lica Para as pessoas que cuidam das crian as as palestras s o sempre por volta das 7 horas da noite ou nos fins de semana oferecemos um lanchinho b sico e conversamos a respeito das necessidades dos resultados encontrados com os exames a gente explica o porqu quer dizer sempre conscientizando CJ Maria Helena destaca a import ncia da mobiliza o da Associa o de Moradores dentro da comunidade em que se deseja atuar Al m de uma for a motriz incentivando a participa o comunit ria tamb m esta pode se tornar uma parceira imprescind vel para o alcance dos objetivos de projetos extensionistas Maria Helena Olha inicialmente a gente fez todo um trabalho com a associa o de moradores explicando os objetivos do projeto para estimular a participa o da comunidade n E nossa preocupa o sempre fornecer as informa es necess rias para a preven o e a partir do conhecimento adquirido eles fariam a op o de realizar exames um trabalho de conscientiza o da
268. r este pesquisador como fatores motivadores deste problema Durante muitos anos a UENF foi rotulada como uma universidade fechada e n o integrada comunidade fato confirmado por Smiderle que identificou amplamente a dissemina o na sociedade campista da UENF figurativamente como um disco voador um corpo estranho pousado numa cidade interiorana com as portas fechadas por dentro As falas de nossos entrevistados passados 15 anos da implementa o da UENF revelam atualmente uma universidade que tem se voltado para a comunidade de modo que a vis o anterior est cada vez mais ultrapassada Quando perguntados sobre as poss veis implica es no processo de intera o entre UENF comunidade mais especificamente referente s a es extensionistas os entrevistados declararam Professor Olney Motta Considero favor vel a rela o da UENF com as comunidades que a gente trabalha a aceitabilidade boa n o vejo rejei o n o Acho que hoje as pessoas j est o entendendo o sentido da extens o e aquela vis o de que a UENF um castelo intoc vel est se findando ou que a universidade s para um bando de maluco ou metidos Isto est sendo quebrado pela comunidade 144 Maria Helena A comunidade nunca impediu a nossa entrada l n o muito pelo contr rio eles sempre foram muito receptivos No caso dos projetos coordenados pelos professores Jo o Almeida e Maria Ang
269. r que medidas de preven o e controle est o mais indicadas para o problema em quest o ROUQUAYROI 1993 25 universit ria para onde Uma apresenta o de Campos dos Goytacazes e regi o Norte Fluminense retrata a conforma o do munic pio desde sua forma o destacando sua configura o econ mica social e cultural ao longos dos anos at a atualidade a segunda parte Extens o universit ria com quem Capital social e implica es na pol tica local traz a hist ria da representatividade pol tica de Campos e sua correla o para a conforma o do capital social local luz dos pressupostos da Teoria de Capital Social de Robert Putnam 1996 a terceira parte Extens o universit ria de qual universidade se fala compreende todo contexto de implanta o da UENF e sua estrutura o tendo como fonte principal seu Plano Orientador A quarta parte Pobreza e sa de local as car ncias da popula o entorno da UENF exp e alguns indicadores sociais como pobreza renda saneamento b sico conforma o atual dos segmentos populacionais e a taxa de mortalidade infantil e por grande grupo de causas como fatores condicionantes para as quest es de sa de p blica e por ltimo a quinta parte intitulada A pesquisa de campo explorat ria doen as e notifica es obrigat rias no munic pio que a partir do indicador de sa de morbidade exp e a frequ ncia de algumas Doen as de Notifica
270. ra justi a e emancipa o social Um dos primeiros passos na pesquisa a o consiste na constru o de um espa o de interlocu o que facilita a aceita o mesma do projeto pelas diversas partes envolvidas a motiva o e a mobiliza o de pessoas e grupos Uma vez delineado o espa o a organiza o de encontros e semin rios permite definir objetivos acompanhar o processo interpretar e avaliar os resultados THIOLLENT 1998 p 60 A proposta da pesquisa a o sugere que no desenrolar do projeto deve se relacionar o momento investigativo pesquisa ao momento ativo a o ou decis o Isto a distingue definitivamente da pesquisa tradicional onde esses dois momentos s o separados j que se come a com um conhecimento significativo sobre rela es hipot ticas enquanto se busca a descoberta de fatos novos explica es causais e leis que governam a aglutina o dos dados para adequada medi o de causa e efeito Desta forma a pesquisa a o compreende uma rotina composta por tr s a es principais observar ou olhar para reunir informa es e construir um cen rio pensar para explorar analisar e interpretar os fatos e agir implementando e avaliando as a es Dentro desta mesma id ia pode se dividir o processo de pesquisa a o em quatro principais fases explorat ria principal a o e avalia o As fases n o s o 118 rigorosamente segiienciais sendo seu planejamento flex vel e pass vel de adequa
271. rasil onde os assentados tinham cart o do programa de assist ncia do governo federal o bolsa fam lia ent o foi feito um projeto de extens o com uma equipe multidisciplinar neste acampamento e v rios entregaram ao final do projeto seu cart o porque diziam n o precisar mais dele Isto para mim foi muito significativo Temos a um exemplo de como voc trabalha a quest o da interdisciplinaridade porque tinha de tudo quanto rea ali Ent o tem que buscar temas aglutinadores com voca o para pegar v rias reas A aplicabilidade das atividades extensionistas no campo da sa de representa uma supera o das pr ticas tradicionalmente adotadas que isolavam os estudantes e 131 docentes de diversos cursos de sa de acabando por estabelecer fronteiras muito demarcadas entre os processos de forma o e as demandas sociais de sa de A supera o da vis o fragmentada de homem e sa de vem acompanhada de significativa inser o e interlocu o do discente com a comunidade local de forma a ajud lo na compreens o da relev ncia da participa o da popula o nos processos decis rios sobre as quest es de sa de locoregionais Na experi ncia extensionista o aluno estabelece rela es mais pr ximas e compreensivas acerca do modo de viver das popula es que o qualifica para a escuta e o acolhimento proporcionando lhe a responsabilidade e a aptid o para a constru o efetivamente coletiva em seu exerc c
272. rdo com a pesquisa explorat ria havia inaugurado um novo ritmo ao extensionismo na UENF ainda presente em seu desenvolvimento Tamb m o Professor Michel Thiollent convidado pelos gestores da extens o para a fun o de consultor da PROEX Em seguida defino minha amostra de projetos do ano de 2007 sob a rubrica sa de de modo a realizar entrevistas semi estruturadas e gravadas tamb m com seus respectivos coordenadores Acrescento pesquisa de campo a visita ao Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Sa de de Campos dos Goytacazes com o intuito de verificar a frequ ncia de algumas doen as de notifica o compuls ria no munic pio tendo como base a epidemiologia descritiva que me permite de um modo geral identificar por meio de dados quantitativos as condi es de sa de da popula o Por fim sigo para a operacionaliza o dos dados para obten o dos resultados da an lise Organizo a estrutura desta disserta o em quatro cap tulos O primeiro cap tulo intitulado CAMPOS E REGI O NORTE FLUMINENSE Universidade Conhecimento e Sa de P blica est subdividido em cinco partes Extens o 4 E 8 ipa A A Epidemiologia Descritiva estuda o comportamento das doen as em uma comunidade isto em que situa es elas ocorrem na coletividade segundo caracter sticas ligadas pessoa quem ao lugar ou espa o f sico onde e ao tempo quando fornecendo elementos importantes para se decidi
273. rec ria intera o universidade Poder P blico indicada pelos coordenadores de projetos como um fato real que atua como um empecilho para implementa o de pol ticas p blicas municipais a partir da extens o da UENF A exce o hoje cabe a Maria Helena Ribeiro de Barros Barbosa campista de nascimento e assistente social servidora da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes lotada no Programa 70 curioso que no in cio dos anos 1990 Garotinho ainda era apenas um jovem aspirante ao poder bastante popular na cidade pelos programas de r dio Dizia representar a renova o pol tica em Campos Chegou a estar presente em reuni es e solenidades de implementa o da UENF nos anos de 1992 e 1993 O mesmo PDT de Darcy Ribeiro apostaria suas fichas em sua carreira pol tica e por isso este de Prefeito de Campos cargo que veio a ocupar tendo sido ainda reeleito al aria o posto de Governador do Estado do Rio de Janeiro Suas pr ticas e alian as pol ticas comprovaram se ao longo do tempo do mesmo car ter que as do grupo que antes criticava A FENORTE quando da campanha pela autonomia da UENF era um de seus mais fortes bra os pol ticos na cidade 146 DST AIDS e tamb m funcion ria da UENF Maria Helena promoveu parceria entre a universidade e o Poder P blico Municipal Professor Olney Motta Olha desde 2004 que a gente vem tentando uma parceria com a Prefeitura mas sem lograr xito nossa ltima te
274. rente ao desenvolvimento social Assim por entender a extens o universit ria como uma das vias para a transforma o da realidade mediante a expans o do universo acad mico para al m dos muros institucionais promovendo a es que visem constru o de uma consci ncia cidad em que se valoriza simetricamente a reflex o cr tica e propositiva num processo que conjuga saberes profissionais e ticos que foi poss vel aqui analisar a extens o universit ria em seu v nculo com a promo o da sa de coletiva para maior qualidade de vida da popula o Nesta disserta o p de se recordar o movimento pela Reforma Sanit ria iniciado no Brasil na d cada de 1970 que fez a Sa de Coletiva constituir se num campo de saber criando espa os para a difus o ideol gica de novas alternativas para a estrutura o de um modelo de sa de que contribu sse para a supera o do biologicismo mediante a percep o da indissocia o entre o biol gico e o social no processo sa de doen a 79 Pensar em sa de hoje exige uma forma de analisar os problemas seus contextos e desdobramentos de modo que a melhoria da qualidade de vida da popula o n o s o mais exclusivas de um ou outro campo de conhecimento uma vez que os desafios somente ser o superados se houver uma constru o horizontal entre as diversas reas do saber de solu es visando ao bem comum Tais perspectivas inovadoras no campo da sa de sugerem tamb m fomentar o envolvi
