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Revista de Temas Culturais de Câmara de Lobos

1. Apesar de ter havido uma tentativa de re activa o num esfor o conduzido pelo padre Marques ent o p roco da Lombada tendo as sumido a responsabilidade dos ensaios um dos antigos executantes de nome Pita Contudo apesar da banda ao que parece ainda se ter apresentado na festividade de Nossa Senhora da Concei o n o teria continuidade Por volta de 1983 quando eram passados cerca de duas d cadas desde a sua extin o surge um movimento liderado por Eg dio Pita na altura presidente da edilidade pontassolense destinado cria o de uma nova banda de m si ca tarefa que conseguem concretizar No dia 12 de Agosto de 1984 por ocasi o da inaugura o do Campo de Futebol dos Canhas apresenta se em p blico pela primeira vez e adopta por dia da funda o esta data e por sua denomina o o nome da extinta banda ou seja o de Banda Municipal da Ponta do Sol O dia 12 de Agosto passa a ser celebrado anualmente como data da sua funda o o que viria a acontecer at 1994 ainda que em alguns anos com transfer ncia das festividades para outras datas tidas como mais convenientes Contudo em 1995 quando se esperava que a banda comemorasse o seu 11 anivers rio sur Revista Gir o 163 Photographia Museu Vicentes Banda Municipal da Ponta do Sol 1984 ge afinal a comemorar o 113 anivers rio Quando surgiu a Banda Municipal da Ponta do Sol apresentou se como uma nova forma o sem
2. dre a Agostinho Jos Marques pl duas fi guras do throno a 3 000 rs palmo 6 p 185000 rs frete ao barco e carrete ao boeiro q o p s em casa de Jo o Ant onde se fez camarim 500 rs dr ag trouxe da cid duas figuras q est o no Cammarim 150 rs dr a Agostinho Jos Marques por huma fi gura q fez p o remate 228000 rs 4 chapr es de castanho para reformar os p s dos nichos que n o recebiam as ima Revista Gir o 59 gens 3 000 rs a Ant nio Manuel de abrir os agulheiros dre a Miguel Francisco por entalhar a d carreto e comer a q trouxe o baul e ferra obra em 8 dias 49450 srs m de Juli o France 150 rs 385 azulejos q vinh o para a capella se Jos Joaquim por tomar por cal os agulheiros perder o em camara de Lobos e est o de dinheiro a Jos Joaquim por reduzir o presbi baxo da escada porq se sobe p a mesa dos t rio a meya laranja por ajuste 15 000 rs irm os do Sr 115160 rs tabuado comprado a Jo o Rodrigues Mar frete ao navio caix o e carretos 1 880 rs ques 385 dos q se mandar o buscar na falta 4 dias a hum oficial que cavou as figuras p dos asina e mandou o P Estev o Jo o ficarem mais leves e esqueceu carregar na 153400 rs conta do retabulo 14950 rs caix o em que vieram 600 rs a quem trouxe duas figuras que tamb m carre
3. o foi dada em Lisboa a 23 de Setembro mas s foi registada no Funchal a 1 de Abril do ano seguinte em 16937 Repare se que entre o lan o efectuado por Manuel Rodrigues da Costa mercador e o de Francisco Rodrigues mestre de carpinteiro Revista Gir o 14 arrematante da obra ganhou a Real Fazenda 55 000 rs que foi a diferen a entre a primeira e a segunda arremata o Esta verba justifica a atitude de exig ncia e controlo do Conselho da Fazenda sobre as obras pagas pela Coroa Por uma Declara o do custo com que se fez a pintura do tecto e Arco da capella mor desta igreja Virgem Nossa Sra da Gra a sendo Vigr o Rd Pe Manoel da Fonseca 1684 1694 fica mos a saber que se gastaram 35 000 rs que fez de custo a dita obra e pintura com as doa es de 205000 rs de M nica da Silva Terceira de S Francisco 11 000 rs arrecadados pela venda de telha e algumas t buas de uma casa arruinada pertencente Confraria de Na Sra da Gra a e 4 000 rs deram os mordomos Como ser l gi co estas obras decorreram depois de 1691 ap s a conclus o da arremata o No entanto e estranhamente as visita es de 1691 1693 1695 e 1698 n o referem expli citamente aquelas obras embora subentenda se que decorrer o a partir 16937 atrav s de uma refer ncia ao cemit rio Achey que nesta Igreja n o h cemiterio em que se met o os ossos sendo mt necessario p q esteiam como he de vido pello que m
4. Em Fevereiro de 1938 o correspondente local do Di rio de Not cias numa sua cr nica depois de se referir inunda o do campo de futebol da vila e ao facto de se estarem a realizar algumas sess es cinematogr ficas no Teatro Almeida Garrett lamenta a falta de co es o entre os associados da Tuna da Ribeira Brava Organizada por Jos Inoc ncio Cama cho de Sousa Pereira esta tuna depois de ter conquistado os melhores aplausos quando se exibia em p blico acabara de desapare cer Para al m destes o concelho da Ribeira Brava assistiria cria o de outros grupos como o conjunto musical Espa o o Duo musical Esparguete o Duo Musical 2001 os HANG5 o Grupo de M sica Tradicional Semente hoje j todos extintos a Tuna da Associa o Cultural e Desportiva de S o Jo o fundada a 8 de Dezembro de 1988 e extinta a 20 de Outubro de 2002 por integra o na Orquestra Bandolin stica Ribeirabravense a Tuna Infantil do GAEMD da Ribeira Brava referenciada por ocasi o da realiza o do IV Festival de Tunas da Madeira a Tuna da Casa do Povo da Ribeira Brava criada oficialmente a 1 de Maio de 1993 data da sua primeira apresenta o p blica 2 e desfeita a 20 de Outubro de 2002 por integra o na Orquestra Bandolin stica Ribeirabravense o Grupo de Romarias Antigas da Casa do Povo Revista Gir o 156 da Ribeira Brava que teve a sua primeira ac tua o no dia 29 de Junho de 1991 no arraial de S
5. Revista Gir o 133 res l sbicas como seres humanos modelares em geral benquistos e at perseguidos pelo evidentemente repudiado regime nacional socialista Melancholie serve vinho tinto G a acorda e ambas bebem Foi mesmo um belo dia diz a m e A filha acende um cigarro para si e ou tro para a m e Tudo o que cozinhas me sabe bem Gostei imenso acrescenta e volta a dor mitar um pouco Quando acorda recome a a agress o Sem raz o a m e sente se novamente mal tratada pela filha amea a a com o punho e diz que tam b m poderia pagar a algu m para tratar dela A filha faz lhe ver que tal acompanhamento seria incompat vel porque teria de ser durante o dia inteiro Fala lhe em v rias pessoas que l em casa n o cumpriram a tarefa satisfatoriamente Fora de si G a grita que lamenta ter dado luz Melancholie ao que esta responde que nem sabe como consegue sobreviver assim cheia de preocupa es e problemas e ultimamente com depress es Quando responde m e que gerar filhos s um ego smo G a cala se encosta se na poltrona e respira com for a Melancholie olha para ela e pensa que foi em tempos uma mu lher bela com olhos de um azul radiante como o c u da Madeira Pensa que a m e voltou a ador mecer mas constata que faleceu Melancholie deita se no ch o agarra se s pernas de G a deita a cabe a no seu colo co me a a gritar acabando finalmente por chorar desalmadamente De
6. Revista Gir o 91 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 tos e alfaias a informa o dada por lvaro Rodrigues de Azevedo anotador de As Saudades da Terra e repetida por Fernando Augusto da Silva Gaspar Frutuoso As Sau dades da Terra Hist ria das Ilhas do Porto Santo Madeira e Selvagens Manuscrito do S culo XVI anotado por lva ro Rodrigues de Azevedo XIX e introdu o de Alberto Vieira XXI Fac S mile da edi o de 1873 Funchal Fun chal 500 Anos 2007 p 550 Fernando Augusto da Silva e Carlos Azevedo de Meneses Elucid rio Madeirense Vol A E Funchal D R A C S R T C 1998 p 424 D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 974 mf 4225 fl 123 Em 1761 o Mestre das Obras Reais era Domingos Rodrigues Martins 1748 1779 Em diversos documentos e bibliografia aparece Villa Vi c ncio optamos no entanto pela assinatura do autor Villavicencio A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e invent rios 1733 1770 fl 172 Ibidem fls 172v 174v fl 176 e 178v A P E C L Livro de entrada e sa da de dinheiro do dep sito come a em 1730 fl 124v Ibidem fl 128 A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e invent rios 1733 1770 fls 172 e 178 Ibidem fls 172 179 Vide Materiais e t cnicas de pintura e douramento cita
7. des de pesca castanhas O primeiro visitante do monstro marinho foi um americano que exclamou que j tinha visto tantos peixes mas nunca ne nhum como aquele E Norman fazen gt do de guia improvisado contava como ele tinha sido pescado No fim da manh j tinham feito mais de duzentos escudos Um turista alem o disse lhe que era necess rio contac tar um icti logo ou seja um bi logo versado em peixes ou um naturalista gt de modo a analis lo con venientemente De tarde alguns jornalistas foram ao local e tiraram fotogra captores interrogando os e tomando notas Nessa Joaquim Norman Nicolau e Sofia no momento em que i avam a rede com o estranho peixe mesma tarde Norman veio Revista Gir o 122 ao Funchal para ir buscar a sua m quina fotogr fica para tirar fotos ao animal e convidar o seu tutor que se dizia natura lista a acompanh lo a C mara de Lobos para ver o peixe Mas este ao chegar vila e ver toda a gente que se juntava junto da pali ada e alguns pol cias deu meia volta apanhou o autocar ro de volta para o Funchal q deixando o jovem d sem saber o que pen 5s sar Ao regressar para 5 junto da pali ada um E ingl s veio ao encontro de Nor man e apresentou se como sendo o Professor Alexander Angus Napier director do Museu de Hist ria Na 44 tural de Londres que estava pas 4 sando f rias em Lisboa e que ao ouvir na r
8. do Nasci mento desta Cidade e as contas s o descri minadas 1790 17 de Fevereiro import ncia entre gue por despacho da Junta de 16 do corrente para continuar com a referida obra e pela 3a parte 283 000rs 19 de Fevereiro import n cia entregue por despacho da Junta de 16 do corrente para continuar com a referida obra e pela 32 parte 283 000rs 1793 4 de Junho conta do 2 pagamen to para continuar a obra 2005000 rs 1794 17 de Fevereiro por despacho da Junta de 18 de Janeiro foram entregues 35 000 rs 1 de Mar o pelo resto da segunda e conta do 3 pagamento 1315000 rs 26 de Julho que recebeu do tesoureiro 50 000 rs 3 de Outubro recebe 50 000 rs 19 de Dezem bro por despacho de 16 do corrente da Junta que recebeo pello resto 100 000 rs 38 Segundo um registo notarial o entalhador Ant nio de Agrela arrematou a execu o do ret bulo e altar mor fazendo sociedade com o carpinteiro Jos dos Reis Silva em 17 de Feve reiro de 1791 para o constru rem em conjunto A 16 de Setembro 1793 anularam a sociedade por Jos dos Reis n o querer continuar na obra recebendo o dinheiro pelo tempo e pelas pe as em que tinha trabalhado ficando exclusiva mente encarregado da conclus o da mesma Ant nio de Agrela Quanto ao mestre Est v o Teixeira de N brega sabemos que assinou contrato por 12 000 000 rs conforme ficou registada a 29 de Maio
9. o oficial da Igreja j acrescentada da sua segunda parte Santa Maria M e de Deus rogai por n s peca dores agora e na hora da nossa morte mem Esta tela foi cortada no lado direito da Virgem onde se observa apenas quatro dedos e uma por o de asa de um anjo e parte do ombro de uma figura ficando tamb m incompleta a primeira palavra da legenda Este corte abrupto poder indicar proveni ncia de outro lugar ou desajuste entre a tela e moldura Apesar do seu car cter ing nuo a n vel pict rico esta pintura exp s erudi o teol gica ali s o que acontece com a maioria das pinturas do s culo XVIII com certeza orientadas pelo ent o vig rio Manuel Borges de Alemanha A Apresenta o de Jesus no templo encon tra se grosseiramente repintada especialmen te nos rostos das figuras marcando alguma descaracteriza o Trata se de uma composi o econ mica de figuras Maria que entrega o Me nino o Sacerdote que recebe Jesus S Jos que assiste cena uma crian a que segura numa candeia e outra figura possivelmente a profeti sa Ana que fora ao templo orar A Apresenta o de Jesus no templo Purifica o da Virgem ou Candel ria reportam se todas para os quarenta dias depois do nascimento de Jesus festivida des comemoradas a 2 de Fevereiro Segundo S Lucas Lc 2 22 40 a Virgem e S Jos levaram Jesus ao templo em conson ncia com o ritual judaico de ent o de forma a oferece lo a Deus ali
10. sejam de officiais de pedr e carpinteiro Nos anos seguin tes em 1692 e 1693 o Marqu s de Alegrete so licitou Junta Real da Fazenda do Funchal uma rela o muito exacta das igrejas que desde h vinte anos tivessem sidas mandadas consertar por Sua Majestade por constar que andava di nheiro em m os de v rias pessoas que n o da vam execu o s referidas obras Mas em 1696 ainda mais exigente ordenando ao Provedor do Funchal que fizesse h a Rela o do dr q sua magestade tem dado de 40 a esta parte p as Igrss e ornamt e mais culto Divino hua exacta Rela o do dinheiro q de 40 annos a esta parte tem sua Magestade mandado aplicar s Revista Gir o 13 obras das igreyas ornamentos e mais culto Divino examinandosse todo este dinheiro se aplicou s obras q se mandar o fazer e o que estiver em ser examinar is em poder de quem est e o far is por em arrecadas o prontamente e dar is logo conta no conselho da fazs de sua Mag e esta delig h muito recomendada Desde 1688 que havia alguma relut ncia acerca dos neg cios e arremata es feitos pelos mercadores e alguns oficiais por isso e para que n o restassem d vidas recebeu o Provedor da Real Fazenda do Funchal o seguinte documento V Mag manda fazer nesta Ilha por remata es muitas obras de Igrejas e outras q he servido e nos orsam s q se fazem pl officiais respeit o a telha
11. ver a obra e riscar algumas coisas 400 rs dre a Jo o Ant nio por fazer o risco do apainelado da capela mor 85000 rs dinheiro ao arrieiro que trou xe Jo o Ant nio para ver e dirigir a obra 700 rs frete ao arrieiro que trouxe Jo o Ant nio qd veio mandar sentar a obra 400 rs dre a Jo o Ant por dias em que esteve mandando sentar a obra 45800 rs Conta do q custou o sacrario o qual se fez na tenda do m Jo o Ant por cuja m o cor rer o as ferias dos officiais e outras cousas p elle Despeza com o pagamt ao pintor Jo o Ant nio Villavicencio pl douramts pinturas e quadros da Capella Mor Em 1778 a 6 de Julho que ficamos a saber que Jo o Ant nio Villavic ncio recebeu 495000 rs tirados da arca da Confraria de Na Sra da Gra a referente ao pagamento do douramento e pintura do altar Um ano depois em Abril de 1777 da Confraria do Sant ssimo Sacramentos s o retirados 167 289 rs para pagar a pintura da capela mor Pelas contas apresentadas Jo o Ant nio Villavic ncio foi o arrematador de toda a obra que custou 4 225 010 rs pintura do camarim 70 000 rs pintura do tecto da capela mor 220 000 rs pintura solta dos lados da capela 80 000 rs pintura de todos os quadros da capella 28 600 rs q importou o Lan amt de 976 Livros de ouro a 700 683 200 rs obra do altar mor 8799470 rs apain
12. Revista Gir o 172 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 Brochura publicada a prop sito do IX Encontro Regional de Tunas Ribeira Brva 7 de Agosto de 1994 Jornal da Madeira 4 de Julho de 1989 Brochura publicada em 1994 a prop sito do IX Encontro Regional de Tunas Brochura publicada em 1996 a prop sito do XI Encontro Regional de Tunas http www cm ribeirabrava pt instituicoes_culturais htm Corte E A Import ncia das Romarias para o Conhecimen to do Folclore Madeirense Xarabanda Revista 2 13 15 1992 Brochura do VII Encontro Regional de Tunas C mara de Lobos 1992 Brochura publicada em 1996 por ocasi o da realiza o do IX Encontro Regional de Tunas da Madeira Brochura publicada em 1994 por ocasi o da realiza o do IX Encontro Regional de Tunas Jornal da Madeira 1 de Maio de 1996 Brochura publicada em 1996 por ocasi o da realiza o do XI Encontro Regional de Tunas da Madeira Jornal da Madeira 4 de Maio de 1997 http www cm ribeirabrava pt instituicoes_culturais htm Di rio de Not cias 26 de Julho de 1999 Di rio de Not cias 21 de Dezembro de 1996 Jornal da Madeira 19 de Setembro de 1953 Eco do Funchal 28 de Agosto de 1955 http www cm ribeirabrava pt instituicoes_culturais htm Brochura do XVII Encontro de Grupos Corais da RAM Ca lheta
13. Temos desenvolvido v rios esfor os para localizar estas plantas e riscos citados especialmente para as obras do s culo XVIII executadas nas igrejas madeirenses Quer na Direc o Geral de Arquivos Arquivo Nacional Torre do Tombo quer no Arquivo Hist rico do Tribunal de Contas Contos do Reino e Casa Er rio R gio n o existe nenhum fundo espec fico que recebesse este n cleo documental No entanto continu mos a acreditar que algumas destas plantas e riscos sobrevivem mal catalogados e inventariados pois de alguns eram feitas v rias c pias como provam os documentos da Provedo ria da Real Fazenda do Funchal Refira se aqui o nico conhecido e bel ssimo risco do ret bulo da capela mor da Igreja de S Jorge Santana da autoria de Domingos Rodrigues Martins Mestre das Obras Reais executado em 1750 que pertenceu colec o particular de Rui Carita e hoje depositado no Arquivo Regional da Madei ra Este risco foi publicado por Paulo Ladeira A Talha capa e p 87 Nos diferentes documentos consultados sobre a Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos s o citados apontamentos riscos e plantas quer na troca de correspond ncia entre a Provedoria da Real Fazenda do Funchal e o Conselho da Fazenda quer nas v rias arremata es feitas na Sala do Contos da Alf ndega do Funchal como em documenta o do arquivo paroquial referente obra do camarim tribun
14. agregados familiares de S o Vicente era a se gunda mais reduzida da Regi o Esta situa o foi apenas superada por Porto Moniz e parece nos consequ ncia n o apenas do controle da natalidade mas tamb m da converg ncia entre situa es de xodo rural e emigra o N o obstante as melhorias verificadas no alargamento das instala es el ctricas este concelho manteve os valores mais baixos do Arquip lago na sua taxa de cobertura Por outro lado em 1991 a qualidade de vida no interior dos alojamentos medida por infra estruturas tais como instala es sanit rias e gua canalizada podiam considerar se bastante deficit rias Ao longo desta d cada os benef cios nestas reas foram bastante sig nificativos embora os valores apresentados em 2001 continuassem a ser os mais preocupantes do Arquip lago Ocupando uma rea de 78 70 Km2 e com uma popula o residente que decresceu de 7695 para 6196 indiv duos neste per odo inter censit rio S o Vicente perdeu 1497 habitan tes ou seja cerca 20 0 da sua popula o Este decr scimo de efectivos al m de se ter repercutido na densidade populacional que di minuiu de 97 78 habitantes por Km2 para 78 72 habitantes por Km2 tamb m concedeu Taxa de Crescimento Anual M dio o valor mais baixo da Regi o 2 14 No que concerne ao peso populacional deste concelho face ao total do Arquip lago deparamo nos com uma diminui o de 3 0 para 2 5 respeitantes a
15. nho A filha leva a e enquanto espera olha para o mar e sonha com a sua juventude passada em Hamburgo Aos doze anos ia duas vezes por semana nata o num clube da cidade Sonha tamb m com o passado mais tarde quando es t o na varanda do apartamento a tomar vinho da Madeira seco a mordiscar aperitivos com sa bor a queijo e a dar de comer a pombos Enquanto prepara na cozinha o jantar Omelett Fromage com salada mista e p o mergulha novamente no passado O pai faleci do h vinte anos era arquitecto independente Tinha o seu atelier em casa onde desenhava secret ria ou ficava deitado no div a ler G a acha a omelete de queijo pouco e quan do a filha lhe serve mais uma mas desta vez como desejado com marmelada de laranja diz indignada n o querer tanto Come no entanto tudo mas a comida d lhe a volta barriga e suja se toda pelo que Melancholie tem de lhe explicar duas vezes que deve lavar se bem na casa de banho Acaba por limpar a m e dado que esta desamparada n o o sabe fazer Na manh seguinte G a est algo perturba da Acha que uma aluna e pergunta se v o fe char a escola N o sabe nem quantos anos tem nem quando nasceu no dia 10 de Outubro do ano anterior fez 85 anos nem em que ano est o diz 1935 ano em que nasceram Melancholie e igualmente Gigi Martin Afirma tamb m que faz anos e quer saber se a filha convidou todos os parentes e amigos j falecidos N o r
16. nica do Faial onde saiu a tocar no ano seguinte Assen tou pra a aos 18 anos como volunt rio ingressando na Banda Militar A par da carreira militar onde atingiria a patente de 1 Sargento frequentou o Conservat rio de M sica da Madeira onde conclui o curso de Clarinete in gressando depois no seu quadro docente Por volta de 1968 convidado para a direc o art stica da Filarm ni ca do Faial onde permanece at 1970 altura em que mobilizado para o Ultramar Em 1976 assume a direc o art stica da Banda Municipal da Ribeira Brava cargo que abandona em 1979 altura em que assume responsabili dades docentes no Conservat rio de M sica da Madeira Virg lio Vieira Marques dos Ramos era natural do Mon te Funchal onde nasceu a 25 de Janeiro de 1941 tendo falecido a 14 de Dezembro de 2006 Era filho de Jo o Marques Ramos e de Maria Vieira dos Ramos Casou em primeiras n pcias a 2 de Julho de 1962 com Rita Maria de Jesus Ramos de que posteriormente se divorciou e em segundas n pcias a 8 de Dezembro de 1990 com Maria Isabel Cabral do Couto Iniciou a sua forma o musical na Banda Distrital do Funchal ingressando a 7 de Setembro de 1959 como volunt rio no ex rcito Foi executante de clarinete na Banda Militar tendo ascendi do aos postos de Sargento m sico Sargento ajudante a 10 de Agosto de 1983 a Alferes a 10 de Agosto de 1984 a Tenente a 10 de Agosto de 1987 a Capit o e a 1 de Outubro de
17. 1 cruz roli a de prata 1 lampad rio de prata 2 casti ais de prata uns casti ais de pau 1 frontal de damasco branco F brica dal Igreja 17 10 1792 1 livro de baptismo com capa de pergaminho que principiou em 1564 1 arca na sacristia onde se guardam os livros 2 livro de baptismos que come ou em 1653 at 1699 listagem de v rios livros de baptismos casamentos e enterros e respectivas datas de in cio e terminus primeiro livro dos defuntos que principiou a 16 de Dezembro de 1595 livro quinto e actual 1778 deve ser a data de parte deste invent rio onde se regista que acharam o primeiro livro de baptizados e casamentos que principiou 1564 e terminou em 1599 invent rio que estava na mesma p gina 1 livro das Constitui es deste bispado 1 pergaminho com nome dos confrade de Na Sra do Monte Item se deo o Livre da receita e Despeza de toda a obra do altar mor desta Igreja de N S da Grassa com v rios papeis pertencentes a d conta 2 livros de provimentos s o os que ainda est o neste arquivo Confira N Sra da Gra a 1725 4 livros da f brica ivro antigo de N Sra das Candeias 2 livros de S Pedro 1 livro antigo do Senhor Jesus hum livro manu escrito de serem ys ivro de amoesta es can nicas ivro do tombo 1 livro de cerimoniais 1 tem 45 r is de confiss o desde 1747
18. 17 Ibidem fl 19 Ibidem Ibidem fl 20 Ibidem fl 22 N dia Carreiro Baptista Moura Estreia As Confrarias do Cabido da S do Funchal Disserta o de Mestrado em Hist ria da Expans o Portuguesa Coimbra Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra 2002 Policopia do p 11 Ana Cristina Machado Trindade A Moral e o Pecado P bli co no Arquip lago da Madeira na segunda metade do S c XVIII R A M C E H A S R T C 1999 p 63 citando Jo o Francisco Marques Vide Vitor Serr o A linguagem da pintura portuguesa proto barroca e a arte da paren tica na obra do Padre Ant nio Vieira in Oceanos n 30 31 Lisboa Abril Se tembro de 1997 pp 202 214 Teresa Freitas Morna Os Jesu tas e a Arte in Nuno Vas sallo e Silva coord O P lpito e a Imagem Os Jesu tas e a Arte Lisboa Museu de S o Roque 1996 p 20 curioso que muitas igrejas e capelas especialmente das zonas rurais possu am p lpitos amov veis que eram 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 regularmente emprestados ou alugados pelas f bricas e confrarias Vide Rita Rodrigues A Igreja de Nossa Senhora da Gra a do Estreito de C mara de Lobos Parte Contributos para a sua hist ria nesta revista O or amento do p l pito encontra se inserto nos fls 3 19v do A H T C C R e C
19. 173 Vit rio Jervis de Faria por exemplo a 27 de Maio de 1766 assina o pedido do novo compromisso da importante Confraria do Sant ssi mo Sacramento da S do Funchal como antigo tesourei ro A R M CONF Confraria do Sant ssimo Sacramento da S do Funchal Cx 1 pre 12 fl 29 treslado de 1860 AHTC CR e C E R Or amento de despesa Apenso B fls 4 4v Despachado em Lisboa a 13 de Fevereiro de 1769 com parecer favor vel do Conselho da Fazenda de 11 do mesmo m s e ano e registado no Funchal a 27 de Abril D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Revista Gir o 49 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 222 223 Funchal 1768 1774 L 976 fls 5 5ve AHT C C R e CER Or amento de despesa Apenso A fl 57 Toda a informa o referente a esta vistoria encontra se nos fls 57v 61 do A HT C C R e C E R Or amento de despesa Apenso A Toda a informa o referente a este lit gio encontra se nos fls 63 66 do A H T C C R e C E R Or amento de des pesa Apenso A Lisboa 17 de Outubro de 1772 D G ARQ A N T T Prove doria e Junta Real da Fazenda do Funchal 1768 1774 L 976 fls 208 208v ARM A D F Registo da C mara Eclesi stica do Funchal Capelas e Orat rios Livro 2 da C mara Eclesi stica A em que se lan o as cartas de coloca o e alvar s para se poderem levantar altares em ermidas novas e outros
20. 7 8 2009 2010 pp 263 282 A R M Governo Civil Funchal L 227 fl 11v 13v dem Ibidem L 228 fl 58 v A H D F Confraria de Nossa Senhora da Piedade sita na ermida da Rua da Igrejinha L 72 fl 128 A PE CL Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e invent rios 1733 1770 fls 172 179 A R M R P S o Pedro Funchal Casamentos L 121 fl 226 02 03 1756 Ibidem fl 252 v 12 02 1759 Domin gos de Azevedo era filho de Ant nio da Silva e de Faus tina de Azevedo neto paterno de Manuel Martins e de In s da Silva e materno de Ant nio Garcia e de Isabel de Azevedo Jos de Abreu era vi vo de B rbara Esc rcio filho de In cio Rodrigues e de Maria do Carmo neto de Domingos Rodrigues e de Maria de Abreu materno de Manuel de Abreu e de L cia Ferraz A R M R N L 2239 fl 106 108 03 07 1769 Manuel Moniz de S morava no Torre o casou em 1766 em S o Pedro no Funchal com Joana Maria Rosa Baptizou uma filha em 1770 e faleceu em 1797 A R M R P S o Pedro Funchal Casamentos L 122 fl 56v A R M S o Pedro Funchal Baptismos L 104 1 111 v 1770 A R M S o Pedro Funchal bitos Lo 139 fl 20v 14 11 1797 Foram testemunhas do seu casamento Jo o Gon alves de Sousa e o cerieiro L cio Ferreira Vide Paulo Ladeira Os mestres e o ret bulo mor da igreja de S o Sebasti o em C mara de Lobos in Gir o n 4 vol Il 2007 pp 25
21. 966 fls 26 26v Ibidem D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 968 fl 86v Ibidem D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal 1700 1718 L 388 fls 263v 264 Vide Rita Rodrigues A igreja de Nossa Senhora da Gra a do Estreito de C mara de Lobos Parte Contributos para a sua hist ria nesta revista O tipo de cercadura destes azulejos com varia o de colora o observ vel em Lagos S Sebasti o e Chan celaria Torres Nonas na Igreja de Santa Eug nia J M Santos Sim es e Em lio Guerra de Oliveira Azulejaria em Portugal no s culo XVII Tipologia Tomo 22 Ed Lisboa F C G 1997 p 59 Idem Ibidem p 134 AHT C CR e CER Or amento de despesa Apenso A fls 57v 58 Ibidem Apenso A fl 62 A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e Invent rios 1733 1770 fl 173v Lu sa D Orey Capucho Arruda Azulejo in Jos Manuel Fernandes Dir e Paulo Pereira coord Dicion rio da Arte Barroca em Portugal Lisboa Ed Presen a 1989 p 55 A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a fl 183v Lu sa D Orey Capucho Arruda Ob Cit p 55 Falha para a Ilha da Madeira um estudo aprofundado sobre este tipo de mobili rio Sugerem se aqui mais 188 189 190 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201 202 203 204 205 206 207 2
22. Fazenda quer nas v rias arremata es feitas na Sala do Contos da Alf ndega do Funchal quer nas listagens de materiais e pagamentos aos pintores e entalhadores mas infelizmente at ao presente n o localizamos qualquer docu mento gr fico A 28 de Mar o de 1750 pouco mais de tr s meses depois de iniciadas as obras foi so licitada uma altera o ao primeiro or amento justificada pelo incorrecto c lculo dos alicerces Revista Gir o 30 e grossuras das paredes que deveria ser revis to para melhor seguran a e dura o da obra A solu o encontrada foi retirar 1 631 320 rs em que foi or ada a obra dos muros do adro e circuito da mesma igreja por ser menos preci sa e para os quais deveria concorrer o povo O despacho do Conselho da Fazenda de 3 de Julho foi favor vel a esta decis o que ficou re gistada no Funchal a 7 de Dezembro Outras quest es relacionadas com a constru o dos muros ser o mais tarde novamente levantadas pelo fiador da obra capit o Ant nio Richart Jer vis em 1756 Segundo Fernando Augusto da Silva foi lan ada a primeira pedra e benzida a Igreja de Na Sra da Gra a a 3 de Fevereiro de 1753 e tr s anos depois a 18 de Janeiro de 1756 ben zida a capela mor Em os dezoito dias do m s de Janeiro de mil setecentos e cinquenta e seis anos nesta igreja de Nossa Senhora da Gra a do Estreito de C mara de Lobos da Ilha da Madeira benzeu o Reverendo vig rio desta freguesia o
23. Interior da Igreja de Nossa Senhora da Gra a 6 dias ao seu filho a 300 rs madeira para o dossel e cambotas para a volta do arco 600 rs missagras de metal para a porta do dossel 8 dias a Antonio de Agrella por entalhar o docel em casa de Jo o Ant a 450 35600 rs 109 dias a Juli o France por entalhar o tro no a 500 545500 rs 104 dias ao seu disc pulo a 200 rs 20 800 rs 6 dias ao mestre Bernardo Gomes na dita obra 2 600 rs a carpintaria e madeira vai na conta do re t bulo Conta do q custou o sacrario o qual se fez na tenda do me Jo o Ant por cuja m o correr o as ferias dos officiais e outras cousas p elle 2 chapr es de castanho comprados a Fran cisco da Costa 700 rs 6 travessas grossas de 8 palmos cada uma a 20 palmo 960 rs carreto de 2 pesos para C mara de Lobos 400 rs frete ao barco que a levou para a cidade e carreto ao boieiro que a levou para a ten da 600 rs 74 p s de t buas de pinho a 50 rs cada p 3 700 rs missagras para a fechadura 900 rs dinheiro para o ferro p o p de aguia 150 rs pregos e tachinhas 650 rs 36 dias ao mestre entalhador Est v o Tei xeira a 350 rs 129775 rs 19 dias ao seu disc pulo a 50 rs 950 rs 51 dias ao m Antonio Mendes entalhador a 500 258750 rs 62 dias ao mestre Manuel Jo o de alimpar a obra a 3
24. Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e invent rios 1733 1770 fl 172v Ibidem Ibidem fls 172v 173 174 174v Ibidem fl 173 Ibidem fl 173v Ibidem fl 173 e 176 bidem fl 178v Ibidem fl 173v Em diversos documentos e bibliografia aparece Villa Vi c ncio optamos no entanto pela assinatura do autor Villavicencio A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e invent rios 1733 1770 fl 176 Ibidem fl 178v A P E C L Livro de entrada e sa da de dinheiro do dep sito come a em 1730 fl 162v Ibidem f1 136v A P E C L Livro da F brica Grande Invent rio fl 100 fl 22u A P E C L Livro da F brica Grande Invent rio fl 100 fl 23 A P E C L Livro de entrada e sa da de dinheiro do dep sito come a em 1730 f1 128v Ibidem f1 124v A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Revista Gir o 50 245 246 247 248 249 250 251 252 253 Contas e invent rios 1733 1770 fl 179 Ibidem fl 179 Ibidem fl 179 A P E C L Confraria de Nossa Senhora da Gra a fl 45v Trata se de uma folha de papel A5 cortada e colada fora do contexto temporal da restante documenta o Ant nio Francisco Xavier era carpinteiro e cunhado do mestre entalhador Est v o Teixeira de N brega por ter contra do matrim nio com sua irm Ana Maria do Car mo vi va de um pedreiro a
25. Livro de entrada e sa da de dinheiro do dep sito fl 128 A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e invent rios 1733 1770 fl 176 Vide Paulo Ladeira e Rita Rodrigues Igreja de Nossa Senhora da Gra a do Estreito de C mara de Lobos Il Parte Contri butos para o estudo do seu patrim nio art stico nesta revista D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal 1768 1774 L 976 fls 5 5v Despachado em Lisboa a 13 de Fevereiro de 1769 com parecer do Conse ho da Fazenda de 11 do mesmo m s e ano e registado no Funchal a 27 de Abril D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 972 mf 5382 fl 189v A P E CL Livro da F brica Grande Invent rio fl 100 fl 4v D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 972 mf 5382 fl 189v O padre Manuel Borges de Alemanha ser o grande im pulsionador das obras da igreja nova de Na Sra da Gra a Est documentado nesta igreja entre 1746 e 1775 com interregno no ano de 1747 mas foi aqui vig rio at 1792 data do seu falecimento segundo um documento depositado no A H C hoje A H U dispon vel em http www concelhodecamaradelobos com Documentos pa dre manuel borges almanha provimento apos mor te pdf Em 1747 foi vig rio da Igreja de Na Sra do Monte para a qual pediu um sino onde j tinha sido vig rio em 1742 data de grandes obras na igreja alt
26. a se no sector terci rio Apesar do decr scimo de 0 7 a dimens o m dia dos agregados familiares deste concelho assumiu sempre o segundo valor mais elevado do Arquip lago apenas superado por C mara ASA 1991 2001 Varia o a 7a w0 303 359 56 Terci rio 47 4 56 8 9 4 Tabela 1 Distribui o da popula o activa do concelho de Machico pelos sectores de actividade no per odo de 1991 2001 de Lobos Relativamente a este aspecto a com para o inter concelhia permitiu constatar que esta diminui o foi a segunda mais significativa do Arquip lago Em Machico o n mero de alojamentos que beneficiava de instala es el ctricas era j bastante elevado em 1991 Todavia a imple menta o desta infra estrutura sofreu novo aumento at 2001 data em que apenas h re gisto de 0 3 dos alojamentos sem a sua exis t ncia De salientar que este valor constitu a data o segundo mais positivo da Regi o Esta situa o privilegiada tamb m extensi va gua canalizada visto que em ambos os 1991 2001 Varia o 1991 2001 Dimens o M dia dos agregados familiares Dimens o M dia dos agregados familiares 5284 4 2 6117 35 N mero de alojamentos N mero de alojamentos Revista Gir o 184 N mero de alojamentos Recenseamentos a sua exist ncia no interior dos alojamentos representava o terceiro va lor mais elevado do Arquip lago Ao inv s o n mero de alojamentos familiare
27. amento prev o aproveitamento dos materiais da igreja velha exceptuando as capelas que sam particula res Ibidem fl 11v A P E C L Livro da F brica Grande Invent rio fl 100 fl 3 AHT C C R e C E R Or amento de despesa Apenso A fl 23 Ibidem fl 24 Ibidem fl 25 25 Jervis a grafia mais corrente e que chegou at aos nos sos dias Mas este apelido escrito ao longo deste docu mento com v rias grafias Jarvis Jarves Gerves Jerves Tamb m Richart surge muitas vezes Richarte A H T C C R e C E R Or amento de despesa Apenso A fl 26 A P E C L Livro de entrada e sa da de dinheiro do dep sito fl 148v AHT C C R e C E R Or amento de despesa Apenso A fl 28 28v Trata se de uma c pia transcrita e assinada por Domingos Afonso Barroso como se depreende da nota lan ada margem o que se cont m no livro 19 do Registo Geral da Provedoria e Alf ndega O original teria sido feito em Lisboa por Francisco do Rego e Matos AHT C CR e C E R Or amento de despesa Apenso A fls 30 30v Ibidem Ibidem fls 31v 31v bidem Em 1690 tinha sido arrematante das obras da igreja de Na Sra da Gra a um Manuel Rodrigues da Costa merca dor cujo lan o foi recusado pelo Conselho da Fazenda ordenando novo preg o e recomendando que fosse entregue os lan os a oficiais de pedreiro e carpinteiro D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da F
28. de roca ou de vulto Revista Gir o 44 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Gaspar Frutuoso Ob Cit pp 93 e 550 Frei Agostinho de Santa Maria Da Imagem de nossa Senhora do Rosario da povoa o de Camera de Lobos in Santu rio Maria no e Hist ria das Imagens milagrosas de Nossa Senhora amp das milagrosamente descobertas nas Ilhas do Oceano amp conquistas de Portugal L IV T tulo VI 1722 p 275 Ant nio Cordeiro Hist ria Insulana das Ilhas a Portugal sugeitas no Oceano Occidental Das Ilhas de Porto Santo e Madeira Livro III Lisboa Typ do Panorama 1716 1866 p 109 D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal 1700 1718 L 388 fls 263v 264 A H T C C R e C E R Or amento de despesa para a edifica o da Igreja de Nossa Senhora da Gra a do Estreito de C mara de Lobos na Ilha da Madeira no ano de 1747 Apenso A CC 44 mfs D 72 e D 125 fl 21 Henrique Henriques de Noronha Memorias Seculares e Ecclesiasticas para a composi o da Historia da Diocesi do Funchal na Ilha da Madeira 1722 Funchal C E H A S R T C 1981 p 224 D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal 1700 1718 L 388 fls 263v 264 A H T C C R e C E R Or amento de despesa Apenso A fl 20 A P E C L Livro de Provimentos 1605 1718 n n Gaspar Frutuoso Ob Cit p 550 D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funch
29. dos entre 1600 1800 nas despesas e receitas das f bri cas das igrejas capelas e confrarias do Arquip lago da Madeira inserto na tese de doutoramento de Rita Ro drigues A Pintura Proto Barroca e Barroca no Arquip lago da Madeira entre 1646 e 1750 A efic cia da imagem em desenvolvimento Tamb m Paulo Ladeira identificou alguns materiais divulgados na sua tese de mestrado A Talha e a Pintura Rococ no Arquip lago da Madeira 1760 1820 Funchal S R E C C E H A 2009 A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e invent rios 1733 1770 fls 172 e 173v Cambota molde de madeira para se formarem os ar cos ou ab bodas http www priberam pt dlpo default aspx pal cambota consultado a 24 09 2011 10 10h A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e invent rios 1733 1770 fls 174 175v Ibidem fl 176 Char o um verniz de laca proveniente da China ou do Jap o A verdadeira laca char o origin ria do Oriente e os artes os europeus tentam imit la de v rias manei ras Paulo Queimado e Nivalda Gomes Conserva o e restauro de Arte Sacra Escultura e Talha em suporte de madeira Manual T cnico p 182 dispon vel em pdf A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e invent rios 1733 1770 fls 176 176v Ibidem fl 176v Muito provavelmente tamb m pintor Ant nia de Caires era filha de Manuel
30. dos Moinhos Sebasti o Barreto casado do s tio do Muro Ant nio Pestana de Castro casado do s tio da Amoreira Manuel Ant nio de Macedo solteiro menor autorizado por seu pai Jo o Jos de Macedo da Cruz da Banda de Al m da C mara solteiro menor exposto criado MUSEU FHOTOGRARA NVICENTES Photographia Museu Vicentes Banda Municipal da Ribeira Brava anos 70 do s culo XX Revista Gir o 140 y 1 MUSEU PHOTOGRAPHIA NVICENTES Banda Municipal da Ribeira Brava por Jo o Jos de Macedo da Cruz da Banda de Al m e por este autorizado Assinaram a escri tura de constitui o desta sociedade como tes temunhas Nuno de Freitas Pestana solteiro e propriet rio e Pedro Joaquim Pestana solteiro ambos moradores na vila da Ribeira Brava Assinaram como outorgantes Francisco Jo o Barreto Jos Nunes Correia de Macedo Lu s Teixeira Manuel Nunes J nior e Sebasti o Barreto J nior O Reverendo Francisco Manuel de Sousa vig rio da freguesia da Ribeira Bra va que Jo o Adriano Ribeiro refere ter sido o impulsionador da cria o da banda assinou a rogo dos demais s cios e aprendizes bem como dos demais pais que n o sabiam escrever A passagem da Filarm nica Uni o Fraternal Ribeirabravense a Banda Municipal da Ribeira Brava aconteceu por delibera o camar ria de 1 de Julho de 1933 que tornaria em definitiva uma outra de 24 de Junho do mesmo ano de car cter provis rio e con
31. e materno do major Fran cisco Maria de Azevedo Sousa da C mara Lu s Ant nio Bernes casou com Silvina Au gusta Bernes filha de Jos Nunes agricultor e de Maria Nunes dom stica todos naturais da freguesia e concelho de C mara de Lobos Sil vina Augusta Bernes faleceu com 43 anos no dia 15 de Outubro de 1906 na rua do Esmeral do freguesia da S Funchal local onde residia deixando descendentes Lu s Ant nio Bernes casou pela segunda vez com Maria Adelaide Gomes a 28 de Novembro de 1908 na Igreja de S o Pedro Funchal Nesta data residia na rua das Maravilhas Maria Adelaide Gomes era solteira com 30 anos de ocupa o dom stica e n o sabia escrever Natural da freguesia e con celho de C mara de Lobos onde fora baptiza da morava na freguesia de S o Pedro Funchal no s tio da Cruz de Carvalho Era filha de Fran cisco Gomes de Bento e de Maria Augusta de Faria tamb m naturais de C mara de Lobos Do casamento foram padrinhos o marceneiro e en talhador Manuel Inoc ncio de Sousa solteiro morador na freguesia de Santa Luzia ao Cami nho do Til e o sacrist o da igreja Lu s Francisco Xavier Ferreira solteiro SIGLAS E ABREVIATURAS A H D F Arquivo Hist rico da Diocese do Funchal A H M F Arquivo Hist rico do Minist rio das Finan as AHT C C R C E R Arquivo Hist rico do Tribunal de Contas Contos do Reino e Casa Er rio R gio A P E C L Arquivo Paroquial do Estreito de C mara
32. e nisso e enha tornarem a trazer se despendeo c bestas carretos fretes e outras despesas da ida e vinda e conserto das arcas ao todo tres mil quatrocentos e noventa e cinco rs Assina Gaspar Nunes recebedor da S D G ARQ A N T T Cabi do da S do Funchal F brica Livro de Receita e Despesa 1574 1604 L 6 mf 3573 fl 187v Sobre empr stimos vendas doa es e mobilidades de pinturas e ret bulos remetemos para um cap tulo da nossa tese de doutoramento em prepara o A Pintura Proto Barroca e Barroca na Ilha da Madeira entre 1646 e 1750 A efic cia da imagem O padre Manuel das Neves foi capel o e mestre de ceri m nias do bispo D Manuel Coutinho Fora beneficiado na Igreja de Na Sra da Luz Ponta do Sol e beneficiado 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 simples a 9 de Maio de 1735 na Igreja de Na Sra do Ca lhau Funchal e estivera na Ilha do Porto Santo Agrade cemos estas informa es a Ana Cristina Trindade A P E C L Livro de entrada e sa da de dinheiro do dep sito fl 99 D G ARQ A N T T Cabido da S do Funchal F brica Livro de Receita e Despesa 1574 1604 L 6 mf 3573 fls 136v A P E C L Confraria de Nossa Senhora da Gra a fl 107 Manuel Pedro Freitas A Igreja Paroquial de Nossa Senho ra da Gra a http www concelhodecamaradelobos com dicionario igreja paroquial nossa senhora graca
33. enterramentos e exuma es Este Decreto para al m de no seu 1 arti go estipular que em cada concelho haver pelo menos um cemit rio segundo as disposi es do Decreto de 21 de Setembro de 1835 e de no seu artigo 71 relembrar a obrigatoriedade das fre guesias que ficassem distantes da Cabe a do Concelho de tamb m o possu rem acrescenta algumas particularidades ao cemit rio e s di mens es que deveriam ter as covas Os cemit rios deveriam ser orlados de rvores e de acor do com o seu artigo 75 as covas para al m da profundidade de cinco palmos deveriam ter quatro palmos de largura e dez de comprimen to No seu artigo 73 este Decreto n o s pro be de forma expl cita o enterro de mortos den tro de qualquer igreja ou capela da freguesia ou concelho onde existisse cemit rio p blico como tamb m o enterramento de cad veres fora do cemit rio p blico depois de estabeleci do e benzido salvo nas situa es em que seja dada autoriza o para o fazer em cemit rios privados nos termos da Portaria da Reg ncia de 9 de Agosto de 1814 ou quando seja dada autoriza o para sepultar em jazigo ou carneiro privativo em propriedades rurais distantes do povoado de ao menos 800 passos Para al m da imposi o da obrigatorieda de de constru o de cemit rios p blicos e da proibi o de enterramentos em igrejas e cape las este Decreto tamb m faz a abordagem de alguns dos tr mites legais e
34. fl 387 387v Em 1735 a 10 de Maio o padre Manuel Nunes recebeu 108500 rs para entregar ao padre Filipe Oliva a fim de enviar para Lisboa para diminui o do ouro para umas cruzes A P E CLL Livro de entrada e sa da de dinheiro do dep sito fl 99 A P E C L Livro de entrada e sa da de dinheiro do dep sito fl 148 148v Durante as obras desta igreja e sob ordens do padre Ma nuel Borges de Alemanha h uma rela o pr xima com os mercadores ingleses Para al m destas encomendas cujas verbas significativas s o entregues para compra de ornamentos a Andr Danthery entre o per odo de Revista Gir o 46 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 1747 a 1771 outra fam lia inglesa tamb m mercadores na pra a do Funchal os Jervis aqui est relacionada pois fiadora das obras da igreja A P E C L Livro de entrada e sa da de dinheiro do dep sito fls 122v 124 182 148v Ibidem fls 182v e 162v Pela documenta o consultada esta igreja teve as se guintes confrarias Na Sra das Candeias das Almas N Sra da Salva o S Pedro Sant ssimo Sacramento Se nhor Bom Jesus S Caetano N Sra da Gra a e N Sra do Monte uma das mais antigas As confrarias de S Pedro e S Caetano partilhavam o mesmo altar situa o que se verificava com as confrarias de de N Sra das Candeias e Na Sra da Salva o A P E C L
35. menos comum por escada vista tornando mais ma jestosa a nave da igreja e acrescentando lhe maior aparato e cenografia Principalmente no reinado de D Jo o V introduzidos em Portugal por influ ncias exteriores talvez de Espanha ou da ndia Portuguesa onde estes elementos possuem uma presen a mpar generalizou se o uso de quebra voz ou dossel lavrado sobre a caixa o que valorizava a figura do pregador tornando mais sonora a sua voz e chegando a ter quase tanta import ncia como o p lpito propriamente dito Assim segue a constru o do p lpito da Igreja de Na Sra da Gra a onde observamos uma caixa com pain is de faces curvas que lhe confere alguma din mica A caixa assenta numa base que lhe d continuidade atrav s de um pe queno conjunto de curvas e contracurvas que afunilam at terminar numa meia esfera A cai xa e a base apresentam apenas partes lisas em tons de madeira castanha escura e pequenas li nhas de dourado O quebra voz apresenta uma planta id ntica caixa do p lpito e uma estru tura em c pula piramidal sendo rematada por um elemento decorativo dourado e inspirado em folhas de acanto A orla do dossel cont m uma franja entalhada novamente inspirada em ramagens nomeadamente em folhas de acanto e flores abertas A caixa do p lpito interligada com o dossel atrav s da moldura em pedra de cantaria cinzenta que contorna a porta O conjunto de azulejos que forra as paredes da sacristi
36. nasceu a 28 09 1794 A R M R P S o Pedro Funchal Casamentos L 122 fl 101 29 04 1770 Idem Baptismos L 107 fl 146v 31 01 1796 fl 93 28 04 1793 fl 120v 07 10 1794 Vide ainda Paulo Ladeira A Talha pp 78 79 A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e Invent rios 1733 1776 fl 176 Manuel Gon alves Pita diz apenas que o sacr rio foi exe cutado na tenda de um mestre no Funchal O sacr rio da igreja de Nossa Senhora da Gra a in Gir o Vol n 5 1990 p 217 A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e Invent rios 1733 1776 fl 176 Ibidem fl 176 Paulo Mendes era filho de Maria do Ros rio e de Manuel Mendes j falecido em 1695 A R M R P S do Funchal Casamentos L 55 fl 151 v 12 11 1695 A R M R P S Sebasti o C mara de Lobos Casamentos Lo 312 fl 101 v 12 06 1746 A R M S o Pedro Casa mentos L 122 f 68 29 08 1767 No ano econ mico de 1757 1758 um Ant nio Mendes carpinteiro pagava foro Miseric rdia do Funchal 15056 rs A R M Miseric rdia do Funchal 1757 1758 L 518 fl 32 Nos s culos XVII e XVIII encontramos muitos carpinteiros e torneiros com o apelido Mendes a operarem na Madeira e entre 1650 e 1680 est bem documentado um Ant nio Mendes car pinteiro para pagamento de foros que eventualmente ser antepassado desta fam lia de carpinteiros Em 1741 h
37. ncia de erro do projecto inicial foi autorizada a sua constru o como ainda hoje est Este conjunto de azulejos XVII e o arcaz paramenteiro XVIII enriquecem dignamente esta sacristia Os azulejos da sacristia pelo seu padr o e caracter sticas formais e t cnicas dever o ser fruto de uma oficina de Lisboa dat veis c de 1680 1690 devendo a sua coloca o corres ponder a uma campanha de obras da igreja desta poca ou a iniciada em 1676 ou a de 1690 Em 1676 a 21 de Abril o p roco de N Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos An dr Lopes recebeu a informa o do despacho favor vel dado pelo Conselho da Real Fazenda a 27 de Janeiro sobre a disponibiliza o de uma verba de 200 000 rs para obras da sua igreja Acrescia a ordem para que o visitador Ant nio de Brito Bettencourt desse principio capella mor com 80 000 rs ca dos das confrarias contando ainda para a referida obra com mais 150 000 rs que deveriam ser cobrados de uma doa o de 3005000 rs feita por um paroquiano cujo nome n o referido mas que averigua mos ser Ant nio Faria e sua mulher A verba Foto Rita Rodrigues Casa da pia baptismal Azulejos de finais do s c XVIII agora atribu da deveria ser resposta peti o feita pelo vig rio Lu s Gon alves Velho da mes ma igreja e mais moradores e fregueses devido a ruina que a dita igreja ameasava por cuja cau sa sen o podi o administra
38. ncia dos Velhos regis tou um aumento de 2 0 entre os dois momen tos censit rios Deste modo o R cio de Depen d ncia Total decresceu de 53 4 em 1991 para 45 4 em 2001 facto que nos parece depender da conjuga o de dois factores por um lado a vida diminui o do R cio de Depend ncia dos Jo Estas varia es repercutiram se nos valo vens e por outro o crescimento registado nos Homens idade Mulheres gt 85 80 84 L 75 79 70 74 65 69 60 64 55 59 50 54 45 49 40 44 35 39 30 34 25 29 20 24 15 19 E 1 10 14 E 5 9 PEN 2001 0 4 E 1991 200 400 600 800 1000 1200 1400 Efectivos ITR 1400 1200 1000 800 600 400 200 Efectivos o Gr fico 1 Evolu o das pir mides de idades no concelho de Machico no per odo de 1991 2001 Revista Gir o 185 grupos et rios que enquadram a popula o activa O Gr fico 1 elucidativo destas oscila es e torna mais percept vel a realidade deste con celho quer quanto aos grupos quinquenais de idades quer pela especificidade evidenciada por cada sexo Assim os efectivos do sexo masculino dimi nu ram de forma significativa entre os Recense amentos de 1991 e 2001 nas idades compreen didas entre os 0 e os 24 anos A partir do grupo 25 29 anos os efectivos de 2001 s o numerica mente superiores aos de 1991 situa o que se mant m at ao grupo 50 54 anos O grupo et rio com idades compreendidas entre os 55 e os 59 anos
39. nio Martins Posteriormente em Junho de 1884 voltamos a encontr la tocando no passeio p blico da vila No dia 2 de Julho de 1885 a filarm nica da Ponta do Sol actua no adro da igreja por oca si o dos festejos do Sagrado Cora o de Jesus e a prop sito da sua actua o o articulista diz que a filarm nica agradou muito e surpreen deu pelo facto de em t o pouco tempo o Sr Agostinho Martins ter podido fazer com que os seus alunos apresentassem ao p blico um t o belo e variado repert rio Adianta ainda que se a aplica o dos disc pulos corresponder ao ta lento ao bom gosto e dilig ncia do mestre poderia afian ar que a filarm nica da Ponta do Sol haveria de ser uma das primeiras da ilha Tal como acontece frequentemente com outras esta filarm nica ao longo do tempo que mediou a sua funda o e extin o sur ge na imprensa com v rias denomina es nomeadamente Banda da Restaura o Banda Primeiro de Dezembro Filarm nica Pr ncipe d Oldembourg Pontassolense e a Revista Gir o 159 Agostinho Martins J nior Agostinho Martins J nior foi um distinto m sico destacando se como rabequista e violinista Era natural do Funchal onde nasceu em 1841 e faleceu a 9 de Abril de 1909 Aos dez anos de idade seu pai ensina lhe os primeiros rudimentos de m sica e pouco tempo depois torna se num dos disc pulos do violinista Agostinho Rubio Em 1877 fundou a Sociedade de Concert
40. o apenas 205000 rs porque ser aproveitado o lajeado da igreja velha e do seu alpendre depois de escolhido para isto o melhor cujas sobras ser o aplicadas para lajear a casa da pia baptismal Informa este or amento que o laje ado da capela mor ser assentado com cal Ficou ainda declarado que toda a cantaria com que se hade fazer este edeficio se hade tirar da pedreyra que h nos saloens na fazenda de Dona Izabel de Vasconcelos e Mendon a mu lher que foy do cappitam Antonio Bettencourt Machado A areia ser tirada donde chamam a aldeia ou quinta de Francisco Aur lio e o que faltar nestas partes se tirar do Esp rito Santo com cal de Lisboa Mais adiante refere que a areia ser tirada da praia porque n o a h capaz e noutra parte Todas as paredes h o de ser chispadas e re bocadas por dentro e por fora com areia da praia a qual foi alvidrada a 1 800 rs cada moio e a da terra a 800 rs cayadas com duas m os de polme A telha ser aproveitada da igreja velha ca pela mor sacristia e alpendre sendo ainda ne cess rios dezasseis milheiros de telha de Lisboa a 25 000 rs ao milheiro posto ao p da obra que custar 400 000 rs A cale a areia para se fazerem as beiras de suas ordens em toda a obra canos espig es e aljorozes 8 com meias telhas embebidas nas paredes por cima dos ditos aljorozes e arga massar as telhas em todas as empenas soma r o
41. o della sua custa e de seus freguezes ficando na obri ga o delles o reparo da ruina q suceda no d acrescentamte E neste acrescentamento que hoje se v o lavat rio de pedra de factura ing nua As tor neiras saem de duas m scaras de formalismo naif que deveriam no entanto querer imitar duas carrancas O lavat rio de composi o classicizante apresenta duas partes sendo a superior composta por um querubim no cen tro ladeado por duas volutas e dois espig es e encimado centralmente por uma cruz e na par te inferior pelas duas m scaras simetricamente colocadas rematadas lateralmente por duas volutas O mestre pedreiro obrou apenas uma simples pe a de pedraria mesmo que o risco subjacente sua execu o referido em 1747 fosse hipoteticamente de melhor qualidade Resta nos referir os tectos da capela mor e corpo da igreja O tecto da capela mor apresenta um fundo ocre claro decorado com motivos baseados em volutas Cs flores e folhas a inscri o IHS Viva Jesus e AM Viva Maria possui algumas aber turas ilusionistas onde se pode admirar o c u com nuvens estando ao centro uma murilesca figura da Imaculada Concei o assinada por L Bernes 1909 sendo esta tem tica e figura o comummente usada por este pintor em outros tectos pintados em igrejas da Ilha da Madeira como na antiga Matriz da Camacha Igreja de S Louren o 1920 A comunica o social made
42. o ter colocado as ferragens nas gavetas Por outro lado existem grandes pro ximidades formais e t cnicas como similarida des estil sticas ao mobili rio da sacristia da S 1732 1735 como do Col gio c 1720 1730 que embora de datas bem mais recuadas est no primeiro caso documentalmente indicado o nome deste imagin rio No entanto a imi ta o das obras da S e do Col gio era muito comum pois representavam um marco de ex cel ncia no gosto e qualidade e continuou por largas d cadas Outros autores poder o ser os entalhadores Ant nio Mendes e Ant nio de Agrela ou o carpinteiro Bernardo Gomes autor da excelente carpintaria do ret bulo da capela mor No entanto as pinturas que ornam os es paldares alusivas ao Doutores da Igreja assina das por Nicolau Ferreira e datadas de 1791 s o bem mais tardias que o arcaz com molduras j classicizantes A descri o do arcaz vestu rio e mais arm rios da Igreja de Na Sra da Gra a quer a n vel dos materiais quer das formas e acabamentos que se pode ler no or amento dos mesmos ex pressa bem a preocupa o de aparato e certo esplendor que se projectava para este espa o agora tamb m local de culto de memora o e de profundas rela es sociais De facto as visi ta es da Ilha da Madeira durante os s culos XVII e XVIII mostraram sempre grandes preocu pa es com o estado f sico das sacristias orde nando sempre obras de reparo retel
43. pelo arcebispado da Bahia Brasil dizia se que costume pio an tigo e louv vel na Igreja Cat lica enterrarem se os corpos dos fi is Crist os defuntos nas Igrejas e Cemit rios dela porque como s o lugares a que todos os fieis concorrem para ouvir e assistir s Missas e Of cios Divinos e Ora es tendo vis ta as sepulturas se lembrar o de encomendar a Deus nosso Senhor as almas dos ditos defuntos especialmente dos seus para que mais cedo se jam livres das penas do Purgat rio e se n o es quecer o da morte antes lhes ser aos vivos mui proveitoso ter mem ria dela nas sepulturas Tal como noutras localidades no concelho de C mara de Lobos o enterramento no interior das igrejas e capelas era uma pr tica habitual ainda que dependente da capacidade dos espa os do estatuto social do defunto ou ainda de ser ou n o propriet rio de sepultura no interior do templo Quando tal n o era poss vel quer por falta de espa o quer pelo facto do defunto n o ser detentor de qualquer sepultura o en terramento fazia se habitualmente em redor da igreja Hoje ainda poss vel encontrar l pides tumulares assinalando o enterramento de de funtos na capela de Nossa Senhora da Concei o na capela das Almas e no convento de S o Bernardino Para al m destas mem rias f sicas tamb m poss vel encontrar v rias outras refer ncias ao enterramento de pessoas dentro das igrejas No Estreito de C m
44. q servio de resid ncia dos R Vig da freguesia de Nossa Snr da Gra a do Estreito de Camara de Lobos a qual arrematou Manoel Roiz da Costa p quan tia 1809200 5 Esta arremata o teve lugar no dia 29 de Setembro de 1748 na Sala dos Contos da Alf ndega do Funchal na presen a do novo Provedor Manuel Pereira de Castro e v rios ofi ciais de pedreiro e carpinteiro que a seu mando vieram assistir ao lan o O valor de 180 200 rs foi bem inferior ao previsto de 55153672 rs e que se reportava aos diversos materiais aproveit veis da referida casa incluindo cantaria alverna ria madeira e telhas Foram testemunhas Jo o de Sousa Pereira e Gaspar Ferreira Os 180 200 rs s entrar o na arca de tr s chaves da Alf ndega do Funchal onde eram guardadas as rendas dos d zimos apenas no ano seguinte em 1749 a 4 de Novembro A 29 de Novembro de 1748 anotou se no Funchal uma ordem emanada do Conselho da Fazenda que obrigava ao almoxarife que foi dessa ilha 2 pagar das sobras dos seus recebi mentos na ordem de Sua Majestade os valores das terras e avalia es das casas que se h o de demolir cuja autoriza o de demoli o s se ria dada no Funchal em Maio de 1749 pelo Mes tre das Obras Reais Domingos Rodrigues Mar tins Os materiais recuperados da igreja velha e da casa do vig rio como alvernaria madeiras balc o soalhos no valor de 613000 rs deve riam ser colocados em leil o e ainda
45. regista um ligeiro de cr scimo tend ncia que se inverte nas idades seguintes sugerindo um aumento da esperan a de vida Verifica se ainda um novo acr scimo populacional no grupo mais idoso da pir mide PONTA DO SOL O concelho de Ponta do Sol foi fundado no in cio do s culo XVI em consequ ncia do eleva do desenvolvimento econ mico resultante da actividade a ucareira Com uma rea de 43 80 Km2 e uma popula o residente que diminuiu de 8756 para 8125 indiv duos este concelho encontra se adminis trativamente dividido em tr s freguesias Ponta do Sol Canhas e Madalena do Mar A freguesia de Ponta do Sol possui o clima mais quente da Ilha e a vila com o mesmo nome encontra se virada para o mar junto a uma ravi na onde abundam leitos de ribeiros que tornam o solo f rtil O centro da vila est envolto em si l ncio devido ao fraco povoamento fruto quer da emigra o quer da tend ncia para habitar as zonas mais altas e dispersas Este ltimo facto deve se escassez de espa o na vila uma vez que esta al m de ser cruzada por uma ribeira Revista Gir o 186 que comporta os indiv duos com idade igual ou superior a 85 anos Constata se o acr scimo bastante significa tivo dos grupos et rios compreendidos entre os 35 e os 44 anos situa o comum a ambos os sexos e que legitima o aumento da popula o activa Em termos globais este gr fico evidencia em ambos os sexos a diminui o da natalidade b
46. ro de toda a obra desta igreja da autoria dos entalhadores Est v o Teixeira pago a 350 rs dia e Ant nio Mendes pago a 500rs dia Nesta obra ainda est o citados os nomes dos mestres Manuel Jo o e Jos dos Reis No todo esta parte da obra da capela mor custou 4 225 010 rs obra do altar mor 8793470 rs apainelado da capela mor 8768550 rs camarim 93 000 rs sacr rio 759400 rs ouro e tintas 9005680 rs q custou o pagamt aos pintores como se ve assima 1 333 200 rs Outras contas s o apresentadas 1760 a Confraria de S o Caetano das suas sobras entregou 27 500 rs para pagar a imagem do Santo Cristo que mandara vir de Lisboa para o dito altar 25 000 rs 5 de Maio de 1761 a Confraria do Bom Jesus entregou 508000 rs para a obra do altar mor e depois mais 425000 rs para continuar a dita obra 1762 foi pago dr ao Pintor que fez o Risco p o Retabulo do altar mor 25500 rs 1763 foram pagos 29 covados de pa pagaio p a capella mor a 863 covados 1258027 rs Abril de 1777 167 289 rs foram dados pela Confraria do Sant ssimo Sacramento para a pintura da capela mor 6 de Julho de 1778 foram tirados da arca 49 000 rs para pagar o douramento e a pintura do altar como contido no recebi Revista Gir o 36 do do Pintor Jo o Ant nio Villavic ncio A 4 de Julho de 1778 o padre Manuel Bor ges de Alemanha assentou qu
47. s barracas em 2001 remete nos para duas hip teses a ocorr ncia de um sub registo em 1991 ou em alternativa a sua constru o com intuito de alojamento de f rias Este concelho que compreende toda a ilha de Porto Santo ocupa a menor rea de todo o Arquip lago com 42 17 Km2 A sua densidade populacional diminuiu de 11060 habitantes TE Tabela 2 Dimens o m 1991 2001 Varia o 1991 dia dos agregados fa Dimens o M dia dos agregados familiares Dimens o M dia dos agregados familiares 1293 36 1372 3 2 N mero de alojamentos N mero de alojamentos N mero de alojamentos miliares do concelho de Porto Santo no per odo 1991 2001 Dimens o M dia dos agregados familiares 79 0 4 Revista Gir o 195 Volume populacional HM 4706 4474 Import ncia relativa 7 1 9 1 8 000505 Crescimento anual m dio 0 51 111 60 106 09 Tabela 4 Aspectos globais da popula o do concelho de Porto Santo no per odo de 1991 2001 Km2 para 10609 entre os Recenseamentos de 1991 e 2001 como consequ ncia do decr sci mo populacional Assim a popula o residente foi estima da em 4706 indiv duos no Recenseamento de 1991 valor que diminuiu para 4474 em 2001 o que em termos percentuais se traduziu numa perda de 5 1 da sua popula o A import ncia deste concelho face ao total do volume populacional do Arquip lago apre senta se bastante reduzida Durante esta d ca
48. segundo pagamento provando assim que as obras da igreja j tinham sido iniciadas Outra resposta do arrematante a estas ocor r ncias data de Janeiro de 1750 onde afirma que j estava fabricando a nova igreja confor me or amento a qual deveria ser feita de pedra e cal vindas de Lisboa mas a cal encontrava se esgotada na Madeira havendo apenas na Ilha do Porto Santo que h t o boa e capaz e muito usada nas constru es de outras igrejas que se est o frabricando 2 Pedia autoriza o para usar a cal da ilha vizinha na constru o da Igreja de N Sra da Gra a A opini o t cnica do Mestre das Obras Reais foi clara a cal de Lisboa he t o boa como a cal da Ilha do Porto Santo Perante este parecer mandou o Provedor que o suplicante fizesse o que melhor lhe parecer Parece nos que subjacente ao atraso da obra estava uma outra raz o Segundo Manuel Revista Gir o 29 Rodrigues da Costa qd lansou na d obra foy com hum Risco por onde a tal foi orsada e este indo p Lx com o lanso do Sup fes este com effe a da remata o e porq se acha na m o do escriv o da Faz e contos o tal risco por onde a obra foy orsada e a rematada o qual se deve dar ao sup p por elle fazer a d igra 5 O Prove dor despacha que se lhe fa a merc e manda que se lhe entregue o d Risco na forma que ex p em No entanto a obra da igreja j tinha sido iniciada se derm
49. sendo assinadas por L Bernes a Anuncia o 1909 a Visita o 19097 a Ceia em Casa de Ema s 1910 um jarr o com flores 1909 o tecto 1910 e Eucaristia 1910 que pelas tem ticas representadas e pela iconografia das mesmas poder o reportarem se a antigas telas que dali fossem retiradas pelo seu mau estado de con serva o e substitu das pelas actuais No entan to a ltima pintura Eucaristia levanta algumas quest es pois parece nos uma pe a dos finais do s culo XVII ou princ pios do s culo XVIII que eventualmente foi restaurada pelo pintor L Ber nes mas s um apoio documental ou laborato rial poder esclarecer esta situa o embora se integre do ponto de vista composicional com legendas em latim em filacteras campanha das outras pinturas entre 1764 e 1776 Bernes assinou por exemplo um quadro pintado por Nicolau Ferreira aquando duma campanha de restauro na Capela de N Sra da Concei o C mara de Lobos Talvez que o precipitado res tauro destes quadros lhes tivesse roubado muito da sua autenticidade no que se refere ao croma tismo original lamentando se o facto do autor do repinte L Bernes n o ter resistido tenta o de assinar e datar 1908 umas das telas Fuga para o Egipto como se do autor se tratasse Esta situ a o poder ter ocorrido tamb m na Igreja de Na Sra da Gra a A Eucaristia estrutura se em dois planos No inferior encontram se tr s figur
50. te E r aos Officios de Pedreiro e Carpinteiro na forma da planta e appontamentos que se lhe aprezen tou do que devia executar e Offerecendo por seos Fiadores e pricinpaes pagadores a qualquer fal ta a Jo o Roiz Pereira Ant nio Gon alves e An tonio de Fran a que por todos for o aceites em observancia do Despacho da Junta de 24 de 9 de 1790 na forma declarada no auto da arrema ta o lan ado a fl 51 n L 2 de sems e mais clausulas nelle contempladas sendo toda a im portancia de 1250008000 Ficaram ainda registados os seguintes pa gamentos para obras na Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito da Calheta em 1793 a 12 de Abril por despacho da Junta do Funchal foram entregues 2 000 000 rs a Estev o Teixeira de N brega rema da Obra da Nova Igreja do Es treito da Calheta A 27 de Maio recebeu Jo o Ant nio Villavic ncio a quantia de 357 060 rs destinados a tabuado e chapr o de pinho mole para a obra da Igreja do Estreito da Calheta a que o rematador della n o era obrigado e An t nio de Agrella rematante da Obra do Altar da Nova Igreja do Estreito da Calheta a 3 de Junho recebeu 200 000 A 1 de Mar o foram pagos mais 131 000 rs ao arrematante da obra do al tar da nova igreja do Estreito da Calheta S A 25 de Agosto s o lan adas v rias verbas 258 000 rs pagou a Bartholomeu de Fran a Doria pelos capit es a que estava obra a terra que se lhe
51. um casamento entre outro Ant nio Mendes da Silva e Francisca dos Santos No entanto este Ant nio Mendes assina este acto religioso com uma caligrafia muito bem feita desenhada e foram testemunhas o capit o Ant nio da C mara e o tenente general capit o Francisco Be renguer e madrinhas Ant nia Maria mulher de Manuel Rodrigues oficial de pedreiro e morador aos Arrifes e Maria Ferreira esposa de Fernandes oficial de ser ralheiro morador ao Pombal A R M R P S Pedro Fun chal Casamentos L 121 fl 101 v 07 01 1741 Neste casamento n o est o referenciados os nomes dos pais dos nubentes dificultando qualquer conclus o ARM S Pedro Funchal Casamentos L 122 fl 68 Ana da Assun o era filha de Tom Gomes Pacheco e de Francisca Rosa naturais da freguesia do Monte Do casamento foram testemunhas Sim o Soares e Ant nio Tom AR M S Pedro Funchal bitos L 141 fl 42 ARM S Pedro Baptismos L 104 fl 44 vo ARM R N L 1140 fl 107 21 03 1814 Em 1792 Francisco Jos Jardim e Tim teo Joaquim san gradores deram lhe uma quita o geral A RM R N L 2188 fl 106 v 107 13 11 1792 Em 1794 comprou benfeitorias a Ant nio de Sousa e sua mulher Maria na Jacinta de Jesus A RM R N L 2221 fl 43 v 15 11 Revista Gir o 95 127 128 129 130 1794 Em 1798 foi credor de dinheiro a Jo o J Freitas A RM R N L 2228 fl 49 10 07 1798
52. vel do sector secund rio para em 2001 passar a assumir se como o terceiro concelho onde este sector era o menos representativo Ao inv s o sector terci rio em Santa Cruz apresentava em 1991 o terceiro valor mais ele vado do Arquip lago ultrapassado apenas por Funchal e Porto Santo Esta posi o foi refor a da em 2001 com um acr scimo de 8 1 nesta rea de labora o o que significa que mais de 70 0 da sua popula o activa se inseria neste sector econ mico A aprecia o dos Recenseamentos Gerais da Habita o permitiu nos inferir do acr scimo bas tante significativo ao n vel do parque habitacio nal situa o similar verificada no concelho de Funchal Esta situa o decorre do not vel acr s cimo populacional verificado nestes dois conce lhos tal como atestam os Recenseamentos Por m ao longo deste per odo assistimos diminui o da dimens o m dia dos agrega dos familiares de Santa Cruz de 3 8 indiv duos em 1991 para 3 3 indiv duos em 2001 fruto n o apenas o do aumento do n mero de alojamen tos mas sobretudo da adop o de medidas de controlo da natalidade Apesar do aumento do n mero de aloja mentos em 1991 este concelho apresentava a segunda situa o mais deficit ria do Arqui p lago no que concerne exist ncia de ins tala es sanit rias no interior das habita es Apesar do alargamento desta infra estrutura at 2001 a sua taxa de cobertura n o foi sufi
53. 26 Idem A Talha e a Pintura Rococ no Arquip lago da Madeira 1760 1820 Funchal S R E C C E H A 2009 Em Portugal o termo foi usado por Aar o Lacerda 1935 que dele fez derivar outros como rocalha e rocalhes ca J F P Rococ in Jos Manuel Fernandes Dir e Paulo Pereira coord Dicion rio da Arte Barroca em Por tugal Lisboa Ed Presen a 1989 p 417 Sobre a s ntese deste estilo vide J F P Rococ p 416 421 Timidamente o Rococ foi sendo estudado em Portugal contando com os contributos de v rios histo riadores Germain Bazin 1950 Reynaldo dos Santos 1953 John Bury 1956 Robert Smith 1962 Jos Au gusto Fran a 1965 etc J F P Rococ p 416 Idem Ibidem Idem Ibidem Idem Ibidem p 417 Idem Ibidem p 419 A P E C L Livro de entrada e sa da de dinheiro do dep sito fl 162 A frase correcta seria Qui me invenerit vitam inveniet et salutem Hauriet uma Domino e foi retirada do Livro dos Prov rbios 8 35 O livro dos Prov rbios o primeiro e o mais representativo documento da literatura sapiencial de Israel Trata se de uma antologia de colec es hete rog neas de origens e datas diferentes abrangendo um 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 per odo de tempo que se estende do s c X ao s c V a C A tradi o hebraica un nime na aceita o do livro dos Prov rbios o NT cit
54. 337 devendo ser deprecatus re portando para o cap tulo 4 Ecl 33 4 Entre eles alguns foram aben oados e exaltados outros Foto Rita Rodrigues Parede da capela mor lado do Evangelo foram santificados e ele os tomou para si Entre eles alguns foram amaldi oados e humilhados os quais ele expulsou de seu lugar de ex lio re presentado por uma figura feminina Virgem que segura na m o direita o Livro dos Sete Se los sobre o qual est o Cordeiro Agnus Dei As duas composi es seguem os mesmos cro matismos e formalismos O fundo vermelho trajando as figuras femininas vestido vermelho e manto azul encontrando se a primeira repin tada no rosto da Virgem e no Menino Todas estas pinturas apontam para factura do mesmo pincel quer pelos modelos das figu ras femininas santas alegorias e Virgem quer ainda pelos formalismos e cromatismos e po der o servir de refer ncia para identificar outros n cleos de obras de Jo o Ant nio Villavic ncio no entanto estavam at agora atribu dos oficina de Nicolau Ferreira possivelmente seu disc pulo O altar da Confraria do Senhor Jesus esteve em obras nos in cios da d cada de 70 do s culo XVIII tendo recebido o entalhador Miguel Fran cisco Fran a Miguel Francisco da C mara Foto Paulo Ladeira Tecto da capela mor em Agosto de 1774 12 000 rs pela talha que fez para o altar do Senhor Jesus dourando a e pintando a J
55. 35 remetendo para o Livro dos Prov rbios Prov 8 35 Porque o que me achar achar a vida e alcan ar o fa vor do Senhor Ainda neste plano encontram se quatro cabe as de querubins distribu das pelos espa os abertos numa tentativa de equilibrar a composi o No plano inferior compreende mos que a tem tica alude tamb m ao ros rio de Maria com um frade dominicano segurando um livro e ros rio seguido de um franciscano ocupando parte do lado esquerdo da com posi o e no lado direito encontram se mais quatro figuras masculinas sendo duas eclesi sticas identificadas com a mitra papal poss vel refer ncia a Urbano IV 1261 1264 e Pio V 1566 1572 O Papa Urbano IV acrescentou a palavra Jesus concluindo a primeira parte da Ave Maria Ave Maria cheia de gra a O Senhor convosco Bem dita sois V s entre as mulheres e Jesus que era usada desde o s culo VII como refer ncia sauda o do anjo Gabriel Lc 1 28 e usado na festa da Anuncia o A partir do s culo XII ora o juntaram se as duas sauda es Virgem a do anjo Gabriel Anuncia o e de Santa Isabel Visita o Bem dito o fruto do vos so ventre cujas tem ticas est o representadas no programa iconogr fico da capela mor des ta igreja O Papa Pio V grande reformador da igreja cat lica publicou o Catecismo Missal e Brevi rio Romanos onde a Ave Maria foi pu blicada pela primeira vez como ora
56. 8 de Novembro de 1772 que n o tinha d vida em que os supp fa o depozito que requerem mas parece me que n o h justo o seu requerimt p que respeita quantia em atten o baxa q houve na ar remata o da obra a respeito do seu or amt n o pertendo que depozitem o pre o do orsamt mas q depozitem a quantia que effectivam haviam de gastar na Factura do Campanario O or amento datava de 1748 e no espa o de 24 anos tinha subido mt o pre o dos materiais e salarios dos officiais circunst ncia que aponta va para a subida de pre o de qualquer obra por isso solicitava que fosse feito novo or amento pelo mestre das obras reais de forma a apurar o valor actual da constru o do campan rio Revista Gir o 34 Atendendo que o campan rio n o se fez por impedimento do vig rio durante o per odo que decorreram as obras da igreja pela louv vel id a de querer mandar fazer huma Torre para mayor seguran a dos sinos do mesmo Templo Sagrado e sua formusura decidiu o Prove dor aceitar o dep sito dos 1109861 rs ofereci dos pelos herdeiros do fiador ordenando que o vig rio fizesse a respectiva obra no prazo de um ano O dep sito feito pela vi va D Maria Correia de Atouguia Bettencourt foi registado pelo es criv o das execu es da Real Fazenda Francisco Ferreira Duarte em 17722 Os herdeiros do fiador da obra da Igreja de Na Sra da Gra a ganham
57. Calhe ta ora escrevia apenas Estreito sem explicitar a freguesia chegando mesmo a errar na colo ca o de atribui o de verbas confundindo uma igreja com a outra tendo necessidade de corrigir o erro Durante o ano de 1794 v rias despesas s o lan adas n o especificando a qual das igrejas se destinavam em concreto folha de despesa com a igreja do Estreito 599520 rs 5 de Abril reparos p a nova Igrs do Estr 935300 rs 14 de Julho com remat do Altar Mor da d do Estro 50 000 rs 26 de Julho ao rematante da nova igreja do Estreito 400 000 rs 29 de Julho dre ao mesmo mestre das obras reais Vila Vicencio para diversas coisas da igreja do Estreito 17 050 rs 30 de Outubro Mas fazendo f nos registos anteriormente transcritos parece nos que estas verbas s o re ferentes sempre Igreja de Na Sra da Gra a da Calheta Retomemos ent o a an lise do patrim nio da Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos S o ainda merecedores de considera o neste nosso trabalho o p lpito os azulejos que cobrem as paredes da sacristia lado da Ep sto la e da casa baptismal o arcaz e lavat rio da referida sacristia Pelo or amento feito a 2 de Maio de 1747 pelo mestre das obras reais Jo o Martins de Abreu tamb m mestre carpinteiro e por Pedro Fernandes Pimenta mestre do of cio de pedrei ro sabemos que a Igreja de Nos
58. Casa do Povo da Ribeira Brava e da Associa o Cultural e Desportiva de S Jo o apoiado pela C mara Municipal da Ribeira Brava foi fundada a Orquestra Bandolin stica Ribeirabravense Tamb m em 2002 e no mbito do projecto es cola Mais e Melhor M sica surge o Grupo de Violas da Associa o Cultural e Desportiva de S o Jo o Ainda no mbito deste mesmo projecto seriam criadas em Agosto de 2002 a Tuna Infanto Juvenil Ribeirabravense que se estrearia no m s seguinte num concerto rea lizado no Museu Etnogr fico da Madeira por ocasi o do 1 Curso Musical de Ver o a 18 de Outubro de 2002 a Orquestra Bandolin stica Ribeirabravense a Tuninha Ribeirabraven se e a Tuna de Instrumentos Tradicionais Ri beirabravense Tal como na Serra de gua e com g nese semelhante tamb m na Ribeira Brava associa do sua Casa do Povo existe refer ncia a um grupo de acorde es o Grupo de Acorde es da Casa do Povo da Ribeira Brava Na Ribeira Brava tamb m poss vel individu alizar o Grupo de Concertinas da Casa do Povo da Ribeira Brava que em 2008 surge em v rias actua es nomeadamente na Festa da Castanha No concelho da Ribeira Brava est o ainda referenciados o conjunto musical Cool Night Band o conjunto Sons do Mar o conjunto Ba a do Sul e os PSP Progressive Sound Project Revista Gir o 157 Banda Municipal da Ponta do Sol CONCELHO DA PONTA DO SOL No concelho da Ponta do Sol
59. Civil Di rio da Madeira 14 de Julho de 1918 Di rio de Not cias 29 de Julho de 1922 Agostinho Eus bio Jos Ferreira natural da Ribeira Bra va onde nasceu no dia 29 de Outubro de 1932 filho de Agostinho Ferreira de Benta de Abreu Abel Teixeira Mendes natural da freguesia do Porto da Cruz onde nasceu no dia 28 de Agosto de 1936 filho de Ant nio Teixeira Mendes e de Maria de Freitas Bas lio Desde crian a sempre teve grande gosto pela m sica tendo recebido os primeiros ensinamentos de seu pai que para al m de lhe ter oferecido um clarinete instru mento porque sentia simpatia lhe ensinou a tocar raj o e gaita de bei os Aos 18 anos ingressa como aprendiz de clarinete na Banda Distrital do Funchal onde depois vem a ser seu executante e durante cerca de 14 anos 1973 a 1985 director art stico Aos 20 anos assenta pra a ingressando em Julho de 1957 como aprendiz na Banda Militar da Madeira onde atinge a patente de Sargento chefe Enquanto m sico profissional da Ban da Militar da Madeira foi 1 clarinete solo professor de instrumentos de sopro professor de t cnicas de hist ria da m sica e ainda chefe da banda Foi tamb m du rante dez anos solista de clarinete na antiga Orquestra de C mara da Madeira Em 1985 foi seleccionado pelo Estado maior do Ex rcito Portugu s para prestar servi o na Banda de M sica das For as de Seguran a de Macau na qualidade de professor e director art s
60. Con selho da Fazenda viu a informa o dada pelo Provedor da Fazenda do Funchal sobre quanto poderia custar a obra de pedreiro e carpinteiro feita na vossa presen a e pondo a pregam fora o menor lan o o de Manoel Roiz da Costa Mer cador dessa pra a que lansou nella outocentos sesenta e seis mil e outocentos rs Mandou o Conselho da Fazenda p r outra vez a obra em preg o e os lan os que aceitares sejam de offi ciais de pedr e carpinteiro e remeter is certid o RS 2 fe e o 8 E a o 8 G E E uu 5 Fra Igreja de Nossa Senhora da Gra a numa altura em que a torre j havia sido ampliada para instala o do rel gio frente da igreja a casa paroquial demolida em finais dos anos 60 do s culo XX para dar lugar amplia o do adro do pre o dos Materiais do q vale cada moio de cal posto na dita Igreja e quoantos alqueires tem e na mesma forma a carrada saibro milheiro de telha vara ou palmo quadro de toda a pedraria de q a Igr necessita e q jornaes vensem os offi ciais assim de pedreiro como de carpintr e traba lhadores e quoando n o haja officiais q lansem na dita obra dar is conta no conselho da fazs para se vos ordenar o q deveis fazer cumpre se assim sem d vida alguma Lisboa 7 de Maio de 1691 cujo despacho do Conselho da Fazenda era de 4 do mesmo m s Interessante esta posi o do Conselho da Fazenda de advertir que os lan os
61. De facto em 1991 a sua popula o residente foi contabilizada em 23465 indi v duos valor que aumentou para 29721 no Recenseamento seguinte Em termos abso lutos esta varia o significou um aumento de 6256 indiv duos ou seja um acr scimo populacional de cerca de 27 0 Deste modo o concelho de Santa Cruz se melhan a de C mara de Lobos viu a sua popu la o aumentar durante este per odo Contudo a Taxa de Crescimento Anual M dio de Santa Cruz ultrapassou largamente a de C mara de Lobos apresentando se como o concelho madeirense onde o acr scimo popu lacional foi mais acentuado Como consequ ncia desta situa o a den sidade populacional deste concelho a terceira mais elevada da Regi o sendo apenas ultrapassa da pelos concelhos de Funchal e de Machico De facto os valores apurados em 1991 referem a exis t ncia de 348 71 habitantes por Km2 e um acr s cimo para 441 68 habitantes por Km2 em 2001 Assim como consequ ncia do aumento do volume populacional o peso deste concelho face total do Arquip lago cresceu de 9 3 para 12 1 Contudo a percentagem de jovens dimi Volume populacional HM 23465 29721 Varia o absoluta 6256 Import ncia relativa 9 3 12 1 Indicadores z 0 02391 Crescimento anual m dio 2 39 Densidade populacional 348 71 441 68 Tabela 4 Aspectos globais da popula o do concelho de Santa Cruz no per odo de 1991 2001 Indicadores de estrutura p
62. ECL Livro do Tombo das propriedades foros juros e 11 Ibidem pens es da Igreja de Nossa Senhora da Gra a confrarias 12 Ibidem altares ermidas a ela anexas fl 28 13 Ibidem 3 Ibidem fl 28 14 Ibidem 4 APECL Livro da F brica Grande Invent rio fl 100 H 15 Ibidem uma folha com invent rio cuja caligrafia parece de finais 16 Ibidem de XVI ou princ pios do XVII que n o se compreende se 17 Deve ser o vig rio Francisco Jos de Albuquerque em pertencer a esta confraria contendo frontais cortinas 1792 data que assina o invent rio ABREVIATURAS E SIGLAS F C G Funda o Calouste Gulbenkian fl fls F lio F lios A H C Arquivo Hist rico Colonial J G D A F Junta Geral do Distrito Aut nomo do Funchal A H D F Arquivo Hist rico da Diocese do Funchal J R P C Ju zo dos Res duos e Provedoria das Capelas A H M F Arquivo Hist rico do Minist rio das Finan as mf mfs Microfilme Microfilmes A H T C CR C ER Arquivo Hist rico do Tribunal de p pp P gina P ginas Contas Contos do Reino e Casa Er rio R gio Pro Processo A H U Arquivo Hist rico Ultramarino R N Registos Notariais A H U A C L Arquivo Hist rico Ultramarino Adminis R P Registos Paroquiais tra o Central rs R is A P E C L Arquivo Paroquial do Estreito de C mara de S R E C Secretaria Regional de Educa o e Cultura Lobos S R T C Secretaria Regional do Turismo e Cultura A P T Arquivo Paroqui
63. Em 1808 Joa quim Afonso tinha lhe uma obriga o de d vida e paga mento A RM R N L 1121 fl 142 12 1808 Foi ain da testemunha em diversos actos notariais A RM R N L 2185 fl 76 v 17 04 1790 L 2185 fl 86 22 04 1790 Lo 2078 fl 105 ve 05 04 1799 L 2257 fl 38 v 41 18 06 1802 Sobre estes aspectos vide Paulo Ladeira O Rococ na Madeira A Talha e a Pintura do ltimo Barroco ao Primeiro Neocl ssico UMa 2003 anexos p 14 15 tese de mestrado policopiado A R M R N L 1140 fl 107 21 03 1814 Foi padrinho de Jo o filho do carpinteiro Mateus Fer reira Duarte e de Quit ria A R M R P S Pedro Baptis mos L 107 fl 50 17 07 1791 Foi padrinho de Evaristo filho de Miguel Francisco e de Guiomar Jacinta mora dores aos Arrifes Ibidem fl 172 05 06 1797 Foi procu rador de Genov via filha esta como madrinha junta mente com Elisi rio Mendes filho como padrinho do baptismo de Joana filha do carpinteiro Jo o de Freitas e de Clara Maria ambos naturais de S Pedro e moradores na rua do Pico Ibidem fl 196 v 17 02 1799 Foi padri nho juntamente com Simoa Jacinta Rosa representada por seu procurador Agostinho de Sousa no baptismo de Margarida sua neta filha de Elisi rio Mendes e de Ant nia Joana Ibidem fl 277 29 02 1804 De Guiomar foi padrinho o capit o Lu s Bettencourt de Albuquerque representado por seu procurador Francis co Roqu
64. Escada do p lpito Madeira da igreja Oliveis da casa por cima da sacristia Madeira da sacristia Corredora do camarim travejamento e soalho da escada de acesso tribuna Madeira do alpendre Grade do arm rio da sacristia Madeira do alpendre Frechais o camarim Madeira dos frechais do alpendre Soleira da sacristia Madeira e soalho da sacristia Arma o do camarim Materiais da sacristia Corredora e escada do camarim Material da casa da pia baptismal Grade da janela da escada do p lpito Telha da igreja capela mor sacristia e alpendre Igreja Tirante da igreja Tirante da casa por cima da casa da sacristia Tirantes da igreja Grades da janela da casa baptismal que S Mag manda fazer de novo venha Salla dos Contos dar o seu lan o ao escriv o da Faz e Contos F de Mayo 25 de 1747 Manuel da Silva porteiro da Alf ndega afixou o respectivo edital na pra a p blica dos homens de neg cios e n o houve lan ador por pre o algum 2 A obra andou em preg o por largo tempo Houve diversos lan os mas o ltimo e menor foi de Manuel Rodrigues da Costa mestre do of cio de pedreiro morador na Rua do Mosteiro Novo pelo valor de sete contos quinhentos e oiten ta e nove mil r is 7 589 000 rs O arrematante logo se obrigou por seus bens havidos e por haver na dita obra na forma do or amento e toda a seguran a entregando fian a
65. Faial dividida por uma ribei ra situa se num vale ladeado por rochas altas As habita es dispersam se por lombas e a po pula o dedica se sobretudo agricultura A mais pequena freguesia deste conce lho denominada Ilha encontra se isolada das restantes porquanto as habita es se en contram a altura consider vel no topo de um rochedo onde o acesso se efectua por uma Revista Gir o 205 1991 2001 Varia o 1991 2001 Tabela2 Dimensao m di dos agregados familiares Dimens o M dia dos agregados familiares Dimens o M dia dos agregados familiares N mero de alojamentos N mero de alojamentos estrada sinuosa e ngreme S o Roque do Faial uma circunscri o es sencialmente serrana e agreste repleta de nas centes e de abismos verdejantes onde a agricul tura constitui tamb m a actividade econ mica predominante Em 1991 Santana era o concelho com maior percentagem de popula o a dedicar se em ex clusivo ao sector prim rio ou seja 62 0 Ao longo desta d cada embora esta actividade te nha sofrido o decr scimo mais significativo de todos os concelhos 21 0 o valor de 41 0 apurado em 2001 permitia que Santana con tinuasse a perpetuar o lugar cimeiro da Regi o no desenvolvimento do sector prim rio A quebra neste sector de actividade foi no entanto compensada pelo incremento do sector secund rio que aumentou de 11 3 para 17 5 ao longo desta d cada Contudo n o o
66. Funchal 11 de Junho de 1922 Di rio de Not cias 11 de Julho de 1922 e 20 de Julho de 1922 Di rio de Not cias 28 de Julho de 1922 Di rio de Not cias de 1 de Agosto de 1922 e de 3 de Agos to de 1922 O Jornal 4 de Julho de 1933 O correspondente do Estreito de C mara de Lobos na sua cr nica de 1 de Abril de 1934 publicada no Di rio da Madeira a prop sito do antigo cemit rio cont guo a igreja insurge se contra o estado de imundice em que este se encontra n o se podendo passar junto dele sem apertar o nariz O Jornal 8 de Junho de 1933 CMCL Sess o de 1 de Fevereiro de 1936 Foi presente um Revista Gir o 116 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 of cio do presidente da Comiss o Administrativa da Jun ta Geral acompanhando o projecto de ajardinamento do antigo cemit rio da freguesia do Estreito elaborado pelo condutor Fernando Di rio da Madeira 15 de Janeiro de 1936 O Jornal 16 Janeiro de 1936 CMCL Sess o de 28 de Fevereiro de 1936 Di rio da Madeira 9 de Agosto de 1931 CMCL Sess o de 28 de Maio de 1936 CMCL Sess o de 29 de Maio de 1936 CMCL Sess o de 26 de Junho de 1936 CMCL Sess o de 17 de Julho de 1936 CMCL Sess o de 28 de Agosto de 1936 CMCL Sess o de 25 de Setembro de 1936 CMCL Sess o de 27 de Novembro de 1936 CMCL Sess o de 30 de Outubro de 1936 CMCL Sess o de 12 de Mar o de 1937 CMCL Sess o d
67. Henriques Gon alves e Alfredo Henriques Gon alves Manuel Ol mpio da Silva Frederico Faria Jo o Henriques Gon alves e Jos dos Reis Os ensaios seriam inicialmente na Cruz depois atr s da igreja e por fim na casa do Alfredinho Na sua edi o de 8 de Fevereiro de 1938 o Jornal da Madeira atrav s do seu correspon dente no Campan rio refere que no dia 1 de Janeiro apareceu pela primeira vez nesta fre guesia uma nova banda de m sica Chefiada por Carlos da Piedade esta filarm nica depois de tocar no adro da igreja percorreu a freguesia entre hinos e toques para fazer saber ao povo que aqui tamb m h amantes do belo Segundo informa es recolhias junto da popula o local a Filarm nica do Campan rio ter se apresentado pela primeira vez a tocar em arraiais no dia 3 de Fevereiro de 1938 na festividade em honra de S o Br s padroeiro da par quia do Campan rio Em Agosto deste mesmo ano encontramo la a acompanhar uma prociss o na freguesia da Serra de gua Em 1989 surge na freguesia da Serra de gua a Banda Recreio Musical da Serra de gua que a 14 de Agosto de 1996 com a cria o e inaugura o da Casa do Povo da Serra de gua viria a ser nela integrada e a assumir a denomina o de Banda Recreio Musical da Casa do Povo da Serra de gua Segundo Jos Manuel Correia Gomes e Silva seu fundador e regente a Banda Recreio Musical da Serra de gua nasceu de um carv o da
