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1. preciso todo um pessoal para informar o juiz que n o aconselh vel etc Tecnicamente n o sou contra Mas acho o seguinte tudo bem at tecnicamente justific vel que seja juiz do trabalho que fa a isso mas tem que vencer uma relut ncia hist rica que os ju zes t m desde antes de 1927 quando o C digo de Menores fundamentou juridicamente tudo na m o do juiz Eu acho que esse problema da autoriza o bastante complexo Agora n o vejo raz o para dar uma situa o especial ao trabalho na televis o que uma rela o de emprego irregular mas uma rela o de emprego complexa por causa da aceita o cultural que tem Todos os pa ses democr ticos t m esta autoriza o s o Brasil que n o Isso verdade Portugal tem Fran a tem Por que o Brasil por uma quest o constitucional impossibilita isso Segundo Oliveira a erradica o do trabalho infantil no Brasil demanda a es conjuntas e concretas incluindo em especial pol ticas p blicas eficientes e programas socioeducativos dirigidos s fam lias mais carentes Acerca do Poder Judici rio o magistrado defende um combate global ao problema com foco principalmente nas a es coletivas Sobre a compet ncia para permitir o trabalho de jovens em casos pontuais ele analisa o tema sob uma vis o n o jur dica e lan a a pergunta a Justi a do Trabalho tem pessoal e sede com esse prop sito Considera es finais A
2. seessesssesesssesserserressesrrererssssreerenressrerrerenssesreereese 240 3 1 2 ON PAS PERA PRE SPRITES PRC EPE PRA PEC REAR O CREED PO UR TER AO E ENIO ODE RI 240 3 1 2 1 Anota o Baixa Retifica o ccccicreeerecreeereerereerearereneeeeaeereneerearerenaeeeareranacera 240 3 2 Rescis o do Contrato de Trabalho e erreeeeerrereeaeereeanareaanaa 242 3 2 1 Reintegra o Readmiss o ou indeniza o ccteeeeeerereneeeeereeaeererereneeenees 242 3 2 1 1 Por dispensa discriminat ria ir ireeeerereeeraeeeeerareeerereeeaaareeeanesa 242 3 3 Liquida o Cumprimento Execu o cccceerereeeerereeeeerereaeererereearereeererarerenerea 242 3 3 1 Valor da execu o C lculo Atualiza o cceeererereeereeeeeeeereeereneeeearereneeeres 242 3 3 1 1 Corre o monet ria ssa ssanie eaa dna iara ah aiaia iA 242 3 3 1 2 Estabilidade outras hip teses iiseeereeeeerereeeearereeereereeneaereanios 242 3 3 2 Indeniza o por dano moral coletivo sssssessssesssessserenssesreerersrssserrerressesreerensesssee 244 33 21 Reajuste salanlaliscsisira ss iliguesiqresieidodanicod sta itodpeninicca iiiad iie idadaan aiidas 245 3 3 2 2 Desconfigura o de justa CauSa esssssessssssissssseaesrrsserirssrrenssrresssrrssrrrnssrreessrrees 245 3 3 3 Controle de jormada ssisasa conta rendosiraso cimuensb sa sho sc r sca ca aga asa dd cad sad aien nana ns ada 245 34 F rIaS oerein a i
3. ndice Remissivo Cart o em geral 73 de ponto 58 Carteira em geral 43 de Trabalho e Previd ncia Social CTPS 21 114 Categoria em geral 86 113 dos banc rios 16 profissional 81 Causa de pedir causa petendi 9 Cheque 16 73 Cl usula coletiva 91 convencional 100 de acordo 18 normativa 49 Cobrador 113 C digo Civil CC 35 48 89 92 de Processo Civil CPC 11 62 74 89 Comiss o 44 Comissionista 104 Companhia 94 Compensa o 16 40 Compet ncia em geral 2 10 da Justi a do Trabalho 9 material 9 41 Complementa o de aposentadoria 49 88 Concurso p blico 20 102 Confiss o 60 C njuge 93 Consolida o das Leis do Trabalho CLT 2 8 9 11 15 18 42 48 52 54 55 62 65 66 67 72 73 81 89 100 103 112 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil CRFB 11 12 18 41 43 48 49 53 55 57 86 96 97 102 105 106 112 270 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Constrangimento 17 45 86 98 Conta em geral 2 40 104 vinculada 12 Contato 1 104 Contesta o 58 Contradi o 51 Contradita 104 Contrata o em geral 16 80 101 103 114 tempor ria 12 Contrato em geral 51 80 87 107 de trabalho 8 13 20 25 41 48 55 83 110 Contraven o 43 Contribui o assistencial 86 Controle de jornada 62 83 Conven
4. Art 1 O art 60 da Lei n 8 069 de 13 de julho de 1990 passa a vigorar da seguinte forma Art 60 proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade salvo na condi o de aprendiz a partir dos quatorze anos 8 1 A proibi o expressa no caput n o alcan a o trabalho art stico desde que haja autoriza o expressa da autoridade judici ria do trabalho para crian a ou adolescente com menos de 16 anos a pedido dos detentores do poder familiar Il a participa o de artistas menores de 16 anos n o possa comprovadamente ser substitu da por maiores de 16 anos 4 Proposta de altera o da Procuradoria Geral do Minist rio P blico do Trabalho de 24 6 2009 ao Projeto de Lei do Senado n 83 2006 Dispon vel em lt http www senado gov br comissoes CE AP AP20090624 IdadeMinima Rafael1 pdf gt Acesso em 2 novembro 2011 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o 73 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas 8 2 A autoriza o judicial especificar as condi es em que o trabalho se realizar e disciplinar dentre outros as seguintes a fixa o de jornada e intervalos protetivos os locais e servi os onde possam ser desempenhadas as manifesta es art sticas a garantia de acompanhamento da crian a e do adolescente pelos respons veis ou quem os represente durante a presta o do servi o o refor o escolar se necess rio acompanhamen
5. Michele Reis Piedade da Silva fls 172 172 verso acrescentou que o fato de Eduardo trabalhar na sala de Geraldo n o impedia nenhuma das ocorr ncias porque ou o Eduardo n o estava na sala ou o Geraldo dizia para ele ficar trancado na salinha composta por uma divis ria O Sr Geraldo Magela alegou na delegacia que mesmo falando em tom baixo imposs vel que algum funcion rio do recursos humanos n o participe do di logo fls 33 36 A prova dos autos sustenta o contr rio porquanto apesar de a sala onde funcionava o setor de recursos humanos ficar em frente do coordenador de seguran a s era poss vel ouvir o que ali se conversava se fosse em tom alto de uma conversa em tom baixo s se ouvia 208 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia murm rios confirmou Joana Ayla Donzelli Yahyabeyoglu fls 47 48 estagi ria em psicologia que laborava na rea de recursos humanos Talvez por isso concluo nunca tenha ouvido nada que chamasse sua aten o vindo da sala do Geraldo Em seu depoimento pessoal fls 169 169 verso salientou a reclamante que nas ocasi es nas quais o mencionado Geraldo a chamava em sua sala era poss vel observar a aproxima o de qualquer outra pessoa no corredor Tal fato foi corroborado por Michele Reis Piedade da Silva fls 172 172 verso pois certa vez Geraldo quis que ela levantasse a blusa para que most
6. O Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 205 Decis es da 22 Inst ncia ass dio sexual representa uma conduta humana que foge fiscaliza o empreendida pelo empregador A indeniza o no importe de R 70 000 00 demasiadamente excessiva A reclamante foi afortunada em 122 vezes o valor de seu sal rio e seu sil ncio deixa mais do que clara a sua inten o em enriquecer ilicitamente Quanto responsabilidade subsidi ria aduz em resumo que diversas cl usulas do contrato de presta o de servi os estipulam a integral responsabilidade da primeira reclamada quanto contrata o dos profissionais necess rios N o possui qualquer v nculo obrigacional com a reclamante As fun es exercidas pela reclamante sempre foram determinadas e supervisionadas pela primeira reclamada N o tem raz o O apelo da segunda r evidencia n tido dever de of cio da advogada que o subscreve Simples leitura das raz es expostas desnecessariamente repetitivas e exaustivas como ali mesmo afirmado denota de forma clara qu o raz o det m a reclamante Afora a fragilidade dos argumentos leio ali inclusive que n o se nega a gravidade dos fatos Lado outro e em que pese natureza punitiva do pedido a prolixidade do apelo n o foi suficiente para que a segunda reclamada trouxesse tese basilar referente limita o da culpabilidade no que tange
7. Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 197 Decis es da 22 Inst ncia Na hip tese n o houve de fato a percep o do aux lio doen a durante o contrato de trabalho Contudo restou comprovado por diagn sticos de m dicos e pelo depoimento do preposto que o acidente sofrido resultou em afastamento do autor por um per odo de seis meses para tratamento m dico pelo que o reclamante faz jus estabilidade provis ria de 12 doze meses prevista no art 118 da Lei n 8 213 91 que abrange o per odo de 14 10 2007 data do acidente a 14 10 2008 Considerando que o trabalhador foi dispensado em 22 4 2008 d vida n o h de que o desligamento ocorreu no curso da estabilidade Repito que apesar de n o ter havido a concess o do benef cio previdenci rio isso n o exclui o direito previsto no diploma legal acima referido Nesse sentido destaco a seguinte decis o do C TST Acidente de trabalho Estabilidade provis ria Estabilidade provis ria deferida apesar de n o haver a empregada percebido aux lio doen a no curso do contrato de trabalho Interpreta o razo vel conferida mat ria pelo TRT diante dos fatos e provas considerados para decidir comprova o da doen a ocupacional pelo laudo pericial demiss o da empregada quando j era portadora da doen a profissional adquirida em decorr ncia da atividade exercida na Reclamada aus ncia de comunica o pela Empresa do acidente de trabalho Pr
8. S MULA N 8 Trabalhador portu rio avulso Vale transporte assegurado ao trabalhador portu rio avulso o direito aos vales transporte relativos aos dias efetivamente laborados S MULA N 9 Vale transporte N o incid ncia da contribui o previdenci ria A parcela correspondente ao vale transporte quando exig vel por for a de decis o ou acordo judicial assume car ter eminentemente indenizat rio n o constituindo base de c lculo para a contribui o previdenci ria S MULA N 10 Cedae Plus salarial Vantagem concedida de forma irregular Negativa do princ pio ison mico aos servidores p blicos de n vel universit rio da sociedade de economia mista estadual Se houve contrata o irregular de servidor com remunera o superior aos demais servidores na mesma situa o profissional fato isolado e violador dos princ pios da legalidade e da moralidade administrativa a vantagem verificada n o pode servir de par metro remunerat rio para todos os empregados p blicos de n vel universit rio da companhia Il O plus salarial recebido por alguns por for a de decis o judicial tamb m n o pode ser estendido a outros servidores ante o que disp e o art 37 inciso XIII da Constitui o Federal de 1988 que veda a equipara o de qualquer natureza para efeito de remunera o de pessoal do servi o p blico sendo juridicamente imposs vel a aplica o da norma contida no art 461 da CLT S MULA
9. um simples benef cio que restou acordado pelos atores sociais e como gera vantagens unilaterais para os trabalhadores tal regra deve ser interpretada de forma restritiva Do adicional de 100 Nego provimento A autora requer o adicional de 100 para as horas extras a partir da segunda di ria diante dos artigos 225 e 59 da CLT O pedido carece de fundamento legal O fato de o legislador limitar as horas extras a duas di rias n o implica pagamento das horas excedentes com adicional diferenciado Ressalte se que a norma coletiva n o estabelece a vantagem pretendida e nem foi invocada pela autora quanto a aspecto particular Do intervalo intrajornada Dou provimento A autora requer que o pagamento do intervalo intrajornada seja considerado como hora extra Com efeito considerando que a autora tinha o intervalo reduzido e n o sa a mais cedo por causa disso a rubrica correspondente tem natureza de hora extra e como tal integra o sal rio Nesse sentido a Orienta o jurisprudencial n 354 da SDI 1 TST Do intervalo de 15 minutos Trabalho extraordin rio da mulher Dou provimento A autora requer o pagamento como hora extra dos 15 minutos que antecedem a jornada extraordin ria das mulheres tendo em vista o artigo 384 da CLT A Constitui o da Rep blica veda a discrimina o sexual mas n o impede o reconhecimento das not rias diferen as f sicas entre os g neros Sabemos que em m dia o homem tem maio
10. A Organiza o Internacional do Trabalho e seus esfor os pela implementa o do trabalho decente e sessssseessersessessrersrssesseerersssseerrereessesrrerensesssee 35 Rildo Albuquerque Mousinho de Brito Aviso pr vio proporcional ao tempo de servi o iiiereeeeeeerereereeeerereeaenta 43 V lia Bomfim Cassar A trajet ria social pol tica e cultural da mulher no Brasil cc sisters 49 Benedito Calheiros Bomfim e Anna Britto da Rocha Acker Igualdade entre homens e mulheres uma tutela espec fica do ideal de trabalho decente luz do princ pio da isonomia ssssssssseesssseserinssrriessrresssrissnrrrssrreessresne 59 Daltro Alberto Jafia Marques de Oliveira Trabalho infantil art stico compet ncia da Justi a Estadual ou da Trabalhista 71 M nica Soares Cazzola Trabalho decente valoriza o e gera o de empregos no Brasil utopia ou plausibilidade scinssassorsemeir ca valao TT ada Ca chN CASE nur RA NREE Sano und 79 Clarisse In s de Oliveira A centralidade da sa de e seguran a do trabalho SST no processo de constru o do trabalho decente e da economia verde essesssssssseerssrssssesrrerrssssesreereess 87 Maria Christina Rodrigues Menezes Newton Richa e Ren Mendes TESE DE DOUTORADO cecen a a a 95 D bitos salariais e princ pio da dignidade essesesnnsssseasssssansrrsserirsserenssrrerssrrssnrrissrreessrrens 97 Fernando Resende Guimar es
11. DECIS ES DA 2 INST NCIA reter eee eee Recurso Ordin rio 0109600 82 2006 5 01 0004 Direito Processual Civil e do Trabalho Jurisdi o e Compet ncia Compet ncia Compet ncia da Justi a do Trabalho ii iirreeeeenrrreea aerea ta nereaa na aereanaaaaenanes Desembargador Federal do Trabalho Luiz Augusto Pimenta de Mello Recurso Ordin rio 0179100 58 2008 5 01 0202 Direito do Trabalho Responsabilidade Civil do Empregador Empregado Indeniza o por Dano Moral Coletivo ir teerrereeereentearaerreraeantanaaereeaaeantani s Desembargadora Federal do Trabalho Mirian Lippi Pacheco Recurso Ordin rio 0033800 59 2004 5 01 0411 Direito do Trabalho Contrato Individual de Trabalho Reconhecimento de Rela o de Emprego Trabalho em Condi es An logas s de Escravo iiiiirtereeiieaeanes Desembargadora Federal do Trabalho Maria de Lourdes Sallaberry Recurso Ordin rio 0104900 11 2003 5 01 0411 Direito do Trabalho Contrato Individual de Trabalho Reconhecimento de Rela o de Emprego Trabalho em Condi es An logas s de Escravo iiirteeeerraaeanes Desembargador Federal do Trabalho Carlos Alberto Araujo Drummond Recurso Ordin rio 0001693 45 2010 5 01 0283 Direito do Trabalho Responsabilidade Civil do Empregador Empregado Indeniza o por dano moradl ir icerieetereraraeereean antena aeraeeaeeanaaaaoraee aaa nana e aieiaiei Desembargadora Federal do Trabalho Ana M
12. a o fiscalizadora os comprovantes de entrega de equipamentos de prote o individual da mesma forma como procedeu em rela o aus ncia de apresenta o dos recibos salariais Assim como no item anterior encontra se correto o entendimento do MM Ju zo de que a apresenta o extempor nea dos documentos de fls 141 161 e 194 n o tem o cond o 134 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia de desconstituir a robusta prova documental produzida pelo requerente s fls 21 42 e 44 mormente em se considerando que os documentos juntados pelo requerido sequer especificam os equipamentos de prote o supostamente fornecidos al m de n o terem vindo aos autos as notas fiscais de aquisi o dos equipamentos n o apenas para se verificar a data da compra mas a fim de que se pudesse aferir a sua efic cia em raz o do desgaste do tempo e uso A aus ncia de equipamentos necess rios prote o e seguran a dos trabalhadores que lhe prestam servi os constitui grave irregularidade e atrai para o empregador o risco de causar acidentes que podem assumir propor es grav ssimas atingindo n o s os trabalhadores mas o meio ambiente Al m disso o fornecimento dos EPIs n o basta para afastar o risco preciso que o empregador se utilize do seu poder diretivo e punitivo fiscalizando e exigindo a real utiliza o dos equipamentos de seguran a em cumprimento s normas de seguran
13. o aos Juizados de Pequenas Causas Justi a do Trabalho e Justi a de Paz posicionando se no sentido de que neles a parte pode postular diretamente Nesses termos n o se encontrando a reclamante assistida pelo rg o de sua categoria profissional indevida a verba em apre o Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 175 Decis es da 22 Inst ncia Do exposto conhe o de ambos os recursos e no m rito dou parcial provimento ao recurso do r u para fixar os juros simples de 1 ao m s e estabelecer que a corre o monet ria deve seguir os termos da S mula n 381 do TST quanto poca pr pria dou parcial provimento ao recurso da autora para fixar a natureza salarial do intervalo intrajornada e determinar o pagamento como extras dos 15 minutos que antecedem a jornada extraordin ria da mulher tudo nos termos da fundamenta o supra Confirma se o valor da condena o A verba deferida tem natureza salarial ACORDAM os Desembargadores da D cima Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o por unanimidade conhecer de ambos os recursos e no m rito dar parcial provimento ao recurso do r u para fixar os juros simples de 1 ao m s e estabelecer que a corre o monet ria deve seguir os termos da S mula n 381 do TST quanto poca pr pria dar parcial provimento ao recurso do autor para fixar a natureza salarial do intervalo intrajornada e determinar o pagamento como extras
14. Jos Carlos Novis Cesar 0074700 59 2005 5 01 0020 12 9 2011 3 5 3 Despedida Dispensa imotivada 72 Nulidade do pedido de demiss o Empregado com mais de um ano de servi o Uma vez descumprida a norma do 1 do art 477 da CLT referente formalidade da homologa o pelo sindicato ou pelo Minist rio do Trabalho nulo o pedido de demiss o de empregado com mais de um ano de servi o Assim considerando o princ pio da continuidade da rela o de emprego S mula 212 do TST deve se reconhecer a iniciativa da empregadora na ruptura contratual de forma imotivada deferindo se por conseguinte o pagamento das parcelas rescis rias devidas TRT 1 32 Turma Rel Rildo Albuquerque Mousinho de Brito 0000860 07 2010 5 01 0322 18 8 2011 3 5 4 Digitador Mecan grafo Datil grafo 73 O pedido de repouso de digitador n o se aplica a banc rio exercente da fun o de caixa que notoriamente n o realiza exclusivamente tarefas de digita o equipar veis ao trabalho de datilografia escritura o ou c lculo previstas no art 72 da CLT de conhecimento geral que caixas banc rios autenticam recebem e entregam documentos cart es talon rios de cheques n o ocorrendo a repetitividade do trabalho de digita o ininterrupta que justifica a concess o de pausas por medida de higiene e seguran a do trabalho TRT 1 32 Turma Rel Jorge Fernando Gon alves da Fonte 0074500 23 2008 5 01 0028 15 9 2011 Revista d
15. Quem presta um trabalho n o entrega um objeto patrimonial sen o a si mesmo o trabalho o homem mesmo em seu corpo e em seu esp rito SAGARDOY BENGOECHEA Juan Antonio La dignidad en el trabajo y el mobbing ABC Madri 19 mar 2002 Secci n Opini n Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 107 Tese de Doutorado Importante tamb m ressaltar que a obriga o salarial surge em deriva o a um contrato livremente pactuado pelo empres rio que desde o in cio e sempre plenamente ciente de todas as implica es que giram em torno presta o que lhe corresponde de maneira que enxergamos inafast vel seu compromisso de velar pela seguridade econ mica do trabalhador na exata dimens o do que foi contratualmente ajustado Com base em todo o exposto temos claro que o consentimento social conformado pelo Direito do Trabalho de que sejam exploradas as energias do trabalhador ainda que balizando par metros m nimos de dignidade disso que se trata o contrato de trabalho somente pode pretender se verdadeiramente legitimado mediante a efetiva concretiza o do pontual pagamento da contrapresta o que permitir a manuten o desse trabalhador Da a transcendental miss o confiada ao sal rio que se reflete juridicamente na ado o de in meros mecanismos tendentes a proteg lo sob os mais diversos aspectos conforme se infere dos j mencionados institutos da inembargabilidade salarial do pr
16. Vistos relatados e discutidos os autos do recurso ordin rio em que s o partes 1 Ita Unibanco S A Sucessor de Unibanco Uni o de Bancos Brasileiros S A e 2 Erika Ribeiro Silva como recorrentes e recorridos rec procos Inconformados com ar senten a de fls 525 536 proferida pelo MM Juiz Roberto Alonso Barros Rodrigues Gago da 382 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro que julgou procedente em parte o pedido complementada pela decis o de embargos declarat rios de fls 551 552 recorrem ordinariamente o reclamado s fls 554 563 e a reclamante na via adesiva s fls 575 580 verso Em s ntese o r u alega que o autor n o comprovou as horas extras frisando que a testemunha de fls 518 faltou com a verdade pois indicou que nos dias de pico sa a do trabalho s 19h30min e a autora permanecia trabalhando sendo que a pr pria reclamante indicou sair s 19h30min Acrescenta que a testemunha de fls 519 n o teve isen o para depor pois manifestou sua insatisfa o para com a empresa Sucessivamente alega que as horas extras n o devem repercutir sobre os s bados diante do entendimento sedimentado na S mula n2 113 do Colendo TST sendo que as normas coletivas somente estabelecem tais reflexos quando as horas forem prestadas durante toda a semana anterior Por fim alega que os juros devem ser simples de 1 ao m s e que a corre o monet ria deve observar a S mula n 381 do TST quanto poca pr pria A aut
17. o de uma das partes do contrato no sentido em que como palp vel na realidade socioecon mica ordinariamente n o pode negociar para determinar o conte do da regula o contratual e em muitos casos nem t o sequer livre frente alternativa de contratar ou n o contratar pois estamos normalmente ante o nico meio de se procurar os bens e servi os essenciais e indispens veis de vida FERN NDEZ VILES Jos Antonio Configuraci n jur dica del salario Granada Editorial Comares 2001 p 12 13 29 a institui o salarial do contrato de trabalho sua natureza jur dica de acordo entre sujeitos marcados pela igualdade civil o que torna poss vel escamoteando a a extra o da mais valia e permite que o sobreproduto perten a espontaneamente ao dono dos meios de produ o FERN NDEZ VILES Jos Antonio Configuraci n jur dica del salario Granada Editorial Comares 2001 p 13 30 CAMPOS TURMO Ramiro El origen de la palabra salario Revista de Trabajo Ministerio de Trabajo y Seguridad n 11 p 1 100 1955 Referido autor afirma em interessante e esmerado estudo que a palavra salarium que figura no l xico latino n o pertence ao idioma de L cio alien gena a tal l ngua ainda que a Academia Espanhola creia o contr rio o voc bulo sal rio segundo a Academia se deriva da latina salarium palavra que se origina de sal o conhecido condimento explicando que a origem do
18. poss vel identificar alguns mbitos existenciais da ideia de dignidade cuja plasma o para o campo jur dico vem sendo reconhecida pela din mica dos consensos gestados e consubstanciados nas Constitui es modernas como os direitos intimidade honra de imagem igualdade liberdade de pensamento e de express o A esses acrescentamos alguns outros mais propriamente relacionados ao tema de fundo de nossos estudos inadimplemento quanto obriga o salarial quais sejam Liberdade autonomia individual A vincula o entre liberdade e dignidade intuitiva carece de maiores considera es Com efeito dif cil conceber a possibilidade de conferir apre o ao valor nsito que todo e cada ser humano possui sem consider lo em sua voca o para desfrutar de uma vida livre Baseados em tal premissa tra amos nossas reflex es acerca das restri es ao desfrute de uma vida livre por parte do trabalhador privado de dispor do sal rio para cuja percep o ele empreendeu suas energias e com o qual ele contava para honrar as obriga es assumidas para sua sobreviv ncia e bem estar N o instrumentaliza o do homem A substantiva o do conceito de dignidade neste mbito orientada a recha ar a instrumentaliza o do ser humano o que equivale a repelir qualquer tentativa de sua coisifica o Tais considera es resumem a c lebre f rmula do objeto de D rig teoria esta que pioneiramente esbo ou a interdi o a
19. 1 Intervalo em geral 19 70 73 83 intrajornada 3 18 65 66 85 91 100 113 Intimida o 4 Intimidade 28 86 96 97 Isonomia 50 67 78 88 106 272 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o J Jornada em geral 52 56 59 100 controle de 62 83 de 6 horas 15 66 70 105 de trabalho 104 105 prorrogada 91 suplementar 58 Juros 42 Justa causa 36 51 55 68 69 Justi a do Trabalho 41 compet ncia da 9 L Labor externo 62 83 Laudo pericial 74 82 108 Lealdade processual 89 Lei em geral 2 11 12 26 36 48 49 56 79 100 114 municipal 8 n 4 595 64 Institui es monet rias banc rias e credit cias 16 n2 5 584 70 Processo do Trabalho Assist ncia judici ria 89 n 5 859 72 Trabalhador dom stico 54 n 6 019 74 Trabalho tempor rio nas empresas urbanas 16 50 n 8 177 91 Aplica o de juros de mora nos d bitos trabalhistas 42 n 8 213 91 Plano de Benef cios da Previd ncia Social deficientes f sicos acidentados 110 n 8 923 94 Intervalo intrajornada N o concess o Altera o art 71 da CLT 65 n 9 029 95 Admiss o ao trabalho Discrimina o 55 Les o 14 38 42 92 97 Licen a m dica 107 111 Liquida o 76 Local 9 39 108 Lucro 2 M Magistrado 11 60 90 111 M dico 36 107 111 Menor 80 Minist rio do Trabalho e Emprego 72 Mora
20. 7 347 85 que autoriza o seu manuseio na defesa de qualquer outro o interesse difuso ou coletivo que n o esteja descrito nos demais incisos de seu artigo 11 tendo a Lei Complementar n 75 93 legitimado definitivamente o MPT para propor a o civil p blica na defesa de interesses coletivos e difusos Portanto NA DEFESA DE INTERESSES COLETIVOS E DIFUSOS que autorizado o manuseio de a o civil p blica legitimado o Minist rio P blico do Trabalho A defini o mais precisa do que sejam direitos coletivos e difusos aquela consignada no artigo 81 do C digo da Defesa do Consumidor a saber interesses ou direitos difusos assim entendidos para efeitos deste C digo os transindividuais de natureza indivis vel de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunst ncias de fato Il interesses ou direitos coletivos assim entendidos para efeitos deste C digo os transindividuais de natureza indivis vel de que seja titular grupo categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contr ria por uma rela o jur dica base A r decis o recorrida entendeu o Minist rio P blico do Trabalho parte leg tima para figurar no p lo ativo da presente a o exatamente porque as pretens es deduzidas na inicial se incluem entre os chamados interesses difusos e individuais homog neos indispon veis uma vez que versam sobre a pr tica do trabalho escravo contempor neo e a utiliza o de m o de obr
21. 78 106 de demiss o volunt ria 94 Poder em geral 2 11 44 diretivo 28 98 111 disciplinar 69 Porto 108 Prazo prescricional 80 Pre o 93 Preju zo 8 84 94 Preposto 2 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 273 ndices ndice Remissivo Prescri o 80 Presta o de servi os 47 59 Preven o 93 Princ pio em geral 104 da continuidade da rela o de emprego 68 72 da dignidade da pessoa humana 28 36 101 110 da dignidade do trabalhador 109 do direito adquirido 8 da igualdade ou da isonomia 67 78 88 106 112 da imedia o na colheita das provas 60 da impessoalidade 106 da legalidade 106 da liberdade sindical 86 da moralidade 106 da n o discrimina o 16 da proporcionalidade e da razoabilidade 5 40 90 da prote o ao hiposuficiente 89 da publicidade 106 da valoriza o social do trabalho 101 109 Pris o 42 Privacidade 96 100 Professor 81 Programa de Alimenta o do Trabalhador 8 14 30 38 Promo o 49 67 77 106 Prorroga o 91 Protelat rio 88 Prova em geral 84 an lise da 64 aus ncia da 102 avalia o da 60 contradi o da 51 de v cio 94 do dano 22 31 elemento de 60 274 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Objetiva 22 nus da 62 68 100 oral 2 89 104 robusta 89 teste
22. Aboliram se tamb m a distin o e a classifica o entre filhos nascidos fora do casamento adulterinos naturais e incestuosos bem como adotivos A Carta das Na es Unidas 1945 homologada pelo Brasil no mesmo ano estabelece os princ pios da igualdade de direitos do homem e da mulher assim como a obriga o de seus signat rios de assegurarem ao homem e mulher a igualdade de gozo de todos os direitos econ micos sociais culturais civis e pol ticos A Organiza o dos Estados Americanos OEA por sua vez aprovou a Conven o Interamericana para Prevenir Punir e Erradicar a Viol ncia contra a Mulher A Conven o sobre a Igualdade de Remunera o de Homens e Mulheres por Trabalho de Igual Valor foi ratificada pelo Brasil em 1957 Persist ncia da discrimina o Apesar de todas essas garantias as mulheres continuam a ser discriminadas e ainda n o t m reconhecidas efetivamente de forma real a plena independ ncia e a igualdade social que formalmente se lhes conferem O fato de n o se usar o substantivo presidenta conquanto a express o j seja vernacular bem revela um resqu cio de preconceito contra a mulher Para citar outros exemplos basta lembrar a prostitui o de meninas de 12 a 17 anos que notadamente nas regi es mais atrasadas do pa s levadas pela pobreza e abandono oferecem seus corpos em troca de migalhas em logradouros p blicos dos mais variados postando se at em estradas espera de clien
23. Alexandre Armando Couce de Menezes Gisele Rosich Soares Velloso rico Santos da Gama e Souza Gustavo Eug nio de Carvalho Maya Cl udio Olimpio Lemos de Carvalho M cio Nascimento Borges 16 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Institucional Composi o do Tribunal Paulo de Tarso Machado Brand o Americo Cesar Brasil Corr a Maria Thereza da Costa Prata Cl a Maria Carvalho do Couto Miriam Valle Bittencourt da Silva H lio Ricardo Silva Monjardim da Fonseca Luciana Gon alves de O Pereira das Neves Eliane Zahar En as Mendes da Silva Raquel Rodrigues Braga Ana Rita Lugon Ramacciotti An lita Assed Pedroso urea Regina de Souza Sampaio Maria Alice de Andrade Novaes Mirna Rosana Ray Macedo Corr a Claudio Aurelio Azevedo Freitas Juliana Ribeiro Castello Branco Sonia Maria Martinez Tomaz Braga Otavio Amaral Calvet Maria Bernadete Miranda Barbosa da Silva Renata Jiquiri Marcelo Antonio de O Alves de Moura Ana Celina Laks Weissbl th Fl via Alves Mendon a Aranha Renato Abreu Paiva Simone Poubel Lima Fernando Reis de Abreu Ricardo Georges Affonso Miguel Roseana Mendes Marques Patricia da Silva Lima Jos Augusto Cavalcante dos Santos Patr cia Vianna de Medeiros Ribeiro Eduardo Henrique Elgarten Rocha Mauricio Madeu Monica de Almeida Rodrigues Derly Mauro Cavalcante da Silva Claudia Regina Reina Pinheiro Danielle Soares Abeijon Claudia de Abreu Lima Pisco Marcos D
24. Dispon vel em lt http www ilo org global about the ilo how the ilo works multilateral system g20 WCMS 164260 lang en index htm gt Acesso em 31 out 2011 Tradu o livre 40 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas muito frequentemente vistos apenas na teoria em raz o da falta de mecanismos para garantir a sua observ ncia e aplica o 4 Conclus o Em 1934 James Shotwell fez a seguinte observa o Lenta mas firmemente a Organiza o Internacional do Trabalho tem se justificado como um instrumento para expandir a justi a social por todo o mundo Composta por representantes de governos e do capital assim como do trabalho ela tem reunido interesses diversos e frequentemente opostos de todos os cantos do mundo confrontando assim a mais dif cil das tarefas com o mais dif cil dos instrumentos contudo quase seiscentas ratifica es dos seus tratados indicam a extens o com que a legisla o trabalhista dos seus pa ses membros tem se beneficiado de suas atividades Embora somente uma fra o delas lide com assuntos capitais quando vistas em conjunto elas marcam o progresso de um movimento uniforme por reforma social por todo o mundo Se mais de setenta anos atr s as normas trabalhistas internacionais da OIT j eram reconhecidas como um instrumento de promo o de justi a social por todo o mundo pode se dizer seguramente agora que a sua contri
25. Mas reiteramos que a an lise desses e de outros poss veis fatores em torno gravidade quanto ao descumprimento da obriga o empresarial de pagar pontualmente a contrapresta o salarial do trabalhador deve ser apreciada e inter relacionada no caso concreto valendo transcrever aqui dada a pertin ncia da analogia as palavras ditadas pela jurisprud ncia espanhola sobre a caracteriza o da gravidade para fins de relev ncia resolut ria do contrato de trabalho A entidade e transcend ncia do descumprimento s o todas elas quest es de car ter absolutamente particular e individualizado nas quais quase imposs vel estabelecer generaliza es ou pautas v lidas para diferentes situa es uma vez que a ado o de cada solu o concreta depende fundamentalmente das circunst ncias dados e elementos que neste caso concreto concorrem pelo que a solu o dificilmente translad vel e extens vel a outro parecido mas n o exatamente igual Qualquer diverg ncia ou disparidade nestas circunst ncias dados ou elementos pode ser a raz o essencial pela qual se aprecia ou n o a exist ncia de gravidade do descumprimento contratual Expressando a mesma ideia com palavras distintas A exig ncia de gravidade sup e um plus sobre o mero descumprimento demandando uma t cnica emp rica de gradua o dificilmente reconduz vel a um crit rio abstrato ao precisar a pondera o de cada hip tese ou seja uma esp cie
26. Prote o Integral composta por uma equipe multidisciplinar proveniente de diferentes reas profissionais No entanto precisamos indagar se n o seria o momento adequado para o aparelhamento da Justi a do Trabalho considerando a amplia o da compet ncia gerada pela EC 45 2004 para julgar tamb m conflitos de rela o de trabalho Sem d vida a Justi a Trabalhista tem andado assoberbada de processos conforme citou o magistrado Oris de Oliveira Por outro lado se outrora tiv ssemos pensado assim n o teria ocorrido a amplia o da sua compet ncia ocasionada pela EC 45 2004 Ap s a exist ncia dessa emenda constitucional os magistrados trabalhistas tamb m recearam uma avalanche de processos No entanto tal fato n o aconteceu Assim como o trabalho da per cia t cnica auxilia os magistrados trabalhistas nas varas em diversas reas profissionais poss vel haver equipes multidisciplinares de psic logos assistentes sociais pedagogos etc Esses profissionais podem ser provenientes do pr prio quadro de pessoal do Tribunal ou profissionais aut nomos semelhantes aos peritos Nessa esteira a autoriza o judicial para crian as e adolescentes trabalharem em novelas filmes desfiles de moda e publicidade entre outras reas deve ser da compet ncia do juiz do trabalho e n o do juiz da Vara da Inf ncia e Juventude consoante a proposta de altera o do PL n 83 2006 elaborada pela Procuradoria Geral do Minist rio P blico
27. Regi o Decis es da 22 Inst ncia empresariais sob um comando nico como fato p blico uma cuidando do cultivo da cana de a car e sua colheita a Companhia Agr cola Norte Fluminense que formalmente sucedeu a primitiva Usina Santa Cruz outra cuidando de agricultura e pecu ria a Emac Empresa Agr cola Central Ltda outra tamb m com este mesmo objeto social a Agrisul Agr cola Ltda e apesar de estarem formalmente sediadas em locais diferentes at mesmo em S o Paulo a realidade demonstra que v rias delas funcionam no parque industrial da antiga Usina Santa Cruz nesta cidade de Campos dos Goytacazes e outras ainda que aqui n o funcionando pertencem ao mesmo Grupo Empresarial a no sentido de coordena o Da a promiscuidade na rela o jur dica de emprego mantida com diversos empregados onde eles ora trabalham para uma ora para outras sem saber ao certo em muitas situa es quem realmente a sua empregadora Tudo isto evidentemente sem qualquer altera o das fun es do trabalhador e sem que ele evidentemente tenha conhecimento de qualquer modifica o jur dica de seu empregador Ora este Juiz tem dito em tais situa es que a exist ncia de Grupo Empresarial para a legisla o trabalhista n o tem e nem pode ter a roupagem que lhe dada no campo civilista sob pena de serem relegados a ltimo plano os eventuais direitos dos trabalhadores Da a regra imperativa do art 28 par
28. Rel Paulo Marcelo de Miranda Serrano 0196700 12 2009 5 01 0282 28 9 2011 4 3 Responsabilidade Civil do Empregador Empregado 99 Recurso ordin rio Dano moral Restri o ao uso de banheiro A restri o ao uso de banheiro inadmiss vel e aviltante constituindo total desrespeito pela dignidade humana o que ainda mais grave quando a v tima do sexo feminino dadas as suas condi es particulares Tal situa o por si j justifica a condena o em danos morais TRT 1 102 Turma Rel Fl vio Ernesto Rodrigues Silva 0001205 10 2010 5 01 0051 28 11 2011 100 Recurso ordin rio Enquadramento sindical Empresa com diversas atividades econ micas O enquadramento sindical do empregado orientado pela atividade econ mica preponderante do empregador nos termos do artigo 581 88 1 e 2 da CLT No caso de empresas com objeto social diversificado prevendo diversas atividades econ micas sem que nenhuma seja preponderante o enquadramento sindical deve observar a regra inserta no 8 1 do art 581 CLT Operadores de telemarketing Pausa de dez minutos para cada cinquenta laborados Previs o em norma coletiva Aus ncia de concess o Horas extraordin rias Devidas Verificando se a exist ncia de cl usula convencional que confira ao empregado o direito a pausas intervalares de dez minutos para cada cinquenta laborados a aus ncia de sua concess o implica pagamento do tempo suprimido como se hora extraordin ria
29. Senten a mantida TRT 1 62 Turma Rel Marcelo Antero de Carvalho 0166800 33 2009 5 01 0201 19 9 2011 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 235 Ement rio 1 2 2 Intervalo intrajornada 3 A concess o parcial do intervalo intrajornada implica o pagamento integral do per odo com acr scimo de no m nimo 50 Nesse sentido o entendimento consubstanciado na Orienta o Jurisprudencial n 307 da SDI I do C TST TRT 1 22 Turma Rel Valmir de Araujo Carvalho 0105800 54 2008 5 01 0302 08 7 2011 1 3 Responsabilidade Civil do Empregador Empregado 1 3 1 Indeniza o por dano moral 1 3 1 1 Ass dio sexual 4 A conduta abusiva de natureza sexual impl cita ou expl cita de forma reiterada e indesejada que atenta contra a dignidade e a liberdade sexual do empregado o ass dio que tem por objetivo a vantagem relativa ao ato libidinoso ass dio sexual quid pro quo ou por chantagem ou simplesmente a intimida o ass dio sexual ambiental ou por intimida o fator que conduz o assediado a ter a rela o de trabalho como imposs vel ou de muito dif cil continua o TRT 1 92 Turma Rel Ant nio Carlos de Azevedo Rodrigues 0000331 85 2010 5 01 0031 11 7 2011 1 3 1 2 Atos discriminat rios 5 A pr tica de revista ntima abusiva e o comprovado tratamento discriminat rio caracterizam dano moral a ser reparado com a adequada indeniza o fixada em conformidade com os p
30. Sobre o princ pio da isonomia O princ pio da igualdade tutelado pela Constitui o da Rep blica no seu art 52 caput prev que todo ser humano seja tratado com a mesma considera o que todos sejam respeitados com a mesma intensidade e que n o haja diferencia es entre as pessoas com base em crit rios absurdos ou arbitr rios Alexandre de Moraes afirma o seguinte O princ pio da igualdade consagrado pela constitui o opera em dois planos distintos De uma parte frente ao legislador ou ao pr prio executivo na edi o respectivamente de leis atos normativos e medidas provis rias impedindo que possam criar tratamentos abusivamente diferenciados a pessoas que encontram se em situa es id nticas Em outro plano na obrigatoriedade ao int rprete basicamente a autoridade p blica de aplicar a lei e atos normativos de maneira igualit ria sem estabelecimento de diferencia es em raz o de sexo religi o convic es filos ficas ou pol ticas ra a classe social Assim podemos classificar de duas maneiras a igualdade que se busca alcan ar formal e material A igualdade formal basicamente consiste na isonomia de todos perante a lei proibindo que esta determine tratamento diferenciado de pessoas que se encontrem na mesma situa o Tal vis o contudo n o considera teoricamente falando as caracter sticas pr prias de cada indiv duo prevendo um agir legal que desconhece desigualdades que devem ser colocadas
31. TRT 1 82 Turma Rel Alberto Fortes Gil 0132200 88 2008 5 01 0243 28 7 2011 103 Recurso ordin rio Terceiriza o il cita Empresa interposta Ilegalidade V nculo com o tomador O procedimento da empresa que terceiriza sua atividade fim esbarra no artigo 9 da CLT e diante de sua manifesta ilegalidade o v nculo empregat cio deve se formar diretamente com a tomadora de servi os A contrata o de trabalhadores por empresa interposta ilegal formando se o v nculo diretamente com o tomador dos servi os S mula 331 do C TST TRT 1 12 Turma Rel Paulo Marcelo de Miranda Serrano 0027500 76 2006 5 01 0002 11 11 2011 104 Recurso ordin rio Testemunha suspeita Contradita S mula n 357 do C TST Em se tratando de avalia o da prova oral produzida pelo menos em princ pio deve esta inst ncia revisora prestigiar a valora o do conjunto probat rio feita pelo Ju zo do primeiro grau haja vista que este quem teve contato direto com os depoentes estando em melhores condi es de estabelecer seu grau de credibilidade a partir de seu comportamento uma vez que os autos n o t m como registrar a sua atitude em audi ncia Horas extras Hor rios uniformes Item Ill da S mula n 338 do C TST Ante a const ncia dos hor rios lan ados nas folhas de ponto correta a decis o do primeiro grau em considerar a jornada declinada na inicial e retirar os excessos com base na prova oral produzida nos autos an
32. a e medicina do trabalho Pelo exposto correta a r senten a que determinou que o r u passe a cumprir as Normas Regulamentares Rurais de n 4 e 5 Da inexist ncia de registro nas CTPS Acrescenta que n o utilizava m o de obra sem registro na CTPS sustentando que em momento algum aduziu em sua contesta o que utilizava m o de obra dos chamados safristas como entendeu a MM Ju za a quo Contudo como bem registrou a r senten a o requerido n o comprovou que Antoniel da Silva residisse na sua propriedade graciosamente muito menos que lhe prestava servi os espor dicos e descont nuos como biscateiro como alegado em contesta o nus que lhe cabia a teor do que preceituam os artigos 818 da CLT e 333 inciso Il do CPC Assim correta a r decis o a quo ao declarar o vinculo de emprego entre as partes Quanto aos demais trabalhadores sem contrato formalizado em carteira de trabalho n o procede a alega o do recurso Como se observa da contesta o fl 112 ltimo par grafo assim se manifestou o recorrente e eventualmente de m o de obra tempor ria na safra fl 112 Portanto n o merece qualquer cr dito a tese do recorrente por se tratar de inova o recursal inadmiss vel em nossas Cortes Trabalhistas ante a fixa o da lide pela apresenta o da defesa irrelevante a prova testemunhal produzida em sentido diverso Ademais a pr pria testemunha do recorrente Sr Domingos Costa da Silva
33. a em moldes capazes de acomodar todas as normas e princ pios constitucionalmente conformadores Isto interessa investigar a forma da resili o contratual e uma vez constatado abuso de direito concluir que ela se deu em infring ncia s rie de comandos derivados do princ pio da dignidade humana Ou como no Direito franc s cabe exigir que o empregador exiba motivo real e s rio para o exerc cio do direito de dispensa sob pena de incorrer em abuso de direito e viola o de princ pios constitucionais TRT 1 32 Turma Rel Gloria Regina Ferreira Mello 0170600 05 2009 5 01 0481 30 6 2011 111 Sofrimento no ambiente de trabalho Agress es verbais Repara o A ocorr ncia de atos il citos praticados pelos empregadores e ou seus prepostos causando sofrimento subjetivo tem sido constante Falta aos empregadores o cuidado ao lidar com quem contrata como tamb m falta no seu poder diretivo e disciplinar dar orienta o aos seus funcion rios para que respeitem cada membro do seu todo organizado empresa considerando a singularidade de cada um por bvio A aus ncia de manejo nesse sentido provoca absente smo licen as m dicas perda do bom funcion rio e como bem colocou o MM Juiz citado no ac rd o imp e Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 259 Ement rio um risco ao sucesso da atividade empresarial Recurso conhecido e parcialmente provido para majorar o valor da repara o
34. dica e configura apenas falta de polidez TRT 1 42 Turma Rel Angela Fiorencio Soares da Cunha 0206100 96 2009 5 01 0202 12 7 2011 3 4 3 Trabalho externo 59 Horas extraordin rias Servi o externo Cumpre de plano ressaltar que a mera presta o de servi os externos n o exclui necessariamente os empregados do regime legal de dura o do trabalho afigurando se imprescind vel que al m de anota o na CTPS exer am eles suas atividades em condi es tais que se torne verdadeiramente imposs vel uma fiscaliza o permanente ou qualquer tipo de controle direto ou indireto das jornadas cumpridas o que n o se verificou na hip tese presente Recurso ordin rio n o provido TRT 1 102 Turma Rel M nica Batista Vieira Puglia 0142800 97 2009 5 01 0029 19 10 2011 60 Horas extras Avalia o da prova A confiss o da parte prevalece sobre os demais elementos de prova Ressalte se que o MM Juiz a quem coube sentir de perto as rea es a firmeza e a hesita o das partes e testemunhas formou da a sua convic o Assim em refor o aos fundamentos por ele exarados privilegio a an lise feita no Ju zo do primeiro grau com fulcro no princ pio da imedia o na colheita das provas e mantenho a r decis o hostilizada Dano moral Controle de idas ao banheiro O dano moral na seara trabalhista refere se a atos do empregador que possam denegrir a imagem profissional do trabalhador causando situa es vexat
35. esquerda 24 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Institucional Galeria de Fotos Assessoria de Imprensa e Co A presidente do TRT RJ desembargadora Maria de Lourdes Sallaberry assina com o TJRJ e com o TRF2 Acordo de Coopera o sobre o Regime Especial de Liquida o de Precat rios do Estado e dos munic pios do Rio de Janeiro em 27 7 2011 Da esquerda para a direita juiz Marco Antonio Belchior TRT RJ desembargador Manoel Alberto dos Santos presidente do TJRJ desembargadora Maria Helena Cisne presidente do TRF2 ju za Luciana Lousada TJRJ o o h o c 3 E O 0 v kse D o e o E q Ke o J o a D Ki A q lt A desembargadora Maria de Lourdes Sallaberry direita presidente do TRT RJ com a desembargadora Maria Helena Cisne presidente do TRF2 e o desembargador Manoel Alberto dos Santos presidente do TJRJ Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 25 Institucional Galeria de Fotos o o Oh o gt E e 5 v o i c 2 a E v d o o a q q q q lt dm Em comemora o aos 70 anos da Justi a do Trabalho o Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o a Academia Nacional de Direito do Trabalho o Grupo de Estudos em Direito Desportivo Trabalhista e a Faculdade Nacional de Direito da UFRJ promoveram o Congresso Internacional sobre Legisla o Desportivo Trabalhista de 3 a 5 8 2011 O
36. inclu do o Brasil tomar todas as medidas necess rias para evitar que o trabalho for ado ou obrigat rio produza condi es an logas s de escravid o com vistas aboli o total do trabalho for ado e da servid o por d vida J a Conven o n 29 disp e em seu artigo 2 que a express o trabalho for ado ou obrigat rio compreender todo trabalho ou servi o exigido de uma pessoa sob a amea a de san o e para o qual ela n o se tenha oferecido espontaneamente A erradica o da escravid o na verdade um princ pio universal contido no artigo IV da Declara o Universal dos Direitos Humanos do qual consta o seguinte trecho categ rico Ningu m ser mantido em escravid o ou servid o a escravid o e o tr fico de escravos ser o proibidos em todas as suas formas A OIT pretende que haja o reconhecimento do trabalho decente como uma meta mundial sendo certo que a Confer ncia Nacional do Trabalho Decente precedida pelas confer ncias estaduais origina se do documento intitulado Trabalho Decente nas Am ricas uma agenda hemisf rica 2006 2015 firmado em Bras lia em maio de 2006 2 Pre mbulo da Conven o 105 da Organiza o Internacional do Trabalho relativa aboli o do trabalho for ado convocada pelo Conselho de Administra o do Secretariado da OIT reunida em Genebra em 5 de junho de 1957 3 Conven o n 105 da OIT art 2 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da
37. naquele per odo os outros gerentes tamb m desempenhavam as atividades da substitu da Conclui se que a substitui o se houve foi meramente nominal pois todos na pr tica realizavam as tarefas da colega afastada Dessa forma raz o n o assiste recorrente Dos descontos Nego provimento A reclamante pugna pela devolu o dos descontos a t tulo de seguro em grupo JMS Instituto Jo o Moreira Salles e IAPP Instituto Assistencial Pedro di Perna N o h provas de coa o Ademais a autora admitiu nunca ter solicitado seu desligamento dos referidos institutos e do seguro em grupo Note se que o reclamado exibiu as autoriza es para desconto fls 217 219 Assim raz o n o assiste autora 174 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Da posse de m f Nego provimento A autora sustenta que o reclamado se beneficiou com a reten o dos valores aqui pleiteados e portanto deve indenizar a autora pelos frutos percebidos na posse de m f N o se trata de posse de m f mas de controv rsia a respeito dos valores devidos autora em face do contrato de trabalho Desse modo n o h como deferir a indeniza o postulada Dos descontos fiscais e previdenci rios Nego provimento A recorrente alega que o r u deve arcar com os descontos previdenci rios e fiscais ou indenizar a autora por tais valores Ora ambas as partes devem arcar com as contrib
38. o contra as mulheres no mercado de trabalho no terceiro t pico trataremos das leis e dos demais atos normativos que no Brasil e alhures visam a coibir a discrimina o em 1 Servidor do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o TRT RJ especialista em Direito do Estado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro Uerj especialista em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade C ndido Mendes Ucam e mestrando em Direito Constitucional e Teoria do Estado pela Pontif cia Universidade Cat lica do Rio de Janeiro PUC RJ Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 59 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas virtude do sexo bem como de demonstrar como que cada um deles guarda em si em maior ou menor medida elementos inspirados pelo princ pio da igualdade Assim estabelecidas as premissas iniciais feitos os devidos esclarecimentos e determinada a estrutura do texto passemos s nossas an lises 1 A centralidade dos princ pios no ordenamento jur dico Nosso trabalho pauta a defesa da igualdade pela tica primeira do princ pio da isonomia Entretanto antes de falarmos especificamente sobre ele faz se mister ressaltarmos o papel central que hoje ocupam no ordenamento jur dico os princ pios como um todo sobretudo ap s o reconhecimento do seu car ter normativo propiciado pela ampla aceita o da doutrina denominada P s Positivismo Segundo o professor Lu s Roberto Barroso o direito
39. o n 138 da OIT que passou a ter status constitucional e possibilitou a obten o de autoriza o para se realizar o trabalho infantil art stico observando o seguinte O trabalho infantil no sem foro choca a todos mas n o ficamos chocados se esse trabalho for realizado na TV devido ao glamour existente na profiss o art stica Ocorre que em ambos os casos seja vendendo algo no sem foro ou trabalhando na TV pode ocorrer a explora o do trabalho infantil de forma oculta ou dissimulada Ele ainda questionou a maturidade psicol gica da crian a para saber diferenciar entre uma representa o e a realidade Ainda acrescentou que uma crian a leva mais tempo para memorizar um texto ocasionando maior cansa o f sico e mental O filme Pixote contou o caso de um menor de idade que apesar do sucesso do filme n o conseguiu prosseguir no trabalho de ator e acabou morrendo em 1987 por dificuldades de adapta o a sua realidade assinalou o magistrado Dados estat sticos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBGE no ano de 2010 constataram que 4 milh es e 300 mil crian as entre 5 e 17 anos estariam exercendo trabalho infantil n o sendo poss vel avaliar o quantitativo existente de trabalho art stico infantil O painelista Rafael Dias Marques procurador do trabalho e coordenador nacional de Combate Explora o do Trabalho de Crian as e Adolescentes do MPT mencionou que no debate da proibi o absoluta
40. o se est nos presentes autos discutindo a quest o da responsabilidade por poss veis danos causados aos trabalhadores se do tomador dos servi os ou do empregador mas que o ambiente de trabalho seja um local seguro e sadio E sendo o hospital local da presta o dos servi os de propriedade do Munic pio reclamado dele a responsabilidade pela adequa o do ambiente Al m disso sabido que os prestadores de servi os s o 120 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia rotineiramente modificados e a presente a o seria in cua se ajuizada em face das empresas ou cooperativas respons veis pela terceiriza o dos servi os que durante o curso da a o poderiam ser substitu das Em rela o ao argumento da decis o recorrida de que a provid ncia requerida constitui se em uma interven o administrativa no hospital n o se constitui em motivo para a declara o de incompet ncia pois o direito constitucional perseguido deve ser observado por todos inclusive pelo poder p blico que tem sim que se adequar e respeitar a legisla o que trata da seguran a e sa de dos trabalhadores Se para o cumprimento da legisla o em comento o poder p blico necessita dispor de recursos financeiros estes devem ser inclu dos na previs o or ament ria do rg o Pelo exposto dou provimento ao recurso ordin rio para declarar a compet ncia desta Justi a Especial para apreciar e jul
41. repita se n o impugnado pela Recorrida e n o analisado na senten a monocr tica a Recorrente juntou aos autos s fls 113 115 117 118 120 122 123 124 127 130 131 132 135 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 183 Decis es da 22 Inst ncia 138 139 142 143 145 146 149 150 152 onde demonstra que a recorrente efetuava e efetua o pagamento das verbas no prazo previsto nas al neas a e b do par grafo 6 do art 477 da CLT e que foram casos isolados n o se tratando de uma realidade da empresa que possuia mais de 190 empregados pois hoje n o mais presta servi os ao Barra Shopping onde se concentravam o maior n mero de empregados v fl 286 grifos pertencentes ao texto original Tamb m aqui n o merece prosperar a argumenta o recursal Compulsando os autos verifico que a documenta o anexada pela reclamada no intuito de comprovar o pagamento das verbas resilit rias no prazo legal corresponde a resili es contratuais efetuadas ap s a fiscaliza o v fls 131 135 139 143 146 observando que somente os Termos de Rescis o de fls 146 e 150 se referem a per odo anterior fiscaliza o sendo certo ainda que o de fl 146 n o cont m a data em que foi efetuado o pagamento das verbas resilit rias Assim n o h que falar que a documenta o juntada pela recorrida n o foi analisada pelo r Ju zo foi sim apenas n o serve para comprovar o cumprimento correto de sua
42. rios Assiste lhe raz o parcialmente O dano moral coletivo ocorre quando a agress o moral dirigida ao grupo de trabalhadores cabendo quele que deu causa ao preju zo causado categoria o dever de indenizar com fulcro no art 927 do C digo Civil Provada nos autos a pr tica il cita e reiterada da empresa de obrigar seus empregados a ajuizarem a es trabalhistas ou a ingressarem na Comiss o de Concilia o Pr via como nicas formas de receber suas verbas resilit rias correta a decis o que condenou a r no pagamento de indeniza o por dano moral coletivo Contudo tem se que a indeniza o fixada na senten a recorrida R 50 000 00 a serem recolhidos em favor do FAT fl 311 merece ser majorada para R 150 000 00 n o por ser irris ria mas porque o valor da condena o deve ser razo vel em face de seu car ter punitivo pedag gico na medida em que desestimula a reiterada viola o dos direitos alheios al m de ser compat vel com o dano moral relatado Quanto ao pedido de aplica o de multa por litig ncia de m f reclamada n o se configura nos autos a alegada reitera o injustificada de incidentes processuais tampouco o car ter procrastinat rio dos embargos declarat rios para os quais h a multa prevista no art 538 do CPC Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 125 Decis es da 22 Inst ncia Assim dou provimento parcial para fixar o valor da indeniza o por dan
43. senten a a possibilidade de reexame sob pena de praticar ato para o qual funcionalmente incompetente Do mesmo modo ainda que se pudesse configurar a m avalia o da prova o magistrado n o pode reexamin la para modificar o que decidiu A pretens o da recorrente quando aviou os embargos esbarrou em texto expresso de lei que veda ao prolator a possibilidade de se pronunciar sobre o que j decidiu Leia se o trecho que grifo no art 836 da CLT verbis Art 836 vedado aos rg os da Justi a do Trabalho conhecer de quest es j decididas excetuados os casos expressamente previstos neste T tulo e a a o rescis ria que ser admitida na forma do disposto no Cap tulo IV do T tulo IX da Lei n 5 869 de 11 de janeiro de 1973 C digo de Processo Civil sujeita ao dep sito pr vio de 20 vinte por cento do valor da causa salvo prova de miserabilidade jur dica do autor Portanto correta a decis o que rejeitou os embargos e inexistente o v cio apontado a permitir o acolhimento da pretens o de nulidade por inexistente insufici ncia na presta o da jurisdi o Il A mat ria comum aos dois recursos 11 1 O dano moral por doen a profissional e seu valor Recorrem empregadora e empregada da decis o que reconheceu a exist ncia de dano moral por conta de doen a profissional A primeira alegando que inexistente prova do nexo causal e da culpa e que excessivo o valor da condena o J a segunda para ver
44. tica tornada rotineira nas rela es empresariais de terceiriza o envolvendo a segunda r mat ria por demais conhecida nesta Especializada Em especial destaca se a inobserv ncia pelas empresas que contrata no que respeita ao cumprimento de conte do m nimo nas rela es jur dicas aperfei oadas com seu pessoal subordinado de inadimplemento contratual quanto a direitos dos trabalhadores assegurados em lei Ademais not ria a conduta reincidente da primeira r verificada em demandas singulares ajuizadas perante esta Especializada e sua reiterada condena o como obrigada principal e da segunda r subsidiariamente A vasta documenta o adunada nos autos da presente a o civil p blica em que s o noticiadas ilegalidades constatadas por a o fiscal da administra o p blica representada pela Delegacia Regional do Trabalho assim tamb m a demonstra o de inqu ritos civis p blicos instaurados pelo Parquet trabalhista somado aos milhares de trabalhadores cuja for a reconhecidamente absorvida pela primeira r em prol da executividade de contratos civis Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 157 Decis es da 22 Inst ncia celebrados com a segunda r s o elementos suficientes indica o da presen a do interesse coletivo a embasar a presente demanda Com efeito embora os direitos sejam individuais s o aqui coletivamente tratados Gerais ainda que individuais homog neos porque ori
45. transfer ncia da pena para al m da figura do ofensor Agiu dessa forma certamente porque ciente do equ voco do i magistrado do primeiro grau a recorrente foi condenada subsidiariamente na forma da S mula 331 do C TST porquanto diante de responsabiliza o direta O apontado ofensor era seu empregado e os fatos se deram no ambiente e por decorr ncia do trabalho ainda que empregada a v tima reclamante da prestadora de servi os Tanto assim que as raz es recursais se exaurem na defesa direta na mat ria de fundo Mesmo direta a responsabilidade mantenho sua natureza subsidi ria em respeito oponibilidade reformatio in pejus At porque n o se nega a responsabiliza o da primeira reclamada e porque ainda imatura a jurisprud ncia a respeito o C TST s veio a decidir mat ria similar em maio de 2010 dando lhe o mesmo enquadramento jur dico exposto na r senten a De qualquer sorte n o se nega a incid ncia do item IV da S mula 331 do C TST Resta portanto inviabilizada a tese da recorrente quanto aus ncia de v nculo obrigacional com a reclamante bem como em rela o s diversas cl usulas do contrato de presta o de servi os que estipulam a integral responsabilidade da primeira reclamada Ademais os efeitos de tais cl usulas s o restritos ao mbito negocial das empresas contratantes n o atingindo terceiros de boa f No que tange prescri o real o que o i juiz a quo n o a exam
46. za D bora Blaichman s fls 627 32 que julgou improcedente a a o civil p blica proposta O Minist rio P blico do Trabalho s fls 668 89 suscita preliminar de nulidade da senten a por ser baseada em prova il cita na medida em que s o suspeitas as testemunhas conduzidas pelo r u No m rito sustenta estarem comprovados os atos de ass dio moral noticiados na inicial notadamente pelos documentos produzidos no inqu rito civil p blico Aduz ser o Estado respons vel pelos atos de seus agentes na forma do art 37 8 6 da CRFB e que a extin o do projeto social n o prejudica a tutela inibit ria perseguida Insiste na condena o do demandado ao pagamento de indeniza o pelo dano moral coletivo na ordem de R 1 000 000 00 a ser revertida para o FAT Devidamente cientificado o Estado apresentou contrarraz es fls 691 707 sem preliminares Dispens vel a remessa dos autos ao Minist rio P blico do Trabalho na medida em que j atua como dominus lites o relat rio Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 185 Decis es da 22 Inst ncia VOTO Conhecimento Conhe o do recurso interposto tendo em vista que presentes os pressupostos extr nsecos e intr nsecos de admissibilidade sendo certo que o Minist rio P blico do Trabalho possui prazo em dobro para recorrer como lhe garantido no art 188 do CPC c c o art 769 da CLT Da legitimidade do MPT Conforme disp e o art 127 da Con
47. 000 00 dez mil reais por cada ato il cito que venha a ser comprovado revers vel ao FAT condenando o ainda ao pagamento de indeniza o por dano moral coletivo arbitrada em R 1 000 000 00 revertida ao FAT na forma da fundamenta o do voto do Desembargador Relator Foi determinada a expedi o de of cio ao Minist rio P blico Estadual para que diante dos fatos apurados tome as provid ncias que entender de direito O Minist rio P blico do Trabalho manifestou se pela manuten o da indeniza o por dano moral coletivo no valor de R 1 000 000 00 Rio de Janeiro 6 de junho de 2011 Desembargador Federal do Trabalho Alexandre Agra Belmonte Relator 194 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Recurso Ordin rio 0008800 30 2009 5 01 0040 Titula o Palavras chave Turma Relator Data de julgamento Publica o Direito do Trabalho Rescis o do Contrato de Trabalho Reintegra o Readmiss o ou Indeniza o Estabilidade Acident ria acidente de trabalho estabilidade provis ria prova doen a ocupacional 12 Desembargador Federal do Trabalho Marcos Palacio 14 6 2011 14 7 2011 Acidente de trabalho Estabilidade provis ria O julgador n o est adstrito decis o do rg o previdenci rio sobre a configura o ou n o do acidente do trabalho devendo analisar e avaliar o conjunto probat rio H que se levar em conta que a garantia d
48. 01 0003 16 12 2011 24 Dano moral Valor da indeniza o O valor do dano deve ser coerente com a situa o dos fatos e a consequ ncia moral que possa ter acarretado mas n o pode fugir a um padr o entre o indeniz vel e o ponder vel TRT 1 42 Turma Rel Cesar Marques Carvalho 0076700 94 2008 5 01 0224 21 11 2011 25 Dano moral e material Acidente de trabalho Diante de acidente de trabalho sofrido por empregado imp e se empregadora a obriga o de indeniz lo em face da responsabilidade objetiva decorrente e do contrato de emprego dispensadas in casu at mesmo maiores indaga es sobre culpa necessitando apenas a exist ncia de v nculo empregat cio entre ambas as partes e que o sinistro tenha acontecido quando o empregado estava a servi o da empresa TRT 1 62 Turma Rel Leonardo Dias Borges 0061800 16 2009 5 01 0081 05 9 2011 26 Dano moral e patrimonial Conduta patronal O ato culposo aquele praticado por neglig ncia imprud ncia ou imper cia A neglig ncia a omiss o volunt ria de dilig ncia ou cuidado a falta ou demora no prevenir ou obstar um dano A imprud ncia a forma de culpa que consiste na falta involunt ria de observ ncia de medidas de precau o e seguran a de consequ ncias previs veis que se faziam necess rias no momento para evitar um mal ou a infra o da lei J a imper cia a falta de aptid o especial habilidade ou experi ncia ou de previs o no exe
49. 2 da Consolida o das Leis do Trabalho quando prev expressamente que em casos existenciais onde v rias empresas estejam sob dire o e controle ou administra o comum ser o solidariamente respons veis a principal e demais subordinadas o que se constata na esp cie dos autos onde as sociedades empres rias apesar de formalmente terem personalidades jur dicas distintas est o sob o comando nico do Sr Francisco Pessoa de Queiroz Neto como fato p blico inclusive constando em A o Civil P blica ajuizada pelo Minist rio P blico do Trabalho em curso pelo Ju zo da 22 Vara do Trabalho de Campos dos Goytacazes Raz es pelas quais declaro ser as r s solidariamente respons veis por todas as obriga es que forem reconhecidas em favor do autor nesta demanda grifos nossos N o bastassem os fatos p blicos narrados pelo MM Ju zo a quo a an lise dos atos constitutivos atas de assembleias e procura es juntados s fls 138 apontam para exist ncia de grupo econ mico entre r s Por outra vertente o patroc nio em Ju zo pelo mesmo advogado forte ind cio da rela o empresarial existente entre as empresas Os fatos fazem crer seguramente que as reclamadas est o sob o controle de uma mesma fam lia Com efeito h administra o comum subordina o e unidade de objetivos As circunst ncias atraem o disposto no art 2 8 2 da CLT Configurado o grupo econ mico respondem as r s solidaria
50. 22 Inst ncia A testemunha de fls 519 520 afirmou que nos dias de pico ela e a autora findavam suas atividades por volta das 20h acreditando que nesses dias a reclamante assim como o depoente n o dispunha de intervalo Mesmo considerando que a autora n o aduziu trabalho ap s s 19h30min os depoimentos n o perdem sua for a Ambos comprovam trabalho habitual extraordin rio em moldes similares aos da senten a ainda que um pouco superiores A testemunha de fls 521 522 n o acrescentou nenhuma informa o at porque n o se recordava do hor rio de sa da da reclamante Por fim a testemunha de fls 523 parece ter sido preparada para depor indicando precisamente os hor rios contratuais da autora Concluindo o conjunto probat rio demonstra a exist ncia de trabalho extraordin rio em car ter habitual Note se que a senten a respeita os limites da peti o inicial e do material probat rio fixando jornadas das 8h s 19h de segunda feira a sexta feira com 30 minutos de intervalo fls 529 Nesses termos o julgado merece confirma o Dos juros e corre o monet ria Dou provimento O recorrente alega que os juros devem ser simples de 1 ao m s e que a corre o monet ria deve observar a S mula n 381 do TST quanto poca pr pria A senten a determina que os juros ser o calculados na forma da Lei Apenas para evitar discuss es desnecess rias na fase de liquida o acolhe se o pedido espe
51. 3 autorizando o manuseio da A o Civil P blica pelo Minist rio P blico do Trabalho nos termos dos artigos 129 Ill da CR e 11 IV da Lei n 7 347 85 e da Lei Complementar n 75 93 Vistos relatados e discutidos os presentes autos de Recurso Ordin rio em que s o partes Francisco Vieira Rodrigues da Silva como recorrente e como recorrido Minist rio P blico do Trabalho Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 127 Decis es da 22 Inst ncia Recorre o r u na A o Civil P blica s fls 291 302 inconformado com a decis o proferida pela MM 12 Vara do Trabalho de Araruama que julgou procedente em parte o pedido consoante senten a de fls 277 286 Reitera a ilegitimidade ativa ad causam do Minist rio P blico do Trabalho Sustenta que a dilig ncia perpetrada pelos auditores fiscais do trabalho e pelo membro do Minist rio P blico do Trabalho se tornou ilegal e abusiva na medida em que permitiram o ingresso em propriedade particular de pessoas estranhas dilig ncia tais como rep rteres policiais l der sindical sem que portassem uma ordem judicial para tal que a quest o n o foi apreciada pela decis o do primeiro grau que as fotos tiradas pelos rep rteres n o podem servir de meio de prova bem como os relat rios e autos de infra es perpetrados os quais foram alvos de impugna o pelo r u sem que estivesse garantido o principio do contradit rio Alega que inexiste qualquer pro
52. 52 Documentos apresentados como comprovantes da jornada impugnados por n o submetidos e assinados pelo empregado n o cumprem a norma do art 74 8 2 da CLT prevalecendo a presun o de veracidade da jornada afirmada na inicial conforme o entendimento consubstanciado na S mula n 338 do C TST O tratamento desumano dispensado pelo empregador aos empregados ao disponibilizar ambiente sujo sem qualquer higiene com p ssimas acomoda es enseja a repara o por dano moral TRT 1 62 Turma Rel Theocrito Borges dos Santos Filho 0000647 55 2010 5 01 0207 20 7 2011 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 245 Ement rio 53 D vida n o h em face do que disp em os incisos XXX XXXI e XXXII do artigo 7 da Constitui o Federal que a proibi o discrimina o de tratamento dos trabalhadores abrange todas as suas formas de manifesta o inclusive a decorrente do trabalho intelectual Visou o constituinte a impedir qualquer maneira de discrimina o para admiss o ou para a remunera o do trabalhador N o afastou por m a possibilidade de atribuir se sal rio mais elevado de acordo com a complexidade do trabalho executado inciso V TRT 1 42 Turma Rel Cesar Marques Carvalho 0128400 41 2005 5 01 0022 11 10 2011 3 4 F rias 3 4 1 Indeniza o Dobra Ter o constitucional 54 Empregada dom stica F rias vencidas Pagamento em dobro A estrutura e din mica do instituto das f
53. 70 2008 5 01 0079 14 7 2011 3 4 2 1 Gestante 57 Estabilidade Gestante Aus ncia de pedido de reintegra o Conforme a jurisprud ncia predominante no C TST irrelevante o fato de a reclamante n o postular na peti o inicial a reintegra o no emprego pois a Constitui o da Rep blica assegura obreira a garantia provis ria do emprego sendo lhe permitido mesmo no curso do per odo da garantia constitucional pleitear a indeniza o substitutiva TRT 1 32 Turma Rel Dalva Am lia de Oliveira 0001390 11 2010 5 01 0031 24 11 2011 58 Horas extraordin rias Jornada suplementar Proibi o de registro da jornada efetivamente trabalhada N o juntada injustificada dos controles de frequ ncia O trabalhador tem conhecimento da inidoneidade dos cart es de ponto antes da propositura da demanda Deve 246 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Ement rio fazer men o ao fato antes da contesta o garantindo se r a possibilidade de se defender N o o fazendo consideram se id neos os controles juntados com exce o do per odo em que n o vieram aos autos S mula 338 TST Dano moral S o enormemente diferentes as seguintes situa es 1 o superior hier rquico xingar seu subordinado e 2 o superior hier rquico utilizar se de palavras de baixo cal o quando se expressa A primeira situa o constitui intoler vel dano moral para o empregado a segunda n o tem express o jur
54. CF de 1988 estendeu os direitos previdenci rios aos trabalhadores dom sticos Ainda hoje por m a lei n o lhes garante limita o de horas de trabalho As mulheres na rea jur dica Fundado em 1843 o Instituto dos Advogados Brasileiros s veio a admitir a primeira mulher em seu quadro de s cios efetivos a advogada Myrthes Gomes de Campos em 1906 A primeira presidente da entidade Maria Ad lia Campello foi eleita em 22 de mar o de 2006 Hoje as profissionais do Direito representam no quadro da institui o menos de 10 de seus associados efetivos A pr pria Ordem dos Advogados do Brasil OAB Nacional nunca teve uma mulher em sua Presid ncia Entre as centenas de bachar is diplomados pela Faculdade Nacional de Direito da antiga Universidade do Brasil atual UFRJ nos anos de 1937 e 1938 havia apenas uma d zia de mulheres Na turma de ingressantes da Faculdade de Direito da Universidade de S o Paulo no Largo de S o Francisco dos 136 alunos aprovados s 25 eram do sexo feminino Hoje elas representam mais de 50 dos alunos dos cursos de Direito no pa s mais de 50 dos aprovados em concursos para a magistratura e boa parte dos que ingressam no Minist rio P blico Mais da metade dos 300 mil advogados inscritos na OAB do Estado de S o Paulo constitu da de mulheres No Ir cerca de 50 dos universit rios s o mulheres 50 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho dec
55. Defesa do Consumidor Ilustra se o posicionamento do Colendo Tribunal Superior do Trabalho com a decis o abaixo transcrita N MERO NICO PROC AIRR 1040 2004 014 03 41 PUBLICA O DJ 26 08 2008 AC RD O 12 Turma AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA 1 ILEGITIMIDADE ATIVA DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO PARA PROPOR A O CIVIL P BLICA Na forma 158 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia do que disp e o art 129 Ill da CF ostenta o Minist rio P blico do Trabalho legitimidade para ajuizar a o civil p blica visando defesa de direitos individuais homog neos dos trabalhadores Este entendimento deriva do fato de que mencionados direitos decorrerem de origem comum no tocante aos fatos geradores recomendando se a defesa de todos a um s tempo No caso dos autos em que se observa a utiliza o de cooperativa para uma terceiriza o cuja denuncia o considerada fraudulenta com n tido prop sito de afastar o reconhecimento da rela o de emprego os interesses s o individuais mas a origem nica recomenda a sua defesa coletiva em um s processo pela relev ncia social atribu da aos interesses homog neos equiparados aos coletivos n o se propondo uma repara o de interesses meramente individuais Desta forma poss vel a defesa destes direitos pelo rg o encarregado pela Constitui o Federal de garantir a incolumidade da ordem jur
56. Ea aaa a LEAR iaa ao a Eaa aeaa aa aa Ea dada 246 3 4 1 Indeniza o Dobra Ter o constitucional sssseessseseesseereessesrresrresrrssrrssresrersreerresre 246 3 4 2 Repouso semanal remunerado e feriado essessssseeseeesessssseerrirressesrrerensessreereesessee 246 34 21 E E E e L a E E E O A E A 246 3 4 3 Trabalho externo ssssss asas stssabarasor aa ea a E a a aE aA EAA RA EEE E RR dead 247 34 31 Reflexos eesmise ea aana enolate ai en sanae anaE aeia 247 3 4 4 Justa causa Falta grave ceseesrrreererserrecareaserrenacessnireoaces ar EE aN iori anaiei 248 3 4 4 1 Abandono de emprego essseseesssssesssesrirrissessrererssssssrreesessesereressresreerarsesseerrereesse 248 3 5 Senten a Normativa Conven o e Acordo Coletivos de Trabalho 249 3 5 1 Anula Sienai aaiae cdnaia ce Md E MESES donas o cada sa a RS 249 3 5 2 EE E E E de cap g Dana EAA ea Pan 249 3 5 3 Despedida Dispensa imotivada tereeeeerereaeererereeaeeeereereneerenereeaeernnes 249 3 5 4 Digitador Mecan grafo Datil grafo cciiieeereerereereeneeeeerereneereneeeeneerannes 249 3 6 Partesie Procuradores sesiis tcuedicacedendersde g o does docs ed iiser bie idadi neisi eissidas iaiia 249 3 6 1 Sucumb nCia 8 messsisnasesa sato aair ana eaaa a e ei ada aaa aeaa aaa ias aa aaa aa 249 3 6 1 1 Honor rios advocat cios sesssseeseesesreerettsrsressrtssttstttsttretttttestissrtssrtssttsttnstteetentt 249 3 7 Respons
57. Federal No plano legislativo normas constitucionais e infraconstitucionais buscam a concretiza o do trabalho decente para garantir o sal rio m nimo o piso salarial proporcional extens o e complexidade do trabalho a irredutibilidade do sal rio salvo o disposto em conven o ou acordo coletivo a dura o do trabalho normal n o superior a oito horas di rias e quarenta e quatro semanais o repouso semanal remunerado preferencialmente aos domingos os intervalos intra e interjornadas o gozo de f rias anuais remuneradas com pelo menos um ter o a mais do que o sal rio normal a licen a gestante a redu o dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sa de higiene e seguran a a proibi o de diferen a de sal rios de exerc cio de fun es e de crit rio de admiss o por motivo de sexo idade cor ou estado civil a proibi o de qualquer discrimina o no tocante a sal rio e crit rios de admiss o do trabalhador portador de defici ncia a proibi o de distin o entre trabalho manual t cnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos a proibi o de trabalho noturno perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis salvo na condi o de aprendiz a partir de quatorze anos a liberdade sindical a negocia o coletiva o direito de greve e outros direitos sociais que visem melhoria das condi es de trabalho arts 72 e 9 da
58. N 11 Execu o definitiva Penhora em dinheiro Ordem preferencial Em se tratando de execu o definitiva a determina o de penhora em dinheiro para garantir cr dito exequendo n o fere direito do executado j que obedecida a grada o prevista no art 655 do C digo de Processo Civil de aplica o subsidi ria ao processo trabalhista 228 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o S mulas S MULA N 12 Impossibilidade de satisfa o do d bito trabalhista pelo devedor principal Execu o imediata do devedor subsidi rio Frustrada a execu o em face do devedor principal o juiz deve direcion la contra o subsidi rio n o havendo amparo jur dico para a pretens o de pr via execu o dos s cios ou administradores daquele S MULA N 13 Comina es dos artigos 467 e 477 da CLT Terceiriza o Responsabilidade subsidi ria Nos casos de terceiriza o de m o de obra inserem se na responsabilidade subsidi ria do tomador de servi os ainda que se tratando de ente da Administra o P blica Direta ou Indireta as comina es dos artigos 467 e 477 da CLT S MULA N 14 Controle de jornada isen o de marca o prevista em norma coletiva Inefic cia da cl usula Tendo o empregador mais de dez empregados a obrigatoriedade de controle da jornada de trabalho imperativo legal CLT artigo 74 881 e 2 sendo ineficaz de pleno direito a cl usula normativa que disp e em sent
59. Presidente PRIMEIRA TURMA Des Elma Pereira de Melo Carvalho Presidente Des Jos Nascimento Araujo Netto Des Mery Bucker Caminha Des Gustavo Tadeu Alkmim Des M rio S rgio Medeiros Pinheiro SEGUNDA TURMA Des Jos Geraldo da Fonseca Presidente Des Valmir de Araujo Carvalho Des Maria Aparecida Coutinho Magalh es TERCEIRA TURMA Des Gloria Regina Ferreira Mello Presidente Des Jorge Fernando Gon alves da Fonte Des Marcos Antonio Palacio Des Rildo Albuquerque Mousinho de Brito QUARTA TURMA Des Luiz Augusto Pimenta de Mello Presidente Des Luiz Alfredo Mafra Lino Des Damir Vrcibradic Des Cesar Marques Carvalho Des Angela Fiorencio Soares da Cunha QUINTA TURMA Des Mirian Lippi Pacheco Presidente Des Tania da Silva Garcia Des Antonio Carlos Areal 12 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o SEXTA TURMA Des Nelson Tomaz Braga Presidente Des Jos Antonio Teixeira da Silva Des Theocrito Borges dos Santos Filho Des Alexandre de Souza Agra Belmonte S TIMA TURMA Des Maria das Gra as Cabral Viegas Paranhos Presidente Des Evandro Pereira Valad o Lopes Des Alexandre Teixeira de Freitas Bastos Cunha OITAVA TURMA Des Alberto Fortes Gil Presidente Des Jos Carlos Novis Cesar Des Edith Maria Corr a Tourinho Des Roque Lucarelli Dattoli Des Marcelo Augusto Souto de Oliveira NONA TURMA Des Jos da Fonseca Martins Junior Presidente De
60. Regi o Decis es da 22 Inst ncia Em sua defesa a reclamada argumentou que ap s o acidente relatado o autor recebeu imediatamente todos os atendimentos m dicos necess rios que providenciou a CAT em 17 10 2007 remetendo a ao INSS em que consta que n o havia necessidade de afastamento que durante o contrato de trabalho e no ato demissional o autor foi considerado apto nos exames m dicos que at a data da rescis o o autor recebeu regularmente sua remunera o que n o h direito estabilidade provis ria pois ausente a concess o de aux lio doen a acident rio Pretendeu a dedu o dos valores pagos sob id nticos t tulos fls 45 49 Destaco inicialmente que o julgador n o est adstrito decis o do rg o previdenci rio sobre a configura o ou n o do acidente do trabalho devendo analisar e avaliar o conjunto probat rio No presente caso embora n o exista prova do gozo de benef cio previdenci rio foi apresentado o documento emitido pela pr pria empregadora CAT Comunica o de Acidente de Trabalho fl 59 em 17 10 2007 que demonstra o nexo de causalidade entre o acidente e o trabalho exercido em benef cio da r Destaco que restou registrado na CAT que n o havia necessidade de afastamento durante o tratamento m dico fl 59 Todavia em depoimento pessoal o preposto da reclamada admitiu que o autor ap s o acidente continuou recebendo normalmente os sal rios da reclamada em