275. retiza o de forma mais consistente nas parcerias universidade ind stria mas em pa ses centrais e semi perif ricos o contexto de sua aplica o tem sido n o mercantil mas antes cooperativo e solid rio atrav s de parcerias entre pesquisadores e sindicatos organiza es n o governamentais movimentos sociais comunidades carentes grupos sociais especialmente vulner veis tais como desempregados idosos doentes cr nicos portadores de HIV AIDS entre outros O Plano Nacional de Extens o contempla em seus objetivos a valoriza o de programas de extens o interinstitucionais sob a forma de cons rcios redes e parcerias Eis F N i E 72 a F ts e atividades voltadas para o interc mbio e a solidariedade As parcerias institu das 7 De acordo com informa o contida no site da RENEX a organiza o das a es de extens o em programas constitui se em uma das melhores solu es para o cumprimento das diretrizes de impacto e transforma o intera o social de di logo e constru o de parcerias interdisciplinaridade e integra o ensino pesquisa e extens o FORPROEX 2007a Dispon vel em http www renex org br 161 pelos projetos selecionados transitam desde escolas institui es de caridade igrejas e universidades at em menor propor o com o Poder P blico e empresa privada Valad o 2004 acrescenta que sendo a escola um espa o social ela representa um local privilegiado para a promo o
276. ria vinculou se a Pr Reitoria de Extens o e Assuntos Comunit rios da UENF Um semin rio interno foi desenvolvido com participa o de funcion rios da universidade e integrantes da comunidade com o intuito de diagnosticar demandas e tra ar metas para a regi o Norte Cabe lembrar que a Coordena o de P s gradua o foi a primeira a ser estruturada na UENF em seguida a de Gradua o que funcionava ligada Secretaria Acad mica e a Coordena o de Extens o a ltima a ser implantada existia apenas no papel Entre os centros somente o CCTA havia implantado sua coordena o de Extens o em maio de 1996 dirigida por Dr D lcio Ricardo de Andrade LIMA amp ALVES 2003 p 105 E Antiga resid ncia de Maria Queiroz de Oliveira a Finazinha a Villa Maria foi doada em testamento futura universidade de Campos no ano de 1973 Na estrutura da UENF publicada em Di rio Oficial em 1993 j constava uma Casa de Cultura e a Villa Maria foi escolhida para sedi la IBID p 81 98 Fluminense conforme a filosofia do Plano Orientador da universidade LIMA amp ALVES 2003 p 84 Nasceram deste encontro v rios projetos dentre os quais merece destaque o Projeto Meninos da Villa que objetivou a democratiza o dos bens culturais atrav s do atendimento a crian as e adolescentes carentes menores infratores e suas fam lias buscando a ressocializa o recupera o da auto estima e a consci ncia dos direitos e d
277. rior assistente social tr s de n vel m dio inclusive um biologo e tr s de ensino fundamental Tamb m formamos mais multiplicadores e atualizamos os antigos Agora s o dez escolas a gente acrescentou o Thiers Cardoso XV de Novembro Nilo Pe anha Francisco Sales e Silvio Bastos Tavares Durante as a es do projeto coordenado pela Professora Maria Ang lica 74 descobriu uma fam lia infectada com Schistosoma mansoni e todas as medidas necess rias foram tomadas para o devido tratamento e cura dos doentes Com este caso poss vel atestar como a pr tica extensionista na rea da sa de por meio de suas ai Schistosoma mansoni o agente etiol gico da doen a conhecida como Esquistossomose Este parasita tem no homem seu hospedeiro definitivo mas necessita de caramujos de gua doce como hospedeiros intermedi rios para desenvolver seu ciclo evolutivo Sua transmiss o ocorre pela libera o de seus ovos atrav s das fezes do homem infectado Em contato com a gua os ovos eclodem e libertam larvas que morrem se n o encontrarem os caramujos para se alojar Se os encontram por m d o continuidade ao ciclo e liberam novas larvas que infectam as guas e posteriormente os homens penetrando em sua pele ou mucosas Dentre os sintomas da doen a destacam se les es na pele altera es no f gado e no ba o hemorragias e cirrose Dispon vel em http www abcdasaude com br 166 diretrizes caminha par a par
278. rnaram nacionalmente na virada do s culo uma quest o de ordem social e moral FARIA 2008 Enfim na segunda metade do s culo XX simultaneamente trajet ria da cana de a car em 1974 o futuro da regi o ganhou novas perspectivas com a descoberta de petr leo na plataforma continental da Bacia de Campos Uma crise iminente do mercado mundial do a car provocou a deteriora o da atividade canavieira que perdeu seu posto de n cleo A regi o passou a assistir o despontar de uma nova atividade como um novo p lo gerador de empregos a ind stria extrativa mineral que tinha como local de sua base de opera es a cidade de Maca SILVA 2006 Esse fato deve ser visto como marco representando o in cio de uma reestrutura o s cio espacial na Regi o Norte Fluminense A extra o de petr leo foi o grande fator de diversifica o e diferencia o internas economia e sociedade regionais e transformou Campos dos Goytacazes na maior cidade produtora de petr leo do Brasil IBGE Conforme Pacheco 2003 a descoberta de petr leo e g s natural na plataforma continental da Bacia de Campos no in cio dos anos 70 tem propiciado de maneira significativa o aumento da receita municipal atrav s do recebimento de royalties Importa ressaltar que das dez usinas de a car e lcool que funcionam no Estado do Rio de Janeiro cinco est o em Campos dos Goytacazes sendo elas Companhia A ucareira Cupim Companhia A ucareira Para
279. ropositor da UENF em nada acrescentavam para a supera o do atraso hist rico de nossas sociedades O projeto de implanta o da Universidade pretendia funcionar imediatamente com cursos de gradua o e p s gradua o um corpo de grandes Laborat rios Cient ficos e Centros de Experimenta o Educacional No Plano Orientador da UENF observa se que a Universidade foi concebida com o objetivo de tra ar uma meta Darcy Ribeiro pretendia com os Centros de Experimenta o Educacional a cria o de um espa o institucional voltado para o treinamento de pessoal sem forma o secund ria a fim de produzir uma m o de obra qualificada de forma que o conhecimento pudesse gerar tecnologias sociais como um meio de servir melhor comunidade RIBEIRO 1993 p 21 MATIAS 2005 p 83 39 substantiva que impactasse o desenvolvimento cient fico e tecnol gico em n veis nacional e internacional Para Darcy o desenvolvimento regional era suporte do desenvolvimento nacional e da a id ia da UENF como refer ncia no cen rio institucional do ensino e da pesquisa com capacidade de cumprir a meta de ingresso das sociedades na civiliza o emergente ou nova civiliza o tal como descrito em seu livro A Universidade Necess ria MATIAS 2005 Em 28 de Julho de 1993 a conforma o da UENF foi publicada no Di rio Oficial Tr s de seus centros tiveram sua estrutura o detalhada Centro de Ci ncia e Tecnologia CCT Centro
280. rovar para estas autoridades o nosso potencial que temos muito a oferecer No conjunto de medidas para minimizar desafios e ao mesmo tempo incrementar aditivos relevantes para o desenvolvimento da extens o na UENF encontra se o planejamento da contrata o do Professor Michel Thiollent para a presta o de servi os de consultoria na Pr Reitoria de Extens o ocorrido durante a gest o de Professora L lian Bahia que reconhecia a import ncia da capacita o dos atores envolvidos com a extens o de forma a capacit los nos m todos participativos que definem hoje a pr tica extensionista Atualmente Professor Silv rio Paiva denota o mesmo cuidado ao falar da vinda de Professor Michel Thiollent para a PROEX UENF objetivando o planejamento o acompanhamento e a avalia o das a es extensionistas propondo discuss es e estudos sobre a quest o 112 Profa L lian Bahia Na verdade a vinda do Prof Thiollent para c foi elaborada e pensada na nossa gest o ainda N s criamos um instrumento de possibilidade de vinda do Prof Thiollent e de outros colaboradores de alto n vel da extens o por meio de resolu es da C mara de extens o para serem aprovadas no conselho universit rio algumas dessas resolu es ficaram retidas no setor juridico da Secretaria de Ci ncia e Tecnologia e somente ap s a mudan a de governo Rosinha para o governo Cabral que foi poss vel continuarmos com este processo e eu j tinha sa do da Pr Re
281. rras com a elei o para prefeito de um ent o jovem radialista de origem na esquerda com um discurso de enfrentamento das elites ligadas agroind stria sucro alcooleira 11 x E e E PR Para melhor esbo ar o processo de continuidade de personalidades tradicionais da arena pol tica da plan cie goitac achei conveniente recorrer ao livro escrito por meu av materno Vivaldo Belido de Almeida intitulado Pol tica Pol ticos e Elei es 34 Anthony Matheus o Garotinho foi eleito pelo PDT de Leonel Brizola em alian a com o Partido Socialista Brasileiro PSB Ao se contrapor figura mais emblem tica das elites pol ticas de ent o o prefeito Jos Carlos Vieira Barbosa Zez Barbosa do PMDB Garotinho se apresentou como o candidato habilitado a derrotar as oligarquias SMIDERLE 2004 p 47 Venceu Garotinho como era chamado por conta do tempo em que narrava jogos de futebol com uma promessa de nova lideran a disposta a construir uma Nova Campos O pragmatismo pol tico levou Garotinho a ambicionar antes de qualquer mudan a efetiva das muitas prometidas para a cidade a elei o para Governador do Estado do Rio de Janeiro na qual obteve xito Ele e a esposa Rosinha Garotinho governaram o Estado por oito anos 01 01 1999 a 01 01 2007 com um afastamento de Anthony Garotinho no per odo entre 06 04 2002 at 01 01 2003 quando governou sua vice Benedita da Silva de onde sa ram tamb m pelo vot