68. Junta Real da Fazenda do Funchal L 476 fls 4 5 7 8 e 10 Ibidem fls 5 e 22 A H D F Confraria de Nossa Senhora da Piedade sita na ermida da Rua da Igrejinha Ls 72 e 75 D G ARQ A N T T Cabido da S do Funchal F brica da S 1741 1768 L 10 mf 3576 fl 143v e 149 Ibidem fls 144 149v 152 153 Louis R au Iconografia del arte cristiano Iconografia de los santos De la A a la F Tomo 2 Vol 3 22 Ed Espanha Ediciones del Serbal 2000 p 36 41 Idem Ibidem De la G a la O Tomo 2 Vol 4 Espanha Edi ciones del Serbal 1997 pp 47 53 Idem Ibidem De la A a la F Tomo 2 Vol 3 22 Ed Espa nha Ediciones del Serbal 2000 pp 68 70 Idem Ibidem De la G a la O Tomo 2 Vol 4 Espanha Edi ciones del Serbal 1997 pp 142 148 ARM J R P C Confrarias Cx 4 Pro 247 fls 26 e 69 Os pend es e bandeiras eram objectos cultuais mensagei ros da palavra divina e essenciais para as prociss es e funerais Em finais do s c XVIII encontramos na Madeira pinturas executadas por pintores madeirenses em pen d es e bandeiras embora por vezes n o identificadas Quando encontramos refer ncias aos autores aparecem Nicolau Ferreira Duarte e Filipe Caetano da Trindade Remete se leitura para Luiz Peter Clode O nome com pleto do pintor Nicolau Ferreira Nicolau Ferreira Duar te in Das Artes e da Hist ria da Madeira Vol Ill n 13 1952 p 38 Fernando Augusto da Silva e
69. Militar tendo ascendido aos postos de Sargento m sico Sargento ajudante a 10 de Agosto de 1983 a Alferes a 10 de Agosto de 1984 a Tenente a 10 de Agosto de 1987 a Capit o e a 1 de Outubro de 1995 a Major Chefe de Banda de M sica Chefiou as Bandas Militares da Zona Militar dos A ores Madeira dos Regimento de Infantaria de Queluz Carregueira e ainda a Banda do Ex rcito Foi ainda professor de hist ria da M sica nos cursos para forma o de Sargentos Foi o regente fundador da Banda da Casa do Povo do Porto Santo e regente da Banda Municipal de C mara de Lobos Pina viriam a ter responsabilidades na direc o art stica da Banda Municipal da Ribeira Brava Ab lio Hern ni Augusto Pinto Ribeiro 1963 1970 Tito Ab lio da Silva 1972 1976 Manuel Jo o Pereira Esteves 1976 1979 Virg lio Vieira Marques dos Ramos Jos Nascimento Gomes da Silva Jos Ant nio Nunes de Faria que iniciando em 1984 as fun Jos Nascimento Gomes da Silva Jos Nascimento Gomes da Silva natural da freguesia de S o Martinho onde nasceu no dia 1 de Mar o de 1947 filho de Lu s Gomes da Silva e de Filomena Pereira da Silva Casou no Funchal no dia 21 de Dezembro de 1968 com Maria Ferreira Rodrigues da Silva de quem houve gera o Iniciou o seu contacto com a m sica aos 12 anos na Banda Distrial do Funchal onde depois viria a ser seu executante Esteve durante cerca de 10 anos como executante da Banda Municipal d
70. Qui interrogationem manifestat pa rabit verbum et sic deprecatus exaudietur et conservabit disciplinam et tunc respondebit http www bibliacatolica com br 01 28 33 php consul tado 25 09 2011 02 40h Outra tradu o Prepara o teu discurso e ser s ouvido concentra as tuas ideias e depois responde B blia Pastoral p 979 O entalhador Miguel Francisco da C mara trabalhou em 1793 na talha da Capela de N S a da Boa Morte S Pedro Funchal e arrematou em 1784 as obras de talha e pintura da Igreja de S Louren o Camacha Era um entalhador que mantinha contactos profissionais muito pr ximos do entalhador Est v o Teixeira de N brega Vide Paulo Ladeira A Talha pp 74 75 Miguel Francis co trabalhou 8 dias no ret bulo da capela mor da Igre ja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos recebendo 4 450 rs por entalhar a d obra A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e Invent rios 1733 1770 fl 173 Paulo Ladeira A Talha citando A R M J R P C Con frarias Cx 4 Pre 294 fls 10 11 13 e 17 O entalhador e o pintor foram auxiliados pelo carpinteiro Bernardo Gomes e seu filho na feitura dos andaimes e em outros Revista Gir o 93 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 servi os de apoio Para o altar foram compradas t bu as a Manuel de Abreu fls 12 14 15 16 e 18 O Vig rio Manuel
71. Sra da Piedade da rua da igrejinha como tamb m em 1758 em obras na S do Funchal indicado como pintor Jo o Ant nio respons vel pela feitura de seis confession rios como mestre Jo o Ant nio numa empreitada de pintura e douramento das cadeiras do coro casa do pasto e tecto da capela mor Tamb m nas obras desta capela citado apenas como Jo o Ant nio Continuando o estudo do esp lio art sti co da Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos centramo nos agora nas quatro telas pintadas no espaldar do arcaz Revista Gir o 72 paramenteiro da sacristia alusivas aos quatro doutores e te logos da igreja legendadas da esquerda para a direita S Agostinho de Hipo nal S Greg rio Magno S Ambr sio de Mil o e S Jer nimo de Str don assinadas em 1791 por Nicolau Ferreira S Agostinho N F o fes 1791 S Greg rio N F o fes 1791 S Ambr sio N F Fecit 1791 S Jer nimo Nicolau Frr o fes 1791 envoltas em molduras de gosto neocl s sico As quatro pinturas seguem iguais compo si es em que os santos assentam sobre um estrado pintado de uma cor vermelha alaran jada recortado em curva em Ss e Cs de gosto rococ com uns remates em folhas de acanto sob o qual est o pintadas as filacteras com as legendas e assinatura do pintor Con trasta com este pormenor os espa os interiores representados com colunas cl ssicas e estrutu
72. Teresa esta ficou a dever se ao facto de na freguesia dos Canhas existir um monumento a Santa Teresa um local muito visitado e pretendiam com essa deno mina o uma maior divulga o daquela locali dade 54156 Em Janeiro 2008 nasceu no seio da Casa do Povo da Ponta do Sol o grupo musical Canta Comigo Com origem no n cleo de guitarras da Casa do Povo da Ponta do Sol constitu do por Jorge Conduto Sara Ornelas Florentino Franco Antelmo Franco Sid nio Pestana e Ricardo Correia a sua estreia teve lugar no dia 27 de Janeiro de 2008 NOTAS 1 Di rio de Not cias 1 de Agosto de 1888 2 Di rio de Not cias 9 de Julho de 1895 3 RIBEIRO Jo o Adriano Ribeira Brava Subs dios para a hist ria do concelho 1998 4 Livro 476 ARM fls 93 do tabeli o J lio Augusto Pereira Na sess o camar ria de 24 de Junho de 1933 o presi dente da C mara Municipal da Ribeira Brava informa o restante elenco da vontade dos dirigentes da Banda de M sica da Ribeira Brava em ver atribu do a esta banda o t tulo de Banda Municipal comprometendo se a dar concertos nos dias em que a C mara indicar Nesse sen tido prop e a atribui o do t tulo de Banda Municipal e de um subs dio de mil escudos mas unicamente a serem confirmados em sess o posterior quando houvesse sido efectuado um acordo com a banda Esse acordo efeito e na sess o do dia 1 de Julho de 1933 a Banda Uni o Ribeirabravense passa a Municipal 6 Di ri
73. Vieira dos Vais e de J lia Am lia dos Santos Iniciou a sua actividade musi cal em 1969 na Filarm nica Uni o Ribeirabravense dos A ores como aprendiz de trombone Em 1971 assentou pra a no Funchal como volunt rio tendo ingressado na Banda Militar da Madeira Ao longo da sua carreira mili tar atingiu a patente e Sargento ajudante M sico tendo tocado trompete e trompa de harmonia Foi regente da Banda Municipal de Santana e primeiro regente da Ban da Municipal da Ponta do Sol Leonel Cipriano Vieira natural da freguesia do Monte onde nasceu a 16 de Setembro de 1928 filho de Jo o Faustino Vieira e de Isabel de Ascens o Vieira m sico da Banda Municipal desde 1944 altura em que apren deu as primeiras notas musicais Nesta colectividade chegou em 1957 a chefiar uma sua orquestra e entre 1975 e 1989 a pr pria banda Entre 1984 e 2000 foi regente da Banda Municipal da Ponta do Sol No dia 20 de Agosto de 1958 foi alvo de uma homenagem com o descerramento da sua fotografia na sede da Banda Municipal do Funchal Duarte Costa In cio natural da freguesia dos Canhas onde nasceu a 27 de Abril de 1974 filho de Manuel da Silva In cio J nior e de Francisca Costa professor do ensino b sico Iniciou a sua forma o musical em 1983 aos nove anos na Banda Municipal da Ponta do Sol ten do sa do a tocar aos 11 como executante de requinta Na altura em que frequentava o 10 ano de escolarida de ingre
74. a 17928 arca de cabelo amarelo para os paramentos arca de cabelo preto e branco onde est o os paramentos ricos frontal de altar de damasco branco e ouro pano de p lpito do mesmo damasco 2 panos de estantes 1 grande e 1 pequeno do mesmo damasco 1casula com man pulo e estola do mesmo damasco 2 dalm ticas 2 man pulos e 1 estola do mesmo damasco 1 capa de asperges do mesmo damasco 1 v u de ombros de seda branca e ouro 1 bolsa do c lice com v u de damasco e ouro 1 humbella de damasco 1 v u de ombros rico de seda branca com ramos de ouro e rendado a ouro 1 cruz de prata do SS com seis cerofer rios de prata da conf lanternas de prata p lios de prata prata e vasos sagrados Huma custodia grande com sua caixa tem sercadura de Pingos de Agua e Esmeraldas 1 relic rio com c lice de campainhas que servia de cust dia 2 mbulas de prata 1 c lice de prata com copa dourada 2 c lices dourados 1 c lice rico todo dourado e lavrado diversas casulas dalm ticas capas de asperges v us de ombros panos de estantes bolsas de c lices v us de c lices mangas de cruz frontais 5 frontais branco de damasco de seda com gal es e franja de ouro 1 branco com gal o a retr s amarelo de damasco Item quatro frontais pintados e dourados nos altares panos do p lpito diversa roupa branca toalhas sanguinhos corporais Item hua
75. administrativos as sociados aos enterramentos nomeadamente a obrigatoriedade de apresenta o do bilhete de enterramento passado pelo vice provedor de sa de na presen a da certid o de bito passa da pelo m dico assistente ou outro Assim no seu artigo 79 refere se que nenhum cad ver ser sepultado sem ter precedido a apresenta o do competente bilhete de enterramento e expe di o do bilhete a verifica o da morte por um Fa cultativo que ser o assistente se o tiver havido e na falta deste qualquer outro chamado expressa mente para examinar o cad ver Esta iniciativa legislativa constituiria junta mente com outras de natureza fiscal e militar cuja implementa o vinha gerando algum des contentamento na popula o o rastilho para Revista Gir o 103 Caminho da Azinhaga hoje rua Capit o Ernesto Pinto Correia direita igreja paroquial com o cemit rio que em 1846 em muitas localidades do pa s eclodissem revoltas populares a mais conheci da das quais baptizada de Revolu o da Maria da Fonte Quando a 4 de Outubro de 1835 foi insta lado o concelho de C mara de Lobos nenhuma das suas freguesias possu a cemit rio p blico sendo os mortos por consequ ncia enterrados no interior das igrejas ou no respectivo adro ou ainda em jazigos no interior de alguma das capelas particulares ent o existentes e natu ralmente reservados aos seus propriet rios ou familiares mai
76. ainda muito jovem revelara se um bom executante de cornetim e um bom conhecedor da arte musical substituindo na reg ncia da Banda nos seus impedimentos o ent o regente Jo o Rodrigues do Nascimento Para al m da direc o art stica da Ban da Municipal de C mara de Lobos o Mestre Francisco como era mais conhecido foi tamb m regente da Tuna da Juventude Cat lica de C mara de Lobos do Grupo Musical 1 de Dezembro de 1940 e ainda da Banda Mu Revista Gir o 173 115 116 117 118 119 120 121 122 123 nicipal da Ponta do Sol Ao longo da sua carreira musical deixou alguns arranjos e comp Cf Manuel Vieira regente da Banda Municipal da Ribeira Brava O Sargento Castro seria natural da freguesia de Santo Ant nio prov vel que scar F lix corresponda ao Sr scar escriv o do Tribunal da Ponta do Sol e que ter sido regente da Banda Municipal da Ponta do Sol durante dois anos ou seja durante o tempo que demorou a sua comiss o de servi o na Ponta do Sol Ter sido ele quem elaborou a 4 de Fevereiro de 1944 os estatutos da Ban da Municipal da Ponta do Sol que viriam a ser aprovados pelo Governo Civil por alvar de 25 de Julho de 1944 Cf Jo o Joaquim de Faria regente da Banda Municipal da Ribeira Brava Rostos e Tra os pg 70 Jos Humberto Vieira dos Vais natural da freguesia da Piedade Ilha do Pico A ores onde nasceu no dia 19 de Novembro de 1951 filho de Virg lio
77. amen to apontado para 1 000 rs o que se depreende que as lumieiras para as portas da capela mor seriam de menor dimens o A casa da pia baptismal medir quinze pal mos de comprido e catorze de largo e a sua constru o consumir os materiais seguintes incluindo alguma obra de carpintaria por frixais que h o de servir de tirantes ti rados da arma o da igreja velha e a arma o se h de fazer com o que se ti rar do corpo da igreja velha 1 d zia de tabuado de castanho para forrar por cima pregos 7 000 rs 1 d zia de tabuado de casquinha para for rar por cima 7 000 rs por feitio e serrar o tabuado 5 000 rs A janela desta casa com cinco palmos de alto e quatro de largo ser executada em ma deira de cedro com aro de mata junta lisa e re dondo nos fechos com seis golfos sendo tr s em cada meia janela quatro taloucos dois ferros pedreiros e hum zimbalho para abrir com uma tranca tudo por 6 400 rs Ter ainda uma grade de ferro com tr s var es feitos com os tirantes da igreja velha que custar 3 500 rs Na casa da pia baptismal ser montado um arm rio para guardar os santos leos com quatro palmos de alto e tr s de largo feito de chapr o de castanho metido na parede forrado por detr s com um prateleiro e huma porta de huma m o bem feita de nogueira preta Levar ainda tr s missagras e uma fechadura por 3 800 rs No arco da pia baptism
78. apresenta um duplo envelhecimento na base e topo o que indicia uma popula o com tend ncia para o envelhecimento NOTAS 1 XIII Recenseamento Geral da Popula o 2 XIV Recenseamento Geral da Popula o tais bravias destacam se os pomares com con sider veis dimens es O concelho de Santa Cruz compreende acti vidades econ micas bastante diversificadas em conformidade com as especificidades geogr ficas das suas freguesias Assim al m da agri cultura e da pesca h ainda a assinalar a exis t ncia de ind strias de vimes serralharias civis conserveiras de peixe avi rios e ainda o cultivo intensivo de floricultura e horticultura Neste concelho o sector prim rio acompa nhou a tend ncia geral do Arquip lago com uma diminui o de 18 0 para 7 0 ao longo desta d cada Esta varia o bastante signifi cativa representou um decr scimo de mais de 50 0 neste sector de actividade A redu o de 29 2 para 22 1 registada no sector secund rio constituiu o segundo va lor mais acentuado da Regi o com uma evolu o negativa de 7 1 Deste modo Santa Cruz 1991 2001 Varia o a EEE E Tabela 1 Distribui o da popula o activa do concelho de Santa Cruz pelos sectores de actividade no per odo 1991 2001 Revista Gir o 201 Mapa 1 Demarca o geogr fica do concelho de Santa Cruz e respectivas freguesias deixou de apresentar o quinto valor mais eleva do do Arquip lago ao n
79. assumiu o compromisso de fazer a obra com toda a seguran a e perfei o regendo se e governando se pelo or amento e outro sim dar fian a Foram testemunhas Ant nio Dio n sio de Oliveira e Ant nio Gomes da Silva Ma nuel Rodrigues da Costa assinou de cruz Note se que Manuel Rodrigues da Costa tinha sido o arrematante desta obra em 1747 pelo valor de 7 589 000 rs ou seja a Real Fa zenda lucrou dez mil r is e atrasou a obra mais de um ano Mas h males que v m por bem assim apenas a igreja antiga sofreu danos com o terramoto de 1 de Abril de 1748 A Igreja do Estreito de Cama sic de Lobos Sentio mayor peri go Cahira no cha as paredes das suas officinas e tambem as das Capellas visinhas e para se p r como estava necessita fazerse de novo A 21 de Junho de 1747 j tinha sido feito um rol de medi o e avalia o da terra e benfeito Revista Gir o 28 rias do passal do vig rio da Igreja de Na Sra da Gra a para nelle se fundar a nova Igra Este passal rendia alqueire e meio de trigo e uma pipa de vinho avaliado em 135 000 rs enquan to as benfeitorias terra paredes vinhas e lata das foram avaliadas em 59 900 rs A avalia o foi feita por Ant nio Martins que assinou de cruz e cujo registo escrito foi feito pelo padre Gaspar Nunes Pereira no Estreito de C mara de Lobos A 28 de Junho de 1747 Pedro Fernandes Pimenta mestre pedreiro e Jo o Martins de Abreu mestre
80. cada de 8756 habitantes passou para 8125 Esta per da que em termos absolutos se traduz numa varia o negativa 631 indiv duos fez dimi nuir a densidade populacional de 199 91 para 185 50 habitantes Km2 distribu dos por uma rea de 43 80 Km2 De referir que este concelho possui a menor rea da Ilha da Madeira sendo apenas suplantado pela Ilha de Porto Santo que possui 42 17 Km2 Neste contexto a Taxa de Crescimento Anu al M dio influenciada pela diminui o de volu me populacional traduziu se numa varia o negativa de 0 75 Em termos globais o peso populacional deste concelho diminuiu de 3 5 em 1991 para 3 3 em 2001 sendo a sua import ncia pouco significativa no total Regional De todos os concelhos da Madeira Ponta do Sol foi o que registou a menor perda de po pula o jovem entre os dois Recenseamentos apresentando os valores de respectivamente 23 7 e 20 5 que se traduziram numa dimi nui o de 3 2 nos grupos mais jovens Deste modo enquanto que em 1991 este era o quarto concelho da Regi o com menor percentagem de popula o jovem esta situa o alterou se Assim o decr scimo pouco significativo destas faixas et rias colocou Ponta do Sol na situa o na 1991 2001 Varia o Sectores de Actividade ss 21 m2 338 290 48 Terci rio 27 9 46 9 19 0 Tabela 1 Distribui o da popula o activa do concelho de Ponta do Sol pelos sectores de actividade no per odo 1991 2001
81. cada um dos momen tos censit rios em causa o que demonstra a import ncia que esta circunscri o tem vindo a perder Seje Tabela 3 Caracter sticas dos alojamentos familiares ocupados como resid ncias habituais no concelho de S o Vicente no per odo 1991 2001 Alojamentos Em 1991 S o Vicente era o concelho que apresentava menor percentagem de popula o jovem 23 1 Em 2001 este grupo diminuiu passando a constituir apenas 17 2 da popu la o total Por m apesar desta diminui o em 2001 a popula o jovem dos concelhos de Santana e Funchal expressavam taxas inferiores a S o Vicente Contudo em termos globais S o Vicente foi o quarto concelho que perdeu maior per centagem de popula o jovem ou seja 5 9 destes efectivos Este foi tamb m o nico concelho da Re gi o onde a popula o activa diminuiu o seu peso entre os dois momentos censit rios com os valores de respectivamente 63 2 e 62 5 passando a situar se entre os concelhos que possu am menor percentagem de popula o activa ou seja Porto Moniz Ponta do Sol e Ca lheta Inversamente assistiu se a um crescimento percentual dos indiv duos mais velhos de 13 7 para 20 3 entre 1991 e 2001 Deste modo S o Vicente foi o concelho que neste per odo regis tou o maior aumento dos efectivos mais idosos com um acr scimo que se saldou em 7 5 Na sequ ncia do exposto S o Vicente pas sou a assumir se como o segundo concelho d
82. chegada ilha a sua tia apresentava um mal estar geral advindo de uma intoxica o alimentar e foi internada no Hospital s de l saindo no fim do romance A hoteleira pessoa de maus f gados vendo se a bra os com esta situa o remeteu Nor man para um quarto dos fundos em vez de ficar no alojamento duplo previamente reservado e pago No novo quarto o rapaz encontrou um Revista Gir o 117 ba de marinheiro contendo mapas e v rios objectos relacionados com a vida mar tima um dos quais um mon culo que ir utilizar para observar a ba a do Funchal da sua janela e lev lo para todo o lado No hotel o jovem rapaz n o podia ficar s por sua conta e ent o um dos h spedes ofereceu se para ser seu tutor O que em princ pio poderia ser um motivo de solid o e depress o rapidamente se dissipou quando Norman travou amizade com um criado quase da sua idade chamado Pedro Ap s explorar a cidade do Funchal de m quina fotogr fica a tiracolo Norman decidiu se a explorar o oeste da ilha e apanhou um au tocarro para C mara de Lobos Ao ler o nome desta localidade na placa da camioneta pen sou que este nome o remetia para um conto de fadas e interrogou se o que poderia encontrar nesta c mara Norman foi o nico passageiro a sair na l tima paragem Desceu a rua paralela ao calhau onde se viam alguns barcos multicolores que contrastavam com o negro das pedras Ao che gar o seu olhar virou se para a
83. cientemente elevada de modo a alterar a posi o do concelho relativamente a esta situa o Os valores indicativos da exist ncia de electri cidade no interior dos alojamentos sugerem em 1991 uma cobertura quase total cifrando se em 94 5 Transcorrida uma d cada esta infra estru tura passou a abranger 99 6 dos alojamentos Relativamente gua canalizada a sua ine xist ncia em 1991 penalizava cerca de 20 0 dos alojamentos familiares Em 2001 esta rede alargou se a 97 das habita es Embora em 1991 o n mero de barracas contabilizadas fosse substancialmente ex pressivo vinte e uma no Recenseamento 1991 2001 Varia o 1991 2001 Tabela 2 Dimens o m dia dos agregados fa Dimens o M dia dos agregados familiares Dimens o M dia dos agregados familiares 6104 3 8 8793 33 N mero de alojamentos N mero de alojamentos Revista Gir o 202 N mero de alojamentos familiares miliares do concelho de Santa Cruz no periodo 1991 2001 Dimens o M dia dos agregados 2689 0 5 Alojamentos Tabela 3 Caracter sticas dos alojamentos familiares ocupados como resid ncias habituais no concelho de Santa Cruz no per odo 1991 2001 de 2001 foi poss vel constatar a sua diminui o para sete indispens vel salientar que o concelho de Santa Cruz se demarca de todos os outros da Regi o devido ao acr scimo populacio nal bastante significativo que registou nesta d cada
84. conluio com a dona do hotel e com a revela o de que o seu tutor afinal de contas era um pol cia disfar ado que lhes deu voz de pris o E esta hist ria peculiar termina como j hav amos referido no in cio deste texto com a Revista Gir o 123 sa da da tia do jovem Norman do hospital a quem ele contou todas as perip cias que vi Mary Vera na Madeira e em particular em C mara Ko de Lobos perante os suspiros indigna es tremores e ang stia da sua interlocutora No final a sua tia Alice de Castro diz lhe que ele havia crescido bastante ao que Norman respondeu que era f cil crescer na Ma deira Resumindo trata se de um em polgante romance juvenil que se l com uma certa facilidade e que pren de a aten o do leitor da primeira l tima p gina Com este texto pretende mos t o somente dar a conhecer esta obra que para al m do plano ficcional conseguiu eternizar alguns tra os da nossa cultura sobretudo os relativos actividade piscat ria das gentes da N pitoresca vila de C mara de Lobos divulgando os em Fran a e em todo o mundo franc fono onde porventura foi distribu da ou lida Sobre a autora n o foi poss vel encontrar Pescadores de C mara de Lobos opinando sobre o muitos dados excepto os patentes no site da estranho monstro marinho ade r BIA Biblioteca Nacional de Fran a H l ne Chau let nasceu a 2 de Mar o de 1914 era arque loga e autora de livros juvenis assi
85. constata se que Juli o Francisco Fer reira esteve em actividade na Madeira desde os finais da d cada de 20 do s culo XVIII e muita da sua obra retabular apresenta ainda caracte r sticas barrocas sendo que a de S o Jorge re mete j para uma linguagem Rococ embora subtilmente mas cujo risco n o foi de sua au toria mas sim de Domingos Rodrigues Martins Mestre das Obras Reais 1750 sendo que este ret bulo apresenta semelhan as morfol gicas pr ximas talha gorda executada nesta po ca no Norte de Portugal sobretudo nas zonas do Minho e do Porto s Os ret bulos da Igreja de N Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos apresentam elementos estil sticos e gram tica decorativa de influ ncia aristocr tica do rocaille franc s tendo por caracter sticas principais o emprego Revista Gir o 63 de fundo branco com ligeiras aplica es de dourado nos ornatos em relevo leveza nas de cora es e equil brio entre as partes lisas e enta lhadas como t o bem veio expresso no pedido do Conselho da Fazenda para aquela obra tam liso de ornamento como pede a boa architectura ou seja de linguagem pr xima s obras moder nas que proliferavam pela Europa a cuja est ti ca Portugal j tinha aderido O ret bulo da capela mor enquadra se tam b m na linguagem do Rococ Este estilo historicamente situado entre o Barroco e o Neo cl ssico no entanto o car cter fragment rio do seu d
86. conti nuidade do seu projecto Jos Manuel Correia e Silva toma a iniciativa de criar na Serra de gua uma Casa do Povo e com esse objectivo faz por toda a freguesia um abaixo assinado pedindo sua cria o o que a acabaria por se concretizar A este prop sito Jos Manuel Correia e Silva referiria mais tarde pensei que com a inaugura o de uma Casa do Povo na Serra de gua a continuidade da banda ficaria melhor se fosse nela integrada mas foi total Revista Gir o 155 mente ao contr rio talvez por raz es pol ticas e de inveja de outras bandas adjacentes com influ ncia nas Secretarias de tutela das Casas do Povo e C maras Municipais nomeadamente dos con celhos de S o Vicente e Ribeira Brava Cerca de tr s anos depois da sua integra o na Casa do Povo da Serra de gua a banda extinguiu se Em 1916 surge a abrilhantar a estreia de um grupo de amadores dram ticos na Ribeira Brava a Tuna de Ant nio C sar Mendes cuja origem desconhecemos Era regida por Ant nio C sar Mendes e dela faziam parte Jo o Alves do Santos Ant nio Francisco Montes Manuel Montes Frederico Luciano Faria Lu s de Sousa Pereira Francisco Mendes J nior Jo o Est v o Pinto e Jo o Norberto No dia 14 de Junho de 1925 por ocasi o da realiza o de uma r cita de amadores da Ribeira Brava estrear se ia sob a direc o art stica de Manuel Ol mpio da Silva a Tuna Ribeirabravense constitu da por 10 elementos
87. custa r 778040 rs As suas tr s paredes medir o de comprimento noventa e sete palmos trinta e tr s de alto e dois e meio de grossura Ter duas janelas de cantaria nas quais se gastar o 48 000 rs uma porta por 125000 rs cujos lisares custa r o 2 000 rs Neste espa o ser colocado hum lavat rio feyto na forma que mostra o risco que depois de lavrado e assentado e com chaves de metal custar 429000 rs O azulejo que est na capella mor velha ser vir para assentar nas paredes da sacristia pella parte de dentro do pavimento para cima emt sic altura de seis palmos pelo pre o de 10 000 rs 8 Ser constru da uma casa por cima da sa cristia cujo acesso se far por uma escada com vinte degraus com mainel coberto de tijolo sob uma arcada por 28 000 rs Os degraus e tabuleiros ser o feitos aproveitando o lajeado velho da igreja A casa da pia baptismal com quinze pal mos de comprido e catorze de largura custar 905450 rs mais 765160 rs referente a paredes e 145700 rs pelas janelas Ter dois degraus de acesso para a pia baptismal e um p novo oitavado com hum redondo em sima retorcido para receber a pia com filete em roda e meia cana debaixo do redondo que custar o respectiva mente 89100 rs e 29500 rs Cal areia trabalho de assentar os degraus e lajear esta casa ser o mais 5 500 rs Para este espa o ser o aprovei tados os azulejos que sobrarem da capela mor da ig
88. da Na Madeira s o dignos de estudo os sacr rios barrocos de talha dourada da Igreja de S o Jo o Evangelista da Miseric rdia hoje na Igre ja do Cora o de Jesus Capela do Sant ssimo Igreja de S o Pedro na cidade do Funchal e outros nas zonas rurais como o do Bom Jesus Matriz da Ponta Delgada Nossa Senhora da Guadalupe Porto da Cruz Capela do Esp rito Santo Igreja de Nossa Senhora da Luz Matriz da Ponta do Sol ou outros mais simples ainda dentro desta linguagem embora miscigenados de est tica Roc co como s o os sacr rios das igrejas de Santana Ponta de Sol Cani o Monte e Santo Ant nio Funchal Relembre se por exemplo que foram os sacr rios executados na Revista Gir o 77 oficina do imagin rio Manuel Pereira activo en tre 1632 e 1679 2 tendo por refer ncia o sacr rio do Col gio e da Igreja da Ponta Delgada que marcaram os programas est ticos dos sacr rios barrocos na Madeira at entrada de uma lin guagem depurada e rocaille dentro deste esp rito religioso e est tico que foi executado o sacr rio da Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos Em bora totalmente dourado como j referimos o entalhe ostenta motivos decorativos an logos restante talha da capela decora es com fo lhas de acanto fitas flores cartelas volutas e decora es em C e S ainda que numa escala menor e trabalhados com maior naturalidade e min cia A
89. da Madeira O S culo XVIII Economia e Sociedade Vol V 1999 pp 434 435 D G ARQ A N TT Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 427 fls 38 42 Arremata es do altar mor e ret bulo 849 000 rs 27 Maio arremata o da obra geral 29 05 1790 12 000 000 rs nova arremata o 15 e 17 02 1791 12 212 000 rs D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 427 fl 39 Ibidem Ibidem fl 42 Ibidem ARM R N L 2191 fl 127 127v O contrato para a fei tura deste altar foi celebrado a 17 de Fevereiro de 1791 no not rio Francisco In cio Xavier L 60 fl 60 64v escritura que at ao momento n o encontramos por ter desaparecido ou por estar ainda por catalogar no A R M Ibidem fl 38 Ibidem Deve tratar se do mestre Jos dos Reis da Silva D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 427 fl 41 D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 476 fl 3 Ibidem fl 5 Ibidem fl 16 Ibidem fl 20 Ibidem fl 21 Ibidem fl 22 Ibidem fl 25 D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 476 Livro de Receita e despesa do cofre de correntes da Contadoria Geral da Junta Administrativa e Arrecada o da Real Fazenda desta capitania aberto a 7 de Janeiro de 1793 por Jo o Eustachio de Souza D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 476 fl
90. da sacristia libertan do desta responsabilidade o arrematador da Revista Gir o 32 obra Afirmava que na capela mor tinham sido feitas duas frestas conforme o or amento mas que depois de falecido o arrematador entrou a concluir a obra o mestre Est v o da Costa o qual com o reverendo vig rio com a aprova o do provedor falecido mudar o as frestas pon do huma em cada parte da Capella e por esta inova o a obra da sacristia n o poderia ser aca bada com as medidas previstas no or amento inicial Ant nio Richart Jervis de Faria atestava que s cuidava em completar a d obra na for ma do or amt e remata o Queixava se que j tinha suportado mais de quatro mil cruzados em gastos extraordin rios como foi o de con duzir 50 moios de cal por terra a pre o de 484000 rs quando o podia fazer por 2 000 rs cada moyo levandoa em pedra mas por evitar demoras em tudo me sojeitei Perante as explica es do fiador o Provedor da Fazenda do Funchal ordenou ao almoxarife que pagasse ao suplicante os 56 750 rs Estra nha foi a resposta de Manuel de Freitas almo xarife ao afirmar que In cio Vit rio Jervis de Faria tinha j tirado toda a importancia da dita obra Esta situa o mostra a influ ncia da fam lia Jervis comerciantes da pra a do Fun chal pois os pagamentos das obras s ocorriam de acordo com as ordens reais e regimentos das obras respeitando as tranches acordadas n
91. das condi es m dico sanit rias o e a migra o dos indiv duos mais jovens Em s ntese esta uma pir mide bastante ir para a capital do Arquip lago regular porquanto se apresenta envelhecida na O acr scimo populacional ao longo desta base e no topo al m da fraca taxa de natalidade e d cada fez se sentir unicamente nos grupos do abandono do concelho por parte dos indiv du compreendidos entre os 35 e os 44 anos em os mais jovens acresce o facto dos grupos et rios ambos os sexos circunst ncia que nestas ida mais idosos se terem tornado mais numerosos des habitualmente sin nimo do retorno de emigrantes locais A partir dos 65 anos e at ao ltimo grupo NOTAS Manuel Ferreira Pio O Concelho de Santana p 29 1 et rio o aumento populacional caracterizou 2 Segundo o Recenseamento de 1991 ambos os g neros o que sugere o aumento da 3 Segundo o Recenseamento de 2001 n 4 XIII Recenseamento Geral da Popula o esperan a de vida como consequ ncia da me S O VICENTE voa o com o mesmo nome uma das mais antigas da Regi o O concelho de S o Vicente criado em 1835 Com uma rea de 78 70 Km2 e uma popula situa se no norte da Ilha da Madeira e a sua po o residente que diminuiu de 7695 para 6198 Revista Gir o 208 Mapa 1 Demarca o geogr fica do concelho de S o Vicente e respectivas freguesias habitantes esta circunscri o encontra se divi dida em tr s freguesias Bo
92. das igrejas e confrarias destinavam se compra de panos cortinas e estantes para o p lpito que deveriam estar sempre decentes para as cerim nias reli giosas Dentro destas orienta es foi projectado e constru do o p lpito da Igreja de Na Sra da Gra a Do or amento constavam duas portas de cantaria rija tendo a porta superior cimalha e colarete sendo o custo total de 149800 rs mais 138440 rs para alicerces e paredes aos quais se somariam ainda 34 280 rs pelas paredes e esca das isto no que concerne obra de pedraria De carpintaria seria executado o corpo do p lpito a arma o do mesmo duas portas e as escadas 3 500 rs Alguma madeira e pedra seriam re cuperadas da igreja velha lajeado e arma o da igreja e materiais da casa baptismal e reutiliza das no p lpito que seria feito com seo guarda p feyto de nogueira preta guarnecidos com as molduras necessarias e o guarda p com sua si malha guarnecido tambem com suas molduras necessarias por dentro e por fora pelo valor de 13 000 rs As duas portas com lumieiras 25000 rs seriam executadas em pinho liso com seos aros e tres golfos em cada huma e outo taloucos para ambas 11 000 rs Seriam gastos mais 2 100 rs pelas travessas e frechais da arma o da escada e 1 750 rs por tabuado de castanho para forro do p lpito De pregos feitio de lavrar a madeira e tabuado aplainar e tudo assento no seu lugar se gastariam mais 2 000 rs Era inten
93. de gua com m sicos naturais desta freguesia pertencentes Banda Nova da Ribeira Brava e que ali pa ravam frequentemente Aos 14 anos s escondidas dos pais fugia de casa para aprender solfejo e saxofone na Banda Nova da Ribeira Brava numa altura em que era chefe Abel Teixeira Mendes tendo sa do a tocar cerca de seis meses depois Aos 18 anos assenta pra a como volunt rio no ex rcito tendo ingressado na Banda Mili tar da Madeira Nesta altura para al m da Banda Militar e da Banda Nova da Ribeira Brava chega a ser m sico convidado na Banda Municipal de Santa Cruz e do Paul do Mar Em 1975 emigra para a Venezuela onde para al m da sua actividade profissional chega a frequen tar o Conservat rio de M sica de Caracas no curso de clarinete a tocar na Orquestra Sinf nica da Venezuela e numa filarm nica local Foi tamb m um dos elementos fundadores e presidente da Direc o da Banda Recreati va Madeirense da Venezuela banda que em Junho de 1988 faz uma digress o Madeira Cerca quatro meses depois regressa sua terra natal tendo sido convida do para dar corpo funda o da Filarm nica da Casa do Povo de S o Vicente Depois de cerca de dez anos abandona a e funda a filarm nica da Serra de gua Di rio da Madeira 4 de Janeiro de 1916 Di rio da Madeira 13 de Junho de 1925 Di rio de Not cias 22 de Fevereiro de 1938 Brochura publicada em 1996 a prop sito do XI Encontro Regional de Tunas
94. de 1790 A importancia porque ar rematou a Obra nova para a constru o da refe rida Igreja de N Senhora da Gra a do Estreito da Calheta pello que pertence e respeita aos officios de Pedreiro e Carpinteiro na forma da planta e apontamentos que se lhe aprezentou do que de via executar obrigando se por sua pessoa a bens s atefa o deste Contrato e prestando por seus Fiadores a Jo o Rodrigues Pereira Ant nio Gon alves e Ant nio de Fran a tudo debaixo Sacristia velha da Igreja de Nossa Senhora da Gra a das clausulas e mais condi oens expressadas no auto da arremata o Lan ado a fl 51 no L de Sem sendo o pre o da dita arremata o 12 0008000 Mas anotou o escriv o N o valle veja se a fl 41 Credita se nesta Conta a importancia que nella por engano se debitou vis to que a f 41 deste Livro vai na sua verdadeira ordem escripturada 12 0008000 No fl 41 confirma se que o mestre arrema tador da obra da nova igreja de Nossa Senhora da Gra a da Calheta foi Est v o Teixeira de N brega a quem foram pagas v rias tranches 1791 15 de Fevereiro recebeu por des pacho da Junta de 12 do corrente da Tesou raria Geral a 32 parte 1 500 000 rs 15 de Ju nho da Tesouraria Geral de sua arremata o 1 500 000 rs 5 de Outubro recebeu pelo seu procurador bastante Jos dos Reis 2 1 000 000 rs 17 de Novembro recebeu da tesouraria pelo despacho de 16 d
95. de Abrile de 12 de Abril de 1997 o Di rio de Not cias refere se aos conflitos registados entre Jos Ant nio Nunes Faria director art s tico da Banda Municipal da Ribeira Brava e Jos Manuel Faria presidente da sua direc o Di rio de Not cias 19 de Mar o de 1997 Jos Ant nio Faria abandona a Banda Municipal da Ribeira Brava na sequ ncia de um conflito entre ele e o presidente da Di rec o da Banda Manuel Alexandre Freitas de Sousa natural da fregue sia da Ribeira Brava onde nasceu no dia 24 de Abril de 1967 filho de Manuel Pereira de Sousa e de Maria Julie ta de Freitas Iniciou a sua forma o musical aos 13 anos na Banda Municipal da Ribeira Brava Em 1986 ingressa como volunt rio na Banda Militar da Madeira Frequen ta o Conservat rio de M sica da Madeira durante 5 anos e entre 1988 e 1991 assume a reg ncia da Banda Muni cipal da Ribeira Brava Alberto Cl udio de Sousa Barros natural da freguesia de C mara de Lobos onde nasceu no dia 16 de Setem bro de 1954 filho de Alberto Cl udio Barros e de Ma ria Fernanda Sousa Iniciou a sua forma o musical na Banda Municipal de C mara de Lobos vindo depois a aperfei oar os seus conhecimentos musicais com Raul Serr o Frequentou um curso de regentes amadores de 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 bandas promovido pelo INATEL Desde Fevereiro de 1990 est frente da direc o art stica da B
96. de Albuquerque e Freitas por falecimento do vig rio Manuel Borges de Alemanha recebeu a igreja 2749162 rs do custo de hum sino Em 1835 a 7 de Abril por ocasi o da extin o dos conventos a igreja paroquial do Estreito de C mara de Lobos recebeu outro sino proveniente do Convento de S o Bernardino da mesma vila passe as ordens necess rias para que seja entre gue ao vig rio do Estreito de C mara de Lobos o maior dos sinos que existem no interior nas sinei ras do extinto convento de Sam Bernardino da fre guesia de Camara de Lobos Este sino po der corresponder ao mais antigo desta igreja Na noite de 6 para 7 de Novembro de 1829 sofreu a igreja de Na Sra da Gra a um roubo que muito escandalizou a popula o madeiren se Segundo o padre Fernando Augusto da Silva este epis dio foi publicado num op sculo de treze p ginas que o Diccionario Bibliopraphico Portuguez cita como Senten a da Rela o de Lis boa contra Jacinto Fernandes e mais septe reos culpados do roubo e desacato na egreja da Gra a do Funchal Morreram seis enforcados e o ultimo foi degolado Datado de 6 de Mar o de 1830 Im presso em Lisboa na Typ de J B Morando Julga mos que este impacto a n vel nacional desper tou interesse mais pelas penas aplicadas do que pelo perfil do crime em si mesmo N o tendo acesso ao processo seguiremos as informa es do Elucid rio Madeirense A porta da igreja foi arrombada e
97. de Calheta e Porto Moniz As Pir mides Et rias Gr fico 1 referentes aos anos 1991 e 2001 denotam uma estrutura bastante desequilibrada e com grandes oscila es quanto ao n mero de efectivos em ambos os sexos e em todos os grupos de idades Assim no ltimo Recenseamento nas ida des compreendidas entre os O e os 24 anos ambos os sexos diminu ram os seus efectivos fen meno bastante expressivo sobretudo no grupo 15 19 anos Homens O EEE TE O L L O OO O 490 420 350 280 210 140 TO o Efectivos Indicadores de estrutura popul 1 23 7 20 5 de jovens de activos 60 2 62 2 de velhos 16 1 17 3 ndice de Vitalidade 68 0 84 2 R cio de Depend ncia dos Jovens 39 3 33 0 R cio de Depend ncia dos Velhos 26 7 27 8 R cio de Depend ncia Total 66 0 60 9 Tabela 5 Evolu o dos indicadores de estrutura populacional por grandes grupos de idades no concelho de Ponta do Sol no per odo 1991 2001 O grupo compreendido entre os 25 29 anos manifestou oscila es diferenciadas consoante os sexos enquanto o sexo masculino aumentou o seu n mero de efectivos entre 1991 e 2001 o sexo feminino registou uma diminui o Em termos globais o acr scimo significati vo de indiv duos do sexo masculino entre 1991 e 2001 ocorreu nas idades compreendidas en tre os 25 e os 44 anos O grupo et rio 45 49 registou um ligeiro acr scimo Contudo nas idades compreendidas en
98. de Castro e de Maria da Assun o neta paterna de Ant nio Vaz Rebe lo e de Maria da Assun o naturais da freguesia de S Martinho e materna de Manuel Gomes Camacho e Luzia de Caires da freguesia de Sta Maria Maior do Calhau A R M R P S Funchal Casamentos L 58 fl 36 29 07 1750 A R M R P C mara de Lobos Casamentos L 313 fl 57v 03 05 1770 A leitura dif cil e pode parecer tamb m 600 mil r is mas parece nos ser uma soma avultada Fica a d vida at poss vel correc o A R M R P S o Pedro Funchal bitos L 135 fl 114 17 06 1771 Revista Gir o 92 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 Vide Rita Rodrigues Manuel Pereira entalhador e ima gin rio madeirense do s culo XVII e os circuitos de di vulga o de modelos para as periferias in Anu rio do Centro de Estudos de Hist ria do Atl ntico n 2 Funchal S R E C C E H A 2010 pp 229 337 dispon vel em CD ROM comunica o apresentada no Congresso O Mun do das Ilhas e as Ilhas do Mundo Julho 2010 Distam largos anos entre o pedido da constru o do ret bulo mor a execu o e o pagamento 1733 e 1749 Este assunto foi objecto de investiga o de Paulo La deira Vide deste autor Os ret bulos da igreja de S o Pedro no Funchal Revista Promontoria Departamento de Hist ria Arqueologia e Patrim nio da Universidade do Algarve Anos 7 8 N
99. de Lu s Ant nio Bernes J nior pintor e gravador da Casa Lea cock de Alberto Bernes pintor de Fortunato Bernes artista gravador e de D Leontina Ber nes decoradora Lu s Ant nio Bernes assina algumas obras da Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos como j referimos Lu s Bernes em 1892 matriculou se no curso de Desenho Ornamental na Escola Industrial do Funchal cujo curso concluiu em 18972 Reali zou diversos trabalhos na rea da gravura para jornais e revistas pintura de pain is e tectos para igrejas da Ilha da Madeira nomeadamen te em Santo Ant nio e S o Pedro Funchal Serra d gua 1913 Camacha Jardim do Mar 1915 Arco da Calheta Ponta do Sol Faj da Ovelha 1922 etc Lu s Ant nio Bernes tinha elos familiares com naturais de C mara de Lobos pois as duas vezes que contraiu matrim nio foi com mulhe res desta freguesia Lu s Ant nio Bernes pintor decorador e gravador nasceu na freguesia de Santa Maria Revista Gir o 90 Maior do Funchal no dia 7 de Abril de 1865 Faleceu na dita freguesia a 22 de Outubro de 1936 Era filho de Ant nio Jos Bernes natural da freguesia da S compositor e professor de piano natural da freguesia de S o Pedro e de D Carlota Augusta da C mara Bernes natural da freguesia de Santana sendo moradores na Quinta de S o Filipe 2 Era neto paterno de Jos Maria Bernes natural de Lisboa e de D Teresa Rosa de Jesus Bernes
100. de S o Bernardino 2 000 rs e a hum mo o de tripe 300 rs 1618 e 1622 Jo o Rodrigues da arpa 600 rse 500 rs 1625 cantores que cantar o 1 000 rs Revista Gir o 8 1629 cantores e serm o 2 200 rs 1637 o pregador recebeu 2 900 rs 1638 1639 tocador de arpa 400 rs 1642 cantores 1 700 tocador de arpa 300 rs 1644 m sicos e ao tangedor de arpa 2 000 rs ao pregador 1 200 rs 1666 e 1667 pagamento aos m sicos que vieram da cidade 3 000 rs 1668 o pregador 1 200 rs 1702 e 1703 recebeu o pregador do dia da festa 35000 rs Pela Visita o de 1601 fica se a saber que o vig rio do Estreito de C mara de Lobos reunia se com o de S o Martinho na igreja matriz da vila com o respectivo vig rio e cura a fim de organizarem as confer ncias eclesi sticas e re solverem d vidas sobre a doutrina dos fi is Esta ordem foi emitida pelo ent o Bispo do Funchal D Lu s de Figueiredo Lemos em todas as Visita es realizadas na Ilha da Madeira com objectivo de impor maior rigor e uniformiza o na doutrina o dos madeirenses sob a gide das determina es tridentinas Na Visita que fez pessoalmente Tabua ordenou que os Vig ss do Cani o Gaula gua de Pena e Cani al com os curas de Machiquo e Santa Crux se juntem duas vezes no ano huma de Machiquo e outra na Vila de Santa Cruz E o vig rio do Estreito e de Sam Mar
101. de cimento hot is e edif cios de apartamentos apenas su port veis quando est o rodeados de matagal verdura e flores Do lado direito h moradias baixas semi escondidas em quintas algumas abandonadas em ru nas e ir o certamente ceder espa o a mais blocos de bet o Em seu entender as casinhas t m janelas e portas de estilo manuelino mas nunca existiram nem existem nessa zona perto do mar Empurrando com esfor o a cadeira de ro das constata que nunca mais quer visitar esta ilha No centro do Funchal repara em cartazes afixados nas paredes das casas com propagan da sobre o Monte e as c lebres descidas em carros de cesto at ao Livramento Gigi Martin e a m e n o devem ter descido encosta abaixo uma vez que a escritora afirma que tais ve culos deslizam em cima de uma pista de areia Ap s um passeio penoso de uma hora al can am as pra as curiosamente a autora usa o plural Melancholie deixa a m e na cadeira de rodas perto de uma coluna passa pela multid o e pelas bancas com fruta legumes e flores ex ticos de todas as cores faz algumas compras e sobe ao primeiro andar onde erradamente diz que se vendem peixe e carne adquirindo uma galinha e presunto de Parma A seguir a filha empurra a cadeira com a velhota e as compras pela estrada marginal Erroneamente indica o caminho para l como muito ngreme pelo que tem de segurar o ve culo com toda a for a Com os joelhos a tremer Mel
102. de segundo concelho com maior percentagem de popula o jovem apenas ultrapassado por C mara de Lobos No que concerne aos outros grupos funcio nais deparamo nos com o aumento percentu Alojamentos 1991 2001 Sem instala es de electricidade 11 3 0 5 i Sem instala es sanit rias 8 2 7 6 Sem gua canalizada 28 7 1 9 Tabela 3 Caracter sticas dos alojamentos familiares ocupados como residencias habituais no concelho de Ponta do Sol no per odo 1991 2001 al do peso da popula o activa que passou de 60 2 em 1991 para 62 2 em 2001 tend n cia que tamb m se verificou com o volume da popula o idosa que aumentou de 16 1 para 17 3 durante este per odo Embora o crescimento destes dois grupos n o traduza oscila es de grande significado em termos estruturais a sua varia o enqua dra se na linha tendencial que caracteriza esta d cada em praticamente todos os concelhos do Arquip lago pelo que no seu ndice de Vi talidade encontramos um acr scimo de 68 0 para 84 2 No que concerne ao ndice de Vitalidade nele que encontramos o reflexo das oscila es entre o grupo dos mais velhos e o dos mais jo vens pelo que o aumento percentual de 68 0 para 84 2 n o mais do que a consequ ncia do peso que cada um dos grupos possu a em cada um dos momentos em estudo Uma vez que a popula o jovem decresceu o R cio de Depend ncia de Jovens diminuiu 6 3 nesta d cada Assim enquant
103. de uma banda de m sica instrumental na freguesia da Ribeira Brava destacando alguns artigos que na altura foram sujeitos a altera es mas sem se referir especificamente sua denomina o Muito provavelmente esta e outras informa es estariam contidas nos estatutos no momento apresentados e codificados com treze folhas e trinta e dois artigos que faziam parte do Instru mento de constitui o da sociedade mas cujo paradeiro desconhecemos Nesta escritura surgem como s cios funda dores Francisco Jo o Barreto casado Jos Me nezes Correia de Macedo solteiro e Lu s Figuei ra solteiro todos naturais do lugar da Ribeira Brava Manuel Nunes J nior solteiro natural do s tio da Praia freguesia da Tabua Constan tino de Abreu de Faria casado Jo o Augusto Bettencourt solteiro Manuel Mendes J nior solteiro menor autorizado por seu pai Manuel Mendes Jo o C ncio de N brega solteiro me nor autorizado por seu pai Manuel de Abreu de N brega todos do s tio do lugar Ant nio Correia solteiro do s tio dos Moinhos Fran cisco Ant nio Pereira casado do s tio do Vale Ant nio de Abreu de Faria solteiro do s tio da Banda de Al m todos da freguesia da Ribeira Brava e bem assim na qualidade de aprendizes Jo o dos Santos Teixeira solteiro menor auto rizado por seu pai Jos Teixeira do lugar Jo o Augusto de Abreu solteiro menor autorizado por seu pai Augusto de Abreu Pestana do s tio
104. do Conselho do Distrito de 18 de Outubro de 1838 s o autorizadas as despesas do or a mento para a obra do cemit rio de C mara de Lobos que atingia 916 120 reis e em Fevereiro de 1839 surgem pelo menos dois registos de contratos de venda compra de terrenos Num of cio enviado em 3 de Janeiro de 1840 por Francisco Nunes Pereira de Barros ent o Administrador do Concelho rec m empossada C mara chamava aten o da C maral a levar a efeito a edifica o dos cemi t rios nas freguesias deste concelho achando se empreendido o desta vila mas h tempos sem andamento dizendo se achar se o oficial de pe dreiro ajustado e pago h muito tempo para fa zer parte daquela obra sem disso ter tratado 2 Depois disto e at 1855 per odo relativa mente ao qual existe uma lacuna documental devido um inc ndio que destruiu a maior parte dos registos camar rios pouco sabemos Em 1856 encontramos o cemit rio de C mara de Lobos implantado n o em Bel m local onde haviam chegado a serem adquiridos terrenos para o efeito mas no s tio do Pastel mais pro priamente no lugar conhecido por Encruzilha das Na freguesia do Curral das Freiras o cemi t rio ter sido constru do entre 1855 e 1856 o mesmo tendo se verificado na freguesia do Campan rio ent o pertencente ao concelho de C mara de Lobos Na freguesia da Quinta Grande criada a 24 Revista Gir o 105 B E 5 o o e o
105. do facto de o volume da popula o mais idosa ter diminu do mas sim do acr scimo bastante significativo ocorrido no contingente inserido na popula o activa Tendo em conta as altera es manifestadas pelos grupos funcionais o ndice de Vitalidade de Santa Cruz foi o que manifestou menor cres cimento ou seja de 50 0 passou para 56 7 o que constitui um factor positivo Quanto ao R cio de Depend ncia de Jo vens o seu valor diminuiu de 37 9 para 29 0 entre os dois Recenseamentos visto que o cres cimento da popula o activa foi bastante signi ficativo e a percentagem de jovens decresceu A esta tend ncia n o alheio o facto de o Revista Gir o 203 Homens 80 84 HOO woo W00 800 600 400 200 Efectivos e ITA rasa C 20 24 5 5 j 02001 eee m1991 O 200 400 600 800 Wo0 goo MOO Efectivos Gr fico 1 Evolu o das pir mides de idades no concelho de Santa Cruz no per odo de 1991 2001 R cio de Depend ncia de Velhos ter sofrido um decr scimo de 19 0 para 16 4 tamb m de corrente do crescimento significativo da popu la o activa Estamos pois perante o nico concelho do Arquip lago da Madeira onde o R cio de Depend ncia de Velhos diminuiu entre os dois Recenseamentos De salientar que em 1991 o R cio de Depen d ncia Total de Santa Cruz constitu a o oitavo mais elevado da Regi o com 57 0 Com a sua diminui o para 45 4 em 2001 passou a apre sent
106. e a E E uu 5 5 12 Projecto do cemit rio da freguesia do Estreito de C mara de Lobos 1922 Revista Gir o 106 de Julho de 1840 o adro da capela da Vera Cruz hoje individualizado e sem fins necr poles ser viu desde tempos remotos de cemit rio o que sempre originou o eclodir de problemas motivados pelo facto da popula o o invadir e nele realizar folguedos por ocasi o de festejos e romarias sem o menor respeito pelos mortos situa o que em 1930 continuava a se verificar At 1871 apesar das frequentes reclama es os mortos na freguesia do Estreito de C mara de Lobos continuariam a serem enterra dos no adro da igreja Em 1856 por ocasi o de uma epidemia de c lera o p roco perante a falta de capacidade do adro para continuar a enterrar os mortos reclama C mara a constru o urgente de um cemit rio na freguesia situa o que leva a C mara a solicitar ao p roco que se dignasse es colher um local que achasse conveniente para esse fim Contudo a situa o ter se mantido inal terada uma vez que em Setembro de 1862 a imprensa refere que o cemit rio do Estreito estava apresentando a maior indec ncia possi vel 4 repetindo se a mesma den ncia em Julho de 1866 onde a imprensa aponta o facto da fre guesia do Estreito ainda n o possuir um cemi t rio estando o local onde se faziam as sepul turas indecente e profanado adiantando ainda que o padre Macedo vig ri
107. e ali tocavam durante horas antes de decidir para onde ir ou simplesmente para permane cer pois costumavam aparecer v rias pessoas das redondezas como que convidadas pela m sica Revista Gir o 128 Riba Nbar Camara de Lobos Fisking Village Abadeita Tao Percotrellos Ficaram conhecidos como os Micaravana e a sua fama ultrapassou as fronteiras t nues das ruas onde passavam pescadores de ruama e de espada Eram frequentes mesmo as visitas dos pi lotos do hidroavi o quila que amaravam no Funchal e iam a C mara de Lobos acompa nhados do cidad o brit nico Mr Garton antigo propriet rio do Hotel Miramar e dali saiam ape nas para o regresso ao transporte que os levaria de volta com passageiros que n o raras vezes correram riscos Durante os primeiros anos de funcionamen to Manuel Nunes de Oliveira adquiriu por for a da anima o que proporcionava e das horas de funcionamento alguns inimigos entre os vizi nhos mais pr ximos tendo mesmo chegado a deixar para tr s os projectos e emigrado para a Venezuela onde esteve durante cerca de um ano entre 1947 e 1948 Vision rio e provavelmente depois de ter contactado com a realidade de um pa s diferen te voltou com a certeza de que com um cartaz que chamasse mais clientes a casa que tam b m servia de resid ncia da sua fam lia noutras depend ncias poderia tornar se um ganha p o E foi por isso que em 1953 alguns anos
108. e das sobras da Confraria do Sant ssimo Sacramento mais 167 289 rs 8 O arrematador da obra do ret bulo e talha do altar mor tribuna douramento e azulejo da Igreja de Na Sra Gra a foi o mestre entalhador Juli o Francisco Ferreira em 1764 acabando por declinar esta arremata o passando a para as m os do vig rio Manuel Borges de Alema nha como se v pelo dinheiro pago ao not rio p Escriptura de quebra q fez Juli o France ar rematador della 800 rs cuja arremata o tinha sido feita a pedido do pr prio vig rio como prova um documento da Provedoria da Fazenda do Funchal no entanto foram pa gos 2903000 rs a Juli o France pella talha do retabullo feita por ajuste Sabemos que pelos finais dos anos cinquen ta do s culo XVIII o padre Manuel Borges de Alemanha pagou 50 000 rs conseguidos por merc de sua Majestade por castanheiros para o ret bulo do altar mor e em 1764 pagou 100 000 rs por mais dezanove castanheiros a Jo o Moniz de Meneses na Ribeira do Forno Outras despesas s o apresentadas relativas aos pagamentos dos homens que cortaram os castanheiros beberetes abrir caminhos para transportar as madeiras consertar os caminhos arruinados das chuvas carretes de madeiras homens que acompanharam os boieiros serra a seco s vezes est o indicados os nomes de Jos de Sousa e Fel cio Gomes cortes de ma deiras cortar os castanheiros na Ribeira do For no fretes d
109. e esgotados ao chegarem a terra o primeiro pensamento dos jovens camaraloben ses foi o de irem almo ar deixando Norman jun to do barco E depois iriam chamar o pai de Nico lau e os pescadores mais idosos para que dessem odio ASR informa es sobre o tipo de peixe que tinham pu SEEN ANDES NM capturado Pouco depois o escoc s foi psd AM EAN convidado por Sofia a juntar se aos seus a amigos de modo a almo arem todos l juntos Conduzido por ela atrav s da vila No cujas casas apresentavam uma brancura da cor da neve chegaram sua casa que tinha apenas uma divis ria Como mob lia viu apenas um ba biombos que eram recolhidos durante o dia para se obter mais espa o uma mesa e dois bancos Mas no meio desta pobreza ele conseguiu descortinar o sorriso de Rita e de Lu s os pais de Nicolau e Sofia Contando aos progenitores dos seus amigos as aventuras do dia Norman mitigou a fome com uma saborosa caldei rada referida como sendo a sopa dos pescadores Ap s o repasto o pai de Ni colau juntamente com alguns amigos foram at praia para examinarem o estranho peixe mas nenhum alguma vez havia vis to semelhante criatura Um deles R Representa o do maremoto um dos momentos chave deste livro que fez ver ao de cima um monstro marinho do disse mesmo que se calhar o mesmo nem era fundo do oceano que ficou preso na rede dos jovens comest vel e que se parecia com
110. e setenta palmos de comprido e cento e onze de largo Sobre as paredes dos alicerces na parte superior ser feito mainel nos dois pro longos no comprimento e na fronteira da parte do mar ou seja frente da igreja que custar mais 232 000 rs Ser constru do um tabuleiro com mainel roda para entrar no adro e na sa da para o caminho do Concelho ou seja na parte lateral e em tudo se gastar 14 000 rs Pelo mainel do tabuleiro escada chispar rebo car e caiar ser o gastos mais 285000 rs Neste or amento na parte referente obra de pedreiro ficou expl cito que o arrematador aproveitar os materiais da igreja velha ex ceptuando as capelas que sam particulares e o cemit rio que do povo ficando este obrigado a faz lo de novo A segunda parte do or amento da igreja de Na Sra da Gra a corresponde obra de carpin taria or ada em um conto novecentos e vinte e dois mil e seiscentos e noventa e quatros r is 1 9229 694 rs sendo assinado pelo Mestre das Obras Reais Jo o Martins de Abreu que tam b m mestre de carpinteiro e por Pedro Fer nandes Pimenta mestre pedreiro Esta obra englobava madeiras tabuados pregos travessas porta principal duas portas travessas Reprodu o de postal ilustrado de Hans Huber KG Interior da Igreja de Nossa Senhora da Gra a anos 70 p lpito um p lpito duas portas arma o vidros e vidra as para as janelas da
111. e violas Era seu director art stico In cio Silva e para al m das suas participa es em espect culos nos v rios pontos da ilha da Madeira tamb m acompa nhava musicalmente algumas das actua es do Grupo Coral da Casa do Povo da Ponta do Sol 9 Em 1994 por ocasi o da realiza o do IX Encontro Regional de Tunas a brochura ent o publicada a prop sito desde evento anun cia este agrupamento musical como Tuna de Bandolins da Casa do Povo da Ponta de Sol Nesta altura era constitu do por 17 elementos com idades compreendidas entre os 10 e os 30 anos e continuava a ser seu director art stico o Prof Jos In cio Silva Em 1996 tinha como directores art sticos Duarte In cio e Jos In cio da Silva e era composto por 15 elementos com idades compreendidas entre os 12 e os 30 anos que tocavam Bandolins e Violas 2 Em 2005 era constitu do por 12 elementos e tinha como res pons veis Jos In cio Silva e Mirla Fernandes No dia 2 de Agosto de 1981 fundar se ia o Grupo de Folclore da Casa do Povo da Ponta Revista Gir o 168 do Sol Actualmente designado por Grupo de Folclore de Ponta do Sol a sua cria o teve como objectivo recolher preservar e divulgar os Usos costumes e tradi es da Regi o Aut noma da Madeira em particular do concelho da Ponta do Sol Ao longo da sua exist ncia tem funcionado como uma aut ntica escola de folclore e de vida onde se promove a for ma o cont nua te rica e p
112. entre as habita es dispostas em socalcos encontram se terrenos cultivados sobretudo de banana que na sua maioria se destina exporta o Contudo a principal povoa o desta fre guesia localiza se junto ao mar e grande parte dos seus habitantes dedica se actividade pis cat ria que facilitada pela exist ncia de um porto e de uma enseada Apesar da diminui o de 14 2 registada no sector prim rio entre os dois Recenseamen tos Ponta do Sol enquadra se nos cinco conce lhos da RAM onde este sector assume o papel mais relevante Em 1991 o sector secund rio apresentava neste concelho o terceiro valor mais elevado da Regi o Contudo o decr scimo de 4 8 ocorrido nesta d cada conferiu a esta circunscri o o quin to valor mais elevado na rea da transforma o Relativamente ao sector terci rio este con celho detinha em 1991 o quarto valor mais re duzido da Regi o Transcorrida uma d cada o acr scimo de 19 0 o terceiro mais elevado do Arquip lago n o foi suficiente para melhorar esta situa o pois encontrava se entre os tr s concelhos onde este sector econ mico detinha os valores mais reduzidos da RAM Este facto elucidativo do aumento substancial do sector terci rio na Regi o e que at 2001 este conce lho n o conseguiu acompanhar Em Ponta do Sol a diminui o do volume populacional foi acompanhada por um ligeiro decr scimo do n mero de habita es Por ou tro lado embora
113. era filha de Francisco Ferraz e de Maria Mendon a e Abreu Em 1731 o capit o Ant nio Bettencourt Machado acusado de ter pedido emprestada uma espingarda e de a n o ter devolvido A R M J R E Autos de contas do testamento de Isabel de Vasconcelos e Mendon a vi va do capit o Ant nio Bettencourt Machado docs 1 1066 e 1 39 12 agra decemos a Elsa Gon alves assistente t cnica do A R M a localiza o deste testamento A R M Miseric rdia do Funchal Carta de nomea o do capel o Il para a capela anual de missas institu da por D Isabel de Vasconcelos e Mendon a tia de Jo o Jos Lomelino da C mara e Vas concelos docs F 38 e 6 42 A R M C mara de Lobos Casamentos 1650 1727 L 311 fl 299 D Isabel de Vas concelos e Mendon a era irm de Josefa de Ascens o vi va de Ant nio Bettencourt Machado e do reverendo padre Jo o de Vasconcelos D Josefa de Ascens o fez testamento a 21 de Fevereiro de 1743 e faleceu a 4 de Novembro de 1743 Nomeou os seus irm os D Isabel de Vasconcelos e Mendon a e o padre Jo o de Vascon celos por seus testamenteiros e herdeiros universais e deixou uma camisa sua lavadeira Josefa Gomes e um colch o e dois len is a cada uma das mo as de Joana Trindade e Maria Pereira A R M J R E Autos de contas do testamento de Maria Josefa da Ascens o filha de Maria de Mendon a e Abreu docs 1 1590 e 1 59 1 Algeroz cano que recebe as goteiras de todo o telhado
114. eram de cantaria A igreja capela mor e sacristia eram cober tas de telha Depois de aprovado o or amento para a igreja nova de Na Sra da Gra a a 2 de Maio de 1747 foi colocado um regimento na pra a p blica assinado pelo escriv o da Fazenda Real In cio Caires para o concurso da obra Toda a pessoa que quiser lan ar na obra da Igreja de N Sra da Gra a do Estreito de Cama sic de Lobos IGREJA VELHA DE N SR DA GRA A XVI e XVII Materiais da igreja velha Azulejos da capela mor IGREJA NOVA DE N SRa DA GRA A XVIII Reaplica o dos materiais da igreja velha Azulejos para a sacristia Azulejos da capela mor Azulejos para a casa da pia baptismal o que sobrar depois de forrada a sacristia Cantaria da janela do frontisp cio Porta para a corredora do camarim Cantaria da porta da sacristia Corredora e escadas do camarim Cantaria da porta principal Porta por cima do camarim Cantaria do arco cruzeiro Boca do arco do camarim Lajeado da igreja Cimalh o do frontisp cio da igreja Lajeado da igreja Degraus do tabuleiro da casa por cima da sacristia Lajeado da igreja Dois tabuleiros do camarim e p lpito Lajeado da igreja e do alpendre o melhor Lajeado da sacristia Lajeado da igreja e do alpendre restos Casa da pia baptismal Madeira da arma o da igreja Tirantes da casa baptismal Madeira da arma o da igreja
115. existe actual mente uma banda filarm nica a Banda Muni cipal da Ponta do Sol A sua funda o remonta a 12 de Agosto de 1984 data coincidente com a Revista Gir o 158 sua primeira actua o p blica pese o facto de a partir de 1995 os seus dirigentes a terem feito regredir para 1 de Dezembro de 1882 data atri bu da funda o da Filarm nica Restaura o de Portugal isto depois de terem comemorado em 1985 o 1 anivers rio e em 1994 o 10 ani M sicos da Filarm nica Pr ncipe de Oldemburgo 16 de Agosto de 1885 vers rio A Filarm nica Restaura o de Portugal depois tamb m denominada de Filarm nica Pr ncipe D Oldemburgo e de Banda Munici pal da Ponta do Sol foi fundada no dia 1 de De zembro de 1882 tendo se extinguido por volta de 1964 Apesar de unanimemente aceite que esta tenha sido fundada no dia 1 de Dezembro de 1882 l cito questionar tendo em conta as no t cias veiculadas pela imprensa se aquilo que nesse dia oficialmente se fundou com a denomi na o de Filarm nica Restaura o de Portu gal foi um agrupamento musical com o signifi cado que actualmente se d o s filarm nicas ou bandas musicais que todos n s conhecemos e que acompanham prociss es e animam os ar raiais ou uma escola de m sica uma orquestra ou associa o musical O Direito na sua edi o de 29 de Julho de 1882 not cia que se estava a organizar na vila da Ponta do Sol uma filarm nica
116. guarda das part culas j consagradas imp s a constru o do Secre tarium ou Sacrarium cofre fechado a cujas chaves s tinham acesso os di conos cust dios e ministros da Eucaristia mas a arca fechada vinha j de 1216 por determina o do Conc lio Lateranense IV At ao s culo IX o sacr rio po deria ser guardado na igreja ou em casas parti culares mas a partir desta data passa a estar guarda exclusiva das igrejas e torna se em ob jecto cultual evitando se assim poss veis profa na es s part culas que continham o Corpo e Sangue de Cristo conceitos e pr ticas sempre envoltas em pol micas no que concerne tran substancia o A partir do Conc lio de Trento o sacr rio colocado sobre o altar para o qual se recomen da dec ncia e decoro Nas visita es que con sultamos para a Ilha da Madeira constata se que o sacr rio um objecto fortemente vigiado cujas recomenda es remetem para estar sem pre encerrado decentemente ornado com al gumas refer ncias a guarni es de prata e ouro sendo o seu interior forrado a seda ou dourado Os sacr rios eram inicialmente vasos de pequenas dimens es de acordo com a quanti dade de h stias reservadas mas durante todo o barroco portugu s observamos a presen a de sacr rios imponentes ricamente decorados e dourados integrando a conjuntura de uma arte total e ideologicamente comprometida com os intentos de uma igreja contrarreforma
117. html consultado a 19 03 2010 18 34h A PE CL Livro da F brica Grande Invent rio fl 100 fl 18v A P E CL Livro de Provimentos 1605 1718 n n Vi sita o feita pelo reverendo c nego Ant nio de Brito Bettencourt fidalgo capel o da casa de sua Majestade Protonotorio Apostolico por sua Sanctidade e visitador pelo Cabido Vacante cujos provimentos foram publicados a 5 de Junho de 1675 pelo vig rio Lu s Gon alo Velho A P E C L Confraria de Nossa Senhora da Gra a fls 167 e 171v Ibidem fl 42v Ibidem fl 169v Ibidem fls 91 140 154 156 e 182 182v Os grandes gastos reportam se ao feito da cera e azeite a fim de ser mantida a l mpada sempre acesa mas tamb m aos cantores m sicos pregadores para as v speras e dias de festas pagos pela f brica e respectivas confrarias sendo na maioria das vezes oficiados pelos padres do Conven to de S o Bernardino ornatos e arma es da igreja e altares cheiros e incenso Manuel de N brega Anais da Quinta Grande in Gir o n 4 C mara de Lobos 1990 p 158 A H D F Tabua Provimentos 1587 1703 fls 34 34v A P E C L Livro de Provimentos 1605 1718 n n O anotador de As Saudades da Terra lvaro Rodrigues de Azevedo afirma que entre 1675 e 1764 a igreja de Na Sra da Gra a recebeu 200 000 rs para obras da antiga igreja Gaspar Frutuoso Ob Cit p 550 Esta verba foi apenas para a presente obra D G ARQ A N
118. igreja quatro janelas no corpo da igreja capela mor materiais e feitio duas portas casa da pia baptismal casa um arm rio uma janela casa da sacristia casa duas janelas e uma porta um vestu rio dois arm rios casa sobre a sacristia materiais casa ar ma o uma porta duas janelas oito ba la stres torneados quatro soleiras para as janelas camarim camarim uma porta para a tribu na corredora uma porta no presbit rio uma janela na corredora porta debaixo do camarim e materiais Da lista de materiais e alguma obra do ofi cio de carpinteiro apresentada no or amento destacamos 412 palmos de frixal de castanho com 1 palmo e 1 polegada de largo 145420 rs 120 pe as de madeira de castanho que Altar m r da Igreja Paroquial da Freguesia do Est de Camara de Lobos Foto Perestreilos Tiha da Madeira Postal do altar mor da Igreja de Nossa Senhora da Gra a h de levar o corpo da igreja de 29 pal mos de comprido 87 000 rs 17 pe as para oliveis de 18 palmos de comprido cada uma 215600 rs 8 tirantes de ferro feytos de banda do brada de cincoenta palmos de comprido cada hum com orelhas viradas de hum pal mo para baixo foradas para pregar por sima em o frixal e na ilharga com dous varoens no meyo e cada hum sentados em seo lugar cada um 51 000 rs 4085000 rs 16 travetas de castanho de 12 palmos de comprido para meter entr
119. im portante visto que comporta quase metade da popula o de todo o Arquip lago Deste modo em 1991 o seu peso populacional era de 45 5 e apesar do decr scimo para 42 2 em 2001 continuou a apresentar se como o mais popu loso de toda a Regi o Aut noma Em termos absolutos a popula o residen te no Funchal era em 1991 constitu da por 115403 indiv duos valor que decresceu para 103961 no Recenseamento de 2001 Esta perda que em n meros absolutos se saldou em 11442 indiv duos traduziu se em termos percentuais numa redu o de cerca de 10 0 da popula o residente Assim a Taxa de Crescimento Anual M dio sofreu uma varia o negativa apresentando uma redu o de 1 04 Contudo a sua den sidade populacional ultrapassa largamente to 1991 2001 Varia o 1991 2001 Tabelas Dimens o m dia dos agregados familiares Dimens o M dia dos agregados familiares Dimens o M dia dos agregados familiares 28146 4 1 30844 3 3 N mero de alojamentos N mero de alojamentos Revista Gir o 180 N mero de alojamentos familiares do concelho de Funchal a no per odo 1991 2001 dos agregados 2698 0 8 amet er 2 Sem instala es de electricidade 1 6 0 3 Sem instala es sanit rias 10 4 6 0 Sem gua canalizada 8 1 0 9 Tabela 3 Caracter sticas dos alojamentos familiares ocupados como residencias habituais no concelho de Funchal no per odo 1991 2001 dos os co
120. junto igreja para maior seguran a e resguardo dos sinos que normalmente est o expostos no campan rio a tantos inconvenientes como se tem mostrado noutras par quias A 3 de Junho de 1772 o vig rio da Igreja de Na Sra da Gra a recebeu das m os de Ant nio Correia Jervis de Atouguia o valor de 145700 rs correspondente s ferragens para os arm rios e vestu rio da sacristia Quanto s paredes e findo o presente inver no feyta a experiencia de ficarem ou n o preser vadas as paredes mostrar o os suplicantes herdeiros certid o do vig rio com declara o da verdade para ele Ministro para se deferir o que for mais justo a bem do servi o de Deus e de El Rey A certid o fora passada pelo padre Manuel Bor ges de Alemanha a 21 de Junho de 1772 con firmando que q a agua que passara a parede da parte do poente da dita Igr est j vedada com as m os de cal Ainda em 1772 a 26 de Outubro o mesmo vig rio certificou que o azulejo q se devia por na casa da pia da dita se acha posto com toda a perfei o e para q conste estar assim cumprido e satisfeito o or amte2 Revista Gir o 33 Mas persistia a problem tica referente s obras do campan rio Afirmavam D Maria Cor reia de Atouguia Bettencourt e mais herdeiros mulher e filhos de Ant nio Richart Jervis de Fa ria fiador que fora da obra da igreja nova de Na Sra da Gra a que por morte do arrematador fora seo marido e Pay compeli
121. lado esquerdo e duas na posi o oposta em planos diferenciados posterior e anterior As figuras de remate deste ret bulo s o da autoria dos entalhadores Nicolau de Lira cinco figuras grandes embora apenas se encontrem duas de cada lado e dois anjos mais pequenos e Agostinho Jos Marques uma figura pequena cuja obra de ret bulo foi entalhada por Miguel Francisco As imagens do ret bulo camarim e trono foram executadas no Funchal e transpor tadas de barco at C mara de Lobos e depois por bestas guiadas por boieiros de C mara de Lobos at ao Estreito Devido s suas dimens es e peso foram escavadas para ficarem mais leves cujo trabalho coube a um oficial de carpinteiro Nas ilhargas do tico na direc o das co lunas surgem plintos que suportam segmentos de front es curvos onde assentam as quatro figuras em alto relevo cuja indument ria pre dominantemente castanha ocre e dourada A gram tica decorativa do tico id ntica do restante ret bulo A linguagem das decora es do ret bulo da capela mor estendeu se s paredes laterais que apresentam uma estrutura sim trica ornando as requintadas molduras entalhadas das janelas e quadros por vezes s o decora es externas s molduras lisas dos quadros separados verti calmente entre si por destacados e altos plintos que suportam as pilastras Os altares colaterais id nticos entre si s o de madeira entalhada branca dourada e azul apresen
122. lo em Portugal das origens ao decl nio in Promontoria Monogr fica Hist ria da Arte 01 Faro 2005 pp 62 e 104 Livro em que se lam a todo o gasto que se fez na obra da sacristia do convento de Nossa Senhora Madre de Deus Ano de 1746 fl 37 transcrito por Lu s Keil Boletim de Arte e Arqueologia Lisboa 1921 pp 44 e 45 Sobre os altares da Igreja de S Pedro Funchal ver Paulo Ladeira Os ret bulos da Igreja de S o Pedro no Funchal Revista Promontoria Departamento de Hist ria Arqueologia e Patrim nio da Universidade do Algarve Anos 7 8 N 7 8 2009 2010 pp 263 282 A P E C L Livro de entrada e sa da de dinheiro do dep sito come a em 1730 fl 136v Ibidem fl 162 Por este documento a bibliografia madeirense atribui o custo total da obra de 2 990 000 rs e a autoria a Juli o Francisco Ferreira No entanto os 2 990 000 foi apenas a contribui o de Sua Majestade para a presente obra que contou com diversas parcelas das diferentes confrarias e at do pr prio vig rio tendo atingido a soma 4 225 010 rs ret bulo camarim trono douramento pinturas e tecto num trabalho de parceria sendo a arremata o da obra e risco de Jo o Ant nio Villavic ncio A P E CL L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e invent rios 1733 1770 fls 172 e 178v para obras de entalhadura no altar m r arrematada em 1764 pelo mestre Juli o Francisco e mais 539 180 para ornamen
123. madeira id ntico ao estrado do ch o de est tica ro caille outro pormenor foi ter deixado parte do sapato esquerdo a descoberto Rematou a com posi o na parte superior com dois querubins por entre os quais passa um feixe luminoso que atinge a cabe a do Santo emanado do Olho da Provid ncia Nicolau Ferreira termina este conjunto com uma tela representado S o Jer nimo 347 420 Outro importante Doutor da Igreja autor de A vida de S o Paulo Ermit o onde revela a vida contemplativa e a solid o Peregrino retirou se no deserto da S ria e traduziu a B blia do original em hebreu e da tradu o grega cola borando com o Papa D maso Voragine na sua Legenda Aurea narra a vida do Santo em forma quase novelesca Revista Gir o 74 Eucaristia Pormenor de pintura Bernes 1910 da capela mor assinada Nesta composi o observamos um le o deitado aos p s de S o Jer nimo representado como um homem velho de longas barbas bran cas reportando para a f bula da domestica o daquele animal a quem o Santo tirou um espi nho da pata e este passou a vigiar o seu burro que apesar disso acabou por ser roubado ten do o le o recuperado o animal ap s afugentar os ladr es Esta lenda uma apropria o da hist ria do anacoreta da Palestina S o Ger si mo Junto do le o encontra se um livro fecha do criando equil brio na parte inferior da com posi o e ligando com as outras tr s telas S o
124. mor com parte dos azulejos que ainda hoje se encontram na actual sacristia Em 1704 o tesoureiro da Confraria de Na Sra da Gra a Domingos de Aguiar pagava um carreto de v q se deu p o azulegio do dito ano 975 rs 8 com certeza numa fase de finaliza o da obra de azulejaria Na sacristia da Igreja de Na Sra da Gra a identificamos duas remessas de azulejos em bora com o mesmo padr o uma de azul ultra marino mais escuro e outra com azul mais claro devido a diferentes temperaturas de cozimen tos e que no reaproveitamento da sua recolo ca o no novo templo depois de 1756 faltou habilidade ao pedreiro por estar em algumas partes desacertado Abstracto ou figurativo o azulejo imp e se ent o ao olhar do crente sedu lo de modo des pudorado convence o doutrina o o reino da cor da vibra o lum nica duma outra realidade tect nica que mascara a pobreza dos muros ainda a concep o do mundo enquanto puzzle ordenado obtido pela articula o de pequenas unidades 86 Cumpria assim o azulejo a sua fun o na antiga capela mor e posteriormente na nova sacristia da Igreja de Na Sra da Gra a No que concerne rea do mobili rio esta igreja possui tr s m veis que merecem estudos individualizados por especialistas do mobili rio o arcaz paramenteiro da sacristia do lado da ep stola e dois arm rios na sacristia do lado do Evangelho sendo um de guarda s pratas e ain
125. na Ponta do Sol uma quermesse com vista recolha de fundos para a Confer ncia de S Vicente de Paulo da quela vila Em 1938 mais propriamente no dia 8 de Junho a imprensa refere se ao Recreio Pontassolense uma colectividade recreativa que possu a sal o de festas e que nesse dia co memorava o seu primeiro anivers rio desco nhecendo se no entanto se possu a ou n o grupo musical pr prio Em Setembro de 1938 o Grupo Folcl rico da Ponta do Sol participou no desfile da festa das vindimas Em Agosto de 1939 a impren sa refere se a uma sua actua o no arraial do Monte tendo na sua passagem pelo Funchal apresentado cumprimentos ao Governador Civil Delega o de Turismo da Madeira e s redac es do jornais Na altura era composto por 29 elementos e o seu director era Manuel Rodrigues Pita e seu chefe Daniel Vieira Barra das 3 131 Em 1940 encontramo lo a actuar no Teatro Municipal Em Setembro de 1945 este grupo ainda existia continuava a ser chefiado por Daniel Vieira Barreto e compunha se de 25 pessoas homens mulheres e crian as Por essa altura havia sido convidado para uma exibi o numa casa Rua de Santa Maria onde se evi denciou com o melhor agrado da assist ncia Em Agosto de 1955 a imprensa volta a re portar se ao Grupo Folcl rico da Ponta do Sol desconhecendo se se em rela o antiga ou se a uma nova forma o que sob a direc o de Carlos Santos se estaria a prepar
126. nio Gomes da Silva natural da freguesia da Tab a e de Georgina Fernandes da Silva natural da Ribeira Brava Casou na Ribeira Brava a 14 de Novembro de 1928 numa altura em que tinha a profiss o de Cont nuo da C mara Municipal da Ribeira Brava com Concei o Celeste Marques Macedo de Sousa e Silva de quem houve Hamilton Leonildo Silva Foi m sico e regente da Filarm nica do Campan rio fundador e regente de uma deno minada Tuna Ribeirabravense surgida em 1925 e entre 1938 e 1961 regente da Banda Municipal da Ribeira Brava Foi funcio n rio da C mara Municipal da Ribeira Brava Lu s Velez Pina Lu s Velez Pina era natural da freguesia de Ervedal concelho de Aviz onde nasceu a 8 de Setembro de 1914 tendo falecido no Funchal no dia 30 de Abril de 1994 sem descendentes Era filho de Joaquim Pina e de Maria Velez Casou em primeiras n pcias no Funchal no dia 18 de Junho de 1942 com Efig nia de Jesus Gon alves em segundas n pcias no dia 29 de Mar o de 1966 com Maria de Jesus Gon alves e em terceiras n pcias no dia 20 de Maio de 1978 com Maria Celid nia Eunata Teixeira Pina Em 1951 numa altura em que tinha a patente de Furriel assumiria a reg ncia da Banda Municipal de Santana onde permaneceu at finais de Abril de 1959 Ter estado tamb m durante algum tempo na direc o art stica da Filarm nica Recreio Calhetense e entre 1961 e 1963 foi regente da Banda Municipal da Ribeira Brava Ab li
127. no per odo de 1991 2001 import ncia deste concelho em termos de vo lume populacional face ao total do Arquip la go sofreu tamb m uma redu o de 4 1 para 3 9 entre os dois Recenseamentos em estudo Com um decr scimo de 23 3 para 16 0 no total dos efectivos mais jovens Santana constitu a em 2001 o concelho com menor per centagem de popula o jovem da Regi o O acr scimo da popula o activa foi pouco significativo de 62 4 em 1991 aumentou para 63 8 em 2001 Este crescimento de apenas 1 4 constituiu o segundo menor da Regi o apenas suplantado por S o Vicente Por seu turno o aumento da popula o ido sa de 14 3 para 20 2 colocou Santana como o terceiro concelho da Regi o com maior per centagem de indiv duos idosos Esta posi o foi apenas ultrapassada por Porto Moniz que pos su a 23 3 de indiv duos idosos e S o Vicente onde o peso deste grupo era de 20 3 Na sequ ncia do exposto podemos ainda constatar que o acr scimo ocorrido neste gru po geracional que caracterizou todos os con celhos do Arquip lago com excep o de Santa Cruz assumiu em Santana o terceiro valor mais expressivo porquanto o seu crescimento de 5 9 foi apenas ultrapassado em S o Vicente e Porto Moniz Na esteira destas tend ncias o ndice de Vita lidade que em 1991 era de 61 2 em 2001 dupli cou o seu valor para 126 5 fazendo de Santana o segundo concelho mais envelhecido da Regi o Ou seja tratava s
128. o principal n cleo populacional do Arquip lago do qual se afirmava faz a terra uma en seada muito grande e formosa o qual o porto da cidade onde ancoram naus e navios que ali carregam e descarregam t o povoado e cursado sempre deles com tanto tr fego de carrega es e descarregas que parece outra Lisboa O melhor porto e o melhor clima conjuga dos com a privilegiada posi o geogr fica na costa sul a mais produtiva da Ilha depressa permitiram ao Funchal um fulgurante desen volvimento urbano que rapidamente ultrapas sou as restantes povoa es insulares A partir dos finais do s culo XVIII a cidade es tendeu se pelas encostas at zona mais elevada denominada de Monte com resid ncias senho riais nascendo assim a t pica quinta madeirense Ao longo do s culo XX assistiu se reformu la o internacional dos transportes mar timos e depois a reos com a cria o das novas instala es do aeroporto da Madeira enquanto que o turismo internacional adquiriu um papel rele vante com a implementa o de um importante parque hoteleiro Os anos cinquenta definiram uma viragem no movimento demogr fico uma vez que o crescimento populacional at ent o verificado nos concelhos rurais passou a ser ne gativo contrastando com o aumento significa tivo verificado na rea de Funchal Esta situa o Revista Gir o 179 traduz o progressivo abandono das actividades ligadas ao s
129. o 177 Gravura publicada no Diario Illustrado 20 12 1874 desta pesquisa foi por um lado registar um dos trajos femininos bem bonitos e peculiares da Lombada dos Esmeraldos e por outro coad juvar a identidade cultural na sua forma mais elementar o folclore e etnografia NOTAS 1 Jo o Adriano Ribeiro Ponta do Sol subs dios para a his t ria do concelho Ponta do Sol 1993 p 85 Revista Gir o 178 Fernando Augusto da Silva e Carlos Azevedo de Mene ses Elucid rio Madeirense Vol 3 Funchal 1978 p 95 Mariana Xavier da Silva O Rapazinho da Lombada in Na Madeira Offerendas Lisboa 1884 Ibidem Mariana Xavier da Silva O Rapazinho cit p 17 ARM Peri dico Diario lllustrado Lisboa 26 de Fevereiro de 1874 p 1 Ibidem ARM Peri dico Diario lllustrado Lisboa 20 de Dezembro de 1874 p 1 Mariana Xavier da Silva O Rapazinho cit p 27 Popula o Madeirense num Per odo de Transi o Uma d cada 1991 2001 Viagem pelos Concelhos Parte 2 Alice Mendon a Professora da Universidade da Madeira v T A Mapa 1 Demarca o geogr fica do concelho de Funchal e respectivas freguesias FUNCHAL Iniciado o povoamento por volta de 1425 a Ilha da Madeira foi dividida em duas capitanias cabendo a do Funchal a Jo o Gon alves Zarco A constru o de um burgo num vale que se es tendia at ao mar cheio de funcho deu origem ao nome da cidade Funchal Este tornou se
130. o 25 escada de acesso tribuna tudo feito com ma deira tirada da sacristia velha que custar 45000 rs incluindo pregos feitio e tudo assentado Haver ainda uma porta metida no pres bit rio para entrar para o camarim com oito palmos de alto e tr s e meio de largo feita de chapr o de pinho com seu aro e suas almofa das feitas com tr s golfos tr s taloucos e uma fechadura com gualda fixa tudo por 5 500 rs A corredoura e escada para o Camarim h o de ser armadas de huma agoa com o resto da madeira da sacristia velha e os frixais com o resto da madeira do alpendre e h de ser lavra da e aplaynada pelo pre o de 2 000 rs incluin do pregos madeira e tudo assentado em seu lugar Ser necess ria uma d zia de tabuado de castanho para forrar por cima atravessando a corredora e a escada lavrado e aplainado e mais pregos madeira feitio e tudo no seu lugar por 5 500 rs Nesta corredora ser aberta uma janela com quatro palmos de alto e tr s e meio de lar go feita de madeira lisa de cedro com aro qua tro golfos tr s taloucos dois ferros pedreiros madeira e ferragens pelo valor de 3 000 rs A grade da janela ser de ferro com tr s var es ao alto e tr s atravessados que custar 49500 rs Ser o necess rias tr s lumieiras duas para a porta e uma para a janela e custar o 19300 rs Por debaixo do camarim ser constru da uma porta com oito
131. o de 1901 e onde faleceu no dia 21 de Outubro de 1985 Era filho de Manuel Joaquim Faria e de Maria Isabel Gon alves Casou na Ponta de Sol no dia 17 de Setembro de 1937 com Maria Concei o da Silva de quem houve gera o Carpinteiro de profiss o desde muito cedo ter tido contacto com a m sica muito provavel memente com a Filarm nica Principe de Oldemburgo cons tando que aos 16 anos j teria responsabilidades de reg ncia Com essas fun es viria a estar tanto na Banda Municipal da Ponta de Sol como na Banda Municipal da Ribeira Brava A emigra o na procura de melhores condi es de vida tam b m o levaria a abandonar por duas ou tr s vezes a Madeira primeiro para o Brasil e depois para a Venezuela O novo agrupamento deveu se persist ncia de Manuel Ascens o Ant nio Teixeira e outros que foram incans veis no alistamento de m si cos aquisi o de instrumentos e fardas Dos regentes destaque para Manuel Martiniano Rodrigues e Manuel Ol mpio da Silva que era regen te em 1957 altura em que a banda tinha 20 execu tantes e tr s aprendizes Revista Gir o 142 Manuel Vieira Manuel Vieira era natural da freguesia de Machico onde nas ceu no dia 28 de Mar o de 1901 tendo falecido no Arco de S o Jorge no dia 10 de Novembro de 1983 Era filho de Jo o Vieira J nior e de Maria Madalena Foi casado por duas vezes a ltima das quais aos 76 anos em S o Pedro Funchal no dia 15 de Outubro de 197
132. o de ter este p lpito uma janela com vidra a e aros de cedro Julgamos que o p lpito foi constru do du rante as campanhas de obras na segunda meta de do s culo XVIII como previsto e discrimina do nos or amentos Em 1758 dois anos depois de benzida a capela mor como j referimos o padre Manuel Borges de Alemanha pedira a constru o do ret bulo tribuna camarim tro no e sacr rio mas a arremata o desta obra s ocorreu em 1764 pelo mestre entalhador Juli o Francisco Ferreira que declinou em nome do vi g rio e sendo entregue a Jo o Ant nio Villavi cencio sendo a obra do sacr rio paga aos mes tres entalhadores Ant nio Mendes e Est v o Teixeira de N brega ainda um jovem imagin rio Na documenta o consultada n o consta a Revista Gir o 83 factura da obra do p lpito por isso este deve pertencer a uma terceira campanha de obras ainda sob as ordens do vig rio Manuel Borges de Alemanha que s faleceu em 1792 obra de um dos entalhadores que aqui operaram An t nio Mendes ou Est v o Teixeira de N brega que s veio a falecer em 1833 que tinham reve lado as suas capacidades t cnicas na execu o do sacr rio ou Ant nio de Agrela Como era h bito nas igrejas portuguesas tamb m os p lpitos existentes no arquip lago madeirense s o sempre acostados ou embuti dos nas paredes da nave logicamente do lado do Evangelho e com acesso por uma escada existente numa das capelas laterais ou
133. o n mero de vezes que surge o voc bulo risco e quantidade de papel para mol des sendo este documento o mais rico nestas informa es que recolhemos at hoje Por outro lado compreendemos que o mestre Jo o Ant nio Villavic ncio coordenava toda a opera o ar t stica atrav s das suas sucessivas idas do Funchal ao Estreito de C mara de Lobos para assentar e dirigir a obra como riscar etc e na sua tenda e casa foram executadas diversas pe as como o dossel para o ret bulo executado pelo carpinteiro Bernardo Gomes e entalhador Ant nio de Agrela e o sacr rio executado pelos entalhadores Ant nio Mendes e Est v o Teixeira de N brega Conta de toda a obra e pintura da Igreja de Nossa Senhora da Gra a pelo padre Manuel Bor ges de Alemanha cuja obra se principiou em Maio de 1764 e cuja pintura se findou no de 1776 papel e grude para moldes 1 300 rs papel para tirar moldes 1 600 rs dre a Jo o Ant pl risco e por o d risco em grande e frete ao barco q o trouxe 169600 rs dre ao not rio pl Escriptura de quebra q fez Juli o France arrematador della 800 rs escrituras com pessoas que emprestaram dinheiro para a obra enquanto n o chega va d El Rei 800 rs a Alexandre Fernandes por falquejar hum pau p huma repreza 100 rs frete de 3 paos que fora o p a cide p as figuras do remate 600 rs e mais para o ca
134. o que nas curvas iria em Nicolau remendando uma rede Revista Gir o 120 A primeira de duas fotos a cores obtidas pela autora deste livro em C mara de Lobos Na mesma v se em primeiro plano v rias bananeiras hoje inexistentes neste local e em segundo plano parte da ba a onde se v em v rios barcos de pesca e ainda a capela de S o Pedro bater nas paredes partindo os ossos ou ent o ir de encontro a algum lento carro de bois que fazia a traject ria inversa transportando turistas O percurso terminou em Santa Luzia e Norman notou que depois os carreireiros transportavam s costas os carros de cesto em direc o ao ponto de partida Dois dias depois Norman regressou a C ma ra de Lobos de modo a passar o dia com os seus amigos Ao chegar vila foi recebido com i alegria pois estranharam a sua au s ncia inusitada e pensavam que j tinha partido Perguntou por Nico lau e os mi dos levaram no at ele n o pela escada dos pescadores mas por uma vereda muito mais curta mas mais perigosa Ao chegar junto de Nicolau este encontrava se junto da sua irm Sofia e do seu saldando se apenas na captura de dois balaus amigo Joaquim que estavam a terminar de re Pouco tempo depois uma onda gigante origi mendar os buracos de uma rede e aprontavam nada por um maremoto aproximou se do seu se para se fazerem ao mar Norman perguntou barco Aterrorizados os jovens tentam prote se os podia a
