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1. Processo 00428 2014 013 10 00 68 R Ementa 1 AVISO PR VIO LEI 12 506 2011 ARTIGO 488 DA CLT Mesmo ap s a edi o da Lei 12 506 2011 continua em pleno vigor a regra do artigo 488 da CLI tanto quanto a redu o das duas horas di rias quanto a redu o de sete dias durante o periodo do aviso pr vio Logo impertinente a pretens o obreira de ver a redu o legal de sete dias incidente apenas nos primeiros trinta dias do aviso pr vio com a indeniza o dos demais dias adicionados por for a dalloi 2 500 20 2 Recurso ordin rio conhecido e despro vido Relat rio A Exma Ju za da MM 13 Vara do Traba lho de Bras lia DF Dra Ana Beatriz do Ama ral Cid Ornelas julgou improcedentes os pe didos exordiais para absolver a reclamada do pagamento de indeniza o de aviso pr vio e multa do artigo 4 da CLT conforme fundamentos a fls 57 59 O reclamante interp e recurso ordin rio a fis 61 06 almejando a reforma da senten a Foram apresentadas contrarraz es a fls TAB 72 REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Manifesta o do Minist rio P blico do Trabalho na forma da certid o de julga mento o relat rio Voto 1 ADMISSIBILIDADE Preenchidos os pressupostos objetivos e subjetivos de admissibilidade conhe o do recurso ordin rio 2 M RITO Investe o reclamante contra a senten a que indeferiu os pedidos de pagamento de indeniza o de nove dias de aviso
2. Art 93 A empresa com 100 cem ou mais empregados est obrigada a preencher de 2 dois por cento a 5 cinco por cento dos seus cargos com benefici rios reabilita dos ou pessoas portadoras de defici ncia habilitadas na seguinte propor o at 200 empregados 2 delas 00 a 3 III de 501 a 1 000 4 IV de 1 001 em diante 5 S 1 A dispensa de trabalhador reabilita do ou de deficiente habilitado ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 noventa dias e a imotivada no contrato por prazo indeterminado s poder ocorrer ap s a contrata o de substituto de condi o semelhante S 2 O Minist rio do Trabalho e da Previ d ncia Social dever gerar estat sticas sobre o total de empregados e as vagas preenchi das por reabilitados e deficientes habilita dos fornecendo as quando solicitadas aos sindicatos ou entidades representativas dos empregados Importante destacar a relev ncia social da norma legal que estabelece cotas para con trata o de pessoas portadoras de defici n cia ou reabilitados O Estado n o poderia entregar pr pria sorte os seres humanos que por alguma ra z ao do destino s o portadores de limita es f sicas mentais ou sensoriais e que exata mente por essa condi o especial est o su jeitos a todo tipo de discrimina o e precon ceito N o houvesse essa interven o estatal para
3. Ganha destaque por exemplo o papel do Minist rio P blico no ajuizamento de REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL a es coletivas que atingem um n mero muito expressivo de cidad os os quais muitas vezes estariam merc do infra tor ou ent o compelidos a arcar com os nus de a es individuais para estancar as les es que se multiplicam Essas a es na turalmente objetivam imprimir maior ce leridade e extens o aos julgamentos evi tando conflito de decis es e promovendo a redu o num rica das demandas o que favorece a seguran a jur dica e permite atento ao escopo sociopol tico do proces so a busca da pacifica o social no plano concreto Em s ntese a possibilidade da defesa coletiva de direitos dos trabalhadores mais um instrumento para a prote o da cidadania por meio da efetiva o dos di reitos sociais In casu na peti o inicial o Minist rio P blico relata que aferiu a pr tica reite rada de ato il cito por parte da empresa quando da contrata o de seus emprega dos Ela consistiria em s ntese na submis s o dos candidatos ao teste do pol grafo usualmente conhecido como detector de mentiras al m de formular perguntas que invadiriam a seara da intimidade dos tra balhadores Considerando que as irregu laridades noticiadas alcan aram o mbito nacional de par com a negativa da empre sa em firmar o termo de ajustamento de conduta o Minist rio P blic
4. Inclusive como muito bem explicitado pelo Ministro Jo o Orestes Dalazen com o advento da EC 45 2004 inserem se no m bito de compet ncia material da Justi a do Trabalho quaisquer outras lides a prop sito de direitos e obriga es que decor ram da rela o de emprego mesmo que n o se estabele am entre empre gado e empregador como se d com a a o civil p blica trabalhista ou com o diss dio sobre complementa o de aposentadoria entre empregado e en tidade de previd ncia fechada institu ida pelo empregador quando a com plementa o de aposentadoria n o criada pelo empregador A ado o de solu o jur dica diversa mesmo ap s o advento da EC 45 2004 com a reda o dada ao art 114 VI CR incorrer no risco de se materializar ainda que invo luntariamente o v cio da interpreta o re trospectiva j advertida pelo professor e hoje Ministro Lu s Roberto Barroso Atente se para a li o mais relevan te as normas legais t m de ser reinter pretadas em face da nova Constitui o n o se lhes aplicando autom tica e acriticamente a jurisprud ncia forja da no regime anterior Deve se rejeitar 7 CONTRATO DE SEGURO DE VIDA COMPET NCIA DA JUSTI A DO TRABALHO O direito postulado proveniente do contrato de trabalho celebrado entre as partes afigurando se competente a Justi a do Trabalho a teor do art 114 da Constitui o Federal No contexto em que
5. REVISTA DO TRTIO DEODORO Ea i j AF O O v p ad j i p dd mm k P Y 4 J j E 5 Er l E5 ESCOLA JUDICIAL TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 108 REGI O ESCOLA JUDICIAL ISSN 0104 7027 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 10 Regi o v 1 n 1 1982 1983 Bras lia TRT 10 Regi o 1982 83 V Bienal 1982 1987 Anual a partir de 1994 Publica o interrompida durante o per odo de 2012 a 2014 ISSN 0104 7027 1 Direito do trabalho peri dicos 2 Jurisprud ncia trabalhista CDD 342 6 Dispon vel em formato eletr nico no site www escolajudicial trt10 jus br EXPEDIENTE TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10 REGI O PRESIDENTE Desembargador ANDRE R P V DAMASCENO VICE PRESIDENTE Desembargador PEDRO LU S VICENTIN FOLTRAN DIRETOR DA ESCOLA JUDICIAL Desembargador BRASILINO SANTOS RAMOS VICE DIRETOR DA ESCOLA JUDICIAL Desembargador DORIVAL BORGES DE SOUZA NETO CONSELHO CONSULTIVO DA EJUD Desembargador BRASILINO SANTOS RAMOS Desembargador DORIVAL BORGES DE SOUZA NETO Desembargador GRIJALBO FERNANDES COUTINHO Juiz GILBERTO ALGUSTO LEIT O MARTINS Juiza SUIZIDARLY RIBEIRO TEIXEIRA FERNANDES Servidora ROSEMARY DOMINGUES WARGAS COMISS O DA REVISTA E OUTRAS PUBLICA ES DA EJUD Desembargador BRASILINO SANTOS RAMOS Desembargador DORIVAL BORGES DE SOUZA NETO Juiz FRANCISCO LUCIANO DE AZEVEDO FROTA Juiza SOLYAMAR DAYSE NEIVA SOARES
6. 2 OS MOVIMENTOS MILITARES PAREDISTAS Os anos de 2011 e 2012 foram marcados pela ocorr ncia de in meras greves ao lon go do Pa s tendo seu ponto pice quando os pr prios militares paralisaram suas atividades nos estados do Cear da Bahia e do Rio de Janeiro A classe at ent o tolhida em di reitos trabalhistas fez se ouvir nacionalmen te pressionando governos por melhorias nas condi es de trabalho e por sal rios mais dig nos das atividades desempenhadas Mesmo de encontro ao que preceitua o texto constitucional no seu art 142 32 IV os militares organizados por meio das pre maturas associa es entraram em greve ge rando um clima de inseguran a nas popula es dos estados brasileiros Infelizmente a m dia pouco se importou em tecer maiores discuss es acerca dos an seios dos servidores preferindo enfatizar os excessos ocorridos durante os movimentos 5 Repito esta ser a Constitui o cidad Porque recuperar como cidad os milh es de brasileiros Esta Constitui o o povo brasileiro me autoriza a proclam la n o ficar como bela est tua inacabada mutilada ou profanada Trecho do discurso de Ulysses Guimar es em 27 de julho de 1987 BONAVIDES ANDRADE 2004 6 Not cia de 08 12 2012 no site G1 Greve de policiais militares ilegal afirma ministro do Supremo Dispon vel em lt http g1 globo com politica noticia 2012 02 greve de policiais militar
7. o aos dispositivos legais venti lados no recurso Preliminar rejeitada 2 3 PRELIMINAR DE NULIDADE DA SEN TEN A AUS NCIA DE FUNDAMENTA O Recurso do Distrito Federal O DISTRITO FEDERAL suscita preliminar de nulidade da senten a por negativa de presta o jurisdicional alegando que mesmo ap s a interposi o de embargos declarat rios a decis o continuou desprovida de fundamen ta o em viola o aos arts 89 A da CLT quis XXXV e LV e art 93 ambos da CF A previs o legal constitucional contida no art 93 IX da Constitui o Federal no senti do de que as decis es sejam fundamentadas devendo o Magistrado justificar suas raz es de decidir com o fim de garantir as partes a ampla defesa e o contradit rio Tal regra contudo n o obriga o Ju zo a rebater pon tualmente os argumentos e fatos que a parte julgue importantes Dentro desse enfoque constata se que a senten a recorrida encontra se devidamente fundamentada n o estando eivada dos vi cios apontados pelo recorrente O MM Juizo a quo examinou a mat ria objeto da deman da consignando expressamente os aspectos legais e f ticos da sua decis o em aten o ao princ pio do livre convencimento motiva do As mat rias discutidas nos autos bem como os motivos que levaram ao desfecho a elas conferido foram consignados de for ma clara expressa e coerente pelo Magistra do origin rio contexto que autoriza a ampla devolutivi
8. o per tinente Nos casos de ass dio sexual n o costuma haver testemunhas As sim a fim de ajudar aos demandan tes e proporcionar a realiza o de justo ju zo cada vez s o mais os pa ises que transferem ao empregador o nus da prova para refutar as ale ga es uma vez que o demandante apresentou os primeiros ind cios de discrimina o O Tribunal Superior do Trabalho TST can celou a Orienta o Jurisprudencial n 215 da sua Subse o de Diss dios Individuais que tratava do encargo probat rio da satisfa o dos requisitos para recebimento do vale transporte por aplicar a teoria din mica conforme li o do precedente assim emen tado BRASIL TST 2011 4 VALE TRANSPORTE INDENI ZA O NUS DA PROVA Este co lendo Tribunal Superior do Trabalho por meio da Orienta o Jurispru dencial n 215 da SBD 1 entendia ser nus do empregado provar o preenchimento dos requisitos indis pens veis obten o do vale trans porte Contudo revendo seu posi cionamento referida Orienta o foi cancelada Desse modo pela pr pria teoria da distribui o din mica do nus da prova not rio que se apresenta mais prop cio ao empre gador comprovar que o emprega do n o satisfez os requisitos para a concess o do vale transporte que ao trabalhador provar que o satisfez Nesse contexto incumbe ao recla mado a prova de que o reclamante n o satistazia os requisitos para con 118
9. servi o efetivo todo o tempo em que o empregado estivesse disposi o do empre gador assim estabelecendo expressamen te no artigo 4 da Consolida o das leis do Trabalho CLT como per odo a ser compu tado para todos os efeitos o que provocava acirradas controv rsias acerca da jornada do motorista profissional em raz o de suas especificidades Com efeito tratando se de trabalho que por sua pr pria natureza exe cutado fora do estabelecimento patronal muitas vezes marcado por percursos de lon gas dist ncias considerando as ferramentas que a lei at ent o reputava v lidas para afe ri o do tempo efetivamente trabalhado ex surgia not ria a impossibilidade de controle levando a jurisprud ncia majorit ria a aplicar o preceituado no artigo 02 inciso l da CLI como revela a OJ 332 da Subse o de direito individual SBDI 1 do C Tribunal Superior do Trabalho TST ao dispor MOTORISTA HORAS EXTRAS ATIVI DADE EXTERNA CONTROLE DE JOR NADA POR TAC GRAFO RESOLU O Ne 816 86 DO CONTRAN O tac grafo por si s sem a exis t ncia de outros elementos n o serve para controlar a jornada de trabalho de empregado que exerce atividade externa DJ 09 12 2003 Por outro lado necess rio registrar a exis t ncia de julgados em sentido diverso que viam no uso de rastreadores tac grafos bips e telefones celulares a possibilidade de con trole passando a reconhecer extensas jorna das via
10. vio e necess rio ao conhecimento do recurso a fim de que fosse verificado se a causa oferece transcend ncia com rela o aos reflexos gerais 98 de natureza econ mica politica social ou jur dica O conte do demasiadamente subjetivo trazi do por este preceito represou a sua auto aplicabilidade e assim estimulou a vis o de necessida de de regulamenta o Logo apesar de ter constitu do uma resposta ao desmesurado n me ro de recursos que tramitam nas Cortes superiores a interpreta o sedimentada pelo TST acabou por esvaziar o objetivo prim rio desta inova o a efetividade e celerida de do provimento jurisdicional De fato a constru o desenvolvida pela ju risprud ncia acabou por confundir a discriciona riedade judicial com a arbitrariedade Decerto determinado grau de discricionariedade faz se insito a toda e qualquer atividade judicante eis que a abertura sem ntica dos enunciados nor mativos acarreta uma escolha inexor vel do ma gistrado Uma dever ser a sua op o dentre as v rias alternativas poss veis Entretanto esta li berdade de escolha n o absoluta Longe disso ela altamente limitada tanto pelos par metros lingu sticos pr fixados pelo ordenamento juridi co processual como tamb m pelo imperativo constitucional de fundamenta o previsto no art 93 IX da CF 88 O dever de justificar sua decis o coloca um severo obst culo s op es hermen uticas movid
11. CC 1204 MG Rel Min Carlos Ayres Brito DJU 09 12 2005 todas quest es cuja solu o ser fundada na teoria da responsabilidade civil Ademais n o se pode deixar de observar que esta controv rsia acerca do inadim plemento da obriga o securit ria decorre tamb m muitas vezes como efeito anexo e secund rio da lide origin ria e prim ria 1 0 sobre o acidente de trabalho e ou doen a ocupacional que vitima o trabalhador cuja pretens o reparat ria se insere no rol de seus direitos sociais art 72 XXVIII CR e se situa na 3 hip tese acima de compet ncia material da Justi a do Trabalho 3 A Emenda Constitucional 45 2004 A atual reda o do art 114 VI e IX CR A Emenda Constitucional n 45 2004 teve por objetivo promover a chamada Re forma do Poder Judici rio e apresentou im portante papel de reafirma o da import n cia da Justi a do Trabalho ao compreender e fixar dentro de sua compet ncia material diversos conflitos de indole e naturezas dis tintas da rela o de emprego propriamente dita que at ent o n o se inseriam em seu mbito jurisdicional Desta emenda extrai se a nova reda o dada ao art 114 incisos VI e IX CR que fixam expressa e textualmente a compe t ncia material da Justi a do Trabalho para apreciar e julgar 1 as a es de indeniza o por dano moral ou material decorrentes da rela o de trabalho 2 outras controv rsias decorrentes
12. Conv m observar que o embate pro posto n o envolve nenhuma quest o ati nente validade do concurso Para corroborar este entendimento co laciono os seguintes arestos INCOMPET NCIA MATERIAL Compete a Justi a do Trabalho apreciar e julgar pe dido para que a reclamada contrate ser vidor concursado Precedentes do TST IN COMPET NCIA TERRITORIAL Discutindo se quest o pr contratual atinente ao direito de nomea o de concursado n o pos coU s vel aplicar o art 651 da CLT competindo a aprecia o ao juizo do lugar de realiza o das etapas do concurso p blico onde a empresa estatal tamb m tem estabeleci mento CAR NCIA DA A O Suposta falta de amparo legal ao pedido n o se traduz em car ncia de a o por falta de interesse Trata se na verdade de quest o de m rito CONCURSO P BLICO CADASTRO RESER VA CONTRATA O DE TERCEIRIZADOS EM DETRIMENTO DE CANDIDATOS APROVADOS EM CONCURSO Conforme vem decidindo esta 1 Turma em sintonia com a jurispru d ncia do STF n o h falar em cadastro reserva quando o ente da administra o publica mant m em seu quadro no prazo de validade do concurso terceirizados no lugar de concursados em detrimento da regra constitucional do concurso p blico Ministro do TST Walmir Oliveira da Costa Precedentes Ac rd o 12 Turma Proc 00612 2013 018 10 00 9 RO Relator Juiz Francisco Luciano de Azevedo Frota Re visora Desembargadora Mari
13. REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Todavia o ass dio moral tamb m poder ser praticado por colega de trabalho contra colega de trabalho ou seja entre sujeitos que se encontram na mesma posi o hier r quica eis que ser o caso do ass dio moral horizontal A forma mais comum de ass dio moral portanto aquela que parte de um superior hier rquico do empregado assediado de nominada ass dio moral 198 de Medeiros os principais fatores destacados nas condutas de ass dio geralmente s o a competi o a prefer ncia pessoal do chefe porventura gozada pela vitima a inveja O ra cismo a discrimina o e a homofobia e por fim motivos pol ticos Em se tratando de ass dio moral no tra balho por motivo de racismo o emprega do passa a sofrer tortura psicol gica ou per segui es no trabalho vertical A esse respeito assina la Denise de F tima Sta dler O ass dio moral mais comum em rela es hier rquicas autorit rias e E o preconceito que ocorre quando se colocam apelidos racistas e quando se sua autoestima em raz o de sua cor ou ra a Nesse caso o racis mo al m de caracteri zar ass dio moral mina a sa de f sica e mental do trabalhador e corr i a assim tricas em que pre inferioriza as pessoas dominam rela es desu manas de longa dura o de um ou mais chefes dirigidas a um ou mais subordinados S o atitu des que desestabilizam o a
14. a reconhecer a nulidade de todos os con tratos de trabalho dos ocupantes de empre gos em comiss o com atribui es de dire o chefia e assessoramento promovendo o seu afastamento em seis meses contados da publica o desta decis o sob pena de multa de R 10 000 00 referente a cada emprega do mantido no emprego em desacordo com essa decis o b determinar que a Hemobr s se abste nha de admitir quaisquer trabalhadores a titulo de emprego em comiss o com atri bui es de dire o chefia e assessoramento sem autoriza o de lei ficando estipulada a multa de R 10 000 00 por cada trabalhador contratado em desacordo com esta decis o revers vel para o FAT Recurso parcialmente provido nestes ter mos 2 RECURSO DO RECLAMANTE 2 1 INDENIZA O POR DANO MORAL COLETIVO O recorrente pretende a reforma do julga do para condenar a reclamada indeniza o por dano moral coletivo a ser destinado ao REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL FAT Argumenta que a ofensa determina o constitucional por empresa estatal da exi g ncia de concurso p blico para acesso aos empregos p blicos fato gerador suficiente a repara o da coletividade mormente por se tratar de conduta reiterada da Hemobr s Diferentemente do dano moral individu al em que atingida pessoa determinada o dano moral coletivo aquele que atinge toda a coletividade Quando v rias pessoas s o atingidas pelo mesmo at
15. agro industrial e extrativa observar se o os seguintes princ pios a S 4 Os contratos que prevejam o paga mento do trabalhador parte em dinheiro e parte em percentual na lavoura cultivada ou em gado tratado s o considerados simples loca o de servi os regulada pela legisla o ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO trabalhista sem pre que a dire o dos traba lhos seja de inteira e exclusiva responsabili dade do propriet rio locat rio dos servi os a quem cabe todo o risco assegurando se ao locador pelo menos a percep o do sal rio m nimo no c mputo das 2 duas parcelas Ro A Lei 4 504 1904 art 96 S 4 com a re da o dada pela Lei 11 443 2007 expressa mente descreve que os contratos que preve jam o pagamento de trabalhador rural em partes em dinheiro e percentual de lavoura cultivada ou de rebanho tratado que s o considerados contratos de emprego garan tido o sal rio m nimo no c mputo das duas parcelas enquadrando se assim na asserti va de lei como contrato de parceria aque les em que o trabalhador recebe apenas os frutos da lavoura ou das crias geradas pelo gado lato sensu tratado assim assumin do encargo pr prio de produtor mutatis mutandis quanto ao zelo exigido para a lavoura e rebanho inclusive eventuais nus pela cria o e trato repassados pelo efetivo propriet rio da terra ou dos animais cedidos ao trabalhador assim qualificado como par Cei
16. balhador constatou se que a quest o social t o importante quanto s po l ticas prevencionistas de combate aos acidentes pois o trabalhador antes de tudo um ser humano e n o deve mais ser visto como objeto para trabalho e sim como colaborador participante do desenvolvimento de nosso Pais Por ltimo consigna se que apesar de n o se tratar de uma tem tica t o recente no direi to brasileiro deve ser levado em considera o sobretudo a escassez de estudos doutrin rios acerca do assunto contudo devido sua am plitude o assunto n o se esgotou por inteiro Assim espera se o surgimento de novos traba lhos nessa seara e REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL 7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS BRASIL Decreto lei n 5 452 de 01 de maio de 1 943 Aprova a consolida o das leis do trabalho Vade Mecum obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colabora o de Antonio de Toledo Pinto M rcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Li via C spedes 11 ed Atual e ampl S o Paulo Saraiva 2011 a Decreto n 3 724 de 15 de janeiro de 1 919 Regula as obriga es resultantes dos acidentes no trabalho Dis pon vel em http www acidentedotraba lho adv br leis DEC 003 24 Integral htm Acesso 04 05 2013 s 14h58min Es Lei n 8 213 de 24 de ju lho de 1991 Disp e sobre os Planos de Benef cios da Previd ncia Social e d outras provid n cias Dispon vel em http
17. bilidade do pagamento de horas extras pela extrapola o dos limites di rio de 8 horas ou semanal de 44 horas por exemplo ser ine vit vel o socorro analogia para importar a solu o das normas gerais consolidadas A mesma solu o defens vel para a hip tese de mora legislativa na regulamenta o dos direitos novos criados por meio de norma com efic cia limitada na esteira da jurispru d ncia do Supremo Tribunal Federal em sede de mandado de injun o a disciplina provi s ria do direito de greve dos servidores p bli cos estatut rios pela aplica o adaptada da Lei de Greve Lei n 7 83 89 dos trabalha dores sob regime jur dico privado soa como um bom exemplo Naturalmente preciso convir que dadas as peculiaridades do tra balho dom stico nem sempre ser poss vel que a CLT seja observada em sua inteireza preciso ponderar que as singularidades do trabalho dom stico podem legitimar o apro veitamento das normas da CLT com algumas adequa es desde que sempre respeitado o n cleo essencial de cada direito Co A REVISTA ESCOLA JUDICIAL DO TRTIO Um caso ilustrativo de tal mitiga o nor mativa era o modo de cumprimento do aviso pr vio antes da entrada em vigor da Emen da Constitucional n 72 2013 n o dispondo anteriormente os empregados dom sticos do direito limita o de sua jornada de trabalho era imposs vel a op o pelo cumprimento do aviso pr vio co
18. cess o dos vales transporte nus do qual n o se desincumbiu Recurso de revista n o conhecido H amplo campo para aplica o da teoria din mica do nus da prova no Processo do Trabalho ante a difi culdade probat ria que normalmen te acomete uma das partes e a apti d o para a prova que a outra parte possul 5 PROCEDIMENTO A rigor a aferi o de quem pertence o nus de comprovar determinado fato reali zada pelo magistrado no momento do julga mento quando n o havendo demonstra o da circunst ncia f tica aduzida por uma das partes preciso decidir a lide nus da pro va objetivo N o haveria a princ pio espa o para na instru o processual ou antes indicar a parte mais apta para provar o fato controvertido Todavia cresce no meio jur dico a ideia de que o Juiz n o pode surpreender as partes O anteprojeto do novo CPC abriga essa no o ao vedar decis o com base em fundamento do qual as partes n o tiveram oportunidade de se manifestarem e ao estabelecer que o Juiz deve oportunizar que a parte se deso nere do nus que lhe foi atribu do BRASIL 2014 arts 10 e 380 S 1 in fine pp 96 435 e 485 Carlos Barbosa Moreira 1997 p 306 adverte que as normas sobre a reparti o do nus probat rio abrigam regras de compor tamento destinadas aos litigantes Para Luiz Guilherme Marinoni 2009 pp 328 329 A invers o do nus da prova em principio deve dar parte que
19. dade ativa do Minist rio P blico para propor a presente a o argumentando em sintese que o direito vindicado na presente demanda ostenta natureza individual n o homog nea n o se tratando de pretens o que possa ser tutelada pelo Minist rio P blico do Trabalho Sustenta que o n o se trata de defesa de inte resses coletivos mas de determinada catego ria ou empresa fora do amparo legal conferi do ao autor no uso da a o civil p blica A Constitui o Federal no art 129 III elen ca como fun o institucional do Minist rio P blico promover o inqu rito civil e a a o civil p blica para a prote o do patrim nio p bli co e social do meio ambiente e de outros in teresses difusos e coletivos Registre se ainda o art 127 da CF que pre v verbis ad P O Minist rio P blico institui o perma nente essencial fun o jurisdicional do Es tado incumbindo lhe a defesa da ordem juri dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis Por outro lado a Lei Complementar n 15 93 legitima o Minist rio P blico a propor A o Civil Coletiva assim dispondo verbis Art 6 Compete ao Minist rio P blico da Uni o VII promover o inqu rito civil e a a o civil p blica para a a prote o dos direitos constitucionais b a prote o do patrim nio p blico e so cial do meio ambiente dos bens e direitos de valor art sti
20. e REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Submetida a Proposi o ao crivo das Co miss es Permanentes operou se a aprova o de um substitutivo pela Comiss o de Trabalho de Administra o e Servi o P blico CTASP com o objetivo de adequar o texto original do Projeto s modifica es introduzidas na CLT pelas Leis 12 009 09 e 12 740 No que tange Lei 12 009 09 a medida se justificou em raz o do fato de ter sido vetado pelo Poder Executivo o par grafo nico do art 3 da referida norma que instituia o servi o comunit rio de rua Assim sendo haveria uma incompatibilidade t cnica insuper vel em se garantir a percep o de um adicional de periculosidade para uma atividade que n o foi legalmente reconhecida Em rela o s modifica es introduzidas pela Lei 12 40 12 o substitutivo atualizou o texto original do Projeto para acrescentar sua reda o tamb m como atividades peri gosas a exposi o energia el trica a rou bos ou outras esp cies de viol ncia f sica nas atividades profissionais de seguran a pessoal ou patrimonial A Comiss o de Constitui o e Justi a e de Cidadania analisando a mat ria decidiu pela constitucionalidade juridicidade e boa t cnica legislativa do Projeto de Lei n 2805 A e pela constitucionalidade e juridicidade do Substitutivo da CTASP acrescentado por m 182 a reda o uma subemenda substitutiva para adequa o da t cnic
21. nus probat rio n o por mero arb trio do juiz nem para compen sar a in rcia ou a inatividade processual do li tigante inicialmente onerado KNIJNIK 2006 p 947 mas em respeito aos princ pios acima destacados A parte que pela teoria est tica n o tinha o encargo probat rio chamada a colaborar com o juizo em face de sua maior aptid o em produzi la Nesse caso o autor ou Oo r u s o instados a produzirem provas que podem ser contr rias a seus interesses A aptid o para a prova pode recair sobre fato negativo ou positivo O r u por exem plo pode ser chamado a fazer prova nega tiva do fato constitutivo do direito do autor e este ter que demonstrar a aus ncia do fato modificativo impeditivo ou extintivo do direito A doutrina alerta para a dificuldade da prova do fato negativo N o cr vel exi gir prova imposs vel do fato negativo como no caso das negativas absolutas de negati vas de fatos indefinidos LOPES 2002 p 34 ou diab lica reversa KNIJNIK 2006 p 948 Isso inverte a l gica que justifica e embasa a teoria din mica Ao contr rio a prova do fato Cc ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO negativo ou positivo deve ser muito mais f cil de ser obtida do que o inverso 3 6 O ANTEPROJETO DO NOVO CPC E A TE ORIA DIN MICA O Senado Federal formou em 2009 uma comiss o de jurista para elabora o de um anteprojeto para um novo C digo de Processo Civil O texto origina
22. o do intervalo semanal em conformidade com a dura o do tempo das viagens No So do artigo 255 C estabeleceu o descan so semanal de 35 trinta e cinco horas mas o elasteceu para 36 trinta e seis ho ras quando se tratar de viagens com du ra o superior a uma semana conforme dispunham os SS1 e 3 do artigo 235 E por ela tamb m inseridos na CLT A Lei 13 103 2015 revogou tais precei tos e disciplinou a mat ria no caput do ar tigo 235 D adotando o crit rio nico de 35 horas semanais incluindo 24 horas de repouso semanal e 11 horas de intervalo entrejornadas para ambas as situa es 8 Resolu o CONTRAN 405 de 12 06 2012 art 1 Estabelece os procedimentos para fiscaliza o do tempo de dire o e descanso do mo torista profissional na condu o dos ve culos de transporte e de condu o de escolares de transporte de passageiros com mais de 10 dez lugares e de carga com peso bruto total superior a 4 536 quatro mil e quinhentos e trinta e seis quilogramas para cumprimento do disposto no art 67 A inclu do no C digo de Transito Brasileiro CTB pela Lei n 12 619 de 30 de abril de 2012 mente conferida pela Lei 12 6019 2012 Co ESCOLA JUDICIAL para produzi la REVISTA DO TRTIO Entretanto manteve a possibilidade de fracio namento sendo 5 horas cumpridas na mesma semana em continuidade a um per odo de re pouso di rio e 30 horas para gozo postergado por ocasi o do re
23. o do trabalhador Segundo a hierarquia das nor mas jur dicas de modo que havendo duas ou mais normas leis conven es coletivas acordos coletivos regulamentos de empresa usos e costumes ser aplic vel o que mais beneficiar o empregado salvo proibi o por lei Terceiro a interpreta o das leis de forma que entre duas interpreta es vi veis para a norma obscura deve prevalecer aquela ca paz de conduzir ao resultado que de melhor maneira venha a atender aos interesses do trabalhador NASCIMENTO 2001 p 40 Al m de uma interpreta o mais abrangen te da Constitui o com o advento do C digo Civil de 2002 os ricos debates doutrin rios che garam chamada teoria do risco disciplinada no par grafo nico do artigo 927 que trata da responsabilidade independente de culpa quando atividade desenvolvida pelo autor do dano implicar risco ao direito do outrem A jurisprud ncia dos Tribunais do Tra balho e do Superior Tribunal do Trabalho tamb m tem aplicado teoria do risco nas rela es laborais conforme se verifica nos entendimentos abaixo REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Acidente de Irabalho Respon sabilidade civil do empregador leoria do tisco Art caput e inciso XXVII da Constitui o Fe deral Responsabilidade objetiva Possibilidade O caput do art da CF constitui se tipo aberto vocacionado a albergar todo e qualquer direito quando mate rialmente voltado
24. o juiz atribuir O nus da prova de modo diverso des de que o fa a por decis o fundamen tada Neste caso o juiz dever dar parte a oportunidade de se desincum bir do nus que lhe foi atribu do 2 A decis o prevista no 1 des te artigo n o pode gerar situa o em que a desincumb ncia do encargo pela parte seja imposs vel ou excessi vamente dif cil Como o texto foi modificado o projeto de lei do novo CPC foi devolvido ao Senado Fe deral devendo ao que tudo indica ser man tida men o da teoria din mica para atenu ar o rigor da teoria est tica do nus da prova especialmente no caso de prova diab lica 4 O PROCESSO DO TRABALHO E A TEORIA DIN MICA DO NUS DA PROVA A teoria din mica do nus da prova tem incid ncia no Processo do Trabalho por im posi o constitucional em face de princ pios comuns com o Processo Civil ou pela aplica o anal gica do art 6 VIII do CDC O acesso Justi a a igualdade entre as partes a ampla defesa e o contradit rio o devido processo legal princ pios insertos na Constitui o dependem da plena e da igual oportunidade das partes em produzirem as provas dos fatos que aduzem em juizo A paridade real de armas a lealdade a veraci dade e a boa f processuais e a colabora o 117 com a Justi a tamb m est o presentes no Processo do Trabalho O art 818 da CLI apenas traz uma regra geral sobre o nus da prova sendo sil
25. se de modelo racional de fundamenta o baseado em f rmula espec fica segundo a qual quanto maior o grau de recusa satisfa o ou de afeta o de um principio tanto maior ter de ser a import ncia da satisfa o do outro O segundo modelo preconizado por Klaus G nther elege a coer ncia como o crit rio a balizar a aplica o das normas 310 a qual emergiria da rela o de equil brio entre o ju zo do aplicador e os princ pios como forma de viabilizar a adequada rea liza o destes ltimos Fixando como pre missa a din mica social e a consequente impossibilidade da manuten o no tem po de esquemas predeterminados para a aplica o do direito giza a necess ria distin o entre os discursos de justifica o e o da aplica o Enquanto o primeiro revela a aferi o de validade na norma pressupondo a inalterabilidade das con di es inerentes aos seus fundamentos o discurso de aplica o deve atuar na seara das diferen as relevantes entre a situa o analisada e as pr prias condi es que suportam tal validade A proposta tem o objetivo de possibilitar e n o assegurar a imparcialidade das decis es judiciais que em ltima an lise delineia a dimens o concreta dos princ pios Nega a distin o pr via da estrutura en tre princ pios e regras para o efeito de sua aplica o pois nessa pr pria atividade que haver tal defini o fratura assim O conceito de d
26. ta por cento sobre o sal rio sem os acr scimos resultantes de grati fica es pr mios ou participa es nos lucros da empresa Inclu do pela Lei n 6 514 de 22 12 1977 2 O empregado poder op tar pelo adicional de insalubrida de que porventura Ihe seja devi do Inclu do pela Lei n 6 514 de 22 12 1971 5 Ser o descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmen te j concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo Inclu do pela Lei n 12 740 de 2012 4 S o tamb m consideradas perigosas as atividades de traba lhador em motocicleta Inclu do pela Lei n 12 997 de 2014 Destaque se que o caput do mencio nado dispositivo faz expressa refer ncia necessidade de regulamenta o pelo Mi nist rio do Trabalho e Emprego sendo que o poder regulamentar a que o Texto Con solidado se refere est consagrado no art 155 caput e inciso l e art 200 caput do mesmo diploma legal que disp em res 2012 pectivamente 10 in http www mapadaviolencia org br pdf2013 mapa2013_transito pdf Go 97 REVISTA ESCOLA JUDICIAL DO TRTIO Art 155 Incumbe ao rg o de mbito nacional competente em mat ria de seguran a e medicina do trabalho Reda o dada pela Lei n 6 514 de 22 12 1971 estabelecer nos limites de sua compet ncia normas sobre a apli ca o dos preceitos deste Cap tulo especialmente os referidos no art 200 o Art
27. 1 Decreto lei 968 09 e de serem mantidas sem percep o de dota es inscritas no or amento da Uni o II Aos entes aut rquicos corporativos n o s o aplic veis o art 37 II da Lei Maior en cargo exclusivo das autarquias integrantes da estrutura administrativa do estado ni cas qualific veis como longa manus deste Remessa oficial provida Pedido julga do improcedente 5 Recurso Extraordin rio a que se d provimento RE 539224 Relator a Min LUIZ FUX Primeira Turma julgado em 22 05 2012 AC RD O ELE TR NICO DJe 118 DIVULG 15 06 2012 PU BLIC 18 06 2012 RT v 101 n 923 2012 p 684 690 AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE SEGURAN A ADMINISTRATIVO AC R D O DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNI O CONSELHO DE FISCALIZA O PROFISSIO NAL NATUREZA JUR DICA AUTARQUIA FEDERAL EXIG NCIA DE CONCURSO P 334 BLICO OBSERV NCIA DO ART 37 II DA CONSTITUI O FEDERAL FISCALIZA O ATIVIDADE T PICA DO ESTADO PRINC PIO DA PROTE O DA CONFIAN A LEG TIMA AN LISE AGRAVO REGIMENTAL PROVIDO PARA RESTAURAR O DEVIDO PROCESSA MENTO DO MANDADO DE SEGURAN A E POSSIBILITAR UM MELHOR EXAME DA MAT RIA 1 Os conselhos de fiscaliza o profissional t m natureza jur dica de autar quias consoante decidido no MS 22 048 ocasi o na qual restou consignado que i estas entidades s o criadas por lei tendo personalidade jur dica de direito p blico com autonomia administrativa e fina
28. 149 151 152 153 154 155 156 157 103 104 174 17 5 180 187 188 189 190 191 192 193 194 195 190 197 198 199 200 202 203 2060 210 224 225 25957 250 25r A209 2 Ono TA Sol 504 380 381 387 390 395 404 410 412 421 434 437 e a concess o irregular do intervalo ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO intrajornada fls 150 159 160 162 167 168 RSS RO o o dreams 209 20 DAVA DA E DS o AE Atos 259 T202 T209 Des ol Sos se 392 403 406 408 414 431 Os autos de infra o juntados aos autos contemplam majoritariamente o per odo compreendido entre os anos de 2008 a 2012 A titulo de exemplo e por amostragem somente s fls 201 257 constam 23 vinte e tr s autos de infra o relativos ao ano de 2009 os de fls 283 280 relativo ao ano de 2012 todos emitidos com fundamento na prorroga o de jornada e n o concess o do intervalo de forma irregular De igual modo v rias decis es judiciais juntadas aos autos transcrevem depoimen tos de reclamantes e suas testemunhas des qualificando o sistema de controle de ponto mesmo ap s o alegado aperfei oamento a partir de 2005 justificando as condena es impostas ao r u com fundamento nas hip teses descritas Diante do resultado desta an lise f cil concluir que o sistema de ponto n o capaz por si s de garantir a higidez da jornada de trabalho fixada em lei para os empregados banc rios necess ria uma
29. Ao contr rio em seu art 8 estabeleceu que O regime de pessoal ser o da Consolida o das Leis do Trabalho condicionada a contra ta o pr via aprova o em concurso p bli co No mesmo sentido o art 32 do Estatuto da reclamada Diante do que consta expressamente do art 8 da Lei 10 972 2004 por bvio n o prevalece o entendimento de que o art 7 da lei referida estaria a autorizar contrata o sem concurso p blico O Estatuto da Hemobr s foi aprovado pelo Decreto n 5 402 2005 o qual n o pode criar empregos em comiss o nos exatos ter mos dos arts 37 Il e V da CR porque essa cria o s pode ser feita por lei A cria o da estrutura da empresa est autorizada pela Lei 10 972 2004 contudo a autoriza o de contrata o de diretores mediante indica o de Ministros de Estado al m de superar os limites impostos pela lei que criou a Hemo br s n o atende ao disposto na Constitui o da Rep blica A decis o citada em recurso est supera da pela jurisprud ncia atual do Tribunal Re gional do Trabalho da D cima Regi o por tanto inapta ao acolhimento da pretens o da recorrente Uma vez que os empregos em comiss o de dire o chefia e assessoramento devem 32 ser criados por lei que os decretos e atos mi nisteriais s o instrumentos de hierarquia infe rior a alegada autoriza o ministerial para a cria o de empregos comissionados n o apresenta aptid o
30. Processo PEDILEF 50102600720124047009 PEDIDO DE UNIFORMIZA O DE INTERPRETA O DE LEI FEDERAL Relator a JUIZ FEDERAL LUIZ CLAUDIO FLORES DA CUNHA Sigla do rg o TNU Data da Decis o 12 06 2013 Fonte Data da Publica o DOU 28 06 2013 p g 114 135 Decis o Acordam os membros da Turma Nacional de Uniformiza o dos Juizados Especiais Federais por maioria anular o ac rd o recorrido e declarar prejudicado o incidente de uniformiza o 49 Por fim e n o menos importante salutar destacar que se o pr prio direito do trabalho cujo car ter mais protetivo que a Segurida de Social entende que a concess o de EPI efetivo afasta o pagamento do respectivo adi cional de insalubridade consoante se de preende dos termos do item 15 4 1 da NR 15 da Portaria 3214 78 e art 191 da Consolida o das Leis do Trabalho CLT conclus o diversa geraria uma incoer ncia no ordena mento jur dico que UNO Diante das assertivas acima com a devida v nia os posicionamentos contr rios ter o que se curvar pelo menos em concreto recent ssima decis o proferida pelo Pret rio Excelso cujos termos seguem o direito aposentadoria especial pressup e a efetiva exposi o do tra balhador a agente nocivo a sua sa de de modo que se o Equipamento de Prote o Individual EPI for real mente capaz de neutralizar a nocivi dade n o haver respaldo conces s o constitucional de aposentadoria
31. REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Contudo o tempo de reserva foi extin lo pela Leris 103 2015 que nretimonrolie ferido pagamento de 30 e estabeleceu a possibilidade do ve culo rodar continu amente por 3 tr s dias seguidos com os motoristas se revezando na dire o sem parar para s ent o usufruir o intervalo de 6 horas o que configura inequ voco retrocesso por colocar em risco n o s a vida do motorista mas tamb m dos pas sageiros e demais pessoas que trafegam pelas vias p blicas 3 4 Tempos de descanso Ao exigir e enfatizar de forma rei terada a import ncia dos tempos de descanso a lei indicou que tal quest o ultrapassava os contornos contratuais trabalhistas visando preservar as boas condi es do motorista para dirigir com responsabilidade e seguran a em benefi CIO de terceiros A Intervalo intrajornada No que se refere ao intervalo intrajor nada a Lei 12 019 2012 inseriu na CLT o 32 do artigo 235 C e o inciso Il do artigo 235 D prevendo a concess o do interva lo de 1 uma hora para refei o A Lei 13 103 2015 nestes termos man teve o regramento da mat ria mas pio rou a situa o do motorista que atua no transporte coletivo de passageiros ao al terar o 5 do artigo 7 1 da CLI prevendo n o s o fracionamento mas tamb m a redu o de dura o deste intervalo al m de retirar a possibilidade do n o desconto da jornada previsto na reda o anterior
32. RIA Fixados os juros e a corre o monet ria na forma da S mula 200 do TST o r u re quer sejam fixados a partir do ltimo arbi tramento conforme a S mula 439 do TST Direcionada especificamente para os casos de atualiza o monet ria e juros de mora nas condena es por danos morais referida s mula diz que a atualiza o mo net ria devida a partir da data da decis o de arbitramento ou de altera o do valor e que os juros incidem desde o ajuizamen to da a o nos termos do art 883 da CLT Assim sendo a liquida o dever obser var os par metros supra Recurso parcialmente provido ABRANG NCIA DA DECIS O OJ 130 SBDI Il TST Definida a abrang ncia nacional dos efeitos desta decisao o recorrente requer a limita o aos contornos territoriais do ju izo prolator da decis o Nos termos da OJ 130 da SBDI II do C TST item lIl em caso de dano de abran g ncia suprarregional ou nacional h compet ncia concorrente para a A o Ci 200 vil P blica das varas do trabalho das sedes dos Tribunais Regionais do Trabalho Deste modo nego provimento CONCLUS O Em face do exposto conhe o do recur so ordin rio e no m rito dou lhe parcial provimento para determinar a observa o da s mula 439 do C TS por ocasi o da liquida o nos termos da fundamenta o precedente Ac rd o ACORDAM os Desembargadores da Egr gia Primeira Turma do Tribunal Regional do Tra
33. Servidora ANA CRISTINA SAMPAIO ALVES SECRETARIA EXECUTIVA Servidora ROSANA DE OLIVEIRA SANJAD COORDENA O Servidora ANA CRISTINA SAMPAIO ALVES LAYOUT E DIAGRAMA O Servidor RICARDO CONCEI O BERM DEZ Estagi ria NAYANE CORDEIRO REVISTA DO TRTIO E com grande satisfa o que a Escola Judicial do TRT 10 Regi o apresenta a pri meira edi o de sua Revista com artigos de doutrina e jurisprud ncia em formato eletr nico A escolha pelo conte do digital tem por objetivo permitir o amplo compar tilhamento das informa es bem como contribuir para a responsabilidade ambien tal O mundo do trabalho ganha mais uma publica o t cnica produzida por especia listas magistrados advogados e servidores p blicos que se empenharam em trazer luz reflex es sobre os temas mais atuais e controversos do Direito em especial o Di APRESENTA O reito do Trabalho Por meio de Comiss o pr pria formada por quatro magistrados e uma servidora procuramos selecionar arti gos e jurisprud ncia que possam embasar estudos e decis es judiciais dando um ca r ter utilit rio publica o De periodicidade bianual em seu primei ro ano nesse formato a Revista do TRT 10 Regi o pretende tornar se refer ncia em te m tica e qualidade dos textos oferecidos Num contexto de grandes mudan as sociais e novos desafios esperamos que a Revis ta do TRT 10 Regi o possa contribuir para a democratiza
34. a conceitua o dos interesses me taindividuais d se pela titularidade do inte resse pela natureza do objeto e pela liga o entre os titulares e o direito pretendido Por tanto ao contr rio do aventado pela recor rente n o a divisibilidade do interesse a ser tutelado ou mesmo a identifica o do titular do direito que por si s faz desaparecer o car ter coletivo do interesse No caso concreto trata se de a o civil p blica em que o Minist rio P blico do Tra balho objetiva a condena o da reclamada na obriga o de implementar programas de preven o de riscos ambientais exigidos pe ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO las Normas Regulamentares n 8 9 e 17 do Minist rio do Trabalho e Emprego diante do comprometimento da sa de de seus em pregados fato constatado em inqu rito civil anteriormente ajuizado e em face do qual a reclamada se negou a celebrar Termo de Ajuste de Conduta Observa se da narrativa dos fatos expostos na inicial que os interesses defendidos refe rem se a todo o grupo de trabalhadores que trabalha nos nibus da empresa Lotaxi e que t m ou tiveram a sa de comprometida em face da omiss o da empresa em implemen tar os programas de preven o de riscos am bientais exigidos pelas Normas Regulamenta res n 8 9 e 17 do Minist rio do Trabalho e Emprego Tal hip tese envolve interesses transindivi duais indispon veis associados ao n cleo de direitos human
35. a e levar a igualdade entre os cidad os extirpando as injusti as e desigualdades por ventura detectadas O que n o se pode permitir que o traba lhador efetivamente atingido pelo ambiente inadequado sofra unilateralmente as con D ESCOLA JUDICIAL Io sequ ncias pejorativas do labor da mesma forma que jamais se poder impingir autar quia federal o pagamento de aposentadoria especial aquele que em situa o mal fica n o estava sob pena de se ferir a preconiza da isonomia constitucional bem como a pre ced ncia da fonte de custeio j esplanadas Sendo assim no presente momento dian te do teor da decis o proferida pela Corte Su prema a desaven a doutrin ria sobre o tema objeto do presente artigo at surgimento de eventual mudan a legislativa ter que se manter exclusivamente na seara doutrin ria posto que concretamente imperar os co mandos da maior inst ncia do poder judici rio brasileiro REFER NCIAS CASTRO Carlos Alberto Pereira de LAZ ZARI Jo o Batista Manual de direito previ denci rio 10 ed Rio de Janeiro Forense 2014 AMADO Frederico Direito Previdenci rio In GARCIA Leonardo de Medeiros Co ord Cole o Sinopses para concursos 3 ed Juspodium Bahia 2013 HORVATH J NIOR Miguel Direito Previ denci rio S o Paulo Quartier Latin 2005 LEIRIA Maria L cia Luz Direito previ denci rio e estado democr tico de direito uma
36. a morte do locat rio a exig ncia de servi os superiores s suas for as legalmente proibidos moralmente conden veis ou estranhos ao contrato o tratamento patronal com rigor excessivo O descumprimento contratual pelo locat rio ofensas morais ou vulnerabilidade a situa o de perigo manifesto de dano ou mal consider vel art 1 226 norma certamen te inspiradora do texto do art 483 da CLT 20 f previam se por outro lado justas causas para rescis o contratual pelo tomador dos servi os locat rio como por exemplo a perpetra o de ofensas morais pelo trabalha dor a pessoa de sua fam lia v cios ou mau procedimento do locador inobserv ncia de obriga o contratual e imper cia na execu o dos servi os art 1 229 g o contrato deveria em regra ser cum prido pessoalmente pelo trabalhador art 232 3 A primeira lei brasileira dos dom sticos A primeira lei nacional a regular o trabalho dom stico de modo espec fico foi o Decreto lei n 3 078 41 Segundo tal diploma legal eram considerados empregados dom sticos todos aqueles que de qualquer profiss o ou mister mediante remunera o prestem ser vi os em resid ncias particulares ou a bene f cio destas art 1 Tal diploma assegurava aos empregados dom sticos a anota o do contrato em carteira profissional que tam b m servia de prova de quita o ou aus n cia de pagamento dos sal rios e ap s o sexto
37. acrescido da multa de 40 a serem apuradas em liquida o Deve r a reclamada ainda proceder baixa na CTPS da autora observada a data da publica o deste ac rd o Incidem recolhimentos previdenci rios so bre o saldo de sal rio e 132 sal rio 2014 No REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL mais ficam mantidos os demais par metros de liquida o estabelecidos na senten a Elevo o valor da condena o para R 8 000 00 sendo devidas custas de R 160 00 pela reclamada CONCLUS O Pelo exposto conhe o parcialmente do recurso da reclamante n o conhe o das contrarraz es da reclamada para no m ri to dar lhe parcial provimento para acolher a rescis o indireta do contrato de trabalho nos termos do art 483 alinea d da CLT na data data da publica o deste ac rd o e por consequ ncia deferir 30 dias de aviso pr vio bem como saldo de sal rio 13 sal rio 2014 proporcional f rias vencidas de 2012 2018 f rias proporcionais de 2014 acrescidas de 1 3 FGTS do pacto acrescido da multa de 40 a serem apuradas em liquida o Deve r a reclamada ainda proceder baixa na CTPS da autora observada a data da publi ca o deste ac rd o Incidem recolhimentos previdenci rios sobre o saldo de sal rio e 13 sal rio 2014 No mais ficam mantidos os de mais par metros de liquida o estabelecidos na senten a Elevo o valor da condena o para R 8 000 00 sendo devidas cus
38. and anxiety are the major causes of these accidents Conclusions defense strategies and mobilization failed to protect the health in economic activities with psychosocial risks The psychic occupational disorder victimizes a collectivity of workers and not only a sin gular person The Psychodynamics of work is useful for the understanding of the problem KEYWORDS mental health psychic disor der at work occupational disease psychody namics of work INTRODU O A psicodin mica do trabalho investiga a sa de do trabalhador luz da viv ncia subje tiva de prazer e sofrimento busca entender a correla o entre o sofrimento ps quico e a or ganiza o laboral e analisa as estrat gias de defesas e o adoecimento provocado por esse sofrimento Por essa tica debate se o adoe cimento ps quico pelo trabalho no Distrito Fe deral e em Tocantins unidades da federa o da 10 Regi o da Justi a do Trabalho ol A pesquisa tem como p blico alvo os trabalhadores vinculados ao regime da Previd ncia Social acometidos de trans tornos mentais ocupacionais no DF e em TO A partir da contribui o te rica da psicodin mica do trabalho e dos concei tos de doen as ps quicas e ocupacionais procura se quantificar e avaliar esse ado ecimento ps quico O m todo utilizado para isso a coleta e a an lise de dados das estat sticas oficiais de acidentes de tra balho e da concess o de aux lio acidente nos tri nios
39. cio do seguro desemprego Doutro lado emerge bvio que inclusive de modo a evitar demiss es no mbito do m stico de trabalho dever haver uma deso nera o pela redu o das al quotas de con tribui o previdenci ria e de recolhimento fundi rio inclusive porque ainda se deve so mar num contexto a definir os valores a titu lo de sal rio fami lia e se devidos pelo INSS ou diretamente pelo pr prio empregador ainda que como contrapartida contributiva como assim tamb m a al quota pertinente ao segu ro de acidente de trabalho dom stico SAT para fazer jus contrapartida do eventual benef cio previdenci rio ainda que possa ser tamb m responsabilizado o empregador dom stico quando o acidente de trabalho tenha ocorrido em decorr ncia de dolo ou culpa patronal conta de neglig ncia impru d ncia ou imper cia no exigir ou permitir cer tos trabalhos no ambiente dom stico Quanto ao adicional noturno a EC 2 n o admite a atra o das regras da CLI ao me nos por ora se assim n o for expressamen te determinado em lei espec fica que pode doutro lado estabelecer par metros diferen ciados para sua apura o e ao percentual incidente sobre a hora diurna de trabalho inclusive assim considerando as particula ridades dom sticas e qui e assim se es pera as necessidades de certos contratos de trabalho envolverem trabalho noturno para os cuidados com crian as idosos doentes e
40. como a que se ope rou nesta demanda pela determina o de serem satisfeitas as obriga es inadimplidas no curso do contrato de trabalho Assim n o h falar aqui em dano moral Entretanto em rela o segunda causa de pedir deve ser reformada a decis o Isso porque o Recla mante fundamenta o pedido no fato de ter sido submetido a uma jornada extenuante quando obrigado a cumprir plant o durante sete dias consecutivos O ac rd o confirma o fato ao consignar que No que se refere rea liza o de plant es por 07 7 dias consecutivos apesar da exaustiva jornada de trabalho o Reclamante mantinha se em regime de pron 3H tid o o que n o se confunde com efetivo labor tanto que na Inicial relatou se que os empregados plantonistas dormiam no estabe lecimento da Empresa Diante de tal quadro manifesto o dano ao patrim nio moral do ser humano que vive de sua for a de traba lho A exig ncia de uma extensa jornada de trabalho em que o empregado permanece dias consecutivos disposi o do empre gador reflete n tido desrespeito ao direito de descanso e comunh o familiar minando condi es essenciais para a manuten o de equil brio f sico e emocional do Reclamante e gerando indiscut vel dor intima descon forto e tristeza Recurso de revista conheci do e provido no aspecto Proc ARR 737 61 2011 5 18 0011 Julgamento 20 00 2018 Rel Min Mauricio Godinho Delgado Ac 3 Turma Pu
41. con soante disciplina o art 193 caput do texto consolidado Ademais continua sendo imprescind vel para a caracteriza o da periculosidade a realiza o de per cia t cnica a cargo de M dico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho devidamente registrados no Minist rio do Tra balho art 195 da CLT Ressalva se aqui ob viamente a hip tese de pagamento espon t neo do adicional de periculosidade pelo 189 empregador o que nos termos da S mula 453 do TST caracteriza fato incontroverso a afastar a necessidade da prova pericial de que trata o art 195 da CLT CONSIDERA ES FINAIS A abordagem sucinta delineada neste ar tigo longe de incursionar nos reflexos mul tifacetados da institui o do adicional de periculosidade para os trabalhadores em motocicletas pretendeu apenas abordar as raz es embrion rias da inova o legislativa Viu se que o Projeto de Lei do Sena do Federal que culminou na edi o da Lei 12 997 2014 embora de tramita o relativa mente recente na Casa Legislativa vez que datado de 2011 intencionou evidenciar a alarmante situa o de risco que circunda a atividade dos trabalhadores em motocicletas O alargamento do rol das atividades peri culosas n o representa t o somente um acr s cimo remunerat rio na folha de pagamento desses trabalhadores a inova o legislativa formaliza a preocupa o dos representantes do estado e da sociedade em reconhecer a eleva
42. culo XX depender em larga medida de que os ju zes saibam fazer se portadores duma moderna filosofia econ mica e social antes de que superada filosofia por si mesma produto de condi es econ micas superadas Da mensa gem enviada pelo Presidente THEO DORE ROOSEVELT ao Congresso Ame ricano em 08 de dezembro de 1906 43 Cong Rec Part I p 21 5 109 Ali s antes mesmo do advento da Emen da Constitucional n 45 2004 e portanto na vig ncia da reda o original do art 114 CR o STF j se manifestou neste sentido JUSTI A DO TRABALHO COMPET N CIA CONST ART 114 A O DE EMPRE GADO CONTRA O EMPREGADOR VISAN DO A OBSERVANCIA DAS CONDI ES NEGOCIAIS DA PROMESSA DE CONTRA TAR FORMULADA PELA EMPRESA EM DE CORR NCIA DA RELA O DE TRABALHO 1 COMPETE A JUSTI A DO TRABALHO JULOAR DEMANDA DE SERVIDORES DO BANCO DO BRASIL PARA COMPELIR A EM PRESA AO CUMPRIMENTO DA PROMESSA DE VENDER LHES EM DADAS CONDI ES DE PRE O E MODO DE PAGAMEN TO APARTAMENTOS QUE ASSENTINDO EM TRANSFERIR SE PARA BRASILIA AQUI VIESSEM A OCUPAR POR MAIS DE CINCO ANOS PERMANECENDO A SEU SERVI O EXCLUSIVO E DIRETO 2 A DETERMINA O DA COMPET NCIA DA JUSTI A DO TRABALHO N O IMPORTA QUE DEPENDA A SOLU O DA LIDE DE QUEST ES DE DI REITO CIVIL MAS SIM NO CASO QUE A PROMESSA DE CONTRATAR CUJO ALE GADO CONTEUDO E O FUNDAMENTO DO PEDIDO TENHA SIDO FEITA EM RAZ O DA RELA O DE EMPREGO INSERI
43. dios Individuais expe diu a seguinte fundamenta o A quest o saber se o Minist rio P blico tem ou n o legitimidade para propor a o civil p blica para defesa de interesses indivi duais homog neos dos trabalhadores cujo objeto pedido de que o empregador seja proibido de impedir que seus empregados anotem a real jornada desenvolvida O artigo 129 Ill da CF confere legitimida de ao Minist rio P blico para propor a o co letiva quando os interesses em lit gio forem difusos e coletivos Por sua vez O pr prio artigo 129 em seu inciso IX autoriza o Minist rio P blico a exer cer outras fun es que lhe forem conferidas desde que compat veis com sua finalidade Ademais o artigo 6 VII d da LC 5 093 prev que o Minist rio P blico da Uni o pode propor a o civil p blica para a defesa de outros interesses individuais indispon veis ho mog neos sociais difusos e coletivos al m de que o artigo 83 Ill da mesma Lei Comple mentar prev a legitimidade do Minist rio P blico do Trabalho para promover a a o ci vil p blica no mbito da Justi a do Trabalho para defesa de interesses coletivos quando desrespeitados os direitos sociais constitucio nalmente garantidos Vale destacar ainda que para efeitos de legimitidade do Minist rio P blico o excelso A STF j decidiu que os interesses homog neos s o esp cie dos interesses coletivos confor me precede
44. do Conflito e sua Compet ncia Material 3 Emenda Constitucional 45 2005 A atual re da o do art 114 VI e IX CR 4 Tutela da ordem jur dica dos direitos sociais e a Com pet ncia da Justi a do Trabalho Interpreta es Exclus o das Incoer ncias Jur dicas 5 Conclus o 6 Bibliografia Summary 1 Introduction 2 The Nature of Conflict and its Material Competence 3 Constitutional Amendment 45 2005 The cur rent wording of art 114 VI and IX CR 4 Pro tection of legal rights and social competence of the Labour Court Interpretations Exclusion of Legal Inconsistencies 5 Conclusion 6 Bi bliography 1 Introdu o Pretende se por este estudo fazer uma an lise e interpreta o acerca da compe t ncia material da Justi a do Trabalho para apreciar as controv rsias jur dicas sobre a contrata o da ap lice de seguro de vida e ou acident ria pelo empregador a favor de seus empregados com empresa do segmen to securitizado Encontra se impl cito em outras palavras o reconhecimento de que na interpreta o judici ria do direito legislativo est nsito certo grau de criatividade O ponto de resto tor nou se expl cito pelo pr prio Barwick quando escreve que ainda a melhor arte de reda o das leis e mesmo o uso da mais simples e precisa lingua gem legislativa sempre deixam de 106 qualquer modo lacunas que devem ser preenchidas pelo juiz e sempre per mitem ambiguidade
45. em virtude da nature za subrept cia das a es cometidas contra as vitimas 1 Discrimina o e direito do trabalho Apesar de todas as conquistas sociais do ltimo s culo alguns direitos b sicos dos ci dad os carecem de uma base mais s lida para serem incorporados pela popula o em geral pelas esferas do Governo e pela iniciati va privada Um desses direitos a garantia do acesso livre ao trabalho sem discrimina o Nesse contexto informa Manoel Jorge e Silva Neto discriminar o portador de defici ncia os negros indios mulheres idosos ho mossexuais e at aqueles trabalhadores que optam por um tra o est tico peculiar ca belos longos barba cavanhaque tatuagem piercing tem se convertido em pr tica mais constante do que podemos supor primeira vista O mesmo se diga a respeito dos traba lhadores que optam por determinado seg mento religioso e s o discriminados por isso Na vis o do autor em refer ncia a solu o para as pr ticas discriminat rias empresariais passa necessariamente pela mudan a da cul tura quanto diversidade Sendo assim urgente aprofundar uma 192 cultura da justi a social em que a tutela dos direitos fundamentais do trabalhador seja res peitada pois para o bem estar do ser huma no que o trabalho se direciona para garan tir a observ ncia quanto integridade f sica ps quica moral e intelectual do trabalhador que se devem voltar
46. entenda se a desde a forma o no lar impede que haja empatia e o outro no caso o menor a vitima multiplicada porque dada sua fragilidade inexperi ncia e desamparo submete se ante a necessidade pelo medo Sabe se que no Brasil somente h pouco mais de cem anos a crian a trabalhadora passou a ser objeto de prote o legal pelo Decreto n ES IS de de janeiro de 1891 que proibiu o trabalho de crian as com idade inferior a doze anos em f bricas do Distrito Federal proibiu o labor em atividades insalu bres e perigosas estipulou limites de jornada e autorizou a aprendizagem a partir dos oito anos nas f bricas de tecidos Depois vieram o Decreto mn 22 042 de 3 de novembro de 1932 a Constitui o de 1934 o Decreto Lei ne 3 010 de 1941 a Consolida o das Leis do Trabalho a Constitui o de 1940 a Constitui o de 190 a Constitui o Federal de 1988 o Estatuto da Crian a e do Adolescente a Emenda Constitucional n 20 e os tratados in ternacionais aprovados pelo Brasil em espe cial as Conven es n s 138 complementada pela Recomenda o n 146 e 182 da Organi za o Internacional do Trabalho Assim se a norma o resultado da cons ci ncia viva por certo antes de 17 de janeiro de 1891 n o havia educa o ou pensamento social de que a crian a brasileira era merece dora de amparo e prote o trabalhista No te se que nos dias atuais ainda encontramos adultos que n o t m essa consci nci
47. es de trabalho eri giu dos princ pios da n o discrimina o e da igualdade proclamados em diversos instru mentos normativos no mbito nacional e in ternacional No mbito nacional a Constitui o Fe deral de 1988 pro be em v rios dispositivos constitucionais a prote o contra atos ou comportamentos discriminat rios que visem a eliminar o acesso rela o de emprego por motivo de sexo ra a cor idade ou quaisquer outros crit rios discriminat rios veja se Art 4 A Rep blica Federativa do Brasil rege se nas suas rela es interna cionais pelos seguintes princ pios VIII rep dio ao terrorismo e ao ra cismo Art 5 Todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer nature za garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pais a invio labilidade do direito vida liberda de a igualdade seguran a e pro priedade nos termos seguintes homens e mulheres s o iguais em 11 DELGADO Maur cio Godinho Princ pios de direito individual e coletivo do trabalho 3 ed S o Paulo LTr 2010 p 42 12 DELGADO Maur cio Godinho Princ pios de direito individual e coletivo do trabalho 3 ed S o Paulo LTr 2010 p 43 13 DELGADO Maur cio Godinho Princ pios de direito individual e coletivo do trabalho 3 ed S o Paulo LTr 2010 p 775 14 MEIRELES Edilton Abuso do direito na rela o de emprego S o Paulo LTr 2005 p 187 15 MEIRELES Edi
48. especial destaques nossos Contudo na eventualidade de haver d vi das sobre a real efic cia do EPI a manifesta o j estampada no ac rd o prolatado a de que dever ser reconhecido ao benef cio previdenci rio em homenagem ao Princ pio do In Dubio pro Operario 14 Ementa AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA ADICIONAL DE INSALUBRIDADE EPI IDENTIFICA O DO FABRICANTE OU IMPORTADOR E FALTA DO CERTIFICADO DE AUTORIZA O A exist ncia ou n o do nome do fabricante ou importador no equipamento n o foi prequestionada S mulas n s 126 e 297 do TST Reconhecida a plena efic cia do EPI fornecido pela reclamada ainda que o equipamento n o se apresente com o certificado de autoriza o do Minist rio do Trabalho o caso bem se enquadra na hip tese de neutraliza o por medida de ordem geral art 191 da CLT c c o item 15 4 1 da NR 15 vez que constatada a prote o ao trabalhador A autoriza o oficial pressup e a garantia de prote o Por m a prote o eficaz deve prevalecer sobre as formalidades legais tendo em vista que se coaduna com a pr pria previs o legal Agravo de instrumento a que se nega provimento TST Processo AIRR 5976600212002502 5976600 21 2002 5 02 0900 Relator a Pedro Paulo Manus Julgamento 27 08 2008 rg o Julgador 7 Turma Publica o DJ 05 09 2008 grifos acrescidos 15 15 1 S o consideradas atividades ou opera es insalubres as que se desenvolvem 15 4
49. exist ncia de candidatos capacitados para as fun es disponibilizadas Tamb m do dispo sitivo legal referido n o se verifica exclus o de quaisquer fun es conforme pretende a impetrante A obriga o de inclus o da pessoa defi ciente ou reabilitada n o se inicia e se esgota com a contrata o Esse processo inclusivo de que trata a norma importa necessariamen te na capacita o na prepara o t cnica na habilita o dos PCD s e reabilitados para que possam ser contratados Registre se que os dados estat sticos da Previd ncia Social relativos aos reabilitados bem como as informa es do IBGE quanto ao n mero de pessoas portadoras de defici ncia no Brasil recha am pela contund n cia de seus n meros a alega o empresarial de que faltam candidatos em condi es es peciais para os cargos disponibilizados Segue trecho sobre o resultado do Censo de 2010 extra do do s tio do IBGE Em 2010 cerca de 45 0 milh es de pesso as se declararam portadoras de alguma defi ci ncia Este n mero corresponde a 23 9 da popula o brasileira Veja na tabela abaixo os tipos de defici ncia declarados no Censo Popula o residente por tipo de defici n cia Brasil 2010 Tipo de defici ncia Popula o residente Visual 35 774 392 Auditiva 9 717 318 Motora 13 265 599 Mental intelectual 2 611 536 Obs Algumas pessoas declararam pos suir mais de um tipo de defici ncia Por isso qu
50. haja vista sua identidade e proximidade f sica com o desenvolvimento dos meios de prova manejados pelas partes Neste sentido a banaliza o dos recursos numa sucess o inesgot vel de caminhos aptos a anular ou re formar as decis es de primeiro grau sugere uma falha irremedi vel e grotesca do sistema de julgamento ou por assim dizer do pr prio Poder Judici rio como express o do Poder Estatal deslegitimando o Em tempos de exa cerbada descren a popular na efetividade da Justi a tal componente mostra se altamente explosivo para a manuten o do Estado De mocr tico e Constitucional de Direito Mas se esta uma posi o atraente para os que anseiam por um julgamento r pido e desburocratizado ela tamb m carrega consigo o risco de fragmenta o do sistema Com efeito a pulveriza o do controle social exercido sobre o juiz singular deixando o vontade para decidir independentemente 102 da opini o dos seus pares acarretaria uma profus o de opini es conflitantes que dificil mente pacificariam a sociedade Trocar se ia a demora pelo caos aprofundando o senti mento de injusti a Este perigo de deslegitima o s avessas foi contornado pelo sistema judicial norte a mericano no qual se atribui o devido peso aos precedentes stare decisis De acordo com este desenho institucional o respeito aos precedentes no mbito horizontal dentro do pr prio Tribunal que proferiu a decis o ou no vertical
51. impe a todo e qualquer portador de defici ncia de exercer a profiss o de vigilante fl 53 grifo aposto Logo n o h como aplicar genericamen te o entendimento defendido pela impetrante para excluir da base de c lculo de que cogita o artigo 93 da Lei n 8 213 1991 todos os empre gos de vigilante Inclusive imp e se registrar posicionamen to do col TST que ao analisar pleito anulat rio de cl usula de CCT na qual se estipulava a ex clus o de determinados cargos existentes nas areas de produ o das empresas representa das da base de c lculo a ser utilizada para a reserva de vagas para pessoas portadoras de defici ncia decidiu por meio de sua Se o Es pecializada em Diss dios Coletivos pela nulida de absoluta da cl usula verbis A O ANULAT RIA CONVEN O COLETI VA DE TRABALHO ART 93 DA LEI N 8 213 91 C LCULO DAS COTAS FIXADAS PARA PREEN CHIMENTO DE VAGAS NAS EMPRESAS POR PESSOAS PORTADORAS DE DEFICI NCIA FLE XIBILIZA O inv lida cl usula constante E de instrumento coletivo em que se estipula a exclus o de determinados cargos existentes nas reas de produ o das empresas represen tadas da base de c lculo a ser utilizada para a aplicabilidade do percentual de vagas a se rem preenchidas por portadores de defici n cia Incompatibilidade com o disposto no art 93 da Lei n 8213 91 norma de ordem p bli ca de car ter previdenci rio n o pass vel de flexibil
52. jus laboral circunst ncia que fere valores da coletividade A indeniza o respectiva n o diz respeito a repara o de dano hipot tico mas ostenta car ter preventivo pedag gico e punitivo necess ria uma provid ncia em mbito coletivo justamente esse o contexto delineado nestes autos o desrespeito deliberado e ines cus vel da ordem jur dica trabalhista que re presenta ineg vel dano sociedade Assim imp e se a repara o do dano 300 moral coletivo reclamado na exordial para restaurar a autoridade do ordenamento juri dico punir e desestimular o il cito e compen sar o lucro auferido mediante a precariza o do trabalho humano No que se se refere ao quantum indenizat rio o ato praticado me rece a reprimenda do Judici rio em patamar condizente com o grau das irregularidades e o porte da reclamada e tendo como norte o objetivo pedag gico de dissuadir novas ocor r ncias Em se tratando de a o proposta pelo Minist rio P blico do Trabalho ap s in vestiga es instaura o de inqu rito e an li se de todas as nuan as envolvidas tendo que deve ser aproveitado o valor pleiteado na exordial pois o autor da a o n o o titular do bem da vida em quest o o agente do Estado legitimado pela Constitui o Federal para agir em prol da sociedade e nesse con texto apenas uma tese efetivamente consis tente pode elidir a presun o de legitimidade que cerca a quantifica o po
53. m s de vig ncia do contrato de trabalho avi so pr vio de 8 dias a ser cumprido em servi o ou a ser indenizado arts 2 caput e 32 12 22 e 39 Tamb m definia o aludido decreto lei os deveres das partes no contrato de trabalho dom stico Interessante perceber j naquela poca a preocupa o com o respeito dig nidade das pessoas envolvidas naquela esp cie de rela o de trabalho 4 Pouco antes o Decreto lei n 3 616 41 mencionou os servi os dom sticos assim considerados os concernentes s atividades nor mais da vida familiar art 12 a mas apenas para excluir os empregados dom sticos do regime de prote o ali institu do que proibia o trabalho aos menores de 14 anos Mais cedo o Decreto n 16 107 23 regulara de forma abrangente o trabalho dom stico mas estritamente no mbito do territ rio do Distrito Federal Eram deveres do empregador dom stico art 09 a tratar com urbanidade o empregado respeitando lhe a honra e a integridade f sica b pagar pontualmente os sal rios conven cionados c assegurar ao empregado as condi es higi nicas de alimenta o e habita o quan do tais utilidades lhe sejam devidas J os empregados dom sticos eram obri gados art 7 a a prestar obedi ncia e respeito ao empre gador as pessoas de sua fam lia e as que vi vem ou estejam transitoriamente no mesmo lar b tratar com polidez os que se utilizarem e
54. mochilas sacolas pas tas Ctc Com o devido respeito aos que entendem de forma diversa e diante das raz es expos tas entendo que a revista di ria e rotineira em bolsas pastas mochilas sacolas e simi lares de propriedade de empregados e em pregadas contendo objetos pessoais al m de afrontar os princ pios da boa f e da pre sun o de inoc ncia caracteriza tamb m afronta ao direito de n o viola o da intimi dade consoante garantia insculpida no art 2 Inc X da Constitui o Federal 6 Bibliografia BARROS Alice Monteiro de Prote o in timidade do empregado 2 ed S o Paulo Ltr 2009 BELMONTE Alexandre Agra O Monitora mento da Correspond ncia Eletr nica nas Rela es de Trabalho S o Paulo LTr 2004 vol 08 n 9 BOMFIM Benedito Calheiros Inefetividade de Direitos Constitucionais do Trabalhador Revista Synthesis n 4 08 S o Paulo 2008 BONAVIDES Paulo Constitucionalismo 8 Social e Democracia participativa Disponi vel em http www juridicas unam mx sisjur constit pdf 0 234s pdf Acesso em 6 set 2011 BRITO FILHO Jos Cl udio de Trabalho como redu o condi o an loga de escra vo an lise a partir do trabalho decente e de seu fundamento a dignidade da pessoa hu mana Trabalho Escravo Contempor neo O de safio de superar a nega o FAVA Marcos Neves e VELLOSO Gabriel Coord S o Paulo LTr 2006 DELGADO Gabri
55. mortes de motociclistas representaram 1 3 dos bitos no tr nsito Se por um lado a mera inser o do adi cional na folha de pagamento n o traz refle xos diretos na seguran a e sa de desses tra balhadores por outro pode se afirmar que ao menos houve um reconhecimento formal dos riscos inerentes a esse tipo de atividade Ido podendo se deflagrar a partir da um estu do particularizado espec fico e direcionado a implementa o de medidas de preven o e seguran a voltadas ao meio ambiente de trabalho espec fico dos motociclistas profis sionais 3 APLICABILIDADE DA LEI 12 997 2014 A partir da vig ncia da Lei 12 997 2014 em 20 de junho de 2014 o art 193 da CLT passou a compor se de mais um par grafo conforme se observa Art 195 S o consideradas atividades ou opera es perigo sas na forma da regulamenta o aprovada pelo Minist rio do Tra balho e Emprego aquelas que por sua natureza ou m todos de trabalho impliquem risco acentu ado em virtude de exposi o per manente do trabalhador a Reda cao dada pela Leil n 12 740 de inflam veis explosivos ou energia el trica Inclu do pela Lei n 12 740 de 2012 Il roubos ou outras esp cies de viol ncia f sica nas atividades pro fissionais de seguran a pessoal ou patrimonial Inclu do pela Lei n 12 740 de 2012 1 O trabalho em condi es de periculosidade assegura ao em pregado um adicional de 30 trin
56. n mica mas tamb m de prote o jur dica que culminou com a promulga o da Emen da Constitucional n 2 em abril de 2013 Afinal de um regime consolidado excluden te de qualquer tutela legal laboral a favor dos empregados dom sticos CLT art 72 a passamos a um novo regime em que quase todos os direitos sociais fundamentais dos empregados urbanos e rurais aqui a locu o empregados urbanos e rurais coloca se Conselheiro do Conselho Nacional de Justi a 2007 2009 Dire 3 nos moldes do caput do art como cate goria paralela dos empregados dom sticos ainda que possam estes atuar em zonas ur banas ou rurais foram paulatinamente pela via legal e pela via constitucional estendidos aos trabalhadores residenciais Ante o cen rio de muta o do regime de prote o do trabalho dom stico cumpre in dagar se persiste v lida com o vigor que a ret rica do texto insinua a regra introdut ria da CLT que dela expulsou dentre outras cate gorias os trabalhadores dom sticos 2 Breve hist ria do trabalho dom stico no Brasil N o se tem not cia de que nas comunida des precabralinas isto nas sociedades ind genas ocupantes do territ rio brasileiro at a chegada dos portugueses em 1 500 houvesse pessoas a soldo a servi o das fam lias Os servi os dom sticos eram realizados pelos pr prios integrantes dos n cleos fami liares como ocorre at hoje em muitos lares mund
57. n o ultrapassar dois sal rios m nimos Logo v se que n o s o principio do duplo grau de jurisdi o foi sopesado como mais do que isso foi circunstancialmente anulado Uma op o que apesar de legislativa foi referendada pelo TST atrav s das suas S anuais n ds 350 Al m disso vale salientar tamb m a atribui o da qualidade de coisa julgada formal e material para os acordos homolo gados pelo juiz de primeiro grau por for a do art 831 nico da CLT Mais uma vez percebemos uma dr stica restri o gen ri ca em tese do princ pio do duplo grau de jurisdi o em prol de outros princ pios tais como o da coopera o processual e da du ra o razo vel do processo J no campo da concretude v rias s o as decis es judiciais que deram ensejo ao sopesamento do princ pio do duplo grau de jurisdi o Mencionamos rapidamente a S mula 100 inciso VII do TST segundo a qual o ofende o princ pio do duplo grau de jurisdi o a decis o do TST que ap s afastar a decad ncia em sede de recurso ordin rio aprecia desde logo a lide se a causa versar quest o exclusivamente de direito e estiver em condi es de imediato julgamento e a OJ n 70 da SDI 1 do TSI proibindo o recurso ordin rio em face de decis o em agravo regimental interposto em reclama o correicional Poder se la argumentar ainda com as S mulas 259 permitindo a impugna o de acordo judicial apenas por meio d
58. normativa pois pode se afir mar com relativa tranquilidade que o estado de coisas impli cito a este valor institucionali zado est bem consolidado A rigor as quest es tormentosas surgem de outra linha de racio cinio o de natureza pragm ti ca ou consequencialista Basta pensar na seguinte pergunta quais as vantagens e desvan tagens da interpreta o atual do princ pio do duplo grau de jurisdi o As vantagens do duplo grau de jurisdi o s o talvez as mais aparentes A amplitude do acesso justi a como garantia constitucional a revis o ou reforma da decis o de primeiro grau como meio de corrigir eventuais erros que impos sibilitem o exerc cio do direito legitimo pela parte o guarnecimento da Constitui o e sua observ ncia contra possivel viola o atrav s de decis o judicial Todos estes pap is da fun o revisora dos Tribunais s o de f cil visuali za o quando da an lise da import ncia de submiss o da demanda a todos os meios e recursos inerentes ao contradit rio e ampla defesa De fato n o h como se considerar que o Magistrado de primeiro grau por mais apto e dedicado que seja aos seus misteres n o seja pass vel de equivoco mormente porque o ele mento humano somado ao isolamento do Ju zo a quo acentuam as imperfei es do julga do Conforme bem salienta Eduardo Couture o juiz uma part cula de subst n cia humana que vive e se move dentro
59. o 2 Turma Relator Desembargador Alexandre Nery de Oliveira RO 0000381 9 2012 5 10 0811 Publicado em 08 02 2013 Assim correta a senten a prim ria que afastou o v nculo de emprego e julgou im procedentes os pedidos exordiais pertinente a contrato de emprego n o considerado Nego provimento 3 CONCLUS O Concluindo conhe o o recurso e no m rito nego lhe provimento nos termos da fun damenta o o voto AC RD O Ac rd o ACORDAM os integrantes da Egr gia Se gunda Turma do Tribunal Regional do Traba lho da D cima Regi o conforme certid o de julgamento aprovar o relat rio conhecer o recurso e no m rito negar lhe provimento nos termos do voto do Relator Ementa apro vada Bras lia DF 22 de outubro de 2014 data do julgamento ALEXANDRE NERY DE OLIVEIRA Desembargador do Trabalho REVISTA DO TRTIO 298 Processo 01292 2012 009 10 00 2 R0 Ementa PROTE O A DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS PRESCRI O A presente a o n o busca o ressarcimento ou a recomposi o de les o a direito individual dos trabalha dores O que o autor postula a tutela ini bit ria no sentido de cessar a les o aqueles trabalhadores que foram ou est o sendo viti mas da les es ao ordenamento jur dico per petradas pela r e ainda prevenir a les o a todo um grupo de trabalhadores por isso n o h se falar em prescri o pois trata se de ale ga es pertinentes d
60. o da Rep blica no caso o de n o produzir provas contra si Al m do mais quando submetido ao pol grafo supri me se do empregado a identidade de traba lhador uma vez que passa a ser objeto da aten o do empregador pela potencialida de que a empresa lhe atribui de servir como porta de entrada para algum fato criminoso terrorista ou outro do g nero N o bastasse o acesso as informa es ntimas contidas no fisiol gico do trabalhador afronta o direito de preserva o da intimidade Em raz o da hipossufici ncia que caracter stica geral do empregado e da tens o social que sobre ele recai decorrente do fantasma do desempre go e da alucinante concorr ncia que existe entre os que est o empregados e a massa de desempregados falta ao trabalhador a li berdade de se autodeterminar e de se impor contra os atos atentat rios sua pessoa pro movidos pelo empregador porquanto visa a proteger um bem maior no caso a pr pria sobreviv ncia e de sua fam lia e portanto sem alternativa tem de sacrificar sua dig nidade at onde suportar Por esse motivo afigura se temer ria qualquer conclus o no sentido de que o autor consentia esponta neamente em submeter se ao detector de mentiras O uso do pol grafo assim al m de se tratar de equipamento em extin o em v rios pa ses por ser incompat vel com o di reito das pessoas viola no Direito brasileiro diversas garantias fundamentais inerentes a pessoa huma
61. o da for a normativa do Estado e desenvolvimento da justi a distributiva Acrescenta ainda que o modelo normativo neste Constitucionalismo o axiol gico e o ca r ter ideol gico do constitucionalismo moderno era apenas o de limitar o poder o car ter ideo l gico do neoconstitucionalismo o de concre tizar os direitos fundamentais Vale destacar que nesta fase que surgem os direitos chamados de 3 dimens o chama dos difusos quais sejam o direito paz ao meio ambiente ao desenvolvimento entre outros Eles s o inclu dos nas Cartas Constitucionais ela boradas ap s o fim da 2 Guerra Mundial Alex Muniz Barreto citando Gilmar Mendes Inoc ncio Coelho e Paulo Branco informa que o Neoconstitucionalismo tem as seguintes ca racter sticas a mais Constitui o do que leis 1 LENZA Pedro Direito constitucional esquematizado 16 ed S o Paulo Saraiva 2012 p 63 2 AGRA Walber de Moura Curso de direito constitucional 4 ed Rio de Janeiro Forense 2008 p 31 3 AGRA Walber de Moura Curso de direito constitucional 4 ed Rio de Janeiro Forense 2008 p 31 REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL b mais ju zes do que legisladores c mais princ pios do que regras d mais pondera o do que subsun o e mais concretiza o do que interpreta o Pode se dizer que o Neoconstitucionalis mo marca uma transi o de um Estado Le gislativo de Direito influenciados pe
62. o do conhecimento e o aperfei oamento de nossas atividades Des Brasilino Santos Ramos Diretor da Escola Judicial ESCOLA JUDICIAL Artigos A rela o de trabalho dom stico segundo a Emenda Consntucionalii Adoecimento ps quico ocupacional no Distrito Federal e em Tocantins sob a tica da psicodin mica dotan alhon ca Acidente de trabalho Caracteriza o da responsabilidade civil das construtoras e repercuss es sO LE qua e RR A CLT invadida ou domesticando a exclus o O tardio ingresso do trabalho do me sticoima Ca Revista em bolsas e sacolas de trabalhadoras e trabalhadores Afronta dignidade da pessoa humana e a inviolabilidade da nina o ja Le ater o a a O trabalho infantil e a Previd ncia Social c A fun o revisora dos tribunais OUIDS UR S E E A A teoria din mica da distribui o do nus da prova e a sua aplica o no processo trabalhista prasilelno Cn 19 39 56 67 86 94 SUM RIO O direito de greve dos militares sob a an lise dos movimentos paredistas e das possibilidades de modifica o do texto constitucional rr eae en 124 Liberdade sindical e dialogosocial a iso 135 A aposentadoria especial e o uso de equipamento de protecao mdivid al nae 142 Neoconstitucionalismo uma nova vis o do direito 154 A compet ncia material da justi a do trabalho para julgar controv rs
63. o do processo nos termos do art 52 LXXVIII cf HC 85 237 DF rel Min Celso de Mello Pleno un nime DJ 29 4 2005 HC 85 068 RJ rel Min Sep lveda Pertence 1 Turma un nime DJ 3 6 2005 HC 87 164 RJ de minha relatoria 22 Turma un nime DJ 29 9 2006 HC 86 850 PA rel Min Joaquim Barbosa 2 Turma un ni me DJ 6 11 2006 e HC 860 3460 SP rel Min Joaquim Barbosa 2 Turma un nime DJ 2 2 2007 ou c seja in compativel com o princ pio da razo abilidade cf HC 84 931 CE rel Min Cezar Peluso 1 8 Turma un nime DJ 16 12 2005 ou quando o excesso de prazo seja gritante cf HC 81 149 RJ rel Min Ilmar Galv o 1 Turma un nime DJ 5 4 2002 RHC 83 171 PIL rel Min Nelson Jobim 2 Turma un nime DJ 19 3 2004 HC 84 095 GO rel Min Joaquim Barbosa 2 Turma un nime DJ 16 12 2005 e HAC 87913 ee Nin Carmen L cia 12 Turma un nime DJ 7 12 2006 18 04 2013 RECURSO EXTRAORDIN RIO 567 985 MATO GROSSO RELATOR MIN MARCO AURELIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES S o situa es das mais di versas O fato que por principio de seguran a jur dica n s entendemos que inconstitucional mas que au torizamos a sua aplica o por um per odo 12 11 2013 RECURSO ORDIN RIO EM MAN DADO DE SEGURAN A 17 735 MATO GROSSO RELATOR MIN LAURITA VAZ SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTI A cab vel a impetra o de manda do de seguran
64. o entendimento do ilustrado Juiz Francisco Ant nio de Oliveira Ora se os interesses di fusos e coletivos n o t m titula o definida mas pertencem a todos d vida n o existe de que estamos frente a um direito de interesse social e que diz respeito ao povo e ao p blico em geral E se assim premiar o insti tuto da prescri o ou da decad ncia seria o mesmo que inverter a ordem dos valores ou seja premiar o interesse particular em detri mento do interesse p blico E mais em n o havendo interesse do Poder P blico esta r sempre muito assoberbado de trabalhos e as prescri es ocorreriam sem que ningu m pudesse fazer nada E complementando o insigne jurista professa A exemplo do que acontece com a coisa julgada os interesses metaindividuais devem ter tratamento pro cessual especial n o ocorrendo contra tais direitos a prescri o da a o ou a decad n cia do direito Pensamento contr rio ser o mesmo que permitir que o escorpi o de ve neno letal pique a si mesmo in Da A o Civil P blica Instrumento de Cidadania Revista Ltr 61 07 881 Em face do exposto considerando serem inaplic veis as regras da prescri o quando se discute direitos e inte resses de toda uma coletividade mant m se a decis o prim ria s fls 192 193 O Mi nistro aposentado Gelson de Azevedo negou provimento ao recurso de revista interposto pelo SERPRO com rela o prescri o ao fundamento de
65. o qual foi considerado prejudicado em raz o do deferimento anterior Voto I ADMISSIBILIDADE Os recursos s o tempestivos e regulares O valor da causa supera o dobro do m ni mo legal e h sucumb ncia As custas processuais e o dep sito recursal foram regularmente recolhidos conforme do cumentos de fls 3 5 3170 As partes e o assistente simples est o regu larmente representadas fl 226 e na forma da S mula n 436 do TST Em contrarraz es o reclamante suscita preliminar de n o conhecimento do recurso ordin rio da reclamada ao argumento de fal ta de interesse recursal e aus ncia de sucum b ncia O ju zo de origem ao integrar a senten a pela decis o dos embargos declarat rios afastou da declara o de nulidade das con trata es de empregos em comiss o os cargos de dire o chefia e assessoramento Seo Logo a condena o obriga o de n o fa zer em raz o da nulidade dos contratos ape nas se dirigiu aos que exercem emprego em comiss o em atribui es t cnicas ou admi nistrativas Nas raz es recursais da reclamada se insur ge contra a decis o renovando a alega o acerca da legalidade dos referidos contra tos Com efeito a reclamada aludiu deci s o que antecipou os efeitos da tutela bem como mencionou a exce o feita aos cargos de dire o chefia e assessoramento Contudo a mat ria de fundo de suas ra z es recursais justamente a pretens
66. o sonora elevados cbo A reclamada por sua vez juntou aos autos apenas audiometrias onde os resultados es tavam dentro da normalidade sem qualquer comprova o de que se tratavam de motoris tas que laboravam com ve culos com motor dianteiro Interessante verificar que foi juntada ape nas uma CAT no meio da exist ncia de tantos trabalhadores e processos visando o reco nhecimento de doen a ocupacional Ademais nos autos foram juntados apenas audiometrias admissionais quando o impor tante verifica as condi es de sa de ap s ou durante o tempo que o trabalhador pres tou ou presta servi os a r A r junta no volume VI v rios exames de audiometrias peri dicos mas praticamente nenhum demissional que possa fazer compa ra o com os admissionais Da mesma forma se deram os exames juntados no volume VII dos autos A reclamada junta o PCMSO de 2012 e o PPRA 2012 O PPRA fls 435 de fato prev o risco de ru do aos cobradores e motoristas De outro lado o cobrador tamb m tem previ s o de risco o ru do no PCMSO e da mesma forma o motorista sem incompatibilidade nesse aspecto O DF apresentou defesa onde alega que o concess o p blica a compet ncia para fisca lizar o sistema do DFTRANS bem como que a atribui o para fiscalizar as condi es de trabalho do Minist rio do Trabalho Foi apresentado peti o do assistente que ingressou no processo bem como foram jun tados v rios laudos p
67. ocupa o de emprego em comiss o por empregado Ou seja para ocupar o emprego em comiss o tem que ser empregado Para ser empregado tem que ser concursado Re sumo quem n o concursado n o pode exercer emprego em comiss o O art 499 da CLT se refere ao empregado que possui estabilidade decenal instituto extinto desde a promulga o da Constitui o em 1988 Referido artigo se limitou a es tabelecer que os empregados que ocupam as fun es de diretoria ger ncia ou outra de confian a n o adquiria a estabilidade celetis ta art 492 da CLT Como se v tal disposi tivo n o se relaciona com o tema em debate e n o autoriza a pretens o da empregadora Os arts 02 I 224 29450 409 F e 499 da CLI preveem a ocupa o de em prego em comiss o por aquele que det m a condi o de empregado Para ser empre Se9 gado de empresa p blica a pessoa precisa se submeter ao concurso Logo referidos dispo sitivos n o autorizam a cria o de empregos em comiss o no mbito da administra o p blica indireta portanto em nada alteram as conclus es apresentadas Inc lumes os dispositivos referidos O entendimento do TCU acerca da vali dade da cria o de emprego p blico sem necessidade de lei n o autoriza a inobser v ncia do texto constitucional pela empre sa p blica Nesse sentido impende ressaltar que as decis es proferidas pelo TCU n o vin culam o Poder Judici rio
68. por seus Tribunais inferiores co loca se como principal meio de garantia da seguran a jur dica da ordem normativa da igualdade de tratamento do jurisdicionado e da legitimidade do sistema como um todo na medida em que estimula a coer ncia en tre o pensamento dos ju zes com destaque especial para a Corte Suprema A bem da verdade a observ ncia de precedentes n o pode e n o deve ser considerada uma inva s o autonomia judicial Neste diapas o po demos pontuar juntamente com o Professor Marinoni que o juiz ou o tribunal n o decidem para S mas para o jurisdicionado Por isso pouco deve importar para o sistema se o juiz tem posi o pessoal acerca de quest o de direito que difere da dos tri bunais que lhe s o superiores O que re almente deve ter significado a contra di o de o juiz decidir quest es iguais de forma diferente ou decidir de forma distinta da do tribunal que lhe supe rior O juiz que contraria a sua pr pria decis o sem a devida justificativa est muito longe do exerc cio de qualquer li 23 Cf MACCORMICK Neil Rhetoric and the rule of law a theory of legal reasoning Oxford Oxford University Press 2005 103 berdade estando muito mais perto da pr tica de um ato de insanidade En quanto isto o Juiz que contraria a po si o do tribunal ciente de que a este cabe a ltima palavra pratica ato que ao atentar contra a l gica do sistema significa desprezo ao
69. quando se encontra isolada em um grupo de homens o homem quando minoria em um grupo de mulheres Nesse contexto Aparecido In cio Ferra ri de Medeiros informa que fato p blico e not rio que as mulheres negras s o as mais atingidas pelas desigualdades e pelas discri mina es de cunho racista Para o autor isso ocorre porque em geral s o preteridas no momento da sele o e quando conseguem o emprego s o colocadas em fun es mais vulner veis e menos qualificadas recebendo sal rio menor que os das brancas E o mesmo ocorre com os trabalhado res negros em rela o aos brancos S o raros os que conseguem obter uma coloca o em condi es superiores a dos brancos De acordo com Gomes apud Aparecido In cio Ferrari de Medeiros o racismo um conjunto de ideias que afirmam a exist ncia de ra as superiores e inferiores podendo manifestar se a partir de um comportamen to de uma a o resultante da avers o em rela o s pessoas que possuem um perten cimento racial observ vel por meio e sinais tais como cor da pele tipo de cabelo e tra os corporais Imperioso observar a decis o proferida pela Ju za do Trabalho Maria Elizabeth Mos tardo Nunes do Tribunal Regional do Traba lho de S o Paulo relativa ao caso de ass dio moral no trabalho por motivo de discrimina o racial veja se ASS DIO MORAL IL CITO ABUSO DE DIREITO LIMITES DO PODER DIRE TIVO E DISCIPLINAR
70. s condi es de comba tentes a ativa participa o dos militares na forma o da hist ria brasileira deu oportuni dade a esses servidores de passarem por ex peri ncias pol ticas e sociais de certo modo n o oportunizadas em outras na es A partir disso natural que se indague o porqu do tolhimento ao direito de greve dos militares mantido na pr pria Constitui o de 19884 haja vista a comprova o f tica da classe em rela o ao seu poder de transforma o social de direitos 3 Conforme registra ALC NTARA 2007 p 36 37 As For as Armadas Nacionais passaram a existir na Proclama o da Independ ncia por m seu processo hist rico de forma o no entanto bem anterior tendo suas ra zes no per odo colonial nas lutas contra as invas es estrangeiras e no esp rito das grandes navega es portuguesas 4 Art 142 3 IV CRFB IV ao militar s o proibidas a sindicaliza o e a greve le Partindo dessa premissa fizeram se ne cess rias as breves considera es hist ri cas aqui tecidas a fim de embasar uma das pertinentes justificativas para a proibi o do exerc cio paredista e sindical aos servidores p blicos militares o enquadramento dos mi litares como cidad os de segunda catego 224 rna O motivo desse rebaixamento al m das pr prias e tradicionais condutas militares que sempre exigiram esfor os absurdos dos cidad os respons
71. tos para o trabalho fls 509 584 n o s o sufi cientes ao convencimento de que a r propor ciona aos seus empregados meio ambiente h gido para o trabalho Isso porque conforme se verifica das folhas indicadas grande parte dos atestados juntados n o s o de emprega dos da reclamada mas de empregados de outras empresas pertencentes ao mesmo gru po econ mico Via o Planalto Ltda e Condor Transportes Urbanos Ltda Logo inserv veis ao fim pretendido pela recorrente REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Relativamente alega o de falta de ampa ro legal para a exig ncia de utiliza o de ni bus com motor dianteiro e c mbio autom tico mister ressaltar que tal medida se faz necess ria em face da comprova o do alto grau de adoecimento dos empregados em decorr ncia do labor em nibus com motor dianteiro que produzem ru dos acima dos limites toler veis bem como da obriga o do empregador em prevenir o aparecimento tais mol stias como amplamente exposto em linhas pret ritas Tamb m n o merece acolhida a alega o de impossibilidade de cumprimento da senten a relativamente s obriga es de fazer e n o fazer em face da alegada paralisa o das ativi dades da empresa a partir de 60 12 2015 Ora p blico e not rio que a empresa re corrente continua em plena atividade motivo pelo qual a condena o dever remanescer enquanto tal realidade perdurar Logo n o h qualque
72. 007 10 00 0 RO de autoriza o judicial Em raz o disso os atos que comp em o inqu rito civil gozam de presun o de legitimidade e veracida de cabendo ao juiz valorar tal prova pois sua efic cia e validade n o constituem regra absoluta admitindo demonstra o em con tr rio Todavia n o podem ser questionadas aprioristicamente t o somente por n o ha ver contradit rio sendo restritas as hip teses de recusa de validade s provas colhidas no inqu rito civil conduzido pelo Minist rio P blico 2 A O CIVIL P BLICA VIOLA O A DIREITOS COLETIVOS ENTIDADE BANC RIA DE ATUA O NACIONAL SISTEMA IRREGU REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL LAR DE CONTROLE DE JORNADA DE TRA BALHO E DE CONCESS O DO INTERVALO IN TRAJORNADA NORMAS DE SAUDE P BLICA DESCUMPRIMENTO SISTEM TICO DA LEGIS LA O TRABALHISTA OBRIGA ES DE N O FAZER A jornada reduzida do empregado banc rio remonta aos prim rdios do Direito do Trabalho no Brasil como resultado das lu tas da categoria por melhores condi es de trabalho para uma atividade desgastante e estressante que sempre demandou elevado n vel de concentra o e perman ncia por longos per odos em situa es laborais que comprometiam a sa de destes trabalhado res A evolu o tecnol gica ora experimenta da n o amenizou esta rotina como revelam as milhares de a es de empregados ban c rios envolvendo casos de LER DORT N o por outra raz o s
73. 1 254 1994 que trata da Seguran a e Sa de dos Trabalhadores e es tipula no seu art 4 itens 1 e 2 que o pa s signat rio dever estabelecer uma pol tica nacional coerente em mat ria de seguran a e sa de dos trabalhadores e o meio ambien te de trabalho com o objetivo de prevenir os acidentes e os danos sa de que foram consequ ncias do trabalho tenham rela o com a atividade de trabalho ou se apresen tarem durante o trabalho reduzindo ao m ni mo na medida que for razo vel e possivel as causas dos riscos inerentes ao meio ambiente de trabalho Assim constitui obriga o patronal man ter um meio ambiente do trabalho seguro equilibrado h gido e n o degradante sob pena de incorrer em il cito trabalhista que ir lhe inserir na esfera da responsabiliza o civil art 72 XXII da CF c c art 186 c c 927 do CO Fixadas essas premissas e analisando o caso concreto verifica se que a recorrente n o conseguiu comprovar a implementa o satisfat ria de todas obriga es legais a ela impostas mormente as alusivas ao meio am biente de trabalho e dessa forma afastar as conclus es alcan adas pelo Juizo na origem Ao contr rio do que afirma o recorren te o exame probat rio efetuado pela Ma gistrada abrangeu toda a documenta o acostada aos autos pelas partes e com muita propriedade em ampla an lise da quest o exp s o alcance das normas regu lamentares em conson ncia situa
74. 1 A elimina o ou neutraliza o da insalubridade dever ocorrer a com a ado o de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de toler ncia b com a utiliza o de equipamento de prote o individual 15 4 1 2 A elimina o ou neutraliza o da insalubridade ficar caracterizada atrav s de avalia o pericial por rg o competente que com prove a inexist ncia de risco sa de do trabalhador grifos acrescidos 16 Art 191 A elimina o ou a neutraliza o da insalubridade ocorrer com a ado o de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de toler ncia Il com a utiliza o de equipamentos de prote o individual ao trabalhador que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de toler ncia 17 Trecho contido na fundamenta o do ac rd o e 7y 2 7 REVISTA ESCOLA JUDICIAL DO TRTIO CONCLUS O O tema ora discutido justifica se apenas em sede doutrin ria n o sendo por ora ca paz de contribuir para um deslinde diverso da decis o exarada recentemente pelo Su premo Tribunal Federal nos autos do ARE 604335 haja vista o respectivo tr nsito em julgado ocorrido em 04 de mar o do corren te ano Entretanto o peso dos argumentos dissonantes futuramente pode sim ensejar a mudan a de entendimento pois o Direito uma ci ncia aberta a ajustes e est a todo o tempo buscando efetivamente concretizar a justi
75. 142 143 EMENTA CONSTITUCIONAL EMPREGA DO DE FUNDA O P BLICA APROVA O EM CONCURSO P BLICO EM DATA ANTERIOR EC 19 98 DIREITO ESTABILIDADE A estabilidade prevista no caput do art 41 da Constitui o Federal na reda o anterior a EC 19 98 alcan a todos os servidores da administra o p blica direta e das entida des aut rquicas e fundacionais incluindo os empregados p blicos aprovados em concur so p blico e que tenham cumprido o est gio probat rio antes do advento da referida emenda pouco importando o regime juridi co adotado Il Agravo regimental improvi do Al 628888 AgR Relator a Min RICAR DO LEWANDOWSKI Primeira Turma julgado em 20 11 2007 DJe 165 DIVULO 18 12 2007 PUBLIC 19 12 2007 DJ 19 12 2007 PP 00031 EMENT VOL 02304 09 PP 01777 EMENTA AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO CONVERTIDO EM RECURSO EXTRAORDIN RIO EMPREGADO P BLICO APROVA O EM CONCURSO PU BLICO ANTERIOR EC 19 98 ESTABILIDADE 1 A garantia da estabilidade prevista no ar tigo 41 da Constitui o estende se aos em pregados p blicos celetistas admitidos em per odo anterior ao advento da EC n 19 98 2 Agravo regimental a que se d provimen to Al 472 085 AgR Rel Min Eros Grau Se gunda Turma julgado em 16 09 2008 DJe 211 DIVULG 06 11 2008 PUBLIC 07 11 2008 EMENT VOL 02340 04 PP 00800 Assim n o h falar que a autora n o de t m qualquer forma de estabilidade co
76. 200 Cabe ao Minist rio do Irabalho estabelecer disposi es complementares s normas de que trata este Cap tulo tendo em vista as peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho especialmen te sobre Reda o dada pela Lei n 6 514 de 22 12 1971 Assim conforme elucidam Adriana de F tima P L Campagnoli e Graziel Pedroso de Abreu o legislador n o sendo h bil a criar regulamenta o sobre a ma t ria porque de alta complexidade t cnica h que delegar ao rg o competente a fun o de institurla permanecendo aquela apenas no regramento b sico calcado nos cri t rios pol ticos e administrativos e transferindo a compet ncia para a regulamenta o t cnica Revela se portanto imprescind vel por parte do Org o Ministerial o detalhamento das quest es t cnicas atinentes mat ria as 186 quais demandam conhecimento especifico de profissionais habilitados para tanto A par disso o Minist rio do Trabalho e Emprego expediu a Portaria n 439 de 14 de julho de 2014 disponibilizando para consul ta p blica o texto t cnico b sico de cria o do Anexo V Atividades Perigosas em Moto cicleta da NR 16 que trata das atividades e Opera es perigosas O debate feito por um Grupo de Trabalho Tripartite com a par ticipa o de representantes do governo dos trabalhadores e dos empregadores O texto sugerido para compor o Anexo V da NR 10 trazia a seguinte reda o ve
77. 3 2005 AG REG NO RECURSO EXTRAORDIN RIO Relator Min ROBERTO BARROSO Julgamento 26 08 2014 Org o Jul gador Primeira Turma Publica o Ac rd o Eletr nico DJE 175 divulgado 09 09 2014 publicado 10 09 2014 AGTE S INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS PROC A S ES PROCURADOR GE RAL FEDERAL AGDO A S MINIST RIO P BLICO FE DERAL PROC A S ES PROCURADOR GE RAL DA REP BLICA INTDO A S KERLIN JOCASTA LUGA REZI ADV A S LINONROSE SCARAVO NATTO EMENTA AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDIN RIO DIREITO PREVIDENCI RIO TRABALHADORA RURAL MENOR DE 16 ANOS DE IDA DE CONCESS O DE SAL RIO MATER NIDADE ART 7 XXXVIII DA CONSTI TUI O FEDERAL NORMA PROTETIVA QUE N O PODE PRIVAR DIREITOS PRE CEDENTES Nos termos da jurisprud n cia do Supremo Tribunal Federal o art 1 XXXIII da Constitui o n o pode ser interpretado em prejuizo da crian a ou adolescente que exerce ativida de laboral haja vista que a regra cons titucional foi criada para a prote o e defesa dos trabalhadores n o poden do ser utilizada para priv los dos seus direitos RE 537 040 Rel Min Dias To ffoli Agravo regimental a que se nega provimento A Turma negou provimento ao agra vo regimental nos termos do voto do relator Un nime Presid ncia do Senhor Ministro Marco Aur lio Primeira Turma 20 8 2014 Com base no art 90 da Instru o Normati va INS
78. 40 Esclare a se parte recorrente que a pos tulada diferen as de 13 terceiro sal rio e f rias 1 3 em decorr ncia da supress o das horas extras se encontra totalmente atendida com o deferimento dos reflexos das referidas horas extras pelo Juizo a quo Assim n o conhe o do recurso do Recla mante nesse particular conhecendo quanto ao mais A Reclamada foi intimada para apresen tar contrarraz es ao recurso do Reclamante em 12 07 2013 segunda feira come ando a contagem do oct dio legal em 02 07 2013 ter a feira vindo a findar em 09 07 2013 ter a feira As contrarraz es da Reclamada somente foram protocolizadas em 05 08 2013 se gunda feira portanto quando j ultrapassa do o prazo legal de 8 dias Assim n o conhe o das contrarraz es ao recurso apresentadas pela Reclamada as fls 271 213 por intempestivas Conhe o parcialmente do recurso do Re clamante e n o conhe o das contrarraz es da Reclamada M RITO DANOS MORAIS EXISTENCIAIS O dano existencial constitui esp cie de dano imaterial que acarreta vitima de REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL modo parcial ou total comprometendo a sua liberdade de escolha e consequentemente frustrando o seu projeto de vida prescindin do de qualquer repercuss o financeira ou econ mica que do fato da les o possa de correr O dano moral g nero do qual esp cie o dano existencial e portanto nessa tica
79. A rela o de Emprego vol ID ofe rece uma vis o bem interessante da quest o que envolve a responsabilidade social das empresas prevista nem nossa Carta Constitu cional Mas a responsabilidade social por evidente n o apenas um valor econ mico igualmente um valor jur dico que implica atribuir aos grandes capitais a obriga o de devolver sociedade em benef cios de na tureza social parte dos lucros que o pr prio modelo de sociedade lhe proporciona pag 177 Portanto a obriga o legal para contrata o de pessoas portadores de defici ncia e ou reabilitados exige das empresas destina t rias do comando normativo que adotem uma postura proativa na efetiva o desse di reito cumprindo assim a sua fun o social enquanto institui o comprometida constitu cionalmente com os valores sociais do traba lho e da preserva o da dignidade humana Escudar se na alega o de que n o exis tem pessoas portadoras de defici ncia e ou reabilitados dispon veis para contrata o com capacidade para as fun es de que disp e fazer letra morta da pr pria Cons titui o Federal que confere s empresas a obriga o de assumir a sua cota de respon ctg sabilidade na implementa o das pol ticas sociais relativas ao mundo do trabalho O art 93 da Lei n 8 213 91 literal ao obri gar as empresas ao preenchimento das cotas de PCD s e reabilitados sem condicion lo