282. rsit ria tomando como exemplar o caso da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro UENF em Campos dos Goytacazes pretens o de atuar como um instrumento auto reflexivo sobre nossas pr ticas cotidianas como cientistas e membros da comunidade universit ria emitindo sugest es e elucida es a respeito dos desafios sociais postos a esta institui o Levo em conta a provoca o de Marilena Chau que interpreta a universidade como uma institui o social distinta de uma organiza o organiza o n o compete discutir ou questionar a pr pria exist ncia seu significado seu lugar na sociedade apenas gerir recursos e atingir metas cuja refer ncia ela mesma na competi o com outras entidades igualmente isoladas J a institui o aspira universalidade portanto a sociedade seu princ pio e seu mote N o se restringe racionalidade instrumental Mas sim busca a emancipa o Ao buscar participar de um debate de tal propor o cabe me antes de tudo apresentar me como aprendiz neste campo estimulada por m a pensar e fazer juntos E Formei me como Odont loga na cidade de Campos e especializei me em Sa de P blica 3 passando a me dedicar como profissional a este campo numa viv ncia cotidiana que soma at hoje 13 anos As in meras car ncias de nossa popula o h muito alertavam me para a evid ncia de que para al m do atendimento cl nico a sa de depende da conscientiza o sanit
283. rtemente criticada pelos chamados tradicionalistas que defendiam que a voca o da universidade era o investimento intelectual de longo prazo bem como a investiga o b sica cient fica e human stica ou seja uma voca o naturalmente isolacionista e elitista Em contraste o movimento estudantil e a esquerda intelectual vislumbravam uma universidade apta ao desempenho de servi os p blicos e satisfa o das necessidades sociais As modifica es no contexto hist rico acabaram por desestabilizar a organiza o e o ethos universit rio moldado em formas de conhecimento notadamente t cnicos cient ficos e especializados e apontaram para a emerg ncia de um outro modelo que Santos 2005a designa de conhecimento pluriversit rio 84 O conhecimento pluriversit rio um conhecimento contextual na medida em que o princ pio organizador da sua produ o a aplica o que lhe pode ser dada O conhecimento que o autor se refere transdisciplinar com aplica o extra muros resultante de uma partilha entre pesquisadores e usu rios que exige a pr tica do di logo entre diferentes tipos de saber Um novo desafio pois se imp e universidade especialmente universidade p blica A sociedade deixa de ser um objeto das interpela es da ci ncia para ser ela pr pria sujeito de interpela es ci ncia isto significa dizer que na medida em que a ci ncia se insere na sociedade esta tamb m se insere mais na ci nci
284. s Daqueles que t m rede 92 do esgoto coletado n o tratado CUNHA amp ABREU 2003 Em rela o ao saneamento b sico o Censo do ano 2000 nos apresenta o seguinte panorama do munic pio de Campos dos Goytacazes IBGE 2000 e Quanto ao abastecimento de gua o munic pio de Campos tem 67 7 domic lios com acesso rede de distribui o 30 8 com acesso gua atrav s de po o ou nascente e 1 4 apresentam outra forma de acesso O total distribu do alcan a 58 470 m por dia dos quais 85 passam por tratamento convencional 5 por tratamento n o convencional 8 por simples desinfec o e o restante n o tratado provavelmente gua de fonte e A rede coletora de esgoto sanit rio chega a 35 5 domic lios do munic pio outros 27 7 t m fossa s ptica 30 9 utilizam fossa rudimentar 2 9 est o ligados a uma vala e 2 6 s o lan ados diretamente em um corpo receptor rio lagoa ou mar O esgoto coletado n o passa por tratamento e lan ado no rio Para ba do Sul A coleta de lixo fica a cargo de uma empresa contratada pela Prefeitura Municipal de Campos sendo seu destino atual o Condom nio Industrial CODIN mais popularmente conhecido como o lix o de Campos O munic pio tem 87 2 domic lios com coleta regular de lixo outros 1 4 t m seu lixo jogado em terreno baldio ou logradouro e 10 6 o queimam Os munic pios da Regi o Norte Fluminense revelam nos ltimos anos o mesmo panorama nacional d
285. s assistencialistas legitimadas pelo Poder P blico impede a concretude dos pressupostos do quadril tero de forma o para a sa de ensino gest o do sistema aten o integral e controle social proposto por Ceccim amp Feurwerker 2004 para a efetiva o de pol ticas p blicas pautadas na integralidade em sa de Professor Jo o Almeida Acho que por uma quest o cultural h grandes dificuldades das pessoas se associarem dificuldade de estabelecerem uma lideran a comunit ria que possa lhe servir de apoio muito dif cil voc encontrar lideran as da pr pria comunidade que v o te apoiar na execu o do projeto As pessoas em si t m uma dificuldade de se organizar para lutar pelos seus direitos de cidadania Se buscarmos num projeto a promo o do associativismo dif cil demais que voc conven a as pessoas de que primordial que elas se associem em benef cio delas mesmas Em certos casos para chamarmos a aten o da comunidade tem que se oferecer uma cesta b sica eu n o gosto disso mas tem casos que tem que fazer se n o a coisa n o anda H uma tradi o estimulada por esta quest o de bolsa isso bolsa aquilo As pessoas est o sempre esperando receber alguma coisa por isto eles ficam esperando os pol ticos aparecerem para ver o que eles v o ganhar quando a gente chega na comunidade muitas vezes eles perguntam Mas o que voc s s o S o pol ticos O que voc s t m para a ge
286. s ria da Leptospirose no munic pio de Campos dos Goytacazes RJ de 2005 a 2007 E Leptospirose Fonte Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Sa de de Campos dos Goytacazes e Meningite A doen a meningoc cica uma infec o aguda que pode ser acometida por bact rias v rus e em alguns casos por fungos As bact rias s o sem d vida os agentes etiol gicos mais importantes na meningite Estima se a ocorr ncia de pelo menos 500 mil casos de doen a meningoc cica por ano no mundo com cerca de 50 mil bitos E 65 uma doen a de evolu o r pida e com alta letalidade que varia de 7 at 70 Mesmo em pa ses com assist ncia m dica adequada a meningite pode ter uma letalidade de at 40 Geralmente acomete crian as e adultos jovens mas em situa es epid micas a doen a pode atingir pessoas de todas as faixas et rias Em menos de 1 dos indiv duos infectados contudo a bact ria consegue penetrar na mucosa respirat ria e atingir a corrente sangu nea levando ao aparecimento da doen a meningoc cica A invas o geralmente ocorre nos primeiros cinco dias ap s o cont gio Os fatores que determinam o aparecimento de doen a invasiva ainda n o s o totalmente esclarecidos Tabela 4 Doen a meningoc cica no Brasil 1996 a 2005 Casos confirmados por local de ocorr ncia Regi o 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total Norte 358 240 205 303 270 318 285 263 248 145 281
287. s corpos acad micos RIBEIRO 1993 p 20 1 Os par nteses s o meus 17 As atividades da UENF j haviam come ado desde outubro de 1992 Com uma aula inaugural intitulada A Universidade do Terceiro Mil nio realizada por Darcy e uma segii ncia de palestras e cursos de extens o nas depend ncias de outras institui es como a FUNDENOR o Clube de Diretores Lojistas o Pal cio da Cultura e tamb m na Villa Maria reformada em 1992 para sediar a Casa de Cultura da UENF 40 Figura 2 Estrutura o da UENF Na UENF foi criada uma estrutura administrativa composta pela Reitoria dire o de centro chefia de laborat rio e coordenadores de gradua o e p s gradua o al m de uma Funda o Mantenedora respons vel pela capta o de recursos p blicos e privados nacionais e estrangeiros como tamb m pela elabora o do or amento de gastos e a tomada de contas das gest es da Universidade Desta forma Darcy buscava minimizar os riscos da burocratiza o comum nas universidades tradicionais e ao mesmo tempo favorecer a autonomia institucional RIBEIRO 1993 p 50 LIMA amp ALVES 2003 p 37 Sua organiza o em laborat rios e n o em departamentos como ocorria nas outras universidades foi considerado algo inovador na proposta de Darcy Ribeiro Ressalta se ainda a proposta de cria o dos chamados Centros de Experimenta o Educacional que se constituiriam num espa o institucional voltado par
288. s da Silva UERJ J lio Vianna Barbosa FIOCRUZ Maria da Gl ria Alves UENF e Maria de F tima Sarro da Silva UFRJ gt gt gt gt gt gt gt gt gt Parcerias Prefeitura Municipal de Campos Hospital de Travess o e Hospital Geral de Guarus FIOCRUZ UERJ Pastoral da Crian a Rotary Club de Campos YYYY Y Valor do Apoio N o consta informa o PROEX UENF 210 Financeiro Equipe Y Y Y VY V VY Al m dos professores colaboradores o projeto contou no ano de 2007 com os seguintes bolsistas Camila Ribeiro Lantimam M dica Bolsista 20h Isabel Cristina da Silva Auxiliar de Enfermagem Bolsista 20h Leila Cristina Henriques da Silva Ribeiro Assistente Social Bolsista 12h Bartolomeu lvaro de Gusm o T cnico Bolsista 20h Maria Iza Rangel Ribeiro Gomes Auxiliar de Enfermagem Bolsista 20h Thais W da Silva Boa Morte Bolsista de Extens o da UENF e Silvio Jacinto da Silva Bolsista de Extens o da UENF Resultados esperados O Controle das Parasitoses Humanas em comunidades carentes de Campos dos Goytacazes visando melhoria da qualidade de vida da popula o s Projeto vinculado ao Programa Parasitoses do Norte Fluminense CBB UENF 211 Projeto 5 AIDS DST s e Educa o em Sa de C digo 2007 049 T TULO DO PROJETO 6 AIDS DST s e Educa o em Sa de Area Tem tica
289. s de sua Z pesquisa ent o um processo totalmente interativo pois se a extens o uma via de m o dupla onde quem vai ao campo traz de volta informa es submete as reflex o e leva de novo voc tem uma metodologia como pesquisa a o que te proporciona fazer este movimento Embora o termo pesquisa a o e pesquisa participante tenham a mesma origem e alguns pontos em comum Thiollent 1983 apud Manual de Extens o 2008 p 34 distingue estes dois tipos de pesquisa A pesquisa a o uma forma de pesquisa participante mas que nem toda pesquisa participante uma pesquisa a o Segundo o autor os partid rios da pesquisa participante se preocupam sobretudo com o papel do investigador dentro da situa o investigada n o se concentrando na rela o entre investiga o e a o dentro do processo de pesquisa Na Europa especialmente na Fran a a pesquisa a o direcionou se para as institui es sociais concebidas como portadoras de uma viol ncia simb lica e para movimentos sociais de liberta o ecol gicos estudantis de minorias enquanto que na Am rica Latina onde as desigualdades materiais s o mais ostensivas e a participa o da maioria da popula o no poder do saber representa um privil gio de poucos esta alternativa de investiga o dirigiu se para aqueles que est o situados na base da estrutura social ou seja os oprimidos ou dominados HAGUETTE 2007 p 110 117