135. os pedreiros Manuel Gomes Figueira Manuel Gomes do Pau Jorge Ant nio Figueira e Ant nio Jo o todos a 500 rs por dia os ser ventes Manuel Figueira Pedro Figueira Ant nio Gomes Jos Figueira a 400 rs dia e a 350 rs os serventes Jo o Fernandes Ant nio Fernandes Correia Ant nio Lopes Ant nio Figueira e ainda a 300 rs o servente Francisco de S Ibidem fls 45v 46 e 103 Veio pedra de alvenaria do lugar do Cov o C mara de Lobos transportada pelo boieiro Ant nio de Freitas ainda outros burriqueiros e as bestas de Jos Santos carregarem cal Ibidem fls 45v 102 e 103 Pagou se a Jos Gomes Cunha a cantaria que veio para a janela a 250 rs palmo Ibidem fls 47 e 101 Veio ainda telha do Funchal por barco acarretada de C mara de Lobos para a obra por Manuel de Barros Ibidem fls 47 e 102 A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e Invent rios 1733 1770 fls 173v 176 F nix ou Pelicano Eucar stico Neste caso parece nos mais a representa o da F nix do que o Pelicano Euca r stico visto que este tem normalmente o pesco o mais alongado A F nix associada a Cristo pela regenera o da vida e o Pelicano uma das alegorias mais comuns de Cristo Juan Eduardo Cirlot Dicion rio de S mbolos Lisboa Publica es D Quixote 1999 pp 168 e 295 Idem Ibidem p 168 Vide Fausto Martins Estudo Iconogr fico do Ret bulo Sacr rio da Capela do Sacrame
136. para o high life pontassolense e uma banda para os oper rios Na sua edi o de 21 de Outubro de 1882 Photographia Museu Vicentes o mesmo rg o de informa o dava conta que j se havia constitu do a filarm nica pontasso lense tomando a direc o como seu professor Agostinho Martins No dia 8 de Novembro de 1882 O Direito volta a abordar o assunto para dizer que Agostinho Martins professor da filar m nica da Ponta do Sol auxiliado por outros cavalheiros amadores tencionava organizar muito em breve uma banda de m sica Em 30 de Dezembro de 1882 O Direito vol ta a informar que j havia sido instalada defini tivamente na vila da Ponta do Sol a filarm nica sob a designa o de Restaura o Por essa oca si o tinham sido lidos os estatutos tendo assis tido ao acto os mais distintos indiv duos da vila e eleitos por aclama o os corpos gerentes Henrique Wilbraham presidente G Wilbraham vice presidente e tesoureiro e J lio Pereira se cret rio Uma das primeiras cita es actua o da banda de m sica da Ponta do Sol data de Fevereiro de 1884 Nesta altura a imprensa re lata que j se encontra a tocar em p blico e com excelente execu o a banda denominada RESTAURA O criada na vila da Ponta do Sol Esta banda comp e se de 24 figuras Muitos dos que a comp em revelam grande talento O esta do desta banda os seus progressos honram o seu professor o Sr Agostinho Ant
137. por duas vezes as cau sas expostas ao Conselho da Fazenda uma re ferente ao valor do campan rio cujo Conselho n o aceitou a actualiza o das verbas de custo da obra para a nova torre como proponha o vi g rio e at depositaram valor inferior e viram aprovado a provis o de aumento em 71 100 rs referente obra igreja Os herdeiros de Ant nio Richart Jervis de Faria fiador de Manuel Rodrigues da Costa ar rematante da referida obra acusavam o antigo Provedor da Fazenda do Funchal que movido pelo zelo do culto divino e querendo adiantar a obra enquanto do Conselho n o chegava o dito or amento de ter ordenado a continua o da obra como se continuou por apontamen tos do capit o engenheiro mestre das obras reais e que houvera de excesso assim nos can tos como no arco cruzeiro e porta principal de 71 100 rs O actual Provedor Manuel Teixeira de Castro informou que ignorando se a forma lidade com que se vi o as obras dos cantos do Fronstespicio da mesma igreja e que sendo a tal duvida presente foi dada provis o pelo Conse lho da Fazenda para que se pagasse os gastos apresentados Durante todo o processo de reedifica o da Igreja de Na Sra Gra a n o encontramos qual quer refer ncia a uma capela da invoca o de Na Sra do Calv rio que tinha sido novamente erecta nesta paroquial por alvar de 4 de Junho de 1711 conforme registo da C mara Eclesi s tica do Funchal D Jos de Sou
138. por menos o fizer na forma do ris co com bom material Fortalezas e com as cau tellas e preven es declaradas em semelhantes cujas despesas ser o satisfeitas pelos sobejos do Almoxarife e Alf ndega do Funchal tirando as avalia es j feitas Estas avalia es s o referentes ao valor do rendimento do passal 194 900 rs e pela demoli o e aproveitamen to dos materiais da casa do vig rio 5519672 rs como veremos adiante Toda a pessoa que quizer arrematar a obra da nova Igreja Parochial q Sua Mag manda fa zer na freg do Estreito de Camara de Lobos pode dar o seu lan o na Salla dos Contos athe o dia vinte e quatro do corrente mez porque no mesmo dia se hade arrematar a quem por menos a fizer e melhores fiadores prestar Funchal 14 de Nov de 1748 Escriv o da Faz Real e Contos Do mingos Afonso Barroso que assina Este era o teor do edital que esteve fixado desde o dia de sua data athe o em que se fez a arremata o ao diante que foy em vinte e quatro de Novembro de mil settecentos e quarenta e outo o que certifico para constar Neste mesmo dia 14 de Novembro de 1748 deu se por arrematada a obra da nova Igreja de Na Sra da Gra a ao seu arrematante Manuel Rodrigues da Costa por sete contos quinhen tos e setenta e nove mil r is 7 579 000 rs na presen a de v rios oficiais de pedreiro e car pinteiro que n o ofereceram menor lan o O arrematante
139. portas janelas e telha A ordem de leil o foi dada por Manuel Tei xeira de Castro Cavaleiro Professo da Ordem de Cristo fidalgo da casa de Sua Majestade Prove dor e Contador da Real Fazenda da Ilha da Ma deira ao juiz do Estreito de C mara de Lobos a 18 de Agosto de 1749 para que colocasse na freguesia de Na Sra da Gra a e sua vizinhan a em preg o e leil o a alvernaria cantaria e ma deiras das casas do reverendo vig rio para no seu s tio se fundar a nova igreja Domingos Afonso Barroso Escriv o da Fazenda e Manuel da Silva porteiro da Alf ndega declararam em certid o que s Gaspar dos R is lan ara o valor de 101 000 rs para os referidos materiais Mas a 14 de Fevereiro de 1750 na pra a p blica dos homens de neg cios aonde se cos tumam fazer as arremata es da Real Fazenda na presen a do Provedor Manuel de Freitas de Castro e do escriv o Domingos Afonso Barro so foi feito outro auto de arremata o sobre madeira vinha e pedra possivelmente restos de materiais do passal cujo arrematante foi Jo o Figueira do Estreito de C mara de Lobos por 10 000 rs Foram testemunhas Ant nio Gon alves oficial de pedreiro e Amaro de Frei tas oficial de carpinteiro que assinaram sendo a segunda assinatura de cruz Manuel Rodrigues da Costa arrematador da obra n o demoliu logo a casa residencial dos vig rios como era sua obriga o e foi acusa do pelo padre Manuel Borges d
140. prido para o colarete lavrada e assentada 4 000 rs 11 palmos e meio de cimalha para a ja nela lavrada e assentada 5 000 rs 34 palmos de alisar lavrada e assenta da 93000 rs 12 palmos de pedra para o sobrearco da janela lavrada e assentada 4 000 rs As duas portas travessas tamb m s o projec tadas em cantaria lavrada e assentada com treze palmos de alto e sete de largo cada uma e com lizares e sobrearco com degrao de bucel na cou oei ra cujo or amento ficou em 695200 rs Ter a igreja um arco de cruzeiro e um arco na casa da pia baptismal Medindo o primeiro quarenta palmos de alto e vinte de largo fei to de cantaria com um palmo e um quarto na cabe a tendo trez bazes capiteis diamantes regulados frizos simalha que levar cento e oitenta e dois palmos de cantaria rija lavrada e assentada que tudo custar 1095000 rs O arco da casa da pia baptismal ter base e capitel fei to tamb m de cantaria rija que custar 24 000 rs pelos cinquenta e cinco palmos de cantaria necess ria para a sua constru o e 3 000 rs por um degrau de bucel com dois palmos de compri do e arco com 1 4 de alto Medir este arco de alto dezoito palmos e de largura nove Aigreja ter quatro janelas com vidra as duas de cada lado com doze palmos de alto e quatro de largo com palmo e meio de rasgamento por Revista Gir o 18 dentro para entrar mais luz As janelas
141. propriet rios das campas existentes no antigo cemit rio da freguesia do Estreito para comparecerem na sess o camar ria de 27 de Mar o a fim de tratar da sua demoli o e transfer ncia Apesar desta medida ser indiciadora que as obras destinadas implanta o do jardim p blico estariam para breve tal n o viria a aconte cer Com efeito n o s o projecto inicial haveria de sofrer altera es como a primazia haveria de ser dada constru o das instala es sanit rias que contrariamente ao previsto haveriam de serem constru das n o na extremidade sudeste do jardim mas na extremidade noroeste onde haveria de ocupar uma posi o subterr nea com dois acessos independentes um para as mulheres e outro para os homens Ainda que no dia 28 de Maio de 1936 a C mara tivesse deliberado proceder por adminis tra o directa constru o de um mict rio no s tio da igreja freguesia do Estreito de C mara de Lobos 2 provavelmente em conformidade com o projecto do jardim p blico antes elabo rado tal n o viria a acontecer uma vez que n o disporia dos recursos financeiros necess rios Essa car ncia fica ali s patente quando a 26 de Junho de 1936 solicita Junta Geral uma com participa o destinada a auxiliar a Comiss o no aformosamento e constru o de uma retrete p blica no antigo cemit rio atendendo falta de recursos com que lutava No m s seguinte a 17 de Julho de 1936 n
142. quadrangular Por cima da Visita o encontra se outra pintura tamb m de pequenas dimens es com a inscri o Vas inhonorem R om A pintura In aquas Plupimas Estne P 1 n 6 redundavit remete para o Livro de Ester 11 10 Clamaveruntque ad Deum et illis vociferanti bus fons parvus creavit in fluvium maximum et in aquas plurimas redundavit em conformi dade com a composi o pict rica e n o 1 67 como est pintada na filactera A Virgem segue novamente o modelo usado nas pinturas At tollite e Turris e foi assentada sobre o terminus da fonte em formas concheadas de gosto rococ Aqui mais uma vez o pintor reve lou algumas dificuldades em articular duas figu ras Virgem e fonte provenientes de gravados ou pinturas diferentes A fonte ocupa a parte central da composi o seguindo os figurinos da porta Attollite e torre Turris ocu pando de igual modo um espa o de paisagem predominantemente verde rematada ao fundo com um tom alaranjado que divide a terra do c u Aludindo ideia de vida maternidade en sinamento imortalidade e longevidade evoca Revista Gir o 69 da nas litanias a fonte confina se tamb m ao conceito de fons hortorum C ntico 4 15 Vas inhonorem R om segue novamente os figurinos anteriores apresentando a Virgem de vestido vermelho e manto azul segurando uma a ucena s mbolo da pureza e virgindade de Maria des
143. relevo muito menos acidentado que a Madeira e onde predominam o calc rio e o basalto Numa rea de 42 17 Km2 e uma popula o residente que diminuiu de 4706 para 4474 in div duos Porto Santo situa se 40 Km a nordes te da Ilha da Madeira Com cinco quil metros de largura e quin ze de comprimento esta Ilha possui uma praia com a extens o de nove quil metros De clima seco com longos per odos de seca e com um solo caracterizado pela extrema ari dez a produ o agr cola encontra se inviabili zada Por este facto a sua popula o subsistiu ao longo de s culos com o produto da pesca Contudo esta actividade foi praticamente abandonada e actualmente o turismo constitui a principal fonte de rendimento Para tal n o t m sido alheios aspectos como a constru o de unidades hoteleiras a dinamiza o dos ser vi os a melhoria dos sistemas de transportes mar timos e a reos bem como a cria o de uma imagem de marca do Porto Santo Deste modo o sector prim rio pratica mente inexistente nesta Ilha e o seu decl nio de 3 4 em 1991 para 1 5 em 2001 elucidativo Revista Gir o 194 de Porto Moniz em 2001 se encontrava numa situa o de envelhecimento extremo pelo que a manter se esta tend ncia poderemos no futu ro confrontar nos com a sua desertifica o NOTAS 1 Segundo o Recenseamento de 1991 2 Segundo o Recenseamento de 2001 da sua diminuta import ncia econ mica As oscila es v
144. s Enfim dois documentos elucidativos coad juvados por um terceiro com gravura s o situa es singulares na nossa experi ncia de 20 anos ininterruptos de investiga o No dia 10 de Junho de 1894 pela ocasi o de uma nova ben o da Capela do Esp rito Santo na Lombada dos Esmeraldos freguesia da Pon ta do Sol feita pelo Bispo D Manuel Agostinho Barreto o Photographo Vicentes captou algu mas imagens desta solenidade de uma rique za etnogr fica extraordin ria Nota se o uso do len o branco em detrimento da carapu a so mente vinte anos depois da impress o da es tampa ainda o uso das saias tecidas nos teares caseiros o feitio das capas com os debrues bem salientes entre outros variad ssimos pormeno res para outros veros meis estudos Ainda na concernente narrativa O Rapazi nho da Lombada da Mariana Xavier da Silva h uma passagem em que a mesma descreve a roupa do filho da co locutora quando esse veio ter com a m e o qual achamos importante transcrever M e m e tenho fome bradou um vil osinho vestido apenas com uma camisa que chegava aos p s e um colete muito cumprido a que chamam vestia Ap s toda esta indaga o chegamos conclus o que um dos trajos femininos repre sentativos da Lombada dos Esmeraldos era o seguinte Saia de l listada com o padr o amarelo azul e vermelho se come armos pelo azul da direi ta para a esquerda temos assim azul amarelo e vermelho portant
145. s c XVIII o carpinteiro Ber nardo Gomes Vieira o Arqueiro com seu filho consertou algumas tumbas uma cruz para a imagem de Na Sra da Gra a fez alguns casti ais e cerofer rios pratedaos por Eug nio Ant nio Oliveira O carpinteiro Bernardo Hen riques consertou a bandeira dos en terros e Valentim Ant nio consertou as alenternas Em 1815 a confraria das Almas pagou 46 900 rs a um oficial que fez um esquife para a confraria Em 1796 o latoeiro ou pyemilei ro Picheleiro Juli o Francisco Fer reira vendeu quatro rodas de folhas de flandres para uma tocheira e uma lanterna pertencentes Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos Refira se que este latoeiro mantinha contactos com o hom ni mo e entalhador Juli o Francisco Fer reira que executou o ret bulo cama rim e trono do altar mor desta igreja Ambos latoeiro e entalhador foram testemunhas em 1768 do casamento de Manuel Fernandes natural da fre guesia de S o Jorge com Maria Rosa vi va de Jos Garc s natural da fre guesia do Cani o O latoeiro era natu ral da freguesia de S o Pedro e casado com Maria Micaela que baptizaram um filho em 1746 Jos e uma filha em 1767 Rosa sendo padrinho de baptismo de ambos o entalhador Juli o Francisco Ferreira Em in cios de 1797 por ordem do reveren do governador do bispado sob inspec o do tesoureiro da confraria e interven o do vig rio Jo o Filipe Moniz
146. s o mesmo acontecera com sua m e que com a idade de tr s anos subira os quinze de graus do altar para ser apresentada ao Senhor tema tamb m representado no programa ico nogr fico da capela mor No regresso a casa a Sagrada Fam lia encontra Sim o a quem Deus tinha prometido ver o Messias antes de morrer que profetizou que uma espada trespassaria o cora o de Maria Estes altares laterais onde se encontram as duas telas referidas apresentam um entabla mento curvil neo que delimita o tico preen chido por um dossel com sanefas sobre o qual se destaca ao centro uma pequena cartela Os ret bulos laterais encontram se integrados numa capela de cantaria definida por pedestais pilastras e uma arquivolta plena de pedraria re bocada e pintada O conjunto rematado por um front o curvil neo contendo ao centro uma cartela com os s mbolos do Sagrado Cora o e o anagrama de AM Av Maria respectiva mente nos ret bulos do lado Evangelho e da Ep stola As paredes laterais da capela mor est o to talmente preenchidas com telas pintadas inse ridas em cartelas emolduradas com elementos decorativos dourados Como j referimos as pinturas soltas e todos os quadros da capella foram obra de Jo o Ant nio Villavic ncio finali zadas em 1776 mas embora a talha que envol ve estas cartelas sejam ainda as do s culo XVIII algumas pinturas s o j dos s culos XIX e XX testemunhando campanhas de restauro
147. sachadio a igre ja 2290 rs despesas de hu moio e quasi de meyo de cal que d a fabrica da igr a esta obra 3900 rs E a mader da janella q he de cedro e a lumieyra de til custou tudo 570 digo que a lumieyra he de cas tanho e os carpintrs que fizer o as portinhas da janella e da lumieyras he o tecto todo de novo e re mendar o ho sachadio e algumas partes mon tou nos jornais 2 280 rs com q se faz a dita soma de onze mil setecentos e vinte rs Assinou o recebe dor da S Gaspar Nunes Sabemos que em 1592 a 11 de Setembro o recebedor da S mandou entregar pera a capella mor da igreja do estreito de camara de lobos duzentas telhas que impor tar o com despesas mil e duzentos rs 2 ou seja onze anos depois de ter sido ali colocado o ret bulo a capela mor necessitava de retelhamento o que era muito comum nas igrejas rurais cons tru das em lugares h midos e ventosos Assim um s culo depois em 1690 circula Revista Gir o 12 va um requerimento do vig rio e mais fregue ses sobre o que necessita de obra de pedreiro e carpinteiro A 29 de Agosto ordenou se a feitura de or amento lan amento em preg o e arremata o pelo menor lan o cumprindo o despacho do Conselho da Fazenda de 11 do mesmo m s cujo registo no Funchal foi a 11 de Outubro com a nota cumpre se e registe se Aparentemente deveria reportar se esta decis o para as obras da capela mor que eram da incumb
148. se aproveitar della como se lhe manda em o or amento porque se demolir toda a igreja velha ficar o Povo sem lugar em que ou a Missa e se sepultem os que morrem 88 A distribui o dos diferentes materiais recu perados permite redesenhar a antiga igreja de Na Sra da Gra a que em 1581 recebera um ret bulo e outro em 1686 possivelmente para subs tituir aquele e que em 1692 fora beneficiada de acrescentamentos por parte da Real Fazenda capela mor sacristia e campan rio tendo sido o corpo edificado pelos fregueses Sabemos tamb m que no seu interior em 1710 tinha uma capela com ret bulo e sacr rio constru da pelos paroquianos e Confraria do Sant ssimo e em 1747 teria outras capelas particulares A arma o da igreja velha era basicamente de madeira sendo todo o templo lajeado in cluindo o alpendre a sacristia assoalhada e a capela mor azulejada Tinha ainda uma casa baptismal e um al pendre de madeira coberto de telha e lajeado Em 1732 ou seja quinze anos antes destes or amentos receberam obras de conserva o A igreja e o alpendre foram retelhados 2 000 rs e o tecto da casa da pia foi consertado com cal 500 rs tendo sido pagos 600 rs a dois pedrei ros que fizeram a laje para cobrir a pia e 295400 rs custou a m o de obra de dois pedreiros por quatro dias de trabalho de toda a obra A porta principal porta da sacristia jane la do frontisp cio e o arco do cruzeiro
149. sendo um deles Vicente de Paula Teixeira nomeado ajudante no cargo de Mes tre das Obras Reais e posteriormente Mestre das Obras P blicas desde 1835 at pelo menos 1847 Est v o Teixeira de N brega desempenhou o cargo de avaliador de carpinteiro na C mara Municipal do Funchal de 1783 at a d cada de 20 do s culo XIX Em 1798 foi nomeado com o cargo de ajudante do Mestre das Obras Reais Ant nio Jos Barreto Por falecimento deste assumiu o respectivo cargo de 1810 at 22 de Novembro 1833 data em que faleceu embora por motivos de doen a s tivesse exercido efec tivamente at 1828 Est v o Teixeira de N brega dado o seu largo per odo de actividade foi um dos gran des respons veis pela talha rococ no Arqui p lago da Madeira atrav s do seu contributo na execu o de riscos e na direc o de obras Al m das obras mencionadas na Igreja Matriz do Estreito de C mara de Lobos trabalhou em outras obras de talha e carpintaria para diversas igrejas da Madeira como no ret bulo da Capela de Na Sra da Boa Morte Igreja de S Pedro Fun chal 1773 ret bulo da Capela de Santo Ant nio Igreja de S Martinho Funchal 115 000 rs em 1775 arremata o da obra do ret bulo da Igreja do Esp rito Santo e Santo Ant o no Cani o 1 350 000 rs em 1779 ret bulo da capela mor da Igreja Matriz de Santa Cruz 202 400 rs em 1783 e atribu dos os restantes ret bulos da mesma igreja ret bulo do altar da Cape
150. stola uma imagem de S Jos figura de homem ama durecido de barbas e calvo com seu bord o e do lado do Evangelho uma Imaculada com o Menino em que a Virgem folheia o livro e Je sus olha ternamente para sua M e A coloca o da Virgem e o livro nesta posi o do altar mor remete para a import ncia da doutrina o Es tas esculturas pelos formalismos e talhe movi mento esvoa ante dos tecidos drapeados num jogo de superf cies c ncavas e convexas de luz e sombra remetem para uma boa oficina do s culo XVIII As esculturas assentam num plinto com formas arredondadas num misto de c ncavas e convexas decoradas com frisos lisos Cs li sos e outros inspirados em folhagens de acan to estrias e orlas de concheados contendo ao centro uma pequena cartela e na parte inferior uma flor de lis As esculturas s o cobertas por um baldaquino decorado com uma sanefa con tendo na parte interna uma sobreposi o de segmentos de orlas de concheados de onde suspende um ramo com folhagens e flores Su periormente o conjunto adornado novamen te com folhagens de acanto estrias e um con junto de cinco plumas O tramo central abarca o camarim com trono de quatro andares com talha decorativa Capela mor da Igreja de Nossa Senhora da Gra a branca e dourada sendo poss vel a coloca o de velas nas laterais No primeiro andar est co locada uma escultura de Nossa Senhora da Gra a e no andar do topo uma imagem de Cr
151. tanto chorar acaba por adormecer Alguns apontamentos sobre o estilo do conto Na capa do op sculo aparece um pombo branco que acabou de poisar na gua e est a nadar Conforme a autora n o tem nenhum significado especial Martin 2011 Uma inter preta o poss vel que representa o pombo da paz entre m e e filha paz t o aspirada pela mulher mais nova mas nunca alcan ada Na contracapa aparece uma pequena foto grafia a cores da m e de Gigi Martin de costas sentada numa cadeira de rodas e voltada para uma ba a Foi tirada em M conos Martin 2011 Verifica se de imediato que n o se trata da Ma Revista Gir o 134 deira por ser mais ngreme e por as suas casas n o serem t o uniformemente brancas Os ma deirenses que interroguei acharam que poderia ser o Cani al que no entanto n o tem uma ba a t o arredondada Numa recens o do romance Die bizarre G t tin Scarlet vide infra a cr tica liter ria Zilly da s rie Schlagzeilen publicada pela editora Cha ron de Hamburgo lamentou com raz o que esta obra n o tivesse vindo a lume numa edito ra comum Notava se que n o tinha sido corri gida por um revisor para suprimir certas falhas pelo que a mesma n o podia ser recomendada incondicionalmente No caso da obra G as Dienerin oder Melan cholies Schatten publicado pela mesma edito ra Books on Demand parece ter acontecido a mesma coisa Logo o significado da primeira frase do conto compost
152. tica barroca que tanto marcou a imagin ria retabular das igrejas portuguesas e madeiren ses como s o as capelas e os altares do Col gio S Jo o Evangelista os altares de S Ant nio e do Bom Jesus da S o altar mor da Miseric rdia do Funchal hoje na igreja do Cora o de Jesus capelas e altares da igreja de S Pedro a capela mor da igreja de S Jorge no norte da ilha etc De facto como veremos adiante o ret bulo do altar mor da igreja de Na Sra da Gra a apresen ta se como um trabalho vanguardista na talha do s culo XVIII pois um dos primeiros ret bu los de colunas com fuste liso A peti o do padre Manuel Borges de Ale manha para o ret bulo da Igreja de Na Sra da Gra a ocorreu em 1758 dois anos ap s a b n o da capela mor da mesma igreja quando Revista Gir o 54 o p roco confirmou que se achava coberta la jeada com portas e o arco cruzeiro fechado com tabuado ainda que n o tem o tecto forrado nem as paredes rebocadas o que por ora sen o podia fazer pedia o Reverendo suplicante passar para ela o ret bulo da capela velha e o sacr rio em que se conserva o Sant ssimo Sacramento para evitar alguma maior indec ncia Do ret bulo e sacr rio referidos da capela velha nada sabemos O ret bulo aqui mencio nado poder ser o entregue a 22 de Fevereiro de 1581 por Ant nio Marinho recebedor da S por ordem do bispo do Funchal D Jer nimo Barreto ou outro que ali fosse colo
153. tons predomi nantemente verdes onde um clar o alaranjado separa cromaticamente a terra do c u Um v u branco cobre a sua cabe a nimbada e traja um vestido vermelho e manto azul escuro A Virgem representada na pintura legenda da Turris fortitudinis facie inimici P segue o mesmo modelo da anterior quer nos tra os fision micos quer na posi o da cabe a e di rec o do olhar para a terra exceptuando se a posi o das m os que aqui se encontram cru zadas sobre o peito e o facto de n o estar aure olada A Virgem foi colocada em frente de uma grande torre sendo poss vel observar as dificul dades que o pintor teve em unir plasticamen te as duas figuras Virgem e torre retiradas de gravuras ou pinturas diferentes que serviram de base a esta composi o A Virgem encontra se suspensa e desajustada da enorme torre cuja solu o t cnica encontrou o pintor assentando a sobre uma forma de concheado retirada por decalque da fonte usada noutra pintura In aquas Plupimas EstneP 1 n 6 redundavit que se encontra no lado da Ep stola e sobre a qual falaremos adiante A torre encontra se coloca da numa paisagem evidenciada por um grande turbilh o de nuvens brancas cujo movimento contrasta com a rigidez da Virgem A torre dav dica simboliza a porta que dar acesso aos c us aludindo vigil ncia fortaleza e seguran a per mitindo a eleva o dos esp ritos e ascenso ao celestial Maria id
154. uma vida id lica na natureza n o se p de cumprir No romance Und sie fiirchteten sich nicht E n o temiam Martin 2007 descreve uma ilha fict cia chamada Libero com a capital Baia e uma aldeia de pescadores de nome Saint Juste cujos habitantes s o oprimidos por um general que chegou ao poder atrav s de um golpe de estado O alfaiate Herbert Baumgart em tempos perseguido e preso pelo regime nazi como co munista e homossexual encontrou aqui uma nova p tria volta a ser revolucion rio e tal como contra Hitler luta agora contra o General Fasio Embora a sua revolta falhe descobre uma maneira invulgar de resist ncia e por fim a de mocracia regressa ilha e o ditador v tima de si pr prio A j referida cr tica Zilly apresenta na s rie Schlagzeilen um dos ltimos romances de Gigi Martin Die bizarre G ttin Scarlet A bizarra deu sa Scarlet Martin 2009 Um casal a america na dominadora Scarlet e o seu marido Patrick fazem uma viagem pela Europa oferecida pelo sogro da mulher para terem tempo para sie lhe darem finalmente um neto Scarlet n o consegue ter rela es sexuais normais com o seu escravo Patrick For a se a aceit lo contra sua vontade e nota que esse comportamento a desvia cada vez mais para a loucura Procurando ser obediente o marido sujeita se a todos os caprichos da mulher mes mo quando ela age de maneira irrespons vel e perigosa Em Amesterd o descontrola se total m
155. 000 foi regente da Banda Municipal da Ponta do Sol No dia 20 de Agosto de 1958 foi alvo de uma homenagem com o descerramento da sua fotografia na sede da Banda Jos Humberto Vieira dos Vais foi primei ro regente desta nova forma o Apesar de ter ser sido o regente convidado para integrar o projecto inicial de cria o da Banda Municipal da Ponta de Sol e de ter feito a forma o dos m sicos que integrariam a primeira forma o da banda e ainda de se ter deslocado a Fran a para a aquisi o dos instrumentos acabaria por n o ser ele a fazer a apresenta o conside rada como a de estreia da Banda Contudo ca ber lhe ia o m rito de apresentar a banda pela primeira vez ao p blico no cinema da Ponta do Sol ainda que para uma plateia restrita e consti tu da por familiares dos m sicos elenco cama r rio e alguns convidados Foto Rui Camacho Duarte da Costa In cio Duarte Costa In cio natural da freguesia dos Canhas onde nasceu a 27 de Abril de 1974 filho de Manuel da Silva In cio J nior e de Francisca Costa professor do ensino b sico Iniciou a sua forma o musical em 1983 aos nove anos na Banda Municipal da Ponta do Sol tendo sa do a tocar aos 11 como executante de requinta Na altura em que frequenta va o 10 ano de escolaridade ingressa no Conservat rio de M sica da Madeira Em Janeiro de 2000 assume a direc o art stica da Banda Municipal da Ponta do Sol em cuja
156. 08 209 210 tr s arcazes para estudo arcaz do s culo XVII hoje na Assembleia Legislativa Regional da Madeira arcazes da sacristia do Col gio de S Jo o Evangelista e da S am bos do s culo XVIII estando a obra de talha do ltimo atribu da documentalmente a Manuel Pereira de Almei da e Juli o Francisco Ferreira e os carpinteiros Manuel da Silva e Manuel da Costa 1734 1735 sendo o do Co l gio possivelmente anterior E talvez o arcaz da Igreja do Socorro possivelmente ainda do s culo XVI ou j do XVII conforme atestam as excelentes pinturas dos espal dares e da predela Toda a informa o sobre os arm rios e vestu rio da sacristia encontra se nos fls 17 17v do A HT C CR e C E R Or amento de despesa Apenso A Estes autos de vistoria encontram se nos fls 57 64 do AHT C C R e C E R Or amento de despesa Apenso A AHT C CR e C E R Or amento de despesa Apenso A fl 57 D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal 1768 1774 L 976 fls 5 5v Vide Paulo Ladeira A Talha p 71 Manuel Juvenal Pita Ferreira A S do Funchal Funchal Ed da J G D A F 1963 pp 23 e 34 C tia Teles e Marques Nos bastidores de liturgia tridenti na O mobili rio monumental e as sacristias em Portugal do s culo XVI ao XVIII Tese Lisboa Universidade Nova 2007 policopiado N o conseguimos ainda datar estes candeeiros nem analisar bem os seus materiais
157. 1 2001 dia dos agregados fa Dimens o M dia dos agregados familiares Dimens o M dia dos agregados familiares N mero de alojamentos N mero de alojamentos 1070 32 1031 2 8 N mero de alojamentos miliares do concelho de Porto Moniz no per odo 1991 2001 Dimens o M dia dos agregados familiares t39 0 4 Revista Gir o 191 Alojamentos 1991 Sem instala es de electricidade 6 1 1 0 Sem instala es sanit rias 7 9 24 4 Sem gua canalizada 122 2i Tabela 3 Caracter sticas dos alojamentos familiares ocupados como residencias habituais no concelho de Porto Moniz no per odo 1991 2001 Ao longo deste per odo a percentagem de alojamentos sem electricidade diminuiu para 1 0 e cerca de 10 0 foram beneficiados pela instala o de gua canalizada Contudo no que concerne s instala es sanit rias no interior das resid ncias deparamo nos com uma situ a o irregular A diminui o desta infra estru tura sugere a exist ncia de um sub registo no Recenseamento de 1991 visto que a resposta a estas quest es frequentemente condicio nada pela vergonha de admitir as deficientes condi es de habitabilidade dos alojamentos Por outro lado tamb m n o podemos excluir um eventual erro no lan amento dos dados censit rios O concelho de Porto Moniz o menos po puloso de todo o Arquip lago Assim no per odo censit rio compreendido entre 1991 e 2001 a sua popul
158. 14 de Novembro de 2004 A Casa do Povo da Serra de gua foi fundada no dia 14 de Agosto de 1996 Di rio de Not cias 1 de Outubro de 2006 e Di rio de Noti cias 30 de Outubro de 2007 Di rio de Not cias 18 de Outubro de 1998 Brochura publicada por ocasi o do XX Encontro de Tu nas e Orquestras de Bandolins F rum Machico 30 de Outubro de 2005 Brochura publicada por ocasi o do XX Encontro de Tu nas e Orquestras de Bandolins F rum Machico 30 de Outubro de 2005 Di rio de Not cias 18 de Outubro de 2006 O Direito 9 de Fevereiro de 1884 Di rio de Not cias 7 de Junho de 1884 Dois dias antes a banda havia tocado no passeio p blico da vila sob a direc o de Agostinho Martins Di rio de Not cias 17 de Junho de 1885 No Di rio de Not cias de 8 de Outubro de 1895 encontra mos esta banda a actuar na festividade de Nossa Senho ra do Livramento na Ponta do Sol com a denomina o de Filarm nica Restaura o No Almanaque Madeirense para 1908 surge a not cia de uma filarm nica existente na Ponta do Sol denominada de Filarm nica Restaura o de Portugal fundada por Agostinho Martins O Direito na sua edi o de 25 de Maio de 1884 refere que no dia seguinte celebrar se ia a festa da Ascens o na igreja paroquial da Ponta do Sol e que tocaria a banda denominada O primeiro de Dezembro pertencente mesma vila O Di rio de Not cias de 28 de Junho de 1888 e de 29 de Janeiro de 1897 entre outros
159. 1804 A R M S Pedro L 107 fl 277 e Jo o que faleceu a 24 de Dezembro de 1816 Ibidem bitos L 141 fl 116 v Constamos ainda da presen a de Elisi rio como testemunha em diversos ac tos notariais A R M R N L 1122 fl 24 v 05 01 1809 L 1122 f1 111 28 02 1809 L 2264 fl 117 v 29 11 1811 L 2266 fl 118 14 05 1812 L 2268 fl 55 55 ve 30 03 1813 L 1150 fl 101 v 09 12 1816 Em dois outros actos notariais referia se que lhe deviam dinhei ro Manuel Jo o de Freitas Galdo morador em Boaven tura freguesia de Ponta Delgada devia lhe 600 000 rs e Ant nio Correia de Aguiar casado com Francisca de Santiago morador na freguesia de S Ant nio devia lhe dinheiro A R M R N L 1136 fl 137 29 01 1813 A R M Revista Gir o 96 13 132 133 134 135 136 137 138 139 140 14 142 143 144 145 146 147 148 149 150 15 152 153 154 155 156 157 158 159 160 16 1 1 1 gt R N L 2268 fl 28 v 29 v 29 03 1813 A R M R P S Pedro Funchal bitos L 144 fl 15 v Paulo Ladeira A Talha pp 49 55 73 74 Ant nio de Agrela de Azevedo mantinha contactos pro fissionais e sociais com o entalhador Est v o Teixeira de N brega com os pintores Filipe Caetano da Trindade Jo o Ant nio Villavic ncio Ant nio Pinto Felgueira Vide Paulo Ladeira A Talha pp 75 76 Rui Carita Hist ria
160. 1995 a Major Chefe de Banda de M sica Chefiou as Bandas Militares da Zona Militar dos A ores Madeira dos Regimento de Infantaria de Queluz Car regueira e ainda a Banda do Ex rcito Foi ainda profes sor de hist ria da M sica nos cursos para forma o de Sargentos Foi o regente fundador da Banda da Casa do Povo do Porto Santo e regente da Banda Municipal de C mara de Lobos 24 25 26 27 28 29 Jos Nascimento Gomes da Silva natural da freguesia de S o Martinho onde nasceu no dia 1 de Mar o de 1947 filho de Lu s Gomes da Silva e de Filomena Pe reira da Silva Casou no Funchal no dia 21 de Dezembro de 1968 com Maria Ferreira Rodrigues da Silva de quem houve gera o Iniciou o seu contacto com a m sica aos 12 anos na Banda Distrital do Funchal onde depois viria a ser seu executante Esteve durante cerca de 10 anos como executante da Banda Municipal da Ribeira Brava sete dos quais acumulando com a sua reg ncia Profis sionalmente foi cobrador em empresas comerciais sitia das no Funchal Jos Ant nio Nunes de Faria era natural da freguesia de C mara de Lobos onde nasceu no dia 1 de Dezembro de 1954 tendo falecido na Ribeira Brava a 20 de Mar o de 2008 Era filho de Martinho Nunes Gomes Faria e de Beatriz Natividade Martins de Barros O seu primeiro contacto com a m sica adveio da sua participa o num coro da par quia de S o Sebasti o di rigido pelo mestre Dominguinhos Aos 11 anos ap
161. 2 como vice vig rio e o padre Jo o Filipe Moniz Barreto a 12 de maio de 1795 como vig rio A P E C L Livro do Tombo da Igreja de Nos sa Senhora da Gra a do Estreito de C mara de Lobos D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 476 fl 5 D G ARQ A N T T A H M F Convento de S o Bernardino C mara de Lobos Inv n 489 Cx 2267 fls 4 5 e que o menor dos ditos sinos seija posto desposi o do vigario da Igreja Parochial da Ribeira Brava mas esta ordem foi logo corrigida no f lio seguinte onde se adverte que o sino pequeno deveria ser entregue ao vig rio da Tabua e n o a outro o que se tinha feito por equivoca o Ibi dem fl 5v Elucid rio Madeirense Vol A E 1998 p 424 Fernando Augusto da Silva Diocese do Funchal Sinopse cronol gi ca p 98 A H U A C L S rie Madeira Cx 39 Docs 11267 70 A H U A C L S rie Madeira Cx 39 Docs 11290 94 A H U A C L S rie Madeira Cx 39 Docs 11283 84 A H U A C L S rie Madeira Cx 39 Docs 11267 70 Ofi cios do Governador sobre v rios assuntos A H U A C L S rie Madeira Cx 39 Docs 11290 94 Of cio do Governador participando a partida para Lisboa dos r us implicados no desacato cometido no Estreito de C mara de Lobos Ibidem Trata se de Jo o de Andrade e n o Jos de alcunha o rangido A H U A C L S rie Madeira Cx 39 Docs 11290 94 Ofi cio do Governador pa
162. 2 de Fevereiro a Igreja de Na Sra da Gra a tinha recebido um ret bu lo pintado e dourado Despendeo o recebedor antonio marinho dous retabolos q se fizer o per mandado do sr b pera a igreja de sam pe dro da ponta do pargo e outro pera nossa senho ra da gra a do estreito de camara de lobos Na qual despesa entrar o quarenta mil que ouve do pintor de os pintar e dourar em partes e ho mais em onze bordos grandes e feitios do madeiram e outras despesas de q tudo se deu conta pelo mi do ao dito Snor b 2 Assinou o documento de entrega Gaspar Nunes Como se verifica ficaram omitidos os nomes do pintor e dourador ou do pintor dourador e infelizmente este mais um ret bulo desaparecido Em 1607 foram 300 rs ao pintor de pintar o retabolo que dever cor responder a um pequeno retoque Lembramos que a igreja antiga e a casa da resid ncia do vig rio ser o demolidas na segunda metade do s culo XVIII durante o processo da reedifica o da Igreja de Na Sra da Gra a assunto que desenvolveremos mais adiante e por esta ocasi o h uma refer ncia ao ret bulo da capela velha e o sacr rio que por solicita o do seu vig rio deveriam passar para a nova capela mor Em 1756 foram pagos 7 000 rs pela despeza q se fez em passar o Retabullo da Igra velha p a nova N o sabemos se este re t bulo o entregue em 1581 ou outro ali colo cado aquando das obras de 1692 Tamb m
163. 3 da Filarm nica Recreio Ribeirabravense Banda Nova da Ribeira Brava 1973 1977 da Banda Recreio Campon s da Banda Distrital do Funchal por duas vezes da Orquestra Ligeira da Madeira 1993 1997 e desde 1990 da Filarm nica da Casa do Povo de Nossa Senhora da Piedade do Porto Santo Di rio de Not cias 3 de Outubro de 1903 Di rio Popular 8 de Julho de 1904 Di rio Popular 7 de Setembro de 1907 Di rio de Not cias 12 de Agosto de 1909 Di rio de Not cias 15 de Agosto de 1909 Di rio da Madeira 31 de Julho de 1917 Carlos Piedade era natural da freguesia do Campan rio onde nasceu a 28 de Outubro de 1899 e faleceu a 18 de 1957 Era filho de Manuel da Piedade e de Francisca Au gusta Gon alves Casou por duas vezes a primeira com Maria Elisa Gon alves de quem houve Jo o Maximiano Gon alves da Piedade e a segunda com Alice Gon alves de Jesus de quem houve Agostinho Gon alves da Pie dade e Concei o Gon alves da Piedade Ter sido um dos executantes da primeira filarm nica do Campan rio surgindo anos mais tarde em 1938 como regente da nova filarm nica do Campan rio Jornal da Madeira 19 de Agosto de 1938 Jos Manuel Correia Gomes e Silva natural da fregue sia da Serra de gua ainda que no seu registo de nas cimento conste o Monte filho de Jos Dinis Gomes e Silva e de Maria de Abreu Correia O gosto pela m sica surgiu atrav s do contacto num bar que seu pai tinha na Serra
164. 44200 rs 30 p s de chapr o de pinho para as moldu ras que h de levar nas 2 atacanicas junto parede 2 400 rs 4 chapr es de castanho para os curvos em que se h de pregar a cimalha 15600 rs pregos e feitio de lavrar o tabuado de pi nho serrar aplainar abrir de cantil fazer cimalhas curvos alguitabas colaretes molduras das duas atacanicas 29 000 rs 2 grades de ferro nas janelas da capela maior com 10 palmos de alto e 4 e meio de largo postas no seu lugar 255000 rs 2 vidra as para as duas janelas feitas de madeira de cedro com aro em roda cruz no meio e 4 postigos em cada uma e 12 taloucas em ambas trancas de pau ma deiras ferragens vidros feitio betume e assentadas em seu lugar 14 000 rs A capela mor ter duas portas uma encos tada sacristia e outra em sua correspond ncia com doze palmos de alto e seis de largo cada uma feitas de madeira de cedro bom de mata junta de cruzaria com hum redondo nos fexos le vantado com dous postigos na cruz fechados com seis golfos tres em cada meia porta com seis ta loucos em cada huma com dois ferros pedrei ros fechadura gualda e trangueta postas am bas em seu lugar por 38 000 rs Cada porta ter uma lumieira que sair para fora dez palmos de comprido e dois de largo pelo custo de 600 rs Tamb m as duas portas do p lpito levariam cada uma uma lumieira tendo o seu or
165. 50 rs 2159700 rs 2 dias e meio ao oficial que fez a casa do sacr rio a 350 rs 875 rs dinheiro a 8 homens que trouxeram o sacr rio da cidade 200 rs a cada um 19600 rs grude 400 rs 11 dias e meio ao mestre pedreiro Jos dos Reis a 300 rs 3 300 rs 4 on as de jalde em p 060 rs Revista Gir o 61 Y L o a 5 E o ira h arratel de jalde queimado 240 rs h barril em que vier o estas tintas 300 rs jalde 2 caixotes em que vier o a alvaiade 400 rs carretes e fragata 400 rs frete ao navio 1 600 rs frete para terra e obreiro 300 rs frete e carrete de C mara de Lobos 300 rs hua 4 de Rom comprada na terra 600 rs hua arroba de bollo vermelho 1 289 rs hu arratel de Rom 18050 rs 18 arrateys de vernis de char o a 600 10 800 rs 12 garrafas em que veio a 40 rs 480 rs verniz 8 on as de flor de anil 25480 rs 12 arrateys de verdete a 450 rs 39400 rs 3 arrateys de vermelh o a 18000 rs 35000 rs 18 duzias de pinceis de varios lotes 25500 rs carretos caix o e lona 410 rs frete pago a Ant nio Baz lio de Andrade 19500 rs 8 barris de alvayade moido com 465 livras sic e 34 a 150 693850 rs 5 duques de leo com 31 canadas a 500 por ser especial 15 500 rs 976 livros d
166. 54h AHT C C R e C E R Or amento de despesa Apenso A fl 3 A casa que vamos encontrar v rias vezes citada nos or a mentos desta igreja uma divis ria ou um compartimen to Henrique Pais da Silva e Margarida Calado Ob Cit 82 Bra a medida de uma vara ou 2 20 m http www priberam pt dlpo default aspx pal bra a consultado a 05 09 2011 02 00h Prolongo lan o do telhado paralelo frente ou s tra seiras de um edif cio http www priberam pt dipo default aspx pal prolongo consultado 05 09 2011 02 18h Empena lan o de telhado http www priberam pt dlpo default aspx pal prolongo consultado 05 09 2011 02 25h Moldura lisa cil ndrica Jorge Henrique Pais da Silva e Margarida Calado Ob Cit p 61 Colarete moldura composta por um astr galo mol dura superior do fuste da coluna justaposto a um fi lete um filete http Avww priberam pt dlpo default aspx pal colarete Astr galo decora o em forma de colar com contas ou vulos ou moldura de perfil semi circular que separa o fuste de uma coluna do seu capitel Maria Jo o Madeira Rodrigues Pedro Fialho de Sousa Hor cio Manuel Pereira Vocabul rio t cnico e cr tico de arquitectura 22 Ed Coimbra Ed Quimera 1996 p 87 Jorge Henrique Pais da Silva e Margarida Calado Ob Cit p 101 AHT C C R e C E R Or amento de despesa Apenso A fl 4 Ao longo do documento surge cimalha simalha quer na obra de p
167. 6 fl 57 a 28 de Mar o 1817 A R M R N L 1151 fl 101v D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 427 fl 168 Ibidem fl 190 Manuel Pedro Freitas A Igreja Paroquial de Nossa Senho 254 255 256 257 258 259 260 261 262 263 264 ra da Gra a http nww concelhodecamaradelobos com dicionario igreja paroquial nossa senhora graca html consultado a 14 03 2010 23 59h Idem Ibidem Remete esta informa o para A Semana Ilustrada 11 de Setembro de 1898 D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 427 fl 215 Fernando Augusto da Silva refere esta consagra o mas n o faz qualquer refer ncia documental Elucid rio Ma deirense Vol p 424 A H D F Porto Santo Livro de Provimentos da Igreja de Nossa Senhora da Piedade 1692 1813 Cx 1 Doc 21 Na edi o do dia 2 de Fevereiro de 1947 p 5 o Di rio de Not cias Funchal publicou um artigo intitulado Vig rio Apost lico do Funchal D Frei Joaquim de Meneses e Ata de Visita Pastoral em 1813 notas em forma de di rio A R M Miseric rdia do Funchal Cx 2 Docs 25 27 e 31 mas tamb m em v rios livros e documentos avulso Eduardo Castro e Almeida Archivo da Marinha e Ultra mar Invent rio Madeira e Porto Santo Vol Il Coimbra Imprensa da Universidade 1907 1909 Doc 12465 Francisco de Paula Medina e Vasconcelos 1768 1824 Nasceu na freg
168. 62 63 que o padre Lu s Gon alo Velho entrou na par quia a 10 de Junho de 1643 e ali ficou at 28 de Janeiro de 1665 A P E C L Livro do Tombo da Igreja de Nossa Senhora da Gra a do Estreito de C mara de Lobos Il Parte dactilogra fado Mas a 5 de Junho de 1675 ainda assinou os provi mentos A P E CL L Livro de Provimentos 1605 1718 n n A PE CL Livro de Provimentos 1605 1718 n n Ibidem Ibidem Ibidem Ibidem Ibidem Ibidem Ibidem D G ARQ A N T T Cabido da S do Funchal F brica Livro de Receita e Despesa 1574 1604 L 6 mf 3573 fl 185ve A obra or ou no total 17 410 rs tendo a f brica da igreja dado 3 900 rs e a igreja mais 2 290 rs no entanto o recebedor deveria pagar apenas 11 220 rs Ibidem fls 185v 186 Ibidem fl 202 D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 968 fl 86v Ibidem Ibidem D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal 1700 1718 L 388 fls 263v 264 A refer ncia constru o de uma capela pode ser alu s o primitiva igreja de Na Sra da Gra a que pelas suas modestas dimens es seja aqui designada por capela pois em 1676 os fregueses afirmam ter edificado o corpo da igreja No entanto parece nos que os paroquianos edificaram o corpo da igreja e mais tarde uma capela no seu interior de invoca o ao Sant ssimo com ajuda da respectiva confraria pois subentende se que
169. 7 com Maria da Concei o Fari nha Foi regente da Banda Municipal da Ponta do Sol 1935 mudando se depois para a Banda Municipal da Ribeira Brava onde ocuparia id nticas fun es e donde saiu em 1938 para ir dirigir a Banda Municipal de Santana Em Santana ter exer cido as fun es de regente durante cerca de 9 anos ou seja at 1947 altura em que substitu do por Ant nio Francisco Marques chefe da Banda Militar da Madeira permanecendo contudo na banda na qualidade de sub regente e com a res ponsabilidade de dirigir a banda nos arraiais Em 1952 trans fere se para a Banda de Nossa Senhora de F tima do Arco de S o Jorge onde sucede a Silvano Abreu Cardoso na reg ncia e onde haveria de permanecer nessas fun es at 1977 para voltar no ano seguinte onde se mant m at 1980 Tendo em conta o conhecimento dispon vel n o podemos aceitar sem reserva os dados veiculados por esta not cia publicada na Voz da Madeira Contudo tamb m n o os podemos ignorar e da considerarmos importante a sua transcri o um texto que faz parte de um conjunto de pequenas monografias publicadas na imprensa sobre as filarm nicas madeirenses Manuel Ol mpio da Silva Manuel Ol mpio da Silva era natural da freguesia de Nossa Senhora do Ros rio da Aparecida de Santos Brasil onde nasceu em 1896 tendo falecido na Ribeira Brava onde residia no dia 10 de Novembro de 1963 aos 67 anos de idade Era filho de Ant
170. 764 1771 De produ o comum e econ mica mo nocrom ticos sendo compostos por um friso barra junto ao ch o de cor amarela antim nio executados com a t cnica do esponjado t pi cos da azulejaria pombalina e um painel figu rativo alusivo ao Baptismo de Cristo tema per feitamente adequado ao espa o de linguagem Rococ Estes azulejos cobrem as duas paredes laterais e fundeira Junto ao lado direito da por ta foram colocados azulejos azuis e brancos j do s culo XX numa tentativa de imitar o padr o dos azulejos da sacristia XVII e o ch o encon Revista Gir o 86 tra se coberto com mosaicos j industriais A omnipresen a do azulejo na arquitectura portuguesa foi uma constante nos s culos XVII e XVIII O forramento de pequenas e grandes superf cies parietais enriqueceram espa os po bres e vazios dinamizando os com as mais di versas tipologias e padr es de azulejos Foram muitas vezes colocados em igrejas constru das em pocas anteriores dotadas de espa os est ticos e desornamentados que urgia actualizar e renovar mas tamb m muitos pain is ou azulejos avulso foram reaplicados em novas constru es reaproveitando material antigo si tua o que corresponder demolida Igreja de Na Sra da Gra a que datava a sua constru o da segunda metade do s culo XVI c 1560 e que no final do s culo XVII 1691 sofreu obras de repara o sendo forrada possivelmente a sua capela
171. 805 onde est o contidas as normas regulamentares destinadas adminis tra o dos hospitais militares actualizando as em uso desde 1797 estabelece se no artigo 25 do t tulo s timo que o cemit rio de qualquer Hospital militar dever ser murado situado a Sul e distante pelo menos duzentos passos ha ver nele uma pequena casa onde se depositar o os mortos e onde se conservar o por vinte e qua tro horas desligados e s por ordem expressa do Primeiro M dico se poder o enterrar antes daque le tempo A cova deve ter pelo menos cinco p s de profundidade ser exactamente cheia de terra e bem calcada e havendo cal esta far a primeira camada No alvar de 1806 onde est o reunidas nor mas administrativas destinadas s Miseric rdias atrav s do seu artigo 12 dada permiss o para que aquelas que ainda n o o possu ssem pudessem construir cemit rios fora das povoa es devendo para o efeito requerer tal s au toridades Eclesi sticas Tudo no entanto ficou na mesma e ser preciso chegar a 1835 para que na sequ ncia da publica o do Decreto de 21 de Setembro desse ano a constru o de cemit rios p blicos e a proibi o dos enterramentos nas igrejas co me asse a ser implementada Esta iniciativa legislativa referendada por Rodrigo da Fonseca Magalh es no seu primei ro artigo obriga a que em todas as povoa es fossem constru dos cemit rios p blicos para neles se enterrarem o
172. 94 indiv duos De acordo com estes valores o peso popu lacional deste concelho face ao total do Arqui p lago sofreu uma diminui o passando de 5 2 em 1991 para 5 1 em 2001 Com esta perda de popula o a Taxa de Crescimento Anual M dio foi estimada em 0 53 Esta varia o de car cter negativo re percutiu se na densidade populacional que de cresceu de 202 30 indiv duos por Km2 em 1991 para 191 92 indiv duos por Km2 em 2001 Durante esta d cada o peso dos jovens da Ribeira Brava diminuiu de 24 4 para 20 0 face popula o total Contudo apesar des te decr scimo a percentagem de popula o jovem neste concelho era em 2001 a terceira mais elevada da Regi o visto que a perda des tes efectivos foi de apenas 4 0 Ao inv s o volume de efectivos enquadra dos no grupo da popula o idosa registou um acr scimo de 14 7 para 16 2 sin nimo do aumento da esperan a de vida No que concerne popula o activa verifi cou se um ligeiro crescimento entre os dois pe r odos censit rios Assim o peso deste contin gente aumentou de 61 3 para 63 8 face ao total da popula o n o activa de Ribeira Brava Como consequ ncia das oscila es verifica das no grupo dos jovens e tamb m no dos mais Tabela 2 Dimens o m dia dos agregados fa miliares do concelho de Ribeira Brava no per odo 1991 2001 Dimens o M dia dos agregados familiares 181 0 4 Revista Gir o 199 Volume po
173. Banda Recreio Musical Ribeirabravense que ap s a sua extin o ficou a remoer Revista Gir o 153 Carlos Piedade Carlos Piedade era natural da freguesia do Campan rio onde nasceu a 28 de Outubro de 1899 e faleceu a 18 de 1957 Era filho de Manuel da Piedade e de Francisca Augusta Gon alves Casou por duas vezes a primeira com Maria Elisa Gon alves de quem houve Jo o Maximiano Gon alves da Piedade e a segunda com Alice Gon alves de Jesus de quem houve Agostinho Gon alves da Piedade e Concei o Gon alves da Piedade Ter sido um dos executantes da primeira filarm nica do Campan rio surgindo anos mais tarde em 1938 como regente da nova filam nica do Campan rio Em 1974 come aram as primeiras reuni es para a funda o da Banda da Serra de gua com alguns m sicos e o Sr Gomes antigo maestro da extinta Banda Recreio Musical Ribeirabravense Contudo em Mar o de 1975 emigrei para a Revista Gir o 154 Jos Manuel Correia Gomes e Silva Jos Manuel Correia Gomes e Silva natural da freguesia da Serra de gua filho de Jos Dinis Gomes e Silva e de Ma ria de Abreu Correia O gosto pela m sica surgiu atrav s do contacto num bar que seu pai tinha na Serra de gua com m sicos naturais desta freguesia pertencentes Banda Nova da Ribeira Brava e que ali paravam frequentemente Aos 14 anos s escondidas dos pais fugia de casa para aprender solfejo e saxofone na Banda Nova da Ribeir
174. Barreto fez se a obra da casa de sobrado para se realizar as determina es da mesa e guardar as alfaias e m veis da confra ria das Almas e um cemit rio para os ossos dos defuntos como h em muitas Igrejas 8 A casa foi or ada em 780 000 rs 550 000 na obra de pedreiro e 230 000 na de carpinteiro e o ce mit rio foi feito com uma meia janela arma o coberto de telha e parede de pedra e cal or a do em 111 970 rs pelo pedreiro Jos Joaquim e o carpinteiro Bernardo Gomes que fizeram as obras custa da Confraria das Almas S Estes mestres encontram se na equipa de coordena da por Jo o Ant nio Villavic ncio entre 1764 e 1776 durante as obras do ret bulo camarim e trono da capela mor desta igreja Para al m dos ret bulos e pintura possu esta igreja uma pe a digna de aten o particu lar o sacr rio que ocupa um lugar de destaque no ret bulo mor Primeiro por destoar um pou co da linguagem rocaille que domina a talha re tabular apresentando se totalmente dourado embora de decora o simples elegante e har monioso mas ainda veiculando um gosto bar roco Segundo pela sua forma original talvez nica na Madeira Segue uma composi o em tr s planos dois andares sendo o inferior com posto por tr s planos verticais estando no cen tro a porta do sacr rio que d acesso ao cib rio e dois laterais meramente decorativos o andar central tamb m composto por tr s planos ver ticai
175. Borges de Alemanha mandou vir de Lisboa um frontal de damasco roxo para o altar do Senhor Bom Je sus que custou 15 911 r is A R M J R P C Confrarias Cx 4 Pro 291 fl 18 Vide Rita Rodrigues A gravura MATER INVIOLATA de Klauber e o desaparecido ret bulo de Nossa Senhora da Luz da Igreja Matriz de Gaula in Origens n 19 Santa Cruz CM S C Janeiro de 2009 p 23 47 O pintor Ant nio da Trindade da Cruz era casado com Catarina Delfina do Sacramento irm da mulher de Jo o Ant nio Villavic ncio Paulo Ladeira A talha p 195 A H D F S Pedro Confraria do Sant ssimo Sacramento L 26 fl 35 Paulo Ladeira A talha p 39 Resposta da Provedoria e Junta Real da Fazenda do Fun chal ao requerimento de Jo o Ant nio Villavic ncio ar rematador das obras da Igreja de Santo Ant nio Visto que estas differen as procedem de erro de Or amento a que o arrematador n o est obrigado se lhe pague o liqui do deste calculo feito na Contadoria Geral creditando se na sua conta do Arrematador e na secretaria se fa a asignar termo ao Mestre de Obras Reaes para ficar respon avel pe los seus bens a qualquer erro que se achar nos Or amentos para evitar os prejuizos da Fazenda Real tomando se raz o deste Despacho na Contadoria Geral Funchal 23 de Ju lho de 1785 D G ARQ A N TT Provedoria e Junta Real do Fazenda do Funchal Livro de Notas e Cautelas L 458 fl 37 D G ARQ A N T T Provedoria e
176. Carlos Azevedo de Meneses Elucid rio Madeirense Vol Il F N Funchal Tip Peres 1998 p 22 Jos Saint Trueva Presen a de Nicolau Ferreira um pintor madeirense do s culo XVIII na Vila de C mara de Lobos in Gir o n 5 1990 pp 201 203 Paulo Ladeira A Talha e a Pintura Rococ no Arquip lago da Madeira 1760 1820 Funchal S R E C CE H A 2009 pp 209 216 e informa es insertas em Manuel Juvenal Pita Ferreira A S do Funchal Funchal Revista Gir o 94 97 98 99 100 101 102 103 104 Ed J G D A F 1963 e Rui Carita Hist ria da Madeira O s culo XVIII Economia e Sociedade Funchal S R E 1999 Tamb m temos conhecimento da exist ncia de um tra balho curricular de mestrado de Cl udia Romana UMa Funchal mas n o se encontra dispon vel para consulta p blica Preparamos um trabalho mais completo com documentos e obras in ditas deste pintor recolhidos nos ltimos cinco anos aproveitamos no entanto para divulgar que a pintura do altar mor da Capela de N Sra do Livramento Calheta de Nicolau Ferreira como con firmam a assinatura e data que ficaram agora a desco bertos depois de uma interven o de conserva o pelo ISOPO Agosto de 2011 Agradecemos Dra Mar lia Car valheira todas as informa es t cnicas facultadas O pintor Ant nio da Trindade da Cruz elaborou diversas obras de pintura e douramento na Madeira at cerca de 1806 1807 Era natural de Set
177. E CLL Livro da F brica Grande Invent rio fl 100 fl 5v Ibidem Em 1695 o bispo D Frei Jos de Santa Maria louvou os fregueses do bom zello com que liberalmente ti nham dado umas esmolas para as gavetas da sacristia A P E C L Livro de Provimentos 1605 1718 n n Ibidem Ibidem Ibidem Ibidem D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 968 fls 148 148v A PE CL Livro da F brica Grande Invent rio fl 100 fl 41v D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal 1700 1718 L 388 fl 264 Apesar das sistem ticas afirma es desde finais do s culo XVI at ao s culo XVIII que a freguesia pobre as visita es e os livros da f brica e confrarias espe cialmente atrav s das contas de receitas e despesas verifica se que os paroquianos foram na verdade pouco pagadores dos seus contributos mas existiam muitas doa es fazendas casas e juros A P E C L Confraria de Nossa Senhora da Gra a fl 46 Pela leitura e interpreta o dos documentos parece nos que estes ornamentos s foram entregues Igra de Na Sra da Gra a na pessoa do procurador do vig rio a 5 de Novembro de 1715 ou seja cinco anos depois embora a autoriza o para enviar letras seguras e abonadas para o pagamento dos mesmos date de 4 de Mar o de 1712 D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal 1700 1718 L 388 fls 263v 264 Ibidem
178. E R Or amento de despesa para a edifica o da Igreja de Nossa Senhora da Gra a do Estreito de C mara de Lobos na Ilha da Madeira no ano de 1747 Apenso A CC 44 mfs D 72 e D 125 Talvez a nica excep o seja o da capela do Corpo Santo do Funchal colocado do lado da Ep stola provavelmen te na campanha dos Monumentos Nacionais de 1950 1960 o que n o est canonicamente correcto Vide Ilda Maria Moreira Frias e Rodrigues P lpitos Luso orientais Origens e difus o 2 vols tese de Mestrado Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa polico piado 2002 N lson Correia Borges Do Barroco ao Rococ in Hist ria da Arte em Portugal vol 9 Lisboa Publica es Alfa 1986 p 53 Robert Smith A Talha em Portugal Lisboa Livros Horizonte 1962 p 159 A H T C C R e C E R Or amento de despesa Apenso A fl 10 Ibidem Apenso C fl 1v Agradecemos a Jos Meco a sua prestimosa orienta o no estudo dos azulejos desta igreja O anotador de As Saudades da Terra lvaro Rodrigues de Azevedo afirma que entre 1675 e 1764 a Igreja de Na Sra da Gra a recebeu 200 000 rs para obras da antiga igreja Gaspar Frutuoso Ob Cit p 550 Esta verba foi apenas para a presente obra D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 966 fls 26 26v Ibidem A P E CL Livro de Provimentos 1605 1718 n n D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L
179. Fazenda confirmando a necessidade da execu o daquela empreitada or ada em 3 170 000 rs que agora inclu a re t bulo talha do altar mor tribuna douramento e azulejos Parece nos que j tinha ido a lan os esta obra porque se afirma que diminuira em quantia consider vel Neste ano a 5 de Maio a Confraria do Bom Jesus contribu a j com duas tranches para as obras do altar mor 50 000 e 42 000 rs e em 1768 volta a participar com 618250 rs num pagamento referente a ouro e tintas que foram mandadas vir de Lisboa No entanto o Conselho ordenou que fosse novamente a arremata o o que era comum a fim de verificar se haveria ou n o ofertas infe riores O menor lan o foi apresentado por Juli o Francisco Ferreira mestre entalhador no valor de 2 990 000 rs cujo risco foi visto e aprovado pelo arquitecto Carlos Mardel no Conselho da Fazenda a 19 de Agosto de 1763 despachado a 15 de Fevereiro de 1764 e registado no Funchal a 3 de Dezembro Acontece que o arrematante da obra Juli o Francisco Ferreira renunciou a esta responsabilidade a favor do vig rio da Igre ja de Na Sra da Gra a a 1 de Maio de 1764 ou seja s depois de aprovado o risco e or amento com respectivo despacho favor vel mas antes de ser registado no Funchal no entanto o con trato de ren ncia claro a obra dever ser feita na forma da arremata o ou seja seguindo o risco e or amento feito pelo Mestre das Obras Reais 2 Feliz
180. Funchal tres de Dezembro de mil sete centos e sessenta e quatro Barroso Reg do pr prio Funchal 3 de Dez de 1764 Como fica documentado o mestre entalha dor Juli o Francisco Ferreira fora inicialmente apenas arrematador da obra responsabilidade que declinou recebendo no entanto 290 000 rs pella talha do retabullo feita por ajuste 2978500 rs por 595 dias a Juli o Franc de enta Ihar a obra a 500 e 545500 rs por 109 dias que levou a entalhar o trono a 500 rs dia 3 Tendo por base as obras documentalmente atribu das a este imagin rio cuja linguagem formal e t c nica de um barroco inquestion vel sempre acreditamos desde a nossa investiga o sobre esta igreja que a talha do seu ret bulo fosse executada por aquele entalhador mas com base num risco de outro autor enviado do Fun chal para Lisboa como vem expresso no despa cho do Conselho da Fazenda de 19 de Agosto de 1763 o risco da dita obra que remetestes e vendo o mesmo Risco e ornamento Este ris co poderia ter sido executado pelo ent o Mes tre das Obras Reais Domingos Rodrigues Mar tins 1748 1779 cuja forma o fora obtida na Academia de Fortifica o e Desenho Lisboa seguindo assim os mesmos tr mites da Igreja de S o Jorge de cujo ret bulo autor 1750 sendo o entalhador Juli o Francisco Ferreira apenas mestre executor mas o ret bulo des ta igreja do norte da ilha apesar de introduzir timidame
181. Jer nimo tem uma pena na m o direita e com a m o esquerda segura um livor aberto sobre o seu colo Numa pequena mesa ao seu lado direito encontra se um coxim de veludo verde igual ao que forra o espaldar da cadeira um tin teiro de barro modelo id ntico ao usado na tela Foto Rita Rodrigues Arcaz paramenteiro do s c XVIII existente na sacristia de S o Greg rio com uma pena e um chap u vermelho de cardeal Para harmonizar este conjunto de quatro telas Nicolau Ferreira jogou com as cores dos cortinados sendo o primeiro vermelho e o se gundo azul o terceiro vermelho e o quarto azul Na primeira tela o interior representado por colunas o mesmo acontecendo com a terceira tela enquanto na segunda o interior intimis ta um quarto possivelmente situa o que se repete na quarta pintura O remate superior das telas acaba sempre com dois enrolamento de nuvens querubins e cortinados excep o da primeira Santo Agostinho na qual n o se observam figurinhas de querubins e todos os Santos s o iluminados por um feixe de luz Por fim trajam todos indument ria id ntica com Foto Rita Rodrigues desenhos de brocados simples arrematada com rendas nas mangas e no mantos de um de senho peculiar e transpar ncias plasticamente bem conseguidas Nicolau Ferreira j tinha pintado uma ban deira para a Confraria das Almas desta igreja pelo valor de 135900 rs mas para este conjun to pict rico ainda
182. Junta Consultiva de Sa de P blica Visto que a C mara Municipal est autoriza da e habilitada para pagar o pre o da expropria o e ocorrer s demais despesas da obra de que se trata or ado tudo na quantia de 1 2771 880 reis Hei por bem conformando me com o pare cer interposto pelo conselheiro procurador geral da coroa e fazenda em confer ncia com os seus ajudantes declarar de utilidade p blica a expro pria o do terreno acima dito para ser aplicado ao estabelecimento do cemit rio p blico da fre guesia do Estreito de C mara de Lobos no distrito Inaugura o do jardim p blico da freguesia do Estreito implantado no espa o antes ocupado pelo antigo cemit rio Revista Gir o 109 B G fe o o e E a o 2 G o E uu e fra Foto Ernesto Pinto Correia administrativo do Funchal O Ministro e Secret rio de Estado dos Neg cios do Reino 18 de Janeiro de 1871 O cemit rio funcionou nesta localiza o at sensivelmente 1925 altura em que devido falta de capacidade que se vinha sentindo ha via alguns anos substitu do por outro Na realidade em 1906 a imprensa d conta que auxiliada pela Junta Geral do Distrito a C mara Municipal de C mara de Lobos tenciona va mandar construir um novo cemit rio nesta freguesia atendendo s pequenas dimens es do ent o existente e ao elevado n mero dos seus habitantes Em Abril de 1913 a imprensa surge de for ma reivindi
183. Pa dre Manuel Borges de Alemanha por Comiss o do Ilustr ssimo Reverend ssimo Cabido Sede Vacante dada na Provis o retro a capela maior da Nova Igreja pelas causas na mesma Provis o declara das assistindo ao dito auto o clero e maior parte dos paroquianos desta freguesia e observando se em tudo o que manda no seu ritual o Sant ssimo Padre Paulo quinto em semelhantes fun es do que se fez este auto que o Reverendo Vig rio assinou e eu o Padre Manuel Figueira de Faria Es criv o da dita igreja o escrevi e assinei A b n o da capela mor da nova igreja ti nha sido solicitada a 13 de Janeiro de 1756 e deveu se press o exercida pelo vig rio Ma nuel Borges de Alemanha junto das diversas en tidades porque a mesma j se achava coberta lajeada com portas e o arco cruzeiro fechado com tabuado ainda que n o tem o tecto forrado nem as paredes rebocadas o que por ora sen o podia fazer pedia o Reverendo suplicante passar para ela o ret bulo da capela velha e o sacr rio em que se conserva o Sant ssimo Sacramento para evi tar alguma maior indec ncia As cerim nias religiosas continuavam a decorrer na capela mor da igreja antiga que funcionava como par quia conforme ficara estipulado nos pro cessos de arremata o das obras e da demoli o do primitivo templo mas era uma situa o insuport vel porque se n o entrava nela sem grande temor principalmente em dias de Inver no e vento e que
184. Pais da Silva Ob Cit p 357 http www priberam pt dlpo de fault aspx pal tirante consulatdo 05 09 2011 10 21h No documento egualda Revista Gir o 48 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 Asna pe a ou arma o de madeira ou ferro que susten ta coberturas ou telhados eram triangulares e nos seus v rtices apoiavam se os paus de fileira hoje designa se por tesoura Jorge Henrique da Silva Ob Cit pp 45 46 Maria Jo o Madeira Rodrigues Ob Cit p 49 Lumieira qualquer abertura que serve para ilumina o interior ou clarab ia fresta ou bandeira de porta ou par te superior da ombreira Maria Jo o Madeira Rodrigues Ob Cit p 174 Jorge Henrique Pais da Silva Ob Cit p 224 Segundo recolha e informa o de Paulo Ladeira designa se na Madeira por lumieira a parte que fica por cima da porta a viga que poder ser feita em canta ria ou noutro material Como as portas desta igreja n o possuem qualquer abertura deduz se que ou n o se cumpriu o pressuposto no projecto e or amento ou es tas lumieiras s o referentes s vigas ou molduras Ler gualdra puxador de gaveta em forma de argola Jorge Henrique Pais da Silva Ob Cit p 188 Molde semi circular de madeira para arma o de arcos ou ab badas Idem Ibidem p 72 AHT C CR e C E R Or amento de despesa Apenso A fl 52 O or
185. Por isso em 1674 quando o vig rio contava com trinta anos de servi o nesta igreja e o respectivo ret bulo quase um s culo ofereceu julgamos pouco tempo antes de falecer uma pintura para a igreja como registou o visitador O Retabolo da capella maior est muito dinificado sic e o Rd vigario tem prometido hua Pintura que trouxe do Reyno Rd Vigre disse que a tinha pera esse effeito O padre Lu s Gon alo Velho entre 1643 e 1658 foi acusado de n o cumprir os provimen tos de certa relaxa o na doutrina o dos fre gueses como nos servi os do culto divino e da prega o de n o controlar convenientemente as contas da f brica e das confrarias da confu s o das sepulturas etc mas em 1660 Ant nio de Vasconcelos fidalgo capel o de sua Majes tade c nego na S e visitador pelo Cabido Va cante louvou o vig rio pela limpeza e conserto da igreja tudo com zelo e perfei o e aumento do seu ornato Outro elogio recebeu o vig rio na visita o de 1665 agora nas palavras de Ma nuel da Silva e C mara c nego da S e visitador pelo Cabido Finalmente louvo muito o Reve rendo Vigario como os mais fregueses que tem contribu do com suas esmolas para a nova Igreja que fabric o eo corpo da dita igreja est todo emgalgado de paredes e se vay cobrindo de ma deira s aconselhando que se o dinheiro n o fos se suficiente para a obra que se recorresse a novo pedit rio junto d
186. Revista de Temas Culturais do Concelho de C mara de Lobos Vol Il N 6 2 semestre 2011 Revista de Temas Culturais do Concelho de C mara de Lobos 2011 ficha t cnica Vol Il N 6 2 semestre 2011 DIRECTOR Manuel Pedro S Freitas COLABORADORES NESTE N MERO Alice Mendon a Cristina Costa e Silva Danilo Jos Fernandes Duarte Miguel Barcelos Mendon a Eberhard Axel Wilheim Jos Lu s Rodrigues Paulo Ladeira Rita Rodrigues DESIGN C mara Municipal de C mara de Lobos PROPRIEDADE C mara Municipal de C mara de Lobos Pra a da Autonomia 9300 138 C mara de Lobos Telef 291 911 080 revistagirao yahoo com PERIODICIDADE Semestral C mara de Lobos Outubro 2011 Dep sito Legal n 246393 06 ISSN 113282 TIRAGEM 250 exemplares PRE O 5 00 A Igreja de Nossa Senhora da Gra a Parte Contributos para a sua hist ria Rita Rodrigues A Igreja de Nossa Senhora da Gra a Parte II Contributos para o estudo do seu patrim nio Rita Rodrigues e Paulo Ladeira O Primeiro Cemit rio P blico do Estreito de C mara de Lobos EI Manuel Pedro S Freitas Tra os da Vida Camaralobense patentes no livro Enigme Mad re de L N Lavolle Duarte Miguel Barcelos Mendon a Bras o de Armas Bandeira e S lo da Freguesia do Jardim da Serra Manuel Pedro S Freitas Restaurante Riba Mar Cristina Costa e Silva O Dif cil Tratamento de uma Pessoa com Alzheimer Um conto funchale
187. Santo do Conservat rio de M sica da Madeira surge a not cia da exist ncia da Filarm nica Re creio Art stico do Campan rio A sua primeira actua o em arraiais viria a acontecer no dia 15 de Setembro de 1907 na vizinha freguesia da Quinta Grande por ocasi o dos festejos em honra do Sant ssimo Sacramento Cerca de dois anos depois da sua funda o a amea a da sua dissolu o haveria de ensom brar a sua actividade situa o causada pela sa da do seu regente Jos Lu s Cardoso que havia sido convidado para formar uma filarm nica no Jo o Gomes Henriques de Sousa Jo o Gomes Henriques Sousa natural da freguesia de S o Martinho onde nasceu a 15 de Junho de 1947 filho de Jo o de Sousa e de Constantina de Jesus Teve o primeiro contacto com a actividade musical aos 14 anos como aprendiz de cornetim na Banda Distrital do Funchal mudando depois para o trompete Aos 19 anos ingressa como volunt rio no ex rcito sendo integrado na Banda Militar onde foi executante de Fliscorne e onde atingiu a patente de Sargento Chefe tendo sido sub chefe m sico e durante cerca de dois anos exercido responsabilidades de chefe interino da Banda Militar da Madeira Foi executante em v rias das filarm nicas regionais nomeadamente na Banda Municipal de Santa Cruz Artistas Paul do Mar e Banda Receio Campon s Foi director art stico da Banda Municipal de Santana 1972 1973 da Filarm nica Recreio Ribeir
188. T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 966 fls 26 26v Ibidem A P E C L Livro de Provimentos 1605 1718 n n Em 1670 encontramos uma refer ncia a Ant nio de Faria relativo a um foro pago por uma cadeia de ouro que tinha dei xado Confra de Na Sra da Gra a A P E C L Confraria de Nossa Senhora da Gra a fl 38 Curioso que em 1686 os mordomos da confraria Receber o trinta mil reis q deixou Gon alo de Faria p o retabolo de nossa Senhora possivelmente parentes Ibidem fl 42v Mais tarde em 1691 outro Ant nio de Faria paga uma renda de um quintal de 350 rs tendo a sua mulher Isabel Rodrigues deixado respectiva confraria 250 rs Ibidem fl 42v D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 966 fls 26 26v A P E C L Livro de Provimentos 1605 1718 n n D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 966 fls 26 26v Fernando Augusto da Silva e Carlos Azevedo de Mene ses referem este vig rio em 1643 mas n o indicam a fonte documental desta informa o Elucid rio Madei rense Vol A E Funchal D R A C S R T C 1998 p 424 A localiza o do padre Lu s Gon alo Velho encontra se no A P ECLL Livro de Provimentos 1605 1718 n n O vig rio Jos Porf rio da Igra de Na Sra da Gra a em 1960 anotou 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61
189. T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 975 mf 5380 fls 75 75v Paulo Ladeira A Talha p 37 citando Rui Carita Co nhecimento e defini o do Territ rio Os engenheiros mili tares s culos XVII XIX Torre do Tombo Lisboa cat lo go Risco publicado por Paulo Ladeira Ob Cit capa e p 87 D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 974 mf 4225 fl 71v 72 D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 975 mf 5380 fls 75 75v N o seria a primeira vez que Juli o Francisco Ferreira seria apenas executante de uma obra Este mestre entalhador deve ter executado a talha do ret bulo da capela mor da Igre ja de S Pedro Funchal no entanto o autor do risco conforme documenta o de 1742 da f brica da igreja Felis Audauto da Cunha morador em Lisboa Foram gastos 19 500 rs por avan o do risco a quinze por cen to e 218600 rs que se deo a Felis Audauto da Cunha por dous riscos para o altar mor A R M A P E F Livro da F brica pequena da igreja de S o Pedro do Funchal 1642 174 1742 fl 123v F lix Ada cto da Cunha com ac tividade referenciada entre as d cadas de 1710 e 1780 introduziu o Rococ de influ ncia francesa na talha portuguesa nomeadamente no orat rio da sacristia da Igreja do extinto Convento da Madre de Deus Lisboa obra realizada em 1746 Francisco Lameira O Ret bu
190. VT E 3 3 o E S Q o e o kei aiy B 3 O 3 gt 4 o uma saia riscada com as mesmas cores assim como do resto da sua vestimenta Nos sitios onde ainda n o penetrou a pro saica chita ingleza trajavam as camponezas saia de l riscada de amarello azul e encarnado corpinho bordado a matiz de retroz de cores ca misa de manga curta abotoada ao pesco o com tr s pares de bot es de filigrana de oiro e sobre os ombros uma capa curta ou romeira de baeta encarnada debruada de verde Assim vestidas es maltam a fresqu ssima verdura dos canaviaes de assucar como as papoulas as searas Acompanha a not cia uma gravura de um rapaz vestido de camisa e cal o de linho com botas de cano alto sustentando uma caba a no lado esquerdo da cintura carapu a no alto da cabe a e um cordofone supostamente um raj o a tiracolo A amenidade do clima permitte lhes usarem mesmo no inverno de um leve trajo de linho que faz sobresair as suas formas athleti cas e robusticas pelo trabalho Verifica se que o desenho foi executado no s tio do lugar de baixo parte sul da Lombada dos Esmeraldos interligando se atrav s do ca minho do Luzir o actual caminho Lombo da Casada pois constata se que entre o mar e o c u sobressai a encosta Sueste da vila da Ponta do Sol como poder o depreender e era uma zona por excel ncia de cultivo de cana de a car N o muito frequente encontrarmos regis tos
191. a sacr rio a 350 rs 218700 rs ao pedreiro Jos Joaquim por tomar por cal os agulheiros e por reduzir o presbi t rio a meya laranja por ajuste 159000 rs obras no apainelado da capela mor o seu disc pulo recebeu 69 dias a 200 rs 13 900 rs e mais 465 dias a 250 rs 115 500 rs durante as mesmas obras 11 dias e meio ao mestre Jos dos Reis a 300 rs 39300 rs sacr rio 1 dia e meio ao mestre Jos Joaquim por cobrir de mas sa as portas janelas e presbit rio a 500 rs 750 rs durante as obras de pintura da capela mor Mas deixamos aqui a ordem com que o vi g rio Manuel Borges de Alemanha organizou as suas contas de despesas chamando a aten o para a lista de materiais de talha pintura e dou ramento essencialmente pelo seu ineditismo situa o deveras rara na documenta o madei rense que excep o da campanha de obras ocorrida na Igreja de Na Sra da Piedade Fun chal conhecida pela Igrejinha entre 1752 e 1757 e 1764 na qual operaram tamb m em parceria o pintor dourador Jo o Ant nio Villa vic ncio oriundo das Can rias arrematante da obra e o entalhador Juli o Francisco Ferreira a oriano e ainda um padre Frei Miguel de St Thomaz que julgamos tamb m de origem ca n ria volta a estar bem documentada na Matriz do Estreito de C mara de Lobos e curiosamen te sob a arremata o e direc o de obra de Jo o Ant nio Villavic ncio De salientar
192. a o residente foi estimada respectivamente em 3432 e 2927 indiv duos registando se uma perda de 505 ha bitantes n mero bastante significativo se aten dermos ao reduzido volume populacional desta demarca o Deste modo em termos percentu ais o concelho de Porto Moniz perdeu numa d cada aproximadamente 14 7 da sua po pula o residente A esta perda populacional corresponde uma Taxa de Crescimento Anual M dio negativa de 1 58 que constitui a se gunda maior da Regi o apenas superada pelo concelho de S o Vicente Este facto demonstra a fraca atractividade destes concelhos cujas popula es optam por encetar migra es inter nas ou ainda emigra es Estes factores aliados baixa taxa de fecundidade contribuem para a gradual desertifica o destes espa os Na esteira destas tend ncias Porto Moniz apresenta a menor densidade populacional re gistada na regi o madeirense com os valores de 42 69 e 36 40 habitantes por Km2 relativa mente a esta d cada Deste modo a sua import ncia populacio nal face ao total regional al m de diminuta Revista Gir o 192 2001 nsidade populacional 42 69 36 40 Tabela 4 Aspectos globais da popula o do concelho de Por to Moniz no per odo de 1991 2001 apresenta ainda uma varia o negativa de 1 4 e 1 2 correspondentes a estes dois Recense amentos Em 1991 Porto Moniz era o quarto conce Iho do Arquip lago que comportava maior per centagem
193. a nit rias e um quarto das resid ncias familiares n o beneficiava ainda de gua canalizada O alargamento destas infra estruturas a um maior n mero de alojamentos foi bastante sig nificativo at 2001 embora o n mero de habi ta es n o beneficiadas fosse ainda expressivo No que concerne exist ncia de barracas a sua extin o saldou se em metade Ocupando uma rea de 93 10 Km2 o con celho de Santana possui a segunda maior rea geogr fica em termos concelhios apenas supe rado pela superf cie de Calheta Em 1991 a popula o residente foi estima da em 10302 indiv duos valor que diminuiu para 8804 indiv duos no Recenseamento de 2001 traduzindo se numa perda de 1498 efec tivos Deste modo a Taxa de Crescimento Anual M dio apresentava o valor negativo de 1 56 apenas ultrapassado pelos concelhos de S o Vi cente e Porto Moniz A esta perda de popula o que representou cerca de 15 0 correspondeu uma diminui o na densidade populacional de 110 66 habitan tes por Km2 em 1991 passou se para 94 56 ha bitantes por Km2 em 2001 Na sequ ncia das ila es mencionadas a Alojamentos 1991 2001 Tabela 3 Caracter sticas dos alojamentos familiares ocupados como resid ncias habituais no concelho de Porto Santo no per odo 1991 2001 Pora Indicadores Volume populacional HM 10302 8804 Varia o absoluta 1498 Tabela 4 Aspectos globais da popula o do concelho de San tana
194. a e sacr rio mas infelizmente at ao presente n o locali zamos qualquer documento gr fico D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 974 mf 4225 fl 71v 72 Manuel Pedro Freitas A Igreja Paroquial de Nossa Senho ra da Gra a dispon vel em http www concelhodeca maradelobos com dicionario igreja paroquial nossa senhora graca html 14 de Mar o de 2010 23 59H A P E CL L Confraria de Nossa Senhora da Gra a fls 167 169v e 171v Vide Rita Rodrigues Igreja de Nossa Se nhora da Gra a do Estreito de C mara de Lobos Parte Contributos para a sua hist ria nesta revista A P E C L Livro de Provimentos 1605 1718 n n Vide Rita Rodrigues Igreja de Nossa Senhora da Gra a do Estreito de C mara de Lobos Parte Contributos para a sua his Ti 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 t ria nesta revista D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 974 mf 4225 fl 123 Ibidem Ibidem D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 975 mf 5380 fls 75 75v A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e invent rios 1733 1770 fl 172 D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 975 mf 5380 fls 74 75 A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e invent rios 1733 1770 fls 173v 175 e 176 D G ARQ A N
195. a em Maio de 1994 na ilha A m e faleceu em 1997 Anteriormente tamb m passaram f rias em Lisboa e a seguir no Algarve Martin 2011 Aqui se inicia um di logo muitas vezes cansativo entre a m e v tima de Alzheimer h mais de dez anos residente num lar e de pendente de uma cadeira de rodas e a filha que durante todas as suas f rias toma conta de sua m e de forma incondicional e admir vel O ponto forte deste texto reside precisamente na descri o do relacionamento entre m e e filha com as suas conversas desgastantes As duas alem s instalam se num aparta mento do 10 andar composto de sala de es tar quarto cozinha casa de banho e varanda Melancholie rodeia G a no seu cantinho com os seus bonecos de peluche um macaco gi gantesco de nome Zippel um c o com chap u chamado Wastl e um gato de cachecol A velhota n o se contenta com um copo de gua que a filha lhe traz Pretende gua mine Revista Gir o 131 ral que Melancholie tem de comprar primeiro no pr ximo supermercado e n o quer ficar s enquanto a filha vai s compras mas tem de aceitar por raz es pr ticas a sa da desta Para o efeito a filha sai ent o sozinha do hotel Gigi Martin explica curiosamente que do outro lado da rua fica o mar que atr s do muro da mesma come a o Levada Walk uma pro menade que dali se podem ver jardins flutuan tes schwimmende G rten p 8 e que isso constitui o sistema mi
196. a lado da Ep stola e da casa baptis mal dos s culos XVII e XVIII respectivamente merece tamb m um olhar atento ressalvan do se desde j que o n cleo do s culo XVII merece uma interven o de conserva o tecni Revista Gir o 84 camente assertiva Desde o or amento feito em 1747 que fi cou previsto ser a Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos azulejada ali s como aconteceu com a igreja velha demolida e cujos materiais seriam reaplicados na constru o da nova igreja Assim ficou determinado que O azulejo que est na capella mor velha servir para assentar nas paredes da sacristia pella parte de dentro do pavimento para cima emt sic altura de seis palmos e o resto que sobrar depois de forrada a sacristia seria para a casa da pia baptismal cujo trabalho custaria apenas 10 000 rs Cumpriu se parte das imposi es do or a mento Realmente na sacristia que fica no direi to da capela mor podemos observar ainda hoje as paredes forradas com azulejos apresentan do algumas falhas de mat ria Estes azulejos fo ram sem d vida ali recolocados depois de reti rados da capela mor da igreja velha de Nossa Senhora da Gra a e devem ali estar desde 1756 data da conclus o das obras da sacristia e de uma casinha feita para se colocar o lavat rio de pedra com inscri o de 1756 que por n o fi car acomodado na referida sacristia por falta de espa o em consequ
197. a posse de um novo projecto julgamos n s de constru o dos mict rios do largo junto igreja paroquial do Estreito de C mara de Lobos mas com uma implanta o subterr nea e oposta inicialmente prevista fixa a sua pra a para adju dica o da sua constru o para a sess o do dia 7 de Agosto Contudo a aus ncia prov vel de concorren tes levaria a que a pra a em causa fosse adiada tendo a C mara na sua sess o de 28 de Agos Revista Gir o 113 to de 1936 deliberado fixar o dia 25 do m s de Setembro para nova pra a com uma base de licita o de 10 mil escudos conforme projecto e or amento datado de 7 de Julho ltimo Adjudicada a Ernesto da Costa pedreiro re sidente no s tio da Igreja freguesia do Estreito a obra viria a ficar conclu da em Novembro de 19367 Terminada a constru o das instala es sanit rias iniciavam se os tr mites no sentido ajardinamento do antigo cemit rio Tal como havia acontecido com as instala es sanit rias o projecto inicial de ajardinamento rejeitado e a 30 de Outubro de 1936 a C mara delibera solicitar Junta Geral a dispensa de um seu t c nico para proceder aos estudos e levantamento de uma planta de constru o de um edif cio para a escola oficial do s tio da igreja na fregue sia do Estreito bem como para a confec o da planta e or amento destinados ao aformosa mento do recinto do antigo cemit rio junto igreja paroquial da dit
198. a Brava numa al tura em que era chefe Abel Teixeira Mendes tendo sa do a tocar cerca de seis meses depois Aos 18 anos assenta pra a como volunt rio no ex rcito tendo ingressado na Banda Mi litar da Madeira Nesta altura para al m da Banda Militar e da Banda Nova da Ribeira Brava chega a ser m sico convidado na Banda Municipal de Santa Cruz e do Paul do Mar Em 1975 emigra para a Venezuela onde para al m da sua actividade profissional chega a frequentar o Conservat rio de M sica de Caracas no curso de clarinete e a tocar na Orquestra Sin f nica da Venezuela Em 1989 convidado para dar corpo funda o da Filarm nica da Casa do Povo de S o Vicente onde se mant m at 1997 como seu respons vel art stico No mesmo per odo surge como fundador e regente da dirige a Banda Recreio Musical da Serra de gua depois integrada na respectiva Casa do Povo da Serra de gua Venezuela e tudo ficou pelo caminho mas com a chama sempre acesa at porque me reunia frequentemente com antigos s cios da Banda Recreio Musical Ribeirabravense Regressado Madeira Jos Manuel Correia 3 D lt v D g T N No o gt o o No jei a e o 2 g Ed Banda Recreio Musical da Casa do Povo da Serra de gua Gomes e Silva p e em pr tica o seu projecto de cria o de uma banda na Serra de gua Ministra ensino de m sica a alguns jovens locais e vai buscar extinta Banda Nova da Ri
199. a Madeira Natural da Ilha de S o Miguel do Arquip lago dos A ores veio trabalhar para a nossa ilha em finais da d cada de 20 do s culo XVIII data em que se conhecem as suas primei ras obras Era filho de Henrique Ferreira de Andrade e de Maria de Faria neto paterno de Manuel Ferreira e Maria dos Reis e materno de Jos de Faria e Mariana Cabral todos naturais da Ilha de S o Miguel Morava na freguesia de S o Pedro no Funchal e casou a 29 de Julho de 1750 na S com Ant nia de Caires natural da freguesia de S o Martinho sendo testemunhas deste ca samento Sim o Martins de Ara jo e Filipe Cata nho Ficou vi vo e casou novamente em 1770 na Igreja Matriz de C mara de Lobos um ano antes de falecer com Ana Filipa Henriques filha de Francisco de Abreu Henriques e de Teresa de H estes naturais da freguesia de C mara de Lobos Foram testemunhas deste casamento o pintor Ant nio da Trindade da Cruz e Ant nio Pinto Por esta altura referia se que Juli o Francisco Ferreira morava na freguesia da S Funchal Este entalhador tamb m denominado de oficial de marceneiro faleceu em Junho de 1771 foi sepultado na Igreja de N Sra do Carmo Funchal Fez testamento mandando dizer missas por sua alma dos pais da primeira mulher e mais parentes No testamento deter minou que se desse ao padre Gon alo Martins 185000 para o que lhe expos talvez referente a alguma obra que tenha executado e que se desse
200. a Municipal de C mara de Lobos p 169 12 Flor do Oceano n 42 de 15 de Outubro de 1840 13 Na sess o camar ria de 18 de Setembro de 1856 lido um of cio do p roco da freguesia do Estreito com data do dia 10 do mesmo m s onde este d conta de que o adro da igreja j se encontrava quase cheio de sepultu ras e por consequ ncia sem capacidade para continuar a efectuar ali enterramentos 14 Vozdo Povo 18 de Setembro de 1862 15 ODireito 14 de Julho de 1866 16 Di rio Popular 14 de Fevereiro de 1906 Revista Gir o 115 17 18 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Di rio da Madeira Funchal 30 de Abril de 1913 Este ramal corresponde actual rua C nego Agostinho Faria e que liga a estrada Regional hoje denominada no seu percurso no interior do concelho de C mara de Lo bos por estrada Jo o Gon alves Zarco e o centro da fre guesia do Estreito e que havia sido terraplanada em 1920 Refere se ao caminho da Azinhaga hoje denominado de rua Capit o Armando Pinto Correia Di rio de Not cias 2 de Junho de 1922 Di rio de Not cias 1 de Setembro de 1921 Di rio de Not cias 2 de Mar o de 1922 Di rio de Not cias 2 de Mar o de 1922 Di rio de Not cias 2 de Junho de 1922 Di rio da Madeira 2 de Junho de 1922 Di rio de Not cias 28 de Julho de 1922 Di rio de Not cias 25 de Maio de 1922 Di rio de Not cias 9 de Maio de 1922 Di rio da Madeira