80. ARNALDO DA FONSECA FELIZ FISCHER e GILSON DIPP Resp 541103 RS 2003 0100696 7 Min Rel Jorge Scartezzinni publica o DJ em 1 7 2004 p 260 Para terminar libertar a crian a das sensa es de medo o primeiro passo no caminho da sua educa o para a valentia JAEGER 22 edi o p 1272 Conclus o deve se combater o trabalho infantil para que ele desapare a definitivamente mas em assim n o sendo imperativo que se proteja o menor trabalhador infantil de maneira integral e absoluta CHILD LABOR AND SOCIAL SECURITY SUMMARY Child labor is prohibited but produces legal consequences so should be recognized in its en tirety to be the expression of constitutional princi ple of full protection of children and adolescents including with respect to social security rights Unenforceable nullity of Civil Law Obligation of the employer to carry out annotation CTPS and make the compulsory social security with the consequent obligation of the INSS in recognition of employment KEY WORDS Child labor Legal consequen ces Constitutional principles Nullities Obliga tions of the employer Social security contribu tion INSS Refer ncias CASTRO Alberto Pereira de Castro e LAZZA RI Jo o Batista Manual de Direito Previdenci rio Florian polis Conceito Editorial 2007 DELGADO Mauricio Godinho Curso de Di reito do Trabalho S o Paulo LTr 2004 JAEGER Werner Paideia S o Paulo Ed
81. Amauri Mascaro Direito do Trabalho na Constitui o de 1988 2 ed S o Paulo Saraiva 2001 NETO Jos Affonso Dallegrave Responsabi lidade civil no direito do trabalho 3 Ed S o Paulo LTr 2008 PARIZATTO Jo o Roberto Manual Pr tico do C digo Civil Doutrina Jurisprud ncia Modelos Pr ticos 22 Tiragem S o Paulo Edi tora Parizatto v 1 2011 Sebasti o Geraldo de Indeniza es por acidente do trabalho ou doen a ocupacional 6 ed S o Paulo LTr 2011 RODRIGUES Priscila Fran oise Vitaca BELLI NI Maria Isabel Barros A organiza o do tra balho e as repercuss es na sa de do traba lhador e sua fam lia Revista Eletr nica Textos e Contextos Porto Alegre v 9 n 2 p 345 357 ago dez 2010 REVISTA DO TRTIO Co ESCOLA JUDICIAL 26 ADIBA OU DOMESTICANAGA EXCLUS O DINGRESso D0 TB ABALRDIDM STICO NA O 1 Primeiras palavras O Direito por vezes trai a sua voca o para a estabilidade geradora de seguran a e sossego social Seja pela obra coletiva da jurisprud ncia seja pela obra coletiva dos parlamentos em certas ocasi es emerge a necessidade de ajustar estruturas atualizar institutos ou revolucionar concep es No caso do trabalho dom stico a hist ria tem revelado uma gradual fuga do passado 1 Juiz Titular da 6 Vara do Trabalho de Bras lia Juiz Antonio Umberto de Souza J nior ligado escravid o e pobreza n o s eco
82. DA VEICA DEJI 07 12 2012 Dessa forma e sem embargo das consi dera es da empresa afasto a preliminar devolvida A O CIVIL P BLICA CONTRATA O E MOVIMENTA O DE TRABALHADORES TESTE DO POICGCRAFO T MCITUDE TAUSEN CIA EFEITOS A mat ria de fato tratada no presente gravada de incontrov rsia A reclamada empresa de transporte a reo com sede nos Estados Unidos da Am ri ca e na condi o de empresa vinculada Federal Aviation Agency FAA realiza testes do pol grafo em trabalhadores que lhe prestam servi os em reas considera das capazes de comprometer a seguran a da atividade como embarque e desem barque de cargas ou passageiros as reas de seguran a propriamente ditas e outras similares A r senten a acolhendo os argumen tos da defesa entendeu pela aus ncia de ilicitude no procedimento compreens o secundada pelo ilustrado voto condutor Em primeiro lugar constru da s lida pro posi o segundo a qual o uso do apare lho pela aus ncia de veda o no ordena mento jur dico legitimo como qualquer outra condi o posta para o exerc cio de diversas profiss es J o segundo diz res peito preval ncia dos interesses de toda a sociedade sob o aspecto da seguran a dos passageiros sobre aqueles cujos titu lares s o apenas determinado grupo pro fissional A partir da a eminente Relatora discorre sobre os fatos do processo e ava lia as quest es dele decorrentes D
83. De qualquer sorte tamb m aqui a parte contra a qual incorre a presun o de veracidade do fato possui melhor aptid o para a produ o da prova A outra por outro lado encontra maior dificuldade em demonstr lo e por isso sua afirma o ancorada no que ordi nariamente acontece ganha a presun o de veracidade Se a prova fosse f cil n o have ria motivo para a facilita o da defesa na exata dic o do art 60 VIII do CDC Logo ambas as hip teses do CDC hipos sufici ncia e verossimilhan a pressup em que uma das partes est mais apta do que a outra para a produ o da prova raz o para a desigualdade concreta entre elas em com provar o fato controvertido Esses requisitos aptid o para a prova e desigualdade real das partes est o presentes nas situa es que requerem prova diab lica Danilo Knijnik 2006 pp 947 950 951 descreve algumas situa es em que incide a teoria din mica a um litigante det m o co nhecimento especial sobre o fato objeto da prova ex efici ncia do EPI b o papel que a parte desempenhou no fato gerador da con trov rsia por ser o nico que est com a pro va ex anota es em folha de ponto c con duta culposa que privilegia um demandante ex discrimina o velada d por viola o dos deveres de coopera o do demandante privilegiado ex esconder documentos 3 0 EFEITOS A aplica o da teoria din mica enseja na pr tica a invers o do
84. EM PREGOTDE CONIADOR TERETENIO CONDE CANDIDATO APROVADO SOB O ARGUMEN TO DE DECURSO DO PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO NOMEA O NO PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO DESIST NCIA CONVOCA O DE NOVO CANDIDATO POS SIBILIDADE PRECEDENTES DO STF STJ E TST Recurso empresarial desprovido Acord o 2 Turma Proc 001928 0011 015 10 00 7 RO Relator Desembargador Alexandre Nery de Oliveira Revisor Desembargador Jo o Amilcar Julgado em 27 2 2014 Pu blicado no DEJT de 21 3 2014 Portanto provejo o apelo obreiro para afastar a declara o de incompet ncia ab soluta confirmar a compet ncia desta Jus ti a Trabalhista para processar e julgar o presente feito determinando o retorno dos autos MM Vara do Trabalho de origem para julgamento Recurso provido CONCLUS O Pelo exposto conhe o do recurso or din rio e no m rito dou lhe provimento para afastar a declara o de incompe t ncia absoluta confirmar a compet ncia desta Justi a Trabalhista para processar e julgar o presente feito determinando o retorno dos autos MM Vara do Trabalho de origem para julgamento nos termos da fundamenta o Ac rd o ACORDAM os Desembargadores da Pri meira Turma do Egr gio Tribunal Regional do Trabalho da D cima Regi o em sess o realizada na data e nos termos da respec tiva certid o de julgamento aprovar o re lat rio conhecer do recurso ordin rio e no m rito dar lhe provimento para afasta
85. Educa o Democr tica A o Civil P blica Lei 7 347 85 15 anos S o Paulo Revista dos Tribunais 2002 Vale dizer n o est em quest o a repa ra o les o aos direitos individuais do tra balhador o enfoque da presente a o civil p blica o comportamento da r frente s regras protetivas do Direito do Trabalho trabalhadora gestante Nesse aspecto vale lembrar que a co letiviza o das a es fen meno irrever s vel adequado aos paradigmas do Estado Democr tico de Direito com a atual e pro gressiva complexidade das sociedades dos direitos e dos anseios sociais E consent nea com o devido processo legal com a economia processual com a dura o razo avel do processo e com a efetividade das decis es judiciais al m de mais se aproxi mar da realiza o da Justi a bem maior de todo o sistema do Poder Judici rio 301 Assim no caso como o dos autos em que se defendem direitos coletivos e metaindivi duais mesmo que a apura o dependa de fatos isolados a prescri o que est cultural e historicamente relacionada ao direito indi vidual deve ser afastada Sobre o tema pe o licen a para citar trecho do voto proferido pelo Exma Desembargadora M rcia Mazoni C rcio Ribeiro quando da an lise da a o rescis ria 0016 2009 000 10 00 4 O autor aponta m cula ao art 7 XXIX da Constitui o Federal por entender que estaria prescrita a pretens o do Minist
86. O IL CITA RESPON SABILIDADE SOLID RIA DO TOMADOR DE SERVI OS PROTE O INTEGRAL E PRIORIT RIA DO EXPLORADO veda do o trabalho noturno insalubre pe rigoso e penoso a quem n o comple tou dezoito e qualquer trabalho antes dos dezesseis exceto na condi o de aprendiz a partir dos catorze anos de idade CF art 72 XXXIII arts 402 403 404 e 405 da CLT art 67 I e II do ECA A contrata o irregular de adolescente com 15 anos de idade por empresa in terposta para trabalho noturno de co leta de aves em benef cio de frigorifico que as abate e comercializa pass vel de gerar v nculo empregat cio direta mente com o tomador de servi os S mula 331 do C TST No caso sendo patente a inidoneidade econ mico fi nanceira da terceirizada que nem se quer formalizou a contrata o do ado lescente o minimo que se pode fazer manter a responsabilidade solid ria do frigor fico que se beneficiou dos ser vi os prestados ante a impossibilida de de reformatio in pejus Prestigia se assim a prote o integral e priorit ria princ pios consagrados no artigo 227 da CF 88 art 12 e ss do ECA que deve ser devotada a crian as adolescentes e jovens uma vez que neste caso a fam lia a sociedade e o Estado j falha ram no cumprimento de sua miss o Recurso ordin rio a que no particular se nega provimento Proc ne 0000298 18 2010 5 15 0060 julgamento disponi vel em 31 10 2012 Juiz
87. PI 2 W e e y tah e Le Eq aa 4 aR ra e s e a a aan lass s Paps O as a e auge ss gt passas qosss0a o 4 a a 17 VII A inadimpl ncia da ap lice pode caracterizar dano toda uma coletividade indeterminada art 81 CDC tanto os em pregados na frustra o da frui o de sua prote o jur dica quanto tamb m os em pregadores na les o da garantia contratual adquirida com o objetivo de preven o ou de repara o acident ria art 79 XXII e XX VIII CR em seus efeitos pecuni rios VIII Caracteriza pois uma les o pr pria ordem jur dica trabalhista e seus princi pais destinat rios empregados e emprega dores o que justifica pois a compet ncia material da Justi a do Trabalho para apre cia o desta matera art 114 Vre IX em a fim de se dar efetividade e materialidade aos direitos sociais previstos nos arts 7 XXII XXVI e XXVIII e 8 III e VI CR IX Trata se em ltima s ntese de com preens es e conclus es que afastam o risco da ado o da interpreta o retrospectiva e sua patologia de hermen utica constitu cional e busca adotar uma interpreta o de conformidade com o princ pio da efeti vidade das normas constitucionais notada mente quanto sua aplica o aos direitos sociais do trabalhadores que se inserem no mbito de normatividade dos direitos fun damentais a
88. Perda auditiva induzida por ru do A r alega que os documentos jun tados pelo MPT s o de 2004 2005 e j houve mudan a nas condi es de trabalho Exem plificando tem as audiometrias dos funcio n rios de nome Avylon Vieira de Sousa com perda auditiva neuros sensorial bilateral de grau leve a moderado Francisco Sampaio da Silva Foram juntados ainda per cias em proces sos individuais onde foram constatados ru do no nibus com motores dianteiros Tal justi ficativa s agrava o problema pois a r n o demonstra e n o comprova mudan as ap s 2005 que demonstre que houve melhoras nas condi es de trabalho dos motoristas Ade mais h no anexo juntada de audiometrias com perda auditiva datadas de 2007 7 e 2008 O anexo tamb m demonstra claramente que existem exames sugestivos de desenca deamento de perda auditiva de trabalhado res induzidos por n veis de press o sonora elevados O grande n mero de exames nesse sentido comprova claramente os prejuizos trazidos pelas condi es de trabalhado da r a sa de de seus trabalhadores De outro lado verifico pelo memorando 12 2012 SUPOTT ST como respostas aos questionamentos do MPT onde o Subsecreta rio de Pol ticas de Transportes e Tr nsito infor ma que segunda NBR 15 570 permitido nas licita es ve culos com motores dianteiros de acordo com a escolha gerencial e operacio nal das futuras concession rias 20H A resposta ainda foi no sentido de qu
89. Plena da Teoria Trabalhis ta H algumas situa es comuns que ensejam a plena aplica o da teoria justrabalhista de nulidades afastando se pois por inteiro a cl ssica teoria do Direito Civil Ilustrativamente o defeito concernente ao elemento f ticojur di co da capacidade Iratando se de tra balho empregat cio prestado por me nor de 16 anos ou 14 antes da EC n 20 de 15 12 98 cabe o reconhecimento de todos os efeitos justrabalhistas ao contrato irregularmente celebrado DELGADO 2004 p 508 509 O Tribunal Superior do Trabalho j reco nheceu o v nculo empregat cio de menores trabalhadores em idade inferior ao permitido legalmente como por exemplo no julgamen to do recurso de revista da reclama o tra balhista n 132900 07 2006 5 12 0024 menor com 15 anos de idade n o aprendiz que so freu acidente do trabalho O Tribunal Regional do Trabalho da 15 Regi o tamb m assim j decidiu conforme ementa abaixo apesar de haver outro julga do que assim n o o fez por haver entendido que n o h fundamento jur dico para o reco nhecimento do v nculo empregat cio em pri meira inst ncia e pela falta de elemento formal capacidade das partes que confere validade rela o empregat cia conduz improced ncia do pleito de reconhecimento de liame de emprego em segunda inst n cia Proc n 0000416 75 2012 5 15 0075 EXPLORA O DE TRABALHO INFAN TIL TERCEIRIZA
90. Revista Bonijuris n 611 Outubro de 2014 pags 30 a 39 e Revista LTr novembro de 2014 pags 1300 a 1307 6 CONCLUS ES Atentas s caracter sticas peculiares que formatam a realidade f tica da atividade do motorista e as novas ferramentas de contro le e supervis o disponibilizadas pelos meios telem ticos e informatizados de comando as Leis 12 619 2012 e 13 103 2015 vieram con ferir outro balizamento para a interpreta o do conceito de incompatibilidade previsto no inciso do artigo 02 da CLI surgindo com duplo prop sito De um lado criar norma especial de tute la para o motorista profissional estimulando o di logo das fontes de outro impulsionar a fun o promocional do direito do trabalho e seus efeitos irradiantes para o ordenamento jur dico visando estimular conduta preventi va que possa impedir o surgimento de novas les es e novos conflitos assim atuando em benef cio da integridade f sica da sa de e da seguran a n o s dos trabalhadores mas de todos que trafegam pelas ruas avenidas e es tradas de nosso territ rio com ele dividindo o mesmo meio ambiente tornando ainda mais premente o desafio de sobrepor o dis curso da realidade sobre a pseudo realidade criada pelo discurso Conseguiremos 7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS BOBBIO Norberto Da estrutura fun o novos estudos de teoria do direito Editora Manole 2007 GEMIONANI Tereza Aparecida Asta e GE MIGNANI Daniel M
91. S nia Mascaro Ass dio moral 2 ed S o Paulo Saraiva 2011 PROEN A Dom cio Filho A trajet ria do negro na literatura brasileira Estud av v 18 n 50 S o Paulo jan abr 2004 Dis pon ivel em http dx doi org 10 1590 S0103 40142004000100017 Acesso em 23 1201 SILVA NETO Manoel Jorge e Direitos fun damentais e o contrato de trabalho S o Paulo LTr 2005 STADLER Denise de F tima Ass dio mo ral Uma an lise da teoria do abuso de di reito aplicado ao poder do empregador S o Paulo Lir 2008 REVISTA DO TRTIO Co ESCOLA JUDICIAL cJo Bs cj frog 12 619 2012 AGE N PAGS the profession driver activity Challenges and controversies Era preciso escolher entre a realidade do discurso e o discurso da realidade Escolhi este ltimo naturalmente Autobiografia de Federico S nchez Jorgen Sempr n Resumo A peculiaridade da realidade f ti ca em que prestado o trabalho do motorista profissional tem suscitado muitos debates No que se refere jornada a celeuma acerca da aplica o ou n o do disposto no inciso do artigo 02 da CLT sempre se pautou por uma Desembargadora Tereza Aparecida A Gemignani TRIT 15 Regi o Daniel Gemignani Auditor Fiscal do MTE acesa controv rsia quanto ao significado da incompatibilidade e a possibilidade de con trole e quantifica o das horas efetivamente trabalhadas A nova Lei 12 019 2012 editada para disciplinar a
92. S o Paulo LTr 2000 Em In Memoriam O trabalhador s poder conquistar uma vida digna e decente com o suor de seu tra balho se tiver a possibilidade juntamente com seus colegas de profiss o de defender seus direitos sociais m nimos al m de poder participar de toda e qualquer pol tica social que tenha como objetivo determinar e regu lamentar as suas condi es de trabalho N o pode ser olvidado que em termos de Direito Coletivo do Trabalho a uni o faz d EAS RL BSDI LOGO SOCIAL O a DesembargadorJulio Bernardo do Carmo TRT 3 Regi o a for a j que um trabalhador sozinho sem aliados isolado no exerc cio de sua atividade profissional torna se presa f cil para os ines crupulosos detentores do capital que n o he sitam em sobrepor os lucros da empresa ao cumprimento rigoroso e met dico da legisla o do trabalho olvidando que todo e qual quer trabalhador tem sim o direito universal a uma vida decente Tome se o exemplo cl ssico sempre cita do do famoso feixe de varas figurativamen te demonstrando a for a da uni o coletiva 1 Julio Bernardo do Carmo desembargador federal do trabalho presidente da 4a Turma e da 2a SDI do Egr gio Tribunal Regional do Tra balho da 3a Regi o 2 In Memoriam Dedico o presente trabalho doutrin rio a duas figuras not veis do juslaborismo nacional Alice Monteiro de Barros e Amauri Mascaro Nascimento que dedicaram toda uma vida ao en
93. Setas N A partir da a primeira discuss o vislum brada deve ser a atinente sua natureza nor mativa Neste sentido podemos reconduzi la a estrutura de regra mais exatamente a de organiza o judici ria nos moldes do art 92 da CRFB 88 e da interpreta o explicitada na S mula n 356 do C TST como tamb m a de princ pio na esteira da parte final do in ciso constitucional aludido E aqui neste pon 19 O chamado abuso de recursos tem sido mat ria invocada por diversos juristas como chama aten o o professor Canotilho ao alertar que tais recursos protelat rios acabam levando dila o dos prazos e negativa de cumprimento do provimento jurisdicional atrav s da interposi o de medidas que visam em verdade nova an lise do direito ordin rio conforme semin rio internacional promovido em Luanda capital de Angola sobre o tema O Direito de Acesso Justi a Constitucional nos Estados membros da Comunidade de Pa ses de L ngua Portuguesa CPLP em not cia dsipon vel em http www stf jus br portal cms verNoticiaDetalhe asp idConteudo 183528 acesso em 20 O rito de al ada que n o permite a interposi o de recursos decis o de 10 grau foi entendido como recepcionado pela Constitui o 21 Cf o conceito de DWORKIN Ronald In l diritti presi sul serio Bologna il Mulino 1982 p 90 ESCOLA JUDICIAL 101 to surgem as maiores d vidas N o propriamente de natureza
94. Trabalho RI art 102 1 Voto 1 ADMISSIBILIDADE O recurso tempestivo a representa o regular e o preparo foi efetuado adequada mente Conhe o do recurso ordin rio 2 M RITO 2 1 PRELIMINAR I INCOMPET NCIA DA JUSTI A DO TRABALHO O reclamado insurge se contra a decis o que reconheceu a compet ncia da Justi a do Trabalho para processar e julgar a pre sente a o Sustenta que a discuss o sobre a aprova o em concurso p blico n o se ori gina na rela o de trabalho ou de emprego devendo ser dirigida por imperativo constitu cional Justi a Comum Conforme muito bem lan ado pelo Ju zo de origem a mat ria tratada nos autos versa acerca de pr contrato de trabalho qual seja a convoca o da reclamante para assumir emprego publico observadas as regras do edital e portanto insere se na compet n cia desta Justi a Especializada A respeito da quest o a Corte Superior Trabalhista conso lidou entendimento neste sentido conforme os precedentes AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA COMPET NCIA MA TERIAL JUSTI A DO TRABALHO CONCURSO P BLICO PRE CONTRATO A Justi a do Tra balho competente para conhecer e julgar lit gios referentes ao per odo pr contratual de potencial empregado que presta concur so p blico para ingresso em entidade estatal regida pelo art 1 3 St II da Constitui o e pelo Direito do Trabalho Agravo a que se nega proviment
95. X Congresso Ibero Americano de Direito do Trabalho e da Previd ncia Social Montevid o 1989 t La de terminaci n de la norma m s favorable p 1 REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL de of cio ou por provoca o me diante decis o de dois ter os dos seus membros ap s reiteradas decis es sobre mat ria constitucional aprovar s mula que a partir de sua publica o na imprensa oficial ter efeito vinculante em rela o aos demais rg os do Poder Judici rio e admi nistra o p blica direta e indireta nas esferas federal estadual e municipal A mesma Emenda trouxe ainda a altera o do art 102 da CRFB 88 afirmando que a exis t ncia da repercuss o geral da quest o cons titucional suscitada requisito necess rio para o conhecimento de todos os recursos extra ordin rios inclusive em mat ria penal sendo preliminar formal de admissibilidade recur sal 2 Segundo o texto do diploma processual civil haver repercuss o geral sempre que o recurso impugnar decis o contr ria a s mula ou jurisprud ncia dominante do Tribunal sen do que sua an lise depende da exist ncia ou n o de quest es relevantes do ponto de vista econ mico pol tico social ou jur dico que ul trapassem os interesses subjetivos da causa Sob racioc nio similar e mesmo antes de uma reforma constitucional de tamanha envergadura o art 890 A da CLT j determinava o exame pr
96. a o civil p blica n o ha vendo se cogitar em viola o ao art 81 III da Lei 8 078 90 Ressalte se que ainda que na an lise do m rito haja reconhecimento da improced n cia da pretens o tal circunst ncia n o tem o cond o de afastar a legitimidade ora reco nhecida Nesses moldes evidenciado que o direito perseguido se refere a uma coletividade de pessoas indeterminadas mas determin veis no tempo conclui se que o MPT det m legi timidade para ajuizamento da presente a o civil p blica Preliminar rejeitada 3 2 DO MEIO AMBIENTE DE TRABALHO IMPLEMENTA O DE PROGRAMAS DE PRE VEN O DE RISCOS AMBIENTAIS OBSER V NCIA DAS NORMAS REGULAMENTARES DO MTE OBRIGA ES DE FAZER Trata se de A o Civil P blica ajuizada pelo da jo MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO em face de LOTAXI TRANSPORTES URBANOS LIDA e DISTRITO FEDERAL sustentando o descumpri mento das Normas Regulamentares n s 7 9 e 17 do Minist rio do Trabalho e Emprego no que tange elabora o e implementa o de programas de preven o de riscos ambien tais de controle m dico ocupacional no m bito de atua o da primeira reclamada Alega que anteriormente foi instaurado inqu rito civil p blico em face da reclamada LOTAXI onde foram aferidas irregularidades das condi es de trabalho especialmen te dos motoristas e cobradores de nibus O processo investigativo ocorreu mediante an lise dos afastamentos previde
97. a contra ato adminis trativo que imp s san o disciplinar de demiss o ao servidor porquanto os atos administrativos comportam con trole jurisdicional amplo Nesses casos o controle n o se limita aos aspectos legais e formais do procedimento Deve o Poder Judici rio examinar a ra zoabilidade e a proporcionalidade do ato bem como a observ ncia dos prin c pios da dignidade da pessoa huma na culpabilidade e da individualiza o da san o Precedentes do STJ 26 05 2010 MANDADO DE SEGURAN A 14 405 DISTRITO FEDERAL RELATOR MIN NAPOLE O NUNES MAIA FILHO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTI A O exerc cio do poder administra tivo disciplinar corporifica sempre ati vidade materialmente jurisdicional por isso que no seu desempenho mister que a Administra o proceda como um aut ntico Julgador inclu sive assimilando a for a normativa dos princ pios constitucionais sem o que a exegese jur dica se torna pobre e desprovida dos seus fins justi a e equidade Littera enim occidit spiritus autem vivificat Ap stolo Paulo Cor SON Co REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Hermen utica Constitucional Com o surgimento do Neoconstituciona lismo uma nova forma de se interpretar a Constitui o desenvolve se a partir da segun da metade do s culo XX em decorr ncia da for a normativa adquirida pelas normas constitucionais pela supremacia da Carta Constitucional em rela o ao ordenamento jur
98. ao seu cargo Nessa linha e considerando que historicamente a mulher exerceu um papel subalterno na sociedade com raras exce es devido a preconceitos enraigados no complexo social que infeliz mente at hoje persistem como se verifica no caso dos autos foram inseridas na legisla o p tria normas de prote o do mercado de trabalho da mulher art 72 XX CF art 10 b da ADCT art 391 da CLT dentre outras Especificamente quanto maternidade a legisla o de cunho eminentemente social prev medidas que visam proteger n o s a mulher na sua condi o de trabalhadora mas tamb m permitir que esta tenha tran quilidade para exercer de forma plena suas fun es maternas o que de suma impor t ncia para um desenvolvimento saud vel da crian a Nesse contexto verifica se que a conduta da reclamada ao praticar discrimi na o generalizada contra mulheres gr vi das no mbito de seu estabelecimento al m de contrariar todas as normas protetivas do mercado feminino em especial o da materni dade est na contram o da hist ria por de REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL monstrar modos de conduta empresariais ar caicos n o condizentes com o que se espera hodiernamente de uma empresa s ria e em conson ncia com as peculiaridades da socie dade moderna Publicado em 29 05 2009 no DEJT A lei 9 029 95 em seu artigo 1 disp e que Fica proibida a ado o de qualquer pr tica di
99. apreciado pelo STF 12 Vide artigos 543 A e 543 B do C digo de Processo Civil REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Mesmo havendo toda a desarmonia acer ca do tema muitas decis es j acompanham este ltimo entendimento In verbis Ementa ATIVIDADE ESPECIAL EPI EFICAZ SOBRESTAMENTO DO PRO CESSO NA TURMA RECURSAL OMIS S O DO AC RD O RECORRIDO PRE JU ZO NO JU ZO DE ADMISSIBILIDADE DO PEDIDO DE UNIFORMIZA O MAT RIA DE ORDEM P BLICA ANU LA O DE OF CIO DO AC RD O RE CORRIDO 1 Per odo de 13 07 2001 a 30 09 2002 O ac rd o recorrido considerou que a exposi o a agentes qu micos ficou descaracterizada por causa do uso de EPI equipamento de prote o individual O autor arguiu diverg ncia jurisprudencial apontan do ac rd os paradigmas segundo os quais o uso de EPI n o descaracteriza atividade especial 2 O pedido de uni formiza o de jurisprud ncia envolve a seguinte quest o o fato de o traba lhador utilizar equipamento de prote o individual EPI capaz de reduzir os efeitos nocivos de um agente insa lubre afasta o seu direito contagem do tempo de servi o especial para a aposentadoria No Recurso Extraor din rio com Agravo n 664 355 de relatoria do Ministro Luiz Fux o Plen rio do Supremo Tribunal Federal reco nheceu a exist ncia de repercuss o geral da quest o constitucional luz dos artigos 195 58 e 201 caput e 1 da Constitui o Fed
100. aqueles que j admitidos passam a atuar em re as que na compreens o da empregadora imp em o procedimento Mas sob prisma diverso tamb m aflora o interesse de toda a categoria profissional pois ela exibe a potencialidade de estar sujeita ao procedi mento dito il cito da o tra o nitidamente coletivo do direito em lide E sob o ltimo ngulo possivel detectar o interesse difu so de toda a sociedade que pela sua estru 313 tura constitucional n o tolera atitudes que mesmo em tese venham a violar direitos fundamentais de seus cidad os Na realidade o Minist rio P blico do Trabalho det m legitimidade ad causam e interesse para pleitear por meio de a o civil p blica tutela inibit ria na defesa de direitos difusos coletivos e individuais ho mog neos bem como a tutela reparat ria por danos morais coletivos notadamente em casos de afronta dignidade humana e aos valores sociais do trabalho o que se depreende das disposi es legais que regem a atua o do parquet arts 127 caput e 129 inciso lIl da CF 83 inciso IIl da Lei Complementar n 75 93 A relev ncia social da tutela perseguida justifica a atua o do Minist rio P blico a quem cabe velar pelo cumprimento das normas legais O Supremo Tribunal Federal tem entendimento pac fico no sentido de reconhecer a legitimidade ativa do Minis t rio P blico para ajuizar a es civis p bli cas em que se discutem interesses in
101. as disposi es da CLT quando fosse expressamente determinado N o h no texto da CLT nenhuma outra refer ncia ex pl cita ao trabalho dom stico de modo que os empregados residenciais ficaram sem a sombra protetiva do estatuto b sico dos tra balhadores brasileiros Logo eles t o profun damente subordinados a seus tomadores ficaram margem do Direito do Trabalho ple no v timas da exclus o institucional mero espelho de outra exclus o bem mais doloro sa que a exclus o social esta herdeira da escravid o Vale observar contudo que o Decreto lei n 3 078 41 n o chegou a ser expressamente revogado Em se tratando de lei especial n o foi tal decreto lei revogado tacitamente pela CLT norma geral Decreto lei n 4 657 42 art 2 29 e por isso poca da san o da Lei n 5 859 2 j vigorava um regi me de prote o legal m nima do trabalho dom stico complementado pela legisla o comum atinente loca o de servi os C digo Civil 1910 arts 1 216 a 1 230 Refor a tal constata o a men o expressa ao Decre to lei n 3 0 8 41 no texto do art 1 da Lei n 2 5 50 a seguir comentada 5 inclus o progressiva do trabalho do m stico no Direito do Trabalho brasileiro O primeiro avan o legislativo na dire o da inser o dos empregados dom sticos na plenitude normativa da CLT veio com a edi o da Lei ne 2 5 506 Atento o legislador ao fen meno da
102. as en fermidades profissionais promovendo condi es ambientais prop cias para o desenvolvimento das atividades dos trabalhadores Artigo 16 Inspe o do trabalho 1 Todo trabalhador tem direito a uma prote o adequada no que se refere as condi es e ao ambiente de trabalho 2 Os Estados Partes comprometem se a instituir e a manter servi os de inspe o do trabalho com o prop sito de controlar em todo o seu territ rio o cumprimento das dis posi es normativas que dizem respeito prote o dos trabalhadores e s condi es de seguran a e sa de no trabalho Nesta quest o importante registrar tam b m o Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre ATIT existente entre o Brasil Ar gentina Bol via Chile Paraguai Peru e Uru guai notadamente o constante do artigo 4 item 1 ao prever que aplicar se o s em presas que efetuem transporte internacional 5 Decreto n 99 704 de 20 de novembro de 1990 cUb assim como a seu pessoal ve culos e servi os que prestem no territ rio de cada pa s signa t rio as leis e regulamentos nela vigentes Como anteriormente pontuado n o se pode perder de vista que no caso do meio ambiente laboral do motorista o foco est posto num espa o p blico em que as con di es de sa de e de seguran a do trabalha dor est o intrinsecamente imbricadas com os mesmos direitos assegurados a terceiros O novo estatuto profissional do moto
103. as leis que rejam as rela es interpessoais hier rquicas ou n o nos ambientes em que se processe o trabalho Isso representa sin nimo de justi a social E como bem expressa Yara Maria Pereira Gurgel O fundamento principal de todo o ordenamento jur dico ocidental o princ pio da dignidade da pessoa humana agregado ao princ pio da igualdade e n o discrimina o Assim tamb m conforme Yara Maria Pe reira Gurgel toda e qualquer forma de dis crimina o baseada em raz es como ra a sexo cor estado civil orienta o sexual ida de nacionalidade ou condi o f sica al m de arbitr ria contrariar o princ pio da digni dade da pessoa humana Ainda segundo Yara Maria Pereira Gurgel a discrimina o nas rela es de trabalho como fator antissocial exclui pessoas des respeita os direitos de personalidade a dig nidade da pessoa humana gera humilha o estresse o mobbing e a depress o Segundo Marlon Marcelo Murari O di reito igualdade tamb m imp e limites ao poder de dire o do empregador proibindo tratamentos discriminat rios desde o ato da 3 SILVA NETO Manoel Jorge e Direitos fundamentais e o contrato de trabalho S o Paulo LTr 2005 p 39 4 SILVA NETO Manoel Jorge e Direitos fundamentais e o contrato de trabalho S o Paulo LTr 2005 p 39 5 GURGEL Yara Maria Pereira Direitos humanos princ pio da igualdade e n o discrimina o S o Paulo LT
104. as medidas que conduzam diminui o ou elimina o da noci vidade entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo em pregado grifos nossos especiais as atividades penosas e perigosas mas t o somente as insalubres No entanto o STJ entende que esta restri o n o goza de base legal raz o pela qual reconhece a natureza especial de atividades que exponha em risco a integridade f sica do trabalhador em ambiente periculoso Cita se o julgado no Recurso Especial n 1 306 113 SC 5 Referido tempo foi institu do em 1960 atrav s da Lei n 3 807 060 e a partir de ent o foi mantido pelas legisla es subsequentes 8 AC RD O Origem Tribunal Regional Federal 52 Regi o Classe Apela o Reexame Necess rio N mero do Processo 6 HORVATH J NIOR Miguel Direito Previdenci rio S o Paulo Quartier Latin 2005 p 207 08012287320134058300 C digo do Documento 342984 Data do Julgamento rg o Julgador Quarta Turma Relator Desembargador Federal 7 MARTINEZ Wladimir Novaes Quest es atuais envolvendo a aposentadoria especial in Revista de Previd ncia Social n 217 dez 1998 p 1 049 1 055 Bruno Teixeira Convocado Co ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO Por fim a S mula 09 da TNU especifica mente quanto ao agende nocivo ru do dis poe que O uso de Equipamento de Prote o Individual EPI ainda que elimi ne a insalubridade no caso de expo si o a ru do n o
105. ativi dade materia getPDF asp t 85510 amp tp 1 gt Acesso 25 ago 2014 Os Superior Tribunal de Justi a Agravo Regimental no Agravo em Recurso Especial n 216 315 RS Segunda Turma Relator Ministro Mauro Campbell Marques Di rio de Justi a eletr nico de 6 nov 2012 S Superior Tribunal de Justi a Re curso Especial n 1 286 704 SP Terceira Turma Relatora Ministra Nancy Andrighi Di rio de Justi a eletr nico de 28 out 2013 DEESA Tribunal Superior do Traba Iho Recurso de Revista n 82900 49 2007 5 03 0143 Segunda Turma Re lator Ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos Di rio Eletr nico da Justi a do Tra balho de 18 nov 2011 C MARA Alexandre Freitas Doen as preexistentes e nus da prova o problema da prova diab lica e uma poss vel solu o Revista Dial tica de Direito Processual S o Paulo Dial tica n 31 2005 Li es de Direito Processual Ci vil 18 ed Rio de Janeiro Lumen Juris 2008 CAMBI Eduardo Direito constitucional prova S o Paulo Revista dos Tribunais 2001 Neoconstitucionalismo e neo processualismo direitos fundamentais po l ticas p blicas e protagonismo judici rio S o Paulo Revista dos Tribunais 2009 CARNELUTTI Francesco Instituciones del Proceso Civil 4 ed Buenos Aires Ediciones Jur dicas Europa America 1950 v I CHEHAB Gustavo Carvalho O princ pio da n o discrimina o e o nus da prova Re vista do TST Bras l
106. cil visto que pri meiro se observa se o empregador cumpriu as leis normas regulamentadoras e outros em se constatando que o acidente ou do en a foi decorrente do descumprimento de alguns dos itens ficar caracterizada a culpa e o empregador arcar com a indeniza o cab vel Existe tamb m a culpa no dever geral de cautela na omiss o do empregador em garantir um meio ambiente de trabalho se guro o que tamb m imp e a obriga o de indenizar o dano sofrido Todavia algumas situa es podem eximir o empregador de ar car com a responsabilidade civil nos casos da configura o de culpa exclusiva ou culpa concorrente da vitima neste ltimo caso a culpa ser aplicada de forma proporcional a a o do empregador Outro aspecto relevante em rela o culpa esta disciplinado no artigo 120 da lei 8 213 90 e nesse sentido Sebasti o Ge raldo de Oliveira explana Quando o empregador descuida do dos seus deveres concorrer para o evento do acidente com dolo ou culpa por a o ou omiss o fica caracterizado o ato il cito patronal gerando direito a repara o inde pendente da cobertura acident ria Pode se concluir portanto que a causa verdadeira do acidente nessa Jo hip tese n o decorre do exerc cio do trabalho mas do descumprimen to dos deveres legais de seguran a higiene e preven o atribu dos ao empregador OLIVEIRA 2011 p 84 49 J na responsabilidade objetiva o eleme
107. com a ordem consti tucional portanto o entendimento segundo o qual aplic vel a par te final do par grafo nico do art 92 do CCB quando em discuss o a responsabilidade civil do empre gador por acidente de trabalho E RR 995 1600 44 2005 5 09 0095 Rel Ministra Maria de Assis Cal sing DEJT 12 11 2010 A an lise da aplica o da responsa bilidade objetiva nos acidentes de tra balho se mostra pertinente em razao do n mero alarmante de acidentes ocorrido no Brasil sem contar que ainda se en contram facilmente empregadores que insistem em n o observar as normas re gulamentadoras preventivas por isso Os tribunais t m aplicado responsabilida de em comento com base na teoria do riSCO No mbito doutrin rio perfeitamen te aplic vel responsabilidade civil ob jetiva com base na teoria do risco nos acidentes de trabalho mas a titulo de jurisprud ncia a responsabilidade subje tiva tem maior aceita o entretanto em ambos os casos necess rio exist ncia de uma a o ou omiss o volunt ria que 47 viole direito de outrem e cause um dano O que vai diferenci las a exist ncia ou n o de dolo ou culpa e o nexo causal Na responsabilidade subjetiva o ele mento indispens vel para sua consta ta o a culpa que pode ser definida como uma neglig ncia a falta de dilig n cia necess ria na observ ncia de uma norma de conduta ou seja nao prever orgue e PIrevVisSiV
108. como resposta aos anseios por um Estado realmente demo cr tico diante de um contexto hist rico de inacesso quase absoluto ao Poder Judici rio necess rio se ter em mente a realidade pol tica e social brasileira para que se possa compreender porque este princ pio foi con sagrado e influenciou toda uma hermen uti ca voltada ratifica o da emancipa o do Poder Judici rio O mote agora seria a mino ra o das desigualdades sociais ao menos no que tange possibilidade de aprecia o dos conflitos de interesses por uma autorida de supostamente legitima E nem poderia ser diferente em se considerando que a ci ncia jur dica permeada de valores e modulada pelas experi ncias daqueles que o viven 96 ciam Fruto de uma atividade intersubjetiva ou discursiva voltada para a solu o racio nal dos problemas pr ticos que afligem a sociedade o direito oscila entre duas for as contrapostas a necessidade de seguran a estabilidade previsibilidade e a prem ncia da aceita o Jegitimidade sentimento de justi a dos seus destinat rios Conforme bem salientou o jurista Miguel Reale A vida dos modelos jur dicos se de senvolve entre dois fatores operantes um visando a sua preserva o e per man ncia outro reclamando a sua re forma ou substitui o O que assegura a experi ncia dos modelos jur dicos uma autocorre o num processo de marcado feedback isto de continua regenera o o
109. concurso p blico tendo sido dispensa em 20 5 1990 poca do Governo Collor Disse ter sido readmitida em 60 12 1994 porquanto anistiada e mantida na empresa at 17 2 2014 por for a de liminar concedida nos autos do MS coletivo n 8 050 DF impe trado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Tel grafos e Servi os Postais de Mato Grosso data em que foi no vamente dispensada com base na Portaria Interministerial n 3 2 que anulou a anistia anteriormente concedida Afirmou ser detentora da estabilidade pre vista nos artigos 492 da CLT e 41 da CF 88 raz o pela qual o ato demission rio seria nulo de pleno de direito porquanto arbitr rio e abusivo Requereu a sua reintegra o ao emprego com o pagamento de todos os sal rios e de mais verbas e direitos a que fazia jus desde o ato da dispensa em 17 2 2014 at a data do efetivo retorno ao emprego Em resist ncia pretens o deduzida a re clamada afirmou em suma que a dispensa perpetrada ocorreu por for a do que restou decidido pelo col STJ nos autos do mandado de seguran a coletivo n 8 650 DF no bojo do qual aquela Corte denegou a seguran a perseguida cassando a liminar inicialmente deferida com a finalidade de manter vigentes os contratos de trabalho dos impetrantes CS Esclareceu que o citado mandado de se guran a objetivava a suspens o dos efeitos da Portaria n 3 2 2002 que anulou as de cis es da Subcomiss o Setori
110. constitucionais de prote o ao trabalho utilizando se como m todo a pesquisa biblio gr fica an lise de doutrina e posicionamen to jurisprudencial al m de suporte atrav s de textos eletr nicos 2 ABORDAGEM DA AN LISE ECON MI CA DA CONSTRU O CIVIL A an lise econ mica da constru o civil se mostra de grande import ncia antes de se adentrar no estudo da caracteriza o da responsa bilidade civil das construtoras A economia envolve principal mente quest es de macroeco nomia como o crescimento eco n mico estabilidade nos pre os n vel de emprego dentre outros Quando se fala em cresci mento econ mico tamb m es tamos falando de mercado de trabalho em aumento do n me ro de empregos o que interessa n o somente a economia como tamb m ao Direito em especial ao do trabalho A respeito da import ncia da economia para A revela o entre direito e eco nomia t o antiga quanto ltima embora seja vista como alguma coisa marginal de pouco import ncia e imensa a contribui o que o di logo entre Direito e Economia ci ncias so ciais aplicadas pode oferecer ao pro por solu es para quest es atuais ao contr rio do que afirmam os detrato res dessa corrente de estudos BEDIN 2010 apud SZTAJN 2005 Os efeitos do crescimento econ mico que o Brasil vive hoje podem ser verificados em v rios segmentos mas a constru o civil me rece acentuado destaque em raz o da
111. da Lei n 309 de 20 de setembro de 1965 Nessa mesma linha de racioc nio e com fundamento nos argumentos acima lan ados entendemos que devam ser incorporadas ao concei to de periculosidade as atividades de mototaxista de motoboy de mo tofrete 184 Conforme relatado no parecer as estatis ticas com rela o ao n mero de mortes no tr nsito s o assustadoras sendo certo que os acidentes fatais envolvendo motociclistas quase triplicaram em menos de dez anos Por isso justificou se premente a necessidade de enquadramento das atividades dos motoris tas profissionais como periculosas O requerimento de inclus o em pauta ela borado pelo Deputado Federal Walter Tosta do PSD MG considerou ainda que h um grande n mero de aposentadorias por inva lidez e mortes decorrentes de acidentes de motocicletas Sobretudo acidentes sofridos por pessoas que utilizam motocicleta em seus trabalhos A preocupa o do parlamentar tem respal do na pesquisa formulada pelo Centro Brasi leiro de Estudos Latino Americanos CEBELA Segundo o Mapa da Viol ncia sobre Aciden tes de Tr nsito e Motocicletas divulgado pela institui o no ano de 2013 o n mero de mortes de motociclistas passou de 1 421 em 1990 para 14 000 em 2011 representando um crescimento de 932 1 O estudo aponta ainda que as motocicletas transformaram se na causa principal do aumento da mortalida de nas vias p blicas nacionais Em 2011 as
112. da constru o civil a norma regulamentadora que disciplina as condi o es e meio ambiente de trabalho na ind s tria da constru o a NR 18 que aborda de forma minuciosa quais regras devem ser observadas nos canteiros das obras desde sua implanta o at a desmobiliza o ap s o t rmino da constru o versando sobre o objetivo e aplica o da norma programa de condi es de meio ambiente de trabalho na ind stria da constru o PCMAT reas de viv ncia demoli es escava es carpin taria arma o de a o estrutura de concre to estrutura met lica opera es de solda gem e corte a quente andaimes cabos de a o m quinas ferra mentas equipamentos de prote o individual EPI treinamento de trabalhadores acidente fatal comiss o interna de preven o de aci dentes CIPA dentre outros assuntos A NR 18 assim como as demais normas regu lamentadoras visa sal vaguardar a vida do tra balhador ou ao menos diminuir as poss veis sequelas deixadas por um eventual acidente de trabalho pois s o nas reas de trabalho que as atividades prevencionista iniciam Nos termos da lei 8 213 1991 acidente de trabalho definido como Art 19 Acidente do trabalho o que ocor re pelo exerc cio do trabalho a servi o da em presa ou pelo exerc cio do trabalho dos segu rados referidos no inciso Vil do art 11 desta Lei provocando les o corporal ou perturba o funci
113. da crescente conquista da efic cia social das Constitui es atributo bastante concla mado pelos doutrinadores do neoconstitu cionalismo Aspecto que vale ressaltar o atual mo vimento de judicializa o das rela es pol ticas e sociais iniciado ap s 1988 na qual o Poder Judici rio tem um papel fundamental na concretiza o dos valores previstos na Constitui o por interm dio de seus julga mentos demonstrando assim a for a de suas normas Lembra se ainda da gradativa for a nor mativa que as normas program ticas v m adquirindo ao longo dos anos por meio da aplica o dos princ pios na solu o das lides alcan ando desta forma os objetivos intrin secos dos programas almejados Seguem abaixo transcri es de alguns ac rd os pesquisados com trechos revela dores da aplica o concreta da norma cons titucional 14 05 2013 HABEAS CORPUS 108 527 PAR RELATOR MIN GILMAR MENDES SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Com rela o ao pedido de alvar de soltura tendo em vista o excesso de prazo na dura o da pris o pre ventiva o STF tem deferido a ordem somente em hip teses excepcionais nas quais a mora processual a seja decorr ncia exclusiva de dilig ncias suscitadas pela atua o da acusa o cf HC 85 400 PE rel Min Eros Grau 1 Turma un nime o DJ 11 3 2005 b resulte da in rcia do pr prio aparato judicial em aten dimento ao princ pio da razo vel dura
114. da rela o de trabalho na for ma da lei A partir de sua vig ncia parece n o ha ver d vida quanto disposi o do inciso VI do art 114 da compet ncia material tra balhista para julgar as a es indenizat rias decorrentes da rela o de trabalho na qual se inclui evid ncia as da rela o de em prego Destaca se sobretudo que o texto consti tucional utilizou a express o a es no plu ral o que refor a na busca do sentido das 17 palavras utilizadas pelos m todos interpre tativos gramatical sistem tico e teleol gico sua inten o expansionista e ampliativa j que se parte da premissa que n o existem palavras in teis na Constitui o Logo quaisquer a es indenizat rias em sentido lato que tenham origem e fun damento na rela o de trabalho ser o da compet ncia da Justi a do Trabalho o que incluiu portanto as controv rsias indeniza t rias sobre o pagamento da ap lice de se guro Inclusive a jurisprud ncia do TST evolui neste sentido Compreende se portanto que esta com pet ncia material fixada em raz o da ma t ria ter origem e fundamento no contrato de emprego e n o das normas da teoria da responsabilidade civil utilizadas para solu o da controv rsia bem como n o em ra z o do eventual sujeito passivo da obriga o indenizat ria a ser cumprida se o emprega dor propriamente dito a empresa securit ria contratada ou ambos
115. de Fiscaliza o Profissional s o autarquias sui generis e por isso est o submetidos ao dis posto no art 37 Il da CR STF RE 539224 e MS 28469 Uma vez aplic vel a exig ncia do concurso p blico art 37 Il da CR n o se mostra exig vel o cumprimento do art 429 da CLT por incompat vel com a norma constitucional referida Recurso conhecido e provido Relat rio Trata se de recurso ordin rio em mandado de seguran a contra decis o proferida pela Excelent ssima Ju za Silvia Mari zi dos San tos da 8 Vara do Trabalho de Bras lia DF que denegou a seguran a Os embargos declarat rios opostos pelo impetrante foram providos para sanar omis s o e contradi o fls 198 203 Recorre o impetrante postulando a refor 339 ma do julgado para que seja declarada a sua natureza jur dica de autarquia e por conse qu ncia seja afastada a obrigatoriedade de contrata o de aprendizes de que trata o art 429 da CLT O Minist rio P blico do Trabalho no pa recer de fl 231 da lavra do Excelent ssimo Procurador Eneas Bazzo Torres opinou pelo conhecimento e n o provimento do recur SO Voto I ADMISSIBILIDADE O recurso tempestivo e regular N o se aplica a regra de al ada em a o de mandado de seguran a na forma da S mula n 305 do TST As partes est o regularmente representa das fl 27 e na forma da S mula n 436 do TSI N o obstante o disposto no art 90 A pa
116. de 2010 a 2012 ou de 2011 a 2013 considerando as causas segundo o C digo Internacional de Doen as 10 re fer ncia CID 10 e a atividade de origem de acordo com a Classifica o Nacional de Atividades Econ micas CNAB Esse enfoque pouco debatido no meio ju r dico brasileiro apesar das in meras pesquisas em Psicologia do Trabalho O tema da sa de ps quica atual pois retrata um fen meno cujas ocorr ncias v m crescendo paulatina mente inclusive em Reclama es Trabalhistas importante por ser uma das maiores causas de doen a ocupacional e de afastamentos no trabalho e traz relevante repercuss o jur dica e socioecon mica por atingir milhares de tra balhadores todos os anos afetar o cotidiano de in meras empresas sobrecarregar os servi os de sa de e de previd ncia e exigir dos opera dores do direito um conhecimento t cnico es pecializado para a an lise do problema 1 A PSICODIN MICA DO TRABALHO Desenvolvida a partir dos estudos de Chris tophe Dejours em 1980 a psicodin mica do trabalho outrora psicopatologia do trabalho uma abordagem cient fica de car ter cl nico e aut nomo com objeto princ pios conceitos e m todos pr prios Ela se apoia na descri o e no conhecimento das rela es entre trabalho e sa de mental que torna o trabalho central para a forma o da identidade e para a sa de men tal do sujeito DEJOURS 2009 O trabalho do ponto de vista ps quico
117. de 9 dias de aviso pr vio trabalhados indevidamente Em defesa a Reclamada argumen ta que a Lei 12 506 11 apenas institui o acr scimo de tr s dias para cada ano tra balhado na mesma empresa n o tendo alterado os artigos 48 e 488 da CLI Disp e o artigo 488 da CLT que Art 488 O hor rio normal de trabalho do empregado durante o prazo do aviso e se a rescis o tiver sido promovida pelo empregador ser reduzido de duas horas di rias sem preju zo do sal rio integral Par grafo nico facultado ao empre gado trabalhar sem redu o das 2 duas horas di rias previstas neste artigo caso em que poder faltar ao servi o sem pre ju zo do sal rio integral por um dia na hip tese do inciso l e por 7 sete dias 293 corridos na hip tese do inciso ll do Art 48 desta Consolida o A Lei n 12 506 11 em nada alterou a aplicabilidade do dispositivo supra por quanto nenhum crit rio de proporcionali dade foi expressamente regulado pelo le gislador Desse modo tem se que continua em vig ncia tanto a redu o de duas horas di rias quanto a redu o de sete dias du rante o per odo do aviso pr vio Assim a Reclamada observou correta mente o regramento atinente conces s o do aviso pr vio e redu o de jorna da no respectivo per odo n o havendo falar em pagamento de indeniza o In defere se 2 MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT Indefere se o pedido de pagamento da multa
118. de Julgamento 10 03 2010 Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado 6 Tur ma Data de Publica o DEJT 07 05 2010 Entendendo pois que a conduta da re corrida viola o direito fundamental da dig nidade das pessoas o da intimidade e em especial o do livre acesso ao emprego e subsist ncia digna reconhe o a ofensa aos arts 1 incisos Il III e IV 5 caput e incisos Il e X da CF a ela imponho a obriga o de reparar o dano ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO Dou provimento ao recurso A O CIVIL P BLICA LES O COLETIVA CESSA O PROVID NCIAS Reconhecida como antijur dico o procedimento da em presa a consequ ncia imediata reside na sua necess ria cessa o art 12 do CCB Logo procede o pedido da emiss o de or dem inibit ria para que a parte ofensora n o mais exija dos trabalhadores que lhe prestem servi os direta ou indiretamente a submiss o ao teste do pol grafo sob qual quer circunst ncia seja para a admiss o ou ainda com vistas altera o de setor de tra balho Para assegurar o cumprimento da obri ga o efetivamente mostram se cab veis as duas provid ncias almejadas pelo autor quais sejam o estabelecimento de comina o pecuni ria e a divulga o dessa nova forma de relacionamento que ser inaugu rada no ambiente de trabalho Assim caso descumprida a ordem inibit ria a reclama da arcar com o pagamento da import ncia equivalente a R 1
119. de mobiliza o subjetiva para proteger a sa de O adoecimento ps quico ocupacional vitimiza uma coletividade de trabalhadores e n o apenas um indiv duo isoladamente O estudo desses riscos aliado a aborda gem da psicodin mica do trabalho mostrou se til para a an lise do fen meno do adoe cimento ps quico laboral no Distrito Federal e no Tocantins a fim de se buscar formas de prevenir ou minimizar o agravamento de do en as relacionadas ao trabalho com nfase na promo o da sa de mental dos trabalha dores REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS BOJART Luiz Eduardo Guimar es Jus tificativas para iniciar o debate jur dico no Brasil sobre a sa de mental no trabalho In o Me 37 FERREIRA Janu rio Justino PENIDO La s de Oliveira Orgs Sa de mental no trabalho colet nea do f rum de sa de e seguran a no trabalho do Estado de Goi s Goi nia Cir Gr fica 2013 BRASIL Lei n 8 213 de 24 de julho de 1991 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 1Jeis 18213cons htm gt Aces so em 18 out 2013 Minist rio da Previd ncia Social Acompanhamento Mensal dos Benef cios Aux lios Doen as Acident rios Concedi dos segundo os c digos da CID 10 Janeiro a Dezembro de 2009 de 2010 de 2011 de 2012 e de 2013 Bras lia MPS 2011 2014 Dis pon vel em lt http www previdencia gov br estatisticas menu de apoio estatisticas seguranca e saude ocupacional t
120. de nove anos as mortes por acidentes com motocicletas quase triplicaram sendo que do total de mortes no tr nsito ve rificadas em 2010 os acidentes com motos representaram cerca de vinte e cinco por cento colocando o Brasil em quinto lugar entre os pa ses com o maior n mero de mortes provocadas por ve culos terrestres lt REVISTA ESCOLA JUDICIAL DO TRT10 Al m disso devemos considerar o fato de que o projeto visa a aten der os interesses das pessoas que dependem do ve culo para obter seus ganhos remunerat rios uma vez que a Lei n 12 009 de 2009 mencionada expressamente no tex to que se pretende dar ao art 193 da CLT restringe se as atividades profissionais exercidas com motos Outro aspecto digno de nota o fato de que a CLT foi promulgada h quase setenta anos e desde ent o as rela es sociais em nosso Pa s sofreram altera es substanciais No entanto algumas mat rias tratadas naquele instrumento legislativo n o acompanharam essas modifica es e essa desatualiza o prejudicial a muitas categorias o caso da defini o da periculo sidade que no texto da CLT restri ta as atividades em que h contato permanente com inflam veis e ex plosivos Com o passar dos anos vi mos que in meras outras situa es podem e devem ser inseridas no conceito de atividade perigosa Foi o que ocorreu por exemplo com os empregados no setor de energia el trica com a edi o
121. de regra fixadas das 05h00 as 23h00 todos os dias muitas vezes sem intervalo para refei o e descanso intersemanal o que redundava num n mero alt ssimo e irreal de horas extras Em 15 de dezembro de 2011 a Lei 12 551 veio modificar o artigo 6 da CLI estabelecen do que n o h distin o entre o trabalho re alizado no estabelecimento do empregador o executado no domic lio do empregado e o realizado dist ncia inserindo o par gra fo nico que especifica as novas ferramentas v lidas para tanto ao prever que os meios telem ticos e informatizados de comando controle e supervis o se equiparam para fins de subordina o jur dica aos meios pessoais e diretos de comando controle e supervis o do trabalho alheio Tal se deu em decorr ncia do intenso de senvolvimento da tecnologia da informa o no s culo XXI que veio possibilitar a utiliza E ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO o de novas ferramentas para supervis o e comando dist ncia provocando altera es legais significativas ao descolar o conceito de pessoalidade da presen a f sica Destarte ao reconhecer a validade jur dica dos meios telem ticos e informatizados para medir a jornada efetivamente cumprida e o tempo disposi o nas atividades externas em que n o h rela o presencial continua a altera o do artigo 6 da CLI veio criar novos ins trumentos de compatibilidade reduzindo o alcance do
122. de sua viola o art 52 X Todas essas regras criam uma fronteira ineg vel ao exerc cio das fun es fiscalizat rias no contexto empregat cio colocando na ile galidade medidas que venham cercear a liberdade a dignidade e a intimidade 23 RR 28400 15 2009 5 05 0464 Data de Julgamento 02 10 2013 Relator Ministro M rcio Eurico Vitral Amaro 8 Turma Data de Publica cao DEJT 04 10 2015 RR 6007 91 2011 5 12 0034 Data de Julgamento 26 06 2013 Relatora Ministra Maria de Assis Calsing 4 Turma Data de Publica o DEJT 02 08 2013 RR 8 9100 86 2008 5 09 0010 8 Turma Rel Min Dora Maria da Costa DEJT de 24 08 2012 E RR 300140 53 2003 5 09 0015 SBDI 1 Rel Min Jo o Batista Brito Pereira DEJT de 04 05 2012 RR 620 2006 403 04 00 0 1 Turma Rel Min Luiz Philippe Vieira de Melo Filho DJ de 24 10 2008 E RR 615 854 99 SBDI 1 Rel Min Aloysio Corr a da Veiga DJ de 19 10 2007 9 do trabalhador H mesmo na lei proi bi o de revistas ntimas a trabalhado ras regra que evidentemente no que for equ nime tamb m se estende aos empregados por for a do art 58 caput e CF 88 Art 373 A VII CLT Nesse contexto e sob uma interpreta o sis tem tica e razo vel dos preceitos legais e constitucionais aplic veis hip tese a revista ntima por se tratar de exposi o cont nua do empregado a situa o constrangedora no ambiente de traba lho que limita sua liberd
123. declarat rios Examinada a peti o respectiva em con fronto com a senten a proferida n o vislum bro a negativa de presta o jurisdicional pois o interessado suscitou quest es analisadas na decis o e de qualquer sorte devolvidas ao exame deste Regional por meio do presente recurso ordin rio Rejeito a preliminar JULGAMENTO EXTRA E ULTRA PEDIDO Suscita o recorrente nulidade por julga mento extra e ultra pedido pois o ju zo de feriu em senten a pedido n o requerido ao n o estabelecer a exce o posta no pedido da letra c da peti o inicial Os v cios alegados porventura existentes poder o ser corrigidos ap s o reexame de m rito da mat ria raz o pela qual n o h que se falar em nulidade da senten a Rejeito a preliminar M RITO VALOR DA CAUSA O recorrente renova a impugna o ao valor da causa estabelecido pelo autor em R 19 437 500 00 asseverando que o montan te de R 10 000 000 00 dez milh es de reais posteriormente arbitrado condena o foge a razoabilidade ensejando a vultosa quantia de R 200 000 00 de custas processuais Inicialmente totalmente despropositada a tese de que uma institui o financeira com lucros que se aproximam e at superam o bi lh o de reais tenha dificuldades de acesso ao duplo grau de jurisdi o em raz o do eleva do valor das custas O valor definido causa inclui o pedido de indeniza o por danos morais coletivos que uma vez
124. desta Justi a do Trabalho declinando a em favor da Justi a comum Em sua peti o inicial a reclamante infor mou que o concurso com validade inicial de um ano a contar da data da publica o do resultado final 7 5 2012 foi prorroga do por igual prazo sendo que sua validade expirou em 6 5 2014 Neste interregno ar gumenta que o reclamado apesar da real necessidade de pessoal e n o priorizan do o concurso realizado preferiu proce der licita o mediante preg o eletr nico para contrata o de presta o de servi os tempor rios em todo territ rio nacional o que segundo entende a reclamante im portou preteri o aos candidatos habili tados no certame Argumenta ainda que mesmo antes da expira o da validade do concurso o reclamado prorrogou a vig ncia de contrato mantido com a Fun da o Cesgranrio entabulando novo cer tame para sele o externa para forma o de quadro reserva de funcion rios o que viola os princ pios da economicidade e de efici ncia colimados pelo pr prio instituto do concurso p blico Frente s argumenta es feitas a reclamante pleiteia a decla ra o da ilegalidade da conduta praticada pelo reclamado a contrata o imediata da reclamante ou reserva de vaga em seu benef cio pagamento de indeniza o por danos morais e materiais al m de honor rios advocat cios O recorrido por sua vez apresenta con trarraz es afirmando a incompet ncia absoluta da J
125. dig nidade da pessoa humana Revista dos Tri bunais S o Paulo v 6 n 24 m s out dez 2005 p 68 REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL S o elementos do dano existencial o ato ilicio o nexo de causalidade o efetivo preju zo o dano realiza o do projeto de vida e o prejuizo vida de rela es A conduta il cita do empregador que im pede o empregado de usufruir ainda que parcialmente das diversas formas de rela es sociais familiares atividades recreativas e extralaborais obstruindo a integra o do trabalhador sociedade e frustrando o pro jeto de vida do indiv duo viola o direito da personalidade do trabalhador e caracteriza dano existencial O dano moral fruto da viola o de um direito imaterial ou extrapatrimonial do em pregado Ao dano existencial se acrescenta o fato de ser constatado de forma objetiva por importar em uma sequ ncia de altera es prejudiciais ao cotidiano com a perda da qualidade de vida do trabalhador por lhe obstar o direito de exercer uma determinada atividade e ou participar de uma forma de conv vio inerente vida privada art 52 X da Constitui o Federal No entendimento do relator o trabalho prestado em jornadas que excederam habi tualmente o limite legal de duas horas extras di rias tido como par metro toler vel art 59 da CLT representa afronta aos direitos fundamentais do trabalhador Nesse sentido precedente do Col T
126. disciplina do trabalho dom stico a um limbo normativo juridica mente insuport vel se considerarmos que a maior parte dos direitos conquistados pelos dom sticos inclusive no plano constitucio nal encontra correspond ncia nas normas trabalhistas comuns e prevista em normas insiste se de efic cia imediata Assim a aproxima o dos conjuntos de di reitos trabalhistas do regime geral e do regime especial dos dom sticos induz a aplica o da CLT em tudo aquilo que n o esteja regulado por lei espec fica ou seja Os institutos traba lhistas dom sticos dever o observar priorita riamente o regramento pr prio sobretudo a Lei n 5 859 72 e subsidiariamente a CLT a intelig ncia do crit rio cl ssico de preserva o das normas especiais e gerais diante da lei nova ou seja a lei nova que estabele a disposi es gerais ou especiais a par das j existentes n o revoga nem modifica a lei an terior LINDB art 2 29 Assim nos pontos em que a Lei n 5 859 2 estabele a regramento espec fico para os dom sticos por exemplo a proibi o de descontos a t tulo de alimenta o e moradia tal disciplina fica confinada ao pe rimetro de abrang ncia subjetiva da norma e neste caso a CLT n o poder ser utilizada Em contrapartida sendo omissa a lei espe cial dos dom sticos acerca de determinado direito assegurado pela ordem constitucional por meio de norma de efic cia plena a exigi
127. divulgar essa situa o no local de trabalho sob o efeito de arcar com o pa gamento dos valore fixados al m de pagar indeniza o por dano moral coletivo tudo nos estritos termos da fundamenta o Ac rd o ACORDAM os Desembargadores da Se gunda Turma do Egr gio Tribunal Regional do Trabalho da D cima Regi o em Sess o Ordin ria vista do contido na certid o de julgamento fl retro aprovar o relat rio conhecer do recurso rejeitar a preliminar e no m rito por maioria dar lhe parcial provimento para condenar a empresa a abster se de realizar testes de pol grafo nos trabalhadores e divulgar essa situa o no lo cal de trabalho sob o efeito de arcar com o pagamento dos valore fixados al m de pa gar indeniza o por dano moral coletivo no importe de R 1 000 000 00 hum milh o de reais nos termos do voto do Desembarga dor Revisor que redigir o ac rd o Venci dos os Desembargadores Relator e Revisora que negavam provimento e ainda o Desem bargador Brasilino Santos Ramos em rela o aos valores fixados a t tulo das multas Jun tar voto vencido o Desembargador Relator JO O AM LCAR Desembargador do Trabalho 32I Processo 00938 2013 010 10 00 5 R0 Ementa EMPREGO EM COMISS O RE QUISITOS N O CUMPRIMENTO CONSEQU NCIAS A regra do art 37 Il e V da CR ob jJetivou a moraliza o das contrata es no ambito da Administra o P blica por isso n o previu a exist nc
128. e ansiedade constituem a maior parte desses acidentes Conclus es as estrat gias de defesa e de mobiliza o n o foram suficientes para evitar o adoeci mento em atividades econ micas com riscos psicossociais A doen a ps quica ocupacional vitimiza uma coletividade de trabalhadores e n o apenas um individuo isoladamente A Psicodin mica do trabalho til para a com preens o do problema PALAVRAS CHAVES sa de mental trans torno ps quico no trabalho doen a ocupa cional psicodin mica do trabalho ABSTRACT Introduction the mental disorder at work affects many workers and employers puts ad ditional strain on health and welfare services and defies the jurists and the health profes sionals Objective quantify and analyze the work mental disorders in the Distrito Federal and in Tocantins from the perspective of the Psychodynamics of work Methodology theo retical discussion and analysis of official statis tics on the causes of mental diseases of acci dents at work and accidents benefit between 2010 to 2015 confronting the economic ac tivities in which they appear with most fre quency Results The Distrito Federal and the Tocantins had almost 1200 accidents at work since 2010 until 2015 The highest incidence of these diseases is concentrated in few groups of related economic activities Diseases asso ciated with serious stress and adaptation and alfectivity disorders particularly depression eU
129. em disputa ou no limite ii proceder es colha do direito que ir prevalecer em con creto por realizar mais adequadamente a vontade constitucional 1 O mesmo autor alerta para o cuidado que se deve ter com rela o argumenta o raz o pr tica e ao controle da racionalidade das decis es proferidas Segundo Barroso as decis es que envolvem a ativi dade criativa do juiz potencializam o dever de fundamenta o por n o es tarem inteiramente legitimadas pela l gica da separa o de poderes por esta ltima o juiz limita se a aplicar no caso concreto a decis o abstrata to mada pelo legislador E ainda infor ma que para assegurar a legitimidade e a racionalidade de sua interpreta o nessas situa es o int rprete dever em meio a outras considera es 1 reconduzirla sempre ao sistema jur dico a uma norma constitucional ou legal que lhe sirva de fundamento a legitimidade de uma decis o judicial decorre de sua vincula o a uma deli bera o majorit ria seja do constituin te seja do legislador ii utilizar se de um fundamento jur dico que possa ser generalizado aos casos equipar veis que tenha pretens o de universalida de decis es judiciais n o devem ser casu sticas iii levar em conta as con sequ ncias pr ticas que sua decis o produzir no mundo dos fatos Ressalta se que na interpreta o em an lise al m dos aspectos j menciona dos
130. empregador mas em raz o do contrato de traba lho Tais condutas se provadas s o potencialmente lesivas aos direitos da personalidade Afetam o traba lhador psiquicamente de modo que causam danos e em consequ ncia o dever de indenizar Segundo o art 186 do C digo Civil comete ato ilici to aquele que por a o ou omiss o neglig ncia ou imprud ncia viola di reito e causa dano a outrem O abu so de direito tamb m gera o deve de indenizar segundo oart 16 do C digo Civil O dano moral em prin c pio n o necessita ser provado mas a ocorr ncia dos fatos que o ensejam deve ser cabalmente demonstrada necess rio ainda que a es dirigidas sejam capazes de considerado o ho mem m dio afetar a honra objetiva e subjetiva do trabalhador n o sendo indeniz vel o mero dissabor que n o adv m de ato il cito O empregador pode sem excessos exigir do traba lhador o cumprimento de metas efi ci ncia qualidade ou outras tantas caracter sticas que representam os princ pios ou os anseios da empre sa O exerc cio regular de direito n o constitui ato il cito nos termos dos arts 153 e 188 I do CC desde que n o haja excessos consoante osarts 18 e 186 do mesmo diploma legal T o grave quanto ser discriminado no trabalho por sua cor de pele etnia g nero sexualidade cren a religiosa etc imputar ao empregador a conduta discriminat ria quando inexistente ou imposs vel de demonstrar em p
131. es de trabalho aos motoristas 5 DI LOGO DAS FONTES Na esteira do preceituado no artigo in ciso XXVI da Constitui o Federal de 1988 o novo estatuto profissional do motorista veio re conhecer o valor normativo da negocia o co letiva assim fixando par metros para o di logo das fontes que possibilita v rias formas de in ter rela o entre as aut nomas e heter nomas criando reas de conflu ncia para garantir a oxigena o de um ordenamento jur dico sau d vel e apto a operar com funcionalidade n o s na solu o das controv rsias j instaladas mas tamb m na preven o de conflitos Nesta esteira importante ressaltar que a ne gocia o coletiva poder ter sua atua o am pliada para abranger tamb m obriga es de fazer n o fazer que possam levar a procedi mentos e provid ncias necess rias para evitar reduzir a ocorr ncia de doen as profissionais e acidentes de trabalho uma nova perspectiva que se abre para a atua o mais efetiva e eficaz da negocia o coletiva pautada pelo horizonte do neocons titucionalismo que pode levar supera o do nefasto neocorporativismo que insiste em continuar impregnando o ordenamento e po der causar sua necrose levando ao retrocesso das conquistas sociais e trabalhistas obtidas at hoje 10 GEMIGNANI Tereza Aparecida Asta Neocorporativismo x neoconstitucionalismo um debate sindical contempor neo Editora Bonijuris Curitiba
132. existam e outros organismos adequados 2 As distin es exclus es ou prefer ncias fundadas em qualifica es exigidas para determinado emprego n o s o conside radas como discrimina o 3 Para fins da presente Conven o as palavras em prego e profiss o incluem n o s o aces so forma o profissional ao emprego e s diferentes profiss es como tamb m as condi es de emprego Yara Maria Pereira Gurgel estatui que a Conven o n 111 demonstra preocupa o com todo ser humano e abrange todas as for mas de discrimina o n o ficando limitada somente quest o salarial Essa Conven o tem ainda por objeto o combate a todo tipo de discrimina o independentemente do contexto sociocultural de cada pa s A autora ressalta que a Conven o n 111 da OIT pro tege o trabalhador em todos os ambientes de trabalho e em todas as fases da rela o laboral pr contratual durante o v nculo de emprego e at mesmo ap s a cessa o do contrato individual de trabalho 2 Discrimina o racial e ass dio moral no trabalho O ass dio moral na esfera trabalhista con figura abuso do exerc cio dos poderes reco nhecidos ao empregador e por consequ n cia viola o aos direitos da personalidade do trabalhador 16 BARROSO Lu s Roberto Razoabilidade e isonomia no direito brasileiro In VIANA M rcio Tulio RENAULT Luiz Ot vio Linhares Coord Discrimina o S o Paulo LTr 2000 p
133. fixado em rela o indeniza o pois limitava em R 1 000 000 00 Bras lia DF 08 de outubro de 2014 data do julgamento M RIO MACEDO FERNANDES CARON Desembargador do Trabalho 309 Processo 01897 2011 001 10 00 1 R0 Ementa A O CIVIL PUBLICA CONTRA TA O E MOVIMENTA O DE TRABALHA DORES T TESIE DOT POGRA FO IICINDE EFEITOS 1 O enfrentamento da colis o entre princ pios n o deve passar pela atribui o na esfera abstrata da preval ncia de um so bre o outro mas sim na investiga o daque le aplic vel ao caso concreto 2 O poligrafo usualmente conhecido como detector de mentiras equipamento ineficaz aos fins que se destina como inclusive j pontuou a Su prema Corte dos Estados Unidos da Am rica 3 A submiss o de trabalhadores ao referido teste para a sua contrata o ou movimenta o sob o argumento de preservar a segu ran a do transporte a reo ilegal atingindo a sua intimidade e a dignidade 4 Emiss o de ordem inibit ria pr tica il cita al m da im posi o de multa empresa por dano moral coletivo Relat rio O relat rio aprovado da lavra da Exma Desembargadora ELKE DORIS JUST in verbis Pela senten a de fls 463 472 comple mentada s fls 481 483 o Exmo Juiz Mau REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL ro Santos de Oliveira G es rejeitou as preli minares e julgou improcedentes os pedidos iniciais Recurso ordin rio do aut
134. fruir o nas mes mas condi es que os cidad os e residentes permanentes de outro Estado Parte do livre acesso jurisdi o em tal Estado para a defe sa de seus direitos e interesses Ora se permitido ao estrangeiro acionar a jurisdi o de outro pa s do MERCOSUL a fortiori se conclui que quando est em solo de pa s membro ainda que a trabalho e de forma transit ria submeta se legisla o desse pa s notadamente quando se tratar de motoristas cujas fun es s o executadas em territ rio nacional e est o relacionadas com as condi es de seguran a no tr fego rodo vi rio A corroborar tal conclus o tem se a De clara o Sociolaboral do Mercosul ao dispor Artigo 17 Sa de e seguran a no trabalho 1 Todo trabalhador tem o direito de exercer suas atividades em um deve ser imputada tamb m ao motorista na ambiente de trabalho sadio e se aplica o no mundo do trabalho quest es controversas Editora LTr 2010 Co ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO guro que preserve sua sa de f sica e mental e estimule seu desenvolvimen to e desempenho profissional 2 Os Estados Partes comprometem se a formular aplicar e atualizar em forma permanente e em coopera o com as organiza es de emprega dores e de trabalhadores pol ticas e programas em mat ria de sa de e se guran a dos trabalhadores e do meio ambiente de trabalho a fim de preve nir os acidentes de trabalho e
135. garantir aos portadores de defici ncia e ou reabilitados a sua inclus o no mercado de trabalho certamente ainda estariamos vi vendo as agruras de um passado recente no Brasil em que os homens sem capacidade fi sica plena para o trabalho eram simplesmen te descartados pois n o serviam para os fins explorat rios do sistema Assim aos doentes aos incapacitados aos fisicamente limitados s vitimas do pr prio sistema de explora o restaria o isola mento a exclus o Quando a norma trata de inclus o dos portadores de defici ncia e dos reabilitados aponta para uma obriga o da sociedade em geral de amparar essas pessoas com con di es especiais n o permitindo que sejam discriminadas assegurando lhes o mesmo patamar de dignidade devido a todo o ser humano O Direito do Trabalho deve ser entendi do dentro dessa tica de prote o ao ser humano trabalhador que a pr pria raz o da sua exist ncia como ramo aut nomo do direito ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO Da o apego que se imp e na tarefa de aplica o do Direito Laboral aos valores so ciais do trabalho e aos princ pios que preser vam o homem em sua dimens o de dignida de Nesse sentido Valdete Souto Severo em sua obra O Dever de Motiva o da Despedi da na Ordem Jur dico constitucional Brasilei ra preleciona O fato de o Direito do Trabalho figurar dentre os fundamentos do Estado neces sariamente
136. gerais para a regula o deste servi o e d outras provid ncias 8 Altera o art 193 da Consolida o das Leis do Trabalho CLT aprovada pelo Decreto Lei n 5 452 de 1 de maio de 1943 a fim de redefinir os crit rios para caracteriza o das atividades ou opera es perigosas e revoga a Lei n 7 369 de 20 de setembro de 1985 9 Raz es do veto Para instituir nova modalidade de servi o de seguran a privada a proposta deveria ter contemplado mecanismos de controle e fiscaliza o do seu exerc cio determinando entre outros requisitos a forma de registro dos profissionais e os cursos necess rios sua capacita o Da forma como est redigido o Projeto de Lei n o deixa claro como se daria o servi o comunit rio de rua podendo gerar d vidas quanto sua compatibilidade com os servi os desenvolvidos pelos rg os de seguran a p blica 183 Desse modo a reda o original do Projeto de Lei 2805 2011 foi alterada para manten do se a reda o do caput do artigo 193 da CLT com as inova es introduzidas pela Lei 12 40 12 acrescentar ao referido dispositi vo o S4 determinando que S o tamb m consideradas perigosas as atividades de tra balhador em motocicleta A relev ncia e a urg ncia da inova o le gislativa podem ser muito bem observadas nas justificativas formuladas pelo Deputado M rcio Marinho do PRB BA quando da ela bora o de parecer sobre o Projeto de Lei n 2 80
137. horas mas no 3 do artigo 0 C acres centado ao CIB ad mitiu a possibilidade de fracionamento em dois per odos 8 3 mesmo crit rio adota do tamb m em rela o aos empregados garantidos o m nimo de 8 oito horas inin terruptas no primeiro per odo e o gozo do remanescente dentro das 16 dezesseis ho ras seguintes ao fim do primeiro per odo conforme estabelece o 3 do artigo 235 C que inseriu na CLI Ademais tamb m manteve o mesmo precei to da lei anterior ao estabelecer no 0 deste artigo que o condutor somente iniciar uma viagem ap s o cumprimento integral do in tervalo de descanso vs e gozo do intervalo de Importante registrar que apesar de ter minimizado a obriga o fixada pela Lei 12 019 2012 ao retirar a san o estabele cida ao alo de permitir no 7 do artigo 0 C manteve o preceito que atribuiu ao transportador de cargas e de passagei ros embarcador consignat rio de cargas operador de terminais de carga operador de transporte multimodal de cargas ou agente de cargas a proibi o de ordenar a qualquer motorista a seu servi o ainda que subcontratado que conduza ve culo sem o gozo integral do intervalo de 11 ho ras de descanso sob pena de aplica o das san es previstas no inciso XXII do artigo 230 quanto configura o de in fra o e possibilidade de reten o do ve culo C Intervalos semanais A Lei 12 6019 2012 distinguiu a dura
138. html gt Acesso em 25 out 2014 PENIDO La s de Oliveira PERONE Gian carlo Sa de mental no trabalho escla recimentos metodol gicos para juristas In FERREIRA Janu rio Justino PENIDO La s de Oliveira Orgs Sa de mental no trabalho colet nea do f rum de sa de e seguran a no trabalho do Estado de Goi s Goi nia Cir Gr fica 2013 UNI O EUROPEIA Ag ncia Europeia para a Seguran a e Sa de no Trabalho Riscos psicossociais e stresse no traba Iho Dispon vel em lt https osha europa eu pt topics stress index_html gt Acesso emi TL out 2014 VIEIRA Fernando de Oliveira MENDES Ana Magn lia MERLO lvaro Roberto Crespo Orgs Dicion rio cr tico de ges t o e psicodin mica do trabalho Curiti pa Junia 2013 39 ACIDENTE DE TRA TETO ESTO DAS CONSTRUTORAS E REPERCUSS ES SOCIAIS O RESUMO O presente trabalho possui a finalidade de apresentar um estudo a respeito da caracte riza o da responsabilidade civil das constru toras nos acidentes de trabalho e as reper cuss es sociais na vida do trabalhador Para tanto ser enfocado a import ncia da aplica o das normas protecionista e consequ n cias de sua inaplicabilidade para os emprega dos da constru o civil que historicamente tem sido o carro chefe dos acidentes de tra balho no Brasil buscando sempre correlacio SPONSABILIDADE Civi Ant nia de K ssia Silva de Sousa Pinho Advogada nar din mic
139. im pede o empregado de usufruir ainda que par cialmente das diversas formas de rela es so ciais fora do ambiente de trabalho familiares atividades recreativas e extralaborais ou seja que obstrua a integra o do trabalhador so ciedade ao frustrar o projeto de vida do indivi duo viola o direito da personalidade do traba lhador e constitui o chamado dano existencial 4 Na hip tese dos autos a reclamada deixou de conceder f rias reclamante por dez anos A neglig ncia por parte da reclamada ante o reiterado descumprimento do dever contratu al ao n o conceder f rias por dez anos vio lou o patrim nio jur dico personal ssimo por atentar contra a sa de f sica mental e a vida privada da reclamante Assim face conclu s o do Tribunal de origem de que indevido o pagamento de indeniza o resulta violado o art 5 X da Carta Magna Recurso de revista conhecido e provido no tema TST RR 727 10 2011 5 24 0002 Julgamento 19 06 2018 Rel Min Hugo Carlos Scheuermann Ac 1 Turma Publica o DEJT 28 06 2013 N o tem sido esse por m o entendimen to prevalente neste Eg Regional 0001970 02 2012 5 10 0102 RO como bem posto pela Exm Desembargadora Revisora Dr Cilene Ferreira Amaro Santos nas pondera es apre sentadas cujos termos adoto com ressalva de entendimento pessoal como raz es de deci dir verbis O reclamante postula a reforma do julga do quanto ao indefer
140. integra o com o objetivo de se alcan ar o objetivo maior que o respeito dignidade da pessoa hu mana J3 6 CONSIDERA ES FINAIS O presente trabalho se prop s discutir a caracteriza o da responsabilidade civil das construtoras nos acidentes de trabalho aten tando se em todos os momentos para as reper cuss es sociais na vida do trabalhador oriundas desses acidentes Para se chegar ao objetivo proposto abor dou se de forma singela e clara sobre os ele mentos e situa es caracterizadoras da respon sabilidade civil incorporando se ao texto n o somente posi es doutrin rias mas jurispru denciais ou seja o entendimento atu al das Cortes Superiores sobre o tema proposto Atrav s disto identificou se por exemplo uma evolu o do pensamen to jur dico principalmente atrav s de teses doutrin rias ao se admitir a apli ca o da responsabilidade objetiva nos acidentes de trabalho fato que benefi cia sobremaneira o trabalhador que o hipossuficiente na rela o laboral Buscou se ainda demonstrar que as pol ticas p blicas no combate a re du o no n mero de acidentes e mor tes de trabalhadores n o caminhou na mesma celeridade do desenvolvimen to econ mico do Brasil e nos dias atu ais ainda se tem ndices alarmantes de mortes de trabalhadores e acidentados Outro fator verificado na pesquisa diz respeito aos efeitos decorrentes dos acidentes de trabalho na vida do tra
141. interposto pelo MPT que desde j cons to se trata de decis o antes proferida sujeita a recurso e sem qualquer omiss o obscuri dade ou contradi o motivo pela qual nes se momento rejeito os embargos at porque prejudicados em face da tutela concedida senten a a fls 1789 1790 A mera elabora o de programa que visa a promo o da sa de e da integridade dos trabalhadores sem o eficaz implemento dos requisitos exigidos pelas normas regulamen tares do MTE n o atende o fim social a que Se prop e Melhor sorte n o socorre recorrente quando alega que as provas apresentadas pelo Minist rio P blico do Trabalho est o de fasadas porque remontam a fatos ocorridos nos anos de 2004 2005 e n o serviriam a comprovar fatos atuais Embora as provas que originaram a pre sente a o civil p blica sejam anteriores propositura da a o e nem poderia ser di ferente pois elas fizeram parte do inqu rito civil que por sua vez fez surgir a presente ACP tamb m foram juntados aos autos pelo Distrito Federal documentos referentes fis caliza o efetuada pelo DFTrans nos anos de 2011 2012 fls 687 756 os quais demons tram a aplica o de multas por infra es relevantes ao meio ambiente de trabalho e indicam que n o houve altera o no quadro f tico exposto na exordial Assim sendo os poucos atestados de sau de ocupacional juntados pela recorrente e nos quais os empregados foram considerados ap
142. invocada logo data v nia dos r entendimentos em contr rio a Justi a do Trabalho det m compet ncia para apreciar e julgar as a es indenizat rias lato sensu fundadas na exist ncia da rela o de empre go Trata se inclusive de compet ncia hist rica antes mesmo do advento da Emenda Constitucional n 45 2004 e que inclui por tanto a hip tese jur dica de repara o de da nos materiais de ap lice de seguro eis que sua origem deriva o e fundamento legal a pr exist ncia do contrato de emprego art 444 CLT Isto porque esta pr exist ncia do contra to de emprego condi o essencial e n o acidental e ou natural do neg cio jur dico de seguro vida e ou acident rio com a em presa securit ria e o conflito que da surge decorre da vantagem concedida ainda que indireta da exist ncia e condi es contratu ais daquele v nculo arts 444 e 458 2 V CLT 3 DALAZEN Jo o Orestes Compet ncia Material Trabalhista LTr 1994 p 51 e Co J REVISTA ESCOLA JUDICIAL DO TRTIO justamente a pr exist ncia do v nculo de emprego como condi o essencial do neg cio jur dico securit rio que permite inclusive instituir o pagamento do pr mio mensal da ap lice para a empresa securit ria e n o ao empregador propriamente dito atrav s de descontos mensais dos sal rios dos trabalhadores descontos estes incontro versamente tidos por l c
143. j causado coletividade mas tamb m por j ter ocorrido a transgress o ao ordenamento jur dico vigente Tal prote o a ser dispensa da coletividade est diretamente ligada ao sentimento de desapre o e de perda de va lores essenciais que a afetam negativamente Isto porque a indeniza o por danos mo rais coletivos tem por objetivo oferecer co letividade dos trabalhadores uma compen sa o pelo dano j sofrido atenuando em parte as consequ ncias da les o e ainda visa aplicar lesante uma san o pelo il cito praticado pois de modo contr rio seria a sua premia o Dano Moral M ltiplos Aspectos nas Rela es de Trabalho S o Paulo LTr Nas a es individuais a indeniza o por dano moral atende a dupla fun o car ter compensat rio com rela o vitima e ca r ter punitivo com rela o ao ofensor no dano moral coletivo exsurge primordialmen te o aspecto preventivo e pedag gico N o apenas nas situa es de viola o a direi tos exclusivamente ligados dignidade da pessoa humana que se caracteriza o dano moral coletivo Tamb m est configurada tal les o com maior intensidade nos casos de completo desrespeito e inobserv ncia dos di tames do ordenamento jur dico pela ofensa a dispositivos constitucionais e infraconstitu cionais de natureza cogente Como j exposto acima restou patente a discrimina o laboral em face das trabalha doras gestantes d
144. n o se reconhece afronta ao dispos to nos artigos 114 da Constitui o da Rep blica Precedentes Agravo de instrumento a que se nega provimento TST 12 T AIRR 346 40 2010 5 19 0003 ALENCAR j 0 11 2018 DEJTE 112015 Nego provimento 2 2 PRELIMINAR ID CAR NCIA DE A O FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL O reclamado insiste na inexist ncia do interesse processual sustentando que n o tendo ainda sido homologado o certame da Sele o Externa n 02 2013 n o h interesse da reclamante em requerer a suspens o de tal sele o mesmo que realizada durante a vig ncia da Sele o Externa n 01 2013 da qual participou a autora O interesse de agir da reclamante ao plei tear sua convoca o ou reserva de vaga emerge das alega es de que tendo realiza do concurso p blico e sido classificada den tro do n mero de vagas previstas no Edital do certame o reclamado abriu novo concurso bem como procedeu contrata o de ter celrizados preterindo os candidatos do pri meiro concurso Evidente pois O interesse processual obreiro Nego provimento 2 3 CONCURSO P BLICO RESERVA DE CADASTRO NOMEA O A reclamante narrou na inicial que o recla mado lan ou abertura de sele o externa por meio do Edital ne 1 2012 em 12 1 2012 tor nando p blica a realiza o de concurso para a forma o de cadastro de reserva objetivando dig o provimento de vagas no n vel inicial da Car reira de Escr
145. nado a exclus o deste ou daquele emprego ou ainda n o tendo estipulado que a con trata o dos deficientes ou reabilitados seria para alguma atividade espec fica caber 01036 2013 020 10 00 3 R empresa por meio de seu poder diretivo eleger para quais cargos deseja destinar aquele rol de trabalhadores observando se a aptid o particular de cada portador de ne cessidades especiais diante da multiplicida de do tipo e do grau de defici ncia Al m desse fundamento importante destacar que a obriga o de inclus o da pessoa defi ciente ou reabilitada n o se inicia e se esgota com a contrata o Esse processo inclusivo de que trata a norma importa necessaria mente na capacita o na prepara o t c nica na habilita o dos PCD s e reabilitados para que possam ser contratados Recurso conhecido e provido REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Relat rio O Exmo Juiz do Trabalho MARCOS ALBER TO REIS DE PAULA em exerc cio na MM 202 Vara do Trabalho de Brasilia DF por meio da r senten a proferida s fls 1605 170 aditada pela decis o de embargos declarat rios s fis 190 193 concedeu a seguran a nos au tos do mandado de seguran a impetrado por Oriente Seguran a Privada Ltda ME para de terminar aos rg os de fiscaliza o trabalhis ta que se abstenham de exigir da impetrante a contrata o de pessoas com defici ncia para a atividade de vigilante excluindo do c lculo previs
146. o fundamento do pedido tenha sido feito em raz o do contra to de trabalho abriu se efetivamente a porta para o desenvolvimento da 4 Idem Ibidem p 56 Ainda leciona o eminente Ministro Em s ntese conflito trabalhista de natureza jur dica o que se estabelece visando a interpreta o ou aplica o de norma jur dica preexistente assim considerada a que emane do contrato de emprego ou de qualquer das fontes formais do Direito do Trabalho lei conven o ou acordo coletivo regulamento ou senten a normativa esta singularidade apenas do direito brasileiro Idem op cit p 58 5 CAPPELLETTI Mauro Ju zes Legisladores Trad Carlos Alberto de Oliveira Sergio Ant nio Fabris Editor Porto Alegre 1993 Co ESCOLA JUDICIAL pretexto de justa causa para a despedida compet ncia da Justi a do Trabalho 6 In Pequeno Tratado da Nova Compet ncia Trabalhista LTr 2005 p 238 239 REVISTA DO TRTIO Este inclusive o fundamento atual da jurisprud ncia trabalhista consolidada ao fixar a compet ncia material da Justi a do Trabalho para 1 aprecia o da repara o por danos morais que tenham origem no contrato de emprego S mula 392 TST 2 aprecia o da repara o por danos mate riais que tenham origem na frustra o do seguro desemprego por culpa do empre gador S mula 389 TST 3 aprecia o das repara es por acidente de trabalho e ou doen as ocupacionais STF T Pleno
147. o pedido da reclamada de declarar a resci s o contratual por abandono de emprego 209 Contra essa decis o recorre a reclamante renovando o pedido de reconhecimento da rescis o indireta do contrato de trabalho A rescis o indireta do contrato de traba Iho requer o cometimento de falta grave pelo empregador de modo a tornar invi vel a con tinuidade da presta o dos servi os obser vadas as situa es descritas no art 483 da CIT Considero que a aus ncia contumaz de re colhimentos de FGTS fator suficiente para a rescis o indireta do contrato de trabalho por se tratar de uma obriga o trabalhista b sica a ser cumprida pelo empregador Muito embora seja nus da reclamante a demonstra o de inexist ncia de dep sitos de FGTS no caso a defesa da reclamada suficiente para comprovar a irregularidade no recolhimento da parcela A pr pria reclamada confirmou a inexist n cia de dep sitos de FGTS durante o contrato de trabalho ao informar da tentativa de regu lariza o do pagamento do FGTS Portanto a alega o da inicial em que se baseia o pedi do de rescis o indireta est comprovada Ressalto ainda que as dificuldades relata das na defesa para a regulariza o do FOTS n o eximem a reclamada do cumprimento dessa obriga o trabalhista Da mesma forma n o h falta de imediati dade da empregada pois a aus ncia de dep sitos do FGTS configurou um ato continuado em agravame
148. o sofrimento patol gico em raz o do trabalho possa desenvolver outras enfer midades 2 1 DOEN AS OCUPACIONAIS De acordo com a Lei n 8 213 1991 BRASIL 1991 acidente de trabalho o que acontece a servi o da empresa ou pelo exerc cio do tra balho a certos segurados da Previd ncia e que provoca les o corporal ou perturba o funcio nal que cause a morte ou a perda ou redu o permanente ou tempor ria da capacidade para o trabalho art 19 Al m do acidente t pico decorrente direta mente da atividade exercida e de trajeto ocor rido geralmente no percurso resid ncia trabalho ou vice versa a Lei n 8 213 equipara ao aci dente de trabalho a doen a ocupacional que compreende a doen a profissional e a doen a do trabalho art 20 A doen a profissional produzida ou desen cadeada pelo exerc cio do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respecti va rela o elaborada pelo Minist rio do Trabalho e da Previd ncia Social art 20 inciso Lei n 8 213 1991 A doen a do trabalho a adqui rida ou desencadeada em fun o de condi es especiais em que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente art 20 inciso Il cb A doen a para ser ocupacional deve guar dar nexo de causalidade com o trabalho isto ter rela o de causa e efeito entre o evento e o resultado MONTEIRO e BERTAGNI 2010 p 44 entre o trabalho e a enfermid
149. objetos de apre o pessoal que s a ela cabe revelar As regras de e trato social por todos conhecidas bem dizem da inviolabilidade das bolsas de uso feminino enquanto assim se apre sentam Se induvidoso que a bolsa porta da pela empregada uma express o de sua intimidade um locus em que se guardam os seus guardados ntimos O tratamento a ela dispensado deve ser ri gorosamente aquele mesmo que se dis pensa bolsa da cliente da loja ou das transeuntes enfim O poder empresarial n o pode menoscabar o balizamento constitucional no mbito da rela o de emprego por bvio Que os empregadores se previnam instalando portas de detec o de me tal ou etiquetas como agem no tocante aos s consumidores as A empregada por s lo n o cria para eles uma esfera de imunidade infensa aos dever de res peitar o direito intimidade vida pri vada honra dignidade e imagem das pessoas N o custa lembrar em respeito m xima Kantiana que a dignidade um atributo de quem n o tem pre o e sen do imanente assim um atributo de que n o tem pre o e sendo imanente assim ao homem e mulher nicos seres do tados de raz o e vontade impede que sejam eles tratados como meio ou ins trumento sendo lhes sempre garantido o direito de serem regidos por condutas ou normas que os compreendam como um fim O revisar e expor dia ap s dia O que guardava a empregada em sua bol
150. ordem se tornaria to talmente invi vel se o nico apoio normativo integrat rio fosse o direito comum indigente nas mat rias trabalhistas como n o poderia deixar de ser frustrando e afrontando as ini ciativas parlamentares incrementadoras de melhores condi es de trabalho a tal catego ria de empregados Um primeiro passo os tensivo na dire o da su pera o da barreira legal expressa imposta pela CLT foi dado na primeira re gulamenta o da Lei n 9 659 2 com a deter mina o literal de que se aplicasse aos empregados dom sticos o cap tulo das f rias do texto consolida do Decreto n 71 885 73 arts 22 e 69 Com a expans o da plataforma de direitos trabalhistas com a su cess o de inova es legais e constitucionais aproximando os regimes geral empregados urbanos e rurais e especial dom sticos n o h outra base normativa mais adequada para o recurso analogia que a CLT esvaziando significativamente o alcance da proibi o preliminar lan ada no seu art a Ademais importante destacar que no conjunto de regras sucessoras da loca o de servi os no C digo Civil de 2002 encontra se dispositivo legal que taxativamente descar Do ta a sua aplica o s leis trabalhistas art 593 solu o jur dica sem correlata regra no c digo revogado Assim se o hermeneuta insistir no apego literalidade do direito positivo vigente CLT art 72 a lan ar a
151. ordin ria prev a possibilida de de repara o do dano moral coletivo a teor do art 6 VI da Lei n 8 078 90 A defe sa coletiva pode ser de interesses ou direitos difusos coletivos e individuais homog neos como se v do am 81 da Lei n 8 078 90 isso significa que o fato de ser determin veis as pessoas atingidas n o impede a defesa coletiva do direito envolvido O dano moral puro n o se prova bastando que se fa a a prova dos fatos que embasam o pedido Dessa forma basta a prova dos fa tos que o fizeram emergir Quando o prejuizo transcende a esfera individual ocasionando sentimento de repulsa por parte da socieda de caracterizado est o dano moral coletivo Nesse sentido a Lei da A o Civil P blico e o C digo do Consumidor incontroversa nos autos a contrata o pela recorrida de empregados em comiss o sem a devida cria o por lei art 37 Ile V da CR o que atinge a sociedade de forma geral porque suprime as oportunidades de concur So para ocupa o dos empregos No que se refere ao pedido recursal h se ressaltar que a fixa o da indeniza o por dano moral considera a extens o do prejuizo causado aos ofendidos pelo ofensor Na hip tese destes autos a fixa o da in deniza o por danos morais coletivos no 33 importe de R 200 000 00 com destina o ao Fundo de Amparo do Trabalhador aten de aos ditames da proporcionalidade e da razoabilidade Constitui com efei
152. ori ginariamente n o possui o nus da 119 prova a oportunidade de produzi la Nessa l gica quando se inverte o nus preciso supor que aquele que vai assumi lo ter a possibilidade de cumpri lo sob pena de a invers o do nus da prova significar a imposi o de uma perda e n o apenas a trans fer ncia de um nus A invers o do nus da prova nessa linha somen te deve ocorrer quando o r u tem a possibilidade de demonstrar a n o exist ncia do fato constitutivo Em que pese a cr tica de que a concess o dessa oportunidade pode indicar prejulga mento da lide aconselh vel no contex to atual da evolu o do Direito que o Juiz diante da teoria da distribui o din mica do nus da prova conceda a parte possibilida de em produzir a prova Para isso h dois ca minhos uma advert ncia gen rica dirigida a ambas as partes ou espec fica considerando a particularidade da mat ria em debate Na primeira hip tese o Juiz antes de iniciada a instru o processual adverte as partes de que devem contribuir para a com prova o dos fatos controvertidos segundo a aptid o para a prova e ou de que poder ser aplicada a teoria din mica do nus da prova ou a invers o probat ria caso comprovada a dificuldade ou a impossibilidade na produ o de determinada prova Com isso as par tes t m ci ncia pr via de que a n o apresen ta o de uma prova n o identificada pode conduzir a um
153. ou eliminar as consequ ncias jur dicas aventadas na ini cial Por isso a manifesta o em r plica so bre essa alega o n o exorbitou os limites da lide Aponta viola o aos arts 93 IX da CF 458 do CRE e 832 da CLI lem raz o o recorrente em que o conte do das perguntas passou fazer da parte da lide porque apresentada na pe a defensiva como um dos elementos capazes de desca racterizar a alegada viola o ao direito dos trabalhadores fl 106 Ali s embora n o assentando nas perguntas os argumentos ini ciais j naquela pe a o autor fez refer ncia a essa quest o ao destacar o coment rio sobre o conte do dos questionamentos feito por Ministro do TST na an lise da mesma mat ria fl 8 Assim a manifesta o sobre o tema em r plica fl 426 n o constituiu inova o lide Todavia tamb m como registrado na sen ten a aos embargos o recurso ordin rio pos sui efeito devolutivo amplo sendo dispens vel o pr questionamento Por isso mesmo que n o tenha havido pronunciamento so bre o tema na inst ncia origin ria a quest o pode ser objeto de aprecia o em sede re cursal por for a da efeito devolutivo em pro fundidade do recurso ordin rio conforme a S mula 393 TST SI Al m disso o Juizo de origem n o silen ciou totalmente sobre a quest o uma vez que pronunciou se na senten a principal que S o feitas perguntas de padr es normais igual como ocorre em qualquer tipo
154. pios como categoria normativa est as sentado na administra o da diversidade E o m todo a dirigir os crit rios da adequa bilidade h necessariamente de estar jun gido a tal ess ncia sob o efeito da perda da efic cia de tais direitos Ora a pr pria ideia de graus de afeta o contrasta com o entendimento geral sobre os princ pios comprometendo a sua efetividade Estando a base dos princ pios assenta da na pr tica democr tica a sua adequa da aplica o deve seguir os par metros tra ados pela discursividade composta pelo conte do do discurso em si al m do procedimento destinado a garantir a comunica o alcan ando assim o que denominado de aceitabilidade racional E a constru o democr tica ou participativa do direito sem a qual haver a clara aber tura para o imp rio do arb trio A ado o de um m todo como crit rio da verdade como prop e a primeira corrente pela sua natureza dissociada desse panorama porquanto reduz a atividade ao mon lo go sujeito inclusive a concep es estra nhas ao universo jur dico Sob o ngulo do resultado a cr tica ao m todo da pondera o desnuda a sua in conveni ncia pois constru es de tal jaez abandonam a trilha deontol gica em favor da teleol gica possibilitando o reconhe cimento de grada es infensas natureza dos direitos fundamentais Tecidas essas breves considera es e abandonando o aparente conflito entre as g
155. pol tica empresarial di versa da adotada qual seja a extrapola o rotineira da jornada de trabalho ilegalidade mascarada pela compensa o registrada nos cart es de ponto Cabe ao empregador qua lificar seus quadros gerenciais para a ado o de t cnicas de gest o que impossibilitem ou desestimulem os empregados prorroga o habitual da jornada em complemento ao sistema de controle de ponto que como se sabe alimentado apenas pela racionalida de de m quina ou numa linguagem mais mo derna uma racionalidade de software Consoante o artigo 224 caput e par grafo primeiro da CLT a dura o normal do traba lho dos banc rios de seis horas com quinze minutos de intervalo O artigo 225 do referido diploma legal au toriza excepcionalmente a prorroga o de mais duas horas totalizando oito horas di rias Em r pida incurs o hist rica constata se que a jornada especial dos banc rios remon ta d cada de 30 do s culo passado fruto das primeiras conquistas da categoria rec m divorciada da categoria dos comerci rios envolvendo melhorias salariais e condi es sanit rias da poca Ao que consta atingida por surtos de tuberculose que como se sabe contagiosa A redu o impunha se tamb m em ra z ao do desgaste f sico e mental provocado pelo exerc cio cotidiano de recebimentos e pagamentos de valores de terceiros fato des gastante pelo elevado n vel de concentra o exigido a
156. poss vel ti tular do direito pretendido ao passo que a legitimidade do r u decorre do fato de ser ele a pessoa indicada em sendo procedente a a o a suportar os efeitos oriundos da sen ten a C digo de Processo Civil Comenta do vol p g 319 A legitimidade ativa e passiva decorrem da titularidade da pretens o deduzida em ju izo ou da titularidade da resist ncia oposta a esta pretens o Portanto o Distrito Federal parte legitima para figurar no polo passivo da lide mormente porque a inicial aponta sua condi o de solid rio 1 reclamada LOTA XI no objeto da condena o pretendida Assim constatado que o Distrito Federal na qualidade de concedente do servi o p REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL blico mant m v nculo administrativo com a primeira reclamada concession ria e em raz o de tal v nculo adv m sua responsabi lidade pelo dano moral coletivo aferida est a pertin ncia da figura o passiva da lide A an lise da quest o relativa possibilidade ou impossibilidade de condena o de forma so lid ria do ente p blico mat ria afeta ao m rito do recurso n o sendo cab vel sua an lise em sede preliminar Prefacial que se rejeita 2 6 PRELIMINAR DE IMPOSSIBILIDADE JU R DICA DO PEDIDO Recurso da reclamada LOTAXI Suscita a recorrente LOTAXI preliminar de impossibilidade jur dica do pedido ao argu mento de que o pedido de dano moral co
157. postos de combust veis Nestes termos imputou a obriga o de observ ncia deste preceito n o s ao em pregador e a empresa transportadora mas tamb m ao embarcador consignat rio de cargas operador de terminais ferrovi rios hidrovi rios e aeroportu rios operador inter modal de cargas e agente de cargas aduanas e portos o que certamente ensejar muitos debates judiciais quanto forma o de litis cons rcio dos legitimados a responder pelo p lo passivo nas demandas trabalhistas Face s dimens es e a abrang ncia das al tera es propostas teria sido apropriado fixar um per odo de vacatio legis mais dilatado Como isto n o ocorreu a entrada em vigor da Lei 12 619 2012 desencadeou intensos movimentos de protesto com a paralisa o de rodovias em S o Paulo Rio de Janeiro Es p rito Santo e Rio Grande do Sul Um n mero elevado de caminh es ficaram parados mui tos com cargas perec veis o que provocou transtornos consider veis Entre as raz es do conflito duas se apresentaram com maior in tensidade REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL 1 A exist ncia de poucas reas de des canso nas principais rodovias do pa s o que comprometeria o cumprimento da regra ante a proibi o de permanecer no acostamento das rodovias e a falta de seguran a para esta cionar em qualquer lugar 2 O encarecimento dos custos que viria reduzir o valor das comiss es e a rentabilidade econ mica da a
158. que Conforme se verifica a Corte Regional deixou de declarar a pres cri o no caso concreto por entender que se debatem direitos e interesses de toda uma coletividade Dessa forma o fundamento da quela Corte Regional no sentido de que a im REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL prescritibilidade da a o civil p blica justifi ca se pela natureza indispon vel do direito tutelado ao contr rio do entendimento do Reclamado n o viola o art 2 XXIX da Constitui o Federal No referido dispositi vo define se o prazo prescricional referen te ao direito material que se pretende ver reparado n o atingindo tal instituto os di reitos e interesses metaindividuais nas mo dalidades difusa e coletiva pertencentes s pessoas indeterminadas ou apenas determi n veis no seio da sociedade tendo como caracter sticas marcantes a indivisibilidade a indisponibilidade a essencialidade e a aus ncia de conte do econ mico Nego provimento TST AIRR 716 106 2000 06 s fis 260 2061 Publicado em 03 12 2009 no DEJT No mais entendo que o MPT s teve res paldo o suficiente para ajuizar a a o civil p blica quando do procedimento investiga t rio n o havendo assim que se falar em prescri o contada da data do fato j que apenas com o inqu rito civil se reuniu os elementos para a propositura da a o Logo ante a natureza do direito violado rejeito da prejudicial de m rito e passo anali
159. raz o pela qual as transcri es dos julgados daquele Org o n o alteram as conclus es j esposadas N o havendo lei que crie os referidos empregos em comiss o a cria o de tais empregos e as contrata es para o preenchi mento de tais empregos s o nulas de pleno direito porquanto evidenciam objetivo de fraudar a lei Nem mesmo as contrata es para os cargos de dire o chefia e assesso ramento podem ser consideradas legais por quanto o v cio de origem aus ncia de lei precede a esta exce o As alega es recursais no sentido de que a contrata o de empregos em comiss o ocorreu por autoriza o do Minist rio do Planejamento sob a condi o de essas fun es fossem sendo gradativamente substitu das por empregados concursados fl 372 12 n o alteram as conclus es j esposadas porque referido Minist rio n o est acima da norma constitucional n o pode atuar contra disposi es constitucionais expressas Em sintese eventuais empregos em co miss o devem ser criados por lei com re serva de percentuais para os ocupantes de emprego efetivo nos moldes do art 37 Il e V da CR N o observados os ditames consti tucionais da cria o do emprego em comis s o n o se pode legitimar a cria o de em pregos em comiss o nem as nomea es respectivas Dessa forma nego provimento ao recurso da reclamada e dou provimento parcial ao recurso do reclamante para