290. s dos Goytacazes a popula o impactada negativamente dada s desigualdades sociais vis veis A revers o das desigualdades pode come ar por pol ticas sociais focalizadas o que n o significa que parariam nestas pois afinal as conquistas mais recentes nas pol ticas de sa de vieram atestar a universaliza o do direito sa de Nossa pergunta como a UENF pode se colocar mais firmemente como um ator chave nas a es de universaliza o deste direito onde enxergamos um vasto campo de atua o para a extens o universit ria O amadurecimento pol tico na sociedade brasileira foi custoso envolvendo movimentos sociais movimentos estudantis profissionais e usu rios do sistema de sa de em nossa ainda recente redemocratiza o num contexto de minimiza o do papel do Estado O foco na sa de e n o na doen a tamb m uma conquista bastante recente que enfrenta n o poucas resist ncias daqueles que obt m vantagens financeiras com a segunda perspectiva Uma democr tica pr tica da UENF em Campos dos Goytacazes e regi o n o pode desconhecer portanto a luta a ser enfrentada tamb m do ponto de vista do convencimento quer dos profissionais de sa de quer da popula o o que sup e um projeto pol tico pedag gico Este no entanto debit rio de um processo 67 experimentado na sociedade brasileira em sua luta pela cidadania e inclus o social O cap tulo 3 dedica se a expor o cen rio no qual se pensa poss vel a
291. s e pa ses explicitou para as elites os problemas de interdepend ncia social e a necessidade de cria o de organiza es e 69 2 Este movimento dividido em dois per odos fundamentais O primeiro corresponde primeira d cada do s culo XX marcado pela gest o de Oswaldo Cruz frente dos servi os federais de sa de entre 1903 e 1909 basicamente restritos ao Distrito Federal e aos portos com nfase no saneamento urbano da cidade do Rio de Janeiro e no combate s epidemias de febre amarela peste e var ola A segunda fase do movimento sanitarista d cadas de 1910 e 1920 tamb m contou com a atua o de Oswaldo Cruz e teve como caracter stica fundamental a nfase no saneamento rural e no combate a tr s epidemias ancilostom ase mal ria e mal de Chagas As condi es de sa de nos sert es verificadas por expedi es realizadas por m dicos sanitaristas propiciaram intenso debate sobre a quest o nacional quando enfim o atraso nacional deixa de ser explicado pelas nfases em determinismos de quaisquer esp cies a exemplo do determinismo biol gico gerador do racismo e passa a ser remetido situa o de doen a generalizada de nossa popula o em raz o do abandono pelo Estado HOCHMAN 1998 BAPTISTA 2007 Do ponto de vista hist rico o surgimento dessa consci ncia social foi um cap tulo significativo do processo de descoberta da comunidade nacional ou de constru o do Estado na o
292. sa de p blica no Brasil 1998 pontua que uma pol tica nacional de sa de em nosso pa s viabilizou se a partir de uma articula o entre a consci ncia das elites em seus interesses materiais acerca da interdepend ncia social que a fez atentar para a sa de das classes subalternas No Brasil essa perspectiva orientou o movimento sanitarista que entre 1910 e 1920 elegeu a sa de p blica como principal problema nacional 4 Oswaldo Cruz era m dico especialista em microbiologia e formado pelo Instituto Pasteur na Fran a Introduziu a pesquisa epidemiol gica no Brasil no in cio do s culo XX e atuou efetivamente para o conhecimento das causas das doen as bem como as formas de control las e combat las Outros cientistas como Em lio Ribas Carlos Chagas Clementino Fraga Belis rio Penna tamb m estiveram junto com Oswaldo Cruz engajados na defini o de a es de sa de p blica e na realiza o de pesquisas 35 Cabe ressaltar que a partir desta consci ncia sanit ria medicina e sa de p blica eram entendidas como campos distintos a primeira para curar atrav s da cl nica patologia e terap utica e a segunda para prevenir doen as prolongar e promover sa de atrav s da higiene e educa o sanit ria MERHY amp QUEIROZ 1993 36 A experi ncia das epidemias do c lera do s culo XIX na Europa e nos Estados Unidos que atingiram a ricos e pobres e disseminaram se independente de fronteiras cidades regi e
293. sa e extens o e por meio de projetos de pesquisa 128 cient fica que demonstraram a necessidade de desenvolvimento de projetos de extens o O projeto de pesquisa elaborado pela Professora L lian Bahia nos revela este dinamismo j que com um indisfar vel vi s comunit rio e extensionista teve como um de seus desdobramentos um projeto de extens o intitulado Toxoplasmose Epidemiologia e Cl nica no Norte do Rio de Janeiro no ano de 2001 que resultou na implementa o da Lei municipal de notifica o compuls ria da Toxoplasmose Cong nita Conseguimos a cria o de uma Lei municipal de notifica o compuls ria da Toxoplasmose Cong nita que ocorreu por uma press o da universidade no periodo do governo Arnaldo Viana ele sancionou a lei mas infelizmente n o cumprida foi at anterior a minha gest o Neste caso a gente tem um grande exemplo da universidade impactando e pressionando o poder p blico municipal O projeto come ou em 97 e 98 por a n s ganhamos v rios pr mios com este projeto foi o nico projeto que mostrou que a gua foi realmente o ve culo de transmiss o do toxoplasma que gerou um surto em Santa Isabel do Ava no oeste do Paran ent o n s desenvolvemos metodologia de pesquisa do cisto do Toxoplasma Gondii aqui na universidade que o cisto que fica na vida livre na natureza e pode contaminar a gua e ele contaminou um grande reservat rio de gua para distribui o mu
294. se 50 Esta estimativa acompanha o padr o nacional que como j foi dito anteriormente vem reduzindo o n mero de casos devido ao grande empenho em pesquisas tecnologias programas de preven o e campanhas de conscientiza o e S filis Cong nita A s filis cong nita o resultado da transmiss o do Treponema pallidum presente no sangue da gestante infectada n o tratada ou inadequadamente tratada para o seu beb por via transplacent ria Desde 1986 uma doen a de notifica o compuls ria em todo territ rio nacional Todos os casos de s filis cong nita devem ser notificados segundo as normas estabelecidas pelo Minist rio da Sa de Programa Nacional de DST AIDS Minist rio da Sa de Dispon vel em http www aids gov br data Pages Tabela 2 Taxa de Preval ncia de S filis em parturientes por Grande Regi o Brasil 2004 Reio Preval ncia Intervalo de 95 Jo de Confian a Norte 1 8 1 028 2 536 Nordeste 1 9 1 455 2 356 Sudeste 1 6 1 215 1 978 Sul 1 4 0 841 1 942 EA 13 0 737 1 815 Brasil 1 6 1 407 1 872 Fonte MS SVS PN DST AIDS 56 A s filis uma doen a de elevada magnitude no pa s No estudo realizado em 2004 numa amostra representativa de parturientes de 15 a 49 anos de idade de todas as regi es do pa s observou se uma taxa de preval ncia de 1 6 para s filis ativa e de 0 42 para HIV com uma estimativa de cerca de 50 mil parturientes com s filis ativ
295. seu papel de promo o social algo como a extens o ensina e pesquisa com relev ncia social e objetiva transforma o social mediante um projeto estrat gico identificado com a melhoria da qualidade de vida dos cidad os com o aperfei oamento institucional na rbita dos valores humanit rios a servi o da na o e da paz mundial A Extens o ainda pouco conhecida logo pouco valorizada n o algo ing nuo mas traduz uma concep o de universidade de conhecimento de sociedade que n o se quer alterar Faria 2001 enfatiza que o Ensino e a Pesquisa n o apresentam a capacidade de transforma o que muitas vezes proclamam se n o estiverem coadunados extens o Na verdade se a atividade extensionista for colocada no seu devido lugar como um valor presente no mandato cient fico e educativo da universidade sequer assim precisar amos cham la Ainda cedo por m para abdicarmos desta ponta do trip Nas p ginas que seguem buscaremos situar o debate acima na Universidade Estadual do Norte Fluminense em suas potencialidades e constrangimentos 97 Cap tulo 3 A EXTENS O NA UENF em busca de novos paradigmas 3 1 Hist rico estado e perspectivas da extens o universit ria na UENF A Pr Reitoria de Extens o e Assuntos Comunit rios PROEX na UENF foi criada em julho de 1999 Antes disso v rios professores da universidade desenvolviam a es extensionistas sem entretanto apresentarem preocupa o em registr
296. siderada o evento pol tico sanit rio mais importante da d cada De acordo com Barbosa 2006 o momento reafirmou os princ pios constitucionais em vigor com a proposta de implementa o do SUS e a cobran a da descentraliza o e da municipaliza o da sa de no Brasil S rgio Arouca 1998 qualifica a como um acontecimento que constitui o momento apical de formata o pol tico ideol gica do projeto da Reforma Sanit ria configurando um conjunto de pol ticas articuladas que intentavam mudan as significativas para o setor sa de O SUS inseria se portanto em um conceito mais amplo de pol tica p blica a seguridade social que abrange al m das pol ticas de sa de as pol ticas de previd ncia e assist ncia social e se torna pe a chave no processo de luta e constru o do modelo de prote o social brasileiro Paim 2008 define dentre os princ pios doutrin rios que inspiram o SUS a sa de como direito social condi o de cidadania universalidade igualdade assist ncia sem preconceitos ou privil gios egiiidade aten o de acordo com as necessidades ou seja discrimina o positiva quando se priorizam os que t m mais necessidades a integralidade em sa de preserva o da autonomia das pessoas e o direito de informa o s pessoas assistidas sobre sua sa de As diretrizes ou os princ pios organizativos reservam se participa o da comunidade representa o do governo trabalhadores
297. social Ainda assim este um papel que lhe ser exigido pelas for as que tensionam a modernidade contempor nea e revelam sua fal ncia Nesta fric o os movimentos sociais ganharam peculiar visibilidade Escobar 2006 p 641 3 observa que na d cada de 1990 estes avan aram na constru o da imagina o de modernidades alternativas questionando o eurocentrismo O conhecimento defendido pelos ativistas sociais se origina em ber o n o acad mico e concentra se num senso comum pragm tico localizado baseado no lugar e fundamentado na experi ncia mesmo que este senso comum tenha que se comprometer 22 com o conhecimento cient fico por m longe da pretens o moderna de construir um totalitarismo epistemol gico Escobar 2006 enfatiza ainda que o desafio que surge para a universidade o de orientar esses novos conhecimentos para projetos de emancipa o e transforma o social contra os excessos da globaliza o neoliberal Somente desta forma se poder fomentar e desenvolver uma ecologia pol tica do conhecimento pluralista e regimes pluralistas de constru o do mundo Ibid p 663 No Brasil a contar da d cada de 1980 as mudan as no cen rio pol tico possibilitaram a elabora o de uma nova concep o de universidade baseada na redefini o das pr ticas de ensino pesquisa e extens o Com o fortalecimento da sociedade civil e a abertura pol tica ap s o per odo ditatorial as a es desenvolvidas