201. a Ribeira Brava sete dos quais acumulando com a sua reg ncia Profissionalmente foi cobrador em empresas comerciais sitiadas no Funchal es de regente nelas se manteve at 26 de Fevereiro de 1997 ainda que com duas curtas interrup es Manuel Alexandre Freitas de Sousa que esteve frente da banda apenas por um per odo de um ano 1989 1990 ocu pando o lugar deixado vago com a primeira sa da de Jos Ant nio de Faria que em 1990 reassume as suas fun es e onde permanece Revista Gir o 145 Jos Ant nio Nunes de Faria Jos Ant nio Nunes de Faria era natural da freguesia de C mara de Lobos onde nasceu no dia 1 de Dezembro de 1954 tendo falecido na Ribeira Brava a 20 de Mar o de 2008 Era filho de Martinho Nunes Gomes Faria e de Beatriz Natividade Martins de Barros O seu primeiro contacto com a m sica adveio da sua par ticipa o num coro da par quia de S o Sebasti o dirigido pelo mestre Dominguinhos Aos 11 anos aprende os primeiros rudimentos de solfejo aprendizagem que se intensifica aos 14 anos numa altura em que havia deixado o coro e ingressara na Banda Munici pal de C mara de Lobos como aprendiz de requinta onde sai a tocar pela primeira vez aos 15 anos Em 1973 ingressa no ex rcito como volunt rio sendo co locado na Banda Militar da Madeira No ano seguinte ma tricula se no Conservat rio de M sica em violino e dois anos depois em clarinete forma o que conclui
202. a autoriza o C mara para executar umas obras de amplia o no edif cio Durante aqueles primeiros anos de funcio namento o Caf da Madrugada era o ponto de encontro dos homens que vinham do mar tomando ali caf de cevada de saco e muitas vezes principalmente os espadeiros e os rua meiros a tradicional poncha Foi a que durante muitos anos se juntaram alguns homens para tocar luz do petromax Revista Gir o 127 num conjunto liderado por Nunes de Oliveira no acorde o mas que contava tamb m com Tiago o Bacalhau como trompetista e o Ruda do Serrado da Adega ao saxofone Esses eram os residentes mas muitas vezes eram acompa nhados por um violinista e um quinto elemento a quem chamavam caixinha A pr pria origem do grupo era o mais simples poss vel dado que come ou com o propriet rio a tocar acorde o para animar a clientela sem nunca ter tido uma nica aula de m sica Os animadores chegaram a actuar na Ponta do Sol para onde se deslocaram a bordo do Mi lano tal era a boa execu o musical que tinham Era frequente serem ouvidos tamb m nos de nominados assaltos em casa de amigos ou co nhecidos onde tocavam durante toda a noite Normalmente o arranque dessas noites era dado com a confec o na cozinha l de casa de uma ou duas espadas que eram guardadas num recipiente Quando apareciam os outros executantes saiam em direc o ao Pico da Tor re
203. a destinado a cemit rio Neste per odo inicial onde se ia cortando a vinha consoante a necessidade de espa o para as inuma es ter mesmo chegado a haver uma tentativa para reservar para os pobres o poio ou numa alus o ao seu antigo proprie t rio o poio do Bichete como era e ainda hoje conhecido o novo cemit rio enquanto os ricos eram enterrados no antigo mesmo que para isso fosse necess rio abrir covais recente mente fechados Com efeito no dia 15 de Ja neiro de 1922 ter se verificado uma destas si tua es que segundo a tradi o popular tinha a coniv ncia do respectivo p roco adiantando o correspondente local do Di rio de Not cias que se a situa o se voltasse a repetir poderia originar situa es de zaragata A op o pela constru o de um novo cemi t rio em lugar da amplia o do ent o existen te como era desejo da popula o viria a desen cadear uma forte oposi o popular traduzida quer em exposi es feitas ao Governador Ci vil e C mara Municipal quer ainda numa campanha extremamente bem conduzida na imprensa por parte de importantes propriet rios e ainda num levantamento popular que arrastaria at sede do concelho cerca de 200 pessoas A 7 de Junho de 1922 dia de sess o da Co miss o Administrativa da C mara Municipal cerca de 200 pessoas incluindo homens mu Revista Gir o 111 lheres e crian as deslocaram se desde a fre
204. a dimens o m dia dos agrega dos familiares tenha acompanhado a tend ncia geral do Arquip lago no sentido da diminui o o seu decr scimo ao longo desta d cada foi o menos significativo de toda a Regi o Ponta do Sol era em 1991 o concelho mais penalizado com a inexist ncia de instala es de electricidade no interior dos alojamentos com um d fice que se traduzia em 11 3 Contudo ao longo deste per odo o investimento no alar gamento da rede de electricidade conseguiu que esta passasse a abranger 95 0 dos aloja mentos familiares Relativamente inexist ncia de gua ca nalizada este concelho apresentava em 1991 valores que o colocavam entre os tr s mais deficit rios do Arquip lago situa o que se alterou at 2001 ano em que a inexist ncia de gua canalizada penalizava apenas 1 9 das re sid ncias Ou seja esta infra estrutura alargou se a cerca de 26 0 das resid ncias familiares carenciadas Em contrapartida embora a percentagem de alojamentos com instala es sanit rias em 1991 constitu sse o segundo valor mais eleva do da Regi o a sua implementa o ao longo desta d cada foi pouco significativa Na esteira do decr scimo do volume popu lacional que caracterizou durante este per odo censit rio todos os concelhos madeirenses com excep o de C mara de Lobos e de Santa Revista Gir o 187 Cruz tamb m o concelho de Ponta do Sol viu a sua popula o diminuir durante esta d
205. a freguesia cuja conclu s o se impunha Na sess o camar ria de 29 de Janeiro de 1937 presente para aprecia o um projecto da autoria de ngelo de Menezes Marques Ainda que se desconhe am as pe as desenha das deste projecto ele ter sido muito seme lhante ao primitivo e tal como ele ter tido em conta as panor micas vislumbradas a partir deste espa o e mantido tal como ele previa a varanda feita com pedestais com cavida des para plantar se flores e com balaustrada de cimento fixa ao soco e ao corrim o do mesmo material As obras viriam a ser adjudicadas na ses s o do dia 26 de Fevereiro de 1937 a Manuel Figueira pelo valor de 11 550500 Perante a adjudica o destas obras a C mara voltaria a comunicar aos propriet rios das campas existentes no recinto do antigo cemi t rio a necessidade das mesmas serem remo vidas para o actual cemit rio da freguesia em virtude das obras a que se ia proceder naquele recinto Contudo a remo o das ossadas do antigo para o novo cemit rio n o ter sido pac fica uma vez que na reuni o da CMCL de 2 de Abril de 1937 presente um abaixo assinado de diversos cidad os naturais da freguesia do Es treito de C mara de Lobos reclamando contra a forma como vinha sendo feita a cava e recolha Revista Gir o 114 das ossadas e pedindo para que elas fossem to das recolhidas profundidade das covas 2 Em consequ ncia disso a C mara acabaria po
206. a igreja ficaria na zona do alargamento sem adro ou seja com uma interrup o do adro em redor da igreja para al m de outros inconvenientes nomeadamente quanto higiene e moral p blicas advindas da cria o de espa os rec nditos e est tica do templo Esta situa o viria ali s a ser aproveitada para justificar a pesada indemniza o que a igreja exigiria C mara Com efeito na mesma missiva O p roco refere que no tocante indem niza o a exigir h de atender se n o apenas ao valor real da parcela do adro que se perde porque esse pouco sim ao valor estimativo pela fal ta que nos faz e ao valor est tico do templo em parte mutilado encravado no caminho e com m apresenta o Visto que a C mara mostra vontade de ultimar o projecto de alargamento do dito caminho e a recusa da Igreja seria possivel mente mal compreendida e mal aceite por parte dos membros da C mara para evitar se aborreci mentos e para que tudo se resolva em paz su gerimos C mara esta solu o como indemniza o embora incompleta 1 que a C mara sua custa mande demolir e construir novamente nou tro local a pequena depend ncia ou sacristia que existe junto ao camarim da capela mor a fim de ao menos ficar uma estreita passagem por detr s da igreja 2 que a C mara nos ceda a proprieda de do parque junto ao adro que primitivamente j foi da igreja e serviu de antigo cemit rio median te um
207. a mais dezem bara ada Ficava agora a sacristia com trinta e nove palmos de comprido em vez de quaren ta e nove por causa da janela da capela mor que foi por erro de quem or ou Data este parecer de 11 de Fevereiro de 1756 Perante a opini o t cnica do Mestre das Obras Reais e sem preju zo do fiador da obra mandou o Provedor que o reverendo supli cante fizesse acrescentamte da sanchristia q rezulta em mayor seguran a e perfey o della sua custa e de seus freguezes ficando na obri ga o delles o reparo da ruina q suceda no d acrescentamt 3 A 13 de Outubro de 1757 o padre Manuel Borges de Alemanha disponibili za a quantia de 605000 rs para continuar a obra da sacristia nova Tr s anos mais tarde a 27 de Agosto de 1760 na vistoria realizada Igreja de N Sra da Gra a foi detectado que a sacristia tinha menos cinco palmos no comprimento o que equiva leria ao valor de 31 040 rs mas ainda foram considerados a telha equivalente cobertura da rea em falta 89760 rs madeiras 49200 rs soalho forro e arma o 128750 rs ou seja O arrematador teria de repor a quantia total de 569750 rs Numa nota margem com a data de 29 de Outubro de 1761 l se Responda o Fiador da obra q como tal e na auss e falta de arrema tador a est continuando A resposta do fiador foi dada s no ano se guinte a 12 de Janeiro de 1762 na qual acusava o vig rio pela diminui o
208. a o v rias vezes e a Igreja primitiva t lo ia utilizado na catequese moral para os catec menos O livro atribu do a Salom o 1 1 a tradi o considera este rei especialmente dotado com o dom da sabedoria http wuww capuchinhos org biblia index php title Prov C3 A9rbios 28 de Abril de 2010 10 28h Lacunas nas massas de tinta dificultam a leitura da data As figuras da Virgem e de S Isabel um decalque aut n tico da Visita o de Mariotto Albertinelli 1503 Galleria degli Uffzi Bernes copiou integralmente as figuras fe mininas e o elemento arquitect nico respeitando at a cores da indument ria o que nos leva a crer que conhe cesse uma impress o colorida daquela pintura Acres centou as duas figuras masculinas retiradas de outras pinturas O risco e pintura do tecto da capela mor foram de Jo o Ant nio Villavic ncio mas neste momento n o estamos em condi es de atestar se resta alguma parte ainda do s culo XVIII embora a parte central e partes das ar quitecturas sugiram formalismos setecentistas ou se foi totalmente reconstru da e pintada por Bernes at porque na sess o de 17 de Novembro de 1897 a C mara Municipal de C mara de Lobos delibera apresentar uma representa o ao Rei solicitando a repara o do telhado e tecto da Igreja Manuel Pedro A Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Gra a Jos de Saint Trueva Presen a de Nicolau Ferreira um pintor madeiren
209. a por uma ora o prin cipal e por uma ora o subordinada relativa n o claro nem em alem o nem na sua tradu o portuguesa O t xi p ra em frente do Hotel Florasol no Funchal na Madeira que deve o seu nome planta funcho Em alem o n o se nota de imediato como em portugu s a liga o entre Fenchel fun cho e Funchal Gramaticalmente n o se sabe se o pronome que se relaciona com Hotel Flo rasol com Funchal ou com Madeira Tamb m o resto da introdu o do romance n o inteira mente feliz em estilo neo expressionista numa sequ ncia de frases curtas Sequ ncias algo repetitivas de designa es bot nicas em alem o e sobretudo em latim e ingl s p 11 17 20 e 31 tornam se ma adoras Chorisia Speciosa the bird of Paradise Gera nium Maderense Madeiran Saxifrage Brunsfel sia Pauciflora Vanitas Proteas e Erythrea Tamb m ressaltam alguns termos que Gigi Martin escreveu inglesa com duas palavras que deveriam juntar se numa s tais como Madeira Wein p 20 em vez de Madeira wein vinho da Madeira Orangen Marmelade p 22 em vez de Orangenmarmelade doce de laranja Wein Destillerien p 31 em vez de Weindestillerien destilarias de vinho vinho n o se destila Parma Schinken p 32 em vez de Parmaschinken presunto de Parma Waren Depot p 34 em vez de Warendepot dep sito de mercadoria e Preis Skat p 35 em vez de Prei
210. a que ter tido significativo sucesso n o s localmente como tamb m a n vel regional Nessa altura tamb m come a a compor temas religiosos principalmente para as chamadas romarias do Natal tradi o secu lar madeirense de grande express o na Ponta do Sol Em 1950 ap s ter passado pela Academia de M sica da Madeira emigrou para o Brasil J no Brasil integrou durante 12 anos a Banda Lusitana do Rio de Janeiro e durante 25 anos a Banda Portuguesa de Niter i 8 3 Em 2007 viria a ser alvo de uma homenagem na sua ter ra natal pela Banda Municipal da Ponta do Sol que interpretou algumas das suas composi es musicais Em 1992 por ocasi o da realiza o em C mara de Lobos do VII Encontro Regional de Tunas encontramos refer ncias exist ncia da Tuna Instrumental da Casa do Povo da Ponta do Sol Relativamente data da sua funda o surgem algumas discrep ncias entre as infor ma es veiculadas na brochura alusiva ao VII Revista Gir o 167 Grupo Coral e Instrumental da Casa do Povo de Ponta do Sol Encontro de Tunas que aponta para o ano de 1984 e na brochura alusiva ao IX Encontro de Tunas realizado na Ribeira Brava que salienta 1992 como o ano na sua funda o adiantado ainda o dia 5 de Julho correspondente ao da realiza o do VII Encontro de Tunas como o da sua primeira apresenta o p blica Em 1992 era formado por 11 elementos distribu dos por bandolins braguinhas raj es
211. a s rua amp no fim della fica a sua Paroquia que he de dicada a nossa Senhora do Rosario aonde se ve collocada na sua Capella mor huma Imagem desta Senhora que a favor de todos obra muytas maravilhas amp assim a ella con correm com muyta f amp devo o Ora no centro da vila e no cimo de uma rua fica a Igreja de S Sebasti o orago de C mara de Lobos O autor juntou v rias informa es baseadas nos textos de Gaspar Frutuoso e de Ant nio Cordeiro Al m do erro bebido em As Saudades da Ter ra confundiu as duas par quias n o distinguindo a do Estreito de C mara de Lobos de Na Sra da Gra a da de C mara de Lobos S Sebasti o Ant nio Cordeiro por sua vez tinha feito leitura errada ao texto de Gaspar Frutuoso enquanto este afirmou que C mara de Lobos tinha duzentos fogos e huma s rua principal e muito comprida e no cabo della a igreja muito boa e bem con certada aquele transcreveu duzentos vizinhos em huma s rua e a Igreja no fim Frei Agostinho repete assim dois erros afirmando que a igreja de C mara de Lobos de invoca o de N Sra do Ros rio quando esta fora erradamente atribu da igreja do Estreito de C mara de Lobos e que numa s rua havia duzentos fogos em vez de uma vila com uma s rua e par quia com duzentos fogos Frei Agostinho de Santa Maria acrescenta curio samente que desconhece se a imagem de Na Sra era de vestidos se de escultura ou seja
212. abravense Banda Nova da Ribeira Brava 1973 1977 da Banda Recreio Campon s da Banda Distrital do Funchal por duas vezes da Orquestra Ligeira da Madeira 1993 1997 e desde 1990 da Filarm nica da Casa do Povo de Nossa Senhora da Piedade do Porto Santo Porto Moniz Contudo a situa o viria a ser ul trapassada pela contrata o de outro regente Para al m de Jos Lu s Cardoso ter o sido regentes Eduardo dos Passos 2 e mais tarde se gundo informa es verbais Manuel Ol mpio da Silva Em finais dos anos 20 princ pios dos anos 30 do s culo XX a filarm nica do Campan rio ter se extinguido e uma parte significativa dos seus membros ter o sido integrados na m sica nova da Ribeira Brava regida por Francisco Ant nio de Faria Ainda que nalguns pontos n o completa mente coincidente com o conte do publicado na imprensa da poca informa es verbais chegadas at n s e recolhidas h j alguns anos pelo Museu Vicentes apontam como principais fundadores os irm os Caetano Figueira da Silva e Firmo Figueira da Silva A mesma fonte refere como regente o Sr Caetano tendo lhe sucedi do ap s a sua morte o Sr Passos do Funchal e mais tarde o Sr Ol mpio Relativamente aos m sicos s o mencionados os nomes de Vicente Oliveira e Ant nio Oliveira Carlos Piedade e Firmo Piedade Jos Rodrigues Mano Miguel Augusto Gon alves Jo o Firmo Gon alves Manuel de Bento Joaquim Nunes Manuel
213. ado entrada no Governo Civil os respectivos estatutos No ano seguinte em Agosto de 1907 surge o nome de Francisco Faria associado reg ncia de uma banda de m sica atribu da freguesia da T bua facto que a ser verdade nos leva a concluir que a nova filarm nica da Ribeira Brava de que ele era fundador e regente poderia ter casa de ensaios na Tabua Aquilo em que n o existem d vidas que tanto Jos Feliciano Cruz como Francisco Faria em 1907 eram regentes das duas filarm nicas existentes no concelho da Ribeira Brava 8 e que em 1909 Jos Feliciano Cruz ainda se man tinha frente da velha filarm nica Como se a hist ria das filarm nicas na Ribeira Brava n o fosse complexa em 1912 surge uma nova vers o dos acontecimentos verificados em 1904 Voltamos a encontrar na Ribeira Brava a cria o de uma nova filarm nica curiosamente tendo por protagonista o mesmo Francisco Ant nio de Faria e como mo tivos os mesmos que em 1904 ou seja os de sentendimentos no seio da ent o denominada Filarm nica Uni o Fraternal Ribeirabravense o que nos leva a admitir que a filarm nica criada em 1904 por Francisco Ant nio Faria ter se ia entretanto extinguido Em Fevereiro de 1912 surgia assim a Filar m nica Uni o Musical Ribeirabravense tam b m denominada de m sica nova por oposi o que existia e que passou a ser conhecida por m sica velha Com estatutos aprovados em assembl
214. adura de lira apresentando uma padroniza o catalogada por Santos Sim es como P 382 e cercadura C 85 7 comum ver se o ele mento central do m dulo individual do azulejo aplicado em frisos catalogado pelo mesmo autor por F 44 8 Os azulejos recuperados deveriam tam b m ser aplicados na casa da pia baptismal depois de forrada a sacristia e escolhido o melhor mas n o chegaram para este forra mento ou por erro de c lculo do or amen to ou porque no processo de demoli o se perderam alguns ou por consequ ncia do terramoto de 1748 que danificou muito a antiga igreja Sabemos que no processo de vistoria efec tuado a 4 de Novembro de 1771 solicitado pe los herdeiros do fiador da obra Ant nio Richart Jervis Faria a fim de ficarem desobrigados des ta responsabilidade e procederem a partilhas verificou se que a casa da pia baptismal deveria estar forrada de azulejo at altura de seis pal mos conforme or amento mas n o a encontro assim por isso ficaram os respectivos herdei Revista Gir o 85 ros representados por Ant nio Correia Jervis obrigados a cumprirem as suas obriga es dentro de um ano pelo que respeita ao azulejo em raz o de que lhe poder ser preciso mandalo buscar a Lisboa A 26 de Outubro de 1772 o vig rio Manuel Borges de Alemanha passou certid o confirmando que o azulejo q se devia por na casa da pia da dita se acha posto com toda a perfei o e para q
215. agos v rios fretes por estas desloca es tamb m o autor do ca marim dr a Jo o Ant nio p risco do Camma rim em grande e outras coisas 7 200 rs cuja talha foi executada por Juli o Francisco Ferreira 2905000 rs e autor do risco do apainelado da capela mor que teve in cio a 6 de Novembro de 1766 83000 rs tendo recebido v rias ver bas pela Despeza com o pagamt ao pintor Jo o Ant nio Villavicencio pl douramte pinturas e quadros da Capella Mor pintura do camarim 70 000 rs pintura solta dos lados da capela 80 000 rs pintura de todos os quadros da ca pella 289600 rs e at a pintura do tecto da ca pela mor 2205000 rs apresentado o custo do Revista Gir o 35 ouro gasto nestas obras q importou o Lan amts de 976 Livros de ouro a 700 683 200 rs As cinco figuras de remate do ret bulo s o de Nicolau de Lira que recebeu 665800 rs e duas figuras do trono sa ram das m os de Agostinho Jos Marques pelas quais foram pagos 18 000 rs como outra figura de remate por 22 000 rs Nas obras do ret bulo ainda trabalharam mais dois entalhadores o mestre Miguel Francisco que entalhou a obra em oito dias 49450 rs e Ante de Agrella por entalhar na cid os floroys q est o nas m os do Anjos recebendo 600 rs O sacr rio embora executado na tenda do mestre Jo o Ant nio Villavic ncio o que pressup e que fosse o arrematante empreitei
216. al e Capela do Esp rito Revista Gir o 89 Santo Lombada Ponta do Sol que nos parece terem por base o inimit vel tecto do Col gio De perspectiva ing nua com apontamentos de tromp l oeil o tecto de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos n o permite ao es pectador uma leitura global nem homog nea e parece ter sido executado em partes separa damente revelando aus ncia de conhecimento sobre perspectiva E aqui uma vez mais lacu nar um estudo sistematizado sobre os tectos pintados nas igrejas da Madeira No entanto os tectos da Igreja de Na Sra da Gra a como parte do seu corpus pict rico levantam s rias quest es autorais e at tempo rais quase sempre consequ ncia da interven o do pintor L Bernes que julgamos ter con fundido trabalho de restauro com autoral pois a assinatura de L Bernes remete para uma execu o ou restauro j no s culo XX Ou tra quest o levanta se com as obras solicitadas pela C mara Municipal de C mara de Lobos a 17 de Novembro de 1897 que inclu a a repara o do telhado e do tecto desta igreja obras que poder o ter danificado as pinturas originais Os pintores da fam lia Bernes fam lia Cirilo oficina de Cirilo amp Velosa Jo o Rodrigues Pimen ta Jo o Silvino e Jo o Firmino Fernandes foram encarregues de muitas empreitadas de tectos Refira se que Lu s Bernes era pai de Alfredo Pe dro Bernes pintor decorador
217. al 1700 1718 L 388 fl 264 Gaspar Frutuoso Ob Cit p 550 Idem Ibidem D G ARQ A N T T Cabido da S do Funchal F brica Li vro de Receita e Despesa 1574 1604 L 6 mf 3573 fl 8 Nesta data foram entregues 7 800 rs Igra de S Br s do Arco 3 040 Igra de Na Sra da Concei o do Porto Mo niz e 4 000 rs Igra da Calheta A P E CL Livro da F brica Grande D G ARQ A N T T Cabido da S do Funchal F brica Li vro de Receita e Despesa 1574 1604 L 6 mf 3573 fl 11 Preparamos um trabalho sobre as encomendas e feitu ras de obras de prataria e ourivesaria executadas na Ilha da Madeira entre os s culos XVI e XVIII que publicare mos oportunamente A P E C L Confraria de Nossa Senhora da Gra a fl 3v D G ARQ A N T T Cabido da S do Funchal F brica Li vro de Receita e Despesa 1574 1604 L 6 mf 3573 fls 136v e 140 Interessante referir que sete anos depois esta igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos guardar as pratas da S Este ano de 1589 man dou ho Snor Bp levar fora desta cidade pera a cerra ha prata e os ornamentos neipaes da See por se esperar a armada dos Ingleses que foy a Lisboa e primrs mente foy a prata pera nossa snora do monte e por n o parecer estar laa segura se tornou a trazer aqui e daqui foy pera o esteito de camara de lobos com os ditos ornamentos e pera a villa da Calheta em seis arcas encouradas e hu lio sic
218. al da Tabua A R M Arquivo Regional da Madeira C E H A Centro de Estudos de Hist ria do Atl ntico NOTAS C M C L C mara Municipal de C mara de Lobos C M M C mara Municipal de Machico Cx Caixa D G ARQ A N T T Direc o Geral de Arquivos Arqui vo Nacional Torre do Tombo D R A C Direc o Regional dos Assuntos Culturais Doc Documento Bolseira pela S R E C Licen a Sab tica nos anos lectivos de 2007 2010 para a realiza o da Tese de Doutoramen to A Pintura Proto Barroca e Barroca no Arquip lago da Madeira entre 1646 e 1750 A efic cia da Imagem sendo bolseira do C I T M A para a mesma tese com conclus o prevista para Setembro de 2012 Revista Gir o 43 w Gaspar Frutuoso As Saudades da Terra Hist ria das Ilhas do Porto Santo Madeira e Selvagens Manuscrito do S cu lo XVI anotado por lvaro Rodrigues de Azevedo XIX e introdu o de Alberto Vieira XXI Fac S mile da edi o de 1873 Funchal Funchal 500 Anos 2007 pp 543 544 e 549 550 A P E C L Livro do Tombo da Igreja de Nossa Senhora da Gra a do Estreito de C mara de Lobos Segunda Parte texto dactilografado O padre Jos Porf rio em 1962 a 20 de Outubro mandou encadernar o libro do tom bo devido ao seu mau estado de conserva o ficando intacto o seu conte do mas aproveitou a ocasi o para acrescentar esta segunda parte que um resumo da hist ria da igreja atrav s de documentos
219. al onde resi dia Guiomar nasceu a 11 11 1768 e baptizada a 16 11 1768 Maria baptizada a 13 05 1770 Clara baptizada a 16 08 1771 Jos nasceu a 04 12 1773 e baptizado a 12 12 1773 Fran cisco baptizado a 09 05 1776 Elisi rio nas ceu a 27 09 1778 e baptizado a 04 10 1778 Francisco nasceu a 17 11 1780 e baptizado a 03 12 1780 Genov via nasceu a 19 01 1783 e baptizada a 26 01 1783 Roque baptizado a 16 08 1784 Catarina baptizada a 07 05 1786 e faleceu a 11 06 1787 Joaquim baptizado a 24 08 1788 e Desid rio baptizado a 21 12 1790 28 Em Abril de 1803 deu emancipa o aos seus filhos Jos Mendes Justino e Elisi rio Men des da Silva ambos tamb m carpinteiros Relativamente a Elisi rio este sabia assinar faleceu a 22 de Junho de 1826 e era casado com Ant nia Joaquina por vezes aparece de nominada de Ant nia Joana natural de Santa Luzia que faleceu 6 de Janeiro de 1826 Quanto ao mestre entalhador Est v o Tei xeira de N brega era natural do Funchal e re sidia no Beco dos Aranhas na freguesia de S o Pedro onde foi baptizado em 1746 Filho de Manuel Teixeira de N brega e de Isabel Maria naturais de S o Pedro que casaram em 1738 sendo testemunha o ent o Mestre das Obras Reais Diogo Filipe Garc s Est v o Teixeira de N brega casou a 4 de Janeiro de 1770 com Jo ana de Freitas e eram seus cunhados os carpin teiros Ant nio Francisco Xavier e Ant nio Jos Teve 7 filhos
220. al ser colocada uma grade de bala stres torneados executada em madeira de til preto com soleira por baixo e ci malha por cima com suas piramides torneadas e uma porta no meio pelo custo de 115000 rs A casa da sacristia medir quarenta e quatro palmos de comprido e vinte e sete de largo A sua constru o consumir v rios materiais 22 madeiras de castanho para o traveja mento 3 d zias e meias de tabuado de pinho de casquinha 2 000 rs 60 p s de chapr o de pinho para 1 mol Revista Gir o 23 dura que leva no forro roda da parede 4 000 rs 5 d zias de tabuado de castanho para o soalho da casa por cima da sacristia 17 000 rs pregos e feitio de lavrar as madeiras tirar o tabuado de castanho juntar assoalhar ser rar o tabuado de pinho aplainar abrir de cantil fazer molduras e assentar 203000 rs A sacristia ter duas janelas com dez pal mos de alto e cinco de largo cada uma feitas de mata junta feita de cruz de sete palmos para cima dois postigos de madeiras de cedro bom lisas com aduelas postigos com zimba lho ferro pedreiro por 28 000 rs Levar o as ja nelas duas grades de ferro por fora e afastadas da cantaria pelo custo de 5 000 rs A porta da sacristia que d acesso ao exte rior medir dez palmos de alto e cinco de lar go Ter aduelas aro de madeira de cedro bom lisas com um redondo nos fechos levantado com quatro golfos em ca
221. ala es el ctricas e sanit rias assim como de gua canalizada no interior dos alojamentos foi not ria ao longo desta d cada Contudo no que concerne gua cana lizada apesar de o seu alargamento ter sido bastante significativo 24 0 h a destacar o facto de em 2001 a sua inexist ncia continuar a verificar se em 3 7 dos alojamentos familia res Nestes inclu am se as resid ncias situadas nas zonas mais altas do concelho e consequen temente de mais dif cil acesso Deste modo Ribeira Brava era data do segundo Recen seamento o segundo concelho mais afectado pela aus ncia desta infra estrutura sendo o seu valor apenas superado por Calheta Relativamente ao n mero de barracas con tabilizadas h a destacar o facto de n o ter ocor 1991 2001 Dimens o M dia dos agregados familiares Dimens o M dia dos agregados familiares 3583 BN 3764 33 N mero de alojamentos N mero de alojamentos N mero de alojamentos 5 6 Tabela 3 Caracter sticas dos alojamentos familiares ocupados como resid ncias habituais no concelho de Ribeira Brava no per odo 1991 2001 rido nenhuma altera o mantendo se o seu va lor id ntico em ambos os Recenseamentos Com uma rea de 65 10 Km2 o concelho de Ribeira Brava sofreu uma perda de 676 habitan tes no per odo censit rio compreendido entre 1991 e 2001 pelo que a sua popula o residen te foi respectivamente estimada em 13 170 e 12 4
222. alhador Juli o Francisco Ferreira morador na Cidade e presente a este instrumento e bem assim como da outra o Muito Reverendo vig rio da dita Parochia Ma noel Borges de Alemanha e elles partes de mim Tabali o reconhecidos pellos pr prios Logo por elle dito Juli o Francisco Ferreira me foi dito na presen a das testemunhas ao diante nomeadas e asignadas que era verdade que elle arrematara em a Alfandega a obra do Altar Mor e Camarim desta Igreja de Nossa Senhora da Gra a e tudo mais que constar do auto da dita remata o pello pre o que delle constar a qual arremata o fizera por ordem do Muito Reverendo Vigario Manoel Borges da Alemanha como Reytor da sua Igreja e que nesta forma fazia quebra e renuncia da dita arremata o no dito Reverendo Vigario como Reytor de sua Igreja o qual estando prezen te disse aceitava e tomava sobre sy a dita quebra para se fazer a dita obra na forma que se acha ar rematada asim per sy como em nome de seus su cessores para que por conta da dita Igreja se fa a a dita obra na forma de sua arremata o e que nesta forma obrigava os bens e rendas da dita Igreja a Real satisfa o no cazo que sua Mages tade que Deus goarde n o concorra com o que se lhe tem pedido para a tal obra arrematada e que nesta forma havia o dito arrematador por livre e desobrigado da tal arremata o para que por ella n o possa em tempo algum ser obrigado ao seo comprimento por ser feita a dita arrema
223. alizados Bettencourt em pocas distintas por isso nem sempre poss vel 6 NoLivroda F brica Grande existe o registo de contas das indicar a data o concreta O invent rio mais completo obras desta igreja de 1764 a 1776 da autoria do vig rio encontra se no Livro da F brica Grande Invent rio Manuel Borges de Alemanha mas n o localizamos fi 100 que como indica o t tulo come a no fl 100 pap is avulso onde poderiam estar os riscos das Eno final est assinado a 13 de Setembro de 1796 obras como contratos aos entalhadores imagin rios e pelo vig rio Francisco Jos de Albuquerque vig rio pintores actual pelo padre Jo o Filipe Moniz Barreto tendo 7 APECL Livro da F brica Grande Invent rio fl 100 sido testemunhas o reverendo cura Ant nio de Abreu ds ar J E Invent rio que fizeram o cura Ant nio Abreu Macedo Macedo o reverendo padre Jos Abreu Macedo e Jos Ra Nunes Pereira de Barros escriv o da igreja A primeira e oe Ace vigario Franciscor June ode Albuduergue data corresponde ao primeiro momento do invent rio Bettencourt og E X a 8 Este invent rio fora iniciado em 1725 mas nesta linha e as outras datas correspondem s confirma es dos E invent rios anteriores com acrescentamentos a objectos confirma se a sua actualiza o em 1792 E incorporados Indicamos apenas os objectos alfaias e 9 APECL Livro da F brica Grande Invent rio fl 100 paramentos mais importantes 10 Ibidem 2 A P
224. ancholie atinge o destino previsto G a nem se deu conta do perigo Num restaurante com barquinhos ligados por pranchas tomam um gelado e a filha um gin para acalmar os nervos Olhando para a m e recorda ent o o pai um homem muito meigo da Ren nia que gos tava de cantar se bem que totalmente desafi nado e que se orgulhava muito da filha Melan cholie diz lembrar se o que improv vel dos ser es com o pai quando ela era beb Ao des pedirem se os amigos curvavam se por cima do ber o e ela sentia o bafo quente do lcool As duas mulheres regressam de t xi para o hotel onde a filha serve m e na varanda do apartamento um opulento jantar com mel o e presunto de Parma galinha portuguesa com piripiri e torta de am ndoa uma especialida de da Madeira como diz Ap s o jantar luz de vela G a adorme ce Os pensamentos de Melancholie voltam a mergulhar no passado Recorda os pais sempre separadamente e destaca em especial duas mulheres antigas moradoras do r s do ch o do pr dio Eram amantes Todos os inquilinos sabiam e toleravam a situa o A mais velha era directora de um liceu e a amiga era l professora Eram extremamente populares entre os alunos e con vidavam alguns para casa Ouviam a BBC que dava jazz Sem pensar nas consequ ncias um dos rapazes falou nessas sess es ao seu pai um nazi que as denunciou e foram levadas para a pris o Gigi Martin apresenta esse casal de mulhe
225. anda Muni cipal de C mara de Lobos responsabilidades que desde 1997 tamb m tem vindo a exercer na Banda Municipal da Ribeira Brava Francisco Ant nio de Faria era natural da freguesia da Ribeira Brava onde nasceu em 1879 e onde viria a fale cer no dia 5 de Dezembro de 1966 aos 87 anos de idade Era filho de Constantino de Abreu de Faria e de Maria Rita de Macedo Casou com Elvira da Nazar Barreto na Ribeira Brava no dia 25 de Julho de 1900 aos 21 anos de idade numa altura em que exercia a profiss o de sapa teiro e de quem houve gera o Foi fundador e regente da Filarm nica Uni o Musical Ribeirabravense e depois tamb m o primeiro regente da Banda Recreio Musical Ribeirabravense Di rio Popular 21 de Abril de 1904 Di rio Popular 8 de Julho de 1904 Di rio Popular 31 de Agosto de 1904 Di rio Popular 21 de Julho de 1905 Di rio de Not cias 13 de Outubro de 1906 Di rio de Not cias 1 de Agosto de 1907 Di rio Popular 19 de Julho de 1907 Di rio de Not cias 17 de Julho de 1907 Di rio de Not cias 1 de Agosto de 1907 Di rio de Not cias 31 de Julho de 1909 Uma not cia publicada no Di rio de Not cias de 25 de Fevereiro de 1912 informava que se estava organizan do na freguesia da Ribeira Brava uma nova filarm nica denominada de Uni o Musical Ribeirabravense sob a reg ncia do Sr Ant nio Faria e que os estatutos breve mente seriam submetidos aprecia o do Governador
226. andando Mag fazer de novo a obra daquella Igr foi or ada a sacristia della com quarenta e quatro palmos de comprido e agora se acha principiada s com trinta e nove erro q j denou o m Manoel Roiz da Costa e q j agora n o pode ter remedio por estar metida naquella medida a janella q d luz capella mor cuja a sacristia fica mt desacomodada ps o servi o da Igra e embara ando mt o Lavatorio q deve ter Para evitar este inc modo queria o suplicante da sua casa particular e de seus Revista Gir o 31 fregueses fazer uma porta na mesma sacristia n o causando preju zo obra antes a fortifica mais nem ao fiador pois este s seria obri gado a colocar na casa do lavat rio o que devia p r na sacristia dada ordem para informar ao mestre das obras reais desta situa o a 10 de Fevereiro de 1756 Domingos Rodrigues Martins emite parecer sobre esta quest o respondendo que A Caza q o Rd supp pede licen a para a fazer as custas da mesma Igreija para nella meter Lavat rio n o ser ve de perjuizo a sanchristia antes a faz mais forte porque lhe serve de butareo bastando ter a sacristia dezasseis palmos de comprido e doze de largo e ser baixa para que n o tome a luz da janela da capela mor Esta obra n o prejudicava o fiador que s teria em sentar o d Lavatorio de que tem obriga o dentro na d cazinha e n o h duvida que fica a d sanchristi
227. ando que se fa a o ditto cemite rio qd se fizer a obra da Igreja q sua Majestade manda fazer O reverendo Manuel do Couto Cardoso c nego prebendado da Santa S visi tador do bispado por D Frei Jos de Santa Ma ria acusa que quando morria uma crian a a tra ziam nos bra os com muita indec ncia e porg s o anjos e como tais se devem enterrar ordenou que quando morresse uma crian a mandassem pedir ao vig rio uma alcatifa Passados cinco anos na visita o de 1698 ficou provido por D Cristov o de Lira e Sousa c nego da S e visi tador pelo Cabido que tamb m se devia fazer o cemit rio q he bem necessario por n o estarem os ossos de seus defuntos com pouca decencia como est o de prezente s Sabemos que no in terior da igreja encontravam se sepulturas sem t tulos nem letreiros 1650 gerando confus o sobre os direitos de propriedade com preju zo econ mico para a f brica da igreja foram atribu das pelo vig rio Ant nio de Sousa Bernardes sepulturas perp tuas 1678 sem que para isso tivesse poder ou jurisdi o pelas confus es de direito das sepulturas foi ordenado a averigua o dos propriet rios das mesmas 1687 havia queixa dos familiares dos defuntos a prop sito das sepulturas 1718 Inerente a estas proble m ticas levantavam se quest es de limpeza e conserva o da igreja pois era necess rio contribui o para o seu lajeamento por isso as sepulturas passaram a
228. ani al Machico Santa Cruz C mara de Lobos Estreito de C mara de Lobos S o Mar tinho Ribeira Brava Campan rio Ponta de Sol Tabua Canhas Madalena Calheta Arco da Ca lheta Estreito da Calheta Faj da Ovelha Ponta do Pargo Ponta Delgada e S o Vicente As quest es relacionadas com a doutrina o n o foi preocupa o exclusiva daquele prelado encontramo las nas diversas visita es realizadas na Ilha da Madeira durante os s cu los XVII e XVIII mas nas prospeccionadas para esta par quia entre 1605 e 1718 atestamos as constantes batalhas dos visitadores e as siste m ticas den ncias que os fregueses do Estreito de C mara de Lobos n o iam s missas aos Do mingos e Dias Santos durante os quais ficavam a trabalhar como pais e fidalgos eram remissos em mandarem os filhos criados e escravos forma o doutrin ria havendo tamb m algu mas acusa es aos p rocos por certa relaxa o neste cap tulo bem exposto nas Constitui es do Bispado do Funchal Em 1676 a 21 de Abril o p roco de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos Andr Lopes de S recebeu a informa o do despa cho favor vel dado pelo Conselho da Real Fa zenda a 27 de Janeiro sobre a disponibiliza o de uma verba de 2005000 rs para obras da sua igreja Acrescia a ordem para que o visitador Ant nio de Brito Bettencourt desse principio capella mor com 80 000 rs ca dos das confra rias Outra contr
229. ao reverendo vig rio da freguesia de S o Pedro 600 rs para a F brica desta igreja Dei xou por sua testamenteira a sua segunda mu lher Ana Filipa Henrique e em princ pio n o teve gera o pois n o encontramos refer ncias a descendentes no testamento nem nos regis tos paroquiais Capela do Sant ssimo Na Madeira realizou diversas obras a maio ria barrocas em parceria com o entalhador Ma nuel Pereira de Almeida sobrinho do grande imagin rio barroco Manuel Pereira Talhou os ret bulos colaterais e da capela do Sant ssimo Sacramento da Igreja Matriz da Ribeira Brava 1727 o ret bulo da capela mor da Igreja de S o Sebasti o em C mara de Lobos a talha da sacristia da Igreja do Col gio dos Jesu tas c 1720 1730 e os arm rios da sacristia da S do Funchal 1732 1735 Laborou tamb m na capela mor e do Sant ssimo da Igreja de S o Pe dro do Funchal c 1742 os ret bulos da cape la mor colaterais das paredes laterais e sacris tia da Igreja de S o Jorge em Santana d cada de 1750 ret bulo mor da Capela de S o Jo o da Ribeira na freguesia de S o Pedro do Funchal 1750 S o lhes ainda atribu dos os ret bulos colaterais da Igreja Matriz de Santana e alguns trabalhos na Matriz da Camacha 1750 1760 Em 1770 1771 trabalhou na talha do ret bulo Foto DRAC da Capela de N S a da Boa Morte da Igreja de S o Pedro do Funchal sendo esta muito pro vavelmente uma das suas ltimas o
230. ap s o regresso solicitou autarquia a necess ria licen a para abrir uma casa de pasto tendo sido ali que ao longo dos anos se fez muita da anima o tur stica nocturna de C mara de Lo bos O Riba Mar foi mesmo totalmente decorado com motivos alusivos ao mar o mais pitoresco poss vel com ncoras feitas com paus e pedras e com redes na percep o empresarial do ho mem que continuava contudo a fazer a sua contabilidade em papel e caneta Foi dado nessa altura com o aumento da rea e a possibilidade de se receberem mais clientes o arranque para aquilo que conhece mos hoje em dia como a anima o nocturna de C mara de Lobos em noites que levavam para fora do Funchal muitos senhores da capital para se deliciarem principalmente hora do jantar com a caldeirada acompanhada de m sica proporcionada pelo pr prio empres rio A procura era tal que Nunes chegava a le vantar se durante a noite para servir bebidas a clientes que at tinham vindo de dia com as fam lias e a altas horas voltavam com outras mulheres Os filhos que acabavam quando es tavam acordados por ver os homens voltarem para tomar um copo acompanhados dessas Riba Jlbar Restaurante Bar Regional Camata de Lobos Fisbing Village Madeira E Foto Perestrellos outras mulheres eram ensinados por Nunes para serem cegos surdos e mudos para todos os clientes que entravam naquela casa A anima o era de facto u
231. ar mor ret bulo e lajeamento D G ARQ A N TT Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 972 mf 5382 fls 193 e 81 A 21 de Junho de 1747 o padre Gaspar Nunes Perei ra quem assina o rol das medi es da casa do passal do Estreito de C mara de Lobos mas em 1748 toda a docu menta o refere novamente o padre Manuel Borges de Alemanha D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 972 mf 5382 fl 189v A HT C C R e C E R Or amento de despesa Apenso A fi 2 Ibidem Domingos Afonso Barroso Jo o Martins de Abreu mestre carpinteiro como re ferido neste documento a fl 27 1747 AHT C CR e C E R Or amento de despesa Apenso A Em 1752 Pedro Fernandes Pimenta est indicado como mestre de obras num pagamento de foro Miseric rdia do Funchal A R M Miseric rdia do Funchal 1752 L 600 fl 1vo AHT C C R e C E R Or amento de despesa Apenso A fis 1 1v Todo o or amento de pedraria encontra se nos fls 3 12v do A H T C C R e C E R Or amento de despesa Apenso A 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 Passal a por o de terreno cultivada anexa e perten cente casa um p roco prelado ou sede paroquial Jorge Henrique Pais da Silva e Margarida Calado Ob Cit p 277 http www priberam pt dlpo default aspx pal passal consultado 05 09 2011 01
232. ar o terceiro valor mais reduzido apenas ultrapassado pelos concelhos de Porto Santo e Funchal Ou seja a sua vitalidade em termos econ micos era bastante significativa Quanto s Pir mides Et rias parece nos haver um equil brio entre os dois sexos e em li nhas gerais a natalidade n o parece ter decres cido Ali s nesta d cada notava se um ligeiro acr scimo no primeiro grupo quinquenal entre os dois Recenseamentos Os grupos com idades que enquadr mos na popula o activa registaram um acr scimo sig nificativo sobretudo entre os 25 e os 49 anos O aumento da esperan a de vida tamb m Revista Gir o 204 not rio na compara o entre os ltimos grupos quinquenais quando confrontados os valores dos dois Recenseamentos Contudo nesta an lise global n o nos pode mos esquecer de que as pir mides de Santa Cruz s o sobretudo fruto de movimentos pendulares caracter sticos dos concelhos lim trofes do Fun chal Em Santa Cruz acresce o facto do seu p lo principal ter sido elevado categoria de cidade pelo que passou a dispor da implementa o de novas infra estruturas e servi os aspectos mani festamente atractivos em termos populacionais Por outro lado o facto de ter sido dotado de um eixo rodovi rio que o liga capital do Arqui p lago facilitando a desloca o de muitos dos seus habitantes fazem tamb m com que este concelho seja atractivo para adquirir habita o uma vez que os pre os imob
233. ar para se apre sentar nas festas das vindimas a terem lugar no Funchal no m s de Setembro 34 136 Em Maio de 1939 a imprensa cita o Grupo Folcl rico dos Canhas com sede na Levada do Poiso que se havia classificado na 3 2 posi o no concurso realizado no ano anterior por Grupo de Folclore de Ponta do Sol ocasi o da realiza o da festa das vindimas no Funchal refer ncias que se mant m em 1943 e 1944 137 Nos anos 40 do s culo XX ter existido uma tuna ligada Juventude Agr ria Cat lica a Tuna da Juventude Cat lica da Ponta do Sol de que foi fundador e regente Mois s Alves Pita Mois s Alves Pita era natural da Ponta do Sol onde nasceu a 19 de Fevereiro de 1922 tendo falecido no Rio de Janeiro a 8 de Abril de 2002 Apesar do irm o mais velho ser clarinetista na Banda Municipal da Ponta do Sol Mois s Pita inicialmente n o parecia demonstrar in teresse ou aptid es para as actividades musi cais Contudo acabaria por ingressar na banda onde por volta de 1937 quando tinha 15 anos de idade sai a tocar saxofone soprano Algum tempo depois passa para sax alto e acaba a sua actividade musical na Banda Municipal da Ponta do Sol como executante de clarinete Na d cada de 40 foi convidado pelo ent o Cura da par quia sob al ada de quem habitu almente estavam os movimentos cat licos de juventude para integrar a Juventude Agr ria Cat lica local com a incumb ncia de fundar e dirigir uma tun
234. ara a constru o da nova Igreja de N Sra da Gra a Assim para cumprirem as ordens de Sua Majestade e para que se fizesse o risco e or amento das referidas obras juntaram se o Provedor e Contador Domingos Afonso Bar roso o Mestre das Obras Reais Jo o Martins de Abreu 2 e o mestre pedreiro Pedro Fernandes Pimenta a 2 de Maio de 1747 cumprindo o re gisto da Alf ndega do Funchal de 9 de Janeiro A primeira parte do or amento da nova igreja referente obra de pedraria ficando desde logo registado que a igreja iria ser feita na terra q he passal da igr onde est fonda da a igr velha come ando na Azinhaga que vay para a quinta de Santo Antonio ficando com a porta direyta ao Mar sendo o vig rio e fregue ses obrigados a colocarem o s tio para se fundar a igreja terreplanado e direyto para q o remata dor possa abrir o alicerce do dito edificio No plano de or amento descrita porme norizadamente a planta da igreja os procedi Revista Gir o 16 mentos construtivos as medidas e os materiais igreja alicerces corpo da igreja paredes dos lados do frontisp cio do cruzeiro porta principal janela por cima da porta arco do cruzeiro arco da casa da pia baptismal quatro janelas duas de cada lado da igreja duas portas travessas ci malh o do frontisp cio degraus dos alta res colaterais lajeado e ainda materiais capela mor alicerces duas paredes duas ja
235. ara de Lobos destaca se o en terramento a 12 de Abril de 1683 de Gon alo de Faria Leal na Capela mor da Igreja de Nossa Senhora da Gra a onde de acordo com seu tes tamento tinha sepultura Gon alo de Faria Leal foi o instituidor da Capela de Nossa Senhora da Consola o e cuja constru o concretizada por sua esposa ap s a sua morte constava do tes tamento que deixou ao morrer Na capela mor da Igreja de S o Sebasti o encontramos em 1572 refer ncias ao enter ramento de Ant nio Correia Ant nio Correia era filho de Jo o Afonso Correia companheiro de Jo o Gon alves Zarco e um dos primeiros e principais povoadores da Ilha da Madeira Ainda que as sepulturas no interior das igre jas n o fossem consensuais mesmo no seio da igreja a sua pr tica perdurou at princ pios do Revista Gir o 100 s culo XIX altura em que na sequ ncia de mo tiva es predominantemente sanit rias mas tamb m pol ticas urban sticas etc surgem em Portugal no seguimento do que estava a acon tecer noutros pa ses europeus medidas legisla tivas implementando a constru o de cemit rios p blicos e proibindo os enterramentos nos interiores das igrejas ou nos seus adros Dois alvar s publicados um a 27 de Mar o de 1805 e outro a 18 de Outubro 1806 s o fre quentemente assumidos como constituindo os primeiros passos na implementa o da constru o e regulamenta o de cemit rios p blicos No alvar de 1
236. as do jardim Estes compartimentos s o feitos com paredes de blocos de cimento de 14 cm de grosso Como j se disse a cobertura desta casa desti na se ao dep sito de gua n o s para abastecer e fazer a limpeza das retretes e urin is como tam b m para irriga o do jardim e conduzida para ali em tubo de ferro de 5 cms de di metro vinda de uma caixa divis ria pr xima do local e distribu da para o jardim em tibo de ferro de 3 5 cms 1 3 com 4 bocas para mangueiras A cobertura feita de cimento armado com o seu vigamento e tam b m a outra cobertura do dep sito cujos c lculos justificativos v o juntos nesta mem ria Os esgotos s o feitos com manilamento de cimento e juntam se numa fossa diluidora projec tada no subsolo do jardim e junto casa tendo a rea de 9 metros quadrados por 1 de altura feito de alvenaria de pedra seca com laje de cimento armado A casa cespada e rebocada de cal com as bocas de portas e janelas guarnecidas de arga massa de cimento assim como as outras paredes que circundam o jardim e os pedestais bala stres e corrim es da varanda Como o pavimento do antigo cemit rio era inclinado no sentido este oeste foi necess rio ele var para mais 0 90 m a parede de suporte de terra da parte oeste e parte sul para que o futuro jardim ficasse nivelado e com competente caimento para escorrer guas das chuvas Um m s mais tarde a 28 de Fevereiro de 1936 a C mara delibera convidar os
237. as tendo sido pro movido vigararia de S Sebasti o de C mara de Lobos h onze anos O terceiro classificado padre Jo o Jos da Costa e Andrade vig rio da paroquial de S Jorge n o deveria ser considerado porque depois de ter sido exami nado lhe fizer o denuncia de diversos crimes cuja inquiri o estava pendente A escolha do padre Francisco Jos de Albuquerque Freitas Bettencourt teve possivelmen te em conta a sua experi ncia como vice vig rio ao lado do padre Manuel Borges de Alemanha http Avww concelhodecamaradelobos com Documentos padre manuel borges almanha provimento apos morte pdf A H C hoje A H U consultado a 20 03 2010 20 00h A 17 de Outubro de 1792 o padre Jos de Albuquerque Freitas Bettencourt assina o invent rio da Igra de N Sra da Gra a como vig rio embora fosse vice vig rio jun tamente com o cura Ant nio de Abreu Macedo A 13 de Setembro de 1796 indicado noutro invent rio como vig rio actual juntamente com o padre Jo o Filipe Mo niz Barreto que fora indicado em primeiro lugar para a Paroquial da Gra a mas fora preterido Em 1795 o padre Francisco Jos de Albuquerque Freitas Bettencourt ofe receu uma mbula Confraria do Sant ssimo Sacramen to A P E C L Livro da F brica Grande Invent rio fl 100 O padre Jos Porf rio em 1962 afirma que o padre Fran cisco Jos de Albuquerque Freitas Bettencourt entrou na par quia a 10 de Outubro de 179
238. as um padre celebrante de m os elevadas para o c u rica mente vestido com uma casula brocada com padr o de cornuc pia um di cono e uma figu ra masculina ajoelhada e de m os postas em ora o por detr s da figura central que ir cele brar a missa Esta personagem pela sua posi o rec ndita na composi o poder representar um doador Ser o padre Manuel Borges da Alemanha impulsionador destas obras e aqui p roco durante meio s culo ou o vig rio Lu s Gon alo Velho que em 1674 trouxera do Rey no uma pintura para esta igreja Este quadro merece uma aten o especial e um trabalho de laborat rio apesar de assinado por Bernes que por outras obras reconhecemos as suas capacidades t cnicas de copista As tr s figuras denotam um pincel apurado no tratamento do desenho e plasticidade com correcto tratamen to de volumetria e claro escuro onde foram va lorizados os padr es da casula e do frontal de altar possivelmente a melhor tela de todo o conjunto pict rico desta igreja Na parte supe rior da composi o est representada a Virgem com o Menino de composi o comum envol tos numa moldura de madeira com formas irre gulares encimada pela frase Laudis ejus plena est terra Hab 3 o seu de Deus louvor cobre a terra remetendo para a ora o de Habacuc e integrando a na campanha de pintura da ca pela mor Entre a Virgem e o Menino e as filacte Revista Gir o 67 ras legendadas
239. as a Manuel Sim es oficial de car pinteiro nesta obra a 350 rs 57 220 rs dr a Jo o Ant nio por fazer o risco 101 dias ao mestre Bernardo Gomes a 400 85000 rs rs 409400 rs dinheiro ao arrieiro que o trouxe e levou ao seu filho Manuel Gomes a 200 rs 1 000 900 rs rs mais 31 dias a 250 rs 125750 rs 2 castanheiro comprado a Manuel Nunes 28 dias a Manuel de Sousa a 350 rs 73350 rs 25000 rs 15 dias a Manuel Gomes de armar andai hua resma de papel para o risco 18600 rs mes a 300 p perigo 49650 rs papel por varias vezes p moldes 18300 rs 595 dias a Juli o France de entalhar a obra 6 castanheiros que vendeu Mateus Gomes a 500 2973500 rs no Estreitinho 179400 rs 69 dias ao seu disc pulo Joaquim a 200 rs castanheiros comprados a Francisco Mo 138900 rs e mais 465 dias a 250 rs 1153500 niz ao padre Ant nio Moniz do Campan rs rio Manuel Nunes dinheiro ao arrieiro que trouxe Jo o Ant Conta do que custou a talha do trono do ca nio para ver e dirigir a obra 700 rs marim e algumas coisas mais que nele se gasta frete ao arrieiro que trouxe Jo o Ant nio ram gd veio mandar sentar a obra 400 rs dre a Jo o Ant por dias em que esteve 6 dias a Bernardo de fazer o dossel do tro mandando sentar a obra 44800 rs no e a volta do arco a 400 rs 25400 rs Revista Gir o 60
240. astante acentuado do n mero de indiv duos mais idosos visto que a diminui o da popula Homens O 420 360 300 20 BO RO 60 0 Efectivos Indicadores de estrutura populacional 1991 2001 de jovens 23 1 172 173 2 593 1183 R cio de Depend ncia dos Jovens 36 5 27 5 26 25 R cio de Depend ncia Total 58 1 60 0 Tabela 5 Evolu o dos indicadores de estrutura populacional por grandes grupos de idades no concelho de S o Vicente no per odo 1991 2001 o activa foi pouco significativa Estamos pois perante o nico concelho da RAM onde o R cio de Depend ncia Total re gistou um acr scimo t o elevado O aumento deste r cio de 58 1 para 60 0 apresentou se como consequ ncia da conjuga o e das varia es estruturais supra referidas que colocavam um n mero cada vez maior de efectivos da popula o n o activa a dependerem de forma cada vez mais acentuada da popula o activa a qual por sua vez se encontrava numa situa o tendencialmente decrescente Nas Pir mides Et rias est patente a dimi nui o bastante acentuada dos efectivos de Mulheres B0 240 300 Efectivos Gr fico 1 Evolu o das pir mides de idades no concelho de S o Vicente no per odo de 1991 2001 Revista Gir o 211 ambos os sexos nas idades compreendidas en tre os 0 e os 39 anos Contudo esta tend ncia inverteu se nos grupos compreendidos entre os 40 e os 49 anos onde se registo
241. ava Di rio da Madeira 6 de Agosto de 1933 Manuel Vieira era natural da freguesia de Machico onde nasceu no dia 28 de Mar o de 1901 tendo falecido no Arco de S o Jorge no dia 10 de Novembro de 1983 Era filho de Jo o Vieira J nior e de Maria Madalena Foi casado por duas vezes a ltima das quais aos 76 anos em S o Pedro Funchal no dia 15 de Outubro de 1977 com Maria da Concei o Farinha Foi regente da Banda Municipal da Ponta do Sol 1935 mudando se depois para a Banda Municipal da Ribeira Brava onde ocuparia id nticas fun es e donde saiu em 1938 para dirigir a Banda Municipal de Santana Em Santana ter exerci do as fun es de regente durante cerca de 9 anos ou seja at 1947 altura em que substitu do por Ant nio Francisco Marques chefe da Banda Militar da Madeira permanecendo contudo na banda na qualidade de sub regente e com a responsabilidade de dirigir a banda nos arraiais Em 1952 transfere se para a Banda de Nossa Senhora de F tima do Arco de S o Jorge onde sucede a Silvano Abreu Cardoso na sua reg ncia e onde haveria de permanecer nessas fun es at 1977 para voltar no ano seguinte onde se mant m at 1980 Manuel Ol mpio da Silva era natural da freguesia de Nos sa Senhora do Ros rio da Aparecida de Santos Brasil onde nasceu em 1896 tendo falecido na Ribeira Brava onde residia no dia 10 de Novembro de 1963 aos 67 anos de idade Era filho de Ant nio Gomes da Silva na t
242. aventura Ponta Del gada e S o Vicente Na freguesia de S o Vicente essencialmen te serrana o n cleo da vila com o mesmo nome situa se em terras baixas no interior de um vale rodeado de paredes rochosas nesta povoa o que se encontram sedea dos os edif cios de utilidade p blica e os escas sos estabelecimentos comerciais que assegu ram as necessidades dos habitantes A freguesia de Ponta Delgada possui o seu n cleo populacional em terras baixas conse qu ncia de desabamentos rochosos que deram origem a um recife de suporte A sua vertente serrana comum a todo o concelho apresenta se revestida de um manto florestal muito rico e verdejante devido abund ncia de gua A este prop sito deve referir se que as dife ren as de n vel no leito das ribeiras originaram quedas de gua Deste modo as cascatas s o comuns em toda a vertente deste concelho Situada entre as freguesias de Ponta Delga da e Arco de S o Jorge esta ltima pertencente ao concelho de Santana Boaventura assume caracter sticas essencialmente serranas Nesta circunscri o a agricultura constitui a principal actividade de subsist ncia da popula o N o obstante o decr scimo que o sector prim rio sofreu ao longo desta d cada passan do de 40 0 em 1991 para 24 2 em 2001 S o Vicente continuava a ser o quarto concelho da Regi o com os valores mais elevados nesta ac tividade Por m apesar da diminui o bastante sig ni
243. azenda do Funchal L 968 fl 148v Rela am dos terriveis effeitos que cauzou o terremoto que sentio a Ilha da Madeira na noite de 31 de mar o de 1748 Il Parte Compendiada de Outra que se escreveu da Ilha do Funchal a 17 de Mayo do mesmo anno Lisboa Officina de Pedro Ferreira Impressor da Augustissima Rainha N S Anno 1748 BNL FR 1430 p 7 Ver Rita Rodrigues Al gumas refer ncias a C mara de Lobos em documentos que relatam o terramoto de 1748 in Gir o Vol II n 4 2007 41 45 AHT C CR e C E R Or amento de despesa Apenso A fl 26 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 18 182 183 Ibidem fl 27 Este valor era a soma dos 135 000 rs referentes terra do passal que rendia alqueire e meio de trigo e uma pipa de vinho e os 59 900 rs das benfeitorias terra paredes vinhas e latadas D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 972 mf 5382 fl 256v Ibidem AHT C C R e C E R Or amento de despesa Apenso A fls 37 37v bidem Ibidem fl 39 Ibidem fl 32v Ibidem Ibidem fls 34 34v Ibidem fls 35 36v Ibidem fls 35 36v Ibidem fls 51 51v Ibidem fls 41 44 Ibidem Realmente essa era uma obrigatoriedade imposta no or amento de obra de pedraria na parcela referente edifica o do corpo da ig
244. b n o da capela mor 1756 da nova Igreja de Na Sra da Gra a e trinta da vistoria final das obras 1771 embora em 1774 fossem apresentados 25 100 rs referentes a custos do retalhamneto da casa por cima da escada sendo 14 500 rs referente a trinta alqueires de cal e 84500 de um ferro do alpendre a paroquial do Estreito de C mara de Lobos sofreu nova campanha de obras entre 1803 e 1814 que incluiu o estrada mento do seu pavimento casa de resid ncia do p roco e casa de guarda das alfaias Ant nio Francisco Xavier recebeu dois pagamentos a 20 de Junho e 21 de Outubro de 1803 de 1878500 rs e 169 500 rs respecti vamente pela arremata o que fez das obras Documento de Consagra o da Igreja de Nossa Senhora da Gra a 1814 dos estrados da igreja que foram or ados em 3575000 rs O contrato previa um pagamento no in cio da obra e o segundo depois de feita a vistoria que verificou completa satisfa o da remata o Em Agosto de 1805 continuava a obra de estradamento Jo o Pereira arrematante das obras da Real Fazenda adjudicou o meio estra damento por 2605000 rs recebendo em duas parcelas sendo a ltima a 30 de Agosto Obras de consertos feitas na igreja foram tamb m arrematadas por Jo o Pereira a 30 de Outubro de 1805 por 299 000 rs mas a pri meira remessa de pagamento s foi entregue a 18 de Janeiro do ano seguinte A conclus o da obra data de 23 de Janeiro quando arreca
245. ba paga pois Revista Gir o 15 em 1769 e depois do padre Manuel Borges de Alemanha ter confirmado e assinado a conclu s o da obra da nova igreja apresentou uma lista de ornamentos necess rios recebendo para os mesmos 6335820 rs A reedifica o da Igreja de Na Sra da Gra a s ocorreu na segunda metade do s culo XVIII e corresponder ao actual templo Em 1744 o vig rio requereu que se mandasse reedificar e fazer nova igreja por estar amea ando ru na a igreja que tinham e ser j pequena para o povo que vinha crescendo apesar de onze anos antes ter recebido algumas obras e fosse caiada O Conselho da Fazenda por despacho de 4 de Junho ordenou ao Provedor da Fa zenda do Funchal que mandasse fazer o risco da igreja e que fosse acomodada ao povo Mas Estas delibera es s foram registadas no Funchal a 21 de Dezembro de 1746 e dadas a conhecer ao vig rio Manuel Borges de Alema nha a 9 de Janeiro de 1747 No entanto o vig rio e paroquianos possivelmente pela de mora da resposta do Conselho da Fazenda ti nham entregue novo requerimento ainda em 1746 onde pedi o se lhe mandasse reedificar e fazer nova igreja alegando a ru na da igreja velha e pequenez do templo para tanto povo Anotada margem esquerda l se registe se p se cumprir o q Mag manda Funchal 29 de Dezembro de 1746 assinado por Barroso A partir de 1747 desenvolveram se os proce dimentos p
246. bal e casou em 1756 na freguesia de S Pedro do Funchal Era pai do entalhador Jos Joaquim da Trindade Sobre a sua vida e obra vide Paulo Ladeira A Talha pp 199 202 ARM J R P C Confrarias Cx 4 Pre 270 1787 fl 12 1788 fl 13 Em 1794 a Confra do S S no conserto do camarim gastou 49 200 rs A R M J R P C Confrarias Cx 4 Pro 275 fl 4 Em 1786 1787 as confr de N S 2 da Sal va o e de N 2 S a da Candel ria adquiriram alguns casti ais A R M J R P C Confraria Cx 4 Pro 264 fl 2 Pro 253 fis 2e5 ARM J R P C Confrarias Cx 4 Pre 247 fls 5 9 26 31 41 56 70 e 80 O carpinteiro Pedro Ant nio de Sousa n o sabia assinar ARM J R P C Confrarias Cx 4 Pre 247 fl 4v Pro 248 anos de 1785 e 1791 fls 4v 13 22 28 31 83 e 87 Pre 250 fl 3 24 Pre 294 1774 fl 12 Pro 257 1796 fls 10e 11 ARM J R P C Confrarias Cx 4 Pre 248 1796 fls 27v e 84 A RM R P S o Pedro Casamentos L 122 22 08 1768 fl 78v A R M R P S o Pedro Baptismos L 102 19 03 1746 fl 116 A R M R P S o Pedro L 104 30 08 1767 fl 50v De Rosa tamb m foi madrinha Violante do C u Brito Flores representada pelo procurador Jo o Paulino Mayring Juli o Francisco Ferreira e Maria Micaela bapti zaram outro filho F lix em 1769 sendo padrinhos Jos Francisco de Vasconcelos e Fel cia Quit ria representa da pelo procurador o reverendo Ni
247. beira Brava alguns dos seus antigos execu tantes Contudo um convite recebido para fundar uma banda de m sica em S o Vicente num projecto da iniciativa da sua Casa do Povo obriga o a canalizar os seus esfor os para este novo projecto no qual integra al guns dos elementos a quem estava a dar for ma o bem como outros m sicos j sinaliza dos para constitui o da sua banda da Serra de gua Mais tarde com a sua sa da da direc o ar t stica da Filarm nica da Casa do Povo de S o Vicente retoma o seu projecto de cria o de uma filarm nica na Serra de gua cujo n cleo principal viria a ser constitu do por elementos naturais da freguesia da Serra de gua ou da Ribeira Brava que faziam parte da filarm nica da Casa do Povo de S o Vicente e que o acom panharam a quando da dispensa dos seus servi os nesta associa o musical Segundo Jos Manuel Correia e Silva em Dezembro de 1990 a Banda fez os primeiros tr s servi os nas Festas de Fim de Ano no Funchal com cal as e casaco preto porque ainda n o t nhamos uma farda que a identificasse Os ensaios eram na minha garagem Contava com cinco m sicos da minha fam lia e alguns ex m sicos da antiga Banda Recreio Musical da Ribeira Brava Sa mos com os arqui vos musicais dessa banda fornecidos pelo Sr Agostinho Eus bio seu ex tesoureiro T nhamos instrumentos pessoais e alguns deles eu trouxe da Venezuela Com o objectivo de tornar vi vel a
248. ber o aludindo e prefiguran do o sacrif cio A cena passa se dentro de uma cabana humilde de madeira onde se obser vam os travejamentos cobertos de palha e cuja identifica o do espa o geogr fico da terra que viu nascer Jesus dada pela abertura de duas portas de arco de volta perfeita que permite ver uma casa c bica com um leve apontamento de paisagem Jesus Maria e S Jos est o nimba dos Caracteriza esta pintura uma certa preocu pa o naturalista das personagens dos pastores e de S Jos enquanto a Virgem uma figura mais comum O conjunto das pinturas de pequenas di Revista Gir o 70 mens es que ocupa parte das paredes laterais da capela mor quer do lado do Evangelho quer do lado da Ep stola executado entre 1764 e 1776 revela um curioso programa imag ti co merecendo estudo pormenorizado quer iconogr fico quer iconol gico integrado no contexto da execu o desta empreitada que apesar da sua factura irregular e ing nua reve la directrizes eruditas e contrarreformistas Este programa como j sugerimos dever ser fruto da orienta o do vig rio Manuel Borges de Ale manha grande obreiro da constru o da igreja nova de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos que ocorreu entre 1746 e 1772 e que ali foi vig rio entre 1746 e 1793 com interregno de apenas um ano 1747 quando serviu na Igre ja de Na Sra do Monte No entanto na execu o deste programa pict rico so
249. biogr ficos A escritora na altura com 25 anos era uma l sbica assumida e o seu romance causou grande indigna o entre a so ciedade burguesa Revista Gir o 136 Igualmente no romance Mauern aus Schleiern der Einsamkeit Muros feitos de v us de solid o Martin 2010 escrito no in cio dos anos 80 mas s impresso quase vinte anos mais tarde Gigi Martin recorreu a um tema tabu Durante a visita a uma ex amiga a prota gonista reconhece que ela vive num mundo parte no qual a realidade come a a misturar se com a fic o Com alguma sensibilidade a au tora descreve como vai mergulhando pouco a pouco no mundo tresloucado da outra man tendo se no entanto como mera observadora n o sabendo como ajudar Em finais dos anos 80 Gigi Martin publicou Die Herrin A dominadora Martin 1988 que teve em 1991 a sua 3 2 edi o Um modelo l s bico conhece acidentalmente um industrial que anda procura de uma mulher que o humilhe A hero na revela se adequada a essa activida de e improvisa torturas para o empres rio de modo cada vez inovador Em Das Paradies hinter unserer T r O para so atr s da nossa porta Martin 2005 a escritora apresenta a alegre mas tamb m triste hist ria de animais e dos seus donos que termina como as hist rias n o deveriam terminar Refere se sua vida levada durante dez anos no Wend land a leste da cidade L neburg um epis dio por sua vez triste porque a sua ideia de
250. bras e que nos permite observar a rela o profissional e de confian a que tinha com o pintor Jo o Ant nio Vila Vic ncio pois ficou seu fiador no contrato de obriga o para a edifica o deste ret bulo Este companheirismo e parceria laboral est o tamb m documentados em 1757 na feitura de um andor para a Igrejinha Funchal por Juli o Francisco Ferreira cuja pintura e douramento foi de Ant nio Villavic ncio como tamb m na execu o da obra do ret bulo trono e camarim da capela mor da Igreja de Na Sra da Gra a de C mara de Lobos adjudicada por Villavic ncio autor do seu riscos O entalhador Juli o Francisco Ferreira juntamente com Manuel Mendes Moniz de S tamb m natural da Ilha de S o Miguel co merciante de loja aberta em 1756 e 1759 foi testemunha respectivamente dos casamentos de Domingos de Azevedo com Bernarda da Ascens o naturais e moradores na freguesia de S o Sebasti o C mara de Lobos e de Jos de Abreu natural do Estreito de C mara de Lo bos com Isabel da Concei o natural da vila de Machico Em 1769 foi testemunha juntamente com Ambr sio Marques Caldeira numa escritu ra notarial de acrescento do arrendamento que fez Manuel Jos da C mara Bettencourt repre sentado por seu filho e procurador Laureano Francisco da C mara Falc o morador na Vila do Porto na Ilha de Santa Maria A ores a Fran cisco Manuel Jardim Familiar do Santo Of cio Assim
251. bstante este acr scimo os valores de Santana referentes rea da transforma o eram em 2001 os mais reduzidos do Arquip lago Situa o an loga aconteceu com o sector terci rio onde o au mento de 26 7 para 41 5 entre 1991 e 2001 continuou a manter o concelho de Santana com o segundo valor mais diminuto do Arquip lago nesta rea Nesta circunscri o a diminui o do vo lume populacional bastante acentuada foi acompanhada pela diminui o do n mero de alojamentos familiares Por outro lado a redu o da dimens o m dia dos agregados familiares demonstrou que tal como nos outros concelhos do Arquip lago o controle da natalidade tamb m se fez sentir nesta zona eminentemente rural 1991 2001 Varia o Sectores de Actividade o SO 0 ma 75 e 27 415 148 Tabela 1 Distribui o da popula o activa do concelho de Santana pelos sectores de actividade no per odo 1991 2001 Revista Gir o 206 N mero de alojamentos do concelho de Santana DA no per odo 1991 2001 dos agregados familiares A electricidade que em 1991 exclu a 8 7 dos alojamentos em 2001 alargou se quase totalidade das habita es do concelho Por m esta melhoria continuou a manter Santana com o terceiro valor mais diminuto da Regi o relati vamente a esta estrutura Em 1991 Santana ultrapassava largamente todos os outros concelhos relativamente per centagem de alojamentos sem instala es s
252. c cia da Imagem cuja conclus o est prevista para Setembro de 2012 B M F Di rio Popular Funchal 14 07 1908 n 3224 p 1 Manuel Pedro A Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Gra a Lu s Ant nio Bernes in Di rio da Madeira n 7476 ano XXIV Funchal 23 10 1936 p 1 Lu s Ant nio Bernes in Revista Gir o 97 Di rio de Not cias do Funchal n 18585 ano 61 23 10 1936 p 4 mortos Pintura de Imagens in Di rio da Madeira n 1409 ano IV Funchal 03 12 1915 p 2 211 Sobre a antiga Escola Industrial do Funchal hoje Escola Secund ria Francisco Franco vide F tima Abreu A ins tala o do ensino t cnico e profissional no Funchal in Isff n 26 E S F F Funchal 2008 pp 35 38 Idem Um patrim nio aguarda mecenas in ILHARO n 8 CM M 2008 p 48 59 Rita Rodrigues A prop sito de Josefa de bidos A mulher artista do s culo XVII e a Escola Secun d ria Francisco Franco in Isff Funchal E S F F n 19 Revista Gir o 98 2006 pp 10 12 212 ARM R P Santa Maria Maior Funchal Baptismos mf 473 474 1848 1874 registo n 66 fls 24v 25 213 ARM RP S Funchal bitos mf 503 registo n 66 fl 33v 214 ARM R P S o Pedro Funchal Casamentos mfs 491 492 1900 1911 registo n 87 fl 87 87 v 215 Tamb m designado por A C E F Arquivo da C mara Eclesi stica do Funchal por A P E F Arquivo do Pa o Epi
253. cado duran te a campanha de obras de acrescentamento da igreja que teve lugar em 1692 sabendo se que o imagin rio Francisco Afonso da Cunha mo rador no Funchal recebera oitenta mil reis por fazer o arco e ret bulo do altar de Nossa Senho ra da Gra a como tamb m uma pintura ofere cida pelo vig rio Lu s Gon alo Velho em 1674 que trouxe do Reyno De qualquer forma pre sentemente nesta igreja n o subsiste nenhum ret bulo quer em talha ou pintura dat vel dos finais do s culo XVI ou do XVII O Conselho d El Rei em 1761 ou seja pas sados tr s anos sobre o primeiro requerimento confirma ter visto a peti o do vig rio Manuel Borges de Alemanha sobre o altar mor doura mento do ret bulo e cobertura de azulejos cuja informa o tinha sido enviada pelo Provedor da Fazenda do Funchal L se no documento que era necess rio se mandar fazer o Retabolo do Altar mor da dita igreja com sua Tribuna e as paredes da Cappella cubertas de azulejos e o douramento do mesmo retabolo no qual dizeis ser verdadeiro o dito requerimento e que pella preciz o da brevidade mandareis fazer o orsa mento de toda a dita obra pello Mestre das obras Reais de 3 170 000 rs e que pondo se a lan os diminuira em quantia consider vel vos man damos fa ais p r a lansos huma e outra obra e deis conta dos menores Assinada em Lisboa a 30 de Julho de 1761 cujo despacho do Conse lho da Fazenda era de 24 de Julho re
254. cativa a fazer refer ncia necessida de de se proceder ao alargamento do cemit rio do Estreito de C mara de Lobos assunto que de resto havia sido abordado na sess o cama r ria de 17 de Mar o de 1913 Por volta de 1918 estando esgotada a sua capacidade come aram se a abrir covais em zo nas onde h menos de dois ou tr s anos tinham sido feitas inuma es Esta situa o desencadearia uma onda de protestos por parte da popula o que obri gou a C mara Municipal de C mara de Lobos a ter de intervir no sentido de sanar o proble ma Contudo a solu o n o era f cil Se por um lado todos autoridades e popula o eram un nimes em reconhecer a necessidade do au mento da rea do cemit rio j as opini es se dividiam quanto s solu es adiantadas uns cerca de 95 da popula o no dizer da impren sa da poca preferiam o alargamento do cemi t rio existente alegando o facto de quererem um dia repousar no mesmo campo onde seus irm os pais e av s haviam sido sepultados outros alegando raz es de ordem financeira e representados principalmente pelas estruturas governamentais defendiam a constru o de um novo cemit rio A exist ncia de uma mem ria descritiva alusiva a um projecto ainda que sem pe as de senhadas de alargamento para norte do cemi t rio do Estreito de C mara de Lobos leva nos a admitir que a amplia o do antigo cemit rio ter sido seriamente ponderada De acordo com o
255. ci d rio Madeirense Vol p 424 Fernando Augusto da Silva n o indica a fonte documental Sabemos apenas que em 1750 as obras da nova igreja j tinham sido ini ciadas e que o rematador n o h de demolir toda a igreja velha mas s aquela parte que for necessaria para princi piar a nova obra A H T C CR e C E R Or amento de despesa Apenso A fls 46 e 52 Manuel Pedro Freitas A Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Gra a dispon vel em http www concelhodecamaradelobos com dicio nario igreja paroquial nossa senhora graca html con sultado a 14 03 2010 23 59h 184 185 186 187 188 189 190 19 192 193 194 195 196 197 198 199 200 20 202 203 204 205 206 207 208 209 210 N Manuel Pedro Freitas Ibidem Ibidem A H T C C R e C E R Or amento de despesa Apenso A fl 53 Ibidem Ibidem fl 53v 54 Ibidem fls 54 54v Patim um pequeno patamar Jorge Pais da Silva e Mar garida Calado Ob Cit p 279 A HT C CR e C E R Or amento de despesa Apenso A fls 54 54v Ibidem fl 54v Ibidem fl 55v Ibidem fl 26 Ibidem fls 31 31v A HT C CR e C E R Or amento de despesa Apenso D fl 1 A HT C C R e C E R Or amento de despesa Apenso B fl 1 A HT C C R e C E R Or amento de despesa Apenso C fl 1 Ibidem Botar u um peg o que resulta de um muro para au mentar a resist n
256. cia refor o Jorge Henrique Pais da Silva e Margarida Calado Ob Cit p 62 A HT C CR e C E R Or amento de despesa Apenso C fl 1v Ibidem Ibidem fl 2 A P E C L Livro de entrada e sa da de dinheiro do dep sito fl 122 A H T C C R e C E R Or amento de despesa Apenso B fls 1 1v Ibidem fl 2v Ibidem fl 3 Ibidem Jervis Fam lia oriunda do Condado de Staford Inglater ra O primeiro que passou Madeira foi Richart Jervis em 1640 mercador ingl s que se fixou na cidade Casou em 1646 com Maria de Faria de S Pedro de quem teve gera o Tiveram morgadio na Madalena e em Santo An t nio Funchal O seu bisneto Ant nio Fernandes Cor reia Jervis de Atouguia teve carta de bras o de armas por sucess o passada a 30 de Setembro de 1780 Bra s o escudo esquartelado com as armas dos Jervis Fa rias Correias e Barbosas tendo sido o primeiro her ldico passado em Portugal com as armas dos Jervis Armas de negro chaveir o de arminho acompanhado de tr s merletas de ouro e timbre uma merleta do escudo tan to para as fam lias ingleses como portuguesas com este apelido Descendentes visconde de Atouguia D Maria Helena Jervis de Atouguia que usou o pseud nimo de Berta de Ata de casada com Cristov o Guilherme de Almeida sem gera o Lu z Peter Clode Registo Geneal gico de Fam lias que passaram Madeira Funchal Ed da Tipografia Comercial 1952 p
257. colau Francisco de Carvalho Mayring A R M R P S o Pedro Baptismos L 104 28 03 1769 fl 82v Num testamento realizado por Ant nia Ferreira em 1768 Maria Micaela recebeu alguns bens m veis e Juli o Francisco Ferreira em princ pio o latoeiro ficou como testamenteiro A R M R P S o Pe dro bitos L 135 Dezembro de 1968 fl 83 ARM J R P C Confrarias Cx 4 Pre 248 fls 45v 46 47 54v e 102 105v A pedra veio da pedreira do Co v o C mara de Lobos O governador Jo o Ant nio de S Pereira tinha proibido em 1768 os enterramentos dentro das igrejas como era habitual face ao odor e consequentes problemas graves advindos para a sa de p blica Esta ordem n o foi imediatamente cumprida por todas as par quias da que alguns cemit rios sejam ainda constru dos no s c XIX Rui Carita Hist ria da Ma deira Vol V pp 215 216 A R M J R P C Confrarias Cx 4 Pre 248 fl 105 A casa teve 11 5 palmos de altura 25 de comprimento e 20 de largura 2 meias janelas com 6 palmos de altura e 5 de largura e uma porta para o caminho com 10 palmos de alto e 5 de largo tudo em cantaria feita de pedra e cal com seus cantos cortados ser xispada rebocada por fora e por dentro ser o as suas portas de aro com suas ferra 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 gens Ibidem Pro 248 fls 47 54v 103 103v 105 105v Trabalharam na obra do cemit rio
258. companhar e a resposta foi positi ger se o melhor que podiam e a embarca o va Mas desta vez a pequena Sofia tamb m se conseguiu cavalg la Seguiu se outra e ainda ofereceu para ir com eles ao que o jovem esco outra e no final o barco continuava a flutuar c s disse que esperava que ela soubesse nadar embora contivesse imensa gua no seu interior Nicolau disse lhe que sim que o pai lhes havia que teve de ser despejada pressa enquanto ensinado pois este afirmava que todos meni retornavam a terra Nisto ouvem um barulho nos ou meninas deviam saber nadar t o facil forte por baixo do barco e apercebem se de mente como andavam ou respiravam que um grande peixe tinha ficado preso na Um quarto de hora depois de terem embar sua rede Puxaram na para junto da amurada e cado medida que se faziam ao largo Norman depois reunindo for as conseguiram pux lo p s se a olhar para a ilha da Madeira que se todo embrulhado na rede para dentro Ao ana erguia do oceano como um para so verdejan lis lo melhor Joaquim afirmou que em C mara te No decorrer da viagem Joaquim referiu se de Lobos nunca ningu m tinha visto um peixe a um vulc o que havia despertado nos A ores assim Media cerca de dois metros de compri ap s milhares de anos de inactividade tendo mento tinha pele cinzento azulada e v rias filas ouvido tal not cia atrav s do r dio do porto de dentes pontiagudos A expedi o piscat ria foi um fracasso Cansados
259. conste estar assim cumprido e satisfeito o or amte 82 Numa nota l se como n o consta o custo destes Azulejos fic o sem effeito e assim ficamos sem saber o pre o pago por esta empreitada e a oficina da sua feitura certo que dever ser entendido como oferta da fam lia Jervis igreja porque o or amento previsto em 1747 para estes azulejos era de 10 000 rs referentes apenas ao trabalho de re coloca o dos mesmos na sacristia e casa da pia baptismal ou seja n o tinha sido or ado a fei tura de azulejos Julgamos que estes azulejos provenientes de Lisboa q vinh o para a capella se perder o em camara de Lobos e est o debaxo da escada porq se sobe p a mesa dos irm os do Sr e que tinham custado 11 160 rs e 1 880 rs de frete do navio caix o e carreto E talvez porque a obra estava em curso o padre Est v o Jo o n o se fez esperar e mandou vir nova remessa com igual quantidade ou seja 385 azulejos pagan do agora 15 400 rs mais 600 rs pelo caix o de transporte 480 rs e 1 600 rs do carreto para a praia fragata e navio 29250 rs ao mestre Jos Joaquim por 5 dias de trabalho de assentar o azulejo e 300 rs ao servente de o ajudar e mais 650 rs de areia fina e grossa para o seu assen tamento Deste modo os azulejos que ainda hoje es t o na casa da pia baptismal s o de oficina lis boeta e executados entre os finais de sessenta e princ pios de setenta do s culo XVIII c 1
260. contrato feito no not rio p blico para que a igreja possa considerar um prolongamento do adro e se achar bem construir a qualquer depen d ncia de que necessite Em resposta a C mara congratula se com a resposta favor vel pelo p roco sua pretens o e d um parecer favor vel s condi es da in demniza o proposta Sugere ainda que uma comiss o composta de um arquitecto e dois engenheiros estudem a melhor solu o para minimizar eventuais efeitos inest ticos ou cau sadores de perigos morais Em resposta datada de 11 de Janeiro de 1947 o padre Jos Porf rio Rodrigues Figueira informa a C mara de que concorda que uma comiss o analise os eventuais efeitos inest ti cos do templo consequentes ao alargamento da estrada mas prop e que tanto a C mara como a igreja nomeiem um engenheiro da sua confian a e sejam estes dois a escolherem o ar quitecto que dever servir de rbitro da ques t o proposta que merece por seu lado a con cord ncia da C mara s Na sua sess o de 13 de Agosto de 1947 o contrato estabelecido entre a C mara Munici pal de C mara de Lobos e a Igreja proposto para rectifica o no Conselho Municipal onde supomos que ter sido aprovado Mediante esse contrato a igreja cederia o espa o neces s rio ao alargamento do caminho e em contra partida passaria a ficar detentora do chamado Passal terreno ocupado pelo antigo cemit rio e que lhe havia sido expropriado para o
261. correram se encomendante padre Manuel Borges de Ale manha e ou pintor Jo o Ant nio Villavic ncio de gravados ou de pinturas que decoravam templos madeirenses Destacam se ainda duas pequenas pintu ras com legendas escritas em filacteras alusivas ao Eclesi stico Livro da Igreja livro do Antigo Testamento escrito por Ben Sirac que viveu no ano 200 a C em Jerusal m escrevendo a sua obra pelo ano de 180 a C na qual pregava o amor lei e defendia o patrim nio religioso e cultural judaico As refer ncias das legendas apontam para os cap tulos 24 elogio da Sa bedoria que nasce da experi ncia concreta identifica o da Sabedoria com Livro da Alian a e com a Lei de Mois s defesa do ensino e da instru o como doutrina medita o e reflex o sobre os cinco livros do Pentateuco ou seja a Tora a Lei e 33 temor a Deus a legitimidade da Lei a miseric rdia do Senhor o bem de ado rar a Deus a recompensa e o castigo etc Na primeira lemos Qui Creavit me requie vit in tabernaculo meo Eclli 24 reportando para o cap tulo 12 Ecl 24 12 Ent o a voz do Criador do Universo deu me suas ordens e aquele que me criou repousou sob a minha tenda representa do por uma Virgem que segura na m o direita um pequeno ceptro e com o Menino ao colo que por sua vez segura na m o esquerda uma pequena corrente Na segunda o pintor escre veu a frase muito incompleta Precatus exau dietur Eccli
262. cr scimo do volume Indicadores de estrutura populacional EEN 2001 de jovens 22 7 17 0 de activos 66 1 69 0 de velhos 11 2 14 0 ndice de Vitalidade 49 3 82 3 R cio de Depend ncia dos Jovens 34 3 24 6 R cio de Depend ncia dos Velhos 16 9 20 2 R cio de Depend ncia Total 51 3 44 8 Tabela 5 Evolu o dos indicadores de estrutura populacional por grandes grupos de idades no concelho de Funchal no per odo 1991 2001 deste grupo geracional Em contrapartida o R cio de Depend ncia dos Velhos aumentou de 16 9 em 1991 para 20 2 em 2001 uma vez que o seu volume po pulacional tamb m cresceu durante este per o do Assim na esteira destas tend ncias o R cio de Depend ncia Total diminuiu de 51 3 para 44 8 acompanhando as oscila es dos gran des grupos de idades sendo o seu valor o se gundo mais reduzido de toda a Regi o apenas superado pelo concelho de Porto Santo O Gr fico 1 referente s Pir mides de Ida des ilustra com clareza a situa o atr s descrita e possibilita uma leitura mais precisa da evolu o dos grupos de idades quinquenais em cada um dos sexos Assim not rio o decr scimo de volume populacional registado entre os dois Recense amentos em ambos os sexos e para as idades compreendidas entre os 0 e os 34 anos Contudo parece nos preocupante a tend n cia manifestada nos tr s primeiros grupos quin quenais que sugerem um significativo decr s cimo a
263. custar 1 200 rs 1687 Enquanto decorriam as arremata es para as obras de pedreiro e carpinteiro do acrescen tamento da Igreja de Na Sra da Gra a tamb m o Conselho da Fazenda autorizava a compra de ornamentos de damasco branco para a mesma igreja no valor de 101 400 rs a 3 de Novembro de 1690 O envio de letras seguras e abonadas para Lisboa cumprindo o pagamento dos mes mos data de 7 de Abril de 169178 Na visita o des te ano o bispo ordenou a solicita o Coroa de ornamentos em cujo requerimento se gastaram 15500 rs Em 1709 a 17 de Agosto o vig rio e paro quianos solicitaram novamente ornamentos para o seu templo O vig rio paroquianos e a Confraria do Sant ssimo Sacramento requereram ao rei em 1710 mais ornamentos para a igreja alegando serem pobres e terem gasto tudo o que pu deram chegar s suas for as na edifica o de uma capela ret bulo e sacr rio para colocarem o Sant ssimo Necessitavam de uma cust dia cruz p lio capa e mais ornamentos como ain da de lampad rio casti ais vaso para lavat rio e caldeirinha para a gua benta ou ficar o pri vados os sup s e toda a sua freg de h tam gran de bem por isso pediam merc e esmola a Sua Majestade pela piedade e zelo em louvor do Sm Sacramte 2 A certid o passada pelo escri v o da C mara Eclesi stica do Funchal confirma a pobreza dos fregueses e afirma que a nica conso
264. da a diminui o de 1 9 para 1 8 import ncia relativa face ao total Regional surge legitimada pela diminui o do n mero de habitantes Apresentando uma varia o negativa a Homens Ho go Efectivos gt 85 Indicadores de estrutura populacional 2001 257 178 80 104 308 585 R cio de Depend ncia dos Jovens 38 8 24 7 9 145 R cio de Depend ncia Total 50 7 39 2 Tabela 5 Evolu o dos indicadores de estrutura populacional por grandes grupos de idades no concelho de Porto Santo no per odo 1991 2001 Taxa de Crescimento Anual M dio saldou se em 0 51 durante este per odo censit rio A Ilha de Porto Santo que tem como carac ter stica o facto de ser simultaneamente con celho foi aquele que registou a maior perda percentual de popula o jovem entre os dois Recenseamentos Assim enquanto que em 1991 a popula o jovem deste concelho representava 25 7 da popula o total em 2001 este valor decresceu para 17 8 traduzindo se numa perda de 7 9 de jovens Ao inv s a percentagem de popula o activa Mulheres D 2001 199 so Efectivos 200 240 280 Gr fico 1 Evolu o das pir mides de idades no concelho de Porto Santo no per odo de 1991 2001 Revista Gir o 196 apresentou nos dois momentos censit rios os va lores mais elevados de todo o Arquip lago com os totais de respectivamente 66 3 e 71 8 O volume percentual da popula o idosa regis
265. da Silva e Ant nia Maria eram pais do oficial de carpinteiro Desid rio Mendes da Silva que em alguns documentos aparece apenas referenciado como Desid rio Mendes como por exemplo no registo do seu casamento ou seja apresenta o mesmo sobre nome de Ant nio Mendes Desid rio Mendes da Silva era natural da freguesia de C mara de Lobos morador nos Arrifes Cal ada do Pico na freguesia de S o Pedro do Funchal e sabia as sinar Casou a 29 de Agosto de 1767 com Ana da Assun o natural da freguesia de S o Pedro do Funchal 2 j vi vo faleceu a 18 de Julho de 1815 e foi sepultado na Igreja do Convento de S o Francisco no Funchal fez testamento sendo testamenteiro seu filho o carpinteiro Elisi rio A primeira refer ncia que temos de Desid rio Mendes data de 2 de Maio de 1767 quando de sempenhou o papel de testemunha juntamen te com Maria do Socorro representada por seu procurador In cio Gomes Jardim no baptismo de Quit ria filha de Manuel de Andrade e de Ant nia Maria Desid rio Mendes da Silva foi um dos repre sentantes dos mesteres na C mara Municipal do Funchal Constamos a sua presen a nos li vros dos registos notariais onde est registado algumas compras e empr stimos que realizou ou apenas como mera testemunha destes ac tos e ainda como padrinho testemunha em actos religiosos de baptismos e casamentos Teve pelo menos 12 filhos todos baptizados na Igreja de S o Pedro do Funchal loc
266. da da Escola de Artes e Of cios 1923 1934 e na Filarm nica Acade mia Musical de Instruc o e Recreio tamb m conhecida por Banda do Sr Crispim 1934 Di rio da Madeira 21 de Fevereiro de 1929 poss vel que Eduardo dos Passos corresponda a um antigo exe cutante da Banda Municipal do Funchal O Jornal 27 de Junho de 1940 Alberto Bernardo Pereira era natural da freguesia da Ponta do Sol onde ter nascido em 1915 no s tio do Lemes Era filho de Ant nio Bernardo Pereira e de Ma ria Augusta da Luz No dia 22 de Junho de 1940 numa altura em que tinha 25 anos e acumulava as fun es de empregado do Club Recreativo Pontasolense com as de regente da Banda Municipal da Ponta do Sol viria a fale cer v tima de uma queda O Jornal 17 de Junho de 1947 Francisco Fernandes da Silva J nior era natural da fre guesia de C mara de Lobos onde nasceu no dia 14 de Abril de 1894 e onde faleceu aos 88 anos no dia 26 de Agosto de 1982 Era filho de Francisco Fernandes da Sil va e de Idalina Adelaide da Silva neto paterno de Jos Fernandes e de Maria Joaquina e neto materno de Lu s da Silva Henriques e de Maria Constan a Sousa Casou em C mara de Lobos em 1920 com Maria Isabel Jardim de quem houve descendentes Foi durante cerca de 50 anos entre Novembro de 1916 e 1967 regente da Banda Municipal de C mara de Lobos Em 1916 antes de ocu par como titular a reg ncia da Filarm nica Recreio dos Lavradores apesar de