160. re discuss o luz da hermen utica Porto Alegre Livraria do Advogado 2001 MARTINEZ Wladimir Novaes Quest es atuais envolvendo a aposentadoria especial in Revista de Previd ncia Social n 217 dez 1998 lol ANEXOS O n mero total de acidentes de trabalho registrados no Brasil aumentou de 709 474 casos em 2010 para 711 1604 em 2011 Acidentes de Trabalho registrados 2007 2011 55 980 733 365 709 474 111 164 659 523 VA BoA od E Moroni N mero total de acidentes fatais no per odo comparativo de 2007 a 2001 Fonte MPAS Fonte s tio TST http www tst jus br web trabalhoseguro dados nacionais REVISTA DO TRTIO loe l3 Acidentes de trabalho registrados em 2011 Dados percentuais por macrorregi o NORTE O 69 1 6 CENTRO OESTE 9 Co KA 7 REVISTA DO TRTIO 34 CIONA GISMO UMA NOVA VIS O DO DIREMO Caracteriza o O Neoconstitucionalismo fundado na filoso fia neopositivista p s positivista foi um movi mento de transforma o do Estado e do Direito em especial da Constitui o que surge na Eu ropa na segunda metade do s culo XX tendo como um dos principais marcos o julgamento ocorrido na cidade de Nuremberg Alemanha no per odo compreendido entre 1945 e 1949 Tal julgamento exemplificou de forma clara os paradoxos do positivismo cl ssico na medi da em que as mesmas leis que possibilitaram aos ju zes que condenassem nazistas por atro
161. reduzir ou elidir os riscos ocupacio nais sendo todos os nibus equipados com cbb ar condicionados motor traseiro piso baixo LOW Entry com rampa de acesso a cadeiran tes dire o hidr ulica e parte com c mbio autom tico o que demonstra ser possivel e legalmente devido a implementa o de po l ticas na empresa capaz de reduzir os riscos ocupacionais Ao contr rio a r Lotaxi continua insistin do pelo triste e f cil argumento de que n o h proibi o para circular nibus com motores dianteiros quando as NR s do MTE e demais normas citadas que regulamentam a sa de do trabalhador demonstram tal veda o A empresa TCB ainda anexou v rios ates tados ocupacionais demonstrando a aptid o para o trabalho ap s as medidas implemen tadas em prol da sa de de seus trabalhado res Pois bem Pela vasta documenta o apresentada restou se comprovado que os trabalhadores da LOTAXI em especial nas fun es de mo torista de cobradores est o expostos a risco acentuado de ru do em ve culos com mo tores dianteiro fato reconhecido pelo GDF atrav s da Subsecretaria de Sa de e meio ambiente onde foi recomendado que as fro tas de nibus fossem substitu das por ve culos com motores traseiro e centrais e sem qual quer comprova o de que a a Lotaxi procu rou substituir sua frota a fim de reduzir o im pacto a sa de de seus trabalhadores A r n o comprovou que tomou medidas a reduzir impacto embo
162. ressalta do excesso comprovada mente havido Nesse sentido precedente do C TST em se tratando de f rias n o usufru das por longos anos DANO MORAL DANOEXISTENCIAL SU PRESS O DE DIREITOS TRABALHISTAS N O CONCESS O DE FERIAS DURANTE TODO O PER ODO LABORAL DEZ ANOS DIREITO DA PERSONALIDADE VIOLA O 1 A teor do arti go 5 X da Constitui o Federal a les o cau sada a direito da personalidade intimidade vida privada honra e imagem das pessoas as segura ao titular do direito a indeniza o pelo dano decorrente de sua viola o 2 O dano existencial ou o dano exist ncia da pessoa consiste na viola o de qualquer um dos di reitos fundamentais da pessoa tutelados pela Constitui o Federal que causa uma altera o danosa no modo de ser do indiv duo ou nas atividades por ele executadas com vistas ao projeto de vida pessoal prescindindo de qualquer repercuss o financeira ou econ mi ca que do fato da les o possa decorrer AL MEIDA NETO Amaro Alves de Dano existen cial a tutela da dignidade da pessoa humana Revista dos Tribunais S o Paulo v O n 24 m s out dez 2005 p 68 3 Constituem ele mentos do dano existencial al m do ato il cio REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL o nexo de causalidade e o efetivo prejuizo O dano realiza o do projeto de vida e o pre ju zo vida de rela es Com efeito a les o decorrente da conduta patronal il cita que
163. revista quando o agravo de instrumento interposto n o desconstitui os funda mentos da decis o denegat ria que subsiste por seus pr prios fundamentos Agravo de instrumento desprovido Tamb m a eg Sexta Turma do col Tribu nal Superior do Trabalho quando do julga mento do RECURSO DE REVISTA 21400000 04 2000 5 09 0028 cuja ementa do ac rd o foi publicada no DEJT de 20 5 2011 assim entendeu RECURSO DE REVISTA INDENIZA O POR DANO MORAL REVISTA EM BOLSAS CONFIGURA O Se induvi doso que a bolsa portada pela emprega da uma express o de sua intimidade um locus em que se guardam os seus guardados ntimos o tratamento a ela dispensado deve ser rigorosamente aquele mesmo que se dispensa bolsa da cliente da loja ou das transeuntes en fim O poder empresarial n o pode me nos cabar o balizamento constitucional no mbito da rela o de emprego No caso em apre o a revista dos pertences da empregada caracteriza dano moral dando ensejo indeniza o vindicada Recurso de revista n o conhecido Por guardar grande pertin ncia com a po si o ora defendida transcrevo a seguir fra o do voto do Relator do referido Recurso de Revista o Exmo Ministro Augusto C sar Leite de Carvalho REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL 1 INDENIZA O POR DANO MO RAL REVISTA EM BOLSAS CONFIGU RA O La O cerne da controv rsia gira em tor no da condena o ao pagame
164. rio P blico do Trabalho quando do ajuizamento da a o civil p blica origin ria Ao entregar a presta o jurisdicional nos autos do processo origin rio a egr Primeira Turma deste Regio nal assentou acerca da prescri o que A Empresa recorrida sustenta ainda a prescri o do direito de propor a presente a o fundando se no preceituado do art 7 inc XXIX da Constitui o Federal que prev o prazo prescricional de cinco anos para plei tear a repara o de direito decorrente da rela o de trabalho estando assim sepulta do o direito de a o por parte do Minist rio P blico Contudo n o h como reconhecer a tese sustentada A prescri o instituto in timamente relacionado ao direito subjetivo individual no sentido de que o seu titular tem a faculdade de implement lo toda vez que algu m impe a ou tente embara ar o seu gozo No caso a mat ria em an lise ul trapassa o mero entendimento do que seja um direito individual ou de um grupo apenas uma vez que reflete um interesse social muito maior de ordem p blica traduzido no sen tido de que determinada situa o que crie instabilidade a toda a comunidade n o se prolongue indefinidamente Nessa linha de racioc nio pode se concluir que o instituto da prescri o se volta contra o indiv duo ou gru pos de indiv duos n o atingindo interesses que buscam a prote o de uma coletividade difusa Em refor o a essa tese traz se baila
165. s tima economia mundial Referidas afirma es s o constatadas Anu ario Estat stico de Acidente de Trabalho da Previd ncia Social AEAT conforme quadro abaixo que descrimina a quantidade de aci dentes levando em considera o os tipos REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL 30 ol CAP TULO 1 BRASIL E GRANDES REGI ES 1 1 Quantidade de acidentes do trabalho por situa o do registro e motivo segundo a Classifica o Nacional de Atividades Econ micas CNAE no Brasil 2009 2011 QUANTIDADE DE ACIDENTES DE TRABALHO s Com CAT registrada e Sem CAT Total CNAE Sia 2009 2010 2011 733 365 Por fim se ressalta que a caracteriza o da responsabilidade civil seja ela sub jetiva ou objetiva de grande relev ncia para aplica o da responsabilidade civil nos acidentes de trabalho e doen as ocu pacionais na constru o civil considerado um dos segmentos mais causadores de in fort nios laborais 5 REPERCUSS ES SOCIAIS A partir do momento em que o trabalhador acometido por um acidente de trabalho ou PARTE VARIRIZ EELDE Total 2009 2010 2011 2009 529 938 EELZ GIO doen a ocupacional haver n o s ocorr ncia de efeitos civis atrav s da aplica o da respon sabilidade civil mas tamb m previdenci rios como o direito a percep o de beneficios pelo segurado ou dependentes Tais benef cios se encontram disciplinados no artigo 18 da lei 8 213 1991 se
166. sa particular a empregadora a tratou como se ali estivesse apenas um ente 24 23 ROPS 01115 2008 103 10 00 0 Redator Designado animado que prestava servi o e se in clu a entre aqueles que estariam aptos a furtar mercadorias de sua loja dife renciando se nessa medida Deixava a vexada assim em p blico e despudora mente como se manejasse um objeto longe estava de consider la em sua di mens o humana No caso em apre o a revista dos per tences da empregada caracteriza dano moral dando ensejo indeniza o vin dicada Por essas raz es n o configuradas as viola es apontadas No mbito dos Tribunais Regionais do Tra balho a mat ria tamb m tem sido objeto de jurisprud ncia controvertida A jurisprud ncia que predominava no TRT da 10 Regi o caminhava no sentido de que a inspe o em bolsas sacolas e demais pertences dos empregados e empregadas desde que efetuada com razoabilidade de forma moderada e sem abusos n o afronta Desembargador Pedro Luis Vicentin Foltran publicado em 15 8 2008 RO 0642 2008 003 10 00 9 3 Turma Redator Desembargador Braz Henriques de Oliveira DEJT de 30 04 2009 e REVISTA DO TRTIO de 83 ou viola a intimidade do trabalhador e por pac fica no sentido de que h afronta O Tribunal Regional do Trabalho do Para TRT PR 02436 2005 4 1 1 09 00 3 A tanto n o d ensejo a nenhuma repara o honra e dignidade do c
167. se contra o indeferimento da indeniza o por danos morais existenciais e dos reflexos das horas extras deferidas em outras verbas A Reclamada apresentou contrarraz es ao recurso s fls 2 0 2183 pugnando de plano pelo n o conhecimento parcial do recurso do Reclamante por aus ncia de interesse ante o deferimento dos reflexos das horas extras de feridas em outras verbas pugnando no mais pelo seu improvimento Dispensada a remessa dos autos ao Minis t rio P blico do Trabalho na forma do per missivo contido no art 102 do Regimento In terno desta Casa Foi determinada a inclus o em pauta do presente feito junto com o AIRO 0008072 42 2013 5 10 0000 o relat rio Voto ADMISSIBILIDADE O recurso ordin rio do Reclamante tem pestivo e ostenta representa o regular N o obstante isso dele n o conhe o no que per tine pretens o dos reflexos das horas extras deferidas nos sal rios trezenos e nas f rias inclusive o ter o percebidas no curso do contrato por aus ncia de interesse recursal j que r senten a recorrida j contempla essa pretens o conforme se constata dos termos consignados a fl 227 verbis Assim sendo defere se o pagamento das horas extras excedentes da 8 di ria ou 44 semanal acrescido do adicional legal obser vando se o divisor 220 Por habituais tam b m s o devidos os reflexos consect rios em aviso pr vio DSR f rias e 1 3 13 sal rios e FOTS 8 e
168. servir de par metro para o TST e STJ c a quanti dade astron mica de recursos que desem bocam atualmente nos Tribunais Superiores n o tem permitido uma aprecia o mini mamente satisfat ria das causas submetr das ao crivo final das inst ncias superiores a par de se acumularem processos sem perspectiva de julgamento a m dio ou at a longo prazo exige uma r pida solu o para o problema no sentido de se criar mecanis pregados pela possibilidade de recur mo de redu o do quantitativo de proces so cont nuo ao Judici rio Como j sos a ser efetivamente examinado por essas asseverava o Ministro Ives Gandra da Cortes Silva Martins existem diversos argu mentos legitimadores da concretiza o imediata da regra da transced ncia dentre os quais Ademais o Tribunal Superior do Trabalho tem se mostrado preocupado com o ma Ja o TST goza da mesma natu remoto recursal a que submetido Neste reza do STF de inst ncia extraordin ria passo persevera na tentativa de refrear a in atuando por delega o na interpreta o terposi o de recursos inadequados ou pro final do ordenamento juridico trabalhista telat rios seja no momento do seu exame infraconstitucional raz o pela qual o tra de admissibilidade e o exemplo a ser citado tamento a ser dado em termos de meca o da necessidade de pr questionamento nismos redutores de recursos ao STF deve para a interposi o de recursos de revista ser ad
169. solid ria do concedente pela natureza p blica do ser vi o no qual os trabalhadores teriam sofrido preju zo ou pela suposta aplicabilidade do C digo de Defesa do Consumidor o MTP n o ampara seu pedido indenizat rio em quais quer normas de direito do trabalho fl 1880 Aduz ainda que n o o empregador dos motoristas e cobradores dos atuais permissio n rios havendo exclusivamente rela o ad ministrativa entre o ente p blico e as empre sas concession rias Raz o contudo n o lhe assiste porquan to a natureza jur dica da situa o existente ou havida entre as partes irrelevante para estabelecer a compet ncia material Esta se determina pela natureza da rela o litigiosa a qual aponta o rg o competente para o deslinde da demanda J lio C sar Bebber em Princ pios do Processo do Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 259 Nessa Justi a Especializada a compet n cia material aferida a partir da causa de pedir e do pedido formulados na inicial Nos dizeres de J lio C sar Bebber a compe t ncia em raz o da mat ria se determina pela res in judicium de ducta ou seja pela mat ria objeto do lit gio Dessa forma para se estabelecer a compet ncia material do r g o julgador importa analisar a causa de pe dir e o pedido E atrav s destes elementos in tegrantes da peti o inicial que se delimita a compet ncia ratione materiae Se de fato REVISTA DO TRTIO
170. verifica o de ocor r ncia de viola o de lei federal ou dispo sitivo consitucional e de interpreta o de lei federal estadual ou norma coletiva di versa da jurisprud ncia consolidada art 896 da CLT E para culminar de Desta forma pois de ultrapassados O juiz n o mais se todos os degraus da Jus ti a Federal especializa sociais um sujeito cons apresenta como um da temos tamb m a ciente do papel saran possibilidade de submis tista de suas decis es ator contemplativo s o da demanda an Este novo paradigma faz OU mero descobridor lise do Supremo Tribunal do Estado instrumento a servi o da prote o de direitos que derivados da dignidade da pessoa humana surgem como valores exteriores or dem jur dica desempenhando em face dela uma permanente fun o cr tica Portanto o vi s material do duplo grau de jurisdi o busca da melhor solu o somado nova inser o do Judici rio dentro do chamado constitucionalismo democr tico ou neoconstitucionalis mo transformou a possibilidade de revi s o das decis es de primeiro grau em ver dadeira exig ncia institucional Indo al m ao privilegiar se a suposi o de ocorr ncia de error in judicando ou error in proce passivo da mens legislatoris Federal atrav s do re curso extraordin rio nas hip teses de an lise de viola o Constitui o ou Lei
171. 0 000 00 dez mil reais por cada evento enquanto na segunda hi p tese e ocorrendo a sua contum cia im ponho a satisfa o do valor de r 1 000 00 um mil reais por cada dia de resist ncia Em ambos as hip teses fixo o prazo m ximo de 30 trinta dias para o cumprimento das medidas comando extra do do art 461 do CPC Dou parcial provimento ao recurso A O CIVIL P BLICA DANO MORAL CO LETIVO INDENIZA O Acena o autor com o efeito coletivo da les o causada pela em presa sob o ngulo do dano moral imposto sociedade Sel Houve o claro desrespeito por parte do empregador das normas destinadas a ga rantir condi es m nimas de acesso e per man ncia no emprego A afronta ao orde namento jur dico fere o patrim nio imaterial de toda a sociedade que formada como n o poderia deixar de ser pelos princ pios dirigentes extra dos de sua constitui o E mais no aspecto em an lise a atitude comis siva da empresa gerada diretamente pela sabida inefic cia do equipamento que utili za como crit rio de admiss o e movimenta o de trabalhadores feriu aspecto relevan te desse n cleo central que o direito ao trabalho e intimidade Incumbia ao Minist rio P blico produzir prova dos pressupostos f ticos necess rios configura o do dano e tal encargo foi im plementado satisfatoriamente demonstran do a pr tica de ato potencialmente lesivo dignidade da pessoa Acr
172. 05 2005 e Publicado no DJ em 1 2 8 2005 p 77 TJDFT 22 TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS C VEIS E CRIMINAIS DO DF ACJ 200707 10328549 Relator Desembargadora Leonor Aguena Julgado em 31 08 2010 e Publicado no DJ em 16 09 2010 p 206 REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Sem embargo da significativa corrente juris prudencial do Tribunal Superior do Trabalho no sentido de que a revista ou pedido de exibi o de pertences pessoais n o se constitui em afronta dignidade da pessoa humana e en contra guarida no poder de comando empre sarial ainda assim diante das raz es expostas e com a devida v nia dos eminentes integran tes dessa corrente entendo que a revista di ria e rotineira em bolsas pastas mochilas sacolas e similares de propriedade de empregados e empregadas contendo objetos pessoais ca racteriza afronta ao direito de n o viola o da intimidade consoante garantia insculpida no art 9 Inc X da Constitui o Federal Nesse sentido a recente decis o do col Tri bunal Superior do Trabalho por meio de sua eg Terceira Turma quando do julgamento do AIRR 1055 28 2011 5 05 0101 Relator Ministro Maur cio Godinho Delgado cuja ementa do ac rd o foi publicada no DEJT de 08 11 2013 verbis AGRAVO DE INSTRUMENTO RE CURSO DE REVISTA REVISTA EM BOI SAS SACOLAS E ROUPAS DO EMPRE GADO DANO MORAL VALOR DA INDENIZA O DECIS O DENEGAT RIA MANUTEN O O poder e
173. 17 portadores de necessidades especiais mui tas vezes sobretudo nesses ltimos casos a exigir grupos em revezamento pela necessi dade de aten o permanente sob pena de termos outro problema social estabelecido assim a necessidade de o Estado aparelhar institui es capazes de cuidar dos idosos dos doentes e de certos portadores de necessida des especiais que n o podem prescindir de aten o cont nua e direta Por fim quanto garantia de assist ncia em creches e pr escola aos filhos dos em pregados dom sticos emerge tal benef cio como incumb ncia do Estado mais ainda agora provocado a resolver o problema so cial estabelecido igualmente pela demanda exigida por muitos futuros ex empregadores dom sticos que trabalhadores noutras esfe ras tamb m passar o a exigir do Estado a incid ncia que lhes pertine quanto ao arti go XXV da Constitui o Federal porque doutro modo os trabalhadores em geral res tar o prejudicados no desempenho do labor cotidiano que se lhes exigem os respectivos empregadores preocupados com os cuida dos que possam ser ministrados a seus filhos tanto mais quando desprovidos de apoio fa miliar para tanto Concluindo penso que acerta quem diz que a Emenda Constitucional n 2 quebra paradigmas mas em graus diversos porque estabelece em verdade uma invers o dos valores que se vinham paulatinamente insti tuindo com a maior formaliza o dos con tratos de trabalho
174. 194 2014 DEJT divulgado em 21 22 e 23 05 2014 O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa ainda que de forma proporcional ao tempo de exposi o ao risco ou em percentual inferior ao m ximo legalmente previsto dispensa a realiza o da prova t cnica exigida pelo art 195 da CLT pois torna incontroversa a exist ncia do trabalho em condi es perigosas e D ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO Sum rio 1 Discrimina o e direito do tra balho 2 Discrimina o racial e ass dio mo ral no trabalho INTRODU O Este artigo inicia se de forma diferente da que comumente iniciam se os artigos per tinentes rea do Direito Trabalhista Meio anacr nica mas que intenta constatar a no o de preconceito de ra a tnico e uma de suas grandes consequ ncias o ass dio moral vigente neste Pa s h s culos 190 R bia Zanotelli de Alvarenga Advogada O estudo n o se at m a fatos espec ficos da Hist ria como usual e sim basicamen te a situa es ocorridas a um grande poe ta simbolista da Literatura brasileira Cruz e Sousa 1861 1898 Em um artigo intitulado A trajet ria do negro na Literatura Brasilei ra Dom cio Proen a Filho um dos gran des estudiosos brasileiros situa O negro em duas posi es a primeira como ser objeto e numa segunda vis o distanciada como sujeito numa atitude compromissada na luta por um melhor luga
175. 2 ACORDAM os Desembargadores da egr Primeira Turma do egr Tribunal Regional do Trabalho da 10 Regi o em sess o tur m ria vista do contido na certid o de julgamento fl retro por unanimidade aprovar o relat rio rejeitar a preliminar de n o conhecimento e conhecer do re curso do Minist rio P blico do Trabalho bem como conhecer do recurso inter posto pela LOTAXI Por maioria conhe cer parcialmente do apelo do DISTRITO FEDERAL nos termos propostos pelo Juiz Revisor vencida no particular a Desem bargadora Relatora Quanto ao m rito por maioria parcialmente vencido o Juiz Revisor negar provimento aos recursos nos termos do voto da Desembargadora Relatora Ementa aprovada MARIA REGINA MACHADO GUIMAR ES Desembargadora do Trabalho Er i Processo Ementa 1 MINIST RIO P BLICO INQUE RITO CIVIL VALOR PROBAT RIO Cabe ao Minist rio P blico a defesa do regime demo cr tico da ordem jur dica e dos interesses sociais e individuais indispon veis Para este mister a Constitui o Federal confere ao Mi nist rio P blico a utiliza o do inqu rito civil como instrumento para obten o de provas a fim de possibilitar o ajuizamento da medida judicial cab vel ou de termo de ajuste de con duta na esfera extraprocessual Para a efetivi dade destas atribui es a legisla o ordin ria outorga lhe poderes instrut rios aut nomos a exce o daquelas hip teses dependentes 01752 2012
176. 224 17 GURGEL Yara Maria Pereira Direitos humanos princ pio da igualdade e n o discrimina o S o Paulo LTr 2010 p 114 De acordo com Marie France Hirigoyen Ass dio moral no trabalho defi nido como qualquer conduta abusiva gesto palavra comportamento atitu de que atente por sua repeti o ou sistematiza o contra a dignidade ou integridade ps quica ou f sica de uma pessoa amea ando seu emprego ou degradando o clima de trabalho uma viol ncia sub rept cia n o assi nal vel mas que no entanto muito destrutiva Cada ataque tomado de forma isolada n o verdadeiramente grave o efeito cumulativo dos micro traumatismos frequentes e repetidos que constitui a agress o Em azado magist rio de S nia Mascaro Nascimento o ass dio moral considera do conduta abusiva de natureza psicol gi ca que atenta contra a dignidade ps quica de forma repetitiva e prolongada e que ex p e o trabalhador a situa es humilhantes e constrangedoras capazes de causar ofensa personalidade dignidade ou integridade ps quica e que tem por efeito excluir o em pregado de sua fun o ou deteriorar o am biente de trabalho Dentre os elementos que ir o caracterizar o ass dio moral no ambiente de trabalho destacam se a conduta abusiva b nature za psicol gica que atente contra a dignida de ps quica do indiv duo c reitera o de conduta d inten o de exclui
177. 43 o emprego em comiss o A Constitui o Federal por sua vez disp e que a investi dura em cargo ou emprego p blico depende de aprova o pr via em concurso p blico de REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL provas ou de provas e t tulos de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou em prego na forma prevista em lei ressalvadas as nomea es para cargo em comiss o declara do em lei de livre nomea o e exonera o art 37 II da CF A Constitui o da Rep blica faz expressa distin o entre cargo regido pelo estatuto pr prio de natureza administrativa e emprego p blico regido pelas regras gerais t picas da iniciativa privada CLT mas exige a pr via aprova o em concurso para inves tidura em ambos e ao fazer a ressalva n o menciona emprego em comiss o cogitando apenas de cargo p blico Nesse contexto per cebe se que n o h no direito positivo previ s o de emprego p blico em comiss o donde se conclui que se trata de uma cria o das empresas p blicas e sociedades de economia mista que o instituem em seus regulamentos nos moldes dos cargos em comiss o previs tos na administra o direta A necessidade de haver espa o para que outras pessoas al m dos empregados p blicos stricto sensu isto aqueles ocupantes de empregos permanen tes exer am fun es de dire o chefia e as sessoramento uma vez que conclus o opos ta imobilizaria as perspe
178. 64 da CLT insiste na f rmula da concilia o como me canismo a ser estimulado no in cio meio e fim do processo do trabalho Pois a de libera o aut noma sobre como conduzir as nossas vidas a no o mais comezinha que se atribui ao t o propalado princ pio da dignidade humana Todavia se isso n o for poss vel que a sua senten a seja vista como fruto de um di logo direito com os demandantes e si multaneamente de uma interlocu o indi reta com os seus colegas de jurisdi o Pois assim de um jeito ou de outro ser vista como o produto bem acabado do respeito e considera o devidos a todos os que es t o no mesmo barco institucional 32 Por todos cf BARROSO Luis Roberto A dignidade da pessoa humana no direito constitucional contempor neo A constru o de um conceito jur dico luz da jurisprud ncia mundial Belo Horizonte Ed Forum 2013 107 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ALEXY Robert Teoria dos direitos funda mentais Trad Virg lio Afonso da Silva S o Pau lo Malheiros 2008 pp 32 34 BARROSO Luis Roberto A dignidade da pessoa humana no direito constitucional contempor neo A constru o de um con ceito jur dico luz da jurisprud ncia mun dial Belo Horizonte Ed Forum 2013 BUSTAMANTE Thomas da Rosa de Teoria do precedente judicial a justifica o e a apli ca o de regras jurisprudenciais S o Paulo Noeses 2012 CLAUS Ben Hur Silveira A fun o revi
179. 7 e da dignidade da pessoa humana inc ll do art 1 c c caput do art 227 especialmen te direcionados crian a e ao adolescente SARLET 2006 p 62 preciso que se diga que h entendimen to doutrin rio contr rio como por exemplo o de Wladimir Novaes Martinez expresso em seu Curso de Direito Previdenci rio p 345 em raz o da falta de capacidade do traba lhador infantil Por fim uma decis o do Superior Tribunal de Justi a admitindo o tempo de servi o de trabalhador rural menor de 14 anos para fins de aposentadoria PREVIDENCI RIO APOSENTADO RIA POR TEMPO DE SERVI O TRABA LHADOR RURAL MENOR DE 14 ANOS ART 72 INC XXXIII DA CONSTITUI O FEDERAL TRABALHO REALIZADO EM REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR COM PROVA O ATRAVES DE DE DOCUMEN TOS DO PAI DO AUTOR Diverg ncia jurisprudencial demons trada Entendimento do artigo 255 e par grafos do Regimento Interno desta Corte A norma constitucional insculpida no artigo inciso XXXIII da Constitui o Fe deral tem car ter protecionista visando coibir o trabalho infantil n o podendo servir por m de restri o aos direitos do trabalhador no que concerne con tagem de tempo de servi o para fins pre videnci rios Tendo sido o trabalho reali zado pelo menor a partir de 12 anos de idade h que se reconhecer o per odo comprovado para fins de aposentadoria Jo entendimento firmado neste Tribu nal que a
180. 87 da Constitui o Federal e os arts 155 193 e 200 da Consolida o das Leis do Trabalho CLT aprovada pelo Decreto Lei n 5 452 de 1 de maio de 1943 resolve Art 1 Aprovar o Anexo 5 Ativi dades Perigosas em Motocicleta da Norma Regulamentadora n 10 Ativi dades e Opera es Perigosas aprova da pela Portaria 3 214 de 8 de junho de 19 8 com a reda o constante no Anexo desta Portaria Art 2 Os itens 160 1 e 10 3 da NR10 0 aprovada pela Portaria 3 214 de 8 de junho de 1978 passam a vigorar com a seguinte reda o 10 1 S o consideradas atividades e opera es perigosas as constantes dos Anexos desta Norma Regulamentadora NR 16 3 responsabilidade do empre gador a caracteriza o ou a descarac teriza o da periculosidade mediante laudo t cnico elaborado por M dico do Trabalho ou Engenheiro de Segu ran a do Trabalho nos termos do arti go 195 da CLT Art 3 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publica o MANOEL DIAS REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL ANEXO ANEXO 9 ATIVIDADES PERIGOSAS EM MOTOCICLETA 1 As atividades laborais com uti liza o de motocicleta ou motoneta no deslocamento de trabalhador em vias p blicas s o consideradas peri gosas 2 N o s o consideradas perigosas para efeito deste anexo a a utiliza o de motocicleta ou motoneta exclusivamente no percur so da resid ncia para o local de traba lho ou deste par
181. 9 Requer a reforma da senten a para que seja reconhecida a rescis o indireta do contrato de trabalho nos termos da inicial REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Contrarraz es pela reclamada as fls 164 175 Pede o desprovimento do recurso Dispensada a manifesta o do Minist rio Publico do Trabalho na forma do art 102 do Regimento Interno deste Tribunal o relat rio Voto ADMISSIBILIDADE No caso o reclamante estava ciente da senten a publicada em 28 3 2014 6 feira Entretanto o prazo ficou suspenso no per odo de 31 3 2014 2 feira a 4 4 2014 6 feira em raz o da PORTARIA PRE SGJUD ne 2 de 25 3 2014 deste Egr gio TRT 102 Regi o Dessa forma o recurso da reclamante in terposto em 8 4 2014 32 feira tempesti vo estando ainda assinado por advogado com procura o nos autos Contudo n o conhe o do recurso ordin rio quanto ao pedido de f rias vencidas de 2011 2012 porque n o foram sequer pos tuladas na inicial Dele n o conhe o ainda quanto ao 13 sal rio 2013 porque deferido na senten a n o havendo assim interesse recursal da parte As contrarraz es est o intempestivas pois a reclamada foi intimada em 13 5 2014 32 feira mas protocolizou a peti o de fls 164 175 em 23 5 2014 6 feira ou seja al m do prazo legal de oito dias Assim conhe o parcialmente do recurso ordin rio dele n o conhecendo quanto aos 200 pedidos de f rias venc
182. 9 B de 2011 conforme se observa Vemos com muito bons olhos a iniciativa aprovada no Senado Fede ral para considerar as atividades de transporte de passageiros e merca dorias e os servi os comunit rios de rua como atividades perigosas por meio de modifica o da CLT Registre se que a medida na Casa de origem foi fundamentada em relat rio elaborado pelo Corpo de Bombeiros do Estado de S o Paulo que constatou um aumento substan cial nas estat sticas dos acidentes fatais ou de que resultaram les es corporais graves Com efeito temos observado um crescimento desses ndices n o apenas em S o Paulo mas em todo o Pa s e as raz es s o muitas a exemplo da amplia o da frota de ve culos em especial das motocicletas e dos casos de viol n cia praticados contra motoristas em geral entre outros Interessante notar que no dia 02 de maio deste ano foi publicada alon P olde 0de aP de 2012 dispondo sobre o exerc cio da profiss o de motorista para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de dire o desses profissio nais entre outras provid ncias o que demonstra a atualidade do tema em que pese o projeto restringir os seus efeitos as atividades feitas com o uso de motocicleta E os dados recentes acerca de acidentes no tr nsito envol vendo esses ve culos mais do que jus tificar o projeto em ep grafe o tornam imprescind vel Dados do Minist rio da Sa de in dicam que em um per odo
183. DO EMPREGADOR CONDUTA DISCRIMINAT RIA RACIS MO DANOS MORAIS O ass dio moral decorre da pr tica normalmente por per odo prolongado de condutas abu sivas portanto il citas art 187 do CC pelo empregador ou por seus pre postos pelos quais responde objetiva mente art 932 do CC com o fim de humilhar constranger ou desmoralizar 24 HIRIGOYEN Marie France Mal estar no trabalho redefinindo o ass dio moral Rio de Janeiro Bertrand 2002 p 04 21 MEDEIROS Aparecido In cio Ferrari Ass dio moral discrimina o igualdade e oportunidades no trabalho S o Paulo LTr 2012 p 57 22 MEDEIROS Aparecido In cio Ferrari Ass dio moral discrimina o igualdade e oportunidades no trabalho S o Paulo LTr 2012 p 59 23 MEDEIROS Aparecido In cio Ferrari Ass dio moral discrimina o igualdade e oportunidades no trabalho S o Paulo LTr 2012 p 53 25 MEDEIROS Aparecido In cio Ferrari Ass dio moral discrimina o igualdade e oportunidades no trabalho S o Paulo LTr 2012 p 59 26 MEDEIROS Aparecido In cio Ferrari Ass dio moral discrimina o igualdade e oportunidades no trabalho S o Paulo LTr 2012 p 59 21 MEDEIROS Aparecido In cio Ferrari Ass dio moral discrimina o igualdade e oportunidades no trabalho S o Paulo LTr 2012 p 59 REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL o trabalhador Pode ocorrer dentro ou fora do ambiente laboral isto do estabelecimento do
184. E sabido que o trabalho em tenra idade provoca danos de ordem fisiol gica moral cultural psicol gica de seguran a de salubridade e outros retirando da crian a e do adolescente o direito vida sa de edu ca o cultura ao lazer profissionaliza o conviv ncia familiar ao tempo de ser crian a e tanto mais Atualmente o inc XXXIII do art da Consti tui o Federal pro be o trabalho noturno peri goso ou insalubre a menores de 18 anos e qual quer trabalho a menores de 16 anos salvo na condi o de aprendizes a partir de 14 anos Pois bem como ficam os direitos do traba lhador com idade inferior ao permitido consti 00 tucionalmente Seus direitos substanciais est o garantidos n o h d vida perversidade do trabalho infantil proibido n o se podem aliar as nulidades do Direito Civil para prejudic lo Tra ta se de trabalho proibido logo tem de haver a prote o do trabalhador infantil por conta do trato sucessivo do contrato da impossibilidade de restitui o da for a de trabalho do emprega do e para impedir o enriquecimento il cito do empregador Neste compasso h de se reco nhecer a nulidade do contrato de trabalho em desfavor do empregador por conta da proibi o legal fazendo o cessar imediatamente pre servando se os efeitos j produzidos Mauricio Godinho Delgado tratando dos v cios e defeitos do contrato de trabalho escreve sobre a Aplica o
185. ESCOLA JUDICIAL incidem ou n o as normas invocadas como fundamento dos pleitos em face do v nculo jur dico existente entre as partes ao rg o competente para a aprecia o da demanda incumbe dizer J lio C sar Bebber em Prin cipios do Processo do Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 259 No caso o direito que o MTP visa tutelar por meio de A o Civil P blica diz respeito a inte resses coletivos dos trabalhadores da primeira reclamada LOTAX D que trabalham nos nibus que prestam o servi o p blico de transporte de passageiros e se referem as condi es am bientais de trabalho A causa de pedir e o pedido derivam da re la o trabalhista havida entre os empregados da LOTAXI empresa permission ria do servi os de transporte p blicos no Distrito Federal cuja an lise de m rito abrange eventual res ponsabiliza o solid ria do Distrito Federal na fiscaliza o de seus permission rios Logo o processamento e julgamento de lide que envolva a discuss o sobre a preserva o do meio ambiente do trabalho buscando a salvaguarda de direitos difusos e coletivos de compet ncia da Justi a do Trabalho Nesse sentido a jurisprud ncia do c TST verbis COMPET NCIA A O CIVIL P BLICA CONDI ES DE TRABALHO Tendo a A o Ci vil P blica como causas de pedir disposi es trabalhistas e pedidos voltados preserva o do meio ambiente do trabalho e portanto aos interesses dos empr
186. FUN O IMPOSI O DE MULTA ADMINISTRATIVA POSSIBILIDADE DECIS O DENEGAT RIA MA NUTEN O A Constitui o Federal de 1988 em seus princ pios e regras essenciais estabelece en f tica dire o normativa antidiscriminat ria AO fixar como um dos fundamentos da Rep blica Federativa do Brasil a dignidade da pessoa hu mana art 18 II o Texto M ximo destaca entre os objetivos da Rep blica promover o bem de todos sem preconceitos de origem ra a sexo cor idade e quaisquer outras formas de discrimi na o art 32 IV A situa o jur dica do obreiro portador de defici ncia encontrou tamb m ex pressa e significativa matiz constitucional que em seu artigo 7 XXXI da CF estabelece a proi bi o de qualquer discrimina o no tocante a sal rio e crit rios de admiss o do trabalhador portador de defici ncia O preceito magno possibilitou ao legislador infraconstitucional a cria o de sistema de cotas para obreiros bene fici rios reabilitados ou pessoas portadoras de defici ncia caput do art 93 da Lei n 8213 91 0 qual prevalece para empresas que tenham 100 cem ou mais empregados O mesmo dispositi vo legal tamb m n o estabeleceu nenhuma res salva acerca das fun es compat veis existentes na empresa para compor o percentual dos car gos destinados contrata o de pessoas com defici ncia sem preju zo do fato evidente de que os contratados dever o possuir a aptid o para o exer
187. Her der 2 edi o MARTINEZ Wladimir Novaes Curso de Direi to Previdenci rio S o Paulo LTr 2014 SARLET Ingo Wolfgang Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais na Consti tui o Federal de 1988 Porto Alegre Livraria do Advogado Ed 2000 TEIXEIRA Marcelo Tolomei Os efeitos da nuli dade do contrato de trabalho por conta da idade minima para o trabalho e por demais quest es do trabalho do menor Publicado em Crian a Adolescente Trabalho organizado por Andrea Saint Pastous Nocchi Gabriel Napole o Velloso e Marcos Neves Fava S o Paulo LTr 2010 REVISTA DO TRTIO Co ESCOLA JUDICIAL 94 a FUN O REVISURA DOS TRIBUNAIS Quid juris RESUMO O presente artigo pretende aprofundar as reflex es acerca da fun o revisora dos Tribu nais no Brasil e no mundo em seus aspectos pragm ticos consequencialistas e principiol gicos A partir da an lise do papel do Juiz de primeiro e segundo grau faz se necess rio refletir sobre a necessidade de uma mudan a de postura face as vantagens e desvantagens de um conceito amplo do duplo grau de juris di o PALAVRAS CHAVE Fun o Revisora dos Tribunais Duplo Grau de Jurisdi o Pondera o de Valores Justi a Real e Efetividade Tira a Juiz F bio Rodrigues Gomes Ju za Roberta Ferme Sivolella TRT 1 Regi o ABSIRACT This article seeks to deepen reflections on the role of reviewer Courts in Brazil and
188. IX XIL XXV e XXVIIL bem como a sua inte gra o previd ncia social Co ESCOLA JUDICIAL Num contraponto inicial cabe perceber que o dispositivo original do par grafo nico do artigo da Constitui o Federal enuncia va aplic veis aos trabalhadores dom sticos os direitos previstos nos respectivos incisos IV garantia do sal rio m nimo VI irredutibi lidade salarial VIII d cimo terceiro sal rio XV repouso semanal remunerado preferen cialmente aos domingos XVII f rias anuais com adicional de 1 3 XVIII licen a ges tante XIX licen a paternidade XXI aviso pr vio proporcional ao tempo de servi o no m nimo de 30 dias e XXIV aposentadoria al m da integra o Previd ncia Social Todos os direi Todos os direitos assegurados em 1988 restam mantidos de trabalho noturno acrescidos agora de perigoso ou insalubre a ao sal rio constituindo crime a reten o do losa XIII jornada m xima di ria de 8 horas e de 44 horas semanais facultada compen sa o de hor rios e a redu o de jornada mediante acordo ou conven o coletiva de trabalho XVI adicional m nimo de 50 para as horas extraordin rias de trabalho XXII redu o dos riscos inerentes ao trabalho XXVI reconhecimento das conven es e acordos coletivos de trabalho XXX proibi o de diferenca de sal rios de exerc cio de fun es e de crit rios de admiss o por motivos discrim
189. IXEIRA Lima Institui es de Direito do Trabalho 22 edi o Vol I LIr S o Paulo 2005 REVISTA DO TRTIO SS o Resumo O presente trabalho tem por es copo abordar ainda que sucintamente os aspectos da nova Lei do Adicional de Pericu losidade Lei 12 997 2014 que estendeu o pagamento do referido benef cio tamb m categoria dos trabalhadores em motocicleta Recentemente regulamentada pela Portaria n 1 565 de 13 de outubro de 2014 DOU de 14 10 2014 Se o 1 do Minist rio do Tra balho e Emprego a novel legisla o passou a surtir efeitos pecuni rios nos contratos de Melissa Restel de Carvalho Silva Servidora do TRT 10 Regi o trabalho dos motoboys motofretistas e moto taxistas Embora a institui o desse benef cio represente uma importante conquista para a categoria profissional remanesce primordial a preocupa o com a sa de e seguran a desses trabalhadores que n o pode ser ofus cada pela compensa o remunerat ria Palavras chave Adicional de periculosida de Lei 12 997 2014 Portaria n 1 505 2014 do MTE Motociclistas profissionais Bacharel em direito graduada pela Funda o Universidade Federal de Mato Grosso do Sul FUFMS Ex Assessora Jur dica na Procuradoria 17 9 ADDITIONAL PAYMENT FOR MOTOR CYCLE WORKERS Ponderating the Law 12 997 2014 Abstract The work at issue intends to bro ach the features of the novel Law for Addi tiona
190. Luiz Eduardo Boaventura O nus da prova do Direito Processual Ci vil S o Paulo Revista dos Tribunais 2001 PALACIO Lino Enrique Manual de De recho Procesal Civil 17 ed Buenos Aires Abeledo Perrot 2003 PAULA Carlos Alberto Reis A especifi cidade do nus da prova no processo do trabalho 2 ed S o Paulo LTr 2010 PEYRANO Jorge W Aspectos procesa les de la responsabilidad profesional In MORELLO Augusto M coord e outros L s Responsabilidades Profesionales Libro al Dr Luis O Andorno La Plata LEP 1992 PORTUGAL Minist rio da Solidariedade e da Seguran a Social Lei n 99 2008 Dispon vel em lt http www mtss gov pt docs Cod Trabalho pdf gt Acesso 25 ago 2014 RODRIGUES Marcelo Abelha A o civil p blica e meio ambiente S o Paulo Fo rense Universit ria 2008 ROSENBERO Leo La carga de la prue ba 2 ed Montevid u Buenos Aires Edito rial IbdeF 2002 SANTOS Washington dos Dicion rio ju r dico brasileiro Belo Horizonte Del Rey 2001 SILVA Ov dio A Baptista Curso de Pro cesso Civil ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2003 v I TEIXEIRA FILHO Manoel Antonio Curso de Direito Processual do Trabalho S o Paulo El 2009 THEODORO J NIOR Humberto Curso de Direito Processual Civil 50 ed Rio de Janeiro Forense 2009 v UNI O EUROPEIA Conselho da Uni o Europeia Diretiva n 97 80 CE de 15 12 1997 Official Journal of th
191. N 8 213 1991 DANO MORAL COLETIVO QUANTUM INDENI ZAT RIO MAJORA O REVERS O DO MON TANTE A ENTIDADES QUE PROMOVAM TREINA MENTO E PROFISSIONALIZA O CONFORME OS TERMOS DA NORMA DE REG NCIA OU A OUTRO FUNDO A SER INDICADO PELO MINIS T RIO P BLICO DO TRABALHO Justifica se a repara o gen rica n o s pela transgress o ao ordenamento p trio vigente com o que n o pode compactuar a sociedade mas tamb m pela fei o pedag gica da san o imposta que ao menos indiretamente restabelece a legalida de pela certeza de puni o do ato il cito Acerca do valor da indeniza o fato que o sistema aberto possibilita o arbitramento da indeniza o de maneira mais justa e proporcional les o sofrida pelo ofendido n o se olvidando ainda que uma indeniza o escorchante representaria uma desproporcional puni o ao ofensor Des sarte e tendo por base a diretriz consagrada pelo art 944 do C digo Civil a repercuss o social das irregularidades noticiadas nestes autos a culpa bilidade e capacidade econ mica da ofensora e sobretudo em observ ncia aos Princ pios da Proporcionalidade e Razoabilidade o valor da indeniza o fixada na r senten a deve ser REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL majorada Por outro lado salutar que o des tinat rio dessa quantia ou seja uma entidade que atue no ramo de servi os e que promova atendimento nas reas de educa o inclusive t cnica de pessoa
192. NDO SE NO CONTRATO DE TRABALHO STF T Pleno CJ 69596 DF Rel Min Sepulve da Pertence DJU 22 02 1991 EMENTA Justi a do Trabalho com pet ncia a o de repara o de danos decorrentes da imputa o caluniosa irro gada ao trabalhador pelo empregador a e assim decorrente da rela o de traba lho n o importando deva a controv rsia ser dirimida luz do Direito Civil STF 12 Turma RE 238 314 SP Rel Min Se p lveda Pertence DJU 05 02 1999 Neste aspecto a Corte Constitucional cor rigiu a posi o jurisprudencial do STJ para quem a fixa o da incompet ncia material trabalhista decorria da causa de pedir e pedi dos fundados no Direito Civil e n o na pr pria rela o jur dica material das partes ou seja os pedidos de indeniza o fundamen tos no Direito Civil seriam da compet ncia da Justi a Comum Como muito bem assinado pelo professor Ant nio lvares da Silva Ioda quest o de qualquer na tureza que for conte do de uma re la o de emprego ou de trabalho obriga o de contratar obriga o de dar um apartamento sob certa con di o inscri o em plano de sa de transfer ncia de quotas promessa de empr stimo e tudo mais que provier do contrato de trabalho ser compe t ncia da Justi a do Trabalho el Se determina o da compet n cia da Justi a do Trabalho n o im porta a natureza da solu o da lide mas sim que
193. O AMBIENTE DO TRABALHO SEGURO H GIDO E EQUILIBRADO OBRIGA O PATRO NAL N O IMPLEMENTA O DE MEDIDAS DE SAUDE DO TRABALHADOR COMPROVADA REPARA O CIVIL DEVIDA A Constitui o Federal consagra em seus artigos 1 incisos Ill e IV e 170 caput a dignidade da pessoa humana e o valor social do trabalho como princ pios fundamentais da Rep blica Fede rativa do Brasil O art 0 por sua vez eleva a sa de e o trabalho ao patamar de direitos sociais e elenca como direito dos trabalhado res urbanos e rurais a preven o de riscos no 4a 01462 2012 019 10 00 6 R0 ambiente de trabalho por meio de normas de sa de higiene e seguran a art 72 XXII bem assim o direito sa de garantido por meio de pol ticas sociais e econ micas que visem redu o do risco de doen a e de ou tros agravos art 196 da CF impondo ao em pregador proporcionar aos seus empregados dignas condi es do ambiente de trabalho Nesse contexto constitui obriga o patronal manter um meio ambiente do trabalho segu ro equilibrado higido e n o degradante sob pena de incorrer em il cito trabalhista que ir lhe inserir na esfera da responsabiliza o civil art 72 XXII da CF c c art 186 c c 927 do C 249 Relat rio A inst ncia de origem por meio da r sen ten a de fls 17 66 1804 aditada pela decis o de embargos declarat rios s fls 1825 1827 ambas da lavra da Exma Ju za LAURA RA MOS MORAIS julgou parcial
194. Poder Judici rio e desconsidera o para com os usu rios do servi o jurisdiciona E acrescente se ainda mais um detalhe que faz toda a diferen a No sistema pautado no stare decisis a observ ncia da ratio deci dendi elemento da decis o que efetiva mente vinculante n o um caminho de fer ro infenso a desvios e ou aperfei oamentos O Juiz n o obrigado a portar se como um aut mato e seguir cegamente as diretrizes j sedimentadas A teoria da argumenta o utilizada de maneira sofisticada o bastan te para permitir o afastamento de preceden tes em virtude das peculiaridades do caso concreto restrictive distinguishing ou para permitir a aplica o do precedente ao caso concreto a despeito de suas peculiaridades ampliative distinguishing Em suma no siste ma norte americano apresenta se uma discri cionariedade judicial t o ou mais intensa do que a exercida por aqui com a possibilidade inclusive de revoga o do precedente indi cado overrulling Ou seja l como aqui est mantida a nossa boa e velha conhecida a independ ncia do Juiz na forma o do seu livre convencimento motivado Seja qual for o modelo priorizado o que se busca a simbiose entre o iter processual e o comprometimento pessoal e institucio nal do magistrado com vistas produ o de uma decis o razo vel Desde a mais vetus ta poca n o foi outro o objetivo almejado pela sociedade e pela evolu o da f
195. RAL REPARA O VALOR IN DENIZAT RIO O recorrente requer acaso mantida a con dena o a redu o do valor arbitrado ale gando desrespeito aos princ pios da propor cionalidade e da razoabilidade A repara o por dano moral seja indivi dual ou coletiva tem por escopo a a com pensa o do dano sofrido pela vitima ou pelo grupo ou comunidade b a atribui o de uma san o ao agente e c a preven o a reitera o de atos que atinjam bens essen ciais e inerentes ao indiv duo ao grupo social ou a sujeitos indeterminados ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO Concrelizada pela imputa o de inde niza o monet ria a grande dificuldade para o julgador est em definir par metros que levem a uma indeniza o justa sem perder de vista que a moralidade n o tem pre o inexistindo valor em esp cie capaz de reparar ofensas dignidade da pessoa humana ou aos indiv duos coletivamente considerados N o outra a raz o pela qual a indeniza o por danos morais tem suporte na concep o de que o pagamen to n o reparat rio mas busca minorar os efeitos destrutivos da conduta impr pria do agente lesante Neste mister a legisla o infraconstitu cional omissa pois n o define crit rios objetivos para a fixa o de um patamar minimo e m ximo na mensura o do dano moral A doutrina aponta diretrizes para a fi xa o do quantum indenizat rio dentre elas a a extens o do dan
196. ROL MAREC ANN Do a The Phelan Urisaicuor adjudicate controversie Resumo O presente estudo tem por obje to uma an lise reflex o e interpreta o acer ca da compet ncia material da Justi a do Trabalho para apreciar as controv rsias jur di cas sobre a contrata o da ap lice de seguro de vida e ou acident ria pelo empregador a favor de seus empregados com empresa do segmento securitizado Abstract The object of this study is an analysis reflection and interpretation about the substantive jurisdiction ofthe Labour Court Juiz Marcel Lopes Machado TRT 3 Regi o to appreciate the legal controversy about the hiring of the life insurance policy and or of accident by the employer on behalf of its em ployees segment now securitized Palavras Chaves Ap lice de Seguro Ori gem da Obriga o Natureza do Conflito Compet ncia Justi a do Trabalho Key Words Insurance Policy Origin of Obligation Nature of Conflict Competence Labour Court 1 Marcel Lopes Machado Juiz do Trabalho do TRT da 3 Regi o auxiliar da 12 Vara do Trabalho de Uberl ndia MG p s graduado em Direito Material e Processual do Trabalho UFU p s graduado em Filosofia do Direito e Direito P blico Faculdade Cat lica de Uberl ndia Dominis professor do curso de p s gradua o em Direito Material e Processual do Trabalho UFU Co ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO Sum rio 1 Introdu o 2 A Natureza
197. Relator Jos Roberto Dantas Oliva Co ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO 90 3 Outros Tribunais Regionais j reconhece RE 600016 AgR RS RIO GRANDE DO Decis o ram o v nculo empregat cio do menor de 10 n o aprendiz atribuindo lhe todos os direitos trabalhistas como por exemplo TRT da 3 Regi o Proc n 0116200 41 2008 5 03 0151 e Proc n 0082200 6 2005 5 03 0000 TRT da 4 Regi o Proc n 0021900 47 1994 5 04 0411 TRI da 5 Regi o Proc n 0000404 63 2011 5 05 0005 TRT da 6 Regi o Proc n 0000435 44 2013 5 00 0351 TRT da 8 Regi o Proc n 0083100 11 2007 5 08 0113 TRT da 9 Regi o Proc n 0001913 85 2011 5 09 0024 e TRT da 12 Regi o Proc n 0002550 a02 ABS Mas como fica a situa o desse menor tra balhador infantil perante a Previd ncia Social n o aprendiz e com idade inferior a 16 anos Trocando em mi dos ele ter ou n o algum di reito previdenci rio A resposta positiva Ter sim todos os direitos previdenci rios inclusive anota o de contrato de trabalho em Cartei ra de Trabalho e Previd ncia Social art 29 da Consolida o das Leis do Trabalho Todavia em primeiro lugar observe se que os arts 14 e 13 das Leis n s 8 212 e 8 213 respectivamente ambas de 24 de julho de 1991 fixam a idade de 14 anos para a filia o como segurado faculta tivo e o 2 anti t do Decreto n 3 048 de 6 de maio de 1999 disp e que a filia o ao Re
198. S PRES n 45 de 6 de agosto de 2010 a pr pria autarquia previdenci ria admite a contagem do tempo de contribui o abaixo do limite legalmente permitido para o tra balho desde que comprovada a atividade mediante documento contempor neo em nome do segurado que no caso menor trabalhador infantil Leve se em conta que n o haver afronta ao sistema atuarial porque o financiamento da seguridade social o car ter contributivo e o custeio de benef cio estar o preservados haja vista que decorrer o do reconhecimen to judicial do v nculo empregat cio e ser o de compet ncia nica do empregador tanto a parte dele pr prio quanto a do empregado uma vez que se omitiu em poca pr pria le tra a do ne do art 195 da CF c c arts 78 e 106 da Instru o Normativa RFB n 971 de 13 de novembro de 2009 Ademais o emprega dor n o poder alegar desconhecimento da lei art 3 da Lei de Introdu o s Normas do Direito Brasileiro e para relembrar a limita o de idade para a contrata o imposta em benef cio do menor e jamais em seu des favor Tanto isto verdade que o art 243 do C digo de Processo Civil n o admite o reque rimento de nulidade pela parte que lhe deu causa Tudo isto com base nos princ pios constitu cionais da universalidade da cobertura da Se gt AN ESCOLA JUDICIAL DO TRTIO guridade Social inc l do nico do art 194 da prote o integral especial 3 do art 22
199. TRT 10 Regi o tudar essa teoria cada vez mais necess rio aos operadores do direito Esse artigo procu ra contribuir ao debate da ado o da teoria din mica na seara processual trabalhista PALAVRAS CHAVES nus da Prova Teo ria din mica de distribui o do nus da pro va Prova diab lica Aptid o para a prova Princ pio da paridade de armas THE DYNAMIC THEORY OF THE DISTRI BUTION OF BURDEN OF PROOF AND ITS APPLICATION IN THE BRAZILIAN LABOUR PROCESS 1 Mestre em Direito Constitucional pelo IDP DF especialista em Direito do Trabalho pelo UniCeub Juiz do Trabalho substituto do TRT da 10 Regi o e Secret rio geral da Amatra 10 109 ABSIRACT The dynamic theory of the burden of proof is being used in Brazil despite the silence of the procedural legislation Founded in cons titutional and procedure principles the dy namic theory has applications because the general and static rule is insufficient for the so lution of all the court cases especially when the proof is diabolic The Bill of the new code of Civil Procedure provides for its application which has important place in the Labour Pro cess Know understand and study this theory is necessary to jurists This article contributed to the debate on the adoption of dynamic theory in labour procedural KEYWORDS Burden of proof Dynamic theory of the distribution of burden of proof Diabolic proof Ability to proof Principle of parity of arm
200. VI Enten o e a realiza o desses direitos eis que no LABILIDADE DA INTIMIDADE E RESPEITO do sexo oposto seus E e obieios de se por revistas ntimas n o s o Estado Democr tico a dignidade do ser hu DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA pessoais a lim de provar que n o deso toque f sico na pessoa da empregada mano se encontra no mais alto degrau da pi CRFB ART 1 INC Il E ART 5 S INC X AEO o GUE NOLE JUNO CO Sei Nae mas tamb m toda e qualquer revista a r mide da axiologia jur dica e dela emanam PRINC PIO DA BOA F E DA PRESUN O dor em flagrante afronta aos princ pios da seus pertences em bolsas ou mesmo todos os demais direitos fundamentais DE INOC NCIA TRATAMENTO ISON boa f e da presun o de inoc ncia em arm rios em que cos MICO DA HONRA E DA DIGNIDADE DO IRT da 10 tuma guardar seus obje A Constitui o da Rep blica estabelece CONSUMIDOR F DO TRABALHADOR Os Regi o RO m princ pios constitucionais de inviolabili 00230 20 13 0 18 dade da intimidade e da garantia da dig 10 00 2 2 furma nidade da pessoa humana bem como 7 Raba Deca os pilares norteadores do Direito do bargador Brasilino Trabalho e bem assim do princ pio da OUS RAOS str boa f devem sempre ser observados a blicado no DEJT de fim de que n o sejam cometidos abusos 11 10 2013 e desvios de poder no exercicio do po der empregaticio Dessarte defesa a pr tica de atos que importem em les o No mesmo sent
201. a Cita a Conven o n 158 da OIT em abono a sua tese Pois bem incontroverso nos autos que a recla mante foi admitida aos quadros da ECT em 20 3 19 8 mediante processo seletivo de provas e titulos tendo sido dispensada em 20 5 1990 foi novamente readmitida em 60 12 1994 e desligada por anula o de con trato de trabalho fl 34 em 17 2 2014 A jurisprud ncia do col TST tal como afirmado na senten a est sedimentada no sentido de que o empregado de empresa p blica caso da reclamante ou de sociedade de economia mista n o detentor da estabi lidade prevista no artigo 41 da CF 88 ainda que admitido mediante a aprova o em cer tame p blico Nesse sentido o teor da S mu la n 390 do col TST verbis ESTABILIDADE ART 41 DA CF 1988 CE LETISTA ADMINISTRA O DIRETA AUT R QUICA OU FUNDACIONAL APLICABILIDADE EMPREGADO DE EMPRESA P BLICA E SOCIE DADE DE ECONOMIA MISTA INAPLIC VEL convers o das Orienta es Jurisprudenciais nes 229 e 205 da SBDI 1 e da Orienta o Juris prudencial n 22 da SBDI 2 Res 129 2005 DJ 20 22 c 25 04 2005 O servidor p blico celetista da adminis tra o direta aut rquica ou fundacional be nefici rio da estabilidade prevista no art 41 da CF 1988 ex OJs n s 265 da SBDI 1 inse rida em 27 09 2002 e 22 da SBDI 2 inserida em 20 09 2000 REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Ao empregado de empresa p blica ou de
202. a excepcional considerando a dificuldade concreta na pro du o de uma prova c por quem tem maio res condi es em produzir a prova segundo a qual o encargo imposto a quem se mostra mais apto a realizar a prova do fato contro vertido A teoria din mica n o uma nova opor tunidade a quem n o provou um fato de vi rar o jogo em desfavor da outra Ela n o tem aplica o quando a parte simplesmente n o demonstra o fato que aduziu em juizo Tra ta se de uma medida excepcional incidente quando o sistema tradicional e est tico do encargo probat rio insuficiente para permi tir que uma das partes comprove o alegado N o se procura com a teoria din mica obrigar uma parte a fazer prova contra si Apenas ela chamada a colaborar na pro du o da prova na qual se mostra mais apta ou que tem melhores condi es de realiz la Sua in rcia em contribuir com a instru o processual n o il cita mas atrai as consequ ncias de o nus da prova sobre si recair 3 2 FINALIDADE APLICA O E CARACTER STICAS Um dos princ pios da prova o da igual dade de oportunidades para a prova segun do a qual as partes t m igualdade de opor tunidades para obter provas e contraprovas ECHANDIA 1970 p 124 A teoria din mica tem a finalidade precipua de garantir concre tamente essa igualdade de permitir no caso sob exame a paridade de armas lo A teoria din mica ajuda a dirimir o proble ma da
203. a o dentro do per odo de validade do concurso de trabalhadores terceirizados para exercer as mes mas fun es Agravo de instrumento desprovido TST 72 T AIRR 824 95 2010 5 24 0007 PHILIPPE j 29 4 2014 DEJT 5 5 2014 ADMINISTRA O P BLICA INDIRETA CON CURSO P BLICO APROVA O PARA CADAS TRO DE RESERVA TERCEIRIZA O DOS SERVI OS NO DECORRER DO PRAZO DE VALIDADE DO CERTAME PRETERI O DOS CANDIDATOS APROVADOS 1 Consoante o mandamento ins culpido na cabe a do artigo 3 da Constitui o da Rep blica a Administra o P blica tanto direta quanto indireta de qualquer dos Poderes da Uni o dos Estados do Distrito Federal e dos Munic pios est submetida aos princ pios da lega lidade impessoalidade moralidade publicidade e efici ncia Desse modo constatada a exist ncia de desvio de finalidade na conduta do adminis trador afastando se o ato praticado do interesse p blico norteador do desempenho administra tivo para alcan ar fim diverso daquele que a lei lhe permitiu deve tal ato ser submetido revis o judicial ou administrativa porquanto configurada legalidade constituindo se causa de nulidade do ato administrativo 2 Conforme entendimen to consolidado no Supremo Tribunal Federal a aprova o de candidato em concurso p blico realizado para preenchimento de cadastro de reserva n o gera em princ pio direito subjetivo a nomea o mas apenas expectativa de direito Tem se con
204. a o da realidade laboral des de que haja uma certa liberdade na organiza o do trabalho que ofe re a margem de negocia o entre as imposi es organizacionais o desejo do trabalhador Mas caso as estrat gias de defesa e de mobiliza o fracassem leva a um sofrimen to patog nico podendo em n veis avan ados desencadear diversas enfermidades psicossom ticas importante que os empregado res desenvolvam pr ticas de gest o que adotem a efetiva participa o dos trabalhadores nos processos de trabalho a fim de possibilitar o bem estar e a promo o da sa de ps quica Dentre as doen as ocupacionais desen cadeadas pelo adoecimento ps quico do tra balho est o os transtornos mentais que s o a 3 maior causa de concess es de aux lio acidente no pais a 4 causa de acidentes do trabalho ecm 2010 c 2011ean emo Os transtornos ps quicos mais comuns est o relacionados ao estresse e ao humor como depress o e ansiedade Poucas ativi dades econ micas concentram os casos de adoecimento ps quico ocupacional no Brasil e uma parte delas s o os maiores respons veis por acidentes de trabalho em geral no Distrito Federal e em Tocantins Os resultados e a an lise dos dados apon tam para a presen a de diversos riscos psi cossociais nessas atividades econ micas e para a insufici ncia das estrat gias de defesa Das 36 Pd f j W Mas e is e
205. a o de servi os no C digo Civil Naquele ano foi editada a Lei ne 5 859 que fundamentalmente atribuiu como direitos novos dos dom sticos o direito a carteira profissional anotada j fora contem plado por aquele diploma legal da d cada de 40 o gozo de f rias anuais remuneradas por 20 dias teis art 32 e a filia o compuls ria Previd ncia Social art 49 Valendo se da mesma t cnica adotada na in trodu o do 13 sal rio criou se o vale transpor te fora do corpo da CLT Novamente os dom sti cos foram contemplados no mesmo instante dos demais empregados in clusive com refer ncia expressa categoria no ato que regulamentou a mencionada lei Decre to n 95 247 87 art 12 II Passo importante na inclus o dos empre gados dom sticos de modo mais significativo no mundo normativo do Direito do Trabalho foi dado quando da promulga o da atual Constitui o Federal Depois de alinhar os v rios direitos muitos in ditos dos trabalhadores urbanos e rurais finalmente equiparados entre si atribu ram se aos dom sticos novos direitos no texto do par grafo nico do art 72 sal rio m nimo irredutibilidade salarial repouso semanal remunerado ter o de f rias licen a mater nidade licen a paternidade e aviso pr vio ratifica o de conquistas anteriores 13 filia o Previd ncia Social inclusive com direi to aposentadoria e f rias anuais Para ope
206. a promulga o da Car ta Pol tica de 1988 passa se a uma fase de mais efetividade e de concretude dessa conquista A pr pria sociedade principalmente por meio de suas organiza es civis vem exigindo dos operadores do Direito principal mente do Minist rio P blico e do Poder Judici rio a ado o de medidas que possibilitem que essas conquistas saiam do papel e entrem na realidade f tica cotidiana dos cidad os reconhecidos universalmente diam ser deduzidas a partir da positiva o nas Constitui es modo que pretens es a ele relacionadas po diretamente da Cons titui o e o terceiro momento surge com a promulga o da Cons titui o de 1988 em que a conquista dos direitos fundamentais sociais inclusive do not vel incremento do rol dos direi tos fundamentais do trabalho n o foi fruto de meras concess es ou outorga dos constituintes mas resultaram da a o e da press o oriunda de distintos segmentos da Sociedade Civil sobre a Assembleia Constituinte Aduz ainda o seguinte sempre o interesse da sociedade e o bem p blico Aduz que essa forma de Constitucionalismo teve sua positiva o inicial em duas Constitui es da Am rica Latina a da Venezuela a c lebre Carta bolivariana de 1811 e a do M xico em 1917 Afirma o citado jurista que a Constitui o mexicana deu um tratamento normativo no que diz respeito mat ria social um teor qualitativo e quantit
207. a segundo a qual esse nus recai sobre quem tiver melhores condi es de produzir a prova conforme as cir cunst ncias f ticas de cada caso No mesmo sentido Agravo Regimental no Agravo em Recurso Especial n 216 315 RS BRASIL STJ 2012 Ainda que a atual legisla o processual civil e trabalhista n o contemple expressa mente a teoria din mica do nus da prova princ pios constitucionais e de processo civil permitem sua aplica o a situa es excep cionais quando a regra da distribui o est tica mostrar se insuficiente para o caso con creto Fredie Didier Jr e outros 2007 p 62 apontam as seguintes caracter sticas da dis tribui o din mica do encargo probat rio a o nus da prova n o repartido pr via e abstratamente como acontece na teoria es t tica mas sim casuisticamente em face das peculiaridades do caso concreto e ou da aptid o para a prova b a distribui o n o est tica e inflex vel mas din mica c n o D ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO importa a posi o processual das partes se est o no polo ativo ou passivo da demanda e d n o relevante a natureza do fato con trovertido e sim quem tem maiores possibili dades de prov lo ou seja n o interessa para a teoria din mica se o fato aduzido em juizo constitutivo modificativo impeditivo ou ex tintivo do direito 3 3 PRINC PIO DA APTID O PARA A PROVA A teoria din
208. a Assembleia Nacional Constituinte por ocasi o da solenidade de silva trt10 jus br promulga o da Constitui o Co ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO PERICULOSIDADE PARA TRABALHADORES EM MOTOCICLETAS O adicional de periculosidade parcela contraprestativa devida aos trabalhadores que laboram em condi es de risco acentu ado passou a ser recentemente estendido tamb m categoria dos trabalhadores em motocicletas Antes de adentrar abordagem das raz es sociolaborais que culminaram na edi o da Lei 12 997 2014 que ampliou o rol das ati vidades perigosas cumpre estabelecer uma breve conceitua o do instituto e analisar ainda que perfunctoriamente a evolu o his t rica da legisla o nacional acerca do tema 1 CONCEITO DE PERICULOSIDADE Adriana de F tima Pilatti Ferreira Com pagnoli e Graziel Pedroso de Abreu defi nem trabalho periculoso como sendo aquele prestado no ambiente de trabalho onde se encontram presentes os agentes que podem atuar instantaneamente com efeitos danosos imediatos uma vez que podem levar inca pacidade ou morte repentina do obreiro in GUNTHER Luiz Eduardo e MANDALOZ7ZO Sil vana Souza Netto 25 anos da Constitui o e o Direito do Trabalho Curitiba Juru 2018 p 29 Conforme assevera Sebasti o Geraldo de Oliveira de certa forma todo trabalho en cerra algum perigo observando entretan 180 to que em algumas atividades esse risc
209. a Regina Ma chado Guimar es Julgado em 11 4 2014 Publicado no DEJT de 25 4 2014 grifos acrescidos CONCURSO P BLICO EMPRESA PU BLICA FEDERAL FASE PRE CONTRATUAL COMPET NCIA DA JUSTI A DO TRABALHO A compet ncia material da Justi a do Tra balho definida pelo pedido e pela causa de pedir Motivada a reclama o trabalhis ta na alega o de preteri o impeditiva formaliza o do contrato de trabalho com a reclamada empresa p blica federal su jeita ao regime celetista quanto regula o dos direitos e obriga es trabalhistas tem se por fixada a compet ncia da Justi a do Trabalho para dirimir o feito Inteli g ncia do artigo 114 inciso l da CF 88 e ads precedentes do TSIT Recurso conhecido e provido Ac rd o 3 Turma Proc 001627 2013 008 10 00 7 RO Relator Juiz Mauro Santos de Oliveira Goes Revisor Desem bargador Jos Leone Cordeiro Leite Julga do em 11 60 2014 Publicado no DEJT de 20 6 2014 grifos acrescidos JUSTI A DO TRABALHO COMPET N CIA MATERIAL CANDIDATO APROVADO EM CONCURSO P BLICO REALIZADO POR EMPRESA P BLICA PARA PROVIMENTO DE EMPREGO P BLICO EFETIVO PRAZO DE VALIDADE ALEGACAO DE EXPECTATIVA DE DIREITO CONSTITUI O FEDERAL ARTI GO 114 l ALCANCE AMPLO DA RELA O DE TRABALHO PELA JURISDI O ESPECIA LIZADA PARA AS FASES PRE CONTRATUAL CONTRATUAL E PO S CONTRATUAL PRECE DENTES DO TST EMPRESA P BLICA TER RACAP CONCURSO P BLICO PARA
210. a aquela b as atividades em ve culos que n o necessitem de emplacamento ou que n o exijam carteira nacional de habilita o para conduzi los c as atividades em motocicleta ou motoneta em locais privados d as atividades com uso de moto cicleta ou motoneta de forma eventu al assim considerado o fortuito ou O que sendo habitual d se por tempo extremamente reduzido O reflexo pr tico mais not vel da regula menta o pelo MTE diz respeito aos efeitos pecuni rios da Lei 12 997 2014 Isso porque conforme disciplina o art 196 da CLI Os efeitos pecuni rios decorrentes do trabalho em condi es de insalubridade ou pericu losidade ser o devidos a contar da data da inclus o da respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministro do Trabalho respei tadas as normas do artigo 11 Isso significa dizer que enquanto penden te de regulamenta o a Lei 12 997 2014 que ampliou o rol das atividades perigosas descritas no art 193 da CLT n o surtiu efeitos remunerat rios nos contratos de trabalho dos obreiros beneficiados com o referido adicio nal A depend ncia de regulamenta o pelo Org o Executivo embora pare a minar a efe tividade da novel legisla o coaduna se inte gralmente com a previs o normativa expres sa da CLT no sentido de que a caracteriza o das atividades ou opera es perigosas dar se na forma da regulamenta o aprovada pelo Minist rio do Trabalho e Emprego
211. a da melhor solu o judicial Pode at a vir a s lo no momento atual mas nada impede que no futuro e de lege feren da espa os institucionais infensos a duplici dade de inst ncia sejam criados ou como no caso do processo do trabalho amplia dos V Conclus o tempo de abreviar o debate acerca da fun o revisora dos tribunais Mas deseja mos deixar aqui uma mensagem final espe cialmente ao juiz de primeiro grau que nos l Relembr lo agora e sempre do papel crucial que Ihe cabe nesta mudan a de pa radigma por que passa o direito como um todo 100 De plano deve o magistrado solit rio que a todo momento repisar que o poder que lhe confiado n o um poder em si mesmo ou caso contr rio correr o s rio risco de tornar se uma for a bruta alheia ao tempo e ao espa o que ocupa Para tornar se uma autoridade legitima e assim agre gar valor respeito e credibilidade as suas decis es deve o juiz singular levar a s rio a sua atribui o maior de pacificador social sabedor de que o processo deve ser lido como um instrumento dial tico voltado para a coopera o e de que a sua palavra mais uma a ser ouvida e n o a ltima ou a nica que importa Auscultar cuidadosamente as partes envolvidas no problema a ser dirimido imprescind vel de modo a transformar se num facilitador num catalizador ou num indutor de uma solu o constru da a v rias m os N o toa que o art 7
212. a do crescimento econ mico atual com o elevado n mero de acidentes atrav s da an lise dos dados estat sticos for necidos por rg os oficiais e pesquisas biblio gr ficas no intuito de se demonstrar os ele mentos necess rios para caracteriza o da responsabilidade civil bem como a falta de pol ticas p blicas eficazes no intuito de dimi nuir os n meros estat sticos PALAVRAS CHAVE Caracteriza o Re percuss es Elementos Trabalhador Res ponsabilidade 1 Graduada em Direito Centro Universit rio Luterano de Palmas Ceulp Ulbra P s Graduada Lato Sensu em Direito e Processo do Trabalho muda Universidade Anhanguera P s Graduanda em Direito Eleitoral pela Universidade Federal do Tocantins Advogada militante em Direito do Tra S o Paulo LTr 2011 Co ESCOLA JUDICIAL balho no mbito do TRT da 10 Regi o e Previdenci rio no TRF 12 Regi o na Se o Judici ria de Palmas To Email kassiaadv pinho gmail com REVISTA DO TRTIO 1 INTRODU O Os direitos trabalhistas assegurados atu almente na Constitui o Federal e na Con solida o das Leis do Trabalho CLT tiveram como maior precursor ideol gico a Revolu o Francesa onde se iniciou a liberdade contratual suprimindo por conseguinte as corpora es de of cio O contrato de tra 40 Em decorr ncia da necessidade satis fativa do trabalhador em ver seus direitos cumpridos o presente trabalho ir de monstra
213. a eventual decis o contr ria segundo regras excepcionais de aferi o do encargo probat rio Na segunda situa o ante a peculiarida de do caso concreto o Juiz noticia a outra parte de que ela considerada apta a pro duzir a prova do fato determinado de que incide a teoria din mica sobre ele ou de que h invers o probat ria em seu desfavor pos sibilitando assim que a apresente em juizo O momento ideal para isso antes da oitiva das testemunhas podendo a crit rio do Juiz haver invers o na ordem dos depoimentos A lei ou a jurisprud ncia pac fica atribuem em situa es espec ficas o meio de prova apto a demonstrar determinado fato tais como recibo de pagamento ou de dep sito banc rio registro de hor rios para emprega dores que possuem mais de dez empregados termo de rescis o do contrato de trabalho instrumento de rescis o ou recibo de quita o homologado pelo sindicato profissional ou rg o do Minist rio do Trabalho para em pregado com mais de um ano de servi o e aviso de concess o de f rias arts 74 2 135 404 e 477 12 e 2 da CLT determina o de exibi o de prova documental no atu al CPC arts 355 a 359 e acordo escrito para a compensa o de hor rios na S mula n 85 Co ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO do TST Nesses casos desnecess rio haver pr via ci ncia de eventual aplica o da apti d o para a prova Algumas vezes ap
214. a legislativa pelos se guintes motivos No que se refere t cnica legis lativa o Substitutivo adotado pela CTASP tem uma falha na reda o da ementa uma vez que o substitutivo n o altera o caput do artigo 193 da CLI mas apenas acrescenta um pa r grafo 4 ao artigo Por outro lado o substitutivo da CTASP tamb m peca na reda o ao especificar e discriminar quais cate gorias profissionais ser o contempla das com o adicional a lei protege genericamente a atividade exercida e n o uma cate goria espec fica de trabalhador basta estar exposto a inflam veis explosi vos ou energia el trica Isto para n o cometer injusti a a uma categoria que embora esteja sujeita s mes mas condi es de periculosidade n o seria contemplada em face da restri o legal Nesse sentido substi tu mos a express o mototaxista de motoboy e de motofrete pela ex press o trabalhador em motocicle ta o que evitar demandas judiciais de trabalhadores que solicitar o o tratamento ison mico 7 Regulamenta o exerc cio das atividades dos profissionais em transporte de passageiros mototaxista em entrega de mercadorias e em servi o comunit rio de rua e motoboy com o uso de motocicleta altera a Lei no 9 503 de 23 de setembro de 1997 para dispor sobre regras de seguran a dos servi os de transporte remunerado de mercadorias em motocicletas e motonetas moto frete estabelece regras
215. a pela pr pria falta de educa o o que os leva na maior parte das vezes repeti o do mode lo como demonstrado na anima o Vida Maria Para a Organiza o Internacional do Tra balho o trabalho infantil deve ser abolido e o Pa s Membro deve elevar a idade m nima REVISTA DO TRTIO de admiss o a emprego ou a trabalho Preocu pou se ainda em descrever as piores formas de trabalho infantil a saber todas as formas de escravid o ou pr ticas a ela an logas o recru tamento ou a oferta de crian as para a prosti tui o a produ o de pornografia ou atua es pornogr ficas a utiliza o bem como para a realiza o de atividades il citas e o trabalho sus cet vel de prejudicar a sa de a seguran a ou a moral das crian as de conhecimento que h v rios fatores que levam a crian a at doze anos incompletos e o adolescente entre doze e dezoito anos assim considerados pelo Estatuto da Crian a e do Ado lescente para o mercado de trabalho entre os quais a pobreza e a precariza o das rela es laborais mas no meu sentir os dois principais s o a falta de educa o e a desagrega o fami liar Na maior parte das vezes esse mercado de trabalho informal e a informalidade conduz nega o de direitos A utiliza o da m o de obra infantil traduz uma das formas de explora o do trabalho hu mano e vem sendo combatida por rg os inter nacionais e nacionais
216. a reclamada Conforme li es da doutrinadora ALICE MONTEIRO DE BARROS o dever de ressarcimento nesses casos se funda na teoria da culpa in contrahendo ou responsabilidade pr contratual com a qual a Jhering visou a tutelar a confian a re ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO ciproca que deve nortear o comportamen to das partes desde a fase das negocia es preliminares O fundamento dessa responsa bilidade reside no dever de agir consoante o princ pio da boa f objetiva que incide no direito obrigacional atuando como norma de conduta social segunda a qual as pessoas devem se comportar com lealdade rec proca das rela es sociais enquanto a boa f sub jetiva cinge se no campo dos direitos reais Curso de Direito do Trabalho LTr p 513 Tal irregularidade extrapola o mbito dos direitos individuais dos trabalhadores v ti mas das irregularidades para ofender a au toridade doo pr prio ordenamento jur dico no tocante aos direitos fundamentais e so ciais previstos na Constitui o Federal arts 5 e 7 os quais derivam de conquistas his t ricas de longas datas e protegidos contra o retrocesso social Atingem os princ pios fundamentais da Rep blica do Brasil o valor social do trabalho e a prote o da dignidade da pessoa humana CF art 12 o objetivo de se construir uma sociedade livre justa e solid ria art 32 Como retratado a r desprezou as prescri es do ordenamento
217. abe ao Minist rio P blico a defesa do re gime democr tico da ordem jur dica e dos interesses sociais e individuais indispon veis Para este mister a Constitui o Federal con fere ao Minist rio P blico a utiliza o do in qu rito civil como instrumento de colheita de provas a fim de possibilitar o ajuizamento da medida judicial pertinente ou a celebra o de termo de ajuste de conduta na esfera extraprocessual Para tanto outorga lhe po deres instrut rios expedir notifica es requi sitar informa es documentos e dilig ncias investigat rias conforme previsto no art 129 incisos Ill VI e VIII da Carta da Rep blica al m daqueles especificados na Lei 8 025 093 LONMP e Lei Complementar 75 93 Estatuto do Minist rio P blico da Uni o Para a efetividade destes poderes pode o Minist rio P blico notificar pessoas para pres tarem depoimentos realizar dilig ncias ins pe es vistorias ordenar per cias requisitar informa es documentos e certid es exce tuados os casos dependentes de autoriza o judicial Em raz o disso os atos que comp em o inqu rito civil gozam de presun o de legi timidade e veracidade cabendo ao juiz va lorar tal prova pois sua efic cia e validade n o constituem regra absoluta admitindo de monstra o em contr rio Todavia n o po dem ser questionadas aprioristicamente t o somente por n o haver contradit rio Ainda assim a recusa de validade
218. abelas gt Acesso em out 2014 Minist rio da Previd ncia Social Anu rio Estat stico de Acidentes de Traba lho AEAT 2012 Bras lia MPS 2013 v Minist rio da Previd ncia Social Acompanhamento Mensal dos Benef cios Aux lios Doen a Acident rios Concedidos pelos C digos da Classifica o Nacional de Atividades Econ mica CNAE Classe segun do os c digos da Classifica o Internacio nal de Doen as 10 Revis o CID 10 Janei ro a Dezembro de 2011 2012 e 2013 Bras lia MPS 2013 2014 Dispon vel em lt http www previdencia gov br estatisticas menu de apoio estatisticas seguranca e saude ocu pacional tabelas cnae 2 0 gt Acesso em 12 out 2014 Minist rio da Previd ncia Social DataPrev AEAT InfoLogo Base de Dados Hist ricos de Acidentes de Trabalho Apli cativo Dardo v 10 0 45 8 out 2014 Par me tros anos 2010 2011 e 2012 CID capitulo e agrupamento e Unidade da Federa o Dis pon vel em lt http www3 dataprev gov br scripts10 dardoweb cgi gt Acesso em 8 out 2014 DEJOURS Christophe Entre o desespero e a esperan a como reencantar o traba lho Revista Cult n 139 2009 _ Addendum da psicopatologia psicodin mica do trabalho In LANCMAN Selma SZNELWAR Laerte Idal Orgs Chris tophe Dejours da psicopatologia psico din mica do trabalho 3 ed Rio de Janeiro Fiocruz 2011a Sofrimento e prazer no trabalho a abordagem da ps
219. ace do car ter salarial incidem contri bui es previdenci rias sobre sal rios e d cimo terceiro sal rio Lei n 8 212 1991 8 541 1992 e Provimento da CGJT n 01 1990 Cab veis os descontos fiscais na forma da Lei n 12 350 2010 e IN n 1 127 2011 da Secretaria da Receita Federal do Brasil Dever a reclamada fazer o recolhimento alusivo as quotas partes patronal e obreira fican do autorizada a dedu o desta ltima OJSBDH n 363 do col TST CONCLUS O Ante o exposto conhe o do recurso e no m rito dou lhe parcial provimento para deter minar a reintegra o da reclamante aos quadros da reclamada na mesma fun o que exercia ao tempo de seu desligamento em 1 2 2014 ou em fun o resultante de eventual transforma o da anteriormente ocupada com o pagamento de sal rios do per odo compreendido entre a 230 dispensa e a efetiva reintegra o bem como de todas as verbas a que faria jus a autora caso em servi o estivesse defiro ainda em sede de antecipa o dos efeitos da tutela a expedi o imediata de mandado de reintegra o a fim de que a autora retorne aos quadros da reclamada assim como o pagamento dos sal rios e dos de mais direitos alusivos ao vinculo empregat cio a partir do efetivo retorno da autora ao trabalho nos termos da fundamenta o como voto AC RD O Ac rd o ACORDAM os integrantes da egr Primeira Tur ma do Tribunal Regional do Trabalho da D cima R
220. adania de dignidade acuado pelo preconceito O discriminado se sente como sub ra a ou sub povo ou sub gente Sente se portanto desfalcado n o do que ele tem mas do que ele E a sua autoestima fica ao r s do ch o Para Firmino Alves Lima H discrimina o nas rela es de trabalho quando um ato ou compor tamento do empregador ocorrido antes durante e depois da rela o de trabalho implica uma distin o exclu s o restri o ou prefer ncia baseado em uma caracter stica pessoal ou so cial sem motivo razo vel ou justific vel que tenha por resultado a quebra do igual tratamento e a destrui o O comprometimento o impedimento o reconhecimento ou o usufruto de di reitos e vantagens trabalhistas assegu rados bem como direitos fundamen tais de qualquer natureza ainda que n o vinculados ou integrantes da rela o de trabalho 8 MURARI Marlon Marcelo Limites constitucionais ao poder de dire o do empregador e os direitos fundamentais do empregado O equil brio est na dignidade da pessoa humana S o Paulo LTr 2008 p 110 9 BRITTO Carlos Augusto Ayres Constitucionalismo fraterno e o direito do trabalho S o Paulo LTr 2004 p 54 10 LIMA Firmino Alves Mecanismos antidiscriminat rios nas rela es de trabalho S o Paulo LTr 2006 p 135 REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL No magist rio de Maur cio Godinho Delga do o princ pio da n o discrimina o c
221. ade Nas doen as profissionais esse nexo de causalida de presumido pela lei nas doen as do tra balho ele precisa ser investigado As estat sticas ora examinadas sobre aci dentes de trabalho incluem as doen as ocupa cionais O aux lio acidente inclusive em raz o de doen a ocupacional n o concedido em todos os acidentes de trabalho mas apenas naqueles em que resultarem sequelas que impliquem redu o da capacidade para o tra balho que habitualmente exercia art 80 Lei 8 212 1991 Ambas as vari veis acidentes de trabalho e aux lio acidente s o importantes para uma investiga o sobre a causalidade entre trabalho e doen a bem como sobre a exist ncia de riscos psicossociais do adoeci mento ps quico no trabalho 2 2 RISCOS PSICOSSOCIAIS DO TRABALHO Segundo a Ag ncia Europeia para a Se guran a e Sa de no Trabalho da Uni o Euro peia 2014 os riscos fatores ou estressores psicossociais no trabalho s o os que t m ori gem em defici ncias na concep o organi za o e gest o do trabalho decorrem de um contexto social de trabalho problem tico e podem ter efeitos negativos a n vel psicol gico f sico e social e ocasionar enfermidades como estresse no trabalho esgotamento ou depress o A Organiza o Internacional do Trabalho OIT 1986 pp 3 4 define os fatores psicos sociais como intera es entre o ambiente de trabalho o conteudo do emprego e as con di es organi
222. ade dos cargos existentes a fim de que n o haja prejuizo na apura o do n me ro de vagas a serem preenchidas por pessoas portadoras de defici ncia decidir onde e em qual fun o esse trabalhador poder ser melhor aproveitado de acordo com o grau de capacita o demonstrado N o se pode perder de vista tamb m que s o m ltiplos os tipos e graus de defici ncia e que os avan os tecnol gicos t m permitido o exerc cio de atividades por pessoas que a de t m nunca antes imaginadas Portanto prefixar em instrumento coletivo ainda que de acordo com laudo t cnico determinados cargos como impr prios para serem preenchidos por pessoas portadoras de defici ncia constitui medida pre cipitada e discriminat ria que n o se coaduna com o esp rito da referida Lei de Cotas Em segundo lugar considerando a exig ncia inafast vel contida no artigo 93 da multicitada Lei n 8 213 1991 cabe ao empregador que det m o poder diretivo do seu empreendimen to direcionar trabalhadores portadores de defi ci ncia ou reabilitados conforme os cargos em que se verificar melhor aptid o para o exerc cio da fun o Nesse sentido os seguintes julgados AGRAVO DE INSTRUMENTO DE VIA O GUIA BRANCA S A RECURSO DE REVISTA AUTO DE INFRA O C LCULO DO PERCENTU AL PREVISTO NO ART 93 DA LEI 8213 91 ATI VIDADES INCOMPAT VEIS COM A SITUA O DO PORTADOR DE DEFICI NCIA MOTORISTA NECESSIDADE DE ADEQUA O EM NOVA
223. ade e agride sua dignidade intimidade e imagem caracteriza por si s a extrapola o daqueles limites impostos ao poder fiscalizat rio empresarial mormente quando o empregador possui outras formas de no caso concreto proteger seu patrim nio contra poss veis viola es Nesse sentido as empresas t m plenas condi es de utilizar outros ins trumentos eficazes de controle de seus produtos como c meras de filmagens Tais procedimentos inibem e evitam a viola o do patrim nio da empresa e ao mesmo tempo preservam a honra e a imagem do trabalhador No presente caso o TRT consignou a ocorr ncia de revista p blica submetendo a a uma situa o vexat ria e constrangedora Assim ainda que n o tenha havido contato f sico a revista nos pertences da obreira implicou exposi o indevi da da sua intimidade raz o pela qual ela faz jus a uma indeniza o por da nos morais Em rela o ao valor arbi trado a t tulo de indeniza o por danos morais R 8 000 00 o TRT pautou se em par metros compat veis sopesan do v rios elementos convergentes tais como a intensidade do sofrimento a gravidade da les o o grau de culpa do ofensor e a sua condi o econ mica O n o enriquecimento indevido da v tima e o car ter pedag gico da medida n o se configurando a viola o aos disposi tivos apontados ou a necessidade de re du o do valor Assim n o h como as segurar o processamento do recurso de
224. ado 2011 a 2013 REVISTA DO TRTIO Co ESCOLA JUDICIAL G 30 SI Agrupando as atividades cong neres e desprezando o item ignorado a distribui o des sas enfermidades ps quicas por atividades econ micas fica assim distribu da 9 39 5 52 393 11 71 a 2 39 12 80 32 92 Das atividades conhecidas a Admi nistra o P blica em geral com 1 em cada 5 bancos comerciais m ltiplos e caixas econ micas transporte coletivo de passageiros municipal atendimento hospitalar Correios com rcio varejista em hipermercados e supermercados e limpeza em pr dios e domic lio totalizam 2 3 dos casos de doen a ocupacional ps quica que ensejaram o pagamento de auxilio acidente no tri nio 2011 2018 21 34 Gr fico 1 Atividades econ micas conhecidas em que ocorreram mais transtornos psiqui cos motivadores da concess o de aux lio acidente no Brasil no tri nio 2011 2013 E EMEB Co Administra o Publica em geral Bancos multiplos comercial e caixas econ micas Transporte rodovi rio coletivo municipal Atividades de atendimento hospitalar Com rcio varejista de hipermercados e supermercados Atividades de Correio Limpeza em pr dios e domic lios Outras atividades Yo 2 REVISTA DO TRTIO Se 33 3 2 ADOECIMENTO PS QUICO PELO TRABALHO NO DISTRITO FEDERAL E NO TOCANTINS Dentre o grupo de adoecimento pelo CID F os transtornos relacionados ao stress grave e o
225. ado que os tra balhadores dom sticos trabalhavam certas horas sem qualquer remunera o quando o efeito decorrente da Emenda Constitucional considerar apenas que aquelas horas an tes pagas de modo simples quando percebi das agora como extraordin rias devem ter o acr scimo devido do adicional de 50 para sua remunera o regular Nesse particular razo vel que o empre gador dom stico ao contratar ou ao re rati ficar os contratos ent o vigentes quando da EC 72 defina o hor rio exigido do trabalha dor e os per odos pr assinalados destinados a intervalo para repouso e refei o com al mo os jantares ou lanches segundo o des crito no artigo 1 da CLT sem que isso corres ponda exigir folha de ponto nas resid ncias a teor contr rio senso do artigo 74 2 da CLI exceto na excepcionalidade de contar REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL o empregador dom stico com mais de dez trabalhadores no ambiente residencial assim definindo a jornada regular para os limites de 8 horas di rias ou 44 horas semanais ou ain da de 6 horas di rias quando o trabalho se re alizar sob regime de revezamento em turnos ininterruptos al m de j indicar se o eventual ajuste a horas extras precontratadas Por bvio na considera o do valor da hora de trabalho dom stico para fins de apu ra o da hora extra n o se h que afastar do contido no artigo IV da Constitui o quando garante de
226. ado insistem em invocar a igualda de das partes o princ pio do pacta sunt servanda para exigir a necess ria fide lidade ao v nculo criado pelos sujeitos quando t o evidente a inocorr ncia de hip tese verdadeira de vincula o livre e igualit ria de vontades E essa lealdade intelectual que falta aos cien tistas do direito muitas vezes quando se permitem olvidar da natureza ver dadeira do v nculo jur dico e reconhe cem a consequ ncia jur dica dele des prezando a desproporcionalidade de presta es que torna sem qualquer d vida imposs vel a realiza o do meio termo do justo A inadimpl ncia da obriga o de seguro que tem origem e fundamento na pr exist n cia do contrato de emprego em suas normas coletivas e na pr pria legisla o trabalhista sobre as utilidades n o salariais fornecidas constituiu pr tica ilegal e abusiva no merca do de consumo art 18 CC e viola o da fun o social contratual art 421 CC Ainda caracteriza dano toda uma coleti IM vidade indeterminada art 81 CDC tanto os empregados na frustra o da frui o de sua prote o jur dica quanto tamb m os em pregadores na les o da garantia contratual adquirida com o objetivo de preven o ou de repara o acident ria art XXII e XX VIII CR em seus efeitos pecuni rios Ora o empregador contrata o objeto da ap lice justamente em benef cio de seus em pregados para lhes minimiza
227. adoecimento ps quico pelo trabalho afeta in meros trabalhadores e em presas sobrecarrega os servi os de sa de e de previd ncia e desafia os operadores do Direito e da Sa de Objetivo quantificar e avaliar o adoecimento ps quico pelo traba lho no Distrito Federal e em Tocantins luz Ana Cl udia de Jesus Vasconcellos Chehab Psic loga da Secretaria de Educa o do DF da psicodin mica do trabalho Metodologia discuss o te rica e an lise de dados estatisti cos oficiais sobre as causas de enfermidades ps quicas de acidentes de trabalho e aux lio acidentes entre 2010 a 2013 confrontando com as atividades econ micas em que apa recem com maior frequ ncia Resultados O Distrito Federal e o Tocantins tiveram juntos quase 1200 acidentes de trabalho por doen 1 Mestranda em Psicologia pela UCB com nfase em Psicologia Trabalho e Direitos Humanos Especialista em Psicologia da Educa o Psic loga da Secretaria de Educa o DF lotada na per cia psicol gica da Coordenadoria de Sa de Ocupacional Foi servidora cedida para o TST psic loga do CREAS na Bahia e professora de Psicologia Jur dica das aos empregados dom sticos Co ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO as ps quicas no tri nio de 2010 a 2012 A maior incid ncia desses males est concen trada em poucas atividades econ micas En fermidades associadas ao estresse grave e de adapta o e aos transtornos de humor em especial depress o
228. ador enquanto pessoa humana dos direitos que dispensam normas para serem exercidos pois todo o homem tem o poder dever de lutar pelos seus direitos de lutar pela me lhoria das condi es sociais E hist rico no mbito das For as Armadas a lengalenga sic de que necess rio dar o exemplo de sa crificar o militar em favor da P tria a qual tudo se d e nada se pede que a hierarquia e a disciplina de vem ser mantidas a todo o custo que os militares devem manter se 132 disciplinados porque os Comandan tes est o preocupados e levando ao Ministro da Defesa e ao Chefe do Po der Executivo as necessidades dos seus subordinados que os Coman dantes das For as e o Ministro da De fesa s o os leg timos representantes os porta vozes dos anseios dos seus subordinados Ora sabidamente isso n o ver dade A partir do momento em que os Comandantes das For as e o Mi nistro da Defesa s o da livre escolha e exonera o do Presidente da Rep blica assim como as promo es dos oficiais generais s o tamb m subme tidas ao crivo do Chefe do Executivo evidente que estes homens passam a representar este Poder perante os seus subordinados e n o os seus su bordinados perante o Poder Executivo como se apregoa pelos quart is afora La Faz se evidente ao longo das justificativas a preocupa o do parlamentar em salientar a segrega o n tida dada aos servidores p bli cos militares n
229. ais relembrar que em sendo o direito intimidade esp cie do g nero direitos da personalidade o dispos to no art 11 do C digo Civil ao assegurar que excetuando se os casos previstos em lei os direitos da personalidade s o intrans miss veis e irrenunci veis n o podendo seu exerc cio sofrer limita o volunt ria Ora o ordenamento jur dico trabalhista n o contempla a hip tese de viola o intimidade do trabalhador por meio de re vista em seus pertences mesmo porque o princ pio da irrenunciabilidade um dos pilares do Direito do Trabalho Mais uma vez socorremo nos dos ensina mentos de Alice Monteiro de Barros o legislador ordin rio reconhe cendo o poder diretivo legitima a limi ta o da esfera de intimidade do em pregado imposta pelas exig ncias do desenvolvimento da atividade laboral mas o poder de dire o tamb m est su jeito a limites ali s inderrog veis como o respeito dignidade do empregado e liberdade que lhe reconhecida no plano constitucional A dificuldade con siste em estabelecer limites entre o direi to intimidade do trabalhador e o direi to de dirigir a atividade do empregado conferido ao empregador pelo art 2 da CLT Ali s a jurisorud ncia tem revelado a dificuldade na pr tica de definir at onde esse poder de dire o exercido legitimamente como boa administra o de pessoal e a partir de quando ele se torna intoler vel por
230. al instalada na ECT relativas a processos de anistia Afirmou que uma vez cassada a liminar a dispensa tornou se possivel e motivada n o havendo falar em nulidade do ato patronal A Juiza da inst ncia percorrida indeferiu os pleitos exordiais Fundamentou a magistrada que a autora n o detentora de qualquer estabilidade uma vez que os artigos 490 49 e 504 da CLT foram parcialmente revogados pela CF 88 n o mais subsistindo a antiga estabilidade decenal Tamb m entendeu que o emprega do p blico celetista n o adquire estabilidade do emprego prevista no artigo 41 da CF 88 conforme j sedimentada na S mula n 390 II do col TST Tamb m aduziu que a dispensa da recla mante foi devidamente motivada pela ECT conforme orienta a OJSBDI n 247 do col TST na medida em que decorreu do fato de ter sido definitivamente julgado o MS cole tivo n 8 650 DF o que redundou no resta belecimento da Portaria Interministerial n 3 2 2002 que anulou as anistias concedidas aos substitu dos naquele writ dentre os quais a reclamante No recurso a reclamante volta a sustentar ser detentora de estabilidade no emprego porquanto ao tempo em que dispensada em 20 5 1990 contava com mais de 10 anos de trabalho Salienta que ap s o seu retorno ain da trabalhou por quase 20 anos at a data da ltima dispensa n o apresentando qualquer conduta pessoal ou atua o profissional ne gativa que justificasse o ato de dispens
231. alho oferecendo ao trabalhador condi es que n o se coadunam com a legisla o apli c vel Dessa forma produziu consider vel contingente de trabalhadores fisicamente mutilados em decorr ncia de seu descaso e desrespeito ao cumprimento das nor mas m nimas de prote o sa de e ao princ pio da prote o ao trabalhador Ao assim proceder praticou ato il cito consubstanciado em verdadeira fraude aos direitos sociais do trabalho mormen te aqueles alusivos sa de do trabalha dor e consequentemente atingiu toda a coletividade de trabalhadores antigos atuais e futuros Tal cen rio revela se em dano social de ampla magnitude e enseja a repara o coletiva A jurisprud ncia do C Tribunal Su perior do Trabalho corrobora o enten dimento acerca do cabimento de dano moral coletivo por viola o a normas de seguran a sa de e meio ambiente de trabalho RECURSO DE REVISTA DANO MORAL COLETIVO DESCUMPRIMENTO DE OBRIGA ES TRABALHISTAS NORMAS DE SEGURAN A DO TRABALHO Consoante registrou o Tri bunal a quo est comprovado que a ora recorrente incorreu em conduta prejudi cial aos seus empregados ao descumprir as normas referentes seguran a e me dicina do trabalho Ora aquele que por ato il cito causar dano ainda que exclu sivamente moral fica obrigado a repar lo Assim demonstrado que a recorrente cometeu ato il cito causando preju zos a um certo grupo de trabalhadores e a pr p
232. am patentes atitu des da empresa r violadora de direitos da sociedade como um todo Exsurge cristalina a natureza coletiva da pretens o O foco conferido mat ria tem pertin ncia com interesses transindividuais a necessidade de resguardar o pr prio ordena mento jur dico como um todo das repetidas viola es verificadas com a disponibiliza o de instrumentos h beis para que tal defesa se torne efetiva e apta a coibir novas viola es No presente caso frise se defrontam com condutas altamente lesivas aos interesses de um segmento social perfeitamente identifi c vel que reclama repara o en rgica As les es tamb m s o de natureza difusa pois outras trabalhadoras n o pass veis de identifi ca o tamb m poderiam ser v timas do pro cedimento reprov vel da empresa r bem como tal procedimento por si s represen ta reiterada e injustific vel ofensa s normas protetivas cogentes que integram o ordena mento jur dico trabalhista e autoridade do Estado Juiz Oportunos os ensinamentos de IRANY FER RARI e MELCH ADES RODRIGUES MARTINS A repara o gen rica coletividade pelo danos causados origina se de uma vis o mais socializante do Direito sustentada pelos juristas modernos onde se busca ressaltar o car ter transindividual de determinados valo res fundamentais para a organiza o social e o bem comum A repara o devida n o s pela dificuldade de se reconstituir o mal
233. ando somadas as ocorr ncias de defici n cias o n mero maior do que 45 0 milh es que representa o n mero de pessoas n o de ocorr ncias de defici ncia Fonte IBGE Censo Demogr fico 2010 http 7a12 ibge gov br vamos conhecer o brasil nosso po vo caracteristicas da populacao Como se v a quest o n o reside na ine xist ncia de candidatos potenciais para as va gas reservadas Estando eventualmente o problema na fal ta de capacidade t cnica desses trabalhado res em condi es especiais para ocupar as fun es disponibilizadas a solu o est nas m os das empresas conforme j analisado Desse modo inescus vel a justificativa tra zida pela impetrante para a n o contrata o das pessoas portadoras de defici ncia ou re abilitados ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO Quanto alega o posta na peti o inicial no sentido de que a empresa buscou respaldo do Departamento de Pol cia Federal que se posicionou no sentido da incompatibilidade a forma o e ao exerc cio de fun o em vigi l ncia privada por parte dos deficientes f sicos melhor sorte n o socorre a impetrante por dois motivos Primeiramente conforme se v pelos docu mentos colacionados pela recorrida h mani festa o da Coordena o Geral de Controle de Seguran a Privada do Departamento de Pol cia Federal em que o seu subscritor registra que n o h orienta o da Pol cia Federal que a priori
234. anos Ingo Wolfgang Sar let Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais 4 ed Porto Alegre Livraria do Advogado 2006 p 52 Logo demonstrado a conduta discrimi nat ria dou provimento ao recurso para condenar a demandada nas obriga es de n o fazer assim como pleiteadas inicial s fis 17 18 sob pena de multa pecuni ria no importe de R 10 000 00 na hip tese de des cumprimento 2 3 Indeniza o por dano moral cole tivo A indeniza o por danos morais no Direito do Trabalho tem arrimo no art 5 X da CF e arts 186 c c 927 ambos do C digo Civil e como tal deve decorrer direta e impreteri velmente de um ato comissivo ou omissivo praticado com culpa ou dolo do empregador que importar em dano ao pretendente RODOLFO PAMPLONA FILHO para al m dos reflexos materiais do dano moral ou de conceitos relacionados com dor sofrimento ang stia e outros sentimentos leciona que a les o est ligada viola o dos direitos da personalidade objetivamente considerados verbis O dano moral aquele que lesiona a es fera personal ssima da pessoa seus direitos de personalidade violando por exemplo sua intimidade vida privada honra e ima gem bens jur dicos tutelados constitucional mente O Dano Moral na Rela o de Empre go S o Paulo LTr 32 edi o p 52 305 Fen meno similar se observa na les o a direitos da personalidade em mbito coleti VO No caso dos autos ficar
235. ao caso concreto Paulo Bonavides informa que a ideia de princ pio segundo Luis Diez Picazo deriva da linguagem da geometria onde designa ver dades primeiras Acrescenta ainda a defini o de Crisafulli de 1952 qual seja princ pio com efeito toda norma jur dica enquanto considerada como determinante de uma ou de muitas ou tras subordinadas que a pressup em desenvolvendo e especificando ulte riormente o preceito em dire es mais particulares menos gerais das quais determinam e portanto resumem po tencialmente o conte do sejam pois estas efetivamente postas sejam ao contr rio apenas dedut veis do respec tivo princ pio geral que as cont m 6 BULO Uadi Lamm go Curso de direito constitucional 3 ed S o Paulo Saraiva 2009 p 24 7 ALEXY Robert Teoria dos direitos fundamentais Tradu o de Virg lio Afonso da Silva 5 ed alem S o Paulo Malheiros 2008 p 87 8 BONAVIDES Paulo Curso de direito constitucional 18 ed S o Paulo Malheiros 2006 p 255 257 REVISTA DO TRTIO Curioso mencionar que os Princ pios Ge rais de Direito eram na doutrina positivista a ltima fonte a ser consultada haja vista a pre vis o contida no artigo 4 da antiga Lei de Introdu o ao C digo Civil LICC No entan to esta situa o se transformou na medida em que estes princ pios sagraram se normas aptas a serem imediatamente aplicada Regras podem ser conceituad
236. ao cidad o Assumindo a nova face do direi to trabalhista brasileiro sa de e seguran a 3 Quest es controversas quanto jornada SI lempo de dire o 3 2 Tempo de espera 3 3 Tempo de reserva 3 4 Tempos de descan so 4 A grande celeuma local para gozar os tempos de descanso 5 Di logo das fontes Conclus es 7 Refer ncias Bibliogr ficas 1 INTRODU O Apesar de possuir um territ rio com di mens es continentais no s culo XX o Brasil fez a op o preferencial pelo transporte ro dovi rio para locomo o de pessoas e bens em detrimento do ferrovi rio o que tem pro vocado ao longo do tempo consequ ncias importantes Motoristas aut nomos trafe gam ao lado de um expressivo n mero de empregados assalariados tornando impera tivo assegurar a todos condi es de sa de e seguran a adequadas s especificidades das atividades profissionais desempenhadas porque o trabalho que deve estar adapta do ao homem e n o o homem ao trabalho conforme j defendemos em artigo anterior mente publicado sobre o meio ambiente la boral 3 GEMIGNANI Tereza Aparecida Asta e GEMIGNANI Daniel Meio ambiente de trabalho Precau o e preven o Princ pios norteadores de um novo padr o normativo Revista Magister de Direito do Trabalho vol 47 p 55 74 2012 REVISTA DO TRTIO Ts o SPF 5 e Se o E e EL is Pa sA ha D e Pi A Importante ressaltar que a Constitui o F
237. ao trabalho HONOR RIOS ADVOCAT CIOS A ju za origin ria indeferiu os honor rios advocat cios pleiteados ao fundamento de que a autora n o est assistida pelo seu sindi cato de classe A reclamante reitera o pleito a fim de que a verba seja deferida raz o de 20 do valor da condena o Na Justi a do Trabalho a verba honor ria n o devida pela simples sucumb ncia salvo quando verificada alguma das exce es des citas na Nin 27 do colTSI No caso dos autos discutem se aspectos alusivos rela o de emprego vivenciada entre as partes raz o pela qual os honor rios advocat cios s o devidos apenas se restarem satisfeitos os requisitos da Lei n 5 584 70 nos termos consagrados nas S mulas n 219 e 329 al m da Orienta o Jurisprudencial n 305 da SBDI 1 do col TST REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Embora a reclamante tenha juntado declara o de pobreza em que afirmou n o ter condi es econ micas de suportar os nus do pro cesso fl 20 n o se encontra assistida por seu sindicato profissional restando descumpridos os requisitos constantes das orienta es sumular e jurisprudencial mencionadas Nada a prover JUROS E CORRE O MONET RIA CONTRI BUI ES PREVIDENCI RIAS E FISCAIS Incidem juros de mora e corre o monet ria na forma dos artigos 883 da CLT 39 S 12 da Lei n 8 177 1991 S mulas n 200 e 439 e OJSBDH n 302 ambas do col TST Em f
238. aprova o em con curso p blico gera mera expectativa direito nomea o competindo ao ente p blico de acordo com sua conveni ncia a decis o acer ca das contrata es Ocorre que a contrata o de empregados tempor rios por meio de procedimento lici tat rio na vig ncia de concurso p blico com quantidade de aprovados capaz de atender a demanda de servi os exigida ainda que observados todos os procedimentos legais revela se ato incompat vel com os princ pios da moralidade e impessoalidade contidos no artigo 3 caput da Constitui o Federal N o se pode admitir que sob o manto da sazonalidade da m o de obra a Administra o P blica lance m o de procedimento lici ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO tat rio visando contrata o de pessoal preterin do candidatos aprovados em concurso p blico plenamente vigente sob pena restar frustrada a norma contida no artigo 37 Il da Constitui o Fe deral que condiciona a investidura em emprego p blico pr via aprova o em concurso p blico Pior ainda quando tal sazonalidade seja abso lutamente falsa pois not rio que o atendimento as diversas frentes de atua o do reclamado n o configura situa o emergencial plaus vel capaz de alicer ar validamente a excepcional contra ta o de m o de obra terceirizada tempor ria Outrossim nada impede a publica o de edital visando realiza o de novo concurso p blico na v