298. spectivas Foi poss vel sua colabora o para a implementa o de a es para a promo o da sa de E para a implementa o de pol ticas p blicas de sa de 5 4 H informa es adicionais 194 AP NDICE 3 ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMI ESTRUTURADA DIRECIONADO A PRO REITORA DE EXTENS O E ASSUNTOS COMUNITARIOS NA GESTAO 2003 2006 DA UENF Modelo ita UENF Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Programa de P s Gradua o em Pol ticas Sociais PPGPS LEEA CCH Orientadora Prof Adelia Maria Miglievich Ribeiro Mestranda Giselle Almeida Barreto PESQUISA UENF EXTENS O E POL TICAS DE SA DE UM DEBATE ACERCA DA RELA O ENTRE UNIVERSIDADE COMUNIDADE E PODER PUBLICO NO MUNIC PIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ 1 Identifica o 1 1 Data da Entrevista 1 2 Lugar da Entrevista 1 3 Dura o da Entrevista In cio horas e T rmino Entrevistado 2 1 Nome 2 2 Qual sua forma o acad mica 2 3 Quando ingressou na UENF 2 4 Qual sua atua o profissional na UENF 3 Conceito de Extens o Universit ria 3 1 O que extens o universit ria 3 2 Qual o papel da Extens o na universidade 3 3 Considera que hoje a trilogia Ensino Pesquisa e Extens o se encontram de forma equ nimes na universidade 195 3 4 Um cientista valorizado em suas comunidades cientificas e nas mais importantes ag ncias de fomento por realizar trabalhos
299. ss o 1996 2005 Tabela 4 Doen a meningoc cica no Brasil 1996 a 2005 Casos confirmados por local de ocorr ncia xdI 133 137 51 55 64 65 LISTA DE SIGLAS ABRASCO Associa o Brasileira de Sa de Coletiva ABO Associa o Brasileira de Odontologia AIS A es Integradas de Sa de ALERJ Assembl ia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro ANPOCS Associa o Nacional de P s Gradua o e Pesquisa em Ci ncias Sociais Cacon Centros de Alta Complexidade em Oncologia CAPs Caixas de Aposentadorias e Pens es Caps Centros de Aten o Psicossocial CCZ Centro de Controle de Zoonoses CEBES Centro Brasileiro de Estudos em Sa de CEFET Centro Federal de Educa o Tecnol gica CID 10 C digo Internacional de Doen as CIEPs Centros Integrados de Educa o P blica CODIN Condom nio Industrial CONASP Conselho Consultivo da Administra o de Sa de Previdenci ria COPPE Instituto Alberto Lu s Coimbra de P s Gradua o e Pesquisa em Engenharia DGSP Diretoria Geral de Sa de P blica DNC Doen a de Notifica o Compuls ria ECEM Encontro Cient fico dos Estudantes de Medicina EMHAB Empresa Municipal de Habita o ENSP Escola Nacional de Sa de P blica S rgio Arouca FAETEC Funda o de Apoio Escola T cnica do Estado do Rio de Janeiro FAFIC Faculdade de Filosofia de Campos FAPERJ Funda o de Amparo Pesquisa do Estado do Rio de Jan
300. sso de auto avalia o que inclua seus pr prios fundamentos e proposi es para que estes possam responder aos anseios decorrentes das transforma es sociais pol ticas e econ micas da contemporaneidade Uma reforma universit ria pautada nos perfis da ci ncia revolucion ria envolve uma reformula o das pr ticas de ensino pesquisa e extens o No que tange s 87 atividades de extens o Santos 2005b acrescenta que estas devem passar por um processo de revis o at que venham transformar a universidade tornando se parte integrante das atividades de investiga o e de ensino Em outros termos como destaca Tavares 2001 p 82 a extens o universit ria n o seria apenas mais uma atividade acad mica por m traduziria uma concep o de Universidade Cidad cuja miss o contribuir para a solu o dos grandes problemas sociais existentes no pa s por meio da produ o e difus o de conhecimentos significativos Estender a universidade significa criar espa os de intera o com a comunidade entorno identificando atua es e definindo prioridades atrav s de novas formas de servi os c vicos Ao contr rio se a universidade abre m o de sua identidade hist rica corre o risco de servir a prop sitos de reprodu o do poder e das estruturas dominantes e n o sua transforma o Carlos Roberto Antunes dos Santos 2003 em seu artigo A nova miss o da universidade a inclus o social pontua que os maiores riscos
301. sta forma Mignolo 2006 p 681 82 afinado aos pressupostos de Santos 1987 p 36 7 retrata que o novo paradigma n o pode ser apenas um paradigma cient fico o paradigma de um conhecimento prudente mas precisa ser tamb m um paradigma social o paradigma de uma vida decente Afastando se da uni versalidade do conhecimento imposta pela ci ncia moderna o paradigma emergente direciona se a uma pluri versalidade do conhecimento e da compreens o subordinado ao objetivo articulador do conhecimento prudente para uma vida decente O saber cient fico produzido nas universidades foi ao longo do s culo XX um conhecimento predominantemente disciplinar cuja autonomia imp s um processo de produ o relativamente descontextualizado das prem ncias do cotidiano das sociedades Tratava se de um conhecimento homog neo e organizacionalmente hier rquico na medida em que os profissionais que participam de sua produ o partilham os mesmos objetivos apresentam a mesma forma o e a mesma cultura cient fica fazendo o segundo hierarquias organizacionais bem definidas A partir dos anos sessenta contudo a universidade viu se confrontada com a reivindica o de seu envolvimento e dos conhecimentos por ela produzidos na resolu o de problemas econ micos e sociais prementes Constatava se uma dessintonia entre a universidade e seu entorno A multiversidade requerida impulsionada pelos movimentos sociais e estudantis foi como seria de se esperar fo
302. ste processo n o s para fornecer assist ncia mas para buscar as demandas e pesquisar a partir delas buscar a etiologia do problema e encontrar casos interessantes muitas vezes desconhecidos Deve buscar entender como a doen a vista na linguagem popular como isto se traduz para eles o pessoal mais hard n o vai a campo diretamente mas deve colaborar e estar disposto a interagir e os conhecimentos adquiridos devem ser divulgados N o deve reter Compreendida desta forma a pr tica extensionista pode vir a ser uma grande aliada na constru o e no aperfei oamento de experi ncias no campo da educa o popular em v rios aspectos e no que nos interessa nesta disserta o mais diretamente tamb m na rea da sa de Ao inv s de servir meramente para atenuar ou acobertar as desigualdades sociais e assegurar a estabilidade do sistema econ mico pol tico vigente a extens o universit ria traz potencialidades de mudan as significativas no processo de promo o da sa de ainda deficit rio na sociedade brasileira Falamos pois da responsabilidade social da universidade e no caso da UENF das universidades p blicas e de seus cientistas Na Universidade Estadual do Norte Fluminense poss vel enumerar algumas a es visando promo o da sa de p blica local por meio de projetos extensionistas que desencadearam a realiza o de pesquisas mais aprofundadas demonstrando a viabilidade da intera o entre pesqui
303. storical specificities It was also concluded that the investigated extention projects are presented as instruments with total capacity to collaborate in the local process of Health Promotion There are however difficulties to overcome as the fundraising for the extention projects the institutionalization of partnerships with the Local Public Power and the creation of a new scientific ethos which values the social participation and emancipation University Extention at UENF is still regarded as an experience which acts a political and social instrument capable of making possible the interaction among university community and local public power in favor of Public Health Key words University Extention Health Promotion North Fluminense State University Darcy Ribeiro Campos dos Goytacazes 1X LISTA DE ILUSTRA ES LISTA DE FIGURAS Figura 1 Mapa do munic pio de Campos dos Goytacazes RJ 27 Figura 2 Estrutura o da UENF 40 Figura 3 Mapa da Pobreza em Campos dos Goytacazes no Estado do Rio de Janeiro Regi o Norte Fluminense 44 Figura 4 Mapa da Desigualdade no Estado do Rio de Janeiro Regi o Norte Fluminense 45 Figura 5 Organograma da PROEX UENF 99 Figura 6 Apresenta o dos Projetos de Extens o da UENF em formato P ster No VI Workshop de Extens o 108 Figura 7 Realiza o de entrevista com Dr Jo o Aquino de Almeida em 16 07 08 na sala 208 A do CBB 139 Figura 8 Realiza o de
304. studos e pesquisas articula o com a p s gradua o teses de mestrado e doutorado publica o de cadernos de extens o de revistas e de livros Desta forma a pr tica extensionista produz conhecimentos sobre problemas reais e condi es de adequa o al m de formula o de novos projetos de pesquisa 88 conceb las e execut las segundo sua praxe A extens o que at ent o era concebida dentro das IES conforme os modelos importados e segundo diretrizes ditadas pelo Estado deixam de ser caudat rias dos interesses governamentais e segue rumo reformula o de seu conceito situado para al m de sua compreens o tradicional de dissemina o de conhecimentos presta o de servi os e difus o de cultura Diante de todas as propostas sugeridas pelos movimentos ocorridos em v rias universidades p blicas o F rum Nacional de Pr Reitores de Extens o das Universidades P blicas Brasileiras criado em 1987 por ocasi o do 1 Encontro Nacional de Pr Reitores de Extens o das Universidades P blicas Brasileiras colaborou de forma pr ativa e org nica para a consagra o de um novo conceito de extensionismo A Extens o Universit ria o processo educativo cultural e cient fico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissoci vel e viabiliza a rela o transformadora entre Universidade e sociedade A Extens o uma via de m o dupla com tr nsito assegurado comunidade acad mica que encontrar na s