267. da meya porta seis ta loucos uma fechadura dois ferros pedreiros tudo por 10 100 rs A sacristia contar no seu interior com um vestu rio de cinco palmos de largo e cinco de alto feito de tabuado de castanho repartido em panos com molduras de nogueira preta e com cimalha por cima de nogueira A grade do arm rio se far com a madeira do alpendre da igreja velha e para a soleira h de servir a madeira de um dos frixais do mesmo alpendre O arm rio ser forrado em todo o seu comprimento com tabuado de castanho aberto a cantil e soalho tamb m de castanho aberto a cantil e fasquia do Os aros e fundos das gavetas ser o feitos de t bua de castanho com trinta e cinco palmos na fronteira e sextavado nos dois cantos Ser feito ainda um estrado ao p do vestu rio de tabuado de castanho Nos dois cantos da sacristia e ao lado do vestu rio ser o constru dos dois arm rios de no gueira preta com nove gavetas na fronteira al mofadas e molduras de nogueira tamb m preta Cada arm rio ter duas prateleiras As nove gave tas h o de ter 9 gualdas e 9 fechaduras e vinte e sete escudos de flores de lis com duas chaves que sirvam em todas as gavetas Cada um dos arm rios ter duas portas com quatro missagras cada um fechaduras com seus escudos estanhados e dois ferros pedreyros moda Ingleza Revista Gir o 24 O vestu rio e os dois arm rios madeiras pre gos lixas f
268. da os dois cadeirais Na sacristia lado da ep stola encontra se um arcaz paramenteiro que actualmente composto por um corpo nico em forma de mostrador com nove gavet es na horizontal e tr s na vertical totalizando vinte e sete gave t es todos com puxantes de metal trabalhado Sabemos que o or amento para a constru o da nova Igreja de Na Sra da Gra a feito a 2 de Maio de 1747 inclu a a feitura de um ves tu rio na sacristia com dois arm rios nos can tos e outro para a guarda dos c lices amitos e cust dias O vestu rio deveria medir cinco palmos de largo cinco de alto e trinta e cinco na fronteira Seria feito de tabuado de castanho repartido em panos com moldura de nogueira preta e ci malha de nogueira forrado de castanho aberto a cantil Sendo rematado nos cantos com dois arm rios tamb m de nogueira preta com nove gavetas na fronteira almofadas e molduras da mesma madeira As gavetas teriam cada uma gualdra fechadura e duas chaves que serviriam em todas as gavetas e vinte e sete escudos de flores de lis que corresponderiam s vinte e sete gavetas 9x3 Cada arm rio teria duas portas com quatro missagras cada um fecha duras com escudos estanhados e dois ferros pe dreyros moda Ingleza Este vestu rio com os dois arm rios madeira pregos lixas e ferragens custaria 68 000 rs O arm rio para a sacristia deveria medir seis palmos de alto e cinco de largo com palmo e m
269. da sacristia velha Ser o necess rios dois frixais metidos na parede que h o de pregar as cambotas para a volta redonda e que h de pregar o forro do camarim sendo a parte de cima forrada de tabuado Tudo custar 7 000 rs incluindo pregos feitio de assentar o trave jamento frixais grade lavrar a madeira fazer asnas tirar tabuado juntar e assentar Se gastar ainda em outros materiais 16 cambotas para o camarim que h de ser forrado de volta redonda 45800 rs 2 d zias de tabuado de pinho de casqui nha para o forro do camarim 14 000 rs 24 p s de pinho para a cimalha do cama rim 1 900 rs 30 p s de tabuado de pinho para a alqui traba e colaretes 1 200 rs pregos e feitio de serrar o tabuado aplai nar abrir de cantil fazer cimalha alquitra ba e colarete lavrar as cambotas e assen tar tudo em seu lugar 82000 rs 2 chapr es de castanho para os curvos em que se h de assentar a cimalha e feitio dos ditos 1 200 rs Na porta de acesso tribuna com oito pal mos de alto e tr s e meio de largo se gastar o uma m o de chapr o de madeira de pinho liso travessas grossas com seu aro tr s golfos e qua tro taloucos pelo pre o de 45500 rs que inclui ainda a fechadura ferragens madeiras feitio e de assentar A corredora que se h de entrar para o ca marim ser travejada e assoalhada com uma Revista Gir
270. dado Perante a resposta do mestre das obras reais o Provedor ordenou dar seguimento s obras visto n o ser contra os or amentos con tinue o supp na fatura da obra na forma da mes ma averigua o e or amt F 27 de Nove de 1756 O suplicante e fiador da obra capit o An t nio Richart Jervis de Faria pagou ao escriv o Domingos Afonso Barroso 19233 rs pela autua o certid es autos e despachos Interessan te referir que Ant nio Richart Jervis de Faria ti nha sido o fiador da primeira arremata o feita por Manuel Rodrigues da Costa a 30 de Junho de 1747 recusada pelo Conselho da Fazenda que mandou colocar novamente a obra em preg o A segunda arremata o data de 14 de Novembro de 1748 lan o ganho pelo mes mo arrematante e teve o mesmo fiador como prova o documento da segunda tranche de pa gamento executada a 18 de Junho de 1750 Durante a constru o da igreja em 1755 a 12 de Agosto o padre Manuel Borges de Alemanha apresentou protesto pela falta de comprimte com que foi constru da a Sachristia da dita Parochial em cuja obra se est trabalhan do e a deficuldade com que ficou para nella se collocar o Lavatorio or ado pedindo licen a para por conta da fabrica e do valor da obra q o arre matador havia do fazer se erigir hu cazinha para o tal Lavatorio com porta no sitio mais acomoda do Num documento enviado ao Provedor o vig rio constatava q m
271. de Lobos A P T Arquivo Paroquial da Tabua A R M Arquivo Regional da Madeira B M F Biblioteca Municipal do Funchal C E H A Centro de Estudos de Hist ria do Atl ntico C M C L C mara Municipal de C mara de Lobos C M M C mara Municipal de Machico Cx Caixa D G ARQ A N T T Direc o Geral de Arquivos Arqui vo Nacional Torre do Tombo D R A C Direc o Regional dos Assuntos Culturais Doc Documento E S F F Escola Secund ria Francisco Franco F C G Funda o Calouste Gulbenkian fl fls F lio F lios J G D A F Junta Geral do Distrito Aut nomo do Funchal J R P C Ju zo dos Res duos e Provedoria das Capelas Isff leia se faz favor Revista da Secund ria Francisco Franco mf mfs Microfilme Microfilmes p pp P gina P ginas Pre Processo R N Registos Notariais R P Registos Paroquiais rs R is S R E C Secretaria Regional de Educa o e Cultura S R T C Secretaria Regional do Turismo e Cultura NOTAS Bolseira pela S R E C Licen a Sab tica nos anos lectivos de 2007 2010 para a realiza o da Tese de Doutoramen to A Pintura Proto Barroca e Barroca no Arquip lago da Madeira entre 1646 e 1750 A efic cia da Imagem sendo bolseira do C I T M A para a mesma tese com conclus o prevista para Setembro de 2012 Ver Rita Rodrigues A Igreja de Nossa Senhora da Gra a Parte Contributos para a sua hist ria nesta revista
272. de Maio de 1934 casado com D Rita Eduarda Serr o Mota Aos 17 anos de idade numa altura em que exercia a profiss o de carpinteiro ingressa na Banda Distrital do Funchal onde inicia os primeiros passos na arte musical tendo sa do a tocar no ano seguinte no dia 22 de Junho No dia 2 de Abril de 1955 aos 20 anos de idade incorporado no ex rcito ingressando nessa altura na Banda Militar da Madeira Em 1956 concorre a cabo m sico e no ano seguinte a furriel Simultaneamente com a sua carreira de m sico militar tocou nalgumas bandas civis como m sico convidado Em 1958 j como sargento dirigiu a Filarm nica Uni o Calhetense entre 1962 e 1965 a Banda Nova da Ribeira Brava e entre 1965 e 1968 a Filarm nica do Faial Em 1972 aceita o desafio do padre Martinho para assumir a responsabilidade art stica na funda o da Banda Paroquial de S o Louren o tendo contudo abandonado essa tarefa a poucos meses da sua apresenta o p blica em virtude da sua coloca o em Luanda para onde partiu no dia 2 de Julho de 1973 e onde esteve at 1975 como de subchefe da Banda Militar local Na altura da sua sa da para o Ultramar haveria de deixar n o s a reg ncia da Banda Paroquial da Camacha mas tamb m a reg ncia da Banda Municipal de C mara de Lobos e da Banda de M sica da Pol cia de Seguran a P bica De regresso Madeira viria a reassumir a reg ncia da Banda Municipal de C mara de Lobos e onde haveria d
273. de N brega privil gio por ser j mes tre encartado ganhava apenas 50 rs dia e o mestre pedreiro Jos dos Reis 300 rs dia Para a execu o do sacr rio foram consu midos chapr es de castanhos comprados a Revista Gir o 78 Francisco da Costa travessas grossas t buas de pinho missagras pregos tachinhas tendo sido pagos diversos carretes transportes e fretes entre o Funchal C mara de Lobos e Estreito e vice versa Como podemos observar Ant nio Mendes deveria ser mestre experiente talvez em fim de carreira pois auferia de um bom ordenado comparativamente com o de Est v o Teixeira de N brega Pelos documentos consultados nos registos paroquiais e notariais do Arquivo Regional da Madeira constatamos a presen a de um Ant nio Mendes da Silva natural da fre guesia de S o Pedro do Funchal filho de Paulo Mendes e de Maria do Ros rio da Cruz estes naturais da freguesia da S do Funchal que casou com Ant nia Maria natural de C mara de Lobos filha de Jo o Rodrigues do Alimo e de Josefa Maria naturais da freguesia de C mara de Lobos em 1746 na Igreja de S o Sebasti o C mara de Lobos Julgamos ser este Ant nio Mendes da Silva o entalhador a operar na Igreja de Na Sra da Gra a face aos nomes e datas ca samento constru o do sacr rio e o facto de ser pai e av de carpinteiros que como sabe mos nesta poca continuavam os of cios entre os descendentes Ant nio Mendes
274. de S Tom Meliapor 1805 1820 diocese portuguesa na ndia O texto em latim desta consagra o assinado pelo Prelado e la crado encontra se colado no Livro do Tombo das propriedades foros juros e pens es da Igreja de Nossa Senhora da Gra a confrarias altares ermidas a ela anexas fl 452 perten a do Arqui vo Paroquial do Estreito de C mara de Lobos D Frei Joaquim de Meneses Ata de de Or nelas bispo de Meliapor como conhecido encontrava se na Madeira exercendo as fun es de vig rio apost lico e pregador pois en tre 1811 fim do bispado de D Lu s Rodrigues Vilares e 1817 in cio do episcopado de D Jo o Joaquim Bernardino de Brito a Madeira esteve vacante Encontramos duas pastorais de sua autoria em 1812 e 1813 tresladadas num livro de visita o da Igreja Matriz do Porto Santo e v rias vezes citado na Miseric rdia do Funchal entre 1815 e 1818 onde desempenhou o cargo de provedor Deixou nos ainda uma interes sante vis o cr tica sobre o povo madeirense costumes tradi es comportamentos viv n cias etc como uma descri o pitoresca de lu gares s tios caminhos casas palacetes jardins e ainda o testemunho sobre o patrim nio de igrejas e capelas aquando da sua visita s igre jas da costa de cima da Madeira Em 1818 Francisco de Paula Medina e Vas concelos publicou um livro de poemas edi tado em Londres Georgeida Poema Dedicado ao Illustri
275. de a Idade M dia A Virgem reco nhecida como a m xima express o da castida de comparada nas Sagradas Escrituras com a brancura e beleza da a ucena Pela legenda embora incompleta e a composi o iconogr fica composta pela figura da Virgem na parte superior sendo o espa o inferior ocupado com uns vasos dourados parece nos remeter para a Ep stola aos Romanos 9 21 que pretende dife renciar o bem e o mal condenando o pecado E mais uma vez representou o pintor um texto b blico legenda com um elemento simb lico da litania e da ladainha vaso Na faixa inferior encontra se um tela repre sentando Cristo no Horto XX em que Jesus re cebe comunh o de um anjo seguido de uma tela estreita e alongada representando a Euca ristia Bernes 1909 com a legenda Laudis ejus plena est terra Hab 3 mas como j referimos duvidamos desta autoria e data A Adora o dos Pastores cena narrada por S Lucas Lc 2 1 21 foi tema comum da pintura religiosa p s trento embora remonte ao s culo XV o in cio da sua representa o A tela integra da no conjunto das pinturas da capela mor da Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos representa uma cena comum desta tem tica com a Virgem abrindo o pano reve lando o Menino o ber o de madeira coberto de palha os pastores trajando humildemente como camponeses S Jos apoiado no bord o todos ajoelhados Ressalve se um cordeiro vivo aos p s do
276. de canta ria lavrada e assentada custar o 1479600 rs O cimalh o do frontisp cio levar cento e quarenta e quatro palmos de cantaria rija pelo custo de 86 400 rs e a falta que houver na can taria do simalh o para cobrir toda a grossura da parede se h de encher com lajeado velho da igreja argama ado com betume feyto com cal e azeyte que custar 3 000 rs Levar ainda uma cruz no frontisp cio da igreja em cima do cima lh o feita de pedra rija com seis palmos de alto e com seu p de cantaria rija feito em forma de represa pelo valor de 15 000 rs ainda apresentado or amento para can taria destinada a antos colaretes e capit is sendo o material para estes ltimos de 335000 rs Dois degraus de bucel para os dois altares colaterais com doze palmos de comprido e de largo cada um por 4 000 rs e cantaria para o degrau do cruzeiro no valor de 145000 rs Ser o colocadas na igreja quatro pias de gua benta no valor de 14 000 rs uma na por ta principal feita de concha com dois palmos e meio de comprido e dois de largo duas nas portas travessas tamb m em forma de concha mas mais pequenas cerca de 1 3 e outra igual a estas ltimas para a porta da sacristia A capela maior medir cinquenta e dois palmos de comprido por trinta e um de largo no v o tendo os alicerces dos lados cinquen ta e sete palmos cada um cujo custo ser de 160 320 rs As duas paredes dos lados da cape la
277. de carpinteiro que era afinal o Mestre das Obras Reais elaboraram uma car ta de avalia o da casa do Reverendo Vig rio do Estreito de C mara de Lobos Os materiais foram avaliados em 334 362 rs referentes a paredes de pedra e barro e telhas e 2175300 rs respeitantes a arma es escada soalhos portas janelas arm rio travejamentos forros e frontais Sendo a soma total de 5513662 rs Assi naram os referidos mestres Para a constru o da nova igreja e de acor do com o menor lan o era necess rio tomar 19485900 rs das terras do passal e 5519672 rs pela avalia o feita casa do vig rio que seria desmanchada e aproveitado o respectivo ma terial A pr pria igreja contribu a com 646 572 rs sendo o resto suportado pelos sobejos do almoxarifado s como se v pelo despacho do Conselho da Fazenda de 5 de Mar o de 1748 Esta informa o foi transmitida ao vig rio Ma nuel Borges de Alemanha que assinou Mas com o terramoto de 1 de Abril de 1748 a casa do vig rio ficara muito arruinada desfa zendo lhe muita da sua cantaria madeira e telha que se achav o no tempo da avalia o que se fez antes do tal terramoto vindo no conhecimento sendo muito attendivel o dito lan o a favor da Real Fazenda por isso todos os interessados arrematadores desistiram No entanto proce deu se ao acto de arremata o da mesma cum prindo o estipulado que vinha de 1747 Acto de arremata o da casa de que se trata
278. de popula o jovem a qual consti tu a 25 0 da sua popula o total embora em valores absolutos este montante fosse pouco significativo Contudo em 2001 a diminui o do peso deste grupo para 17 2 transformou Porto Moniz num dos concelhos mais envelhe cidos da Regi o superado apenas por Santana e Funchal Deste modo Porto Moniz foi o con celho que numa d cada perdeu mais popula o jovem ou seja 7 8 valor apenas ultrapas sado pelo Porto Santo Este concelho foi o que registou o menor acr scimo de popula o activa possuindo data dos dois Recenseamentos os valores de 58 3 e 59 5 respectivamente Embora em 1991 este fosse o segundo concelho da Regi o com menos percentagem de popula o activa o acr scimo entre os dois momentos censit rios n o foi suficiente para ultrapassar esta posi o Deste modo em 2001 Porto Moniz a circunscri o que det m a me nor percentagem de popula o activa de toda a Regi o O envelhecimento desta popula o tam b m not rio nos valores que estimam a percen tagem de idosos face popula o total Os va lores de 16 7 e de 23 3 registados em 1991 e 2001 fazem com que nos dois momentos censi t rios este seja o concelho do Arquip lago com maior percentagem de popula o idosa Face a este cen rio n o pois de estranhar que o n dice de Vitalidade tenha acrescido durante esta d cada de 67 4 para 135 9 Quanto ao R cio de Depend ncia do
279. dente par quia de S o Tiago uma das quatro par quias em que a freguesia do Estreito havia sido dividido por Alvar episcopal de 24 de Novem bro de 1960 A origem da sua denomina o tem a ver com a quinta do Jardim da Serra constru da no primeiro quartel do s culo XIX por Henry Vei tch no ent o denominado lugar da Serra Henry Veitch era natural de Selkirk Esc cia onde nasceu no dia 2 de Julho de 1782 Fale ceu no Funchal a 7 de Agosto de 1857 ficando sepultado no cemit rio ingl s pese o facto da tradi o o dar erradamente como sepultado no mausol u ainda hoje existente mandado construir por sua mulher na quinta do Jardim da Serra A sua fixa o no Funchal ter acontecido pelo ano de 1809 na sequ ncia da sua nomea o para o cargo de agente e c nsul geral brit nico na Madeira Ainda que toda a sua actividade quer como c nsul quer ainda como comerciante se centrasse no Funchal onde foi propriet rio de alguns edif cios que se destacavam n o s pela sua dimens o como tamb m pelo seu estilo arquitect nico viria a deixar marcas da sua presen a no concelho de C mara de Lobos Pouco tempo depois da sua chegada Madeira ter adquirido uma extensa proprie dade no s tio ou lugar da Serra na freguesia do Estreito de C mara de Lobos onde construiu uma quinta que inicialmente viria a ser co nhecida por Jardim tal era a riqueza e beleza do seu jardim mas a que rapidament
280. dez moios de cal de Lisboa a 39750 rs posto ao p da obra pelo pre o de 375000 rs Ser o necess rios mais vinte e cinco moios de areia do mar a 2 000 rs que posto ao p da obra custar o 535000 rs Pelo feitio das beiras telhados espig es algerozes feitos pelos serventes de oficiais ar gamassar as telhas em cima das empenas ser o pagos 57 000 rs Revista Gir o 20 O campan rio sineira e muros roda da igreja fazem ainda parte do or amento de pe draria O campan rio ser feito sobre a parede da ilharga da casa da pia a qual vem de baixo com a grossura de quatro palmos e h de engalgar em altura de 16 palmos e sobre esta h de levar um corte para descansar o frixal e do frixal para cima h de levantar a parede 4 palmos de alto para assentar a sineira A escada para subir ao campan rio ter dezasseis degraus feitas de lajeado e alvernaria com mainel tudo chispado e rebocado pelo valor de 70 000 rs A parede da sineira ter de comprido dezas sete palmos e meio de alto dezasseis e tr s de grossura pelo pre o de 39 000 rs Ser feita de cantaria rija com cimalha da mesma pedra que depois de lavrada e assentada custar 36 000 rs A constru o dos muros volta da igre ja incluindo aberturas de alicerces custar 1 2238 200 rs o que corresponde a uma parcela significativa do or amento da reedifica o da igreja de Na Sra da Gra a Medir o os muros du zentos
281. dicionada assinatu ra de um acordo entre a C mara Municipal e a Banda Como contrapartida pelo novo esta tuto a Banda Municipal da Ribeira Brava com prometia se a dar concertos p blicos nos dias 2 de Abril dia correspondente ao anivers rio natal cio do Visconde da Ribeira Brava e delibe rado pela C mara da Ribeira Brava como feriado Municipal 14 de Agosto 5 de Outubro e 1 de Dezembro Relativamente ao feriado municipal este a partir de Junho de 1939 passaria a ser comemorado anualmente a 29 de Junho dia da festa em honra de S o Pedro motivo porque tamb m a actua o da banda prevista para este evento sofreria a correspondente altera o A prop sito da funda o da Banda Muni cipal da Ribeira Brava a Voz da Madeira na sua edi o de 10 de Agosto de 1957 refere que a 29 de Julho de 1916 apareceu na vila da Ribeira Brava um grupo de m sicos de instrumentos de f lego o qual havia de tornar se mais tarde na actual Banda Municipal Foi acolhida com gerais manifesta es de sim patia tanto mais que desde h muito se aspirava por ter um agrupamento daquele g nero atentas as di ficuldades de transporte para as bandas cong neres do Funchal que habitualmente em dias de arraiais se subdivide por diversas freguesias da ilha Revista Gir o 141 ographia Museu Vicentes Jo o Joaquim de Faria Jo o Joaquim de Faria era natural da freguesia da Ponta de Sol onde nasceu no dia 29 de Mar
282. dio que um peixe estranho havia sido pescado na Madeira meteu se no primeiro avi o para o ver E queria ouvir a vers o de Norman sobre a captura do scapanorhynchus o peixe que ele A segunda foto colorida sobre C mara de Lobos vendo se na mesma v rias embarca es com todos os aparelhos de pesca e v rios pescadores num momento de descontrac o e os seus amigos haviam pescado O Professor disse ainda que o peixe era um exemplar rar s simo e estava em ptimo estado e ofereceu se para o comprar pois era um f ssil vivo Norman num momento de reflex o sentado no calhau junto a um barco que tinha vindo superf cie devido agita o mar tima provocada pelo maremoto De pois iria ao Funchal comprar formol e passar pelo museu das ci ncias naturais para pedir ajuda a um assistente especializado O icti logo perguntou a Norman quanto que ele queria pelo peixe mas este deixou isso ao crit rio do seu interlocutor Virando se para Nicolau o escoc s perguntou como se cha mava o seu pai ao que este respondeu Lu s Novelo E foi neste nome que foi passado um cheque em libras esterlinas que depois de feito o c mbio no Banco de Portugal daria para comprar tr s novas redes de pesca e ain da sobraria dinheiro O romance termina com o desfecho das intrigas que se desenrolam no Funchal para lelamente captura deste peixe raro com o aprisionamento de um traficante de droga que agia em
283. do a acabar a d obra e como a elles supp por dezarmar a iran a sic do d seo Marido e Pay tocou acabar a mesma obra mostrala completa se lhe he necesr por em de pozito a quantia de 110 861 valor respectivo do Campre o qual se n o fes por hordem de m em aten o ao requerimt do Rd Vigre da m s ma freg por querer fazer em seo lugar hua torre pedindo p ajuda della a p respectiva Aquando da vistoria feita respectiva igre ja a 4 de Novembro de 1771 verificou se que achando se o Campanario daquella Igreja por se fazer conforme recomenda o respectivo orsamt se declarou que a raz o desta falta consistia em que o mesmo Revd Vigr impedira a factura do d Campanayro com o fundamt e aten o de fazer e substituir em lugar delle com o seo legitimo valor e com as esmolas que pellos seus Freguezes podesse adquirir huma Torre para mayor segu ran a daquella Igreja junta qual era mais con veniente que o d Campanayro No or amento da obra da igreja o valor atribu do constru o do campan rio fora de 146 280 rs e os suplican tes queriam depositar apenas 110 861 rs para satisfa o da sua parte referente ao campan rio destinados aplica o da constru o da torre que h de mandar fabricar aquelle Rd Parocho Logo discordou o vig rio do valor oferecido pe los herdeiros do fiador O padre Manuel Borges de Alemanha res pondeu ao Provedor a
284. do arquivo pa roquial mas centrando se essencialmente nos s culos XIX mapas com os rendimentos pens es e despesas e XX lamentando a pobreza da par quia Assinou o documento a 17 de Dezembro de 1960 Infelizmente apesar das nossas insist ncias desde princ pios de 2010 quando o Dr Manuel Pedro nos desafiou a escrever a hist ria desta igreja depois de termos confessado que possu amos j material relevante rastreado nos arquivos Torre do Tombo Tribunal de Contas Regional da Ma deira e Diocesano do Funchal n o nos foi permitido o acesso a este arquivo paroquial que se revela ainda bas tante rico Agradecemos ao Padre Jos Lu s Sousa que em Agosto de 2011 permitiu a consulta de algum ma terial no entanto revela se muito tarde para a data da presente publica o mas fica o compromisso de conti nuarmos o nosso trabalho de forma a construir correcta e completamente a hist ria desta par quia at porque se aproxima a comemora o dos duzentos anos da sua consagra o Gaspar Frutuoso Ob Cit p 93 Correc o afirma o de Gaspar Frutuoso e huma fre guesia que se chama o Estreito de at trinta fogos cuja igreja he de Nossa Senhora do Rosario Outro erro encon tra se no texto de Frei Agostinho de Santa Maria impres so em 1722 quando refere que Outro quarto de legoa adiante depois da Ribeyra dos Acorridos fica o lugar de Camera de Lobos que ter duzentos visinhos em hum
285. do camarim 42 400 rs 1 porta para a corredora do camarim feita com a cantaria da janela do frontisp cio da igreja velha 1 500 rs corredor e escadas do camarim feitos da cantaria da porta da sacristia velha 1 500 rs Por este or amento fic mos a saber que a igreja teria um p lpito com duas portas de can taria rija sendo uma em baixo e outra em cima com oito palmos de alto e quatro de largo cada uma A porta de cima teria cimalha e colarete e seriam gastos quarenta e oito palmos de canta ria para as duas portas chegando o custo total a 14 800 rs No p lpito e no que concerne ainda obra de pedraria ser o gastos 13 440 rs nos alicerces e paredes e 34 280 rs por mais pare des e escadas Apresenta ainda o custo de dois tabuleiros lajeados um em baixo e outro em cima feitos com lajeado da igreja velha por 15 000 rs e Revista Gir o 19 uma janela executada com a cantaria da jane la da casa da pia baptismal tamb m da igreja antiga custando apenas 1 000 rs Estas obras n o est o expl citas se pertencem ao camarim ou ao p lpito Toda a igreja ser lajeada O lajeamento do corpo da igreja custar 445000 rs sendo neces s rios 2 218 palmos de lajeado e na capela mor se gastar o mais 755600 rs Os cento e setenta e quatro palmos de lajeado para o baptist rio do altar maior abatido j o lugar que fica debaixo do altar e retabulo custar o 24 000 rs enquanto na sacristia se gastar
286. do camponesa visto que as principais actividades s o a agricul tura e a cria o de gado Em todas as freguesias deste concelho ex cep o de Ribeira Brava predomina essencial mente a agricultura Apenas a freguesia de Ri beira Brava conseguiu suplantar a import ncia desta actividade mediante a implementa o de com rcio servi os e unidades hoteleiras As assimetrias s o not rias sobretudo nas zo nas altas do concelho onde nem todas as habita Revista Gir o 198 es possu am nesta data gua pot vel nem sane amento b sico No entanto de salientar o facto de todas beneficiarem de um Centro de Sa de No que respeita ao sector prim rio o valor de 16 4 relativo a 1991 constitu a o terceiro mais reduzido do Arquip lago superado apenas por Funchal e Porto Santo Transcorrida uma d ca da apesar do decr scimo registado neste sector que se cifrou em 6 1 a posi o deste concelho alterou se Assim em 2001 Ribeira Brava passou a assumir se como o sexto concelho da Regi o onde este sector de actividade ocupava maior percentagem de popula o No entanto o facto de os terrenos se apre sentarem totalmente cultivados indicia que a agricultura continuava a ocupar um papel mui to importante nas economias familiares embo ra se assumisse como actividade laboral com plementar de outras ocupa es profissionais Ribeira Brava foi o concelho da Regi o onde o sector terci rio sofreu um maior cr
287. do da sublime arte que imortalizou Rossini Wagner Beethoven e outras estrelas de primeira grandeza no mundo musical Nos ltimos anos da sua vida Agostinho Martins organizou um sexteto com o seu nome Revista Gir o 160 Almanach de Lembran as Madeirense para 1908 p 164 partir de finais dos anos 20 princ pios nos anos 30 tamb m como Municipal Se umas vezes existem raz es para esse facto e h uma cor respond ncia directa entre a denomina o o per odo em que esta ocorre e a filarm nica em causa outras n o traduz mais do que a falta de informa o sobre a correcta denomina o da fi larm nica por parte de quem elabora a not cia Se a refer ncia palavra pontassolense n o passa de uma express o utilizada para vincar a sua sede e origem j as denomina es de Restaura o de Pr ncipe D Oldembourg e de Municipal constituem t tulos assumidos por esta colectividade musical ao longo da sua exist ncia Denominada inicialmente de Filarm nica Restaura o de Portugal em 1885 ter muda do a sua denomina o para a de Filarm nica Pr ncipe D Oldembourg como forma de reconhecimento pelo seu reequipamento instrumental feito a expensas do Pr ncipe Nicolau Frederico Augusto d Oldembourg Efectivamente a 2 de Outubro de 1884 por ocasi o de uma viagem mar tima efectuada no vapor D Lu s pelos portos da zona oeste da ilha ao desembarcar no cais da Ponta do Sol o pr ncipe Nicolau Freder
288. do solo not ria quer na variedade de esp cies vegetais bravias quer nos extensos pomares Embora com car cter artesanal mant m se ainda em funcionamen to algumas ind strias de cidra manteiga e queijo Em 1991 22 3 da popula o enquadrava se economicamente no sector prim rio 30 3 no sector secund rio enquanto que o sector terci rio com uma import ncia de 47 4 de tinha o quarto valor mais elevado da Regi o A esta circunst ncia n o alheio o facto do concelho de Machico possuir um dos maiores aglomerados populacionais do Arquip lago a cidade de Machico Transcorrida uma d cada o decl nio do sector prim rio enquanto actividade exclusi va foi bastante acentuado pelo que em 2001 Revista Gir o 183 apenas 7 3 da popula o se inseria neste sector Contudo o facto de os terrenos se en contrarem todos cultivados permite concluir que esta actividade n o foi abandonada mas se assumiu como complementar de outras Em 2001 o sector da transforma o passou a representar o terceiro valor mais elevado do Arquip lago embora j em 1991 o seu peso fosse significativo no total Regional A cria o de novos servi os centrados sobretudo na ci dade proporcionou o incremento do sector terci rio que neste per odo registou um au mento de 9 4 fazendo com que Machico de tivesse o quarto valor mais elevado da Regi o nesta rea laboral Ou seja em 2001 cerca de 56 0 da popula o do concelho inclu
289. docu mentos de que vay Index Desde 1710 at 1747 Caderno p 2 3 remete para o fl 7v texto dactilografado A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e invent rios 1733 1770 fl 172 Ibidem D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 975 mf 5380 fls 75 75v A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e invent rios 1733 1770 fl 172 D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 975 mf 5380 fls 74 75 Ver Paulo Ladeira e Rita Rodrigues A Igreja de Nossa Senhora do Estreito de C mara de Lobos Il Parte Contributos para o estudo do seu patrim nio art stico nesta revista A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e invent rios 1733 1770 f1 173v A P E C L Livro de entrada e sa da de dinheiro do dep sito come a em 1730 fl 123 224 A P E CL Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 244 Contas e invent rios 1733 1770 fl 172 Ibidem fls 172 172v 173 173v e 175 O patrim nio art stico desta igreja ser estudo em por menor por Paulo Ladeira e Rita Rodrigues nesta revista em Igreja de Nossa Senhora da Gra a do Estreito de C mara de Lobos Il Parte Contributos para o estudo do seu patrim nio art stico A P E C L
290. documenta o do fiador capit o Ant nio Richart Jervis de Faria mas n o sabemos a data precisa do seu falecimento Entrou depois a tomar conta da obra o mestre que julgamos tamb m pedreiro Est v o da Costa de cuja oficina dever ter sa do esta pe a O or amento feito em 1747 j previa a exis t ncia de um lavat rio feyto na forma que mos tra o risco que depois de lavrado e assentado e com chaves de metal custaria 425000 rs mas a coloca o deste na sacristia levantaria alguns problemas Durante a constru o da igreja em 1755 a 12 de Agosto o padre Manuel Borges de Alemanha apresentou protesto pela falta de comprimte com que foi constru da a Sachris tia da dita Parochial em cuja obra se est traba lhando e a deficuldade com que ficou para nella se collocar o Lavatorio or ado pedindo licen a para por conta da fabrica e do valor da obra q o arrematador havia do fazer se erigir hu cazi nha para o tal Lavatorio com porta no sitio mais acomodado Num documento enviado ao Provedor o vig rio constatava q foi or a da a sacristia della com quarenta e quatro pal mos de comprido e agora se acha principiada s com trinta e nove erro do m Manoel Roiz da Costa e q j agora n o pode ter remedio por estar metida naquella medida a janella q d luz capella mor cuja sacristia ficava assim mt desacomodada p o servi o da Igr e emba Revis
291. dou 199 000 rs pois j tinha recebido 100 000 rs Embora n o estejam indicados os consertos de duz se que fosse retelhamento da igreja porque o arrematador al m da verba indicada recebeu 1500 telhas dos Armaz ns Reais 2 Na verdade algumas telhas que cobriam esta igreja eram j muito velhas porque no or amento da constru o da igreja nova feito em 1748 cuja capela mor estava conclu da em 1756 tendo as obras se prolongado at 1772 previa a reutiliza o das telhas da igreja velha capela mor e sacris tia que datavam possivelmente das obras de 1692 No entanto entre 1756 e 1772 a igreja foi sempre retelhada aos poucos e em parcelas sempre verbas diminutas por isso pouco deve ria restar das antigas telhas Passado quase um s culo a igreja foi nova mente retelhada Na sua sess o de 17 de No vembro de 1897 a C mara Municipal de C mara de Lobos delibera apresentar uma representa o ao Rei solicitando a repara o do telhado e tec to da Igreja bem como exigindo a repara o da resid ncia paroquial adjacente igreja e que se encontrava num estado t o miser vel que nem parecia destinado a habita o Este projecto de repara o foi apreciado pelo Conselho Supe rior de Obras P blicas e Minas A casa de resi d ncia do p roco tinha sido edificada durante a constru o da igreja nova A velha resid ncia fora demolida em 1750 e em 1772 a vistoria para desobriga o do fiador deu por co
292. e data de um concelho com uma estrutura populacional fortemente desequili brada e em situa o de extremo envelhecimento O R cio de Depend ncia de Jovens registou tamb m um decr scimo de 37 4 para 25 0 entre 1991 e 2001 fruto da diminui o do gru po mais jovem Por seu turno o R cio de De pend ncia de Velhos aumentou de 22 9 para 31 7 nos dois momentos censit rios Indicadores de estrutura populacional de jovens 23 3 16 0 de activos 62 4 63 8 de velhos 14 3 20 2 ndice de Vitalidade 61 2 126 5 R cio de Depend ncia dos Jovens 37 4 25 0 R cio de Depend ncia dos Velhos 22 9 31 7 R cio de Depend ncia Total 60 3 56 7 Tabela 5 Evolu o dos indicadores de estrutura populacional por grandes grupos de idades no concelho de Santana no per odo 1991 2001 O crescimento deste ltimo indicador tra duz sobretudo o elevado peso assumido pela popula o idosa num contexto onde o acr s cimo da popula o activa foi bastante reduzido Os valores relativos ao R cio de Depend n cia dos mais Velhos alteraram no espa o de uma d cada a situa o populacional de Santana face aos restantes concelhos Assim enquanto que em 1991 Santana possu a um R cio de Depend ncia de Idosos com um valor interm dio relativamen te aos outros concelhos em 2001 deparamo nos com um acr scimo de tal modo significativo que este r cio era apenas ultrapassado por Porto Mo niz Calheta e S
293. e h o de ser feytas as paredes destes alicerces com cal de Lisboa e areya da terra da melhor que se achar ficando estes quatro alicerces com cento e trinta e uma bra as e oito palmos a oito mil Interior da Igreja de Nossa Senhora da Gra a no dia 15 de Agosto de 1959 reis bra a o que somaria o valor de um conto quarenta e oito mil e seiscentos e quarenta r is 1 048 640 rs As duas paredes do lado da igreja medir o de comprido cada uma delas cento e vinte e seis palmos e meio de alto quarenta e seis e de grosso tr s e meio fazendo ambas cento e cinquenta e cinco bra as e setenta palmos aba tidos os v os das portas janelas e arcos da pia que ser chispada e rebocada por dentro e por fora a oito mil reis bra a O pre o total seria de um conto duzentos e quarenta e cinco mil e seiscentos r is 1 245 600 rs A parede do frontisp cio ser de quarenta sete palmos de comprido quarenta e seis de alto e tr s e meio de grosso com a empena v o das portas e janelas somando trinta e uma bra as e dez palmos a oito mil reis bra a cus tando 248 800 rs A parede do cruzeiro medir quarenta e sete palmos de comprido quarenta e oito de alto e tr s palmos de grosso fazendo vinte e uma bra a e sessenta e tr s palmos me dindo a parede da empena e descontando o v o do arco a oito mil reis bra a custar 1735040 rs Foram projectadas tr s portas para a igreja uma porta principal e duas trav
294. e logo representado imberbe de cabe a coberta por uma touca tendo ficado a mitra colocada sobre uma das mesas simbolizando a sua elei o em 540 contra a sua vontade No ch o encontram se mais dois livros fechados Nicolau Ferreira apresenta preocupa es composicionais tentando focar o equil brio entre as formas e as cores O Santo encontra se ladeado no seu lado direito por um arm rio vermelho uma mesa da qual apenas se ante v uma por o do tampo com um livro e um tinteiro cer mico e no seu lado esquerdo por um longo cortinado azul outra mesa sobre a qual se encontra um pergaminho manuscrito e a mitra Tal como acontecia pintura que ante cede este S o Greg rio a de Santo Agostinho toda a indument ria rica com desenhos de brocados que o pintor esmerou na sua repre senta o detalhada mas falhando novamente nas dobras dos tecidos que incorrem em erros b sicos de modela o No entanto o manto e a mitra expressam um desenho cuidado O bi grafo de S o Greg rio foi Pablo Di co no que viveu no s culo VIII mas a vida do San to foi divulgada e popularizada por Voragine na sua Legenda Aurea publicada em 1260 Ap s a morte de sua m e Santa S lvia S o Greg rio abandonou a vida mundana transformou o seu pal cio em convento beneditino onde pro fessou e foi abade sendo patrono e protector dos s bios devido sua erudi o mas tamb m dos m sicos chantres e meninos do coro p
295. e turismo Em 1933 estas mesmas raz es ter o leva do ao que julgamos a uma nova tentativa de transfer ncia do cemit rio para outro local sen do este entre outros um dos melhoramentos pretendidos para serem realizados na freguesia do Estreito e que levou mesmo nomea o de uma comiss o de estreitenses presidida pelo Dr Juvenal de Ara jo com o fim de pugnar pe los interesses locais O Jardim P blico Depois de alguns anos votado ao abando no em 1937 o antigo cemit rio viria a dar lu gar a um jardim p blico concretizando se com a sua inaugura o ocorrida a 28 de Maio desse Revista Gir o 112 ano uma aspira o que a popula o local vinha defendendo havia algum tempo Em 1933 o seu ajardinamento j constava de um plano de melhoramentos que o p roco da freguesia juntamente com alguns paroquia nos entre eles Francisco Figueira Ferraz tinham elaborado e que haveria mesmo de levar o pre lado diocesano freguesia para se inteirar in loco do seu conte do Nessa altura previa se a remo o das ossadas e campas existentes no antigo cemit rio para o novo devendo o local ser ajardinado e bem cuidado de forma a ates tar aos vindouros o respeito e culto que se tri butam aos mortos Previa ainda o plano que a seguir a esse jardim deveria ficar a resid ncia paroquial com acesso ao adro desaparecendo a ent o existen te situada em frente do templo e convertendo se o espa o da r
296. e 29 de Janeiro de 1937 CMCL Sess o de 26 de Fevereiro de 1937 CMCL Sess o de 2 de Abril de 1937 CMCL Sess o de 23 de Abril de 1937 Livro de Verea es da CMCL Acta da sess o de 4 de De zembro de 1946 Livro de Verea es da CMCL Acta da sess o de 4 de De zembro de 1946 Livro de Verea es da CMCL Acta da reuni o de 5 de Fe vereiro de 1947 Pelo Decreto de 18 de Janeiro de 1871 autorizada a expropria o de uma parte do Passal da freguesia do Estreito de C mara de Lobos a fim de ser instalado um cemit rio p blico Tra os da Vida Camaralobense patentes no livro Enigme Mad re de L N Lavolle Duarte Miguel Barcelos Mendon a No ano de 1974 foi publicado em Fran a o livro Enigme Mad re da autoria de L N Lou ise N elle Lavolle pseud nimo da escritora H l ne Chaulet que teve a chancela da editora parisiense Editions de L Amiti inserido na co lec o Biblioth que de L Amiti Esta obra de 152 p ginas redigida em franc s e por muitos desconhecida encontra se ilustrada com cinco fotos a cores obtidas pela autora na Madeira duas das quais sobre C mara de Lobos e v rias ilustra es de P Harispe algumas representan BIBLIOTH QUE DE L AMITI ENIGME A MADERE LN LAVOLLE Capa do livro apresentando em primeiro plano um jovem que pelos seus tra os fision micos julgamos ser madeirense em representa o de Norman a personagem principal desta obra e em
297. e Alemanha de estar a tentar atrasar a obra e beneficiar das rendas e benfeitorias do passal Assim os paro quianos e o vig rio n o podiam terraplanar o s tio onde ia ser edificada a nova igreja O in cumprimento desta cl usula confirmado pelo pr prio mestre das obras reais obrigou ao Pro vedor Manuel Teixeira de Castro a emitir uma notifica o ao arrematador da obra da Igreja de Na Sra da Gra a para que num prazo de um m s fizesse demolir as casas que serviam de resid n cia aos vig rios para que fosse terraplanado aquelle sitio em que se h de fabricar a mencio nada obra e que n o dispusesse per sy ou por outra pessoa dos bens das benfeitorias de vinhas paredes corredores e latadas que se ach o no es pa o de terra de hum alqueire e meya quarta com semeadura destinada no passal do mesmo Reve rendo Vigario por parte do sitio da nova Igreja ordenando ainda ao juiz de C mara de Lobos a averigua o desta situa o Entre a participa o do vig rio feita a 17 de Outubro de 1749 e a fiscaliza o por parte do juiz decorreram cerca de tr s meses pois s a 1 de Dezembro que Manuel de Barros Braz o homem velho e de boa consci ncia procedeu sob as ordens e na presen a de Manuel Figuei ra de Freitas juiz daquele lugar avalia o das benfeitorias Nesta mesma data Manuel Rodrigues da Costa solicitou vistoria obra da igreja para que a Real Fazenda procedesse ao
298. e ainda deviam das obras 3 774 070 rs e sua pr pria bolsa 450 948 rs sendo devedoras das suas partes as confrarias de Nossa Senhora da Gra a e do Sant ssimo Sacramento pois todas as confra rias tinham contribu do com v rias tranches ao longo de mais de uma d cada Parte da d vida foi causada pelo padre Manuel Jos de Barros que tinha ficado a dever dinheiro igreja por apropria o indevida da verba ofertada por sua Majestade para esta emprei tada 4225814 rs e que corria em deman da tendo sido posteriormente paga pelos seus herdeiros e familiares padre Francisco de Barros por uma fazenda que arrematou 155 000 rs Alferes Jo o de Barros por umas benfeitorias na Achada entregou 525050 rs Alferes Manuel Nunes por uma caldeira que arrematou por 13 500 rs A 8 de Janeiro de 1788 o vig rio afirma que toda a d vida fora paga pelo sargento mor Francisco Policarpo de Barros pelos capit es Ant nio Francisco de Barros e Jo o Caetano da Silva por sua mulher Ana J lia todos sobrinhos e herdeiros do padre Francisco de Barros que foi herdeiro do sobredito padre Manuel Jos de Barros Nesta mesma data o vig rio Manuel Borges de Alemanha determina que devem ser abati dos 450 948 rs que gastei da minha algibeira para se poder acabar a obra os quais fa o de esmola Igr e nenhum herdeyro meu os po der arrecadar nem pedir Datou e assinou estes documentos Volvido quase meio s culo ap s a
299. e de F A R M R P S Pedro Funchal Baptismos Lo 104 fl 75 De Maria foi padrinho Diogo Carvalhal de Ornelas Ibidem fl 108 v Clara Ibidem fl 133 v De Jos foram padrinhos Jos Ferreira e Joana Maria representada por seu procurador Manuel Jos da Cos ta Ibidem fl 183 De Francisco foi padrinho Francisco Ant nio de Sousa Ibidem fl 242 De Elisi rio foi padri nho Louren o Jos Ferreira Ibidem L 105 fl 4 v De Francisco foram padrinhos Joaquim de Sousa e Ana Ma ria Rosa do Esp rito Santo representada por seu procu rador o padre Francisco de Sousa Xavier Correia Ibidem fl 44 De Genov via foram padrinhos Jos Francisco de Vasconcelos e Maria do representada por seu procu rador Vicente Ferreira da Silva Ibidem fl 79 De Catarina foi padrinho o capit o Vicente Bernardo de Vasconcelos A R M S Pedro Baptismos L 106 fl 50 v A R M S Pedro Funchal bitos L 137 fl 55 De Joaquim foram padrinhos Joaquim Sp nola de Freitas e Meneses e Lu sa Rosa de Melo representada por seu procurador Joaquim In cio A R M S Pedro Baptismos L 106 f 129 v De Desid rio foi padrinho Francisco Justino de Matos A R M S Pedro Baptismos L 107 fl 38 ARM RN L 2258 fl 121 121 v Ibidem fl 128 128 v ARM R P S Pedro Funchal bitos L 143 fl 187 vo Elisi rio teve pelo menos dois filhos Margarida baptiza da a 29 de Fevereiro de
300. e lhe que ela escondia sandes de queijo debaixo da cama em vez de as comer enfiava ovos cozidos para dentro do sof ape sar de n o ser P scoa deixava o chouri o no frigor fico at ficar com bichos e aquecia dentro da embalagem de Styropor as refei es forneci das por uma firma at toda a casa se encher de fumo e cheirar mal Revista Gir o 132 Na manh seguinte Melancholie vai tomar banho na piscina do hotel brinca com o papa gaio do Restaurante Tropical igualmente no n mero 306 da Estrada Monumental prepara o pequeno almo o no apartamento e acorda a m e que n o sabe onde est Tem de lhe explicar v rias vezes tudo o que tem de fazer depois de se levar ir casa de banho tirar a dentadura e p la no recipiente com o produto de limpeza escovar os dentes lavar se de tr s arranjar o cabelo e vestir se Dirigem se ent o para o terra o do hotel onde G a de camisola e cal as compridas se deita com trinta graus debaixo de um guarda sol como se tivessem aterrado no Alasca N o quer nadar n o consegue deitar se e n o se quer sentar na espregui adeira porque a acha muito dura Gostava de estender se sombra uma vez que debaixo do guarda sol est dema siado calor quer tomar caf apesar de ter ten s o alta e acaba por aceitar que Melancholie lhe v buscar uma garrafinha de gua mineral Depois de ter tomado a gua quer ir para outro s tio tem frio e precisa de ir casa de ba
301. e o frixal e a orelha do tirante pregadas com pregos coytais 25880 rs 29 d zias de tabuado de castanho para ta bicas e forro 1013500 rs pregos coytais para forro telhado 185000 rs lavrar os frixais fazer dentes lavrar a ma deira da arma o dos oliveis de juntar e assentar tudo 45 000 rs 18 d zias de tabuado de pinho de casqui nha para forrar por baixo 117 000 rs Revista Gir o 21 195 chapr es de pinho para a cimalha ao p do forro 15 000 rs 220 p s de tabuado de pinho de casqui nha para a alquitaba e colarete ao p da cimalha 8 000 rs 12 chapr es de castanho para os cur vos em que se h de assentar a simalha 5 000 rs 35 p s de chapr es de pinho para a mol dura q h levar as duas atacanicas junto parede 28000 rs Por feytio de lavrar e playnar e abrir de cantil o taboado do forro e fazer simalh o curvos e colaretes e as molduras junto s paredes tudo assentado em seo lugar 53 000 rs Pregos para o forro molduras e cimalh o 14 000 rs A porta principal da igreja com vinte quatro palmos de alto e doze de largo no que concer ne obra de carpintaria ser feita de madeyra do Brazil liza com quatro postigos dous em baxo que h o de abrir e dous em sima fechados prega dos com quatro aldabagatos em cada hum e os fexos dos ditos postigos h o de ter hum Redondo levantado e
302. e onde aprendera o portugu s que o falava muito bem para um estrangeiro e se vinha da Am rica N o deixa de ser curiosa esta pergun ta visto que muitos camaralobenses haviam emigrado para os Estados Unidos e os seus fi lhos eram fluentes na l ngua de Cam es Nicolau era filho de pescadores e o seu pai tinha um barco Conversa puxa conversa os dois tornaram se amigos e Nor man perguntou lhe se poderia acompanh lo pesca Este dis se que primeiro teria que pedir autoriza o ao seu pai que nun ca queria levar turistas para o mar mesmo que estes pagassem dizen do que n o era taxista mas pesca dor como S o Pedro que considera va a profiss o mais bela do mundo O camaralobense disse lhe que se quisesse ir ao mar teria de chegar vila num dia noite para acompanh lo e ao seu pai na pesca ao atum que deveria ser todo entregue no mercado do Funchal para onde j estava encomendado No seguimento da sua conver sa Norman perguntou lhe o porqu daquela localidade se chamar C mara de Lobos e o seu interlocutor elucidou o di zendo que se devia aos antigos lobos marinhos ali existentes quando a ilha foi descoberta Nisto aproxima se de Norman um mi do a pedir lhe um es cudo para ele lhe contar a hist ria ao que Nicolau o repreende di zendo que ele devia Norman na ba a camaralobense observando atrav s de um mon culo a impressionante orografia do concelho Em segund
303. e ouro a 740 7229240 rs comiss o ao P Estev o Jo o de And de fazer estas encomendas 243542 rs despacho no Consulado e Portage 109120 rs rebati o de hua Letra para vir o ouro a tempo 5 250 rs 3 arrateys de sabbam ps lavar pinceis em toda a obra da capella 450 rs somava 9769022 rs3 Embora junto com a conta do sacr rio ou tras verbas diziam respeito pintura dos diver sos altares da igreja e da capela mor abateram se tintas alvaiada mo da pin c is que se gastaram no altar do Senhor Jesus 223042 rs abateram se tintas e mais coisas que se gastaram nos altares de S o Caetano e de S o Pedro 22 042 rs tintas que se gastaram no altar de Nossa Senhora da Salva o 15 620 rs tintas que se gastaram no altar das Can deias 159620 rs importou o ouro e tinta da capela mor 9003655 rs Revista Gir o 62 Mas quem foi Juli o Francisco Ferreira mestre entalhador homem de confian a do vi g rio Manuel Borges de Alemanha porque a seu pedido foi o primeiro arrematador da obra da Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos e autor da talha do ret bulo camarim e trono desta igreja embora sendo o risco de Jo o Ant nio Villavic ncio Juli o Francisco Ferreira foi um dos en talhadores que operou em diversas obras de gram tica barroca como executou outras que marcaram a transi o do Barroco para o Roco c n
304. e permanecer at 1980 dando a 13 de Julho de 1980 o lugar a Jos Ant nio Faria Dirigiu tamb m a Orquestra de C mara da Madeira e foi sub chefe da Banda Militar da Madeira Entre 1991 e 1994 foi regente da Banda Municipal do Funchal Foi professor do Conservat rio de M sica da Madeira e comp s v rias pe as musicais nomeadamente marchas alusivas aos anivers rios das bandas que dirigiu Revista Gir o 152 Abel Teixeira Mendes Abel Teixeira Mendes natural da freguesia do Porto da Cruz onde nasceu no dia 28 de Agosto de 1936 filho de Ant nio Teixeira Mendes e de Maria de Freitas Bas lio Desde crian a sempre teve grande gosto pela m sica tendo recebido os primeiros ensinamentos de seu pai que para al m de lhe ter oferecido um clarinete instrumento porque sentia simpatia lhe ensinou a tocar raj o e gaita de bei os Em 1956 aos do tinha 18 anos e j tinha resid ncia no Funchal ingressa como aprendiz de clarinete na Banda Distrital do Funchal onde depois vem a ser seu executante Em Abril de 1957 assenta pra a ingressando em Julho de 1957 como aprendiz na Banda Militar da Madeira onde atinge a patente de Sargento chefe Possui o Curso de Clarinete da Academia de M sica da Madeira Foi director art stico da Banda Nova da Ribeira Brava onde esteve 5 anos da Banda Distrital do Funchal onde esteve durante 14 anos da Banda da PSP de Macau durante 13 anos Actualmente professor da extens o do Porto
305. e se as sociou a palavra Serra ou seja a denomina o do local onde se encontrava implantada Desta associa o resultaria o ep teto Jardim da Serra que n o s viria a substituir a primitiva deno mina o de Serra por que era primitivamente conhecido o local mas tamb m viria a estar associada ao nome da quinta constru da por Henry Veitch A prop sito da sua denomina o inicial v rios estrangeiros que na primeira metade do s culo XIX visitaram a quinta do Jardim da Serra referem se a ela como Jardim Em 1834 John Driver em Letters from Madeira in 1834 identifica a como quinta do Sr Veitch chamada de Jardim Ainda que n o se saiba ao certo a data da constru o da casa nela existente julga se que ela possa ter acontecido antes de 1820 Com efeito em 1823 ela j existia uma vez que T E Bowdich naturalista ingl s que visitou a Madeira no l quartel do s culo XIX autor de Revista Gir o 125 Excursion in Madeira and Porto Santo during the Autumm of 1823 pernoitou nela e ficou mara vilhado com o seu jardim tendo at estudado algumas esp cies de plantas nele existentes Com a cria o da freguesia a op o do top nimo Jardim da Serra para sua denomina o viria naturalmente a se impor n o s devido ao peso hist rico patrimonial e tur stico a ele associado como tamb m ao facto de j ser utilizado popu larmente para denominar esta localidade Criada a freguesia do Jardim da S
306. econhece a filha acha que a sua enfermeira e trata a com cerim nia Demo ra algum tempo at voltar a si Pergunta cons tantemente se a filha lhe leva qualquer coisa a mal Depois de ter lavado a m e a filha deixa a na banheira enquanto prepara o pequeno almo o mas pouco depois G a grita que quer sair dali e que est a ficar sem gua Melancho lie ajuda a a sair da banheira seca lhe o cabelo com um secador e p e lhe leo no corpo Durante a refei o recome a o habitual di logo exasperante A velhota diz que n o tem fome n o quer ch de camomila mas Earl Grey Toma um golinho mas acha o quente demais e diz que queimou a l ngua A torrada parece lhe fria N o quer a man teiga Diz que est muito dura para p r no p o P e mel no p o mas levanta se imediatamente alegando que tem de ir casa de banho para lavar as m os pegajosas Melancholie quase perde a paci ncia Quando depois do pequeno almo o pede m e para vestir o casaco de l esta sorri pela primeira vez e pergunta o que v o fazer V o dar um passeio zona velha da cidade mas cus ta muito empurrar a cadeira de rodas A ilha n o tem condi es para deficientes Os passeios p blicos n o t m rampas e os ca minhos s o muito ngremes Ap s os primeiros metros doem lhe os m sculos dos bra os e das pernas e o suor escorre lhe pela face sua esquerda Melancholie repara na fila de arranha c us blocos feios
307. ector prim rio e a desloca o da popula o activa para o sector terci rio nome adamente a hotelaria Verificou se um r pido crescimento urbano bem como a abertura de novos eixos rodovi rios que permitiram o alar gamento da cidade at s zonas montanhosas circundantes Ocupando uma rea de 72 63 km2 e com uma popula o que diminuiu de 115403 ha bitantes em 1991 para 103961 habitantes em 2001 a divis o administrativa do concelho de Funchal estabeleceu se com a cria o de dez freguesias Imaculado Cora o de Maria Mon te Santa Luzia Santa Maria Maior S Gon alo S Martinho S Pedro S Roque Santo Ant nio e S Na zona baixa da cidade situa se a freguesia da S onde se agregam os estabelecimentos comerciais e os servi os de utilidade p blica en quanto as outras freguesias se estendem pelas encostas apresentando caracter sticas urban s ticas distintas conjuntos habitacionais rec m constru dos agrupamentos de casas gemina das e ainda grandes quintas O acesso ao centro da cidade encontra se assegurado por estradas ngremes e curvas cuja descida oferece uma panor mica geral so bre a ba a da cidade O Funchal o nico concelho da Regi o onde o sector prim rio praticamente inexis TA 1991 2001 Varia o Sectores de Actividade Em RE 06 as wo 2 Terci rio 76 4 79 6 3 2 Tabela 1 Distribui o da popula o activa do concelho de Funchal pelos sectores de actividade no
308. edraria quer de carpintaria A cimalha um elemento construtivo que remata superiormente a fachada e os muros de um edif cio ocultando o telhado ou um conjunto de molduras que subdivide uma pare de mas poder remeter para a moldura das portas ou ja nelas Pode ser ainda o remate do capitel ou da cornija Jorge Henrique Pais da Silva Margarida Calado Ob Cit p 94 Maria Jo o Madeira Rodrigues Ob Cit pp 83 84 Alisar alisares ou lisares revestimento de paredes ombreiras e folhas de janelas guarni o de madeira da parte interna das portas e janelas Jorge Henrique Pais da Silva Ob Cit Lisboa p 23 Couceira cou oeira faixa de madeira ou barra de ferro sobre a qual gira a porta e onde se pregam as do bradi as ou os gonzos ou seja a ferragem ou madeira sobre a qual dobram ou rodam as portas Maria Jo o Ma deira Rodrigues Ob Cit pp 97 e 147 e Jorge Henrique Pais da Silva e Margarida Calado Ob Cit p 181 Este pre o inclui colocar o resto do azulejo que sobrar na casa da pia baptismal Mainel pode ser refer ncia a um corrim o mas aqui pelos materiais dever ser uma travessa ou v o Jorge Henrique Pais da Silva e Margarida Calado Ob Cit p 226 Este pre o inclui tamb m o assentamento dos azulejos na sacristia V rias vezes indicado no or amento mas que dever re portar se tacani a consoante cada situa o construti va uma pe a de madeira que vai da cum
309. efeito em 18717 permanecendo propriedade da C mara ap s a sua desactiva o nos anos 20 e onde a 27 de Maio de 1937 esta havia chegado a implan tar um jardim p blico Por outro lado no terreno agora cedido Igreja deveria ainda a C mara Municipal proceder constru o de umas arre cada es que substitu ssem as destruidas em consequ ncia do alargamento em causa Por volta de 1980 foi o seu piso at ent o em terra calcetado NOTAS 1 Constitui o do Arcebispado da Bahia 1707 Livro IV Titulo LIII Par grafo 843 2 Revista Brasileira de Hist ria das Religi es ANPUH Ano lll n 7 Mai 2010 ISSN 1983 2850 3 Decreto n 44220 de 3 de Mar o de 1962 Desde a pu blica o do Decreto de 21 de Setembro de 1835 que mandou que se estabelecessem cemit rios p blicos em todas as povoa es do pa s e culminou com penas graves ao p roco ou qualquer eclesi stico beneficiado que consentisse os enterramentos dentro dos templos t m sido publicados v rias disposi es sobre cemit rios umas em diplomas legais outras em simples instruc es dirigidas s entidades encarregadas da sua constru o manuten o ou pol cia Entre elas tem import ncia es pecial sob o ponto de vista da constru o de cemit rios as instruc es contidas na circular do Minist rio do Rei no de 16 de Dezembro de 1890 Na sequ ncia do Decre to n 44220 de 3 de Mar o de 1962 importantes altera es s o introdu
310. egi o para 19 7 em 2001 passando ago ra a assumir se como o quinto concelho com maior volume populacional de jovens No en Tabela2 Dimens om dia dos agregados familiares do concelho Machico no per odo 1991 2001 Dimens o M dia dos agregados familiares 833 0 7 Volume populacional HM 22016 21747 di 269 87 89 000123 a 325 15 32117 Tabela 4 Aspectos globais da popula o do concelho de Ma chico no per odo de 1991 2001 tanto n o podemos deixar de referir que esta varia o se cifrou numa perda populacional de 5 5 dos jovens face popula o total do con celho A percentagem de popula o activa au mentou de 65 2 para 68 8 pelo que o seu peso bastante significativo e apenas supera do pelos concelhos de Porto Santo e Funchal Esta tend ncia para o aumento tamb m caracterizou a popula o idosa cujo volume percentual face popula o total cresceu de 9 6 para 11 5 no per odo considerado o que sugere um aumento da esperan a de Indicadores de estrutura populacional 1991 2001 Tabela 5 Evolu o dos indicadores de estrutura populacional por grandes grupos de idades no concelho de Machico no pe r odo 1991 2001 res apresentados pelo ndice de Vitalidade que aumentou de 38 0 para 58 4 uma vez que diminuiu o volume do grupo mais jovem Quanto ao R cio de Depend ncia dos Jo vens a sua diminui o foi de 9 7 enquanto que o R cio de Depend
311. eia geral de s cios realizada em 18 de Fevereiro de Revista Gir o 147 Arquivo da Banda Recreio Musical Ribeirabravense CMRB Banda Recreio Musical Ribeirabravense esquerda Ant nio Joaquim de Faria seu primeiro regente 1912 foi criada nesta data a Filarm nica Uni o Musical Ribeirabravense tendo como seu princi pal impulsionador Francisco Ant nio Faria Foram outorgantes destes estatutos registados no dia 13 de Abril de 1912 na Secretaria do Governador Civil do Distrito do Funchal Francisco Ant nio de Faria Antonino Jos de Macedo Ant nio Joaquim Teixeira Jo o Augusto da Concei o Jos Sumares dos Santos Francisco Pestana de Ara jo Manuel de Ascens o Fernandes Manuel Nunes Jo o Ant nio Faria Francisco de Abreu Macedo e Manuel Ol mpio da Silva Esta colectividade estava sitiada na rua de S o Francisco e tinha por objec tivos criar e desenvolver recreios instrutivos tais como concertos soir s e outros recreios recreio dos s cios e instru o musical dos s cios que era de tr s tipos s cios propriet rios que deveriam pagar uma j ia de 10 mil reis seguida de 300 reis por m s caso n o fossem executantes sendo os nicos com possibilidade de assento nas reuni es da assembleia geral s cios subscritores e que pa gariam unicamente uma j ia no valor de seis mil reis e ainda s cios de m rito Em 1918 e em 1922 continuamos a en Revista Gir o 148 contrar Francisco Ant n
312. eio de fundo feito de chapr es e forrado tudo com madeira de castanho A fronteira se ria de nogueira com um arm rio em cima com duas portas de dois palmos e meio de alto com suas almofadas bem feytas missagras fechadu ras e dois ferros pedreyros por dentro moda Ingleza As gavetas seriam de nogueira preta com puxantes de metal Custaria este arm rio 16 000 rs 8 Na vistoria feita igreja a 4 de Novembro de 1771 os arm rios e vestu rios da sacristia tinham sido constru dos mas as ferragens n o estavam colocadas nas respectivas gavetas Por isso os herdeiros dos Jervis fiadores da res pectiva obra foram obrigados a coloc las num prazo de dois meses A data para a constru o deste arcaz deve situar se entre 1756 final das obras de pedraria desta igreja com conclus o e b n o da capela mor e que pela inscri o no lavat rio 1756 indica que a sacristia tamb m estaria conclu da e 1769 data que segundo as palavras do p roco as obras da igreja estavam quaze conclu das conforme or amento o que inclu a os respectivos arm rios Este arcaz embora trabalho de marcenaria poder ser obra executada sob as directrizes do entalhador Juli o Francisco Ferreira que em al guns documentos surge como oficial de marce neiro 2 e que nas datas acima indicadas ope rava nesta igreja Realce se que Juli o Francisco Ferreira faleceu em Junho de 1771 raz o pela qual poder n
313. elado da capela mor 8769550 rs camarim 93 000 rs sacr rio 75 400 rs ouro e tintas 9005680 rs q custou o pagamt aos pintores como se ve assima 1 333 200 rs Mas outros pintores douradores entalha dores carpinteiros e pedreiros estiveram envol vidos nesta campanha de obras revelando uma empreitada complexa dre a Nicolau de Lyra por 5 figuras do rema te do ret bulo 663800 rs dre a Agostinho Jos Marques pl duas figu ras do throno a 38000 rs palmo 6 p 185000 rs dre a Agostinho Jos Marques por huma figura q fez p o remate 228000 rs dre a Miguel Francisco por entalhar a d obra ret bulo em 8 dias 43450 rs dre a Ante de Agrella por entalhar na cid os floroys q est o nas m os do Anjos 600 rs 8 dias a Antonio de Agrella por entalhar o docel em casa de Jo o Ante a 450 talha do trono do camarim 3 600 rs dre a Juli o France pella talha do retabullo feita por ajuste 2909000 rs 595 dias a Juli o France de entalhar a obra do cama rim a 500 2979500 rs 109 dias a Juli o France por entalhar o trono do camarim a 500 549500 rs 104 dias ao seu disc pulo a 200 rs 209800 rs 36 dias ao mestre entalhador Est v o Tei xeira sacr rio a 350 rs 12 775 rs 51 dias ao m Antonio Mendes entalhador Revista Gir o 57 Igreja de Nossa Senhora do Estre
314. elho de Guerra e est registada a ordem para lhe dar ra o la ainda a lista dos presos Jos Marreiros inspe ado de n 2 Janu rio Soares soldado de n 13 Tim teo da Gra a Jos Rangido Manuel de Sequeira Jo oW Ana cabo do 2 Batalh o da Infantaria n 13 companheiros dos dois militares continentais condenados mas n o constam da lista dos r us embarcados para Lisboa o que se pressup e a sua absolvi o As sina Jos Maria Monteiro para lhe dar o compe tente destino Tinha sido dada ocorr ncia a 14 de Dezem bro do desacato praticado na Igreja de N Sra da Gra a e agora cumpria dar conhecimento do resultado das dilig ncias judiciais feitas pelo Juiz de Fora Dr Manuel Cirillo da Esperna a de Freitas que foi exactamente a que se desejava descobrio se a Prata roubada posto que j redu zida a piquenas barras e t o somente com huma diminuta differen a no seo p zo E por isso Na primeira embarca o segura ser o os criminosos remetidos para Lisboa gt Embora n o seja refe rido a fundi o da prata deveria ter sido obra do r u Francisco de Sales Rodrigues ourives O Governador teceu os maiores elogios Revista Gir o 39 ao Juiz de Fora que conduzio nesta dillegencia melhor que hum Ministro activo e zeloso do Real servi o Afirma que o Juiz apesar do in mero trabalho oficial foi muito r pido nas indaga es e c lere no processo
315. elos Revista Gir o 73 seus c nticos gregorianos Santo Ambr sio 340 397 baptizou Santo Agostinho condenou o Imperador Teod sio pelos crimes de matan a em Te sal nica e perseguiu os rabes patrono dos pedreiros apicultores e cerieiros Ni colau Ferreira na execu o desta pintura seguiu de perto a primeira tela de Santo Agostinho representando Santo Ambr sio de longas barbas com os seus atributos co muns b culo e mitra que se encontram so bre uma mesa juntamente com dois livros um aberto e outro fechado seguindo a lin guagem formal e crom tica das duas telas antecedentes apresentando nesta pintura algumas lacunas mais vis veis a n vel do desenho especialmente na anatomia das m os e do rosto da figura e repetindo uma modela o nas dobras pouco segura No ch o como acontecia com a tela de Santo Agostinho encontram se um livro fechado e uma folha manuscrita Do ponto de vista composicional o pin tor seguiu as mesmas directrizes colocan do o Santo num espa o interior tamb m com colunas cl ssicas e um pormenor de um cortinado vermelho encontrando se o mesmo sentado num cadeiral ocupando o centro do campo visual trajando uma in dument ria id ntica de Santo Agostinho Destacam se dois pormenores a parte do espaldar do cadeiral forrado a veludo ama gentado fixa com uma s rie de tachinhas douradas pormenor que se repetir na tela se guinte de S o Jer nimo e o recorte da
316. em 1674 ficara anotado que o Retabolo da capella maior est muito dinificado sic e o Rd vigario Lu s Gon alo Velho tem prometido hua Pintura que trouxe do Reyno Rd Vigre disse que a tinha pera esse effeito s Mas o mais certo ser o ret bulo executado pelo imagin rio Francisco Afonso da Cunha natural do Funchal que em 1686 confirmou a encomenda e pagamento pelos mordomos padre Bartolomeu Barreto pa dre cura Ant nio Amaro Nunes Pereira Si m o Gomes e Domingos Figueira Contribuiu para esta obra Gon alo de Faria com 30 000 rs p o retabollo de nossa Senhora De qualquer forma presentemente n o subsiste nenhum re t bulo talha ou pintura na referida igreja dat vel dos finais do s culo XVI ou do XVII Pela raridade documental deixamos aqui transcrito o documento assinado pelo imagi n rio Francisco Afonso a 24 de Junho de 1686 Revista Gir o 7 Digo Eu Frane Afon o da Cunha official de Ma gin m na Cide do funchal q he verdade q estou pago e satisfeito de oitenta mil reis q tan tos se obrigaram aos mordomos de nossa Sra da Gra a mandaram por hum Escripto q me fizeram por lhe fazer arco e retabolo da Sra na forma q trata o d escripto e por estar pago e satisfeito dos ditos oitenta mil reis e por ser verdade ro gai ao P Cura Antonio Cald Aldrama q este por mim fizesse e comigo assignase Na antiga igreja para al m da sua orname
317. em como o aumento da esperan a de vida o que significa que esta uma popula o com caracte r sticas de envelhecimento embora em 2001 os seus efectivos em idade activa ainda represen tassem um n mero bastante significativo NOTAS 1 Segundo o Recenseamento de 1991 2 Segundo o Recenseamento de 2001 3 Freguesia que se encontra dividida entre dois conce lhos Santa Cruz e Machico encontra se ainda ladeada por duas encostas Nas povoa es beira mar a pesca continua a ser a principal actividade econ mica embora as tarefas agr colas continuem a ser desempe nhadas simultaneamente A freguesia de Canhas localiza se junto Ponta do Sol e estende se do mar serra A ac tividade agr cola a principal fonte de subsis t ncia uma vez que os terrenos s o f rteis facto not rio pela abund ncia de ribeiros e de vege ta o A agricultura bastante diversificada em bora predomine a planta o de batateiras Neste contexto agr cola conjugam se v rios tipos de tarefas a giesta e o restolho s o carregados s costas pelas veredas e guardados em telheiros varas com cobertura de palha enquanto que o adubo das vacas transporta do para os terrenos lavrados A par dos traba lhos agr colas as mulheres dedicam se ainda aos bordados A Madalena do Mar situa se numa faj ro Mapa 1 Demarca o geogr fica do concelho de Ponta do Sol e respectivas freguesias chosa com escarpas alt ssimas Aqui
318. em 1758 e novamente por ordem do Conselho da Fazenda foi mandado fazer o risco do ret bulo do altar mor tribuna dourada e sacr rio O Marqu s de Angeia do Conselho de El Rei gentil homem de sua c mara e vedor da Real Fazenda fez saber ao Provedor da Fazenda da Ilha da Madeira que fora visto no Conselho da Fazenda o requerimento do padre Manuel Bor ges da Alemanha vig rio da paroquial de Na Sra da Gra a e que era preciso para se celebrar os of cios divinos fazer se ret bulo no Altar m r e tribuna em que se costuma expor o Santissimo Sacramento que tudo devia ser dourado e fazer se Sacrario Ordenava por isso ao Provedor que mandasse fazer planta e risco desta obra e Retabolo tam lizo de ornamento como pede a boa Architectura com seu ornato decente ou Architec tura pintada cor de perolas com as suas colunas fingidas de pedra e o Azulejo na altura de dez ou onze palmos e de tudo mandais fazer o or amen to e arremateis a pregam dando conta do ltimo lan o Assinado em Lisboa a 27 de Novembro de 1758 sendo o despacho do Conselho da Fa zenda de 24 do mesmo m s As orienta es estil sticas ficaram bem ex pl citas Retabolo tam lizo de ornamento como pede a boa Architectura As imposi es est ticas s o muito raras nos documentos que consult mos para a Ilha da Madeira e neste caso mar cam a entrada de uma nova linguagem decora tiva mais limpa e depurada distanciando se da est
319. em 1980 Em 1977 aos 23 anos de idade de executante passa di rector art stico da Banda Municipal de C mara de Lobos donde sai em 1986 Neste ano funda conjuntamente com alguns m sicos a Banda Orquestral de C mara de Lobos Os Infantes Dirige esta banda at 1991 altura em que assume a direc o art stica da Banda Municipal da Ribeira Brava Em 1998 assume a direc o art stica da Banda Mu nicipal do Funchal onde se mant m at sua morte Para al m da direc o musical Jos Ant nio Gon alves foi tamb m professor no Conservat rio de M sica e tem um sig nificativo n mero de composi es e arranjos musicais onde se destacam v rias marchas de anivers rio compostas para as filarm nicas por onde passou Participou em v rios cursos de forma o nomeadamente num curso do INATEL para regentes de bandas num curso internacional de clarinete e num curso de compositor de m sica para bandas Revista Gir o 146 Manuel Alexandre Freitas de Sousa Manuel Alexandre Freitas de Sousa natural da freguesia da Ri beira Brava onde nasceu no dia 24 de Abril de 1967 filho de Manuel Pereira de Sousa e de Maria Julieta de Freitas Iniciou a sua forma o musical aos 13 anos na Banda Municipal da Ribeira Brava Em 1986 ingressa como volunt rio na Banda Militar da Madeira Frequenta o Conservat rio de M sica da Madeira du rante 5 anos e entre 1988 e 1991 assume a reg ncia da Banda Municipal da Ribeira Bra
320. encontra se a representa o do Olho da Provid ncia Quer a representa o da madeira da moldura quer do grande cortinado vermelho que a envolve permite a leitura das formas tridimensionais que as comp em Num plano interm dio encontra se um altar de dois degraus forrado com pano branco rendado nas bordas sobre um frontal de altar padronizado Uma cust dia dourada de tipo port til com p repuxado e hosti rio cercado por duas faixas douradas sendo a ltima o sol disco circular com raios abertos encontra se sobre o altar As pinturas da capela mor sentido do altar mor para a porta da sacristia apresentam se circundadas por cartelas que funcionam como molduras criando ritmos visuais entre as pin turas de grandes dimens es alusivas vida da Virgem intercaladas com outras de dimens es menores representando alegorias e litanias No lado do Evangelho na faixa superior encontra se uma pequena pintura inserida numa cartela com legenda pintada Attollite Portas Principes Vettras PSalm Salmos 24 9 4 seguida da Anuncia o Bernes 1909 de maio res dimens es intercalada com outra pintura de pequenas dimens es tamb m com frase pintada Turris fortitudinis facie inimici P Salmos 61 4 rematando com Apresenta o da Virgem no Templo de dimens es iguais Anuncia o Sobre a janela que ilumina o altar mor encontra se uma pequena pintura seguida de outra que aparelha sobre a pintura lege
321. ent o vila com as suas casas brancas rodeadas de montanhas cobertas de bananeiras vinhas e pequenos campos que iam desde a beira mar at ao Cabo Gir o Para descer at ao calhau tomou a esca da dos pescadores e nesse momento foi rode ado por um grupo de crian as que lhe pediam Ao chegar pela primeira vez a C mara de Lobos Norman foi rodeado por v rias crian as que lhe pediam uma moeda Revista Gir o 118 um penny ou um escudo ao que ele gritou em portugu s que o deixassem em paz Perto deles sentada no portal de uma casa bordava uma ra pariguinha chamada Sofia Ao ouvi lo falar por tugu s disse aos mi dos que n o o incomodas sem porque n o era um estrangeiro Dirigindo se rapariga verificou que esta bordava um pequeno len o e perguntou lhe se era para ela Rindo se ela respondeu que n o pois trabalha va para uma casa de bordados tal como todas as mulheres dali Interrogando a sua idade esta respondeu lhe que tinha onze anos mas que j bordava desde os oito Quando estavam a con versar aproximou se outro rapaz que lhe disse que n o a distra sse porque ela estava atrasada Era o seu irm o Nicolau que tinha de levar um cesto de bordados para o Funchal Retomando o seu caminho Norman apercebeu se que por detr s de cada janela sob as cortinas levantadas havia uma mulher que bordava Ap s esta abordagem algo brusca Nicolau retomou o contacto com Norman e perguntou Ih
322. entanto ficaram ressalvados alguns aspectos que n o estavam de acordo com o or amento as paredes do corpo da igreja e da capela mor deveriam ser chispadas e rebocadas com areia da praia do mar o que n o se verificava pois tinham sido apenas rebo cadas com areia das minas da terra e que por ocasi o das grandes invernias hume deciam facilmente mas seria necess rio dar tempo ao tempo para saber se bastar ou n o bastar a casa da pia baptismal deveria estar for rada de azulejos at seis palmos de alto o que se n o observava no arm rio e vestu rio da sacristia n o ti nham sido colocado as respectivas ferra gens nas gavetas como nos arm rios dos cantos da mesma sacristia faltava inteiramente o campan rio A respeyto de tudo o mais se n o carece de alguma Provedencia e estando a casa da sacris tia completamente acabada fica o fiador deso brigado Perante estas observa es ficaram os her deiros dos Jervis obrigados a conclu rem a obra num prazo de um ano mas a aplica o das fer ragens nos arm rios da sacristia deveria estar satisfeita em dois meses Pelo que respeita ao azulejo em raz o de que lhe poder ser preciso mandalo buscar a Lisboa parece haver toler n cia de um prazo mais alargado No que concerne ao campan rio os herdei ros justificaram que n o tinha sido constru do conforme or amento por impedimento do vi g rio que queria mandar construir uma torre
323. ente ao encontrar em casa dos seus amigos holandeses um ladr o que caiu e morreu ao tentar arrombar a casa Fora de si espanca o falecido O seu amor por Patrick transforma se quase em dio Humilha e tortura constantemente o seu escravo H uma cena em que o marido tem de colocar a m o em cima da placa quente do fog o para provar que deseja realmente ter um filho Durante um passeio por uma capital europeia Scarlet ridiculariza o perante outros turistas enchendo lhe a boca de gelado fazen do com que fique todo lambuzado e amorda ando o depois com um len o Bibliografia Martin Gigi 1960 Geh vorbei wenn du kannst Schmi den bei Stuttgart Franz Decker Nachfolger 2 2 ed 1955 3 3 ed 1963 Martin Gigi 1960 Verliebt in Positano Hamburg Anta res G Hermann Preetz Holstein Ernst Gerdes Martin Gigi 1961 Das M dchen von nebenan Preetz Holstein Ernst Gerdes Martin Gigi 1981 Das Gezeitenkraftwerk von St Malo in Hitzer Friedrich Neumann Oskar Schuhler Conrad St tz Hannes eds K rbiskern Literatur Kritik Klassenkampf M nchen Damnitz n 3 1981 Thema Anders leben Martin Gigi 1983 Liebe gl sernen Fr chten gleich Frankfurt Main Olympia Press Martin Gigi 1988 Die Herrin Berlin Brigitte Grabitz Ikoo 3 2 ed 1991 Pullenreuth Brigitte Grabitz Ikoo Martin Gigi 1989 oder 1990 Rendezvous Roman Frauen schreiben Erotik M
324. ente protegidos das intem p ries O Cani al situa se no extremo oriental da Ilha numa eleva o de grandes penedos cos teiros sendo grande parte do solo constitu do por uma superf cie nua e rochosa Devido escassez de gua os solos s o ridos e a vege ta o constitu da por cani os Uma vez que a conjuga o destes factores n o prop cia actividade agr cola a popula o desta cir cunscri o dedica se essencialmente pes ca Estas condi es geol gicas t m votado o Cani al a um relativo isolamento not rio no diminuto volume populacional que sempre o t m caracterizado A freguesia de Porto da Cruz localiza se nas encostas a nordeste No seu sop assente na base de enormes penedos situa se o aglome rado populacional com uma pequena enseada Embora uma parte da popula o se dedique actividade piscat ria nos terrenos aplanados em socalcos sobressai o cultivo da vinha a que se associa a produ o de vinho Estas activida des continuam a desempenhar um papel sig nificativo nos rendimentos de muitos dos seus habitantes Descendo at ao mar a freguesia de gua de Pena localiza se num declive lateral da ba a de Machico Neste declive aplanado em socal cos suscept veis de cultivo a planta o de vi nha a par com outras culturas tamb m assume um papel relevante Santo Ant nio da Serra situa se numa re gi o plan ltica a cerca de 700 metros de alti tude Aqui a fertilidade
325. entificada e louvada como uma torre nas ladainhas Litania Lauretana A Apresenta o da Virgem no Templo repre senta a cena narrada nos textos dos Evangelhos Ap crifos e apresenta o sacerdote Zacarias homem de idade avan ada barbas brancas tra jando indument ria rica que se destaca das ou tras personagens pelos padr es e riqueza dos tecidos que no cimo da escada lan a os bra os para receber Maria representada ainda crian a Sacr rio da Igreja de Nossa Senhora da Gra a Talha dourada s c XVIII entalhadores Ant nio Mendes e Est v o Teixeira j aureolada mas de idade superior a tr s anos subindo sozinha os degraus simbolizando a sua entrega a Deus O pintor ali s como acon teceu com a maior parte das representa es a partir dos finais da Idade M dia e princ pios do Renascimento ignorou a hist ria e simbolismo optando por representar apenas dez degraus em vez dos quinze quindecim gradus que cor responderiam aos c nticos entoados pelo povo de Israel quando se deslocava a Jerusal m em peregrina o cantica graduum Santa Ana e S o Joaquim encontram se de p juntos aos primeiros degraus da escada estando a m e da Virgem de bra os abertos e m os indicando o caminho a tomar subir os degraus do altar do holocausto No lado oposto um grupo compos to por duas mulheres sentadas nos degraus equilibra a composi o tendo uma delas uma crian a ao colo No lado direito do sacerdote e c
326. erificadas nos sectores se cund rio e terci rio foram pouco significativas entre os dois Recenseamentos embora seja de salientar o facto de mais de 75 0 da popula o portossantense se inserir neste ltimo sector incrementado pelo turismo de car cter sazonal Conv m ainda referir que o sector terci rio ocu pava em 2001 o segundo valor mais elevado da Regi o sendo apenas superado pelo concelho de Funchal Embora o volume populacional tenha di minu do durante esta d cada o n mero de alojamentos registou um aumento Este facto parece nos justificado pelo facto de muitos re sidentes na Ilha da Madeira optarem pela cons tru o de uma casa de f rias na Ilha de Porto Santo J no que concerne dimens o m dia dos agregados familiares a sua diminui o de 3 6 indiv duos em 1991 para 3 2 indiv duos em 2001 surge enquadrada na tend ncia geral do 1991 2001 Varia o Tabela 1 Distribui o da popula o activa do concelho de Por to Santo pelos sectores de actividade no per odo 1991 2001 PORTO MONIZ PONTA DO SOL MAR DE LOBOS Mapa 1 Demarca o geogr fica do concelho de Porto Santo e respectivas freguesias Arquip lago Ou seja a dimens o m dia das fa m lias tende a diminuir como consequ ncia da adop o de medidas de controlo da natalidade Em 1991 as instala es de electricidade abrangiam a quase totalidade dos alojamentos situa o que era apenas ultrapassada pelo con celho de Fu
327. erra impu nha se identific la em termos her ldicos tendo sido escolhida a cereja como principal refer n cia Para esta op o foram tidos em conta fac tos como as cerejeiras ocuparem grande parte da sua superf cie agr cola tornando a cereja na produ o mais caracter stica e de maior valor econ mico as cerejeiras e as cerejas terem es tado na origem de dois importantes eventos de natureza promocional social e cultural a Festa da Cereja e o Grande Pr mio das Cerejeiras em Flor as cerejas terem sido o elemento identifi cador escolhido pelo movimento de cidad os aquando da implementa o do processo de ele va o do Jardim da Serra a freguesia e tamb m ao facto destes mesmos s mbolos j figurarem nos emblemas das institui es socioculturais da localidade que entretanto foram sendo cria das Revista Gir o 126 A proposta de ordena o her ldica do bra s o bandeira e selo da freguesia obt m parecer favor vel da Comiss o de Her ldica da Associa o dos Arque logos Portugueses em 17 de Agosto de 2004 e alvo de aprova o em sess o da Assembleia de Freguesia de 7 de Dezembro do mesmo ano No dia 9 de Dezembro de 2004 a Junta de Freguesia do Jardim da Serra torna p blica em edital esta ordena o her ldica A 23 de Dezembro de 2005 o mesmo assunto vem a ser publicado no n mero 245 III s rie do Di rio de Rep blica que descreve a ordena o her ldi ca da seguinte forma Bra
328. erragens e feitio custar o 68 000 rs Ser constru do outro arm rio dentro da sacristia para a guarda dos c lices amitos e cus t dias com seis palmos de alto cinco de largo e palmo e meio de fundo metido na parede da atacanica da parte da serra Ter o arm rio um aro feito de chapr es de castanho grossos e ser forrado por dentro com t buas de castanho Parece nos que este arm rio seria consti tu do por duas partes sobrepostas tendo sido necess rio entelhado o de sima para acomodar a Custodia A parte superior teria duas portas de dois palmos e meio de alto com suas almo fadas bem feytas missagras fechaduras e dois ferros pedreyros por dentro moda Ingleza A parte inferior com altura de palmo e meio teria dez gavetazinhas para os amitos e missais fei tas de nogueira preta com puxantes de metal Custaria este arm rio composto 16 000 rs Por cima da sacristia haveria outra casa para a qual seriam necess rios os seguintes materiais e obras 170 palmos de frixal para a casa 5 000 rs tirante que h de vir do corpo da igreja velha 4 quadrados de 19 palmos 4 pe as para 4 espig es 38 pe as de madeira de castanho 16 pe as de madeira para os oliveis se tira da madeira da igreja velha 6 d zias de tabuado de castanho para forrar por cima o travessado 21 000 rs a arma o ser feita de madeira aplainada e lav
329. es e com ba laustrada de cimento fixa ao soco e ao corrim o do mesmo material A entrada ao centro do re cinto do lado do adro da igreja com 3 metros de largura num rebaixamento de 1 metro e onde se colocou uma escada de cantaria com 6 degraus e numa largura de 6 2 metros O recinto para o jardim foi dividido em 8 can teiros por dois arruamentos centrais cruzados de 3 metros de largura e mais 2 laterais de 2 metros de largura com uma pequena rotunda ao centro al m de um outro arruamento com 2 metros de largura em todo o seu per metro Este jardim leva 18 bancos de madeira de 1 8 metros de cumpri mento colocados em reentr ncias projectadas nos referidos canteiros os quais canteiros s o de marcados por alinhamentos de pedras mestra mento com argamassa hidr ulica e os mencio nados arruamentos cal ados com pedra de meio tamanho da praia O local para a casa das retretes e urin is fa zia parte do antigo cemit rio local reservado aos querubins o qual aproveitou se os alicerces para se erigir as paredes de blocos de cimento de 20 cm de largura e pilares de alvenaria hidr ulica de 30 cm cada afim de suportarem o dep sito de gua projectado na cobertura Esta casa ocupa uma superf cie total de 41 6 metros quadrados e divi dida num compartimento para 4 urin is um ou tro para uma retrete com autoclismo e bacia das m os um outro para 3 retretes turcas e ainda um outro para arrecada o de ferramentas e alfai
330. escimen to ao longo desta d cada O seu aumento de 26 9 para 52 4 traduziu se em termos glo bais num acr scimo de 25 5 A este facto n o alheio o enorme desenvolvimento ao n vel comercial e a implementa o de muitos outros servi os que ao longo desta d cada passaram a beneficiar a sede de concelho Em contrapartida o sector secund rio com uma diminui o de 19 4 sofreu o maior de cr scimo da Regi o Ou seja de 56 7 em 1991 passou para 37 3 em 2001 z 1991 2001 Varia o Sectores de Actividade Tabela 1 Distribui o da popula o activa do concelho de Ribeira Brava pelos sectores de actividade no per odo 1991 2001 Embora em 1991 este fosse o concelho com maior percentagem de popula o inserida no sector secund rio o decr scimo verificado nesta d cada colocou Ribeira Brava como o segundo concelho da Regi o onde a actividade transfor madora era a mais acentuada passando o valor mais elevado a ser assumido por C mara de Lo bos Durante este per odo o n mero de aloja mentos aumentou embora paradoxalmente se tenha registado uma situa o de decl nio ao n vel da dimens o m dia dos agregados fa miliares Estes decresceram de 3 7 indiv duos em 1991 para 3 3 em 2001 certamente conse qu ncia da adop o de medidas de controlo da natalidade A conjuga o destes dois factores pressup e assim uma melhoria na qualidade de vida em termos habitacionais A implementa o de inst
331. esmo ano a Banda Militar onde permane ceu at a sua reforma e onde atingiu a patende de Major Foi regente da Banda Filarm nica do Faial e da Banda Muni cipal da Ribeira Brava Durante v rios anos foi presidente da Direc o da Banda Recreio Campon s nome Bello que em 1876 era seu regente Em 1904 encontramos Jos Feliciano Cruz que em 1909 ainda se mantinha frente dos seus desti nos art sticos mas j n o em 1911 altura em que surge na reg ncia da Banda da Ponta do Sol Entre 1909 e 1920 n o dispomos de infor ma o que nos permita fazer qualquer abor dagem sobre os regentes Tendo em conta os dados disponibilizados em 1957 pela Voz da Madeira poss vel admitir que Manuel Martiniano Rodrigues possa ter sido um deles Revista Gir o 144 Manuel Jo o Pereira Esteves Manuel Jo o Pereira Esteves natural da freguesia do Faial onde nasceu no dia 23 de Maio de 1943 filho de Manuel Pereira Esteves e de ngela Martins de Gouveia Teve o seu primeiro contacto com a actividade musical aos 14 anos quando entrou como aprendiz na Filarm nica do Faial onde saiu a tocar no ano seguinte Assentou pra a aos 18 anos como volunt rio ingressando na Banda Militar A par da carreira militar onde atingiria a patente de 1 Sargento fre quentou o Conservat rio de M sica da Madeira onde conclui o curso de Clarinete ingressando depois no seu quadro do cente Por volta de 1968 convidado para a d
332. essas Na porta principal com altura de vinte e quatro palmos e doze de largo seriam coloca dos dous degraos em baxo do bucel 2 que am bos fazem quarenta e tr s palmos a trezentos r is palmo lavrada e assentada que tudo cus tar 12 900 rs Ressalva o or amento que esta porta seria de cantaria rija como mostra o risco Somava at aqui a obra dois contos sete centos e vinte e oito mil r is 2 728 000 rs O mestre pedreiro Pedro Fernandes Pimen ta apresentou ainda uma lista de materiais para a constru o da porta principal 25 palmos de p direito lavrado e assen tado 135750 rs 22 palmos de pedra para a volta 12 100 rs para o fexo da volta da dita porta 750 rs Revista Gir o 17 Foto Perestrelos 20 palmos de pedra para os dous diaman tes lavrados e assentados 9 000 rs 16 palmos de pedra para alquitraba e co larete 3 79200 rs 18 palmos de simalha para a porta 15 000 rs 16 palmos de pedra para o sobrearco da porta 7 200 rs 15 palmos de pedra para receber os alicer ces 3 000 rs Por cima desta porta seria constru da uma janela com doze palmos de alto e seis de largo consumindo o seguinte material 10 palmos de pedra para as duas represas onde se h de assentar a janela 4 500 rs 36 palmos de pedra para assentar os dois p s direitos 128000 rs 1 verga de nove palmos e meio de com
333. esultante num passeio p bli co dotado de escadarias de acesso ao largo do Patim Em Janeiro de 1936 o projecto de ajardi namento do antigo cemit rio do Estreito de C mara de Lobos elaborado pela Junta Geral estava conclu do e seria remetido C mara Mu nicipal de C mara de Lobos para aprecia o Julgamos que se tratava de um projecto da au toria de Fernando da C mara datado de 15 de Abril de 1935 De acordo com a respectiva mem ria des critiva este projecto destinava se adapta o do antigo cemit rio da freguesia do Estreito de C mara de Lobos para um jardim com casa de retretes e urin is que a C mara Municipal de C mara de Lobos pretende fazer a fim de propor cionar ao povo que acorre quela freguesia e aos seus naturais um local onde possam estacionar por ocasi o de festas e arraiais que costumam realizar e ao mesmo tempo acabar com o ver gonhoso estado de coisas que se passam naque le recinto conspurcando todos os recantos com detritos e dejec es e tanto mais que naquele mesmo ponto passagem obrigat ria dos turis tas que pretendem visitar o interior da ilha como o Curral das Freiras Boca dos Namorados Jardim da Serra etc Como o local para o futuro jardim debru a se sobre o alto de uma ravina da ribeira que atra vessa aquela regi o olhando as terras e mar do poente projectamos uma varanda nos lados que ficam para aquela banda feita com pedestais com cavidades para plantar se flor