239. ar uma situa o de perigo para direito ou Interesse de Um litigante quando constatado o justificado receio de inefic cia do provimento final No caso a tutela antecipada s foi con cedida em senten a depois que todos os elementos de prova j haviam sido carre ados pelas partes o que possibilitou uma cogni o completa ao Juizo Tal fato de monstra prud ncia e crit rio de razoabili dade do MM Juiz guc a proier No que diz respeito imposi o de multa di ria existe previs o legal a legi timar a conduta adotada pelo Juizo pre conizada no art 11 da Lei n 7 347 8 verbis Na a o que tenha por objeto o cum primento da obriga o de fazer ou n o fazer o juiz determinar o cumprimento da presta o da atividade devida ou a cessa o da atividade nociva sob pena de execu o especifica ou de comina o de multa di ria se esta for suficiente ou compat vel independentemente de re querimento do autor Dentro desse contexto as multas por descumprimento arbitradas na origem se fazem necess rias adequa o da con duta patronal dentro do prazo fixado na r senten a impondo se a manuten o da medida acautelat ria Recurso n o provido 3 6 RECURSO DO MINIST RIO PUBLI CO DO TRABALHO 3 6 1 RESPONSABILIDADE SOLID RIA DO DISTRITO FEDERAL PELAS OBRI GA ES DE FAZER A Magistrada de origem indeferiu o pleito de responsabiliza o solid ria do ente p blico quanto as
240. arantias da seguran a p blica e a da digni dade e da intimidade das pessoas porque ele n o existe no caso concreto passo a enumerar algumas quest es de interesse para o adequado desfecho da causa Em primeiro lugar o pol grafo aparelho incapaz de cumprir os seus objetivos pois ele falivel e com elevado potencial de tor nar se elemento de discrimina o obstan do o acesso ao emprego A mesma autora citada no voto condutor a eminente Ma gistrada Alice Monteiro de Barros Monteiro assim esclarece ao tratar do tema sob o prisma do direito internacional in verbis O Repert rio de Recomenda es Pr ticas sobre Prote o de Dados Pessoais dos Trabalhadores elaborado pela OIT no item 60 11 dis o e que as provas de per sonalidade ou exames an logos dever o efetuar se de acordo com as disposi es nele contidas sob a condi o de que o trabalhador tenha a possibilidade de re cha los isto recusar se a submeter se a eles op cit REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Mais adiante ressalta as posi es de pa ises como o Canad e a Fran a os quais afastam a aplica o do teste o qual con sistiria em t cnica for ada de transpar n cia eadem E at mesmo traz cola o a Lei de 1988 que nos Estados Unidos da Am rica considerou ilegal a sua utiliza o ressaltando a redu o da pratica em at 85 oitenta e cinco por cento no pa s por parte das empres
241. argo ou emprego na forma prevista em lei ressal vadas as nomea es para cargo em comis s o declarado em lei de livre nomea o e exonera o Como se v para ingresso no servi o p blico em cargo ou emprego necess rio o concurso p blico pr vio A nica ressalva do artigo diz respeito aos cargos em comiss o na forma da lei Considerando os termos do dispositivo verifica se que a Constitui o n o previu a figura do emprego em comiss o N o bastasse isso o art 37 V da CR expresso ao prever que as fun es de con fian a devem ser destinadas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo e que os cargos em comiss o a serem preen chidos por servidores de carreira no casos condi es e percentuais m nimos previstos em lei destinam se apenas s atribui es de dire o chefia e assessoramento N o h su blinhado duplo no original As express es cargo p blico e emprego REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL p blico n o s o sin nimas A diferen a en tre elas verificada no regime jur dico que as definem O ocupante de um cargo p blico mant m uma rela o jur dica estatut ria ao passo que o ocupante de um emprego p bli co se relaciona por meio de um contrato de emprego O fato de a CLT utilizar o voc bulo cargo em alguns dos seus dispositivos em nada altera a conclus o apresentada apenas revela impropriedade do legislador A norma
242. around the world in its pragmatic and con sequentialist aspects and based to princi ples From the analysis of the role of Judge concerning to first and second instances it is necessary to reflect on the need for a change in posture given the advantages and disad vantages of a broad concept of double juris diction KEYWORD The court s reviewer function Iwo tier of judicial authority Weighting values of Real Justice and Effectiveness 1 Juiz Titular da 41 VT RJ Mestre e Doutor em Direito P blico pela UERJ Professor da UCAM e do Grupo de Estudos Ratio Juris Diretor Cultural da Amatra 1 RJ Jo SUM RIO l INTRODU O FO DUPLO GRAU DE JURISDI O SE GUNDO O SIFEO IST III A DELIMITA O CONCEITUAL DO DU PLO GRAU DE JURISDI O AS VANTAGENS E DESVANTAGENS SUBJACENTES IV A PONDERA O RECORRENTE DO PRINC PIO DO DUPLO GRAU DE JURISDI O V CONCLUS O Introdu o Instados a refletir sobre a fun o revisora dos tribunais a primeira ideia que nos ocorreu foi a daquele lugar comum error in proceden do ou error in judicando Dito de outro modo enraizou se na cultura jur dica brasileira o seguinte axioma as sen ten as proferidas pelo juiz monocr tico de vem submeter se real ou potencialmente ao duplo grau de jurisdi o Isso deve ocorrer por um motivo bastante simples a inexorabilidade do erro Seja atrav s do erro procedimental seja por meio do erro de conte do o Poder Ju
243. as como enunciados normativos que prescrevem fatos e condutas intersubjetivas a serem aplicadas diretamente pelo operador do direito Elas s o em sua ess ncia reflexos dos princ pios e valores cultivados pela sociedade Com rela o diferencia o entre prin c pios e regras Alexy menciona os crit rios da generalidade da determinabilidade dos casos de aplica o da forma de seu surgi mento do car ter expl cito de seu conte do axiol gico e das raz es de sua origem Kildare Gon alves Carvalho citando Ca notilho apresenta os seguintes crit rios dis tintivos a Grau de abstra o os princi pios s o normas com um grau de abstra o relativamente elevado as regras possuem um abstra o relati vamente reduzida b Grau de deter minabilidade na aplica o do caso concreto os principios por serem vagos e indeterminados carecem de media es concretizadoras en quanto as regras s o suscet veis de aplica o direta 198 O mesmo autor apresentas as distin es segundo Dworkin f os princ pios n o exigem um comportamento espec fico isto estabelecem ou pontos de partida ou metas gen ricas as regras ao contr rio s o espec ficas ou em pautas 2 os princ pios n o s o aplic veis maneira de um tudo ou nada all or nothing pois enun ciam uma ou algumas raz es para decidir em determinado sentido sem obrigar uma decis o particu lar j as regras enu
244. as normas program ticas Thoma hoje sobretudo invocado no mbito dos direitos fundamentais em caso de d vidas deve preferir se a interpreta o que reconhe a maior efic cia aos direitos fundamentais In GOMES CANOTILHO Jos Joaquim APUD BARROSO Lu s Roberto Idem Ibidem 14 ANDRADE NERY Rosa Maria de Op Cit p 429 REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Trata se de controv rsia que tem origem e fundamento na exist ncia do contrato de emprego e a fixa o da compet ncia ma terial independente que a solu o jur dica se d pela aplica o da teoria da responsa bilidade civil art 82 CLT Precedentes do STF 1 CJ 6959 6 DF Rel Min Sep lveda Pertence DJU 22 02 1991 2 RE 238 737 4 SP Rel Min Sep lveda Pertence DJU 05 02 1999 Il J se fixou na jurisprud ncia que a Justi a do Trabalho det m compet ncia material para apreciar outras a es inde nizat rias desde que seu fundamento seja a exist ncia da rela o jur dica material de emprego a exemplo 1 das a es reparat rias acident rias e ou por acidente de traba lho STF T Pleno CC 7204 MG Rel Min Carlos Ayres Brito DJU 09 12 2005 2 das a es de repara o por danos materiais pelo n o recebimento do seguro desempre go por culpa do empregador S mula 389 TST 3 das a es de repara o por danos morais puros S mula 392 TST Ill A ap lice de seguro um benef cio concedido e
245. as por idiossincrasias ou frivolidades do juiz desavisado 11 Cf Art 102 32 da CRFB 88 No recurso extraordin rio o recorrente dever demonstrar a repercuss o geral das quest es constitucionais discutidas no caso nos termos da lei a fim de que o Tribunal examine a admiss o do recurso somente podendo recus lo pela manifesta o de dois ter os de seus membros 12 A preliminar formal de repercuss o geral exigida em todos os recursos extraordin rios interpostos de ac rd os publicados a partir de 3 de maio de 2007 quando do estabelecimento das normas necess rias execu o das disposi es legais e constitucionais sobre o dito instituto quando da entrada em vigor da Emenda Regimental n 21 07 ao RISTF QO AI 664 567 Min Sep lveda Pertence 13 Cf art 543 A S 1 e 3 do CPC 14 Cf art 896 A da CLT 15 Cf o ac rdao proferido no julgamento do processo n TST RR 1071 16 2011 5 00 0010 relator Min Aloysio Correa da Veiga publicado no DOUide2 0278 Ja Dito isso caberia ao Judici rio dar o passo adiante e de modo van guardista manusear o conceito de transcend ncia social isto o da exist ncia de situa o extraordin ria de discrimina o de comprome timento do mercado de trabalho ou de perturba o not vel harmonia entre capital e trabalho tendo como mote ainda o car ter estimulador de conflituosidade entre patr es e em Suprema Corte Americana que pode
246. as privadas Em mat ria publicada no jornal Washin gton Post em 1 de abril de 1998 p g A01 ou http www washingtonpost com wp srv national longterm supcourt stories wp040198 htm noticiado o julgamento pela Suprema Corte do processo United States versus Scheffer onde foi claramente pronunciada a falibilidade do pol grafo e a sua inadequa o como meio de prova judicial Em seu teor extra vel que ape nas um dos estados que comp em a fe dera o norte americana o Novo M xico aceita o uso do equipamento sem qual quer restri o mas em sua extensa maio ria a proibi o a regra geral Fixada tal premissa n o logro divisar o m nimo e razoabilidade em submeter tra balhadores ao referido teste precisamente porque ele n o se presta aos fins colima dos Logo a conduta da reclamada cria sob o prisma do acesso ao emprego e a sua pr pria manuten o obst culo despi do de efici ncia fraturando assim direito fundamental das pessoas os que para ela trabalham e todos aqueles que no futuro pretenderem faz lo Nesse contexto e apenas pelo primei ro ngulo de an lise entendo com todo o respeito ao voto condutor que a empresa cji pratica ato il cito Pontuo ainda que a pro va dos autos clara no sentido de ser o teste condi o essencial para a admiss o de empregados em determinadas reas e a recusa do candidato resulta na sua exclu s o ao menos na rea pretendi
247. as quest es ser o sob o enfoque do novo ordenamento constitucional submetidas ao exame da Justi a do Trabalho que espero far prevalecer o bom senso na regular e ra zo vel aplica o das normas constitucionais e infraconstitucionais pertinentes ao trabalho dom stico de modo a resguardar integras as rela es sociais que assim se estabelecem no especial ambiente familiar sem com isso igualmente distanciar se das conquistas trazi de todo modo que v rias quest es ser o sob o enfoque do novo ordenamento constitucional submetidas ao exame da Justi a do Trabalho para o nada os contratos de trabalho existentes atu almente ou que pudessem ser firmados no futuro com a dignidade ao trabalho devidamente remunerado como se vinha empreen dendo paulatinamente no plano infraconstitucional Como magistrado traba lhista espero que a presta o jurisdicional a ser enunciada nos casos decorrentes pela Justi a do Trabalho de monstre a razoabilidade que deve decorrer da confian a e do respeito que nos inspiram a Sociedade brasileira Bras lia DF 04 de abril de 2013 atualizado em 01 de outubro de 2014 E E d o P A j y ADOECIMENTO PS QUICO OCUPACIONAL NO DISTRITO FEDERAL E EM TOCANTINS SOB A TICA DA PSICODIN MICA DO TRABALHO PSYCHIC OCCUPATIONAL DISORDERS IN THE DISTRITO FEDERAL AND TOCANTINS FROM THE PERSPECTIVE OF PSYCHODYNAMICS OF WORK RESUMO Introdu o O
248. as s o algumas quest es que pretende mos abordar ao longo deste ensaio na tenta tiva de construir algumas solu es e qui angariar alguns adeptos a elas Ou ao menos impelir os mais cr ticos a reverem suas opini OES 3 Exemplo ilustrativo desta impress o a chamada Lei da Ficha Limpa Lei Complementar n 135 de 04 de junho de 2010 uma vez que foi alterada no seu projeto original a fim de considerar ineleg veis apenas os parlamentares julgados por rg o colegiado e n o por juiz monocr tico 4 Cf MOREIRA Jos Carlos Barbosa Coment rios ao C digo de Processo Civil Vol V arts 4 0 a 565 8 ed Rio de Janeiro Ed Forense 1999 pp 235 238 5 Cf MARINONI Luis Guilherme Precedentes obrigat rios S o Paulo Revista dos Tribunais pp 185 180 6 SABADELL Ana Lucia Manual de sociologia jur dica Introdu o a uma leitura externa do direito 6 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2013 pp 182 184 2 Juiza Substituta do TRT da 1 Regi o Mestre e Doutora em Direitos Sociais pela UCLM Universidad Castilla La Mancha Diretora de Imprensa e Comunica o da Amatra 1 RJ REVISTA DO TRTIO CCEMLA IUVIRICIiAI ESLULA J u LUILIAL II O duplo grau de jurisdi o segundo oSlfeo IST O acesso justi a foi positivado como di reito fundamental no ordenamento jur dico brasileiro com o advento da CRFB 88 Mais precisamente a Constitui o de 1988 apre sentou o seu art 5 XXXV
249. as simultaneamente em 1919 a Sociedade das Na es ancestral das Na es Unidas e a Organiza o Internacio nal do Trabalho A Organiza o Internacional do Trabalho OIT adotou em 1948 e 1949 duas conven es que enunciam os principais elementos da liberdade sindical e do direito de organi za o dos trabalhadores tendo igualmente real ado a import ncia da negocia o co letiva A Conven o 87 1918 consagra o direito dos trabalhadores e dos empregadores sem pr via autoriza o de constituir organiza es de sua livre escolha bem como o direito de nelas se inscrever a par de estabelecer um conjunto de garantias que objetivavam o livre funcionamento das organiza es de classe devendo as autoridades p blicas se absterem de toda e qualquer interven o n o poden do seja dissolv las ou suspender pela via ad ministrativa seu livre funcionamento A Conven o 98 1949 prev a prote o contra a discrimina o sindical a prote o das organiza es de trabalhadores e de em pregadores contra todos os atos de inger n cia estatal em seu funcionamento a par de adotar medidas objetivando promover e fa vorecer a negocia o coletiva Em virtude dessa conven o os trabalha dores devem se beneficiar de uma prote o adequada contra os atentados liberdade sin dical especialmente contra toda e qualquer medida que tenha como objetivo subordinar o emprego de um trabalhador condi
250. as teses a senten a assim resume Apesar da vasta narrativa da defesa bem de ver se que os principais pedidos feitos pelo autor s o 1 a absten o do r u no sen tido de prorrogar a jornada de seus emprega dos al m das duas horas previstas no artigo 225 da CLT e 2 a determina o para que o r u respeite o intervalo intrajornada previs to no artigo 1 da CLI sendo os pedidos de multa e indeniza o por dano moral coleti vo mera decorr ncia do descumprimento de tais obriga es Assim a higidez do sistema de registro de ponto n o o que est no cer ne da discuss o e o exame da quest o ser feito considerando os dois pleitos principais De fato n o cabe ao Judici rio discutir a efici ncia ou adequa o do sistema de con trole de jornada de trabalho papel atribuido a fiscaliza o do trabalho emissora dos in meros Autos de Infra o juntados aos autos lavrados com base no exame dos espelhos de ponto extra dos desse sistema N o se questionam as alega es do recor rente de que est sempre acompanhando o seu sistema de controle de jornada de traba lho e investindo recursos para a sua atualiza o e aperfei oamento o que segundo ele vem sendo feito desde 2005 e mais recente mente em 2011 com a implanta o de nova ferramenta que integrou o Sistema Eletr nico de Controle de Ponto aos demais sistemas da co empresa cuja funcionalidade seria bloquear a esta o de tra
251. ativo cujo alcance sobre excede o da Constitui o de Weimar promulgada em 1919 dois anos depois Entretanto a carta alem de Weimar teve repercuss o imediata contribuindo deveras para estabelecer por seu reflexo ideol gico os fundamentos do constitucionalismo social com irradia o a outras Cartas que receberam assim o influxo wemariano t o importante para a abertura da nova era constitucional inaugurada na segunda d cada do s culo XX BONAVIDES Paulo Constitucionalismo Social e Democracia participativa Dispon vel em http www juridicas unam mx sisjur constit pdf 6 234s pdf Acesso em O set 2011F 5 Reportando se ao magist rio de F bio Comparato In A afirma o hist rica dos direitos fundamentais 4 ed rev atual S o Paulo Saraiva 2005 p 52 53 sobre a garantia formal do Estado Liberal de uma igualdade formal de todos perante a lei PAROSKI 2008 p 115 116 destaca que O resultado dessa atomiza o social como n o poderia deixar de ser foi a brutal pauperiza o das massas prolet rias j na primeira metade do S culo XIX Ela acabou afinal por suscitar a indigna o dos esp ritos bem formados e por provocar a indispens vel organiza o da classe trabalhadora Ademais essa isonomia cedo revelou se uma pomposa inutilidade para a legi o crescente de trabalhadores compelidos a se empregarem nas empresas capitalistas Patr es e oper rios eram considerados pela majestade da lei como contratan
252. ato poder utilizar se de diversos mecanismos inclusive e principalmente os equipamentos tec nol gicos hoje existentes e conhe cidos Poder valer se tamb m do seu poder de comando para n o permitir que empregados ingressem no am biente de trabalho com bolsas sacolas ou mochilas for necendo local pr prio com arm rios individuais onde os trabalhadores pos sam guard los O que inconceb vel tica e moralmente injustific vel que a prote o patrimo nial necess ria e leg tima repita se ocasio ne afronta intimidade dos trabalhadores 4 A jurisprud ncia dos Tribunais e o trata mento ison mico da dignidade do consu midor e do trabalhador Considerando os princ pios e dispositivos constitucionais referidos anteriormente es pecialmente os que dizem respeito digni dade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho pode se afirmar que a dignida de do cidad o trabalhador n o inferior dignidade do cidad o consumidor O saudoso Ministro Humberto Gomes de Barros do col Superior Tribunal de Justi a quando do julgamento do AGRAVO DE INS TRUMENTO N 746 578 RJ 0006 00327060 21 BARROS Alice Monteiro de Prote o intimidade do empregado 22 ed S o Paulo Ltr 2009 p 6 e 78 0 cuja decis o foi pu blicada em 14 03 2000 ao negar provimento ao apelo destacou E Al m disso o ac rd o recorrido est afinado com nossa jurisprud n
253. avras de LIMA 2012 p 91 128 Apesar da interfer ncia da po pula o no epis dio n o parece que ela tenha se solidarizado com a causa dos policiais Agiu muito mais em defesa de seus pr prios interesses a seguran a p blica do que sens vel s reivindica es da Pol cia Interessante observar que a popula o recriminou o Governo antes de fazer qualquer censura atitude paredista dos policiais uma postura bem diversa da adotada em face de outras categorias Ademais em 2011 bombeiros chegaram a ser presos no Rio de Janeiro gerando imensas como es sociais por deflagrarem greve Nessa ocasi o gerou se s rio mal es tar entre a popula o fluminense e o go vernador S rgio Cabral que em primeiro pronunciamento havia chegado a agredir os trabalhadores grevistas detidos median te infelizes afirma es Na Bahia tamb m no in cio de 2012 os militares entraram em greve Sem tanto apoio da popula o eles tiveram de convi ver com in meras cr ticas ao movimento em especial devido aos in meros casos de abusos cometidos pelos grevistas durante a paralisa o Outros Estados como Rond nia e Mara nh o passaram por manifesta es milita res mas n o tiveram tanta visibilidade mi di tica como as anteriormente citadas Nesse cen rio percebe se que os mili tares passaram a questionar fortemente o pr prio sistema pol tico e hier rquico em que est o inseridos desprendendo se da
254. aziam jus as demais empregadas vedando a sua dispen sa arbitr ria ou sem justa causa desde a con firma o da gravidez at cinco meses ap s o parto e garantiu a todos os dom sticos a mesma dura o das f rias dos trabalhadores em geral 30 dias Lei n 5 859 72 arts 32 e 42 A de outro baniu a possibilidade de efe tiva o de descontos salariais por forneci mento de alimenta o vestu rio higiene ou moradia aos dom sticos Lei n 5 859 72 art 2 A caput embora proibindo tamb m a considera o de tais utilidades como sa l rio in natura Lei n 5 859 72 art 22 A 2 e com a revoga o expressa da al nea a do art 5 da Lei n 605 49 ampliou o direito dos empregados residenciais ao repouso se manal remunerado para alcan ar n o s os domingos mas tamb m os dias feriados Lei n 11 324 20006 art 99 Como a mais recente e relevante etapa do claro processo de melhoria da condi o juri dica dos empregados dom sticos no Brasil tivemos a promulga o da Emenda Constitu cional n 72 2013 que modificou substancial mente o rol de direitos trabalhistas dos traba lhadores urbanos e rurais A par dos direitos j conquistados pela via constitucional e pela via da legisla o ordi n ria s o estendidos a tais profissionais os direitos ao sal rio minimo quando for vari vel a remunera o jornada de trabalho de 8 horas di rias e 44 horas semanais horas ex tras red
255. balho da D cima Regi o em Sess o Ordin ria vista do contido na certid o de julgamento aprovar o relat rio conhe cer do recurso ordin rio e no m rito dar Ihe parcial provimento para determinar a observa o da s mula 439 do C TST por ocasi o da liquida o nos termos do voto do Desembargador Relator Ementa apro vada Bras lia DF 04 de junho de 2014 data de julgamento DORIVAL BORGES Desembargador do Trabalho 20 Processo 00053 2014 002 10 00 2 R0 Ementa RESCIS O INDIRETA DO CONTRA TO DE TRABALHO AUS NCIA DE RECOLHI MENTOS DE FGTS A aus ncia contumaz de recolhimentos de FOTS fator suficiente para a rescis o indireta do contrato de trabalho por se tratar de uma obriga o trabalhista b sica a ser cumprida pelo empregador Muito embora seja nus da reclamante a demons tra o de inexist ncia de dep sitos de FGTS no caso a defesa da reclamada suficiente para comprovar a irregularidade no recolhi mento da parcela Recurso parcialmente conhecido e par cialmente provido Relat rio O juiz Raul Gualberto Fernandes Kasper de Amorim da MM 2 Vara do Trabalho de Bra s lia DP em senten a proferida s 150 1506 julgou procedentes em parte os pedidos for mulados na inicial condenando a primeira reclamada ao pagamento das parcelas ali descritas e deferindo reclamante os bene f cios da justi a gratuita A reclamante interp s recurso ordin rio fls 157 15
256. balho do funcion rio antes e depois da jornada de trabalho di ria fls 985 No entanto apesar dos alegados procedi mentos ressai da prova produzida a subsis t ncia das pr ticas gerenciais que violam os direitos dos trabalhadores Ao analisar a prova o juizo de origem as sim sintetizou A testemunha ouvida no presente feito confirmou a higidez do sistema de registro de jornada adotado pelo r u mas como bem ponderou o parquet e o que tem se visto em in meras audi ncias de instru o nos quais o demandado figura no polo passivo muitas delas presididas por esta magistrada n o raro existe a burla ao sistema de registro de jornada com a marca o do hor rio de sa da e a continua o da execu o das ativi dades pelo empregado esta pr tica al m do desrespeito ao limite m ximo da sobrejor nada e do intervalo que vem sendo atestada pelos Autos de Infra o que como atos ad ministrativos que s o revestem se de presun o de legitimidade Legitimidade esta que o vindicado n o foi capaz de afastar Isso porque as defesas apresentadas em seara administrativa relativas a tais Autos de Infra o s o incapazes de socorrer o r u pois como j se disse n o passam de alega es dele mesmo sem qualquer comprova o e como proclama o ad gio louvor em boca pr pria vitup rio Veja se que o demandado estrategica mente deixou de juntar as decis es profe ridas sobre o m rit
257. belecimento de igualdade entre trabalhadores dom sticos e trabalhadores ur banos e rurais a ementa da emenda assim rotulou o teor do novo texto constitucional Ainda que se possa acusar de exagerada a ret rica da ementa do novo texto constitucio nal fora de d vida que o alargamento do rol de direitos sociais fundamentais dos em pregados dom sticos aproximou os bastante dos demais empregados constitucionalmen te rotulados como urbanos e rurais Os direitos que remanescem em zona de exclu sividade dos empregados n o dom sticos s o em maior parte incomunic veis com o regime dos trabalhadores do lar por serem in compat veis com tal ambiente laboral Ali s mesmo alguns segmentos dos trabalhadores urbanos e rurais n o s o benefici rios de par te dos direitos contemplados nos incisos do art da Constitui o Federal Pense se por exemplo na participa o nos lucros e resul tados inexig vel de institui es sem prop si tos tipicamente capitalistas como igrejas ins titui es filantr picas e associa es de cunho meramente acad mico ou cultural 6 O problema das lacunas no Direito do Trabalho Dom stico Problema sempre relevante nos sistemas jur dicos consiste nos m todos de suprimento das lacunas normativas Aspirando o Direito servir como instrumento perp tuo de paz e equil brio social as constata es de incom pletude dos sistemas abalam a confiabilidade deles na conquista de seu ob
258. bido que a tutela individual presta se para as repa ra es in concreto mas in cua para impe dir a perpetua o dos il citos que atingem a coletividade dos empregados do vindicado Ao exigir como regra empresarial a extra pola o cotidiana da jornada de trabalho dos banc rios situa o agravada pelo desrespei to ao intervalo para descanso e alimenta o previsto em lei como norma de sa de e hi giene do trabalhador o r u desrespeita o fun damento maior da dignidade da pessoa hu mana CF art 1 III ao impor a uma gama consider vel de empregados condi es pre judiciais de trabalho Desrespeita tamb m outro fundamento basilar da Rep blica o valor social do tra balho CF art 12 IV prejudicando com sua conduta n o s o sistema produtivo mas ou tros a ele relacionados como o sistema de sa de e o sistema previdenci rio Outrossim n o se pode admitir que tais viola es sejam mitigadas pela simples remu nera o do trabalho extraordin rio prestado ou pela eventual compensa o em outro dia Assim examinado mantenho a senten a recorrida e sua comina es em caso de des cumprimento Prejudicadas as quest es reflexas relacio nadas no item VI letras b e c do recurso Tratando se a condena o em valor pecu ni rio n o h que se falar em liquida o por artigos tampouco em compensa o diante do car ter indenizat rio da parcela Recurso desprovido DANO MO
259. blica o DEJT 01 07 2013 DANO MORAL COLETIVO A repara o por dano moral coletivo visa inibi o de condu ta il cita do Reclamado e atua como car ter pedag gico Assim deve servir como meio apto a coibir a reiterada exig ncia de presta o de jornada extenuante e prevenir les o a direitos constitucionais fundamentais como a dignidade da pessoa humana e o valor social do trabalho que atinge a coletividade como um todo e possibilita a aplica o de multa a ser revertida ao FAI com o fim de evitar e reparar perante a sociedade a conduta lesi va servindo como elemento pedag gico de puni o Recurso de Revista conhecido e pro vido Proc ARR 14900 80 2006 5 01 0080 Julgamento 28 03 2012 Rel Min Maria de Assis Calsing Ac 4 Turma Publica o DEJT 03 04 2012 Embora o contrato de trabalho tenha dura do por pouco mais de dois anos ao subme ter o empregado ao cumprimento de jornada excessiva durante esse per odo chegando inclusive a trabalhar mais de 4 horas extras por dia no primeiro ano de contrato e 3h30 no segundo ano com jornada parcial aos s bados e uma folga semanal a Reclamada no entendimento do relator incorreu em il cito contratual por extrapolar o limite legal art 59 da CLT a revelar a superveni ncia de preju zo social e familiar ao trabalhador de modo a interferir significativamente na sua esfera exis tencial circunst ncia que dispensa demons tra o pois
260. brado por meio da prud ncia do juiz N o se deve arbitrar uma indeniza o pifia nem exorbitante diante da express o tica do interesse em jogo tampouco se pode ignorar a situa o econ mico social de quem vai receber a repara o pois jamais se dever transfor mar a san o civil em fonte pura e simples de enriquecimento sem causa in Dano Moral 2 Edi o Editora Juarez de Olivei ra S o Paulo 1999 p ginas 47 48 Em s ntese o julgador utilizando se da razoabilidade deve considerar par metros como a gravidade do dano causado pelo empregador pelos seus prepostos ou pelas suas normas e diretrizes e a dimens o do dano sociedade bem como a capacida de econ mica do empreendimento para que se estabele a um par metro razo vel a indeniza o de modo que esta sirva efe tivamente de compensa o aos lesados e de desest mulo ao agente causador do dano A par destes crit rios considerado o dano coletivo e a sua extens o que a meu ver perpassa a categoria para afetar os sistemas de sa de e previdenci rio do pa s assim como a atua o a n vel nacio REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL nal do r u e ainda considerando a con di o econ mica da institui o financeira cujos lucros se aproximam quando n o ultrapassam a casa do bilh o de reais ano julgo bastante razo vel o valor de R 10 000 000 00 fixados indeniza o Nego provimento JUROS E CORRE O MONET
261. c cio da fun o Em suma a ordem jur dica repele o esvaziamento precarizante do trabalho prestado pelos portadores de defici n cia determinando a sua contrata o de acordo com o n mero total de empregados e percen tuais determinados bem como fixando esp cie de garantia de emprego indireta consistente no fato de que a dispensa desse trabalhador s poder ocorrer ap s a contrata o de substituto de condi o semelhante par grafo primeiro in fine do art 93 Lei n 8213 91 N o h portan to como assegurar o processamento do recurso de revista quando o agravo de instrumento in terposto n o desconstitui os termos da decis o ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO denegat ria que subsiste por seus pr prios fundamentos Agravo de instrumento despro vido AIRR 119800 30 2008 5 17 0006 Rela tor Ministro Mauricio Godinho Delgado Data de Julgamento 25 06 2014 3 Turma Data de Publica o DEJT 08 08 2014 AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA A O ANULAT RIA AUTO DE INFRA O MULTA ADMINISTRATIVA COTAS DESTINADAS A PESSOAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS DESCUMPRIMEN TO DO ART 93 DA LEI N 8 213 91 O Regio nal declarou a validade do auto de infra o e assim manteve a multa imposta recorrente em raz o do descumprimento do disposto no art 93 da Lei n 8 213 91 consignando que apesar de todos os prazos concedidos para a regulariza o da cota de 5 de em
262. cI B Intervalo entrejornada Ao inserir o 3 ao artigo 235 C da CLI a Lei 12 619 2012 assegurou ao motorista pro fissional intervalo de repouso entrejornada com a dura o de 11 onze horas a cada 24 vinte e quatro horas O S10 do artigo 235 E inserido pela Lei 12 619 2012 foi revogado pela Lei 13 103 2015 que manteve o mesmo preceito no 4 do artigo 235 D estabele cendo que n o ser considerado como jor nada de trabalho nem ensejar o pagamento de qualquer remune ra o o per odo em que o motorista em pregado ou o ajudante ficarem espontanea mente no ve culo usu fruindo dos intervalos de repouso A grande dificulda de consistir em dis tinguir quando o comportamento ocorre de forma espont nea com o devido gozo do in tervalo e quando de maneira travestida em que a perman ncia no ve culo se destina a cuidar da carga e do patrim nio do empre gador o que evidentemente depender da prova n o se descurando aqui da aplica o da teoria da carga probat ria din mica que imputa o nus parte que tem maior aptid o c Interessante ressaltar que a exig ncia de gozo do intervalo entrejornada n o fi cou restrita ao motorista empregado Nes te sentido recente Resolu o do Conselho Nacional de Tr nsito CONTRAN Apesar da Lei 15 10 Doentes vogado os 883 5 e 1 do artigo 07 A do C digo de Tr nsito Brasileiro manteve a obrigatoriedade de 11
263. ca deia produtiva que envolve e do n mero de empregos criados Os aspectos econ micos da constru o abrangem uma gama diversa congregando uma variedade de empresas o imobili rio o direito segue entendimento ps ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO infraestrutura e engenharia pesada Para fins de an lise econ mica costuma se decom por a ind stria da constru o civil em 05 cinco grandes segmentos vias de transpor te rodovias ferrovias portos aeroportos e metr obras hidr ulicas principalmente hi drel tricas e obras de saneamento edifica es obras e servi os especiaito em rela o a 2010 e 69 4 sessenta e quatro v rgula qua tro por cento em rela o a 2007 O desenvolvimento econ mico associa do a uma maior distribui o de renda sem d vida um avan o conquistado pela po pula o brasileira acontece que tanto o Po der Legislativo como o Executivo n o tem se atentando ao fato de que o desenvolvimento tem de caminhar com a aplica o e fiscaliza o eficaz das normas trabalhistas existentes sob pena de se ter um n mero ainda maior de trabalhadores acidentados ou atingidos por doen as ocupacionais O crescimento tem de caminhar junto com as normas de prote o a vida do trabalhador pois do contr rio toda a sociedade pagar o pre o oportuno ressaltar que o Brasil j criou diversas normas envolvendo a seguran a e sa de do trabalhador a
264. ca de 300 trabalhadores sua pol tica administrativa de viola o contu maz dos direitos fundamentais trabalhis tas de seus empregados pela aus ncia de ado o de medidas preventivas dos riscos no meio ambiente de trabalho e de pro te o sa de do trabalhador e os enor mes danos causados coletividade de trabalhadores e suas respectivas fam lias of considero que o valor fixado na origem se compatibiliza com a gravidade da les o mantendo a r senten a por seus pr prios fundamentos Recursos n o providos no particular 3 5 ANTECIPA O DOS EFEITOS DA TUTELA POSSIBILIDADE Recurso Da Reclamada LOTAXI Relativamente tutela antecipada de ferida e confirmada pela r senten a a re clamada LOTAXI aduz que essa n o deve prosperar porque suprime o direito da reclamada ao contradit rio e ampla de fesa bem como n o est o presentes os requisitos legalmente exigidos para o de ferimento da medida extrema f1 1848 Equivoca se a recorrente porquanto demonstrados saciedade os fatos que amparam a pretens o do autor e eviden ciada a les o irrepar vel ou de dificil re para o suportada pelos empregados da reclamada acaso persista na continuidade da presta o de servicos sem a ado o de medida de sa de e seguran a do tra balho presentes os requisitos do art 2 3 do CPC autorizando a concess o da me dida preventiva Ademais a a o cautelar se presta ape nas para elimin
265. car em risco a pr pria vida do deficiente e a de terceiros Chega a ser c mico imaginar um cego portando uma arma Diante dessa incompatibilidade e das exi g ncias legais para a exerc cio da profiss o de vigilante o c lculo do percentual de contrata o de pessoas portadoras de defici ncia f sica prevista no art 93 da Lei n 8 213 91 n o deve considerar os empregados na fun o de vigi lantes fls 165 170 Pois bem A Organiza o das Na es Unidas em 1975 aprovou a Declara o dos Direitos das Pessoas Portadoras de Defici ncia que em seu artigo 3 disp e As pessoas portadoras de defici ncia t m o direito inerente de respeito por sua dignidade humana Qualquer que seja a origem natureza e gravidade de suas defici ncias os seus por tadores t m os mesmos direitos fundamentais que seus concidad os da mesma idade o que implica antes de tudo o direito de desfrutar uma vida decente t o normal e plena quanto poss vel HO Em 1982 a ONU aprovou o Programa de A o Mundial para as Pessoas com Defici n cia dispondo em seu artigo 12 Art 12 A igualdade de oportunidades O processo mediante o qual o sistema geral da sociedade o meio f sico cultural a ha bita o o transporte os servi os sociais e de sa de as oportunidades de educa o e de trabalho a vida cultural e social inclusive as instala es esportivas e de lazer torna se acess vel a todos grifo
266. cesso de ru dos decorrente da posi o dianteira dos motores dos nibus e da vibra o geradores de agravamentos na sa de dos trabalhadores em especial dos mo toristas e cobradores tendo afinal recomen dando a aquisi o de 100 cem por cento dos veiculos com motor traseiro Entretanto apesar dos esfor os realizados para a melhoria das condi es de trabalho dos motoristas e cobradores do sistema de transporte coletivo do Distrito Federal o ente p blico publicou em 14 08 2012 Edital de Concorr ncia n 1 2011 ST que trata da con cess o do servi o b sico rodovi rio distrital sem observar todo o arcabou o legal e dou trin rio exposto pelo autor que visava garantir a melhoria das condi es de trabalho de mo toristas e cobradores do sistema de transporte coletivo de passageiros do Distrito Federal Ressaltou a exist ncia de casos bem sucedi dos de frotas de nibus com motores traseiros a exemplo do que ocorre em S o Paulo SP Lei Estadual n 13 542 de 24 03 2003 e no munic pio do Rio de Janeiro RJ Projeto de Lei n 15 2011 nos quais os ve culos utilizados j operam h muito tempo sem nenhum tipo de questionamento seja do Poder P blico seja dos trabalhadores do sistema de transporte seja dos passageiros ou mesmo das pr prias empresas prestadoras de servi o Sustentou que o ente p blico solidaria mente respons vel pelos danos causados aos trabalhadores vez que sua responsabilida
267. cia Confira se a prop sito RESPONSABILIDADE CIVIL Loja Dispositivo de seguran a Mercado ria furtada Alarme O soar falso do alarme magnetizado na sa da da loja a indicar o furto de mercadorias do estabele cimento comercial causa constran gimento ao consumidor v tima da aten o p blica e for ado a mostrar os seus pertences para comprovar o equ voco Dano moral que deve ser indenizado Recurso conhecido e provido Resp 327 679 ROSADO No mesmo sentido o posicionamento de diversos Tribunais de Justi a entre eles o Tribunal de Justi a do Distrito Federal e Territ rios cuja jurisprud ncia pac fica en tendendo que a revista em pertences de con sumidores causa constrangimento e viola a intimidade dando ensejo a indeniza es por danos morais A honra e a dignidade do consumidor que eventualmente venha a sofrer constrangimento e humilha o e obrigado a mostrar os seus per tences para comprovar o equ voco do disparo do alarme que indica furto de mercadorias n o podem ser superiores honra e a dignidade do trabalhador que rotineira e ordinariamente to dos os dias ap s o t rmino do seu expediente laboral tamb m obrigado a mostrar os seus pertences para provar que n o desonesto e que nada furtou do seu empregador em flagran te afronta aos princ pios da boa f e da presun o de inoc ncia A concess o de tratamento diferenciado ao cidad o consumidor e a
268. cial fome e vulnera REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL bilidade das rela es sociais Portan to caracteriza se como sendo um conjunto de pol ticos sociais eco n micos em que o surgimento da classe oper ria imp s no curso na constitui o capitalista RODRIGUES e BELLINI 2010 apud CIRQUEIRA 1982 p 21 A necessidade de se abordar sobre as re percuss es sociais dos acidentes de trabalho na vida do trabalhador reside no fato de que os agravos sa de repercutem diretamente nas rela es familiares provocando rupturas e processos de vulnerabilidade pois a fam lia a primeira vivenciar juntamente com o acidentado quando este sobrevive os pro cessos de exclus o impostos pela pr pria so ciedade Os acidentes de trabalho n o s compro metem a integridade f sica do trabalhador mas pode tamb m gerar altera es psiqui atrico psicol gicas que repercutem no rela cionamento intrapessoal familiar social e laboral do indiv duo comprometendo tam b m sonhos e projetos de vida de realiza o pessoal oportuno observar que as repercus s es sociais n o atingem somente o mbi to familiar mas a sociedade da qual ele faz parte conforme entendimento abaixo A n o observ ncia das normas de seguran a e preven o de aci dentes inicialmente era pontual e individual em face da ocorr ncia de infort nios laborais ser vista sob a tica de cada v tima Contudo co
269. cidades cometidas contra seres humanos tam Manfredo Schwaner Gontijo IST Ao 01m0 O MENESES eLa ro b m possibilitaram que os r us se defendessem das acusa es que lhe foram perpetradas N o obstante o Tribunal ao decidir inovou descon siderando os postulados da escola exeg tica na qual a lei se confundia com o Direito e proferiu sua decis o levando em considera o valores essenciais da sociedade criando desta forma um positivismo moderado Da em diante e n o se podendo mais admitir viola es de direito le galizadas passa a haver gradativamente uma inter rela o entre o direito e a moral na sua for ma de interpreta o e aplica o No entanto para que se viabilizasse uma lei tura moral do Direito com a inclus o dos valores na sua interpreta o e aplica o foi necess rio 99 se elaborar um redesenho dos ordenamentos jur dicos vigentes poca objetivando alocar a Constitui o no ponto central e mais importante do ordenamento estabelecer como ess ncia e fim deste sistema pol tico juridico o homem por meio do resguardo jur dico de sua dignidade e de seus direitos fundamentais o que mostra sua voca o axiol gica e a inclus o nos docu mentos normativos de princ pios e conceitos jur dicos indeterminados de forma a possibilitar um espa o maior de interpreta o e racioci nio jur dico do int rprete e aplicador do Direito criando se uma nova dogm tica de her
270. classe militar mostrar se la mais atuante nas lutas sociais pelas melhorias das condi es laborais situa o que seria ben fica para a pr pria forma o dos chamados servidores da p tria os quais com o tempo flexibilizariam suas con dutas no tratamento dos movimentos reivin dicat rios Logo espera se que todas essas discuss es sejam levadas a Plen rio com a proposi o legislativa do Pastor Eurico ora explicitada Espera se que o Poder Legislativo dose os reais impactos da perman ncia da proibi o do art 142 32 IV da CRFB a fim de que se opte pelo avan o nos paradigmas interpreta tivos da nossa Constitui o com vistas a am pliar os direitos sociais aos militares causa j fartamente pleiteada pela classe Ao ampliar os seus direitos trabalhistas a classe militar mostrar se ia mais atuante nas lutas sociais pelas melhorias das condi es laborais se forte influ ncia hist ri ca para o sustento da ve da o do direito de greve aos militares Entretanto os novos servidores pro piciaram a mudan a na postura da classe frente aos meios de manifesta rem suas reivindica es laborais sociedade Por isso eclodiram diversos movimentos paredistas marcadamente a partir do s culo XXI O pr prio crescimento das manifesta es trabalhistas no mbito do servi o p blico exercido pelos civis foi um ponto importan te para o fortalecimento da classe dos ser vidores p bl
271. co est tico hist rico tur stico e paisag stico c a prote o dos interesses individuais in dispon veis difusos e coletivos relativos as comunidades ind genas fam lia crian a ao adolescente ao idoso s minorias tnicas e ao consumidor d outros interesses individuais indispon veis homog neos sociais difusos e coleti VOS Omissis Segundo o art 81 da Lei 8 078 90 CDC a defesa dos interesses metaindividuais pode ser exercida a t tulo coletivo sendo este lti mo somente quando se tratar de interesses ou direitos difusos coletivos ou individuais homog neos expressamente definidos nos termos do par grafo nico e incisos do art 81 do CDC in verbis LAr OILE Par grafo nico A defesa coletiva ser exercida quando se tratar de interesses ou direitos difusos assim en tendidos para efeitos deste c digo os tran sindividuais de natureza indivis vel de que sejam titulares pessoas indeterminadas e liga das por circunst ncias de fato II interesses ou direitos coletivos assim entendidos para efeitos deste c digo os transindividuais de natureza indivis vel de que seja titular grupo categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte con tr ria por uma rela o jur dica base interesses ou direitos individuais homo g neos assim entendidos os decorrentes de origem comum Pela interpreta o do dispositivo legal aci ma citado
272. comprovados resultam em prejui zos de grande monta para os trabalhadores n o justificando o recorrente qualquer discre p ncia significativa na compreens o do juizo quanto n o comprova o de despropor o entre o conte do econ mico dos pedidos e os valores a eles atribu dos Assim sendo nego provimento ILEGITIMIDADE ATIVA DO MINIST RIO P BLICO O recorrente renova a argui o de ilegiti midade ativa do Minist rio P blico do Traba lho em contrariedade ao artigo 121 caput da Constitui o Federal que expressamente limita a sua atua o na defesa dos interesses sociais e individuais dispon veis o que n o o caso dos autos Afirma que a a o envolve direitos individuais homog neos e disponi veis A mat ria n o demanda maiores discus s es pois encontra remansosa jurisprud ncia REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL no sentido da legitimidade do autor a exem plo do seguinte aresto envolvendo o Banco Santander ora r u verbis EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA AC RD O PUBLICADO NA VIG NCIA DA LEI N 11 496 2007 A O CIVIL P BLICA DIREI TOS INDIVIDUAIS HOMOG NEOS LEGITIMI DADE DO MINIST RIO P BLICO O artigo 129 Ill da CF confere legitimidade ao Parquet para tutelar os interesses difusos e coletivos prevendo ainda em seu inciso IX autoriza o ao Minist rio P blico para exercer outras fun es que lhe forem conferidas desde que compat veis com sua fina
273. conceito anteriormente referido pelo inciso do artigo 02 do mesmo estatuto Trata se de altera o paradigm tica rele vante que certamente levar a mudan as significativas na jurisprud ncia anteriormente consolidada A Lei 12 6019 2012 acentuou esta diretriz seguida tamb m pela Lei 13 103 2015 ao disciplinar as consequ ncias que este novo regramento trouxe aos par metros para aferi o de jornada criando normas especiais de tutela da atividade do motorista profissional quando inseriu artigos no Cap tulo do T tulo Ill da CLT entre os quais podem ser destaca dos os seguintes 3 1 Tempo de dire o Ao inserir o artigo 235 D na CLI a Lei 12 619 2012 criou uma nova figura que de nominou tempo de dire o distinguindo o do tempo de espera tempo de reserva tem po de descanso tempo de repouso e refei o estabelecendo expressamente no 2 2 do artigo 235 C que ser considerado tra 208 balho efetivo o tempo que o motorista esti ver disposi o do empregador exclu dos os intervalos para refei o repouso espera e descanso Fixou sua dura o em 4 quatro horas prevendo que nas viagens de longa dis t ncia assim consideradas aquelas em que o motorista permanece fora da base da em presa e de sua resid ncia por 24 horas ter direito a um intervalo m nimo de 30 minutos podendo ser fracionados o tempo de dire o e de intervalo desde que n o completado o per odo de 4 h
274. concluem pela presen a patog nica do so frimento no trabalho Muitas delas identifi caram alguns elementos comuns como o cumprimento de metas desmedidas estru turas hier rquicas r gidas e verticalizadas trabalho intenso contato com agentes de riscos alta responsabilidade entre outros O adoecimento mental apenas uma das formas em que h a manifesta o patol gi ca do sofrimento no trabalho O conceito de sa de mental muito mais amplo do que o de aus ncia de enfermidade Os resultados apresentados apontam no sentido de que o n mero de trabalhadores atingidos por condi es de trabalho psicossociais desgastantes bem maior do que o constante das estat sticas oficiais da Previd ncia Como se n o bastasse essas condi es adversas podem originar outras enfermidades como dist rbios osteomusculares do trabalho e doen as cardiovasculares Isso revela que o comprometimento da sa de desses trabalha dores em raz o de sofrimento patog nico muito mais intenso do que o mero adoeci mento ps quico ocupacional CONCLUS O A psicodin mica do trabalho e a compre ens o das viv ncias de prazer e sofrimento das estrat gias de defesa e da mobiliza o subjetiva individual ou coletiva um instru mento h bil a contribuir com a avalia o dos riscos psicossociais do trabalho Co A REVISTA ESCOLA JUDICIAL DO TRTIO O sofrimento no trabalho pode levar a uma forma criativa de trans form
275. concreto e a maior aptid o da uma delas em produzir a prova O art 0 VIII do CDC por outro lado aponta dois requisitos alternativos a verossimilhan a ou a hipossu fici ncia A hipossufici ncia do CDC de ordem pro bat ria ou t cnica e n o econ mica como defendem alguns RODRIGUES 2003 pp 210 211 e compreende os dois requisitos da teoria din mica desigualdade de partes e ap tid o para a prova hipossuficiente a parte que tem grande dificuldade para a produ o da prova em rela o outra parte que tem maiores meios de produzia Ho A verossimilhan a decorre de um juizo de probabilidade em que os fatos deduzi dos por uma das partes s o provavelmente verdadeiros se analisados com base em in d cios e no que ordinariamente ocorre m xima de experi ncia A regra ou m xima de experi ncia decorre do que normalmente acontece fazendo parte da cultura normal do juiz MARTINS 2003 p 316 Ela gera uma presun o natural que tem por fonte uma norma da experi ncia DAMASCENO 1974 p 35 e pode ser elidida com a prova em contr rio Em sua origem a verossimilhan a n o requisito para aplica o da teoria din mica nem enseja a invers o do nus da prova na medida em que se situa na fase valora tiva do juiz PAC FICO 2001 pp 157 158 Todavia o legislador do CDC quis dar a ela o mesmo tratamento da hipossufici ncia probat ria mas permitindo contraprova
276. contra camente pessoais de sua do trabalhador est to de trabalho encon exist ncia No particular tem pertin ncia a obser afeta t o somente tram arrimo no princ pio da boa f devendo ele va o de Arion Say o do seu corpo f siCO sempre ser observado Romita A esfera da in timidade a interior a de raio menor envolve como vimos os aspectos mais rec nditos da vida de certos direitos do trabalhador aqueles que deseja guardar s para si iso lando os da intromiss o do empregador Exa Destaque se por oportuno que aqui n o est a se olvidar nem a se relegar a segun do plano os valores necess rios preserva o do patrim nio e do poder diretivo do empregador consagrados respectivamen te no art 1 9 inc IV da Constitui o da Re p blica e no art 2 da CLT Ao contr rio a fim de que n o sejam cometidos abusos e des vios de poder no exerci cio do poder empregat cio O princ pio da irrenunciabilidade tamb m um dos pilares do direito laboral n o deve se limitar ape nas aos direitos trabalhistas stricto sensu ao contr rio deve se propagar aos direitos fun damentais do cidad o ou cidad trabalha dor a E entre esses direitos encontra se o da inviolabilidade da intimidade e da vida privada CF art 5 X O poder de comando do empregador definido por Maur cio Godinho Delgado como sendo o conjunto de prerrogativas 16 RIBEIRO L lia Guimar
277. corr ncia do labor extraordin rio O reclamante n o apontou especificamen te quais os danos a ele causados assim como sequer mencionou os efetivos prejuizos sua exist ncia N o apontou quais projetos de vida teria sido privado de realizar em raz o do labor em horas excessivas N o se verifica nos autos nenhuma comprova o de que o recorrente teria sido privado do conv vio social e com familiares pelo fato de ter excedido sua jorna da As alega es da inicial n o tem o cond o de caracterizar o instituto do dano existencial conforme explicitado alhures Al m de n o indicar os fatos geradores do dano existencial gerado n o demonstrou nos autos a frustra o de vida como consequ ncia do trabalho que alega ser extenuante Ademais o recorrente ora assevera que o dano existencial decorreu de jornada extenu ante ora relata que foi v tima de ass dio mo ral por parte dos colegas de trabalho ou seja parece me que h um equ voco de suas pe as que n o pode ser sanado nesse momento processual Dessa forma tenho por n o configurado o dano existencial raz o pela qual nego provi mento nesse aspecto Nego assim provimento ao recurso CONCLUS O Diante do exposto conhe o parcialmente do recurso ordin rio do Reclamante e no m rito nego lhe provimento nos termos da fun damenta o como voto Ac rd o ACORDAM os Desembargadores da Ter ceira Turma do Tribunal Regional do Trabalh
278. ctivas gerenciais e a otimiza o das atividades pr prias das socie dades de economia mista uma realidade N o obstante faz se necess rio a observ ncia de determinados requisitos estes extra dos da pr pria Carta Magna entre os quais o de que os empregos em comiss o sejam criados por lei O quadro f tico apresentado na decis o recorrida mostra que o emprego em comis s o n o foi criado por lei o que demonstra a clara inten o de burlar a exig ncia de con curso p blico Incid ncia da S mula n 303 do TST Recurso de revista a que se d provi mento TST RR 95600 42 2008 5 10 0009 Rel Min K tia Magalh es Arruda 6 Turma DEJT VA DAN DOR 328 O artigo 62 da CLT excetua do Cap tulo que trata da jornada de trabalho os empre gados que exercem cargo de gest o O par grafo nico do mesmo dispositivo determina a aplicabilidade do inciso Il aos empregados que recebem gratifica o acrescida de 40 da remunera o Logo n o se relaciona com a hip tese destes autos O artigo 224 9 2s da CLH estabelece jornada e remunera o diferenciada para o empregado banc rio que exerce fun o de dire o ger ncia chefia e equivalentes tema que n o se aplica hip tese dos autos porque a reclamada n o institui o banc ria Referido dispositivo tamb m n o autoriza contrata o sem concurso p blico nem cria o de emprego em comiss o Os arts 450 e 409 1 da CLT tratam da
279. cultivada ou de rebanho tratado que s o considerados contratos de emprego garan tido o sal rio m nimo no c mputo das duas parcelas enquadrando se assim na asserti va de lei como contrato de parceria aque les em que o trabalhador recebe apenas os frutos da lavoura ou das crias geradas pelo gado lato sensu tratado assim assumindo encargo pr prio de produtor mutatis mutan dis quanto ao zelo exigido para a lavoura e rebanho inclusive eventuais nus pela cria o e trato repassados pelo efetivo propriet rio da terra ou dos animais cedidos ao traba lhador assim qualificado como parceiro Emergindo da rela o havida entre as partes apenas a entrega de animais aos cui dados do trabalhador rural sob a promessa de parcela das crias geradas sem qualquer percep o de valores em dinheiro e sem as premissas exigidas pelos artigos 22 e 3 da Edo CLT n o se estabelece contrato de empre go mas de parceria rural Recurso do Reclamante conhecido e no m rito desprovido Relat rio Contra a senten a proferida pela Exma Sra Ju za Substituta Vanessa Reis Brisolla em exerc cio na MM 20 Vara do Trabalho de Bras lia DF que julgou improcedentes os pedidos exordiais fls 231 233 recorre o Reclamante insistindo na exist ncia de v nculo empregat cio fls 235 247 v O Re clamante benefici rio da gratuidade judi ci ria O Reclamado apresentou contrarraz es fis 250 254 Dispen
280. cutido nos debates de uma nova legisla o processual e que tem amplo e relevante campo de aplica o no Processo do Trabalho ante as dificuldades encontra das em muitos lit gios Por meio dessa teoria poss vel alcan ar mais isonomia no trata mento das partes litigantes melhor aplicar o Direito esp cie e realizar de modo mais satisfat rio a Justi a em face das peculiarida des do caso concreto 1 A PROVA E O SEU NUS A palavra prova tem muitos significados e conceitos podendo se referir ao ato de pro var ao meio de prova ou ao resultado dos atos praticados para a forma o da convic cao do Juiz VICENTINI 2012 p 1 A prova serve para de algum modo mos trar a certeza de um fato ou a verdade de uma afirma o COUTURE 1993 p 215 para demonstrar em ju zo a certeza ou a falsidade do fato relacionado com a causa Provar um meio l cito e apto para firmar o convencimento do juiz SANTOS 2001 p REVISTA DO TRTIO 198 Para Francesco Carnelutti 1950 p 258 prova em sentido estrito a que permite co nhecer a exist ncia material de um fato que o Juiz tem que valor lo juridicamente O objeto da prova os fatos deduzidos pe las partes em juizo seu destinat rio o Juiz e sua finalidade a forma o da convic o acerca da verdade dos fatos para que a lide seja solucionada THEO DORO J NIOR 2009 p 110 dia 1970 p 427 o nus da prova subjetivo com
281. da Assim consta do depoimento do preposto ad lit teram Que todos os contratados para a rea de seguran a tiveram que fazer o teste de pol grafo Que o teste somente feito para O pessoal da rea de seguran a Que em caso de recusa o candidato pode ser con tratado para outra rea diversa da segu ran a sic fl 456 Ora consideradas as peculiaridades do segmento de anlacao da empresa a especializa o da m o de obra que lhe inerente esse aproveitamento em setor distinto daquele pretendido pelo candida to ins lito ou quando menos ocasional conforme declara a ltima testemunha ouvida De toda sorte a pessoa n o pode recusar a submiss o ao teste e obter o em prego no setor que almeja da aflorando a clara atitude discriminat ria Por outro lado as perguntas formuladas aos candidatos invadem a sua esfera inti ma pois tratam de quest es como a inter na o em hospitais o consumo de lcool ou drogas antecedentes criminais e at mesmo indaga es sobre a honestidade o que n o se me afigura admiss vel A t tulo ilustrativo trago cola o dois arestos do TST in verbis DANO MORAL CONFIGURADO TESTE DO POL GRAFO EMPREGADO DO SETOR DE SE GURAN A DA EMPRESA AMERICAN AIRLINES 319 O pol grafo o popular detector de mentiras n o adotado em nosso ordenamento ju r dico visto que al m da efic cia duvido sa viola princ pio fundamental assegurado na Constitui
282. da Nesta hip tese as horas que ul trapassarem a jornada semanal normal deve r o ser pagas como horas extraordin rias e quanto aquelas destinadas compensa o dever ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordin rio Igualmente como antes indicado n o h impeditivo a precontratar horas extras desde que observado o limite de duas horas extras di rias a teor do artigo 59 da CLT quando assevera que a dura o normal do trabalho poder ser acrescida de horas suplementa res em n mero n o excedente de 2 duas mediante acordo escrito entre empregador e empregado ou mediante acordo coletivo de trabalho considerado ainda por l gico o dever de remunerar outras horas excedentes trabalhadas excepcionalmente a teor da Su mula 3 6 TS ainda quando superado o limite pr ajustado n o se parecendo por enquan to aplic veis as disposi es legais decorren tes da Lei n 9 001 1998 quanto ao banco de horas j que o colendo Tribunal Superior do Trabalho compreende que o preceito le gal exige seu estabelecimento por meio de conven o ou acordo coletivo de trabalho a afastar a possibilidade de ajuste individual entre as partes Cabe notar que conquanto a Emenda Constitucional n 7 2 tenha reconhecido a possibilidade de acordos e conven es co letivas de trabalho no mbito das rela es de trabalho dom stico n o parece razo vel compreender os empregadores dom sticos como em
283. da dignidade da pessoa humana e do valor social do trabalho CF art 1 Ill e IV Agrava se o il cito por se tratar de conduta adotada a n vel nacional em in meros estabelecimentos do r u bem como por perpassar o mbito dos estabele cimentos banc rios para refletir nos sistemas p blicos de sa de e previd ncia Configura se pois o alegado dano moral coletivo im pondo se o dever de repara o pela via in denizat ria Relat rio A Exma Ju za rica Oliveira Angoti da MM Vara do Trabalho de Bras lia por in term dio da senten a de fls 910 930 com plementada pela decis o de fls 955 950 proferida em embargos declarat rios julgou parcialmente procedentes os pedidos apre sentados na a o civil p blica ajuizada pelo MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO PRO CURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 102 REGI O em face do BANCO SANTANDER BRASIL S A O r u interp e recurso ordin rio as fls 963 1000 As custas processuais e o dep sito recursal foram recolhidos fls 1001 1002 Contrarraz es pelo Minist rio P blico do Trabalho as fls 1009 1011 of Voto Atendidos os pressupostos objetivos e sub jetivos de admissibilidade conhe o do recur so ordin rio e das contrarraz es NEGATIVA DE PRESTA O JURISDICIO NAL NULIDADE O recorrente suscita nulidade por negativa de presta o jurisdicional por n o ter o juizo origin rio apreciado as quest es por ele sus citadas nos embargos
284. da parte antecipar total ou parcialmente os efeitos da tutela pretendida no pedido ini cial desde que existindo prova inequ voca se conven a da verossimilhan a da alega o e Reda o dada pela Lei n 8 952 de 13 12 1994 haja fundado receio de dano irrepar vel ou de dif cil repara o ou Inclu do pela Lei n 8 952 de 13 12 1994 fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto prop sito protela t rio do r u Inclu do pela Lei n 8 952 de 13 12 1994 S to Na decis o que antecipar a tutela O juiz indicar de modo claro e preciso as raz es do seu convencimento Inclu do pela Lei n 8 952 de 13 12 1994 S 20o N o se conceder a antecipa o da tutela quando houver perigo de irreversibili dade do provimento antecipado Inclu do pela Lei n 8 952 de 13 12 1994 Eua S 30 A execu o da tutela antecipada ob servar no que couber o disposto nos incisos Il e III do art 588 Inclu do pela Lei n 8 952 de 13 12 1994 S 30 A efetiva o da tutela antecipada obser var no que couber e conforme sua natureza as normas previstas nos arts 588 401 SS 40 e 5o e 461 A Reda o dada pela Lei n 10 444 de 7 5 2002 S 40 A tutela antecipada poder ser revoga da ou modificada a qualquer tempo em deci s o fundamentada Inclu do pela Lei n 8 952 de 13 12 1994 S 50 Concedida ou n o a antecipa o da tu tela prosseguir o processo at f
285. da taxa de acidentes aposentadorias por invalidez e mortes que acometem coti dianamente os motociclistas profissionais Alimenta se a pretens o de que a linha diretriz da inova o legislativa atinja a sa de laboral na sua ess ncia evitando se que a equipara o monet ria pelo risco acentuado das atividades dos trabalhadores em motoci cletas seja t o somente retributiva mas que se traduza em um fator de est mulo para a deflagra o e intensifica o de promo o de medidas de precau o preven o e segu ran a no meio ambiente de trabalho desses profissionais REFER NCIAS GUNTHER Luiz Eduardo e MANDALOZZO Silvana Souza Netto 25 anos da Constitui o e o Direito do Trabalho Adicional de pericu losidade uma breve exposi o sobre as ino va es da Lei 12 740 12 Adriana de F tima Pilatti Ferreira Compagnoli e Graziel Pedroso de Abreu Curitiba Juru 2013 p 29 OLIVEIRA Sebasti o Geraldo de Prote o jur dica sa de do trabalhador 6 ed rev ampl e atual S o Paulo LTr 2011 WAISELFISZ JULIO JACOB Mapa da Viol n cia 2013 Acidentes de Tr nsito e Motocicletas http www w mapadaviolencia org br pdf2013 mapa2013 transito paf Rio de Janeiro 2013 12 SUM 453 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE PAGAMENTO ESPONT NEO CARACTERIZA O DE FATO INCONTROVERSO DESNECESS RIA A PER CIA DE QUE TRATA O ART 195 DA CLT convers o da Orienta o Jurisprudencial n 406 da SBDI 1 Res
286. dade das mat rias que integram o objeto do presente recurso a esta Inst ncia revisora Inc lumes assim as disposi es dos arts D2 XXXV e LV e 93 IX da CF e dos arts 832 e 89 A da CLI Preliminar rejeitada REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL 2 4 PRELIMINAR DE CONEX O REU NI O DE PROCESSOS Recurso do Distrito Federal A Magistrada de origem em audi ncia in deferiu a preliminar de conex o e pedido de reuni o do presente processo ao feito de N mero 0001500 18 2012 5 10 0015 distribu do a 15 Vara do Trabalho de Bras lia dada a diversidade de fundamentos e de partes en tre esta a o e aquelas com as quais os r us arguem a causa modificativa de compet n cia f1 394 Tal entendimento foi confirmado pela r senten a consignando N o h que se falar em conex o eis que se faz necess rio a iden tidade de partes ausente neste caso Indefiro o pedido de conex o nos termos do art 253 do CPC Ao contr rio do que alega o DF o polo passivo distinto da a o ajuizada pe rante a 15 Vara e a do presente processo 1780 Em sede preliminar insiste o recorren te Distrito Federal no pedido de reuni o do presente feito ao Processo 0001500 18 2012 5 10 0015 em decorr ncia da cone x o ao argumento de que o art 103 do CPC n o exige identidade de partes mas apenas a comunh o de objeto ou de causa de pedir Aduz que o entendimento do Juizo se deu de forma equiv
287. dade de tratamento das par tes n o apenas formal mas tamb m real pa lel ridade de armas segundo as peculiaridades do caso concreto e em observ ncia do devi do processo legal A teoria din mica do nus da prova tem aplica o quando a regra est tica dos arts 818 da CLT e 333 do CPC est o em descon formidade com a Constitui o Federal acar retando a inutilidade da a o judici ria e a veda o oculta de acesso efetivo ao Poder Judici rio KNIJNIK 2006 p 950 Por isso sua incid ncia atende ao escopo social do processo que eliminar conflitos mediantes crit rios justos PAULA 2010 p 122 Aplicar a teoria din mica do nus da pro va no Processo do Trabalho considerando a peculiaridade do caso concreto e a maior ap tid o probandi de uma das partes medida de Justi a e que melhor atende ao Direito e aos direitos fundamentais insertos na Consti tui o Federal REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS AROCHENA Jos Fernando Lousada La prueba de la discriminaci n y del acoso sexual y moral en el proceso laboral Dis pon vel em lt http www ccoo es comu nes temp recursos 1 395219 pdf gt Aces so 23 ago 2014 BRASIL C mara dos Deputados Reda o final ao Projeto de Lei de n 8 046 de 2010 Bras lia Di rio da C mara dos Depu rados 2 mar 2014 a mn Senado Federal Comiss o Dire tora Parecer n 1 741 de 2010 Disponi vel em lt http www senado gov br
288. dades composta por suas intera es com os recursos disponibilizados pela organiza o e com outros sujeitos 23 O trabalho prescrito por sua vez aque le em que a descri o das atribui es cor responde ao que antecede a execu o da tarefa S o constitu dos de normas tempo e controle exigido para o desempenho da ta refa Servem de fonte de reconhecimento e de puni o para quem n o cumpre a tarefa estabelecida Trabalho nessa perspectiva tudo aquilo que n o est prescrito porque n o o pres crito que realiza o trabalho mas a a o real do trabalhador A prescri o n o prev in meras dificuldades que podem aparecer no cotidiano de trabalho e a realidade muito mais complexa do que qualquer regra ou manual possam prever VIEIRA et al 2013 p 27 Na lacuna existente entre o trabalho pres crito e o real encontram se as contradi es os conflitos as incoer ncias e as inconsist n cias do trabalho que imp em dificuldades aos trabalhadores VIEIRA et al 2013b p 468 Tais fatores s o funcionais caso man tenham a sa de mental do trabalhador ou podem ser patog nicos quando n o conse guem sustentar a higidez ps quica dele 1 3 VIV NCIAS DE PRAZER E SOFRIMENTO NO TRABALHO Para Dejours 2011b o trabalho pode tra zer prazer ou sofrimento mas um n o exclui o outro necessariamente A no o de prazer e de sofrimento no trabalho tem sua origem na Psican lise Segun
289. de 200 objetiva art 37 S0 da CF 88 e tamb m porque restou comprovada a exist ncia de nexo de causalidade entre a atua o do Esta do e o prejuizo experimentado por todos os atuais rodovi rios e ex rodovi rios do sistema de transporte coletivo urbano de passageiros do DF em especial motoristas e cobradores Postulou assim a condena o da recla mada e solidariamente do Distrito Federal nas obriga es de fazer e n o fazer consis tO DLOS CMA elabora o e implementa o em car ter efetivo do Programa de Preven o de Ris cos Ambientais PPRA elabora o e imple menta o em car ter efetivo do Programa de Controle M dico de Sa de Ocupacional PCMSO elabora o e implementa o em car ter efetivo do Programa de Conser va o Auditiva PCA realiza o imediata de monitoramento audiom trico de todos os trabalhadores da primeira r expostos ao ris co f sico ru do emiss o de CAT para todos os empregados que trabalhem expostos a fontes geradoras de ru do implanta o ime diata nos atuais ve culos da frota de nibus medidas de controles de engenharia como instala o de silenciadores enclausuramento do motor redu o de vibra o das estrutu ras realize nos atuais ve culos a an lise do sim trica para avalia o do grau de ru do a que submetidos os motoristas e cobradores durante a jornada laboral fornecimento de EPI s observ ncia da
290. de vido luz do princ pio do contrato realidade que rege o Direito do Trabalho mas assegurando lhes direitos previdenci rios sem pre ju zo daquel outros direitos trabalhistas que sequer eram previstos no par grafo nico do artigo da Constitui o Federal e que passaram a integrar o elenco direitos aplic veis ou poss veis de aplicar as rela es de trabalho dom stico Penso portanto que medida mais salutar seria prosseguir com a continua regulamen ta o infraconstitucional para a desonera o continua dos empregadores dom sticos e a estimula o formaliza o dos contratos de trabalho dom stico atraindo ainda ao imple mento de novos direitos como emergeria do FOTS obrigat rio e assim do direito decorren te ao seguro desemprego sem preju zo de outros direitos que paulatinamente pode riam ser com a devida reflex o e continua observ ncia do fluxo de formaliza o contra tual implementados Cabe perceber se sempre que o caput do artigo da Constitui o Federal ao qual o seu par grafo nico se vincula n o impede que outros direitos que permitam a melhoria da condi o social dos trabalhadores sejam deferidos al m dos que expressamente exige inclusive porque no plano do Direito do Tra balho a Constitui o conquanto norma hie r rquica suprema ponto de partida para os direitos do trabalhador e n o limite Contudo se a cr tica poderia ter sido fei ta antes e assim a
291. de poderes deve se contrapor uma dose de con centra o de poder entre outras situa es A normatividade da Constitui o pressu p e como toda regra dotada do atributo da imperatividade que a sua inobserv ncia en seja a aplica o de medidas de coa o N o obstante afirma Luis Roberto Barroso que o 12 HESSE Konrad A For a Normativa da Constitui o Trad Gilmar Ferreira Mendes Porto Alegre S rgio Ant nio Fabris Editor 1991 p 20 21 REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL desenvolvimento doutrin rio e jurispruden cial na mat ria n o eliminou as tens es inevi t veis que se formam entre as pretens es de normatividade do constituinte de um lado e de outro lado as circunst ncias da realida de f tica e as eventuais resist ncias do status Neste cap tulo ser o demonstrados por interm dio de julgados recentes das Cortes Judiciais Brasileiras e Portuguesas a aplica o Nos casos concretos da for a normati va da Constitui o Portuguesa na segunda metade dos s culo XX e da Constitui o da Rep blica Brasileira ap s a sua promulga o em 1988 Contrariando teoria de Ferdinand Lassa le segundo a qual a Constitui o jur dica ou normativa n o passava de um peda o de papel que nada mais era do que a express o das for as reais de poder Constitui o real sem qualquer for a normativa estes exem plos ter o o cond o de mostrar a materializa 100 o
292. de de seres f sicos conso lidam a sua esp cie pela procria o natural S o Homem por m con segue conservar e propagar a sua forma de exist ncia social e espiritu al por meio das for as pelas quais a criou quer dizer por meio da vonta de consciente e da raz o JAEGER 2 edi o p 3 sob o enfoque da educa o que inicio estas breves notas sobre o trabalho infantil para adiante apontar uma das consequ n cias nefastas da sua falta na forma o do in div duo O mesmo escritor mencionado diz que para os gregos a educa o pertence comunidade e que a sociedade assenta se nas leis e normas escritas e n o escritas logo toda a educa o assim o resultado da consci ncia viva duma norma que rege uma comunidade humana quer se trate da fam lia duma classe ou duma profiss o quer se trate dum agregado mais vasto como um grupo tnico ou um Estado JAEGER 22 edi o p 4 O indiv duo submetido ao processo de educa o e entenda se aqui a educa o em seus aspectos mais abrangentes percebe melhor sua realidade e a do outro pois o ou tro passa a ser algu m como ele o indiv duo educado complete se instru do serve se do instrumento das palavras que formam fra ses que compreendem uma ideia e que con segue se entender e exprimir se A educa o d instrumentos ao indiv duos para opera cionalizar a vida A insensibilidade que prov m da falta de educa o
293. de f sica o devido e eficaz equipamento de prote o individual EPI H entendi mento no sentido de que havendo forneci mento do EPI n o se justificaria a conces Lilian Pinho Dias Advogada s o do benef cio previdenci rio uma vez que o trabalhador n o se sujeitou aos ma lef cios do ambiente nocivo tese acatada pelo Supremo Tribunal Federal H ainda os que advogam ser devida a referida apo sentadoria mesmo no caso de uso efetivo do EPI uma vez que esse n o capaz de anular em absoluto os efeitos mal ficos do ambiente inadequado prestando pois o benef cio a reparar devida e exatamen te o prejuizo causado ao obreiro O Supre mo Tribunal Federal acolheu o pedido de 1 L lian Pinho Dias advogada especialista em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Anhanguera Uniderp professora de Direito do Trabalho e Seguridade Social no curso t cnico Pronatec na Rede de Ensino CECON MG ESCOLA JUDICIAL 43 Repercuss o Geral suscitado pelo Instituto Nacional da Previd ncia Social e a mat ria que foi objeto de aprecia o pela Cor te Suprema no ltimo dia 09 foi conclu da RESUME This paper discusses about the recently pacified granting of special retirement to workers who have used during the imple mentation of activities in environments that damage physical health and integrity proper and effective personal protective equipment PPE There is understanding in the sens
294. de livre justa solid ria e sem discrimina o CF artigo 39 c em suas rela es internacionais o Brasil rege se pela preval ncia dos direitos huma nos artigo 4 inciso Il d a fun o social da propriedade artigo inciso XXIII e a ordem econ mica que fundada na valoriza o do trabalho humano e na livre iniciativa tem por fim assegurar a todos exis t ncia digna conforme os ditames da justi a social devendo ser observados ainda os princ pios da fun o social da propriedade e da busca do pleno emprego CF artigo 170 f a ordem social que tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem estar e a justi a sociais CF artigo 193 Entretanto n o obstante essa gama de direitos escudados nas premissas b sicas e estruturais antes apontadas assiste raz o a Benedito Calheiros Bonfim ao afirmar E indispens vel que ao lado desses pomposos enunciados sejam assegurados meios pr ti cos e materiais sua efetiva o 3 Dignidade e Intimidade resist ncia ideol gica O artigo 1 da Declara o Universal dos Direitos Humanos destaca lodos os homens nascem livres em dignidade e direitos S o dotados de raz o e consci ncia e devem agir em rela o uns aos outros com esp rito de fraternidade Discorrendo acerca da dignidade da pes soa humana Jos Afonso da Silva leciona que ela constitui um valor que atrai a re aliza o dos direi
295. de situ a o de pr contrata o visando valorar as condi es pessoais do candidato fl 409 Por isso rejeito a preliminar A O CIVIL P BLICA MINIST RIO PU BLICO DO TRABALHO LEGITIMIDADE AL CANCE DANO MORAL COLETIVO Em sua contesta o a ora recorrida suscitou a ile gitimidade ad causam do autor al m da aus ncia do interesse de agir Na primeira hip tese em raz o de compreender que os interesses jur dicos objeto da lide s o Individuais pl rimos restritos parcela identific vel dos trabalhadores que pres tam servi os r 1 96 compreendendo que a a o civil p blica apenas pode en cerrar como objeto adequado a prote o dos direitos de fei o difusa ou coletiva J a segunda vem amparada na tese de que a atua o do parquet n o revela o efeito de interferir de molde a atender aos interes ses dos trabalhadores fl 97 Para melhor compreens o da mat ria julgo oportuno tecer breves coment rios acerca da tutela jurisdicional coletiva O Estado tem passado por transforma es estruturais com o surgimento de novos atores sociais conflitos de massa e a multiplica o de direitos Alterou se sensivelmente o perfil da sociedade con tempor nea marcada pelo crescente de senvolvimento tecnol gico e cient fico influenciada pelo fen meno da globaliza o Em consequ ncia assistimos como um processo inevit vel a emerg ncia de novos grupos classes de ind
296. de tal servi o era re gida inicialmente falta de norma brasileira pelas Ordena es Filipinas portuguesas de 1 003 T tulos XXIX e seguintes do Livro 4 chegando inclusive a estipular O prazo pres cricional trienal para reclama o de cr ditos pendentes T tulo XXXII e a indenizabilidade da remunera o correspondente ao per odo remanescente do contrato em caso de dis pensa antecipada do criado T tulo XXXIV 2 declarada extincta desde a data desta lei a escravid o no Brazil sic Lei n 3 353 1888 art 19 3 Transcreve se guisa de curiosidade hist rica o primeiro dispositivo a tratar no Brasil dos criados denomina o sin nima dos do tor do Foro Trabalhista de Bras lia 2013 Juiz Auxiliar da Presid ncia do Tribunal Regional do Trabalho da 10 Regi o 2013 2014 Mestre em Direito e Estado pela Faculdade de Direito da Universidade de Bras lia Doutorando em Ci ncias Jur dico Pol ti cas pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa Professor de Direito e Processo do Trabalho do Curso de Direito do UniCEUB Centro Universit rio de Bras lia e da ENAMAT Escola Nacional de Forma o e Aperfei oamento de Magistrados do Trabalho Coordena dor Acad mico dos Cursos de Especializa o do IDP Instituto Brasiliense de Direito P blico Bras lia e da ATAME Bras lia Goi nia e Palmas m sticos T TULO XXIX Do criado que vive com o senhor a bemfazer e como se lhe paga
297. de trabalho fica dispensado do servi o exce to se for exigida perma benef cio do empreendimento econ mico Na tentativa de dirimir tais controv rsias a Lei 13 103 2015 alterou parcialmente a reda o do 8 do artigo 235 C revogou os SS 42 5 do artigo 235 E e alterou de maneira significativa o 9 do artigo 235 C ao reduzir a remunera o respectiva para apenas 30 do sal rio hora normal ao inv s do pagamento da hora mais adicional de n ncia junto ao ve culo 30 Tal estipula o teve o hip tese em que o tempo Al m disso dentro do escopo de sepultar toda a excedente jornada ser controv rsia anteriormen considerado de espera periodo de 24 horas te suscitada quanto a in Tamb m ser computado tempo de espera nas via gens de longa dist ncia o per odo que exceder a jornada normal em que o motorista estiver pa rado nas opera es de carga ou descarga e nas fiscaliza es em barreiras fiscais ou aduaneira de fronteira Um dos pontos mais pol micos da nova lei foi inserido pelo 89 do artigo 235 C Ao tratar da remunera o deste per odo estabeleceu que n o ser o computadas como horas ex traordin rias mas indenizadas com base no sal rio hora normal acrescido de 30 o que veio desencadear intensa controv rsia Com efeito a reda o mal formulada que restringe o conceito de remunera o apenas a contrapresta o ao tempo em que o
298. decisionismo al m de assegurar a pr tica universalista das deci s es J o segundo prop e modelo aber to fundado na coer ncia como n cleo dirigente da aplica o das normas pois REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL apenas assim seria preservada a pr pria ess ncia deontol gica dos direitos funda mentais Segundo a primeira corrente capitane ada por Robert Alexy no universo norma tivo as regras s o diferenciadas qualitati vamente dos princ pios Estes deteriam estrutura dos valores constituindo raz es prima facie que comp e uma ordem el s tica e mold vel ao passo que as regras disp em de forma definitiva sobre de terminada a o Assim o contraste entre as regras encerra o problema da validade pois seria inadequado conceber a aplica o simult nea de duas delas em conflito a um mesmo caso concreto J os princ pios entendidos como man dados de otimiza o encerram pela sua pr pria natureza a caracter stica de com portarem cumprimento gradativo A solu o do impasse deve passar pelos crit rios do grau de afeta o e da import ncia dos princ pios em conflito estabelecendo se por meio da pondera o a regra de pre ced ncia ainda que de natureza condi cionada pois ela deve considerar os fatos relevantes ao caso concreto A chamada lei da pondera o se prop e a ostentar validade abstrata incidindo para superar o conflito entre quaisquer princ pios Trata
299. demais fosse a estabelecer uma ruptura geral da condi o de traba lhadores dom sticos cabe perguntar o por qu de n o se ter emprestado toda a extens o do contido no artigo da Cons titui o a tal categoria no que o par grafo nico seria algo do passado Com efeito as sim n o foi porque ainda se percebeu como em 1988 que as rela es dom sticas seja no campo ou na cidade guardam distin es em rela o aquelas dos trabalhadores em geral dado o ambiente familiar de confian a e informalidade cotidiana que se reveste ao contr rio do ambiente das empresas em que a subordina o e os rituais se estabele cem na cadeia de comando assim como o diferencial na exist ncia de pessoal por vezes destinado a gerir as pr prias folhas de pa gamento algo impens vel no ambiente do m stico em que o patr o deve ter os meios de controlar por si todos os pagamentos e recolhimentos a seu cargo sem maiores bu rocracias de modo a n o ser desestimulado ao registro de seus empregados dom sticos No tema particular da jornada h que se perceber que os contratos de trabalho do m stico passam a encontrar apenas o limi te da jornada di ria ou semanal de trabalho sem desqualificar os efeitos dos contratos en t o vigentes quanto ao ajuste do sal rio em rela o jornada m dia estabelecida entre patr es e empregados dom sticos porque doutro lado seria considerar se ent o de modo totalmente inadequ
300. deral Special Court General Repercussion special retirement and personal protective equipment use Grievance in extra ordinary appeal n 004 555 1 INTRODU O O presente artigo em que pese a recentissi ma decis o prolatada pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do Recurso Extraordin rio com Agravo visa expor as teses que foram abordadas a favor e contra a concess o da Aposentadoria Especial quando do forneci mento efetivo do Equipamento de Prote o Individual EPI ou seja quando o ambiente de trabalho inadequado por m os respec tivos malef cios n o atingem concretamente o trabalhador em virtude do EPI efetivo que neutralize seus efeitos A ciz nia ent o existente passa a n o ter mais raz o ante a decis o definitiva da Corte Suprema a qual fixou teses que dever o ser aplicadas a pelo menos 1 039 processos judiciais movidos por trabalhadores de todo o Pais que discutem os efeitos da utiliza o de Equipamento de Prote o Individual EPI sobre o direito aposentadoria especial 3 http www stf jus br portal cms verNoticiaDetalhe asp idConteudo 281259 REVISTA DO TRTIO Assim no presente artigo ser o expostas as correntes o posicionamento do Tribunal Nacional de Uniformiza o do Juizado Espe cial Federal a decis o final do STF a tese de prote o sa de do trabalhador que con juntamente observ ncia do princ pio da pr via fonte de custeio n o e
301. descaracteriza o tempo de servi o especial prestado grifos nossos Para esses posicionamentos outrora cristalizados o fornecimento ou n o do EPI seria indiferente para fins de caracteriza o do labor em ambiente insalubre bastando a simples circunst ncia de s lo inadequado para resultar na concess o da Aposentadoria Especial Antes todavia de mencionar o entendi mento oposto ao acima asseverado salutar destacar a finalidade do benef cio especial conforme as li es de Maria L cia Luz Leiria A finalidade do benef cio de apo sentadoria especial sua SAUDE reduzindo o tempo de servi o con tribui o para fins de aposentadoria Tem pois como fundamento o tra balho desenvolvido em atividades ditas insalubres Pela legisla o de reg ncia a condi o o pressuposto determinante do benef cio est liga do presen a de agentes perigosos ou nocivos qu micos f sicos ou biol gicos sa de ou integridade f sica do trabalhador e n o apenas aque las atividades ou fun es catalogadas em regulamento grifos nossos Hb Percebe se pois claramente que o foco do benef cio especial em an lise a sa de do trabalhador o que corroborado pelo ordenamento jur dico notadamente pela Constitui o da Rep blica CR no inciso XXII do art ao deixar claro a necessida de de normas de sa de higiene e seguran a que reduzam os riscos inerentes ao trabalho Deste m
302. desrespeito aos bens mais elevados do gru pamento social Nesse sentido caminha a jurisprud ncia do TST conforme revela precedente cuja ementa reproduzo in verbis AGRAVO DE INSTRUMENTO RECURSO DE REVISTA A O CIVIL P BLICA DANO MORAL COLETIVO REPARA O POSSIBILI DADE ATO ATENTAT RIO DIGNIDADE DOS TRABALHADORES RURAIS DA REGI O N o resta d vida quanto prote o que deve ser garantida aos interesses transindividuais o que encontra se expressamente delimita do no objetivo da a o civil p blica que busca garantir sociedade o bem jur dico que deve ser tutelado Trata se de um direito coletivo transindividual de natureza indivi s vel cujos titulares s o os trabalhadores ru rais da regi o de Minas Gerais ligados entre Si com os recorrentes por uma rela o juri dica base ou seja o disp ndio da for a de trabalho em condi es que aviltam a honra e a dignidade e na propriedade dos recorri dos Verificado o dano coletividade que tem a dignidade e a honra abalada em face do ato infrator cabe a repara o cujo dever do causador do dano O fato de ter sido constatada a melhoria da condi o dos tra balhadores em nada altera o decidido por que ao inverso da tutela inibit ria que visa coibir a pr tica de atos futuros a indeniza o por danos morais visa reparar a les o ocor rida no passado e que de t o grave ainda repercute no seio da coletividade Inc lu mes os dispositi
303. determin veis por uma rela o jur dica o que o classifica como direito coletivo em sentido estrito sabido que a legitimidade ativa do Parquet quan do do ajuizamento de a o civil p blica na busca da defesa de interesses coletivos ou individuais homog neos encontra fun damento na defesa dos interesses sociais e individuais indispon veis Ademais a le gitima o extraordin ria do Minist rio P blico est inserida na Constitui o Federal no artigo 129 inciso Ill onde se l que s o fun es institucionais do Minist rio P blico promover o inqu rito civil e a a o civil publica para a prote o do patrim nio p blico e social do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos A Lei Complementar n 75 93 que regulamen ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO ta as atribui es do Minist rio P blico da Uni o trata especificamente das atribui es do Minist rio P blico do Trabalho como se verifica do seu artigo 83 inciso IIl que determina a compet ncia do rg o para propor a o civil p blica no mbi to da Justi a do Trabalho para defesa de interesses coletivos quando desrespeita dos os direitos sociais constitucionalmente garantidos O artigo 127 7 da Constitui o Federal disoe que O Minist rio P blico institui o permanente essencial fun o jurisdicional do Estado incumbindo Ihe a defesa da ordem jur dica do regime democr tico e dos int
304. deve contribuir para a constru o da identidade do trabalhador e de sua sa de mental e serve para a sua realiza o ou para a sua destrui o MERLO 2014 O trabalho engloba um engajamento men tal e psicoafetivo de todo o indiv duo e de toda sua personalidade Implica os gestos o saber fazer o engajamento do corpo a mobiliza o da intelig ncia a capacidade de refletir de interpretar e de reagir s diferentes situa es o poder de sentir de pensar de inventar DE JOURS 2012 p 24 29 Trabalhar vai al m da mera execu o de uma tarefa envolve toda a subjetividade do trabalhador mobiliza O corpo a intelig ncia a pessoa para produ zir algo til DEJOURS apud MOLINIER 2013 a o O alvo da psicodin mica do trabalho com preender o que move psiquica e socialmente o sujeito no trabalho MENDES e DUARTE 2013 OS processos ps quicos existentes a forma o da identidade individual e social do sujeito o confronto entre o mundo externo e interno do trabalhador o sofrimento e o prazer no labor e a influ ncia da organiza o do trabalho na qualidade de vida na sa de mental no des gaste e no adoecimento do trabalhador LAN CMAN 2011 pp 41 42 Assim as rela es din micas entre a orga niza o do trabalho e a sa de mental cons tituem o objeto de estudo da t cnica dejou riana Por m n o se restringe aos seus efeitos nocivos mas inclui tamb m as situa es que s o favor ve
305. deve se se levar em considera o na opera o do direito a presun o de consti tucionalidade dos princ pios e regras cons titucionais da unidade da razoabilidade e da efetividade Informa se por fim que os modelos tra dicionais de interpreta o tais como o gra matical o l gico o hist rico o sistem tico e o teleol gico continuam v lidos na inter preta o constitucional CONSIDERA ES FINAIS O presente estudo demonstrou a impor t ncia da Constitui o para a sociedade No entanto para que a Constitui o fa a valer os preceitos que nela est o contidos ou melhor para que ela demonstre a sua for a normativa faz se necess rio que a socieda de se conscientize de sua relev ncia juridi ca pol tica econ mica social e cultural Esta conscientiza o o que Konrad Hesse chama de vontade de constitui o Ressalta se que a Constitui o para al can ar seus objetivos deve ainda ser for te caracter stica verific vel com a sua inco lumidade e com o respeito s suas normas nos momentos de crises vivenciados pelo Estado a exemplo de situa es em que as institui es democr ticas a soberania e o seu territ rio ficam amea ados pela instabi lidade social Ela deve ainda ser capaz de inspirar e mobilizar a sociedade em prol de um objetivo comum 14 BARROSO Lu s Roberto Neoconstitucionalismo e Transforma es do Direito Constitucional Contempor neo Parte D
306. dici rio no Brasil erra Mas o juiz singular segundo opini o reinante erra ainda mais De modo que n o outra a raz o principal da sua inclus o em um sistema processual no qual o controle a palavra chave E tanto assim que muitos atribuem natureza constitu cional duplicidade obrigat ria de inst ncia Dito isso e n o obstante a exist ncia de s lidos argumentos contr rios constitucio naliza o do duplo grau de jurisdi o o que pretendemos analisar nestas p ginas menos o seu patamar hier rquico normativo e mais a sua significa o Afinal de contas qual deve ser a extens o hermen utica da revis o recur sal especialmente no contexto de um Estado Democr tico de Direito que prima pela dura o razo vel do processo e pela efetividade da tutela judicial Mas isso n o s Ao discorrermos sobre a fun o revisora dos tribunais tamb m deve mos levar em conta o seu aspecto pragm tico ou consequencialista Nos dias que correm o indice de confian a da popula o no Poder Judici rio n o dos melhores Entretanto paradoxalmente este mesmo Judici rio est abarrotado de antigos processos e submeti do a avalanches de novos processos oriundos desta mesma popula o Por que isso acon tece Ser que a gigantesca quantidade de recursos e de possibilidade quase certa de modifica o da decis o judicial de primeiro grau contribui para este fen meno Est
307. dico e pela positiva o dos princ pios no corpo da Constitui o A for a normativa dos princ pios e regras constitucionais a qual est vinculada ao princ pio da tima concretiza o da norma Gebot optimaler Verwirklichung de Norm imp e uma interpreta o que tem como in cumb ncia promover a concretiza o f tica dos preceitos insculpidos na Carta Constitu cional o que traz um rol de desafios aos in t rpretes e aplicadores do direito na medida em que surge a necessidade de se manipu lar na seara dos casos concretos conceitos e enunciados abstratos tais como os princ pios e as cl usulas gerais A supremacia da Constitui o em rela o ao ordenamento jur dico pressup e que todo o conjunto de normas infraconstitucionais deve ser constitu do interpretado e aplicado de acordo com o que disp e as normas cons titucionais A previs o dos princ pios constitucionais a partir deste novo modelo constitucional marca uma grande altera o na hermen uti ca constitucional ao elev los condi o de norma Como os princ pios tem uma densi dade menor do que as regras e um grau de abstra o e plasticidade maior o int rprete e Ibo aplicador do direito tem a possibilidade de se valer da discricionariedade e de uma abran g ncia maior de interpreta o e complemen ta o do direito frente s situa es concretas sobre as quais recair a sua aplica o Sobre o assunto Marcelo Novelino af
308. divi duais homog neos dotados de relev ncia social conforme espelha a seguinte emen ta in verbis AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EFX TRAORDIN RIO CONSTITUCIONAL A O CIVIL P BLICA LEGITIMIDADE DO MINISTE RIO P BLICO PARA A DEFESA DE DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOG NEOS DE RELEV N CIA SOCIAL PRECEDENTES AGRAVO RE GIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMEN TO RE 459456 AgR RJ Ac 2 Turma Rel Min CARMEN L CIA DEJT de 22 10 2012 A jurisprud ncia do Tribunal Superior do Trabalho tamb m caminha no mesmo sen tido ad litteram A O CIVIL P BLICA LEGITIMIDADE ATIVA DO MINIST RIO P BLICO DO TRA BALHO EMPRESA QUE UTILIZA O AMIAN TO OBRIGA O DE FAZER ENTREGA DE DOCUMENTOS REFERENTES A TRABALHA DORES EXPOSTOS AO AMIANTO EXIG N CIA DA LEI N 9 055 95 Trata se de a o civil p blica em que o Minist rio P blico do Trabalho objetiva a condena o da re clamada na obriga o de entregar docu mentos referentes aos trabalhadores ex postos ao amianto conforme determina a Lei n 9 0551995 bem como a respon sabiliza o da empresa por dano moral coletivo A hip tese dos autos envolve in teresses transindividuais indispon veis as sociados ao n cleo de direitos humanos com dimens o de direitos fundamentais ligados sa de e seguran a ocupacional cuja origem comum pois atinge todos os empregados e ex empregados da Brasilit tendo como titulares um grupo de sujeitos determinados ou
309. do nus proba t rio ou carga din mica da prova parte da premissa que a prova incumbe a quem tem melhores condi es de produzi la luz das circunst ncias do caso concreto Em outras palavras prova quem pode DIDIER JR et al 2007 p 62 3 1 ORIGEM E CONCEITO A teoria din mica teve origem na Argenti na tendo como principal precursor Jorge W Peyrano 1992 p 263 tradu o nossa que sobre ela assim discorreu Para identificar a categoria de nus probat rio din mico temos visualizado entre outros como fazendo parte da mesma aquela segundo a qual cabe o nus proba t rio para quem pelas circunst n cias do caso e independentemen te de agirem como demandante ou demandado est em melhor posi o para produzir a respectiva prova Essa teoria difundiu se e passou a ser ado tada em diversos pa ses normalmente de forma supletiva a outras teorias como a est tica anteriormente exposta Teoria din mica do nus da prova a que distribui o encargo probat rio parte que pelas circunst ncias do caso concreto tem maiores condi es para produzir a prova do fato controvertido REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Dessa defini o identificam se os elemen tos caracterizadores da teoria din mica a distribui o do encargo probat rio na qual o encargo da prova imputado a uma das partes b circunst ncias do caso concreto que revela que sua incid nci
310. do Direito A senten a poder ser justa ou injusta porque os homens ne cessariamente se equivocam N o se inventara ainda uma m quina de fazer senten as No dia em que for poss vel decidir os casos judiciais como deci dem as carreiras de cavalos mediante um olho eletr nico que registra fisica mente o triunfo ou a derrota a concep o constitutiva do processo carecer de sentido e a senten a ser uma pura declara o como queria Montesquieu Enquanto n o se fabrica essa m quina de fazer senten as o conte do huma no profundo e entranh vel do Direito n o pode ser desatendido nem deso becedido 22 COUTURE Eduardo Juan Introducion al Estudio Del Proceso Civil Buenos Aires Depalma 1988 p 5 REVISTA DO TRTIO Por outro lado a certeza de submiss o da sua demanda revis o por rg o Colegia do e n o apenas um Magistrado traslada maior seguran a ao cidad o e responde aos anseios de uma sociedade que se viu imersa em um hist rico de desigualdade social e di tadura pol tica A vis o critica contudo permite vislum brar algumas notas capazes de desafiar a har monia das vantagens aludidas A contradita mais imediata duplicidade de inst ncia a constata o de que o Juiz de primeiro grau seja o agente mais apto a iden tificar o que relevante al m de mais capaci tado a valorar e conferir coer ncia ao conjun to probat rio apresentado na fase instrut ria
311. do Freud 1974 a bus ca do prazer e a fuga do sofrimento fazem parte da constitui o subjetiva da forma o do ego e de todos os mecanismos de defesas individuais e coletivos objetos da psicodin mica do trabalho Prazer o princ pio mobilizador que co loca o sujeito em a o para a busca da gra tifica o realiza o de si e reconhecimento pelo outro da utilidade e beleza do trabalho VIEIRA et al 2013 p 290 J o sofrimento uma viv ncia subjetiva intermedi ria entre a doen a mental e o bem estar ps quico VIEI RA et al 2013 p 421 um espa o clini co intermedi rio que marca a evolu o de uma luta entre de um lado funcionamento ps quico e mecanismo de defesa e de outro press es organizacionais desestabilizadoras Tanto o prazer como o sofrimento s o resul tados da combina o entre hist ria do sujeito com a organiza o do trabalho de como ele reage as condi es sociais pol ticas e ticas da organiza o e dos processos de trabalho Para Dejuors o sofrimento inerente ao trabalho porque h um conflito central entre a organiza o do trabalho detentora de nor mas e prescri es e o funcionamento psiqui co pautado pelo desejo Das pesquisas reali zadas no Brasil de 1998 a 2007 percebeu se TS TZ ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO que as viv ncias de sofrimento podem ser sinalizadas pela presen a dos seguintes sen timentos medo
312. do art 37 II e V da CR visou a moraliza o do servi o p blico por isso res tringiu a utiliza o de cargos comissionados de livre nomea o e exonera o e n o pre viu a figura do emprego em comiss o N o havendo previs o constitucional para a cria o de empregos em comiss o reves te se de ilegalidade e inconstitucionalidade a atua o das integrantes da Administra o Indireta que criam empregos em comiss o porque este deve ser objeto de lei Em face do exposto s o ilegais e inconsti tucionais todas as contrata es para empre go em comiss o feitas pela Administra o Indireta N o obstante prevalece o entendimento de que poss vel a exist ncia de emprego em comiss o para as fun es de dire o chefia e assessoramento desde que tenham sido criados por lei em sentido estrito Dessa forma n o se admite a cria o de empregos em comiss o por meio decre tos A prop sito o art 1 e Ill do Decreto 3 735 2001 cuida a altera o dos PCCS e da altera o da remunera o dos cargos comissionados n o autorizando portanto cria o de emprego em comiss o Ali s pela 320 sua hierarquia o decreto n o pode contrariar o texto constitucional e por isso ainda que se referisse a emprego em comiss o n o autorizaria sua cria o A cria o da Hemobr s foi autorizada pela Lei n 10 972 2004 a qual n o previu a cria o de empregos sem concurso p blico
313. do pr prio corpo e o modo de coordena o os n veis de responsabilidade e de autonomia e tudo o que envolve a avalia o do tra balho A organiza o do tra balho ganhou impulso no modelo taylorista fundado em princ pios da adminis tra o cient fica do traba lho posteriormente adaptados para outros modelos Henry Ford aplicou os na ind stria automobil stica com a esteira de produ o em massa No Jap o a Toyota desenvolveu um modelo de produ o flex vel bastante di fundido em outros pa ses em detrimento da rigidez e da padroniza o na execu o das tarefas Novos modelos de gest o do trabalho dentro de um contexto neoliberal e de glo baliza o trouxeram novas formas de organi influencia a vida do trabalhador apropria se n o apenas do tempo e dos seus movimentos mas de sua subjetividade de exercer o trabalho real em face do prescrito 1 2 TRABALHO PRES CRITO E TRABALHO REAL Para Christophe De jours 2012 pp 127 128 cada trabalhador ao rea lizar uma tarefa procura adapt la numa ordem numa sequ ncia de gestos escolhendo os instrumentos adequa dos at encontrar um modo de trabalhar pr prio e pessoal organizando o tempo em fases de trabalho e de descanso e protegen do o corpo contra sobrecarga em prol do seu equilibrio psicossom tico O trabalho real essa maneira desenvolvida pelo trabalhador para lidar com as situa es reais de suas ativi
314. do regi me previdenci rio comum e portanto n o entram nas estat sticas do INSS ora exami nadas Mas como h empregados p blicos celetistas cedidos de outras esferas do ser vi o p blico e ocupantes de cargos de con fian a sem v nculo estatut rio entre outros que s o regidos pelo regime previdenci rio comum esses integram o grupo de risco ati nente atividade exercida na Administra o P blica em geral Os resultados encontrados apontam para a presen a de fatores de riscos psicossociais de adoecimento ps quico no trabalho em poucas atividades econ micas Nelas as es trat gias de defesa e de mobiliza o subjeti va individuais e coletivas em face das con di es especiais ou da forma peculiar em que o trabalho realizado ao que parece n o est o sendo eficientes O sofrimento no trabalho passou a ser para muitos patog nico Os n meros afastam a pr concep o de que apenas indiv duos psicologicamente fr geis que est o sujeitos a essas enfermida des Ao contr rio a concentra o dos casos em poucas atividades econ micas apenas refor a conclus o acerca da presen a de fatores de riscos psicossociais e de condi es de trabalho agressivas em tais ocupa es os quais atingem uma coletividade e n o apenas o indiv duo de forma particular H no Brasil diversos estudos em psico din mica do trabalho que examinam muitas dessas esp cies de atividade econ mica e
315. dom stico amea ando com o desemprego in meros trabalhadores dom sticos que sem maior forma o n o ter o outro emprego que n o o retornar ao labor dom stico sob condi es salariais mais desfavor veis para a contrapartida patronal as onera es doravante exigidas ou para tra balharem como aut nomos assim reduzin do valores de sustento ao instante em que igualmente onerados com as exig ncias de contribui o pr pria para garantir benef cios previdenci rios ou para as reservas finan ceiras necess rias a permitir lhes folgas ou f rias regulares Nisso talvez pode emergir uma paradoxal redu o do padr o de vida que muitos empregados dom sticos haviam alcan ado nos ltimos anos inclusive atrain do pessoas que mesmo providas de cursos m dios ou superiores n o conseguiam colo ca o no mercado de trabalho em geral ca bendo notar nesse contexto que o trabalho dom stico envolve conforme precedentes al m daqueles cl ssicos todos os que se de senvolvam no apoio familiar inclusive assim enquadrando curadores de crian as idosos e pessoas com necessidades especiais O exiguo intervalo de tempo desde quan do aprovada a proposta em primeiro turno na C mara dos Deputados at sua aprova o em segundo turno no Senado Federal e consequente promulga o pelas Mesas das Casas do Congresso Nacional permite vislum REVISTA DO TRTIO brar quanto fora pouco discutida em rela o a efeito
316. e isso que o direi to melhor sabe proporcionar For con seguinte a figura do juiz se agiganta como a de quem devolve a serenidade e a propor o perdida das presta es obrigacionais atividade fundamental ess ncia do exerc cio de qualquer direi toco O injusto n o de ser atingido pela interpreta o jur dica A hermen utica do direito n o pode conduzir injus ti a n o pode ser causa de desorien ta o de perda de valores fundamen tais para a sobreviv ncia do homem da perda do estado de igualdade N o h m todo jur dico que se preze que possa conduzir o int rprete injusti a E para que se n o corra esta risco ne cess rio obrigar o int rprete a enfrentar o contexto conhecer o pretexto e dizer o texto antes de tudo jungido ao com promisso de n o fugir do roteiro tico que o valor cient fico de pensar o direi to lhe imp e E esse trabalho muito mais dif cil do que identificar o sentido da norma porque na verdade ele o de busca de solu o tica e n o se con tenta com o simples dizer o direito mas consiste em expurgar o que injusto da solu o dada REVISTA DO TRTIO O problema que a realidade de monstra que nem sempre nas rela es privadas h igualdade entre os sujeitos e que quando ela falta os crit rios de justi a h o de ser outros ou justi a distributiva ou justi a social mas n o comutativa Mas os t cnicos de direito priv
317. e deral de 1988 expressamente considerou em seu artigo 225 o direito ao meio ambiente como um bem de uso comum do povo e es sencial sadia qualidade de vida impondo ao Poder P blico e coletividade o dever de defend lo tendo inclu do nesta prote o o meio ambiente de trabalho conforme ex plicita o inciso VIII do artigo 200 Ademais n o se pode desconsiderar que no caso dos motoristas profissionais tais quest es extrapolam os limites de uma rela o contratual uma vez que o meio am biente de trabalho desses profissionais se d 20H em vias p blicas de sorte que a quest o se apresenta intrinsecamente imbricada com a preserva o da integridade f sica e da segu ran a de terceiros que atuam no mesmo es pa o f sico Em raz o disso suscita tamb m essa sis tem tica questionamentos quanto ao trans porte internacional prestado por motoristas contratados por empresas estrangeiras como ocorre exempli gratia com as sediadas nos pa ses que integram o MERCOSUL e que ao ingressarem em nosso territ rio passam a tra balhar no meio ambiente laboral nacional e portanto inseridos nos mesmos desafios de garantir seguran a no tr nsito de nossas ruas avenidas e estradas o que tem mobilizado a fiscaliza o do Minist rio do Trabalho quanto aos novos par metros legais e aplica o das Normas Regulamentadoras A linha de evolu o normativa infracons titucional como a que ora se exami