305. t fico de v rias formas Uma descoberta cient fica por exemplo um bem p blico sendo inadmiss vel do ponto de vista republicano sua utiliza o como uma mercadoria O produto do trabalho acad mico deve ser julgado pela sua originalidade pertin ncia e utilidade para a nossa pr pria sociedade Desta forma imprescind vel o modelo de universidades democr ticas e altru stas que estimulem a participa o dos estudantes na procura de novos conhecimentos e ainda que tenham como tarefa majorit ria a consolida o de um ambiente cultural que contribuam para o processo de reconstru o social e o bem estar da popula o MORA OSEJO amp BORDA 2006 p 720 O princ pio da avalia o quantitativa sem levar em conta a qualidade das obras tem efeito avassalador sobre os pressupostos da fun o social da universidade OLIVEIRA 2006 p 252 3 Um dos grandes desafios para o crescimento da extens o na atualidade est situado justamente na sua conforma o a um sistema de avalia o da produtividade cient fica que desmotiva pesquisadores e professores ao exerc cio da pr tica de extens o como se percebe nas entrevistas concedidas pelos Profs Michel Thiollent e L lian Bahia para esta pesquisa Prof Michel Thiollent o grande desafio da extens o integr la ao conjunto de atividades da universidade para n o ser considerada uma atividade ah doc Para isto a extens o deve ser integrada ao Ensino e Pesquisa Contu
306. te Fluminense Campos dos Goytacazes o maior munic pio da regi o Norte Fluminense Apresenta uma rea total de 4 040 6 Km correspondente a 41 4 da rea de toda regi o Com popula o estimada em 426 154 habitantes conforme estat stica do IBGE 2007 Tamb m o munic pio com a maior extens o territorial do Estado ocupando uma rea de 4 031 910 km pouco menor que a do Distrito Federal Dentre os distritos de Campos est o Santo Amaro S o Sebasti o Santo Eduardo Goytacazes Mussurepe Travess o Morangaba Ibitioca Dores de Macabu Morro do C co Santo Eduardo Serrinha Tocos Santa Maria e Vila Nova Figura 1 Mapa do munic pio de Campos dos Goytacazes Espirito Santo Bom Jesus anna do Itabapoana i S o Francisco Reta do Itabapoana Ls orangita AR pda Tbitioca lt Oceano Atl ntico Fonte PMCG SMS CCZ 2006 Registra se que s o munic pios lim trofes de Campos dos Goytacazes S o Francisco de Itabapoana S o Jo o da Barra Quissam Concei o de Macabu Santa Dispon vel em http biblioteca ibge gov br visualizacao dtbs riodejaneiro camposdosgoytacazes pdf 28 Maria Madalena S o Fid lis Cardoso Moreira Italva Bom Jesus do Itabapoana e Mimoso do Sul no Estado do Esp rito Santo Figura 1 A ocupa o do Norte Fluminense teve in cio na primeira metade do s culo XVII ap s quase um s culo de conflito entre os portugueses e os ndios g
307. te n o est s pesquisando n s estamos ajudando para chegarmos ao alvo principal que melhorar a qualidade de vida da popula o N o estamos fazendo pesquisa por fazer estamos esclarecendo a popula o sobre os riscos que eles correm em rela o s zoonoses Acabou esta hist ria de extens o como assistencialismo e dentro do meu projeto eu j estou vendo isto porque a gente est trocando conhecimento conscientizando nas palestras e eles ficam mais alertas quanto aos riscos que eles correm estamos prevenindo e n o tratando pessoas e seus animais Estou dando ferramentas para eles Maria Helena Quando come amos o projeto em 1999 a comunidade do matadouro era muito carente e apresentava v rios fatores de risco O objetivo inicial do projeto era a preven o das DST s AIDS mas o t tulo foi Educa o Sa de e Cidadania porque na verdade quando se trabalha com este enfoque voc acaba prevenindo outras coisas quando voc visita uma casa h uma troca de informa es e descobrimos outras necessidades ou seja a gente vai al m ocorre um trabalho interdisciplinar com enfoque na conscientiza o de acordo com as reais demandas apresentadas por eles que a gente veio a chamar posteriormente de pesquisa a o Diante do exposto pode se afirmar que a extens o universit ria possui potencialidades para contribuir no alcance das reais necessidades sociais de sa de da popula o estudada por meio da metodologia p
308. tegradas de Sa de AIS que buscavam a cobertura assistencial para todos os benefici rios em condi es de igualdade urbanos e rurais a utiliza o de forma hierarquizada e regionalizada dos servi os p blicos e a diminui o das formas de pagamento do INAMPS ao setor privado conveniado e contratado e conveniado BARBOSA 2006 O processo de descentraliza o implementado a partir das AIS criou a estrutura fundamental de uma rede f sica de unidades b sicas de sa de primordial para a revers o da l gica do modelo anterior O Centro Brasileiro de Estudos de Sa de CEBES e a Associa o Brasileira de Sa de Coletiva ABRASCO constitu ram se como intelectuais coletivos espa os de milit ncia e de formula o especialmente mediante a publica o da revista Sa de em Debate Paim 2008 Por sua vez as institui es acad micas mais atuantes no movimento sanit rio foram a Universidade de S o Paulo USP Universidade Estadual de Campinas UNICAMP Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro IMS UERJ e a Escola Nacional de Sa de P blica S rgio Arouca da Funda o Oswaldo Cruz ENSP FIOCRUZ BAPTISTA 2007 78 centrado em hospitais de grande complexidade localizados nos grandes centros urbanos facilitando assim a estrat gia de universaliza o do acesso aos servi os de sa de MENDES 1999 p 64 A VII Confer ncia Nacional de Sa de que ocorreu em mar o de 1986 foi con
309. tia institucional de que a popula o por meio de entidades representativas poder participar do processo de formula o das pol ticas e do controle de sua execu o Por tr s dessa concep o preside uma nova l gica de organiza o do sistema de sa de que tem como pressuposto que quanto mais perto o gestor est dos problemas de uma comunidade mais chances este apresenta de acertar na resolu o dos mesmos Nosso esbo o acerca da matura o das pol ticas sociais em sa de na sociedade brasileira com repercuss es legais que adv m do empenho de movimentos sociais de quadros t cnico cient ficos e de gestores progressistas ainda requerem incans vel luta e controles democr ticos para sua plena efetiva o Como vimos m dicos e professores em universidades e institutos de pesquisa desempenharam um firme papel na revis o do modelo ent o vigente no Brasil de uma sa de excludente quer do ponto de vista de sua gest o quer de seu atendimento dado que o primeiro afeta diretamente o segundo Por isso necess rio perguntar como a universidade especificamente o extensionismo universit rio na perspectiva de indissocia o com o ensino e a pesquisa pode contribuir de modo expressivo para o aprofundamento das metas do SUS na universaliza o do direito sa de e na participa o cidad Trata se a seguir de entender de qual extens o universit ria falamos para que seja poss vel tamb m refletir sobre suas potencialidad
310. tica local 31 1 3 Extens o universit ria de qual universidade se fala 34 1 4 Pobreza e sa de local as car ncias da popula o entorno da UENF 43 1 5 A pesquisa de campo explorat ria doen as e notifica es obrigat rias no munic pio 52 CAP TULO 2 OS DESAFIOS DA DEMOCRATIZA O Sa de P blica Pol ticas Sociais e a raz o de ser da Universidade 2 1 Breve hist rico da sa de p blica brasileira 68 2 2 Da Reforma Sanit ria Constitui o Cidad por uma nova pedagogia da sa de 76 2 3 A Universidade e o novo senso comum conhecimento e solidariedade 81 2 4 Os Sentidos da Extens o Universit ria 87 CAP TULO 3 A EXTENS O NA UENF em busca de novos paradigmas 3 1 Hist rico estado e perspectivas da extens o universit ria na UENF 97 3 2 A metodologia da pesquisa a o 113 CAP TULO 4 PROMO O DE SA DE EXTENSIONISMO UNIVERSIT RIO E O CASO UENF um estudo a partir dos projetos de extens o em sa de p blica 4 1 Promo o de Sa de e Extens o Universit ria 122 4 2 O Percurso Metodol gico 134 Xvi 4 3 Projetos de Extens o em Sa de desenvolvidos pela UENF no ano de 2007 uma reflex o 141 CONSIDERA ES FINAIS 168 REFER NCIAS 176 AP NDICE 1 191 AP NDICE 2 192 AP NDICE 3 194 AP NDICE 4 197 AP NDICE 5 200 AP NDICE 6 203 xvii 18 INTRODU O A disserta o aqui apresentada busca aliar a investiga o acerca da extens o unive
311. ticular import ncia na medida em que se integram rede assistencial e podem servir de espa o diferenciado para novas experi ncias voltadas humaniza o ao cuidado e qualifica o da aten o sa de HENNINGTON 2005 Os projetos de extens o 127 podem cumprir um especial papel de sensibiliza o de estudantes e professores para a realidade social al m de estimularem o desenvolvimento de pesquisas mais aprofundadas na rea da sa de com capacidade de trazerem novas descobertas a partir do di logo com a comunidade A fala de Professor Michel Thiollent vai ao encontro desta perspectiva em sua nfase import ncia da execu o de projetos de extens o na rea da sa de Projetos de extens o na rea da sa de normalmente s o projetos em comunidades Tem a ver com epidemiologia preven o de doen as promo o sa de sensibiliza o e informa o e tamb m atendimento em sa de at mesmo assist ncia para categorias espec ficas Todo este leque que envolve a sa de coletiva Neste setor encontramos muitos projetos de extens o N o para fornecer alta tecnologia n o e sim contatar as comunidades porque assim detectaria problemas que s o assuntos para o pessoal mais hard detectando certas coisas que n o s o bem conhecidas na medicina por exemplo Ent o a extens o pode ajudar a detectar problemas que merecem uma investiga o mais aprofundada porque h pesquisadores ne
312. tivos da situa o ou do problema est o envolvidos de modo cooperativo ou participativo Pode se dizer que pesquisa a o um m todo de condu o da pesquisa aplicada orientada para elabora o de diagn sticos identifica o de problemas constru o de conhecimentos e busca de solu es para as demandas encontradas em que se supera a dicotomia sujeito objeto atribuindo a ambos o estatuto de sujeitos que dialogicamente estudam suas pr ticas A extens o universit ria at hoje tem sido conduzida por meio de v rias metodologias mas a metodologia participativa especialmente a modalidade da pesquisa a o ocupa mais recentemente um lugar privilegiado no processo de planejamento e execu o de projetos de extens o A metodologia participativa permite o envolvimento de todos os interlocutores envolvidos no projeto desde o in cio do processo de constru o das a es aprofundando o processo do di logo como j dito desej vel extens o universit ria Na pesquisa a o a rela o entre pesquisa e a o mediatizada pela reflex o coletiva oferecendo aos membros da situa o investigada o retorno das informa es obtidas Em sua utiliza o na pr tica extensionista a metodologia participativa entendida como um conjunto de procedimentos pelos quais os interlocutores envolvidos no projeto internos ou externos universidade est o inseridos em dispositivos de conduta diagn stico ensino pesquisa planejam