334. ex omni parte ten toria rii coloris et carbasini ac hyacinthini sustentata fu nibus byssinis atque purpureis qui eburneis circulis inserti erant et columnis marmoreis fulciebantur Lectuli quoque aurei et argentei super pavimentum smaragdino et pario stratum lapide dispositi erant quod mira varietate pictura decorabat As cortinas eram de pano branco verde e azul celeste atadas com cord es de linho fino e de p rpura a argola de prata e a colunas de m rmore os leitos eram de ouro e prata sobre um pavimento mosaico de p rfiro de m rmore de madrep rola e de pedras preciosas Palma Mart nez Burgos Garc a dolos e Im genes La con trov rsia del arte religioso en el siglo XVI espariol Vallado lid Universidad de Valladolid Caja de Ahorros de Sala manca 1990 p 92 Vaso espiritual rogai por n s Vaso honor fico rogai por n s Vaso insigne de devo o rogai por n s Ver Rita Rodrigues A Igreja de Nossa Senhora da Gra a do Estreito de C mara de Lobos Parte Contributos para a sua hist ria nesta revista A frase completa tunc preecepit et dixit mihi creator om nium et qui creavit me requievit in tabernaculo meo http www bibliacatolica com br 01 28 24 php consul tado a 25 09 2011 02 26h Outra tradu o Deitei ra zes no meio de um povo glorioso na por o do Senhor seu Patrim nio B blia Pastoral Lisboa Ed Paulistas 1993 p 972 A frase completa
335. faz refer ncia actua o da Banda do Pr ncipe d Oldenbourg para se referir fi larm nica pontasolense O pr ncipe d Oldembrugo faleceu a 20 de Janeiro de 1886 Di rio de Noticias 4 de Outubro de 1884 Pese o facto de na fonte donde extra da esta informa o constar o ano de 1884 tratar se de um erro uma 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 vez que os instrumentos nunca poderiam ter chegado antes da oferta o que aconteceu a 2 de Outubro de 1884 O Direito 5 de Dezembro de 1885 O Direito 5 de Dezembro de 1885 O Direito 5 de Dezembro de 1885 Di rio de Not cias 13 de Julho de 1909 Jornal da Madeira 3 de Agosto de 1924 cf Tb Jornal da Madeira 3 de Julho de 1924 e Di rio de Noticias 31 de Julho de 1924 S o outorgados por Agostinho Gon alves da Canha J nior Jo o Varela de Menezes scar de Freitas Pita Manuel Ant nio Jo o Teixeira Jos Alves Pita Ant nio Abreu Nas cimento Jo o Abreu Aleixo Ant nio Jesus Manuel Pereira Lu s Bernardo Pereira Agostinho Martins J nior foi um distinto m sico des tacando se como rabequista e violinista Era natural do Funchal onde nasceu em 1841 e faleceu a 9 de Abril de 1909 Aos dez anos de idade seu pai ensina lhe os primeiros rudimentos de m sica e pouco tempo depois torna se num dos disc pulos do violinista Agostinho Rubio Em 1877 fundou a Sociedade de Concertos Funchalense A este prop sito o Di r
336. ferro tabuado pregos e outros Ingradien tes necessarios as ditas obras como tambem as da fortifica o q tudo corre p faz de V Mag cujos g neros se compram em casa de mercado res e que muitas vezes na Alf ndega dizimam a fazenda porque os materiais acima declara dos s o arrematados em leil o aos mercadores que vendem depois a pre os mais altos encare cendo as obras das igrejas e fortifica es Possivelmente por considera o s adver t ncias feitas pelo Conselho da Fazenda em 1691 os or amentos para as obras da Igreja de Na Sra da Gra a foram feitos por dois conhe cidos carpinteiros da freguesia de S o Pedro Funchal Jo o Almeida e Salvador Lopes que custaram 19500 rs e 300 rs de colocar a obra em preg o ficando a arremata o das respec tivas obras entregue a um mestre carpinteiro Francisco Rodrigues em 1692 e lan o q nella fez france Roiz Mestre Carpinteiro pella de seu officio e de pedreiro de 811 000 rs que sobre este particular deu o sargento mor Mateus do Couto Arquitecto das Ordens O Conselho da Fazenda tinha ordenado a arremata o pelo menor lan o ficando o arrematante obrigado a cumprir os apontamentos da obra a segu ran a e perfei o da mesma que depois seria certificada pelo vig rio da igreja Estas obras seriam custeadas pelos sobejos da Alf ndega segundo os despachos do Conselho da Fazenda de 30 de Maio e 5 de Agosto de 1692 A informa
337. fez em Lisboa 15 de Mar o de 1694 cumpre se e registe se Funchal 20 de Abril de 1694 registado do pr prio e entregue ao Provedor da Revista Gir o 45 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 Fazenda Ambr sio Vieira de Andrade Funchal 8 de Ja neiro de 1696 D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 969 1694 1700 fl 23v D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 396 fl 85v Ibidem fl 85 Vide Rita Rodrigues Manuel Pereira entalhador e ima gin rio madeirense do s culo XVII e os circuitos de di vulga o de modelos para as periferias in Anu rio do Centro de Estudos de Hist ria do Atl ntico n 2 Funchal S R E C C E H A 2010 pp 229 337 dispon vel em CD ROM comunica o apresentada no Congresso O Mun do das Ilhas e as Ilhas do Mundo Julho 2010 AP ECL Livro da F brica Grande Invent rio fl 100 fl 41v D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 968 fl 193 Ibidem fl 193 Segundo lvaro Rodrigues de Azevedo anotador de As saudades da Terra foram atribu dos 2 191 382 rs para a edifica o da nova igrejal cuja arremata o foi dada a um Francisco Rodrigues Embora parte desta informa o esteja correcta n o sabemos onde foi buscar o valor indicado As Saudades da Terra p 550 A P
338. ficativa no sector prim rio os solos continua ram a apresentar se totalmente cultivados pre dominando essencialmente a cultura da vinha Tal facto elucidativo do papel determinante que a agricultura continuou a ocupar embora j com car cter de complementaridade face a outras ocupa es profissionais O acr scimo significativo do sector secun d rio constituiu o segundo mais elevado da Regi o apenas ultrapassado pelo concelho de Ribeira Brava Deste modo enquanto que em 1991 S o Vicente se situava entre os tr s concelhos com menores taxas de transforma o em 2001 o acr scimo deste sector para 26 9 conferiu a S o Vicente uma posi o distinta passou a assumir se como o sexto concelho onde este sector de actividade era mais significativo A tend ncia geral para o crescimento do sector terci rio foi tamb m not ria Contudo o acr scimo de 42 4 para 48 9 entre 1991 e 2001 nesta rea foi um dos menores da Regi o Neste concelho o decr scimo populacional repercutiu se tal como em Santana e Ponta do Sol na diminui o do n mero de alojamentos Quanto redu o das dimens es m dias dos agregados familiares h a registar um de cr scimo bastante acentuado de 3 6 para 2 9 Deste modo em 2001 a dimens o m dia dos Revista Gir o 209 400 242 158 me o lt 23 Tabela 1 Distribui o da popula o activa do concelho de S o Vicente pelos sectores de actividade no per odo 1991 2001
339. fornecer uma educa o est tica com base na valoriza o do patrim nio musical portugu s e dar conhecimento de t cnicas de coloca o de voz e respira o Em Outubro de 2005 viria a ser criado um grupo infantil denominado de Grupo Coral Infanto Juvenil da Casa do Povo da Ponta do Sol Conta com cerca de vinte crian as com ida des compreendidas entre os 5 e os 14 anos de idade e o seu repert rio engloba pe as infantis de v rias pocas O Di rio de Not cias na sua edi o de 21 de Agosto de 2008 mencionava a actua o do Grupo de Castanholas da Casa do Povo da Tabua Este grupo apresentou se pela primeira vez em 2006 no Encontro de Dan as de Espa das e Mouriscas para comemorar os 60 anos do maior ajuntamento de tocadores de castanho las alguma vez registado na Madeira e que teve lugar em 1946 na freguesia da Ribeira Brava por ocasi o das festividades em honra de S o Pedro juntando 300 executantes de todas as idades origin rios da freguesia da Tabua A sua origem prende se com a necessidade de reavi var esta vetusta tradi o evitando assim o seu desaparecimento Hoje inactivo em 1996 ter surgido na Ponta do Sol o gua d Alto um agrupamento musical de pop rock que foi buscar a sua deno mina o do local onde tinha os seus ensaios Tinha como seu principal respons vel Jorge Conduto Tamb m no tempo perderam se outros grupos como os Zig Zag e os Traquinas A Banda Fixe e o c
340. gistado no Funchal a 25 de Setembro com a nota registe se e se cumpra Por um documento emanado pelo Conselho da Fazenda ficamos a saber que o arrematador da obra do ret bulo e talha do altar mor tribu na douramento e azulejo da igreja de Na Sra da Gra a foi o mestre entalhador Juli o Francisco Ferreira em 1764 Os do Conselho del Rey Nosso Snr e do de sua Real fazenda em falta de Vedores della Fazemos saber a v s Provedor da Fazenda Real da Ilha da Madeira que no mesmo Conselho se vio a Conta que destes sobre o Or amento e Lanso que teve a obra do Retabulo talha do Altar Mor Tribuna douramento e azulejo da Igreja de Nossa Senhora da Gra a do Estreito de Cama sic de Lobos dessa Ilha que requereo o Vigario della eo risco da dita obra que remetestes declarando ser o menor lan o o de Juli o Francisco Ferreira na quantia de dous contos nove centos e noventa mil reis Em considera o do que e da informa o que deo o Coronel Enginheyro Carllos Mardel Ar quiteto das Obras Reais vendo o mesmo Risco e ornamento de que tudo ouve vista o Procurador da Fazenda vos mandamos fa ais entregar a dita obra ao referido Mestre Juli o Francisco Ferreira que deu nella o dito lan o fazendo termo de a executar conforme o dito Risco que se vos remete firmado com vapelido do Escriv o da Fazenda da Reparti o com a seguran a necessr como pede a Arte debaxo das pennas costumadas Francisco do Rego de Matto
341. gue sia do Estreito at vila de C mara de Lobos onde se reuniram em com cio para pedirem C mara que n o fizesse o novo cemit rio mas antes alargasse o existente Era o refor o do seu abaixo assinado remetido C mara a 24 de Maio de 1922 Nessa mesma ocasi o foi presente uma re presenta o com um grande n mero de assi naturas que na aus ncia de qualquer um dos elementos da Comiss o Administrativa apesar de ser dia de sess o foi recebida pelo Secret rio Apesar de terem vindo a ocorrer inuma es desde finais de Agosto de 1921 no espa o destinado ao novo cemit rio o projecto da sua constru o s viria a ser elaborado cerca de um ano depois De acordo com a sua mem ria descritiva datada de 12 de Junho de 1922 este cemit rio teria uma superf cie de 2 400 metros quadrados A 26 de Julho de 1922 teve lugar a arremata o da sua constru o tendo sido de 36 066 79 a base de licita o Por esta altura Joaquim Jos da Silva um importante propriet rio no Estreito de C ma ra de Lobos ainda se haveria de movimentar sem quaisquer resultados pr ticos em defesa de quantos defendiam a amplia o do antigo cemit rio tendo mesmo se encontrado com o Governador Civil Como argumentos alegava que o local destinado ao novo cemit rio para al m de se situar pr ximo a habita es tam b m se localizava num espl ndido s tio que es taria destinado a futuros estabelecimentos d
342. hal at ao princ pio de Janeiro de 1835 embora sob o ponto de vista eclesi stico dependesse da igreja paroquial de Nossa Senhora da Luz Somente por alvar de 24 do referido m s foi incorporada no concelho da Ponta do Sol pela ocasi o da reorganiza o dos munic pios Nestas terras de sesmaria os colonos s possu am benfeitorias e as suas moradias n o passavam de pequenas cho as com cobertu ra de colmo sendo vedadas edifica es com telha Nos finais dos anos setenta da cent ria XIX quando a narradora Mariana Xavier da Silva foi passar o ver o Lombada dos Esmeraldos onde ficou hospedada numa choupana que tinha servido de habita o ao Padre cura o Re verendo Lu s Quir ga bem venerado ent o pe los habitantes locais s existiam tr s im veis de telha conforme a autora frisou o Pal cio dos Esmeraldos ent o propriedade do Conde Car valhal a capela do Esp rito Santo e o Solar do Jang o do Conselheiro Agostinho de Ornelas As submiss es eram t o restritas que ape lidaram o povo local os cativos da Lombada Como bvio todos esses preceitos coadju vados com jurisdi o j explicita anteriormen te foram determinantes na caracteriza o dos seus habitantes tanto na maneira de ser como de estar e existindo ainda vest gios desse pas sado j long nquo no folclore e na etnografia Passados 175 anos podemos afian ar sem qualquer perplexidade que a freguesia da Pon ta do S
343. hamento e caia o mas tamb m advertindo para o deco rum do seu ornato e condi es de seguran a e conserva o da paramentaria e alfaias sagradas que deveriam estar bem guardadas em arcas de boa madeira Infelizmente a Madeira n o possui um estu do de caso para o mobili rio das sacristias em bora a S e o Col gio tenham sido alvo de leves apontamentos de Robert Smith Pita Ferreira e Rui Carita O recente trabalho de C tia Teles e Revista Gir o 87 Marques n o integrou material do nosso arqui p lago Ainda dentro do mobili rio destacamos os dois cadeirais quantidade que n o muito vulgar nas igrejas madeirenses onde predomi na o fundo liso em tons de castanho sendo os assentos delimitados por pequenas decora es de grande simplicidade formal destacando se nas curvaturas da parte superior os ornamentos baseados em folhagens de acanto Ocasi o tamb m para referir o conjunto de quinze candeeiros dispostos ao longo da nave em tr s filas de cinco executado em dourado com aplica es de vidro tendo o candeeiro central um anjo alado tocando corneta Passando para objectos de outro material a pedra encontramos o lavat rio ou lava m os da sacristia da igreja de Na Sra da Gra a lado da ep stola que exibe a inscri o 1756 Sabe mos que a 26 de Setembro deste ano o mestre pedreiro Manuel Rodrigues da Costa arremata dor da obra de pedraria desta igreja era j fa lecido como prova a
344. i o Neste concelho os planaltos alternam com vertentes rochosas enquanto que as casas por vezes aglomeradas se situam em encostas de dif cil acesso Embora nos ltimos anos se tenham cons tru do novas vias que facilitam o tr nsito rodo vi rio entre as freguesias a constru o dispersa e em locais de dif cil acesso dificulta a deslo ca o dos habitantes de algumas zonas at s PONTA DO SOL estradas asfaltadas Os terrenos encontram se todos cultiva dos uma vez que a fertilidade do solo e o iso lamento destas popula es fizeram com que a agricultura tivesse constitu do desde sempre a principal actividade econ mica deste concelho Assim independentemente das diferen as to pogr ficas que caracterizam cada uma das fre guesias a sua unidade encontra se no papel re levante que a agricultura assume em todas elas S o Jorge foi a primeira das freguesias que se criaram no concelho de Santana Situa se no extremo da costa norte e estende se sobre o mar A sua rea pouco acidentada possui acha das extensas e gua em abund ncia situa o que tamb m lhe propicia condi es excelentes para a agricultura O Arco de S o Jorge uma pequena fregue sia que alterna os socalcos na rocha e os desn veis de terra com reentr ncias a pique caracte r stica que a predisp e a um certo isolamento N o obstante o desn vel do solo florescem grandes rvores e a vegeta o abundante A freguesia de
345. i rense referiu que Lu s Ant nio Bernes em 1913 estava pintando um ret bulo para o altar mor da igreja de Na Sra da Gra a da freguesia do Estreito de C mara de Lobos No entanto o primitivo tecto da capela mor foi riscado e pintado por Ant nio Villavi c ncio entre 1764 e 1776 o qual se deslocou v rias vezes igreja para riscar e dirigir a obra que inclu a ent o tamb m o ret bulo camarim e trono Para a pintura do tecto foram gastas v rias verbas em papel p moldes riscos da pintura e hua carta de alfinetes e hua meada de barbante p segurar o risco no tecto qd se cirnou sic 2 3 eventualmente para ser executado por outros pintores seus parceiros e ou disc pulos No que concerne a obra de pintura Jo o An t nio Villavic ncio trabalhou com os pintores Ant nio da Trindade da Cruz e Jos Ant nio da Costa unidos por la os familiares Refira se que os pintores Jo o Ant nio Villavic ncio e Ant nio da Trindade da Cruz casaram no Funchal em 1745 e 1756 respectivamente com duas filhas de Manuel Ant nio Garc s irm o do Mestre das Obras Reais Diogo Filipe Garc s Por outro lado uma irm de Jo o Ant nio Villavic ncio casou com o pintor Jos Ant nio da Costa estes tr s ltimos eram naturais das Can rias A rela o familiar destes tr s pintores fez com mantives sem na fam lia o monop lio do cargo de Mes tre das Obras Reais e dos trabalhos de pintura e dourame
346. ia Francisco Ant nio de Faria era natural da freguesia da Ribei ra Brava onde nasceu em 1879 e onde viria a falecer no dia 5 de Dezembro de 1966 aos 87 anos de idade Era filho de Constantino de Abreu de Faria e de Maria Rita de Macedo Ca sou com Elvira da Nazar Barreto na Ribeira Brava no dia 25 de Julho de 1900 aos 21 anos de idade numa altura em que exercia a profiss o de sapateiro e de quem houve gera o Foi fundador e regente da Filarm nica Uni o Musical Ribei rabravense e depois tamb m o primeiro regente da Banda Recreio Musical Ribeirabravense rio fundada em 1907 e uma outra cuja deno mina o se desconhece fundada em 1938 Apesar de j em Outubro de 1903 a im prensa referir que um talentoso professor de m sica iria fundar uma filarm nica na freguesia do Campan rio para o que j contava com mui tos rapazes que pretendiam associar se ideia e de em 1904 a mesma imprensa referir que se estava organizando nesta freguesia um peque no grupo musical provavelmente uma orques tra de que era ensaiador o distinto m sico Sr Ant nio F Cruz regente da melhor filarm nica da Ribeira Brava s em finais de Agosto prin c pios de Setembro de 1907 que por ocasi o da apresenta o de cumprimentos a Firmo Fi gueira da Silva importante propriet rio local Revista Gir o 151 Raul Gomes Serr o Raul Gomes Serr o natural da freguesia de Santo Ant nio onde nasceu no dia 21
347. ia assinar A 11 Maio 1803 juntamente com o carpinteiro Jos Alves fez um contrato e ajuste de obra com o morgado Diogo de Ornelas Fraz o para fazer uma escada porta soalho de uma sala balustre arma o verdugada cambotas e duas portas altar e sacristia de uma capela sendo testemunhas o pintor Tim teo Ant nio Marques e o pedreiro Manuel Valen tim A R M R N L 1098 fl 91v 92v A 10 de Junho de 1804 fez outro contrato e ajuste de obra numa casa com Jo o Fernandes Ribeiro A R M R N L 1103 fL 86 v 87 v Em 1810 a 18 de Dezembro fez mais um ajuste de obra para fazer obras numa casa de sobrado no beco dos Aranhas pertencente a Est v o Jos Casi miro A R M R N L 2263 fl 63 v 64 A 5 de Abril de 1811 Ana Joaquina solteira arrendou lhe por 2 anos uma casa sendo testemunha o carpinteiro Manuel Ca etano morador aos Arrifes A R M R N L 1130 fls 102 103 Jo o Pereira v rias vezes testemunha revelando a sua movimenta o social no Funchal a 26 Abril 1803 com Ant nio de Sousa pedreiro A R M R N L 1098 fl 54v em Dezembro de 1803 A R M R N L 1101 fl 36 a 13 de Mar o de 1805 A R M R N L 1107 fl 50v a 12 de Maio de 1810 A R M R N L 1127 fl 80 a 30 de Outubro de 1811 A R M R N L 2264 fl 76v a 5 de Novembro de 1814 A R M R N L 1142 fl 156v a 25 Outubro de 1815 A R M R N L 114
348. ibui o para esta obra seria os 300 000 rs doados por um fregu s dos quais apenas estavam arrecadados 150 000 rs e cuja informa o tinha sido dada pelo Provedor da Fazenda do Funchal ficando no entanto ocultado neste documento o nome do bene m rito paroquiano No entanto dois anos an tes na visita o de 1674 feita pelo reverendo Revista Gir o 9 s g G S o g E a o e z Ed E fr 5 g 12 c nego Ant nio de Brito Bettencourt visitador pelo Cabido Vacante temos conhecimento que Ant nio de Faria e sua mulher deixaram para uma capela do senhor 300 000 rs e por que n o se po dia fazer capela do Senhor onde pudesse estar o Sant ssimo Sacramento em sacr rio por ser ermo achou por bem aplicar os 3008000 rs e o dinheiro das sobras das confrarias para se fazer a dita cape la maior e continuar o arco cuja obra he por nome ada a Sebasti o de Abreu L que confessou ter em sua m o j os 150 000 rs e a outra parte corria em demanda comprometendo se que fi nalizaria a obra at Primavera de 1675 A verba de 2003000 rs atribu da em 1676 deveria ser resposta peti o feita pelo vig rio Lu s Gon alves Velho da mesma igreja e mais moradores e fregueses devido a ruina que a dita igreja ameasava por cuja causa sen o po di o administrar os oficios devinos e menos ca berem os fregueses nela os quais por sua devo o tinh o feito o corpo da mesma igreja que e
349. ic por cima do sacr rio com o qual se tinha gasto duas li bras de ouro 2 400 rs tra ou as igreja de Na Sra da Ajuda Serra d gua Ribeira Brava San to Ant nio Santo da Serra Santa Cruz Santo Ant nio e S o Roque Funchal Como Mestre das Obras Reais 1781 1793 apresentou riscos para v rios ret bulos infelizmente ainda n o localizados Capela de Na Sra da Boa Morte na Igreja de S o Pedro Funchal ret bulo de talha e douramento entre 1770 e 1774 Igreja de S o Martinho novo altar da Confraria de Santo An t nio Convento de S o Francisco do Funchal em 1781 depois de demolida a igreja do res pectivo convento e constru das novas capelas onde surge como pfejrito architecto Igreja Paroquial de Santo Ant nio Funchal arrema tante da obra em 1785 Igreja da Madalena do Mar ret bulo c 1790 Ainda como Mestre das Obras Reais e agindo em conformidade com o seu cargo realizou obras de fortifica o 1781 1782 porto do Funchal e foi respons vel pelas reedifica es das ribeiras na Madeira em 1793 no exerc cio do mesmo cargo Em 1793 fiscali za e entrega verbas para as obras das Igrejas de S o Martinho Paroquial dos Canhas e Estreito da Calheta e em 1794 para conserto da Igreja de S o Salvador Matriz de Santa Cruz No entanto como j referimos encontra mo lo documentado j em 1755 e 1757 1758 nas obras do andor pintura e douramento e do nicho para a Capela de Na
350. ico d Oldemburg foi recebido pela filarm nica da localidade e aper cebeu se do estado de degrada o dos seus instrumentos provavelmente n o pelo seu uso ao servi o desta banda mas porque ter o sido adquiridos em segunda m o Este facto levou o a prometer a aquisi o de novos instrumentos De acordo com imprensa da poca Sua Alteza vendo que a banda de m sica daquela vila o hon rou sua chegada e sabendo que os instrumentos da mesma banda est o notavelmente deteriora dos pediu que lhe indicasse o n mero e qualida de dos mesmos a fim de os requisitar de Paris e oferec los banda Talcomo prometera o pr ncipe de Oldemburg viria a oferecer Banda da Ponta de Sol um corne tim um sax trompa um bar tono e um bombar dino Em 1885 por ocasi o da entrega dos ins trumentos uma not cia publicada na imprensa referia que Sua Alteza o Pr ncipe de Oldemburg de gratas recorda es para a Madeira que em tempos visitou a vila da Ponta do Sol presen teou a banda desta localidade regida pelo nosso inteligente amigo e distinto talento de m sica Agostinho Ant nio Martins com quatro instru mentos de primeira ordem e todos prateados um Agostinho Martins J nior e as suas v rias facetas de m sico cornetim um sax trompa bar tono e um bombar dino Em todos estes instrumentos est gravado o seguinte Le Prince Nicolau d Oldemburg la Banda Pontassolense Souvenir de leur aimable acoueil Setembr
351. ieira topo do edif cio ao encontro de dois frechais sobre os cunhais cada uma das duas guas triangulares de um telhado de 122 123 quatro guas lan o lateral do telhado lan o de telha do ou gua que resguarda a empena partes laterais de um telhado em forma piramidal ou os lan os menores quando h guas mestras Jorge Henrique Pais da Silva e Margarida Calado Ob Cit p 342 Maria Jo o Madeira Rodrigues Ob Cit p 251 Cunhais ngulo saliente formado por duas paredes de um edif cio http Anww priberam pt dlpo default aspx pal cunhais consultado 06 11 2011 09 50h Alvernaria conjunto de materiais pedregosos em frag mentos de grandeza apreci vel dispostos convenien temente de forma consistente ligam se entre si por ar gamassa para a confec o de alvernaria usa se a pedra normalmente aparelhada ou o tijolo Maria Jo o Madeira Rodrigues Ob Cit p 25 Jorge Henrique Pais da Silva e Margarida Calado Ob Cit p 25 124 Archete contrapadieira pe a de madeira colocada 125 para escoar o madeiramento do telhado Maria Jo o Ma deira Rodrigues Ob Cit p 96 Neste mesmo or amento de pedraria quando repete esta informa o diz que o s tio do Sal o e a fazenda de D Isabel de Vasconcelos e Mendon a Pelos Autos de contas do testamento de Isabel de Vasconcelos e Mendon a vi va do capit o Ant nio Bettencourt Machado perce bemos que os s tios do Sal o ou Sal es e da A
352. ili rios s o signifi cativamente mais reduzidos do que no Funchal Notas 1 Freguesia que se encontra dividida entre dois conce lhos Santa Cruz e Machico 2 Exclu mos a rea de 14 23 Km2 correspondente s ilhas Desertas e que se encontra integrada neste concelho uma vez que as mesmas s o desabitadas Segundo o Recenseamento de 1991 4 Segundo o Recenseamento de 2001 Bo Mapa 1 Demarca o geogr fica do concelho de Santana e respectivas freguesias SANTANA Situado na costa norte da Madeira o con celho de Santana possui terrenos f rteis pelo que os campos se apresentam cultivados e re pletos de flores e de vegeta o Acerca da ca racteriza o deste concelho podemos salientar a descri o de Manuel Pio quando refere que topograficamente Santana toda uma vasta plan cie de terras argilosas e grandes campos de cultura e de flores que dir se ia uma quinta de grande senhor Com uma popula o residente que dimi nuiu de 13002 para 8804 indiv duos numa rea de 93 10 Km2 este concelho constitu do por seis freguesias Arco de S o Jorge Ilha Faial Santana S o Jorge e S o Roque do Faial Santana situa se a grande altitude no extremo norte da ilha da Madeira e dista cerca de 27 quil metros do Funchal na povoa o com o nome do concelho Santana recentemente elevada a cidade que se situam os edif cios de utilidade p blica e os principais servi os desta circunscr
353. inha assumido provisoriamente o seu lugar Di rio de Noticias 22 de Julho de 1891 Em Novembro desse mesmo ano encontramo lo a dirigir uma orquestra por ocasi o de uma festa de anivers rio do Governador Civil e numa altura em que ainda estava frente da banda regimental onde permaneceu at fi nais de Novembro de 1891 Foi regente da Filarm nica D Carlos actualmente Banda Municipal de Machico da actual Banda Municipal da Ribeira Brava e da Filarm nica Pr ncipe de Oldemburgo onde o encontramos em actividade entre 1909 e pelo menos 1911 Di rio de Noticias 20 de Julho de 1911 Di rio de Not cias de 20 de Julho de 1911 Di rio da Madeira 11 de Agosto de 1916 Artur Maria Lopes era natural da freguesia de S o Pedro onde nasceu no dia 10 de Novembro de 1877 e onde faleceu a 9 de Janeiro de 1963 aos 85 anos de idade Era filho de Jos Maria Lopes natural da freguesia de San to Ant nio e de Celina de Jesus Lopes natural de S o Pedro Casou em S o Pedro com Virg nia Maria Gomes no dia 19 de Novembro de 1896 numa altura em que tinha 19 anos de idade e era aprendiz de m sica no Regi mento de Ca adores 12 Foi m sico de Infantaria onde atingiu a patente de sargento com a qual se haveria de reformar Foi regente de v rias filarm nicas havendo re gistos da sua presen a na Filarm nica Recreio dos Lavra dores 1910 1915 na Filarm nica Recreio Campon s na Filarm nica da Ponta do Sol 1916 na Ban
354. io Faria frente desta colectividade Em finais dos anos 20 princ pios dos anos 30 do s culo XX com a extin o da Filarm nica do Campan rio a Filarm nica Uni o Musical Ribeirabravense passaria a contar com n mero significativo de m sicos oriundos desta fregue sia motivo porque segundo informa es ver bais Francisco Ant nio de Faria ter passado em determinada altura a fazer os ensaios no Campan rio no s tio da Porta Nova numa depen d ncia situada sobre a mercearia de um indiv duo de apelido papo seco No in cio dos anos 40 suce deu a Francisco Ant nio Faria na direc o art sti ca da banda Carlos Piedade antigo executante da Banda Recreio Art stico do Campan rio Anos mais tarde Francisco Ant nio Faria re assume a responsabilidade art stica da banda onde se mant m at altura da sua extin o ocorrida por volta de 1955 56 Em 1963 uma nova filarm nica haveria de surgir na Ribeira Brava obrigando a ent o Banda Municipal local a partilhar as prefer ncias dos festeiros e ribeira bravenses Conhecida Banda Recreio Musical Ribeirabravense tamb m como M sica Nova a Banda Recreio Musical Ribeirabravense foi fundada no dia 19 de Mar o de 1963 tendo sido Ant nio Abreu Carvalho emigrante na Venezuela o seu prin cipal impulsionador e tamb m seu primeiro presidente A aquisi o dos instrumentos e fardamen to para os executantes foi feita mediante uma recolha de fundos ent
355. io de Not cias de 5 de Outubro de 1877 referia que Agostinho Martins distinto rabequista que entre n s tanto admir vamos acha se entre n s vindo de Lisboa e animado dos me lhores desejos de nos dar nas longas noites de inverno al guns concertos de boa m sica acompanhado dos nossos amadores trata de fundar para esse fim uma sociedade filarm nica de concertos Em 1881 a prop sito de um concerto de benefic ncia realizado em benef cio da Confer ncia de S o Vicente de Paulo O Direito no seu n 1772 refere que o p bli co funchalense conhece o de h muito mas n o o tinha apreciado ainda numa nova fase da sua carreira musical N s ao v lo sobra ando o violoncelo tivemos um estre mecimento de receio Seria o mesmo Agostinho daquela melodia e doce rebeca de outrora Iriamos ter saudades do passado Deviamos passar por uma nova surpresa o vio loncelo ia gemer e chorar nas m os dele como outrora a rebeca o sentimento a inspira o vivem nele ainda Bravo Em 1882 funda na freguesia da Ponta do Sol a Filarm nica Restaura o de Portugal depois conhe cida por Filarm nica pr ncipe D Oldemburg e Banda Municipal da Ponta do Sol A 28 de Janeiro de 1893 funda a Academia de Amadores de M sica Marcos de Portugal No dia da sua inaugura o O Direito refere que Agostinho Martins o fundador desta Academia provou uma vez mais que um grande artista e que possui o folgo sagrado da sublime arte que imor
356. irec o art stica da Filarm nica do Faial onde permanece at 1970 altura em que mobilizado para o Ultramar Em 1976 assume a direc o art stica da Banda Municipal da Ribeira Brava cargo que abandona em 1979 altura em que assume responsabilidades docentes no Conservat rio de M sica da Madeira Em Agosto de 1921 o regente era Jo o Joaquim Faria natural da Ponta do Sol que se iria manter nessas fun es at pelo menos 1933 A Jo o Joaquim Faria seguir se ia Manuel Vieira que em 1938 se ter mudado para a Banda Municipal de Santana A revez lo surgi ria Manuel Ol mpio da Silva que esteve fren te da direc o art stica da Banda Municipal da Ribeira Brava durante cerca de 20 anos ou seja at 1961 altura em que substitu do por Lu s Velez Pina 1961 1963 Depois de Lu s Velez Virg lio Vieira Marques dos Ramos Virg lio Vieira Marques dos Ramos era natural do Monte Funchal onde nasceu a 25 de Janeiro de 1941 tendo falecido a 14 de Dezembro de 2006 Era filho de Jo o Marques Ramos e de Maria Vieira dos Ramos Casou em primeiras n pcias a 2 de Julho de 1962 com Rita Maria de Jesus Ramos de que posteriormente se divorciou e em segundas n pcias a 8 de Dezembro de 1990 com Maria Isabel Cabral do Couto Iniciou a sua forma o musical na Banda Distrital do Funchal ingressando a 7 de Setembro de 1959 como volunt rio no ex rcito Foi executante de clarinete na Banda
357. iscurso pl stico impossibilita a indica o de uma data ou uma obra precisas que assina lem o seu arranque Por vezes foi identifica do como tardo barroco mas a sobrecarga de esfuziantes e engenhosas formas decorativas onde a decora o ro a o on rico como a sua aproxima o a ambientes intimistas e sensuais afastou o da est tica barroca Segundo Aar o Lacerda 1935 ao barroco sucedia um rocaille mais d ctil e fantasista na ornamentaria cor respondendo em Portugal a um curto fen me no de superf cie Hedonista l dico am vel in timista naturalista efeminado deliberadamente anticl ssico o rococ deve ser por isso entendido como uma das epifanias da gra a No geral os ret bulos da Igreja de Na Sra da Gra a apresentam um fundo liso branco colunas com efeitos de marmoreados em l pis laz li com grandes manchas crom ticas azuis e brancas e alguns apontamentos de talha dou rada proliferando por todas as partes do ret bulo elementos decorativos em baixo relevo de volutas fragmentos de concheados flores abertas folhas de acanto em forma de S e C como que fossem colados ao fundo O ret bulo da capela mor riscado por An t nio Villavic ncio e executado por Juli o Fran cisco Ferreira de planta planim trica madeira entalhada dourada e pintada e composto por embasamento um corpo tr s tramos e tico O embasamento de duplo registo enquad
358. isto Crucificado oferta da Confraria de S o Caetano em 1769 mandada vir de Lisboa e pela qual fo ram pagos 25 000 rs coberto por um dossel executado pelo entalhador Ant nio de Agrela com a colabora o do carpinteiro Bernardo Go mes O entablamento restringe se aos tramos laterais que interrompido pelo arco da boca do camarim apresentam decora es inspiradas em S flores e folhagens de acanto O entabla mento na cornija e arquitrave apresenta ape nas trabalho de carpintaria e o friso decorado com pequenas cartelas envoltas com motivos de folhas de acanto e orlas de concheados O tico prolonga a composi o tripartida do corpo sendo delimitado por um front o curvi l neo que enquadra uma cartela com os s mbo los da Eucaristia c lice e h stia encimado por uma concha ladeada por dois anjos que segu ram um grande ramo de flores dourado sendo executadas estas flores na cidade pelo entalha Fo e T gej e Ai 2 5 E a z g o ra dor Ant nio de Agrela recebendo apenas 600 rs Douradas s o tamb m as asas dos anjos que est o posicionados simetricamente em cujos corpos est enrolado um manto azul decorado com formas circulares douradas Estes anjos como as outras quatro figuras de vulto e alto re levo deste altar apresentam ainda reminisc n cias de est tica barroca Estas quatro figuras de maiores dimens es e em vulto acompanham lateralmente os anjos distribu das duas no
359. ito de C mara de Lobos 2010 a 500 sacr rio 259750 rs 165 dias ao mestre Bernardo Gomes car pinteiro a 400 663000 rs e aos seus disc pulos foram pagos 220 rs e 225 rs dia 101 dias ao mestre Bernardo Gomes a 400 rs 40 400 rs apainelado da capela mor v rias tranches a seu filho Manuel Gomes a 200 e 250 rs dia tendo rece bido 15 dias a 300 rs p perigo de ar mar o andaime 6 dias a Bernardo Gomes carpinteiro de fazer o dossel do trono e a volta do arco a 400 rs 2 400 rs talha do trono do camarim e mais 6 dias 25600 rs 6 dias ao seu filho Manuel Gomes a 300 rs 4 dias a Bernardo Gomes de armar os andaimes e rebater juntas no forro 1 800 rs pintura da capela mor 3 dias ao seu fi lho Manuel Gomes para o mesmo servi o 18050 rs 1 dia e meio a Bernardo Gomes de armar o andaime que se desmanchou quando veio o Senhor Bispo 600 rs pin tura da capela mor 1 dia e meio ao seu filho para o mesmo servi o 350 rs 1 dia Revista Gir o 58 e meio a Bernardo Gomes de rebater para se poder pintar 400 rs 245 dias a Sim o Gomes carpinteiro a 350 rs 855920 rs ret bulo 228 dias a Sim o Gomes oficial de carpinteiro nesta obra apainelado da capela mor a 350 rs 799915 rs 163 dias a Manuel Sim es oficial de car pinteiro nesta obra apainelado da cape la mor a 350 rs 57 220 rs 62 dias ao mestre carpinteiro Manuel Jo o de alimpar a obr
360. l deixou alguns arranjos e composi es musicais seu primeiro regente desconhecendo se con tudo a data exacta em que abandonou tais fun es pese o facto de encontrarmos o seu nome ligado reg ncia desta filarm nica ainda em 1888102 Em 1897 era dirigida por Francisco Jos Lu s de Andrade 104 cargo que ter deixado de exercer em 1909 ou em data anterior Em Julho de 1911 era regente da banda Jos Feliciano da Cruz que tamb m regia o seu coro de igreja Em Agosto de 1916 era re gente Artur Maria Lopes 810 Em 1929 a banda tinha 16 executantes e era seu director art stico Eduardo Passos Em Junho de 1940 era regida por Alberto Bernardo Pereira Em Junho de 1947 Francisco Fernandes da Silva acumulava a reg ncia da Banda Municipal da Ponta do Sol com a da Banda Municipal de C mara de Lobos 3 14 Francisco Fernandes da Silva ter se mantido em fun es at muito pr ximo da extin o da banda ocorrida por volta de 1964 em conse qu ncia dos surtos emigrat rios verificados nos primeiros anos da d cada de 60 Foram tamb m regentes Manuel Vieira que ter sido substitu do por volta de 1936 pelo sargento Castro s scar F lix o furriel Camacho de Freitas que ter ensaiado durante tr s ou quatro anos Jo o Joaquim Faria na tural da Ponta de Sol e Ant nio Jos primeiro trompete da banda e que a dirigiu at sua ex tin o ocorrida entre 1960 e 1966
361. l da Ponta do Sol denomina o que manteria at altura da sua extin o A prop sito do t tulo de Banda Municipal ostentado por algumas bandas da Regi o ele teve origem no Funchal em 1925 quando foi atribu do ent o Filarm nica dos Artistas Funchalenses e rapidamente em finais dos anos 20 princ pios dos anos 30 do s culo XX se estenderia a toda a Ilha umas vezes suportada por delibera o camar ria outras n o Em 1909 prov vel que tenham existido alguns problemas a n vel interno uma vez que em Julho desse ano Francisco Lu s de Andrade ex mestre da Filarm nica da Ponta do Sol lidava no empenho de organizar uma nova filarm nica naquela vila e denominada de Filarm nica Uni o Pontassolense O Sr Andrade tenciona convidar todos os seus amigos para o auxiliarem naquela empresa que espera levar a efeito muito breve mente e em especial os Srs Dr Ant nio Monte Varela Clemente de Freitas da Silva Jo o Macedo Faria Augusto de Macedo Faria e Jo o lvaro Fagundes que caso se dignem aceitar o convite constituir o a direc o da mesma filarm nica s Contudo ao que parece nunca se ter chegado a constituir A Sentinela jornal publicado na Ponta do Sol na sua edi o de 8 de Agosto de 1909 refere se a esta not cia ridicularizando a da se guinte forma estamos a ver o Sr Clemente em clarinete o Sr Jos Macedo Faria em berimbau e o Sr Augusto em flauta bi bemol Em 1924 a banda ter vo
362. la o das almas em esta desterra miser vel e ultimam com mt trabalho e dispendio e es mollas do Parochianos tem feyto a d capella e ret bulo sacristia e caza p resguardo dos orna mentos p o culto divino S em 1715 a 5 de Novembro que foram entregues os ornamentos ao procurador da Igreja de Na Sra da Gra a Francisco Figueira Quintal embora o pagamento dos mesmos no valor de 537 780 rs tenha sido solicitado pelo akas Ani Assinatura do padre Manuel Borges de Alemanha 1767 Conselho da Fazenda atrav s do Conde de Vila Verde ao Provedor do Funchal a 4 de Mar o de 1712 com a confirma o de serem remetidos na primeira ocasi o Dos ornamentos e mais coisas constavam um ornamento de damas co branco um p lio de damasco carmesim uma cust dia uma l mpada seis casti ais or din rios uma caldeirinha para gua benta um vaso de lavat rio tudo em lat o Este valor seria pago pelo almoxarifado Pela d cada de trinta do s culo XVIII duran te o bispado de D Manuel Coutinho e antes do processo de reedifica o da actual igreja foram gastas verbas significativas para ornamentos e coisas necess rias mandadas vir de Lisboa A 14 de Abril de 1734 a Confraria da Salva o da Igreja de Na Sra da Gra a entregou 150 000 rs ao reverendo Manuel da Neves padre familiar do bispo isto da casa do Prelado para a com pra de ornamentos A 4 de Outubro volta a esta
363. la da Confraria de Na Sra M e dos Homens e Patriar ca S o Jos extinto Convento de S o Francis co Funchal 834 000 rs em 1784 dois altares para as Capelas do Esp rito Santo e de S o Jo o Baptista tamb m de S Francisco 950 000 rs em 1786 juntamente com o carpinteiro Do mingos Nunes ajustou e edificou o ret bulo do altar da Igreja de N Sra da Piedade nos Canhas 3325000 rs em 1787 1789 ret bulo da Capela do Sant ssimo Sacramento da Igreja de Santo Ant nio Funchal 700 000 rs em 1790 dossel do p lpito da S 58 250 rs em 1790 contrato para realizar um monumento para exposi o do Sant ssimo Sacramento na S 2 000 000 rs em 1798 e 1800 obras no altar mor da Igreja Matriz do Porto Santo 2999538 rs em 1803 ret bulo do altar da Capela da Confraria de Na Sra do Ros rio Igreja da Tabua 187 750 rs em 1815 direc o da obra de talha e carpintaria da Capela do Sant ssimo Sacramento da Igreja do Monte cerca de 3203000 rs entre 1819 e 1823 S o lhe ainda atribu das outras obras no Funchal como os altares laterais da nave da S os altares colaterais da Igreja do Recolhimento do Bom Jesus os altares colaterais da Capela de S o Jo o da Ribeira o ret bulo da capela mor da Capela da Penha de Fran a os ret bulos da Igreja do Convento de Santa Clara os ret bulos colaterais e mor de Na Sra de Guadalupe da Igreja de Santo Ant nio os ret bulos da Ca pela de Na Sra da Consola o n
364. lassa 1616 havia falta de bancos e escabelos para os fregueses se sen tarem durante as cerim nias 1625 1638 1643 faltava casa para agasalhar e recolher os mor domos e m sicos nas festas 1621 1623 1626 era necess rio fazer coberta por cima da casa da pia 1621 e construir grades na pia para protec o da mesma e dos santos leos 1625 1626 1629 1630 1631 Dois exemplos s o demonstrativos do in cumprimento dos provimentos A constru o de umas simples grades para a pia baptismal ficara provida em 1625 e em 1631 ainda n o estava executada Desde 1610 at 1687 foi sempre reclamado um campan rio decente e seguro para o sino tendo a igreja passado por y Tr rs m e E pio f ef qem gt 4 Assinatura do Vig rio Lu s Gon alo Velho 1650 rar r v rias remodela es e obras durante este pe r odo Em 1610 n o havia campan rio e n o estava bem o sino e entre 1638 e 1639 foram pedidas esmolas aos fregueses para aquisi o de um sino novo porque o que havia estava quebrado mas s em 1674 compreendemos o que se passava o campan rio aonde estava o sino h muitos anos a esta parte era feito de dois paus e j estava provido fazer campan rio de pedra cujo provimento ainda n o fora cum prido e vinha de data anterior a 1609 em cuja visita o se refor a a constru o do respectivo campan rio para o qual havia muita pedra de alvernaria e de cantaria e esteve cal jun
365. ldeia em C mara de Lobos n o deveriam ser muito distantes um do outro Aquele documento com cerca de 130 f lios e com datas extremas entre 1761 e 1765 inclui o testa mento datado de 16 de Julho de 1757 e dois codicilos sendo o 1 de 2 de Fevereiro de 1759 e o 2 de 17 de Abril de 1760 atrav s dos quais se conhece os bens de D Isabel de Vasconcelos e Mendon a e do capit o Ant nio Bettencourt de Machado O testamenteiro de D Isabel de Vasconcelos e Mendon a foi o seu sobrinho o capit o Jo o Lomelino de Vasconcelos morador na freguesia da S O casal teve dois filhos mas data do seu testamento eram j falecidos e n o s o citados os seus nomes Dos bens do casal consta o seguinte uma fazenda na Ribeira da Caixa uma fazenda de rvores de fruto por cima de C mara de Lobos de que caseiro Jos de Fran a uma fazenda em S Martinho onde chamam as Quebradas que houve de heran a e compra de Bartolomeu de Fran a que deixa sua cunhada D Joana Telo de Meneses a quem cede tamb m a casa onde vive uma fazenda no Garachico com limite de C mara de Lobos que deixa a seu sobrinho Ant nio Teles de Meneses filho de Fran cisco Moniz de Meneses e de D Mariana uma fazenda na freguesia de Na Sra da Gra a Estreito de C mara de Lobos que deixa a Teresa Drumond uma fazenda na Ribeira da Caixa C mara de Lobos pertencente ter a vinculada por Domingos Gomes de Azevedo deixa uma fazenda que n o po
366. lenar de rega da Madeira para bananais Em frente ao hotel um pouco mais abaixo em direc o ao Oceano encontra se realmente o Passeio P blico do Lido Clube Naval A le vada mais pr xima a dos Piornais passa bem mais acima na encosta uma das mais antigas da ilha mas n o tem mil anos Acontece que os portugueses apenas redescobriram o arquip lago entre 1418 e 1420 ap s o que principiaram a constru o dos tais canais Embora a Madeira no seu conjunto seja cha mada por vezes o jardim flutuante do Atl nti co n o se consegue olhar do referido passeio p blico para os jardins flutuantes Ser que se quis referir aos jardins suspensos entretanto criados nessa zona Quando Melancholie regressa ao aparta mento a m e que normalmente n o sabe como se entreter rejeita a gua mineral e pede vinho tinto Sentadas na varanda falam das f rias do ano anterior na ilha grega de M conos e G a quer saber se esse lugar tamb m fica em Portugal Apesar dos 25 graus positivos e de estar vestida com roupa interior de l e cal as de ma lha a m e tem frio e d i lhe a m o que partiu em tempos A filha traz lhe um casaco e uma manta de l Entram na sala sentam se mesa e Melancholie serve uma pizza mas a m e acha a demasiado grande pouco quente e com o bor do duro demais para o mastigar A seguir n o sabe onde p s o len o de assoar Queixa se de a filha a ter posto num lar mas esta respond
367. lguns arranjos de m sicas li geiras presidente da Direc o da Banda Municipal da Ponta do Sol desde 2006 e em Abril de 2007 assume o cargo de maestro Na qualidade de maestro dirigiu esta colectividade nos seguintes concertos Homenagem a Mois s Alves Pita concerto do IV Festival de Bandas Filarm nicas da Ponta do Sol o Concerto integrado nas Festas do Concelho da Ponta do Sol em Setembro de 2008 e no Encontro de Bandas da Ribeira Brava 13 de Outubro de 2008 http www pontadosol pt Default aspx ID 87 http www bandamunicipaldapontadosol pt v Di rio Popular 16 de Junho de 1906 Di rio da Madeira 25 de Julho de 1918 Di rio da Madeira 8 de Junho de 1938 Fernandes Danilo Jos O folclore em eventos sociais en tra 1850 e 1948 Funchal G F E B N 1999 p 36 42 Di rio da Madeira 15 de Agosto de 1939 Di rio da Madeira 18 de Agosto de 1939 Fernandes Danilo Jos O folclore em eventos sociais en tre 1850 e 1948 Funchal G F E B N 1999 p 60 61 Eco do Funchal 23 de Setembro de 1945 Jornal da Madeira 13 de Agosto de 1955 Jornal da Madeira 2 de Setembro de 1955 Jornal da Madeira 14 de Setembro de 1955 Fernandes Danilo Jos O folclore em eventos sociais en tre 1850 e 1948 Funchal G F E B N 1999 p36 74 Di rio de Not cias 18 de Julho de 2007 http sol social blogspot com 2007 07 msico pontaso lense moiss alves pita html Brochura do VII Encontro Regional de Tunas C ma
368. litares est depositado no Arquivo Hist rico Ultramarino Num of cio do Governador da Ilha da Madeira com a data de 14 de Dezem bro de 1829 confirma se o roubo ocorrido na Igreja de N Sra da Gra a que foi arrombada a porta da Igreja roubada a igreja desacata do o Santissimo Sacramento e levados os vasos com as Sagradas Termulas Informa ainda que os r us est o quase todos presos nos quais en tram dois soldados e a justi a continua o seu trabalho Segundo outros of cios agora do Juiz de Fora do Funchal datados do 31 de Dezembro de 1829 e 1 de Janeiro de 1830 sabemos que os r us foram enviados para Lisboa a bordo da Charneca Princesa da Beira Neste of cio anexada a ficha do r u Jos Marreiros pra a do 1 Batalh o do Regimento da Infantaria n 2 Filho de Jos Marreiros natu ral de Lagos com 21 anos e 3 de servi o militar tinha assentado pra a a 19 de Julho de 1826 Dos seus sinais ficou registado ter cabelos pretos e olhos pardos Era solteiro e barbeiro de profiss o Nas observa es da referida ficha l se que fora volunt rio tinha desertado a 6 de Dezembro de 1829 fora preso pelo Conselho de Guerra a 16 de Dezembro e Achace impli cado em huma Deva a de roubo sacrilego tirada na Cidade do Funchal Assina Joaquim Manuel de Fonseca a 1 de Janeiro de 1830 Numa outra folha do Ex rcito Portugu s Jos Marreiros assinalado como preso do Cons
369. ltado a atraves sar graves problemas a ponto de se dizer que iria ser reorganizada por uma comiss o de que fariam parte o Dr Teodoro Teixeira Pita e o Dr Carlos Borges No dia 4 de Fevereiro de 1944 a banda faz aprovar os novos estatutos surgindo sob a de Revista Gir o 162 Jos Feliciano da Cruz Jos Feliciano da Cruz era natural de Beja onde nasceu por volta de 1861 Era filho de Jos Maria da Cruz e de Maria Au gusta naturais de Braga Casou aos 23 anos de idade em Santa Luzia no dia 4 de Agosto de 1884 com Augusta de Jesus Sequeira de 28 anos natural de Santa Luzia filha de Ant nio Gon alves Sequeira natural da Calheta e de Em lia de Jesus natural de Santa Luzia Na altura do seu casamen to era m sico de 3 classe do Batalh o de Ca adores 12 Em Julho de 1891 numa altura em que era m sico de 1 classe por morte de Miguel Jorge Gomes maestro da banda regi mental de ca adores 12 tinha assumido provisoriamente o seu lugar Em Novembro desse mesmo ano encontramo lo a dirigir uma orquestra por ocasi o de uma festa de anivers rio do Governador Civil e numa altura em que ainda estava frente da banda regimental onde permaneceu at finais de Novembro de 1891 Foi regente da Filarm nica D Carlos actualmente Banda Municipal de Machico da actual Banda Municipal da Ribeira Brava e da Filarm nica Pr ncipe de Ol demburgo onde o encontramos em actividade entre 1909 e pelo menos 1911 Ar
370. m Chamo me Gigi Martin Tinha dez anos de idade quando a guerra terminou Tenho agora 23 Nasci em Munique e vivo em Hamburgo Os meus av s maternos s o de Fran a mas eu nunca l fui Es tudei bailado cl ssico dancei e representei no teatro Esta hist ria verdadeira t o verdadeira que tive de a anotar O romance prefaciado pelo eminente cr ti co liter rio Willy Haas 1891 1973 causou mui ta sensa o e foi reeditado v rias vezes A sua tradu o para holand s foi publicada no ano seguinte em Assen Loop door en kijk niet om Na opini o da sua bi grafa Doutora Heike Schader expressa num artigo de 2010 intitu lado Gigi Martin an der C te d Azur Die Ham burger Schriftstellerin und Journalistin und ihr Vertrag mit der Revue im Jahr 1961 Gigi Martin na Costa Azul A escritora e jornalista de Ham burgo e o seu contrato com a revista Revue em 1961 Gigi Martin hoje relativamente desconhecida embora tenha publicado diver sos artigos e livros Se bem que os seus romances e contos te nham sempre como tema as rela es l sbicas tamb m quase nunca foram objecto de estudo dos cr ticos liter rios de obras acerca da homos sexualidade Muitas vezes versa sobre as suas pr prias ideias socialmente inadaptadas com respeito sexualidade e s rela es e nota se constantemente a liga o entre a sua obra lite r ria e a sua vida A obra Geh vorbei wenn du kannst reve la tra os auto
371. m 1674 o visitador achou a capella maior muito pequena e aberta por n o aver dinheiro bastan te pera se poder fazer de novo conforme a Igreia e ter j um principio de hum arco t o fermoso seguindo se a autoriza o de Sua Alteza de fa zer se a capella mor sanchristia e campan rio Lu s Gon alo Velho foi vig rio da Igreja de Na Sra da Gra a entre 1643 tendo lido e publi cado os primeiros provimentos a 16 de Agosto e 1676 como se observa nas visita es e par tir de 15 de Julho deste ano o vig rio Ant nio Lopes quem publica os provimentos Na realidade o padre Lu s Gon alo Velho herdou uma igreja muito pobre e desorganiza da espiritual e economicamente Os p rocos e fregueses foram pouco cumpridores dos provi mentos por neglig ncia e relaxa o no que con serve doutrina aos bons costumes e compor tamentos especialmente na igreja onde con versavam perturbavam o servi o do culto di vino entravam com armas encostavam se aos altares assistiam missa na sacristia e na cape la mor misturavam se homens e mulheres etc mas tamb m porque eram pobres 1606 1631 e viveram crises agr colas e esterilidade das ter ras 1606 n o podendo contribuir com esmolas como tantas vezes eram solicitadas A d vida de foros pens es legados missas dinheiros etc s confrarias era elevada 1606 andando mal encaminhada 1619 com contas mal feitas 1621 1629 e em v rias vi
372. m a todas as condi es exigidas para a constru o de um cemit rio mas t m o grande inconveniente de ficar pela parte superior de algumas fontes cuja pureza da gua alterada consideravelmente pela irriga o dos ditos terrenos e pelas guas de inverno que por eles passam Constru do que fosse o cemit rio em qualquer dos referidos s tios ficaria o p blico privado de se utilizar aquela gua nica de que disp em o servi o dom stico A maior dist ncia da igreja alguns terrenos se encontram em boas condi es por m em vista de tais dist ncias era indispens vel a constru o de uma capela dentro do cemit rio despesa esta que se evita na maior proximidade da igreja como acontece no terreno preferido que lhe fica a 120 metros para o lado do sul Na marca o do terreno teve se em vista abranger uma rea de 420 sepulturas durante sete anos a 1 5 metros quadrados para cada corpo adicionando se 7 10 desta rea para ruas muros de veda o resultando a superf cie to tal de 1064 0 metros quadrados ou um rect ngulo de 38 0 por 28 0 metros contados pela parte exte rior das paredes Apesar da exist ncia deste projecto de constru o a verdade que a sua implanta o n o seria feita na localiza o preconizada mas sim em terrenos do passal situados no lado oeste da igreja paroquial Para o efeito em 18 de Janeiro de 1871 a C mara Municipal de C mara de Lobos obt m autoriza o do Gove
373. ma constante porque os frequentadores procuravam cada vez mais n o s a deliciosa caldeirada mas a m sica tocada por Nunes e que foi sendo pau latinamente cantada pela sua esposa do se gundo casamento depois de ter ficado vi vo da m e dos seus filhos Toda a gente conta se dan ava descal a porque n o existia qualquer tipo de isolamen to entre o ch o do primeiro andar e o tecto do r s do ch o que funcionava com jantares cada vez at mais tarde A procura era tal que um ca sal de dinamarqueses que se tornara amigo de Nunes pela quantidade de vezes que ali acor reu trazia noite os seus pr prios criados da quinta que tinham na Madeira para ajudar a servir s mesas nas horas de maior movimento Ao que parece foi ali que foi dado o in cio ao famoso ponha aqui o seu pezinho na Ma deira que marcava a apoteose da noite em ter mos de anima o Um dia fruto de um mal entendido a se nhora dinamarquesa abandonou o restaurante e levou consigo os criados causando um gran Revista Gir o 129 de rev s ao propriet rio que deixou de repen te de ter uma ajuda preciosa que lhe permitisse fazer o que mais gostava animar os clientes numa altura em que o neg cio prosperava a olhos vistos Aproveitando a indefini o em rela o ao futuro um dos s cios do Hotel Savoy ficou em 1961 com o restaurante Riba Mar at porque um dos filhos de Nunes de Oliveira tinha emi grado para o Brasil e os
374. mais baixo do Arquip lago ultrapassado apenas pelo con celho de Santana No entanto ao longo desta d cada o acr scimo de 5 6 ocorrido neste sector econ mico colocou Porto Moniz numa posi o superior a Santana Funchal e Santa Cruz O sector terci rio teve um acr scimo bas tante significativo que se traduziu num au mento de 19 6 entre 1991 e 2001 Assim en quanto que no primeiro momento censit rio apenas 27 9 da popula o do concelho se dedicava a actividades ligadas aos servi os no segundo momento este valor aumentou para 47 5 Por m n o obstante este acr scimo Porto Moniz continuou a situar se entre os quatro concelhos da Regi o onde este sector de actividade possu a um peso mais reduzido Contudo n o podemos deixar de assinalar que este acr scimo foi bastante significativo sobretudo se atendermos ao isolamento e ao car cter eminentemente rural que caracteri zam esta circunscri o O decr scimo do n mero de habitantes ve rificado ao longo desta d cada foi acompanha do pela diminui o do n mero de alojamentos J no que concerne dimens o m dia dos agre gados familiares deparamo nos com a tend n cia para a diminui o comum a todo o Arquip lago Assim em 1991 a sua dimens o m dia era de 3 2 indiv duos e em 2001 este valor diminuiu para 2 8 indiv duos valor que se traduziu no mais reduzido de todo o Arquip lago j Tabela 2 Dimens o m 1991 2001 Varia o 199
375. mas o candeeiro cen tral aproxima se muito ao candeeiro tamb m central da antiga Igreja Matriz da Camacha S Louren o que parece ser de madeira torneada e dourada exibindo um grande anjo com um instrumento de sopro corneta Retabulo in Di rio de Not cias do Funchal n 11670 ano 37 Funchal 01 08 1913 p 1 AHT C CR e C E R Or amento de despesa Apenso A fl 7v Ibidem Apenso B fl 1 Ibidem Apenso C fl 1 Ibidem Ibidem fl 1v Ibidem Ibidem fl 2 Retabulo in Di rio de Not cias do Funchal n 11670 ano 37 Funchal 01 08 1913 p 1 N o encontramos ne nhuma obra assinada por Bernes com esta data no en tanto a tela Visita o apresenta lacunas nas massas de tinta dificultando a leitura da data mas pelo pouco que permite ainda ler parece nos 1909 A P E C L Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e Invent rios 1733 1770 fl 178 Paulo Ladeira A Talha pp 194 202 Rui Carita Hist ria da Madeira O S culo XVIII Economia e Sociedade Vol V Funchal S R T C D R A C 1999 pp 439 e 445 Sobre este tecto vide o cap tulo Materiais e t cnicas de pintura e douramento citados entre 1600 1800 nas despesas e receitas das f bricas das igrejas capelas e confrarias do Arquip lago da Madeira inserido na tese de doutoramento de Rita Rodrigues A Pintura Proto Barroca e Barroca no Arquip lago da Madeira entre 1646 e 1750 A efi
376. mens e um grupo de rapazes Junto popa Nicolau e Joa quim tamb m empurravam e quando a embar ca o come ou a flutuar i aram se para bordo com um impulso Admirado com este modo de colocar o barco na gua Norman perguntou ao seu amigo porque n o partia do cais constru do em C mara de Lobos ao que este respondeu que sempre tinham feito assim que se tivessem barcos maiores teriam de ir pescar mais longe e que n o havia dinheiro que pagasse a liberdade Nesta expedi o piscat ria Nicolau ia em busca de isco para os atuns e para a espada Mas conversa puxou conversa e ao ser mencionada uma cratera submarina nas Desertas Norman sugeriu que fossem at l mas Nicolau ripostou dizendo que tinha de pescar e que n o tinha tempo para ir passear Mas medindo a olho a altura do sol e a direc o do vento este acedeu ao desejo do escoc s que tamb m se havia re ferido ao tesouro do capit o Kid supostamente ocultado naquelas ilhas Ao aproximarem se do seu destino foi lhe dito o nome de cada uma das ilhas fazendo alus o exist ncia ali de ca bras e lobos marinhos Na manh do dia seguinte o tutor de Norman ofereceu se para lev lo ao Monte de modo a que pudesse descer nos famosos carros de cesto Em vez de fazerem o percurso ascendente em carro de bois optaram por um t xi pois seria mais r pido Ao fazer a descida vertiginosa pela rua em pedrada num dos carros do Monte Norman teve a impres s
377. mente a nossa insistente prospec o no Arquivo Paroquial da Igreja de Na Sra da Gra a permite nos hoje identificar o arrema tante e autores da obra de talha e pintura da ca pela mor ret bulo camarim trono apainelado sacr rio e tecto pela extremosa organiza o do vig rio Manuel Borges de Alemanha que deixou anotado as verbas pagas nomes e materiais di versos no Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e invent rios 1733 1770 com o t tulo Conta de toda a obra e pintura da Igreja de Nossa Senhora da Gra a pelo padre Manuel Borges de Alemanha cuja obra se principiou em Maio de 1764 e cuja pintura se findou no de 1776 Substituindo o entalhador Juli o Francisco Ferreira surge Jo o Ant nio Villavic ncio au tor do risco do ret bulo camarim trono pintu ras e douramento embora num forte trabalho de parceria Teria Juli o Francisco Ferreira arre matado inicialmente a obra j com risco de Jo o Ant nio Villavic ncio seu companheiro em ou tras empreitadas e previamente acertado com o vig rio Desde 1764 data que pago dr a Jo o Ant p risco e por o d risco em grande e frete ao barco q o trouxe 165600 rs at 1778 que Jo o Ant nio Villavic ncio est identifica do nas obras da Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos ao almocreve q trouxe a Jo o Ant qd di rigir a obra 800 rs ao arrieiro que trou xe Jo o Ant
378. mente isolada e por vezes oculta por uma densa camada de nuvens O Seixal situa se na costa norte entre duas ribeiras descendo da serra at ao mar e ao lon go da sua extens o os terrenos bastante f rteis s o cultivados em socalcos Ribeira da Janela a freguesia que se situa no vale mais extenso da Ilha da Madeira atra vessada por uma ribeira e a agricultura constitui a principal actividade econ mica A freguesia de Porto Moniz foi elevada a sede de concelho em 1835 e det m o principal 1991 2001 Varia o Tabela 1 Distribui o da popula o activa do concelho de Por to Moniz pelos sectores de actividade no per odo 1991 2001 Mapa 1 Demarca o geogr fica do concelho de Porto Moniz e respectivas freguesias aglomerado populacional do concelho Embora se situe junto ao mar a agricultura constitui a actividade dominante Neste concelho o sector prim rio assumiu nos dois momentos censit rios percentagens bastante significativas pelo que em 1991 o seu valor era o segundo mais elevado de toda a Regi o apenas superado por Santana Con tudo ao longo desta d cada Porto Moniz foi o concelho da Regi o que registou o maior de cr scimo neste sector de actividade com um decl nio de 25 4 N o obstante esta circuns t ncia em 2001 o sector prim rio neste muni c pio detinha o terceiro valor mais elevado da Regi o Em 1991 o sector secund rio bastante re duzido apresentava o segundo valor
379. mil trezentas e sessenta pessoas em 1746 Este crescimento significativo de habitantes justificar os pedi dos sucessivos dos aumentos de c ngruas para p rocos e curas como obras de acrescenta mento da igreja e mais tarde a sua reedifica o para um templo mais amplo Na visita o de1608 o Dr Gon alo Gomes de o penitenci rio na S visitador pelo bispo D Lu s de Figueiredo Lemos constatava que eram muitos fregueses para t o poucas ermi das comparado com outras freguesias da Ilha Em 1623 D Jer nimo Fernando visitando pes soalmente esta igreja tamb m testemunhou que eram muitos os fregueses nesta par quia e por isso era necess rio fazer outra ermida mas n o havia concord ncia sobre o s tio O Reve rendo Francisco de Aguiar vig rio geral e visi tador pelo referido bispo na visita o de 1625 Revista Gir o 6 denunciou que muitos paroquianos assistiam missa fora da porta da igreja por serem muitos e o templo pequeno como tamb m faltavam ban cos ou escabelos que deveriam ser constru dos por cada fregu s provimento que se repetir nas visita es de 1629 1638 1641 1643 e 16828 1509 a data mais recuada que refere a fre guesia de Na Sra da Gra a do Estreito de C ma ra de Lobos a ser constitu da par quia segundo lvaro Rodrigues de Azevedo 1873 embora n o aluda fonte documental para esta infor ma o Segue se o ano de 1539 17 de Feve reiro e tres esc
380. molho desde o dia de anterior agora colocado na pia de pisar levar umas pancadas valentes com o pis o pedra arredondada enfiada na ponta de um pau de madeira o cabo onde seguramos para ir a cima e abaixo e assim cai o pis o ora devagar ora r pido para que o trigo n o salte de dentro da pia para fora ou n o fique esmagado As m os que trabalham dentro da pia v o ordenando o ritmo Este trabalho da av era brilhante e provocava me o maior dos espantos As suas m os circulando dentro da pia a mexer o trigo de forma ritmada sem medo das pancadas do pis o que cai sobre o trigo mas que n o toca nas m os Este trabalho da pisa do trigo era feito com muita frequ ncia na casa da av Um Revista Gir o 138 trabalho extraordin rio muito longe dos tempos modernos que j nos vende nos supermercados o trigo debulhado de for ma mec nica Face a estas facilidades actu ais sempre faz reminisc ncia aquele traba lho que em pouco tempo nos debulhava em suor e arfava o peito de cansa o para conseguir descascar o trigo E que sopa maravilhosa vinha dali As m os da av trabalhavam debaixo do pis o a virar e a revirar o trigo para que nenhum manhoso ficasse com a casca ou ent o pior ainda se esmagasse o melhor do trigo no fundo da pia que era duro e carcomido pelo tem po e pelas pancadas das imensas pisagens que ali j foram feitas Este ritual da debulha do trigo era en cantador Normalmente realizava se d
381. musical na freguesia do Campan rio de que era seu ensaiador o distinto m sico Sr Cruz destaca se o facto do Sr Cruz ser tamb m o re gente da melhor filarm nica da Ribeira Brava numa refer ncia Filarm nica Uni o Fraternal Ribeirabravense o que nos leva a admitir que nesta altura existiam efectivamente duas filar m nicas na Ribeira Brava uma correspondente Filarm nica Uni o Fraternal Ribeirabravense orientada por Jos Feliciano Cruz e que seria no entender do articulista a melhor e outra consti tu da a partir da cis o da primeira regida pelo seu antigo contra mestre Francisco Ant nio de Faria Este elogio Filarm nica Uni o Fraternal Ribeiravavense e a Jos Feliciano Cruz refor ado dois meses depois em Agosto de 1904 quando a imprensa d conta que havia tocado no arraial do Seixal agradando imenso a excelente filarm nica da Ribeira Brava que sob a reg ncia do Sr Feliciano da Cruz mostrou quanto se tem desvelado e quanto l cito esperar se ainda dos not veis dotes art sticos do seu distinto mestre Em Junho de 1905 a imprensa refere se actua o de uma das filarm nicas da Ribeira Brava o que nos permite uma vez mais con cluir que existiram duas filarm nicas Em Outubro de 1906 a imprensa provavel mente referindo se desfasadamente no tem po nova filarm nica d conta que se havia fundado uma banda denominada de Lugar da Ribeira Brava tendo na altura d
382. n ta o que teve sempre ret bulo observava se ainda outros cuidados com a dec ncia sendo a cera pintada tendo o altar esteiras receben do pagamentos um ourives pelas limpezas das pratas e promovendo a f brica e as confrarias intensamente as festas religiosas com arma es missas cantadas prega o e m sica 1592 os mordomos Pascoal Fernandes e Sebasti o Gon alves apresentam v rias des pesas 1593 os mordomos Domingos Gomes e Gon alo pagaram 1 900 rs aos bene ficiados do Convento de S o Bernardino de cantar as v speras e a missa um tost o a quem tangeo o cravo pregos para armar a igreja e aluguer de duas encavalgaduras pintura da cera 60 rs aos padres de S o Bernardino de cantarem 1 900 rs 1594 ao ourives de limpar as pratas 300 rs pintura da cera 60 rs aos padres de S o Bernardino das v speras missas e prega o 2 000 rs 1595 aos padres de S o Bernardino de can tarem as v speras 1597 aos padres de S o Bernardino das v speras dia e prega o 2 000 rs 1598 aos padres de S o Bernardino do pre g o v speras e dia 2 000 rs a quem tan geu o cravo 300 rs 1601 preg o 2 600 rs 1604 aos padres de S o Bernardino das v speras e missas 1607 aos padres de S o Bernardino das v speras missas preg o 2 000 rs ao pa dre Br s Cabral de tanger o cravo 320 rs 1608 aos padres
383. n o encontramos refer ncia documental Nicolau Ferreira nasceu em 1731 e teve grande produ o art stica a partir 1760 at 1791 sendo o pintor com oficina mais produ tiva na Madeira no terceiro quartel do s culo XVIII Pela sua extensa obra n o desenvolve remos aqui a sua vida nem listamos as obras assinadas e atribu das com seguran a ao seu pincel pois preparamos um trabalho mais de Revista Gir o 75 Foto Rita Rodrigues Foto Rita Rodrigues S Agostinho Nicolau Ferreira 1791 Pormenor do espaldar do arcaz da sacristia Pormenor dos azulejos do s c XVII existentes na sacristia senvolvido sobre este pintor Retomemos as obras da Igreja da Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos Por volta de 1786 1787 as confrarias da igreja adquiriram alguns objectos de talha A confraria do Sant ssimo Sacramento pagou 3 100 rs em 1787 a Jo o dos Santos Correia pelo feitio da talha e madeira para uma peanha para um Menino Jesus encarnando dourando e pintando a dita peanha o pintor e dourador Revista Gir o 76 Ant nio da Trindade da Cruz em 1788 por 5 900 rs juntamente com uma cruz que o Menino Jesus tem na m o O carpinteiro Pedro Ant nio de Sousa na sua oficina em 1791 fez um esquife para a confraria das Almas por 49 050 rs e seis casti ais entalhados por 21 500 rs 12 000 pelo entalhe 3 500 para ouro e 6 000 ao pintor que os dourou Entre a d cada de 70 a 90 do
384. n o garantissem adequada salubridade deveriam ser removidos para outra localiza o garantindo s fam lias propriet rias de jazigos a transfer ncia dos t mulos l pides e despojos mortais mediante aquisi o de espa o no novo cemit rio p blico O Decreto de 27 de Setembro de 1835 re serva para o seu pen ltimo artigo o 13 a for ma como seriam penalizados os incumpridores preconizando que sejam privados de benef cio e inabilidade para obter outro os p rocos ou quaisquer outros eclesi sticos beneficiados que desde que o cemit rio estiver designado e ben zido consentir que algum cad ver seja enterra do dentro dos templos ou fora do cemit rio Contudo apesar da import ncia deste De creto na implementa o da constru o de ce mit rios p blicos algumas dificuldades nome adamente das C maras Municipais em garantir meios financeiros suficientes para aquisi o dos respectivos terrenos n o permitiriam que a me dida tivesse o alcance pretendido Em 1845 a necessidade de constru o de cemit rios em todas as povoa es volta a ser refor ada atrav s do Decreto legislativo publi cado a 26 de Novembro Este Decreto surgido na sequ ncia do parecer da Comiss o Revisora do Decreto de 18 de Setembro de 1844 teve Revista Gir o 102 por objectivo a reorganiza o dos servi os de sanidade no interior do Reino e dos portos de mar e que cont m um importante cap tulo so bre os cemit rios
385. na capela de N S a da Boa Morte da Igreja de S Pedro no Funchal 1793 e em 1800 recortou a talha das ilhargas da Capela do Sant ssimo da Igreja de N 2 S a da Luz na Ponta do Sol Jos dos Reis da Sil va manteve ao longo das d cadas de 70 a 90 do s culo XVIII algumas afinidades sociais e profissionais com o entalhador Est v o Teixeira de N brega Em 1794 foi testemunha em duas escrituras em que Est v o Teixei ra de N brega emprestou dinheiro numa 30 000 rs ao sapateiro Caetano de Aguiar e noutra 281 600 rs ao car pinteiro e cunhado de Est v o Teixeira de N brega An 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 t nio Francisco Xavier A R M R N L 2050 fl 36v 39 Foi testemunha com o carpinteiro Domingos Nunes que tinha uma grande proximidade profissional com Est v o Teixeira de N brega do casamento de Jos Sardinha natural do Estreito da Calheta com In s Maria vi va 1770 Foi padrinho de baptismo de Ana filha de Jos de Gouveia natural de Gaula e de Ana Maria moradores aos Arrifes 1796 e de Jos filho do carpinteiro Manuel Jos Cabral e de Catarina das Merc s baptizado a 28 04 1793 Foi procurador de Est v o Teixeira de N brega este como padrinho de baptismo juntamente com a ma drinha Teodora do Esp rito Santo representada por seu procurador Vicente de Paula Teixeira filho de Est v o Teixeira de N brega de Joana filha do referido Manuel Jos Cabral
386. nana no seu terreno e que AS ia ao Funchal Ep deix a la nos ho phi ORTAR e t MA a lr RANA o om t is e que se ele o ajudasse a descarregar o carro ainda ganharia algum dinheiro Antes de partir Norman alertou Nicolau para que nin gu m roubasse o peixe mas este indignado respondeu lhe que ali ningu m roubava nada a ningu m e que at se poderia deixar uma mala cheia de ouro na praia ou no caminho que nin gu m lhe tocava De volta ao hotel Norman com a ajuda do seu amigo Pedro e do cozinheiro Jo o co me ou a desenhar v rios cartazes em v rias l nguas com a frase Venham ver em C mara de Lobos um monstro desconhecido o pirata dos abismos para serem afixados em diver sos hot is do Funchal convidando os turistas a visitar a sua atrac o Na manh do dia seguin te o escoc s foi um dos primeiros passageiros a tomar o autocarro para aquela localidade Ao chegar ao seu destino inspeccionou o peixe estranho que se encontrava no mesmo local onde o tinham deixado na v spera Pouco tempo depois os seus amigos juntaram se lhe e come aram a afixar os cartazes em v rias l n guas junto pali ada Estavam ocupados com isso quando Sofia ouviu a buzina do carro que trazia os turistas Estes ap s visitarem o dra goeiro desceriam at praia como sempre faziam Primeiro foram ver os barcos de cores vivas em cujos mastros secavam agitadas pelo vento as re
387. nando os sempre com o pseud nimo L N Lavolle Aquando do lan amento da obra Enigme Mad re a autora contava 60 anos de idade A t tulo de curiosidade refira se que alguns dos seus livros foram editados em l ngua portu guesa A partir de uma breve consulta base de dados da Biblioteca Nacional de Portugal conseguimos listar os seguintes Nuno da Na zar 1960 A sombra do fara 1964 Nati na China 1964 O mundo do ouro negro 1965 As feiticeiras do mar 1966 Nati e o Minotau ro 1965 e 1972 e Habib Hullah e os quarenta ladr es 1971 Desconhecemos se esta obra alguma vez foi traduzida para portugu s Em caso negativo lan amos o repto a quem de direito no sentido de editar uma vers o na nossa l ngua de modo a tornar acess vel a todos os camaralobenses e madeirenses em geral o teor de um romance juvenil publicado em Fran a h 37 anos atr s e em cujas p ginas parte o plano ficcional fi caram registados fragmentos das nossas viv n pA a OY i i Sofia pronta para cobrar aos estrangeiros a entrada para verem o monstro marinho protegido por uma pali ada de vime trazida da Camacha cias insulares Revista Gir o 124 O Bras o de Armas da Freguesia do Jardim da Serra Manuel Pedro S Freitas A freguesia do Jardim da Serra foi criada a 5 de Julho de 1996 a partir da desanexa o da zona alta da freguesia do Estreito de C mara de Lobos numa rea e popula o correspon
388. ncelhos do Arquip lago com uma va ria o de 1588 91 para 1431 39 habitantes por Km2 no per odo considerado Com 22 7 de jovens face ao total da popu la o residente esta circunscri o possu a em 1991 a menor percentagem de jovens de todos os concelhos do Arquip lago e em 2001 esta percentagem decresceu para 17 0 Contudo a an lise dos valores absolutos permite nos avaliar da relatividade deste peso percentual e constatar que o n mero de jovens residentes no Funchal de facto bastante significativo No que concerne popula o activa o con Densidade populacional 1588 91 1431 39 Tabela 4 Aspectos globais da popula o do concelho de Fun chal no per odo de 1991 2001 celho de Funchal manteve a tend ncia cres cente com valores percentuais que oscilaram de 66 1 para 69 0 Deste modo em 1991 o Funchal era o concelho que apresentava a maior percentagem de popula o activa de todo o Arquip lago No que respeita popula o idosa mante ve se tamb m a tend ncia de aumento do seu volume populacional com um acr scimo de 11 2 para 14 0 durante esta d cada Por seu turno o ndice de Vitalidade sofreu um crescimento bastante significativo que se tra duz percentualmente num aumento de 33 0 Ou seja o valor de 38 0 registado em 1991 cres ceu para 82 3 no Recenseamento de 2001 O R cio de Depend ncia dos Jovens dimi nuiu de 34 3 para 24 6 facto a que n o alheio o significativo de
389. nchal O benef cio de instala es el ctricas not rio em 1991 assim como o seu acr scimo em 2001 abrangendo 99 9 dos alojamentos pare ce nos justific vel por in meras raz es Destas podemos assinalar que as reduzidas dimens es desta circunscri o e a sua orografia facilitam o alargamento da referida infra estrutura assim como o investimento ao n vel tur stico que no caso desta Ilha compreende o aluguer de quartos em resid ncias familiares pois deste modo que encontramos tamb m a explica o para as elevadas percentagens de alojamentos que se encontram providos de instala es sani t rias e gua canalizada No primeiro momento censit rio os seus valores encontravam se en tre os mais elevados do Arquip lago enquanto no segundo momento censit rio s o mesmo os mais elevados de toda a Regi o Contudo so PORTO SANTO Alojamentos 2001 Sem instala es de elect ade 2 6 Sem instala es sanit rias 9 4 3 Sem gua canalizada 8 7 0 4 0 3 Barracas valor absoluto Tabela 3 Caracter sticas dos alojamentos familiares ocupados como residencias habituais no concelho de Porto Santo no per odo 1991 2001 quaisquer que sejam os motivos impulsionado res destes benef cios interessa reter que a qua lidade de vida medida pelas infra estruturas no interior dos alojamentos se afigurava neste concelho a mais favor vel da Regi o Por seu turno a exist ncia de tr
390. nchen Heyne Martin Gigi 1990 So ein Duft nach Liebe in Gehrke Claudia ed Geschlechterverh ltnis T bingen Konkurs buch 5 p Martin Gigi 1991 lhr Hunger war anderer Art in Gehrke Claudia ed Purpurmund und Honiglippen Ero tika von Frauen Frankfurt Main Berlin Ullstein Martin Gigi 2003 Auf dem Weg ins Reich der Schat ten in Gehrke Claudia ed Konkursbuch 40 Alter T bingen Konkursbuch 9 p Martin Gigi 2005 Das Paradies hinter unserer T r Norder stedt Books on Demand Martin Gigi 2007 Und sie f rchteten sich nicht Roman Norderstedt Books on Demand Martin Gigi 2009 Die bizarre G ttin Scarlet Norder stedt Books on Demand Martin Gigi 2010 Mauern aus Schleiern der Einsamkeit Berlin Pro Business Martin Gigi 2010 G as Dienerin oder Melancholies Schatten Norderstedt Books on Demand Martin Gigi 2011 Informa es sobre si pr pria a fam lia e a sua obra em cartas de Hamburgo de 8 de Janeiro e 17 de Fevereiro de 2011 Revista Gir o 137 A Pisa do Trigo e as M os da Minha Av Coisas de outros tempos no Jardim da Serra Jos Lu s Rodrigues P roco da par quia de S o Roque Funchal Pia de pisar o trigo e respectivo pis o dotado de cabo de madeira As m os deslizam debaixo do pis o com mestria e agilidade extraordin ria Neste qua dro aparentemente dram tico s o trigo se contorce de dor esteve de
391. ncia da Real Fazenda mas um do cumento de 1691 explicita tratar se da obra da igreja como veremos adiante Estas obras ser o apenas de acrescenta mento da mesma porque em 1710 o vig rio paroquianos reitor tesoureiro e mais irm os da Confraria do Sant ssimo Sacramento afirma vam que com muito trabalho tinham edificado hua capella com Retabulo e Sacrario p coloca rem o Sm hua Sacristia e caza p o servi o do culto divino cuja capela tinha sido erecta h mais de cento e cinquenta anos ou seja repor tando a sua constru o para o ano de 1560 e nada indica que tenha sido demolida Tam b m deste ret bulo cuja data anterior a 1710 nada resta presentemente na igreja Perderam se assim quatro ret bulos um entregue pelo recebedor da S Ant nio Marinho em 1581 possivelmente para o altar mor e encomenda do ent o bispo do Funchal D Jer nimo Barre to uma pintura vinda do reino e ofertada em 1674 pelo vig rio Lu s Gon alo Velho o ret bulo feito pelo imagin rio Francisco Afonso da Cunha por oitenta mil reis em 1686 e outro de uma capela colateral oferta dos fregueses e da Confraria do Sant ssimo O preg o da obra de acrescentamento colocado em pra a em 1690 n o tinha sorti do efeito pr tico por isso e por mandado do Conselho da Fazenda ordenou se colocar nova mente em preg o a obra da Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos O
392. nclu das todas as obras Em 1808 como veremos a seguir atribu da nova verba para constru o da casa do p roco conclu da em 1811 assim esta casa que se encontrava num estado t o mi ser vel tinha mais de oitenta anos Na primeira d cada do s culo XIX ainda em 1808 outras obras se iniciavam para al m do referido retelhamento da igreja sob as ordens do novo vig rio padre Jos Fernandes de An drade que recebeu dinheiro para a constru o da casa das alfaias A 1 de Setembro o refe rido vig rio se obrigou a fazer da caza da sua Rezidencia e Guarda das alfaias da mesma Igreja Revista Gir o 37 de Nossa Senhora da Gra a do Estr de Cama sic de Lobos por 1 100 000 rs Nesta mesma data s o atribu dos mais 400 000 rs por despacho da Junta de 23 de Julho e 31 de Agosto para as ditas obras que s ficar o conclu das a 19 de Dezembro de 1811 data que s o entregues 100 000 rs ao p roco pelo resto das obras da casa das alfaias e resid ncia Outras tranches todas referentes a estas obras tinham sido en tregues a 26 de Agosto de 1809 ao procurador do vig rio do Estreito de C mara de Lobos Ant nio Joaquim Gon alves 400 000 rs e a 8 de Mar o de 1810 ao pr prio p roco 2005000 rs 255 A Igreja de Na Sra da Gra a foi consagrada em 1814 depois desta campanha de obras por D Frei Joaquim de Meneses Ata de de Ornelas da Ordem de Santo Agostinho ent o bispo e pregador
393. ndada Attollite Na base inferior desta faixa sob a pintura anteriormente citada est uma outra envolta em moldura circular pr xima da for ma de um cora o representando uma figura feminina com instrumentos musicais sopro e cordas eventualmente uma alegoria m sica e sob a pintura com legenda Turris seguin do o mesmo tipo de moldura e representa o encontra se outra figura feminina com a sigla IHS pintada sobre o vestido apontando para um globo compasso e esquadro e um espelho no qual se observa um girino cuja cauda aca ba em seta alegoria ci ncia A leitura destas pinturas dificultada pela grande dist ncia que est o em rela o ao espectador como pela sua diminuta dimens o No entanto estas pequenas pinturas repre sentam um interessante programa iconogr fico sujeitando ao mesmo jugo os livros b blicos com Revista Gir o 68 os s mbolos das litanias da Virgem comummen te representadas na Tota Pvicraes Attollite Por tas Principes Vettras alusiva entrada do Rei da Gl ria Salmo 24 e chegada da Arca da Alian a a Jerusal m Salmos 24 7 10 conjugada com a porta que simbolicamente reporta para a passagem entre os dois mundos o terreno e o celestial A Virgem representada de bra os abertos indicando o ch o da terra com a m o direita e dirigindo a m o esquerda para o c u Encontra se sobre uma grande porta colocada no meio de uma paisagem de
394. nde se na Casa de Harper Pearce And Co Gracechurch Street 1819 http Avww bprmadeira org imagens documen tos File bprdigital ebooks Georgeida pdf consultado a 05 09 2011 13 41h Idem Ibidem pp 1 2 Ant nio Jacinto de Freitas Chefe da Terceira Reparti o da Secretaria do Governo Civil Uma poca administrati va da Madeira e Porto Santo a contar do dia 7 de Outubro de 1846 Vol 3 Funchal Tipografia Nacional 1852 p 459 Pelo falecimento do padre Manuel Borges de Alemanha o bispo do Funchal abriu concurso para ocupa o da vaga da Igreja Paroquial do Estreito de C mara de Lobos A esta vigararia concorreram seis padres mas apenas tr s se apresentaram a exame cujos nomes foram pro postos Mesa de Consci ncia e Ordens a 26 de Novem bro de 1793 Por um documento que confirma a entrega de um sino verifica se que foi o padre Francisco Jos de 265 266 267 268 269 270 271 272 273 Albuquerque Freitas Bettencourt quem ocupou o lugar de vig rio da Igreja de N Sra da Gra a embora tivesse sido o segundo classificado Era natural da Ilha da Madei ra filho das mais nobres fam lias presb tero h 32 anos confessor e vice vig rio em Na Sra da Gra a que admi nistrava zelosamente O primeiro classificado foi o padre Jo o Filipe Moniz Barreto filho da fam lia mais nobre da ilha ordenado presb tero h mais de 32 anos confessor zeloso vice vig rio em tr s par qui
395. nelas duas portas uma porta para a sa cristia lajeado e materiais sacristia tr s paredes porta lavat rio la jeado casa por cima da sacristia paredes jane las degraus para a pia e materiais casa do camarim paredes porta boca do arco escadas para o p lpito campan rio sineira escadas para subir para o campan rio muros roda da igreja andaimes v rios materiais m o de obra dos oficiais A obra de pedreiro ficou or ada em oito contos setenta e sete mil e seiscentos e noven ta rs 8 077 690 Assinaram este or amento o mestre das obras reais Jo o Martins de Abreu e o mestre pedreiro Pedro Fernandes Pimenta Segundo o presente or amento o corpo da igreja nova haveria de ter de v o no com primento da parte do arco cruzeiro ath a parede da porta principal cento e vinte palmos e de lar go quarenta e septe t o bem no v o e de alto do pavimento athe emgalgar quarenta seis palmos O alicerce da parede do frontisp cio seria de quarenta e cinco palmos de fundo at ao pavi mento vinte e de grosso seis palmos o que tudo fazia vinte e uma bra as e sessenta palmos Enquanto os alicerces dos dois prolongos te riam cada um de comprido cento e vinte e oito palmos e meio de fundo junto ao cruzeiro doze e h de vir fundado para baixo athe ficar em vinte palmos E de grosso seis palmos e ambos fazem cento e tr s bra as e quarenta e oito palmos
396. no prazo de tr s dias Assinou de cruz O termo de menor lan o da obra teve lugar na Sala dos Contos da Alf ndega do Funchal a 25 de Junho de 1747 na presen a do Prove dor da Fazenda Domingos Afonso Barroso de v rios mestres de pedreiros e carpinteiros que for o noteficados para aparecer como tambem mostrando se lhe planta e de mais testemu nhas o padre Manuel Borges de Alemanha vi g rio da referida igreja e Manuel Sousa Caldas A fian a foi assinada no dia 30 do mesmo m s e ano na Sala dos Contos na presen a do Provedor garantida pelo fiador capit o Ant nio Richart Jervis de Faria que assinou juntamen te com Domingos Afonso de Faria Pedro de Azevedo e Jos Gon alves de Oliveira A 2 de Julho de 1747 s o pagos 12 000 rs para as vistorias dos or amentos da nova obra sa dos da arca da igreja Insatisfeito com a verba acima arrematada 7 589 000 rs para a obra da Igreja de Na Sra da Gra a o Conselho da Fazenda por despacho de 5 de Mar o de 1748 n o aceitou aquele lan o Remeteu a seguinte decis o ao Provedor da Real Fazenda do Funchal Os do Conselho de El Rey Nosso Senhor e de sua Real Fazenda em falta de Vedores della Fazemos saber a v s Provedor da Fazenda da Ilha da Madeira que no mesmo Conselho se vio o or amento que remeteste Revista Gir o 27 q requereu S Mag o vig rio della or denando que se fizesse novamente lan os e se desse a quem
397. nos peri dicos ou em livros na cent ria XIX at ao primeiro quartel do s culo XX sobre a maneira de se trajar numa freguesia ou localida de Agora duas informa es sobre um padr o de um saia em contextos distintos invulgar Com tudo isso n o precipitamos na reconstitui o da referida vestimenta por acharmos que faltava algo para ser mais concludente Somente 18 anos depois pouco mais ou menos da nossa primeira inculca que obti vemos o cond o do enigma Foi precisamente no dia 23 de Fevereiro de 2008 numa pesquisa no Arquivo Regional da Madeira que viemos en contrar uma gravura no mesmo peri dico Dia rio Ilustrado de 20 de Dezembro de 1874 com o mesmo texto do trajo feminino da edi o de 26 de Fevereiro A estampa apresenta duas mulheres ves tidas a rigor a do lado esquerdo amparando com o bra o esquerdo uma infusa enquanto a do lado direito agarrava com a m o direita uma galinha suspensa e segurava na esquerda um cesto enfiado no bra o conforme a reprodu o Outros pormenores da gravura nos des pertaram a aten o enquanto uma suporta na cabe a uma carapu a posta de lado provavel mente moda da poca e n o singular a outra sustenta um len o Supostamente o desenho foi efectuado no per odo de transi o da moda primeira para a segunda esta ltima ainda usu al no campo e finalmente tanto uma como a outra est o descal as situa o normal ssima da poca e n o
398. nse da autora alem Gigi Martin de 2010 Eberhard Axel Wilheim A Pisa do Trigo e as M os da Minha Av Jos Lu s Rodrigues Notas Musicais Soltas Manuel Pedro S Freitas Os Trajos da Lombada dos Esmeraldos Ponta do Sol Danilo Jos Fernandes Popula o Madeirense num Per odo de Transi o Uma d cada 1991 2001 Viagem pelos concelhos Alice Mendon a Igreja de Nossa Senhora da Gra a do Estreito de C mara de Lobos Parte l Contributos para a sua hist ria Rita Rodrigues Mestra em Hist ria Variante Hist ria da Arte Largo do Patim e rua da Igreja no ano de 1925 vendo se a casa paroquial e a igreja ainda sem o rel gio A Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos segundo o anotador de As Sau dades da Terra lvaro Rodrigues de Azevedo foi desmembrada da de C mara de Lobos no s culo XVI apontando o ano de 1509 para a constitui o da sua par quia Segundo o padre Jos Por f rio Rodrigues Figueira a quem se deve a orga niza o do esp lio documental desta igreja nos anos sessenta do s culo XX a data primeva deve corresponder a 1519 porque s em 1520 que Diogo C o por ordem do Rei pagou 6 800 rs ao vig rio do Estreito de C mara de Lobos Revista Gir o 5 o Ko 5 o s EA 5 A ra e o 2 g lt 5 fra Gaspar Frutuoso autor de As Saudades da Terra obra escrita entre 1583 e 1590 localizou as terras da freguesia do Est
399. nseamento de 2001 a Ribeira Brava adquiriu o estatuto de Vila em 1928 constituindo se sede deste concelho Localizada num extenso vale que se prolon ga at ao mar a povoa o encontra se dividi da em duas partes pois atravessada por uma extensa ribeira que desce do maci o central Beneficia de um porto mar timo e de uma via r pida terrestre que a liga em poucos minutos Revista Gir o 197 is Mapa 1 Demarca o geogr fica do concelho de Ribeira Brava e respectivas freguesias cidade do Funchal Ocupando uma rea de 65 10 km2 e com uma popula o residente estimada em respectiva mente 13170 e 12494 indiv duos este concelho encontra se dividido em quatro freguesias Cam pan rio Ribeira Brava Serra de gua e Tabua A freguesia de Campan rio situa se num enorme promont rio que se estende at ao mar na costa sul da Madeira tendo sido neces s rio talhar socalcos profundos para efectuar reas de cultivo A freguesia de Tabua apesar de se situar em terras altas beneficia da proximidade com a vila de Ribeira Brava distando apenas cerca de um quil metro atrav s de uma estrada litoral A freguesia de Serra de gua apresenta caracter sticas distintas das restantes uma vez que se enquadra no interior do extenso vale de Ribeira Brava numa zona montanhosa onde a mata desbastada se propicia cria o de gado Tratando se de uma freguesia do interior da Ilha a sua popula o sobretu