318. e la es dominantes s o oficialmente bipar tites preciso que o Estado forne a uma pe a de sustenta o essencial s a es das partes envolvidas no di logo colocando sua disposi o mecanismos jur dicos e ins titucionais que Ihes permitam agir de forma eficaz A intensifica o desse di logo para o pla no internacional objetivando um concerto entre as na es e os rg os institucionais representativos de trabalhadores e empre gadores pode em muito contribuir para a erradica o de atos antisindicais e do dum ping social em escala mundial Muitos estudiosos j propagam que esta globaliza o sindical j se encontra em curso e cada vez mais se amplia ou seja sindicatos expressivos reagrupando um grande n mero de sindicatos nacionais s o criados e est o em pleno desenvolvimento Cite se como exemplo a cria o em 2006 da Confedera o Sindical Internacio nal CSI fruto da aproxima o da Confede ra o Internacional dos Sindicatos Livres e a Confedera o Mundial do Trabalho A Confedera o Sindical Internacional CSI conta atualmente com 400 quatro centos sindicatos que representam 200 duzentos milh es de trabalhadores Ela a CSI se coloca em posi o de van tagem e de interlocutora de peso para en cetar opera es de lobbying junto a Institui es Multilaterais A CSI tem grande peso no cen rio in ternacional e ocupa um territ rio de lu tas e reivi
319. e 11 de setembro de 1990 constituindo se em subesp cie de direitos coletivos 4 1 Quer se afirme interesses coletivos ou particularmen te interesses homog neos stricto sensu am bos est o cingidos a uma mesma base juridi ca sendo coletivos explicitamente dizendo porque s o relativos a grupos categorias ou classes de pessoas que conquanto digam res peito as pessoas isoladamente n o se classi ficam como direitos individuais para o fim de ser vedada a sua defesa em a o civil p blica porque sua concep o final stica destina se prote o desses grupos categorias ou classe de pessoas 5 As chamadas mensalidades es colares quando abusivas ou ilegais podem ser impugnadas por via de a o civil p blica a requerimento do Org o do Minist rio P bli co pois ainda que sejam interesses homog neos de origem comum s o subesp cies de interesses coletivos tutelados pelo Estado por esse meio processual como disp e o artigo 129 inciso Ill da Constitui o Federal 5 1 Cuidando se de tema ligado educa o am parada constitucionalmente como dever do Estado e obriga o de todos CF art 205 est o Minist rio P blico investido da capacidade postulat ria patente a legitimidade ad cau sam quando o bem que se busca resguardar se insere na rbita dos interesses coletivos em segmento de extrema delicadeza e de conte do social tal que acima de tudo recomen da se o abrigo estatal Recurso ext
320. e assim que tais princ pios observados no momento daque la admiss o sejam tamb m respeitados por ocasi o da dispensa Ill A motiva o do ato de dispensa assim visa a resguardar o em pregado de uma poss vel quebra do postu lado da impessoalidade por parte do agente estatal investido do poder de demitir IV Re curso extraordin rio parcialmente provido EO para afastar a aplica o ao caso do art 41 da CF exigindo se entretanto a motiva o para legitimar a rescis o unilateral do contra to de trabalho STF RE 589 998 Rel Min Ri cardo Lewandowski DJE 12 09 2013 grifo aposto CONSTITUCIONAL ADMINISTRATIVO AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INS TRUMENTO SERVIDOR P BLICO ART 41 DA CONSTITUI O FEDERAL ADMISS O POR CONCURSO P BLICO ANTES DO ADVENTO DA EMENDA CONSTITUCIONAL 19 98 ESTA BILIDADE REINTEGRA O PRECEDENTE DO PLEN RIO 1 A jurisprud ncia desta Corte consignou que a estabilidade assegurada pelo art 41 da Constitui o Federal na sua reda o original estende se aos empregados p blicos admitidos por concurso p blico an tes do advento da EC 19 98 pois se refere genericamente a servidores Precedente do Plen rio MS 21 230 DF 2 Agravo regimental improvido Al 480432 AgR Relator a Min ELLEN GRACIE Segunda Turma julgado em 23 03 2010 DJe 067 DIVULG 15 04 2010 PUBLIC 16 04 2010 EMENT VOL 02397 04 PP 01271 RTJ VOL 00214 PP 00514 RT v 99 n 897 2010 p
321. e como n o h proibi o para adquirir ve culos com motores dianteiros tal possibilidade am plia o universo dos fornecedores e propicia melhores condi es de competi o com vis tas a menor tarifa na licita o em andamento Conforme documento relativo a informa es t cnicas prestadas pelo Governo do Distrito Federal consta que do ponto de vista ocupacional foi observado que o posto de trabalho dos motoristas de nibus compor tam risco para sa de como os que traba lham em ve culos com motor dianteiro em compara o com o traseiro tendo grande possibilidade de desenvolvimento de perda auditiva comprovado portanto pelo anexo o risco efetivo e pelo referido documento o risco em potencial Assim a Subsecretaria de Sa de ambiental recomendou desde 20 04 2012 que no que tange ao processo em curso a localiza o do motor seja na parte central ou traseira dos ve culos que circulam na rea urbana As medidas tomadas por outras empresas de transporte tais como a TCB no sentido de minimizar os riscos com a sa de atrav s de coloca o de ar condicionados e nibus como motores traseiro al m de outras medi das efetivas O MPT juntou ainda importante artigo sob a preval ncia de perda auditiva em motoristas de nibus de transporte coletivo da cidade de Maring PR Nos estudos em caso concretos 28 das perdas auditivas de motoristas eram sugesti vas de perda auditiva induzida por n veis de press
322. e espec fica caber impetrante por meio de seu poder diretivo eleger para quais cargos deseja destinar aquele rol de trabalhadores Conforme fundamentado anteriormente a mat ria em apre o encontra previs o em um plexo de disposi es de origem interna cional constitucional e infraconstitucional tamanha a sua envergadura Inclusive a t tulo de esclarecimento sabe se que o Governo Federal instituiu o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Defici ncia Plano Viver sem Limite por meio do Decreto n 7 012 de 17 11 2011 cuja fina lidade a de promover por meio da inte gra o e articula o de pol ticas programas e a es o exercicio pleno e equitativo dos direitos das pessoas com defici ncia nos ter mos da Conven o Internacional sobre os Di reitos das Pessoas com Defici ncia e seu Pro tocolo Facultativo aprovados por meio do Decreto Legislativo no 180 de 9 de julho de 2008 com status de emenda constitucional e promulgados pelo Decreto no 6 949 de 25 de agosto de 2009 Da an lise do referido Decreto n 012 2011 observa se que uma das diretri zes do Plano federal a amplia o da parti cipa o das pessoas com defici ncia no mer E cado de trabalho inciso Ill do artigo 3 e que a sua execu o ser promovida pela Uni o em colabora o com Estados Distrito Fede ral Munic pios e com a sociedade J a Conven o Internacional sobre os Direitos das Pess
323. e European Communities ed em in eles v 41 deoisla o nm 207 171998 Dispon vel em lt http eur lex euro pa cU Ae ne ES Unte do un 0J 1 1998 014 00060 00068 EN PDF gt Acesso 23 ago 2014 VALLEJO Mar a Laura Rojas MOURRAIL LE Camila Soto La carga de la prueba en casos de discriminaci n Bogot a Univer sidad de Los Andes maio 2009 VASCONCELOS Elaine Machado A dis crimina o nas rela es de trabalho a possibilidade de invers o do nus da pro va como meio eficaz de atingimento dos princ pios constitucionais Revista do TST Bras lia v 71 n 2 maio ago 2005 VIANA M rcio T lio Crit rio para a in vers o do nus da prova no processo do trabalho Revista do TRT da 3 Regi o Belo Horizonte TRT da 3 Regi o jul 1993 June 2100 SSI CD ROM VICENTINI Fernando Luiz Teoria da dis tribui o din mica do nus da prova Jus Navegandi Teresina jun 2012 Dispon vel em lt http jus com br artigos 24083 te oria da distribuicao dinamica do onus da prova gt Acesso em 22 set 2014 REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL A ud 0 DIREITO DE DE GREVE DOS MILITARES SOBA AN LUIS DOS MOVIMENTOS PAREDI TAS E DAS POSSIBILIDADES DE MODIFICA O DO TEXTO CONSTITUCIONAL RESUMO Este artigo analisa o contexto f tico jur dico em que est o inseridos alguns direitos trabalhis tas dos militares em especial no que concerne a greve e sindicaliza o constituci
324. e a o rescis ria 285 e 393 atribuindo efeito de volutivo aprofundado a recursos parciais do TST todas com o mesmo pando de fun do a possibilidade de restri o ou promo o pontual e justificada do princ pio do duplo grau de jurisdi o sempre que os contornos f ticos e jur dicos da casu stica analisada assim autorizem V se portanto que a despeito de sua indiscut vel relev ncia no desenvolvimento institucional e normativo do sistema judicial brasileiro o princ pio do duplo grau de ju risdi o sofre de frequentes modula es na sua extens o REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL certo que os exemplos coligidos d o a impress o que a op o hermen utica via de regra pela sua redu o normativa Mas h hip teses sim em que a amplia o tamb m uma alternativa escolhida pelo int rprete como no caso de permitir se judicialmente a recorribilidade de decis o interlocut ria n o obstante o disposto no art 893 81 da CLT vide S mula n 214 do TS Em s ntese o que importa destacar por ora a via de m o dupla embutida na es trutura principiol gica do duplo grau de jurisdi o Para o bem ou para o mal ela vem sendo percorrida diuturnamente pelo Legislativo e pelo Judici rio quando as cir cunst ncias pr ticas os impulsionam numa ou noutra dire o E por estas e outras a exist ncia do poder revisional dos tribunais n o deve ser considerado um axioma para a busc
325. e beneficio previdenci rio que repare o dano j impingido Este o objetivo principal da lei e a prova disto que cessado o contato com o agente agressor n o mais devido o pagamento de adicional Caso o fornecimento do EPI seja eficaz e neutralize a nocividade do meio ambiente de trabalho torna o pois como se abaixo dos limites de toler ncia estabeleci dos no art 68 do Decreto tamb m acaba sendo ignorado neste caso j que ao se conceder o referido benef cio sem ter havido a contrapresta o do em pregador no caso de EPI neutralizador o preju zo estaria sendo de toda a sociedade A palpitante decis o do Supremo pare ce ter se atentado para esta realidade haja vista que a partir de agora o Princ pio da isonomia outrora desrespeitado n o mais O ser j que emprega mister a aplica o dos que laborem em concreta imediata ambiente n o insalubre n o far o jus igualmen 3048 99 estivesse o tra e efetiva das normas te a aposentadoria es balhador j que ele n o de prote o a sa de pecial sofre os reflexos do am biente nocivo Diante desta vis o um trabalhador que atua em ambiente inadequado mas que no entanto usufrui de e n o a concess o de benef cio previdenci rio que repare o dano j impingido Explica se com toda a ciz nia doutrin ria at a publica o da decis o do STF empre gados sem os efeitos mal ficos do ambiente EPI eficaz q
326. e plano friso com todo o respeito que a tese posta por S Ex aproxima se ainda que em alguns aspectos da forma de interpretar e aplicar a Constitui o por meio da t cnica da pondera o H a clara dosagem de dois princ pios e a elei o de um deles pelo crit rio da relev ncia ou da supremacia mas data venia entendo que esse m todo fragiliza a estrutura dos direi tos fundamentais A Constitui o na realidade ostenta a caracter stica de uma verdadeira comuni dade de princ pios em seu duplo aspecto No primeiro por agreg los em um mesmo plano ao lado de outras normas jur dicas como as regras E no segundo de eviden te import ncia para a mat ria em debate em virtude da necess ria atua o conco mitante desses princ pios sem que a reali za o de um importe como premissa ou consequ ncia o abandono de outro Esse car ter comunit rio e n o comunitarista imp e a considera o do feixe de prin c pios constitucionais direitos fundamen tais como um todo que apesar de operar no campo social em frequente tens o s o complementares e n o auto excludentes inclusivos e simbi ticos A discuss o est centrada na colis o de direitos fundamentais e a forma de sua supera o sob o tom da argumenta o jur dica em duas perspectivas A primei ra oferta o modelo da pondera o como m todo de aplica o fundamentada dos princ pios o consequente afastamento do subjetivismo ou
327. e s foi readmitida porque amea ou denunciar ao fato MPT que o senhor Andr do RH antes de readmitir a depoente fez com que ela esperasse senta da durante uma semana embora a depoente comparecesse diariamente na empresa para obter uma solu o que no dia em que o programa ISO 9001 foi visitar as gestantes foram dispensadas no dia que ao questiona rem o fato ao Sr Andr este respondeu que as gestantes n o faziam parte da empresa fI 23 303 Nilva Soares Rodrigues que ao retor nar sede da empresa pois prestava servi os em rg os do ODF a depoente e demais colegas gr vidas foram obrigadas a passar a jornada inteira oito horas sentadas em algu mas cadeiras na recep o de frente para a recepcionista sem qualquer atribui o a ser desenvolvida que os funcion rios que passavam pela recep o ficavam rindo das empregadas gestantes que havia coment rios desagrad veis sobre a falta de servi o fl 45 Larissa Pacheco de Oliveira que o se nhor Andr chefe do Rh sempre falava para a depoente que as empregadas gestantes eram preju zo para a empresa que esse co ment rio o Sr Andr fez na presen a de cole gas Grazielle e Joana que tamb m estavam gr vidas que as empregadas gestantes fo ram obrigadas a ficar sentadas na recep o de frente para a recepcionista desde o in cio da jornada das 08h s 18h com intervalo de 12h s 14h que no andar que a
328. e that there is provision of PPE does not justify the granting of social security benefit since the worker is not subjected to the harmful effects of harmful environment heeded thesis by Federal Court of Justice There are also tho se who advocate that be due to retirement even if effective use of PPE as this can not cancel at all the harmful effects of inappro priate environment providing for the benefit repair properly and accurately the injury to the worker The Supreme Court accepted the request of General Effect raised by the Natio nal Institute of Social Security and the matter that was object of apreciattion by the Supre me Court PALAVRAS CHAVE Seguridade Social Di reito Previdenci rio Benef cio previdenci rio Aposentadoria Especial Equipamento de prote o individual Concess o da aposenta doria especial Atividade especial Ambien te inadequado Ambiente insalubre S mula Turma Nacional de Uniformiza o do Juiza do Especial Federal Repercuss o Geral apo 2 Recurso Extraordin rio com Agravo ARE 664335 sentadoria especial e uso de equipamento de prote o individual Agravo em Recurso Extraordin rio n 004 335 KEY WORDS Social Security Social Se curity Law Social security benefit Special retirement Personal protective equipment Granting of special retirement Special acti vity Inappropriate environment Unhealthy environment Precedent Class National Stan dardization of Fe
329. efesa de direitos difu sos e coletivos DANO MORAL COLETIVO Os Direitos Sociais Direito do Trabalho e Direito da Seguridade Social constituem a f rmula criada para desenvolver o que se convencio nou chamar de capitalismo socialmente res pons vel Trata se de regra de car ter trans cendental que imp e valores sociedade e consequentemente a todo ordenamento jur dico E que valores s o estes Os valores s o a solidariedade como responsabilida de social de car ter obrigacional a justi a social como consequ ncia da necess ria pol tica de distribui o dos recursos econ micos e culturais produzidos pelo sistema e a prote o da dignidade humana como forma de impedir que os interesses econ mi 299 cos suplantem a necess ria respeitabilidade condi o humana Na ordem jur dica do Estado Social as empresas t m obriga es de natureza social em raz o de o pr prio siste ma lhes permitir a busca de lucros median te a explora o do trabalho alheio O des respeito deliberado e inescus vel da ordem jur dica trabalhista portanto representa ine g vel dano sociedade Juiz JORGE LUIZ SOUTO MAIOR DESTINA O DOS VALORES A teor do art 13 da Lei n 7 347 85 o va lor da indeniza o por dano moral coletivo e demais comina es objeto de condena o deve receber destina o espec fica diversa do FAT relacionada a programas destinados a prevenir il citos da mesma natureza da
330. egados a compet ncia para julg la da Justi a do Trabalho STF RE 206220 MG Ac rd o 2 Turma Rel Min Mar co Aur lio Publicado no DJ em 17 09 1999 EE Assim levando em conta que o pedido e a causa de pedir que fixam a compet ncia do rg o julgador e evidenciada a nature za da pretens o inequivoca a compet ncia desta Justi a Especializada para o proces samento e julgamento da presente lide nos termos dispostos no art 114 IX da CF Preliminar rejeitada 2 2 PRELIMINAR DE IN PCIA DA INI CIAL Recurso da reclamada LOTAXI Renova a recorrente preliminar de in p cia da inicial consubstanciada na hip tese do art 295 III do CPC ao argumento de que o pedido de exig ncia de renova o da frota dos nibus com motores traseiros dentre outras juridicamente imposs vel porque inexiste no ordenamento jur dico qualquer dispositivo legal a embasar tal pretens o Nos termos preconizados no par gra fo nico do art 295 do CPC considera se inepta a peti o inicial quando lhe faltar pedido ou causa de pedir da narra o dos fatos n o decorrer logicamente a conclu s o o pedido for juridicamente imposs vel contiver pedidos incompat veis entre si Os requisitos da peti o da inicial traba lhista inseridos no art 840 S 1 da CLI em aten o aos princ pios da economicidade simplicidade e celeridade orientadores do Processo do Trabalho exigem da parte au tora apenas u
331. egi o conforme certid o de julgamento em aprovar o relat rio conhecer do recurso e no m rito dar lhe parcial provimento para determi nar a reintegra o da reclamante aos quadros da reclamada na mesma fun o que exercia ao tempo de seu desligamento em 17 2 2014 ou em fun o resultante de eventual transforma o da anteriormente ocupada com o pagamento de sal rios do per odo compreendido entre a dispensa e a efetiva reintegra o bem como de todas as verbas a que faria jus a autora caso em servi o estivesse defere se ainda em sede de antecipa o dos efeitos da tutela a expedi o imediata de mandado de reintegra o a fim de que a autora retorne aos quadros da reclamada assim como o pagamento dos sal rios e dos de mais direitos alusivos ao vinculo empregat cio a partir do efetivo retorno da autora ao traba lho nos termos do voto do Exmo Juiz Relator Ementa aprovada FRANCISCO LUCIANO DE AZEVEDO FROTA Juiz Convocado 23 Processo Ementa LEI DE COTAS PESSOAS POR TADORAS DE DEFICI NCIA E REABILITADAS EXCLUS O DA ATIVIDADE DE VIGILANTE IM POSSIBILIDADE AUS NCIA DE PREVIS O LE GAL O art 93 da Lei n 8 213 91 literal ao obrigar as empresas ao preenchimento das cotas de PCD s e reabilitados observada a quantidade de trabalhadores empregados Do dispositivo legal referido n o se verifica a exclus o de quaisquer fun es Assim n o tendo o art 93 da Lei n 8 213 91 determi
332. egional do Trabalho e Em prego DF para que a impetrante cumpra o disposto no artigo 93 da Lei n 8 213 1999 relativamente ao preenchimento das cotas de pessoas portadoras de defici ncia CONCLUS O Ante o exposto conhe o do recurso e no m rito dou lhe provimento para denegar a seguran a mantendo se a exig ncia imposta pela Superintend ncia Regional do Trabalho e Emprego DF para que a impetrante cumpra o disposto no artigo 93 da Lei n 8 213 1999 relativamente ao preenchimento das cotas de pessoas portadoras de defici ncia nos termos da fundamenta o Custas pela impetrante no importe de R 10 04 conforme estipulado no artigo 89 da CLI o meu voto Ac rd o ACORDAM os integrantes da Primeira Tur ma do Tribunal Regional do Trabalho da D ci ma Regi o conforme certid o de julgamento em aprovar o relat rio conhecer do recurso e no m rito dar lhe provimento para denegar a seguran a mantendo se a exig ncia imposta pela Superintend ncia Regional do Trabalho e Emprego DF para que a impetrante cumpra o disposto no artigo 93 da Lei n 8 213 1999 relativamente ao preenchimento das cotas de pessoas portadoras de defici ncia nos termos do voto do Juiz Relator Custas pela impetran te no importe de R 10 64 conforme estipu lado no artigo 89 da CLI Ementa aprovada FRANCISCO LUCIANO DE AZEVEDO FROTA Juiz Convocado REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Processo Ementa MEI
333. eio ambiente de trabalho Precau o e preven o Princ pios norteado res de um novo padr o normativo Revista Magister de Direito do Trabalho vol 4 p 55 14 2012 GEMIONANI Tereza Aparecida Asta e GE MIGNANI Daniel An lise espec fica e con textualizada da Lei ne 12 6019 2012 LTR S o Paulo 2014 GEMIGNANI Tereza Aparecida Asta Justi a do Trabalho um novo rosto procura de uma nova identidade in Direitos fundamen tais e sua aplica o no mundo do trabalho quest es controversas Editora LTr 2010 GEMIGNANI Tereza Aparecida Asta Neo corporativismo x neoconstitucionalismo um debate sindical contempor neo Editora Bo nijuris Curitiba Revista Bonijuris n 011 Outu bro de 2014 OLIVEIRA Sebasti o Geraldo de Prote o jur dica a sa de do trabalhador LTr 6 edi o S o Paulo 2011 ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO A AGO NDINON i 2 l8 Processo 00164 2014 004 10 00 1 R0 Ementa JUSTI A DO TRABALHO COMPET NCIA CONCURSO P BLICO PR CONTRATO Consoante artigo 114 da Constitui o Federal a compet ncia da Justi a do Trabalho engloba as a es oriundas da rela o de trabalho inciso bem como outras controv rsias decor rentes da rela o de trabalho inciso IX De mesma forma o artigo 652 alinea a inciso IV da CLT j previa a compet ncia desta Justi a Especializada para conciliar e julgar os demais diss dios conce
334. ejorativos do ambiente faria ou n o jus aposentadoria especial Para parte da doutrina a mera exposi o ao risco seria um fator de concess o pois independe do atingimento da capaci dade laboral Ou seja seria absolutamen te prescind vel a demonstra o do concreto prejuizo f sico sendo suficiente a comprova o da potencialidade de sua ocorr ncia O risco Assim tem se manifestado a doutrina conforme se segue o direito ao benef cio dispensa por parte do interessado a prova de ter havido tal prejuizo f sico bastan do consoante filosofia da lei a mera possibilidade de sua ocorr ncia isto a probabilidade de risco Os Tribunais Regionais Federais j proferi ram in meras decis es neste sentido enten dendo que os EPIs t m bastado apenas para reduzir os efeitos pejorativos do labor em ambiente nocivo de modo que o seu uso n o descaracteriza pura e simplesmente a natureza especial da atividade 4 Desde a edi o do Decreto n 2 172 97 que aprovou o Regulamento dos Beneficios da Previd ncia Social n o se considera mais como atividades Ho EMENTA PREVIDENCI RIO APO SENTADORIA ESPECIAL ELETRICIT RIO COMPROVA O APRESENTA O DE PPEP DEAD O TECNICO PERICIAL UTILIZA O DE EPI N O DESCARAC TERIZA O DA INSALUBRIDADE JU ROS DE MORA E HONOR RIOS ADVO CAT CIOS CRIT RIOS 1 Pretens o de aposentadoria es pecial mediante o reconhecimento do t
335. el Ministro Aloysio Corr a da Veiga DJU 06 06 2008 8 In A Reforma do Judici rio e os Novos Marcos da Compet ncia Material da Justi a do Trabalho no Brasil ln COUTINHO Grijalbo Fernandes e FAVA Marcos Neves Nova Compet ncia da Justi a do Trabalho LTr 2005 p 153 9 In Interpreta o e Aplica o da Constitui o 6 ed Saraiva 2004 p 70 71 e REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL uma das patologias cr nicas da her men utica constitucional brasileira que a interpreta o retrospectiva pela qual se procura interpretar o texto novo de maneira a que ele n o inove nada mas ao rev s fique t o pareci do quanto poss vel com o antigo Com arg cia e esp rito Jos Carlos Barbosa Moreira estigmatiza a equivocidade desta postura P e se nfase nas semelhan as corre se um v u sobre as diferen as e conclui se que luz daquelas e a des peito destas a disciplina da mat ria afinal de contas mudou pouco se que na verdade mudou um tipo de interpreta o em que o olhar do in terprete dirige se antes ao passado que ao presente e a imagem que lhe capta menos a representa o da realidade que uma sombra fantasmag rica Outra quest o j com nfase na interpre ta o do art 114 IX CR que o Poder Cons tituinte Derivado criou e reservou Justi a do Trabalho a compet ncia material residual por deriva o legislativa infraconstitucional E de igua
336. ela Neves Direito Funda mental ao Trabalho Digno S o Paulo LTr 2000 DELGADO Maur cio Godinho Curso de Di reito do Trabalho 8 ed 2009 S o Paulo LTr 2009 LEDUR Jos Felipe Direitos Fundamen tais Sociais efetiva o no mbito da demo cracia participativa Porto Alegre Livraria do Advogado 2009 MENEZES Cl udio Armando Couce et al Direitos Humanos e Fundamentais or prin c pios da progressividade da irreversibili dade e da n o regressividade social em um contexto de crise Revista do Tribunal Regio nal do Trabalho da 8 Regi o v 42 n 83 jul dez 2009 PAROSKI Mauro Vasni Direitos Funda mentais e acesso Justi a na Constitui o S o Paulo LTr 2008 RIBEIRO L lia Guimar es Carvalho A mo nitora o audiovisual e eletr nica no am biente de trabalho e seu valor probante S o Paulo Ltr 2008 SALGADO Joaquim Carlos Princ pios her men uticos dos direitos fundamentais Re vista do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais Belo Horizonte v 20 n 3 jul set 19060 SARLET Ingo Wolfgang Dignidade da pes soa humana e direitos fundamentais na Constitui o Federal de 1988 3 ed Porto Alegre Livraria do Advogado 2004 SARLET Ingo Wolfgang Dignidade da pes soa humana e direitos fundamentais na Constitui o Federal de 1988 2 ed revista e ampliada Porto Alegre Livraria do Advoga do 2002 SILVA Jos Afonso da http www tem sp gov br legis
337. em comiss o tem como suporte a sua cria o por meio de lei que o declarar de livre designa o e dispen sa al m dos par metros delineados pelo art 37 7 inciso V da CF com a reda o dada pela EC n 19 1998 Inobservados tais limites in cide a compreens o da S mula 363 do TST e de toda sorte a vista na natureza prec ria do emprego n o h falar no direito ao rece bimento de aviso pr vio e da indeniza o prevista no art 18 S 12 das Lei 8 030 1990 RO 00897 2011 018 10 00 6 Ac 2 Turma Rel Des Jo o Am lcar DEJT 9 3 2012 O Tribunal Superior do Trabalho tamb m se manifesta nessa dire o entendendo que os empregos em comiss o somente podem ser criados por lei conforme o seguinte ares to RECURSO DE REVISTA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA CONTRATA O DE PES SOAL EMPREGO EM COMISS O CRIA O AUTORIZADA POR LEI NECESSIDADE A em presa reclamada uma sociedade de econo mia mista cuja cria o ao teor do art 37 XIX da Constitui o Federal com a reda o dada pela EC 19 1998 depende de autoriza o em lei especifica Por ser uma sociedade de economia mista est sujeita ao regime ju r dico pr prio da iniciativa privada inclusive quanto aos direitos e obriga es trabalhistas art 173 12 Il da Constitui o Federal en contrando se seus empregados sob o regime da CLT que n o prev de forma espec fica e clara entre as modalidades do contrato art 4
338. embargos de declara o OJ 62 PREQUESTIONAMENTO PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE EM APELO DE NATUREZA EXTRAORDIN RIA NECESSIDADE AINDA QUE SE TRATE DE INCOMPET NCIA ABSOLUTA republicada em decorr ncia de erro material DEJT divulgado em 23 24 e 25 11 2010 necess rio o prequestionamento como pressuposto de admissibilidade em recurso de natureza extraordin ria ainda que se trate de incom pet ncia absoluta REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL na qual prop s a altera o do recurso extra ordin rio para uma a o rescis ria extraor din ria e o recurso especial para uma a o rescis ria especial a fim de permitir o tr nsito em julgado das decis es antes da revis o per mitida pelos arts 102 e 105 da Constitui o Federal O chamado abuso de recursos ou o mau vezo do exerc cio do devido processo legal propicia a aplica o de medidas co ercitivas tais como a aplica o das multas previstas arts 14 V 17 VII 18 S2 e 538 nico do CPC Tais medidas possuem car ter n o s punitivo mas especialmente pedag gico refletindo assim uma postura almejada e requerida do Poder Judici rio pois tratam se de meios legitimos de efetiva o dos di reitos do cidad o A distor o do exerc cio do direito ao acesso a justi a traz preju zos inarred veis sua pr pria efetividade na me dida em que dificulta sobremaneira a solu o dos conflitos de interesses daqueles que dele fa
339. empo de servi o de natureza es pecial compreendido no per odo de 27 06 1980 a 27 07 2012 cujo pleito foi deferido pelo MM Juiz sentenciante Omissis 6 O uso de EPI n o descaracteriza a atividade como insalubre A prevale cer o entendimento do Instituto Nacio nal do Seguro Social em verdade que dariam os trabalhadores na contram o da pol tica nacional de seguran a do trabalho estimulados a n o usarem o EPI haja vista que o seu uso aflastaria o direito aposentadoria especial ou a contagem do tempo de servi o em condi es especiais Omissis grifos nossos O Enunciado 21 do Conselho de Recur sos da Previd ncia Social CRPS reza que o mero fornecimento do EPI n o capaz de considerar como n o exposto o trabalhador a agentes nocivos pois deve se analisar todo o ambiente de trabalho In verbis O simples fornecimento de equi pamento de prote o individual de trabalho pelo empregador n o exclui a hip tese de exposi o do trabalhador aos agentes nocivos sa de devendo ser consi derado todo o ambiente de trabalho grifos nossos O Tribunal Superior do Trabalho por seu turno tamb m segue esse pensamento evidenciado na S mula 289 INSALUBRIDADE ADICIONAL FORNECIMENTO DO APARELHO DE PROTE O EFEITO mantida Res T21 2003 DI 19 medos O simples fornecimento do apa relho de prote o pelo empregador n o o exime do pagamento do adi cional de insalubridade Cabe lhe tomar
340. en te apontados e para que o juiz possa analisar se existe ou n o o dano apontado Interessa tamb m parte autora a narrativa adequada do fato danoso haja vista que o nus de com provar os fatos constitutivos do direito postula do arts 818 da CLT e 333 do CPC O dano existencial est diretamente ligado a impossibilidade de o trabalhador usufruir o conv vio social e familiar ou de algum projeto 343 de vida especifico em raz o do ato il cito do empregador Com bem entendido pela de cis o recorrida a exist ncia de horas extras por si s n o constitui autoriza o para defe rimento de dano existencial quando n o foi apontado nenhum fato concreto na inicial que o possa indicar Na inicial o reclamante registrou que foi v tima de dano existencial explicitando que o il cito deve ser indicado de forma objetiva e concreta com o apontamento dos efetivos prejuizos Embora sabedor dos requisitos con figuradores do instituto o recorrente se limita a noticiar que durante o contrato de trabalho sofreu altera es em suas rela es pessoais e familiares em raz o de cumprir jornada al m da legalmente autorizada ou seja se manifes tou de forma gen rica sem apontar nenhum fato concreto que pudesse embasar o seu pe dido O labor extraordin rio prestado pelo em pregado j foi objeto de repara o pecuni ria e a indeniza o por dano existencial n o pode ser deferida pura e simplesmente em de
341. enas durante os depoi mentos ou no curso da instru o que se percebe que se est diante de uma prova diab lica que h ind cios da verossimilhan a da alega o de uma das partes ou que uma delas tem maior aptid o em apresentar uma prova em juizo Mesmo a conveniente oportunizar a produ o da prova documen tal ou oral a partir de ent o a quem estiver mais apto a faz la ainda que n o se men cione a invers o do onus probandi o art 0 do CDC ou express es como sob pena de confiss o CONCLUS O O Juiz o destinat rio da prova que serve para demonstrar a certeza de um fato ou a veracidade de uma afirma o N o havendo prova a solu o do fato controvertido de correr da aplica o das regras pertinentes ao nus da prova O Processo Civil e o do Trabalho por m n o est o presos s regras gerais e est ticas do nus da prova inseridas nos arts 333 do CPC e 818 da CLT A moder na doutrina processual desenvolveu a teoria din mica da distribui o do nus da prova que tem amparo constitucional nos princi pios do processo e na lei e que considera a efetiva capacidade probat ria das partes especialmente nos casos de prova diab lica Como adverte Eduardo Cambi 2009 pp 364 366 O juiz n o pode ser mero ex pectador do drama processual mas deve assegurar concreta 120 mente os direitos dos cidad os os quais n o podem ficar entregues sua pr pria sorte e ri
342. entais s o reconhecidos universalmente a partir da po sitiva o nas Constitui es Esses direitos no curso da hist ria passaram por tr s momen tos No primeiro denominado de conscienti za o na passagem da Idade M dia para a DO Idade Moderna formou se a consci ncia de que o ser humano sujeito de direitos univer sais posteriormente positivados na Declara o dos Direitos do Homem em 1 89 O segundo momento o da positiva o in sere esses direitos especialmente os sociais nas Cartas Constitucionais com destaque pioneiro para as Cartas Pol ticas do M xico 1917 e da alem de Weimar 1919 Opor tuno destacar ainda que a positiva o dos Direitos de primeira e segunda dimens o deu origem ao Constitucionalismo Social O terceiro momento o da efetiva o inerente ao modelo atual de Estado Consti tucional e exige a implementa o a concre tiza o a realiza o em sociedade desses direitos fundamentais sociais L cida a an lise de Mauro Vasni Paroski ao afirmar que a doutrina do Estado Libe ral embora representasse um avan o em rela o ao Estado absolutista levou a uma experi ncia insatisfat ria aumentando as di feren as sociais entre os indiv duos e os gru pos sociais notadamente no campo das rela es entre patr es e oper rios Liberdade e igualdade apenas formal n o garantiram o progresso econ mico social e individual 2 SALGADO Joaquim Carlos P
343. ente acerca de suas peculiaridades costume aplicar de forma majorit trabalho em face das estat sticas sobre a fal ta de preven o e porque muito mais f cil para o empregador provar que cumpriu suas obriga es contratuais do que o empregado demonstrar o descumprimento das mesmas Elaine Vasconcelos 2005 p 104 conside ra que pela interpreta ria e complementar o art 333 do CPC no cotidiano das lides trabalhistas Nesse contexto a facilita o pro bat ria do art 6 VIII do CDC guarda conson ncia com os princ pios do Pro O art 818 da CLT apenas traz uma regra geral sobre o nus da o judicial o encargo de comprovar a aus n cia de conduta discrimi nat ria dos acusados quando houver ele mentos de presun o acerca da veracidade cesso do Trabalho e t m prova sendo silente dos fatos narrados na lugar nas situa es de de sigualdade de armas entre as partes e a dificuldade real de uma delas em de monstrar o fato tamb m presentes nessas deman das A teor do art 709 da CLT poss vel a aplica o anal gica desse dispositivo do CDC como defende boa parte da doutrina ex TEIXEIRA FILHO 2009 pp 974 978 Guilherme Feliciano 2008 p 111 afirma que a teoria din mica prevalece no proces so do trabalho devendo ser considerados aspectos como a verossimilhan a das alega es as constela es de ind cios as fun es do processo instrume
344. er sua participa o ativa e co respons vel nos destinos da pr pria exist ncia e da vida em comu nh o com os demais seres humanos A efetiva o da dignidade e sua concreti za o no mundo do trabalho h que se ma terializar nas condi es de labor no dia a dia da rela o entre os trabalhadores e seus su periores hier rquicos Quanto ao direito inviolabilidade da in timidade esp cie do g nero direitos da personalidade cuja g nese reside no consa grado princ pio da dignidade da pessoa hu mana eleito como fundamento da Rep bli ca Federativa do Brasil a teor do art 1 III da Carta Magna Segundo Alice Monteiro de Barros o direito intimidade h muito vem sendo conceituado como aquele que visa a resguardar as pessoas dos sentidos alheios principalmente da vista e dos ouvidos de ou trem Afirma ainda que a viola o a esse di 13 Apud BRITO FILHO Jos Cl udio de Trabalho como redu o condi o an loga de escravo an lise a partir do trabalho decente e de seu fundamento a dignidade da pessoa humana Trabalho Escravo Contempor neo O desafio de superar a nega o FAVA Marcos Neves e VELLOSO Gabriel Coord S o Paulo LTr 2006 p 135 14 SARLET Ingo Wolfgang Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais na Constitui o Federal de 1988 2 ed revista e ampliada Porto Alegre Livraria do Advogado 2002 p 02 15 BARROS Alice Monteiro de Prote o int
345. eral A decis o alo representativa a ser proferida pelo STF condiciona o julgamento do pedido de uniformiza o Caso a Corte entenda que o reconhecimento de atividade es pecial sem correlata obriga o do em pregador em recolher a contribui o adicional para o SAT ofende o princ pio da preserva o do equilibrio financeiro e atuarial e da necessidade de pr via fonte de custeio o uso de EPI eficaz de ver ser levado em conta para desca racterizar o enquadramento da ativida de especial 3 Periodo de 01 10 2002 a 12 10 2009 O requerente alegou que o ac rd o recorrido n o reco nheceu a aplica o do fator 2 35 para convers o de atividade especial em comum Ocorre que especificamente em rela o a esse per odo de tempo de servi o o ac rd o recorrido n o analisou qual seria o fator de conver s o aplic vel A senten a reconhe ceu atividade especial nesse per odo e condenou o INSS a convert lo em tempo comum mediante a utiliza o do fator de multiplicador 1 40 O autor interp s recurso inominado pedindo a aplica o do fator de convers o 2 33 E o ac rd o ficou omisso nesse ponto 4 Omissis 5 Ac rd o anulado de ofi cio Prejudicado o pedido de uniformi za o de jurisprud ncia Baixados os autos Turma Recursal de origem o processo dever ficar sobrestado at o STF julgar o recurso representativo de controv rsia sobre o uso de EPI eficaz ARE n 664 335 grifos acrescidos 13
346. eresses sociais e in dividuais indispon veis A jurisprud ncia desta Corte tamb m j se pacificou no sentido de que o Minist rio P blico tem legitimidade para o ajuizamento de a o civil p blica inclusive para a defesa de in teresses coletivos em sentido estrito e indi viduais homog neos Precedentes AIRR 190040 35 2004 5 08 0000 Ac 2 Turma Rel Min JOS ROBERTO FREIRE PIMENTA DEJT 15 02 2013 A O CIVIL P BLICA DIREITOS INDI VIDUAIS HOMOG NEOS LEGITIMIDADE ATIVA DO MPT No mbito trabalhista sem pre que os trabalhadores de determinada empresa forem lesionados de forma cole tivizada os direitos que da surgirem em bora divis veis ter o uma origem comum raz o pela qual ser o enquadrados na ca tegoria de individuais homog neos po dendo ser tutelados de forma individual ou coletiva In casu como se trata de preten s o envolvendo suposta les o perpetrada pela R CREDICENTER contra seus estagi rios e empregados mostra se incontest vel a origem comum dos direitos trabalhis tas tidos como violados o que nos leva 314 sua classifica o como direitos individuais homog neos conforme disp e o art 81 III do CDC Este colendo TST possui firme jurisprud ncia no sentido da legitimidade do MPT para a tutela de direitos individu ais homog neos por meio de a o civil p blica entendendo ser irrelevante para essa classifica o o fato de o direito poder ser quantificad
347. ericiais constatando a exist ncia de insalubridade referente a ru do para as fun es de motoristas e cobradores demonstrando assim mais uma vez o preju izo dos ve culos com motores dianteiros As per cias confirmam a insalubridade verificada pelos n veis de ru dos superiores aos permiti dos Conforme bem preconizou o MPT em r plica h comprova o suficiente do adoeci mento em massa dos empregados rodovi rios da empresa r seja pelas audiometrias seja pelos dados do INSS De outro lado a r n o comprova que to mou medidas para minimizar ou diminuir os riscos ocupacionais ao longo do per odo de monstrado nos exames o que confirma que a r insiste pela exist ncia de ve culos com motores dianteiros ao argumento de fr gil de que n o existe norma proibindo quando na verdade as NR s do MTE coibem tudo aqui lo que gera prejuizo a sa de o trabalhador inclusive o ru do demonstrado pelas per cias acima do limite de toler ncia O MPT alega em r plica que o n mero de rodovi rios no Distrito Federal que gozaram de benef cios previdenci rios foi de 4 946 261 5 27 da Lotaxi bem como que a quantidade de dias de afastamento previden ci rios aus ncias de trabalho por motivo de afastamento m dico previdenci rio foi de 2 517 410 ou seja 7 07 da Lotaxi e os gastos pela previd ncia social foi de 5 99 Conforme bem preconizou o MPT em r plica s o 268 trabalhadores motoristas e co brad
348. ernan da Sousa Notas sobre o percurso te rico da psicodin mica do trabalho In FREITAS L da Gon alves de Orgs Prazer e sofrimento no trabalho pesquisas brasileiras Curitiba Juru 2013 MERLO lvaro Roberto Crespo O trabalho que adoece mentalmente 0 Congresso lIn ternacional sobre Sa de Mental no Trabalho Goi nia Forum de Sa de e Seguran a no Tra balho do Estado de Goi s 21 23 out 2014 MOLINIER Pascale O trabalho e a psique uma introdu o psicodin mica do traba lho Bras lia Paralelo 15 2013 MONTEIRO Antonio Lopes BERTAONI Ro berto Fleury de Souza Acidentes do trabalho e doen as ocupacionais 6 ed S o Paulo Saraiva 2010 OLIVEIRA Sebasti o Geraldo de A prote o jur dica sa de do trabalhador 6 ed 38 ORGANIZA O INTERNACIONAL DO TRABALHO Psychosocial factors at work recognition and control Report of the Joint ILO WHO Committee on Occupa tional Health Occupational Safety and Health Series Genebra 1980 n 50 v 5 Dispon vel em lt http www who int occupational health publications ILO WHO 1984 report of the joint commit tee pdf gt Acesso em 14 out 2014 ORGANIZA O MUNDIAL DE SAUDE OMS Constitui o da Organiza o Mun dial de Sa de Nova lorque 1946 Disponi velem lt http www direitoshumanos usp br index php 0OMS OrganizahC3 HA C3 A30 Mundial da SaWC3 BAde consti tuicao da organizacao mundial da saude omswho
349. es desenvolvem estrat gias de defesa diante do sofrimento DEJOURS 2012 isto um con junto de condutas de conviv ncia com o so frer As defesas constituem a forma e o desti no dado ao sofrimento DEJOURS 2011a As estrat gias defensivas geralmente s o incons cientes individuais ou compartilhadas em grupo de trabalhadores coletivas H v rias estrat gias de defesa As mais comuns s o a nega o em que n o se admite o pr prio sofrimento e a racionaliza o do sofrimento em que h uma suaviza o da ang stia do medo e da inseguran a presentes no contex to de trabalho Co As estrat gias de mobiliza o favore cem a sa de ao permitirem a ressignifi ca o do sofrimento por meio da trans forma o das situa es de trabalho Ela subjetiva quando o sujeito pode se re criar inventar se vivenciar o sofrimento criativo e o prazer no trabalho coletiva quando se opera em especial a partir da cria o de espa o p blico de discuss o e da coopera o com o fim de eliminar o custo humano negativo do trabalho de ressignificar o sofrimento e de transformar em fonte de prazer e de bem estar a orga niza o as condi es e as rela es s cio profissionais FERREIRA e MENDES 2003 A inefic cia da estrat gia defensiva e da mobiliza o e a potencializa o do sofrimento pode levar o trabalhador de press o desestabiliza o e a uma crise de identidade pois ele passa a ques
350. es Carvalho A monitora o audiovisual e eletr nica no ambiente de trabalho e seu valor probante S o Paulo Ltr 2008 p 32 17 DELGADO Maur cio Godinho Curso de Direito do Trabalho 8 ed 2009 S o Paulo LTr 2009 p 590 REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL com respeito dire o regulamenta o fiscaliza o e disciplinamento da economia interna empresa e correspondente presta o de servi os O caput do art 22 da CLT contempla o referido poder sob uma de suas modalida des qual seja o poder diretivo do emprega dor prerrogativa que se manifesta median te o controle a vigil ncia e a fiscaliza o dos empregados N o se duvida por m como se observou acima que esse poder encontra limites inclu sive previstos em mbito constitucional Com efeito o Texto Fundamental art 5 caput incisos ll LIII LIV e X protege a privacidade a honra e a imagem impedindo condutas que violem a dignidade da pessoa humana Greg rio Peces Barba Martinez leciona O empres rio em virtude do poder de vigil ncia e controle de que goza pode por si mesmo levar a cabo sua atividade controladora ou contar com pessoas que em seu nome realizem estas fun es Este controle por meio de trabalhadores colaboradores do poder diretivo e de controle empresa rial n o pode ser de tipo policial sobre a conduta dos trabalhadores A vigi l ncia e controle dever cingir se a comprovar o diligen
351. es e ilegal afirma ministro do supremo html gt Acesso em 10 dez 2012 REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL certo que os eventuais abusos ocorridos durante as temporadas paredistas ganham for a quando um direito n o devidamen te regulado em especial quando se trata de garantias trabalhistas Com os militares n o poderia ser diferente Importante salientar nesse contexto o que leciona LIMA 2012 p 89 A realidade dos ltimos anos deparando se com o achatamen to dos soldos e a tacanha pol tica salarial dos governos aliados a outros problemas relacionados ao deficiente aparelhamento da Po licia jornada estafante e falta de condi es para desempenhar o arriscado servi o dentre outros tem se modificado A proibi o constitucional enfrentada nos quart is Os policiais atropelam a Constitui o passam por cima das leis pisoteiam as ordens judiciais e v o s ruas de arma em punho gritando palavras de ordem e can tando o hino de Geraldo Vandr musica s mbolo do grito contra a ditadura No Cear houve no in cio de 2012 o que muitos chegaram a chamar de greve exemplar dos policiais militares e bombeiros Chegou se a decretar estado de emerg n cia devido ades o maci a dos ligados s corpora es A pr pria popula o diante do caos instalado nas cidades pressionou as au toridades competentes a negociarem com os grevistas Essa quest o bem trabalhada nas pal
352. escento por opor tuno que em se tratando de dano moral desnecess ria a prova da exist ncia de pre ju zo ou sofrimento concretos bastando ape nas a da pr tica de ato capaz de produzir tal efeito segundo o padr o m dio de normali dade como orienta a jurisprud ncia pac fica do STJ v g REsp 52842 94 RJ Ac 3 Tur ma Rel Min CARLOS ALBERTO MENEZES DI REITO DJ de 27 10 97 REsp 53 29 94 MA Ac 4 Turma Rel Min S LVIO DE FIGUEIRE DO DJ de 23 10 95 Tal compreens o ga nha especial relev ncia na hip tese de dano moral coletivo quando toda a sociedade alcan ada e prejudicada pela conduta ilegal do infrator A moral coletiva aut noma e independente estando desatrelada daquela inerente a cada um dos indiv duos Rememoro que as a es coletivas de mandam um olhar diferenciado dos opera Sel dores de direito e dos cidad os em cotejo com as a es individuais Aqui n o se cogita de indenizar os trabalhadores por danos a seu patrim nio imaterial o interesse em lide ultrapassa a esfera meramente individual das pessoas diretamente lesadas A ofensa est situada na esfera dos deno minados interesses transindividuais raz o pela qual o objetivo impor san o isto onerar pecuniariamente o infrator de modo tal a dissuadi lo de praticar tais irregularida des que ofendem toda a sociedade Busca se assim desestimular novas les es e com pensar os efeitos negativos decorrentes do
353. esigna o ou sem ntico da norma Em ambas as hip teses o procedi mento pressup e o exercicio de ju zo de adequabilidade pr vio para aferir a natu reza da quest o Seguir se a determina o dos elementos f ticos relevantes e a descri o normativa deste contexto quan do a norma for aplicada como regra Por outro lado e segundo aquele ju zo ante cedente a quest o poder impor a descri o completa do discurso de aplica o e das normas inerentes da ressaindo aquela adequada esp cie a colis o pois n o superada na esfera abstrata de acordo com determinado modelo pr vio de fun damenta o 317 Cotejando ambas as proposi es aflo ram as suas distin es b sicas H a pro nunciada tentativa de sistematiza o por parte da primeira para o tratamento dos direitos fundamentais em colis o ao passo que a segunda delas de forma mais aber ta apresenta a argumenta o jur dica da coer ncia como meio de compatibilizar o n cleo dos princ pios com o m todo capaz de abrir espa o para a sua concretiza o Aqui ouso acompanhar a compreens o de que os direitos fundamentais consti tuem fruto das diferen as e n o das iden tidades A observa o hist rica das pr ticas sociais estampa cen rio prenhe de conflituosidade como esclarece Michel Foucault a hist ria da humanidade uma hist ria de guerras Logo o consenso b si co a amparar o reconhecimento dos prin c
354. essupostos IV A pondera o recorrente do princi pio do duplo grau de jurisdi o Depois de tudo o que foi referido em torno da import ncia normativa e pragm tica do princ pio do duplo grau de jurisdi o com nfase na influ ncia por ele exercida sobre o desenho institucional do Poder Judici rio brasileiro devemos destacar nesta etapa fi nal do nosso ensaio como ele vem sendo modulado na pr tica A ideia agora ilustrar o que dele vem sendo feito e portanto tor nar mais palp vel a sua dimens o emp rica 104 Mas antes que fa amos isso volta a ser re levante sublinhar a sua maleabilidade norma tiva N o que esta caracter stica traduza algo de muito novo na jurisprud ncia ou na teo ria especialmente em virtude daquilo que h muito nos ensinou o jusfil sofo alem o Robert Alexy Nos dias de hoje a necess ria imbrica o entre a estrutura normativa dos princ pios e possibilidade de sua pondera o relativiza o flexibiliza o no caso em particular s o tidos como lugar comum Entretanto a par desta sua peculiar natu reza d plice estrutural e metodol gica para a resolu o dos problemas concretos sub metidos ao julgador os princ pios tamb m podem ser ponderados em abstrato pelo le gislador E isso vem sendo feito com certa regularidade pelo legislador brasileiro como se ver a seguir Com efeito ao lan armos m o do direito processual comum encontramos com faci
355. est o inseridos nos Cap tulos Direitos e De veres Individuais artigos 59 II Direitos Sociais artigos 6 a 11 III Direitos da Nacionalidade artigos 12 e 13 IV Direitos Pol ticos artigos 14 10 e V Partidos Pol ticos artigo 117 To davia a velha distin o entre direitos humanos como sendo aqueles previstos em normas e tratados internacionais e direitos fundamentais apenas os que se encontram positivados na Constitui o de um determinado pa s j se en contra ultrapassada Cl udio Armando Couce de Menezes e et all sustentam que tamb m ser o direitos fundamentais os que mesmo n o previstos na Constitui o est o ligados aos prin cipios dela os chamados princ pios material mente fundamentais No caso da Constitui o brasileira inferem se das disposi es insertas nos SS 2 e 3 do artigo 5 que tamb m s o direitos fundamentais os princ pios por ela ado tados e os tratados internacionais Os direitos fundamentais sociais nos quais est o inclu dos os direitos dos trabalhadores possuem premissas b sicas e estruturais in sertas na pr pria Carta Magna Assim n o basta apenas proclam los em uma ret rica est ril e sem concretude mas efetivamente aplic los levando se em conta a an lise sist mica dos comandos constitucionais que tra duzem a real dimens o dos Direitos Sociais na sociedade p s moderna A desej vel e rdua tarefa dos operadores do d
356. etc Cahali Yussef Said Dano Moral 2 ed S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 1998 Para a configura o do dano moral faz se necess rio a conjuga o de tr s elementos o dano o nexo causal e a conduta O dano consiste na diminui o ou subtra o de um bem jur dico seja o patrim nio a moral a honra a sa de de um indiv duo como consequ ncia da conduta culposa de outrem Sobre o tema Alcino Salazar assim disp e dano em sentido amplo toda e qual quer subtra o em diminui o imposta ao complexo de nossos bens das utilidades que formam ou propiciam o nosso bem estar tudo o que em suma nos suprime uma utili dade um motivo de prazer ou nos imp e um sofrimento dano tomada a palavra em sua significa o gen rica Na esfera do Direito por m o dano tem uma compreens o mais reduzida a ofensa ou les o dos bens ou in teresses suscet veis de prote o jur dica SA LAZAR Alcino de Paula Repara o do Dano Moral Rio de Janeiro p 125 Quanto ao dano moral a doutrina traz ainda o seguinte conceito no o e conceito de dano moral inclu sive laboral muito mais amplo pois cobre todo o espectro da personalidade humana alcan ando todos os atos il citos que cau sem desnecess ria e ilicitamente desassos sego desconforto medo constrangimento ang stia apreens o perda da paz interior sentimento de persegui o ou discrimina o de
357. evadas Justi a do Trabalho inquestio navelmente competente para nelas atuar luz do art 114 da Constitui o Federal Para que n o se pense contudo que o art 1 a da CLT seja letra morta vale frisar que a CLT continua inaplic vel aos dom sticos em rela o aqueles direitos que n o se comuni quem com o regime especial dos trabalhado res residenciais Assim n o se pode cogitar por exemplo de adicional de insalubridade ou periculosidade porque tais vantagens tra balhistas n o est o compreendidas por ora no espectro de direitos trabalhistas dom sti cos Em tais pontos continua h gida a norma excludente trabalhista Assim a ret rica excludente da CLT n o respeit vel ao menos em sua amplitude ori ginal no contexto atual de um novo regime de tutela do trabalho dom stico EMENTA 1 Introdu o 2 Os Direitos Fun damentais e o Estado Constitucional 3 Digni dade e Intimidade resist ncia ideol gica 4 A jurisprud ncia dos Tribunais e o tratamento ison mico da dignidade do consumidor e do trabalhador 5 Conclus o 6 Bibliografia 1 Introdu o A discuss o objeto deste ensaio cinge se a licitude ou n o da conduta empresarial em proceder revista por interm dio de fis Desembargador Brasilino Santos Ramos TRI 10 Regi o cais seus empregados ou terceirizados em bolsas sacolas e mochilas de empregadas e empregados O mesmo objetivo se alcan a quando se s
358. evidente diante de todo o desgaste social com a classe das For as Armadas e Auxiliares 3 2 A Proposta de Emenda Constitui o PEC n 186 2012 Ap s vinte e quatro anos da promulga o da Constitui o Federal de 19868 finalmente o Con gresso Nacional se manifestou no sentido de mo dificar o texto constitucional no que diz respeito a veda o do direito de greve e de associa o sindical aos militares O Deputado Pastor Eurico encabe ou a Pro posta de Emenda Constitui o PEC a fim de modificar a reda o do art 142 32 IV na se guinte forma As Mesas da C mara dos Deputados e do Senado Federal nos termos do 5 do art 60 da Constitui o Federal promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional Art 1 O inciso IV do par grafo 3 do art 142 da Constitui o Federal passa a vigorar com a seguinte reda o IV ao militar nos termos e limites definidos em lei s o garantidos o direito a livre associa o sindical e o direito de greve e de outras formas de manifesta o coletiva NR 7 Nesse trilhar preceitua MENDES M RTIRES BLANCO 2009 p 91 92 Apesar disso cumpre insistir na advert ncia de Hans Georg Gadamer a nos dizer que o int rprete para compreender o significado de um texto embora deva olhar para o passado e atentar para a tradi o n o pode ignorar se a si mesmo nem desprezar a concreta situa o hermen utica em que ele se encontra o aqui e o ag
359. expans o dos conjuntos verti 00 cais e horizontais de edif cios urbanos delibe rou se desclassificar como dom stico o traba Iho realizado nos condom nios residenciais n o voltado individualmente aos moradores respectivos Tais empregados nos termos da defini o legal dos dois decretos leis ent o vigentes n s 3 078 41 e 5 452 43 eram do m sticos ainda que trabalhando simultanea mente para v rias fam lias mas por for a de tal lei passaram condi o de empregados urbanos destinat rios de toda prote o conferida pela CLT e legisla o complementar Em 1902 foi ins titu do o 13 sal rio a poca conhecido como gratifica o natalina para to dos os trabalhado res Como o novo direito foi imple mentado pela Lei n 4 090 602 ou seja fora da CLI e n o fez distin o entre as categorias de empregados a regra de exclus o legal dos dom sticos j comentada n o afe tou a extens o do beneficio a essa categoria profissional At 1 972 o contrato de trabalho dom sti co era regido como j visto pelo Decreto lei n 3 0 8 41 e subsidiariamente pelas dispo 5 Comungando da mesma opini o de subsist ncia do Decreto lei n 3 078 41 mesmo na vig ncia da CLT e afirmando que o contrato dos dom sticos j era contrato de trabalho e n o mais de loca o de servi os MIRANDA Pontes de Tratado de Direito Privado Parte Especial Tomo o si es pertinentes loc
360. federal art 102 da CRFB 88 Isso sem esquecer da previs o de outros recursos de diversas naturezas inclusive de ordem regimental h beis a corrigir os erros da inst ncia a quo bem como da rotineira formaliza o de S mulas como meio de conter o impulso criativo e supostamente equivocado dos ju zes singulares A bem de ver o Poder Legislativo seguiu este mesmo ide rio ao trazer a previs o da S mula vinculante atrav s da inser o do art 103 A na Constitui o Com a EC n 45 2004 permitiu se ao STF 8 Os contemplativos s o cem vezes piores n o sei de nada que suscite tanto des nimo como este g nero de poltrona objetiva NIET ZCHE Friedrich A genealogia da moral 2 ed S o Paulo Editora Escala 2007 p 149 9 Conforme o garantisto jur dico de Luigi Ferrajoli o sistema jur dico reveste se em uma forma de direito que se preocupa com aspectos formais e substanciais que devem existir para que o direito seja v lido Essa jun o de aspectos formais e substanciais teria a fun o de resgatar a possibilidade de se garantir efetivamente aos sujeitos de direito todos os direitos fundamentais existentes como se tal categoria de direitos fosse um dado ontol gico para que se pudesse aferir a exist ncia ou n o de um direito a validade ou n o de uma norma FERRAJOLI Luigi Derecho y Raz n Teor a del Garantismo Penal Madrid Trotta 1998 p 851 10 MAGANO Octavio Bueno
361. foi decidida a mat ria n o h margem para se concluir pela viola o dos dispositivos citados uma vez que se trata de obriga o origin ria da rela o de emprego entre o Reclamante e a CEF Recurso de Embargos n o conhecido SBDI 1 E RR 5 132 2002 921 21 00 8 Rel Ministro Carlos Alberto Reis de Paula DJU 10 06 2005 COMPET NCIA DA JUSTI A DO TRABALHO SEGURO PAGAMENTO DE INDENIZA O SUBSTITUTIVA OBRIGA O DECORRENTE DA RELA O DE EMPREGO A compet ncia da Justi a do Trabalho tem como fator determinante no caso a circunst ncia de que o reclamante somente benefici rio do plano de seguro em raz o da condi o de empregado da empresa Recurso de Embargos de que n o se conhece SBDI 1 E RR 864 2003 102 03 00 7 Rel Ministro Jo o Batista Brito Pereira DJU 21 09 2007 AGRAVO DE INSTRUMENTO BENEF CIO DECORRENTE DA RELA O DE EMPREGO SEGURO DE VIDA CONTRATADO PELA EMPREGADORA COMPET NCIA DA JUSTI A DO TRABALHO Compete Justi a do Trabalho julgar pedidos relativos a direitos e vantagens previstos na legisla o trabalhista O fato de o seguro de vida constituir se em obriga o assumida pela empregadora e que aderiu ao contrato do trabalho do autor n o desloca a compet ncia para a Justi a Comum pois diretamente ligado ao contrato de trabalho artigo 114 da Constitui o Federal de 1988 Agra vo de instrumento a que se nega provimento 62 T AIRR 76740 08 2006 5 03 0025 R
362. gais de admis sibilidade exarei voto no sentido de conhecer integralmente dos recursos interpostos pela pri meira reclamada LOTAXI pelo DISTRITO FEDE RAL e pelo MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO Todavia no que tange ao recurso ordin rio interposto pelo Distrito Federal restei venci da tendo prevalecido o voto de diverg ncia do Exmo Juiz Revisor exarado no sentido de conhec lo apenas parcialmente in verbis Pe o v nia a eminente Desembargadora Relatora para apresentar uma diverg ncia parcial na an lise da admissibilidade do re curso do Distrito Federal O autor incluiu o Distrito Federal no polo passivo da lide para que na qualidade de poder concedente responda solidariamen te pelo cumprimento das obriga es de fazer pretendidas em face da empresa r bem como seja condenado ao pagamento de uma indeniza o por danos morais co letivos no valor de R 10 000 000 00 dez mi lh es de reais aditamento de fls 364 373 N o houve vale dizer pedido de conde na o solid ria do Distrito Federal quanto indeniza o por danos morais coletivos A senten a de primeiro grau complemen tada pela decis o de embargos declarat rios esclareceu expressamente que jamais cogitou de responsabilidade solid ria do Distrito Fe deral fixando duas indeniza es distintas no valor de R 500 000 00 para cada um dos de mandados ou seja R 500 000 00 para a em presa e R 500 000 00 para o Distrito Federal c
363. geira em tr nsito pelo Brasil devem sujeitar se legisla o brasileira Ou deve ha ver distin o de tratamento entre motoristas profissionais que se ativam por uma empresa brasileira por uma empresa sediada em um pa s membro do MERCOSUL ou por uma em presa sediada em outro pa s n o membro Al m da necessidade de evitar que haja concorr ncia desleal pela disparidade dos custos que ser o suportados por quem cum pre a legisla o n o se pode desconsiderar que o controle de jornada e do efetivo gozo dos per odos de descanso na verdade consti tuem normas de ordem p blica destinadas a proteger n o s o trabalhador mas tamb m terceiros que ao seu lado trafegam em ruas avenidas e estradas de sorte que a respon sabilidade pelo cumprimento do marco legal cional aut nomo e ao estrangeiro que traba lha em nosso territ rio E tanto isso verdade que tanto a Lei 12 019 2012 quanto a Lei 13 103 2015 vie ram alterar n o s a CLT mas tamb m o CNT C digo Nacional de Tr nsito assim exigindo a observ ncia de tais par metros por todo motorista profissional independentemente da natureza jur dica do v nculo contratual Registre se o constante do Protocolo de Coopera o e Assist ncia Jurisdicional em Mat ria Civil Comercial Trabalhista e Admi nistrativa MERCOSUL CMC DEC n 05 92 ao estabelecer em seu artigo 3 que Os cidad os nacionais e residentes permanentes de um dos Estados Partes
364. gime Geral da Previd ncia Social dar se a partir de 16 anos ou seja tais normas n o tiveram suas reda es adequadas Emenda Constitucional ne 20 de 15 de dezembro de 1998 Estas inadequa es n o retiram os direitos do menor trabalhador infantil porque compro vada a presta o laboral nos termos dos arts 2 e 3 da CLI configura se o v nculo emprega t cio e o fato gerador do tributo seguridade social nos termos do inc l do art 195 da Consti tui o Federal MEERA l nadar sa E m j l mrana T E ED e pm 7 ques 1 4 1 fill mn ke O Supremo Tribunal Federal j decidiu neste sentido TRABALHADOR RURAL OU RUR CULA MENOR DE QUATORZE ANOS Contagem de tempo de servi o Art 11 VII da Lei 8 213 Possibilidade Precedentes Ale ga o de viola o aos arts 5 XXXVI e 917 da CF 1988 Improcedente Impos sibilidade de declara o de efeitos re troativos para o caso de declara o de nulidade de contratos trabalhistas Tra tamento similar na doutrina do direito comparado M xico Alemanha Fran a e It lia Norma de garantia do trabalha dor que n o se interpreta em seu detri mento Ac rd o do STJ em conformi dade com a jurisprud ncia desta Corte Precedentes citados Al 105 94 AgR Segunda Turma Rel Aldir Passarinho DJ de 2 5 1980 e RE 104 054 Segunda Turma Rel Francisco Rezek DJ de 25 4 1986 AI 529 694 Rel Min Gilmar Men des julgamento em 15 2 2005 Segunda Turma DJ de 11
365. gional do Tra balho da D cima Regi o em sess o rea lizada na data e nos termos da respectiva certid o de julgamento v fl retro apro var o relat rio conhecer do recurso ordi n rio e no m rito negar lhe provimento nos termos do voto do Relator Ementa aprovada Bras lia DF 27 de agosto de 2014 ANTONIO UMBERTO DE SOUZA JUNIOR Juiz Convocado EC Processo Ementa EMPRESA BRASILEIRA DE COR REIOS E TEL GRAFOS ESTABILIDADE AD MISS O DE EMPREGADO P BLICO ANTE RIORMENTE EC N 19 1998 Admitida a empregada em virtude de aprova o em concurso p blico em data anterior EC n 19 1998 a ela aplica se a garantia da estabili dade prevista no artigo 41 da CF 88 em sua reda o original a qual n o fazia men o a express o cargo de provimento efetivo Consequentemente a S mula n 390 do col TST n o se aplica ao caso em julgamento Precedentes do exc Supremo Tribunal Fede ral HONOR RIOS ADVOCAT CIOS HIPOTESE zen et E o HHR DE CABIMENTO I Na Justi a do Trabalho a condena o ao pagamento de honor rios advocat cios nunca superiores a 15 quinze por cento n o decorre pura e simplesmente da sucumb ncia devendo a parte estar as sistida por sindicato da categoria profissional e comprovar a percep o de sal rio inferior ao dobro do sal rio minimo ou encontrar se em situa o econ mica que n o lhe permita demandar sem prejuizo do pr prio sustento ou da respec
366. gora se perfaz seus efeitos j n o t m signific ncia maior medida que a Emenda Constitucional n 2 restou apro vada em tempo recorde nas duas Casas do Congresso Nacional sem maiores debates nos intercursos exigidos pela pr pria Consti tui o para ensejar as reflex es pertinentes j assim vigente desde 03 de abril de 2013 quando publicada Cabe doravante analisarmos os efeitos cotidianos das novas medidas nas rela es dom sticas de trabalho A onera o emergente da Emenda Cons titucional n 72 certo transparece mais de imediato no aspecto das horas extras de vidas e logo mais adiante no implemento ao custeio do fundo de garantia por tempo de servi o decorrendo no pertinente jor nada sobretudo a perplexidade daqueles que dependem de uma jornada di ria mais REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL estendida do trabalhador dom stico para fa zer frente a cuidados sobretudo com crian as Idosos doentes e pessoas portadores de necessidades especiais Com efeito h que se perceber parecendo n o ter sido antes assim percebido que a jurisprud ncia tra balhista h muito tem enquadrado aqueles envolvidos nas atividades de bab s ou cui dadores inclusive ou ainda quando deten tores de conhecimentos de enfermagem b sica t cnica ou superior tamb m como empregados dom sticos j que o concei to transpassa para todos que desempenham co tidianamente trabalho no ambiente do
367. grandecimento do Direito do Trabalho atrav s de um sacerd cio rduo e incans vel seja no magist rio ou na magistratura onde sempre brilharam pelas suas judiciosas li es de direito e que legaram para a posteridade obras jur dicas de grande envergadura que durante anos a fio moldaram a intelig ncia jur dica nacional onde facilmente seria poss vel ao patronato romper uma ou outra vara n o tendo for a todavia para destruir o feixe inteiro E dentro desta perspectiva da uni o coleti va de trabalhadores a partir de instrumentos legais postos sua disposi o pelo moderno Estado Democr tico de Direito sempre sob a tutela inafast vel do sindicato de classe re presenta um papel relevant ssimo a chama da liberdade sindical principalmente quando aliada ao imprescind vel di logo social cer tamente as ferramentas mais importantes propicia das pelo Direito Coletivo do Trabalho para se alcan ar um quadro est vel de Vemos assim pouco a pouco 130 ce dos indices otimizadores da prosperidade empresarial Diante da realidade irrevers vel da globali za o no mundo moderno onde as empre sas procuram ao m ximo obter lucros escor chantes em detrimento da real valoriza o do trabalho humano os sindicatos s o con tinuamente desafiados para n o s adquirir uma melhor expressividade que se mensura atrav s do raio de a o de sua representati vidade em face dos integrantes da categoria c
368. i vel e inalien vel constituindo elemento que qualifica o ser humano como tal e dele n o pode ser destacado Na tica de F bio Konder Comparato a dignidade o tra o distintivo entre o ho mem e os demais seres vivos Justifica se portanto a perfeita sintese de Immanuel Kant ao asseverar que no reino das finalidades hu manas tudo tem ou um pre o ou uma dignidade Quando uma coisa tem pre o pode se por em vez dela qual quer outra coisa como equivalente mas quando uma coisa est acima de todo o pre o e portanto n o permite equivalente ent o ela tem dignidade destaques do original Ineg vel portanto seja pela positiva o constitucional ou pelas elevadas considera es doutrin rias que a dignidade da pessoa humana foi elevada ao pice da pir mide da axiologia jur dica pois fonte da qual jorra to dos os demais direitos fundamentais Segun do o magist rio de Ingo Wolfgang Sarlet s o elementos constitutivos da dignidade da pes soa humana e a qualidade intr nseca e distintiva de cada ser humano que o faz merece dor do mesmo respeito e considera o por parte do Estado e da comunidade implicando neste sentido um comple xo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degra dante e desumano como venham a lhe garantir as condi es existenciais m ni mas para uma vida saud vel al m de propiciar e promov
369. ia Lex Magister v 76 n 8 jul set 2010 REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Projeto do novo C digo de Pro cesso Civil algumas novidades que j podem ser utilizadas Revista Jur dica Consulex Bras lia Consulex a XV n 341 abr 2011 CHIOVENDA Giuseppe Princ pios de De recho Procesal Civil Madrid Editorial Reus 1925 t II CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HU MANOS Caso n 12 001 Simone Andr Diniz vs Brasil Informe n 66 2006 21 out 2000 Dispon vel em lt http www lidh ed cr co munidades diversidades docs div infintere sante informe 20n 20606 00 htm gt Acesso 25 ago 2014 COUTURE Eduardo Juan Fundamentos del Derecho Procesal Civil 3 ed p stuma Buenos Aires Depalma 1998 DAMASCENO Fernando Am rico Veiga A prova pela verossimilhan a e o direito do trabalho Revista do TRT da 3 Regi o Belo Horizonte TRT da 3 Fesao n 22 1974 DIDIER JR Fredie BRAGA Paula Sarno OLIVEIRA Rafael Curso de Direito Proces sual Civil Salvador Juspodivm 2007 v 2 DINIZ Maria Helena Dicion rio Jur dico S o Paulo Saraiva 1998 v 3 ECHANDIA Hernando Devis Teoria Gene ral de la Prueba Judicial Buenos Aires Vic tor P de Zavalia 1970 t 1 FELICIANO Guilherme Guimar es Distri bui o din mica do nus da prova no Proces so do Trabalho Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 15 Regi o Campinas n 32 2008 leo KNIJNIK Da
370. ia Segunda Turma EMENTA CONTRATO DE PARCERIA RURAL X CON TRATO DE EMPREGO A Lei 4 504 1904 art 96 S 4 com a re da o dada pela Lei 11 443 2007 expressa mente descreve que os contratos que preve jam o pagamento de trabalhador rural em partes em dinheiro e percentual de lavoura cultivada ou de rebanho tratado que s o considerados contratos de emprego garan tido o sal rio m nimo no c mputo das duas parcelas enquadrando se assim na asserti egy va de lei como contrato de parceria aque les em que o trabalhador recebe apenas os frutos da lavoura ou das crias geradas pelo gado lato sensu tratado assim assumin do encargo pr prio de produtor mutatis mutandis quanto ao zelo exigido para a lavoura e rebanho inclusive eventuais nus pela cria o e trato repassados pelo efetivo propriet rio da terra ou dos animais cedidos ao trabalhador assim qualificado como par ceiro Emergindo da rela o havida entre as par tes apenas a entrega de animais aos cuidados do trabalhador rural sob a promessa de par cela das crias geradas sem qualquer percep o de valores em dinheiro e sem as premis sas exigidas pelos artigos 2 e 3 da CLT n o se estabelece contrato de emprego mas de parceria rural DANO MORAL CONDUTA EXCESSIVA N O DEMONSTRADA INDENIZA O INDEVI DA Recurso do Reclamado conhecido preli minares rejeitadas e no m rito parcialmente provido TRT 10 Regi
371. ia de emprego em co miss o N o obstante prevalece o entendi mento de que as fun es de dire o chefia e assessoramento podem ser providas por meio do emprego em comiss o desde que tenham sido criados por lei por isso n o se admite a legalidade da cria o de empre gos em comiss o por decretos ou outros instrumentos normativos de hierarquia infe rior A Lei n 10 9 2 2004 que autorizou a cria o da reclamada previu expressamente a contrata o mediante concurso p blico mas n o autorizou cria o de empregos em comiss o por decreto nem poderia faz lo em face da norma constitucional vigente logo n o h falar em cria o de empregos em comiss o pelo Decreto n 87 35 2001 Referida conclus o apresenta maior relevo quando os empregos em comiss o n o se restringem as atividades de dire o chefia e assessoramento mas abrangeram tamb m fun es t cnicas e administrativas INDENIZA O POR DANO MORAL COLETIVO REQUI REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL SITOS A cria o indevida de empregos em comiss o atinge a sociedade porque frustra o direito constitucional de acesso ao empre go p blico portanto transcende ao mero as pecto individual No dano moral puro n o se exige prova do resultado danoso mas t o so mente dos fatos que o fizeram emergir Com prova o da atua o incorreta da empresa p blica na cria o ilegal de empregos em comiss o caracter
372. ias de ap lice de seguro de empregado m ura aan aia 165 Adicional de periculosidade para trabalhadores em motocicletas Considera es acerca daler 9907 20A am 178 Discrimina o racial e ass dio moral no trabalho 190 As leis 12 619 2012 e 13 103 2015 que disciplinam a profiss o de motorista Questcesconlioreras eeaeee 202 ACO aos o AR a 218 e REVISTA DO TRTIO Te ams va 1 ARTIGO GF aa 4 ad gt REVISTA DO TRTIO y A RELA O DE TRABALHO DOMESTICO SEGUNDO A EMENDA CONSTITUCIONAL 72 Desembargador ALEXANDRE NERY DE OLIVEIRA TRT 102 Regi o A Constitui o brasileira recebeu promulgada em 02 de abril de 2013 e com vig ncia a partir do dia seguinte quando publicada sua Emenda 2 que passa a regular as rela es de emprego dom stico alterando o conte do anterior do par grafo nico do artigo da Carta de Outubro de 1988 assim agora com o seguinte teor Art 72 Par grafo nico S o assegurados categoria dos trabalhadores dom sticos os direitos previstos nos incisos IV VI VIL VIIL X XIIL XV XVI XVIL XVIIL XIX XXI XXIL XXIV XXVI XXX XXXI e XXXIII e atendidas as condi es estabelecidas em lei e observada a simplifica o do cumprimento das obriga es tribut rias principais e acess rias decorrentes da rela o de trabalho e suas peculiarida des os previstos nos incisos II III
373. icopatologia do trabalho Por uma cl nica de media o entre psican lise pol tica Sofrimento e prazer uma cl nica de sublima o Intelig ncia pr tica e sabe doria pr tica duas dimens es desconheci das do trabalho real In LANCMAN Selma SZNELWAR Laerte Orgs Christophe De jours da psicopatologia psicodin mica do trabalho 3 e Rio de Janeiro Fiocruz 20 MD A loucura do trabalho estudo de psicopatologia do trabalho 5 ed S o Paulo Cortez Obor 2012 FERREIRA M C MENDES Ana Magn lia Trabalho e risco de adoecimento o caso dos auditores fiscais da previd ncia social brasileira Bras lia Ler Pensar e Agir 2003 FRANCO T nia Karoshi o trabalho entre a vida e a morte Caderno CRH Salvador n Sri dez 2002 REVISTA DO TRTIO Co ESCOLA JUDICIAL FREUD Sigmund O mal estar na civiliza o Pequena cole o das obras de Freud Rio de Janeiro Imago 19 4 livro 8 LANCMAN Selma Apresenta o o mundo do trabalho e a psicodin mica do trabalho In a SZNELWAR L I Orgs Christophe De jours da psicopatologia psicodin mica do trabalho 3 ed Rio de Janeiro Fiocruz 2011 MARTINS Soraya Rodrigues Subjetividade e adoecimento por Dorts em trabalhadores de um banco p blico em Santa Catarina In MEN DES Ana Magn lia Psicodin mica do traba Iho teoria m todo e pesquisas S o Paulo Casa do Psic logo 2007 MENDES Ana Magn lia DUARTE F
374. icos em geral Logo inevit veis se mostram os novos anseios sociais no que concerne permiss o da greve e da sindicali za o aos militares As sugest es explanadas neste estudo surgiram a partir de meios alternativos de pesquisa cient fica como a viv ncia na rea trabalhista o que permite uma maior sensi biliza o para a causa grevista bem como a tentativa de inser o de novas formas de modifica o da validade constitucional a fim de prevalecer o que melhor se adequar re alidade social REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Por fim deve se atentar para as p ssimas consequ ncias geradas popula o brasilei ra pela falta de regulamenta o do direito de greve dos militares j que a classe sem ou tras op es de negocia o tem de paralisar suas atividades em prol de obter conquistas salariais e qualificat rias V se ent o que a norma constitucional vem se mostrando mal fica boa condu o do Estado garantista de direitos haja vista a sua falta de legitima o f tica Faz se neces s ria uma urgente modifica o do texto ou da validade do art 142 32 em especial a fim de mitigar futuros estes sim ensejadores de resultados desastrosos para o Pa s 5 REFER NCIAS ALC NTARA Fernando Diogo de Defesa do estado as For as Armadas nas constitui es brasileiras 1822 2004 s ed 2007 BONAVIDES Paulo ANDRADE Paes de His t ria Constitucional do B
375. idas de 2011 2012 e de 13 sal rio 2013 No mais n o conhe o das contrarraz es MODALIDADE DE RUPTURA CONTRATUAL RESCIS O INDIRETA VERBAS RESCIS RIAS AVISO PR VIO E CONSECT RIOS Na inicial alegou a reclamante que foi ad mitida pela reclamada em 15 12 2012 tendo prestado servi os durante todo o contrato de trabalho Afirmou que a reclamada n o efetuou os recolhimentos de FOTS o que inclusive foi objeto de Termo de Ajustamento de Conduta perante o MPT Diz ter sofrido prejuizo pois n o conseguiu adquirir im vel do projeto governa mental Minha Casa Minha Vida em raz o da aus ncia desses dep sitos Pediu assim a resci s o indireta do contrato de trabalho Na defesa a reclamada contestou o pedido dizendo que o dep sito do FGTS est sendo regularizado e ainda sustentando que a recla mante tinha inten o de romper o v nculo de emprego Ainda quanto ao FOTS a reclamada alegou que diante de in meras a es trabalhistas os valores quitados aos seus empregados via ju dicial n o s o considerados pagamentos de FGTS ocasionando a impossibilidade de emis s o de guias coletivas Disse ainda est bus cando regularizar o pagamento do FOTS de seus empregados Em senten a o juiz indeferiu o pedido de rescis o indireta ao fundamento de que a re clamante n o trouxe o extrato da sua conta n o tendo sequer declinado o per odo de au s ncia dos recolhimentos de FGTS Negou ain da
376. ido aos direitos da personalidade do empre a decis o proferida em gado Portanto a revista di ria e rotinei A o Civil P lica ajui ra em bolsas pastas mochilas sacolas zada pelo Minist rio e similares de propriedade de empre P blico do Trabalho gados e empregadas contendo objetos nos autos do Proces pessoais caracteriza afronta ao direito so 008 9 2010 01 10 de n o viola o da intimidade conso 00 7 tamb m julga ante garantia insculpida no art 5 2 inc do pela col Segunda X da Constitui o Federal Sinale se ou Turma sendo Relator tos pessoais no local de entre seus princ pios fundamentais art 1 trabalho Mesmo quan incisos Ill e IV a dignidade da pessoa huma do ocorrem sem contato na os valores sociais do trabalho e da livre f sico as revistas provo iniciativa O implemento de cada um desses cam grande constrangi princ pios n o exclui os demais mento e se revestem de profunda gravidade pois O poder de comando empresarial me al m de denotar descon diante seu poder diretivo CLT art 2 oriun fian a pelo empregador do da garantia constitucional do princ pio inibem mais seriamente da livre iniciativa consagra a prerrogativa a empregada que n o do controle da vigil ncia e da fiscaliza o disp e de meios de re do ambiente de trabalho inclusive no senti cusa no ambiente onde do de proteger e preservar o patrim nio do prepondera o poder do empregador Entretanto esse poder d
377. ig ncia do anterior mas diante do quadro f tico em destaque a publica o deste novo edital Edital n 2 2013 vem apenas cor roborar o malferimento aos referidos princ pios constitucionais na medida em que houve lici ta o para a contrata o de tempor rios tam b m no ano de 2013 Conforme muito bem ressaltado pelo Juizo de origem Isso se refor a com a constata o de que o Banco do Brasil lan ou novo concurso durante a validade do certame anterior e o que pior contratou pessoal tempor rio para atender exatamente as atribui es do Escritur rio com sal rio equivalente e requisitos iguais Ora definitivamente n o agiu dentro da moralidade e oportunidade que se espera de todo ente p blico a n o dizer todo cidad o N o por a A quest o relacionada conveni ncia e oportunidade de que o Banco r u sua discri cionariedade na administra o de pessoal su cumbe diante de v rios outros princ pios cons titucionais a que est jungido 22O Em n o sendo assim aflora a infer ncia de que o Banco do Brasil estaria lan ando suces sivos concursos para cadastro de reserva noti ciando n mero consider vel de vagas para o fim principal de arrecadar fundos infelizmente a fls 538v sem grifos no original Nesse sentido a expectativa gerada nos can didatos aprovados dentro do n mero previsto no edital convola se em direito subjetivo no mea o o que est consolidado pela j
378. il assim como os demais ramos do Direito remonta ao Direito Romano onde caso o devedor n o cumprisse o convencionado era conver tido em escravo e respondia pela obriga o assumida com seu pr prio corpo no intuito de buscar a ordem e inibir atitudes lesivas de uns para com outros A sistem tica atual do C digo Civil em seus artigos 180 e 92 explanam que aquele que por a o ou omiss o volunt ria neglig ncia ou imprud ncia violar direito e causar dano a outrem ainda que exclusivamente moral comete ato il cito e fica obrigado repar lo to davia d vidas surgem quanto aplica o da responsabilidade civil no caso concreto pois a doutrina costuma denominar as responsabili dades em contratual extracontratual ou aqui liana subjetiva e objetiva Diz responsabilidade contratual porque a obriga o aven ada entre as partes deriva de um contrato e quando alguma das partes n o cumpriu o que foi pactuado ou lesa a outra surgi o dever de indenizar j a responsabili dade extracontratual ou aquiliana n o emergi de contrato mas sim da inobserv ncia de um preceito legal vindo a causar dano a outrem Em se tratando de responsabilidade oriun da de acidente de trabalho ou doen a ocu pacional Sebasti o Geraldo de Oliveira asse vera A indeniza o por acidente de trabalho ou doen a ocupacional em princ pio enquadra se como respon sabilidade extracontratual porque decorre de algum comportamento i
379. ilham entendimento diverso ouso externar a compreens o de que o controle da atividade do empregado pelo seu empregador ou seus prepostos em princ pio leg timo embora n o ili mitado pois decorre do poder diretivo patronal Todavia o que pode acarretar afronta aos direitos fundamentais labo rais e nO caso em exame no direito fun damental preserva o da intimidade s o os meios pelos quais s o executados esses controles Reafirmo a plena convic o de que a revista em bolsas sacolas e objetos pesso ais dos empregados viola suas respectivas intimidades Isso porque bolsas carteiras sacolas ou arm rios podem conter objetos afetos diretamente intimidade da pessoa Neles possivelmente ser o encontrados medicamentos tais como antidepressivos anticoncepcionais moderadores de apeti tes medicamentos para HIV para epilep sia hansen ase e outros Tamb m podem existir fotos bilhetes ou presentes de pes soas com as quais esteja se relacionando pe as ntimas absorventes enfim v rios objetos ligados esfera da intimidade da pessoa e que ela n o deseja ver expostos ou compartilhados com outros Ademais escapa razoabilidade enten der se que a prote o intimidade do tra balhador est afeta t o somente ao seu corpo f sico Ela se estende tamb m aos seus objetos e pertences pessoais muitos dos quais dizem respeito apenas a ele em pregado ou a ela empregada N o por dem
380. imento do pedido de in deniza o por danos morais existenciais Os atos il citos podem configurar dano mo ral e dano material sendo este de natureza 342 patrimonial e aquele de natureza extrapatri monial Dano moral e dano existencial s o esp cies do g nero dano de natureza extra patrimonial contudo os elementos de carac teriza o de um e outro s o diferentes O dano existencial n o se refere viola o dos direitos da personalidade ou seja n o se relaciona com a esfera de intimidade do in dividuo sua honra ou sua imagem O dano existencial exige a configura o de aspectos concretos como bem admite a peti o inicial e est afeto a uma frustra o do trabalhador pela sua n o realiza o do ponto de vista pes soal decorrente das condi es de trabalho Dessa forma a verifica o do dano existen cial objetiva exigindo demonstra o de alte ra o danosa no projeto de vida do indiv duo relacionados a quest es culturais recreativas familiares entre outras A inicial embora admita que o dano exis tencial exige aspectos concretos objetivos faz um discurso sobre tal modalidade danosa mas n o aponta nenhuma afeta o concreta de projeto de vida do empregado Uma vez que nosso ordenamento jur dico consagra o princ pio do contradit rio do qual decorre a ampla defesa necess ria a narra tiva adequada dos fatos na inicial para que a parte possa se defender de fatos concretam
381. imidade do empregado 2 ed S o Paulo Ltr 2009 p 34 45 3 reito pressup e a inger ncia na esfera ntima da pessoa por meio de espionagem e divul ga o de fatos ntimos obtidos ilicitamente Louvando se nos esc lios de Garcia e Aran go leciona a citada magistrada e jurista que o direito intimidade o direito a n o ser conhecido em certos aspectos pelos demais o direito ao segredo a que os demais n o saibam o que somos ou o que fazemos Ao discorrer sobre o tema em comento L lia Guimar es Carvalho Ribeiro destaca devem eles ser preservados pois necess rios higidez patrimonial do empres rio e ao recomend vel equilibrio entre o capital e o trabalho Todavia ao submeter se a um contrato de trabalho sob o p lio do contro le patronal e da subordina o jur dica que n o deve ser confundida com sujei o pes soal o empregado n o se desveste de sua condi o de cidad o n o abdica de seus direitos fundamentais sejam eles individu ais ou sociais entre eles o da inviolabilida de da intimidade e o da Para n s a intimi dade a por o mais escondida que algu m pode preservar da inge tencia de terceiro crate de sua pr pria fam lia preserva o de sua vida intima Ademais escapa a razoabilidade Por outro lado os entender se que a princ pios norteadores do Direito do Trabalho nos aspectos caracteristi prote o a intimidade e bem assim do
382. implicar invas o da intimidade dos empregados 20 BARROS Alice Monteiro de Prote o intimidade do empregado 2 ed S o Paulo Ltr 2009 p 73 REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Diante das dificuldades para fixa o dos li mites da intimidade do empregado e do exer c cio do poder de comando do empregador a referida jurista sustenta A nosso ver a revista se justifica n o quando traduza um comodismo do empregador para defender o seu patri m nio mas quando constitua recurso necess rio satisfa o do interesse empresarial falta de outras medi das preventivas essa fiscaliza o visa a prote o do patrim nio do emprega dor e salvaguarda da seguran a das pessoas N o basta a tutela gen rica da propriedade devendo existir circunst n cias concretas que justifiquem a revista mister que haja na empresa bnes sus cet veis de subtra o e oculta o com valor material ou que tenham relev n cia para o funcionamento da atividade empresarial e A tecnologia tamb m poder ser utilizada para evitar ou reduzir os efei tos da revista na intimidade dos em pregados A t tulo de exemplo a co loca o de etiquetas magn ticas em livros e roupas torna desnecess ria a inspe o em bolsas e sacolas em es tabelecimentos comerciais O empregador detentor de amplo di reito e justificada legitimidade para a prote o do seu patrim nio Para alcan ar esse desider
383. inal julgamento Inclu do pela Lei n 8 952 de 13 12 1994 S 60 A tutela antecipada tamb m poder ser concedida quando um ou mais dos pedi dos cumulados ou parcela deles mostrar se incontroverso Inclu do pela Lei n 10 444 de 7 5 2002 70 Se o autor a t tulo de antecipa o de tu tela requerer provid ncia de natureza cautelar poder o juiz quando presentes os respectivos pressupostos deferir a medida cautelar em ca r ter incidental do processo ajuizado Inclu do pela Lei n 10 444 de 7 5 2002 Conforme decidido no t pico precedente a reclamante era detentora da estabilidade previs ta no artigo 41 da CF 88 antes de sua altera o pela EC n 19 98 conforme entendimento emanado do exc STF int rprete maior da Carga Magna Uma vez que provido o recuso ordin rio da autora para o fim de condenar a reclamada a promover a sua reintegra o ao trabalho tem se por devidamente preenchidos os re quisitos necess rios antecipa o da tutela pretendida conforme dispositivo legal acima transcrito Defiro assim a expedi o imediata de mandado de reintegra o a fim de que a au tora retorne aos quadros da reclamada na mesma fun o que exercia ao tempo de seu desligamento em 17 2 2014 ou em fun o resultante de eventual transforma o da ante riormente ocupada S o devidos os sal rios e os demais direitos alusivos ao v nculo empregat cio a partir do efetivo retorno da autora
384. inat ria da estabilidade de que cogita o artigo 41 da CF 88 antes de sua altera o pela EC n 19 1998 Por fim saliento que a decis o tomada nos autos do MS n 8 650 DF cuidou t o somen te de analisar a possibilidade de a ECT rever Os seus pr prios atos anulando os por meio da Portaria Interministerial n 3 2 em legitimo exerc cio do poder de autotutela nada se re portando aos aspectos particulares da recla mante Dou provimento ao recurso para determi nar a reintegra o da reclamante aos quadros da reclamada na mesma fun o que exercia ao tempo de seu desligamento em 17 2 2014 ou em fun o resultante de eventual transfor ma o da anteriormente ocupada S o devidos os sal rios do per odo compre endido entre a dispensa e a efetiva reintegra o com a repercuss o reflexa em todas as verbas a que faria jus a autora caso em servi o estivesse E Defiro portanto os pleitos dos itens 1 e 7 2 al nea a da peti o inicial fl 23 Inde firo o pleito deduzido no item 7 2 alinea b a mingua de causa de pedir correspondente ANTECIPA O DOS EFEITOS DA TUTELA A reclamante pugna pela concess o de liminar para que sejam antecipados os efei tos da tutela pretendida com a expedi o de mandado de reintegra o no emprego e determina o de pagamento dos sal rios a partir de seu retorno ao trabalho Assim disp e o artigo 2 3 do CPC Art 273 O juiz poder a requerimento
385. inat rios sexo idade cor ou estado ci vil e XXXIII proibi o menores de 18 anos e tos assegurados em outros com vig ncia de qualquer trabalho a 1988 restam manti imediata ou dependentes menores de 16 anos sal dos acrescidos agora de outros com vig n cia imediata ou de pendentes de regula menta o espec fica no que j se estabe lece para estes ltimos que as normas vigentes para os trabalhadores em geral n o se lhes aplicam porque a Emenda Constitucional n 72 exige a observ ncia de normas pr prias que definam a simpli fica o para o cumprimento das obriga es tribut rias principais e assess rias e as peculiaridades da rela o do trabalho para a incid ncia doutros aspectos Por isso s o acrescidos aos direitos dos trabalhadores dom sticos com vig ncia imediata desde a publica o da Emenda Constitucional n 2 os contidos na Consti tui o Federal artigo 72 incisos X prote o de regulamenta o espec fica vo a partir de 14 anos como aprendizes Doutro lado mas dependentes de regu lamenta o especifica ficam estendidos os direitos contidos na Constitui o Federal artigo 72 incisos II se guro desemprego em caso de desemprego involunt rio III FGTS IX remunera o de trabalho noturno superior ao trabalho diur no XII sal rio fam lia aos dependentes sendo o trabalhador de baixa renda XXV assist ncia gratuita aos filhos e dependen
386. insatisfa o inseguran a aliena o vulnerabilidade frustra o angus tia inquieta o depress o tristeza agressivi dade impot ncia para promover mudan a desgaste desest mulo des nimo desgaste f sico e emocional desvaloriza o culpa tens o e raiva Dependendo dos processos psicodin mi cos desenvolvidos no trabalhar o sofrimento pode encaminhar se para diferentes destinos criativo ou patog nico 2H O sofrimento criativo atua como motor para transforma es impulsionando a busca de solu es que poder o beneficiar a orga niza o do trabalho contribuir para a reali za o pessoal do trabalhador fortalecer sua singularidade e o seu pertencimento Por outro lado o sofrimento pode ser tor nar patog nico quando o sujeito n o encon tra possibilidade de negocia o entre a or ganiza o do trabalho e os seus conte dos subjetivos sendo impedido de exercitar sua capacidade criativa A liberdade de transfor ma o gest o e aperfei oamento da organi za o do trabalho esgotam se restando ape nas as press es r gidas fixas e incontorn veis a repeti o a frustra o o aborrecimento o medo ou o sentimento de impot ncia DE JOURS e ABDOUCHELI 2010 p 137 1 4 ESTRAT GIAS DEFENSIVAS E DE MOBILIZA O E PATOLOGIAS A media o do sofrimento composta por estrat gias de defesa e de mobiliza o subjetivas ou coletivas Para n o adoecerem os trabalhador
387. io prejudica tamb m o exame da li tispend ncia na medida em que n o se sabe se tais a es foram acolhidas ou extintas pre judicando o necess rio confronto para aferi o das partes e do objeto causa de pedir pedido Se apenas com a peti o inicial restam prejudicadas as mat rias de defesa que dir com a simples indica o dos n meros dos processos para este mister Destarte n o reconhe o a coisa julgada e a litispend ncia ado Nego provimento PRESCRI O TOTAL E PARCIAL Diz o recorrente que o autor deixou de tra zer aos autos elementos que comprovem se os pretensos benefici rios ativos est o abran gidos pelo direito postulado horas extras in tervalo intrajornada ou se os empregados desligados j est o nesta condi o h menos de dois anos raz o pela qual requer a apli ca o da prescri o das parcelas anteriores a 10 10 2007 Os pedidos s o de obriga o de fazer conceder o intervalo intrajornada previsto em lei e de n o fazer n o prorrogar a jorna da al m do limite legal n o alcan veis pela prescri o parcial Nego provimento M RITO A O CIVIL PUBLICA DESRESPEITO S NORMAS DO TRABALHO RELATIVAS EX TRAPOLA O DA JORNADA DE TRABALHO E AO INTERVALO INTRAJORNADA DIREITOS DIFUSOS OU COLETIVOS O Minist rio P blico do Trabalho ajuizou a o civil p blica subsidiada por inqu rito civil em desfavor do Banco Santander em ra z o do desc
388. ireita bate r s e esbarrar s ansioso aflito numa parede horrendamente incomensu r vel de Egoismos e Preconceitos Se caminhares para a esquerda outra parede de Ci ncias e Cr ticas mais alta do que a primeira Se caminhares para a frente ainda nova parede feita de Despeito e Impot ncias tremenda de granito broncamente se elevar do alto Se caminhares enfim para tr s h ainda uma derradeira parede fechando tudo fechando tudo horri vel parede de Imbecilidade e Igno r ncia te deixar n um frio espasmo de terror absoluto E as estranhas paredes h o de subir longas terrifi cas H o de subir subir subir mudas silenciosas at as Estrelas deixando te para sempre perdidamente alucina do e emparedado dentro do teu So BIBI al Passados mais de cem anos do ocorrido a Cruz e Sousa a met fora do emparedamento continua infelizmente subesistindo n o na forma do racismo expl cito visto que hoje existem leis punitivas pratica dele mas em sua maneira mais subrept cia o ass dio mo ral ocorrente principalmente em ambientes de trabalho onde pode acontecer de modo vertical descendente ascendente ou hori zontal E dessa pr tica nociva ao trabalhador de etnia negra que trata este artigo pelo qual se busca visualizar aquilo em que a justi a do trabalho avan ou no combate ao ato e aqui lo em que se precisa avan ar 2 Cruz e Sousa o not vel poeta do simbolismo brasile
389. ireito na busca da efetividade dos direitos fundamentais sociais dos trabalhadores assim entendida a coleti vidade e n o a individualidade atomizada deve ser implementada levando se em consi dera o a aplica o conjunta dos seguintes preceitos da Constitui o da Rep blica 8 MENEZES Cl udio Armando Couce et al Direitos Humanos e Fundamentais or princ pios da progressividade da irreversibilidade e da n o regressividade social em um contexto de crise Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 8 Regi o v 42 n 83 jul dez 2009 p 63 9 CF artigo 5 S 2 Os direitos e garantias expressas nessa Constitui o n o excluem outros decorrentes do regime e dos princ pios por ela adotados ou dos tratados internacionais em que a Rep blica Federativa do Brasil seja parte S 3 Os tratados e conven es internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados em Casa do Congresso Nacional em dois turnos por tr s quintos dos votos dos respectivos membros ser o equivalentes s emendas constitucionais BRASIL 2011 p 10 r a os fundamentos da Rep blica Federati va do Brasil CF artigo 1 incisos Il Ill e IV que consagram o direito cidadania digni dade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa b os objetivos fundamentais da Rep blica Federativa do Brasil que preconizam a pro mo o do bem de todos a constru o de uma socieda
390. iretivo empregador Essa sub e fiscalizador s se legitima e encontra gua miss o n o se justifica rida no ordenamento jur dico mediante a sequer pela preocupa observ ncia da preserva o da privacidade o em proteger o patri da honra e da imagem dos trabalhadores e m nio j que se faz ao trabalhadoras diante dos limites assegura arrepio de qualquer con dos na Constitui o da Rep blica art 5 trossim que a jurisprud ncia majorit ria o Desembargador Brasilino Santos Ramos sidera o por sentimentos e valores caput incisos Il LIII LIV e X A prote o e do Col Superior Tribunal de Justi a e cuja ementa foi publicada no DEJT n 30 de ntimos do trabalhador Recurso a que a preserva o do patrim nio empresarial de diversos Tribunais de Justi a do pa s 16 02 2012 se nega provimento pode e deve ser objeto de mecanismos pr REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL o prios e adequados sem a necessidade de se proceder vexat ria vistoria em pertences pessoais tanto dos consumidores quanto dos trabalhadores e trabalhadoras N o h hierarquia entre a dignidade e a cidadania deles Trabalhadores e consumidores devem ser tratados com o mesmo respeito Por outro lado n o razo vel entender se que a prote o intimidade do trabalha dor e da trabalhadora se limita t o somen te ao corpo f sico N o h como negar que ela extensiva aos seus pertences pessoais contidos em bolsas
391. irma que um dos grandes desafios do Ne oconstitucionalismo consiste no de senvolvimento de par metros racio nais objetivos operacionaliz veis para que a pondera o n o conduza a um decisionismo ou a um subjeti vismo exacerbado Ao mesmo tem po a complexidade desses par me tros n o pode ser elevada a ponto de inviabilizar sua utiliza o na pr tica jur dica cotidiana Ocorr ncia inerente interpreta o e apli ca o da Constitui o e interpreta o das normas infraconstitucionais em conformida de com a Constitui o s o os conflitos entre regras os quais ser o dirimidas pelos crit rios cronol gico hier rquico e de especialidade Nos conflitos entre princ pios ser utilizada a pondera o e a proporcionalidade e quando houver uma antinomia entre princ pios e re gras aplicar se primeiramente a regra por ser mais espec fica mais amoldada ao caso concreto e por ser express o dos princ pios No entanto cada caso concreto dever ser analisado em sua particularidade podendo haver situa es em que os princ pios afasta r o a aplica o de regras tidas como injustas numa determinada situa o jur dica Lu s Roberto Barroso afirma que no m to do da pondera o o int rprete i far con 13 NOVELINO Marcelo Direito constitucional 3 ed S o Paulo M todo 2009 p 50 103 cess es rec procas procurando preservar o m ximo poss vel de cada um dos interesses
392. iro um caso singular Negro filho de escravos alforriados com nome sobrenome e 1 Doutora e Mestre em Direito do Trabalho pela Puc Minas Professora de Direito da Faculdade Casa do Estudante e advogada PROEN A Domicio Filho A trajet ria do negro na literatura brasileira Estud av v 18 n 50 S o Paulo jan abr 2004 Dispon vel em http dx doi org 10 1590 S0103 40142004000100017 Acesso em 23 11 2014 ESCOLA JUDICIAL educa o esmerada ganhos dos senhores de seus pais tendo sofrido amargamente a viol ncia do preconceito que o impediu entre outras discri mina es de assumir o cargo de promotor p blico em Laguna deixa entrever na sua obra as marcas do conflito em que se dilacerava No plano da a o assume a luta contra a opress o racial e entre outras atividades dirige o jornalzinho O Moleque significativo desde o t tulo e deixa nove poemas e dois textos em prosa comprometidos com a causa abolicionista Sua obra liter ria um testemunho de sua luta contra o preconceito e o ass dio moral Seu texto em prosa O Emparedado n o d margem a d vidas sobre isso Dispon vel em http dx doi org 10 1590 S0103 40 142004000100017 Acesso em 23 11 2014 REVISTA DO TRTIO Como ao que parece o emparedamento ao negro tende a existir de modo mais dis creto um de seus tent culos mais cru is O ass dio moral continua a fazer vitimas silen ciosamente dada a dificuldade de se flagra rem suas ocorr ncias
393. is a constru o da sa de x sa as N TZ ds ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO 1 1 ORGANIZA O DO TRABALHO O estudo das din micas que levam ao prazer e ao sofrimento no trabalho e aos seus desdobramentos inclusive psicossom ticos tamb m compreende as consequ n cias das organiza es e modelos de gest o do trabalho sobre o aparelho ps quico do trabalhador Com base na Ergonomia Molinier 2013 p 85 afirma que a organiza o do trabalho compreende a divis o t cnica social e hier r quica do trabalho A primeira como as tare fas s o realizadas a produtividade esperada ou seja as regras formais A divis o social e hier r quica do trabalho constitui O modo como o aa za o laboral que tamb m geram aliena o e sofrimento A consequ ncia do aumento da produtividade do ritmo da execu o das tarefas e do cumprimento de metas desenca dearam o aparecimento de patologias men tais relacionadas ao trabalho como suic dios no trabalho e enfermidades oriundas do ass dio e da sobrecarga O modo como o trabalho organizado in fluencia a vida do trabalhador apropria se n o apenas do tempo e dos seus movimentos mas de sua subjetividade VIEIRA et al 2013 p 270 O trabalho n o se resume apenas numa rela o salarial ou empregat cia mas consiste no trabalhar ou seja um modo espec fico de en volver a subjetividade o as formas de comando e trabalho organiza
394. ispon vel em Www jus com br Acesso em 20 03 2018 15 BARROSO Lu s Roberto Neoconstitucionalismo e Transforma es do Direito Constitucional Contempor neo Parte Dispon vel em Www jus com br Acesso em 20 03 2013 16 HESSE Konrad A For a Normativa da Constitui o Trad Gilmar Ferreira Mendes Porto Alegre S rgio Antonio Fabris Editor 1991 p 20 21 REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Por fim conclui se que a Constitui o um elemento perene e indissoci vel do Estado pois nela est o as express es dos princ pios dos va lores das aspira es e dos objetivos sociais Ela cria um v nculo jur dico entre as pessoas a ela submetidas estabelece um rumo a ser seguido e assegura harmonia liberdade e independ n cla social REFER NCIAS AGRA Walber de Moura Curso de direito constitucional 4 ed Rio de Janeiro Forense 2008 ALEXY Robert Teoria dos direitos fundamen tais Tradu o de Virg lio Afonso da Silva 5 ed alema S o Paulo Malheiros 2008 VILA Humberto Teoria dos princ pios da defini o aplica o dos princ pios jur dicos 4 ed S o Paulo Malheiros 2005 BARRETO Alex Muniz Direito constitucional positivo Leme S o Paulo Edijur 2013 BARROSO Lu s Roberto Curso de direito constitucional contempor neo Os Conceitos Fundamentais e a constru o de um novo mo delo S o Paulo Saraiva 2009 Neoconstitucionalismo e
395. ispositivo que atribui a sorte dos rumos do processo dilig ncia e ao interesse da parte e o da justi a distributiva isto da igualdade das partes CHIOVENDA 1925 pp 252 253 N o h um dever de provar mas apenas um nus um encargo pelo qual o litigante assume o risco de perder a causa se n o provar os fatos necess rios ao reconheci mento em juizo do direito subjetivo que alega ter THEODORO JUNIOR 2009 p 420 A teoria est tica n o leva em considera o o direito fundamental tutela jurisdicio nal adequada e efetiva art 52 XXXV CF al m de partir da premissa de que ambos os litigantes est o em paridade de armas e por isto t m iguais condi es de produzir a pro va CAMBI 2009 p 353 Por isso ela atrofia nosso sistema e sua aplica o inflex vel pode conduzir a julgamentos injustos N o se nega a validade da teoria cl ssica como regra geral mas n o se pode admitir tal regra como infle x vel e em condi es de solucionar todos os casos que a vida apresenta DIDIER JR et al 2007 p 62 H situa es em que n o incide a regra dos arts 818 da CLT e 333 do CPC mas ao contr rio O encargo da prova ser daquele que tem melhores condi es em faz lo independente mente da natureza ou de quem alega o fato controvertido 3 A TEORIA DIN MICA DA DISTRIBUI O DO NUS DA PROVA A teoria da distribui o din mica do nus da prova teoria din mica
396. istema processual brasileiro adotou nos arts 818 da Consolida o das Leis do Trabalho CLT e 333 do C digo de Pro cesso Civil CPC a teoria est tica do nus da prova teoria cl ssica inspirada na doutrina italiana de Chiovenda Carnelutti e Betti PAC FICO 2001 p 107 distribuindo o de acordo com as alega es das partes e com a natureza dos fatos deduzidos em juizo Por essa regra aquele que alega possuir um direito deve antes de mais nada demons trar a exist ncia dos fatos em que tal direito se alicer a SILVA 2003 p 342 O autor deve demonstrar os fatos constitutivos do seu direi to aqueles que s o suficientes para produzir um efeito jur dico CHIOVENDA 1925 p 257 e que originaram a rela o jur dica deduzida em ju zo res in iudicium deducta C MARA 2008 p 378 O r u incumbe comprovar os fatos impeditivos modificativos ou extintivos do direito que demonstrem que das alega es do autor n o decorrem os efeitos por ele pretendidos DINIZ 1998 p 443 HH Aperfei oando a doutrina italiana PAC FI CO 2001 pp 168 169 Leo Rosenberg 2002 p 131 afirma que o autor deve comprovar a ocorr ncia dos fatos os pressupostos do direito em que se funda seu pedido e o r u os requisi tos da norma apta a repelir a demanda os pres supostos de uma norma destrutiva impeditiva o excludente do pleito S o princ pios que servem de premissas para essa teoria o do d