313. to aquelas que se adequavam ao novo projeto vindo do Governo Estadual Por m j tramitava h d cadas por parte de grupos pol ticos locais e personalidades campistas o ide rio de uma universidade p blica para Campos Um embate inevit vel aconteceu naqueles in cios dos anos 1990 com o recha o do Governo Estadual especificamente do grupo liderado por Darcy Ribeiro ao plano das faculdades privadas locais com consegii ncias no relacionamento da universidade com a sociedade campista Com a abertura pol tica e a redemocratiza o do pa s na d cada de 1980 diante da prem ncia das constitui es estaduais se adequarem nova Constitui o Brasileira promulgada em 1988 o debate acerca da Universidade P blica retomado Em Campos profissionais da rea de ensino superior e estudantes aliados aos grupos pol ticos locais empenharam se nos movimentos de demanda pela instala o de uma universidade p blica na regi o buscando cumprir todos os tr mites necess rios para aprova o da proposta que indicava Campos como sede da Universidade Estadual do Norte Fluminense De acordo com Matias 2005 Campos dos Goytacazes possu a nesta ocasi o um sistema de ensino superior hegemonicamente privado composto pelas Faculdades de Medicina de Odontologia de Direito e de Filosofia de Campos com os cursos de Licenciatura tais como Letras e Hist ria Estas institui es pertenciam a funda es mantenedoras Segundo Lima amp A
314. to da extens o universit ria uenfiana desde sua implanta o por meio de consultas a documentos que contam a hist ria da sua evolu o ao longo dos anos Acrescenta se a esta fase uma an lise atenta do Plano Orientador da UENF com o intuito de conhecer na ntegra as proposi es de seu mentor Darcy Ribeiro e buscar proximidades e distanciamentos com as a es hoje chamadas extensionistas b Pesquisa bibliogr fica documental a Revis o da bibliografia acerca dos temas Universidade Extens o Universit ria e Promo o da Sa de b Pesquisa em sites sobre legisla o e documentos acerca da extens o universit ria http portal mec gov br http www renex gov br dentre outros c Pesquisa em sites do Minist rio da Educa o e da Sa de acerca de experi ncias de extens o na rea da sa de d Pesquisa em sites do IBGE DATASUS Minist rio da Sa de dentre outros a fim de buscar informa es sobre indicadores sociais e dados estat sticos para an lise objetiva da situa o epidemiol gica e sanit ria no munic pio de Campos dos Goytacazes 136 c Coleta de dados na PROEX UENF e Coleta de documenta o pertinente realiza o das a es extensionistas na UENF tais como relat rios cat logos manuais informativos sobre a evolu o da extens o universit ria na UENF e Mapeamento dos projetos de extens o cadastrados sob a rubrica sa de e desenvolvidos no
315. to para Capacita o de professores ocorreu em parceria com a Secretaria Municipal de Educa o e at o ano de 2002 j havia capacitado cerca de 1000 professores LIMA amp ALVES 2003 p 113 4 101 Dentre as diversas realiza es da Pr Reitoria de Extens o e Assuntos Comunit rios merece especial destaque a implanta o do Arquivo Municipal de Campos dos Goytacazes no Solar do Col gio antiga sede da fazenda que pertencia ao Col gio dos Jesu tas do Rio de Janeiro em parceria com a Prefeitura Municipal de Campos atrav s da Funda o Municipal Jornalista Oswaldo Lima com o objetivo de atender a antigas demandas de pesquisadores da hist ria da regi o Norte Fluminense Ibidem p 114 No quadro 3 podemos verificar a estat stica das atividades extensionistas na UENF nos anos de 2001 e 2002 Quadro 3 Dados estat sticos da extens o universit ria na UENF por tipo de a o 2001 2002 A ES ANO EXTENSIONISTAS PROGRAMAS 03 04 PROJETOS 04 14 CURSOS 106 38 EVENTOS 52 60 SERVI OS 02 06 PUBLICA ES 14 TOTAIS 165 136 Fonte Cat logo de Extens o PROEX UENF 2001 2002 Em abril de 2002 assumiu a Pr Reitoria de Extens o Professor D lcio Ricardo de Andrade advindo do Centro de Ci ncias e Tecnologias Agropecu rias CCTA e a partir de ent o ampliou se consideravelmente o quadro de pessoal e o espa o f sico da Pr Reitoria que deu continuidade ao trabalho realiza
316. troca de favores e at mesmo interesses Cabe ressaltar que para a institucionaliza o das pol ticas de extens o universit ria essencial que estas sejam definidas em inst ncias de delibera o superior das Institui es P blica de Ensino Superior Conselho Universit rio Conselho de Ensino Pesquisa e Extens o ou equivalentes e normalizada em instrumentos legais Estatutos Regimento Legal Plano de Desenvolvimento Institucional Resolu es Portarias Editais entre outros Professor Jo o Almeida Quando tentamos com o Poder P blico municipal s o coisas extremamentes simples e eles n o tem interesse eu acho que o Poder P blico em Campos algo totalmente desestruturado voc consegue alguma coisa com pessoas por exemplo a Elizabeth Tudesco que da Epidemiologia uma pessoa que quando converso com ela tenho retorno porque s ria e respons vel e a gente consegue fazer algumas coisas juntos mas eu interajo com a pessoa e n o com o rg o embora ao final entre o nome da secretaria de sa de da divis o de epidemiologia mas isto n o uma parceria institucional n o h uma parceria forte com a 147 Secretaria de Sa de e deveria ter por exemplo o Hospital de Guarus faz alguns exames pra gente mas s o pessoas n o a institui o a Coordenadora do Programa do DST AIDS mesmo eu tentei me reunir com ela faz promessas que n o cumpre Professora Maria Ang lica a parcer
317. tudes No campo da sa de estes cen rios podem propiciar o surgimento de espa os de reflex o cr tica sobre a realidade de produ o de compromisso social em suas diversas dimens es para o fortalecimento dos princ pios doutrin rios do SUS 126 n o gratuitamente colaborou para a cultura de passividade que determina um modo peculiar de adoecer O paciente aquele que busca por assist ncia a cada instante como se n o fosse ele parte integrante do processo sa de doen a com direitos e deveres de cidadania Falta cultura do cidad o para ele assumir a sua quest o de sa de como um bem para ele e ele buscar meios de cura O que o cidad o quer ser assistido Voc concorda que este seria um projeto piloto para as universidades p blicas estarem fazendo Porque a universidade seria sem mod stia a institui o que re ne todas as condi es para execut lo ent o acho que falta isto nos projetos de extens o na rea da sa de para o sujeito se compreender como um ator ativo e n o passivo nos seus processos de sa de durante sua vida Contudo se ele se apresenta ativo participativo ele vai querer sentar e discutir o que melhor para sua qualidade de vida mas n o assim o paciente ele paciente O meu problema de sa de este Resolve para mim Enquanto a gente sabe hoje que as quest es de sa de ultrapassam em muito a quest o do consult rio assim ele chega ao consult rio e quer
318. ue Nenhuma disciplina por si s d conta do objeto a que perseguimos por que ele envolve ao mesmo tempo as rela es sociais e o social propriamente dito As express es emocionais assim como as biol gicas traduzem atrav s da sa de e da doen a as condi es e raz es s cio hist ricas e culturais de indiv duos e grupos Ibid A complexidade de fatores que comp em o processo sa de doen a requisita o envolvimento de profissionais de v rias reas do conhecimento apostando no trabalho multiprofissional transdisciplinar e interdisciplinar para a efetiva o da integralidade em sa de A seguinte fala da Professora L lian Bahia explicita a relev ncia da intera o entre os cientistas sociais e os cientistas das reas duras hard para o alcance de resultados mais efetivos inclusive para a pesquisa em sa de Nossa Muita coisa E na verdade j fazemos isto aqui na UENF tem diversas quest es da tecnologia que favorecem muito o diagn stico n Na poca de nossa gest o n s criamos uma possibilidade de se trabalhar programas em que t nhamos o pessoal da engenharia de produ o trabalhando com pessoal das ci ncias sociais Na rea de sa de tinha um projeto sobre gest o do lixo que era exatamente isto porque tinha que ter o cientista social o pessoal da log stica da rea dura e ainda o pessoal da sa de chamava se Gest o Compartilhada do Lixo Lembro me de um projeto que aconteceu no norte do B
319. ultivar e ensinar a ci ncia e as tecnologias de ponta que constituem o patrim nio cultural maior da humanidade para coloc las a servi o da moderniza o e do progresso econ mico e social da Regi o e do Brasil Ribeiro 1993 p 16 A peculiar conforma o da UENF com seus professores de renome nacional e internacional e a aplica o de tecnologia de alto custo proporcionou nestes 15 anos de exist ncia da UENF algumas mudan as significativas no aspecto geral do munic pio poss vel supor os benef cios de a regi o Norte Fluminense vir a usufruir de uma comunidade acad mica de professores e alunos se integrados nas cidades da regi o tendo em vista seu potencial de contribui o na resolu o de suas demandas sociais econ micas e culturais 1 Cf MIGLIEVICH RIBEIRO amp SILVA JR 2008 42 A prioridade do desenvolvimento econ mico se coadunada com o desenvolvimento social e cultural no redimensionamento da miss o da universidade gerar os efeitos positivos ainda esperados na cidade e na regi o Ainda assim a universidade que excluiu de seu corpo docente os l deres do movimento social local que tomara a iniciativa de sua implementa o com outro projeto pol tico pedag gico certo n o poderia imaginar que n o sofreria por isso Os mais renomados cientistas alguns seguramente homens e mulheres de id ias e ideais teriam dificuldades na conviv ncia cotidiana na cidade muitos jamais se sentiriam