61. Socioecon micos Dieese 2011 Agosto R 545 00 R 2 278 77 Julho R 545 00 R 2 212 66 Junho R 545 00 R 2 297 51 Maio R 545 00 R 2 293 31 Abril R 545 00 R 2 255 84 Mar o R 545 00 R 2 247 94 Fevereiro R 540 00 R 2 194 18 Janeiro R 540 00 R 2 194 76 2010 Dezembro R 510 00 R 2 227 53 Novembro R 510 00 R 2 222 99 Outubro R 510 00 R 2 132 09 Setembro R 510 00 R 2 047 58 Agosto R 510 00 R 2 023 89 Julho R 510 00 R 2 011 03 Junho R 510 00 R 2 092 36 Maio R 510 00 R 2 157 88 Abril R 510 00 R 2 257 52 Mar o R 510 00 R 2 159 65 Fevereiro R 510 00 R 2 003 30 Janeiro R 510 00 R 1 987 26 2009 Dezembro R 465 00 R 1 995 91 Novembro R 465 00 R 2 139 06 Outubro R 465 00 R 2 085 89 Setembro R 465 00 R 2 065 47 Agosto R 465 00 R 2 005 07 Julho R 465 00 R 1 994 82 Junho R 465 00 R 2 046 99 Maio R 465 00 R 2 045 06 Abril R 465 00 R 1 972 64 Mar o R 465 00 R 2 005 57 Fevereiro R 465 00 R 2 075 55 Janeiro R 415 00 R 2 077 15 7 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Cap tulo II Dos Direitos Sociais artigo 78 inciso IV 84 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Portanto o trabalhador brasileiro hoje convive com um d ficit salarial na ordem de R 1 733 77 mil setecentos e trinta e tr s reais e setenta e sete centavos valor significativo que pode comprometer algum ou v rios componentes que abrangem o patamar m nimo de dignidade do trabalhador Paralel
62. Trabalhistas O Tribunal julgou improcedente reclama o ajuizada pelo Estado do Piau contra decis o proferida em a o civil p blica promovida pelo Minist rio P blico do Trabalho em que se alegava ofensa autoridade da decis o tomada pelo Supremo na ADI 3395 MC DF DJU de 19 4 2006 na qual se fixara orienta o no sentido de que o disposto no art 114 da CF n o abrange as causas instauradas entre o Poder P blico e servidor que lhe seja vinculado por rela o jur dicoestatut ria Entendeu se n o contrariado o que decidido na referida ADI haja vista que a a o civil p blica em quest o teria por objeto exigir o cumprimento pelo Poder P blico piauiense das normas trabalhistas relativas higiene seguran a e sa de dos trabalhadores no mbito do Instituto de Medicina Legal do Estado IML CF art 129 Il c c o art 78 XXII Enunciado da S mula 736 do STF Rcl 3303 PI rel Min Carlos Britto 19 11 2007 Rcl 3303 Repise se portanto que a natureza do v nculo existente estatut rio ou celetista entre o Munic pio reclamado e seus trabalhadores n o afasta a compet ncia da Justi a do Trabalho considerando que a preserva o do meio ambiente de trabalho afigura se como um direito social art 72 XXII da Constitui o Federal e nessa condi o todo e qualquer trabalhador tem direito aplica o das normas que tratam da redu o dos riscos inerentes atividade profissional Este por exemplo o
63. Trabalho que pertencem ao Minist rio do Trabalho rg o do Poder Executivo independem de autoriza o judicial para a realiza o da fiscaliza o uma vez que a a o fiscalizadora inerente ao cargo em que est o lotados e exce o da fiscaliza o imediata para sua pr tica basta que estejam munidos da ordem de servi o e que portem suas carteiras de identidade fiscal consoante a norma inserta no artigo 630 8 38 da CLT Os atos administrativos provenientes das fiscaliza es autos de infra o revestem se de presun o de veracidade competindo ao autuado demonstrar de forma robusta que os fatos constatados n o se passaram na forma como narrada nestes autos Pelo exposto n o houve no ato praticado acompanhado pelo Minist rio P blico do Trabalho na forma do artigo 18 c da LC 75 93 qualquer abuso de poder ilegalidade ou irregularidade 132 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Assim considerando que a prova produzida foi obtida por meios l citos correta a conclus o da r senten a de considerar v lida e eficaz a prova documental produzida pelo requerente com a inicial n o havendo que se falar na alegada ofensa ao princ pio do contradit rio estando inc lume a regra inserta no artigo 5 LV da Constitui o Federal Da gua n o pot vel Alega o requerido que inexiste qualquer prova de que as pessoas ingerissem gua de po o q
64. Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Ement rio da rescis o contratual em vez de encaminh lo Previd ncia Social a fim de receber o benef cio correspondente quadro que fica ainda mais grave numa hip tese em que a empregadora uma entidade p blica que deve cumprir rigorosamente a lei e o reclamante era um funcion rio concursado TRT 1 32 Turma Red Desig Rildo Albuquerque Mousinho de Brito 0054800 35 2006 5 01 0027 29 8 2011 37 Dano moral Flagrante o ato atentat rio dignidade do trabalhador a ensejar a correspondente repara o pecuni ria TRT 1 12 Turma Rel Mery Bucker Caminha 0001536 34 2010 5 01 0037 29 9 2011 38 Dano moral Humilha o no ambiente de trabalho por parte de superior hier rquico Comprova o A atua o dos dirigentes da empresa seja de que n vel for com a emiss o de coment rios e manifesta es expl citas no seio da comunidade de trabalhadores com conte do ofensivo e ou discriminat rio pode acarretar les o ao patrim nio moral de algum empregado trazendo a responsabilidade de o empregador indenizar o dano ocorrido TRT 1 92 Turma Rel Rog rio Lucas Martins 0133700 13 2006 5 01 0001 29 8 2011 39 Dano moral Indeniza o Constranger o empregado a procedimentos de revista e de tortura psicol gica a fim de apurar o autor de um furto de pequena monta al m de submet lo a trabalho em local inapropriado sem gua com fezes de animai
65. a car Condi es de trabalho Dano moral Define se dano moral como o decorrente de ofensa honra ao decoro paz interior de cada qual s cren as ntimas aos sentimentos afetivos de qualquer esp cie liberdade vida e integridade corporal ou seja dano moral aquele que diz respeito a les es sofridas pela pessoa em seu patrim nio de valores exclusivamente ideais Para que seja imputada ao empregador a pr tica de ato pass vel de gerar indeniza o por dano moral imperativa a comprova o da exist ncia do ato ofensor e do nexo causal entre tal ato e o dano experimentado pela parte ofendida Evidente in casu o descaso com os trabalhadores Aviltantes as condi es de trabalho A conduta negligente do empregador tem potencialidade ofensiva suficiente para provocar ofensa aos direitos da personalidade do reclamante Vistos relatados e discutidos os presentes autos de Recurso Ordin rio em que s o partes 1 Agrisul Agr cola Ltda 2 Companhia Brasileira do A car e do lcool 3 Energ tica Brasil ndia Ltda 4 Jotapar Participa es Ltda todas em recupera o judicial e 5 Agriholding S A 6 Jacum Holding S A 7 Emac Empresa Agr cola Central Ltda e 8 Companhia Agr cola Norte Fluminense como Recorrentes e Carlos Antonio da Silva Hermogenes como Recorrido Inconformadas com a r senten a de fls 170 174 proferida pelo MM Juiz Carlos Aur lio Azevedo Freitas da 32 Vara do Trab
66. a tristeza ou a humilha o atrav s de depoimentos ou documentos mesmo porque praticamente imposs vel a sua comprova o material O que deve ser provado contudo o fato que gerou o abalo psicol gico No caso em tela a parte autora por culpa exclusiva da des dia da reclamada em pagar tempestivamente suas verbas salariais ficou sem condi es de se sustentar e de honrar com seus compromissos financeiros Assim sendo desnecess ria se torna a prova do dano causado ao acervo imaterial desse indiv duo que depende dos sal rios como meio de subsist ncia Recurso a que se d provimento para condenar a parte r ao pagamento de indeniza o por 240 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Ement rio danos morais no valor de R 7 000 00 sete mil reais TRT 1 72 Turma Rel Evandro Pereira Valad o Lopes 0000152 91 2010 5 01 0051 24 8 2011 23 Dano moral Pr tica abusiva de suspens o e desconto salarial sem a comprova o da culpa A R n o reconheceu que a autora tenha furtado o dinheiro porque n o conseguiu comprovar mas por suposta neglig ncia em seu servi o puniu a com suspens o e aplicou desconto salarial Trata se de sucessivos atos arbitr rios da R Embora n o tenha havido uma acusa o formal de que a autora furtou restou claro que a autora foi punida injustamente o que sem d vida lhe causou dano moral TRT 1 52 Turma Rel Ivan da Costa Alem o Ferreira 0000198 93 2011 5
67. afirmou que o tal biscate era a colheita da laranja atividade fim do recorrente dizendo ainda a referida testemunha que o seu trabalho era acompanhar a turma de trabalhadores at a chegada do Sr Jo o que executava o mesmo servi o at a chegada do filho do depoente e que a colheita durava de oito a doze meses fl 256 O contrato de safra como esp cie que de contrato por prazo determinado para sua validade deve ser anotado na carteira de trabalho do empregado com men o a esta circunst ncia o que substitui o contrato escrito Assim n o havendo prova da celebra o de contrato por safra com os empregados relacionados s fls 7 8 e 22 encontra se correta a r senten a que determinou que sejam formalizados os contratos por prazo indeterminado Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 135 Decis es da 22 Inst ncia Da locomo o Alega que restou comprovado que os empregados se locomoviam de bicicleta ou a p j que residiam dentro das fazendas n o havendo assim a necessidade de transportar pessoas no caminh o Sem raz o Como bem observou o MM Ju zo de origem a prova produzida corrobora as alega es da inicial Como se v nos Autos de Infra o acostados s fls 60 e 62 restou comprovado que os empregados do r u eram transportados na ca amba do ve culo retratado fl 86 de forma habitual o que foi confirmado pelo depoimento da testemunha Ros ngela s fis 256 257 Outros
68. aponta como de t rmino do contrato de arrendamento Outra quest o que n o ficou bem esclarecida nos autos se efetivamente o Sr Zena era alco latra linha defensiva do r u Com efeito um dos fiscais do trabalho que participou da fiscaliza o na fazenda afirmou em depoimento como testemunha do autor fls 462 463 que em nenhum momento da inspe o constatou ou teve a impress o de que Zena estivesse alcoolizado A pr pria Ju za do 1 grau em inspe o judicial em contato direto e pr ximo com o Sr Zena por volta das onze horas afirma que quela altura qualquer alco latra j estaria embriagado ou seja tamb m n o teve a impress o de que o Sr Zena estivesse alcoolizado No entanto em anamnese cl nica realizada pelo m dico do Hospital Municipal onde esteve internado ap s realizada a inspe o do Minist rio P blico na Fazenda o pr prio Sr Zena informou ao profissional de sa de hist rico de Tabagismo desde os seis anos de idade e que era etilista de meia garrafa de cacha a por dia fls 478 situa o contudo que o filho do Sr Zena n o soube esclarecer em seu depoimento Esse ltimo depoimento por outro lado tamb m revelou que o filho do Sr Zena comparecia fazenda em m dia duas vezes por m s a fim de visitar o pai e a irm Sendo 144 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia certo que no dia da inspe o judicial o Sr Zena visitado pela MM J
69. certas reas como no trabalho insalubre noturno e penoso limita es estas que conforme foi dito por vezes n o mais se justificam serve de est mulo a que os empregadores deixem de contratar mulheres para tais atividades e optem por homens o que pode acarretar novamente redu o do mercado de trabalho feminino e do acesso da mulher a determinadas fun es Nesse sentido j se prop s em diversos congressos e confer ncias sobre o tema a revoga o das proibi es do trabalho noturno penoso ou insalubre salvo quanto aos dois ltimos durante os per odos de gesta o e amamenta o Com tudo isso percebe se que a OIT consagrou a tese da n o discrimina o antes mesmo do Dec nio das Na es Unidas para a Mulher 1975 1985 notadamente por meio da Conven o n 100 e da j citada Conven o n 111 E de fato passou a adotar medidas no sentido de reduzir as limita es antes impostas ao trabalho feminino que como dissemos passaram mais a representar redu o do mercado de trabalho da mulher do que propriamente meios de proteg lo Nesse contexto vide o Protocolo Complementar da Conven o n 89 de 1948 que abriu v rias exce es s proibi es constantes daquele tratado que se constitu am em fontes de discrimina o contra o emprego da mulher No Brasil muitos dispositivos e normas tamb m visam a proteger a igualdade entre homens e mulheres na seara trabalhista No que tange Constitui o da R
70. condena o a indenizar a recorrida quanto aos frutos de m f pois alega que n o h prova de apropria o ind bita dos recursos e nem que da tenha emergido lucro Quanto aos honor rios advocat cios alega que n o est o atendidos os pressupostos legais para o seu deferimento Quanto indeniza o relativa ao imposto de renda alega que n o pode ser compelida a indenizar por eventuais tributos devidos a se apurar quando fixado o montante da condena o Aduz que n o descumpriu obriga o tribut ria pelo n o pagamento das verbas nas pocas devidas posto que n o havia fato gerador caracterizado nos termos do art 116 do CTN Entende que n o h direito indeniza o por dano moral pois n o h que se cogitar de responsabilidade civil do recorrente no caso presente quer pela aus ncia de ato il cito de culpa quer pela aus ncia de dano indeniz vel N o h que se falar em expedi o de of cios DRT Receita Federal e INSS tendo em vista a incorr ncia de fatos que ensejassem a presente medida O reclamado s fls 635 653 em contrarraz es entende que indevidas as horas extras e demais reflexos que o pagamento da gratifica o semestral est atrelado apura o de lucro e n o havendo a apura o indevida a gratifica o que jamais efetuou o pagamento de qualquer valor a t tulo de comiss es de agenciamento autora ou a qualquer outro funcion rio que caso mantida a condena o indeniza o por
71. condi o degradante como ainda mais que por alguma forma o trabalhador se veja impedido de deixar o servi o seja por coa o armada ou psicol gica seja por isolamento geogr fico seja por reten o de documentos seja ainda por d vida sendo certo que nenhuma destas situa es ocorria na fazendo do R u nem mesmo com rela o ZENA E EROTILDES os quais embora acostumados aquela vida tinham total liberdade para a qualquer momento de l sa rem fls 694 696 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 145 Decis es da 22 Inst ncia Em verdade o Sr Zena uma v tima das mazelas da sociedade uma vez que aos 72 anos n o possui sequer certid o de nascimento de maneira que trabalhando desde os 6 anos de idade conforme declarou MM Ju za do 1 grau nunca teve uma Carteira de Trabalho Conseguentemente laborou para o marido da Sr Cleuza Alves Fernandes por 15 anos e mais 18 anos para o r u sem ver seus contratos de trabalho regularizados o que lhe privou de uma velhice com dignidade tudo indica que possui problemas com o alcoolismo sem acesso Previd ncia Social foi deixado pela fam lia enfim de fato degradante atentadora dignidade humana a sua situa o mas n o considero razo vel tomar o r u como bode expiat rio de todas essas desgra as Importante deixar bem claro que n o se deve eximir o recorrente de suas responsabilidades como empregador n o i
72. consentimento de cada um deles e ainda assim em estabelecimento de cr dito pr ximo ao local de trabalho Em consegu ncia determinou ao requerido que passe a efetuar o pagamento dos sal rios aos seus empregados em observ ncia ao artigo 465 e ao par grafo nico do artigo 464 da CLT passando a fazer constar dos recibos de pagamento o sal rio efetivamente pago a cada empregado em valor nunca inferior ao m nimo legal Da aus ncia de equipamentos de prote o Aduz que n o se utilizava de m o de obra sem equipamento de prote o de produtos qu micos e sem curso de treinamento Afirma que n o foram levadas em conta pela MM Ju za do primeiro grau as provas produzidas s fls 141 214 226 onde restou demonstrado que os empregados do r u encontravam se habilitados para manusear produtos qu micos utilizando se de equipamento de prote o Diz que restou comprovado que n o era permitida a presen a de crian as na lavoura e que as mesmas ficavam em suas resid ncias com suas m es reportando se prova oral de fls 252 253 Sem raz o Como adrede mencionado foi verificada pela fiscaliza o do Minist rio do Trabalho em conjunto com o Minist rio P blico do Trabalho a utiliza o de produtos qu micos nos laranjais por trabalhadores de propriedades sem a utiliza o de prote o individual e sem que tivessem qualquer esp cie de treinamento pr vio Como asseverou a r decis o recorrida o recorrente deixou de apresentar
73. convalidada pelo Judici rio raz o pela qual devido o pagamento do intervalo intrajornada pela sua concess o irregular Portanto devida a hora extra acrescida do adicional de 50 cinquenta por cento n o havendo falar em natureza indenizat ria do per odo correspondente pela sonega o do intervalo e em consequ ncia pagamento apenas do adicional de 50 cinquenta por cento pois na Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 167 Decis es da 22 Inst ncia coloca o da for a de trabalho em proveito do empregador esta deve ser remunerada ou seja O pagamento da hora extra acrescida do referido adicional a fim de se evitar o locupletamento da r custa como mencionado da for a de trabalho despendida pelo empregado Finalmente quanto limita o da condena o a apenas os minutos faltantes para se completar uma hora tamb m n o merece reforma a decis o eis que o intervalo parcial n o atinge o objetivo do legislador devendo a r quitar a hora integralmente conforme disp e a Orienta o Jurisprudencial n 307 do Tribunal Superior do Trabalho Nego provimento Devolu o de descontos Sustenta a r que merece reforma a senten a que determinou a devolu o dos descontos eis que os mesmos foram devidamente realizados em virtude de faltas injustificadas e em raz o do benef cio cesta b sica vale alimenta o previsto na conven o coletiva Cumpre destacar que a empresa n o comprov
74. da OIT como sua parte integrante A Declara o de Filad lfia apoiou se em dois princ pios primeiro que fundamental que as pol ticas nacional e internacional permitam que todos os homens e mulheres busquem bem estar material e desenvolvimento espiritual em condi es de liberdade e dignidade seguran a econ mica e igualdade de oportunidades segundo que todos os esfor os nacional e internacional devem ser avaliados com base na sua aptid o para alcan ar tais objetivos A OIT assumiu a responsabilidade especial de examinar pol ticas e medidas econ micas e financeiras internacionais para garantir que pol ticas sociais passassem a constituir uma preocupa o central e o bem estar das pessoas um objetivo nuclear O conceito inicial de prote o dos trabalhadores contra os perigos das doen as acidentes e velhice foi substitu do por um ideal mais afirmativo de seguridade social para fornecer uma 5 GALENSON Walter The International Labor Organization An American View USA The University of Wisconsin Press 1981 p 4 7 6 Constitui o da OIT INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION Declara o de Filad lfia Dispon vel em lt http www ilo org ilolex english iloconst htmitannex gt Acesso em 5 jan 2009 8 GALENSON op cit p 7 MORSE David The origin and evolution of the I L O and its role in the world community USA W F Humphrey Press 1969 p 28 29 36 Revista do Tribunal Regional do Trabal
75. de Estado e a cargos como executivos empresariais ou em reas da magistratura magist rio ci ncia literatura arte economia esportes advocacia etc desfaz o mito da fragilidade da mulher de sua inferioridade intelectual de sua incapacidade para a pol tica e de concorrer em p de igualdade com o homem no mercado de trabalho Na verdade contudo o progresso vis vel das mulheres na ocupa o de espa os dentro do tecido social ainda est longe de ser o desejado em face da car ncia de oportunidades que para elas h em muitos casos e lugares Dois fatores parecem ter influ do desde os prim rdios da civiliza o para que assim fosse a circunst ncia de se basear ent o a sobreviv ncia da esp cie numa luta extremamente rdua que envolvia a busca de alimento a prote o contra agress es da natureza meio ambiente e animais e at a guerra fora a conquista dos melhores espa os de territ rios E al m disso a ideia preconcebida de que as diferen as de g nero que imp em aos seres do sexo feminino a reprodu o da esp cie muito para l do simples ato sexual seriam prova de uma inferioridade permanente e n o de simples fragiliza o tempor ria nos per odos espec ficos de gravidez e aleitamento fun es de resto indispens veis preserva o da esp cie Ora se a mulher possui menos for a f sica em m dia que o homem em contrapartida tem maior resist ncia em geral inclusive a doen as Isso porque a
76. de Nova Igua u foram obrigados a participar de passeatas do candidato M rio Marques nas comunidades onde j era exercido trabalho comunit rio foram obrigados a distribuir panfletos pol ticos nas comunidades obrigados a comparecer a showm cios que a declarante e Diego levaram todos os fatos ao conhecimento do Coordenador Geral Sr Wilson Sombra sem que nenhuma atitude fosse tomada naquele momento que na verdade ap s adotarem tais provid ncias sobreveio o desligamento definitivo da declarante do programa Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 191 Decis es da 22 Inst ncia No mesmo caminho foi o depoimento de Diego Gomes Jorge que corroborou todas as informa es antes destacadas No depoimento de fls 133 4 Emerson Ferreira do Nascimento assevera que quando entrou no programa imaginava que o perfil do mesmo era t o somente ajudar pessoas na comunidade que tivessem alguma aptid o e pudessem ensin la que ao longo do tempo foi percebendo que o nico objetivo era fazer pol tica ou seja obrigar as pessoas a estarem ligadas ao PMDB que era o partido do governo A testemunha Silvania Felipe Gomes fls 136 9 corrobora as assertivas anteriores e acrescenta que a declarante n o tem d vida que a exig ncia de participa o dos jovens em campanha pol tica uma constante em todos os lugares onde se desenvolve o projeto tratando se de orienta o que parte desde a coordena o
77. de horas extras relativas ao intervalo intrajornada eis que a sua supress o estava autorizada por instrumento normativo cl usula 212 violando pois a decis o recorrida o disposto no artigo 7 XXVI da Constitui o Federal A Carta Magna de 1988 de fato autorizou a flexibiliza o das normas de prote o ao trabalhador mediante a interven o dos sindicatos restringindo no entanto a sua atua o aos sal rios e jornada de trabalho conforme se infere do artigo 72 incisos VI e XIII Consequentemente n o pode a entidade sindical renunciar a direitos trabalhistas fora do limite tra ado pela norma constitucional Como disp e o entendimento j sedimentado no item da Orienta o Jurisprudencial n 342 da SBDI I do TST inv lida cl usula de acordo ou conven o coletiva de trabalho contemplando a supress o ou redu o do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene sa de e seguran a do trabalho garantido por norma de ordem p blica art 71 da CLT e art 72 XXII da CF 1988 infenso negocia o coletiva Entretanto o item Il da referida orienta o estabelece que Ante a natureza do servi o e em virtude das condi es especiais de trabalho a que s o submetidos estritamente os condutores e cobradores de ve culos rodovi rios empregados em empresas de transporte p blico coletivo urbano v lida cl usula de acordo ou conven o coletiva de trabalho contemplando a redu o do i
78. de trabalho por conta alheia correspondendo ao dever b sico do empregador Resgatando algo j enunciado no in cio deste texto o sal rio possui implica es que ultrapassam uma vis o meramente patrimonialista do contrato de trabalho pois significa para a imensa maioria dos trabalhadores e consequentemente para parcela majorit ria da popula o a nica fonte de renda dispon vel para a satisfa o de suas necessidades De fato para al m das implica es de sobreviv ncia material do trabalhador o sal rio o ajuda a eleger entre as diferentes formas existentes pra organizar o tempo e as atividades e lhe proporciona uma base para estabelecer formar e melhorar seus status social constituindo portanto o referencial que condiciona uma determinada qualidade de vida e a elabora o de in meros projetos pessoais N o est por demais afirmar nesse contexto que o sal rio vem a influenciar a forma o das subjetividades identit rias e a afetar em consider vel medida o livre desenvolvimento da personalidade Al m do mais se bem certo que quem privado de um patamar econ mico minimamente digno n o poder desenvolver com liberdade sua personalidade tamb m verdade que as pr prias incertezas ang stias e inquietudes geradas pela expectativa frustrada de pagamento pontual do sal rio tendem como regra por si s s e paralelamente a cercear o livre desenvolvimento da personalidade Dif cil discordar da opin
79. desde a segunda metade do s culo XX j n o cabia no positivismo jur dico a pretens o de cria o de uma ci ncia jur dica que apartasse o direito da moral e dos valores transcendentes fundada primordialmente em ju zos de fato e n o em ju zos de valor Sendo certo que o positivismo jur dico gerou como subprodutos o fetichismo da lei e o legalismo acr tico que serviram de disfarce para autoritarismos de matizes variados o constitucionalismo moderno afastando se dessas distor es promoveu a volta aos valores a reaproxima o da tica ao direito Tais valores em um dado momento materializaram se em princ pios que passaram a ter guarida constitucional expl cita ou implicitamente Nesse diapas o na trajet ria que os conduziram ao centro do sistema os princ pios conquistaram o status de norma jur dica deixando para tr s a cren a de que teriam uma dimens o puramente axiol gica sem efic cia jur dica ou aplicabilidade direta e imediata Essa constru o te rica portanto que define a doutrina p s positivista pela qual os princ pios deixam de ser t o somente valores idealizados abstratamente considerados e assumem o car ter de norma jur dica que possui aplicabilidade plena e direta e coercitividade Tal constata o de suma import ncia pois atualmente todo e qualquer conflito que surja no caso concreto pode ser dirimido sob uma tutela puramente principiol gica mormente calcada nos princ pios con
80. dias que a pr pria r admite que o autor trabalhou n o juntou a correspondente guia ministerial Ademais como bem destacado na senten a o modo pelo qual os trabalhadores deste segmento econ mico registram a dura o de suas jornadas completamente ultrapassado e obsoleto dando margem a uma vasta gama de subterf gios pass veis de serem adotados pelo empregador uma vez que basta que a empresa n o junte uma guia e alegue falta ao servi o ou compensa o por eventuais horas extras para que n o se possa aferir documentalmente a veracidade dos fatos Assim a sonega o das escalas de trabalho juntamente com as guias ministeriais e recibos de pagamento impede a verifica o da exist ncia ou n o de horas extras e seu correspondente pagamento Portanto da an lise do conjunto probat rio inclusive do depoimento do reclamante fls 277 escorreita a conclus o do julgador quanto exist ncia de trabalho extraordin rio sem o correspondente pagamento Imperioso destacar ainda que o reclamante impugnou expressamente os registros da r tendo informado na inicial fls 04 que era obrigado a assinar a sua folga semanal como se fosse folga compensat ria bem como a assinar guias em branco destacando que gozava unicamente de uma folga semanal 166 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Quanto supress o do intervalo intrajornada a reclamada aduz que indevido o pagamento
81. dio Moral airnn n aa a aa ea aaa aa aeaa aaa a aae Ri 238 2 3 Categoria Profissional Especial esssesessnssssenssssieesrnesesrissrrinssrseassrreneriresrrenssrreesse 239 2 3 1 BainC RIO isiro a a aaa a aaea aa aaao SUAS aE a aaa aei Di 239 2 3 1 1 Cargo de confian a seisissssinsssiiiinoiiisrersessiinsissasinsiniiiivassiissadindidina iaiia ii sina atinin 239 2 3 2 Sal rio Diferen a sal ri lisesi persiera inai ea aaa eS 239 2 3 2 1 Sal rio por equipara o Isonomia eessesssesseesessesesesresressreereeereerresrissressrrssressennes 239 2 3 3 Altera o da jorna dancis ieseni aaae aa aa Ea ad Cadena an Cad ecoa indiana 239 2 3 3 1 Acordo individual e ou coletivo de trabalho eesesseeessssessrrsessiressrrresrrerssrisssseeesrses 239 2 3 4 Telefonista Telegrafista ccceereeeeeeeereeaeererrreaneeerereeeneeeenereaeeeeereeaaeereners 240 2 3 4 1 Operador de telemarketing rreereeeeeeneneererere aeee eearerereenenena 240 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 263 ndices ndice de Assuntos 3 DIREITO CIVIL srssasasaesianansdangoaouaaah o nain gado nca na hnaa job EnhcangaEg ana dif Rca an ganga a a a ra aca aiaa 240 3 1 Fatos Jur dicos sseseaasssiassr essas cesaioiibaaadio Cao Ens GANA dera a CA RENO aE anda UE Ena MS cada a nd Eea aq ad 240 3 1 1 Atos Neg cio jur dico cerrreeeeeereererereeeeneeeeeeereaeereneeeenearenaeerarereneeeeneerenacera 240 3 1 1 1 Defeito nulidade ou anula o
82. do Trabalho Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o 77 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Trabalho decente valoriza o e gera o de empregos no Brasil utopia ou plausibilidade Clarisse In s de Oliveira l Introdu o A Organiza o Internacional do Trabalho OIT vem promovendo de forma universal desde o ano de 1999 o conceito de trabalho decente ainda incipiente no Brasil em face das dificuldades encontradas para a gera o de empregos mormente no per odo de crise de desemprego brasileiro no ano em que a causa foi abra ada Enquanto a OIT apregoava que a todo trabalho igual se retribu a o mesmo valor de sal rio o Brasil atravessava uma crise de gera o do trabalho em si Segundo Marcio Pochmann 2001 at agora o Brasil n o conseguiu constituir uma pol tica p blica do trabalho capaz de enfrentar adequadamente as novas bases do problema do desemprego o caso por exemplo da aus ncia de um servi o p blico nacional de aten o ao emprego De acordo com o economista o problema do desemprego deve ser tomado do ponto de vista p blico e n o privado Ele cita algumas medidas que poderiam auxiliar no combate ao desemprego em massa tais como defini o vocacional e intermedia o de m o de obra atendimento dos benef cios sociais forma o e qualifica o dos trabalhadores operacionaliza o de linhas de cr dito populares Contudo o desemprego em ma
83. do Trabalho da 1 Regi o Tese de Doutorado Assim contempladas as coisas n o de causar espanto a ningu m que nos deparemos com relativa e inaceit vel frequ ncia mais no Brasil mas tamb m em n veis nada civilizados na Espanha com a situa o em que o empres rio simplesmente deixa de pagar os sal rios de seu trabalhador e o manda embora sem quitar direito rescis rio algum situa o resumida no usual e triste bord o V buscar seus direitos na Justi a N o dif cil supor e na pr tica de fato constatar que diante de tal circunst ncia grande parte dos trabalhadores premidos pela necessidade de sustento e sabedores de que a presta o jurisdicional n o prima exatamente por sua agilidade sen o bastante pelo contr rio submetam se a acordos que lhes destinem valores inferiores aos que teriam direito a receber e inclusive assinem termos rescis rios fraudulentos para aceder com maior brevidade ao saldo da conta de FGTS e s parcelas do seguro desemprego caracterizando uma esp cie de mobbing p s contratual Conv m recordar que o prim geno e original desequil brio de for as entre trabalhadores e empres rios torna invi vel sen o na teoria assim o demonstra a pr tica a inclus o de cl usulas penais nos contratos de emprego tendentes a ampliar as garantias do trabalhador de correta cobran a da contrapresta o salarial J nos contratos civis nos quais n o se identific
84. do aviso trabalhado ou n o superior ou n o a 30 dias falta grave d a outra o direito rescis o imediata e ao pagamento das correspondentes parcelas arts 490 e 491 da CLT Passa a ser poss vel a aplica o do abandono de emprego para os avisos trabalhados superiores a 30 dias pois o obst culo estava exatamente no fato de que apenas o transcurso de mais de 30 dias consecutivos de faltas reiteradas e injustificadas daria ensejo justa causa de abandono por m o aviso s tinha 30 dias e n o mais que 30 N o se adquire estabilidade se o respectivo fato gerador foi superveniente dispensa efetuada no curso do aviso pr vio proporcional ao tempo de servi o S mula n 369 V do TST pois a den ncia do contrato teria ocorrido quando o trabalhador n o era portador de qualquer garantia de emprego ou estabilidade bom lembrar que o aviso pr vio apenas o prazo legal 5 Fiz refer ncia apenas ao aviso indenizado porque o trabalhado indiscutivelmente integra o tempo de servi o para todos os fins Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o 47 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas que flui entre a den ncia do contrato e sua efetiva extin o Como todo prazo este tamb m um evento futuro e certo cujo direito j foi adquirido direito de extin o do pacto mas os efeitos da termina o s podem ocorrer quando do final do prazo do aviso O mesmo racioc nio se aplica s suspen
85. do trabalho infantil iv elimina o de todas as formas de discrimina o em mat ria de emprego e ocupa o a promo o do emprego produtivo e de qualidade a extens o da prote o social e o fortalecimento do di logo social No Brasil o conceito de trabalho decente perpassa antes necessariamente pelo combate ao trabalho escravo existente n o somente na rea rural como tamb m na urbana encontrado ainda hoje em setores como a ind stria t xtil com a chancela de grifes de renome Vale lembrar o caso da rede de roupas Zara Em agosto de 2010 uma opera o de auditores fiscais do Minist rio do Trabalho em S o Paulo constatou que 15 pessoas incluindo uma adolescente de 14 anos trabalhavam em condi es an logas s de escravo em oficinas terceirizadas e quarteirizadas que prestavam servi os como fornecedores das lojas Passados mais de 120 anos da aboli o da escravatura no Brasil um dos mais abomin veis epis dios da Hist ria Nacional permanece vivo s ocultas da m dia e longe dos holofotes do conforto das grandes cidades Contudo os dados do Minist rio P blico do Trabalho n o deixam margens a controv rsias sobre a realidade de milhares de brasileiros reduzidos condi o an loga de escravo em pleno s culo XXI O combate ao trabalho infantil e ao tr fico explorat rio de pessoas a qualquer t tulo a isonomia entre g nero e ra a no ambiente de trabalho e o est mulo ao trabalho decente da juventude s
86. e necess rio Dispon vel em lt http www dieese org br rel rac salminMenuO9 05 xml gt Acesso em 30 nov 2011 Estudos e Pesquisas Ano Il n 14 Novembro de 2005 A mulher negra no mercado de trabalho metropolitano inser o marcada pela dupla discrimina o Dispon vel em lt http www dieese org br esp estpesq14112005 mulhernegra pdf gt Acesso em 30 nov 2011 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA Indicadores sociais municipais 2010 incid ncia de pobreza maior nos munic pios de porte m dio Dispon vel em lt http www ibge gov br home presidencia noticias noticia visualiza php id noticia 2019 amp id pagina 1 gt Acesso em 28 nov 2011 MINIST RIO DO TRABALHO E EMPREGO Agenda nacional de trabalho decente Bras lia MTE 2006 Dispon vel em lt http www oitbrasil org br info downloadfile php fileld 237 gt Acesso em 28 nov 2011 MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO Trabalho an logo ao de escravo rural no Brasil do s culo XXI novos contornos de um antigo problema Dispon vel em lt http portal mpt gov br wps wcm connect 891076004718e581a3769b7d4a4a2297f DissertawC3 A7 C3 A30 Trabalho A n C3 ALlogo ao de escravo pdf MOD AJPERES amp CACHEID 891076004718e581a769b7d4a4 a2297f gt Acesso em 30 nov 2011 ORGANIZA O INTERNACIONAL DO TRABALHO OIT Trabalho decente nas Am ricas uma agenda hemisf rica 2006 2015 Bras lia OIT 2006 Dispon vel em lt http www oitbrasil org br info d
87. elevado dito valor Mas n o t m raz o Cumpre inicialmente salientar que a empregada fora admitida no Banespa posteriormente sucedido pela empresa que recorre e o empregador original emitiu CAT 218 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia exatamente porque a empregada tornou se portadora do LER DORT veja se o documento de fl 35 de cuja emiss o n o se tem d vida O laudo pericial demonstrou que houve incapacidade para o trabalho em um per odo de seis meses aproximadamente no ano de 2002 Dessa incapacidade restou a perda de parte da capacidade para o trabalho e a necessidade de readapta o funcional conforme item E subitens 1 a 3 fl 441 Na resposta ao quesito 13 da s rie da empregadora onde se indagou da exist ncia de fator causal extra ocupacional h a seguinte resposta Se existe n o foi evidenciado no exame cl nico Os dist rbios osteomusculares t m natureza multicausal No caso da Reclamante as manifesta es cl nicas ocorridas em 2002 estavam relacionadas ao trabalho porque existiram condi es ergon micas desfavor veis nesse per odo e que foram determinantes para o desencadeamento dos sintomas de compress o distal dos nervos medianos conforme fundamentado no Laudo Pericial fl 447 O laudo portanto conclusivo tanto em evidenciar o dano sofrimento em raz o da incapacidade total por um per odo tendo por consequ ncia a parcial per
88. em evid ncia n o para se perpetrar tratamento discriminat rio mas pelo contr rio para que a justi a possa ser promovida seguindo essa premissa que falamos em igualdade material que prega um tratamento igual para com os casos iguais por m desigual para com os casos desiguais na medida em que se desigualam Cl ssico nesse sentido o discurso de Ruy Barbosa Ora o aos mo os no qual o jurista exp s essa m xima sendo por muitos considerado o seu precursor muito embora o preceito da igualdade material j pudesse ser encontrado s culos e s culos atr s em Arist teles Ou seja todos n s como sujeitos de direito temos a prerrogativa de ser tratados isonomicamente Contudo para que tal tratamento seja eficaz e justo faz se mister observarmos as potencialidades e limita es de cada um de modo a promover os devidos regramentos e adapta es que viabilizar o o acesso de todos s mesmas oportunidades Ao final desse processo estar se aplicando o princ pio da igualdade em sua plenitude Nesse sentido com muita propriedade a professora Luciana Caplan diz que a igualdade material n o uma redu o dos seres humanos a uma condi o id ntica mas a garantia concreta de condi es id nticas de viver suas diferen as Com efeito Jos Afonso da Silva ressalta como devemos interpretar luz dos preceitos constitucionais o princ pio da igualdade Para ele indissoci vel uma interpreta o que pe
89. em reclama o trabalhista sendo o da reclamante quanto aos demais temas negar provimento ao da empregada e dar parcial provimento ao da empregadora para limitar a jornada cumprida de segunda a sexta das 09 s 19h para que se aplique o divisor de 180 cento e oitenta e que as horas extras sejam apuradas com o adicional de 50 cinquenta por cento para excluir da condena o o pagamento de a multas normativas b frutos percebidos de m f c indeniza o de despesas com honor rios advocat cios e d indeniza o relativa ao imposto de renda nos termos do voto do Juiz Relator E embora tenha havido a redu o da condena o o valor estimado ainda se afigura adequado ao que remanesce ficando mantido Rio de Janeiro 3 de maio de 2010 Juiz do Trabalho Bruno Losada Albuquerque Lopes Relator Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 223 S MULAS S mulas S MULA N 1 Cooperativa Fraude V nculo de emprego Responsabilidade subsidi ria da administra o p blica Quando arregimenta de forma fraudulenta associados para prestar servi os a terceiros a cooperativa distancia se de seu escopo transmutando a rela o jur dica mantida com o pseudocooperado em aut ntico contrato de emprego implicando a responsabilidade subsidi ria da Administra o P blica benefici ria direta pela presta o laboral do trabalhador ainda que a contrata o haja ocorrido com base na Lei de Licita es S MU
90. entanto a testemunha relatou que a retrata o do acusado ocorreu em sua sala de trabalho e n o em p blico durante o treinamento fl 35 No Brasil para quantificar se a compensa o do dano moral adota se o sistema aberto em que o juiz tem a liberdade para fixar o quantum O julgador deve levar em conta o duplo car ter da indeniza o o satisfativo porque visa a compensar o sofrimento da v tima e o punitivo objetivando desestimular a pr tica de atos lesivos honra personalidade privacidade e imagem das pessoas Pesando essas circunst ncias descritas acima bem como a jurisprud ncia desta Turma para processos cong neres considero razo vel o valor fixado pelo MM Ju zo a quo em R 6 000 00 fl 39 3 par grafo Nego provimento Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 179 Decis es da 22 Inst ncia CONCLUS O Pelo exposto conhe o do recurso ordin rio e no m rito nego lhe provimento ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o por unanimidade conhecer do recurso ordin rio e no m rito por maioria negar lhe provimento nos termos da fundamenta o supra Rio de Janeiro 22 de junho de 2011 Desembargador Federal do Trabalho Jorge Fernando Gon alves da Fonte Relator 180 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Recurso Ordin rio 0120200 22 2008 5 01 0028 Titula
91. entre Erotildes e o r u declarou incidentalmente que o r u reduz seus empregados condi o an loga de escravos Ora tal condi o foi reconhecida apenas com rela o a Zena donde inapropriado o plural utilizado na senten a Tal fato parece irrelevante em princ pio mas traz consequ ncias dr sticas ao empregador porquanto al m da condena o a t tulo de danos morais coletivos a caracteriza o de trabalho escravo importa na desapropria o da propriedade daquele que mant m trabalhadores em tais condi es sem embargo das implica es na esfera penal Assim mister se perquirir se de fato pode ser caracterizada a ocorr ncia de trabalho escravo em rela o ao empregado Zena A Revista do Minist rio P blico do Trabalho n 26 publicada em setembro de 2003 foi inteiramente dedicada ao Trabalho Escravo e as quest es ali abordadas servir o de norte para a an lise da presente demanda Pois bem Entre os textos produzidos naquela edi o avulta o parecer do Procurador do Trabalho da 12 Regi o Dr Marcelo Jos Fernandes da Silva A fls 83 o autor define o crime de redu o condi o an loga de escravo como sendo crime contra a liberdade individual provocando cerceamento liberdade de ir e vir e estado de sujei o mediante qualquer meio fraudulento de amea a ou violento J o Procurador Regional do Trabalho da 242 Regi o Dr Luiz Ant nio Camargo de Melo em texto tamb m publicado na
92. es efetuadas pelos fiscais do trabalho ser cab vel a autua o em uma segunda visita No mesmo rumo em rela o ao trabalho infantojuvenil art stico caso n o haja observ ncia da idade m nima legal 16 anos salvo na condi o de aprendiz aos 14 anos com fulcro na Emenda Constitucional n 20 de 15 de dezembro de 1998 que alterou o art 72 XXXIII da CF ou autoriza o judicial ou ainda ocorra preju zo escolar ou sua forma o moral artigos 405 e 406 da CLT caber ao auditor fiscal do trabalho fiscalizar orientar e aplicar multas se necess rio O artigo 83 V da Lei Complementar n 75 de 20 de maio de 1993 tamb m atribuiu compet ncia ao Minist rio P blico do Trabalho MPT por meio dos procuradores do trabalho para o ajuizamento de a o civil p blica se esgotadas todas as formas amig veis de solu o do problema do trabalho infantil Na maioria dos casos o trabalho infantil prejudica a escola sendo o seu fato gerador a pobreza que traz consigo a necessidade premente de se cuidar da sobreviv ncia e que pressiona crian as e adolescentes a trabalharem Ocorre a invers o cruel a escola tem de se adaptar ao trabalho Quando n o acontece o pior isto quando o mundo da escola e do trabalho n o gera oposi o Justificativas diversas s o utilizadas a favor do trabalho de menores melhora da situa o econ mica familiar educa o para a vida adulta forma o profissional e a concep o de
93. evento reuniu cerca de 500 participantes entre magistrados procuradores autoridades do Poder Executivo e do Legislativo advogados e estudantes para discutir as altera es feitas na Lei 9 615 98 Lei Pel 26 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Institucional Galeria de Fotos O TRT RJ inaugura em 7 10 2011 mais um posto de atendimento na capital o Protocolo da Justi a do Trabalho no pr dio anexo ao Foro da Rua do Lavradio O desembargador Carlos Alberto Araujo Drummond vice presidente corta a fita do novo espa o o o h 3 e gt E O O w 4 ci C D E D v 5 o o E q q q q lt O Protocolo da Justi a do Trabalho permite a devolu o de processos em um nico local evitando que advogados tenham de se locomover aos protocolos das 82 Varas do Trabalho da capital Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 27 Institucional Galeria de Fotos e 0 O 2 3 E e O v o E O F rum Gest o Judici ria A Justi a do Trabalho no Estado do Rio de Janeiro reuniu desembargadores e ju zes do TRT RJ no pr dio sede para debater 176 proposi es formuladas pelos magistrados O evento foi realizado de 21 a 25 11 2012 com vistas implanta o de novas rotinas processuais para uniformizar os procedimentos agilizando a presta o jurisdicional Compuseram a mesa de abertura os desembargadores Alexandre Teixeira de Freit
94. fazer propaganda positiva do Governo do Estado do Rio de Janeiro e do PMDB inclusive com a possibilidade de promessas de cestas b sicas que Wilson Sombra tamb m participou desta reuni o que a abordagem das pessoas nas comunidades baseava se na premissa de que se voc fecha com a gente a gente fecha com voc significando que se o voto for dado a candidatos do partido o cidad o ter assegurada a participa o em uma s rie de programas assistenciais do Governo tais como cheque cidad o cesta b sica e campanha do leite que o monitor Edson Eduardo Soares pedia a cada agente a import ncia de R 10 00 dez reais para fazer caixa para o Programa que Edson inclusive chegava a amea ar com o desligamento do agente comunit rio do Programa caso este n o fornecesse a quantia referida que o monitor Edson tinha poderes para incluir e excluir jovens do projeto que durante o ano de 2004 a declarante e outros agentes receberam a ordem de participar ativamente da campanha do candidato M rio Marques ainda que para isso fosse necess rio paralisar as oficinas que as oficinas foram de fato paralisadas para que os agentes comunit rios ficassem imersos na campanha o que ocorreu com mais nfase a partir de setembro de 2004 que esta ordem partiu do coordenador geral Wilson Sombra que tamb m neste epis dio havia amea a clara de desligamento daqueles que n o se envolvessem na campanha que os jovens
95. havia engordado Ainda que desnecess ria a tipifica o penal porquanto processo trabalhista restou clara a ascend ncia do Sr Geraldo Magela inerente ao exerc cio do emprego da reclamante O cargo exercido serviu como instrumento para ca ar suas v timas express o utilizada pelo juiz George Karra da Corte do distrito de Tel Aviv em senten a condenat ria do ex presidente israelense Moshe Katsav site BBC not cias 22 03 2011 Evidente o dano moral sofrido pela reclamante Ensina Eduardo S crates Castanheira Sarmento Desembargador do Tribunal de Justi a do Estado do Rio de Janeiro in A Indeniza o por Dano Moral e o Imposto de Renda Revista do Tribunal de Justi a do Estado do Rio de Janeiro que o dano moral tem uma gama variada de conceitua o Entre elas a citada por Yussef Cahali para quem poss vel distinguir se no mbito dos danos a categoria dos danos patrimoniais de um lado dos chamados danos morais de outro respectivamente o verdadeiro e pr prio preju zo econ mico e o sofrimento ps quico ou moral as dores etc J o jurista franc s Savatier nos legou uma no o de dano moral cl ssica observando que o dano moral como qualquer sofrimento humano que n o causado por uma perda pecuni ria e abrange todo atentado reputa o da v tima sua autoridade leg tima ao seu pudor sua seguran a e tranquilidade ao seu amor pr prio est tico integridade de
96. import ncia que atualmente se atribui aos princ pios sobretudo os constitucionais na tutela de direitos fundamentais O P s Positivismo por mais que n o esteja imune a cr ticas dimensiona de um modo diferente o agir principiol gico transformando princ pios em normas jur dicas de aplicabilidade imediata aptas a solucionarem por si s o caso concreto Tais considera es iniciais se revelaram necess rias para situarmos a import ncia da quest o da igualdade entre homens e mulheres luz do princ pio da isonomia pois hoje este n o estabelece apenas um dever ser mas tamb m o ser o agir conforme suas premissas b sicas assegurando tratamento ison mico de homens e mulheres no acesso ao mercado de trabalho e na realiza o de suas fun es Nesse diapas o num segundo momento expusemos as facetas que poderia assumir o princ pio da igualdade analisando o pelo prisma da igualdade formal e material bem como estabelecemos distin es conceituais entre ele e o princ pio de n o discrimina o que para parte da doutrina trabalhista tem uma abordagem mais direta s causas laborais Apesar disso mantivemos a nossa cren a de que o ponto em quest o a igualdade entre homens e mulheres n o se restringe nega o de pr ticas discriminat rias mas visa sim a assegurar igualdade de condi es entre os g neros Assume por conseguinte car ter n o apenas negativo n o discriminar como tamb m positivo verificar
97. investiga o que a sua dignidade pessoal sofrer uma vulnera o que n o pode nem deve ser desconsiderada em termos jur dicos Cumpre ressaltar no entanto que a considera o jur dica que aqui preconizamos n o deve ser entendida como mera apologia elabora o de leis dirigidas a robustecer as san es legais concernentes aos inadimplementos salariais de maior transcend ncia ainda que a nosso ju zo seja recomend vel que tal suceda Em realidade manifestamos nossa convic o de que as san es compensat rias expressamente articuladas na legisla o pelo menos no caso espanhol e brasileiro que conhecemos mais de perto com a proposi o espec fica de apenar o devedor de sal rios s o de pouca expressividade em termos compensat rios e possuem diminuta carga coercitiva como m nimo abaixo do desej vel mormente em rela o aos inadimplentes que deliberada e injustificadamente descumprem a principal de suas obriga es nesta ltima hip tese frequentemente com prop sitos subjacentes 4 Mais adiante avan aremos algo na descri o do que entendemos por bem estar Por ora vale transcrever a advert ncia de Ortega y Gasset no sentido de que o bem estar e n o o estar a necessidade fundamental para o homem a necessidade das necessidades apud VALLE VILLAR Jose Manuel del La protecci n legal de la suficiencia del salario Madri Dykinson Editorial 2002 p 35 98 Revista do Tribunal Regional
98. irregularidade perpetrada enquanto se manteve o contrato de trabalho quando o reclamado pagava 244 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Ement rio reclamante sal rio inferior quele a que a trabalhadora teria direito por sua equipara o aos paradigmas A reclamante n o necessitaria pleitear fosse promovido o c mputo das diferen as salariais na base de c lculo das horas extras simplesmente porque isso decorreria da lei e a lei por presun o de todos conhecida art 3 da Lei de Introdu o ao C digo Civil Assim que o art 59 8 1 da CLT e o art 72 inciso XVI da Constitui o da Rep blica expressamente prescrevem que a remunera o da hora suplementar ou a remunera o do servi o extraordin rio seja feita com percentuais de acr scimo que recaiam sobre o valor da hora normal E a hora normal de trabalho da reclamante seria calculada sobre o sal rio devido pela equipara o aos paradigmas TRT 1 82 Turma Rel Roque Lucarelli Dattoli 0236600 16 1989 5 01 0019 22 8 2011 3 3 2 1 Reajuste salarial 49 Diferen as de complementa o de aposentadoria Superposi o de n veis por meio de acordo coletivo aos empregados em atividade Extens o aos aposentados A superposi o de n veis salariais a todos os empregados de forma gen rica e sem qualquer crit rio demonstra que na verdade a promo o constante da norma coletiva
99. j no ato da fiscaliza o procedeu aos registros de todos os seus empregados e no retorno dos fiscais esses foram informados que o pagamento da segunda quinzena de outubro j havia sido realizado em esp cie Com rela o indisponibilidade provis ria dos bens mantenho a decis o a quo para a garantia da plena efetividade das medidas determinadas pela MM Ju za do 1 grau Pelo exposto conhe o do recurso rejeito as preliminares e no m rito dou provimento parcial ao apelo a fim de excluir da decis o a declara o incidental de que o r u reduz seus empregados condi o an loga de escravos bem como a determina o de of cio ao Incra para provid ncias cab veis relacionadas pr tica de trabalho escravo e reduzo a condena o ao pagamento de indeniza o por danos morais coletivos para o valor de R 100 000 00 cem mil reais em favor do FAT mantidas as demais comina es contidas no r julgado de 1 grau nos termos da fundamenta o supra Reduzo por conseguinte o valor da condena o para R 100 000 00 com custas pelo r u de R 2 000 00 dois mil reais nos termos da Instru o Normativa n 03 93 do C TST 146 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia ACORDAM os componentes da E S tima Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o por unanimidade rejeitar as preliminares e no m rito dar parcial provimento ao apelo a fim de retirar da de
100. linguagem econ mica viabilizando sua r pida incorpora o aos processos 5 Trabalho saud vel aquele em que os trabalhadores e os gestores da organiza o colaboram na aplica o de um processo de melhoria cont nua para proteger e promover a sa de a seguran a e o bem estar de todos os trabalhadores e a sustentabilidade do local lugar de trabalho tendo em conta as seguintes considera es estabelecidas de acordo com necessidades previamente determinadas preocupa es olhares interesses valores de sa de e seguran a no ambiente f sico de trabalho preocupa es olhares interesses valores de sa de e seguran a e bem estar no ambiente psicossocial do trabalho incluindo a organiza o do trabalho e a cultura do laboral recursos de sa de pessoal no lugar de trabalho maneiras de participar na comunidade para melhorar a sa de dos trabalhadores suas fam lias e outros membros da comunidade OMS 2010 Dispon vel em lt http www who int occupational health ambientes de trabalho pdf gt Acesso em 26 abr 2012 90 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas de an lise e decis o cotidianamente adotados por consumidores empresas governos e demais atores sociais Nesse contexto o desafio central da economia verde utilizar o poder da economia para dar for a s propostas de sustentabilidade com justi a social e prote o ambiental Para i
101. luz do marco jur dico positivo e n o de uma abstrata considera o da causa contratual e seu influxo na contrapresta o salarial dado o fato de que o contrato de trabalho confirma a idoneidade das rela es contratuais como vias de tutela e promo o da pessoa na sociedade atual contexto no qual se torna intelig vel que a compreens o do sal rio n o seja poss vel unicamente sob sua observa o como contrapresta o por um trabalho realizado preciso realiz la no marco mais amplo da rela o contratual caracterizada pelas notas tipol gicas da depend ncia e da alteridade em que inserida FERN NDEZ VILES Jos Antonio Configuraci n jur dica del salario Granada Editorial Comares 2001 p 157 153 154 171 passim 33 Para ficar com um exemplo ilustrativo de tal situa o vale apontar o inequ voco reconhecimento pela doutrina e jurisprud ncia quanto ocorr ncia de danos extrapatrimoniais em deriva o ao descumprimento ou cumprimento defeituoso nos contratos de viagem combinados nos quais a presta o principal est orientada a proporcionar bem estar prazer ou tranquilidade ao credor em suma satisfa es de car ter imaterial SOL FELIU Josep El da o moral por infracci n contractual principios modelos y derecho espa ol Revista para el An lisis del Derecho InDret Barcelona fev 2009 Dispon vel em lt http www indret com pdf 607 es pdf gt Acesso em 24 fevereiro 2010 108 R
102. manifesta o art stica infantojuvenil remunerada deve ser protegida pelo ordenamento jur dico diante dos princ pios constitucionais da prote o integral da crian a e do adolescente nos termos do art 227 da Constitui o Federal de 1988 Acontece que o dia a dia art stico tem remunerado crian as e adolescentes em diferentes modalidades de trabalho e com variadas formas de contrata o tais como contrato de trabalho contrato de agenciamento e contrato de presta o de servi o Nesse sentido ocorre a necessidade de harmonizar a proibi o geral do trabalho infantil art stico com a permiss o 5 NOCCHI Andrea Saint Pastous VELLOSO Gabriel Napole o FAVA Marcos Neves Crian a Adolescente Trabalho S o Paulo LTr 2010 p 389 76 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas excepcional e protegida individual e autorizada com a fixa o de par metros protetivos de atividades permitidas e de condi es de trabalho A atua o do trabalho infantojuvenil na m dia televisiva como em novelas e filmes constitui uma rela o de trabalho ou de emprego que deve ser regulada pela CLT Resta analisarmos se a autoriza o judicial para o trabalho art stico da compet ncia do juiz da Vara da Inf ncia e Juventude Justi a Estadual ou do juiz do trabalho Justi a Federal De fato a Justi a Estadual possui maior aparelhamento para efetivar a Doutrina da
103. na apura o do valor da hora normal se deva apenas levar em conta o ordenado O valor da hora normal corresponde soma de todas as parcelas de natureza salarial e divis o do resultado por 180 cento e oitenta o que corretamente se determinou A repercuss o de horas extras em RSR atenta ao conte do do art 72 al nea a da Lei 605 49 e ao pac fico entendimento expresso na S mula de n 172 do C TST Chega a ser curioso ver um banco se queixando tratando como odioso de um suposto efeito cascata justamente aqueles que cansam de aplicar o anatocismo De toda sorte sendo os repousos parte da remunera o do empregado evidente que eles devem ser inclu dos nos c lculos de f rias com o ter o 13 sal rios FGTS e a licen a pr mio 220 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia N o se pode indicar como fonte legal de direito o entendimento de precedentes normativos quando estes n o s o incorporados s normas coletivas Menos ainda se a fonte desse precedente outro TRT situado em outro ente federativo sujeito outra realidade N o h fonte legal a permitir a condena o do banco ao pagamento de horas extras com o adicional de 100 cem por cento quando houve o excesso de duas horas extras Nego provimento ao recurso da empregada e dou parcial provimento ao recurso da empregadora para limitar a jornada de segunda a sexta das 09 s 19h para que se apliqu
104. natureza dotou a mulher de maiores defesas justamente em face de sua condi o de matriz Mas nem por esse motivo foi o papel da mulher em rela o ao grupo menor que o do homem mesmo em tempos remotos Menos ainda hoje quando as m quinas obedecem a um simples toque S um atraso milenar pode explicar que at o presente momento ainda se criem empecilhos ocupa o pela mulher de cargos de mando de dire o de decis o como ainda ocorre na sia na Am rica Latina na frica e at em pa ses da Europa e da Am rica do Norte Basta ver que mesmo nos nossos dias a lei g lica impede que a sucess o na Espanha leve ao trono uma rainha tamb m lament vel que se confunda diferen a com inferioridade em tempos de mundializa o decantada que traz consigo o conv vio com a multiplicidade do ser humano que pessoas em situa es diferentes n o se podem comparar e escalonar em termos de valor e n o devem pois se sobrepor umas s outras mas serem somadas E como n o h crian a sem pai os encargos com os filhos h o de ser orgulhosamente divididos partilhados Muitas legisla es das mais progressistas j contemplam solu es criativas para isso sobretudo com rela o s licen as para encargos com os filhos de tenra idade Fala se aqui principalmente dos pa ses do norte europeu a merecerem nossa an lise no trato da mat ria Como se observa vai sendo ultrapassado o est gio em que eram privativas exclu
105. o Decis es da 22 Inst ncia Paz trabalhavam nas ruas entregando panfletos com propaganda pol tica do candidato Daniel No ICP 1 199 05 instaurado pelo Minist rio P blico do Estado do Rio de Janeiro para esmiu ar os fatos tamb m foi de fato confirmada a fraude como se depreende das provas nele produzidas O depoimento da testemunha Cristina Santos da Silva fls 100 7 elucidativo que a partir de fevereiro de 2004 come aram os desvirtuamentos do Programa Jovens pela Paz que foram formados grupos para realizar articula o pol tica que estes grupos eram compostos por monitores supervisores e coordenadores de rea todos ligados ao Projeto Jovens pela Paz que o monitor obrigava os agentes a se filiarem Juventude do PMDB que o monitor dizia que isso se dava em virtude de determina o do Coordenador Geral Wilson Sombra que a presidente da Juventude do PMDB era Clarissa Matheus filha da Governadora Rosinha Que Clarissa Matheus ministrava palestras para os coordenadores de reas que Clarissa nessa palestra tentou conscientizar os monitores e os agentes da necessidade de fazer propaganda positiva acerca do Governo do Estado do Rio de Janeiro que Clarissa n o era membro do Programa Jovens pela Paz que na reuni o que a declarante participou com Clarissa esta doutrinou os monitores e agentes dizendo que estes deveriam adentrar as comunidades fazendo reuni o com os pais dos alunos de modo a
106. o Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Ao contr rio do que afirma a recorrente a pr tica il cita de obrigar seus empregados a ajuizarem a es trabalhistas ou a ingressarem na Comiss o de Concilia o Pr via como nica forma de receber seus haveres resilit rios restou sobejamente comprovada pelos documentos de fls 40 78 N o bastasse isso a testemunha arrolada pela pr pria r confirmou em depoimento que se encontra transcrito s fls 281 que a maioria dos acordos firmados perante as Comiss es de Concilia o Pr via envolvia apenas o pagamento de verbas rescis rias e horas extras Tal conduta inaceit vel e n o pode ser tolerada Portanto nada a prover Recurso do Minist rio P blico do Trabalho Sustenta o Minist rio P blico que restou provado nos autos que a reclamada age fraudulentamente ao impor a seus empregados o ajuizamento de a es trabalhistas como nica forma de receber as verbas resilit rias valendo se da Comiss o de Concilia o Pr via como rg o homologador do termo de Rescis o do Contrato de Trabalho TRCT Requer o recorrente que a multa aplicada reclamada pelo Ju zo a quo seja majorada para R 300 000 00 em raz o da gravidade das irregularidades cometidas Aduz ainda ser devida a condena o da empresa reclamada por litig ncia de m f em face dos incidentes infundados criados no processo e embargos declarat rios procrastinat
107. o Direito Processual Civil e do Trabalho Forma o Suspens o e Extin o do Processo Legitimidade para a Causa Legitimidade para Propositura de A o Civil P blica Palavras chave a o civil p blica pressupostos processuais fiscaliza o empresa Turma 72 Relator Desembargador Federal do Trabalho Evandro Pereira Valad o Lopes Data de julgamento 28 4 2010 Publica o 14 5 2010 A o Civil P blica Cabimento Irregularidades configuradas O Relat rio de Fiscaliza o emitido pelo auditor do trabalho registra o flagrante desrespeito legisla o trabalhista corroborado pela documenta o carreada aos autos somada aos termos da defesa que n o deixa margem de d vida quanto efetiva ocorr ncia de pr ticas irregulares na empresa demandada Vistos estes autos de Recurso Ordin rio em que figura como recorrente Nova Barra Estacionamentos e Garagens Ltda EPP e como recorrido Minist rio P blico do Trabalho RELAT RIO Recorre ordinariamente a parte r s fls 282 288 da r senten a de fls 263 265 integrada pela decis o de fl 280 da lavra do Juiz Paulo Rog rio dos Santos da MM 282 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro que jugou procedentes as pretens es do Minist rio P blico do Trabalho em face de Nova Barra Estacionamentos e Garagens Ltda para deferir os pedidos das letras a at e tanto em car ter liminar como definitivo que dever o ser cumpridos pela recla
108. o sendo respeitadas isto se foram adotadas medidas no plano nacional legais ou de outra natureza a fim de atender aos requisitos das Conven es ratificadas Existe um Comit de Peritos que avalia os relat rios apresentados com essa finalidade e submete as suas conclus es Confer ncia Geral da OIT No entanto o que eu quero real ar aqui s o os esfor os que a OIT tem envidado para implementar os direitos humanos fundamentais no trabalho a par do seu tradicional mecanismo de controle Um passo concreto nessa dire o resultou do Encontro Mundial sobre Desenvolvimento Social World Summit on Social Development realizado em Copenhague em mar o de 1995 quando todos os pa ses foram conclamados a ratificar e implementar as Conven es da OIT sobre direitos humanos fundamentais no contexto da rela o entre com rcio internacional e direitos humanos Como resultado disso em 1998 a OIT lan ou a sua Declara o de Princ pios e Direitos Fundamentais no Trabalho Declaration on Fundamental Principles and Rights at Work com o objetivo de tornar realidade em todo o mundo a observ ncia do que tem sido chamado de normas trabalhistas nucleares core labor standards quais sejam liberdade de associa o e negocia o coletiva Conven es 87 e 98 trabalho for ado Conven es 29 e 105 discrimina o Conven es 100 e 111 e trabalho infantil Conven es 138 e 182 um esfor o para assegurar que esses direitos hu
109. o caracteriza litig ncia de m f a utiliza o de recursos previstos na legisla o processual para atacar decis es contr rias parte Invi vel pois a condena o ora pleiteada Nego provimento Pelo exposto conhe o do recurso e no m rito nego lhe provimento nos termos da fundamenta o supra 152 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia ACORDAM os Desembargadores que comp em a Oitava Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o por unanimidade negar provimento ao recurso Rio de Janeiro 24 de maio de 2011 Desembargadora Federal do Trabalho Ana Maria Moraes Relatora Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 153 Decis es da 22 Inst ncia Recurso Ordin rio 0076800 05 2005 5 01 0014 Titula o Direito Processual Civil e do Trabalho Forma o Suspens o e Extin o do Processo Legitimidade para a Causa Legitimidade para Propositura de A o Civil P blica Palavras chave a o civil p blica direitos coletivos legitimidade obriga o de fazer Turma 12 Relator Desembargador Federal do Trabalho Jos Nascimento Araujo Netto Data de julgamento 19 10 2010 Publica o 30 11 2010 Minist rio P blico do Trabalho Legitimidade para postular mediante A o Civil P blica o cumprimento de obriga es de fazer e n o fazer em favor de uma coletividade de trabalhadores ligados por rela o jur dica co
110. o desafios que o Brasil enfrenta para a ado o das diretrizes propostas pela OIT com vistas a implementar o conceito de trabalho decente A criminaliza o dos respons veis pela explora o est prevista no C digo Penal Brasileiro em seu artigo 149 reduzir algu m condi o an loga de escravo pena de reclus o de dois a oito anos e tamb m nos artigos 203 e 207 que tratam dos crimes contra a organiza o do trabalho Paralelamente esfera penal s o cab veis as indeniza es trabalhistas a que teriam direito os trabalhadores resgatados Os denominados gatos ou aliciadores de m o de obra trazida de outras regi es para trabalhar em condi es an logas s de escravo tamb m ser o punidos luz da Lei 9 777 de 29 de dezembro de 1998 com pena de deten o de um a tr s anos e multa aumentada de um sexto se a v tima for menor de 18 anos idosa gestante ind gena ou portadora de defici ncia A fun o social da propriedade prevista no art 170 inciso Ill da Constitui o Federal que possui como objetivo ltimo a preval ncia do interesse coletivo em detrimento do individual pode ser o fundamento da desapropria o da propriedade pelo Instituto Nacional de Coloniza o e Reforma Agr ria Incra com fulcro na Portaria n 101 de 12 de janeiro de 1996 do Minist rio do Trabalho e Emprego MTE na Lei n 8 629 de 25 de fevereiro de 1993 e na Lei Complementar n 76 de 6 de julho de 1993 Entretanto a c
111. o judicial e o n o menos brilhante professor Raimundo Sim o de Melo em sua obra A A o Civil P blica na Justi a do Trabalho tece considera o similar esclarecendo que a pretens o nas a es civis p blicas que visam a tutelar direitos individuais homog neos uma obriga o de pagar ou seja o que se busca em ju zo uma indeniza o concreta a favor dos titulares individuais dos direitos violados enquanto nas a es civis p blicas que tutelam direitos difusos e coletivos a pretens o uma obriga o de fazer ou n o fazer cumulada conforme o caso com uma indeniza o de car ter gen rico que n o pode ser efetivada individualmente pelos trabalhadores lesados com efeito geral para todos os supostos prejudicados Os pedidos s o para b a condena o do Estado do Rio de Janeiro no pagamento de indeniza o por dano moral coletivo no valor de R 1 000 000 00 hum milh o de reais revers vel ao Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT e c a condena o do Estado do Rio de Janeiro a cumprir a obriga o de n o fazer consistente em n o praticar atos de ass dio moral nas rela es de trabalho nas quais figurar como tomador direto ou indireto dos servi os prestados fixando se multa de R 10 000 00 dez mil reais por cada ato de ass dio moral que venha a ser comprovado revers vel ao Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT Esses pleitos visam a tutelar interesses de toda a colet
112. o perderam A dor a saudade a tristeza ang stia n o t m pre o O julgador segue algum crit rio como a gravidade do dano o porte econ mico dos culpados o sal rio da v tima e outras circunst ncias que o levem a estabelecer um valor que seja razo vel para a causa A minora o do sofrimento imposto pelo dano capaz de pedagogicamente servir de li o para o causador de modo que dali por diante se acure na preven o da integridade f sica de seus empregados O valor fixado R 150 000 00 foi criterioso e adequado considerando a gravidade do evento que levou morte o esposo e pai dos reclamantes e a intensidade da culpa dos r us que sabendo da utiliza o inadequada de ve culo deixaram que o reclamante fosse cumprir ordem de servi o em rede de m dia tens o com caminh o adequado apenas para servi o em baixa tens o N o se vislumbra qualquer motivo para que se aplique outro crit rio Correta a senten a TRT 1 22 Turma Rel Leydir Kling Lago Alves da Cruz 0007100 51 2006 5 01 0225 18 10 2011 4 2 4 Plano de demiss o incentivada volunt ria 4 2 4 1 Indeniza o 94 Recurso ordin rio Companhia Estadual de Habita o do Rio de Janeiro Cehab Plano de incentivo ao desligamento volunt rio Inexist ncia de prova de v cio no ato de ades o ou de ato discriminat rio No que tange ades o ao plano de desligamento volunt rio n o restou demonstrada a exist ncia de qualquer v cio a infirmar a valida
113. para subsist ncia 5 prote o do trabalhador contra acidentes e doen as profissionais 6 prote o de crian as jovens e mulheres 7 prote o para idosos e acidentados 8 prote o dos interesses dos trabalhadores imigrantes 9 igualdade de sal rio para trabalho de igual valor 10 prote o da liberdade de associa o 11 organiza o de educa o t cnica e vocacional Esses objetivos constitucionais foram ampliados pelo documento adotado em 1944 pela Confer ncia de Filad lfia Entre as metas ent o adicionadas estavam estas 1 pleno emprego e melhora do padr o de vida 2 previs o para migra o e treinamento de modo que os trabalhadores pudessem p r em pr tica todas as suas habilidades 3 efetivo reconhecimento do direito de negocia o coletiva e coopera o para o aumento da efici ncia 4 extens o do seguro social para fornecer uma renda b sica e cuidados m dicos 5 fornecimento de nutri o moradia lazer e cultura adequados 6 igualdade de oportunidades educacionais e vocacionais A amplia o dos objetivos da OIT coincide com o que tem sido chamado de sua hist ria moderna iniciada com a Confer ncia de Filad lfia de 20 de abril a 12 de maio de 1944 cujo prop sito foi o de definir o papel futuro da Organiza o e fazer recomenda es para as pol ticas sociais do p s guerra Os resultados dessa Confer ncia foram corporificados na denominada Declara o de Filad lfia apensada Constitui o
114. personalidade no mundo externo V Sucinta Conclus o Longe de banalizar o conte do dos direitos fundamentais em concreto o da dignidade humana ou do instituto do dano extrapatrimonial a vincula o entre d bitos salariais e vulnera o da dignidade humana est no compasso de um projeto civilizat rio que reconhece na valoriza o dos bens da personalidade humana seu eixo central Para al m da incerteza e da ang stia que quase inapelavelmente costumam sopesar sobre o trabalhador que se v privado da nica fonte de renda de sustento e que assim sofre todas as consequ ncias da derivadas que no seio de uma sociedade capitalista terminam por desaguar em significativas limita es liberdade de escolhas entendemos que o descumprimento contratual em quest o encerra dano extrapatrimonial com inequ voca transcend ncia jur dica que n o se confunde de modo algum com um simples inconveniente ou enfado Configura se verdadeiro dano existencial cuja repara o tem o car ter compensat rio para a v tima e dissuas rio para o respons vel pelo ileg timo atentado dignidade alheia Conclu mos o presente texto com a seguinte advert ncia que leva emparelhada uma orienta o propositiva que nos parece t o singela quanto verdadeira A condi o humana deve ser levada em considera o de forma priorit ria sem ignorar que o desenvolvimento e aperfei oamento do ser humano deve ser o objetivo final da pol
115. perversa dirigida por qualquer meio a um ou mais trabalhadores isoladamente ou em grupo com o fim espec fico de segreg los e de consumi los f sica emocional ou psicologicamente a ponto de destru los fragiliz los ou constrang los a ceder a interesses lascivos ou de outra ndole qualquer ou simplesmente faz los desinteressar se do emprego demitir se ou cometer falta grave que permita a sua dispensa motivada O ass dio moral constitui abuso do direito de dirigir o contrato de trabalho e configura ato il cito que fere a dignidade do trabalhador degrada o meio ambiente de trabalho constitucionalmente assegurado deixa sequela psicof sica e causa dano moral repar vel TRT 1 72 Turma Rel Jos Geraldo da Fonseca 0139300 44 2008 5 01 0001 19 7 2011 14 Ass dio moral Les o ao patrim nio imaterial Indeniza o devida Configuram ass dio moral ou mobbing todos os atos e comportamentos provindos do patr o gerente ou superior hier rquico ou dos colegas que traduzem uma atitude de cont nua e ostensiva persegui o que possa acarretar danos relevantes s condi es f sicas ps quicas e morais da v tima Comprovado que o autor sofreu ass dio devido o pagamento de repara o por dano moral TRT 1 62 Turma Rel Leonardo Dias Borges 0000577 32 2010 5 01 0015 30 11 2011 238 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Ement rio 2 3 Categoria Profissional Especial 2 3 1 Banc
116. pessoa sob a amea a de san o e para o qual n o se tenha oferecido espontaneamente No caso dos autos verifica se da an lise do complexo probat rio que o Sr Zena chegou Fazenda em 1970 para prestar servi os ao marido da Sr Cleuza testemunha do recorrente ouvida a fls 466 que pactuara com o recorrente um contrato de arrendamento em que restou ajustada a retirada da madeira para confec o de carv o em troca da planta o de capim no pasto Nessa poca o Sr Zena laborava na confec o do carv o corte de lenha e planta o de capim Afirmou a testemunha que como a esposa do Sr Zena estava gr vida a depoente pediu ao marido que conseguisse morada para eles na Fazenda Soubara fixando o Sr Zena resid ncia naquele local Ap s quinze anos de arrendamento o referido casal deixou a fazenda mas o Sr Zena ali permaneceu sendo certo que segundo a testemunha em raz o de ser o Sr Zena uma pessoa desequilibrada e que judiava muito da esposa a fam lia o deixou Releva notar que n o h prova do desequil brio de Zena e nem que espancava a esposa No entanto o fato de a esposa ter partido juntamente com seu filho encontra respaldo nas informa es prestadas pelo filho de Zena ouvido como informante a fls 464 que declarou ter trabalhado na Fazenda dos 12 aos 20 anos de idade encontrando se poca do depoimento com 39 anos ou seja teria deixado a Fazenda em 1985 data que a testemunha do r u tamb m
117. posicionamento adotado pela 22 Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 142 Regi o mas baseado exclusivamente em outro argumento tamb m erigido pelo recorrente qual seja a S mula 736 do STF que prescreve a compet ncia da Justi a do Trabalho para o julgamento das a es que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas seguran a higiene e sa de dos trabalhadores litteris A o Civil P blica Normas de seguran a e medicina do trabalho Compet ncia da Justi a do Trabalho Restando evidenciado que o objeto da a o civil p blica diz respeito s condi es de seguran a higiene sa de dos trabalhadores e medicina do trabalho mesmo no mbito do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rond nia a compet ncia para julg la da Justi a do Trabalho Intelig ncia da S mula STF n 736 Recursos oficial e volunt rio desprovidos Processo 01167 2006 004 14 00 0 22 Turma Relatora Ju za Socorro Miranda publicado em 14 11 2007 Deve se registrar ainda que o fato de haver a presta o de servi os terceirizados no Hospital Municipal isto trabalhadores terceirizados e cooperativados laborando no mesmo local onde trabalham os servidores estatut rios fls 193 n o afasta a compet ncia desta Justi a Especial ao contr rio refor a a necessidade de sua declara o uma vez que o espa o hospital em que s o prestados os servi os pertence ao Munic pio reclamado Frise se que n
118. que se possa sujeitar o ser humano a um tratamento que ponha em d vida sua qualidade elemental de sujeito 8 16 STARCK Christian La dignidad del hombre como garant a constitucional In FERN NDEZ SEGADO F Coord Dignidad de la persona derechos fundamentales justicia constitucional y otros estudios de derecho p blico Madri Dykinson Editorial 2008 p 242 17 Na ideia de dignidade palpita a necessidade de reconhecer respeitar e proteger que a pessoa possa desenvolver seus pr prios planos de vida CAMPOY CERVERA Una revisi n de la idea de dignidad humana y de los valores de libertad igualdad y solidaridad en relaci n con la fundamentaci n de los derechos Anuario de Filosofia del Derecho 2004 t XXI p 147 apud OJEDA AVIL S Antonio IGARTUA MIR Mar a Teresa La dignidad del trabajador en la doctrina del Tribunal Constitucional Algunos apuntes Revista del Ministerio de Trabajo y Asuntos Sociales n 73 p 148 mai 2008 assim como de um direito ao desenvolvimento do pr prio eu de um direito a ser o que se na express o utilizada por Spinoza em seu Tractatus para definir precisamente a liberdade ALEGRE MART NEZ Miguel ngel MAGO BENDAH N scar Reconocimiento constitucional de la dignidad individualidad y derechos de la personalidad Revista de Derecho Pol tico Universidad Nacional de Educaci n a Distancia UNED Departamento de Derecho Pol tico Madri n 66 2006 p 197 198
119. que seja cumprida a obriga o de forma defeituosa respondendo a recorrente de forma supletiva pela medida repressiva cominada a sua contratada na rela o civil Do recolhimento das multas em favor do Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT Disp s o art 13 da Lei n 7 347 1985 o Decreto n 1 306 94 que a regulamentou e a Lei n 9 008 95 acerca da previs o de que na hip tese de condena o em dinheiro de cunho gen rico e valores decorrentes de aplica o de multas e indeniza es desde que n o voltadas para interesses individuais houvesse a revers o a um fundo institu do para essa finalidade espec fica cujos recursos ser o destinados reconstitui o dos bens lesados Embora n o tenha sido institu do para essa finalidade certo que o Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT criado pela Lei n 7 998 90 tem sido o ponto de converg ncia de tais recursos na esfera trabalhista Nesse sentido h o reconhecimento de que o FAT tem se voltado para programas de interesse do trabalhador 160 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia De todo modo tal revers o em prol do FAT n o tem o cond o de transformar a natureza de tais recursos em tributos n o ingressando no dom nio econ mico considerando se ainda a previsibilidade na lei que o instituiu de que agregue recursos outros que n o arrecada o de contribui es de PIS e PASEP e encargos Nesse sentido o art 11 da cita
120. recebem o valor m dio de R 140 00 cento e quarenta reais O gr fico abaixo extra do do s tio eletr nico do IBGE demonstra que os munic pios de popula o m dia entre 10 001 a 50 000 habitantes somam o maior n mero de popula o muito pobre com renda at R 70 00 setenta reais mensais Gr fico 46 Propor o de pessoas por classes selecionadas de rendimento domiciliar per capita segundo as classes de tamanho da popula o dos munic pios Brasil 2010 mM N v S N lt o iN m o Q S N o N At 5 000 De 5 001 De 10 001 De 20 001 De 50 001 De 100 001 Mais de hab at 10 000 at 20 000 at 50 000 at 100 000 at 500 000 500 000 hab hab hab hab hab hab E At R 70 00 I At Y de sal rio At Y sal rio m nimo EB At 60 da mediana m nimo R 127 50 R 255 00 R 255 00 Fonte IBGE Censo Demogr fico 2010 Notas 1 Os dados de rendimento s o preliminares 2 Exclusive pessoas sem rendimento e sem declara o de rendimento A situa o no campo mais alarmante dos 21 de pessoas com rendimento per capita de at R 70 00 setenta reais cerca de 39 viviam com at um quarto de sal rio m nimo per capita e aproximadamente 66 com at meio sal rio m nimo per capita Se o Brasil pretende envidar esfor os para atender s recomenda es da OIT com vistas implementa o do conceito de trabalho decente deve atentar que uma das di