400. nside ra uma abreviatura Martin 2011 Os antepassados do seu pai eram holande ses e propriet rios de herdades e o seu av era um huguenote franc s Formou se como baila rina e teve aulas na escola do Teatro de C mara de Hamburgo com a conhecida actriz encena dora e directora de teatro austro alem Ida Ehre 1900 1989 Em 1953 come ou a representar no thea ter 53 um pequeno teatro particular de Ham burgo especializado na encena o de autores contempor neos Desempenhou pequenos pa p is em cinema p ex em Junger Mann der alles kann Um jovem que sabe fazer tudo de 1957 um filme com o actor alem o Georg Thomalla 1915 1999 como protagonista e trabalhou como manequim e modelo Mais tarde foi jor Gigi Martin Revista Gir o 135 nalista em Fran a onde tinha uma coluna na revista Revue Escreveu textos para ag ncias de publicidade Gigi Martin publicou hist rias curtas e en saios sobre temas variados em jornais e escre veu textos mais longos bem como entrevistas a individualidades proeminentes residentes na Costa Azul em revistas Martin 2011 Foi uma das primeiras autoras que ap s a Segunda Guerra Mundial continuaram a tradi o do romance de amor l sbico A sua primeira obra intitulada Geh vorbei wenn du kannst Passa se puderes escrita em 1955 e publicada em 1960 narra o amor de uma rapariga de 17 anos pela sua colega de escola Martin 1960 Na introdu o diz assi
401. nte alguns elementos decorativos da gram tica Rococ como os Cs grinaldas de flores folhas de acanto concheados volutas etc ainda obra tipicamente barroca quer nos formalismos quer no douramento Por isso um projecto que exigia Retabolo tam lizo de ornamento como pede a boa Architectura e que acabou por colocar a Matriz do Estreito de C mara de Lobos na vanguarda da gram tica Rococ na Ilha da Madeira teria de ser de outra m o e oficina Revista Gir o 56 A correspond ncia entre o Conselho da Fa zenda e a Real Fazenda do Funchal que refere o risco nem sempre clara Ora parece nos que o risco foi enviado do Funchal para Lisboa a fim de ser analisado e avaliado ora fica a d vida se o desenho vem de Lisboa para o Funchal para ser lan ado o preg o da obra e retorna a Lisboa acompanhado do or amento para ser nova mente reenviado ao Funchal com a respectiva aprova o pois no mesmo despacho refere para se fazer a obra do ret bulo da capela mor conforme o dito Risco que se vos remete 8 Pe rante o ret bulo que ainda hoje permanece no seu espa o primitivo podemos afirmar que o autor do seu risco tinha se rendido moda da talha lisa cuja linguagem est tica t o bem apli ca nesta obra A ordem para ser feito o risco do ret bulo tribuna e sacr rio data de 27 de Fevereiro de 1758 mas em 1761 em Julho ainda era trocada correspond ncia entre a Real Fazenda do Fun chal e o Conselho da
402. nto aplicados nas igrejas Cita se em 1756 que Ant nio da Trindade da Cruz tem exerc cio na Arte da Pintura em 1749 afirmava se que Jos Ant nio da Costa nesta Ilha tem feito algumas obras de sua arte com perfei o encontrando se 1756 na Madeira por causa do douramento e pintura da igreja de S o Jorge Jo o Ant nio Villavic ncio pintava dourava e depois como Mestre das Obras Reais realizou riscos tendo em 1754 1755 executado a pin tura de brutesco do tecto da capela mor da S do Funchal mais obras e pinturas nos confes sion rios como na capela mor da Igreja de Ponta Delgada e em S o Vicente uma inscri o anunciava que em 1771 se fez de novo esta ca pella Architectura e pintura da m o de Jo o Ant nio Vila Vic ncio 28 Agora pelos documentos do Arquivo Paro quial do Estreito de C mara de Lobos que lo caliza Jo o Ant nio Villavic ncio como pintor de tectos como a sua passagem pelas obras do tecto da capela mor da S e a campanha de obras na Igrejinha Funchal permite afigurar que deveria ter comandado diversas empreita das em parceria com os pintores citados nos levando a supor que foram os grandes impul sionadores da pintura de tectos neste per odo na Ilha da Madeira Repare se tamb m que este um per odo um pouco anterior produ o intensiva do pintor Nicolau Ferreira Duarte e depois do grande terramoto de Lisboa 1755 em que as oficinas da capital po
403. nto da Igreja Matriz de Caminha Semin rio Luso Galaico comemorativo do VII Centen rio do Foral de Caminha Outubro de 1994 dispon vel em http ler letras up pt uploads fichei ros 2115 pdf consultado em 15 04 2010 18 07h Vide Manuel Franco Falc o Bispo Em rito de Beja Eu caristia in Enciclop dia Cat lica Popular Espiritualidade Sagrada Escritura Teologia Pastoral Liturgia Direito Moral Lisboa Ed Paulistas 2004 p 179 Eucaristia in Grande Enciclop dia Portuguesa e Brasileira Vol X Lisboa Rio de Janeiro Ed Enciclop dia Limitada 195 pp 619 620 Eucaristia in Enciclopedia Universal Ilustrada Europeo Americano Tomo XXII Bilbao Espasa Calpe 1924 pp 1267 1270 Vide Paulo Ladeira A Talha pp 169 173 Vide Rita Rodrigues Manuel Pereira entalhador e ima gin rio madeirense do s culo XVII e os circuitos de di vulga o de modelos para as periferias in Anu rio do Centro de Estudos de Hist ria do Atl ntico n 2 Funchal S R E C C E H A 2010 pp 229 337 dispon vel em CD ROM comunica o apresentada no Congresso O Mun do das Ilhas e as Ilhas do Mundo Julho 2010 D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 974 mf 4225 fls 71v 72 Esta uma das primeiras obras que temos refer ncia ao entalhador Est v o Teixeira de N brega Jos dos Reis da Silva trabalhou na Igreja de St Ant nio no Funchal 1790
404. ntre 1961 e 1963 foi regente da Banda Municipal da Ribeira Brava Ab lio Hern ni Augusto Pinto Ribeiro era natural do Con tinente onde nasceu e viria a falecer Foi 1 sargento m sico e subchefe da Banda Militar e chefe dos Guerrilhas e ainda na d cada de 60 do s culo XX tamb m regente da Banda Municipal da Ribeira Brava S o lhe tamb m atribu das qualidades na composi o musical Tito Ab lio da Silva era natural da freguesia de C mara de Lobos onde nasceu no dia 12 de Setembro de 1937 e onde faleceu a 10 de Dezembro de 2008 Era filho de Jo o Quirino da Silva e de Maria Matilde da Silva de quem houve descend ncia Iniciou a sua forma o mu sical aos 14 anos na Banda Recreio Campon s com o mestre Ornelas tendo aos 15 anos sa do a tocar corne tim na festa do Esp rito Santo na Camacha Em Abril de 1958 ingressou no ex rcito passando a integrar em Se tembro do mesmo ano a Banda Militar Durante alguns meses esteve frente da direc o art stica da Banda Filarm nica do Faial para depois exercer as mesmas fun es na Banda Municipal da Ribeira Brava Durante v rios anos foi presidente da Direc o da Banda Recreio Campon s Manuel Jo o Pereira Esteves natural da freguesia do Faial onde nasceu no dia 23 de Maio de 1943 filho de Manuel Pereira Esteves e de ngela Martins de Gouveia Teve o seu primeiro contacto com a actividade musical aos 14 anos quando entrou como aprendiz na Filarm
405. nunca faltando nem atrasando os outros servi os que acumulava e testemunha que tendo acontecido nesta Ilha no tempo de seos antecessores diversos desacatos e roubos de Igrejas nunca pello resultado dos meios judiciais se descobir o os R os nem os roubos fi cando sempre impunes os criminosos Assina a 21 de Janeiro Jos Maria Monteiro ficando anotado que fora comunicado ao Ministro da Justi a a 26 de Janeiro de 1830 Possivelmente por aquela ac o ficaram de saparecidos para sempre objectos de culto de ouro e prata patrim nio acumulado nesta igre ja a partir do s culo XVII mas essencialmente comprados na grande campanha de edifica o da igreja entre 1746 e 1771 conforme se atesta na diferente documenta o j citada e nos in vent rios da f brica e confrarias que transcre vemos a adiante J no s culo XX destacam se os seguintes eventos ocorridos na Igreja de N Sra da Gra a 1906 B n o dos quadros da Via Sacra 1924 Not cias sobre conserto efectuado na torre da igreja e desejo p roco no sentido de a dotar de um rel gio tendo mesmo chegado a ser nomeada para o efeito uma Comiss o 1937 Inaugura o solene do rel gio por inicia tiva de ngelo de Meneses Marques professor prim rio e futuro presidente da C mara Munici pal de C mara de Lobos que contou com uma comiss o constitu da por Jo o Albino de Barros Ant nio Agostinho Figueira Pereira Jo o C sar Figueira Pe
406. o Arquip lago com maior percentagem de ido sos sendo apenas superado pelo valor de Porto Moniz Na esteira destas ila es o ndice de Vita lidade deste concelho praticamente duplicou ao passar de 59 3 em 1991 para 118 3 em 2001 sin nimo de um significativo envelheci Es Tabela 2 Dimens o m ESG 2001 yaara dia dos agregados fa Dimens o M dia dos agregados familiares Dimens o M dia dos agregados familiares N mero de alojamentos N mero de alojamentos 2163 3 6 2151 2 9 Revista Gir o 210 N mero de alojamentos miliares do concelho de S o Vicente no per odo 1991 2001 Dimens o M dia dos agregados familiares Indicadores Volume populacional HM Import ncia relativa 2001 1991 7695 6198 3 0 2 5 Tabela 4 Aspectos globais da popula o do concelho de S o Vicente no per odo de 1991 2001 mento populacional que converteu S o Vicente no quarto concelho do Arquip lago com maior ndice de Vitalidade O R cio de Depend ncia de Jovens dimi nuiu de 36 5 para 27 5 consequ ncia quer do decr scimo da percentagem de indiv duos mais jovens quer da diminui o da popula o activa Entre os dois Recenseamentos em estudo o acr scimo observado no R cio de Depend ncia de Velhos era um dos mais elevados da Regi o Deste modo os valores de 21 6 e 32 5 cor respondentes respectivamente a 1991 e 2001 foram sobretudo consequ ncia do aumento b
407. o o Ant nio Vila Vic ncio que em 1774 1775 recebeu em tr s presta es 27 000 rs numa das quais se referia que o pintor espe ra h muito e tem necessidade Jo o Ant nio Villaviv ncio era de origem espanhola com fam lia nas Ilhas Can rias La Laguna Radicou se na Ilha da Madeira pelos anos 40 do s culo XVIII onde pintou e dourou v rias obras para igrejas e capelas madeirenses incluindo o que nos parece ter sido uma gran de campanha de obras na Capela de Na Sa da Piedade Funchal entre 1752 e 1763 Deixamos aqui refer ncia a outras obras 1764 Igreja de Na Sra da Luz Matriz de Gaula pintura e dou ramento do frontisp cio camarim e sacr rio totalmente desaparecidos num inc ndio em 1964 1766 Igreja de S o Sebasti o Matriz de C mara de Lobos douramento do altar mor e camarim juntamente com Ant nio da Trindade da Cruz seu cunhado Ant nio Pinto e Gerardo Francisco de Abreu 1771 Igreja Paroquial da Ponta Delgada obras de restauro Revista Gir o 71 e beneficia o como se via numa inscri o que foi destru da por um inc ndio em 1908 Em 1771 se fez de novo esta capella sendo adminis trador e benfeitor o rev vig rio Ant nio Mendes da Costa com esmola do povo de toda esta ilha Architectura e pintura da m o de Jo o An t nio Villa Vic ncio 1779 1780 a Jo o Ante do fazer o d e pintar a porta da caza dallei o 4 000 rs tratava se do resplando s
408. o 25 de 1885 Esta oferta valiosa veio por m o do nosso ilus trado amigo o comendador Luiz Andrade Ribeiro Mendon a Como prova de gratid o para com o Pr ncipe de Oldemburg a banda haveria de to mar o seu nome Segundo a imprensa a Banda Pontassolense grata magnific ncia do Augusto pr ncipe tomou o t tulo de banda de sua Alteza o Pr ncipe d Oldemburg honra que o nobre pr ncipe se dignou conceder lhe A chegada dos instrumentos levaria a banda a fazer a aquisi o de outros que lhe faltavam De acordo com uma nota publicada na impren sa esta banda Banda Pr ncipe d Oldemburg gra as ao valioso presente de instrumentos que lhe fez o seu Augusto protector acaba de fazer aquisi o dos restantes que lhe faltavam e em breve se apresentar completamente preparada com todos os instrumentos Revista Gir o 161 Photographia Museu Vicentes Apesar do desconhecimento da data exacta do aparecimento da denomina o de Pr ncipe d Oldemburg prov vel que ela tenha coin cidido com a chegada dos instrumentos ou seja nos primeiros dias de Dezembro de 1885 Ainda que depois desta data a filarm nica sur gisse identificada com o ep teto de Pr ncipe D Oldenburgo frequentemente surgia tamb m com a denomina o de Pontassolense ou at em 1908 como Restaura o de Portugal Posteriormente entre finais da d cada de 20 princ pios da de 30 do s culo XX esta fi larm nica surge como Banda Municipa
409. o Funchal os ret bulos da Igreja Paroquial de S o Roque o Revista Gir o 79 ret bulo mor da Capela de Na Sra do Livramen to e ainda no Porto Santo o ret bulo da Capela da Miseric rdia Depois destas notas sobre os autores do sa cr rio da Igreja de N Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos e antes de continuarmos o estudo do seu patrim nio art stico deixaremos aqui algumas notas que contribuir o para a dis sipa o de algumas d vidas e confus es entre obras desta igreja e da Igreja de Na Sra da Gra a da Calheta Alguma bibliografia refere obras de vultos ocorridas na d cada de 90 do s culo XVIII na Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos remetendo para alguns documentos da Provedoria da Fazenda como um projecto de reconstru o assinado pelo Capit o Enge nheiro e Mestre das Obras Reais Jo o Ant nio Vila Vic ncio e a arremata o feita em Maio de 1790 para obra de pedreiro arrematada pelo entalhador Est v o Teixeira de N brega e obra do altar mor e ret bulo pelo entalhador An t nio de Agrela de Azevedo mas tendo o despacho da Junta da Fazenda anotado Sem efeito A obra acabou por ser arrematada no ano seguinte novamente pelo entalhador Est v o Teixeira de N brega com a colabora o do Mestre das Obras Reais Jo o Ant nio Villavic n cio que ficou como respons vel pelas obras de pedreiro e carpinteiro Estas obras referem se com certeza a
410. o Hern ni Augusto Pinto Ribeiro Ab lio Hern ni Augusto Pinto Ribeiro era natural do Conti nente Foi 1 sargento m sico e subchefe da Banda Militar chefe dos Guerrilha e ainda na d cada de 60 do s culo XX tamb m regente da Banda Municipal da Ribeira Brava que eventualmente pode ser utilizado como refer ncia para elabora o de trabalhos mais profundos sobre esta tem tica e que por esse facto interessa deixar registado o alerta para as suas eventuais imprecis es Relativamente aos seus directores art sticos as dificuldades inerentes ao seu conhecimento ombreiam com a hist ria da pr pria banda ou seja pouco se sabe De qualquer forma pos s vel individualizar um tal Coimbra que prova velmente ter sido o primeiro regente e a quem ter sucedido um ex m sico de ca adores 12 de Revista Gir o 143 Photographia Museu Vicentes Tito Ab lio da Silva Tito Ab lio da Silva era natural da freguesia de C mara de Lo bos onde nasceu no dia 12 de Setembro de 1937 e onde fale ceu a 10 de Dezembro de 2008 Era filho de Jo o Quirino da Silva e de Maria Matilde da Silva Foi casado com L cia Gomes de Freitas Silva de quem houve descend ncia Iniciou a sua forma o musical aos 14 anos na Banda Recreio Campon s com o mestre Ornelas tendo aos 15 anos sa do a tocar cornetim na festa do Esp rito Santo na Camacha Em Abril de 1958 assentou pra a no ex rcito passando a integrar em Setembro do m
411. o Pedro e o Conjunto Musical da Boa Morte entre outros A Tuna da Associa o Cultural e Desportiva de S o Jo o foi criada no dia 8 de Dezembro de 1988 data coincidente com a sua primei ra actua o p blica em S o Jo o da Ribeira Brava com os objectivos de dinamizar e reac tivar no concelho da Ribeira Brava a tradi o das popula es relativamente execu o de instrumentos tradicionais de corda Em 1992 encontramo la em C mara de Lobos a parti cipar no VII Encontro Regional de Tunas numa altura em que era formada por 25 elementos tendo como director art stico o Prof Eleut rio Cortes Com seus primeiros ensaios iniciados em 1992 surge a 1 de Maio de 1993 data da sua primeira actua o p blica que adoptou como marco da sua funda o a Tuna da Casa do Povo da Ribeira Brava numa iniciativa da Casa do Povo da Ribeira Brava e na sequ ncia de di versos cursos de forma o musical levados a cabo por esta entidade A freguesia da Ribeira Brava possui desde 26 de Julho de 1980 um grupo de folclore o Grupo de Folclore da Casa do Povo da Ribeira Brava Teve a sua g nese num grupo de crian as da freguesia que deram corpo ao ent o deno minado Grupo de Folclore Infantil da Ribeira Brava Dirigido por Maria Manuelina Joaquim Pereira com o apoio da C mara Municipal o grupo foi crescendo e a sua fama ultrapassou as fronteiras da regi o Em 1989 transferiu se para a depend ncia da Casa do Po
412. o Vicente denotando um enve lhecimento bastante acentuado semelhan a dos outros concelhos Santa na confrontou se com a diminui o do R cio de Depend ncia Total fruto do peso da popula o n o activa sobre a popula o activa Assim o valor de 60 3 registado em 1991 diminuiu para 56 0 em 2001 Ou seja n o obstante o aumento da popula o idosa a diminui o bastante significativa do grupo dos mais jovens tamb m contribuiu para este decr scimo As Pir mides Et rias ilustram as tend ncias supra mencionadas e apresentam com mais exactid o as oscila es ocorridas em cada grupo de idades e sexo ao mesmo tempo que permitem divisar as altera es nas estruturas populacionais entre os dois Recenseamentos Em tra os gerais registou se uma diminui o acentuada do n mero de indiv duos de am bos os sexos nas idades compreendidas entre os 0 e os 34 anos Ali s o decl nio dos tr s grupos quinque nais da base da pir mide elucidativo da fraca atrac o que este concelho exercia relativa mente s fam lias mais jovens Deste modo n o apenas o controlo da natalidade que est em Revista Gir o 207 Homens idade Mulheres gt 85 5 2001 1991 li Mh y 490 420 350 280 20 MO TO o 70 MO 20 280 350 420 490 Efectivos Efectivos o Gr fico 1 Evolu o das pir mides de idades no concelho de Santana no per odo de 1991 2001 causa mas sobretudo factores como a emigra lhoria
413. o corrente pela importancia da Despeza q fez com o dezentulho do pavimento da dita Igreja q n o entra na sua arremata o 715400 rs 29 de Dezembro pagamento pelo dito procurador Jos do Reis 2 000 000 rs 1792 9 de Maio por conta da arremata o 2 000 000 rs 1793 12 de Abril por despacho da Junta de 10 do corrente 2 000 000 rs 1794 17 de Fevereiro por despacho de 15 do corrente 1 000 000 rs 29 de Julho conta do 3 pagamento 4005000 rs 15 de Setembro dos materiais que se achav o na Igreja Velha e de que se utilizou o sobred remat os quaes se lhe debit o na conformidade do Desp da Junta de 10 do Corre sendo 47 moios e 43 alqueires da Arca a 1500 rs moio 71 575 rs os materiais das cazas q se achav o no novo terrio 85000 rs hua pouca de Pedra avul a avaliada em 10 000 rs 16 Y t buas de til das q se achav o p a d Igr 65875 rs A dita que recebeo na Thezouraria Geral pelo resto de sua remata o visto achar se completa a obra e por despa cho de 10 do corrente Setembro a quantia de 644 150 rs Somava tudo 12 212 000 rs o que eram acrescidos 212 000 a mais ao pre o da arre mata o feita a 29 de Maio de 1790 Pella im portancia porque arrematou a Obra Nova para a constru o da referida Igreja de Nossa Senhora da Gra a do Estreito da Calheta pelo que respeita Revista Gir o 81 a E 5 ty 5 ea o 5
414. o da Madeira 13 de Setembro de 1914 Sa Revista Gir o 169 12 13 14 15 16 17 18 19 Di rio da Madeira 26 de Junho de 1939 Di rio de Not cias 20 de Mar o de 1877 O Direito 1 de Julho de 1876 Cf Jos Feliciano da Cruz regente da Banda Municipal da Ponta do Sol Jo o Joaquim de Faria era natural da freguesia da Ponta de Sol onde nasceu no dia 29 de Mar o de 1901 e onde faleceu no dia 21 de Outubro de 1985 Era filho de Ma nuel Joaquim Faria e de Maria Isabel Gon alves Casou na Ponta de Sol no dia 17 de Setembro de 1937 com Ma ria Concei o da Silva de quem houve gera o Carpin teiro de profiss o desde muito cedo ter tido contacto com a m sica muito provavelmente com a Filarm nica Pr ncipe de Oldemburgo constando que aos 16 anos j teria responsabilidades de reg ncia Com essas fun es viria a estar tanto na Banda Municipal da Ponta de Sol como na Banda Municipal da Ribeira Brava A emigra o na procura de melhores condi es de vida tamb m o levaria a abandonar por duas ou tr s vezes a Madeira primeiro para o Brasil e depois para a Venezuela Di rio de Not cias 23 de Julho de 1921 Di rio de Not cias 5 de Agosto de 1921 Di rio de Not cias 29 de Julho de 1922 e de 19 de Agosto de 1922 Segundo Jo o Adriano Ribeiro em As Bandas da Ponta do Sol Jo o Faria ter emigrado para o Brasil e v rios anos depois regressou e foi ensaiar a Banda da Ribeira Br
415. o da localidade por essa altura falecido havia sido enterrado no adro da igreja Ainda que desconhe amos a op o toma da em 1836 pela C mara Municipal de C mara de Lobos relativamente ao local para instala o do cemit rio na freguesia do Estreito prov vel que n o tenha sido aquela onde o cemit rio acabaria por ser constru do Com efeito de acordo com o conte do da mem ria descritiva de um projecto de cons tru o do cemit rio da freguesia do Estreito datado de 1863 os respons veis pela sua cons tru o depois de rejeitarem duas op es para a sua localiza o uma no s tio da Achada e outra no s tio do Calv rio fazem a sua implanta o na margem oeste do Caminho de Concelho para a Ribeira da Caixa a 120 metros a sul da igreja paroquial Afalta de um cemit rio na freguesia do Estrei to de C mara de Lobos d lugar a que os cad ve res estejam sendo sepultados no limitado espa o do adro da respectiva igreja paroquial de que tem resultado o grande inconveniente de abrir de novo as sepulturas muito antes do tempo deter minado para repetir os enterramentos no mesmo local Procedendo se pois a escolha de local apro priado para construir um cemit rio reconheceu se que o terreno cont guo pelo lado do oeste ao caminho do concelho que d comunica o para a Ribeira da Caixa o que mais se presta para este fim Nos s tios do Calv rio e da Achada encon tram se terrenos que satisfaze
416. o n vel da natalidade e que indiciam um envelhecimento da popula o deste concelho Contrariamente a esta tend ncia os gru pos de idade compreendidos entre os 35 e os 54 anos registaram um aumento em 2001 em ambos os sexos face ao Recenseamento ante rior o que justifica o aumento percentual da popula o activa de Funchal e refor a a tese do progressivo xodo rural em rela o capital ainda de salientar um decr scimo de vo lume populacional em ambos os sexos nos grupos et rios 55 59 e 60 64 anos entre os Recenseamentos de 1991 e 2001 embora se te nha verificado o acr scimo de todos os grupos subsequentes Este facto sugere um aumento da esperan a de vida com especial incid ncia Revista Gir o 181 Homens Il EEE 5 9 E 5600 4800 4000 3200 2400 1600 800 Efectivos o gt 85 80 84 75 79 70 74 65 69 60 64 55 59 50 54 45 49 40 44 35 39 30 34 25 29 20 24 15 19 10 14 0 4 Mulheres pt 2001 1991 O 800 1600 2400 3200 4000 Efectivos 4800 5600 Gr fico 1 Evolu o das pir mides de idades no concelho de Funchal no per odo de 1991 2001 no sexo feminino Em termos globais as Pir mides de Idade do concelho de Funchal apresentam a estru tura populacional t pica de uma sociedade em desenvolvimento em que o decr scimo da na talidade e o aumento da esperan a de vida s o francamente not rios MACHICO O concelho de Machico situa se na ponta mais
417. o plano poss vel ver se a Trincheira vergonha de mendigar porque Norman era seu amigo e n o um senhor Continuando no calhau Norman p s se a mirar as casas dos pescadores no Ilh u de pa redes brancas e deu por si a reparar nos peque nos rect ngulos cultivados junto ao Cabo Gir o utilizando o mon culo de marinheiro para o efeito Descortinando um homem a trabalhar junto fal sia Norman perguntou ao seu ami go como que ele o conseguia fazer visto que at uma cabra teria dificuldade em equilibrar se ao que este respondeu que o homem j estava habituado e que quando estava vento ele amarrava se com uma corda pelo sim pelo n o Norman perguntou lhe se o pai dele tam b m tinha terreno ao que este respondeu que n o mas que o seu av tinha um vinhedo e que apesar deste ter 70 anos ainda trabalhava no duro de modo a fazer vinho para vender Regressando ao hotel no Funchal noite Nor man p s se a observar o mar e atrav s do escasso luar conseguia descortinar aqui e ali algumas lu zes ao largo e logo pensou tratar se dos pescado res de C mara de Lobos e interrogou se se o seu amigo tamb m l estaria Na manh do dia seguinte Norman acompanhou um dos funcion rios do hotel na sua ida ao mercado onde fi cou a conhecer alguns produtos regionais inhames batatas doces papaias mangas bananas peras abacates maracuj s e anonas De repente ouviu algu m que o cha mava Era o
418. o que em 1991 o R cio de Depend ncia de Jovens se as sumia como o quinto mais elevado da Regi o em 2001 o seu valor representa o segundo mais elevado sendo apenas ultrapassado por C ma ra de Lobos Quanto ao R cio de Depend ncia de Ve lhos o seu acr scimo foi de 1 1 durante esta d cada visto que o seu volume populacional tamb m sofreu um ligeiro aumento tal como aconteceu com a popula o activa Na esteira destas altera es em 1991 o R cio de Depend ncia de Velhos era de 26 7 e em 2001 este valor aumentou para 27 8 Por 1991 2001 Varia o 1991 2001 Tabela 2 Dimens o m dia dos agregados fa Dimens o M dia dos agregados familiares Dimens o M dia dos agregados familiares N mero de alojamentos N mero de alojamentos 2575 34 2569 32 Revista Gir o 188 N mero de alojamentos familiares miliares do concelho de Ponta do Sol no per odo 1991 2001 Dimens o M dia dos agregados 8756 8125 631 Volume populacional HM Varia o absoluta Import ncia relativa 35 3 3 Crescimento anual m dio E 0 75 199 91 185 50 Densidade populacional Tabela 4 Aspectos globais da popula o do concelho de Pon ta do Sol no per odo de 1991 2001 seu turno o R cio de Depend ncia Total diminuiu 6 9 entre os dois momentos censit rios visto que os valores apurados foram de respectivamen te 66 0 e 60 9 ou seja os mais elevados da Re gi o excep o
419. o ret bulo e sacr rio eram recentes por ter sido solicitada certid o como em nenhum tempo houve sacr rio ou tabern cu lo em que estivesse t o soberano alto e divino senhor D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal 1700 1718 L 388 fls 263v 264 A Confraria do Sant ssimo Sacramento desta igreja est documenta da pelo menos desde 1606 A P E C L Livro de Provimen tos 1605 1718 n n Este mercador Manuel Rodrigues da Costa surge como fiador em 1704 D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 446 fl 128v Livro de Fian as Curioso que em 1747 e 1748 o arrematante da obra para a constru o da igreja nova de Na Sra da Gra a ser tamb m um Manuel Rodrigues da Costa mes tre do of cio de pedreiro morador ao Mosteiro Novo A HT C C R e C E R Or amento de despesa Apenso A fls 25 25 e 31v 31v Saibro mistura de argila areia grossa e pedrinhas ro ladas Jorge Henrique Pais da Silva e Margarida Calado Dicion rio de Termos de Arte e Arquitectura Lisboa Ed Presen a 2005 p 325 Palmo uma medida que equivale a oito polega das ou 22 cm http www priberam pt dlpo default aspx pal palmo consultado a 05 09 2011 01 13h D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 968 fl 148v Ibidem fl 193 Lisboa 10 de Janeiro de 1692 Funchal 1 de Abril de 1693 Xavier Leite de Faria a
420. o seu nome da ribeira de guas agitadas que a atravessa Criada como concelho por decreto de 6 de Maio de 1914 tudo ou seja o aumento deste grupo de 11 9 para 14 5 Contudo este r cio apresenta um valor reduzido devido ao facto da percentagem de popula o activa ser bastante elevada assu mindo mesmo o valor mais expressivo do Ar quip lago Este facto contribui ainda para que o ndice de Vitalidade Total seja o mais reduzido da Regi o com os valores de 50 7 e 39 2 re lativamente aos dois Recenseamentos Na Pir mide de Idades deparamo nos com a diminui o bastante significativa dos efectivos de ambos os sexos nas idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos A partir desta idade o comportamento dos g neros embora n o seja id ntico em todos os gru pos et rios no entanto bastante semelhante Assim enquanto at aos 14 anos o decr s cimo de efectivos not rio o grupo compreen dido entre 15 19 anos aparenta alguma estabi lidade Entre os 20 e os 34 anos a diminui o po pulacional not ria e elucidativa da desloca o da popula o para o exterior do concelho O re torno a Porto Santo verifica se a partir dos 35 anos Entre esta idade e os 49 anos a popula o sofre um incremento face a 1991 O aumento de efectivos nos grupos popula cionais mais envelhecidos tamb m not rio o que sugere um aumento da esperan a de vida NOTAS 1 Segundo o Recenseamento de 1991 2 Segundo o Rece
421. o tudo depende da perspec tiva de cada um ao analisar as cores da saia blusa de linho de manga curta abotoada ao pesco o com tr s pares de bot es de filigrana de oiro colete provavelmente de baeta verme lha e debruado de verde bordado a matiz de retr s a cores e sobre os ombros uma capa cur ta ou romeira de baeta encarnada debruada de verde Na cabe a carapu a inclinada para o lado ou len o branco No que concerne ao cal ado andavam des cal os como est patente na estampa e era na tural ssimo n o s da poca em quest o como tamb m do per odo posterior conforme a nos sa investiga o em outras zonas campestres No que diz respeito aos dados dos trajos masculinos as refer ncias encontradas como eram usuais em toda a parte da ilha n o s o merecedoras de destaque a n o ser mais uma chamada de aten o ao uso da faixa como pe a fundamental do trajo o que na realidade uma utopia Como sinal de agradecimento da aprendiza gem nas ra zes populares dedico este trabalho aos meus amigos da Lombada da Ponta do Sol com quem trabalhei ao longo de mais de duas d cadas atrav s do Grupo de Folclore da Casa do Povo da Ponta do Sol actualmente Grupo de Folclore da Ponta do Sol em prol da cultura popular do seu concelho e da regi o Para finalizar o nosso grande objectivo Revista Gir
422. o vig rio que tinha Sua Majes tade mandado fazer de novo a dita Igreja por se achar antiga arruinada cuja obra se achava qua ze conclu da na forma do orsamt que sobre a mesma tinha procedido por m a mesma igreja se achava sem ornamentos para os of cios divi nos como tinha reconhecido o prelado daquele bispado visitando a mesma igreja Depois de ter apresentado um rol com a lista de ornamentos necess rios recebeu 633 820 rs para os referi dos ornamentos A 22 de Setembro de 1771 os herdeiros de Ant nio Richard Jervis de Faria fiador da obra de Na Sra da Gra a e de In cio Vit rio Jervis de Faria que parece ter finalizado a mesma depois de falecido o primeiro ambos defuntos e por estar a obra da referida igreja completamente acabada solicitavam vistoria para ficarem deso brigados deste encargo A vistoria teve lugar no dia 4 de Novembro de 1771 na presen a do Provedor e Contador da Real Fazenda Domingos Afonso Barroso do escriv o dos Contos do Capit o Engenheiro das Obras Reais Domingos Rodrigues Martins do Alcaide do Mar Manuel de Gouveia do Re verendo Vig rio Manuel Borges da Alemanha e ainda de Ant nio Correia Jervis de Atouguia em representa o dos herdeiros de seu pai An t nio Richart e nomeado por agente dos mais herdeiros de In cio Vit rio Da presente vistoria constou que tudo es tava constru do na perfei o e seguran a reco mendadas pelo or amento da referida obra No
423. obra deve ser ex tra da das pedreiras mais pr ximas verificando que as h em abund ncia na margem do ribeiro da Quinta de Santo Ant nio em frente ao come o do ramal Na falta de outro local mais adequado e afastado das habita es a C mara acaba por adquirir uns terrenos cultivados a vinha pouco distantes da Igreja e perto de diversas habita es e onde come ou a fazer inuma es cor tando a vinha conforme tinha necessidade de espa o Curiosamente a op o encontrada para a implanta o do novo cemit rio viria a ser sensivelmente aquela que j havia estado prevista no projecto de 1863 na margem oeste do caminho de concelho para a Ribeira da Cai xa hoje Alameda do Mercado e a pouco mais de 120 metros a Sul da Igreja Paroquial Contudo a solu o encontrada e a forma como se processaram as primeiras inuma es n o foi pac fica e viria a estar na origem de um levantamento popular A 1 de Setembro de 1921 um rg o de in forma o denuncia o facto de poucos dias an tes terem sido sepultados fora do cemit rio no Antigo Jardim p blico da freguesia do Estreito de C mara de Lobos espa o mais conhecido por passal ou passeio anos 70 do s c XX terreno de um particular sem autoriza o deste os cad veres de 4 indiv duos falecidos Contu do no dia seguinte o mesmo rg o de infor ma o rectifica a not cia dizendo que as covas afinal tinham sido abertas num terreno que j estav
424. obras na Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito da Calheta e n o Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lo bos como veremos Ant nio de Agrela e Est v o Teixeira de N brega foram arrematadores das obras da Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito da Calheta cujas contas correram entre 1789 e 1794 Sabemos que Ant nio de Agrela arrematou a obra do altar mor e ret bulo da referida igre ja conforme registo de 27 de Maio de 1789 A importancia porque arrematou a referida obra do Altra M r e Retabulo da Nova Igreja da Nos sa Senhora da Gra a da Freguezia do Estreito da Calheta na forma declarada no auto da arrema ta o Lan ado a fl 59 no L de semss com a con di o de receber a 3 parte desta importancia an tes da constru o da dita obra embora numa nota se leia N o vale Veja se a fl 4278 Mas neste f lio confirma se na mesma ser Ant nio de Agrela o arrematador Pella importancia que arrematou a Obra nova do Altar Mor e Retabulo Revista Gir o 80 da referida Igreja de N Snr da Gra a do Estreito da Calheta na forma do Orsamento que se lhe apresentou com condi o de receber Logo a 3 parte da dita importancia ao resto completa que seja a ditta obra e mais Clausulas expressadas no auto de arremata o que se achou lan ado a fl 58 do L 2 de Sem sento sic toda a referida importancia por que arrematou a quantia de 8498000 Sendo fiador Manoel Ant
425. ocidental da Ilha prolongando se do mar at s serras do norte e terminando na Ponta de S o Louren o Com uma rea de 67 71 Km2 e uma popu Revista Gir o 182 NOTAS Gaspar Frutuoso Livro Segundo das Saudades da Terra cap XVI Ponta Delgada 1979 in Alberto Vieira org Hist ria da Madeira p 98 2 Exclu mos a rea de 3 62 Km2 correspondente s Ilhas Selvagens e que se encontra integrada neste concelho uma vez que as mesmas s o desabitadas 3 XIII Recenseamento Geral da Popula o 4 XIV Recenseamento Geral da Popula o la o residente que diminuiu de 22016 para 21747 habitantes compreende cinco fregue sias Machico Cani al Porto da Cruz gua de Pena e Santo Ant nio da Serra Na freguesia de Machico situa se a cidade com o mesmo nome elevada categoria de vila em meados do s culo XV por determina o r Mapa 1 Demarca o geogr fica do concelho de Machico e respectivas freguesias gia uma vez que desde cedo se assumiu como p lo de desenvolvimento econ mico Com um porto natural constituiu se pra a essencial de com rcio de a car madeiras e vinho parale lamente actividade piscat ria que continua a assumir um papel relevante Situada num vale e possuindo uma das maiores ba as da Ilha a cidade de Machico re ne condi es favor veis quer para a pes ca quer para a actividade agr cola devido fertilidade dos terrenos situados nas encostas e consequentem
426. ol tem duas culturas distintas dividindo as a ribeira que sustenta o pr prio nome Por volta do ano de 1990 ainda o nosso tra balho de investiga o ass dua era um embri o chamou nos a aten o uma variedade de saia listada que trazia vestido a interlocutora da Revista Gir o 175 supracitada escritora no seu livro Na Madeira Offerendas no cap tulo O Rapazinho da Lom bada no ano de 1878 qual descreveu numa forma lisonjeadora e sentou se no ch o tendo previamente reparado se haveria por ali algum matto que lhe pozesse pecha na saia de l de riscas azues amarrelas e escarlates fiada tecida e o que mais tinta por ella com ervas do campo com tanta mestria que lhe n o mettem inveja os trabalhos de tinturaria de Mr P Cambournac annunciados pomposamente nos jornaes e almanachs Como bvio esta informa o deu nos um bom ind cio para uma variedade de indument ria local mas muito complexa no concernente ao trajo completo Posteriormente no ano de 1999 entre os dias 8 e 16 de Mar o fomos fazer uma curta investiga o Biblioteca Nacional contando para isso com o apoio indispens vel do INATEL Madeira abono da verdade a nica ajuda que tivemos em 20 anos de trabalho de pesquisa Encontramos no Di rio Illustrado de Lisboa de 26 de Fevereiro de 1874 informa es sobre Revista Gir o 176 x Ss A N o
427. om a maior brevidade poss vel os novos respons veis aut rquicos logo tiveram de como uma das principais tarefas escolher em cada freguesia o local mais adequado para o efeito Esta n o era contudo uma tarefa f cil uma vez que para al m dos fracos recursos fi nanceiros das autarquias de ent o a escolha do local nem sempre era pac fica Obrigados e E fo o g a o g A o c uu 5 6 ra Primitivo cemit rio da freguesia do Estreito a ter de obedecer a determinados requisitos t cnicos a escolha dos locais de implanta o se n o encontrasse oposi o dos propriet rios a expropriar confrontar se ia com as pessoas que se recusavam a aceitar tais infra estruturas por perto das suas propriedades ou locais de resid ncia Isto explica de certa forma o atraso relati vamente legisla o com que foram constru dos os cemit rios em cada uma das freguesias do concelho A 13 de Agosto de 1836 a C mara Munici pal envia ao Governador Civil uma rela o das localiza es onde em cada freguesia deveria ser constru do o cemit rio sendo no entanto rejeitado o s tio do Pastel como local proposto para o da vila de C mara de Lobos Em consequ ncia disso a C mara opta ent o por instal lo no s tio de Bel m isto a avaliar pelos contratos de compra de terrenos efectuada pela C mara no s tio de Bel m e des tinados constru o do cemit rio Em ac r d o
428. om uma concha trabalho t o insensato como Pinturas de Jo o Ant nio Villavic ncio s c XVIII na capela mor pretender explicar o Mist rio da Sant ssima Trindade Esta hist ria remonta ao princ pio do s culo XIII numa compila o da Exempla para uso dos predicadores que reuniu o cisterciense renano Cesario de Heisterbach 1180 1240 em cuja obra referia esta hist ria passada com um te logo an nimo mas o dominicano franc s Thomas de Cantimpr 1201 1272 teve a ideia Foto Rita Rodrigues de substituir a scholasticus quidam por Santo Agostinho num tratado que escrevera sobre a Sant ssima Trindade transferindo a cena para a costa mediterr nea africana perto de Hipona ficando a lenda popularizada a partir do s cu lo XV Identifica o espa o cenogr fico umas colunas cl ssicas verticais jogando com a obli quidade do corpo do Santo inclinado para a es querda segundo a leitura do observador e a do anjo para a direita A cenografia onde se integra a figura de S o Greg rio Magno c 540 604 um espa o interior pessoalizado e intimista com umas cortinas de veludo azul amarrada por uma borla dourada um arm rio com livros e encontra se o Santo sentado simultaneamente lendo e es crevendo as suas obras hom lias pastorais di logos sacrament rios e antifon rios sob a pro tec o e inspira o do Esp rito Santo em forma de Pomba branca que voa bem junto da cabe a do t
429. ompondo o fundo da pintura observamos um edif cio de tipologia oriental o santu rio enquanto a cena principal a Apresenta o de Foto Rita Rodrigues corre num espa o arquitectural cl ssico identi ficado pela presen a de uma por o de coluna e parte de uma fachada com front o Ainda na capela mor na faixa inferior do lado do Evangelho est o representados a Ceia em casa de Ema s L Bernes 1909 e um Sagra do Cora o de Jesus e clarissa s culo XX Do lado da Ep stola faixa superior continu amos a observar um interessante programa ico nogr fico em pinturas de pequenas dimens es envolvidas por cartelas como acontece com o programa do lado do Evangelho e cuja identi fica o mant m se dificultada pela sua locali za o a uma altura consider vel Identificamos no entanto a representa o da Virgem com o Menino sobre uma rvore legendada que in tegra uma predela vertical com mais duas pin turas seguindo o esquema do conjunto oposto no lado do Evangelho Segue se a Adora o dos Pastores intercalada com pinturas novamen te de pequenos formatos sendo de cima para baixo duas com legendas mas s conseguimos ler a filactera de uma In aquas Plupimas Estne P 1 n 6 redundavit terminando este conjun to com a representa o da Senhora com uma F nix ou Pelicano Remata sobre a porta da sa cristia a Visita o L Bernes 1909 de maiores dimens es envolta em moldura
430. onde se preconizava a exist ncia de tr s tipos de s cios executantes contribuintes e aprendizes sendo os dois primeiros os nicos a terem direito a as sento na assembleia geral o9 Agostinho Martins J nior foi fundador e o Francisco Fernandes da Silva J nior Francisco Fernandes da Silva J nior era natural da freguesia de C mara de Lobos onde nasceu no dia 14 de Abril de 1894 e onde faleceu aos 88 anos no dia 26 de Agosto de 1982 Era filho de Francisco Fernandes da Silva e de Idalina Adelaide da Silva neto paterno de Jos Fernandes e de Maria Joaquina e neto materno de Lu s da Silva Henriques e de Maria Constan a Sousa Casou em C mara de Lobos em 1920 com Maria Isabel Jardim de quem houve descendentes Foi durante cerca de 50 anos entre Novembro de 1916 e 1967 regente da Banda Municipal de C mara de Lobos Em 1916 antes de ocupar como titular a reg ncia da Filarm nica Recreio dos Lavradores apesar de ainda muito jovem revelara se um bom executante de cornetime um bom conhecedor da arte musical substituindo na reg ncia da Banda nos seus impedimentos o ent o regente Jo o Rodrigues do Nascimento Para al m da direc o art stica da Banda Municipal de C mara de Lobos o Mestre Francisco como era mais conhecido foi tamb m regente da Tuna da Juventude Cat lica de C mara de Lobos do Grupo Musical 1 de Dezembro de 1940 e ainda da Banda Municipal da Ponta do Sol Ao longo da sua carreira musica
431. oniz t m particular import ncia as actividades liga das pesca e agricultura bem como a ind s tria de lactic nios Embora disponha de um dos portos mais seguros e abrigados de toda a costa setentrio nal trata se de um concelho essencialmente agr cola e em todas as pocas do ano poss vel observar os camponeses nas suas lides agr co las que se prolongam quase de sol a sol A grande produ o deste concelho o vi nho embora existam outras culturas tais como a batata o trigo o milho a batata doce o feij o e a cenoura Nos campos junto ao mar onde prolifera a vinha os agricultores ergueram protec es de Revista Gir o 190 Por se tratar de uma estrutura populacional desequilibrada e consequentemente complexa ao n vel da interpreta o os tra os gerais a re ter s o a diminui o dos efectivos mais jovens com idades at aos 24 anos o aumento da po pula o activa at aos 44 anos no sexo femini no mas prolongando se at aos 49 anos no sexo masculino diminui o dos efectivos com ida des compreendidas entre os 50 e os 60 anos e uma sequ ncia de aumentos e retrocessos nos grupos et rios seguintes NOTAS 1 Segundo o Recenseamento de 1991 2 Segundo o Recenseamento de 2001 urze para protegerem as culturas do vento en quanto que nos terrenos montanhosos foram cavados patamares de forma a permitirem as culturas A freguesia de Achadas da Cruz situa se numa zona serrana relativa
432. onjunto Nota Dez 132 s o grupos de ritmos modernos actuais com origem no concelho da Ponta do Sol A Banda Fixe foi fundada a 6 de Junho de 1996 na Ponta do Sol num percurso que come ou quando os seus membros eram adolescen tes constitu da por cinco elementos Nelson Abreu baterista Jos Abreu vocalista Paulo Silva baixista M rcio Silva guitarrista e por Antelmo Caboz teclista que substituiu ngelo Santos presente na forma o inicial Ao longo da sua exist ncia sofreu um pequeno interreg no entre o terminar da escola secund ria e a entrada no mercado de trabalho mas a vonta de de n o deixar morrer esta banda permitiu que continuassem juntos Passada d cada e meia a Banda Fixe viria a criar um novo projec to com um percurso diferente do inicial e a que foi dado o nome de os Cacha os da Junta Este novo projecto musical que inclui v rios estilos musicais desde o reggae ao rock pretende levar o humor m sica e integra os mesmos elementos do grupo original com o primeiro teclista ngelo Santos No Domingo de P scoa de 2007 com a de nomina o de Grupo Infanto Juvenil Santa Teresa surgiria na freguesia dos Canhas um grupo musical como objectivo incentivar a criatividade e o gosto musical das crian as em particular daquela localidade Integrado na As socia o Cultural dos Canhas a iniciativa da sua cria o foi do compositor Ant nio Sousa Quan to denomina o de Santa
433. opulacional EEN 2001 de jovens 24 2 19 9 de activos 63 7 68 8 de velhos 12 1 11 3 ndice de Vitalidade 50 0 56 7 R cio de Depend ncia dos Jovens 37 9 29 0 R cio de Depend ncia dos Velhos 19 0 16 4 R cio de Depend ncia Total 57 0 45 4 Tabela 5 Evolu o dos indicadores de estrutura populacional por grandes grupos de idades no concelho de Santa Cruz no per odo 1991 2001 nuiu de 24 2 para 19 9 o que representou uma perda percentual de 4 3 deste contin gente populacional No entanto visto que esta diminui o foi relativamente reduzida Santa Cruz passou a assumir se como o quarto conce Iho do Arquip lago com maior percentagem de popula o jovem face popula o total sendo apenas suplantado por C mara de Lobos Ponta do Sol e Ribeira Brava Quanto popula o activa o aumento per centual registado entre os dois Recenseamen tos constituiu o segundo mais elevado de toda a Regi o apenas superado por Porto Santo Desta forma em 1991 63 7 dos efectivos de Santa Cruz enquadrava se na popula o activa Transcorrida uma d cada este valor progrediu para 68 8 Apesar do car cter predominantemente jovem que transparece nesta an lise popula cional a grande peculiaridade deste concelho face aos restantes divisou se perante a diminui o percentual dos mais velhos face popula o activa com um decr scimo de 12 1 para 11 3 No entanto esta tend ncia n o adv m
434. or Trio Riba Mar Cruz actuava todas as noites no Riba Mar tendo levado muita gente ent o vila de C mara de Lobos para apreciar o cantor e o seu repert rio perfeitamente apropriado aos p blicos para quem actuava e que conhecia cada vez melhor Nessa altura num dos lados da sala funcionava a sala de refei es enquanto no outro havia apenas lugar a servi o de bebidas permitindo a quem quisesse apenas beber um Revista Gir o 130 copo e apreciar a m sica poder faz lo sem ter de despender dinheiro na refei o No local era reservado o direito de admis s o at porque ali era frequente encontrar se os senhores ricos do Funchal Com esta barrei ra a funcionar tanto na hora de jantar como depois quando come ava a anima o musical O Riba Mar era no entanto uma aposta que significava muito pouco na estrutura do grupo empresarial raz o pela qual acabaram poucos anos depois por deixar o projecto n o sem ter levado a C mara de Lobos Maria Pia de Sab ia e o Pr ncipe Alexandre para conhecer o local afamado Outra das raz es que levou ao abandono do restaurante foi o facto de que nem tudo foram rosas na rela o entre as fam lias Dias e Nunes Por um lado os primeiros propriet rios queriam manter a f rmula inicial e por outro quando os hoteleiros ficaram com o neg cio causaram uma ruptura com todo o passado e os proble mas entre ambas as fam lias come aram Pou cos anos depoi
435. os Funchalense A este prop sito o Di rio de Not cias de 5 de Outubro de 1877 referia que Agostinho Martins distinto rabequista que entre n s tanto admir vamos acha se entre n s vindo de Lisboa e animado dos melhores desejos de nos dar nas longas noites de inverno alguns concertos de boa m sica acompanhado dos nossos amadores trata de fundar para esse fim uma sociedade filarm nica de concertos Em 1881 a prop sito de um concerto de benefic ncia reali zado em benef cio da Confer ncia de S o Vicente de Paulo O Direito no seu n 1772 refere que o p blico funchalense conhece o de h muito mas n o o tinha apreciado ainda numa nova fase da sua carreira musical N s ao v lo sobra ando o violoncelo tivemos um estremecimento de receio Seria o mesmo Agostinho daquela melodia e doce rebeca de outrora Iriamos ter saudades do passado Deviamos passar por uma nova surpresa o violoncelo ia gemer e chorar nas m os dele como outrora a rebeca o sentimento a inspira o vivem nele ainda Bravo Em 1882 funda na freguesia da Ponta do Sol a Filarm nica Restaura o de Portugal depois conhecida por Filarm nica pr ncipe D Oldemburg e Banda Municipal da Ponta do Sol A 28 de Janeiro de 1893 funda a Academia de Amadores de M sica Marcos de Portugal No dia da sua inaugura o O Direito refere que Agostinho Martins o fundador desta Academia provou uma vez mais que um grande artista e que possui o folgo sagra
436. os Rodrigues Mar tins foi pessoalmente Igreja de Na Sra da Gra a fazer exame aos muros dos adros concluin do que deveriam ficar entre a Caza do Revd Vigario e a parede do adro cinco palmos de v o fazendo se tabuleiro da entrada do d adro de dez palmos de v o e a gru ura dos maiores de dous palmos e meyo como lhe manda o or amte 88 ficando o adro com trinta e cinco palmos de v o que era bastante enquanto a parede que fica de fronte da porta principal para sustentar o adro que h de ter o comprimt que lhe d o or amt que s o cento e onze palmos fora as gro uras das paredes e esta h de ter de alto athe altura do pavimt do adro com seu alicerce de quinze palmos que tudo faz de alto trinta e sinco palmos isto no canto da parte do poente em comprimte de quinze palmos altura de trinta esinco ao canto da parte nascente que fica no ca minho etudo faz bra as 70 e palmos 74a sete mil reis bra a pelo pre o da arremata o gas tando assim a import ncia de 495 180 rs que tinha ficado livre para os muros isto fora o pa tamal e patim da escada que o deve fazer o ar rematador na forma que lhe manda o or amte sendo o mainel e aro do adro de lajes de can taria e todos os muros ter o mainel Adverte que as paredes do adro devem ser bem fortes e o entulho que levar h de ser todo de pedra e n o ser nada de terra esto sic deve o arematador ter mt cui
437. os barcos para a cidade chapr es 7 paus pregos de telhado meyo telhado de real de cabe a de pipa palmares 2 reis de boca sendo alguns pregos comprados a Sim o Gomes paus para as represas sobre o friso chapr es para o friso com 18 palmos de comprimentos e 2 de largura juntas de bois que transportaram madeiras vinho que bebe r o tabuado comprado a Jo o Rodrigues do Campan rio etc Este vig rio teve o cuidado de organizar a lista de obras materiais consumidos nomes de pintores e entalhadores como carpinteiros e pedreiros gastos com transportes e fretes etc que anotou nas ltimas p ginas do Livro de entrada e sa da de dinheiro do dep sito come a em 1730 no Livro da F brica Grande Invent rio a fl 100 organizado por confrarias e no Livro da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e invent rios 1733 1770 documentos que se tornam hoje preciosos para datar e atribuir au torias s obras de talha escultura e pintura Indica o padre Manuel Borges de Alemanha o nome de Jo o Ant Villavic ncio p risco e por o d risco em grande que aparece a di rigir a obra ao almocreve q trouxe a Jo o Ant qd dirigir a obra 800 rs 228 mas tamb m cita do como pintor e dourador vindo v rias vezes do Funchal a C mara de Lobos de barco e su bindo ao Estreito de C mara com ajuda dos bo eiros e arrieiros sendo p
438. os batentes e travessas moldadas com chapas de ferro em sima e em baxo que abrassem a porta por huma e outra parte com capelos em sima e argollas mancais e aguilhoens em baxo com ferros pedreiros grandes e uma tranca que prende do meio da porta com es capulas O postigo de baixo ter quatro golfos cada um com pregos de anninar e o postigo da direita h de ter uma fechadura gualdra enquanto o da esquerda ter dois aldabagatos e esquadros todos os que forem necessarios tan to na porta como no postigo com huma tranca de pao atravessada que corra em a parede tudo em seo lugar pelo custo de 845000 rs As duas portas travessas da igreja ter o cada uma catorze palmos de alto e sete de lar go Ser o executadas tamb m em madeira do Brasil lisa com redondo nos fechos levantado em chapa de ferro em cima e em baixo com ca pelos Em cima ser o ainda colocadas argolas e mancais e em baixo ferros pedreiros grandes com tranca de pau no meio Tudo pelo custo de 65 000 rs O p lpito ser feito com seo guarda p feyto de nogueira preta guarnecidos com as molduras necessarias e o guarda p com sua simalha guar necido tambem com suas molduras necessarias Revista Gir o 22 pordentroe por fora pelo valor de 13 000 rs Ter duas portas uma em baixo e outra em cima com oito palmos de alto feitas de chapr o de pinho liso com seos aros e tres golfos em cada huma e outo taloucos para amba
439. os cr dito s afirma es anteriormente declaradas do pr prio arrema tante e sua solicita o para vistoria das obras cujo Provedor manda vistoriar a 26 de Maio de 1750 7 Depois desta vistoria o fiador n o ficou desobrigado do primeiro pagamento porque o arrematante foi acusado de ter os materiais de pedra alvernaria e cal da antiga casa do vig rio desprotegidos o que tudo poderia levar desca minho e ainda por colocar na igreja nova Este problema ficou entretanto resolvido porque a 1 de Junho foi aceite o mesmo fiador para a se gunda fian a tendo sido paga a segunda tran che a 18 do mesmo m s e ano Enquanto decorriam estas obras de reedi fica o para as quais a Confraria de Na Sra da Gra a contribu a com a ter a parte o vig rio tratava de garantir a conserva o de alguns objectos assim mandou consertar a l mpada ao prateiro Manuel Ferreira Duarte 2 200 rs e mais gastos com corda e vidro 800 rs e 200 rs Nos diferentes documentos consultados so bre a Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos na Provedoria da Real Fazenda do Funchal D G ARQ A N T T no Tribunal de Contas A H T C nos livros do Tombo Grande da F brica e da Confraria de Nossa Senhora da Gra a Contas e invent rios A P E C L s o ci tados apontamentos riscos e plantas quer na troca de correspond ncia entre a Provedoria da Real Fazenda do Funchal e o Conselho da
440. os fregueses Na verdade os fre gueses atrav s de escritura comprometeram se a acabar a obra do corpo capela e sacristia da igreja mas parece que esta esteve parada mais de cinco anos por isso o visitador pelo Cabido da S Vacante Ant nio Gon alves de Almeida capel o de sua Majestade e tesoureiro mor da S ordenou em 1669 que dentro de seis meses os fregueses acarretem na madrs pedra area e cal e mais necess rio para a dita obra Em 1674 o padre Lu s Gon alo Velho voltou a ser sujeito a duras cr ticas novamente acusa do de negligenciar a doutrina conforme estava estipulado nas Constitui es do Bispado de n o cumprir os provimentos referentes a obras diver sas de n o concluir a obra da capela maior reco nhecendo o visitador reverendo c nego Ant nio de Brito Bettencourt no entanto que n o havia dinheiro mas autorizando o recurso a uma doa o feita por Ant nio de Faria e sua mulher no valor de 300 000 rs como referido anteriormen te No entanto deve se a este vig rio o in cio das obras de remodela o da igreja Duas raz es foram apontadas para as pre mentes necessidades das obras da Igreja de Na Sra da Gra a o aumento da popula o que j n o cabia no templo e o seu o estado de ru na No entanto os documentos consultados na Pro Revista Gir o 11 vedoria da Real Fazenda do Funchal e Cabido da S D G ARQ A N T T e Livro de Provimento da igreja A P E CLL n o
441. os or amentos sendo o ltimo pagamento efectuado s depois de conclu das as obras e feita vistoria o que n o tinha acontecido as sim que responde o Provedor a 11 de Maio de 1769 obrigando o almoxarife ao pagamento da referida quantia N o compreendemos a entra da nesta obra de In cio Vit rio Jervis de Faria porque Ant nio Richart ainda era vivo mas realmente em 1772 s o os herdeiros destes dois comerciantes que pedem vistoria obra da igreja a fim de ficarem desobrigados deste encargo A 26 de Maio de 1769 o almoxarife afirmava estar pronto para pagar a quantia em quest o desde que fosse dada fian a o que rapidamen te se desenla a no dia seguinte na Casa dos Contos da Alf ndega do Funchal Afonso Borges de Alemanha em representa o do seu irm o o vig rio Manuel Borges de Alemanha apresen tou se como fiador e recebeu os 563750 rs de Manuel de Freitas almoxarife que foi da Real Fa zenda Ficava assim o vig rio de Na Sra da Gra a obrigado a fazer o acrescentamento da dita sacristia sua custa e de seus fregueses como o reparo da ru na que sucedesse deste acrescen tamento conforme despacho de 1762 Foram testemunhas o capit o Ant nio Jo o Sp nola de Macedo do Funchal e Jos Rodrigues Rom o da freguesia de S o Roque sendo escriv o do almoxarifado Nicolau Ant nio Barreto neste ano de 1769 que o padre Manuel Borges de Alemanha confirma a conclus o da obra Sustentava
442. os verificar pela entrega feita pelo recebedor da S do Funchal Ant nio Marinho referente distribui o do dinheiro das f bricas das igrejas Existe um documento datado de 1594 feito em Lisboa com a lista de igrejas e capelas do Arquip lago da Madeira e as verbas respectivas que o almoxarife deveria pagar s mesmas cujo texto foi tresladado por ordem D Jer nimo Fernando o qual assinou de sua m o O Bispo do funchal a 4 de Fevereiro de 1638 para n o restar d vidas Neste documento confirma se que a Igreja de N Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos tinha o direito de receber 4 000 rs A 22 de Junho de 1578 o recebedor regis tou a recep o e pesagem de um c lice quebra do oriundo da referida igreja por ordem do bis po D Jer nimo Barreto para se fazer outro avaliado o velho em 45463 rs Era comum que os objectos de prata e ouro depois de muito uso nas cerim nias religiosas fossem fundidos e reaproveitados os materiais para a feitura de novos objectos Esta pr tica contribuiu para o desaparecimento irrepar vel de valiosas obras de prataria e ourivesaria quer de mestres re gionais nacionais e at estrangeiros Exemplo vem mesmo desta igreja que nos finais do s cu lo XVII com autoriza o do bispo o vig rio Ma nuel da Fonseca 1684 1683 d clareza de uma bacia de prata que pesou 3 000 rs afirmando que mandou fazer della huma salva p as ga lheta
443. outros eram ainda no vos demais para pegar no neg cio A empresa que acabou por se tornar pro priet ria Jos Dias do Nascimento Herdeiros Lda pediu ent o licen a para manter o local em funcionamento at s 4 horas da madruga da o que foi prontamente autorizado A nova sociedade foi de tal forma frut fera que durante a sua exist ncia foram para ali en caminhados por semana tr s autocarros com turistas do Savoy em excurs es para jantar e assistir anima o musical Consta que foi na quele espa o c mara lobense eu se dan ou pela primeira vez o bailinho da Madeira em restaurantes para animar os turistas tendo o elemento masculino cabe a o tradicional chap u de palha que os pescadores levavam para o mar quando iam ruama Durante a perman ncia da fam lia Dias no Riba Mar apareceu no Savoy um jovem negro funcion rio de uma esta o de servi o que pediu para fazer uma esp cie de teste de voz achando que tinha jeito para cantar Disse que cantava um bocadinho de tudo at fado Foi prestar provas ao pianista do hotel na presen a de Rui Dias que depressa reparou que ali estava uma das melhores vozes que ouvira em toda a sua vida Faltava apenas providenciar um smoking e uma camisa com gola farfalhuda Tony Cruz como disse que se chamava foi cantar para o Riba Mar porque o quadro de animadores do hotel estava cheio e depressa apareceu uma forma o que ficou conhecida p
444. palmos de alto e quatro de largo de madeira de vinh tico lisa com traves sas grossas argolas e mancais ferrolho fecha dura e tamb m lumieira tudo por 59000 rs O or amento final da nova Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos que inclu a a obra de pedreiro e de carpinteiro materiais carretos e recupera o de materiais como madeiras e pedras da igreja velha soma va a quantia de dez contos e trezentos e oitenta e quatro r is 10 000 384 rs Este or amento foi assinado pelo Mestre das Obras Reais Jo o Martins de Abreu e o mestre pedreiro Pedro Fernandes Pimenta O custo da montagem e desmontagem dos andaimes foi colocado no or amento da obra de pedreiro pelo custo de 60 000 rs e para pa gamento de demolir a Igreja velha se aplica ao rematador a alvernaria da dita Igreja Ao longo do or amento elaborado pelo mestre das obras reais Jo o Martins de Abreu e pelo mestre pedreiro Pedro Fernandes Pi Revista Gir o 26 menta em 1747 ficaram bem expressas as van tagens a n vel do custeamento das obras da reutiliza o dos materiais ainda aproveit veis da antiga igreja embora fosse advertido que o rematador n o h de demolir toda a igreja ve lha mas s aquela parte que for necessaria para principiar a nova obra e o que ficar do corpo da igreja velha ser fechado pello Povo com parede e o rematador dar a porta travessa da dita igre ja velha para se fechar e ao depois
445. parte saliente do telhado para desviar as guas da pare de que o sustenta Jorge Henrique Pais da Silva e Marga rida Calado Ob Cit p 22 Frechal frixal viga horizontal viga de madeira que corre sobre a ltima fiada de uma parede e na qual se assentam as pontas dos vigamentos os barrotes de um telhado ou as linhas de uma asna Idem Ibidem p 170 Maria Jo o Rodrigues Ob Cit p 138 A carta de avalia o da casa do reverendo vig rio do Estreito de C mara de Lobos foi feita por Pedro Fernan des Pimenta mestre pedreiro e Jo o Martins de Abreu mestre de carpinteiro em 1747 A HT C CR e C ER Or amento de despesa Apenso A fl 27 Todo o or amento de carpintaria encontra se nos fls 13 19v do A H T C C R e C E R Or amento de despesa Apenso A Polegada medida de doze linhas geom tricas que cor responde a oitava parte de um palmo ou 2 75 cm http www priberam pt dlpo default aspx pal polegada consultado 05 09 2011 10 29h Olivel oliveis pe a paralela a uma asna colocada entre esta e o v rtice Maria Jo o Madeira Rodrigues Ob Cit p 202 Tirante pe a horizontal de madeira ou de ferro que numa constru o submetida a grande esfor o de trac o numa asna de telhado sob uma arcada ou sob uma ab boda nos vigamentos dos tectos barra de ferro que atravessa um espa o de uma parede a outra onde se penduram candeeiros ou lustres Jorge Henrique
446. patena velha e dois resplandores de prata e hua xavinha antiga de prata do sacrario mais outra de prata que serve actualmente nota esquerda for o p o arelicario galhetas de vidro estanho Revista Gir o 41 T tulo das Imagens do altar mor 2 imagens de Na Sra da Gra a uma vestida e outra estufada Item S Joaquim e S Anna Imagens novas de Lx com resplendores de prata e as S acima ditas tem coroas de prata e os meninos 1 Senhora da Concei o pequena com coroa de prata 1 imagem do Senhor Cristo com resplendor de prata T tulo das Imagens do altar de Jesus e Almas 1 imagem do Senhor Jesus crucificado antigo 1 imagem de Santo Ant o estufada nova T tulo das Imagens do altar S Caetano e S Pedro 1 imagem de S Pedro e outra de S Caetano 1 imagem do Santo Cristo nova de Lisboa com t tulo e resplendor de prata T tulo das Imagens do altar de N Sra da Salva o 1 imagem de Nossa Senhora 1 Santo Cristo novo de Lisboa com resplendor e t tulo de prata 1 imagem de Santo Ant nio com coroa de prata e cruz T tulo das Imagens do altar de N Sra das Candeias T tulo do que serve na Pia 1 imagem de Nossa Senhora das Candeias e uma de Nossa Senhora do Ros rio 1 Santo Cristo novo com resplendor e t tulo de prata 1 l mpada de prata do altar das almas 1 l mpada de prata do alta
447. pensado da reg ncia da Banda Municipal da Ribeira Brava haveria de tentar re activar a Banda Recreio Musical Ribeirabravense chegando a ter um significativo lote de aprendi zes Contudo segundo voz corrente respons veis da Banda Municipal da Ribeira Brava com o objec tivo de fazer abortar este projecto e com sucesso Revista Gir o 149 Arquivo da Banda Recreio Musical Ribeirabravense CMRB Banda Recreio Musical Ribeirabravense Arquivo da Banda Recreio Musical Ribeirabravense CMRB Banda Recreio Musical Ribeirabravense Revista Gir o 150 n v g o g gt 5 v E 5 S z o e D 9 e o a Ant nio de Abreu Carvalho Fundador da Banda Recreio Musical Ribeirabravense voltam a contratar Jos Ant nio Nunes Faria para seu director art stico Em 1989 quando Jos Manuel Correia Gomes e Silva inicia a funda o da Filarm nica da Casa do Povo de S o Vicente recorre a al guns antigos m sicos desta filarm nica natu rais da Serra de gua bem como ao seu arquivo musical para formar report rio Para al m da Banda Municipal da Ribeira Brava da Filarm nica Uni o Musical Ribeirabra vense e da Banda Recreio Musical Ribeirabra vense o concelho da Ribeira Brava teve ainda uma banda na freguesia da Serra de gua a Banda Recreio Musical da Casa do Povo da Serra de gua e duas bandas no Campan rio a Filarm nica Recreio Art stico do Campan Francisco Ant nio de Far
448. per odo 1991 2001 tente visto que a maior parte da popula o se insere em actividades do sector terci rio Este j bastante significativo em 1991 ainda sofreu um acr scimo de 3 2 durante esta d cada pelo que nos deparamos com um concelho onde cerca de 80 0 da popula o exerce a sua actividade econ mica em profiss es relaciona das com os servi os N o obstante a diminui o do volume po pulacional e o aumento do n mero de aloja mentos a dimens o m dia dos agregados fa miliares assume em ambos os momentos cen sit rios o terceiro valor mais elevado do Arqui p lago Contudo esta diminui o foi tamb m a mais significativa apresentando uma redu o de 0 8 Quanto s caracter sticas internas das resi d ncias este concelho destaca se pelo facto de em ambos os Recenseamentos ser aquele que possui a maior percentagem de resid ncias com electricidade Durante este per odo cerca de 4 0 dos alojamentos foram beneficiados ao n vel das instala es sanit rias Ou seja en quanto que em 1991 10 4 das resid ncias n o possu am esta infra estrutura em 2001 este va lor reduziu se para 6 0 Embora em 1991 este concelho j registas se a maior percentagem de gua canalizada no interior dos alojamentos ao longo desta d ca da ocorreu uma melhoria que se traduziu no benef cio de cerca de 7 0 das resid ncias Em termos populacionais Funchal assume se no todo Regional como o concelho mais
449. podia acontecer caindo a capela velha com t o evidente perigo de vida dos Ministros que nela celebram e povo que concor re situa o resultante do terramoto de 1748 A confirma o da conclus o da obra de pedreiro dada pelo fiador da mesma capit o Ant nio Richart Jervis a 26 de Setembro de 1756 depois de j ter falecido o arrematador Afirmava o fiador que por morte do arremata dor della M Roiz da Costa he obrigado factu ra da d obra e querendo manda la continuar a qual se acha de paredes j acabada e s lhe falta os muros do adro Era na constru o do amu ramento da igreja e do seu adro que o fiador levantava algumas quest es t cnicas Segun do o or amento aprovado o adro defronte da igreja deveria ter quarenta palmos e a escada dezassete mas com estas medidas n o havia s tio para se fazer Por outro lado os muros de veriam medir dezanove palmos de alto incluin do os alicerces Acontecia por m que segundo os mestres pedreiros que estavam construindo o adro e por ser a terra muito ladeira seriam necess rios mais dezasseis palmos que o supli cante n o era obrigado a suportar Pedia ent o que o mestre das obras reais fosse igreja de terminar as medidas do adro sem que o sup tenha perjuizo por estar a obra barata O Provedor da Fazenda do Funchal ordenou que passe a examinar o q o sup relata o reste do adro e seus muros A 30 de Outubro Doming
450. porta apresenta um dossel com sa nefas Foi o vig rio Manuel Borges de Alemanha que em 1758 requereu o sacr rio para celebrar os of cios divinos fazer se ret bulo no Altar m r e tribuna em que se costuma expor o Santissimo Sacramento que tudo devia ser dourado e fazer se Sacrario As contas referentes s obras do sacr rio encontram se no livro da confraria de Na Sra da Gra a mas pelo que anteriormente vimos documentado v rias confrarias contri bu ram para as diversas obras como o ret bulo camarim trono e pinturas A import ncia ano tada de 759400 rs mas o ouro tintas e traba lho dos pintores surge tudo somando s obras que ent o decorriam na capela mor 1764 1776 por isso n o sabemos o valor real e total do sacr rio executado pelos entalhadores An t nio Mendes Est v o Teixeira de N brega e um seu disc pulo o mestre Manuel Jo o que alimpou a obra e ainda o mestre pedreiro Jos dos Reis da Silva que deve ter feito a casa do sacr rio 6 Refira se que nesta poca o entalhador Es t v o Teixeira de N brega em in cio de carrei ra ganhava 350 rs por dia tendo auferido por 36 dias 12 775 rs enquanto Ant nio Mendes possivelmente seu mestre ganhava 500 rs dia tendo contabilizado 258750 rs por 51 dias de trabalho sendo a obra executada na tenda de Jo o Ant nio Villavic ncio no Funchal ar rematador da mesma 8 O disc pulo de Est v o Teixeira
451. pp 170 172 Esta pintura assinada por L Bernes 1910 de qualidade relativamente inferior quer t cnica e plasticamente a uma tela tamb m assinada pelo mesmo pintor que se encontra hoje na colec o privada de Henrique Velosa Agradecemos ao escultor Ricardo Velosa a autoriza o de iniciarmos o estudo de parte do esp lio de seu pai s culos XVII e XVIII sobre o qual divulgaremos alguns dados na nossa tese de doutoramento em curso 69 70 n 72 73 74 75 76 77 78 79 80 Uma pintura exactamente igual a esta mas ainda mais recente encontra se na Igreja Matriz de Santa Cruz Numa das paredes do corpo da Igreja do Estreito de C mara de Lobos encontra se uma Imaculada assinada por Ante Alves Pintou 1937 Braga Portugal autor que assina a pintura do tecto da Igreja de Santa Cruz Ante Alves 1935 Braga o que atesta que se encon trava na Madeira Revelam estas pinturas que Ant nio Alves e possivelmente mais um pintor seu contempor neo andaram na d cada de trinta a trabalhar nesta duas igrejas rurais Ainda do s culo XX encontra se um co mum e comercial Imaculado Cora o de Jesus assinado em 2001 pelo pintor venezuelano Sixto Orozco Pieretti com a legenda Jesus eu confio em V s Clamou a Deus enquanto levantavam clamores eis que uma pequenina fonte toma propor es de um grande rio uma massa de gua Ester 11 6 remete para Et pendebant
452. pulacional HM 13170 12494 Import ncia relativa Varia o absoluta 676 5 2 51 0 53 202 30 191 92 Tabela 4 Aspectos globais da popula o do concelho de Ri beira Brava no per odo de 1991 2001 velhos deparamo nos com um ndice de Vitali dade que durante este per odo aumentou de 61 1 para 80 9 o que em termos pr ticos se traduz numa evolu o de efeitos negativos Ou seja decresceu o volume dos indiv duos mais jo vens e intensificou se o volume dos mais idosos Na esteira da ila o anterior o R cio de De pend ncia dos Jovens diminuiu de 39 2 para 31 3 Para a obten o deste valor conjuga ram se dois factores o decr scimo do contin gente mais jovem e o acr scimo do peso dos indiv duos enquadrados na popula o activa Por seu turno o R cio de Depend ncia dos grupos mais envelhecidos que em 1991 era de 23 9 acresceu para 25 3 em 2001 conse qu ncia do aumento quantitativo deste grupo geracional 700 600 500 400 300 Efectivos 200 idade gt 85 80 75 70 65 60 Ra 74 89 64 59 54 Indicadores de estrutura populacional 1991 2001 Tabela 5 Evolu o dos indicadores de estrutura populacional por grandes grupos de idades no concelho de Ribeira Brava no per odo 1991 2001 Em conformidade com a manifesta tend n cia regional o R cio de Depend ncia Total des te concelho traduziu se num decr scimo entre os dois Recenseamentos O
453. qualquer rela o com a anterior filar m nica Contudo onze anos depois da sua fun da o os seus respons veis acabam por fazer associa o com a antiga filarm nica Pr ncipe de Oldemburgo argumentando que a Banda Municipal da Ponta do Sol n o era uma forma o criada de novo mas uma reactiva o da an teriormente existente Jos Humberto Vieira dos Vais Jos Humberto Vieira dos Vais natural da freguesia da Pieda de Ilha do Pico A ores onde nasceu no dia 19 de Novembro de 1951 filho de Virg lio Vieira dos Vais e de J lia Am lia dos Santos Iniciou a sua actividade musical em 1969 na Filarm nica Uni o Ribeirabravense dos A ores como aprendiz de trombone Em 1971 assentou pra a no Funchal como volun t rio tendo ingressado na Banda Militar da Madeira Ao longo da sua carreira militar atingiu a patente e Sargento ajudante M sico tendo tocado trompete e trompa de harmonia Foi re gente da Banda Municipal de Santana e primeiro regente da Banda Municipal da Ponta do Sol Revista Gir o 164 Leonel Cipriano Vieira Leonel Cipriano Vieira natural da freguesia do Monte onde nasceu a 16 de Setembro de 1928 filho de Jo o Faustino Vieira e de Isabel de Ascens o Vieira m sico da Banda Municipal desde 1944 altura em que aprendeu as primeiras notas musicais Nesta colectividade chegou em 1957 a che fiar uma sua orquestra e entre 1975 e 1989 a pr pria banda Entre 1984 e 1998 ou 2
454. r referido na mesma confraria sobre coisas que se mandou buscar a Lisboa Entre 1757 e 1763 ou seja depois de benzido o novo templo 1753 e a sua capela mor 1756 um mercador ingl s Andr Danthery quem recebe o dinheiro e encomenda a Lisboa os or namentos da f brica e das confrarias por ordem do bispo ao tempo do vig rio Manuel Borges de Alemanha grande impulsionador da constru o da igreja actual Em 1757 o mercador recebeu 1003000 rs e em 1763 mais 503000 rs da f brica cuja soma 150 000 rs surge novamente indicada em 1766 como verba retirada da arca para paga mento de ornamentos Em 1763 a Confraria das Almas entregou lhe 50 000 rs e no ano de 1766 outra quantia igual destinou se a acabar de pagar os ornamentos que chegaram de Lisboa Em 1766 sa ram mais 20 000 rs da arca e 40 000 da Confraria de S Caetano tamb m para ornamentos vindos de Lisboa embora aqui j n o seja referido o mercador Pelos diversos documentos consultados parece nos que v rias confrarias contribu ram para a constru o da igreja como para a sua decora o A quantia de 1003000 rs referentes a orna mentos que vieram de Lisboa foi paga em 1774 e a 12 de Abril sa ram da arca da Confraria do Sant ssimo Sacramento 19 000 rs para uma guarda e cortinas para a boca do sacr rio atestando assim que esta obra dos entalhado res Est v o Teixeira e Ant nio Mendes j esta ria conclu da Mas estranha a ver
455. r tica das crian as adolescentes jovens e adultos Desde 1990 encontra se inscrito na Federa o de Folclore Portugu s O Grupo Coral e Instrumental da Casa do Povo da Ponta do Sol foi criado por iniciativa do Prof In cio Silva que tamb m assumiria a sua direc o art stica aquando da presid ncia de Laur ncia Serrado Gaspar na Casa do Povo Apresentou se pela primeira vez em p blico no dia 8 de Setembro de 1990 data que considera como sendo a da sua funda o numa altura em que a Casa do Povo j possu a um grupo de fol clore e um grupo instrumental 4 composto por um grupo de 33 coralistas e 22 instrumentistas de ambos os sexos Neste grupo encontramos elementos de todas as faixas et rias jovens adultos e idosos Ao longo dos anos o grupo tem vindo a coleccionar para o seu curriculum v rias importantes actua es em fes tas municipais festas religiosas em programas de televis o e em encontros de m sica coral Este grupo tem como objectivo ser um pro jecto de educa o e sensibiliza o para a m sica destinado a toda a popula o do conselho tam b m seu objectivo divulgar a m sica portuguesa profana e religiosa bem como proporcionar momentos de lazer e conv vio entre a popula o criando condi es para a sua express o e partici pa o Este projecto pretende tamb m propiciar novos caminhos para a m sica tais como a des coberta de aptid es e talentos especiais e tam b m
456. r Melancholies Schatten Em 2010 a escritora alem Gigi Martin pu blicou um conto de 32 p ginas intitulado G as Dienerin oder Melancholies Schatten A criada de G a ou a sombra de Melancolia Foi editado pela casa editora Books on Demand localizada na pequena povoa o germ nica de Norder stedt Martin 2010 que imprime um exemplar de prop sito quando lhe solicitado um A ac o do conto desenrola se do princ pio at ao fim no Funchal e as duas protagonistas s o m e e filha A segunda denominou a pri meira de G a aquela que d luz a Terra per sonificada a primeira m e primitiva e original da mitologia grega a m e afastada oculta no passado no seu pr prio mundo A filha por sua vez recebeu da sua progenitora o nome de Me lancholie Melancolia Tal a explica o da autora dada num pref cio O conte do do op sculo relativamente simples Tendo chegado Madeira de avi o pro venientes de Munique ao que parece no dia 4 de Abril G a e Melancholie v o de t xi para o Hotel Florasol Funchal Avenida Monumental n 306 Este hotel situa se na zona hoteleira da parte ocidental da capital madeirense e fica a 200 ou 300 metros do Lido e do Oceano Atl n tico e a dois ou dois quil metros e meio do cen tro hist rico da cidade Assim come am as f rias das duas mulhe res que foram de facto as ltimas tiradas em conjunto e as nicas que Gigi Martin passou de acordo com a sua mem ri
457. r deli berar que se procedesse por administra o di recta a essa escava o e recolha das ossadas No decurso das obras de aformosamento do recinto ter se o verificado altera es ao projecto situa o que leva a C mara na sua reuni o de 23 de Abril de 1937 a autorizar o empreiteiro a proceder constru o de de graus de escada em toda a sua extens o com frente para o adro da igreja e de quatro flor es em simetria com as existentes Em 1946 este recinto propriedade da C mara Municipal de C mara de Lobos por ex propria o igreja volta a esta entidade como moeda de troca por um pequeno espa o de adro necess rio ao alargamento do caminho da Azinhaga hoje rua Capit o Armando Pinto Correia num dif cil processo negocial Depois de um longo per odo em que C mara e Igreja estiveram de costas voltadas em virtude dos desejos da primeira em promover o alargamento da Azinhaga e a segunda em se re cusar a ceder uma parte do adro para que esse alargamento pudesse ser poss vel e que levou mesmo elabora o de um abaixo assinado de alguns cat licos em defesa das posi es as sumidas pela igreja o entendimento acabaria por acontecer Apesar de tudo numa missiva onde anun ciava a ced ncia da Igreja s pretens es cama r rias O p roco n o deixa de salientar que ape sar do alargamento levar uma pequena parcela do adro esta fazia muita falta Dada a sua exi guidade naquele s tio
458. r mor 1 purificador com pratinho tudo de prata do altar mor 1 vaso de prata do lavat rio 2 campainhas 1 campainha dos enterros 1 caldeirinha de lat o Item cinco missais uzados bem rezados pedra d ara nova 1 arquibanco pintado com gavetas 3 bancos de pinho cadeiras 1 boceta com um Menino Jesus T tulos do Corpo da Igreja pote saleiro de vidro jarro caixa de mogno com 3 frascos de prata dos santos leos Item hum Retabulo com S Jo o baptizando Christo Revista Gir o 42 3 confession rios escadas para se armar da f brica cadeiras de pinho T tulo de coisas 6 1 relic rio dourado para levar aos enfermos 1 mbula rica dourada 1 cruz de prata dourada que mandou fazer o tesoureiro Jos Drumond para a confraria de Nossa Senhora da Gra a 1 missal de marroquim dourado com dinheiro da f brica mandou vir de lisboa 3 missais novos de bezerro que mandei vir de lisboa 1 caixa de marfim de h stias NOTAS bacias caixa de cera bacia de pedir esmolas ao Domingo na igreja e um lampad rio de prata 1 Os invent rios encontram se dispersos em v rios livros 5 Ibidem Invent rio que fizeram o cura Ant nio Abreu e em p ginas diversas escritos por vezes com caligrafia Macedo e o vicel vig rio Francisco Jos de Albuquerque e tinta diferentes indicando que foram re
459. r os oficios devinos e menos caberem os fregueses nela os quais por sua devo o tinh o feito o corpo da mesma igreja pela a qual Sua Alteza ordenou fazer se a ca pella mor sanchristia e campan rio Em 1690 o vig rio e mais fregueses volta ram a afirmar que a igreja necessita de obra de pedreiro e carpinteiro gt A 29 de Agosto ordenou se a feitura de or amento lan amento em preg o e arremata o pelo menor lan o cumprindo o despacho do Conselho da Fazenda de 11 do mesmo m s As obras foram colocadas em preg o e arre matadas pelo mercador Manuel Rodrigues da Costa por 866 800 rs mas o Conselho da Fazenda ordenou que se colocasse no vamente em preg o advertindo que os lan os deveriam ser de oficiais de pedreiros ou carpinteiros Estas obras dever o reportar se a melhorias e acrescentamentos da pri mitiva igreja Em 1710 o vig rio paroquia nos reitor tesoureiro e mais irm os da Con fraria do Sant ssimo Sacramento afirmavam que com muito trabalho tinham edificado hua capella com Retabulo e Sacrario p colocarem o Sm hua Sacristia e caza p o servi o do culto divino cuja capela tinha sido erecta h mais de cento e cinquenta anos ou seja reportando a constru o do templo para o ano de 1560 e nada indica que tenha sido demolido Os azulejos provenientes da capela mor da antiga igreja demolida no s culo XVIII s o azuis e brancos com cerc
460. ra de Lobos 1992 Brochura publicada em 1994 a prop sito do IX Encontro Regional de Tunas Brochura publicada em 1996 a prop sito do XI Encontro Regional de Tunas da Madeira Brochura publicada em 2005 a prop sito do XX Encon tro de Tunas e Orquestras de Bandolins Machico 30 de Ourtubro de 2005 http www pontadosol pt Default aspx ID 90 Brochura do XVII Encontro de Grupos Corais da RAM Ca lheta 14 de Novembro de 2004 Di rio de Not cias 8 de Setembro de 1990 http www pontadosol pt Default aspx ID 94 http www pontadosol pt Default aspx ID 94 Jornal da Madeira 27 de Setembro de 1996 Jornal da Madeira 19 de Abril de 2009 Jornal da Madeira 12 de Julho de 2007 Jornal da Madeira 2 de Agosto de 2007 Jornal da Madeira 5 de Junho de 2011 Jornal da Madeira 22 de Mar o de 2007 Informa es dadas por S lvio Mendes Jornal da Madeira 5 de Abril de 2007 Jornal da Madeira 27 de Janeiro de 2008 Os Trajos da Lombada dos Esmeraldos Ponta do Sol Danilo Jos Fernades Um dos grandes desafios para qualquer in vestigador empenhado na obten o de dados sobre a etnografia de um povo sem d vida os trajos Existem algumas freguesias rurais onde devido ao seu isolamento a forma caracter sti ca de se vestirem perpetuou se at mais tarde A emigra o assim como a chegada das vias ro dovi rias vieram trazer novas perspectivas de vida a essas popula es acabando por segui rem o me
461. ra no sotobanco a mesa do altar que apresenta ao centro um frontal decorado com um resplen dor em forma de nuvem e raios de luz envol ta por cachos de uva Ao centro do banco en contra se o sacr rio ladeado por dois anjos de t nicas azuis simetricamente posicionados e assimetricamente decorados nos pormenores como podemos constatar na pose das suas asas Revista Gir o 64 douradas m os e movimento dos drapeados da roupagem Estes anjos poder o ser obra do entalhador Agostinho Jos Marques que rece beu verbas por duas figuras do trono a 3 000 rs embora seja uma verba diminuta comparada com 22 000 rs que auferiu por uma figura de re mate No banco o espa o correspondente aos tramos laterais adornado por dois elementos decorativos em forma de moldura curvil nea Esta moldura baseada em motivos de folhas de acanto trabalhadas com realismo e tamb m em forma de concheado e C No interior da moldura contempla se um pequeno ramo com flores disposto de modo assim trico que t o caracter stico do Rococ As m sulas que supor tam as colunas s o decoradas com pequenos motivos florais folhas de acanto e orlas de con cheados que enquadram um padr o quadricu lado com pequenos c rculos O corpo do ret bulo apresenta dois pa res de colunas com fuste liso diferenciadas no ter o inferior com uma grinalda de flores com tr s espiras Os tramos laterais enquadram ao centro esculturas sendo a do lado da Ep
462. rada o tabuado do forro ser lavrado pregos e feito de lavrar e afixar a madeira de toda a arma o e tabuado 15 000 rs Teria uma porta por cima da sacristia com nove palmos de alto e quatro e meio de largo que ser feyta de madeira de vinhatico vermelho bom de huma m o liza com seo aro de travessas grossas com hum redondo nos fexos levantado com tres golfos quatro taloucos fechadura e gualda fixa pelo pre o de 79500 rs incluindo madeiras ferragens feitio uma lumieira e tudo assentado no seu lugar As duas janelas da referida casa teriam PRE EST E Ec 9 x QO 35 E T lt fo o o 2 q o E a v o Ee f S o D 9 e Re o 5 4 5 A Z lo EA fo o v Ko o 1 s 3 D e o v o Interior da Igreja de Nossa Senhora da Gra a anos 60 70 do s culo XX cada uma nove palmos de alto e quatro de lar go executadas em madeira de vinh tico lisas com travessas grosas dois postigos cada uma e duas missagras em cada postigo com trancas de ferro e duas lumieiras Custariam 11 000 rs incluindo madeiras ferragens e feitio Seriam ainda colocados outo bala stres torneados e quatro soleyras para as ditas duas janellas de bar bozano pelo valor de 1 800 rs Outra obra de envergadura a constru o do camarim da Igreja de Na Sra da Gra a O camarim ser armado com madeira retirada da sacristia da igreja antiga e assoalhado com o soalho
463. raria e car pintaria que decorreram como j referimos entre 1789 e 1794 embora o trabalho de talha seja com certeza obra de parceria entre os dois entalhadores As arremata es do ret bulo camarim trono douramento pinturas soltas quadros e tecto da capela mor da Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos ocorreram cerca de vinte e cinco anos antes 1764 1776 como j provamos documental mente embora com equipa id ntica ou seja com o empreiteiro arrematdor pintor e dou rador Jo o Ant nio Villavic ncio agora Mestre das Obras Reais a quem competia aprovar o risco e or amento das obras os mestres enta lhadores Ant nio Mendes Est v o Teixeira de N brega e o carpinteiro Jos dos Reis sacr rio e Ant nio Agrela flores e dossel e o entalha dor Juli o Francisco Ferreira ret bulo camarim e trono que j n o entrou nas obras da Calhe ta por ter falecido em 1771 durante o per odo que se finalizam as obras de pintura da Matriz do Estreito de C mara de Lobos mas cuja obra de edifica o pedraria e carpintaria estava conclu da entre 1750 e 1756 Acontece por m que alguns registos da Provedoria poder o suscitar equ vocos As Igrejas Matrizes do Estreito de C mara de Lobos e do Estreito da Calheta s o de invoca o de Na Sra da Gra a assim o escriv o ora apenas refe re Igreja de Na Sra da Gra a sem discriminar se era a igreja de C mara de Lobos ou a da
464. ras composicionais est ticas predominando a verticalidade excep o da pintura de Santo Agostinho revelando influ ncias de esquemas formais j em desuso mas tendo o pintor o cui dado de representar tecidos esvoa antes com alguns pormenores naturalistas de pincelada larga e solta mas com grande rigidez em algu mas dobras dos tecidos deixando vis vel uma linha dura e falhas na modela o formal e lumi nica Os cromatismos s o de uma mesma pale ta dominando os vermelhos e laranjas intensos azuis ci o e ultramarino o verde esmeralda e cremes criando no seu todo uma interessante composi o no espaldar do arcaz mas revelan do incorrec es no desenho especialmente nas m os dos santos Santo Agostinho 354 430 Bispo de Hi pona no s culo IV representado segundo a iconografia convencional barbado e mitrado trajando uma indument ria rica segurando um livro com a m o esquerda sobre o seu colo en contrando se outro fechado no ch o e uma fo lha solta escrita No topo do quadro est repre sentado um cora o inflamado e em chamas levando atr s de si um rasto de luz que como refere no seu Livro IX das Confiss es ficara feri do pelo amor Atr s do Santo observa se uma crian a seminua ou um anjinho ou mesmo o Menino Jesus segurando uma concha fazendo valer a lenda de uma crian a que aparecera ao Santo quando este meditava sobre a Sant ssi ma Trindade A crian a tentava esvaziar o mar c
465. re emigrantes ribeira bra venses radicados na Venezuela Pelo facto de possuir uma denomina o si milar e ter tido como primeiro regente Francisco Ant nio de Faria esta banda foi algumas vezes de forma errada admitida como uma continu a o ou uma reactiva o da Filarm nica Uni o Musical Ribeirabravense fundada em 1912 pelo mesmo Francisco Ant nio de Faria Depois de uma d cada de actividade pro blemas surgidos no seu seio viriam a condicio nar a sua continuidade Com efeito para al m de outros factores a exist ncia de um n mero significativo de m sicos provenientes da fre guesia da Serra de gua e a sua vontade em transferir a sala de ensaios para esta freguesia viria a gerar um conflito com quantos se opu nham a esta mudan a que culminaria em 1974 na sua extin o ficando todo o seu esp lio guarda de Agostinho Eus bio Jos Ferreira ent o tesoureiro da banda Depois de Francisco Ant nio Faria foram seus directores art sticos Raul Gomes Serr o 1962 1965 Abel Teixeira Mendes e Jo o Gomes Henriques de Sousa que sai na se qu ncia de desentendimentos com o presi dente da direc o Ap s a sa da de Jo o Gomes Henriques de Sousa ainda ter sido convida do para regente Marques Ferreira m sico da Banda Militar que apesar de se ter apresentado aos m sicos nunca ter chegado a assumir res ponsabilidades Por volta de 1989 Jos Ant nio Nunes de Faria entretanto dis