320. uns somente aos quais se atribui virtudes quase mission rias ditas vocacionais solid rias e cooperativas em prol do bem comum o que n o o desej vel pois n o modifica o ethos universit rio ao contr rio parecendo separar os cientistas em classes distintas e desiguais O status de mais produtivos cientistas continua sendo auferido por aqueles que talvez nunca tenham se voltado para as causas sociais Isto facilmente evidenciado nas falas dos entrevistados Professora Maria Ang lica Hoje a gente v o Programa Universidade Aberta que para uma pessoa j graduada sempre aliado a um discente Isso muito ben fico porque quando a gente ensina a gente fala didaticamente e a pr tica o aluno precisa ver enquanto est como graduando Para os professores eu acho que a extens o d muito trabalho e tem que ter perfil tem que ter muita paci ncia porque a gente trabalha com pessoas que n o tem conhecimento as pessoas que se envolvem com isto geralmente tem que ter dom porque isto dom isto a gente n o aprende na escola nem na faculdade eu venho de uma doutrina esp rita e a minha fam lia j apresentava esta coisa de se envolver com a caridade e solidariedade ent o com boa vontade mesmo sem dinheiro a gente consegue fazer a extens o Professora Maria Ang lica v que os benef cios para os docentes est o na recompensa de ajudar de ser solid rio fazer bem ao pr ximo agindo em conformidade c
321. ura em Biologia Campos dos Goytacazes CBB UENF 2008 103p MARQUES da SILVA Vera Lucia Pol tica Social de Aten o B sica de Sa de o caso do Programa Sa de da Fam lia no munic pio de Campos dos Goytacazes 1999 2001 Disserta o de Mestrado Campos dos Goytacazes PPGPS CCH UENF 2003 221p MATIAS Glauber Rabelo Uma sociologia dos c rculos sociais em Campos dos Goytacazes Darcy Ribeiro e intelectuais na constru o da Universidade Estadual do Norte Fluminense Monografia de Gradua o em Ci ncias Sociais Campos dos Goytacazes CCH UENF 2005 107p SILVA Leonardo de Carvalho Da Cana ao Petr leo din mica intra urbana recente em Maca Disserta o de Mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisa Social Demografia ENCE IBGE Rio de Janeiro maio de 2006 SMIDERLE Carlos Gustavo S M UENF e Campos Encontro de dois mundos Uma etnografia da intera o entre a coletividade da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro e a sociedade de Campos dos Goytacazes RJ 2002 2004 Disserta o de Mestrado Campos dos Goytacazes PPGPS CCH UENF 2004 175p VALAD O Marina M Sa de Na Escola um campo em busca de espa o na agenda intersetorial Tese de Doutorado S o Paulo Faculdade de Sa de P blica Universidade de S o Paulo 2004 187 VEN NCIO Viviane A S A descentraliza o do Setor Sa de no Munic pio de Campos dos Goytacazes na d cada de 90 Disserta o de Mestrado em Sa
322. velas e reas segregadas MAMANI 2007 44 Figura 3 Mapa da Pobreza no Estado do Rio de Janeiro Regi o Norte Fluminense Fonte IBGE 2003 Dispon vel em www ibge gov br cidadesat De acordo com o mapa acima pode se observar que em 2003 o munic pio de Campos dos Goytacazes apresentava um ndice de pobreza situado em 33 26 encontrando se no pen ltimo quartel de distribui o Figura 3 Esse retrato refor ado pelo ndice de Gini que busca medir o n vel de desigualdade de uma popula o Figura 4 Verifica se que em Campos dos Goytacazes esse ndice apresentava em 2003 um valor elevado 0 49 apontando para uma importante situa o de desigualdade no munic pio IBGE 2004 Pesquisa de Or amentos Familiares POF 2002 2003 De acordo com Cruz 2004 apesar do expressivo volume de recursos financeiros injetados no munic pio os empregos e renda gerados pela atividade petrol fera n o est o alterando qualitativamente o quadro de desigualdades tanto sociais quanto espaciais 45 Figura 4 Mapa da Desigualdade no Estado do Rio de Janeiro Regi o Norte Fluminense Fonte IBGE 2003 Dispon vel em www ibge gov br cidadesat O gr fico 1 abaixo nos permite verificar que apesar do crescimento econ mico de Campos dos Goytacazes ao longo dos anos este n o tem conseguido garantir renda satisfat ria para supera o da pobreza e os demais problemas que afetam a popula o No ano 2
323. ven o no seu modo de trabalhar a assist ncia 181 In CAMPOS C R et al Orgs Sistema nico de Sa de de Belo Horizonte reescrevendo o p blico S o Paulo Ham p 103 120 1998 MERHY Emerson E amp QUEIROZ Marcos S Sa de P blica Rede B sica e o Sistema de Sa de Brasileiro Caderno de Sa de P blica Rio de Janeiro vol 9 n 2 abr jun p 177 184 1993 MENDES Eug nio Vila a Distrito Sanit rio o processo social de mudan a das pr ticas sanit rias do Sistema nico de Sa de 4 ed Rio de Janeiro ABRASCO S o Paulo HUCITEC 1999 310 p MIGLIEVICH RIBEIRO Ad lia M Apresenta o de edi o Agenda Social Revista do PPGPS vol 2 n 2 mai set 2008 MIGLIEVICH RIBEIRO Adelia Maria SILVA Jr Paulo S rgio A UENF e seu plano orientador entre a moderniza o reflexa e a acelera o evolutiva notas sobre o pensamento de Darcy Ribeiro Agenda Social Revista do PPGPS vol 2 n 2 mai set p 1 21 2008 MIGNOLO Walter Os esplendores e as mis rias da ci ncia colonialidade geopol tica do conhecimento e pluri versalidade epist mica In SANTOS Boaventura de Souza Org Conhecimento Prudente para uma Vida Decente um discurso sobre as ci ncias revisitado 2 ed S o Paulo Cortez p 667 710 2006 MINAYO M C S Interdisciplinaridade uma quest o que ultrapassa o saber o poder e o mundo vivido Revista Medicina Ribeir o Preto v 24 n 2 abrilfjun
324. versidade Rocha 2003 retrata que o extensionismo universit rio traz ensinamentos que demonstram que a constru o do presente e do futuro responsabilidade de todos Ressalta que a necessidade do reconhecimento da extens o universit ria como componente b sico de comunica o da universidade com seu povo com seu meio e com sua realidade proporciona tamb m a oportunidade de descoberta de novos objetos de investiga o No quadro 6 identificamos dados estat sticos referentes distribui o das a es extensionistas nas diversas reas tem ticas desenvolvidas no ano de 2007 106 Quadro 6 Distribui o das a es extensionistas realizadas pela PROEX UENF no ano de 2007 Distribui o das a es extensionistas ANO realizadas pela PROEX UENF Cursos 93 Eventos 37 Presta o de Servi os 08 Publica es 27 Projetos de Extens o 53 Total 218 Fonte Novo Manual de Extens o PROEX UENF 2008 Uma compara o entre a distribui o das a es extensionistas no ano de 2002 Quadro 3 e no o ano de 2007 Quadro 6 permite que se constate que em 2002 a PROEX desenvolveu 136 a es extensionistas enquanto que no ano de 2007 houve um desenvolvimento de 218 atividades extensionistas o que denota um aumento de 62 4 no n mero de a es desenvolvidas Quadro 7 Projetos de Extens o cadastrados na PROEX UENF nos ltimos cinco anos
325. xtens o queixa principal da maioria dos entrevistados n o se desvincula da crescente descapitaliza o das universidades p blicas a partir da hegemonia das pol ticas neoliberais que exigem o afastamento do Estado de suas fun es sociais contudo cada vez mais demandadas principalmente nas reas da sa de e da educa o ainda mais em nosso pa s perif rico 163 H de se notar por m que a extens o universit ria hoje apresenta uma clara evolu o em seu significado acad mico agora com uma concep o de universidade cidad apesar de constru da em meio precariedade de recursos bolsas ou qualquer outro incentivo O paradoxo est montado ainda que num contexto de crise do Estado as demandas p blicas fruto do processo de democratiza o da sociedade crescem e ganham visibilidade na sociedade civil sendo a comunidade universit ria um influente ator social na defini o de agendas governamentais Resta saber se a Universidade saber usar desta influ ncia A falta de recursos financeiros e a dificuldade em se estabelecer parceria com o Poder P blico local est o entre os desafios mais citados para a execu o dos projetos analisados Professora Maria Ang lica Ah sim A universidade precisa de transporte a gente tem muita dificuldade porque quase n o tem carros usamos o nosso pr prio carro a parceria com o Poder P blico tamb m um obst culo eu j fui l no HGG mas nada eles acham que eles j
326. xtens o No ltimo eixo encontra se o movimento de re conhecer a comunidade de Custod polis atrav s da constru o de um diagn stico participativo que leve em conta o lugar e sua hist ria as caracter sticas s cio econ micas e culturais do territ rio usado a movimenta o de seus atores os v nculos existentes e potenciais al m das condi es para desencadear e fortalecer uma din mica de empoderamento Sua operacionaliza o prioriza o trabalho multidisciplinar congregando diferentes institui es de n vel superior Recorrendo a metodologia da Pesquisa a o o Programa fundamenta se nos pressupostos que norteiam a Sa de Coletiva a Aten o B sica e a Educa o Permanente em Sa de Dispon vel em http www fmc br bairroSaudavel 206 Projeto 2 Processo Educativo de Alunos da Rede P blica do Munic pio de Campos dos Goytacazes como Estrat gia de Controle do mosquito da Dengue C digo 2007 059 T TULO DO PROJETO 3 Processo Educativo de Alunos da Rede P blica do Munic pio de Campos dos Goytacazes como Estrat gia de Controle do mosquito da Dengue Area Tem tica Sa de Linha Program tica Ensino Fundamental e Novas Endemias e Epidemias Coordenador do Projeto Dr Francisco Jos Alves Lemos Forma o Acad mica Atua o Profissional e Lota o Administrativa na UENF do coordenador do projeto Graduado em Ci ncias Biol gicas pela Universidade F
327. xtra UENF tem alguns programas da FAPERJ que a populariza o da ci ncia voltado para esta rea da extens o recursos do MEC do pr prio CNPq para que possamos contar com 108 outros recursos que n o somente os da universidade N o h uma obrigatoriedade dos professores fazerem extens o n o h uma obrigatoriedade para se fazer ensino pesquisa e extens o no todo mas se a voca o for mais para a pesquisa ele fica onde ele se encaixa ou na sala de aula porque tem muitos professores principalmente das ci ncias exatas que se dedicam muito a sala de aula outros se dedicam mais na extens o mas o ideal que haja um equil brio a entre ensino pesquisa e extens o Figura 6 Apresenta o dos Projetos de Extens o da UENF em formato P ster no VI Workshop de Extens o Entre os dias 20 e 23 de Outubro de 2008 a Pr Reitoria de Extens o da UENF realizou a V Semana Nacional de Ci ncia e Tecnologia e o VI Workshop de Extens o com a apresenta o de 61 resumos expandidos Quadro 8 distribu dos entre a pr pria Pr Reitoria e os centros da UENF respectivos Quadro 8 Distribui o de resumos expandidos por unidades respons veis no VI Workshop de Extens o ocorrido no ano de 2008 Distribui o de resumos ANO expandidos por unidades respons veis no VI Workshop de Extens o Pr Reitoria 03 CCH 11 CCT 12 CBB 11 CCTA 24 Total 61

GISELLE ALMEIDA BARRETO

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