121. recebia alimenta o e vestu rio com o que aliviava os encargos familiares Outras levadas pela mis ria prostitu am se Esse poder absoluto da autoridade paterna sobre a fam lia compunha a sociedade patriarcal A submiss o feminina equivalia a um regime de servid o ditado basicamente pela total depend ncia econ mica A mulher tinha deveres mas n o possu a direitos Considerada incapaz at mesmo o acesso cultura lhe era negado A sua honra no per odo pr nupcial repousava na virginidade A puni o infidelidade feminina data das Leis das XII T buas que permitiam ao marido matar a mulher apanhada em flagrante adult rio O C digo de Hammurabi estabelecia puni es cru is para as ad lteras Nos pa ses isl micos e mu ulmanos onde as mulheres s o obrigadas a cobrir o rosto com v u ainda hoje quando acusadas de infidelidade conjugal homic dio ou transgress es aos costumes elas s o condenadas morte por apedrejamento ou forca ou sofrem chibatadas Em pleno s culo XXI a mulher proibida de dirigir autom vel na Ar bia Saudita Algumas tribos do Qu nia e de outros pa ses africanos mant m a pr tica de mutilar o rg o genital das meninas Na Idade M dia dizia se que o homem era criado para a guerra e a mulher para o prazer do guerreiro Houve poca em que o casamento ajustado previamente entre fam lias dependia do dote da noiva dos bens com que o pai aquinhoava a filha no ato na escolha do marid
122. rias do empregado dom stico s o reguladas pela CLT respeitadas as especificidades expressas no texto da lei do Trabalho Dom stico raz o pela qual cabe aos empregados dom sticos a dobra celetista incidente sobre as verbas pagas a destempo Recurso a que se d parcial provimento TRT 1 12 Turma Rel M rio S rgio Medeiros Pinheiro 0000181 52 2010 5 01 0016 14 12 2011 55 Empresa p blica estadual Dispensa por ato discriminat rio N o se h de falar em nulidade ou em irregularidade do ato de despedida sem justa causa do autor por conduta discriminat ria alegada com base na Lei 9 029 95 ou por motiva o pol tica n o demonstrada quando observados pela empresa p blica os preceitos da CLT e os crit rios objetivos para a redu o de pessoal em raz o do plano de reestrutura o da Administra o Indireta do Estado do Rio para a termina o do contrato de trabalho do autor firmado antes da vig ncia da Constitui o da Rep blica de 1988 TRT 1 102 Turma Rel Marcos Cavalcante 0129900 59 2008 5 01 0242 10 8 2011 3 4 2 Repouso semanal remunerado e feriado 56 Escala 7x1 De domingo a s bado h sete dias dentro dos quais deve ocorrer o descanso semanal remunerado Ultrapassados os sete dias o descanso n o mais semanal o que vedado pela lei Recurso do reclamante a que se d parcial provimento Recurso da reclamada a que se nega provimento TRT 1 12 Turma Rel Marcos Antonio Palacio 0130100
123. se intimado para tomar ci ncia da a o coletiva n o requerer a suspens o em 30 trinta dias da demanda individual CDC art 104 segunda parte S MULA N 24 Responsabilidade subsidi ria de ente p blico Inaplicabilidade do que disp e o art 1 F da Lei n 9 494 97 N o se aplica o disposto no art 1 F da Lei n 9 494 de 10 09 1997 quando o ente p blico figurar no t tulo executivo judicial na condi o de devedor subsidi rio 230 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o S mulas S MULA N 25 Acidente do trabalho Dano moral Teoria do risco Quando a atividade exercida pelo empregador implicar por sua pr pria natureza risco acentuado para o empregado a obriga o patronal de indenizar o dano moral decorrente de acidente do trabalho depende exclusivamente da comprova o do dano e do nexo de causalidade com o trabalho desenvolvido Art 927 do C digo Civil S MULA N 26 Contribui o previdenci ria Execu o Responsabilidade pela liquida o A compet ncia atribu da Justi a do Trabalho para executar de of cio as contribui es sociais n o abrange a responsabilidade pela elabora o dos c lculos do cr dito previdenci rio S MULA N 27 Enquadramento como financi rio de empregado de administradora de cart o de cr dito ou agente financeiro Os empregados de agentes financeiros e administradoras de cart o de cr dito que exercem atribui es relacionada
124. se at onde as limita es relativas ao trabalho da mulher podem ser consideradas justas e at onde garantias restritas ao grupo feminino n o representam discrimina o inversa para que com base nessas constata es promova se a igualdade amoldando todo esse regramento a rela es de trabalho que mantenham a isonomia entre os sexos Finalmente vimos no mbito internacional e no interno algumas das principais normas que tutelam o trabalho feminino e em ltima an lise pregam a igualdade e a n o discrimina o nas rela es laborais Com efeito nitidamente muitas delas nortearam se pelo princ pio da igualdade ao mesmo tempo em que buscaram coibir pr ticas discriminat rias Assim conclu mos nosso estudo com a expectativa de que tenha sido poss vel demonstrar o qu o importante o princ pio da isonomia para a tutela da igualdade entre homens e mulheres nas rela es trabalhistas Contudo ele pode ser aplicado n o somente por si s como tamb m como substrato e norte para normas e atos normativos que buscam a garantia de mesmas condi es entre os g neros em qualquer atividade Tudo isso por bvio sem deixar de reconhecer as diferen as entre eles e com base nelas promover a realiza o do trabalho em igualdade de condi es evitando que se discrimine pela igualdade Ou seja o que se quer mais do que igualdade formal sobretudo igualdade material de modo que se perceba que homens e mulheres merecem o
125. seu cabimento ocorria apenas nos contratos por prazo indeterminado O primeiro ordenamento jur dico trabalhista a conceder aviso pr vio foi o Decreto n 16 107 de 30 de julho de 1923 que regulava a loca o de servi os dom sticos A grande novidade dele era o cabimento do aviso nos contratos por prazo determinado O art 6 da Lei n 62 de 5 de junho de 1935 exigia que o empregado comunicasse ao empregador com 1 Ju za do Trabalho Titular da 752 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro TRT RJ p s graduada em Direito do Trabalho e em Processo Civil e Processo do Trabalho pela Universidade Gama Filho UGF mestre em Direito P blico pela Universidade Est cio de S Unesa doutora em Direito e Economia pela UGF professora da Unigranrio e do V lia Bomfim Conte do Acad mico VBCA e autora de diversas obras trabalhistas 2 Estabilidade e garantia de emprego constituem institutos afins por m diversos n o se confundindo A garantia de emprego abrange n o s a restri o ao direito potestativo de dispensa estabilidade como tamb m a institui o de mecanismos de recoloca o do trabalhador de informa es e de consultas entre empresas sindicatos trabalhador e pol tica estatal criando est mulos para evitar o desemprego A garantia de emprego g nero do qual a estabilidade esp cie Toda a o praticada com o intuito de diminuir o desemprego recolocar o trabalhador no mercado de trabalho incentivar a admiss o des
126. sido habitualmente discutidos muito mais na vertente ambiental do que na social Nesta ltima pouca refer ncia feita s quest es do ambiente de trabalho como n cleo nodal do meio ambiente geral e quelas que envolvem os trabalhadores como grupo populacional propulsor do desenvolvimento econ mico de prefer ncia de um desenvolvimento econ mico consistentemente sustent vel Com efeito os autores concordam com a mensagem elaborada pela OIT a prop sito do dia 28 de abril de 2012 de que A constru o de uma economia verde uma resposta necess ria e de esperan a numa conjuntura marcada pelo decl nio econ mico desemprego elevado altera es clim ticas cada vez mais alarmantes degrada o ambiental geral e diminui o dos recursos incluindo da gua pot vel No entanto o sucesso do processo de transi o de uma economia fundamentalmente assente nos combust veis f sseis para uma 1 M dica do trabalho superintendente de Sa de Seguran a e Ambiente de Trabalho na Secretaria de Estado do Trabalho e Renda Setrab do Governo do Rio de Janeiro 2 M dico do trabalho consultor de Sa de do Instituto Brasileiro do Petr leo G s e Biocombust veis IBP no Rio de Janeiro 3 M dico sanitarista e do trabalho mestre doutor e livre docente em Sa de P blica pela Universidade de S o Paulo USP e professor titular aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais UFMG Revista do Tri
127. sofrida trajet ria as mulheres livraram se da servid o dom stica e da submiss o ao marido conquistaram o direito de voto a igualdade conjugal o div rcio a liberdade sexual o controle de sua pr pria fertilidade gra as p lula anticoncepcional o mercado de trabalho a cidadania a ascens o social Foram at distinguidas com a institui o do Dia Internacional da Mulher A recente elei o da primeira mulher chefia da Na o representa um marco um avan o muito significativo na conquista da efetiva igualdade social e pol tica entre homens e mulheres Com Dilma Rousseff atualmente 24 mulheres uma das quais na frica ocupam a dire o do poder central em diversos pa ses do mundo Dos 37 ministros que comp em o atual governo 9 s o mulheres estranho e inexplic vel que Estados Unidos Fran a e It lia pa ses democr ticos cultural e politicamente desenvolvidos nunca tenham sido presididos por uma mulher As aliena es improdutivas e socialmente in teis verdade que muitas mulheres se casam por interesse material pecuni rio com homens endinheirados Outras pertencentes classe m dia ou alta sociedade prostituem se espontaneamente no af de elevar ainda mais seu padr o de vida de ostentar vestidos luxuosos joias fausto e fortuna quando n o o fazem em troca de nomea es para cargos de proje o e de outras vantagens Comercializam discreta e clandestinamente seu corpo e sua alma S o ramei
128. um ambiente de trabalho seguro e adequado capaz de salvaguardar de forma eficaz sua sa de e seguran a Esse um dever do Estado e de toda sociedade mas sobretudo do empregador a quem compete proteger e preservar o meio ambiente de trabalho com a implementa o de adequadas condi es de sa de higiene e seguran a que possam concretamente assegurar ao empregado sua dignidade plena em conson ncia com o desiderato constitucional Ao dever de preserva o do meio ambiente art 225 CF assim entendido tamb m o meio ambiente do trabalho se contrap e a obriga o de repara o de danos quando decorrentes da responsabilidade civil TRT 1 32 Turma Rel Carlos Alberto Araujo Drummond 0007500 03 2009 5 01 0341 10 8 2011 2 1 1 3 Adicional de insalubridade 2 1 1 3 1 EPI 11 Adicional de insalubridade Base de c lculo Artigo 78 IV da Constitui o da Rep blica S mula vinculante n 04 do Supremo Tribunal Federal Embora a Corte Suprema tenha declarado a inconstitucionalidade da norma inserta no artigo 192 da Consolida o das Leis do Trabalho n o pronunciou sua nulidade tampouco retirou a do mundo jur dico Assim considerando se que n o pode o Poder Judici rio em usurpa o das atribui es exclusivas do Poder Legislativo criar nova regra para substituir aquela outra declarada inconstitucional que n o h outro Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 237 Ement rio par m
129. uma turba o da serenidade familiar do gozo de um ambiente salubre e de uma situa o 41 Nesse sentido alguns dos sintomas mais comuns do denominado estresse laboral s o a pouca claridade de ideias a dificuldade para tomar decis es o mau humor ou as repercuss es no sono e nos h bitos aliment cios que pioram a qualidade de vida de quem os padece Dispon vel em lt http www psiquiatria com noticias ansiedad estres diagnostico449 30169 gt Acesso em 24 fevereiro 2010 42 PARPAGLIONI M Il danno esistenziale fa il suo ingresso nel diritto del lavoro attraverso il mobbing RIDL n 3 2002 Il p 537 apud SERRANO OLIVARES Raquel La Indemnizaci n por los Da os y Perjuicios Derivados del Acoso Moral una lectura constitucionalmente orientada de la responsabilidad civil por da os In BELTR N N ria Pumar Coord La responsabilidad laboral del empresario siniestralidad laboral Albacete Editorial Bomarzo 2006 p 277 112 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Tese de Doutorado de bem estar ou de desenvolvimento sereno da pr pria vida laboral desembocando no padecimento de um dano existencial entendido este como o preju zo que o il cito provoca sobre atividades n o econ micas do sujeito alterando seus h bitos de vida e sua maneira de viver socialmente perturbando seriamente sua rotina di ria e o privando da possibilidade de exprimir e realizar sua
130. 011 114 V nculo empregat cio Considerando que n o foi verificado o atendimento das exig ncias para a contrata o de trabalhador tempor rio nos termos da lei e que o autor sempre exerceu fun o ligada atividade fim da reclamada mant m se a senten a proferida que reconheceu o v nculo de emprego entre a recorrente e o reclamante no per odo anterior anota o da carteira de trabalho TRT 1 52 Turma Rel Mirian Lippi Pacheco 0097600 22 2008 5 01 0023 23 9 2011 260 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o NDICES NDICE DE ASSUNTOS Os n meros indicados correspondem s p ginas da Revista 1 DIREITO DO TRABALHO eeee cce ce cre rererererererererenene rare nerereaereranananara 235 1 1 Remunera o Verbas Indenizat rias e Benef cios cciiieteeeeererees 235 1 1 1 e ET oa EE T A sendo nao prin E E an o Hd SRdET dadas A E 235 1 1 1 1 Adicional de periculosidade essesssssesseesseeesssesssrrnsresseererssssrerrersesseerrereassesreereese 235 1 2 Dura o do Trabalho ie eeerrererrereeenenearereree dacii iini adasia 235 1 2 1 Horas EXIS susana EE sia end aula sl si toi 235 1 2 2 Intervalo intrajornada ssescamensaccasvasnanas c o sra senda qa inda sia sa is Cuerdas a ssa a iie 236 1 3 Responsabilidade Civil do Empregador Empregado eeeeeteeeneereetes 236 1 3 1 Indeniza o por dano moral reerereeeeeerenearerereeeaa
131. 1 Regi o 81 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas O referido documento estabelece que a promo o do trabalho decente se fundamenta em quatro objetivos estrat gicos promover e cumprir as normas e os princ pios e direitos fundamentais no trabalho Il criar maiores oportunidades para mulheres e homens para que disponham de remunera o e empregos decentes III real ar a abrang ncia e a efic cia da prote o social para todos IV fortalecer o tripartismo e o di logo social Contudo os recentes dados do Censo Demogr fico de 2010 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBGE evidenciam que a desigualdade de distribui o de renda no Brasil ainda um desafio a ser combatido na promo o do trabalho decente A m dia nacional de rendimento domiciliar per capita foi de R 668 00 seiscentos e sessenta e oito reais em 2010 Contudo 25 da popula o receberam at R 188 00 e nada menos do que 50 dos brasileiros receberam at R 375 00 trezentos e setenta e cinco reais valor inferior ao m nimo vigente no ano de R 510 00 quinhentos e dez reais Isso sem d vida um dado alarmante para um pa s de visibilidade mundial como o Brasil s v speras de sediar uma Copa do Mundo e de recepcionar os Jogos Ol mpicos Mundiais na cidade do Rio de Janeiro em 2016 No que tange divis o de renda entre a popula o urbana e a popula o rural verifica se que a primeira recebeu em m d
132. 18 Extra do da jurisprudencia alem BVerfGE 50 166 175 assim citada em H BERLE Peter La dignidad del hombre como fundamento de la comunidad estatal In FERNANDEZ SEGADO F Coord AA VV Dignidad de la persona derechos fundamentales justicia constitucional y otros estudios de derecho p blico Madri Dykinson Editorial 2008 p 183 184 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 103 Tese de Doutorado Sob tal perspectiva em poucas palavras parece nos pertinente conjecturar acerca dos efeitos da aus ncia de pagamento de sal rios associados redu o da pessoa do trabalhador a mero fator de produ o Prote o de uma sufici ncia econ mica N o nos parece congruente que o reconhecimento do valor inestim vel do ser humano possa abdicar de que se leve em considera o as necessidades materiais do viver Do contr rio como bem advertido a dignidade correria o risco de se tornar mera proclama o vazia de significado pois sem a presen a de meios que possibilitem uma efetiva realiza o da vida a intimidade e a liberdade s o t o somente um papel molhado A associa o que postulamos entre dignidade e direitos materiais elementares n o exatamente inovadora mas costuma ser relacionada a um contexto de solicita o de deveres prestacionais por parte do Estado ou mesmo com menor frequ ncia por parte de particulares sempre tendo por norte garantir o acesso de todo e cada membr
133. 31 EMENT RIO Ement rio 1 DIREITO DO TRABALHO 1 1 Remunera o Verbas Indenizat rias e Benef cios 1 1 1 Adicional 1 1 1 1 Adicional de periculosidade 1 Adicional de periculosidade Exposi o permanente e intermitente Devido Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que de forma intermitente sujeita se a condi es de risco Indevido apenas quando o contato d se de forma eventual assim considerado o fortuito ou o que sendo habitual d se por tempo extremamente reduzido S mula 374 do TST TRT 1 62 Turma Rel V lia Bomfim Cassar 0080500 78 2005 5 01 0049 18 8 2011 1 2 Dura o do Trabalho 1 2 1 Horas extras 2 Horas extras Gerente Art 62 Il da CLT A prova oral colhida especialmente a testemunha indicada pelo pr prio demandado tamb m gerente de relacionamento confirmou que a reclamante assim como ela depoente n o tinha poderes para admitir dispensar ou aplicar penalidades como tamb m n o possu a subordinados Inaplic vel o citado dispositivo de lei Senten a mantida 2 Remunera o vari vel Apura o do lucro l quido Correta a dedu o de despesas para a apura o da lucratividade da ag ncia N o se tem em vista a transfer ncia indevida dos riscos do neg cio ao obreiro mas sim a liberalidade na estipula o de premia o por alcance de metas observando se para esse efeito o lucro l quido ou efetivo obtido pe
134. 4 Justa causa Falta grave 3 4 4 1 Abandono de emprego 68 Justa causa Ao alegar abandono de emprego assume a r o nus da prova que deve ser cabalmente comprovada em face do princ pio da continuidade da rela o de emprego TRT 1 82 Turma Rel Edith Maria Corr a Tourinho 0000346 06 2010 5 01 0047 16 9 2011 69 Justa causa Grada o da puni o Para a valida o da ruptura contratual por justa causa h de ser observada a grada o da pena aplicada sob pena de o poder disciplinar assegurado ao empregador se constituir na verdade em um poder arbitr rio e exercido com rigor excessivo TRT 1 92 Turma Rel Rog rio Lucas Martins 0000160 56 2010 5 01 0055 03 11 2011 248 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Ement rio 3 5 Senten a Normativa Conven o e Acordo Coletivos de Trabalho 3 5 1 Anula o 70 N o l cita a supress o da pausa alimentar de no m nimo uma hora para a jornada superior a seis horas uma vez que se trata de norma imperativa relacionada seguran a e higiene do trabalho cujo conte do n o l cito negociar nem mesmo por conven o ou acordo coletivo de trabalho TRT 1 22 Turma Rel Jos Carlos Novis Cesar 0109300 88 2007 5 01 0262 12 8 2011 3 5 2 FGTS 71 N o h amparo legal para o deferimento de dep sitos relativos ao FGTS em per odo posterior concess o ao empregado da aposentadoria por invalidez TRT 1 82 Turma Rel
135. 42 Moradia 89 Motorista 83 113 Mulher 88 112 Multa em geral 88 do art 477 da CLT 72 Municipal 8 87 N Natureza 4 8 27 35 44 65 87 104 112 Negocia o coletiva 18 105 Norma coletiva 49 86 100 113 de ordem p blica 18 89 interna 2 Nulidade em geral 11 20 55 72 de ato 94 O Obriga o em geral 25 89 contratual 79 de reparar 10 trabalhista 87 98 100 Obscuridade 11 Oficial 102 Of cio 26 nus da prova Onus probandi 62 68 100 Operador de telemarketing 19 75 100 Ordem de servi o 93 econ mica 110 jur dica 100 rg o p blico 36 ndices ndice Remissivo P Pagamento em geral 100 de complementa o de aposentadoria 88 de cr dito de natureza alimentar 87 de diferen as salariais 67 de gratifica o especial 2 de honor rios 89 de indeniza o 14 17 22 30 45 de parcela rescis ria 72 98 em dobro 54 89 integral 3 Pai 93 108 Parcela 65 72 89 Participa o 6 Pauta 109 Pedido de demiss o 72 Pena 8 43 51 69 81 89 109 110 Penalidade 2 89 Pens o 92 Periculosidade 1 Per odo 3 57 58 71 85 87 113 114 Persegui o 13 14 60 89 Pessoa jur dica 50 Peti o inicial 2 52 57 89 104 Petrobr s 77 Piso em geral 19 salarial 2 Plano em geral 55 59 de Carreiras Cargos e Sal rios
136. 5 01 0068 17 6 2011 17 Comprovada a rela o de causa e efeito entre o constrangimento e a humilha o sofridos pela autora e a conduta praticada pela reclamada irretoc vel a decis o que condenou a recorrente ao pagamento de indeniza o por dano moral Recurso da reclamada a que se nega provimento TRT 1 42 Turma Rel Luiz Alfredo Mafra Lino 0042800 40 2006 5 01 0047 28 4 2011 2 3 3 Altera o da jornada 2 3 3 1 Acordo individual e ou coletivo de trabalho 18 Consoante o Item da OJ 342 da SDI 1 do C TST inv lida cl usula de acordo ou conven o coletiva de trabalho contemplando a supress o ou redu o do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene sa de e seguran a do trabalho garantido por norma de ordem p blica art 71 da CLT e art 78 XXII da CF 88 infenso negocia o coletiva TRT 1 12 Turma Rel Jos Nascimento Araujo Netto 0023500 87 2007 5 01 0005 29 9 2011 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 239 Ement rio 2 3 4 Telefonista Telegrafista 2 3 4 1 Operador de telemarketing 19 Contax Representante de servi o Operador de teleatendimento Aplica o da conven o coletiva do Sindimest Sinttel com piso de operador de telemarketing Pausa normativa de 10min a cada ciclo de 50min trabalhado Empregados que utilizam audifone e terminal de forma permanente e ininterrupta Restando incontroversa ser esta a atividade do Reclam
137. 8 de 29 de outubro de 1984 Quando o aviso pr vio for pago em pec nia os respectivos avos ser o computados para fins de c lculo de f rias e 13 sal rio A natureza salarial porque assim quis a lei pois utilizou a express o sal rio no artigo 487 8 12 da CLT A falta do aviso pr vio por parte do empregador d ao empregado o direito aos sal rios correspondentes ao prazo do aviso garantida sempre a integra o desse per odo no seu tempo de servi o grifo nosso Entendemos que o empregador n o pode conceder parte trabalhada e parte indenizada pois a lei n o facultou esse direito s partes Quando o aviso era ou de 8 ou de 30 dias elas n o poderiam ajustar que 8 dias seriam trabalhados e 22 indenizados ou que metade seria trabalhada e metade indenizada Da mesma forma n o poder o aviso de 60 dias por exemplo ser em parte indenizado e em parte trabalhado O empregado que pede demiss o e n o cumpre o aviso pr vio d direito ao patr o de descontar de qualquer parcela resilit ria o respectivo valor Aplicabilidade ou n o das demais regras da CLT As demais regras previstas na CLT acerca do aviso pr vio s o perfeitamente aplic veis ao restante do prazo criado pela Lei n 12 506 11 Explicaremos algumas A reconsidera o art 489 da CLT da den ncia depende da concord ncia da outra parte que pode ocorrer at o final do prazo do aviso mesmo que superior a 30 dias A parte que praticar durante o prazo
138. 8 078 90 transindividuais os acima mencionados de natureza indivis vel s o iguais para todos n o se confundindo com a divisibilidade da sua representa o pecuni ria para cada trabalhador de que s o titulares pessoas ligadas entre si coletividade dos trabalhadores da segunda r absorvidos da primeira e com a parte contr ria as r s por uma rela o jur dica base o v nculo empregat cio Vale lembrar que a regra em termos de direito trabalhista a indisponibilidade e que redu es como o caso de sal rio e jornada est o condicionadas negocia o coletiva Para a defesa desses direitos a interpreta o sistem tica de normas legais pertinentes permite concluir pelo cabimento e legitimidade do Minist rio P blico do Trabalho para propor a presente Nesse sentido os seguintes dispositivos art 127 caput e art 129 inciso Ill da CRFB art 68 inciso VII al neas a ce d art 83 inciso III art 84 inciso Il da Lei Complementar n 75 1993 art 12 inciso IV art 3 art 5 inciso e art 21 da Lei n 7 347 1985 e finalmente art 83 art 81 incisos Il e III art 82 inciso e art 92 todos da Lei n 8 078 90 Vale consignar que a legitimidade do Minist rio P blico do Trabalho n o est restrita hip tese do inciso Il mas abrange tamb m os direitos individuais homog neos indispon veis sociais difusos e coletivos ou seja aqueles previstos no inciso Ill do j mencionado C digo de
139. 80 7254 21 2380 7255 21 2380 7403 E mail dipep trt1 jus br Site www trt1 jus br DIAGRAMA O E IMPRESS O Walprint Gr fica e Editora Ltda TIRAGEM 4 200 exemplares Dispon vel em formato eletr nico no site www trt1 jus br As opini es expressas nos artigos doutrin rios publicados nesta Revista s o de nica e exclusiva responsabilidade de seus autores Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o n 1 jan 1970 Rio de Janeiro TRT 12 Regi o 1970 Semestral Mensal n 1 10 irregular n 11 32 quadrimestral n 33 38 semestral n 39 44 anual n 45 46 Edi es de n 39 jan jun 2005 n 46 2009 t m o t tulo Revista do TRT EMATRA 12 Regi o ISSN 2178 5651 1 Direito do trabalho 2 Direito processual do trabalho 3 Jurisprud ncia trabalhista 4 Justi a do Trabalho Brasil Tribunal Regional do Trabalho 1 Regi o CDD 344 01 Ficha catalogr fica Cristiane Ferreira de Souza Sum rio APRESENTA O a ni neo ST a a l a 7 INSTITUCIONAL naan a E A AEE 9 COMPOSI O DO TRIBUNAL i is iiteeee ee ereeaeeeeree akaka LALALA EAER netas ea narrar 11 GALERIA DEFOTO Santon Massas do contos arhar desolado do atua ia Lua E lia abuso fetos oa ado Baco 21 GRANDES TEMAS TRABALHO DECENTE 29 MEM RIA DA JUSTI A DO TRABALHO eee eerererererereseeerreeneness 31 DOUTRINAS uia E ED SS EE 33
140. AM os Juizes o Tribunal Regional do Trabalho Primeira Regi o unanisemento em dar provimento o recurso para absolvor a empresa a condena o quanto ao avi 8 so pr vio o a Indeniza o Rio de Janeiro 12 de maio de 1 9148 o Doiio Barreto de Tibquerque Za ranpao Juiz no exerc cio da resid ncia Oscar Fontenelle Relator Fut pre sonte Claribalto de Vasconcelos Galv o DN 5 48 Procurador Adjunto Interino JONFERE COM O DBSINAL Em 3 Papel para Ac rd o T A T OMT 207 32 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o DOUTRINAS Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas A Organiza o Internacional do Trabalho e seus esfor os pela implementa o do trabalho decente Rildo Albuquerque Mousinho de Brito 1 Breve hist ria da OIT Tendo sido fundada em 1919 no contexto da Confer ncia de Paz de Paris que selou o fim da Primeira Guerra Mundial Tratado de Versalhes a Organiza o Internacional do Trabalho OIT comemorou seu nonag simo anivers rio em 2009 At a sua cria o havia apenas dois tratados regulando as condi es de trabalho um restringindo o trabalho noturno para mulheres na ind stria e outro proibindo o uso de f sforo branco para a produ o de palitos de f sforo Essas normas ficaram conhecidas como as Conven es de Berna de 1905 e 1906 Aquela realidade de injusti a social baseada na explora o ilimitada de trabalhadores inclusive
141. CF Al m desses direitos sociais ao trabalhador s o aplic veis in meros outros direitos fundamentais que repercutem nas rela es privadas de trabalho para garantir lhe a condi o de ser integral e o tratamento decente como a promo o da igualdade de direitos e obriga es entre homens e mulheres as liberdades de pensamento consci ncia cren a express o informa o trabalho e locomo o a inviolabilidade da intimidade vida privada honra e imagem e a proibi o do trabalho desumano ou degradante art 5 da CF A Agenda Nacional de Trabalho Decente ANTD foi lan ada no Brasil em maio de 2006 que se tornou pioneiro no estabelecimento de agendas subnacionais acerca do tema sucessivamente na Bahia em Mato Grosso do Sul e no Rio de Janeiro No Rio de Janeiro o Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o dando continuidade ao estabelecimento de agendas subnacionais sediou em dezembro de 2011 a Confer ncia Estadual sobre Emprego e Trabalho Decente da Organiza o Internacional do Trabalho oportunidade em que foram votados os temas e escolhidos os delegados que representar o as entidades tripartites na Confer ncia Nacional sobre Emprego e Trabalho Decente prevista para se realizar no m s de maio em Bras lia Esta edi o tem por fim reunir not cias do TRT RJ o ac rd o proferido em 1948 pelo saudoso D lio Maranh o Mem ria da Justi a do Trabalho artigos doutrin rios e jurisprud ncia referente
142. Danos morais Indeniza o Valor arbitrado nos termos do pedido inicial Majora o imposs vel 1 Pugna o reclamante seja majorado o valor arbitrado a t tulo de indeniza o por danos morais ao argumento de que a condena o em apenas cinco sal rios m nimos se revela aqu m do dano provocado tampouco cumprindo seu papel 252 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Ement rio pedag gico 2 A senten a arbitrou valor no limite postulado na inicial Assim eventual majora o daquele por esta segunda inst ncia configuraria decis o ultra petita maculando de v cio a decis o Honor rios advocat cios Reclamante assistido por advogado particular Indevidos 1 Vindica o autor a retifica o do julgado para que sejam concedidos honor rios advocat cios 2 Conforme entendimento consagrado nas S mulas n 219 e 329 do Tribunal Superior do Trabalho os honor rios advocat cios somente s o devidos no processo do trabalho quando houver a presen a concomitante dos requisitos da Lei n 5 584 70 Ou seja car ncia de recursos financeiros do empregado e assist ncia sindical Como na presente a o o reclamante n o est assistido por seu sindicato de classe n o devido o pagamento da verba honor ria Recurso ordin rio ao qual se nega provimento Recurso da reclamada Dano moral Indeniza o Comprovado tratamento indigno Devido 1 Assere a r que indevida sua condena o em indeniza o por dano moral um
143. Desenvolvimento elaborada pelo Conselho de Desenvolvimento Econ mico e Social CDES Foram considerados tamb m os seguintes documentos a a proposta de uma pol tica nacional de emprego concebida pela se o nacional do Grupo de Alto N vel de Emprego Gane como contribui o Estrat gia Mercosul de Crescimento do Emprego em elabora o pelo Gane Mercosul b a Agenda Hemisf rica para Promover o Trabalho Decente nas Am ricas criada pela OIT apresentada pelo seu Diretor Geral por ocasi o da XVI Reuni o Regional Americana da OIT que ocorreu em Bras lia de 2 a 5 de maio de 2006 OIT 2006 c o Marco de Assist ncia das Na es Unidas para o Desenvolvimento Undaf 2007 2011 para o Brasil preparado pela Equipe das Na es Unidas no Pa s UNCT d a Plataforma Laboral das Am ricas elaborada pelo Movimento Sindical das Am ricas e a Declara o Conjunta da Comiss o Empresarial de Assessoramento T cnico em Assuntos Trabalhistas Ceatal e do Conselho Sindical de Assessoramento T cnico Cosate adotada durante a XIV Confer ncia Interamericana de Ministros do Trabalho da OEA OIT 2006 MTE 2010 A Agenda Nacional de Trabalho Decente estrutura se com base em tr s prioridades 1 gerar mais e melhores empregos com igualdade de oportunidades e de tratamento 2 erradicar o trabalho escravo e eliminar o trabalho infantil em especial em suas piores formas Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 89 Grandes T
144. Ente p blico 109 Entidade p blica 36 Equipara o salarial 2 67 Escala 56 Estabilidade 18 57 66 102 Estatut rio 9 Exame em geral 85 112 m dico 36 Exce o 58 Excesso 44 64 69 100 Execu o 53 F Falecimento em geral 93 de empregado 108 Falta em geral 26 47 58 111 grave 13 51 Fato impeditivo 100 F rias 54 Fid cia 15 Filho 5 52 Folga 39 56 66 85 Fraude 79 80 Fun o em geral 2 26 73 114 de confian a 27 gratifica o de 15 Fundo de Garantia por Tempo de Servi o FGTS 20 71 Furto 39 G Garantia constitucional 57 Gerente 2 14 21 Gestante 32 57 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 271 ndices ndice Remissivo Gratifica o em geral 2 de fun o 15 106 Guarda 63 H Habitualidade 66 Homologa o 72 Honor rio advocat cio 89 Honra 28 30 42 46 86 90 96 97 104 Hora extra 85 Identidade 50 Imagem 46 60 86 96 97 Impedimento 50 86 Imposto 44 93 Inativo 77 Inconstitucionalidade 11 Incorpora o 8 Indeniza o em geral 5 14 24 27 29 34 35 38 39 40 46 60 64 93 96 de 40 FGTS 89 por dano moral 17 21 22 30 33 42 45 47 63 84 86 90 92 97 104 por esfor o excessivo 64 substitutiva 57 valor da 24 46 Infra o 26 112 Insalubridade 11 82 Instituto 54 87 Intermit ncia
145. H tamb m dispositivos que imp em responsabilidade criminal ao empregador quanto a atos considerados discriminat rios contra a mulher Com efeito a Lei 9 029 de 13 de abril de 1995 prev como crime procedimentos patronais relacionados com a comprova o da esterilidade da trabalhadora e a Lei 9 263 de 12 de janeiro de 1996 regulamentando o art 226 8 72 da Constitui o vedou a indu o ou instigamento individual ou coletivo pr tica de esteriliza o ou teste de gravidez para quaisquer fins art 137 Evaristo de Moraes acredita que a CLT hoje na verdade tutela n o o trabalho da mulher mas o trabalho da mulher por ocasi o da gravidez da maternidade e da amamenta o N o nos parece que o mbito de aplica o das normas celetistas possa ser realmente limitado dessa forma contudo v lido transcrever os ensinamentos do eminente jurista quando assim afirma Essas normas n o podem portanto ser consideradas como prote o mulher e incoerentes com o princ pio da igualdade entre homens e mulheres porquanto s o formas de prote o ao rec m nascido que filho de ambos Al m disso trata se de normas jur dicas emanadas do sentimento mais primitivo do homem o instinto de conserva o da esp cie Veja se tamb m que houve dispositivos celetistas revogados com vistas a adequar a CLT ao comando antidiscriminat rio constitucional Nesse sentido revogaram se preceitos que autorizavam a interfer nci
146. INO Luiz Alfredo Mafra 17 79 LOPES Bruno Losada Albuquerque 83 85 LOPES Evandro Pereira Valad o 11 22 MAGALH ES Maria Aparecida Coutinho 60 111 MARTINS JUNIOR Jos da Fonseca 96 97 MARTINS Rog rio Lucas 38 69 MELLO Gloria Regina Ferreira 26 110 MELLO Luiz Augusto Pimenta de 34 113 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 267 ndices ndice Onom stico MORAES Ana Maria Soares de 50 62 NERY M rcia Leite 90 104 OLIVEIRA Dalva Am lia de 35 57 OLIVEIRA Marcelo Augusto Souto de 91 100 PACHECO Mirian Lippi 46 114 PARANHOS Maria das Gra as Cabral Viegas 61 87 PUGLIA M nica Batista Vieira 44 59 RIBEIRO Giselle Bondim Lopes 77 78 RODRIGUES Ant nio Carlos de Azevedo 4 9 SERRANO Paulo Marcelo de Miranda 98 103 SILVA Fernando Antonio Zorzenon da 15 20 SILVA Fl vio Ernesto Rodrigues 99 106 SILVA Jos Antonio Teixeira da 19 86 SILVA Patr cia Pellegrini Baptista da 8 63 TOURINHO Edith Maria Corr a 68 101 TRAVESEDO Rosana Salim Villela 21 30 VALENTINO Jos Luiz da Gama Lima 76 82 VRCIBRADIC Damir 27 32 268 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o NDICE REMISSIVO As indica es correspondem ao n mero da ementa p ginas 235 a 260 A Abandono do emprego 68 Abono 8 Absente smo 111 Abuso em geral 4 5 23 36 98 101 de direito 13 110 A o civil p blica 9 Acidente de traba
147. ISO 9001 e o ISO 14001 Entretanto ele presta esclarecimentos a respeito das melhores pr ticas desenvolvidas no campo da responsabilidade social e est em harmonia com as Declara es da ONU e especialmente com a Declara o de Princ pios e Direitos Fundamentais no Trabalho da OIT Finalmente digna de nota a ades o aos esfor os da OIT do chamado G20 grupo que re ne 20 dos mais importantes pa ses do mundo mediante o reconhecimento de que o trabalho decente deve estar no cora o de um crescimento forte e sustent vel por meio do compromisso com pol ticas que incentivem a cria o de empregos de qualidade ao mesmo tempo em que se fortalecem os sistemas de prote o social e o respeito pelos direitos fundamentais dos trabalhadores e se promove maior harmonia entre economia e pol ticas sociais Portanto em termos de promo o e implementa o dos direitos humanos no trabalho principalmente das normas trabalhistas fundamentais a OIT tem desempenhado um papel essencial pois ela tem sido um dos mais efetivos meios de tornar realidade direitos humanos 17 INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION Relat rio Global da OIT para acompanhamento da Declara o de Princ pios e Direitos Fundamentais no Trabalho ILO Global Report under the follow up to the ILO Declaration on Fundamental Principles and Rights at Work Dispon vel em lt www ilo org declaration gt p 10 Acesso em 27 jan 2009 18 INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION
148. Inspe o constatou se em s ntese que o r u n o efetuava pagamento de sal rios em esp cie fornecendo lhes dois vales quinzenais para a troca em mercadorias em uma determinada mercearia indicada pelo empregador Foi constatado ainda que os empregados trabalhavam sem o devido registro o que foi regularizado durante a a o fiscal tendo o r u procedido assinatura das Carteiras de Trabalho dos empregados que ali prestavam servi os com exce o de dois trabalhadores que residiam em condi es que o i Procurador denuncia como em total disson ncia com a cultura civilizada O i Membro do Minist rio P blico do Trabalho assinala que Zena Jos Pifani trabalha na Fazenda desde 1963 e sua filha Erotildes Garcia da Cunha desde outubro de 1980 e que est o reduzidos condi o an loga de escravos porquanto al m de n o estarem registrados n o receberem sal rios nem mesmo os vales para se alimentar encontram se jogados em local imundo e f tido sem luz nem banheiro conforme consta do Relat rio Fiscal E prossegue o relat rio citado pelo i Parquet Como atestam as fotos sequer poder amos chamar o local Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 141 Decis es da 22 Inst ncia como moradia alojamento casa casebre ou barraco Local degradante um insulto dignidade do ser humano Diante de tais fatos requereu o i Procurador em antecipa o de tutela o registro de Ze
149. Inst ncia A fls 667 peti o do recorrente requerendo a juntada das atas das audi ncia de instru o da a o penal movida pelo Minist rio P blico Federal em face do r u tendo em vista os mesmos motivos alegados na peti o inicial da presente a o civil p blica Certid o de julgamento a fls 701 registrando a retirada de pauta do presente feito para vista dos autos ao douto Minist rio P blico do Trabalho pelo prazo de 30 trinta dias Manifesta o do Minist rio P blico do Trabalho s fls 702 707 o relat rio VOTO Conhecimento Conhe o do recurso uma vez que se encontram preenchidos os pressupostos de admissibilidade Conhe o tamb m dos documentos de fls 668 670 Contrariamente ao que sustenta o i membro do Minist rio P blico do Trabalho em sua manifesta o de fls 702 707 os documentos extra dos dos autos da a o penal movida pelo Minist rio P blico Federal em face do r u acostados s fls 668 700 noticiam fatos novos na medida em que retratam as audi ncias de instru o e os respectivos depoimentos das testemunhas de defesa e acusa o ocorridos em 12 13 e 14 de janeiro de 2005 ou seja em datas posteriores quela em que prolatada a r senten a do 1 grau Preliminares l Incompet ncia da Justi a do Trabalho Sustenta o recorrente que reduzir algu m condi o an loga de escravo representa conduta t pica prevista no artigo 149 do C digo Penal que conside
150. LA N 2 Corretor de seguros V nculo de emprego empregado e n o corretor aut nomo de seguros o trabalhador que re na os requisitos do art 3 da CLT S MULA N 3 Bloqueio de proventos de aposentadoria sal rios pens es e honor rios profissionais Absoluta impenhorabilidade Veda o legal S o os proventos de aposentadoria sal rios remunera es pens es e honor rios laborat cios a exemplo dos vencimentos subs dios pec lios e montepios absoluta e integralmente impenhor veis ante disposi o legal expressa do inciso IV do art 649 do CPC com a reda o conferida pela Lei n 11 382 2006 de 6 de dezembro de 2006 S MULA N 4 Contagem de juros Dep sito garantidor da d vida ou adimplemento total da obriga o Cessa o da contagem CLT e lei de execu o fiscal A incid ncia de juros de mora assim como da corre o monet ria sobre o cr dito trabalhista regulada integralmente pela Lei 8 177 1991 e portanto nesse aspecto n o aplic vel o artigo 9 4 da Lei de Executivo Fiscal II Somente o adimplemento integral da d vida assim considerado o dep sito que propicia o imediato levantamento far cessar a contagem de juros morat rios S MULA N 5 Cedae Teto remunerat rio Inaplicabilidade A Cedae n o est submetida ao limite remunerat rio estabelecido no art 37 inciso XI da CRFB por n o se inserir na hip tese prevista em seu 8 98 visto que n o recebe recu
151. OIT o conceito de trabalho decente se apoia em quatro pilares a respeito s normas internacionais do trabalho em especial aos princ pios e direitos fundamentais do trabalho liberdade sindical e reconhecimento efetivo do direito de negocia o coletiva elimina o de todas as formas de trabalho for ado aboli o efetiva do trabalho infantil e elimina o de todas as formas de discrimina o em mat ria de emprego e ocupa o b promo o do emprego de qualidade c extens o da prote o social d fortalecimento do di logo social Trabalho decente para a OIT condi o fundamental para a supera o da pobreza a redu o das desigualdades sociais a garantia da governabilidade democr tica e o desenvolvimento sustent vel Decente o trabalho adequadamente remunerado exercido em condi es de liberdade equidade solidariedade e seguran a capaz de garantir ao trabalhador uma vida digna com base nas qualidades essenciais que caracterizam a sua exist ncia e com reconhecimento do seu valor social O trabalho n o portanto apenas o ve culo de atendimento das necessidades de exist ncia do ser humano para a aquisi o dos bens da vida tamb m forma de alcance da realiza o motivo pelo qual deve permitir ao trabalhador se manter e desenvolver as suas potencialidades com liberdade e igualdade de oportunidades para a constru o de uma sociedade livre justa e solid ria art 3 da Constitui o
152. REVISTA do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o ISSN 2178 5651 ftrt Trabalho Decente Poder Judici rio Justi a do Trabalho Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Doutrina Jurisprud ncia Legisla o Reposit rio oficial de julgados DISTRIBUI O GRATUITA TST RI art 226 par grafo nico E RSA BIAS arts R TRT RJ 1 Regi o Rio de Janeiro v 23 n 50 p 1 276 jul dez 2011 COMISS O DA REVISTA Des Alexandre de Souza Agra Belmonte Presidente Des Marcos de Oliveira Cavalcante Juiz Eduardo Henrique von Adamovich ORGANIZA O INDEXA O e EDITORA O B rbara Rosmaninho Garcia Lopez Hilda McComb Pessoa Maria de F tima Cardoso Fontes Ferreira Tatiana Rodrigues Parreira Teresa Cristina Vinhas Cat o CAPA Marcelo Mendanha de Mesquita Fotos Todas as fotos foram obtidas no site da ONG Rep rter Brasil www reporterbrasil org br cujos cr ditos s o de Leonardo Sakamoto Trabalho escravo em imagens nove fotos Bianca Pyl em Fiscaliza o associa Gregory explora o de trabalho escravo duas fotos Carlos Penteado S uma comunidade quilombola recebeu t tulo federal em 2011 uma foto Maur cio Hashizume Escravid o flagrada em oficina de costura ligada Marisa uma foto CONTATO Divis o de Pesquisa e Publica o Avenida Augusto Severo 84 4 andar sala 42 Rio de Janeiro RJ CEP 20021 040 Telefone 21 23
153. Rodrigues Heckler Marta Ver nica Borges Vieira Alvaro Antonio Borges Faria Benimar Ramos de Medeiros Marins Jos Antonio Piton Evelyn Corr a de Guam Guimar es 2 Por ordem de antiguidade Institucional Composi o do Tribunal Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 15 Institucional Composi o do Tribunal Cl udio Jos Montesso Mois s Luis Gerstel Heloisa Juncken Rodrigues M rcia Regina Leal Campos Leila Costa de Vasconcelos Rosane Ribeiro Catrib Dalva Macedo Jacqueline Lippi Rodrigues Moura Jos Monteiro Lopes Jos Mateus Alexandre Romano Hugo Schiavo Marcel da Costa Roman Bispo Jos Horta de Souza Miranda Roberto da Silva Fragale Filho Linda Brand o Dias Jos Saba Filho M rcia Cristina Teixeira Cardoso Claudia Maia Teixeira Rosangela Kraus de Oliveira Mauricio Paes Barreto Pizarro Drummond Andr Gustavo Bittencourt Villela Henrique da Concei o Freitas Santos Marcelo Segal Silvia Regina da Silva Barros da Cunha Nelie Oliveira Perbeils Luiz Nelcy Pires de Souza M nica Rocha de Castro Denise Ferreira de Souza Barros Pacheco Nathalia Thami Chalub Prezotti Katia Emilio Louzada Mauren Xavier Seeling Paulo Guilherme Santos P riss Maria Let cia Gon alves Marcelo Jos Duarte Raffaele Cissa de Almeida Biasoli Gabriela Canellas Cavalcanti Anna Elizabeth Junqueira A M C Jansen Gisela vila Lutz Oswaldo Henrique Pereira Mesquita
154. Sa de do Munic pio de Araruama em depoimento na Vara Federal de S o Pedro de Aldeia al m de ratificar a tese de que o Sr Zena era alco latra afirmou que chegou a entrar em contato com o filho do Sr Zena para tentar providenciar os documentos que o Sr Zena n o possu a bem como autoriza o para intern lo mas aquele filho nunca se interessou em auxiliar o pai fls 680 681 5 que os pr prios auditores fiscais que realizaram as dilig ncias na fazenda do r u ouvidos na Vara da Justi a Federal foram un nimes em asseverar que em seus relat rios n o constou a verifica o de trabalho escravo no local mas sim a constata o de condi es degradantes de trabalho e mesmo assim apenas em rela o ao Sr Zena e Sra Erotildes fls 687 696 entendo que o Sr Zena n o estava submetido condi o an loga de escravo porquanto embora vivendo em prec ria moradia fls 26 45 e portando quadro de desnutri o n o h qualquer ind cio nos autos que estivesse com a sua liberdade de locomo o e autodetermina o comprometida de maneira que poderia deixar a fazenda a qualquer tempo oportunidade em que poderia ajuizar a a o individual cab vel em face de seu empregador pleiteando os direitos que lhe foram suprimidos S o nesse sentido as palavras do auditor fiscal do trabalho Guilherme J A Moreira que para o Minist rio do Trabalho para que se caracterize trabalho escravo deve existir n o s a
155. TRT 1 22 Turma Rel Maria Aparecida Coutinho Magalh es 0000930 29 2010 5 01 0482 05 9 2011 4 4 Trabalho com Prote o Especial 4 4 1 Mulher 112 Trabalho da mulher Artigo 384 da CLT Princ pio ison mico Igualdade substancial CRFB 88 Recep o O artigo 384 da CLT foi recepcionado pela CRFB 88 uma vez que trata diferentemente situa es desiguais com vistas ao alcance de igualdade substancial Contudo a viola o do preceito sob exame pelo empregador configura infra o de natureza meramente administrativa a teor do disposto no artigo 401 do mesmo diploma TRT 1 92 Turma Rel Claudia de Souza Gomes Freire 0093900 77 2009 5 01 0031 16 8 2011 113 V nculo de emprego Reconhecimento anterior Comprova o de per odo parcial pelo reclamante na forma do art 818 da CLT c c art 333 do CPC invalidando todo o per odo deferido pelo Ju zo a quo Motorista Compatibilidade com o exerc cio da atividade de cobrador na forma do art 456 da CLT Intervalo intrajornada Empresa de Transporte Coletivo Urbano Supress o do intervalo para repouso e alimenta o prevista em norma coletiva N o preenchidos os requisitos da OJ n 342 II SDII TST que visam resguardar a higiene e sa de da categoria aplic vel a regra geral com a concess o do respectivo intervalo com o adicional de 50 da hora normal artigo 71 8 42 CLT TRT 1 42 Turma Rel Luiz Augusto Pimenta de Mello 0133100 55 2009 5 01 0043 14 9 2
156. Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 163 Decis es da 22 Inst ncia Recurso Ordin rio 0155800 25 2009 5 01 0043 Titula o Direito do Trabalho Dura o do Trabalho Intervalo Intrajornada Palavras chave diss dio coletivo jornada de trabalho intervalo ilegalidade Turma 12 Relatora Desembargadora Federal do Trabalho Mery Bucker Caminha Data de julgamento 05 7 2011 Publica o 13 7 2011 Supress o de intervalo intrajornada Ilegalidade A norma coletiva de trabalho que reduz fraciona ou dilui o intervalo intrajornada sem o atendimento das condi es previstas no item Il da Orienta o Jurisprudencial n 342 da SBDI I do TST extrapola os limites da autonomia da vontade coletiva frente s normas de ordem p blica de observa o imperativa e cogente n o podendo ser convalidada pelo Judici rio raz o pela qual devido o pagamento do intervalo intrajornada pela sua concess o irregular Vistos relatados e discutidos os presentes autos de Recurso Ordin rio onde figura como recorrente Transportes Futuro Ltda e como Recorrido Rubens Graziani Filho Inconformada com a r decis o proferida pelo MM Ju zo da 432 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro da lavra do ilustre Juiz Eduardo Henrique Elgarten Rocha s fls 278 284 que julgou procedente em parte o pedido interp e a reclamada s fls 285 297 recurso ordin rio A reclamada sustenta que a senten a merece reforma uma vez que n o aco
157. VIII tombou em luta contra o ex rcito portugu s na Bahia Maria Felipa de Oliveira foi morta na d cada de 1820 frente de mulheres em embate contra portugueses que se preparavam para atacar Salvador Teresa do Quariter l der quilombola no s culo XVIII depois Anita Garibaldi combateu na revolu o Farroupilha e posteriormente no exterior em 1839 pela unifica o da It lia mulheres se insurgiram contra a ditadura implantada no Brasil em 1964 foram presas e torturadas entre elas Dilma Rousseff al m de militantes que morreram de armas na m o Precursoras em outras reas ATIVIDADE CORPORATIVA a ju za Ilice Marques Carvalho exerceu prioritariamente o cargo de ju za do Tribunal de Justi a do Estado do Rio de Janeiro TJRJ a Associa o Brasileira de Advogados Trabalhistas teve sua primeira dirigente m xima na pessoa da advogada Moema Baptista que exerceu o posto no bi nio 1989 91 Branca Fialho funda em 1949 a Federa o de Mulheres do Brasil que inspira numerosas associa es de mulheres nos bairros sobretudo no Rio de Janeiro Romy Martins Medeiros da Fonseca cria o Conselho Nacional da Mulher que ainda hoje existe O 1 Congresso de Mulheres no Brasil foi por ela organizado na d cada de 70 embora sob o governo militar Criou tamb m o Dia Nacional da Mulher que se comemora em 30 de abril Em 1910 no 2 Congresso Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague a alem Clara Zetkin prop s fos
158. a at e que dever o ser cumpridos pela r independentemente do tr nsito em jugado desta senten a Na hip tese de descumprimento fica o r u apenado com a multa postulada no ex rdio fixada em R 5 000 00 para cada descumprimento e em R 1 000 00 para cada empregado encontrado em situa o irregular Os valores ser o revertidos ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos como requerido pelo autor trecho extra do da r senten a v fl 264 Incensur vel a r decis o Busca a parte r a reforma da r senten a alegando em s ntese que n o ocorreu nenhuma irregularidade tendo o r Ju zo ao proferir sua decis o deixado de analisar os documentos juntados pela recorrente Passo ent o ao exame dos t picos relativos s irregularidades encontradas Horas extraordin rias Sustenta a recorrente que deixou o Ju zo Monocr tico de analisar os docs de fls 153 164 para o fato de que quando ocorreu o labor extraordin rio a empresa recorrente efetuou o pagamento da rubrica merecendo reforma da senten a nesse sentido Raz o n o lhe assiste No caso o auditor fiscal foi bastante claro ao indicar no Relat rio de Fiscaliza o a irregularidade encontrada prorroga o de jornada do trabalho al m do limite de duas horas di rias sem qualquer justificativa legal lavrado Al 015080749 capitulado no artigo 59 caput da CLT destacando que tais empregados al m de extrapolarem as duas horas de pro
159. a fazendo cadastramento a mando do candidato a vereador Daniel dos Jovens da Paz e do coordenador do programa Andr de Jesus Luis que a declarante teria que fazer 5 mil cadastros para que no dia em que o Governador do Estado viesse ao munic pio faria a reuni o e a entrega das cestas b sicas que s ganharia cestas b sicas quem tivesse cadastrado que a declarante foi fazer o cadastramento no comit por determina o do candidato Daniel e do coordenador Andr que os santinhos da propaganda do candidato ficavam sobre a mesa onde eram preenchidas as fichas de cadastramento No mesmo sentido e na mesma sede a testemunha Monique Moreira Alves afirmou que faz parte da Funda o Jovens Pela Paz h 2 dois anos sendo certo que o Estado lhe paga a quantia de R 240 00 mensais que a depoente est desviada de suas fun es na Funda o desde que seu antigo monitor Daniel dos Jovens Pela Paz se candidatou ao cargo de Vereador do Munic pio de Japeri que a depoente trabalha no comit pol tico do referido candidato recebendo sal rio pago pelo Estado que a depoente cadastra moradores da comunidade para receberem cestas b sicas sendo necess rio a apresenta o de T tulo de Eleitor comprovante de resid ncia e Identidade para que a pessoa seja cadastrada que antes da abertura do comit do candidato Daniel a depoente junto com outros integrantes da Funda o Jovens Pela 190 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi
160. a infantil certo que na inicial h como ressaltado no apelo outras pretens es quais sejam a anota o de CTPS indeniza o por danos morais moradia pagamento de multa do artigo 477 da CLT e dep sitos fundi rios Com efeito a distin o entre interesses difusos e interesses coletivos est como posicionado por Edis Milar na titularidade certo que os primeiros pertencem a uma s rie indeterminada e indetermin vel de sujeitos enquanto os ltimos se relacionam a uma parcela tamb m indeterminada mas determin vel de pessoas Funda se tamb m no v nculo associativo entre os diversos titulares que t pico dos interesses coletivos ausente nos interesses difusos Os interesses individuais homog neos tamb m se distinguiriam dos difusos e coletivos pela titularidade porquanto pertencem a uma s rie DETERMINADA E DETERMIN VEL de pessoas pelo que n o poderiam mais uma vez data venia ser considerados subesp cie do direito coletivo Entendo que em sede trabalhista a defesa dos direitos individuais homog neos s poderia ser feita por sindicato representativo da categoria profissional e n o concorrentemente com o Minist rio P blico do Trabalho limitado este que est constitucional e legalmente para a defesa dos direitos difusos e coletivos inciso Ill do artigo 129 da CR inciso IV do art 11 da Lei 7 347 85 e Lei Complementar n 75 93 Todavia no caso vertente as pretens es da inicial ao contr rio do sus
161. a tal esp cie de desequil brio absolutamente comum verificar se a presen a de referidas cl usulas penais principalmente se est o em jogo presta es de vital import ncia para a parte que as cobrar com posterioridade Diante de tal panorama empreendemos uma an lise do tema das d vidas salariais com base em uma perspectiva constitucional arrancando do ponto privilegiado que se consubstancia no valor princ pio da dignidade humana II Refletindo sobre a dignidade humana Ao longo dos s culos com especial nfase ap s o movimento da Ilustra o Francesa do s culo XVII a concep o do ser humano como centro do mundo sob uma perspectiva secularizada foi obtendo crescente resson ncia e reconhecimento constituindo essa vis o antropoc ntrica da realidade aspecto fundamental na passagem da Idade M dia rumo modernidade Em tal contexto a dignidade humana se erigiu como fundamento da tica p blica na modernidade como um prius dos valores pol ticos e jur dicos e dos princ pios e direitos que derivam de tais valores em prest gio da ideia de que todo e cada ser humano merecedor de inestim vel e incondicional valor e portanto respeito circunst ncias estas que 5 As indeniza es decorrentes da extin o contratual tamb m est o inequ voca e intimamente conectadas com a subven o das necessidades do trabalhador e em esta medida com sua dignidade pessoal Dessa forma a prote o de que a
162. a Bomfim Cassar Este artigo tem a finalidade de comentar a recente lei que regulamentou o aviso pr vio proporcional ao tempo de servi o O aviso pr vio proporcional ao tempo de servi o se insere no tema desta Revista Trabalho Decente por ser um dos mecanismos de prote o ao emprego ou aos institutos da garantia de emprego j que desestimula as despedidas arbitr rias imotivadas o que se coaduna com o disposto no inciso do artigo 72 da Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil CRFB Isso se explica porque o aumento do prazo do aviso pr vio pela Lei 12 506 de 11 de outubro de 2011 onera em demasia a rescis o contratual decorrente da despedida imotivada criando lhe obst culos Al m disso a nova norma prestigia a antiguidade do trabalhador dando lhe mais garantias Hist rico O aviso pr vio teve sua origem no direito civil e comercial e sempre foi devido nas extin es unilaterais dos contratos Nas Corpora es de Of cio o companheiro n o poderia se desligar do trabalho sem antes conceder aviso pr vio ao mestre Entretanto o direito n o era rec proco pois este poderia afastar o companheiro sem respeitar qualquer prazo Mais tarde o C digo Comercial art 81 previu o aviso pr vio de um m s salvo ajuste em contr rio nos contratos entre preponente e um de seus prepostos O C digo Civil de 1916 referindo se loca o de servi o tamb m tratou do aviso pr vio no art 1 221 acrescentando que
163. a da Justi a do Trabalho a aprecia o de causas que sejam instauradas entre o poder p blico e seus servidores a ele vinculados por t pica rela o de ordem estatut ria ou de car ter jur dicoadministrativo Nesse passo n o se pode deixar de lembrar o precedente do Pleno do STF na Reclama o n 3 303 1 que em decis o un nime de seus Ministros ao examinar caso semelhante ao ora analisado julgou pela improced ncia da reclama o do Estado do Piau proposta contra a decis o do Juiz da 22 Vara de Teresina nos autos da A o Civil P blica n 118 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia 2004 002 22 00 6 em que o Ju zo se considerou competente para o julgamento da respectiva causa tendo por ratio decidendi o fato de n o haver qualquer contrariedade ao que decidido na ADI 3 395 porque a a o civil p blica tal como no caso destes autos tinha por objeto exigir o cumprimento pelo Poder P blico das normas trabalhistas relativas higiene seguran a e sa de dos trabalhadores Por elucidativos vejam se os excertos do debate havido entre os Ministros do STF na Reclama o n 3 303 1 verbis O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO Quer dizer trata se no caso de uma decis o judicial proferida em sede de a o civil p blica ajuizada pelo Minist rio P blico do Trabalho contra determinada entidade estatal em decorr ncia e suposto descumprimento
164. a il cita da empresa e atua como car ter pedag gico A a o civil p blica buscou reverter o comportamento da Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 193 Decis es da 22 Inst ncia empresa com o fim de coibir a contrata o il cita de m o de obra para servi os ligados atividade fim por empresa interposta para prevenir les o a direitos fundamentais constitucionais como a dignidade da pessoa humana e o valor social do trabalho que atinge a coletividade como um todo e possibilita a aplica o de multa a ser revertida ao FAT com o fim de coibir a pr tica e reparar perante a sociedade a conduta da empresa servindo como elemento pedag gico de puni o Recurso de revista conhecido e provido para condenar a empresa a pagar o valor de R 50 000 00 cinquenta mil reais a t tulo de indeniza o a ser revertida ao FAT TST RR 81400 77 2007 5 14 0001 62 Turma ALOYSIO CORR A DA VEIGA Ministro Relator Assim dou parcial provimento ao recurso e condeno o demandado ao pagamento de indeniza o a ser revertida ao FAT arbitrada em R 1 000 000 valor que entendo razo vel e suficiente em raz o do n mero de envolvidos da gravidade e da natureza dos fatos para atingir as finalidades do instituto a t tulo de repara o pelo dano moral coletivo Ante o exposto conhe o do recurso ordin rio interposto acolho a suspei o das testemunhas cujos depoimentos se encontram s fls 590 3 todavia rejeito a prete
165. a lei menciona tamb m igualdade entre homens e mulheres e acrescenta veda es a distin o de qualquer natureza e qualquer forma de discrimina o grifo do autor Essa completude interpretativa do princ pio da igualdade deve ser buscada n o apenas pelo legislador constitucional ou pelo legislador ordin rio mas por todos n s no mbito das nossas rela es interpessoais no nosso cotidiano no modo como tratamos o pr ximo N o necess rio haver uma norma constitucional ou legal que nos imponha o dever de respeitar o outro de n o discriminar Tais deveres pertencem acima de tudo pr pria ess ncia humana a pressupostos morais e ticos que devemos carregar sempre independentemente do mbito normativo de tutela dos direitos aos quais estejamos vinculados Portanto luz dessa dupla vis o do princ pio da igualdade fica f cil perceber que o particular n o poder pautar se por condutas discriminat rias preconceituosas ou racistas sob pena de responsabilidade civil e penal nos termos da legisla o em vigor Tal premissa com efeito ser precursora da tutela que emana do princ pio em comento nas rela es trabalhistas na medida em que temos hoje diversas leis e atos normativos que norteados pelo ideal da igualdade buscam coibir pr ticas discriminat rias ao mesmo tempo em que disponibilizam mecanismos de puni o dos que nelas insistem A quest o enseja tamb m outros desdobramentos Am rico Pl Rodrigue
166. a marital ou paterna no contrato empregat cio da mulher adulta o antigo art 446 da CLT e tamb m parte expressiva do cap tulo que tratava da prote o ao trabalho da mulher como a que lhe exigia certos atestados m dicos n o requeridos aos homens e lhe vedava o exerc cio de alguns tipos de trabalho Nada obstante devemos perceber que todos esses dispositivos al m de outros n o contemplados na lei revocat ria j haviam sido revogados no momento da entrada em vigor da Constitui o pois com ela eram claramente incompat veis 18 S SSEKIND Arnaldo Curso de Direito do Trabalho 2 ed S o Paulo LTr 2002 p 511 19 Nesse sentido tamb m vide S mulas 142 e 244 do TST e OJ n 44 da SDI I do TST 20 S SSEKIND op cit ps 513 e 514 21 FILHO Evaristo de Moraes MORAES Ant nio Carlos Flores de Introdu o ao direito do trabalho 9 ed S o Paulo LTr 2003 p 561 22 DELGADO Maur cio Godinho Curso de Direito do Trabalho 8 ed S o Paulo LTr 2009 p 726 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o 67 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas 4 Considera es finais Ao final da nossa exposi o acreditamos ter alcan ado o nosso objetivo principal demonstrar que pela tica do princ pio da isonomia hoje homens e mulheres se encontram em grau de paridade nas rela es trabalhistas devendo gozar dos mesmos direitos e obriga es Iniciamos nosso estudo assentando a
167. a prova da proibi o de comparecimento dos menores lavoura nus do qual n o se desincumbiu sendo certo que os trabalhadores percebiam por unidade de obra restando evidente que a pr tica narrada nos depoimentos tinha por objetivo aumentar e acelerar a quantidade de cestos de laranjas colhidas Nessa ordem correta a conclus o da bem lan ada r decis o de origem no sentido de que as crian as eram utilizadas para agilizar e aumentar os ganhos dos pais mas o tomador e benefici rio final desta explora o da m o de obra infantil era o empregador propriet rio rural ora recorrente In casu como corretamente entendeu o MM Ju zo do primeiro grau a simples omiss o comprovada nos autos imp e a responsabiliza o objetiva do requerido aplicando se por analogia o disposto nos artigos 927 par grafo nico 932 Ill e 933 do CCB e 12 e 14 do CDC al m da S mula n 331 do C TST Pelo exposto nenhum reparo merece a r senten a neste aspecto 136 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Dano moral coletivo Por fim pretende a reforma da senten a tamb m quanto ao valor fixado para pagamento de danos morais Todavia raz o n o lhe assiste Como constatou a bem lan ada senten a a indeniza o por danos morais coletivos decorre dos fatos constatados pela a o fiscalizadora do Minist rio do Trabalho em conjunto com o Minist rio P blico do Trabalho comprovados nos a
168. a ser dirimida por esta Corte em 17 11 2008 ocasi o em que se decidiu pela observ ncia da norma consolidada Nesse esteio o descumprimento do intervalo previsto no artigo 384 da CLT n o enseja mera penalidade administrativa mas sim pagamento de horas extras correspondentes quele per odo tendo em vista tratar se de medida de higiene sa de e seguran a do trabalhador Recurso de Revista parcialmente conhecido e parcialmente provido RR 2782900 75 2000 5 09 0652 Hor cio Senna Pires Ministro Relator DEJT 26 02 2010 Recurso de revista Intervalo para descanso previsto no art 384 da CLT Constitucionalidade Horas extras O art 384 da CLT foi recepcionado pela Constitui o Federal Precedentes Recurso de revista conhecido e desprovido RR 81300 80 2007 5 04 0008 Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira Ministro Relator DEJT 26 02 2010 Recurso de revista interposto pela reclamante Trabalho da mulher Intervalo para descanso previsto no artigo 384 da CLT 1 Conquanto homens e mulheres luz Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 173 Decis es da 22 Inst ncia do inciso do artigo 5 da Constitui o da Rep blica 88 sejam iguais em direitos e obriga es for oso reconhecer que elas se distinguem dos homens sobretudo em rela o s condi es de trabalho pela sua peculiar identidade biossocial 2 Inspirado nela que o legislador no artigo 384 da CLT concedeu s
169. a vez que a prova oral demonstrou que n o pode ser responsabilizada pela aus ncia de higiene haja vista que a limpeza das casas cedidas a seus empregados era de responsabilidade destes 2 A reclamada ao ofertar a seus empregados a op o de permanecerem em seus alojamentos sem condi es de higiene anuiu com essa situa o n o podendo se valer da possibilidade de o autor alugar im vel para residir como forma de se esquivar de sua responsabilidade nem mesmo ao atribuir aos obreiros o encargo quanto manuten o dessas instala es Ademais observa se que a grande reclama o cinge se ao esgoto e aos ratos cuja limpeza conforme depoimento da nica testemunha ouvida a rogo da r dependia de provid ncia desta Note se ainda que sequer havia camas mas t o somente colchonetes al m de que n o se demonstrou haver gua pot vel Assim patente o tratamento em viola o da dignidade da pessoa humana devida a indeniza o imposta pela senten a Rescis o indireta Artigo 483 c da CLT Configurada 1 Aduz a reclamada que n o pode permanecer ntegra a decis o recorrida quanto rescis o indireta do contrato de trabalho havido entre os demandantes sob argumento de que restou comprovado que a moradia fornecida de forma gratuita possu a luz e gua para higiene pessoal assim como o fornecimento de caf da manh e almo o de forma graciosa inexistindo obriga o legal de mobiliar as depend ncias de moradia que ofe
170. abilidade Solid ria Subsidi ria eesseesneseeesesesessnssrsssrrssressreerererereresress 250 3 7 1 Tomador de servi os Terceiriza o cciteeeeeereeeeeererereeneeeeeeeeeaeeeeerreaeerntes 250 264 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o ndices ndice de Assuntos 4 DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MAT RIAS DE DIREITO P BLICO 250 4 1 Servidor P blico Ciyil asas acrsresme raso niers io ato aana asa CU aa dad da camas ad raca 4 1 1 Sistema remunerat rio e benef cios ireeeeerereeeerereeeeerereeerereennas 4 1 1 1 Plano de classifica o de cargos 4 1 2 Sucess o de empregadores 4 2 Prescri o 4 2 1 PROTESSOR secieseenasinsa toiros ctasiecieiasia 4 2 1 1 Per cia Local de trabalho 4 2 1 2 Adicional de hora extra 4 2 2 Verbas rescis rias ce 4 2 2 1 Multa do artigo 477 da CLT 4 2 3 Indeniza o por dano est tico 4 2 4 Plano de demiss o incentivada volunt ria 42 41 Indeniza o cremsaieatizascodseaiean ganda a ad SO R aa Caraca da 4 3 Responsabilidade Civil do Empregador Empregado cmeeeeteeeneeeeetes 256 4 3 1 Isonomia Equival ncia salarial ereerereeereeeeeeereaeerereeeeaeereneeeearerenerea 258 4 3 2 Estabilidade acident ria c ii ierereeeerreeeeeee eee aeareeeearareeenarereeneareeaana s 258 4 3 3 Ente
171. acr scimo de 1 3 13 sal rio FGTS licen a pr mio Ou seja a recorrente vitoriosa no aspecto falta lhe interesse N o conhe o quanto ao aspecto Como est o preenchidos os requisitos de admissibilidade conhe o dos dois recursos sendo o da empregada quanto aos demais temas Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 217 Decis es da 22 Inst ncia O m rito recursal l A nulidade por presta o jurisdicional insuficiente No recurso patronal a alega o de que nulas a r senten a e a decis o dos embargos de declara o haja vista que se deixou de apreciar aspectos trazidos a lume pela ora recorrente o que teria tornado a presta o jurisdicional insuficiente A empregadora sustenta que fora condenada a pagar parcela sobre a qual n o houvera postula o e mesmo apontando esse fato em embargos viu os rejeitados Aduziu que se desprezou confiss o da recorrida quanto jornada efetivamente cumprida fixando se em quantidade superior E mesmo o alegando nos embargos tal mat ria n o foi objeto de aprecia o Apontou ainda que a quantidade deferida at superior postulada na inicial Pelos excessos na senten a disse haver julgamento ultra et extra petita e chega a requerer que este relator se manifeste sobre os pontos apontados sob pena de cerceamento do direito de defesa Mas em nada tem raz o Se condena o tiver havido fora ou al m do pedido isto n o comporta ao prolator da
172. ade do instituto Observados pois crit rios de proporcionalidade e razoabilidade A antecipa o dos efeitos da tutela jurisdicional deve tamb m ser mantida uma vez que se encontram presentes os requisitos autorizadores dispostos no art 273 do CPC com especial destaque o receio de dano de dif cil repara o A multa fixada em R 1 000 00 por trabalhador em caso de descumprimento do provimento antecipado e a multa di ria de R 2 000 00 162 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia enquanto permanecer a les o a serem recolhidas ao FAT observar o o prazo de cumprimento da tutela antecipada fixado em 10 dias a contar da ci ncia pessoal da senten a A quantifica o da s multa s n o se confunde com sua exigibilidade Assim ser ao computada s a partir do momento de configura o do descumprimento vindo a ser exig vel is ap s o tr nsito em julgado consoante o art 12 8 2 da Lei 7 347 85 III Conclus o Pelo exposto conhe o dos Recursos Ordin rios e no m rito nego lhes provimento na forma da fundamenta o supra ACORDAM os Desembargadores que comp em a Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o por unanimidade conhecer dos Recursos Ordin rios e no m rito negar lhes provimento na forma da fundamenta o Rio de Janeiro 19 de outubro de 2010 Desembargador Federal do Trabalho Jose Nascimento Araujo Netto Relator Revista do
173. adi Social n 10 2004 p 61 passim Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 105 Tese de Doutorado mas nos parece claro que todos esses transcendentes efeitos est o intrinsecamente relacionados ao produto que obtemos do trabalho qual seja o sal rio que corresponde em ltima inst ncia credencial que nos permite ingressar no sistema capitalista Nesse contexto n o se pode perder de vista que o trabalhador ir estabelecer as suas diretrizes de consumo os seus projetos pessoais grande parte de seus h bitos cotidianos e para resumir a organiza o de sua vida precisamente com base na retribui o pecuni ria expectada que o trabalhador mui legitimamente cr estar garantida ao final de determinado per odo de trabalho a qual articular portanto a inser o desse trabalhador num determinado espectro socioecon mico e suas refer ncias internas sobre seu lugar no mundo Feitas todas essas considera es acreditamos n o haver nota alguma de exagero em nossa afirma o de que o sal rio desempenha um papel chave no atual modelo econ mico dada sua representa o de meio essencial e insubstitu vel pelo qual os trabalhadores t m atendidas suas necessidades em sentido amplo o que acarreia uma importante preocupa o pol tico social integrada nas motiva es que deram nascimento ao sistema protetivo que constitui o Direito do Trabalho e que se encaminha a que o sal rio seja pon
174. al qual est o obrigados os demandantes Assim desde que comprovada a mal cia do reclamante ao postular verbas sabidamente j adimplidas resulta compat vel a regra inserta no artigo 940 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 253 Ement rio do C digo Civil com o Direito do Trabalho Todavia ainda que cab vel a aplica o do disposto no artigo 940 do CCB nesta Justi a Especializada o julgador h de se valer do bom senso e da experi ncia no apenamento sob pena de violar o Princ pio da Prote o ao Hipossuficiente que a norteia Imp e se assim para aplica o do apenamento perseguido pela r prova robusta de que ao postular determinada verba o autor tinha ci ncia de que o fazia indevidamente o que n o restou configurado nestes autos Recurso ao qual se nega provimento TRT 1 102 Turma Rel Ricardo Areosa 0000040 28 2010 5 01 0050 09 8 2011 90 Recurso ordin rio da reclamada Ass dio moral Indeniza o Comprovado nos autos que o autor foi submetido a uma situa o de cio for ado eis que n o obstante estivesse disposi o do empregador aguardando ordens n o lhe era oferecido qualquer trabalho sendo lhe dirigido tratamento hostil evidencia se que foi atingido diretamente em sua honra pessoal o que obriga a reclamada a indenizar o trabalhador em decorr ncia da situa o humilhante e constrangedora experimentada Recurso ordin rio da reclamada conhecido e n o provido Recur
175. al Viola o dignidade do trabalhador O dano moral todo sofrimento humano que n o resulta de uma perda pecuni ria mas de viola o a direitos de personalidade Representa pois uma afronta dignidade do indiv duo A reten o indevida da Carteira Profissional sem d vida representa viola o dignidade do trabalhador al m de se enquadrar como uma contraven o penal Assim o trabalhador tem o direito de ter o dano reparado conforme o disposto no artigo 5 inciso X da Constitui o Federal TRT 1 102 Turma Rel Marcos Cavalcante 0099000 36 2009 5 01 0282 26 7 2011 44 Dano moral Revista e castigo impostos ao empregado Caracteriza o Ainda que se entenda l cita a manifesta o do poder direto do empregador ao proceder a revista a reclamada deixou de observar o limite intranspon vel do absoluto respeito dignidade do ser humano demonstrando em sua atua o exacerbada de fiscaliza o viola es de natureza n o econ mica Ademais um excessivo rigor na forma de puni o adotada mantendo o empregado isolado no estoque da loja impedindo o de realizar suas vendas e portanto de auferir suas comiss es demonstra ato il cito praticado pela reclamada TRT 1 102 Turma Rel M nica Batista Vieira Puglia 0055300 84 2008 5 01 0301 18 11 2011 45 Dano moral Se a empregadora submete o reclamante a tratamento vexat rio causando lhe humilha o e constrangimento afigura se cab vel a sua c
176. al Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia ainda em sede de argumenta o assinala que a mesma apenas seria devida ap s a notifica o para cumprimento de uma decis o transitada em julgado sob pena de ofensa ao princ pio do devido processo legal reportando se ainda Lei n 7 347 85 art 12 8 2 pugnando ainda pela revis o do valor da multa por excessivo Por fim requer seja cessada a tutela antecipada suscitando o perigo da irreversibilidade Houve o preparo recursal conforme dep sito garantidor comprovado pela segunda r s fis 1 202 complementado s fls 1 218 e 1 219 e custas s fls 1 203 Pela primeira r s fls 1 273 dep sito garantidor e complemento e custas s fls 1 274 Apresentadas contrarraz es pela parte autora o Minist rio P blico do Trabalho s fls 1 291 1 304 Em decis o s fls 1 309 o MM2 Ju zo a quo n o conheceu dos Embargos de Declara o opostos pelo Minist rio P blico do Trabalho por intempestivos Autos n o remetidos Procuradoria Regional do Trabalho eis que o Minist rio P blico parte processual o relat rio VOTO I Conhecimento Presentes os pressupostos de admissibilidade cab veis na esp cie conhe o de ambos os Recursos Ordin rios Il M rito recursal Car ncia de a o por ilegitimidade ativa ad causam arguida por ambas as r s O prop sito declarado na inicial em linhas gerais coibir pr
177. alarial e como tal deve ser estendido aos inativos TRT 1 32 Turma Rel Giselle Bondim Lopes Ribeiro 0108100 93 2007 5 01 0020 18 11 2011 4 DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MAT RIAS DE DIREITO P BLICO 4 1 Servidor P blico Civil 4 1 1 Sistema remunerat rio e benef cios 4 1 1 1 Plano de classifica o de cargos 78 Plano de cargos carreiras e remunera o Constitui ato discriminat rio e violador do princ pio constitucional de isonomia a sonega o do novo PCCR para alguns empregados se implantado para outros mormente quando os favorecidos s o ocupantes de cargos de diretoria TRT 1 82 Turma Rel Giselle Bondim Lopes Ribeiro 0000144 48 2010 5 01 0461 08 8 2011 250 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Ement rio 4 1 2 Sucess o de empregadores 79 Por for a de lei com a altera o na estrutura da empresa o novo empregador passa automaticamente a ser respons vel por todos os direitos e obriga es contratuais sem solidariedade ou subsidiariedade do antigo empregador salvo nos casos de sucess o fraudulenta TRT 1 42 Turma Rel Luiz Alfredo Mafra Lino 0081900 79 2005 5 01 0065 26 5 2011 4 2 Prescri o 80 Prescri o contra o menor O prazo prescricional come a a fluir da data em que atinge a maioridade Aplica o do art 440 consolidado Fraude na contrata o como aprendiz Ausentes os requisitos legais de validade do contrato especial Recurso prov
178. alavras chave per cia laudo pericial readapta o culpa Turma 5a Relator Juiz do Trabalho Bruno Losada Albuquerque Lopes Data de julgamento 03 5 2010 Publica o 07 5 2010 Recurso Ordin rio da Reclamante Dano moral por doen a profissional Valor O laudo pericial demonstrou que houve incapacidade para o trabalho em um per odo de seis meses aproximadamente no ano de 2002 Desta incapacidade restou a perda de parte da capacidade para o trabalho e a necessidade de readapta o funcional Considerando a les o e sua gravidade perda em grau leve bem como o grau de culpa e grande poder econ mico da empregadora um dos maiores bancos do mundo o valor fixado R 30 000 00 trinta mil reais mais que adequado a reparar o dano Recurso a que se nega provimento Recurso Ordin rio da Reclamada Multa normativa Aus ncia de pedido N o tendo a reclamante postulado a aplica o de multas previstas nas normas coletivas n o se pode condenar sem que haja o pedido devendo se expungi las da condena o Recurso parcialmente provido Vistos relatados e discutidos os presentes autos de Recurso Ordin rio em que s o partes 1 Giselda da Anuncia o Alves Azenha Nogueira e 2 Banco Santander Brasil S A como recorrentes e recorridos RELAT RIO Insurgem se as partes contra a r decis o da 202 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro proferida pela Exm2 Sr 2 Ju za Cissa de Almeida Biasoli que julgou procedente
179. alho 0286700 14 2005 5 01 0342 03 11 2011 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 241 Ement rio 30 Dano moral Configura o Indeniza o devida Atinge a honra e a dignidade do trabalhador a veda o de acesso sede do empregador para retirada de seus pertences Caracterizada ofensa ao patrim nio ntimo do obreiro imp e se o pagamento de indeniza o por dano moral Apelo patronal improvido TRT 1 72 Turma Rel Rosana Salim Villela Travesedo 0000572 35 2010 5 01 0039 05 7 2011 31 Dano moral Configura o Por se tratar de algo imaterial ou ideal a prova do dano moral difere daquela exigida para o dano patrimonial pois decorre inexoravelmente da gravidade do pr prio fato ofensivo de sorte que incontroverso o fato configurado est o dano moral TRT 1 22 Turma Rel Valmir de Araujo Carvalho 0000428 70 2010 5 01 0036 22 7 2011 3 2 Rescis o do Contrato de Trabalho 3 2 1 Reintegra o Readmiss o ou indeniza o 3 2 1 1 Por dispensa discriminat ria 32 Dano moral Constitui dano moral tratamento discriminat rio em rela o empregada que teve a dispensa anulada por estar gr vida sendo o estado grav dico circunst ncia agravante TRT 1 42 Turma Rel Damir Vrcibradic 0096500 87 2005 5 01 0071 04 10 2011 3 3 Liquida o Cumprimento Execu o 3 3 1 Valor da execu o C lculo Atualiza o 3 3 1 1 Corre o monet ria 33 Dano moral Corre o mo
180. alho de Campos dos Goytacazes que julgou parcialmente procedente o pedido autoral dela recorrem as reclamadas consoante as raz es de fls 175 193 Em seu apelo deduzem preliminares No m rito hostilizam a condena o solid ria e o deferimento de indeniza o por dano moral Custas e dep sito recursal demonstrados s fls 196 197 Contrarraz es s fls 205 212 Sem parecer da D Procuradoria do Trabalho o relat rio Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 149 Decis es da 22 Inst ncia VOTO Conhecimento Conhe o do recurso por preenchidos os pressupostos de admissibilidade M rito Da ilegitimidade passiva ad causam Em grau recursal a primeira r Agrisul suscita a ilegitimidade passiva ad causam das demais e pede a respectiva exclus o do feito Sem raz o As condi es da a o funcionam como uma pr an lise com intuito de verificar se a a o merece ter conhecido seu m rito ou n o Devem ser examinadas no plano l gico e abstrato ou seja in status assertionis da a renomada teoria da asser o que atesta como verdadeiras as proposi es do autor afirmadas na peti o inicial bastando a simples indica o pelo autor para que as reclamadas figurem no polo passivo da demanda entendimento plenamente acolhido pelo ju zo a quo Nego provimento Da recupera o judicial Em seu apelo as r s discorrem sobre o novel instituto da recupera o Argumentam que as