466. reira e Francisco Olavo Macedo e Silva Custaram as obras de coloca o do rel gio 60 000 00 incluindo o rel gio 19 500 00 e amplia o da torre em mais 13 30 m 1964 A comiss o encarregada da obra de amplia o do adro da igreja solicitou apoio C mara Munici pal de C mara de Lobos porque as obras impli cavam a constru o de sanit rios e desloca o do fontan rio Fica aqui o nosso contributo para a hist ria da Igreja de Na da Gra a do Estreito de C mara de Lobos INVENT RIOS DA F BRICA E CONFRARIAS DA IGREJA DE N SR DA GRA A DO ESTREITO DE C MARA DE LOBOS Confra de S Pedro 1 lampad rio de prata 2 casti ais de prata Confra do Sant ssimo Sacramento Item hum c lix com luneta e sirculo de prata dourado antigo que serve nos D 3 5 1 mbula de prata por dourwar 1 mbula dourada por dentro mais pequena Item hum Relicario de prata dourada aberto a buril que vai com o S aos infermos que mandou fazer o Vigr Franc Joze de Albuquerq a Confararia nada deu p o dito 1 mbula nova dourada que fez o mestre M dos Passos outra letra mais clara mandou fazer o vig rio Francisco Jos de Albuquerque em 1795 1 cruz de prata que vai nas prociss es com meias canas e varas de prata 2 cerofer rios modernos de prata 2 lanternas de prata Revista Gir o 40 Confra do Bom Jesus 08 12 1730
467. reito de C mara de Lobos como ficando acima do Convento de S Bernardino e ricas em pomares com muita castanha e noz e peros de todas a sorte muito doces e vinhas e cria es Na realidade temos encontrado muitos documentos referentes a foros pagos Miseric rdia do Funchal como a diversas confrarias situadas no Concelho de C mara de Lobos e do Funchal partilhas de bens de freiras do Convento de Santa Clara e ainda testamentos que referem as terras do Estreito como terras de vinha e terras de rvores de frutos Gaspar Frutuoso diz que o orago desta freguezia Nossa Senhora do Rosario no que h engano como dos supracitados alvar s e carta r gia se reconhece Os documentos aqui re feridos pelo anotador de As Saudades da Terra reportam se vida da Igreja de Na Sra da Gra a desde 1539 como veremos adiante Fica assim esclarecido ser este o orago desde os primitivos tempos Corrige tamb m a refer ncia popu la o e n mero de fogos que aponta para cem e duzentos entre o primeiro e ltimo quart is do s culo XVI Sabemos que em 1710 eram seiscentos e setenta paroquianos de confiss o e comunh o e no ano 1718 j estavam regis tados duzentos e sessenta fogos com novecen tas pessoas Segundo Henrique Henriques de Noronha em 1722 contava esta par quia com mil e quarenta e oito almas para duzentas e oi tenta e oito casas ascendendo a freguesia a trezentos e quarenta e um fogos e
468. reja onde ficou registado que as paredes destes alicerces seriam executadas com cal de Lisboa A H T C C R e C E R Or amento de despesa Apenso A fl 3v Ibidem fl 46 Ibidem Ibidem fl 47 Ibidem Ibidem fl 52 Ibidem AHT C C R e C E R Or amento de despesa Apenso D fi Ibidem A P E CLL Livro da F brica Grande Invent rio fl 100 fl 15 Este valor deve ser o apresentando pelo arrematante porque no or amento do mestre das obras reais e do mestre pedreiro o custo dos muros seria de 1 597 200 rs 1 223 200 rs obras dos muros 232 000 rs pare des alicerces e mainel 14 000 rs tabuleiro e degraus 28 000 rs mainel rebocar e caiar A H T C C R e C E R Or amento de despesa Apenso A fls 11 e 11v No entanto h aqui algum erro contabil stico A obra de pedreiro foi arrematada por 7 579 000 rs em 1747 e a soma aqui apresentada contabiliza 8 659 320 7 028 000 rs obra 1 631 320 rs muros D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 973 mf 4227 fls 102 102v Ou 4 de Fevereiro conforme informa o de Gra a Freitas e Manuel Santos Notas sobre a Freguesia do Estreito de C mara de Lobos in Gir o n 4 Vol 1990 p 132 Re metem os autores para A P E CLL L de contas de Na Sra da Gra a Fernando Augusto da Silva Diocese do Funchal Sinopse cronol gica Funchal Tip Esperan a 1945 p 37 Elu
469. reja velha depois de forradas as paredes da sacristia por 10 000 rs A casa do camarim foi or ada num total de 197 000 rs distribu dos por v rios gastos A casa propriamente dita custar 51 000 rs e medir dezasseis palmos e quatro no v o As tr s paredes ter o setenta e dois palmos de comprido pelo custo de 137 000 rs Os outros gastos s o os seguintes para encher a empena da atacanica do dito camarim servir a parede que se des conta de duas portas 1 000 rs 1 porta debaixo do camarim 1 000 rs 1 vara para a dita porta 1 000 rs 1 porta por cima para se entrar no cama rim que se h de fazer com a cantaria da porta principal da igreja velha 1 000 rs 1 verga para a dita porta 1 000 rs A boca do arco do camarim medir de largo onze palmos e meio e de alto vinte tudo feito com a cantaria do arco do cruzeiro velho com cunhais 2 de alvernaria e madeira para se colocar o forro renovar e assentar o archete 2 custando 3 000 rs Ser aberto um caixilho no interior da cape la mor encostado parede da atacanica com o fim de recolher o quadro da boca do camarim que h de de ter de fundo do pavimento do camarim para baixo vinte e tr s palmos e um palmo de largo com huma peredinha de pedra e cal pelo pre o de 7 000 rs Ainda ser o gastas no camarim mais as se guintes despesas alicerces e escada do camarim 129460 rs parede da corredora
470. rende os primeiros rudimentos de solfejo aprendizagem que se intensifica aos 14 anos numa altura em que havia deixado o coro e ingressara na Banda Municipal de C mara de Lobos como aprendiz de requinta onde sai a tocar pela primeira vez aos 15 anos Em 1973 ingressa no ex rcito como volunt rio sendo colocado na Banda Militar da Madeira No ano seguinte matricula se no Conservat rio de M sica em violino e dois anos depois em clarinete forma o que conclui em 1980 Em 1977 aos 23 anos de idade de executante passa director art stico da Banda Municipal de C mara de Lobos donde sai em 1986 Neste ano funda con juntamente com alguns m sicos a Banda Orquestral de C mara de Lobos Os Infantes Dirige esta banda at 1991 altura em que assume a direc o art stica da Banda Municipal da Ribeira Brava Em 1998 assume a di rec o art stica da Banda Municipal do Funchal onde se mant m at sua morte Para al m da direc o musical Jos Ant nio Gon alves foi tamb m professor no Con servat rio de M sica e tem um significativo n mero de composi es e arranjos musicais onde se destacam v rias marchas de anivers rio compostas para as filarm nicas por onde passou Participou em v rios cursos de forma o nomeadamente num curso do INATEL para regentes de bandas num curso internacional de clarine te e num curso de compositor de m sica para bandas Nas suas edi es de 19 de Mar o de 7
471. ripturas lavradas na antiga nota de Camara de Lobos que informam que o ent o vig rio era o padre Sebasti o Vaz Ser o necess rios mais de vinte anos para os registos documentais referirem novamente esta igreja Em 1564 era seu p roco o padre Gon a lo de Aguiar conforme certid o passada pelo escriv o da C mara Eclesi stica do Funchal Bar tolomeu de Brito e Abreu a 3 de Dezembro de 1707 reportando se exist ncia de um livro de baptismos ali depositado Esta certid o tinha sido solicitada pelo vig rio e paroquianos a fim de justificarem pela antiguidade da igreja e n mero de fregueses um pedido de ornamentos ao monarca Ainda hoje no arquivo paroquial encontra se o Livro da F brica Grande no qual ficou registado um invent rio realizado a 17 de Dezembro de 1792 pelo cura Ant nio Abreu Ma cedo e pelo vig rio Francisco Jos de Albuguer que Bettencourt que registaram o primeiro livro de baptismos com capa de pergaminho princi piado em 1564 e o primeiro livro dos defuntos dera in cio a 16 de Dezembro de 1594 Por Alvar de 20 de Janeiro de 1572 a Igre ja de Na Sra da Gra a foi beneficiada pelo au mento da c ngrua do seu p roco para 20 000 rs sendo o ordenado do mesmo em 1591 de 16 000 rs 1 moio e meio de trigo e 3 pipas e meia e vinho Por Carta R gia de 12 de Mar o de 1574 foram atribu dos anualmente 45000 rs sua f brica cuja verba era anteriormente de 3 950 rs como podem
472. rno para efectuar uma ex propria o por utilidade p blica de uma rea de 1000 metros pertencente ao passal da igreja paroquial de Nossa Senhora da Gra a e anexo a ela Como justifica o para esta op o era apontado o facto do espa o em causa reunir as condi es exigidas para o efeito e de n o se encontrar na freguesia nenhum outro terreno Revista Gir o 107 Projecto de ajardinamentodo antigo cemit rio da freguesia do Estreito de C mara de Lobos 1935 com as caracter sticas exigidas Sendo me presente o processo instaurado e completamente instru do nos termos da lei de 23 de Julho de 1850 sobre o requerimento da C mara Municipal do concelho de C mara de Lobos para expropria o por utilidade p blica de 10 ares ou 1000 m de terreno pertencente ao passal da igreja paroquial de Nossa Senhora da Gra a do lugar do Estreito para ali se construir o cemit rio daquela freguesia Considerando que a sobredita expropria o reclamada pela necessidade de estabelecer com os indispens veis requisitos de salubridade o mencionado cemit rio Visto que o terreno escolhido re ne as mais importantes condi es exigidas para o efeito a que est destinada n o se encontrando na fre Revista Gir o 108 guesia nenhum outro prefer vel como se reconhe ce pela opini o dos peritos e funcion rios t cnicos locais e pelas informa es das competentes auto ridades administrativas corroboradas pelo pare cer da
473. roubado do seu esp lio v rios vasos sagrados algumas coroas de prata um cord o de ouro com a imagem de Nossa Senhora uma flor de prata com engaste de pedras encarnadas uma cruz processional e duas l mpadas de prata O sacril gio foi ainda mais violento no que concerne ao consumo das part culas sagradas que se encontravam dentro do sacr rio Os r us seis naturais da Madeira e dois de Portugal Continental foram levados a tribunal e condenados pela Rela o de Lisboa a 6 de Mar o de 1830 seis foram condenados morte por garrote no Cais do Sodr Lisboa e dois a degre do perp tuo para a frica Os r us condenados morte foram Jos Marreiros da Infantaria 2 natural do Continente Jacinto Fernandes tra balhador Manuel de Sequeira trabalhador Ja nu rio Soares soldado da Infantaria 13 natural do Continente Jo o Rodrigues de alcunha o espera diabos trabalhador Jo o de Andrade de alcunha o rangido quadrilheiro Janu rio Soares Jo o Rodrigues Jo o de Andrade al m da pena do garrote foram condenados a serem arrastados desde a cadeia at ao pat bulo cujas cabe as cortadas deveriam ser expostas em postes durante tr s dias Os r us condenados ao degredo foram Francisco de Sales Rodri gues ourives e Tim teo da Gra a trabalhador No entanto a pena aplicada a Jos Marreiros morte no garrote foi revista e aplicado degredo para frica Parte do processo referente aos r us mi
474. rrete do boeiro que levou para C mara de Lobos 600 rs 1 castanheiro comprado a Isabel Maria vi va de Tom s Baptista 1 200 rs carreto de dois pesos de madr q for o p camra de Lobos p as figuras 400 rs ao almocreve q trouxe a Jo o Ant qd di rigir a obra 800 rs 8 paus para formar o p do altar 1675825 rs 1 chapr o que vendeu Marinho Ribeiro para o friso 15000 rs escapullas para segurar as collunas 600 rs 1 d zia de tabuado comprado ao reveren do Lopes 6 000 rs ao arrieiro que trouxe Jo o Ant vera obra e riscar algumas coisas 400 rs papel para moldes 200 rs dre a Jo o Ant nio pl risco do Cammarim em grande e outras coisas 7 200 rs 1 pau para as represas do camarim com 18 palmos de comprido dre ao arrieiro que trouxe Jo o Ant por duas vezes ver a obra e riscar 1 000 rs dre a quem levou a cide e paos p as duas figuras do throno 200 rs 2 paus para o trono 1 400 rs dr a quem trouxe duas figuras pequenas p o retabulo 100 rs dr a 3 homens q trouxeram huma figura das grandes e comer 650 a Francisco de Freitas por levar um pau a C mara de Lobos para as figuras 200 rs dr e comer a 3 homens q trouxeram outra figura da cid 600 rs dre a Nicolau de Lyra por 5 figuras do rema te do ret bulo 663800 rs
475. rticipando a partida para Lisboa dos r us implicados no desacato cometido no Estreito de C mara de Lobos Revista Gir o 51 274 275 276 277 278 279 A H U A C L S rie Madeira Cx 39 Docs 11283 84 Ofi cios do governador processo instaurado contra Jo o Nunes e Jos Bernardo de Santa Ana sobre o desacato do Estreito de C mara de Lobos Ibidem Ibidem Manuel Pedro Freitas A Igreja Paroquial de Nossa Senho ra da Gra a Remete esta informa o para Di rio de Not cia 25 de Fevereiro de 1906 Idem Ibidem Remete a informa o para O Jornal 13 de Setembro de 1924 Idem Ibidem Remete as informa es para Manuel Frei tas Notas sobre a instala o do rel gio na torre da Igre ja de Nossa Senhora da Gra a do Estreito de C mara de Lobos in Gir o Vol 1 n 2 1989 No Estreito de C ma ra de Lobos o novo rel gio in Di rio de Not cias Fun chal 24 de Setembro de 1937 Manifesta o de apre o Revista Gir o 52 280 28 5 282 ao Dr ngelo Menezes Marques in Di rio de Not cias Funchal 12 de Setembro de 1937 Not cias da Madeira e O Jornal 6 de Mar o de 1937 No Estreito de C mara de Lobos in Di rio de Not cias Funchal 8 a 10 de Agosto de 1937 Sobre a hist ria da montagem e custos da obra do rel gio ver Manuel Pedro Freitas A Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Gra a dem Ibidem Remete esta informa o para C M C L Ac
476. rtuguesa esta vam demasiadas ocupadas com obras centrais ficando um maior espa o para a m o de obra regional que at recebeu pintores e imagin rios can rios para o seu mercado local o que expli ca em parte a aus ncia de pinturas significati vas de artistas nacionais para a Madeira a partir da segunda metade do s culo XVIII O tecto da nave principal apresenta por sua vez decora es em tons predominantemen te ocres vermelhos azuis e cinzas baseadas em motivos arquitect nicos colunas p rticos arcos varandas com balaustradas e ainda al guns querubins meramente decorativos tudo organizado numa marcada ilus o persp ctica dirigindo o olhar do espectador para tr s me dalh es o central representando S o Miguel Ar canjo que segue a iconografia comum voando armado de lan a lutando e ferindo o terr vel drag o outro medalh o na direc o do altar mor representa Cristo Ressuscitado agarrado a uma cruz coroada de espinhos s mbolos da pai x o e no lado oposto em direc o porta prin cipal uma alegoria representando a Imaculada Concei o um anjo que leva o Menino ao colo e se dirigindo para um coluna ou altar com dois querubins sobre os quais se encontra pintado o Olho da Provid ncia Do ponto de vista formal este tecto segue as representa es comuns dos tectos pintados em perspectiva nas igrejas da Madeira durante o s culo XVIII como s o os casos das Igrejas do Monte e Socorro Funch
477. s Custar o 11 000 rs Cada porta ter uma lumieyra que custa r 1 000 rs A escada do p lpito ser feita com madeira recuperada da arma o da igreja velha e custar 3 500 rs A sua arma o levar tr s tra vessas de castanho com vinte e nove palmos de comprido e uma travessa para os frixais que custar o 2 100 rs O forro do p lpito consumir meia d zia de tabuado de castanho pelo pre o de 1 750 rs Os pregos feitio de lavrar a madeira e tabuado aplainar e tudo assento no seu lugar custar o mais 2 000 rs Haver uma janela na es cada do p lpito com tr s palmos de alto e dois de largo cuja grade ser feita com o material re tirado da casa da pia baptismal velha custando 19500 rs Nesta janela ser colocada uma vidra a com aros de cedro e custar o seu fabrico 25000 rs incluindo madeiras vidros betume feitio dois taloucos e uma lumieira As quatro janelas do corpo da igreja ter o cada uma doze palmos de alto e quatro de lar go e ser o executadas em madeira de cedro Cada janela ter um aro uma cruz no meio quatro postigos com tranguetas de pao e seis taloucos O valor de 30 000 rs incluindo as madeiras vidros betume tudo assentado no seu lugar A janela do frontisp cio com doze palmos de alto e seis de largo levar um vidra o com aro volta e cruz no meyo com quatro pos tigos moldados pela face feyta de madeyra de cedro com oi
478. s estreitando se para a parte superior ricamente ornado como a sua base criando lei turas r tmicas entre os panos esculpidos por fim termina o sacr rio com uma esfera encima da por uma ave F nix Conta a lenda que a F nix oriunda da mitologia grega ave fabulosa e m tica do tamanho da guia e adornada com tra os do fais o fazia os seus ninhos de madei ras e resinas que logo eram incendiadas pelos raios solares A ave era consumida pelas chamas e da medula dos seus ossos renascia outra F nix Associada a este simbolismo da destrui o peri dica e regenera o foi absorvida no Oci dente Crist o como o triunfo da vida eterna so bre a morte 8 e comummente integrada nos adornos dos sacr rios Apresenta se este sacr rio em forma de tor re base mais larga e sucessivos andares e pla nos cada vez mais estreitos terminando numa esfera A forma ascensional simbolizando a su bida da terra aos c us do sofrimento salva o reporta para a vida do crist o e o que deve ser a sua pr tica religiosa O sacr rio vaso arca cofre tabern culo onde se coloca o cib rio com as part culas con sagradas remonta a sua hist ria ao Conc lio de Niceia de 325 quando ficou determinado que os penitentes em perigo de vida tinham o de ver de receber o Sacramento da Eucaristia Esta determina o obrigou que nas igrejas ficassem guardadas h stias sagradas para socorro de pessoas moribundas A
479. s havia inclusivamente proces sos em tribunal e a casa chegou a estar fechada durante mais de um ano O desfecho desse processo foi o abandono por parte da fam lia Dias do local que acabaria por voltar para as m os dos Nunes mas j para as do seu filho que fizera uma proposta para fi car com o estabelecimento de volta Passou uma procura o pois estava na altura emigrado em Inglaterra e recebeu a not cia por telegrama al guns meses depois de que o Riba Mar era seu Arrumou as malas e voltou em Maio de 1969 Durante um m s limpou e arrumou todo o local tendo reaberto a casa com uma grande festa na noite de S o Pedro a maior festa popu lar que acontece na sede de concelho O jovem tocava acorde o como o pai Tam b m aprendera de ouvido durante os anos que viu o progenitor dedilhar as teclas para ganhar a vida Desde o in cio dos anos 70 at 2003 fez a casa tentando manter o mais fiel poss vel o es p rito que o pai imprimira NOTA 1 De acordo com Jornal da Madeira de 4 de Dezembro de 1952 No s bado seguinte iria ser inaugurado em C ma ra de Lobos no local onde havia sido o Riba mar um novo restaurante que se apresenta instalado com deco ra o e mobili rio reproduzindo apetrechos de pesca O Dif cil Tratamento de uma Pessoa com Alzheimer Um conto funchalense da autora alem Gigi Martin Por Eberhard Axel Wilhelm Erz hiung Gaas Dienerin Capa do livro G as Dienerin ode
480. s o Escudo de prata com uma cerejeira arranca da de verde frutada de vermelho acantonadas em chefe duas flores de cerejeira de ouro perfi ladas e real adas de vermelho Coroa mural de prata de tr s torres Listei branco com a legenda a negro JARDIM DA SERRA Bandeira Verde Cord o e borlas de prata e verde Has tee lan a de ouro Selo Nos termos da lei com a legenda JUNTA DE FREGUESIA DO JARDIM DA SERRA C MARA DE LOBOS Restaurante Riba Mar Cristina Costa e Silva Largo da Rep blica hoje Largo da Autonomia nos anos 60 do s culo XX Em primeiro plano o coreto e em segundo plano esquerda o restaurante Riba Mar tendo estacionado na sua frente um autocarro de uma companhia de autom veis de turismo madeirense Entre todos os restaurantes de C mara de Lobos o Riba Mar ocupa um lugar de destaque n o s pelos anos que funcionou mas por toda a hist ria de d cadas que ajudaram a projectar o nome da ent o vila de pescadores Este restaurante esteve de portas aber tas at Mar o de 2004 no Largo da Rep blica tendo sido desactivado aquando das obras de recupera o deste local emblem tico hoje de nominado de Largo da Autonomia Fundado por Manuel Nunes de Oliveira que em Mar o de 1843 j servia aos pescadores o que acabaria por ficar famoso como o Caf da Madrugada o restaurante aparecia por for a da procura pelas iguarias confeccionadas pelo fundador tendo sido pedid
481. s o suficientemente expl citos o corpo da igreja tinha sido edificado pelos fregueses e Sua Majestade iria construir a capela mor como era de obriga o Real e ain da a sacristia e campan rio como benesses ex tras mas parece que contou toda a constru o com esmolas dos fregueses Mas seria a igreja totalmente reedificada para aumentar o corpo da igreja Pois encontrava se em ru na e n o su portava o n mero de fi is Ou seria s aumento da capela mor Em 1674 afirma se que a capela maior era muito pequena e aberta por n o aver dinheiro bastante pera se poder fazer de novo conforme a Igreia embora ter j um principio de hum arco t o fermoso Os documentos da d cada de 90 do s culo XVII segundo a nossa interpreta o remetem apenas para acrescen tamento e consertos da igreja J em 1589 a sanchristia da igreja de nossa snora da gra a do estreito de cama sic de lobos se concertou novamente per mandado do snor bp o que demonstra ser a sacristia antiga Neste conserto se fez hua janella de cantaria com sua grade de ferro no lugar onde estava des pendeo o recebedor ao todo 118720 rs na maneira seguinte E a grade de ferro custou 1 200rs e os pe dr levar o de jornais quatro mil rs e a area posta na obra custou 3400 rs e a pregadura de diversas maneiras 5900 rs hua aldraba pera a janella 60 rs quatorze taboas de til e duas de vinhatigo sic pera forro e alguns remendos do
482. s Jovens diminuiu de 42 9 em 1991 para 28 9 em 2001 como consequ ncia de duas circunst ncias o de dores de estrutura populacional 1991 2001 172 25 0 Tabela 5 Evolu o dos indicadores de estrutura populacional por grandes grupos de idades no concelho de Porto Moniz no per odo 1991 2001 cr scimo do n mero de jovens conjugado com o fraco crescimento da popula o activa No que concerne ao R cio de Depend ncia dos Velhos o valor de 28 6 registado em 1991 era unicamente ultrapassado pelo concelho de Calheta No entanto o acr scimo deste indica dor para 39 1 em 2001 representou o valor mais elevado de todo o Arquip lago Por seu turno a diminui o do R cio de Depend ncia Total de 71 5 para 67 9 entre os dois Recen seamentos transformou este concelho no mais envelhecido de toda a Regi o O duplo envelhecimento da popula o na Homens Eme TA TE E vu a 210 180 150 120 o o u 0 Efectivos idade gt 85 80 84 75 79 70 74 65 69 60 64 55 59 50 54 45 49 40 44 35 39 30 34 25 29 20 24 base e no topo est patente nas Pir mides de Idades Gr fico 1 A natalidade diminuiu signifi cativamente o volume de popula o em idade activa reduzido e o n mero de indiv duos com mais de 65 anos aumentaram entre os dois re censeamentos Contudo uma an lise mais detalhada per mite nos delinear as caracter sticas que distin guem cada um dos sexo
483. s do Altar mor que as n o tinha N o encontr mos a entrega do suposto c lice novo mas a 15 de Dezembro de 1581 ou seja tr s anos depois da entrega do c lice quebrado Ant nio Marinho despendeu para H calez de prata dourado em partes p a igreja de nossa senhora da gra a do estreito de camara de lobos ho qual estava em poder delle recebedor e fora da see onde j n o servia Esta situa o era muito comum Da S do Funchal como de outras igrejas como S o Pedro Na Sra do Calhau Col gio por exemplo sa am diversas pe as desde alfaias paramentos frontais at pinturas ret bulos e rg os que por serem velhos com muito uso ou porque j n o ser viam eram vendidos ou doados a outras igrejas ou capelas das periferias e rurais designadas por igrejas dos montes mais pobres e menos exigentes como tamb m para capelas e ora t rios particulares Assim a Igreja de Na Sra da Gra a recebeu um c lice da S onde este j n o servia Nesta mesma igreja mas j em pleno s culo XVIII a 10 de Maio de 1735 foram tirados da arca 10 500 rs por ordem do bispo D Manuel Coutinho para serem entregues ao reverendo padre Manuel das Neves seu fami liar com vista diminui o do ouro para pesar as cruzes que se mandaram buscar a Lisboa e que j se encontravam na igreja de cuja enco menda se encarregou o reverendo padre Filipe de Oliva Em 1581 mas a 2
484. s em cada um dos gru pos de idades Assim quanto ao sexo masculino a dimi nui o bastante significativa entre os 0 e os 14 anos menos significativa no grupo 15 19 anos e regista um ligeiro acr scimo no grupo 20 24 anos Entre os 25 e os 39 anos assiste se de novo diminui o dos efectivos masculinos os quais a partir dos 69 anos aumentaram e passaram a exceder numericamente os registados no Re censeamento anterior O sexo feminino foi tamb m fruto de mo vimentos estruturais bastante espec ficos em cada grupo de idades Assim entre os dois Recenseamentos assistimos a um decr scimo populacional do volume de mulheres entre os 0 e os 59 anos Contudo esta diminui o n o sentida de igual modo em todas as idades pois Mulheres e pre p a a a a pre O mm 2001 1991 30 60 90 120 Efectivos 150 180 210 Gr fico 1 Evolu o das pir mides de idades no concelho de Porto Moniz no per odo de 1991 2001 Revista Gir o 193 a que se registou no grupo 25 29 anos de to das a mais significativa Neste sexo o aumen to dos efectivos not rio a partir dos 60 anos e mant m se at aos 84 anos uma vez que no grupo seguinte os efectivos contabilizados em 2001 s o numericamente inferiores aos regista dos em 1991 Em s ntese consideramos que o concelho PORTO SANTO Descoberto em 1418 por Jo o Gon alves Zarco e Trist o Vaz Teixeira o Porto Santo uma ilha de origem vulc nica com um
485. s fn es se mant m at 2007 A estreia oficial da Banda Municipal da Ponta do Sol viria a acontecer sob a direc o ar t stica de Leonel Cipriano Vieira Depois de 16 anos de actividade em Janeiro de 2000 Leonel Cipriano Vieira viria a dar o lugar a Duarte Costa In cio 2 Em 2007 suceder lhe ia lio Cristiano Gomes Jardim regente e executante que se mantinha em fun es em 2010 Na d cada de 90 a Banda Municipal da Ponta do Sol tem um dos momentos mais al tos do seu historial com a digress o a Cura au Aruba e Venezuela Outros momentos de des taque na vida desta colectividade musical s o a organiza o do Festival de M sica Filarm nica da Ponta do Sol e as digress es realizadas em Revista Gir o 165 Foto Rui Camacho lio Cristiano Gomes Jardim lio Cristiano Gomes Jardim natural da freguesia da Ponta do Sol onde nasceu no dia 24 de Julho de 1975 filho de Jos Alexandre da Costa Jardim e de Maria Teresa Gomes Lira Iniciou os seus estudos em m sica na Casa do Povo da Pon ta do Sol com apenas 5 anos de idade tendo mais tarde in gressado na Banda Municipal j com 10 anos Contudo a sua primeira actua o nesta institui o aconteceu mais tarde aos catorze anos n o tendo desde ent o deixado esta institui o licenciado em Educa o Musical pela Escola Superior de Educa o de Lisboa e exerce a profiss o de Professor de Educa o Musical na Escola B S Padre Manuel l
486. s mortos Nos artigos seguintes recomenda que os terrenos a eles destinados deveriam situarem se fora dos limites das povoa es e com expo si o mais conveniente sua salubridade ain da que admitindo que nas freguesias rurais as dist ncias pudessem variar consoante circuns soqo7 p Lewe p 0121153 OP 821 ep esoyuas esson ap einboJed ep onpywa e esed gog Wa epeioqeja egued o bio q 2 gt a o t ncias particulares e fixa como rea necess ria para a constru o dos cemit rios a suficiente para que na mesma cova n o pudesse ser se pultado outro cad ver antes de se terem passa do cinco anos As despesas inerentes constru o dos cemit rios ficariam a cargo dos concelhos ou povoa es a quem se destinavam o mesmo devendo acontecer com as despesas de manu ten o que deveriam estar previstas nos or a mentos ordin rios A necessidade de resguardar o cemit rio por um muro aqui refor ada definindo se que para al m de robusto a sua altura deveria ser de pelo menos dez palmos Tal como j ha via acontecido no regulamento dos Hospitais Militares a profundidade das covas tamb m alvo de preocupa o e fixada num m nimo de cinco p s acrescentando para al m disso que deveria ser individual e estar separada das ou tras por um espa o de palmo e meio em todos os lados Preconizava ainda este Decreto que rela tivamente aos cemit rios existentes aqueles que
487. s o fez em Lisboa a quinze de Fevereiro de mil sete centos e sessenta e quatro annos Joz Telles Rebello a fez escre ver Jo o Ant nio de Oliveyra Doutor Antonio Alz da Cunha e Araujo Passado por despacho do Conselho da Fazenda de 19 de Agt de 1763 Cumpra se e registesse F 9 de Abril de 1764 Barroso Registado do pr prio Funchal 3 de Dez bro de 1764 Oliveira Acontece que o contrato acima transcri to de arremata o foi quebrado por ren ncia do mestre entalhador Juli o Francisco Ferreira passando essa responsabilidade para o vig rio da mesma igreja padre Manuel Borges de Ale manha como se v pela verba paga ao not rio p Escriptura de quebra q fez Juli o France ar rematador della 800 rs e como ficou bem expl cito foi a pedido do referido p roco que o entalhador tinha arrematado a obra Em nome de Deus amem Sayb o quantos este Instrumento publico de quebra e renuncia deste dia em diante na forma declarada virem que no Anno do Nas cimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil setecentos e sessenta e quatro annos ao primeiro dia do mez de Mayo do dito anno nesta Fregue zia de Nossa Senhora da Gra a lemite do lugar de Cama sic de Lobos termo da cidade do Funchal da Ilha da Madeira nos aposentos em que vive o Muito Reverendo Vigario Manoel Borges de Ale manha aonde eu Tabali o fui chamado e sendo ahi prezente mim Notario aparecer o partes com vem a saber de huma o Mestre emt
488. s pr ximos Remetida atrav s de uma Circular datada de 16 de Mar o de 1838 e emanada pelo Go vernador Civil Ant nio de Gamboa recebida na C mara Municipal de C mara de Lobos uma Portaria do Minist rio do Reino com o seguinte teor Constando que em alguns concelhos e luga res ainda se acham por construir cemit rios p bli cos a respeito do determinado no Decreto de 21 de Setembro de 1835 e mais ordens expedidas por Minist rio e diferentes autoridades administra tivas e que semelhante falta d ocasi o ou pre texto para se continuar em nocivo abuso de se enterrarem os cad veres nos templos Manda Revista Gir o 104 pela Secretaria de Estado dos Neg cios do Reino que o Administrador Geral interino do Distrito do Funchal expressa as mais explicitas e terminantes ordens a todas as C maras Municipais de seu Dis trito a cerca do estabelecimento dos cemit rios dentro do prazo marcado no Artigo 6 daquele Decreto que ser contado desde o dia da publica o da Portaria findo o qual o mesmo ano dar conta pela referida Secretaria de Estado do cum primento que tiver tido esta Real ordem que muito lhe recomendada Pal cio das Necessidades em 10 de Fevereiro de 1838 Desta forma confrontados n o s com a necessidade do cumprimento da legisla o es tabelecida atrav s do Decreto de 21 de Setem bro de 1835 como ainda sujeitos a forte pres s o por parte do Governador Civil para que tal fosse feito c
489. s sem insta la es sanit rias aumentou durante esta d ca da o que nos faz equacionar a exist ncia de um sobre registo em 1991 Entre os Recenseamentos de 1991 e 2001 a popula o de Machico diminuiu de 22016 para 21747 indiv duos recenseados o que em termos absolutos se traduziu num decr scimo de 269 indiv duos Associado a este decr scimo encontra se uma ligeira redu o na densidade mom fim im Sem instala es de electricidade 40 0 3 Sem instala es sanit rias 11 5 12 5 Sem gua canalizada 9 5 Tabela 3 Caracter sticas dos alojamentos familiares ocupados como resid ncias habituais no concelho de Machico no per odo 1991 2001 14 populacional que passou de 325 15 para 321 17 habitantes por Km2 Em conformidade com o exposto a Taxa de Crescimento Anual M dio registou uma evolu o negativa ou seja 0 12 entre 1991 e 2001 Contudo embora estes valores traduzam uma tend ncia para o decr scimo o concelho de Machico viu a sua import ncia populacional aumentar de 8 7 para 8 9 face ao total do Ar quip lago uma vez que as diminui es popu lacionais dos outros concelhos da RAM foram mais significativas Nesta circunscri o manteve se a tend ncia do decr scimo que caracteriza todos os con celhos do Arquip lago no que concerne aos grupos et rios mais jovens Este fen meno tra duziu se aqui numa diminui o percentual de 25 2 em 1991 o terceiro valor mais elevado da R
490. s valores de respec tivamente 63 2 e 56 6 constituem o efeito quer da diminui o do grupo dos jovens quer do aumento dos efectivos da popula o activa A partir das Pir mides de Idades podemos determinar as principais linhas tendenciais des te concelho assim como assinalar as diferen as comportamentais que cada um dos g neros ma nifestou nos diferentes de grupos quinquenais Assim em 2001 nas idades compreendidas entre os 0 e os 24 anos os efectivos de ambos os g neros diminu ram o seu volume face a 1991 Mulheres l ii d o 2001 w 1991 500 600 700 j gt po 200 Mo 400 Efectivos Gr fico 1 Evolu o das pir mides de idades no concelho de Ribeira Brava no per odo de 1991 2001 Revista Gir o 200 Contudo no grupo et rio 25 29 anos regis taram se tend ncias distintas entre os g neros com o aumento dos efectivos masculinos e a di minui o dos efectivos femininos Entre os 29 e os 44 anos o crescimento po pulacional foi comum aos indiv duos de ambos os sexos embora no grupo dos 40 44 anos o acr scimo tenha sido bastante mais significati vo no sexo masculino Contudo se atentarmos nas colunas repre sentativas do sexo masculino entre os 25 e os 54 anos denotamos um acr scimo consider vel no volume destes indiv duos entre os dois Recenseamentos situa o que n o se verificou SANTA CRUZ O concelho de Santa Cruz situa se na costa sudeste da Ilha e constit
491. sa Senhora da Gra a teria um p lpito O p lpito local privilegiado da leitura da Sagrada Escritura e prega o possibilitava a exorta o penit ncia pela salva o das al mas sendo o serm o a arte de mover e con vencer um audit rio pela for a da palavra De pois das directrizes do Conc lio de Trento a arte apropriou se de um novo sentido propagan d stico que inclu a o recurso s mais diversas linguagens art sticas cuja persuas o decorria tamb m da boa utiliza o do p lpito arma privilegiada de combate Reforma Protestante e elemento essencial para o exerc cio do Mist rio Era do p lpito que o pregador apelava f dos crentes associando a palavra ao gesto por for ma a refor ar o clima c nico que a nova liturgia impunha Os p lpitos eram constru dos em posi o privilegiada dentro da igreja altanei ra e central ou seja em zonas interm dias de forma que a comunica o aos fi is fosse eficaz visual e auditivamente Entre 1600 e 1800 nas visita es que con sultamos para a Ilha da Madeira verifica se que o p lpito era um elemento muito considerado ficavam registados nos invent rios registam se muitas despesas nas suas constru es com oficiais e materiais como tamb m consertos das suas escadas portas e fechaduras e pintu ras s o advertidos os p rocos para que mante nham as portas dos p lpitos sempre fechadas outros gastos comuns das f bricas
492. salientando ainda a mesma not cia o facto de ela j ter tocado e possuir novos e bons ins trumentos Tamb m a 7 de Agosto de 1875 o mesmo rg o de informa o d conta que a filarm nica da Ribeira Brava recentemente or ganizada havia tocado na Ponta do Sol A inexist ncia de informa es exactas sobre a data da sua origem levou a que em 1989 a sua direc o tivesse fixado o ano de 1889 na al tura a mais antiga refer ncia conhecida relati vamente sua exist ncia como sendo o da sua funda o e passado a comemorar o respectivo anivers rio no dia 6 de Maio o mesmo que o da cria o do concelho da Ribeira Brava Apesar de todos os dados dispon veis apon TIE Wi Banda Municipal da Ribeira Brava 2008 Revista Gir o 139 tarem a data da funda o desta filarm nica como sendo 1874 ou 1875 prov vel que s mais tarde em 1877 ela tenha vindo a ser re conhecida como entidade jur dica Com efeito de admitir que a escritura de sociedade cons titu da no dia 28 de Junho de 1877 perante o not rio da Ponta do Sol J lio Augusto Pereira tendo por objectivo a forma o de uma ban da de m sica instrumental e tendo por s cios fundadores Francisco Jo o Barreto Jos Nu nes Correia de Macedo e outros da freguesia da Ribeira Brava possa corresponder hoje denominada Banda Municipal da Ribeira Bra va Infelizmente o conte do da respectiva es critura limita se a referenciar a cria o
493. scopal do Funchal ou A D F Arquivo Diocesano do Funchal O Primitivo Cemit rio da Freguesia do Estreito de C mara de Lobos Manuel Pedro S Freitas Igreja de Nossa Senhora da Gra a vendo se em primeiro plano o primitivo cemit rio anos 20 do s c XX Ap s a morte torna se imperioso dar um destino aos cad veres por forma a que a sa de p blica n o seja afectada Exceptuando casos pontuais de embalsamento t cnica impratic vel para popula es de grandes dimens es a crema o e a inuma o ou enterramento sur gem como os m todos mais eficazes e seguros para o fazer Ainda que hoje na nossa cultura a pr tica de crema o esteja em franca expans o o en terramento continua a ser a op o de elei o como destino final a dar aos cad veres dos crentes crist os O enterramento no interior das igrejas e capelas ou nos seus adros foi para os crist os uma pr tica frequente at meados do s cu lo XIX Para al m de ser entendido como uma forma de colocar os seus restos mortais sob a protec o da Casa de Deus tornava a igreja num lugar de conv vio entre vivos e os mortos e onde n o raras vezes a estratifica o social do morto se mantinha atrav s de uma hierarquia na distribui o espacial e no tipo de sepultura em que cada um tinha espa os distintos e dife Revista Gir o 99 Foto Ernesto Pinto Correia renciados A este prop sito num documento elabora do em 12 de Julho de 1707
494. se no s c XVIII na Vila da C mara de Lo bos in Gir o n 5 1990 pp 201 203 A frase completa seria Deus ab austro veniet et Sanctus de monte Pharan operuit ceelos gloria ejus et laudis ejus plena est terra O livro do profeta Habacuc dat vel do final do s culo VII a C aborda o tema da justi a O livro comp e se por tr s partes sendo a terceira 3 1 19 rela tiva a um salmo que celebra o triunfo definitivo de Deus na Natureza e na Hist ria Esta representa o poder remeter para simbologias ma nicas em que se une o olho ao tri ngulo da Sant s sima Trindade N o conseguimos identificar as figuras que comp em este padr o A frase completa Attollite portas principes vestras et elevamini porta aeternales et introibit rex gloria Le vantai portas as vossas cabe as levantai vos entra das eternas e entrar o Rei da Gl ria A frase completa Deduxisti me quia factus es spes mea turris fortitudinis a facie inimici Habitarei no teu taber n culo para sempre abrigar me ei no esconderijo das tuas asas Proto Evangelho de S Tiago Caps VII e VIII Evangelho de Pseudo Mateus Cap VI e popularizada pela Legenda Aurea de Voragine na Idade M dia Para a iconografia de Apresenta o da Virgem no templo ver Louis R au Iconografia del arte Cristiano Iconografia de la Biblia Nuevo Testamento Tomo 1 Vol 2 Barcelo na Ediciones del Serbal 1996
495. segundo plano a cidade do Funchal do recantos ou viv ncias deste concelho Devi do ao facto de grande parte da ac o principal desta obra desenrolar se em C mara de Lobos iremos fazer uma breve abordagem mesma ilustrando o nosso texto com as imagens atr s referidas dando especial nfase aos trechos re ferentes a esta localidade Trata se de um romance juvenil ficcional organizado em 14 cap tulos que mistura aven tura crime e ro a um pouco o mundo do fan t stico N o foi poss vel atrav s dos elemen tos contidos nesta obra balizar o ano em que a mesma se enquadra mas podemos afirmar que devido refer ncia viagem de avi o para a Madeira e respectiva aterragem no seu aeroporto que foi inaugurado em 1964 esta situar se algures entre esta data e 1974 o ano da publica o de Enigme Mad re O romance come a a bordo de um avi o que se dirige para a Madeira no qual viaja um jovem escoc s de 14 anos Norman Philip Su therland acompanhado pela sua tia Alice de Castro tamb m ela escocesa O sobrenome lu sitano adviera lhe do casamento com um brasi leiro e devido grande conviv ncia com estes tios face aus ncia por longos per odos do pai no estrangeiro devido sua profiss o reali zador de cinema o jovem aprendera a l ngua portuguesa na qual era fluente Ao chegarem ao Funchal hospedaram se no Hotel do Drago eiro localizado nas imedia es da Cal ada do Pico
496. separou p o aposento da nova Igrs Parochial do Estr da Calheta 495500 rs que pagou a Ambrozio Joaquim de Sousa M Pintor p pintar os tettos da d nova igreja referente anterior logo Estreito da Calheta A 15 de Setembro foram pagos 6449150 rs ao mestre Est v o Tei xeira de N brega arrematante da obra da nova igreja do Estreito da Calheta pelo resto da dita arremata o Ant nio de Agrela arrematante do novo Altar Mor da Parochial Igreja do Estreito da Calheta p conta da d recebeu 505000 rs a 3 de Outubro 100 000 rs recebeu Ant nio de Agrela arrematante das obras do novo altar da igreja do Estreito da Calheta pelo resto da sua arremata o a 19 de Dezembro Nos primeiros meses de 1794 foram ainda disponibilizadas as seguintes verbas para paga mentos 17 de Fevereiro que Pagou ao remata dor da constru o da Nova Igreja Parochial de N Senhora da Gra a do Estreito da Calheta 1 000 000 rs que Pagou ao Mestre entalhador Revista Gir o 82 remat da obra do Altar Mor da ditta Igreja era Calheta 353000 rs 1 de Mar o que Pagou ao rema da obra do Altar da nova Igr do Estr da Calheta 131 000 rs E nisto julgamos que n o restam mais d vidas as obras da Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito da Calheta foram arrematadas pelos mestres Ant nio de Agrela altar e ret bulo e Est v o Teixeira de N brega ped
497. seu amigo camaralo bense que o convidou a ir pra a do peixe de modo a mostrar lhe v rios tipos de peixe bonita es pada atum Nisto Norman perguntou lhe se ele tinha ido pesca na v spera ao que este lhe respondeu humoristicamente per guntando lhe onde que ele queria que ele estivesse no baile da rainha de Inglaterra Seguidamente per guntou lhe que tipo de peixe tinha apanhado na noite anterior ao que o seu ami go ilh u respondeu que fora sobretudo atum E que como a safra fora boa o seu pai poderia pa gar as suas d vidas e poderia comer nesse dia e no seguinte o que fez Norman meditar na fome e pobreza permanente das crian as de C mara de Lobos Pouco depois despediram se combi nando voltar a encontrar se naquela localidade No dia seguinte Norman correu em direc o Estrada Monumental para apanhar nova mente o autocarro para C mara de Lobos Ao l chegar por j o conhecerem os mi dos da zona j n o o incomodaram mais pois sabiam que era amigo de Nicolau que estava senta do sob uma palmeira remendando uma rede Este disse lhe que tinha chegado em boa hora porque estava prestes a ir para o mar na com panhia de outro amigo o Joaquim Chegado o momento do embarque foi dito a Norman que entrasse primeiro e que se sentasse no banco Revista Gir o 119 do meio e que esperasse E foi desse lugar que o escoc s assistiu ao acto de empurrar o barco para a gua realizado por dois ho
498. sita es foi proposto Revista Gir o 10 elei o de escriv o e tesoureiro para as confra rias 1613 a f brica e as confrarias da igreja n o tinham livros de receitas e despesas organiza dos faltando tamb m livros de baptizados casamentos e defuntos exigindo os visitadores a organiza o dos mesmos 1626 1631 1638 1639 e em 1641 a igreja n o tinha ainda Livro do Tombo havia d vidas de muitos anos s con frarias 1639 faltavam ornamentos decentes para as cerim nias como frontais vestimentas v us cortinas capas de asperges etc o que foi provido mandar comprar ou consertar com re gularidade 1609 1615 1625 1630 1635 1636 1638 1641 ou andavam mal tratados 1623 os ornamentos n o estavam bem guardados por isso era necess rio fazer casa e arm rio na sacristia para a sua guarda 1613 1636 a ta a de fazer a cera das confrarias estava rota 1613 a gua ca a dentro da igreja 1607 foi sempre provido o retelhamento do templo 1607 1608 1612 1623 1638 1641 Esta Igreja est muito danificada amp falta de telha amp chove nella por todas as partes 1630 como o seu lajeamento por dentro e pelo adro 1607 as paredes da igreja estavam danificadas devidos s arma es 1608 era necess rio caiar a igreja 1609 a igreja precisava de v rias obras como uma porta da sacristia para o adro e espig o para a capela mor 1609 1610 a casa da resi d ncia do padre era pa
499. smo destino j patenteado na grande maioria das par quias da regi o Os tecidos econ micos comprados aos ade los e aos lojistas vieram aos poucos e poucos substituir as texturas que eram pachorrenta mente preparadas e manufacturadas nos ve lhos teares caseiros muitos deles seculares No concernente a essas localidades ainda existem mem rias vivas que de uma forma ou de outra nos transmitem as suas viv ncias tor nando os nossos trabalhos bastante acess veis mas no que diz respeito s zonas que o desen volvimento penetrou muito mais cedo a inves tiga o s poss vel atrav s de uma longa pes quisa de arquivo e biblioteca como aconteceu com este trabalho como ir o depreender A Lonbada de Ruj Gon allvez de Camara que se expandia do mar serra e das ribeiras da Caixa e da Ponta do Sol foi contemplada por Jo o Gon alves Zarco ao seu segundo filho Rui Gon alves da C mara Posteriormente em Janeiro de 1493 foi aforada a Jo o Esmeraldo cidad o proveniente de Flandres Ap s a justifica o da sua nobre ascen d ncia era natural da Picardia norte da Fran a e por carta r gia de 13 de Agosto de 1511 lhe mandou D Manuel guardar os privil gios de fidalgo assim como a 16 de Maio de 1520 quando foi concedido o bras o de armas e fei to fidalgo da casa real que foi institu do ad ministrador do morgadio passando essa a ser Lombada dos Esmeraldos A mesma pertenceu ao munic pio do Func
500. ss vel identificar pelo mau esta do de conserva o do documento para reparo do altar de Na Sra da Concei o do Convento de S Bernardino e outra por cima de C mara de Lobos na Aldeia para ornato dos altares da Sra Santa Ana e Na Sra da Piedade do mesmo convento refere uma fazenda no Estreito de C mara de Lobos junto ermida de Jesus Maria Jos In dica duas escravas Francisca e Doroteia por cujas almas manda celebrar missas No ano de 1792 a 18 de Feverei ro e por falecimento do reverendo padre Jos Carlos Ca tanho Jo o Jos Lomelino da C mara e Vasconcelos so licitou ao Provedor e Mesa da Miseric rdia a nomea o de um capel o para a capelania anual de missas institu da por sua tia D Isabel de Vasconcelos e Mendon a que fora casada com o capit o Ant nio Bettencourt Macha do cujo matrim nio teve lugar na Igreja de S Sebasti o Revista Gir o 47 126 127 128 129 130 131 132 133 Matriz de C mara de Lobos a 21 de Fevereiro de 1719 depois de corridos a banhos e sem impedimento al gum A cerim nia foi proferida pelo cura padre Jacinto Teixeira na presen a de muitas testemunhas entre as quais Manuel de Velosa Vasconcelos e Abreu e o padre Vicente Cordeiro da Silva que assinaram Ant nio Bet tencourt de Machado era filho de Sim o Nunes Machado e de sua mulher D In s Bettencourt da freguesia de S Pedro D Isabel de Vasconcelos e Mendon a
501. ssa no Conservat rio de M sica da Madeira Em Janeiro de 2000 assume a direc o art stica da Banda Municipal da Ponta do Sol Jornal da Madeira 1 de De zembro de 2000 lio Cristiano Gomes Jardim natural da freguesia da Ponta do Sol onde nasceu no dia 24 de Julho de 1975 filho de Jos Alexandre da Costa Jardim e de Maria Te resa Gomes Lira Iniciou os seus estudos em m sica na Casa do Povo da Ponta do Sol com apenas 5 anos de ida de tendo ingressado aos 10 anos na Banda Municipal j com 10 anos Contudo a sua primeira actua o nesta institui o aconteceu mais tarde aos catorze anos n o tendo desde ent o deixado esta institui o licenciado em Educa o Musical pela Escola Superior de Educa o de Lisboa e exerce a profiss o de Professor de Educa o Revista Gir o 174 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 Musical na Escola B S Padre Manuel lvares desde o ano 2000 Como executante tem vindo a colaborar em diversos eventos e em diversos agrupamentos de entre os quais v rias bandas filarm nicas regionais Pestana Big Band Big Band do curso de jazz do Cepam Orques tra Cl ssica da Madeira Dixieland Jazzband do Cepam Orquestra de Sopros do Cepam trupes de carnaval etc autor de algumas das marchas de anivers rio desta institui o bem como de a
502. ssimo Senhor Roberto Page Cavaleiro da Real Ordem da Torre e Espada Comerciante Bri t nico na Ilha da Madeira em cuja dedicat ria e Revista Gir o 38 poema refere explicitamente este Prelado He este o grande Page s plantas suas Voai cantos meus das ma s mimosas De Ataide immortal que vos asneiga E deseja fazer minha ventura Do anota para que n o fiquem d vidas O EXM e Rm Snr Dom Frei Joaquim de Mene zes Ata de Bispo de Meliapor e Vig rio Apost lico do Bispado do Funchal meu Grande Protector amp c amp ic amp c 76 Ent o serei feliz e prazeroso Da santa gratid o junto aos altares Incensando seu santo simulacro Cantarei inspirado das Camenas Mil hymnos em louvor do pastor sacro Mil hymnos em louvor do meu Mecenas E novamente deixa clara as notas O ditto Exmo e Rmo Snr Dom Frei Joa quim de Menezes Ataide amp c Ollmo Snr Roberto Page 2 Embora consagrada a igreja a obras conti nuaram A 28 de Setembro de 1850 atrav s do vig rio Caetano Alberto de Barros confirma se que na Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos se achava acabada a obra dos reparos e que os Mestre empregar o bons materiaes z lo e pericia 8 Os dois sinos que ainda possu esta igreja podem ser os referenciados em 1793 e em 1835 A 20 de Novembro de 1793 sendo ent o vig rio de Na Sra da Gra a o padre Francisco Jos
503. sskat um jogo de cartas Skat cujo vencedor ganha um pr mio Preis Gigi Martin n o contudo a nica pessoa que hoje em dia escreve Parma Schinken Talvez por causa do ingl s cada vez mais domi nante no mundo ocidental h uma tend ncia no alem o moderno para p r este e outros ter mos em duas palavras o que n o corresponde todavia norma padr o alem Al m da pontua o por vezes ca tica h alguns erros n tidos A conhecida embalagem t rmica de pl stico n o se chama Steropur p 13 mas Styropor e em vez de Omelett Fromage p 22 conv m dizer maneira francesa Omelette Fromage Poder no en tanto dizer se K seomelett e omelete de queijo Certos leitores sentir se o incomodados pelo uso dos termos Madeiraner e Manue lino Stil p 30 em vez de Madeirenser ma deirenses e manuelinischer Stil estilo ma nuelino embora os primeiros tamb m sejam poss veis Gigi Martin p s como ali s muita gente Bananenb ume p 31 em vez de Bananen stauden porque bananeiras n o s o rvores mas uma esp cie de arbustos Gigi Martin A vida e obra de Gigi Martin Gigi Martin nasceu a 29 de Setembro de 1935 em Munique Cresceu em Hamburgo O seu nome de baptismo n o era Gigi mas n o me confiou o original Deixou o depois dos vin te anos quando come ou a escrever e adoptou o nome art stico de Gigi que ali s n o co
504. ta o a peditorio delle Reverendo Vigario como Reytor de sua Igreja e elle a ter aceitado per sy em nome de seus sucessores para que se fa a a dita obra por conta da dita Igreja na falta que sua Magestade que Deus goarde n o concorra com o que se lhe tem pedido o que tudo hum e outro assim acei tar o e outorgar o pedir o e mandar o ser feito este Instromento de quebra e renuncia na forma declarada nesta Nota hoje para sempre e eu taba li o como pessoa publica estipulante e aceitante por rez o de meo officio e tomo e aceito em nome de quem o favor tocar auzente testemunhas que foram prezentes o Reverendo Padre Francisco de Barros Henriques e o Alferes Ant nio Joz da Syl va e Ignacio Nunes Pereira todos desta Freguezia que nesta Nota asignar o com os outorgantes e eu Joz Ferreira dos Passos Tabali o de Notas que o Escrevi Juli o Francisco Ferreira o Vigario Manoel Borges de Alemanha o Padre Francisco Revista Gir o 55 de barros Henriques Ant nio Joz da Sylva lg nacio Nunes Pereira E n o se contem mais em o dito Instromento que eu sobredito Tabali o em meo Livro de Notas Thomey donde este tresladei bem fielmente e com a pr pria Nota este conferi e consertei a que me reporto em todo e por todo tanto no mais como no menos e me asigney de meos Signaes costumados publico e razo de que uso que taes s o Lugar do Signal publico Em testemunho da verdade Joz Ferreira dos Passos Registesse
505. ta Gir o 88 ra ando mt o Lavatorio q deve ter Para evi tar este inc modo queria o suplicante da sua casa particular e de seus fregueses fazer uma porta na mesma sacristia n o causando pre ju zo obra antes a fortifica mais nem ao fiador pois este s seria obrigado a colocar na casa do lavat rio o que devia p r na sacristia dada ordem para informar ao Mestre das obras Reais desta situa o a 10 de Fevereiro de 1756 Domingos Rodrigues Martins emite parecer sobre esta quest o respondendo que A Caza q o Rd supp pede licen a para a fazer as custas da mesma Igreija para nella meter Lavat rio n o serve de perjuizo a sanchristia antes a faz mais forte porque lhe serve de butareo bastando ter a sacristia 16 palmos de comprido e 12 de largo e ser baixa para que n o tome a luz da janela da capela mor Esta obra n o prejudicava o fiador que s teria de sentar o d Lavatorio de que tem obriga o dentro na d cazinha e n o h duvida que fica a d sanchristia mais dezem bara ada Ficava agora a sacristia com 39 palmos de comprido em vez de 49 por causa da janela da capela mor que foi por erro de quem or ou Data este parecer de 11 de Fe vereiro de 1756 Perante a opini o t cnica do mestre das obras reais e sem preju zo do fiador da obra mandou o Provedor que o reverendo suplicante fizesse acrescentamte da sanchristia q rezulta em mayor seguran a e perfey
506. ta da reuni o de 25 de Mar o de 1964 Agradecemos ao Dr Manuel Pedro de Freitas o desafio e incentivo dados para escrevermos este artigo ao Mestre Paulo Ladeira pelas sugest es ao nosso texto e ao Padre Jos Lu s de Sousa as facilidades concedidas na consulta do Arquivo Paroquial Tamb m designado por A C E F Arquivo da C mara Ecle si stica do Funchal por A P E F Arquivo do Pa o Episco pal do Funchal ou A D F Arquivo Diocesano do Funchal Igreja de Nossa Senhora da Gra a do Estreito de C mara de Lobos Parte Il Contributos para o estudo do seu patrim nio Paulo Ladeira Mestre em Hist ria e Cultura das Regi es Variante Hist ria da Arte Rita Rodrigues Mestra em Hist ria Variante Hist ria da Arte Igreja de Nossa Senhora da Gra a do Estreito de C mara de Lobos anos 60 do s c XX O requerimento para a edifica o da nova Igreja de Na Sra da Gra a de C mara de Lobos feito pelo vig rio Manuel Borges de Alemanha e paroquianos ocorreu entre 1744 e 1746 Em 1747 foi autorizado pelo Conselho da Fazenda a feitura do risco No mesmo ano decorreu a exe cu o do or amento da obra de pedraria e car pintaria pelo ent o mestre das obras reais Jo o Revista Gir o 53 Foto Ernesto Pinto Correia Martins de Abreu e Pedro Fernandes Pimenta mestre pedreiro tendo sido a obra arrematada pelo menor lan o oferecido por Manuel Rodri gues da Costa mestre do of cio de pedreiro S
507. ta que se perdeu ficando procuradores desta obra Domingos Gomes de Azevedo e Bento Gon al ves Mas parece que a obra nunca se realizou n o por falta de material mas por neglig ncia porque correndo o ano de 1687 ou seja passa dos quase oitenta anos o sino continuava em lugar arriscado de se quebrar e n o ouviam os fregueses as suas badaladas por isso ordenou o visitador que fosse feito hum campan rio de madeyra visto n o haver cabedal para ser de pe dra e colocar em lugar mais conveniente para cuja obra foram eleitos zeladores Amaro Nunes Pereira Domingos Figueira Sim o Gomes o velho Jo o Gra a Ant nio de Quintal e Fran cisco Gon alves Talvez se entenda melhor as op es tomadas pelo vig rio Manuel Borges de Alemanha durante a edifica o do presente templo durante a segunda metade do s culo XVIII em torno da constru o do campan rio por ser uma velha aspira o dos paroquianos Mas retomemos a vigararia do padre Lu s Gon alo Velho 1643 1675 e a sua envolv ncia nas obras da Igreja de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos Quando este p roco entrou nesta par quia em 1643 deveria estar nesta igreja matriz o ret bulo ali colocado em 1581 que contava j com sessenta e dois anos com certeza mal conservado e envelhecido devido s humida des pr prias das igrejas constru das nas serras e s infiltra es de guas al m da exposi o sistem tica ao fumo das velas
508. talizou Rossini Wagner Beethoven e outras estrelas de primeira grandeza no mundo musical Nos ltimos anos da sua vida Agostinho Martins organi zou um sexteto com o seu nome Di rio de Not cias 17 de Junho de 1885 Di rio de Noticias 25 de Agosto de 1887 e Di rio de Not cias 28 de Junho de 1888 Di rio de Not cias 3 de Junho de 1897 prov vel que corresponda a Francisco Lu s de An drade natural da freguesia da Ponta do Sol nascido por volta de 1868 Era filho de Narciso de Andrade natural da freguesia da S e de Ang lica Em lia de Andrade na tural da Ponta do Sol Casou na freguesia da Tabua a 13 de Fevereiro de 1888 com Isabel Maria de Fran a aos 20 anos de idade sapateiro e analfabeto Livro 3874 fls 4 Di rio de Not cias 13 de Julho de 1909 Jos Feliciano da Cruz era natural de Beja onde nasceu por volta de 1861 Era filho de Jos Maria da Cruz e de Maria Augusta naturais de Braga Casou aos 23 anos de idade em Santa Luzia no dia 4 de Agosto de 1884 com Augusta de Jesus Sequeira de 28 anos natural de 107 108 109 110 111 112 113 114 Santa Luzia filha de Ant nio Gon alves Sequeira na tural da Calheta e de Em lia de Jesus natural de Santa Luzia Na altura do seu casamento era m sico de 32 classe do Batalh o de Ca adores 12 Em Julho de 1891 numa altura em que era m sico de 1 classe por morte de Miguel Jorge Gomes maestro da banda regimental de ca adores 12 t
509. tam planta plana e comp em se de em basamento corpo nico um s tramo e tico O sotobanco constitu do pela mesa do altar No banco de cada altar h uma m sula sobre a qual assenta a coluna com o fuste liso diferenciada no ter o inferior por um anel Na parte central encontra se um pequeno nicho com esculturas de S o Jos e de Santo Ant o respectivamente nos altares do lado do Evangelho e do lado da Ep stola j do s culo XX Os corpos dos ret bu Revista Gir o 65 los ao centro evidenciam um nicho emoldurado por talha dourada nas laterais e uma sanefa na parte superior sendo o do lado do Evangelho dedicado ao Sagrado Cora o de Jesus e do lado da Ep stola ao Sagrado Cora o de Maria com esculturas tamb m do s culo passado O enta blamento cont nuo apresenta talha apenas no friso e delimita o tico com front o curvil neo interrompido e decorado com cartelas e moti vos vegetalistas em C e S Todo o conjunto rematado com uma moldura entalhada que resguarda pinturas Liberta o de S o Pedro e Descimento da Cruz dos altares do lado do Evangelho e da Ep stola respectivamente Por cima do arco triunfal ladeada por dois seg mentos de front o curvos existe ainda uma cartela em talha dourada com uma pintura de Nossa Senhora com o Menino ladeados por dois querubins cujos rostos cabelos encaracolados em tons de castanho negro ma s rosadas se aproximam representa o de Jesus enq
510. ter o de comprido cinquenta e cinco palmos e meio de alto trinta e seis e de grossura tr s custando 5455520 rs Esta capela ter duas janelas de cantaria rija com lisares sobre os arcos por 56 800 rs e duas portas por 26 400 rs sendo uma para a entrada da sacristia e outra da depend ncia desta e as ca oeiras que h o de assentar estas duas portas v o metidas na conta do lajeado da capela maior Os degraus de bucel para subir ao altar maior ser o bem feitos com filete de meia cana executados em cantaria rija pelo custo de 36 000 rs 14 000 rs e 7 000 rs ser o gas tos respectivamente em tres palmos de bucel do mesmo molde dos degraus do altar para guarnecer por cima os dois presbit rios e canta ria para a sua base com hum redondo de filete de meya cana Nas duas pedras que h o de servir de dia mantes nos panos que ficam na escada pela parte interior com uma moldura em roda e re fundado no meio lavrada e assentada se gas tar o 25000 rs Outros gastos s o ainda apresentados para vinte e cinco palmos de pedra destinados a guarnecer os topos na fronteira por 10 000 rs uma porta metida no topo do lado esquerdo do altar maior que permita a subida tribuna executada em cantaria que custar 10 000 rs com cal areia feitio dos serventes de assentar a sobredita escada se gastar o 12 000 rs A sacristia ter quarenta e quatro palmos de comprido por vinte e sete de largo e
511. texto da mem ria descritiva em causa este alargamento or ado em 66 856 59 teria uma rea interna de 1 842 12 m e por conse qu ncia o dobro do cemit rio actual conservando Revista Gir o 110 o mesmo plano e a mesma largura Projectando se nestas condi es por enten der ser o melhor o corte de terras n o suficiente para suprir o aterro tendo por isso de se trans portar terras das escava es do ramal que lhe dista aproximadamente 60 metros Os muros de suporte projectados a oeste e a norte s o de al venaria ordin ria e com jorramento de 10 e tem a espessura no corvamento de 0 60 no primeiro metro e segundo forma um degrau de 0 20 e nos restantes esses degraus s o de dois a dois metros Estes muros t m tamb m um mainel de 0 90 de al tura e a espessura de 0 6 com um raspado interior de 0 15 O mesmo plano se adoptou no muro do sul que faz um ngulo com o do cemit rio antigo O muro a leste de suporte ao caminho que lhe fica ao lado e tem a face a prumo para interior e do lado com degraus como nos outros Sobre este muro assenta outro de veda o ao caminho com a altura de 1 80 e espessura de 0 5 Todos os muros s o rebocados nas partes vistas com arga massa ordin ria Como tem que se demolir parte do topo do cemit rio existente a pedra aprovei tada para os muros a construir Tamb m se projecta um passeio cal ado com 1 5 de largura em todo o comprimento A pedra a empregar nesta
512. tico tendo desempenhado as referidas fun es at 1998 Foi pro fessor de educa o musical no Col gio de D Bosco em Macau entre 1989 e 1993 Entre 1968 e 1973 foi chefe da Banda Nova da Ribeira Brava Habilitado com o Curso de Clarinete da Academia de M sica da Madeira desde Setembro de 1998 lecciona a classe de clarinete e For ma o Musical no Conservat rio Escola das Artes e desde 2000 passou a coordenar e leccionar na Extens o do Porto Santo as classes de inicia o musical infantil forma o musical sopros percuss o e canto Jo o Gomes Henriques de Sousa natural da freguesia Revista Gir o 171 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 de S o Martinho onde nasceu a 15 de Junho de 1947 filho de Jo o de Sousa e de Constantina de Jesus Teve o primeiro contacto com a actividade musical aos 14 anos como aprendiz de cornetim na Banda Distrital do Funchal mudando depois para o trompete Aos 19 anos ingressa como volunt rio no ex rcito sendo integrado na Banda Militar onde foi executante de Fliscorne e onde atingiu a patente de Sargento Chefe tendo sido subchefe m sico e durante cerca de dois anos exercido responsabilidades de chefe interino da Banda Militar da Madeira Foi executante em v rias das filarm nicas re gionais nomeadamente na Banda Municipal de Santa Cruz Artistas Paul do Mar e Banda Receio Campon s Foi director art stico da Banda Municipal de Santana 1972 197
513. tinho em C mara de Lobos com o vig e cura daquele lugar Os vig rios do Campan rio e da Tabua no lugar da Ribeira Brava c o vig e cura dele Os vig dos Canhas Madalena na Ponta do Sol com o cura e vig daquela vila Os vig s do Arco Estreito Faj da Ovelha e Ponta do Pargo na vila da Calheta com o cura e vig dela O vig rio da Ponta Delgada em S o Vicente com o vig rio e cura daquele lugar Os do Cani o e Gaula gua de Pena Cani al e cura de Machiguo se ajuntar o na vila de Santa Crux na semana sextag ssima em dia ferial e os mesmos e o cura de Santa Crux se ajuntaram em Machiguo na primeira semana de Setembro E nos mesmos tempos se ajuntaram mais os vig rios e curas acima mencionados nos lugares assinalados Pretendia D Lu s de Figueiredo de Lemos organizar confer ncias eclesi sticas de forma a colmatar quaisquer d vidas sobre os sacra mentos e a moral criando de certa forma uni formidade entre as diferentes vilas e lugares da Madeira especialmente as igrejas dos montes Igreja de Nossa Senhora da Gra a anos 60 do s culo XX ou sejam as rurais Realmente nesta visita o Tabua e na visita o Quinta Grande n o se faz qualquer refer ncia s par quias do Funchal com excep o de S o Martinho que deveria reunir em C mara de Lobos Por outro lado es tas considera es t m o m rito de facultar a lis ta das par quias da ilha Cani o Gaula gua de Pena C
514. to palmos Os vidros n o h o de ser muito grandes para n o se quebrarem com os ventos A obra custar 9 000 rs e inclui as madeiras vidros ferragens feitio betume tudo assentado no seu lugar A capela mor medir cinquenta e dois pal mos e meio de comprido e no v o quarenta e um S o apontados os seguintes materiais para a sua constru o frixal com 1 palmo de largo e 5 pulgadas de grosso 49230 rs 92 pe as de madeira de castanho de 19 palmos de comprido para 26 asnas 3 178784 rs 26 pe as para oliveis de 13 palmos de comprido 5 700 rs 8 d zias de tabuado de castanho para for rar por cima 285000 rs 2 tirantes de ferro de 34 palmos de compri do com seu var o no meio com as pontas viradas 625000 rs 4 travetas de castanho de 10 palmos de comprido cada uma que h de ir entre o frixal e a unha do mirante pregadas com pregos coytais 600 rs pregos coytais e de telhado e de meio te lhado e de dois r is para pregar o forro de cima 3 500 rs feitio de fazer os frixais dentes lavrar a madeira da arma o fazer as asnas de juntar e pregar tudo 26 000 rs 2 d zias de tabuado de pinho de casquinha que se h de serrar para o forro da capela mor 86 p s de chapr o de pinho para a cimalha ao p do forro 69880 rs 105 p s de t bua de pinho de casquinha para as 2 alquitrabas e collaretes
515. to para a praia e fragata e frete ao na esqueceu carregar na conta 350 rs vio 480 rs e 1 600 rs carreto de 48 cambotas para a volta que para areia fina e grossa para assentar o azu se fez na capela 19000 rs lejo 650 rs 6 cambotas que vendeu Jo o Rodrigues 5 dias ao mestre Jos Joaquim por assen feitor de D Sancho Her dial tar o azulejo 2 250 rs e 300 rs ao ser papel para moldes 900 rs vente de o ajudar 1 resma de papel para o risco da obra 1 600 rs dr a Ante de Agrella por entalhar na cid os papel para mais moldes 400 rs floroys q est o nas m os do Anjos 600 rs de se respregar o forro do camarim para se 165 dias ao mestre Bernardo Gomes car pintar e forrar o arco que esqueceu carre pinteiro a 400 665000 rs gar na conta do ret bulo 450 68 dias aos seus disc pulos a 200 rs 37 respregar o forro da capela quando se pin dias a 225 rs 9 dias a 9250 rs tou 1 300 rs 245 dias a Sim o Gomes carpinteiro a mil tachinhas para pregar a obra da talha 350 rs 85 920 rs grude 800 rs dre a Juli o France pella talha do retabullo 2 arrateis de pregos de boca para pregar os feita por ajuste 290 000 rs quadros nas grades e na obra 18250 rs 228 dias a Sim o Gomes oficial de carpin Conta da obra do apainelado da capela mor teiro nesta obra a 350 rs 793915 rs gue principiou a 6 de Novembro de 1766 163 di
516. tou ainda um ligeiro acr scimo nesta d ca da passando de 8 0 para 10 4 Estes valores apresentam se bastante reduzidos e s o ape nas superados por C mara de Lobos donde se conclui que no Porto Santo a percentagem de idosos face popula o total a segunda me nor do Arquip lago Estas tend ncias que caracterizam cada um dos grandes grupos de idades alteraram o ndi ce de Vitalidade que aumentou de 30 8 para 58 5 Esta circunst ncia apresenta se como consequ ncia do fraco crescimento registado pelos efectivos mais velhos e ainda pela dimi nui o verificada no grupo dos jovens Na esteira destas oscila es deparamo nos com um R cio de Depend ncia de Jovens que diminuiu de 38 8 para 24 7 entre os dois Recenseamentos Face a este cen rio o Porto Santo possu a o segundo valor mais reduzido da Regi o apenas ultrapassado pelo Funchal com a diferen a de 0 1 Embora esta situa o seja fruto da conjuga o de duas tend ncias no caso de Porto Santo consideramos que o valor obtido aquando do l timo Recenseamento espelha sobretudo o reflexo da diminui o significativa da popula o jovem Quanto ao R cio de Depend ncia dos Ve lhos os seus valores acompanham a tend ncia generalizada do Arquip lago no per odo em es RIBEIRA BRAVA A vila de Ribeira Brava situada no fundo de um estreito vale uma das mais antigas povo a es madeirenses existente desde meados do s culo XV e herdou
517. tre os 50 e os 64 anos foi j observada uma diminui o nos efectivos masculinos Por m esta tend ncia alterou se idade Mulheres gt 85 80 84 75 79 70 74 65 69 55 59 m 50 54 E 45 49 40 44 35 39 30 34 25 29 m 20 24 Em 15 19 gun 10 14 FEI 5 9 zm 0 4 ES 70 140 210 280 350 Efectivos 2001 1991 gt 420 450 Gr fico 1 Evolu o das pir mides de idades no concelho de Ponta do Sol no per odo de 1991 2001 Revista Gir o 189 na sequ ncia de um ligeiro aumento no n me ro de indiv duos com mais de 84 anos Quanto ao sexo feminino a diminui o de efectivos entre os 0 e os 29 anos registada en tre 1991 e 2001 foi seguida de um crescimento que abrangeu as idades compreendidas entre os 30 e os 44 anos Seguiu se um novo decr s cimo que se manteve at aos 64 anos e que as sumiu propor es bastante significativas nos grupos et rios 45 49 e 50 54 anos Assim entre os 64 e os 79 anos o sexo feminino aumenta de novo os seus efectivos embora os n meros sugiram que a partir desta idade a esperan a de vida n o aumentou para esta popula o no decorrer da d cada em estudo PORTO MONIZ Colonizado a partir da segunda metade do s culo XV o concelho de Porto Moniz situa se no extremo noroeste da Ilha possui 80 40 Km2 e uma popula o residente que diminuiu de 3432 para de 2927 indiv duos Nas suas quatro freguesias Achadas da Cruz Seixal Ribeira da Janela e Porto M
518. tur Maria Lopes Artur Maria Lopes era natural da freguesia de S o Pedro onde nasceu no dia 10 de Novembro de 1877 e onde faleceu a 9 de Janeiro de 1963 aos 85 anos de idade Era filho de Jos Ma ria Lopes natural da freguesia de Santo Ant nio e de Celina de Jesus Lopes natural de S o Pedro Casou em S o Pedro com Virg nia Maria Gomes no dia 19 de Novembro de 1896 numa altura em que tinha 19 anos de idade e era aprendiz de m sica no Regimento de Ca adores 12 Foi m sico de In fantaria onde atingiu a patente de sargento com a qual se haveria de reformar Foi regente de v rias filarm nicas ha vendo registos da sua presen a na Filarm nica Recreio dos Lavradores 1910 1915 na Filarm nica Recreio Campon s na Filarm nica da Ponta do Sol 1916 na Banda da Escola de Artes e Of cios 1923 1934 e na Filarm nica Academia Musi cal de Instru o e Recreio tamb m conhecida por Banda do Sr Crispim 1934 Alberto Bernardo Pereira Alberto Bernardo Pereira era natural da freguesia da Ponta do Sol onde ter nascido em 1915 no s tio do Lemes Era filho de Ant nio Bernardo Pereira e de Maria Augusta da Luz No dia 22 de Junho de 1940 numa altura em que tinha 25 anos e acumulava as fun es de empregado do Club Recreativo Pontasolense com as de regente da Banda Municipal da Pon ta do Sol viria a falecer vitima de uma queda nomina o de Banda Municipal da Ponta do Sol Filarm nica Pr ncipe d Oldembourg e
519. u rante as manh s para ser cozinhado para a hora da ceia ceia sim porque nesse tempo jant vamos p o e caf pelas quatro horas da tarde A ceia era tragada pela noite no fim da jornada de trabalho intenso na agricultura de pois da terra revirada pela impiedosa enxada e o gado atestado e aconchegado no palheiro Esta vida tinha o ritmo do sol e n o se dominava com o stress das agendas e com a escravatura dos hor rios Tudo tinha um sabor a tempo Acabado o momento da pisa do trigo fica va esse n ctar espalhado a secar ao sol depois de feita essa secagem as mulheres escolhiam o melhor s tio com a devida direc o do vento para ser joeirado isto as m os enchiam se de trigo e eram levantadas ao mais alto poss vel as cascas do trigo eram levadas pela brisa para um canto o alimento como era mais pe sado ca a no s tio certo J sab amos qual seria o seu destino T cnicas rudimentares mas cheias de sabe doria em nome da sobreviv ncia Manuel Pedro S Freitas CONCELHO DA RIBEIRA BRAVA A Banda Municipal da Ribeira Brava hoje a nica banda filarm nica que se mant m em actividade no concelho da Ribeira Brava Ter sido fundada em finais de 1874 princ pios de 1875 com a designa o prov vel de Filar m nica Uni o Fraternal Ribeirabravense A prop sito da sua funda o O Direito na sua edi o de 3 de Abril de 1875 refere que se ha via organizado uma filarm nica na Ribeira Bra va
520. u do por cinco fre guesias Santa Cruz Cani o Gaula Camacha e Santo Ant nio da Serra Com uma superf cie de 67 29 Km2 2 e uma popula o residente que aumentou de 23465 para 29721 indiv duos neste concelho que se situa o Aeroporto Inter nacional da Madeira Fundada em 1515 junto ao mar a povoa o de Santa Cruz sede do concelho foi eleva da categoria de cidade em 1996 E aqui que se encontram os principais servi os e os edif cios de utilidade p blica do concelho A freguesia de Cani o localiza se tamb m beira mar e tem sofrido nos ltimos anos um not vel desenvolvimento quer ao n vel do tu rismo quer ao n vel da constru o habitacional A oeste de Santa Cruz e estendendo se da serra ao mar situa se a freguesia menos popu losa de todas Gaula enquanto que a norte se situa a Camacha conhecida sobretudo pela ind stria de vimes e pela floricultura Numa regi o plan ltica a cerca de 700 me tros de altitude encontra se Santo Ant nio da Serra Nesta freguesia dotada de um solo bas tante f rtil al m das in meras esp cies vege em todos os grupos do sexo oposto Nas idades compreendidas entre os 55 e os 64 anos registou se um decr scimo popu lacional Por m esta tend ncia demogr fica alterou se a partir dos 65 anos com a not vel longevidade manifesta pelo sexo feminino at ao ltimo grupo de idades ou seja gt 85 anos Estamos assim perante uma Pir mide Et ria que
521. u um acr scimo popula cional entre os dois Recenseamentos No grupo et rio seguinte 50 54 anos encontramos uma diferencia o entre o volume dos efectivos dos dois sexos o sexo masculino manteve um valor praticamente inalter vel entre os dois Recense amentos enquanto que o sexo feminino dimi nuiu face ao Recenseamento de 1991 Por seu turno a tend ncia para a redu o populacional registou se nos indiv duos de am bos os sexos nas idades compreendidas entre Revista Gir o 212 os 55 e os 64 anos A partir dos 65 anos e at aos 74 a tend n cia geral foi para o aumento dos efectivos Em termos globais estas duas pir mides denotam uma evolu o no sentido do envelhe cimento populacional bastante acentuado en tre os dois Recenseamentos sugerindo um du plo envelhecimento ou seja na base e no topo Trata se assim de um concelho francamente envelhecido onde a diminui o dos indiv duos mais jovens era em 2001 bastante expressiva NOTAS 1 Segundo o Recenseamento de 1991 2 Segundo o Recenseamento de 2001
522. uan to a Virgem segue um esquema tradicional de olhar arrebatado para o c u vestido amagen tado e manto azul com cabe a coberta de v u branco rematado por um camafeu em forma de querubim Os ret bulos laterais tamb m de planta plana comp em se de embasamento corpo nico um s tramo e tico O sotobanco enqua dra a mesa do altar que cont m no frontal uma moldura com decora es vegetalistas cartelas e bordas de concheados em C O banco apre senta duas m sulas de estrutura id ntica dos altares colaterais que enquadram um pequeno orat rio composto por tr s nichos O corpo do ret bulo apresenta painel central e colunas de fuste liso delimitadas no ter o inferior por um anel Os pain is centrais representam Nossa Se nhora com o Menino Jesus santos e figuras ecle si sticas e a Apresenta o de Jesus no Templo respectivamente no lado Evangelho e do lado da Ep stola ambas de factura ing nua possivel mente executadas por algum aprendiz de Jo o Ant nio Villavic ncio que como j documenta mos foi o autor das pinturas soltas e de todos os quadros da capella mor A primeira pintura apresenta uma composi o dividida em dois planos horizontais aludin do o superior ao mundo celestial com a Virgem segurando o Menino sobre um grande globo azul e dois anjos envergando uma fita com a legenda Que me invenerit inviniet vitam ethau Revista Gir o 66 riet Salutem a Domino Prov 8 n
523. uesia da S a 20 Novembro de 1768 filho de Teodoro F lix de Medina Vasconcelos e de D Ana Joa quina Rosa de Vasconcelos Matriculou se na Universidade de Coimbra mas em consequ ncia das suas actividades pol ticas e do seu revolucionarismo foi preso em 1790 e de pois expulso da Universidade tendo de sair para sempre de Coimbra Em 1792 regressou ao Funchal e passou a desempenhar o cargo de Tabeli o Como voltasse s ac tividades revolucion rias foi de novo preso e condenado a oito anos de degredo em Cabo Verde Em 1823 seguia a cumprir a pena a que foi condenado na Ilha de Santiago tendo morrido no desterro no ano de 1824 Medina e Vas concelos no seu tempo gozava de grande prest gio como poeta publicou v rias obras Poesias Lyricas de Medina 1797 Sextinas elegiacas 1805 Zargueida Desco brimento da Madeira 1806 Georgeida 1819 entre outras Das composi es de Medina e Vasconcelos foi a Zarguei da a que lhe deu maior renome e ainda hoje de todas a mais conhecida Roberto Faria MEDINA E VASCONCE LOS Francisco de Paula Nesos http nesos wordpress com 2007 03 02 medina e vasconcelos francisco de paula consultado a 05 09 2011 19 37h Francisco de Paula Medina e Vasconcelos Georgeida Poema Dedicado ao Illustrissimo Senhor Roberto Page Cavaleiro da Real Ordem da Torre e Espada Comercian te Brit nico na Ilha da Madeira Londres Impresso por Stephen Conchman Throgmorton Street e ve
524. um crocodilo Revista Gir o 121 Lu s disse ainda que n o poderia lev lo para o Mercado dos Lavradores porque ningu m iria querer compr lo E no meio de todas estas lu cubra es Norman teve uma ideia se ningu m conhecia o peixe era sin nimo da sua raridade e porque n o transform lo numa atrac o para os turistas que viessem a C mara de Lobos Jo aquim perguntou como e o escoc s disse que deveria ser colocada uma pali ada sua volta de modo a impedir que algu m o visse do ex terior E para fazer publicidade seria colocada no lado exterior uma placa em diversas l nguas dizendo que no interior se encontrava um pira ta dos abismos e seriam cobradas entradas Al gu m deu a ideia de serem utilizados biombos feitos de vime oriundos da Camacha de modo a impedir que ningu m visse o peixe a n o ser quem pagasse a respectiva entrada ou seja 4 escudos de modo a obter fundos para comprar uma nova rede para o pai de Nicolau Norman redigiu dois cartazes um em portugu s e ou tro em ingl s e disse ainda que se estivesse no Funchal pediria ao seu amigo Pedro o criado do Hotel do Dragoeiro que escrevesse outros noutras l nguas mas lamentou se dizendo que se gastasse os seus ltimos trocos para ir ao Funchal j n o teria mais dinheiro para pagar o autocarro para vir a C mara de Lobos no dia seguinte Ent o Jo disse lhe que ele poderia ir boleia do Jorge um senhor idoso que produzia ba
525. ural da freguesia da Tab a e de Georgina Fernandes da Silva natural da Ribeira Brava Casou na Ribeira Brava a 14 de Novembro de 1928 numa altura em que tinha a profiss o de cont nuo da C mara Municipal da Ribei ra Brava com Concei o Celeste Marques Macedo de Sousa e Silva de quem houve Hamilton Leonildo Silva Foi m sico e regente da Filarm nica do Campan rio co fundador em 1912 da Filarm nica Uni o Musical Ri beirabravense fundador e regente de uma denominada Tuna Ribeirabravense surgida em 1925 e entre 1938 e 1961 regente da Banda Municipal da Ribeira Brava Foi funcion rio da C mara Municipal da Ribeira Brava Lu s Velez Pina era natural da freguesia de Ervedal con celho de Aviz onde nasceu a 8 de Setembro de 1914 tendo falecido no Funchal no dia 30 de Abril de 1994 sem descendentes Era filho de Joaquim Pina e de Maria Revista Gir o 170 20 21 22 23 Velez Casou em primeiras n pcias no Funchal no dia 18 de Junho de 1942 com Efig nia de Jesus Gon alves em segundas n pcias no dia 29 de Mar o de 1966 com Maria de Jesus Gon alves e em terceiras n pcias no dia 20 de Maio de 1978 com Maria Celid nia Eunata Teixei ra Pina Em 1951 numa altura em que tinha a patente de Furriel assumiria a reg ncia da Banda Municipal de Santana onde permaneceu at finais de Abril de 1959 Ter estado tamb m durante algum tempo na direc o art stica da Filarm nica Recreio Calhetense e e
526. va at 1997 altura em que substitu do pelo seu actual regente Alberto Cl udio de Sousa Barros Mas na Ribeira Brava para al m da Filarm nica Uni o Fraternal Ribeirabravense que na nossa opini o viria a resultar na actu al Banda Municipal outras filarm nicas fizeram parte da sua hist ria musical Em 1904 a Filarm nica Uni o Fraternal Ribeirabravense devido a conflitos internos ter sido alvo de uma cis o Na verdade em me ados de Abril desse ano a imprensa dava con ta que se havia fundado na Ribeira Brava uma nova filarm nica da qual faziam parte alguns dos m sicos dissidentes da ent o existente e tinha por regente Francisco Ant nio de Faria seu contra mestre Ainda que n o existam refer ncias pri Alberto Cl udio de Sousa Barros Alberto Cl udio de Sousa Barros natural da freguesia de C mara de Lobos onde nasceu no dia 16 de Setembro de 1954 filho de Alberto Cl udio Barros e de Maria Fernanda Sousa Iniciou a sua forma o musical na Banda Municipal de C mara de Lobos vindo depois a aperfei oar os seus conhe cimentos musicais com Raul Serr o Frequentou um curso de regentes amadores de bandas promovido pelo INATEL Desde Fevereiro de 1990 est frente da direc o art stica da Banda Municipal de C mara de Lobos meira actua o desta filarm nica ela j estaria em actividade em Julho de 1904 Com efeito a prop sito da organiza o de um pequeno gru po
527. valiador da C mara Munici pal do Funchal Matias Jos e de Sebasti o Fernandes Ant nio Francisco Xavier morava no Beco dos Aranhas Funchal onde construiu casa em 1794 contando com empr stimo de 218 6000 rs por parte de seu cunhado Enviuvou em 1824 e teve uma filha Ant nia Joana Pau lo Ladeira A Talha e a Pintura Rococ no Arquip lago da Madeira 1760 1820 Funchal S R E C C E H A 2009 pp 50 53 54 74 79 83 84 O entalhador Est v o Teixeira o autor do sacr rio desta igreja juntamente com Ant nio Mendes entalhador Vide Paulo Ladeira e Rita Rodri gues Igreja de Nossa Senhora da Gra a do Estreito de C mara de Lobos Il Parte Contributos para o estudo do seu patrim nio art stico nesta revista D G ARQ A N T T Provedoria e Junta Real da Fazenda do Funchal L 427 fl 126 Jo o Pereira nesta mesma folha de pagamentos entre 1805 e 1806 recebeu v rias verbas de arremata es das seguintes obras S estradamento Igra de Na Sra dos Prazeres Igra de Santana e Igr2 de Machico consertos novo Quartel das Armas de C mara de Lobos Casa e Guarda do Hospital casa do viveiro vegital do Monte casa da guarda do hospital militar Outros dados sobre Jo o Pereira retiramos de Paulo Ladeira O Rococ na Madeira A talha e pintura do ltimo Barroco ao primeiro Neo Cl ssico Tese de Mestrado UMa 2003 Anexos p 16 policopiado Jo o Pereira era carpinteiro morador no Funchal e sab
528. vares des de o ano 2000 Como executante tem vindo a colaborar em diversos eventos e em diversos agrupamentos de entre os quais v rias Bandas Filarm nicas regionais Pestana Big Band Big Band do curso de jazz do Cepam Orquestra Cl ssica da Madeira Dixieland Jazzband do Cepam Orquestra de Sopros do Cepam trupes de carnaval etc autor de algumas das marchas de anivers rio desta institui o bem como de alguns arranjos de m sicas ligeiras presidente da Direc o da Ban da Municipal da Ponta do Sol desde 2006 e posteriormente assume o cargo de maestro em Abril de 2007 2002 a Abrantes em 2004 a Taveiro Coimbra e em 2006 s ilhas a orianas de S o Miguel e Terceira Criados no seio da Banda Municipal da Ponta do Sol e com apresenta o inaugural em 2007 por ocasi o das celebra es do seu anivers rio encontram se individualizados os agrupamen Revista Gir o 166 tos Dixie 7 Emsemble de Clarinetes Quintento de Metais e um Ensemble de Saxofones Para al m da Banda Municipal da Ponta do Sol s o encontrados nesta localidade v rios outros agrupamentos musicais uns j desapa recidos mas outros ainda em actividade Em Junho de 1906 a associa o Recreio Fa miliar Pontassolense realizou uma r cita onde se fez ouvir uma orquestra de bandolins diri gida por Francisco Lu s de Andrade regente da Filarm nica da Ponta do Sol Em 1918 encontr mos o Grupo Musical Pontassolense a organizar
529. vo da Ribeira Brava e passou a integrar elementos de todas as idades Estava assim formado o Grupo de Folclore da Casa do Povo da Ribeira Brava que ao longo dos anos foi sofrendo altera es de diversa ordem des de o n mero de participantes passando pelo repert rio e pelo traje 2 Em 1981 um ano depois da cria o da Casa do Povo do Campan rio surge nesta fregue sia do concelho da Ribeira Brava o Grupo de Folclore da Casa do Povo do Campan rio Foi fundado a 20 de Dezembro de 1981 e teve em Margarida Rodrigues na altura presidente da Casa do Povo uma das grandes obreiras do seu aparecimento Antes deste grupo existem refer ncias nesta freguesia a um outro grupo Grupo Coral da Casa do Povo do Campan rio que participou em Setembro de 1953 e em Agosto de 195576 nas festas das vindimas reali zadas no Funchal Criado em finais Novembro de 1997 o Grupo Coral da Casa do Povo do Campan rio apresentar se ia pela primeira vez em p blico em Julho de 1998 por ocasi o das festividades do Esp rito Santo no Campan rio 8 Em Maio de 1998 surgiria na Serra de gua o Grupo Coral da Casa do Povo da Serra de gua que depois se viria a desfazer tal como um Grupo de Cantares Antigos No dia 1 de Outubro de 2006 surgem alus es exist ncia do Grupo de Acorde es da Casa do Povo da Serra de gua Em 2002 no mbito da escola de m si ca Mais e Melhor M sica um co projecto da
530. za Castelo Bran co fazia saber que os Mayordomos e devotos da Confraria de N S do Calv rio sita na Parochial Igreja de N S da Gra a do Estreito de C mara de Lobos nos enviaram a dizer por sua petissam que elles tinham novamente edificado huma Capella com o titulo de Na S do Calv rio dentro da mes ma Igreja Parochial a qual tinham ornado com a decensia devida para nella se poder celebrar pe dindonos no fim e conlusam de sua petissam lhe d ssemos licenssa para nela se poder levantar altar lhe mandamos passar o presente novo alvar pello qual lhe concedemos licenssa aos sobreditos para que possam levantar altar e que na dita Capella se possa celebrar s Tamb m ainda n o encontramos qualquer refer ncia sua confraria Como verificamos a constru o do actual templo de Na Sra da Gra a do Estreito de C mara de Lobos deveu se ao grande empenho do seu vig rio Manuel Borges de Alemanha 07 02 1747 a 1792 mas tamb m a sua orna menta o e decora o O p roco registou a Conta de toda a obra e pintura da Igreja de Nos sa Senhora da Gra a cuja obra se principiou em Maio de 1764 e cuja pintura se findou no de 1776 2 para a qual foram recebidos 2 990 000 rs de Sua Majestade da Confraria da Gra a 131 800 rs 169717 rs e 60 000 rs dados pelos tesoureiros Francisco da Costa de Barros Caeta no Lu s de Faria e Tim teo da Costa tendo o vi g rio retirado da arca da igreja 408 264 rs
531. zidas nos procedimentos de constru o dos cemit rios Este Decreto sofre altera es em 2006 atrav s do Decreto Lei n 168 2006 de 16 de Agosto 4 Livro 1 de Registos da C mara Municipal de C mara de Lobos p 79 e 79v 5 Na sequ ncia de um pedido do Governador Civil a C mara indica em of cio de 20 de Agosto de 1836 Livro 1 de Registo da C mara Municipal de C mara de Lobos p 30 as localiza es para os cemit rios a serem constru dos em cada uma das freguesias do concelho 6 Livro 1 de Registo da C mara Municipal de C mara de Lobos fls 84 e 84v 7 Livro 1 do Registo da C mara Municipal de C mara de Lobos p 87v e 88 8 A avaliar pela leitura do livro de registos da C mara Mu nicipal de C mara de Lobos entre os anos de 1835 1840 p 87v 88 e 88v onde se encontram registados contra tos de expropria o de terrenos para o cemit rio de pensar que o local escolhido pela C mara para instalar o cemit rio da vila tenha sido no s tio de Bel m 9 Livro 1 de Registo da C mara Municipal de C mara de Lobos p 104 10 A avaliar pela leitura do livro de registos da C mara Mu nicipal de C mara de Lobos entre os anos de 1835 1840 p 87v 88 e 88v onde se encontram registados contra tos de expropria o de terrenos para o cemit rio de pensar que o local escolhido pela C mara para instalar o cemit rio da vila tenha sido no s tio de Bel m 11 Livro 1 de Registo da C mar

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