397. itos pela legisla o e jurisprud ncia trabalhista art 402 CLT e Su mula 342 TST Portanto a rela o jur dica securit ria que surge entre empregado empregador e em presa securit ria pode ser compreendida como um contrato anexo aquele de empre go que lhe pr existente ou em outras pa lavras sem a pr exist ncia do contrato de emprego com a consequente utilidade for necida pelo empregador art 458 22 V CLT do desconto salarial compartilhado do empregado art 402 CLT e S mula 342 TST imposs vel a exist ncia do contrato securi t rio multilateral Tem se ent o na hip tese de recusa do pagamento da ap lice um conflito trabalhis ta impuro at pico cuja compet ncia mate rial da Justi a do Trabalho independente mente que a solu o o m rito da controv rsia tenha que ser apreciada e julgada segundo as normas do Direito Civil como expressamente prev o art 89 CLT Os principais criadores do direito podem ser e frequentemente s o OS ju zes pois representam a 108 voz final da autoridade Toda vez que interpretam um contrato uma rela o real ou as garantias do processo e da liberdade emitem necessariamen te no ordenamento jur dico part culas dum sistema de filosofia social As de cis es dos Tribunais sobre quest es econ micas e sociais dependem da sua filosofia econ mica e social mo tivo pelo qual o progresso pac fico do nosso povo no curso do s
398. itur rio em depend ncias situadas em diversos Estados da federa o inclusive no Distrito Federal Aduziu ainda que a validade do certame foi estipulada por um ano a con tar da data da publica o do resultado final em 1 5 2012 prorrog vel um nica vez por igual per odo sendo v lido portanto at 6 5 2014 Foi aprovada em classificada em 1 443 lugar dentro pois das 2 500 vagas destinadas ao Dis trito Federal A autora alegou que em 11 12 2013 o reclamado publicou o Edital n 2 2013 visan do a forma o de cadastro de reserva para provimento de vagas na carreira de Escritur rio abrangendo novamente o Distrito Federal Aduziu ainda que o banco reclamado publi cou editais nos anos de 2012 e 2013 visando a abertura de licita o na modalidade preg o eletr nico a fim de contratar m o de obra para a presta o de servi os tempor rios nas depend ncias do Banco do Brasil incluindo a Regi o Centro Oeste para atender necessida de de substitui o tempor ria ou transit ria de pessoal regular e permanente ou para atender acr scimo extraordin rio e tempor rio de servi co nos termos da Lei ne 6 019 74 Assim pleiteou a sua contrata o imediata ou a reserva de vaga em seu beneficio argu mentando ter sido preterida em verdadeira afronta ao artigo 37 da Constitui o Federal Na defesa o BANCO DO BRASIL recha ou qualquer convoca o dos candidatos apro vados no certame relativo ao Edital
399. iv duos gran des aglomera es e interesses transindivi duais ou meta individuais caracterizados pela transcend ncia da rela o individual O processo naturalmente n o p de fi car alheio a essa nova realidade Buscam se meios efetivos e alternativos para a so lu o desses novos conflitos Novas regras de direito material e processual s o ne cess rias para possibilitar a tutela dos cha mados interesses difusos coletivos e indi viduais homog neos Essa nova categoria de direitos reflexo da uma sociedade complexa cujos titulares na maioria das vezes s o marcados pela indetermina o A doutrina processual cl ssica portanto tinha de ser superada em muitos aspectos para a prote o desses direitos a exemplo das quest es afetas compet ncia da le gitimidade ad causam e da amplia o dos efeitos subjetivos da coisa julgada Adapta se O processo a um novo tipo de lit gio a efetividade da tutela vista na perspectiva dos consumidores dos servi os jurisdicio nais CAPPELLETTI A necessidade de afastar os obst culos ao acesso jurisdi o passa tamb m pela busca de tutela jurisdicional diferenciada adequada para dirimir lit gios coletivos ini bir condutas que prejudicam a sociedade como um todo impondo medidas puniti vas a fim de estimular o infrator a mudar o seu comportamento danoso coletivida de ao meio ambiente aos consumidores e trabalhadores entre v rios outros aspec tos
400. iza o por meio de acordo ou conven o coletivos de trabalho ROAA 2030000 20 2007 5 02 0000 Relator Ministro Fernando Eizo Ono Data de Julgamento 10 10 2011 Se o Especializada em Diss dios Coletivos Data de Publica o 21 10 2011 Como visto pelo julgado transcrito o col TST inteligiu que n o se poderia prefixar deter minados cargos como n o ocup veis por pes soas portadoras de defici ncia sob pena de adotar medida discriminat ria e contr ria Lei n 8 213 1991 conforme assim se fundamen tou no ac rd o Vale referir que na legisla o em apre o se determina a reserva proporcional dos car gos nas empresas para pessoas portadoras de defici ncia habilitadas e para benefici rios reabilitados na forma ali expressamente con ceituada portanto pessoas aptas na forma da lei a ingressarem no mercado de trabalho Al m disso em nenhum momento exige se nessa legisla o que a contrata o dessas pes soas se d ao arrepio dos requisitos minimos necess rios ao desempenho das fun es cor respondentes mas em v rios dispositivos seus afirma se a necessidade de essas pessoas esta rem capacitadas para o exerc cio da fun o a ser desempenhada art 30 3 do Decreto n 3 298 1999 e art 12 da Instru o Normativa n 20 de 26 01 2001 do Minist rio do Trabalho e Emprego ag Cabe empresa pois ap s observada a re gra de aplica o do percentual previsto em lei sobre a totalid
401. izado est o dano moral coletivo Recursos conhecidos N o provido o recurso da reclamada e provido parcial mente o do reclamante Ressalva do enten dimento da Relatora quanto legalidade do emprego em comiss o na Administra o Publica Relat rio Trata se de recursos ordin rios contra deci s o proferida pelo Excelent ssimo Juiz Carlos Augusto de Lima Nobre da 10 Vara do Traba lho de Bras lia DF que julgou procedentes em parte os pedidos formulados Aos embargos declarat rios opostos pelas partes foi dado provimento ao da reclamada apenas para prestar esclarecimentos e provido os do reclamante para sanar a omiss o apon tada ratificando a antecipa o dos efeitos da tutela conforme decis o de fls 355 356 Recorre a reclamada pretendendo a refor ma do julgado quanto ao reconhecimento de nulidade dos empregos em comiss o Recorre a autora postulando a reforma da senten a para que a nulidade dos empregos em comiss o abranja todos os contratos em viola o lei bem como a condena o da reclamada indeniza o por dano moral co letivo 324 Contrarraz es pelas partes as fls 393 401 e 404 417 A Uni o postulou s fls 420 428 a sua in terven o no feito na condi o de assistente simples da reclamada O pedido foi deferido a fl 430 nos moldes do artigo 50 par grafo nico do CPC A Uni o apresentou novo requerimen to para ser admitida como assistente fis 435 436
402. jetivo central Surge ent o a quest o de levantamento dos mecanismos integradores do direito No caso do trabalho dom stico aparente mente a situa o seria singela tendo a CLT descartado a aplicabilidade de suas normas aos criados e servi ais do lar art 7 a n o haveria espa o para utilizar as suas disposi es com escora na analogia legalmente autorizada na Lei de Introdu o s Normas do Direito Brasileiro LINDB Decreto lei n 4 057 42 art 4 ou no art 8 da CLT por 6 Invoca se aqui a CLT apenas secundariamente para n o cairmos numa peti o de princ pio se a CIT n o autori za a incid ncia de suas normas aos dom sticos salvo quando haja determina o expressa em contr rio n o se pode ria invocar a norma de integra o das lacunas do direito constante de seu art 8 eis que tamb m ela seria inaplic vel Con tudo a discuss o seria est ril porque tamb m a LINDB permite o recurso analogia para suprimento de lacunas normativas REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL que foi a pr pria lei cuja aplica o anal gica se poderia cogitar que proibira expressamen te tal empr stimo normativo numa esp cie de autoblindagem Logo primeira vista n o sobraria ao apli cador do direito s voltas com situa es juri dicas de anomia que envolvessem o trabalho dom stico outro canal sen o valer se do re gime jur dico desimpedido mais pr ximo na verdade a figu
403. jur dica para tornar legal o procedimento logo n o justifica o aco lhimento da pretens o da reclamada Pelos mesmos motivos eventual aquiesc ncia do DEST com o procedimento n o o torna legal A alega o de que tais cargos foram cria dos para atender demanda pontual n o pode ser acolhida em face do v cio de ori gem N o h no Decreto n 5 405 2005 nenhum dispositivo acerca da cria o de empregos e nem poderia haver em raz o da nature za jur dica da esp cie normativa A lei que autorizou a cria o da Hemobr s n o disp s acerca de cria o de emprego em comiss o Em suma o Ministro de Estado do Planeja mento Or amento e Gest o n o tem compe t ncia para determinar ou autorizar cria o de emprego p blico estando expressamente rejeitadas as alega es recursais nesse senti do Acerca da necessidade de lei para auto rizar a contrata o de emprego em comis NES S O ADMINISTRA O P BLICA EMPREGO EM COMISS O VALIDADE REQUISITOS Os arts 450 e 499 2 da CLT preveem a exist ncia de emprego de confian a ou em comiss o isto desvinculado daqueles de car ter per manente Aus ncia de antinomia em tese com o art 37 inciso Il in fine da CF cuja exce o deve considerar tamb m o princ pio da efici ncia caput e o regime previsto no seu art 1 3 12 inciso Il Todavia a con formidade constitucional da admiss o para o exerc cio de emprego
404. l apresentado em 2010 consagrava o princ pio da aptid o para a pro va como decorr ncia da isonomia processual e adotava a teoria din mica como exce o teoria est tica do nus da prova Submetido delibera o o texto aprovado pelo Senado Federal Projeto de Lei iniciado no Senado n 166 2010 suprimiu a men o a esse princ pio mas manteve a igualdade de tratamento entre as partes inclusive quanto ao nus probat rio competindo ao juiz velar pelo efetivo contradit rio CHEHAB 2011 p 50 A regra geral chancelada era de aplica o da teoria est tica do nus da prova possibili tando a incid ncia da teoria din mica BRASIL 2010 arts 357 e 358 A C mara dos Deputados Projeto de Lei n 8 046 2010 manteve a previs o da aplica o da teoria din mica BRASIL 2014 pp 434 e 485 A reda o final do texto aprovado as segura as partes paridade de tratamento no curso do processo competindo ao juiz velar pelo efetivo contradit rio art 7 Nas dispo si es acerca do encargo probat rio a teoria est tica continua como regra geral mas a te oria din mica aplic vel art 380 SS 12e 29 nos seguintes termos VA VE Re o 10 NO A 1 Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa jo relacionadas impossibilidade ou excessiva dificuldade de cumprir o en cargo nos termos do caput ou maior facilidade de obten o da prova do fato contr rio poder
405. l cito do empregador por viola o dos deveres gerais de prote o ao uu trabalhador e ao meio ambiente de trabalha Essa responsabilidade n o tem natureza contratual porque n o h cl usula do contrato de trabalho prevendo a garantia de integridade psicobiof sica do empregado ou da sua incolumidade OLIVEIRA 2011 p 92 93 Dallegrave Neto elucida que em determi nadas circunst ncias o dever de repara o do dano encontra se situado ao mesmo tempo na ambi ncia contratual e extracontratual E O que ocorre por exemplo no caso de dano moral infligido ao empregado pelo emprega dor na execu o do contrato de trabalho NETO 2008 p 82 N o somente a responsabilidade contra tual e extracontratual que tem sido discutida pela doutrina no mbito trabalhista existem tamb m posicionamentos divergentes tanto na jurisprud ncia como na doutrina em re la o ao cabimento responsabilidade obje tiva na seara laboral isto porque diferente da responsabilidade subjetiva que s ocorre com a comprova o de dolo ou culpa por parte do empregador naquela somente ne cess rio est presente o nexo de causalidade e o dano para responsabilizar o empregador pelo evento acidente de trabalho Em princ pio a verifica o da culpa na constru o civil se d quando o empregador deixa de cumprir as normas de seguran a e medicina do trabalho em especial a NR 04 e 18 al m de outras normas aplic veis entre ta
406. l Payment on Hazardous Activities Lei 12 997 2014 that has extended the benefit to comprise even the motorcycle workers Re cently regulated by the Governmental Order n 1 565 from October 13th 2014 DOU de 14 10 2014 from Ministry of Labour and Em ployment the novel legislation has become to occasion monetary effects on the motoboys motorfreights and motocabs work contracts Despite the establishment of this benefit has brought out a significant conquest for these la bours it still remains the indispensable concern about the healthy and safety work conditions which can t be blinded by the additional pay ment Key words Additional Payment for Hazar dous Activities Motorcycle workers INTRODU O Logo em seu ex rdio a Constitui o Cida d enuncia que a Rep blica Federativa do Brasil constitui se em Estado Democr tico de Direito e tem como fundamentos entre outros a cidadania a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho A preocupa o do constituinte em garantir condi es dignas de labor se revela na reda o dos incisos XXII e XXIII do artigo da Consti tui o Federal O primeiro estabelece ser um direito do trabalhador a redu o dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sa de higiene e seguran a Estes riscos corres pondem aos infort nios laborais ou seja aos acidentes e as doen as profissionais Pretende a Lei Maior que eles sejam n o ape
407. l sorte a obriga o de contra tar e fornecer a ap lice de seguro de vida 1 2 e ou acident ria pode tamb m decorrer da previs o dos instrumentos normativos que regem o Direito Coletivo do Trabalho acordos coletivos e conven es coleti vas art 7 XXVI e 88 IIl e VI CR e art 011 CLT Tratam se de t picos institutos do Direito do Trabalho criados com fundamento na autonomia privada coletiva origin ria na negocia o entre as entidades sindicais ou com a empresa mediante pr via aprova o dos trabalhadores em assembl ia es pecifica art 612 CLT no exerc cio de sua liberdade e autonomia na organiza o e delibera es sindicais art 8 I CR com o objetivo de implementar o enunciado constitucional da melhoria de suas condi es sociais art 77 caput CR E justamente por se tratar de obriga o que tem origem e fundamento de exist n cia e validade na norma coletiva das cate gorias arts 7 XXVI e 82 II CR e 013 IV CLT que tamb m por este prima e enfo que a compet ncia material da Justi a Especializada do Trabalho por expressa previs o do art 1 da Lei 8 984 1995 na turalmente recepcionado pela compet n cia constitucional residual por deriva o legislativa art 114 IX CR 10 A autonomia privada coletiva n o se confunde com a negocia o coletiva de trabalho Esta efeito decorrencial daquela e sua manifes ta o concreta A autonomia privada co
408. la dou trina inglesa de supremacia do Parlamento e da francesa com enfoque na lei como express o do povo para um Estado Cons titucional de Direito influenciado pela su premacia da Constitui o do modelo ame ricano tendo como refer ncias europeias a Constitui o da It lia 1947 da Alemanha 1949 de Portugal 1976 e da Espanha 1978 e na Am rica do Sul a Constitui o Brasileira de 1988 Subsequentemente elabora o das Cartas Constitucionais foi necess ria a cria o de Tribunais Constitucionais os quais teriam a fun o de guardi es das normas previstas nas referidas Cartas Estes Tribu nais surgiram em diversos pa ses destacan do se os seguintes Alemanha 1951 It lia 1956 Chipre 1960 Turquia 1961 Gr cia 1975 Espanha 1978 Portugal 1982 B l gica 1984 Pol nia 1980 Arg lia 1989 Hungria 1990 R ssia 1991 Rep blica Tcheca 1992 Rom nia 1992 Rep blica Eslovaca 1992 Eslov nia 1993 frica dos Sul 1996 e Mo ambique 2003 No Brasil o movimento neoconstitucio nalista chegou tardiamente algumas d cadas ap s o seu in cio na Europa e teve como marco a promulga o da Constitui 156 o da Rep blica de 1988 que segundo o professor Kildare sofreu fortes influ ncias do jurista portugu s Gomes Canotilho e do jusfil sofo socialista espanhol Elias Diaz Esta Constitui o conseguiu promover uma eficiente transi o entre o Estad
409. lacao doutrina 30a03 06 05 jose afonso3 htm acesso em 17 09 2018 Co 2 REVISTA ESCOLA JUDICIAL DO TRTIO 80 Pid gt i d o a ma EA kadon PREVIR NCIASSOC SOCIAL Ju za D bora Wust de Proen a pas pasar a o JE ES o TRABALHO INEAR EA TRT 15 Regi o RESUMO PALAVRAS CHAVE Trabalho infantil Con sequ ncias jur dicas Princ pios constitucio O trabalho infantil proibido mas produz nais Nulidades Obriga es do empregador consequ ncias jur dicas logo deve ser re Recolhimento previdenci rio INSS conhecido em sua totalidade para que seja express o do princ pio constitucional da pro te o integral da crian a e do adolescente inclusive no que diz respeito aos direitos pre videnci rios Nulidades de Direito Civil inapli c veis Obriga o do empregador de pro ceder a anota o em CTPS e de efetuar os recolhimentos previdenci rios com a conse quente obriga o da autarquia no reconheci mento do v nculo empregat cio lodo o povo que atinge um certo grau de desenvolvimento se sente na turalmente inclinado pr tica da edu ca o Ela o princ pio por meio do qual a comunidade humana conserva e transmite a sua peculiaridade f sica e espiritual Com a mudan a das coisas mudam os indiv duos o tipo perma nece o mesmo Homens e animais na 1 Ju za do Trabalho Substituta do TRT da 15 Regi o ESCOLA JUDICIAL 8 7 sua qualida
410. lar que a responsabilidade subjetiva No m rito sustentou que ainda que fosse sua a atribui o de atuar na fiscaliza o do ambiente de trabalho no mbito do trans porte coletivo o que no seu entender per tence ao DFTRANS ou Uni o n o houve culpa do servi o por eventuais danos causa dos sa de dos cobradores e motoristas de nibus uma vez que a empresa LOTAXI foi constantemente fiscalizada sendo lhe apli cados diversos autos de infra o por violar as normas t cnicas que resguardam a sa de dos trabalhadores e dos passageiros Asseverou que o DFTRANS no exerc cio de seu poder de pol cia procedia fiscaliza o dos nibus da empresa buscando me lhorias na presta o de servi os popula o e consequentemente um melhor ambiente de trabalho para cobradores e motoristas Em sintese pugnou pela improced ncia dos plei tos exordiais A inst ncia origin ria condenou a recla mada ao cumprimento das obriga es de fazer postuladas ao fundamento de que h comprova o suficiente do adoecimento em massa dos empregados rodovi rios da em presa LOTAXI n o tendo a reclamada com provado que tomou medidas eficazes para minimizar ou diminuir os riscos ocupacionais ao longo do per odo demonstrado nos exa mes Ressaltou que a recalcitr ncia da em presa reclamada em manter veiculos com motores dianteiros ao argumento de que n o existe norma proibindo tal uso viola as Normas Reg
411. lativo porque colhidas sem a observ ncia do contradit rio mas s devem ser afastadas quando h contraprova de hierarquia superior ou seja produzida sob a vigil ncia do contradit rio 3 A prova colhida inquisitorialmen te n o se afasta por mera negativa cabendo ao juiz no seu livre convencimento sopes las ob servando as regras processuais pertinentes dis tribui o do nus da prova 4 Recurso especial provido 849841 MG 2006 0100308 9 Relator Ministra ELIANA CALMON Data de Julgamento 28 08 2007 T2 SEGUNDA TURMA Data de Pu blica o DJ 11 09 2007 p 216 Resulta portanto que a prova inquisit ria n o pode ser elidida por mera negativa carac terizando se como prova de contraprova de hierarquia superior aquela colhida sob o con tradit rio cabendo em ltima an lise ao juiz sopesar as provas ao amparo do sistema do li vre convencimento motivado Por fim nus do r u realizar a contraprova No caso foi oportunizado ao r u manifes tar se sobre tudo quanto constou dos autos e produzir prova em sentido contr rio restando preservadas as garantias da ampla defesa do contradit rio e do devido processo legal 200 Quanto aos renovados argumentos em tor no da impossibilidade de o autor tutelar direi tos individuais homog neos a quest o est superada pois j analisada no t pico relativo a ilegitimidade Ap s a longa descri o dos argumentos do autor e do r u em defesa de su
412. letiva o poder social dos grupos representados auto regularem seus interesses gerais e abstratos reco nhecendo o Estado a efic cia plena dessa aven a em rela o a cada integrante dessa coletividade a par ou apesar do regramento estatal desde que n o afronte norma t pica de ordem p blica Ou como bem diz Gian Carlo Perone o poder de negociar a regulamenta o desses interesses coletivos ficando todavia entendido que se est diante de uma manifesta o de autonomia privada isto de capacidade de estabelecer livre mente a posi o dos pr prios interesses considerada objetivamente mais conveniente independentemente da necessidade de alcan ar finalida des indicadas por sujeitos estranhos ou mesmo pelo Estado In A A o Sindical nos Estados Membros da Uni o Europ ia Ed LTr 1999 p 22 A Constitui o Federal de 1988 expressa a arrolar entre os direitos sociais que assegura o reconhecimento das conven es e acordos cole tivos de trabalho art 72 inciso XXVI a conferindo n o apenas validade aos instrumentos negociais nominados vis o apequenada desse direito social A elocu o constitucional transcende em muito forma de exterioriza o do pactuado Cont m na verdade o reconhecimento estatal do poder inerente s pessoas e pois aos grupos por ela organizados de autoconduzirem se de co decidirem sobre o ordenamento de condi es de trabalho de protagonizarem a autocomp
413. letivo n o determina quais seriam os sujeitos destinat rios da repara o pretendida H possibilidade jur dica do pedido quando o ordenamento admite em tese a pretens o deduzida pelo autor No caso concreto o pedido de dano moral coletivo direcionado ao universo de motoris tas e cobradores empregados da reclamada ou seja coletividade de empregados enqua drados nessa categoria porque submetidos a condi es de trabalho que n o observam as normas que tratam das condi es de sa de higiene e seguran a do trabalho O pleito encontra amplo respaldo em nosso ordenamento jur dico uma vez que a Consti tui o Federal no seu art 1 inciso Ill eleva condi o de fundamento da Rep blica a dig nidade da pessoa humana estabelecendo no seu art 6 o direito sa de e consagrando lob no art 7 XXII o direito redu o dos riscos inerentes ao trabalho Por conseguinte luz da teoria da asser o que autoriza o julgador a auferir abstra tamente as condi es da a o diante do que foi posto pelo autor em sua peti o inicial rejeito a preliminar em an lise uma vez que em tese o ordenamento jur dico admite de forma sobejante a pretens o deduzida Preliminar de car ncia de a o rejeitada 3 M RITO 3 1 LEGITIMIDADE ATIVA DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO OBRIGA O DE FAZER A O CIVIL P BLICA Recurso da LOTAXI A reclamada renova prefacial de ilegitimi
414. li dade exemplos nos quais o princ pio do duplo grau de juridi o cedeu lugar a outros princi pios de igual status normativo Vejam a hip tese da antecipa o de tutela positivada nos arts 2 3 e 401 do CPC A partir da leitura destes dispositivos percebe se facilmente que o Poder Legislativo conferiu maior peso ao principio da efetividade da presta o jurisdicional em detri mento do duplo grau de jurisdi o E o mesmo se pode entrever no art 515 32 do CPC na medida em que autoriza ao Tribunal apreciar o m rito da causa ainda que este n o sido jul gado pelo primeiro grau Novamente efetivida de prevalecendo sobre o duplo grau Mas os exemplos n o encerram aqui 28 Cf WATANABE Kazuo Acesso Justi a e sociedade Moderna in Participa o e processo S o Paulo Ed RI 1988 29 ALEXY Robert Teoria dos direitos fundamentais Trad Virg lio Afonso da Silva S o Paulo Malheiros 2008 pp 32 34 30 Idem p 85 et seq 31 Idem ibidem Do Na esfera processual trabalhista encon tramos uma das pondera es em abstrato mais acachapantes do sistema jur dico bra sileiro Falamos da supress o explicita do duplo grau para os processos cujo valor da causa coincida com o valor de al ada pre visto NO art 29 SS seu da Lein 5564 00 Deveras nestes enunciados normativos en contramos a permiss o para o encerramen to do processo em primeira inst ncia quan do a estimativa econ mica da controv rsia
415. lidade O e Supre mo Tribunal Federal j decidiu que os interes ses homog neos s o esp cie dos interesses coletivos registrando a m xima Corte que Direitos ou interesses homog neos s o os que t m a mesma origem comum art 81 III da Lei n 8 078 de 11 de setembro de 1990 constituindo se em subesp cie de direitos coletivos Quer se afirme interesses cole tivos ou particularmente interesses homog neos stricto sensu ambos est o cingidos a uma mesma base jur dica sendo coletivos explicitamente dizendo porque s o relativos a grupos categorias ou classes de pessoas que conquanto digam respeito s pessoas isoladamente n o se classificam como di reitos individuais para o fim de ser vedada a sua defesa em a o civil p blica porque sua concep o finalistica destina se prote o desses grupos categorias ou classe de pessoas RE 163231 SP S o Paulo Relator Min Maur cio Corr a Tribunal Pleno DJ 29 06 2001 Nesse contexto correta a e Turma que reconheceu a legitimidade do Minist rio P blico do Trabalho para ajuizar a o civil p blica cujo objeto que o empregador seja proibido de impedir que seus empregados anotem a real jornada de trabalho Recurso o o de embargos conhecido e n o provido Pro cesso n RR 1 3840 98 1998 5 15 0092 Rela tor Ministro HOR CIO RAYMUNDO DE SENNA PIRES DEJT de 9 10 2009 Ao apreciar o recurso do r u a Subse o Especializada em Diss
416. lton Abuso do direito na rela o de emprego S o Paulo LTr 2005 p 188 193 direitos e obriga es nos termos des ta Constitui o E IV livre a manifesta o do pen samento sendo vedado o anonima to h VI inviol vel a liberdade de consci ncia e de cren a sendo asse gurado o livre exerc cio dos cultos re ligiosos e garantida na forma da lei a prote o aos locais de culto e a suas liturgias VIII ningu m ser privado de di reitos por motivo de cren a religiosa ou de convic o filos fica ou pol tica salvo se as invocar para eximir se de obriga o legal a todos imposta e re cusar se a cumprir presta o alterna tiva fixada em lei Ra XLII a pr tica do racismo consti tui crime inafian vel e imprescrit vel sujeito pena de reclus o nos ter mos da lei O inciso XXX do art da Constitui o Federal de 1988 tamb m prev a proibi o de diferen as de sal rios de exerc cio de fun es e de crit rio de admiss o por motivo de sexo idade cor ou estado civil Esse mesmo artigo no inciso XXXII disciplina a proibi o de distin o entre trabalho manual t cnico e intelectual ou entre profissionais respectivos A Lei n 9 029 95 em seu art 1 estabe lece a proibi o de qualquer pr tica discri minat ria e limitativa para efeito de acesso a rela o de emprego ou sua manuten o por motivo de sexo origem ra a cor estado ci
417. m sti co em prol da fam lia Nessa perplexidade de como resolver as situa Cabe doravante analisarmos os efeitos cotidianos l2 N o tenho com a devida v nia de quem assim empresta valor a tal assertiva o ideal de que a Emenda Constitucional n 2 simbo liza a segunda fase da aboli o da escravatu ra n o compartilhando da imagem f cil que se tem dado na m dia de que os empregados dom sticos s o escravos de seus emprega dores porque ent o se deveria ter a premis sa de que a Constitui o de 1988 dita ent o como Carta da Cidadania nada mais seria que para muitos grupos mera fal cia N o significa dizer doutro lado que neste Pa s n o haja trabalha dores dom sticos sub metidos a condi es impr prias de trabalho mas isso se percebe es surgidas com a EC das NOVAS medidas sobretudo naqueles Wo espero ter as respos tas adequadas para que os transtornos ou sofri mentos aparentes dessa onera o repentina n o se transformem ainda mais como j se tem indicado na m dia na perda de postos de trabalho por diversos empregados dom sti cos ao instante que seus empregadores pre ferem n o arcar com os custos acrescidos substituindo o trabalho continuo por aque le eventual de trabalhadores aut nomos contratados como diaristas para sem os direitos inerentes aos empregados dom s ticos fazer frente a suas necessidades ao instante em que deslocam filhos para cre ches ou esc
418. m a redu o di ria de 2 ho ras de trabalho durante o respectivo per odo n o havendo alternativa concess o de fol ga em 7 dias corridos no per odo do desfecho contratual CLT art 488 par grafo nico Outro exemplo projetando poss veis con trov rsias a partir do novo direito limita o do tempo de trabalho a elasticidade r gida dos intervalos para repouso e refei o So mente dilat veis segundo a lei para al m de 2 horas por meio de acordo escrito ou nego cia o coletiva e redut veis para aqu m de 1 hora caso haja autoriza o do Minist rio do Trabalho e Emprego CLT art 71 caput e S 3 Sendo usualmente tomadas as refei es no pr prio local de trabalho n o seria perti nente a exig ncia de autoriza o ministerial para compress o do intervalo intrajornada no trabalho residencial 7 Com jeito de conclus o Portanto na atualidade a CLT ser a fon te formal subsidi ria preferencial para pre encher as muitas lacunas normativas de um sistema de prote o o dom stico agregado de novos direitos comuns aos demais empre gados e a vigorarem sem a necessidade de qualquer interposi o legislativa regulamen tadora Tamb m ser aplic vel aos dom sticos o estatuto processual contemplado na CLT Aqui inevit vel tal incid ncia porque n o ESCOLA JUDICIAL bb diz respeito rela o de direito material mas ao rito para solu o das controv rsias dom s ticas l
419. m aprovar o relat rio conhecer dos recursos e no m rito negar provimento ao recurso da reclamada e dar parcial provimento ao recurso do reclaman te para a reconhecer a nulidade de todos os contratos de trabalho dos ocupantes de empregos em comiss o com atribui es de dire o chefia e assessoramento pro movendo o seu afastamento em seis meses contados da publica o desta decis o sob pena de multa de R 10 000 00 referente a cada empregado mantido no emprego em desacordo com essa decis o independente de qualquer outra intima o b determi nar que a Hemobr s se abstenha de admitir quaisquer trabalhadores a t tulo de empre go em comiss o com atribui es de dire o chefia e assessoramento sem autori za o de lei ficando estipulada a multa de R 10 000 00 por cada trabalhador contrata do em desacordo com esta decis o reversi vel para o FAT c condenar a reclamada ao pagamento de indeniza o por dano moral coletivo no valor de R 200 000 00 Custas de R 4 000 00 pela reclamada calculadas sobre R 200 000 00 valor arbitrado con dena o Decis o nos termos do voto da Desembargadora Relatora CILENE FERREIRA AMARO SANTOS Desembargadora do Trabalho REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL 330 Processo 01325 2012 008 10 00 6 RO Ementa RECURSO ORDIN RIO EM MAN DADO DE SEGURAN A CONSELHO FEDE RAL DE ENFERMAGEM COFEN CONTRA TA O DE APRENDIZES Os Conselhos
420. m o passar do tempo observou aja se que esses acidentes se refletem na sociedade de diversas manei ras e o conjunto atingido de forma direta e indireta n o preju dicando somente o indiv duo que sofreu a les o mas toda a coletivi dade BEDIN 2010 p 20 Outro aspecto relevante em rela o as repercuss es sociais nos acidentes de tra balho diz respeito ao p blico alvo os aci dentes atingem cada vez mais a popula o economicamente ativa ocorre na faixa et ria mais produtiva ou seja dos 31 trinta e um aos 50 cinquenta anos Sabe se que na fase adulta s o afetadas as rela es pro fissionais sendo que muitas vezes com a interrup o de uma carreira em ascens o gera perturba es na vida social do traba lhador preciso que o Estado crie ou amplie as pol ticas sociais existentes a fim de torn las mais eficazes na garantia de uma vida digna aos trabalhadores voltadas especifi camente a preven o dos infort nios labo rais e no acompanhamento do acidentado e de sua familia Desde os prim rdios da exist ncia hu mana o trabalho utilizado como meio relacionamento e integra o social tendo assim import ncia fundamental de garantir a subsist ncia como tamb m na constitui o da vida nos aspectos f sicos sociais e mentais e portanto precisa lhe ser garan tido atrav s do cumprimento das normas j existentes meios de continuar a usufruir de forma saud vel dessa
421. m raz o da liberdade de ne gocia o e contrata o entre as partes art 444 CLT de natureza jur dica de utilidade n o salarial art 458 22 V CIT sendo que pac fico no mbito da Justi a do Trabalho a legalidade e licitude do custeio comparti lhado pelo empregado mediante desconto em seu sal rio art 462 CLT e S mula 342 ISi IV O art 114 VI CR estabeleceu a com pet ncia material da Justi a do Trabalho de forma expansionista e ampliativa para apreciar e julgar as a es indenizat rias em sentido lato e no plural que tenham origem e fundamento na rela o de trabalho ESCOLA JUDICIAL 1 0 V Trata se pois de compet ncia fixada em raz o da mat ria com origem e funda mento no contrato de emprego e n o dos eventuais sujeitos passivos da obriga o a ser apreciada e resolvida pelas normas da te oria da responsabilidade civil como expres samente prev o art 8 CLT VI Por outro lado pode se tratar de benefi cio institu do e criado pelas normas decorren tes da autonomia privada coletiva ACT e ou CCT arts 7 XXVI e 8 III e VI CR arts 611 e 013 IV CLT cuja compet ncia material da Justi a do Trabalho fixada no art 1 da Lei 8 984 1995 foi naturalmente recepcionada pela compet ncia constitucional residual por deriva o legislativa art 114 IX CR Kad gt i A Eri A p
422. ma breve exposi o dos fa tos de que resulte o diss dio e a formula o dos pedidos que guardem conson ncia l gica com a narra o desses fatos COS Nesse contexto predominando nessa Jus ti a Especializada a aus ncia de formalismos n o se pode considerar inepta a peti o ini cial que permitiu parte contr ria a sua com preens o e apresenta o de defesa tornando controversos os fatos articulados pelo autor na inicial Do que se depreende da peti o inicial O autor postulou a renova o da frota de nibus com base n o apenas da Resolu o CONTRAN ne 4 741 2012 e 811 1990 como tamb m com base na Recomenda o da Subsecretaria de Sa de Ambiental e Norma Brasileira ABNT NR 15570 2009 e da NR 17 do MTE apresen tando todos os fatos e fundamentos jur dicos do pedido na forma do 81 do art 840 da CLT Como se v os pleitos deduzidos est o amparados em normas que tratam das condi es de sa de higiene e seguran a do traba lho possibilitando o enquadramento jur dico cab vel na hip tese de se reconhecer a res ponsabilidade do empregador pelo descum primento das normas que regem a mat ria A primeira e segundo reclamados exerce ram seu direito de defesa sendo certo que se houve qualquer defeito na pe a de ingresso este n o inviabilizou o exerc cio do contradi t rio Impertinente portanto a declara o de in pcia da peti o inicial n o havendo que se falar em viola
423. manuten o da condena o seja estabelecida a condena o em patamar n o superior a R 10 000 00 dez mil reais O Minist rio P blico do Trabalho argu menta que pela magnitude dos interesses malferidos o valor fixado a t tulo de in eU deniza o revela se m dico frente ao po der econ mico da empresa reclamada e a grandeza do ente distrital porque fixa do em R 500 000 00 quinhentos mil reais para cada um dos r us Sustenta que tal valor n o traduz o pre ju zo moral potencial de que foi alvo toda a coletividade de empregados explorados pela via do descaso ao meio ambiente e a seguran a e sa de dos trabalhadores da reclamada e requer a majora o do valor para respectivamente R 2 000 000 00 dois milh es de reais para a empre sa LOTAXI TRANSPORTES URBANOS e R 10 000 000 00 dez milh es de reais para o Distrito Federal a fim de que surta efeito sancionat rio preventivo e peda g gico mais condizente com a triste reali dade retratada nos autos No arbitramento de valor de ressarci mento ao dano moral coletivo deve se levar em conta a intensidade da culpa ou dolo do transgressor extens o do prejul ZO capacidade econ mica e cultural do respons vel necessidade de ser desesti mulada a reitera o da ilicitude Nesse contexto considerando se o por te empresarial da r empresa privada de m dio porte com atua o em todo o Dis trito Federal abrigando em seu quadro de pessoal cer
424. mas nas empre gadas ou funcion rias Caberia a inda ga o ao proteger apenas as mulheres das revistas ntimas estaria o preceito da CLT a estabelecer prerrogativas em favor das mulheres a violar a igualdade de g nero estatu da no texto constitu cional A resposta a essa quest o evi dentemente negativa pois o legislador ordin rio protegeu somente a mulher trabalhadora pela singela raz o de ela ser o segmento dos empregados que se submete em realidade ao vexame ou constrangimento da revista ntima A bem ver a express o revista inti ma deve ser interpretada em absoluta conson ncia com o art 5 X da Carta Pol tica seja em raz o de a norma cons titucional divisar os fundamentos subs tanciais de validade de todo o sistema jur dico seja em virtude de se estar a proteger em ltima an lise a intimida de da mulher trabalhadora seja enfim porque aos direitos fundamentais deve ser assegurada sempre a sua m xima efetividade Restringir a aplica o do preceito da CLT as hip teses em que se desnuda ou se toca o corpo significaria com v nia reduzir a mulher a uma de sua muitas express es como se o direito preser va o de sua intimidade n o pudesse resguardar outros hemisf rios de seu mundo real ou sens vel que gozam de absoluta privacidade A bolsa da mu lher sem discrimina o da mulher tra balhadora dela uma extens o o seu rec ndito o lugar indevass vel onde se guardam os
425. mat ria trouxe balizas finca das por novos conceitos jur dicos formatados 1 Desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho de Campinas 15 Regi o Doutora com tese aprovada pela USF Universidade de S o Paulo p s gradua o stricto sensu Membro da Academia Nacional de Direito do Trabalho ANDT cadeira 70 Membro da REDLAJ Rede Latino Americana de Ju zes 2 Bacharel em Direito pela Pontif cia Universidade Cat lica de S o Paulo PUC SP Auditor Fiscal do Minist rio do Trabalho e Emprego AFT MTE Especialista em Auditoria Fiscal em Sa de e Seguran a no Trabalho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS Por limita o de espa o neste pequeno artigo n o foi poss vel aprofundar o debate por m a an lise mais detalhada das quest es relevantes poder ser obtida no livro em que os autores tratam da mat ria intitulado A nova lei do motorista profissional e os direitos fundamentais an lise espec fica e contextualizada das Lei n 12 619 2012 e 13 103 2015 que vem sendo considerado uma refer ncia pelos estudiosos cuja 2 edi o j est no prelo 203 tamb m pela crescente preocupa o com a preserva o da integridade f sica sa de e se guran a n o s dos motoristas mas tamb m de todos os demais que trafegam em ruas avenidas e rodovias A Lei 13 103 2015 que revogou muitos de seus artigos foi promulga da com a pretens o de dirimir as controv rsias suscitadas mas acabou preca
426. mb m estarem entre as principais causas desses males no Distrito Federal ou em To cantins REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL 2O ds Tabela 1 12 atividades econ micas das 25 maiores causas de concess o de aux lio aci dente por transtornos ps quicos no Brasil de 2011 a 2013 Org E Atividade Econ mica 2011 2012 Y Ignorado 3681 29 01 3360 28 97 3400 27 56 10441 28 51 ia Administra o p blica em geral 2068 16 30 1729 14 91 1790 14 51 5587 15 26 23 Transporte rodovi rio coletivo de passageiros metropolitano 985 7 76 995 8 58 1087 8 81 3067 8 37 32 Bancos m ltiplos comerciais 1209 9 53 910 7 85 845 6 85 2964 8 09 4a Atendimento hospitalar 794 6 26 772 6 66 893 7 24 2459 6 71 5a Com rcio varejista de mercadorias em geral hiper e supermercados 457 3 60 407 3 51 580 4 70 1444 3 94 6 Atividades de Correio 402 3 17 328 2 83 298 2 42 1028 2 81 7 Limpeza em pr dios e domic lios 189 1 49 193 1 66 244 1 98 626 1 71 137 1 08 134 116 115 0 93 386 1 05 153 Capta o tratamento e distribui o de gua 72 0 57 66 0 57 67 0 54 205 0 56 19 Servi os de catering buf e outros servi os de comida preparada 27 0 45 38 0 33 71 0 58 166 0 45 Zi Constru o de edif cios 38 0 30 60 0 52 43 0 35 141 0 39 25 Transporte rodovi rio de carga 25 0 20 37 0 32 53 0 43 115 0 31 Outras atividades 2574 20 29 2568 22 14 2851 23 11 7993 21 83 TOTAL 12688 100 11597 100 12337 100 36622 100 Fonte MPS 2013 2014 consolid
427. mbiente de trabalho for ando a desistir do emprego Desse modo toda pr tica ofensiva ou os tensiva realizada normalmente de forma rei terada que exp e o trabalhador de forma prolongada ou n o a situa es humilhantes e constrangedoras caracterizar ass dio mo ral por viola o dignidade e personalida de do empregado De acordo com Aparecido In cio Ferrari de classes sociais mais baixas ros Segundo Aparecido In cio Ferrari de Medei a discrimina o racial e de g nero se confundem e por vezes surgem como pano de fundo para a ocorr ncia do ass dio moral no ambiente de trabalho 66 Por esse motivo Aparecido In cio Fer rari de Medeiros ao tra ar a rela o entre o ass dio moral e a discrimina o racial assinala que o ato de discriminar consiste em inferiorizar outros tentando se mostrar superior o preconceito que ocorre quan do se colocam apelidos racistas e quando se inferioriza as pessoas de classes sociais mais baixas 20 STADLER Denise de F tima Ass dio moral Uma an lise da teoria do abuso de direito aplicado ao poder do empregador S o Paulo LTr 2008 p 69 199 Marie France Hirigoyen tamb m destaca que a discrimina o que resulta no ass dio moral no trabalho a que se destaca princi palmente por ser praticada contra os negros as mulheres e as mulheres negras os porta dores de algum tipo de defici ncia f sica a mulher
428. melhoria da condi o social Consent neo com a ordem constitucional portanto o entendimento segun do o qual aplic vel a parte final do par grafo nico do art 927 do CCB quando em discuss o a responsabilidade civil do em pregador por acidente de traba lho IST SBDI I E RR n 9951600 44 2005 5 09 0095 Rel Ministra Maria de Assis Calsing DJ 12 nov 2010 RESPONSABILIDADE CIVIL OB JETIVA E SUBJETIVA 1 O caput do art da Cons titui o Federal constitui se tipo aberto vocacionado a albergar todo e qualquer direito quando materialmente voltado melho ria da condi o social do traba lhador A responsabilidade subje tiva do empregador prevista no inciso XXVIII do referido preceito constitucional desponta sob tal perspectiva como direito m ni mo assegurado ao obreiro Trata se de regra geral que nao tem o cond o de excluir ou inviabilizar outras formas de alcan ar o direi to ali assegurado Tal se justifica pelo fato de que n o raro afigu co ESCOLA JUDICIAL Jb ra se dif cil se n o imposs vel a prova da conduta il cita do empre gador tornando intang vel o direi to que se pretendeu tutelar N o se pode alcan ar os ideais de justi a e equidade do trabalhador nsi tos teoria do risco admitindo interpreta es mediante as quais ao inv s de tornar efetivo nega se por equival ncia o direito re para o prevista na Carta Magna Consent neo
429. men u tica constitucional As Constitui es europeias neste contexto do ponto de vista material deixam de ser meros documentos ret ricos e de inspira o pol tica e passam a ter for a normativa aplica o de seus preceitos especialmente dos direitos fundamen tais aos casos concretos servindo necessaria mente de refer ncia e orienta o produ o a interpreta o e aplica o das normas infra constitucionais em raz o de sua caracter stica de centralidade do sistema Pedro Lenza informa que a lei e de modo geral os Pode res P blicos ent o devem n o s observar a forma prescrita na Cons titui o mas acima de tudo estar em conson ncia com o seu esp rito o seu car ter axiol gico e os seus valores destacados No aspecto for mal ela assume a posi o suprema do ordenamento jur dico irradian do toda a sua for a sobre ele Walber de Moura Agra informa que o neoconstitucionalismo tem como uma de suas marcas a concretiza o das presta es materiais prometidas pela sociedade servindo como fer ramenta para a implanta o de um Estado Democr tico Social de Direito Ele pode ser considerado como um movimento caudat rio do p s moder nismo Dentre suas principais caracte r sticas podem ser mencionadas a positiva o e concretiza o de um cat logo de direitos fundamentais b onipresen a dos princ pios e das re gras c inova es hermen uticas d densifica
430. mente proce dentes os pleitos formulados na A O CIVIL PUBLICA proposta pelo MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO Procuradoria Regional do Tra balho da 102 Regi o em face da empresa LOTAXI TRANSPORTES URBANOS LIDA e do DISTRITO FEDERAL impondo primeira re clamada o cumprimento de obriga es de fazer cominada com multa di ria para o caso de descumprimento e condenando os recla mados de forma solid ria ao pagamento de indeniza o por dano moral coletivo no im porte de R 500 000 00 quinhentos mil reais LOTAXI TRANSPORTES URBANOS interp e recurso ordin rio s fls 1840 1847 no qual renova preliminares de ilegitimidade ativa do MPT in pcia da inicial e impossibili dade jur dica do pedido No m rito pretende a reforma in totum do julgado alegando a im possibilidade de cumprimento todas as obri ga es de fazer em face do encerramento de suas atividades no setor em 00 12 2013 Em car ter sucessivo pede a redu o do valor ar bitrado a t tulo de dano moral coletivo bem como da multa imposta Preparo comprova do s fls 1874 1875 O DISTRITO FEDERAL interp e recurso ordi n rio s fls 18 0 1914 renovando as prelimi nares de incompet ncia do ju zo conex o e ilegitimidade passiva No m rito busca obter a revis o do julgado no que tange responsa bilidade solid ria que lhe foi imputada e em car ter sucessivo pede a redu o do valor ar bitrado a t tulo de dano moral coletivo Recurso
431. mica consagra o princ pio da aptid o para a prova segundo o qual o nus probandi pertence ao litigante que tem me Ihor condi o para faz lo O art 6 VIII do C digo de Defesa do Consumidor CDC Lei 8 078 1990 adotou referido princ pio ao faci litar a defesa do consumidor inclusive com a invers o do nus da prova a seu favor no processo civil quando a crit rio do juiz for verossimil a alega o ou quando for ele hi possuficiente segundo as regras ordin rias de experi ncias Fredie Didier Jr e outros 2007 p 58 de fendem que essa invers o do nus da prova t cnica que prestigia o princ pio da igualda de e n o pode ter sua utiliza o limitada s causas de consumo Armando Porras L pez 19506 p 251 sustenta que um dos princ pios da prova no processo do trabalho de que independentemente de condi o de autor ou r u deve provar quem est apto a isso M rcio T lio Viana 1993 1994 argumenta que quase sempre deve se inverter o nus da prova em favor do empregado pois o empregador quem det m em geral os meios de prova Carlos Alberto Reis de Paula 2010 p 113 na mesma linha afirma que a invers o do nus da prova uma das pecu liaridades do processo do trabalho 14 3 4 REQUISITOS PARA APLICA O DA TEO RIA DIN MICA Em sua origem a teoria din mica parte de duas premissas a desigualdade entre as partes em demonstrar o fato controvertido no caso
432. mina es co gentes das normas trabalhistas Trata se de alega es pertinentes defesa de direito coletivo e difuso Extraindo se a li o de JOS EMMANUEL BURLE FILHO sobre a propriedade de se manejar a es civis p blicas como instru mento educativo e democr tico cita se o seguinte ensinamento Como pregava o saudoso HELY LOPES MEIRELLES O uso da autoridade s l ci to ensina Sampaio D ria quando vise a obstar a que um indiv duo prejudique direi tos alheios ou obstar a que um indiv duo se escuse a cooperar pela manuten o da sociedade l JDe fato o ajuizamento de 300 a es civis p blicas que buscam o cumpri mento de deveres p blicos e democr ticos ou a condena o de entidades ou de pes soas por terem excedido os limites da lei e da liberdade advinda do regime democr tico acaba por ensinar ora os cidad os o agente p blico e as empresas ora as asso cia es ou os sindicatos a agirem viverem e se comportarem democraticamente isto a respeitarem a Constitui o a lei e os interesses difusos coletivos e at mesmo individuais Mesmo em rela o queles estranhos rela o processual instaurada pela a o civil p blica isto que n o s o partes o seu ajuizamento leva educa o democr tica acima mencionada uma vez que a sua divulga o ou o seu conhecimen to acaba por revelar e ensinar o que pode ou deve ser feito A o Civil P blica Ins trumento de
433. mo consignou a julgadora origin ria na senten a recorrida Relembre se para aqueles que entendem que a garantia de emprego do artigo 41 da CF 88 mesmo antes da EC n 19 1998 es tendia se apenas aos empregados da admi nistra o p blica direta e das entidades aut r quicas e fundacionais que a ECT equipara se a Fazenda P blica por for a do Decreto Lei n 509 1969 Desse modo ainda que se trate de empresa p blica por bvio que tamb m para os fins do artigo 41 em sua reda o ori ginal os seus empregados ostentariam a con di o de servidores Para al m desses fundamentos impor tante considerar tal como vem salientando REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL a reclamante desde a sua peti o inicial que entre a data da concess o da liminar nos autos do MS n n 8 050 DF e a data da dispensa passaram se quase 20 anos de tra balho despendido em prol da ECT situa o que conforme opinativo ministerial Indubi t vel que esse longo per odo de tempo ge rou uma legitima expectativa de seguran a e estabilidade no emprego inerente ao servi o p blico Ademais em que pese o poder de autotutela da Administra o que autoriza a declara o de nulidade dos pr prios atos deve se sempre resguardar os direitos adqui ridos sob pena de ofensa ao princ pio da se guran a jur dica fls 284 285 Feitas tais considera es ante o caso con creto em an lise entendo que a autora des t
434. moto rista efetivamente atua na dire o do veicu lo deu margem a in meros questionamentos por deixar de abranger tamb m o per odo em que o motorista fica disposi o do emprega tornava obrigat ria a concess o do descanso de seis horas com o ve culo parado constitucionalidade de um adicional em percentual inferior a 50 estabeleci do pela Constitui o Fede ral de 1988 como patamar m nimo mas certamente desencadear novos de bates quanto similitude ou n o com os institutos de sobreaviso prontid o dos ferrovi rios 3 3 Tempo de reserva A Lei 12 619 2012 estabeleceu nos SS6 e 12 do artigo 235 E que quando o empregador adotasse revezamento de motoristas traba lhando em dupla no mesmo ve culo inclusive nos casos de transporte de longa dist ncia de passageiros o tempo que excedesse a jornada normal de trabalho em que o motorista esti vesse em repouso no veiculo em movimento dirigido por outro motorista seria considerado tempo de reserva a ser remunerado em 30 da hora normal Al m disso dentro do per odo de 24 horas tornava obrigat ria a con cess o do descanso de 6 seis horas com o cuja 2 edi o encontra se no prelo defendemos a tese da obrigatoriedade de observ ncia do intervalo de 30 minutos por todos os motoristas profissionais tendo por base o artigo 67 A do C digo de Tr nsito Brasileiro CTB dor realizando tarefas conexas fun o em ve culo parado
435. mpre gat cio engloba o poder fiscalizat rio ou poder de controle entendido este como o conjunto de prerrogativas diri gidas a propiciar o acompanhamento cont nuo da presta o de trabalho e a pr pria vigil ncia efetivada ao longo 8 do espa o empresarial interno Medidas como o controle de portaria as revistas o circuito interno de televis o o contro le de hor rio e frequ ncia e outras pro vid ncias correlatas s o manifesta es do poder de controle Por outro lado tal poder empresarial n o dotado de ca r ter absoluto na medida em que h em nosso ordenamento jur dico uma s rie de princ pios limitadores da atua o do controle empregat cio Nesse sentido inquestion vel que a Constitui o Fede ral de 1988 rejeitou condutas fiscalizato rias que agridam a liberdade e dignidade b sicas da pessoa f sica do trabalhador que se chocam frontalmente com os princ pios constitucionais tendentes a assegurar um Estado Democr tico de Di reito e outras regras impositivas inseridas na Constitui o tais como a da inviola bilidade do direito vida liberdade igualdade seguran a e propriedade art 52 caput a de que ningu m ser submetido a tratamento desumano e degradante art 5 Il e a regra geral que declara inviol veis a intimidade a vida privada a honra e a imagem da pes soa assegurado o direito indeniza o pelo dano material ou moral decorrente
436. n to culpa dispens vel pertinente somente conduta o dano e o nexo causal com base na teoria do risco A conduta est baseada na no o de voluntariedade podendo ser uma a o ou omiss o na a o o individuo pratica um ato tendo consci ncia do ato lesi vo que esta causando enquanto na omiss o existe uma omiss o quanto ao conhecimen to da lesividade do ato praticado O dano por sua vez o feito resultante da a o ou omiss o praticada e pode se ma nifestar de diversas formas na constru o civil os danos s o desastrosos e v o des de mutila es de membros at a morte do trabalhador existe ainda a necessidade de demonstra o de nexo entre o evento e o dano este ltimo por si s n o capaz de gerar o direito a repara o nem somente a exist ncia de uma a o ou omiss o O nexo causalidade imprescind vel para configu ra o da responsabilidade civil Sobre o conceito de nexo causal Sergio Cavalieri diz N o exclusivamente jur dico de corre primeiramente das leis naturais o v nculo a liga o ou rela o de cau sa e efeito entre a conduta e o resulta do um conceito jur dico norma tivo atrav s do qual podemos concluir quem foi o causador do dano CAVA LIERI FILHO 2010 p 47 Aspecto importante em rela o ao nexo causal a comunica o de acidente de trabalho CAT imposi o legal feita para as empresas prevista no artigo 22 da lei 8 213 1991 e
437. n 2 2013 antes do t rmino do prazo de validade do pri meiro concurso em 7 5 2014 Refutou ainda a previs o em Edital de 2 500 vagas mas sele o para a forma o de cadastro de reserva sendo por sua vez imposs vel a nomea o S da reclamante tendo em vista a exist ncia de 1 442 candidatos aprovados mais bem coloca dos Quanto aos contratos tempor rios alegou que a sua celebra o decorre de situa es sa zonais para atender necessidade transit ria de substitui o de pessoal regular e permanente ou acr scimo extraordin rio de servi os em conformidade com a Lei n 6 019 74 sendo a empresa prestadora contratada de forma regu lar perante o Minist rio do Trabalho e Empre go sempre por meio de licita o observados todos os par metros legais Assim aduziu que n o se mostra razo vel que o banco utilize concurso p blico com todos os nus decor rentes para contratar empregados e em segui da dispens los quando os servi os que justi ficaram o acr scimo de pessoal n o existirem mais fl 3 1v9 O Juizo de origem acolheu a tese exordial e determinou a convoca o da reclamante para a realiza o dos exames m dicos e a contrata o subsequente da autora caso aprovada nos exames Inconformado o BANCO DO BRASIL insur ge se contra a decis o renovando suas alega es em confronto direto com os fundamentos esposados na senten a Inicialmente vale de pronto refutar a tese d
438. na configurando inelud vel afronta intimidade do trabalhador Recur so de revista conhecido e provido Proces so RR 3500 44 2002 5 02 0030 Data de Julgamento 22 11 2010 Relator Ministro Lelio Bentes Corr a 1 Turma Data de Publi ca o DEJT 04 02 2011 RECURSO DE REVISTA DANO MORAL DECORRENTE DE SUBMISS O DE EMPREGA DA A TESTES DE POL GRAFO DETECTOR DE MENTIRAS A submiss o de empregados a testes de pol grafo viola sua intimidade e sua vida privada causando danos sua honra e a sua imagem uma vez que a utiliza o do pol grafo detector de mentiras extrapola o exerc cio do poder diretivo do empregador por n o ser reconhecido pelo ordenamen to jur dico brasileiro o mencionado sistema Assim in casu compreende se que o uso do pol grafo n o indispens vel seguran a da atividade aeroportu ria haja vista existi rem outros meios inclusive mais eficazes de combate ao contrabando ao terrorismo e corrup o n o podendo o teste de poligra fo ser usado camufladamente sob o pretexto de realiza o de teste admissional rotinei ro e adequado Al m disso o uso do sistema de pol grafo assemelha se aos m todos de investiga o de crimes que s poderiam ser usados pela pol cia competente uma vez que no Brasil o legitimo detentor do Poder de Pol cia unicamente o Estado Recurso de revista conhecido e parcialmente provi do Processo RR 28140 17 2004 5 03 0092 Data
439. na sedi menta o perfil de uma nova identidade do direito laboral no Brasil privilegiando a vis atrativa do conceito de trabalho lato sensu como valor republicano em cumprimento a nova diretriz tra ada pela Emenda Constitu cional EC n 45 2004 Neste artigo apresentaremos os princi pais contornos das novas leis 12 019 2012 e IS 108 2015 buscando embora de forma sucinta por limita o de espa o sublinhar os pontos de maior relevo Para o leitor que tiver interesse no aprofundamento dos debates a an lise mais ampla e pormenorizada encon tra se no livro espec fico que temos sobre a mat ria 4 GEMIGNANI Tereza Aparecida Asta Justi a do Trabalho um novo rosto procura de uma nova identidade in Direitos fundamentais e sua cdo 2 DO EMPREGADO AO CIDAD O ASSU MINDO A NOVA FACE DO DIREITO TRABA LHISTA BRASILEIRO SAUDE E SEGURAN A EM FOCO As mudan as ocorridas nos ltimos anos seja no campo doutrin rio seja no mbito legislativo provocadas pela EC n 45 2004 alargaram a compet ncia da nossa Justi a para apreciar quest es oriundas da rela o de trabalho em sentido amplo Se a Lei 12 019 2012 suscitou d vidas quanto a extens o de sua abrang ncia a Lei 13 103 2015 deixou claro que as regras do novo estatuto profissional s o aplic veis n o s aos motoristas empregados mas tamb m aos aut nomos Entretanto outras d vidas permanecem Motoristas contratados por uma empresa estran
440. nas reduzi dos mas eliminados ou neutralizados O inciso XXIII por sua vez determina a obri gatoriedade do pagamento de adicionais de remunera o para o labor em atividades pe nosas insalubres ou perigosas Referidos adi cionais representam o intuito estatal de com pensar o desgaste f sico e mental que acomete o obreiro submetido ao desempenho de ativi dades prejudiciais a sua sa de e seguran a Em conson ncia com o texto constitucional a Lei 12 997 de 18 de junho de 2014 promo veu relevante inova o no Texto Consolidado para ampliando o rol de atividades ou opera es perigosas disciplinadas nos incisos le Il do art 193 da CLT considerar tamb m como de risco acentuado as atividades do trabalhador em motocicleta A mat ria foi recentemente regulamenta da pela Portaria n 1 505 de 13 de outubro de 2014 do Minist rio do Trabalho e Emprego a qual aprovou o Anexo 5 Atividades Perigosas em Motocicleta da Norma Regulamentadora n 10 que disciplina as Atividades e Opera es Perigosas Assim cabe tecer algumas considera es acerca das raz es sociolaborais e le gislativas que justificaram a preocupa o parlamentar que culminou na altera o do texto consolidado Regional do Trabalho da 24 Regi o MS Analista Judici ria no Tribunal Regional do Trabalho da 10 Regi o DF eio Endere o eletr nico melissa 1 Denominada pelo Deputado Ulysses Guimar es ent o Presidente d
441. ncei ra ii exercem a atividade de fiscaliza o de exerc cio profissional que como decor re do disposto nos artigos 5 XIII 21 XXIV atividade tipicamente p blica iii t m o dever de prestar contas ao Tribunal de Contas da Uni o art 71 II CRFB 88 2 Os conselhos de fiscaliza o profissional posto autarquias criadas por lei e ostentan do personalidade jur dica de direito p bli co exercendo atividade tipicamente p blica qual seja a fiscaliza o do exerc cio profissional submetem se s regras encar tadas no artigo 37 inciso Il da CRFB 88 quando da contrata o de servidores Pre Cedenmte RE 539221 T urma REEM Luiz Fux DJe 18 06 2012 3 A fiscaliza o das profiss es por se tratar de uma atividade t pica de Estado que abrange o poder de pol cia de tributar e de punir n o pode ser delegada ADI 1 717 excetu ando se a Ordem dos Advogados do Brasil ADI 3 026 4 In casu est em discuss o tese relacionada contrata o dos impe trantes ocorrida h mais de 10 dez anos e a alega o de desrespeito ao proces so de sele o e s regras constitucionais aplic veis art 37 II CRFB 88 fatos que 330 tornam imperativa a an lise mais apurada do mandado de seguran a sobretudo em decorr ncia do princ pio da prote o da confian a legitima 5 Agravo regimental provido apenas para possibilitar um me lhor exame do mandado de seguran a e facultar s partes a o
442. nci rios dos ltimos 8 oito anos solicita o e an lise dos programas ocupacionais da empresa especificamente o Programa de Preven o de Riscos Ambientais PPRA e Programa de Controle M dico de Sa de Ocupacional PCMSO verificando a cada 2 dois anos se eram realmente implementados realiza o de dilig ncias nas empresa com participa o de corpo m dico especializado Engenheiro e M dico do Trabalho a fim de verificar in loco as condi es laborais dos trabalhadores O inqu rito civil foi conclusivo no sentido exposto as fls 05 10 ICP n 188 2004 LOTAXI TRANSPORTES URBANOS LIDA os programas ocupacionais PPRA e PCMSO da empresa n o foram de vidamente implementados porque n o apre sentavam informa es compat veis entre si isto para determinado setor no PPRA constava determinado risco n o contempla do pelo PCMSO a reclamada n o realizava medidas avaliadoras e de preven o n o realizava an lise dosim trica adequada para avalia o do grau de exposi o ao ruido a que submetidos seus motoristas e cobrado res durante a jornada de trabalho dentro dos nibus com motores dianteiros n o incluiu os exames alterados no relat rio anual do PCMSO n o comprovou a realiza o das medidas sugeridas no PCMSO n o efetivou a es preventivas e corretivas do PPRA n o realiza o acompanhamento da s rie hist rica dos exames audiom tricos admissionais pe ri dicos de troca de fun
443. nciam pautas dicot micas isto estabelecem condi es que tornam necess ria sua aplica o e consequ ncias que se seguem necessariamente 3 os princ pios tem um peso ou import ncia relativa dimension of weight ao passo que as regras tem uma imponibilidade mais restrita assim os princ pios comportam avalia o sem que a substitui o de um por outro de maior peso sig nifique a exclus o do primeiro j as regras embora admitam exce es quando contraditadas provo cam a exclus o do dispositivo co lidente 4 o conceito de validade cabe bem para as regras que ou s o v lidas ou n o o s o mas n o para os princ pios que por serem submetidos avalia o de impor t ncia mais bem se encaixam no conceito de legitimidade 9 ALEXY Robert Teoria dos direitos fundamentais Tradu o de Virg lio Afonso da Silva 5 ed alem S o Paulo Malheiros 2008 p 8 e 89 10 CANOTILHO Jos Joaquim Gomes apud CARVALHO Kildare Gon alves Direito constitucional Teoria do Estado e da Constitui o Direito Constitucional Positivo 16 ed Belo Horizonte Del Rey 2010 p 006 11 DWORKIN apud CARVALHO Kildare Gon alves Direito constitucional Teoria do Estado e da Constitui o Direito Constitucional Positivo 16 ed Belo Horizonte Del Rey 2010 p 600 199 Pode se afirmar de maneira geral que na aplica o de princ pios utiliza se como m todo a pondera o lemb
444. nconstitucionalidade n 815 3 julgada em 28 03 1996 tendo como Ministro relator Morei ra Alves De todo modo ainda que o Supremo man tenha se resistente teoria da inconstitucionali dade de normas constitucionais cumpre anali 130 sar se essa possibilidade de questionamento da validade de normas da Constitui o tendo em vista a necess ria mudan a de paradigma cons titucional frente s press es sociais Nesse sentido vale salientar o que preceitua LARENZ 1997 p 495 De entre os factores que d o motivo a uma revis o com isso frequentemente a uma modifica o da interpreta o an terior cabe uma import ncia proeminen te altera o da situa o normativa Tra ta se a este prop sito de que as rela es f cticas ou usos que o legislador hist rico tinha perante si e em conformidade aos quais projetou a sua regula o para os quais a tinha pensado variaram de tal modo que a norma dada deixou de se ajustar s novas rela es o factor tem poral que se faz notar aqui Qualquer lei est como facto hist rico em rela o ac tuante como o seu tempo Mas o tempo tamb m n o est em quietude o que no momento da g nese da lei actuava de modo determinado desejado pelo le gislador pode posteriormente actuar de um modo que nem sequer o legislador previu nem se o pudesse ter previsto es taria disposto a aprovar No caso do direito de greve dos militares a ocorr ncia de mo
445. ndica es que se confronta de forma mais favor vel com as grandes em presas multinacio nais De fato os sin dicatos t m muitas dificuldades para se organizarem tamb m de adapta rem suas a es ins titucionais frente a volatilidade das ati vidades de empre endimentos trans nacionais e de sua pol tica econ mica de subcontrata es e de externaliza o de suas atividades mais essenciais Cita se a mi de o exemplo das zonas francas onde prevalece a m o de obra do bom mercado majoritariamente feminino que fica merc dos empreendedores in ternacionais tudo com a cumplicidade dos governos sede que aceitam e favorecem o surgimento dessas zonas francas totalmente desobrigadas do cumprimento de um direi to do trabalho e fiscal tutelares Deve ser real ado igualmente nesse con texto a explora o impiedosa do trabalho dos imigrantes um labor marginalizado porque cada vez mais emprendido sem v nculo ou prote o social A preocupa o aqui com os traba lhadores imigrantes costumeiramente ex plorados sob o manto da clandestinidade cujo n mero se eleva em termos globais a 191 cento e noventa e um milh es de pes soas sendo todos eles extremamente vulne r veis em face de sua exclus o social Muitos imigrantes trabalham na clandesti nidade e escapam por meios artificiosos de seus arregimentadores do campo de vis o dos sindicatos cl ssicos Eles os imigra
446. ndo eles aux lio doen a apo sentadoria por invalidez aux lio acidente pen s o por morte e reabilita o profissional a de pender do grau da incapacidade sofrida No atual contexto de sociedade onde as rela es tornam se cada vez mais din micas p 417 2958 423 16 Motivo registrada Trajeto Doen a do Trabalho 2009 2010 2011 2009 2010 ZAZ ne EMENDA NEGRA LUAR Fonte Minist rio da Previd ncia e Assist ncia Social Anu rio Estat stico de Acidente de Trabalho da Previd ncia Social e o trabalho constitui via principal de integra o social o trabalhador visto pela sua ca pacidade de gerar e viabilizar cada vez mais valor ao produto servi o do seu emprega dor essa tem sido a regra ditada pelo merca do capitalista Acontece que quando esse mesmo tra balhador acometido por um acidente ou doen a ocupacional que resulte por exem plo incapacidade definitiva para o trabalho a sociedade de um modo geral passa a v lo com outros olhos e o pr prio trabalhador 2011 2009 2010 2011 que antes tinha pleno vigor se v numa si tua o que os estudiosos do servi o social denominam vulnerabilidade social Sobre a quest o social nos acidente de trabalho segue importante entendimento A quest o social resultado da rela o capital trabalho traduz se em in meras formas de desigualda des dentre outros agravos a sa de desemprego eros o dos sistemas de prote o so
447. necessi dades especiais por for a do que disp e a Lei n 7 102 19883 e que n o h disponibili dade no mercado de trabalho dessa m o de obra Esclareceu que oficiou ao Departamen to de Pol cia Federal a fim de resguardar o seu posicionamento tendo o referido rg o ofertado resposta no sentido da incompati bilidade forma o e ao exerc cio de fun o em vigil ncia privada por parte dos de ficientes f sicos Tamb m salienta que mesmo no caso de inclus o das pessoas portadoras de defici n cia em seus quadros n o haveria empresa rg o ou entidade p blica que permitiria a presta o de servi os de vigilante por tais empregados 239 Requereu a concess o da ordem a fim de que as autoridades indigitadas coatoras se abstenham de exigir da impetrante a con trata o de pessoas com defici ncia para a atividade de vigilante devendo o c lculo do percentual a que alude o artigo 93 da Lei n 8 213 1991 incidir sobre o efetivo da empre sa excluidos os empregos de vigilante Em contesta o a Uni o afirmou que a notifica o expedida impetrante encontra resson ncia em ditames constitucionais e em v rios documentos internacionais Alegou que o artigo 93 da Lei n 8 213 1991 n o traz nenhuma exce o quanto ao cum primento das cotas para deficientes f sicos e pessoas reabilitadas raz o pela qual n o poss vel excluir determinada atividade inclu sive porque existem diferentes
448. nilo As perigos ssimas doutri nas do nus din mico da prova e da situ a o de senso comum como instrumentos para assegurar o acesso Justi a e superar a propatio diabolica In FUX Luiz NERY JR Nelson e WAMBIER Teresa Arruda Alvim co ords Processo e Constitui o estudos em homenagem ao Professor Jos Carlos Bar bosa Moreira S o Paulo Revista dos Tribu nais 2000 L PEZ Armando Porras Derecho Proce sal del Trabajo Puebla Jos Cajica Jr 1950 LOPES Jo o Batista A prova no Direito Processual Civil 2 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2002 MALLET Est v o Discrimina o e proces so do trabalho Revista do TST Bras lia v 05 n 1 out dez 1999 MARINONI Luiz Guilherme Curso de Pro cesso Civil Teoria Geral do Processo 3 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2009 v MARTINS S rgio Pinto Direito Processual do Trabalho 19 ed S o Paulo Atlas 2003 MELO Raimundo Sim o de Responsabi lidade objetiva e invers o da prova nos aci dentes de trabalho Revista LTr S o Paulo LTr v 70 n 1 jJan 2006 MOREIRA Carlos Roberto Barbosa Notas sobre a invers o do nus da prova em bene f cio do Consumidor Revista de Processo S o Paulo Revista dos Tribunais n 80 abr jun 1997 ORGANIZA O INTERNACIONAL DO TRA BALHO La hora de la igualdad en el traba les jo Genebra Oficina Internacional do Tra balho 2003 PAC FICO
449. no A teoria da inter preta o jur dica em Emilio Betti S o Pau lo Ed S rgio Fabris 2002 REALE Miguel Li es Preliminares de Di reito 20 ed revista S o Paulo Saraiva 2002 SABADELL Ana Lucia Manual de sociologia jur dica Introdu o a uma leitura externa do direito 0 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2013 pp 182 184 TARUFFO Michele Precedente e giurispru denza Rivista Trimestrale di Diritto e Proce dura Civile A 01 n 3 Milano Giuffr 2007 p 800 808 WATANABE Kazuo Acesso Justi a e so ciedade Moderna in Participa o e processo S o Paulo Ed RT 1988 REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL E E 4 A A T D P n e 3 A S DA E AN o P IA IVIISA GL na WA NR Em A PAT AR A BR w ot mr er DO NUSTDA NO PROCESS RESUMO A teoria din mica do nus da prova est sendo utilizada no Brasil apesar do sil ncio dos diplomas processuais Fundada em prin c pios constitucionais e processuais a teoria din mica tem aplica o porque a regra geral e est tica do encargo probat rio insuficien te para a solu o de todos os casos judiciais especialmente quando se est diante da cha mada prova diab lica O projeto de lei do novo C digo de Processo Civil prev sua apli ca o que tem lugar importante no Processo do Trabalho Conhecer compreender e es 108 AL JA APUCAGAC AABALHISTA BRASILEIRO Juiz Gustavo Carvalho Chehab
450. nosso Tamb m a OIT em sua 69 reuni o da Confer ncia Internacional do Trabalho em Genebra realizada em 1983 aprovou a Con ven o n 159 que trata da reabilita o de profissional e emprego de pessoas deficien tes Esse importante normativo internacional ratificado pelo Brasil em 1990 e com vig ncia nacional a partir de 18 05 1991 prev em linhas gerais que os pa ses membros devem adotar pol ticas de promo o de oportunida des de emprego para pessoas deficientes no mercado de trabalho tendo como base o princ pio de igualdade oportunidades entre os trabalhadores deficientes e dos trabalha dores em geral Na esteira desse compromisso internacio nal assumido pelo Brasil para inclus o da pes soa portadora de defici ncia a Constitui o Federal de 1988 estabeleceu como um dos fundamentos da Rep blica a promo o do bem de todos sem preconceitos de origem ra a sexo cor idade e quaisquer outras for mas de discrimina o art 3 IV CF No rol dos direitos sociais trazidos pela Carta Magna houve ainda a proibi o de 2H qualquer tipo de discrimina o no tocante a sal rios e crit rios de admiss o do trabalha dor portador de defici ncia art 72 XXXI da C Como forma de efetivar as garantias constitucionais de n o discrimina o de liberdade de trabalho e de igualdade de oportunidades para ingresso no mercado de trabalho a Lei n 8 213 91 assim disp s em seu art 93
451. nseje o paga mento s custas da Previd ncia Social de uma situa o inexistente 2 A CONCESS O DA APOSENTADORIA ESPECIAL E O USO DE EQUIPAMENTO DE PROTE O INDIVIDUAL A aposentadoria especial um benef cio previdenci rio pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social INSS ao benefici rio se gurado que tenha desempenhado suas ati vidades laborais em ambiente inadequado assim considerado aquele prejudicial sua sa de ou integridade f sica O fator determinante da concess o deste benef cio o exerc cio em ambiente insalu bre que em raz o da exposi o associa o de agentes f sicos qu micos ou biol gi cos gera um desgaste na vida do obreiro Por esta raz o a lei busca reparar financeira mente o trabalhador concedendo lhe apo sentadoria ap s um per odo reduzido de labor A titulo de exemplo cita se os ru dos vibra es calor e press o anormal como agente nocivo f sico n voas poeira gases como qu micos bact rias fungos e parasi tas como agentes biol gicos H4 Com efeito segurados que tenham tra balhado nas situa es acima mencionadas possuem o direito de aposentar se aos vinte e cinco vinte ou quinze anos conforme o caso como forma de repara o pelo dano decorrente das condi es especiais A discuss o ent o travada era se o traba lhador que executa atividades em ambiente prejudicial mas que recebe EPI efetivo que neutralize os efeitos p
452. ntalidade e a pondera o harm nica dos direitos fundamentais em colis o Defende ainda sua especial apli ca o nas a es trabalhistas que envolvam o meio ambiente a discrimina o a intimi dade e a privacidade e o ass dio sexual ou moral FELICIANO 2008 pp 105 106 Raimundo Sim o de Melo 2006 p 30 argumenta pela aplica o do art 6 VIII do CDC em a es que discutem acidentes do acerca de suas peculiaridades peti o inicial Em arti go publicado CHEHAB 2010 pp 52 71 defen di a aplica o da teoria din mica do nus da prova em processos de discrimina o no emprego examinei em es pecial a legisla o da Uni o Europeia 1997 art 4 p 8 dos Estados Unidos VALLEJO e MOURRAILLE 2009 p 14 da Espanha 1981 e de Portugal 2003 e destaquei a condena o imposta ao Brasil pela Corte Interame ricana de Direitos Humanos 2006 por em processo judicial exigir prova direta da dis crimina o em uma sele o de emprego de uma candidata afrodescendente Segundo publica o da OIT 2003 p 70 196 tradu o nossa Provar em um processo judicial que tem havido discrimina o di fici ainda que n o se pretenda de monstrar a inten o do imputado Na maioria dos casos que versam sobre op es de contrata o demiss o remunera o e promo o o em e REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL pregador que tem a informa
453. nte a seguir transcrito EMENTA RECURSO EXTRAORDIN RIO CONSTITUCIONAL LEGITIMIDADE DO MINIS T RIO P BLICO PARA PROMOVER A O Cl VIL P BLICA EM DEFESA DOS INTERESSES DIFUSOS COLETIVOS E HOMOG NEOS MEN SALIDADES ESCOLARES CAPACIDADE POS TULAT RIA DO PARQUET PARA DISCUTILAS EM JU ZO 1 A Constitui o Federal confere relevo ao Minist rio P blico como institui o permanente essencial fun o jurisdicional do Estado incumbindo lhe a defesa da or dem jur dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis CF art 127 2 Por isso mesmo det m o Mi nist rio P blico capacidade postulat ria n o s para a abertura do inqu rito civil da a o penal p blica e da a o civil p blica para a prote o do patrim nio p blico e social do meio ambiente mas tamb m de outros inte resses difusos e coletivos CF art 129 le II 3 Interesses difusos s o aqueles que abrangem n mero indeterminado de pessoas unidas pe las mesmas circunst ncias de fato e coletivos aqueles pertencentes a grupos categorias ou classes de pessoas determin veis ligadas en tre si ou com a parte contr ria por uma rela o jur dica base 3 1 A indeterminidade a caracter stica fundamental dos interesses difu sos e a determinidade a daqueles interesses que envolvem os coletivos 4 Direitos ou inte resses homog neos s o os que t m a mesma origem comum art 81 III da Lei n 8 078 d
454. ntes clandestinos s o filia dos ao imenso dom nio da economia infor mal que por defini o designa atividades econ micas que seja no aspecto da legisla o ou da pr tica trabalhista n o s o cober tos pelas disposi es formais de prote o ao trabalho Os sindicatos reputam da mais alta im port ncia constituir organiza es no seio da economia informal porque eles se deram conta de que torna se inadi vel aglutinar de forma mais organizada e institucional a m o de obra informal n o apenas porque tais tra balhadores alijados do mercado de trabalho constituem uma significativa massa oper ria de trabalhadores invis veis e sem direitos como tamb m porque eles desejam estar em condi es de negociar em favor de traba lhadores organizados segundo os tradicionais esquemas sindicais Vale ressaltar a dimens o enorme e multi forme dessa economia informal onde n o se aplicam as prote es legais dos trabalhado res formais e onde s o ressentidas organiza es que possam reagrupar tais trabalhadores com o objetivo de perseguir uma qualidade de vida mais decente Se no mbito do trabalho informal degra dante e clandestino o di logo social ainda n o logrou pr ticas justas de um trabalho dig no e decente sua efic cia cada vez mais in tensa no mbito do trabalho formal se consi derarmos que as boas pr ticas laborais foram alcan adas atrav s desse meio de intera o social sendo exemplo di
455. nto nos dias atuais em que as transforma es se d o de forma c lere o trabalhador muitas vezes n o tem conseguido demons trar a referida culpa e fica a merc de atos lesivos praticados por empregadores 19 Diante dessa circunst ncia vozes na dou trina se insurgiram no sentido de considerar objetiva a responsabilidade das empresas pe los acidentes de trabalho bastando para isso a prova do dano e do nexo causal usando como fundamento o fato de que n o se pode fazer uma interpreta o literal do inciso XXVII do artigo da Constitui o Federal o qual elucida o direito a indeniza o para trabalha dor quando incorrer o empregador em dolo ou culpa e sim associ lo obrigatoriamente ao caput do artigo que preceitua uma s rie de direito dos trabalhadores al m de outros que visem condi o da melhoria social Va Corroborando com esse entendimento Amauri Mascaro Nascimento assevera A Constitui o deve ser interpretada como um conjunto de direitos m nimos e n o de di reitos m ximos de modo que nela mesma se encontra o comando para que direitos mais favor veis ao trabalhador venham a ser fixados atrav s da lei ou das conven es coletivas Ao declarar que outros direitos po dem ser conferidos ao trabalhador a Cons titui o cumpre tr plice fun o Primeiro a elabora o das normas jur dicas que n o deve perder a dimens o da sua fun o so cial de promover a melhoria da condi
456. nto constante durante o contra to de trabalho capaz de tornar a situa o in compativel com a perman ncia do v nculo de emprego E porque descumprida a obriga o quanto ao FOTS que torna invi vel a manuten o da rela o empregat cia a conduta da reclama da se enquadra no art 483 d da CLT o que autoriza a ruptura do contrato de trabalho por culpa do empregador Quanto data da rescis o indireta n o h nos autos at o momento qualquer informa o de ruptura do contrato de trabalho Dessa forma considero a data de publica o deste ac rd o como sendo o termo final do contrato de trabalho cuja rescis o indire ta acolhida Defiro reclamante por conseguinte as seguintes parcelas aviso pr vio de 30 dias Lei 12 506 2011 saldo de sal rio 132 sal rio 2014 proporcional f rias de 2012 2013 e f rias proporcionais de 2014 acrescidas de 1 3 FGTS do pacto acrescido da multa de 40 a serem apuradas tendo como termo final a data de publica o deste ac rd o Portanto dou parcial provimento ao re curso ordin rio da reclamante para acolher a rescis o indireta do contrato de trabalho nos termos do art 483 al nea d da CLT na data da publica o deste ac rd o e por conseguinte defiro 30 dias de aviso pr vio bem como saldo de sal rio 13 sal rio 2014 proporcional f rias vencidas de 2012 2018 f rias proporcionais de 2014 acrescidas de 1 3 e FGTS do pacto
457. nto de indeniza o por dano moral em raz o da revista na bolsa dos empregados ou seja a an lise est adstrita verifica o do procedimento adotado pela recla mada como dano moral nos termos do art 5 X da Constitui o Federal Na li o do Exmo Ministro Walmir Oliveira da Costa revela se o seguinte conceito o dano moral aquele que atinge o ser humano em seus valores mais n timos causando lhe les es em seu pa trim nio imaterial como a honra a bo a lama a dignidade o nome etc bens esses que em sua ess ncia isto con siderados em si mesmos do ponto de vista ontol gico n o s o suscet veis de aferi o econ mica mas sim seus efei tos ou reflexos na esfera lesada O dano material ao contr rio lesa bens corp reos que s o suscet veis de valora o pecuni ria in Dano Moral nas rela es laborais 22 ed Curitiba Juru 2008 p 33 O art 58 da CRFB 88 inaugura o elenco de direitos fundamentais con sagrados que homens e mulheres s o iguais em direitos e obriga es nos ter mos desta Constitui o For sua vez o inciso X do mesmo artigo prescreve se rem inviol veis a intimidade a vida pri vada a honra e a imagem das pessoas assegurado o direito a indeniza o pelo dano material ou moral decorrente de sua viola o ESCOLA JUDICIAL 80 A seu turno o art 373 A inciso VI da CLI veda ao empregador ou preposto proceder a revistas nti
458. o 10 Regi o em sess o realizada na data e conforme a respectiva certid o de julgamen to aprovar o relat rio conhecer parcialmen te do recurso ordin rio do Reclamante e no m rito negar lhe provimento nos termos do voto do Desembargador Relator Ementa aprovada Brasilia DF 29 de janeiro de 2014 JOS LEONE CORDEIRO LEITE Desembargador do Trabalho REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL PREVISTA DO TRTIO www escolajudicial trt10 jus br
459. o mais acentuado in Prote o jur dica sa de do trabalhador 6 ed S o Paulo LTr 2011 p 202 Desse modo tem se que o exercicio da atividade laborativa em ambiente perigoso mais desgastante que aquele exercido sob condi es tidas como normais porque exige vigil ncia permanente do obreiro al m de submeter o trabalhador ao conv vio cons tante com a possibilidade de ocorr ncia de acidentes Assim como meio de compensar o desgaste instituiu se o adicional de pericu losidade Em uma perfunct ria digress o hist rica sobre a legisla o nacional acerca do ins tituto tem se que a primeira norma a tra tar do adicional de periculosidade foi a Lei 2 573 1955 que previa o pagamento de um adicional de 30 sobre o sal rio dos traba lhadores que exercessem suas atividades em contato permanente com inflam veis con ferindo ao ent o Minist rio do Trabalho In d stria e Com rcio a faculdade de ampliar o rol de atividades profissionais delimitado pela ler O artigo 193 da CLI em sua reda o origi nal n o disciplinava o adicional de periculo sidade limitando se a dispor sobre a necessi dade de dispositivos de partida nas m quinas que assegurassem o in cio de movimentos sem perigo para os trabalhadores Esse arti go teve a sua reda o alterada pelo Decreto 2 Adicional de periculosidade uma breve exposi o sobre as inova es da Lei 12 40 12 3 Art 2 Consideram se para
460. o TST 52 T Ag AIRR 397 90 2012 5 02 0088 EMMANOEL j 16 0 2014 DEJTE 7 201 AGRAVO DE INSTRUMENTO RECURSO DE REVISTA 1 PRELIMINAR DE NULIDADE POR INCOMPET NCIA DA JUSTI A DO TRABALHO ADMISS O POR CONCURSO P LICO FASE PRE CONTRATUAL COMPET NCIA MATERIAL E competente a Justi a do Trabalho para co nhecer e julgar lit gios referentes ao per odo pr contratual de potencial empregado que presta concurso p blico para ingresso em en tidade estatal regida pelo art 1 3 81 Il da Constitui o e pelo Direito do Trabalho art 114 CF Desse modo n o h como asse gurar o processamento do recurso de revista quando o agravo de instrumento interposto n o desconstitui a decis o denegat ria que subsiste por seus pr prios fundamentos TST 3 T AIRR 18 0 94 2010 5 02 04 2 GODI NHO j 19 3 2014 DEJT 21 3 2014 COMPET NCIA DA JUSTI A DO TRABA LHO RELA O PR CONTRATUAL CONCUR SO P BLICO CADASTRO DE RESERVA LIT GIO ORIGINADO NA FASE PR CONTRATUAL Consoante o entendimento que vem se con solidando nesta Corte superior compete Justi a do Trabalho processar e julgar lit gio originado na fase pr contratual relaciona do preteri o de candidato aprovado em concurso p blico para cadastro de reserva caracterizada pela terceiriza o no prazo de validade do certame dos servi os para o qual fora realizado o concurso Hip tese REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL em que
461. o b o porte eco n mico do agente c o porte econ mico da v tima d o grau de reprovabilidade da conduta e e o grau de culpabilidade do agente A oscila o inicial da jurisprud ncia tra balhista ora arbitrando valores irris rios ora estipulando valores elevados estabi lizou se predominando hoje data venia montantes que no entendimento deste Relator n o reparam os danos e muitas vezes sequer atendem o pressuposto pe dag gico da indeniza o Ao contr rio dos pa ses dito desenvol vidos em que a fixa o de altos valores monet rios contribuiu para a efetividade do respeito aos direitos da personalidade col do homem satisfazendo a dupla fun o da indeniza o atingir o patrim nio do ofensor e demonstrar a este e socieda de que o desrespeito a estes direitos ser duramente repelido a fixa o de valores mais modestos tem como base evitar o enriquecimento il cito predominando no Judici rio brasileiro esta segunda corrente Al m de observados os par metros que auxiliam a defini o da indeniza o ex tens o do dano o porte econ mico do agente e da vitima os graus de reprovabi lidade da conduta e de culpabilidade do agente a discricionariedade do julgador deve pautar se tamb m pelos princ pios da razoabilidade e da proporcionalidade na fixa o dos valores indenizat rios Neste mister n o tem aplica o o princi pio da veda o do enriquecimento il ci
462. o seja o n mero determin vel ou n o estamos na presen a de dano moral coletivo Assim toda vez que estivermos diante de les o da esfera moral de uma coletividade estaremos na presen a de dano moral coletivo A coibi o de condutas caracterizadoras de danos morais coletivos de interesse pu blico da porque o Minist rio P blico do Tra balho deve atuar na preven o e repress o de tais condutas o que significa prote o da sociedade e dos cidad os mas tamb m evi tando a efervesc ncia de danos morais indi viduais Tal como ocorre com o dano moral indivi dual o dano moral coletivo tamb m encon tra seu fundamento na Constitui o da Rep blica seja no art 1 9 H II 3 29 1 I e IV e 4 2 II seja nos artigos 5 V Dos dispositivos citados no par grafo an terior emergem claros fundamentos da nos sa na o cidadania a dignidade da pessoa humana os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa seus objetivos constru o de uma sociedade livre justa e solid ria a garantia do desenvolvimento nacional a erradica o da pobreza da marginaliza o a redu o das desigualdades sociais e 330 regionais bem como a promo o do bem comum e o combate aos preconceitos de quaisquer origens bem como a pol tica internacional de preval ncia dos direitos humanos evidenciando que o ser humano deve ser respeitado n o s individualmente mas tamb m coletivamente A legisla o
463. o afora Com a chegada dos achadores do Brasil foram capturados contingentes numerosos de ndios viventes no nosso territ rio e trazi das legi es de negros africanos para empres tarem em regime de escravid o a sua for a de trabalho dividida entre a produ o nos campos e as tarefas de arruma o cozinha e higiene das vestimentas nas casas tanto na zona rural quanto nos centros urbanos Tais prestadores de servi os rurais e dom sti cos eram considerados reles mercadorias e como todo bem tinham o seu destino com pletamente confiado ao arb trio de seus res pectivos senhores Abolida a escravatura com a promulga o da Lei urea em 13 de maio de 1 8882 os negros tornaram se livres mas sem qual quer prepara o para uma vida sem corren tes continuaram atrelados s mesmas ativi dades desempenhadas antes do ato firmado pela Princesa Isabel Como se dava com as demais formas de trabalho as atividades la borais dos ex escravos passaram a ser regidas pelas regras da loca o de servi os Somente no in cio do S culo XX que come aram a ser editadas na onda das primeiras constitui es introdutoras de direitos sociais sendo pioneira a Mexicana em 1 917 as primeiras leis brasileiras esparsas em mat ria de Direi to do Trabalho endere adas a determinadas categorias profissionais At a edi o da primeira lei nacional de tutela do trabalho dom stico Decreto lei n 3 078 41 a presta o
464. o au torit rio existente poca da ditadura mi litar e o Estado Democr tico de Direito J nos seus primeiros artigos consagra os fundamentos e os objetivos da Rep blica a separa o dos poderes estatais o prin c pios aplic veis nos mbitos internos e externos do Estado os direitos e garantias fundamentais e afirma o Supremo Tribunal Federal como o Org o de jurisdi o consti tucional o que revela com clareza a sua aptid o corrente neoconstitucionalista Como criticas mais comuns ao Neocons titucionalismo podem ser citadas as seguin tes totalitarismo constitucional inclus o de mat rias sup rfluas e em demasia na Cons titui o como normas de ndole financei ra cultural educacional e esportiva oca sionando sua banaliza o exist ncias de normas contradit rias no texto constitucio nal o que gera a perda de sua autoridade e unidade falta de efetividade das normas program ticas Uadi Lamm go Bulos assevera o certo que na contemporanei dade a amplia o do cont udo das constitui es acabou desvalorizan do as Elas n o mais gozam daquele respeito de outrora Foram banaliza 4 BARRETO Alex Muniz Direito constitucional positivo Leme S o Paulo Edijur 2013 p 73 5 CARVALHO Kildare Gon alves Direito constitucional Teoria do Estado e da Constitui o Direito Constitucional Positivo 16 ed Belo Horizonte Del Rey 2010 p 271 ESCOLA JUDICIAL lof da
465. o da declara o de nulidade dos referidos contra tos de empregos em comiss o n o inseridas nas atividades de dire o chefia e assessora mento A situa o mais se avulta quando se verifica que o pedido recursal foi formulado para se declarar v lidos todos os empregos comissionados presentes na estrutura orga nizacional da estatal recorrente fl 374 Por consequ ncia n o se h falar em aus ncia de sucumb ncia ou falta de interesse recur sal Rejeito a preliminar suscitada Presentes os pressupostos objetivos e sub jetivos de admissibilidade dos recursos deles conhe o M RITO 1 RECURSOS DO RECLAMANTE E DA RE CLAMADA 1 1 EMPREGO EM COMISS O A reclamada postula a reforma da decis o que declarou a nulidade dos contratos vigen tes em seu quadro pactuados por meio dos denominados empregos em comiss o O faz renovando os argumentos de legalidade dos referidos empregos O reclamante pretende que a declara o de nulidade dos empregos em comiss o abranja todos os contratos existentes na em presa em raz o da aus ncia de lei autoriza dora da cria o dos referidos empregos in clusive para aqueles exercidos nas atividades de dire o chefia e assessoramento O art 3 7 Il da CR determina que a inves tidura em cargo ou emprego p blico depen de de aprova o pr via em concurso p blico de provas ou de provas e t tulos de acordo com a natureza e a complexidade do c
466. o de que n o se filie a determinado sindicato ou mesmo que dele se dissocie para obter o em prego sendo que de igual sorte n o podem ser discriminados ou pressionados em virtu de de sua filia o sindical ou de sua partici pa o em atividades sindicais e Co ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO No que pertine ao di logo social a pr pria Organiza o Internacional do Trabalho o define como inclusivo de todos os tipos de negocia o ou pura e simplesmente a troca de informa es entre os representantes do governo os trabalhadores e os empregado res no que pertine a quest es de interesse comum ligadas pol tica econ mica e social Esse modelo de di logo social funcionou bem naqueles pa ses que optaram pela ado o do Estado Provid ncia O Estado do bem estar social foi colocado em xeque a partir dos anos 80 tendo como causa igualmente a queda ou influ ncia de poder do bloco sovi tico que ocorreu no fim deste mesmo dec nio fazendo surgir con 138 cep es diferentes a prop sito do papel do Estado principalmente no mago das rela es existentes entre o capital e o trabalho Tais rela es e concep es a respeito do verdadeiro papel do Estado no mundo da economia e do trabalho foram permitidas ou mesmo provocadas pelas altera es ocor ridas nas rela es de for a existentes entre eles e tamb m pela evolu o tecnol gica dos meios de comunica o e de tran
467. o de empreendimentos imobili rios 442 trans porte rodovi rio coletivo de passageiros metropo litano 421 restaurantes e estabelecimentos de servi os de alimenta o e bebidas 385 limpeza em pr dios e em domici lios 343 servi os de ca B RAS L tering buf e outros servi os de comida preparada 331 caixas econ micas 328 e Administra o p blica em geral 288 b em Tocantins atividade ignorada 309 acidentes atendimento hospitalar 203 constru o de edif cios 175 cria o de bo vinos 160 Administra o p blica em geral 159 capta o tratamento e distribui o de gua 143 obras para gera o e distribui o de energia el trica e para telecomunica es 117 constru o de rodovias e ferrovias 116 abate de reses exceto su nos 100 com rcio varejista de mercadorias em geral hipermer cados e supermercados 84 transporte ro dovi rio de carga 80 instala es el tricas 60 produ o de sementes certificadas 52 e atividades de correio 52 Jo A maioria das 13 atividades econ micas que mais causou acidentes de trabalho no DF e em TO est o na rela o das 25 maiores causadoras de doen as ps quicas ocupacio nais no Brasil o DF com 10 atividades neste role o Tocantins com O n mero baixo de doen as ps quicas ocupacionais na Administra o p blica em geral no DF tem uma explica o Os servido res publicos estatut rios est o fora
468. o de forma diferenciada em rela o a cada trabalhador Precedentes AIRR 197500 59 2001 5 15 0014 Ac 3 Turma Rel Min MAURICIO GODINHO DEL GADO DEJT 01 02 2013 RECURSO DE REVISTA A O CIVIL PUBLICA ILEGITIMIDADE DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO INTERESSES INDI VIDUAIS HOMOG NEOS CONTRATA O POR COOPERATIVA TRABALHADORES ES PECIALIZADOS FRAUDE A legitimidade do Minist rio P blico do Trabalho na defesa de interesses individuais homog neos em a o civil p blica j est consagrada na doutrina e na jurisprud ncia do c Tribunal Superior do Trabalho e do e Supremo Tri bunal Federal O Douto Minist rio P blico tem a legitimidade reconhecida conforme previs o tanto na Constitui o Federal art 127 c c 129 inciso ll quanto na LC 75 93 que conferiu tal legitimidade para a defesa dos interesses difusos e coletivos na Justi a do Trabalho sendo os interesses individuais homog neos esp cie de interesses coleti vos lato sensu Constatando se a exist ncia de fraude na contrata o dos trabalhadores especializados por interm dio de coopera tiva de se verificar que se encontra a ma t ria inserida naqueles direitos que visam a defesa da ordem jur dica e dos interesses sociais e individuais indispon veis o que torna legitimado o Douto Minist rio P blico Precedentes Recurso de revista conhecido 3l e provido RR 283400 87 2001 5 02 0073 Ac 62 Turma Rel Min ALOYSIO CORR A
469. o direito Recht sgefuhi Lutar pelo direito lutar pela con serva o moral da pessoa Por isso dizemos que um aspecto essencial da conditio humana que n s procuremos a justi a que n o a en contremos no mundo e nem ao menos possuamos estere tipos fixos de Justi a Justi a uma tarefa tanto como um problema eterno da defini o do que Justi a quanto como uma tenta tiva de agir de maneira justa e de criar um mundo relativamente justo E por isso que devemos compreen der o direito como a esperan a dos ho mens que renasce segundo Hor cio todos os dias aliusque et idem 5 Conclus o Diante de todo este contexto pode se concluir que a Justi a do Trabalho det m compet ncia material para apreciar e julgar as a es indenizat rias que versem sobre o inadimplemento de ap lice de seguro de vida e ou acident ria contratada pelo em pregador a favor de seus empregados com empresa securit ria eis que 13 Aid ia de efetividade conquanto de desenvolvimento relativamente recente traduz a mais not vel preocupa o do constitucionalismo 11 ANDRADE NERY Rosa Maria de Responsabilidade da Doutrina e o Fen meno da Cria o do Direito pelos Juizes In FUX Luiz NERY JR Nelson e WAMBIER Teresa Arruda Alvim Coord Processo e Constitui o Estudos em Homenagem ao Prof Jos Carlos Barbosa Moreira RT 2006 p 12856128 12 O Min do STF Sep lveda Pertence em seu voto
470. o do Trabalho ajuizou a presente a o civil p blica para restabelecer o ordenamento jur dico que entende estar reiterada e flagrantemente violado Busca assim a condena o da empre sa a deixar de aplicar o referido teste nos So candidatos ao emprego aos seus empre gados ou prestadores de servi o a divul ga o no mbito interno no prazo de 30 trinta dias sobre essa proibi o al m de multa equivalente a R 100 000 00 cem mil reais por cada pessoa submetida a tal procedimento Requereu ainda a conde na o da demandada ao pagamento de R 1 000 000 00 um milh o de reais a t tulo de dano moral coletivo A caracteriza o legal dos direitos in dividuais homog neos coletivos e difu sos vem estampada no art 81 par grafo nico e incisos do C digo de Defesa do Consumidor J a legitimidade do Minist rio P blico do Trabalho para a defesa da ordem jur dica est prevista nos arts 127 e129 da CF 0S inciso Vi alncas C ed e 83 incisos e Ill da Lei Complementar ne 75 1993 Da mesma forma sinaliza o art 82 inciso l da Lei n 8 078 1990 e de modo especifico no art 32 da Lei n 1 853 1989 que rege as a es civis p blicas destinadas prote o de interesses meta individuais No caso em exame extra vel em um primeiro plano a defesa de interesse in dividual homog neo em rela o aque les trabalhadores submetidos exig ncia pr via de contrata o ou ainda
471. o dos Autos de Infra o essas sim capazes de servir de prova id nea perante o Juizo E n o o fez certamente por que tais decis es n o lhe s o favor veis con clus o corroborada pela juntada de pe as de recurso administrativo Ora se o r u precisou recorrer na seara administrativa porque as decis es acerca dos Autos n o respaldaram as suas teses O r u se apega ao fato de os Autos de ln fra o serem antigos mas n o foi capaz de trazer uma s decis o administrativa prola tada em seu favor ou seja que rechace a alega o do parquet e dos Auditores Fiscais no sentido de que o demandado mant m os empregados trabalhando al m da jornada m xima legalmente permitida ou que permi ta o gozo integral do intervalo intrajornada Por mais que o r u se esfor asse por com provar que respeita a jornada m xima legal e o intervalo intrajornada a prova dos autos apontou noutro sentido De fato reexaminada a percuciente an lise probat ria feita pelo ju zo de origem constata se nos in meros autos de infra o expressamente indicados na senten a o des cumprimento das normas legais dentre aque les colacionados s fls 140 284 e 348 437 atinentes aos estados de S o Paulo Rio de Janeiro e Minas Gerais al m de outros como Santa Catarina por exemplo nos quais se constata a marca o irregular da jornada ls iG T der be rs let A DP DAS a prorroga o da jornada al m dos limites legais fls 147
472. o e demissionais a que submetidos seus empregados motoristas cobradores despachantes e apontadores entre outros Ap s an lise dos exames audiom tricos dos trabalhadores da empresa pelo M dico do Trabalho foi registrada a preval ncia de audiometrias alteradas enquadradas na clas sifica o de PAIR Perda Auditiva Induzida por Ru do ou sugestivas de altera es de sencadeamentos ou agravamentos por ex posi o ao ru do ou por n veis de press o so nora elevados constituindo um componente epidemiol gico forte para o enquadramento de nexo causal entre o trabalho e as les es apresentadas Diante das graves constata es obtidas com o inqu rito civil encaminhou Notifica o Recomendat ria e minuta de Termo de Ajustamento de Conduta tendo a reclamada se recusado a celebr lo ao argumento de que n o teria como evitar poss vel progres s o dos problemas que ocorrem com a audi o dos motoristas e cobradores E em n o se ajustando pronta e espon taneamente ao determinado na legisla o pertinente n o restou alternativa se n o as medidas judiciais cab veis contra a reclama da para impedir a perpetua o do descaso e REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL banaliza o do adoecimento acometido aos motoristas cobradores e demais trabalhado res do aludido segmento profissional O autor disse ainda que o pr prio Distrito Federal admitiu a prejudicialidade dos riscos advindos do ex
473. o mesmo cidad o tra balhador poderia ensejar a seguinte situa o ex druxula ao final do expediente o empregado de cide fazer compras no estabelecimento em que trabalha Ap s passar pelo caixa e efetuar o paga mento n o poder ter a sua sacola de compras vistoriada mas paradoxalmente o empregador ou seu preposto poderiam solicitar que exibisse seus pertences pessoais 22 JDFT 22 Turma Recursal dos Juizados Especiais C veis e Criminais ACJ 2009 01 1 124092 2 Relatora Ju za Edi Maria Coutinho Bizzi Julgado em 23 11 2010 e Publicado no DJ em 06 12 2010 p 452 TJDFT 12 Turma C vel APC 20090710323878 Relator Desembargador Esdras Neves Revisor Desembargador Sandoval Oliveira Julgado em 11 05 2011 e Publicado no DJ em 18 05 2011 p 73 TJDFT 2 Turma Recursal dos Juizados Especiais C veis e Criminais do DF ACJ 2009 01 1 1764432 Julgado em 18 01 2011 e Publicado no Dem 20 pe TJDFT 12 Turma C vel APC 200601 10048489 Relatora Desembargadora Vera Andrighi Julgado em 24 03 2010 e Publicado no DJ em 13 04 2010 p 88 TJDFT 12 TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS C VEIS E CRIMINAIS DO DF ACJ 20101160013654 Relatora Desembargadora Rita de C ssia de Cerqueira Lima Rocha Julgado em 18 01 2011 e Publicado no DJ em 03 02 2011 p 270 TJDFT 12 TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS C VEIS E CRIMINAIS DO DF ACJ 200401 10854748 Relatora Desembargadora Leila Arlanch Julgado em 03
474. o pr prio n o se sabia o que fazer com o dinheiro arrecadado A o Civil P blica na Jus ti a do Trabalho S o Paulo LTR 2012 4 ed p 179 Seguindo as sugest es indicadas pelo autor a presente condena o pecuni ria dever ser re vertida ao Hospital Infantil de Cascavel ou outra institui o com tal perfil indicada pelo Minist rio P blico do Trabalho da 9 Regi o Ressalte se que se faz refer ncia a essa cidade Cascavel tendo em conta ser a sede da segunda aciona da Destaca se que a destina o em lume ter acompanhamento pelo Parquet Caso assim n o se entenda os valores poder o ser dirigidos a outro fundo que o autor venha a indicar Dou provimento Tamb m entendo que a teor do art 13 da Lei n 7 347 85 a indeniza o pelo dano cau sado reverter a um fundo gerido por um Con selho Federal ou por Conselhos Estaduais de que participar o necessariamente o Minist rio P blico e representantes da comunidade sen do seus recursos destinados reconstitui o dos bens lesados o valor da indeniza o por dano moral coletivo e demais comina es ob jeto de condena o deve receber destina o espec fica relacionada a programas destinados a prevenir il citos da mesma natureza daqueles constatados nestes autos Neste sentido j se posicionou anteriormente esta Eg 2 Turma 1 TRABALHADORES COM DEFICI NCIA OU REABILITADOS AUS NCIA DE CONTRATA O NA FORMA DO ART 93 DA LEI
475. o que concerne ao tratamento dos pleitos trabalhistas comuns a todas as ca tegorias laborais Atualmente os militares historicamente vistos com certa antipatia frente ao per odo ditatorial extenso por que passou a pol tica brasileira acabaram sendo tolhidos na sua pr pria liberdade de express o diante das prec rias condi es que assolam a seguran a p blica no Brasil Ademais a proposta apresentada abre azo discuss o acerca das autoridades que t m compet ncia para expor as reclama es 133 trabalhistas da classe militar Esses indiv duos pouco t m real interesse na melhoria f tica da categoria pois se mostram muito distantes da realidade da maioria dos policiais e bom beiros Nesse trilhar deve se destacar tamb m a possibilidade de humaniza o dos servi dores das For as Armadas e Auxiliares caso fossem a eles permitidas 4 CONCLUS O A partir das argumenta es desenvolvi das neste trabalho conclui se que de fato a forma o militar em muito contribuiu para a justificativa de tantas proibi es no gozo dos diversos direitos trabalhistas as corpora es Nesse trilhar percebe as diferentes formas de manifesta o trabalhista Isso porque acarretaria uma aproxima o dos militares a outras classes o que evitaria confrontos violentos quando tives sem de conter movimen tos grevistas de diferentes trabalhadores Desse modo ao am pliar os seus direitos tra balhistas a
476. o re tratada nestes autos nos seguintes termos os quais se adota como raz es de decidir Conforme se comprova a vasta docu menta o juntada entre os quais o relat rio parcial ICP n 185 2004 foi constatado que os programas ocupacionais n o apre sentam informa es compat veis ou sejo um risco contemplado no PPRA n o consta no PCMSO o PPRA n o consta a avalia o ambiental e nem medi es dos agentes de risco entre os quais o n vel de press o so nora faltou audiometrias de todos os em pregados bem como a ASST destaca que a empresa r n o encaminhou as audio metrias admissionais de todos os empre gados e nem o relat rio anual do PCMSO realizados em 2005 Foi contatado ainda que o relat rio anu al encaminhando aos autos n o estava em conformidade com a NR 7 item 7 4 0 1 Aduz que nas avalia es cl nicas discri minadas por setores da empresa n o foi inclu do o n mero e a natureza dos exa mes complementares realizados bem como as estat sticas dos resultados consi derados anormais O relat rio produzido pela ASST informa que o quantitativo era inferior ao n mero de empregados informado pela empresa s fls 96 100 97 motoristas e 60 cobra dores ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO Foi constatado agravamento da perda au ditiva de alguns empregados O anexo I do cumento em segredo de justi a comprovam a exist ncia de v rios exames audiom tricos sugestivos de PAIR