181. aludida revista se socorre da an lise do soci logo Jo o Carlos Alexim ex diretor da Organiza o Internacional do Trabalho no Brasil no seguinte sentido Como a escravid o tal como entendida regularmente est proibida em basicamente todos os pa ses surgem formas de dissimula o que causam efeitos talvez menos escandalosos ou ostensivos mas resultam na pr tica de formas muito semelhantes Existem muitas maneiras de impedir que um trabalhador exer a seu direito de escolher um trabalho livremente ou ainda que abandone seu emprego quando julgar necess rio ou conveniente E mais frente o Procurador Regional estabelece uma defini o sobre trabalho escravo ou for ado Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 143 Decis es da 22 Inst ncia Considerar se trabalho escravo ou for ado toda modalidade de explora o do trabalhador em que este esteja impedido moral psicol gica e ou fisicamente de abandonar o servi o no momento e pelas raz es que entender apropriados a despeito de haver inicialmente ajustado livremente a presta o dos servi os Relevante tamb m citar a defini o sobre o tema contida na Conven o n 29 da Organiza o Internacional do Trabalho da qual o Brasil signat rio que em seu artigo 2 assim disp e Art 2 1 Para fins desta Conven o a express o trabalho for ado ou obrigat rio compreender todo trabalho ou servi o exigido de uma
182. am em contrapartida outro benef cio p ex redu o da carga hor ria para 7 horas di rias e 42 semanais ou aus ncia de prorroga o da jornada TRT 1 82 Turma Rel Marcelo Augusto Souto de Oliveira 0110300 91 2007 5 01 0014 17 8 2011 4 2 3 Indeniza o por dano est tico 92 Recurso ordin rio do reclamante Pens o mensal Valor arbitrado Senten a que se reforma no particular para fixar a pens o em valor nico no montante de R 94 329 30 em conson ncia com o disposto no art 950 do C digo Civil e em face da situa o f tica comprovada nos autos atinente incapacidade laborativa parcial e permanente do Autor no percentual de 15 Recurso ordin rio da reclamada Indeniza o por danos morais Acidente de trabalho Comprovado nos autos o nexo causal entre a les o adquirida pelo reclamante e o acidente de trabalho que sofreu na reclamada e verificada a conduta culposa da empregadora resta caracterizado ato il cito impondo se a condena o da R a compensar os danos morais sofridos pelo empregado com indeniza o pecuni ria nos termos do art 927 do C digo Civil 254 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Ement rio Recurso a que se nega provimento TRT 1 52 Turma Rel Tania da Silva Garcia 0055400 08 2009 5 01 0203 17 8 2011 93 Recurso ordin rio Acidente de trabalho Morte de empregado Indeniza o Crit rio Dif cil valorar a vida de um pai para aqueles que
183. amente a quest es contempor neas de gera o e valoriza o do trabalho o Brasil necessita enfrentar temas como a aboli o do trabalho infantil a erradica o do trabalho for ado a igualdade de remunera o para trabalho de igual valor e a elimina o da discrimina o em mat ria de emprego e ocupa o bem como a promo o da equidade prestigiando a liberdade para fins associativos e sindicais com reconhecimento da negocia o coletiva entabulada por seus sujeitos de direito coletivos Esses temas est o previstos respectivamente nas Conven es 138 e 183 29 e 105 100 111 87 e 98 da OIT Parte de tais disposi es convenentes j se encontra normatizada e incorporada ao ordenamento jur dico p trio interno por meio de dispositivos constitucionais tais como o art 7 incisos XXVI e XXX que reconhece as disposi es homologadas por acordos ou conven es coletivas de trabalho e pro be a discrimina o de sal rio por motivo de cor sexo idade ou estado civil Contudo a atividade legiferante posteriormente positivada n o foi capaz de solucionar as mazelas e problemas sociais brasileiros que desafiam a quest o da equidade latu sensu como norte da Agenda Nacional do Trabalho Decente IIl Considera es finais A Confer ncia Nacional do Trabalho Decente e Emprego a ser realizada em maio de 2012 em Bras lia DF deve enfrentar tanto as quest es atuais como a gera o de empregos com sal rios dignos quanto a e
184. ando permitido pelo chefe de fam lia limitava se a determinadas profiss es como a de telefonista enfermeira e aeromo a 2 Nesse sentido nota se que conquistas pontuais n o contribu ram para afastar a discrimina o como um todo Como afirma Alice Monteiro de Barros A conquista da igualdade de remunera o n o se mostrou suficiente pois a discrimina o manifesta se n o s pela via de medidas arbitr rias tomadas em rela o ao sal rio como tamb m no tocante forma o profissional ao acesso das mulheres ao trabalho manuten o e condi es de emprego acentuando se quando se trata de mulher casada com responsabilidades familiares 9 Para ilustrar basta perceber que na longa hist ria da humanidade podemos considerar recente a conquista do direito de voto pelas mulheres e nada obstante em muitos pa ses nesse pouco tempo muitas se tornaram presidentas ou passaram a ocupar importantes cargos no governo 10 G IS Luis Marcelo F de Discrimina o nas Rela es de Trabalho In Direitos Humanos e Direito do Trabalho S o Paulo Atlas p 151 11 SUSSEKIND Arnaldo Curso de Direito do Trabalho 2 ed S o Paulo LTr 2002 p 507 12 G IS op cit p 148 13 BARROS Alice Monteiro de A mulher e o direito do trabalho S o Paulo LTr 1995 p 152 64 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Vale lembrar contudo que os pr
185. ante como operador de telemarketing restou claro o direito a tal pausa normativa Senten a que se mant m TRT 1 62 Turma Rel Jos Antonio Teixeira da Silva 0127400 59 2009 5 01 0056 14 10 2011 3 DIREITO CIVIL 3 1 Fatos Jur dicos 3 1 1 Atos Neg cio jur dico 3 1 1 1 Defeito nulidade ou anula o 20 Contrato de Trabalho Nulidade Efeitos Embora nulo o contrato de trabalho firmado pela Administra o P blica sem observ ncia de norma constitucional concurso p blico faz o contratado jus ao FGTS TRT 1 72 Turma Rel Fernando Antonio Zorzenon da Silva 0000208 10 2010 5 01 0283 03 11 2011 3 1 2 CTPS 3 1 2 1 Anota o Baixa Retifica o 21 CTPS Gerente Retifica o de cargo Diferen as salariais Dano moral configurado O inadimplemento de direito b sico do trabalhador anota o do cargo efetivamente desempenhado na CTPS d azo s diferen as salariais vindicadas e indeniza o por dano moral uma vez configurado o tratamento diferenciado quanto ao status funcional do trabalhador perante os demais colegas e terceiros TRT 1 72 Turma Rel Rosana Salim Villela Travesedo 0160000 06 2009 5 01 0066 12 9 2011 22 Dano moral Dano in re ipsa Quando o dano moral est nsito na pr pria ofensa decorre da repercuss o do il cito em si n o se faz necess ria a prova objetiva do sofrimento ou do abalo psicol gico seria demasiado exigir que a v tima comprovasse a dor
186. ao cumprimento de jornada de trabalho prejudicial sa de tornaram se costumeiras em sede de terceiriza es A tend ncia que se repitam causando novas les es aos trabalhadores e sobrecarregando mais ainda este segmento jurisdicional Quanto s guias de comunica o de dispensa dever do empregador entreg las na hip tese de dispensa imotivada nos contratos a prazo indeterminado cabendo ao rg o da administra o p blica avaliar a presen a dos requisitos legais para que o trabalhador se habilite percep o do benef cio do seguro desemprego Por todo o exposto entendo que deve ser mantida a comina o de multa coativa ao cumprimento das obriga es de fazer e n o fazer em face da generalidade dos empregados da primeira r e acaso descumpridas tal conduta deflagrar a incid ncia das mencionadas multas al m de ficar mantida a indeniza o de R 25 000 00 por danos gen ricos j causados aos trabalhadores atingidos de forma direta em sua sa de Quanto indeniza o supramencionada o valor fixado encontra se compat vel com a natureza das faltas praticadas assim tamb m com as finalidades punitiva e pedag gica impedindo que se fique com o sentimento de que o coletivo ofendido n o teve amenizada a ofensa com a vers o de quantia compat vel a ser revertida em seu benef cio j observada a capacidade econ mica do ofensor mas tamb m de que se evite a transfer ncia de riqueza uma vez que essa n o a finalid
187. ar a sua competitividade no mercado mundial A OMC nos seus Encontros em Cingapura em 1996 e em Doha em 2001 quanto conex o entre livre mercado e rela es de trabalho renovou o seu compromisso de respeito pelas normas trabalhistas internacionais afirmou o seu apoio OIT como o rg o competente para estabelec las sublinhou que desenvolvimento econ mico e livre mercado podem promov las rejeitou o uso daquelas normas como justificativa para o protecionismo comercial concordou que as vantagens competitivas de alguns pa ses por pagar sal rios menores n o podem ser questionadas Outra importante iniciativa da OIT visando promo o e implementa o das suas normas trabalhistas fundamentais adotada em 1999 a chamada Agenda do Trabalho Decente Decent Work Agenda que se baseia em quatro objetivos estrat gicos princ pios e direitos fundamentais no trabalho e normas internacionais do trabalho oportunidade de emprego e renda prote o social e seguridade social di logo social e tripartismo Significa a promo o de oportunidades para mulheres e homens a fim de que obtenham trabalho decente e produtivo em condi es de liberdade equidade seguran a e dignidade humana A sua concep o est fulcrada na hip tese de que condi es de trabalho e emprego est o inseridas dentro de um amplo contexto econ mico pol tico e social e dependem n o apenas da legisla o trabalhista mas tamb m de uma sociedade ab
188. aria Soares de Moraes Recurso Ordin rio 0076800 05 2005 5 01 0014 Direito Processual Civil e do Trabalho Forma o Suspens o e Extin o do Processo Legitimidade para a Causa Legitimidade para Propositura de A o Civil P blica Desembargador Federal do Trabalho Jos Nascimento Araujo Netto Recurso Ordin rio 0155800 25 2009 5 01 0043 Direito do Trabalho Dura o do Trabalho Intervalo Intrajornada iee Desembargadora Federal do Trabalho Mery Bucker Caminha Recurso Ordin rio 0051600 16 2008 5 01 0038 Direito do Trabalho Trabalho com Prote o Especial Mulher iiiiieeeterieereeaes Desembargador Federal do Trabalho Fl vio Ernesto Rodrigues Silva Recurso Ordin rio 0000621 31 2010 5 01 0054 Direito do Trabalho Responsabilidade Civil do Empregador Empregado Indeniza o por Dano Moral Ass dio Moral iii erireeeearerearaeeeeaartaananeeaa Desembargador Federal do Trabalho Jorge Fernando Gon alves da Fonte Recurso Ordin rio 0120200 22 2008 5 01 0028 Direito Processual Civil e do Trabalho Forma o Suspens o e Extin o do Processo Legitimidade para a Causa Legitimidade para Propositura de A o Civil P blica Desembargador Federal do Trabalho Evandro Pereira Valad o Lopes Recurso Ordin rio 0012900 66 2006 5 01 0223 Direito do Trabalho Responsabilidade Civil do Empregador Empregado Indeniza o por Dano Moral Coletivo ie teerrereeereententa
189. as Bastos Cunha diretor da Escola Judicial Maria de Lourdes Sallaberry presidente do TRT RJ e o juiz Andr Villela presidente da Amatrai da esquerda para a direita 28 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o GRANDES TEMAS Trabalho decente Grandes Temas Trabalho decente Mem ria da Justi a do Trabalho MEM RIA DA JUSTI A DO TRABALHO SA TRIBUNAL REGIONAL 0O TRABALHO A 5 ANEOO Processo TRT 455 48 AC RD O N o po e o empregado entrszar so a bri by deiras na hora e local de servi o quanto mais se dal puderem resultar conssquenci prejudiciais aos interesses da empresa Vistos e relatados stes autos de re ur so ordin rio Perante a Quinta Junta de Concilia o o Julgamen to Orisostomo da Silva reclamou contra a 5ditora Paulo de A zovsdo Ltda Indeniza o aviso pr vio f rias e sal rios re tidos Contestando a reclamada disse que o dispensara por ter sido o respons vel pelo desaparecizento de diversos fardos co cadernos sondo a denuncia de um dos empregados MM Junta consi erou que da apurada analise dos depoimentos prestados concluira n o ter ocorrido apropria o indebita alguma mas tu do se resumira numa brincadeira O Reclamante passundo com uma pilha de cadernos junto ao garoto que fisculizava q servi o ti rara um dos pacotes que levava dizento lhe que s contasse a algu m nelo bateria Levou o cacote at um arm rio das proximi dades o imediata
190. as aos trabalhadores em geral Nesse sentido a Conven o sobre a Elimina o de todas as Formas de Discrimina o contra a Mulher aprovada pela ONU em 1974 preceituou que os direitos relativos ao emprego deveriam ser assegurados em condi es de igualdade entre homens e mulheres art 11 No mesmo instrumento previu se que medidas destinadas a proteger a maternidade n o seriam consideradas discriminat rias art 42 8 29 Tudo isso entendemos demonstra uma clara aplica o dos conceitos de igualdade formal e material prote o do trabalho feminino pois ao mesmo tempo em que se asseguram na lei condi es id nticas de trabalho a homens e mulheres ressalvam se as caracter sticas diferenciadas que existem entre eles Dessa feita 14 BARROS Alice Monteiro de A mulher e o direito do trabalho S o Paulo LTr 1995 ps 135 e 136 15 S SSEKIND Arnaldo Curso de Direito do Trabalho 2 ed S o Paulo LTr 2002 p 508 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o 65 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas protegem se as mulheres de arbitrariedades de n tido car ter discriminat rio ou seja d se tratamento desigual a situa es de desigualdade e na medida dessa desigualdade Um exemplo claro disso s o as normas protetivas maternidade Por outro lado observa se que uma superprote o tampouco se revela sempre ben fica visto que a imposi o de limita es para o trabalho feminino em
191. as s o dias de repouso semanal remunerado logo eles devem ser considerados na fixa o do divisor Nos termos da S mula de 124 do C TST verbis Banc rio Hora de sal rio Divisor mantida Res 121 2003 DJ 19 20 e 21 11 2003 Para o c lculo do valor do sal rio hora do banc rio mensalista o divisor a ser adotado 180 cento e oitenta Efetivamente a jornada declinada na inicial e confirmada nos depoimentos da empregada e da testemunha era das 9 s 19h de segunda a sexta logo houve excesso quando se fixou a jornada como sendo das 7 s 19h Est correta a senten a quanto aos s bados trabalhados As licen as pr mios devem ser quitadas com base na remunera o da reclamante conforme o disposto no art 41 do Regulamente de Pessoal fl 346 segundo vol E da remunera o fazem parte as horas extras O art 54 fl 347 2 vol enuncia o que remunera o mas em momento algum se determina a sua aplica o ao c lculo do art 41 Ali s sequer est o no mesmo cap tulo Correta a decis o que determinou a repercuss o das habituais horas extras nas licen as pr mios Quanto base de c lculo das horas extras nela devem estar inclu das todas as parcelas de natureza salarial e n o apenas o ordenado como parece crer a empregadora A decis o apenas fez cumprir o pac fico entendimento expresso na S mula de n 264 do C TST N o h na lei nada que diga o contr rio j que em nenhum texto legal est dito que
192. bora estivesse afastado das suas atividades que seu afastamento ocorreu por aproximadamente 6 meses Informa ainda que ap s o mesmo teve um folga de aproximadamente 35 dias folga essa prevista na norma coletiva para o empregado que fica embarcado por igual prazo grifei trecho do depoimento de fl 86 Vale transcrever tamb m os registros dos atestados m dicos emitidos logo ap s o acidente Les o complexa do polegar direito Operado em 15 10 07 Ferida evolu da satisfatoriamente Dever ser submetido a novo procedimento cir rgico no final do m s de novembro primeiro documento de fl 13 O paciente Pablo realizou 06 sess es de fisio onde se obteve melhora do edema e da mobilidade Solicito mais 05 sess es a fim de reestruturar a fun o normal do polegar segundo documento de fl 13 Atesto para os devidos fins que o paciente Pablo M de Oliveira realizou 10 ss de fisioterapia no per odo de 07 01 a 18 01 e esteve sob os meus cuidados terceiro documento de fl 13 Em depoimento pessoal o reclamante informou que recebeu a CAT somente no momento de sua demiss o fl 86 H que se levar em conta que a garantia de emprego prevista no artigo 118 da Lei n 8 213 91 tem por finalidade preservar ainda que provisoriamente o emprego daquele que tenha sofrido acidente de trabalho ou sido acometido por doen a ocupacional Trata se de limita o do direito potestativo de dispensar imotivadamente o empregado
193. bre frase veiculada no artigo 41 da Constitui o da OIT le travail ne droit pas etre consider simplement comme une marchandise ou un article de commerce Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 109 Tese de Doutorado viola o de sua dignidade O car ter probabil stico e n o determin stico justifica se porque vislumbramos situa es em que a aus ncia de pagamento do sal rio ou o atraso continuado quanto a referido pagamento afeta direitos de bem estar do trabalhador e de forma associada o livre desenvolvimento de sua personalidade apenas de forma rarefeita sem traduzir efetiva vulnera o devida considera o de sua dignidade J n o se trata aqui de verificar preju zos manuten o ou tampouco aos direitos mais elementares de bem estar do trabalhador situa es estas sim determin sticas pois encerram inequ voca vulnera o dignidade mas de investigar em que medida o bem estar e o livre desenvolvimento da personalidade aqui compreendidos os h bitos os projetos pessoais os sistemas de vida devem estar contemplados dentro de par metros de razoabilidade como manifesta es do princ pio direito devida considera o da dignidade Indiscutivelmente um atraso salarial parcial que torne invi vel a compra ou manuten o de um iate gera a frustra o dos planos pessoais do trabalhador impedido de desfrutar do bem estar que a aquisi o lhe proporcionaria No en
194. bui o para se alcan ar t o elevado objetivo atrav s dos ltimos noventa anos tem sido decisiva Os esfor os da OIT para uniformizar os padr es trabalhistas ao redor do planeta n o encontram paralelo no contexto internacional e como consequ ncia trabalhadores t m obtido melhores condi es de trabalho em todos os lugares Prova viva dessa afirma o o grande n mero das suas normas trabalhistas internacionais e respectivas ratifica es at hoje N o alcan amos uma situa o perfeita ainda especialmente em raz o da triste realidade dos trabalhadores em muitos pa ses pobres Entretanto se n o fosse pela contribui o da OIT n s certamente viver amos em um mundo com menos justi a social e mais desigualdades E como o seu atual diretor geral Juan Somavia disse Trabalhar por justi a social mais do que apenas o tema do nosso nonag simo anivers rio a nossa avalia o do passado e o nosso compromisso para o futuro 19 SHOTWELL James T Introduction to the origins of the ILO USA Columbia University Press 1934 Tradu o livre 20 INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION Dispon vel em lt http www ilo org wcmsp5 groups public dgreports dcomm documents publication wcms 101192 pdf gt Acesso em 25 jan 2009 Tradu o livre Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o 41 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Aviso pr vio proporcional ao tempo de servi o V li
195. bunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 87 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas economia sustent vel e ambientalmente segura exigir um empenho significativo e idealmente uma vontade pol tica a n vel global e a es coordenadas OIT 2012 Mais ainda os autores partem da premissa de que sem a devida visibilidade s quest es de sa de e seguran a dos trabalhadores o trabalho nunca ser decente a economia nunca ser suficientemente verde e n o existir sustentabilidade para o desenvolvimento Trabalho decente Com essa contextualiza o partimos do entendimento de que trabalho decente aquele capaz de garantir uma vida digna exercido em condi es de liberdade e equidade de forma segura e saud vel e remunerado de forma a assegurar o acesso aos bens e servi os essenciais realiza o profissional e plena cidadania O conceito de trabalho decente foi formalizado pela OIT em 1999 e sintetiza a sua miss o hist rica de promover oportunidades para que homens e mulheres possam ter um trabalho produtivo e de qualidade em condi es de liberdade equidade seguran a e dignidade humanas como condi o fundamental para a supera o da pobreza a redu o das desigualdades sociais a garantia da governabilidade democr tica e o desenvolvimento sustent vel OIT 2006 A promo o do trabalho decente constitui tamb m uma prioridade pol tica do Governo brasileiro assim como dos demais governo
196. ce que o trabalho art stico infantil pode ser autorizado excepcionalmente por um alvar judicial Esse documento oficial utilizado geralmente nos casos do trabalho de ator atriz nas novelas ou de participa es de menores na m dia televisiva em geral Nas outras hip teses de atua o de crian as em mat ria publicit ria ou em figura o nos canais de televis o utiliza se um mero termo de cess o de uso de imagem assinado pelos pais O art 8 item 1 da Conven o 138 da OIT estabelece o seguinte A autoridade competente ap s consulta com as organiza es de empregadores de trabalhadores concernentes se as houver poder mediante licen as concedidas em casos individuais permitir exce es para a proibi o de emprego ou trabalho provida no Artigo 2 desta Conven o para finalidades como participa o em representa es art sticas No que se refere fiscaliza o do trabalho a compet ncia do Minist rio do Trabalho e Emprego MTE por meio das Delegacias Regionais do Trabalho DRTs vinculadas ao MTE cuja a o priorit ria o recebimento de den ncias de explora o de crian as e adolescentes no trabalho Perante a not cia de descumprimento de uma norma trabalhista por interm dio de seus agentes os auditores fiscais do trabalho elas verificam se o trabalho do menor se encontra enquadrado nas leis al m de alertarem os empregadores sobre a sua observ ncia 1 Servidora do Tribunal Regio
197. cess o isonomia Artigo 58 inciso da Constitui o Federal A observ ncia do princ pio da isonomia sup e igualar iguais medida que se igualam e desigualar desiguais medida que se desigualam Partindo dessa premissa como bem destaca o ac rd o recorrido dadas as condi es fisiol gicas das mulheres n o h impedimento para o reconhecimento do direito ao intervalo na hip tese de jornada em sobretempo N o viola o princ pio da isonomia tampouco o artigo 5 inciso da Constitui o Federal dispositivo que o assegura decis o de Tribunal Regional do Trabalho que mant m condena o a pagamento de horas extras fundada na inobserv ncia do intervalo assegurado no artigo 384 da CLT para presta o do servi o da mulher em jornada de sobretempo RR 238600 41 2006 5 09 0028 DEJT 09 4 2010 Emmanoel Pereira Ministro Relator Embargos Intervalo do art 384 da CLT Recep o pela Constitui o de 1988 O Tribunal Pleno desta Corte no julgamento do TST IIN RR 1 540 2005 046 12 00 5 em 17 11 2008 decidiu que o art 384 da CLT foi recepcionado pela Constitui o da Rep blica S o assim devidas horas extras pela n o concess o do intervalo nele previsto Embargos conhecidos e desprovidos E RR 46500 41 2003 5 09 0068 Maria Cristina Irigoyen Peduzzi Ministra Relatora DEJT 12 3 2010 Intervalo do artigo 384 da CLT A controv rsia em torno da adequa o constitucional do art 384 da CLT veio
198. cificando que os juros ser o simples de 1 ao m s como determina a Lei n 8 177 91 Quanto corre o monet ria ressalvado o entendimento do ju zo a quo perfilho a S mula n 381 do Colendo TST verbis Corre o monet ria Sal rio Art 459 da CLT convers o da Orienta o Jurisprudencial n 124 da SDI 1 Res 129 2005 DJ 20 4 2005 O pagamento dos sal rios at o 5 dia til do m s subsequente ao vencido n o est sujeito corre o monet ria Se essa data limite for ultrapassada incidir o ndice da corre o monet ria do m s subsequente ao da presta o dos servi os a partir do dia 1 ex OJ n 124 Inserida em 20 4 1998 Com efeito o artigo 459 8 1 da CLT estabelece que o pagamento do sal rio pode ser efetuado at o quinto dia til do m s subsequente ao da presta o de servi os N o h base legal para se aplicar ndice de atualiza o relativo ao m s vencido por n o estar ainda constitu do em mora o empregador consoante legisla o civil Recurso da reclamante Do divisor 150 Nego provimento A autora pugna pela aplica o do divisor 150 porque o s bado dia de repouso como assegurado pela norma coletiva Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 171 Decis es da 22 Inst ncia Ora a reclamante foi contratada para trabalhar 36h por semana o que se traduz no divisor 180 A concess o do s bado como dia de repouso pactuada em norma coletiva
199. cio Soares da Cunha Marcos Antonio Palacio Alexandre Teixeira de Freitas Bastos Cunha Marcos Cavalcante Maria Aparecida Coutinho Magalh es C lio Jua aba Cavalcante Roque Lucarelli Dattoli Marcelo Augusto Souto de Oliveira Rildo Albuquerque Mousinho de Brito M rio S rgio Medeiros Pinheiro 1 Por ordem de antiguidade 14 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o JU ZES TITULARES Nuria de Andrade Peris Rog rio Lucas Martins Roberto Norris Claudia de Souza Gomes Freire M rcia Leite Nery Bruno Losada Albuquerque Lopes Dalva Am lia de Oliveira Marcelo Antero de Carvalho Paulo Marcelo de Miranda Serrano Ivan da Costa Alem o Ferreira Angelo Galv o Zamorano Leydir Kling Lago Alves da Cruz Giselle Bondim Lopes Ribeiro V lia Bomfim Cassar Leonardo Dias Borges Alvaro Luiz Carvalho Moreira Gl ucia Zuccari Fernandes Braga Francisco de Assis Macedo Barreto Patr cia Pellegrini Baptista da Silva Cl udia Regina Vianna Marques Barrozo Monica Batista Vieira Puglia Maria Helena Motta Jos Roberto Crisafulli Eduardo Henrique R von Adamovich Jorge Orlando Sereno Ramos Carlos Henrique Chernicharo Daniela Collomb Michetti Raquel de Oliveira Maciel Alba Val ria Guedes Fernandes da Silva L cia Maria Motta de Oliveira Barros Leonardo da Silveira Pacheco Antonio Paes Araujo Maur cio Caetano Louren o Marise Costa Rodrigues Jos Veillard Reis Cl udia Maria Samy Pereira da Silva S rgio
200. cionadas percep o pontual do sal rio entendemos tamb m ser relevante destacar o que est por detr s da pr pria institui o salarial no caso a presta o de um trabalho em favor de um terceiro que se apropria dos seus frutos Com efeito a aliena o do trabalhador quanto ao que por ele produzido somente pode se pretender explic vel luz de um correlato pagamento pecuni rio Mas n o s Conv m recordar que a presta o laboral em comento se d com a sujei o do empregado a um triplo e inelud vel poder conferido ao empregador diretivo regulament rio e disciplinar Neste ponto vale fazer refer ncia origem etimol gica do voc bulo sal rio que remonta ideia de homem que se vende subentendendo se o trabalho Decerto n o se pode desconsiderar o fato de que o trabalhador concede significativa parte de seu tempo de suas energias e em certa medida de sua pr pria sa de ou para afirm lo de maneira ainda mais radical de sua pr pria vida confiando na promessa do empregador de que ser recompensado por sua dedica o Ante a quebra de tal promessa desafortunadamente nenhum de referidos bens j poder lhe ser restitu do 28 Sobre tal disson ncia no que se refere ao poder negocial das partes contratantes na rela o empregat cia julgamos oportuna a transcri o da seguinte reflex o Certamente mal se pode falar de liberdade contratual sen o de objetiva restri
201. cis es judiciais 46 FERN NDEZ MADRID Juan Carlos Las crisis las alteraciones del contrato y el salario El Salario Estudios en Homenaje al Profesor Am rico Pl Rodr guez Montevid u Ediciones Jur dicas Amalio M Fern ndez 1987 t II p 283 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 113 DECIS ES DA 22 INST NCIA Decis es da 22 Inst ncia Recurso Ordin rio 0109600 82 2006 5 01 0004 Titula o Direito Processual Civil e do Trabalho Jurisdi o e Compet ncia Compet ncia Compet ncia da Justi a do Trabalho Palavras chave compet ncia a o civil p blica ambiente de trabalho administra o p blica Turma 42 Relator Desembargador Federal do Trabalho Luiz Augusto Pimenta de Mello Data de julgamento 09 11 2010 Publica o 03 12 2010 Compet ncia da Justi a do Trabalho A o Civil P blica Normas jur dicas assecurat rias da higiene seguran a e sa de do ambiente de trabalho A Justi a do Trabalho competente para a an lise de pretens o atinente prote o ao meio ambiente de trabalho independente do regime jur dico a que estejam submetidos os trabalhadores que prestam servi o ao recorrido Poder P blico Municipal na forma do precedente erigido pela Reclama o n 3 303 1 do STF Vistos relatados e discutidos estes autos de Recurso Ordin rio em que figuram como recorrente Minist rio P blico do Trabalho e como recorrido Munic pio do Ri
202. cis o a declara o incidental de que o r u reduz seus empregados condi o an loga de escravos bem como excluir a determina o de of cio ao Incra para provid ncias cab veis relacionadas pr tica de trabalho escravo e reduzir a condena o ao pagamento de indeniza o por danos morais coletivos para o valor de R 100 000 00 cem mil reais em favor do FAT mantidas as demais comina es contidas no r julgado do 1 grau nos termos da fundamenta o Reduzido por conseguinte o valor da condena o para R 100 000 00 com custas pelo r u de R 2 000 00 dois mil reais nos termos da Instru o Normativa n 03 93 do C TST tudo na conformidade da fundamenta o do voto do Relator Rio de Janeiro 28 de novembro de 2007 Desembargador Federal do Trabalho Carlos Alberto Araujo Drummond Relator Jos Ant nio Vieira de Freitas Filho Procurador Chefe Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 147 Decis es da 22 Inst ncia Recurso Ordin rio 0001693 45 2010 5 01 0283 Titula o Direito do Trabalho Responsabilidade Civil do Empregador Empregado Indeniza o por dano moral Palavras chave Princ pio da dignidade da pessoa humana dano moral indeniza o condi es de trabalho Turma 82 Relatora Desembargadora Federal do Trabalho Ana Maria Soares de Moraes Data de julgamento 24 5 2011 Publica o 31 5 2011 Agrisul Usina canavieira Trabalhador no corte de cana de
203. classe trabalhadora sendo incontest vel e portanto faz se caracterizada a ofensa aos direitos transindividuais de toda a coletividade trabalhadora bem como da pr pria sociedade que diretamente afetada pela sensa o de inseguran a jur dica da advinda O dano revela se na injusta les o aos bens jur dicos protegidos notadamente os direitos sociais de car ter indispon vel e umbilicalmente vinculados aos Princ pios da Dignidade da Pessoa Humana do Valor Social do Trabalho e da Liberdade de Conscientiza o Pol tica A indeniza o pelo dano moral coletivo visa a evitar a repeti o do il cito servir como meio s cio educativo e reparar a indevida les o seguran a jur dica da sociedade No mesmo sentido Recurso de revista Minist rio P blico do Trabalho Dano moral coletivo Possibilidade A o civil p blica Ofensa ao valor social do trabalho Terceiriza o il cita de m o de obra para servi os ligados atividade fim da empresa Resta definido se tratar de a o civil p blica em que o Minist rio P blico do Trabalho em face de den ncia an nima verificou que a empresa dispensou os empregados que vendem passagem terrestre e procedeu a terceiriza o il cita da referida atividade fim enunciado que os empregados eram demitidos e contratados imediatamente por prestadoras que sequer detinham capital social para suportar o nus do neg cio A repara o por dano moral coletivo visa inibi o de condut
204. co qualifica o Parquet como verdadeiro defensor do povo ao estabelecer que cabe ao Minist rio P blico zelar pelo efetivo respeito dos Poderes P blicos e dos servi os de relev ncia p blica aos direitos assegurados nesta Constitui o promovendo as medidas necess rias a sua garantia Dentre esses direitos de essencialidade inquestion vel est por sua clara natureza O direito sa de Portanto n o estamos discutindo no fundo a natureza do v nculo nem estamos em face de uma ofensa ou transgress o autoridade da decis o proferida por esta Corte em sede cautelar na a o direta de inconstitucionalidade invocada como paradigma de confronto Na realidade o Minist rio P blico legitimado ativamente ao ajuizamento da a o civil p blica invoca a prote o jurisdicional a direitos e a interesses transindividuais com apoio numa cl usula da Constitui o que lhe assegura uma das mais relevantes fun es institucionais a de atuar como verdadeiro defensor do povo O EXCELENT SSIMO SENHOR MINISTRO MENEZES DIREITO Mais grave o artigo 7 inc XXII que d como direito ao trabalhador em geral a prote o higiene e sa de g n Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 119 Decis es da 22 Inst ncia O acima exposto est sintetizado no Informativo n 489 do STF que registrou o respectivo aresto da seguinte forma Reclama o A o Civil P blica e Normas
205. conhecimento de seu status de direito fundamental aut nomo na medida em que sua falta de concre o implicaria o risco de que a dignidade se tornasse um guarda chuva em que pretensamente tudo caberia mas em detrimento da efic cia de sua cobertura sem falar no amplo espa o de subjetividade que adviria dessa situa o com a potencial utiliza o arbitr ria de tal conceito Por outro lado em rebate n o se pode desconsiderar a debilidade jur dica de que padeceriam determinados valores vinculados dignidade vincula o esta que bastaria para demonstrar sua import ncia que por n o encontrarem tradu o no conte do dos direitos fundamentais reconhecidos positivados como tal n o alcan ariam as importantes garantias neles contempladas Tendo em conta os prop sitos limitados notadamente no tocante a seu tamanho do presente texto abdicaremos de esmiu ar os caminhos que percorremos em nossos estudos para desaguar na conclus o a que chegamos sintetiz vel nos seguintes termos a dignidade n o deve ser encarada como uma esp cie de resultado global obten vel da soma das faculdades reconhecidas e garantidas pelo ordenamento devendo ser considerada como um direito fundamental espec fico e aut nomo cujo conte do se cristaliza mediante a atua o do aplicador do Direito para resolver os casos concretos Tal conclus o vai no compasso do fen meno da positiva o dos valores e princ pios pelo qual referidos valores e p
206. corresponde a um reajuste salarial Assim n o observado o regulamento empresarial inv lida a cl usula normativa que exclui os aposentados do aumento concedido porque caracterizado o tratamento discriminat rio com viola o do artigo 7 XXX da Lei Maior TRT 1 12 Turma Rel Mery Bucker Caminha 0148500 21 2008 5 01 0019 20 7 2011 50 Diferen as salariais Isonomia O fato de haver impedimento constitucional para reconhecer o v nculo de emprego com pessoa jur dica integrante da Administra o P blica Indireta n o constitui bice para o tratamento ison mico dos empregados terceirizados que executam id nticas atribui es luz do entendimento cristalizado na Orienta o Jurisprudencial n 383 do C TST que analogicamente aplica o disposto na Lei n 6 019 74 TRT 1 82 Turma Rel Ana Maria Soares de Moraes 0089300 41 2009 5 01 0054 26 7 2011 3 3 2 2 Desconfigura o de justa causa 51 Dispensa por justa causa Contradi es das provas trazidas aos autos N o conhecimento A dispensa por justa causa como pena m xima a autorizar a rescis o do contrato sem nus para o empregador deve ser provada de modo irrefut vel para deixar induvidosa a falta grave cometida pelo empregado m ngua dessa prova descaracteriza se a justa causa aplicada Recurso a que se d provimento TRT 1 12 Turma Rel M rio S rgio Medeiros Pinheiro 0001721 62 2010 5 01 0202 14 12 2011 3 3 3 Controle de jornada
207. da Marcela de Miranda Jord o Michael Pinheiro McCloghrie Luciana Muniz Vanoni Elisangela Figueiredo da Silva Maria Candida Rosmaninho Soares Raphael Viga Castro Daniel Chein Guimar es Janice Bastos Admar Lino da Silva Angelina Moreira de Sousa Costa Eduardo Almeida Jeronimo Sergio Silveira Mour o Filipe Bernardo da Silva Nilton Beltr o de Albuquerque Junior Patricia Lampert Gomes Delano de Barros Guaicurus Elisa Torres Sanvicente William Martins Fabiano de Lima Caetano Ana Paula Almeida Ferreira Adriana Leandro de Sousa Freitas Lu s Guilherme Bueno Bonin Camila Leal Lima Paulo Cesar Moreira Santos Junior 20 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o GALERIA DE FOTOS o o oh o d c 5 fe 3 v o D c o fas S v Ko a e a D Ki A q lt A inaugura o do arquivo do TRT RJ em S o Crist v o Setarq 2 no dia 4 7 2011 marca tamb m o 100 dia da nova Administra o A desembargadora Maria de Lourdes Sallaberry centro presidente do Tribunal ressalta o empenho de seus antecessores para a conquista do espa o ao lado dos desembargadores Carlos Alberto Araujo Drummond vice presidente e Ana Maria Soares de Moraes vice corregedora Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 21 Institucional Galeria de Fotos S E fe O v q D E o si E v 5 O TRT RJ representado pela desembargadora Ana Maria Soares de Moraes
208. da Beira Rio fl 116 Pelo exposto n o merece qualquer reparo a r senten a Das diferen as salariais Insurge se contra a condena o ao pagamento de diferen as salariais Afirma que pagava os sal rios dos empregados quinzenalmente em valor n o inferior ao m nimo legal com o desconto do INSS reportando se aos recibos de pagamentos acostados Aduz que referidos documentos n o foram considerados pelo MM Ju zo do primeiro grau n o obstante a aus ncia de impugna o do requerente Todavia como bem ressaltou o MM Ju zo a quo a prova documental produzida n o deixa d vidas de que o requerido colhia a assinatura dos seus empregados nos recibos de pagamento sem que estes estivessem devidamente preenchidos com os valores pagos e deduzidos conforme se verifica nos recibos salariais juntados s fls 25 35 al m de constatado pela a o fiscalizadora do Minist rio do Trabalho acompanhada pelo Minist rio P blico do Trabalho fl 68 Da referida a o restou verificado que os trabalhadores relacionados nos autos de infra o juntados s fls 50 e 57 recebiam sal rio mensal no valor de R 224 00 ou seja inferior ao m nimo legal Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 133 Decis es da 22 Inst ncia Instado a apresentar os recibos de pagamento o requerido n o o fez conforme auto de infra o de fls 70 71 n o havendo d vidas quanto m f e a inten o do empregador em obter vantage
209. da Pin n a primeira a ocupar a sua Presid ncia em 1930 a escritora Am lia Bevil qua mulher de Cl vis Bevil qua um dos fundadores da ABL a primeira mulher que tentou entrar para essa agremia o teve sua candidatura vetada porque os estatutos da entidade s se referiam a brasileiros substantivo masculino em raz o do que s poderiam nela ingressar elementos do sexo masculino MEDICINA a primeira m dica Maria Augusta Generosa Estrela diplomou se em 1882 M SICA Chiquinha Gonzaga pianista e compositora 1884 PINTURA Francisca Breves 1876 Abigail de Andrade 1884 POL TICA Antonieta de Barros primeira deputada negra eleita em 1947 Alzira Soriano elegeu se prefeita de Lage em 1928 Bertha Lutz l der do movimento pela ado o do voto da mulher em 1933 Carlota Pereira de Queiroz foi a primeira deputada federal eleita na Am rica Latina Ana Pimentel administrou a capitania de S o Vicente de 1534 a 1536 em nome de seu marido Martin Afonso de Sousa Dorothea Werneck ministra do trabalho substituiu o ministro Almir Pazzianotto em 1989 a primeira governadora do Brasil foi Roseana Sarney eleita no Maranh o em 1994 Luiza Erundina cearense a primeira mulher a eleger se prefeita de S o Paulo PSICAN LISE PSIQUIATRIA Virg niaBicudo em meados de 1900 Nise dasSilveira s culoXX SOCIAL Catarina Paragua u a primeira mulher alfabetizada que no s culo XVI questionou a escraviza o dos negros alegando q
210. da desta para o restante da vida e o nexo de causalidade o trabalho como fator que desencadeou a doen a Ficou exime de d vidas a culpa da empregadora n o apenas pela emiss o do CAT como pela afirmativa de que o trabalho se fazia em condi es inadequadas N o restou demonstrada qualquer concausa de molde a minorar essa culpa Considerando a les o e sua gravidade perda em grau leve bem como o grau de culpa e o grande poder econ mico da empregadora um dos maiores bancos do mundo o valor fixado R 30 000 00 trinta mil reais mais que adequado a reparar o dano Nego provimento 11 2 As horas extras as testemunhas a jornada fixada as reuni es o divisor o intervalo os adicionais as integra es Insatisfeitas com a proced ncia parcial do pedido de horas extras e seus reflexos recorrem reclamante e reclamada A empresa sustenta que as testemunhas s o suspeitas por litigarem em face do empregador Mas n o tem raz o A quest o est pacificada pela edi o da S mula de n 357 do C TST Ademais a despeito da leviana afirmativa de conluio entre parte e testemunha e de que esta tem vis vel interesse na demanda o certo que nada disso foi demonstrado O exerc cio de um direito constitucional n o torna ningu m suspeito e nem se pode aceitar que haja uma trama envolvendo os trabalhadores para aplicarem golpes contra a antiga empregadora Ali s a empregadora em momento algum foi capaz de comprovar
211. da lei que entre os recursos que ali se encontram arrolados avoca no inciso V outros recursos que lhe sejam destinados Das argui es apresentadas pela primeira r Da compet ncia territorial aplica o anal gica do art 93 do CDC O julgador de piso rejeitou a pretens o da parte r de restri o espacial da decis o proferida assim fundamentando Demais o art 93 da Lei 8 078 90 elege o foro Capital como o competente como no caso dos autos em sendo as les es praticadas em v rios Munic pios onde a primeira r notoriamente atua prestando servi os segunda r e esta Vara pertencer Comarca da Capital Pretende a recorrente que na hip tese de manuten o do julgado seja restrita abrang ncia da compet ncia do rg o julgador N o merece reparos a senten a quanto a esse tema espec fico A compet ncia origin ria para o julgamento de a es civis p blicas na esfera trabalhista das Varas do Trabalho fixada por dois crit rios funcional e territorial Nesse sentido a doutrina de Bezerra Leite Direito processual do trabalho Carlos Henrique Bezerra Leite 8 ed S o Paulo LTr 2010 p g 1 248 Ademais o TST firmou entendimento consubstanciado no art 93 do CDC Lei n 8 078 90 de que se o dano for regional a compet ncia ser de uma das Varas do Trabalho da Capital do Estado Nesse sentido a Orienta o Jurisprudencial n 130 da SBDI II Assim considerando os fundamentos a
212. dano moral o valor arbitrado deve se pautar pelos princ pios do bom senso e razoabilidade 216 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia A reclamante nas contrarraz es de fls 657 671 alega que deve ser mantida a senten a primitiva nos itens que foram objeto da inconformidade do empregador devendo ser rejeitada a preliminar de negativa de presta o jurisdicional que correta a condena o da reclamada nas horas extras e reflexos pois comprovado que as folhas de presen a acostadas aos autos n o refletem a efetiva jornada cumprida pela ora recorrida que n o h julgamento extra petita eis que restou comprovada nos autos a inadimpl ncia da reclamada perante as normas coletivas que deve ser mantida a condena o indeniza o dos frutos percebidos na posse da m f pois o Banco n o pagando os direitos devidos est tirando vantagem dos empr stimos que faz do dinheiro que j n o lhe pertence que devida a indeniza o de 20 sobre o valor da condena o nos termos do art 404 do CC que n o se confunde com honor rios advocat cios sendo o advogado indispens vel para a atua o do processo do trabalho bem como a indeniza o relativa ao imposto de renda por n o ter efetuado o pagamento das parcelas trabalhistas no momento oportuno Devida a indeniza o por dano moral em decorr ncia da constata o inequ voca da exist ncia de doen a do trabalho LER DORT adqu
213. de mas persistente a discrimina o entre mulheres e homens no mercado de trabalho Por mais que o contexto tenha mudado muito ao longo do s culo passado sobretudo nas ltimas d cadas e permane a em evolu o agora no s culo XXI as mulheres ainda n o alcan aram plenamente as mesmas oportunidades que os homens no acesso a certos cargos bem como n o raro deixam de ser tratadas com o mesmo valor e respeito no exerc cio de fun es an logas Os movimentos feministas que j existiam no s culo XIX mas que ganharam for a nas d cadas de 60 e 70 e foram reavivados na de 90 contribu ram com a derrubada de muitas barreiras impostas s mulheres nos mais diversos campos acesso ao voto ativo e passivo Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 63 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas direito ao aborto direito ao pr prio corpo prote o contra a viol ncia dom stica e contra o ass dio sexual entre outros barreiras estas que pareciam intranspon veis Tamb m no mbito do direito do trabalho muitas conquistas foram obtidas n o apenas no Brasil mas no mundo todo por meio de mecanismos legais e normativos de prote o e inclus o no mercado de trabalho feminino N o obstante o ideal de igualdade entre homens e mulheres nas rela es trabalhistas ainda n o foi alcan ado plenamente Tal constata o sem d vida causa esp cie considerando se que se trata de discrimina o arbitr
214. de Emprego e Trabalho Decente lan ado em 2010 ap s um amplo processo de consulta tripartite Em 2008 a OIT publicou a sua Declara o sobre Justi a Social para uma Globaliza o Equitativa Declaration on Social Justice for a Fair Globalization que consiste numa declara o de princ pios concebida com base na Declara o de Filad lfia de 1944 e na Declara o de Princ pios e Direitos Fundamentais no Trabalho de 1998 e que reflete o amplo consenso sobre a necessidade de uma forte dimens o social da globaliza o para alcan ar melhores e mais justos resultados para todos S Conforme Juan Somavia atual diretor geral da OIT Esta Declara o de 2008 reafirma a universalidade dos objetivos da OIT todos os membros da Organiza o precisam buscar pol ticas baseadas nos objetivos estrat gicos da Agenda do Trabalho Decente cria o de emprego e empreendedorismo prote o social di logo social e direitos no trabalho Ao mesmo tempo ela enfatiza uma vis o hol stica e integrada ao reconhecer que esses objetivos s o insepar veis interrelacionados e mutualmente apoiados e estabelece as normas trabalhistas internacionais como um mecanismo til para se atingir todos eles Al m da mencionada parceria com a OMC a OIT tem trabalhado com outras institui es especialmente aquelas do sistema da ONU em suas campanhas com vista a promover e implementar os princ pios e direitos fundamentais no trabalho e traba
215. de Justi a do caso concreto De todo modo do nosso ponto de vista a an lise no caso concreto de modo algum deve ser pautada pela exig ncia de comprova es cabais e tang veis acerca dos preju zos sofridos pelo trabalhador e ou seus familiares em decorr ncia do inadimplemento ou atraso continuado salarial Primeiro porque tal corresponderia a elucubrar sobre o hipot tico destino do dinheiro de que o trabalhador foi injustificadamente privado o que configuraria antes de tudo um exerc cio de profetiza o do futuro como comprovar que o x devido ao trabalhador seria destinado compra de uma fralda para sua filha Ou que na realidade seria gasto num frango assado de padaria Ou ainda que o destino efetivo daquela quantia n o recebida acabaria 38 Em nossa tese ousamos estabelecer alguns par metros objetivantes de car ter temporal dura o do inadimplemento ou de atraso e quantitativo valor inadimplido ou atrasado associ veis gravidade do descumprimento empresarial quanto ao pagamento pontual da contrapresta o salarial Dadas as limita es e prop sitos do presente estudo abdicaremo nos de adentrar aqui em tal detalhamento 39 ATS 15 de janeiro de 1993 RJ 1993 93 40 STSJ Madri 18 de julho de 1996 As 3325 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 111 Tese de Doutorado sendo a compra de livros escolares para as crian as da casa Segundo porque ainda que hipoteticament
216. de do Estado ente p blico que instituiu o Programa Jovens Pela Paz e permitiu que seus prepostos e pessoas a eles relacionadas o desvirtuassem tal como fartamente comprovado O art 37 86 da CRFB expresso ao adotar a teoria da responsabilidade objetiva do ente p blico pelos danos que os seus agentes nessa qualidade causarem a terceiros aqui tamb m inclu da a sociedade como um todo Da tutela inibit ria obriga o de n o fazer Z O pleito de letra c pela condena o do Estado do Rio de Janeiro a cumprir obriga o de n o fazer consistente em n o praticar atos de ass dio moral nas rela es de trabalho nas quais figurar como tomador direto ou indireto dos servi os prestados fixando se multa de R 10 000 00 dez mil reais por cada ato de ass dio moral que venha a ser comprovado revers vel ao Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT 192 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Tal como formulado se interpretado de forma extensiva o pleito mostrar se ia inespec fico referindo se a todo e qualquer ato que implique a configura o de ass dio moral e assim n o poderia merecer amparo em virtude da veda o legal ao proferimento de provimento jurisdicional gen rico A tutela inibit ria perseguida pelo Parquet laboral somente pode ser acatada caso interpretado o pedido restritivamente vinculando o causa de pedir que o embasa qual seja o de
217. de do ato nus do autor Al m disso n o restou demonstrado ter havido discrimina o em raz o da idade ou qualquer outro fator mas sim a fixa o de crit rios que na tica da empresa trariam menos preju zo financeiro para os empregados dispensados Inexistindo v cio a macular o ato de ades o do autor n o h falar em nulidade do ato ou em reintegra o Recurso a que se nega provimento TRT 1 82 Turma Rel Alberto Fortes Gil 0000169 47 2010 5 01 0013 30 9 2011 95 Recurso ordin rio Dano moral in re ipsa Sofre psicologicamente o homem m dio que tratado constantemente com grosseria por seu empregador no ambiente de trabalho na presen a de outros empregados e ainda obrigado por castigo a permanecer isolado na cozinha da empresa por cinco horas em raz o de ter realizado uma venda em desacordo com as normas da empresa N o importa perquirir se o reclamante est efetivamente sofrendo psicologicamente porque o dano moral aferido em compara o com o que sentiria o homem m dio se submetido situa o em tela Em outras palavras o dano moral aferido in re ipsa de acordo com as regras comuns de experi ncia TRT 1 72 Turma Rel Alexandre Teixeira de Freitas Bastos Cunha 0193300 64 2009 5 01 0225 27 7 2011 96 Recurso ordin rio Dano moral De acordo com o art 58 X da CRFB assegurado o direito de indeniza o a todos aqueles que sofrem ofensas injustas sua intimidade privacidad
218. defesa dos direitos humanos de crian as e adolescentes O evento contou com o apoio da Organiza o Internacional do Trabalho OIT e do F rum Nacional de Preven o e Erradica o do Trabalho Infantil FNPETI reunindo mais de 300 participantes entre magistrados procuradores advogados organiza es n o governamentais sociedade civil e estudantes No encontro o presidente da Anamatra Luciano Athayde Chaves ressaltou a import ncia de se discutir a compet ncia da Justi a do Trabalho nessas reas para a erradica o do trabalho infantil O vice presidente da ANPT procurador Carlos Eduardo de Azevedo Lima recordou uma velha frase melhor o jovem estar trabalhando do que roubando O presidente da Associa o de Magistrados da Justi a do Trabalho da 12 Regi o Amatra 1 juiz Andr Villela comentou que a import ncia do tema est relacionada a dois pontos extremos um condenado explora o sexual e outro glamourizado trabalho art stico Para um dos palestrantes convidados Renato Mendes coordenador nacional do Programa Internacional para a Elimina o do Trabalho Infantil Ipec da OIT ambos est o envolvidos com uma carga moralista uma de natureza sexual e outra que valoriza a est tica 74 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas O juiz do trabalho do TRT da 152 Regi o Jos Roberto Dantas Oliva destacou a import ncia da Conven
219. deve circunscrever se quantifica o do dinheiro estritamente necess rio durante determinado lapso temporal para permitir a sobreviv ncia do trabalhador e de seus familiares reduzindo a a uma simples quest o de obter uma esp cie de invent rio de necessidades elementares universais Estamos de acordo com a reflex o de que O homem medida que vai satisfazendo suas necessidades vitais mais urgentes vai descobrindo progressivamente exig ncias e valores 19 MATEO PARDO Regino La dignidad de la persona humana y su significaci n en la Constituci n espafiola de 1978 a trav s de la jurisprudencia del Tribunal Constitucional Escritos jur dicos en memoria de Luis Mateo Rodr guez Cant bria Universidad de Cantabria Facultad de Derecho Derecho P blico 1993 t p 357 358 104 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Tese de Doutorado de significa o mais elevada circunst ncia esta que longe de traduzir uma superfluidade ou excesso deve ser respaldada inclusive juridicamente como sinal de evolu o nos n veis civilizat rios de uma sociedade que se pretenda orientar rumo ao desenvolvimento tico e social Mais adiante no t pico concernente ao dano existencial voltaremos ao tema com maior profundidade Ill Considera es acerca da contrapresta o salarial O sal rio como se sabe o objeto da obriga o de retribuir o trabalhador como consequ ncia de uma rela o
220. dica Os dispositivos legais indicados e os arestos colacionados no apelo encontram bice na S mula 333 do TST e no 8 4 do art 896 da CLT em face do entendimento trang ilo desta Corte em rela o ao tema Agravo de instrumento n o provido 2 TERCEIRIZA O IL CITA SERVI OS ATIVIDADE FIM LEGALIDADE COOPERATIVA ENFERMEIROS M DICOS SOCIEDADE COOPERATIVA A O CIVIL P BLICA A natureza da rela o jur dica entre o trabalhador e a cooperativa ou entre o trabalhador e o tomador de servi os determinada pela realidade espelhada no conjunto f tico probat rio do processo No caso o quadro f tico delineado pelo ac rd o regional conduz ao entendimento de que revelam a exist ncia de terceiriza o da atividade fim dos recorrentes fora das hip teses previstas na orienta o jurisprudencial sedimentada na S mula 331 do TST A transfer ncia para terceiros de servi os que normalmente seriam feitos pelos empregados da pr pria empresa s admitida em caso de atividades complementares sua finalidade atividades meio n o sendo cab vel com rela o s atividades fundamentais do empreendimento atividades fim Vedado o reexame da mat ria em face do entendimento contido na S mula n 126 do TST Agravo de instrumento n o provido DORA MARIA DA COSTA Ministra Relatora Das argui es apresentadas pela segunda r Litispend ncia Confirma se a inexist ncia de litispend ncia vez que o instituto e
221. do o sofrimento da recorrente no que diz respeito limita o f sica que lhe foi imposta em raz o do acidente de trabalho amplamente constatado nos presentes autos Recurso Ordin rio interposto pelo reclamado s fls 563 628 Argui preliminarmente a nulidade das r decis es senten a e decis o de embargos de declara o por negativa de presta o haja vista que se deixou de apreciar aspectos trazidos a lume pela ora recorrente o que teria tornado a presta o jurisdicional insuficiente Requer o acolhimento da suspei o da testemunha da recorrida Sr2 Lucelene Tostes da Silva uma vez que esta move a o contra o Banco Recorrente restando claro o seu interesse no deslinde da causa Requer a reforma da r decis o no que concerne s horas extras e reflexos vez que evidente o mau enquadramento da prova Quanto ao intervalo intrajornada fato incontroverso nos autos que a recorrida sujeitava se jornada de seis horas estando enquadrada no caput do art 224 da CLT e o eventual excesso de jornada n o tem o cond o de alterar a jornada contratual legal a que est submetida e em consequ ncia o intervalo a que est obrigado a conceder o empregador requerendo que seja exclu do o pagamento de 30 minutos referente ao intervalo supostamento n o gozado pela recorrida Quanto multa normativa a empregadora alega que foi condenada em parcela que n o consta no rol de pedidos da autora Afirma incab vel a manuten o de sua
222. do programa Jovens pela Paz que se transmudou em aliciamento de m o de obra para atender a interesses pol tico partid rios onde se persegue a perda da fun o p blica dos agentes a suspens o de seus direitos pol ticos o pagamento de multa e a proibi o de contrata o com o poder p blico Assiste raz o ao recorrente quanto evidente suspei o das testemunhas Wilson Pinheiro Sombra e Egberto Figueira Gabry indicados como r us na a o de improbidade administrativa movida pelo Minist rio P blico do Estado do Rio de Janeiro fls 187 238 onde junto a outros diversos envolvidos s o apontados como respons veis pelo desvirtuamento do programa social institu do pelo Poder P blico o primeiro atuando como coordenador geral do programa e o segundo como outro de seus coordenadores em desvio de finalidade violadores dos princ pios da administra o p blica De fato o interesse na solu o da causa patente de nada servindo as declara es da advindas em verdadeira ofensa ao art 405 do CPC subsidiariamente aplic vel Todavia a consequ ncia da decorrente n o a anula o dos atos subsequentes tal como pretendido pelo recorrente sendo capaz de afastar o preju zo a mera desconsidera o dos depoimentos de fls 590 3 Acolho a suspei o das testemunhas cujos depoimentos se encontram s fls 590 3 todavia rejeito a pretens o anulat ria M rito Do ass dio moral Inicialmente deve ser real ado
223. dos 15 minutos que antecedem a jornada extraordin ria da mulher tudo nos termos da fundamenta o do Excelent ssimo Desembargador Relator Confirma se o valor da condena o A verba deferida tem natureza salarial Presente a Dr 2 Monica Rebane Marins pela recorrente Rio de Janeiro 26 de janeiro de 2011 Desembargador Federal do Trabalho Fl vio Ernesto Rodrigues Silva Relator 176 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Recurso Ordin rio 0000621 31 2010 5 01 0054 Titula o Direito do Trabalho Responsabilidade Civil do Empregador Empregado Indeniza o por Dano Moral Ass dio Moral Palavras chave responsabilidade civil ass dio moral dano moral indeniza o Turma 32 Relator Desembargador Federal do Trabalho Jorge Fernando Gon alves da Fonte Data de julgamento 22 6 2011 Publica o 22 7 2011 Indeniza o por danos morais A prova testemunhal produzida pela pr pria reclamada demonstrou que houve tratamento desrespeitoso do preposto para com a autora decorrente de pux o no bra o com obriga o de olhar nos olhos e ofensa como pessoa falsa caracterizando exageros por parte do preposto durante treinamento ministrado na empresa Trata se de abuso do poder diretivo do empregador Senten a do primeiro grau mantida Vistos estes autos de recurso ordin rio em que figuram como recorrente JGB Restaurante Carioca Ltda e como recorrida Silen
224. dotados pela r senten a de que as les es foram praticadas em v rios munic pios onde a primeira r atua prestando servi os segunda e ainda que a a o foi ajuizada no foro da capital do estado tendo seu curso perante uma das Varas do Trabalho fica superada a restri o espacial objeto da pretens o deduzida em raz es de recurso Ilustro com o seguinte aresto Recurso de Revista 2 A o Civil P blica mbito de efic cia da decis o O Minist rio P blico do Trabalho ajuizou a presente ACP com o objetivo de impor r que constitu sse o SESMT Servi o Especializado em Engenharia de Seguran a e em Medicina do Trabalho de acordo com a NR 4 da Portaria n 3 214 78 tendo o TRT de origem afirmado que a decis o dever surtir efeitos para outras localidades e n o apenas quela circunscrita compet ncia territorial do rg o prolator A discuss o quanto a esses limites j se encontra pacificada pela SBDI 2 do TST por interm dio da Orienta o Jurisprudencial 130 Assim se o Minist rio P blico entendia que o dano era regional deveria ter ajuizado a a o civil p blica em uma das Varas do Trabalho da Capital e n o em Barueri se entendia que o dano era de mbito nacional deveria ter ajuizado a a o no Distrito Federal conforme inclusive entendimento exarado pelo Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 161 Decis es da 22 Inst ncia artigo 93 do C digo de Defesa do Consumido
225. e o coletiva e individual Melhorias cont nuas na rea de SST v o depender de sua inclus o em todos os n veis do sistema nacional de ensino para desenvolver e consolidar uma cultura de SST no pa s Por oportuno vale citar que se encontra em fase de vota o no Congresso Nacional o Plano Nacional de Educa o para o dec nio 2011 2020 PNE 2011 2020 Na proposta inicial o Plano inclu a em suas diretrizes a forma o para o trabalho a promo o da sustentabilidade socioambiental e a promo o human stica cient fica e tecnol gica do Pa s que d o suporte s quest es relacionadas ao trabalho decente e economia verde A inser o criteriosa de conte dos de SST no PNE 2011 2020 levando em considera o a Pol tica Nacional de Seguran a e Sa de no Trabalho em vigor pode contribuir decisivamente para o salto qualitativo com que sonhamos para o pa s o qual contempla sem d vida o trabalho decente e a economia verde Refer ncias bibliogr ficas BRASIL C mara dos Deputados Legisla o Dispon vel em lt http www2 camara gov br legin fed decret 2011 decreto 7602 7 novembro 2011 611735 norma pe html gt Acesso em 26 abr 2012 BRASIL Minist rio do Trabalho e Emprego Plano Nacional de Empregos e Trabalho Decente Bras lia 2010 Dispon vel em lt http www oitbrasil org br sites default files topic decent work doc pnetd 534 pdf gt Acesso em 26 abr 2012 INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION Pro
226. e honra ou imagem TRT 1 92 Turma Rel Jos da Fonseca Martins Junior 0094700 85 2008 5 01 0243 29 7 2011 97 Recurso ordin rio Dano moral Indeniza o Para que exista o direito indeniza o decorrente de dano moral faz se necess rio que a les o seja efetiva aos direitos de personalidade do empregado O dano moral a les o de cunho n o patrimonial que atinge Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 255 Ement rio direitos da personalidade tais com honra imagem intimidade e dignidade al ados ao patamar de direitos fundamentais arts 1 inciso Ill e 52 incisos V e X da CRFB TRT 1 92 Turma Rel Jos da Fonseca Martins Junior 0168000 61 2005 5 01 0057 05 10 2011 98 Recurso ordin rio Dano moral N o pagamento das verbas rescis rias Devido O reprov vel volunt rio e inescus vel inadimplemento das obriga es trabalhistas por parte da empregadora indubitavelmente caracteriza abuso porque configura exerc cio de direito contra sua normal finalidade n o admitido no nosso ordenamento jur dico nem mesmo para direito potestativo constituindo se em ato il cito violando os direitos do empregado provocando evidente constrangimento humilha o dor e sofrimento por subjugar o mais fraco e hipossuficente pela for a econ mica e pela for a decorrente do poder diretivo patronal indevida e ilegalmente utilizadas Recurso da r a que se nega provimento TRT 1 12 Turma
227. e s fls 302 307 sem preliminares e no m rito protestando pela manuten o da senten a o relat rio VOTO Conhecimento Presentes os pressupostos objetivos de admissibilidade conhe o do recurso interposto pela reclamada M rito Das horas extraordin rias Da supress o do intervalo intrajornada O autor alega em sua inicial que trabalhava de 22 feira a domingo com uma folga semanal sem hor rio fixo mas trabalhando em m dia 10 horas por dia e sem o gozo do intervalo intrajornada A reclamada nega a jornada apontada na exordial fls 51 asseverando ser fantasiosas e inver dicas as afirma es do reclamante j que o mesmo sempre trabalhou em hor rios vari veis de acordo com a escala de servi o programada e em regime de compensa o de hor rio sendo que as guias ministeriais registravam a jornada cumprida pelo reclamante Ora uma vez admitido pela r o controle de hor rio tanto que efetuava o pagamento de horas extraordin rias vide recibos de fls 127 128 129 entre outros deveria ter juntado aos autos todos os controles de frequ ncia do per odo contratual Da an lise dos autos constata se que a r n o detinha o efetivo controle de ponto e deixou de juntar diversas guias ministeriais No m s de fevereiro de 2008 por exemplo apenas foram juntadas as guias de 21 dias fls 163 184 e no m s de mar o apenas as guias de quinze dias Outrossim do cotejo dos documentos verifica se que mesmo em
228. e em parte o pedido deduzido na pe a de ingresso para condenar a primeira r a cumprir obriga es de fazer e de n o fazer conforme pretens es demandadas nos itens a 1 4 a 1 5 a 1 6 e a 1 7 independentemente do tr nsito em julgado antecipar os efeitos da tutela fixar Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 155 Decis es da 22 Inst ncia a multa de R 1 000 00 por trabalhador em caso de descumprimento do que foi objeto de provido e a multa di ria de R 2 000 00 por trabalhador enquanto permanecer a les o a contar da ci ncia pessoal da decis o com o dep sito do produto da arrecada o a favor do Fundo de Amparo ao Trabalhador e as definitivas contidas nos pleitos b 1 4 b 1 5 b 1 6 e b 1 7 sendo a segunda r respons vel subsidiariamente pelas multas e condenar a primeira r a depositar a favor do Fundo de Amparo ao Trabalhador a quantia de R 25 000 00 corrigida monetariamente a contar da publica o daquela decis o a t tulo de repara o de danos gen ricos tudo com base nos fundamentos ent o expostos A senten a foi integrada s fls 1 209 1 210 e 1 214 em decis es quanto aos dois Embargos de Declara o opostos pela primeira r Inconformadas com o julgado as litisconsortes passivas interpuseram Recurso Ordin rio Telemar apresentou raz es s fls 1 184 1 197 ratificando as s fls 1 312 Resiste condena o subsidi ria que lhe foi imposta suscitando que o provimento fo
229. e no m rito negar lhe provimento Rio de Janeiro 28 de abril de 2010 Desembargador Federal do Trabalho Evandro Pereira Valad o Lopes Relator Ciente Jose Antonio Vieira de Freitas Filho Procurador Chefe 184 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Recurso Ordin rio 0012900 66 2006 5 01 0223 Titula o Direito do Trabalho Responsabilidade Civil do Empregador Empregado Indeniza o por Dano Moral Coletivo Palavras chave dano moral coletivo direitos coletivos a o civil p blica trabalho de menor aprendiz Turma 62 Relator Desembargador Federal do Trabalho Alexandre de Souza Agra Belmonte Data de julgamento 06 6 2011 Publica o 10 6 2011 A o Civil P blica Direitos coletivos e difusos Ass dio moral e desvirtuamento de programa social para fins eleitoreiros Trabalho de menores adolescentes e aprendizes Subsiste interesse processual em rela o ao pleito de condena o em obriga o de n o fazer Condena o em dano moral coletivo arbitrado em R 1 000 000 00 Senten a que se reforma Vistos relatados e discutidos os presentes autos de Recurso Ordin rio figurando como recorrentes o Minist rio P blico do Trabalho e o Minist rio P blico Estadual e como recorrido o Estado do Rio de Janeiro Trata se de recurso ordin rio tempestivamente interposto pelo Minist rio P blico do Trabalho em face da decis o proferida pela Ju
230. e Santos da Silva RELAT RIO Recurso ordin rio interposto pela reclamada s fls 43 57 contra a r senten a de fls 38 40 proferida pela MM Ju za K tia Emilio Louzada da 542 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro que julgou procedente em parte o pedido Sustenta a recorrente ser indevida indeniza o por danos morais uma vez que a recorrida n o se desincumbiu do nus da prova que lhe competia quanto aos fatos alegados na inicial que a prova testemunhal produzida nos autos demonstrou que havia tratamento respeitoso por parte de seu preposto nos treinamentos realizados na empresa que a pr pria recorrida declarou em seu depoimento que sequer lembrava do apelido dito impr prio quando foi chamada pelo preposto que apenas restou comprovado que o preposto tocou no bra o da recorrida solicitando sua aten o para o treinamento tendo inclusive efetuado pedido de desculpas p blico caso tivesse ocasionado algum mal estar que n o foi comprovada nos autos a alegada ofensa recorrida como pessoa falsa sendo que n o houve qualquer declara o da sua testemunha nesse sentido que o caso presente diz respeito a pequeno e moment neo transtorno sem maiores danos moral da recorrida que inclusive continuou a frequentar o Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 177 Decis es da 22 Inst ncia curso e a prestar seus servi os normalmente at o momento que no caso de manuten o da senten a deve ser reduzido o val
231. e emprego prevista no artigo 118 da Lei n 8 213 91 tem por finalidade preservar o emprego daquele que tenha sofrido acidente de trabalho ou sido acometido por doen a ocupacional Visto relatado e discutido o recurso ordin rio em que s o partes Pan Marine do Brasil Ltda recorrente e Pablo Maiton de Oliveira recorrido Trata se de recurso ordin rio interposto pela reclamada da respeit vel senten a da MM 402 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro de lavra da eminente Ju za Miriam Valle Bittencourt da Silva que julgou procedente em parte o pedido fls 99 100 Embargos de declara o opostos pela reclamada fl 102 rejeitados fl 103 Busca a recorrente a reforma do julgado do primeiro grau em rela o estabilidade provis ria do empregado acidentado Pretende a dedu o dos valores pagos fls 105 109 Preparo s fls 110 111 Contrarraz es s fls 114 116 sem preliminares Os autos n o foram remetidos ao Minist rio P blico do Trabalho por n o se configurar o relat rio hip tese de sua interven o Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 195 Decis es da 22 Inst ncia VOTO Conhecimento Conhe o do recurso por preenchidos os pressupostos legais de admissibilidade M rito Estabilidade acident ria A r senten a julgou procedente o pedido de pagamento da indeniza o substitutiva do per odo estabilit rio doze meses de sal rio na forma do artigo 118 da Le
232. e fosse poss vel relacionar os bens ou servi os de consumo cuja priva o decorreu do inadimplemento salarial resultaria tremendamente dif cil estabelecer precisa associa o entre referidos bens e servi os tornados inacess veis e a preserva o da dignidade do trabalhador a compra de uma fralda para uma beb estaria associada preserva o da dignidade ao passo que um esparadrapo n o Um frango assado sim mas um pote de sorvete para as crian as n o Livros escolares sim por m um estojo de l pis de colorir n o Qualquer tentativa de pr cataloga o aqui n o estaria justamente a caracterizar uma limita o liberdade do trabalhador em escolher como dispor de seu dinheiro Diante de tal panorama mais que tormentosa ou desproporcionada parece nos incorreta a exig ncia de provas concretas do preju zo sofrido o qual nos afigura j devidamente dotado de significativa concre o repetimos ante a singela constata o de que o trabalhador est sendo ou foi ilegitimamente privado de dispor de seu sal rio e portanto de manter seu poder aquisitivo seus h bitos de consumo seus projetos pessoais a pr pria organiza o de sua vida pessoal Todas as priva es a que nos referimos anteriormente tendem a determinar sentimentos de ang stia preocupa o desassossego tens o incomodidade incerteza e inquietude quando n o dependendo da elementaridade dos bens e servi os de cuja priva o se esteja a consid
233. e o divisor de 180 cento e oitenta e que as horas extras sejam apuradas com o adicional de 50 cinquenta por cento Ill O recurso da empregada Procedido o exame das mat rias comuns passo a apreciar o que resta do recurso da empregada primeira recorrente 111 1 A gratifica o semestral Alegando que a empresa n o poderia simplesmente reduzir ou suprimir a gratifica o que fora paga por anos conforme normas coletivas a empregada recorre da improced ncia deste pedido Mas sem raz o A viola o se houve ter se ia consumado no momento em que suprimido o pagamento note se que como apontado na r senten a n o houve redu o no valor mas a absoluta falta de seu pagamento O ato nico e o direito n o est protegido em lei logo se aplica o conte do da S mula de n 294 do C TST Assim para dizer o m nimo ter se ia consumado a prescri o total do direito Nego provimento 111 2 As comiss es por agenciamento Alegando que a empresa n o fez prova dos fatos impeditivos alegados a recorre investe contra a improced ncia do pedido Mas n o tem raz o A defesa se fez assim O reclamado jamais pagou qualquer valor a t tulo de comiss es a autora fl 211 1 vol O que se negou foi o fato constitutivo Como bem apontado na r senten a n o h qualquer prova do pagamento mesmo improcedente o pedido Nego provimento IV O recurso empresarial Resta nos o exame dos aspect
234. eceitos de igualdade e de n o discrimina o estiveram presentes nos principais instrumentos internacionais de prote o aos direitos humanos e fundamentais como segundo ilustra Alice Monteiro de Barros na Carta da Organiza o das Na es Unidas ONU de 1945 em seu art 18 inciso 3 na Declara o da Filad lfia de 1944 ao tra ar os fins da OIT em seu item Il letra a na Declara o Universal dos Direitos do Homem de 1948 em seu art 2 na Carta da Organiza o dos Estados Americanos OEA tamb m de 19487 Nessa esteira com vistas a combater tal discrimina o a OIT desde que foi criada em 1919 instituiu normas de prote o ao trabalho feminino para os seus mais diversos aspectos tais como prote o gravidez e maternidade prevista por exemplo nas Conven es n 3 e 103 e na Recomenda o n 95 No campo do trabalho noturno foram institu das entre outras normas nas Conven es n 4 41 89 e 171 Quanto ao trabalho em condi es insalubres houve as Conven es n 13 e 136 e as Recomenda es n 4 e 114 E ainda no que atine igualdade de oportunidades e de tratamento temos a Conven o n 111 entre outras Todas essas normas buscaram assegurar a inser o da mulher no mercado de trabalho considerando o tratamento machista e discriminat rio que predominava ao mesmo tempo em que protegia a realiza o desse trabalho Tiveram como base o reconhecimento de que havia em certos casos a n
235. ecent work como conceituada e utilizada pela OIT na l ngua inglesa traduziu se em Portugal como trabalho digno e no Brasil como trabalho decente 88 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Outros f runs internacionais t m dedicado especial aten o a determinados aspectos do trabalho decente seja priorizando as a es de combate ao trabalho infantil e ao trabalho escravo seja promovendo uma pol tica de respeito igualdade no mundo do trabalho em especial no mbito do Mercosul Al m disso o Conselho Econ mico e Social das Na es Unidas Ecosoc elegeu a cria o de um ambiente no mbito nacional e internacional que propicie a gera o de emprego pleno e produtivo e de trabalho decente para todos e suas consegiu ncias sobre o desenvolvimento sustent vel como tema central da agenda de suas sess es de alto n vel realizadas em Nova York nos dias 4 e 5 de abril de 2006 OIT 2006 MTE 2010 No Brasil a promo o do trabalho decente passou a ser um compromisso assumido entre o Governo brasileiro e a OIT desde junho de 2003 com a assinatura pelo ent o presidente da Rep blica Luiz In cio Lula da Silva e pelo diretor geral da OIT Juan Somavia do Memorando de Entendimento que previa a cria o de um Programa Especial de Coopera o T cnica para a Promo o de uma Agenda Nacional de Trabalho Decente em consulta s organiza es de empr
236. ecessidade de prover s mulheres ambiente mais prop cio para o desempenho eficiente de suas tarefas o que passava pela estipula o de algumas restri es ao trabalho feminino como forma de prote o Contudo devido ao crescimento acentuado da participa o das mulheres em cursos de forma o profissional e sua contrata o crescente para os mais diversos cargos notou se que muitas das normas protetivas anteriormente criadas tornaram se dispens veis e at mesmo indesej veis tendo em vista que passaram a disseminar discrimina o inversa na medida em que concediam vantagens s mulheres n o extens veis aos homens num momento em que elas j n o se faziam necess rias Em virtude disso segundo S ssekind a OIT revendo sua posi o inicial passou a pautar suas diretrizes em torno de duas preocupa es fundamentais a primeira de garantir igualdade de oportunidades e de tratamento no acesso qualifica o ao emprego e tomada de decis es e de lograr a igualdade de condi es no que se refere aos sal rios vantagens seguridade social e presta es de car ter social relacionadas com o emprego a segunda de proteger a mulher trabalhadora em especial quanto s condi es de trabalho que possam representar riscos para a gestante Ou seja pelo prisma da igualdade percebeu se que muitas das normas protetivas n o mais se justificavam e que muitas vantagens antes concedidas apenas s mulheres deveriam ser garantid
237. eclamante certo que a prova testemunhal produzida pela pr pria reclamada demonstrou que houve tratamento desrespeitoso do preposto com a autora decorrente de pux o no bra o com obriga o de olhar nos olhos e ofensa como pessoa falsa caracterizando exageros por parte do preposto durante treinamento ministrado na empresa Trata se de abuso do poder diretivo do empregador A segunda testemunha da reclamada relatou fato ocorrido em sua sala de trabalho referente ao estado emocional da reclamante logo ap s o incidente ao declarar que a autora estava nervosa e chorando fl 35 Em seguida o pr prio acusado do tratamento desrespeitoso prestou depoimento como primeira testemunha da r confirmando o fato de que pegou no bra o da autora bem como a ofensa pela express o pessoa falsa declarando que 178 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia treinava o grupo de empregados da r e fez uma cobran a de resposta autora e notou que ela estava dispersa ent o aproximou se tocou lhe o bra o e pediu que prestasse aten o que a autora solicitou que ele lhe soltasse o bra o e saiu do restaurante que a gerente da loja teria dito ao depoente que a autora n o gostava que lhe olhassem nos olhos e tinha reclamado disso por isso a testemunha mencionou a express o falsa fl 34 O poder diretivo permite que haja cobran a por parte do empregador da produ
238. eclamante deixa claro que quem era seu superior hier rquico era a supervisora Sr2 Marcia funcion ria da primeira r e n o o Sr Geraldo Magela suposto ofensor Todos os depoimentos confirmaram n o estar a reclamante diretamente subordinada ao ofensor n o se justificando a submiss o da mesma a tal fato Sequer tomou conhecimento dos fatos dos quais soube quando recebeu a comunica o para prestar depoimento no inqu rito policial Dano moral n o houve pois quando veio a tomar ci ncia tomou medida dr stica tratou de tirar o referido empregado de seu quadro antes mesmo que fosse apurado se as alega es da reclamante eram ou n o verdadeiras N o se nega a gravidade dos fatos mas c moda a postura da autora que n o toma qualquer provid ncia n o relata os fatos sofridos ao empregador ou ao tomador e ap s a dispensa busca uma indeniza o A reclamante permaneceu laborando para a primeira reclamada nas depend ncias da segunda reclamada por mais dezenove meses Se dano houve restringiu se ao mbito f sico A suposta dor afli o decep o e sofrimento foram mitigados pelo tempo O alegado ass dio sexual se existiu n o foi presenciado por ningu m n o restando provado O autor da suposta infra o aceitou proposta feita pelo Minist rio P blico como lhe faculta a Lei 9 099 95 sem admiss o de culpa ou de responsabilidade civil
239. efetuados n o podem subsistir uma vez que n o veio aos autos substrato probat rio do qual se possa constatar que o demandante efetivamente tenha aceitado a realiza o desses descontos circunst ncia que deixa desatendidos os artigos 818 da CLT e 333 inciso Il do CPC Nego provimento ACORDAM os Desembargadores que comp em a Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o por unanimidade conhecer do recurso interposto pela reclamada e no m rito negar lhe provimento para na forma da fundamenta o manter ntegra a decis o Rio de Janeiro 5 de julho de 2011 Desembargadora Federal do Trabalho Mery Bucker Caminha Relatora 168 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Recurso Ordin rio 0051600 16 2008 5 01 0038 Titula o Direito do Trabalho Trabalho com Prote o Especial Mulher Palavras chave discrimina o mulher intervalo hora extra Turma 102 Relator Desembargador Federal do Trabalho Fl vio Ernesto Rodrigues Silva Data de julgamento 26 01 2011 Publica o 1 02 2011 Recurso ordin rio Intervalo de 15 minutos Horas extras da mulher A Constitui o da Rep blica veda a discrimina o sexual mas n o impede o reconhecimento das not rias diferen as f sicas entre os g neros O artigo 384 da CLT foi recepcionado pela Carta Pol tica porque visa a resguardar a mulher levando se em conta suas caracter sticas pr prias
240. egadores e de trabalhadores Esse documento estabelece quatro reas priorit rias de coopera o a gera o de emprego microfinan as e capacita o de recursos humanos com nfase na empregabilidade dos jovens b viabiliza o e amplia o do sistema de seguridade social c fortalecimento do tripartismo e do di logo social d combate ao trabalho infantil e explora o sexual de crian as e adolescentes ao trabalho for ado e discrimina o no emprego e na ocupa o MTE 2010 De acordo com o Memorando de Entendimento caberia a um comit executivo composto pelos diversos minist rios e secretarias de Estado envolvidos com os temas aludidos e coordenado pelo Minist rio do Trabalho e Emprego MTE a responsabilidade pela formula o de projetos nas reas priorit rias de coopera o bem como a tarefa de mobilizar os recursos t cnicos e financeiros necess rios para a sua implementa o monitoramento e avalia o Dando seguimento a essa iniciativa o Governo brasileiro e a OIT em consulta s organiza es de empregadores e de trabalhadores elaboraram a Agenda Nacional de Trabalho Decente MTE 2010 A defini o das prioridades da Agenda Nacional de Trabalho Decente levou em considera o os eixos program ticos previstos no Plano Plurianual PPA 2004 2007 e os resultados apresentados no Relat rio Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Mil nio bem como os objetivos da Agenda Nacional de
241. egal de seguran a 2 Incontroverso nos autos que o empregado companheiro da autora veio a bito enquanto prestava servi os para a reclamada restaurando uma rede el trica sobre uma cesta a rea e que o acidente que levou 258 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Ement rio ao falecimento do empregado ocorreu em raz o do choque violento de um caminh o tipo ba frigor fico com a cesta a rea em que estava o empregado 3 N o h nos autos qualquer men o sobre a exist ncia de qualquer material de sinaliza o que tenha sido atingido pelo caminh o que se chocou com a cesta a rea Caso realmente o local estivesse corretamente sinalizado o local da estrada abaixo da cesta a rea tamb m deveria estar isolado de forma que qualquer ve culo mais alto fosse obrigado a desviar e n o se chocar com a cesta a rea 4 Enquanto a cesta a rea se encontrava na copa das rvores em uma regi o sem ilumina o a pista que se encontrava abaixo da cesta n o possu a qualquer indica o ou sinaliza o da exist ncia da cesta a rea logo acima o que tamb m restou conclu do quando do laudo pericial elaborado pela autoridade policial 5 Assim n o h como se afastar a culpa do empregador eis que n o providenciou em sua totalidade os esfor os e procedimentos de seguran a a ponto de garantir a integridade do seu empregado quando operando uma cesta a rea sobre uma pista automotiva 6 O dano est nsito na p
242. elada S devido o aviso pr vio proporcional ao tempo de servi o aos contratos extintos ap s a data de vig ncia da Lei n 12 506 11 pois as leis n o t m efeito retroativo e n o podem atingir situa es j consumadas antes de sua exist ncia e efic cia Aviso pr vio proporcional ao tempo de servi o rec proco O aviso pr vio tem a finalidade de preparar as partes para o t rmino do contrato Visa a conceder parte inocente o tempo necess rio para procurar novo emprego se o trabalhador for o notificado ou um substituto para o demission rio se o empregador for o notificado Dessa forma o direito ao prazo seja ele de 30 dias ou mais rec proco isto o empregado que conta com 21 anos de casa e pede demiss o deve conceder ao seu patr o um aviso pr vio de 90 dias permitindo que ele tenha mais tempo para buscar e treinar outro trabalhador a fim de substitu lo Esse racioc nio foi aplicado quando a Constitui o majorou de 8 oito para 30 trinta dias o aviso pr vio inciso XXI do artigo 7 pois o prazo de oito dias foi revogado tanto para o empregado quando for o notificado da despedida quanto para o empregador quando for a parte denunciada Saliente se que os dois incisos do artigo 487 da CLT estabeleciam o prazo de oito dias se o pagamento do empregado fosse efetuado por semana ou tempo inferior o inciso n o foi recepcionado pela CR e de 30 dias inciso Il para os que recebiam por quinzena ou m s o
243. em estar e do livre desenvolvimento da personalidade dada a complexidade da realidade f tica em que estamos operando Realmente o exame da eventual viola o da dignidade passa pela pondera o de uma multitude de fatores din micos inter relacion veis Entre eles ocorre nos destacar sem nimo exaustivo os seguintes e o valor inadimplido ou continuadamente atrasado e a compara o entre o valor inadimplido ou continuadamente atrasado e o valor total do sal rio nas hip teses de inadimplemento ou atraso de parte do sal rio e a dura o do inadimplemento ou do atraso continuado salarial e o ndice de recorr ncia e repeti o quanto ao inadimplemento ou atraso continuado em quest o que podem dar se de forma consecutiva ou intermitente ao longo dos meses Nesse aspecto cabe ainda cotejar tal periodicidade com o pr prio per odo de dura o do contrato de trabalho 110 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Tese de Doutorado e as cargas familiares relacionadas ao trabalhador que padece com o inadimplemento ou atraso continuado salarial a exist ncia ou n o de c njuge e ou de filhos dependentes bem como a considera o quanto exist ncia de outros ingressos pecuni rios naquela renda familiar espec fica e os par metros de custo de vida na regi o geoecon mica habitada pelo trabalhador e as necessidades e h bitos de consumo ordinariamente atrelados ao trabalhador e seus familiares
244. emas Trabalho decente Doutrinas 3 fortalecer os atores tripartites e o di logo social como um instrumento de governabilidade democr tica As suas linhas de a o contemplam tamb m as condi es de trabalho e enfatizam a import ncia da implementa o de uma Pol tica Nacional de Seguran a e Sa de no Trabalho recentemente oficializada pelo Decreto 7 602 de 7 de novembro de 2011 a identifica o de mecanismos e o desenvolvimento de a es voltadas garantia de um ambiente de trabalho seguro e saud vel como enunciado pela OMS Nosso interesse volta se especialmente identifica o dos espa os e oportunidades para a promo o da seguran a e sa de no trabalho dentro ou sob o escopo do trabalho decente apegados ao entendimento de que o trabalho para ser decente ou digno na vers o portuguesa deve antes de tudo ser seguro e saud vel Saud vel aqui na acep o da OMS significa favorecedor da sa de ou prop cio aos prop sitos de sa de das pessoas Outra forma de expressar esse entendimento afirmar que a promo o da seguran a e sa de no trabalho e a garantia de que os seus respectivos ambientes e condi es al m de n o serem insalubres pelo contr rio s o favorecedores e promotores de sa de constituem condi o sine qua non da dec ncia ou dignidade do trabalho Economia verde e emprego verde Na perspectiva do Programa das Na es Unidas para o Meio Ambiente Pnuma a ec
245. entar Houve afronta ao art 468 da CLT e desrespeito ao princ pio de que os benef cios habituais e cont nuos incorporam se em definitivo ao patrim nio jur dico do trabalhador TRT 1 22 Turma Rel Patr cia Pellegrini Baptista da Silva 0001498 78 2010 5 01 0471 13 12 2011 2 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO 2 1 Jurisdi o e Compet ncia 2 1 1 Compet ncia 2 1 1 1 Compet ncia da Justi a do Trabalho 9 A o civil p blica Compet ncia da Justi a do Trabalho A compet ncia da Justi a do Trabalho n o se restringe mais s rela es disciplinadas pela CLT mas se estende a toda e qualquer rela o que tenha como objeto o trabalho humano bastando para a fixa o da compet ncia da Justi a do Trabalho que a causa de pedir e o s pedido s sejam oriundos ou decorrentes de uma rela o de trabalho Se o meio ambiente do trabalho o local onde as rela es de trabalho se desenvolvem evidente que as a es sobre esse tema s o da compet ncia material desta Especializada sendo de todo irrelevante o fato de os trabalhadores prejudicados serem submetidos a regime celetista ou estatut rio TRT 1 92 Turma Rel Ant nio Carlos de Azevedo Rodrigues 0091500 80 2009 5 01 0002 02 9 2011 2 1 1 2 Acidente de trabalho 10 Acidente do trabalho Responsabilidade civil do empregador Dano decorrente do meio ambiente do trabalho Entre os direitos fundamentais do trabalhador insere se indiscutivelmente o de
246. ente Doutrinas At a d cada de 1940 grande foi a resist ncia para se admitir a inscri o de mulher nos concursos para a magistratura A hoje ministra do Superior Tribunal de Justi a STJ Eliana Calmon em declara es revista da Anamatra de 2010 narrou ter encontrado grande resist ncia quando assumiu em Pernambuco o cargo de Procuradora da Rep blica A desembargadora aposentada do Tribunal de Justi a do Estado do Rio Grande do Sul TJRS Maria Berenice Dias entrevistada por um jornal paulistano relatou que nos anos 70 quando mulheres n o podiam nem se inscrever no concurso teve de brigar muito para se tornar ju za A Lei 5 473 de 10 de julho de 1968 que inquinava de nulidade todas as disposi es e provid ncias que criassem discrimina es entre os sexos para provimento de cargos sujeitos sele o nas empresas p blicas ou privadas n o impediu que durante muitos anos a admiss o de mulheres na magistratura fosse barrada sistematicamente sobretudo no exame psicot cnico dada a sua natureza subjetiva S na d cada de 40 o Itamaraty passou a admitir a inscri o de mulheres em seus concursos O cargo de Ju za do Trabalho no Brasil foi ocupado pela primeira vez por Neuzenice de Azevedo Barreto Kustner empossada em mar o de 1957 Seguiram como integrantes dos Tribunais Regionais do Trabalho as ju zas Alcina Surreaux e Sem ramis Ferreira e Lygia Sim o Oliveira 1973 respectivamente da 42 e 82 Regi es q
247. ente p e se a resguardar a institui o banc ria sem procurar extirpar o mal n o promovendo a integridade moral e tica no ambiente de trabalho Desta forma o entendimento da Oitava Turma seguindo o voto da ministra Dora Maria da Costa foi o de que com a determina o do pagamento pelos danos morais buscou se adequar a responsabilidade ostentada pelos empregadores Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia enquanto part cipes e fomentadores do contrato social e dos valores sociais do trabalho Reformou a senten a da Vara do Trabalho apenas quanto ao valor reduzindo de 50 mil para 30 mil reais TST RR 1900 69 2005 5 12 006 Confrontando se o caso analisado pela Corte Superior com o relatado nestes autos confirmo a razoabilidade do quantum indenizat rio aqui fixado A uma porque conduta grave como expressamente reconhecido pela pr pria recorrente fato que insere o dano nos limites do inciso Ill do artigo 7 do citado projeto de lei A duas porque aqui como salientado estou diante de evidente intermedia o de m o de obra enquanto l comprovada terceiriza o l cita j que presta o de servi os de vigil ncia Nesse passo o ofensor daqui possu a grau de ascend ncia hier rquica maior que o daquele feito A tr s e ainda em raz o da ascend ncia profissional elemento do tipo do delito perpetrado a not cia extra da do site do C TST d conta de que
248. ep blica Maur cio Godinho Delgado afirma que as Constitui es anteriores possu am dispositivos que vedavam a discrimina o em virtude do sexo mas que a cultura jur dica prevalecente jamais considerou que tais dispositivos tivessem o cond o de suprimir condutas discriminat rias contra as mulheres quanto ao acesso ao mercado de trabalho ou no interior da rela o de emprego Todavia ele salienta o seguinte A Constitui o de 1988 entretanto firmemente eliminou do Direito brasileiro qualquer pr tica discriminat ria contra a mulher no contexto empregat cio ou que lhe pudesse restringir o mercado de trabalho ainda que justificada a pr tica jur dica pelo fundamento da prote o e da tutela Nesse quadro revogou inclusive alguns dispositivos da CLT que sob o aparentemente generoso manto tutelar produziam efeito claramente discriminat rio com rela o mulher obreira Assim genericamente o art 5 inciso da Constitui o da Rep blica afirma que homens e mulheres s o iguais em direitos e obriga es Mais especificamente o art 7 prev no seu inciso XVIII a garantia constitucional da licen a gestante sem preju zo do seu sal rio e emprego com dura o de 120 dias bem como assegura a prote o ao mercado de trabalho da mulher no inciso XX e a prote o contra diferencia es na percep o de sal rios e no exerc cio de profiss es por motivo de sexo Veja se que seguindo a tend ncia daquilo
249. er Casada manteve a figura do marido como chefe da sociedade conjugal tendo sido incorporada ao C digo Civil A Lei 6 515 de 26 de dezembro de 1977 que criou o div rcio entre outras inova es transformou o desquite em separa o judicial s permitiu um nico div rcio desobrigou a mulher de adotar o sobrenome do marido obrigou os c njuges separados a contribu rem para a manuten o dos filhos estabeleceu a comunh o parcial de bens a menos que no ato do casamento fosse estipulado outro regime Manteve por m a atribui o da chefia da fam lia ao marido O div rcio foi elevado a n vel constitucional com a Carta de 1988 a qual inspirada nas grandes transforma es sociais econ micas culturais e t cnicas ocorridas no pa s proclama que todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza Ela estabelece a 54 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas igualdade entre homens e mulheres no tocante a direitos e obriga es legaliza a uni o est vel e reconhece os filhos havidos fora do casamento inclusive os adulterinos equiparando os aos filhos leg timos Foi retirado do C digo Penal o crime de adult rio embora a conduta continue a ser um dos motivos para a dissolu o do casamento Leis posteriores de 1994 e 1996 deram aqueles que mantinham relacionamento dessa natureza direito pens o alimentar heran a habita o
250. eral do Trabalho Maria de Lourdes Sallaberry Data de julgamento 12 6 2006 Publica o 20 7 2006 A o Civil P blica Compet ncia Minist rio P blico do Trabalho Trabalho escravo e infantil O trabalho escravo contempor neo caracteriza se mediante a sujei o ou a redu o do trabalhador condi o an loga de escravo revelando se atrav s da fraude das d vidas e da reten o dos sal rios e de documentos de amea as ou de viol ncia que impliquem o cerceamento da liberdade do empregado ou de seus familiares em deixar o local da presta o dos servi os e ainda na negativa de fornecimento de transporte para retorno ao local de origem quando inexistem outros meios seguros de locomo o em virtude das dificuldades econ micas ou f sicas da regi o N o se trata apenas da defesa de direitos individuais homog neos definidos pelo inciso Ill do citado artigo 81 do CDC como os decorrentes de origem comum uma vez que a pr tica do trabalho escravo e a utiliza o de m o de obra infantil afrontam toda a sociedade na medida em que desrespeitam os objetivos fundamentais desta Rep blica Federativa quais sejam os de construir uma sociedade livre justa e solid ria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginaliza o e reduzir as desigualdades sociais e regionais promover o bem de todos sem preconceito de origem ra a sexo cor idade e quaisquer outras formas de discrimina o CF artigo
251. erar vexa o isolamento social abalo moral e at mesmo transtornos de sa de Como bem sabido esses sentimentos todos n o s o pass veis de ser provados dada a bvia inviabilidade de se adentrar no ser humano para averiguar as efetivas repercuss es internas de ndole emocional deflagradas por um ato il cito causado por terceiro Trata se portanto de confiar na aprecia o subjetiva do julgador diante do caso concreto a partir do referencial do homem m dio Neste ponto merece ser invocado um novo enfoque acerca do instituto da responsabilidade civil recentemente concebido pela doutrina e jurisprud ncia italianas no qual se prescinde at mesmo de se adentrar na an lise subjetiva da v tima e dos efeitos emocionais porventura causados Basta ser constatada a necessidade de adotar na vida de cada dia comportamentos distintos respeito ao passado uma adapta o a uma nova forma ou nova ordem da realidade individual que tem como consequ ncia uma pior qualidade de vida ou dito em outras palavras uma modifica o pejorativa sofrida pela v tima em n vel de desenvolvi me nto da pr pria individualidade 2 para que se reconhe a um dano existencial pass vel de repara o pelo respons vel por essa modifica o pejorativa Tal concep o a nosso ju zo amolda se com justeza s hip teses de descumprimento da obriga o de pagar pontualmente a contrapresta o salarial na medida em que estas tendem a gerar
252. errerarentanaaereenaeantani s Desembargador Federal do Trabalho Alexandre de Souza Agra Belmonte Recurso Ordin rio 0008800 30 2009 5 01 0040 Direito do Trabalho Rescis o do Contrato de Trabalho Reintegra o Readmiss o ou Indeniza o Estabilidade Acident ria teme 195 Desembargador Federal do Trabalho Marcos Palacio Recurso Ordin rio 0142900 68 2009 5 01 0056 Direito do Trabalho Responsabilidade Civil do Empregador Empregado Indeniza o por Dano Moral iiaia aieiai a iia e iaiia 199 Desembargadora Federal do Trabalho Maria Aparecida Coutinho Magalh es Recurso Ordin rio 0008800 59 2008 5 01 0074 Direito do Trabalho Responsabilidade Civil do Empregador Empregado Indeniza o por dano moral Ass dio Sexual iitrteeeeeertereeere rea nareeeenariaaaaaeeaa 203 Ju za M rcia Leite Nery Recurso Ordin rio 0076300 18 2005 5 01 0020 Direito do Trabalho Responsabilidade Civil do Empregador Empregado Indeniza o por Dano Moral Doen a Ocupacional iiiierertreriereeeaentanraereeaaeennea 215 Juiz do Trabalho Bruno Losada Albuquerque Lopes SUMULAS tona ac a a ad oO MO a a pa 225 EMENTARIO us a Ra a 233 INDICES ara cara ii aa RO da a a 261 INDICE DEASSUNTOS E E ATORES ROO AaRA dana pan CU 263 INDICE ONOMASTICO osiensa ea Ido Dou deh Adalgisa ren dotes 267 INDICE REMIS SIY O annaa a Do De Sn a O Dao a to pda 269 APRESENTA O Para a Organiza o Internacional do Trabalho
253. erta e da promo o de di logo social De acordo com a OIT Esses objetivos compreendem todos os trabalhadores homens e mulheres na economia formal ou informal como empregados ou trabalhadores aut nomos na rea rural nas f bricas e nos escrit rios nas suas casas ou em comunidades Trabalho decente fundamental para os esfor os de redu o da pobreza e um meio de se alcan ar desenvolvimento equitativo inclusivo e sustent vel A OIT trabalha para desenvolver vers es de pol ticas econ micas e sociais inspiradas no conceito de trabalho decente em parceria com as principais institui es e atores do sistema multilateral e da economia global No Brasil o Governo Federal assumiu o compromisso em 2003 de promover uma Agenda Nacional do Trabalho Decente ao assinar um Memorando de Entendimento com a OIT 12 BRITO Rildo International Labour Standards and Globalization tools for the globalized marketplace November 2006 ILO Training Center in Turin IT Dispon vel em lt http www prt13 mpt gov br pubnoticias pubnotascom23112006relatrildo pdf gt Acesso em 20 jan 2009 13 ORGANIZA O INTERNACIONAL DO TRABALHO Dispon vel em lt http www ilo org global About the ILO Mainpillars WhatisDecentWork lang en index htm gt Acesso em 21 jan 2009 Tradu o livre 38 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Disso resultou o Plano Nacional
254. esar da igualdade jur dica de que passaram a gozar ganham as mulheres sal rio inferior ao dos homens No mbito dom stico as empregadas n o t m limita o de horas de trabalho A infidelidade masculina por sua vez vista pela sociedade com certa complac ncia sem alarde ao passo que na mulher constitui uma mancha em sua reputa o N o incomum homens casados serem chamados a Ju zo para o reconhecimento de filhos havidos fora do casamento Como observa a soci loga Marilena Chau O bolsa fam lia produziu uma desestrutura o da fam lia porque produziu a perda do lugar masculino e a presen a forte e determinante da figura feminina Isso mudou as rela es do poder no interior da fam lia mudou o lugar da mulher nas pequenas comunidades e pequenas sociedades mulher no Brasil continua a ser negado o direito mediante a interrup o da gravidez de n o ter filhos ou de n o aumentar o n mero deles quando n o desej los ou n o tiver condi es para tanto Pa ses cat licos como It lia Espanha e Portugal entretanto descriminalizaram o aborto Em sete regi es metropolitanas do Nordeste em 2010 o rendimento das mulheres era bem inferior a 86 da renda dos homens e na de S o Paulo ganham 76 do sal rio dos trabalhadores Pela insignific ncia de seu n mero n o integram as mulheres na pr tica a composi o parlamentar Na Constituinte de 1987 a bancada feminina contava apenas com 26 representante
255. estabelecidos como as promo es alternadas por antiguidade e merecimento Em que pese ao tratamento discriminat rio verificado a solu o para corrigi lo n o igualar os empregados situa o contr ria ao direito violadora dos princ pios da moralidade publicidade legalidade e impessoalidade insertos no caput do artigo 37 da atual Constitui o da Rep blica que regem a Administra o P blica A medida adequada fazer cessar o ato em desconformidade ao direito e responsabilizar os administradores que assim procederam atrav s dos meios legais permitidos no ordenamento jur dico vigente TRT 1 102 Turma Rel Fl vio Ernesto Rodrigues Silva 0169000 22 2005 5 01 0017 12 9 2011 4 3 2 Estabilidade acident ria 107 Reintegra o No curso do contrato havia situa o sugestiva de doen a portando o autor atestado que lhe concedia licen a m dica e estando submetido a tratamento fisioter pico Constatado que o reclamante na data da dispensa n o estava em gozo de sa de regular estando de posse de atestado m dico ignorado pela r pertinente a sua reintegra o Recurso a que se nega provimento TRT 1 102 Turma Rel C lio Jua aba Cavalcante 0156300 12 2006 5 01 0071 11 7 2011 108 Responsabilidade do empregador Acidente de trabalho Morte do empregado 1 Recorre ordinariamente a reclamante pretendendo a reforma da senten a e o reconhecimento da culpa da r que n o teria honrado com o seu dever l
256. estimular a dispensa obstar ou onerar a despedida arbitr ria e capacitar o profissional no sentido de aproveit lo no mercado considerada medida de garantia no emprego A garantia de emprego um instituto pol tico social econ mico ao passo que a estabilidade um instituto trabalhista Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o 43 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas anteced ncia m nima de 8 oito ou 30 trinta dias a extin o unilateral do contrato Todavia a rec proca n o era verdadeira j que o empregador n o estava obrigado a tanto A Consolida o das Leis do Trabalho CLT ao incorporar o texto contido na Lei n 62 35 estendeu o direito tamb m ao empregado tornando o rec proco arts 487 at 491 da CLT Pela primeira vez o aviso pr vio foi arrolado constitucionalmente como um dos direitos dos trabalhadores com prazo m nimo de 30 dias art 7 XXI da Carta de 1988 Aviso pr vio proporcional ao tempo de servi o e sua aplica o Ap s decis o do Supremo Tribunal Federal STF proferida em quatro mandados de injun o que entendeu pela aplica o do inciso XXI do artigo 72 da CRFB queles casos concretos o Legislativo pressionado pela Suprema Corte correu e editou a Lei n 12 506 11 Finalmente o aviso pr vio proporcional ao tempo de servi o foi regulamentado retirando a efic cia da OJ n 84 da SDI I do Tribunal Superior do Trabalho TST que deve ser canc
257. etro na legisla o infraconstitucional para fixar se a base de c lculo do adicional de insalubridade e que n o facultado ao Estado juiz eximir se de sentenciar alegando lacuna ou obscuridade da lei CPC artigo 126 outra n o pode ser a solu o sen o continuar se a observar o comando inserto no artigo 192 da Consolida o das Leis do Trabalho at que outra norma venha a ser editada para regular a mat ria relativa ao adicional de insalubridade TRT 1 72 Turma Rel Evandro Pereira Valad o Lopes 0000054 28 2010 5 01 0077 13 10 2011 2 2 Contrato Individual de Trabalho 2 2 1 Administra o P blica 2 2 1 1 Contrato tempor rio 12 Ag ncia reguladora Contrata o tempor ria Em que pese contrata o tempor ria amparada por lei para a forma o de quadro de Ag ncia Reguladora nos termos do inciso IX do art 37 da CRFB n o configurar rela o de emprego devidos s o os valores depositados na conta vinculada do empregado em respeito ao disposto na S mula vinculante n 10 do E STF TRT 1 92 Turma Rel Claudia de Souza Gomes Freire 0050600 42 2007 5 01 0029 27 10 2011 2 2 1 2 Ass dio moral 13 Ass dio moral Configura o Ass dio moral psicoterror mobbing ou terrorismo psicol gico um dist rbio da personalidade dissocial um tipo de viol ncia moral ou psicol gica que se perfaz de modo ascendente descendente ou horizontal na persegui o sistem tica predat ria deliberada e
258. evid ncia Social Incidente o Enunciado 221 TST a impedir o conhecimento da Revista pela apontada viola o legal Intacto o artigo 896 da CLT Embargos n o conhecidos ERR 695 524 2000 Rel Min Rider Nogueira de Brito DJ 26 09 2003 Assim correta a senten a que reconheceu o direito do autor aos doze meses de sal rio do per odo estabilit rio Destaco que embora incontroverso que o autor recebeu os sal rios diretamente da empresa no per odo do acidente at a dispensa 22 4 2008 n o h que se falar em dedu o vez que o juiz do primeiro grau reconheceu que a dispensa ocorreu logo ap s a alta m dica Acrescento que a r n o impugnou a data da alta m dica reconhecida pelo Ju zo a quo Portanto nego provimento CONCLUS O Pelo exposto conhe o do recurso e nego lhe provimento ACORDAM os Desembargadores da Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o por unanimidade conhecer do recurso e negar lhe provimento Rio de Janeiro 14 de junho de 2011 Desembargador Federal do Trabalho Marcos Palacio Relator 198 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Recurso Ordin rio 0142900 68 2009 5 01 0056 Titula o Direito do Trabalho Responsabilidade Civil do Empregador Empregado Indeniza o por Dano Moral Palavras chave direito imagem da pessoa indeniza o dano moral jornada de trabalho Turma 22 Relatora Desembargadora Fede
259. evista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Tese de Doutorado balizada doutrina de que o Direito do Trabalho tem uma miss o de mudan a orientada socializa o do Direito que deve manifestar se n o apenas por meio das novas institui es que engendra ou mediante a reconstru o das figuras tradicionais do Direito comum mas tamb m adotando uma linha hermen utica impregnada de forte colora o social ao aplicar as referidas figuras tradicionais do Direito comum no marco do contrato de trabalho E com maior raz o ainda cremos ser pertinente tal enfoque em se tratando da obriga o salarial na qual h de se ter em conta as peculiaridades e axiologia pr prias do sal rio como contrapresta o jur dico contratual sem que se possa desconsiderar a pr pria implica o pessoal de uma das partes contratantes portadora de espec ficos valores e a necessidade de uma interven o heter noma tuitiva que tal dimens o reclama Feitas todas essas considera es de ndole introdut ria n o podemos estar de acordo com a qualifica o da frustra o da promessa de recebimento do sal rio ou seu pagamento ap s atraso dotado de gravidade como mero descumprimento contratual como se se tratasse de uma mercadoria n o entregue ou um servi o comercial n o executado Com efeito manifestamos nossa convic o de que o inadimplemento ou atraso grave quanto obriga o de pagar sal rio
260. fazem parte da lide Afinal ressaltou que a aus ncia de concurso p blico tamb m mat ria que n o pode ser apreciada por aus ncia de compet ncia do Ju zo No tocante ao direito pretendido observ ncia das normas trabalhistas atinentes sa de higiene e seguran a dos trabalhadores importa destacar que esse direito social previsto no inc XXII do artigo 7 da Constitui o Federal redu o dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sa de higiene e seguran a um dos direitos e garantias fundamentais do indiv duo uma vez que o Cap tulo II Dos Direitos Sociais est contido no T tulo Il Dos Direitos e Garantias Fundamentais Esse direito tamb m agasalhado por Conven es Internacionais da Organiza o Internacional do Trabalho aprovadas pelo Congresso Nacional e devidamente ratificadas pelo Chefe do Poder Executivo brasileiro a exemplo das de n 148 152 155 e 161 No tocante fixa o da compet ncia para apreciar o pedido vale ressaltar que n o importa perquirir a qual regime jur dico se vincula o trabalhador que presta servi os ao Poder P blico recorrido ou seja se estatut rio celetista ou cooperativado mas sim que a inobserv ncia das regulares condi es de sa de seguran a e higiene das instala es do Hospital Municipal salvaguardadas por normas de seguran a e medicina do trabalho fundamento do pedido s o decorrentes da rela o de trabalho tomada esta em seu
261. fosse a exemplo do que ocorre com o intervalo intrajornada legal Horas extras nus da prova Os controles de hor rio para serem v lidos n o podem ser uniformes invari veis reputando se brit nicas as marca es dos hor rios de entrada sa da e pausas da jornada nos registros de ponto Apresentando controles inv lidos o nus da prova quanto a fato impeditivo modificativo e ou extintivo do direito do Autor da Reclamada Aplica o do artigo 818 da Consolida o das Leis do Trabalho e do artigo 333 inciso Il do Digesto Processual Terceiriza o Responsabilidade subsidi ria O inadimplemento das obriga es trabalhistas por parte do empregador implica a responsabilidade subsidi ria do tomador dos servi os quanto quelas obriga es S mula n 331 TST Ass dio moral Controle de uso do banheiro Viola o da dignidade da pessoa humana A ordem jur dica tutela n o apenas bens materiais ou aqueles patrimoniais mas tamb m aqueles bens de ndole moral bens que s vezes s o ps quicos sentimentais relacionados esfera ntima privacidade da pessoa como a integridade f sica Limitar o uso do banheiro conduta lesiva danosa per si pois acarreta abalo psicol gico desconforto excessivo diante dos transtornos causados Reclamante na sua esfera moral Por tais raz es deve ser a ex empregada indenizada pelo 256 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Ement rio dano moral que sof
262. fundidade nos seguintes termos a legitimidade outorgada pelo consenso social na fixa o de regras de conduta normas em teoria e de maneira ideal como reflexo dos valores dominantes no seio da sociedade democraticamente organizada est enclaustrada somente na atividade legislativa ou em acr scimo permite qui reclame uma abertura atividade 12 Seu conte do da dignidade n o parece se apresentar como algo imut vel sen o mais bem din mico e de maneira patente ligado ao momento hist rico e s circunst ncias concretas da situa o em concreto OJEDA AVIL S Antonio IGARTUA MIR Mar a Teresa La dignidad del trabajador en la doctrina del Tribunal Constitucional Algunos apuntes Revista del Ministerio de Trabajo y Asuntos Sociales Madri n 73 p 149 mai 2008 13 Dignidade uma palavra t o excessiva que somente o sil ncio est a sua altura JIM NEZ CAMPO Javier Comentario al art culo 10 1 de la Constituci n Espa ola In MANZANO Mercedes P rez Coord e INIESTA Ignacio Borrajo Coord AA VV Comentarios a la Constituci n Espa ola Madri Fundaci n Wolters Kluwer 2008 p 181 No mesmo sentido HOESTER adverte sobre o qu o vazia necessariamente a f rmula do princ pio da dignidade humana n o nada mais nem nada menos que o ve culo de uma decis o moral sobre a admissibilidade o inadmissibilidade de formas poss veis da limita o da autodetermina o indi
263. gadas da primeira tem se por caracterizada a les o personalidade das v timas Recurso ordin rio interposto pela segunda reclamada conhecido e n o provido Vistos relatados e discutidos estes autos de Recurso Ordin rio em que figuram Associa o Congrega o de Santa Catarina Casa de Sa de S o Jos como recorrente e 1 Vanessa Barbosa Junior Martins e 2 Sathurno Servi os Ltda como recorridas Recorre ordinariamente a segunda reclamada fls 211 228 insurgindo se contra a r senten a fls 176 180 e 195 195 verso que julgou parcialmente procedentes os pedidos veiculados na reclama o trabalhista que tramitou perante a 742 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro Arguiu a prescri o da pretens o No m rito propriamente dito assevera que o v nculo de emprego da reclamante era com a primeira reclamada portanto n o teve qualquer interfer ncia na contrata o E se a reclamante estava diretamente subordinada prestadora seu superior hier rquico era a supervisora Sr2 Marcia e n o o Sr Geraldo Magela suposto ofensor Salienta ainda que sequer tomou conhecimento dos fatos que soube apenas Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 203 Decis es da 22 Inst ncia quando recebeu a comunica o para prestar depoimento no inqu rito policial A recorrente n o nega a gravidade dos fatos mas afirma que dano moral n o houve pois quando veio a tomar ci ncia tomou
264. gar a presente a o devendo os autos retornar Vara de origem para o prosseguimento da a o ACORDAM os Desembargadores que comp em a Quarta Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o por maioria dar provimento ao recurso ordin rio para declarar a compet ncia desta Justi a Especial para apreciar e julgar a presente a o devendo os autos retornar Vara de origem para o prosseguimento da a o Rio de Janeiro 9 de novembro de 2010 Desembargador Federal do Trabalho Luiz Augusto Pimenta de Mello Relator Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 121 Decis es da 22 Inst ncia Recurso Ordin rio 0179100 58 2008 5 01 0202 Titula o Direito do Trabalho Responsabilidade Civil do Empregador Empregado Indeniza o por Dano Moral Coletivo Palavras chave responsabilidade civil direitos coletivos dano moral indeniza o Turma 5a Redatora Designada Desembargadora Federal do Trabalho Mirian Lippi Pacheco Data de julgamento 11 4 2011 Publica o 05 5 2011 A o Civil P blica Dano moral coletivo Indeniza o Tendo sido provada nos autos a pr tica il cita e reiterada da empresa de obrigar seus empregados a ajuizarem a es trabalhistas ou a ingressarem na Comiss o de Concilia o Pr via como nicas formas de receber suas verbas resilit rias correta a decis o que condenou a r no pagamento de indeniza o por dano moral coletivo Vistos relatados e disc
265. gar as a es oriundas da rela o de trabalho n o se restringindo somente rela o de emprego Diante do advento da EC 45 04 essa autoriza o das al neas a e b do 8 3 do art 405 n o seria da compet ncia do Juiz do Trabalho Projeto de Lei n 83 2006 Outro documento preocupante o Projeto de Lei n 83 de 11 de abril de 2006 em tramita o no Senado Federal que prev deixar sob a responsabilidade dos pais a autoriza o para que crian as e adolescentes atuem como artistas Esse PL gera uma incongru ncia visto que os respons veis legais pela crian a s o aqueles que se beneficiam do resultado do trabalho infantil sendo retirada da gide do Estado a an lise cr tica sobre os crit rios que envolvem a autoriza o Somente o juiz pode exigir a frequ ncia escola estabelecer limites de hor rios de trabalho para o melhor desenvolvimento psicol gico emocional fisiol gico e profissional do menor Com base em estudos a Procuradoria Geral do Minist rio P blico do Trabalho por meio da Coordenadoria Nacional de Combate Explora o do Trabalho de Crian as e Adolescentes apresentou propostas de altera o ao PL n 83 2006 com vista a contribuir para o debate e aprova o de regulamenta o eficaz e protetiva do trabalho infantil art stico considerando o car ter excepcional da admissibilidade de trabalho art stico antes dos 16 anos de idade nos termos do art 8 da Conven o 138 da OIT
266. garantia primeira a um mercado justo e igualit rio tutelada intrinsecamente pelo princ pio da isonomia como dito mundialmente aceito reconhecido e manejado como instrumento de repress o a toda sorte de discrimina o na seara trabalhista pretendemos observar o mbito de aplicabilidade de tal princ pio direta ou indiretamente Veja se que Trabalho Decente o tema central subjacente quest o proposta um conceito jur dico indeterminado repleto de significa es Esse ideal que se pretende atingir perpassa pela erradica o de diversos entraves presentes nas rela es empregat cias Sendo um deles a discrimina o ao nos atermos a esse ponto espec fico buscamos fornecer subs dios para que a quest o seja ainda mais explorada somando informa es sobre o que como age e como coibi la E se por um lado as linhas deste artigo deveras n o comportam esclarecer todas as nuances relativas ao problema como s i intuitivo ser devido sua amplitude por outro pretendemos abordar os pontos neur lgicos da mat ria com vistas a contribuir para o debate travado sobre ela Com efeito estruturaremos nosso trabalho em tr s t picos no primeiro falaremos da atual fun o dos princ pios no ordenamento jur dico e como eles atingiram a condi o de verdadeiras normas jur dicas no segundo mais especificamente acerca do princ pio da isonomia e porque ele representa um dos instrumentos mais importantes no combate discrimina
267. geral que a declarante recentemente foi desligada do projeto sem que haja um motivo justo e claro para isso que desconfia estar sofrendo uma retalia o em virtude de ter por diversas vezes protestado contra o desvirtuamento do projeto mediante utiliza o dos jovens em campanhas pol ticas Tem se ainda que os depoimentos de Celso da Silva Pereira fls 143 5 Thiago Suprino da Silva fls 173 5 Leandro Henrique de Jesus fls 176 8 Genilson Cosme Cipriano dos Santos fls 179 81 e Adriano Cosme Cipriano dos Santos fls 182 4 s o no mesmo sentido sem qualquer inconsist ncia que pudesse macul los ou diminuir a gravidade das den ncias apresentadas confirmando o uso pol tico e eleitoreiro do programa social em claro desvio de finalidade e em afronta aos mais comezinhos princ pios administrativos e trabalhistas Os il citos praticados constituem efetivo ass dio moral a toda a coletividade de jovens que diante da necessidade e inexperi ncia se viu sujeita s restri es sua liberdade pol tica com amea as de forma continuada e humilhante que se constitu ram em verdadeiro terror psicol gico comprometedor do equil brio emocional dos trabalhadores a ponto de tornar in spito o ambiente de trabalho apenas para satisfazer os interesses mesquinhos esp rios e desvirtuados da quadrilha que se mostrou reunida Ressalte se que diversamente do que vislumbrou a d Ju za sentenciante exsurge clara e patente a responsabilida
268. gin rios de rela o jur dica firmada com o mesmo empregador na condi o de fornecedor de m o de obra em face de seu tomador aqui n o se cuida de individualizar tais interesses Busca se sim tutela jurisdicional capaz de coibir reitera es das apontadas pr ticas lesivas ao coletivo independentemente de sua composi o atual ou futura Ent o pode se afirmar com tranquilidade que o Minist rio P blico do Trabalho n o age no caso como um intruso na rela o empregado empregador mas sim exerce o mister que lhe atribu do na parte final do inciso Ill do art 129 da Constitui o Federal destinado a proteger interesse coletivo E assim porque os direitos e ou interesses cuja prote o aqui se postula em tese se enquadram nas hip teses em que a legisla o confere legitimidade ao Parquet para ajuizar a a o civil p blica Busca se assegurar o cumprimento das normas contidas na CLT e na Constitui o relativas aos direitos obreiros seja no curso contratual ou no ato do desligamento direitos sociais consagrados nos artigos 6 e 7 da CRFB dos valores sociais do trabalho inscritos na Carta Pol tica de 1988 assim tamb m de princ pios fundamentais do estado de direito inciso Iv art 1 do mesmo diploma Ao mesmo tempo pretende se estancar a conduta tipificada no art 203 do C digo Penal Brasileiro Estamos pois diante de interesses ou direitos coletivos segundo a defini o dada no inciso Il do art 81 da Lei
269. gos familiares fundamental para que a mulher possa trabalhar em igualdade de condi es com o homem Os modernos m todos anticoncepcionais que permitem a limita o da fertilidade e o planejamento familiar produziram uma revolu o na organiza o da fam lia na cultura da sociedade na comunidade feminina Os costumes at o princ pio de 1950 n o permitiam que a mulher fumasse em p blico no que hoje superam os homens sob pena de ter sua reputa o manchada Mesmo em casa quando o fazia era reservadamente s escondidas No campo do Direito O C digo Civil de 1916 que tratou do direito de fam lia manteve a tradi o jur dica que considerava a mulher casada como incapaz equiparada aos ndios e aos menores Confirmando a autoridade do homem como chefe do n cleo familiar retirou da m e que contra sse novas n pcias o direito ao p trio poder sobre os filhos do leito anterior transferindo o ao novo marido Disp s ainda que a mulher s poderia trabalhar com a autoriza o do seu c njuge A separa o do marido s podia ocorrer por desquite litigioso caso em que a mulher apenas teria direito pens o alimentar se fosse inocente e pobre O div rcio contudo veio a ser institu do apenas em 1977 A Constitui o de 1934 concedeu s mulheres os mesmos direitos pol ticos que aos homens O direito ao voto todavia s lhes foi reconhecido em 1932 A Lei 4 121 de 27 de agosto de 1962 ao instituir o Estatuto da Mulh
270. ho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas renda b sica e amplo seguro sa de e promover efetiva sa de e bem estar O velho problema de m s condi es de trabalho n o era mais visto apenas pela tica da necessidade de remo o de dificuldades espec ficas mas passou a ser analisado em um contexto mais amplo de pol ticas sobre sal rio horas de trabalho e outras quest es que deveriam ser desenhadas para assegurar uma mais justa partilha dos frutos do progresso econ mico e social Apesar dessa expans o do mandato da OIT ela tem focado seus esfor os desde o fim da d cada de 90 na consecu o de um objetivo espec fico consistente na promo o e implementa o de poucos mas centrais direitos humanos fundamentais no trabalho conforme se ver no pr ximo item 3 Promo o e implementa o dos direitos humanos fundamentais no trabalho A implementa o das Conven es e Recomenda es da OIT International Labor Standards ILS tem sido dif cil em muitos lugares do mundo especialmente em pa ses em desenvolvimento onde mesmo direitos humanos b sicos s o usualmente desrespeitados Consequentemente nos ltimos anos a OIT tem se preocupado sobretudo em promover e implementar direitos humanos fundamentais no trabalho Como se sabe a OIT possui um ativo sistema de supervis o que tem por objetivo verificar se as obriga es assumidas pelos pa ses membros perante a sua Constitui o est
271. homens em geral 8 BILBENY N C mo pensar los valores morales a partir de Kant In Anales del seminario de historia de la filosofia n 9 Madri Universidade Complutense 1992 p 183 Dispon vel em lt http Orevistas ucm es diana uca es fsl 02112337 articulos ASHF9292110181A PDF gt Acesso em 24 fev 2010 9 H BERLE P La dignidad del hombre como fundamento de la comunidad estatal In FERN NDEZ SEGADO F Coord AA VV Dignidad de la persona derechos fundamentales justicia constitucional Madri Dykinson Editorial 2008 p 176 10 Ilustramos brevemente a ades o de que hoje goza a dignidade da pessoa humana em alguns dos principais textos jur dico positivos de n vel supranacional N s os povos das Na es Unidas determinados em reafirmar a f nos direitos fundamentais do homem na dignidade no valor da personalidade humana Carta das Na es Unidas de 1945 O reconhecimento da dignidade intr nseca e dos direitos iguais e inalien veis de todos os membros da fam lia humana pre mbulo Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos e dotados como est o de raz o e consci ncia devem comportar se fraternalmente uns com os outros artigo 1 da Declara o Universal dos Direitos Humanos de 1948 considerando que conforme aos princ pios enunciados na Carta das Na es Unidas a liberdade a justi a e a paz no mundo t m por base o reconhecimento da dign
272. i o de que o trabalho organiza nossa vida em todas suas vertentes nos posiciona na sociedade e em nosso entorno organiza nosso tempo restante enfim com suas fun es instrumentais sua fonte de satisfa o e de desenvolvimento pessoal a forma em que organiza nossa atividade psicossocial nos figura como eixo vertebral de nossas vidas 20 MONTORO BALLESTEROS Alberto Supuestos filos fico jur dicos de la justa remuneraci n del trabajo Murcia Secretariado de Publicaciones Universidad de Murcia 1980 p 65 VALLE VILLAR J M del La Protecci n Legal de la Suficiencia del Salario Madri Editorial Dykinson 2002 p 34 35 apoia se em ORTEGA Meditaci n de la t cnica l y II para advertir que Ao contr rio do que sucede com o animal o ser humano sente outro tipo de necessidade o que nosso fil sofo chama a necessidade do sup rfluo O homem n o tem t o somente empenho em estar no m mundo sen o que seu empenho o de estar bem 21 GOLDMAN ALVIN L Una perspectiva comparativa sobre la determinaci n de la remuneraci n del trabajador El Salario Estudios en Homenaje al Profesor Am rico Pl Rodr guez Montevid u Ediciones Jur dicas Amalio M Fern ndez 1987 t Il p 513 514 22 GONZ LEZ MACI A El valor de los derechos fundamentales en el mbito de la relaciones laborales es el Derecho del Trabajo la hermana pobre del Derecho Navarra Aranz
273. i de imputa o de multas primeira r em raz o de eventual descumprimento de obriga o personal ssima atribu da quela e que n o se obrigou subsidiariamente ao pagamento de multas impostas primeira r seja por for a de lei e tampouco em raz o do contrato Renova as arg i es de car ncia de a o por considerar inadequado o manejo de a o civil p blica em face do objeto deduzido e de litispend ncia no que tange ao pedido de pagamento de indeniza o por dano moral coletivo conforme a o anterior processo 0012 2005 014 01 00 4 requerendo no particular a extin o dos pedidos deduzidos nas letras a 3 e b 5 da inicial Em confronto com as multas cominadas primeira reclamada e cuja responsabilidade lhe foi atribu da subsidiariamente argumenta que a obriga o personal ssima atribu da primeira r encontra se consubstanciada em normas vinculadas Medicina e Seguran a do Trabalho E quanto a essas a pr pria CLT j prev a penalidade a ser aplicada aos infratores das normas gerais de tutela do trabalho Entende que h ofensa ao art 52 II da CRFB e ainda aos arts 287 do CPC e 279 e 414 do CCB uma vez que pelo pagamento da pena responde o culpado Por fim quanto ao pedido de indeniza o em favor do FAT sustenta tratar se de pedido manifestamente improcedente por aus ncia de previs o legal utilizando se a ACPU como instrumento de arrecada o de tributos Uni o em afronta ao disposto nos ar
274. i n 8 213 91 sob o fundamento de que o preposto da r admitiu que o autor esteve afastado dos seus servi os ap s o acidente em um per odo de aproximadamente seis meses situa o que j justificaria o benef cio junto ao INSS que a empresa optou em manter o empregado em tratamento atrav s do plano de sa de at a sua alta com o pagamento dos sal rios do per odo correspondente que recebida a alta m dica o reclamante foi dispensado obstando o seu direito percep o de um poss vel benef cio acident rio na forma do artigo 118 da Lei n 8 213 91 que se a CAT foi preenchida de forma equivocada atestando a desnecessidade de afastamento do empregado ao servi o a responsabilidade continua sendo do empregador e n o do m dico que a assinou fls 99 e verso A recorrente alega que ap s os primeiros socorros o reclamante foi encaminhado ao INSS tendo sido indeferido o afastamento do empregado que o INSS atestou que o autor poderia exercer atividades leves conforme laudo m dico do Dr Everton Greg rio de Andrade que para percep o da estabilidade provis ria devem ser levados em conta dois pressupostos fundamentais o afastamento por mais de quinze dias e o gozo de aux lio doen a acident rio que caso mantida a condena o deve ser deduzido o valor recebido pelo autor ap s o retorno do acidente a fim de se evitar o enriquecimento sem causa fls 106 108 Sem raz o A peti o inicial indicou que o reclamante f
275. ia at R 415 00 quatrocentos e quinze reais ao passo que a popula o rural recebeu R 170 00 cento e setenta reais o que novamente revela a desigualdade abissal ainda existente entre as duas Os munic pios com m dia densidade demogr fica at 50 mil habitantes apresentaram o maior ndice 75 de popula o que recebeu at um sal rio m nimo enquanto que em munic pios com mais de 500 mil habitantes 50 da popula o recebeu at R 503 00 quinhentos e tr s reais Vale ressaltar que o rendimento m dio domiciliar per capita nos munic pios mais populosos foi de R 991 00 novecentos e noventa e um reais O IBGE apurou ser ainda a renda per capita entre a regi o Sul e Sudeste maior que a do Norte e Nordeste a capital Florian polis SC registra o maior valor por cabe a R 1 573 00 onde 50 da popula o receberam at R 900 00 novecentos reais Em Macap foi verificada a pior situa o entre as capitais valor dos rendimentos domiciliares m dios per capita de R 631 00 seiscentos e trinta e um reais e 50 da popula o receberam at R 316 00 trezentos e dezesseis reais No quesito g nero as estat sticas hist ricas se mantiveram com homens ganhando mais do que mulheres em m dia 42 a mais R 1 395 00 contra R 984 00 e metade deles ganhou at R 765 00 setecentos e sessenta e cinco reais cerca de 50 a mais que a metade das mulheres at R 510 00 Nos munic pios com at 50 mil habitantes os home
276. ia Coelho da Silva pioneira da mulher no Tribunal do J ri Neuza Maria Alves da Silva a primeira magistrada negra em 1988 Maria Rita de Andrade primeira ju za federal nomeada em 1967 Jo nia Wapixana primeira advogada ind gena assessora do Conselho Ind gena de Roraima em 2000 EDUCA O Armanda lvaro Alberto educadora fundou em 1921 na Baixada Fluminense a Escola Prolet ria Meriti a primeira a usar o sistema Montessori e defensora dos direitos da mulher nos anos 30 presidiu a Uni o Feminina do Brasil tendo sido presa pela pol cia de Filinto Muller no Governo de Get lio Vargas Esther de Figueiredo Ferraz primeira ministra da Educa o nomeada em 1982 ESPORTE Maria Lenk primeira sul americana a competir nas Olimp adas de Los Angeles em 1932 quebrou dois recordes individuais mundiais a primeira a faz lo 1942 e foi inclu da e homenageada em 1988 como um dos dez melhores nadadores do mundo em 1939 Maria Esther Bueno classificou se duas vezes como primeira no ranking mundial de t nis atualmente Marta Vieira da Silva bicampe mundial de futebol FUN O POLICIAL Martha Rocha exerce a chefia de Pol cia no Rio de Janeiro para a qual foi nomeada em fevereiro de 2011 posto antes s ocupado por homem LITERATURA no s culo VIII Beatriz de Assis Brand o B rbara Heliodora Angela Maria Rangel Raquel de Queiroz a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras ABL e N li
277. ia afiliada s Na es Unidas a nica com forma o tripartite isto ela funciona com representantes dos governos dos empregadores e dos trabalhadores Na qualidade de organiza o internacional a OIT tem personalidade jur dica pr pria e goza de privil gios Desembargador Federal do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o TRT RJ SHOTWELL James T Introduction to the origins of the ILO USA Columbia University Press 1934 Constitui o da OIT GALENSON Walter The International Labor Organization An American View USA The University of Wisconsin Press 1981 p 4 P WIN a Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 35 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas e imunidade no territ rio dos pa ses associados atualmente s o 183 Pelo seu trabalho na promo o da justi a social no mundo a OIT foi agraciada com o Pr mio Nobel da Paz em 1969 2 Objetivos Durante os seus primeiros anos a OIT concentrou se em Conven es e Recomenda es que tratavam de horas de trabalho sal rio m nimo trabalho de mulheres e crian as sa de e seguran a no trabalho liberdade sindical e seguridade social O pre mbulo da Constitui o da OIT enuncia os seguintes prop sitos 1 regulamenta o de horas de trabalho incluindo a fixa o de jornada m xima e carga semanal 2 regulamenta o de fornecimento de m o de obra 3 preven o do desemprego 4 previs o de sal rio adequado
278. ias de Castro Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o 17 Institucional Composi o do Tribunal JU ZES SUBSTITUTOS Anita Natal Nelise Maria Behnken Andre Corr a Figueira George Luis Leit o Nunes Fabio Rodrigues Gomes El sio Corr a de Moraes Neto Carlos Eduardo Diniz Maudonet Adriana Maria dos R B de M C Tarazona Gilberto Garcia da Silva Daniela Valle da Rocha M ller Fernanda Stipp Cristina Almeida de Oliveira Rosemary Mazini Airton da Silva Vargas Rodrigo Dias Pereira Marcelo Alexandrino da Costa Santos Glener Pimenta Stroppa Ana Cristina Magalh es Fontes Lila Carolina Mota Pessoa Igrejas Lopes Teresa Aparecida Farinchon Carelli Ana Paula Moura Bonfante de Almeida Alessandra Jappone Rocha Magalh es Marco Antonio Belchior da Silveira Edson Dias de Souza Fl vio Alves Pereira Francisco Antonio de Abreu Magalh es Aline Maria de Azevedo Leporaci Adriana Malheiro Rocha de Lima Ep logo Pinto de Medeiros Baptista Monique da Silva C Kozlowski de Paula K ria Sim es Garcia Marcelo Ribeiro Silva Wanessa Donyella Matteucci de Paiva Valeska Facure Neves de Salles Soares Leticia Costa Abdalla Luciana dos Anjos Reis Ribeiro 3 Por ordem de antiguidade 18 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Institucional Composi o do Tribunal Regina Celia Silva Areal Claudia Marcia de Carvalho Soares Ronaldo da Silva Callado Bruno de Paula Vieira Ma
279. idade inerente a todos os membros da fam lia humana pre mbulo do Pacto Internacional de Direitos Civis e Pol ticos de 1966 Os Governos dos Estados declaram em nome de seus povos que a terr vel e gigantesca guerra foi poss vel atrav s da nega o dos princ pios democr ticos de dignidade igualdade y respeito m tuo Estatutos da UNESCO A dignidade humana inviol vel Ser respeitada e protegida artigo 1 da Carta dos Direitos Fundamentais da Uni o Europeia de 2000 cujo texto foi mantido na atualiza o levada a cabo em 2007 As cita es se encontram em FERN NDEZ SEGADO op cit p 176 177 A ltima por m foi retirada da Internet Dispon vel em lt http www sociedadandaluzadebioetica es docs Carta DerechosFundamentales UE 2007 pdf gt Acesso em 24 fev 2010 11 Recentemente a crescente pujan a dos movimentos ecologistas as ideologias alternativas os partidos verdes e inclusive em um plano mais radical os movimentos de defesa dos direitos dos animais e por certo da dignidade animal parecem ir configurando uma nova consci ncia segundo a qual o homem um integrante mais das complexas cadeias relacionais ditadas pela Natureza integrado e interdependente respeito a seu entorno f sico e biol gico at o ponto de que de sua degrada o ou destrui o pode derivar se a desapari o ou destrui o do pr prio homem De rei da Cria o a simples ainda que importante engrenage
280. ido contr rio S MULA N 15 Cumula o de indeniza es por danos est tico e moral O dano moral n o se confunde com o dano est tico sendo cumul veis as indeniza es S MULA N 16 Revista ntima Dano moral Limites dos poderes de dire o e fiscaliza o Viola o honra e intimidade do trabalhador Princ pio da dignidade da pessoa humana art 1 inc lll CF Cabe repara o por dano moral por ferir o princ pio da dignidade da pessoa humana o ato patronal consubstanciado em revistas ntimas de trabalhadores de qualquer sexo incluindo a vigil ncia por meio de c meras instaladas em banheiros e vesti rios S MULA N 17 Imposto de renda N o incid ncia sobre os juros de mora Os juros morat rios decorrentes de parcelas deferidas em reclama o trabalhista t m natureza indenizat ria e sobre eles n o incide imposto de renda S MULA N 18 Companhia estadual de engenharia de transportes e log stica CENTRAL Adicional de projetos especiais A concess o do Adicional de Projetos Especiais a algum empregado n o obriga a empresa a estender o benef cio aos demais trabalhadores Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 229 S mulas S MULA N 19 Trabalhador dom stico Diarista Presta o laboral descont nua Inexist ncia de v nculo empregat cio A presta o laboral dom stica realizada at tr s vezes por semana n o enseja configura o do v nculo empregat c
281. ido em parte TRT 1 62 Turma Rel Alexandre de Souza Agra Belmonte 0156900 26 2006 5 01 0041 22 7 2011 4 2 1 Professor 81 Professor Redu o da remunera o mensal Em virtude das peculiaridades inerentes categoria profissional em quest o natural uma varia o n o substancial da carga hor ria praticada por seus integrantes com a consequente altera o da remunera o mensal assegurada a manuten o do sal rio hora Todavia tal varia o deve ter um justo motivo n o se admitindo que ocorra por simples vontade do empregador sob pena de se infringir o disposto no art 468 da CLT TRT 1 12 Turma Rel Jos Nascimento Araujo Netto 0031500 51 2009 5 01 0023 27 10 2011 4 2 1 1 Per cia Local de trabalho 82 Provido o recurso do reclamante para julgar parcialmente procedente o feito A fundamenta o relativa aos gravames ambientais n o se restringiu aos n veis sonoros cabendo pois o reconhecimento da insalubridade pelos outros gravames apontados no laudo pericial TRT 1 92 Turma Rel Jos Luiz da Gama Lima Valentino 0211200 48 2001 5 01 0061 07 12 2010 83 Recurso da reclamada Dano moral Dignidade humana Contrato de trabalho Dever de respeito e prote o ao trabalhador por parte do empregador O empregador tem o dever de proteger o trabalhador de qualquer esp cie de viola o dos direitos da personalidade e de promover meios indispens veis ao trabalho de forma digna Recurso de
282. igor a nosso ver as nicas exig ncias para que o dano moral possa ser apreciado no mbito de um processo trabalhista Dano toda desvantagem que experimentamos em nossos bens jur dicos ou toda diminui o ou subtra o de um bem jur dico TRT 1 72 Turma Rel Jos Geraldo da Fonseca 0000755 06 2010 5 01 0039 13 10 2011 42 Dano moral Pris o de empregado por descumprimento de ordem judicial por parte do empregador Caracteriza o O descumprimento da decis o judicial por parte do Banco acarretou a pris o da Autora que saiu algemada da ag ncia banc ria onde laborava Est caracterizada a gravidade suficiente a ensejar o direito repara o patrimonial diante da les o honra e a dignidade da trabalhadora Juros e corre o monet ria sobre a indeniza o por Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 243 Ement rio danos morais No processo do trabalho o r u incorre em mora com o ajuizamento da a o CLT art 883 e Lei n 8 177 1991 art 39 8 1 S o devidos a partir da os juros sobre o cr dito do trabalhador inclusive sobre a indeniza o por danos morais J a corre o monet ria sobre esse tipo de indeniza o incide desde a data do seu arbitramento porque o valor deferido se considera atualizado naquele momento TRT 1 62 Turma Rel Nelson Tomaz Braga 0158500 68 2007 5 01 0002 09 12 2011 43 Dano moral Reten o indevida da carteira profission
283. imo legal pago no primeiro s bado ao fim de contabilizada a quinzena mediante cheques emitidos pelo r u contra o Banco situado no Munic pio de Rio Bonito distante cerca de 40km das propriedades o que obrigava os empregados a realizarem gastos com aquisi o de mercadorias nas mercearias Snobs e Gaivota localizadas em S o Vicente de Paula 10km da Fazenda Uni o no valor m nimo de R 20 00 a R 30 00 para que a troca de cheques por esp cie fosse aceita nestes com rcios o que configuraria a pr tica de truck system Consta ainda ter restado constatada a assinatura de recibos salariais sem que os campos destinados ao valor dos sal rios estivessem preenchidos Foram verificadas pela fiscaliza o a aus ncia de recolhimento de FGTS na conta vinculada dos empregados e a utiliza o de produtos qu micos nos laranjais por trabalhadores de propriedades sem a utiliza o de prote o individual e sem que tivessem qualquer esp cie de treinamento pr vio A mesma fiscaliza o apurou a utiliza o de m o de obra infantil na colheita de laranjas e ainda sem contrapresta o O MM Ju zo do primeiro grau determinou ao requerido que passe a efetuar o pagamento dos sal rios aos seus empregados em observ ncia ao artigo 465 e ao par grafo nico do artigo 464 da CLT passando a fazer constar dos recibos de pagamento o sal rio efetivamente pago a cada empregado em valor nunca inferior ao m nimo legal que passe a transportar seus traba
284. improbidade e para a indisciplina a penalidade Paso para Ac rd o T A Y DM 297 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 31 Grandes Temas Trabalho decente Mem ria da Justi a do Trabalho 5 TRIBUNAL REGIONAL DO TRADALHO DA SREGIAO Processo TRT 1 55 1 8 AC RD O f ra excessiva De Aa a da a da o a a 2 a a a A VOTO Pela leitura dos depofmentos o que se vorifica que na Reclawtde ia ocorrendo o desaparecimento de material O Recore rido por brincadeira ou n o tirou de cima de uma pilha um pa cote de cadernos indo p lo ro armario de um colega Dofendeu 3e Gdizendo que o recolocara s bre a pilha o parece t lo feito no momento mks O fato que mais tardo em lugar d sse paco te que deveria ser de cadernos foi encontrado outro de livro e o do cadernos fot encontrado no tal armario Tendo amsa ado o manor que presenciara o fato caso Gle contasse nele bate conforme o mesmo declarou A brincadetra j por si toria sid falta suficiente para justificar a dispensa bastando pensar a sobretudo om faco do desaparecimento que so assingelaya de mate rial as consequ ncias que poderia ter a descoberta de pacote extraviado p sto em armario do um dos emprogados E o Rocorri do por tudo que se etncontra relatado nos uutos andou mal n o podendo tor direito algum indeniza o por uma Cospodida que consultava leg timos interesses do empregador Ho mais a sonten a est certa ACORD
285. inou porquanto n o arguida no momento oportuno bem verdade que pode ser a prejudicial levantada em sede ordin ria S mula 153 do C TST por m desde que j suscitada porque n o poss vel arguir prescri o pela primeira vez em recurso ordin rio SDI I TST E RR 431 2002 069 09 00 8 fonte site oficial do C TST not cias 05 02 2010 No m rito propriamente dito melhor sorte n o acompanha a recorrente consabido que o constrangimento com conota o sexual desprovido de amea a ou viol ncia exemplifica tipos penais que em regra n o deixam vest gios Praticados normalmente 206 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia s escondidas n o h corpo de delito a examinar Salvo pris es em flagrante a investiga o policial e mesmo a instru o criminal no mais das vezes exaurem se na oitiva da v tima e do infrator N o por outra raz o ampara se a recorrente na esgar ada tese da aus ncia de prova pois o alegado ass dio sexual n o foi presenciado por ningu m Nesse cen rio ganha contornos de suma import ncia a quantidade de pessoas atingidas pela conduta do ofensor que ouvidas figuram tanto como v timas e testemunhas umas das outras exatamente o que se verifica aqui Isso porque de um modo geral as pessoas n o envolvidas pela lasc via do acusado em nada auxiliam como se v dos depoimentos prestados Delegacia Especializada de Ate
286. io por ausente o requisito da continuidade previsto no art 1 da Lei 5 859 72 S MULA N 20 Responsabilidade subsidi ria Fal ncia do devedor principal Continua o da execu o trabalhista em face dos devedores subsidi rios Possibilidade A fal ncia do devedor principal n o impede o prosseguimento da execu o trabalhista contra os devedores subsidi rios S MULA N 21 Declara o de inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal Proced ncia do corte rescis rio A desconstitui o da situa o jur dica criada sob a gide do dispositivo declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal pode ser alcan ada pelo manejo de a o rescis ria S MULA N 22 Execu o trabalhista Penhora Cita o pessoal do executado Artigo 880 da CLT Princ pio constitucional do devido processo legal indispens vel a cita o pessoal do executado inclusive na hip tese de desconsidera o da personalidade jur dica antes que se determine a penhora de seus bens S MULA N 23 Litispend ncia Inexist ncia A o individual e a o coletiva Coisa julgada da a o coletiva Efeito ultrapartes Requisitos A demanda coletiva n o induz litispend ncia em rela o s a es individuais com mesma causa de pedir e pedido ajuizadas pelo pr prio detentor do direito subjetivo material CDC art 104 primeira parte Os efeitos da coisa julgada na a o coletiva beneficiar o o demandante individual salvo
287. ional do 60 intimidade do 28 jornada do 62 patrim nio jur dico do 8 prote o ao 83 readaptado 110 remunera o do 53 rodovi rio 91 sa de do 7 tempor rio 114 Trabalho em geral 11 34 39 90 acidente de 10 25 92 93 108 acordo ou conven o coletiva de 18 70 ambiente do 9 10 38 95 111 carteira de 114 colega de 27 46 63 complexidade do 53 contrato de 13 20 41 48 55 83 89 110 da mulher 112 degradante 47 externo 62 83 grupo de 60 higiene do 70 inapto para o 36 jornada de 104 105 rela o de 4 9 41 seguran a do 18 73 tempor rio 12 valor social do 110 276 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Transporte coletivo 113 Tribunal Superior do Trabalho 1 3 18 50 52 57 58 66 72 75 86 89 91 100 102 103 104 105 Turno ininterrupto de revezamento 105 Tutela 100 U Ultra petita 89 Uni o Federal 17 33 42 56 74 76 79 83 84 85 86 87 88 89 98 Uniforme 100 104 Uso de sanit rio 99 100 V Vantagem 2 4 40 Varia o 81 Verba honor ria 89 rescis ria 98 Salarial 22 Viagem 91 V cio 89 94 Vig ncia 55 106 Vincula o 12 V nculo empregat cio 25 50 103 113 114 NTRT 19 Regi o Av Presidente Antonio Carlos 251 Centro Rio de Janeiro RJ CEP 20020 010 PABX 21 2380 6150
288. irida no curso do contrato de trabalho E tendo em vista a inadimpl ncia da recorrente dever ser mantida a expedi o de of cios deferida na r senten a Comprova o do recolhimento das custas e dep sito recursal s fls 629 630 Tempestivos os recursos e as contra raz es Custas corretamente recolhidas com men o ao n mero do processo e das partes Correto o preparo Partes bem representadas Os autos n o foram remetidos douta Procuradoria do Trabalho por n o ser hip tese de interven o legal Lei Complementar n 75 1993 e ou das situa es arroladas no of cio PRT 12 Regi o n 27 08 GAB de 15 01 2008 ressalvando o direito de futura manifesta o caso entenda necess rio VOTO Conhecimento A preliminar de n o conhecimento parcial do recurso da empregada aus ncia de interesse Entre os aspectos dos quais recorreu a empregada est a pretens o de ver condenada a empresa quanto s horas extras a refletir primeiramente nos repousos semanais remunerados incluindo s bados e feriados por for a da norma coletiva e ap s este agregamento pelo aumento da m dia remunerat ria os reflexos nas demais parcelas Na leitura da r senten a verifico que houve o deferimento da integra o das horas extras no c lculo do repouso semanal remunerado inclusive s bados e feriados conforme normas coletivas bem como a integra o das horas extras e repouso semanal remunerado no c lculo das f rias com
289. iso Il do artigo 85 do Regimento Interno desta Corte o relat rio Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 199 Decis es da 22 Inst ncia VOTO Conhecimento Conhe o do recurso da autora porquanto observados os requisitos legais de admissibilidade M rito Da indeniza o pelo uso da imagem A recorrente pleiteia indeniza o por uso da sua imagem ao argumento de que utilizava camisetas de propaganda com o nome das marcas dos produtos comercializados pelo mercado O Ju zo do primeiro grau indeferiu a pretens o sob o fundamento de que n o existia nenhuma identifica o entre a pessoa do empregado e os produtos anunciados N o assiste raz o reclamante vez que n o houve exposi o da imagem da pessoa mas sim daquilo que a camiseta ou uniforme representa isto a empresa a marca como bem salientado na douta senten a recorrida Mantenho o entendimento esposado em a es semelhantes onde concluiu esta Egr gia Turma que o uso das camisetas era restrito ao interior do estabelecimento e era adstrito pr pria atividade da reclamada e fun o do empregado N o se verificou em situa es id nticas constrangimento ou utiliza o da imagem dos empregados em campanhas publicit rias na m dia No caso em tela como bem salientado na douta senten a recorrida se n o interessa quem esteja utilizando o uniforme infere se que n o h explora o da imagem do empregado Ao se admitir o racioc
290. isos superiores a 30 dias ante a sua perfeita compatibilidade com a nova regra Nesses casos a redu o de duas horas por dia deve ocorrer durante todo o per odo do pr aviso ou a supress o de sete dias consecutivos de trabalho sem preju zo do sal rio para cada 30 dias de aviso a que o empregado urbano tenha direito Se o empregado for rural a redu o de um dia por semana deve ocorrer a cada semana a que o trabalhador tenha direito Logo aplic vel o artigo 488 da CLT para todo o per odo do aviso O empregador n o pode substituir a redu o da jornada ou dos dias de descanso pelo pagamento de horas extras por parte ou por todo o per odo do aviso pois tal medida contraria a finalidade do instituto da S mula n 230 do TST 46 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Aviso pr vio n o trabalhado convers o em pec nia integra o ao tempo de servi o e natureza A convers o do aviso pr vio em pec nia tamb m chamado de aviso pr vio indenizado mesmo que superior a 30 dias quando o empregado o notificado da despedida imotivada integra o tempo de servi o do trabalhador tanto para fins de baixa na CTPS recolhimento do FGTS e contagem do prazo prescricional como para o recolhimento do INSS e tamb m ser levada em considera o trabalhado ou indenizado o aviso para fins da indeniza o adicional prevista no artigo 9 da Lei n 7 23
291. it Civile en Droit Fran ais Librairie g n rale de droit et de jurisprudence Paris 22 ed p 92 Como se v o dano moral decorre da ofensa ao direito personal ssimo da v tima In casu restou demonstrada a ocorr ncia de consequ ncias danosas tranquilidade ao amor pr prio integridade de intelig ncia ou de sentimentos dos trabalhadores para utilizarmos a defini o de Ren Savatier In casu os atos e as irregularidades praticadas pelo requerido robustamente comprovadas nos autos grav ssimas em sua natureza tornam o dano moral fixado e deferido plenamente razo vel Pelo exposto incensur vel a senten a do primeiro grau ao condenar o recorrente ao pagamento da indeniza o por danos morais coletivos no importe de R 300 000 00 trezentos mil reais valor a ser revertido ao FAT al m da multa di ria astreintes no valor de R 1 000 00 em caso de descumprimento desta senten a com rela o s obriga es de fazer e n o fazer Para tanto correta a decis o do MM Ju zo de origem ao tornar indispon veis todos os bens im veis m veis e semoventes do r u at o limite do valor da condena o como garantia do cumprimento das determina es da r senten a Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 137 Decis es da 22 Inst ncia ACORDAM os Desembargadores que comp em a Oitava Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o por unanimidade rejeitar as preliminares arg idas e n
292. ividade trabalhadora e da sociedade em geral que estariam sendo lesados pela ilegalidade praticada Verifica se nessa hip tese de acordo com a defini o dada pelo legislador processual no artigo 81 do CDC a configura o de interesse difuso vez que as pessoas atingidas pela les o s o indeterminadas e se encontram vinculadas somente por uma circunst ncia f tica Conforme leciona o mestre Ives Gandra Martins Filho h impossibilidade de determina o da coletividade atingida pelo ato ou procedimento lesivo ao ordenamento jur dico da qual decorre inexist ncia de v nculo entre os membros da coletividade atingida ou entre estes e a parte contr ria autora da les o Assim sendo com respaldo na LC 75 93 e no artigo 127 da CF resta patente a legitimidade do MPT para buscar perante esta Justi a Especializada mediante a interposi o da presente a o civil p blica a tutela dos interesses difusos acima especificados Da nulidade da senten a testemunhas suspeitas O recorrente suscita a nulidade da senten a ao argumento de que esta foi baseada em convencimento formado a partir de prova il cita qual seja os depoimentos das testemunhas conduzidas pelo demandado que seriam r s na a o de improbidade administrativa que foi aforada em raz o dos mesmos fatos expostos na presente consistentes no desvio de finalidade Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 187 Decis es da 22 Inst ncia
293. ivil gio dos cr ditos salariais frente aos demais credores da garantia salarial em certas hip teses de impossibilidade de presta o de servi os e da pr pria fixa o de um sal rio m nimo Inexplicavelmente a nosso ju zo aspecto crucial acerca da vincula o sal rio dignidade do trabalhador n o vem merecendo a devida aten o pelo legislador e tamb m pela maioria dos operadores do Direito qual seja a exig ncia de um pontual cumprimento da obriga o de pagar o sal rio pelo empregador IV Responsabilidade civil do empregador caracteriza o de um dano existencial J existem diversos precedentes na jurisprud ncia devidamente corroborados pela doutrina no sentido de admitir a exist ncia de um dano extrapatrimonial a ser reparado nas hip teses de descumprimentos contratuais Com efeito sendo detectada uma estreita conex o entre o bem jur dico objeto da obriga o desatendida e os valores ntimos entranhados personalidade humana o contrato em quest o gera uma expectativa tal com rela o obriga o pactuada que sua inobserv ncia traduz implicitamente uma conduta indigna Estamos a nos situar no campo da responsabilidade civil instituto cuja invoca o e manejo j est o por certo solidamente assentados no mbito do Direito do Trabalho Permitimo nos comentar neste contexto ainda que de forma bastante breve nossa cren a respaldada por 32 Por certo tal compromisso deve ser admitido
294. ivo S a lei poder delegar ao Executivo o poder de criar o direito como o fez no caso dos arts 193 195 e 196 da CLT deixando s normas regulamentares s portarias o poder de dizer quais s o as atividades insalubres e perigosas NRs 15 e 17 do MTE c c OJ n 4 da SDI I do TST Nesse sentido n o s o decreto mas tamb m as portarias circulares etc poder o excepcionalmente constituir se em fonte formal de direito Campo de aplica o Apesar de a Lei n 12 506 11 se referir ao aviso pr vio previsto na CLT entendemos que o direito pode ser aplicado tamb m aos rurais dom sticos e avulsos A lei assim se refere Art 1 O aviso pr vio de que trata o Cap tulo VI do T tulo IV da Consolida o das Leis do Trabalho CLT aprovada pelo Decreto Lei n 5 452 de 1 de maio de 1943 ser concedido na propor o de 30 trinta dias aos empregados que contem at 1 um ano de servi o na mesma empresa Se o legislador pretendesse conceder o aviso pr vio apenas aos empregados regidos pela CLT vulgarmente chamados de urbanos teria alterado o artigo 487 da CLT para acrescer o inciso Ill ou outro par grafo A refer ncia legislativa ao Cap tulo VI do T tulo IV da CLT foi ao conceito do instituto e hip teses de cabimento e n o pessoa destinat ria do benef cio Por outro lado o artigo 7 caput da CR assim como seu inciso XXXIV e o par grafo nico garantem o aviso pr vio proporcional tanto aos urbanos como ao
295. la ag ncia Senten a mantida 3 Diferen as de piso salarial Norma interna do banco O documento de fl 44 traz a refer ncia ao valor postulado na inicial Contudo as normas internas do banco preveem a estipula o de valores m nimos e m ximos para cada grade denominado faixa salarial fl 279 bem como que tais valores m nimos e m ximos s o referenciais e informativos para a administra o salarial tendo em vista o desempenho de cada empregado o que fica a exclusivo crit rio do empregador n o cabendo ao Poder Judici rio concluir por presun o que a reclamante deveria receber o valor m ximo da grade que ocupava j que ao empregador compete a avalia o funcional do seu funcion rio levando em conta os crit rios quantitativo e qualitativo Recurso empresarial provido no particular 4 Equipara o salarial A prova testemunhal confirmou que os gerentes de relacionamento desempenhavam as mesmas tarefas independentemente do n vel da fun o fls 511 512 o que ampara o pleito equiparat rio Senten a mantida 5 Gratifica o especial Declarou o preposto fl 514 que n o h qualquer crit rio para o pagamento da gratifica o especial e que em verdade a vantagem consistia numa liberalidade da reclamada sendo paga a alguns funcion rios no momento da dispensa bem como que n o havia crit rio sequer relativo fun o ocupada pelo trabalhador beneficiado Evidente o tratamento discriminat rio reclamante
296. lamante conhecido e provido TRT 1 22 Turma Rel M rcia Leite Nery 0043700 75 2009 5 01 0028 21 7 2011 105 Recurso ordin rio Turno ininterrupto de revezamento Fixa o de jornada de trabalho superior a seis horas Negocia o coletiva A jornada de seis horas prevista na Constitui o Federal para o trabalho submetido ao turno ininterrupto de revezamento uma medida de seguran a e higiene do trabalho por ser contr ria ao rel gio biol gico do ser humano art 7 XIV da CRFB Todavia quando expressamente prevista em instrumento coletivo de trabalho a Carta Magna admite uma jornada de trabalho superior a seis horas para os empregados que laborem em regime de turnos ininterruptos de revezamento Nesse sentido a S mula n 423 do c TST TRT 1 72 Turma Rel Alexandre Teixeira de Freitas Bastos Cunha 0002200 05 2008 5 01 0015 22 7 2011 4 3 1 Isonomia Equival ncia salarial 106 Recurso ordin rio Viola o do princ pio da isonomia ECT Promo es aos empregados que recebiam gratifica es em valores elevados manifesto o tratamento discriminat rio quando privilegiados com promo es de n veis empregados que recebiam altas gratifica es de fun o em detrimento dos demais empregados da reclamada Revela se totalmente contr rio ao direito a reclamada violar regra prevista em seu plano de cargos e sal rios ao realizar progress o de n vel de alguns empregados sem atentar aos crit rios nele
297. las decis es de embargos de declara o de fls 591 592 e 604 que julgou procedentes em parte os pedidos formulados na pe a vestibular recorre ordinariamente o reclamante pelas raz es expostas na pe a de fls 609 632 Preliminarmente arg i o recorrente a incompet ncia da Justi a do Trabalho para apreciar o feito uma vez que reduzir algu m condi o an loga de escravo considerado crime contra a organiza o do trabalho sendo da Justi a Federal nos termos do inciso VI do artigo 109 da CF 88 a compet ncia para processar e julgar o pedido Ainda em sede de preliminar alega o recorrente que seu direito de defesa foi cerceado porquanto n o lhe foi permitida a oitiva das sete testemunhas por ele arroladas ante o que preceitua a Lei 7 347 85 e em raz o do indeferimento de of cio requisitando os prontu rios m dicos do Sr Zena No m rito insurge se contra a caracteriza o de trabalho escravo nas depend ncias de sua propriedade requerendo a improced ncia do pleito Dep sito recursal e custas recolhidos e comprovados s fls 633 635 Contra raz es s fls 640 650 Manifesta o do Minist rio P blico do Trabalho da lavra do Dr Jos Ant nio Vieira de Freitas Filho a fls 665 apenas reportando se s contra raz es de fls 639 650 uma vez que o interesse p blico que justificaria sua interven o j se encontra ali tutelado Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 139 Decis es da 22
298. ldades que merecem tratamento desigual como no caso das garantias da gravidez e da realiza o de tarefas que exigem esfor o f sico as quais dever o observar a diferen a na complei o f sica entre homens e mulheres Portanto nesses casos o princ pio n o busca igualar as situa es Pelo contr rio autoriza tais diferencia es luz do conceito de igualdade material permanecendo assim como um princ pio v lido na tutela da n o discrimina o Ap s todas essas divaga es acerca do princ pio da igualdade no pr ximo t pico analisaremos especificamente a discrimina o contra as mulheres observando o contexto hist rico tanto do trabalho feminino quanto das pr ticas discriminat rias que sempre o cercaram e veremos que leis e atos normativos n o s no Brasil como no mbito internacional procuram erradicar esse mal que h muito deveria ter sido dissipado 3 N o discrimina o e igualdade facetas da isonomia entre homens e mulheres A sociedade global evoluiu a passos largos na supera o de v rios paradigmas que predominaram no passado Diversas concep es conceitos preconceitos e ideais tornaram se obsoletos e necessitaram passar por uma releitura ou mesmo pelo seu abandono completo Tal ciclo decerto ainda n o terminou e tende a se otimizar para que novos paradigmas surjam e logo sejam derrubados ou substitu dos por outros Entretanto um paradigma se mant m de p at hoje enfraquecido verda
299. lhadores se assim o fizer em ve culos adequados com seguran a de forma que n o ponha em risco a sua integridade f sica bem como se abster de submeter seus trabalhadores a condi es degradantes de trabalho condenando o requerido ao pagamento de indeniza o por danos morais coletivos revertidos ao FAT Al m disso determinou que o requerido se abstenha de utilizar m o de obra infantil Em seu recurso questiona o recorrente a legalidade da dilig ncia perpetrada pelos Auditores Fiscais do Trabalho e pelo membro do Minist rio P blico do Trabalho alegando que se tornou ilegal e abusiva na medida em que permitiram o ingresso em propriedade particular de pessoas estranhas dilig ncia tais como rep rteres policiais l der sindical sem que portassem uma ordem judicial para tal Aduz que a quest o n o foi apreciada pela decis o do primeiro grau que as fotos tiradas pelos rep rteres n o podem servir de meio de prova bem como os relat rios e autos de infra es perpetrados os quais foram alvos de impugna o pelo r u sem que estivesse garantido o princ pio do contradit rio Todavia raz o n o lhe assiste Como j mencionado anteriormente a quest o acerca da suposta ilegalidade e abuso de poder na dilig ncia realizada pelos Auditores Fiscais do Trabalho acompanhados pelo membro do Minist rio P blico s fazendas do r u foi devidamente apreciada pelo MM Ju zo do primeiro grau Frise se que os Auditores Fiscais do
300. lhava sem o integral intervalo para refei o e descanso e cumpria habitual labor extraordin rio inclusive em per odo noturno Recurso n o provido TRT 1 52 Turma Rel Bruno Losada Albuquerque Lopes 0000180 56 2010 5 01 0246 06 7 2011 86 Recurso da reclamada Revista ntima Ato il cito Dano moral Configura ato il cito do empregador balizador de indeniza o por dano moral a realiza o de revista ntima Esse ato exp e o empregado a constrangimento e situa o vexat ria em flagrante viola o intimidade vida privada honra e imagem da pessoa Recurso do autor Contribui o assistencial Imposi o de cobran a aos integrantes da categoria n o associados do sindicato atrav s de norma coletiva Impossibilidade O Princ pio da Liberdade Sindical consagrado na CRFB 88 n o admite que algu m seja constrangido a associar se a sindicato ou impedido de desfiliar se dele Logo n o seria admiss vel impor a quem n o associado contribui o que somente beneficia os associados Neste sentido TST OJ n 17 da SDC e PN 119 TRT 1 62 Turma Rel Jos Antonio Teixeira da Silva 0079100 47 2008 5 01 0009 09 12 2011 4 2 2 Verbas rescis rias 4 2 2 1 Multa do artigo 477 da CLT 87 Recurso da reclamante Dano moral Sal rio O inadimplemento por parte do empregador quanto ao pagamento dos cr ditos de natureza alimentar do empregado consiste em indubit vel atentado a sua dignidade causando