477. o reclamado no sentido de que n o foram abertas vagas mas previs o em cadastro de reserva a fim justificar a n o convoca o da reclamante que o Edital n 1 2012 no item 2 1 2 prev que o candidato classificado na Se le o Externa ser convocado em fun o das necessidades do banco a assinar contrato de trabalho fl 77 sendo que no item 7 0 a previ s o no sentido de que ser o classificados os candidatos habilitados at a posi o indicada na tabela constante do edital estando consig nada na referida tabela a convoca o de 2 500 habilitados relativamente Lista Geral apenas no mbito do Distrito Federal sendo vari vel a quantidade em outros Estados fl 83 Ora ao publicar edital com tal previs o em concurso p blico de mbito nacional o BAN CO DO BRASIL gerou expectativa na popula o no sentido de que os candidatos aprovados at aquelas posi es seriam realmente aproveita dos no certame relativo ao Edital n 1 2012 raz o pela qual entendo inv lido o argumento acerca do cadastro de reserva A Constitui o Federal em seu artigo 37 in cisos Ill e IV estabelece o prazo de validade do concurso p blico em at dois anos prorrog vel uma vez por igual per odo devendo aquele candidato aprovado em concurso p blico de provas ou de provas e t tulos ser convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego na carreira N o se discute que a
478. o reconhecimento de que ele se afirma como express o de garantia da digni dade humana que n o se resume sobre viv ncia f sica mas abarca tamb m a rea liza o pessoal e profissional 1 ed 2011 pag 171 Retomando a quest o sob o prima consti tucional n o se pode perder de vista na lei tura interpretativa dos comandos legais que a Constitucional Federal elegeu como pilar do Estado Democr tico de Direito a pessoa para quem convergem todos os direitos fun damentais resumidos no princ pio maior da dignidade da pessoa humana Assim que em seu art 170 a nossa Car ta Constitucional estabeleceu que a ordem econ mica deve garantir a todos uma exis t ncia digna conforme os ditames da justi a social observando dentre outros princ pios o da fun o social da propriedade inciso IV O princ pio da fun o social da proprie dade no qual se insere a fun o social da empresa est vinculado ideia de respon sabilidade social que n o se confunde com a realiza o de pol ticas de caridade mas eHe envolve um feixe de obriga es que devem ser assumidas perante a sociedade para a concretiza o dos valores constitucionais de solidariedade de justi a social e de prote o da dignidade humana em que se inclui o di reito ao trabalho digno com igualdade de oportunidades a todos O magistrado do trabalho Jorge Luiz Souto Maior em sua obra Curso de Direito do Tra balho
479. oU Segue o trecho da senten a E Assim condeno o DF ao dano moral co letivo no valor de R 500 000 00 Indefiro o pedido de responsabilidade solid ria quanto as obriga es de fazer uma vez que n o tem compet ncia para intervir no gerenciamento interno da empresa r O valor est conside rando a atitude da r que continua a contri buir para o prejuizo fls 1802 1803 grifo nosso Questionada pelo Distrito Federal quanto a esp cie da responsabilidade que lhe foi im putada assim se pronunciou a magistrada de origem verbis Insurge se o GDF quanto a contradi o ao argumento de que inicialmente essa Jul za se manifesta pelo entendimento quanto a responsabilidade subsidi ria e depois solid ria do ente p blico Sem raz o Essa magistrada entende pela responsabi lidade subsidi ria quanto a aus ncia de fisca liza o das concession rias p blicas mas no caso o ente p blico n o s assumiu o risco como aceitou contribuiu para o risco confor me fundamenta o Jamais a ju za deu responsabilidade soli d ria do DF para isso basta ler a senten a O que se pretende mais uma vez a refor ma do julgado No que se refere ao t pico do Dftrans com a leitura poss vel entender os fundamentos co quais sejam que n o cabe ao MTE a fiscaliza o das atividades das concession rias mas ao GDF enquanto concedente Rejeito os embargos apresentados neste aspecto por se tratar de
480. oas com Defici ncia e seu Protocolo Facultativo assinados em Nova York em 30 de mar o de 2007 aprovada pelo Decreto Legislativo n 186 2008 e pro mulgada pelo Decreto n 6 949 2009 define que os Estados Partes se obrigar o a Promo ver oportunidades de emprego e ascens o profissional para pessoas com defici ncia no mercado de trabalho bem como assist ncia na procura obten o e manuten o do em prego e no retorno ao emprego conforme alinea e do artigo 25 Disso resulta a conclus o inafast vel de que a efetiva o do princ pio preconizado no artigo 7 XXXI da CF 88 constitui obriga o de todos os possiveis e potenciais atores sociais envolvidos no seu cumprimento nota damente o empregador Assim tenho que a pretens o da impe trante assim como os fundamentos constan tes da senten a recorrida violam de morte o disposto no artigo 30 SS 1 ao 5 do Decre to n 3 298 1999 que disp e sobre a Pol tica Nacional para Integra o da Pessoa Portado ra de Defici ncia na Instru o Normativa n 20 2001 do Minist rio do Trabalho e Emprego que disp e sobre os procedimentos de fiscali za o quanto ao cumprimento da Lei de Co tas no artigo 93 da Lei n 8 213 1991 bem como nos dispositivos constitucionais j referi dos anteriormente Por essa raz o dou provimento ao recur so ordin rio da Uni o para denegar a segu ran a mantendo se a exig ncia imposta pela Superintend ncia R
481. objetivado e o sa crif cio o meio empregado e o fim buscado for compat vel com valores constitucionais Como exemplo de desequipara o possivel traz o da contrata o de guardas penitenci rios do sexo feminino para pres dio femini no ou o da contrata o de artista negro para comemora o do dia da consci ncia negra No mbito do Direito Internacional do Tra balho a Conven o n 111 aprovada pela Organiza o Internacional do Trabalho OIT em 1958 ratificada pelo Brasil em 26 de no vembro de 1905 e promulgada pelo Decreto n 62 150 de 19 de janeiro de 1968 tamb m trata de medidas relativas proibi o de dis crimina o em mat ria de emprego e profis s o assim conceitua discrimina o 1 Para os fins da presente Conven o O termo discrimina o compre ende a Toda a distin o exclus o ou prefer ncia fundada na ra a cor sexo religi o opini o pol tica ascend ncia nacional ou origem social que tenha por efeito destruir ou alterar a igualda de de oportunidades ou de tratamento em mat ria de emprego ou profiss o b Toda e qualquer distin o exclus o ou prefer ncia que tenha por efeito destruir ou alterar a igualdade de opor tunidades ou de tratamento em mat 190 ria de emprego ou profiss o que pode r ser especificada pelo Estado Membro interessado depois de consultadas as organiza es representativas de patr es e trabalhadores quando estas
482. obriga es de fa zer pelo fato de se tratarem de obriga es personalissimas do empregador e ainda ao entendimento de que o ente p ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO blico ndo tem compet ncia para intervir no gerenciamento interno da empresa r Insurge se o Minist rio P blico do Tra balho contra tal indeferimento e em vas to arrazoado busca a reforma do julgado para ver deferida o pleito de responsabili za o solid ria pelas obriga es de fazer impostas r LOTAXI Em que pesem as argumenta es re cursais do recorrente certo que tra tando se de obriga o de fazer cujo ato personalissimo do empregador n o se afigura poss vel estender ao ente p blico tal condena o Ademais no caso concreto a condena o que originou a comina o de obriga o de fazer refere se implementa o de programas de preven o a sa de do trabalhador no mbito da empresa recla mada e como bem disse a Magistrada de origem o ente p blico n o tem compe t ncia para intervir no gerenciamento in terno da empresa r Recurso n o provido CONCLUS O Pelo exposto rejeito a preliminar de n o conhecimento e conhe o do recurso do Minist rio P blico do Trabalho Conhe o integralmente do recurso interposto pela LOTAXI e parcialmente do pelo do DISTRITO FEDERAL No m rito nego lhes provimento nos termos da fundamenta Cao o meu voto Ac rd o 2
483. ocada porquanto deveria ter declinado da compet ncia para o Juizo da 15 Vara do Trabalho de Bras lia Requer as sim a nulidade da senten a proferida De fato o art 103 do CPC n o exige iden tidade de partes quando disp e que repu tam se conexas duas ou mais a es quando a oH lhes for comum o objeto ou a causa de pe dir Todavia da an lise da documenta o juntada aos autos verifica se que ainda que existam alguns fatos em comum a ambos os feitos n o h completa identidade entre os elementos das a es Na A o Civil P blica n 0001560 18 2012 5 10 0015 ajuizada perante 15 VTB DF c pia da inicial a fls 947 1040 ajuizada em face do DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE TRANSPORTE DO DISTRITO FE DERAL o Minist rio P blico do Trabalho com base nos inqu ritos civis instaurados em face das companhias de transporte p blico urbano de passageiros do Distrito Federal ali especi ficadas e que demonstraram graves irregula ridades advindas do descaso com os progra mas ocupacionais que visam melhorias para a sa de e seguran a do trabalhador buscou a adequa o do processo licitat rio que visava a renova o de todo o sistema de transporte coletivo s normas legais que regem a sa de e seguran a no trabalho e por meio de me dida obstativa buscou compelir n o apenas o Distrito Federal como tamb m as empresas permission rias a adquirirem ve culos capa zes de trazer melh
484. odo o primordial n o seria dis cutir se o deferimento ou n o de aposenta dorias desta natureza mas sim a fundamen tal prote o integridade f sico ps quica do obreiro evitando se a sua exposi o a agen tes nocivos protegendo o dos malef cios la borativos e poupando o das consequ ncias desfavor veis Ocorre no entanto que n o se verifica no Brasil a ado o do sistema de prote o a sa de do empregado mas sim a pr tica diuturna do m todo denominado Mone tariza o do Risco que consiste em com pensar o trabalho exercido em condi es especiais contrariando toda a sistem tica protetiva Os ndices de acidentes de trabalho e do en as ocupacionais apurados vide anexo demonstram dois pontos essenciais quais sejam a inefic cia do sistema de compen sa o uma vez que n o elimina e menos ainda inibe as agress es sa de do traba lhador e que o sistema n o est realmente focado na prote o sa de do trabalhador pois se assim estivesse diante dos indices alarmantes teria adotado medida interrup tiva dos danos sa de laboral e n o permi tido o crescimento das repara es 9 LEIRIA Maria L cia Luz Direito previdenci rio e estado democr tico de direito uma re discuss o luz da hermen utica Porto Alegre Livraria do Advogado 2001 p 164 187 mister a aplica o concreta imediata e efetiva das normas de prote o sa de e n o a concess o d
485. olas de regime integral e seus idosos doentes ou pessoas necessitadas para asilos ou institui es de apoio fora as sim do ambiente familiar em que poderiam ser melhor cuidados nas rela es dom sticas de trabalho rinc es em que o Esta do n o se apresenta ou nas situa es em que a informalidade se sobre p e solapando direitos trabalhistas e previden ci rios leg timos n o podendo ser considerados como senhores feudais aqueles que por vezes na classe m dia servem se de empregados dom sticos devidamente registrados observando os di reitos devidos e emprestando lhes todo o res peito exigido Nesse contraponto a Emenda Constitucio nal n 2 ao acrescer direitos trabalhistas ao rol antes elencado no texto original do artigo T par grafo nico da Constitui o n o fez muito diferente do que os efeitos que se per seguiam com as citadas Leis 10 208 2001 e 11 324 2006 embora com o maior alarde pare a provocar efeito contr rio ao indicar I3 um preocupante rompimento do pa radigma de formaliza o dos contra tos de trabalho e do afastamento dos patr es para a busca de trabalhado res eventuais desprovidos de maiores direitos enquanto senhores de si pr prios na exig ncia contributiva Pre vid ncia Social e no assegurar valores de reserva para que possam ter des cansos semanais ou anuais preocu pa es longe daqueles empregados dom sticos regulamente registrados A
486. olicita trabalhadora ou traba Ihador que exiba os seus pertences que se encontram no interior dessas bolsas sacolas mochilas ou outro recipiente Dois pontos essenciais devem ser explora dos para delineamento da situa o jur dica e f tica que permeia a quest o O primeiro deles precisar e definir se a 1 Desembargador do Trabalho TRT da 102 Regi o Especialista em Direito do Trabalho UniCEUB DP Mestre em Direito do Trabalho PUC MOG Professor de Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho Gradua o e P s Gradua o no UniCEUB DF revista em bolsas sacolas e mochilas de em pregados e empregadas mesmo que venha a ser realizada com modera o e razoabili dade caracteriza ou n o afronta ao direito fundamental de inviolabilidade da intimida de conforme assegura o art 5 inciso X da Constitui o da Rep blica O segundo aspecto averiguar se em cada caso concreto essa revista faz se ne cess ria e se pode ser efetuada nos estritos limites legais afetos ao poder diretivo do empregador entre eles o de fiscalizar seus empregados sem afrontar lhes a dignidade como seres humanos valor tamb m consti tucionalmente assegurado e eleito como um dos fundamentos da Rep blica Federativa do Brasil CF art 12 inciso III 2 Os Direitos Fundamentais e o Estado Constitucional Louvando se no magist rio de Joaquim Carlos Salgado Gabriela Neves Delgado destaca que os Direitos Fundam
487. omo tamb m s o leva dos a intensificar ao m ximo as possibilidades de um di logo social justi a social de defesa e sendo criadas Melhor representati de refor o dos princ pios e TES vidade e uso constante democr ticos que devem Institui es de do di logo social s o as inspirar as na es livres do ad mpa ro ao ferramentas imprescin mundo civilizado gt d veis para que os sindi trabalho digno catos possam arrostar O que se observa em e decente de forma decente uma muitos pa ses do mundo heterogeneidade sem que as organiza es sindi cais leg timas associa es que representam e defendem os direitos sociais dos trabalhadores n o raro s o ob jeto de ataques principalmente nos pa ses onde se adota uma pol tica neo liberal pois divisam nessas incurs es e interven es liberdade sindical t picas medidas necess rias para que se oponham freios e barreiras obsoletas para se alcan ar a constru o de uma pseudo economia moderna estrutura da nos moldes do livre mercado onde o tra balhador considerado um mero produto na obten o da riqueza reputando o pe a sem nenhum valor onde despido de sua dignida de humana visualizado como mero fator de produ o quase um empecilho ao alcan pre crescente do mundo do trabalho a qual exige respostas diversificadas e adaptadas a cada contexto social Se se observar sua cria o e evolu o nos diversos pa ses do mundo c
488. ompre ende a diretriz geral vedat ria de tratamen to diferenciado pessoa em virtude de fator injustamente desqualificante Consoante Delgado discrimina o por tanto consiste na conduta pela qual se nega a algu m em fun o de fator injusta mente desqualificante tratamento compa t vel com o padr o jur dico assentado para a situa o concreta vivenciada O referido princ pio nega validade a essa conduta dis criminat ria 2 Relata tamb m Maur cio Godinho Delga do A causa da discrimina o reside muitas vezes no cru preconceito isto um ju zo sedimentado desqua lificador de uma pessoa em virtude de sua caracter stica determinada externamente e identificadora de um grupo ou segmento mais amplo de indiv duos cor ra a sexo nacio nalidade riqueza pobreza etc Logo de acordo com Edilton Meireles toda e qualquer forma de discrimina o ain da que n o esteja citada ou referida expres samente em leis infraconstitucionais viola o direito fundamental da igualdade Pode se afirmar ali s que antes de ferir o direito igualdade a discrimina o atinge a dignida de da pessoa humana 194 Segundo Edilton Meireles em raz o disso a discrimina o constitui ato il cito tipificado como crime e que por isso mesmo con siderada inv lida juridicamente art 2 Lei n 9 029 1995 Imperioso observar que a prote o anti discriminat ria nas rela
489. onal que cause a morte ou a perda ou redu o permanente ou tempor ria da capacidade para o trabalho cedi o tamb m pela defini o do artigo 20 da lei 8 213 1991 que aci dente de trabalho pode ser decorren te de doen a profissional ou doen a do trabalho abandonando se a ideia de causa involunt ria e violenta pois estes dificultavam o enquadramento de determinado evento hoje se tem consolidado que nem sempre o aci dente de trabalho algo violento ao contr rio pode ocorrer de forma gradativa e lenta como o caso das les es por esfor o repetitivo LER 4 CARACTERIZA O DA RESPONSABIL DIADE CIVIL A responsabilidade civil prevista no C di go Civil de 2002 se desdobra desde a parte geral do c digo passando pelas obriga es at sucess es O termo responsabilidade nos remete a ideia de compromisso com aquilo que nos propomos a fazer no mbito jur dico esta associada obriga o de uma pessoa reparar a outra pelo prejuizo causado Nos dizeres de Roberto Parizatto pode ser assim definida Responsabilidade nada mais do que o dever de responder na par ticularidade pelo ato tido como ili cito que tenha ocasionado dano a outrem O ato il cito por sua vez conduta ou a omiss o praticada por algu m contr ria ordem e regra ge ral ocasionando dano PARIZATTO 2011 p 990 x sa as N TZ ds ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO O instituto da responsabilidade civ
490. onalmente proibidas art 142 3 IV no direito brasileiro Ademais salientam se as manifesta es milita res paredistas que fragilizaram a validade do dis Jamile Morais Vasconcelos Advogada social recorrente vem se mostrando insustent vel Nesse interim o que se procura a regula o do pr prio direito de resist ncia desses tra balhadores que atualmente se veem tolhidos em suas pautas reivindicat rias situa o a qual diante de um Estado garantista demonstra a incoer ncia do dispositivo constitucional frente aos reais anseios da popula o descompassan do o texto do real sentido em que se deve pau les PALAVRAS CHAVE Militar Greve Proibi o THE RIGHT OF MILITARY SIRIKE UNDER THE MOVEMENTS AND THE POSSIBILITIES OF CONSTITUCIONAL TEXT MODIFICATION ABSTRACT This article examines the factual and legal con text in which they are inserted some labor rights of the military especially in regard to strike and unionize constitutionally prohibited art 142 3 IV in the Brazilian legal system Moreover we highlight the manifestations military of strikethat weakened the validity of the constitutional text which in the face of social pressure applicant turns out to be unsustainable Meanwhile what is sought is the regulation s own right of resistan ce of these workers who currently find them selves hampered in their agendas claiming the situation which before a garantist State demon
491. onstata se de fato que os sindicatos desenvolveram se progressivamente em exato compasso com as altera es da economia mundial tudo provocado e tendo como epicentro a Revolu o Industrial de cujo seio surgiram paulati namente grandes conglomerados industriais O n vel miser vel de vida dos trabalha dores nesta fase de implementa o da Re volu o Industrial no mundo rendeu balizas 137 para que as rela es coletivas de trabalho adotassem pouco a pouco uma fisionomia nitidamente institucional assim estabelecida no mago de cada na o tudo coincidindo com a expans o e o aprofundamento da no o de democracia Vemos assim pouco a pouco sendo cria das institui es de amparo ao trabalho digno e decente medida em que se acirrava a explora o capitalista cujo objetivo era ex plorar ao m ximo a for a de trabalho do ser humano sem oferta de nenhuma contrapar tida salutar seja em termos de sal rios condi zentes ou de condi es seguras de trabalho pois o que imperava nesse odioso mundo ca pitalista eram as mansardas do proletariado massa servil que n o conseguia retirar de sua for a de trabalho o minimo necess rio para ter uma vida respeitosa Ap s a primeira guerra mundial surgiram os primeiros sinais de uma tomada de cons ci ncia a respeito de uma coordena o de for as internacionais mais efetivas que passa ram a atuar nos planos politicos e social da porque foram criad
492. onsumidor que n 92 Regi o por meio de sua Col Segunda CO 30676 2008 22 TURMA Relator por dano moral eventualmente venha a sofrer constrangi Turma em processo da relatoria da Desem MARLENE T FUVERKI SUGUIMATISU Pu mento e humilha o em vista de ser obri bargadora Marlene T Fuverski Suguimatsu blicado no DJPR em 29 08 2008 Entretanto a partir do ano de 2012 a ju gado a mostrar os seus pertences para tamb m se posicionou sobre o tema risprud ncia evoluiu em sentido contr rio ao comprovar o equ voco do disparo do alar DANO MORAL REVISTA EM BOL entendimento at ent o majorit rio Neste me que indica furto de mercadorias Ora SAS OU SACOLAS CONSTRANGIMEN 5 Conclus o sentido a ementa a seguir transcrita emana a honra e a dignidade do consumidor n o TO AUS NCIA DE JUSTIFICATIVA da da Col Segunda Turma daquela Corte podem ser superiores honra e a dignida INDENIZA O AVALIA O RAZOA O Estado Constitucional n o mais compor io de do trabalhador que rotineira e ordina BILIDADE A CLT quando trata da Pro ta meros an ncios dos direitos fundamentais noa ORCE OS alas AICE O CANO cio te o ao Trabalho da Mulher expres entre eles o respeito dignidade da pessoa 3 REVISTA A BOLSAS DE EMPREGA Sei CIE UNE A E coa samente pro be as revistas pessoais humana mas exige a efetiva o concretiza DAS E EMPREGADOS DIREITO INVIO do a exibir para fiscais do mesmo sexo e como se extrai do art 373 A
493. or MPT s fls 488 508 arguindo negativa de presta o ju risdicional e no m rito buscando a reforma da decis o Contrarraz es pela r s fls 510 531 Ante a remessa dos autos ao Minist rio P blico do Trabalho este manifestou se pela ratifica o dos argumentos apresentados nas raz es recursais fl 538 o relat rio Voto ADMISSIBILIDADE O recurso foi conheci do nos termos do voto da Exma Desembar gadora Relatora in verbis O recurso tempestivo fls 486 verso e 488 com regular representa o e sem ne cessidade de preparo Presentes os demais pressupostos de admissibilidade conhe o do recurso Por serem regulares e tempestivas conhe o das contrarraz es NEGATIVA DE PRESTA O JURISDICIONAL A preliminar foi rejeitada nos termos propos tos pela Exma Desembargadora Relatora in verbis Na senten a aos embargos o Juizo de origem deixou de manifestar se sobre as per guntas feitas pela r ao trabalhador quando do uso do pol grafo fundamentando se em 310 que a manifesta o sobre o tema somente na r plica constitu a amplia o da lide uma vez que a peti o inicial e contesta o s o os nicos instrumentos legalmente v lidos para forma o dos limites da demanda O recorrente argumenta que diversa mente do posto na decis o aos embargos o conte do dos questionamentos inseriu se no debate na medida em que a r o apresen tou como fato capaz de alterar
494. ora pois o ato de concretiza o de qualquer norma jur dica ocorre no presente e n o ao tempo em que ela entrou em vigor Uma coisa fundir os horizontes de compreens o do texto outra bem diversa desconhecer que a aplica o de toda norma jur dica tem em mira resolver problemas atuais segundo crit rios de valor que vigoram no presente e por decis o de quem hic et nunc disp e de legitimidade para criar novos modelos jur dicos ou simplesmente preservar a validade dos que foram editados anteriormente e REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Art 2 Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publica o Essa PEC encontra se desde junho de 2012 na Comiss o de Constitui o Justi a e Cidadania da C mara dos Deputados e ao que tudo indica demorar a ser votada em Plen rio a n o ser que novos aconteci mentos pressionem pela urg ncia de modifi ca o do texto constitucional Na reda o de justificativa para a propo situra da PEC s o explicitados alguns argu mentos acerca de conven es internacio nais ratificadas pelo Brasil as quais garantem a liberdade sindical e a manifesta o coleti va de todos os trabalhadores independente mente da rea que exer am Merecem destaque alguns trechos da jus tifica o A greve est inserida no direito de resist ncia na categoria dos direitos naturais inerentes ao ser humano dos direitos fundamentais do traba lh
495. oras ininterruptas de dire o A Lei 13 103 2015 revogou este disposi tivo e disciplinou a mat ria de maneira pre judicial ao trabalhador ao prever a possibili dade de fracionamento do referido intervalo de 30 minutos a ser concedido ap s 04h00 quatro horas de dire o na condu o de ve culo rodovi rio de passageiros ou somente ap s 05h30 cinco horas e meia de dire o no caso de transporte de cargas artigo 67 C e 12 e 1 A o que descaracteriza a finali dade do instituto por se tratar de tempo inin terrupto demasiadamente longo ao volante em atividade que exige constante aten o e concentra o para evitar acidentes 3 2 Tempo de espera A Lei 12 619 2012 tratou do tempo de es pera no 8 do artigo 235 C trata do tempo de espera assim considerando as horas ex cedentes da jornada normal em que o moto rista do transporte rodovi rio ficar aguardan do o carregamento descarregamento dos ve culos no embarcador destinat rio ou a 7 Em nosso livro GEMIGNANI Tereza Aparecida Asta e GEMIGNANI Daniel An lise espec fica e contextualizada da Lei n 12 019 2012 LTR 209 fiscaliza o da mercadoria transportada em barreiras fiscais alfandeg rias Os 9 4 2 e 5 do artigo 235 E tamb m fa zem men o a esta nova figura jur dica esta belecendo que quando estiver fora da base da empresa o motorista que ficar com o ve culo parado por tempo superior jornada normal
496. ordin rio interposto pelo MI NIST RIO P BLICO DO TRABALHO s fls 1950 1970 no qual pretende a reforma par cial do julgado a fim de seja majorado o valor arbitrado para o dano moral coletivo e seja reconhecida a responsabilidade solid ria do Distrito Federal especificamente quanto s obriga es de fazer Contrarraz es apresentadas pelo MPT as fis 1922 1949 pela LOTAXI s fls 19 5 1980 pelo DISTRITO FEDERAL s fls 1984 2003 e pelo Sindicato Assistente as fls 2000 2016 e fis 2018 2032 Dispensada a remessa dos autos ao Mi nist rio P blico do Trabalho por tratar se de a o de sua autoria o relat rio Voto 1 ADMISSIBILIDADE PRELIMINAR DE N O CONHECIMENTO DO RECURSO ORDIN RIO DO MINIST RIO PUBLI CO DO TRABALHO Em suas contrarraz es a LOTAXI TRANS PORTES URBANOS suscita preliminar de n o conhecimento do recurso interposto pelo MI NIST RIO P BLICO DO TRABALHO argumen tando em s ntese aus ncia de ataque aos fundamentos da senten a Raz o contudo n o lhe assiste porquanto o recorrente delimitou de forma clara espec fica e justificada as raz es de sua insurg ncia voltando se contra os fundamentos da decis o recorrida autorizando o seu reexame por este Org o Cole giado na forma exigida pelo art 514 Il do CPC REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Atendidas assim as disposi es da Su mula 422 do col TST rejeito a preliminar Preenchidos os pressupostos le
497. ores que podem sofrer os riscos de sa de REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Assim como bem demonstrou o MPT em sua r plica e analisando o PPRA de 2012 com rela o exposi o ao ru do a fun o de motoristas e cobradores demonstram que tais fun es est o expostas ao n vel de 72 a S5dchb conforme audiometrias apresentadas Ademais conforme demonstrou o MPT o PCMSO de 2012 n o foi acompanhando de relat rio anual H audiometrias realizadas com tra ados sugestivos de PAIR Ademais a r n o comprova em nenhum momento quais a medidas preventivas que est tomando para evitar as perdas auditivas em rela o aos nibus com motores diantei ros e assim a r n o demonstra medidas que eliminem ou reduzam os riscos com ru do conforme NR 09e NH O 1 do Fundacentro Ademais as audiometrias apresentadas pela r n o foram na totalidade de seus fun cion rios o que aponta que foram escolhi das Conforme dados previdenci rios os gastos da r em comento gastos pela Previd ncia Social com pagamento dos aludidos benefi cios foram na ordem de R 1 650 942 27 A quantidade de afastamentos foram de 261 empregados da r com 178 08 dias de afastamento do trabalho De outra sorte a r comprovou ainda atra v s do Perfil dos Rodovi rios do DF v rias do en as relacionadas com o risco ocupacional Ademais o MPT conforme j narrado de monstra as medidas implementadas pela TCB visando
498. orias ao ambiente de traba lho de motoristas e cobradores que atuam no sistema de transporte no Distrito Federal Na presente a o o MPT informou que por meio do inqu rito civil instaurado em face da empresa LOTAXI constatou que a empresa n o implementou programas ocupacionais preven o de riscos ambientais exigidos pelas Normas Regulamentares n 8 9 e 17 do Minis t rio do Trabalho e Emprego e n o adotou medidas no sentido de reverter ou impedir a perda auditiva de seus empregados lJJ Diante da constata o de graves irregu laridades com a sa de f sico mental dos motoristas e cobradores de nibus fre quentemente expostos a agentes f sicos in salubres tais como vibra o ru do calor gases vapores e poeiras advindas das pre c rias condi es de trabalho e diante da recusa da reclamada em celebrar Termo de Ajuste de Conduta o MPT ajuizou a pre sente A o Civil P blica com o fim compe lir a reclamada LOTXI ao cumprimento de obriga es que visem adequar o meio am biente laboral ao quanto disposto em nor mas de seguran a e sa de do trabalhador e em obriga o de pagamento de indeni za o pelo dano moral coletivo advindo da viola o de direitos fundamentais dos trabalhadores Nesse compasso postulou a conde na o da reclamada ao cumprimento de obriga es de fazer e n o fazer e ao paga mento de indeniza o por dano moral de ordem coletiva inserindo o Distrito Fede ral no contex
499. os com dimens o de direitos fundamentais ligados sa de e seguran a ocupacional cuja origem comum ao gru po de sujeitos que encontram se ligados por uma rela o jur dica base no caso todos empregados e ex empregados da LOTAXI o que atrai a possibilidade de tutela coletiva Nesse sentido precedente do c TST ACAO o IERUBEIS ARES So NUMA Co LETIVIDADE DEFINIDA DE TRABALHADORES DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOG NEOS LEGI TIMIDADE DO MINIST RIO P BLICO A legi timidade do Minist rio P blico do Trabalho para ajuizar a o civil p blica est consigna da nos termos do art 129 III da Constitui o Federal c c os artigos 83 e 84 da Lei Com plementar 75 93 Dessa forma sempre que a peti o inicial referir se a les o que perturbe supostamente uma coletividade definida de 28 trabalhadores e existir consequentemente um ato lesivo a contratos de trabalho de for ma direta ou indireta o Minist rio P blico do Trabalho ter legitimidade para ajuizar a o com vistas a tutelar o direito correspondente em ju zo Se o rg o judicante concluir que as les es n o estariam ocorrendo na ordem dos fatos dever diz lo ao exame do m rito Recurso de revista conhecido e provido TST RR 1 15400 28 2006 5 14 0005 6 Tur ma Rel Min Augusto C sar Leite de Carva lho 6 Turma DJ de 26 11 2010 Exsurge portanto patente a legitimidade ativa do MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO para ajuizar esta
500. os efeitos desta lei como condi es de periculosidade os riscos a que est o expostos os trabalhadores decor rentes do transporte da carga e descarga de inflam veis do reabastecimento de avi es ou de caminh es tanques e de postos de servi o enchi mento de latas e tambores dos servi os de manuten o e opera o em que o trabalhador se encontre sempre em contato com inflam veis em recintos onde estes s o armazenados e manipulados ou em ve culos em que s o transportados 4 Art 193 Haver nas m quinas dispositivos de partida que lhe permitam o in cio de movimentos sem perigo para os trabalhadores Lei 229 67 passando a tratar da proibi o da fabrica o venda loca o ou uso de m quinas em desacordo com as disposi es constantes do cap tulo que trata da seguran a do trabalho Foi apenas com a Lei 6 504 1 que o Texto Consolidado consagrou as atividades e ope ra es perigosas considerando para tanto aquelas que implicassem contato permanen te com inflam veis ou explosivos em condi es de risco acentuado A regulamenta o da mat ria ficou a cargo do Minist rio do Tra balho e Emprego MTE que a partir da expe di o da Portaria n 3 214 de 08 de junho de 1978 vem disciplinando o instituto em sede infralegal 2 PROPOSI O ORIGIN RIA DA LEI 12 997 2014 PROJETO DE LEI 2865 2011 O Projeto de Lei 2805 2011 de autoria do Senador Marcelo Crivella do PRB RJ posteriormen te
501. os j descritos provejo o re curso do autor e arbitro a indeniza o em tela no montante por ele requerido qual seja R 1 000 000 00 um milh o de reais No que tange ao destinat rio da indeni za o que deve ser a sociedade enten do que a costumeira indica o do Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT deixou h muito de atingir seu objetivo A verba em ordem a alcan ar o seu desiderato especi fico h de ser direcionada de forma tal a permitir a ampla visibilidade de seu car ter reparat rio Assim determino que o valor objeto da condena o seja depositado em ju zo e gerido conjuntamente com o autor de sorte a ser aplicado em institui es bene ficentes capazes de utiliz lo de forma ade quada Pontuo para os fins de direito e em vir tude das considera es tecidas a aus ncia de potencial ofensa literalidade dos arts 1860 187 884 927 944 e 970 do CCB 333 incisos I e Il do CPC 818 da CLT e 5 incisos Ver daCT SUCUMB NCIA INVERS O Provido em parte o recurso ordin rio imponho ora recorrida o recolhimento das custas proces suais no importe de R 20 000 00 vinte mil reais calculadas sobre R 1 000 000 00 um milh o de reais valor arbitrado condena o CONCLUS O Conhe o do recurso rejeito a preliminar devolvida e no m rito dou lhe parcial provi 322 mento condenando a empresa a abster se de realizar testes de pol grafo nos trabalha dores e
502. os o sistema jur dico brasileiro deposita a responsabilidade pela fixa o do valor da repara o do dano moral dever faz lo de modo impositivo levando em conta o bin mio possibilida des do lesante condi es do lesado cotejado sempre com as particularidades circunstanciais do fato danoso tudo com o objetivo de alcan ar a um valor ade quado ao lesado pelo vexame ou pelo constrangimento experimentado b uma compensa o razo vel e equitativa n o para apagar os efeitos da les o mas para reparar os danos sendo certo que n o se deve cogitar de mensura o do so frimento ou da prova da dor exatamente porque esses sentimentos est o insitos no esp rito humano Dentro desta tica n o se deve impor uma indeniza o que ultra passe evidentemente a capacidade eco n mica do agente levando o ru na Se a fun o da repara o do dano moral o restabelecimento do equilibrio nas re la es privadas a meta n o seria alcan ada quando a repara o desse consolo espiritual v tima fosse custa da desgra a imposta ao agente N o se pode como preconiza a sabedoria popular vestir um santo desvestindo outro Da mesma ma neira n o se pode arbitrar a indeniza o sem um juizo tico de valora o da gravi dade do dano a ser feito dentro do quadro circunstancial do fato e principalmente das condi es da v tima O valor da repa ra o ter de ser equili
503. osi o de seus interesses coletivos solverem suas desintelig ncias fora do Estado pela via do entendi mento direto valendo o que restar pactuado como lei entre as partes e cada um dos membros representados se inexistir malferimento a norma de ordem p blica estatal IN TEIXEIRA FILHO Jo o de Lima Institui es de Direito do Trabalho LTr 2005 222 ed Vol Il p 1 189 1 190 e 1 191 ESCOLA JUDICIAL 1 3 4 Tutela da ordem jur dica dos direitos so ciais e a Compet ncia da Justi a do Traba lho Interpreta es Exclus o das Incoer n cias Jur dicas Diante das premissas das demais hip teses de compet ncia material da Justi a do Tra balho em que a controv rsia se resolve pela teoria da responsabilidade civil como expres samente prev o art 82 CLT v ex 1 danos morais puros S mula 392 TST 2 seguro de semprego Sumula 389 TST 3 acidentes de trabalho e ou doen as ocupacionais STF T Pleno CC 7204 MG deve se buscar para a coer ncia e compatibilidade das interpre ta es jurisdicionais da unidade do Direito Judici rio do Trabalho o ponto de equilibrio e congru ncia tamb m para esta hip tese de conflito j que existente as mesmas raz es e fundamentos jur dicos das anteriores e por tanto a preserva o da coer ncia harmonia e completude do ordenamento Ora se a fun o do direito o equi l brio a raz o de ser do direito tamb m o equil brio porqu
504. otado tamb m para o TST e ST b em mbito trabalhista seja j na primeira o STF adotou mecanismo de sele o de inst ncia facultando ao Juiz a aplica o das recursos arg i o de relev ncia duran penalidades pecuni rias previstas em lei E o te a vig ncia da Constitui o Federal de mesmo se pode dizer do Supremo Tribunal 1967 69 qual se cogita de retorno sob Federal Atento a este problema a Suprema o r tulo de repercuss o geral da ques Corte atrav s de seu ent o presidente o t o constitucional seguindo o modelo da Min Cesar Peluzo redigiu a PEC n 15 2011 IO CTO RIES207 00 17 Cf O crit rio de transcend ncia no recurso de revista dispon vel em http www planalto gov br ccivil_03 revista rev_20 artigos IvesGandra rev20 htm 18 Cf explicitam a S mula 297 do C TST e a OJ 62 da SDI 1 do C TST in verbis S MULA 297 PREQUESTIONAMENTO OPORTUNIDADE CONFIGURA O nova reda o Res 121 2003 DJ 19 20 e 21 11 2003 Diz se prequestionada a mat ria ou quest o quando na decis o impugnada haja sido adotada explicitamente tese a respeito Il Incumbe parte interessada desde que a mat ria haja sido invocada no recurso principal opor embargos declarat rios objetivando o pronunciamento sobre o tema sob pena de preclus o III Considera se prequestionada a quest o jur dica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese n o obstante opostos
505. ova concep o de recorribilidade no julgamento dos recursos de natureza ordin ria Revista LTr ano 77 n 10 outubro 2013 S o Paulo pp 1187 e seq 27 Tal era o conceito da denominada Jurisprud ncia dos Interesses alem preconizada por Phillip Heck In PESS A Leonel Cesarino A teoria da interpreta o jur dica em Emilio Betti S o Paulo Ed S rgio Fabris 2002 REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL corre aos Tribunais garantindo lhe a an lise democr tica dos conflitos de interesse por quanto respaldada em entendimentos pret ritos geradores de um m nimo de seguran a e estabilidade jur dica ao cidad o Trata se de entender que o acesso justi a n o a mera provoca o do Poder Judici rio mas fundamentalmente o direito de acesso ordem jur dica justa assim consi derada aquela que se sustenta no direito in forma o na preocupa o da adequa o repercuss o entre a interpreta o da ordem jur dica e conson ncia com a realidade s cio econ mica do pa s no direito a uma fun o estatal racionalmente organizada e formada por ju zes comprometidos com a realiza o da ordem jur dica justa no direito a preorde na o dos instrumentos processuais capazes de promover a participa o efetiva das par tes na constru o da solu o a ser aplicada e finalmente no direito remo o de todos os obst culos que se anteponham concreti za o destes pr
506. para conceder direitos que extravasem o m nimo juridicamente assegu XLVII 3 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1984 p 334 RUSSOMANO Mozart Victor O empregado e o empregador no Direito brasileiro 7 ed Ee a e E proporcional ao tempo de servi o al m da rado a seus empregados CLT art 444 n o REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL surtiu nenhum efeito relevante pois implica em aumento de custos por ades o volunt ria do devedor Em todo caso vale notar que na hip tese de realiza o dos dep sitos para o FGTS os dom sticos passaram a ter direito ao segu ro desemprego no valor de um sal rio m ni mo pelo tempo m ximo de 3 meses Lei n 5 859 72 art 62 A caput Por fim o mesmo diploma legal estendeu aos empregados dom sticos o regime disci plinar da CLI prevendo a sua dispensa por justa causa pelas mesmas hip teses previstas no art 482 exce o das situa es de viola o de segredo empresarial e de negocia o habitual por conta pr pria ou alheia em con corr ncia desleal com o empregador ou em preju zo da regularidade dos servi os presta dos Lei n 5 859 72 art 62 A 29 Outra onda de amplia o dos direitos trabalhistas dos empregados dom sticos mediante a t cnica de adendos lei espe cial dessa categoria foi impulsionada pela Lei n 11 324 2006 de um lado conferiu s empregadas dom sticas gr vidas a mesma estabilidade provis ria a que j f
507. porte de valores por pessoas unifor mizadas e adequadamente preparadas para impedir ou inibir a o criminosa Nessa atividade de evitar a a o de delin quentes para garantir a seguran a das pes soas e a integridade patrimonial afigura se indispens vel desenvoltura corporal com ca pacidade para o uso proporcional da for a Nesse contexto de crescente de viol ncia seria temer rio chancelar o exerc cio da pro fiss o de vigilante por indiv duos sem capa cidade para pronta a o em momentos de emerg ncia e necessidade Por esse motivo o art 10 IV da Lei 1 102 83 tamb m fixa como condi o obri gat ria ao exerc cio da profiss o a aprova o em curso de forma o de vigilante cuja gra de curricular contempla disciplinas como De fesa Pessoal Preven o e Combate a Inc n dios Primeiros Socorros e Armamento e Tiro REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL conforme se constata no Anexo da Portaria n 38 00 DG DPF do Minist rio da Justi a A natureza e finalidade dessas disciplinas exi gem esfor o f sico e mental incompat veis com pessoas portadoras de necessidades especiais N o se pode olvidar que o art 19 Il da Lei n 7 102 83 assegura ao vigilante o porte de arma quando em servi o Ora entendo ser irrespons vel autorizar pessoa com necessida des especiais seja decorrente de defici ncia f sica auditiva visual sensorial ou mental o uso de arma de fogo Seria colo
508. portunidade de sus tenta o oral MS 28469 AgR segundo Relator a Min DIAS TOFFOLI Relator a p Ac rd o Min LUIZ FUX Primeira Tur ma julgado em 19 02 2013 AC RD O ELETR NICO DJe 087 DIVULG 09 05 2013 PUBLIC 10 05 2013 Em face do entendimento do SIF no sentido de que se aplica aos Conselhos de Fiscaliza o a regra do art 37 II da CR n o se mostra aplic vel o art 429 da CLT no que diz respeito contrata o de aprendizes em face da incompatibilidade vertical com a norma constitucional Dessa forma emerge liquido e certo o direito de n o contratar aprendizes n o havendo nessa conclus o nenhuma viola cao dos ans ol AANV a205 e 22 dae De Ne Lo da CR TTO Ser TO pa r grafo nico do Decreto n 5 598 2005 Recurso provido para conceder a segu ran a e determinar que a autoridade coa tora se abstenha de exigir o cumprimento do art 429 da CLI do impetrante CONCLUS O Em face do exposto conhe o do recur so no m rito dou lhe provimento para conceder a seguran a e determinar que a autoridade coatora se abstenha de exigir o cumprimento do art 429 da CLT do im petrante Ac rd o ACORDAM os Desembargadores da Ter ceira Turma do egr gio Tribunal Regional do Trabalho da D cima Regi o e confor me o contido na respectiva certid o de julgamento v fl retro por unanimidade aprovar o relat rio conhecer do recurso e no m rito dar lhe provimento para con ceder a
509. pr vio trabalhados indevidamente e a multa do artigo 4 qa CLI Para tanto reitera o obreiro a tese de que faz jus ao aviso pr vio de 39 dias tendo em conta o tempo de dura o do contrato de trabalho As sim sendo 30 trinta dias do aviso pr vio ser o trabalhados e o restante dever ser indenizado Sendo que a reclamada con cedeu o aviso pr vio de 39 trinta e nove dias mas apenas aplicou a redu o de sete dias do aviso pr vio Diz na peti o inicial que Nos termos da Lei 12 506 2011 o reclamante faria jus a um aviso pr vio de 39 dias sendo que deles 30 dias seriam cumpridos com redu o de dias e os outros 9 seriam indeni zados a fls 04 Quanto a multa do artigo 4 da CLT afir ma que as verbas rescis rias foram quita das intempestivamente tendo em conta a aplica o equivocada da Lei 12 506 2011 292 O MM Ju zo de origem decidiu a ques t o sob os seguintes fundamentos a fls 558 AVISO PR VIO LEI N 12 506 11 Relata o Autor que foi admitido pela Reclamada em 21 02 2011 para exer cer a fun o de analista de apoio ges t o sendo dispensado sem justa causa na data de 17 03 2014 Sustenta que re cebeu o aviso pr vio em 00 02 2014 com a data de sa da projetada para o dia 07 03 2014 nos termos da Lei n 2500 ARE O Reclamante aduz por m que la borou durante 32 dias do aviso pr vio tendo redu o de apenas dias Postula ent o o pagamento
510. preende uma norma de conduta para as partes em que pese preservar a liberdade em apresentar a prova em ju zo H v rias teorias sobre o nus da prova e a melhor t cnica para solu o da controv r sia acerca do fato litigioso Dentre elas desta cam se a teoria est tica e a din mica 2 A TEORIA EST TICA 412 Ha v rias teorias DO NUS DA PROVA O nus da prova uma regra que se destina a iluminar o juiz que chega ao final do procedimento sem se convencer sobre como os fatos se passa ram MARINONI 2008 p 325 A discuss o sobre o nus da prova s tem pertin ncia quando est o ausentes elementos sobre a ocorr ncia dos fatos aptos a embasar a con vic o do juiz PALACIO 2003 p 398 nus da prova n o uma obriga o im posta s partes mas um encargo uma facul dade que a parte tem em apresentar as pro vas que apoiam os motivos por ela adotados CARNELUTTI 1950 p 344 uma faculdade de executar um ato em seu pr prio interesse ECHANDIA 1970 p 427 A doutrina costuma bipartir o nus da pro va em subjetivo e objetivo nus de prova subjetivo o encargo atribu do parte en quanto nus da prova objetivo a regra de julgamento que dessume da falta de provas para se concluir tem raz o e que n o a tem VICENTINI 2012 p 1 Para Hernando Echan sobre o nus da prova a melhor t cnica para solu o da controv rsia acerca do fato litigioso O s
511. pregados portadores de defici ncia e ou reabilitados a autora n o alcan ou o percentual impos to por lei O ac rd o recorrido destaca que a determina o de observ ncia da cota de deficientes e ou reabilitados endere ada a toda empresa com mais de 100 empregados n o havendo nenhuma exce o Nesse con texto n o prospera a irresigna o da recor rente pois o art 93 da Lei n 8 213 91 n o estabeleceu nenhuma ressalva ou exce o acerca das fun es compat veis existentes na empresa para compor o percentual dos cargos destinados contrata o de pesso as com defici ncia sendo certo ainda que a imposi o de contrata o de percentual de pessoas com defici ncias habilitadas ou reabilitadas decorre de uma combina o de esfor os visando inibir a discrimina o e satisfazer plenamente o princ pio maior do respeito dignidade humana Assim n o se vislumbra a indigitada ofensa aos dispositivos constitucionais e legais invocados no presen te recurso Arestos inespec ficos Agravo de cH6 instrumento conhecido e n o provido Pro cesso AIRR 191 00 28 2008 5 02 0059 Data de Julgamento 08 05 2018 Relatora Minis tra Dora Maria da Costa 8 Turma Data de Publica o DEJT 10 05 2013 Assim n o tendo o art 93 da Lei n 8 213 91 determinado a exclus o deste ou daquele emprego ou ainda n o tendo es tipulado que a contrata o dos deficientes ou reabilitados seria para alguma atividad
512. preocupa o central o ponto de partida e de che gada de qualquer programa serio sobre preven o de acidentes do trabalho ou doen as ocupacionais Em raz o dessa constata o axiom tica a Constitui o de 1966 expressamente estabeleceu como direito dos trabalhadores a re du o dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sa de higiene e seguran a artigo 7 XXI Estamos portanto diante de um principio funda mental sobre a promo o de medidas preventivas no local de trabalho Ocorre que apesar de todas as evi dencias a doutrina nao concedeu ao mencionado principio o devido reco nhecimento e nem o mesmo enquadra mento como tal E prov vel que a pre ocupa o com as consequ ncias dos acidentes e das doen as ocupacionais tenha desviado os estudos para o cam po da infortunaria restando pouca dedi ca o ao desenvolvimento das das t c nicas e das normas de preven o Ademais importante ressaltar ter o artigo 9 da Lei 12 619 2012 expressamente estabe lecido que As condi es sanit rias e de conforto nos locais de espera dos motoristas de transporte de cargas em p tios do trans portador de carga embarcador consig nat rio de cargas operador de terminais de carga operador intermodal de cargas ou agente de cargas aduanas portos mar timos fluviais e secos e locais para repouso e descanso para os motoristas de transporte de passageiros em rodovi 9 OLIVEIRA Sebas
513. presas para os fins do artigo 011 S 1 da CLI enquanto assim n o se dispor al m de perceber se dificuldade de constitui o de sindicatos patronais dom sticos ou ao menos agora sua exig ncia para empres tar campo a tal incid ncia dada a inexist n cia de finalidade econ mica como decorre dos empregadores em geral e a desorganiza o inerente a tal categoria ainda quando se perceba a exist ncia de associa es de do nos e donas de casa que ainda devem trilhar um longo caminho at estabelecerem as pre missas inerentes transforma o em sindica tos patronais No exame dos novos direitos trabalhistas j vigentes desde a publica o da EC 2 cabe ainda quanto a efeitos diretos incidentes so bre os empregadores dom sticos a proibi o doravante de contrata o de menores REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL de 16 anos para qualquer trabalho dom sti co exceto a partir dos 14 anos se considera dos aprendizes e ainda o trabalho noturno ou considerado perigo ou insalubre a meno res de 18 anos Nesses casos em havendo empregado nessas condi es o efeito ime diato exige a rescis o do contrato de trabalho dom stico anterior porque doravante n o se lhe empresta mais licitude pelo que antes decorria do contido no artigo 5 Il da Cons titui o Federal de que se n o era obrigado ou proibido de fazer algo mediante lei assim se poderia deixar de fazer ou fazer enquanto agora a
514. prevista no artigo 4 da CLT por quanto a Reclamada efetuou o pagamento das verbas rescis rias no prazo legal Por considerar bem apreciada a contro v rsia mantenho a senten a por seus pr prios fundamentos Assim sendo mantida a senten a que decretou a improced ncia dos pedidos exordiais n o h que se falar em honor rios assistenciais CONCLUS O Pelo o exposto conhe o do recurso or din rio e no m rito nego lhe provimen to mantendo a senten a por seus pr prios fundamentos a teor do art 895 IV da CLT tudo nos termos da fundamenta o o voto Ac rd o ACORDAM os integrantes da Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10 Regi o conforme certid o de julga mento a fls retro aprovar o relat rio co nhecer do recurso ordin rio e no m rito negar lhe provimento mantendo a senten a por seus pr prios fundamentos a teor do art 895 IV da CLT nos termos do voto do Desembargador Relator Bras lia DF 25 de junho de 2014 data do julgamento BRASILINO SANTOS RAMOS Desembargador do Trabalho ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO do Processo 00925 2013 020 10 00 3 RO Ementa CONTRATO DE PARCERIA RURAL X CONTRATO DE EMPREGO A Lei 4 504 1904 art 96 S 4 com a re da o dada pela Lei 11 443 2007 expressa mente descreve que os contratos que preve jam o pagamento de trabalhador rural em partes em dinheiro e percentual de lavoura
515. primento deferir indeniza o por danos morais coletivos no valor de R 308 2 000 000 00 Os valores dever o ser reverti dos em prol de um fundo espec fico a crit rio do Minist rio P blico do Trabalho sem parti cipa o da empresa r salvo diante de uma composi o amig vel sempre mediante an lise do juizo da execu o Inverto os nus da sucumb ncia para con denar a r ao pagamento das custas processu ais do valor de R 40 000 00 calculadas sobre R 2 000 000 00 valor arbitrado condena o Ac rd o ACORDAM os Desembargadores da Egr gia Segunda Turma do Tribunal Regional do Traba lho da D cima Regi o vista do contido na respectiva certid o de julgamento aprovar o relat rio conhecer do recurso e no m rito por maioria dar lhe provimento para afastar a pre judicial de m rito condenar a demandada nas obriga es de n o fazer assim como pleiteadas a inicial s fls 1 18 sob pena de multa pecuni ria no importe de R 10 000 00 na hip tese de descumprimento deferir indeniza o por danos morais coletivos no valor de R 2 000 000 00 Os valores dever o ser revertidos em prol de um fundo espec fico a crit rio do Minist rio P bli co do Trabalho sem participa o da empresa r salvo diante de uma composi o amig vel sempre mediante an lise do ju zo da execu o nos termos do voto do Desembargador Relator Vencido o Desembargador Jo o Amilcar quan to ao valor
516. proferido na ADI n 1 075 1 publicada no DJU em 24 09 97 mencionou que os direitos sociais do trabalho encontram se inseridos no rol dos direitos constitucionais fundamentais em interpreta o sistem tica extra da do art 5 2 da CR 88 os direitos sociais dos trabalhadores enunciados no art 7 da Constitui o se compreendem entre os direitos e garantias constitu cionais inclu das no mbito normativo do art 5 2 de modo a reconhecer al ada constitucional s conven es internacionais anteriormente codificadas no Brasil nos ltimos tempos Ligada ao fen meno da juridiciza o da Constitui o e ao reconhecimento e incremento de sua for a normativa a efetivida de merece cap tulo obrigat rio na interpreta o constitucional Os grandes autores da atualidade referem se necessidade de dar prefer ncia nos problemas constitucionais aos pontos de vista que levem as normas a obter m xima efic cia ante as circunst ncias de cada caso In BARROSO Lu s Roberto Interpreta o e Aplica o da Constitui o 6 edi o Saraiva p 246 Esse princ pio tamb m designado por princ pio da efici ncia ou princ pio da interpreta o efetiva pode ser formulado da seguinte maneira a uma norma constitucional deve ser atribu do o sentido que maior efic cia lhe d um princ pio operativo em rela o a todas e quaisquer normas constitucionais e embora sua origem esteja ligada tese da actualidade d
517. proibi o decorre de comando cons titucional e inibe efeitos regulares ao contrato assim proibido de existir Igualmente resta vedado doravante esta belecer o empregador dom stico distin o salarial de exerc cio de fun es ou de crit rio de admiss o de empregado dom stico por motivo de sexo idade cor ou estado civil sem nisso se distanciar do que o colendo Su premo Tribunal Federal assinalou quando da an lise de preceito similar assim distinguindo que n o emerge discrimina o quando a ati vidade exigida seja inerente ao crit rio estabe lecido em raz o da natureza e das atribui es espec ficas do emprego mas apenas quando se percebe num bice sem vincula o a qual quer elemento da atribui o a desenvolver Com rela o aos direitos dependentes de regulamenta o infraconstitucional especifi ca cabe esclarecer que alguns est o na esfe ra do Estado e n o do empregador dom sti co enquanto outros dependem de fonte de custeio a ser discriminada no que haver l gica onera o patronal Sem descrever exerc cio de futurologia parece l gico que a lei de reg ncia quanto ESCOLA JUDICIAL 10 ao FGTS e ao seguro desemprego ser a pr pria Lei n 5 859 1972 com as altera es en t o empreendidas pela Lei n 10 208 2001 exclu da por bvio a facultatividade do em pregador dom stico incluir o empregado dom stico no regime fundi rio e assim a permitir lhe o eventual benef
518. prova diab lica que aquela que impossivel sen o muito dif cil de ser pro duzida DIDIER JR et al 2007 p 60 Para Alexandre C mara 2005 p 15 N o se trata por m de se fixar ou tra regra est tica de distribui o do nus da prova mas de criar se um sistema excepcional que s pode funcionar onde a regra geral opera mal j que foi elaborada para casos normais e correntes o que n o cor responde ao caso concreto O que se busca t o somente retirar de uma parte o nus de produzir provas diab licas A aplica o da teoria din mica no Proces so Civil e no Processo do Irabalho decorre da incid ncia dos seguintes princ pios DIDIER JR et al 2007 p 64 a igualdade arts 52 caput da Constitui o e 125 CPC deve haver uma paridade real de armas e n o apenas formal promovendo se o equilibrio entre as partes com a atribui o do nus da prova a quem tem meios para satisfaz lo b lealdade boa f e veracidade arts 14 16 a 18 e 125 III CPC a parte n o pode agir ou se omitir de forma ardilosa para prejudicar o ex adverso c colabora o com a Justi a arts 339 340 342 345 e 355 CPC todos t m o dever de ajudar o magistrado a desco brir a verdade dos fatos d devido processo legal art 52 LIV da Constitui o o proces so devido que produz resultados justos e equ nimes e acesso Justi a art 52 XXXV Constitui o a dis
519. quanto no perio do destinado a descanso intrajornada nem de confin lo a ambientes restritos de modo a sinalizar algo diferente quando a exegese do intervalo diz com per odo em que o trabalha dor n o deve ter exigido trabalho e pode dis por do tempo de descanso e refei o ainda lo que por vezes junto a outros empregados ou aos familiares da casa onde trabalhe N o se h com a devida v nia que transformar a rela o dom stica num inferno em que o empregado dom stico tenha que ser isolado do conv vio familiar para n o corresponder a presta o de trabalho quando o descanso pode perfazer se regularmente nos limites do bom senso e dentro do pr prio ambiente residencial Doutro lado quando j antevisto proble ma no ambiente dom stico para a regula o da jornada di ria admite se como nos contratos de trabalho em geral ajustar se mediante acordo individual escrito a com pensa o da jornada do empregado dom s tico a teor da S mula 85 I do colendo Tri bunal Superior do Trabalho devendo nesse particular efeito o eventual ultrapassar da jornada di ria de oito horas encontrar o limi te constitucional de 44 horas semanais sob pena de serem devidas as horas extras que sobrep dem se eventualmente a tal limite observando se ainda eventuais efeitos da referida S mula 85 IV TST quando descreve que a presta o de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensa o de jorna
520. que les constatados nestes autos Recurso conhe cido e provido Relat rio O Exmo Juiz FERNANDO GABRIELE BER NARDES em exerc cio na MM 9 Vara do Tra balho de Bras lia DF por meio da senten a de fls 218 222 extinguiu o processo com resolu o de m rito quanto ao pedido de in deniza o por danos morais coletivo e julgou improcedentes os demais pedidos formula dos pelo MINIST RIO PUBLICO DO TRABALHO MPT nesta A o Civil P blica O MPT se insurge contra a senten a por meio das raz es de recurso as fls 2260 244 Requer seja a prescri o afastada e no m rito pugna pelo deferimento do pedido de indeniza o por dano moral coletivo bem como os demais pedidos da inicial Contrarraz es pela reclamada as fls 249 2602 o relat rio Voto 1 Admissibilidade Preenchidos os pressupostos objetivos e subjetivos conhe o do recurso 2 M rito 2 1 Prescri o O Exmo Juiz de origem extinguiu O pro cesso com resolu o de m rito quanto ao pedido de indeniza o por dano moral cole tivo pelos seguintes fundamentos Supondo pois que o per odo de ociosida de for adas das empregadas tivesse perdurado no m ximo por cerca de um m s ou segundo declara es da empregada MILENE FERNANDA MACHADO OLIVEIRA por um m s e meio fl 32 h que se concluir que o ass dio noticiado na peti o de ingresso cessou na pior das hip te ses em mar o 2007 A presente demanda
521. r o servi o Posto que algum homem ou mulher viva com senhor ou amo de qualquer qualidade que seja a bemfazer sem aven a de certo pre o ou quantidade ou outra cousa que haja de haver por seu servi o contentando se do que o senhor ou amo lhe quiser dar ser o amo e senhor obrigado a lhe pagar o servi o que fez havendo respeito ao tempo que servio e qualidade do criado e do servi o Por m se entre elles houver contracto feito sobre o servi o cumprir se ha o que entre elles f r tractado como f r direito sic REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Posteriormente a mat ria passou a ser disciplinada embora genericamente n o apenas em rela o aos dom sticos pelas disposi es do C digo Civil de 1 910 refe rentes loca o de servi os arts 1 216 a 1 236 Em linhas gerais o antigo C digo Civil trazia as seguintes regras a serem observa das a a retribui o financeira s era exig vel ap s a conclus o do servi o ou podia ser paga em presta es art 1 219 b o prazo m ximo dos contratos era de 4 anos impreterivelmente art 1 220 c era obrigat rio o aviso pr vio para res cis o dos contratos sem prazo determinado que variava de 1 a 8 dias art 1 221 d podiam ser exigidos quaisquer servi os compat veis com as for as e condi es do trabalhador art 1 223 e previam se justas causas para que o trabalhador desse por findo o contrato como por exemplo
522. r 2010 p 50 6 GURGEL Yara Maria Pereira Direitos humanos princ pio da igualdade e n o discrimina o S o Paulo LTr 2010 p 50 7 GURGEL Yara Maria Pereira Direitos humanos princ pio da igualdade e n o discrimina o S o Paulo LTr 2010 p 61 193 contrata o e durante a realiza o do traba Ro O art 32 IV da Constitui o Federal de 1988 assinala que objetivo fundamental da Rep blica Federativa do Brasil promover o bem de todos sem preconceitos de origem ra a sexo cor idade e quaisquer formas de discrimina o Discrimina o portanto o nome que se d para conduta a o ou omiss o em que se estabelecem diferen as que violam o di reito das pessoas com base em crit rios ile gitimos e injustos tais como a ra a O sexo a idade a op o religiosa e sexual entre ou tros Trata se de um tipo de conduta que val contra o princ pio fundamental de justi a e liberdade De acordo com Carlos Augusto Ayres Brit to discriminar significa distinguir negativa mente negativando o outro isolar separar algu m para impor a esse algu m um con ceito uma opini o desfavor vel por motivos puramente hist rico culturais jamais l gicos jamais racionais por defec o por distor o por disfun o de mentalidade ao longo de um processo hist rico cultural E isso implica humilha o humilhar o outro E o humilha do se sente como que padecente de um d ficit de cid
523. r a declara o de incompet ncia absoluta confirmar a compet ncia desta Justi a Trabalhista para processar e julgar o pre sente feito e determinar o retorno dos au tos MM Vara do Trabalho de origem para julgamento nos termos do voto do Desem bargador Relator Ementa aprovada Bras lia DF 06 de agosto de 2014 DORIVAL BORGES Desembargador do Trabalho REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Processo Ementa CONCURSO P BLICO TERCEI RIZA O DA VAGA PRETERI O DE CANDI DATOS APROVADOS DIREITO NOMEA O Uma vez comprovada a exist ncia da vaga fica caracterizada a preteri o do candida to aprovado em concurso STF 12 T Al Agr 440895 PERTENCE DJU 20 10 2006 Relat rio O Exm Juiz Erasmo Messias de Moura F da 14 Vara do Trabalho de Brasilia DF por meio da senten a a fls 530 539v 2 julgou procedente em parte a reclama o trabalhis EEE 00165 2014 01H 10 00 3 RO ta ajuizada por MARIANA CRISTINA SILVA em face do BANCO DO BRASIL S A condenando o reclamado a convocar a autora para a reali za o de exames m dicos a fim da contrata o subsequente caso aprovada nos testes Inconformado o BANCO DO BRASIL S A interp e recurso ordin rio fls 551 585 O dep sito recursal e o recolhimento das custas foram comprovados fls 552 553 A reclamante ofertou contrarraz es fls 588 638 Ce Os autos n o foram remetidos ao Minist rio P blico do
524. r a partir de sua forma o os militares tornaram se protagonistas em diver sos epis dios da vida p blica brasileira seja exercendo uma lideran a indispens vel nos acontecimentos que desencadearam a pro clama o da Rep blica em 1889 seja apoian do movimentos reformadores da pol tica na cional como o Tenentismo e a Revolu o de 1930 seja assumindo de fato a dire o poli tica do Pais conforme se deu no Golpe Militar de 1964 o qual gerou um regime autorit rio e repressivo at hoje criticado pelos principais historiadores e intelectuais da Na o De todo modo apesar da entrada tardia dos servidores da p tria em pap is impor tantes da pol tica no Brasil eles se mostraram bem mais ativos do que as corpora es mili tares de pa ses europeus e dos pr prios Esta dos Unidos Sen o vejamos o que disciplina a mesma historiadora supramencionada MAN CUSO 2008 p 7 Por outro lado as For as Ar madas no Brasil tiveram maior en volvimento em quest es internas que nos pa ses Europeus e nos EUA desempenhando papel predomi nantemente pol tico Embora essa seja uma caracter stica encontrada em muitos pa ses origin rios de es truturas coloniais da Am rica Latina frica e sia no Brasil a hist ria mili tar se confunde em muitos momen tos com a pr pria hist ria do pa s 120 Nesse contexto percebe se que no Bra sil mesmo permeados pelas tradicionais restri es inerentes
525. r grafo nico da CLT o Tribunal Superior do Trabalho vem aplicando aos conselhos de fiscaliza o profissional a isen o de custas prevista no Decreto lei n 779 09 entendi mento que se acolhe com a ressalva da Re latora Presentes os pressupostos objetivos e sub jetivos do recurso dele conhe o M RITO CONTRATA O DE APRENDIZES POR CONSELHO DE FISCALIZA O PROFISSIO NAL O recorrente postula a reforma do julgado para que seja declarada a sua natureza juridi ca de autarquia e por consequ ncia postu la a n o obrigatoriedade de contrata o de aprendizes nos moldes do art 429 da CLT O Supremo Tribunal Federal decidiu que os Conselhos de Fiscaliza o Profissional s o autarquias sul generis e por isso est o subme tidos ao disposto no art 37 Il da CR Vejam as decis es ADMINISTRATIVO RECURSO EXTRAOR DIN RIO CONSELHO DE FISCALIZA O PROFISSIONAL EXIG NCIA DE CONCUR SO PUBLICO NE Sn e e ETUE ZA JUR DICA AUTARQUIA FISCALIZA O SUN ADEMIR DE ESTADO os con selhos de fiscaliza o profissional posto autarquias criadas por lei e ostentando personalidade jur dica de direito p blico exercendo atividade tipicamente p blica qual seja a fiscaliza o do exerc cio profis sional submetem se s regras encartadas no artigo 37 inciso Il da CB 88 quando da contrata o de servidores 2 Os conselhos de fiscaliza o profissional t m natureza jur dica de autarquias con
526. r e humilhar a vitima Logo ato isolado embora possa se constituir em conduta ilicita e capaz de ge rar a viola o aos direitos fundamentais e da personalidade do empregado n o caracteri za ass dio moral O ass dio moral portanto exige a pr tica reiterada e sistem tica por parte de superio res hier rquicos ou colegas de trabalho de atos que possam desestabilizar emocional mente o empregado a ponto de ferir a sua dignidade ou a sua integridade f sica ou men tal Trata se de uma atitude lesiva do empre gador que excede os limites do poder direti vo e fiscalizat rio mais comum o ass dio moral ser come tido entre sujeitos de posi o hier rquica di versa podendo ser tanto vertical ascendente quanto descendente Ser vertical descen dente quando praticado pelo empregador ou superior hier rquico subordinado contra o empregado Essa esp cie de ass dio mo ral caracteriza se como a ofensa reiterada ao relacionamento saud vel perpetrada por su perior hier rquico ou pelo pr prio emprega dor contra o empregado Ser por sua vez vertical ascendente quando for praticado pelo empregado contra superior hier rquico Trata se da modalidade mais rara de ass dio moral no ambiente de trabalho 18 HIRIGOYEN Marie France Mal estar no trabalho redefinindo o ass dio moral Rio de Janeiro Bertrand 2002 p 17 19 NASCIMENTO S nia Mascaro Ass dio moral 2 ed S o Paulo Saraiva 2011 p 3 e
527. r ele empreen dida quando da propositura da a o Logo o valor pleiteado na inicial mostra se apto a dissuadir o ofensor de persistir na conduta il cita Observando se tais par metros defiro indeniza o por danos morais no montante de R 2 000 000 00 Ante o exposto dou provimento ao recur so para deferir indeniza o por danos morais coletivos no valor de R 2 000 000 00 2 4 Destina o dos valores arbitrados Quanto destina o do valor arbitrado in deniza o e multas adoto como raz es de decidir os fundamentos expostos pelo Exmo Desembargador BRASILINO SANTOS RAMOS quando relatou o RO 1419 44 2011 5 10 0009 Embora a tese n o tenha prevalecido naque la ocasi o ainda dela comungo 307 Sobre o destinat rio desse valor na forma prevista no art 13 da Lei n 7 347 1985 a con dena o pecuni ria ser revertida a um fundo sendo seus recursos destinados reconstitui o dos bens lesados pertinente extrair do referido texto que n o necessariamente essa destina o deva ser feita ao FAT devendo ser sinalada a tend ncia juris prudencial em n o mais remeter esses valores para esse Fundo Isso tendo em conta que as quantias para ali recolhidas n o t m sido aplica das conforme previsto no mencionado art 13 Consoante leciona Raimundo Sim o de Melo Na verdade a remessa dos valores alu didos para o FAT foi um acidente de percurso num momento inicial e que por falta de um fund
528. r eventuais pre ju zos materiais decorrentes dos infort nios de acidentes e doen as com ou sem nexo com o trabalho mas tamb m se v frustra do por aquela inadimpl ncia suscet vel in clusive de ser responsabilizado por eventual culpa na escolha in eligendo da empresa de seguros e como tal tamb m parte lesada pelo descumprimento contratual da mesma Trata se de les o pr pria ordem jur di ca trabalhista e seus principais destinat rios empregados e empregadores o que justifica pois a compet ncia material da Justi a do Trabalho para aprecia o desta mat ria art 114 VI e IX CR a fim de se dar efetividade e materialidade aos direitos sociais previstos nos arts 7 XXII XXVI e XXVIII e 8 IIl e VI CR direitos estes que se inserem no mbito de normatividade dos direitos fundamentais art 52 22 CR E justamente pelos direitos sociais do trabalho serem interpretados como direitos fundamentais de 22 dimens o deve se lhes aplicar de igual maneira o princ pio da efe 7o tividade das normas constitucionais art 52 S12 CR para prote o do ser humano Defender o direito a todo custo n o necessariamente defender a norma a todo custo defender o homem a todo custo valor supremo da raz o de ser do direito Por isso se diz que o direito se acha na luta lhering e essa id ia expressa na obra de Kampf um s Recht do c lere autor firmava o con ceito de sentimento d
529. r ilegalidade na fixa o de multa por eventual descumprimento das obriga es impostas reclamada uma vez que tal medida tem como intuito garan tir a efic cia e o cumprimento das determina es do Juizo e est o relacionados conde na o proveniente de fatos pret ritos e n o a ocorr ncias futuras N o h fundamento para eximir a recorrente das multas impostas nem mesmo para redu o dos valores arbitrados a tal t tulo Recurso n o provido 3 3 DANO MORAL COLETIVO CONFIGU RA O Tema comum aos recursos da LOTAXI e do DISTRITO FEDERAL 208 Insurgem se a r LOTAXI e o DISTRITO FEDERAL contra a senten a que os conde nou de forma solid ria ao pagamento de indeniza o decorrente de dano moral co letivo fixada em R 500 000 00 quinhentos mil reais para cada um dos r us A recorrente LOTAXI argumenta em s n tese inocorr ncia de dano moral causado a coletividade de trabalhadores que pudes se ensejar a condena o em apre o O Distrito Federal sustenta que n o h demonstra o da coletividade do dano ar gumentando que apenas alguns emprega dos de algumas empresas possuem algum d ficit auditivo o que n o quer dizer que tal defici ncia tenha rela o direta com a m presta o dos servi os pelas permissio n rias do servi o de transporte coletivo f1 1911 A indeniza o pelo dano moral coletivo est prevista na Lei 7 347 85 que em seu art 1 disp e
530. r o contexto normativo que disci plina os acidentes de trabalho no Brasil dando uma nfase as normas que devem ser observadas pelos empregadores da constru o civil e demonstrando os pres supostos necess rios para caracteriza o da responsabilidade civil das construtoras e as repercuss es sociais balho s veio a se de na vida do trabalhador senvolver a partir do O presente ap s o acidente de traba surgimento da Revo trabalho ir lho al m de ter uma pre lu o Industrial ten ocupa o constante em do passado por v rias demonstrar O trazer o entendimento mudan as ao longo de contexto normativo que disciplina os acidentes de trabalho no Brasil d cadas mas sempre na busca do mesmo objetivo utiliza o do trabalho humano f si co ou intelectual com o objetivo de alavan car o crescimento eco n mico num todo be neficiando tanto ao empregado quanto ao empregador O Brasil nos ltimos 10 dez anos passou e tem passado por grandes transforma es sociais culturais educacionais e principal mente econ micas fato que ocasionou um aumento significativo na oferta de trabalho nas mais diversas a reas de atua o em es pecial na constru o civil situa o que tem gerado um n mero alto de acidentes de trabalho que historicamente j bastante significativo muitas vezes por neglig ncia imprud ncia e imper cia das empresas por desrespeito as normas que tratam do assun to ma
531. r social Tal estudo gerou a motiva o de iniciar este artigo que se 191 alicer a na primeira vis o de Proen a Filho aquela em que o negro visto como objeto com um trecho de um texto em prosa de Cruz e Sousa um dos poetas que mais so freram o preconceito racial no Brasil mesmo tendo excelente escolaridade Por m ao per der a prote o do padrinho adotivo um ho mem branco e rico o poeta advogado viu se v tima de um preconceito racial t o intenso que culminou praticamente em sua expul s o do estado natal Santa Catarina pois n o conseguia trabalho condizente com sua es colaridade e quando conseguia era t o per seguido que n o aguentava conviver com o ass dio moral a que era submetido por ser negro desiludindo se em cada v nculo em pregat cio Tamanho sofrimento o obrigou a buscar um rein cio de vida no Rio de Janeiro onde tamb m n o conseguiu um trabalho que fizesse jus sua forma o Em decorr ncia dessa conviv ncia com o preconceito Cruz e Souza deu luz um texto em prosa intitulado Emparedado do qual se cita a seguir um trecho que reflete magni ficamente como se devem sentir os trabalha dores negros impedidos de desempenhar em paz suas atividades de trabalho em fun o do preconceito tnico e do ass dio moral a que s o submetidos por essa heran a hist ri co cultural perversa que aflige milhares de afrodescendentes no dia a dia veja se Se caminhares para a d
532. ra jur dica historicamente an tecessora mais pr xima dos contratos de tra balho que s o as disposi es concernentes loca o ou presta o na dic o do diplo ma vigente de servi os no direito comum C d Civil 1916 arts 1 216 a 1 230 e C d Civil 2002 arts 593 a 609 Nesse contexto as quest es poca n o reguladas pelo Decreto lei n 3 078 41 como a invocabilidade de justas diam encontrar alguma sombra nas disposi es do diploma civil anterior O quadro todavia sofreu gradativamente mudan as com a inclus o dos empregados dom sticos em um regime jur dico trabalhis ta pr prio ainda que menos protetivo que o regime jur dico trabalhista geral A partir do instante em que progressivamente s o in troduzidos institutos de cunho tipicamente trabalhista em leis supervenientes CLT a for a da barreira da norma proibidora do art 7 a foi arrefecendo E que adentrando em aspectos peculiares do Direito do Trabalho como a introdu o das f rias do aviso pr O quadro todavia sofreu gradativamente mudan as com a inclus o dos empregados dom sticos em um regime jur dico trabalhista causas rescis rias S po pr prio 04 vio proporcional ao tempo de servi o e do repouso semanal remunerado dentre outros direitos a aplica o das normas regentes do trabalho dom stico produzidas sem condi cionamento a futura regulamenta o legal ou de qualquer outra
533. ra v rias pericias realizadas em in meros processos judiciais nessa Especializada de Bras lia tramitando a bastante tempo demonstrem a exist ncia do cb agente insalubre sem qualquer medida feita pela r que demonstre a tentativa de atenuar n o h fornecimentos de EPI s n o h troca da frota de nibus com substitui o de veicu los com motores traseiro A prova documental extensa trazida pela r s demonstra alguns exames n o a tota lidade sendo a grande maioria peri dicos e admissionais poucos com evidenciem a evo lu o hist rica de sa de do trabalhador na empresa Ao contr rio o MPT comprova efetiva mente de forma clara com os dados previ denci rios audiometrias realizadas per cias o prejuizo existente aos trabalhadores em especial os motoristas cobradores e demais que transitam nos nus da Condor com mo tor dianteiro e em condi es prec rias de tra balhado tais como aus ncia de ar entrega de EPI s e outros O dano e nexo causal gerado pela Lotaxi resta devidamente comprovada nos autos Assim tendo em vista a prova inequ voca e verossimilhan a das alega es e ainda fun dado receio de dano irrepar vel tendo em vista que os ve culos com motores dianteiros continuam transitando o que gera de imedia do mais risco aos trabalhadores sem qual quer medida implementada pela r que ate nue ou reduza tais riscos defiro o pedido de tutela antecipada ficando assim prejudicado o ED
534. racionalizar o novo regime previ denci rio decorrente da nova ordem consti tucional inclusive no tocante ao custeio das contribui es e frui o dos benef cios previ denci rios alusivos aos empregados dom sti cos foram editadas as Leis n s 8 212 91 Lei de Custeio da Previd ncia Social e 8 213 91 Lei de Benef cios da Previd ncia Social com regras diferenciadas acerca da contagem dos prazos de car ncia da garantia de benef cio m nimo mesmo na aus ncia de comprova o dos recolhimentos previdenci rios da forma de pagamento da licen a maternidade e da data inicial dos benef cios de aposenta doria Antes delas a Lei n 6 88 80 rompera com uma incompreens vel limita o do sal rio de contribui o ao m ximo equivalente ao sal rio m nimo elevando o ao patamar de 3 sal rios m nimos por meio do acr scimo do 12 ao art 5 da Lei dos Dom sticos Lei n 5 859 72 Dez anos depois da contempla o dos empregados dom sticos nas novas leis pre videnci rias o Congresso Nacional acenou com uma aparente novidade a favor dos em pregados dom sticos o FOTS No entanto a Lei n 10 208 2001 imitan do ao avesso o antigo regime de op o dos trabalhadores pelo FGTS Lei n 5 107 06 art 12 inventou uma curiosa op o patronal pe los recolhimentos fundi rios acrescentando o art 32 A Lei n 5 859 2 A novidade a rigor prescind vel pois os empregadores em geral s o livres
535. rado Em que consiste realmente o di logo so cial Como j foi ressaltado alhures o di logo social definido pela Organiza o Interna cional do Trabalho como inclusivo de todos Os tipos de negocia o ou mais simplesmen te como a troca de informa es entre os re presentantes do governo os trabalhadores e os empregadores a prop sito de quest es de interesse comum ligadas pol tica econ mi ca e social O di logo social pode existir sob a forma de um proceso tripartite atuando o governo ora como parte oficial do di logo ou pode tamb m ser composto de rela es bipartites entre trabalhadores e empregadores atuan do as organiza es sindicais e patronais com ou sem participa o direta do governo A consulta pode ser institucionalizada ou informal ou uma combina o de ambas A consulta pode ostentar um n vel nacio nal regional ou ser restrita ao mbito da em presa A consulta pode ser interprofissional seto rial ou uma combina o de ambas Para que o di logo social funcione o Es tado n o pode adotar uma postura passiva mesmo quando n o figura como o ator direto no desenvolvimento do processo interativo A fun o precipua do di logo criar um clima pol tico e civil est vel que permita a organiza o de empregadores e de trabalha REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL dores funcionar livremente sem receio de repres lias Mesmo naquelas situa es onde as r
536. rando que eles podem ser aplicados em graus diferentes de pendendo da situa o jur dica em an lise e na aplica o de regras utiliza se a tradicional subsun o For a Normativa da Constitui o For a normativa da Constitui o significa a aptid o e o poder que as normas constitu cionais princ pios e regras t m para produ zirem os seus efeitos Elas n o s o somente express o de um ser mas tamb m de um dever ser Konrad Hesse vincula esta for a normativa ao pressuposto de efic cia da Constitui o Segundo este autor tal efic cia se concretizar se as normas da Constitui o forem elaboradas em conson ncia com a hist ria com os anseios com os aspectos pol ticos econ micos so ciais culturais e com as tend ncias dominantes da sociedade se hou ver uma vontade das pessoas em cumprir os seus comandos vontade de Constitui o e principalmente se ela incorporar o estado espiritu al de seu tempo geistige Situation Acrescenta se ainda a este rol a capacidade da Constitui o de se adaptar a novas situa es O que ser poss vel por interm dio do ma nejo de princ pios constitucionais os quais evitam o sue engessamen to da Carta Como ltima condi o de efic cia assevera o autor que a Constitui o n o deve ter como pilar uma estrutura unilateral devendo prever parte da estrutura contr ria ou seja aos direitos fundamentais deve se contrapor os deveres divis o
537. raordin rio conhecido e provido para afastada a alegada legitimidade do Minist rio P blico com vistas a defesa dos interesses de uma coletividade determinar a remessa dos autos ao Tribunal de origem para prosseguir no julgamento da a o destaquei RE 163231 SP S O PAU LO Relator Min MAUR CIO CORR A Tribunal Pleno DJ 29 06 2001 Por fim esta e Subse o tem reconhecido a legitimidade do Parquet para ajuizar a o civil p blica para a defesa de interesses indivi duais homog neos Deste modo pelos fundamentos supra exa rados nego provimento REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL Insiste o recorrente em afirmar que o Minis t rio P blico n o tem interesse de agir diante da falta de interesse coletivo difuso ou indi vidual homog neo a defender A mat ria acerca da natureza dos direitos tutelados j foi analisada no tema da ilegitimi dade estando configurado o interesse de agir do parquet Nego provimento LITISPEND NCIA E COISA JULGADA Assegura o recorrente que as provas junta das aos autos denotam a exist ncia de outras a es movidas pelo recorrido nas quais pos tulou igualmente as exatas pretens es dedu zidas nesta a o Reexaminado o conjunto probat rio ratifi co a decis o porquanto foram colacionadas aos autos apenas as peti es iniciais dos pro cessos Com isto mostra se invi vel o exame da coisa julgada Tal v c
538. rasil Bras lia OAB Editora 2004 34 BRAGA Ronaldo Da prote o dos direi tos sociais dos servidores militares diante de limita es constitucionais In mbito Ju r dico Rio Grande XI n 60 dez 2008 Disponi vel em lt www ambitojuridico com br site indez php n_link revista_artigos_leitura amp arti g0_id 5308 gt Acesso em 30 nov 2012 LARENZ Karl Metodologia da ci ncia do direito Tradu o de Jos Lamego 3 ed Re formulada Lisboa Funda o Calouste Gul benkian 1997 LIMA Francisco G rson Marques de Gre ve um direito antip tico Vit ria Revista de Direitos e Garantias Fundamentais n 11 p 53 117 jan jun 2012 Dispon vel em lt http www tdv br sisbib index php direitosegaran tias article view 189 124 gt Acesso em 10 jan 2018 MANCUSO Amanda Pinheiro A HIST RIA MILITAR notas sobre desenvolvimento do campo e a contribui o da Hist ria Cultural Grande Dourados Revista Hist ria em Refle x o v 2 n 4 Dispon vel em lt http www historiaemreflexao ufgd edu br A4 A 20HistoriaW20MilitarW20notas 20 sobre W200 20desenvolvimento W20do 20 campo 20e 20 pdf gt Acesso em 3 nov 2012 MENDES M RTIRES BLANCO Curso de Di reito Constitucional S o Paulo Saraiva 2009 SILVA Jos Afonso da Curso de Direito Constitucional Positivo 31 ed S o Paulo Malheiros 2008 SUSSEKIND Arnaldo Direito Internacional do Trabalho 3 ed atual e com novos textos
539. rbis 11 in Adicional de Periculosidade uma breve exposi o sobre as inova es da Lei 12 740 12 Gunther Luiz Eduardo 25 anos da Constitui o e o direito do trabalho Curitiba Juru 2013 p 37 187 ANEXO V da NR 16 Proposta de Texto ATIVIDADES PERIGOSAS EM MOTOCICLETA 1 As atividades laborais com utili za o de motocicleta ou motoneta no deslocamento de trabalhador em vias p blicas urbanas e rurais s o considera das perigosas 2 N o s o consideradas perigosas para efeito deste anexo a a utiliza o de motocicleta ou motoneta exclusivamente no percurso da resid ncia para o local de trabalho ou deste para aquela b as atividades em ve culos que n o necessitem de registro no rg o de transito D O U de 15 07 2014 Se o 1 Expirado o prazo de consulta p blica o Org o Ministerial expediu no ltimo dia 13 de outubro DOU de 14 10 2014 Se o 1 a Portaria de n 1 505 que aprovou o Anexo V da Norma Regulamentadora NR 10 para disciplinar as Atividades Perigosas em Moto cicleta conforme se observa GABINETE DO MINISTRO PORTARIA N 1 505 DE 13 DE OU TUBRO DE 2014 Aprova o Anexo 5 Atividades Pe rigosas em Motocicleta da Norma Regulamentadora n 10 Atividades e Opera es Perigosas e d outras pro vid ncias O MINISTRO DE ESTADO DO TRABA LHO E EMPREGO no uso das atribui es que Ihe conferem o inciso Il do par grafo nico do art
540. reforma e apenas presto esclarecimentos neste aspecto fls 1826 grifo nosso Portanto considerando o teor do julgado de origem complementado pela decis o proferida em sede de embargos declarat rios a condena o do Distrito Federal se limi tou indeniza o por danos morais coletivos no valor de R 500 000 00 sem qualquer co gita o de responsabilidade solid ria Foram efetivamente deferidas duas con dena es distintas individualizadas referen tes a indeniza es por dano moral coletivo sendo uma a ser paga pela empresa deman dada e outra distinta pelo Distrito Federal Assim foi a decis o de primeiro grau Nesse contexto conhe o apenas parcial mente do recurso do Distrito Federal n o o fazendo quanto aos t picos que pugnam pela exclus o da responsabilidade solid ria por manifesta aus ncia de interesse recursal 2 MAT RIAS PRELIMINARES 2 1 PRELIMINAR DE INCOMPET NCIA DA JUSTI A DO TRABALHO Recurso do Distrito Federal O DISTRITO FEDERAL arg i preliminar de incompet ncia absoluta da Justi a do Tra balho em raz o da mat ria Argumenta que esta Justi a Especializada n o seria compe tente para apreciar a quest o uma vez que os fundamentos utilizados pelo Minist rio P blico do Trabalho para tentar lhe atribuir responsabilidade direta n o tem qualquer re la o com a legisla o trabalhista Nesse sentido sustenta que quando a exordial prega a responsabilidade
541. rer sobre a estabilidade prevista no artigo 41 da CF 88 antes e ap s a promul ga o da EC n 19 1996 232 Antes aplicava se a qualquer servidor no meado nomeado em virtude de concurso p blico para cargo ou emprego nos termos do art 37 Agora s se aplica a servidor no meado em virtude concurso para cargo de provimento efetivo Adquiria se a estabilida de antes ap s dois anos de efetivo exerc cio agora ap s tr s anos SILVA Jos Afonso da Curso de Direito Constitucional Positivo 16 ed S o Paulo Malheiros 2000 p 0 9 080 grifo aposto A jurisprud ncia do exc SIF est clara mente firmada no sentido de que os empre gados p blicos aprovados em concurso p blico antes da EC n 19 1998 fazem jus estabilidade garantida no artigo 41 da CF 88 conforme ac rd os assim ementados EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TEL GRAFOS ECT DEMISS O IMOTIVADA DE SEUS EMPREGADOS IMPOSSIBILIDADE NECESSIDADE DE MOTIVA O DA DISPENSA RE PARCIALEMENTE PROVIDO Os empre gados p blicos n o fazem jus estabilidade prevista no art 41 da CF salvo aqueles admi tidos em periodo anterior ao advento da EC n 19 1998 Precedentes Il Em aten o no entanto aos princ pios da impessoalidade e isonomia que regem a admiss o por concur so publico a dispensa do empregado de em presas p blicas e sociedades de economia mista que prestam servi os p blicos deve ser motivada assegurando s
542. retanto a primeira op o REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL se mostra como uma medida verdadeira mente legitima para a modifica o no orde namento jur dico p trio Os militares por meio dos diversos movi mentos ocorridos em especial a partir do s cu lo XXI tentam pressionar as autoridades judiciais e legislativas a reverem o dispositivo constitucio nal exarado no art 142 3 IV Nesse contexto urge analisar as formas de efetivar o direito de greve dos militares traba lhando tanto com as proposi es j iniciadas no ambito legislativo quanto a partir do controle de constitucionalidade da norma originariamente constitucional o que apesar de ser uma teoria negada pelo STF a muta o constitucional j pautada em alguns julgados da Corte denota se melhantes resultados 3 1 O Controle de Normas Constitucionais Primeiramente cumpre explicitar a dificil pos sibilidade de rean lise do texto constitucional frente ao atual entendimento do Supremo Tri bunal Federal pois como uma possibilidade de aceita o do direito de greve aos servidores p blicos militares fazer se ia necess ria uma revi s o do conte do origin rio da pr pria Constitui o Federal de 1988 a fim de torn lo inv lido diante da falta de legitimidade f tica Todavia essa via de controle ainda se mostra distante de ser posta em pr tica em decorr n cia da posi o do STF explicitada na A o Direta de I
543. ria ordem jur dica n o merece re paros a decis o proferida pela inst ncia ordin ria que a condenou a indenizar os danos morais coletivos Recurso de revis ta conhecido e n o provido RR 15500 D0 2010 5 17 0132 Data de Julgamento 12 00 2013 Relatora Ministra Dora Maria da Cos ta 8 Turma Data de Publica o DEJT 14 06 2013 ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO No caso os danos decorrentes do ato l cito da reclamada extrapolaram a esfe ra individual e espec fica do trabalhador subjetivamente atingido na medida em que tal conduta direcionou se ao grupo de trabalhadores que laboram nos nibus de transporte coletivo da reclamada Configurado portanto o dano a ense jar a repara o moral coletiva a que fo ram condenados os reclamados Recursos n o providos no t pico 3 4 DO QUANTUM INDENIZAT RIO Tema comum aos recursos da LOTAXI do DISTRITO FEDERAL e do MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO Insurgem se as partes quanto ao valor fixado a titulo de indeniza o pelos da nos morais coletivos no importe de R 500 000 00 quinhentos mil reais para cada um dos r us A recorrente LOTAXI aduz que n o res tou demonstrado par metro razo vel que justificasse o valor arbitrado requerendo em caso de manuten o da condena o a redu o do quantum indenizat rio nos termos do art 944 Par grafo nico do C digo Civil O Distrito Federal por sua vez requer que em caso de
544. ribunal Superior do Trabalho RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE 1 SUBMISS O DO TRABALHADOR JOR NADA EXTENUANTE DANO MORAL A con quista e a afirma o da dignidade da pessoa humana n o mais podem se restringir sua 340 liberdade e intangibilidade f sica e ps quica envolvendo naturalmente tamb m a con quista e afirma o de sua individualidade no meio econ mico e social com repercuss es positivas conexas no plano cultural o que se faz de maneira geral considerado o conjun to mais amplo e diversificado das pessoas mediante o trabalho e particularmente o emprego O direito indeniza o por dano moral encontra amparo no art 5 X da CF bem como nos principios basilares da nova ordem constitucional mormente naqueles que dizem respeito prote o da dignidade humana e da valoriza o do trabalho huma no art 1 da CF 88 No caso concreto o pedido de indeniza o por dano moral en volve duas causas de pedir Em rela o pri meira o alegado dano decorre da conduta patronal no sentido de mascarar a rela o trabalhista mediante fraude com a inclus o do Reclamante no quadro societ rio da em presa visando ao barateamento da sua m o de obra Embora evidentes os prejuizos finan ceiros sofridos pelo obreiro considera se que a circunst ncia f tica vivenciada por ele n o representa viola o ao direito da personali dade do trabalhador submetendo se apenas a repara o econ mica
545. rinc pios hermen uticos dos direitos fundamentais Revista do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais Belo Horizonte v 20 n 3 jul set 1966 3 DELGADO Gabriela Neves Direito Fundamental ao Trabalho Digno S o Paulo LTr 2006 p 56 4 Segundo Paulo Bonavides o Constitucionalismo Social aquele que nas rela es do indiv duo com o Estado e vice versa faz preponderar 0d somente poss vel por meio de uma igualda de real de oportunidades de acesso a bens e valores fundamentais com a melhoria das condi es de vida e a constru o de uma so ciedade mais justa pois esses direitos t m forte e insepar vel v nculo com o princ pio da igualdade real e n o meramente formal sua maior raz o de ser Jos Felipe Ledur aponta tr s mo mentos hist ricos nas Constitui es brasileiras quanto normatividade dos direitos sociais O primeiro nas Consti tui es de 1934 bs e 1940 que so mente continham comandos endere ados ao legislador infraconstitucional para a elabora o da legisla o traba Ihista e previdenci ria Inicialmente esses direitos experimenta ram uma fase de mera previs o ou programati OS Direitos o segundo na Carta de 190 que atribuiu hierarquia de direitos constitucionais aos cidade constitucional Fundamentais s o direitos sociais de de pouca efetividade e quase nenhuma efi c cia Em um segundo momento no Brasil especialmente ap s
546. rio tema que agora empresta maior de bate em decorr ncia da Emenda Constitucional n 2 sobretudo pela per plexidade de como controlar se a jornada no ambiente dom stico Parece me contudo que nesse particular o constituinte derivado poderia ter ido em medida a garantir a jor nada semanal sem afastar o regramento das jornadas di rias ao ajuste entre patr es e em pregados dom sticos dadas as peculiarida des que regem tais rela es sobretudo aque la que denota uma sobreposi o necess ria por vezes de modo a garantir que os empre gadores possam igualmente trabalhar en quanto os empregados dom sticos acabam i por gerir suas casas e a cuidar de seus filhos ou familiares mais necessitados Ademais parece me que houve um desvio significativo da rota firme empreendida nos Governos Fer nando Henrique e Lula quando aprovadas as Leis 10 208 2001 e 11 324 2000 assim alte rando a Lei n 5 859 1972 que disp e sobre o emprego dom stico inserindo medidas paulatinas para o implemento de certos di reitos ainda que timidamente alguns sob a premissa de faculdade ao empregador dom stico al m de normas que deso neraram os empregadores dom sticos e permitiram implemento significativo nos registros de contrato de trabalho dom stico retiran do da informalidade muitos empregados dom sticos assim garantindo lhes n o apenas direitos trabalhistas porque estes n o se apa gam a falta do registro
547. rista Leis 12 619 2012 e 13 103 2015 vieram si nalizar de forma clara e expressiva que al m da natureza laboral protetiva a limita o da jornada do motorista tamb m est destinada a assegurar condi es para o exerc cio da di re o respons vel em benef cio do entorno social em que atua evitando que o cansa o coloque em risco a integridade f sica a sa de e a seguran a dos demais cidad os Pioneiro na iniciativa de conferir formata o jur dica aos conceitos de macroles o e interesse coletivo entre outros que depois se espralaram pelo ordenamento nacional a norma trabalhista contribui para exponenciar os efeitos irradiantes da fun o promocional do direito que segundo Norberto Bobbio est direcionada ao escopo de promover a realiza o de atos socialmente desej veis perspectiva que no Estado contempor neo vive movimento virtuoso de amplia o pois preciso utilizar os conhecimentos cada vez mais adequados que as ci ncias sociais est o a altura de nos fornecer sobre as motiva es do comportamento desviante e sobre as con di es que o tornam poss vel com o objetivo n o de recorrer s repara es quando ele j 6 Bobbio Norberto Da estrutura fun o novos estudos de teoria do direito Editora Manole 2007 SP pag 30 20 houver sido praticado mas de impedir que ocorra 3 QUEST ES CONTROVERSAS QUANTO JORNADA A lei trabalhista sempre considerou como
548. rizando e redu zindo direitos anteriormente conquistados O que aumenta o desafio de promover sua inter preta o em conformidade com os princ pios constitucionais para evitar o retrocesso social O presente artigo faz algumas reflex es sobre os novos institutos focadas sob a perspectiva da fun o promocional do direito contem por neo com o escopo de contribuir para a discuss o jur dica num momento em que o debate atinge alta temperatura Abstract Ihe essay deals with the challenge betwe en the enforcement of the new 12 619 2012 Act and the settled view of the professional dri vers as a category that cannot be under shift control Therefore the current essay presents a new approach about the labour legal regu lation regarding the profession drivers as this matter not just for the employees but also con cerns the whole society For all the authors intents with this essay acknowledge the chal lenge about upholding the new Act especially considering the characteristics of this category Palavras chave nova lei dos motoristas profissionais Tempo de dire o Tempo de espera Tempo de reserva Nova configura o dos intervalos para repouso e descanso e o di logo das fontes A fun o promocional do Direito do Trabalho Key words 12 019 2012 Act Drive shift Standby shift Waiting shift New legal framework of rest Promotional hole of the labour Law Sum rio 1 Introdu o 2 Do empregado
549. rnentes ao contrato individual de trabalho Anali sado o contexto dos autos as mat rias de fundo envolvem tratativas iniciais de um contrato de emprego na modalidade de pr contrato envolvendo quest es de res ponsabilidade civil decorrentes da rela o empregat cia e portanto se assentam sob a jurisdi o trabalhista Relat rio O Exmo Juiz DENILSON BANDEIRA COF LHO na titularidade da MM 4 Vara do Tra balho de Bras lia DF proferiu a senten a de fls 643 045v declarando a incompe t ncia desta Justi a do Trabalho em raz o da mat ria versada na reclama o traba lhista proposta por CLARISSA DOSUALDO c19 ROCHA em desfavor de BANCO DO BRASIL S A A reclamante interp s recurso ordin rio de fls 648 669 o qual foi contra arrazoa do as fls 674 679 Juizo pr vio de admissibilidade a fl 680 Dispensada a manifesta o pr via do Minist rio P blico do Trabalho nos termos do artigo 102 do Regimento Interno deste D cimo Regional Trabalhista Voto ADMISSIBILIDADE A reclamante benefici ria da justi a gratuita e est representada por advogado habilitado pela procura o de fl 3 O re curso regular e tempestivo Conhe o do recurso ordin rio Tempestivas e regulares conhe o das contrarraz es M RITO JUSTI A DO TRABALHO COMPET NCIA CONCURSO P BLICO PRE CONTRATO A recorrente postula a reforma da de cis o de primeiro grau que concluiu pela incompet ncia
550. ro Percebo que no caso o obreiro recebia a import ncia m dica de R 40 00 por se mana o que leva a conclus o de que n o se tratava de sal rio mas sim gastos com a propriedade Desta forma o Obreiro em nenhum mo mento percebeu valor em dinheiro mas apenas crias do rebanho cuidado n o se enquadrando o contrato portanto como de emprego luz da ressalva descrita pelo refe rido dispositivo legal ESCOLA JUDICIAL 290 N o h doutro lado como se reconhecer concomit ncia de contratos porque a pr pria exordial n o vincula outras atividades que n o aquelas decorrentes do contrato de parceria trazido pelo Reclamado fl 44 Emergindo da rela o havida entre as par tes apenas a entrega de animais aos cuidados do trabalhador rural sob a promessa de par cela das crias geradas sem qualquer percep o de valores em dinheiro e sem as premis sas exigidas pelos artigos 2 e 3 da CLI n o se estabelece contrato de emprego mas de parceria rural Por fim se n o h v nculo de emprego entre as partes a eventual pertuba o de percentuais a exigir eventuais diferen as se estabelecem em rela o ao contrato de par ceria mas n o para transmutar a parceria em v nculo de emprego de todo inadmitida por n o se enquadrar no art 90 S 4 da Lei n 4 504 1904 conforme reda o vigente que poderia remeter o pacto prote o da CLT Nesse sentido caso similar examinado por esta egr g
551. roces 200 so judicial Algumas dessas condutas O racismo inclusive constituem tamb m il cito penal As alega es assim de vem ser feitas com prud ncia para que n o se venha a macular a imagem das pessoas sem fatos concretos TRT 022 R Proc 0000067 10 2015 5 02 0268 20140792052 Rel Ju za Maria Eliza beth Mostardo Nunes DJe 19 09 2014 CONCLUS O Pelo que se observa o ato do ass dio moral no ambiente de trabalho ocorre em fun o principalmente do sentimento ra cista que ainda infortunadamente persiste em uma parcela significativa da sociedade a qual promove a es repetitivas de ass dio contra o trabalhador negro pulveriza 20 das ao longo do exerc cio trabalhista ou at antes ou depois deste por exemplo j no processo seletivo ou ainda na ma cula o da vida profissional do ex empre gado ap s sua demiss o que implicam vitima danos psicol gicos morais e at mesmo f sicos quando ao assediado em servi os que requerem atividades bra ais s o impostas tarefas que v o al m de sua capacidade f sica ou al m do tempo de la bor previsto em lei O ass dio moral gerado em fun o de portabilidade de defici ncia f sica de g nero de idade de op o sexual de op o por tra os est ticos entre outros mas prin cipalmente pela etnia que n o fruto de op o pessoal deve ser exemplarmente coibido e punido quando for compro
552. rt 5 22 CR 6 Refer ncias Bibliogr ficas BARROSO Luis Roberto Interpreta o e Aplica o da Constitui o 6 edi o Sa raiva S o Paulo 2000 CAPPELLETTI Mauro Juizes Legisla dores Trad Carlos Alberto de Oliveira Sergio Ant nio Fabris Editor Porto Alegre 1993 COUTINHO Grijalbo Fernandes e FAVA Marcos Neves Nova Compet ncia da Justi a do Trabalho LTR S o Paulo 2005 DELGADO Maur cio Godinho Capitalis mo Trabalho e Emprego entre o paradig ma da destrui o e os caminhos da recons tru o LTr S o Paulo 2005 DINAMARCO C ndido Rangel Nova Era do Processo Civil 2 edi o Malheiros S o Paulo 2004 FRANCIULLI NETTO Domingos MENDES Gilmar Ferreira MARTINS FILHO Ives Gandra da Silva Coord O Novo C digo Civil Estu dos em Homenagem ao Prof Miguel Reale LTr S o Paulo 2005 FUX Luiz NERY JR Nelson WAMBIER Teresa Arruda Alvim Coord Processo e Constitui o Estudos em Homenagem ao Prof Jos Carlos Barbosa Moreira RT S o Paulo 2000 NERY JR Nelson e ANDRADE NERY Rosa Maria de Constitui o Federal Comentada e Legisla o Constitucional RT S o Paulo 2006 SILVA Ant nio lvares da S mulas de Efeito Vinculante e a Completude do Orde namento Jur dico LTr S o Paulo 2004 Pequeno Trata do da Nova Compet ncia Trabalhista LTr S o Paulo 2005 SUSSEKIND Arnaldo MARANH O D lio VIANNA Segadas TE
553. rtigo 7 Ao estabelecer o comando dos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais a Carta de Outubro de 1988 havia distinguindo os trabalhadores dom sticos por considerar com acerto que os empregadores dom sti cos n o se podiam situar no mesmo patamar que outros empregadores sobretudo empre sas dadas as peculiaridades das rela es de trabalho no mbito dom stico N o tenho d vidas de que os avan os al can ados ent o pelo ordenamento contido no par grafo nico do artigo 7 da Constitui o poderiam ter sido desde 1988 maiores como a extens o do fundo de garantia por 10 tempo de servi o que permitiria resguardar aqueles trabalhadores com grande tempo de casa que eram de um dia para outro demiti dos sem receber nada al m do que as verbas rescis rias cab veis perdendo qualquer com pensa o pelo tempo de servi o aos mes mos empregadores e por vezes sem novas chances de recoloca o no mercado de tra balho a elucidar tamb m a falta do seguro desemprego para essa categoria No contra ponto da maior onera o ao empregador dom sti co havia f rmulas j en t o capazes de permitir o devido resguardo ao trabalhador dom stico sobretudo nas situa es decorrentes de rescis es contratuais Doutro lado a ocasi o o ponto nevr l gico que se estabeleceu na Assembleia Constituin te dizia respeito mais s quest es alusivas jorna da dom stica e ao con trole de hor
554. rto de Oliveira Sergio Ant nio Fabris Editor Porto Alegre p 20 21 107 dos trabalhadores existem precedentes da pr pria jurisprud ncia trabalhista que n o ad mitem sua compet ncia material para apre cia o desta mat ria como se observa EMENTA DENUNCIA O LIDE SE GURADORA A compet ncia material da Justi a do Trabalho encontra se pre vista no art 114 da Constitui o da Re p blica n o contemplando todavia as a es que envolvam empresas segura doras e empregadores acerca do cum primento de ap lice de seguro TRT 32 Regi o 1 T RO 00270 20 10 043 03 00 2 Rel Juiz Conv Eduardo Aur lio Pereira Ferri DJMG 30 09 2011 EMENTA COMPET NCIA DA JUSTH A DO TRABALHO INDENIZA O DO PR MIO DE SEGURO LIDE ENTRE SE GURADO E SEGURADORA NATUREZA AUT NOMA Cabendo Justi a do Tra balho dirimir conflito de interesses en tre empregado e empregador e outras controv rsias decorrentes da rela o de trabalho aparteia se da seara at vi ca trabalhista a quest o surgida entre segurado e seguradora com v nculo jur dico cl ssico com o contrato de se guro TRT 3 Regi o 32 T RO 00525 56 2011 5 03 0043 Rel Des Emilia Facchini DEJT 21 01 2013 2 A Natureza do Conflito e sua Compet n cia Material Na fixa o da compet ncia material de ve se observar que a ndole de um conflito deriva de sua origem e de seu objeto e n o da norma
555. s INTRODU O Nos processos judiciais os fatos controver tidos como regra dependem de prova Essa comprova o exige um esfor o das partes em coletar dados suficientes para embasar o convencimento do Juiz Comprovar averi guar a verdade necess ria para chegar a uma certeza sobre um fato Muitas vezes por m os elementos constantes dos autos do pro cesso n o s o suficientes para a forma o da convic o da veracidade ou da certeza de um fen meno ou de um acontecimento Como a lide n o pode ficar sem solu o a ci ncia jur dica prop e a ado o de regras atinentes ao nus da prova No Brasil o Processo Civil e o Trabalhis ta possuem regras sobre a distribui o do encargo da prova baseado na premissa da igualdade formal das partes Todavia h ou tras solu es que atendem melhor as diretri zes da Constitui o e os seus princ pios Elas t m especial aplica o nos casos de extrema dificuldade da prova em que uma parte pos sui uma vantagem em rela o outra Trata se da teoria din mica da distribui o do nus da prova que fornece resultados mais ade quados tutela dos direitos fundamentais importante compreender a teoria din mica do nus da prova sua origem conceito finalidade aplica o caracter sticas princi pio norteador e efeitos a partir de um breve levantamento bibliogr fico jurisprudencial e legislativo Trata se de tema atual que tem sido bastante dis