301. lhe ang stia e inseguran a Trata se de conduta omissiva violadora de direito e causadora de dano inclusive de car ter moral configurando a pr tica de ato il cito que deve ser reparado Condena o subsidi ria Inafast vel a condena o subsidi ria do segundo reclamado Munic pio do Rio de Janeiro eis que na qualidade de contratante tinha o dever de fiscalizar a execu o do contrato no per odo em que foi tomador dos servi os prestados pela autora por meio do primeiro reclamado Instituto Phoenix e por conseguinte verificar a regularidade do cumprimento das obriga es trabalhistas TRT 1 72 Turma Rel Maria das Gra as Cabral Viegas Paranhos 0073200 41 2009 5 01 0044 12 7 2011 88 Recurso das r s Complementa o de aposentadoria da Brasiletros Benef cio proporcional Distin o entre homem e mulher Veda o luz do princ pio constitucional da isonomia vedada a discrimina o no pagamento da complementa o de aposentadoria proporcional entre homens e mulheres Recurso n o provido Recurso adesivo das autoras Embargos protelat rios Multa exclu da N o se vislumbra nos embargos declarat rios apresentados qualquer inten o de procrastinar o feito mas t o somente ver corrigidos certos pontos que poderiam interferir na execu o do cr dito do autor Recurso provido TRT 1 62 Turma Rel Alexandre de Souza Agra Belmonte 0456500 59 1999 5 01 0242 09 12 2011 89 Recurso do reclamante
302. lheu as raz es expostas na defesa Afirma que a decis o equivocou se ao deferir o pagamento de horas extraordin rias eis que restou devidamente comprovada nos autos a compensa o da jornada e as faltas injustificadas do trabalhador Ressalta ainda que o autor sempre percebeu corretamente quando trabalhou extraordinariamente e que os controles de frequ ncia e as guias ministeriais est o devidamente assinados pelo recorrido corroborando a tese contida na defesa Registra que a empresa n o obrigada a guardar as escalas de servi o j que tais documentos servem apenas para uma mera fiscaliza o e controle do tr fego interno Quanto ao intervalo intrajornada destaca a possibilidade de seu fracionamento e supress o atrav s de conven o coletiva artigo 7 XXVI da Constitui o Federal e Orienta o Jurisprudencial n 342 da SDI I do TST pelo que plenamente v lida a cl usula 212 da norma coletiva da categoria Por fim alega ser indevida a devolu o dos descontos efetuados sob a rubrica de faltas injustificadas j que os controles de frequ ncia e contracheques comprovam a veracidade das alega es da recorrente bem como os descontos referentes ao benef cio da cesta b sica diante da autoriza o expressa na norma coletiva Dep sito recursal e custas recolhidas e comprovadas s fls 298 299 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 165 Decis es da 22 Inst ncia Contrarraz es do reclamant
303. lho 10 25 92 93 108 Acordo coletivo 70 85 Adicional de horas extras 2 48 58 59 60 61 62 76 100 104 de insalubridade 11 82 de periculosidade 1 Administra o indireta 55 p blica 20 50 106 109 salarial 2 Administrador 106 Ag ncia banc ria 42 lucratividade da 2 reguladora 12 Agress o 104 111 Alimenta o 65 66 85 89 113 Ambiente de trabalho 9 10 13 38 95 111 sujo 52 Analogia aplica o por 16 89 Anota o da carteira de trabalho 21 59 114 Aposentadoria complementa o de 49 88 por invalidez doen a 71 Aprendizagem 80 Ass dio moral 13 14 27 60 90 100 sexual 4 Assist ncia por advogado 89 sindical 89 Atestado m dico 107 Atividade externa 62 83 fim 16 103 114 Ato il cito 13 29 44 86 87 92 98 111 Audi ncia 104 Aus ncia de prova 102 Autentica o 16 Autoridade 108 Avalia o da prova 60 104 funcional 2 B Banc rio 15 73 Banco 2 16 42 Banheiro 28 60 99 100 Base de c lculo 11 48 Bem im vel 89 C C lculo 11 65 73 Consulte tamb m Conta 2 12 40 104 Cargo em geral 21 67 78 106 de confian a 15 27 Consulte tamb m Fun o 2 26 27 73 114 Carta em geral 110 de fian a 101 Magna Consulte tamb m Constitui o Federal 105 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 269 ndices
304. lho decente para todos os trabalhadores Outro passo importante nesse sentido foi a inser o do conceito de trabalho decente na agenda do Conselho Econ mico e Social da ONU United Nations Economic and Social Council ECOSOC que um dos mais poderosos centros decis rios dentro das Na es Unidas com acesso a institui es financeiras como o Banco Mundial e o Fundo Monet rio Internacional Como resultado as novas pol ticas dessas institui es v m promovendo o conceito de trabalho decente decent work pelo mundo Mais ainda a Declara o de Princ pios e Direitos Fundamentais no Trabalho foi incorporada Declara o Tripartite de Princ pios referentes a Empreendimentos Multinacionais e Pol tica Social da OIT ILO Tripartite Declaration of Principles concerning Multinational Enterprises and Social Policy MNE Declaration que serve como guia para governos empregadores e trabalhadores no que diz respeito rela o entre companhias multinacionais e seus empregados pelo planeta Como uma Declara o ela n o se aplica compulsoriamente mas demonstra o grau de responsabilidade social dessas empresas De forma semelhante o Pacto Global das Na es Unidas The United Nations Global Compact firmado no ano 2000 como um f rum para companhias participarem da ado o de solu es que combatam os efeitos negativos da globaliza o estimula os empregadores a seguirem os seus princ pios universais entre os quais est o aquele
305. lteraria os fatos fl 255 Al m disso o MM Ju zo de origem ao afastar a alega o de abuso de poder ilegalidade e irregularidade nas atividades dos Auditores Fiscais do Trabalho ressaltou que referidos profissionais independem de autoriza o judicial para a realiza o da fiscaliza o uma vez que esta inerente ao cargo em que est o lotados bastando para tanto que estejam munidos da ordem de servi o e que portem suas carteiras de identidade fiscal consoante a norma inserta no artigo 630 8 3 da CLT observando ainda que a atua o do Minist rio P blico do Trabalho se deu na forma do artigo 18 c da LC 75 93 Esclareceu o MM Ju zo fl 281 que n o houve qualquer alega o de pr tica de viol ncia f sica aquisi o de mercadorias por valor superior ao praticado no mercado bice f sico ao acesso propriedade e que por esta raz o e pelas j esposadas nos termos de depoimentos foram indeferidas as perguntas ali transcritas 130 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia dirigidas pelo requerido s testemunhas conforme registrado nos termos de fls 252 253 e 254 255 fl 281 De toda sorte conforme relata o Auditor do Trabalho Guilherme Jos de Ara jo Moreira fl 18 somente tr s rg os fizeram parte da dilig ncia o Minist rio do Trabalho o Minist rio P blico do Trabalho e a Policia Militar 25 Batalh o prestando apoio na q
306. ltou com mais for a no fim do ano de 1980 L De acordo com estimativas n o oficiais a cada ano cerca de 25 000 mulheres s o assassinadas porque suas fam lias n o podem satisfazer as incessantes demandas da fam lia do marido A mulher no trabalho O Decreto 21 417 A de 17 de maio de 1932 revogado pela Consolida o das Leis do Trabalho CLT vedou mulher o trabalho noturno de qualquer esp cie A CLT em sua reda o original proibia o trabalho noturno da mulher exceto em algumas poucas atividades tais como servi o de telefonia enfermagem casas de divers es hot is e restaurantes Vedava o trabalho feminino tamb m em atividade insalubre e em obras de constru o p blica ou particular Ao fixar o primeiro sal rio m nimo em 1940 o Decreto Lei de 31 de agosto desse ano autorizou a redu o de seu valor para a trabalhadora A CLT primitiva art 446 revogado em 24 10 1989 admitia a oposi o do marido contrata o do trabalho da mulher caso em que esta teria de obter o suprimento judicial O art 72 da CLT dispunha que seus preceitos salvo quando determinado em contr rio n o se aplicavam aos empregados dom sticos Os direitos trabalhistas destes contudo v m sendo gradativamente reconhecidos com o tempo e em grande parte j se equiparam aos dos demais trabalhadores com v nculo empregat cio embora tais garantias estejam consubstanciadas em legisla o apartada da CLT O par grafo nico do art 7 da
307. m O sistema de barrac o ou truck system ocorre quando os g neros aliment cios de primeira necessidade s o vendidos pelo pr prio propriet rio rural em sua fazenda a pre os acima dos de mercado e descontados do sal rio do obreiro ao final do m s Por se tratar de pessoa de pouco discernimento muitas vezes analfabeto o trabalhador perde totalmente o controle do valor da d vida e facilmente ludibriado pelo credor 142 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia No caso dos autos embora o r u n o mantivesse armaz m em sua fazenda para a venda de produtos de primeira necessidade aos seus empregados restou comprovado atrav s dos Autos de Infra o lavrados fls 16 17 bem como pela prova oral colhida fls 462 463 465 467 e 669 700 que o recorrente em vez de pagar os sal rios a alguns de seus empregados em esp cie fornecia dois vales mensais a serem trocados por mercadorias em uma determinada mercearia por ele indicada em total viola o ao disposto no 8 4 do artigo 462 da CLT Assim correta a decis o da MM Ju za do 1 grau em determinar que o r u se abstenha de tal pr tica bem como a fixa o de multa pelo descumprimento do comando judicial O trabalho escravo N o obstante tenha a a o civil p blica denunciado a redu o an loga de escravo com rela o aos empregados Zena e Erotildes a MM Ju za do 1 grau embora reconhecendo que n o havia v nculo
308. m da biosfera MATEO PARDO Regino La dignidad de la persona humana y su significaci n en la Constituci n espa ola de 1978 a trav s de la jurisprudencia del Tribunal Constitucional In AA VV Escritos jur dicos en memoria de Luis Mateo Rodr guez Cant bria Universidad de Cantabria Facultad de Derecho Derecho P blico 1993 t p 343 100 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Tese de Doutorado Tendo em conta que o Direito cuida de regular a realidade social a recep o e a incid ncia do conceito de dignidade no jur dico requerem pesquisar e esbo ar quais s o as condutas consideradas vulneradoras desse excelso valor atribu do ao ser humano perspectiva negativa ou passiva assim como quais s o as condutas concebidas como necess rias para possibilitar a realiza o do potencial pessoal alheio vertente positiva ou ativa Essas considera es em verdade est o insertas no amplo rol de escolhas de uma determinada sociedade com respeito a seu modo de vida isto sobre quais necessidades devem ser satisfeitas e portanto quais valores que as mediar o escolhas todas estas que por sua vez ser o forjadas pelo menos assim o em teoria e como ideal nos regimes democr ticos com base nos consensos acordos intersubjetivos estabelecidos no seio das rela es humanas Como se pode inferir por conseguinte existe uma inter rela o din mica entre o tecido do conjunto das rela es hu
309. m destaque se caracteriza pela tr plice identidade conforme art 301 8 38 aplicado subsidiariamente ao processo do trabalho In casu o pedido deduzido na ACPU indicada pela parte r 0012 2005 014 01 00 4 n o guarda identidade com aquela deduzida na presente demanda Assim n o h falar em extin o do processo sem resolu o do m rito em rela o aos itens a 3 e b 5 do pedido Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 159 Decis es da 22 Inst ncia Da responsabilidade subsidi ria A condena o atribu da recorrente n o foi direta mas supletiva E diga se que tal posicionamento encontra absoluta compatibilidade com o que preconiza a Lei n 9 472 97 Aquele diploma em seu art 94 inciso Il autoriza a concession ria a contratar com terceiros para o desenvolvimento de atividades inerentes acess rias ou complementares ao servi o E em seu 8 2 remete ao direito comum as rela es firmadas com terceiros Por outro lado a tutela de interesses aqui levada ao plano coletivo submete se s normas e princ pios de direito do trabalho com destaque ao princ pio da prote o Ademais embora o provimento jurisdicional de condena o em obriga o de fazer e n o fazer frente a comunidade de trabalhadores seja dirigida ao empregador a san o pelo inadimplemento ou por seu cumprimento defeituoso tem express o pecuni ria em face da qual se reconhece a corresponsabilidade do contratante ci
310. m il cita sobre seus empregados Assim os documentos pertinentes controv rsia recibos salariais devidamente preenchidos e assinados por empregados do requerido n o foram apresentados na oportunidade qual seja durante o inqu rito civil e a fiscaliza o Caso existissem poca teriam sido apresentados quando solicitados o que n o ocorreu em que pese concedido prazo para tanto fls 70 71 e 78 sendo absolutamente inaceit vel a alega o do ora recorrente de que deixou de faz lo em raz o do tumulto Assim sendo a apresenta o extempor nea dos referidos documentos n o tem o cond o de desconstituir a robusta prova documental produzida pelo requerente que n o deixou d vidas que o r u efetuava pagamento de sal rios aos seus empregados inferior ao m nimo em total afronta ao disposto no artigo 7 IV da Constitui o Federal e 464 da CLT Registre se por oportuno que diversamente do alegado no recurso os documentos juntados com a defesa foram devidamente impugnados pelo Minist rio P blico do Trabalho conforme peti o de fls 244 248 pen ltimo par grafo Assim correto o entendimento do MM Ju zo do primeiro grau ao determinar que o pagamento de sal rios deve ser efetuado em dia til e no local de trabalho dentro do hor rio do servi o ou imediatamente ap s o seu encerramento salvo se efetuado atrav s de dep sito em conta corrente banc ria aberta para este fim em nome de cada empregado com o expresso
311. mada independentemente do tr nsito em jugado desta senten a Busca a parte r a reforma da r senten a alegando em s ntese que n o ocorreu nenhuma irregularidade tendo o r Ju zo ao proferir sua decis o deixado de analisar os documentos juntados pela recorrente Contrarraz es do Minist rio P blico do Trabalho s fls 295 299 sem argui es preliminares Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 181 Decis es da 22 Inst ncia VOTO Admissibilidade Conhe o do recurso interposto pela parte r por tempestivo v fls 281 282 e subscrito por advogado regularmente constitu do nos autos v fl 267 Pela recorrente foi comprovado o recolhimento das custas processuais e do dep sito recursal v fls 289 e 290 Quest o merit ria Apura o de pr ticas ofensivas legisla o trabalhista cometidas pela empresa reclamada Ajuizou o Minist rio P blico do Trabalho a o civil p bica em face de Nova Barra Estacionamentos e Garagens Ltda em decorr ncia da apura o pelo auditor fiscal do trabalho de diversas irregularidades ocorridas nas instala es da empresa r Apresentou a parte r defesa escrita sob a forma de contesta o s fls 49 64 alegando em s ntese que as poucas e question ves irregularidades invocadas pela autoridade fiscalizadora e adotadas como fundamento para o ajuizamento da a o n o caracterizam em tese viola o de interesses coletivo
312. manas em uma dada sociedade e os valores escolhidos no seio dessa mesma sociedade pois estes ltimos s o concebidos com base nos consensos gestados na din mica de referido tecido Neste por sua vez no final das contas refletem se as regula es e modifica es derivadas da recep o formal no ordenamento jur dico positivo dos referidos valores e de sua correspondente observ ncia Resulta claro portanto que a mesma complexidade e dinamismo que caracterizam as rela es humanas ineludivelmente se projetar o e permear o o conceito de dignidade dado o fato de que o que se considera digno aqui e hoje pode n o o ser ali e ou amanh Feitas as considera es todas n o dif cil apreender a indeterminabilidade e abertura que caracterizam o conceito de dignidade Diante de tais atributos pr prios ideia de dignidade surge uma pergunta de crucial import ncia a ser esmiu ada compete exclusivamente ao legislador preencher o conte do jur dico da dignidade estabelecendo normas positivadas que demarcariam sua operatividade jur dica ou tamb m o jurista aplicador do Direito obviamente com base nos par metros aportados pelo texto constitucional deve ter reconhecida a responsabilidade de identificar o significado normativo do conceito de dignidade em m rito a seu car ter aberto e indeterminado nos conflitos concretos surgidos na din mica das rela es humanas Talvez possamos expressar a mesma quest o com maior pro
313. manos b sicos sejam respeitados em qualquer lugar independentemente de ratifica o das respectivas Conven es pelos pa ses membros artigo 2 Essa Declara o uma iniciativa ousada da OIT para combater as piores formas de 10 MORSE David The origin and evolution of the I L O and its role in the world community USA W F Humphrey Press 1969 p 28 29 11 BARTOLOMEI DE LA CRUZ Hector et al The International Labor Organization The International Standards System and Basic Human Rights USA Westview Press 1996 p 129 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 37 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas explora o no trabalho e se baseia na premissa de que h certos direitos b sicos inerentes aos seres humanos e a uma sociedade decente mesmo que eles n o tenham sido objeto de lei formal Desde ent o a OIT e a Organiza o Mundial do Com rcio OMC t m trabalhado em conjunto para estabelecer uma liga o entre acordos comerciais e respeito por esses direitos humanos b sicos no trabalho por meio da inser o de uma cl usula social social clause que obrigaria os participantes a respeitarem esses direitos elementares Em caso de transgress o s normas trabalhistas fundamentais o violador seria punido Entretanto ainda n o se chegou a um consenso sobre esse assunto nos Encontros da OMC especialmente porque alguns pa ses em desenvolvimento e empregadores temem que isso possa limit
314. medida dr stica tratando de tirar o referido empregado de seu quadro antes mesmo que fosse apurado se as alega es da reclamante eram ou n o verdadeiras Ademais aduz que a reclamante permaneceu laborando por mais dezenove meses logo se dano houve restringiu se ao mbito f sico pois a suposta dor afli o decep o e sofrimento foram mitigados pelo tempo Sustenta tamb m que o alegado ass dio sexual n o foi presenciado por ningu m n o restando provado sendo que o fato de o apontado ofensor aceitar proposta de transa o em mbito penal n o significa admiss o de culpa Eventualmente alega que a indeniza o deferida demasiadamente excessiva Contrarraz es oferecidas pela reclamante fls 237 242 sem preliminares Regularmente intimada fl 247 a primeira r n o apresentou contrarraz es Autos n o remetidos ao Minist rio P blico do Trabalho por ausentes as hip teses espec ficas de interven o incisos II XII e XIII do artigo 83 da Lei Complementar 75 93 o relat rio VOTO Conhecimento Tempestivo e regular conhe o do recurso ordin rio interposto pela segunda reclamada por atendidos os demais requisitos legais de admissibilidade M rito Dano moral Responsabilidade subsidi ria Alega a reclamante que prestou servi os de almoxarife para a segunda reclamada Associa o Congrega o de Santa Catarina Casa de Sa de S o Jos por interm dio da pri
315. meira Sathurno Servi os Ltda Aduz que ali sofreu ass dio sexual por parte de empregado da tomadora Sr Geraldo Magela Rebou as de Oliveira Afirma que o referido empregado a chamava com a desculpa de arrumar um arquivo com pap is de funcion rios em sua sala Ali continua passava a m o em seus ombros em seus seios se esfregava em seu corpo e a intimidava dizendo que era pessoa influente e dificultaria o ingresso em novo emprego Assevera que suportou o constrangimento porque era a nica fonte de renda familiar porquanto desempregado o marido Pretende assim indeniza o a t tulo de danos morais no valor de R 70 000 00 As r s contestaram a pretens o fls 78 93 e 100 118 negando os fatos que aduziram n o foram comprovados O i sentenciante julgou procedente o pedido porque a an lise do conjunto probat rio demonstra a ocorr ncia dos fatos narrados pela autora agress o que n o constituiu um fato isolado mas que tamb m se verificou 204 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia com outras empregadas N o h como se questionar a ocorr ncia do dano moral sofrido pela reclamante face aos fatos ocorridos e situa o de subordina o na qual se encontrava N o bastasse o ass dio sexual a reclamante foi submetida a ass dio moral face ao premente medo de denunciar os fatos ocorridos e sofrer puni es inclusive com a perda do e
316. mente Nego provimento Do dano moral No libelo alegou o reclamante que eram reprov veis as condi es de trabalho Disse que o empregador n o fornecia EPIs que n o havia abrigo para as refei es e que n o havia banheiro no local de trabalho exigindo que o trabalhador fizesse suas necessidades fisiol gicas Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 151 Decis es da 22 Inst ncia atr s das moitas de cana de a car Acrescentou que as circunst ncias levaram propositura de a o cautelar inominada pelo MPT Concluiu dizendo que o tratamento dispensado era degradante ferindo o princ pio da dignidade humana Pediu indeniza o por danos morais de R 30 000 00 trinta mil reais O MM Ju zo ciente das m s condi es de trabalho daqueles que labutam nos canaviais fato p blico que as usinas de Campos dos Goytacazes d o os piores exemplos de ofensa dignidade dos trabalhadores no corte de cana de a car senten a s fls 172 173 deferiu indeniza o no valor de R 5 000 00 cinco mil reais A a o ajuizada pelo MPT fls 11 e ss relata a condi o de extrema degrad ncia a que se sujeitam os trabalhadores da Agrisul empregadora do reclamante CTPS s fls 10 destacando os seguintes fatos fls 15 16 especificamente inexist ncia de barraca sanit ria inexist ncia de abrigo para refei o transporte inadequado pondo em risco a integridade f sica d
317. mento dos jovens que se recusassem a se filiar Juventude do Partido do Movimento Democr tico Brasileiro PMDB participar e contribuir financeiramente para as reuni es pol ticas do referido partido participar das campanhas pol ticas em favor dos candidatos do partido trabalhar em zonas eleitorais nos per odos de elei o entregar em algumas hip teses seus cart es banc rios pessoais destinados ao recebimento das bolsas a determinados monitores do Programa sobretudo no per odo compreendido entre fevereiro e novembro de 2004 e especificamente no Munic pio de Nova Igua u Segundo o magist rio do Professor Nelson Nery em Princ pios do Processo Civil na Constitui o Federal p 112 3 o que determina a classifica o dos interesses metaindividuais a pretens o in concreto deduzida em ju zo quando se prop e a competente a o judicial pois o tipo de pretens o e causa de pedir que determinar o se o interesse discutido difuso coletivo ou individual homog neo podendo um mesmo fato dar ensejo aos tr s tipos de interesses conforme seja o pedido formulado g n 186 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Ada Pelegrini Grinover em seu C digo de Defesa do Consumidor Anotado consigna que A pedra de toque do m todo classificat rio o tipo de pretens o material e de tutela jurisdicional que se pretende quando se prop e a competente a
318. mento trouxera o de volta e recoloc ra o na pi lha Baso menor que o onunciara ger ncia que despodira o Reclamante tendo um seu irm o por Laso exigido inqu rito po licial Agiu o empregador precipita amente dispensando o empre gado cuja reclama o era assim procedente Recorreu a empr sa dizendo que o empregado confessara a falta onbora alegando ter sido mera brincadeira s testemunras foram acordes em con firmar que o Recorrido cacondera o pacote viram no confessar a feita perante o gerente lo amea ara o menor do pancada ca 50 o demunciasse e isso sucedora pois batera no dito menor testemunha Manoel da Silve Oliveira que havia falta de um paco te Ge cadernos o de livros o que j se vinha verificando h algum tempo No dia de que so tratava o que epars era fora um pacote do livros substituindo um de cadernos mais tarde en contrado no arm rio da primeira testoxunha N o seria possivel deixar de reconhecer se que o Recorrido praticsra 4ndiscipli na brincando no servi o e ainda podendo cam ums brincadeira prejudicar seriamente sous companheiros de trabalho pois colo cara o pacote no armario de um colega revelando d sse modo s n u procediento Seria de lamentar que um empregado al m do praticar faltas o tratave se de um adolescente ainda vios so a receber indeniga os e O Recorrido n o contrarrazonu o a outa Procuradoria opinou pela confirma o da senten a por a char oxcluida a
319. mesmo tratamento em toda e qualquer situa o e n o diferente na esfera trabalhista e tamb m que haja sempre razoabilidade para que em situa es de desigualdade se adote sim tratamento desigual Que isso por m n o signifique favorecimento ou discrimina o odiosa mas a real promo o da igualdade e do trabalho decente enfim 68 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Refer ncias bibliogr ficas BARROS Alice Monteiro de A mulher e o Direito do Trabalho S o Paulo LTr 1995 BARROSO Lu s Roberto Interpreta o e aplica o da Constitui o 6 ed S o Paulo Saraiva 2004 CAPLAN Luciana O Direito Humano Igualdade o Direito do Trabalho e o Princ pio da Igualdade In Direitos Humanos e Direito do Trabalho Coordenadores Fl via Piovesan e Luciana Paula Vaz de Carvalho S o Paulo Atlas 2010 DELGADO Maur cio Godinho Curso de Direito do Trabalho 8 ed S o Paulo LTr 2009 FILHO Evaristo de Moraes MORAES Ant nio Carlos Flores de Introdu o ao Direito do Trabalho 9 ed S o Paulo LTr 2003 G IS Luis Marcelo F de Discrimina o nas Rela es de Trabalho In Direitos Humanos e Direito do Trabalho Coordenadores Fl via Piovesan e Luciana Paula Vaz de Carvalho S o Paulo Atlas 2010 MORAES Alexandre de Direito Constitucional 26 ed S o Paulo Atlas 2010 RODRIGUEZ Am rico Pl Princ pio
320. morais Contra raz es s fls 306 125 O Minist rio P blico do Trabalho fl 322 pelo ilustre Procurador L cio Jos de Oliveira opinou pelo regular prosseguimento do feito reservando se contudo a futura manifesta o inclusive a eventual pedido de vista em sess o de julgamento caso entenda necess rio a teor do que preceitua o artigo 83 Il VII e XII da Lei Complementar n 75 93 o relat rio VOTO Arg i o de ilegitimidade ativa ad causam O recorrente suscita a nulidade da r decis o do primeiro grau por entender que o Minist rio P blico do Trabalho falece de legitimidade ativa ad causam para propor a o civil p blica por se tratar de direitos individuais homog neos fazendo refer ncia Orienta o Jurisprudencial n2 237 do C TST Transcreve jurisprud ncia em favor de sua tese Todavia raz o n o lhe assiste 128 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Como bem sabido o artigo 127 da Constitui o da Rep blica incumbiu ao Minist rio P blico da Uni o defender a ordem jur dica o regime democr tico e os interesses sociais e individuais indispon veis sendo que o inciso Ill do artigo 129 da mesma Carta Magna legitimou o a promover o inqu rito civil e a a o civil p blica para a prote o do patrim nio p blico e social do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos A a o civil p blica encontra se regulada pela Lei n
321. moting decent work in a green economy ILO background note to Towards a green economy pathways to sustainable development and poverty eradication UNEP 2011 Geneva 2011 Dispon vel em lt http www ilo org wcmsp5 groups public Wed emp Demp ent documents publication wcms 152065 pdf gt Acesso em 26 abr 2012 INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE Climate change 2007 Mitigation Contribution of Working Group Ill to the Fourth Assessment Report of the Intergovernmental Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 93 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Panel on Climate Change B Metz O R Davidson P R Bosch R Dave L A Meyer eds Cambridge University Press Cambridge United Kingdom and New York NY USA 2007 Dispon vel em lt http www ipcc ch pdf assessment report ar4 wg3 ar4 wg3 frontmatter pdf gt Acesso em 26 abr 2012 INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE Renewable energy sources and climate special report of the Intergovernmental Panel on Climate Change New York Cambridge University Press 2012 Dispon vel em lt http srren ipcc wg3 de report lPCC SRREN Cho01 pdf gt Acesso em 26 abr 2012 MU OU AH Paulo S rgio Empregos verdes no Brasil quantos s o onde est o e como evoluir o nos pr ximos anos Organiza o Internacional do Trabalho Bras lia OIT 2009 Dispon vel em lt http www oitbrasil org br sites default files topic green job pub e
322. mprego nico meio para sustentar sua casa Acrescente se que as reclamadas incorreram em confiss o ficta porque os prepostos afirmaram o desconhecimento dos fatos Considerando que os fatos decorreram diretamente da presta o do trabalho respondem as reclamadas por culpa in vigilando e in elegendo No mais condenou subsidiariamente a segunda r na forma da S mula 331 IV do C TST Recorrem as reclamadas O apelo da primeira r fls 200 208 teve o seguimento negado porque deserto fl 232 Impugnada mediante agravo de instrumento a decis o foi mantida por esta Turma autos em apenso A segunda reclamada por seu turno salienta que est prescrita a pretens o pois a presente a o foi ajuizada somente em janeiro de 2008 relatando fatos ocorridos no ano de 2004 acobertados pelo manto prescricional eis que o artigo 203 do NCC estabelece prazo de 03 anos No m rito propriamente dito assevera em suma que restou confirmado que o v nculo de emprego da reclamante era com a primeira reclamada A recorrente n o teve qualquer interfer ncia na contrata o O ato de selecionar candidatos encaminhados pela prestadora de servi os n o comprova qualquer poder diretivo A reclamante estava diretamente subordinada primeira reclamada at porque os servi os prestados n o possuem qualquer rela o com sua atividade fim Em seu depoimento pessoal a r
323. mpregos verdes brasil 256 pdf gt Acesso em 26 abr 2012 ORGANIZA O INTERNACIONAL DO TRABALHO Promover a Seguran a e Sa de numa Economia Verde Dia Mundial da Seguran a e Sa de no Trabalho 28 de abril de 2012 Genebra 2012 Dispon vel em lt http www ilo org wcmsp5 groups public ed protect protrav safework documents publication wems 175600 pdf gt Acesso em 26 abr 2012 ORGANIZA O INTERNACIONAL DO TRABALHO Trabalho Decente nas Am ricas Uma Agenda Hemisf rica 2006 2015 Bras lia 2006 XVI Reuni o Regional Americana Bras lia maio de 2006 Dispon vel em lt http www oitbrasil org br sites default files topic decent work pub agenda hemisferica 303 pdf gt Acesso em 26 abr 2012 SANCHEZ AB POSCHEN P The social and decent Work dimensions of a new Agreement on Climate Change International Labour Office 2009 Dispon vel em lt http www ilo org wcmsp5 groups public dgreports integration documents briefingnote wcms 107814 pdf gt Acesso em 26 abr 2012 UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME Green jobs towards decent work in a sustainable low carbon world Washington DC 2008 Dispon vel em lt http www unep org labour environment PDFs Greenjobs UNEP Green Jobs Report pdf gt Acesso em 26 abr 2012 94 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o TESE DE DOUTORADO Tese de Doutorado D bitos salariais e princ pio da dignidade Fernando Resende Guima
324. mulheres no caso de prorroga o da jornada normal um intervalo de quinze minutos antes do in cio do per odo de sobretrabalho cujo sentido protetivo claramente discern vel na ratio legis da norma consolidada afasta a um s tempo a pretensa agress o ao princ pio da isonomia e a avantajada id ia de capitis deminutio em rela o s mulheres 3 Ali s a se levar s ltimas consequ ncias o que prescreve o inciso do artigo 5 da Constitui o a conclus o ent o deveria ser no sentido de estender aos homens o mesmo direito reconhecido s mulheres considerando a penosidade inerente ao sobretrabalho comum a ambos os sexos RR 5413 2008 011 09 00 0 Barros Levenhagen Ministro Relator DEJT 18 12 2009 Assim a reclamante faz jus ao pagamento de 15 minutos extras por dia com os devidos reflexos diante de sua habitualidade tudo conforme pleiteado na inicial Do sal rio substitui o Nego provimento A autora pugna pelo sal rio substitui o pelo m s de outubro de 2003 quando substituiu a colega Ana Paula Almeida O conjunto da prova testemunhal demonstra que na verdade as tarefas da Sr Ana Paula foram distribu das entre os gerentes A autora nunca chegou a se afastar de suas fun es nem tampouco foi a nica a exercer as tarefas da colega A testemunha de fls 519 declarou que na poca da substitui o a autora n o deixou de desempenhar suas fun es normais e a depoente de fls 521 afirmou que
325. mulheres e crian as e identificada como uma das raz es para o estado de guerra tinha de ser substitu da por melhores condi es de trabalho como um reclamo de dignidade da pessoa humana Duas ideias fundamentais nortearam a cria o de uma legisla o trabalhista internacional justi a igualdade na competi o entre economias e considera es de ordem moral e dignidade humana Por isso o pre mbulo da Constitui o da OIT menciona que paz universal duradoura somente pode ser alcan ada se ela estiver baseada em justi a social que era urgente melhorar as condi es de trabalho de um grande n mero de pessoas medida que injusti a dificuldades e priva es produziam tamanha inquieta o que a paz e a harmonia no mundo estavam amea adas e que o fracasso de qualquer na o em adotar condi es de trabalho dignas constitu a um obst culo no caminho das outras na es que queriam melhorar aquelas condi es Uma vez estabelecida a OIT realizou a sua primeira confer ncia anual em Washington D C nos Estados Unidos da Am rica em outubro de 1919 Compareceram quele ato delega es de 39 pa ses e ali foram adotadas seis conven es e se desenvolveram as pr ticas legislativas que deram vida sua Constitui o O Tratado de Versalhes estipulou que os integrantes da Liga das Na es rg o precursor das Na es Unidas seriam tamb m membros da OIT artigo 387 Em 1946 a OIT tornou se uma ag nc
326. mum v nculo de emprego Embora os direitos sejam individuais s o aqui coletivamente tratados Gerais ainda que individuais homog neos porque origin rios de rela o jur dica firmada com o mesmo empregador na condi o de fornecedor de m o de obra em face de seu tomador aqui n o se cuida de individualizar tais interesses Busca se sim tutela jurisdicional capaz de coibir reitera es das apontadas pr ticas lesivas ao coletivo independentemente de sua composi o atual ou futura Ent o pode se afirmar com tranquilidade que o Minist rio P blico do Trabalho n o age no caso como um intruso na rela o empregado empregador mas sim exerce o mister que lhe atribu do na parte final do inciso Ill do art 129 da Constitui o Federal destinado a proteger interesse coletivo E assim porque os direitos e ou interesses cuja prote o aqui se postula em tese se enquadram nas hip teses em que a legisla o confere legitimidade ao Parquet para ajuizar a a o civil p blica Vistos relatados e discutidos os presentes autos de Recurso Ordin rio na A o Civil P blica protocolada sob o n 0076800 05 2005 5 01 0014 em que figuram Telemar Norte Leste S A e Telsul Servi os S A como Recorrentes e Minist rio P blico do Trabalho como Recorrido Pelo MM Ju zo da 142 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro em senten a proferida s fls 1 170 1 175 da lavra do douto magistrado Evandro Lorega Guimar es foi julgado procedent
327. munhal 2 61 Provedor 108 Q Quadro 12 36 Qualifica o 67 R Reajuste salarial 49 77 Reconhecimento 61 75 82 91 108 113 Reconven o 89 Recurso em geral 2 16 17 22 33 51 54 56 60 74 75 76 80 82 83 84 85 86 87 107 111 adesivo 88 ordin rio 59 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 108 Redu o da carga hor ria 91 da remunera o 81 de intervalo 18 85 de pessoal 55 Reembolso 74 Refei o 66 85 Reforma de senten a 108 Registro em geral 58 de com rcio 100 Reintegra o 57 94 107 Rela o de emprego 4 9 12 41 68 72 de trabalho 4 9 41 Remunera o 2 48 53 78 81 Repouso 65 73 113 Representante 19 Rescis o de contrato 36 51 indireta 89 Responsabilidade em geral 79 89 civil 10 do empregador 108 de indenizar 29 38 objetiva 25 subsidi ria 75 100 109 Reten o 43 Revezamento 105 Revis o de aposentadoria 49 71 88 de valor 2 63 do acordo 18 49 53 95 96 do julgado 89 Revisional 2 5 8 28 35 86 111 Revista ntima 5 28 86 Risco condi es de 1 do trabalho 9 10 11 18 41 42 53 54 59 70 73 89 100 101 105 109 Rodovi rios 91 S S bado 56 Sal rio em geral 2 22 48 53 78 87 da v tima 93 hora 81 m nimo 89 por fora 61 Sa
328. na e Erotildes e a hospedagem dos trabalhadores em um hotel ou pousada at que providenciada moradia adequada na pr pria fazenda que o empregador passe a pagar o sal rio dos trabalhadores em esp cie pelo menos em parte que o empregador deixe de praticar truck system multa di ria de R 1 000 00 mil reais por dia de descumprimento que os bens im veis e m veis do r u sejam tornados indispon veis at o integral cumprimento das obriga es pleiteadas e em car ter definitivo pretende a condena o do r u ao pagamento de indeniza o por danos morais coletivos no valor de R 1 000 000 00 um milh o de reais revers vel ao FAT indeniza o substitutiva de sal rio no valor de um sal rio m nimo para cada m s de trabalho em favor de Zena e sua filha e que seja oficiado o Incra para a inclus o da Fazenda Soubara no Programa de Desapropria o para fins de reforma agr ria em raz o da pr tica de trabalho escravo Em decis o que antecipou os efeitos da tutela o MM Juiz do 1 grau deferiu a hospedagem de Zena e sua filha na forma como postulado determinou o cumprimento imediato do artigo 462 da CLT e decretou a indisponibilidade dos bens im veis e m veis do r u Ato cont nuo a certid o do Oficial de Justi a atesta que deixou de proceder remo o do Sr Zena tendo em vista que se encontrava hospitalizado e que Erotildes Garcia da Cunha foi levada para a casa do irm o Jos Garcia da Cunha no Loteamento Lourival Ca
329. nada da trabalhadora por telefone Satisfeito o nus da prova art 818 da CLT c c art 333 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 247 Ement rio do CPC As circunst ncias afastam a excludente prevista no art 62 inciso da CLT TRT 1 82 Turma Rel Ana Maria Soares de Moraes 0000085 35 2010 5 01 0049 03 8 2011 63 Indeniza o por dano moral A fixa o do montante da indeniza o pelo Ju zo guarda rela o com a extens o e a gravidade do dano levando em considera o ainda os efeitos gerados no ntimo da v tima a situa o vexat ria por que passou diante dos seus colegas de trabalho ofendendo uma gama de valores imensur veis e inerentes ao direito da personalidade TRT 1 22 Turma Rel Patr cia Pellegrini Baptista da Silva 0000967 26 2010 5 01 0201 22 11 2011 64 Indeniza o por esfor o excessivo causador de dano f sico Os documentos de fls 100 105 demonstram que o autor fazia esfor o f sico carregando peso o que lhe causou dano por cumprir ordens excessivas Confirmo a an lise da prova da senten a e sua conclus o TRT 1 52 Turma Rel Ivan da Costa Alem o Ferreira 0162600 78 2009 5 01 0040 16 12 2011 65 Intervalo intrajornada Possui natureza salarial a parcela prevista no art 71 8 4 da CLT com reda o introduzida pela Lei n 8 923 de 27 de julho de 1994 quando n o concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo m nimo intrajornada para
330. nal Superior do Trabalho reformou decis o do Tribunal Regional do Trabalho da 122 Regi o e com isso condenou a empresa Onspred Servi o de Guarda e Vigil ncia Ltda prestadora de servi os e o Banco do Brasil S A tomador de servi os de forma subsidi ria ao pagamento da indeniza o por danos morais decorrentes da configura o de ass dio sexual no trabalho praticado por um gerente do banco funcion ria da prestadora de servi os de seguran a A condena o in dita pelo fato de ser a primeira vez que o m rito desse tipo de quest o julgado no TST se deu pelos artigos 52 X da Constitui o Federal e 932 Ill do C digo Civil No caso analisado uma funcion ria da empresa prestadora a servi o no banco por diversas vezes foi assediada pelo gerente de uma das ag ncia da tomadora Ao relatar o fato ao fiscal da empresa ela recebeu a orienta o de fazer um relat rio sobre ocorrido e fez Logo ap s a diretoria do banco tomou conhecimento do caso e apenas deslocou o gerente para outra ag ncia com o intuito de resguardar o nome da institui o N o adotou entretanto outras provid ncias Diante da situa o a funcion ria ajuizou a o na Vara do Trabalho buscando obter a repara o do dano sofrido Acabou sendo demitida da empresa Mediante a confirma o do ass dio por diversas testemunhas o juiz da Vara do Trabalho condenou a empresa prestadora do servi o e o Banco do Brasil S A de forma sub
331. nal do Trabalho da 12 Regi o TRT RJ graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ e em Direito pela Universidade Est cio de S Unesa e p s graduada em Psicologia do Trabalho pela Funda o Get lio Vargas FGV em Direito do Trabalho pela Universidade Veiga de Almeida UVA em Direito Processual Civil e do Trabalho pela Universidade Gama Filho UGF e em Direito P blico pela Universidade C ndido Mendes Ucam Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o 71 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas S rgio Pinto Martins ao comentar sobre a fun o do fiscal do trabalho enfatiza o seguinte O Fiscal do Trabalho por m n o tem apenas a fun o de aplicador de multas ou de fiel cumpridor das leis mas tamb m de orientador de mostrar s empresas como a lei deve ser aplicada principalmente em se tratando de legisla o recente Na verdade o fiscal do trabalho vai mostrar os erros cometidos pela empresa para esta se enquadrar na legisla o trabalhista inclusive quanto medicina e seguran a do trabalho Os artigos 627 e seguintes da CLT permitem que os auditores fiscais do trabalho tenham livre acesso s empresas e a seus documentos para orientarem sobre o cumprimento das leis de prote o ao trabalho A preven o e o saneamento de infra es legisla o s o obtidos mediante Termo de Compromisso Desse modo na hip tese de a empresa n o aplicar as orienta
332. ndimento Mulher DEAM perante a qual a reclamante e outra empregada Aline Siqueira de Lima Guido denunciaram o Sr Geraldo Magela No caso n o me auxilio do princ pio da verdade real que ostenta o julgamento penal porque n o houve O acusado teve extinta sua punibilidade em decorr ncia da transa o l proposta pelo Minist rio P blico Estadual nos termos do artigo 76 da Lei 9 099 95 Ressalto que a Lei 11 313 06 alterou a reda o do artigo 61 da lei dos juizados especiais e elevou para dois anos a pena m xima para classifica o do delito de menor potencial ofensivo bem verdade que n o houve forma o de culpa penal Por m a extin o do poder estatal de punir n o alcan a a responsabilidade civil como equivocadamente mencionado pela r Afora os relatos das v rias empregadas vitimadas conforta me ainda a menor carga de realidade no processo n o penal aqui inclu do o trabalhista bem como o correto destino dado ao caso pelo i sentenciante no que diz respeito confiss o ficta das r s As r s foram presentadas neste feito por pessoas que n o confirmaram nem negaram os fatos porquanto simplesmente os desconheciam pois n o souberam informar se a reclamante sofreu ou n o ass dio de qualquer natureza por parte de pessoa chamada Geraldo Magela fls 170 e 171 o suficiente N o bastasse repiso a r senten a pois a an lise do conjunto probat rio demonstra a ocorr ncia dos fatos narrad
333. ndo a verifica o de vicio de consentimento porventura existente Assim n o se vislumbra o cerceamento de defesa invocado pelo recorrente restando inc lume a norma inserta no artigo 5 inciso LV da Constitui o da Rep blica Rejeito M rito Do trabalho escravo e infantil Como relatado na inicial e no documento de fls 18 24 em fiscaliza o conjunta do Minist rio P blico do Trabalho e da Auditoria Fiscal do Trabalho realizada nos dias 24 e 26 de mar o de 2004 nas propriedades rurais do r u Fazenda Uni o Fazenda Beira Rio S tio Lagoa e Fazenda Esp rito Santo restou verificado que o r u mantinha quatorze empregados conforme rol de fls 7 8 sem qualquer anota o em suas carteira de trabalho No mesmo ato foi tamb m apurado que os trabalhadores que n o residiam nos alojamentos existentes nas fazendas eram transportados de suas resid ncias para o trabalho e vice versa de forma irregular na ca amba de uma pick up de propriedade do empregador sem qualquer seguran a que os alojamentos n o apresentavam as condi es m nimas de habita o e higiene que n o possu am banheiro e energia el trica que a gua utilizada para beber era proveniente de um po o que em que pese inodora possu a colora o cinza conforme fotografia fl 84 Aduz a inicial que os empregados recebiam sal rio inferior ao Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 131 Decis es da 22 Inst ncia m n
334. net ria O termo inicial da corre o monet ria da indeniza o por danos morais a data do arbitramento da indeniza o conforme entendimento consubstanciado na S mula n 362 do STJ Recurso da reclamada a que se d parcial provimento Recurso do reclamante a que se nega provimento TRT 1 12 Turma Rel Marcos Antonio Palacio 0107100 41 2009 5 01 0003 23 8 2011 34 Dano moral Deixar uma empregada na frente dos demais trabalhadores sem trabalho exp e a trabalhadora publicamente Os excessos do empregador e a ofensa dignidade da trabalhadora devem ser indenizados TRT 1 42 Turma Rel Luiz Augusto Pimenta de Mello 0018800 86 2008 5 01 0020 17 5 2011 35 Dano moral Doen a ocupacional Sendo incontroverso o fato e provado o nexo causal bem como a culpa presumida do empregador cuja natureza de sua atividade implica riscos aos seus empregados devida a indeniza o na forma dos artigos 949 e 950 do C digo Civil TRT 1 32 Turma Rel Dalva Am lia de Oliveira 0051800 40 2004 5 01 0013 19 9 2011 3 3 1 2 Estabilidade outras hip teses 36 Dano moral Empregado considerado inapto para o trabalho no momento da dispensa rg o p blico empregador Configura o Mostra se ilegal abusiva e violadora do princ pio da dignidade da pessoa humana a atitude da empregadora que despede sem justa causa um empregado considerado por exame m dico demissional inapto para o trabalho no momento 242 Revista do
335. nio da recorrente qualquer empregado de posto de gasolina que usasse uniforme com o s mbolo da distribuidora de petr leo ou de seus produtos como lubrificantes aditivos etc deveria ser indenizado pelo uso indevido de sua imagem Consagrado na Constitui o Federal incisos V e X do artigo 5 o direito de repara o por dano moral ou material decorrente de viola o do direito imagem De tal direito pode dispor a pessoa explorando a sua pr pria imagem ou autorizando que outros a utilizem para fins diversos Todavia como revela a experi ncia comum e as in meras lides que versam sobre o assunto n o exsurge a utiliza o indevida da imagem dos trabalhadores em campanhas publicit rias de grande alcance nos meios de comunica o mas t o somente o uso de camisetas no interior do estabelecimento Tampouco vislumbra se o alegado constrangimento na propaganda dos produtos comercializados com graves danos honra ou moral da trabalhadora Salienta se que na sociedade capitalista a sobreviv ncia do empreendimento comercial depende do cont nuo aprimoramento nas vendas pois os concorrentes aperfei oam novos m todos a cada dia Exemplos n o faltam de grandes empresas que desmoronaram do dia para a noite gerando filas de desempregados Portanto para a consecu o dos fins sociais da empresa concorrem tamb m os empregados igualmente interessados na manuten o de seus postos de trabalho Tal a intelig ncia do legislador brasilei
336. nit rio 47 Se o Especializada em Diss dios Coletivos Sedic 86 Especializada em Diss dios Individuais Sedi 3 18 66 91 ndices ndice Remissivo Seguro 10 108 Senten a 2 19 64 65 89 92 93 114 Sequela 13 Servi o em geral 16 23 25 72 externo 59 extraordin rio 48 ordem de 93 presta o de 47 108 representante de 19 tomador de 75 87 100 103 Sindicato 72 86 89 Sistema Simples 81 91 Sociedade em geral 10 60 de economia mista 102 Solidariedade 79 Subordina o 58 Subsidiariedade 75 79 87 100 109 Sucess o 79 Sucumb ncia 74 S mula 1 11 12 28 33 52 58 72 75 89 100 102 103 104 105 Supremo Tribunal Federal STF 11 12 Supress o de intervalo 113 Suspens o 23 T Tarefa 2 16 73 Telefone 62 Telemarketing 19 Tempo em geral 1 40 46 100 de exposi o 84 Terceiriza o 50 100 103 Terceiro 21 Termo de compromisso 102 inicial 33 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 275 ndices ndice Remissivo Testemunha em geral 2 60 62 89 suspeita 104 T tulo 45 89 90 Tomador de servi os 75 87 100 103 Trabalhador em geral 2 9 34 41 47 48 58 74 90 comunidade do 38 contrata o do 101 103 cr dito do 42 dignidade do 13 30 37 42 43 109 direitos fundamentais do 10 21 imagem profiss
337. nosso ju zo os cr ditos salariais s o merecedores para os efeitos da presente reflex o deve ser estendida a tais indeniza es 6 Devem ser considerados como pilares ideol gicos por detr s da ideia da dignidade segundo Starck STARCK Christian La dignidad del hombre como garant a constitucional In FERN NDEZ SEGADO F Coord AA VV Dignidad de la persona derechos fundamentales justicia constitucional Madri Dykinson Editorial 2008 p 242 O Liberalismo patente na prote o dos direitos c vicos e das liberdades pol ticas o Socialismo democr tico cuja presen a pode ser apreciada especialmente no aparato de direitos econ micos sociais e culturais positivados assim como em muitos dos princ pios reitores da pol tica social e econ mica e por ltimo como terceiro pilar essencial a tradi o do Humanismo personalista ocidental de formula es numerosas que poder amos considerar pai da especial aten o constitucional em favor da vida humana assim como em rela o integridade f sica e moral do homem 7 PECES BARBA MART NEZ Gregorio La dignidade de la persona desde la Filosofia del Derecho Madri Dykinson Editorial 2003 p 12 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 99 Tese de Doutorado dimanam de seu mero pertencimento condi o humana Como preconizado pela filosofia kantiana da qual arranca a no o moderna respeito dignidade para um homem que pass
338. nrarererenea 236 1 3 1 1 Ass dio sexual cesaroni ai eia aE e aa e aaa aa Cadena as bas UNE nal a tasas 236 1 3 1 2 Atos discriminat rios eeesseesseesessseeserssrresresseesserssesseeseesserssressresseesseeseesseeseesseese 236 1 3 2 Indeniza o por dano material ssessesssessessersssessserensssssrerersrssrerrerressesrserersesseee 236 1 3 2 1 Doen a ocupacional irereereeeeeerarerereerenenearerere aeee naaeerer ee neaeanararess 236 1 3 3 ADONO setas iessanisatena EE E ea NE E be aa DEUSES PRE nTn SRU Sa 236 2 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO eeeeeeeeeeeeeee eee er crcrceereeeeem 237 2 1 Jurisdi o e Compet ncia iieeerireeeereeeeeeerereeeae rare eeeeeecenaereeananasa 237 2 1 1 Compet ncia ssnin iini i r E E E UMa NEA EEE dan 237 2 1 1 1 Compet ncia da Justi a do Trabalho sssessnssesnnssesenesnneserinssrsenssrreessrresererssrrenssrne 237 2 1 1 2 Acidente de trabalh niiina ana aaaea Eaa Un SENESE EREEREER 237 2 1 1 3 Adicional de insalubridade sssssssessseeesssessrssssrsssssrresrrssestissssrtssrsnrssrensesrensseenssrns 237 Pa Ra e a BE E e OE E O E A S E E A E a aan 237 2 2 Contrato Individual de Trabalho ssesssssesssssssssssssiressrsesrrssessrssssrrssrrnnesrenseernssrensss 238 2 2 1 Administra o P blica siisii iaai 238 2 2 1 1 Contrato teMpof riO sisissssienssssinsseiistersssssissisiisinriedarinsseissinsindaninaneiisnnsi asasina inin 238 221 2 Ass
339. ns o anulat ria e no m rito dou parcial provimento ao recurso para julgar procedente em parte a a o civil p blica e determinar que o Estado do Rio de Janeiro se abstenha de praticar atos de ass dio moral nas rela es estabelecidas em programas sociais voltados inser o de jovens por meio do trabalho desvirtuando seus objetivos notadamente para fins eleitoreiros sob pena de pagamento de multa de R 10 000 00 dez mil reais por cada ato il cito que venha a ser comprovado revers vel ao FAT Condeno o ainda ao pagamento de indeniza o por dano moral coletivo arbitrada em R 1 000 000 00 revertida ao FAT na forma da fundamenta o supra Oficie se ao Minist rio P blico Estadual para que diante dos fatos apurados tome as provid ncias que entender de direito ACORDAM os Desembargadores da Sexta Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o por unanimidade conhecer do recurso ordin rio interposto acolher a suspei o das testemunhas cujos depoimentos se encontram s fls 590 3 todavia rejeitar a pretens o anulat ria e no m rito dar parcial provimento ao recurso para julgar procedente em parte a a o civil p blica e determinar que o Estado do Rio de Janeiro se abstenha de praticar atos de ass dio moral nas rela es estabelecidas em programas sociais voltados inser o de jovens por meio do trabalho desvirtuando seus objetivos notadamente para fins eleitoreiros sob pena de pagamento de multa de R 10
340. ns que se recusassem se a filiar Juventude do Partido do Movimento Democr tico Brasileiro PMDB participar e contribuir financeiramente para as reuni es pol ticas do referido partido participar das campanhas pol ticas em favor dos candidatos do partido trabalhar em zonas Eleitorais nos per odos de elei o entregar em algumas hip teses seus cart es banc rios pessoais destinados ao recebimento das bolsas a determinados monitores do Programa sobretudo no per odo compreendido entre fevereiro e novembro de 2004 e especificamente no Munic pio de Nova Igua u A prova adunada s fls 45 126 deixa cristalina a fraude anunciada e bravamente combatida pelo Parquet Os referidos documentos confirmam o desvirtuamento do programa social cujo objeto seria a inclus o social de jovens e seu afastamento da vida criminosa em reas de risco preparando os para o trabalho em atividades culturais como agentes de transforma o local inclusive em parcerias com outros entes O termo de declara o da testemunha Caroline de Souza Elio tomado em sede policial fis 91 2 em virtude de flagrante de crime eleitoral cometido pelo candidato Daniel dos Jovens pela Paz trouxe luz a dura realidade quando a depoente encontrada trabalhando no comit eleitoral do referido candidato no cadastramento de eleitores para o fornecimento de cestas b sicas informa em um programa do Governo Estadual Jovem Pela Paz que na data de hoje estav
341. ns receberam em m dia 47 a mais que as mulheres R 903 00 novecentos e tr s reais contra R 615 00 seiscentos e quinze Nos munic pios com mais de 500 mil habitantes os homens receberam em m dia R 1 985 00 mil novecentos e oitenta e cinco reais e as mulheres R 1 417 00 mil quatrocentos e dezessete reais ou seja uma diferen a de cerca de 40 Verifica se portanto que a efetiva o do conceito de trabalho decente ainda enfrenta muitos obst culos hist ricos estat sticas que se mant m ratificando a aus ncia de isonomia entre homens e mulheres com mais da metade da popula o do Pa s que recebe menos de um 4 ORGANIZA O INTERNACIONAL DO TRABALHO Trabalho decente nas Am ricas uma agenda hemisf rica 2006 2015 pr logo p VIII Dispon vel em lt http www oit org br sites default files topic decent work doc agenda hemisferica 537 pdf gt Acesso em 28 nov 2011 82 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas sal rio m nimo sem contar a aus ncia de erradica o do trabalho escravo e infantil restando designados n cleos pr prios de atendimento a tais setores pelo Minist rio P blico do Trabalho A pobreza de modo geral continua preocupante com maior incid ncia nos munic pios de m dio porte de 10 a 50 mil habitantes S o considerados muito pobres os que ganham renda mensal m dia de at R 70 00 setenta reais e pobres os que
342. nsur Ilka Esdra Silva Ara jo Claudia Cardoso de Souza e Vanda Maria Ferreira Lustosa A Justi a do Estado do Rio de Janeiro teve como precursora em sua magistratura a ju za lete Tassa sendo de estranhar que at hoje nenhuma mulher tenha exercido a presid ncia do Tribunal de Justi a dessa regi o O Tribunal Regional Federal da 22 Regi o tem em sua presid ncia a desembargadora Maria Helena Cisne Lydia Fernandes atualmente com 90 anos foi a primeira mulher presidente de um Tribunal de Justi a no pa s Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o 51 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Progresso da mulher na atividade social pol tica e cultural Em homenagem ao papel da mulher na nossa hist ria nada mais justo do que evocar e reverenciar os nomes de suas pioneiras nos diversos ramos das atividades c vicas pol ticas sociais e culturais Hero nas de nossa hist ria Clara Camar o combateu os holandeses invasores no Nordeste no s culo XVII Maria Quit ria se distinguiu nas lutas pela consolida o da independ ncia B rbara de Alencar foi a primeira mulher a se envolver de fato em pol tica no Brasil durante a revolu o pernambucana de 1817 com vistas independ ncia e Rep blica liderou esse movimento no Crato ampliando a revolu o em Pernambuco tendo declarado a independ ncia e proclamado a Rep blica do Crato Folha de S o Paulo 25 12 2010 Joana Ang lica no s culo X
343. ntal das empresas dos setores econ micos ou da economia no seu todo atrav s da redu o do consumo de energia e de recursos reduzindo as emiss es o desperd cio e a polui o e preservando ou recuperando os ecossistemas Os empregos verdes t m de ser empregos dignos ou seja bons empregos que garantam sal rios adequados condi es de trabalho seguras seguran a no emprego perspectivas de carreira razo veis e direitos dos trabalhadores OIT 2012 grifo nosso Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 91 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Segundo essa defini o prossegue o documento da OIT qualquer emprego incluindo o emprego verde deve respeitar os princ pios de seguran a e sa de no trabalho pois estes s o indicadores essenciais do trabalho decente OIT 2012 Isso significa portanto que a prote o da sa de e da seguran a no trabalho e a prote o do meio ambiente devem estar intrinsecamente ligadas de forma a assegurar uma abordagem integrada ao desenvolvimento sustent vel conforme o entendimento da OIT Um ambiente de trabalho seguro e saud vel e a prote o do meio ambiente em geral s o muitas vezes dois lados da mesma moeda As medidas para reduzir o impacto adverso do local de trabalho no meio ambiente em geral podem servir tamb m para proteger as comunidades locais De igual modo quando se incorporam medidas para minimizar o impacto ambiental dos processos de p
344. ntervalo intrajornada desde que garantida a redu o da jornada para no m nimo sete horas di rias ou quarenta e duas semanais n o prorrogada mantida a mesma remunera o e concedidos intervalos para descanso menores e fracionados ao final de cada viagem n o descontados da jornada Ocorre que na hip tese dos autos n o obstante tratar se de cobrador e posteriormente motorista de empresa de transporte coletivo n o h nenhuma evid ncia de que o reclamante efetivamente tivesse a jornada reduzida na forma prevista no item Il da OJ 342 da SBDI I do TST ou mantida a mesma remunera o com a concess o de intervalos para descanso menores e fracionados ao final de cada viagem Neste contexto impende destacar que a jornada contratual era de sete horas mas os comprovantes de frequ ncia fls 127 e seguintes demonstram que o autor sempre prorrogava a jornada O entendimento jurisprudencial reconhece a validade do fracionamento desde que a jornada de trabalho normal perfa a no m ximo sete horas di rias ou quarenta e duas horas semanais n o se aplicando portanto hip tese dos autos Dessa forma a norma coletiva de trabalho que reduz fraciona ou dilui o intervalo intrajornada sem o atendimento das condi es previstas no item Il da Orienta o Jurisprudencial n 342 da SBDI I do TST extrapola os limites da autonomia da vontade coletiva frente s normas de ordem p blica de observa o imperativa e cogente n o podendo ser
345. nzini Evandro Lorega Guimar es Sofia Fontes Regueira Robert de Assun o Aguiar Ant nio Carlos Amigo da Cunha Rita de C ssia Ligiero Armond Celio Baptista Bittencourt Andr Luiz Amorim Franco Val ria Couriel Gomes Valladares Andre Luiz da Costa Carvalho M nica de Amorim Torres Brand o Roberto Alonso Barros Rodrigues Gago Cl udia Siqueira da Silva Lopes Raquel Pereira de Farias Moreira Paulo Rog rio dos Santos Gustavo Farah Corr a Roberta Ferme Sivolella Astrid Silva Britto Aline Tinoco Boechat Robson Gomes Ramos Adriana Maia de Lima Adriana Freitas de Aguiar Stella Fiuza Can ado Fernando Resende Guimar es Ana Beatriz de Melo Santos Renata Orvita Leconte de Souza Elisabeth Manh es Nascimento Borges Juliana Pinheiro de Toledo Piza Neila Costa de Mendon a Marco Antonio Mattos de Lemos Filipe Ribeiro Alves Passos Debora Blaichman Paula Cristina Netto G Guerra Gama Roberta Lima Carvalho Leonardo Saggese Fonseca Leandro Nascimento Soares Glaucia Alves Gomes Helen Marques Peixoto Rossana Tinoco Novaes Maria Gabriela Nuti Roberta Torres da Rocha Guimar es Denise Mendon a Vieites Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 19 Institucional Composi o do Tribunal Josneide Jeanne Carvalho Nascimento Raquel Fernandes Martins Andr Braga Barreto Jer nimo Borges Pundeck Glaucio Guagliariello Diane Rocha Trocoli Ahlert Marly Costa da Silveira Anelise Haase de Miran
346. o Conselhos Tutelares Conselhos de Direitos da Crian a e do Adolescente gestores p blicos etc O PETI Programa de erradica o do Trabalho Infantil atende a mais de 820 mil crian as afastadas do trabalho em mais de 3 500 Munic pios A procuradora do trabalho Eliane Araque dos Santos citou que foram concedidas no Brasil 6 885 autoriza es judiciais sendo 2 015 somente no Estado de S o Paulo Assim ela solicitou aos ju zes que ao receberem pedido de autoriza o judicial investiguem a situa o ali Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o 75 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas encontrada e se necess rio denunciem e chamem a aten o do Estado e do Munic pio para que se providencie o atendimento adequado fam lia Compet ncia da Justi a Estadual ou Trabalhista O juiz do trabalho Oris de Oliveira que participou da cria o do FNPETI na d cada de 90 concedeu uma entrevista exclusiva s jornalistas Mariana Monteiro e Viviane Dias assessoras de imprensa da Anamatra por ocasi o do lan amento de seu livro Crian a Adolescente Trabalho Ao ser indagado sobre o conflito existente entre a compet ncia do juiz da inf ncia e a do juiz da Justi a do Trabalho fez a seguinte pondera o Os ju zes est o muito sobrecarregados a carga muito grande Ent o ser que h condi es deixando de lado o aspecto jur dico para a Justi a do Trabalho assumir essa incumb ncia
347. o o qual passava a administrar o seu patrim nio O casamento era tido como uma uni o indissol vel sacramentada por Deus O Brasil foi um dos poucos pa ses do mundo a declarar na sua Constitui o Federal a indissolubilidade do matrim nio v Carta de 1937 art 124 Constitui o de 1946 art 165 Cartas de 1967 e 1969 artigos 167 e 175 respectivamente Segundo a Aso Kamal da Rede Contra a Viol ncia Doaa mais de 12 mil mulheres foram mortas em nome da honra no Curdist o 1 Membro da Academia Nacional de Direito do Trabalho ANDT ex presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros e ex conselheiro da OAB Nacional 2 Desembargadora Federal aposentada do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o e integrante da ANDT Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 49 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Essa cultura machista foi predominante no Brasil colonial e se estendeu at o s culo passado N o obstante em alguns pa ses particularmente entre os rabes e africanos sobrevive a poligamia em que os homens m xime os que det m poder de chefia podem viver com v rias mulheres ao mesmo tempo Nosso C digo Civil anterior ao de 2002 manteve aberra es como o crime de adult rio a anula o do casamento com mulher j deflorada e a deserda o de filha desonesta Segundo informa o Le Monde Diplomatique Brasil de janeiro de 2010 na ndia embora proibida desde 1961 a pr tica do dote vo
348. o Trabalho Maria Aparecida Coutinho Magalh es Relatora Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 201 Decis es da 22 Inst ncia Recurso Ordin rio 0008800 59 2008 5 01 0074 Titula o Direito do Trabalho Responsabilidade Civil do Empregador Empregado Indeniza o por dano moral Ass dio Sexual Palavras chave indeniza o dano moral ass dio sexual constrangimento Turma 5a Relatora Ju za do Trabalho M rcia Leite Nery Data de julgamento 31 5 2011 Publica o 10 6 2011 Recurso ordin rio Ass dio sexual Prova Dano moral Configura o O constrangimento com conota o sexual desprovido de amea a ou viol ncia exemplifica tipos penais que em regra n o deixam vest gios Praticados normalmente s escondidas n o h corpo de delito a examinar Salvo pris es em flagrante a investiga o policial e mesmo a instru o criminal no mais das vezes exaurem se na oitiva da v tima e do infrator N o por outra raz o amparam se indiciados e acusados na esgar ada tese da aus ncia de prova segundo a qual o alegado ass dio sexual n o foi presenciado por ningu m Nesse cen rio ganha contornos de suma import ncia a quantidade de pessoas atingidas pela conduta do ofensor que ouvidas figuram tanto como v timas e testemunhas umas das outras exatamente o que se verifica aqui Configurado o ass dio sexual cometido pelo empregado da segunda r contra v rias empre
349. o Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 249 Ement rio 3 6 Partes e Procuradores 3 6 1 Sucumb ncia 3 6 1 1 Honor rios advocat cios 74 O reembolso de despesas antecipadas pela trabalhadora e que se fizeram necess rias elabora o do laudo pericial sujeita se regra de sucumb ncia prevista no par grafo 1 do art 20 do CPC Recurso da autora parcialmente provido TRT 1 32 Turma Rel Jorge Fernando Gon alves da Fonte 0145700 49 2007 5 01 0247 22 8 2011 3 7 Responsabilidade Solid ria Subsidi ria 3 7 1 Tomador de servi os Terceiriza o 75 Operador de telemarketing Tomador de servi os Responsabilidade subsidi ria Comprovado que o autor prestava servi os segunda r por interm dio da primeira imp e se o reconhecimento da responsabiliza o subsidi ria da tomadora de servi os na forma do entendimento consagrado na S mula 331 do Colendo TST Provimento parcial do recurso TRT 1 582 Turma Rel Antonio Carlos Areal 0000155 22 2011 5 01 0080 28 11 2011 76 Parcial provimento ao recurso da reclamada para limitar as horas extras a 15 quinze dias anteriores s liquida es malucas e s datas comemorativas Negado provimento ao recurso da reclamante TRT 1 32 Turma Rel Jos Luiz da Gama Lima Valentino 0102300 29 2008 5 01 0027 28 02 2011 77 Petrobras Inativos Promo o em um n vel para todos os empregados da ativa de modo indiscriminado constitui reajuste s
350. o a ser observado o contido na CLT que n o omissa nesse aspecto Ainda alegando cerceio de defesa inconforma se o recorrente com o indeferimento de expedi o de of cio ao hospital municipal a fim de que fossem enviados todos os boletins m dicos relativos aos atendimentos prestados ao Sr Zena Jos Pifani Melhor sorte n o lhe socorre da mesma forma Com efeito a produ o da prova encargo dos litigantes sendo certo que a mesma destina se forma o do convencimento do rg o julgador Verificando o Ju zo que determinada prova pretendida por uma das partes n o influenciar no resultado do julgamento ante os termos da fixa o da lide correto o indeferimento de sua produ o artigo 131 do CPC Rejeita se portanto a arg i o de cerceio de defesa ante a inexist ncia de v cio que tenha o cond o de nulificar o julgado do 1 grau M rito S ntese do processo Trata se de a o civil p blica ajuizada pelo Minist rio P blico do Trabalho que em raz o de den ncia formulada pelo MM Juiz Alexandre Teixeira Freitas Bastos Cunha titular da Vara de Araruama poca da a o realizou Inspe o na Fazenda Soubara de propriedade do recorrente entre os dias 5 e 7 de novembro de 2003 Na oportunidade o i representante do Parquet fez se acompanhar de fiscais do Minist rio do Trabalho e Emprego que elaboraram o Relat rio da A o Fiscal e dos Autos de Infra o acostados s fls 11 25 Durante a
351. o acusado l era apenas um dentre tantos outros gerentes aqui ao contr rio a autonomia do ofensor no mbito de sua atividade era submetida apenas diretoria geral A quatro porque as v timas aqui foram mantidas em sil ncio mediante coa o ardil chantagem fato que n o se deu naqueles autos A cinco e por fim porque l alguma atitude foi tomada pelas r s ainda que ineficaz ao contr rio daqui pois embora caracterizado o conhecimento geral da conduta do ofensor as r s s se manifestaram t o s ap s a representa o exercida por v rias empregadas em Delegacia Policial Nego provimento ao apelo da segunda reclamada Pelo exposto conhe o do recurso ordin rio interposto pela segunda reclamada Casa de Sa de S o Jos e no m rito nego lhe provimento DISPOSITIVO ACORDAM os Desembargadores que comp em a Quinta Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o por unanimidade conhecer do recurso ordin rio interposto pela segunda reclamada Casa de Sa de S o Jos e no m rito negar lhe provimento nos termos do voto da ju za relatora Rio de Janeiro 31 de maio de 2011 Ju za do Trabalho Marcia Leite Nery Relatora Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 213 Decis es da 22 Inst ncia Recurso Ordin rio 0076300 18 2005 5 01 0020 Titula o Direito do Trabalho Responsabilidade Civil do Empregador Empregado Indeniza o por Dano Moral Doen a Ocupacional P
352. o coletiva 18 19 Corre o monet ria 33 42 Culpa em geral 22 23 25 26 93 108 presumida 35 Curso 57 107 Custas 84 D Dano material 25 31 64 moral 5 13 14 17 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 52 58 60 63 83 84 86 87 89 90 92 95 96 97 98 99 100 104 Decis o judicial 42 Demiss o em geral 2 13 32 36 52 55 94 102 107 110 pedido de 72 por justa causa 51 Depoimento em geral 22 62 89 de testemunha 2 61 Dep sito em geral 71 recursal 84 Descanso semanal 56 Desconto salarial 23 Deser o 84 Des dia 22 Despesa em geral 2 reembolso de 74 Di ria 15 85 91 Diferen a salarial 21 48 50 67 Dignidade 4 8 10 13 28 30 34 36 37 42 43 44 83 87 89 97 99 100 101 104 109 110 Dinheiro 23 Direito adquirido 8 Dirigente 38 Discrimina o 16 53 88 94 Dispensa 2 13 32 36 51 55 107 110 Consulte Demiss o 2 13 32 36 51 52 55 107 110 Documento 2 22 52 64 73 84 Doen a em geral 27 107 profissional 35 Dom stico 54 Domingo 56 E Economia mista 102 Efeito 2 17 20 Embargo de declara o 88 protelat rio 88 Empresa interposta 103 prestadora de servi o 16 p blica 55 102 ndices ndice Remissivo Enquadramento sindical 100
353. o de Janeiro Secretaria Municipal de Sa de Insurge se o recorrente fls 162 78 contra a senten a fls 136 proferida pela Ju za Maria Alice de Andrade Novaes da 42 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro que extinguiu o feito sem resolu o de m rito Diz competente esta Justi a Especial para apreciar e julgar a presente lide e que o Munic pio parte leg tima para figurar no polo passivo As contrarraz es est o a fls 187 92 Dispensado do pagamento das custas fls 136 o relat rio VOTO O autor pretende em s ntese a adequa o das condi es ambientais de trabalho dos profissionais de sa de e demais prestadores de servi o do Hospital Philippe Pinel com o objetivo de permitir lhes a manuten o da integridade f sica que diz respeito pr pria dignidade da pessoa humana Assevera que pretende o cumprimento da legisla o que trata da prote o do trabalhador Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 117 Decis es da 22 Inst ncia O Ju zo do primeiro grau extinguiu o feito sem resolu o de m rito sob o argumento de que a provid ncia requerida demanda interven o administrativa e de que esta Justi a Especial n o pode apreciar tutela que trate das condi es de trabalho dos servidores p blicos estatut rios Ressaltou que em rela o aos empregados terceirizados e cooperativados a responsabilidade seria respectivamente dos empregadores e da cooperativa que nem sequer
354. o de uma dada sociedade a direitos b sicos de bem estar Contudo aqui estamos a defender tal associa o sem a exig ncia de medida concreta positiva alguma ou seja sem a solicita o de um fazer derivado do reconhecimento de um direito a ser promovido ou potenciado a doutrina costuma referir se a dever de solidariedade ou deveres assistenciais mas sim do mero cumprimento de obriga es contratuais previamente estipuladas No caso a obriga o de pagar pontualmente os sal rios O cerne de nossos estudos est em torno a esse mbito existencial associ vel ideia de dignidade por m nosso entendimento no sentido de que essas condi es m nimas materiais n o devem coincidir com o que seja meramente essencial para lograr a sobreviv ncia do trabalhador e conforme o caso de seus familiares Ainda que baste a ingest o de uma quantidade m nima de gua e calorias para tal sobreviv ncia uma exist ncia pass vel de ser adjetivada como digna deve pressupor a frui o de bens b sicos em mat ria de habita o vestu rio assist ncia m dico hospitalar educa o e inclusive cultura e lazer Como reza o ensinamento b blico nem s de p o viver o homem com o que j adentramos noutro mbito existencial da ideia de dignidade que passamos a mencionar Direitos de bem estar Para al m dos bens b sicos referidos no t pico anterior cremos que a vincula o entre dignidade e pagamento pontual dos sal rios n o
355. o m rito por unanimidade negar provimento ao recurso Rio de Janeiro 12 de junho de 2006 Desembargadora Federal do Trabalho Maria de Lourdes Sallaberry Presidente em exerc cio e Relatora Dr M rcio Vieira Alves Faria Procurador Chefe 138 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Recurso Ordin rio 0104900 11 2003 5 01 0411 Titula o Direito do Trabalho Contrato individual de trabalho Reconhecimento de rela o de emprego Trabalho em condi es an logas s de escravo Palavras chave trabalho escravo princ pio da dignidade da pessoa humana a o civil p blica ambiente de trabalho Turma 72 Relator Desembargador Federal do Trabalho Carlos Alberto Araujo Drummond Data de julgamento 28 11 2007 Publica o 13 12 2007 Direito do Trabalho Trabalho escravo Liberdade de locomo o e autodetermina o N o configura o A submiss o de um empregado a condi es degradantes de moradia n o caracteriza trabalho escravo ou for ado se mantida sua liberdade de locomo o e autodetermina o com possibilidade de a qualquer tempo deixar de prestar servi os ao seu empregador Vistos relatados e discutidos estes autos de Recurso Ordin rio em que s o partes Aluizio Siqueira como recorrente e Minist rio P blico do Trabalho como recorrido Irresignado com a r senten a proferida pela MM 12 Vara de Araruama s fls 575 585 integrada pe
356. o pelo Direito do Trabalho cujas institui es surgem como necess rio corretivo do conservadorismo liberal dos C digos Civis o Direito do Trabalho formaliza portanto e como tra o mais espetacular de sua miss o de mudan a institui es novas como o sindicato as conven es e acordos coletivos os diss dios coletivos e a participa o dos trabalhadores na empresa mas junto a essas radicais inova es que inauguram um marco decisivo no processo de coletiviza o das estruturas jur dicas o Direito do Trabalho reconstr i sob uma nova luz as figuras tradicionais do Direito comum MONTOYA MELGAR Alfredo Pr logo de Supuestos filos fico jur dicos de la justa remuneraci n del trabajo MONTORO BALLESTEROS Alberto Murcia Secretariado de Publicaciones Universidad de Murcia 1980 p 14 passim Sobre a socializa o ou varia o estrutural do Direito privado entendidos como configura o social da conviv ncia humana que aspira prote o dos economicamente d beis vide SANTOS BRIZ Jaime Tendencias modernas en el Derecho de obligaciones RDP 1960 p 549 35 FERN NDEZ VILES Jos Antonio Configuraci n jur dica del salario Granada Editorial Comares 2001 p 4 5 passim 36 Mais adiante nos atreveremos a tra ar algumas considera es acerca do conceito de gravidade que consideramos atrel veis s hip teses de inadimplemento ou atrasos continuados salariais 37 Pertinente recordar a c le
357. o sexualmente de diversas de suas clientes apesar de negar as acusa es O n mero de den ncias passa de 60 ex pacientes vindas de Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 207 Decis es da 22 Inst ncia tr s estados diferentes O m dico que teve seu registro profissional cassado foi condenado a 278 anos de pris o pelo juiz da 162 Vara Criminal de S o Paulo Repiso por importante que v rias empregadas sofreram o mesmo constrangimento Logo nas primeiras semanas de trabalho observei que Geraldo era uma pessoa abusada contou Patr cia Santos Rodrigues delegacia fls 26 27 Algumas vezes chegou a fazer lhe perguntas pessoais tais como quantos namorados voc teve voc transa de camisinha Esclareceu ainda que diversas vezes atendeu liga es de Geraldo que pedia para que Aline fosse sua sala sendo que quando a mesma retornava sempre apresentava uma apar ncia de transtorno e aborrecimento Em uma das vezes Aline revelou lhe que Geraldo ap s trancar a porta havia puxado sua blusa o mesmo alisou seus seios e ainda passou a m o pelas suas n degas e vagina Em outra investida de Geraldo o mesmo havia chamado Aline para praticar sexo oral Aline contou que Geraldo havia se masturbado em sua presen a de Aline ejaculando na lata de lixo Algumas semanas ap s a sua dispensa recebeu liga o de Aline que apavorada contou lhe que Ge
358. obriga es originais foram novadas Ponderam que houve perda de objeto Acrescem que a lei determina a suspens o de todas as a es e execu es Em que pese argumenta o das recorrentes n o h falar em suspens o do feito A presente reclama o ainda na fase cognitiva registre se segue seu curso normal Ap s a emerg ncia da coisa julgada poder o reclamante habilitar se no Ju zo Falimentar para satisfazer os cr ditos deferidos em Ju zo em face das reclamadas em recupera o judicial Se assim preferir em raz o da condena o solid ria de outras r s Nego provimento Da responsabilidade solid ria grupo econ mico No tema assim decidiu o MM Ju zo primeiro fls 178 in verbis Interessante a transcri o da fundamenta o para melhor compreens o dos contornos f ticos da lide Quanto alegada solidariedade por exist ncia de Grupo Econ mico n o preciso que se escreva muito para se constatar tal reconhecimento vista da realidade f tica que se verifica ainda que por perfunct ria an lise dos autos J foi dito por este Juiz em diversas outras id nticas demandas em curso por este Ju zo que as r s por conveni ncia de seus propriet rios evidentemente ainda que por conta disso haja les es de direitos principalmente dos trabalhadores e ao fisco registre se desmembraram a antiga Usina Santa Cruz em diversas outras sociedades 150 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1
359. oi admitido pela r em 22 5 2007 como oficial de n utica que sofreu acidente s 17h45min do dia 14 10 2007 ao se dirigir ao passadi o pela asa de bombordo que foi surpreendido por um balan o brusco da embarca o fazendo com que a porta de estanque se soltasse destravando e fechando com muita rapidez que seu polegar direito foi atingido violentamente ficando praticamente decepado em face da batida violenta da porta de estanque que os primeiros socorros foram prestados sendo levado para a plataforma e ap s para o Munic pio do Rio de Janeiro que foi encaminhado para atendimento em uma cl nica particular com plano de sa de oferecido pela empresa que embora a r tenha emitido a CAT negou se a entreg la ao reclamante alegando que o autor poderia fazer todo o tratamento na rede particular conveniada assumindo o pagamento de seus sal rios por todo o per odo de afastamento que foi impedido de entrar em gozo de benef cio previdenci rio com o intuito de descaracterizar o acidente de trabalho que ap s obter a alta m dica a r dispensou o reclamante sem justa causa em 22 4 2008 que faz jus indeniza o relativa estabilidade provis ria assegurada no artigo 118 da Lei n 8 213 91 fls 03 04 Apresentou a c pia de sua CTPS fls 07 08 os recibos de pagamento de fls 09 10 o TRCT de fl 10 a CAT de fl 12 os atestados m dicos de fls 12 13 e as fotos de fl 16 196 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1
360. omo rg o homologador de TRCT Entende que a quantia fixada na senten a a t tulo de indeniza o irris ria frente ao dano causado aos trabalhadores a gravidade das irregularidades a continuidade da pr tica da falta e do aporte econ mico da demandada Requer que a multa seja majorada para R 300 000 00 trezentos mil reais Requer ainda a condena o da empresa por litig ncia de m f por causar incidentes infundados no processo e opor embargos de declara o meramente procrastinat rios Custas e dep sito recursal a fls 450 451 Contrarraz es do MP a fls 469 478 e da r a fls 490 493 O Douto Minist rio P blico do Trabalho diz fl 437 que o interesse p blico j se encontra defendido nas raz es recursais e contrarraz es o relat rio FUNDAMENTA O Conhecimento Conhe o do recurso por preenchidos os pressupostos de admissibilidade M rito Recurso Distral Transportes Rodovi rios Ltda Por n o haver diverg ncias adoto o texto do ilustre Relator RECURSO DA R Sustenta em resumo a r que foi alvo de den ncia indevida e injuriosa junto ao Minist rio P blico do Trabalho e que n o pode ser condenada no pagamento de indeniza o por danos morais coletivos sem que tenha havido prova m nima do alegado dano Afirma que nenhum trabalhador apresentou ao Minist rio P blico reclama o quanto ao conte do dos Termos firmados na Comiss o de Concilia o Pr via N o lhe assiste raz
361. ondena o ao pagamento de indeniza o a t tulo de danos morais TRT 1 12 Turma Rel Elma Pereira de Melo Carvalho 0135400 89 2009 5 01 0010 19 12 2011 46 Dano moral Valor da indeniza o O autor revistado de forma inadequada foi submetido a um tratamento humilhante e vexat rio perante seus colegas de trabalho e teve ofendida a sua honra e imagem o que lhe causou abalo emocional A indeniza o arbitrada deve ser razo vel porque tem car ter punitivo pedag gico na medida em que repara os danos sofridos e ao mesmo tempo desestimula a pr tica reiterada da viola o dos direitos alheios sem no entanto acarretar o enriquecimento sem causa do empregado TRT 1 52 Turma Rel Mirian Lippi Pacheco 0187800 65 2007 5 01 0264 10 11 2011 3 3 2 Indeniza o por dano moral coletivo 47 Danos morais A presta o de servi os em instala es inadequadas e prec rias dos sanit rios e a falta de gua pot vel se revelam incompat veis com as necessidades dos trabalhadores e constituem inequivocadamente trabalho degradante o que enseja a indeniza o por danos morais TRT 1 12 Turma Rel Gustavo Tadeu Alkmim 0043100 83 2008 5 01 0062 22 7 2011 48 Determinar que as horas extras fossem calculadas sobre sal rio inferior ao devido reclamante por sua equipara o aos paradigmas implicaria permitir o enriquecimento sem causa do reclamado que se beneficiaria de sua pr pria torpeza ou seja da
362. onomia verde resulta em melhoria do bem estar humano e da igualdade social ao mesmo tempo em que reduz significativamente os riscos ambientais e a escassez ecol gica Sustenta se em tr s pilares pouco intensiva em carbono eficiente no uso de recursos naturais e socialmente inclusiva A economia verde uma express o de significados e implica es ainda controversos Assumida oficialmente pela comunidade internacional na Confer ncia Rio 92 foi tomando gradualmente o lugar do termo ecodesenvolvimento nos debates e formula o de pol ticas envolvendo ambiente e desenvolvimento IPCC 2007 UNEP 2008 ILO 2011 IPCC 2012 A ideia central da economia verde a de que o conjunto de processos produtivos da sociedade e as transa es deles decorrentes contribuam cada vez mais para o desenvolvimento sustent vel principalmente em seus aspectos sociais e ambientais Para isso ela prop e ser imprescind vel que al m das tecnologias produtivas e sociais sejam criados meios pelos quais fatores essenciais ligados sustentabilidade socioambiental hoje geralmente ignorada nas decis es econ micas estrat gicas passem a ser considerados ILO 2011 De forma mais pragm tica a economia verde pode ser vista como uma ferramenta de mudan a que visa a articular diferentes instrumentos e pr ticas econ micas capazes de dar centralidade conex o entre quest es sociais e ambientais A chave para isso seria traduzir tais quest es em
363. or da respectiva indeniza o Contrarraz es da recorrida s fls 62 65 apresentadas a tempo e modo Dispensada a remessa dos autos ao Minist rio P blico do Trabalho art 85 do Regimento Interno deste Tribunal sendo que na sess o de julgamento o Parquet n o vislumbrou necessidade de interven o no feito VOTO Conhecimento Est o presentes os requisitos de admissibilidade do recurso O apelo tempestivo a parte est bem representada e h comprova o do dep sito recursal e do recolhimento das custas processuais conforme documentos de fls 58 59 Conhe o M rito Indeniza o por danos morais N o prospera a irresigna o patronal O fundamento para o pedido de indeniza o por danos morais diz respeito a tratamento desrespeitoso com a autora por parte de preposto da reclamada durante treinamento na empresa Narrou a inicial que ao ser chamada por apelido sem ser atendido o Sr Rog rio puxou o bra o da reclamante para obrigar sua aten o sacudindo em seguida a cabe a com as m os e finalmente chamando a de pessoa falsa por n o olhar nos olhos fls 03 item IV Ao contr rio do que sustenta a recorrente restou comprovado nos autos o dano sofrido pela autora e o nexo causal com o ato il cito praticado pela r como muito bem decidido na primeira inst ncia A despeito de n o terem sido comprovados todos os fatos alegados na peti o inicial como por exemplo o apelido e a sacudida na cabe a da r
364. ora a seu tempo pugna pela aplica o do divisor 150 porque o s bado dia de repouso como assegurado pela norma coletiva Requer tamb m o adicional de 100 para as horas extras a partir da segunda di ria diante dos artigos 225 e 59 da CLT Requer Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 169 Decis es da 22 Inst ncia tamb m que o pagamento do intervalo intrajornada seja considerado como hora extra Alega tamb m fazer jus ao intervalo que antecede as horas extras afirmando que o artigo 384 da CLT foi recepcionado pela Constitui o da Rep blica Requer o sal rio substitui o pelo m s de outubro de 2003 quando substituiu a colega Ana Paula Almeida Pugna ainda pela devolu o dos descontos a t tulo de seguro em grupo IJMS e IAPP Sustenta que o reclamado se beneficiou com a reten o dos valores aqui pleiteados e portanto deve indenizar a autora pelos frutos percebidos na posse de m f Alega que o r u deve arcar com os descontos previdenci rios e fiscais ou indenizar a autora por tais valores Por fim requer os honor rios advocat cios Custas e dep sito recursal s fls 564 565 Contrarraz es s fls 568 573 autora e fls 585 589 r u ambas sem preliminares Os autos n o s o enviados ao douto Minist rio P blico do Trabalho por n o se tratar de hip tese de sua interven o o relat rio VOTO Conhecimento Conhe o de ambos os recursos por presentes os pressupost
365. os de admissibilidade M rito Recurso do reclamado Das horas extras Nego provimento O r u alega que o autor n o comprovou as horas extras frisando que a testemunha de fls 518 faltou com a verdade pois indicou que nos dias de pico sa a do trabalho s 19h30min e a autora permanecia trabalhando sendo que a pr pria reclamante indicou sair s 19h30min Acrescenta que a testemunha de fls 519 n o teve isen o para depor pois manifestou sua insatisfa o para com a empresa Sucessivamente alega que as horas extras n o devem repercutir sobre os s bados diante do entendimento sedimentado na S mula n2 113 do Colendo TST sendo que as normas coletivas somente estabelecem tais reflexos quando as horas forem prestadas durante toda a semana anterior N o obstante a argumenta o do r u o fato que as testemunhas comprovam a ocorr ncia de horas extras habituais O depoente de fls 518 afirmou trabalhar das 8h s 19h com intervalo de 30 minutos ficando sujeito a controle de ponto o qual n o era id neo Declarou que a reclamante costumava chegar s 8h tamb m dispondo de 30 minutos de intervalo Disse tamb m que a autora continuava trabalhando quando a testemunha sa a Estabeleceu tamb m que cumpria as mesmas jornadas no per odo de pico prorrogando a eventualmente at s 19h30min mas que a autora ainda permanecia na empresa 170 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da
366. os e informa es para o ajuizamento de a o civil p blica 188 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia 2 As provas colhidas no inqu rito t m valor probat rio relativo porque colhidas sem a observ ncia do contradit rio mas s devem ser afastadas quando h contraprova de hierarquia superior ou seja produzida sob a vigil ncia do contradit rio 3 A prova colhida inquisitorialmente n o se afasta por mera negativa cabendo ao juiz no seu livre convencimento sopes las 4 Avan o na quest o probat ria que esbarra na S mula 7 STJ 5 Recursos especiais improvidos A primeira indaga o diz respeito natureza jur dica do inqu rito civil p blico Segundo a doutrina trata se de um procedimento cujo objetivo colher elementos de informa es que deem suporte ao Minist rio P blico para a propositura de uma a o civil p blica ou coletiva Nele n o se decidem controv rsias n o h acusa o alguma e por isso mesmo n o h contradit rio nem defesa Da ser um mero procedimento e n o um processo O inqu rito tem como caracter stica a facultatividade porque n o se constitui um pressuposto processual para que o Minist rio P blico inicie a a o civil p blica do mesmo modo como ocorre no inqu rito policial em que pode o Minist rio P blico dispens lo para oferecer a den ncia A utiliza o do inqu rito civil aconselh vel como forma de cont
367. os faltantes do recurso da empregadora IV 1 A multa normativa A empregadora alega que foi condenada em parcela que n o toma parte do rol de pedidos nesta demanda E tem raz o Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 221 Decis es da 22 Inst ncia A despeito de pedir o pagamento de parcelas contidas nas normas coletivas o fato que a reclamante n o postulou a aplica o de multas previstas em tais normas Mesmo que se pudesse entender como configurado o direito a elas o fato que n o se pode condenar sem que haja o pedido Dou provimento para expungir da condena o o pagamento de multas normativas IV 2 Os frutos percebidos de m f A empresa alega que n o h prova de apropria o ind bita dos recursos e nem que da tenha emergido lucro Diante disso afirma incab vel a manuten o de sua condena o a indenizar a recorrida quanto aos frutos de m f E tem raz o Para que haja tal condena o indispens vel a prova de que a empresa apropriando se de valor de sua empregado com ele lucrou O fato de ter deixado de pagar parcelas apenas a torna devedora do valor mas n o a caracteriza como algu m que se apropriou dos bens de terceiros ou que assumiu a condi o de possuidor de m f N o houve a demonstra o de que os valores devidos reclamante tenham sido usados para engrossar os lucros da empresa Tanto verdade que se fixou um percentual arbitrariamente fixado
368. os morais coletivos em R 150 000 00 que dever ser recolhido em favor do FAT em respeito ao princ pio da razoabilidade CONCLUS O Nego provimento ao recurso da reclamada e dou parcial provimento ao recurso do Minist rio P blico para condenar a reclamada ao pagamento de indeniza o por danos morais coletivos no valor de R 150 000 00 ACORDAM os Desembargadores que comp em a Quinta Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o por unanimidade conhecer dos recursos e no m rito negar provimento ao recurso da reclamada e por maioria dar parcial provimento ao recurso do Minist rio P blico para condenar a reclamada ao pagamento de indeniza o por danos morais coletivos no valor de R 150 000 00 nos termos do voto da desembargadora Mirian Lippi Pacheco que redigir o ac rd o Vencido o desembargador relator que negava provimento a ambos os recursos Rio de Janeiro 11 de abril de 2011 Desembargadora Federal do Trabalho Mirian Lippi Pacheco Redatora Designada 126 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Recurso Ordin rio 0033800 59 2004 5 01 0411 Titula o Direito do Trabalho Contrato Individual de Trabalho Reconhecimento de Rela o de Emprego Trabalho em Condi es An logas s de Escravo Palavras chave princ pio da dignidade da pessoa humana trabalho do menor trabalho escravo a o civil p blica Turma 82 Relatora Desembargadora Fed
369. os pela autora T o somente ap s a convoca o pela DEAM embora j houvesse algumas reclama es relativas rotina de trabalho de Geraldo Andr Luiz Gall diretor executivo substituto da recorrente resolveu ouvir a autora Aline Siqueira j havia sido dispensada que lhe confirmou que Geraldo havia praticado abusos contra a funcion ria Aline relatando que inclusive ela a reclamante tamb m foi v tima de atos libidinosos praticados por ele fls 40 41 Comunicado o fato ao direito executivo titular Sr F bio Tadeo Teixeira decidiram demitir Geraldo Magela A ci ncia vitimol gica ensina que a vergonha p blica grave les o personalidade sequela indissoci vel dos delitos sexuais imp e obst culos quase intranspon veis s v timas Mas s poucas que se exp em e denunciam seus algozes certamente aderem outras Isso porque tamb m segundo a vitimologia o desejo lascivo mais forte que os freios de civilidade dando ensejo multiplicidade de pessoas atingidas De am lias s marias da penha de delegacia geral a especializadas o sistema persecut rio brasileiro evolui e v timas de crimes sexuais s o encorajadas a denunci los not rio o caso do m dico Roger Abdelmassih conforme trecho extra do do site da enciclop dia livre wikip dia abaixo transcrito Desde o in cio de 2009 diversas fontes da imprensa brasileira noticiaram acusa es de que o m dico teria abusad
370. os trabalhadores falta de EPIs e n o fornecimento de gua pot vel suficiente Define se dano moral como o decorrente de ofensa honra ao decoro paz interior de cada qual s cren as ntimas aos sentimentos afetivos de qualquer esp cie liberdade vida e integridade corporal ou seja dano moral aquele que diz respeito a les es sofridas pela pessoa em seu patrim nio de valores exclusivamente ideais Para que seja imputada ao empregador a pr tica de ato pass vel de gerar indeniza o por dano moral imperativa a comprova o da exist ncia do ato ofensor e do nexo causal entre tal ato e o dano experimentado pela parte ofendida Evidente in casu o descaso com os trabalhadores Aviltantes as condi es de trabalho A conduta negligente do empregador tem potencialidade ofensiva suficiente para afrontar os direitos da personalidade do reclamante No caso suficientes os elementos presentes nos autos para tal demonstra o Atendido o disposto no art 818 da CLT c c o art 333 do CPC Devida a indeniza o deferida O valor da condena o adequado moldura f tica presente nesta demanda Registre se tamb m seu efeito pedag gico N o cabe a reforma do julgado no particular Nego provimento Da multa por litig ncia de m f Ao final de suas contrarraz es fls 205 212 o reclamante pede a condena o das recorrentes por litig ncia de m f Invoca o teor dos arts 17 e 18 do CPC Sem raz o N
371. ou a se ver como um fim em si mesmo as coisas t m utilidade enquanto os seres humanos t m dignidade Assim em nossos dias a referencia dignidade da pessoa humana se faz notar em praticamente a totalidade dos textos internacionais de maior relevo figurando tamb m como tema t pico e central da atualidade de muitas constitui es dos Estados constitucionais na fam lia de na es mormente pela emers o de um clamor de resposta s atrocidades nazistas e ap s as grandes guerras mundiais do s culo XX A palavra dignidade significa qualidade de digno e tem suas ra zes no adjetivo latino dignus cuja tradu o remonta ao termo valioso Ou seja atribuir a qualidade de digno a determinado ser corresponde a reconhecer o seu valor Em sua concep o original e assim continua sendo habitual na atualidade sua invoca o est associada ao ser humano dignidade da pessoa humana e denota portanto o reconhecimento de um inestim vel e incondicional valor pessoa humana Pode se conceber uma operatividade ideia de dignidade pelo prisma de uma vertente negativa ou passiva tradutora de uma interdi o a qualquer conduta de desprezo ao ser humano gerando nesse sentido deveres de absten o e paralelamente numa perspectiva positiva ou ativa segundo a qual a dignidade demanda uma faceta prestacional de promo o do valor do ser humano em favorecimento neste sentido ao desenvolvimento do pleno potencial dos
372. ou a legitimidade dos descontos efetuados a t tulo de faltas nem tampouco a rela o entre o desconto efetuado a t tulo de participa o benef cio com o aux lio alimenta o previsto nas normas coletivas Por outro lado o julgador destacou que o cotidiano forense tem demonstrado ser pr tica disseminada entre as empresas de nibus a utiliza o de uma s rie de artif cios ilegais para obten o de descontos nos sal rios de seus empregados especialmente dos motoristas e cobradores Ademais a aus ncia de controles de frequ ncia nos moldes legais e das escalas de servi o impossibilita a efetiva verifica o entre as supostas faltas e descontos realizados Finalmente vale consignar que os comprovantes de frequ ncia atestam diversas folgas extras sem que haja extrapola o de jornada Veja por exemplo o comprovante de fls 127 que demonstra que o reclamante admitido no dia 14 12 2007 teria faltado ao trabalho no dia 17 folgado no dia 18 e ainda gozado duas folgas extras nos dias 24 e 27 de dezembro Imperioso ressaltar ainda que era da r o encargo probat rio acerca da legalidade deste desconto em raz o do princ pio da intangibilidade do sal rio artigo 462 da CLT nus do qual n o se desincumbiu pelo que deve ser mantida a senten a no particular Na verdade ao empregado incumbe a prova do desconto enquanto ao empregador cabe provar a sua licitude Dessa forma resta irretoc vel a senten a j que os descontos
373. ownloadfile php fileld 187 gt Acesso em 28 nov 2011 86 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas A centralidade da sa de e seguran a do trabalho SST no processo de constru o do trabalho decente e da economia verde Maria Christina Rodrigues Menezes Newton Richa Ren Mendes Contexto Este breve artigo est relacionado com o atual contexto brasileiro e internacional em que as pautas di rias da m dia est o voltadas para a Confer ncia das Na es Unidas sobre o Desenvolvimento Sustent vel tamb m conhecida como Rio 20 junho de 2012 em que se destaca entre os dois temas centrais principais o da economia verde no contexto do desenvolvimento sustent vel e da erradica o da pobreza Agregue se a esse contexto o fato de a Organiza o Internacional do Trabalho OIT ter proposto para a edi o de 2012 do Dia Mundial para a Promo o da Seguran a e Sa de no Trabalho celebrado internacionalmente no dia 28 de abril o tema Promover a seguran a e a sa de numa economia verde fato que veio a alavancar um sem n mero de eventos e discuss es tanto no Brasil como de um modo geral no mundo inteiro OIT 2012 Esse debate ainda permanece vivo e tende a crescer considerando a relativa novidade e dificuldade trazida pela mat ria visto que os temas relacionados com desenvolvimento sustent vel sustentabilidade economia verde e outros afins t m
374. p D ICO soies cego coesa SE eetanda ad Sa G Cds a ESA LUG TUA KAER SANA a aa almada 259 44 Trabalho com Prote o Especial sesssssessessseresssesrrererssssseerersrssrerserrassesrrereesessree 260 44 1 MUNET oeiee aaea E da pia ed TEA APCD GA RA Poa 260 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 265 NDICE ONOM STICO As indica es correspondem ao n mero da ementa p ginas 235 a 260 ALKMIM Gustavo Tadeu 39 47 ARAUJO NETTO Jos Nascimento 18 81 AREAL Antonio Carlos 66 75 AREOSA Ricardo 89 108 BELMONTE Alexandre Agra 80 88 BORGES Leonardo Dias 14 25 BRAGA Nelson Tomaz 28 42 BRITO Rildo Albuquerque Mousinho de 36 72 CAMINHA Mery Bucker 37 49 CARVALHO Cesar Marques 24 53 CARVALHO Elma Pereira de Melo 29 45 CARVALHO Marcelo Antero de 2 16 CARVALHO Valmir de Araujo 3 31 CASSAR V lia Bomfim 1 67 CAVALCANTE C lio Jua aba 65 107 CAVALCANTE Marcos 43 55 CESAR Jos Carlos Novis 70 71 CRUZ Leydir Kling Lago da 93 109 CUNHA Alexandre Teixeira de Freitas Bastos 95 105 CUNHA Angela Fiorencio Soares da 58 84 DATTOLI Roque Lucarelli 6 48 DRUMMOND Carlos Alberto Araujo 10 40 FERREIRA Ivan da Costa Alem o 23 64 FILHO Theocrito Borges dos Santos 5 52 FONSECA Jos Geraldo da 13 41 FONTE Jorge Fernando Gon alves da 73 74 FREIRE Claudia de Souza Gomes 12 112 GARCIA Tania da Silva 7 92 GIL Alberto Fortes 94 102 L
375. para punir os supostos frutos decorrentes da posse de m f Dou provimento para expungir da condena o o pagamento de tal indeniza o IV 3 Os honor rios advocat cios e o imposto de renda Alega a recorrente que n o est o atendidos os pressupostos legais para o deferimento dos honor rios advocat cios e que n o pode ser compelida a indenizar por eventuais tributos devidos a se apurar quando fixado o montante da condena o E tem raz o A Lei 5 584 70 estabelece as circunst ncias em que devidos os honor rios advocat cios E o autor n o atendia Tanto isso verdade que na r senten a se indeferiu o pagamento dos honor rios advocat cios por esse fundamento Pela mesma raz o n o pode a empregadora ser obrigada a indenizar Observe se que o Sindicato dos Banc rios possui s lido corpo de advogados e a recorrida poderia se quisesse dele ter se valido Optou exercendo seu direito por vir com advogado de sua livre escolha N o pode pretender transferir para a empregadora os nus dessa escolha Note se que mesmo pela aplica o da legisla o comum ficaria impossibilitada a condena o em honor rios levando em conta que houve m tua sucumb ncia sendo imposs vel se aferir que por o representa a maior parte Nada h para indenizar nesse tema Quanto ao imposto de renda a condena o se afigura condicional data venia que a legisla o e tabela v m variando com o tempo Por exemplo h hoje 4 qua
376. pelo Poder P blico local de normas de sa de de higiene e de seguran a do trabalho Descumprimento que alegadamente ocorreria no mbito de uma determinada autarquia estadual ou mesmo no de um rg o da administra o p blica centralizada O fato que essa causa petendi estaria a sugerir longe de qualquer debate sobre a natureza do v nculo se laboral ou n o se de car ter estatut rio ou n o que se pretende na realidade e numa perspectiva de pura metaindividualidade provocada pela iniciativa do Minist rio P blico saber se normas referentes higiene e sa de do trabalho estariam sendo observadas ou n o por determinado ente p blico O EXCELENT SSIMO SENHOR MINISTRO MENEZES DIREITO Exatamente por esse aspecto o Relator n o enfrentou a quest o do v nculo Examina se na realidade apenas a Justi a Competente para julgar uma a o civil p blica relativa higiene do trabalho O SENHOR MINISTRO CARLOS BRITTO RELATOR Que seria a Justi a do Trabalho O EXCELENT SSIMO SENHOR MINISTRO MENEZES DIREITO Nesse sentido o precedente n o foi violentado por isso a reclama o julgada improcedente O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO Na realidade o pr prio fundamento constitucional da pretens o deduzida pelo Minist rio P blico do Trabalho em sede de a o civil p blica reside no inc Il do art 129 da Constitui o Ora esse dispositivo ao dispor sobre as fun es institucionais do Minist rio P bli
377. que ele enobrece o menor A situa o do trabalho art stico infantojuvenil delicada porque a Justi a e a sociedade em geral reprovam o trabalho de menores em carvoarias na agricultura e em ambientes dom sticos No entanto o glamour da carreira art stica atinge todas as classes sociais de forma que h crian as atuando em novelas teatros e desfiles de moda e na publicidade Contudo o art 406 da CLT faculta ao Juiz de Menores autorizar o menor no trabalho a que se referem as letras a e b do 8 3 do art 405 conforme abaixo Art 405 Ao menor n o ser permitido o trabalho Il em locais ou servi os prejudiciais sua moralidade 2 MARTINS Sergio Pinto Direito do Trabalho S o Paulo Atlas 2006 p 635 3 OLIVEIRA Oris de O trabalho da crian a e do adolescente S o Paulo LTr Bras lia OIT 1994 p 66 67 72 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas 8 3 Considera se prejudicial moralidade do menor o trabalho a prestado de qualquer modo em teatros de revista cinemas boates cassinos cabar s dancings e estabelecimentos an logos b em empresas circenses em fun es de acrobata saltimbanco ginasta e outras semelhantes Ocorre que a Emenda Constitucional n 45 de 30 de dezembro de 2004 no seu artigo 114 inciso ampliou a compet ncia da Justi a do Trabalho para processar e jul
378. que o resultado da presente demanda possa de alguma maneira mudar o resultado de processo promovido por testemunha Nada houve de errado na decis o que rejeitou a contradita fincada em tais premissas jamais comprovadas Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 219 Decis es da 22 Inst ncia A magistrada que teve contato pessoal com as partes e testemunha se convenceu de que os controles n o retratam a integralidade da jornada observando se que a testemunha confirmou que a jornada efetivamente cumprida era das 9 s 19h A testemunha confirmando o que disse o preposto asseverou a participa o da reclamante em reuni es Divergem tais depoimentos quanto ao hor rio j que o preposto disse que as reuni es ocorriam durante a jornada e a testemunha que ocorriam fora da jornada contratual A reclamante no entanto confessou que cumpria a jornada das 9 s 19h em todos os dias o que leva conclus o de que as reuni es ocorriam dentro desse hor rio A jornada ordinariamente cumprida pela reclamante era de oito horas logo o intervalo a ser usufru do deveria durar 1 uma hora e incontroverso que durava menos Observe se que o artigo 73 da CLT n o faz distin o entre jornada contratual e jornada extraordin ria ao fixar a dura o do intervalo intrajornada n o podendo faz lo o interprete pois As normas coletivas que atribuem a integra o de horas extras em s bados n o chegam a dizer que tais di
379. que salientamos anteriormente a Constitui o de 1988 n o repetiu a proibi o que constava na Carta de 1967 quanto ao trabalho da mulher em ind strias insalubres como forma de n o se restringir o 16 SUSSEKIND Arnaldo Curso de Direito do Trabalho 2 ed S o Paulo LTr 2002 p 510 17 DELGADO Maur cio Godinho Curso de Direito do Trabalho 8 ed S o Paulo LTr 2009 p 725 66 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas mercado de trabalho feminino E ainda quanto Previd ncia Social a Lei Maior manteve como encargo a prote o maternidade especialmente gestante art 201 inciso 11118 No mbito da legisla o ordin ria a Consolida o das Leis do Trabalho CLT assegura a isonomia salarial ao trabalho de igual valor art 461 luz do que ficou assentado no art 427 do Tratado de Versailles regulamentado internacionalmente pela Conven o n 100 da OIT No mesmo sentido a Lei 9 799 de 26 de maio de 1999 enunciou algumas regras sobre o acesso da mulher ao mercado de trabalho introduzindo o art 373 A que veda a discrimina o sob diversos aspectos O art 392 8 1 regulamentou a percep o do sal rio maternidade sendo certo que o Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias ADCT no seu art 10 inciso Il al nea b prev a estabilidade da gestante desde a confirma o da gravidez at cinco meses ap s o parto
380. que se equivocou a douta ju za origin ria no que se refere validade da prova coligida no mbito do inqu rito civil p blico cujo amparo se encontra nos termos da Lei n 8 625 93 Lei Org nica Nacional do Minist rio P blico em seu art 26 que estabelece prerrogativas para o exerc cio das fun es do Minist rio P blico Na hip tese em exame a impugna o lan ada em contrarraz es limitou se a afirmar a impossibilidade de julgamento com base apenas nos ind cios colhidos sem o crivo do contradit rio no inqu rito civil p blico que desserviria como elemento de convic o do Ju zo na medida em que o MPT n o det m poder jurisdicional e n o pode tomar compromisso de verdade embora o recorrido em sua pr pria contesta o tenha procurado se valer de passagens dos referidos termos para procurar infirmar alega es autorais Ante a sua natureza e suas caracter sticas inquisitiva p blica e autoexecut vel sim relativo o valor probat rio das provas colhidas no inqu rito civil em fun o da n o obrigatoriedade do contradit rio contudo estas s n o poder o ser consideradas quando existam provas hierarquicamente superiores s colhidas na pe a administrativa produzida pelo Minist rio P blico Nesse sentido Processo civil A o civil p blica Inqu rito civil valor probat rio Reexame de prova S mula 7 STJ 1 O inqu rito civil p blico procedimento facultativo que visa colher elementos probat ri
381. r de aplica o subsidi ria ao Processo do Trabalho Recurso de revista conhecido e provido no particular Processo RR 330400 87 2001 5 02 0201 Data de Julgamento 26 05 2010 Relatora Ministra Dora Maria da Costa 82 Turma Data de Divulga o DEJT 28 05 2010 Da argui o de improced ncia dos pedidos por aus ncia de prova opon vel ao recorrente Da antecipa o da tutela jurisdicional Sem raz o A senten a pautou se na vasta documenta o vinda nos autos consistentes em registro de dilig ncias depoimentos of cios e documentos fornecidos pela denunciada que fazem refer ncia segunda r como tomadora dos servi os da primeira inclusive de contrato firmado entre elas Ademais foram ignorados os documentos unilaterais em que n o houve a participa o da primeira r n o servindo como meio de prova Assim n o se verifica tenha havido em desfavor da recorrente inobserv ncia do devido processo legal assim tamb m vulnerados os princ pios do contradit rio e da ampla defesa Quanto ao conte do das fontes de prova n o assiste melhor sorte recorrente O fato controvertido qual seja a presen a de ilegalidades quanto ao cumprimento de obriga es contratuais por parte do empregador em face da for a de trabalho restou confirmada Assim imp e se que as normas que regem as rela es de trabalho sejam observadas considerando se ainda que ilegalidades como as apontadas nos presentes autos mormente quanto
382. r es Introdu o Como se sabe o sal rio representa para a imensa maioria dos trabalhadores a nica fonte de renda dispon vel para a satisfa o de suas necessidades e conforme o caso de seus familiares Intuitivo portanto que a contrapresta o salarial constitua o objetivo prec puo do trabalhador ao ingressar em uma rela o laboral para cuja percep o ele consente inclusive em outorgar sua for a de trabalho e se subordinar ao poder diretivo do empregador a quem em troca cumprir precisamente remuner lo pelo trabalho prestado Diante de tal contexto a tem tica salarial ocupa uma posi o nuclear no contrato trabalhista e est relacionada com as pr prias origens do Direito do Trabalho correspondendo a uma institui o fundamental nesse ramo do ordenamento jur dico De fato o sistema de rela es laborais tanto o espanhol quanto o brasileiro bem como o de diversos outros pa ses que compartem de similar estrutura s cio econ mica jur dica prev uma s rie de mecanismos de prote o do sal rio com o intuito de garantir que o trabalhador efetivamente disponha de meios para lograr seu sustento Exemplos disso s o os institutos da inembargabilidade salarial do privil gio dos cr ditos salariais frente aos demais credores da garantia salarial em certas hip teses de impossibilidade de presta o de servi os e da pr pria fixa o de um sal rio m nimo Todos t m em comum o reconhecimento po
383. r pria ofensa decorre da gravidade do il cito em si Se a ofensa grave e de repercuss o por si s justifica a concess o de uma satisfa o de ordem pecuni ria ao lesado No caso em tela n o h dano maior que a pr pria vida em especial a vida de um ente querido como o companheiro o pai o provedor aquele que o porto seguro da entidade familiar 7 Recurso ordin rio da reclamante a que se d provimento TRT 1 102 Turma Rel Ricardo Areosa 0051100 66 2007 5 01 0431 22 8 2011 4 3 3 Ente p blico 109 Responsabilidade subsidi ria A responsabilidade subsidi ria do ente p blico se pauta nos princ pios da dignidade do trabalhador e da valoriza o social do trabalho art 12 Il e IV da CR fundamentos do Estado Democr tico de Direito que devem prevalecer sobre o interesse da administra o p blica sob pena de retomarmos a poca da escravid o TRT 1 22 Turma Rel Leydir Kling Lago Alves da Cruz 0000078 60 2010 5 01 0205 12 8 2011 110 Ruptura unilateral do contrato Lei 8 213 1991 Trabalhador readaptado N o se concebe no regime da Carta de 1988 ordem econ mica em que a livre iniciativa sobrepuje o valor social do trabalho sob pena de viola o direta do princ pio da dignidade humana duplamente contemplado na Constitui o como fundamento da Rep blica art 1 III e como fim da ordem econ mica art 170 caput A ruptura unilateral do contrato de trabalho permitida desde que se fa
384. r do transporte de uma regi o para outra Na maior parte das ocorr ncias ele n o pode se deslocar da fazenda onde trabalha sendo comum a servid o por d vida em armaz ns pertencentes propriedade a que est vinculado A tica do maior lucro poss vel no menor espa o de tempo se justifica pelo car ter transit rio da explora o que sabendo se ilegal descartada t o logo terminem os contratos de curta dura o sem nada receberem os trabalhadores aliciados Estes ent o novamente entram no ciclo pela busca de um trabalho qualquer um ao custo de at R 100 00 cem reais Face a face com problemas hist ricos ainda n o erradicados como a produ o fundada no trabalho escravista verificado principalmente na rea rural mas n o com exclusividade nela o Brasil enfrenta problemas de gera o de empregos na rea urbana que desafiam a implanta o do conceito de trabalho decente Se por um lado o Brasil rural tenta se desvencilhar das correntes dos gatos e pistoleiros que promovem a vigil ncia dos trabalhadores aliciados por outro o Brasil urbano busca meios de se desvencilhar das amarras invis veis das terceiriza es e das quarteiriza es e da por diante em cadeia infinita que precariza o trabalho da cadeia produtiva Isso registre se quando h empregos As Conven es n2 29 e 105 da OIT incorporaram as diretrizes sobre a erradica o do trabalho escravo devendo os pa ses membros que as ratificaram
385. r parte do ordenamento jur dico quanto ao car ter de subsist ncia do sal rio e nesse sentido sua estreita conex o com a preserva o da dignidade do trabalhador Ainda que n o seja objeto de t o frequentes e aprofundadas an lises por parte dos estudiosos as regras tendentes a assegurar aos trabalhadores a efetiva e pontual percep o dos sal rios tamb m pertencem aos citados mecanismos de prote o salarial Como se sabe vige no contrato de trabalho o princ pio post remunera o segundo o qual o trabalhador primeiro executa seus servi os e apenas posteriormente recebe o correspondente pagamento em retribui o ou seja o risco do descumprimento obrigacional inteiramente suportado pelo trabalhador Assim considerando a perempt ria necessidade do trabalhador os ordenamentos juslaborais s o un nimes em estabelecer normas relativas periodicidade para a quita o dos sal rios limitando a a um lapso temporal m ximo que tanto na Espanha quanto no Brasil n o pode exceder um m s e tamb m em estatuir san es aplic veis nos casos de inobserv ncia de referido prazo m ximo legalmente fixado Al m disso a aus ncia ou atrasos reiterados 1 O presente texto corresponde a um breve resumo da tesina doctoral que conferiu ao autor o Diploma de Estudios Avanzados no Curso de Doctorado en Derecho de la Universidad Complutense de Madrid intitulado Nuevas Dimensiones del Derecho Laboral A tese na ntegra est dispon
386. r resist ncia e for a corporal do que mulheres Na maioria dos casos se considerarmos dois empregados com a mesma idade e o mesmo preparo f sico mas sexos diferentes aquele de sexo masculino provavelmente ser mais robusto O artigo 384 da CLT foi recepcionado pela Carta Pol tica porque visa a resguardar a mulher levando em conta suas caracter sticas pr prias Nesse sentido pac fica a jurisprud ncia recente do Colendo TST verbis Prote o do trabalho da mulher horas extras Intervalo para descanso antes do in cio da jornada extraordin ria Art 384 da CLT Constitucionalidade 1 O Tribunal Pleno desta Corte ao julgar o IIN RR 1 540 2005 046 12 00 5 decidiu rejeitar o Incidente de Inconstitucionalidade do art 384 da CLT ao fundamento de que o princ pio da isonomia segundo o qual os desiguais devem ser tratados desigualmente na medida de suas desigualdades possibilita tratamento privilegiado s mulheres no tocante aos intervalos para descanso 2 Nesse contexto reconhecida a constitucionalidade do art 172 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia 384 da CLT imp e se o provimento do apelo para deferir Empregada o pagamento de horas extras decorrentes da n o concess o do intervalo previsto no referido dispositivo RR 1412000 11 2007 5 09 0007 Maria Doralice Novaes Ju za Convocada Relatora 07 5 2010 Horas extras Intervalo Artigo 384 da CLT N o con
387. rabalho nos termos dos artigos 129 Ill da CR e 11 IV da Lei n 7 347 85 e da Lei Complementar n 75 93 Pelo exposto rejeito Cerceamento de defesa Suscita o recorrente a nulidade da senten a ante o cerceamento de defesa tendo em vista o indeferimento de pergunta dirigida testemunha sem que tal quest o fosse apreciada pelo MM Ju zo do primeiro grau Sem raz o O MM Ju zo do primeiro grau indeferiu duas perguntas que o recorrente pretendia fazer testemunha Sr Oliva Pimentel Brand o Fiscal do Trabalho quais sejam Se todas as pessoas presentes na inspe o tais como policiais militares rep rteres e outras pessoas n o identificadas tinham autoriza o judicial para entrar na propriedade e acompanhar a inspe o e Se a fiscaliza o chegou a consultar a CERJ sobre o fornecimento de energia el trica na regi o Diversamente do sustentado no recurso o MM Ju zo de origem no pr prio termo de depoimento da testemunha ao apreciar a quest o justificou as raz es do indeferimento das indaga es fazendo constar do referido termo que quanto primeira pergunta A pergunta indeferida por irrelevante ao deslinde da controv rsia bem como quanto segunda porque foge finalidade e compet ncia da fiscaliza o do trabalho a pesquisa no particular e porque sua resposta de qualquer sorte seria irrelevante para o deslinde da controv rsia ou seja esta pesquisa pela fiscaliza o n o a
388. rado crime contra a organiza o do trabalho sendo portanto da Justi a Federal a compet ncia para apreciar e julgar o presente feito N o lhe assiste raz o contudo certo embora com opini es dissonantes na doutrina que a Justi a do Trabalho n o tem compet ncia para a a o penal decorrente do crime capitulado no dispositivo do C digo Penal acima aludido Todavia o fato ensejador da presente lide tem repercuss es tanto na esfera penal quanto na esfera trabalhista restando indubit vel que a mat ria versada nos autos n o obstante enseje tamb m procedimentos no ju zo criminal j devidamente instaurados decorre da rela o de emprego que os trabalhadores da fazenda de propriedade do recorrente ali mant m Logo desta Especializada a compet ncia para processar o feito nos termos do artigo 114 da Constitui o da Rep blica 140 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Il Cerceamento do direito de defesa Aduz o recorrente que a Lei n 7 347 1985 em seu artigo 19 determina a aplica o do C digo de Processo Civil cujo artigo 407 par grafo nico faculta a oitiva de at dez testemunhas Entende o r u que se trata de regra espec fica para a a o civil p blica o que impede a aplica o da regra geral contida na CLT De se rejeitar tamb m os argumentos esposados pelo recorrente Conforme acertadamente concluiu a MM Ju za do 1 grau o procediment
389. ral do Trabalho Maria Aparecida Coutinho Magalh es Data de julgamento 04 7 2011 Publica o 14 7 2011 Indeniza o por uso de imagem A utiliza o de camisetas de propaganda dos produtos comercializados pelo empregador dentro do estabelecimento e durante a jornada de trabalho n o representa utiliza o indevida da imagem do empregado pois este tamb m deve concorrer para o sucesso Recurso conhecido e negado Vistos relatados e discutidos estes autos de Recurso Ordin rio sendo Recorrente Anna Carolina Rosa e Recorridos Ricardo Eletro Divin polis Ltda e Esatto Recursos Humanos Ltda Inconformado com a r senten a de fls 139 142 da 562 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro proferida pela MM Ju za Rosane Ribeiro Catrib que julgou procedente em parte o pedido integrada pela decis o de embargos de declara o de fls 157 recorre ordinariamente a autora s fls 144 149 A recorrente pretende a reforma da senten a em s ntese sob o fundamento de que faz jus indeniza o pelo uso indevido e n o autorizado de sua imagem porquanto era obrigada a utilizar blusas promocionais com diversas marcas de fornecedores de produtos vendidos pela r Requer ainda a condena o da r ao pagamento de honor rios advocat cios Representa o do advogado que assina o Recurso Ordin rio da autora fl 08 A r u ofereceu contrarraz es tempestivas s fls 160 169 Sem manifesta o do Minist rio P blico a teor do inc
390. raldo ejaculou em seu bra o Ap s formalizada representa o ao Minist rio P blico Estadual Patr cia Santos Rodrigues tamb m recebeu liga o de uma empregada da Sathurno de nome Edilaine que ligava do Hospital S o Jos perguntando lhe se sabia do caso de Aline avisando lhe que se voc n o se envolver o Geraldo pode te chamar de volta Michele Reis Piedade da Silva disse em Ju zo que ouvia rumores sobre ass dio praticado por Geraldo Magela tanto em rela o reclamante quanto Edilaine Aline e outras fls 172 172 verso fato que deu origem express o meninas do Geraldo em refer ncia s empregadas que ele chamava sozinhas Efetivamente continuou ele sempre tentava arrumar uma brecha para se aproximar das empregadas V rias vezes chamou a reclamante para comparecer sua sala sozinha l permanecendo tamb m sozinho com ela Nem mesmo a companhia de outro colega de trabalho o operador de v deo Eduardo Ferreira da Mota na sala em que trabalhava o Sr Geraldo Magela a exist ncia de circuito interno de TV ali instalado e a proximidade do setor de recursos humanos fatos tanto mencionados s o capazes de amparar a tese da recorrente Segundo a reclamante fls 169 169 verso todas as vezes nas quais foi chamada sala pelo Geraldo o Eduardo n o se encontrava ressalvada uma nica ocasi o quando Geraldo o orientou a ficar trancado na divis o interna
391. randes Temas Trabalho decente Doutrinas Humildemente ousamos discordar dos doutos juristas por n o acreditarmos que o princ pio da igualdade vise apenas a equiparar situa es semelhantes muito menos sem levar em considera o fatores que imp em em certos casos uma necess ria diferencia o Reconhecemos por bvio a clara distin o que h entre princ pio de igualdade e princ pio de n o discrimina o e concordamos que o segundo possui car ter mais objetivo direto e espec fico ao passo que o primeiro mais abrangente e contempla situa es mais diversas e indefinidas Contudo entendemos que ao se buscar a igualdade entre homens e mulheres e a prote o do mercado de trabalho feminino n o apenas se almeja a n o discrimina o como tamb m o reconhecimento de que ambos s o iguais em direitos e deveres bem como iguais na capacidade de empreender e de realizar com a mesma efici ncia as mais diversas atividades Em ltima an lise busca se sim equiparar homens e mulheres por meio n o somente da n o discrimina o mas tamb m da garantia de que ambos ter o a mesma oportunidade ainda que para isso seja for oso reconhecer suas diferen as e instrumentalizar meios h beis para mitig las construindo assim um mercado mais justo e igualit rio Tal jornada entendemos passa invariavelmente pela tutela do princ pio da igualdade mormente ao se reconhecerem situa es em que estaremos diante de desigua
392. ras volunt rias amadoras que concorrem deslealmente com aquelas que s o compelidas a tal estado de degrada o pela necessidade de sobreviv ncia por for a da mis ria H ainda as fr volas que s se interessam pela vida mundana por saber o que se passa nos bastidores dos meios art sticos e sociais leitoras compulsivas de revistas especializadas em bisbilhotices comum tamb m aquelas que se esmeram em aparecer com vestidos provocantes de maneira a serem desejadas e atra rem a aten o at de outras mulheres Assemelham se mais a mercadorias objetos apropriados para exposi o em vitrines ou para fins publicit rios Finalmente existem as socialites cuja preocupa o maior andar na vanguarda da moda com vestes produzidas por famosos estilistas Ressalve se que a natural vaidade feminina que se manifesta desde tenra idade inerente mulher e a faz mais graciosa charmosa e admirada Mas essa peculiaridade n o a desmerece n o a faz fr vola f til antes valoriza a Contudo esses segmentos de doidivanas de elite alienada e improdutiva constituem minoria para quem importa apenas aparecer e cultuar exterioridades distor es comuns a toda sociedade capitalista Eles n o impediram por m nem impedem a evolu o social e as conquistas das mulheres Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 57 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Conclus o A ascens o feminina a postos de chefia
393. rasse o umbigo mas como verificou pelo monitor que pessoas se aproximavam pelo corredor desconversou Embora pe a importante Eduardo Ferreira da Motta fls 174 174 verso pouco colaborou pois n o soube informar se quando n o se encontrava na sala Geraldo chamava empregadas No mais deixou claro o pr prio acusado que o circuito de TV n o alcan ava sua sala T o somente ap s a intima o policial que solicitou madre irm Laura que fosse remanejada a c mera instalada na sala anexa a fim de que desse maior visibilidade sua sala fls 33 36 Geraldo Magela como chefe de seguran a sequer necessitaria de autoriza o para remanejar tal c mera se n o o fez foi porque n o lhe interessava na medida em que poderia tornar p blicos os atos dos quais acusado de praticar Extraio tal conclus o da leitura dos depoimentos prestados pelo referido Andr Luiz Gall e pelo companheiro de sala Eduardo fls 40 41 e 49 50 segundo os quais ap s questionado Geraldo pediu autoriza o para remanejar a c mera de modo que ela alcan asse todo o ambiente da sala tendo o declarante Andr lhe dito que sendo ele o chefe da seguran a que tomasse as provid ncias que julgasse necess rias a c mera de v deo n o alcan ava o ambiente onde Geraldo trabalhava e isso era do conhecimento dele grifei A recorrente tentou em demasia descaracterizar qualquer v nculo hier rquico entre a reclamante e o s
394. rc cio de determinada fun o profiss o arte ou of cio TRT 1 32 Turma Rel Gloria Regina Ferreira Mello 0326300 42 2005 5 01 0342 17 10 2011 27 Dano moral Ass dio Constitui ass dio moral com dano que sujeita o empregador a indenizar o comportamento de ocupante de fun o de confian a ao se referir de modo reiterado a colega de trabalho com express o que significa maluca quando tal colega tinha doen a de natureza ps quica de todos conhecida o que evidencia o intuito ofensivo do tratamento TRT 1 42 Turma Rel Damir Vrcibradic 0110400 34 2007 5 01 0018 12 12 2011 28 Dano moral Caracteriza o Revista ntima S mula n 16 do TRT da Primeira Regi o Revista ntima Dano moral Limites dos poderes de dire o e fiscaliza o Viola o da honra e da intimidade do trabalhador Princ pio da dignidade da pessoa humana art 18 inc Ill CF Cabe repara o por dano moral por ferir o princ pio da dignidade da pessoa humana o ato patronal consubstanciado em revistas ntimas de trabalhadores de qualquer sexo incluindo a vigil ncia por meio de c meras instaladas em banheiros e vesti rios TRT 1 62 Turma Rel Nelson Tomaz Braga 0113400 32 2008 5 01 0301 12 12 2011 29 Dano moral Comprovada a exist ncia do ato il cito e do nexo causal exsurge para a empregadora a responsabilidade de indenizar o dano moral que foi causado ao empregado TRT 1 12 Turma Rel Elma Pereira de Melo Carv
395. rece 2 A par de haver prova nos autos de que a r cobrava R 20 00 pela moradia consoante j fundamentado no t pico referente indeniza o por dano moral as condi es desta eram indignas havendo esgoto na porta das resid ncias e ratos al m de n o comprovada a exist ncia de gua pot vel e ausentes condi es m nimas nas resid ncias como fog es e camas Reitera se que o aspecto mais mencionado a quest o do esgoto e suas consequ ncias e n o do interior das resid ncias como tenta fazer crer a r cuja limpeza consoante a pr pria testemunha ouvida a rogo do autor dependia de procedimento a ser adotado pela reclamada Configurada portanto a hip tese disposta no artigo 483 c da CLT autorizando a rescis o indireta do pacto laboral Pleito de verba sabidamente indevida Artigo 940 do CCB Hip tese n o configurada 1 Pugna a reclamada seja julgada procedente a reconven o sob argumento de que equivocado o posicionamento da senten a no sentido de que n o se aplica nesta Especializada a penalidade disposta no artigo 940 do CC impondo se seja o autor condenado ao pagamento em dobro das parcelas sabidamente indevidas 2 Diversamente do posicionamento exarado na senten a entendo cab vel a aplica o da norma suso transcrita ao Direito do Trabalho por an loga quela disposta no artigo 18 do CPC tratando se de norma de ordem p blica de car ter geral cujo objetivo proteger a lealdade processu
396. repouso e alimenta o repercutindo assim no c lculo dos repousos Senten a que se mant m nessa parte TRT 1 102 Turma Rel C lio Jua aba Cavalcante 0022900 98 2009 5 01 0004 13 12 2011 66 Intervalo para refei o e descanso Se o empregado extrapola com habitualidade a sua jornada de seis horas a ele deve ser garantido o intervalo de uma hora para refei o e descanso previsto no art 71 da CLT Relevante a jornada realmente cumprida e n o a contratual Nesse sentido vem se pronunciando o C Tribunal Superior do Trabalho Intelig ncia da Orienta o Jurisprudencial n 380 da SDI 1 do C TST TRT 1 52 Turma Rel Antonio Carlos Areal 0143600 97 2009 5 01 0491 07 7 2011 67 Isonomia de tratamento Diferen as salariais O pedido de pagamento das diferen as salariais tinha mais de um fundamento e por certo entre eles a observ ncia do princ pio da isonomia de tratamento na forma do art 460 da CLT o qual n o se confunde com a equipara o salarial prevista no art 461 da CLT Inexistindo qualquer fato obstativo do direito promo o e restando evidenciado que ambos os empregados tinham as mesmas qualifica es t cnicas e ocupavam o mesmo cargo n o h fundamento para a preteri o do autor o que leva a concluir que houve tratamento n o ison mico violando o princ pio constitucional e o art 460 da CLT TRT 1 22 Turma Rel V lia Bomfim Cassar 0048000 79 2002 5 01 0431 30 8 2011 3 4
397. retrizes para faz lo perpassa pelo conceito de que todos os homens e mulheres do mundo aspiram a um trabalho produtivo em condi es de liberdade igualdade seguran a e dignidade Deve ainda enfrentar o problema da defasagem do valor estatu do a t tulo de sal rio m nimo 5 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTAT STICA Dispon vel em lt http www ibge gov br home presidencia noticias noticia visualiza php id noticia 2019 amp id pagina 1 gt Acesso em 28 nov 2011 6 ORGANIZA O INTERNACIONAL DO TRABALHO Trabalho decente nas Am ricas uma agenda hemisf rica 2006 2015 pr logo p VIII Dispon vel em lt http www oit org br sites default files topic decent work doc agenda hemisferica 537 pdf gt Acesso em 28 nov 2011 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 83 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas para que seja capaz de atender s necessidades vitais b sicas do trabalhador e de sua fam lia considerado o termo fam lia como grupo de dois adultos e duas crian as com moradia alimenta o educa o sa de lazer vestu rio higiene transporte e previd ncia social O contraste observado no cotejo do sal rio m nimo legal nacional com o valor necess rio para suprir os gastos de uma fam lia de porte m dio se encontra abaixo durante o per odo compreendido entre 2009 e 2011 de acordo com estimativa do Departamento Intersindical de Estat stica e Estudos
398. reu TRT 1 82 Turma Rel Marcelo Augusto Souto de Oliveira 0048700 48 2008 5 01 0042 11 7 2011 101 Recurso ordin rio Exig ncia de carta de fian a como condi o de contrata o Conduta abusiva e discriminat ria do empregador O empregador ao exigir carta de fian a como condi o para contrata o do trabalhador fere os princ pios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da valoriza o social do trabalho conduzindo se de forma abusiva e discriminat ria TRT 1 82 Turma Rel Edith Maria Corr a Tourinho 0000205 73 2011 5 01 0201 13 9 2011 102 Recurso ordin rio Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro Empresa p blica Desnecessidade de motiva o no ato demissional de empregado sujeito ao regime celetista Aus ncia de prova de ato discriminat rio A reclamada em atendimento ao Termo de Compromisso de Reestrutura o Parcial firmado com o Estado do Rio de Janeiro fl 61 estabeleceu crit rios para a demiss o de funcion rios entre esses o pessoal aposentado e aposent vel Tal pr tica n o se afasta do mbito da discricionariedade do ato administrativo n o se caracterizando como nula Cabe aqui a aplica o do inciso Il da S mula n 390 do C TST Ao empregado de empresa p blica ou de sociedade de economia mista ainda que admitido mediante aprova o em concurso p blico n o garantida a estabilidade prevista no art 41 da CF 1988 Recurso a que se nega provimento
399. ria sem fundamento algum pois n o h argumento pertinente ou robusto capaz de sustentar a verdadeira agress o ao sexo feminino e aos valores mais basilares do ser humano Pelo contr rio as mulheres em muitos casos t m se mostrado t o ou mais eficientes do que os homens na realiza o de determinadas fun es e tarefas e alcan ado cargos que antes jamais se cogitava pudessem ocupar Entretanto a discrimina o no emprego em rela o s mulheres ainda um mal que se deve combater Como afirma Luiz Marcelo F de G is at hoje se verificam as chamadas segrega es horizontal baseada na distin o entre trabalhos tipicamente masculinos e trabalhos tipicamente femininos inclu das nessas hip teses fun es como bab secret ria e recepcionista e vertical que como j salientamos representada pela predile o por homens e n o por mulheres na escolha para ocupar cargos mais elevados na hierarquia corporativa Segundo Arnaldo S ssekind a inser o da mulher no mercado de trabalho ganhou for a ap s as Revolu es Francesa e Industrial como forma de complementa o do or amento familiar Todavia desde ent o o trabalho da mulher tem sido amplamente discriminado Durante muito tempo persistiu a ideia de que a sua fun o primordial era tomar conta dos filhos e do lar Como salienta Luiz Marcelo G is mulheres eram educadas para serem boas m es esposas dedicadas e donas de casa prendadas O trabalho qu
400. rias diante de seus colegas e da sociedade Ainda que n o se duvide que a situa o narrada trouxe desconforto autora tal emo o n o pode ser equiparada quela de que se cogita na hip tese de dano moral onde o empregado tem sua imagem e personalidade alvejadas com marcante intensidade Ass dio moral O que caracteriza o ass dio moral a persegui o dirigida de cunho discriminat rio suscet vel de destacar determinado indiv duo negativamente perante o grupo de trabalho Pode ser instrumento de obten o de prop sitos eticamente conden veis mas sempre de indiv duo para indiv duo Nesse sentido demonstrada que a ofensa era dirigida ao grupo de modo gen rico n o h que falar em indeniza o Recurso conhecido e negado TRT 1 22 Turma Rel Maria Aparecida Coutinho Magalh es 0135500 96 2009 5 01 0025 09 9 2011 3 4 3 1 Reflexos 61 Horas extras e reconhecimento de sal rio pago por fora Devidos eis que restou demonstrado pela prova testemunhal que o reclamante prestava horas extras e recebia sal rio pago por fora TRT 1 72 Turma Rel Maria das Gra as Cabral Viegas Paranhos 0000298 50 2010 5 01 0046 25 5 2011 62 Horas extras Trabalho externo Compatibilidade com o controle de jornada A leitura atenta dos depoimentos colhidos leva segura conclus o de que a jornada praticada pela reclamante era pass vel de controle Mais de uma testemunha afirma que a supervisora controlava a jor
401. riminaliza o da conduta de transformar um ser humano em coisa em objeto a ser manipulado em prol da produ o escravista n o foi suficiente para debelar uma pr tica hist rica no Pa s Desde 1995 o Brasil oficialmente reconhece a exist ncia de trabalho escravo em seu territ rio tendo libertado desde ent o 35 mil pessoas nessas condi es Contudo ainda que hoje oficialmente seja proibida a pr tica de tornar um indiv duo propriedade de outro o paradoxo que se vislumbra a efetiva exist ncia da escravid o de pessoas a custo muito mais baixo do que na poca Imperial em que a atividade era legalmente admitida no Brasil 80 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Calcula se que um escravo nos idos de 1850 poderia ser adquirido ao custo de R 120 000 00 cento e vinte mil reais ao passo que hoje as pessoas reduzidas condi o an loga de escravo s o aliciadas ou seja um gato aliciador de trabalhadores rurais aborda algu m com falsas promessas de melhores sal rios e condi es dignas de emprego e aloca o e o transporta para outras regi es sem garantia alguma de contrato Tais situa es s o muitas vezes piores do que as j vivenciadas o que se pode verificar pelo transporte prec rio desses trabalhadores que viajam como gado O custo para se adquirir um trabalhador nessas condi es portanto quase zero considerado apenas o valo
402. rinc pios da proporcionalidade e razoabilidade TRT 1 62 Turma Rel Theocrito Borges dos Santos Filho 0082000 21 2009 5 01 0024 20 7 2011 6 A reclamada n o trouxe aos autos qualquer elemento que confirme ser o adiciona de participa o de projetos especiais devido apenas queles seus empregados que efetivamente participem de projetos especiais Sob essas condi es presume se que o reclamante efetivamente seja v tima de tratamento discriminat rio por parte da reclamada TRT 1 82 Turma Rel Roque Lucarelli Dattoli 0047100 04 2007 5 01 0017 11 7 2011 1 3 2 Indeniza o por dano material 1 3 2 1 Doen a ocupacional 7 A sa de do trabalhador como esp cie da sa de em geral um direito humano e como tal inviol vel devendo ser observada rigorosamente tanto pelo empregador quanto pelo Estado em sua atividade regulat ria e de fiscaliza o TRT 1 52 Turma Rel Tania da Silva Garcia 0167100 72 2009 5 01 0046 17 8 2011 1 3 3 Abono 8 Abono salarial estabelecido em lei municipal Revoga o atrav s de portaria Impossibilidade O direito incorporou se ao contrato de emprego do autor e por isso n o pode ser suprimido unilateralmente sob pena de se ferir o princ pio do direito adquirido e da dignidade da pessoa humana dado que tal supress o acarretar evidente preju zo ao autor em raz o de sua natureza 236 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Ement rio alim
403. rinc pios passam a incorporar regras de conduta em supera o conhecida antinomia entre iusnaturalismo e positivismo a favor do que atualmente se denomina p s positivismo A t tulo ilustrativo invocamos em nossos estudos uma linha de racioc nio em que o ass dio moral aparece como referente comparativo pois seu car ter pluriofensivo e multifacetado escapa a um ajustado enquadramento na invoca o do rol de direitos fundamentais cl ssicos diante do 14 Neste ponto parece nos pertinente reproduzir a seguinte reflex o de Fern ndez Segado FERN NDEZ SEGADO Francisco La teor a jur dica de los derechos fundamentales en la doctrina constitucional Revista espa ola de derecho constitucional ano n 13 n 39 p 199 200 1993 O car ter objetivo dos valores deve compaginar se com a relatividade das estima es concretas Com efeito a objetividade que reconhecemos nos crit rios estimativos b sicos n o impede nem estorva o fato de que os ju zos de valor concreto as estima es particulares sejam inevitavelmente relativos a situa es reais concretas hist ricas e portanto s circunst ncias de fato do lugar e da poca Estas relatividades n o se op em objetividade dos crit rios porque tais relatividades n o implicam subjetivismo fortuito pelo contr rio representam o condicionamento e a influ ncia que a realidade social particular deve e tem que exercer sobre a elabora o das normas jur dicas E nes
404. rio 2 3 1 1 Cargo de confian a 15 Banc rio Cargo de confian a A mera denomina o do cargo exercido e a percep o de gratifica o de fun o n o s o suficientes para excepcionar o banc rio da jornada de seis horas di rias sendo necess ria para configurar o cargo de confian a banc rio a que alude o art 224 8 22 da CLT a inequ voca demonstra o de grau maior de fid cia TRT 1 72 Turma Rel Fernando Antonio Zorzenon da Silva 0041600 95 2009 5 01 0013 13 9 2011 2 3 2 Sal rio Diferen a salarial 2 3 2 1 Sal rio por equipara o Isonomia 16 Banco Atividade banc ria Contrata o de empresa prestadora de servi os para confer ncia de malotes e compensa o Princ pio da n o discrimina o As atividades fins de uma institui o banc ria s o aquelas estabelecidas pelo artigo 17 da Lei n 4 595 64 Decerto a abertura de envelopes a confer ncia de numer rio e a autentica o de cheques revelam tratar se de atividades tipicamente banc rias sobretudo quando se apura que o banco r u mantinha funcion rios seus no mesmo setor da parte autora realizando as mesmas tarefas o que autoriza a incid ncia por analogia do art 12 a da Lei n 6 019 74 Direitos assegurados categoria dos banc rios que se estendem ao reclamante em virtude da aplica o do princ pio da n o discrimina o Recurso empresarial n o provido TRT 1 62 Turma Rel Marcelo Antero de Carvalho 0091400 92 2007
405. rit rio apesar de n o concordamos com ele pois mais parece uma fraude que camufla o pedido de demiss o com a finalidade de levantamento do FGTS entendemos que a regra deve valer tamb m para todo prazo de aviso isto inclusive para aqueles em que o prazo superior a 30 dias Pelos mesmos argumentos n o poss vel a negocia o coletiva com o objetivo de transacionar renunciar ou reduzir o direito ao aviso pr vio pois a Constitui o apontou as hip teses art 72 VI XIII e XIV em que o direito por ela garantido poderia ser negociado coletivamente e ele n o est a inclu do 48 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas A trajet ria social pol tica e cultural da mulher no Brasil Benedito Calheiros Bomfim Anna Britto da Rocha Acker A mulher no passado No passado durante s culos a mulher foi relegada a uma posi o de inferioridade Vivia reclusa submetida autoridade do pai que escolhia com quem ela devia se casar Depois passava a obedecer ao marido cuja vontade se sujeitava Era criada e educada para o casamento a vida dom stica a procria o a dedica o aos filhos e a obedi ncia ao marido sendo lhe vedado o exerc cio de qualquer profiss o Nas classes pobres contribu a para o sustento da fam lia trabalhando como costureira lavadeira dom stica Nesta ltima atividade embora geralmente n o fosse remunerada
406. rmeie tanto a igualdade formal quanto a material Vejamos 3 Encontramos tamb m outras esferas de aplica o do princ pio ao longo do texto constitucional notadamente mas n o exclusivamente nos arts 3 inciso Ill 72 incisos XXX a XXXII 14 caput 37 incisos le Il 226 8 5 e 227 8 6 MORAES Alexandre de Direito Constitucional 26 ed S o Paulo Atlas 2010 p 37 CAPLAN Luciana O Direito Humano Igualdade o Direito do Trabalho e o Princ pio da Igualdade In Direitos Humanos e Direito do Trabalho Coordenadores Fl via Piovesan e Luciana Paula Vaz de Carvalho S o Paulo Atlas 2010 p 121 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 61 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Nossas constitui es desde o Imp rio inscreveram o princ pio da igualdade como igualdade perante a lei enunciado que na sua literalidade se confunde com a mera isonomia formal no sentido de que a lei e sua aplica o tratam a todos igualmente sem levar em conta as distin es de grupos A compreens o do dispositivo vigente nos termos do art 5 caput n o deve ser assim t o estreita O int rprete h que aferi lo com outras normas constitucionais e especialmente com as exig ncias da justi a social objetivo da ordem econ mica e da ordem social A Constitui o procura aproximar os dois tipos de isonomia na medida em que n o se limitara ao simples enunciado da igualdade perante
407. ro ao buscar a harmonia entre capital e trabalho inclusive atribuindo justo motivo para o rompimento do pacto laboral ao ato de concorr ncia empresa para o qual trabalha o empregado artigo 482 c da CLT Destarte 200 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia fazer boa propaganda dos produtos oferecidos pelo empregador dentro do estabelecimento e durante a jornada laboral n o extrapola os limites do contrato de trabalho Nego provimento Dos honor rios advocat cios Honor rios advocat cios s o indevidos uma vez que ausentes os pressupostos da Lei n2 5 584 70 e da S mula n 329 do C TST O artigo 133 da Constitui o Federal n o inovou no sentido de afastar o jus postulandi previsto no artigo 843 da CLT visto que o dispositivo constitucional em apre o n o norma autoaplic vel e est condicionado aos limites de lei Nego provimento CONCLUS O Pelo exposto conhe o do Recurso Ordin rio da autora e no m rito nego lhe provimento na forma da fundamenta o ACORDAM os Desembargadores que comp em a Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o por unanimidade conhecer do Recurso Ordin rio da autora e no m rito por maioria negar lhe provimento na forma da fundamenta o do voto da Relatora vencida a Ju za M rcia Leite Nery quanto indeniza o por uso indevido de imagem Rio de Janeiro 4 de julho de 2011 Desembargadora Federal d
408. rodu o a sa de dos trabalhadores deve considerada A aplica o das medidas de seguran a e sa de no trabalho SST uma importante contribui o para tornar as empresas e a economia mais verdes OIT 2012 A figura 1 a seguir sintetiza as rela es existentes entre a dimens o ambiental ou verde e os requisitos de um trabalho decente mostrando por meio de exemplos quatro situa es poss veis resultantes da combina o das duas dimens es verde e decente Verde mas n o decente Verde e decente Exemplos Exemplos e Reciclagem de eletr nicos e Sindicaliza o dos trabalhos do sem seguran a ocupacional setor de energia e lica e solar adequada Arquitetos verdes Baixa remunera o de Empregados p blicos de instaladores de pain is solares tr nsito bem pagos Explora o de trabalhadores e planta es de biocombust vel Nem verde nem Decente mas n o verde tampouco decente Exemplos Exemplos e Trabalhadores sindicalizados e Minera o de carv o com no setor de produ o de U T O E O U gt Figura 1 Rela es existentes entre a dimens o ambiental ou verde e os requisitos de um seguran a adequada Trabalho de mulheres no corte ind stria de energia na frica e Am rica Latina Trabalhadores de abatedouros de su nos autom veis Engenheiros qu micos Pilotos de avi o Trabalho Decente trabalho decente fonte United Nations Environment Programme 92 Re
409. role do Minist rio P blico evitando com a investiga o pr via que se d demanda civil um cunho individual do representante ministerial que nela atua Verifica se pela natureza jur dica do procedimento em aprecia o que inexiste nulidade nessa espec fica colheita de provas que servem em ju zo como prova indici ria elemento de convic o por ser uma investiga o p blica e oficial Assim o que se apura no inqu rito civil p blico tem validade e efic cia para o Judici rio concorrendo para refor ar o entendimento do julgador quando em confronto com as provas produzidas pela parte contr ria Observa se portanto que n o podem os ind cios probat rios concorrer com as provas colididas sob as garantias do contradit rio porque s o eles de natureza inquisitorial Entretanto para serem afastadas as provas unilateralmente produzidas pelo parquet em inqu rito civil p blico preciso que sejam contrastadas com contraprova que se colhida sob as garantias do contradit rio passam a ocupar posi o de hierarquia superior Advertem os doutrinadores que deve o julgador acercar se de cuidados para evitar exageros receber sem ressalvas ou recusar a prova colhida no inqu rito Hugo Nigro Mazzilli em O Inqu rito Civil Ed Saraiva 22 ed p g 62 e 63 invoca registro de Eduardo Esp nola Filho para dizer nada obsta antes tudo aconselha a que se valha o magistrado da prova existente no inqu rito com o convencimen
410. rradica o do trabalho for ado ou obrigat rio especialmente o das crian as como desafios efetivos na ordem do dia se n o pretende ser taxada de documento ut pico O Brasil padece em pleno s culo XXI de problemas end micos de gera o de empregos persistindo ainda pr ticas seculares de degrada o do trabalho humano a escravid o o trabalho infantil e a diferen a de sal rios entre homens e mulheres Para implementar o conceito de trabalho decente previsto na OIT o Brasil necessita transpor quest es arraigadas em pr ticas seculares Se o patamar m nimo de direitos fundamentais trabalhistas apregoados pela OIT ainda objeto de implanta o e desafios que dir as normas subjacentes promo o da equidade fundamental o que pode ser a causa de uma gradual precariza o das rela es de trabalho IV Refer ncias bibliogr ficas DELGADO Gabriela Neves Direito Fundamental ao Trabalho Digno S o Paulo LTr 2006 POCHMANN M rcio O emprego na globaliza o S o Paulo Boitempo 2001 pp 123 139 SACHS Ignacy Inclus o social pelo trabalho decente oportunidades obst culos pol ticas p blicas in Revista Estudos Avan ados 18 51 2004 pp 23 49 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 85 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Documentos consultados DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATISTICA E ESTUDOS SOCIOECONOMICOS DIEESE S o Paulo 2011 Sal rio m nimo nominal
411. rroga o permitidas por lei ainda deixaram de gozar do intervalo intrajornada tendo o ilustre auditor nomeado por amostragem quatro empregados al m de constatar que a marca o n o estava sendo efetuada no pr prio cart o de ponto mas sim em papel manuscrito n o pelos empregados v fls 20 21 grifei Nesse passo as irregularidades encontradas pela fiscaliza o do trabalho n o foram em rela o ao pagamento das horas extraordin rias mas sim quanto falta de respeito ao limite expressamente previsto em lei para dura o normal do trabalho tanto que foi determinado pelo r Ju zo que a acionada deve respeitar a dura o normal de trabalho de todos os seus empregados abstendo se de exigir o labor em sobrejornada excepcionadas t o somente as hip teses previstas nos arts 58 e seguintes da CLT grifei Desta forma como bem ressalta o rg o Ministerial em contrarraz es resta claro pois que para a Recorrente n o h limite para a dura o do trabalho mas apenas a obriga o de pagamento de horas extraordinariamente trabalhadas por isto junta recibos de pagamento e algumas folhas de registro Nesse contexto nego provimento ao recurso no particular Multa do artigo 477 da Consolida o das Leis do Trabalho Em rela o multa do artigo 477 da Consolida o das Leis do Trabalho justifica a recorrente que restou fartamente demonstrado nos autos atrav s dos documentos de TRCT
412. rsos p blicos para pagamento de despesas de pessoal ou custeio em geral S MULA N 6 Cedae Progress o horizontal por antiguidade e por merecimento A Cedae sociedade de economia mista regida pelo art 173 8 12 da Carta Magna dispondo de or amento por ela pr pria elaborado n o autorizando a falta de disponibilidade financeira a omiss o nas progress es horizontais por antiguidade Il A progress o horizontal por antiguidade n o viola o princ pio concursivo por n o acarretar a altera o do cargo Ill Cab vel a concess o das progress es horizontais por antiguidade uma vez por ano sempre no m s de agosto e nos anos Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 227 S mulas mpares observando se o interst cio m nimo de 24 meses na faixa anterior do cargo ocupado conforme regras estabelecidas no PCCS IV A concess o das progress es horizontais por merecimento envolve crit rios subjetivos o que obsta a sua aprecia o pelo Poder Judici rio que n o pode substituir o poder conferido ao empregador na avalia o de seus subordinados S MULA N 7 Aviso pr vio indenizado N o incid ncia de contribui o previdenci ria O sal rio de contribui o n o integrado pelo aviso pr vio indenizado mas t o somente pelas parcelas que remuneram o trabalho efetivamente prestado ou o tempo disposi o do empregador n o servindo de base de incid ncia de contribui o previdenci ria
413. rvalho Rua Carlindo Carvalho casa 05 em S o Vicente fls 60 A MM Ju za de origem ap s colhidas as provas dos autos e procedida Inspe o Judicial fls 555 556 declarou incidentalmente a inexist ncia de rela o jur dica de emprego entre Erotildes Garcia da Cunha e o r u e determinou a formaliza o do contrato mantido entre Zena e o r u com data de admiss o em 12 10 1985 na fun o de trabalhador rural mediante o pagamento de um sal rio m nimo mensal tornou definitiva a decis o de fls 46 48 determinando que o reclamado promova a mudan a do Sr Zena para uma casa em condi es de habitabilidade digna do ser humano pelo prazo de 30 trinta dias quando a reforma do local onde dormia na Fazenda Soubara j dever estar acabada para mudan a do autor declarou incidentalmente que o r u reduz seus empregados condi o an loga de escravos determinando sua absten o em praticar o truck system possibilitando aos empregados a livre disposi o dos seus sal rios condenou o r u ao pagamento de uma indeniza o de R 500 000 00 quinhentos mil reais em favor do FAT por danos morais coletivos determinou a expedi o de of cios ao INSS CEF e ao Incra este ltimo para que tome as provid ncias cab veis relacionadas pr tica de trabalho escravo e ao Programa de Desapropria o para fins de Reforma Agr ria Feitos tais esclarecimentos passa se ao exame do recurso na forma abaixo Do truck syste
414. s atividade fim de referidas institui es financeiras s o financi rios beneficiando se portanto das normas coletivas da categoria e da jornada reduzida do art 224 da CLT S MULA N 28 Artigo 879 38 da CLT Preclus o temporal limitada impugna o aos c lculos A preclus o temporal prevista no par grafo terceiro do artigo 879 da CLT limita se impugna o aos c lculos da contribui o previdenci ria e n o ao direito da Uni o de execut la S MULA N 29 Servi o de telemarketing teleatendimento enquadramento sindical e dura o do trabalho Os operadores de teleatendimento telemarketing est o sujeitos s normas coletivas da categoria profissional dos empregados em empresas de presta o de servi os de telecomunica es sendo inafast vel por acordo coletivo menos ben fico a incid ncia das normas da conven o coletiva intersindical ou de senten a normativa Il Na aus ncia de norma coletiva mais ben fica prevalecem as disposi es do Anexo Il da NR 17 que estabelece a jornada de seis horas com duas pausas remuneradas e um intervalo n o remunerado de vinte minutos para descanso e alimenta o e a dura o semanal de trinta e seis horas de trabalho itens 5 3 5 3 1 5 4 1 e 5 4 2 S MULA N 30 San o do artigo 477 8 da CLT Reconhecido o v nculo de emprego ou desconstitu da a justa causa imp e se a comina o Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 2
415. s Em Ruanda segundo a vers o brasileira do Le Monde Diplomatique de janeiro de 2011 as mulheres s o maioria no Parlamento sendo o nico pa s do mundo em que isso ocorre Nossas normas eleitorais que destinam 5 do Fundo Partid rio promo o 3 Segundo a Folha de S o Paulo 12 01 2011 Em todo o mundo h estimadas 75 milh es de gesta es indesejadas anualmente e mais de 22 milh es de abortos inseguros 70 mil dos quais terminam com a morte da m e Somente a hipocrisia o preconceito e o fundamentalismo religioso explicam a veda o legal ao aborto em nosso pa s quando se sabe que se trata de uma pr tica clandestina inclusive entre fam lias abastadas muito frequente entre n s 56 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas de candidaturas de mulher e d o s candidatas 10 do tempo da propaganda no r dio e na TV nunca foram cumpridas No Brasil apenas cinco das cem maiores empresas em receita t m mulheres na presid ncia o que representa contudo um avan o se comparado com 2009 ano em que s homens ocupavam tal cargo N o obstante constitu rem 51 da popula o s o apenas 31 de representantes no quadro funcional 26 8 na supervis o 22 15 na ger ncia e 13 7 no executivo Nos conselhos de administra o de tais empresas a presen a feminina de 8 9 de acordo com estat stica da Folha de S o Paulo de 28 01 2011 Na sua longa e
416. s Jos Luiz da Gama Lima Valentino Des Ant nio Carlos de Azevedo Rodrigues D CIMA TURMA Des Rosana Salim Villela Travesedo Presidente Des Fl vio Ernesto Rodrigues Silva Des Ricardo Dami o Areosa Des Marcos de Oliveira Cavalcante Des C lio Jua aba Cavalcante Institucional Composi o do Tribunal Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o 13 Institucional Composi o do Tribunal DESEMBARGADORES Luiz Augusto Pimenta de Mello Nelson Tomaz Braga Mirian Lippi Pacheco Alberto Fortes Gil Maria de Lourdes D Arrochella Lima Sallaberry Carlos Alberto Araujo Drummond Gloria Regina Ferreira Mello Elma Pereira de Melo Carvalho Jos Carlos Novis Cesar Maria das Gra as Cabral Viegas Paranhos Jos da Fonseca Martins Junior Tania da Silva Garcia Ana Maria Soares de Moraes Fernando Antonio Zorzenon da Silva Jos Nascimento Araujo Netto Edith Maria Corr a Tourinho Antonio Carlos Areal Luiz Alfredo Mafra Lino Damir Vrcibradic Rosana Salim Villela Travesedo Jos Antonio Teixeira da Silva Mery Bucker Caminha Cesar Marques Carvalho Jos Luiz da Gama Lima Valentino Ant nio Carlos de Azevedo Rodrigues Jos Geraldo da Fonseca Fl vio Ernesto Rodrigues Silva Jorge Fernando Gon alves da Fonte Gustavo Tadeu Alkmim Evandro Pereira Valad o Lopes Theocrito Borges dos Santos Filho Alexandre de Souza Agra Belmonte Valmir de Araujo Carvalho Ricardo Areosa Angela Fioren
417. s es e interrup es contratuais sucedidas no curso do prazo do aviso Tais fatores n o obstam a contagem cont nua do prazo nem seu termo final e a consequente extin o do contrato Na despedida indireta justa causa do patr o o trabalhador ter direito ao aviso pr vio proporcional ao tempo de servi o na forma do artigo 487 8 42 da CLT Ocorrendo culpa rec proca o aviso pr vio proporcional devido pela metade na forma do artigo 484 da CLT c c S mula n 14 do TST Tamb m s o aplic veis as regras contidas nos 88 52 e 6 do artigo 487 da CLT e por isso devida a integra o das horas extras habituais pela m dia duodecimal por todo o per odo do aviso se indenizado devendo os reajustes concedidos nesse per odo ser repassados ao trabalhador O termo final do prazo do aviso pr vio indenizado proporcional ao tempo de servi o n o ser considerado para fins de c lculo da indeniza o adicional de 40 pois o empregador paga a rescis o antes do t rmino do prazo da mesma forma a OJ n 42 II da SDI I do TST Ren ncia S mula n 276 do TST e negocia o coletiva O direito ao aviso pr vio proporcional ao tempo de servi o est previsto em lei Logo para o empregado esse um direito irrenunci vel por conta de sua caracter stica p blica Todavia a jurisprud ncia consagrou que v lida a ren ncia se o empregado a fez por escrito e comprovadamente j tem novo emprego Sendo esse o entendimento majo
418. s obriga es trabalhistas como pretende fazer crer a ora recorrente Nego provimento Intervalo interjornada Por fim quanto ao intervalo interjornada afirma a recorrente que mais uma vez o Ju zo Monocr tico deixou de analisar os documentos juntados pela recorrente e n o impugnados pela recorrida onde s fls 116 121 154 156 161 162 164 que comprovam que a Recorrente concedia aos seus empregados o intervalo intrajornada previsto no art 66 da CLT Mais uma vez raz o n o lhe assiste Analisando os documentos anexados pela recorrente verifico que apenas o registro de frequ ncia de fl 164 foi efetuado ap s a inspe o do trabalho pelo auditor fiscal na maioria n o poss vel saber sequer o ano de sua ocorr ncia v fls 116 121 154 e 156 Mesmo que assim n o fosse s o todos inv lidos para o fim colimado posto que s o brit nicos e em nenhum deles consta a assinatura do empregado Outrossim sendo flagrante o desrespeito legisla o trabalhista mantenho a r senten a que diversamente das alega es recursais est em harmonia com o conjunto probat rio dos autos mormente com a documenta o apresentada pela ora recorrente Por tais raz es nego provimento ao recurso Pelo exposto conhe o do recurso e no m rito nego lhe provimento Relatados e discutidos ACORDAM os Desembargadores da S tima Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o por unanimidade conhecer do recurso
419. s a temas que caracterizam o trabalho decente Desembargador Federal Alexandre Agra Belmonte Presidente da Comiss o da Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o INSTITUCIONAL COMPOSI O DO TRIBUNAL vigente em 31 de dezembro de 2011 PRESIDENTE Desembargadora Maria de Lourdes D Arrochella Lima Sallaberry VICE PRESIDENTE Desembargador Carlos Alberto Araujo Drummond CORREGEDOR Desembargador Fernando Antonio Zorzenon da Silva VICE CORREGEDOR Desembargadora Ana Maria Soares de Moraes RG O ESPECIAL Des Des Des Des Des Des Des Des Des Des Des Des Des Des Des Des Luiz Augusto Pimenta de Mello Nelson Tomaz Braga Mirian Lippi Pacheco Alberto Fortes Gil Maria de Lourdes D Arrochella Lima Sallaberry Presidente Carlos Alberto Araujo Drummond Gloria Regina Ferreira Mello Elma Pereira de Melo Carvalho Maria das Gra as Cabral Viegas Paranhos Ana Maria Soares de Moraes Damir Vrcibradic Rosana Salim Villela Travesedo Jos Antonio Teixeira da Silva Jorge Fernando Gon alves da Fonte Gustavo Tadeu Alkmim Evandro Pereira Valad o Lopes Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o 11 Institucional Composi o do Tribunal SE O ESPECIALIZADA EM DISS DIOS COLETIVOS Desembargadora Maria de Lourdes D Arrochella Lima Sallaberry Presidente SE O ESPECIALIZADA EM DISS DIOS INDIVIDUAIS Desembargador Theocrito Borges dos Santos Filho
420. s de Direito do Trabalho 3 ed S o Paulo LTr 2002 SILVA Jos Afonso da Curso de Direito Constitucional Positivo 22 ed S o Paulo Malheiros 2003 SUSSEKIND Arnaldo Curso de Direito do Trabalho 2 ed S o Paulo LTr 2002 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 69 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Trabalho infantil art stico compet ncia da Justi a Estadual ou da Trabalhista M nica Soares Cazzola A atua o de crian as e adolescentes no meio art stico constitui uma rela o trabalhista que deve ser regulada pela Consolida o das Leis do Trabalho CLT O artigo 407 da CLT estabelece que a autoridade competente verifique se o trabalho executado pelo menor prejudicial sua sa de ao seu desenvolvimento f sico ou sua moralidade A autoridade competente referida o juiz da Inf ncia e da Juventude ou na sua aus ncia o juiz competente nos termos do art 146 da Lei 8 069 de 13 de julho de 1990 Estatuto da Crian a e do Adolescente No art 67 do mesmo diploma legal vedado o trabalho do menor em locais que prejudiquem seu desenvolvimento f sico ps quico social e moral bem como os hor rios e locais que afetem a frequ ncia escolar O Brasil ratificou uma conven o internacional que ocasionou uma brecha legal para a participa o art stica de crian as qual seja a Conven o n 138 de 1973 da Organiza o Internacional do Trabalho OIT Ela estabele