556. s 129 antigas estagna es ideol gicas da cultura militar as quais pretendiam for ar as corpo ra es a aceitarem quaisquer condi es a elas disponibilizadas com vistas a n o ma cular a famigerada seguran a nacional Saliente se que a atua o das For as Armadas na garantia da lei e da ordem sempre subsidi ria e s pode ocorrer even tualmente em situa es extremas porque essa miss o foi reservada Nesse sentido que se aponta a negocia o coletiva como um instrumento essencial na constru o dos direitos notadamente diante de uma situa o de crise como assim o a paralisa o de atividades trabalhistas Desse modo punir os manifestantes me diante pris es mostra se como a pior con duta a se ter durante um per odo j bastante tenso de negocia es Resta assim a con cess o de anistia a todos os envolvidos in clusive sendo uma das constitucionalmente em car ter prim rio aos r g os de Seguran a P bli ca como a Pol cia Militar SILVA p 701 705 Logo percebe se que dificilmente os servido Ademais percebe se que associa es v m sendo formadas para melhor organizar os militares contornando a condi es impostas pe los grevistas entabu la o do acordo para o t rmino da greve Ademais percebe se que associa es v m sendo formadas para res diretos das For as Ar veda o constitucional melhor organizar os mili madas mostram
557. s trates the incoherence of the constitutional pro vision against the real wishes of population the text of contrasting real sense that should guide the norm namely social justice KEYWORDS Military Strike Prohibition 1 INTRODU O Desde os tempos pr romanos percebe se conforme relatos hist ricos a preocupa o em incitar nas condutas militares um rigor excessivo em decorr ncia principalmente das pr prias condi es por que passavam os combatentes diante das lutas por terras e povos Havia ocasi es inclusive em que os soldados precisavam formar verdadeiras barreiras humanas para pro tegerem seus territ rios de batalha Sempre se exigiu daqueles que serviam seguran a das na es uma s rie de restri es f sicas e psicol gicas as quais almejavam de certo modo a aliena o dos combatentes em rela o sua pr pria condi o massacrante Ademais por estarem em frequentes situa es de perigo os jovens soldados eram expos tos a diversas dificuldades de campo as quais deveriam ser superadas de modo gil e ausente de grandes reflex es a fim de n o prejudicar a condu o r gida exigida das tropas combaten tes Sendo assim n o cabia queles servidores o desenvolvimento de ideias e sim o mero uso f sico e brutal da for a para obter vit rias independentemente das condi es em que se encontravam Pelo contr rio quanto piores os meios de subsist ncia mais qualificado
558. s Ali s o marco inicial desse des prest gio deu se com o t rmino da Primeira Guerra Mundial quando os constituintes n o se contentando em organizar o poder pol tico inseriram na seara constitucional normas eco n micas e constitucionais Princ pios e Regras Constitucionais Faz se necess rio primeiramente esta belecer a conceitua o e a distin o entre princ pios e regras constitucionais pois no Neoconstitucionalismo para se atender ao clamor pela concretiza o dos direitos fun damentais os princ pios se elevaram cate goria de normas pois passaram a prescrever um dever ser e consequentemente adqui riram for a normativa Segundo Robert Alexy Princ pios s o tanto quanto regras raz es para ju zos concretos de dever ser ainda que de esp cies muito diferentes Doutrinaria mente pode se dizer que norma g nero da qual s o esp cies princ pios e regras Princ pio palavra derivada do latim prin cipium significa ponto de partida e o seu conjunto revela os valores que d o origem ao ordenamento jur dico Eles s o os seus pilares a sua fundamenta o e irradiam por todo o conjunto de normas Os princ pios orientam os legisladores no trabalho de ela bora o da lei orientam os int rpretes em sua fun o hermen utica e os aplicadores da norma na concretiza o f tica do direito Al m destas fun es tradicionais s o eles ainda a pr pria norma a ser aplicada
559. s atividades desenvolvidas em regime de economia familiar podem ser comprovadas atrav s de documentos em nome do pai de fam lia que conta com a colabora o efetiva da esposa e filhos no trabalho rural Recurso do segurado conhecido e provido PREVIDENCI RIO RECURSO ESPE CIAL RECONHECIMENTO DE TEMPO DE SERVI O RURAL REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR IN CIO DE PROVA MATERIAL DOCUMENTOS EM NOME DO PAI DO SE GURADO entendimento firmado neste Tribu nal que as atividades desenvolvidas em regime de economia familiar podem ser comprovadas atrav s de documentos em nome do pai de fam lia que conta com a colabora o efetiva da esposa e filhos no trabalho rural Em conson ncia com o art 143 inci so Il da Lei 8 213 91 para fins de reco nhecimento de tempo de servi o rural a comprova o do per odo de car ncia n o representa bice para a concess o do benef cio previdenci rio Precedentes deste Corte Recurso do INSS conhecido mas des provido Ac rd o Vistos relatados e discutidos estes au tos acordam os Srs Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justi a em na conformidade dos votos e das notas taquigr ficas a seguir por unani midade conhecer do recurso interposto por Jorge Franklin da Costa Ara jo e lhe dar provimento e conhecer do recurso do INSS mas lhe negar provimento Vo taram com o Sr Ministro Relator os Srs Mi nistros LAURITA VAZ JOSE
560. s com defici ncia e ou rea bilitadas ou que esse montante seja revertido a outro fundo que o autor venha a indicar res saltando se que o fundo dever ter a gest o do Minist rio P blico do Trabalho local havendo efetiva participa o de organiza es que lidam diuturnamente com os direitos debatidos nes te processo 2 Recurso ordin rio conhecido e parcialmente provido E este o relat rio e voto da lavra da Exma Desembargadora Relatora exce o da mat ria merit ria onde prevaleceu a diverg ncia aberta por este Desembargador Revisor e Redator Designado RO 00741 2011 015 10 00 0 Redator Designado Desembarga dor BRASILINO SANTOS RAMOS julgado em 26 9 2012 Determino que os valores da indeniza o por dano moral coletivo e das multas que vierem a ser aplicadas em decorr ncia de eventual des cumprimento das diversas obriga es de fazer e n o fazer conferidas nesta a o civil p blica sejam revertidas em prol de um fundo especffi co a crit rio do Minist rio P blico do Trabalho sem participa o da empresa r salvo diante de uma composi o amig vel sempre mediante an lise do ju zo da execu o IIl CONCLUS O Ante o exposto conhe o do recurso e dou lhe provimento para afastar a prejudicial de m rito condenar a demandada nas obri ga es de n o fazer assim como pleiteadas a inicial s fls 1 18 sob pena de multa pe cuni ria no importe de R 10 000 00 na hip tese de descum
561. s de humor como depress o e ansiedade representam cerca de 95 dos transtornos ps quicos ocupacionais mais Tabela 2 principais transtornos ps quicos causadores de acidentes de trabalho no Distrito comuns no DF e no TO BRASIL 2014 Federal e em Tocantins de 2010 a 2012 segundo o CID 10 QUANTIDADE DE ACIDENTES DO TRABALHO T Transtornos mentais e comportamentais no Distrito Federal F40 F48 Transtornos neur ticos relacionados ao stress 249 64 01 228 66 86 180 61 85 65 64 35 z F30 F39 Transtornos de humor 117 30 08 95 27 86 95 32 65 307 30 07 T F10 F19 Transtornos ps quicos pelo uso de psicoativos 14 3 60 8 2 39 8 2 15 30 2 94 Tr Demais F Outros transtornos mentais 9 2 31 10 2 93 8 219 2 2 64 QUANTIDADE DE ACIDENTES DO TRABALHO Transtornos mentais e comportamentais no Tocantins E F40 F48 Transtornos neur ticos relacionados ao stress T E z Das atividades conhecidas a Adminis a Reis F30 F39 Transtornos de humor tra o P blica em geral com 1 em cada 5 bancos comerciais m ltiplos e caixas RR as F10 F19 Transtornos ps quicos pelo uso de psicoativos econ micas transporte coletivo de pas e sageiros municipal atendimento hospi P Demais F Outros transtornos mentais talar Correios com rcio varejista em hi permercados e supermercados e limpeza em pr dios e domic lio totalizam 2 3 dos casos de doen a ocupacional ps quica que ensejaram o pagamento de aux lio aciden
562. s do modo de pensar e do humor emo es ou por comportamentos associados com ang stia pessoal e ou deteriora o do funcionamen to ps quico BOJART 2013 p 22 Os c di gos da CID 10 utilizados no presente estudo enumeram diversas esp cies de patologias ps quicas no cap tulo 5 designando a letra F CID F para agrup las No campo da sa de mental do trabalho estuda se a din mica a organiza o e os pro cessos de trabalho e as a es diagn sticas preventivas e terap uticas de sa de PENIDO e PERONE 2013 p 33 Para lvaro Merlo 2014 o adoecimento mental no trabalho n o uma quest o de fatalidade decorre do tipo de organiza o do trabalho Para ele 2014 os males produzidos pela organiza o de trabalho agressiva s o como um iceberg no qual as doen as diagnostic veis represen tam a parte visivel e o sofrimento ps quico produzido pelo trabalho a parte submersa invis vel a uma vis o superficial gt REVISTA ESCOLA JUDICIAL DO TRTIO O sofrimento patol gico em raz o do tra balho leva a diversas enfermidades psicos som ticas que se projetam na sa de f sica e mental do trabalhador H estudos por exemplo que relacionam o desgaste psicofisi co no trabalho a dist rbios osteomusculares doen as cardiovasculares traumas les es e envenenamento por acidente de trabalho ti pico etc Particularmente interessam nesse estudo as doen as ps quicas estrito senso ainda que
563. s e incertezas que em ltima an lise devem ser resolvi das na via judici ria A contrata o de ap lice de seguro de vida e ou acident ria pelo empregador a fa vor de seus empregados tem previs o no art 458 22 V CLT que fixa expressamente sua natureza jur dica de utilidade n o salarial e portanto se trata inequivocamente de uma parcela ou benef cio de direito privado civil mas institu do em raz o e fun o do contrato de emprego ants Pes CNI Ainda a contrata o deste beneficio pelo empregador com empresa securit ria a fa vor de seus empregados decorre tamb m da previs o do art 444 CLT que estabelece uma cl usula geral de livre estipula o e ou contrata o de benef cios entre as partes com o objetivo de implementar uma melho ra nas condi es sociais dos trabalhadores art 72 caput CR E em in meros outros casos observa se tamb m que esta obriga o tem previs o e origem em disposi es existentes nos ins trumentos normativos acordos coletivos e ou conven es coletivas arts XXVI e 8 II CR e art 613 IV CLT que regulamentam outras condi es de trabalho das categorias N o obstante tratar se de instituto forne cido em raz o do contrato de emprego e ou at mesmo das normas coletivas que re gulamentam novas e diferentes condi es e benef cios em favor da categoria profissional 2 CAPPELLETTI Mauro Ju zes Legisladores Trad Carlos Albe
564. s empregadas se encontravam havia um banheiro que n o podia ser por elas utilizados obrigando as a subir de escada at o andar de cima onde havia outro banheiro fl 47 Tanto que umas das trabalhadores da re clamada ajuizou a o individual no qual fi cou demonstrada a pr tica acima descrita manifestando se a Exma Desembargadora Maria Piedade Bueno Teixeira sobre o tema RO 00949 2008 021 10 00 1 RESPONSABILIZA O CIVIL ASS DIO MO RAL DISCRIMINA O NO MERCADO DE TRA BALHO DA MULHER O direito igualdade se caracteriza pela isonomia de tratamento e a prote o maternidade encontra sede na Constitui o Pol tica arts 5 e 6 caput portanto n o se permite qualquer distin o decorrente de atributos pessoais ainda mais referente ao estado gestacional momento em que a mulher devido a diversas altera es f sicas e emocionais encontra se numa condi o mais sens vel a fatores discrimina t rios ineg vel que com a moderniza o das rela es sociais as mulheres ap s lon gos anos de lutas e conquistas v m ocupan do o seu lugar no mercado de trabalho n o se limitando aos afazeres meramente dom s ticos A mulher moderna aut noma e por meio de seu trabalho se afirma como uma personagem ativa das transforma es sociais e econ micas muito contribuindo no pr prio sustento familiar n o sendo raros os casos em que o nus pela manuten o do lar fica exclusivamente
565. s esta riam os combatentes No Brasil entretanto percebe se que os militares passaram a se fazerem de fato pre sentes somente a partir do s culo XIX tendo em vista a ocupa o lusitana forte durante o per odo colonial o que impediu a forma o un ssona das tropas brasileiras MANCUSO 2008 p 8 V se desse modo que as For as Arma das no contexto brasileiro ganham respal do de forma o nacional somente com a 2 Estes pontos nortearam por conseguinte algumas das a es desenvolvidas pelos romanos no campo pol tico ao longo dos s culos a Ill d C Observamos um longo processo de envolvimento das legi es romanas com as fronteiras orientais notadamente nas prov ncias da S ria Jud ia Ar bia Petr ia e com o reino da Arm nia al m dos territ rios disputados e invadidos por Trajano Estas a es tinham os mais variados fins defesa contra agress es partas dom nio de reas de transito comercial interfer ncia na pol tica externa etc BUENO 2007 apud BRAGA 1 Advogada OAB CE n 27 830 Graduada em Direito pela Universidade Federal do Cear em 2012 2 Contato jamilemvasconcelosEgmail com 2008 online a i e ed s u 7 ce i CEFALA IIMICIAI ESLULA J u LUILIAL positivo constitucional o qual diante da press o tar a norma qual seja a justi a social independ ncia do Brasil herdando raizes portuguesas para a condu o de seus ser POr Nesse trilha
566. s imediatos e mediatos mas em se tratando de emenda constitucional nada mais h que se ajustar as normas infracons titucionais que permitam quando menos evitar maior onera o aos empregadores dom sticos e assim sem perda da qualidade de vida dos empregados dom sticos permi tir manter tanto quanto poss vel n mero ra zo vel de contratos em 18 Nesse equil brio social necess rio espero os Ju zes e Tribunais do Trabalho devem en contrar o ponto certo de interpreta o cons titucional e infraconstitucional condizente a garantir a efic cia da Emenda Constitucional ne 72 mais ainda pela exist ncia de rela es de trabalho dom sticas a regular porque n o me parece que o constituinte derivado tenha ao estabelecer a altera o constitu cional descrita pretendido vig ncia Tal se demons instituir letra morta ao ins tra ainda agora por N o emerge duvidas tante em que sucumbissem quanto passados quase dois anos da promulga o da EC 2 ainda n o conseguiu o Parlamento definir as normas de re gulamenta o n o se devendo contudo que novo af de apressar as coisas possa perturbar as reflex es necess rias a implementar medidas de melhoria nas condi es de trabalho dos empregados dom sti cos sem quebrar o padr o de empregos e sal rios sobretudo conta de dificuldades aos patr es para manter tais profissionais em casa N o emerge d vidas de todo modo que v ri
567. s mais evolu dos industrialmente sugerido medi das de combate ao dumping social inclusi ve mediante a inser o de cl usulas sociais nos contratos internacionais de com rcio objetivando assim um equilibrio mais es correito da livre competi o por mercados sem a amea a da chamada concorr ncia desleal A id ia seria boicotar os pa ses que ado tassem esse tipo de concorr ncia desleal impondo al m de multas pecuni rias e in deniza es a chamada restri o de consu mo de seus produtos no mercado mundial Trata se de uma luta ingl ria porque os pa ses mais desenvolvidos industrialmente s o OS primeiros a dar o mal exemplo de fa zer instalar nos pa ses carentes de prote o social e de legisla o trabalhista eficaz as suas multinacionais obtendo com tais arti f cios lucros exorbitantes Surge da a grande import ncia de uma internacionaliza o das organiza es de trabalhadores de sindicatos que possam combater com armas eficazes a transnacio naliza o da finan a Dentro deste contexto crucial de comba te efetivo transnacionaliza o da finan a exerce papel decisivo o incremento do di logo social entre as institui es representa tivas de trabalhadores e dos empregadores com os governos locais e internacionais ob jetivando o alcance por parte de todos os pa ses de um n vel de vida decente e digno de seus trabalhadores livre do ass dio e in jun es de um capitalismo desvai
568. s normas relativas a jor nada m xima d 08 horas de trabalho dis ponibiliza o nos terminais que n o os finais para passageiros gua pot vel e instala es sanit rias separadas por sexo e em condi es adequadas de dimensionamento higiene e limpeza aquisi o de ve culos novos com ar condicionado e motor situado na parte cb traseira com c mbio autom tico e dire o hidr ulica entre outras medidas Postulou ainda a condena o da recla mada ao pagamento de indeniza o no montante de R 2 000 000 00 dois milh es de reais a t tulo de repara o pelos danos morais coletivos causados aos direitos difu sos e coletivos dos trabalhadores presentes e pret rito responsabilizando solidariamen te o Distrito Federal pelo adimplemento Em tese de resist ncia a LOTAXI aduziu o cumprimento da NR 9 da Portaria 3214 do MTE especialmente no que ao Programa de Controle M dico de Sa de Ocupacional pre visto na tange a NR do MTE sustentando em s ntese a improced ncia das alega es e dos pleitos formulados na A o Civil P bli ca pelo Parquet O Distrito Federal sustentou que s se aplica a responsabilidade objetiva do Estado nos casos em que h conduta comissiva do agente causador do dano e n o nos casos em que h conduta omissiva Aduz que os autos dizem respeito a suposta omiss o do DF em fiscalizar as empresas delegat rias do servi o de transporte coletivo entendendo nesse particu
569. s por outro lado por falta de orienta o e consci ncia dos trabalhadores jurisprudencial adotado pelos Tribunais sabido que mesmo depois de tantas inova es trazidas pela Cons titui o Federal acerca da responsabilidade civil existe ainda grande diver g ncia quanto ao tema em comento no que diz respeito a sua aplica o nas rela es trabalhistas especialmente quando se fala em acidente de trabalho A falta de precis o sobre a caracteriza o da responsabilidade civil nos aciden tes de trabalho tema de tamanha impor t ncia deve ser profundamente discutido com o intuito de estudar alternativas vol tadas diminui o ou at inexist ncia de acidentes de trabalho que a cada dia se tornam mais evidentes no Brasil com o crescimento econ mico da ltima d ca da e o aumento da oferta de emprego nas mais diversas reas em especial nos can teiros de grandes obras Al Em face dessa realidade busca se escla recer se o modelo jur dico atual est sendo compat vel e ser capaz de dirimir os con flitos trabalhistas oriundos desse desenvolvi mento desenfreado da constru o civil no Brasil na medida em que os trabalhadores desta quando sofrem acidente de trabalho s o afetados em sua dignidade de ser huma no Desse modo objetiva se examinar como se d e quais os elementos ensejadores da responsabilidade civil do empregador nos ca sos de acidente de trabalho a luz dos princi pios
570. s provas colhi das no inqu rito restrita Bem esclarecem a quest o os seguintes arestos PROCESSO CIVIL A O CIVIL DE REPARA O DE DANOS INQU RITO CIVIL P BLICO NATUREZA INQUISITIVA VALOR PROBAT RIO 1 O inqu rito civil p blico procedimento informativo destinado a formar a opinio ac tio do Minist rio P blico Constitui meio des tinado a colher provas e outros elementos de convic o tendo natureza inquisitiva 2 As provas colhidas no inqu rito t m valor probat rio relativo porque colhidas sem a observ ncia do contradit rio mas s devem ser afastadas quando h contraprova de hie rarquia superior ou seja produzida sob a vi gil ncia do contradit rio Recurso Especial n 4 0 000 MO relatora Ministra Eliana Cal mon DJ de 4 8 2003 3 As provas colhidas ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO no inqu rito civil uma vez que instruem a pe a vestibular incorporam se ao processo deven do ser analisadas e devidamente valoradas pelo julgador 4 Recurso especial conhecido e provido REsp 644994 MG 2a Turma rel Min Jo o Ot vio de Noronha j 17 02 2005 DJU 21 03 2005 p 330 PROCESSO CIVIL A O CIVIL P BLICA INQUERITO CIVIL VALOR PROBAT RIO 1 O inqu rito civil p blico procedimento faculta tivo que visa colher elementos probat rios e informa es para o ajuizamento de a o civil p blica 2 As provas colhidas no inqu rito t m valor probat rio re
571. s quais ser o descri tas transcorrer do trabalho por ora o que se pretende mostrar a rela o entre desen volvimento econ mico e acidentes do tra balho 3 ACIDENTE DE TRABALHO Os apontamentos hist ricos relatam que o assunto acidente de trabalho e suas con sequ ncias s passaram a ganhar espa o a partir da revolu o industrial em especial E na Europa neste per odo governos e em pres rios se deram conta que avan os e ino va es da poca tamb m tinham seu lado ruim mas segundo a melhor doutrina foi somente no ano de 1892 nos Estados Uni dos que a primeira empresa organizou um departamento de seguran a para seus fun cion rios No Brasil a mat ria seguran a do traba lho tratada pela lei 8 213 de 1991 Con solida o das Leis do Trabalho CLI artigos 154 a 201 portarias decretos Conven es Inter nacionais da Organi za o Internacional do Trabalho OIT ratificadas pelo Bra sil al m das normas regulamentadoras aprovadas pela por taria n 3 21478 do Minist rio do Traba Iho O objetivo da se guran a e medicina do trabalho prote ger a vida e sa de do trabalhador salvaguardar a responsabili dade da empresa al m de cumprir as deter mina es legais Para alcan ar esse objeti vo a legisla o brasileira atua na chamada pol tica prevencionista por meio da elabo ra o de normas regulamentadoras NR s a serem observadas pelas empresas No mbito
572. sado parecer ministerial na forma regimental o relat rio Voto 1 ADMISSIBILIDADE O recurso ordin rio interposto tempes tivo e regular assim como as contrarraz es apresentadas conhe o 2 M RITO v nculo empregat cio O Autor postula reconhecimento de v n culo em raz o de ter desenvolvido atividade de servi os gerais nas fazendas da Reclama da A R insiste apenas no contrato de parce ria n o tendo outro sido ajustado O MM Juizo de origem julgou improce dente os pedidos exordiais de reconhecimen to de vinculo empregat cio fundado na exis t ncia de contrato de parceria firmado entre as partes No recurso insiste o Reclamante no reco nhecimento do v nculo empregat cio A pretens o exordial n o prospera Emerge da peti o inicial apenas descriti vo de atividade pelo Autor na cria o e zelo pelo rebanho da R servi os pelos quais per ceberia crias geradas pelos animais da fazen da Reclamada N o h em nenhum lugar da exordial indicativo de percebimento de valores pelo trabalho desenvolvido mas efetiva aferi o de outro al m do resultante do contrato fir mado entre as partes como de parceria que descreve por sua vez apenas direito do Au tor a certas crias geradas no intuito de efe tiva parceria luz do art 96 S 4 da Lei n 4 504 1904 com a reda o dada pela Lei n 11 443 2007 que assim disp e Art 96 Na parceria agr cola pecu ria
573. sco O magistra do n o se pode contentar com uma igualdade puramente formal entre os litigantes tendo o dever de ao dirigir O processo assegurar as partes igual dade de tratamento e prevenir ou re primir qualquer ato contr rio digni dade da justi a art 125 I e Ill CPO N o se pode exigir de algu m provas al m do que esteja ao seu al cance demonstrar porque isso gera um nus probat rio diab lico Os direitos fundamentais especialmen te os de car ter social art 6 da CP n o podem ficar desprotegidos pela aplica o desmedida do art 333 do C digo de Processo Civil a ponto de criar um nus t o rigoroso ao deman dante que torne imposs vel a tutela dos direitos materiais As regras de nus da prova n o podem servir de obst culo processual a tutela de direito devem sempre considerar as possibi lidades reais e concretas de cada parte em demonstrar suas alega es e recairem n o necessariamente sobre quem alega mas sobre a que se encontra em melhores con di es de produzir a prova necess ria solu o do lit gio MALL T 1999 p 153 A teoria din mica que parte da premissa da desigualdade real de uma das partes e da maior aptid o de uma delas na produ o da prova tem especial aplica o no processo do trabalho Ela prestigia a colabora o e a participa o das partes garante efetivo aces so tutela jurisdicional adequada e efetiva possibilita a igual
574. scriminat ria e limitativa para efei to de acesso a rela o de emprego ou sua manuten o por motivo de sexo origem ra a cor estado civil situa o familiar ou idade ressalvadas neste caso as hip teses de prote o ao menor previstas no inciso XXXII do art da Constitui o Federal O que por analogia pode ser aplicada ao caso mesmo que a presente hip tese n o conste enumerada no artigo pois o objetivo principal do normativo proteger o cidad o contra pr ticas discriminat rias na rela o de trabalho Valendo registrar ainda que a prote o trabalhadora gestante bem jur dico prote gido pela Constitui o Federal e pertinente ao princ pio da dignidade da pessoa huma na art 12 II pelo fato de a dignidade da pessoa encontrar se ligada condi o humana de cada indiv duo n o h como descartar uma necess ria dimens o comunit ria ou social desta mesma dignidade de cada pessoa e de todas as outras pessoas justamente por serem todos iguais em dignidade e direitos na iluminada f rmula da Declara o Uni versal de 1948 e pela circunst ncia de nesta condi o conviverem em determinada co munidade ou grupo O pr prio Kant ao me nos assim nos parece sempre afirmou ou pelo menos sugeriu o car ter intersubjetivo 304 e relacional da dignidade da pessoa huma na sublinhando inclusive a exist ncia de um dever de respeito no mbito da comunida de dos seres hum
575. sde 1988 o sal rio m nimo aos empregados dom sticos assim inclusive nas vertentes pertinentes do valor m nimo a t tulo de hora ou dia trabalhados porque em havendo desvio desse patamar h que se perfazer a regular corre o ou des qualifica o do sal rio ajustado desde antes Tamb m se h que perceber que a Consti tui o fixa a dura o do trabalho assim n o se compreendendo no c mputo de jornada o tempo destinado a descanso intrajornada ou interjornada ainda quando o empregado dom stico resida na resid ncia do pr prio H empregador enquanto n o chamado nas horas de descanso ao trabalho regular ou excepcional n o se podendo sequer consi derar o per odo de descanso como hor rio a disposi o do empregador porque assim n o se pode ter o per odo destinado a refei o descanso e sono A excepcionalidade de eventual chamado para atender situa o emergencial e excepcional n o desnatura a qualidade desse chamado como se inseri do num cotidiano eis que o sobreaviso en sejaria uma aten o continua do obreiro na possibilidade de ser chamado resultando diminui o dos efeitos do descanso regular em que o trabalhador tem o tempo a seu dis por ou sem maior preocupa o com o tra balho Sendo assim n o se h sequer que exigir que o descanso seja realizado fora do ambiente dom stico porque n o se h que admitir o absurdo de expulsar o empregado do ambiente de trabalho en
576. se vi dos por pleitear direitos trabalhistas restando aos policiais militares que desempenham ordinaria mente a atividade de prezar pela seguran a dos estados organizarem se para lutar pelas melhorias da classe De todo modo devem se retirar algumas li es desses acontecimentos paredistas ocorridos no Brasil nos ltimos anos Primeiramente tornou se evidente a in satisfa o dos militares frente s p ssimas condi es de trabalho evidenciadas pela falta de organiza o da seguran a p blica no territ rio brasileiro Logo n o adianta for los nem mediante determina o ju dicial a retomarem as atividades quando est o dispostos a legitimarem seu direito paredista ao direito de sindicaliza o tares contornando a ve da o constitucional ao direito de sindicaliza o Enfim pelo exposto o fen meno social acabou ultrapassando o pr prio direito j que a norma constitucional de proibi o n o tem mais como se legitimar pelos fatos frequentemente ocorridos Faz se urgente uma modifica o no paradigma normativo constitucional sob pena de gerar cada vez mais insatisfa es sociais que pode r o culminar em novos epis dios de insegu ran a e medo popula o brasileira 3 OS MEIOS DE MODIFICA O DO TEXTO CONSTITUCIONAL A efetiva o de um direito pode ser rea lizada de diferentes modos desde a pr pria mudan a no paradigma social at a elabora o da norma Ent
577. se do tema 2 2 Ass dio moral Viola o aos direitos das gestantes O Ju zo de origem entendendo por n o demonstrado a pr tica de ass dio moral contra as empregadas gestantes da recla mada indeferiu os pedidos de obriga o de n o fazer postulados na inicial Reitera o MPT as alega es acerca da pr tica discriminat ria praticada pela r 302 Vejamos Com todo respeito ao posicionamento adotado pela inst ncia de origem tenho en tendimento diverso e considero caracteriza do o ass dio moral pelo de discrimina o praticado pelo gerente da empresa Nos dizeres de Maria Ester de Freitas Ro berto Heloani e Margarida Barreto o ass dio moral uma conduta abusiva intencional frequente e repetida que ocorre no ambien te de trabalho e que visa diminuir humilhar vexar constranger desqualificar e demolir psiquicamente um indiv duo ou um grupo degradando as suas condi es de trabalho atingindo sua dignidade e colocando em ris co a sua integridade pessoal e profissional Ass dio Moral no Trabalho S o Paulo Cen gage Leaning 2008 p 37 No caso dos autos os depoimentos das testemunhas quando do inqu rito civil s o un ssonos ao descrever a conduta discrimi nat ria praticada pelo gerente da reclamada contra as empregadas gestantes Joana Carolina Lopes Ferreira que a empresa n o tinha conhecimento da gravi dez da depoente mas n o queria readmi ti la que a depoent
578. seguran a e determinar que a au toridade coatora se abstenha de exigir o cumprimento do art 429 da CLI do impe trante Decis o nos termos do voto da De sembargadora Relatora Ementa aprovada CILENE FERREIRA AMARO SANTOS Desembargadora do Trabalho REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL 330 Processo 02659 2012 102 10 00 9 R0 Ementa DANOS MORAIS EXISTENCIAIS CONFIGURA O JORNADAS DE TRABALHO EXTENUANTES INOCORR NCIA O dano existencial est diretamente ligado impos sibilidade de o trabalhador usufruir o convi cio social e familiar ou de algum projeto de vida especifico em raz o de ato il cito do empregador Como bem entendido pela de cis o recorrida a exist ncia de horas extras por si s n o constitui autoriza o para de ferimento de dano existencial quando n o foi apontado nenhum fato concreto na inicial que o possa indicar Assim n o configurado o alegado dano existencial n o h falar na indeniza o compensat ria correspondente Ressalvado entendimento do Relator Relat rio A Exm Ju za do Trabalho Substituta Dr Idalia Rosa da Silva Auxiliar da 2 Vara do Tra balho de Brasilia DF por meio da r senten a de fls 223 229 julgou procedentes em par te os pedidos formulados com a inicial para condenar a Reclamada ao pagamento de ho ras extras e reflexos Inconformado o Reclamante interp s re 39 curso ordin rio s fls 252 256 verso insurgin do
579. ser analisado Na inicial o Reclamante postulou a conde na o da Reclamada ao pagamento de inde niza o por danos morais existenciais Alega que em decorr ncia das horas ex traordin rias a que foi obrigado a prestar du rante o contrato de trabalho configurando ato il cito do empregador sofreu altera es com efeitos negativos na esfera das suas rela es intersubjetivas haja vista os momentos de conviv ncia familiar que lhe foram subtra idos em benef cio da atividade empresarial a que se dedicava Pede a condena o da Re clamada ao pagamento da indeniza o com pensat ria correspondente a R 30 000 00 A magistrada de piso indeferiu a preten s o nesse sentido manifestada aduzindo o seguinte verbis Registre se inicialmente que o dano exis tencial constitui esp cie de dano imaterial ou n o material que acarreta vitima de modo parcial ou total a impossibilidade de executar dar prosseguimento ou reconstruir o seu projeto de vida nas dimens es fami liar afetivo sexual intelectual art stica cienti fica desportiva educacional ou profissional dentre outras e a dificuldade de retomar sua vida de rela o notadamente na seara da conviv ncia familiar profissional ou social 338 No caso dos autos a mera prorroga o da jornada de trabalho do reclamante n o cons titui fato suficiente para configurar o dano existencial alegado em exordial Indefere se pois o pleito em
580. sestabiliza o pessoal profissional social e financeira Jorge Pinheiro Castelo LTR 66 10 1188 E certo que a configura o do dano moral somente afer vel quando a prova insofis m vel n o deixando margem d vida quan to repercuss o do sofrimento causado v tima sendo do Reclamante o nus da prova conforme disposto nos arts 818 da CLT e 338 CPC por se tratar de fato constitutivo do pretenso direito percep o da indeniza o respectiva Nas rela es de trabalho o dano moral existencial ocorre quando o trabalhador so fre prejuizo na sua vida fora do servi o em raz o de condutas il citas praticadas pelo em pregador que excede no exerc cio do poder hier rquico que lhe reconhecido O art 5 X da Constitui o Federal asse gura a inviolabilidade da intimidade da vida privada da honra e da imagem das pessoas e assegura o direito a indeniza o pelo dano material ou moral decorrente de sua viola o O dano existencial ou o dano exist ncia da pessoa consiste na viola o de qualquer um dos direitos fundamentais da pessoa tu telados pela Constitui o Federal que cau sa uma altera o danosa no modo de ser do indiv duo ou nas atividades por ele exe cutadas com vistas ao projeto de vida pes soal prescindindo de qualquer repercuss o financeira ou econ mica que do fato da le s o possa decorrer ALMEIDA NETO Amaro Alves de Dano existencial a tutela da
581. so ra dos tribunais a confirma o da senten a razo vel como ponto de partida para a neces s ria constru o de uma nova concep o de recorribilidade no julgamento dos recursos de natureza ordin ria Revista LTr ano 77 n 10 outubro 2013 S o Paulo pp 1187 e seq COUTURE Eduardo Juan Introducion al Es tudio Del Proceso Civil Buenos Aires Depal ma 1988 p 5 DWORKIN Ronald In I diritti presi sul serio Bologna il Mulino 1982 p 90 FERRAJOLI Luigi Derecho y Raz n Teo ria del Garantismo Penal Madrid Trotta 1998 apro MACCORMICK Neil Rhetoric and the rule of law a theory of legal reasoning Oxford Oxford University Press 2005 MAGANO Octavio Bueno X Congresso lbe ro Americano de Direito do Trabalho e da Pre vid ncia Social Montevid o 1989 t La de terminaci n de la norma m s favorable p 1 MARINONI Luiz Guilherme Aproxima o cr tica entre as jurisdi es de civil law e de common law e a necessidade de respeito aos precedentes no Brasil Curitiba Revista da Faculdade de Direito UFPR 2009 n 49 p 30 Precedentes obrigat rios S o Paulo Revista dos Tribunais pp 185 180 MOREIRA Jos Carlos Barbosa Coment rios ao C digo de Processo Civil Vol V arts 4 0 a 509 8 ed Rio de Janeiro Ed Forense 1999 pp 235 238 NIETZCHE Friedrich A genealogia da mo ral 2 ed S o Paulo Editora Escala 2007 p 149 PESS A Leonel Cesari
582. soante decidido no MS 22 643 ocasi o na qual restou con signado que i estas entidades s o criadas por lei tendo personalidade jur dica de di reito p blico com autonomia administrati va e financeira ii exercem a atividade de fiscaliza o de exerc cio profissional que como decorre do disposto nos artigos 5 XII 21 XXIV atividade tipicamente p blica iii t m o dever de prestar contas ao Tribunal de Contas da Uni o 3 A fiscali za o das profiss es por se tratar de uma atividade t pica de Estado que abrange o poder de pol cia de tributar e de punir REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL n o pode ser delegada ADI 1 717 excetu ando se a Ordem dos Advogados do Brasil ADI 3 026 4 In casu o ac rd o recorrido assentou REMESSA OFICIAL EM A O CIVIL P BLICA CONSTITUCIONAL E ADMI NISTRATIVO CONSELHO PROFISSIONAL N O ADSTRI O EXIG NCIA DE CON CURSO P BLICO PREVISTA NO ART 37 II DA CF PROVIMENTO Os conselhos pro fissionais n o obstante possu rem natureza jur dica aut rquica conferida por lei est o no campo doutrin rio classificados como autarquias corporativas n o integrando a Administra o P blica mas apenas com esta colaborando para o exerc cio da ativi dade de pol cia das profiss es Conclus o em que se aporta por carecerem aqueles do exerc cio de atividade tipicamente es tatal o que Ihe acarreta supervis o minis tral mitigada art
583. social do trabalho como princ pios fundamentais da Rep blica Federativa do Brasil O art 6 por sua vez eleva a sa de e o trabalho ao pata mar de direitos sociais e elenca como direito dos trabalhadores urbanos e rurais a preven o de riscos no ambiente de trabalho por meio de normas de sa de higiene e seguran a art 72 XXII bem assim o direito sa de garantido por meio de pol ticas sociais e econ micas que visem redu o do risco de doen a e de outros agravos art 196 da CP Nesse contexto a Constitui o da Rep blica especificamente disp e no seu art 7 inciso XXII que direito social dos trabalha dores a redu o dos riscos inerentes ao tra balho por meio de normas de sa de higiene e seguran a impondo ao empregador pro porcionar aos seus empregados dignas con di es do ambiente de trabalho Isso porque o meio ambiente do trabalho est intimamente relacionado com o traba 203 lhador na atividade laboral exercida em pro veito de outrem e o equilibrio desse local est baseado na salubridade do meio e na aus n cia de agentes que danifiquem a higidez fisi co ps quica dos trabalhadores Em mat ria de responsabilidade pela ma nuten o de ambiente do trabalho equilibra do e seguro a obriga o do empregador refor ada pelo estabelecido na Conven o 155 da OIT ratificada pelo Brasil atrav s do Decreto Legislativo n 2 1992 e promulgada pelo Decreto n
584. sociedade de economia mista ainda que admitido mediante aprova o em concurso p blico n o garantida a estabilidade pre vista no art 41 da CF 1988 ex OJ n 229 da SBDI 1 inserida em 20 06 2001 Isso porque o artigo 41 da CF 88 explicita mente alude aquisi o da estabilidade rela tivamente aqueles servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de con curso p blico o que n o o caso dos empre gados da ECT que n o ocupam cargo p blico No caso da reclamante todavia imp e se considerar a particularidade de que ela foi admitida mediante aprova o em concurso p blico em data anterior EC n 19 1998 quando o cen rio constitucional vigente n o fazia men o express o cargo de provi mento efetivo conforme se verifica da reda o do artigo 41 poca Art 41 S o est veis ap s dois anos de efetivo exerc cio os servidores nomeados em virtude de concurso p blico Vale dizer admitida a reclamante em vir tude de aprova o em concurso p blico em 20 3 1978 a ela aplica se a reda o original do artigo 41 da CF 88 e n o aquela modi ficada por for a da EC n 19 1998 Conse quentemente resta indene de d vidas que a Sumula n 390 do col TST na qual se baseou a julgadora origin ria para entender que a autora n o detinha estabilidade no emprego n o se aplica ao caso em julgamento Nesse sentido posiciona se Jos Afonso da Silva ao discor
585. sporte fatores que favorecem em grande medida a mundializa o das atividades de produ o conjugadas ao recurso s subcontrata es ocorridas nos pa ses em desenvolvimento Esta subcontrata o faz se sentir em um primeiro momento naqueles setores onde predominava uma m o de obra desqualifica da ou pouco qualificada com disponibilida de assim de um bom mercado de trabalho depois progressivamente em cen rios diver sificados que dependem de tal m o de obra tida por um bom mercado de trabalho j que n o ostentava a prote o de uma legis la o social ou de um direito do trabalho in terventivo n o encontrando assim barreiras a expans o desse tipo de mercantilismo Tudo isso poderia representar a institucio naliza o de uma concorr ncia desleal ou mesmo o mero oportunismo de capitalistas atra dos pela possibilidade de lucros mais exorbitantes aproveitando se da mis ria e da aus ncia de organiza o de paises menos desenvolvidos ou que em meio a explos es de desenvolvimento econ mico e de aque cimento de mercado oferece bols es de mis rias compostos por trabalhadores n o protegidos adequadamente pela legisla o do trabalho citando se o exemplo da China e dos chamados tigres asi ticos 139 Esta experi ncia de aproveitamento m ximo de m o de obra barata em pa ses que n o contam com uma legisla o social pro tetiva acaba gerando problemas de t pica governan a mundial tendo os paise
586. ssageiros possuam motor na traseira e com c mbio autom tico conforme especificado nos itens 10 e 11 da Norma Bra sileira ABNT NBR 15570 2009 que seus nibus atendem o disposto no art da Resolu o 811 96 do CONTRAN caso contr rio sequer teriam sido licenciados pela autoridade de tr nsito Por fim alega a impossibilidade de cum primento da senten a aduzindo que as de termina es de obriga o de fazer perderam completamente seu objeto vez que encerrou suas atividades e 00 12 2013 para que novas empresas passassem a operar no sistema de transporte coletivo Em caso de manuten o da obriga o requer que as multas por eventual descum primento sejam arbitradas em valor mais equ nime considerando apenas a empresa reclamada e seu quantitativo de empregados cbo e n o o grupo econ mico ao qual pertence Passo analise O Direito do Trabalho desde sua origem traz em sua ess ncia a luta por melhorias no ambiente de trabalho raz o pela qual o siste ma normativo trabalhista foi idealizado com o objetivo de consagrar garantias m nimas aos trabalhadores que por vezes acabam sendo v timas de incont veis abusos lesivos dignidade humana e sa de do trabalhador em decorr ncia da nsia de auferimento de maiores lucros em detrimento das condi es sociais do trabalho A Constitui o Federal em seus artigos 1 incisos lll e IV e 170 caput consagra a digni dade da pessoa humana e o valor
587. ssim como pela perman ncia por longos per odos na posi o sentada com s rios riscos sa de f sica e mental dos traba lhadores desta categoria Tais condi es se amenizadas pelo avan o tecnol gico por outro lado foram agrava das por outros n veis de exig ncias inclusive vinculadas a estas novas tecnologias Deste modo conforme concluiu o juizo origin rio n o h qualquer justificativa que ode 203 autorize a eterniza o da extrapola o da jornada ou a redu o do intervalo intrajorna da sendo certo que a perdurar tal situa o l gica a conclus o pelo abalo na higidez f sica e mental dos trabalhadores N o se pode deixar de mencionar os milhares de processos nesta Justi a Especializada envol vendo trabalhadores banc rios acometidos de LER DORT Por tais raz es pertinente a motiva o posta na senten a verbis N o se afigura minimamente razo vel admitir que os il citos trabalhistas insculpi dos nos relat rios dos Autos de Infra o protraiam se no tempo at que cada um dos trabalhadores prejudicados proponha a o individual reclamando seus direitos Por isso mesmo a tese de que os il citos trabalhistas consubstanciados na pr tica de se extrapolar a jornada limite permitida pela lei e de subtrair o intervalo intrajornada legal somente poderiam ser confirmados via dis s dios individuais de causar esp cie deno tando o seu vi s retr grado pois consa
588. sso dentre in meros outros a jornada de oito horas de trabalho a prote o maternidade a prote o con tra os acidentes de trabalho o combate ao trabalho escravo e infantil e toda uma gama de direitos sociais dos trabalhadores que an tes de se tornarem perenes nos textos legais incluiram o rol de lutas dos sindicatos de clas ses e de atores sociais comprometidos com a dignidade do trabalho humano Em suma a plena liberdade sindical asso ciada ao di logo social t m a grande virtude de alcan ar para os trabalhadores seja no ambito formal ou informal condi es mais dignas de trabalho procurando o ponto de equilibrio entre o capital e trabalho que h de sempre prestigiar a exist ncia de um tra balho digno e decente Belo Horizonte 24 de junho de 2014 e REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL o z i Fi e r je mat E rs a J T ai The z Tid aid Fa E D CAs o E di w q Pr j rn ig a o e a Es fes Em 8 Y ri q Pa r ak EAD eddie Rs j a i Er FE PF i yaa i Ta r N F j Ea h N F A Ed Ed HOSENTADORIA ESPECIAL E O USO DE EQUIRAMENTO DE PROTE O INDIVIDUAL THE SPECIAL RETIREMENT AND THE PERSONAL PROTECTIVE EQUIPMENT RESUMO O presente artigo trata da discuss o recentemente pacificada acerca da con cess o da aposentadora especial aos tra balhadores que tenham utilizado quando da execu o das atividades em ambientes que causam preju zos sa de e integrida
589. tas de R 100 00 pela reclamada Ac rd o ACORDAM os Desembargadores da Egr gia Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da D cima Regi o conforme o con tido na respectiva certid o de julgamento em aprovar o relat rio conhecer parcial mente do recurso ordin rio da reclamante n o conhecer das contrarraz es da reclama da para no m rito dar lhe parcial provimen 290 to para acolher a rescis o indireta do contra to de trabalho nos termos do art 483 al nea d da CLT na data data da publica o deste ac rd o e por consequ ncia deferir 30 dias de aviso pr vio bem como saldo de sal rio 13 sal rio 2014 proporcional f rias vencidas de 2012 2018 f rias proporcionais de 2014 acrescidas de 1 3 FGTS do pacto e multa de 40 a serem apuradas em liquida o Deve r a reclamada ainda proceder baixa na CTPS da autora observada a data da publi ca o deste ac rd o Incidem recolhimentos previdenci rios sobre o saldo de sal rio e 13 sal rio 2014 No mais ficam mantidos os de mais par metros de liquida o estabelecidos na senten a Valor da condena o elevado para R 8 000 00 sendo devidas custas de R 100 00 pela reclamada nos termos do voto da Desembargadora Relatora Ementa apro vada Ressalvas dos Desembargadores Ale xandre Nery de Oliveira e Jo o Amilcar Bras lia DP sala de sess es 21 de Agosto de 2014 ELKE DORIS JUST Desembargadora do Trabalho Eu
590. te cumprimento pelos trabalhadores de suas obri ga es e deveres laborais ficando proibida toda inger ncia mais al m deste mbito grifamos H Dessarte mesmo que sejam escudados na necessidade de preserva o do patrim nio e no poder de comando empresarial que n o absoluto autoriza se afirmar ser defesa a pr tica de atos que importem em les o aos direitos da personalidade do empregado Alexandre Agra Belmonte pondere sobre o tema conclui se que o direito proprie dade do empregador do qual resulta o poder diretivo de um lado e o direito a intimidade do empregado de outro t m por limite a dignidade do empre gado Mas ambos precisam diante das caracter sticas pr prias e especiais das rela es de trabalho ser exercidos con forme as necessidades do servi o O que justifica a harmoniza o ou a pre val ncia diante da m xima operaciona lidade conforme as circunst ncias 18 In Curso de derechos fundamentales teoria general Madrid Universidad Carlos Ill Madrid Bolet n Oficial del Estado 1999 p 300 302 apud RIBEIRO L lia Guimar es Ribeiro A monitora o audiovisual e eletr nica no ambiente de trabalho e seu valor probante S o Paulo LTr 2008 pda 19 BELMONTE Alexandre Agra O Monitoramento da Correspond ncia Eletr nica nas Rela es de Trabalho S o Paulo LTr 2004 vol 08 n 9 p 1 034 1 035 Ea Entretanto com a devida v nia daque les que perf
591. te no tri nio 2011 2018 Co ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO Das esp cies categorias dessas enfer midades mais comuns destacam se apenas 4 rea es ps quicas ao stress grave e trans tornos de adapta o F43 os transtornos de depress o epis dico e recorrente F32 e F33 e os outros transtornos ansiosos F41 Os percentuais de doen as ps qui cas causadoras de acidente do traba lho em 2012 no DF de 4 56 e no TO de 3 27 s o superiores m dia nacional l a DE Bio NWA Percentual de doen as ps quicas cupacionais Gr fico 2 Propor o de doen as psiqui cas ocupacionais no DF e no TO e a m dia do Brasil em 2012 4 DISCUSS O E AN LISE DOS DADOS A explica o para os altos ndice de do en as ps quicas causadoras de acidente de trabalho no Distrito Federal e em Tocantins pode estar relacionada com a grande presen a das atividades econ micas em que esses transtornos ocupacionais aparecem mais co mumente 34 Segundo dados estat stico BRASIL 2013 as atividades econ micas que mais causaram acidentes de trabalho no bi nio 2011 2012 foram a no Distrito Federal atendimento hospita lar 1 560 acidentes constru o de edif cios 1 069 correios 829 com rcio varejista de mercadorias em geral hipermercados e su permercados 727 obras de engenharia civil n o especificadas 671 bancos m ltiplos co merciais 538 incorpora
592. tes desde o nascimento at 5 anos de idade em creches e pr escolas e XXVIII seguro contra acidente de trabalho a cargo do em pregador para permitir o benef cio previ denci rio correspondente sem prejuizo da indeniza o patronal quando o patr o in correr em culpa ou dolo REVISTA DO TRTIO Percebo desde logo que a omiss o con tida no artigo 7 par grafo nico segundo o texto original de 1988 persiste ainda agora com a Emenda Constitucional n 2 em rela o ao prazo prescricional que n o se invoca como aquele descrito para os trabalhadores em geral contido no inciso XXIX prazo pres cricional de cinco anos at o limite de dois anos ap s a extin o do contrato de traba lho assim denotando que nas rela es de trabalho dom stico poderia o legislador fixar prazo diferenciado embora corrente jurispru dencial indique que em n o se tratando a prescri o de direito trabalhista mas de ins tituto que o restringe incidiria o marco pres cricional geral dos trabalhadores urbanos e rurais contido no referido inciso XIX do artigo da Constitui o tamb m aos dom sticos j que n o deixam de ser nas suas peculia ridades tamb m trabalhadores urbanos ou rurais De todo modo penso que nada afas taria a possibilidade de ter a EC 72 j corrigi do a falha anterior e quando menos indicar que os direitos assegurados aos dom sticos observavam o contido no inciso XIX do perti nente a
593. tes perfeitamente iguais em direitos com inteira liberdade para estipular o sal rio e as demais condi es de trabalho Fora da rela o de emprego assalariado a lei assegurava imparcialmente a todos ricos e pobres jovens e anci os homens e mulheres a possibilidade jur dica de prover livremente sua subsist ncia e enfrentar as adversidades da vida mediante um comportamento disciplinado e o h bito da poupan a 6 PAROSKI Mauro Vasni Direitos Fundamentais e acesso Justi a na Constitui o S o Paulo LTr 2008 p 114 116 7 LEDUR Jos Felipe Direitos Fundamentais Sociais efetiva o no mbito da democracia participativa Porto Alegre Livraria do Advogado 2009 p 8 80 P REVISTA ESCOLA JUDICIAL DO TRTIO A inser o de regras e princ pios de direito do trabalho entre os direitos e ga rantias fundamentais artigos 72 a 11 da Constitui o de 1988 prova a for a do v nculo hist rico entre os direitos sociais e o direito ao trabalho e seus desdobra mentos em normas de direito do traba lho previdenci rio e coletivo a Apesar disso nos ltimos tempos ve rifica se tend ncia imposta pelo merca do que leva a restringir a qualidade dos direitos sociais especialmente aquele que historicamente serviu de esteio para o reconhecimento dos direitos sociais em geral que o direito do trabalho Quanto positiva o dos direitos funda mentais na Carta Constitucional de 1988 eles
594. testilha fls 223 2929 Em recurso o Reclamante reafirma o seu direito indeniza o em comento afirman do ter ficado provado os prejuizos que expe rimentou com as jornadas extenuantes que habitualmente cumpriu no curso do contrato de trabalho Vejamos inicialmente a conceitua o do instituto do dano moral pela doutrina Para SAVATIER dano moral qualquer sofrimento humano que n o causado por uma perda pecuni ria e abrange todo aten tado reputa o da v tima sua autorida de legitima ao seu pudor sua seguran a e tranquilidade ao seu amor pr prio est tico a integridade de sua intelig ncia a suas afei es etc Trait de La Responsabilit Civile vol ll n 525 in Caio Mario da Silva Pereira Responsabilidade Civil Rio de Janeiro Edito ra Forense 1989 Para o Professor Yussef Said Cahali dano moral a priva o ou diminui o daqueles bens que t m um valor precipuo na vida do homem e que s o a paz a tranquilidade de esp rito a liberdade individual a integridade individual a integridade f sica a honra e os demais sagrados afetos classificando se des se modo em dano que afeta a parte social do patrim nio moral honra reputa o etc e dano que molesta a parte afetiva do pa trim nio moral dor tristeza saudade etc dano moral que provoca direta ou indireta J39 mente dano patrimonial cicatriz deformante etc e dano moral puro dor tristeza
595. ti o Geraldo de Prote o jur dica a saude do trabalhador LTr 6 edi o Sao Paulo 2011 pag 147 2l rias pontos de parada de apoio alo jamentos refeit rios das empresas ou de terceiros ter o que obedecer ao dis posto nas Normas Regulamentadoras do Minist rio do Trabalho e Emprego dentre outras A Lei 13 103 2015 ampliou esta abrang n cia em seu artigo 9 n o s ao inserir a exi g ncia quanto observ ncia das condi es de seguran a mas tamb m por ampliar os limites de aplica o ao dispor Art 90 As condi es de seguran a sanit rias e de conforto nos locais de espera de repouso e de descanso dos motoristas profissionais de transporte ro dovi rio de passageiros e rodovi rio de cargas ter o que obedecer ao disposto em normas regulamentadoras pelo ente competente 1o vedada a cobran a ao moto rista ou ao seu empregador pelo uso ou perman ncia em locais de espera sob a responsabilidade de transportador embarcador ou con signat rio de cargas Il operador de terminais de cargas III aduanas IV portos mar timos lacustres fluviais Secos V terminais ferrovi rios hidrovi rios e aeroportu rios S 20 Os locais de repouso e descanso dos motoristas profissionais ser o entre outros em esta es rodovi rias Il pontos de parada e de apoio Ill alojamentos hot is ou pousadas IV refeit rios das empresas ou de ter Ceiros V
596. tionar suas capacidades e compet ncias sua singularidade e seu pertencimento Esse processo de fragiliza o pode desenca dear patologias ps quicas e ou som ticas caracterizando o sofrimento como pato g nico Nesse cen rio o sofrimento ganha for a e as patologias do trabalho surgem com um agravante comum a solid o Tra tam se das patologias de sobrecarga de ass dio p s traum ticas depress es e suic dios que sinalizam que o sofrimento est sendo agravado nos contextos atuais de trabalho A terceiriza o o autoritaris mo metas de produtividade avalia es injustas coa o e viol ncia verbal com peti o exacerbada fofocas e intrigas s o experi ncias de sofrimento que se pro longada podem conduzir a um quadro patog nico 2 SA DE MENTAL E DOEN AS PS QUICAS NO TRABALHO Sa de n o apenas a aus ncia de do en as mas tamb m a higidez do bem estar mental cognitivo ou psicol gico OMS 1946 OLIVEIRA 2011 p 125 A sa de mental um g nero que abrange um universo de fa tores psicossociais do indiv duo e de sua inte ra o com o meio em que vive Dentre esses fatores um deles diz respeito s patologias ps quicas As doen as ps quicas dist rbios enfer midades patologias ou transtornos mentais s o um comprometimento ou uma disfun o mental cognitiva ou psicol gica do indivi duo s o condi es clinicamente significa tivas caracterizadas por altera e
597. tipos de graus de defici ncia Disse que a exclus o daquelas pessoas de alguma atividade al m de denotar precon ceito implica desobedi ncia legal e constitu cional sobre a mat ria O juiz da inst ncia percorrida concedeu a seguran a para determinar aos rg os de fiscaliza o trabalhista que se abstenham de exigir da impetrante a contrata o de pesso as com defici ncia para a atividade de vigi lante excluindo do c lculo previsto no art 93 da Lei n 8 213 91 os empregados naquela fun o Assim fundamentou o julgador origin rio A Lei n 7102 88 que regulamenta a profiss o de Vigilante estabelece como con di o essencial higidez f sica e mental exigin do do candidato qualifica o e habilita o ao exerc cio da fun o a aprova o em exame de saude f sica mental e psicot cni co consoante disp e o art 10 V da lei A exig ncia da higidez f sica e mental de corre do fato de que a atividade do vigilante essencialmente parapolicial de prote o da integridade f sica e do patrim nio de ter ceiros devendo portanto ser exercida por pessoas adequadamente preparadas para impedir ou inibir a o criminosa o que se infere do conceito legal de vi gil ncia previsto no art 5 do Decreto n 89 050 83 que assim disp e Art 5 Vigil ncia ostensiva para os efeitos deste Regulamento consiste em atividade exercida no interior dos estabelecimentos e em trans
598. tiva fam lia ex S mula n 219 Res 14 1985 DJ 26 09 1985 Assistida a parte por advogado particular e n o pelo ente sindical representativo da categoria in REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL devidos os honor rios advocat cios postula dos Recurso da reclamante conhecido e par cialmente provido Relat rio A Exma Juiz MARTHA FRANCO DE AZE VEDO em exercicio da MM 21 Vara do Tra balho de Bras lia DF por meio da senten a as fls 235 239 julgou improcedentes os pe didos formulados na reclama o trabalhista movida por HILMA TORRES LUSTOSA contra EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELE GRAFOS para absolv la dos pedidos formu lados na peti o inicial A reclamante interp s recurso ordin rio as fls 241 262 por meio do qual requer a condena o da reclamada a proceder a sua reintegra o ao emprego bem como a pa gar as verbas que indica Contrarraz es pela reclamada as fls 209 273 O Minist rio P blico do Trabalho s fls 281 285 opina pelo conhecimento e provi mento do recurso o relat rio Voto ADMISSIBILIDADE Preenchidos os pressupostos objetivos e subjetivos de admissibilidade conhe o do recurso M RITO EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TE eU L GRAFOS ESTABILIDADE ADMISS O DE EMPREGADO PUBLICO ANTERIORMENTE EC 19 1998 A reclamante afirmou na peti o inicial que foi admitida aos quadros da reclama da em 20 3 19 8 mediante aprova o em
599. tividade explorada despertan do o descontentamento tamb m dos empre gadores e motoristas aut nomos que assim contribuiram para que houvesse uma paralisa o de grande dimens o Apesar de intenso nos primeiros dias o mo vimento logo recrudesceu quando todos per ceberam que o cumprimento das novas regras visava garantir n o s melhores condi es de vida e trabalho aos motoristas mas tamb m a seguran a nas estradas do pa s que vinham registrando um crescente e preocupante au mento de acidentes muitos com v timas fatais deixando para tr s um rastro de desola o e sofrimento que muitas vezes poderiam ser evi tados Isso sem falar nos prejuizos econ micos a dificuldade no escoamento de nossas safras agricolas e bens industriais que encarecem o produto brasileiro e acarretam sua perda de competitividade Entretanto o movimenta o de paralisa o das rodovias voltou a ocorrer por iniciativa dos transportadores aut nomos que pressio naram pela aprova o a odada da nova Lei 13 103 2015 que infelizmente veio reduzir e precarizar muitos direitos anteriormente asse gurados aos motoristas atribuindo em seu arti la go 10 ao poder p blico a obriga o de adotar medidas para a disponibiliza o de espa os apropriados ao gozo dos intervalos para repou so descanso e tempo de espera em um tem po excessivamente dilatado de 5 cinco anos o que pode frustrar o adimplemento de melho res condi
600. to pois a indeniza o preconizada na Cons titui o Federal e em especial no artigo 927 da C digo Civil tem por pressuposto inarred vel a caracteriza o de ato il cito Logo n o se pode concluir que a inde niza o fixada em valor vultoso possa ca racterizar enriquecimento il cito pois este somente ocorre quando n o h justa cau sa ou a justa causa que o justificava deixou de existir Nas indeniza es por danos morais o ato il cito praticado por terceiro a causa que justifica a indeniza o Se assim ocor re incongruente dizer que h enriqueci mento contra a lei il cito se esta que o justifica Na mesma linha de racioc nio no mbi to individual h que se atentar tamb m 20 para a fragilidade da ado o da remune ra o do empregado para a fixa o dos valores indenizat rios pois regra geral flagrante o descompasso entre o porte econ mico do empregador e do empre gado al m da possibilidade de propiciar indeniza es d spares para situa es id n ticas Na esfera coletiva dois fatores s o pri mordiais fixa o da indeniza o a o porte econ mico do agente e b a e exten s o do dano assim considerada a abran g ncia sobre determinado grupo de traba lhadores no caso da Justi a de Trabalho e a territorialidade alcan ada pela pr tica do ofensor Discorre HUMBERTO THEODORO JUNIOR sobre a problem tica do arbitramento O juiz em cujas m
601. to medida pedag gica que certamente ajudar a recor rida evitar a reincid ncia raz o pela qual o recurso provido para condenar a reclama da ao pagamento de indeniza o no valor de R 200 000 00 a t tulo de dano moral coleti VO CONCLUS O Ante o exposto conhe o dos recursos e no m rito nego provimento ao recurso da reclamada e dou provimento parcial ao re curso do reclamante para a reconhecer a nulidade de todos os con tratos de trabalho dos ocupantes de empre gos em comiss o com atribui es de dire o chefia e assessoramento promovendo o seu afastamento em seis meses contados da publica o desta decis o independente de qualquer outra intima o b determinar que a Hemobr s se abste nha de admitir quaisquer trabalhadores a titulo de emprego em comiss o com atri bui es de dire o chefia e assessoramento sem autoriza o de lei ficando estipulada a multa de R 10 000 00 por cada trabalhador contratado em desacordo com esta decis o revers vel para o FAT c condenar a reclamada ao pagamento de indeniza o por dano moral coletivo no valor de R 200 000 00 Custas de R 4 000 00 pela reclamada cal culadas sobre R 200 000 00 valor arbitrado condena o o meu voto Ac rd o ACORDAM os Desembargadores da Ter ceira Turma do egr gio Tribunal Regional do Trabalho da D cima Regi o conforme o contido na respectiva certid o de julga mento v fl retro e
602. to da responsabilidade pelos danos causados coletividade pelo fato de ser o concedente do servi o p blico Embora a reclamada LOTAXI integre o polo passivo de ambas as a es o con junto probat rio diferente em cada uma delas bem come o objetivo pretendido pelo Parquet Ainda que existam pontos comuns em ambas as a es certo que n o resta caracterizada a identidade de pedidos pelo que invi vel se torna o re conhecimento da conex o entre os feitos Preliminar rejeitada 2 95 PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA DO DISTRITO FEDERAL O DISTRITO FEDERAL renova sua preten s o de exclus o da lide alegando ilegitimida de para figurar no polo passivo da a o Ar gumenta que n o sua atribui o fiscalizar o meio ambiente de trabalho dos empregados da reclamada LOTAX visto que conforme disposto no art 11 da Lei 10 593 02 e art 026 da CLT tal atribui o exclusiva da Uni o por meio de auditores fiscais do trabalho Alega ainda que sua ilegitimidade passi va estaria configurada na impossibilidade de condena o do ente p blico de forma soli d ria mormente porque a teor do disposto no art 1 St da Lei 8 000 98 vedada a responsabiliza o do ente p blico em decor r ncia dos servi os prestados por terceiros que possuam v nculo jur dico com a Admi nistra o N o lhe assiste raz o contudo No dizer preciso de Arruda Alvim estar legitimado o autor quando for o
603. to no art 93 da Lei n 8 213 91 os empregados na fun o de vigilante Recurso ordin rio interposto pela Uni o as fls 203 208 por meio do qual requer seja mantida a exig ncia imposta pela Superinten d ncia Regional do Trabalho e Emprego DF para que a impetrante cumpra o disposto no artigo 93 da Lei n 8 213 1999 relativamente ao preenchimento das cotas de pessoas por tadoras de defici ncia Contrarraz es pela impetrante s fls 21216 O Minist rio P blico do Trabalho s fls 239 240 reiterou os termos do parecer lan ado s fls 157 102 o relat rio Voto ADMISSIBILIDADE Preenchidos os pressupostos objetivos e subjetivos de admissibilidade conhe o do recurso 230 M RITO PESSOAS PORTADORAS DE DEFICI N CIA EXCLUS O DA ATIVIDADE DE VIGILAN TE Trata se de recurso ordin rio interposto nos autos de mandado de seguran a impe trado por Oriente Seguran a Privada Ltda ME contra ato do Chefe da Se o de Fis caliza o do Trabalho da Superintend ncia Regional do Trabalho e Emprego e do Supe rintendente Regional do Trabalho e Empre go consubstanciado na expedi o de noti fica o para que a impetrante comprove o cumprimento do disposto no artigo 93 da Lei n 8 213 1991 sob pena de lavratura de auto de infra o e consequente aplica o de multa Aduz a impetrante que a atividade fim de vigil ncia totalmente incompat vel de ser exercida por pessoas portadoras de
604. todavia foi ajuizada em 07 01 2012 quando j transcorridos mais de cinco anos da pr tica dos atos il citos imputados reclamada Assim materializa se in casu a prescri o total da a o para reivindicar danos cole tividade visto que em se tratando de tema trabalhista aplica se a o prazo prescricional definido no art 2 inciso XXIX da Constitui o fl 219 Aduz o MPT que a hip tese dos autos tra ta se de direitos transindividuais marcados pela indetermina o dos integrantes da cole REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL tividade lesada caracterizado pela indivisi bilidade e indisponibilidade dos interesses atingidos que s o p blicos e sem fei o patrimonial sendo o dano moral coletivo imprescrit vel Por fim afirma que o proce dimento preparat rio de Inqu rito Civil n 88 2007 do dia 28 03 2007 interrompeu o prazo prescricional Raz o lhe assiste A presente a o n o busca O ressarci mento ou a recomposi o de les o a di reito individual dos trabalhadores O que o autor postula a tutela inibit ria no senti do de cessar a les o aqueles trabalhadores que foram ou est o sendo v timas da les es ao ordenamento jur dico perpetradas pela r e ainda prevenir a les o a todo um gru po de empregados da r por isso n o h se falar em prescri o O que se busca a imposi o de obri ga es de fazer e n o fazer que ajustem a pr tica empresarial s deter
605. torno base matriz filial ou ao seu domic lio A raz o disso conhecida h tempos pos sibilitar maior recupera o f sica e mental do trabalhador notadamente aqueles que traba lham dist ncia permitindo lhe preservar as rela es sociais no local em que tem seu do micilio al m da possibilidade de desfrutar um tempo maior na companhia de seus familiares assim conferindo efetividade aos artigos 6 e 226 da CF 868 Imperioso registrar que no 2 do artigo 235 D limitou a cumulatividade dos per odos de 30 horas n o concedidas ao n mero de 3 tr s descansos consecutivos a fim de obri gar a compensa o dentro do mesmo m s conforme explicitamos de maneira detalhada na 2 edi o de nosso livro 4 A GRANDE CELEUMA LOCAL PARA GO ZAR OS TEMPOS DE DESCANSO Ao reconhecer que a fixa o de um limite de jornada ultrapassa as balizas meramente contratuais ampliando sua exig ncia para pre servar a integridade f sica e a seguran a n o s do empregado mas de todo motorista a nova regra promove um encontro do direito do tra balho com suas origens Al m disso considera tal exig ncia imprescind vel para garantir a se guran a de terceiros que trafegam pelas vias p blicas e estradas assim contribuindo para re duzir o elevado n mero de acidentes escopo ressaltado por Sebasti o Geraldo ao ponderar que clo a redu o dos riscos inerentes ao trabalho sempre foi o norte a
606. tos fundamentais do homem em todas as suas dimens es e como a democracia o nico regime pol tico capaz de propiciar a efetivida de desses direitos o que significa dignifi car o homem ela que se revela como o seu valor supremo o valor que a di mensiona e humaniza Por conseguinte a interpreta o constitucional n o tem outra miss o sen o a de prestigi la com o que se estar dando primazia a todos os direitos fundamentais do ho mem Com a mesma maestria Ingo Wolfgang Sarlet destaca que a Carta Magna de 1988 em seu art 1 inciso Ill ao eleger a dignida de da pessoa humana como fundamento do Estado Democr tico de Direito reconheceu de forma categ rica que o Estado que existe em fun o da pessoa humana e n o 10 BOMFIM Benedito Calheiros Inefetividade de Direitos Constitucionais do Trabalhador Revista Synthesis n 47 08 S o Paulo 2008 p 71 11 In http www tcm sp gov br legislacao doutrina 30a03_06_05 jose_afonso3 htm acesso em 17 09 2013 12 SARLET Ingo Wolfgang Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais na Constitui o Federal de 1988 3 ed Porto Alegre Livraria do Advogado 2004 p 05 e segs REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL o contr rio j que o ser humano constitui a finalidade precipua e n o meio de atividade estatal Ainda segundo o citado doutrina dor por se tratar de qualidade intr nseca da pessoa humana sua dignidade irrenunc
607. transforma es do direito constitucional contempor neo 104 Parte Dispon vel em www jus com br Acesso em 20 03 2018 BOBBIO Norberto MATEUCCI Nicola PAS QUINO Gianfranco 5 ed Bras lia Universidade de Bras lia 1983 v 1 BONAVIDES Paulo Curso de direito constitu cional 18 ed S o Paulo Malheiros 2000 Do estado liberal ao estado social 5 ed Belo Horizonte Del Rey 1995 BULO Uadi Lamm go Curso de direito cons titucional 3 ed S o Paulo Saraiva 2009 CANOTILHO Jos Joaquim Gomes Direi to constitucional e teoria da constitui o 2 ed Coimbra Portuga Livraria Almedina 1998 CARVALHO Kildare Gon alves Direito cons titucional Teoria do Estado e da Constitui o Direito Constitucional Positivo 10 ed Belo Ho rizonte Del Rey 2010 FIORAVANTI Maurizio Constituici n de la antig edad a nuestros dias 3 ed Madri De La Editora Trotta 2011 HESSE Konrad A for a normativa da consti tui o Trad Gilmar Ferreira Mendes Porto Ale gre S rgio Antonio Fabris Editor 1991 LENZA Pedro Direito constitucional esque matizado 10 ed S o Paulo Saraiva 2012 LOEWENSTEIN Karl Teoria de la constituci n Trad Alfredo Galego Anabitarte Barcelona Ariel 1979 NOVELINO Marcelo Direito constitucional 3 ed S o Paulo M todo 2009 Ibo A COMPET NCIA ATERIR E D JUSTI A DO TRABALHO PARA JULGAR CONTROV RSIAS DE AP LIGE DE EGU
608. transformado na Lei Ordin ria em estudo foi apresentado ao Plen rio do rg o Legislativo em 07 12 2011 tendo como proposta a altera o do caput do artigo 193 da Consolida o das Leis do Traba Iho CLT para considerar pe rigosas as atividades de transporte de passageiros e mercadorias e os servi os comunit rios de rua regu lamentados pela Lei 12 009 de 29 de julho de 2009 Conforme o Projeto o artigo 193 da CLT passaria a ter a seguinte reda o Art 195 S o consideradas ativi dades perigosas na forma da regu lamenta o aprovada pelo Minist rio do Trabalho e Emprego as que por sua natureza ou m todos de tra balho impliquem permanente con tato com inflam veis e explosivos e as atividades de mototaxista de mo toboy e de motofrete bem como o servi o comunit rio de rua regula mentados pela Lei n 12 009 de 29 de julho de 2009 5 Art 193 N o ser o permitidas a fabrica o a venda a loca o e o uso de m quinas e equipamentos que n o atendam s disposi es d ste Cap tulo Reda o dada pelo Decreto Lei n 229 de 28 2 1967 6 Art 193 S o consideradas atividades ou opera es perigosas na forma da regulamenta o aprovada pelo Minist rio do Trabalho aquelas que por sua natureza ou m todos de trabalho impliquem o contato permanente com inflam veis ou explosivos em condi es de risco acentua do Reda o dada pela Lei n 6 514 de 22 12 1977
609. transtornos mentais agrupados no CID F F00 at F99 s o a 32 maior causa de concess o de aux lio acidente no Brasil sendo atualmen te respons veis por cerca de 4 do total No quingqu nio 2009 2013 foram concedidos 1 586 078 aux lios acidentes pelo INSS sendo 62 250 apenas por enfermidades ps quicas Considerando apenas os acidentes de tra balho os dados revelam que os males ps quicos fo ram a 4 maior causa de acidentes do trabalho no Brasil em 2010 e 2011 ea por cerca de 49 000 ca sos nesse tri nio BRASIL 2014 Apenas em 2012 n o reconhecimento de aqueles que est o mais essas enfermidades repre que o adoecimento decor reu do modo de trabalho est mulos coletivos para o comprometidos com o trabalho SIL 2014 sentavam 2 41 dos aci dentes de trabalho BRA aumento do ritmo de tra balho distanciamento e falta de apoio sindical precariza o e flexi biliza o do trabalho e aus ncia de espa os para discuss o do sofrimento no trabalho lvaro Merlo 2014 depois de anos de pesquisas do adoecimento ps quico no tra balho destaca que n o s o as pessoas mais fracas psiquicamente que correm mais ris cos de desenvolver essas enfermidades mas Apenas 25 atividades econ micas concentram grande parte dos transtornos mentais que culminaram com a concess o de aux lio acidente no tri nio 2011 2013 no Brasil 2013 2014 Dentre essas merecem destaque 12 doze por ta
610. trata se de uma comunica o escrita formal a ser feita pelo empregador na ocorr ncia de acidente do trabalho Previd ncia Social at o primeiro dia til seguinte ao evento e em caso de morte de imediato a autoridade competente O objetivo do legislador ao criar a CAT foi garantir ao acidentado o direito de ser auxiliado pelo rg o previdenci rio al m de possuir um forte car ter estat stico pois demonstra em quais segmentos est ocor rendo um maior volume de acidentes fato que n o agrada muito alguns empregado res pois nela o empregador obrigado a preencher todos os dados solicitados como data do acidente hora qual tipo de acidente quantas horas o empregado tra balhou no dia do evento as circunst ncia em que era desenvolvido o trabalho den tre outros Desse modo a CAT se mostra com um importante elemento caracterizador do nexo causal nos acidentes de trabalho prin cipalmente nos acidentes t picos que s o os mais frequentes na constru o civil todavia muitas empresas ainda continuaram omitin do a emiss o da CAT no intuito de n o se rem responsabilizados situa o que s veio ser modificada a partir da entrada em vigor da lei 11 430 de 2006 que criou o chamado nexo t cnico epidemiol gico NTE Entretanto mesmo diante das inova es legislativas o de n mero de acidentes for necidos pelos rg os oficiais ainda continu am elevados para um pa s que atualmente considerado a
611. tribui o do nus da pro va n o pode ser imposs vel a uma das partes sob pena de negar lhe o acesso a tutela efeti va do Estado 13 Para a aplica o dessa teoria din mica no Processo Civil e do Trabalho brasileiro n o h necessidade de integra o ou de reforma legislativa basta aplicar os princ pios e os dis positivos acima referidos Eduardo Cambi 2009 p 361 defende que constatada a desigualdade real entre as partes e que uma delas tem melhores condi es para produzir a prova do fato controver tido o juiz tem o dever de inverter o nus da prova sob pena de sua omiss o ser in constitucional por deixar de tutelar o direito fundamental tutela jurisdicional adequada efetiva e c lere prevista no art 5 XXXV e LXXVIII da CF O Superior Tribunal de Justi a STJ 2013 entendeu aplic vel ao Processo Civil brasilei ro a teoria din mica do nus da prova no Re curso Especial n 1 280 704 5SP CIVIL E PROCESSO CIVIL PRO VA NUS DISTRIBUI O OMISSIS 6 Nos termos do art 333 I do CPC recai sobre o r u o nus da pro va da exist ncia de fato impeditivo modificativo ou extintivo do direito do autor Embora n o tenha sido expres samente contemplada no CPC uma interpreta o sistem tica da nossa legisla o processual inclusive em bases constitucionais confere ampla legitimidade aplica o da teoria da distribui o din mica do nus da prov
612. tudo que a moderna jurisprud ncia da Excelsa Corte bem como do Superior Tribunal de Justi a tem firmado seu posicionamento no sentido de que a contrata o prec ria de pesso al dentro do prazo de validade do concurso p blico seja por comiss o terceiriza o ou contra ta o tempor ria para o exerc cio das mesmas atribui es do cargo para o qual fora realizado o certame configura preteri o dos candidatos aprovados ainda que fora das vagas previstas no edital ou para preenchimento de cadastro de reserva evidenciando desvio de finalidade em inequ voca transgress o exig ncia do artigo 37 II da Lei Magna 3 Na presente hip tese resultou comprovado que a Petrobr s Transportes S A ente integrante da Administra o P blica indireta ap s a realiza o de concurso p blico para pre enchimento de cadastro de reserva para o cargo de T cnico de Instrumenta o e dentro do prazo de validade do certame efetuou contrata es para a presta o de servi os t cnicos de instru menta o configurando inequ voca preteri o dos candidatos aprovados no referido concurso Constatando se que o ente p blico terceirizou os servi os para os quais houve realiza o de con curso p blico para preenchimento de cadastro de reserva dentro do prazo de validade do cer tame resulta configurado o desvio de finalidade do ato administrativo e a expectativa de direito convola se em direito subjetivo nomea o
613. u o dos riscos por meio de normas de sa de higiene e seguran a prote o do sal rio com a criminaliza o de sua reten o dolosa reconhecimento das conven es e acordos coletivos de trabalho proibi o de discrimina o na contrata o distribui o de fun es e estipula o de sal rios em fun o de sexo cor estado civil idade ou defi D3 ci ncia proibi o de trabalho noturno insa lubre ou perigoso por menores de 18 anos e de qualquer trabalho aos menores de 10 anos salvo na condi o de aprendiz prote o contra despedida arbitr ria FGTS n o mais facultativo seguro desemprego adicio nal noturno sal rio fam lia assist ncia gratui ta para abrigar seus filhos em creches e na preescola e seguro e indeniza o em virtude de acidente de trabalho Ficou assim o texto promulgado em 2 de abril de 2013 Art 7 Par grafo nico S o assegu rados categoria dos trabalhadores dom sticos os direitos previstos nos incisos IV VI VIL VIIL X XIIL XV XVI XVIL XVIIL XIX XXI XXIL XXIV XXVI XXX XXXI e XXXIII e atendidas as con di es estabelecidas em lei e obser vada a simplifica o do cumprimento das obriga es tribut rias principais e acess rias decorrentes da rela o de trabalho e suas peculiaridades os pre vistos Nos incisos l IL Il IX XIL XXV e XXVII bem como a sua integra o previd ncia social A despeito de n o haver propriamente o total esta
614. u realimenta o que se d em fun o de muta es operadas no plano dos fatos dos valores e do pr prio ordenamento normativo glo bal repercutindo imediatamente nos dom nios cambiantes da Hermen utir ca jur dica N o h como negar que as decis es judi ciais t m um importante papel neste proces so evolutivo E justamente por isso deve se garantir que erros atribu veis ao julgador prim rio n o inviabilizem a garantia de efeti va o do direito postulado pelo cidad o Em tese esta garantia se desdobraria no duplo grau de jurisdi o e no consequente poder revisional dos Tribunais sob o aspecto mate rial do princ pio do acesso justi a Dito de outro modo n o s declarar o direito mas satisfaz lo no sentido de desenvolver ferra mentas para viabilizar tal satisfa o de ma neira mais justa 7 REALE Miguel Li es Preliminares de Direito 20 ed revista S o Paulo Saraiva 2002 97 Mas isso n o s Aproximar a normativi dade da efetividade ou em outras palavras buscar a melhor adequa o dos aconteci mentos do mundo emp rico s prescri es normativas oficiais passa a ser a t nica do julgamento Desta forma o juiz n o mais se apresenta como um ator contemplativo ou mero descobridor passi vo da mens legislatoris mas sim como um par ticipe do mundo da vida testemunha das mazelas dendo acrescentou se a previs o de uma terceira inst ncia para
615. ubsiste de forma robusta a jornada especial de seis horas prevista no ar tigo 224 caput da CLT secundada excepcio nalmente pela autoriza o do artigo 225 do mesmo diploma para a prorroga o m xima de duas horas di rias de trabalho vista dis so viola o direito coletivo dos trabalhadores a pol tica empresarial que exige sistemati camente n o s o trabalho excedente mas tamb m concede irregularmente o intervalo intrajornada para descanso e alimenta o fazendo letra morta das normas de prote o a sa de e higiene dos trabalhadores Hip te se em que se justifica a imposi o ao r u de obriga o de n o fazer para que se abstenha de prorrogar a jornada al m dos limites e fora das condi es previstas em lei e obriga o de fazer para observar a efetiva concess o do intervalo intrajornada 3 DANOS MORAIS COLETIVOS CONFIGURA O REPARA O INDENIZA O A ado o de modernos sis temas de inform tica para fins de controle da jornada de trabalho n o suficiente para afastar a responsabilidade do empregador ta pela prorroga o sistem tica das jornadas de trabalho dos empregados banc rios em desacordo com a legisla o impondo se a ado o pelos empregadores de outras pol ticas de gest o eficazes para o cumprimento da legisla o laboral Al m de desrespeitar as normas legais pertinentes sa de e higiene dos trabalhadores referida pr tica afronta di retamente os fundamentos
616. ue neutraliza a nocividade do ambiente laboral n o faria jus ao recebimento da apo sentadoria especial Este inclusive o novel posicionamento do STF externado nos autos do ARE n 004335 que por decorrer de deci s o com repercuss o geral vincula todos os demais rg os do poder judici rio Ora como j salientado hodiernamen te nota se que o preceituado pelo Princ pio da Prote o tem sido olvidado em favor da monetariza o do risco O Princ pio da Pre ced ncia da Fonte de Custeio por sua vez laboral seja porque efetivamente nele n o executavam suas atividades seja porque utilizavam EPI eficaz gozavam de trata mento diferenciado pois aquele que la borava em atividades prejudiciais por m com uso efetivo de EPI logo sem sofrer os efeitos mal ficos do ambiente fazia jus a aposentadoria especial pelo mero fato de ter estado exposto a tal ambiente em con trapartida aquele que tamb m n o sofria os efeitos mal ficos do ambiente desta vez pelo fato de em tal local n o atuar n o pos sula este direito 10 O anexo IV do Decreto traz a rela o enumerativa e n o exaustiva dos agentes nocivos qu micos f sicos e biol gicos Ele mencionado no caput do art 68 do Decreto 11 As decis es proferidas em sede de Recurso Extraordin rio geram efic cia erga omnes e efeito vinculante aos demais rg os do Poder Judici rio na solu o de casos cuja discuss o seja id ntica ao
617. ulamentares do MTE que coibem tudo aquilo que gera prejuizo a sa de o tra balhador Para o caso de descumprimento das obriga es estabelecidas estipulou mul ta di ria de R 10 000 00 dez mil reais Relativamente ao dano moral coletivo en tendeu existente o dano e nexo causal ao fun damento de que a r em nenhum momento tentou implementar medidas que reduzam o risco ou atenuem a fim de gerar menos im pacto na sa de dos trabalhadores a despeito de medidas j tomadas por outras empresas Condenou assim a r ao pagamento de in deniza o por dano moral coletivo no im porte de R 500 000 00 quinhentos mil reais revers vel ao FAT ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO Pelo meio ora visado pretende a LOTAXI a reforma do que restou decidido reiterando toda a mat ria de defesa Insurge se contra a valora o probat ria efetuada aduzindo que a extensa prova documental por ela acostada evidenciam a evolu o hist ria da sa de do trabalhador na empresa Alega que os elementos apresentados pelo autor remontam a fatos ocorridos nos anos de 2004 2005 que os programas de preven o elaborados e implantados pela empresa atendem a legisla o haja vista que avaliou os riscos e tra ou um perfil para os programas principalmente o PPRA com uti liza o de equipamento atualizado e pr prio para esse fim Argumenta que inexiste no ordenamento p trio obrigatoriedade de que os nibus de transporte de pa
618. umprimento de Termo de Ajuste de Conduta firmado nos autos do Inqu rito Civil n 244 2000 por meio do qual o de mandado se obrigou a manter a corre o do seu sistema de ponto para registro da jornada de trabalho dos seus empregados No entan to em suas diversas regionais a Procuradoria do Trabalho constatou a imprestabilidade dos controles adotados pelo r u seja pela modi o 9 fica o il cita dos dados registrados seja pela coa o dos trabalhadores de modo a impe dir o registro real das jornadas somando se a isso a prorroga o sistem tica das jornadas de trabalho al m das duas horas di rias au torizadas em lei e a concess o irregular dos intervalos intrajornadas Comprovadas as alega es do autor o ju zo condenou o recorrente as obriga es de fazer e n o fazer requeridas bem como a pa gar indeniza o a t tulo de danos morais no importe de R 10 000 000 00 dez milh es de reais Em longo arrazoado insurge se o recor rente ratificando os termos da defesa per passando pela da impropriedade da a o coletiva para este mister pelas viola es aos princ pios da ampla defesa e do contradit rio e da validade das provas colhidas em inqu rito civil a fragilidade das provas do descum primento em especial da prova documental concluindo nesta apertada sintese pela vali dade dos sistemas de controle de ponto Re quer a reforma da decis o Consoante as atribui es constitucionais c
619. un o re visora dos Tribunais Conceitos do s culo XX podem ser utilizados aqui como denota o de contemporaneidade ao considerar que o escopo da Jurisprud ncia e em particu lar da decis o judicial dos casos concretos a satisfa o de necessidades da vida de de sejos e aspira es tanto de ordem material como ideal existentes na sociedade Sob tal concep o mediana o papel da fun o revisora dos tribunais ganha contornos que ao fim e ao cabo garantem a satisfa o das necessidades da mesma sociedade que re 24 MARINONI Luiz Guilherme Aproxima o cr tica entre as jurisdi es de civil law e de common law e a necessidade de respeito aos pre cedentes no Brasil Curitiba Revista da Faculdade de Direito UFPR 2009 n 49 p 30 25 TARUFFO Michele Precedente e giurisprudenza Rivista Trimestrale di Diritto e Procedura Civile A 01 n 3 Milano Giuffr 2007 p 800 808 Sobre o estudo dos precedentes cf tamb m BUSTAMANTE Thomas da Rosa de Teoria do precedente judicial a justifica o e a aplica o de regras jurisprudenciais S o Paulo Noeses 2012 26 Sobre a matura o do conceito de decis o razo vel com especial destaque para a sua atribui o s senten as produzidas pelos ju zes de primeiro grau cf CLAUS Ben Hur Silveira A fun o revisora dos tribunais a confirma o da senten a razo vel como ponto de partida para a necess ria constru o de uma n
620. urispru d ncia no mbito da Corte Superior Trabalhista e do excelso Supremo Tribunal Federal confor me os seguintes precedentes CONCURSO P BLICO TERCEIRIZA O DA VAGA PRETERI O DE CANDIDATOS APROVA DOS DIREITO NOMEA O Uma vez com provada a exist ncia da vaga fica caracteri zada a preteri o do candidato aprovado em concurso STF 12 T Al Agr 440895 PERTENCE DJU 20 10 2006 CANDIDATO APROVADO EM CONCURSO P BLICO CADASTRO RESERVA CONTRATA O DE TERCEIRIZADOS EM DETRIMENTO DOS APROVADOS EM CONCURSO P BLICO DIREITO CONTRATA O Este Tribunal j se manifestou no sentido de que n o h somente expectativa de direito de candidato aprovado em concurso p blico cadastro de reserva quando a Administra o P blica no prazo de validade do concurso contrata terceirizados no lugar de concursados Precedentes Agravo de Instrumento conhecido e n o provido TST 4 T AIRR 2004 81 2012 5 03 0001 CALSINO j 9 4 2014 DEJT 15 4 2014 CANDIDATO APROVADO EM CONCURSO PARA CADASTRO DE RESERVA AUS NCIA DE NOMEA O DESEMPENHO DAS ATIVIDADES INERENTES AO CARGO DE ENGENHEIRO DE DU Eur TOS E FAIXAS POR TRABALHADORES TERCEIH RIZADOS No caso admite se a convola o da mera expectativa de direito em direito subjeti vo quando o candidato aprovado no concurso p blico em primeiro lugar para o cadastro de reserva do cargo de engenheiros e dutos tem sua nomea o preterida diante da contrat
621. usti a do Trabalho para pro cessar e julgar a a o em an lise Afirma que a pretens o obreira eminentemente de natureza civil sem nenhum liame em pregat cio ou de natureza pr contratual e que portanto deve ser encaminhada Justi a comum Escuda suas afirma es no artigo 114 incisos VI e IX da Constitui o Federal Vejamos Consoante artigo 114 da Constitui o REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Federal a compet ncia da Justi a do Tra balho engloba as a es oriundas da rela o de trabalho inciso bem como ou tras controv rsias decorrentes da rela o de trabalho inciso IX De mesma forma o artigo 652 al nea a inciso IV da CLIT j previa a compet ncia desta Justi a Espe cializada para conciliar e julgar os demais diss dios concernentes ao contrato indivi dual de trabalho Analisado o contexto dos autos as ma t rias de fundo envolvem tratativas iniciais de um contrato de emprego na modalida de de pr contrato envolvendo quest es de responsabilidade civil decorrentes da rela o empregat cia e portanto se assen tam sob a jurisdi o trabalhista Insta ressaltar que o recorrente uma sociedade de economia mista constitu da sob a forma de sociedade an nima possui personalidade jur dica privada sendo que apesar da obrigatoriedade de contrata o mediante concurso p blico art 37 CF seus funcion rios s o eminentemente ce letistas
622. vada a pr tica contra aqueles que pretendem de sempenhar em paz seu papel no mundo do trabalho o m nimo que se deve garan tir ao trabalhador em busca do resguardo ao direito dignidade e ao respeito por seu labor REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS BARROSO Lu s Roberto Razoabilidade e isonomia no direito brasileiro In VIANA M r cio Tulio RENAULT Luiz Ot vio Linhares Co ord Discrimina o S o Paulo LTr 2000 BRITTO Carlos Augusto Ayres Constitu cionalismo fraterno e o direito do trabalho S o Paulo LTr 2004 DELGADO Maur cio Godinho Princ pios de direito individual e coletivo do trabalho 3 ed S o Paulo LTr 2010 GURGEL Yara Maria Pereira Direitos hu manos princ pio da igualdade e n o discri mina o S o Paulo LTr 2010 HIRIGOYEN Marie France Mal estar no trabalho redefinindo o ass dio moral Rio de Janeiro Bertrand 2002 LIMA Firmino Alves Mecanismos antidis criminat rios nas rela es de trabalho S o Paulo LTr 2000 MEDEIROS Aparecido In cio Ferrari Ass dio moral discrimina o igualdade e opor tunidades no trabalho S o Paulo LTr 2012 MEIRELES Edilton Abuso do direito na re la o de emprego S o Paulo LTr 2005 MURARI Marlon Marcelo Limites consti tucionais ao poder de dire o do empre gador e os direitos fundamentais do em pregado O equil brio est na dignidade da pessoa humana S o Paulo LTr 2008 NASCIMENTO
623. ve l DOCM SCM inten o de agir ilicitamente este fator bastante relevante pois o que vai diferenciar a culpa do dolo neste ltimo o emprega dor ou preposto atuam intencionalmen te na pr tica do ato il cito Na culpa os empregadores n o desejam o resultado mas descuidam se vindo a contribuir di retamente para exist ncia do evento Sobre a abrang ncia da culpa Sebasti o Geraldo de Oliveira entende Mas n o somente a infra o das normas legais ou regulamento gera a culpa Os textos normativos por mais extensos e detalhados que sejam n o conseguem relacionar todas as hip teses poss veis do comporta mento humano nas suas multiplas atividades Assim al m da culpa contra a legalidade pode surgir a culpa t o somente pela inobserv n cia do dever geral de cautela em sen tido lato ou seja do comportamento que se espera do homem sensato e prudente que os romanos denomi nam bonus pater familias por essa raz o que o artigo 186 do C digo Civil utiliza a express o mais ampla violar direito em vez de viola o da lei OLIVEIRA 2011 p 177 e REVISTA DO TRTIO Fala se que o empregador age com culpa contra a legalidade quando o acidente de trabalho ou doen a ocupacional gerado pelo descumprimento da lei e normas regula mentares que preceituam deveres para a se guran a higiene sa de ocupacional e meio ambiente de trabalho A verifica o da culpa nesse caso se torna mais f
624. veis por atividades rela cionadas seguran a nacional relaciona se a certo revanchismo pol tico no contexto de cria o da Constitui o Federal de 1988 por ter sido realizada logo ap s um longo periodo militar de opress es Ainda que se estivesse em uma transi o democr tica ocupantes de altos cargos mili tares preocuparam se em manter a suposta unidade e hierarquia r gida exigidas dos cida d os que desempenhassem fun es de sacri f cio pelo Pais At hoje mesmo ap s mais de vinte anos da chamada Constitui o cidad ainda prevalece a corrente doutrin ria que sustenta a impossibilidade de greve dos servidores mi litares alegando motivos de seguran a nacio nal O pr prio ministro do Supremo Tribunal Federal STF Marco Aur lio Mello esbo ou sua opini o acerca do tema A greve um tema social Mas neste caso ela inconstitu cional ilegal Se viesse uma lei legitimando o direito de greve de militares ela fatalmente cairia no STF seria julgada inconstitucional Diante dessa ainda relutante aceita o dos juristas frente extens o de direitos trabalhis tas plenos aos servidores p blicos militares surgiram manifesta es dos pr prios traba lhadores no caso policiais e bombeiros membros das For as Militares Auxiliares que insatisfeitos com as condi es laborais a eles disponibilizadas fomentaram a discuss o mais contundente do tema em an lise neste artigo
625. vel nesta a o a tutela do direito dos candidatos aprovados em colo ca o melhor que a reclamante a quest o relacionada convoca o ou n o deles fica a crit rio do demandado arcando com as consequ ncias supervenientes que surgirem fl D38v Assim tenho por correta a senten a que determinou a convoca o da reclamante para a realiza o dos exames m dicos e a contrata o subsequente da autora caso aprovada nos exames Nego provimento 2 4 JUSTI A GRATUITA O reclamado requer a reforma da deci s o que concedeu autora os benef cios da assist ncia judici ria gratuita com base no artigo 90 S 3 da CLT is A Justi a gratuita assegurada a todo aquele que firmar a insufici ncia de recursos CF art 52 LXXIV Lei n 1 060 50 art 4 bastando a declara o da parte No caso dos autos a reclamante fir mou declara o de hipossufici ncia a fl 2 sem prejuizo do sustento pr prio ou da fam lia na forma do 3 do artigo 790 da CLT devendo portanto ser mantido o julgado que lhe concedeu as benesses da Justi a gratuita Inexiste prova nos autos apta a afastar a presun o relativa de veracidade da afir ma o de pobreza jur dica Nego provimento CONCLUS O Em face do exposto conhe o do recur so ordin rio e no m rito nego lhe provi mento nos termos da fundamenta o Ac rd o ACORDAM os Integrantes da Egr gia Pri meira Turma do Tribunal Re
626. ventualmente dos seus servi os c desobrigar se dos seus servi os com dili g ncia e honestidade d responder pecuniariamente pelos danos causados por sua inc ria ou culpa exclusiva e zelar pelos interesses do empregador O descumprimento de qualquer dos de veres propiciava a ruptura do contrato Se a parte inadimplente fosse o empregador o tra balhador teria direito indeniza o do aviso pr vio de 8 dias se fosse o empregado o ina dimplente o empregador podia dispens lo sem necessidade de indenizar ou comunicar previamente sua inten o rescis ria 4 A expuls o dos dom sticos da tutela legal trabalhista gen rica Apesar do prop sito de reunir em um s diploma legal todas as normas trabalhistas es parsas da seu r tulo a Consolida o das Leis do Trabalho implementada pelo Decreto lei n 5 452 43 retrocedeu no campo da regula o do trabalho dom stico ao excluir ostensiva mente tal categoria profissional de suas dispo si es Reza o art da CLT Art Os preceitos constantes da presente Consolida o salvo quando f r em cada caso expressamente deter minado em contr rio n o se aplicam a aos empregados dom sticos as sim considerados de um modo geral os que prestam servi os de natureza n o econ mica pessoa ou fam lia no mbito residencial destas REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Como se l do texto legal somente se apli cariam
627. verbis Art 1 Regem se pelas disposi es des ta Lei sem preju zo da a o popular as a es de responsabilidade por danos mo rais e patrimoniais causados I ao meio ambiente ao consumidor Ill a bens e direitos de valor art stico est tico hist rico tur stico e paisag stico IV a qualquer outro interesse difuso ou coletivo V por infra o da ordem econ mica 209 VI ordem urban stica VII honra e dignidade de grupos raciais tnicos ou religiosos Inclu do pela Lei ne 12 966 de 2014 O dano moral coletivo em si mesmo considerado caracteriza se sempre que a pr tica il cita do empregador atingir a coletividade dos trabalhadores median te fraude aos direitos sociais do trabalho constitucionalmente assegurados cau sando preju zos coletividade na medi da em que traz a sensa o de desapre o aos valores sociais do trabalho Desse modo os danos decorrentes do ato il cito extrapolam a esfera individual atentando tamb m contra direitos transin dividuais de natureza coletiva definidos no art 81 par grafo nico do CDC sen do devida a indeniza o por dano moral coletivo com fun o preventivo pedag gica a ser revertida ao Fundo de Amparo ao Trabalhador No caso em apre o restou sobeja mente demonstrado que a empresa r descumpriu ampla irrestritamente e de forma recalcitrante as disposi es legais alusivas ao meio ambiente de trab
628. vil situa o familiar ou idade ressalvadas as hip teses de prote o ao menor previstas no inciso XXXIII do art 7 da Constitui o Federal de 1988 Nessa dire o havendo crime resultante de preconceito de etnia ra a ou cor ou qual quer infra o oriunda dessa Lei seu art 3 imp e multa administrativa de 10 dez vezes o valor do maior sal rio pago pelo emprega dor elevado em 50 cinquenta por cento em caso de reincid ncia e proibi o de obten o de empr stimo ou financiamento junto a institui es financeiras oficiais preciso pontuar que a justi a o reco nhecimento a defesa e a promo o da digni dade fundamental do ser humano no Direito do Trabalho O Direito como ci ncia que tra ta da vida humana tem o dever sociocienti fico de promover o bem estar f sico mental moral e intelectual do trabalhador No decorrer do exerc cio do seu poder di retivo portanto o empregador possui a obri ga o de n o praticar atos discriminat rios que possam ferir os direitos fundamentais e da personalidade do trabalhador REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL Lu s Roberto Barroso contudo adverte que as diferencia es ser o consideradas juridicamente toler veis quando possu rem fundamento razo vel e forem destinadas a um fim legitimo o elemento discriminat rio for relevante e residente nas pessoas que est o sendo diferenciadas houver propor cionalidade entre o valor
629. vimentos paredistas envolven do a classe j denota a insatisfa o social com a proibi o constitucional Al m disso para que essas manifesta es acontecessem associa es diversas foram criadas para tomar frente das re clama es trabalhistas dos militares tendo em vista a impossibilidade de organiza o sindical Faz se evidente ent o as in meras tentativas da classe militar de confrontar a legitimidade do 3l Art 142 832 IV da CRFB 88 Logo admitir a in constitucionalidade do mencionado dispositivo demonstraria a preval ncia dos direitos sociais trabalhistas que permitem aos cidad os se ma nifestarem contra condi es laborais insatisfat rias e prejudiciais dignidade dos trabalhadores Nesse sentido preciso ressaltar que a inter preta o constitucional deve progredir junto aos apelos sociais que se forem impondo Isso por que as leis e a Constitui o uma delas n o podem ignorar a realidade que pretendem re gular sob pena de absoluta inefic cia dos seus preceitos A interpreta o constitucional deve progredir junto aos apelos sociais que se forem impondo A proibi o da greve e da cria o de sindica tos aos militares foi inserida da Constitui o de 1988 ap s um longo per odo ditatorial em que autoridades militares estiveram no poder Logo naquele contexto de elabora o da norma pelo Poder Constituinte Origin rio a legitimidade para o dispositivo era mais
630. visto que demonstrada a necessidade premen te de provimento do cargo descrito no edital 4 Precedentes do Supremo Tribunal Federal e Su perior Tribunal de Justi a Agravo de instrumento a que se nega provimento TST 12 T AIRR 346 40 2010 5 19 0003 ALENCAR j 6 11 2013 DEJT 8 11 2013 No caso incontroversa a classifica o da reclamante dentro do n mero de candidatos previsto na Tabela do Edital N 1 2012 De igual modo restou incontroversa a contrata o tem por ria de terceirizados sob a gide da Lei n 6 019 74 para a presta o de servi os na ativi dade fim do banco reclamado durante o prazo REVISTA DO TRTIO ESCOLA JUDICIAL de validade do concurso conforme se extrai do longo arrazoado esposado na defesa no qual o reclamado admitiu tais fatos Portanto na esteira do entendimento con solidado no mbito do col TST e do excelso SIF entendo que a contrata o de empre gados tempor rios de forma prec ria na vi g ncia do concurso p blico regido pelo Edi tal n 1 2012 convolou a mera expectativa da autora em direito de fato a ser submetida aos exames m dicos a fim de que seja ad mitida nos quadros do BANCO DO BRASIL caso aprovada no referidos exames Por fim a alega o do recorrente quanto a impossibilidade de contrata o da recla mante preterindo os 1442 candidatos mais bem colocados n o se sustenta pois como muito bem lan ado pelo rg o sentencian te sendo invi
631. vos de lei apontados como violados e inespec ficos os arestos de se negar provimento ao agravo de instrumen to AIRR 561 2004 096 03 40 Ac 62 Turma Rel Min ALOYSIO CORR A DA VEIGA DJ de 19 10 2007 No que tange ao valor da indeniza o gizo que muito embora o art 180 do CCB fa a men o expressa figura do dano mo ral deixou de disciplinar os respectivos prin cipios e especialmente os efeitos das ofen sas aos direitos da personalidade Lacuna que h muito e em termos mais gen ricos apontada pela doutrina entendendo que na atualidade a enuncia o dos fundamentos dos direitos humanos excessiva ao passo que a sua prote o incipiente BOBBIO De qualquer forma cabe ao julgador fun dado nas m ximas de experi ncia e baliza do pelos princ pios da razoabilidade e pro porcionalidade avaliar a extens o do dano e fixar a correspondente indeniza o sem que para este alcance tenha que passar por opera es aritm ticas Estas s o pr prias aferi o dos danos de ordem material hip tese diversa da tratada nos autos A parte ofensora incorreu em culpa mo derada conclus o que alcan o tamb m re conhecendo a exist ncia de dissenso juris prudencial sobre a mat ria curiosamente ESCOLA JUDICIAL REVISTA DO TRTIO no Brasil e n o em seu pa s de origem Logo levando em conta a extens o do dano que severa e o grau de culpa aliado aos de mais par metr
632. www planal to gov br ccivil_03 leis L8213cons htm Acesso 03 02 2013 s 20h23mim ea Portaria MTB n 3 214 de 08 de julho de 1978 Aprova as normas re gulamentadoras NR do cap tulo V titulo II da consolida o das leis do trabalho relativas a seguran a e incolelmaltdo trabalho Dispon vel em http www010 dataprev gov br sislex paginas 03 mte 1978 3214 htm Acesso 03 02 2013 s 20h45mim nal Superior do Tra balho Acidente de trabalho Responsa bilidade civil do em pregador Teoria do risco Art caput e inciso XXVIII da Constitui o Federal Responsabilidade objetiva Possibilidade E RR n 9951000 44 2005 5 09 0093 Rela tora Ministra Maria de Assis Calsing Brasi lia 12 de novembro 2010 Dispon vel em http www legjur com noticias 2115 tst 8 t responsabilidade civil empregador acidente de trabalho acidente de tran sito recurso Acesso em 20 de mar o de 2013 s 09hs 17 min BEDIN Barbara Preven o de acidentes de trabalho no Brasil sob a tica dos incentivos econ micos S o Paulo LTr 2010 FILHO Rodolfo Pamplona Responsabilidade civil nas rela es de trabalho e o novo C di go Civil brasileiro Dispon vel em http jjus uol com br revista texto 607 23 gt Acesso em 4 abr 2011 MARTINS Sergio Pinho Direito do trabalho 22 ed S o Paulo Atlas 2000 MARTINS Sergio Pinto Direito da segurida de social 24 ed S o Paulo Atlas 2007 NASCIMENTO
633. zacionais com as capacidades 2f necessidades e expectativas dos trabalhado res seus costumes cultura e caracter sticas pessoais fora do trabalho e que podem in fluenciar atrav s de percep es e da expe ri ncia o desempenho profissional a satisfa o no trabalho e na sa de A partir da classifica o de Soraya Martins 2007 pp 141 143 e da contribui o da OIT 1986 pp 5 ss de T nia Franco 2002 pp 151 152 e de Christophe Dejours 2009 pp 28 43 os riscos psicossociais t m origem em fatores a organizacionais compreendem o conte do e a forma como o trabalho orga nizado e que trazem uma carga excessiva sa de psicof sica do trabalhador b pessoais costumam acompanhar as cargas psicof sicas excessivas e que dizem respeito s capacida des necessidades costumes cultura carac ter sticas e expectativas pessoais dos trabalhado res c relacionais afetos a intera o do trabalha dor com seus colegas e superiores hier rquicos d coletivos referem se as estrat gias coletivas de defesa e compreendem o N o s o as pessoas mais fracas psiquicamente que correm mais riscos de 3 em 2012 respons veis desenvolver essas enfermidades mas aqueles que est o mais comprometidos com o trabalho 3 RESULTADOS 3 1 DOEN AS PS QUICAS OCUPACIONAIS NO BRASIL E ATIVIDADES ECON MICAS As recentes estat sticas do Minist rio da Pre vid ncia Social 2011 2014 revelam que os
634. zem uso O paradoxo exposto leva reflex o acerca da necessidade de cria o de novos meca nismos a serem disponibilizados ao Poder Ju dici rio com o fim de se n o elimin lo ao menos reduzi lo Mesmo que em momento posterior interposi o dos recursos O que importa frisar a import ncia dos Tribunais Superiores neste desiderato N o obstante todo o esfor o demonstrado pelo TST e pelo SIF na efetiva o dos direi 100 tos que Ihes s o demandados caber a eles agora mais do que antes o protagonismo institucional de n o se deixar levar pela falsa premissa do erro latente atua o do magis trado de primeira inst ncia Pois se n o for assim o desnaturar do real e inafast vel n cleo essencial do direito ao duplo grau recur sal ser uma consequ ncia inevit vel ao in v s de garantirem a possibilidade de a parte ouvir uma segunda opini o e qui retificar erros de procedimento ou de julgamento eventualmente cometidos estar o abrindo as portas de um dantesco inferno processu al cujos c rculos ou inst ncias de sofrimento mostrar se o infinitos HI A delimita o conceitual do duplo grau de jurisdi o as vantagens e desvan tagens subjacentes Apesar de n o ser o objetivo deste ensaio afirmar a estatura jur dica do duplo grau de jurisdi o imaginemos apenas como hip te se de trabalho que a Constitui o brasileira tenha abra ado o duplo grau de jurisdi o no

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