421. s direitos fundamentais no trabalho j citados Paralelamente a Organiza o para Coopera o Econ mica e Desenvolvimento Organization for Economic Co operation and Development OECD lan ou o seu Guia para 14 Vide detalhes em www oit org br agenda trabalho decente 15 SOMAVIA Juan Dispon vel em lt http www ilo org wcmsp5 groups public dgreports dcomm documents publication wcms 101192 pdf gt Acesso em 25 jan 2009 Tradu o livre 16 INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION Dispon vel em lt http www ilo org wcmsp5 groups public dgreports dcomm documents publication wems 101192 pdf gt Acesso em 25 jan 2009 Tradu o livre Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 39 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Empreendimentos Multinacionais OECD Guidelines for Multinational Enterprises que inclui os princ pios e direitos fundamentais no trabalho da OIT como uma das suas recomenda es O Banco Mundial por sua vez desde 2006 mediante um dos seus bra os a Corpora o Financeira Internacional The International Finance Corporation IFC tem levado em conta se as empresas que solicitam novos empr stimos est o comprometidas com a implementa o das normas trabalhistas internacionais fundamentais core labor standards Em outras palavras o IFC trabalhando em conjunto com a OIT adotou Padr es Performance Standards por meio dos quais ele se compromete a seguir a
422. s do hemisf rio americano OIT 2006 MTE 2010 Com efeito na Resolu o da Assembleia Geral da ONU adotada em setembro de 2005 os chefes de Estado e de Governo inclu ram o trabalho decente como um objetivo nacional e internacional enunciando o nos seguintes termos Apoiamos firmemente uma globaliza o justa e resolvemos fazer com que os objetivos do emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos especialmente para as mulheres e os jovens sejam uma meta fundamental das nossas pol ticas nacionais e internacionais e de nossas estrat gias nacionais de desenvolvimento incluindo as estrat gias de redu o da pobreza como parte de nossos esfor os para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Mil nio Como resultado da C pula das Am ricas 34 chefes de Estado e de Governo de todo o hemisf rio americano assinaram a Declara o e o Plano de A o de Mar del Plata nos quais reafirmam nosso compromisso de combater a pobreza a desigualdade a fome e a exclus o social para melhorar as condi es de vida de nossos povos e fortalecer a governabilidade democr tica nas Am ricas Conferimos ao direito ao trabalho tal como est estipulado nos instrumentos de direitos humanos um lugar central na agenda hemisf rica reconhecendo assim o papel essencial da cria o de trabalho decente para a realiza o desses objetivos par grafo 1 da Declara o de Mar del Plata OIT 2006 MTE 2010 4 A express o d
423. s e sem condi es para descanso ofende sua reputa o seu amor pr prio e sua tranquilidade caracterizando assim dano moral TRT 1 12 Turma Rel Gustavo Tadeu Alkmim 0126400 44 2005 5 01 0030 29 7 2011 40 Dano moral Indeniza o Quantifica o Princ pio da razoabilidade A repara o do dano moral deve ter em conta o princ pio da razoabilidade de modo a satisfazer a um s tempo o interesse de compensa o ao lesado de um lado e a repress o conduta do agressor de outro Uma indeniza o insignificante significaria um agravamento ao ofendido e sentido de impunidade ao ofensor Uma indeniza o excessivamente alta representaria uma desproporcional puni o ao ofensor com vantagem imoderada ao ofendido TRT 1 32 Turma Rel Carlos Alberto Araujo Drummond 0120600 62 2005 5 01 0021 21 7 2011 41 Dano moral Pressupostos Ao prever a reparabilidade de qualquer dano sem excepcionar classe ou tipo o art 52 XLV da CF 88 sepultou a dissens o at ent o reinante na doutrina e na jurisprud ncia sobre a indenizabilidade do dano moral Ao estatuir que Justi a do Trabalho compete conciliar e julgar os diss dios individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores e outras controv rsias decorrentes da rela o de trabalho o art 114 ampliou a sua compet ncia material para albergar tamb m o dano moral desde que decorrente da rela o de emprego ou conexo ao contrato de trabalho Estas s o em r
424. s em parte os pedidos deduzidos na exordial fls 524 526v Embargos de declara o opostos pela reclamada s fls 528 533 rejeitados fl 546 e pela reclamante s fls 540 542 acolhidos parcialmente fl 547 para sanar omiss es Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 215 Decis es da 22 Inst ncia Recurso Ordin rio interposto pela reclamante s fls 549 558 Aduz que a r senten a deixou de se manifestar a respeito do hor rio extraordin rio das duas reuni es mensais da qual a recorrente estava obrigada a participar fazendo jus a duas horas extras mensais durante todo o per odo imprescrito Aduz que o divisor a ser observado o de 150 horas uma vez que o s bado dia til n o trabalhado Quanto aos reflexos das horas extras deve ser observado que tais parcelas devem refletir primeiramente nos repousos semanais remunerados incluindo s bados e feriados por for a da norma coletiva e ap s este agregamento pelo aumento da m dia remunerat ria os reflexos nas demais parcelas devida a gratifica o semestral pois tal parcela decorre de disposi o dissidial acordada entre as entidades sindicais representantes legais das categorias profissionais envolvidas Devida a integra o das comiss es de agenciamento uma vez que alegando fato impeditivo do direito da recorrente cabia aos bancos recorridos o onus probandi Quanto ao dano moral alega que a indeniza o arbitrada n o remunera to
425. s normas fundamentais da OIT na sua pol tica de empr stimos assim como a observar normas de sa de e seguran a no trabalho Mais de 40 Bancos Regionais de Desenvolvimento os chamados Equator Banks que representam cerca de 85 dos empr stimos globais para projetos de desenvolvimento obrigaram se a aplicar aqueles Padr es do IFC a projetos com or amento de pelo menos dez milh es de d lares norte americanos Ainda em junho de 2006 o Banco Interamericano de Desenvolvimento editou requisitos mais abrangentes para a aplica o de normas trabalhistas internacionais a projetos de infraestrutura ao passo que o Banco Europeu de Investimento adotou uma norma similar O Banco Asi tico de Desenvolvimento publicou um Manual de Normas Trabalhistas Fundamentais Core Labour Standards Handbook em 2006 desenvolvido em coopera o com a OIT A OIT tamb m trabalhou com a Organiza o Internacional para Estandardiza o International Organization for Standardization ISO a fim de criar um guia de responsabilidade social Esse Guia concretizado em 2010 foi chamado de ISO 26000 e define um crit rio universal sobre o que responsabilidade social englobando organiza es p blicas e privadas O Guia ajuda organiza es de todo o mundo a agirem de uma maneira socialmente respons vel mas cont m apenas orienta es de modo que n o serve como um certificado de qualidade padr o de certifica o como outros certificados ISO por exemplo o
426. s ou individuais homog neos para fins de ajuizamento de A o Civil P blica Ap s regular instru o o MM Juiz a quo julgou procedentes as pretens es autorais ao seguinte fundamento A documenta o carreada aos autos somada aos termos da contesta o n o deixa margem para d vidas da efetiva ocorr ncia de pr ticas irregulares pela demandada Passo agora aprecia o de cada um dos pedidos a A acionada deve respeitar a dura o normal de trabalho de todos os seus empregados abstendo se de exigir o labor em sobrejornada excepcionadas t o somente as hip teses previstas nos arts 58 e seguintes da CLT b A demandada deve respeitar indistintamente e sem exce es o intervalo intrajornada entre jornadas de 11 horas como expressamente determinado pelo art 66 da CLT c A r deve conceder e fiscalizar a frui o regular e integral do intervalo para refei o na forma do art 71 caput da CLT d A acionada deve observar por inteiro os prazos do par grafo 6 do art 477 da CLT para pagamento das verbas rescis rias e A documenta o da empresa dever sempre ser apresentada quando solicitada pelos auditores fiscais em data e hora por estes previamente fixados na forma do art 630 par grafo 4 da CLT 182 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Assim tanto em car ter liminar como definitivo concedo nos limites aqui fixados os pedidos das letras
427. s rurais dom sticos e avulsos Na verdade a nova lei pretendeu apenas regulamentar o inciso XXI do artigo 7 da CR Prazo Assim disp e o par grafo nico do artigo 1 da Lei n 12 506 11 Par grafo nico Ao aviso pr vio previsto neste artigo ser o acrescidos 3 tr s dias por ano de servi o prestado na mesma empresa at o m ximo de 60 sessenta dias perfazendo um total de at 90 noventa dias Da leitura do texto acima percebe se que a lei estabelece o per odo de 30 dias de aviso pr vio para o trabalhador que conta com at um ano de servi o na mesma empresa A partir da a cada ano completo o empregado ter mais tr s dias at o limite m ximo de 60 dias que somados aos trinta primeiros chegam ao limite m ximo de 90 dias Isso significa que ap s 20 anos de empresa o trabalhador ter direito a 90 dias de aviso pr vio Convertemos o c lculo acima nesta tabela Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o 45 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Menos de 2 anos 30 dias 2 anos 33 dias 3 anos 36 dias 4 anos 39 dias 5 anos 42 dias 6 anos 45 dias 7 anos 48 dias 8 anos 51 dias 9 anos 54 dias 10 anos 57 dias 11 anos 60 dias 12 anos 63 dias 13 anos 66 dias 14 anos 69 dias 15 anos 72 dias 16 anos 75 dias 17 anos 78 dias 18 anos 81 dias 19 anos 84 dias 20 anos 87 dias 21 anos 90 dias Aviso pr vio trabalhado art 488 da CLT aplic vel o artigo 488 da CLT para os av
428. s vulnera a pr pria dignidade do trabalhador na medida em que gera uma situa o de insufici ncia econ mica e sua pr pria instrumentaliza o Reiterando aspectos j abordados em t picos anteriores n o h como desconhecer que a seguran a da sobreviv ncia do trabalhador e o desfrute de uma determinada qualidade de vida com prometidos com base na renda salarial expectada constituem precisamente a motiva o no sentido de causa finalidade pela qual referido trabalhador aceita pactuar um contrato que lhe exige a dedica o sob subordina o de seu tempo de sua sa de enfim de suas energias Nossa hip tese a cuja defesa dedicamos o presente trabalho de tese que a dignidade do trabalhador tende a sofrer uma vulnera o ante a simples constata o de que sua qualidade de vida decresceu em virtude do ileg timo descumprimento empresarial quanto obriga o de pagar pontualmente a contrapresta o salarial Sob tal tica exclu mos os casos raros mas existentes em que o trabalhador dotado de uma pujan a financeira que lhe permite manter sua habitual qualidade de vida independentemente da percep o integral e ou pontual de sua renda salarial Afora tal situa o extraordin ria sustentamos que o fato de o trabalhador se ver impossibilitado de dispor de sua renda salarial habitual tende a gerar uma injustific vel 34 O n cleo e motor do fen meno da socializa o do Direito est constitu d
429. se designado um dia comemorativo do direito da mulher e reconhecido a ela o direito ao voto A primeira mulher a ocupar o cargo de ministra de Tribunal Superior foi Cn a Cimini Moreira de Oliveira origin ria da Procuradoria do Trabalho nomeada para a mais alta Corte da Justi a do Trabalho em junho de 1999 seguindo se Eliana Calmon no mesmo m s e ano para o cargo de ministra do Superior Tribunal de Justi a STJ Mais tarde Ellen Gracie nomeada para integrar o Supremo Tribunal Federal STF em 23 de novembro de 2000 a qual veio a ser tamb m a primeira mulher a presidir a mais alta Corte de Justi a do pa s no bi nio 2006 2008 Entre os 34 ministros do STJ inclu dos quatro convocados apenas 5 s o do sexo feminino e dos 26 integrantes do TST somente 6 s o mulheres das quais 4 s o magistradas de carreira Entre as ministras Dela de Alves Miranda Arantes empossada em 2011 que iniciou sua atividade profissional como empregada dom stica 52 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas DIREITO Maria Coelho e duas colegas formadas em 1888 pela Faculdade de Direito do Recife Thereza Gris lia primeira ju za brasileira investida no cargo em 1954 em Santa Catarina Eva Evangelista de Ara jo a primeira a presidir um tribunal no pa s Mirtes de Campos formada em 1898 e a carioca Maria Augusta Eira Vasconcelos obtiveram licen a para advogar ap s longa luta Mar
430. sentido maior Por sua meridiana clareza e rela o de conformidade com o tema em quest o merece ser lembrado o excerto da decis o proferida pelo professor e ilustre Desembargador Ivan D Rodrigues Alves no PI n 037706 2005 colacionada aos autos pelo recorrente vejamos A quest o revelada pelos autos transcende discuss o do regime jur dico do trabalhador Menos ainda est adstrita ao v nculo mantido entre os trabalhadores e o Estado Refere se o caso viola o da rela o de trabalho Noticia o Minist rio P blico graves irregularidades s normas de seguran a e medicina do trabalho E se visa o Parquet prote o da dignidade humana que flui dos valores sociais do trabalho nesta Casa deve a pretens o ser analisada porque nos termos do art 114 da Constitui o Federal compete Justi a do trabalho processar e julgar as a es oriundas da rela o de trabalho A quest o envolve controv rsia acerca da rela o de trabalho e n o do v nculo empregat cio estabelecido entre trabalhadores e Estado Em face do que at aqui exposto v se que n o h que se falar no caso em viola o do decidido pelo STF na ADI 3 395 6 DF uma vez que ali apenas se deu interpreta o conforme o inc do art 114 da Constitui o Federal na reda o da Emenda Constitucional n 45 04 suspendendo toda a interpreta o dada ao inc do art 114 da CF na reda o dada pela EC 45 04 que inclui na compet nci
431. sidi ria a pagarem indeniza o no valor de R 50 mil Ambos recorreram e o Tribunal Regional do Trabalho da 122 Regi o SC reformou a senten a excluindo a condena o A trabalhadora recorreu ao TST mediante recurso de revista Para a relatora do processo ministra Dora Maria da Costa o quadro dos fatos apresentados suficiente para a configura o do ass dio sexual no trabalho onde a presen a da assediada e do assediador indiscut vel e o comportamento apresentado pelo assediador era reiterado inc modo e repelido Observa ainda que a rela o de ascend ncia profissional inconteste tendo em vista o cargo de gerente ostentado pelo assediador e a presta o de servi os de vigil ncia banc ria por meio de contrato de terceiriza o A ministra salienta que o ass dio sexual encerra tem tica que gera desdobramentos e consequ ncias nos planos criminal civil trabalhista e administrativo No caso para a ministra soa irrazo vel conceber como leg timas e eficazes as atitudes ou aus ncia delas assumidas tanto pela empresa quanto pelo banco A empresa prestadora de servi o n o poderia segundo a relatora apenas se restringir a pedir que a funcion ria fizesse um relat rio sem tomar medidas para a preserva o de sua honra da intimidade e da imagem E o banco tomador de servi o tem por reprov vel a sua conduta porque ciente dos acontecimentos na unidade onde o assediador era gerente simplesm
432. sim correta a determina o do MM Ju zo do primeiro grau no sentido de que o r u ora recorrente deve passar a transportar seus trabalhadores se assim o fizer em ve culos adequados com seguran a de forma que n o ponha em risco a sua integridade f sica Pelo exposto nego provimento Do trabalho infantil Sustenta o recorrente que n o era permitida a presen a de crian as na lavoura e que essas ficavam em suas resid ncias com suas genitoras requerendo a reforma da senten a no particular Contudo contrariamente ao alegado no recurso a presencial de fls 252 253 Sr Ros ngela que possui a prole indicada fl 04 declarou que o r u nunca obstou a ida dos filhos da depoente ro a que o r u passava de carro pelo campo n o sabendo dizer se ele reparava na presen a de seus filhos Declarou ainda a depoente que seus filhos eram levados para a lavoura espontaneamente porque n o tinha com quem deixar os menores que ainda n o possu am idade escolar sendo por eles auxiliada Esclareceu que recebia por caixa de laranja colhida Outrossim o depoimento do Sr Oliva Pimentel Brand o Auditor Fiscal do MTE s fis 254 255 confirma lhe ter sido informado pelos pais no curso da inspe o realizada nas propriedades rurais do requerido que os filhos auxiliavam os pais na colheita das laranjas uma vez que estas eram deixadas no ch o para que seus filhos as colocassem nos cestos No caso cabia ao recorrente
433. sivas de homens atividades carreiras e profiss es na advocacia magistratura jornalismo esporte literatura economia medicina ci ncia administra o empresarial chefia de fam lia 58 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Igualdade entre homens e mulheres uma tutela espec fica do ideal de trabalho decente luz do princ pio da isonomia Daltro Alberto Jafia Marques de Oliveira A discrimina o ainda hoje uma das mazelas mais constantes nas rela es de trabalho O combate a esse mal passa inexoravelmente pela prote o assegurada pelo princ pio constitucional da isonomia ou da igualdade ou da impessoalidade como queiram insculpido no art 5 caput da Constitui o da Rep blica princ pio este universalmente reconhecido Em verdade a defesa da n o discrimina o no mercado de trabalho tem um espectro muito mais amplo que rompe fronteiras e atinge uma escala global tornando se uma aspira o da comunidade mundial e dos organismos e entidades internacionais e supranacionais notadamente da Organiza o Internacional do Trabalho OIT e em ltima an lise uma quest o de direitos humanos O presente estudo portanto tem por escopo analisar o grau de preocupa o ativismo e combate s pr ticas discriminat rias contra a mulher nas rela es de trabalho que encontramos n o apenas no Brasil mas mundo afora luz da
434. so ordin rio do reclamante Valor fixado a t tulo de indeniza o O dano moral ao ser fixado deve considerar o car ter punitivo da medida a situa o social e econ mica do ofensor e do ofendido e a repercuss o do dano al m de atentar para o objetivo pedag gico com o fito de desestimular novos comportamentos lesivos Dessa forma o valor arbitrado indeniza o pelo magistrado do 1 grau no caso em tela R 2 000 00 dois mil reais afigura se justo e eficiente para preencher os objetivos das indeniza es por dano moral e est em conson ncia com os princ pios da proporcionalidade e razoabilidade Recurso ordin rio do reclamante conhecido e n o provido TRT 1 22 Turma Rel M rcia Leite Nery 0268400 51 2009 5 01 0281 09 11 2011 91 Recurso ordin rio da reclamada Intervalo intrajornada Fracionamento entre as viagens Rodovi rios Nova reda o da OJ n 342 da SDI I do C TST A nova reda o da OJ n 342 da SDI 1 do C TST que admite a validade das cl usulas coletivas que reduzem ou suprimem o intervalo intrajornada dos rodovi rios n o imp e o reconhecimento puro e simples da cl usula coletiva cuja validade deve ser aferida no caso concreto em observ ncia a um princ pio o respeito ao sinalagma Sob tal tica somente podem ser consideradas v lidas as cl usulas coletivas que suprimem um direito dos trabalhadores no caso o intervalo intrajornada se restar comprovado que os empregados tiver
435. sprovido Recurso do reclamante Motorista de cegonha Aus ncia de controle de jornada Provado que o reclamante desempenha trabalho externo com liberdade para escolher o momento adequado para o gozo dos intervalos e in cio e t rmino da jornada Recurso desprovido TRT 1 52 Turma Rel Bruno Losada Albuquerque Lopes 0221100 33 2009 5 01 0204 24 10 2011 84 Recurso da reclamada Deser o N o se prestando os documentos apresentados com o recurso como prova v lida do dep sito recursal e do recolhimento das custas e ainda estando intempestiva a apresenta o dos respectivos originais configura se deserto o recurso Recurso do reclamante Dano moral Valor do quantum indenizat rio Incab vel a majora o pretendida quando o valor arbitrado indeniza o por danos morais est adequado gravidade dos fatos apresentados e ao tempo de exposi o do autor aos preju zos narrados TRT 1 42 Turma Rel Angela Fiorencio Soares da Cunha 0116900 20 2005 5 01 0008 12 9 2011 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 251 Ement rio 4 2 1 2 Adicional de hora extra 85 Recurso da reclamada Intervalo intrajornada A redu o do intervalo intrajornada por acordo ou conven o coletiva s permitida para os profissionais que trabalham no m ximo sete horas di rias O exame do conjunto f tico probat rio demonstra exatamente o contr rio n o existindo qualquer benef cio ao empregado porquanto traba
436. ssa que atingiu o Brasil no fim dos anos 90 pode ter eclipsado a implanta o do conceito de trabalho decente desenvolvido pela OIT desde 1999 uma vez que urgia no Pa s poca um questionamento pela gera o de empregos em si Il O contexto de trabalho decente para a OIT e os desafios hist ricos e contempor neos brasileiros O conceito de trabalho decente vem tomando f lego no Brasil principalmente com o advento da Confer ncia Nacional do Trabalho Decente e Emprego a ser realizada em maio de 2012 Ela ser por m precedida por confer ncias no mbito regional em todos os estados com previs o de t rmino para novembro do corrente ano a fim de situar e clarificar os problemas relacionados ao emprego nessas localidades Na defini o da OIT o trabalho decente o ponto de converg ncia de quatro objetivos estrat gicos seus o respeito aos direitos no trabalho em especial aqueles definidos como fundamentais pela Declara o Relativa aos Direitos e Princ pios Fundamentais no Trabalho e seu seguimento adotada em 1998 i liberdade sindical e reconhecimento 1 Mestranda do Programa de P s gradua o em Direito e Sociologia da Universidade Federal Fluminense UFF em 2012 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o 79 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas efetivo do direito de negocia o coletiva ii elimina o de todas as formas de trabalho for ado iii aboli o efetiva
437. sso Mas no caso espec fico do Sr Zena considerando como j destacado as condi es destinadas aos demais empregados o caso deve ser analisado com um pouco mais de cautela ante todos os fatores sociais implicados Assim ratificando a conclus o da MM Ju za do 1 grau tenho que houve rela o de emprego entre o Sr Zena e o r u mantendo todas as determina es contidas no r julgado no sentido de que se promova a regular identifica o do Sr Zena efetue se os devidos registros em sua CTPS e se providencie moradia digna de um ser humano para o retorno de seu empregado fazenda mas excluo da decis o a declara o incidental de que o r u reduz seus empregados condi o an loga de escravos bem como a determina o de of cio ao Incra para provid ncias cab veis relacionadas pr tica de trabalho escravo Considerando que dos doze empregados da Fazenda apenas dois se encontravam registrados considerando que o r u n o pagava seus empregados em esp cie submetendo os ao constrangimento e humilha o de n o poderem dispor de seus sal rios e considerando ainda que n o exerceu em sua plenitude o dever geral de cautela com rela o a seu empregado Zena privando um senhor de idade do acesso Previd ncia Social mantenho a condena o do r u ao pagamento da indeniza o por danos morais coletivos mas reduzo o importe da condena o para R 100 000 00 cem mil reais em favor do FAT considerando que o r u
438. sso torna se necess rio construir um sistema de institui es e pol ticas com efetivo controle social voltado a direcionar a atividade econ mica no rumo desejado Segundo a OIT no caso do Brasil a constru o de uma economia verde deveria ser apoiada em seis grandes pilares de mudan as 1 maximiza o da efici ncia energ tica e substitui o de combust veis f sseis por fontes renov veis 2 valoriza o racionaliza o do uso e preserva o dos recursos naturais e dos ativos ambientais 3 aumento da durabilidade e reparabilidade dos produtos e instrumentos de produ o 4 redu o da gera o recupera o e reciclagem de res duos e materiais de todos os tipos 5 preven o e controle de riscos ambientais e da polui o visual sonora do ar da gua e do solo 6 diminui o dos deslocamentos espaciais de pessoas e cargas Por outro lado criou se no mbito da OIT o conceito de empregos verdes os quais foram definidos como postos de trabalho nos setores da agricultura ind stria constru o civil instala o e manuten o bem como em atividades cient ficas t cnicas administrativas e de servi os que contribuem substancialmente para a preserva o ou restaura o da qualidade ambiental Espec fica mas n o exclusivamente eles incluem empregos que ajudam a proteger e restaurar ecossistemas e a biodiversidade reduzem o consumo de energia materiais e gua por meio de estrat gias de preven o al
439. stitucionais Entretanto um alerta necess rio por mais que seja til e v lido posicionar os princ pios num papel central em nosso ordenamento jur dico atribuindo lhes status de norma h vozes na doutrina que chamam a aten o para certos riscos que decorrem dessa reestrutura o normativa Com efeito devemos atentar n o s para o fato de que princ pios trazem consigo um alto grau de subjetividade como tamb m para a indetermina o dos seus preceitos e para o papel secund rio a que se est o relegando as regras Os cr ticos do P s Positivismo afirmam que tais fatores podem servir para que distor es no mbito jur dico na aplica o e interpreta o da lei e mesmo no mbito pol tico ocorram sob o signo da efetiva o dos princ pios constitucionais Todavia n o nos cabe neste trabalho aprofundar a quest o ficando o aviso de que a doutrina p s positivista por mais importante que seja deve ser lida com cautela Estabelecidas essas considera es introdut rias sobre o atual papel dos princ pios no nosso ordenamento jur dico passamos a tecer coment rios sobre o princ pio da isonomia cuja relev ncia fica ainda mais patente diante do quadro apresentado nas linhas acima 2 BARROSO Lu s Roberto Interpreta o e aplica o da Constitui o 6 ed S o Paulo Saraiva 2004 ps 324 a 327 60 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas 2
440. stitui o da Rep blica o Minist rio P blico institui o permanente essencial fun o jurisdicional do Estado incumbindo lhe a defesa da ordem jur dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis sendo certo que tal dispositivo complementado pelo art 129 inciso Ill tamb m da CFRB que estabelece ser fun o institucional do Minist rio P blico a promo o da a o civil p blica para a prote o de interesses coletivos Outrossim o artigo 83 incisos Ill e IV da Lei Complementar n 75 93 atribui ao Minist rio P blico do Trabalho a legitimidade para propor a a o civil p blica no mbito da Justi a do Trabalho para defesa de interesses coletivos quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos bem como as a es cab veis para a declara o de nulidade de cl usula de contrato acordo coletivo ou conven o coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuais indispon veis dos trabalhadores In casu o Minist rio P blico atua como autor da a o civil p blica na defesa dos interesses coletivos metaindividuais afirmando que ap s receber representa o instaurou o Inqu rito Civil n 1 199 05 onde apurou que o r u instituiu Programa Social intitulado de Jovens pela Paz no qual monitores supervisores e coordenadores passaram a praticar atos de ass dio moral com constantes amea as de desliga
441. sua intelig ncia a suas afei es etc Trait de la responsabilit civile v Il n 525 Michele Reis Piedade da Silva fls 172 172 verso afirmou que todo mundo sabia o que ocorria n o s as almoxarifes mas as r s tamb m Tanto que o diretor executivo F bio Tadeo Teixeira fls 45 46 confirmou que a entidade j havia recebido algumas reclama es relativas rotina dos servi os executados pelo funcion rio embora nunca envolvendo abuso sexual contra quem quer que seja 210 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia A omiss o da empregadora deu ensejo les o personalidade da autora Sujeita se assim indeniza o preconizada pelo artigo 52 X da Constitui o da Rep blica que elevou a repara o do dano moral a status de garantia constitucional cl usula p trea alicerce do princ pio republicano da dignidade da pessoa humana Ainda que caracterizado o dano medida alguma tomou a recorrente Explicou o diretor F bio fls 45 46 que a rescis o de Geraldo n o possui rela o com o fato especificamente o que aniquila qualquer potencial defensivo da tese trazida no apelo segundo a qual a recorrente quando veio tomar ci ncia tomou medida dr stica Ao contr rio demonstrou despreocupa o com seus empregados atropelando garantias m nimas de dignidade porquanto tratou de tirar o referido empregado de seu quadro antes mesmo q
442. svirtuamento de programa governamental voltado inser o dos jovens de comunidades carentes no meio social por meio do trabalho Sob este prisma pode se afirmar que diversamente do que foi entendido na senten a a simples informa o de que o programa Jovens Pela Paz encontra se desativado desde o governo anterior f 624 6 n o possui o cond o de afastar o interesse de agir do rg o legitimado O provimento perseguido continua sendo adequado necess rio e til para evitar que n o seja restabelecido o programa social com o mesmo nome ou ainda com nomenclatura diversa por m voltado para o mesmo fim e pass vel de sofrer o mesmo desvirtuamento verificado Assim dou parcial provimento para julgar procedente o pedido de letra c para determinar que o Estado do Rio de Janeiro r u na presente abstenha se de praticar atos de ass dio moral nas rela es estabelecidas em programas sociais voltados inser o de jovens por meio do trabalho desvirtuando seus objetivos para fins eleitoreiros sob pena de pagamento de multa de R 10 000 00 dez mil reais por cada ato il cito que venha a ser comprovado revers vel ao FAT Do dano moral coletivo A atitude antijur dica do ente p blico que permitiu que seus agentes viessem a fraudar as rela es de trabalho explorando jovens inexperientes e desvirtuando o programa de inclus o social por meio de manifestos atos de ass dio moral viola direitos indispon veis b sicos da
443. ta ou impontualidade quanto quita o dos d bitos salariais quando revestidos de gravidade interfere n o apenas na possibilidade de que o trabalhador se alimente e obtenha g neros de primeira necessidade como tamb m implica estorvo a seu direito de bem estar Este se conecta por sua vez com diversos direitos reconhecidos a n vel constitucional como o direito sa de educa o propriedade ao desfrute de uma moradia digna e adequada ao acesso cultura entre outros bem verdade que sempre se poder alegar que tal interfer ncia n o traduz necessariamente uma rela o direta e imediata de causa e efeito e que ao menos potencialmente existem vias substitutivas ao sal rio para a consecu o das necessidades anteriormente descritas de acordo com a gravidade do inadimplemento da d vida salarial e das circunst ncias pessoais familiares o trabalhador poderia recorrer a uma institui o financeira pedir um empr stimo a um parente ou ainda gastar suas economias vender as propriedades que possui ou at mesmo seu nico im vel pr prio suspender todos os gastos sup rfluos acudir a refeit rios populares lotados fazer malabarismos com ou sem sentido figurado De todo modo a despeito da possibilidade de que o trabalhador efetivamente venha a utilizar uma ou mais dessas mencionadas vias substitutivas e de uma maneira ou de outra logre seguir adiante o que conjeturamos e a reside o cerne de nossa
444. ta proje o dos valores sobre a realidade social concreta o Tribunal Constitucional est chamado a desempenhar um papel fundamental Sobre tal quest o oportuno tamb m mencionar ainda que de maneira breve o questionamento que exploramos no corpo de nossa tese a grande maioria qui a totalidade dos direitos da personalidade sem nimo exaustivo podemos citar os direitos intimidade honra igualdade liberdade de express o tal qual a dignidade n o engendram conceitos que se caracterizam pela fluidez e imprecis o cujo sentido se revela sobretudo no momento da aplica o no caso concreto e indissociavelmente tingido pela subjetividade em oposi o a uma interpreta o avalorativa do operador jur dico 15 ALEXY Robert Teoria de los derechos fundamentales Madri Centro de Estudios Constitucionales 1993 102 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Tese de Doutorado que apenas a pot ncia sistematizadora da dignidade exsurge como dotada de for a normativa suficientemente abarcadora do fen meno em comento Estamos de acordo com Starck em seu apontamento de que reside na hermen utica o m todo de constru o de um conceito jur dico constitucional de dignidade de modo que se bem verdade que o ordenamento jur dico n o define o que dignidade tamb m o que esse mesmo ordenamento jur dico nos proporciona elementos que permitem extrair tal conceito 8 Dito isso
445. tamente eficazes descarbonizam a economia e minimizam ou evitam por completo a gera o de todas as formas de res duos e polui o MU OU AH 2009 ILO 2011 Para a OIT a Iniciativa Empregos Verdes apela para uma transi o equilibrada e justa pela qual as pessoas afetadas pelas mudan as possam ser adequadamente apoiadas e as novas oportunidades criadas possam ser partilhadas pelos empregadores pelos trabalhadores e pelas respectivas organiza es para al m de outros atores sociais e das comunidades Para tanto h entendimento de que s o necess rias medidas inovadoras e mais integradas com vista a desenvolver empresas sustent veis impulsionar a cria o de emprego melhorar a forma o e as compet ncias dos trabalhadores bem como as medidas de seguran a social e facilitar o processo de transi o Nesse contexto o di logo social tripartite e a negocia o coletiva desempenham papel importante Ainda de acordo com a OIT nesse processo de transi o h que se prestar igual aten o s quest es de g nero assegurando assim a igualdade de oportunidades entre mulheres e homens na cria o de empregos verdes OIT 2012 Tal posicionamento da OIT a respeito dos empregos verdes abre uma clara interface e um forte entrela amento entre o verde e a dec ncia ou dignidade do ou no trabalho assim enunciado sobre o significado de emprego verde Trabalho digno que contribui diretamente para reduzir o impacto ambie
446. tanto poucos discrepariam que n o haveria razoabilidade em caracterizar tal circunst ncia como uma vulnera o da sua dignidade Por outro lado a constata o de que um trabalhador n o possa mais a t tulo de exemplo manter seus filhos numa determinada escola particular ou mesmo num curso de ingl s particular ou ainda de que se torne invi vel a frequ ncia s sess es semanais de cinema ou teatro a que ele habitualmente assistia com seus familiares a nosso ju zo traduz hip teses de perturba o do bem estar e do livre desenvolvimento da personalidade cujas repercuss es jur dicas n o podem nem devem ser desprezadas Uma infinidade de outros exemplos poderia ilustrar semelhantes circunst ncias de afeta o do bem estar e do livre desenvolvimento da personalidade do trabalhador que por um lado est o para al m das necessidades indispens veis de sua sobreviv ncia e ou de seus familiares mas que por outro lado possuem entidade e repercuss o existencial suficientemente caracterizadora de um dano a ser reparado Conforme abordado anteriormente um aspecto intr nseco ideia de dignidade sua f rmula vazia sua conex o aos valores hist ricos sociais culturais vigentes dimens o axiol gica esta que inequivocamente se plasma na sua penetra o no campo jur dico Dito isso conv m admitir a virtual impossibilidade de serem pr catalogadas as hip teses de afeta o da dignidade em deriva o de uma frustra o do b
447. te a presun o relativa de veracidade da jornada de trabalho decorrente da inidoneidade dos controles de frequ ncia apresentados pela r Comiss es Aplica o da S mula n 340 do C TST O hist rico e a literalidade do referido standart indicam que sua aplica o restringe se ao empregado remunerado base de comiss es ou seja ao comissionista puro Dano moral Demonstrada a agress o dignidade pessoal dos empregados da r em particular o reclamante submetido a situa es constrangedoras e ou humilhantes quando da satisfa o de suas necessidades b sicas de natureza alimentar e fisiol gica resta evidenciada viola o honra subjetiva do autor requisito indispens vel configura o do dano moral impondo se portanto o dever da reclamada de indenizar Recurso ordin rio da reclamada conhecido e n o provido Recurso ordin rio Indeniza o por dano moral Valor arbitrado Cedi o que n o existe crit rio estabelecido no Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 257 Ement rio ordenamento jur dico p trio para a fixa o da indeniza o reparat ria do dano moral Dessa forma a jurisprud ncia tem entendido que o quantum deve ser fixado por arbitramento levando em conta as circunst ncias do caso e que a finalidade da repara o aponta para duas for as convergentes uma de car ter compensat rio representativa da atenua o da dor e outra de matiz punitivo Recurso ordin rio do rec
448. tentado pelo recorrente n o se restringem defesa de interesses patrimoniais privados n o se aplicando a Orienta o Jurisprudencial n 237 da SBDI 1 do C TST Trata se da defesa de interesses difusos Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 129 Decis es da 22 Inst ncia e coletivos haja vista que a pr tica do trabalho escravo e a utiliza o de m o de obra infantil desrespeitam os mais basilares princ pios de justi a quais sejam o respeito dignidade da pessoa humana e dos valores sociais do trabalho artigo 1 Ill e IV da Constitui o Federal Assim n o se trata apenas da defesa de direitos individuais homog neos definidos pelo inciso Ill do citado artigo 81 do CDC como os decorrentes de origem comum uma vez que a pr tica do trabalho escravo e a utiliza o de m o de obra infantil afrontam toda a sociedade na medida em que desrespeitam os objetivos fundamentais desta Rep blica Federativa quais sejam os de construir uma sociedade livre justa e solid ria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginaliza o e reduzir as desigualdades sociais e regionais promover o bem de todos sem preconceito de origem ra a sexo cor idade e quaisquer outras formas de discrimina o CF artigo 3 Nessa ordem rejeito a preliminar suscitada tendo em vista a relev ncia do interesse social envolvido a autorizar o manuseio da a o civil p blica pelo Minist rio P blico do T
449. tes Meninas e mulheres s o ainda ludibriadas com falsas promessas de bons empregos no exterior para onde s o levadas e obrigadas a se prostituir A viol ncia dom stica e familiar contra a mulher A Organiza o das Na es Unidas ONU e a Federa o Internacional de Helsinque de Direitos Humanos estimam que em 2001 785 mil brasileiras a maioria proveniente de Goi s Rio de Janeiro e S o Paulo foram obrigadas a se prostituir em pa ses da Uni o Europeia Nas regi es mais distantes e mais atrasadas do Brasil particularmente no Nordeste os homens devido falta de emprego migram em busca de trabalho ao passo que as mulheres permanecem com suas fam lias entregues aos afazeres dom sticos e espera de casamento A viol ncia contra a mulher manifesta se tamb m e n o raro de maneira tr gica fora do mbito dom stico A imprensa noticia de forma recorrente assassinatos ou tentativas de morte de mulheres por ex maridos ou ex namorados motivados por ci me inconforma o com a iniciativa da companheira ou ex namorada de desfazer o casamento ou o namoro S o cenas comuns que retratam a persist ncia da cultura machista no Brasil Para atendimento e prote o s mulheres v timas de viol ncias dom stica e familiar foram criados em 1985 Conselhos dos Direitos da Mulher e Delegacias Especializadas O Estado do Rio de Janeiro conta com 12 Juizados Especiais com compet ncia exclusiva para dirimir reclama es de m
450. tica social e este desenvolvimento obviamente n o pode lograr se se n o se defende seu meio de sustento 43 Senten a da Corte de Cassa o italiana de 3 de julho de 2001 n 909 pronunciamiento judicial citado e comentado por PARPAGLIONI M Il danno esistenziale fa il suo ingresso nel diritto del lavoro attraverso il mobbing RIDL n 3 2002 Il p 539 conforme indicado em SERRANO OLIVARES Raquel La Indemnizaci n por los Da os y Perjuicios Derivados del Acoso Moral una lectura constitucionalmente orientada de la responsabilidad civil por da os In BELTR N N ria Pumar Coord La responsabilidad laboral del empresario siniestralidad laboral Albacete Editorial Bomarzo 2006 p 277 44 Senten a da Corte de Cassa o italiana de 24 de julho de 2006 n 6 572 pronunciamento judicial colacionado por CHRISTANDL Gregor La rissarcibilit del danno esistenziale Mil o Giufr 2007 p 326 apud Eug nio Facchini Neto In RAMPAZZO SOARES Flaviana Responsabilidade civil por dano existencial Porto Alegre Livraria do Advogado 2009 45 ndice da relev ncia aqui apregoada corresponde verifica o de que o consagrado e inquestion vel instituto da inembargabilidade dos sal rios precisamente em virtude do valor que se confere conex o sal rio dignidade determina a relatividade de dois dos pilares do sistema jur dico hodierno quais sejam o direito de propriedade privada e o da efetividade das de
451. tima est o fortemente ligados ao trabalho e renda Como nos v em os demais e como nos vemos a n s mesmos depende de nossa renda e ambas as coisas est o relacionadas com o posto de trabalho para una renda determinada SOLOW R M El mercado de trabajo como instituci n social Madri Alianza Editorial 1992 p 30 24 H quem afirme inclusive que o sal rio a f rmula econ mica e social mais complicada e importante da Humanidade CAMPOS TURMO Ramiro El origen de la palabra salario Revista de Trabajo Ministerio de Trabajo y Seguridad Madri n 11 p 1 097 1955 25 Tendo em vista que a generaliza o do trabalho assalariado ocasionou a perda do aceso direto aos meios de produ o que permitiam s diversas unidades familiares procurarem por si mesmas o essencial para subsistir RECIO A Trabajo personas mercados Barcelona ICARIA FUHEM 1997 p 31 26 R OS SALMER N Bartolom Los privilegios del cr dito salarial Madri Editorial Civitas 1984 p 36 27 Ac rd o do Superior Tribunal de Justi a de Madri de 18 de julho de 1996 As 3325 106 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Tese de Doutorado empregador no tocante hip tese de inadimplemento da obriga o salarial mormente em se tratando de presta o travestida de tamanha import ncia para uma das partes contratantes Em acr scimo a todas as anteriores considera es acerca das implica es rela
452. tividade esperada com treinamento o que obviamente n o autoriza superiores hier rquicos a olvidarem regras elementares de civilidade polidez e urbanidade que devem prevalecer em qualquer local de trabalho A narrativa do pr prio ofensor ouvido como testemunha confirmou que o empregador adotou para com a autora um comportamento hostil sistem tico com claro objetivo de intimida o e desestrutura o emocional da empregada no seu ambiente laboral Tal situa o autoriza reconhecer que a conduta patronal realmente excedia os limites do poder diretivo configurando abuso de direito como bem entendido pela magistrada do primeiro grau A testemunha Rog rio da Silva Bomfim contrariando a tese da r afirma em seu depoimento de fl 34 que mencionou a express o falsa Ademais fr gil a singela explica o do acusado ora testemunha que apenas tocou o bra o da reclamante quando a advertiu pois a condi o hier rquica exige respeito ao empregado e toc lo ofensivo sim Por isso existem as advert ncias verbais e escritas O fato de retratar se n o possui o cond o de descaracterizar o ato il cito Assim sendo restou convencido o Ju zo de que se trata de ato que atingiu a esfera ntima e valorativa da pessoa causando dano na esfera de sua personalidade fl 38 pen ltimo par grafo No tocante ao pedido de desculpas certo que n o tem o cond o de descaracterizar o ato il cito tratando se contudo de ato louv vel No
453. to de ser ela a verdadeira n o havendo anulado fatos ou circunst ncias mais fidedignas conseguidos na instru o criminal A prova produzida no inqu rito n o precisa ser repetida em ju zo sen o quando impugnada pela outra parte e entender o julgador que tem pertin ncia a impugna o RECURSO ESPECIAL N 476 660 MG 2002 0151838 7 Bras lia DF 20 de maio de 2003 Data do Julgamento MINISTRA ELIANA CALMON Relatora Em momento algum o reclamado afirma a exist ncia de coa o erro ou qualquer outro v cio da vontade que possa ter comprometido os depoimentos colacionados muito menos requer sua repeti o em ju zo ou apresenta depoimentos v lidos em contr rio nus que lhe cabia e do qual n o se desincumbiu raz o pela qual a prova documental trazida com a inicial deve ser entendida como boa e fidedigna Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 189 Decis es da 22 Inst ncia Ressalte se que os depoimentos tomados das testemunhas j reconhecidas como suspeitas n o se prestam ao desiderato a que foram destinados A inicial nos d conta de que no curso do inqu rito civil p blico instaurado no mbito dos MPE e MPT foi identificada fraude e atos de improbidade administrativa sendo apurado que o r u instituiu Programa Social intitulado de Jovens pela Paz no qual monitores supervisores e coordenadores passaram a praticar atos de ass dio moral com constantes amea as de desligamento dos jove
454. to m dico odontol gico e psicol gico previs o de percentual da remunera o a ser depositada em caderneta de poupan a 8 3 A autoriza o de que o trata o par grafo primeiro deixar de ser v lida se for descumprida a frequ ncia escolar m nima prevista no art 24 da Lei n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 8 4 Cabe ao Minist rio do Trabalho e Emprego estabelecer disposi es complementares s normas de que trata este artigo Conforme proposta sugerida pelo MPT ao art 60 8 1 inciso da Lei 8 060 90 ECA dever ocorrer autoriza o expressa da autoridade judici ria do trabalho para o trabalho de menores de 16 anos O 8 2 do mesmo diploma legal especifica em que condi es o trabalho dever realizar se incluindo a fixa o de jornada e intervalos observa o dos locais e servi os e frequ ncia escola entre outras o que comprova a compet ncia da Justi a do Trabalho Contribui es do Semin rio no TRT RJ Promovido pela Associa o Nacional dos Magistrados da Justi a do Trabalho Anamatra e pela Associa o Nacional dos Procuradores do Trabalho ANPT o Semin rio Trabalho Precoce e Direitos Humanos A explora o sexual de crian as e adolescentes e o trabalho art stico como obst culos ao desenvolvimento saud vel e cidadania realizado no Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o no Rio de Janeiro de 16 a 18 de maio de 2011 teve como objetivo contribuir para a discuss o em torno da
455. tro faixas de incid ncia uma em percentual inferior ao m nimo existente ao tempo em que a recorrida prestou seus servi os Do mesmo modo que a interpreta o jurisprudencial Por exemplo hoje se compreende que n o incide o tributo sobre os juros de mora Al m disso as circunst ncias pessoais da recorrida podem variar com o tempo e quando for apresentar sua declara o de renda pode ver se ressarcida de tudo quanto tiver recolhido pelo tributo ou ver o valor restitu do em tal percentual que n o se configuraria qualquer preju zo Tudo isso depende da averigua o do quantum debeatur e da consuma o do fato gerador bem como da legisla o ent o vigente O evento danoso futuro e incerto portanto 222 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Decis es da 22 Inst ncia Se mais adiante se configurar o excesso consolidado depois da declara o de renda somente a poderia a recorrida pretender a indeniza o do valor ent o devido Dou provimento para expungir da condena o o pagamento de indeniza o por despesas com advogado e imposto de renda ACORDAM os componentes da Quinta Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o por unanimidade acolher a preliminar de n o conhecimento do recurso da reclamante quanto ao tema integra o de horas extras em RSR e de ambos em outras parcelas pela aus ncia de interesse suscitada de of cio pelo Juiz Relator conhecer dos dois recursos ordin rios
456. ts 58 Il 149 195 e 151 todos da CRFB Telsul s fls 1 221 1 272 renova a argui o de ilegitimidade ativa ad causam Argumenta que a ACPU tem car ter gen rico e abstrato na defesa de interesses difusos e coletivos de acordo com as normas previstas nos arts 129 III da CRFB e 6 e 83 III da LC n 75 93 E que no presente caso n o vislumbram mencionados interesses uma vez que a demanda est relacionada a um n mero certo e determinado de empregados que atua ou atuou na reclamada prevalecendo o enfoque individual do interesse n o cabendo ao MPTr a busca de satisfa o de tais pretens es E que assim a presente demanda n o versa sobre direitos metaindividuais mas sim sobre interesses e direitos divis veis perfeitamente individualiz veis Renova ainda a arg i o de restri o especial em refer ncia ao art 93 do CDC e ao art 17 da Lei 7 347 85 quanto compet ncia territorial para que se observe que as alega es lan adas no libelo est o limitadas cidade do Rio de Janeiro Suscita ainda a improced ncia de todos os itens do pedido em raz o da aus ncia de prova opon vel recorrente Pugna pela improced ncia do pedido E mantida a condena o requer seja revisto o valor de R 25 000 00 para que seja fixado um outro compat vel com os princ pios constitucionais da razoabilidade e proporcionalidade Quanto multa pecuni ria em caso de descumprimento da decis o judicial 156 Revista do Tribun
457. tual e efetivamente percebido preocupa o ltima esta que no final das contas o objeto de nossos estudos Essa pontualidade satisfat ria exig ncia sinalagm tica da instant nea recep o da presta o de servi os que obt m o empregador decorre tamb m da obviedade de que nem a fome nem o desfrute da a vida e tampouco as contas e as d vidas esperam O fato que no atual sistema post remunera o segundo o qual o trabalhador primeiro executa seus servi os e apenas posteriormente recebe o correspondente pagamento em retribui o recai sobre o trabalhador eterno credor no contrato de trabalho suportar todo o risco relativo ao descumprimento contratual Inversamente o empregador fica resguardado do perigo de cumprir sua obriga o sem receber o que lhe foi prometido al m do que passa a ter em suas m os a possibilidade de receber sua presta o e se negar a realizar a que lhe corresponde em contrapartida pagar o sal rio ajustado obrigando o trabalhador a acionar o Poder Judici rio para obter sabe se l quando algo que lhe pertence e que para ele muito significa Conforme apontamos na parte introdut ria fosse o contrato de trabalho um contrato entre partes dotadas de maior igualdade no poder de negocia o decerto que existiriam cl usulas penais tendentes a assegurar ao trabalhador maiores garantias e san es inibidoras ao 23 Vivemos em uma sociedade onde o n vel social e a auto es
458. u za do 1 grau na casa alugada pelo r u teria dito magistrada que queria ir embora para a Fazenda Soubara que sempre trabalhou desde crian a que estava doente por n o estar trabalhando Diante dos fatos at aqui encadeados e considerando 1 que os demais trabalhadores da Fazenda ainda que sujeitos ao truck system n o podendo dispor de seus sal rios da forma como bem entendessem moravam na Fazenda com os seus familiares em casas de alvenaria providas de gua e energia el trica guarnecidas com eletrodom sticos podendo plantar e criar animais de pequeno porte para seu sustento tendo eles e seus filhos apar ncias bastante saud veis segundo as fotos de fls 150 156 e 159 164 e possuindo alguns trabalhadores inclusive moto e carro 2 que havia uma linha de nibus regular que cortava a fazenda n o havendo qualquer limita o ao direito de ir e vir de qualquer trabalhador tanto que o filho do Sr Zena o visitava regularmente 3 que a MM Ju za n o encontrou ind cios nos autos que comprovassem a rela o de emprego denunciada pelo Minist rio P blico e auditores fiscais entre a filha de Zena Sr Erotildes e o r u e mesmo assim era permitida a sua perman ncia na fazenda juntamente com o pai 4 que n o era do r u a responsabilidade exclusiva de tirar o Sr Zena daquela situa o degradante e encaminh lo a tratamento de sa de uma vez que o Sr Zena possu a familiares sendo certo que a Agente de
459. u que tivessem mais de 12 meses de servi o Portanto a vincula o de um prazo superior de aviso pr vio com o tempo de servi o do emprego j estava prevista na CLT e sempre foi interpretada como um direito indiscutivelmente rec proco Isto a CLT j garantia o aviso de 30 dias para os empregados que contassem com mais de um ano de servi o mesmo que percebessem por semana ou tempo inferior Regra similar encontrada no C digo Civil art 599 par grafo nico do CC que fixa um s prazo para as partes de acordo com a periodicidade do pagamento do trabalhador 3 SUPREMOTRIBUNALFEDERAL Dispon vel em lt http Avww stf jus br portal cms verNoticiaDetalhe asp idConteudo 182667 gt Acesso em 17 jan 2011 4 Mandados de Injun o 943 1010 1074 e 1090 44 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Nesse caso o prazo um direito da parte inocente que recebeu a comunica o de extin o do contrato independentemente de quem o comunicante A Circular n 010 de 27 10 11 emitida pelo Minist rio do Trabalho e Emprego MTE foi expressa em sentido contr rio item 3 afirma que apenas o empregado tem direito ao aviso pr vio superior a 30 dias Entendemos que a referida Circular extrapolou o limite de sua compet ncia ao legislar sendo portanto ineficaz Explica se o Executivo n o tem o poder de legislar pois tal compet ncia do Legislat
460. uardando vota o na C mara dos Deputados que indicia o caminho buscado pelo legislador p trio e estabelece crit rios para a fixa o do valor dos danos morais Estatui o artigo 7 daquele projeto que ao apreciar o pedido o juiz considerar o teor do bem jur dico tutelado os reflexos pessoais e sociais da a o ou omiss o a possibilidade de supera o f sica ou psicol gica assim como a extens o e dura o dos efeitos da ofensa 8 1 Se julgar procedente o pedido o juiz fixar a indeniza o a ser paga a cada um dos ofendidos em um dos seguintes n veis l ofensa de natureza leve at R 20 000 00 Il ofensa de natureza m dia de R 20 000 00 a R 90 000 00 Ill ofensa de natureza grave de R 90 000 00 a R 180 000 00 8 2 Na fixa o do valor da indeniza o o juiz levar em conta ainda a situa o social pol tica e econ mica das pessoas envolvidas as condi es em que ocorreu a ofensa ou o preju zo moral a intensidade do sofrimento ou humilha o o grau de dolo ou culpa a exist ncia de retrata o espont nea o esfor o efetivo para minimizar a ofensa ou les o e o perd o t cito ou expresso Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 211 Decis es da 22 Inst ncia Por fim lembro que em decis o in dita a Oitava Turma do C TST reconheceu ass dio sexual configurado fonte site TST not cias 06 05 2010 Leio ali que 212 o Tribu
461. ue de forma pioneira presidiram as respectivas Cortes e primeiro figuraram como relatoras de ac rd os proferidos por TRT do pa s Evolu o da mulher no Judici rio No Brasil as mulheres det m 40 das vagas de Juiz do Trabalho profiss o at pouco tempo reservada a homens Para se ter uma ideia do espa o delas no Judici rio de hoje basta referir que dos 28 integrantes do Tribunal Pleno do Tribunal de Justi a do Estado de Roraima 20 s o desembargadoras dos 28 componentes do Tribunal Pleno do Tribunal de Justi a do Estado do Par 20 s o tamb m desembargadoras em Niter i no F rum de Pendotiba e no edif cio das varas c veis h 13 mulheres para um homem No Rio de Janeiro o primeiro concurso para Juiz do Trabalho realizou se em 1956 figurando entre os poucos aprovados quatro mulheres Uma delas Emma Baptista Buarque de Amorim foi a primeira magistrada a integrar o TRT RJ Corte que teve sua primeira presidente Ana Passos Cossermelli em 2001 Atualmente presidem os TRTs do Rio de Janeiro de Minas Gerais do Rio Grande do Sul da Bahia do Paran do Amazonas e Roraima de Santa Catarina do Acre e Rond nia do Maranh o do Esp rito Santo e de Alagoas respectivamente as desembargadoras Maria de Lourdes D Arrochella Lima Sallaberry Deoclecia Amorelli Dias Maria Helena Mallmann V nia Jacira Tanajura Chaves Rosemarie Diedrichs Pimp o Valdenyra Thom Gisele Pereira Alexandrino Vania Maria da Rocha Abe
462. ue a Igreja Cat lica s protegia os ndios N sia Floresta defensora dos direitos das mulheres na d cada de 1830 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 53 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Perfil da nova mulher Com o tempo a mudan a das condi es materiais de vida o progresso t cnico e cultural e a evolu o social pouco a pouco a situa o da mulher tamb m se transforma libertando a da sujei o ao marido e em grande parte dos preconceitos Nos pa ses ocidentais por for a das novas condi es materiais e sociais ela passou a conquistar a independ ncia a contribuir para a economia familiar a competir com o homem no mercado de trabalho disputando muitas vezes com superioridade fun es cargos e postos nos servi os p blico e privado As mulheres que prestam servi o fora de casa cumprem jornada de trabalho mais prolongada uma vez que al m das horas despendidas no emprego via de regra encarregam se dos filhos e afazeres dom sticos Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic lios de 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBGE mostraram que na regi o metropolitana do Rio de Janeiro as mulheres quando s o chefes de fam lia gastam em m dia 21 2 horas semanais nos trabalhos de casa Como companheira do chefe de fam lia as horas sobem para 23 31 enquanto os homens passam apenas 5 63 horas semanais em servi os dom sticos A divis o dos encar
463. ue fosse apurado se as alega es da reclamante eram ou n o verdadeiras grifei Considerando que os fatos decorreram diretamente da presta o do trabalho concordo com a r senten a que condenou as r s por culpa in vigilando e in eligendo Incidem aqui os termos do artigo 932 III do C digo Civil Presente a les o o ato culposo do banco e o nexo de causalidade entre ambos resta indiscut vel o direito repara o A finalidade da repara o do dano moral aponta para duas for as convergentes uma de car ter compensat rio representa a atenua o da dor outra possui matiz punitivo Num cen rio capitalista sem r deas a pena expressa em pec nia assume relevante significado na preven o de novos danos o que a doutrina denomina car ter preventivo pedag gico da indeniza o por dano moral O quantum atinente indeniza o ser melhor arbitrado se alcan ar o perfeito equil brio entre a possibilidade pecuni ria do ofensor e a necess ria reparabilidade do bem jur dico ofendido de tal modo que n o represente um minus em rela o aquele incapaz de faz lo repensar suas atitudes e que n o configure enriquecimento sem causa da v tima Atentando se aos fatos entendo que o valor arbitrado a t tulo de indeniza o traduz efetivamente os preju zos causados trabalhadora Ainda que grave a les o como exposto pela pr pria recorrente amparo me no Projeto de Lei 150 99 aprovado no Senado atualmente ag
464. ue toda a prova produzida pelo recorrente foi ignorada pela MM Ju za a quo apontando viola o dos artigos 372 e 373 do CPC Tamb m n o lhe assiste raz o No caso vertente foi constatado pela a o fiscalizadora do Minist rio do Trabalho em conjunto com o Minist rio P blico do Trabalho como devidamente comprovado nos autos fl 82 84 252 253 que o recorrente mantinha empregados em condi es subumanas sem que tivessem gua pot vel para beber e instala es higi nicas adequadas em suas moradias Conforme restou demonstrado durante a dilig ncia os trabalhadores informaram que retiravam gua para beber do po o sem prote o adequada ou seja inapropriada para o consumo j que apesar de inodora possu a colora o cinza Assim n o procede a alega o de que inexiste prova de que as pessoas ingerissem gua de po o N o obstante a impugna o s fotografias juntadas com a inicial o fato que como bem salientou o MM Ju zo do primeiro grau da simples leitura da contesta o conclui se ter inexistido controv rsia quanto s condi es degradantes da moradia dos empregados e suas fam lias Os termos da defesa corroboram as alega es do requerente no sentido de que a gua n o era vi vel para o consumo informando o requerido que transferiu todos os seus empregados com exce o daqueles residentes na Fazenda Esp rito Santo para as casas novas com energia el trica e gua pot vel existentes na Fazen
465. uest o da seguran a Se porventura qualquer pessoa entrou na propriedade do recorrente sem autoriza o caberia a este impedir Se assim n o o fez n o cabe agora imputar a responsabilidade aos agentes p blicos O indeferimento de produ o de prova no caso de pergunta testemunha encontra se dentro do poder diretivo do Juiz a quem compete dirigir o processo de forma a velar pela r pida solu o do lit gio artigos 125 e 130 do CPC No caso o Juiz entendeu desnecess ria a indaga o testemunha por irrelevante e porque foge finalidade e compet ncia da fiscaliza o do trabalho a pesquisa acerca da energia el trica Ademais est em quest o a responsabilidade do r u por seus empregados e n o do rg o p blico Dessa forma n o configura cerceamento de defesa o fato de o Juiz indeferir pergunta testemunha desnecess ria ao deslinde da controv rsia mormente quando restou demonstrado nos autos mediante a prova documental produzida que o requerido mantinha empregados em condi es subumanas sem que tivessem gua pot vel para beber e instala es higi nicas adequadas em suas moradias As declara es de fls 122 124 n o socorrem ao requerido por obtidas extrajudicialmente o que impossibilita a contradita de quem as formulou e portanto o contradit rio j que a parte contr ria n o teve oportunidade de inquirir os declarantes al m de afrontar os princ pios da imediatidade e oralidade impossibilita
466. ui es previdenci rias cada qual na medida de sua responsabilidade A teor do disposto no artigo 46 da Lei n 8 541 92 cabe ao empregador apenas calcular deduzir e recolher o imposto sobre a renda relativo s import ncias pagas ao reclamante por for a de execu o trabalhista Desse modo ocorrendo o fato gerador aquisi o de renda decorrente da condena o incide o tributo e o reclamante o respons vel tribut rio Da mesma forma no que tange contribui o previdenci ria n o h fundamento para atribuir todo o nus ao empregador at porque o artigo 195 inciso Il da atual Constitui o da Rep blica torna os trabalhadores contribuintes obrigat rios Sobre o tema o C TST j se manifestou por meio da Orienta o Jurisprudencial n 363 da SDI 1 do TST Dos honor rios advocat cios Nego provimento Na Justi a do Trabalho os honor rios advocat cios somente s o devidos quando se encontram preenchidos cumulativamente os pressupostos mencionados no artigo 14 da Lei n 5 584 70 assist ncia pelo sindicato de classe do trabalhador e a hipossufici ncia financeira Vejam se a prop sito as S mulas n 219 e 329 do Colendo TST bem como a Orienta o Jurisprudencial n 305 da SDlI 1 de se observar ainda que o E STF no julgamento da A o Direta de Inconstitucionalidade n 1 127 8 em 17 5 2006 declarou a constitucionalidade do artigo 1 da Lei n 8 906 94 excluindo todavia sua aplica
467. ulheres v timas de agress es masculinas Esse Estado concentra Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o 55 Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas os maiores percentuais 28 303 medidas protetivas Desde agosto de 2006 quando entrou em vigor a Lei Maria da Penha 70 574 mulheres obtiveram medidas para se proteger de situa es de risco S no Rio de Janeiro desde sua cria o em 2007 o 1 Juizado da Viol ncia Dom stica e Familiar contra a Mulher localizado no centro da cidade recebeu 4 225 a es consistentes em les o corporal e inj rias a maioria contra a mulher Pelo menos 76 743 senten as definitivas foram dadas em processos contra agress o a mulheres quase todas condenat rias proibit rias de reaproxima o do agressor Sabe se que dezenas de milhares de v timas de espancamentos deixaram de se queixar aos rg os competentes por receio desinforma o ou falta de coragem O TJRJ inaugurou em outubro de 2010 a Central Judici ria de Abrigamento Provis rio da Mulher V tima de Viol ncia Dom stica De t o repetitivos tornaram se corriqueiros os crimes de estupro comumente seguidos de morte das v timas Os crimes passionais s o uma constante em que mulheres sofrem atentados ou s o assassinadas pelos ex namorados ou ex maridos por terem desfeito o namoro ou deixado o lar quando n o por simples ci me O Governo do Estado do Rio Grande do Sul criou uma Secretaria da Mulher Ap
468. unicou o constrangimento sofrido porque era coagida porque era tudo na base da amea a e da press o fls 172 172 verso Tamb m Aline conforme exposto em depoimento por Patr cia Santos Rodrigues fls 26 27 n o contou supervisora Marcia com receio de ser demitida j que Geraldo era uma pessoa influente A influ ncia exercida pelo Sr Geraldo Magela ficou evidente pois sempre deixou claro que as decis es eram do mencionado Geraldo acima dele s tinha a irm Laura diretora geral fls 169 169 verso Michele Reis Piedade da Silva fls 172 172 verso tamb m esclareceu que as quest es relativas ao trabalho eram tratadas diretamente com Geraldo O ato de selecionar candidatas encaminhadas pela prestadora de servi os ao contr rio das alega es da r n o s comprova o poder exercido pelo citado empregado como escancara a ilicitude da terceiriza o perpetrada O pr prio Geraldo Magela esclareceu que ele quem selecionava as terceirizadas somente mo as com menos de trinta anos a eles encaminhadas a fim de verificar se possu am o perfil da empresa fls 33 36 Embora tenha explicado que a exig ncia da idade decorria do tipo de trabalho a ser executado porque tinham que subir escadas e pegar material pesado Michele Reis Piedade da Silva fls 172 172 verso afirmou que ele exigia que as mo as fossem bonitas tanto que uma empregada chamada Patr cia foi despedida porque
469. uposto agressor o v nculo de emprego da reclamante era com a primeira reclamada a recorrente n o teve qualquer interfer ncia na contrata o a reclamante estava diretamente subordinada primeira reclamada os servi os prestados n o possuem qualquer rela o com sua atividade fim sua superior hier rquica era a supervisora Sr Marcia funcion ria da primeira r e n o o Sr Geraldo a reclamante n o estava diretamente subordinada ao ofensor etc Esfor o em v o A uma porque repiso que se trata de responsabilidade direta A duas e principalmente porque a realidade dos fatos d conta da flagrante terceiriza o de m o de obra decorrente entre aspectos outros exatamente da influ ncia direta exercida pelo Sr Geraldo Magela no labor da reclamante Afora o pudor atentado a necessidade da grande massa trabalhadora brasileira exigiu da autora que suportasse o constrangimento porque nica fonte de renda familiar j que desempregado o marido fato evidentemente conhecido pelo Sr Geraldo Magela Leio na inicial que ele a intimidava dizendo que era pessoa influente e dificultaria o ingresso em novo emprego A perman ncia no labor por mais dezenove meses em nada interfere na dor afli o decep o e sofrimento experimentados pela autora Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 209 Decis es da 22 Inst ncia Outra v tima Michele Reis Piedade da Silva explicou que n o com
470. utidos os presentes autos de Recurso Ordin rio interposto contra a senten a proferida pela MM 22 Vara do Trabalho de Duque de Caxias em que s o partes Distral Transportes Rodovi rios Ltda e Minist rio P blico do Trabalho como recorrentes e recorridos RELAT RIO Regimentalmente adoto o relat rio do ilustre Desembargador Relator como segue Inconformadas com a r senten a de fls 307 311 complementada pela decis o de fls 378 que julgou procedente em parte o pedido contido na inicial da A o Civil P blica interp em as partes Recurso Ordin rio aduzindo a r as raz es de fls 381 449 e o Minist rio P blico as de fls 462 467 Sustenta em resumo a r que foi alvo de den ncia indevida e injuriosa junto ao Minist rio P blico do Trabalho e que n o pode ser condenada no pagamento de indeniza o por danos morais coletivos sem que tenha havido prova m nima do alegado dano Afirma que nenhum trabalhador apresentou ao Minist rio P blico reclama o quanto ao conte do dos Termos firmados na Comiss o de Concilia o Pr via Em seu recurso sustenta o Minist rio P blico que restou sobejamente comprovado nos autos que a r age fraudulentamente ao impor a seus empregados o ajuizamento de a es trabalhistas como nica forma de receber as verbas rescis rias devidas Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 123 Decis es da 22 Inst ncia 124 valendo se da Comiss o de Concilia o Pr via c
471. utos fl 82 84 252 253 no sentido de que o recorrente mantinha empregados em condi es subumanas sem que tivessem gua pot vel para beber e instala es higi nicas adequadas em suas moradias Esta pr tica infringe as normas protetivas de higiene seguran a e sa de do trabalho e mais degrada a percep o que cada cidad o deve possuir de si ferindo ntima e profundamente sua dignidade cujo resgate se imp e O eminente Juiz Aloysio Corr a da Veiga em trabalho publicado na Revista Consulex dezembro de 1996 traz a lume o conceito filos fico e sociol gico de moral o conjunto de pr ticas de costumes de padr es de conduta formadores da ambi ncia tica em que se vive Hermes Lima Introdu o Ci ncia do Direito Livraria Freitas Bastos 162 ed Rio de Janeiro 1966 p 98 A moral portanto um atributo da personalidade O dano moral em consegi ncia aquele que afeta a pr pria personalidade humana Ren Savatier assim conceitua o dano moral toute souffrance humaine ne r sultant pas d une perte p cuniaire Les aspects en sont donc tr s vari s On peut r clamer pour une souffrance physique le pretium doloris Plus souvent encore la victime souffre d une douleur morale dans sa r putation dans son autorit l gitime dans sa pudeur dans as securit et sa tranquillit dans son amourprope dans bint grit de son intellligence dans ses affections etc Trait de la Responsabil
472. va de que as pessoas ingerissem gua de po o que toda a prova produzida pelo recorrente foi ignorada pela MM Ju za a quo apontando viola o dos artigos 372 e 373 do CPC Insurge se contra a condena o ao pagamento de diferen as salariais aduzindo que restou comprovado atrav s da prova oral colhida que os empregados n o recebem sal rios inferiores ao m nimo vigente no pais j que os pagamentos eram feitos quinzenalmente Acrescenta que n o utilizava m o de obra sem registro na CTPS sem equipamento de prote o de produtos qu micos e sem curso de treinamento que em momento algum o requerido aduziu em sua contesta o que utilizava m o de obra dos chamados safristas como entendeu a MM Ju za a quo que restou comprovado que os empregados se locomoviam de bicicleta ou a p j que residiam dentro das fazendas n o havendo assim a necessidade de transportar pessoas no caminh o Afirma que n o foram levadas em conta pela MM Ju za do primeiro as provas produzidas s fls 141 214 225 onde restou demonstrado que os empregados do r u encontravam se habilitados para manusear produtos qu micos utilizando se de equipamento de prote o Diz que restou comprovado que n o era permitida a presen a de crian as na lavoura e que as mesmas ficavam em suas resid ncias com suas genitoras reportando se prova oral de fls 252 253 Por fim pretende a reforma da senten a tamb m quanto ao valor fixado para pagamento de danos
473. vel na Biblioteca Digital do TRT RJ em www trt1 jus br Todas as tradu es de textos originais do idioma espanhol para o portugu s foram efetuadas livremente pelo pr prio autor 2 Juiz do Trabalho Substituto do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o TRT RJ 3 Para evitar incont veis repeti es abstemo nos de seguir mencionando a express o e conforme o caso de seus familiares Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 97 Tese de Doutorado no pagamento dos sal rios s o considerados infra es administrativas graves sujeitando os empregadores inadimplentes a multas de igual natureza justamente a respeito das consequ ncias jur dicas derivadas da falta ou atraso grave no cumprimento da obriga o salarial que dedicamos nossas reflex es e estudos mas sob a perspectiva da j mencionada vincula o entre a institui o jur dica a que corresponde o sal rio e a dignidade da pessoa trabalhador Tal premissa a nosso ju zo inescus vel e nos conduz a conceber a hip tese de que mais al m das j referidas san es legais e administrativas o arcabou o normativo constitucional de Espanha e Brasil e demais pa ses j referidos de similar estrutura s cio econ mica jur dica n o apenas permite identificar como de fato engendra um mecanismo compensat rio e dissuas rio mais eficaz com respeito aus ncia e atrasos graves no pagamento dos sal rios Com efeito consideramos que a fal
474. versus permiss o excepcional nos deparamos com a fonte normativa nacional e a internacional a primeira estabelece no art 7 inciso XXXIII da Constitui o Federal a proibi o geral do trabalho para menores de 16 anos utilizando se de fontes paralelas como a CLT e o Estatuto da Crian a e do Adolescente ECA a segunda que trata da Conven o n 138 da OIT ratificada pelo Brasil traz a possibilidade de permiss o excepcional sob condi es espec ficas Segundo Marques ocorre uma colis o entre a proibi o ao trabalho infantil proibi o geral para o trabalho de menores de 16 anos ressalvado o menor aprendiz a partir de 14 anos inclusive para trabalho art stico e o direito manifesta o art stica com a permiss o excepcional para casos individualizados e espec ficos mediante licen a ou alvar concedido por autoridade competente nos quais ser o fixados os tipos de atividades permitidas O Promotor de Justi a e coordenador do 4 Centro de Apoio Operacional de Inf ncia e Juventude do Minist rio P blico Estadual do Rio de Janeiro Rodrigo C sar Medina argumentou que as atribui es do MPRJ e do MPT se complementam por meio da realiza o de inspe es elabora o do Termo de Ajustamento de Conduta conjunto TAC expedi o de Recomenda o conjunta e ajuizamento de a o civil p blica em litiscons rcio ativo Para ele fundamental a a o conjunta do Minist rio P blico com o Poder Judici ri
475. vice corregedora assina acordo de coopera o com entidades do Executivo e do Judici rio em 22 7 2011 durante a inaugura o do Centro Judici rio de Solu o de Conflitos e Cidadania do Complexo do Alem o e da Penha Justi a Aqui o o Sa o RO 5 E o 0 uy q c g a E q o A fa a A Qi a q lt Estiveram tamb m presentes solenidade o ministro Cezar Peluso presidente do STF e do CNJ o ministro da Defesa Nelson Jobim e o governador do Estado do Rio de Janeiro S rgio Cabral 22 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Institucional Galeria de Fotos o ul E 3 E e 5 v v e o re o E q Ko o E e a q q E q lt O ministro Jo o Oreste Dalazen em primeiro plano esquerda presidente do TST visita a 612 e 74 Varas do Trabalho do Rio de Janeiro em 22 7 2011 a convite do TRT RJ Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 23 Institucional Galeria de Fotos e E h p5 3 O 0 v o E a D o v o o T a 2 q Q v a lt Na 612 VT RJ o ministro Dalazen verifica com a ju za Cl a Maria Carvalho Couto os bons resultados obtidos quanto finaliza o de processos em fase de execu o Participaram da visita os desembargadores do TRT RJ Carlos Alberto Araujo Drummond direita vice presidente e Fernando Antonio Zorzenon da Silva corregedor
476. vidual A dignidade humana n o algo dado cognosc vel como por exemplo o a vida humana sobre o qual se pode determinar objetivamente quais a es a lesionam ou protegem HOESTER N Acerca del significado del principio de la dignidad humana In En defensa del positivismo jur dico Barcelona Gedisa 1992 p 102 conforme citado em DE MIGUEL BERIA N igo La dignidad humana fundamento del Derecho BFD Boletin de la Facultad de Derecho de la UNED Universidad Nacional de Educaci n a Distancia Madri n 27 p 350 2005 ejemplar dedicado a IV Edici n de premios jur dicos Garcia Goyena Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o 101 Tese de Doutorado jurisdicional mormente considerando a positiva o dos valores e princ pios gestados por esse mesmo consenso social Tais interrogantes t m como pano de fundo o velho embate entre iusnaturalismo e positivismo o qual n o por casualidade cont m premissas e argumentos que resultam conectados com os que se costuma utilizar a favor e contra o reconhecimento da for a normativa extra vel da dignidade na an lise do caso concreto e em paralelo com rela o invoca o de um direito devida considera o da dignidade como direito fundamental aut nomo Em s ntese podemos simplificar o debate nos seguintes termos de um lado da balan a argumenta se que a permeabilidade do conceito de dignidade representa um consider vel perigo ao re
477. vil de forma subsidi ria como acima mencionado Ora se o tomador dos servi os contratou mal incorre nas culpas in eligendo e in vigilando o que atrai a incid ncia dos arts 186 e 927 do CCB Lei n 10 406 2002 cuja aplica o encontra se autorizada pelo art 8 da CLT Considere se ainda que a tutela de interesses da classe trabalhadora juridicamente hipossuficiente na rela o de emprego aqui vista coletivamente e como tal alcan ada tamb m pelo princ pio da prote o objeto de tutela espec fica em face daquele que economicamente det m o dom nio dos fatores de produ o e tem a primazia de dirigir a atividade empresarial e responder pelos encargos decorrentes Assim a recorrente dever responder na eventualidade de deixar a obrigada principal de honrar com as obriga es que lhe foram reconhecidas sem preju zo da quantifica o de repara es em a es singulares arcando ainda com as comina es que aqui foram genericamente impostas faltosa responsabilidade que ser transmitida recorrente uma vez que a tomadora dos servi os terceirizados Assim inadimplida a obriga o acess ria de arcar com as multas agregadas caber recorrente responder por essas llesos os dispositivos constitucional e infraconstitucionais suscitados considerando se ainda que aqui n o se trata de indeniza o por perdas e danos mas de astreintes instituto de direito processual destinado a inibir o descumprimento ou impedir
478. vista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o Grandes Temas Trabalho decente Doutrinas Os autores t m a convic o de que as quest es de seguran a e sa de no trabalho devem ocupar a centralidade no processo de constru o do trabalho decente e da economia verde A supera o dos desafios aqui apresentados depende de a es em diferentes n veis de responsabilidade pela SST Assim na esfera governamental cabe ao Poder Legislativo criar leis apropriadas ao Poder Executivo elaborar a regulamenta o t cnica com base na legisla o e fiscalizar o seu fiel cumprimento e ao Poder Judici rio punir o desrespeito s leis Os dirigentes empresariais e de outras organiza es devem adotar a legisla o de SST como base do sistema de gest o das institui es sob sua responsabilidade e nesse prop sito aprovar uma pol tica de SST atribuir responsabilidades assegurar recursos humanos e materiais apropriados promover melhoria cont nua e incluir o desempenho em SST na avalia o global dos neg cios Aos gerentes nos diversos n veis compete comunicar os perigos aos trabalhadores gerenciar os riscos assegurar clima organizacional harm nico e solid rio e compatibilizar os objetivos operacionais com a preven o de acidentes e doen as do trabalho Finalmente cada trabalhador deve estar capacitado a identificar os perigos de acidentes e doen as do trabalho adotar h bitos seguros e saud veis e usar equipamentos de prot
479. voc bulo e seus derivados espanh is procedem do ib rico o fonema sal corresponde a um verbo primitivo ib rico que significa vender e venda enquanto no primitivo ib rico ari significa homem 31 O cumprimento do contrato laboral n o implica uma sucess o econ mica a favor do empregador pois a ess ncia de tal contrato n o corresponde substancialmente uma cess o pelo trabalhador de algo pertencente a seu patrim nio que ceda pelo contrato sen o somente a obriga o de realizar um trabalho o trabalhador n o cede bens sen o energias n o presta nada que perten a propriedade de uma pessoa sen o algo que emana de seu ser BAY N CHAC N G La autonomia de la voluntad en el Derecho del Trabajo Madri Tecnos 1955 p 30 31 Diferentemente do que sucede em outras rela es jur dicas onde a pessoa do devedor possui uma relev ncia limitada o trabalhador empenha sua vida sua sa de e suas energias na presta o de servi os SAGARDOY BENGOECHEA Juan Antonio Los derechos fundamentales y el contrato de trabajo Cizur Menor Navarra Thomson Civitas serie Cuadernos Civitas 2005 p 26 O trabalho n o um bem pois n o h arrendamento de um objeto cujo desfrute seja reconhecido ao arrendat rio O trabalho como tal no existe somente existe un homem que trabalha LYON CAEN G D fense y illustration du contrat du travail Archives de Philosophie du Droit Paris 1968 t 13 p 64
480. z por exemplo prefere falar em princ pio de n o discrimina o em vez de princ pio da igualdade Para ele o primeiro leva a excluir todas aquelas diferencia es que colocam o trabalhador em situa o de inferioridade ou mais desfavor vel que o conjunto sem que haja subjacente uma raz o v lida ou leg tima Por outro lado ele afirma que o princ pio de igualdade encerra a ideia de equipara o sendo fonte de conflitos e problemas pois a seu ver descaracteriza O car ter m nimo das normas de trabalho e impede a concess o de melhorias e benef cios que possam existir Maur cio Godinho Delgado parece aderir ao posicionamento de Pl Rodriguez quando assim afirma Rigorosamente o Direito do Trabalho incorporou de fato como crit rio b sico apenas o princ pio da n o discrimina o A proposi o mais ampla e imprecisa da isonomia tem sido aplicada somente em certas circunst ncias mais estreitas e n o como par metro informador universal O princ pio antidiscriminat rio contudo onipresente no ramo justrabalhista especializados 6 SILVA Jos Afonso da Curso de Direito Constitucional Positivo 22 ed S o Paulo Malheiros 2003 ps 213 e 214 7 RODRIGUEZ Am rico Pl Princ pios de Direito do Trabalho 3 ed S o Paulo LTr 2002 ps 444 e 445 8 DELGADO Maur cio Godinho Curso de Direito do Trabalho 8 ed S o Paulo LTr 2009 p 721 62 Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o G

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